Lição 1 - O Valor dos Bons ConselhosLIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Sabedoria de DEUS para uma vida vitoriosa - A atualidade de Provérbios e Eclesiastes.
Comentário: Pr. José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
QUESTIONÁRIO
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
TEXTO ÁUREO“O temor do SENHOR é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”(Pv 1.7).
VERDADE PRÁTICAProvérbios e Eclesiastes são verdadeiras pérolas da sabedoria divina para o nosso bom viver.
LEITURA DIÁRIASegunda – Pv 1.2 A sabedoria revela prudência
Terça – Pv 1.3 A sabedoria oferece justiça, juízo e equidade
Quarta – Pv 1.4 A sabedoria traz conhecimento
Quinta – Pv 1.5 A sabedoria gera sábios conselhos
Sexta – Pv 1.6 A sabedoria interpreta a vida
Sábado – Pv 1.7 O temor do Senhor e a sabedoria
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Provérbios 1.1-6 1 Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel. 2 Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da prudência; 3 para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade; 4 para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso; 5 para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos; 6 para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.
RESUMO DOS LIVROS DE PROVÉRBIOS E DE ECLESIASTES - BEP - CPAD LIVRO DOS PROVÉRBIOS Esboço
I. Prólogo: Propósito e Temas de Provérbios (1.1-7)
II. Treze Discursos à Juventude sobre a Sabedoria (1.8—9.18)
A. Obedece a Teus Pais e Segue Seus Conselhos (1.8,9)
B. Recuse Todas as Tentações dos Incrédulos (1.10-19)
C. Submeta-se à Sabedoria e ao Temor do Senhor (1.20-33)
D. Busque a Sabedoria e Seu Discernimento e Virtude (2.1-22)
E. Características e Benefícios da Verdadeira Sabedoria (3.1-35)
F. A Sabedoria Como Tesouro da Família (4.1—13, 20-27)
G. A Sabedoria e os Dois Caminhos da Vida (4.14-19)
H. A Tentação e Loucura da Impureza Sexual (5.1-14)
I. Exortação à Fidelidade Conjugal (5.15-23)
J. Evite Ser Fiador, Preguiçoso e Enganador (6.1-19)
K. A Loucura Inominável da Impureza Sexual sob Qualquer Pretexto (6.20—7.27)
L. O Convite da Sabedoria (8.1-36)
M. Contraste entre a Sabedoria e a Insensatez (9.1-18)
III. A Compilação Principal dos Provérbios de Salomão (10.1—22.16)
A. Provérbios Contrastantes sobre o Justo e o Ímpio (10.1—15.33)
B. Provérbios de Incentivo à Vida de Retidão (16.1—22.16)
IV. Outros Provérbios dos Sábios (22.17—24. 34)
V. Provérbios de Salomão Registrados pelos Homens de Ezequias (25.1—29.27)
A. Provérbios sobre Vários Tipos de Pessoas (25.1—26.28)
B. Provérbios sobre Vários Tipos de Procedimentos (27.1—29.27)
VI. Palavras Finais de Sabedoria (30.1—31.31)
A. De Agur (30.1-33)
B. De Lemuel (31.1-9)
C. Acerca da Esposa Sábia (31.10-31)
Autor: Salomão e Outros
Tema: Sabedoria para a Vida Correta
Data: Cerca de 970-700 a.C.
Considerações Preliminares O AT hebraico era em regra dividido em três partes: a Lei, os Profetas e os Escritos (cf. Lc 24.44). Na terceira parte estavam os livros poéticos e sapienciais, a saber: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes etc. Semelhantemente, o Israel antigo tinha três categorias de ministros: os sacerdotes, os profetas e os sábios. Estes últimos eram especialmente dotados de sabedoria e conselho divinos a respeito de princípios e práticas da vida. O livro de Provérbios representa a sabedoria inspirada dos sábios.
A palavra hebraica mashal, traduzida por “provérbio”, tem os sentidos de “oráculo”, “parábola”, ou “máxima sábia”. Por isso, há declarações longas no livro de Provérbios (e.g., 1.20-33; 2.1-22; 5.1-14), mas há também as concisas, mas ricas de sentido e sabedoria, para se viver de modo prudente e justo. O conteúdo de Provérbios representa uma forma de ensino comum no Oriente Próximo antigo, mas no caso deste livro, sua sabedoria é diferente porque veio da parte de DEUS, com seus padrões justos para o povo do seu concerto. O ensino mediante provérbios era popular naqueles antigos tempos, em virtude da sua grande clareza e facilidade de memorização e transmissão de geração em geração.
Assim como Davi é o manancial da tradição salmódica em Israel, Salomão é o manancial da tradição sapiencial em Israel (ver 1.1; 10.1; 25.1). Conforme 1 Rs 4.32, Salomão produziu 3.000 provérbios e 1.005 cânticos. Outros autores mencionados por nome em Provérbios são Agur (30.1-33) e o rei Lemuel (31.1-9), ambos desconhecidos. Autores outros estão subentendidos em 22.17 e em 24.23. A maioria dos provérbios teve origem no século X a.C.,porém a provável data mais antiga para a conclusão deste livro seria o período de reinado de Ezequias (i.e., c. 700 a.C.). A participação dos homens de Ezequias na compilação dos provérbios de Salomão (25.1—29.27) talvez remonte a 715—686 a.C., durante o avivamento espiritual liderado por esse rei temente a DEUS. É possível que os
provérbios de Agur, de Lemuel e os outros “sábios” também tenham sido compilados nesse período.
PropósitoO propósito do livro está bem esclarecido em 1.2-7: dar sabedoria e entendimento quanto a comportamento sábio, justiça, discernimento e imparcialidade (1.2,3), de modo que (1) os simples sejam prudentes (1.4), (2) os jovens sejam inteligentes e ajuizados (1.4) e (3) os sábios sejam ainda mais sábios (1.5,6). Muito embora Provérbios seja basicamente um manual sapiencial sobre a vida de justiça e prudência, o devido alicerce dessa sabedoria é “o temor do SENHOR”, como está explicitamente declarado em 1.7.
Visão PanorâmicaO tema central de Provérbios é “sabedoria para um viver justo”, sabedoria esta que começa com a submissão humilde do crente a DEUS, e daí flui para todas as áreas da sua vida. A sabedoria em Provérbios (1) instrui a respeito da família, da juventude, da pureza sexual, da fidelidade conjugal, da honestidade, do trabalho diligente, da generosidade, da fraternidade, da justiça, da retidão e da disciplina; (2) adverte quanto à insensatez do pecado, das contendas, dos males da língua, da imprudência, da bebedeira, da glutonaria, da concupiscência, da imoralidade, da falsidade, da preguiça e das más companhias; (3) faz um contraste entre a sabedoria e a tolice, entre os justos e os ímpios, entre a soberba e a humildade, entre a preguiça e a diligência, entre a pobreza e a riqueza, entre o amor e a
concupiscência, entre o certo e o errado e entre a vida e a morte. Embora Provérbios, como os Salmos, não seja fácil de resumir como outros livros da Bíblia, há seções com estrutura definida (ver o esboço). É o caso principalmente dos caps. 1—9, com sua série de 13 discursos apropriados para os pais em relação aos filhos quando estes atingem a adolescência. Com exceção de três desses discursos (ver 1.30; 8.1; 9.1), os demais iniciam por “meu filho” ou “meus filhos”. Esses treze discursos contêm numerosos preceitos importantes no âmbito da sabedoria para a juventude. A partir do cap. 10, Provérbios contém diretrizes de peso a respeito dos relacionamentos familiares (e.g., 10.1; 12.4; 17.21, 25; 18.22; 19.14, 26; 20.7; 21.9, 19; 22.6, 28; 23.13,14, 22, 24,25; 25.24; 27.15,16; 29.15-17; 30.11; 31.1-31). Provérbios é um livro sobretudo prático, mas contém conceitos profundos de DEUS. DEUS é a personificação da sabedoria (e.g., 8.22-31) e o Criador (e.g., 3.19,20; 8.22-31; 14.31; 22.2); Ele é descrito como onisciente (e.g., 5.21; 15.3, 11; 21.2), justo (e.g., 11.1; 15.25-27, 29; 19.17; 21.2,3) e soberano (e.g., 16.9, 33; 19.21; 21.1). Provérbios termina com uma solene homenagem à mulher de caráter nobre (31.10-31).
Características EspeciaisOito características principais assinalam o livro de Provérbios. (1) A sabedoria da parte de DEUS não está primeiramente vinculada à inteligência ou a grandes conhecimentos, e sim diretamente ao “temor do SENHOR” (1.7). Daí, sábios são aqueles que andam com DEUS e observam a sua Palavra. O temor do Senhor é um tema freqüente através do livro de Provérbios (1.7, 29; 2.5; 3.7; 8.13; 9.10; 10.27; 14.26,27; 15.16, 33; 16.6; 19.23; 22.4; 23.17; 24.21). (2) Boa parte dos sábios conselhos expostos em Provérbios assemelha-se ao aconselhamento que um piedoso pai ministra a seus filhos. (3) É o livro mais prático do AT, pois abrange uma ampla área de princípios básicos de relacionamentos e comportamentos corretos na vida cotidiana — princípios estes aplicáveis a todas as gerações e culturas. (4) Sua sabedoria prática, seus preceitos santos, e seus princípios básicos para a vida são expressos em declarações breves e convincentes, de fácil memorização e recordação pela juventude como diretrizes para a vida. (5) A família ocupa um lugar de vital importância em Provérbios, assim como ocupava no concerto entre DEUS e Israel (cf. Êx 20.12, 14, 17; Dt 6.1-9). Pecados que violam o propósito de DEUS para a família são expostos abertamente com a devida advertência contra eles. (6) Os destaques literários de Provérbios, a saber: o farto emprego de linguagem expressiva e figurativa (e.g., símiles e metáforas), paralelismos e contrastes, preceitos concisos e repetições. (7) A esposa e mãe sábia, retratada no fim do livro (cap. 31) é incomparável na literatura antiga, quanto à maneira elevada e nobre de abordar o assunto da mulher. (8) As exortações sapienciais de Provérbios são os precursores do AT às muitas exortações práticas das epístolas do NT.
O livro de Provérbios ante o NTA personificação da sabedoria no cap. 8 é semelhante à personificação do logos (“O Verbo”) do Evangelho segundo João (cap. 1.1-18). A sabedoria (1) está empenhada na criação (3.19,20; 8.22-31); (2) está relacionada à origem da vida física e espiritual (3.19; 8.35); (3) tem aplicação prática à vida reta e moral (8.8,9) e (4) está disponível aos que a buscam (2.3-5; 3.13-18; 4.7-9; 8.35,36). A sabedoria de Provérbios tem sua expressão plena em JESUS CRISTO, a pessoa “maior do que Salomão” (Lc 11.31), que “para nós foi feito por DEUS sabedoria...” (1 Co 1.30) e “em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.3).
O LIVRO DE PROVÉRBIOS – BEP – CPAD 1.1 PROVÉRBIOS. Um provérbio é um ditado, comparação, ou pergunta breve e concisa, expressando um princípio ou uma observação em torno do comportamento humano do ponto de vista de DEUS. Estes provérbios foram escritos para ensinar o povo de DEUS (especialmente os jovens) como viver uma vida agradável a Ele, como ter uma vida feliz e próspera e como evitar as tragédias resultantes do pecado (vv. 2-6,15-19). 1.1 SALOMÃO. Salomão, o terceiro rei de Israel, escreveu muitos dos provérbios. Bem no começo do seu reinado, orou pedindo sabedoria, e DEUS lhe atendeu a petição (1 Rs 3.5-14; 4.29-32). No fim da vida, porém, o próprio Salomão não perseverou na sabedoria que DEUS lhe dera. Por não perseverar no temor ao Senhor, deixou seu coração desviar-se de DEUS (1 Rs 11.1-11; ver 11.1 .). Vê-se, portanto, que o simples fato de alguém conhecer, ou ensinar princípios morais da Palavra de DEUS, não basta para garantir-lhe a vida espiritual; a pessoa deve também ter um contínuo temor a DEUS, depender dEle e estar compromissado com Ele (v. 7). 1.2 SABEDORIA. A sabedoria, conforme o emprego desse termo em Provérbios, significa viver e pensar de conformidade com a verdade de DEUS, com seus caminhos e seus desígnios. Importa em considerar a totalidade da vida do ponto de vista de DEUS, crendo que tudo quanto Ele diz é certo e verdadeiro, sendo este o único padrão digno para orientar a nossa vida. Obter a sabedoria é muito melhor do que possuir prata e ouro (3.13,14). Obtém a sabedoria somente quem a busca através de um relacionamento correto com DEUS (v. 7), e um estudo diligente da sua Palavra (3.1-3). CRISTO é, segundo diz o NT, a suprema sabedoria de DEUS (1 Co 1.30; Cl 2.3), e Ele nos ensina que obtemos a sabedoria quando permanecemos na sua Palavra, permitimos que ela permaneça em nós (Jo 15.7) e entregamos nossos corações e mentes ao ESPÍRITO SANTO que em nós habita (Jo 14.16-26). 1.7 O TEMOR DO SENHOR O reverente temor do poder, majestade e santidade de DEUS produz em nós um santo temor em não transgredir a sua vontade revelada. Uma tal reverência é essencial para se obter um coração sábio. O NT mostra que o sincero temor do Senhor em nosso coração será acompanhado pelo consolo do ESPÍRITO SANTO (ver At 9.31) 1.10 FILHO MEU, SE OS PECADORES, COM BLANDÍCIAS, TE QUISEREM TENTAR. Desde cedo na vida, a juventude se vê tentada por atrações ao pecado. A pressão dos colegas instigará o jovem a seguir a maioria para desfrutar de prazeres pecaminosos. Os jovens podem resistir a semelhantes tentações de desviar-se de DEUS e do seu caminho, mantendo um estreito relacionamento com DEUS como seu Senhor, e dispostos a viverem isolados se necessário for, pelo seu compromisso com os justos caminhos de DEUS (vv. 15,16), sabendo que o caminho da transigência e do prazer pecaminoso leva à angústia, ao sofrimento, à calamidade e à destruição (v. 27; ver Mt 4.1-11). 1.26 VOSSA PERDIÇÃO. O livro de Provérbios frisa que DEUS estabeleceu padrões absolutos do certo e do errado; ignorar isto resultará em tragédia em nossa vida. Uma das maiores verdades que se pode aprender durante a juventude é que realmente ceifaremos aquilo que semearmos (Gl 6.7-9). O preço que acabamos pagando pelo pecado é a angústia, o sofrimento e, até mesmo, a destruição (v. 27). O LIVRO DE ECLESIASTES Esboço
Título (1.1)
I. Introdução: A Inutilidade Geral da Vida Natural (1.2-11)
II. A Inutilidade de uma Vida Egocêntrica (1.12-2.26)
A. A Insuficiência da Sabedoria e Filosofia Humanas (1.12-18)
B. A Banalidade dos Prazeres e Riquezas (2.1-11)
C. A Transitoriedade das Grandes Realizações (2.12-17)
D. Injustiça Associada ao Trabalho Esforçado (2.18-23)
E. Conclusão: O Real Prazer em Viver Está Somente em DEUS (2.24-26)
III. Reflexões Diversas sobre as Experiências da Vida (3.1—11.6)
A. Concernentes às Coisas Criadas (3.1-22)
1. Há um Tempo para Tudo (3.1-8)
2. A Beleza da Criação (3.9-14)
3. DEUS é o Juiz de Todos (3.15-22)
B. Experiências Vãs da Vida Natural (4.1-16)
1. Opressão (4.1-3)
2. Trabalho Competitivo (4.4-6)
3. Não Ter Amigos (4.7-12)
4. Rejeitar Conselhos (4.13-16)
C. Advertências a Todos (5.1—6.12)
1. Reverência na Presença do Senhor (5.1-7)
2. O Acúmulo de Bens (5.8-20)
3. Vida e Morte do Ser Humano (6.1-12)
D. Provérbios Diversos a Respeito da Sabedoria (7.1—8.1)
E. Sobre a Justiça (8.2—9.12)
1. Obediência ao Rei (8.2-8)
2. Transgressão e Castigo (8.9-13)
3. Justiça Verdadeira (8.14-17)
4. Justiça, Afinal, para Todos (9.1-7)
5. O Papel da Fé (9.8-12)
F. Mais Provérbios Variados sobre a Sabedoria (9.13—11.6)
IV. Admoestações Finais (11.7—12.14)
A. Regozijar-se na Juventude (11.7-10)
B. Lembrar-se de DEUS na Juventude (12.1-8)
C. Apegar-se a um só Livro (12.9-12)
D. Temer a DEUS e Guardar Seus Mandamentos (12.13,14)
Autor: Salomão
Tema: A Nulidade da Vida à parte de DEUS
Data: Cerca de 935 a.C.
Considerações PreliminaresO título deste livro no AT hebraico é koheleth (derivado de kahal, “reunir-se”). Literalmente, significa, “aquele que reúne uma assembléia e lhe dirige a palavra”.
Este termo ocorre sete vezes no livro (1.1,2,12; 7.27; 12.8-10) e é geralmente traduzido por “pregador” ou “mestre”. A palavra correspondente no grego da Septuaginta é ekklesiastes, e dela deriva o título “Eclesiastes” em português. A obra inteira, portanto, é uma série de ensinos por um orador público bem conhecido.
Crê-se, geralmente, que o autor é Salomão, embora seu nome não apareça no livro, como em Provérbios (e.g.,Pv 1.1; 10.1; 25.1) e em Cantares (cf 1.1). Vários trechos, no entanto, sugerem a sua autoria. (1) O autor identifica-se como filho de Davi, que reinou em Jerusalém (1.1,12). (2) Faz alusão a si mesmo como o governante mais sábio do povo de DEUS (1.16) e como o escritor de muitos provérbios (12.9). (3) Seu reino tornou-se conhecido por causa das riquezas e grandeza (2.4-9). Tudo isso encaixa-se na descrição bíblica do rei Salomão (cf. 1 Rs 2.9; 3.12; 4.29-34; 5.12; 10.1-8). Além disso, sabemos que Salomão, vez por outra, reunia uma assembléia e discursava diante dela (e.g., 1 Rs 8.1). A tradição judaica atribui o livro a Salomão. Por outro lado, o fato de seu nome não
aparecer declaradamente em Eclesiastes (apesar de sê-lo nos seus dois outros livros) pode sugerir que outra pessoa auxiliou na compilação do livro. Deve-se considerar que o livro é de Salomão, mas que por certo foi compilado posteriormente na sua forma atual, por outra pessoa, assim como ocorreu com certas partes do livro de Provérbios (cf. Pv 25.1).
Liturgicamente, o livro de Eclesiastes é um dos cinco rolos da terceira parte da Bíblia Hebraica, os Hagiographa (“Escritos Sagrados”), cada um dos quais era lido em público anualmente numa das festas sagradas judaicas. Eclesiastes era assim lido na Festa dos Tabernáculos.
PropósitoSegundo a tradição judaica, Salomão escreveu Cantares quando jovem; Provérbios, quando estava na meia-idade, e Eclesiastes, no final da vida. O efeito conjunto do declínio espiritual de Salomão, da sua idolatria e da sua vida extravagante, deixou-o por fim desiludido, com os prazeres desta vida e o materialismo, como caminho da felicidade. Eclesiastes registra suas reflexões negativistas a respeito da futilidade de buscar felicidade nesta vida, à parte de DEUS e da sua Palavra. Ele teve riquezas, poder, honrarias, fama e prazeres sensuais, em grande abundância, mas no fim, o resultado de tudo foi o vazio e a desilusão: “vaidade de vaidades! É tudo vaidade” (1.2). Seu propósito principal ao escrever Eclesiastes pode ter sido compartilhar com o próximo, especialmente os jovens, antes de morrer, seus pensamentos e seu testemunho, a fim de que outros não cometessem os mesmos erros que ele cometera. Revela de uma vez por todas, a total futilidade do ser humano considerar bens materiais e conquistas pessoais como os reais valores da vida. Embora os jovens devam desfrutar da sua juventude (11.9,10), o mais importante é que se dediquem ao seu Criador (12.1) e que decidam temer a DEUS e guardar os seus mandamentos (12.13,14). Esse é o único caminho que dá sentido à vida.
Visão PanorâmicaÉ difícil fazer uma análise precisa de Eclesiastes. Sem muito trabalho, nenhum esboço consegue um bom ordenamento de todos os versículos ou parágrafos deste livro. Em certo sentido, Eclesiastes parece uma seleção de trechos do diário pessoal de um filósofo, nos seus últimos anos, com suas desilusões. Começa com uma declaração do tema predominante: a vida no seu todo é vaidade e aflição de espírito (1.1-14). O primeiro grande bloco de matéria do livro é estritamente autobiográfico; Salomão aborda os fatos principais da sua vida altamente egocêntrica, envolta em riquezas, prazeres e sucessos materiais (1.12—2.23). A vida “debaixo do sol” (expressão que ocorre vinte e nove vezes no livro) é a vida segundo o conceito do homem incrédulo, caracterizada pela injustiça, incertezas,
mudanças inesperadas no setor das riquezas e justiça falha. Salomão consegue divisar o verdadeiro alvo da vida somente quando olha “para além do sol”, para DEUS. Viver somente para a busca do prazer terreno é mediocridade e estultícia; a juventude é demasiadamente breve e fugaz para ser esbanjada insensatamente. O livro termina, mandando os jovens lembrarem-se de DEUS na sua juventude, para não chegarem à idade avançada com amargos lamentos e triste incumbência de prestar contas a DEUS por uma vida desperdiçada.
Características EspeciaisCinco características principais destacam Eclesiastes. (1) É um livro nitidamente pessoal, no qual o autor freqüentemente emprega o pronome pessoal “eu”, ao longo dos dez primeiros capítulos. (2) Sob o negativismo subjacente do autor, o livro revela que a vida, à parte de DEUS, é incerta e repleta de vaidade (a palavra “vaidade” ocorre no livro trinta e sete vezes). Salomão observa em atitude negativista os vários paradoxos e inquietações da vida (ver, e.g., 2.23 e 2.24; 8.12 e 8.13; 7.3 e 8.15). (3) A essência dos conselhos de Salomão no livro está nos seus dois últimos versículos: “Teme a DEUS e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (12.13,14). (4) O estilo literário do livro é irregular; seu vocabulário e sintaxe são dos mais difíceis no hebraico do AT e não se
encaixam bem em nenhum período específico da literatura hebraica. (5) Contém a alegoria mais pitoresca da Bíblia, alusiva à pessoa quando envelhece (12.2-7).
O Livro de Eclesiastes ante o NTPossivelmente, apenas um texto de Eclesiastes é citado no NT (7.20 em Rm 3.10, sobre a universalidade do pecado). Todavia, não deixa de haver várias e possíveis alusões: Ec 3.17; 11.9; 12.14, em Mt 16.27; Rm 2.6-8; 2 Co 5.10; 2 Ts 1.6,7; Ec 5.15, em 1 Tm 6.7. A conclusão do autor, quanto à futilidade da busca de riquezas materiais, JESUS a reiterou quando disse: (1) que não devemos acumular tesouros na terra (Mt 6.19-21,24); e (2) que é estultícia alguém ganhar o mundo inteiro e perder a própria alma (Mt 16.26). O tema de Eclesiastes, de que a vida, à parte de DEUS, é vaidade e nulidade, prepara o caminho para a mensagem do NT, a da graça: o contentamento, a salvação e a vida eterna, nós os obtemos como dádiva de DEUS (cf. Jo 10.10; Rm 6.23).
De várias maneiras este livro preparou o caminho para a revelação do NT, no sentido inverso. Suas freqüentes referências à futilidade da vida, e à certeza da morte, preparam o leitor para a resposta de DEUS sobre a morte e o juízo, i.e., a vida eterna por JESUS CRISTO. Salomão, como o homem mais sábio do AT, não conseguiu respostas satisfatórias para os seus problemas da vida através de prazeres egoístas, riqueza e acúmulo de conhecimentos. Portanto, deve-se buscar a resposta nAquele de quem o NT afirma que “é mais do que Salomão” (Mt 12.42), i.e., em JESUS CRISTO, “em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.3). LIVRO DE ECLESIASTES COMENTÁRIOS BEP - CPAD 1.2 É TUDO VAIDADE. Este versículo expressa o tema de Eclesiastes, i.e., todos os empreendimentos humanos na terra não têm sentido nem propósito quando realizados à parte da vontade de DEUS, fora da comunhão com Ele e da sua obra de amor em nossa vida. O livro também salienta que a própria criação está sujeita à vaidade e à corrupção. (1) O autor procura aniquilar as falsas esperanças que o povo deposita num mundo totalmente secular. Seu empenho é que o ser humano perceba as sérias realidades do mal, da injustiça e da morte, e que reconheçam que a vida, à parte de DEUS, não tem sentido e nem pode levar à verdadeira felicidade. (2) A solução ao problema está na fé e na confiança em DEUS; é isto que dá sentido à vida; que dá real prazer em viver. Devemos atentar para além das coisas terrenas, i.e., para as celestiais, a fim de obtermos esperança, alegria e paz (3.12-17; 8.12,13; 12.13,14). 1.5-11 E NASCE O SOL. A terra parece prosseguir no seu caminho predeterminado sem indicar qualquer mudança. O ser humano não pode buscar na natureza, sentido para a sua existência terrena, nem pode, na terra, obter plena satisfação. 1.9 NADA HÁ NOVO DEBAIXO DO SOL. Este versículo não quer dizer que não ocorrem novas invenções, mas somente que não há nenhum novo tipo de atividade. As aspirações, propósitos e desejos da raça humana permanecem os mesmos. 1.12-18 EU, O PREGADOR... INFORMAR-ME COM SABEDORIA. O ser humano não consegue descobrir, por si só, qualquer propósito na vida, nem consegue utilizar os recursos produzidos pelo homem para endireitar o que está errado no mundo (v. 15). A solução consiste em algo superior à sabedoria humana, à filosofia ou idéias humanas. Trata-se da sabedoria que vem do alto (Tg 3.17), "a sabedoria de DEUS, oculta em mistério, a qual DEUS ordenou antes dos séculos" (1 Co 2.7). Existe uma vasta lista de provérbios populares antigos que podem nos ajudar a levar uma vida melhor. Ditos do Talmud ''Fale pouco e faça muito''. ''O sermão que você prega é lindo, mas será sua prática linda?'' ''comer demais mata mais do que comer de menos'' ''DEUS concedeu às mulheres um sentido especial de sabedoria que falta um pouco nos homens'' ''O homem deve ser muito cuidadoso em não magoar sua mulher, pois DEUS contabiliza suas lágrimas'' ''A mais nobre de todas as caridades é capacitar um pobre a prover o seu sustento'' - “Mais vale ensinar a pescar do que dar o peixe'' ''Não cuspir no prato em que se comeu'' - ''Não atire uma pedra no poço que saciou sua sede'' ''Como conhecer um tolo? Ele fala demais'' ''A mentira tem pernas curtas'' – “uma mentira não tem nem uma perna sobre a qual se apoiar'' ''Quem é rico? Aquele que se satisfaz com o que tem''. - ''É rico aquele que tem prazer com aquilo que tem''.
''Um pássaro seguro vale mais do que uma centena voando''.
''Corrija-se a si próprio primeiro, depois corrija os outros''.
''O castigo do mentiroso é que ninguém acredita nele quando diz a verdade''.
''O homem vê todas as falhas exceto as suas''.
''Quando envolvidos pela abundância estamos rodeados de amigos e irmãos; diante da miséria eles nos abandonam''.
''A cultura do coração é melhor do que a cultura do puro conhecimento''. ''Não prejudique nem seu irmão de fé nem aquele que não professa sua fé''.
"Sábio é aquele que de todos aprende. É forte o que vence a si mesmo. Rico o que se contenta com o que possui. Só aquele que respeita a pessoa humana merece por sua vez respeito."
"O mau sonho pode ser pior do que um castigo."
"A tentação é doce no início e amarga no fim."
"Nenhum trabalho, por mais humilde que seja, desonra o homem."
"Não ensinar ao filho a trabalhar é como ensinar-lhe a roubar."
"Grande é a dignidade do trabalho, pois honra os trabalhadores."
"Quem acrescenta coisas à verdade está a diminuí-la."
"A verdade fica de pé, a mentira cai. A mentira é comum, a verdade incomum."
"Não envergonhes os outros e não serás envergonhado por eles."
"O homem que cometeu um erro e se sente envergonhado tem sua falta perdoada."
"Quando o vinho entra, os segredos saem."
“Na tua cidade o que conta é a tua reputação; nas outras as tuas roupas” (Talmud babilônico, Shabbat 14b).
“Feliz o homem que deixa um bom nome” (Talmud babilônico, Berakhot 17a).
“A calúnia é pior do que as armas de guerra; estas ferem de perto; aquela, de muito longe” (Talmud de Jerusalém, Peá 1,1).
“O caluniador arruína três pessoas: a si próprio, o ouvinte e o caluniado” (Talmud babilônico).
“Somos sempre levados para o caminho que desejamos percorrer” (Talmud babilônico).
“A verdadeira caridade é praticada em segredo. O melhor tipo de caridade é aquele em que quem a faz ignora quem a recebe, e quem a recebe ignora quem a faz. (Talmud babilônico).
“A maior caridade é habilitar o pobre a ganhar a sua vida” (Talmud babilônico, Shabbat 63a).
“Quando as pessoas sábias se zangam, perdem toda a sabedoria” (Talmud babilônico).
“O bom homem promete pouco e faz muito; o malvado promete muito e não faz nada
(Talmud babilônico, Nedarim). Muito pouca gente se dá conta de que uma enorme quantidade de ditos populares, tanto no Brasil, como em outros países, têm sua origem ligada aos provérbios talmúdicos. Vejamos mais estes exemplos:
“A cavalo dado não se olha os dentes”, provém de “Não se olha a boca de um cavalo recebido de presente”.
“DEUS não dá uma cruz maior do que podemos carregar”, se origina em “DEUS dá a carga e também os ombros”.Há também uma outra variante talmúdica: “Conforme o camelo, assim o fardo”.
O comum “gato escaldado tem medo de água fria”, não é outro senão o provérbio do Talmud “quem já foi mordido por uma serpente, até de corda tem receio”.
“O que os olhos não vêem, o coração não sente”, é quase idêntico ao proverbial “o que os olhos não vêem o coração não pode chorar”.
“É nos pequenos frascos que estão os mais caros perfumes”, decorre do antigo “Não olhes a jarra, mas o que ela contém”.
“De grão em grão, a galinha enche o papo”. Este certamente é uma derivação de “De gota em gota a cisterna é cheia”.
E “a ocasião faz o ladrão”, sem dúvida alguma foi decalcada no provérbio do Talmud “Quando o ladrão não pode roubar ele toma os caminhos honestos”.
Há mais. Muito mais! (Material produzido com a colaboração do leitor Salmo Zugman, médico em Curitiba). Retirado de (http://www.visaojudaica.com.br/Julho2008/artigos/16.html) Ditados populares (www.pensador.uol.com.br/ditado_judeu/) "Não se aproxime de uma cabra pela frente, de um cavalo por trás ou de um idiota por qualquer dos lados". "O que você não vê com os seus olhos, não testemunhe com a sua boca". "Não importa o quanto você foi longe no caminho errado. Volte para trás". "Um homem está não onde mora, mas onde ama". "Censura teus amigos na intimidade e elogia-os em público". "Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca". "Mente vazia, oficina do diabo". "A ousadia leva ao êxito". "O homem que move montanhas, começa carregando pedras pequenas". "Inveja é a falta de fé em si". "Quando acertamos, ninguém se lembra. Quando erramos, ninguém se esquece." "Calados, não temos nem que repetir nem que explicar". "Para quem está se afogando jacaré é tronco" "O ladrão tem trabalho leve e sonhos ruins". "Quem deita no chão não cai". "O mais difícil é não fazer nada". "Existem ossos sem carne, mas não carne sem ossos "Descubra algo que você gosta de fazer e você nunca mais terá trabalho". "Quem corre, cansa. Quem anda, alcança". "A inveja é a arma do incompetente" "Para sustentar uma mentira são necessárias muitas outras. . ." "Meu celeiro foi destruído pelo fogo e agora posso ver a lua" "O homem planeja e DEUS ri". "Há muitos caminhos para chegar ao mesmo lugar". “Pimenta nos olhos dos outros é refresco” "Se você fizer sempre o que tem feito, irá obter o que sempre tem obtido". "Dos mortos, nada senão o bem". "O caminho mais curto é pedregoso". "De cada resposta pode-se tirar uma nova pergunta" "Uma hora de vida também é vida". "O que os olhos não vêem o coração não sente". "Na juventude nós aprendemos, na velhice nós entendemos". "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" 30 Conselhos para se tornar sábio 1. DEUS ficará orgulhoso quando você falar com sabedoria. 2. Seja sábio e pense seriamente na sua maneira de viver. Não ande com gente que bebe demais, nem com quem come demais. 3. Quando você for comer com alguém importante, não se esqueça de quem ele é. Se você é guloso, controle-se. Não tenha pressa de comer a boa comida que ele serve, pois ele pode estar querendo enganar você. 4. Não coma na casa de um homem miserável, nem tenha pressa de comer a boa comida que ele serve. 5. Não tire vantagem do pobre só porque ele é pobre, nem se aproveite daqueles que não tiverem quem os defenda, pois o Senhor defenderá a causa deles e ameaçará a vida de quem os ameaçar. 6. Não faça amizade com pessoas grosseiras ou violentas, você poderá pegar os seus maus costumes e depois não conseguir livrar-se deles. 7. Não aceite ser fiador de ninguém, porque, se você não puder pagar a divida, levarão embora até a sua cama. 8. Não mude de lugar os marcos de divisa que seus ultrapassados colocaram. 9. Não mude de lugar uma divisa antiga, nem tome posse de terras que pertence a órfãos. 10. Você conhece alguém que faz bem o seu trabalho? Saiba que ele é melhor do que a maioria e merece estar na companhia de reis. 11. Não se mate de trabalhar tentando ficar rico, nem pense demais nisso. Pois o seu dinheiro pode sumir de repente, como se tivesse criado asas e voado para longe como uma águia. 12. Não perca tempo falando com um tolo, porque ele desprezará a sua conversa inteligente. 13. Preste atenção no que lhe ensinam e aprenda o mais que puder. 14. Não deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão. Para dizer a verdade, poderão até livrá-la 15. Escute o seu pai, pois você lhe deve a vida e não despreze a sua mãe quando ela envelhecer. O pai que tem um filho correto e sábio ficará muito feliz e se orgulhará dele. da morte. 16. Não tenha inveja dos pecadores. Procure respeitar e obedecer a DEUS todos os dias de sua vida. 17. Não tenha inveja dos maus, nem procure ter amizade com eles. 18. Os pecadores não têm futuro; eles são como uma luz que está se apagando. 19. As prostitutas e as mulheres imorais são uma armadilha perigosa e sem saída. Como um ladrão elas esperam pelas suas vítimas e tornam muitos homens infiéis. 20. Não fique olhando para o vinho que brilha no copo, com a sua cor vermelha, e desce suavemente. Pois no fim ele morde como uma cobra venenosa. Você verá coisas esquisitas e falará tolices. 21. Com sabedoria se constrói o lar e sobre a prudência ele se firma. 22. Se sábio é melhor do que ser forte; o conhecimento é mais importante que a força. 23. Os provérbios dos sábios são profundos demais para serem entendidos pelos tolos; quando são discutidos assuntos importantes, os tolos não tem nada para dizer. 24. Quem planeja o mal será chamado de “criador de problemas”. 25. Quem é fraco numa crise é realmente fraco. 26. Procure salvar quem está sendo arrastado para a morte. 27. Assim como o favo de mel é doce na sua língua, assim também a sabedoria é boa para a sua alma. 28. A pessoa honesta pode cair muitas vezes, que sempre se levanta de novo. Mas a desgraça acaba com os maus. 29. Não fique contente quando o seu inimigo cair na desgraça. 30. Tema a DEUS, o Senhor, e respeite as autoridades. CONSELHOS NA BÍBLIA EM 1 REIS 12 LEMOS: Roboão vai em busca de conselhos, “E teve o rei Roboão conselho com os anciãos que estiveram na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como aconselhais vós que se responda a este povo? E eles lhe falaram, dizendo: Se hoje fores servo deste povo, e o servires, e respondendo-lhe, lhe falares boas palavras, todos os dias serão teus servos.”(I Reis12:6-7)
INTERAÇÃOPrezado professor, iniciaremos mais um trimestre, o último do ano. Esta é uma excelente oportunidade para fazer uma auto-análise a respeito do seu ministério de ensino. Seus objetivos foram alcançados? Seus alunos cresceram na graça e no conhecimento de DEUS? Neste trimestre estudaremos parte da literatura sapiencial judaica, isto é, os livros de sabedoria dos judeus que tratam dos conselhos divinos para a vida humana. Veremos o quanto eles são atuais e relevantes em seus ensinamentos.
O comentarista deste trimestre é o pastor José Gonçalves, professor de Teologia, filósofo, escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB.
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:Conhecer o conceito geral dos livros de Provérbios e Eclesiastes.
Identificar as fontes da sabedoria dos sábios antigos.
Compreender o propósito da sabedoria ensinada em Provérbios e Eclesiastes.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPara introduzir o primeiro tópico da lição, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo. É importante que todos os alunos tenham uma cópia do quadro. O objetivo é fazer um resumo a respeito dos elementos literários presentes nos livros dos Provérbios e do Eclesiastes. Explique aos alunos que quando estes livros foram compilados nos tempos bíblicos, a cultura, a língua e o estilo literário eram opostos aos da literatura moderna. Compreender o estilo literário usado pelo compilador antigo é essencial para entendermos o sentido real do texto e evitarmos interpretações mirabolantes., escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB.
Resumo da Lição 1 - O Valor dos Bons Conselhos
I. JÓIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
1. O livro de Provérbios.
2. O livro de Eclesiastes.
II. A SABEDORIA DOS ANTIGOS
1. A inteligência dos sábios.
2. A sabedoria de Salomão.
III. AS FONTES DA SABEDORIA
1. A sabedoria popular.
2. A sabedoria divina.
IV. O PROPÓSITO DA SABEDORIA
1. Valores éticos e morais.
2. Valores espirituais. SINOPSE DO TÓPICO (1) Provérbios e Eclesiastes são livros de sabedoria judaica que revelam os desígnios eternos para a vida.
SINOPSE DO TÓPICO (2) A sabedoria dos antigos, e particularmente a de Salomão, versava sobre diferentes áreas da vida humana.
SINOPSE DO TÓPICO (3) A fonte de toda sabedoria do rei Salomão era o Senhor nosso DEUS.
SINOPSE DO TÓPICO (4) O propósito da sabedoria nos livros de Provérbios e Eclesiastes é constituir um conjunto de valores éticos, morais e espirituais para a vida.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Bibliológico"Livros da Sabedoria
São considerados livros da sabedoria três dos livros poéticos: Jó, Provérbios e Eclesiastes, embora Jó seja realmente um livro de espécie única.
Essa classificação é baseada no fato de tratarem esses três livros dos problemas que mais interessam à humanidade. Jó trata do problema do sofrimento, Provérbios, do problema do dever moral, e Eclesiastes, do problema da felicidade.
Os livros chamados de Sabedoria são diferentes da literatura profética de Israel porque expressam melhor a filosofia dos pensadores do que as determinações das mensagens de Jeová. Não se encontra neles a frase: 'Assim diz o Senhor', quando falam dos problemas da vida e das conclusões dos homens.
Os sábios anunciaram as verdades como um tratado de filosofia moral, usando palavras de profundeza mais elevada do que seus conhecimentos, de modo que só tempos depois é que puderam ser interpretadas.
Provérbios e Eclesiastes apresentam principalmente esse fato" (MELO, Joel Leitão de. Eclesiastes versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.12).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Lexicográfico"Sabedoria [de CRISTO]
Embora no Antigo Testamento a sabedoria seja personificada no livro de Provérbios e mostrada como tendo existido eternamente em DEUS (Pv 8.22-30), ela é centrada em uma pessoa, o Senhor JESUS CRISTO (1 Co 1.30; Cl 2.2,3; cf. Lc 11.49).
CRISTO, em sua natureza humana, cresceu em sabedoria, e em estatura, e em graça para com DEUS e os homens (Lc 2.52), mas em sua natureza divina, repousava sobre ele a sétupla unção do ESPÍRITO cujo principal atributo é a sabedoria (Is 11.2). Como resultado os homens perguntaram, 'Donde veio a este a sabedoria' (Mt 13.54; Mc 6.2), não percebendo que alguém maior que Salomão estava ali (Mt 12.42). O apóstolo Paulo escreve que Ele é o poder e a sabedoria de DEUS, destacando que a vida e a morte de CRISTO eram o sábio plano de salvação de DEUS (1 Co 1.24).
Os gregos, com sua filosofia, buscavam a sabedoria (1 Co 1.22) e produziram grandes homens como Platão e Aristóteles, mas não vieram a conhecer a DEUS. Em contraste, DEUS, em sua infinita sabedoria, usou a Palavra da cruz para revelar o modo como o homem pode ser salvo. O evangelho provou ser um tropeço para os judeus, que estavam tentando obter a salvação através das boas obras (Rm 9.30-33); e 'uma loucura ou insensatez' (gr. moria, os pensamentos de um simplório, simples demais para ser aceito como o verdadeiro conhecimento da salvação) para os gregos cultos. Os judeus ficavam ofendidos com o pensamento da crucificação, e por serem tão impotentes a ponto de precisarem que alguém morresse pelos seus pecados. Os gregos consideravam a simples fé em uma expiação substitutiva um modo fácil demais para a salvação. Contudo, a morte expiatória do Senhor JESUS CRISTO é o epítome de toda a sabedoria (Ef 3.10), uma vez que ela resolve o maior problema do mundo e do homem, isto é, o pecado" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1712).
VOCABULÁRIODesencanto Existencial: Desgosto ou decepção com a realidade vivida, isto é, com a vida.
Tessitura: Modo como estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o resumo.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDABíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão CPAD - nº 56, p.36. QUESTIONÁRIO DA Lição 1 - O Valor dos Bons Conselhos Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2013 - Provérbios e Eclesiastes Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas TEXTO ÁUREO
1- Complete: "De tudo o que se tem ______________________________, o fim é: _______________________________ a DEUS e ____________________________ os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem" (Ec 12.13).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete: Obedecer aos _________________________________ do Senhor é a ________________________________ de que vivemos uma vida _________________________________ diante dos homens e de DEUS.
I - JÓIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
3- Quais as principais características do livro de Provérbios? ( ) A Bíblia diz que Salomão compôs "dois mil provérbios, e foram os seus cânticos mil". ( ) A Bíblia diz que Salomão compôs "três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco". ( ) O texto sagrado identifica Salomão como o principal autor do livro de Provérbios, mas não o único. ( ) O próprio Salomão exorta a que se ouça "as palavras dos sábios", e declara fazer uso de alguns dos provérbios desses sábios anônimos.
( ) O livro revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias do rei Ezequias, e que posteriormente foram compilados pelos homens deste piedoso rei.
( ) O livro de Provérbios revela que Agur, filho de Jaque, de Massá, é o autor do capítulo 30. ( ) O capítulo 31 é atribuído ao rei Lemuel de Massá. ( ) O livro pertence ao gênero literário hebreu conhecido como sapiencial, isto é, literatura da sabedoria.
4- Quais as principais características do livro de Eclesiastes? ( ) Escrito pelo filho de Davi, pertence ao mesmo gênero literário, Eclesiastes possui o mesmo estilo de Provérbios. ( ) Eclesiastes, juntamente com Cantares, Jó, Salmos e Provérbios, também faz parte do gênero literário conhecido como "Literatura Sapiencial". ( ) A autoria de Eclesiastes é atribuída a Salomão. ( ) Embora escrito pelo filho de Davi e pertença ao mesmo gênero literário, o livro de Eclesiastes possui um estilo diferente de Provérbios. ( ) Eclesiastes se apresenta como um discurso usado em assembleias ou templos. ( ) Alguns intérpretes acreditam que Eclesiastes se trata de uma coletânea utilizada por Salomão em seus discursos.
( ) Ao contrário do que muitos pensam, o livro de Eclesiastes não expõe uma espécie de ceticismo ou desencanto existencial. ( ) Salomão faz um balanço da vida do ponto de vista de alguém que teve o privilégio de vivê-la com intensidade, mas que descobre ser ela totalmente vazia se não vivida em DEUS. ( ) A própria sabedoria, tão celebrada nos Provérbios, quando posta a serviço de interesses pessoais e objetivos mesquinhos é tida como tola.
II - A SABEDORIA DOS ANTIGOS
5- Quem são os sábios de Provérbios? ( ) Já observamos que pelo menos duas referências do livro de Provérbios fazem citação das "Palavras dos Sábios". ( ) O Primeiro Livro dos Reis fala acerca de outros sábios, igualmente famosos, e como Salomão os sobrepujou em sabedoria. ( ) O Primeiro Livro dos Reis fala acerca de outros sábios, que não ficaram famosos, e como Salomão se igualou a eles em sabedoria.
6- O que se aprende da sabedoria de Salomão em Provérbios? ( ) Em Provérbios há uma amostra de como honrar os pais, criar os filhos, lidar com o dinheiro, conduzir a sexualidade, trabalhar e exercitar liderança, usar bem as palavras, tratar os amigos com gentileza, comer e beber saudavelmente, bem como cultivar emoções e atitudes em relação aos outros de modo pacífico. ( ) É em provérbios que se aprende, por exemplo, como ser feliz sem precisar de esforço ou sofrimento. ( ) O princípio da sabedoria salomônica destaca que o nosso modo de pensar e corresponder-nos com DEUS reflete a prática cotidiana de nossa existência. ( ) Nada, em nossa vida, precede a DEUS. Sem Ele nada podemos fazer.
III - AS FONTES DA SABEDORIA
7- Qual a fonte da sabedoria popular? ( ) Salomão nunca usava máximas populares para compor os seus Provérbios, ele se baseava somente na Palavra de DEUS escrita. ( ) Os livros poéticos mostram, entre outras coisas como louvores e orações, muito da sabedoria do povo de Israel. ( ) Salomão apresenta máximas populares para compor os seus Provérbios. ( ) Podemos entender que DEUS dá inteligência aos homens para que estes possam analisar as situações da vida e tirar delas conclusões que servirão para si mesmos e para outras pessoas, em forma de conselhos e advertências, como ocorre no livro de Provérbios.
8- Qual a fonte da sabedoria encontrada em Provérbios? ( ) O texto bíblico destaca que Salomão "falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; ( ) Salomão não precisou orar pedindo a DEUS sabedoria, o Senhor lhe deu graciosamente por sua graça.. ( ) O texto bíblico destaca que Salomão "falou dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes. ( ) Vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria". ( ) O texto bíblico revela que Salomão orou pedindo a DEUS sabedoria, e que o Senhor respondeu-lhe integralmente. ( ) Esta é a fonte da sabedoria de Salomão e explica o porquê de ninguém conseguir superá-la.
IV. O PROPÓSITO DA SABEDORIA
9- Quais os principais objetivos propostos pelo livro de Provérbios? ( ) Conhecer a sabedoria e a instrução. ( ) Entender as palavras da prudência. ( ) Revelar ao homem a possibilidade de salvação em CRISTO. ( ) Receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade. ( ) Dar aos simples prudência e aos jovens conhecimento e sensatez. ( ) Ouvir e crescer em sabedoria. ( ) Adquirir sábios conselhos. ( ) Compreender provérbios e sua interpretação, bem como também as palavras dos sábios e suas metáforas.
10- Quais os valores espirituais encontrados em Provérbios e em Eclesiastes? Complete: Além de apontar valores éticos e morais, ao afirmar que o "________________________ do Senhor é o princípio da ciência; [e que somente] os ___________________________ desprezam a sabedoria e a instrução" (Pv 1.7), o cronista sacro abaliza os valores ____________________________ que sobressaem nas palavras de Provérbios. Da mesma forma, o livro de Eclesiastes aponta para DEUS como a razão de toda a ______________________________ humana. Fora dele não há base segura para uma _____________________________ social. Os livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto religioso _______________________________ que, adaptado à nossa realidade, apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana de todos os homens.
CONCLUSÃO
12- Complete: A literatura sapiencial, representada neste trimestre pelos livros de Provérbios e Eclesiastes, revela que o ____________________________ do Senhor é o fundamento de todo o _____________________. Ninguém pode ser considerado _______________________________ se os seus conselhos não revelarem princípios do saber __________________________. Segundo a Bíblia, um sábio não se caracteriza apenas por ter muita informação ou inteligência, mas é alguém que aprendeu o ____________________________ do Senhor como a base de toda sua vida e, por isso, sabe viver e conviver (Tg 3.13-18). RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm AJUDA CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal. VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD. GARNER, Paulo . Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD. Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD. 25 Maneiras de Valorizar as Pessoas - Autores: João C. Maxwell & Les Parrott, PH. D. - Editora: SEXTANTEhttp://www.gospelbook.net www.ebdweb.com.br http://www.escoladominical.net http://www.portalebd.org.br/