25 março 2023

Escrita Lição 2, Central Gospel, Moisés, um Líder Fiel à sua Casa, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 Escrita Lição 2, CG, Moisés, um Líder Fiel à sua Casa, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar – PIX 33195781620 (CPF Luiz Henrique de Almeida Silva)

 



https://youtu.be/hwk1bXUu0uY Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/escrita-licao-2-cg-moises-um-lider-fiel.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/slides-licao-2-cg-moises-um-lider-fiel.html

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משה Mosheh
Moisés = “tirado”
1) o profeta e legislador, líder do êxodo

 

Porque “Mar Vermelho”?

Possivelmente, o mar vermelho recebe esse nome devido a uma espécie de alga avermelhada (Trichodesmium erythraeum) que estão presentes no mar. Alguns ainda acreditam que o nome foi atribuído pelas montanhas de cor rubra ricas em ferro que surge em alguns trechos (Península do Sinai).

 

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Comentários BEP - CPAD

Êxodo 2.2 - a mulher concebeu, e teve um filho, e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.

O filho referido aqui é Moisés (v. 10; 6.20). Seu nascimento, seu escape da morte e os anos da sua juventude foram dirigidos por Deus, para que ele pudesse livrar Israel da escravidão. Todos os crentes precisam saber que Deus também opera nas suas vidas, usando meios apropriados para cumprir a sua vontade (ver Mt 2.13; Rm 8.28).

Êxodo 2.6 - E, abrindo-a, viu o menino, e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele e disse: Dos meninos dos hebreus é este.

MENINOS DOS HEBREUS.

Gn 14.13 ABRÃO, O HEBREU. O termo hebreu pode inicialmente ter sido aplicado a qualquer povo que vivia peregrinando de um lugar para outro, vivendo em terras diferentes, como nômades. Posteriormente, veio a referir-se especificamente a Abraão e aos seus descendentes (Êx 3.18; 5.3).

 

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A LEI DO PROCESSO: MOISÉS E O TESTE DO TEMPO - (Êx 2.1—4.31)

BILBIA DA LIDERANÇA CRISTÃ 2 EDIÇÃO - John C. Maxwell

 

Como Deus preparou Moisés para ser o homem que tiraria os hebreus da escravidão egípcia? Deus não o preparou no espaço de um dia, mas ao longo do tempo; não através de um acontecimento, mas com um processo. Obviamente, outras pessoas antes de Moisés esperaram durante anos para que Deus cumprisse o seu processo de desenvolvimento de liderança:

 

• Noé - esperou 120 anos antes que o dilúvio predito chegasse.

• Abraão - esperou 25 anos pelo filho prometido.

• Isaque esperou 20 anos por Esaú e Jacó.

• José - esperou 13 anos na prisão por um crime não-cometido.

• Jó - esperou talvez a vida toda, 60-70 anos, pela justiça de Deus.

 

Deus prepara líderes num pote de barro, não num forno micro-ondas. Mais importante do que a esperada meta é o trabalho que Deus realiza em nós enquanto esperamos. A espera nos aprofunda e amadurece, nivela a nossa perspectiva e amplia o nosso entendimento. Testes de tempo determinam se podemos suportar períodos de preparação aparentemente infrutíferos e indica se podemos reconhecer e aproveitar as oportunidades que se apresentarão em nosso caminho.

 

 QUANDO DEUS ESCOLHE UM LÍDER - (Êx 2.11—4.20)

 

Moisés fornece um maravilhoso estudo de caso de como Deus chama um líder dentre uma multidão para realizar uma tarefa.

 

1.Deus dá ao líder um investimento emocional no trabalho.

 Moisés alimentava a ideia de libertar os hebreus da escravidão mesmo antes de Deus chamá-lo para a tarefa.

2. Deus afirma o líder através de outros.

Quando Moisés contou a Jetro a respeito do encontro que teve com Deus na sarça ardente, seu sogro o afirmou.

3. Deus dá mentores ao líder.

Moisés pediu e recebeu ajuda de Jetro, Arão e outros.

4. Deus constrói sobre os pontos fortes, as experiências e o histórico do líder.

Deus usou tudo que se encontrava no histórico de Moisés para ajudá-lo a cumprir a sua vocação: a educação refinada que recebera no Egito; seu conhecimento de Faraó; sua compreensão do Egito; e o tempo que passou no deserto.

5. Deus, muitas vezes, purifica o caráter do líder no anonimato.

Moisés recebeu "educação teológica" de sua mãe e durante 40 anos no deserto.

6. Deus instila no líder o valor do trabalho duro.

Moisés pode não ter trabalhado muito no palácio do Egito, mas aprendeu o valor do trabalho no deserto!

7. Deus ampara o líder com uma visão poderosa.

Moisés captou a visão da Terra Prometida muito antes do que os escravos hebreus.

8. Deus traz outros na companhia do líder para compensar as fraquezas dele.

Moisés contou com a ajuda de Arão como seu porta-voz, de Josué como general e de Hur como apoiador de batalhas.

 

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O Nascimento de Moisés - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

Êxodo 2. 1-4

 Moisés era um levita, tanto por parte de pai como de mãe. Jacó deixou Levi sob marcas de desgraça (Gn 49.5). No entanto, logo depois, Moisés aparece como um descendente dele, para que pudesse tipificar a Cristo, que veio em semelhança de carne de pecado e se fez maldição por nós. Esta tribo começou a se distinguir das demais pelo nascimento de Moisés, como depois se tornou notável em muitos outros casos. Observe, a respeito deste recém-nascido:

 I

 Como ele foi escondido. Parece ter sido exatamente na época de seu nascimento que a lei cruel foi feita para o assassinato de todos os meninos dos hebreus. E muitos, sem dúvida, pereceram pela execução dela. Os pais de Moisés tiveram Miriã e Arão, ambos mais velhos que ele, nascidos antes deste decreto ser emitido, e os tinham criado sem este perigo. Mas aqueles que começam a sua jornada no mundo em paz não sabem que dificuldades poderão enfrentar. Provavelmente a mãe de Moisés estivesse extremamente ansiosa pela expectativa de seu nascimento, agora que este decreto estava em vigor, e estivesse pronta para dizer: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, Lucas 23.29. Melhor assim do que gerar filhos para o matador, Oséias 9.13. No entanto, esta criança prova a glória da casa de seu pai. Dessa maneira, Deus mostra que é capaz de transformar aquilo que mais tememos em nossa maior alegria. Observe a beleza da providência: exatamente na época em que a crueldade do Faraó se levantou na sua máxima intensidade, o libertador nasceu, embora só tenha se manifestado muitos anos mais tarde. Note que quando os homens estão planejando a ruína da igreja, Deus está preparando a sua salvação. Moisés, que depois disso tiraria Israel desta casa de servidão, estava correndo o risco de ser sacrificado pela fúria do opressor. Ao dispor a situação desta forma, o Senhor Deus estaria trazendo um grande incentivo a Moisés: quando este fosse, mais tarde, informado da maneira como foi guardado pelo Deus bondoso, ele poderia estar mais animado com um zelo santo pela libertação de seus irmãos das mãos de homens tão sanguinários.

1. Seus pais observaram que ele era uma criança formosa, tendo uma beleza superior à beleza comum. Ele era mui formoso para Deus, Atos 7.20. Eles julgavam que Moisés tinha um brilho no semblante que era algo mais que humano. Era uma amostra do brilho que o seu rosto teria mais tarde, Ex 34.29. Observe que Deus às vezes concede demonstrações prévias dos seus dons, e se manifesta cedo na vida daqueles para quem e por quem Ele planeja fazer grandes coisas. Assim o Senhor colocou uma força prévia em Sansão (Jz 13.24,25), uma prontidão prévia em Samuel (1 Sm 2.18), operou uma libertação prévia para Davi (1 Sm 17.37), e começou a trabalhar cedo na vida de Timóteo, 1 Timóteo 3.15. 2. Portanto, eles eram os mais solícitos para a sua preservação, porque consideravam isto como uma indicação de algum propósito bondoso de Deus em relação a ele, e um feliz prognóstico de algo grande. Observe que uma fé viva e ativa pode obter os seus estímulos a partir da menor sugestão do favor divino. Uma pista misericordiosa da Providência encorajará aqueles cujos espíritos fazem uma busca diligente. Durante três meses eles o esconderam em algum cômodo privado de sua própria casa, embora provavelmente sob o risco de suas próprias vidas, se o menino fosse descoberto. Nisto Moisés tipificava Cristo, que, em sua infância, foi forçado a fugir para se esconder, também no Egito (Mt 2.13), e foi extraordinariamente preservado, enquanto muitos inocentes foram mortos. Foi dito (Hb 11.23) que os pais de Moisés o esconderam pela fé. Alguns acham que eles tiveram uma revelação especial de que o libertador deveria vir de seus lombos. Porém, eles tinham a promessa geral da preservação de Israel, pela qual tinham fé, e nesta fé esconderam o seu filho, não tendo medo da penalidade que acompanhava o decreto do rei. Observe que a fé na promessa de Deus está tão longe de ser suplantada, que ela, antes, estimula e promove o uso de meios legítimos para a obtenção da misericórdia. O dever é nosso, porém os resultados são de Deus. Além disso, a fé em Deus nos colocará acima do temor das armadilhas dos homens.

 II

 Como ele foi exposto. No final de três meses, provavelmente quando os investigadores chegaram às redondezas procurando crianças escondidas, como os pais já não podiam escondê-lo por mais tempo (a fé deles talvez começasse agora a esmorecer), colocaram-no em uma arca de juncos à borda do rio (v. 3) e posicionaram sua irmã a certa distância para observar o que aconteceria com ele, e em mãos de quem cairia, v. 4. Deus colocou esta atitude em seus corações para cumprir os Seus próprios propósitos, para que Moisés pudesse por meio disto ser levado para as mãos da filha do Faraó, e que esta libertação do perigo iminente servisse como uma figura da libertação da igreja de Deus, que agora está assim exposta. Observe que:

1. Deus tem um cuidado especial pelos dispersos de Israel (Sl 147.2). Eles são os seus desterrados, Isaías 16.4. Moisés parecia bastante abandonado pelos seus amigos, e nem mesmo a sua própria mãe ousou reconhecê-lo. Mas agora o Senhor o tomou e o protegeu, Salmos 27.10.

2. Em tempos de extrema dificuldade é bom depositarmos toda a nossa confiança na providência de Deus. Desse modo, se tivessem exposto o seu filho, enquanto poderiam tê-lo preservado, teriam tentado a Providência. Mas, quando não puderam, confiaram na Providência. “Quem não arrisca, não pode ganhar”. “Se eu perecer, pereço”.

 

O Livramento de Moisés - Êxodo 2. 5-10

 Aqui temos:

 I

 Moisés salvo da morte.

Venha ver o lugar onde o grande homem jazia quando era pequeno. Ele jazia em um cesto de junco à margem do rio. Se ele tivesse permanecido ali, em pouco tempo teria morrido de fome, se não tivesse sido, antes disso, submerso pela água ou devorado por um crocodilo. Se ele tivesse caído nas mãos de qualquer outra pessoa que não fossem as de quem ele caiu, não fariam, ou não ousariam fazer outra coisa a não ser lançá-lo diretamente para dentro do rio. Mas a Providência trouxe para ali não menos que a filha do Faraó, exatamente para aquela junção, dirigindo-a até o lugar onde estava este menino abandonado, levando-a a se compadecer dele em seu coração, o que ela ousa fazer quando ninguém mais ousaria. Jamais uma criança chorou em um momento tão oportuno como este: O menino chorava. Este choro, aliado à formosura do menino, despertou a compaixão da princesa, vv. 5,6. Observe:

1. Certamente têm o coração endurecido, aqueles que não sentem uma terna compaixão por uma criança desamparada. De que forma bela e comovente o Senhor Deus representa a sua compaixão pelos israelitas em geral, a despeito do estado deplorável em que se encontram! Ezequiel 16.5,6.

2. É muito louvável que as pessoas que possuem qualidades reconheçam as aflições dos desafortunados, e sejam prestativas e caridosas para com eles.

3. O cuidado que o Deus bondoso teve para conosco em nossa infância deveria ser frequentemente mencionado por nós, para o seu louvor. Embora não estivéssemos assim expostos (e isto pela misericórdia de Deus), muitos foram os perigos pelos quais estivemos cercados na nossa infância, dos quais o Senhor nos livrou, Salmos 22.9,10.

4. Deus frequentemente levanta amigos para o seu povo, mesmo entre os seus inimigos. O Faraó cruelmente busca a destruição de Israel, mas a sua própria filha caridosamente se compadece de um menino hebreu, e não apenas isso, mas, sem ter esta intenção, preserva o libertador de Israel. Ó Senhor, quão maravilhosos são os teus conselhos!

 II

 Moisés é deixado com uma boa ama, nada menos que a sua própria e querida mãe, vv. 7-9. A filha de Faraó acha conveniente que ele tenha uma ama hebreia (considerando que este seria um gesto de compaixão, que a criança fosse amamentada por uma mulher de seu próprio povo), e a irmã de Moisés, com habilidade e bom trato, apresenta a mãe para a função de ama, para grande benefício do menino. Porque não há ninguém melhor do que a própria mãe para cuidar de seu filho. E aquelas que recebem bênçãos tanto para os seios como para o ventre não serão justas se não as dedicarem às crianças por amor às quais recebem estas bênçãos. Tudo isto também foi uma satisfação indescritível para a mãe, que recebeu o seu filho como se tivesse ressuscitado da morte. E agora ela poderia desfrutá-lo sem medo. Podemos supor que a alegria desta mãe diante desta feliz reviravolta dos acontecimentos tenha sido suficiente para revelar que ela era a mãe verdadeira (se houvesse qualquer suspeita disso) até mesmo para um olhar menos discernidor do que o de Salomão, 1 Reis 3.27.

 III

 Moisés é honrado como filho da filha de Faraó (v. 10). Parece que os seus pais não tinham em vista apenas a necessidade, ao cuidarem dele para a filha do Faraó, mas estavam muito felizes pela honra feita, desse modo, ao seu filho. Porque os sorrisos do mundo são tentações mais fortes do que as suas caras fechadas, e mais difíceis de resistir. A tradição dos judeus diz que a filha de Faraó não tinha filhos, e que era a filha única de seu pai, de forma que quando ele foi adotado como seu filho, passou a ter direito à coroa. Embora seja certo que ele estivesse destinado a desfrutar tudo o que a corte tivesse de melhor no momento devido, neste ínterim Moisés teve a vantagem de receber a melhor educação e o melhor desenvolvimento que a corte poderia oferecer. Este preparo, aliado a uma grande capacidade pessoal, fez com que Moisés se tornasse mestre em todo o conhecimento legítimo dos egípcios, Atos 7.22. Observe:

1. A Providência às vezes se alegra ao levantar os pobres do pó para colocá-los entre os príncipes, Salmos 113.7,8. Muitos que, por seu nascimento, parecem marcados para a obscuridade e a pobreza, através de eventos surpreendentes da Providência são trazidos para se sentarem na extremidade superior do mundo. Assim os homens passam a saber que o Céu governa todas as coisas.

2. O precioso Deus sempre conhece a maneira mais adequada para qualificar e preparar com antecedência aqueles que Ele nomeia para lhe prestar grandes serviços. Moisés, sendo educado em uma corte, é o homem mais adequado para ser um príncipe e rei em Jesurum. Tendo recebido a sua educação em uma corte instruída (pois assim era a corte egípcia naquela época), Moisés era o homem mais capacitado para ser um historiador. E pelo fato de ter sido educado na corte egípcia, Moisés é o homem mais adequado para ser empregado, em nome de Deus, como um embaixador para esta corte.

 IV

 Moisés recebe o seu nome. Os judeus nos contam que seu pai, em sua circuncisão, o chamou de Joaquim, mas a filha do Faraó o chamou de Moisés, que significa “Tirado das Águas”. Este é o significado do seu nome no idioma egípcio. O fato de o legislador judeu ser chamado por um nome egípcio é um feliz presságio para o mundo gentílico, e dá esperança daquele dia em que será dito: Bendito seja o Egito, meu povo, Isaías 19.25. E a sua educação na corte foi um cumprimento parcial desta promessa, como um adiantamento, Isaías 49.23: E os reis serão os teus aios, e as suas princesas, as tuas amas.

 

Moisés Mata um Egípcio.

Moisés Repreende um Hebreu Contencioso - Êxodo 2. 11-15

 Moisés agora tinha passado os primeiros quarenta anos de sua vida na corte do Faraó, preparando-se para a sua função. E agora era a hora dele entrar em ação, e:

 I

 Ele corajosamente reconhece e assume a causa do povo de Deus: Moisés, já adulto, saiu a seus irmãos e atentou nas suas cargas, v. 11. A melhor exposição destas palavras veio de uma pena inspirada, Hebreus 11.24-26, onde somos informados de que através disto, ele expressou:

1. O seu santo desprezo pelas honras e prazeres da corte egípcia; Moisés se recusava a ser chamado filho da filha de Faraó, porque ele saiu. A tentação era na verdade muito forte. Ele teve uma boa oportunidade (como dizemos) de fazer a sua fortuna, de ter sido útil também a Israel, através de sua influência na corte. Ele era devedor – tanto por gratidão como pela questão da sucessão – à filha de Faraó. No entanto, pela fé ele obteve uma vitória gloriosa sobre a sua tentação. Ele considerava uma honra e vantagem muito maior ser filho de Abraão, do que ser filho da filha de Faraó.

2. Sua terna preocupação por seus pobres irmãos em servidão, com quem (embora pudesse facilmente ter evitado) ele escolheu sofrer a aflição. Ele olhou para as suas cargas não só como alguém que tinha compaixão deles, mas que estava decidido a se arriscar com eles. E, se fosse necessário, arriscar-se por eles.

 II

 Ele dá uma amostra das grandes coisas que, mais tarde, deveria fazer por Deus e pelo seu Israel. Dois exemplos foram relatados particularmente por Estevão (At 7.23ss.) com o propósito de mostrar como hebreus haviam sempre resistido ao Espírito Santo (v. 51), e até mesmo ao próprio Moisés, quando ele apareceu pela primeira vez como seu libertador, fechando os seus olhos intencionalmente contra este alvorecer do seu engrandecimento. Moisés encontrava-se, sem dúvida alguma, sob uma direção e um impulso divinos naquilo que fazia, naquilo que ele foi de um modo extraordinário chamado por Deus para fazer. Agora observe:

1. Moisés foi, depois disso, usado para lançar as pragas contra os egípcios pelos maus tratos que haviam infligido sobre o povo de Deus. E, como uma amostra disso, ele matou o egípcio que estava espancando o hebreu (vv. 11,12). Provavelmente fosse um dos maiorais egípcios, a quem ele encontrou maltratando seu escravo hebreu. Alguns pensam que o escravo fosse um parente de Moisés, um homem da mesma tribo. Foi com uma autorização especial do céu (que não faz um precedente em casos comuns) que Moisés matou o egípcio, e salvou o seu irmão oprimido. A tradição judaica diz que ele não matou o egípcio com qualquer arma, mas – como Pedro matou Ananias e Safira – com a palavra de sua boca. O fato de ele ter escondido o egípcio na areia significava que no futuro Faraó e todos os seus egípcios deveriam, sob o controle da vara de Moisés, ser sepultados na areia do Mar Vermelho. O fato de ter tido o cuidado de executar esta justiça de forma privada, quando nenhum homem viu, eram uma prudência e uma cautela necessárias, e esta situação foi apenas um ensaio. E talvez a sua fé ainda fosse fraca, e tenha tido alguma hesitação em seu ato. Aqueles que chegam a ser homens de grande fé começam com uma pequena fé, e a princípio falam tremendo.

2. Moisés, depois disso deveria ser usado para governar Israel, e, como uma amostra disso, podemos vê-lo aqui tentando acabar com uma controvérsia entre dois hebreus. Todavia ele é forçado (como mais tarde, por quarenta anos) a tolerar a conduta deles. Observe aqui:

(1) A infeliz discussão que Moisés observou entre dois hebreus, v. 13. O motivo não foi revelado. Mas, a despeito do que tenha sido, certamente era muito inoportuno que os hebreus brigassem uns com os outros quando todos eles eram oprimidos e governados com rigor pelos egípcios. Como se não fossem espancados o suficiente pelos egípcios, eles deveriam bater uns nos outros? Note: [1] Nem mesmo os sofrimentos compartilhados são capazes de unir o povo que se diz pertencente a Deus, na medida em que se poderia esperar. [2] Quando Deus levanta instrumentos de salvação para a igreja, eles acharão o suficiente para fazer, não só com os egípcios opressores, para detê-los, mas com os israelitas contenciosos, para reconciliá-los.

(2) A maneira que Moisés encontrou para lidar com eles. Ele indicou aquele que causou a divisão, aquele que estava errado, e brandamente argumentou com ele: Por que feres o teu próximo? O egípcio injurioso foi morto, mas o hebreu injurioso foi apenas repreendido, porque o que o primeiro fez foi com uma maldade arraigada, enquanto o que o segundo fez, podemos supor, foi apenas o resultado de uma provocação repentina. O Deus sábio faz, e, conforme o seu exemplo, todos os governantes sábios fazem, uma diferença entre um transgressor e outro, de acordo com as várias qualidades da mesma transgressão. Moisés tentou fazer com que eles se tornassem amigos, o que era uma boa ação. Assim, encontramos a Cristo frequentemente reprovando as disputas de seus discípulos (Lc 9.46ss.; 22.24ss.), porque ele era um profeta como Moisés, um profeta curador, um pacificador, que visitava seus irmãos com o propósito de eliminar toda a inimizade. A censura que Moisés apresentou nesta ocasião ainda pode ser útil: Por que feres o teu próximo? Observe que ferir nossos companheiros é algo muito ruim, especialmente entre Hebreus, ferindo com a língua ou com as mãos, seja em forma de perseguição, luta ou contenda. Considere a pessoa a quem feres. É teu companheiro, da mesma origem, teu irmão em Cristo, é teu conservo, que sofre contigo. Considere a causa, Por que feres? Talvez seja uma atitude absolutamente sem causa, ou totalmente desprovida de uma causa justa, ou ainda por algo que nem mesmo seja digno de ser mencionado.

(3) O fracasso de sua tentativa (v. 14): Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Aquele que agiu errado discutiu desse modo com Moisés. Parece que a parte ofendida era bastante inclinada à paz, mas o ofensor se mostrou melindroso. Observe que é sinal de culpa ser impaciente diante de uma repreensão. E é frequentemente mais fácil persuadir o ofendido a tomar sobre si a injustiça do que fazer com que o ofensor admita ter agido errado. Veja 1 Coríntios 6.7,8. Foi uma censura muito sábia e moderada a que Moisés fez a este hebreu briguento, mas o homem contencioso não conseguiu suportá-la, e recalcitrou contra os aguilhões (At 9.5), rebatendo a pergunta do seu reprovador com outra pergunta. [1] Ele desafia a autoridade de Moisés: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Um homem não precisa de grande autoridade para fazer uma censura amistosa, sendo este um ato de bondade. No entanto, este homem a interpretou como um ato de domínio, e classifica o seu reprovador como imperioso e pretensioso. Desse modo, quando as pessoas não gostam de uma boa palavra, ou de uma admoestação oportuna, eles chamam a isto de pregação, como se um homem não pudesse falar nenhuma palavra da parte de Deus e contra o pecado, sem estar sendo pretensioso e arrogante. No entanto, Moisés era na verdade príncipe e juiz, e sabia disto, e pensou que o hebreu teria entendido isso, e fez uma intervenção na discussão. Mas eles permaneceram em seu próprio juízo, e o repeliram, Atos 7.25,27. [2] Ele o repreende pelo que havia feito ao matar o egípcio: Pensas matar-me? Veja que construções vis a maldade coloca sobre as melhores palavras e ações. Moisés, por reprová-lo é imediatamente acusado de tencionar matá-lo. Um atentado contra o seu pecado foi interpretado como um atentado contra a sua vida. E o fato de Moisés ter matado o egípcio foi suficiente para justificar a suspeita. Como se Moisés não fizesse diferença entre um egípcio e um hebreu. Se Moisés, para fazer justiça a um hebreu injustiçado, arriscou a própria vida matando um egípcio, o homem contencioso deveria, portanto, ter se sujeitado a Moisés, não só como um amigo dos hebreus, mas como um amigo que tinha mais do que poder e zelo comuns. Mas o homem lança isto diante de Moisés como um crime que foi corajosamente praticado, quando, na realidade, era uma amostra da libertação prometida. Se os hebreus tivessem entendido a sua atitude, e se unido a Moisés como seu líder e comandante, é provável que eles tivessem sido libertos naquela ocasião. Mas, desprezando o seu libertador, a sua libertação foi de forma justa adiada, e a sua servidão prolongada por quarenta anos. Da mesma forma, mais tarde, o seu desprezo por Canaã os manteve fora dela por mais quarenta anos. Eu quis, mas vós não quisestes. Observe que os homens não sabem o que fazem, nem que inimigos eles são de seus próprios interesses, quando resistem e desprezam reprovações e reprovadores fiéis. Quando os hebreus discutiram com Moisés, Deus o enviou a Midiã, e eles ficaram sem ouvir falar dele por quarenta anos. Assim, as coisas que pertenciam à paz deles ficaram ocultas de seus olhos, porque não conheceram o dia da sua visitação. Quanto a Moisés, podemos considerar que isto foi um grande desalento e desânimo para ele. Ele agora estava escolhendo sofrer a aflição com o povo de Deus, e abraçando o opróbrio de Cristo. E agora, em sua primeira saída, enfrentar esta aflição e reprovação por parte deles foi uma provação muito dolorosa de sua decisão. Ele poderia ter dito: “Se este for o espírito dos hebreus, eu irei para a corte novamente, e serei o filho da filha de Faraó”. Observe que, em primeiro lugar, devemos ter cuidado para não nos opormos aos caminhos de Deus e ao seu povo por causa das loucuras e aborrecimentos de algumas pessoas em particular, que professam a religião. Em segundo lugar, não é nenhuma novidade para os melhores amigos da igreja enfrentar grande oposição e desestímulo em sua cura, tentativas de salvação, até mesmo dos filhos de sua própria mãe. O próprio Cristo foi desprezado pelos edificadores, e ainda é rejeitado por aqueles que Ele salvaria com muita alegria.

(4) A fuga de Moisés para Midiã, em consequência disso. A afronta feita a Moisés estava comprovadamente longe de ser algum gesto de bondade a ele. Isto o fez entender que a morte do egípcio fora descoberta, e assim ele teve tempo para fugir. Caso contrário, a ira do Faraó poderia tê-lo surpreendido e o matado. Observe que Deus pode controlar até mesmo o antagonismo de línguas, de forma a, de um modo ou de outro, trazer o bem ao seu povo em meio às situações mais adversas. A informação foi dada a Faraó (possivelmente foi levada pelo próprio hebreu a quem Moisés repreendeu) de que ele havia matado o egípcio. As ordens para a prisão de Moisés são logo decretadas, o que o obrigou a se mudar em benefício de sua própria segurança, fugindo para a terra de Midiã, v. 15. [1] Moisés fez isto querendo preservar a sua própria vida. Se esta sua saída do Egito for a que o escritor aos Hebreus se refere como tendo sido feita pela fé (Hb 11.27), isto nos ensina que em qualquer momento que estejamos em dificuldade e perigo por termos feito a nossa obrigação, a graça da fé será de bom uso a nós ao usarmos métodos adequados para a nossa própria preservação. Embora ali tenha sido dito que ele não temeu a ira do rei, aqui é dito que ele temeu, v. 14. Isto significa que ele não temeu com um temor de desconfiança e espanto, o qual enfraquece e traz tormentos, mas com um temor ligado à diligência, que o impulsionou a tomar este caminho que a Providência lhe abriu para a sua própria preservação. [2] Deus ordenou isto por motivos sábios e santos. As coisas ainda não estavam maduras para a libertação de Israel. A medida da iniquidade do Egito ainda não estava cheia. Os hebreus não estavam suficientemente humilhados, nem estavam aumentados em um número suficiente pretendido por Deus; Moisés ainda deveria ser preparado para este serviço, e por esta razão é instruído a se retirar naquele momento, até que o tempo de beneficiar Israel, sim, o tempo estabelecido, chegasse. Deus dirigiu Moisés até Midiã porque os midianitas eram da semente de Abraão, e mantinham a adoração ao Deus verdadeiro entre si, de forma que ele teria uma estada não só segura, mas confortável entre eles. E através desta terra ele mais tarde conduziria Israel, a nação perante a qual (para que ele pudesse fazer o melhor) ele agora tinha a oportunidade de se fazer conhecido. Ali ele chegou, e assentou-se junto a um poço, cansado e pensativo, confuso, e esperando para ver em que caminho a Providência o guiaria. Esta foi uma grande mudança para Moisés, visto que há apenas poucos dias estava tranquilo na corte do Faraó. Assim Deus testou a sua fé, e foi achada digna de louvor e honra.

 

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O AGENTE DE LIBERTAÇÃO (2: 1-4: 31) - Comentário Bíblico Wesleyana

1. O nascimento de Moisés ( 2: 1-10 )

1  Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi. 2  A mulher concebeu e deu à luz um filho; e quando ela viu que ele era uma criança formoso, escondeu-o três meses. 3  E quando ela já não podia escondê-lo, tomou para ele uma arca de juncos, e rebocam de lodo e com frequência; e ela colocou a criança no seu interior, e colocou-o nas bandeiras na beira do rio. 4  E sua irmã postou de longe, para saber o que seria feito com ele. 5  E a filha de Faraó desceu para banhar-se no rio; e as suas donzelas passeavam à beira do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada buscá-la. 6  E ela abriu-a e viu a criança, e eis que o menino chorava. E ela teve compaixão dele, e disse: Este é um dos filhos dos hebreus. 7  Então disse sua irmã à filha de Faraó: Irei e chamar-te uma enfermeira das hebréias, que ela pode amamentar o menino para ti? 8  E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. E a moça foi e chamou a mãe da criança. 9  E a filha de Faraó lhe disse: Leva este menino, e cria-me, e eu te darei o teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-lo. 10  E o menino crescia, e ela o trouxe à filha de Faraó, e ele tornou-se seu filho. E chamou o seu nome a Moisés, e disse: Porque o tirei da água.

 

Foi com este pano de fundo da opressão e da tentativa de aniquilação de meninos infantis que o personagem principal do Êxodo entrou em cena. Um homem levita casou com uma mulher levita. Seus nomes são revelados mais tarde a ser Amram e Joquebede ( 06:20 ). Três de seus filhos são mencionados nas Escrituras, tanto Miriam e Arão são mais velhos do que Moisés. 

Quando o terceiro filho nasceu, Joquebede viu que ele era um formosa (belo, bonito) criança . Para a afeição natural ela teria sentido que a criança fora adicionado o fato inegável de que ele estava bem formado, saudável, tendo uma grande promessa para o futuro. Ele era uma criança por quem se poderia muito bem se dar ao luxo de assumir um alto risco. O autor de Hebreus declara que a aparência promissora da criança se tornou a base para a fé de seus pais em o preservar ( Heb. 11:23 ). Como resultado, sua mãe o escondeu durante três meses . Mas, então, a crescente vigor de seu choro se tornou cada vez mais alto e perigoso. Então ela fez um pequeno cesto das plantas de papiro que cresceram em profusão ao longo das margens do rio Nilo, revestidos com lodo (o betume ou asfalto da região do Mar Morto) e colocou seu filho na mesma, e o enviou flutuando entre os juncos ao longo da margem do rio. Miriam foi colocada por perto para ver o que iria acontecer. Pouco tempo depois, a filha de Faraó desceu para banhar-se no rio, e viu o pequeno cesto para o qual enviou uma de suas servas para buscá-lo . Quando ela abriu o cesto, o bebê estava chorando e seu coração foi tocado. Ela imediatamente o reconheceu como um dos bebês hebreus. Miriam em seguida, correu para a frente e ofereceu-se para encontrar uma ama hebreia para amamentar o bebê. A filha de Faraó concordou, e Joquebede foi contratada para cuidar de seu próprio bebê. Após a criança crescer, Joquebede levou-o a filha de Faraó, e ele aparentemente foi formalmente adotado como seu filho. A filha de Faraó chamou Moisés, dizendo: Porque o tirei da água (cf. Heb. 11: 24-26 ; o nome de Moisés tem uma relação em som tanto para uma palavra egípcia, mesu , um substantivo que significa "criança" ou "filho" de um verbo que significa "produzir" ou "para desenhar por diante", e uma palavra   hebraica, Mashah , que significa "tirar").

Se a data de início para o Êxodo é correto, como o presente escritor afirma, Moisés nasceu no reinado de Tutmosis I (1525-1508 a.C). Este faraó tinha uma filha excepcional, Hatshepsut, que mais tarde praticamente governou o Egito como rainha-regente, nos primeiros anos de seu enteado e filho-de-lei, Tutmés III. É bem possível que ela era a pessoa que adotou Moisés. A lei egípcia impediu de tornar-se rainha de fato. Ela provavelmente não estava em sintonia com a crueldade de seu pai. Mas, em qualquer caso, as providências de Deus novamente anulava a própria ira do homem, usando a opressão do Faraó para garantir a Moisés um lugar na própria corte real, onde recebeu preparação inestimável para a sua missão mais tarde, a ser "instruído em toda a ciência dos os egípcios "( Atos 7:22 ). Não haveria em parte alguma melhor educação secular na idade de Moisés.

A naturalidade da definição de história de Moisés e as suas consequências, a inclusão dele no registro divinamente inspirada, o selo de aprovação colocado em cima dele inspirou escritores do Novo Testamento e todos insistem que a história de Moisés é um fato, bem como uma fascinante história.

 

 

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Esboço da Lição

1- MOISÉS, UM HEBREU NO EGITO

1-1- Salvo das águas

1-2- Instruído em toda sabedoria e ciência do Egito

2- MOISÉS, UM HEBREU PELOS HEBREUS

2-1- O grande líder não rejeita suas origens

2-2- O grande líder é forjado pelo Senhor

2-2-1- O chamado

2-2-2- O retorno

2-3- O grande líder é comparável ao Líder dos líderes, JESUS

  

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Êxodo 2.1-10

1 - E foi-se um varão da casa de Levi e casou com uma filha de Levi.

2 - a mulher concebeu, e teve um filho, e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.

3 - Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos e a betumou com betume e pez; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à borda do rio.

4 - E a irmã do menino postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer.

5 - E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam pela borda do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, e a tomou.

6 - E, abrindo-a, viu o menino, e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele e disse: Dos meninos dos hebreus é este.

7 - Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Irei eu a chamar uma ama das hebreias, que crie este menino para ti?

8 - E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. E foi-se a moça e chamou a mãe do menino.

9 - Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino e criou-o.

10 - E, sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou o seu nome Moisés e disse: Porque das águas o tenho tirado.

  

TEXTO ÁUREO

Sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi

Moisés em toda a sua casa. Hebreus 3.2

  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – 2 Timóteo 2.13 A fidelidade é intrínseca à natureza de Deus

3ª feira – Salmo 101.6 Deus procura os fiéis da terra

4ª feira – Gálatas 5.22 A fidelidade é fruto do Espírito

5ª feira – Hebreus 3.5,6 A fidelidade de Moisés se equipara à de Cristo

6ª feira – Mateus 11.24 A fidelidade do crente requer dele renúncia

Sábado – 1 Coríntios 4.2 A fidelidade é uma virtude obrigatória ao líder cristão

  

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender que:

- a fidelidade é uma virtude pessoal de quem preza por sua identidade;

- a fidelidade moral é uma virtude de quem sabe enxergar a diferença entre o certo e o errado;

- a fidelidade espiritual é uma virtude de quem ouve a voz de Deus e lhe obedece.

 

 ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, nossos estudos sobre modelos de liderança partem da Escritura Sagrada, não de técnicas ou metodologias destinadas à preparação de chefes, gestores ou comandantes em categorias específicas — como na política, economia, educação etc. Cada personagem bíblico explorado nesta revista apresenta um traço de liderança digno de observação. Teríamos muito o que falar sobre as características da liderança de Moisés, mas nos deteremos a considerar um relevante aspecto do seu caráter como líder: a fidelidade à sua casa. O título desta lição decorre de uma declaração feita pelo escritor de Hebreus: Meus irmãos na fé, vocês que também foram chamados por Deus, olhem para Jesus (...) Pois ele foi fiel a Deus, que o escolheu para esse serviço, assim como Moisés foi fiel no seu trabalho em toda a casa de Deus (Hb 3.1,2 NTLH). Nesta lição, portanto, foque as características singulares da liderança de Moisés, que podem ser aplicadas à vida de todos, indistintamente: o grande líder não rejeita suas origens; é forjado pelo Senhor e é comparável ao Líder dos líderes, Jesus. Boa aula!

  

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

A fidelidade faz parte dos atributos comunicáveis de Deus: Seu amor governa a Sua fidelidade (Lm 3.23);

na Sua fidelidade, o Altíssimo guarda o Seu concerto até mil gerações (Dt 7.9), mantendo-se fiel, ainda que sejamos infiéis (2 Tm 2.13). Já, a plena fidelidade humana é coisa rara (Pv 20.24); por isso o salmista afirmou que o Senhor anda à procura dos fiéis da terra (Sl 101.6). Nos dias atuais, sobretudo, percebe-se que a palavra empenhada já não tem tanto valor como em tempos passados; por conseguinte, a fidelidade tem deixado de ser considerada uma virtude essencial.

  

SUBSÍDIO 1

De acordo com o Dicionário de Teologia e Filosofia de Champlin, “fidelidade é uma atitude e uma conduta justas, pela devoção de alguém a uma pessoa ou a uma causa, pela incorruptibilidade, pela sinceridade, pela confiabilidade, pelo cumprimento das

promessas e votos feitos e pela lealdade sincera”.

 

 1- MOISÉS, UM HEBREU NO EGITO

A história de Moisés, um homem que viveu 120 anos,

é conhecida por cristãos e não cristãos em todo o mundo. Do nascimento à morte, esta é, sem dúvida, uma das biografias mais amplas de toda a Escritura. Quando se estuda sobre um personagem, cuja vida é apresentada com riqueza de detalhes, é possível encadear os acontecimentos de modo cênico.

  

1-1- Salvo das águas

Faraó não queria que os hebreus se multiplicassem no

Egito, visto que eram muito numerosos; por isso, deu ordem às parteiras que matassem todo nascituro do sexo masculino. O mesmo espírito atuou sobre Herodes nos dias do nascimento de Jesus: informado pelos magos do Oriente sobre o nascimento do novo rei de Israel, Herodes mandou matar todos os meninos de até dois anos de idade (Mt 2.16). Diante de tamanha crueldade, as parteiras preferiam mentir para o rei, dizendo que, quando chegavam, as mulheres hebreias, muito mais espertas que as Egípcias, já haviam feito seus próprios partos (Êx 1.15-17). Joquebede, mãe do recém-nascido Moisés, temendo ter o filho tomado de seus braços, colocou-o em um cesto e depositou-o sobre as águas do Nilo. Miriã, sua irmã, seguiu o trajeto das águas até assistir o Momento em que a filha de Faraó, que se banhava no rio, viu o cesto, abriu-o e reconheceu que o bebê tinha características hebreias (Êx 2.6b). A filha de Faraó decidiu tomar o menino para si. Mirian, então, rapidamente prontificou-se a arranjar uma ama para a criança. A princesa aceitou a oferta. Assim, sem que a filha de Faraó soubesse, Miriã apresentou sua própria mãe para cuidar do menino até, pelo menos, o fim do seu alactamento (aos quatro ou cinco anos de idade).

 

 1-2- Instruído em toda sabedoria e ciência do Egito

De volta aos braços da mãe, o menino estava seguro — e financeiramente garantido pela coroa real (eu te darei teu salário; Êx 2.9). Com o dinheiro que Receberia, Joquebede e sua família teriam suas necessidades materiais supridas. Moisés aprendera com sua mãe segredos que precisaria levar para a vida: um deles era que ele pertencia ao povo hebreu. De acordo com o historiador Flávio Josefo, Moisés teria sido levado à presença de Faraó aos dois anos de idade; quando o rei o viu, ele teria colocado sua coroa sobre a cabeça do menino. No palácio, Moisés comia a melhor comida, vestia as melhores roupas e recebia a melhor educação. De acordo com Flávio Josefo, quando saía pelas ruas, montado em uma carruagem puxada por belos cavalos, as pessoas o aplaudiam. Quando atravessava o Nilo em uma chalupa — embarcação pequena com um ou dois mastros —, ao som de música e danças, todos paravam para assistir. Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios (At 7.22). Ressalte-se que os egípcios detinham grande saber científico à época: faziam cirurgias no estômago e no cérebro com muita eficiência; conheciam a arte da mumificação (embalsamavam corpos de homens, aves e animais, encontrados intactos ainda hoje) etc. Todos esses métodos causam espanto na comunidade científica ainda hoje. Na engenharia, arquitetura e artes, eram imbatíveis. Aliás, como as pirâmides foram construídas? Como transportavam imensos blocos de pedras por longa distância, se não havia pedreiras a menos de 15 Km de distância delas? Certamente, os filósofos e sacerdotes egípcios tentaram incutir na mente de Moisés suas crenças religiosas, mas as instruções que recebera de sua mãe ficaram impregnadas na sua alma.

 

 2- MOISÉS, UM HEBREU PELOS HEBREUS

Ao presenciar a briga entre um egípcio e um escravo

hebreu, Moisés assumiu o lado do hebreu, ferindo o egípcio, imaginando que ninguém tivesse testemunhado o ocorrido (Êx 2.11,12). No dia seguinte, presenciou uma cena parecida e, ao tentar salvar o hebreu, ouviu o egípcio falar: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio (Êx 2.13,14a)? Diante de tal interpelação, Moisés entendeu que fora visto e que não ficaria impune. Sua infidelidade ao Egito custaria sua própria vida. Temendo por isso, o filho de Joquebede deixou o Egito e fugiu para o deserto de Midiã (Êx 2.14b,15).

 

 SUBSÍDIO 2

Moisés viveu aquilo que Jesus enuncia: o discipulado requer renúncia até mesmo dos familiares mais próximos, como mulher, pai, mãe e irmãos (Mt 19.29). A fidelidade de Moisés à sua casa (Hb 3.2 ARC), ou

à casa de Deus (Hb 3.2 NTLH), é demonstrada em seu apreço pelos escravizados hebreus, em cuja defesa se colocou.

  

2-1- O grande líder não rejeita suas origens

Todo ato de fidelidade requer uma renúncia. Quando aceitamos a Cristo como nosso Salvador, declaramos fidelidade a Ele, renunciando ao mundo e ao pecado. Quando um homem jura fidelidade à sua esposa, ele está renunciando ao amor de qualquer outra mulher, e vice-versa. A fidelidade impõe abdicação. Certamente, não foi fácil para Moisés renunciar uma família, sobretudo uma mãe. Embora ele soubesse que a filha do Faraó não era sua mãe biológica, é impossível pensar que não havia afeto entre ambos; afinal, foram muitos anos vividos dentro de um mesmo palácio. Pode-se afirmar, com certa propriedade, que, se Moisés quisesse manter-se fiel à casa do Egito, em vez de ser fiel à casa de Deus, ele seria o sucessor do trono de Faraó. No entanto, o texto bíblico dá-nos ciência de que Moisés renunciou às benesses  advindas da condição de membro da família real. Diz o escritor de Hebreus que, pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó (Hb 11.24). Sim o grande líder prefere manter-se fiel à sua própria casa a rejeitar suas origens.

 

 2-2- O grande líder é forjado pelo Senhor

Moisés viveu duas experiências contrastantes: uma no

palácio, como príncipe; e outra no deserto, como beduíno, pastoreando ovelhas, subindo montanhas e caminhando entre as pedras debaixo de um sol causticante. No palácio, Moisés aspirava as fragrâncias dos mais caros perfumes; no deserto, o mau cheiro das fezes de animais. No palácio, trajava vestes reais; no deserto, roupas sujas de um nômade. Tais experiências, aparentemente colidentes e imiscíveis, foram, na realidade, complementares: ambas serviram, cada uma a seu tempo, para forjar o caráter do grande líder da nação hebraica. O menino que fora salvo da morte pelas mãos de uma egípcia voltaria à terra do Faraó para libertar o seu povo da escravidão.

 

 2-2-1- O chamado

No deserto, Moisés encontrou-se com Deus. No solo pedregoso do alto do monte Horebe, ele foi atraído pelo fogo que não destruía um pequeno arbusto solitário (Êx 3.2). Ao aproximar-se daquela sarça ardente, de repente, ele ouviu: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa (Êx 3.5). Deus, então, incumbiu-o de voltar para o Egito e liderar o Seu povo rumo a Canaã, terra que havia jurado dar ao patriarca Abraão (Êx 3.6-10).

 

 2-2-2- O retorno

Após muito relutar, Moisés partiu em missão para o Egito, em obediência a Jeová (Êx 3.11—4.18). Muitos foram os embates com Faraó (Êx 5.1—12.30).

Cada vez que Moisés reunia-se com o rei do Egito, a situação piorava para os hebreus, a ponto de eles pedirem a Moisés que não voltasse mais ao palácio (Êx 5.6-21). Todavia, os planos eternos do Soberano de Israel viriam a se cumprir — e se cumpriram — na vida do povo da aliança, conforme Ele mesmo prometera (Êx 12.31).

  

2-3- O grande líder é comparável ao Líder dos líderes, JESUS

O escritor sagrado inicia o terceiro capítulo da epístola

aos Hebreus falando da fidelidade de Jesus; para ressaltar a importância desse aspecto, ele destaca Moisés como exemplo maior de fidelidade no antigo pacto: Meus irmãos na fé, vocês que também foram chamados por Deus, olhem para JESUS (...) Pois ele foi fiel a Deus, que o escolheu para esse serviço,

assim como Moisés foi fiel no seu trabalho em toda a casa de Deus (Hb 3.1,2 NTLH). Quando presenciou o conflito entre um hebreu e um egípcio, Moisés poderia apenas ter ignorado a situação, mesmo porque tais conflitos deveriam ser recorrentes, mas o seu sangue clamava. O sangue fala alto. Moisés desfrutava de todo o conforto que o palácio lhe conferia, mas, na hora de posicionar-se, ele não tinha dúvida de que deveria ficar do lado dos escravos hebreus.

A fidelidade tem um custo: assim como Jesus não hesitou em entregar Sua vida para o resgate de muitos, Moisés decidiu pagar o preço para o resgate dos seus irmãos. O filho de Joquebede não teve dúvidas quando precisou escolher entre os hebreus e os egípcios; ele sabia bem quem era cada povo.

 

CONCLUSÃO

Moisés foi o maior líder do Antigo Testamento. Este homem foi chamado por Deus e usado por Ele para libertar o Seu povo da escravidão egípcia, que já se estendia por 400 anos.

Moisés passou por um longo processo de preparação. Os anos de capacitação de Moisés — desde a casa de sua mãe, sua vida no palácio, sua instrução em toda a sabedoria do Egito, o incidente que o forçou a fugir para Midiã, os anos vividos no deserto até a incumbência de liderar um êxodo rumo à terra de Canaã — forjaram um homem forte, capaz de renunciar às riquezas deste mundo.

O filho de Joquebede conviveu com os extremos da sociedade humana: sua vida orbitou entre a glória de um palácio real e as agruras de um deserto cáustico. Ainda muito cedo, ele teve de escolher entre viver os prazeres e as riquezas desta vida, ou padecer com a sua casa até que ela se tornasse uma nação.

Moisés fez a melhor escolha.

  

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Em que circunstância Moisés demonstrou maior fidelidade à sua casa?

R.: Quando recusou ser chamado de “filho da filha de faraó”.


24 março 2023

Escrita Lição 1, Central Gospel, José, Um Líder Proativo, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 Lição 1, CG, Central Gospel, José, Um Líder Proativo, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar, PIX 33195781620, CPF, Luiz Henrique de Almeida Silva

 



 https://youtu.be/enAfsOp2rXc  Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/escrita-licao-1-cg-central-gospel-jose.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/03/slides-licao-1-cg-central-gospel-jose.html

https://pt.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-lio-1-cg-central-gospel-jos-um-lder-proativopptx

  

Liderar é um dom de Deus!

Ora, há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

1 Coríntios 12.4-6

 

1. Líderes não têm todas as respostas, embora os outros possam pensar que eles tenham.

2 Liderança não significa mostrar às pessoas o quanto você é enérgico, entusiástico ou empreendedor. Significa obter bastante conhecimento e sabedoria para levar as pessoas e planos da obscuridade à excelência.

3. Líderes sempre estão na curva da aprendizagem. Eles sabem que não chegaram ao fim de sua missão até que tenham mostrado a outra pessoa, pelo seu próprio exemplo, como ser o melhor que eles podem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TIPOLOGIA JOSÉ (Gn caps. 37 a 50) - JESUS

1. Amado pelo pai (Gn 37.3) - Jesus (Mt 3.17).

2. Odiado pelos irmãos (v 4) - Jesus (Jo 15.24).

3. Enviado pelo pai (vv 13-24) - Jesus (1 Jo 4.14).

4. Vendido (v 28) - Jesus (Mt 26.14,15).

5. Tentado e venceu (Gn 39) - Jesus (Mt 4.1-11).

6. Preso entre dois criminosos, um salvo, outro condenado (Gn 40) - Jesus (Lc 23.32,33).

7. Levantado e exaltado (Gn 41.14,43,44) - Jesus (Mt 28.18).

8. Com trinta anos começou o ministério (Gn 41.46) - Jesus (Lc 3.23).

9. A noiva não-hebreia (Gn 41.45) - Jesus (Ef 5.25,27).

10. A tribulação obrigou os irmãos a procurá-lo (Gn 42) - Jesus (Mt 24.21; Zc 12.10; Is 26.16).

11. Por ele vieram reconciliação e bênção para os irmãos (Gn 45e46)-Jesus(Isll,12e35)

12. Todos os povos abençoados por causa dele (Gn 41.57) -Jesus (Is 2.2 a 4; 11.10).

 

 

SUBSÍDIOS PARA AJUDA COM O ESTUDO DA LIÇÃO

 

 

A LEI DA INTUIÇÃO: JOSÉ AGE

EFICIENTEMENTE EM UMA CRISE

(Gn 37.5-36; 39.1—41.16)

 

Problemas nunca paralisam grandes líderes; eles sabem que, geralmente, existem soluções. As Escrituras mostram que José realizou muitas coisas porque possuía:

 

1. Uma visão significativa de Deus (Gn 37.5-6,9-11). Enquanto jovem, José sabia que Deus tinha algo especial em mente para ele.

2. Um relacionamento vital com Deus (Gn 39.2,21,23). O texto diz que "o Senhor era com José."

3. Um caráter forte desenvolvido através de dificuldades (Gn 39.7-8). Com cada nova aflição, José ficava mais forte.

4. Experiência prática obtida através da vida (Gn 39.22). José cresceu em habilidade e experiência quando tomou conta da prisão.

5. Dons especiais recebidos de Deus (Gn 41.15-16). A habilidade de José de interpretar sonhos o capacitou para fazer diferença em muitas vidas.

6. Uma bênção peculiar de Deus (Gn 39.3-5). Quatro vezes a Bíblia expressa de alguma forma a bênção de Deus dada a José: "Tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos." (Gn 39.2-3,21,23).

 

 

 

Leis

José e a lei do processo

Liderança se desenvolve diariamente, não em apenas um dia (Gn 37.1—50.22)

 

Tornar-se líder é bastante semelhante a investir na bolsa de valores. Se você espera conseguir uma fortuna em um dia, está enganado. O que mais importa é o que você faz dia após dia, por longo prazo. Se você desenvolve continuamente sua liderança, permitindo que os seus "ativos" se multipliquem no decorrer do tempo, o resultado inevitável será crescimento.

Embora algumas pessoas possuam dons naturais maiores do que outras, basicamente todas as habilidades de liderança podem ser aprendidas e aperfeiçoadas. Mas o processo não acontece do dia para o noite. A liderança possui tantas facetas: respeito, experiência, força emocional, habilidades pessoais, disciplina, visão, impulso, oportunidade, e a lista continua. Por isso, se exige tanto tempero dos líderes para que sejam eficientes.

A boa notícia é que você pode crescer na sua habilidade de liderança, independentemente do seu ponto de partida, você pode ser aperfeiçoado.

José foi um menino convencido, arrogante demais em relação à sua bondade. Não se cansava de pensar que era o favorito de seu pai, o menino que recebeu tratamento especial, o filho da velhice de Jacó. José teve de senti-lo na pele.

Quando Deus deu um sonho a José, revelando-lhe que, no futuro, governaria a sua família, não apenas os 11 irmãos, mas também os seus pais, José contou, inadvertidamente a todos o assunto. Seu pai o repreendeu. Seus irmãos queriam vingança.

 

E eles se vingaram.

 

Na sua juventude, José não sabia como lidar habilmente com outros. Faltava-lhe experiência, sabedoria e humildade, três qualidades que são obtidas apenas no decurso do tempo. A vida de José ilustra a Lei do Processo. Note como tempo e experiência contribuíram para desenvolver as habilidades de liderança de José:

 

FASE UM: Não sei o que não sei.

 

Cada um começa em estado de ignorância. Foi lá que José começou. Ele não compreendia a dinâmica de sua família. Também não podia imaginar como os seus irmãos reagiriam quando descreveu seu sonho ou, talvez, nem se importariam com isso. As Escrituras dizem que os seus irmãos o odiavam. Quando descreveu seu sonho, eles o odiaram ainda mais. José fez e disse coisas sem compreender as questões interpessoais envolvidas. Sua ignorância lhe custou mais do que duas décadas de alienação de sua família.

 

FASE DOIS: Sei o que não sei.

 

Foi necessário um incidente na vida para se obter a atenção de José e colocá-lo no trilho da mudança. Confinado à escravidão no Egito, ele começou a aprender o que não sabia. Chegou a compreender que a liderança é difícil e traz consigo um grande peso de responsabilidade. Ao longo dos anos, José foi traído e aprendeu duras lições sobre a natureza humana, sobre relacionamentos e liderança. O processo moldou o seu caráter, dando-lhe paciência e humildade. Mais tarde, reconheceu que Deus é a fonte de bênção e poder.

 

FASE TRÊS: Sei e cresço, e as coisas começam a aparecer.

 

Líderes que apresentam grande habilidade quando surgem oportunidades somente brilham porque pagaram o preço da preparação. Quando, finalmente, Faraó chamou José, o homem jovem agiu com excelência e grande sabedoria. Ele não foi bem-sucedido porque, de repente, se tornou bom aos 30 anos de idade; foi bem-sucedido porque pagou o preço durante 13 anos. A sabedoria e o discernimento adquiridos a muito custo o promoveram à posição de segundo homem mais importante no comando do povo mais poderoso no mundo da época.

 

FASE QUATRO: Simplesmente prossigo por causa do que sei.

 

Durante os sete anos de fartura, José executou seu plano de liderança com grande destreza. Encheu as cidades do Egito com grãos e preparou o país para a carestia. Mas somente pode-se ver o quanto sua liderança havia crescido ao observar o que fez durante os seguintes anos de carestia. Enquanto se empenhava em alimentar o povo do Egito, a força de sua liderança lhe permitiu alimentar também outros povos. No processo, ele conquistou ouro dinheiro, animais domésticos e terras e os colocou sob o domínio de seu mestre. Em José também se cumpriu a profecia dos seus sonhos de adolescente.

Cada líder eficiente precisa de tempo para desenvolver-se, mas somente o tempo não pode fazer de alguém um líder eficiente. Algumas pessoas nunca descobrem a Lei do Processo, nunca trabalham o crescimento e, por isso, permanecem na Fase Um durante toda a sua vida.

Para a felicidade dos filhos de Israel, José não parou no primeiro estágio. Ele cresceu na jornada do poço ao palácio. Porém quase 23 anos se passaram até reencontrar-se com os seus irmãos e ver a sua visão se realizar. No final, José se deu conta de que Deus havia dirigido o processo de seu desenvolvimento como líder e que havia sido conduzido para um propósito bem maior do que jamais havia imaginado enquanto garoto convencido.

No tempo no qual seu pai faleceu, José havia aprendido a ver as coisas sob a perspectiva de Deus. Quando seus irmãos temiam pela vida deles, José acalmou os nervos deles dizendo: "Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus? Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida" (Gn 50.19-20).

 

No final, José pôde ver a presença da mão de Deus em todos os anos de sua vida. Compreendeu o plano de longo prazo do Senhor para seu povo, um plano que José ajudou a cumprir ao crescer como o líder que Deus desejava que fosse.

 

 

A LEI DA BASE SÓLIDA: JOSÉ CONQUISTA CONFIANÇA

(Gn 39.1— 41.16)

 

A Bíblia descreve algumas situações obscuras e difíceis na vida de José. Mas ela também revela que, toda vez que enfrentava adversidade, usou a mesma para desenvolver-se pessoalmente e obter a confiança de outros. Como resultado, José teve um retorno após outro e deu provas de ser um líder de confiança.

 

Observe algumas das maneiras pelas quais conquistou confiança ao longo do tempo:

 

A Lei da Base Sólida ensina que a liderança opera com base na confiança. Como José obteve confiança nas suas lutas e adversidades? Ele a ganhou demonstrando regularmente competência e caráter nos seus relacionamentos com outros. Foi capaz de manejar cada derrota de tal maneira que obtivesse retorno porque praticou a Lei da Base Sólida.

 

 

Perfil de Liderança

FARAÓ

Liderando com humildade (Gn 41.1-55)

 

O Faraó que governava o Egito no tempo de José mostrou extraordinária sabedoria e intravisão, bem como um coração receptivo à verdade. Estrategicamente, Deus colocou esse homem humilde como rei sobre o Egito numa época crucial na história mundial.

Quando pesadelos noturnos acordavam Faraó, ele reconhecia que algo ruim estava acontecendo. Como líder forte, reconheceu seu senso de desconforto, mas, como líder humilde, aceitou o conselho de outros. Faraó convocou José, o qual interpretou com sucesso os sonhos dele.

Você acha que Faraó sabia que seu reino se encontrava na "corda bamba" quando processou cuidadosamente a mensagem que Deus lhe dera? Exigia-se grande sabedoria e humildade para designar José como pessoa chave, dar-lhe autoridade e os recursos necessários para sobreviver à futura calamidade. Mas ele o fez. E o povo seguiu a liderança dele, armazenando cuidadosamente grãos durante os sete anos de abundância profetizados. Quando chegaram os tempos difíceis preditos, Faraó, mais uma vez, submeteu-se a José. O rei do Egito entregou a si próprio e a seu povo nas mãos capazes desse estrangeiro.

Se Faraó tivesse sido arrogante ou fosse intimidado por José, milhões de pessoas teriam morrido de fome. Mas ao invés disso, Faraó ouviu atentamente, delegou poder a José para que agisse e, fazendo assim, assegurou o seu próprio legado como líder eficiente.

 

 

 

A LEI DA DELEGAÇÃO DO PODER: JOSÉ E    

SEUS IRMÃOS (Gn 45.4-7)

 

Quando os irmãos de José se deram conta de que a pessoa a quem haviam traído poderia, agora, fazer com eles o que bem entendia, temiam ser vingados. Mas ao invés de retaliar, José os abençoou e lhes delegou poder para completarem a tarefa que os levou para o Egito: garantir alimento para as famílias deles. Uma leitura atenta de Gênesis 45.4-7 revela as qualidades que tornaram José um líder que delegou poder:

 

1. Forte senso de segurança. "Agora, chegai-vos a mim" (v. 4).

2. Forte senso de identidade. "Eu sou José, vosso irmão" (v. 4).

3. Forte senso de empatia. "Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos" (v. 4).

4. Forte senso de propósito. "Para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós"  (v. 5).

5. Forte senso de perspectiva. “Ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem colheita. Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra" (v. 6-7).

 

 

COMO O CARÁTER FORMA PERSPECTIVA (Gn 50.15-21)

 

José coloca toda a sua vida em perspectiva no último capítulo de Gênesis. No auge de uma terrível carestia, seus irmãos voltam humildemente e se inclinam frente a ele, exatamente como ele havia predito décadas antes. Mas ao invés de usar o seu grande poder e puni-los, ele disse: "Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida" (Gn 50.20).

Como alguém desenvolve uma perspectiva tão correta (e rara)? O que capacitou José a evitar a aplicação do tipo de vingança que a maioria de nós seria tentada a exercer em circunstâncias semelhantes? Uma palavra: Caráter. Pelo fato de José ter passado anos nas mãos de Deus, que constrói o caráter, ele pôde manter uma perspectiva correta e usar o seu poder para abençoar seus irmãos ao invés de amaldiçoá-los.

A maneira como um líder maneja as circunstâncias da vida nos conta muita coisa a respeito do seu caráter. Crises não constroem, necessariamente, o caráter, mas, certamente, revelam o mesmo. A adversidade é uma encruzilhada que faz uma pessoa escolher entre dois caminhos: Caráter ou compromisso. Toda vez que escolhe caráter, se torna mais forte, mesmo que essa escolha traga consequências negativas (lembra-se por que José parou na prisão?). O desenvolvimento do caráter está no coração de nosso desenvolvimento como líderes.

Se você deseja a perspectiva de Deus na vida, então certifique-se de desenvolver seu caráter. Essa é a única maneira, como o exemplo de José nos lembra.

 

 

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SUSÍDIOS BÍBLIA BEP – CPAD

 

Gênesis 37.2 JOSÉ.

A história de José nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação dentro do Egito. Esta seção de Gênesis não somente nos prepara para a narrativa do êxodo do Egito, como também revela a fidelidade que José sempre teve para com Deus, e as muitas maneiras como Deus protegeu e dirigiu a sua vida para o bem doutras  pessoas. Ressalta a verdade que os justos podem sofrer num mundo mau e iníquo, mas que, por fim, triunfará o propósito de Deus reservado para eles.

37.3 UMA TÚNICA DE VÁRIAS CORES. A túnica ricamente ornamentada que José recebeu de seu pai, contrasta fortemente com as túnicas comuns usadas por seus irmãos. Ela revelava uma posição especial de favoritismo e honra diante de seu pai.

37.5 UM SONHO. Deus, às vezes, nos revela sua vontade através de sonhos proféticos (Gn 28.10-17; Nm 12.6-8; Dn 7; Mt 1.20-24). Hoje, sob o novo concerto, Deus ainda pode nos falar através de sonhos (cf. At 2.17), embora sua revelação e orientação principais emanem das Escrituras (Jo 15.7; 1 Tm 4.6; Tg 1.21) e do Espírito Santo que em nós habita (Rm 8.1-17; Gl 5.16-25).

37.6 OUVI... ESTE SONHO. José revelou precipitação e imaturidade ao contar aos irmãos o seu sonho. O propósito do sonho era propiciar-lhe revelação e fé para seu espinhoso futuro, e não para ser-lhe motivo de exaltação sobre seus irmãos. Deus pode ter escolhido José para a missão de proteger a família de Jacó no Egito, por serem seus padrões morais e sua dedicação a Deus e às suas leis claramente superiores aos dos seus irmãos (2 Tm 2.20,21).

37.7 OS VOSSOS MOLHOS O RODEAVAM E SE INCLINAVAM AO MEU. Um dia esse sonho teve seu cumprimento literal (Gn 42.6; 43.26; 44.14).

37.21 RÚBEN. Rúben era o primogênito de Jacó e, nessa condição, deveria ser o líder dos seus irmãos. No entanto, depois do seu ato imoral com Bila (ver Gn 35.22), perdeu para sempre a liderança espiritual definitiva e não conseguiu aqui influenciar suficientemente os seus irmãos (vv. 22-29; Gn 42.37,38).

37.28 LEVARAM JOSÉ AO EGITO. Embora José fosse tratado com crueldade pelos seus irmãos e vendido como escravo, Deus serviu-se dessas más ações do homem para realizar a sua vontade na vida de José.

37.35 ATÉ À SEPULTURA. A palavra sepultura aqui é a palavra hebraica sheol.

 

 

Gênesis 39.1 JOSÉ FOI LEVADO AO EGITO.

José foi levado ao Egito aproximadamente em 1900 a.C. Isso deve ter ocorrido cerca de duzentos anos depois da chamada de Abraão (Gn 12.1-3). José enfrentou três grandes provas no Egito: a prova da pureza pessoal, prova essa que os jovens frequentemente enfrentam quando estão longe de casa; a prova da oportunidade de vingança, uma prova por que frequentemente passam as pessoas que sofreram injustiças e a prova de encarar a morte (quando José esteve injustamente na prisão). Em cada caso, José triunfou na prova mediante sua confiança em Deus e suas promessas.

39.2 O SENHOR ESTAVA COM JOSÉ. As Escrituras deixam claro que a separação entre José e o seu povo estava sob o controle de Deus. Deus estava operando através de José e das circunstâncias deste, a fim de preservar a família de Israel e reuni-la segundo a sua promessa (Gn 45.5-15; 50.17-20,24; Sl 105.17-23)

39.9 COMO... EU... PECARIA CONTRA DEUS? Todo o pecado, inclusive o pecado contra a integridade do casamento (i.e., o adultério), é sobretudo um pecado contra Deus (Sl 51.4). O rei Davi, tempos depois, aprendeu essa lição em amarga experiência, ao longo de um contínuo julgamento divino em sua vida e na de sua família (ver Êx 20.14).

39.12 ELE... FUGIU. José, por lealdade e fidelidade a seu Deus, bem como por lealdade a Potifar, continuou resistindo ao pecado (Pv 7.6-27). Ele triunfou sobre a tentação, porque de antemão já estava firmemente decidido a permanecer obediente ao seu Senhor e a de não pecar (v. 9). O crente do novo concerto vence a tentação da mesma maneira. Ele precisa tomar uma decisão firme e resoluta de não pecar contra Deus. Havendo esse propósito, não poderá haver lugar para desculpas, exceções ou concessões.

39.20 E O ENTREGOU NA CASA DO CÁRCERE. A vida de vitória sobre a tentação e a fidelidade a Deus nem sempre resultam em recompensa imediata. José sofreu por causa da sua retidão. Cristo declara que seus seguidores são também perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10) e nos afirma que tais pessoas são bem-aventuradas e que receberão um grande galardão no céu (Mt 5.11,12).

39.21 O SENHOR... ESTAVA COM JOSÉ. Quatro vezes no capítulo 39 está escrito que o Senhor estava com José (vv. 2,3,21,23). Porque José honrava a Deus, Deus honrava a ele.

Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus dirigirá todos os seus passos (Pv 3.5,6).

 

 

Gênesis 40.1 E ACONTECEU, DEPOIS.

José mantinha a sua fé em Deus, mesmo quando estava confinado no cárcere, sem motivo, durante pelo menos dois anos. Suas interpretações dos sonhos de Faraó, por revelação do Espírito de Deus, resultou na oportunidade para sua libertação imediata e ato contínuo, na sua ascendência à posição de autoridade. Essa narrativa salienta que, embora Deus não seja a causa de tudo que acontece (Gn 39.7-23), Ele pode usar até circunstâncias adversas para fazer cumprir a sua vontade, visando ao nosso bem, segundo os seus propósitos (ver Rm 8.28).

40.2 FARAÓ. Este era o termo genérico usado por todos os reis do Egito. Era comumente anexado ao nome do monarca.

 

 

Gênesis 41.1 AO FIM DE DOIS ANOS INTEIROS, FARAÓ SONHOU.

O cap. 41 mostra Deus operando na vida de Faraó e de José, a fim de controlar o destino das nações e prover um lugar para o seu povo escolhido. Todas as nações estão sujeitas às intervenções de Deus e ao seu controle direto.

41.8 OS ADIVINHADORES DO EGITO. Os adivinhos (ou mágicos, i.e., pessoas que praticavam a magia ou feitiçaria) eram comuns no Egito (cf. Êx 7.11; 8.7,18,19; 9.11). A magia consistia na prática de adivinhação (i.e., a tentativa de descobrir conhecimentos ocultos por meio de maus espíritos), na tentativa de predizer o futuro e controlar o curso da natureza, dos seres humanos ou das circunstâncias, mediante a ajuda de poderes sobrenaturais ou espíritos. A lei mosaica condenava rigorosamente todo e qualquer contato com a magia ou feitiçaria (Dt 18.9-14) e o NT os condena igualmente (At 19.17-20; Ap 9.20,21; 22.15).

41.16 DEUS DARÁ RESPOSTA. José enfatizou que seu Deus daria a interpretação do sonho de Faraó. Sua fé no Senhor Deus, confessada publicamente, poderia ter-lhe custado a vida, na presença de um rei egípcio, o qual considerava-se a si mesmo um deus.

41.46 JOSÉ ERA DA IDADE DE TRINTA ANOS. José tinha dezessete anos ao ser vendido como escravo por seus irmãos (37.2). A seguir, passou treze anos como escravo, e pelo menos três desses anos foram passados no cárcere. Desse lugar, Deus o exaltou a uma posição de honra e autoridade. Aos trinta anos, porém, José continuou sendo fiel ao seu Deus. Tal dedicação é manifesta nos nomes hebraicos dos seus dois filhos: Manassés (hb. que faz esquecer , v.57), e Efraim (hb. duplamente frutífero , v.52).

 

 

Gênesis 42.4 BENJAMIM.

Benjamim era um dos dois filhos de Raquel e, portanto, o irmão germano de José. Tendo já perdido um dos filhos de Raquel, Jacó agora protege atentamente a Benjamim, mantendo-o em casa.

42.8 JOSÉ... CONHECEU OS SEUS IRMÃOS. José ocultou a sua identidade até certificar-se de que seus irmãos demonstrariam pesar pelo que tinham feito a ele e ao pai, anos antes (Gn  37).

42.9 VÓS SOIS ESPIAS. Embora José reconhecesse seus irmãos e bem soubesse que não eram espias, os pôs à prova a fim de verificar se o caráter deles fora transformado e, se sentiam remorso pelo mal que praticaram contra ele e seu pai, Jacó.

42.21 NA VERDADE, SOMOS CULPADOS. Os irmãos de José reconheciam agora sua culpa pelo seu tratamento impiedoso com José, vinte anos antes (Gn 37.2; 41.46,53,54).

Concluíram que Deus estava lhes aplicando o justo castigo pelo seu crime (vv. 21,22). Muitas vezes, quando temos pecado oculto em nossa vida, Deus age para despertar nossa consciência e vermos a nossa culpa. Nesses casos, podemos, ou endurecer o coração ou humilhar-nos diante de Deus, confessar o pecado e decidirmos andar em retidão.

42.37 MATA OS MEUS DOIS FILHOS. Os versículos 29-38 demonstram que os irmãos de José tinham melhorado seu caráter. Rúben, por exemplo, preferia perder seus próprios filhos a causar mais tristeza ao seu pai.

 

 

Gênesis 43.9 SEREI RÉU DE CRIME.

Assim como Rúben (Gn 42.37), Judá assumiu de espontânea vontade a responsabilidade pelo seu irmão Benjamim. Ofereceu-se para tomar sobre si a vergonha e a culpa, se Benjamim não voltasse são e salvo.

43.14 E EU, SE FOR DESFILHADO. Quando Israel percebeu que nada podia fazer para alterar as suas circunstâncias terríveis, só lhe restava colocar seus filhos nas mãos de Deus, orar pedindo misericórdia e preparar-se para qualquer eventualidade. Estava disposto a aceitar a vontade de Deus, mesmo se envolvesse a perda do filho e demais sofrimentos. Entretanto, os acontecimentos levaram-no a um final de vida feliz, regozijando-se em Deus e nEle confiando, pois o guiara durante toda a sua vida.

 

 

Gênesis 44.5 EM QUE ELE BEM ADIVINHA?

É evidente que José não praticava ocultismo, o qual era proibido por Deus. Há duas explicações possíveis para este particular da narrativa.

(1) A palavra hebraica traduzida adivinha , também pode significar perceber . Assim, o texto também significaria que José não deixaria de perceber que o copo de prata desaparecera.

(2) Pode ser, também, que José estava tão somente adequando-se à imagem que os irmãos teriam dele como um governante egípcio (v. 15).

44.13 RASGARAM AS SUAS VESTES. Tratava-se de um sinal evidente de grande angústia e aflição. Os irmãos poderiam ter seguido viagem e deixado Benjamim, mas a resolução de voltarem e assumirem as conseqüências, tendo Benjamim com eles, revelou que seu caráter realmente mudara e que agora se preocupavam de fato com seu irmão e seu pai (vv. 18-34).

44.15 TAL HOMEM COMO EU BEM ADIVINHA? Ver v. 5.

44.18-34 ENTÃO, JUDÁ SE CHEGOU A ELE. Verifica-se que os irmãos de José experimentaram uma grande mudança interior em relação ao tempo em que o venderam para o Egito. Essa mudança revela-se não somente na disposição de todos os irmãos sofrerem como escravos por amor a Benjamim (vv. 13-16), mas, principalmente, na súplica de Judá em favor de Benjamim (vv. 18-34). Estavam agora dispostos a assumir a culpa pela iniqüidade que praticaram no passado e a pagar qualquer preço para salvar Benjamim e evitar que o pai deles sofresse uma aflicão mortal (vv. 16,32,33).

 

 

Gênesis 45.5 DEUS ME ENVIOU. José revela que muitas vezes Deus sobrepõe soberanamente a sua providência e controla as más ações dos seres humanos a fim de executar a sua vontade (50.20).

45.7 PARA CONSERVAR VOSSA SUCESSÃO. Deus operou através de José para a preservação do povo do concerto, do qual descenderia o Cristo. Note-se que, embora Cristo viesse da linhagem de Judá e não da de José, Deus usou este para preservar a linhagem da qual viria Cristo. José, portanto, foi um antecessor espiritual de Cristo, algo muito mais importante do que ser ancestral físico (Rm 4.12-16).

45.10 NA TERRA DE GÓSEN. Localizada a cerca de 64 km da atual cidade do Cairo, Gósen situava-se no delta do Nilo, ficando assim separada dos centros principais da vida egípcia. Ali, os israelitas viveriam isolados dos egípcios e se desenvolveriam como nação.

 

Gênesis 46.1 E PARTIU ISRAEL.

Israel (i.e., Jacó) e sua família migraram para o Egito. (1) A mudança de território do povo de Deus foi conseqüência direta da fome severa que Deus fez surgir no mundo (Gn 47.13). Deus literalmente forçou Israel a mudar-se para o Egito, por seu controle soberano (15.13,14). Na nova terra, o povo escolhido por Deus multiplicar-se-ia e se tornaria uma grande nação e de lá retornaria a Canaã (Gn 50.24). (2) Cumprindo a exigência dos egípcios (cf. 43.32; 46.34), os filhos de Israel habitaram separadamente na terra de Gósen. Ali, permaneceriam separados, um povo consagrado a Deus, esperando o dia da sua volta à pátria prometida de Canaã, onde assumiriam o seu papel no plano divino da redenção.

46.3 EU SOU DEUS,... NÃO TEMAS. Deus novamente promete que estará com Jacó e sua família e reitera a promessa que os seus descendentes se tornarão uma grande nação e que voltarão à terra de Canaã. Todos nós precisamos da reafirmação da parte de Deus, do seu amor, cuidado e presença enquanto aqui vivermos e experimentarmos as dificuldades e tomadas de decisão inevitáveis nesse mundo perdido. Se você estiver se esforçando mesmo, para seguir o Senhor, você tem o direito de pedir da parte dEle uma reafirmação do seu amor por você e da sua direção para a sua vida (Jo 1.12,13).

46.26 SESSENTA E SEIS. As sessenta e seis pessoas são as que viajaram com Jacó para o Egito. As setenta no versículo 27 inclui José, seus dois filhos e Jacó. Atos 7.14 conta o número de pessoas como setenta e cinco, incluindo, assim, os netos de José.

46.34 ABOMINAÇÃO. A ocupação principal da família de Jacó era a criação de animais. Tradicionalmente, os egípcios tinham grande desprezo por pastores de rebanhos. Essa animosidade ajudou os israelitas a permanecerem separados dos egípcios e dos seus respectivos costumes (Gn 43.2; ver Gn 45.10).

 

 

Gênesis 47.9 MINHAS PEREGRINAÇÕES.

Jacó referiu-se à sua vida e à dos seus antepassados, como uma peregrinação. (1) Como estrangeiro e peregrino na terra, ele confiava em Deus para a posse da terra prometida. Vivia, portanto, pela fé. Juntamente com Abraão e Isaque, ele morreu sem receber as promessas; sua meta suprema era uma pátria melhor, celestial (Hb 11.8-16). (2) Todos os crentes são, da mesma forma, peregrinos e estrangeiros na terra, vivendo pela fé e aguardando a celestial cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus (ver Hb 11.10-13).

47.30 POR ISSO, ME LEVARÁS DO EGITO. Jacó estava próximo da morte e não recebera a promessa, mas pela fé em Deus, ele contemplava o dia em que Deus levaria o povo de volta a Canaã (ver Gn 46.3). Com isso em mente, ele pediu para ser sepultado junto à sua família em Canaã (Hb 11.22).

 

 

Gênesis 48.5 OS TEUS DOIS FILHOS... SÃO MEUS.

Jacó considerou os dois filhos de José como se fossem dele mesmo, e assim garantiu a José uma porção dupla de herança. Efraim e Manassés, portanto, iam ter os mesmos direitos e posição dos demais filhos de Jacó, tais como Rúben e Simeão. Os descendentes de Efraim e de Manassés, respectivamente, formaram duas tribos distintas.

48.15 O DEUS QUE ME SUSTENTOU, DESDE QUE EU NASCI. Jacó deixou aos seus filhos um exemplo de fé perseverante em Deus e um testemunho de que Deus o sustentou (lit., em hb. pastoreou) durante toda sua vida, livrando-o de todo mal. O livro aos Hebreus aponta o ato de Jacó, ao abençoar Efraim e Manassés, como uma evidência suprema da sua fé resoluta em Deus (Hb 11.21). A coisa mais grandiosa que um pai pode legar aos seus filhos é sua fé em Deus e a sua dedicação a Ele e aos seus caminhos. Não há herança maior do que essa.

48.19 O SEU IRMÃO MENOR SERÁ MAIOR QUE ELE. Note-se que em diversas ocasiões na história do AT, Deus escolheu o filho mais novo em vez do mais velho. Escolheu Isaque em vez de Ismael (Gn 21.12), Jacó em vez de Esaú (Gn 25.23), José em vez de Rúben (vv. 21,22; Gn 49.3,4), Efraim em vez de Manassés (vv. 14-20), Gideão em vez dos irmãos dele (Jz 6.11-16) e Davi em vez dos irmãos dele (1 Sm 16). Isso evidencia o fato de que ter primazia entre os seres humanos não significa ter primazia com Deus. Deus escolhe as pessoas à base da sinceridade, pureza e amor, e não da sua posição na família (ver Mt 19.30; 20.26; 1 Co 1.27,28; Tg 2.5).

 

 

Gênesis 49.1 CHAMOU JACÓ A SEUS FILHOS.

Nos momentos finais da sua vida, Jacó reuniu seus filhos e profetizou a respeito da vida deles e do seu futuro no plano divino da redenção. As bênçãos e as maldições deste capítulo estão condicionadas à qualidade do relacionamento com Deus, por parte dos descendentes de Jacó (ver v. 7).

49.4 NÃO SERÁS O MAIS EXCELENTE. Rúben era o primogênito de Jacó. Como tal, ele tinha o direito à primogenitura e à primazia da liderança, honra e autoridade sobre os demais. Porém, esses direitos foram anulados devido ao seu incesto com Bila, concubina de seu pai (Gn 35.22; Dt 27.20). Noutras palavras, a degeneração do caráter, manifesta por tais atos baixos, pode destituir uma pessoa para sempre de posições de liderança.

49.7 MALDITO SEJA O SEU FUROR. A maldição que Jacó pronunciou contra Simeão e Levi (vv. 5-7) era de natureza condicional, da mesma forma que todas as outras bênçãos e maldições deste capítulo. Por causa do posicionamento de lealdade ao Senhor por parte dos levitas (i.e., a família de Levi), na cena posterior do bezerro de ouro, a maldição pronunciada aqui, foi removida, sendo-lhes concedida uma bênção e uma posição de honra (Êx 32.26-29; Lv 25.32,33; Dt 10.8; 33.8-11). Vê-se, assim, que maldições pronunciadas contra um pai e sua família podem ser aniquiladas mediante arrependimento e a fé em Deus por parte dos filhos (Lv 26.39-42; 2 Cr 30.7-9; Jr 31.29,30; Ez 18.1-9).

49.10 ATÉ QUE VENHA SILÓ. A bênção outorgada a Judá (vv. 8-12) indica que os direitos da primogenitura lhe foram concedidos, e, portanto, as bênçãos prometidas a Abraão (Gn 12.1-3). A suma dessa promessa é que todas as nações seriam abençoadas através de Judá pela semente da mulher (ver Gn 3.15). (1) A Judá foi dito que seus descendentes governariam seus irmãos, até que venha Siló (vv. 8-10). Esta promessa foi parcialmente cumprida no fato da linhagem real de Israel ter sido a do rei Davi, um descendente de Judá. (2) Siló provavelmente significa aquele a quem pertence (cf. Ez 21.27) e, em sentido pleno, refere-se ao Messias vindouro, Jesus Cristo, que veio através da tribo de Judá (Ap 5.5). Jacó profetizou que todos os povos lhe seriam sujeitos (v. 10; Ap 19.15), e que Ele traria grandes bênçãos espirituais (vv. 11,12).

 

 

Gênesis 50.1 CHOROU SOBRE ELE.

O sentimento de José pela morte de seu pai é um modelo para todos os crentes que experimentam a perda de um ente querido crente. (1) Pesar sincero. José chorou e observou um longo período de luto, de setenta dias e algumas semanas, enquanto transportava os restos mortais de Jacó, de volta a Canaã, para o sepultamento (vv. 1-4,7-14). Não é desespero, nem erro, alguém sentir pesar durante semanas ou até mesmo meses pela morte de alguém muito querido. (2) O esmero no preparo do enterro (v. 2). José queria honrar a memória de seu pai de modo justo e apropriado. (3) Cumprimento das últimas vontades. José honrou as promessas que fizera a seu pai (vv. 5,12,13). Promessas feitas em vida, pela fé e baseadas na vontade de Deus, devem ser cumpridas depois da morte de um ente querido. (4) Testemunho fiel. José deu testemunho da sua fé nas promessas de Deus, ao levar seu pai de volta à terra prometida de Canaã e sepultá-lo no túmulo de Abraão, Isaque e dos demais (1 Ts 4.13,18; ver Fp 1.21).

50.20 DEUS O TORNOU EM BEM. Ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA abaixo

50.25 FAREIS TRANSPORTAR OS MEUS OSSOS DAQUI. A fé perseverante de José estava firmada na promessa de Deus, de que Canaã seria a pátria do seu povo (Gn 13.12-15; 26.3; 28.13). Por isso, pediu que seus ossos fossem transportados para a terra da promessa. Quatrocentos anos mais tarde, quando os israelitas deixaram o Egito, na sua viagem para Canaã, levaram consigo os ossos de José (Êx 13.19; Js 24.32; Hb 11.22). Da mesma forma, todos os salvos sabem que seu futuro está reservado, não neste mundo presente, mas noutra pátria, a celestial, onde habitarão para sempre com Deus e desfrutarão eternamente da sua presença e bênçãos. É essa a sua promessa aos seus servos fiéis (Hb 11.8-16; Ap 21.1-4).

 

 

A PROVIDÊNCIA DIVINA

Gn 45.5 “...não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.”

Depois de o Senhor Deus criar os céus e a terra (1.1), Ele não deixou o mundo à sua própria sorte. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da sua criação. Deus não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo, deu-lhe corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim; pelo contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida daquilo que criou. O constante cuidado de Deus por sua criação e por seu povo é chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina.

 

ASPECTOS DA PROVIDÊNCIA DIVINA. Há, pelo menos, três aspectos da providência divina.

Preservação. Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6). O poder preservador de Deus manifesta-se através do seu filho Jesus Cristo, conforme Paulo declara em Cl 1.17: Cristo “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”. Pelo poder de Cristo, até mesmo as minúsculas partículas de vida mantêm-se coesas. (2) Provisão. Deus não somente preserva o mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando Deus criou o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, Deus renovou a promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (8.22). Vários dos salmos dão testemunho da bondade de Deus em suprir do necessário a todas as suas criaturas (e.g.,

Sl 104; 145). O mesmo Deus revelou a Jó seu poder de criar e de sustentar (Jó 3841), e Jesus asseverou em termos bem claros que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29. Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16,17). A Bíblia revela que Deus manifesta um amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima (e.g., Sl 91; ver Mt 10.31). Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de Filipos: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (ver Fp 4.19). De conformidade com o apóstolo João, Deus quer que seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem (ver 3Jo 2). (3) Governo. Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. Deus, como Soberano que é, dirige, os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito. Mesmo assim, até Deus consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo supremo neste mundo. As Escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século” [mundo] (2Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (ver 1Jo 5.19; Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso ao poder regente de Deus, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note, porém, que essa autolimitação da parte de Deus é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19—20).

 

A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO. A revelação bíblica demonstra que a providência de Deus não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau e decaído. (1) Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge a inevitável pergunta “Por quê?” (cf. Jó 7.17-21; Sl 10.1; 22.1; 74.11,12; Jr 14.8,9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de Deus. (2) Deus permite que os seres humanos experimentem as consequências do pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José, por exemplo, sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito (37; 39). Vivia no Egito uma vida temente a Deus, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois anos (40.1—41.14). Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, Deus estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5; 50.20). (3) Não somente sofremos as consequências dos pecados dos outros, como também sofremos as consequências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo: o pecado da imoralidade e do adultério, frequentemente resulta no fracasso do casamento e da família do culpado. O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar à agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas. O pecado da cobiça pode levar ao furto ou desfalque e daí à prisão e cumprimento de pena. (4) O sofrimento também ocorre no mundo porque Satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de cegar as mentes dos incrédulos e de controlar as suas vidas (2Co 4.4; Ef 2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que passaram por sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflição mental (e.g., Mc 5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 9.14-22; Lc 13.11,16).

Dizer que Deus permite o sofrimento não significa que Deus origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. Deus nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe são fiéis (ver Mt 2.13; Rm 8.28)

 

O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA. O crente para usufruir os cuidados providenciais de Deus em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia revela. (1) Ele deve obedecer a Deus e à sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a Deus, mediante sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele (39.2, 3, 21, 23). Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino

protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a Deus e fugir para o Egito (ver Mt 2.13). Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7). (2) Na sua providência, Deus dirige os assuntos da igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At 18.9,10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24). (3) Devemos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (ver Rm 8.28).

Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; ver Fp 4.6). Tal oração de fé, pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo (Rm 15.30-32; ver Cl 4.3).

  

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SUBSÍDIOS PARA AJUDA COM O ESTUDO DA LIÇÃO

 

Lição 01: O que é Liderança Cristã | EBD | 4° Trimestre De 2022 | CPAD – Revista Jovens – Tema: Liderança na Igreja de Cristo – Escolhidos por Deus para Servir | Escola Bíblica Dominical | 

Lição 01: O que é Liderança Cristã

 

TEXTO PRINCIPAL

“Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto.” (1 Pe 5.2)

 

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Fp 4.9 O líder incentiva seus liderados
TERÇA – MT 20.25-28 Liderar e servir
QUARTA – 1 Rs 21.1-24 O perigo do mau uso da autoridade
QUINTA – 2 Co 2.16; 3.5 Deus é quem capacita o líder
SEXTA – Hb 13.7 O líder deve ser exemplo
SÁBADO – 3 Jo 9 Diótrefes, exemplo de um mau líder

 

OBJETIVOS

• APRESENTAR o conceito de liderança;
• EXPOR as partes do trabalho de um líder;
• SABER o que não é liderança.

 

INTERAÇÃO

Deus, ao longo do tempo, tem utilizado líderes para cuidar e direcionar o seu povo. Veremos que as Escrituras Sagradas nos revelam histórias emocionantes, de pessoas talentosas que dedicaram suas vidas ao trabalho do Senhor. Que o estudo de cada lição possa trazer a certeza de que o Senhor deseja desenvolver EM SEUS FILHOS habilidades de liderança para o crescimento do seu Reino.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(al. para a primeira lição do trimestre sugerimos que você inicie a aula fazendo a seguinte pergunta: “O que é ser um líder?” Ouça os alunos com atenção. Em seguida explique que segundo Chuck Swindoll. o líder é qualquer pessoa que influencia os outros. Em seguida, apresente o quadro abaixo e discuta com seus alunos as afirmações. Incentive a participação de todos.

 

1. Líderes não têm todas as respostas, embora os outros possam pensar que eles tenham.

2 Liderança não significa mostrar às pessoas o quanto você é enérgico, entusiástico ou empreendedor. Significa obter bastante conhecimento e sabedoria para levar as pessoas e planos da obscuridade à excelência.

3. Líderes sempre estão na curva da aprendizagem. Eles sabem que não chegaram ao fim de sua missão até que tenham mostrado a outra pessoa, pelo seu próprio exemplo, como ser o melhor que eles podem.

Extraído de Minutos de Motivação para Líderes, CPAD, p.5.

 

TEXTO BÍBLICO - Efésios 4.11-16

11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas. e outros para pastores e doutores.
12 Querendo o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo.
13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.
14 Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia, enganam fraudulosamente.
15 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
16 Do qual todo o corpo bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.

 

INTRODUÇÃO

Muitos e importantes são os debates a respeito de liderança, tanto no mundo corporativo quanto na igreja. Nesta primeira lição, veremos o que é liderança e qual o papel de um líder cristão e suas qualidades. A Bíblia revela que o Senhor esco­lheu pessoas para conduzir o seu povo. Estes líderes receberam autoridade divina e seus exemplos servem como referencial para todos aqueles que querem trabalhar para o Senhor com excelência. Convidamos você a embarcar nessa jornada de conhecimento e aprendizagem, pois Deus conta conosco para a realização da sua obra até que Ele venha.

 

I- O QUE É LIDERANÇA

1- Definição do termo. É impossível alguém liderar com excelência sem conhecer o significado e o real propósito da liderança. Sendo assim, a definição do termo deve ser o nosso ponto de partida. O termo ‘liderança’ aponta para aquele que vai à frente, cuja responsabilidade é conduzir pessoas, orientando-as e guiando nas mais diferentes situações da vida. Na prática, liderar implica em influenciar. O verdadeiro líder é aquele que, por meio do exemplo pessoal, consegue extrair o que seus liderados têm de melhor, levando-os a cumprirem o propósito para o qual foram chamados. Uma liderança eficiente requer que o líder tenha visão e a comunique com clareza. Também é necessário que o líder trabalhe pelo sucesso do coletivo: defenda os seus liderados, respeite-os e seja um pacificador. Podemos afirmar que ‘liderar’ é in­fluenciar pessoas.

 

2- O que é liderança cristã. Lide­rança cristã é aquela norteada pelos princípios de Jesus Cristo encontrados nas Escrituras Sagradas. O trabalho de um líder cristão é influenciar pessoas – segundo os padrões bíblicos – a servirem e agradarem a Cristo. O primeiro chamado divino para o ser humano não é para liderar, mas sim para ser um discípulo de Cristo. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas mostram que, próximo ao mar da Galileia, o Senhor Jesus chamou Pedro e André para segui-lo e serem “pescadores de homens” (Mt 4.19). A convocação para o trabalho é precedida pelo convite à comunhão.

Os afazeres de Pedro e André seriam resultado de uma vida com Cristo. O líder cristão precisa desenvolver as seguintes virtudes que resultam da sua comunhão com Jesus: amor, paciência, perdão e humildade. Por mais que as qualidades e os talentos pessoais de um líder sejam importantes, a sua fonte de conhecimento e exemplo é Jesus Cristo (2 Co 3,4-6). O líder cristão precisa conduzir os seus liderados a fim de que alcancem a maturidade cristã e reflitam o caráter de Cristo (Ef 4.13). Podemos afirmar que a liderança cristã depende de uma vida de comunhão com Deus: uma conduta ilibada e relacionamentos interpessoais saudáveis e respeitosos.

3- Liderança e serviço. Liderar é servir pessoas, auxiliando-as a identificarem e cumprirem o propósito que o Senhor tem para suas vidas. O apóstolo Paulo adverte que o comportamento do líder deve levar as pessoas a considerá-lo como ministro (servo) e despenseiro (aquele que cuida da despensa) dos mistérios de Deus (1 Co 4.1). A função do líder é servir aos seus liderados; trabalhar não segundo os seus próprios interesses e buscar agradar ao Senhor Jesus por meio de sua fidelidade. Liderança cristã é serviço e influência. Não existe liderança cristã que não seja servidora. pois liderar é servir.

 

SUBSÍDIO 1

Prezado(a) professor(a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: ‘Existe diferença entre liderança e gestão?’ Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida, explique que ‘liderança é um processo, não uma posição. Houve um tempo em que as pessoas usavam os termos liderança e gestão alternadamente Hoje a maioria das pessoas reconhecem que há significativa diferença entre os dois. A gestão está em seu melhor momento quando as coisas permanecem as mesmas. Liderança lida com pessoas e suas dinâmicas, as quais estão em constante mudança. Nunca são estáticas. O desafio da liderança é facilitar o crescimento. lsso exige movimento. que é inerente na subida de um nível de liderança ao outro. Quando as pessoas pensam na sua jornada de liderança, é frequente visualizarem um plano de carreira. O que deveriam estar pensando e no seu próprio desenvolvimento de liderança. A boa Liderança não tem a ver com fazer você avançar. Tem a ver com fazer sua equipe avançar.
(Adaptado de 5 Níveis da Liderança; Rio de Janeiro: CPAD. p.14.)

 

II- PARTE DO TRABALHO DE UM LÍDER

1- Descobrir novos talentos. Uma das funções do líder e identificar as habilidades, as aptidões e vocação de seus liderados, e ajudando-os no seu desenvolvimento. Diante da dificuldade que Timóteo enfrentou no exercício de seu dom, o apóstolo Paulo cumpriu o seu papel de líder, pontuando os valores deste jovem obreiro, incentivando-o a despertar o dom que havia nele (2 Tm 1.6). O líder tem a nobre missão de descobrir talentos e conscientizar as pessoas a respeito da missão que possuem. Compete também ao líder a missão de incentivar, treinar e acompanhar aqueles que são chamados pelo Senhor para uma missão específica.

2- Guiar. Todos necessitam de um líder, seja na vida profissional, seja na vida familiar e eclesiástica. O líder deve atuar como um orientador, indicando o caminho à medida que peregrina junto de seu liderado, oferecendo-lhe segurança e tranquilidade. No Salmo 23, o salmista mostra a necessidade e o anseio que o ser humano tem de ser guiado, conduzido por outra pessoa. Este Salmo aponta para o Senhor como o único capaz de conduzir suas ovelhas em perfeita paz e segurança. Aqueles que são vocacionados para exercer algum tipo de liderança na igreja do Senhor representam – ainda que com as suas limitações – o Sumo Pastor (1 Pe 5-4).

3- Abençoar. O desejo de Deus é que todos sejam abençoados, conforme vemos na promessa que Ele fez a Abraão (Gn 12.3). O verdadeiro líder procura sempre abençoar seus liderados. José, enquanto governador do Egito, perdoou e abençoou seus irmãos, mesmo depois de tudo que eles fizeram (Gn 45.1-4).O líder deve também se assemelhar a Neemias que, em tempo de calamidade e de escassez, liderou a reconstrução dos muros e das portas de Jerusalém, animando, incentivando e inspirando o povo a fazer uma importante obra (Ne 2.20).

 

SUBSÍDIO 2

Professor(al, explique neste tópico que “grandes coisas acontecem quando as pessoas se entendem, descobrem pontos de interesse comum e trabalham em unidade para alcançar essas metas compartilhadas. Líderes desenvolvem uma comunidade pragmática infundida com carinho e entendimento. Liderança diz respeito a colaboração não com­petição. Empenhamo-nos em reunir pessoas para atingir a sinergia através de metas, atitudes e habilidades compatíveis. É óbvio que a Liderança importa, ou seja, faz diferença duradoura no mundo. quando percebemos que esta diz respeito a desenvolver pessoas de acordo com o plano de Deus.

Ligados por um propósito comum (a visão de Deus), um modelo comum(Jesus) é um recurso comum (o Espírito Santo), os líderes desencadeiam consequências significativas no mundo. Liderança é a arte de servir a Deus ajudando seu povo a ser mais com seu Filho mediante a busca infatigável da visão e valores de Jesus. É por meio dessa busca que nos tornamos o sal da terra e que a fé cristã assume significado prático e definição no mundo.”
(BARNA. GEORGE. Desperte o Líder que Há em Você. Rio de Janeiro, CPAD. p 29.)

 

III – O QUE NÃO É LIDERANÇA

1- Liderar não é agir com arrogância. O líder precisa agir com humildade e vigilância (1 Pe 5.1-9). Há quem pense erroneamente que liderar é estar acima das outras pessoas, considerando-se um ser superior. Esse pensamento equivocado produz ações equivocadas e costuma ferir as pessoas. O líder não é melhor e nem pior do que ninguém. Ele é um servo e deve usar de sua posição hierárquica para promover o Reino de Deus. O crescimento deve ser o do Reino.

2- Liderar não é dar ordens. O líder não dá ordens, ele pede e caminha junto. Jamais deve pedir aos seus liderados aquilo que ele não faz. O líder não ordena. Leva as pessoas a cumprirem suas tarefas com alegria e singeleza de coração. É o que acontecia na igreja do primeiro século (At 4.34-37).

3- Liderar não é transferir responsa­bilidades. A responsabilidade do líder é intransferível e deve ser assumida publicamente. A missão do apóstolo Paulo esteve ligada à transformação de sua vida (At 9.15.16). E isso o levou a consciência de que era um “devedor e a comprometer-se com a sua voca­ção (Rm 1.14,15). Paulo assumiu a sua responsabilidade e não a transferiu a ninguém, mas trabalhou arduamente a fim de cumpri-la. A transferência de responsabilidades faz do líder não somente um negligente, mas também um alvo fácil das grandes tragédias, como se vê no exemplo de Davi, que preferiu ficar em casa em vez de ir ao campo de batalha.

 

SUBSÍDIO 3

Professor(a), faça a seguinte indagação: ‘O que não é liderança?’ Ouça os alunos e explique que liderar não é agir com arrogância, não é dar ordens e nem transferir responsabilidade. Depois, diga que líderes estão nos negócios das pessoas. A primeira função deles não é comprar, vender, analisar, ministrar ou manipular um comércio. É entender e trabalhar com pessoas. Eles sabem que a estrada para o sucesso é alinhada com pessoas – pessoas com diferentes atitudes, habilidades ou perspicácia. Líderes observam pessoas. Estudam seus motivos, falam com eles e os escutam. Buscam entender o que os torna felizes, tristes, bravos ou aborrecidos. Líderes sabem que eles não estão apenas designando uma pessoa. Estão herdando um passado, uma dor ou uma peculiaridade. Assim eles olham com discernimento além dos sorrisos ou carrancas. Um líder efetivo pode ‘ler’ as pessoas do modo como os outros leem um jornal”
(Adaptado de TOLER. Stam. Minutos de motivação para Líderes Rio de Janeiro, CPAD. p 29)

 

CONCLUSÃO

Ser líder é motivar e influenciar pessoas em direção a um alvo comum, buscando o seu crescimento e a expansão do Reino de Deus. Sua influência deve estar de acordo com os princípios bíblicos. Aprendemos, nesta lição, que o líder não é superior a ninguém e nem mesmo perfeito. Por melhor que seja a sua liderança, ele está sujeito às falhas. Jesus foi e é o único líder perfeito.

 

HORA DA REVISÃO

1- Para que aponta o termo “Liderança”? O termo liderança aponta para aquele que vai a frente cuja respon­sabilidade é a de conduzir pessoas. orientando-as e guiando nas mais diferentes situações da vida.
2- Na prática, o que é liderar? Na prática, liderar é influenciar.
3- O que uma liderança eficiente requer? Uma liderança eficiente requer que o líder tenha visão e a comunique com clareza.
4- O que é liderança cristã? Liderança cristã é aquela que é norteada pelos princípios de Jesus Cristo, encontrados nas Escrituras Sagradas.
5- Cite, de acordo com a lição, o que faz parte do trabalho de um líder. Descobrir novos talentos, guiar e abençoar as pessoas.

 

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Lição na íntegra - 2Tr23

 

Lição 1, CG, Central Gospel, José, Um Líder Proativo, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

Para me ajudar, PIX 33195781620, CPF, Luiz Henrique de Almeida Silva

  

SUMÁRIO

1- JOSÉ, FILHO DE JACÓ

1-1- José, o sonhador

1-2- José, alvo da inveja e vítima de conspirações

2- A TRAJETÓRIA DE UM HOMEM ÍNTEGRO

2-1- O grande líder mantém-se íntegro

2-2- O grande líder levanta-se em qualquer lugar

2-3- O grande líder faz bom uso dos seus dons

2-4- O grande líder sabe que para tudo há um tempo

certo

2-5- O grande líder reconhece e aproveita as

3- DA PRISÃO À ADMINISTRAÇÃO DE UM PAÍS

3-1- José, a maior autoridade sobre o Egito

3-2- José, o salvador do Egito e de sua própria casa

  

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Gênesis 41.38-44

38 - E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?

39 - Depois, disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão inteligente e sábio como tu.

40 - Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu.

41 - Disse mais Faraó a José: Vês aqui te tenho posto sobre toda a terra do Egito.

42 - E tirou Faraó o anel da sua mão, e o pôs na mão de José, e o fez vestir de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço.

43 - E o fez subir no segundo carro que tinha, e clamavam diante dele: Ajoelhai. Assim, o pôs sobre toda a terra do Egito.

44 - E disse Faraó a José: Eu sou Faraó; porém sem ti ninguém levantará a sua mão ou o seu pé em toda a terra do Egito.

  

TEXTO ÁUREO

Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face. Gênesis 45.5

  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Gênesis 37.1-8 Um sonho questionado

3ª feira – Salmo 25.11-14 O Senhor mantém segredo com os Seus

4ª feira – Naum 1.1-3 O caminho de Deus

5ª feira – Salmo 37.21-23 Os passos de um homem bom

6ª feira – Gênesis 41.38,39 O dia do reconhecimento divino

Sábado – Gênesis 41.40 O maior homem do Egito

  

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender que:

- as aflições do presente são justificadas pela glória do futuro;

- os que hoje nos desprezam, amanhã nos honrarão;

- quem sonha alto, realiza coisas grandes.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, a aprendizagem tem como objetivo principal satisfazer uma necessidade que surgiu frente às demandas da vida. Tendo isto em mente, procure compreender o que seus alunos entendem do tema proposto para o estudo deste trimestre; assim, será menos árdua a exposição dos conteúdos. Nesta lição, foque as características da liderança de José, que podem ser aplicadas à vida de todos, indistintamente: o grande líder é íntegro a tempo e fora de tempo; levanta-se em qualquer lugar; faz bom uso dos seus dons; sabe que para tudo há um tempo certo; e, por fim, reconhece e aproveita as oportunidades. Boa aula!

 

 COMENTÁRIO - Palavra introdutória

Nada melhor do que iniciar nossos estudos sobre as bases bíblicas de liderança por José, filho de Jacó, um patriarca veterotestamentário que teve doze filhos e uma filha (Gn 29.32-35; 30.1-26). José é, sem dúvida, um dos maiores exemplos de liderança das Escrituras. Sua história foi marcada por ciúme, inveja e ódio (dos seus irmãos por ele), o que torna sua vida ainda mais expressiva. José não foi um líder político preparado em casa desde a infância; ele não teve oportunidade de estudar nas melhores escolas; tampouco foi enviado a outros países para aprender outros idiomas. José pertencia a uma família de camponeses.

  

1- JOSÉ, FILHO DE JACÓ

A história de José (“que Deus acrescente”) cobre um terço do livro de Gênesis (caps. 37—50). O nascimento do décimo primeiro filho de Jacó (José) foi um milagre, pois sua mãe (Raquel) era estéril (Gn 30.22-24). José gozava de atenção diferenciada do seu pai, visto ser ele o filho da mulher a quem Jacó amava. Não bastasse o fato de o jovem ser o filho preferido do patriarca (Gn 37.3,4), ele contava ao pai as coisas erradas que os seus irmãos faziam (Gn 37.2 NTLH), o que potencializava a inveja que os mais velhos nutriam pelo rapaz.

  

1-1- José, o sonhador

O texto bíblico dá-nos ciência de que José teve dois sonhos significativos: no primeiro, o jovem estava com os irmãos, atando molhos no meio do campo; o dele ficava em pé, e os molhos dos irmãos inclinavam-se ao molho dele (Gn 37.7); no segundo, José via o sol, a lua e onze estrelas inclinando-se perante ele (Gn 37. 9). José não tinha a menor ideia do porquê tivera tais sonhos; assim, na sua ingenuidade, contava-os, sem a menor preocupação de estar se engrandecendo perante a família. Mal sabia ele que os sonhos eram avisos de Deus acerca do seu futuro. O Senhor sabia para onde queria levá-lo. José era ainda muito jovem quando Deus lhe apareceu em sonhos. Deste modo, talvez seja possível afirmar que a falta de maturidade o levou a anunciar abertamente como ele viria a tornar-se muito maior do que todos os membros de sua família. Obviamente, os sonhos são involuntários; assim, José não poderia ser responsabilizado por essa visitação divina; todavia, o fato de ele tê-los contado aos seus invejosos irmãos (Gn 37.11) colocava-o em uma condição de vulnerabilidade dentro de casa.

  

SUBSÍDIO 1

Precisamos aprender a conter o nosso entusiasmo ao falar acerca dos sonhos e planos que temos em andamento, para não sermos prejudicados ou até impedidos de alcançá-los. Jacó exortou José sobre o segundo sonho e guardava este negócio no seu Coração (Gn 37.11; Lc 2.19).

  

1-2- José, alvo da inveja e vítima de conspirações

Preocupado com os filhos que apascentavam as ovelhas em Siquém, Jacó enviou José ao encontro deles para saber como estavam. A distância era muito grande entre Hebrom — onde moravam, ao sul do país — e Siquém, que estava em Samaria, no meio do país. José andava errante por aquelas terras, até ser informado por um transeunte que seus irmãos tinham ido a Dotã. Lá, José os encontrou. Antes que chegasse, no entanto, seus irmãos viram-no de longe e conspiraram contra ele para matá-lo. Só não o fizeram porque Rúben, o mais velho, impediu-os (Gn 37.12-21). A inveja cegou-os de tal modo que não hesitaram em fazer-lhe mal: Os irmãos mais velhos de José jogaram-no em uma cova sem água, enquanto assentaram-se para comer. Tiraram-lhe a túnica que Jacó lhe dera e tingiram-na com sangue de animal para dizerem ao pai que uma fera do campo o havia matado. Depois, enquanto comiam, viram uma companhia de ismaelitas que seguiam a caminho do Egito. Judá, um de seus irmãos, teve a ideia de vendê-lo àqueles comerciantes. O plano deu certo: os ismaelitas pagaram 20 moedas de prata por José (Gn 37.25-33). Os mercadores, por sua vez, revenderam o jovem como escravo a Potifar, no Egito (Gn 37.36; 39. 1).

  

2- A TRAJETÓRIA DE UM HOMEM ÍNTEGRO

Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu caminho (Sl 37.23).

 

2-1- O grande líder mantém-se íntegro

José era um jovem de caráter: ele honrou o nome de seu pai, Jacó; de seu avô, Isaque e de seu bisavô, Abraão. Observe o que diz o texto bíblico:

- José gozava da confiança de Potifar. O alto oficial da corte de Faraó, ao perceber que o rapaz era próspero em tudo quanto fazia, confiou-lhe a administração de sua casa (Gn 39.3-5).

- José era um jovem de boa aparência (Gn 39.6b), e a mulher de Potifar insinuou-se várias vezes para o rapaz, que se recusou a deitar-se com ela (Gn 39.7-10). Certo dia, no entanto, como ele fugiu apressadamente de uma de suas investidas, a mulher tomou-lhe as vestes e usou-as para acusá-lo impiedosamente de importunação sexual (Gn 39.11-16).

  

2-2- O grande líder levanta-se em qualquer lugar

Potifar mandou prender José motivado pela falsa acusação de sua mulher (Gn 39.19,20). Não esperava o alto oficial de Faraó, no entanto, que o filho da velhice de Jacó, aos poucos, viria a revelar-se um grande líder. Embora estivesse no cárcere, José tornou-se líder de todos os apenados, por ordenação do próprio chefe do cárcere: (...) o carcereiro-mor entregou na mão de José todos os presos que estavam na casa do cárcere; e ele fazia tudo o que se fazia ali (Gn 39.22). O líder levanta-se em qualquer lugar: assim como fora próspero na casa de Potifar, José foi próspero dentro de um cárcere: E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na mão dele, porquanto o Senhor estava com ele; e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava (Gn 39.23).

  

2-3- O grande líder faz bom uso dos seus dons

O texto bíblico dá-nos ciência de que o copeiro e o padeiro de Faraó pecaram contra ele; assim, ambos foram levados para o cárcere — e José estava responsável pelos dois na prisão (Gn 40.1-4). Certo dia, ao vê-los com o semblante decaído, José perguntou-lhes o que se passava. Ambos disseram que estavam perturbados por um sonho que cada um tivera. José, então, propôs-se a interpretá-los (Gn 40.5-8), e assim o fez: ao copeiro, José disse que ele seria restaurado ao seu trabalho em três dias; ao padeiro, todavia, José anunciou que, também em três dias, ele seria morto (Gn 40.9-19). Tudo aconteceu, conforme José vaticinara (Gn 40.20). José pediu ao copeiro que dele se lembrasse quando voltasse a servir vinho na casa do rei, mas o copeiro esqueceu-se de José (Gn 40.14,23). Porém, o Senhor acompanhava cada passo deste filho de Jacó. Na hora certa, Ele agiria em favor do Seu servo.

  

2-4- O grande líder sabe que para tudo há um tempo certo

Faraó perturbou-se com dois sonhos que tivera. No primeiro, sete vacas gordas subiam do rio, e, a seu tempo, sete vacas magras também subiam do rio; sendo que as magras comiam as gordas (Gn 41.1-4). No outro sonho, sete espigas cheias e boas nasciam e, do mesmo pé, brotavam sete espigas miúdas e queimadas; sendo que as espigas miúdas comiam as cheias (Gn 41.5-7). Faraó chamou os adivinhadores do palácio para obter a interpretação dos sonhos; porém nenhum deles foi capaz de elucidar o enigma (Gn 41. 8). Ao contar o seu sonho, o copeiro lembrou-se de José, que interpretara o sonho que ele tivera na prisão (Gn 41.9). Eis que se levantava a grande oportunidade

deste filho de Jacó. Dois anos se passaram até que o copeiro veio a lembrar-se de José. Sim, até mesmo no esquecimento do copeiro DEUS estava agindo: o Senhor fê-lo esquecer-se de José por um tempo, como também o fez lembrar-se dele na hora certa.

  

2-5- O grande líder reconhece e aproveita as Oportunidades

Faraó mandou chamar José no cárcere. Depois de Faraó contar a ele os dois sonhos, José disse que ambos tinham uma única interpretação: tanto as sete vacas gordas quanto as sete espigas cheias representavam sete anos de fartura; as sete vacas magras e as sete espigas miúdas, por sua vez, representavam sete anos de fome que haveriam de vir em toda a terra (Gn 41.14-32). José, o grande líder, identificou a oportunidade e ousadamente colocou-se diante de Faraó: (...) proveja agora de um varão inteligente e sábio e o ponha sobre a terra do Egito (Gn 41.34). José plantou no rei a mesma semente que plantara na mente do copeiro, ainda na prisão: lembra-te de mim (Gn 40.14).

  

3- DA PRISÃO À ADMINISTRAÇÃO DE UM PAÍS

Em Gênesis 41.45, lê-se: E chamou Faraó o nome de José Zafenate-Paneia (...). Zafenate-Paneia significa “salvador do mundo”; não apenas por esse motivo, mas a trajetória de José assemelha-se à de Jesus no que diz respeito ao fato de ambos terem salvado o povo da aliança; cada um a seu tempo e modo.

  

3-1- José, a maior autoridade sobre o Egito

Faraó reconheceu, diante dos seus servos, que não havia no Egito alguém melhor do que José, afinal, havia nele o ESPÍRITO de Deus (Gn 41.38). Isso faria toda a diferença. Deus trabalha no tempo e no espaço. Aqueles que venderam José como escravo não eram capazes de perceber o potencial escondido em um jovem moço (Gn 41.40,41). A melhor roupa que José havia usado na vida, até então, tinha sido uma túnica colorida que seu pai cosera (Gn 37.23). Agora, José desfilava pelas ruas do Egito com vestes reais, sendo honrado perante toda a nação que, por ordem real, devia prostrar-se perante ele (Gn 41.42-44). Pode-se imaginar a importância de um homem no comando de um império como o egípcio?

  

SUBSÍDIO 2

O império egípcio divide--se em três períodos: o antigo império (3200–2000 a.C.); o médio império (2000–1580 a.C.) e o novo império (1580–622 a.C.). Em 1250 a.C., muitos anos depois da morte de José, os egípcios dominaram os hebreus.

 

3-2- José, o salvador do Egito e de sua própria casa

Faraó sabia que sob a administração de José, haveria comida suficiente para abastecer não somente o Egito, mas também outras nações pelos sete anos seguintes; e assim aconteceu (Gn 41.47-49,53,54). Pela cessação do alimento, o Senhor permitiu que José pudesse ter a chance de reencontrar seu pai, Jacó, e todos os seus irmãos. Os capítulos 42—47 de Gênesis narram os passos de uma família, cuja história foi marcada por inveja, traição, luto e perdão.

  

CONCLUSÃO

José chegou à casa de Potifar como mais um escravo; porém, ele soube lutar para sair daquela posição. Ele chegou à prisão como mais um detento, mas não deixou de mapear aquele lugar e aquela situação. José decidiu posicionar-se para crescer, para conquistar a confiança do chefe dos presos, para liderar. Por isso, é preciso saber colocar-se no lugar certo na hora exata. Deus já nos dotou de potencial. Podemos ser levados a um lugar para cumprir determinada missão; então, fiquemos atentos. O Senhor levanta, ainda hoje, pessoas com extraordinária capacidade de liderança; homens e mulheres que podem fazer grande diferença, não apenas na Igreja, mas também na vida cotidiana, como políticos, estadistas, cientistas educadores, escritores etc. Nas palavras do Pr. Silas Malafaia: “Você pode estar passando pela cova, mas será um tempo menor. Você pode estar passando pela casa, mas será um tempo menor. Você pode estar passando pela prisão, mas será um tempo menor. O melhor tempo vai durar muito! Vai suplantar todos os outros estágios”.

 

 ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Que idade tinha José quando se tornou governador do Egito?

R.: Trinta anos.