Escrita Lição 1, CPAD, O Verbo que se Tornou em Carne, 2Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
2° Trimestre de 2025, Classe, Adultos, Comentarista, Elienai Cabral
Vídeo https://youtu.be/0FkrFX6ne0o?si=Qliz99XNItvuSarj
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/03/escrita-licao-1-cpad-o-verbo-que-se.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/03/slides-licao-1-cpad-o-verbo-que-se.html
ESBOÇO DA LIÇÃO
I– O EVANGELHO DE JOÃO
1. Autoria e data.
2. O propósito do Evangelho.
3. A Natureza de JESUS.
II – JESUS, O VERBO DE DEUS
1. A revelação que ultrapassa o passado.
2. A natureza fundamental do Verbo.
3. “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1).
III– A ENCARNAÇÃO DO VERBO
1. A manifestação do Verbo e a Luz do mundo.
2. O privilégio de nos tornarmos filhos de DEUS.
3. A manifestação e a habitação do Verbo.
TEXTO ÁUREO
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória,
como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)
VERDADE PRÁTICA
O Verbo de DEUS inseriu-se na história, assumindo a forma de homem
para redimir os pecadores
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Gn 3.15 O Verbo como a
semente da mulher
Terça - Fp 2.5 Adotando o mesmo sentimento do Verbo divino
Quarta - Fp 2.6 O Verbo existe gloriosamente em forma de DEUS
Quinta - Fp 2.7 O Verbo eterno tomou a forma humana e temporal
Sexta - Is 7.14 O Verbo é o nosso "Emanuel: DEUS Conosco"
Sábado - Fp 2.8 O Verbo tornou-se
semelhante aos homens
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - João 1.1-14
1 - No princípio, era
o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS.
2 - Ele estava no
princípio com DEUS.
3 - Todas as coisas
foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele, estava a
vida e a vida era a luz dos homens.
5 - E a luz
resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 - Houve um homem
enviado de DEUS, cujo nome era João.
7 - Este veio para
testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 - Não era ele a luz,
mas veio para que testificasse da luz.
9 - Ali estava a luz
verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
10 - Estava no mundo,
e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
11 - Veio para o que
era seu, e os seus não o receberam.
12 - Mas a todos
quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que
creem no seu nome,
13 - Os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de DEUS.
14 - E o Verbo se fez
carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade.
HINOS SUGERIDOS: 25, 124, 481 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 1, 2Tr25
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Enquanto os evangelhos sinópticos apresentam JESUS como humano (que
se destaca dos comuns por suas ações milagrosas) e são fontes de informações
históricas sobre JESUS CRISTO, o Evangelho de João descreve JESUS como
o Messias, isto é, com o caráter divino de quem traz a redenção absoluta
ao mundo. O evangelho de João sugere que ele próprio tivesse conhecimento dos
Evangelhos Sinópticos, nos quais já existia informação suficiente sobre a vida
de JESUS como homem, incumbindo-se João de mostrar, em seu Evangelho, os atributos
de JESUS como DEUS.
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A encarnação do Verbo (Jo 1.14)
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.
Depois de afirmar a perfeita divindade do Verbo, João agora asse-
vera sua perfeita humanidade. JESUS é 100% DEUS e 100% homem. É perfeitamente DEUS
e perfeitamente humano.
a) O Verbo se fez carne (1.14a). A expressão "se fez" tem
aqui um sentido muito especial. Não é um "se fez" ou "se
tornou", no sentido de ter cessado de ser o que era antes. Nele as duas
naturezas, divina e humana, estão presentes. DEUS, o Filho, sem cessar por um
momento de ser divino, se fez homem e habitou entre nós.
b) O Verbo trouxe salvação para a raça humana (1.14b). "Cheio
de graça e de verdade". Neste verso vemos a manifestação da graça de DEUS
à humanidade! Graça é um dom completamente imerecido, algo que jamais
poderíamos alcançar por nosso esforço. O fato de JESUS ter vindo ao mundo para
morrer na cruz pelos pecadores está além de qualquer mereci- mento
humano.
c) O Verbo veio revelar a glória do Pai (1.14c). "E vimos a
sua glória, como a glória do unigênito do Pai". Encontramos aqui a glória
de DEUS sobre os homens. JESUS é a exata expressão do ser de DEUS. Nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2.9). Quem o vê, vê o Pai, pois
Ele e o Pai são um.
O TESTEMUNHO DO VERBO (Jo 1.15-18)
João Batista, como arauto de JESUS, abre as cortinas e faz sua apresentação.
Três verdades essenciais são apresentadas.
1. O Verbo tem primazia (Jo 1.15)
João testemunha a respeito dele e exclama: Este é o de quem eu
disse: o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia
antes de mim.
João Batista testemunhou a respeito Dele, exclamando: "É sobre
este que eu falei: Aquele que vem depois de mim está acima de mim, pois
já existia antes de mim". Ora, se JESUS nasceu seis meses depois de
João Batista e veio depois dele, como já existia antes dele? A única
resposta é que, antes de JESUS nascer como homem, já existia
eternamente como DEUS, por isso tem a primazia.
2. O Verbo traz graça e o fim da Lei (Jo 1.16-17)
Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre
graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade
vieram por meio de JESUS CRISTO.
Aquele que é a plenitude de DEUS veio oferecer-nos sua plenitude,
não apenas graça, mas graça sobre graça. Os seguidores de CRISTO têm graça
abundante. O oceano da plenitude divina é graça. Não há limites no suprimento
da graça que DEUS coloca à disposição do Seu povo.
A graça não apenas anula o pecado, mas o supera. Pela graça, somos
capacitados à viver para DEUS. Contudo, como nos alerta o apóstolo Paulo (Rm
5.20; 6.2), a ilimitada graça de DEUS não significa que temos uma
"licença" para praticar livremente o pecado. A graça nos liberta do
pecado para vivermos uma vida que verdadeiramente agrade ao Criador.
O Verbo é o fim da Lei (Jo 1.17). (Fim, significa objetivo, alvo).
A Lei é boa, santa e justa, porém nós somos pecadores. Ela é
perfeita, mas somos imperfeitos. Por isso, a Lei não pode justificar. A Lei não
tem poder para curar. A Lei pode ferir, mas não pode fechar a ferida. A Lei é
inflexivelmente exigente, e nunca conseguimos atender as suas exigências. Por
isso, pela Lei estamos condenados. Assim, o papel da Lei nunca foi o salvar,
mas convencer-nos do pecado, tomar-nos pela mão e conduzir-nos a CRISTO. Ele é
o fim da Lei (o objetivo, o alvo). Nele encontramos graça e verdade. Nele temos
copiosa redenção. Moisés foi o mediador da Lei; JESUS CRISTO é mais que
mediador, é a corporificação da graça e da verdade.
3. O Verbo é o revelador do Pai (Jo 1.18)
Ninguém jamais viu a DEUS, o DEUS unigênito, que está no seio do
Pai, é quem o revelou DEUS é invisível, pois é ESPÍRITO. Contudo, JESUS, o
Verbo eterno, veio ao mundo exatamente para nos revelar DEUS.
Concordo com David Stern, quando diz que João ensina que o Pai é DEUS,
que o Filho é DEUS; contudo faz uma distinção entre o Filho e o Pai, para que
ninguém possa dizer que o Filho é o Pai. João declara que o Verbo encarnado
tornou DEUS conhecido. Veio para revelar o Pai. Nem Abraão, o amigo de DEUS,
nem Moisés, com quem o Senhor tratava face a face, puderam ver a glória divina
em sua plenitude. Contudo, JESUS pode nos tomar pela mão e nos levar a DEUS.
Ninguém pode ir ao Pai senão por Ele. Ninguém pode conhecer o Pai senão através
de Sua revelação. Ele é a perfeita imagem do DEUS invisível. Ele é o resplendor
da glória, a expressão exata do ser de DEUS. Quem o vê, vê o Pai, pois Ele e o
Pai são um.
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JESUS, Filho de DEUS e Criador - Myer Pearlman - CPAD
Texto: João 1.1-14
Introdução
Em João 20.31, o evangelista declara o seu propósito, que é
oferecer uma série
de evidências que comprovem a natureza e a missão divinas de JESUS.
Os
primeiros 18 versículos do livro são um prefácio em que anuncia o
seu tema:
“Como o Filho de DEUS foi manifestado ao mundo”.
Este prefácio apresenta as três grandes idéias que percorrem o
evangelho inteiro:
1. A revelação do Verbo, v. 1-4.
2. A rejeição do Verbo, v. 5-11.
3. A aceitação do Verbo, v. 12-14.
I – A Revelação do Verbo (Jo 1.1-4)
1. Seu relacionamento com DEUS.
“No princípio era o Verbo”. Esta expressão
nos leva de volta a Gênesis 1.1, onde se lê: “No princípio criou DEUS
os céus e a
terra.” João nos informa que, na época da criação, o Verbo já
existia: “E o Verbo estava com DEUS”, existia em relacionamento com
DEUS, o
que sugere a eterna comunhão entre o Pai e o Filho. “E o Verbo era DEUS”
não
significa que o Verbo é o Pai, porque o Pai e o Filho, sendo um
quanto à sua
natureza, são, porém, distintos quanto às suas personalidades. O
Verbo é da
mesma natureza do Pai, ou seja, divino.
A palavra do homem é o modo de ele se exprimir, de se comunicar com
outras
pessoas. Pela sua palavra, faz conhecidos seus pensamentos e
sentimentos; pela
sua palavra, dá ordens e efetua a sua vontade. A palavra que ele
fala transmite o
impacto do seu pensamento e caráter. Um homem pode ser conhecido de
modo
completo pela sua palavra, e até um cego pode conhecê-lo
perfeitamente assim.
Ver a pessoa não daria muitas informações quanto à sua
personalidade a alguém
que não a tivesse ouvido falar. A palavra da pessoa é seu caráter
recebendo
expressão. Da mesma forma, a “Palavra de DEUS” (ou “Verbo de DEUS”,
expressão que a tradução bíblica em português emprega quando se
trata de uma
referência direta a JESUS CRISTO na sua vida terrena) é sua maneira
de exprimir
sua inteligência, vontade e poder. CRISTO é aquele Verbo, porque DEUS
revelou
sua atividade, vontade e propósito através dele, e porque é por
meio dele que
DEUS entra em contato com o mundo. Nós nos exprimimos por meio de
palavras;
o DEUS eterno se exprime através de seu Filho, que é “a expressa
imagem da sua
pessoa” (Hb 1.3). CRISTO é o Verbo de DEUS porque revela DEUS,
demonstrando-o
pessoalmente. Ele não somente traz a mensagem de DEUS - Ele é,
pessoalmente,
a mensagem de DEUS.
DEUS se revelara mediante a palavra dos profetas, e através de
sonhos, visões e
manifestações temporárias. Os homens, porém, ansiavam por uma
resposta ainda
mais compreensível à sua pergunta: Como é DEUS? Como resposta a
esta
pergunta, ocorreu o evento mais estupendo da história do mundo: “E
o Verbo se
fez carne” (Jo 1.14). O eterno Verbo de DEUS tomou sobre si a
natureza humana
e se fez homem, a fim de revelar o DEUS eterno através de uma
personalidade
humana (Hb 1.1,2). Assim sendo, diante da pergunta “Como é DEUS?”,
o cristão
responde: DEUS é como CRISTO, porque CRISTO é o Verbo - a expressão
do conceito
que o próprio DEUS faz de si mesmo.
2. Seu relacionamento com a criação.
“Todas as coisas foram
feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez”. “Ele estava no princípio com
DEUS”, ou
seja, já na época em que o Universo estava para ser criado (cf. Hb
1.2; Cl 1.16; 1
Co 8.6). A quem falou DEUS em Gênesis 1.26?
3. Seu relacionamento com os homens.
“Nele estava a vida”. Ele dá vida a todos
os organismos vivos, e guia todas as operações da natureza. O Pai é
fonte
original da vida; e toda a vida está reservada nEle, como numa
cisterna de
armazenamento. O universo de coisas vivas veio a existir por meio
do Verbo, e é
sustentado pelo seu poder. A cura do paralítico (Jo 5.1-9) e a
ressurreição de
Lázaro são ilustrações do poder do Verbo.
“E a vida era a luz dos homens”. Toda a luz que já veio aos homens
mediante a
consciência, a razão ou a profecia, foi irradiada pelo Verbo de DEUS,
mesmo
antes dele entrar no mundo.
II – A Rejeição do Verbo (Jo 1.5-11)
1. Rejeitado como a luz dos homens.
“E a luz resplandece nas trevas, e as trevas
não a compreenderam.” A luz era derivada do Verbo, e pela
capacidade recebida
da parte dEle podiam reconhecer o que era útil à sua natureza
espiritual. Mesmo
assim, fecharam os olhos à Fonte da luz, como o olho doentio que
rejeita a luz
natural, embora aquela fosse a vida deles. A queda foi um
obstáculo, na história
da humanidade, ao entendimento da Palavra de DEUS, porque envolveu
o mundo
em trevas morais e espirituais, de tal modo que os homens, criados
por DEUS,
não podiam mais entender as instruções de seu Criador, tendo sido
obscurecidas
as suas mentes pelo efeito do pecado e da ignorância.
O pensamento básico do trecho é interrompido pelos versículos 6-8,
que
enfatizam a posição de João Batista como testemunha e refletor da
luz, e não
como Messias. Alguns dos seus discípulos se apegaram tanto a ele
que, a
despeito da advertência contida no testemunho que deu de si mesmo
em João
3.25-30, teimaram em sustentar ser João Batista o Messias, e,
posteriormente,
formaram a seita dos mandeus, da qual existem ainda seguidores no
Oriente.
Voltando ao pensamento básico: “Estava no mundo, e o mundo foi
feito por ele,
e o mundo não o conheceu”. Os homens tinham tão pouco entendimento
da
origem do seu ser, aprenderam tão pouco acerca da razão da sua
existência, que
não reconheceram seu Criador quando Ele surgiu no meio deles. A
civilização
romana registrou seu nascimento, lançou-o no cadastro de pessoas
físicas para
finalidades de impostos, mas não tomou o mínimo conhecimento dEle
como
sendo o próprio DEUS revelado em seu meio.
2. Rejeitado como Messias de Israel.
“Veio para o que era seu, e os seus não o
receberam”. JESUS ensinou esta verdade na parábola dos lavradores
maus (Mt
21.3343). Que tragédia! A nação que aguardava a vinda do Messias,
orando
ardentemente por este acontecimento, cantando e profetizando acerca
da sua
vinda, não quis recebê-lo quando chegou! (Cf Is 53.2,3; Lc 19.14;
At 7.51,52).
III – A Aceitação do Verbo (Jo 1.12-14)
1. O dom da filiação.
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de DEUS; a saber: aos que crêem no seu nome”.
Estes vieram
a ser filhos de DEUS, não por serem descendentes de Abraão (“não
nasceram do
sangue”), nem por geração natural (“nem da vontade da carne”), nem
pelos seus
próprios esforços (“nem da vontade do varão”). Sua adoção na
família divina foi
um dom gratuito e sobrenatural da parte de DEUS, mediante uma nova
vida
implantada neles pelo ESPÍRITO SANTO, como será explicado adiante
na entrevista
de JESUS com Nicodemos, no capítulo 3.
2. A visão da glória.
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”. Literalmente:
“E o Verbo foi feito carne, e tabernáculo entre nós”. O Filho de DEUS
habitou
num tabernáculo (“tenda”) entre nós, o tabernáculo sendo seu
próprio corpo
(cf. Jo 2.19; 2 Co 5.1,4; 2 Pe 1.13,14). Assim como a glória de DEUS
habitava no
Tabernáculo antigo, assim também, quando CRISTO nasceu neste mundo,
sua
divina natureza habitava no seu corpo como num templo.
“E vimos a sua glória” (caráter divino), não meramente a glória
externa revelada
na transfiguração (2Pe 1.16,17), mas, também, o esplendor do seu
divino caráter.
Não era uma glória refletida, como a glória de um santo, e sim a
“glória do
unigênito do Pai”. Um filho participa da mesma natureza do pai; CRISTO,
como
Filho de DEUS, tem a própria natureza de DEUS. Este divino caráter
estava “cheio
de graça e de verdade”. A graça é o favor divino, o amor inabalável
de DEUS, a
misericórdia divina, e a verdade não somente é a fala leal, sincera
e veraz, como
também a conduta à altura.
Por qual ato, ou meio, o Filho de DEUS veio a ser Filho do homem?
Qual milagre
poderia trazer ao mundo “o segundo homem”, que é o Senhor do Céu (1
Co
15.47)? A resposta é que o Filho de DEUS entrou no mundo, como
Filho do
homem, por meio da concepção no ventre de Maria mediante o ESPÍRITO
SANTO,
independentemente de pai humano. No fato do nascimento virginal
baseia-se a
doutrina da encarnação (Jo 1.14).
IV – Ensinamentos Práticos
1. CRISTO, a nossa Vida. “Nele estava a vida”. CRISTO é a
verdadeira fonte de vida
espiritual. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”
(Jo
10.10). Para esta finalidade o Filho de DEUS tornou-se Filho do
homem: a fim de
que os filhos dos homens possam ser feitos filhos de DEUS. “Quem
tem o Filho,
tem a vida”.
Esta vida de CRISTO em nós precisa tomar a primazia; enquanto
subjugamos pela
Fonte a vida do próprio-eu, sustentamos a vida de CRISTO em nós;
quanto mais
alimentamos em nossa vida a de CRISTO, a vida do próprio eu vai
passando fome.
Miguelângelo, o grande escultor, dizia das lascas de mármore que
iam caindo em
grandes quantidades no chão do seu estúdio: “Enquanto o mármore vai
se
desgastando, a estátua vai crescendo.” Enquanto nós, mediante a
abnegação,
tiramos lascas da nossa velha natureza, a vida de CRISTO se torna
manifesta em
nossos corpos mortais.
CRISTO, para ilustrar esta verdade, fez alusão à prática da poda:
“Toda vara em
mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto,
para que dê mais
fruto” (Jo 15.2). O objetivo da poda é canalizar a vida de partes
inúteis para
partes úteis. A parte da planta que antes monopolizava o vigor da
planta sem dar
resultados, de repente é cortada, a fim de que a seiva vital passe
de modo ativo
às partes frutíferas. A abnegação é um tipo de poda espiritual
mediante a qual as
energias antes malbaratadas em atividades pecaminosas ou sem
proveito são
postas a serviço da vida espiritual.
Enquanto conservarmos nosso contato com CRISTO, que é a nossa vida,
temos a
vida abundante. Se deliberadamente nos separamos dele, perdemos
esta vida. A
árvore não se afasta da folha; é a folha que cai da árvore. CRISTO
não abandona
ninguém; são os homens que o abandonam.
Como nutrir a vida divina que há em nós? Pela leitura da Palavra,
pela oração,
observando diligentemente todos os meios da graça.
2. CRISTO, nossa Luz.
“Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem
que vem ao mundo” (Jo 1.9). Por que JESUS é comparado à luz?
2.1. A luz épura.
Brilha nos lugares mais imundos sem perder sua pureza. CRISTO
foi chamado “o amigo dos pecadores”, sem que a mínima mancha de
pecado lhe
tenha maculado o caráter. A luz brilhou nas trevas, sem nunca por
elas ser
vencida, obscurecida. Longe de afastá-lo dos pecadores, sua pureza
fez com que
sentisse simpatia por eles. Os verdadeiros homens de DEUS sempre
demonstram
ternura pelas pessoas que caíram em erros.
2.2. A luz é meiga.
A luz pode tocar numa teia de aranha sem fazer tremer um
único fio. CRISTO sempre demonstrava meiguice ao tocar vidas
quebradas, para
sarar e não para esmagar (cf. Mt 12.20). Todos os verdadeiros
cristãos são
pessoas meigas, pacíficas (Tg 3.17). Muitas vezes o conceito de
poder se
confunde com o da violência; a meiguice, porém, é um poder
construtivo.
2.3. A luz revela.
Quão grande é o alívio para o viajante tateando na noite escura,
quando rompe a aurora! Quão grande a alegria para o peregrino nas
sendas desta
vida quando a luz da revelação divina esclarece os problemas da
vida! “Eu sou a
luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da
vida” (Jo
8.12).
3. “O homem, este desconhecido”.
Foi este o título que o cirurgião e cientista Dr.
Alexis Carrel, de renome mundial, deu a um livro seu que teve
enorme
aceitação. Nele, indica que as dificuldades pelas quais a
humanidade passa são
devidas ao fato de que o homem, sábio quando se trata de invenções,
é
proporcionalmente ignorante quanto à natureza do seu próprio ser.
Há algum
tempo, um notável biólogo fez uma declaração semelhante. Expressou
o receio
de que a nossa civilização esteja caminhando para a ruína porque o
homem, com
tantos conhecimentos quanto ao emprego dos objetos materiais, ainda
permanece
sendo um “mistério biológico”.
A razão por que o homem não conhece a si mesmo é não conhecer o seu
Criador.
Assim como João escreveu: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por
ele, e o
mundo não o conheceu” (Jo 1.10). JESUS “sabia o que havia no homem”
(Jo
2.25). Sabe, também, o que é melhor para o homem. Seu jugo é suave
porque,
diferentemente do jugo do pecado, se adapta à alma.
4. DEUS manifestado na carne.
Narra-se a história de um culto hindu, que,
passeando despreocupadamente, foi olhar de perto um formigueiro.
Quando se
abaixou, sua sombra assustou as formigas e elas correram em todas
as direções.
Tendo uma natureza simpática, o hindu pensou consigo mesmo:
“Gostaria de
poder conversar com estas pequenas criaturas, para dizer-lhes que
não quero lhes
fazer nenhum mal”. Mais uma vez, aproximou-se delas, e elas, como
da primeira
vez, se amedrontaram. Quando ele recuou um pouco, recomeçaram as
atividades
do formigueiro. Sua mente, como que brincava com o incidente:
“Gostaria de
poder falar àquelas criaturinhas”, voltou a pensar. Então
ocorreu-lhe o
pensamento: “Não poderia falar com elas mesmo se possuíssem
inteligência;
ainda que possuíssem uma língua, e que eu pudesse aprender tal
língua, não
conseguiria me comunicar com elas, porque os meus pensamentos não
são os
pensamentos delas. Meus termos de expressão não seriam
compreensíveis a
elas.” Sua imaginação continuou trabalhando: “Se eu pudesse vir a
ser uma
formiga como elas, e ainda reter minha própria personalidade e
consciência,
então, vivendo entre elas, conseguiria comunicar-me, e elas
entenderiam pelo
menos alguma coisa dos meus pensamentos”. O seguinte pensamento
raiou- lhe
de súbito: “É exatamente isto que estes ensinadores cristãos querem
nos dizer:
que DEUS se fez homem a fim de revelar-se a nós e salvar-nos”. E,
assim, sob a
influência da própria ilustração que ele mesmo viu, o hindu veio a
aceitar a fé
cristã.
A encarnação é um mistério que desafia a lógica. Para nossa fé,
porém, basta
sabermos que DEUS se revelou por meio de CRISTO, a fim de abrir-nos
o caminho
da salvação.
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JESUS O VERBO DIVINO JOÃO 1.1-14
INTRODUÇÃO
Logos: Título cristológico que designa o Senhor JESUS como o
Eterno, o Criador e o verdadeiro DEUS.
“A Palavra na Eternidade (1.1-5)
Os versículos 1 a 4 narram o estado preexistente de JESUS e como
Ele agia no plano eterno de DEUS. ‘No princípio’ (v.1a) fala da existência
eterna da Palavra (o Verbo). As duas frases seguintes expressam a divindade de JESUS
e sua relação com DEUS Pai. Esta relação é uma dinâmica na qual constantemente
são trocadas comunicação e comunhão dentro da deidade. O versículo 2 resume o
versículo 1 e prepara para a atividade divina fora da relação da deidade no
versículo 3. No versículo 4 Ele é o Criador mediado. O uso da preposição ‘por’
informa o leitor com precisão que o Criador original era DEUS Pai que criou
todas as coisas pela Palavra. Os verbos que João usa nestes versículos fazem
distinção entre o Criador não-criado, a Palavra (o Verbo) e a ordem criada.
Numa boa tradução, a RC observa esta distinção: a Palavra (o Verbo) ‘era’ mas
‘todas as coisas foram feitas’. O versículo 4 conta várias coisas para o
leitor:
1) A Palavra divina, como DEUS Pai, tem vida em si mesma, vida
inchada (ou seja, é a fonte da vida eterna).
2) Esta vida revelou a pessoa e natureza de DEUS para todas as
pessoas.
3) ‘Luz’ neste ponto pertence à revelação autorizada e autêntica de
DEUS [...]”.
(ARRINGTON, F. L;
STRONSTAD, R. (eds.) Comentário bíblico Pentecostal: Novo
Testamento. 2.ed., RJ: CPAD, 2004, p. 496.)
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo
era DEUS”. As três incisivas afirmações a respeito da deidade de JESUS são
formuladas com base nos diversos sentidos do verbo “eimi”, ou “eu sou”: era,
estava, era. Na primeira expressão, “era o Verbo”, o sentido de “era” é
“existir”: “No princípio, havia, existia o Logos”. Afirma a preexistência ou
eternidade do Filho de DEUS.
Na segunda sentença, “o Verbo estava com DEUS”, “estava” refere-se
à posição do Filho de “estar frente a frente com DEUS e em união perfeita com
DEUS”, ideia reforçada pela preposição “pros” que significa “face a face” ou
“frente a frente”. O Logos, portanto, estava “face a face com DEUS”. Isto
atesta que o Filho é distinto do Pai, mas de natureza idêntica. Na última
oração, “o Verbo era DEUS“, é asseverado o “ser” ou a “natureza” da Palavra:
Aquele que existe por si mesmo. Por conseguinte, o Verbo era divino. Portanto,
no princípio existia o Verbo, e o Verbo estava face a face com DEUS, e o Verbo
era DEUS verdadeiro.
Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de
que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2Tm 2.15)
I. O SIGNIFICADO DO TERMO “VERBO”
1. A revelação gloriosa.
O prólogo do Evangelho de João revela várias verdades a
respeito da natureza e deidade de nosso Senhor JESUS CRISTO. Aprouve ao ESPÍRITO
SANTO revelar oito maravilhosos títulos divinos de CRISTO em Jo 1.1-51: Verbo
(v.1); Vida (v.4); Luz (v.7); Filho Unigênito de DEUS (vv.18,49); Cordeiro de DEUS
(v.29); Messias (v.41); Rei de Israel (v.49); e Filho do Homem (v.51). A
deidade, natureza, identidade, encarnação e missão de nosso glorioso Salvador
manifestos em apenas um capítulo! Prostremo-nos reverentemente diante do
Senhor, e, assim como o salmista, declaremos: “Tal ciência é para mim
maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir” (Sl 139.6; Rm 11.33; Ef
1.3).
2. O Verbo Divino.
O termo “Verbo”, aplicado a JESUS, procede do original Logos e,
apesar de seu amplo significado secular, “palavra”, “razão”, ou “pensamento”, é
usado no versículo 1 com o sentido de “Verbo ou Palavra divina”. O mesmo
vocábulo aparece em 1 Jo 1.1 descrevendo o “Verbo da vida”, e no capítulo 5
versículo 7 da mesma epístola, apenas como “Palavra”.
Na Bíblia, o termo “palavra”, quando vinculado a DEUS, revela o seu
infinito poder criador, protetor e sustentador de todas as coisas criadas,
visíveis e invisíveis (Gn 1.3; Sl 33.6,9; 107.20; Hb 1.3; 11.3). Por
conseguinte, em DEUS, o crente sempre estará seguro, pois Ele cuida dos seus
filhos e, com a sua destra, protege-os do mal (Sl 60.5; 118.15; Is 45.2-8;
Mt6.13).Quando o evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO foi anunciado pela
igreja cristã no Século I, os vocábulos, “A Palavra” e “O Verbo”, foram
satisfatoriamente compreendidos pelos judeus e gregos, pois essas expressões
lhes eram conhecidas. Apesar de seu amplo significado secular, “palavra”,
“razão”, ou “pensamento”, o termo “Verbo” é usado com o sentido de “Palavra
Divina”. O vocábulo expressa a eternidade e deidade de JESUS. Revela a ação de
DEUS na realização de seu plano salvífico.
MAIS NOTAS DO VERSO V.1 SUBSÍDIO
Verso 1
João 1: 1 . No início era a Palavra.
Esta sublime abertura do Evangelho carrega nossos pensamentos
imediatamente para a abertura não menos sublime do Livro do Gênesis, cujas
primeiras palavras o Evangelista certamente tiveram presente em sua mente. Ele
também falará de uma criação, e uma criação tem um "começo". As
palavras "no início", tomadas por elas próprias, não expressam a ideia
de preexistência eterna; mas eles deixam espaço para isso, e, a este respeito,
eles contrastam com a frase "desde o início", que muitas vezes nos
encontra nos escritos de João ( João 8:44 ; 1 João 1: 1 ; 1 João 2: 7 ; 1 João
2:24 ; 1 João 3: 8).
Denominam simplesmente o ponto do tempo; e a diferença de
pensamento com que estão conectados, em comparação com Gênesis 1: 1 , não se
encontra no sentido de "começo", mas na direção diferente que o
escritor toma e no verbo que ele emprega. Em Gênesis 1: 1, o historiador
sagrado começa desde o início e desce, mantendo-nos no decorrer do tempo. Aqui
ele começa a partir do mesmo ponto, mas vai para cima, levando-nos assim à
eternidade anterior. Em Gênesis 1: 1 , somos informados de que DEUS criou no
princípio , "- um ato feito no tempo. Aqui nos dizem que "no início a
Palavra era, "um verbo fortemente antitético a" surgiu "( João
1: 3 , João 1:14 , comp. João 8:58 ), e implicando uma existência absoluta que
precede o ponto mencionado. Como o que é absoluto, autoexistente, não criado -
o que é - é eterno, então a predição da eternidade está envolvida na cláusula
que nos está sendo tomada como um todo.
Aquele que, assim, "estava no começo", que, como lemos
depois, "estava com DEUS" e "era DEUS", aqui tem o nome de
"A Palavra" (Logos). Em outro versículo do Prólogo, este nome é
repetido ( João 1:14 ); mas não ocorre novamente no Evangelho. Nem devemos
encontrar o termo (usado, como aqui, de forma simples e sem qualificação) em qualquer
outra passagem do Novo Testamento. A aproximação mais próxima é encontrada em
Apocalipse 19:13 , onde o nome do justo conquistador e rei é dado como "a
Palavra de DEUS". Duas ou mais outras passagens podem ser ditas em vez de
recordar nosso pensamento o nome que estamos considerando do que apresentar
exemplos de seu uso; veja especialmente 1 João 1: 1 ("a palavra da
vida", seguida de "a vida se manifestou", João 1: 2 ) e Hebreus
4:12. Embora, no entanto, este termo não seja realmente adotado por qualquer
escritor do Novo Testamento, exceto John, não é peculiar a ele em nenhum outro
sentido. Quando escreveu, era um termo familiar e atual da teologia.
Algumas vezes, de fato, foi mantido que o uso de João deve ser
tomado por si só, pois, com grande parte da especulação teológica em que esse
termo ocorre tão livremente, ele não pode ter simpatia. Devemos ver que o uso
de João, certamente, em um sentido importante, é independente; mas como é
absolutamente impossível que ele, vivendo em Éfeso (sem falar em sua longa
residência na Palestina), não estivesse familiarizado com as doutrinas atuais
respeitando o Logos, é inconcebível que ele possa ter retomado o termo sem
referência a essas doutrinas. Daí é com a história do termo que primeiro temos
que fazer.
Todo leitor cuidadoso do Antigo Testamento é atingido pela
prominência dada em certas passagens para "a palavra do Senhor",
linguagem que quase implica que a ação pessoal está às vezes ligada a esta
"palavra". Veja, por exemplo, Salmos 33: 6 ; Salmos 105: 19 ; Salmos
107: 20 ; 1 Samuel 3:21 . A raiz deste uso (em todos os casos em muitos casos)
deve ser encontrada no primeiro capítulo do Gênesis, onde os sucessivos atos da
criação estão associados a palavras divinas (ver Salmos 33: 6).
Tais passagens como essas, com sua personificação parcial da
palavra de DEUS, parecem impressionar poderosamente o ensino judeu precoce.
Havia muito além no Antigo Testamento para fortalecer essa impressão, como as
freqüentes referências no Pentateuco ao Anjo de Jeová, e a linguagem usada na
Sabedoria no Livro dos Provérbios (capítulo 8); comparar também os capítulos 1,
3 , 9 e Jo 28). Assim, um estudo minucioso da linguagem das Escrituras foi o
meio de conduzir os professores judeus a conectar os atos divinos com algum
atributo personificado de DEUS ao invés de DEUS próprio, ou procurar algum meio
de comunicação entre DEUS e o homem, onde as próprias Escrituras tinham falado
diretamente revelação ou companheirismo. Quais outras influências auxiliaram
essa tendência de pensamento, não podemos aqui inquirir.
Os resultados são patenteados, especialmente nas paráfrascas
Targums ou Chaldea das Escrituras. As datas dos vários Targums que existem são
uma questão de controvérsia: para nosso propósito, no entanto, isso não é
conseqüência, pois é reconhecido em todas as mãos que cada uma dessas
paráfrases contém materiais iniciais. Não podemos, dentro de nossos limites,
ter uma descrição detalhada; mas uma referência às seguintes passagens na
tradução de Etheridge dos Targums no Pentateuco mostrará até que ponto os escritores
foram substituindo "a Palavra" (Memra) pelo nome de DEUS mesmo. No
Targum de Onkelos, veja Gênesis 3: 8 ; Gênesis 28:20 ; Números 23: 4 ; Números
23:21 ; Deuteronômio 9: 3 : na de Pseudo-Jônatas, Gênesis 3: 8 ; Números 23: 4
; Números 23:21 : no Targum de Jerusalém, além dos três últimos mencionados,
Gênesis 18: 1 ; Gênesis 16:13 ; Gênesis 19:24 . Do Targum de Jonathan Ben
Uzziel pode ser citado Isaiah 63: 7 ; Malaquias 3: 1.
Um exame dessas passagens mostrará quão familiar para os judeus se
tornou a concepção da Palavra de DEUS, através da qual DEUS se fez conhecido
pelos homens. Muito pouco luz é lançada sobre o assunto pelos vários livros
apócrifos, e, portanto, não será necessário se referir a eles aqui. É de outra
forma, com os escritos do grande filósofo Alexandrino Filo. Nestes, a doutrina
da Palavra Divina tem uma proeminência que seria difícil exagerar. No entanto,
a partir da multidão de passagens em que Philo fala dos atributos e ações da
Palavra, é impossível deduzir com certeza qualquer declaração clara de
doutrina. Agora, a Palavra parece distintamente pessoal, agora um atributo de DEUS
personificado. Em algumas passagens, a ideia pode ser rastreada até o
pensamento de "palavra falada"; razão.
Por isso, embora Philo fale do universo como criado através do
Logos, ainda assim, em outras passagens, o Logos é o design ou a ideia de
criação na mente de DEUS.
Não é necessário levar essa consulta mais longe, já que nosso único
objetivo é colecionar os principais elementos do pensamento associados a este
termo quando João escreveu. Como já foi dito, ele não podia ignorar essas
várias formas de ensino; se não ignorante, ele não podia ser indiferente, por
um lado, ao bem ou, por outro, ao maligno, que continham. Ele reconheceu as
várias ensinamentos como uma preparação providencial para a verdadeira
teologia.
Nestes versos introdutórios, ele adota o termo, mas define-o para
consertar seu significado para todos os cristãos. Há Um por quem o DEUS Eterno
e Invisível se revela: o Revelador é uma Pessoa: o Revelador é Ele mesmo DEUS.
Não só na manifestação externa, mas também na comunhão interior com o coração, DEUS
revela-se pela Palavra de DEUS, que é DEUS. Em um caso, John parece assumir e
ratificar a aplicação mais ampla do termo que notamos acima. Este primeiro
verso nos leva além da região da revelação ao homem: quando "no
início", além dos limites do tempo, "o Logos era", o pensamento
de "discurso" deixa de nos dar qualquer ajuda para entender o
significado; e, se possamos nos aventurar a interpretar o termo em tudo neste
pedido, pronunciou palavras para o pensamento ou motivo do falante.
Para tudo o que João ensina a respeitar o Logos, o próprio
ensinamento do Senhor conduziu diretamente. A doutrina desses versículos é
idêntica à dos chaps, João 5:19 João 5:19João 6:57 João 10:30 João 17: 5 , João
6:57 , João 10:30 , João 17: 5 , etc. A aplicação pessoal do termo não é
encontrada nos discursos de nosso Senhor; mas muitos daqueles registrados neste
Evangelho contêm exemplos notáveis desse uso exaltado de "a
palavra" de DEUS para a qual, como vimos, a história desse nome sublime
pode ser rastreada.
E a Palavra estava com DEUS: a segunda das três afirmações feitas
neste versículo em relação à Palavra, e obviamente superior à primeira. É
impossível transmitir em inglês a força total da preposição 'com' no grego,
pois denota não apenas estar ao lado, mas manter a comunhão e a relação com
(comp. Marcos 6: 3 Marcos 6: 3 ; 1 João 1: 2 1 João 1: 2 ; 1 João 2: 11 João 2:
1 ).E a Palavra era DEUS: a terceira e a mais alta declaração respeitando a
Palavra. A Palavra possui a essência divina; naquele ser em que Ele era:
"Ele possui os atributos divinos que Ele é DEUS". Há uma diferença de
personalidade, mas a unidade da natureza. Nesta última cláusula, o clímax das
três cláusulas está completo.
(coment. bíblico Shaf, do evangelho ).
II. AS AFIRMAÇÕES DOUTRINÁRIAS DE JOÃO 1.1
1. “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1a). Esse trecho afirma que JESUS
é eterno. A Bíblia assevera: “No princípio criou DEUS os céus e a terra” (Gn
1.1). Porém, em Jo 1.1 a Sagrada Escritura vai infinitamente além do fato
expresso em Gn 1.1 ao afirmar que “No princípio era”, ou seja, o Verbo já
existia. O Senhor JESUS existe antes de todas as coisas, inclusive antes de o
tempo ter início: “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas
subsistem por ele” (Cl 1.17).
O Filho de DEUS, além de existir por si mesmo (Jo 5.26), estava com
o Pai antes da criação do mundo (Jo 17.5,24). Ele existe por si mesmo e
sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3). Isto é consolo e
restauração espiritual para o crente, pois o propósito dessa gloriosa
encarnação do Verbo divino é prover a “purificação dos nossos pecados”, como
afirma a parte final de Hb 1.3 (cf. Jo 1.14). Louvemos ao Verbo, o Criador,
Sustentador e Fim de todas as coisas (Ap 1.8).
2. “E o Verbo estava com DEUS” (Jo 1.1b).
O texto é inequívoco: O Filho Unigênito estava com o Pai (Jo
1.18). O Verbo, o Emanuel, não é apenas eterno, mas também distinto do Pai.
Essa ortodoxa afirmação aniquila o falso ensino dos modalistas e unicistas que,
embora defendam a divindade de JESUS, negam a santa doutrina bíblica da
Trindade. Segundo os hereges, Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO são uma só pessoa.
Eles não crêem na doutrina da existência de um só DEUS que subsiste em três
distintas e Santíssimas Pessoas (Mt 28.29). Todavia, esse ensinamento está
claramente exposto nas Escrituras. O batismo de JESUS (Mt 3.16,17), sua oração
sacerdotal (Jo 17), e a declaração da sua suprema autoridade são refutações
clássicas contra essas heresias (Jo 8.17, 18; 1 Jo 2.22-24). Crer e defender a
santa doutrina da Trindade não é um privilégio, mas um dever de cada cristão (1
Pe 3.15; Jd v.3).
3. “E o Verbo era DEUS” (Jo 1.1c).
Observe que o conceito expresso nesse versículo é
progressivo. Uma declaração (1a; 1b) esclarece a outra até culminar com uma
verdade enfática: “e o Verbo era DEUS” (1c). Se o prólogo do evangelho de João
(1.1-14) fosse o único lugar nas Escrituras em que a divindade do Verbo é
afirmada, já teríamos subsídios suficientes para crer e confessar a doutrina.
Todavia, esse ensino é asseverado em todo o contexto bíblico (Jo 5.18, 10.30;
Cl 2.9). Portanto, inúmeras e inegáveis provas bíblicas atestam que a crença na
divindade de JESUS é indispensável para a salvação da alma (1 Co 15.1-4; 1 Tm
6.15,16; Hb 1.1-3; 1 Pe 1.2-5; 1 Jo 5.5.1-13).As três afirmações doutrinárias
de João 1.1 são: “No princípio era o Verbo”; “o Verbo estava com DEUS”, e “o
Verbo era DEUS”.
III. QUALIDADES DIVINAS DO VERBO
Após apresentar o Verbo divino, enfatizando sua preexistência,
natureza e igualdade com o Pai, João descreve alguns de seus atributos e
prerrogativas.
1. Criador (vv.3,10).
O Verbo é apresentado nas Escrituras como o DEUS Criador: “Todas as
coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (v.3). Ele
“estava no mundo, e o mundo foi feito por ele” (v.10). Essa doutrina invalida a
crença dos grupos religiosos que dizem ser o Verbo uma mera criatura, e não o
Criador. Contudo, a Bíblia é categórica: “Porque nele foram criadas todas as
coisas que há no céu e na terra” (Cl 1.16). O Verbo divino não faz parte da
criação; transcende-a, pois é o Criador de todas as coisas (Hb 1.1,2,10).
Quando a Bíblia afirma que JESUS é o Criador, atribui-lhe o mesmo título pelo
qual o Pai é conhecido no Antigo Testamento (Gn 1.1; Jó 33.4; Sl 138.13-18).
Assim como o salmista prorrompeu em júbilo diante do DEUS Criador, façamos o
mesmo perante o Filho, o Criador de todas as coisas: “Ó, vinde, adoremos e
prostremo-nos! Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” (Sl 95.6).
2. “Nele estava a Vida” (v.4).
JESUS declarou que além de possuir a “vida em si mesmo” (Jo 5.26)
era a “ressurreição e a vida” (Jo 1 1.25; 5.25). No Antigo Testamento, o Pai é
identificado como a fonte e o manancial da vida (Gn 2.7; Dt 30.20; Sl 36.9).
Era um título que pertencia exclusiva e unicamente ao Criador de toda vida (Sl
133.3).
CRISTO, entretanto, atribuiu a si mesmo essa designação divina (Jo
5.21,26) e, como tal, foi reconhecido seja através de seus ensinos (Jo 5.32-35;
11.25) seja por meio de seus atos milagrosos (Jo 11.42-45; Mt 9.18,19,23-25).
A vida em CRISTO é eterna não apenas no sentido de sua duração, mas
por sua qualidade (Cl 3.4; 1 Tm 1.1; 2 Tm 1.10). A vida que provém de DEUS é
cheia de gozo, paz e alegria. JESUS asseverou-nos: “Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
MAIS COMENTARIOS VERSO 3 E 4
Verso 3-4
João 1: 3 João 1: 3 . Todas as coisas surgiram através dele, e,
além disto, nem uma coisa surgiu. Essa combinação de duas cláusulas, o primeiro
positivo, o segundo negativo (ver nota sobre João 1:20 ), é característico do
estilo de João. Os dois juntos afirmam a verdade contida neles com uma
universalidade e força que não pode ser alcançada de outra forma. Essa verdade
é que "todas as coisas", não todas como um todo, mas todas as coisas
na individualidade que precede a sua combinação em um todo - surgiram através
desta Palavra, que é DEUS. A preposição "através" é aquela pela qual
a relação da Segunda Pessoa da Trindade com a criação geralmente é expressa ( 1
Coríntios 8: 6 ; Colossenses 1:16 ; Hebreus 1: 2João 1:20 1 Coríntios 8: 6
Colossenses 1:16 Hebreus 1: 2 Hebreus 1:10 Romanos 11:36); como, de fato, essa
é a concepção que pertence à doutrina do Logos, o Verbo Divino. Ocasionalmente,
no entanto, a mesma língua é usada pelo Pai: veja Hebreus 1:10 e comp. Romanos
11:36 .
João 1: 3-4João 1: 3-4 . O que aconteceu foi a vida nele. Nós somos
liderados por várias considerações para ter essa visão da passagem e não a que
é apresentada na Versão Autorizada. O grego admite qualquer pontuação (e
renderização), mas a ausência do artigo antes da palavra "vida"
sugere que é aqui um predicado, não o sujeito da sentença. Em quase todos (se
não todos) os pais gregos dos primeiros três séculos, as palavras foram assim
compreendidas; e podemos razoavelmente, em tal caso, atribuir grande importância
às conclusões alcançadas por esse tato linguístico que muitas vezes é muito
seguro de onde é menos capaz de atribuir razões distintas para o seu veredicto.
Além disso, esta divisão das palavras corresponde melhor com o modo rítmico em
que as frases anteriores do prólogo estão conectadas entre si. É característico
deles fazer com que a voz se baseie principalmente, em cada linha do ritmo, em
uma palavra tirada da linha anterior; e esta característica não é preservada no
caso que nos antecede a menos que adotemos a construção antiga. Nós vimos o que
a Palavra é em si mesmo; agora estamos para vê-Lo em Sua relação com Suas
criaturas.
O ser criado era "vida nele". Ele era a vida, a vida
absolutamente, e, portanto, a vida que pode se comunicar, a vida infinitamente
produtiva, de quem só veio a toda criatura, como o chamou de ser, a medida da
vida que ela possui. Nele era a fonte de toda a vida; e toda forma de vida,
conhecida ou desconhecida, era apenas uma gota de água do córrego que,
recolhida nele antes, fluía em Sua palavra criativa às pessoas, o universo do
ser com as existências infinitamente multiplicadas e diversificadas que desempenham
sua parte nisso. Não é da vida do homem apenas que João fala, ainda menos é
apenas a vida espiritual e eterna que constitui o verdadeiro ser do homem. Se a
palavra "vida" é freqüentemente usada nesse sentido mais limitado no
Evangelho, é porque outros tipos e desenvolvimentos da vida passam fora da
vista na presença dessa vida em que o escritor gosta especialmente de
habitar.
A própria palavra não tem essa limitação de significado, e quando
usada, como aqui, sem qualquer coisa que sugira limitação, deve ser tomada em
seu sentido mais abrangente. Foi na Palavra, então, que todas as coisas que
viveram a vida; o mundo muito físico, se podemos dizer dos seus movimentos que
são a vida, o mundo vegetal, o mundo dos animais inferiores, o mundo dos homens
e dos anjos, até o anjo mais alto que está diante do trono. Ere, eles já vieram
a existir, a sua vida estava na Palavra que, como DEUS, era a vida, e da
Palavra, eles a receberam quando o seu ser real começou. A lição é a mesma que
a de A própria palavra não tem essa limitação de significado, e quando usada,
como aqui, sem qualquer coisa que sugira limitação, deve ser tomada em seu sentido
mais abrangente.
Foi na Palavra, então, que todas as coisas que viveram a vida; o
mundo muito físico, se podemos dizer dos seus movimentos que são a vida, o
mundo vegetal, o mundo dos animais inferiores, o mundo dos homens e dos anjos,
até o anjo mais alto que está diante do trono. Ere, eles já vieram a existir, a
sua vida estava na Palavra que, como DEUS, era a vida, e da Palavra, eles a
receberam quando o seu ser real começou. A lição é a mesma que a de A própria
palavra não tem essa limitação de significado, e quando usada, como aqui, sem
qualquer coisa que sugira limitação, deve ser tomada em seu sentido mais
abrangente. Foi na Palavra, então, que todas as coisas que viveram a vida; o
mundo muito físico, se podemos dizer dos seus movimentos que são a vida, o
mundo vegetal, o mundo dos animais inferiores, o mundo dos homens e dos anjos,
até o anjo mais alto que está diante do trono.
Era, eles já vieram a existir, a sua vida estava na Palavra que,
como DEUS, era a vida, e da Palavra, eles a receberam quando o seu ser real
começou.
A lição é a mesma que a de se podemos dizer dos seus movimentos que
são a vida, o mundo vegetal, o mundo dos animais inferiores, o mundo dos homens
e dos anjos, até o anjo mais alto que está diante do trono. Ere, eles já vieram
a existir, a sua vida estava na Palavra que, como DEUS, era a vida, e da
Palavra, eles a receberam quando o seu ser real começou. A lição é a mesma que
a de se podemos dizer dos seus movimentos que são a vida, o mundo vegetal, o
mundo dos animais inferiores, o mundo dos homens e dos anjos, até o anjo mais
alto que está diante do trono. Ere, eles já vieram a existir, a sua vida estava
na Palavra que, como DEUS, era a vida, e da Palavra, eles a receberam quando o
seu ser real começou.
A lição é a mesma que a de Colossenses 1: 16-17 Colossenses
1: 16-17: "Nele foram criadas todas as coisas", e "nele
subsistem todas as coisas"; ou, ainda mais, de Apocalipse 4:11 Apocalipse
4:11 : "Criaste todas as coisas, e por causa do teu prazer que eram "
(não "são", como na versão autorizada), "e eles foram
criados".
E a vida era a luz dos homens. A partir do grande pensamento de
todas as existências criadas, o Evangelista passa nessas palavras para a última
e maior das obras de DEUS, homem, cuja criação está registrada no primeiro
capítulo do Gênesis. Todas as criaturas tinham "vida" na Palavra; mas
esta vida era para o homem algo mais do que poderia ser para os outros, porque
ele tinha sido criado de uma forma e colocado em uma esfera, peculiar a si
mesmo em meio às diferentes ordens do ser animado. DEUS disse: "Façamos o
homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança" ( Gênesis 1:26 Gênesis
1:26).
O homem era assim capaz de receber a DEUS e de saber que o havia
recebido; ele tinha uma esfera e uma capacidade pertencente a nenhuma das
criaturas inferiores faladas no grande registro da criação; Sua natureza era
apropriada para ser a morada consciente, não apenas do humano, mas do divino. Daí
a Palavra poderia estar nele como nenhuma outra criatura. Mas a Palavra é DEUS
( João 1: 1 João 1: 1 ), e "DEUS é luz" ( 1 João 1: 5 1 João 1: 5 ).
Assim, a Palavra é "leve" (comp. João 1: 7João 1: 7 ); e como o homem
estava essencialmente preparado para receber a Palavra, aquela Palavra dando
vida a tudo que encontrou nele uma aptidão para a vida mais alta e plena, - por
"luz", portanto, em seu sentido mais elevado e pleno; e "a vida
era a luz dos homens".
A ideia da natureza humana assim exposta nestas palavras é
peculiarmente notável e digna de nossa observação, não apenas como uma resposta
completa àqueles que trazem uma carga do dualismo Manichan contra o Quarto
Evangelho, mas também para que possamos compreender o seu ensino quanto à
responsabilidade humana na presença de JESUS. "A vida, diz-se," era a
luz dos homens, não de uma classe, nem de alguns, mas de todos os membros da
família humana como tal.
A verdadeira natureza do homem, diz-se, é divina; Divino a este
respeito também, como distinto do divino em toda a criação, esse homem é capaz
de reconhecer, reconhecer, vero divino em si mesmo. A "vida" torna-se
"leve" nele, e não se torna tão em criaturas inferiores. A verdadeira
vida do homem é a vida da Palavra; Era tão originalmente, e ele sabia que era
assim. Se, portanto, ele ouve o tentador e cede ao pecado (cuja existência é
admitida simplesmente como um fato, sem tentativa de explicar isso), o homem
corrompe sua verdadeira natureza e é responsável por fazê-lo. Mas sua queda não
pode destruir sua natureza, o que ainda atesta o que sua primeira condição era,
para o que é a condição normal, para o que deveria ser.
O homem, portanto, só cumpre sua natureza original ao receber
novamente a Palavra que se oferece a ele como "a Palavra se tornar
carne". Mas se o recebimento da Palavra pelo homem é assim o cumprimento
de sua natureza, é seu dever recebê-Lo; e este dever é impressionado com ele
por sua natureza, não pela simples autoridade externa. Daí o apelo constante de
JESUS neste Evangelho, não apenas para a evidência externa, mas para a vida
restante da Palavra dentro de nós, que deve receber completamente a Palavra e
apressar-se para a Luz (comp.cJoão 1:9).
3. “A luz verdadeira” (v.9).
A Palavra de DEUS ensina enfaticamente que DEUS é Luz (1 Jo 1.5; Sl
27.1) e que “habita na luz inacessível” (1 Tm 6.16). Esse título divino seria
também uma designação do Messias, o Servo do Senhor (Is 42.6,7; 9.2; Mt 4.16).
O termo “luz” aparece cerca de 20 vezes no evangelho de João (1.4,5,89; 3.19;
8.12; 12.46), e, na maioria das ocasiões, refere-se a JESUS como a luz do mundo
(Jo 8.12). No relato da Criação, lemos que DEUS, pelo poder de sua Palavra, fez
surgir a luz, que desfez o caos (Gn 1.2,3). O Senhor JESUS é a “luz que alumia
a todo homem que vem ao mundo” (v.9), e por isso, desfaz o caos da vida humana
(2 Co 4.6).Três qualidades divinas do Verbo são afirmadas no prólogo do
Evangelho de João: Criador, Fonte da vida e Luz verdadeira.
Em JESUS estão reunidas todos os atributos divinos que o descrevem
como o único e suficiente Salvador da humanidade. Sua história e suas obras não
se limitam ao período entre seu nascimento e sua morte (Hb 13.8). O Filho de DEUS
esteve presente eternamente, atuando especialmente na História da Salvação. Ele
veio como homem e sua glória foi vista pelos de sua geração; realizou a obra da
redenção na cruz do Calvário, e retornou ao Céu, de onde dirige a sua Igreja e
voltará em glória para estabelecer a paz universal.
“A Palavra na Eternidade
(1.1-5)
Os versículos 1 a 4 narram o estado preexistente de JESUS e como
Ele agia no plano eterno de DEUS. ‘No princípio’ (v.1a) fala da existência
eterna da Palavra (o Verbo). As duas frases seguintes expressam a divindade de JESUS
e sua relação com DEUS Pai. Esta relação é uma dinâmica na qual constantemente
são trocadas comunicação e comunhão dentro da deidade.
O versículo 2 resume o versículo 1 e prepara para a atividade
divina fora da relação da deidade no versículo 3. No versículo 4 Ele é o
Criador mediado. O uso da preposição ‘por’ informa o leitor com precisão que o
Criador original era DEUS Pai que criou todas as coisas pela Palavra. Os verbos
que João usa nestes versículos fazem distinção entre o Criador não-criado, a
Palavra (o Verbo) e a ordem criada. Numa boa tradução, a RC observa esta
distinção: a Palavra (o Verbo) ‘era’ mas ‘todas as coisas foram feitas’. O
versículo 4 conta várias coisas para o leitor: 1) A Palavra divina, como DEUS
Pai, tem vida em si mesma, vida inchada (ou seja, é a fonte da vida eterna). 2)
Esta vida revelou a pessoa e natureza de DEUS para todas as pessoas. 3) ‘Luz’
neste ponto pertence à revelação autorizada e autêntica de DEUS [...]”.
(ARRINGTON, F. L;
STRONSTAD, R. (eds.) Comentário bíblico Pentecostal: Novo
Testamento. 2.ed., RJ: CPAD, 2004, p. 496.)
COMENTARIO VERSOS 5 A 14
Verso 5
João 1: 5 João 1: 5 . E a luz brilha na escuridão . A escuridão
aqui referida não é uma escuridão original coexistente com o ser criado ( João
1: 3 ). Pertence ao desenvolvimento do pensamento iniciado em João 1: 4 , e é
coexistente apenas com o processo moral de rejeitar a Palavra, implicado,
embora não expressamente indicado, nesse versículo. A Palavra através da qual
todos entram em ação se oferece ao mesmo tempo para todos como sua luz.
Deixe-os reconhecer e aceitá-lo, eles têm vida (cap. João 8:12João 1: 3 João 1:
4 João 8:12 ); Deixe-o rejeitar, estão em uma escuridão pela qual eles são
responsáveis, porque eles o escolheram. É um fato, no entanto, que muitos
sempre fizeram, e ainda assim, rejeitam a luz; e assim a escuridão foi e é uma
coisa positivamente existente. No entanto, a Luz não abandonou o mundo. Não é
indicado um ponto de tempo meramente presente; nesse caso, John não poderia ter
adicionado imediatamente o passado, superado. A ideia é geral. A Luz, como
havia existido, brilhava; como existe, brilha, procurando sempre atrair os
homens para o brilho total de suas vigas.
E a escuridão não superou. Tal é o significado mais provável dessas
palavras, e assim foram entendidos pelos mais antigos escritores cristãos. O
verbo que nos tornamos "superado" não ocorre frequentemente no Novo
Testamento; mas (quando usado, como aqui, na voz ativa), não tem e não pode
ter, o significado compreende (ou seja, compreende), o que lhe é dado na Versão
Autorizada.
O guia mais importante para o significado é o cap. João 12:35 ,
onde a mesma palavra é usada, e onde também a metáfora é semelhante:
'Caminhada. . . para que a escuridão ultrapasse você, '- venha sobre você,
aproveite você. No verso que nos precede, lemos da luz que brilha na escuridão;
a escuridão, sempre antagonista à luz, ainda não ultrapassa ou vem João 12:35
João 1: 4a luz. A ideia de apreender , em conexão com essa figura, equivale a
superar ou interceptar a luz. Mesmo que "compreender" fosse possível
como uma tradução, não seria nada para nos dizer que a escuridão não
compreendia a luz. Isso está implícito no fato de que a escuridão é auto
escolhida (comp. Em João 1: 4). Mas é muito para nos dizer que, no conflito
entre a escuridão e a luz, a escuridão não conseguiu superar (ou eclipsar) a
luz. A luz, embora às vezes aparentemente superada, foi realmente vitoriosa;
Resistiu a cada assalto e brilhava triunfante em um mundo escurecido. Até
agora, a partir da nossa descoberta aqui uma "lamentação" (como alguns
disseram), temos uma nota de exultação, um símbolo dessa vitória que, em todo o
Evangelho, sobe para nossa visão através da tristeza.
Assim, fechamos o que é obviamente o primeiro parágrafo do
Evangelho; e, apesar de se relacionar com o Verbo Pré-encarnado, e expressa os
princípios de Seus tratos na sua forma mais geral, o desenvolvimento do
pensamento é exatamente o mesmo que a história da Palavra Encarnada será
encontrada para apresentar. Através da Palavra, todas as coisas surgiram. Para
todos, Ele se oferece, para que ele os faça não só existir nele, mas, na livre
apropriação do que Ele oferece, viva nele. Alguns o recebem, e ele se torna sua
luz; outros o rejeitam e estão imersos na escuridão que eles escolheram. A
escuridão se opõe e procura destruir a luz, mas a luz brilha na vitória.
Verso 6
João 1: 6 João 1: 6 . Surgeu um homem, enviado de DEUS, cujo nome
era João. Com este versículo, passamos adiante nos tempos do Verbo Encarnado. A
seção sobre a qual primeiro entramos é, em comparação com a segunda, geral; daí
a encarnação apenas está implícita, não expressamente mencionada.
A preparação imediata para este novo período é o testemunho do
Batista; e as palavras com as quais ele nos é apresentado contrastam com o que
nos foi dito da Palavra em João 1: 1João 1: 1 João 1: 1 João 1:12. Ele
"surgiu", literalmente, ele surgiu, "como distinto do" era
"desse verso. Ele era um homem "enviado de DEUS", como distinto
da Palavra que era "com DEUS". "Ao acrescentar", seu nome
era João, o Evangelista (talvez possamos dizer) faz mais do que identificá-lo
como o grande profeta que tão impressionantemente impressionou todas as classes
do povo. Se nos lembrarmos do profundo significado atribuído ao
"nome" neste Evangelho, parecerá possível que a antítese de João 1: 1
continue. O nome pessoal necessário para a identificação entre os homens é
colocado em contraste com esse nome pelo qual os atributos eternos do Filho são
expressos, "a Palavra" (comp. João 1:12 ).
Verso 7
João 1: 7 João 1: 7 . O mesmo veio para o testemunho, para que ele
possa dar testemunho sobre a Luz, para que todos possam acreditar através dele.
A impressão produzida pelo Batista tinha sido ótima, mas ele tinha vindo a
testemunhar um mais alto do que ele. Aqui nos encontramos pela primeira vez com
esta palavra "testemunho", uma das palavras características dos
escritos de João, ocorrendo em várias formas quase cinquenta vezes em seu
Evangelho, e trinta ou quarenta vezes em suas Epístolas e no Apocalipse. A
importância do pensamento reside na sua simplicidade. A verdadeira testemunha
declara o que viu e ouviu ( 1 João 1: 2-31 João 1: 2-3 Mateus 11: 9-14 Lucas 7:
29-30); seu testemunho reflete "a verdade" na medida em que ele a
recebeu, assim como o espelho fiel reflete a luz que veio sobre ela. João veio
a suportar tal testemunho sobre a Luz, para que, através dele, todos possam ser
levados a "acreditar" - confiar em aceitar essa Luz e render-se a sua
influência.
A introdução da palavra "tudo" é muito notável. Mais
claramente do que qualquer outra passagem, este versículo nos ensina o quão
ótimos foram os resultados que a missão do Batista pretendia produzir,
imensamente maior do que aqueles que realmente foram realizados. Se Israel
estivesse fiel e obedientemente esperando o cumprimento da promessa divina, o
testemunho de João respeitando JESUS teria transformado "todo" Israel
(e, por intermédio de Israel, "todos" homens) para o Salvador. Em
efeitos imediatos, o trabalho de John, como o de One mais alto do que John,
seria um fracasso dos homens. À luz deste versículo, podemos entender melhor as
passagens como Malaquias 4;Mateus 11: 9-14 ; Lucas 7: 29-30 .
Verso 8
João 1: 8 João 1: 8 . Ele não era a Luz, mas ele era que ele
poderia dar testemunho sobre a Luz. O pensamento da grandeza do testemunho de
John está subjacente às palavras deste versículo. Grande como era o Batista,
ele não era a Luz. O que ele não era expresso, mas apenas o propósito que ele
deveria cumprir (comp. João 1:23 ). É muito possível que as palavras tenham
tido uma aplicação especial às opiniões que (como aprendemos com Atos 18:25 ;
Atos 19: 3 ) existiram em Éfeso em relação à missão de João. João 1:23 Atos
18:25 Atos 19: 3
Verso 9
João 1: 9 João 1: 9João 1:19 João 6:14 João 9:39 João 11:27 João
12:46 João 16:28 João 18:37 João 6:14 João 11:27 João 3:19 João 12:46 João 12 :
46 . Havia a verdadeira Luz, que iluminava todo homem, chegando ao mundo.Esta
renderização quase literal do grego mostrará como é que essas palavras simples
foram tão variadamente explicadas. Como no inglês, então, no grego, a palavra
"vir" pode ser associada com "luz" ou com
"homem". A pontuação que adotamos (será lembrado que em manuscritos
antigos do original há pouca ou nenhuma pontuação) mostrará que, na nossa
opinião, a última cláusula deve ser unida, não com a segunda, mas com a
primeira cláusula do verso.
O que foi dito acima da estrutura geral do Prologue mostrou que,
até agora, a presença total da Palavra pessoalmente vem não está diante de nós.
A manifestação está em sua fase inicial, ainda não completa. Para este
pensamento, a palavra "chegando" corresponde exatamente. Mas ainda
mais importante na orientação para a interpretação correta do verso é o uso do
Evangelista da última frase em outro lugar. A expressão "vir para o
mundo" ocorre em até sete outras passagens deste Evangelho (cap. João 1:19
, João 6:14 , João 9:39 , João 11:27 , João 12:46 , João 16:28 , João 18:37 ).
Em cada uma dessas passagens, as palavras se relacionam com o próprio Senhor:
às vezes elas são usadas pela multidão ( João 6:14 ), ou por um discípulo (
João 11:27 ), como uma designação do Messias: "Aquele que deveria venha;'
às vezes são as palavras de JESUS ou do Evangelista, em passagens que falam do
propósito de Sua "vinda". Em três, João 3:19 e João 12:46, a frase
está em estreita ligação com a figura que está agora diante de nós.
O último verso (cap. João 12:46) é especialmente notável;
pois o próprio JESUS diz: "Eu venho uma luz para o mundo". Se, então,
permitiremos que o Evangelista seja seu próprio intérprete, parecemos querer
acreditar que ele aqui fala da luz como "chegando ao mundo". Se as
palavras são juntas com 'homem', eles acrescentam pouco ou nada ao pensamento.
"Todo homem" é uma expressão tão completa e inclusiva como "todo
homem que vem ao mundo". A familiaridade com a renderização comum pode
impedir o leitor de perceber imediatamente que isso é verdade; mas estamos
persuadidos de que a reflexão irá mostrar que, por meio de A mudança é muito
ganha, nada perdeu. No verso anterior, lemos que João não era "a
Luz". Quando ele "surgiu" como testemunha, a verdadeira Luz já
existia; Ele estava brilhando na escuridão; agora estava "entrando no
mundo" - para se manifestar com uma clareza e de uma maneira até agora
desconhecida.
Dois mais dos termos especiais do Evangelho nos encontram aqui,
'verdade' e 'mundo'. É lamentável que duas palavras diferentes sejam
representadas pela mesma palavra inglesa, "verdade". Aquele (usado em
chaps, João 3:33 João 3:33João 5:31 João 4:23 João 4:37 João 5:32 João 7:28
João 8:16 João 15: 1 João 17: 3 João 19:35 João 3:16 Efésios 4:18 , João 5:31e
onze outros versículos do Evangelho) denota a verdade em contraste com a
falsidade; O outro, que temos diante de nós aqui, expressa o real em contraste
com o fenomenal, o que é perfeito e substancial ao contrário do que é
imperfeito e sombrio, ou o que é totalmente realizado em contraste com o tipo
que o prefigurava. Esta palavra é, no Novo Testamento, quase confinada aos
escritos de João.
De vinte e oito passagens em que ocorre, nove são encontrados neste
Evangelho, quatro na Primeira Epístola, dez na Revelação. Três das cinco
passagens restantes são (como poderia quase ter sido previsto) na Epístola aos
Hebreus.
Os outros exemplos da palavra neste Evangelho serão encontrados em
chaps, João 4:23 ; João 4:37 , João 5:32 ,João 7:28 , João 8:16 , João 15: 1 ,
João 17: 3 , João 19:35, e na maioria destes, o leitor irá facilmente rastrear
a ideia. Os "verdadeiros adoradores" são aqueles cuja adoração é
real, não imperfeita e indigna do nome; o pão que desceu do céu é "o pão
verdadeiro", o qual o maná era de um tipo, o que ministra um alimento real
e permanente. Então, lemos sobre a fonte arquetípica da luz, a única luz que é
real e perfeita. - Esta verdadeira luz entrou no "mundo".
Significando originalmente o universo criado e ordenado pela mão de DEUS,
"o mundo" veio significar sucessivamente o mundo dos homens e o mundo
dos homens em oposição a DEUS. Neste evangelho especialmente, lemos sobre o
mundo como poder antagónico, incrédulo, maldade em suas obras, odiando e
perseguindo JESUS e Seu povo, um poder sobre o qual Ele será vitorioso e que
será condenado pelo pecado e julgado.
João 3:16 ), e do dom de Seu Filho, para que o mundo seja salvo por
meio dele. Se o pensamento do mal e da alienação é trazido no verso seguinte, é
importante observar que este verso fala da iluminação de cada homem . Nenhum
homem pertence ao mundo que é entregue à escuridão e à impenitência, a menos
que, através da resistência e da escolha do mal, fizeram com que a luz que
estava nele se tornasse a escuridão (comp. Ephesians 4:18 ) .- Não podemos
duvidar disso Nas palavras "cada homem", há uma alusão a João
("um homem enviado de DEUS") como ele próprio iluminado por esta Luz.
Verso 10
João 1:10 João 1:10 . Ele estava no mundo e o mundo surgiu através
dele, e o mundo não o conhecia. O assunto ainda é a Luz, que ( João 1: 9João 1:
9 João 1: 3-5) era existente e estava "entrando no mundo". No mundo,
de fato, já era (embora a manifestação completa ainda estivesse por vir), e -
aqui a figura passa imperceptivelmente, dando lugar ao pensamento da Pessoa - o
mundo, embora criado por meio dele, não reconheceu Sua presença. Note a
simplicidade do estilo de João, em que os três pensamentos do verso, embora
muito variados em suas relações mútuas, são, por assim dizer, colocados lado a
lado. Essas palavras relacionam-se tanto ao Pré-encarnado quanto ao Verbo
Encarnado. O desenvolvimento é mais do que do pensamento do que o tempo.
Paralelamente à Sua manifestação na carne e depois dela, a Palavra foi "no
mundo". A declaração não deve limitar-se à manifestação de CRISTO em
Israel. Este versículo é uma repetição, de forma mais concreta, de João 1: 3-5
(em parte).
Verso 11
João 1:11 João 1:11 . Ele chegou a sua casa e o seu próprio não o
aceitou. Este versículo é praticamente uma repetição de João 1:10 , em
linguagem mais solene e enfática? Ou passamos do pensamento do mundo em geral
para o do povo judeu. A questão é de alguma dificuldade. Como João 1:12 é
certamente bastante geral no seu significado, pode parecer perigoso introduzir
uma limitação aqui. Mas o peso do argumento parece estar no outro lado. Há um
avanço manifesto do pensamento à medida que passamos do último versículo para
isso. Em vez de "Ele estava", encontramos "Ele chegou";
para "o mundo", temos João 1:10 João 1:12
"Sua própria casa"; para "conhecer" (percebido
ou reconhecido), nós "aceitamos". Toda mudança parece apontar para um
relacionamento mais íntimo, uma manifestação mais clara e uma rejeição que
ainda é mais sem desculpa. (Comp. A Palavra, que estava no mundo Provérbios
8:31 Provérbios 08:31 ), teve sua casa com o povo escolhido ( Êxodo 19: 5 Êxodo
19: 5 ; Salmos 76: 2 Salmos 76: 2 ), para o qual tinha sido dada a revelação da
verdade de DEUS ( Romanos 9: 4 Romanos 9: 4 ). Ainda é principalmente da
Palavra Pré-encarnada que João fala. Em toda a história de Israel, foi
ilustrada a infidelidade à verdade (comp. Lucas 11: 49-50 Lucas 11: 49-50 ;
Atos 7: 51-53 Atos 7: 51-53 ); e o suave pathos deste verso lembra as palavras
em que JESUS fala da rejeição de si mesmo (Mateus 23:37Mateus 23:37 ).
Verso 12
João 1:12 João 1:12João 1: 10-11 João 1:11 João 1:11 João 3: 5 João
7:39 Romanos 8:15 Hebreus 11:40 João 8:31 João 5:38 Êxodo 34: 5-6 João 2 : 23
João 1: 1 João 1: 6 . Mas todos os que o receberam, deram-lhe o direito de
tornarem-se filhos de DEUS, mesmo para aqueles que acreditam em seu nome. Vimos
a luz que brilha na escuridão ( João 1: 10-11 ); O pensamento desse versículo é
que a escuridão não o superou! Como já vimos (ver nota em João 1:11 ), o idioma
torna-se completamente geral. Todo aquele que o recebeu "para qualquer
período de tempo ou nação que eles possam pertencer, ganhou o presente aqui
falado. Há uma diferença perceptível entre "aceito" ( João 1:11e
'recebido', como aqui usado. Enquanto o primeiro enfatiza a vontade que consentiu
(ou recusou) a receber, o último traz-se ante nós a posse adquirida; de modo
que o significado completo é: tantos como, aceitando-o, receberam-no.
O dom não é diretamente declarado como "filiação",
talvez porque a manifestação completa desta benção pertence apenas aos últimos
dias (comp. Em chaps, João 3: 5 , João 7:39 ; Romanos 8:15 ), enquanto o
Evangelista aqui incluiria o tempo de revelação incompleta que veio antes da
Encarnação. Então, como agora, os homens o aceitaram ou recusaram; mas para
aqueles que aceitaram foi reservado "algo melhor" ( Hebreus 11:40) do
que já havia sido claramente divulgado ao homem. Não devemos deixar de notar
(pois, nesses versos maravilhosos, tudo é significativo), há uma habilidade
especial na expressão " filhos " em vez de "filhos de DEUS";
pois, enquanto a "filiação" é freqüentemente mencionada em conexão
com mera adoção, o estresse é aqui estabelecido em uma paternidade real (embora
espiritual).
O direito ou autoridade para se tornar filhos de DEUS é dado pela
Palavra "aos que crêem em Seu nome". É muito importante discriminar
entre as diferentes frases que João usa em relação à crença ou fé. Por um lado,
temos a simples expressão de "acreditar nele" (como em chaps, João
8:31 , João 5:38, etc.), geralmente indicando a aceitação de algo falado como
verdadeiro. Por outro lado, encontramos com muita frequência no Novo
Testamento, mas especialmente nos escritos de João, uma combinação notável de
"acreditar" com uma preposição literalmente significando
"em", pelo qual se denomina não apenas uma aceitação de palavras ou
profissões , mas tal aceitação da Pessoa confiável, tal aproximação do coração
em relação a Ele, como conduz à união com Ele. Esta fórmula peculiarmente
cristã é por alguns "acreditando", por outros
"acreditam".
Ambas as renderizações são encontradas na Versão Autorizada.
Adotamos uniformemente o primeiro, porque indica mais claramente a união para o
qual a fé tende. Existem algumas passagens (ver as referências marginais) em
que, como aqui, esta frase "acreditar" é seguida de "o
nome". Já vimos com a plenitude do significado que João usa a palavra
"nome". Como em muitas passagens do Antigo Testamento, o
"nome" expressa a soma das qualidades que marcam a natureza ou o
caráter de uma pessoa (comp. Êxodo 34: 5-6 ).
É difícil consertar a distinção precisa entre "crer nEle"
e "acreditar em Seu nome". Talvez possamos dizer que, no primeiro
caso, o crente cede com confiança à Pessoa, no último, à revelação da Pessoa.
Aqueles que no cap. João 2:23são falados como acreditando "em nome"
de JESUS, não alcançaram a união pessoal que crer em JESUS implica; mas através
da aceitação confiante de Sua revelação de si mesmo, o presente mais elevado, o
conhecimento mais próximo, pode ser obtido em breve. Aqui, o 'nome' não pode
deixar de lembrar John 1: 1 : o 'nome' Palavra expressou a natureza da Pessoa
(comp. João 1: 6 ).
Verso 13
João 1:13 João 1:13 . Que foram gerados, não de sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de DEUS. A história espiritual
dos que são falados em João 1:12João 1:12é aqui continuada, e a natureza de sua
filiação mais completa. É fácil ver que nas três cláusulas há um progresso
distinto do pensamento, o segundo (contendo o pensamento de "vontade")
sendo mais definido do que o primeiro, o terceiro (no qual o "homem"
é substituído por "carne, '- uma pessoa para a natureza humana em geral)
sendo novamente mais definitiva do que a segunda.
As três cláusulas, no entanto, realmente expressam, mas uma ideia
principal; O que isso deve ser aprendido com o contraste nas palavras finais, -
"mas (eles foram gerados) de DEUS". Esses crentes receberam o direito
de se tornarem "filhos de DEUS" em virtude de uma verdadeira filiação
espiritual, sendo gerada por DEUS. O contraste com essa filiação é a própria
reivindicação que é tão fortemente feita pelos judeus no cap. 8, e a validade
de que nosso Senhor nega completamente. A lembrança desse capítulo, que só traz
em negrito a suposição habitual do judaísmo daquele dia, será suficiente para
explicar a notável ênfase deste versículo, a negação tripla de que os homens se
tornam filhos de DEUS em virtude de qualquer descendência hereditária natural.
- Embora seja o reivindicação dos judeus que está aqui no pensamento do escritor,
contudo, como frequentemente em outro lugar, os judeus são o tipo do mundo em
geral; por outros, além de judeus, como reivindicações presuntuosas foram
feitas, outros descansaram na "divindade" de sua raça.
É muito possível que a peculiaridade da primeira cláusula
(literalmente 'não de - Embora seja a reivindicação dos judeus que está aqui no
pensamento do escritor, contudo, como frequentemente em outro lugar, os judeus
são o tipo do mundo em geral; por outros, além de judeus, como reivindicações
presuntuosas foram feitas, outros descansaram na "divindade" de sua
raça. É muito possível que a peculiaridade da primeira cláusula (literalmente
'não de - Embora seja a reivindicação dos judeus que está aqui no pensamento do
escritor, contudo, como frequentemente em outro lugar, os judeus são o tipo do
mundo em geral; por outros, além de judeus, como reivindicações presuntuosas
foram feitas, outros descansaram na "divindade" de sua raça. É muito
possível que a peculiaridade da primeira cláusula (literalmente 'não de sangue
) pode ser explicado.
Verso 14
João 1:14 João 1:14 . E a Palavra se tornou carne. Com este
versículo, entramos no aspecto mais completo e concreto da Palavra aparecendo
entre os homens. Contudo, como pessoalmente vem na carne, a Palavra contrasta
com o que Ele estava em Seu estado preexistente; e, portanto, antes que o
Batista nos tenha apresentado, temos declarações exatamente paralelas às de
João 1: 1-5 . Que agora diante de nós corresponde a João 1: 1 , pois o Verbo
Encarnado em si mesmo é aqui falado. Aquele que estava no princípio, que estava
com DEUS, que era DEUS, "se fez carne"; não se limitou a levar a ele
um corpo humano, não se limitou a tornar-se um homem individual, mas assumiu a
natureza humana em sua totalidade (ver chaps, João 12:27 , "alma"; João
1: 1-5 João 1: 1 João 12:27 João 13:21 1 João 4: 2 2 João 1: 7João 13:21,
"espírito"), identificou-se com a raça, entrou em tal condição que
Ele poderia ter perfeita comunhão e comunhão com a gente, e nós com Ele.
A palavra "tornou-se" não indica que Sua natureza divina
foi posta de lado e que Seu modo de ser era simplesmente humano até que, na
realização de Sua obra, ele gradualmente transformou seu modo humano de ser e
recuperou para toda a glória de O divino.
Se essa visão fosse correta, seguiria que quando o divino foi
recuperado, o ser humano foi posto de lado, e que a humanidade do redentor
exaltado não é agora tão real como foi durante o curso terrestre. Nenhum
pensamento é sugerido por "tornou-se", pois esta palavra não implica
que o estado anterior de existir não existe mais. O que realmente é indicado é
a passagem para um novo estado, uma transição em vez de uma
transformação.
A Palavra permanece, com todas as Suas propriedades essenciais;
adicionou-se um novo modo de ser, a assunção de uma nova natureza, denotada
pela "carne". Os paralelos mais importantes para este verso são1 João
4: 2 e 2 João 1: 7 ; essas passagens diferem do presente, na medida em que o
nome histórico "JESUS CRISTO" é substituído pela Palavra, e que, para
as palavras misteriosas "se tornaram carne", lemos "veio"
(ou "vem") em carne ".
E ele colocou o seu tabernáculo entre nós, e nós contemplamos a sua
glória (glória como de um unigênito de um pai), cheio de graça e de verdade.
Como a primeira cláusula deste versículo correspondeu a João 1: 1 João 1: 1 ,
então estas cláusulas correspondem a João 1: 2-5 João 1: 2-5; só que, enquanto
que nós tivemos as propriedades da Palavra em virtude das quais Ele dá vida e
luz em sua forma mais geral a todos, aqui temos aqueles em virtude dos quais,
como a revelação agora completada do Pai, Ele carrega isso vida e luz para a
perfeição, de modo a recebê-lo verdadeiramente. Ainda assim, no entanto, é a
glória da Palavra em Si mesmo que está diante de nós; Se os homens forem
introduzidos nas palavras que se seguem como observadores da Sua glória, é que
o nosso pensamento pode descansar, e não sobre a benção que o homem recebe (o
que está escrito abaixo, João 1: 16-18 João 1: 16-18 ), mas sobre a testemunha
transmitida a glória do Verbo Encarnado.
A figura desse versículo é tirada do Antigo Testamento ( Levítico
26:11 Levítico 26:11 ; Ezequiel 37:27 Ezequiel 37:27, etc.); O Tabernáculo era
o lugar de encontro de DEUS e de Israel, a casa na qual o Senhor habitava no
meio do povo. Com a imagem de uma tenda ou tabernáculo muitas vezes é associado
o pensamento de transitoriedade; mas que a palavra usada aqui não envolve
necessariamente, esse pensamento é suficientemente provado pelo idioma da
promessa final: "O tabernáculo de DEUS é com os homens, e ele colocará o
seu tabernáculo com eles ( Apocalipse 21: 3 Apocalipse 21: 3). Como a Shechinah
habitou no Tabernáculo, no meio do arraial de Israel, "a Palavra se tornou
carne" habitou entre nós ". Alguns tomaram as últimas palavras para
significar "em nós" e para conter uma nova referência à suposição da
natureza humana; mas essa visão parece claramente incompatível com as palavras
que seguem: "nós vimos Sua glória", cujo significado é fixado pela
primeira passagem da Primeira Epístola ( 1 João 1: 1-3 1 João 1: 1-3).
A glória era como a de um único filho enviado de um pai; Não
há imagem, mas isso, foi bem dito, "pode expressar o duplo caráter da
glória, como de uma vez derivado e em um nível com sua fonte". No único
filho estão concentradas todas as características do pai; sobre ele todo o amor
do pai é derramado; para ele pertence toda a herança; sobre ele, o pai, quando
ele o envia em uma embaixada, concede toda a plenitude de seu poder. A tradução
que damos é, acreditamos, o que as palavras gregas exigem absolutamente;
Parece-nos, além disso, ser a única representação que dá sentido à palavra de
comparação "como", ou preserva o progresso do pensamento do
Evangelista. Ainda não houve nenhuma palavra trazendo o pensamento de Divine
Sonship.
Os atributos e o funcionamento da Palavra Divina foram
continuamente diante de nós; aqui a glória da Palavra se torna carne é
comparada com a de um único filho enviado de um pai; mas não é até João 1:18
João 1:18, que esses elementos são combinados em um único enunciado supremo da
verdade. As últimas palavras do versículo devem estar relacionadas com o
sujeito da frase: "Ele (a Palavra) colocou Seu tabernáculo entre nós,
cheio de graça e verdade". Eles vão longe para explicar a
"glória" que os discípulos viram. Que a Palavra tenha sido desde o
início da história do mundo, a concessão de "graça e verdade" está
implícita na imagem dos versículos anteriores ( João 1: 4 João 1: 4 ; João 1:
9João 1: 9); O que envolveu o ensinamento respeitando o Verbo Pré-encarnado é
claramente indicado aqui da Palavra tornar-se carne. Mas essa plenitude de
graça e verdade não esgota o significado da "glória". Na glória do
Verbo Encarnado, há dois elementos, pois Sua única pessoa une duas naturezas:
em parte, a glória é única (em espécie e não apenas em grau), pertencente ao DEUS-homem
e não ao Homem perfeito; em parte, é transmissível aos homens, como o próprio JESUS
diz: "A glória que Tu me dás, eu os dei".(COMENTARIO, Shaf, evangelho
de João).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lucas narra o
nascimento de JESUS, situando-o no contexto das profecias bíblicas e do
judaísmo dos seus dias. O "silêncio profético", que já durava
quatrocentos anos, foi rompido pelas manifestações divinas na Judeia. A
plenitude dos tempos havia chegado e o Messias agora seria revelado!
O nascimento de JESUS
significava boas novas de alegria para todo o povo. Os pobres e os piedosos seriam os primeiros a
receberem a notícia. Dessa forma, DEUS mostrava que a salvação, por Ele
provida, alcançaria a todos os homens.
I - O NASCIMENTO DE
JESUS NO CONTEXTO PROFÉTICO
1. Poesia e profecia.
2. A restauração do
ESPÍRITO profético.
II - O ANÚNCIO DO
NASCIMENTO DE JESUS
1. Zacarias e Izabel.
2. José e Maria.
III – O NASCIMENTO DE
JESUS E OS CAMPONESES
1. A nobreza dos
pobres.
2. A realeza do
Messias.
IV - O NASCIMENTO DE
JESUS E O JUDAÍSMO
1. Judeus piedosos.
2. Rituais sagrados
CONHEÇA MAIS
*O local de nascimento do Salvador
"JESUS nasceu em
Belém, ao sul de Jerusalém, mas passou a infância e juventude em Nazaré, cidade
próxima ao mar da Galileia, no norte. Belém, o lugar onde JESUS nasceu, é hoje
uma região em conflito." Para conhecer mais leia Guia Cristão de
Leitura da Bíblia, CPAD, p. 21.
Na plenitude dos
tempos, JESUS veio ao mundo. Ele é o Messias
No anúncio do
nascimento de JESUS, um anjo do Senhor é enviado especialmente aos camponeses
pobres que pastoreavam os seus rebanhos no campo.
Lucas lembra o fato de
que CRISTO nasceu em Belém, cidade de Davi, cumprindo dessa forma a profecia
bíblica.
SUBSÍDIO
"O censo
consistia no alistamento obrigatório dos cidadãos no recenseamento, o que
servia de base de cálculo para os impostos. Quirino era governador do Império
legado pela Síria, em d.C., mas este pode ter sido seu segundo mandato. Além
disso, Lucas fala do censo que trouxe José e Maria a Belém como um prote (que
provavelmente signifique, aqui, 'o anterior' e não o 'primeiro'). Assim, o ano
de nascimento de CRISTO continua a ser objeto de debate" (RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.
653).
SUBSÍDIO
Professor, converse
com os alunos explicando que jamais devemos adorar a Maria, todavia, não
podemos deixar de reconhecer seu valor. Afinal, ela foi escolhida para ser mãe
do Filho de DEUS. Esta escolha está certamente baseada num caráter de especial
dignidade. Sua pureza, humildade e ternura são um exemplo para todos os crentes
que desejam agradar a DEUS (Adaptado de: PEARLMAN, Myer. Lucas: O Evangelho do
Homem Perfeito. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 27).
SUBSÍDIO
Professor, antes de
iniciar a explicação do tópico, faça a seguinte indagação: “Por que os pastores
foram os primeiros a saber do nascimento do Messias?” “Por que os sacerdotes e
escribas não foram os primeiros a saber?”
Ouça os alunos e incentive a participação de todos. Explique que os pastores
faziam parte de uma classe social bem simples. Eles eram pobres. As Boas-Novas
de salvação não foram anunciadas primeiro aos poderosos e nobres, mas aos
humildes, pobres, a pessoas comuns do povo, mostrando que CRISTO veio ao mundo
para todos.
SUBSÍDIO
"A legislação
sobre o parto" (2.21-24). O texto em Levítico 12.1-5 registra o
compromisso materno de oferecer um sacrifício para o ritual de purificação após
o nascimento da criança. Foi para dar cumprimento a esse dispositivo legal do
Antigo Testamento que a família se dirigiu ao Templo (veja também Lv
12.6-8)" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p. 653).
"Lucas descreveu
como o Filho de DEUS entrou na História. JESUS viveu de forma exemplar, foi o
Homem Perfeito. Depois de um ministério perfeito, Ele se entregou como
sacrifício perfeito pelos nossos pecados, para que pudéssemos ser salvos.
JESUS é o nosso Líder
e Salvador perfeito. Ele oferece perdão a todos aqueles que o aceitam como
Senhor de suas vidas e creem que aquilo que Ele diz é a verdade" (Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1337).
De que forma devem ser
entendidos os cânticos de Zacarias e Maria?
Eles devem ser
entendidos como sendo de natureza profética. Esses cânticos contextualizam o
nascimento de CRISTO dentro das promessas de DEUS ao seu povo.
Como era o
relacionamento de José e Maria antes da anunciação angélica?
Eles eram noivos.
De que forma a lição
conceitua os pobres?
Os pobres são os
carentes tanto de bens materiais como espirituais.
De acordo com a lição,
qual o propósito de Lucas mostrar JESUS cumprindo rituais judaicos?
Lucas deseja mostrar
que JESUS, como Homem Perfeito, se submeteu e cumpriu os rituais judaicos,
tendo, com isso, cumprido a Lei.
Dentro de que contexto
Lucas procura situar o nascimento de JESUS?
Lucas procura situar o
nascimento de JESUS dentro do contexto histórico.
Comentários
de vários livros com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique
O evangelista, doutor
Lucas, o médico amado, escreveu a história do nascimento de JESUS CRISTO,
paralelamente, a de João Batista. Podemos chamar de histórias dos nascimentos
dos dois meninos, pois, em primeiro lugar, Lucas apresenta os anúncios do
nascimento de João Batista e de JESUS CRISTO (Lc 1.5-25, cf. w.26-38); depois,
a visita de Maria a Isabel (Lc 1.39-45); o cântico de Maria e a informação de
que ela passará três meses na casa de sua prima Isabel (Lc 1.46-56); em
seguida, a narrativa do nascimento de João Batista (Lc 1.57-66); o cântico de
Zacarias, seu pai (Lc 1.67-80); depois, a narrativa do nascimento de JESUS
CRISTO (Lc 2.1-7); logo mais, a chegada dos pastores de Belém (Lc 2.8-20);
em seguida, a circuncisão e a apresentação de JESUS no Templo (Lc 2.21-24); a
alegria de Simeão e da profetisa Ana com o nascimento do Salvador (Lc 2.25-38);
e o encontro de JESUS com os doutores da Lei, no Templo, aos doze anos de idade
(Lc 2.39-52).
Nas seções narrativas
dos anúncios natalícios sobre JESUS CRISTO e João Batista, e de seus
respectivos nascimentos, os grandes hinos presentes na narrativa lucana tomou
um vulto grandioso na História da Igreja: o Magnificat, cântico de Maria
exaltando a DEUS pelas suas obras (1.46-55); o Benedictus, o cântico de
Zacarias quando bendiz o DEUS de Israel e profetiza sobre o ministério de João
Batista (1.68-79).
As narrativas dos
nascimentos de JESUS e de João têm o objetivo de deixar claro, desde o início
da obra evangélica, a importância suprema da pessoa JESUS CRISTO. Enquanto João
tinha pai e mãe, e fora fruto do relacionamento entre Zacarias e Isabel, a narrativa
igualmente deixa claro que a mãe de JESUS, Maria, não conheceu homem algum. E
que o Filho de DEUS fora concebido no ventre de Maria pela obra do ESPÍRITO
SANTO.
No Benedictus, o
cântico de Zacarias, João Batista foi profetizado como o precursor do Messias,
JESUS, o Salvador do Mundo. O grande profeta foi reconhecido pelo povo e por
Herodes. João Batista descortinou o caminho do Filho de DEUS para o
arrependimento do povo, após apresentá-lo a fim de que esse povo reconhecesse o
Filho de DEUS, o desejado entre as nações.
É importante que o
estudante da Bíblia compreenda a forma como as narrativas do Evangelho de Lucas
estão estruturadas, pois ela apresenta uma estrutura que faz sentido na forma
como JESUS CRISTO é apresentado a partir do capítulo 3 do Evangelho.
Revista Ensinador
Cristão - CPAD, n° 62, p. 38.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
Após uma rápida
introdução (1.1-4), Lucas relata o anúncio dos anjos com respeito aos
nascimentos vindouros de João Batista (w 5-25) e de JESUS (w. 26-38), narra a
alegria das duas parentas, Isabel e Maria (vv. 39-45) e inclui uma cópia do
magnífico cântico de louvor, em forma de poema, “o cântico de Maria”, comumente
conhecido como “o Magnificat” (w. 46-56). Lucas descreve as circunstâncias
extraordinárias do nascimento de João e o sentimento pela expectativa criada na
região (vv. 57-66). Finalmente, Lucas inclui uma declaração profética de
Zacarias, o pai de João, ao identificar a missão de seu filho como o precursor
do Messias {w. 67-80). Ao juntar todo esse material, muitos dos quais
exclusivos de seu Evangelho, Lucas chama a atenção para o clima de expectativa
que DEUS começava a criar entre seu povo como preparativo para o aparecimento
do Salvador. Todavia, o autor também chama nossa atenção para as magníficas
características de Maria e Isabel, mulheres de fé e compromisso.
RICHARDS. Lawrence
O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse
capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 652.
Neste capítulo, temos
um relato do nascimento e da infância do nosso Senhor JESUS, pois a sua
concepção, e o nascimento e a infância do seu precursor já tinham sido assunto
do capítulo anterior. Aqui, o Primogênito vem ao mundo; vamos encontrá-lo com
nossas hosanas, Bendito o que vem. Aqui temos:
I. O lugar do seu
nascimento, e outras circunstâncias, que provavam que Ele era o verdadeiro
Messias, e alguém como nós necessitávamos, mas não alguém como os judeus
esperavam, vv. 1-7.
II. O aviso do seu
nascimento aos pastores daquela região, levado por um anjo; o cântico de louvor
que os anjos entoaram naquela ocasião, e a propagação da notícia do seu
nascimento pelos pastores, w. 8-20.
III. A circuncisão de
CRISTO, e o nome que lhe foi dado, v. 21.
IV. A apresentação do
menino JESUS no templo, vv.22-24.
V. Os testemunhos de
Simeão, e Ana, a profetisa, a respeito dele, w . 25-39.
VI. O crescimento e a
capacitação de CRISTO, w. 40-52.
VII. Seu
comparecimento à Páscoa, aos doze anos de idade, e a sua conversa com os
doutores no templo, vv. 41-51.
É isto, juntamente com
o que já encontramos (capítulos 1 e 2 do Evangelho de Mateus), é tudo o que
sabemos a respeito do nosso Senhor JESUS, até que Ele iniciou a sua obra
pública, aos trinta anos de idade.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa. Editora CPAD. pag. 526.
JOSÉ E MARIA.
A Mensagem do Anjo
(1:26-33)
No sexto mês depois da
concepção de Isabel, foi o anjo Gabriel enviado... a Nazaré (26). É óbvio que
Lucas está escrevendo para gentios, pois nenhum judeu precisa ser lembrado de
que Nazaré era uma cidade da Galileia. Embora, como descendentes de Davi, tanto
José quanto Maria chamassem Belém de terra de seus antepassados, eles estavam
naquela época vivendo em Nazaré, que se situava a cerca de 130 quilômetros a
nordeste de Jerusalém, em um planalto no lado norte do Vale de Esdrelom.
A uma virgem desposada
com... José (27). Maria ainda era uma virgem, e estava noiva de José. Os
noivados ou contratos de casamento entre os israelitas nos tempos bíblicos eram
mais significativos e representavam um laço mais forte do que na atualidade. A
lei mosaica considerava a infidelidade sexual por parte de uma jovem que fosse
noiva como adultério, e ela era punida por esta transgressão (Dt 22.23-24).
Freqüentemente existia um intervalo de meses entre o noivado e o casamento, mas
ainda assim o noivado já representava um compromisso que só poderia ser rompido
através do divórcio. Este último fato é exemplificado pela decisão de José de
divorciar-se de Maria, antes de saber da natureza da sua concepção (Mt 1.19),
embora ele e Maria ainda não estivessem casados.
Neste ponto, é bom
lembrar que a narrativa de Lucas da anunciação e do nascimento de JESUS são
feitos a partir do ponto de vista de Maria. Neste aspecto, a história difere do
relato de Mateus, que é feito a partir do ponto de vista de José. É provável que
Lucas tenha obtido esta informação direta ou indiretamente de Maria, quando ele
passou dois anos na Palestina. Lucas também estava mais interessado em mostrar
o relacionamento de JESUS com a humanidade através da Sua mãe, do que a Sua
relação legal com o trono de Davi através de José, o seu pai oficial, embora
não fosse o seu pai biológico.
Da casa de Davi se
refere a José e não a Maria. A gramática do texto grego original e também a da
versão em nosso idioma, exige esta interpretação. Mas isto não quer dizer que
Maria não fosse descendente de Davi, pois os versículos 32 e 69 deste mesmo capítulo
dão a entender fortemente que ela era da linhagem de Davi.
Entrando o anjo onde
ela estava (28). Isto não foi um sonho nem uma visão, mas uma autêntica visita
de um anjo.
Salve. Esta é uma
saudação com alegria. A palavra no original é o imperativo de um verbo que
significa “alegrar-se” ou “ficar feliz”. A forma usada aqui é uma saudação
normal. Seria o equivalente a: “Que a alegria esteja com você”.
Agraciada
(literalmente, “com a graça”); bendita és tu entre as mulheres. O anjo a honrou
pelo que ela iria se tornar, antes mesmo que ela soubesse o assunto das
boas-novas. É certo que Maria deveria receber honra, e o anjo nos deu o
exemplo. Mas a adoração a Maria é completamente injustificada.
Ela turbou-se muito
com aquelas palavras (29) significa, literalmente, “ela ficou grandemente
agitada”. A saudação e a presença do anjo a perturbaram (acréscimo de Pr. Luiz
Henrique). O que ele lhe disse era mais difícil de entender do que a sua
aparição e, aparentemente, mais inesperado.
Ela considerava:
significa, literalmente, “ela estava pensando”. Isto representa uma prova de
sua presença de espírito neste momento crítico da sua vida.
Em teu ventre
conceberás, e darás à luz um filho... JESUS (31). Aqui temos o anúncio da
Encarnação. O Filho de DEUS realmente se tornaria carne, seria concebido e
nasceria de uma virgem. Neste Filho a divindade e a humanidade estariam unidas
de maneira inseparável. O seu nome, JESUS, significa “Salvador” ou, mais
literalmente, “DEUS salva”. É o equivalente grego do hebraico “Josué”. Lucas
não joga com as palavras na etimologia do nome “JESUS”, como faz Mateus. Os
seus leitores, sendo gentios, não teriam entendido o objetivo das palavras
“porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” de Mateus 1.21, por não
conhecerem a relação etimológica entre as palavras “JESUS” e “salvar”.
Este será grande (32),
no seu sentido mais elevado e verdadeiro. DEUS é grande, e toda a grandeza
verdadeira vem dele e é reconhecida por Ele. (Isaías 9.6).
Será chamado Filho do
Altíssimo não quer dizer que Ele simplesmente “seria chamado” de Filho de DEUS,
mas é equivalente a “Ele não apenas será o filho de DEUS, como também será
reconhecido como tal”. Ele terá as marcas da divindade. Esta palavra hebraica
era de uso comum, e literalmente equivalente a “Ele será o Filho do Altíssimo”.
O trono de Davi, seu
pai. Evidentemente, isto deixa claro que Maria era descendente de Davi. Como
muitos poderão argumentar, é verdade que o direito de JESUS ao trono viria
através de José, apesar de não ser o seu verdadeiro pai. Mas aqui se menciona a
filiação, e não se menciona José. Além disso, deve-se observar que Lucas está
escrevendo a partir do ponto de vista de Maria; e também que o seu interesse
pelas relações humanas de JESUS está ligado à relação verdadeira, e não àquela
que era considerada legal entre os judeus.
Reinará eternamente na
casa de Jacó (33). Isto é praticamente equivalente ao que está escrito na frase
seguinte: O seu Reino não terá fim, exceto que a primeira enfatiza o aspecto
judaico do reino. Lucas enfatiza muito claramente, em seu Evangelho, a universalidade
do reino de CRISTO; mas Paulo, que foi professor de Lucas, enfatizava a
continuidade do reino de Israel - e da semente de Abraão - no reino de CRISTO.
A última é a flor e o fruto; a primeira é a videira.
A Pergunta de Maria
(1.34)
Como se fará isso?
(34) Não se trata de uma pergunta como produto da dúvida, mas da perplexidade e
da inocência. Ela não está dizendo “Não pode ser”, mas pedindo uma explicação
sobre como isso pode ser, e como será feito. Uma comparação superficial da pergunta
de Maria com a expressão de dúvida de Zacarias (1.18) faria com que ambas
parecessem muito similares. Um olhar mais detalhado sobre as duas perguntas irá
provar conclusivamente que elas não se assemelham nem em significado, nem em
espírito.
Zacarias perguntou:
“Como saberei isso?”, querendo dizer, “Que sinal você vai me dar como prova de
que isto irá acontecer?” Mas Maria perguntou “Como se fará isso?”, ou seja, que
meios farão isso acontecer?
Existe ainda outra
diferença que deve ser observada. O milagre que foi prometido a Zacarias era um
caso normal de cura divina, aliado a uma capacitação divina de uma mulher para
dar à luz em idade avançada. Isto realmente era um milagre. Mas a maravilha que
foi prometida a Maria continua confundindo a imaginação dos maiores pensadores
da igreja e do mundo em todas as gerações. E nada menos do que o mistério da
Encarnação divina - DEUS se tornou carne.
3. A Resposta do Anjo
(1.35-38)
Descerá sobre ti o
ESPÍRITO SANTO (35). O anjo respondeu amavelmente a pergunta que tinha sido
feita de forma tão inocente. A resposta não esclarece o mistério: somente
indica o agente. O ESPÍRITO SANTO, como agente de DEUS Pai, toma o lugar de um
marido de alguma maneira não explicada - e talvez inexplicável. Aqui, na
resposta do anjo, podemos ver o poder procriativo da mulher na sua mais
completa pureza, unido à onipotência de um DEUS amoroso e santo. Vemos
delicadeza, significado e mistério unidos nas palavras a virtude do Altíssimo
te cobrirá com a sua sombra. Esta “cobertura com a sombra do Altíssimo”
possivelmente inclui tanto o milagre da concepção quanto a supervisão, o
cuidado e a proteção contínuos de Maria pelo ESPÍRITO SANTO. Será chamado Filho
de DEUS não se refere à eterna filiação do CRISTO pré-encarnado, mas sim ao
milagre da Encarnação. Como DEUS tomou o lugar de um pai terreno, JESUS pode
ser chamado Filho de DEUS da mesma forma que um menino é chamado de filho de
seu pai.
Charles L.
Childers. Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag.
362-364.
Observação de Pr. Luiz
Henrique - A palavra de DEUS é a semente de DEUS, quando o anjo Gabriel
comunica a Maria que ela vai conceber, isso é a Palavra de DEUS entrando no
útero virgem de Maria, e assim ela concebe a vida de JESUS em seu ventre.
O pastor das ovelhas,
aquele que dá a vida pelas suas ovelhas, entrou na terra (curral ou aprisco das
ovelhas) pela porta como todos nós - a porta do nascimento físico através de
uma mulher. Aquele que entra por outra
porta (não nasceu de uma mulher) é ladrão e salteador - Satanás. (Jo 10).
Maria ficara perplexa
ante o fato de que ela haveria de ser a progenitora do Messias davídico, e
também porque isso era um anúncio virtual de que teria um filho antes da
consumação de seu matrimônio, como ocorrência inteiramente desvinculada desse
casamento.
Maria, mostrando-se
digna representante das mulheres da mais profunda confiança no Senhor,—não
requereu um sinal—ou qualquer espécie de confirmação, mas aceitou a declaração
por um notável ato de fé. O vs. 45 afirma a sua crença: «Bem-aventurada a que
creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do
Senhor».
CHAMPLIN, Russell
Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 16.
A informação adicional
que o anjo transmite a Maria, respondendo à sua pergunta a respeito do
nascimento deste príncipe.
1. A pergunta que ela
faz é apropriada: “Como se fará isto?”, v. 34. Como eu posso conceber um filho
na atualidade (pois foi isto o que o anjo quis dizer), se eu “não conheço
varão”? Deverá ser de outra maneira, e não pelo modo normal de concepção? Se for
assim, diga-me “como se fará isto?” Ela sabia que o Messias devia nascer de uma
virgem; e, se ela devia ser a sua mãe, ela queria saber como isto aconteceria.
Estas não eram palavras resultantes da sua falta de confiança, ou de qualquer
dúvida sobre o que o anjo lhe havia dito, mas de um desejo de receber mais
orientação.
2. A resposta que ela
recebe é satisfatória, v. 35. (1) Ela irá conceber pelo poder do “ESPÍRITO
SANTO”, cuja obra é santificar, e portanto, santificar a virgem, para este
propósito. O ESPÍRITO SANTO é chamado de “virtude do Altíssimo”. Ela pergunta
“como se fará isto? Isto é suficiente para ajudá-la a superar as dificuldades
que parecem existir. Um poder divino o realizará, não o poder de um anjo
empregado para isto, como em outros milagres. Mas, o poder do próprio “ESPÍRITO
SANTO”. (2) Ela não deve fazer perguntas a respeito da maneira como isto se
realizará, pois o ESPÍRITO SANTO, sendo “a virtude do Altíssimo”, irá cobri-la
“com a sua sombra”, como a nuvem cobriu o tabernáculo quando a glória de DEUS
tomou posse dele, para escondê-lo daqueles que poderiam - com excessiva
curiosidade - observar o que acontecia, “bisbilhotando” os seus mistérios. A
formação de cada bebê no útero, e a entrada do espírito da vida nele, são
mistérios da natureza; ninguém conhece “o caminho do vento, nem como se formam
os ossos no ventre da que está grávida”, Eclesiastes 11.5. Nós fomos formados
no oculto, Salmos 139.15,16. A formação do menino JESUS é um mistério ainda
maior, sem controvérsia, “grande é o mistério da piedade”, DEUS manifestado em
carne, 1 Timóteo 3.16. E uma coisa nova criada na terra (Jr 31.22), a cujo
respeito nós não devemos cobiçar conhecer além do que está escrito.
(3) A criança que ela
irá conceber é santa, e portanto não deve ser concebida da maneira normal,
porque ela não deverá compartilhar da corrupção e da contaminação comuns à
natureza humana. O bebê é mencionado enfaticamente como “o SANTO”, como nunca
houve; e Ele será chamado de “Filho de DEUS”, como o Filho de DEUS por geração
eterna, o que indica como Ele será formado pelo ESPÍRITO SANTO, nesta
concepção. A sua natureza humana deveria ser produzida desta maneira, como era
adequado que fosse, pois se uniria à natureza divina.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição
completa.Editora CPAD. pag. 517.
Vos nasceu hoje... o
Salvador (11). Esta é a palavra favorita de Lucas e também do seu companheiro
Paulo. Os termos “Salvador” e “salvação” aparecem mais de quarenta vezes nos
seus escritos, ao passo que aparecem raramente nos outros livros do Novo Testamento.
Não é apenas o fato da chegada do Salvador que constitui as boas-novas da
mensagem do anjo, mas a natureza da Sua salvação. Embora os pastores pudessem
provavelmente ter interpretado aquela salvação como sendo material e política,
todo o Novo Testamento é inequívoco na sua interpretação como sendo moral e
espiritual. O bebê anunciado pelos anjos seria o Salvador que os libertaria do
pecado.
Fica claro que os
anjos desejavam que os pastores fossem e vissem o Salvador, pelo fato de que
lhes indicaram o lugar - a cidade de Davi, a própria cidade deles. Além disto,
o anjo lhes deu um sinal para que pudessem identificar o Salvador.
Charles L.
Childers. Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol. 6.
pag. 372.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO 1 - JESUS, O VERBO DE DEUS
1º TRIMESTRE DE 2008
TEMA: JESUS CRISTO, Verdadeiro Homem, Verdadeiro DEUS.
Lições Bíblicas CPAD, Jovens e Adultos - 2008
Comentários: Pr. Esequias Soares.
Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antônio Gilberto.
Complementos para ajuda aos estudantes e professores: Ev. Henrique.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, aguce a curiosidade de seus alunos! Use para isso um dos símbolos
cristãos primitivos. O Cristianismo possui diversos símbolos que representam à
fé cristã: a cruz, o peixe, o lábaro de Constantino, entre outros. Mas, seus
alunos sabem o significado do "peixe" como símbolo cristão? Vejamos
no quadro abaixo:
PALAVRA-CHAVE
Logos: Título cristológico que designa o Senhor JESUS como o Eterno, o Criador
e o verdadeiro DEUS.
REFLEXÃO
"O Filho, por ser verdadeiro DEUS, está eternamente em igualdade absoluta
com o Pai." (L. S. Chafer)
TEXTO ÁUREO:
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".
(Jo 1.14).
VERDADE PRÁTICA:
CRISTO JESUS é o verbo de DEUS que se fez carne e habitou entre
nós, a fim de nos redimir do pecado.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jo 1.1-10, 14
1No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo
era DEUS. 2Ele estava no princípio com DEUS. 3Todas as coisas foram feitas por
ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4Nele, estava a vida e a vida era
a luz dos homens; 5e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a
compreenderam. 6Houve um homem enviado de DEUS, cujo nome era João. 7Este veio
para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz. 9Ali estava a luz
verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo, 10estava no mundo, e o
mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
14E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória,
como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
1.1 O VERBO. João começa seu Evangelho denominando JESUS de "o
Verbo" (gr. Logos). Mediante este título de CRISTO, João o apresenta como
a Palavra de DEUS personificada e declara que nestes últimos dias DEUS nos
falou através do seu Filho (cf. Hb 1.1). As Escrituras declaram que JESUS
CRISTO é a sabedoria multiforme de DEUS (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a
perfeita revelação da natureza e da pessoa de DEUS (Jo 1.3-5, 14,18; Cl 2.9).
Assim como as palavras de um homem revelam o seu coração e mente, assim também
CRISTO, como "o Verbo", revela o coração e a mente de DEUS (14.9).
João nos apresenta três características principais de JESUS CRISTO como "o
Verbo".
(1) O relacionamento entre o Verbo e o Pai.
(a) CRISTO preexistia "com DEUS" antes da criação do
mundo (cf. Cl 1.15,19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade,
distinto de DEUS Pai, mas em eterna comunhão com Ele.
(b) CRISTO era divino ("o Verbo era DEUS"), e tinha a
mesma natureza do Pai (Cl 2.9; ver Mc 1.11).
(2) O relacionamento entre o Verbo e o mundo. Foi por intermédio de
CRISTO que DEUS Pai criou o mundo e o sustenta (v. 3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co
8.6).
(3) O relacionamento entre o Verbo e a humanidade.
"E o Verbo se fez carne" (v. 14). Em JESUS, DEUS
tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Este é o
postulado básico da encarnação: CRISTO deixou o céu e experimentou a condição
da vida e do ambiente humanos ao entrar no mundo pela porta do nascimento
humano (ver Mt 1.23).
1.2 NO PRINCÍPIO COM DEUS. CRISTO não foi criado; Ele é eterno, e sempre esteve
em comunhão amorosa com o Pai e com o ESPÍRITO SANTO (ver Mc 1.11).
1.4 VIDA... A LUZ DOS HOMENS. CRISTO é a personificação da genuína e verdadeira
vida (cf. 14.6; 17.3). Sua vida era a luz para todos, i.e., a verdade de DEUS,
sua natureza, propósito e poder tornam-se disponíveis a todos por meio dEle
(8.12; 12.35,36,46).
1.5 A LUZ RESPLANDECE NAS TREVAS. A luz de CRISTO brilha num mundo mau e
pecaminoso controlado por Satanás. A maior parte do mundo não aceita sua vida,
nem sua luz; mesmo assim "as trevas não a compreenderam", i.e., não
prevaleceram contra ela.
1.9 ALUMIA A TODO HOMEM. CRISTO ilumina toda pessoa que ouve o seu evangelho,
concedendo-lhe certa medida de compreensão e graça para que essa pessoa possa
livremente escolher, aceitar ou rejeitar a mensagem. Além da luz de CRISTO, não
há outra mediante a qual possamos conhecer a verdade e sermos salvos.
1.10 O MUNDO NÃO O CONHECEU. O "mundo" se refere à totalidade da
sociedade organizada e que age independente de DEUS, da sua Palavra e do seu
governo. O mundo nunca concordará com CRISTO; permanecerá indiferente ou hostil
a CRISTO e ao seu evangelho, até o final dos tempos (ver Tg 4.4). O mundo é o
grande oponente do Salvador na história da salvação (cf. Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17;
4.5).
1.14 O UNIGÊNITO DO PAI. O termo "unigênito" não
significa que CRISTO foi um ser criado. Pelo contrário, a declaração refere-se
ao seu relacionamento exclusivo com o Pai, i.e., ao fato de Ele ser o Filho de
DEUS desde toda a eternidade. Aqui temos a sua filiação em relação ao DEUS
trino (1.1,18; 3.16,18; ver Mc 1.11).
1.14 E O VERBO SE FEZ CARNE. CRISTO, o DEUS eterno, tornou-se humano (Fp
2.5-9). NEle se uniram a humanidade e a divindade. De modo humilde, Ele entrou
na vida e no meio-ambiente humanos com todas as limitações das experiências
humanas (cf. 3.17; 6.38-42; 7.29; 9.5; 10.36).
O EVANGELHO DE JOÃO,
O evangelho do filho de DEUS é
o evangelho do rosto de águia, na visão de Ezequiel, no capítulo 10 e versículo
14, é o evangelho que nos mostra o homem perfeito que DEUS criou, JESUS CRISTO;
é também o evangelho eterno de DEUS para o homem. Aqui, JESUS é apresentado
como dador da vida. Este evangelho, segundo os estudiosos, tem como autor o
apóstolo João, filho de Zabedeu e Salomé (irmã de Maria), que foi discípulo de
João Batista, escolhido para ser um dos doze (Mt 10.2), chamado de filho do
trovão juntamente com seu irmão Tiago. João foi conhecido como o discípulo a
quem JESUS amava, gostava de andar com Pedro. Escreveu outros livros: 1, 2 e 3
João e Apocalipse, sendo o único de quem se tem notícia, dentre os apóstolos,
que não morreu assassinado. A data provável da escrita do livro é entre 85 e
100 a.D. O versículo chave é: “Estes, porém, foram escritos para que creiais
que JESUS é o CRISTO, o filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome”.(Jo 20.31).
O Verbo
Jo 1.1- “No princípio era o verbo, e o verbo estava com DEUS, e o
verbo era DEUS”.
Para compreender porque JESUS CRISTO é chamado de verbo, precisamos
saber que uma frase para ser construída é necessário que haja um sujeito, um
verbo e um complemento.
DEUS é um ser triuno, ou seja, é PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO (Jo
3.13-17).
Vamos aprender mais se construirmos uma frase, vejamos então:
FRASE - DEUS SALVA O HOMEM
SUJEITO DEUS PAI - IDEALIZADOR - PALNEJADOR - PROJETA (A SALVAÇÃO)
VERBO - DEUS FILHO, JESUS CRISTO - EXECUTA O PLANO, O PROJETO
(REALIZA A SALVAÇÃO NA CRUZ)
COMPLEMENTO - DEUS ESPÍRITO SANTO - DÁ PODER PARA REALIZAR E REVELA
Conclusão:
PESSOA DEUS PAI planejou a salvação do homem,
PESSOA DEUS FILHO morreu por nós na cruz do calvário, executando o
plano de DEUS (AÇÃO DO VERBO),
PESSOA DEUS ESPÍRITO SANTO revelou-nos esta salvação,
convencendo-nos do pecado, da justiça e do juízo.
COMO ENTENDER A PALAVRA LOGOS?
(http://www.priberam.pt-dicionário)
do Gr. lógos - s. m.,palavra grega que significa palavra e razão;
Teol., DEUS considerado como a razão, a fonte das idéias e como
criador que penetra todas as coisas (grafado com inicial maiúscula); O Verbo
Divino, para o cristianismo (grafado com inicial maiúscula);
Filos: o princípio da inteligibilidade; a razão.
Koinê:
Durante o período clássico a língua grega era dividida em dialetos,
sendo os principais o Dórico, o Aeólico e o Iônico. No quinto século a.C., uma
divisão do Iônico, o Ático, Alcançou supremacia sobre os outros. O Ático era a
língua de Atenas durante o seu período de glória; era a língua de Platão,
Demóstenes e outros grandes escritores.
Atenas foi conquistada por Filipe, macedônio, e o grego também
conquistou os macedônios. A conquista de Alexandre significou a conquista do
Ático. Os Romanos conquistaram o mundo, mas também adotaram o grego como a
principal língua do império, seguida pelo Latim.
O grego sofreu uma grande adaptação a nova situação, recebendo
influências de outros dialetos gregos, bem como das línguas estrangeiras
conquistadas. Esta nova língua chamava-se “KOINÊ” ou “Comum” por ser a língua
comum no mundo civilizado.
A Septuaginta, O Novo Testamento e documentos dos Pais da Igreja
mostram que o “Koinê” era a língua usada em 300 a.C., até 500 d.C. O Koinê do
Novo Testamento é mais similar a língua falada da época do que a língua usada
na literatura clássica da época.
Neste período a língua grega se tornou universal, sendo
livremente utilizada em todo o mundo civilizado. O grego clássico Koinê se
tornou universal por quatro motivos principais: extensa colonização, grande
união política e comercial das diversas tribos gregas, intercâmbio religioso
entre as tribos gregas e as famosas conquistas alexandrinas. Este é o grego que
foi utilizado na composição do Novo Testamento. Era a língua comum (Koinê) do
povo no seu dia a dia.
O VERBO.
João, a pedido dos presbíteros da igreja da Ásia menor, escreve sua
epístola onde sua preocupação não é outra senão de contestar as perigosas
heresias a respeito da divindade, natureza e pessoa de CRISTO, que estavam
sendo difundidas por um certo judeu. Portanto, em virtude desta preocupação,
João inicia sua epístola referindo-se a JESUS como "o Verbo"
procurando demonstrar no contesto de Jo 1:1 ao 3 a Sua divindade e que Ele é
" A Palavra de DEUS personificada". E é dentro desta linha de
pensamento que João passa a relatar o testemunho de João Batista (Jo 1:19).
Mas, vamos mais uma vez ao texto? Só que desta vez quero apresentá-lo de uma
forma que facilitará a compreensão de qualquer pessoa:
João começa seu Evangelho denominando JESUS de "o Verbo"
(gr. Logos). Mediante este título de CRISTO, João o apresenta como a Palavra de
DEUS personificada e declara que nestes últimos dias DEUS nos falou através do
seu Filho (cf. Hb 1.1). As Escrituras declaram que JESUS CRISTO é a sabedoria
multiforme de DEUS (1 Co 1.30; Ef 3.10,11; Cl 2.2,3) e a perfeita revelação da
natureza e da pessoa de DEUS (Jo 1.3-5, 14,18; Cl 2.9). Assim como as palavras
de um homem revelam o seu coração e mente, assim também CRISTO, como "o
Verbo", revela o coração e a mente de DEUS (14.9). João nos apresenta três
características principais de JESUS CRISTO como "o Verbo".
(1) O relacionamento entre o Verbo e o Pai.
(a) CRISTO preexistia "com DEUS" antes da criação do
mundo (cf. Cl 1.15,19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade,
distinto de DEUS Pai, mas em eterna comunhão com Ele.
(b) CRISTO era divino ("o Verbo era DEUS"), e tinha a
mesma natureza do Pai (Cl 2.9; ver Mc 1.11).
(2) O relacionamento entre o Verbo e o mundo. Foi por intermédio de
CRISTO que DEUS Pai criou o mundo e o sustenta (v. 3; Cl 1.17; Hb 1.2; 1 Co
8.6).
(3) O relacionamento entre o Verbo e a humanidade. "E o Verbo
se fez carne" (v. 14). Em JESUS, DEUS tornou-se um ser humano com a mesma
natureza do homem, mas sem pecado. Este é o postulado básico da encarnação:
CRISTO deixou o céu e experimentou a condição da vida e do ambiente humanos ao
entrar no mundo pela porta do nascimento humano (ver Mt 1.23).
LOGOS
João 1.1 apresenta CRISTO mediante o termo grego logos, que significa palavra,
demonstração, mensagem, e declaração " ou o ato da fala". Mas Oscar
Cullman aponta a importância de se reconhecer que, em João 1, logos tem um
significado específico: é descrito como uma hypostasis (Hb 1.3), uma existência
distinta e pessoal de um ser real e específico.
João 1.1 demonstra que o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era
DEUS" são duas expressões simultaneamente verídicas. Isto significa jamais
ter havido um período em que o Logos não existisse juntamente com o Pai.
João passa, então, a demonstrar o Verbo atuante na criação.
Gênesis 1.1 nos ensina que DEUS criou o mundo. João 1.3 especifica
que o Senhor JESUS CRISTO, no seu estado pré encarnado, fez a obra da
criação, executando a vontade e o propósito do Pai.
Descobrimos também que é no Verbo que a vida se encontra. João 1.4 diz: Nele,
estava a vida e a vida era a luz dos homens". Porque JESUS é o
referencial da vida, o único lugar onde ela pode ser conquistada. E aqui se
descreve a existência de uma qualidade de vida: a vida eterna. Esta espécie de
vida está disponível em DEUS, pelo seu poder vivificante através do Verbo vivo.
Somente obtemos a vida eterna como a vida de CRISTO em nós. O fato de não ter o
mundo compreendido o Logos, indica-o João 1.5: "A luz resplandece nas
trevas, e as trevas não a compreenderam". Na continuação, João Batista
aparece como testemunha enviada daquela Luz. Mas queremos focalizar a nossa
atenção neste ponto: "Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem
que vem ao mundo, estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o
conheceu" (1.9,10). O Criador do mundo, a segunda Pessoa da Trindade, DEUS
Filho, estava aqui no mundo, mas este não o reconheceu. O versículo seguinte é
mais específico: "Veio para o que era seu [seu próprio lugar, a Terra que
criara], e os seus [seu próprio povo, Israel] não o receberam" (1.11). Os
herdeiros da aliança, os descendentes físicos de Abraão, não o receberam.
Este tema é destaque e percorre todo o Evangelho de João: a rejeição de JESUS .
Quando JESUS pregava, alguns judeus zombavam. Quando JESUS disse:
"Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se",
os judeus, na sua incredulidade, retrucaram: "Ainda não tens cinquenta
anos e viste Abraão?" Então JESUS declarou: "Antes que Abraão
existisse, eu sou" (Jo 8.57,58). O tempo presente do verbo,
"sou", indica existência linear. Antes que Abraão fosse, o Filho já
é.
Embora muitos rejeitassem a mensagem, alguns nasceram de DEUS. Em João 1.12
lemos: "Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de DEUS: aos que crêem no seu nome". Em outras palavras,
JESUS estava redefinindo toda a realidade de alguém tornar-se filho de
DEUS. Até aquele momento, a pessoa precisava nascer especificamente no povo de
Israel, chamado segundo a aliança (ou pelo menos afiliar-se a ele), para ter
aquela oportunidade. João, porém, enfatiza que a mensagem espiritual, o
Evangelho poderoso, chegara às pessoas, e que elas haviam recebido JESUS , o
Logos. Recebê-lo importava em obter o direito ou autoridade de se tomar filho
de DEUS. Alguns dos que o receberam eram judeus, e outros eram gentios.
JESUS derrubou o muro divisório e franqueou a salvação a todos os que
desejassem chegar a Ele e recebê-lo pela fé (1.13).
A verdade essencial a respeito do Logos ora descrito, vê-se em João 1.14:
"O Verbo se fez carne e habitou entre nós". Aqui o termo logos é
aproveitado para descrever JESUS CRISTO, mas a realidade da sua Pessoa
vai além do que abrange o sentido secular do conceito. Para os antigos gregos
devotados à filosofia, um logos feito carne seria uma impossibilidade. Por
outro lado, para os que crerem no Filho de DEUS, um logos na carne é a chave
para se entender a encarnação. E é exatamente isto que a encarnação significa:
o Logos preexistente tomou sobre si a carne humana e andou entre nós.
Palavra (Jo 1.1-14). JESUS é o Logos (1Jo 1.1; Ap 19.13, RC e
NTLH), isto é, a Palavra, que é mais do que expressão falada: é DEUS em ação,
criando (Gn 1.3), se revelando (Jo 10.30) e salvando (Sl 107.19-20; 1Jo 1.1-2).
JESUS CRISTO, A VIDA DE VISÃO GERAL
JESUS CRISTO é o Messias, Salvador e fundador da igreja cristã.
Para os cristãos, Ele é o Senhor de suas vidas. Embora tenha vivido na terra
somente 33 anos, tem exercido grande impacto nas pessoas – mesmo naqueles que
não crêem que Ele é o Filho de DEUS. JESUS CRISTO é descrito em detalhe
na Bíblia – sua vida, obra e ensinamentos – nos Evangelhos, cada um focando
diferentes ângulos. Mateus o apresenta como o esperado Rei do povo judeu.
Marcos o mostra como servo de todos. Lucas tende a destacar seu caráter
compassivo e bondoso para com os pobres. João descreve um relacionamento
amoroso com JESUS . No entanto todos concordam que JESUS é o Senhor dos
senhores e o Rei dos reis.
A VIDA DE JESUS A história contada nos Evangelhos abrange estágios
que vão da encarnação de CRISTO, ou sua entrada no mundo, até sua morte na
cruz. A apresentação total da vida de CRISTO está centrada na cruz e na sua
ressurreição triunfal.
A PRÉ-EXISTÊNCIA DE JESUS João começa o seu Evangelho com uma
referência à Palavra (João 1:1), e com isso dá uma visão gloriosa de JESUS ,
que existia mesmo antes da criação do mundo (1:2). JESUS tomou parte no
ato da criação (1:3). Entretanto, o nascimento de JESUS foi ao mesmo
tempo um ato de humilhação e de iluminação. A luz brilhou, mas o mundo preferiu
permanecer nas trevas (1:4-5, 10).
CRISTO Em Cada Livro Da Bíblia
Em Gênesis JESUS é o Cordeiro no altar de Abraão
Em Êxodo é o cordeiro da Páscoa
Em Levítico ele é o sumo sacerdote
Em Números ele é a nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite
Em Deuteronômio ele é a cidade de nosso refúgio
Em Josué, ele é o tecido vermelho na janela de Raabe
Em Juízes ele é o nosso Juiz
Em Ruth ele é o nosso parente redentor
Em I e II Samuel ele é o nosso profeta confiável
Nos livros de Reis e Crônicas é o nosso soberano
Em Esdras ele é o nosso escriba fiel
Em Neemias é o reconstrutor de tudo que está destruído
Em Ester ele é Mordecai assentado fielmente no portão
Em Jô ele é o nosso redentor que vive para sempre
Em Salmos ele é o meu pastor e nada me faltará
Em Provérbios e Eclesiastes ele é nossa sabedoria
Em Cantares ele é o belo noivo
Em Isaias ele é o servo sofredor
Em Jeremias e Lamentações JESUS é o profeta que chora
Em Ezequiel ele é o maravilhoso homem de quatro faces
Em Daniel ele é o quarto homem na fornalha
Em Oséias ele é o amor sempre fiel
Em Joel ele nos batiza com o ESPÍRITO SANTO e com fogo
Em Amós ele leva nossos fardos
Em Obadias nosso salvador
Em Jonas ele é o grande missionário que leva ao mundo a palavra de DEUS
Em Miquéias ele é o mensageiro dos pés formosos
Em Naum ele é o vingador
Em Habacuque ele é a sentinela orando sempre pelo reavivamento
Em Sofonias ele é o Senhor poderoso para salvar
Em Ageu ele é o restaurador de nossa herança perdida
Em Zacarias é a nossa fonte
Em Malaquias ele é o filho da justiça com a cura em suas asas.
Em Mateus ele é o CRISTO o filho do DEUS vivo
Em Marcos ele é o operador de milagres
Em Lucas ele é o filho do homem
Em João ele é a porta pela qual todos devem passar
Em Atos é a luz brilhante que aparece a Saulo no caminho de Damasco
Em Romanos é a nossa justificação
Em Coríntios é nossa ressurreição e o que leva os nossos pecados
Em Gálatas ele nos redime da lei
Em Efésios ele é nossa riqueza insondável
Em Filipenses ele supre todas as nossas necessidades
Em Colossenses ele é a plenitude do DEUS encarnado
Em Tessalonicenses ele é o nosso Rei que virá
Em Timóteo ele é o nosso mediador entre DEUS e os homens
Em Tito ele é nossa bendita esperança
Em Filemon ele é o amigo mais chegado que um irmão
Em Hebreus ele é o sangue do pacto eterno
Em Tiago ele é o Senhor que cura o doente
Em Pedro ele é o pastor principal
Nos livros de João é JESUS que tem a ternura do amor
Em Judas ele é o Senhor que vem com milhares de santos
E em Apocalipse, a igreja é conclamada a levantar os olhos, pois é chegada sua
redenção
JESUS é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
(Autor anônimo)
RESUMO DA REVISTA CPAD - 1Trim 2008:
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos a vida de JESUS e seus aspectos humanos e divinos
(Jo 1.14).
I. O SIGNIFICADO DO TERMO "VERBO"
1.A revelação gloriosa.
2. O Verbo Divino.
II. AS AFIRMAÇÕES DOUTRINÁRIAS DE JOÃO 1.1
1. "No princípio era o Verbo" (Jo 1.1a).
2. "E o Verbo estava com DEUS" (Jo 1.1 b).
3. "E o Verbo era DEUS" (Jo 1.1 c).
1. Criador (vv. 3,1 O).
2. "Nele estava a Vida" (v.4).
3. "A luz verdadeira" (v.9).
Em JESUS estão reunidas todos os atributos divinos que o
descrevem como o único e suficiente Salvador da humanidade.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico - "A Palavra na Eternidade (1.1-5)
Os versículos 1 a 4 narram o estado preexistente de JESUS e como Ele agia no
plano eterno de DEUS. 'No princípio' (v.1a) fala da existência eterna da
Palavra (o Verbo). As duas frases seguintes expressam a divindade de JESUS e
sua relação com DEUS Pai. Esta relação é uma dinâmica na qual constantemente
são trocadas comunicação e comunhão dentro da deidade. O versículo 2
resume oversículo1 e prepara para a atividade divina fora da relação da
deidade no versículo 3. No versículo 4 Ele é o Criador mediado. O uso da
preposição 'por' informa o leitor com precisão que o Criador original era DEUS
Pai que criou todas as coisas pela Palavra. Os verbos que João usa nestes
versículos fazem distinção entre o Criador não-criado, a Palavra (o Verbo) e a
ordem criada. Numa boa tradução, a RC observa esta
distinção: a Palavra (o Verbo)'era' mas 'todas as coisas foram feitas'. O
versículo 4 conta várias coisas para o leitor:
1) A Palavra divina, como DEUS Pai, tem vida em si mesma, vida
incriada (ou seja, é a fonte da vida eterna).
2) Esta vida revelou a pessoa e natureza de DEUS para todas as pessoas.
3) 'Luz' neste ponto pertence à revelação autorizada e autêntica de
DEUS[...]"
(ARRINGTON, F.L.; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário bíblico pentecostal: Novo
Testamento. 2.ed., Rio de Janeiro: CPAD,2004, p. 496.)
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QUESTIONÁRIO DA
LIÇÃO 1 - JESUS, O VERBO DE DEUS
Responda conforme a revista da CPAD, 1º Trimestre de 2008
TEXTO ÁUREO:
1- Complete:
"E o Verbo se fez _________________ e habitou entre nós, e
vimos a sua ______________________, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de
_____________________ e de verdade". (Jo 1.14).
VERDADE PRÁTICA:
2- Complete:
CRISTO JESUS é o _________________de DEUS que se fez
___________________ e habitou entre nós, a fim de nos __________________ do
pecado.
INTRODUÇÃO
3- O que nos apresenta a doutrina, claramente exposta no prólogo do evangelho
de João? Marque com “X” na resposta correta:
( ) Apresenta JESUS como aquEle que possui os
atributos exclusivos e únicos da divindade.
( ) Apresenta JESUS como aquEle que possui alguns
atributos exclusivos e únicos da divindade.
( ) Apresenta JESUS como aquEle que não possui os
atributos exclusivos e únicos da divindade.
I. O SIGNIFICADO DO TERMO "VERBO"
4- Quais os oito maravilhosos títulos divinos de CRISTO em Jo 1.1-51 que
aprouve ao ESPÍRITO SANTO revelar? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para
Falso:
( ) Verbo.
( ) Vida.
( ) Amor.
( ) Luz.
( ) Filho Unigênito de DEUS.
( ) Cordeiro de DEUS.
( ) Messias.
( ) Príncipe.
( ) Rei de Israel .
( ) Filho do Homem.
5- O que está manifesto apenas nesse primeiro capítulo do evangelho
de João? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso:
( ) A deidade.
( ) A trindade.
( ) Natureza.
( ) Identidade.
( ) A unicidade.
( ) Encarnação.
( ) Missão de nosso glorioso Salvador.
6- Complete:
"Tal _________________ é para mim maravilhosíssima; tão
_______________, que não a posso _______________" (SI 139.6; Rm 11.33; Ef
1.3).
7- O termo "Verbo", aplicado a JESUS, procede de qual original?
Marque com “X” na resposta correta:
( ) Login.
( ) Logaritmo.
( ) Logos.
8- Qual o significado secular de Logos? Coloque “V” para Verdadeiro
e “F” para Falso:
( ) Palavra.
( ) Único DEUS.
( ) Razão.
( ) Pensamento.
9- Com que sentido é usado o termo Logos no versículo 1 do
Evangelho de João? Marque com “X” na resposta correta:
( ) Com o sentido de "Pensamento ou Palavra
escrita".
( ) Com o sentido de "Razão ou Palavra
divina".
( ) Com o sentido de "Verbo ou Palavra
divina".
10- Na Bíblia, o termo "palavra", quando vinculado a
DEUS, o que revela? Marque com “X” na resposta correta:
( ) Revela o seu finito poder criador, protetor e
aquele que aprende todas as coisas visíveis e invisíveis .
( ) Revela o seu poder criador, orientador na
produção de todas as coisas visíveis e invisíveis .
( ) Revela o seu infinito poder criador, protetor
e sustentador de todas as coisas criadas, visíveis e invisíveis .
II. AS AFIRMAÇÕES DOUTRINÁRIAS DE JOÃO 1.1
11- Desde quando o Senhor JESUS existe? Marque com “X” na resposta correta:
( ) Foi criado antes de todas as coisas
serem criadas.
( ) Antes de todas as coisas, inclusive
antes de o tempo ter início.
( ) Foi criado pelo pai antes de criar a
Terra.
12- Complete:
Louvemos ao ________________, o ______________________.
Sustentador e _____________ de todas as coisas (Ap 1.8).
13- Segundo os hereges, Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO são o que? Marque com “X”
na resposta correta:
( ) Uma só pessoa.
( ) Duas pessoas.
( ) Três pessoas.
14- Quais são as refutações clássicas contra as heresias dos que
não crêem na doutrina da existência de um só DEUS que subsiste em três
distintas e Santíssimas Pessoas? Coloque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso:
( ) O batismo de JESUS.
( ) O nascimento de JESUS.
( ) Sua oração sacerdotal.
( ) A declaração da sua suprema autoridade.
15- O que é crer e defender a santa doutrina da Trindade? Marque
com “X” na resposta correta:
( ) É um privilégio e um dever de cada cristão.
( ) Não é um privilégio, mas um dever de cada
cristão.
( ) É um privilégio, mas não um dever do cristão.
16- Complete:
Inúmeras e inegáveis ____________________ bíblicas atestam
que a crença na divindade de JESUS é indispensável para a _____________________
da ______________ (1 Co 15.1-4; 1 Tm 6.15,16; Hb 1.1-3; 1 Pe 1.2-5; 1Jo
5.5.1-13).
III.QUALIDADES DIVINAS DO VERBO
17- Quais os principais atributos e prerrogativas do Verbo divino? Coloque “V”
para Verdadeiro e “F” para Falso:
( ) Criador.
( ) Herói.
( ) Nele estava a Vida.
( ) Possuidor de Juízo.
( ) A luz verdadeira.
18- Qual doutrina invalida a crença dos grupos religiosos que dizem ser o Verbo
uma mera criatura, e não o Criador? Complete:
'Todas as coisas foram feitas por _____________, e sem ele nada do
que foi feito se ___________________" (Jo 1.3). Ele "estava no mundo,
e o mundo; foi ____________________ por ele" (Jo 1.1O).
"Porque nele foram criadas todas as coisas que há no
_____________ e na terra" (C11.16)”. "ó, vinde, adoremos e
prostremo-nos! Ajoelhemos diante do ___________________ que nos criou" (SI
95.6).
"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por
_________________________" (Jo 14.6).
19- Quem é a "luz que alumia a todo homem que vem ao mundo"? Marque
com “X” na resposta correta:
( ) O Senhor JESUS.
( ) O Senhor DEUS PAI.
( ) O Senhor ESPÍRITO SANTO.
CONCLUSÃO
20- Em quem estão reunidas todos os atributos divinos que o descrevem como o
único e suficiente Salvador da humanidade? Marque com “X” na resposta correta:
( ) No Senhor JESUS.
( ) No Senhor DEUS PAI.
( ) No Senhor ESPÍRITO SANTO.
RESPONDA AO QUESTIONÁRIO PELA LIÇÃO ABAIXO
NA ÍNTEGRA
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 1º Trimestre de 2008
Título: JESUS CRISTO — Verdadeiro homem, verdadeiro DEUS
Comentarista: Esequias Soares
Lição 1: JESUS, O Verbo de DEUS
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade” (Jo 1.14).
CRISTO JESUS é o Verbo de DEUS que se fez carne e habitou entre
nós, a fim de nos redimir do pecado.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 1.1-10,14.
1 — No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o
Verbo era DEUS.
2 — Ele estava no princípio com DEUS.
3 — Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do
que foi feito se fez.
4 — Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
5 — e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a
compreenderam.
6 — Houve um homem enviado de DEUS, cujo nome era João.
7 — Este veio para testemunho para que testificasse da luz,
para que todos cressem por ele.
8 — Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9 — Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que
vem ao mundo,
10 — estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo
não o conheceu.
14 — E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
Explicar o texto de João 1.1.
Descrever as qualidades divinas do Verbo.
Aplicar o conteúdo da lição à sua vida cristã.
O Cristianismo possui diversos símbolos que representam à fé
cristã: a cruz, o peixe, o lábaro de Constantino, entre outros. Mas, seus
alunos sabem o significado do “peixe” como símbolo cristão? Vejamos. As letras
da palavra “peixe”, em grego ( ICHTHYS ), formam um acróstico que
representa a identidade e a missão de JESUS: 0 “I” (iōta)
corresponde a lēsous (JESUS); o “CH” (chi) a Christos (CRISTO); o “TH” (thēta)
a tou Theou (de DEUS); o “Y” (üpsilon) a huiós (Filho); e o “S” (sigma) a Soter
(Salvador). O símbolo significa: JESUS CRISTO de DEUS Filho e Salvador. Veja o
exemplo abaixo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Logos: Título cristológico que designa o Senhor JESUS como o
Eterno, o Criador e o verdadeiro DEUS.
Neste trimestre, estudaremos a vida de JESUS em seus aspectos
humanos e divinos (Jo 1.14). Iniciaremos com uma reflexão acerca do Filho de DEUS
como o Verbo divino encarnado. Esta doutrina, claramente exposta no prólogo do
evangelho de João, apresenta JESUS como aquEle que possui os atributos
exclusivos e únicos da divindade. Nesta lição, portanto, destacaremos a
eternidade e o poder criador de nosso Senhor JESUS.
I. O SIGNIFICADO DO TERMO “VERBO”
1. A revelação gloriosa. O prólogo do Evangelho de João revela
várias verdades a respeito da natureza e deidade de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Aprouve ao ESPÍRITO SANTO revelar oito maravilhosos títulos divinos de CRISTO
em Jo 1.1-51: Verbo (v.1); Vida (v.4); Luz (v.7); Filho Unigênito de DEUS
(vv.18,49); Cordeiro de DEUS (v.29); Messias (v.41); Rei de Israel (v.49); e
Filho do Homem (v.51). A deidade, natureza, identidade, encarnação e missão de
nosso glorioso Salvador manifestos em apenas um capítulo! Prostremo-nos
reverentemente diante do Senhor, e, assim como o salmista, declaremos: “Tal
ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir” (Sl
139.6; Rm 11.33; Ef 1.3).
2. O Verbo Divino. O termo “Verbo”, aplicado a JESUS, procede
do original Logos e, apesar de seu amplo significado secular,
“palavra”, “razão”, ou “pensamento”, é usado no versículo 1 com o sentido de
“Verbo ou Palavra divina”. O mesmo vocábulo aparece em 1 Jo 1.1 descrevendo o
“Verbo da vida”, e no capítulo 5 versículo 7 da mesma epístola, apenas como
“Palavra”.
Na Bíblia, o termo “palavra”, quando vinculado a DEUS, revela o seu
infinito poder criador, protetor e sustentador de todas as coisas criadas,
visíveis e invisíveis (Gn 1.3; Sl 33.6,9; 107.20; Hb 1.3; 11.3).
Por conseguinte, em DEUS, o crente sempre estará seguro, pois Ele
cuida dos seus filhos e, com a sua destra, protege-os do mal (Sl 60.5; 118.15;
Is 45.2-8; Mt6.13).
Quando o evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO foi anunciado pela
igreja cristã no Século I, os vocábulos, “A Palavra” e “O Verbo”, foram
satisfatoriamente compreendidos pelos judeus e gregos, pois essas expressões
lhes eram conhecidas.
II. AS AFIRMAÇÕES DOUTRINÁRIAS DE JOÃO 1.1
1. “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1a). Esse trecho
afirma que JESUS é eterno. A Bíblia assevera: “No princípio criou DEUS os céus
e a terra” (Gn 1.1). Porém, em Jo 1.1 a Sagrada Escritura vai infinitamente
além do fato expresso em Gn 1.1 ao afirmar que “No princípio era”, ou seja, o
Verbo já existia. O Senhor JESUS existe antes de todas as coisas, inclusive
antes de o tempo ter início: “E ele é antes de todas as coisas, e todas as
coisas subsistem por ele” (Cl 1.17).
O Filho de DEUS, além de existir por si mesmo (Jo 5.26), estava com
o Pai antes da criação do mundo (Jo 17.5,24). Ele existe por si mesmo e
sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3). Isto é consolo e
restauração espiritual para o crente, pois o propósito dessa gloriosa
encarnação do Verbo divino é prover a “purificação dos nossos pecados”, como
afirma a parte final de Hb 1.3 (cf. Jo 1.14). Louvemos ao Verbo, o Criador,
Sustentador e Fim de todas as coisas (Ap 1.8).
2. “E o Verbo estava com DEUS” (Jo 1.1b). O texto é
inequívoco: O Filho Unigênito estava com o Pai (Jo 1.18). O Verbo, o Emanuel,
não é apenas eterno, mas também distinto do Pai. Essa ortodoxa afirmação
aniquila o falso ensino dos modalistas e unicistas que, embora defendam a divindade
de JESUS, negam a santa doutrina bíblica da Trindade. Segundo os hereges, Pai,
Filho e ESPÍRITO SANTO são uma só pessoa. Eles não crêem na doutrina da
existência de um só DEUS que subsiste em três distintas e Santíssimas Pessoas
(Mt 28.29). Todavia, esse ensinamento está claramente exposto nas Escrituras. O
batismo de JESUS (Mt 3.16,17), sua oração sacerdotal (Jo 17), e a declaração da
sua suprema autoridade são refutações clássicas contra essas heresias (Jo 8.17,
18; 1Jo 2.22-24). Crer e defender a santa doutrina da Trindade não é um
privilégio, mas um dever de cada cristão (1Pe 3.15; Jd v.3).
3. “E o Verbo era DEUS” (Jo 1.1c). Observe que o conceito
expresso nesse versículo é progressivo. Uma declaração (1a; 1b) esclarece a
outra até culminar com uma verdade enfática: “e o Verbo era DEUS” (1c). Se o
prólogo do evangelho de João (1.1-14) fosse o único lugar nas Escrituras em que
a divindade do Verbo é afirmada, já teríamos subsídios suficientes para crer e
confessar a doutrina. Todavia, esse ensino é asseverado em todo o contexto
bíblico (Jo 5.18, 10.30; Cl 2.9). Portanto, inúmeras e inegáveis provas
bíblicas atestam que a crença na divindade de JESUS é indispensável para a
salvação da alma (1Co 15.1-4; 1Tm 6.15,16; Hb 1.1-3; 1Pe 1.2-5; 1Jo 5.1-13).
III. QUALIDADES DIVINAS DO VERBO
Após apresentar o Verbo divino, enfatizando sua preexistência,
natureza e igualdade com o Pai, João descreve alguns de seus atributos e
prerrogativas.
1. Criador (vv.3,10). O Verbo é apresentado nas Escrituras
como o DEUS Criador: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do
que foi feito se fez” (v.3). Ele “estava no mundo, e o mundo foi feito por ele”
(v.10). Essa doutrina invalida a crença dos grupos religiosos que dizem ser o
Verbo uma mera criatura, e não o Criador. Contudo, a Bíblia é categórica:
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há no céu e na terra” (Cl 1.16).
O Verbo divino não faz parte da criação; transcende-a, pois é o Criador de
todas as coisas (Hb 1.1,2,10). Quando a Bíblia afirma que JESUS é o Criador,
atribui-lhe o mesmo título pelo qual o Pai é conhecido no Antigo Testamento (Gn
1.1; Jó 33.4; Sl 138.13-18). Assim como o salmista prorrompeu em júbilo diante
do DEUS Criador, façamos o mesmo perante o Filho, o Criador de todas as coisas:
“Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou”
(Sl 95.6).
2. “Nele estava a Vida” (v.4). JESUS declarou que além de
possuir a “vida em si mesmo” (Jo 5.26) era a “ressurreição e a vida” (Jo 11.25;
5.25). No Antigo Testamento, o Pai é identificado como a fonte e o manancial da
vida (Gn 2.7; Dt 30.20; Sl 36.9). Era um título que pertencia exclusiva e
unicamente ao Criador de toda vida (Sl 133.3).
CRISTO, entretanto, atribuiu a si mesmo essa designação divina (Jo
5.21,26) e, como tal, foi reconhecido seja através de seus ensinos (Jo 5.32-35;
11.25) seja por meio de seus atos milagrosos (Jo 11.42-45; Mt 9.18,19,23-25).
A vida em CRISTO é eterna não apenas no sentido de sua duração, mas
por sua qualidade (Cl 3.4; 1Tm 1.1; 2Tm 1.10). A vida que provém de DEUS é
cheia de gozo, paz e alegria. JESUS asseverou-nos: “Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
3. “A luz verdadeira” (v.9). A Palavra de DEUS ensina
enfaticamente que DEUS é Luz (1Jo 1.5; Sl 27.1) e que “habita na luz
inacessível” (1Tm 6.16). Esse título divino seria também uma designação do
Messias, o Servo do Senhor (Is 42.6,7; 9.2; Mt 4.16). O termo “luz” aparece
cerca de 20 vezes no evangelho de João (1.4,5,8,9; 3.19; 8.12; 12.46), e, na
maioria das ocasiões, refere-se a JESUS como a luz do mundo (Jo 8.12). No
relato da Criação, lemos que DEUS, pelo poder de sua Palavra, fez surgir a luz,
que desfez o caos (Gn 1.2,3). O Senhor JESUS é a “luz que alumia a todo homem
que vem ao mundo” (v.9), e por isso, desfaz o caos da vida humana (2Co 4.6).
CONCLUSÃO
Em JESUS estão reunidas todos os atributos divinos que o descrevem
como o único e suficiente Salvador da humanidade. Sua história e suas obras não
se limitam ao período entre seu nascimento e sua morte (Hb 13.8). O Filho de DEUS
esteve presente eternamente, atuando especialmente na História da Salvação. Ele
veio como homem e sua glória foi vista pelos de sua geração; realizou a obra da
redenção na cruz do Calvário, e retornou ao Céu, de onde dirige a sua Igreja e
voltará em glória para estabelecer a paz universal.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINCTON, F. L;
STRONSTAD, R. (eds.) Comentário Bíblico
Pentecostal: Novo Testamento. RJ: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
1. Descreva os oito títulos divinos de CRISTO em Jo 1.
R. Verbo (v.1); Vida (v.4); Luz (v.7); Filho Unigênito de DEUS
(vv.18,49); Cordeiro de DEUS (v.29); Messias (v.41); Rei de Israel (v.49); e
Filho do Homem (v.51).
2. Explique o termo “Verbo” de acordo com a Bíblia.
R. Procede do original Logos e, apesar de seu amplo
significado secular, “palavra”, “razão”, ou “pensamento” é usado no versículo 1
com o sentido de “Verbo ou Palavra divina”.
3. Quais as três afirmações doutrinárias de Jo 1.1?
R. “No princípio era o Verbo”; “E o Verbo estava com DEUS”; “e
o Verbo era DEUS”.
4. Cite três refutações clássicas contra as heresias unicista
e modalista.
R. O batismo de JESUS (Mt 3.16,17), sua oração sacerdotal (Jo
17), e a declaração da sua suprema autoridade.
5. Descreva três qualidades divinas do Verbo.
R. Criador; Vida; Luz Verdadeira.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“A Palavra na Eternidade (1.1-5)
Os versículos 1 a 4 narram o estado preexistente de JESUS e como
Ele agia no plano eterno de DEUS. ‘No princípio’ (v.1a) fala da existência
eterna da Palavra (o Verbo). As duas frases seguintes expressam a divindade de JESUS
e sua relação com DEUS Pai. Esta relação é uma dinâmica na qual constantemente
são trocadas comunicação e comunhão dentro da deidade. O versículo 2 resume o
versículo 1 e prepara para a atividade divina fora da relação da deidade no
versículo 3. No versículo 4 Ele é o Criador mediado. O uso da preposição ‘por’
informa o leitor com precisão que o Criador original era DEUS Pai que criou
todas as coisas pela Palavra. Os verbos que João usa nestes versículos fazem
distinção entre o Criador não-criado, a Palavra (o Verbo) e a ordem criada.
Numa boa tradução, a RC observa esta distinção: a Palavra (o Verbo) ‘era’ mas
‘todas as coisas foram feitas’. O versículo 4 conta várias coisas para o
leitor: 1) A Palavra divina, como DEUS Pai, tem vida em si mesma, vida inchada
(ou seja, é a fonte da vida eterna). 2) Esta vida revelou a pessoa e natureza
de DEUS para todas as pessoas. 3) ‘Luz’ neste ponto pertence à revelação
autorizada e autêntica de DEUS […]”.
(ARRINGTON, F. L;
STRONSTAD, R. (eds.) Comentário Bíblico
Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed., RJ: CPAD, 2004, p.496).
APLICAÇÃO PESSOAL
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo
era DEUS”.
As três incisivas afirmações a respeito da deidade de JESUS são
formuladas com base nos diversos sentidos do verbo “eimi”, ou “eu sou”: era,
estava, era.
Na primeira expressão, “era o Verbo”, o sentido de “era” é
“existir”: “No princípio, havia, existia o Logos”. Afirma a preexistência ou
eternidade do Filho de DEUS.
Na segunda sentença, “o Verbo estava com DEUS”, “estava” refere-se
à posição do Filho de “estar frente a frente com DEUS”, idéia reforçada pela
preposição “pros” que significa “face a face” ou “frente a frente”. O Logos,
portanto, estava “face a face com DEUS”. Isto atesta que o Filho é distinto do
Pai, mas de natureza idêntica.
Na última oração, “o Verbo era DEUS“, é asseverado o “ser” ou a
“natureza” da Palavra: Aquele que existe por si mesmo. Por conseguinte, o Verbo
era divino. Portanto, no princípio existia o Verbo, e o Verbo estava face a
face com DEUS, e o Verbo era DEUS verdadeiro.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA
2TR2025 NA ÍNTEGRA – LIÇÃO 1
Escrita Lição 1, CPAD, O Verbo que se Tornou em Carne, 2Tr25, Com.
Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
2° Trimestre de 2025, Classe, Adultos, Comentarista, Elienai Cabral
ESBOÇO DA LIÇÃO
I– O EVANGELHO DE JOÃO
1. Autoria e data.
2. O propósito do Evangelho.
3. A Natureza de JESUS.
II – JESUS, O VERBO DE DEUS
1. A revelação que ultrapassa o passado.
2. A natureza fundamental do Verbo.
3. “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1).
III– A ENCARNAÇÃO DO VERBO
1. A manifestação do Verbo e a Luz do mundo.
2. O privilégio de nos tornarmos filhos de DEUS.
3. A manifestação e a habitação do Verbo.
TEXTO ÁUREO
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória,
como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)
VERDADE PRÁTICA
O Verbo de DEUS inseriu-se na história, assumindo a forma de homem
para redimir os pecadores
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Gn 3.15 O Verbo como a
semente da mulher
Terça - Fp 2.5 Adotando o mesmo sentimento do Verbo divino
Quarta - Fp 2.6 O Verbo existe gloriosamente em forma de DEUS
Quinta - Fp 2.7 O Verbo eterno tomou a forma humana e temporal
Sexta - Is 7.14 O Verbo é o nosso "Emanuel: DEUS Conosco"
Sábado - Fp 2.8 O Verbo tornou-se
semelhante aos homens
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - João 1.1-14
1 - No princípio, era
o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS.
2 - Ele estava no
princípio com DEUS.
3 - Todas as coisas
foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele, estava a
vida e a vida era a luz dos homens.
5 - E a luz
resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 - Houve um homem
enviado de DEUS, cujo nome era João.
7 - Este veio para
testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 - Não era ele a luz,
mas veio para que testificasse da luz.
9 - Ali estava a luz
verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
10 - Estava no mundo,
e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
11 - Veio para o que
era seu, e os seus não o receberam.
12 - Mas a todos
quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que
creem no seu nome,
13 - Os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de DEUS.
14 - E o Verbo se fez
carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade.
HINOS SUGERIDOS: 25, 124, 481 da Harpa Cristã
PLANO DE
AULA
1. INTRODUÇÃO
Neste trimestre,
estudaremos o Evangelho de João. Entre outros tópicos, discutiremos a divindade
de JESUS, a obra transformadora do ESPÍRITO SANTO, os milagres realizados pelo
Mestre, crucificação, morte e ressurreição do Senhor. Em nossa primeira lição,
realizaremos um estudo introdutório sobre este Evangelho, analisando sua
estrutura e objetivos. Para nos apoiar neste estudo, teremos como referência os
comentários do pastor Elienai Cabral. Ele atua como Consultor Doutrinário e
Teológico da CGADB e da CPAD, e além de conferencista, ele é autor com várias
obras editadas pela editora.
2. APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar as informações introdutórias sobre o Evangelho de João; II)
Revelar o Senhor JESUS como o Verbo de DEUS; III) Explicar, tanto
doutrinariamente como biblicamente, a manifestação do Verbo.
B) Motivação: A
expressão "O Verbo que se tornou em carne" alude diretamente ao
versículo 14 de João 1. Nesse texto, João descreve nosso Senhor como o verbo
divino que assumiu a forma humana. Trata-se da ligação entre o espiritual (o
divino) e o material (o humano). O Nosso Salvador assumiu a natureza humana com
o objetivo de redimir os pecadores. Essa é a mensagem central que o evangelista
transmite em seu Evangelho.
C) Sugestão de Método:
O Evangelho de João é um texto do Novo Testamento rico em doutrinas e teologia.
Por isso, é fundamental que, através de bons Comentários Bíblicos, você analise
o contexto histórico deste Evangelho e também examine, por meio de uma Teologia
Sistemática com enfoque pentecostal, a relevante doutrina da encarnação, na
Cristologia. Além disso, planeje uma atividade que permita aos alunos
refletirem sobre como a encarnação de JESUS se aplica às suas vidas.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Ao
explorarmos a doutrina da Encarnação do Verbo, devemos imediatamente relacionar
esse princípio à manifestação da Palavra de DEUS na vida humana. Assim como o
verbo divino entrou na história para oferecer salvação ao homem pecador, a
Palavra de DEUS se revela nas nossas vidas para nos transformar por completo.
4. SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 101, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto "Milagres que confirmam a Divindade de JESUS",
localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o objetivo do Evangelho de João
ao apresentar JESUS como o Filho de DEUS; 2) No final do segundo tópico, o
texto "o Verbo" estabelece uma correlação entre a compreensão do
termo nas tradições judaica e grega.
COMENTÁRIO -
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, vamos
estudar o Evangelho de João. Em comparação com os outros três Evangelhos
(Mateus, Marcos e Lucas), o de João destaca-se especialmente por centrar-se no
ministério de JESUS em Jerusalém. O autor deste Evangelho, o apóstolo João,
redigiu este valioso documento com a intenção de revelar a singularidade da
natureza divina do nosso Senhor e, ao mesmo tempo, encorajar a fé dos seus
discípulos. Que possamos também ser fortalecidos e inspirados na nossa fé em JESUS
CRISTO, nosso Senhor e Salvador.
PALAVRA-CHAVE -
Encarnação
I – O EVANGELHO DE
JOÃO
1. Autoria e data. O
apóstolo João é o autor do Evangelho que leva o seu nome. A confirmação da sua
autoria encontra-se no próprio texto (Jo 21.20,24) e também nos escritos dos denominados Pais da
Igreja. Admite-se que tenha sido escrito entre os anos 80 e 90 d.C. De acordo
com estudiosos, o Evangelho de João apresenta uma doutrina genuína sobre a
divindade de JESUS CRISTO. Assim, as expressões “Verbo Divino” e “a Palavra que
se fez Carne” são de grande importância neste quarto Evangelho.
2. O propósito do
Evangelho. O Evangelho de João tem como um de seus propósitos levar o leitor a
crer que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e, ao crer, encontrar a vida em seu
nome (Jo 20.31). Não é por acaso que os especialistas referem-se à
primeira parte do primeiro capítulo como “o prólogo de João”, ou seja, a
“apresentação” desse Evangelho (Jo 1.1-14). Neste trecho, o apóstolo apresenta JESUS como o
Filho enviado de DEUS ao mundo para fazer parte da história (Jo 1.1). Assim sendo, o Logos é a “Palavra Encarnada”.
3. A Natureza de JESUS.
Apesar de o Evangelho de João sublinhar de forma clara a dimensão divina de JESUS,
o apóstolo também aborda a sua natureza humana (Jo 8.39,40; 9.11). Neste sentido, o Evangelho não só realça a
divindade de JESUS como Filho de DEUS, mas também discute a sua humanidade por
meio da morte expiatória do nosso Senhor em favor dos pecados da humanidade. Em
João, tanto a divindade quanto a humanidade de JESUS são afirmadas.
SINÓPSE I
O Evangelho de João
foi redigido com o propósito de nos fazer crer que JESUS é o Verbo Divino e,
por consequência, termos vida nEle.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
MILAGRES QUE CONFIRMAM
A DIVINDADE DE JESUS
“João, a testemunha
ocular, escolheu oito dos milagres de JESUS (ou sinais e prodígios, como o
escritor os chama), para revelar a natureza humana e divina e a missão
vivificante dEle. Esses sinais são: (1) a transformação da água em vinho (2.1-11); (2) a cura do filho de um oficial do rei (4.46-54); (3) a cura do homem coxo no Tanque de Betesda (5.1-9); (4) a alimentação de mais de cinco mil pessoas
pela multiplicação de alguns pães e peixes (6.1-14); (5) a caminhada de JESUS sobre as águas (6.15-21); (6) a restauração da vista de um homem cego (9.1-41); (7) a ressurreição de Lázaro (11.1-44); e (8) uma surpreendente pesca, presente do CRISTO
ressurreto para os discípulos (21.1-14).
[...] O sinal mais
importante do poder e da deidade de JESUS é a ressurreição; e João, como
testemunha ocular do túmulo vazio, forneceu um relato palpitante e
surpreendente e registrou várias ocasiões em que JESUS se manifestou após sua
ressurreição. João, o devoto seguidor de CRISTO, pintou um fiel retrato do
poderoso Senhor, o eterno Filho de DEUS. Ao ler a história nesse Evangelho,
comprometa-se a crer em JESUS e a segui-lo” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1410).
II – JESUS, O VERBO DE
DEUS
1. A revelação que
ultrapassa o passado. Quando o apóstolo João redigiu a introdução do primeiro
capítulo do seu Evangelho, “no princípio era o Verbo” (v.1), é provável que tenha como referência Gênesis 1.1. Esse primeiro versículo do Evangelho mostra que o
Verbo é DEUS “no princípio”, possuindo assim uma existência infinita, ou seja,
não tem começo nem fim. Assim, muito além do passado, desde o princípio, o
Verbo já existia com DEUS, estava com DEUS e é DEUS (Jo 1.1).
2. A natureza
fundamental do Verbo. Tal como DEUS é
eterno, também o Verbo o é. Mais adiante, em Apocalipse, o apóstolo João
descreve o Verbo como “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que
é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Ap 1.8). Assim, conforme seu Evangelho, o evangelista
apresenta JESUS como o “Logos de DEUS”, a Palavra Encarnada que habita entre os
homens. Portanto, enquanto “Verbo encarnado”, JESUS é reconhecido por muitos e
adorado como DEUS.
3. “No princípio era o
Verbo” (Jo 1.1). Conforme já referimos, no grego do Novo
Testamento, a palavra que se traduz por “verbo” é logos e significa “palavra”.
O conceito de Logos traz consigo a noção de expressão tanto da razão quanto da
linguagem. Nesse sentido a forma mais adequada de compreender este termo
relaciona-se com as maneiras pelas quais DEUS se manifesta ao ser humano.
Assim, o conceito mais apropriado para logos encontra-se em JESUS, que
representa a expressão da divindade, a Revelação de DEUS.
SINÓPSE II
O Evangelho de João
retrata JESUS como o Verbo Divino que se fez presente na história.
“O conceito mais
apropriado para logos encontra-se em JESUS, que representa a expressão da
divindade,
a Revelação de DEUS.”
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O VERBO
“O que João quis dizer
com “o Verbo”? O termo grego logos, traduzido para o português como “verbo”,
foi bastante empregado por teólogos e filósofos, tanto judeus como gregos, mas
com significados diferentes. Nas Escrituras Hebraicas, o Verbo é o Agente da
criação (Sl 33.6), a
Palavra, a mensagem de DEUS para o seu povo por intermédio dos profetas (Os 4.1), e a lei de DEUS, seu padrão de santidade (Sl 119.11). Enquanto na filosofia grega, o logos significa o
princípio da razão que governa o mundo, o pensamento; na cultura hebraica, é
outra forma de referir-se a DEUS. Assim, a descrição de JESUS como o Verbo
feita por João indica claramente que ele se refere a um ser humano que conheceu
e amou, mas ao mesmo tempo o Criador do universo, a suprema revelação de DEUS,
a Deidade encarnada (1.14), o retrato vivo da santidade de DEUS, o único em que
tudo subsiste (Cl 1.17). Para os leitores judeus, afirmar que JESUS é a
encarnação de DEUS é blasfêmia. Para os leitores gregos, dizer que “o Verbo se
fez carne” (1.14) era
inconcebível. Para João, o novo entendimento sobre o Verbo eram as Boas Novas
de JESUS CRISTO” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1413).
“A frase ‘o Verbo se
fez carne’ sugere a humanização de DEUS,
que passou a viver entre os homens.”
III – A ENCARNAÇÃO DO
VERBO
1. A manifestação do
Verbo e a Luz do mundo. João identifica JESUS como o Criador de todas as
coisas, mediado pelo Pai através do poder da sua Palavra (Jo 1.2,3). A seguir, ele faz uma distinção entre luz e trevas (Jo 1.4,5). As “trevas” simbolizam a obscuridade espiritual
provocada pelo pecado. No entanto, DEUS enviou João Batista para testemunhar e
proclamar sobre a Luz (Jo 1.6-8). A verdadeira Luz é CRISTO, que foi anunciado por
João Batista, mas que os homens decidiram rejeitar (1.9-12).
2. O privilégio de nos
tornarmos filhos de DEUS. Enquanto Israel rejeitou a bênção da salvação através
da obra do Calvário, DEUS ofereceu a todas as pessoas, independentemente da sua
raça, etnia ou língua, a oportunidade de se tornarem “filhos de DEUS” pela fé
no nome de JESUS (Jo 1.12,13). Tanto aos judeus quanto aos gentios, a Luz
manifestou-se para revelar o plano divino de redenção a toda a humanidade.
Assim, aos gentios foi assegurada uma herança de filiação divina através do
amor do Pai (1 Jo 3.1). Portanto, como crentes em CRISTO, temos o
privilégio de sermos chamados “filhos de DEUS”.
3. A manifestação e a
habitação do Verbo. A frase “o Verbo se fez carne” sugere a humanização de DEUS,
que passou a viver entre os homens. O termo “verbo” possui uma conotação muito
mais rica e profunda do que qualquer conceito filosófico: DEUS entrou na
história (Jo 1.14-18). É importante notar a expressão “e habitou entre
nós”. No texto grego, essa expressão indica que “o Verbo armou seu tabernáculo,
ou tenda, entre nós”. Antes, DEUS habitava numa tenda montada pelo seu povo;
agora, de acordo com as palavras do evangelista, Ele reside entre nós,
representando a manifestação plena da presença divina no mundo.
SINÓPSE III
Por meio da
manifestação do Verbo de DEUS, a Luz do Mundo, temos a bênção de sermos
considerados filhos de DEUS.
CONCLUSÃO
Nesta lição, tivemos a
oportunidade de iniciar o estudo no Evangelho de João, mostrar a sua relevância
e o seu objetivo na vida da Igreja. Observamos que a revelação sensível de DEUS
e a sua intervenção na história tornam o Evangelho de João uma obra única do
Novo Testamento. Em João, entendemos que a Encarnação do Verbo trouxe luz plena
àqueles que cressem. Assim, através da fé em JESUS, somos denominados e feitos
“filhos de DEUS”.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual é a doutrina
que o Evangelho de João explora?
De acordo com
estudiosos, o Evangelho de João apresenta uma doutrina genuína sobre a
divindade de JESUS CRISTO.
2. De que forma o
apóstolo João retrata JESUS no seu Evangelho?
O apóstolo apresenta JESUS
como o Filho enviado de DEUS ao mundo para fazer parte da história (Jo 1.1).
3. Conforme a lição,
qual é a maneira mais apropriada de interpretar a palavra logos?
O conceito mais
apropriado para logos encontra-se em JESUS, que representa a expressão da
divindade, a Revelação de DEUS.
4. De que modo o
apóstolo João destaca JESUS CRISTO?
João identifica JESUS
como o Criador de todas as coisas, mediado pelo Pai através do poder da sua
Palavra (Jo 1.2,3).
5. Que significado
carrega a expressão “o Verbo se fez carne”?
A frase “o Verbo se
fez carne” sugere a humanização de DEUS, que passou a viver entre os homens, ou
seja, DEUS entrou na história.
LEITURAS PARA
APROFUNDAR
Comentário Bíblico -
João ; Teologia Sistemática – Eurico Bergstén