Escrita Lição 4, CPAD, JESUS – O Pão Da
Vida, 2Tr25, Com. Extra Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO 4 – 2Tr25
I – JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO
1. A multiplicação de pães e peixes
2. O milagre
3. Qual era o interesse da multidão?
II – JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS
1. “E JESUS subiu ao monte”
2. O desafio para os discípulos
3. Uma lição de provisão
III– JESUS – O PÃO QUE
DESCEU DO CÉU
1. Qual é o real interesse da multidão?
2. O Pão do Céu
3. O que é “comer o pão”?
TEXTO ÁUREO
“Eu sou o pão da vida.” (Jo
6.48)
VERDADE PRÁTICA
JESUS é o Pão da Vida que sacia a fome espiritual de todo ser
humano.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 6.30,31 JESUS e a revelação
do Pão do Céu
Terça - Jo 6.41,42 JESUS, o Pão que desceu do céu
Quarta - Jo 6.52-56 JESUS, a Verdade
revelada nos símbolos da carne e do sangue
Quinta - Jo 7.6-8 A chegada da presente hora
de JESUS
Sexta - Jo 8.31,32 JESUS, a Verdade que
liberta
Sábado - Jo 8.41-47 JESUS, a Verdade vinda
do Pai
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 6.1-14
1 - Depois disso, partiu JESUS para o outro lado do mar da
Galileia, que é o de Tiberíades.
2 - E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava
sobre os enfermos.
3 - E JESUS subiu ao monte e assentou-se ali com os seus
discípulos.
4 - E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5 - Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande
multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes
comerem?
6 - Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que
havia de fazer.
7 - Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhe
bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8 - E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro,
disse-lhe:
9 - Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois
peixinhos; mas que é isso para tantos?
10 - E disse JESUS: Mandai assentar os homens. E havia muita relva
naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11 - E JESUS, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os
pelos discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes,
quanto eles queriam.
12 - E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei
os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13 - Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos
cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
14 - Vendo, pois, aqueles homens o milagre que JESUS tinha feito,
diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
HINOS SUGERIDOS: 15, 291, 432 da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS DE OUTRAS REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
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JESUS faz maior milagre, pois dá a vida eterna com o Pão descido do céu.
Qual é maior? 40 anos ou vida eterna?
1) vida - 1a) o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
1b) toda alma viva
2) vida - 2a) da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a DEUS e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a CRISTO, em quem o “logos” assumiu a natureza humana - 2b) vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a DEUS, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em CRISTO, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.
2 Reis 4.42 E um homem veio de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de DEUS pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes na sua palha, e disse: Dá ao povo, para que coma.43 Porém seu servo disse: Como hei de pôr isto diante de cem homens? E disse ele: Dá ao povo, para que coma; porque assim diz o Senhor: Comerão, e sobejará.44 Então lhos pôs diante, e comeram e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor. (2 Rs 4.42-44).
6.35 EU SOU O PÃO DA VIDA. "Eu sou o pão da vida" é a primeira das OITO declarações "Eu sou" proferidas por JESUS, e contidas no Evangelho segundo João. Cada uma delas ressalta um aspecto importante do ministério pessoal de JESUS. As outras são: "Eu sou a luz do mundo" (João 8.12), “antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8:58), "Eu sou a porta" (João 10.9), "Eu sou o bom Pastor" (João 10.11,14), "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11.25), "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida" (14.6), "Eu sou a videira" (João 15.1,5). A declaração "Eu sou o pão da vida" informa-nos que CRISTO é o sustento que nutre a nossa vida espiritual. Sem JESUS reina a morte espiritual.
João 6:51
João 6:56
1 Timóteo 6:21
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
1 Timóteo 6:10
Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. 2 Timóteo 2:18
Do que, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas; 1 Timóteo 1:6
Porque já algumas se desviaram, indo após Satanás. 1 Timóteo 5:15
Lições CPAD Jovens e Adultos » Sumário Geral » Jovens 2018 » 3º Trimestre
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – JOVENS - 3º Trimestre de 2018
Título: Milagres de JESUS — A Fé realizando o Impossível.
Comentarista: César Moisés Carvalho
TEXTO DO DIA
“E JESUS tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam” (Jo 6.11).
SÍNTESE
O milagre da multiplicação dos pães e dos peixes evidencia o compromisso do Evangelho em alcançar o ser humano de forma completa.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Êx 16.1-36 O alimento que vinha do “céu”
TERÇA — 1Rs 17.4-6 Os corvos alimentam Elias
QUARTA — 1Rs 17.10-16 A multiplicação da farinha e do azeite
QUINTA — 2Rs 4.1-7 O azeite multiplicado
SEXTA — 2Rs 4.38-41 O veneno foi milagrosamente retirado do alimento
SÁBADO — Mt 15.29-39 A segunda multiplicação dos pães
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
CONTEXTUALIZAR o cenário e as circunstâncias da narrativa;
DISTINGUIR o compromisso de JESUS com as pessoas;
EVIDENCIAR a completude do Evangelho.
INTERAÇÃO
Invariavelmente tendemos à polarização. Tal postura parece ser inerente à nossa humanidade e, de tal forma, que dela não conseguimos escapar. Se formos bons técnicos e eficientes comunicadores, significa que não podemos igualmente ser fervorosos no ESPÍRITO. A reprodução acrítica desse pensamento reforça estereótipos e retroalimenta práticas que devem ser corrigidas. Em qualquer labor o profissional sabe que a ferramenta que estiver devidamente azeitada com certeza será mais bem aproveitada e melhor desempenho proporcionará. De forma análoga, o educador que mais dedicado se encontrar, tanto técnica quanto espiritualmente falando, será ainda mais instrumentalizado pelo ESPÍRITO SANTO de DEUS. Rompamos com a errônea, e até mesmo diabólica concepção de que quem se prepara tecnicamente não pode ser um instrumento poderoso nas mãos do ESPÍRITO SANTO, pois se trata justamente do contrário.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A fim de melhor traduzir a ideia de comunhão proporcionada pelo milagre objeto desta lição, que tal promover um café colonial na classe? Em muitas Escolas Dominicais a realização de um café da manhã já é tradição, porém, pense em algo mais intimista e específico. Tal momento deve ser organizado com, ao menos, uma semana de antecedência (daí a importância do planejamento, quando todas as lições são estudadas assim que você tem acesso à revista). Para melhor exemplificar os pontos que serão estudados, é imprescindível que todos participem trazendo alguma coisa para o cardápio (frutas, cereais, pães, bolos, frios, sucos, leite, café, chá, etc.).
Havendo possibilidade e espaço adequado, o momento não precisa ser “estanque”, ou seja, antes ou depois da aula, mas pode ser degustado durante a aula, de forma ordeira e organizada, não podendo, sob hipótese alguma, prejudicar a exposição e a interação.
TEXTO BÍBLICO - João 6.1-15.
1 — Depois disso, partiu JESUS para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades.
2 — E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
3 — E JESUS subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4 — E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5 — Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
6 — Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7 — Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8 — E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 — Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?
10 — E disse JESUS: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11 — E JESUS tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.
12 — E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13 — Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
14 — Vendo, pois, aqueles homens o milagre que JESUS tinha feito, diziam: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo.
15 — Sabendo, pois, JESUS que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A continuidade do capítulo cinco do quarto Evangelho revela que os judeus passaram a perseguir JESUS e queriam matá-lo, pois Ele realizava prodígios no sábado. O Mestre ia ainda mais longe, pois justificava sua postura dizendo que o Criador ainda estava em atividade de trabalho e que Ele, justamente por isso, também trabalhava. Tal pronunciamento enchia os judeus ainda mais de ira, pois JESUS “não só quebrantava o sábado, mas também dizia que DEUS era seu próprio Pai, fazendo-se igual a DEUS” (Jo 5.16-18). Dessa maneira JESUS consolida seu ministério como Messias enquanto João, por sua vez, vai evidenciando a messianidade do Senhor. Dos versículos 19 a 47 o Mestre faz um de seus discursos, intercalando sinais e palavra, como é característico do estilo do Evangelho joanino. Na sequência, JESUS realiza o grande milagre da lição que será estudada hoje.
I. O CENÁRIO E AS CIRCUNSTÂNCIAS DA NARRATIVA
1. JESUS volta à Galileia. Como já foi mencionado, JESUS desenvolve o seu ministério entre a Judeia e a Galileia. Assim, depois de curar o paralítico no Tanque de Betesda, reencontrá-lo no Templo em Jerusalém, confrontar os religiosos com a questão do sábado e de pronunciar seu discurso (Jo 5.1-47), o Mestre dirige-se novamente à Galileia, especificamente, diz João, “para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades” (Jo 6.1).
2. A multidão e os sinais. João observa que uma grande multidão seguia o Senhor, pois via os sinais que Ele realizava (v.2). A observação é oportuna, pois evidencia que a multidão continua ávida pelo extraordinário, não tendo ainda maturidade para desenvolver uma fé solidificada na Palavra do Evangelho anunciado por JESUS CRISTO, conforme pode ser visto logo mais no próprio capítulo seis do texto joanino (Jo 6.22-26). Na verdade, conforme o Senhor deixa claro, até mesmo os sinais são desprezados diante de outras necessidades priorizadas pelo povo.
3. A época e o “local”. JESUS e os seus discípulos, os doze, sobem a um “monte” não especificado (v.3). João acrescenta um detalhe que também aparece no versículo 13 do capítulo 2, demarcando um período de aproximadamente um ano, pois ele diz que se aproximava mais uma Páscoa (v.4). Têm-se então a passagem do primeiro ano do ministério terreno do Senhor.
Pense!
O que demonstramos quando decidimos procurar DEUS apenas por interesses particulares?
Ponto Importante
Mesmo tendo necessidades, é preciso desenvolver uma fé madura e fundamentada no Evangelho e não na resolução dos nossos problemas.
II. JESUS E O SEU COMPROMISSO COM AS PESSOAS
1. A solidariedade de JESUS. Ao contemplar a multidão, JESUS demonstra preocupação e comprometimento (v.5). Sua pergunta a Filipe — “Onde compraremos pão, para estes comerem?” — deixa isso muito claro. Na realidade, como João revela, o Mestre experimentava Filipe, ou seja, testava o seu discípulo com o objetivo de ver sua reação, pois o Senhor sabia perfeitamente como deveria proceder (v.6). O discípulo, visivelmente abismado, responde ao Mestre que duzentos dinheiros não seriam suficientes para que cada um pudesse comer um pedaço de pão (v.7).
O “dinheiro” ou denário era uma moeda romana de prata, sendo mais ou menos a média do salário de um dia de trabalho de um operário. Por isso, a sugestão de Filipe mostra-se “lógica”, pois deixa transparecer que eles não têm tal dinheiro e nem condição de alimentar tanta gente. À parte disso, é interessante pensar no fato de que mesmo JESUS, sabendo das reais intenções da multidão (Jo 6.22-26), ainda assim não deixou de ser solidário, cordato e educado, atendendo as pessoas em suas necessidades.
2. A fé do rapaz. O que acontece na sequência demonstra que o problema havia extrapolado o círculo dos discípulos e chegado ao povo, pois um rapaz anônimo avisa André, irmão de Simão Pedro, ao Senhor JESUS, oferecera seu lanche — “cinco pães de cevada e dois peixinhos” — para que pudesse ser repartido pela multidão (vv.8,9). A pergunta retórica de André deixa explícita sua completa descrença em relação ao gesto do rapaz: “mas o que é isso para tantos?”. Tal atitude, porém, revela que o rapaz tinha mais fé que os discípulos, pois ofereceu seu lanche por saber que aquela pequena quantidade de alimento, nas mãos de JESUS, certamente poderia ser transformada em muito.
3. A organização da multidão. Uma vez que havia muita relva no local, isto é, planta rasteira apropriada para descanso, o Mestre então orienta os seus discípulos para que organizem a multidão, mandando que o povo se assente (v.10). Neste momento o texto joanino informa que o número de homens era de quase cinco mil. É importante dizer que tal contagem não considerava mulheres e crianças (Mt 14.21), portanto, a quantidade de pessoas alimentadas, provavelmente, deve ter sido bem superior a cinco mil. Certamente por isso André desprezou o gesto do anônimo que ofereceu seu lanche. DEUS, todavia, não age de acordo com a lógica humana (1Co 1.25).
Pense!
A admiração e a incredulidade de André, características da lógica humana, diante do gesto do rapaz anônimo, eram corretas?
Ponto Importante
A lógica humana é diametralmente oposta à divina, por isso, quem serve a DEUS não pode orientar-se exclusivamente pelo entendimento humano.
III. O MILAGRE EVIDENCIA A COMPLETUDE DO EVANGELHO
1. O milagre e sua relação com o Reino de DEUS. O Mestre toma os cinco pães e os dois peixinhos do moço anônimo e dá graças; a seguir passa aos discípulos, e estes ao povo que anteriormente fora organizado. O texto diz que o alimento era dado “quanto eles queriam” (v.11), ou seja, não era regulado, mas distribuído em abundância e com fartura. Tal ação, demonstra a grandeza do milagre, pois os pães eram poucos e os peixes estão no diminutivo, “peixinhos”, mas estes nas mãos de JESUS foram suficientes. O milagre também aponta para a completude do Evangelho, pois era anunciado pelo Senhor a todos, mas primordialmente aos pobres, pois estes não tinham esperança e muito menos condições de subsistência. No entanto, o Senhor era sensível às necessidades dos menos favorecidos, sinalizando o compromisso do Reino de DEUS (Mt 11.5; 25.35; Tg 2.14-17).
2. A saciedade e o cuidado com o desperdício. Depois de saciada a multidão, o Senhor orientou os discípulos a que recolhessem o que sobrou para que nada se perdesse (v.12). A sobra foi tão grande que os discípulos “encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido” (v.13). Tal ação demonstra o cuidado do Mestre com o desperdício, pois se antes não havia o que comer, agora já tinha até mesmo de sobra. Isso, porém, não justificava o desperdício.
3. A discrição e a consciência de JESUS a respeito de sua missão. Com a realização do milagre, e devido sua especificidade, a multidão concluiu que JESUS era “verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo” (v.14). Contudo, o Mestre sabia que tal pensamento não se dava por uma motivação correta, mas sim por um interesse político. E era justamente por saber disso, isto é, que “haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei”, que Ele “tornou a retirar-se, [...] só, para o monte” (v.15). JESUS tinha uma missão e sua consciência acerca desse fato levou-o a não se empolgar com o pensamento da sociedade a seu respeito, daí o porquê de Ele retirar-se (Jo 6.38).
Pense!
O milagre que produziu a sobra justifica o desperdício?
Ponto Importante
A consciência da missão faz com que não nos desviemos do alvo estabelecido por DEUS.
CONCLUSÃO
O milagre da multiplicação dos pães e dos peixes evidencia a completude do Evangelho e sua relação com o Reino de DEUS que, apesar de não ser “comida nem bebida; mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO” (Rm 14.17), deve contemplar o ser humano em sua totalidade. O Mestre demonstrou isso com sua preocupação em deixar a multidão com fome. Ele não se preocupava apenas com as almas das pessoas, mas as via de forma global e completa. Da mesma forma, Tiago instrui que não podemos, tendo condições, ver o nosso irmão padecendo necessidades, dizer para ele ir em “paz”, pois “a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.15-17).
ESTANTE DO PROFESSOR
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
HORA DA REVISÃO
1. O que evidencia a observação feita por João, de que uma multidão seguia o Senhor pois via os sinais que Ele fazia?
Evidencia que a multidão continua ávida pelo extraordinário, não tendo ainda maturidade para desenvolver uma fé solidificada na Palavra do Evangelho.
2. A indagação de JESUS — “Onde compraremos pão, para estes comerem?” — demonstra o quê?
Demonstra preocupação e comprometimento (v.5).
3. O que a atitude do rapaz em oferecer os cinco pães e os dois peixinhos evidenciou?
Tal atitude revela que o rapaz tinha mais fé que os discípulos, pois ofereceu seu lanche por saber que aquela pequena quantidade de alimento, nas mãos de JESUS, certamente poderia ser transformada em muito.
4. O que demonstra o fato de o milagre ter sido realizado a partir de cinco pães e dois peixinhos e ainda ter sobrado?
Demonstra a grandeza do milagre, pois os pães eram poucos e os peixes estão no diminutivo, “peixinhos”, mas estes nas mãos de JESUS foram suficientes. O milagre também aponta para a completude do Evangelho, pois era anunciado pelo Senhor a todos, mas primordialmente aos pobres, pois estes não tinham esperança e muito menos condições de subsistência, no entanto, o Senhor era sensível às necessidades dos menos favorecidos, sinalizando o compromisso do Reino de DEUS.
5. Por que JESUS retirou-se para um monte quando quiseram fazer dEle rei?
JESUS tinha uma missão e sua consciência acerca desse fato levou-o a não se empolgar com o pensamento da sociedade a seu respeito, daí o porquê de Ele retirar-se (Jo 6.38).
SUBSÍDIO I
“JESUS... vendo que uma grande multidão vinha ter com Ele (v.5)
Os discípulos também viram a multidão, mas não com a mesma visão do Mestre. Alguns enumeram as multidões como se enumera gado, tantas cabeças. Outros, em termos de trabalho, contam as mãos. Ainda outros, o tamanho da multidão indica o grau de popularidade. Mas JESUS vê a necessidade, o anelo da alma, os sofrimentos da multidão. Aquele que percebeu a fome de Nicodemos, que sentiu a sede da mulher samaritana, que compartilhou da miséria do paralítico em Betesda, que compreendeu o anelo de Zaqueu ? Ele teve a verdadeira visão da multidão com Ele no deserto. Spurgeon teve a mesma visão quando chorou perante os trinta mil que se congregaram para ouvi-lo pregar no Great Crystal Palace. A ternura infinita de JESUS O constrangeu a alimentar a multidão. No Seu ministério compadecia-se tanto do estado físico do povo como do espiritual. Esforçava-se para ministrar tanto ao corpo como à alma dos homens.
A multidão achava o pão espiritual tão bom que se esquecera de comer.
Compare cap. 4.31-34.
Ele bem sabia o que havia de fazer (v.6): Nos problemas e dificuldades não sabemos avançar; mas Ele bem sabe, nunca está perplexo para nos dirigir” (BOYER, Orlando. Espada Cortante. Lucas, João e Atos. Volume 2. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007, p.265).
SUBSÍDIO II
“Repartiu-os pelos discípulos (v.11).
Lembremo-nos de que foi somente quando o menino entregou seus pães a JESUS que eles foram multiplicados para alimentar toda a multidão. É somente quando entregamos a JESUS o pouco que temos que Ele pode multiplicá-lo. Foi só quando a pobre viúva de Zarefate cedeu ao pedido estranho de Elias, Faze disso primeiro para mim um bolo, que o punhado de farinha e o pouco de azeite se tornaram provisão inesgotável para ela, 1Rs 17.13.
Foi nas mãos de CRISTO que os pães se multiplicavam. Os discípulos não podiam multiplicar a comida, mas tinham de voltar constantemente a Ele para receber mais para distribuir. Tudo é uma figura do que nos acontece: não podemos, nem com os maiores esforços e com estudos esmerados, alimentarmos as multidões sem recorrermos, constantemente, a JESUS.
Quando estavam saciados (v.12): Não comeram só um pouco, mas fartaram-se. Uma professora da Escola Dominical, bastante incrédula, disse aos meninos: É claro que JESUS não alimentou toda a multidão apenas com cinco pães e dois peixes. Isto seria impossível. JESUS ensinava de tal forma que a multidão perdia todo o sentido da fome física e voltava à casa satisfeita” (BOYER, Orlando. Espada Cortante. Lucas, João e Atos. Volume 2. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007, p.266).
Texto: João 6
Introdução
A leitura completa do sexto capítulo de João nos ajudará a colocar o sermão de
JESUS (v. 26-37), que receberá nossa atenção especial neste estudo, no seu exato
contexto. O capítulo registra muitas coisas grandiosas:
evangelística, JESUS os levou para o ermo, a fim de passarem juntos uns breves
períodos de descanso e comunhão espiritual. Não havia, no entanto, nenhum
descanso para os cansados; seus movimentos foram observados, e o povo
acorreu ao lugar onde desembarcaram, correndo pela praia ao redor do mar da
Galileia, como se temesse que eles escapassem. Havia ao todo cinco mil
homens. Cerca de 15 mil pessoas, contando-se também as mulheres e as
crianças. E aquEle que revelou seu poder criador, transformando a água em
vinho, exerceu este mesmo poder, alimentando aquela multidão com uns poucos
pães e peixes.
entusiasmo ficou até febril. Chegaram à conclusão de que Ele, ao repetir o
milagre da alimentação sobrenatural de Israel no deserto, revelou-se como o
Messias. Saudaram-no como Rei, e se prontificaram a escoltá-lo a Jerusalém
para sua coroação, esperando que Ele expulsasse os romanos da Palestina e
exaltasse Israel acima das nações.
sendo mais uma artimanha da parte de Satanás, para tentá-lo a tomar o trono sem
aceitar a cruz. Rapidamente mandou embora a multidão, ordenou aos discípulos
que se afastassem num barco e depois subiu a uma montanha para orar. Nesse
ínterim, levantou-se uma tempestade que impedia os discípulos de remar e
ameaçava virar o barco. A tempestade prenunciava a experiência que estava para
lhes sobrevir. Dentro em breve, rajadas de impopularidade soprariam contra o
Mestre e seu grupo, ameaçando só sobrar-lhes a fé. Logo teriam de resistir aos
ventos e às ondas, para não serem levados em debandada à ruína, pelo furacão da
apostasia. No entanto, o Mestre não se esquecera dos discípulos; seu olhar
vigiava o barco, e, no momento da necessidade, interveio em prol deles. JESUS
nunca se descuida dos seus fiéis, quando estão passando pelas águas de
tribulação.
momento”. Certamente, segundo o pensamento popular, quem tinha poderes para
alimentar milagrosamente cinco mil pessoas seria ideal para restaurar a
prosperidade da nação e oferecer ao povo tudo quanto necessitava. Satanás
conhecia muito bem os sentimentos do povo quando sugeriu que JESUS lançasse
mão de seus poderes para transformar pedras em pão. Naquela ocasião, como
também no incidente aqui registrado, JESUS declarou que o homem não obterá
mediante a comida natural a sua verdadeira vida, que é espiritual (Mt 4.3,4; Jo
6.27).
O Senhor não queria que alguém o seguisse sem ter o conceito correto quanto à
sua pessoa; todos deviam saber com certeza que tipo de Messias era Ele. Em vista disto, pregou um sermão muito claro para estabelecer qual era a sua
posição. Não veio como Messias político para dar nova vida à política da nação,
e sim como Messias espiritual, para oferecer vida espiritual ao seu povo. Quando
JESUS alimentou o povo com pão físico, demonstrava, simbolicamente, seu
desejo de alimentá-lo com o Pão espiritual que produz a vida eterna.
a sua popularidade; deliberadamente, destruiu o apoio de uma grande parte da
população: “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não
andavam com ele” (6.66). Seus ensinamentos estavam além do alcance deles, e
suas ações não se harmonizavam com a ideia que tinham de como deveria se
comportar o Messias. Muitas pessoas pensavam: “Se é assim o Messias, não
queremos saber dele”. Isto não se constituiu em surpresa para o Senhor: afinal de
contas, planejara semelhante crise deliberadamente, porque, apesar dos seus
anseios pela salvação de todos os homens, desejando que todos chegassem a Ele
para receber a vida, não aceitaria pessoa alguma que não se consagrasse ao
Senhor. Procurava aqueles que lhe eram dados por DEUS (6.37), ensinados por
DEUS (6.45) e trazidos por DEUS (6.44), sabendo que somente os tais
permaneceriam na sua Palavra.
seguidores decepcionados. Será que os apóstolos também seriam levados pela
onda de apostasia? JESUS coloca diante deles a questão: “Quereis vós também
retirar-vos?” Três âncoras seguravam os discípulos, firmes, durante esta
tempestade de apostasia: primeiro, sua sinceridade real - verdadeiramente
queriam o melhor que DEUS tinha para eles; segundo, a consideração das
alternativas - “Para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”;
terceiro, sua convicção de que JESUS era tudo o que dizia ser - “E nós temos crido
e conhecido que tu és o CRISTO, o Filho de DEUS”.
toda a noite. Logo de manhã, percebeu, surpresa, que JESUS tinha ido embora.
Logo chegou uma flotilha de barcos (talvez para vender mantimentos) e,
embarcando neles, foram procurar JESUS. Achando- o finalmente, perguntaram:
“Rabi, quando chegaste aqui?”, querendo saber como viajara tal distância em tão
pequeno espaço de tempo. Tinham visto JESUS subir sozinho o monte, enquanto
os discípulos partiram sem Ele. Não compreenderam como Ele poderia ter
atravessado o mar, pois nenhum barco ficara disponível depois da partida dos
discípulos. Imaginavam que, por certo, o operador do milagre dos pães fizera a
travessia de modo milagroso, sem, porém, terem tomado conhecimento do fato
de Ele ter andado por sobre o mar.
que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos
saciastes”. Estes homens, em vez de perceberem no milagre um sinal da
divindade de CRISTO, encararam-no simplesmente como uma maneira de
receberem alimentos para seu corpo físico. Souberam ver os pães no sinal, e não
o sinal nos pães. Seguiam a JESUS visando propósitos mundanos e motivos
egoístas. JESUS conhecia o coração humano, não se deixando iludir com o
entusiasmo popular. Percebia as suas aspirações sem espiritualidade,
comparáveis às atitudes daqueles que desejam o milagre da cura divina sem
almejarem a salvação da alma.
o homem”. Precisa de pão, mas precisa também de outras coisas; é-lhe
necessário ter víveres, como também ter visão. Se o homem fosse apenas corpo,
bastar-lhe-ia o pão; sendo também alma, ele precisa de DEUS.
permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o
Pai, DEUS, o selou”. Os ouvintes tinham corrido uma distância tão grande por
causa da comida que perece e que, portanto, não pode produzir a imortalidade;
deveriam ter mostrado igual interesse em procurar a comida que nutre a alma para a vida eterna. JESUS não quer dizer que não se deve trabalhar para ganhar a
vida, inclusive a comida diária, mas não quer que as coisas naturais sejam o alvo
principal do homem. Assim como existe uma fonte de água que jorra para a vida
eterna (Jo 4.14), assim também existe uma comida que, ao ser assimilada,
transmite à alma a vida divinal. Sabemos que CRISTO nos oferece tal comida,
porquanto “o Pai, DEUS, o selou”. Este selo é o sinal da aprovação daquilo que é
genuíno, e da exclusão daquilo que é errado. Através do milagre da
multiplicação dos pães, DEUS dá seu carimbo de aprovação que comprova ser
JESUS o Doador do Pão da Vida. A descida do ESPÍRITO SANTO, a voz do céu e a
operação de poderosos milagres eram evidências que provavam que o Pai
dedicara CRISTO para ser Salvador do mundo.
DEUS?” (Ou seja, obras aprovadas por DEUS, e que nos aproximam de DEUS.) A
pergunta surgia com naturalidade entre os judeus, cujo conceito da salvação era
que a escrupulosa observância de um currículo inteiro de deveres, cerimônias e
outras obras lhes daria o direito a ela. Mesmo assim, a pergunta demonstrava
algum interesse na questão, e queriam esforçar-se neste sentido. Semelhante
pergunta vem irrompendo do fundo do coração de todos aqueles que, tendo
começado com uma atitude de total indiferença, já fizeram algum progresso na
direção de procurarem uma vida santa que agrade a DEUS.
aprova. Sem fé, é impossível agradar-lhe. Note que JESUS disse que crer é “a
obra” - e não uma das obras - de DEUS. A fé é aquela única obra de onde
procedem todas as demais obras genuínas. E a própria fé não é mérito nosso; é
dom de DEUS. A fé é a mais sublime qualidade de obra, porque por ela o homem
se entrega a DEUS, e não há nada mais nobre para um ser livre fazer do que dar-se
a si mesmo. Tiago ressalta que “a fé, se não tiver as obras, é morta em si
mesma” (Tg 2.20). Paulo ressalta que as obras, sem a fé, estão mortas (Rm 3.20;
cf. Hb 3.20). São verdadeiras ambas as proposições. A fé viva produzirá obras
vivas; e obras vivas, aceitáveis diante de DEUS, devem proceder de uma fé que
realmente vive. Disse Martinho Lutero: “Ficar confiando na Palavra de DEUS, de
tal forma que o coração não fique aterrorizado diante do pecado e da morte, mas,
pelo contrário, confie e creia em DEUS, é algo mais severo e difícil do que todas
as exigências das ordens monásticas.”
ortodoxo afirma que, enquanto agrada a DEUS, não tem necessidade de CRISTO.
Como, no entanto, poderá agradar a DEUS se rejeita o seu Mensageiro? (cf. Dt
18.18,19).
e creiamos em ti? Que operas tu? Nossos pais comeram o maná no deserto,
como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu” (cf. Ex 16.4; Sl 78.24).
Queriam provas da parte de JESUS quanto à veracidade das suas palavras e à
certeza de que valeria a pena eles se entregarem totalmente a ele. Os judeus,
através de toda a sua história, sempre tiveram a tendência de procurar um sinal
sobrenatural, desejando alguma irresistível prova que despertaria neles a fé
invencível, assim como o grego sempre procurava o raciocínio irrefutável (1 Co
1.22).
espetacular, menosprezando o milagre operado por JESUS e dando a entender que,
se JESUS quisesse que eles o seguissem como sendo maior do que Moisés, teria
de fazer algo comparável ao milagre de alimentar uma nação inteira durante 40
anos, considerado o maior milagre da história dos judeus, o qual o Messias
deveria repetir.
Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
Porque o pão de DEUS é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” JESUS faz
as seguintes ressalvas: 1) Não foi Moisés quem lhes deu pão do Céu - dom de
DEUS, e não de Moisés. 2) O maná não era pão celestial, pois que sustentava
apenas o corpo, e não a alma. O verdadeiro pão celestial é o Salvador, que
desceu do céu para a terra, para salvar as almas humanas (Jo 3.16). O maná era
apenas um outro tipo de pão: como o maná, desce do Céu; diferentemente do maná, dá a vida - a uma nação, e sim ao mundo inteiro; não por poucos anos
de vida humana, e sim pela eternidade (v. 49,50).
4.15), despertou o desejo nos corações dos ouvintes, que exclamaram: “Senhor,
dá-nos sempre desse pão”. Queriam este pão, de quantidade ilimitada, que é
fonte de vida, alimento da vida eterna, que satisfaz toda a fome, abolindo toda a
pobreza e vencendo o temor da morte.
“E JESUS lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome;
e quem crê em mim nunca terá sede.”
celestial entrando no mundo para alimentar almas humanas, dando-lhes a vida
eterna.
que vem a mim não terá fome ”. JESUS ensina aqui a doutrina da encarnação: que
o eterno Filho de DEUS assumiu a natureza humana a fim de viver entre os
homens. O Filho de DEUS se tornou Filho do homem, a fim de que os filhos dos
homens pudessem ser feitos filhos de DEUS (cf. Jo 1.12-14).
Filho de DEUS Encarnado tem de oferecer sua vida em sacrifício antes de os
homens verdadeiramente se alimentarem dele. O Verbo de DEUS, que se fez
carne e foi crucificado na carne, é a vida do mundo. Na Ceia do Senhor,
comemoramos aquele ato mediante o qual foi quebrado o corpo de CRISTO para,
assim, dar vida ao mundo.
uma nova fonte de vida; o pão, ao sustentar a vida, cumpre sua finalidade, e o
que há de especial neste Pão é que sustenta a vida eterna. Os que comem do Pão
da vida perdem o pavor da morte.
comemos; CRISTO nos dá a vida eterna quando cremos nele. “Aquele que vem a
mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede”. “Comer a carne do
Filho do homem e beber o seu sangue” (v. 53) é crer na eficácia da sua morte
expiatória.
deve subir de volta para lá, para ser, em escala muito maior, o Pão da vida
eterna; JESUS derrama sobre todas as almas famintas no ermo espiritual, que é o
nosso mundo, o maná celestial para alimentar a todos.
credes” (cf. v. 26). A multiplicação dos pães era milagre suficiente para
satisfazer a exigência de um sinal da parte dEle; mesmo assim, recusaram-se a
crer. A situação é que viram sem perceber. O pecado e o preconceito cegaram os
olhos deles, distorcendo seu discernimento.
CRISTO,
aceitando-o como Mestre, fazem-no porque ouviram o evangelho e creram, assim o ESPÍRITO
SANTO os atrai para CRISTO. Se estes homens não estavam chegando a Ele é porque
havia algum empecilho nas suas vidas que os impedia se entregarem a DEUS (Jo 5.38;
6.44,45; 8.42,47).
3. A promessa.
“E o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. O Pai
e o Filho trabalham em conjunto na salvação das almas: o Pai as atrai, e o Filho
as recebe. Note que estas palavras também dão a entender que CRISTO tem poder
para excluir da sua comunhão e do seu Reino (Mt 8.12; 22.13). No entanto, não
rejeitará pessoa alguma cujo coração tenha ouvido a palavra e DEUS e crido, sendo comovido ao arrependimento pela atração do ESPÍRITO de DEUS que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo.
V –
Ensinamentos Práticos
1. O dom e o
Doador. Os judeus estavam procurando as dádivas, ou seja, os
pães, mas as palavras dirigidas a eles por JESUS revelam que não procuravam o
Doador. Nós também cometemos semelhante erro? Procuramos a bênção, ou
aquele que abençoa? Procuramos o dom, ou o Doador do ESPÍRITO? Procuramos a
cura, ou aquEle que cura? Procuramos uma coisa, ou a pessoa? Oxalá que
possamos procurar CRISTO por amor a Ele mesmo.
2. A suprema
busca da vida. “Trabalhai, não pela comida que perece...”. Há
milhares de anos, Isaías, profetizando acerca da tentação que o luxo e a
magnificência de Babilônia viriam a ser para os exilados, fez a seguinte
advertência: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? e o produto do
vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is 55.1,2). Aqui se levanta a
eterna questão: em prol de que deve viver o homem? Qual deve ser o alvo dos
seus mais sublimes esforços? Uma vez que o homem é destinado para a
eternidade, logo, a atividade mais sublime da sua vida tem de ser a busca daquilo
que é celestial e eterno. Nada menos do que isto satisfará completamente a sua
alma. Infelizmente, existem muitos cometendo o mesmo erro do rico fazendeiro
que considerou seu corpo como se fosse a alma, dizendo: “Alma, tens em
depósito muitos bens para muitos anos”. O epitáfio que DEUS lhe preparou dizia:
“Louco”!
Como cristãos, devemos renovar a nossa consagração e frequentemente
perguntar a nós mesmos se estamos vivendo à altura daquilo que JESUS ordenou
em Mateus 6.33.
3. Satisfeitos,
porém famintos. No deserto central da Austrália há uma planta
estranha chamada nardoo, que tem folhas parecidas com as do trevo. Dois
ingleses, Burke e Willis, fazendo pesquisas na região, seguiram o exemplo dos
nativos quando lhes faltou comida, comendo as raízes e as folhas daquela planta.
Parecia saciar-lhes a fome, enchendo-os com a sensação de bem-estar e
satisfação. Não sentiam mais fome, mas, mesmo assim, começaram a surgir os
efeitos da inanição. Seus corpos foram ficando debilitados e suas forças foram
diminuindo até que pouco mais energia tinha do que um recém-nascido.
Finalmente, um morreu, e o outro foi resgatado no último instante, o que ilustra
os resultados fatais da tentativa de alimentar a alma com coisas mundanas!
Com que se alimenta o homem não convertido? Em Oséias, apascenta o vento
(Os 12.1); em Provérbios, se apascenta de estultícia (Pv 15.14); em Lucas 15,
quer se fartar das alfarrobas; e, em Isaías 44.20, se apascenta de cinza. A tais
pessoas CRISTO se oferece como o Pão da Vida.
4. Nossa
religião nos satisfaz? A festa espiritual que recebemos na igreja deve
nos satisfazer a alma, transformando-nos de tal maneira que outras pessoas
também queiram participar das bênçãos. “Provai e vede que o Senhor é bom” (Sl
34.8). Chegue-se a Ele com seu coração faminto. Ele o alimentará, e você sairá satisfeito.
5. A obra de DEUS.
Quando os judeus perguntaram o que deveriam fazer para
agradar a DEUS, JESUS disse que deveriam crer. Eles perguntaram sobre as obras;
JESUS indicou a única obra - confiar. Isto simplifica a religião. Se a salvação
depender das obras, quem poderá saber que já fez o suficiente? Por outro lado, a
pessoa sabe muito bem quando está confiando em CRISTO. Esta fé, sendo genuína,
produzirá por si mesma as necessárias obras.
O homem é mais importante do que a obra; a motivação é mais importante do
que a ação; o caráter é mais profundo do que a conduta. Temos de estar certos
antes de fazer o certo; e, para ficarmos certos com DEUS, temos de entregar a Ele
o nosso coração: “Visto que com o coração se crê para a justiça” (Rm 10.10).
O Cristianismo é, fundamentalmente, o relacionamento pessoal com DEUS,
possibilitado por CRISTO e transformado em realidade mediante a fé.
6. O
significado da predestinação. As palavras: “Todo o que o Pai me dá virá a
mim” significam que DEUS destinou para a salvação não este ou aquele
indivíduo, e sim todo aquele que crê no seu Filho. Isto poderia incluir todas as
pessoas, no mundo inteiro, pois DEUS quer que seja assim: todos os que crêem,
são salvos. Portanto, DEUS elege não os indivíduos, e sim os meios, de maneira
que todos os que lançam mão dos meios oferecidos por DEUS são salvos. DEUS
predestinou todo aquele que quiser aceitar, e a própria aceitação é dom de DEUS
(Ef 2.8).
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TABERNACULOS
"Os judeus tinham três festas principais: a Páscoa, o Pentecostes e a dos Tabernáculos. Todo o enredo do capítulo 7 está ligado à última, a festa em que o povo, durante uma semana, desabalava de todos os cantos para Jerusalém, habitando em tendas improvisadas, para agradecer a DEUS pelas colheitas e pelo livramento e, ao mesmo tempo, renovar sua esperança messiânica. A festa dos tabernáculos relembra-nos a intervenção sobrenatural de DEUS na libertação do seu povo da escravidão no Egito. Os judeus, nos dias de JESUS, celebravam essa festa no final das colheitas para agradecer a DEUS sua provisão. Habitavam em cabanas para relembrar como DEUS os havia protegido na peregrinação pelo deserto. Separavam-se do conforto para habitar em tendas improvisadas com vistas a se identificarem com os peregrinos do passado. F. F. Bruce diz que os hebreus davam a essa festividade o nome de festa das tendas (sukkôth) porque durante toda a semana de duração as pessoas viviam em barracas feitas de galhos e folhas (Lv 23.40-43), construídas pelos moradores das cidades no quintal ou sobre o telhado plano das casas. Muitos judeus iam a Jerusalém para a festa. No entanto, essa festa também apontava para o futuro, para aquele glorioso dia em que DEUS armará sua morada definitiva com os remidos, quando, então, veremos nosso Senhor face a face (Ap 21.1-4). Outra tradição ligada a essa festa era a cerimônia da libação da água. Isaías 12.3 era uma profecia messiânica, mostrando que, quando o Messias viesse, o povo tiraria com alegria água das fontes da salvação. Havia, portanto, em cada dia dessa festa, a expectativa de que DEUS lhes daria a água viva. Foi no auge dessa festa que JESUS clamou: [...] Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Como diz a Escritura, rios de água viva correrão do interior de quem crê em mim (Jo 7.37,38). Mais uma vez, JESUS é o cumprimento dessa festa! Finalmente, a essa festa é associada outra tradição, chamada de "a cerimônia da iluminação do templo" e representada pelo candelabro. JESUS também cumpriu esse aspecto, ao afirmar: Eu sou a luz do mundo (8.12). E ele não apenas afirmou essa verdade, mas a demonstrou, curando um homem cego de nascença (9.1-7), milagre que os judeus acreditavam que só DEUS poderia realizar."
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Alimentando a multidão (6.1-15)
v. 1. Algum tempo depois: Alguns acham que esse capítulo deveria preceder o cap. 5 na sequência cronológica, com base no aspecto de que 7.1 segue de forma mais natural o cap. 5 (v. em particular 5.18). Mas a ideia não está suficientemente fundamentada para torná-la satisfatória (v. comentário de 7.15). mar de Tiberíades: Assim denominado segundo a cidade, fundada por Herodes Antipas em 26 d.C. em honra a Tibério César. João pode ter usado o nome atualizado para o benefício dos não-judeus (cf. 21.1). v. 4. a festa judaica da Páscoa: Essa Páscoa, provavelmente, ocorreu um ano depois da mencionada no cap. 2, pois na ocasião anterior João Batista ainda não havia sido preso; e, de acordo com Marcos, ele não só havia sido preso, mas também executado na época da multiplicação dos pães aos 5 mil. A Páscoa estava suficientemente próxima, talvez, para permitir que João inserisse uma nota cronológica, que abre o caminho para o discurso posterior (v. 22-59) à luz da festa da Páscoa (cf. 1Co 5.7; Mt 15.29-39). v. 5. vendo uma grande multidão que se aproximava: Tendo caminhado em volta da margem nordeste do lago, JESUS se compadece das pessoas (cf. Mc 6.33,34). Filipe-. Nos Sinópticos, são os discípulos que expressam preocupação pela multidão. Aqui, de forma complementar, JESUS testa um deles.
v.
9. mas o que é isto para tanta gente?: O problema de André é registrado
para mostrar como são escassos os recursos do homem em comparação às
suas necessidades, v. 11. JESUS [...] deu graças (gr. eucharistêsas):
O fato de João descrever esse incidente de forma extensa, enquanto
não registra a última ceia em detalhes, certamente é significativo.
Ação de graças é, no entanto, somente o que poderíamos ter esperado
de JESUS, e a palavra de João para isso pode conter um significado técnico
que iria associar esse evento imediatamente à ceia do Senhor. A lição
principal aqui, aparentemente, é que JESUS estava agindo em dependência do
Pai, de forma que as associações eucarísticas não deveriam ser
exageradas, v. 12. Ajuntem os pedaços que sobraram-. Qualquer projeção
de pensamento por parte do evangelista aqui para a completude do
corpo de CRISTO simbolizado na mesa da ceia é muito improvável. Antes, é
evidência clara do fato de que JESUS se importava com o desperdício e
tinha a intenção de trazer os discípulos de volta à realidade da necessidade
humana distante do mundo dos milagres, v. 14. Sem dúvida este ê
o Profeta: O assassinato recente de João Batista tinha intensificado
o desejo de se encontrar um Messias popular. A aclamação deles saudou JESUS
como o profeta como Moisés (Dt 18.15ss) que antigamente havia
alimentado o seu povo de forma semelhante (cf. 1Co 10.1
5). v. 15. Sabendo JESUS que pretendiam proclamá-lo rei\ A multidão “como ovelhas sem pastor” (Mc 6.34) era um exército procurando um comandante para conduzi-la contra os romanos, retirou-se-, Marcos nos diz que foi para orar (cf. Mc 6.46). Esse era um momento crítico. O reinado terreno estava longe dos anseios de JESUS (cf. 18.33,34) como a tentação já havia mostrado (cf. Mc 4.1-11).
4) Uma tempestade no mar (6.16-21)
Os discípulos retornam agora para o lado ocidental do mar da Galileia. v. 19. Depois de terem remado cerca de cinco ou seis quilômetros. Sua chegada à margem não precisa ser tão quanto as palavras podem sugerir, pois a distância em que estavam (v. 19) sugere que, quando viram o Senhor, tinham feito aproximadamente metade da travessia. E o texto é de difícil compreensão, a não ser que eles de fato tenham recebido JESUS dentro do barco com eles.
O pão vivo (6.22-59) v. 25. Mestre, quando
chegaste aqui?-. A pergunta da multidão abre caminho para todo o discurso.
A pergunta deles estava ligada ao tempo e à forma, pois a sua curiosidade
pelo miraculoso não diminuía tão facilmente. Assim, JESUS diz: vocês estão
me procurando [...] porque comeram os pães e ficaram satisfeitos (v.26).
Mas que tipo de interesse eles tinham? Eles somente vinham a ele em virtude
da satisfação do momento, e não pela comida que permanece e que, aqui
e agora, nutre a vida eterna daqueles que a ingerem, v. 27.
nele colocou o seu selo de aprovação-, O sinal dos pães e peixes é a
autenticação divina das palavras de JESUS. v. 29. “A obra de DEUS é esta:
crer naquele que ele enviou. A compreensão que eles têm da ideia
principal das palavras de JESUS ainda é limitada. Mas JESUS diz que a
fé nele vai dar frutos naturalmente, não como um esforço ou
obrigação. O tempo verbal denota continuidade, e não um ato único. v.
30. Que sinal miraculoso mostrarás-, A incredulidade deles é algo quase incrível.
A multiplicação miraculosa dos pães, evidentemente, não produziu o efeito
interior. JESUS rejeita a alusão que eles fazem a Moisés porque
sua compreensão daquele milagre (cf. Ex 16.15; Ne 9.5) era deficiente, v. 32. é meu Pai
quem lhes dá o verdadeiro pão-, O maná de Moisés não era o
“verdadeiro pão”, e, de qualquer forma, não foi dado por Moisés, mas por DEUS.
O verdadeiro pão dá vida ao mundo (v. 33).
O povo começa a entender a distinção que JESUS está fazendo entre o
maná e o sustento espiritual de que o maná é um tipo, de modo que responde
com mais respeito mas ainda com entendimento incompleto. Senhor, dá-nos
sempre desse pão! (v. 34), como a mulher samaritana havia falado: “dê-me dessa
água” (4.15). Por isso, JESUS torna a natureza do verdadeiro pão mais
clara ainda. v. 35. Eu sou o pão da vida\ Até aqui no discurso,
esse pão é dado pelo Filho do homem (v. 27) como o agente do Pai (v.
32); agora ele o identifica consigo mesmo, assim suscitando crítica ainda
mais acentuada. Aquele que vem a mim nunca terá fome\ O compromisso
total para com ele vai resultar em salvação total. Assim como não há
nada de parcial no fato de DEUS dar a vida, não pode haver também
parcialidade em receber CRISTO, v. 37. Todo aquele que o Pai me der virá a
mim\ Isso é tão arbitrário assim? Temple acrescenta: “Perceber que o meu
não ‘vir’ é em si devido à vontade do Pai, que ainda não me atraiu, e
aceitar isso é um começo de confiança nele, um sinal de que de fato ele
está me atraindo para vir” (v. 1, p. 88). v. 38. a vontade daquele que me enviou.
Gf. v. 39,40. A vontade de DEUS é o cerne da obra de CRISTO na
salvação. E a realização de CRISTO dessa vontade é perfeita para que ele
não perca nenhum (v. 39).
Vida eterna é o presente que DEUS
quer dar aos homens, v. 40. e eu o ressuscitarei. Westcott comentou
apropriadamente que a doutrina da vida eterna toma óbvia a necessidade da
ressurreição. João sempre pensa na vida eterna como uma possessão aqui e agora,
embora o último dia mostre que ele também inclui a ideia de julgamento. v.
42. Este não é JESUS, o filho de José?-. A elaboração que JESUS faz dos
ditos acerca do pão da vida, sem dúvida, conduziu alguns dos seus
ouvintes a aceitarem o que ele estava dizendo como verdadeiro (cf. v. 34).
Agora, no entanto, não é tanto o pão da vida que eles questionam, mas
que essas reivindicações fossem feitas por alguém de origem tão humilde.
v. 44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai [...] não o atrair. A
incredulidade dos judeus não contribui para a questão. Sempre é o
Pai que toma a iniciativa para a salvação dos homens; assim, a resolução
de enigmas teológicos não vai trazer vantagens finais, pois Todos serão
ensinados por DEUS (v. 45; cf. Is 54.12,13). DEUS ensina os homens no aspecto
de que só ele pode pronunciar a sua palavra. Todos os que ouvem e
respondem de forma digna a essa palavra inevitavelmente vão se
voltar para CRISTO. O teste é franco (cf. v. 45,46).
v. 51. Este pão é a minha carne, que eu
darei. Em resumo, JESUS novamente lembra os ouvintes de que o maná era somente
um tipo do verdadeiro pão de DEUS (cf. v. 49,50). Ele é o verdadeiro
pão da vida. E a vida dele que será dada. Esse é o sacrifício de JESUS de
si mesmo, pois ele dificilmente poderia dar sua carne e sangue (cf.
v. 56) sem morrer, v. 53. Se vocês não comerem a carne [...] e não
beberem o seu sangue-, A pergunta acerca da relação entre esse dito e
a ceia do Senhor, em que os que participam assim o fazem por fé (1Co 10.16), é inevitável. Nos Sinópticos, a ceia do
Senhor é registrada principalmente como instituída pelo próprio Senhor.
Aqui, no entanto, podemos ver o ensino do Senhor JESUS que só pode ser
completamente compreendido à luz da celebração que ele instituiu e que,
sem se referir diretamente àquela ceia, transmite verdades que poderiam
fornecer à ceia do Senhor um profundo significado para o crente. A linguagem
é vividamente metafórica, denotando a apropriação de CRISTO pela fé. “É
uma figura ordenando-nos que comuniquemos com a paixão do nosso Senhor e,
secreta e proveitosamente, armazenemos na nossa memória que por
nossa causa ele foi crucificado e morto”. Bernard explica as
palavras Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue (v.
54) assim: “Aquele que reflete acerca da minha morte e segue o meu exemplo
de mortificar seus membros que estão na terra tem a vida eterna — em outras
palavras, ‘Se você sofrer comigo, vai também reinar comigo’ ” (On
Loving God, 4.11). Deve-se observar que “carne” aqui corresponde a “corpo”
nos Sinópticos e em 1Co 10.16; 11.24,27,
29. Se há alguma distinção que deve ser
feita entre os dois, seria que “carne” destaca a total humanidade de CRISTO,
enquanto “corpo” significaria sua pessoa como uma entidade orgânica,
e o fato de que João tinha em mente os mestres docetistas não deve ser
negligenciado nesse contexto. “Meu corpo” e “minha carne” representariam
igualmente o termo aramaico bisri. v. 58. Este ê o pão que desceu
dos céus\ O contraste entre CRISTO e a Lei, entre o pão vivo e o
maná, agora está completo. Como o Senhor JESUS está completamente
identificado com o Pão de DEUS, assim somente aquele que participa dele
vai saber o que realmente significa a vida que vem de DEUS.
6) A fé e a incredulidade dos discípulos
(6.60-71) JESUS agora se concentra nos discípulos quando a oposição se acentua
em outros ambientes. v. 60. Dura é essa palavra-, Não é de admirar que os
discípulos ficassem tão consternados, em virtude do pouco conhecimento que
tinham do futuro de JESUS. v. 62. Que acontecerá se vocês virem o Filho do
homem subir. Ele desceu para dar vida. Vem o tempo quando vai retornar ao
Pai em poder e glória. Se eles o viram na carne, que ele está
prestes a dar pelo mundo, e estão maravilhados, qual será, então, a
sua reação quando o virem subir num esplendor de glória? v. 63. O ESPÍRITO dá
vida; a carne não produz nada-, Cf. os v. 53 e 55. As palavras de JESUS
precisam ser entendidas num sentido espiritual, e não carnal. A sua carne é o
veículo do ESPÍRITO e, por isso, pode transmitir a vida. Mas, como
ele disse a Nicodemos, nada da base da natureza humana pode ajudar o
homem na sua necessidade. v. 64. há alguns de vocês que não crêem-, JESUS
aceitou a Paixão e já sabe quem são os que não vão crer. Além disso, essa
é a sua primeira referência ao traidor e coincide exatamente com a
primeira referência dos Sinópticos à Paixão. JESUS insiste (v. 65) em
que alguns inevitavelmente vão voltar atrás, e, de fato, eles
voltaram atrás (v. 66) naquele exato momento, v. 68. Tu tens as palavras
de vida eterna-, Cf. Mc 8.29. A primeira fé impulsiva dos discípulos agora
dá lugar à convicção racional fundamentada na experiência. As palavras de JESUS
talvez sejam de difícil compreensão, mas suas reivindicações e
autenticidade são muito claras. Eles crêem agora, mas eles foram escolhidos (v.
70), embora um deles, em vez de voltar atrás, permaneça entre os Doze, um
membro desleal, talvez buscando distorcer o reino para se conformar ao seu
próprio padrão. Era o filho de Simão Iscariotes ív. 71; cf. 13.2,26). O
seu nome indica que ou ele vinha de Queriote-Hezrom, ou (o que é
menos provável) que ele estava ligado aos sicários (cf. At 21.37,38 e
“Sicários” no NBD). Comentário - NVI (F. F. Bruce)
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Seis lições extraídas da multiplicação dos pães e peixes
Wilma Rejane
“E, regressando os apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito.
E, tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada
Betsaida. E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava-lhes do
reino de DEUS, e sarava os que necessitavam de cura. E já o dia começava a
declinar; então, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multidão,
para que, indo aos lugares e aldeias em redor, se agasalhem, e achem o que
comer; porque aqui estamos em lugar deserto. Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós
de comer.
E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se
nós próprios formos comprar comida para todo este povo. Porquanto estavam ali
quase cinco mil homens. Disse, então, aos seus discípulos: Fazei-os assentar,
em ranchos de cinquenta em cinquenta. E assim o fizeram, fazendo-os assentar a
todos. E, tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu,
abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os colocarem diante
da multidão. E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram, do que lhes sobejou,
doze alcofas de pedaços.” Lucas 9:10-17
Vamos examinar o milagre sob o ângulo : “o que JESUS nos ensina
sobre economia?” Para alguns é um contraste falar em fé, milagres e economia ao
mesmo tempo, afinal mercados e capitais são coisas bem terrenas e materiais.
Ora, gerenciar bem os recursos terrenos é uma questão de mordomia termo
absolutamente Bíblico.
Mordomia: Manejo responsável dos recursos do reino de DEUS que
foram confiados a uma pessoa ou a um grupo.
Existem muitas passagens Bíblicas sobre mordomia, para simplificar vamos
ver uma:
“ E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não
pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se
assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a
acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a
podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, Dizendo: Este
homem começou a edificar e não pôde acabar. “Lucas 14:27-30
O discípulo na passagem acima é alguém que planeja, alicerça,
edifica e realiza sem desperdícios. É alguém que arca com as consequências das
renúncias feitas com base na fé em CRISTO. As ações revelam mordomia,
pois, não são aleatórias e irresponsáveis.
Voltando para o texto base de Lucas 9, ele descreve uma multidão
com mais de cinco mil pessoas que acompanhava JESUS em um monte recoberto
de relva em Betsaida (casa da pesca). Anoitecia e era provável que ao
voltarem para casa, alguns dos presentes desfalecesse de fome e sede, afinal,
estavam o dia inteiro ouvindo JESUS e vendo-o realizar maravilhas. Os doze
primeiros discípulos de JESUS sugeriram despedir a multidão, não havia
condições de alimentá-la. André, valorosamente, lembra que entre eles há um garotinho
com cinco pães e dois peixes, mas, o que seria aquela ínfima quantidade de
alimento para tantos?
O milagre:
JESUS recebe os pães e peixes do garoto e miraculosamente
multiplica-os até sobejar! Não sabemos se o garotinho estava ali vendendo pães
e peixes, se carregava o alimento para adultos de sua família, não é dito. O
que é dito é que André localizou o garoto, indicando-o como um destaque por
obter recurso alimentar entre a multidão.
Muitas vezes o ato do garoto é exaltado para transmitir a mensagem
de partilha, doação, generosidade e etc. Contudo, o cerne, o principal do
ocorrido é o fato de JESUS operar grandes coisas a partir de pequenos recursos.
Ou ainda: DEUS pode transformar escassez em abundância, pode multiplicar e
abençoar sobremaneira o que se coloca em Suas mãos.
A partir desses aspectos surge outros mais, essenciais, importantes
para quem quer ser mordomo do Reino de DEUS, vejamos:
Economia e gerência no monte da multiplicação:
Economia: É a ciência que estuda a escassez de recursos
Gerência: ação de gerir, dirigir e administrar
Identifiquei pelo menos seis lições de economia e gerência
praticadas por JESUS naquele monte, são elas:
1- Não fugir do problema, mas enfrenta-lo: os discípulos
queriam despedir a multidão faminta e cansada, que cada um devia cuidar de si,
pois, nem eles nem JESUS tinham condições de alimentá-los. Estavam enganados.
Muitas vezes, os problemas financeiros se avolumam de tal forma que o
devedor se considera incapaz de quitar a dívida ou negociá-la. Fome, cansaço,
doenças, escassez de recursos materiais, tudo ao mesmo tempo, o que fazer?
Fugir de um lugar para outro, deixar prescrever a dívida e ficar anos a fio com
o nome sujo no mercado? Se entregar a pobreza, mendigar? Erga a cabeça e
enfrente com fé e determinação, esse momento pode ser superado com a ajuda de JESUS.
2- Utilizar os poucos recursos que tem, não desconsidera-los: se
André não valoriza aqueles cinco pães e dois peixes, eles não teriam sido fonte
de bênção, não é mesmo? O que você tem, o que lhe resta? Bem se “só” resta a fé
digo que é o melhor começo. Ore para que DEUS lhe dê uma direção, um meio de
recomeçar, ainda que de modo muito modesto. Lembre-se: havia naquele monte uma
multidão, milhares de pessoas, mas foi a modesta oferta de uma criança que DEUS
utilizou para multiplicar e ainda sobejar.
3- Não deixar que o problema lhe absorva – JESUS organizou aquela
multidão. Ele não se desesperou com tantas pessoas dependendo dEle, não
se deixou absorver pelo problema. Ele orientou os discípulos a organizarem
grupos de cinquenta em cinquenta e isso oxigenou o ambiente. Esse
problema não é maior que você, nem maior que DEUS. Existem outras áreas de sua
vida que precisam de sua atenção. Assim, “separe, oxigene sua vida”. Nada de
ficar prostrado se lamentando ou procurando culpados. Não se entregue a
tristeza. Não enfrente o caminho da vida faminto. Alimente-se com a Palavra
viva de DEUS, nutra bem seu espírito e cuide do seu corpo, de sua mente. Fazer
exercícios físicos, voltar a estudar, são ações que edificam por devolverem
melhores perspectivas de futuro. E para realizar essas coisas, nem sempre se
precisa de dinheiro, mas de coragem. Existem praças, calçadões, lugares
apropriados para caminhadas diárias. Existem cursinhos e/ou cursos
profissionalizantes gratuitos. Se você é graduado ou pós-graduado, existem
concursos abertos e material gratuito na internet. Enfim, se ocupar vai fazer
bem.
4- Ter paciência: Observemos que houve um tempo entre a fome e
o milagre. JESUS recebeu os alimentos (cinco pães e dois peixes), orientou os
discípulos, organizou a multidão, orou, multiplicou, dividiu, enfim, planejou.
Para quem está na escassez, há saída e para quem está na abundância, será
preciso sempre paciência para planejar a fim de manter as coisas em ordem.
Fazer orçamento, não gastar mais do que se ganha, priorizar, tudo isso faz
parte da saúde financeira. Vejamos que não faltou pão, muito pelo contrário,
sobrou! Muitas vezes se peca pela pressa: a roupa nova, o sapato novo, aquele
móvel lindo para sala, tudo tem que ser comprado já! E lá se vai cartão de
crédito e prestações fora do orçamento familiar. Será que algumas coisas têm
mesmo tanta urgência? Melhor seguirmos os passos de JESUS no milagre da
multiplicação: planejar, organizar, priorizar o que é urgente e necessário.
5- Não desperdiçar: é tão incrível ver que mesmo sendo dono de
todos os recursos do mundo, JESUS teve o cuidado de ajuntar as sobras… Para
onde foram aqueles doze cestos que sobejaram? Não é dito. Podemos imaginar que
serviu de reforço para os viajantes durante a volta para casa, que foi doado
para outras pessoas que encontraram pelo caminho...A certeza é que as sobras
não foram para o lixo nem foram jogadas no monte emporcalhando o ambiente. Que
bela lição para nós! Vemos que do princípio ao fim no milagre da multiplicação
“as pequenas” coisas foram valorizadas. Uma ótima maneira de multiplicar
recursos é ajuntar ainda que de pouco em pouco. Uma pequena quantia na poupança
todos os meses, duas ou três peças de roupa a cada mês e assim vai se
multiplicando. Ora, o fato de JESUS dizer para não ajuntar tesouros na terra,
não significa não investir ou gerenciar bem os recursos a fim de viver bem. O
que acontece é que essas coisas não devem ocupar nossa mente por completo, não
deve ser a causa de nossas preocupações e abandono a DEUS. Primeiramente vem o
Reino de DEUS e tudo o mais nos é acrescentado (Mt 6:33), agora, é acrescentado
para bênção e não para maldição. Não cuidar bem dos recursos e deixar a família
passar fome, se encher de dívidas não cuidar da saúde não é ser mordomo do
Reino de DEUS.
6- Não se distanciar de JESUS: sem JESUS naquele monte nada de
extraordinário teria acontecido. A solução não estava em despedir a multidão,
mas em aproximá-la de JESUS. Por pior que seja a situação, não abandonemos a fé
em CRISTO, Ele é a nossa salvação em todo o tempo, nos montes e nos vales. É
possível que mesmo estando próximos de CRISTO, a aflição nos alcance. Contudo,
é JESUS quem provê a saída, o alimento, o conforto em meio ao desconforto:
Salmo 23:4 “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não
temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me
consolam.”
Que DEUS nos ajude a sermos mordomos fiéis, compreendendo a
necessidade de administrar os recursos que estão disponíveis para nós, pois,
desde a criação do homem esta foi a ordem: “sujeitai a terra que vos dei”
Gênesis 1:28.
DEUS nos abençoe, em Nome de JESUS.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Plenitude, Tradução João Ferreira de Almeida, São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.
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Lição 4, CPAD, JESUS – O Pão Da Vida,
2Tr25 REVISTA NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 4, CPAD, JESUS – O Pão Da
Vida, 2Tr25, Com. Extra Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO 4 – 2Tr25
I – JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO
1. A multiplicação de pães e peixes
2. O milagre
3. Qual era o interesse da multidão?
II – JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS
1. “E JESUS subiu ao monte”
2. O desafio para os discípulos
3. Uma lição de provisão
III– JESUS – O PÃO QUE DESCEU DO CÉU
1. Qual é o real interesse da multidão?
2. O Pão do Céu
3. O que é “comer o pão”?
TEXTO ÁUREO
“Eu sou o pão da vida.” (Jo 6.48)
VERDADE PRÁTICA
JESUS é o Pão da Vida que sacia a fome espiritual de todo ser humano.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 6.30,31 JESUS e a revelação do Pão do Céu
Terça - Jo 6.41,42 JESUS, o Pão que desceu do céu
Quarta - Jo 6.52-56 JESUS, a Verdade revelada nos símbolos da carne e do sangue
Quinta - Jo 7.6-8 A chegada da presente hora de JESUS
Sexta - Jo 8.31,32 JESUS, a Verdade que liberta
Sábado - Jo 8.41-47 JESUS, a Verdade vinda do Pai
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 6.1-14
1 - Depois disso, partiu JESUS para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades.
2 - E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
3 - E JESUS subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4 - E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5 - Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
6 - Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7 - Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhe bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8 - E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 - Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?
10 - E disse JESUS: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11 - E JESUS, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.
12 - E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13 - Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
14 - Vendo, pois, aqueles homens o milagre que JESUS tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
HINOS SUGERIDOS: 15, 291, 432 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O Evangelho apresenta JESUS como o Pão da Vida, destacando sua missão de oferecer sustento espiritual e vida eterna ao pecador. Assim como o pão físico é indispensável para a sobrevivência do corpo, o Senhor JESUS é essencial para a saúde da alma, pois somente Ele pode saciar a nossa fome de DEUS. Nesta lição, compreenderemos o significado de depender de JESUS como nosso alimento espiritual diário e como sua obra nos garante a vida eterna. Dessa forma, seremos conduzidos a uma comunhão mais profunda com o Senhor.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Instruir a classe a respeito do Milagre da Multiplicação; II) Refletir a respeito aos desafios da fé; III) Correlacionar a necessidade do ser humano com JESUS como o Pão do Céu.
B) Motivação: O pão é um alimento básico em diversas culturas, representando o sustento e a vida. Da mesma forma que uma alimentação inadequada compromete a saúde física, a falta de nutrição espiritual em JESUS, o Pão da Vida, prejudica nossa vida espiritual. Assim como o pão é indispensável para o corpo, CRISTO é fundamental para alcançarmos a vida eterna.
C) Sugestão de Método: Prepare, com antecedência, cartões com versículos que reforcem o tema da lição. Por exemplo, Mateus 6.35: "Eu sou o pão da vida; quem vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede". Selecione também outros versículos. Antes de iniciar a aula, distribua os cartões que preparou. Após apresentar o tema, solicite aos alunos que leiam os versículos em voz alta e, logo a seguir, façam uma breve reflexão sobre como esses textos podem influenciar a sua vida espiritual.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A lição que temos diante de nós propõe uma reflexão acerca dos 'alimentos espirituais inadequados' que não preenchem a nossa real necessidade espiritual. Assim, é fundamental que dependamos exclusivamente de JESUS como o nosso sustento diário. Ele nos alimenta espiritualmente e nos habilita a fazer as melhores escolhas em nossas atividades e relacionamentos.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Sinais [ou Milagres]", localizado após do primeiro tópico, aprofunda o conceito de milagres apresentado no Evangelho de João; 2) No final do segundo tópico, o texto "A Fé Submetida à Prova" apresenta uma reflexão a respeito de um dos propósitos do milagre da Multiplicação.
PALAVRA-CHAVE - VIDA
COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO
O Senhor multiplicou pães e peixes para saciar a fome de uma grande multidão. No entanto, Ele notou que as pessoas estavam focadas apenas nas suas necessidades materiais, preocupando-se unicamente em satisfazer a sua fome imediata. A lição desta semana visa demonstrar que somos dependentes de DEUS. Essa dependência não se limita às necessidades materiais, mas, acima de tudo, refere-se à nossa necessidade espiritual, que só o “Pão da Vida” pode satisfazer plenamente.
I – JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO
1. A multiplicação de pães e peixes
O Evangelho de João relata um dos mais impressionantes milagres de JESUS, quando Ele conseguiu alimentar quase cinco mil homens com “cinco pães e dois peixinhos” (v.9). A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos (Mt 14.13-21; Mc 6.32-44; Lc 9.10-17). No capítulo 6, versículo 1, João começa com a expressão: “Depois disso”. Esta frase refere-se aos acontecimentos que se seguiram às palavras de JESUS dirigidas aos judeus em Jerusalém, durante a provável Festa da Páscoa mencionada no capítulo 5.
2. O milagre
Como o único milagre mencionado nos quatro Evangelhos, o evangelista procura mostrar a multiplicação de pães e peixes neste capítulo como uma manifestação do poder ilimitado de JESUS. Por esta razão, ele destaca a imagem de JESUS ao alimentar uma imensa multidão composta por homens, mulheres, jovens e crianças que o seguiam. Na sua narrativa, João revela o poder criador e divino que é capaz de trazer à existência aquilo que anteriormente não existia (Jo 6.11-13). Assim, o milagre da multiplicação de pães e peixes distingue-se dos milagres de cura e de outros tipos.
3. Qual era o interesse da multidão?
JESUS percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava, mas não para escutar a sua mensagem. Em Jerusalém, os líderes religiosos judeus não apenas rejeitavam-no como o Messias, como também procuravam a sua morte. Ao deixar Jerusalém, o Senhor desejou afastar-se para estar a sós com os discípulos, mas a presença da multidão frustrou este desejo (Jo 6.2). Ele notou que as pessoas não estavam interessadas em ouvir a sua palavra como Filho de DEUS. No dia seguinte, encontrou novamente a multidão que queria mais pão e confrontou-a ao mostrar que buscava apenas alimento material, ignorando o verdadeiro pão do céu para as suas almas (Jo 6.27). A situação não é muito diferente hoje em dia, quando muitos se apressam atrás de milagres, mas poucos demonstram interesse pela Palavra de DEUS. De fato, nosso Senhor compreende as necessidades humanas, mas Ele sabe que não são os grandes milagres que resolverão os problemas das pessoas, pois é preciso algo mais profundo para alimentar as almas.
SINÓPSE I - No
episódio do milagre da Multiplicação, JESUS percebeu que a multidão o seguia
por outros interesses.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
(1) O que são milagres? (a) São obras de origem e poder sobrenaturais (gr. dynamis; veja At 8.13; 19.11). (b) Eles funcionam como um sinal ou uma marca (gr. sēmeion) da autoridade de DEUS (veja 2.11; Lc 23.8; At 4.16,30,33). O maior milagre, que é o milagre central do Novo Testamento, é a ressurreição de JESUS CRISTO (1Co 15).
(2) Os milagres servem, pelo menos, a três propósitos no reino de DEUS, (a) Honram a JESUS CRISTO, comprovando a veracidade de sua mensagem, e provam sua identidade como Filho de DEUS e nosso Salvador (2.23; 5.1-21; 10.25; 11.42). (b) Expressam o amor compassivo de CRISTO (Mc 8.2; Lc 7.12-15; At 10.38). (c) Significam a oportunidade da salvação (Mt 11.2ss), a vinda do reino de DEUS [...].
(3) A Palavra de DEUS indica que os milagres devem continuar a ocorrer através de seus seguidores na igreja, (a) JESUS enviou os seus seguidores para pregar e realizar milagres (Mt 10.7-8; Mc 3.14-15; veja Lc 9.2), (b) JESUS declarou que aqueles que creram nEle através da pregação de sua Palavra fariam as obras que Ele fez, e ainda mais coisas (14.12; Mc 16.15-20). (c) O livro de Atos registra muitos milagres feitos em, e através da vida de seus seguidores (At 3.1ss; 5.12; 6.8; 8.6ss; 9.32ss; 15.12; 20.7ss); em outros trechos do Novo Testamento, estes feitos são chamados de “sinais” que confirmam a veracidade da mensagem de CRISTO (At 4.29-30; 14.3; Rm 15.18-19; 2Co 12.12; Hb 2.3-4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1857).
II – JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS
1. “E JESUS subiu ao monte”
Que monte seria este? Não existe uma designação específica para a localidade deste monte. Tal como em toda a região montanhosa, havia algumas elevações de terreno que, embora não fossem particularmente altas, podiam servir como um local adequado para JESUS se dirigir aos seus discípulos e à multidão. Assim, Ele subiu ao monte e sentou-se com os seus discípulos. A partir dali nosso Senhor avistou uma multidão que se dirigia ao seu encontro. Por isso, decidiu testar um dos seus discípulos, Filipe, perguntando-lhe: “Onde compraremos pão para que estes comam?” (Jo 6.5,6). Todo o relacionamento de JESUS com os seus discípulos estava sempre fundamentado em um ensinamento.
2. O desafio para os discípulos
O Senhor utilizou a situação de uma multidão necessitada para transmitir aos seus discípulos uma valiosa lição. Nesse momento, os discípulos compreenderiam que muitos dos desafios da missão evangélica não podem ser superados apenas com o esforço humano. O discípulo Filipe foi colocado à prova por JESUS para enfrentar a dificuldade de alimentar essa multidão faminta (Jo 6.7-10). Aqui, o Senhor estava demonstrando a limitação humana em resolver problemas complexos. Naquele local, não havia comida suficiente nem possibilidade de compra para satisfazer as necessidades da multidão. O Senhor desafiava assim a fé dos discípulos, sempre com o intuito de promover o seu crescimento espiritual (Jo 6.6,14).
3. Uma lição de provisão
Os discípulos descobriram um menino que trazia consigo o lanche da tarde, contendo em seu alforje “cinco pães pequenos de cevada e dois peixinhos” (Jo 6.9). JESUS pegou esses pães e peixes, deu graças ao Pai e, por meio das suas mãos, realizou um milagre de multiplicação. A quantidade foi tão grande que precisaram buscar alguns cestos para distribuir os pães e os peixes à multidão e guardar o que restou. Assim, todos comeram até se saciar. A lição que tiramos deste episódio é que DEUS nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle.
AMPLIANDO O
CONHECIMENTO
“Se alguém sabia onde encontrar comida, este era Filipe, porque era de Betsaida (1.44), uma cidade a cerca de 15km de distância de Cafarnaum. JESUS testou Filipe, a fim de fortalecer a sua fé. Ao pedir do discípulo uma solução humana (sabendo que não havia), JESUS enfatizou o poderoso milagre que estava prestes a realizar.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1427.
SINÓPSE II - No
episódio do milagre da Multiplicação, nosso Senhor desafiou a fé de seus
discípulos.
AUXÍLIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO - A FÉ SUBMETIDA À PROVA
“Este é o único milagre de JESUS que está registrado nos quatro Evangelhos (cf. Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9.10-17). Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? (5) O registro aqui não menciona o fato de que JESUS tivesse compaixão da multidão (cf. Mt 14.14; Mc 6.34). Ao contrário, a sua vinda é a oportunidade para que Filipe seja posto à prova. Mas dizia isso para o experimentar (6). A observação de João — porque ele bem sabia o que havia de fazer — é típica. Em todo o seu Evangelho, o evangelista fala como alguém que tem um íntimo conhecimento da mente do Senhor” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.69).
III– JESUS – O
PÃO QUE DESCEU DO CÉU
1. Qual é o real interesse da multidão?
No dia seguinte ao milagre da multiplicação dos pães e peixes, a multidão que havia participado buscava JESUS na região de Cafarnaum, conforme indicado em João 6.22 e 6.24. Ao encontrá-la, JESUS transmitiu uma mensagem clara e “disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (Jo 6.26). O Senhor compreendia que a percepção daquela multidão sobre Ele era puramente social; desejavam um líder que satisfizesse as suas necessidades materiais. No entanto, para além do pão físico, nosso Senhor queria oferecer-lhes o pão que desceu do céu (Jo 6.32,33). O povo não percebia que a multiplicação dos pães era apenas uma representação do verdadeiro pão da vida que JESUS tinha para dar. Nosso Senhor é o pão que realmente apazigua a fome do ser humano (Jo 6.27).
2. O Pão do Céu
Não é preciso debater a respeito da identidade do “pão do céu”, pois trata-se do próprio JESUS. Nosso Senhor confirma a sua identidade divina quando diz: “Eu Sou”. Há, pelo menos, sete declarações somente no Evangelho de João que autenticam essa identidade divina: 1) “Eu sou o pão da vida” (6.35,48,51); 2) “Eu sou a luz do mundo” (8.12; 9.5); 3) “Eu sou a porta das ovelhas” (10.7,9); 4) “Eu sou o Bom Pastor” (10.11,14); 5) “Eu sou a ressurreição e a vida” (11.25); 6) “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (14.6); 7) “Eu sou a videira verdadeira” (15.1,5). Há uma comparação, no versículo 32, entre “o maná” na peregrinação de Israel, no deserto, sob a liderança de Moisés, com o “verdadeiro pão que desce do céu”, ou seja, o próprio CRISTO, nosso Senhor, que afirma que quem se alimentar desse pão “viverá para sempre” (Jo 6.50,51).
3. O que é “comer o pão”?
Observamos uma mudança nas palavras de JESUS ao passar de “o pão vivo que desceu do céu” para “o pão que eu der é a minha carne” (Jo 6.51). Mais tarde, o apóstolo Paulo fez uma associação simbólica entre o pão da Ceia do Senhor e a carne de JESUS, afirmando: “Isto é o meu corpo”; “isto é o meu sangue” (1 Co 11.24,25). De forma evidente, ao mencionar a partilha da sua carne, o nosso Senhor refere-se à sua morte na cruz, onde oferece a sua vida em prol dos pecadores que se arrependem e creem no Evangelho, proporcionando-lhes salvação e vida eterna.
SINÓPSE III - No
dia seguinte ao milagre da Multiplicação, nosso Senhor afirmou ser o verdadeiro
alimento espiritual do ser humano.
CONCLUSÃO
Nesta lição, compreendemos que JESUS é o Pão da Vida e se ofereceu por nós. Assim, aqueles que se alimentam de sua Palavra satisfazem a sua fome espiritual e recebem a vida eterna. O nosso Senhor é o pão que veio do céu, um alimento inextinguível que nos nutre para sempre. Por conseguinte, não devemos limitar-nos ao alimento material, que tem uma função fisiológica relevante, porém, passageira; aspiremos, portanto, ao alimento celestial que proporciona vida em abundância eternamente!
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Em quais dos Evangelhos se encontra o relato do episódio da multiplicação?
A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos.
2. O que JESUS notou em relação à multidão?
JESUS percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava, mas não para escutar a sua mensagem.
3. Que ensinamento podemos extrair do episódio da multiplicação?
A lição que tiramos deste episódio é que DEUS nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle.
4. Qual foi a mensagem clara que JESUS transmitiu à multidão?
Ao encontrá-la, JESUS transmitiu uma mensagem clara e “disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (Jo 6.26).
5. Que alteração é visível nas palavras de JESUS em João 6.51?
Observamos uma mudança nas palavras de JESUS ao passar de “o pão vivo que desceu do céu” para “o pão que eu der é a minha carne” (Jo 6.51).
e o Filho trabalham em conjunto na salvação das almas: o Pai as atrai, e o Filho
as recebe. Note que estas palavras também dão a entender que CRISTO tem poder
para excluir da sua comunhão e do seu Reino (Mt 8.12; 22.13). No entanto, não
rejeitará pessoa alguma cujo coração tenha ouvido a palavra e DEUS e crido, sendo comovido ao arrependimento pela atração do ESPÍRITO de DEUS que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo.
pães, mas as palavras dirigidas a eles por JESUS revelam que não procuravam o
Doador. Nós também cometemos semelhante erro? Procuramos a bênção, ou
aquele que abençoa? Procuramos o dom, ou o Doador do ESPÍRITO? Procuramos a
cura, ou aquEle que cura? Procuramos uma coisa, ou a pessoa? Oxalá que
possamos procurar CRISTO por amor a Ele mesmo.
milhares de anos, Isaías, profetizando acerca da tentação que o luxo e a
magnificência de Babilônia viriam a ser para os exilados, fez a seguinte
advertência: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? e o produto do
vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is 55.1,2). Aqui se levanta a
eterna questão: em prol de que deve viver o homem? Qual deve ser o alvo dos
seus mais sublimes esforços? Uma vez que o homem é destinado para a
eternidade, logo, a atividade mais sublime da sua vida tem de ser a busca daquilo
que é celestial e eterno. Nada menos do que isto satisfará completamente a sua
alma. Infelizmente, existem muitos cometendo o mesmo erro do rico fazendeiro
que considerou seu corpo como se fosse a alma, dizendo: “Alma, tens em
depósito muitos bens para muitos anos”. O epitáfio que DEUS lhe preparou dizia:
“Louco”!
Como cristãos, devemos renovar a nossa consagração e frequentemente
perguntar a nós mesmos se estamos vivendo à altura daquilo que JESUS ordenou
em Mateus 6.33.
estranha chamada nardoo, que tem folhas parecidas com as do trevo. Dois
ingleses, Burke e Willis, fazendo pesquisas na região, seguiram o exemplo dos
nativos quando lhes faltou comida, comendo as raízes e as folhas daquela planta.
Parecia saciar-lhes a fome, enchendo-os com a sensação de bem-estar e
satisfação. Não sentiam mais fome, mas, mesmo assim, começaram a surgir os
efeitos da inanição. Seus corpos foram ficando debilitados e suas forças foram
diminuindo até que pouco mais energia tinha do que um recém-nascido.
Finalmente, um morreu, e o outro foi resgatado no último instante, o que ilustra
os resultados fatais da tentativa de alimentar a alma com coisas mundanas!
Com que se alimenta o homem não convertido? Em Oséias, apascenta o vento
(Os 12.1); em Provérbios, se apascenta de estultícia (Pv 15.14); em Lucas 15,
quer se fartar das alfarrobas; e, em Isaías 44.20, se apascenta de cinza. A tais
pessoas CRISTO se oferece como o Pão da Vida.
nos satisfazer a alma, transformando-nos de tal maneira que outras pessoas
também queiram participar das bênçãos. “Provai e vede que o Senhor é bom” (Sl
34.8). Chegue-se a Ele com seu coração faminto. Ele o alimentará, e você sairá satisfeito.
agradar a DEUS, JESUS disse que deveriam crer. Eles perguntaram sobre as obras;
JESUS indicou a única obra - confiar. Isto simplifica a religião. Se a salvação
depender das obras, quem poderá saber que já fez o suficiente? Por outro lado, a
pessoa sabe muito bem quando está confiando em CRISTO. Esta fé, sendo genuína,
produzirá por si mesma as necessárias obras.
O homem é mais importante do que a obra; a motivação é mais importante do
que a ação; o caráter é mais profundo do que a conduta. Temos de estar certos
antes de fazer o certo; e, para ficarmos certos com DEUS, temos de entregar a Ele
o nosso coração: “Visto que com o coração se crê para a justiça” (Rm 10.10).
O Cristianismo é, fundamentalmente, o relacionamento pessoal com DEUS,
possibilitado por CRISTO e transformado em realidade mediante a fé.
mim” significam que DEUS destinou para a salvação não este ou aquele
indivíduo, e sim todo aquele que crê no seu Filho. Isto poderia incluir todas as
pessoas, no mundo inteiro, pois DEUS quer que seja assim: todos os que crêem,
são salvos. Portanto, DEUS elege não os indivíduos, e sim os meios, de maneira
que todos os que lançam mão dos meios oferecidos por DEUS são salvos. DEUS
predestinou todo aquele que quiser aceitar, e a própria aceitação é dom de DEUS
(Ef 2.8).
"Os judeus tinham três festas principais: a Páscoa, o Pentecostes e a dos Tabernáculos. Todo o enredo do capítulo 7 está ligado à última, a festa em que o povo, durante uma semana, desabalava de todos os cantos para Jerusalém, habitando em tendas improvisadas, para agradecer a DEUS pelas colheitas e pelo livramento e, ao mesmo tempo, renovar sua esperança messiânica. A festa dos tabernáculos relembra-nos a intervenção sobrenatural de DEUS na libertação do seu povo da escravidão no Egito. Os judeus, nos dias de JESUS, celebravam essa festa no final das colheitas para agradecer a DEUS sua provisão. Habitavam em cabanas para relembrar como DEUS os havia protegido na peregrinação pelo deserto. Separavam-se do conforto para habitar em tendas improvisadas com vistas a se identificarem com os peregrinos do passado. F. F. Bruce diz que os hebreus davam a essa festividade o nome de festa das tendas (sukkôth) porque durante toda a semana de duração as pessoas viviam em barracas feitas de galhos e folhas (Lv 23.40-43), construídas pelos moradores das cidades no quintal ou sobre o telhado plano das casas. Muitos judeus iam a Jerusalém para a festa. No entanto, essa festa também apontava para o futuro, para aquele glorioso dia em que DEUS armará sua morada definitiva com os remidos, quando, então, veremos nosso Senhor face a face (Ap 21.1-4). Outra tradição ligada a essa festa era a cerimônia da libação da água. Isaías 12.3 era uma profecia messiânica, mostrando que, quando o Messias viesse, o povo tiraria com alegria água das fontes da salvação. Havia, portanto, em cada dia dessa festa, a expectativa de que DEUS lhes daria a água viva. Foi no auge dessa festa que JESUS clamou: [...] Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Como diz a Escritura, rios de água viva correrão do interior de quem crê em mim (Jo 7.37,38). Mais uma vez, JESUS é o cumprimento dessa festa! Finalmente, a essa festa é associada outra tradição, chamada de "a cerimônia da iluminação do templo" e representada pelo candelabro. JESUS também cumpriu esse aspecto, ao afirmar: Eu sou a luz do mundo (8.12). E ele não apenas afirmou essa verdade, mas a demonstrou, curando um homem cego de nascença (9.1-7), milagre que os judeus acreditavam que só DEUS poderia realizar."
v. 1. Algum tempo depois: Alguns acham que esse capítulo deveria preceder o cap. 5 na sequência cronológica, com base no aspecto de que 7.1 segue de forma mais natural o cap. 5 (v. em particular 5.18). Mas a ideia não está suficientemente fundamentada para torná-la satisfatória (v. comentário de 7.15). mar de Tiberíades: Assim denominado segundo a cidade, fundada por Herodes Antipas em 26 d.C. em honra a Tibério César. João pode ter usado o nome atualizado para o benefício dos não-judeus (cf. 21.1). v. 4. a festa judaica da Páscoa: Essa Páscoa, provavelmente, ocorreu um ano depois da mencionada no cap. 2, pois na ocasião anterior João Batista ainda não havia sido preso; e, de acordo com Marcos, ele não só havia sido preso, mas também executado na época da multiplicação dos pães aos 5 mil. A Páscoa estava suficientemente próxima, talvez, para permitir que João inserisse uma nota cronológica, que abre o caminho para o discurso posterior (v. 22-59) à luz da festa da Páscoa (cf. 1Co 5.7; Mt 15.29-39). v. 5. vendo uma grande multidão que se aproximava: Tendo caminhado em volta da margem nordeste do lago, JESUS se compadece das pessoas (cf. Mc 6.33,34). Filipe-. Nos Sinópticos, são os discípulos que expressam preocupação pela multidão. Aqui, de forma complementar, JESUS testa um deles.
5). v. 15. Sabendo JESUS que pretendiam proclamá-lo rei\ A multidão “como ovelhas sem pastor” (Mc 6.34) era um exército procurando um comandante para conduzi-la contra os romanos, retirou-se-, Marcos nos diz que foi para orar (cf. Mc 6.46). Esse era um momento crítico. O reinado terreno estava longe dos anseios de JESUS (cf. 18.33,34) como a tentação já havia mostrado (cf. Mc 4.1-11).
Os discípulos retornam agora para o lado ocidental do mar da Galileia. v. 19. Depois de terem remado cerca de cinco ou seis quilômetros. Sua chegada à margem não precisa ser tão quanto as palavras podem sugerir, pois a distância em que estavam (v. 19) sugere que, quando viram o Senhor, tinham feito aproximadamente metade da travessia. E o texto é de difícil compreensão, a não ser que eles de fato tenham recebido JESUS dentro do barco com eles.
Wilma Rejane
Gerência: ação de gerir, dirigir e administrar
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Plenitude, Tradução João Ferreira de Almeida, São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
I – JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO
1. A multiplicação de pães e peixes
2. O milagre
3. Qual era o interesse da multidão?
II – JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS
1. “E JESUS subiu ao monte”
2. O desafio para os discípulos
3. Uma lição de provisão
III– JESUS – O PÃO QUE DESCEU DO CÉU
1. Qual é o real interesse da multidão?
2. O Pão do Céu
3. O que é “comer o pão”?
“Eu sou o pão da vida.” (Jo 6.48)
JESUS é o Pão da Vida que sacia a fome espiritual de todo ser humano.
Segunda - Jo 6.30,31 JESUS e a revelação do Pão do Céu
Terça - Jo 6.41,42 JESUS, o Pão que desceu do céu
Quarta - Jo 6.52-56 JESUS, a Verdade revelada nos símbolos da carne e do sangue
Quinta - Jo 7.6-8 A chegada da presente hora de JESUS
Sexta - Jo 8.31,32 JESUS, a Verdade que liberta
Sábado - Jo 8.41-47 JESUS, a Verdade vinda do Pai
1 - Depois disso, partiu JESUS para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades.
2 - E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
3 - E JESUS subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4 - E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5 - Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
6 - Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7 - Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhe bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8 - E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 - Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?
10 - E disse JESUS: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11 - E JESUS, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.
12 - E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13 - Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
14 - Vendo, pois, aqueles homens o milagre que JESUS tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
1. INTRODUÇÃO
O Evangelho apresenta JESUS como o Pão da Vida, destacando sua missão de oferecer sustento espiritual e vida eterna ao pecador. Assim como o pão físico é indispensável para a sobrevivência do corpo, o Senhor JESUS é essencial para a saúde da alma, pois somente Ele pode saciar a nossa fome de DEUS. Nesta lição, compreenderemos o significado de depender de JESUS como nosso alimento espiritual diário e como sua obra nos garante a vida eterna. Dessa forma, seremos conduzidos a uma comunhão mais profunda com o Senhor.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Instruir a classe a respeito do Milagre da Multiplicação; II) Refletir a respeito aos desafios da fé; III) Correlacionar a necessidade do ser humano com JESUS como o Pão do Céu.
B) Motivação: O pão é um alimento básico em diversas culturas, representando o sustento e a vida. Da mesma forma que uma alimentação inadequada compromete a saúde física, a falta de nutrição espiritual em JESUS, o Pão da Vida, prejudica nossa vida espiritual. Assim como o pão é indispensável para o corpo, CRISTO é fundamental para alcançarmos a vida eterna.
C) Sugestão de Método: Prepare, com antecedência, cartões com versículos que reforcem o tema da lição. Por exemplo, Mateus 6.35: "Eu sou o pão da vida; quem vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede". Selecione também outros versículos. Antes de iniciar a aula, distribua os cartões que preparou. Após apresentar o tema, solicite aos alunos que leiam os versículos em voz alta e, logo a seguir, façam uma breve reflexão sobre como esses textos podem influenciar a sua vida espiritual.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A lição que temos diante de nós propõe uma reflexão acerca dos 'alimentos espirituais inadequados' que não preenchem a nossa real necessidade espiritual. Assim, é fundamental que dependamos exclusivamente de JESUS como o nosso sustento diário. Ele nos alimenta espiritualmente e nos habilita a fazer as melhores escolhas em nossas atividades e relacionamentos.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Sinais [ou Milagres]", localizado após do primeiro tópico, aprofunda o conceito de milagres apresentado no Evangelho de João; 2) No final do segundo tópico, o texto "A Fé Submetida à Prova" apresenta uma reflexão a respeito de um dos propósitos do milagre da Multiplicação.
O Senhor multiplicou pães e peixes para saciar a fome de uma grande multidão. No entanto, Ele notou que as pessoas estavam focadas apenas nas suas necessidades materiais, preocupando-se unicamente em satisfazer a sua fome imediata. A lição desta semana visa demonstrar que somos dependentes de DEUS. Essa dependência não se limita às necessidades materiais, mas, acima de tudo, refere-se à nossa necessidade espiritual, que só o “Pão da Vida” pode satisfazer plenamente.
1. A multiplicação de pães e peixes
O Evangelho de João relata um dos mais impressionantes milagres de JESUS, quando Ele conseguiu alimentar quase cinco mil homens com “cinco pães e dois peixinhos” (v.9). A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos (Mt 14.13-21; Mc 6.32-44; Lc 9.10-17). No capítulo 6, versículo 1, João começa com a expressão: “Depois disso”. Esta frase refere-se aos acontecimentos que se seguiram às palavras de JESUS dirigidas aos judeus em Jerusalém, durante a provável Festa da Páscoa mencionada no capítulo 5.
2. O milagre
Como o único milagre mencionado nos quatro Evangelhos, o evangelista procura mostrar a multiplicação de pães e peixes neste capítulo como uma manifestação do poder ilimitado de JESUS. Por esta razão, ele destaca a imagem de JESUS ao alimentar uma imensa multidão composta por homens, mulheres, jovens e crianças que o seguiam. Na sua narrativa, João revela o poder criador e divino que é capaz de trazer à existência aquilo que anteriormente não existia (Jo 6.11-13). Assim, o milagre da multiplicação de pães e peixes distingue-se dos milagres de cura e de outros tipos.
JESUS percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava, mas não para escutar a sua mensagem. Em Jerusalém, os líderes religiosos judeus não apenas rejeitavam-no como o Messias, como também procuravam a sua morte. Ao deixar Jerusalém, o Senhor desejou afastar-se para estar a sós com os discípulos, mas a presença da multidão frustrou este desejo (Jo 6.2). Ele notou que as pessoas não estavam interessadas em ouvir a sua palavra como Filho de DEUS. No dia seguinte, encontrou novamente a multidão que queria mais pão e confrontou-a ao mostrar que buscava apenas alimento material, ignorando o verdadeiro pão do céu para as suas almas (Jo 6.27). A situação não é muito diferente hoje em dia, quando muitos se apressam atrás de milagres, mas poucos demonstram interesse pela Palavra de DEUS. De fato, nosso Senhor compreende as necessidades humanas, mas Ele sabe que não são os grandes milagres que resolverão os problemas das pessoas, pois é preciso algo mais profundo para alimentar as almas.
(1) O que são milagres? (a) São obras de origem e poder sobrenaturais (gr. dynamis; veja At 8.13; 19.11). (b) Eles funcionam como um sinal ou uma marca (gr. sēmeion) da autoridade de DEUS (veja 2.11; Lc 23.8; At 4.16,30,33). O maior milagre, que é o milagre central do Novo Testamento, é a ressurreição de JESUS CRISTO (1Co 15).
(2) Os milagres servem, pelo menos, a três propósitos no reino de DEUS, (a) Honram a JESUS CRISTO, comprovando a veracidade de sua mensagem, e provam sua identidade como Filho de DEUS e nosso Salvador (2.23; 5.1-21; 10.25; 11.42). (b) Expressam o amor compassivo de CRISTO (Mc 8.2; Lc 7.12-15; At 10.38). (c) Significam a oportunidade da salvação (Mt 11.2ss), a vinda do reino de DEUS [...].
(3) A Palavra de DEUS indica que os milagres devem continuar a ocorrer através de seus seguidores na igreja, (a) JESUS enviou os seus seguidores para pregar e realizar milagres (Mt 10.7-8; Mc 3.14-15; veja Lc 9.2), (b) JESUS declarou que aqueles que creram nEle através da pregação de sua Palavra fariam as obras que Ele fez, e ainda mais coisas (14.12; Mc 16.15-20). (c) O livro de Atos registra muitos milagres feitos em, e através da vida de seus seguidores (At 3.1ss; 5.12; 6.8; 8.6ss; 9.32ss; 15.12; 20.7ss); em outros trechos do Novo Testamento, estes feitos são chamados de “sinais” que confirmam a veracidade da mensagem de CRISTO (At 4.29-30; 14.3; Rm 15.18-19; 2Co 12.12; Hb 2.3-4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1857).
1. “E JESUS subiu ao monte”
Que monte seria este? Não existe uma designação específica para a localidade deste monte. Tal como em toda a região montanhosa, havia algumas elevações de terreno que, embora não fossem particularmente altas, podiam servir como um local adequado para JESUS se dirigir aos seus discípulos e à multidão. Assim, Ele subiu ao monte e sentou-se com os seus discípulos. A partir dali nosso Senhor avistou uma multidão que se dirigia ao seu encontro. Por isso, decidiu testar um dos seus discípulos, Filipe, perguntando-lhe: “Onde compraremos pão para que estes comam?” (Jo 6.5,6). Todo o relacionamento de JESUS com os seus discípulos estava sempre fundamentado em um ensinamento.
O Senhor utilizou a situação de uma multidão necessitada para transmitir aos seus discípulos uma valiosa lição. Nesse momento, os discípulos compreenderiam que muitos dos desafios da missão evangélica não podem ser superados apenas com o esforço humano. O discípulo Filipe foi colocado à prova por JESUS para enfrentar a dificuldade de alimentar essa multidão faminta (Jo 6.7-10). Aqui, o Senhor estava demonstrando a limitação humana em resolver problemas complexos. Naquele local, não havia comida suficiente nem possibilidade de compra para satisfazer as necessidades da multidão. O Senhor desafiava assim a fé dos discípulos, sempre com o intuito de promover o seu crescimento espiritual (Jo 6.6,14).
Os discípulos descobriram um menino que trazia consigo o lanche da tarde, contendo em seu alforje “cinco pães pequenos de cevada e dois peixinhos” (Jo 6.9). JESUS pegou esses pães e peixes, deu graças ao Pai e, por meio das suas mãos, realizou um milagre de multiplicação. A quantidade foi tão grande que precisaram buscar alguns cestos para distribuir os pães e os peixes à multidão e guardar o que restou. Assim, todos comeram até se saciar. A lição que tiramos deste episódio é que DEUS nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle.
“Se alguém sabia onde encontrar comida, este era Filipe, porque era de Betsaida (1.44), uma cidade a cerca de 15km de distância de Cafarnaum. JESUS testou Filipe, a fim de fortalecer a sua fé. Ao pedir do discípulo uma solução humana (sabendo que não havia), JESUS enfatizou o poderoso milagre que estava prestes a realizar.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1427.
“Este é o único milagre de JESUS que está registrado nos quatro Evangelhos (cf. Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9.10-17). Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? (5) O registro aqui não menciona o fato de que JESUS tivesse compaixão da multidão (cf. Mt 14.14; Mc 6.34). Ao contrário, a sua vinda é a oportunidade para que Filipe seja posto à prova. Mas dizia isso para o experimentar (6). A observação de João — porque ele bem sabia o que havia de fazer — é típica. Em todo o seu Evangelho, o evangelista fala como alguém que tem um íntimo conhecimento da mente do Senhor” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.69).
1. Qual é o real interesse da multidão?
No dia seguinte ao milagre da multiplicação dos pães e peixes, a multidão que havia participado buscava JESUS na região de Cafarnaum, conforme indicado em João 6.22 e 6.24. Ao encontrá-la, JESUS transmitiu uma mensagem clara e “disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (Jo 6.26). O Senhor compreendia que a percepção daquela multidão sobre Ele era puramente social; desejavam um líder que satisfizesse as suas necessidades materiais. No entanto, para além do pão físico, nosso Senhor queria oferecer-lhes o pão que desceu do céu (Jo 6.32,33). O povo não percebia que a multiplicação dos pães era apenas uma representação do verdadeiro pão da vida que JESUS tinha para dar. Nosso Senhor é o pão que realmente apazigua a fome do ser humano (Jo 6.27).
Não é preciso debater a respeito da identidade do “pão do céu”, pois trata-se do próprio JESUS. Nosso Senhor confirma a sua identidade divina quando diz: “Eu Sou”. Há, pelo menos, sete declarações somente no Evangelho de João que autenticam essa identidade divina: 1) “Eu sou o pão da vida” (6.35,48,51); 2) “Eu sou a luz do mundo” (8.12; 9.5); 3) “Eu sou a porta das ovelhas” (10.7,9); 4) “Eu sou o Bom Pastor” (10.11,14); 5) “Eu sou a ressurreição e a vida” (11.25); 6) “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (14.6); 7) “Eu sou a videira verdadeira” (15.1,5). Há uma comparação, no versículo 32, entre “o maná” na peregrinação de Israel, no deserto, sob a liderança de Moisés, com o “verdadeiro pão que desce do céu”, ou seja, o próprio CRISTO, nosso Senhor, que afirma que quem se alimentar desse pão “viverá para sempre” (Jo 6.50,51).
Observamos uma mudança nas palavras de JESUS ao passar de “o pão vivo que desceu do céu” para “o pão que eu der é a minha carne” (Jo 6.51). Mais tarde, o apóstolo Paulo fez uma associação simbólica entre o pão da Ceia do Senhor e a carne de JESUS, afirmando: “Isto é o meu corpo”; “isto é o meu sangue” (1 Co 11.24,25). De forma evidente, ao mencionar a partilha da sua carne, o nosso Senhor refere-se à sua morte na cruz, onde oferece a sua vida em prol dos pecadores que se arrependem e creem no Evangelho, proporcionando-lhes salvação e vida eterna.
Nesta lição, compreendemos que JESUS é o Pão da Vida e se ofereceu por nós. Assim, aqueles que se alimentam de sua Palavra satisfazem a sua fome espiritual e recebem a vida eterna. O nosso Senhor é o pão que veio do céu, um alimento inextinguível que nos nutre para sempre. Por conseguinte, não devemos limitar-nos ao alimento material, que tem uma função fisiológica relevante, porém, passageira; aspiremos, portanto, ao alimento celestial que proporciona vida em abundância eternamente!
1. Em quais dos Evangelhos se encontra o relato do episódio da multiplicação?
A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos.
2. O que JESUS notou em relação à multidão?
JESUS percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava, mas não para escutar a sua mensagem.
3. Que ensinamento podemos extrair do episódio da multiplicação?
A lição que tiramos deste episódio é que DEUS nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle.
4. Qual foi a mensagem clara que JESUS transmitiu à multidão?
Ao encontrá-la, JESUS transmitiu uma mensagem clara e “disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (Jo 6.26).
5. Que alteração é visível nas palavras de JESUS em João 6.51?
Observamos uma mudança nas palavras de JESUS ao passar de “o pão vivo que desceu do céu” para “o pão que eu der é a minha carne” (Jo 6.51).