Escrita Lição 11, Central Gospel, As Ordenanças da Igreja, 3Tr23, Pr. Henrique, EBD NA TV
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me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
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Escrita
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Slides
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TEXTO
BÍBLICO BÁSICO Marcos 16.14-16; Mateus 26.26-29
Marcos
16.14 - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e
lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem
crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
15
- E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16
- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Mateus
26.26 - Enquanto comiam, JESUS tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu
aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
27
- E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos.
28
- Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por
muitos, para remissão dos pecados.
29
- E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia
em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai.
TEXTO
ÁUREO
(...)
Dai ouvidos à minha voz e fazei conforme tudo que vos mando; e vós me sereis a
mim por povo, e eu vos serei a vós por DEUS. Jeremias 11.4b
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª
feira – 1 Coríntios 11.25 A nova aliança ratificada pelo sangue de CRISTO
3ª
feira – João 6.33 O pão que dá vida
4ª
feira – Atos 2.38 Um apelo ao arrependimento
5ª
feira – Lucas 7.29 A justiça de DEUS oportunizada a todos
6ª
feira – Gálatas 3.27 O revestimento de CRISTO
Sábado
– Atos 22.16 Batismo, símbolo de remissão
OBJETIVOS -
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
-
entender o batismo em águas e a santa ceia como ordenanças deixadas pelo
próprio CRISTO;
-
explicar o sentido da palavra ordenança;
-
explicar os simbolismos e significados do batismo em águas e da ceia do Senhor.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Prezado
professor, fica claro, pela leitura dos evangelhos, que JESUS, na duração de
Seu ministério terreno, deixou duas ordenanças à comunidade dos salvos: o
batismo e a ceia do Senhor. Essas ordenanças deviam ser observadas
periodicamente, não apenas por aquele grupo de seguidores, mas pela igreja de
todos os tempos, em obediência ao Seu mandato. A palavra ordenança é um termo
jurídico que significa “ordenamento, prescrição, norma, lei”. Isso tem a ver
com ordem, arrumação e organização. A observância dessa ordem deve ser
considerada a partir da autoridade da pessoa que a promulgou e exige o seu
cumprimento (Mt 28.18). Excelente aula!
ESBOÇO
DA LIÇÃO
1.
O BATISMO
1.1.
O batismo no Novo Testamento
1.1.1.
Razão do batismo de CRISTO
1.2.
A forma do batismo bíblico
1.3.
A validade do batismo
1.3.1.
Demonstração de fé pública
1.3.2.
Identificação com os demais discípulos
1.3.3.
Purificação espiritual figurada
1.3.4.
Ressurreição para uma nova vida
1.3.5.
Testemunho da morte e da ressurreição de JESUS
2.
A SANTA CEIA
2.1.
O significado da santa ceia
2.2.
A importância da santa ceia
2.3.
Os motivos para a celebração da santa ceia
2.4.
Os elementos da santa ceia
2.4.1.
Quem pode e deve tomar a santa ceia
2.5.
Instruções a serem consideradas na celebração da santa ceia
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS
EXTRAS PARA A LIÇÃO
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição
11 - A Última Ceia
2º
trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico
Amado.
Comentarista
da CPAD: Pastor: José Gonçalves
Complementos,
ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO
ÁUREO
"Alimpai-vos,
pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem
fermento. Porque CRISTO, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós." (1
Co 5.7).
VERDADE
PRÁTICA
A
Páscoa comemorava a libertação do Egito. A Ceia do Senhor celebra a libertação
do pecado.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
- Êx 12.1-28 - O real propósito da Páscoa para os judeus
Terça
- Lc 22.7-13 - A última ceia de JESUS com seus discípulos aqui na terra
Quarta
- Lc 22.14-20 - O verdadeiro significado da celebração da Ceia
Quinta
- Lc 22.19,20 - Os elementos que compõem a Santa Ceia do Senhor
Sexta
- 1 Co 11.26 - O real propósito da Ceia do Senhor para a Igreja
Sábado
- 1 Co 11.27-32 - Quem pode participar da Santa Ceia do Senhor
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 22.7-20
7
- Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Amós, em que importava sacrificar a
Páscoa. 8 - E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa,
para que a comamos. 9 - E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos?
10 - E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um
homem levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. 11 - E
direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que
hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? 12 - Então, ele vos mostrará um
grande cenáculo mobiliado; aí fazei os preparativos. 13 - E, indo eles, acharam
como lhes havia sido dito; e prepararam a Páscoa. 14 - E, chegada a hora,
pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. 15 - E disse-lhes: Desejei muito
comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, 16 - porque vos digo que não a
comerei mais até que ela se cumpra no Reino de DEUS.
17
- E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre
vós, 18 - porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o
Reino de DEUS. 19 - E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho,
dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. 20
- Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o
Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
OBJETIVO
GERAL
Explicar
a instituição da Ceia do Senhor como ordenança.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico.
Analisar
os antecedentes históricos da última ceia de JESUS.
Expor
a dinâmica da preparação, celebração e a substituição da Páscoa pela celebração
da Ceia do Senhor.
Elencar
os dois elementos da última ceia
Resumo
da Lição 11 - A Última Ceia
I.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA
1.
A instituição da Páscoa judaica.
2.
O ritual da Páscoa judaica.
II.
A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA
1.
A preparação.
2.
A celebração e substituição.
III.
OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA
1.
O vinho.
2.
O pão.
SÍNTESE
DO TÓPICO I - Na perspectiva secular, o dinheiro é apenas um elemento material;
na cristã, as dimensões espiritual e material devem coexistir.
SÍNTESE
DO TÓPICO II - Foi numa Páscoa judaica que nosso Senhor instituiu a Ceia, como
uma ordenança para toda a Igreja.
SÍNTESE
DO TÓPICO III - Os elementos da Ceia são o vinho, que simboliza o sangue de
JESUS; o pão, que simboliza o corpo partido do Senhor.
Ceia
- Memorial da Aliança. O que eu como vai para meu sangue e sangue é vida. Minha
vida se torna minha vida e minha vida se torna a sua vida.
Eu
só tinha pecado para oferecer, JESUS tem perdão, misericórdia, graça e a vida
eterna a oferecer.
INTERPRETAÇÃO
DO QUADRO:
Na
Páscoa, o sangue de um cordeiro ou cabrito (sem mácula), era imolado, ou
sacrificado para que seu sangue fosse passado nos umbrais da porta para que o
anjo não matasse nessa casa o primogênito (ou filho mais velho).
Na
Ceia lembramos que o cordeiro que tira o pecado do mundo, JESUS, derramou seu
sangue para nos livrar do pecado e morte eterna.
No
sacrifício da Páscoa o cordeiro substituiu o primogênito, morreu em lugar do
primogênito. (O sacrifício era anual)
Na
Ceia, lembramos de que JESUS (nosso cordeiro pascoal) morreu em lugar de toda a
humanidade pecadora. (O sacrifício é único e perfeito, efetuado uma vez por
todas).
Na
Páscoa, o sangue derramado tinha que ser de um cordeiro ou cabrito sem mácula,
ou seja, sem mancha, sem defeito.
Na
Ceia, nosso cordeiro que é JESUS nunca pecou e Nele nunca se achou engano, era
perfeito e sempre será.
Na
Páscoa havia comunhão entre DEUS - Moisés - e os israelitas, pois todos estavam
de acordo com esses negócio e todos os israelitas obedeceram à ordem de DEUS
dada através de Moisés, assim o anjo da morte passou por cima de suas casas e
só matou o primogênito nas casas dos egípcios.
Na
Ceia existe a comunhão entre JESUS e seu corpo, que é a igreja. Também existe
união entre os próprios irmãos que estão obedecendo a ordem de seu salvador e
Senhor, lembrando sua morte, sua ressurreição e esperando ansiosamente pela sua
volta para nos buscar.
PONTO
CENTRAL - A Ceia do Senhor é uma celebração que o nosso Senhor ordenou à Igreja
até a sua vinda.
CONSULTE
- Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 41.
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encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam
expandir certos assuntos.
SUGESTÃO
DE LEITURA
Manual
do Professor de Escola Dominical, Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal e A Santa Ceia - CPAD
TRANSUBSTANCIAÇÃO
E CONSUBSTANCIAÇÃO
Consubstanciação
é o termo que indica a crença na presença espiritual de JESUS nas espécies do
pão e do vinho. E significa que JESUS se encontra presente COM a
substância do pão e do vinho sem modificá-las/transformá-las.
Ao
contrário da Transubstanciação que refere a transformação da substância do pão
e do vinho no Corpo e sangue de JESUS. Na consubstanciação, o Corpo e o
sangue, se juntam ao pão e vinho, porém a substância do pão permanece,
juntamente com sua aparência. Na transubstanciação, não estão presentes mais a
substância do Pão e vinho, estas são aniquiladas, ficando apenas as substâncias
do corpo e sangue de JESUS. (http://pt.wikipedia.org/wiki/JESUS
- 25-05-2009)
TRANSUBSTANCIAÇÃO:
(http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=164&menu=2&submenu=15)
A
eucaristia é um dos sete sacramentos da Igreja Católica. Segundo o dogma
católico, JESUS CRISTO se acha presente sob as aparências do pão e do vinho,
com seu corpo, sangue, alma e divindade, isto é o que geralmente se entende por
“Transubstanciação”.
A doutrina da Transubstanciação não tem respaldo bíblico. Nem todos os
representantes da Igreja Católica concordaram com esta doutrina, entre eles
podemos citar o papa Gelásio I e Gelásio II, São Clemente, Agostinho...
O QUE É DISCERNIR O CORPO DO SENHOR?
“Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não
discernir o corpo do Senhor.” I Co. 11:29
Entre os cristãos daquela época existia uma festa chamada “Festa Ágape” ou
festas de amor (Judas 12). Era comum entre os cristãos celebrarem a ceia com
esta refeição (esta prática perdurou até na época de Justino, o mártir) que era
destinada a ajudar os pobres. Corinto era uma igreja problemática em termos de
doutrinas (véu, dons espirituais, batismo, brigas, divisões e santa ceia). Os
Coríntios não estavam discernindo o real objetivo de suas reuniões
(v.17,18,20). Para eles aquilo era apenas uma festa como as demais festas
mundanas da sociedade grega (Corinto era grega) da qual tinham vindo. Então,
quando se reuniam, todos se embriagavam, (v.21) como faziam antes de se
converterem e não discerniam que aquilo era muito mais que uma festa, era “em
memória” de CRISTO (v.25). Por isso as pessoas deveriam se examinar antes de
tocar no pão e no cálice (v.28), pois correriam o risco de tomar a ceia de modo
indigno, fora do propósito para qual fora estabelecida, ou seja, para a
comunhão e não divisão dos fiéis (v.18). Isto é o que Paulo queria dizer com
discernir o corpo do Senhor. Não há nada que insinue no texto a herética
doutrina da “Transubstanciação”. O contexto quando analisado honestamente não
comporta tal ideia. Qualquer conclusão que passar disso é falsa!
Discernir
o corpo de CRISTO pode ser visto em dois aspectos (Ev Henrique):
1-
O corpo maltratado (moído - Is 53) de JESUS é para nossa cura física, tanto das
enfermidades como de nossas doenças (Is 53). Quem não acredita nisso acaba
ficando doente e acabam morrendo alguns por não entenderem esta verdade.
2-
O corpo de JESUS na terra é sua Igreja, então só devemos participar da ceia em
comunhão com este corpo. A desunião, mágoas, rancores, inimizades, porfias,
fofocas, etc..., se não evitados podem trazer doenças e até mesmo a morte. Quem
não perdoa, não pode ser perdoado (Mt 6). Também a falta de ajuda financeira ao
corpo de CRISTO na terra, a igreja, também pode gerar doenças e mortes, pois
roubar é pecado. Ser mal-agradecido também.
OS DISPARATES DESSA DOUTRINA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO:
Ensina a teologia católica a transubstanciação (alteração de substância)
durante a eucaristia. Após a consagração dos elementos, pão e vinho, recitada
pelo padre, as palavras de CRISTO, “isto é o meu corpo” e “isto é o meu
sangue”, misteriosamente o pão se transforma na carne de CRISTO e o vinho no
seu sangue. Levando as palavras de CRISTO a um literalismo irracional, dizem
ser o pão o próprio corpo de CRISTO presente na hóstia (depois dizem que nós é
que somos fundamentalistas e interpretamos a Bíblia ao pé da letra!!!). Esta
doutrina é baseada principalmente na perícope do evangelho de João 6:53.
Contudo, daremos algumas razões de o porque rejeitarmos esta doutrina como
errônea e perigosa.
1. Se na frase “isto é o meu corpo” o verbo “é” implica a conversão literal do
pão no corpo de CRISTO, segue-se igualmente que nas palavras “Eu sou o pão da
vida”(6:35) o verbo “sou” deve implicar igual mudança, ensinando-nos que CRISTO
se converte no pão, de modo, que se o primeiro é uma “prova” da
transubstanciação, o segundo demonstra necessariamente o contrário; se o
primeiro demonstra que o pão pode converter-se em CRISTO, o segundo demonstra
que CRISTO pode converter-se em pão, o que é um verdadeiro absurdo, mas é isto
o que a lógica desta filosofia nos leva a concluir!
2. Se acreditarmos que neste episódio JESUS estava se referindo a eucaristia
então forçosamente ninguém pode se salvar sem o sacramento e todo o que o
recebe não pode se perder. Seria sempre necessário o fiel se comungar para não
perder a benção da vida eterna. E aqueles que não podem tomá-la ? Estariam
destinados ao inferno ? Crêem os católicos que todo aquele que comunga tem a
vida eterna ? Pois JESUS disse que sem exceção, “todo aquele” que comesse a sua
carne teria de fato a vida eterna. E o que dizer então daqueles que bebem
indignamente (I Coríntios 11:28) ? Tal é a contradição e confusão que nos
mostra tão descabida teoria se levada ao pé da letra.
3. Este ponto já foi tratado acima, mas vamos reforçá-lo aqui. Ora, se tomadas
literalmente estas palavras o beber o sangue é tão importante quanto o comer a
sua carne, em outras palavras é tão necessário comer o pão (hóstia) como beber
o cálice. E porque então o padre nega-lhes este direito desobedecendo a Bíblia?
LEMBRANÇA OU PRESENÇA REAL?
Na ceia, todas as suas ações e palavras tinham alguma relação com a antiga
Páscoa. Tendo isto em vista devemos procurar na antiga festa uma explicação
para a santa ceia que Ele iria substituir, pois Ele, JESUS, é a nossa Páscoa (I
Cor. 5:7)!
Quando Moisés (o tipo de CRISTO) instituiu a Páscoa, mandou comer a carne e
aspergir o sangue do cordeiro em suas casas (Ex: 12:11). Só que o cordeiro que
comiam NÃO ERA a “Páscoa”, pois tal palavra se deriva do verbo “pasah”, “passar
por cima” incluindo a ideia de “poupar e proteger” v.13. A Páscoa do Senhor era
o “passar do anjo por toda a terra do Egito”. Vê-se, pois, que o ato do passar
por cima das casas dos israelitas era uma coisa e o cordeiro que os israelitas
comiam era outra essencialmente distinta: uma era um fato, a outra a recordação
daquele fato. Embora Moisés tivesse dito a respeito do cordeiro: “É a Páscoa”,
isto é, a passagem do Senhor, não se segue que quisesse dizer que o cordeiro
que tinham assado e de que estavam comendo se tivesse mudado ou transformado no
ato de passar o Senhor por cima das casas. O sentido simplesmente era: “É uma
recordação da Páscoa ou da passagem do Senhor”. Temos pois aqui um exemplo
clássico dessa figura de retórica pela qual se dá o nome da coisa que ela
recorda, ou se põe o sinal pela coisa significada. Quando pois, as famílias se
reuniam em torno da mesa para comer a Páscoa o chefe da família dizia: “Esta é
a Páscoa do Senhor”, quando então queriam dizer “Esta é a recordação da Páscoa
do Senhor”. Pois bem, fincado na essência dessa celebração JESUS certamente se
valeu da mesma expressão conhecidíssima dos israelitas. Depois de abolida a
Páscoa e substituída pela santa ceia, serviu-se da mesma expressão de que tinha
feito uso na celebração antiga; era natural que do mesmo modo que tinha dito da
Páscoa “Esta é a Páscoa do Senhor”, querendo dizer que aquilo era apenas a
recordação daquele feito na época de Moisés, usasse também mui naturalmente as
palavras “ISTO É O MEU CORPO” para significar que aquele rito devia ser usado
como recordação do seu corpo e do seu sangue oferecidos na cruz; sendo Ele, o
verdadeiro cordeiro de DEUS (João 1:29) que nos libertou do cativeiro do
pecado.
Os discípulos sendo judeus versados nas escrituras, estavam por certo
familiarizados com tais figuras de linguagem (Salmos 27:1-2, Isaías 9:18-20,
49:26) e não foi difícil entenderem o que JESUS queria lhes dizer, pois antes
disso, eles os ouviram dizer: “Eu sou a porta”, “Eu sou o caminho”, “Eu sou a
luz do mundo...” e entenderam perfeitamente a linguagem. Nada é mais comum do que
dar à lembrança, ou a representação de uma coisa, o mesmo nome da coisa de que
é representação ou sinal. Até mesmo os membros da igreja romana ao verem a
imagem da santa dizem: “esta é Nossa Senhora”, ou vendo a imagem de um santo
qualquer dizem: “este é São Pedro, este SANTO Expedito e aquele outro SANTO
Antônio etc...” mesmo sabendo que aquilo (segundo acreditam) é apenas uma
representação ou lembrança do que está no céu. Servem-se constantemente desta
figura de retórica que dá representação ou lembrança o nome da coisa
representada ou lembrada.
Quando então distribuía os elementos da ceia, pão e vinho disse: “Isto É O MEU
CORPO” e “ISTO É O MEU SANGUE”, arrematando ordena: “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE
MIM”. Temos razão para crer que aquilo era uma comemoração ou lembrança de sua
morte na cruz e devíamos prosseguir fazendo isto até que Ele venha. Para
corroborar nosso ponto de vista, veja que mesmo após JESUS ter consagrado o
vinho ele ainda continuou o que sempre fora, simplesmente um vinho “porque vos
digo que desde agora não mais beberei do fruto da videira,( não disse meu
sangue) até que venha o reino de DEUS.” Lucas 22:18
Paulo simplesmente considerava como pão e vinho, os elementos da santa ceia e
não o corpo do Senhor transubstanciado: “Semelhantemente também, depois de
cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei
isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes
que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor,
até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do
Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se,
pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.” I Co.
11:26-28.
O
pão apenas representava o corpo do Senhor, o vinho o seu sangue. Todas as vezes
que nós nos reunimos para celebrar a santa ceia nós fazemos isto sempre EM
MEMÓRIA do Senhor, pois Ele mesmo disse “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. É EM
MEMÓRIA!!! Não podemos sacrificar CRISTO novamente (Hebreus 7:24,27).
ABSURDO DOS ABSURDOS
Por darem ouvido ao dogma da transubstanciação os católicos além de incorrem
num terrível engodo, acabam por abraçar uma teoria fictícia, absurda até!
Veja porque:
a- Se naquela ocasião em que JESUS disse: “Isto é o meu corpo”, realmente
tivesse ocorrido a tão propalada “transubstanciação” então somos levados a
acreditar que existiam naquele momento dois corpos do Senhor? Levando este
dogma às últimas consequências teremos isto: JESUS pegou aquele pedaço de pão,
já transformado em seu corpo (com divindade e alma, segundo crêem os católicos)
e deu-se a si mesmo para seus discípulos comerem depois de terem comido o corpo
do mestre sentaram-se ao seu lado. E ainda: JESUS também devia ter-se comido e
engolido a si mesmo pois também é certo que Ele participou da ceia!
b- E se tal pão consagrado for comido acidentalmente por um roedor (rato, por
exemplo) dá-se o caso que tal animal também engoliu o CRISTO com seu corpo,
alma e divindade? Ou quando não, se tal hóstia se estragar e vier apodrecer;
seria o caso do corpo de CRISTO que está naquele elemento apodrecer também? E
como fica então Atos 2:31 que diz que a carne de CRISTO não se corrompe?
c- Quando se prova o pão, ele ainda é o pão, tem cheiro como tal, o gosto ainda
é de pão, o mesmo se dá com o vinho! Onde o corpo de CRISTO nisto tudo?
d- Se CRISTO nos ordenou que celebrássemos a cerimônia até que Ele voltasse,
conforme I Co. 11:26 (até que venha), como pode estar presente na hóstia? Se
vem, não está! Devemos ressaltar que tal vinda é escatológica quando virá em
corpo, pois espiritualmente, Ele está conosco todos os dias Mat. 18:20 -28:20,
e esta promessa não tem nada a ver com a santa ceia.
Comentários
de alguns livros com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique
No
cenáculo (22:7-38).
O
relato mais completo do que ocorreu no cenáculo na noite antes da crucificação
é dado em João. O de Lucas não é tão pormenorizado, mas é mais longo do que os
em Mateus e Marcos, e ele tem algumas informações só dele.
A)
Os preparativos (22:7-13).
A
Páscoa não era apenas mais uma refeição, mas, sim, uma festa muitíssimo
importante. Devia ser comida em posição reclinada, e havia exigências tais como
a inclusão de ervas amargas na refeição. Destarte, uma quantidade considerável
de preparação era necessária. A refeição não era solitária, mas, sim, era
comida em grupos que usualmente consistiam em dez a vinte pessoas.
Vv.
7. O dia dos Pães asmos é uma expressão incomum, e talvez signifique o dia em
que todo o fermento era removido dos lares como preparativo para a festa. Era o
dia em que a festa combinada começava. O dia de abertura era aquele em que as
vítimas da Páscoa eram sacrificadas. Se temos razão em ver uma diferença de
calendários, este teria sido, não o dia em que as vítimas realmente eram
sacrificadas, mas, sim, aquele em que deveriam ter sido sacrificados de acordo
com o calendário que JESUS estava seguindo. Os dois calendários concordam que
as vítimas deviam ser sacrificadas no primeiro dia: a diferença dizia respeito
a qual dia era aquele.
Vvs.8,9.
JESUS encarregou Pedro e João de fazer os preparativos necessários para o
pequeno grupo (somente Lucas dá os nomes deles aqui). Não é contrário à razão
terem perguntado onde. Eram galileus, e precisariam de orientação quanto à
aonde deveriam ir em Jerusalém. E nesta hora adiantada, haveria poucos lugares
livres, a despeito da tradicional disposição dos jerusalemitas de tornar
disponíveis acomodações sem nada cobrarem.
Vvs.10,11.
Parece que JESUS tinha feito um acordo secreto com o dono de uma casa (ou
aquele homem tinha recebido algum benefício de CRISTO - uma cura por exemplo –
Obs. Do Pr. Henrique). Ao assim fazer, impediu Judas Iscariotes de traí-Lo
antes da hora. Ele haveria de morrer, mas isto no devido tempo dEle, e não
quando Seus inimigos escolhessem. Destarte, nenhum dos discípulos sabia onde
estariam para a refeição. Pedro e João deviam procurar um homem com um cântaro
de água, que seria um fato distintivo, pois as mulheres usualmente carregavam
cântaros de água (os homens carregavam odres de água). Eles iriam antes de
JESUS e os outros discípulos onde haveriam de dizer certas palavras ao dono da
casa (Poderia o homem estar já desejoso de que aquilo acontecesse ou até já
tivesse convidado JESUS para ali celebrar a Páscoa com seus discípulos alguns
dias antes – Vemos em Mateus 26.18 que JEUS solicita a casa daquele homem
dizendo que o tempo está próximo e precisa da casa dele. Obs. Pr. Henrique).
12,13.
O dono da casa lhes mostraria um espaçoso cenáculo mobiliado. Esta última
palavra é literalmente “estendido” e provavelmente significa que havia sofás
prontos com cobertas estendidas sobre eles (Moffatt traduz “com sofás
cobertos”). Seguiram as instruções e prepararam a refeição.
B)
A última ceia (22:14-20).
Há
aqui um problema textual de grande dificuldade. No texto “mais curto”, seguido
por NEB, Goodspeed, onde Vvs. 19b-20 são omitidos, o cálice é dado antes do
pão. No texto “mais longo” (RSV, TEV, JB, ARC, ARA) o cálice é mencionado duas
vezes. O texto mais curto é favorecido por muitos pelo motivo de que não é
provável que as palavras fossem omitidas nos originais, e que parecem ser uma
inclusão tirada de 1 Coríntios 11.24-25 para harmonizar a passagem com a praxe
litúrgica corrente. Responde-se que as palavras disputadas são achadas em todos
os MSS gregos menos um (Códice D), que Justino Mártir aceitava (150 d.C).
(Apologia i.66; este texto e mais antigo do que nossos MSS gregos mais
antigos), e que é possível que tenham sido omitidas por escribas que não entendiam
as duas referências ao cálice. De modo geral, parece que o texto mais longo
deva ser preferido.
(houve
aí duas refeições, uma da Páscoa e depois uma da Ceia – aconteceu aí as duas
celebrações - Obs. Pr. Henrique).
Vvs.14-16.
refeição de Páscoa.
A
referência ao cumprimento no reino de DEUS indica que a Páscoa tinha
significado tipológico. Comemorava um livramento, sem dúvida, mas apontava para
uma libertação maior no futuro, que seria vista no reino de DEUS.
Vvs.17,18.
Na refeição da Páscoa era obrigatório beber quatro cálices de vinho. Parece que
aqui temos referência a um destes cálices, embora não seja fácil ter certeza
qual deles. A. Edersheim pensa que fosse talvez o primeiro, depois do qual se
quebrava o pão (cf. Mishna, Pesahim 10:2-3). Mas um quebrar do pão e as ações
de graças seguiam o segundo cálice também, de modo que poderia ter sido este. A
participação do cálice era um símbolo de comunhão. Mais uma vez, o interesse
escatológico de JESUS é revelado enquanto espera a vinda do reino. A vida humana
que vivera com os discípulos estava no fim.
Vv.19.
Tomar, quebrar e distribuir o pão eram aspectos regulares da observância da
Páscoa e não causariam surpresa alguma. Mas enquanto a dava aos Seus
discípulos, JESUS disse: Isto é o meu corpo. Estas palavras têm causado
tremenda controvérsia na igreja. O ponto crítico é o significado de pão. Alguns
argumentam em prol da transformação do pão no corpo de CRISTO, mas o verbo pode
significar tipos de identificação muito variados, conforme vemos em declarações
tais como “Eu sou a porta,” “Eu sou o pão da vida,” “aquela rocha era CRISTO.”
Neste caso, a identidade não pode estar em mente, pois o corpo de JESUS estava
fisicamente presente na ocasião. Deve ser usado nalgum sentido tal como
“representa,” “significa” ou, talvez, “transmite” (cf. Moffatt: “Isto
significa... ”).
A
declaração é enfática, e não deve ser diluída, mas nem deve ser forçada além do
seu significado real. A expressão adicional, oferecido por vós, prenuncia o
Calvário. Fala da morte de JESUS em prol dos homens. Não se trata dalguma coisa
que brota do ritual da Páscoa. Este falava do livramento mas não do sacrifício
vicário. JESUS está interpretando Sua morte num contexto da Páscoa e deixando
claro que tem um significado salvífico. Ellis pensa que Suas palavras acerca do
corpo e do sangue aqui “podem ser explicadas somente como uma referência
implícita ao Servo Sofredor que, como representante da aliança, ‘derramou a sua
alma na morte... contudo levou sobre si o pecado de muitos’ (Is 53:12).” O mandamento,
Fazei isto em memória de mim, não significa, conforme alguns alegam, que a
comunhão é essencialmente um pleitear de CRISTO diante do Pai. É a fim de que
nós não nos esqueçamos, não a fim de que Ele não Se esqueça.
Vv.20.
O derramamento do vinho indica para nós a morte na cruz onde uma nova aliança
seria inaugurada. Israel estava num relacionamento com DEUS de acordo com a
aliança, mas agora haveria uma nova aliança levada a efeito pelo sangue de
CRISTO (cf. Jr 31:31). Sua morte estabeleceria um novo modo de aproximação com
DEUS. Cf. Harrington: “JESUS dá a entender que Sua morte iminente está para
substituir os sacrifícios da Lei Antiga,” e Manson, “A Ceia do Senhor,
apresentada assim, indica e inaugura uma redenção efetuada pela morte de CRISTO
como um sacrifício.”
Lucas
- Introdução e Comentário - Leon L. Morris - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA
NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP - www.vidanova.com.br
A
festa dos asmos (v.l):
Asmo
ou ázimo quer dizer pão que não fermentou. A festa dos asmos foi assim chamada
porque durante toda a semana dessa festa, usava-se pão não levedado. A Lei proibiu,
durante todos esses sete dias, a presença de fermento nas casas do povo, Ex
12.34,39; 13.3-7.
Chamada
a Páscoa (v.l): Esta festa anual foi estabelecida em memória da saída do povo
de Israel do Egito. A palavra Páscoa vem do hebraico e quer dizer passagem, em
referência à passagem do anjo quando exterminou todos os primogênitos entre os
egípcios, Ex 12.12-20. Esta Páscoa, de Lc 22, foi a última, o pleno cumprimento
da primeira, no Egito. Os principais dos sacerdotes... (v.2): Eram as
autoridades religiosas, da tribo de Levi, sacerdotes aqueles que deviam receber
o CRISTO e O apresentar ao povo, os próprios pastores, aqueles que ocupavam a
cadeira de Moisés (Mt 23), aqueles que se ostentavam como guias de cegos, luz
dos que estão nas trevas (Rm 2.19) - eram esses que tramavam para destruir o
próprio Cordeiro pascoal. São os que introduzem as maiores heresias. Quantas
vezes erram os concílios, tanto em prática como em doutrina? Pouco importa qual
a pessoa que fala sobre um ponto religioso; o que vale tudo é se o que ele diz
é a verdade, Is 8.20.
Entrou,
porém, Satanás em Judas (v.3): Basta que Satanás tente o homem. Mas é muito
pior quando o ciranda (v.31), ou quando o esbofeteia ou leva cativo. Mas quando
Satanás entre no homem, ele se apodera de seu juízo, destrói seu temor a DEUS,
apaga nele a luz da justiça e tira-lhe todo o sentido de respeito. Judas era um
dos doze apóstolos, escolhido por CRISTO. Seguia e conhecia intimamente a
CRISTO durante todo o tempo do Seu ministério. Deixou tudo pelo amor do Mestre.
Ouviu os sermões de CRISTO e ele mesmo pregava. Era tão fiel como Pedro, Tiago
e João. Contudo, esse homem se toma ladrão (Jo 12.6), trai seu Mestre para ser
crucificado e morre, um “filho da perdição”, Jo 17.12. Entrou, porém, Satanás
em Judas (v.3): O diabo pensava em fazer fracassar o empreendimento de CRISTO,
ferindo-Lhe a cabeça. Mas conseguiu apenas ferir-Lhe o calcanhar, como fora
profetizado, Gn 3.15. Falou com os principais sacerdotes (v. 4): A causa de
CRISTO sofre mais daqueles que pretendem ser servos de DEUS do que daqueles que
se declaram inimigos. Se Judas tratar com os principais dos sacerdotes, não se
espere uma coisa boa. Convieram em lhe dar dinheiro (v.5): Descobre-se nisto o
segredo da queda deste apóstolo. Amava o dinheiro. Ouvi o Mestre dizer:
Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, cap. 12.15. Mas não atendeu. O amor do
dinheiro é a raiz de toda espécie de males, 1 Tm 6.10. Judas não pôs essa raiz
fora do seu coração e ela cresceu gradualmente. Não se pense que ele caiu duma
vez. Pelo amor ao dinheiro Geazi se tornou leproso, 2 Rs 5.26,27. Pelo amor ao
dinheiro Ananias e Safira caíram mortos, At 5. Pelo amor ao dinheiro um
apóstolo escolhido vendeu o melhor e o mais amado dos mestres, por trinta
moedas de prata (Mt 26.15), enforcou-se (Mt 27.3-5) e foi para o inferno, Jo
17.12.
A
ÚLTIMA PÁSCOA E A CEIA DO SENHOR, Lucas 22.7-38. Grande é o desejo de receber
convite para comer à mesa dos ricos e dos grandes. Mas não há honra tão grande
como o privilégio de assentar-se e comer na mesa do Senhor, de ser um dos
hóspedes servidos pelo Filho de DEUS. Não estamos excluídos, contudo, porque
não somos dignos. Na última ceia os discípulos eram egoístas e interesseiros,
discutindo sobre qual deles seria o maior. Até Pedro, que ia negá-Lo, assistiu
à ceia. Todos, porém, senão Judas, estavam limpos.
22.7"
Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava sacrificar a
Páscoa. 8 “E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para
que a comamos. 9 “E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? 10 “E
ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem
levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. 11 “E direis
ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de
comer a Páscoa com os meus discípulos? 12 “Então, ele vos mostrará um grande
cenáculo mobiliado; aí fazei os preparativos. 13 “E, indo eles, acharam como
lhes havia sido dito; e prepararam a Páscoa. 14 “E, chegada a hora, pôs-se à mesa,
e, com ele, os doze apóstolos. 15 “E disse-lhes: Desejei muito comer convosco
esta Páscoa, antes que padeça, 16 “porque vos digo que não a comerei mais até
que ela se cumpra no Reino de DEUS. 17 “E, tomando o cálice e havendo dado
graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, 18 “porque vos digo que já não
beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de DEUS. 19 “E, tomando o pão e
havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por
vós é dado; fazei isso em memória de mim. 20 “Semelhantemente, tomou o cálice,
depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é
derramado por vós.
A
última ceia que CRISTO comeu com Seus discípulos era a última Páscoa verdadeira
na terra. Os judeus continuavam a matar e a celebrar a Páscoa, até a destruição
do Templo, quarenta anos depois. Mas foi apenas uma forma, sem a aprovação de
DEUS. Até hoje os judeus observam o que chamam Páscoa, porém sem o cordeiro.
Como as demais religiões sem CRISTO, é sem sangue. A Páscoa do Velho Testamento
foi cumprida na instituição da Ceia do Senhor.
Mandou...
preparai-nos a Páscoa (v.8): É provável que Judas houvesse comprado, no dia
anterior, o cordeiro e o vinho. Pedro e João, à uma e meia da tarde, cercados
de uma multidão de pessoas, subiram ao Templo. Antes de queimar o incenso, os
cordeiros pascoais, eram imolados. Cada israelita, ao ouvir soar a trombeta,
matava seu próprio cordeiro. Um sacerdote, com vasilha de ouro, apanhou o
sangue do cordeiro de Pedro e João e o derramou ao pé do altar. Ao mesmo tempo
cantavam o Halle, os Salmos 113 a 118. O cordeiro em cima de varas era, então,
levado nos ombros de Pedro e João, perante o altar, onde era tirada a parte
para queimar. Em seguida, os dois, ainda carregando o cordeiro nos ombros,
saíram do Templo e percorreram as ruas de Jerusalém, até chegar à casa de
Maria. Lá assaram o cordeiro e o arranjaram numa mesa, com pães asmos, ervas
amargas, vinagre e milho. Por último prepararam os candeeiros e tudo estava
pronto para introduzir no cenáculo na hora de comer a Páscoa.
Encontrareis
um homem, levando um cântaro... (v.10): Foi um sinal sobrenatural; geralmente
eram somente mulheres que levavam água em cântaro, os homens, quando carregavam
água, era em odres.
Onde
está o aposento... (v. 11): Parece que este homem havia falado com CRISTO;
reconhecendo que não havia casa em Jerusalém que acolhesse o Mestre e Seus
discípulos para comerem a Páscoa, ofereceu-Lhe este cenáculo, isto é, uma sala.
E
disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa... (v. 15): CRISTO
desejava ansiosamente comer com eles esta Páscoa, porque os amava muito, e
anelava essa comunhão à sombra do Getsêmani e da cruz. Anelava muito inaugurar
esta nova festa comemorativa e tinha muitas coisas a lhes dizer, Jo 13. Queria muito
comer a Ceia, porque marcava a grande hora da Sua glorificação na morte e na
ressurreição. A morte de CRISTO era o cumprimento da Páscoa. Ele era o
verdadeiro Cordeiro, que todos os cordeiros pascoais durante 1.500 anos
prefiguravam. O que a morte do cordeiro foi para Israel no Egito, a morte de
CRISTO seria para os pecadores no mundo inteiro. “CRISTO, nossa Páscoa, foi
sacrificado por nós”, 1 Co 5.7.
E
tomando o pão... (v. 19): Finda-se, no v.18, a história da última Páscoa;
inicia-se, no v.19, o relato da inauguração da Ceia do Senhor.
Fazei
isto em memória de mim (v. 19): O relato da última Páscoa finda com o v.18.
A
história da instituição da Ceia começa com o v.19. A Ceia do Senhor é observada
em memória do sacrifício de CRISTO. Todos os anos um cordeiro era imolado em
memória da Páscoa mas não era a Páscoa original. Justamente como o Brasil não
proclama sua independência todos os anos, assim o sacrifício de CRISTO não se
repete na Ceia do Senhor. Como a nação declarou sua independência no ano de 1822,
e todos os anos comemora este evento no dia 7 de setembro, assim CRISTO se
ofereceu na cruz uma vez para sempre (Hb 9.28; 10.12), e todas as Ceias são em
memória deste evento.
Houve
também entre eles contenda... (v.24): Houve contenda entre eles justamente na
última hora que podiam passar sozinhos com Seu Mestre! Sobre qual deles parecia
maior (v.24): É tema muito popular. Lede como CRISTO o resolveu nesta ocasião,
Jo 13.1-17.
vos
assenteis sobre tronos... (v.30): Esta promessa aos apóstolos foi depois feita
a todos os fiéis, 1 Co 6.2; Ap 2.26,27; 3.21.
ESPADA
CORTANTE 2 - Orlando Boyer, CPAD
1
Co 11.17-34 – CEIA DO SENHOR
i.
As ofensas (11:17-22).
Acostumados
como estamos a ter o ofício da Santa Comunhão (Santa Ceia) como o mais solene e
digno dos ofícios litúrgicos, esta passagem traz algo de surpresa. É patente
que o ofício está longe de ser edificante ou sequer digno, na Corinto do
primeiro século. A passagem é importante em que lança luz sobre o modo como se
dirigia o ofício, e em que nos dá ensino importante sobre a teologia da Santa
Comunhão (Santa Ceia).
17.
“Nisto que vos declaro” (AV) significa antes, “Ordenando-vos isto” (cf. a ARA,
Nisto, porém, que vos prescrevo). O verbo, parangellõ, é o que fala de um
encargo autorizado. A situação é séria, e Paulo não está simplesmente
oferecendo uns poucos comentários acadêmicos. Ordena que se corrija a prática.
Ao introduzir a seção anterior, ele pudera elogiar os coríntios pela maneira
como eles guardavam “as tradições”. Quando passa a tratar do serviço da
Comunhão, vê que não pode louvá-los. Expressa a máxima condenação de todas as
vezes que se reúnem para o culto: porque vos ajuntais, não para melhor; e, sim,
para pior. Em vez de a Comunhão ser um ato eminentemente edificante, estava
tendo um efeito dilacerante.
18.
Paulo começa com antes de tudo, mas, como aqui não há um “em seguida” para
corresponder àquela expressão, provavelmente este é um meio de acentuar a
importância daquilo que ele tem para dizer. No grego não há artigo junto de
igreja, de modo que a expressão é antes “em igreja”. Mas, mesmo em, na
assembleia realizada para o culto, Paulo ouve falar de divisões. A palavra é
schismata, que empregara em 1:10, acerca das dissensões que tinham dividido a
igreja em facções. Estas se intrometeram na mais santa das práticas de culto.
"Eu
em parte o creio" é um sinal de que Paulo não era crédulo. Não aceitava
todas as histórias que ouvia. Nesta ocasião, ele reconhecia que havia algum
exagero no relato que lhe chegara, mas reconhecia também uma desagradável
parcela de verdade.
19.
Filosoficamente aceita a inevitabilidade de “heresias” (AV), haireseis. Esta
palavra vem de uma raiz que salienta a ideia de escolha. Vem a significar a
escolha de um grupo de opiniões e, dali os que fizeram uma escolha parecida. A
princípio não há necessariamente nenhum sentido pejorativo ligado a ela. É
empregada com relação aos saduceus (At 5:17), aos fariseus (At 15:5) e aos
cristãos (At 24:5, 14). Mas pode ser uma das “obras da carne” (G1 5:20), e é
este o seu sentido aqui. É o mesmo tipo de coisa que as “divisões” do versículo
18. É só quando os que escolhem de maneira obstinada aparecem, que os aprovados
se tornam conhecidos. A ideia de aprovados, dokimoi, é a de ter alguém
resistido à prova. Obviamente, se tais pessoas aparecerem, o teste será
necessário.
20.
O adjetivo kuriakon, traduzido por do Senhor, acha-se no Novo Testamento
somente aqui e em Ap 1:10. Salienta a relação com o Senhor. As desordens em
Corinto são tão graves que, quando a igreja se reúne para o sacramento, não é a
ceia do Senhor que ela come. As desordens lhe deram um caráter diferente. Não é
mais do Senhor.
1.
Este versículo revela que em Corinto a Santa Comunhão (Santa Ceia) não era uma
refeição simbólica apenas, como o é conosco, mas uma refeição de verdade. Além
disso, parece claro que era uma refeição à qual cada um dos participantes
levava comida. Refeições comuns desse tipo, em que os ricos compartilham com os
pobres, às vezes ocorriam nas religiões pagãs, onde eram chamadas eranoi. Por algum
tempo, houve na igreja primitiva, em associação com a Santa Comunhão (Santa
Ceia), uma refeição denominada agapê, ou “festa de amor” (2 Pe 2:13; Jd 12; ver
a RV). Mas, em Corinto, o que se fazia era um arremedo do amor. Os coríntios
não chegavam sequer aos padrões dos pagãos. Cada qual colocava diante de si as
suas provisões, e se punha a comê-las. Na verdade, comia “antes” (AV) do seu
vizinho, o que dá descrição de uma contenda indigna, ou talvez de alguns que,
tendo levado comida, começavam impacientemente a comer antes da chegada de
outros (muitas vezes os escravos não podiam chegar cedo). O desenlace era que
alguns, que eram pobres, iam-se com fome, e outros, que eram ricos, bebiam
demais. Há um agudo contraste entre os pobres com fome (a quem faltava o
alimento necessário), e os ricos embriagados. Não havia a intenção, ao se
programar a refeição, de fazê-la comum, com real coparticipação. Vemos que as
divisões do versículo 18 eram baseadas na situação financeira e na posição
social.
22.
Uma típica série de perguntas retóricas malha o erro dessa prática. A casa da
gente é o lugar onde se há de satisfazer a fome e a sede. Comportar-se como os
coríntios é desprezar a igreja, essa igreja cuja dignidade é exposta com o
acréscimo da expressão de DEUS. É envergonhar os pobres. Não há lugar para
louvor nenhum.
ii.
Uma rememoração da instituição (11:23-26).
É
praticamente certo que esta epístola foi escrita antes de qualquer dos
evangelhos, o que significa que este é o mais antigo relato que temos da
instituição da Santa Comunhão (Santa Ceia). Na verdade, é o mais antigo relato
de quaisquer palavras de nosso Senhor. É um dos bem poucos incidentes da vida
terrena de nosso Senhor que Paulo descreve pormenorizadamente. Há alguns traços
deste relato que não encontramos em nenhum outro lugar; por exemplo, a ordem
para continuar a ministração do ofício “até que ele venha” (v. 26).
23.
Os verbos recebi e entreguei (paralambanõ e paradidõmi) são quase termos
técnicos para os atos de receber e passar adiante as tradições cristãs (cf. o
v. 2). Isto, considerado com a probabilidade geral, leva a maioria dos
comentadores a achar que Paulo não deve ser tomado como querendo dizer que
tivera uma revelação especial do Senhor sobre esta matéria. Contra isso está o
enfático eu, egõ, que no grego inicia este versículo. Não parece haver razão
pela qual Paulo deva dizer “eu recebi do Senhor”, se quer dizer, “eu recebi
doutros homens uma tradição que em última análise procede do Senhor”. Existem
várias referências a revelações feitas diretamente a Paulo (At 18:9, 10; 22:18;
23:11; 27:23-25; G1 1:12; 2:2; 2 Co 12:7). Parece que este é outro caso desses.
A noite em que foi instituído o sacramento é mencionada, "na noite em que
foi traído" (melhor, “em que estava sendo traído” ). Paulo revela o
caráter pungente da instituição dessa festa de amor que haveria de trazer tanta
força e tanto consolo para os cristãos, na mesma hora em que a malignidade
humana estava empenhada em entregar o Salvador a Seus inimigos.
24.
Um ponto de menor importância, mas interessante, é que Mateus e Marcos utilizam
o verbo “abençoar” quanto ao pão, enquanto Lucas emprega o mesmo verbo que
Paulo usa. Todos os três usam “dar graças” quanto ao vinho. Não há diferença
importante entre estas expressões, pois a oração em ação de graças teria
começado “Bendito és Tu, ó Senhor” (10:16). Provavelmente devemos omitir as
palavras, “Tomai, comei” (AV). Não constam dos melhores MSS (assim na ARA), e
são a espécie de acréscimo de harmonização que os escribas fariam naturalmente.
JESUS partiu o pão, e disse, Isto é o meu corpo (Moffatt, “Isto significa o meu
corpo” ). Estas palavras têm sido usadas como texto-prova para doutrinas como a
da transubstanciação e a da consubstanciação com a sua realista identificação
do pão com o corpo de CRISTO. Todavia, "é" pode indicar várias
espécies de identificação, como vemos do seu emprego em passagens como Jo 8:12;
10:9; 1 Co 10:4, para não citar outras mais. Além disso, no versículo seguinte
o cálice não é “o meu sangue”, mas, “a nova aliança no meu sangue”. As palavras
não provam tudo que os advogados dessas teorias desejariam. Por outro lado, não
devem ser diminuídas a ponto de dar-nos um conceito “zwingliano”, de que o
ofício da Ceia não é nada mais que uma ocasião em que pensamos em CRISTO. Há
uma dádiva muito real do Salvador no sacramento, não menos real por ser
essencialmente espiritual. “O sacramento é um meio de comunhão com o corpo e o
sangue de CRISTO, e um meio pelo qual a fé se apropria das bênçãos que fluem de
CRISTO glorificado, em virtude de Sua morte” (Edwards).
As
palavras seguintes são, “que é por vós”. Os MSS de que depende a AV inserem
“partido”, outros, “dado” (ARA) ou “ferido”. O relato de Paulo deixa de dar a
palavra. A ênfase é à obra vicária de CRISTO. O que aconteceu com o corpo foi
por nós. Houve propósito em Seu sofrimento, e esse propósito estava dirigido
para o Seu povo.
Fazei
isto é presente contínuo: “Continuai fazendo isto”. Isto é importante, pois há
alguma dúvida textual sobre Lc 22:19. Se julgar que a última parte desse
versículo não faz parte do verdadeiro texto, este é o único registro do
mandamento para dar continuidade à Comunhão, conquanto não devamos passar por
alto a significação da prática regular da igreja desde os seus primeiros tempos
(At 2:42).
Memória
é anamríêsis, que significa a atividade de chamar à memória. Partindo e
recebendo o pão, evocamos os sofrimentos de CRISTO por nós.
De
mim é enfático (emêti, não mou). Salienta a natureza Cristocêntrica do ofício.
25.
Não há o verbo tomou no grego, apesar de que este talvez dê o sentido dele. A
linguagem é tersa e vívida. A impressão deixada é a de que o pão foi partido e
partilhado durante o transcurso da refeição, e o cálice foi tomado no fim. A
palavra diathêkê, “testamento” (AV), apresenta alguns problemas, demasiado
complexos para serem discutidos aqui.
Sucintamente,
diathêkê ê palavra grega usual para “última vontade e testamento” (daí, a AV).
Este é praticamente o único sentido que ela tem em geral nos escritos gregos, e
isso ocorre com muita frequência. Mas no Velho Testamento grego a palavra é
empregada regularmente para traduzir o termo hebraico para “aliança” (277
vezes). A questão, no Novo Testamento, é, “Deve-se entender diathêkê como
empregado geralmente no grego, ou como no Velho Testamento grego?”
Provavelmente a resposta difere de passagem a passagem. Aqui o sentido será
“aliança” (como na ARA). JESUS está-se referindo à “nova aliança” profetizada
em Jr 31:31 ss. A ideia de aliança domina o Velho Testamento. O povo entrou
numa aliança com o Senhor (como vem narrado em Êx 24), e daí em diante era o
povo de DEUS. A profecia de Jeremias mostra que isto não era permanente, mas
que, no devido tempo, a velha aliança seria substituída por uma nova, baseada
no perdão de pecados, e com a lei de DEUS escrita no coração das pessoas. JESUS
está dizendo, pois, que o derramamento do Seu sangue é o meio de estabelecer a
nova aliança. Propicia perdão de pecados, e abre o caminho para a atividade do
ESPÍRITO SANTO no coração do crente. Todo o sistema judaico é substituído pelo
cristão, e tudo se centraliza na morte do Senhor, que estabelece a nova
aliança. Meu é o enfático em os. O lugar do Senhor é absolutamente central.
26.
Apresenta-se a importância de obedecer à ordem de CRISTO para continuar a observância
da festa. A palavra importante aqui é a traduzida por “mostrais” (AV;
katangellõ). Na Comunhão recebemos a CRISTO. Não O apresentamos nem Seu
sacrifício ao Pai. Apresentamos, e podemos apresentar, somente a nós próprios.
Katangellõ significa “anunciar” (assim na ARA), “proclamar”. No Novo Testamento
é empregado mormente com referência à pregação do Evangelho. Sempre denota uma
atividade exercida para com os homens, e nunca uma atividade exercida para com
DEUS. Assim, aqui significa que a solene observância do ofício da Santa
Comunhão (Santa Ceia) é uma vivida proclamação da morte do Senhor. Em palavra e
em símbolo a morte de CRISTO pelos homens é exposta diante deles. “A eucaristia
é um sermão dramatizado, uma proclamação dramatizada da morte que ela comemora”
(Robertson e Plummer). Até que ele venha lembra-nos o aspecto escatológico da
Santa Comunhão (Santa Ceia). Olha prospectivamente para o dia em que o Senhor
voltará. Não será necessária na nova ordem que surgirá então. Mas até esse dia,
ela nos manterá atentos, não só quanto à primeira vinda do Senhor, quando Ele
sofreu por nossos pecados, mas também quanto ao Seu segundo advento, quando Ele
virá para levar-nos para Si.
iii.
O resultado prático (11:27-34).
Paulo
agora se põe a falar da maneira pela qual o ofício deve ser dirigido. A
exposição que acabou de fazer do sentido do serviço da Ceia levanta a questão
da esfera das minúcias litúrgicas. É a observância de um rito extremamente
solene, instituído pessoalmente pelo Senhor, e pleno de significação profunda e
sagrada. Como tal, deve ser observado com indefectível reverência.
27.
Por isso, hoste, salienta consequência. É por causa da significação esboçada há
pouco que os homens devem observar com o devido cuidado o serviço litúrgico. Há
um sentido em que todos têm que participar indignamente, pois ninguém jamais
pode ser digno da bondade de CRISTO para conosco. Mas noutro sentido podemos
vir dignamente, isto é, com fé, e com a devida realização de tudo que é
pertinente a tão solene rito. Negligenciar nisto é vir indignamente no sentido
aqui censurado. O homem que age assim é réu do corpo e do sangue do Senhor. A
grandeza da dávida oferecida é a medida da grandeza da sua culpa.
28.
Examine-se é dokimazetõ, “testar”, “provar”. Muitas vezes é empregado quanto à
prova de metais. Paulo quer dizer que ninguém deve entender a Santa Comunhão
(Santa Ceia) como uma coisa natural, como qualquer outro serviço litúrgico. É
um rito solene, instituído pessoalmente pelo Senhor, carregado de profunda
significação. Antes de tomarmos parte em tal serviço, o mínimo que podemos
fazer é um rigoroso autoexame. Deixar de fazê-lo resultará em comungar
“indignamente” (v. 27). De passagem notamos que a referência a pão no momento
em que se recebe o elemento (e não “o corpo do Senhor” ) não concorda com
teorias como a da transubstanciação. O pão continua pão.
29.
“Indignamente” (AV) parece não fazer parte do verdadeiro texto, e o sentido é o
da RV. “Maldição” ou “danação” (AV) é tradução forte demais de krima, que
significa antes “condenação”. Paulo não quer dizer que a pessoa que comunga
erroneamente incorre na pena eterna, mas cai sob a medida de condenação
apropriada a seu ato. Sem discernir. O corpo (a AV acrescenta, “do Senhor” ) é
difícil. O verbo diakririõ significa “distinguir”, e assim, “discernir”,
“separar”. Aqui significará distinguir a ceia do Senhor de outras refeições,
isto é, não a considerar como qualquer outra refeição. O verdadeiro texto diz
“o corpo” (como na ARA), não “o corpo do Senhor”, embora, naturalmente, não
haja diferença no sentido. Alguns acham que o corpo é a igreja, como em 12:13;
Cl 1:18. Mas não parece haver razão real para pensar que o termo significa
coisa diferente daquilo que ele significa no versículo 27. Ao mesmo tempo há
marcante ênfase nesta passagem toda à natureza corporativa do rito, e à
responsabilidade de cada um por todos.
30.
Males espirituais podem ter resultados físicos. Paulo informa seus amigos de
que a razão da má saúde e mesmo da morte de alguns deles tem atrás de si uma
atitude errada para com este ofício sumamente solene. Alguns veem aí uma
referência aos resultados da bebida excessiva (v. 21). Mas o que Paulo quer
dizer é, provavelmente, não algo que deveríamos chamar de resultados “naturais”
do excesso, mas a mão punidora do Senhor (v. 32).
31,
32. Os coríntios evidentemente achavam que havia pouca coisa errada com eles.
Mas Paulo expõe o valor do correto e sistemático julgamento de nós mesmos.
Devemos desenvolver a prática (esta é a força do tempo imperfeito) de “distinguir-nos
a nós mesmos” (assim, melhor do que “julgar-nos a nós mesmos” ), isto é,
distinguir entre o que somos e o que devíamos ser (o verbo é diakrinõ, como no
v. 29). Barclay o verte, “se nós discerníssemos verdadeiramente a que somos
semelhantes”. Então não devemos achar-nos julgados, isto é, objetos da espécie
de julgamento de que Paulo falou no versículo anterior. “Somos castigados pelo
Senhor” (AV; ARA: disciplinados) significa que essas desgraças não são males
incógnitos, mas sinais do amor de DEUS. São enviados para fazer-nos voltar do
caminho errado, para que não participemos da condenação do mundo.
33,34.
Decorrente dessa discussão (hoste, assim), Paulo conclui a matéria. Concita-os
a esperar uns pelos outros quando se reúnem para comer. Vale dizer que ele quer
que à desastrosa contenda do versículo 21 cesse. Na verdade, o propósito da
ceia do Senhor não é saciar a fome física, de modo nenhum. Se alguém está com
fome, coma em casa. Assim Paulo insta com eles, que evitem a condenação. Estas
são as coisas urgentes. Transparece que ele sabia que existiam outras questões
concernentes à ministração do sacramento, questões que não eram tão urgentes.
Estas podiam esperar até à ocasião em que ele fosse a Corinto. Incidentalmente,
quando é o indefinido hõs an. Ele não sabia quando seria.
I
Coríntios- Introdução e Comentário, Rev. CANON LEON MORRIS, SOCIEDADE RELIGIOSA
EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO
A
IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA
A
Ceia do Senhor é um ato de suma importância, em si mesmo e na vida do crente.
O
QUE É A SANTA CEIA
A
Santa Ceia não é apenas um ato celebrado pela igreja, mas também uma
proeminente doutrina bíblica.
O
que nos lembra a Santa Ceia?
A
Santa Ceia lembra as refeições dos discípulos em companhia de JESUS, lembra o
arrebatamento de CRISTO em sua primeira vinda e lembra a paixão e a morte de
CRISTO em nosso lugar, bem como a sua segunda vinda.
1.
Definição e designações.
Paulo
recebeu o ensino da Santa Ceia, segundo a bíblia, diretamente do Senhor:
"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei". 1 Co 11
Paulo
provavelmente recebeu instruções sobre a ceia durante o tempo em que estivera a
sós com DEUS no monte, na Arábia, sobre os quais as Escrituras silenciam (Gl
1.11,12, 15-17).
2.
Ordenança ou sacramento.
A
Ceia do Senhor é conhecida pelos evangélicos como ordenança, por constituir-se
numa ordem dada por CRISTO aos santos apóstolos.
A
Santa Ceia é uma sacramento da Igreja para os católicos romanos e certas alas
do protestantismo.
OS
ELEMENTOS DA SANTA CEIA
Elementos
da Santa Ceia: o pão e o vinho.
O
pão e o vinho por representarem, respectivamente, o corpo e o sangue do Senhor
JESUS. O pão e o vinho são, biblicamente, o memorial do Calvário; representam o
corpo e o sangue de CRISTO.
1.
O pão. "Eu sou o pão da vida..."
Por
que o pão é um dos elementos da Santa Ceia do Senhor?
Por
ser este alimento o símbolo da vida, JESUS assim identificou-se aos seus
discípulos (Jo 6.35). Quando o pão é partido, vem-nos à memória o sacrifício
vicário de CRISTO. ELE deu sua vida em resgate da humanidade caída e
escravizada pelo Diabo.
2.
O vinho. "fruto da vide" e "cálice do Senhor"
Por
que o vinho é um dos elementos da Santa Ceia do Senhor?
Porque
lembra-nos o sangue de CRISTO vertido na cruz para redimir a todos os filhos de
Adão.
LIÇÕES
DOUTRINÁRIAS DA SANTA CEIA
Lições
ou ensinos doutrinários da Ceia do Senhor até a volta de JESUS.
1.
A Santa Ceia é um mandamento do Senhor.
Ele
ordenou por duas vezes: "fazei isto em memória de mim" (vv.24,25
2.
É um memorial divino.
"Em
memória de mim" (vv.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de DEUS em
nosso lugar (1 Pe 1.18,19; Jo 1.29). Como tal, a Santa Ceia comemora algo
já realizado (Lc 22.19).
Assim
como a sociedade, o governo, o povo, as instituições particulares têm seus
memoriais, aos quais estimam, honram e preservam, nós temos muito mais razão,
dever, direito e prazer de sempre participar da Ceia do Senhor.
3.
É uma profecia a respeito da volta de JESUS.
"Anunciais
a morte do Senhor até que venha" (v.26). A igreja ao celebrar a Ceia do
Senhor, está também anunciando a todos a sua vinda. "E digo-vos que, desde
agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo
convosco no reino de meu Pai" (Mt 26.29).
4.
Deve ser precedida de autoexame do participante (v. 25).
Trata-se
do autojulgamento do cristão diante de DEUS, quanto ao seu estado espiritual
(v.31). Esse autoexame deve ser feito com o auxílio do ESPÍRITO SANTO e tendo a
nossa consciência alinhada às Escrituras.
5.
A ceia do Senhor e o discernimento espiritual do crente.
Participar
da Ceia sem discernir "o corpo do Senhor" (v. 29), é ter os santos
elementos da Ceia como coisas comuns, e não como emblemas do corpo e do sangue
de CRISTO.
6.
É uma ocasião propícia ao recebimento de bênçãos.
"O
cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de CRISTO? O pão que
partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de CRISTO?" (10.16).
Portanto, DEUS pode derramar copiosas bênçãos no momento da ceia. Houve milagres
na preparação da primeira Ceia (Lc 22.10-13).
7.
A Santa Ceia é um momento de gratidão a DEUS.
Na
Ceia do Senhor todo crente deve ser agradecido. "E tendo dado graças"
(v.24). Em todos os registros da Ceia vemos ação de graças a DEUS: 1 Co
11.24; Mt 26.27; Mc 14.23; Lc 22.19.
8.
A Santa Ceia é para os discípulos do Senhor.
Conforme Lucas
22.14, JESUS levou apenas os Doze para a mesa da Páscoa, seguida da Ceia do
Senhor. Se a Ceia fosse para qualquer um, Ele teria chamado a todos sem
distinção. A Santa Ceia é para os santos em CRISTO JESUS.
9.
É um momento de profunda e solene devoção e louvor a DEUS.
"E,
tendo cantado um hino" (Mt 26.30). Como JESUS cantou à sombra da sua cruz,
não podemos compreender, nem explicar!
10.
A Santa Ceia é alimento espiritual.
Toda
ceia destina-se a alimentar. Devemos participar desse SANTO Memorial convictos,
pela fé e esperança de que seremos novamente alimentados espiritualmente.
11.
A Ceia do Senhor condena a duplicidade religiosa.
"Não
podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios"
(10.21). A Santa Ceia é incompatível com a duplicidade da vida espiritual do
cristão (Sl 119.113; Mt 6.24; 2 Co 6.14).
CONCLUSÃO - A
ceia é o Memorial da paixão e morte de Nosso Senhor JESUS CRISTO.
Estudo
sobre a Santa Ceia
A
ORDEM DOS EVENTOS NA ÚLTIMA CEIA DO SENHOR (H.M.S. abril/98)
Tenho
visto muitos estudos sobre o assunto, mas todos eles me parecem obedecer mais a
“pontos de partida lógicos” do que a simples e somente a sequência que emerge
mais naturalmente da Bíblia. (Estes pontos de partida, a meu ver
desnecessários, são que: (1) o lava-pés deve ter ocorrido antes de tudo; (2) o
pão e o cálice só foram repartidos após o definitivo encerramento e retirada de
tudo da refeição pascal; e (3) não é admissível que Judas tenha participado do
pão e do cálice).
Baseamo-nos
na sequência de Lucas porque, dos escritores dos 4 evangelhos, é ele quem se
prende rigorosamente à sequência, à cronologia dos fatos Lc 1:1-3.
A
ordem dos acontecimentos da última ceia do Senhor com seus apóstolos e que me
parece emergir do relato bíblico, simplesmente tomado, é a seguinte:
1.
CRISTO pôs-se à mesa, com os 12 apóstolos |
Mt
26:20 |
Mc
14:17 |
Lc
22:14 |
|
2. CRISTO:
“Desejei muito ... não a comerei mais até que...” |
|
|
Lc
22:15-16 |
|
3. Tomam
a ceia pascal. Conforme Ex 12: cordeiro sem mácula, separado por 4 dias,
sacrificado ao anoitecer, assado na brasa, servido com pães asmos e ervas
amargosas, nada ficando para o amanhecer; todos com lombos cingidos, sapatos
nos pés, cajado nas mãos, apressadamente, memorialmente, por estatuto
perpétuo. Parece que CRISTO comeu apressadamente e terminou a ceia antes dos
apóstolos. Houve um cálice Lc 22:17-18 (e, talvez, pão) nesta ceia pascal,
antes da Ceia do Senhor, que teve lugar logo a seguir. |
||||
4. Tomam
a Ceia do Senhor: Em 1o. lugar, CRISTO abençoa o pão, explica-o,
reparte-o. |
Mt
26:26 |
Mc
14:22 |
Lc
22:19 |
1Co
11:23-24,26 |
5. Em
2o. lugar, CRISTO abençoa o cálice, explica-o, reparte-o, “não mais
beberei dele até que...” |
Mt
26:27-29 |
Mc
14:23-25 |
Lc
22:20 |
1Co
11:25-26 |
6. CRISTO,
turbado em espírito: “Um de vós me há de trair.” |
Mt
26:21 |
Mc
14:18 |
|
João
13:21 |
7. Apóstolos: “Sou
eu, Senhor?” |
Mt
26:22 |
Mc
14:19 |
|
João
13:22 |
8. CRISTO: “O
que põe comigo a mão no prato ... ai daquele ...” |
Mt
26:23-24 |
Mc
14:20-21 |
Lc
22:21-23 |
João
13:18-20 |
9.
João: “Quem é?” |
|
|
|
João
13:23-25 |
10.
CRISTO, só a João: “É aquele ... bocado molhado” (comiam
os restos das duas ceias) |
|
|
|
João
13:26 |
11.
Satanás se apossa de Judas. |
|
|
|
João
13:27a |
12.
Judas Iscariotes: “Sou eu, Rabí?” |
Mt
26:25a |
|
|
|
13.
CRISTO: “Tu o disseste.” |
Mt
26:25b |
|
|
|
14.
CRISTO: “... faze-o depressa.” |
|
|
|
João
13:27b-29 |
15.
Judas sai. |
|
|
|
João
13:30 |
16.
Apóstolos: “Quem de nós será o maior?” |
|
|
Lc
22:24 |
|
17.
CRISTO repreende os apóstolos. |
|
|
Lc
22:25-27 |
|
18.
CRISTO revela aos apóstolos que eles reinarão. |
|
|
Lc
22:28-30 |
|
19.
CRISTO lava os pés dos apóstolos. |
|
|
|
João
13:2-17 |
20.
Hino. |
Mt
26:30a |
Mc
14:26a |
|
|
21.
Saída para o Monte das Oliveiras. |
Mt
26:30b |
Mc
14:26b |
|
|
22.
(no caminho) CRISTO anuncia Sua glorificação, ausência, e novo
mandamento. |
|
|
|
João
13:31-35 |
23.
CRISTO adverte a Pedro. |
Mt
26:31-35 |
Mc
14:27-31 |
Lc
22:31-34 |
João
13:36-38 |
24.
As duas espadas. |
|
|
Lc
22:35-38 |
|
1. CRISTO
pôs-se à mesa, com os 12 apóstolos Mt 26:20; Mc 14:17; Lc 22:14.
(Mat
26:20) E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze.
(Mc
14:17) E, chegada a tarde, foi com os doze.
(Lc22:14)E,
chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos.
2.
CRISTO: “Desejei muito ... não a comerei mais até que...” Lc
22:15-16.
(Lc
22:15-16) E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que
padeça; (16) Porque vos digo que não a comerei mais até que
ela se cumpra no reino de DEUS.
3.
Tomam a ceia pascal. Conforme Ex 12: cordeiro sem mácula, separado por 4 dias,
sacrificado ao anoitecer, assado na brasa, servido com pães asmos e ervas
amargosas, nada ficando para o amanhecer; todos com lombos cingidos, sapatos
nos pés, cajado nas mãos, apressadamente, memorialmente, por estatuto perpétuo.
Parece que CRISTO comeu apressadamente e terminou a ceia antes dos apóstolos.
Houve um cálice Lc 22:17-18 (e, talvez, pão) nesta ceia pascal, antes da Ceia
do Senhor, que teve lugar logo a seguir.
(Lc
22:17) E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o
entre vós; (18) Porque vos digo que já não beberei do fruto
da vide, até que venha o reino de
DEUS. Este 1o. cálice, em
Lc, fez parte da Ceia Pascal (profetizando a morte do Messias, para os judeus),
não da Ceia do Senhor (memorial da morte do CRISTO, para a Igreja), que teve
lugar logo a seguir.
4. (Começam
a tomar a Ceia do Senhor:) O pão: CRISTO o abençoa, explica simbolismo
memorial, reparte. Mt 26:26; Mc 14:22; Lc 22:19; 1Co 11:23-24,26.
(Mat
26:26) E, quando comiam, JESUS tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu
aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
(Mc14:22)
E, comendo eles, tomou JESUS pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse:
Tomai, comei, isto é o meu corpo.
(Lc
22:19) E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo:
Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.
(1Co
11:23) Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS,
na noite em que foi traído, tomou o pão; (24) E, tendo dado
graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por
vós; fazei isto em memória de mim. (26) Porque todas as vezes
que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até
que venha.
5. O
cálice: CRISTO o abençoa, explica simbolismo memorial, reparte, “não mais dele
beberei até que...”. Mt 26:27-29; Mc 14:23-25; Lc 22:17-18,20; 1Co 11:25-26.
(Mat
26:27) E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele
todos; (28) Porque isto é o meu sangue; o sangue do novo
testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos
pecados. (29) E digo-vos que, desde agora, não beberei deste
fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.
(Mc
14:23) E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam
dele. (24) E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do
novo testamento, que por muitos é derramado. (25) Em verdade
vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber,
novo, no reino de DEUS.
(20)
Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo
testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
(1Co
11:25) Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este
cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que
beberdes, em memória de mim. (26) Porque todas as vezes que
comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que
venha.
6. CRISTO,
turbado em espírito: “Um de vós me há de trair.” Mt 26:21; Mc 14:18;
João 13:21.
(Mat
26:21) E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de
trair.
(Mc
14:18) E, quando estavam assentados a comer, disse JESUS: Em verdade vos digo
que um de vós, que comigo come, há de trair-me.
(João
13:21) Tendo JESUS dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na
verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair
7. Apóstolos: “Sou
eu, Senhor?” Mt 26:22; Mc 14:19; João 13:22.
(Mat
26:22) E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe:
Porventura sou eu, Senhor?
(Mc
14:19) E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Sou eu? E
outro disse: Sou eu?
(João
13:22) Então os discípulos olhavam uns para os outros, duvidando de quem ele
falava.
8.
CRISTO: “O que põe comigo a mão no prato ... ai daquele ...” Mt
26:23-24; Mc 14:20-21; Lc 22:21-23.
(Mat
26:23) E ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato, esse me há
de trair. (24) Em verdade o Filho do homem vai, como acerca
dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom
seria para esse homem se não houvera nascido.
(Mc
14:20) Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que põe comigo a mão no
prato. (21) Na verdade o Filho do homem vai, como dele está
escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria
para o tal homem não haver nascido.
(Lc
22:21) Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa.
(22) E, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai
daquele homem por quem é traído! (23) E começaram a perguntar
entre si qual deles seria o que havia de fazer isto.
9. João: “Quem
é?” João 13:23-25.
(João
13:23) Ora, um de seus discípulos, aquele a quem JESUS amava, estava reclinado
no seio de JESUS. (24) Então Simão Pedro fez sinal a este,
para que perguntasse quem era aquele de quem ele falava. (25)
E, inclinando-se ele sobre o peito de JESUS, disse-lhe: Senhor, quem é?
10.
CRISTO, só a João: “É aquele ... bocado molhado” João 13:26. (estavam
comendo os restos das duas ceias)
(João
13: 26) JESUS respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o
bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão
11.
Satanás se apossa de Judas. João 13:27a
(João
13:27a) E, após o bocado, entrou nele Satanás. ...
12.
Judas Iscariotes: “Sou eu, Rabí?” Mt 26:25a.
(Mat
26:25a) E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi?.
13.
CRISTO: “Tu o disseste.” Mt 26:25b.
(Mat
26:25b) Ele disse: Tu o disseste.
14.
CRISTO: “... faze-o depressa.” João 13:27b-29.
(João
13:27b-30) ... Disse, pois, JESUS: O que fazes, faze-o depressa. (28) E nenhum
dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera
isto. (29) Porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns
que JESUS lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa; ou que
desse alguma coisa aos pobres.
15.
Judas sai. João 13:30.
(João
13:30) E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite.
16.
Apóstolos: “Quem de nós será o maior?” Lc 22:24.
(Lc
22:24) E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior
17.
CRISTO repreende os apóstolos. Lc 22:25-27.
(Lc
22:25) E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm
autoridade sobre eles são chamados benfeitores. (26) Mas não
sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa
como quem serve. (27) Pois qual é maior: quem está à mesa, ou
quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como
aquele que serve
18.
CRISTO revela aos apóstolos que eles reinarão. Lc 22:28-30.
(Lc
22:28) E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas
tentações. (29) E eu vos destino o reino, como meu Pai mo
destinou, (30) Para que comais e bebais à minha mesa no meu
reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel.
19.
CRISTO lava os pés dos apóstolos. João 13:2-17.
(João
13:2) E, acabada a ceia, tendo o diabo posto no coração de Judas Iscariotes,
filho de Simão, que o traísse, JESUS,
(3) sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que
havia saído de DEUS e ia para DEUS, (4) Levantou-se da ceia,
tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se. (5) Depois
deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a
enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. (6)
Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a
mim? (7) Respondeu JESUS, e disse-lhe: O que eu faço não o
sabes tu agora, mas tu o saberás depois. (8) Disse-lhe Pedro:
Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe JESUS: Se eu te não lavar, não tens parte
comigo. (9) Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus
pés, mas também as mãos e a cabeça. (10) Disse-lhe JESUS: Aquele que está
lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora
vós estais limpos, mas não todos. (11) Porque bem sabia ele
quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais
limpos. (12)Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas
vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho
feito? (13) Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem,
porque eu o sou. (14) Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós
deveis também lavar os pés uns aos outros. (15) Porque eu vos
dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
(16)Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu
senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. (17)
Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.
20.
Hino. Mt 26:30a; Mc 14:26a.
(Mat
26:30a) E, tendo cantado o hino, ...
(Mc
14:26a) E, tendo cantado o hino, ...
21.
Saída para o Monte das Oliveiras. Mt 26:30b; Mc 14:26b; Lc 22:39.
(Mat
26:30b) ... saíram para o Monte das Oliveiras.
(Mc
14:26b) ... saíram para o Monte das Oliveiras.
22.
(no caminho) CRISTO anuncia Sua glorificação, ausência, e novo mandamento. João
13:31-35.
(João
13:31-35) Tendo ele, pois, saído, disse JESUS: Agora é glorificado o Filho do
homem, e DEUS é glorificado nele. (32) Se DEUS é glorificado
nele, também DEUS o glorificará em si mesmo, e logo o há de
glorificar. (33) Filhinhos, ainda por um pouco estou
convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou
não podeis vós ir; eu vo-lo digo também agora. (34) Um novo
mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que
também vós uns aos outros vos ameis. (35) Nisto todos conhecerão que sois
meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
23.
CRISTO adverte a Pedro. Mc 14:27-31; Lc 22:31-34; João 13:36-38.
(Mc
14:27) E disse-lhes JESUS: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim;
porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se
dispersarão. (28) Mas, depois que eu houver ressuscitado,
irei adiante de vós para a Galileia. (29) E disse-lhe Pedro:
Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu. (30) E
disse-lhe JESUS: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo
cante duas vezes, três vezes me negarás. (31) Mas ele disse
com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum
te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.
(Lc
22:31) Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos
cirandar como trigo; (32) Mas eu roguei por ti, para que a
tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus
irmãos. (33) E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir
contigo até à prisão e à morte. (34) Mas ele disse: Digo-te,
Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces
(João
13:36-38) Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? JESUS lhe respondeu:
Para onde eu vou não podes agora seguir-me, mas depois me
seguirás. (37) Disse-lhe Pedro: Por que não posso seguir-te
agora? Por ti darei a minha vida. (38) Respondeu-lhe JESUS:
Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo que não cantará o
galo enquanto não me tiveres negado três vezes.
24.
As duas espadas. Lc 22:35-38.
(Lc
22:35) E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas,
faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.
(36) Disse-lhes pois: Mas agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como também o
alforje; e, o que não tem espada, venda a sua capa e
compre-a; (37) Porquanto vos digo que importa que em mim se
cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o que está
escrito de mim terá cumprimento. (38) E eles disseram:
Senhor, eis aqui duas espadas. E ele lhes disse: Basta.
APÊNDICE:
No
ano 32 segundo nosso calendário, CRISTO foi traspassado e verteu todo Seu
sangue ao anoitecer de uma quarta-feira (nossa). Para os judeus, esta
ocasião foi o fim do dia 14 de Nissan, portanto foi a hora da imolação do
cordeiro da Páscoa e o início do quinto dia da semana. Este quinto dia da
semana foi também considerado um sábado (que significa dia de cessação dos
trabalhos), pois, sendo o primeiro dia da festa dos pães asmos, era dia
religioso a ser guardado em descanso. CRISTO ressuscitou durante a noite do
sábado para o domingo. Portanto, como tinha profetizado, CRISTO ficou
exatamente 3 dias completos e 3 noites completas no seio da terra, com a porta
do túmulo fechada, até que ressuscitou e dele saiu.
Por
tudo isso, a última ceia do Senhor com seus apóstolos ocorreu numa noite da
terça para a quarta-feira, noite que chamaríamos 13 de abril mas que, para
CRISTO, já era 14 de Nissan e, para outros judeus, era 13 de Nissan.
Notemos
que, devido a diferenças na determinação da hora exata da uma lua cheia, em
certos anos havia alguns judeus que começavam a contar o 1o. dia do ano antes
dos demais. Isto ocorreu naquele ano. Para CRISTO e seus discípulos, aquela
terça-feira era 14 de Nissan, enquanto para os demais era somente 13 de Nissan.
Por isso, CRISTO guardou a Páscoa 1 dia antes dos demais.
Julgue
se assim mesmo e aproveite o que for bom.
(http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/SequenciaEventosNoiteUltimaCeiaSenhor-Helio.htm)
A
refeição no noivado e casamento tem muito a ver com a ceia:
Jo
14.3- “E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para
mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.
DEUS
sempre vem ao homem no nível em que ele se encontra, de maneira simples e
cotidiana, e aqui JESUS usa a figura do noivado judaico (hebreus) para infundir
fé em seus ouvintes a respeito de sua volta para buscar-nos; vejamos:
1- Quem
escolhia a noiva era a pai do noivo (Gn 24.2-4), compare com Rm 8.29 onde DEUS
nos escolhe para seu filho.
2-
O costume era que a escolhida fosse a filha mais velha, mas se a mesma fosse
maior (acima de 18 anos), poderia aceitar ou não o noivo (Gn 29.24-26), compara
com Jo 1.11,12 aonde JESUS veio para ISRAEL (a filha mais velha, porém de
maior), mas estes não o receberam, assim JESUS escolheu a nós (gentios filhos
mais novos que não eram os escolhidos, para sermos sua noiva, a Igreja).
3-
No noivado o noivo ia à casa da noiva para cear e confirmar o compromisso
(Gn 24.54), compare com Mt 22.14-20 aonde JESUS vem a nossa casa (o mundo) e
ceia conosco (representados pelos apóstolos).
4- O
noivo deixava um penhor como prova de que ia voltar para buscar a noiva (Gn
24.53), compare com Ef 1.13,14 onde o ESPÍRITO SANTO nos é dado como penhor e
prova de que o SENHOR voltará para nos buscar. (2 Ts 2.7)
5- A
noiva era comprada por preço de ouro (Gn 24.47), compare com 1 Co
6.19,20 e At 20.28 onde a palavra de DEUS nos diz que fomos comprados pelo
sangue de JESUS CRISTO derramado na cruz do calvário (o preço maior que
existe).
6- O
noivo ia preparar uma casa para o casal, ao lado da casa de seu pai (Gn 24.67),
compare com a leitura em Jo 14.2 onde JESUS diz que na casa de nosso pai existem
muitas moradas e que ELE ia nos preparar lugar.
7- O
noivo mandava recados e recebia recados da noiva através de algum emissário
(a), dizendo como é que gostava da noiva: Se bem-vestida, modo de falar
correto e santo, etc... Também dizia que era pra esperá-lo, pois a casa
estava quase pronta e ele estava voltando; compare com Hb 13.7 e 13.14; Ef 5.19
e 5.25-27; Ap 22.7 e 22.20; etc..., Onde JESUS está nos exortando a
continuarmos firmes, com uma vida santa e irrepreensível e o ESPÍRITO SANTO
sempre nos avisando: JESUS ESTÁ VOLTANDO, a casa está quase pronta, prepara-te.
Sf
1.7 “Cala-te diante do Senhor DEUS, porque o dia do Senhor está perto; pois o
Senhor tem preparado um sacrifício, e tem santificado os
seus convidados”.
Sobre
os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
Quando
ocorria a festa da Páscoa?
A
festa da Páscoa era uma das celebrações que ocorria na primavera.
A
palavra Páscoa é derivada de qual verbo hebraico e qual é o seu significado?
A
palavra é derivada do verbo hebraico pasah, com o sentido de "passar por
cima".
O
que o vinho na Santa Ceia simboliza?
O
vinho é um símbolo da Nova Aliança, que foi selada com o sangue de JESUS, o
Cordeiro de DEUS.
O
que simboliza o pão?
O
pão simboliza o corpo de JESUS.
O
que significa, para você, participar da Santa Ceia?
Resposta
livre.
Questionário da Lição
11 - A Última Ceia
2º
trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico
Amado.
Comentarista:
Pastor: José Gonçalves
Complete
os espaços vazios e marque com "V" as respostas Verdadeiras e com
"F" as Falsas, conforme a revista da CPAD.
TEXTO
ÁUREO
1-
Complete:
"Alimpai-vos,
pois, do ________________________ velho, para que sejais uma nova
______________________, assim como estais sem ______________________ Porque
CRISTO, nossa _____________________, foi sacrificado por nós." (1 Co 5.7).
VERDADE
PRÁTICA
2-
Complete:
A
Páscoa comemorava a________________________ do Egito. A ____________________ do
Senhor celebra a libertação do _____________________.
I.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA
3-
Como foi a instituição da Páscoa judaica?
(
) A festa da Páscoa era uma das celebrações que ocorria na primavera.
(
) A festa da Páscoa era uma das celebrações que ocorria no inverno.
(
) A palavra é derivada do verbo hebraico pasah, com o sentido de "passar
por cima".
(
) Essa festa tem sua origem nos dias que antecedem o êxodo dos israelitas do
Egito, conforme narrado em Êxodo 12.
(
) Até esse momento, Faraó relutava em deixar os israelitas partirem conforme a
determinação do Senhor.
(
) A consequência dessa obstinação do governante egípcio foi o julgamento divino
que veio na forma de uma grande mortandade nos lares egípcios.
(
) Somente os primogênitos das famílias egípcias seriam atingidos, pois os
hebreus estavam protegidos com o sangue do cordeiro pascal.
(
) O sangue do cordeiro era um tipo do sangue de CRISTO, o cordeiro de DEUS que
tira o pecado do mundo.
4-
Como era o ritual da Páscoa judaica.
(
) A Páscoa judaica obedecia a um ritual detalhado.
(
) Todavia, de acordo com Êxodo 12.3-12, os preparativos teriam início aos dez
do mês com a escolha de um cordeiro, ou cabrito, para cada família.
(
) Nunca se podia dividir o cordeiro, com ninguém fora da família.
(
) A família, sendo pequena poderia então convidar o vizinho.
(
) O cordeiro, que seria guardado até ao décimo quarto dia, deveria ser de um
ano e sem defeito.
(
) No final do décimo quarto dia era imolado.
(
) O sangue era posto sobre as ombreiras e vergas das portas das casas judaicas.
(
) O cordeiro deveria ser comido assado e com pães asmos e ervas amargas.
(
) O resto que sobrasse deveria ser queimado.
(
) Os participantes da Páscoa deveriam ter os lombos cingidos, sandálias nos pés
e cajado na mão.
(
) Era a Páscoa do Senhor.
II.
A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA
5-
Como foi a preparação da última Páscoa para JESUS e seus discípulos?
(
) Ao responder à pergunta dos discípulos sobre onde se daria os preparativos da
Páscoa, JESUS encaminha-os a um homem com um odre de água.
(
) Ao responder à pergunta dos discípulos sobre onde se daria os preparativos da
Páscoa, JESUS encaminha-os a um homem com um cântaro de água.
(
) Lucas deixa claro que CRISTO, como filho de DEUS e capacitado pelo ESPÍRITO
SANTO, possuía conhecimento prévio dos fatos.
(
) O expositor bíblico Anthony Lee Ash, observa que o homem com um cântaro de
água seria facilmente notado, pois esse era um trabalho de mulher.
(
) Os hospedeiros costumavam oferecer suas casas durante a festa, em troca das
peles de animais e utensílios usados para a refeição.
(
) O preparo da Páscoa incluiria a busca de fermento na casa (retirar) e o
preparo dos vários elementos da refeição.
6-
Como foi a celebração da última Páscoa e pelo que ela foi substituída?
(
) JESUS possuía consciência de que a sua morte na cruz se aproximava e que Ele
era o Cordeiro de DEUS do qual o cordeiro da Páscoa era apenas um tipo.
(
) Com certeza milhares de cordeiros foram sacrificados em Jerusalém nessa data,
mas somente JESUS era o "Cordeiro de DEUS que tiraria o pecado do
mundo".
(
) Se a Páscoa judaica marcou a libertação do sofrimento do cativeiro egípcio,
agora JESUS, através do seu sofrimento, libertaria a humanidade da escravidão
do pecado.
(
) Se a Páscoa judaica marcou a libertação do sofrimento do cativeiro egípcio,
agora JESUS, através do sua pregação, libertaria a humanidade da consequência
do pecado.
(
) Pedro e João fazem os preparativos exigidos sobre a última Páscoa e é durante
a celebração da última Páscoa que JESUS instituiu a Ceia do Senhor.
(
) No contexto da Nova Aliança a Ceia do Senhor substituiu a Páscoa judaica.
III.
OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA
7-
Qual o primeiro elemento da Páscoa e Santa Ceia mencionado e qual seu
significado?
(
) O terceiro Evangelho faz referência ao uso do cálice por duas vezes, a
primeira delas antes de mencionar o pão.
(
) O terceiro Evangelho faz referência ao uso do cálice por três vezes, a
segunda delas antes de mencionar o pão.
(
) Mas essa reversão da ordem dos elementos não modifica em nada o significado
da Ceia. Nesse particular, a liturgia cristã segue o modelo dos outros
evangelistas e de Paulo, onde o uso do vinho é precedido pelo pão.
(
) Tomando o cálice, JESUS falou: "Este cálice é o Novo Testamento no meu
sangue, que é derramado por vós".
(
) O sentido desse texto é que o vinho é um símbolo da Nova Aliança que foi
selada com o sangue de JESUS, o Cordeiro de DEUS.
8-
Qual o segundo elemento da Páscoa e Santa Ceia mencionado e qual seu
significado?
(
) Após tomar o pão, dar graças e partir, JESUS disse: "Isto é o meu corpo,
que por vós é dado; fazei isso em memória de mim".
(
) JESUS usa a expressão: "isto é o meu corpo" com sentido
escatológico, da mesma forma que Ele disse: "Eu sou o caminho".
(
) JESUS usa a expressão: "isto é o meu corpo" com sentido metafórico,
da mesma forma que Ele disse: "Eu sou a porta".
(
) O pão era um símbolo do corpo de JESUS da mesma forma que o vinho era do seu
sangue.
(
) A palavra "oferecido" traduz o verbo grego didomi, que também
possui o sentido de entregar.
(
) Esse mesmo verbo é usado nos textos de Isaías 53.6,10,12, onde há uma clara
referência a um sacrifício.
(
) O corpo de JESUS seria oferecido vicariamente em favor dos pecadores.
CONCLUSÃO
9-
Complete:
Participar
da Ceia do Senhor é um _________________________ do qual todo cristão deve se
alegrar. Não se trata de um ritual vazio, mas de uma celebração carregada de
significado, porque aponta para o ________________________ do calvário. A Ceia
celebra a _______________________ de CRISTO, o Cordeiro de DEUS, sobre o
_______________________ e suas consequências. Ao participarmos da Ceia, devemos
manter uma atitude de eterna _______________________ ao Senhor por nos haver
dado vida quando nos encontrávamos mortos em nossos delitos. Assim como os
antigos judeus não deveriam celebrá-la com _______________________ em seus
lares, da mesma forma não devemos comemorar a Ceia com o velho fermento do
______________________. Celebremos a Ceia com os asmos da
_______________________.
RESPOSTAS
DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências
Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia
de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia
de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do
Brasil, 2006.
Bíblia
de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e
Corrigida.
Bíblia
de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com
referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida-
EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA
ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD
- http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
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Primeiro
Trimestre de 2007
LIÇÃO 3 – Igreja, batismo e sua finalidade integradora
TEMA –A Igreja e a sua missão
COMENTARISTA : Elienai Cabral
Complemento:
Pr. Luiz Henrique
PERGUNTAS
E RESPOSTAS SOBRE BATISMO NAS ÁGUAS
TEXTO
ÁUREO:
"Portanto
ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do ESPÍRITO SANTO"; (Mt 28.19)
Verdade Prática:
O
batismo em água é uma ordenança de CRISTO à igreja, pela qual o crente dá
testemunho público da sua fé em CRISTO, como seu Salvador e Senhor.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE : Marcos 16. 1 5,16; Atos 2.38,39,41,42; Romanos
6.3,4.
Marcos
1 6
15-
E disse-Ihes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16-
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Atos
2
38
- E disse-Ihes Pedro:
Arrependei-vos,
e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados,
e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.
39-
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que
estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar.
41
- De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e,
naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
42-
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações.
Romanos
6
3-
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em JESUS CRISTO fomos batizados
na sua morte?
4
- De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como
CRISTO ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em
novidade de vida.
COMENTÁRIOS
PARA AUXILIAR OS PROFESSORES E ALUNOS:
INTRODUÇÃO
Os
Batismos do Antigo Testamento
Os
batismos se focam tanto na purificação (seja real ou cerimonial) como na
identificação. Muitas pessoas provavelmente não estão apercebidas do fato que
houve batismos no Antigo Testamento. Hebreus 9:10 fala de "vários
batismos" (frequentemente traduzido por "várias lavagens"), que
faziam parte da economia do Antigo Testamento. O escritor refere-se à três
destas cerimônias batismais nos versos 13, 19 e 22. Em cada verso (juntamente
com suas referências do Antigo Testamento), há uma clara descrição do processo
e do efeito que constituía um batismo do Antigo Testamento. No verso 13, o
escritor fala de um batismo no qual "o sangue de bodes e de touros, e a
cinzas duma novilha, aspergidas sobre o impuro, santifica para a purificação da
carne". Isto se refere a Números 19:17-18. Aqui uma pessoa impura toma um
hissopo, mergulha-o numa vasilha cheia com água, e as cinzas de uma novilha que
tenha sido usada como um sacrifício, e então, asperge-o sobre aquelas pessoas
ou coisas que devem ser limpas cerimonialmente. Em Hebreus 9:19, lemos que
Moisés "tomou o sangue de novilhos e bodes, com água, lã escarlate, e
hissopo, e aspergiu tanto o próprio livro como todo o povo". Isto se refere
a Êxodo 24:6-8, onde novamente vemos que o processo de um batismo do Antigo
Testamento era mergulhar o hissopo e a lã no sangue e aspergi-lo como um meio
de purificação cerimonial. Finalmente, em Hebreus 9:21, há uma descrição de um
processo pelo qual Moisés "aspergiu com o sangue tanto o tabernáculo como
todos os vasos do serviço sagrado". Levítico 8:19 e 16:14,16 provê o pano
de fundo para este batismo do Antigo Testamento. O sacerdote mergulhava seu
dedo no sangue de um touro usado para sacrifício, e então, aspergia o sangue
sobre o propiciatório (representando a expiação). Esta era uma cerimônia que
significava a remoção da impureza dos filhos de Israel. Em cada caso, o
processo de batismo incluía o mergulhar de um instrumento usado para batizar numa
substância, tal como sangue ou água. O instrumento era então usado para
aspergir a(s) pessoa(s) ou coisa(s) a serem batizadas. Este processo tinha o
efeito de identificar a substância usada para o batismo com o qual era
batizada. Como resultado, o povo era considerado cerimonialmente limpo por
aquela substância. O batismo não era o mergulhar, mas o processo de mergulhar e
aspergir, de acordo com a ordem de DEUS.A ênfase destes batismos do Antigo
Testamento não estava no modo do batismo, mas no efeito: limpeza ou
purificação. Estes batismos não representavam algo que o povo fizera, mas algo
que DEUS fez, ao providenciar uma limpeza do pecado e da culpa. Os batismos
eram Seus meios de cerimonialmente providenciar tal purificação.
Agora,
no Novo testamento, o batismo é para confirmação da fé em JESUS CRISTO e seu
sacrifício purificador.
Não
são poucos os que batizam crianças e os que batizam por aspersão, entre esses
estão muitos evangélicos como os presbiterianos e os não evangélicos como
os católicos romanos. Ainda existem os que se batizam pelos mortos como os
mórmons.
O
batismo é realmente uma doutrina importante em nossa fé cristã, pois o
entendimento a seu respeito pode trazer paz com DEUS ou dúvidas mil aos
mal-informados.
Os
que seguem um batismo diferente do revelado pelo ESPÍRITO SANTO, são sempre os
que se baseiam em rituais do Antigo testamento, como se a circuncisão judaica
fosse o batismo e festas do AT como a Páscoa judaica fosse a ceia , tendo o
período da lei e não o da graça salvadora como empecilho à sua fé.. Aliás, a
grande derrota dos "evangélicos modernos ou até modernistas (incluindo
aqui algumas denominações históricas)" é exatamente a volta aos rituais do
Antigo testamento, são os que fazem parte do "CRISTIANISMO JUDAIZANTE",
o quais já estudamos na lição 9 de 2º trimestre de 2006. - Tema:
HERESIAS E MODISMOS. - Combatendo os erros doutrinários. -
Comentarista: Pr. Esequias Soares.
O
BATISMO DE JOÃO BATISTA É O MESMO QUE O CRISTÃO?
NÃO.
O batismo de João que era para arrependimento de pecados, era também para
esperar a vinda de JESUS CRISTO e o batismo cristão é para confirmar, pela fé
que cremos que Ele veio em carne, morreu por nós, ressuscitou e está assentado
à direita do pai donde intercede por nós. At 19. 3
O
arrependimento e conversão do cristão se dá no dia em que se converte a CRISTO
e não no dia do batismo em águas.
Nas
religiões cristãs há pelo menos três tipos de batismo com o uso de água: o de
aspersão, no qual a água é borrifada; o de efusão, pelo qual a água é derramada sobre
a cabeça da pessoa; e o de imersão, no qual a pessoa é mergulhada. Os dois
primeiros tipos surgiram numa época em que ainda se acreditava que o
batismo era fundamental para a salvação. Assim, temendo-se que os doentes não-batizados
morressem antes de serem salvos, levava-se a água até eles. Para os
judeus da época apostólica, o "batizado" era praticado quando um
pagão se voltava ao Judaísmo. A pessoa ficava em pé com a água até o
pescoço enquanto lia-se a lei. Sua submersão das águas era o sinal de que
estava abandonando suas práticas pagãs para aceitar os preceitos do Judaísmo.
Devido
ao sentido original em grego da palavra batismo, ou seja,
"imersão", os evangélicos não atribuem valor à aspersão.
PERGUNTAS
E RESPOSTAS SOBRE BATISMO NAS ÁGUAS
1-
JESUS CRISTO FOI BATIZADO NAS ÁGUAS?
SIM.
Mt 3.13 Então veio JESUS da Galileia ter com João, junto do Jordão,
para ser batizado por ele. 14 Mas João o impedia, dizendo: Eu é que
preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? 15 JESUS, porém, lhe
respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça.
Então ele consentiu. 16 Batizado que foi JESUS, saiu logo da água; e eis
que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO SANTO de DEUS descendo como uma
pomba e vindo sobre ele; 17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o
meu Filho amado, em quem me comprazo. (TRINDADE PRESENTE). (REPARE QUE JOÃO
BATISTA NÃO CONHECIA JESUS COMO FILHO DE DEUS, MAS CONHECIA-O COMO SEU PRIMO
(Lc 1); ELE SÓ SOUBE QUE JESUS ERA O FILHO DE DEUS QUANDO O ESPÍRITO SANTO
DESCEU SOBRE JESUS; VIDE Jo 1.33 Eu não o conhecia; mas o que me enviou a
batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o ESPÍRITO, e
sobre ele permanecer, esse é o que batiza no ESPÍRITO SANTO.)
2-
O BATISMO NAS ÁGUAS É UMA ORDEM DE JESUS CRISTO PARA NÓS? COMO BATIZAR?
SIM.
Mt 28.19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;
A
forma de batizar é em nome do pai, do filho e do ESPÍRITO SANTO e quem dá a
autoridade para batizar é JESUS.
3-
A IGREJA NO PRINCÍPIO BATIZAVA OS NOVOS CONVERTIDOS NAS ÁGUAS?
At
2.41 De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia
agregaram-se quase três mil almas; At 8.2 Mas, quando creram em Filipe, que
lhes pregava acerca do reino de DEUS e do nome de JESUS, batizavam-se homens e
mulheres. 13 E creu até o próprio Simão e, sendo batizado, ficou de
contínuo com Filipe; e admirava-se, vendo os sinais e os grandes milagres que
se faziam.
4-
O APÓSTOLO PAULO FOI BATIZADO NAS ÁGUAS?
At
9.18 Logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista:
então, levantando-se, foi batizado. 19 E, tendo tomado alimento, ficou
fortalecido. Depois demorou-se alguns dias com os discípulos que estavam em
Damasco;
5-
TEMOS EXEMPLO DE PESSOAS QUE FORAM BATIZADOS NAS ÁGUAS DEPOIS DO BATISMO COM O
ESPÍRITO SANTO?
SIM.
At 10.47 Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água para que
não sejam batizados estes que também, como nós, receberam o ESPÍRITO
SANTO? 48 Mandou, pois, que fossem batizados em nome de JESUS CRISTO.
Então lhe rogaram que ficasse com eles por alguns dias.
6-
TEMOS EXEMPLO DE MULHER QUE FOI BATIZADA NAS ÁGUAS?
SIM
At 16.15 Depois que foi batizada, ela e a sua casa, rogou-nos, dizendo: Se
haveis julgado que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E
nos constrangeu a isso. (Lídia)
7-
TEMOS EXEMPLO DE POLICIAL SENDO BATIZADO NAS ÁGUAS?
At
16. 33 Tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes as
feridas; e logo foi batizado, ele e todos os seus. (guarda da prisão)
8-
O BATISMO DE JOÃO BATISTA É O MESMO QUE O CRISTÃO?
NÃO.
O batismo de João que era para arrependimento de pecados, era também para
esperar a vinda de JESUS CRISTO e o batismo cristão é para confirmar, pela fé
que cremos que Ele veio em carne, morreu por nós, ressuscitou e está assentado
à direita do pai donde intercede por nós. At 19. 3 Tornou-lhes ele: Em que
fostes batizados então? E eles disseram: No batismo de João. 4 Mas
Paulo respondeu: João administrou o batismo do arrependimento, dizendo ao povo
que cresse naquele que após ele havia de vir, isto é, em JESUS. 5 Quando
ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor JESUS (foram batizados nas
águas, na autoridade de JESUS). 6 Havendo-lhes Paulo imposto as mãos,
veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO, e falavam em línguas e profetizavam (depois
foram batizados com o ESPÍRITO SANTO). 7 E eram ao todo uns doze homens.
O
arrependimento do cristão se dá no dia em que se converte a CRISTO e não no dia
do batismo em águas.
9-
TEMOS EXEMPLO DE BATISMO NAS ÁGUAS E LOGO A SEGUIR BATISMO COM O ESPÍRITO
SANTO?
SIM.
At 19.6 Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO, e
falavam em línguas e profetizavam ( foram batizados com o ESPÍRITO SANTO,
depois do batismo nas águas - vide acima)). 7 E eram ao todo uns doze
homens.
10-
QUAL O SIGNIFICADO DO BATISMO PARA A IGREJA? NÓS MORREMOS MESMO NO BATISMO?
Rm
6. 1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? 2 De
modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele? 3
Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em CRISTO JESUS
fomos batizados na sua morte? 4 Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na
morte, para que, como CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do
Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. 5 Porque, se temos sido
unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na
semelhança da sua ressurreição; 6 sabendo isto, que o nosso homem velho foi
crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não
servirmos mais ao pecado. 7 Pois quem está morto está justificado do pecado. 8
Ora, se já morremos com CRISTO, cremos que também com ele viveremos, 9 sabendo
que, tendo CRISTO ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não
mais tem domínio sobre ele. 10 Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas
morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para DEUS. 11 Assim também vós
considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para DEUS, em CRISTO JESUS.
1
Co 15. 26 Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. 27 Pois se lê: Todas
as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão
sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as
coisas. 28 E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também
o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que
DEUS seja tudo em todos. 29 De outra maneira, que farão os que se batizam pelos
mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que então se batizam
por eles? 30 E por que nos expomos também nós a perigos a toda
hora? 31 Eu vos declaro, irmãos, pela glória que de vós tenho em CRISTO
JESUS nosso Senhor, que morro todos os dias. 32 Se, como homem, combati
em Éfeso com as feras, que me aproveita isso? Se os mortos não são
ressuscitados, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. 33 Não vos
enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. 34 Acordai para a
justiça e não pequeis mais; porque alguns ainda não têm conhecimento de DEUS;
digo-o para vergonha vossa.
O
BATISMO É O NOSSO SEPULTAMENTO COM CRISTO E TAMBÉM NELE, A NOSSA RESSURREIÇÃO
PARA UMA NOVA VIDA
Cl
2.12" tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também fostes
ressuscitados pela fé no poder de DEUS, que o ressuscitou dentre os
mortos;"
11-
AS VELHAS ALIANÇAS CONTINUAM VALENDO?
AS
VELHAS ALIANÇAS QUE PORVENTURA ALGUÉM TENHA FEITO EM ALGUMA SEITA, SÃO
QUEBRADAS POIS AS ALIANÇAS SÓ VALEM ENQUANTO AQUELE QUE AS FEZ ESTÁ VIVO;
QUANDO ALGUÉM ACEITA A JESUS CRISTO COMO SENHOR ELE MORRE E NASCE DE NOVO
(Jo
3.3)
12-
É preciso fazer curso de batismo nas águas?
Talvez
esteja aí a razão porque tantos se desviam nos primeiros dias de sua conversão,
nos dias atuais, pois ao atentarmos para os tempos bíblicos veremos que todos
os que aceitavam o evangelho eram batizados nas águas imediatamente sem
perguntas extras. Será que estamos inventando leis para salvação das pessoas?
Será que estamos colocando os costumes adiante da fé? Não será hora de revermos
nossa posição e seguirmos as orientações contidas na Bíblia, a infalível
palavra de DEUS? Depois que alguém aceita a JESUS CRISTO como senhor e salvador
certamente o ESPÍRITO SANTO ajudará essa pessoa a santificar sua vida e lhe
revelará quais os melhores costumes a seguir, no modo de vestir, falar e agir;
como nova criatura que agora é. Será que estamos fazendo igual aos judeus
hipócritas que colocavam o Talmude acima da Bíblia?
Algumas
denominações e suas crenças sobre o batismo nas águas:
Ministério ou
“igreja” |
LÍDER
(E/OU FUNDADOR) |
Crença
sobre batismo |
Ministério
Graça e
Apostolado |
Apóstolo
Marco Gomes |
Segundo
o Sr. Marco Gomes, o verdadeiro batismo é o declarado em Gál 3:278. De acordo
com suas declarações, batismo nas águas é obra da lei e, assim, todas as
Igrejas que o praticam são rotuladas por ele mesmo como igrejas da lei |
New
Life Mission |
Paul
C. Jong, pastor coreano "verdadeiro
evangelho da água e do espírito" - evangelho de João Batista???? |
A
New Life Mission ensina que quando João batizou JESUS transferiu todos os
pecados da humanidade para Ele e que, desde então, o Senhor exerceu seu
ministério "carregando os pecados da humanidade". |
Igreja
local de Witness
Lee |
Witness
Lee |
“Em
Marcos 16.16a, o Senhor JESUS disse: ‘Quem quer e for batizado será salvo...
(V. R.). Isso indica que o homem precisa do batismo bem como da fé para obter
a plena salvação. Assim como a fé é uma condição da salvação, também o
batismo o é.” (LIÇÕES DA VERDADE-NIVEL UM, p. 93) |
Igreja
de JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias |
Joseph
Smith ( Mormonismo) |
O
mormonismo moderno passou a enfatizar que o batismo na água feito pela igreja
Mórmon é indispensável para receber o novo nascimento. No próprio Livro de
Mórmon, entretanto, o batismo é desnecessário para crianças e para Gentios (
os que estão sem lei ) porque para tal é inútil o batismo (Moroni 8:11-13,
20-22). |
Congregação Cristã
no Brasil |
Louis
Francescon, nasceu em Cavasso Nuovo , província de Udine, Itália, em 29 de
Março de 1866 |
·
O batismo de outras comunidades cristãs evangélicas está errado, porque
utilizam a expressão "eu te batizo". A CCB entende que ao dizer
"eu te batizo" é a carne que opera, o homem, colocando-se na frente
de DEUS. |
Testemunhas DE
JEOVÁ |
Charles
Taze Russel (1852-1916), depois vieram Joseph F. Rutherford, Nathan Knorr
e Fred Franzs. Começaram em Pensilvânia, Estados Unidos em 1879. A sede
se encontra no Brooklyn, Nova York, EUA. |
SALVAÇÃO: Ser
batizado como Testemunha de Jeová. |
IGREJA
ADVENTISTA DO
SÉTIMO DIA |
FUNDADOR: Guilherme
Miller nasceu em 1787, em Pittsfield, Massachutss, EUA. Ellen G. White nasceu
em 1827. |
O
certificado de batismo dos adventistas vem com onze (outros ainda com 13)
perguntas na parte de trás para que o candidato ao batismo possa responder
antes de adentrar as águas batismais. Das onze perguntas a última é formulada
da seguinte maneira: “Crê que a Igreja Adventista do Sétimo Dia constitui a
Igreja remanescente, e deseja ser aceito por ela para fazer parte de seus
membros?”. Uma nota no começo do cartão diz: “As seguintes perguntas devem
ser respondidas, afirmativamente, diante da Igreja, pelos candidatos ao
batismo”(grifo nosso). Em outras palavras, quem não confessar que eles são os
“remanescentes” não pode ser batizado! |
Igreja
Universal do
Reino de DEUS |
Surgida
em 1977 sob a liderança de Edir Macedo |
Macedo
acredita que a perfeição cristã é introduzida após as águas batismais. Para
ele, no batismo a velha natureza é crucificada, já que "não podemos
ficar com duas naturezas, uma pecaminosa e outra convertida". Macedo
ensina que, os que são batizados por imersão, ...
automaticamente, sem forçar a sua vontade, deixam de praticar atos
pecaminosos. Por maior que seja o seu "mau gênio", ela, pelo
batismo, se torna a pessoa mais dócil e humilde deste mundo. . . Também
aquelas pessoas que não conseguiam largar o vício, após terem aceito o Senhor
como seu Salvador pessoal, e terem se batizado, instantaneamente, e
espontaneamente o abandonam. |
Igreja
Voz da Verdade |
Oficialmente
em 1978 em SANTO André – São Paulo - por Fued Moysés |
Prega
o batismo somente em nome de JESUS. Os teólogos unicistas entendem que a
expressão em nome, de Mateus 28.19 referindo ao Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO
são apenas nomes singulares de JESUS. Assim, o que parecia ser apenas uma
polêmica referente à fórmula batismal resultou na negação da doutrina da
Trindade. Os unicistas não aceitam a pluralidade de pessoas na unidade
Divina, qualquer referência à ideia de Trindade eles interpretam como sendo
várias manifestações de DEUS ou de JESUS. Logo não são contra a Trindade pelo
fato de não crer que JESUS seja DEUS, mas ironicamente pelo fato de crer que
DEUS é só JESUS. |
Catolicismo Romano |
Segundo
a doutrina católica, o papa é o sucessor de São Pedro no governo da Igreja
Universal e o Vigário de CRISTO na terra. Tem autoridade sobre todos os fiéis
e sobre toda a hierarquia eclesiástica. Além da autoridade espiritual exerce
uma territorial (interrompida de 1870 a 1929), que, a partir de 1929, é
limitada ao Estado da cidade do Vaticano. |
Realizam
o pedobatismo (Batismo de crianças). O
batismo é necessário para a salvação - Batismo de famílias. Quando
as crianças recém-nascidas falecem sem o batismo, ensina o catolicismo que a
alma da criança é transportada para o Limbo. Diz a Igreja Católica: "Os
sacramentos são sete: Batismo, Confirmação ou Crisma, Eucaristia, Penitência,
Extrema-unção, Ordem e Matrimônio" ("Terceiro Catecismo de Doutrina
Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, p. 101,
resposta à pergunta 519). |
Denominações
protestantes históricas (luterana, reformada, anglicana, presbiteriana,
metodista, etc... |
Judaizantes
quanto ao batismo, por se basearem no Antigo testamento para justificarem a
ceia e o batismo. Nem
a ceia é a Páscoa e nem o batismo é a circuncisão. Páscoa
é para judeus e comemora saída do Egito. Circuncisão
é para judeus e é só para homens e acontece ao oitavo dia de nascimento. |
Os
dois sacramentos do Antigo Testamento não foram abolidos, mas substituídos. A
Páscoa (o sacramento comemorativo da igreja visível) transformou-se na santa
ceia, quando JESUS dela participou pela última vez (Mt 26:26-30). A
circuncisão (sacramento de admissão na igreja visível) transformou-se no
batismo cristão, visto que não mais havia necessidade de derramamento de
sangue, pois o Cordeiro Pascal estava preste a ser imolado. Em Colossenses
2:11-12, o batismo cristão é chamado explicitamente de ‘‘circuncisão de CRISTO’’
(o mesmo que circuncisão cristã). |
O
Batismo nas Águas
O
BATISMO: ORDENANÇA OU SACRAMENTO? Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Entre
os pentecostais, o batismo em águas é considerado uma ordenança deixada por
CRISTO à igreja ao lado da Santa Ceia. Evita-se o uso do termo sacramento,
aplicado ao batismo em águas como forma de não se confundir com o que é
ensinado pela Igreja Católica a respeito dos sacramentos. Há quem utilize os
termos ordenança e sacramento de modo sinônimo, sem a conotação a eles
atribuída pelo Catolicismo romano. Contudo, se analisarmos o significado
verdadeiro do batismo em águas, poderemos entender que a aplicação dos termos
não é só terminológica, mas sobretudo teológica. Certamente, cada igreja ou
grupo evangélico há de optar pelo termo que melhor expresse o entendimento
bíblico e teológico que tem do ato batismal. A fim de entendermos o assunto,
desejamos abordar alguns aspectos bíblicos e históricos, tanto dos sacramentos
quanto do batismo em águas.
O
SIGNIFICADO DO SACRAMENTO
Segundo
Horton (p. 568), o termo "sacramento" (que provém de sacramentum, em
latim) é mais antigo e aparentemente de uso mais generalizado que o termo
"ordenança". Na verdade, a palavra "sacramento" não existe
nas Bíblia. Sua origem é bem estranha às Escrituras. Nos tempos antigos,
referia-se a uma certa quantia, depositada em dinheiro, perante o tribunal, por
duas partes em litígio. O vencedor da questão tinha sua parte devolvida. O
perdedor tinha sua parte confiscada, ao que tudo indica para ser oferecida aos
deuses do paganismo. Era o sacramentum.
Com
o passar do tempo, a palavra sofreu duas evoluções semânticas, de acordo com
Berkhof (p. 622): "(a) no uso militar do termo, em que denotava o
juramento pelo qual um soldado prometia solenemente obediência ao seu
comandante". Note-se, aí, que os cristãos aproveitam essa ideia de
obediência, pois, no batismo, o fiel promete obedecer a CRISTO, através da
profissão de fé. "(b) no sentido especificamente religioso que o termo
adquiriu quando a Vulgata o empregou para traduzir o grego mysterion."
Parece que daí vem a ideia católica de que o batismo tem algo sobrenatural,
místico, infundindo graça ao batizando. Entre os cristãos primitivos o termo
"sacramento" significavam doutrinas, "selos", "sinais"
ou mesmo "mistérios".
VISÃO
SACRAMENTALISTA DO BATISMO
No
século terceiro, havia ensinamentos, procurando provar que o batismo, como
sacramento, era "o único meio de obter a remissão de pecados".
Tertuliano dizia que "o batismo nos liberta do poder do diabo e nos torna
membros da igreja como corpo de CRISTO. Até crianças pequenas, ele pressupõe,
estando contaminadas com o pecado, devem ser batizadas. Seu ensino usual é que
o ESPÍRITO é recebido no batismo, quando o convertido é batizado em CRISTO, na
água e no ESPÍRITO SANTO" (Kelly, p. 157).
Cirilo
de Alexandria ensinava que "o batismo nos purifica de todas as impurezas,
tornando-nos templo santo de DEUS", enquanto Jerônimo reconhecia que
"pecados, impurezas e blasfêmias de toda espécie são removidos na pia
batismal, sendo que o resultado é a criação de um homem inteiramente novo"
(Op. cit., p. 326).
Agostinho
chegava a entender que o batismo eliminava todos os pecados, fossem eles
contraídos consciente ou inconscientemente. Tais entendimentos, ainda que oriundos
de ensinamentos transmitidos por homens eruditos, e reconhecidos como
intérpretes famosos das Escrituras, não estavam nem estão em acordo com o
verdadeiro sentido que a Palavra de DEUS dá ao batismo em águas.
A
Igreja Católica Romana adotou esses ensinos, pregando que "o sacramento é
algum rito instituído por CRISTO ou pela Igreja, como sinal externo e visível
de alguma graça interna e invisível" (Champlin e Bentes, p. 33). Mais que
isso, segundo Berkhof, a Igreja Católica considera o "sacramento" como
algo que "contém tudo que é necessário para a salvação dos pecadores, não
precisando de interpretação e, portanto, tornam a Palavra completamente
supérflua como meio de graça...". Por isso, "Os católicos romanos
afirmam que o batismo é absolutamente necessário para todos, para a
salvação...." (Idem, p. 623).
Para
esses, os sacramentos são em número de sete, sendo eles o "batismo",
"a confirmação" (crisma), "a penitência", "a santa
eucaristia", "as santas ordens" (ordenação de sacerdotes),
"o matrimônio" e a "extrema-unção", todos eles transmitindo
de alguma forma algum tipo de graça santificante ou salvífica.
O
QUE É UMA ORDENANÇA?
A
palavra vem do latim, de ordo(inis), relativa a ordinari, "ordenar".
Daí, é que se deriva a palavra ordinans(antis), "ordenança",
significando "uma regra autoritária, um decreto, uma lei, um rito
religioso, uma disposição ou posição, um desígnio" (Champlin, p. 615).
No
AT, a Páscoa e a circuncisão eram ordenanças de elevado significado espiritual.
Havia ordenança, no sentido da investidura de reis em suas funções; profetas
eram ungidos ou ordenados para o ministério.
No
Novo Testamento, vemos que os apóstolos foram ordenados pelo Senhor (Ver Jo
15.16). Em At 6.6, os diáconos foram ordenados para o serviço de socorro aos
necessitados. Nesse aspecto, a ordenação é um rito de consagração ou separação
de obreiros. Ordenança tem o sentido de "ordem",
"mandamento", "determinação". O sacramento pode ser
entendido como uma ordenança. Berkhof assim o define: "Sacramento é uma santa
ordenança, instituída por CRISTO, na qual, mediante sinais perceptíveis, a
graça de DEUS em CRISTO e os benefícios da aliança da graça são representados,
selados e aplicados aos crentes, e estes, por sua vez, expressam sua fé e sua
fidelidade a DEUS" (grifo nosso).
Os
evangélicos em geral aceitam apenas dois sacramentos ou ordenanças, deixados
por CRISTO, que são o batismo (cf. Mc 16.16) e a Santa Ceia (Lc 22.17-21; 1 Co
11. 24,25), que em si não transmite graça ao participante dos mesmos, sendo,
contudo, expressões representativas da obediência dos mesmos à vontade de DEUS.
A
ORDENANÇA DO BATISMO EM ÁGUAS
Como
o batismo em águas foi determinado por JESUS (Mc 16.16), os evangélicos em
geral assumem que esse rito sagrado é uma ordenança especial, deixada por
CRISTO à sua igreja. A ideia do batismo como sacramento, no sentido exagerado
que lhe é dado, levou certos crentes do quarto e do quinto séculos a entenderem
o rito batismal como um sacramento, transmitindo graça salvífica.
Os
católicos romanos ensinam que o batismo (feito por aspersão) não é só um
mandamento, uma ordenança. É um sacramento, no sentido de transmitir a graça
salvadora a quem é batizado. Com isso, querem dizer que uma pessoa não pode ser
salva se não for batizada, nem mesmo uma criança inocente. Daí, porque batizam
criancinhas. Tal sentido, aplicado ao batismo, não tem a aceitação dos
evangélicos, muito menos dos pentecostais, por carecer de base bíblica para sua
efetivação.
Na
verdade, como acentua Horton (p. 569), "as ordenanças, determinadas por
CRISTO e celebradas por causa do seu mandamento e exemplo, não são vistas pela
maioria dos pentecostais e evangélicos como capazes de produzir por si mesmas
uma mudança espiritual, mas como símbolos ou formas de proclamação daquilo que
CRISTO já levou a efeito espiritualmente nas suas vidas".
Com
esse sentido, o batismo tem muita importância na vida do crente fiel. Nada
justifica a negligência em buscá-lo com santo interesse. Sua realização não
significa salvação. Mas sua omissão pode significar um estado de desobediência,
velada ou não, que impede o crente de atender à ordenança do Senhor.
O
BATISMO NÃO TRANSMITE SALVAÇÃO.
Além
da igreja Católica, há certos grupos luteranos e anglicanos, bem como seitas,
como os "Testemunhas de Jeová" e Mórmons, que se baseiam numa
teologia sacramentalista, segundo a qual o batismo é necessário por transmitir
a salvação. Muitos chegam a dizer que "fora do batismo não há
salvação".
Contudo,
o batismo em si, como ato simbólico, não tem a virtude de transmitir a salvação,
pelos seguintes motivos:
1)
Somos salvos pela graça de DEUS e não por obras ou ritos externos (cf. Ef
2.8,9). JESUS disse à mulher samaritana que os verdadeiros adoradores haveriam
de adorar ao Pai "em espírito e em verdade" (Jo 4.23,24).
2)
A salvação resulta da fé individual em CRISTO, sendo esta instrumento
suficiente para a regeneração (Jo 5.24; 3.36; At 16.31).
3)
O batismo não dá origem à fé, e só deve ser ministrado a quem já demonstra
tê-la (At 2.41; 9.37; 16.14,15.30-33).
4)
A Bíblia revela o caso de pessoas que não tiveram oportunidade de batizar-se e
foram salvas, a exemplo dos fiéis do AT e do ladrão que aceitou a CRISTO no
Gólgota. Alguns irmãos, nas igrejas, indagam: "JESUS não disse que quem
crê e for batizado será salvo?". E acrescentam: "Para que serve,
então, o batismo, se ele não salva?".
A
Bíblia não pode contradizer-se. A salvação não é por obras, mas pela fé em
JESUS. O batismo, como ordenança, segundo Horton (p. 570), tem os seguinte
propósitos simbólicos:
1) Identificação com cristo. "para os crentes, ... simboliza a
identificação com CRISTO. No batismo, o recém-convertido testifica que estava
em CRISTO, quando CRISTO foi condenado pelo pecado, que foi sepultado com Ele e
que ressuscitou para a nova vida nEle".
2)
Morte para a velha vida. "O batismo indica que o crente morreu para o
velho modo de viver e entrou na ' novidade da vida', mediante a redenção em
CRISTO. O ato do batismo nas águas não leva a efeito essa identificação com
CRISTO, ' mas a pressupõe e a simboliza".
3)
Identificação com a Igreja. "O batismo nas águas também significa que os
crentes se identificaram com o corpo de CRISTO, a Igreja. Os crentes batizados
são admitidos na comunidade da fé e, com sua atitude , testificam publicamente
diante do mundo sua lealdade a CRISTO, juntamente com o povo de DEUS".
Desse
modo, o batismo não salva, mas confirma a fé. É sinal legítimo, exterior, da
obediência, da vida de quem já é salvo (Ver Gl 3.27; 1 Co 12.13). É um ato de
fé genuína, que precisa ser acompanhada de obras de salvo, indispensáveis ao
bom testemunho cristão (Ver Rm 2.6; Tg 2.14; Mt 5.16; Ef 2.10).
Deve
ser um ato natural, em sequência à conversão. Entre os crentes, nos primórdios
da Igreja, dificilmente se encontrava alguém que não houvesse sido batizado em águas,
algumas vezes logo após a aceitação a CRISTO (cf. At 8.37,38; 16.33; 18.8).
Aliás, é interessante que se busque a razão pela qual um crente, com muitos
anos de convertido, não seja batizado em águas. Nada justifica tal situação, a
não ser que um impedimento de ordem espiritual, moral ou legal subsista. Neste
caso, a pessoa precisa de orientação e ajuda na busca da solução de seu
problema. Em algumas igrejas, as pessoas só podem assumir cargos ou funções
eclesiásticas se forem "membros do Corpo de CRISTO", condição que se
completa, na comunidade cristã, após o batismo em águas.
FORMAS
OU MÉTODOS DE BATISMO.
Segundo
os historiadores cristãos, três são as formas possíveis de batismo: por
imersão, por afusão (derramar água sobre) (derramamento) e por aspersão. A
Igreja Católica e algumas denominações evangélicas, utilizam o método de
batizar por aspersão. Este consiste na aspersão de um pouco de água sobre a
cabeça do batizando, normalmente de crianças. Muitos dizem que esse deve ser o
método de batizar as pessoas enfermas ou próximas à morte, quando se torna
inviável levá-las a um tanque ou lugar onde haja bastante água, ou por não ser
indicado mergulhar seus corpos em água.
Num
antigo documento (100 A. D.), denominado "Didaquê", havia instruções
para a ministração do batismo, orientando que, em princípio, deveria ser por
imersão, mas não havendo água suficiente, poder-se-ia derramar água fria (ou
morna) sobre a cabeça da pessoa, três vezes, "em nome do Pai, do Filho e
do ESPÍRITO SANTO. Este era o método por afusão (derramar água sobre).
Os evangélicos em geral aceitam a ideia de que o batismo deve ser feito por
imersão (mergulhar em água), seguido de emersão (sair dá água), visto que esse
ato simboliza o "sepultamento-ressurreição" do batizando. Tal
entendimento tem base em Rm 6.3,4, que diz: "Ou não sabeis que todos
quantos fomos batizados em JESUS CRISTO fomos batizados na sua morte?" De
sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como CRISTO
ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade
de vida".
Os que defendem essa forma de batismo são chamados de
"imersionistas". Há quem não aceite a imersão como única forma de
batismo, alegando que as palavras gregas bapto e baptizo não significam só "imergir",
mas, também, "lavar", "banhar-se" e "purificar
mediante lavamento" (Berkhof, p. 635). Com isso, aceitam as formas por
afusão (derramar água sobre) e aspersão. Entretanto, mesmo havendo outros
sentidos para as palavras originais, "...o próprio simbolismo que diz
respeito ao modo é aquele que projeta a ideia de imersão"... "visto
que a 'imersão' concorda mais com o sentido e com o simbolismo do batismo, do
que qualquer outro modo, do ponto de vista simbólico linguístico e histórico,
não erram aqueles que batizam por imersão" (Champlin, p. 461).
Criticando
os que defendem formas diferentes da imersão, esse autor diz que "tentar
furtar à palavra baptizo de seu sentido básico, 'imergir', é ridículo, uma
violência à língua e à história do termo". Sem dúvida alguma, se o batismo
é um simbolismo da fé, da obediência e da nova vida em CRISTO, devemos zelar
para que esse ato não venha perder sua característica peculiar de
representativo de algo que é tão real e importante, como ordenança deixada pelo
Senhor (Mt 28.19).
Se
algo já é simbólico, e a forma de praticá-lo afasta-se daquilo que representa,
menos significativo poderá tornar-se.
A
FÓRMULA DO BATISMO
Os
cristãos em geral utilizam a forma trinitária de batizar alguém, fazendo-o como
JESUS ordenou em Mt 28.19b: "Portanto, ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO". No original
grego, tal expressão é eis to onoma tou patros kai tou hyou kai tou hagiou
pneumatos, significando "para uma relação com o nome do Pai e do Filho e
do ESPÍRITO SANTO".
Segundo
Horton (p. 570), "os crentes neotestamentários eram batizados 'para
dentro' do nome do Senhor JESUS (At 8.16)". Isto porque a preposição eis,
no grego, quer dizer "para dentro de", podendo significar, também,
"em relação a". Assim, o batizando é introduzido em CRISTO, no seu
nome, ficando debaixo de seu senhorio. Para tanto, necessária se faz uma
profissão de fé autêntica, mediante a qual a pessoa a ser batizada confirma sua
convicção de ser um verdadeiro discípulo de CRISTO.
Certos
grupos ou denominações procuram utilizar outra fórmula, afirmando que os
crentes devem ser batizados somente no nome de JESUS, baseados em alguns
versículos bíblicos, tais como At 2.38, quando Pedro diz que as pessoas se
arrependessem para serem batizadas "em nome de JESUS CRISTO" (epi toi
onomai Iesou Christou) e At 10.48, quando o apóstolo orientou que os da casa de
Cornélio fossem "batizados em nome do Senhor" (en onomati Kyriou
Iesou). Em At 8.16, vemos novos convertidos que "somente eram batizados em
nome do Senhor JESUS"; em At 19.5, diz-se que "os que ouviram foram
batizados em nome do Senhor JESUS".
Note-se
que, nas quatro referências, não há uma fórmula, pois há diferença entre as
duas primeiras e as duas últimas. Esses textos são invocados pelos unicistas
para justificar o batismo "só no nome de JESUS". Deve-se notar, no
entanto, que, naquelas ocasiões, não estava sendo ministrado o ato batismal em
si, mas apenas uma determinação para que se realizasse o batismo dos recém-convertidos,
ou referência ao batismo já realizado.
As
seitas unicistas utilizam esses textos bíblicos para defender a ideias do
batismo "só no nome de JESUS", pois eles pregam que a fórmula ditada
por JESUS não inclui "o nome", e sim, "as funções diferentes de
DEUS", como Pai, como Filho e como ESPÍRITO SANTO, o que é uma heresia
absurda. Segundo o Pastor Esequias Soares (p. 37), as passagens bíblicas
invocadas pelos unicistas "não tratam da fórmula batismal, e sim de atos
ou eventos de batismo...Se elas revelassem a fórmula batismal, seriam iguais,
pois a fórmula é padronizada. Aquelas pessoas eram batizadas na autoridade do
nome de JESUS". Desse modo, entendemos que a fórmula trinitária, ditada
por JESUS, antes de se despedir dos seus discípulos, é a mais correta e
adequada para a ministração do ato batismal.
QUEM
DEVE SER BATIZADO
O
batismo não tem o sentido místico que lhe é atribuído por alguns
(sacramentalista), mas não pode ser reduzido a um simples ritual ou ato formal.
Há quem procure o batismo, em alguma igreja, pelo fato de desejar ter um cargo
ou função; há jovens que procuram batizar-se para poder namorar com alguém ou
imitar seus colegas. Isso não tem o menor sentido bíblico, e perde o valor
diante de DEUS.
É
necessário que haja um testemunho sincero de uma nova vida em CRISTO, para que
o simbolismo do batismo seja verdadeiro. Um velho pastor dizia: "se não
tivermos cuidado, no dia do batismo, podemos levar ao tanque um pecador enxuto,
e sair de lá um pecador molhado". Com isso, advertia para o cuidado em se
fazer uma profissão de fé criteriosa, buscando-se, também evidências de que o
candidato ao batismo desse demonstração de que é de fato uma nova criatura em
CRISTO, e não apenas alguém interessado em cumprir um ritual. O batismo é uma
importante ordenança de CRISTO à sua igreja, mas não transmite salvação.
BATISMO
DE CRIANÇAS?
Para os que vêm o batismo como um "sacramento", ou um ato que
transmite graça santificante, não só adultos mas crianças devem ser batizadas.
Entretanto, de acordo com a Palavra de DEUS, não se vê, na Bíblia, um só caso
de batismo infantil (pedobatismo) ou de pessoas não convertidas.
Os
que defendem o batismo de crianças, dizem que ele equivaleria ao rito da
circuncisão, no AT, em que as criancinhas, com oito dias de nascidas, já eram
submetidas àquela prática cruenta, como forma de pertencerem ao povo de DEUS.
Tal ideia não tem base bíblica, pois em At. 2.38, os que foram batizados, após
ouvir a mensagem do evangelho, eram todos judeus, portanto circuncidados. Se o
batismo equivalesse á circuncisão, não haveria necessidade de levá-lo a efeito.
Um
outro argumento dos que defendem o batismo de crianças reside no fato de
algumas famílias inteiras terem sido batizadas, havendo, certamente, crianças
entre seus integrantes, como registrado em At 16.15; 16.33 e 1 Co 1.16.
Trata-se, no entanto, de suposição, que não pode servir de base doutrinária.
Há,
ainda, quem alegue possuir a criança o pecado original, e que este exige
perdão, que só pode ser obtido através do batismo. Tal assertiva peca por falta
de base escriturística. O perdão do pecado se obtém através da lavagem do
sangue de JESUS (1 Jo 1.7) e não pelas águas do batismo. Além disso, a Bíblia
nos dá a entender que as crianças em idade tenra, quando ainda não podem discernir
entre o bem e o mal, não carregam em si a culpa do pecado, nem mesmo do pecado
original, pois este não é uma doença contagiosa, que passe de pai para filho. A
criança tem, na verdade, em si as consequências daquele pecado, mas não a
responsabilidade por ele.
JESUS,
ao receber as criancinhas em seus braços, disse aos seus discípulos:
"Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais, porque dos tais é o reino
de DEUS. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de DEUS como
menino de maneira nenhuma entrará nele'. (Mc 10.14,15). Assim, na condição de
criancinhas, elas não precisam ser batizadas para Ter acesso ao "reino de
DEUS", pois já lhes pertence, em seu estado de pureza, simplicidade e
inocência.
É
NECESSÁRIA A "FÉ ATIVA"
A nosso ver, o argumento maior contrário ao pedobatismo é o fato de as
crianças, que não atingem a idade da razão, quando sabem o bem e o mal, não
possuem o que se chama "fé ativa", que é requisito básico para o
batismo. A fé é conditio sine qua non (condição indispensável) para a submissão
ao rito do batismo (Ver Mc 16.16; At 10.47,48; 16.15,31,34).
Dessa forma, só podem ser batizados os adultos, que podem exercer a "fé
ativa", em consonância com a Palavra de DEUS; os novos convertidos, que
demonstrem haver absorvido uma verdadeira convicção de sua salvação e
disposição em obedecer as doutrinas fundamentais da Palavra de DEUS; é
interessante que, em cada igreja local, haja uma classe de Discipulado, para
que os recém -conversos sejam devidamente instruídos acerca dos fundamentos da
fé cristã, e possam ser conduzidos ao batismo sem dúvidas ou má compreensão do
verdadeiro significado do que é ser um seguidor de CRISTO; deve-se entender, no
entanto, que por "adulto" não se veja apenas pessoas com mais de vinte
e cinco anos de idade; cremos que a categoria de "adulto" para efeito
do batismo, deve incluir, também, os adolescentes, a partir dos 12 anos, e os
jovens em geral, desde que tenham tido um bom nível de discipulado no lar e/ou
na igreja, notadamente através da Escola bíblica Dominical.
RESUMO
DA LIÇÃO, DA REVISTA DA CPAD:
INTRODUÇÃO
De
que é composta a Igreja do Senhor JESUS?
Quais
são as ordenanças de JESUS para a Igreja?
I.
O QUE É BATISMO
Na
língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo (baptizõ), o que
significa?
II.
A IMPORTÂNCIA DO BATISMO POR IMERSÃO
O
que, somente, salva e purifica o pecador de seus pecados?
O
que é batismo em água por imersão?
Qual
a forma correta do batismo?
Por
que o crente deve ser imerso em água?
Quem
deve entrar dentro d'água para o batismo?
De
quem vem a autoridade para batizar e na autoridade de quem se realiza o
batismo?
Qual
a fórmula tríplice do batismo?
Quem
deturpa e nega a doutrina da Trindade de DEUS?
III.
AÇÃO INTEGRADORA DO BATISMO NA VIDA DA IGREJA
Dois
exemplos clássicos de batismo em águas no Novo Testamento.
Além
de ser uma ordenança, o batismo em água, tem mais o que como objetivo?
Batismo
é uma identificação pública do crente com CRISTO, o seu Salvador.
**************************************************************************************
Questionário
da LIÇÃO 3 – Igreja, batismo e sua finalidade integradora
INTRODUÇÃO
1-
De que é composta a Igreja do Senhor JESUS?
(
) De pessoas que vão se arrepender de seus pecados e, pela fé, vão aceitar a
JESUS como seu único e suficiente Salvador.
(
) De pessoas que se arrependeram de seus pecados, porém, ainda não aceitaram a
JESUS como seu único e suficiente Salvador.
(
) De pessoas que se arrependeram de seus pecados e, pela fé, aceitaram a JESUS
como seu único e suficiente Salvador.
2-
Quais são as ordenanças de JESUS para a Igreja, segundo nossa lição?
(
) O batismo em águas, o batismo com o ESPÍRITO SANTO e a Santa Ceia.
(
) O batismo em águas e a Santa Ceia.
(
) O batismo em águas, o dízimo e a Santa Ceia.
I.
O QUE É BATISMO
3-
Na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo (baptizõ), o
que significa?
(
) Significa "aspergir", "molhar".
(
) Significa "imergir um objeto na água", "aprofundar um pacote
n'água".
(
) Significa "imergir", "mergulhar".
II.
A IMPORTÂNCIA DO BATISMO POR IMERSÃO
4-
O que, somente, salva e purifica o pecador de seus pecados
(
) Somente a obra expiatória de CRISTO consumada no Calvário.
(
) O batismo nas águas, a obra expiatória de CRISTO consumada no Calvário.
(
) O batismo nas águas, a ceia e a obra expiatória de CRISTO consumada no
Calvário.
5-
O que é batismo em água por imersão?
(
) É um ato público de apresentação do crente a DEUS.
(
) É um ato de fé e de novo nascimento.
(
) É um testemunho público da nova vida em CRISTO assumida pelo batizando.
6-
Qual a forma correta do batismo?
(
) O convertido deve molhado pela água.
(
) O convertido deve aspergido por água.
(
) O convertido deve ser imerso na água.
7-
Por que o crente deve ser imerso em água?
(
) Para ser salvo.
(
) Como um sinal físico e visível de sua fé.
(
) Para nascer de novo.
8-
Quem deve entrar dentro d'água para o batismo?
(
) O candidato.
(
) O que batiza, somente.
(
) Tanto o que batiza, o oficiante, quanto o batizando, o candidato.
9-
De quem vem a autoridade para batizar e na autoridade de quem se realiza o
batismo?
(
) De JESUS.
(
) Do pastor.
(
) Da igreja.
10-
Qual a fórmula tríplice do batismo?
(
) "em nome do Pai, e do Filho. e do ESPÍRITO SANTO".
(
) Só em nome de JESUS, que é ao mesmo tempo o pai e o ESPÍRITO SANTO.
(
) Se for em nome de JESUS, já será em nome do Pai, e do Filho. e do ESPÍRITO
SANTO.
11-
Quem deturpa e nega a doutrina da Trindade de DEUS?
(
) Os cristãos.
(
) Os unitaristas.
(
) Os evangélicos.
III.
AÇÃO INTEGRADORA DO BATISMO NA VIDA DA IGREJA
12-
Dê dois exemplos clássicos de batismo em águas no Novo Testamento:
(
) O dia da Páscoa e Na casa de Cornélio.
(
) O dia da circuncisão e Na casa de Cornélio.
(
) O dia de Pentecostes e Na casa de Cornélio.
13-
Além de ser uma ordenança, o batismo em água, tem mais o que como objetivo?
(
) Inserir o crente ao apostolado de CRISTO.
(
) Integrar o crente à salvação em CRISTO.
(
) Integrar o crente ao Corpo de CRISTO.
14-
Dentro das realidades espirituais figuradas no batismo em água sabemos:
Ligue
a primeira coluna de acordo com a segunda:
O
Batismo é uma identificação
pública do
crente com CRISTO, o
seu Salvador, em que: |
|
O
crente passa agora a ser salvo. |
A
descida do candidato às águas fala da nossa morte com CRISTO; |
||
O
levantamento das águas representa a nossa ressurreição com CRISTO em novidade
de vida (Rm 6.3,4). |
||
O
crente passa agora a ser justificado . |
||
A
imersão nas águas está relacionada com o nosso sepultamento com CRISTO; |
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico
O
significado do Batismo:
1.
É um símbolo. a batismo é um símbolo da nossa identificação com a morte, sepultamento
e ressurreição de
JESUS
(Rm 6.3,4). Assim como JESUS morreu, também morremos para o mundo (GI 2.20; CI
3.3) e somos 'sepultados' pelo batismo, para que, juntamente com Ele, venhamos
a ressuscitar em 'novidade de vida' (Rm 6.5; CI 2.12).
2.
É uma confissão. a batismo é também um ato de confissão da nossa fé em JESUS,
pois, por intermédio desta, morremos para o mundo, a fim de pertencermos a
JESUS (GI 3.27; 1 Pe 3.18). a batismo se torna para o crente um verdadeiro
limite entre o Reino de DEUS e o mundo, como o mar Vermelho foi o limite entre
a terra da escravidão (o Egito) e o caminho para a nova vida (Canaã - 1 Co
10.2).
3.
É uma ordem. JESUS ordenou, e queremos obedecê-la. JESUS é o nosso exemplo
em tudo (l Pe 2.21 ; Jo 13.15), e Ele foi batizado para cumprir toda a justiça
de DEUS (Mt 3.21). Assim, também queremos seguir as suas pisadas (l Pe 3.21; SI
85.13).
4.
É uma bênção. É um ato em que JESUS opera na vida daquele que se submete a Ele,
abençoando-o e confirmando a sua fé na Palavra. Não é, como alguns afirmam, um
ato mágico que, apenas pela ministração, traz efeitos para a vida espiritual. A
salvação é um dom de DEUS (Rm 6.23). Porém, DEUS proporciona, mediante o
batismo, ricas bênçãos que aperfeiçoam a salvação recebida."
(BERGSTÉN.
E. Teologia sistemática. 4.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.244-5.)
BIBLIOGRAFIA
BERKHOF,
Louis. Teologia sistemática. São Paulo, Luz para o Caminho, 1990. CHAMPLIN
& BENTES. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. São Paulo, Candeia,
1995.
HORTON, Stanley. Teologia sistemática. Rio, CPAD, 1997.
KELLY, J. N. Doutrinas centrais da fé cristã. São Paulo, Edições Vida Nova,
1994. S0ARES, Esequias. Lições Bíblicas, 2. Trim. 97 - Seitas e Heresias. Rio,
CPAD, 1997.
(Publicado na Revista Obreiro, de fevereiro de 1999, pela CPAD
(http://www.monergismo.com/textos/batismo/batismo_imersao.htm)
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
ALIANÇA (PACTO,
MEMORIAL, TRATADO, COMPROMETIMENTO, TESTAMENTO)
Sem
o conhecimento da ALIANÇA é quase impossível alguém ler e entender o plano de
redenção que DEUS fez para nos salvar, e principalmente entender algumas
passagens bíblicas que estão registradas no Antigo Testamento.
Sl
25.14 "O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e Ele lhes faz
saber o seu pacto (aliança, ou concerto)"
Hb
10.19 "Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar,
pelo sangue de JESUS, 20 pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo,
através do véu, isto é, da sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a
casa de DEUS, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé;
tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,
23 retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele
que fez a promessa;"
***Somos
um mesmo ESPÍRITO com Ele (1Co 6.17),
***Somos
íntimos do senhor, como vimos acima,
Portanto,
podemos conhecer a sua aliança, senão, vejamos:
A
aliança pode ser feita por diversos motivos (guerras, amizade, amor, casamento,
etc...).
A
maioria das promessas de DEUS no Antigo Testamento estão condicionadas à
obediência, enquanto que a maioria das promessas de DEUS no Novo Testamento
estão baseadas em sua graça.
ALIANÇA
- (Strong Português) - ברית b
̂eriyth
1) acordo, aliança, compromisso
1a) entre homens
1a1) tratado, aliança, associação (homem a homem)
1a2) constituição, ordenança (do monarca para os súditos)
1a3) acordo, compromisso (de homem para homem)
1a4) aliança (referindo-se à amizade)
1a5) aliança (referindo-se ao casamento)
1b) entre Deus e o homem
1b1) aliança (referindo-se à amizade)
1b2) aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
2) (expressões)
2a) fazer uma aliança
2b) manter a aliança
2c) violação da aliança
***BHÊRITE
(ALIANÇA EM HEBRAICO) = A ALIANÇA ANTERIOR É FEITA EM BASE DE IGUALDADE, É UMA
TROCA, UM ACORDO EM QUE DEUS ME DÁ E EU TENHO QUE DAR PARA DEUS O MESMO. É
CONDICIONAL.
Existem
leis e normas a serem cumpridas ou obedecidas para que as bênçãos da aliança
alcancem seus aliançados.
O
auge dessa aliança é a vida de CRISTO, o messias, o rei do reino de Israel na
Terra (milênio).
***DIATEKE (ALIANÇA
EM GREGO) = A NOVA ALIANÇA É DIFERENTE, É SUPERIOR, POIS DEUS ME DÁ TUDO O QUE
PRECISO NÃO EXIGINDO NADA EM TROCA, A NÃO SER FÉ. É INCONDICIONAL.
EU
NÃO TINHA NADA DE BOM A OFERECER, SÓ DE RUIM: PECADO E INIQUIDADE; MESMO ASSIM,
DEUS ME RECEBE COMO CABEÇA DE ALIANÇA E ME DÁ A SALVAÇÃO E TODAS AS BÊNÇÃOS
PROVINDAS DAÍ : BATISMO COM ESPÍRITO SANTO, DONS DO ESPÍRITO SANTO,
PARTICIPAÇÃO NO MINISTÉRIO, ETC...
***DEUS
FAZ ALIANÇA CONOSCO, EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR SINAL
Não
está baseada na lei e nem na obediência a elas, mas na graça de DEUS, em CRISTO,
através do ESPÍRITO SANTO que mora em nós.
São
várias as alianças que DEUS fez com os homens, mas iremos destacar, aqui as
duas mais importantes:
A
aliança Abrahâmica (com H) e a nova aliança de DEUS conosco em CRISTO JESUS.
DEUS
escolheu vir a nós através da aliança de sangue, costume antigo e muito
utilizado pelos chefes de tribos e patriarcas não só naquela época, mas também
nos dias de hoje, principalmente pelos ciganos e índios na África. No satanismo
também é muito usado, pois satanás imita as coisas de DEUS e sabe quanto vale o
sangue no reino espiritual. (Satanás usa sangue de galinha preta, de bodes etc...)
Hb
9.22 "E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e
sem derramamento de sangue não há remissão." Veja também: Mt 23.34; 26.28;
Jo 19.34; At 15.20; 20.28; Rm 3.25; Hb 9.12-22
***São
nove os requisitos (ou normas, ou leis) exigidos para se fazer aliança com
alguém :
1.1-
TROCA DE CINTO (ou de armadura, ou de armas): Significa proteção, quem
luta contra mim luta contra ti e quem luta contra ti, luta contra
mim. (CINTO ERA USADO PARA CARREGAR ARMAS)
Exemplo:
Gn 15.1 "Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão numa visão,
dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, o teu galardão será
grandíssimo."
Outro
exemplo: 1 Sm 18.3 "Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque
o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e
a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco
e o seu cinto."
1.2-
TROCA DE TÚNICA (ou Capa): Significa que tua vida se torna minha vida e
que minha vida se torna tua vida. Era complemento do primeiro tópico.
Exemplo:
Gn 12.3 "Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te
amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra"
Outro
exemplo: 1 Sm 18.3 " Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque
o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que
vestia, e a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o
seu arco e o seu cinto."
1.3-
CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: Significa cortar aliança com. Sangue é
vida, nossas vidas se unem para sempre, eternamente. Corte geralmente feito no
pulso ou na mão; no caso de Abrahão, o sinal foi feito na carne do prepúcio ou
seja, na pele que une a glande do órgão sexual masculino ao pênis, através de
uma faca de pedra (circuncisão).
Exemplo:
Gn 17.11 "Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal
de pacto entre mim e vós."
Outro
exemplo: Ex 4.25 Então Zípora tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio
de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse: Com efeito, és para mim um
esposo sanguinário.
1.4-
SINAL DA ALIANÇA: PRIMEIRO MEMORIAL - Significa fazer cicatriz, marcar com
sinal visível na carne. Usa-se passar cinza no local do corte para que outros
soubessem, quando vissem; na África ainda se encontra chefes indígenas com
marcas pelo braço, e quanto mais marcas, mais poderoso é o chefe, pois possui
muitos amigos também chefes. Era complemento do tópico 3.
Exemplo:
Gn 17.11 " Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de
pacto entre mim e vós."
Outro
exemplo: 21.4 "E Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando
tinha oito dias, conforme DEUS lhe ordenara."
1.5-
TROCA DE NOMES: significa que o meu nome passa a ter direito sobre
tudo o que o teu nome tem e o teu nome passa a ter direito sobre tudo o que o
meu nome tem direito, inclusive dívidas. (Gn 17.5/28.13). Eu passo a ter um pedaço
do seu nome e você passa a ter um pedaço do meu nome.
Exemplo:
Gn 17.4 "Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de
muitas nações; 5 não mais serás chamado Abrão, mas Abrahão será o teu nome;
pois por pai de muitas nações te hei posto;"
A
partir daí Abrão passou a se chamar AbraHão (esse "H" é
importante, pois vem do nome de DEUS (YHWH) ; infelizmente no português não
traduziram com o 'H", porém nas outras línguas, sim.
DEUS
também teria que mudar o seu nome; a partir daí ELE se apresenta como o DEUS
de Abrahão.
Gn
26.24 "E apareceu-lhe o Senhor na mesma noite e disse: Eu sou o DEUS
de Abrahão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e te abençoarei e
multiplicarei a tua descendência por amor do meu servo Abrahão."
Gálatas
3.13= Abrahão recebe o H de DEUS e fica com um novo nome, ABRAHÃO,
(recebe o H = ESPÍRITO, pela fé).
1.6-
TERMOS DA ALIANÇA: Significa: leis que vão reger a aliança se mantida ou
se quebrada. (Todo o capítulo de Dt 28, fala de bênçãos e maldições da aliança)
AbraHão, recebe promessas, homem pecava, mas prevaleciam as promessas, foi
necessário acrescentar leis, continuaram a transgredir e foi necessário
acrescentar os cerimoniais que acabam não sendo suficientes para a purificação
do homem; DEUS enviou seu filho para um único e perfeito sacrifício. (Hb
10.12-18).
Em
Dt 28 temos como benção da aliança por exemplo: "11 E o Senhor te
fará prosperar grandemente no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e
no fruto do teu solo, na terra que o Senhor, com juramento, prometeu a
teus pais te dar. 12 O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar
à tua terra a chuva no seu tempo, e para abençoar todas as obras das tuas mãos;
e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado. 13 E o
Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás por cima, e não por
baixo; se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu DEUS, que eu hoje
te ordeno, para os guardar e cumprir, 14 não te desviando de nenhuma das
palavras que eu hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, e não
andando após outros deuses, para os servires."
Em
Dt 28 temos como maldição da aliança por exemplo: "27 O Senhor te ferirá
com as úlceras do Egito, com tumores, com sarna e com coceira, de que não possas
curar-te; 28 o Senhor te ferirá com loucura, com cegueira, e com pasmo de
coração. 29 Apalparás ao meio-dia como o cego apalpa nas trevas, e não
prosperarás nos teus caminhos; serás oprimido e roubado todos os dias, e não
haverá quem te salve. 30 Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem
dormirá com ela; edificarás uma casa, porém não morarás nela; plantarás uma
vinha, porém não a desfrutarás. 31 O teu boi será morto na tua presença, porém
dele não comerás; o teu jumento será roubado diante de ti, e não te será
restituído a ti; as tuas ovelhas serão dadas aos teus inimigos, e não haverá
quem te salve."
AS
LEIS PROMULGADAS NO SINAI SÃO TERMOS DA ALIANÇA MOSAICA FEITAS ENTRE DEUS E O
POVO HEBREU ATRAVÉS DE MOISÉS.
1.7-
REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Significa: tudo o que eu como vai para o meu sangue e
sangue é vida, então a minha vida se torna a tua e tua vida se torna minha;
CRISTO, em Melquisedeque faz refeição com AbraHão.
Exemplo: Gn
14.18 Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era
sacerdote do DEUS Altíssimo; 19 e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão
pelo DEUS Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! 20 E bendito seja o DEUS
Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o
dízimo de tudo.
1.8-
MORTE DE UM ANIMAL OU PASSAR PELAS METADES: Significa: estamos morrendo e
nascendo de novo, também significa: Que eu morra se não cumprir e que tu morras
se não cumprir.
Colocava-se
uma parte do animal de um lado e outra parte do outro lado e depois os cabeças
de aliança, ou chefes, passavam pelas metades de braços dados, dando a entender
que:
***Este
sinal significa infinito; a aliança passa de pai para filho, é eterna.
***Daí
a aliança ser um círculo, significa eternidade; sem princípio e nem fim.
Jr
34.18 Entregarei os homens que traspassaram o meu pacto (aliança,
concerto), e não cumpriram as palavras do pacto (aliança, concerto) que fizeram
diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando pelo meio
das duas porções.
Gênesis
15.9 Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, uma cabra de três
anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. 10 Ele, pois, lhe
trouxe todos estes animais, partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em
frente da outra; mas as aves não partiu.11 E as aves de rapina desciam sobre os
cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. 12 Ora, ao pôr do sol, caiu um profundo
sono sobre Abrão; e eis que lhe sobrevieram grande pavor e densas trevas. 13
Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será
peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por
quatrocentos anos; 14 sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de
servir; e depois sairá com muitos bens. 15 Tu, porém, irás em paz para teus
pais; em boa velhice serás sepultado. 16 Na quarta geração, porém, voltarão
para cá; porque a medida da iniquidade dos amorreus não está ainda cheia. 17
Quando o sol já estava posto, e era escuro, eis um fogo fumegante e uma tocha
de fogo, que passaram por entre aquelas metades. 18 Naquele mesmo dia fez o
Senhor um pacto (aliança, concerto) com Abrão, dizendo: Â tua descendência
tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates;
Interpretação:
a)
Três animais: Significa três pessoas, PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO.
b)
Pássaros no céu e animais na terra( aliança entre céu e terra, entre DEUS e
homens.)
c)
Uma rolinha e um pombinho voam, são do céu, significa que o PAI e o ESPÍRITO
SANTO vão para o céu, JESUS fica para o sacrifício. O cordeiro é animal
terreno, JESUS se torna homem, o cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo
(Jo 12.24 = se o grão de trigo caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas,
se morrer dá muito fruto(Jo 1.36)
d)
Fogo fumegante representa o modo como DEUS PAI apareceu no monte Sinai e sobre
a tenda da congregação, bem como em outras manifestações.(Êx 19.18 "Nisso
todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a
fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia
fortemente".)
e)
Tocha de fogo representa CRISTO ( Eu sou a luz do mundo - Jo 8.12 "Então
JESUS tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de
modo algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.")
f)
O Pai representando DEUS e o Filho representando o homem; assim a aliança foi
feita entre DEUS e os homens, em CRISTO, pois é pecador é fraco e não
conseguiria afastar Satanás e vencê-lo.
1.9-
ÁRVORE OU ANIMAL MANCHADO DE SANGUE (poderia também plantar uma árvore para
servir de memorial) :
SEGUNDO
MEMORIAL:
-
Abrahão plantou um bosque. (E plantou um bosque em Berseba, e invocou lá o nome
do Senhor, Deus eterno. Gênesis 21:33)
-
Significa a lembrança da aliança, toda vez que olhar pra lá, devem se lembrar
da aliança.
Plantar
árvore, lembrança da pazinha na armadura: Dt 23.13 "Entre os teus
utensílios terás uma pá; e quando te assentares lá fora, então com ela cavarás
e, virando-te, cobrirás o teu excremento"; (fezes). É o cuidado que DEUS
tem com a natureza e com a saúde de seus filhos.
(No
sacrifício pode ser usado um, ou mais, Novilhos ou Ovelhas).
Gn
21.33 "Abraão plantou uma tamargueira em Beerseba, e invocou ali o nome do
Senhor, o DEUS eterno".
NOTE
QUE A ALIANÇA PASSA DE PAI PARA FILHO, POR ISSO O REI DAVI SE LEMBROU DO FILHO
DE JÔNATAS PARA ABENÇOÁ-LO, MESMO MEFIBOSETE O CONSIDERANDO COMO SEU INIMIGO.
2
Sm 4.4,6,8,10 Ora, Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado
dos pés. Este era da idade de cinco anos quando chegaram de Jezreel as novas a
respeito de Saul e Jônatas; pelo que sua ama o tomou, e fugiu; e sucedeu que,
apressando-se ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo. O seu nome era
Mefibosete.
6
E Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, veio a Davi e, prostrando-se com
o rosto em terra, lhe fez reverência. E disse Davi: Mefibosete! Respondeu ele:
Eis aqui teu servo.
8
Então Mefibosete lhe fez reverência, e disse: Que é o teu servo, para teres
olhado para um cão morto tal como eu?
10
Cultivar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos; e recolherás
os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete,
filho de teu senhor, comerá sempre à minha mesa...
DAVI
FOI LEAL À ALIANÇA QUE TINHA COMO O PAI DE MEFIBOSETE - DEUS TAMBÉM O LIVROU DE
VER SEU REINO DIVIDIDO EM SEUS DIAS.
VEREMOS
AGORA A NOVA ALIANÇA FEITA POR JESUS CRISTO COM O PAI, PELOS HOMENS, EM LUGAR
DOS HOMENS, SUBSTITUINDO OS HOMENS PECADORES, SENDO INTERMEDIÁRIO ENTRE OS
HOMENS E DEUS PAI.
2- NOVA ALIANÇA
***BHÊRITE
(ALIANÇA EM HEBRAICO) = A ALIANÇA ANTERIOR É FEITA EM BASE DE IGUALDADE, É UMA
TROCA, UM ACORDO EM QUE DEUS ME DÁ E EU TENHO QUE DAR PARA DEUS O MESMO.
***DIATEKE (ALIANÇA
EM GREGO) = A NOVA ALIANÇA É DIFERENTE, É SUPERIOR, POIS DEUS ME DÁ TUDO O QUE
PRECISO NÃO EXIGINDO NADA EM TROCA, A NÃO SER FÉ.
EU
NÃO TINHA NADA DE BOM A OFERECER, SÓ DE RUIM: PECADO E INIQÜIDADE; MESMO ASSIM,
DEUS ME RECEBE COMO CABEÇA DE ALIANÇA E ME DÁ A SALVAÇÃO E TODAS AS BÊNÇÃOS
PROVINDAS DAÍ : BATISMO COM ESPÍRITO SANTO, DONS DO ESPÍRITO SANTO,
PARTICIPAÇÃO NO MINISTÉRIO, ETC...
***DEUS
CONOSCO EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR SINAL
***JESUS
CUMPRINDO CADA PASSO DA ALIANÇA:
1.
TROCA DE CINTO:
-
Ef 6.10-18 ARMAS.
Toda
a armadura de Deus - cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a
couraça da justiça, e calçados nos pés na preparação do evangelho da paz; o
escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de
Deus, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando
nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos
-
II Co 10.4,5 ARMAS ESPIRITUAIS (principal é o nome de JESUS) -
4
Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus,
para destruição das fortalezas; 5 destruindo os conselhos e toda altivez que se
levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à
obediência de Cristo,
2.
TROCA DE TÚNICA:
Fl
2.6-11 / Jo 10.17 / Cl 3.8-10; Mt 17:2; Apocalipse 3:5 - VESTES DE
SANTIDADE E DE SALVAÇÃO.
Fl
2.6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. 7 Mas
aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte e morte de cruz.
Jo
10.17 Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.]
8
Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da
maledicência, das palavras torpes da vossa boca. 9 Não mintais uns aos outros,
pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos.
Mateus
17:2 E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e
as suas vestes se tornaram brancas como a luz.
Apocalipse 3:5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira
nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante
de meu Pai e diante dos seus anjos.
3.
CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE:
Jo
20.25-29; Lc 2.21, 39; 1 Pd 1.18, 19
-Circuncisão
interior.
Rm
2.28 "Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que
o é exteriormente na carne. 29 Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão
é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém dos homens,
mas de DEUS."
Lc
2.21 E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe
dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.
Lc 2.39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galileia,
para a sua cidade de Nazaré.
1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos
vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha, o sangue de CRISTO,(1 Pd 1.18)
4.
CICATRIZ:
Jo
20.27; 1 Co 6:20; Ef 1.13
Jo
20.27 Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a
tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
Significa
que quando satanás nos quer dominar, devemos lembrar-lhe de que lá no céu JESUS
CRISTO tem as marcas da aliança, provando que nos comprou e que temos com ELE
uma aliança; somos de DEUS, pois JESUS nos comprou com seu sangue.
1
Co 6.19 "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do ESPÍRITO SANTO,
que habita em vós, o qual possuís da parte de DEUS, e que não sois de vós
mesmos? 20 Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a DEUS no vosso
corpo."
NA
EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS, PAULO FALA DO SELO.
Ef
1:13 em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
Espírito Santo da promessa;
5.
TROCA DE NOMES:
Lc
5.24; Rm 8.16; Ef 1.13
JESUS
gostava de se chamar "filho do homem", nós gostamos de ouvir o
ESPÍRITO SANTO testificar com nosso espírito que somos filhos de DEUS.
Lucas
5:24 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra poder de
perdoar pecados (disse ao paralítico), eu te digo: Levanta-te, toma a tua cama
e vai para tua casa.
Rm 8.16 "O ESPÍRITO mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos
de DEUS;"
Ef
1.13 "No qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho
da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO
SANTO da promessa, 14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da
possessão de DEUS, para o louvor da sua glória." (Recebemos o "H"
de DEUS)
6. TERMOS DA NOVA ALIANÇA:
Condições
para entrar = Mt 10.32; Rm 10.8; Ef 2.8; Gl 3.13; Gl 5:4
NÃO
é por merecimento, mas pela graça de DEUS mediante a fé:
Ef
2.8,9 - 8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem
de vós, é dom de DEUS; 9 não vem das obras, para que ninguém se glorie."
Leis
Espirituais que estão no Cap.5 de Mateus. Bem-Aventuranças.
Ex.:
Mt 5.3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos
céus.
-
Só tem bênçãos, pegue o Novo Testamento e saberá quais são. – Se creres verás a
glória de DEUS. (Rm 5.1,2; Hb 10.16).
Todas
as maldições JESUS já levou na cruz do calvário. Gl 3.13
Gl
3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós,
porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
QUEM
ESTÁ NA LEI - DA GRAÇA CAIU
Gl
5:4 Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça
tendes caído.
7.
REFEIÇÃO DA ALIANÇA:
Ceia
com os discípulos antes de morrer e conosco renovada sempre NA CEIA (Lc
22.7-23; Jo 6.51-54; 1 Co 11.26)
Lc
22:19 E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto
é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim.
Jo
6:51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá
para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do
mundo.
1 Co 11:26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que venha.
8.
MORTE DE UM ANIMAL:
Jo
1.29; Jo 19.30; Rm 6.88; 8.10; 1 Pd 1.18, 19
JESUS
é o cordeiro que deu sua vida por nós e é o que tira o pecado do mundo.
Jo
1.29 No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Lembrando
que no batismo nas águas nós morremos.
Rm
6.88 Ora, se já morremos com CRISTO, cremos que também com ele viveremos,
1
Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos
vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha, o sangue de CRISTO.
9.
ARVORE MANCHADA DE SANGUE (MEMORIAL) :
Mt
26:28; Rm 12.1; Cl 2:14; Fp 2:8; Hb 9.13-151; Jo 1.7
Cruz
ensanguentada no calvário.
Mt
26:28 Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado
por muitos, para remissão dos pecados.
Palavra
fez um corte profundo em nós (Rm 12.1; Hb 9.14)
Rm
12.1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso
corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional.
Cl
2:14 havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de
alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
Fp
2:8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à
morte e morte de cruz.
Hb
9.14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a
si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas,
para servirdes ao Deus vivo?
1
Jo 1.7 mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de JESUS seu Filho nos purifica de todo pecado.
***MAIOR
SINAL DA ALIANÇA:
CRISTO,
NUM CORPO DE HOMEM NO CÉU; AQUI O ESPÍRITO SANTO MORANDO DENTRO DE NÓS, NA
TERRA.
HÁ
UM HOMEM (JESUS) LÁ EM CIMA E DEUS (ESPÍRITO SANTO) AQUI NA TERRA.**
DISPENSAÇÃO
DA INOCÊNCIA E ALIANÇA EDÊMICA
Homem
colocado em ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples de amor, temor e
amizade, sendo advertido das consequências da desobediência; a mulher é
enganada e o homem peca deliberadamente depois da tentação satânica, o orgulho
prevalece (1 Tm 2.14).
A
aliança Edêmica prepara o plano de salvação do homem, agora o homem teria novas
normas:
a)
Encher a terra de uma nova ordem, a humana que herdaria a semente pecaminosa de
adão.
b)
Subjugar a terra para subsistência.
c)
Lutar pelo domínio sobre toda a criação.
d)
Comer ervas e frutos com suor e fadiga.
e)
Zelar pelo jardim.
f)
Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal.
DISPENSAÇÃO
DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA ADÂMICA
O
homem passou a conhecer do bem e do mal, Expulso do Éden e amaldiçoado.
A
aliança Adâmica exige sacrifícios de purificação do homem para que se chegue a
DEUS.
a)
Satanás, através da serpente é amaldiçoado.
b)
Ouve-se a primeira promessa de um Redentor. (vv 15)
c)
A condição da mulher mudada (vv 16) para concepção multiplicada e com dor e
sujeição ao homem, devido à necessidade de governo. (1 Co 11.7-9)
d)
A terra amaldiçoada por causa do homem (vv 17)
e)
O inevitável cansaço da vida (vv 17)
f)
O trabalho instituído no Éden (Gn 2.15)
g)
A morte física decretada (vv 19)
DISPENSAÇÃO
DO GOVERNO HUMANO OU DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA NOÉTICA.
Governo
do homem pelo homem procurando obedecer a DEUS
A
aliança com Noé tem como base:
a)
Confirmação de relação homem-terra.
b)
Confirmação de ordem da natureza.
c)
Estabelecimento do governo humano.
d)
Garantia de que a terra não sofreria outro dilúvio (arco-íris).
e)
De Cão procederia raça inferior e servil.
f)
Relação especial entre DEUS e Sem, visando CRISTO.
g)
Declaração profética de que Jafé seria de raça dilatada, ou seja
inteligente.
DISPENSAÇÃO
DA PROMESSA E ALIANÇA ABRAÃMICA
A
promessa foi feita a Abraão e sua posteridade que é CRISTO (Gl 3.8-16)
A
aliança Abraâmica tem oito partes distintas:
a)
Farei de ti uma grande nação, em um sentido natural e espiritual.
b)
Abençoar-te-ei, em dois sentidos, materialmente e espiritualmente.
c)
Engrandecerei o teu Nome.
d)
Serei teu escudo e galardão.
e)
Tu serás uma benção.
f)
Abençoarei os que te abençoarem.
g)
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.
h)
Por meio de ti serão benditas todas as famílias da terra.
DISPENSAÇÃO
DA LEI E ALIANÇAS MOSAICA, PALESTINIANA E DAVÍDICA
Foi
dada para mostrar o pecado Rm 3.20. Do Sinai ao calvário, do Êxodo à
Cruz. Terminou, envelheceu, durou até João Batista Hb 8.13; Mt 11.13; Lc 16.16;
Veja:
5.1-
O estado do homem no começo (Ex 19.1-3).
5.2-
Sua responsabilidade (Êx 19.5,6).
5.3-
Seu fracasso (II Rs 17.7-17).
5.4-
O julgamento (II Rs 14.1-6,20)
A
lei foi dada verbalmente em Êx 20.1-17, depois foi escrita por DEUS em tábuas
de pedra e entregues a Moisés que as quebra devido à idolatria do povo
(Êx 34.1,28,29), sendo que depois é escrita por Moisés, na presença de
DEUS (Êx 34.1,28,29).
***
A aliança Mosaica constitui-se de :
a)
Os mandamentos (Êx 20.1-26)
b)
Os Juízos (Êx 21.1 a 24.11)
c)
As ordenanças (Êx 24.12-31.18)
Lembrando
de que o SENHOR JESUS resumiu toda a lei em 2 mandamentos (Lc 10.27)
***A
aliança Palestiniana foi feita com os Israelitas depois da
peregrinação de Israel pelo deserto por quarenta anos, devido à sua rebeldia
para com DEUS. Era na realidade um preparação para que entrassem na terra
prometida e era ao mesmo tempo uma renovação da aliança Mosaica. Bênçãos e
maldições são proclamadas (Dt 28; Js 24.24,25)
***A
aliança Davídica foi realizada com base no reino de Israel, com a promessa de
que sempre existiria um descendente de Davi no trono. (2 Sm 7.11-16; Sl 89.34)
Esta promessa terá seu cabal cumprimento no milênio quando JESUS governará
pessoalmente a Israel terrestre.
DISPENSAÇÃO
DA GRAÇA OU ECLESIÁSTICA E A NOVA ALIANÇA
Aqui
a palavra chave é “graça”. Da crucificação até a volta de JESUS em duas etapas,
uma no arrebatamento e outra no final da grande tribulação. Na dispensação da
graça é-nos oferecida a salvação pela fé em JESUS CRISTO e não pelas obras. Ef
2.8.
A
nova aliança é feita com base em melhores promessas, pois não só nos oferece a
possessão de terra ou riquezas terrenas, ou qualquer outro bem material, mas
acima de tudo isso oferece-nos a salvação, a vida eterna com DEUS, no céu onde
não há traça e nem ferrugem, mas paz, gozo e alegria eternos, no espírito,
coisas superiores portanto, pois são eternas.
Na
nova aliança temos como único mediador JESUS CRISTO (1Tm 2.5), a velha aliança
perdeu seu valor, pois esta é superior (Rm 10.4); Lembramos sempre dessa
nova aliança ao cearmos (Lc 22.20; Mc 14.24; 1Co 11.23-32)
DISPENSAÇÃO
DO MILÊNIO OU DO GOVERNO DIVINO E ALIANÇA MILÊNICA
JESUS
CRISTO descerá pessoalmente à terra e será reis do reis e senhor dos senhores
literalmente, seu reino será literal em cumprimento à promessa feita a Davi. Mt
19.28.
Neste
tempo Satanás será preso por mil anos (Ap 20.2), Os crentes reinarão com CRISTO
nessa época (Ap 20.4).
A
primeira ressurreição acabará no final da grande tribulação e início do
milênio.(Ap 20.5)
Satanás
será solto e vencido no final do milênio (Ap 20.7; 20.10-15)
***Algumas
promessas para quem for fiel a essa aliança:
»APOCALIPSE
[21]
1
E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a
primeira terra, e o mar já não existe.
2
E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de DEUS,
adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo.
3
E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de DEUS
está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e DEUS
mesmo estará com eles.
4
Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá
mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
5
E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as
coisas. E acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
6
Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A
quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida.
7
Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu DEUS, e ele será meu
filho.
Agora
pegue a bíblia em Mateus, capítulo 1, versículo 1, segure aí e pegue em
Apocalipse 22.21 – tudo isso são bênçãos de DEUS para nós, aproveite e leia
tudo; AMÉM?
ALIANÇA. Em
hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit, e berit karat
significa "fazer (lit., 'cortar' ou 'lapidar') uma aliança". Em grego
o termo é diatheke (que pode significar tanto "pacto" como
"último desejo e testamento"), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb
8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que
quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias. As
alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da
verdade: Soteriologia - O plano de DEUS através de JESUS CRISTO para redimir os
seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas
alianças.
Alianças
Bíblicas Específicas
1.
Aliança Noéica. Esta é a primeira aliança claramente mencionada nas
Escrituras. Ela foi prometida a Noé em Gênesis 6.18 e está registrada em
Gênesis 8.20-9.17. Esta aliança foi, sobretudo, unilateral, pois DEUS era o seu
criador e executor, não requerendo um compromisso de aceitação e consentimento
por parte de Noé, como no caso do juramento dos israelitas ao pé do Monte Sinai
(veja Êx 19.8).
As
partes desta aliança eram DEUS e a terra (Gn 9.13) ou Noé e todos os seus
descendentes (Gn 9.9,16,17). Daqui por diante, ela era universal em seu escopo.
Apesar disso, ela tinha certas condições, a saber, que a humanidade fosse
frutífera, se multiplicasse e enchesse a terra (9.1,7); que não comesse carne
com vida, isto é, com o sangue (9.4). Assim, a aliança era condicional, porque
DEUS trouxe um julgamento sobre a humanidade no episódio da Torre de Babel na
forma de uma confusão de línguas, para forçar o povo a se espalhar e povoar a
terra, quando eles estavam deliberadamente desafiando o propósito e a ordem de
DEUS (Gn 11.4-9). O Resultado era a promessa de que DEUS nunca mais destruiria
a terra com um dilúvio (Gn 8.21; 9.11,15), com a concomitante promessa da
regularidade das estações (Gn 8.22). A garantia de que DEUS iria manter esta
aliança enquanto durasse a terra encontrava-se em seu sinal ou prova, o
arco-íris (9.12-17).
2.
Aliança Abraâmica. Esta é geralmente considerada uma aliança unilateral no
sentido de que foi em primeiro lugar anunciada por DEUS, sem qualquer condição
a ela vinculada. Entretanto, um elemento bilateral aparece em Genesis 17.1:
"Eu sou o DEUS Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito";
e na última repetição e confirmação da aliança a Abraão em Genesis 22.16ss.,
quando DEUS diz, "Por mim mesmo, jurei... porquanto fizeste esta ação e
não me negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei".
As
partes desta aliança eram DEUS e Abraão. A condição - revelada por DEUS a
Abraão, depois dele demonstrar a sua vontade de obedecer à ordem de DEUS de
oferecer Isaque - era a obediência pela fé (cf. Hb 11.17-19). Os resultados
foram: a promessa de DEUS de transformar a posteridade de Abraão em uma grande
nação (Gn 12.2); aumentar a sua semente tornando-a numerosa como a areia do mar
(Gn 22.17); abençoar aqueles que abençoassem o povo judeu e amaldiçoar aqueles
que o amaldiçoassem (Gn 12.3); e dar à descendência a Abraão (ou seja, a
Israel), a Palestina e o território que vai do rio do Egito até o Eufrates.
Finalmente, e o mais importante de tudo, o mundo inteiro seria abençoado
através da sua descendência, que era CRISTO (Gl 3.16), e CRISTO por sua vez
dominaria sobre todos os seus inimigos (Gn 22.17,18). A garantia desta grande
aliança era o juramento de DEUS por si mesmo e por seu grande Nome (Gn 22.16;
Hb 6.13-18), assim como o derramamento do sangue dos sacrifícios (Gn
15.9,10,17).
3.
Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o surgimento de um novo
fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta,
a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma
contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente,
onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou servos.
Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo milênio
a. C., revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de DEUS
com Israel, e cada uma continha seis elementos.
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 61-64.
O
CONCERTO DO SINAI.
Aliança
Mosaica ou do Sinai.
Nesta
aliança vemos o surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança
Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito
mais complexa, empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e
vassalagem em voga no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava
um acordo para os seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou
alianças hititas da metade do segundo milênio a. C., revelou que existia uma
forma paralela entre estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha
seis elementos.
(1)
Um preâmbulo: "Eu sou o Senhor, teu DEUS" (Ex 20.2a), identificava o
autor da aliança, e correspondia a cada introdução como "Estas são as
palavras do filho de Mursilis, o grande rei, e rei da terra de Hati, o valente,
o filho favorito do deus do trovão etc..." (ANET, p. 203).
(2)
Um prólogo histórico: "...que te tirei da terra do Egito, da casa da
servidão" (Êx 20.2). Em Deuteronômio, que é a segunda dádiva da aliança e
da lei, o prólogo histórico se expandia amplamente a fim de abranger o modo
como DEUS levou Israel pelo deserto até aos limites da terra prometida (Dt
1.6-4.49). Moisés está repetindo e expandindo a aliança dada no Sinai, para
atualizá-la e preparar Israel para a entrada na terra prometida. Nas alianças
hititas, o suserano dominador lembrava ao governante vassalo (o governante
subjugado) os benefícios que ele desfrutara até o momento como vassalo de seu reino,
como a base para a sua gratidão e obediência futura.
(3)
As estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: "Não terás outros
deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura..."Não te
encurvarás a elas nem as servirás" (Êx 20.3-5). Uma típica aliança hitita
foi registrada da seguinte forma: "Mas tu, Duppi-Tessub permaneça leal ao
rei da terra de Hati... Não volte os seus olhos para mais ninguém" (ANET,
p. 204). Em sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança começa com os Dez Mandamentos
e continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio, ela começa com a lei no cap.
5 e continua pelo cap. 26.
(4)
Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a manutenção ou o
rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo, estas sanções estão
vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por exemplo: "Visito
a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e, "Honra a teu pai e
a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra" (Êx 20.12). Além
disso, mais sanções e advertências são dadas com a promessa de direção e
proteção pela presença de DEUS (Êx 23.20-33; para mais bênçãos e maldições,
veja Levítico 26). Mas em Deuteronômio há dois capítulos de bênçãos e maldições
que devem ser lidos publicamente e expostos na cerimónia de renovação da
aliança (27 e 28), seguidos pela conhecida aliança Palestina (29-30). Bênçãos e
maldições também eram escritas nos tratados da Ásia ocidental. A confirmação
bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um juramento ou
ainda a morte daquele que fez a aliança. "Os termos juramento e aliança
são sempre usados como sinônimos no AT, assim como os termos juramento e
tratado nos textos extra-bíblicos" esta é a conclusão de Gene M. Tucker
("Covenant Forms and Contract Forms", VT, XV [1965], p. 497). Uma
aliança no AT era, em sua essência, um juramento, um acordo solene. DEUS
confirmou a aliança Mosaica através de um juramento mencionado em Deuteronômio
29.12ss. O juramento... "que o Senhor, teu DEUS, hoje faz contigo"
(cf. Dt 32.40; Ez 16.8; Nm 10.29). As partes que faziam a aliança deveriam se
tornar como os mortos, de maneira que não poderiam mais mudar de ideia e
revogá-la, assim como os mortos também não poderiam fazer (Gn 15.8-18; Hb
9.16,17). Assim, o sangue dos animais substitutos sacrificados era espargido na
cerimónia de ratificação da aliança, para representar a "morte" das
partes (Êx 24.3-8). Os tratados hititas comuns na época de Moisés não tinham
como característica um juramento por parte do suserano; ao invés disso, eles
enfatizavam o juramento de lealdade por parte do vassalo.
(5)
Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista de divindades
como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças bíblicas, os
deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais de pedra
podiam ser uma testemunha (Êx 24.4; cf. Js 24.27); os céus e a terra eram
convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da lei
(ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a finalidade de ser uma testemunha
(Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os votos que
fizeram por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimónia de renovação da
aliança no final da vida de Josué, o próprio povo atuou como testemunha (Js
24.22).
(6)
A perpetuação da aliança. Esta podia ser vista no cuidado pela segurança dos
documentos do tratado, que no caso dos pagãos eram geralmente depositados
perante ou sob um deus pagão de uma nação que fazia parte do tratado. Esta
atitude poderia ser contrastada com as tábuas da aliança Mosaica, colocadas
dentro da arca da aliança em Israel (Êx 25.16,21; 40.20; Dt 10.2). As alianças
hititas e a aliança Mosaica eram lidas periodicamente em público, e as crianças
eram nelas instruídas. A lei era registrada em pedras caiadas (Dt 27.4), e lida
em voz alta durante as cerimônias, como aconteceu quando as bênçãos e maldições
foram pronunciadas (estando a metade de Israel no Monte Ebal e a outra metade
no Monte Gerizim), depois de terem entrado na terra prometida (Dt 27.9ss.; Js
8.30-35). A lei era lida integralmente e publicamente a cada sete anos na Festa
dos Tabernáculos (Dt 31.9-13). Chegou-se a várias conclusões importantes como
resultado da comparação da aliança Mosaica com os antigos tratados de suserania
daquela época:
(a)
DEUS falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito, mas que também
fosse familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais apurados da
forma até mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido estabelecida antes
de 1200 a.C, porque os tratados aramaicos e assírios do primeiro milênio a. C.
não possuem vários dos elementos característicos comuns aos hititas e à aliança
do Sinai (veja Meredith G. Kline, The Treaty of the Great King, p. 42ss.).
(6)
A forma particular da aliança hitita em Deuteronômio nos leva a ver que a
ênfase é maior no significado da aliança do que em seu significado legal, (c)
Estudos mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com quatro
mandamentos na primeira e seis na segunda, mas duas cópias de pedra do mesmo
tratado ou aliança: uma para DEUS - mantida na arca - e outra para Israel. O
mesmo acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias eram
feitas, uma para o rei do suserano e outra para o rei do vassalo. Certas
diferenças importantes, não devem, entretanto, passar despercebidas. A Aliança
Mosaica, como feita por DEUS, baseava-se no amor e na graça e não simplesmente
em poder. Além disso, ela tinha como objetivo a salvação dos eleitos de DEUS, e
não a mera submissão e obediência. Voltando ao significado e à importância
espiritual dessa aliança, podemos concluir que o elemento condicional é
prioritário em relação ao elemento incondicional. Será que está sendo ensinada
a expressão "faze isso e viverás" (cf. Lc 10.28) no sentido de que a
vida eterna para o crente do AT dependia de se guardar a lei de DEUS? Se fosse,
as obras seriam de valor meritório até que viesse a cruz! Ou será que DEUS
queria dizer que deveriam viver à luz da lei? O Senhor JESUS CRISTO, no Sermão
do Monte, ensinou esta segunda visão quando expôs vários mandamentos e disse:
"Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos
céus" (Mt 5.48). Ele aplicou a lei com o propósito da contínua
santificação do crente e não para a sua justificação. Em Levítico 18.5 é feita
a mesma aplicação da lei: "Os meus estatutos e os meus juízos guardareis;
os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles" (ou seja, naquele âmbito).
Quando vemos que esta aliança começa com a graça: "Eu sou o Senhor, teu
DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êx.20.2), e
acrescentamos a isto uma consideração dos fatos descritos acima, somos levados
a vê-la como uma aliança cheia de graça. A aliança Mosaica, então, torna-se
tanto um aio que tem a função de nos trazer a CRISTO, onde todos os tipos de
aliança apontam para ele, como um padrão para guiar o comportamento dos crentes
do AT e dos cristãos.
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 61-64.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-odm-1tr15-deus-da-sua-lei-ao-povo-de-israel.htm
A
Aliança de Deus Conosco por Intermédio de Cristo é Indestrutível e Eterna
“Não
violarei a minha aliança nem modificarei as promessas dos meus
lábios”. Sl.89.34
Deus
onipotente, Criador, o Alfa e o ômega, firmou uma aliança eterna conosco!
Tudo de que precisamos – redenção, força, saúde, prosperidade – foi previsto, providenciado
e garantido nessa aliança PODEROSA E INDESTRUTÍVEL.
Para
entender com clareza esse pacto, você precisa compreender plenamente o tipo de
aliança que Deus fez conosco e o que significa firmar uma aliança.
A
palavra hebraica para aliança é extraída da raiz brith, que significa
“ligar”. O termo usado junto a essa palavra no contexto da aliança é karath,
que quer dizer “cortar”. Refere-se ao corte cerimonial dos animais do
sacrifício, que faz parte do ritual da aliança. Isso na verdade apontava para o
sacrifício de sangue – a expiação no Antigo Testamento – que selava a Aliança.
A
palavra grega para “aliança” significa “um contrato”, “um testamento”. No novo
Testamento, a mesma palavra usada para “aliança” é usada para “testamento”.
Colocando de maneira bem simples, a nossa aliança com Deus é o “TÍTULO DE
PROPRIEDADE” de nossa herança. É um contrato, um acordo com implicação
legal entre Deus e nós. Várias formas de “cortar uma aliança” eram praticadas
na antiguidade. E, em algumas partes do mundo, ainda são observadas. Embora
essas várias maneiras de estabelecer uma aliança sejam formas corrompidas do
conceito original de Deus, elas nos permitem uma compreensão mais profunda da
extensão da aliança que Ele fez conosco.
As
alianças entre Deus e o homem contêm basicamente os seguintes elementos:
Uma
declaração dos termos e das promessas do acordo;
Um
juramento, de cada parte, de que os termos do acordo serão observados;
Uma
maldição sobre a parte que romper o acordo;
O
“selo” da aliança por algum ato externo, como o sacrifício de sangue – o seu
derramamento sobre as partes envolvidas ou uma refeição sacrifical.
Você
deve conhecer os seus direitos relativos à aliança, para que possa
posicionar-se e enfrentar o inimigo com autoridade e poder.
Deus
falou por meio de Isaías: “‘Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam
removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada, nem
será removida a minha aliança de paz’, diz o Senhor, que tem compaixão de
você”. Is.54.10.
Bibliografia:
A Bíblia Explicada, S. E. Mcnair;
Conhecendo
as Doutrinas Bíblicas, Myer Pearlman;
Bíblia
de Estudo Pentecostal, Apostila FAETEL módulo VI
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 61-64.
ALIANÇA
- DICIONÁRIO Wycliffe
Embora
esta palavra não apareça nas versões KJV e ASV em inglês, aparece quatro vezes
na versão RSV. O seu significado básico deriva do substantivo hebraico berit,
que significa “associação”, “confederação”, ‘liga”; e dos verbos hatan, que
significa “afinidade”, “unir em casamento”; e nuah, que significa “estar
despreocupado”, “estar aliado”; e do substantivo qesher, que normalmente tem o
sentido negativo de “conspiração”, “traição”.
A primeira aliança descrita nas Escrituras foi entre Abraão e os amorreus
Manre, Escol e Aner. Eles uniram suas forças por tempo suficiente para libertar
Ló daqueles que o mantiveram cativo (Gn 14.13-24). Abrão fez uma aliança ainda
mais duradoura com Abimeleque em Berseba (Gn 21.22-32), como também Isaque fez
posteriormente (Gn 26.26-31). Não houve nenhuma proibição ou estigma contra
essas primeiras alianças; porém mais tarde a lei mosaica repetidamente proibia
alianças com estrangeiros, em particular com os cananeus. A proibição contra
alianças com os cananeus se baseava principalmente em questões religiosas. A
nação recém-formada era ainda muito fraca para resistir às tentações da
adoração ao sexo praticada por Canaã, então Deus, por meio de Moisés, procurou
isolar Israel. Os altares, templos e imagens pagãos foram destruídos para que
os jovens não fossem enganados pelos adoradores de Baal (Êx 23.32,33;
34.12,13). Para proteger os israelitas ainda mais contra essa corrupção, o
casamento com estrangeiros foi proibido, para que não houvesse corrupção do
israelita pelo adorador pagão através do casamento (Dt 7.2-4). Depois da
conquista, quando Israel desobedeceu, a razão do julgamento de Deus sobre eles
tinha raízes na violação da proibição por parte de Israel (Jz 2.2).
Além da aliança com os homens de Gibeão, com artimanhas concluídas com Josué,
não houve ligações oficiais com outras nações até os tempos de Salomão. Davi
tinha relações amistosas, baseadas em alianças pessoais, com os reis de Moabe,
Amom, Gate e Hamate; mas parece que Salomão foi o primeiro a estabelecer uma
aliança internacional com uma nação estrangeira. Isto foi feito com Hirão de
Tiro, em relação à construção do Templo e às operações da frota no Mar Vermelho
e no Oceano Índico (1 Rs 5.1-18; 9.26-28), A completa implicação desta aliança
não veio à tona até o casamento de Acabe com Jezabel, filha de um rei de Tiro.
A adoração a Baal imediatamente tomou conta da vida religiosa de Israel, mas
foi vigorosamente combatida por Elias, Eliseu e Jeú, Judá sentiu alguns maus
resultados desse casamento quando a filha de Jezabel, Atalia, tornou-se rainha
de Judá,
Nas disputas triangulares entre Israel, Judá e Síria foram feitas diversas
alianças. Em uma ocasião, Asa de Judá obteve a ajuda de Ben-Hadade da Síria
contra Baasa de Israel (1 Rs 15.18,19; 2 Cr 16.3). Mais tarde, Acabe de Israel
ganhou o auxílio de Josafá de Judá contra a Síria (1 Rs 22; 2 Cr 18.1). Depois
da morte de Acabe, Acazias de Israel procurou unir-se a Josafá no
estabelecimento de uma frota mercante, mas Deus não se agradou com isso e a
frota foi destruída (2 Cr 20.35-37). No tempo de Isaías, Rezim da Síria e Peca
de Israel se uniram contra Judá, mas Acaz de Judá conseguiu comprar a ajuda da
Assíria, que rapidamente destruiu a Síria, reduziu Israel à condição de sua
partidária, e finalmente fez de Acaz um fantoche nas suas mãos (2 Rs 16.5-8). A
última aliança trágica foi entre Zedequias e o Egito, que trouxe a Babilônia
contra Judá e destruiu Jerusalém completamente (Jr 37.1-8; Ez 17.15-17).
Em hebraico, uma “aliança״
é determinada pelo termo berit, e berit karat significa “fazer (lit., ‘cortar’
ou ‘lapidar’) uma aliança”. Em grego o termo é diatheke (que pode significar
tanto “pacto, como “último desejo e testamento”), e o verbo é diatithemi (At
3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16).
Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos
estão presentes; partes, condições, resultados, garantias.
As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas
da verdade: Soteriologia - O plano de Deus através de Jesus Cristo para redimir
os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas
alianças.
Profecia - As alianças Abraâmica, palestina, davídica e as novas alianças abrem
todo o panorama relacionado à primeira e à segunda vinda de Cristo, e o seu
reinado milenar na terra. A maior parte das grandes alianças revela fatos
relacionados ao sofrimento, sacrifício, governo, e reinado do Messias. A
maneira como estas duas correntes de profecia devem ser interpretadas determina
finalmente a sua escatologia, se ela deve ser amilenial, pós-milenial, ou
premilenial, A questão a ser encarada é se o método a ser aplicado a ambas
correntes de profecia será o mesmo, Disto deve depender a decisão sobre a
questão do milênio, e a interpretação de grande parte daquilo que está contido
em cada uma das alianças. Veja Milênio.
As Portes. Estas podem ser; (1) Indivíduos, como por exemplo Abraão e
Abimeleque (Gn 21.27) ou Jacó e Labão (Gn 31.44-46), quando cada um se sujeitou
a certas condições e ofereceu uma prova como garantia da aliança feita. (2)
Nações, como quando Naás, o amonita tentou forçar uma aliança sobre
Jabes-Gileade em 1 Samuel 11.1ss., ou quando os israelitas foram tolamente
levados a fazer uma aliança com os gibeonitas (Js 9.6- 16). (3) Deus e o homem
eram as partes das grandes alianças do reino messiânico, tal como a aliança
Abraâmica (Gn 12.1-7; 15; 17.1-14; 22.15-18), a aliança Palestina (Dt 29-30), e
a aliança Davídica (2 Sm 7.4-16; Sl 89.3,4,26-37; 132.11-18). (4) Deus, o Pai,
e Jesus Cristo, eram as partes originárias da aliança da redenção (Sl 40.6-8;
Hb 10.5- 14), sendo Cristo o mediador desta aliança, enquanto Deus e os
indivíduos (Hb 7.9ss.) e Deus e Israel (Jr 31.37) eram seus companheiros
eficazes. O Pai e o Filho eram a parte líder da aliança da graça, Deus Pai fez
uma aliança com Cristo para salvar pela graça aqueles que cressem no Filho, e
em sua morte substitutiva. Esta aliança se tomou o fundamento de Romanos 4 e
Hebreus 11, as duas loci classici, ou passagens principais concernentes à justificação
pela fé no NT. No AT, os indivíduos entravam nesta aliança através de sua fé
salvadora, em uma aceitação de um tipo de Cristo no AT, e no NT pela mesma fé
com a aceitação do modelo oposto, o próprio Senhor Jesus Cristo.
Condições. Em cada aliança são expressas certas condições. Isto se aplica tanto
às alianças unilaterais, ou seja, anunciadas por Deus para um homem e
promulgadas com a certeza de que acontecerão, e nesse ponto incondicionais; e
também àquelas que são bilaterais, ou seja, aquelas alianças que estão
totalmente condicionadas à aceitação e ao cumprimento por ambas as partes.
Todas as alianças humanas são bilaterais e condicionais, As alianças entre Deus
e o homem podem ser principalmente unilaterais, como a aliança Abraâmica, a
davídica, e a nova aliança; ou bilaterais, como por exemplo, a aliança mosaica.
Ainda podemos ficar confusos se não enxergarmos que até mesmo as alianças
unilaterais têm essencialmente um aspecto bilateral, à medida que a sua
aplicação diz respeito aos indivíduos. Isto pode ser visto no fato descrito por
Paulo em Romanos 9 de que, embora as alianças pertençam a Israel, “nem todos os
que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são
todos filhos” (Rm 9.6,8). Elas se aplicam aos eleitos.
Mais adiante vemos que o selo, sinal ou símbolo de alguém ter aceitado o
relacionamento da aliança por um ato de fé individual é um passo de obediência,
mesmo na aliança Abraâmica, cujo sinal era a circuncisão (cf. Gn 17.10,11 onde
o sinal foi declarado como parte de uma aplicação individual da aliança. “Esta
é minha aliança... todo macho entre vós será circuncidado”). Qualquer tentativa
de separar o elemento unilateral da aliança Abraâmica da sua aplicação
individual torna-se artificial e, portanto, o conhecimento de ambos os fatores
- unilateral e bilateral - em tal aliança se faz necessário, assim como o
batismo nas águas é o sinal ou a confirmação da associação de alguém na nova
comunidade da aliança. As análises mostram que os elementos unilaterais em uma
aliança são proféticos e, portanto, condicionados ao ponto em que são
dependentes da aceitação pessoal pela fé, com a motivação que vem da graça
soberana de Deus.
Resultados. Estes podem ser também promessas de bênçãos quando a aliança é
mantida, ou advertências de punição quando a aliança é quebrada - ou ambas. Por
exemplo, na aliança Abraâmica havia uma promessa de descendência (que de acordo
com Gálatas 3.16 era Cristo; cf. Gn 12.1-3; 13.16; 22.18), de uma terra, de
fama e de uma grande posteridade. Estes fatos eram proféticos e certos. Ao
mesmo tempo, havia um aspecto condicional, porque cada participante crente
tinha que ser circuncidado como um sinal da sua fé, mesmo no caso de Abraão (Gn
17.9-17; Rm 4.11). Aqueles que se recusavam a ser circuncidados quebravam a
aliança (Gn 17.14). Esta cerimônia apontava para Cristo em quem nós, cristãos,
somos circuncidados com a " circuncisão de Cristo” (Cl 2.11). Tudo isso é
condicional, pois a sua base é a fé salvadora.
Garantias. A garantia que se dava para assegurar o cumprimento da aliança era
normalmente um juramento. Para os homens, era um juramento tão solene que
constituía o caráter do desejo ou testamento. A ideia é que assim como o
testador não poderia mudar a sua vontade quando morto, o criador da aliança também
não poderia mudá-la. A forma de expressá-la era matando um animal, partindo-o
ao meio, e em seguida passando-se pelo meio de ambas as partes (Gn 15.9ss.).
Cristo selou a nova aliança através de sua morte (Hb 9.15-17), e instituiu a
Ceia para celebrá-la (Mt 26.28; Mc 14.25; 1 Co 11.25,26). Às vezes se fazia uma
oferta (Gn 21.30), ou se instituía um sinal, como um marco ou um monte de
pedras (Gn 31.52). Como Deus não tem nada e ninguém maior do que Ele mesmo para
jurar, também confirmou as suas alianças jurando por si mesmo (Dt 29.12; Hb
6.13,14), por exemplo, ao confirmar a sua aliança com Abraão, ao jurar pelo seu
controle providencial do mundo, e ao anunciar a nova aliança em Jeremias 31.35;
33.20.
Tipos de Alianças
Dois principais tipos de alianças na Bíblia precisam ser considerados; aqueles
que são especificamente designados como alianças, e aqueles que estão
implícitos, mas não são designados como tais. Para uma melhor distinção, talvez
seja melhor chamá-los de alianças bíblicas e teológicas.
Alianças Bíblicas Específicas1. Aliança Noéica. Esta é a primeira aliança
claramente mencionada nas Escrituras. Ela foi prometida a Noé em Gênesis 6.18 e
está registrada em Gênesis 8.20-9.17. Esta aliança foi, sobretudo, unilateral,
pois Deus era o seu criador e executor, não requerendo um compromisso de
aceitação e consentimento por parte de Noé, como no caso do juramento dos
israelitas ao pé do Monte Sinai (veja Êx 19.8).
As partes desta aliança eram Deus e a terra (Gn 9.13) ou Noé e todos os seus
descendentes (Gn 9.9,16,17). Daqui por diante, ela era universal em seu escopo.
Apesar disso, ela tinha certas condições, a saber, que a humanidade fosse
frutífera, se multiplicasse e enchesse a terra (9.1,7); que não comesse carne
com vida, isto é, com o sangue (9.4). Assim, a aliança era condicional, porque
Deus trouxe um julgamento sobre a humanidade no episódio da Torre de Babel na
forma de uma confusão de línguas, para forçar o povo a se espalhar e povoar a
terra, quando eles estavam deliberadamente desafiando o propósito e a ordem de
Deus (Gn 11.4- 9). O Resultado era a promessa de que Deus nunca mais destruiría
a terra com um dilúvio (Gn 8.21; 9.11,15), com a concomitante promessa da
regularidade das estações (Gn 8.22). A garantia de que Deus iria manter esta
aliança enquanto durasse a terra encontrava-se em seu sinal ou prova, o arco-
íris (9.12-17).
2. Aliança Abaâmica. Esta é geralmente considerada uma aliança unilateral no
sentido de que foi em primeiro lugar anunciada por Deus, sem qualquer condição
a ela vinculada. Entretanto, um elemento bilateral aparece em Gênesis 17.1: “Eu
sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito”; e na última
repetição e confirmação da aliança a Abraão em Gênesis 22.16ss., quando Deus
diz, “Por mim mesmo, jurei... porquanto fizeste esta ação e não me negaste o
teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei”.
As partes desta aliança eram Deus e Abraão. A condição - revelada por Deus a
Abraão, depois dele demonstrar a sua vontade de obedecer à ordem de Deus de
oferecer Isaque - era a obediência pela fé (cf. Hb 11.17-19). Os resultados
foram: a promessa de Deus de transformar a posteridade de Abraão em uma grande
nação (Gn 12.2); aumentar a sua semente tomando-a numerosa como a areia do mar
(Gn 22.17); abençoar aqueles que abençoassem o povo judeu e amaldiçoar aqueles
que o amaldiçoassem (Gn 12.3); e dar à descendência a Abraão (ou seja, a
Israel), a Palestina e o território que vai do rio do Egito até o Eufrates.
Finalmente, e o mais importante de tudo, o mundo inteiro seria abençoado
através da sua descendência, que era Cristo (Gl 3.16), e Cristo por sua vez
dominaria sobre todos os seus inimigos (Gn 22.17,18). A garantia desta grande
aliança era o juramento de Deus por si mesmo e por seu grande Nome (Gn 22.16;
Hb 6.13-18), assim como o derramamento do sangue dos sacrifícios (Gn
15.9,10,17).
3. Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o surgimento de um novo
fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta,
a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma
contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente,
onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou
servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo
milênio a.C., revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de
Deus com Israel, e cada uma continha seis elementos.
(1) Um preâmbulo: “Eu sou o Senhor, teu Deus" (Êx 20.2a), identificava o
autor da aliança, e correspondia a cada introdução como “Estas são as palavras
do filho de Mursilis, o grande rei, e rei da terra de Hati, o valente, o filho
favorito do deus do trovão etc...” (ANET, p. 203).
(2) Um prólogo histórico: “...que te,tirei da terra do Egito, da casa da
servidão” (Êx 20.2). Em Deuteronômio, que é a segunda dádiva da aliança e da
lei, o prólogo histórico se expandia amplamente a fim de abranger o modo como
Deus levou Israel pelo deserto até aos limites da terra prometida (Dt 1.6-
4.49). Moisés está repetindo e expandindo a aliança dada no Sinai, para
atualizá-la e preparar Israel para a entrada na terra prometida. Nas alianças
hititas, o suserano dominador lembrava ao governante vassalo (o governante
subjugado) os benefícios que ele desfrutara até o momento como vassalo de seu
reino, como a base para a sua gratidão e obediência futura.
(3) As estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: “Não terás outros
deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura... Não te
encurvarás a elas nem as servirás” (Êx 20.3-5). Uma típica aliança hitita foi
registrada da seguinte forma: “Mas tu, Duppi- Tessub permaneça leal ao rei da
terra de Hati.,. Não volte os seus olhos para mais ninguém” (ANET, p. 204). Em
sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança começa com os Dez Mandamentos e
continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio, ela começa com a lei no cap. 5
e continua pelo cap. 26.
(4) Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a manutenção ou o
rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo, estas sanções
estão vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por exemplo: “Visito
a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e, “Honra a teu pai e a tua
mãe, para,que se prolonguem os teus dias na terra” (Êx 20.12). Além disso, mais
sanções e advertências são dadas com a promessa de direção e proteção pela
presença de Deus (Êx 23.20-33; para mais bênçãos e maldições, veja Levítico
26). Mas em Deuteronômio há dois capítulos de bênçãos e maldições que devem ser
lidos publicamente e expostos na cerimônia de renovação da aliança (27 e 28),
seguidos pela conhecida aliança Palestina (29-30). Bênçãos e maldições também
eram escritas nos tratados da Ásia ocidental.
A confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um juramento
ou ainda a morte daquele que fez a aliança. “Os termos juramento e aliança são
sempre usados como sinônimos no AT, assim como os termos juramento e tratado
nos textos extrabíblicos” - esta é a conclusão de Gene M. Tucker (“Covenant
Forms and Contraet Forms”, VT, XV [1965], p. 497). Uma aliança no AT era, em
sua essência, um juramento, um acordo solene. Deus confirmou a aliança Mosaica
através de um juramento mencionado em Deuteronômio 29.12ss. O juramento... “que
o Senhor, teu Deus, hoje faz contigo" (cf. Dt 32.40; Ez 16.8; Nm 10.29).
As partes que faziam a aliança deveriam se tomar como os mortos, de maneira que
não poderíam mais mudar de ideia e revogá-la, assim como os mortos também não
poderíam fazer (Gn 15.8-18; Hb 9.16,17). Assim, o sangue dos animais
substitutos sacrificados era espargido na cerimônia de ratificação da aliança,
para representar a “morte” das partes (Êx 24.3-8). Os tratados hititas comuns
na época de Moisés não tinham como característica um juramento por parte do
suserano; ao invés disso, eles enfatizavam o juramento de lealdade por parte do
vassalo.
(5) Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista de
divindades como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças
bíblicas, os deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais
de pedra podiam ser uma testemunha (Êx 24.4: cf. Js 24.27); os céus e a terra
eram convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da
lei (ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a finalidade de ser
uma testemunha (Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os
votos que fizeram por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimônia de
renovação da aliança no final da vida de Josué, o próprio povo atuou como testemunha
(Js 24.22).
(6) A perpetuação da aliança. Esta podia ser vista no cuidado pela segurança
dos documentos do tratado, que no caso dos pagãos eram geralmente depositados
perante ou sob um deus pagão de uma nação que fazia parte do tratado. Esta
atitude podería ser contrastada com as tábuas da aliança Mosaica, colocadas
dentro da arca da aliança em Israel (Êx 25.16,21; 40.20; Dt 10.2). As alianças
hititas e a aliança Mosaica eram lidas periodicamente em público, e as crianças
eram nelas instruídas. A lei era registrada em pedras caiadas (Dt 27.4), e lida
em voz alta durante as cerimônias, como aconteceu quando as bênçãos e maldições
foram pronunciadas (estando a metade de Israel no Monte Ebal e a outra metade
no Monte Gerizim), depois de terem entrado na terra prometida (Dt 27.9ss.; Js
8.30-35). A lei era lida integralmente e publicamente a cada sete anos na Festa
dos Tabernáculos (Dt 31.9-13).
Chegou-se a várias conclusões importantes como resultado da comparação da
aliança Mosaica com os antigos tratados de suserania daquela época: (a) Deus
falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito, mas que também fosse
familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais apurados da forma até
mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido estabelecida antes de 1200
a.C., porque os tratados aramaicos e assírios do primeiro milênio a.C. não
possuem vários dos elementos característicos comuns aos hititas e à aliança do
Sinai (veja Meredith G. Kline, The Treaty of the Great King, p. 42ss.). (6) A
forma particular da aliança hitita em Deuteronômio nos leva a ver que a ênfase
é maior no significado da aliança do que em seu significado legal, (c) Estudos
mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com quatro manda - entos
na primeira e seis na segunda, mas duas cópias de pedra do mesmo tratado ou
aliança: uma para Deus - mantida na arca - e outra para Israel. O mesmo
acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias eram feitas, uma
para o rei do suserano e outra para o rei do vassalo.
Certas diferenças importantes, não devem, entretanto, passar despercebidas. A
Aliança Mosaica, como feita por Deus, baseava-se no amor e na graça e não
simplesmente em poder. Além disso, ela tinha como objetivo a salvação dos
eleitos de Deus, e não a mera submissão e obediência.
Voltando ao significado e à importância espiritual dessa aliança, podemos
concluir que o elemento condicionai é prioritário em relação ao elemento
incondicional. Será que está sendo ensinada a expressão “faze isso e viverás”
(cf. Lc 10.28) no sentido de que a vida eterna para o crente do AT dependia de
se guardar a lei de Deus? Se fosse, as obras seriam de valor meritório até que
viesse a cruz! Ou será que Deus queria dizer que deveriam viver à luz da lei? O
Senhor Jesus Cristo, no Sermão do Monte, ensinou esta segunda visão quando
expôs vários mandamentos e disse: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o
vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48). Ele aplicou a lei com o propósito da
contínua santificação do crente e não para a sua justificação. Em Levítico 18.5
é feita a mesma aplicação da lei: “Os meus estatutos e os meus juízos
guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles” (ou seja, naquele
âmbito). Quando vemos que esta aliança começa com a graça: “Eu sou o Senhor, teu
Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êx 20.2), e
acrescentamos a isto uma consideração dos fatos descritos acima, somos levados
a vê-la como uma aliança cheia de graça. A aliança Mosaica, então, torna-se
tanto um aio que tem a função de nos trazer a Cristo, onde todos os tipos de
aliança apontam para ele, como um padrão para guiar o comportamento dos crentes
do AT e dos cristãos.
4. Aliança Palestina (Dt 29-30). Embora seja uma parte da renovação da aliança
Mosaica, esta aliança é considerada por alguns separadamente. As portes são
Deus e Israel, as condições são que Deus abençoará Israel se a nação permanecer
fiel a Ele, e Ele a amaldiçoará se ela se virar contra Ele, como expresso nas
bênçãos e maldições promulgadas do Monte Gerizim e do Monte Ebal (Dt 27.9ss.).
Os resultados, depois de todas as bênçãos e maldições terem sido vivenciadas
por Israel no decorrer da sua história, são aqueles ocorridos se e quando a
nação se arrepender. Deus a reunirá das partes mais distantes da terra,
reestabelecerá a aliança e a abençoará. A garantia da aliança encontra-se nas
ordenanças ao céu e à terra (Dt 30.19).
Esta aliança tem um aspecto unilateral - promessas e recompensas pela
manutenção da aliança, e maldições como conseqüência de sua quebra. A garantia
era dada para se ter a certeza de que aconteceria o arrependimento da nação de
Israel (Dt 30.1-10). Ainda há um aspecto bilateral - Israel tem de se
arrepender. Este arrependimento ocorrerá por causa da graça soberana de Deus na
vida dos judeus quando Jesus voltar (Zc 12.10-14; 13.6; cf. Is 66.19,20). As
ordenanças de Deus levam em consideração tanto o que o homem fará em sua
liberdade quanto o que Deus planeja fazer em sua soberana graça; estes dois
elementos aparecem na aliança Palestina.
5. Aliança Davídica (2 Sm 7.4-16; Sl 89.3, 4,26-37; 132.11-18; cf. Is 42.1,6;
49.8; 55.3,4). Esta era basicamente uma aliança unilateral, em que Deus
primeiro prometeu a Davi um reinado seguro para o seu filho e sucessor,
Salomão; e, depois, um reino que continuaria para sempre na pessoa do Messias.
Isaías fala do próprio Messias tanto nesta aliança como no seu cumprimento (Is
42.1,6; 49.8). Eliã ainda tinha um elemento bilate-
ral, pois havia elementos condicionais relacionados ao rei (2 Sm 7.14,15).
6. Nova Aliança. Como na aliança do Sinai, com Moisés como mediador entre Deus
e o seu povo escolhido (Act 7.38; Gl 3.19), assim a nova aliança também foi
estabelecida entre Deus e o povo redimido, com Cristo o Filho de Deus, agindo
como mediador (1 Tm 2.5; Hb 8.6; 9.15; 12.24). Em contraste, entretanto, a nova
aliança é muito superior à antiga aliança Mosaica, porque é instituída com base
em promessas superiores e em um sacrifício infinitamente superior (Hb 8.6;
9.23). Ela fala de um tempo em que Deus escreverá a sua vontade dentro das
mentes e corações do seu povo, de tal forma que os homens não precisarão mais
ensinar uns aos outros qual é a vontade do Senhor, e quando Ele perdoará os
pecados do povo de Israel (Jr 31.31-37). O escritor aos Hebreus usa a revelação
da aliança do AT para provar que Cristo é tanto o Redentor, como o Mediador
para o perdão dos pecados do homem (Hb 9.7-9; 10.5-16). Cristo se referiu a
esta aliança quando discursava sobre a instituição da Ceia do Senhor. “Isto é o
meu sangue, o sangue do Novo Testamento [ou da Nova Aliança]” (Mc 14.24).
Existe algum elemento condicional nesta aliança? Sim, até o momento em que o
crente aceita Cristo como o seu Salvador, e testifica que crê que o sangue de
Cristo foi derramado para a remissão dos seus pecados, e assim se torna
individualmente participante da nova aliança. Ainda há um aspecto
incondicional, unilateral e profético desta aliança, pois ela também fala de
uma época em que, em todo Israel, todo judeu conhecerá as suas bênçãos.
Certamente, na Era do Evangelho em que estamos vivendo, ainda não podemos
afirmar que qualquer homem já não precisa ensinar ao seu vizinho ou irmão a lei
de Deus. Esta parte da aliança só pode ser aplicada à Época do Milênio.
Alianças Teológicas
Estas
alianças são assim chamadas porque são descobertas ao aplicarmos a definição de
aliança a um acordo registrado nas Escrituras. Onde quer que estejam presentes
fatores como partes contratantes, condições, resultados e garantia, existe uma
aliança. Tais alianças, que alguns teólogos consideram tecidas em um tear e
trama das Escrituras, são as alianças das obras, a aliança da graça. e a
aliança da redenção. Estas são geralmente discutidas nos escritos dos teólogos
da Reforma, que seguem a teologia da aliança de Johannes Cocceius (1603-1669).
Aqueles que fazem objeções à classificação do acordo de Deus entre Si próprio e
Adão antes da queda do homem, como uma aliança de obras, e seu pacto com o
homem para sua salvação depois da queda como uma aliança da graça, pode-se
dizer o seguinte: (1) O pacto de Deus com Davi em 2 Samuel 7 não é chamado ali
de uma aliança, mas é chamado de concerto no Salmo 89.3,28. (2) Só é possível
desenvolver uma verdadeira sistemática da teologia, através da aplicação de
definições desenvolvidas de forma indutiva. É isto que é feito ao se
estabelecer alianças teológicas. (3) Somos revestidos com a necessidade de
repetir laboriosamente o pacto que Deus anunciou a Adão quando foi criado, suas
condições, resultados e sua classificação. Quando chamamos isto de aliança,
estamos simplesmente usando um termo definitivo, ao invés de repetir dados
desnecessariamente.
1. Aliança das Obras. As partes eram Deus e Adão antes da Queda. As condições
positivas eram: amar a Deus, obedecê-lo e amar ao próximo. As negativas: não
desobedecer a Deus ou se rebelar contra Ele; não comer da árvore do
conhecimento do bem e do mal. Como podemos determinar o resultado positivo
quando ele não é declarado? Muito simples. Deus é santo e imutável, portanto, a
forma como Ele lidou com a primeira ordem dos seres racionais, os anjos, é a
maneira pela qual Ele deve lidar com todo o restante de suas criaturas. Estes
anjos que o amavam e obedeciam, tornaram-se os anjos santos - eles foram
confirmados na justiça; aqueles que se rebelaram tornaram-se anjos caídos. A
árvore do conhecimento do bem e do mal no Éden era uma prova para o homem. Não
comer dela representava obediência e amor; comer, significava desobediência e
falta de confiança. Os resultados revelados nesta aliança eram vida pela obediência
e amor, como para todos os anjos; e morte pela desobediência e rebelião, para
os anjos caídos. Pelo fato de Deus ser a verdade, a sua Palavra era a garantia.
2. Aliança da graça. As partes eram Deus e o homem através do Senhor Jesus
Cristo, ou talvez melhor, Deus, Jesus Cristo e os homens à medida que estes se
tornam unidos a Cristo através da fé nele. Este conceito de aliança da graça
entre o Pai e o Filho em que a salvação é oferecida aos pecadores pode ser
encontrado em Efésios 1.3-6, onde está escrito que Deus nos escolheu em Cristo
antes da fundação do mundo. Veja também 2 Timóteo 1.9; Tito 1.2; João 3.17;
17.4-10,21- 24. A condição é, novamente, a fé salvadora, expressa no AT por
atos de fé como os de Abel (Hb 11.4), Abraão e Davi (Rm 4.3,6-8), e pela
aceitação de Jesus Cristo como revelado no NT. Os resultados são a vida eterna
para os crentes, e a condenação eterna para aqueles que não crêem.
3. Aliança da redenção. Um debate entre os teólogos da aliança é a existência
ou não de uma aliança de redenção, que seja adicional à aliança da graça.
Charles Hodge era, nos Estados Unidos, o líder daqueles que fazem esta
distinção e vêem duas alianças separadas. J. O. Buswell, Jr. argumenta
veementemente que elas são apenas uma e a mesma (Systematic Theology, II,
122ss.).
A aliança da redenção pode ser definida como um acordo unilateral entre o Pai e
o Filho, que contém uma segunda aliança entre Deus e seu povo. Esta aliança
aparece claramente em duas passagens: no Salmo 40.6-8, onde o Filho está
conversando com o Pai, e fala do sacrifício que o Pai espera dele; e, em uma
passagem que cita estes versículos, Hebreus 10.5-16, onde Deus nos fala que
tira a primeira aliança, chamada Mosaica, para estabelecer a segunda: E, nesta
vontade “temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita
uma vez [por todas]” (v.10). Então, nos é dito (Hb 10.15-17) que o Espírito
Santo endossou esta verdade quando profetizou a nova aliança em Jeremias
31.33,34. A compreensão de Archibald McCaig é particularmente útil neste ponto:
“A ‘Nova Aliança’ aqui mencionada é praticamente equivalente à Aliança da Graça
estabelecida entre Deus e o seu povo remido, que novamente repousa sobre a
eterna Aliança da Redenção feita entre o Pai e o Filho, que, apesar de não
estar expressamente determinada, não pode ser considerada obscura em muitas
passagens das Escrituras” (“Covenant, The New”, ISBE, II, 731).
É importante distinguir a aliança da redenção da nova aliança, uma vez que a
aliança da redenção toma-se o teste mais importante na detecção de uma visão
Unitariana, tal como encontrada nos ensinos de Karl Barth. Se não existe a
Trindade ontológica das três pessoas na Divindade, não pode haver a aliança da
redenção entre o Pai e o Filho. Uma vez que Barth ensina simplesmente 3 modos
de revelação de uma única Pessoa, ele tem de rejeitar esta aliança. Seu
Unitarianismo exclui uma aliança ou uma comunicação direta em palavras ou
orações entre as Pessoas da Divindade.
A Inter-Relação das Alianças
Esta
ligação entre as várias alianças pode ser comparada a uma série de degraus -
cada um sendo acrescentado e fundamentado naquele que o precede. O
inter-relacionamento pode ser ilustrado pelo fato de que a aliança Davídica e
as novas alianças são extensões que estão inseridas na aliança Abraâmica. Foi
prometido a Abraão um reino e uma terra, que mais adiante são detalhados na
aliança Davídica. Também lhe foi dado o evangelho, porque“... a Escritura...
anunciou primeiro o evangelho a Abraão” (Gl 3.8); tudo isso é mais extensamente
tratado na nova aliança.
Novamente, a aliança das obras, apesar de ter sido quebrada por Adão, e suas
consequências terem caído sobre toda a humanidade, foi levantada por Jesus,
pois Ele foi “nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam
debaixo da lei” (Gl 4.4,5). A aliança foi perfeitamente mantida por Ele para
nós e em nosso lugar. Mais além, na cruz, Ele foi marcado com o castigo da lei
que fôra quebrada por nós, que, por outro lado, somos salvos pela aliança da
graça. Esta aliança depende do fato de Cristo ter terminado por nós a aliança
das obras: primeiro por ter cumprido as suas exigências, e segundo por ter
suportado o castigo pelo pecado (Rm 10.4).
Bibliografia, Karl Barth, Churck Dogma tics, Edinburg. T.& T. Clark, 1936.
Louis Berkhof, Systematic Theology, Grand Ra- pids. Eerdmans, 1949. J. Oliver
Buswell, Jr., A Systematic Theology ofthe Christian Faith, Grand Rapids.
Eerdmans, 1962. K. A. Kitchen, Ancient Orient and Old Testament, Chicago.
Inter-Varsity, 1966, pp. 90-102. Meredith G. Kline, The Treaty of the Great
King, Grand Rapids. Eerdmans, 1963; By Oath Consigned, Grand Rapids. Eerdmans,
1968; “Cânon and Covenant”, WTJ, XXXII (1969), 49-67; “The Correlation of the
Concepts of Canon and Covenant”, NPOT, pp. 265-279. George E. Mendenhall, Law
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Colloquium, 1955. John J. Mitchell, “Abram’s Understanding ofthe Lords
Covenant”. WTJ, XXXII (1969), 24-48. J. Barton Payne. The Theology of the Older
Testament, Grand Rapids. Zondervan, 1962; ״The Brith
of Yahweh”, NPOT, pp. 240-264. Gottfried Quell and Johannes Behm, “Diatheke”,
TDNT, II, 106-134. Gene M. Tucker, “Covenant Forms and Contract Forms”, VT, XV
(1965), 487-503. Donald J. Wiseman, “The Vasal-Treaties of Esarhad- don”, /roo,
XX (1958), 1-28. John M. L. Young, “Theology of Missions, Covenant Centered”,
ChT, XIII (22 de novembro de 1968), 162-165. Veja também Aliança, Nova. R. A.
K. e J. R.
ALIANÇA DE SALOs acordos ou pactos entre os indivíduos eram geralmente
ratificados compartilhando uma refeição (Gn 31.44,54; Êx 24.7-11). Temperar com
sal a comida que seria inserida significava a permanência e a inviolabilidade
do acordo ou da aliança que estava sendo feita ou relembrada (2 Cr 13.5; Ed
4.14). Quando era feita uma aliança com Deus, o alimento era primeiramente
oferecido a Ele (Lv 2.13; Nm 18.19; Ez 43.24). Os nômades do Oriente Médio,
ainda comem “pão e sal” juntos como sinal e selo de uma aliança de irmandade.
NOVA ALIANÇA
Esta
é uma providência de Deus pela qual Ele estabeleceu um novo relacionamento de
responsabilidade entre Si mesmo e o seu povo (Jr 31.31-34). A expressão nova
aliança também é um sinônimo do NT e, portanto, refere-se aos 27 livros do NT,
ou à própria Nova Aliança. Mas, neste artigo, a expressão é considerada apenas
em ligação àquele relacionamento da aliança entre Deus e o seu povo, o que é
designado como uma nova aliança.
A escolha ou a designação da aliança. Quando mencionada pela primeira vez, esta
aliança foi chamada de “nova" (Jr 31.31), porque foi estabelecida em
oposição à aliança primária ou mais antiga de Israel, a saber, a aliança da lei
Mosaica. Este mesmo contraste também é feito em Hebreus 8.6-13.
As provisões da aliança
1. A nova aliança provê um relacionamento de graça incondicional entre Deus e
“a casa de Israel e a casa de Judá". A freqüência do uso da expressão “Eu
farei" em Jeremias 31.31-34 é surpreendente.
2. Ela provê a regeneração quando o crente recebe do Senhor uma mente e um
coração renovados (Ez 36.26).
3. Ela provê a restauração ao favor e à bênção de Deus (Os 2.19,20).
4. Ela inclui o perdão dos pecados (Jr 31.34b).
5. O ministério do Espírito Santo, que vive em cada crente, é uma das suas
provisões (Jr 31.33; cf. Ez 36.27). Isto também inclui o ministério de ensino
do Espírito Santo.
6. Ela provê a exaltação de Israel como cabeça das nações (Jr 31.38-40; cf. Dt
28.13). O fundamento da aliança. O fundamento de todas as bênçãos da aliança é
o sangue de Cristo. No cenáculo, na noite anterior à sua morte, o Senhor Jesus
Cristo afirmou que o cálice simbolizava “o sangue da nova aliança” (Mt 26.28),
e que este sangue derramado seria o fundamento de todas as bênçãos daquela
aliança. Os discípulos certamente não teriam pensado em outra aliança que não
fosse aquela profetizada por Jeremias.
O povo da aliança. Não há dúvida de que a revelação da nova aliança no AT está
ligada à nação de Israel. Isto é especificamente afirmado nas palavras de
estabelecimento (Jr 31.31). Este fato é reafirmado em Isaías 59.20-21; 61.8,9;
Jeremias 32.37-40; 50.4,5; Ezequiel 16.60-63; 34.25,26; 37.21-28. Isto também é
uma dedução lógica do fato de que a contrastante aliança Mosaica foi feita com
Israel, e do fato de que, em sua fundação, a perpetuação da nação de Israel e a
sua restauração na terra estavam vitalmente ligadas a este fato (Jr 31.35-40).
O NT acrescenta a verdade de que os crentes em Cristo têm uma aliança melhor
(Hb 8.6), e de que eles são ministros da nova aliança (2 Co 3.6).
Os amilenialistas entendem que o ensino do NT indica que as promessas da nova
aliança estão se cumprindo agora, através da igreja, e que não haverá mais
nenhum outro tipo de cumprimento além deste. Os pré-milenialistas não admitem
um cumprimento exclusivo através da igreja e também ensinam que a aliança ainda
é apenas para Israel, e será cumprida através dela no milênio; também pensam
que a igreja tem alguma relação com a aliança, mas isto não substitui o futuro
cumprimento do milênio através de Israel. A interpretação amilenialista é
baseada em sua insistência de que através da igreja, durante esta época, todas
as promessas de Israel estão sendo cumpridas, o que naturalmente inclui as
promessas da nova aliança. A interpretação pré-milenialista é construída sobre
uma nítida distinção entre o sistema de Israel e o da igreja (cf. O.T. Allis,
Propkecy and the Church, pp. 154ss., e C.C. Ryrie, The Basis of the
Premillennial Faith, pp. 105-125).
O cumprimento da aliança. Qualquer que seja a relação que a igreja tenha com a
nova aliança, fica claro pelo NT que ela será cumprida nas suas provisões
originais a Israel na segunda vinda de Cristo (Rm 11.26,27). Não há dúvida de
que a aliança a ser cumprida naquela época é a nova aliança, porque a
referência a tirar o pecado é uma promessa contida na nova aliança. A pergunta
é apenas: Quem é “Israel"? Quem será salvo então? e quem desfrutará os
benefícios da nova aliança? Os pré-milenialistas, e até mesmo alguns
amilenialistas (Charles Hodge, Epistle to the Romans, pp. 584-5), dizem que
esta é uma referência ao povo judeu, mas outros amilenialistas insistem que é à
igreja e que o cumprimento é agora, não na segunda vinda de Jesus Cristo
(Allis, op. cit., p. 156), Isto parece inconsistente com o princípio da pura
interpretação, uma vez que a nação de Israel é mencionada de uma forma tão
clara.
Os pré-milenialistas são confrontados com a questão da relação, se é que
existe, do crente de hoje com a nova aliança. Alguns dizem que não há relação
(J. N. Darby, Synopsis of the Books of the Bible, V, 286). Outros seguem a
visão das notas da Bíblia de Referência de Scofield (p. 1297), que aplica uma
nova aliança tanto a Israel no futuro como à igreja no presente. Alguns poucos
vêem duas novas alianças - uma para Israel e outra para a igreja (L. S. Chafer,
Systematic Theology, IV, 325). Note que todos concordam que haverá um
cumprimento futuro para Israel, no milênio.
Quanto à relação da igreja com a aliança, parece que ela vai sendo mais bem
entendida à luz do progresso da revelação. A revelação da nova aliança trazida
pelo AT diz respeito apenas a Israel. O crente hoje é salvo pelo sangue da nova
aliança derramado na cruz. Por este sacrifício do Salvador, o crente tem todas
as bênçãos espirituais, e muitas das suas bênçãos são as mesmas que foram
prometidas a Israel sob a revelação da nova aliança no AT. Entretanto, o crente
não tem promessas de bênçãos relacionadas com a restauração da terra prometida,
e ele não se tornou membro da sociedade de Israel. Ele é um ministro da nova
aliança, porque não há outra base que não seja o sangue desta aliança para a salvação
de qualquer pessoa hoje. Apesar disso, ao revelar estes fatos sobre a igreja e
a nova aliança, o NT também revela que as bênçãos prometidas a Israel serão
vividas por esta nação na segunda vinda de Cristo (Rm 11.26,27).
Veja Igreja; Aliança; Reino.
Bibliografia. O, T. Allis, Prophecy and lhe Churck, Filadélfia. Presbyterian
and Refor- med, 1945. Alva J. MeClain, The Greatness of the Kingdom, Grand
Rapids. Zondervan, 1959, pp, 157-160. Leon Morris, “Covenant”, The Apostolic
Preaching of the Cross, Grand Rapids. Eerdmans, 1955,pp. 60-107. Charles C.
Ryrie, The Basis of the Premillennial Faith, Nova York. Loizeaux Bros., 1953.
“Covenant Theology”, Dispensationalism Today, Chicago. Moody Press, 1965,pp.
177- 191. Wilber B. Wallis, “Irony in Jeremiah’s Prophecy of a New Covenant”,
JETS, XII (1969), 107-110. Veja também a bibliografia do tópico Testamento.
Pr.
Luiz Henrique de Almeida Silva
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Ordenanças
são as regras, os decretos, as leis ou as ordens dadas por um superior, que
devem ser obedecidas rigorosamente. No Antigo Testamento, as principais ordenanças
são os mandamentos ditados por Deus, entregues a Moisés para que ele
transmitisse ao povo (Êx 20). Todas as ordens, antes determinadas por Jeová,
foram resumidas naquelas Tábuas da Lei. O cristianismo veio implantar um novo m
odo de viver. Não se trata, de m odo algum, de um a religião ritualista, mas de
um a forma de o homem viver em com unhão com Deus. No entanto, apesar de não
ser um a religião ritualista, algumas normas precisam ser cumpridas, a fim de
que haja reconhecimento da instituição denominada Igreja. O novo convertido
precisa compreender a necessidade de preparar-se tanto para receber o batismo
nas águas como para participar da Santa Ceia. O batismo representa um marco na
vida espiritual do novo converso, pois demonstra que ele renunciou o mundo,
reconhecendo Cristo como seu Salvador. Batizar-se é tornar-se membro do Corpo
de Cristo, isto é, da Igreja. Participar da Santa Ceia é integrar a com unhão
dos santos, é anunciar a morte do Senhor, até que Ele venha (1 Co 11.24,25). É
necessário, portanto, que se entenda a seriedade da decisão a ser tomada.
1.
AS ORDENANÇAS DA IGREJA
Existem
duas cerimônias ou ordenanças determinadas pelo próprio Jesus, que são: o
Batismo e a Ceia. A palavra batismo significa mergulho, imersão. É através do
batismo que o novo cristão é aceito como membro da Igreja; fazendo assim, parte
do Corpo de Cristo. Desta forma, ele fica apto a participar da Ceia do Senhor.
1.1.0 significado do batismo O batismo pode ilustrar muitos aspectos da
salvação e representa os fundamentos do Evangelho (Mc 16.16). O batismo nas
águas é também chama[1]do
de o batismo de arrependimento ou o batismo de João. A descida ou imersão nas
águas é um testemunho público de que a pessoa morreu para o mundo e ressuscitou
para Deus. Seus pecados passados ficaram enterrados; surgindo, então, uma nova
criatura em Cristo.
1.1.1.
Requisitos para o batismo
• Arrependimento dos pecados (At 2.38) - A
pregação do Filho de Deus às margens do mar da Galileia foi de arrependimento:
O tempo é chegado, dizia ele. O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e
creiam nas boas novas\ Arrepender-se dos pecados cometidos é um passo
importante para quem deseja ser batizado. Esta atitude demonstra que o
indivíduo deseja ser transformado e renascer para uma vida nova, ou seja, em
Cris[1]to
Jesus (Rm 6.4)
•
Desejo de ser batizado (At 2.41; 8.12); • Crer em Jesus (Mc 16.16) - A fé no Filho
de Deus é um fator fundamental para quem deseja ser batizado, pois a Bíblia diz
que: s em fé é impossível agra[1]dar
a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa
aqueles que o buscam (Hb 11.6);
•
Testemunho de uma vida moral e exemplar;
•
Responsabilidade pelos seus atos. Por isso, não existe, na Bíblia, registros de
batismo de crianças. 0 novo convertido deve preocupar-se em se preparar,
regularizando sua vida, caso haja alguma pendência, para passar pelo batismo e
tornar-se participante do Corpo de Cristo, que é a Igreja e, consequentemente,
sentir a alegria de participar da Ceia do Senhor.
2.
NECESSIDADE DO BATISMO
O
batismo é necessário porque é uma demonstração de obediência àquilo que o
Senhor ordenou. Quando uma pessoa reconhece quem Jesus realmente é, o resultado
é o desejo de fazer o que Ele realmente ordena. A primeira ação que Jesus
requer de um novo convertido é o batismo (Mt 28.19,20), uma expressão externa
da graça interna. A ideia de um cristão não batizado é estranha ao Novo
Testamento (At 2.41; 8.12,36; 9.18; 10.48; 16.15,33; 18.8). Fé e batismo estão
intimamente conectados O batismo vem depois da fé em Cristo, mas é o primeiro
sinal da fé no Senhor. A fé é para o batismo o que as palavras são para as
idéias. É possível ter idéias sem palavras, mas, para que as idéias sejam
compreendidas por outros, as palavras são necessárias. O mesmo se aplica ao
batismo e à fé em Cristo. Se uma pessoa diz que tem colocado sua fé em Jesus
Cristo como Salvador, essa pessoa deve querer obedecer a Ele como Senhor,
fazendo o que agrada a Ele (RA[1]DMACHER,
Earl D.; ALLEN, Ronald B.; HOUSE, H. Wayne (ed.). O Novo Comentário Bíblico -
NT. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2010, p. 296).
3.
A SANTA CEIA
Ao
despedir-se dos Seus discípulos na[1]quela
memorável reunião quando come[1]moravam
a Páscoa, Jesus instituiu a Ceia como um memorial (Mt 26.17-30). O segundo dos
sacramentos protestantes é a Ceia do Senhor [ou Santa Ceia], que Jesus
instituiu na noite anterior à Sua crucificação. Essa cerimônia está registrada
em cada um dos evangelhos sinóticos (Mt 26.17-30; Mc 14.12- 26; Lc 22.7-23),
mas o relato melhor e mais completo está em 1 Coríntios 11, em uma passagem em
que Paulo tentava corrigir alguns abusos envolvendo a Ceia, os quais aconteciam
na igreja dos coríntios (1 Co 11.23-28). A Ceia do Senhor possui, assim como o
batismo, todos os elementos de um sacramento, porém se distingue do batismo, já
que este é um rito iniciatório (o qual testifica a identificação primária com
Cristo, sem a qual ninguém pode ser um cristão). A Santa Ceia é um sacramento
contínuo, instituído para ser observado repetidas vezes (todas as vezes que
comerdes e beberdes) durante toda a caminhada cristã. Essa característica da santa
ceia é vista em seu significado passado, presente e futuro. O significado
memorial da Ceia do Senhor fica claro pelo termo em memória. A última Ceia do
Senhor com os discípulos remete à Sua morte. Recorda[1]mos, em primeiro lugar,
a Sua expiação substitutiva: o pão repartido representa o corpo do Senhor
partido por nós, e o vinho, Seu sangue derramado em nosso favor. A expiação tem
a ver com o requisito da nossa reconciliação com Deus, e o termo substitutiva
indica que tal reconciliação foi obtida pela morte de outra pessoa em nosso
lugar (BOICE, James Montgomery. Fundamentos da fé cristã. Rio de Janeiro:
Central Gospel, 2011, p. 521). A Ceia do Senhor era a peça central da adoração
da igreja do primeiro século. Reunidos em torno de uma mesa. os irmãos se
encontravam com o Senhor e uns com os outros em unidade. Cristo havia
expressado esse tipo de humildade e unidade quando instituiu a ceia (Mt 26.26-30;
Mc 14.22-26; Lc 22.14-23). Os cristãos coríntios estavam tomando
antecipadamente a sua própria ceia, violando 0 espírito e 0 propósito da
refeição (RADMACHER. Earl D.; ALLEN. Ronald B.; HOUSE. H. Wayne (ed.). O Novo
Comentário Bíblico - NT. Rio de Janeiro; Central Gospel, 2010, p. 431).
3.1.
A Páscoa dos judeus A Páscoa era uma festa anual dos judeus quando comemoravam
a saída do Egito, o fim da escravidão. Incluía, também, uma festa agrícola que
consistia na entrega das primícias que eram oferecidas no templo (Lv 23.10).
Foi, durante essa festa, que Jesus se reuniu com Seus discípulos para participarem
daquela que seria a última páscoa do Senhor Jesus aqui na terra, antes de Sua
morte (1 Co 11.23). 3.2. A instituição da Ceia Depois de participar da ceia da
pás[1]coa,
satisfazendo a todos os rituais da ocasião, Jesus institui a Santa Ceia (Mt
26.26; Mc 14.12); não era mais um ato comemorativo dos acontecimentos do povo
de Israel. Agora, tratava-se de algo mais profundo, mais especial. Seria em memória
da Sua morte. Ele mesmo disse: Fazei isto em memória de mim (Lc 22.19b).
3.2.1.
Significado dos elementos
Na
Ceia, são usados dois elementos: o pão e o vinho. O primeiro elemento, o pão,
simboliza o corpo de Cristo. O se[1]gundo
elemento, o vinho, simboliza o sangue de Jesus derramado em favor da
humanidade.
3.2.2.
Significado do ato da Ceia
No
âmago do significado presente da San[1]ta
Ceia, está a nossa comunhão com Cris[1]to,
por isso o termo culto de comunhão. Quando se propõe a participar desse culto,
o cristão o faz para se encontrar com Cris[1]to e ter comunhão com
Ele, a Seu convite. O exame acontece porque é hipocrisia fingir que se está em
comunhão com o Santo, enquanto, na verdade, alimentam- -se pecados conscientes
no coração. (BOI CE, James Montgomery. Fundamentos da fé cristã. Rio de
Janeiro: Central Gospel, 2011, p. 523). 3.2.3. Objetivos da Ceia Em primeiro lugar,
lembrar-nos a morte de Jesus — não somente Seus sofri[1]mentos, mas também a
vitória conquistada na cruz. Através da Ceia, o crente também pode alegrar-se
com o futuro. Como Paulo ensinou: Porque todas as vezes que comerdes este pão e
beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha (1 Co 11.26). A
esperança da volta de Jesus está sempre sendo aquecida ao se tomar a Ceia. A
participação da Ceia é um testemunho de que estamos em comunhão com o Senhor. A
união dos crentes, ao participa[1]rem
da Santa Ceia, significa que a Igreja vive num só corpo, num só Espírito, numa
só fé, num só pensamento (Ef 4.5).
3.3.
A Ceia e a volta de Cristo
A
morte de Cristo precisa ser anunciada a tempo e fora de tempo, como disse o
apóstolo Paulo a Timóteo (2 Tm 4.2). A Ceia é um memorial onde somos lembrados
que devemos anunciar a Sua morte até que Ele venha (1 Co 11.26). Portanto, ao participar
desse memorial, a esperança do cristão é renovada, pois Cristo voltará para
buscar Sua Igreja (1 Ts 4.13-17). Os cristãos vivos serão arrebatados com os
outros cristãos nas nuvens para se encontrarem com o Senhor nos ares. É
provável que nas nuvens se refira às nuvens atmosféricas, que também estarão
presentes na segunda vinda (Ap 1.7), ou talvez às multidões ressurretas que são
mencionadas como uma nuvem (Hb 12.1). Na Bíblia, o Senhor muitas vezes é
acompanhado de nuvens, manifestando Sua glória (SI 68.4; 97.2). O resultado importante
é que estaremos sempre com o Senhor. A maravilhosa verdade descrita nos
versículos 13 a 17 deve ser um consolo para os tessalonicenses e para todos os
cristãos. Eles se enganaram ao pensar que somente aqueles que estivessem vivos
no momento da volta de Cristo testemunhariam a glória desse retorno triunfal e
participariam dela. O fato é que os cristãos que morreram ressuscitarão
primeiro e, assim, irão ao encontro de Cristo nos céus antes dos vivos. Observe
que Paulo espera uma respos[1]ta
prática e imediata para esse grande ensino doutrinário acerca da segunda vinda.
Os tessalonicenses deveriam lembrar uns aos outros dessa verdade como uma fonte
de consolo diante da morte. A frase está no presente, indicando que pensar a
cada dia que o Senhor pode voltar a qualquer momento deveria ser um constante
consolo para nós (RAD[1]MACHER,
Earl D.; ALLEN, Ronald B.; HOUSE, H. Wayne (ed.). O Novo Co[1]mentário
Bíblico - NT. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2010, p. 566).
3.4.
Como se deve participar da Ceia
A
Ceia é para os que fazem parte do corpo de Cristo, isto é, quem já passou pelo
batismo nas águas. Os participantes devem estar preparados para participarem da
Mesa do Senhor, com dignidade, pureza de coração e discernimento (1 Co
11.20-34). Por isso, o apóstolo Paulo recomenda que se faça um exame antes de
participarmos do corpo e do sangue do Senhor: Examine[1]se cada um a si mesmo,
e então coma do pão e beba do cálice (1 Co 11.28). Antes de participar da Ceia,
é preciso que cada crente examine-se a si mesmo para reconhecer suas próprias
faltas e reconciliar-se com Deus. Do contrário, trará juízo para si, pois não
admite seus pecados e não reconhece que Cristo é o expiador deles. Além disso,
deve haver reverência e temor, pois se trata de um acontecimento solene e de
grande significado. Os sacramentos são ordenanças em que elementos materiais
são utilizados como símbolos visíveis da bênção de Deus. No batismo, o símbolo
é a água. Na Ceia do Senhor, há dois símbolos: o pão, que significa o corpo do
Senhor Jesus Cristo partido por nós, e o vinho, que simboliza Seu sangue
derramado. Essa característica é importante na compreensão da natureza de um
sacramento, pois ela separa o batismo e a Santa Ceia das outras práticas, as
quais são boas, mas não sacramentais, uma vez que não utilizam um elemento
material como símbolo (BOICE, James Montgomery. Fundamentos da fé cristã. Rio
de Janeiro: Central Gospel, 2011, p. 517).
Conclusão
Os
sacramentos são ordenanças divinas instituídas pelo próprio Jesus. Nesse
sentido, eles são similares às outras ordenanças que também fazem parte da
devoção da Igreja, como a oração, por exemplo. Jesus nos recomendou orar. Os
sacramentos, porém, diferem das coisas que podemos fazer, mas que não são
ordenanças. Nós cantamos quando estamos reuni[1]dos e temos precedentes
para isso, inclusive o exemplo de Jesus e Seus discípulos (Mc 14.26). No
entanto, cantar hinos de louvor não é especificamente um mandado pelo Senhor e,
por isso, entra na categoria daquelas práticas permissíveis e, até mesmo, boas,
mas não obrigatórias. Os sacramentos ou ordenanças, sim, são obrigatórios: a
Ceia do Senhor foi instituída por Jesus na noite em que Ele foi traído, e o
batismo foi estabeleci[1]do
pouco antes de Sua subida aos céus (BOICE, James Montgomery. Fundamentos da fé
cristã. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2011, p. 516).
Pontos
de Debate
Cite
as duas ordenanças da Igreja estudadas nesta lição. Batismo e Ceia do Senhor.
O
que representa o batismo em Cristo (Cl 2.12)?
O
batismo representa morte e nascimento. Quando uma pessoa é batizada, em Cristo,
ela morre para o mundo e nasce para Deus, ou seja, abandona os desejos da carne
e passa a fazer a vontade do Senhor. Qual é o significado do pão e do sangue na
Santa Ceia (1 Co 11.23-26)?
O
pão é o elemento que representa o corpo de Cristo.
O
segundo elemento, o vinho, simboliza o sangue do Senhor Jesus que foi vertido
na cruz do Calvário.
Desafios
Bíblicos
Por que não existe, na Bíblia, o registro de
batismo infantil? Cite, pelo menos, três requisitos para o batismo. Gabarito
dos Desafios Bíblicos da Lição 9 Professor, a fim de avaliar o nível de fixação
do conteúdo exposto na aula anterior, promova uma roda de conversa com os
alunos. Juntos, analisem os desafios propostos na Lição 9.
Abaixo
seguem orientações para conduzir cada uma das atividades. Jesus demonstrou
humildade ao lavar os pés dos discípulos, ou seja, fazendo a tarefa do servo da
casa. Hoje, podemos servir ao próximo de várias maneiras, como, por exemplo,
visitar os enfermos ou fazer doações que supram as necessidades básicas de
sobrevivência do próximo. Em Lucas (22.24), lemos que os discípulos estavam
preocupados em saber quem era o maior dentre eles. Esse tipo de pensamento é
completamente errado. Lembremo-nos do que Cristo ensinou: quem quiser ser o
maior deve tornar-se servo (Mc 10.42-45).
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Revista
na íntegra
Escrita
Lição 11, Central Gospel, As Ordenanças da Igreja, 3Tr23, Pr. Henrique, EBD NA
TV
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO Marcos 16.14-16; Mateus 26.26-29
Marcos
16.14 - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e
lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem
crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
15
- E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16
- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Mateus
26.26 - Enquanto comiam, JESUS tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu
aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
27
- E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos.
28
- Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por
muitos, para remissão dos pecados.
29
- E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia
em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai.
TEXTO
ÁUREO
(...)
Dai ouvidos à minha voz e fazei conforme tudo que vos mando; e vós me sereis a
mim por povo, e eu vos serei a vós por DEUS. Jeremias 11.4b
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª
feira – 1 Coríntios 11.25 A nova aliança ratificada pelo sangue de CRISTO
3ª
feira – João 6.33 O pão que dá vida
4ª
feira – Atos 2.38 Um apelo ao arrependimento
5ª
feira – Lucas 7.29 A justiça de DEUS oportunizada a todos
6ª
feira – Gálatas 3.27 O revestimento de CRISTO
Sábado
– Atos 22.16 Batismo, símbolo de remissão
OBJETIVOS -
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
-
entender o batismo em águas e a santa ceia como ordenanças deixadas pelo
próprio CRISTO;
-
explicar o sentido da palavra ordenança;
-
explicar os simbolismos e significados do batismo em águas e da ceia do Senhor.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Prezado
professor, fica claro, pela leitura dos evangelhos, que JESUS, na duração de
Seu ministério terreno, deixou duas ordenanças à comunidade dos salvos: o batismo
e a ceia do Senhor. Essas ordenanças deviam ser observadas periodicamente, não
apenas por aquele grupo de seguidores, mas pela igreja de todos os tempos, em
obediência ao Seu mandato. A palavra ordenança é um termo jurídico que
significa “ordenamento, prescrição, norma, lei”. Isso tem a ver com ordem,
arrumação e organização. A observância dessa ordem deve ser considerada a
partir da autoridade da pessoa que a promulgou e exige o seu cumprimento (Mt
28.18). Excelente aula!
ESBOÇO
DA LIÇÃO
1.
O BATISMO
1.1.
O batismo no Novo Testamento
1.1.1.
Razão do batismo de CRISTO
1.2.
A forma do batismo bíblico
1.3.
A validade do batismo
1.3.1.
Demonstração de fé pública
1.3.2.
Identificação com os demais discípulos
1.3.3.
Purificação espiritual figurada
1.3.4.
Ressurreição para uma nova vida
1.3.5.
Testemunho da morte e da ressurreição de JESUS
2.
A SANTA CEIA
2.1.
O significado da santa ceia
2.2.
A importância da santa ceia
2.3.
Os motivos para a celebração da santa ceia
2.4.
Os elementos da santa ceia
2.4.1.
Quem pode e deve tomar a santa ceia
2.5.
Instruções a serem consideradas na celebração da santa ceia
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
O
batismo e a santa ceia, instituídos pelo Senhor JESUS, funcionam como uma
espécie de memorial aos redimidos pela fé de todas as gerações e espaços
geográficos. Esses dois cerimoniais devem ocupar lugar central nas lembranças e
celebrações da igreja. O batismo é o sinal externo e objetivo de que a pessoa
se arrependeu dos seus pecados e creu no sacrifício de CRISTO. Tal pessoa rompe
com seu antigo modo de viver, transformando-se em uma nova criatura, pronta
para viver em novidade de vida (Rm 6.4). A santa ceia, por sua vez, é uma
ordenança instituída pelo Senhor JESUS para ser um memorial, uma lembrança
contínua de Sua morte na cruz e de Sua iminente volta ao mundo (1 Co 11.23-26).
1.
O BATISMO
O
batismo é um importante elemento da fé cristã — e assim foi desde o princípio
(At 2.38). Trata-se de um ritual de purificação, que simboliza a remoção das
impurezas (pecados). Ele representa o arrependimento dos pecados e o abandono
de sua prática, assim como a entrega dos caminhos a DEUS para uma vida de
obediência (Sl 37.5).
SUBSÍDIO
1
As
palavras batismo e batizar eram utilizadas no judaísmo para fazer referência a
um rito religioso de purificação. A Lei de Moisés havia estabelecido o uso de
água para purificação cerimonial de uma pessoa contaminada (Nm 19.14-19). O
batismo de João, nesse sentido, era praticado conforme os rituais judaicos (At
19.3).
1.1.
O batismo no Novo Testamento
O
batismo de João era o cumprimento de um estágio inicial, que visava preparar o
coração das pessoas para o advento do Messias (Lc 3.4-6). Os que receberam o
batismo e arrependeram-se dos seus pecados também estavam prontos para a mensagem
de JESUS (Lc 7.29,30). Depois de ressuscitar, JESUS ordenou a Seus discípulos
que batizassem os novos convertidos (Mt 28.19). Dessa forma, o batismo cristão
é entendido como símbolo da morte e ressurreição com CRISTO, o que significa o
fim da antiga vida e o começo de uma nova (Rm 6.3,4). Em outras palavras: o
batismo simboliza a união espiritual do cristão com CRISTO e com Sua igreja (Gl
3.27). O pastor Russel Shedd afirma que “o batismo é o sinal público de mudança
interior”. O arrependimento precede o batismo, que o sela e relembra futuras
obrigações.
1.1.1.
Razão do batismo de CRISTO
JESUS
submeteu-se ao ato batismal, embora não precisasse de um batismo de
arrependimento. Por isso, Mateus relata a hesitação por parte de João Batista
em fazê-lo (Mt 3.13-17).
No
entanto, Ele próprio declarou: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir
toda a justiça (Mt 3.15). Significa dizer que, submetendo-se ao batismo, CRISTO
agia de maneira representativa: Seu batismo tornou-se um elo entre o batismo de
João e o batismo que Ele mesmo praticaria por meio de Seus discípulos daquela
data em diante.
1.2.
A forma do batismo bíblico
O
verbo batizar, em sua origem grega, βαπτίζω (baptizō), possui o sentido de
“mergulhar, imergir”, o que favorece a interpretação de que o batismo na época
em que o Novo Testamento foi escrito era por imersão. Como é possível observar,
as pessoas vinham de todo o vale do Jordão para serem batizadas por João no rio
(Mt 3.13). Assim como aconteceu com JESUS, aconteceu com Filipe e um oficial
Etíope (At 8.36-38). Fica evidente, pelo texto bíblico, que ambos foram até um
local que continha água suficiente para que fossem nela mergulhados.
1.3.
A validade do batismo
O
ato de batizar é uma ordenança divina, que tem o seu carimbo de autenticação
quando segue os objetivos para os quais foi estabelecido. O batismo cristão
deve englobar os seguintes elementos:
1.3.1.
Demonstração de fé pública
Por
meio do batismo, o novo convertido demonstra à igreja — e ao meio social do qual
faz parte — que se arrependeu dos seus pecados e, a partir de então, professa a
mesma fé no sacrifício de CRISTO, como único meio de salvação. Dois textos
exprimem essa confissão pública: (...) batismo, não do despojamento da
imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com DEUS, pela
ressurreição de JESUS CRISTO (1 Pe 3.21); e Então, ia ter com ele Jerusalém, e
toda a Judeia, e toda a província adjacente ao Jordão; e eram por ele batizados
no rio Jordão, confessando os seus pecados (Mt 3.5,6) — Por meio do texto de
Mateus, pode-se perceber a importância da demonstração pública de
arrependimento, ainda que naquele momento os batizandos não professassem a fé
em JESUS.
1.3.2.
Identificação com os demais discípulos
O
batismo é o rito de passagem para o cristianismo, sem ele não existe
identificação entre o novo convertido e o restante da igreja. Essa conexão com
os demais é muito importante, tanto que representa o cumprimento da única
ordenança que JESUS fez após Sua ressurreição: Portanto, ide ensinai todas as
nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO (Mt
28.19). O batismo em águas caracteriza também aqueles que se fazem discípulos,
assim como foram os primeiros apóstolos e todo o restante da igreja cristã.
1.3.3.
Purificação espiritual figurada
O
mergulho nas águas batismais simboliza a purificação dos pecados cometidos
anteriormente. É muito importante observar que o batismo, em si, não perdoa
pecados, a única maneira de obter este perdão é por meio da fé no sacrifício
vicário de JESUS na cruz. O ato de mergulhar na água apenas ilustra, de forma
dramática, essa crença para si e para os demais presentes. O texto de Atos
22.16 exprime bem essa questão: E, agora, por que te deténs? Levanta-te, e
batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor.
1.3.4.
Ressurreição para uma nova vida
O
batismo é um símbolo de mudança de pertencimento e controle. A pessoa estava
debaixo das influências do maligno; agora, ela está debaixo do controle e da direção
do ESPÍRITO SANTO. Sua vitória sobre o pecado é obtida pelo poder do sangue de
CRISTO (1 Jo 1.7; Gl 5.16,17,24,25). Ao emergir das águas batismais, a pessoa
está consciente do seu rompimento com os pecados da velha natureza, baseados no
erro e na corrupção que caracterizam o mundo (1 Jo 5.19).
1.3.5.
Testemunho da morte e da ressurreição de JESUS
Além
de testemunhar ao mundo que JESUS morreu e ressuscitou ao terceiro dia, o
batismo demonstra que o mesmo ocorreu com o pecador: ele morreu e, pela regeneração
operada pelo poder de DEUS, ressuscitou (1 Pe 1.18,19). O apóstolo Paulo, em
Colossenses 2.12, explica este fenômeno perfeitamente: Sepultados com ele no
batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de DEUS, que o ressuscitou
dos mortos.
2.
A SANTA CEIA
A
ceia do Senhor é uma instituição divina, criada pelo próprio CRISTO e
confirmada pelo apóstolo Paulo e demais seguidores do evangelho (Mt 26.26-28; 1
Co 11.23-34). A santa ceia possui um pilar básico dividido em duas partes: ela
é tanto um memorial para manter na lembrança o sacrifício de CRISTO, quanto um
estímulo à esperança e anúncio do Seu iminente e pessoal retorno ao mundo em
cumprimento às Suas promessas (1 Co 11.26).
SUBSÍDIO
2
A
ceia do Senhor, cujos detalhes foram transmitidos por Paulo, é relatada como um
fato histórico, referindo-se, especificamente, à noite em que JESUS foi traído.
Paulo estava consciente de que dava continuidade ao que JESUS havia iniciado (1
Co 11.23-34).
2.1.
O significado da santa ceia
Um
memorial é algo criado para manter vívida a lembrança de alguém ou de algum
fato histórico de grande importância. Nesse sentido, a pessoa de CRISTO e Sua
morte expiatória no Calvário ocupam posição de centralidade na singular
ordenança da santa ceia. Como se pode observar em 1 Coríntios 11.23-26, JESUS
estabeleceu este ato simbólico como um mandamento não somente para aquela
geração, mas também para as vindouras, indistintamente.
2.2.
A importância da santa ceia
Assim
como a Páscoa judaica foi estabelecida para lembrar aos judeus da sua
libertação do Egito, a ceia do Senhor foi instituída para simbolizar a
libertação do pecado, da morte e o acesso à vida por meio do sacrífico de
JESUS. Este memorial deve ser celebrado pelos salvos em CRISTO, até que Ele
volte para arrebatar Sua igreja (1 Co 11.26).
2.3.
Os motivos para a celebração da santa ceia
Os
motivos para celebração da ceia — dentre outros — podem ser colocados em três
categorias: o desejo de obedecer a CRISTO (Mt 26.26); a iniciativa de manter na
memória o fato histórico da entrega de CRISTO como sacrifício substitutivo (Lc
22.19); o anúncio da Sua morte e retorno ao mundo (1 Co 11.26).
2.4.
Os elementos da santa ceia
O
pão e o vinho são os elementos usados na celebração da ceia. O pão representa o
corpo de JESUS que foi crucificado e entregue pelos pecados da humanidade (Jo
6.33). O vinho simboliza o Seu sangue que ali foi derramado para remissão dos
pecados e estabelecimento de uma nova aliança (1 Co 11.25).
2.4.1.
Quem pode e deve tomar a santa ceia
As
pessoas que podem tomar a ceia são aquelas que confessaram seus pecados e foram
regeneradas em CRISTO, pela fé. Embora não haja uma indicação clara ao batismo
como pré-requisito à participação na ceia, a prática da igreja cristã, desde os
tempos mais antigos, é uma base sólida para afirmar que a ceia deve ser
oferecida àqueles que foram batizados em águas e estão em plena comunhão com
suas igrejas.
2.5.
Instruções a serem consideradas na celebração da santa ceia
A
celebração da ceia deve observar alguns pontos muitos importantes: como era
feito no judaísmo em relação à Páscoa, os participantes da ceia devem
proclamar, por palavras, atos e símbolos, a centralidade da morte e da volta de
CRISTO ao mundo (1 Co 11.26); o significado da ceia deve ser conhecido e
honrado por todos os salvos (1 Co 11.26); todos devem participar dela com
santidade, reverência e temor (1 Co 11.27); o coração e a vida devem ser
examinados como preparação (1 Co 11.28); esta celebração deve acontecer de
maneira ordeira e solene (1 Co 11.33,34).
CONCLUSÃO
Como
visto nesta lição, o batismo e a santa ceia são as ordenanças que o Senhor
JESUS deixou para serem observadas pela igreja militante (Mt 28.19,20; Lc
22.19,20). A primeira — o batismo — não pode ser entendida como meio de
salvação (1 Co 1.14-17); antes, deve ser realizada somente pelo indivíduo que
assume a crença no evangelho da graça (At 2.41,42). Deste modo, é inaceitável o
batismo de bebês ou crianças que não tenham atingido a idade da razão. A forma
correta do batismo, à luz da Bíblia, é por imersão total do novo convertido nas
águas batismais (Mc 1.9-11; Jo 3.23; At 8.36-39). A segunda — a santa ceia —
deve ser distribuída em dois elementos: o pão, que é símbolo do corpo de
CRISTO; e o cálice, que representa Seu sangue (1 Co 11.23-26). Tais elementos
não podem ser negados a qualquer crente em CRISTO (v. 28). A ceia consiste em
um memorial, no qual a igreja recorda a morte do Filho de DEUS na cruz do
Calvário para remissão dos pecados. Deste modo, é supersticiosa a crença de que
o corpo e o sangue do Senhor estão de alguma forma presentes nos elementos, ou
que se pode obter a vida eterna participando deles.
ATIVIDADE
PARA FIXAÇÃO
1.
Quais são as duas ordenanças deixadas por CRISTO à Sua igreja? R.: O batismo e
a santa ceia.