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05 julho 2025

Escrita Lição 2, CPAD, A Igreja De Jerusalém, Um Modelo A Ser Seguido, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 2, CPAD, A Igreja De Jerusalém, Um Modelo A Ser Seguido, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 99 99152-0454 (Luiz Henrique de Almeida Silva)

 



ESBOÇO DA LIÇÃO

I – UMA IGREJA COM SÓLIDOS ALICERCES   

1. Uma igreja com fundamento doutrinário

2. “Perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42)

3. Uma igreja relacional e piedosa. A igreja de Jerusalém perseverava na II – UMA IGREJA OBSERVADORA DOS SÍMBOLOS CRISTÃOS

1. O Batismo

2. A Ceia do Senhor

III – UMA IGREJA MODELO 

1. Uma igreja reverente e cheia de dons

2. Uma igreja acolhedora

3. Uma igreja adoradora

 

TEXTO ÁUREO

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (At 2.42)

 

VERDADE PRÁTICA

A Igreja de Jerusalém, como igreja-mãe, tornou-se exemplo para as demais. Um modelo a ser seguido por todas as igrejas verdadeiramente bíblicas.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 1.12-14 Esperando em oração

Terça - At 2.38 A necessidade da conversão espiritual

Quarta - At 2.42 Os pilares da igreja cristã 

Quinta - At 2.38,39 Arrependimento, batismo e o dom do ESPÍRITO SANTO

Sexta - At 2.39 A atualidade da promessa

Sábado - At 2.43 Uma igreja reverente

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.37-47

37- Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?

38- E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.

39- Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar.

40- E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.

41- De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.

42- E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43- Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44- Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.

45- Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.

46- E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47- louvando a DEUS e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

 

https://www.cpad.com.br/harpa-crista-popular-grande-vinho-365638/p

HINOS SUGERIDOS: 306, 400, 577 da Harpa Cristã

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA O ESTUDO DA LIÇÃO

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ABAIXO REVISTA ANTIGA BETEL PARA AJUDAR

Escrita Lição 8, Betel, A relevância e importância da doutrina pentecostal para manter a Igreja viva,

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O Pentecostes bíblico

1.1. O ESPÍRITO prometido

1.2. O ESPÍRITO derramado

1.3. O resultado do derramamento do ESPÍRITO

2- A identidade pentecostal da Igreja

2.1. O batismo no ESPÍRITO SANTO

2.2. Os dons espirituais

2.3. A atualidade dos dons espirituais

3- Mantendo a chama pentecostal

3.1. Viver em santidade

3.2. Viver no ESPÍRITO

3.3. Viver em ação

  

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ATOS 2
1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 8

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Lição 3, O Batismo no ESPÍRITO SANTO

Revistas Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1° Trimestre 2021

Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade Da Doutrina Bíblica Sobre A Atuação Do ESPÍRITO SANTO - Comentarista: Esequias Soares

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1-13

1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4 - E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. 5 - E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. 6 - E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. 7 - E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? 8 - Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? 9 - Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia, 10 - e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos), 11 - e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de DEUS. 12 - E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? 13 - E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.

 

Resumo da Lição 3, O Batismo no ESPÍRITO SANTO

I - O QUE SIGNIFICA “BATISMO NO ESPÍRITO”?

1. O fenômeno do Pentecostes (vv. 2-4).

2. Duas bênçãos distintas.

3. Conceito teológico.

II - O PROPÓSITO DO BATISMO NO ESPÍRITO

1. Finalidade.

2. A capacitação do ESPÍRITO.

3. Uma necessidade real e atual.

III - O RECEBIMENTO E A EVIDÊNCIA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

1. As “outras línguas”.

2. Função das línguas.

3. Atualidade das línguas.

 

https://www.youtube.com/watch?v=KlqSi5dYeUA BATISMO NO ESPÍRITO SANTO.

 

 Resumo rápido do Pr. Henrique

 

INTRODUÇÃO

O batismo com ou no ESPÍRITO SANTO é comum a todos os salvos que desejam ser revestidos de poder para pregar o evangelho. O batismo dá testemunho de que JESUS está vivo e moramdo em nós pelo ESPÍRITO SANTO.

O batismo com ou no ESPÍRITO SANTO revela a real conversão de alguém que se submete totalmente ao domínio de DEUS, já que o membro mais difícil de ser domado no ser humano é a língua (nesta hora o ESPÍRITO SANTO está totalmente no controle do crente, falando o que deseja).

Mas recebereis a virtude (poder) do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Atos 1:8

Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Tiago 3:7,8

JESUS foi batizado no ESPÍRITO SANTO no dia de seu batismo nas águas, daí em diante começou seu ministério de pregação, ensino e curas.

E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o ESPÍRITO, que, como pomba, descia sobre ele. Marcos 1:10

JESUS foi batizado nas águas e no ESPÍRITO SANTO.

Daí em diante teve início seu ministério de pregação e ensino e curas.

E percorria JESUS toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 4:23

E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto. Lucas 4:1 - JESUS ficou cheio do ESPÍRITO SANTO e passou a ser guiado pelo ESPÍRITO SANTO.

 

JESUS falou em línguas estranhas ou espirituais?

Na Bíblia não temos mençao disto, mas cremos que JESUS falava exatamente o que o ESPÍRITO SANTO queria que Ele falasse, portanto não era preciso falar em línguas.

 

I - O QUE SIGNIFICA “BATISMO NO ESPÍRITO”?

O derramamento do ESPÍRITO sobre o crente é chamado de batismo (At 1.5 e Mt 3.11). Em todo batismo tem que haver três condições: o candidato a ser batizado, o batizador e o elemento em que o candidato vai ser imerso. No batismo com ou no ESPÍRITO SANTO, o candidato é o crente, o batizador é o Senhor JESUS e o elemento ou meio em que o crente é imerso é o ESPÍRITO SANTO.

O batismo vem de cima, vem do alto, é JESUS quem batiza no ESPÍRITO SANTO (Atos 2.2). É cumprimento de Joel 2:28. É cumprimento de Atos 1:5. É cumprimento de Mc 1:8.

Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias. Atos 1:5 (JESUS disse).

E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. Lucas 24:49 (é Obedecer a JESUS CRISTO).

 

Já os dons são dados pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 12.11)

 

1. O fenômeno do Pentecostes (vv. 2-4).

Quem batiza no ESPÍÍRITO SANTO é JESUS (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33).

 

No Batismo recebemos poder do alto, poder do ESPÍRITO SANTO, revestimento de poder para pregar, ensinar e testemunhar de JESUS a todo mundo, pelo evangelho e pelos sinais.

Mas recebereis poder do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Atos 1:8.

 

O batismo é uma promessa de DEUS para seus filhos.

E há de ser que, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu ESPÍRITO. Joel 2:28,29

Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: Atos 2:16

em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13.

 

ATOS 2:4 Todos os presentes ficaram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar em línguas que não conheciam, porque o ESPÍRITO SANTO deu a eles e capacidade.

 

João Batista anuncia que JESUS é o que batiza no ESPÍRITO SANTO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Nesse sentido, ser batizado no ESPÍRITO SANTO é identificado como receber poder do alto e a “promessa de meu Pai” (Lc 24.49). Os discípulos deveriam esperar o seu cumprimento em Jerusalém (At 1.4,5). Não há dúvida de que a descida do ESPÍRITO no dia de Pentecostes é uma referência a esse batismo (vv.2-4). Chegamos a essa conclusão também pela explicação do apóstolo Pedro aos demais apóstolos (At 11.15,16). Isso reforça a ideia de que “cheios do ESPÍRITO SANTO” no presente contexto se refere a ser “batizado no ESPÍRITO SANTO”, mas em outras partes do Novo Testamento indica uma vida na plenitude e no fervor do ESPÍRITO (At 4.8,31; 7.55; 13.52; Ef 5.18).

 

2. Duas bênçãos distintas.

Duas coisas distintas.

A- Nascido de novo, salvo, cristão - CONVERSÃO.

B- Cristão batizado no ESPÍRITO SANTO.

Batismo nas águas não é sinal ou comprovação de salvação. Batizamos crentes SALVOS nas águas e não para serem salvos. Batismo nas águas é testemunho público do crente de que está morrendo com CRISTO na cruz e resucitando para uma nova vida.

De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como CRISTO ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Romanos 6:4

 

Batismo no ESPÍRITO SANTO não é sinal ou comprovação de salvação. JESUS batiza crentes SALVOS no ESPÍRITO SANTO e não para serem salvos.

 

 

Todos os salvos tem o ESPÍRITO SANTO. Na conversão cada crente recebe o selo do ESPÍRITO SANTO ao crer em JESUS CRISTO como único Salvador e Senhor, ouvindo e crendo na pregação do evangelho (justificação pela fé na Palavra de DEUS).

em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13.

 

Os discípulos passaram a ser filhos de DEUS no dia em que receberam o ESPÍRITO SANTO, soprado sobre eles por JESUS. Neste dia não falaram em línguas, pois não estavam sendo baizados no, ou com o ESPÍRITO SANTO. Veja que isso aconteceu antes do Pentecostes. Portanto a Igreja foi iniciada antes do Pentecostes.

E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o ESPÍRITO SANTO. João 20:22.

 

A  Igreja Pentecostal, onde os crentes obedeceram a JESUS e permaneceram em Jerusalém até receberem o Batismo No ESPÍRITO SANTO; esta foi iniciada no dia do Pentecostes, conforme narrado por Lucas em Atos 2.

E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. Atos 2:3,4

 

Quem nasceu de novo tem o ESPÍRITO SANTO (Jo 3.5-8). Essa verdade é ensinada com clareza no Novo Testamento. O ESPÍRITO habita em todos os crentes em JESUS, sejam eles pentecostais ou não (1 Co 3.16; 6.19). Quem não tem o ESPÍRITO não é cristão (Rm 8.9).

Sabemos que a experiência de ser batizado no ESPÍRITO SANTO é distinta da experiência da conversão porque os discípulos já tinham a vida eterna e o ESPÍRITO mesmo antes do dia de Pentecostes (Lc 10.20; Jo 20.22). Todos os presentes no cenáculo por ocasião da descida do ESPÍRITO eram crentes, e isso confirma a nossa doutrina pentecostal de que a bênção de ser batizado no ESPÍRITO SANTO é distinta da conversão (At 8.12-17; 9.17; 19.2-6).

 

Quem se converteu tem o ESPÍRITO SANTO - quem foi batizado no ESPÍRITO SANTO é o ESPÍRITO SANTO que o tem quando fala em línguas - quem recebe dom do ESPÍRITO SANTO é o ESPÍRITO SANTO que o dirige quando ministra.

 

O CRENTE SALVO PODE SER BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO no MOMENTO DE SUA DECISÃO OU DEPOIS DE SUA DECISÃO. PODE SER BATIZADO NO MOMENTO DE SEU BATISMO NAS ÁGUAS OU DEPOIS DE SEU BATISMO NAS ÁGUAS. O IMPORTANTE É QUE SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO.

Cornélio é exemplo de crente batizado no ESPÍRITO SANTO antes do batismo nas águas.

E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra.

E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados estes que também receberam, como nós, o ESPÍRITO SANTO? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então, rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias. Atos 10:44-48.

 

3. Conceito teológico.

Após os repetidos anúncios de João Batista a respeito do batismo com o ESPÍRITO SANTO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33), CRISTO solenemente enfatizou a promessa da vinda do ESPÍRITO (At 1.4,5). O cumprimento histórico mencionado no NT ocorreu no Pentecostes (At 2.1- 4) e na casa de Cornélio (At 11.15,16). Estes dois grupos de crentes foram somados à igreja no exato momento em que receberam o batismo com o ESPÍRITO, Paulo confirma isto dando em 1 Coríntios 12.13 a definição mais clara encontrada no NT.

O homem já regenerado tem, portanto, o ESPÍRITO SANTO, mas deve procurar o batismo no ESPÍRITO, bem como a plenitude do ESPÍRITO em sua vida. R. P. - Dicionário Bíblico Wycliffe (com algumas correções do Pr Henrique)

um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Efésios 4:5

há um só corpo e um só ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Efésios 4:4

 

As Escrituras ensinam que existe o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO (1 Co 12.4-6; Ef 4.4-6), e que todos os cristãos podem e devem ser batizados no, ou com o ESPÍRITO SANTO. Além disso, o ESPÍRITO SANTO distribui dons espirituais particulares a quem Ele desejar (1 Co 12.4-11). Ao mesmo tempo, a Bíblia fala de encher com o ESPÍRITO SANTO.

O exemplo incomparável do batismo no ESPÍRITO SANTO ocorreu no Pentecostes como o cumprimento da promessa de CRISTO de revestir os seus discípulos de poder sobrenatural (Lc 24.49; At 1.4,5,8; 2.1-12). Exemplos semelhantes do batismo no ESPÍRITO SANTO ocorreram em Samaria (At 8,14-17), com Saulo de Tarso quando Ananias impôs as mãos sobre ele (At 9,17), na casa de Cornélio (At 10.44,45) e em Éfeso (At 19.6). Em continuidade a estes batismos iniciais no ESPÍRITO, houve muitas ocasiões em que as pessoas foram cheias do ESPÍRITO SANTO e falaram em línguas, foram batizados no ESPÍRITO SANTO e permaneceram cheios porque falavam em línguas sempre.(por exemplo, At 4.8,31; 13.9,52).

Se o ESPÍRITO SANTO está em nós, então como ocorre o enchimento? Como é que somos cheios com o ESPÍRITO? Por parte do homem, isso depende de que ele abra e renda todos os aspectos da sua vida, todos os ambientes da sua morada terrena para a presença e para o controle do ESPÍRITO (At 5.32; Rm 12.1,2; cf. Rm 6.11-13), principalmente orando em línguas todos os dias para sua edificação própria. Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO, Judas 1:20

O crente inicialmente deve receber o ESPÍRITO SANTO por meio de um ato consciente de fé (Gl 3.2,5,14). Alguns comentaristas da Bíblia Sagrada consideram essa recepção como sendo o selo de DEUS de sua divina propriedade sobre o crente (Ef 1.13). O crente é batizado pelo ESPÍRITO SANTO no corpo de CRISTO, a Igreja (não é batismo no ESPÍRITO SANTO). 

em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13

 

Ser cheio do ESPÍRITO, então, é uma opção ou não faz diferença? Faz muita diferença, porque esta é uma ordem das Escrituras, de que o crente seja continuamente cheio do ESPÍRITO SANTO (Ef 5.18), e que ele ande no (ou em) ESPÍRITO (Gl 5.16-25; Rm 8,5-13). Ao mesmo tempo, os cristãos são advertidos de que não devem entristecer o ESPÍRITO (Ef 4.30), nem extingui-lo (1 Ts 5.19).

Os resultados de ser cheio do ESPÍRITO SANTO são muitos, e maravilhosos. Os cristãos que foram cheios com o ESPÍRITO foram homens de “boa reputação”, e cheios de sabedoria, fé, graça e poder (At 6.3,5,8). Aqueles que são cheios com o ESPÍRITO recebem o poder de falar e desta forma compartilhar uns com os outros as bênçãos em um nível espiritual, cantar alegremente louvores ao Senhor, agradecer a DEUS por todas as coisas, e sujeitarem-se uns aos outros por reverência a CRISTO (Ef 5.19-21). Eles demonstram as manifestações do ESPÍRITO por meio do conhecimento, da sabedoria e do poder espiritual (Rm 12.6-8; 1 Co 12.7-11; 1 Pe 4.10,11).  R. A. K. e J. R. - Dicionário Bíblico Wycliffe com algumas correções do Pr Henrique)

 

Ser batizado no ESPÍRITO SANTO inicia o crente no serviço, e não na salvação. Isso significa ser revestido do poder do alto e diz respeito à capacitação dos crentes em JESUS para a expansão do evangelho e a edificação espiritual (Lc 24.49). Trata-se de uma experiência que ocorre após ou junto à regeneração (At 9.17; 10.44-48). Todas as promessas sobre o batismo no ESPÍRITO SANTO se cumprem integralmente no derramamento de Pentecostes e continuam até a atualidade. Cremos e ensinamos que tal experiência DEUS disponibilizou para todos os crentes, homens e mulheres, jovens e idosos, escravos e livres (At 2.18) em todos os lugares e em todas as épocas (At 2.38, 39).

Se quer comprovação atual veja vídeo acima. ou no YouTube - https://www.youtube.com/watch?v=KlqSi5dYeUA ou https://www.youtube.com/watch?v=RiOlkXCjZws - https://www.youtube.com/watch?v=adjE8gxWa9I - https://www.youtube.com/watch?v=1usMdUVzw54 - https://www.youtube.com/watch?v=xqy2nbsVR_0 - https://www.youtube.com/watch?v=8_djL0wub9I&t=633s - https://www.youtube.com/watch?v=gbYJTEKodi0&t=833s - em város de nossos vídeos pela internet poderá ver batismos no ESPÍRITO SANTO e todos os que receberam falaram em línguas no mesmo instante.

 

II - O PROPÓSITO DO BATISMO NO ESPÍRITO

1. Finalidade.

A maior dádiva do batismo é a capacitação para e edificação própria do crente. Orar em Línguas (ai a língua do batismo é que é usada).

O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo - 1 Coríntios 14:4 Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO, Judas 1:20

Qualquer crente pode orar por alguém e este ser curado, não é dom do ESPÍRITO SANTO - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão. Marcos 16:17,18.

DONS são multiplicação dos sinais. Então qualquer crente pode orar por alguém ser curado, mas quem recebe os dons de curar ora sempre e muitas pessoas são curadas. É bem diferente.

Por exemplo: eu passei um mês em Joinville e foram mais de mil pessoas curadas. Se eu não tivesse os dons de curar, eu poderia orar pelos doentes e enfermos e talvez dez pessoas fossem curadas.

A diferença é grande. É uma multiplicação dos sinais.

Assim o batismo no ESPÍRITO SANTO e o falar em línguas é para todo cristão, já o dom de variedade de linguas é a multiplicação do falar em línguas - o crente neste dom fala em variedade de línguas, ou diversas línguas. Veremos no estudo abaixo, no tópico 3 e subtópicos 1 e 2, quais são essas línguas e lá destacamos 4 tipos.

 

Batismo nas águas não é sinal ou comprovação de salvação.

Batismo no ESPÍRITO SANTO não é sinal ou comprovação de salvação.

 e ambas as experiências são coisas distintas, como verdade pentecostal fundamentada de maneira robusta no Novo Testamento, então, é necessário saber qual o propósito desse batismo.

 

Edificação própria e testemunho de JESUS - Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Atos 1:8

 

2. A capacitação do ESPÍRITO.

Batismo - (Strong-  português) - βαπτισμα baptisma

Imersão, submersão

do batismo cristão; um rito de imersão na água, como ordenada por CRISTO

Em Rm 6.3 Paulo afirma que fomos “batizados na sua morte”, significando que estamos mortos para os nossos antigos caminhos.

 

É do conhecimento da maioria que a ideia do termo “batismo” é imersão; ser batizado significa ser mergulhado. As expressões como “derramar” o ESPÍRITO sobre os irmãos e as irmãs ou “serem cheios” do ESPÍRITO para se referir ao batismo no ESPÍRITO SANTO podem lançar luz sobre o propósito dessa promessa, pois, ser imerso significa capacitação. Isto é, revelação dos mistérios de DEUS (Ef 3.5), poder para testemunhar de JESUS (At 1.8), profetizar (At 11.28), realizar milagres (Rm 15.19).

 

Batismo no ESPÍRITO SANTO, portanto é ser mergulahdo num rio de poder controlado e dirigido pelo ESPÍRITO SANTO.

 

O crente recebe poder para pregar com ousadia o evangelho de JESUS CRISTO.

Mas recebereis poder do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Atos 1:8

 

Virtude ou poder - (Strong - português) - δυναμις dunamis

1) poder, força, habilidade

1a) poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve

1b) poder para realizar milagres

 

3. Uma necessidade real e atual.

O ESPÌRITO SANTO veio aos discípulos em substituição a JESUS e para ser a ponte entre JESUS, o PAI e o crente.

No batismo no ESPÍRITO SANTO o crente passa a ter direção do ESPÍRITO SANTO para pregar e ensinar o evangelho, sem medo e usando palavras muitas vezes dirigidas pelo ESPÍRITO SANTO. (Lc 24.47-49; At 1.8).

Quem batiza o crente no ESPÍRITO SANTO é JESUS - Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o ESPÍRITO SANTO. Marcos 1:8.

 

Como receber esse batismo? Não existe uma fórmula pronta para isto. Apenas é necessário desejar evangelizar, falar de JESUS para outros. Com DEUS tudo funciona assim: Desejar, e crer, e receber.

Sabendo que recebemos o batismo no ESPÍRITO SANTO pela graça de DEUS, ou seja, sem merecimento, mas pela fé nas promessas de DEUS, sabendo que dentre elas está a do batismo no ESPÍRITO SANTO.

Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar. Atos 2:39 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão; Atos 2:16-18

Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o ESPÍRITO SANTO àqueles que lho pedirem? Lucas 11:13

 

III - O RECEBIMENTO E A EVIDÊNCIA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

1. As “outras línguas”.

LÍNGUA CHAMADA ESTRANHA, OU ESPIRITUAL, DADA PELO ESPÍRITO SANTO - (Strong Português) LÍNGUA ESPIRITUAL - γλωσσα glossa - ESTE TIPO DE LÍNGUA É FALADA NO MOMENTO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO.

idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações.

NÃO EXISTE NA TERRA NAÇÃO QUE FALE ESTA LÍNGUA NATURALMENTE. É LÍNGUA SOBRENATURAL CONCEDIDA PELO ESPÍRITO SANTO.

 

 

LÍNGUA FALADA PELOS POVOS É ESSA - (Strong Português) LÍNGUA HUMANA FALADA NA TERRA διαλεκτος dialektos

1) conversação, fala, discurso, linguagem

2) língua ou a linguagem própria de cada povo.

  

2. Função das línguas.

São pelo menos 4 os tipos de línguas espirituais (ou estranhas). A Língua do batismo no ESPÍRITO SANTO, a Língua para falar com o estrangeiro, a Língua para ser interpretada e a Lingua para oração de intercessão.

 

a- Edificação própria, individual - Língua que recebemos no dia do batismo no ESPÍRITO SANTO.

 

O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo... 1 Coríntios 14:4a

Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO, Judas 1:20.

orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO... Efésios 6:18a

 

Pelo que nos parece, o apóstolo Paulo passava horas de oração em línguas.

Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos. 1 Coríntios 14:18

 

A oração em línguas do batismo no ESPÍRITO SANTO são para falarmos diretamente com DEUS e ninguém nos entende, só DEUS.

Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a DEUS; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios. 1 Coríntios 14:2

  

b- As línguas faladas no Dom Variedade de Línguas são importantíssimas.

Todos os crentes podem e devem ser batizados no ESPÍRITO SANTO e falr em línguas a vida toda, para oração particular, porém, nem todos recebem o dom de variedade de línguas.

Falam todos diversas línguas? Interpretam todos? 1 Coríntios 12:30b

 

b.1- Língua para falar com o estrangeiro - com essa língua podemos falar numa língua desconheceida para nós, porém o ouvinte de outro país ouvirá em sua língua materna, de seu país o que DEUS quer lhe falar.

De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis.. 1 Coríntios 14:22a

Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Atos 2:8

 

Esse tipo de Língua é chamada Xenolália, que  é a capacidade de falar em uma língua estrangeira que o indivíduo desconhece, que não aprendeu nem foi exposto. Xenolalia é um termo grego, onde xenos significa "estranho" e lalia "linguagem".

 

b.2- Língua para ser interpretada - essa língua é para ser interpretada por outro irmão, mas pode ser por aquele que fala também. - é de grande valia para edificação. Falar em línguas com interpretação equivale a profecia.

e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. 1 Coríntios 12:10b

Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 1 Coríntios 14:26

que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação. 1 Coríntios 14:5

Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar. 1 Coríntios 14:13

 

b.3- Lingua para oração de intercessão - essa língua não é expressa em palavras, mas em gemidos intercessórios do ESPÍRITO SANTO que nos ajuda na oração. A oração é perfeita quando o ESPÍRITO SANTO nos ajuda.

E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Romanos 8:26

 

Elas sinalizam a presença do ESPÍRITO. O falar em línguas, pelo que se vê nos capítulos 12 a 14 de 1 Coríntios, está associado à oração pessoal (1 Co 14.13-23). As línguas, em Atos, indicam o recebimento do poder profético (2.4,17; 19.6). As línguas nas cartas paulinas são também importantes, pois o apóstolo as descreve como língua do ESPÍRITO, por meio dais quais conversamos com DEUS em mistério; por meio delas oramos em espírito e louvamos a DEUS (1 Co 14.14,16,17). O falar em línguas sem dúvida, é muito útil para a oração, as devoções pessoais e o desenvolvimento de nossa sensibilidade ao ESPÍRITO (1 Co 14.2). Foram as línguas que sinalizaram o batismo de Cornélio (At 10.47). Que sinal tangível levou Simão Samaritano a desejar impor as mãos sobre as pessoas e as ver sendo batizadas no ESPÍRITO SANTO e falando em línguas? (At 8.18). Ele pensou que podia comprar o poder dos apóstolos Pedro e João.

 

Algumas vezes vemos o batismo no ESPÍRITO SANTO ser chamado de "dom do ESPÍRITO" na Bíblia porque é dado pela graça de DEUS (sem merecimento).

E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS. Atos 10:44-46.

E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO. Atos 2:38

 

Paulo indica que o melhor dom para a igreja é o de profetizar. Então falar em línguas e interpretar o que foi falado para a igreja entender, é o melhor das línguas para a edificação do corpo de CRISTO, a Igreja.

Segui o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. 1 Coríntios 14:1.

 

3. Atualidade das línguas.

A promessa de ser batizado no ESPÍRITO SANTO é para toda a Igreja - nenhum crente deve deixar de ser batizado no ESPÍRITO SANTO. Isso engloba todos os cristãos em todos os lugares e em todas as eras (Jl 2.28-32; At 2.16-21), de modo que as línguas são inseparáveis do batismo no ESPÍRITO. Dos três sinais sobrenaturais manifestos no dia de Pentecostes com a descida do ESPÍRITO SANTO, somente o “falar em outras línguas” (v. 4) veio para ficar, ele se repete (At 10.44-47; 19.6). Mas, os outros dois: “um som, como de um vento veemente e impetuoso” (v.2) e “línguas repartidas, como que de fogo” (v.3) ocorreram uma só vez, e eles não se repetem nunca mais ou são inaudíveis e invisíveis a nossos olhos humanos - isso é o que notamos na prática.

 

Promessa de batismo e ordem para o esperarem.

Lc 24:49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai: Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.

 

At 1:4 E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes.

 

Pelo que tenho visto em 30 anos de experiência de avivamentos e em ministrações de batismos no ESPÍRITO SANTO, ninguém recebe o batismo no ESPÍRITO SANTO sem falar em línguas imediatamente após o receber.

 

Também nunca vi alguém receber um dom do ESPÍRITO SANTO sem ser batizado no ESPÍRITO SANTO. Pode alguém ser usado em algum sinal dos crentes Esporadicamente, mas não em dons do ESPÍRITO SANTO QUE SÃO PERMANENTES E ATUANTES, sem ser batizado no ESPÍRITO SANTO.

SINAIS DOS CRENTES - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão. Marcos 16:17,18.

 

 Línguas - (Strong Português) - γλωσσα glossa

idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações (Línguas estranhas ou espirituais concedidas pelo ESPÍRITO SANTO no batismo no ESPÍRITO SANTO).

  

CONCLUSÃO

BATISMO NO ESPÍRITO significa receber a promessa registrada em Joel 2.28,29 e em Mc 1.8, por exemplos. Significa ser revestido de poder para pregar ensinar o evangelho e testemunhar de CRISTO.

O fenômeno do Pentecostes (vv. 2-4). Foi na festa de Pentecostes, em Jerusalém, no ano 33 d.C. que aconteceu a descida do ESPÍRITO SANTO para capacitar os crentes com poder para pregarem o evangelho e testemunharem de JESUS CRISTO. Ali haviam se reunido cerca de 120 irmãos e estavam assentados quando receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO.

Duas bênçãos distintas. O Novo Nascimento ou conversão se dá no momento em que ouvimos o evangelho e nele cremos (Ef 1.13), daí recebemos o ESPÍRITO SANTO; enquanto qu o batismo no ESPÍRITO SANTO pode ocorrer imediatamente após a conversão ou não e é para revestimento de poder e não para salvação. Nem o batismo nas águas salva e nem o batismo no ESPÍRITO SANTO salva.

Conceito teológico. Todos os cristãos podem e devem ser batizados no, ou com o ESPÍRITO SANTO. Além disso, o ESPÍRITO SANTO distribui dons espirituais particulares a quem Ele desejar (1 Co 12.4-11). Ao mesmo tempo, a Bíblia fala de encher com o ESPÍRITO SANTO o crente salvo.

Finalidade. Edificação e revestimento de poder para pregar e ensinar o evangelho e testemunhar de CRISTO

A capacitação do ESPÍRITO. O crente fica ousado e recebe tanto palavras como poder para testemunhar de CRISTO.

Uma necessidade real e atual. Nunca foi tão necessário o batismo no ESPÍRITO SANTO já que temos uma tremenda guerra espiritual acontecendo antes da volta iminente de JESUS CRISTO para nos buscar, no arrebatamento. Desde o Pentecostes, no ano 33 a.C., até hoje sempre houve batismos no ESPÍRITO SANTO e sempre ocorrerão até o dia do arrebatamento da Igreja.

As “outras línguas”. Existe a língua falada no dia do batismo no ESPÍRITO SANTO e existem as línguas faladas através daqueles que recebem o Dom de Variedade de línguas.

Função das línguas. Falarmos diretamente com DEUS, Edificação própria, individual, para falar com o estrangeiro, para ser interpretada, para oração de intercessão etc.

Atualidade das línguas. Da mesma maneira que se recebia o batismo no ESPÍRITO SANTO no tempo dos apóstolos, hoje recebemos, como duas ressalvas. Não se vê mais línguas como que de fogo sobre a cabeça de quem recebe e não se ouve mais um som como um vento veemente e impetuoso no local onde o crente é batizado.

 

Crente salvo, busque o batismo no ESPÍRITO SANTO como sendo mais importante que o ar que você respira e receberá. Lhe será útil para tudo o que fará em sua vida cristã. DEUS o abençõe.

 

REVISTAS ANTIGAS DA CPAD E MEUS COMENTÁRIOS

LIÇÃO 3 - O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO - Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos

MOVIMENTO PENTECOSTAL - As doutrinas de nossa fé - Comentários da revista da CPAD: Pr. Elienai Cabral

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD:  Pr. Antonio Gilberto

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1-4,7,8

1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. I 3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4 - E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO Ihes concedia que falassem. 7 - E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? 18 - Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?

 

  

PALAVRA-CHAVE - Batismo Do gr. baptisma. Significa mergulhar, submergir.

 

Observações Importantes:

Quem é batizado com o ESPÍRITO SANTO fala em línguas todos os dias de sua vida (se não está falando é porque não busca ou não deseja, ou ainda não está em comunhão com o ESPÍRITO SANTO). - Não é dom do ESPÍRITO SANTO, é confirmação do batismo e equipagem para oração individual. Pedro falou em Atos 2.38 sobre dom se referindo ao batismo no ESPÍRITO SANTO e falando sobre o dom de línguas que eles receberam para falar na língua dos visitantes de Jerusalém, os judeus e prosélitos de várias nações.

A língua que se fala quando se é batizado no ESPÍRITO SANTO é a linguagem de oração, para edificação (1Co 14:4). O crente que ora em línguas ora bem. O crente que ora em línguas fala diretamente com DEUS e ninguém o entende (1 Co 14.2). - Não é dom do ESPÍRITO SANTO, é confirmação do batismo e equipagem para oração individual.

 

O dom de Variedade de Línguas é uma capacitação extraordinária de DEUS para que o crente fale em diversas línguas. A partir do recebimento do dom de línguas o crente pode falar numa língua para ser interpretada por outrem, pode falar numa linguagem desconhecida para ele mas conhecida por outrem (falar em língua de outro país como em Atos 2.10 - falavam na língua de origem dos visitantes de Jerusalém). Pode também receber o gemido inexprimível para intercessão (Rm 8.26), também o crente pode falar em línguas e assim transmitir uma mensagem de DEUS para uma única pessoa que entenderá a mensagem claramente.

Quem recebe o dom de línguas deve orar para que possa receber outro dom, o dom de interpretação, pois assim ele próprio falará em línguas e ele mesmo receberá a interpretação - O que equivale à profecia.

 

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Lição 3 -  Todos Os Salvos Precisam ser Batizados Com O ESPÍRITO SANTO

1º Trimestre de 2004 -  A PESSOA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO 

 

JESUS deseja derramar o ESPÍRITO SANTO como cachoeira sobre sua Igreja

 

At 2.39 Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso DEUS chamar.

A VÓS, A VOSSOS FILHOS E A TODOS. A promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste (v.4), mas também para todos os que cressem em CRISTO durante toda esta era: a vós os ouvintes de Pedro; a vossos filhos à geração seguinte; à todos os que estão longe à terceira geração e às subseqüentes.

(1) O batismo no ESPÍRITO SANTO com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (cf. v. 38; 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem com o fim da era apostólica.

(2) É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no ESPÍRITO que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49).

 

 

Ser Batizado Com O ESPÍRITO SANTO Significa Ser imerso Na Plenitude do ESPÍRITO.

 

O ESPÍRITO SANTO intercede por nós

Rm 8.26,27 = 26 Do mesmo modo também o ESPÍRITO nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o ESPÍRITO mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO: que ele, segundo a vontade de DEUS, intercede pelos santos.

O ESPÍRITO... INTERCEDE POR NÓS COM GEMIDOS. No tocante à atividade do ESPÍRITO SANTO em ajudar o crente a orar, três observações são importantes:

(1) O filho de DEUS tem dois intercessores divinos. CRISTO intercede no céu pelo crente, perante a face do Pai (v. 34; ver Hb 7.25; 9.24; 1 Jo 2.1) e o ESPÍRITO SANTO intercede no íntimo do crente, na terra.

(2) "Com gemidos", provavelmente, indica que o ESPÍRITO intercede juntamente com os gemidos do crente. Esses gemidos têm lugar no coração do crente.

(3) Os desejos e anseios espirituais dos crentes têm sua origem no ESPÍRITO SANTO, que habita em nosso coração. O próprio ESPÍRITO suspira, geme e sofre dentro de nós, ansiando pelo dia final da redenção (vv. 23-25). Ele apela ao Pai em favor das nossas necessidades "segundo [a vontade de] DEUS" (v. 27)

 

 

Terça: O ESPÍRITO SANTO concedido aos discípulos ousadia para anunciarem o evangelho

At 4.31,33 = 31 E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e anunciavam com intrepidez a palavra de DEUS.

TODOS FORAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Várias verdades importantes destacam-se aqui.

(1) A expressão batizados com ESPÍRITO SANTO (ver 1.5) descreve a obra de consagração do ESPÍRITO SANTO capacitando inicialmente o crente com poder divino para testemunhar. Os termos cheios , revestido e com autoridade descrevem essa sua capacitação para trabalhar (2.4; 4.8,31; 9.17; 13.9,52). Conforme a necessidade, o enchimento do ESPÍRITO pode ser renovado.

(2) As expressões do meu ESPÍRITO derramarei (2.17,18; 10.45), veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO (19.6), retratam de modo diferente a ocasião em que os crentes são cheios do ESPÍRITO SANTO (2.4; 4.31; 9.17).

(3) Todos os crentes, inclusive os apóstolos anteriormente cheios (2.4), foram novamente cheios a fim de enfrentarem a oposição contínua dos judeus (v. 29). Novos enchimentos com o ESPÍRITO SANTO fazem parte da vontade e provisão de DEUS para todos os que receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. 4.8; 13.52). Devemos esperá-los e buscá-los.

(4) Aqui, o ESPÍRITO visita uma congregação inteira. Logo, para que seja cumprida a vontade de DEUS quanto a igreja, não somente indivíduos devem ser cheios do ESPÍRITO (4.8; 9.17; 13.9), mas também congregações inteiras (2.4; 4.31) devem experimentar visitações repetidas do ESPÍRITO SANTO face às necessidades e desafios especiais.

(5) A atuação de DEUS sobre toda a congregação, com um novo enchimento do ESPÍRITO SANTO, resulta em ousadia e poder no testemunho dos crentes, em amor uns pelos outros e no recebimento de graça abundante sobre todos (vv. 31-33).

ANUNCIAVAM COM OUSADIA A PALAVRA DE DEUS O poder interior do ESPÍRITO e a realidade da presença de DEUS que vêm da plenitude do ESPÍRITO libertam o crente do medo doutras pessoas e aumenta grandemente a sua coragem e motivação para falar de DEUS

 

33 Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor JESUS, e em todos eles havia abundante graça.

COM GRANDE PODER. Era poder divino manifesto no mais alto grau que operava nos apóstolos. O grego diz aqui mega dunamis. Grande poder é a carAterística distintiva da pregação e do testemunho apostólicos (cf. 1.8), por três razões:

(1) O testemunho apostólico baseava-se na Palavra de DEUS (v. 29) e na convicção de que ela fora dada pela inspiração do ESPÍRITO SANTO.

(2) Os discípulos tinham certeza de terem sido enviados e comissionados pelo próprio JESUS CRISTO, o Senhor ressurreto (v. 33).

(3) O grande poder do ESPÍRITO SANTO operando nos discípulos (v. 31), efetuava grande convicção nos ouvintes do evangelho quanto ao pecado de cada um, a justiça de CRISTO e o juízo divino (ver Jo 16.8). Hoje, o mesmo acontecerá em nossas igrejas se o ESPÍRITO operar poderosamente

 

 

O ESPÍRITO SANTO ajuda a enfrentar as perseguições

At 13.50-52 = 50 Mas os judeus incitaram as mulheres devotas de alta posição e os principais da cidade, suscitaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos. 51 Mas estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, partiram para Icônio. 52 Os discípulos, porém, estavam cheios de alegria e do ESPÍRITO SANTO.

ESTAVAM CHEIOS ... DO ESPÍRITO SANTO. O verbo grego traduzido cheios está no pretérito imperfeito, indicando ação contínua num tempo passado. Os discípulos recebiam continuamente, dia após dia, a plenitude e o revestimento de poder do ESPÍRITO SANTO. A plenitude do ESPÍRITO não é meramente uma experiência inicial que ocorre uma só vez, mas, sim, uma vida de repetidos enchimentos para as necessidades e tarefas da parte de DEUS (cf. Ef 5.18).

 

Onde há o ESPÍRITO SANTO, há vida

Sl 133.2,3 = 2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desceu sobre a barba, a barba de Arão, que desceu sobre a gola das suas vestes; 3 como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre.

133.1 QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO! Este salmo expressa a mesma verdade espiritual que Jo 17, quando JESUS orou para que seus discípulos fossem alicerçados em amor, santidade e unidade. Ele sabia que o ESPÍRITO SANTO não poderia operar entre eles, havendo divisões causadas por pecado e ambições egoístas (ver 1 Co 1.10-13; 3.1-3). Por outro lado, o fervente amor a DEUS e ao próximo, aliado à santificação na verdade da Palavra de DEUS, fará com que Ele esteja entre os seus e os unja (ver Jo 17.21; Ef 4.3).

 

O ESPÍRITO SANTO é imprescindível para expansão do evangelho

At 1.8 = 8 Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.

RECEBEREIS A VIRTUDE. O termo original para virtude é dunamis, que significa poder real; poder em ação. Esse é o versículo-chave do livro de Atos. O propósito principal do batismo no ESPÍRITO SANTO é o recebimento de poder divino para testemunhar de CRISTO, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto CRISTO ordenou. Sua finalidade é que CRISTO seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de DEUS (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27). (1) Poder (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no ESPÍRITO SANTO trará o poder pessoal do ESPÍRITO SANTO à vida do crente. (2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no ESPÍRITO SANTO com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia. (3) A obra principal do ESPÍRITO SANTO no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito à obra salvífica de CRISTO, à sua ressurreição e à promessa do batismo no ESPÍRITO (cf. 2.14-42). 

 SER-ME-EIS TESTEMUNHAS. O batismo no ESPÍRITO SANTO não somente outorga poder para pregar JESUS como Senhor e Salvador, como também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO por termos sido cheios do ESPÍRITO (cf. Jo 14.26; 15.26,27). (1) O ESPÍRITO SANTO revela e torna mais real para nós a presença pessoal de JESUS (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio JESUS CRISTO resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradar nosso Salvador. (2) O ESPÍRITO SANTO dá testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a CRISTO (Jo 16.14), não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do ESPÍRITO SANTO a respeito da obra redentora de JESUS CRISTO, manifestará com certeza, à semelhança de CRISTO, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13). (3) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorga poder para o crente testemunhar de CRISTO e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8). Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40). (4) O batismo no ESPÍRITO SANTO destina-se àqueles cujos corações pertencem a DEUS por terem abandonado seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a CRISTO (ver 5.32). (5) O batismo no ESPÍRITO SANTO é um batismo no ESPÍRITO que é santo (cf. ESPÍRITO de santificação , Rm 1.4). Assim, se o ESPÍRITO SANTO realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de CRISTO. À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no ESPÍRITO SANTO, terá um desejo intenso de agradar a CRISTO em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do ESPÍRITO complementa (i.e., completa) a obra salvífica e santificadora do ESPÍRITO SANTO em nossa vida. Aqueles que afirmam ter a plenitude do ESPÍRITO, mas vivem uma vida contrária ao ESPÍRITO de santidade, estão enganados e mentindo. Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, mas não têm uma vida de verdadeira fé, amor e retidão, não estão agindo segundo o ESPÍRITO SANTO, mas segundo um espírito impuro que não é de DEUS (Mt 7.21-23; cf. Mt 24.24; 2 Co 11.13-15). 

 

 

ESPÍRITO SANTO é uma bênção de DEUS para os seus filhos

Ef 1.3 = 3 Bendito seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em CRISTO;

Já nos abençoou, falta a muitos tomarem posse dessa bênção.

 

1.4 A PROMESSA DO PAI. O prometido dom do Pai (Jl 2.28,29; Mt 3.11) é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver v. 5). O cumprimento desta promessa, no entanto, é descrito como ser cheios do ESPÍRITO SANTO (2.4). Assim, batizado no ESPÍRITO e cheio do ESPÍRITO , às vezes, são usados como equivalentes nas Escrituras. A partícula grega que aparece nos pertinentes textos do NT leva para a tradução com ou no ESPÍRITO SANTO, em se tratando do batismo pentecostal. Este batismo com ou no ESPÍRITO SANTO, não deve ser identificado com o recebimento do ESPÍRITO SANTO na ocasião da regeneração. São duas obras distintas do ESPÍRITO, muitas vezes separadas por um período de tempo 

1.5 BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO. A preposição com é a partícula grega en, que pode ser traduzida como em ou com . Por isso, muitos preferem a tradução sereis batizados no ESPÍRITO SANTO . Da mesma forma, batizados com água pode ser traduzido batizados em água . O próprio JESUS é aquele que batiza no ESPÍRITO SANTO os que nEle crêem.

1.8 RECEBEREIS A VIRTUDE. Vide acima Dia Sexta-Feira

1.14 PERSEVERAVAM UNANIMEMENTE EM ORAÇÃO E SÚPLICAS. A experiência do Pentecoste sempre envolve a responsabilidade humana. Aqueles que desejam o derramamento do ESPÍRITO em sua vida, para terem poder para realizar a obra de DEUS, devem colocar-se à disposição do ESPÍRITO SANTO mediante sua submissão à vontade de DEUS e à oração (v. 4; 2.38; 9.11-17; cf. Lc 11.5-13; 24.49; Is 40.29-31). Note os paralelos entre a vinda do ESPÍRITO sobre JESUS e os discípulos. (1) O ESPÍRITO desceu sobre eles depois que oraram (Lc 3.21,22; At 1.14; 2.2-4). (2) Houve manifestações visíveis do ESPÍRITO (Lc 3.22; At 2.2-4). (3) Os ministérios, tanto de JESUS como dos discípulos, começaram depois do ESPÍRITO SANTO vir sobre eles (cf. Mt 3.16 com 4.17; Lc 3.21,22 com 4.14-19; At 2.14-47).

 

Comentários: Introdução:

 

Façamos agora algumas considerações sobre o genuíno Pentecostes. Vejamos algumas das coisas que ocorrem no primeiro Pentecostes:

a) Obediência à vontade do Senhor (Lc 24.49 e At 1.12-14) – A desobediência é um entrave à operação divina (At 5.32).

b) União e unidade entre os crentes (At 1.14; 2.1 e Ef 4.3) – Pensemos em João, Pedro, Tomé e outros naquele dia. Apesar de todas as suas diferenças, estavam todos reunidos e unidos.

c) Oração perseverante e unânime (At 1.14).

 

Conservando o Pentecostes

Na Lei havia apagador de fogo (Êx 25.38), mas na Graça não há (Mt 12.20). “Não apagueis o ESPÍRITO”, 1Ts 5.19. A conservação do Pentecostes vem pela constante renovação espiritual do crente. Tito 3.5 nos fala da regeneração seguida de renovação: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO”.

Há vários textos bíblicos no Novo Testamento que nos falam sobre a renovação espiritual do crente: At 4.8,31; 6.3; 7.55; 11.24; 13.9; 13.52; Rm 12.2; 2Co 4.6; Ef 4.32; 5.18 e Cl 3.10. No Antigo Testamento, quanto à vida espiritual renovada, temos o exemplo de Davi: Sl 92.10; 103.5; 104.30; 119.25,37,40,50,88,93,97,154,156 e 159.

 

Sobre o batismo no ESPÍRITO SANTO

O derramamento do ESPÍRITO sobre o crente é chamado de batismo (At 1.5 e Mt 3.11). Em todo batismo tem que haver três condições: o candidato a ser batizado, o batizador e o elemento em que o candidato vai ser imerso. No batismo com ou no ESPÍRITO SANTO, o candidato é o crente, o batizador é o Senhor JESUS e o elemento ou meio em que o crente é imerso é o ESPÍRITO SANTO.

 

Há diferença em ser cheio do ESPÍRITO SANTO e ser batizado no ESPÍRITO SANTO. Uma garrafa pode estar cheia de água e não estar batizada em água. Ela estará cheia e batizada quando estiver cheia d’água e imersa na água (Dt 34.9; Mq 3.8 e Lc 1.67).

Por fim, um esclarecimento sobre a passagem de João 20.22: o texto não se refere ao batismo pentecostal. Temos o primeiro sopro divino vivificando e animando o homem material – Adão em Gênesis 2.7. O segundo sopro divino, vivificando e animando o homem espiritual, o crente, é o registrado em João 20.22. O terceiro sopro divino é o batismo pentecostal, capacitando o crente para o serviço do Senhor (At 1.8). O primeiro homem, o homem natural, adâmico, teve uma vocação terrena (1Co 15.47). O novo homem, criado em CRISTO ressurreto, tem uma vocação espiritual, celestial, santificante (Hb 3.1 e Ef 4.24)

 

Em muitas denominações ainda hoje se encontram doutrinas anti-batismo com o ESPÍRITO SANTO, porém, mais incrível que isso é sabermos que muitos dos que congregam em Igrejas Pentecostais ainda não são batizados com o  ESPÍRITO SANTO. É como estar morrendo de fome com uma despensa cheia da melhor e mais apetitosa comida à disposição. O modelo do verdadeiro Pentecostes (Pr. Antônio Gilberto).

 

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO É CONFIRMADO PELO FALAR EM LÍNGUAS ESPIRITUAIS.

 

ATOS 2:4 Todos os presentes ficaram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar em línguas que não conheciam, porque o ESPÍRITO SANTO deu a eles e capacidade.

 (Strong Português) LÍNGUA ESPIRITUAL - γλωσσα glossa - ESTE TIPO DE LÍNGUA É FALADA NO MOMENTO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO.

 idioma ou dialeto usado por um grupo particular de pessoas, diferente dos usados por outras nações. NÃO EXISTE NA TERRA NAÇÃO QUE FALE ESTA LÍNGUA NATURALMENTE. É LÍNGUA SOBRENATURAL CONCEDIDA PELO ESPÍRITO SANTO.

 

 (Strong Português) LÍNGUA HUMANA FALADA NA TERRA διαλεκτος dialektos

1) conversação, fala, discurso, linguagem

2) língua ou a linguagem própria de cada povo.

 

 

A Doutrina Sobre O Batismo Com O ESPÍRITO SANTO No Novo Testamento

É no Novo Testamento que O ESPÍRITO SANTO é apresentado por DEUS em toda a sua glória e poder, operando através dos crentes.

DEUS agora não tem mais só um filho fazendo milagres e pregando o evangelho na terra, mas uma multidão que, cheios O ESPÍRITO SANTO fazem sinais e prodígios, arrebatando as almas das garras de Satanás.

 

1- João Batista. Apresentou JESUS Como Aquele Que Batiza Com  O ESPÍRITO SANTO

João Batista, apesar de ser primo de JESUS, testificou que antes não sabia que JESUS era o filho de DEUS, mas agora lhe foi revelado que este a quem viu sair da água e descer sobre Ele O ESPÍRITO SANTO, é o que batiza com O ESPÍRITO SANTO e com fogo, ou seja, batiza e capacita com dons de poder.

 

2- O Apóstolo Pedro E O Batismo Com O ESPÍRITO SANTO

O Pedro que antes era medroso e se escondia dos Romanos, agora é um Pedro cheio de coragem e fé para pregar a uma multidão e ganhar para CRISTO quase três mil almas num só dia. O Que Aconteceu? É o maravilhoso Batismo Com O ESPÍRITO SANTO, capacitando, dando coragem e poder para testemunhar, é a promessa de DEUS se cumprindo entre os homens. É a profecia de Joel que se cumpriu e causa arrependimento de pecados e conversão em massa pela unção da Palavra de DEUS pregada pelo discípulo de JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO.

At 5.3,4 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS.”

 É essencial que os crentes reconheçam a importância do ESPÍRITO SANTO no plano divino da redenção. Sem a presença do ESPÍRITO SANTO neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o ESPÍRITO SANTO, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o ESPÍRITO SANTO, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo.

Atos 10:44-47: “E dizendo Pedro ainda estas palavras, veio o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a Palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouvia falar línguas e magnificar a DEUS. Respondeu então Pedro: Pode alguém por ventura recusar a água para que sejam batizados estes, que também receberam como nós o ESPÍRITO SANTO?”

Conforme as passagens acima, o batismo com o ESPÍRITO SANTO é uma Segunda experiência que a pessoa tem com CRISTO, a primeira é a salvação, a Segunda o batismo com ESPÍRITO SANTO.

 

Porque JESUS Quer Batizar Todos Os Crentes

Como fazer para que de repente homens iletrados e rudes se tornem pregadores eloquentes e cheios de poder e de sabedoria? Somente através do glorioso derramamento do ESPÍRITO SANTO.

 

1- ELE quer que cada crente experimente plenamente a alegria do ESPÍRITO SANTO 

Não há alegria maior do que estar cheio do ESPÍRITO SANTO, parece incrível, mas acontece até de pessoas passarem uma noite inteira sorrindo às gargalhadas pela presença poderosa e transformadora do ESPÍRITO SANTO. Regozijai-vos, outra vez vos digo, Regozijai-vos, já dizia Paulo, homem que vivia cheio do ESPÍRITO SANTO e sofrendo todo tipo de perseguição.

 

2- O ESPÍRITO SANTO é um inestimável auxílio em nossa vida de oração e serviço

O ESPÍRITO SANTO É NOSSO INTERCESSOR NA TERRA: (Rm 8.26,27)

E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos.

 

A natureza pecaminosa deste mundo separa os seres humanos de DEUS. Tem sido necessário, portanto, que pessoas justas vão a DEUS buscar reconciliação entre Ele e Sua criação caída."

 

3- O batismo com O ESPÍRITO SANTO proporciona o ambiente espiritual no qual os dons espirituais se manifestam

Falar em línguas estranhas é o sinal do batismo com ESPÍRITO SANTO:

Atos 2:4: “E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar noutras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.”

Atos 10:46: “Porque os ouvia falar em línguas e magnificar a DEUS.”

Atos 19:6: “E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO, e falavam línguas e profetizavam.”

Atos 8:17 diz que com a imposição da mãos dos apóstolos Pedro e João, os novos convertidos em Samaria receberam o ESPÍRITO SANTO. Não está escrito que falaram línguas, mas o versículo 18, diz que Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o ESPÍRITO SANTO, lhes ofereceu dinheiro. Que sinal teria visto Simão, para saber que eles tinham recebido o ESPÍRITO SANTO? É natural entendermos que Simão tenha visto a manifestação do mesmo sinal manifestado em outras ocasiões semelhantes, isto é, línguas estranhas. Não quero entrar no assunto de falar línguas estranhas, porque estaria fugindo do nosso tema. Mas apenas mostrar pelas Escrituras que o falar línguas estranhas, é o sinal do batismo com o ESPÍRITO SANTO

 

Batismo Com O ESPÍRITO SANTO  - Uma Bênção Que Deve Ser Buscada

Porque deve o crente buscar o batismo com o ESPÍRITO SANTO? Porque o ESPÍRITO SANTO dá ao crente poder para ser testemunha de JESUS:

Atos 1:8: “Mas recebeis a virtude do ESPÍRITO SANTO que há de vir sobre vós, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”

É muito importante que os pregadores do Evangelho sejam pessoas bastante cultas, e que procurem sempre aprimorar essa cultura que pesquisem, que estudem; mas é indispensável que sejam batizados com o ESPÍRITO SANTO, e permaneçam cheios do ESPÍRITO SANTO. O batismo com o ESPÍRITO SANTO, abre ao crente as portas para o recebimento dos dons espirituais que o torna útil para a Igreja:

I Coríntios 12:7: “Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um, para o que for útil. O ESPÍRITO SANTO glorifica a JESUS no crente.”

João 16:14: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vô-lo há de anunciar.”

É uma nova experiência que o crente tem com CRISTO. O ESPÍRITO SANTO dá ao crente poder sobre a carne, sobre o mundo, e o diabo. O crente batizado com o ESPÍRITO SANTO, sente um manancial de vida afluir do seu interior como as correntezas de um rio caudaloso:

João 7:37-39: “E o último dia, o grande dia da festa JESUS pôs-se em pé, e clamou dizendo: Se alguém tem sede, vem a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a escritura, rios de águas vivas correrão do seu ventre. E isto disse ele do ESPÍRITO que haviam de receber os que nele cressem, porque o ESPÍRITO SANTO ainda não fora dado, por ainda JESUS não ter sido glorificado.”

Os crentes que ainda não são batizados com o ESPÍRITO SANTO o conselho de JESUS é que o busquem até receber:

Lucas 11:9-13: “E eu vos digo a vós. Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á. Porque quem pede recebe, e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-vos-á. E qual o pai dentre vós que se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois vós sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o ESPÍRITO àqueles que lho pedirem?”

 

O Batismo Com O ESPÍRITO SANTO É A Maior Necessidade Do Cristianismo Nos Dias Atuais

O ESPÍRITO SANTO é o agente divino para o serviço do Senhor, revestindo os crentes de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do ESPÍRITO SANTO relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do ESPÍRITO. Quando somos batizados no ESPÍRITO, recebemos poder para testemunhar de CRISTO e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (1.8). Recebemos a mesma unção divina que desceu sobre CRISTO (Jo 1.32,33) e sobre os discípulos (2.4; ver 1.5), e que nos capacita a proclamar a Palavra de DEUS (1.8; 4.31) e a operar milagres (2.43; 3.2-8; 5.15; 6.8; 10.38). O plano de DEUS é que todos os cristãos atuais recebam o batismo no ESPÍRITO SANTO (2.39).

    Aos crentes batizados com o ESPÍRITO SANTO, não devem se acomodar acham do que já subiram o último degrau. DEUS tem muitas bênçãos ainda para lhes dar. O celeiro celestial está cheio. Glória a DEUS.

Está escrito que, após o Senhor JESUS Ter sido batizado nas águas, o céu se abriu e veio sobre ele o ESPÍRITO SANTO, descendo como pomba e vindo sobre ele. (Mateus 3:16) Depois que veio o ESPÍRITO SANTO sobre JESUS, o mesmo ESPÍRITO o conduziu para o deserto para ser tentado por Satanás. (Lucas 4:1) E após a completa vitória de JESUS sobre o diabo, teve início ao seu glorioso ministério. Isto deve nos servir de ensino, que após o batismo com o ESPÍRITO SANTO, não cessam as lutas; mas nos conforta saber, que estamos mais preparados para a luta. Que estamos agora revestido de poder. (Lucas 24:49).

Os grandes movimentos evangelísticos, que tem sido a causa da salvação de muitas almas, grandes campanhas de cura divina e libertação de oprimidos, tem surgido sempre após um período de oração, e grande derramamento do ESPÍRITO SANTO.

 

Oxalá possamos receber uma grande avivamento espiritual e muitos crentes apáticos e acomodados possam ser sacudidos pelo poder de DEUS; cheio do ESPÍRITO SANTO, e se tornarem uma benção para o reino de DEUS aqui na terra. 

 

Conclusão:

Levam todos os crentes em JESUS CRISTO o ESPÍRITO SANTO a sério? A pergunta não é descabida, porque a própria Escritura Sagrada nos encoraja a não entristecer o ESPÍRITO, e a não o extinguir em nossa experiência de vida espiritual. Uma coisa, no entanto, deve ser enfatizada: a vida cristã foi projetada para ser de vitórias! E elas dependem do ESPÍRITO SANTO em nós, conduzindo a nossa vida e a enchendo.

Como vamos afirmar que levamos o ESPÍRITO SANTO a sério, se Ele não ocupa lugar de seriedade em nossa vida ou na vida da igreja? Na Escritura Sagrada, ao ESPÍRITO SANTO é atribuída a mesma dignidade do Pai e do Filho. Na Carta de Judas está ressaltado: "Vós amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO; conservai-vos no amor de DEUS, esperando a misericórdia de nosso Senhor JESUS CRISTO" (v. 20). A Palavra de DEUS ensina, ainda, que toda a Santíssima Trindade, em comunhão perfeita, trabalha unida, e nenhuma das Suas Pessoas opera de modo separado das outras.

   Muitas vezes as pessoas que são usadas por DEUS para ministrarem o batismo no ESPÍRITO SANTO, são mal-compreendidas. Veja bem: Seria muito difícil alguém ser batizado sem abrir a boca para falar, pois a evidencia do batismo é o falar em línguas espirituais, assim pede-se às pessoas para glorificarem a DEUS para que quando o ESPÍRITO SANTO vier sobre as mesmas, não os ache de boca fechada e isso venha a impedi-los de receber sua tão desejada bênção. O medo de falar em línguas de maneira diferente dos outros ou o medo da reação na hora do batismo têm impedido muitos de serem balizados; mas o maior impedimento é o pecado não arrependido e não confessado.   

 

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Lição 8 - ESPÍRITO SANTO - Como Receber O Batismo Com O ESPÍRITO SANTO

1º Trimestre de 2004 -  A PESSOA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO 

INTRODUÇÃO

O batismo com o ESPÍRITO SANTO, é obtido pela fé, após o arrependimento de pecados do crente, através da graça de DEUS, da mesma maneira que se obtém a salvação pelo arrependimento de pecados e pela fé nas promessas de DEUS.

I. POR QUE TANTOS NÃO SÃO BATIZADOS?

Na verdade alguns precisam de ajuda, precisam ouvir um ensino sobre o batismo com o ESPÍRITO SANTO, precisam ser levados ao arrependimento pela pregação e existem também aqueles que precisam de maior tempo para se concentrarem na busca do batismo com o ESPÍRITO SANTO.

1. Muitos não ouviram falar desta bênção. 

O ensino é importantíssimo e é aí que entra a EBD, local apropriado para se aprender sobre o batismo com o ESPÍRITO SANTO, após o ensino é que vem o resultado prático. Veja que Paulo ao chegar e Éfeso teve que primeiro ensinar sobre o batismo com o ESPÍRITO SANTO, para depois ministrá-lo na prática, impondo as mãos sobre aqueles doze discípulos que receberam então a gloriosa bênção.

2. Muitos não recebem o batismo por negligência. 

Alguns não desejam receber porque vêm crentes que receberam e vivem de maneira desordenada, então desanimam de buscar o batismo com o ESPÍRITO SANTO, achando que não é importante para sua vida espiritual; outros não buscam porque vêm o trabalho que dá para receber o tão falado batismo com o ESPÍRITO SANTO, mas tudo isso é por falta de ensino adequado sobre a importância de se receber o batismo com o ESPÍRITO SANTO.

3. Muitos não buscam o batismo porque acham que não merecem esta bênção. 

Por falta de ensino sobre o recebimento pela fé simplesmente e não pelas obras, muitos o perdem. Alguns estão a jejuar e a passar noites em vigílias, pensando que assim serão agraciados pelo batismo com o ESPÍRITO SANTO, são falso ensinos baseados em obras de sofrimento e dor, até com prejuízo para a saúde de muitos; o batismo com o ESPÍRITO SANTO, é concedido a todo o crente que se arrependeu de seus pecados e crê nas promessas de DEUS; é pela fé que se recebe e não prêmio pelo sofrimento e é para todos os crentes sem acepção de pessoas. 

II. COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

Na verdade não existe uma fórmula mágica que irá fazer com que o crente seja batizado, pois o batismo com o ESPÍRITO SANTO é concedido por DEUS pela sua graça (favor imerecido), sendo o resultado da total entrega do crente nas mãos do batizador que é JESUS CRISTO, crendo nas promessas de DEUS.

Podemos estudar pela Bíblia a maneira e a condição daqueles que receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO para que haja pelo menos alguma luz para os que ainda não receberam esta maravilhosa e desejável bênção, mas nunca nos esquecendo que alguns recebem o batismo com o ESPÍRITO SANTO só no ouvir a Palavra de DEUS, como foi o caso de Cornélio, sua família e seus amigos, outros o recebem sozinhos sem a imposição de mãos (meu caso, por exemplo), outros o recebem pela imposição de mãos, alguns o recebem na mesma hora em que aceitam a JESUS CRISTO como Salvador e Senhor, outros levam anos e anos para o receberem. Certamente não há como dizer o que fazer para ser batizado, mas podemos ajudar ensinando e orando pelos que desejam o maravilhoso batismo com o ESPÍRITO SANTO.

1 . É preciso ter um coração puro.

Sl 51. 10 Cria em mim, ó DEUS, um coração puro, e renova em mim um espírito estável. 11 Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu santo ESPÍRITO.

2 Tm 2.22 Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.

Puro quer dizer aquele que não maquina o mal, tudo o que pensa e faz é visando o bem estar dos outros e de si mesmo, com DEUS.

a. O ESPÍRITO é santo (Ef 4.30).

SANTO com SANTO se comunicam bem; O ESPÍRITO SANTO gosta de habitar em vasos limpos para que possa viver em comunhão com aquele em quem habita.

Sl 16.3 Quanto aos santos que estão na terra, eles são os ilustres nos quais está todo o meu prazer.

Lv 20.7 Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso DEUS.

Ap 22.11 Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda.

b. Precisamos ser totalmente purificados do pecado.

Os desejos da carne devem ser dominados e através do arrependimento, deixados e esquecidos. Somente pelo arrependimento é que podemos ser purificados pelo sangue precioso de JESUS. É através da Palavra de DEUS que o crente purifica sua mente.

Gn 35.2 Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam: Lançai fora os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos e mudai as vossas vestes.

Sl 51.2 Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.

Sl 119.9 Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra.

1 Jo 1.7 mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de JESUS seu Filho nos purifica de todo pecado.

c. A Bíblia mostra que pureza e recebimento do ESPÍRITO SANTO estão vinculados.

Na hora em que alguém aceita a JESUS CRISTO como Salvador e Senhor também pode ser uma hora certa para o batismo com o ESPÍRITO SANTO, pois nesta mesma hora houve o arrependimento de pecado, a purificação pelo sangue de JESUS e o desejo de servir a DEUS. O crente deve ser puro de coração  e de lábios para que possa receber a maior bênção que há depois da salvação.

Ez 36.25 Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei.26 Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.27 Ainda porei dentro de vós o meu ESPÍRITO, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis.

Ml 2.7 Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é o mensageiro do Senhor dos exércitos.

 

2. Concentre seus pensamentos em JESUS.

JESUS é o batizador, somente através da fé em JESUS é que recebemos tanto a salvação, quanto o batismo com o ESPÍRITO SANTO. 

a. JESUS é aquele que batiza com o ESPÍRITO SANTO. 

Mt 3.11 Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no ESPÍRITO SANTO, e em fogo. 

b. JESUS conquistou na cruz esta bênção para nós.

Para que recebêssemos a bênção do batismo com o ESPÍRITO SANTO era preciso que alguém morresse pelos nossos pecados e nos purificasse de todo o pecado e de toda iniquidade, assim JESUS CRISTO veio morrer em nosso lugar e seu sangue nos purifica de todo pecado, para que recebamos a promessa de DEUS, o ESPÍRITO.

Gl 3. 13 CRISTO nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;14 para que aos gentios viesse a bênção de Abraão em JESUS CRISTO, a fim de que nós recebêssemos pela fé a promessa do ESPÍRITO.

c. Chegue-se a JESUS, e Ele se chegará a você (Tg 4.8). 

É quando caminhamos para JESUS que alcançamos as bênçãos de DEUS em nossa vida, principalmente o batismo com o ESPÍRITO SANTO.

Hb 12.2 fitando os olhos em JESUS, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de DEUS.

3. Devemos pedir em oração que JESUS nos batize.

Os apóstolo e os demais discípulos estavam orando quando receberam o batismo com o ESPÍRITO SANTO, vemos que JESUS havia prometido, mas mesmo que DEUS haja prometido ELE quer que oremos desejando e pedindo que esta bênção venha sobre nós.

A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a DEUS (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl 3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de DEUS (Hb 10.22).

a. Foi assim que JESUS ensinou. 

Além disso, a oração deve ser feita em nome de JESUS. O próprio JESUS expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (ver Jo 14.13)

Lc 11.13 = Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o ESPÍRITO SANTO àqueles que lho pedirem?

DARÁ... O ESPÍRITO SANTO ÀQUELES QUE LHO PEDIREM. Este versículo, provavelmente, não se refere ao ESPÍRITO SANTO ser concedido ao crente a partir do novo nascimento (Jo 3.3), uma vez que a partir da conversão todos os crentes passam a ter permanente em si a presença do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.9,10; 1 Co 6.19,20). Aqui, provavelmente, trata-se de quem já é salvo, e, neste caso, dar o ESPÍRITO SANTO refere-se à plenitude do ESPÍRITO SANTO, que CRISTO prometeu aos que já são filhos do Pai celestial, O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO.

 

b. Devemos orar considerando que a promessa é para nós (At 2.39).

A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de DEUS, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. JESUS, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o ESPÍRITO SANTO se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de JESUS, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o ESPÍRITO SANTO ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). 

c. Na atmosfera da oração o ESPÍRITO SANTO se manifesta. Viva em oração. 

Podemos orar através do ESPÍRITO (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o ESPÍRITO levará a DEUS esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16).

 

Qual a posição apropriada, do corpo, na oração? A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl 63.6), curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).

4. O batismo com o ESPÍRITO SANTO é recebido pela fé.

Crer sem ver, esperando receber a promessa, confiando naquele que prometeu e sempre cumpre. 

A FÉ QUE OPERA POR AMOR. A Bíblia afirma que a pessoa é salva pela fé (2.15,16; Rm 3.22; Ef 2.8,9). (1) Neste trecho, Paulo define a natureza exata dessa fé. A fé salvífica é uma fé viva num Salvador vivo; fé esta tão vital que não pode deixar de expressar-se em atos motivados pelo amor. (2) A fé que deixa de amar e obedecer a CRISTO verdadeiramente (cf. 1 Jo 2.3; 5.3), de demonstrar interesse genuíno pela obra do reino de DEUS (cf. Mt 12.28) e de claramente resistir ao pecado e ao mundo (vv. 16,17) não é fé salvífica (cf. Tg 2.14-16)

a. Os crentes da Galácia receberam o ESPÍRITO SANTO pela fé.

RECEBESTES O ESPÍRITO PELA... FÉ? Paulo demonstra a superioridade da salvação pela graça mediante a fé em CRISTO sobre a tentativa de se obter a salvação mediante a obediência à lei. Mediante a fé em CRISTO recebemos o ESPÍRITO SANTO e todas as suas bênçãos, inclusive o dom da vida eterna (vv. 2,3,5,14,21; 4.6). Porém, a pessoa que depende da lei para obter a salvação não recebe o ESPÍRITO, nem a vida, porque a lei em si mesma não pode outorgar a vida (v. 21).

b. A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem (Hb 11.1). 

ORA, A FÉ É. O capítulo 11 demonstra a natureza do único tipo de fé aceita por DEUS e que triunfará na pior das situações. É uma fé que crê nas realidades espirituais (v. 1), que leva à justiça (v. 4), que busca a DEUS (v. 6), que crê na sua bondade (v. 6), que tem confiança na sua palavra (vv. 7,11), que obedece aos seus mandamentos (v. 8), que vive segundo as promessas de DEUS (vv. 13,29), que rejeita o espírito deste presente mundo mau (v. 13), que busca um lar celestial (vv. 14-16; cf. 13.13,14), que abençoa a geração seguinte (v. 21), que recusa os prazeres do pecado (v. 25), que suporta a perseguição (v. 27), que pratica poderosos atos de justiça (vv. 33-35), 

que sofre por amor a DEUS (vv. 25,35-38) e que não volta àquela pátria donde haviam saído, i.e., o mundo (vv. 14-16c. A fé se firma nas promessas de DEUS. 

5. O que crer deve agir pela fé.

(1) Devemos crer na existência de um DEUS pessoal, infinito e santo, que tem cuidado de nós. 

(2) Devemos crer que Ele nos galardoará quando o buscamos com sinceridade, sabendo que nosso maior galardão é a alegria e a presença do próprio DEUS. Ele é nosso escudo e nossa grande recompensa (Gn 15.1; Dt 4.29; Mt 7.7,8; Jo 14.21). 

(3) Devemos buscar a DEUS com diligência e desejar ansiosamente a sua presença e graça.

a. A fé se mostra pelas obras (Tg 2.18). 

A FÉ SEM AS OBRAS É MORTA. 

(1) A verdadeira fé salvífica é tão vital que não poderá deixar de se expressar por ações, e pela devoção a JESUS CRISTO. As obras sem a fé são obras mortas. A fé sem obras é fé morta. A fé verdadeira sempre se manifesta em  obediência para com DEUS e atos compassivos para com os necessitados (ver v. 22; Rm 1.5). 

(2) Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja professavam fé em CRISTO e na expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si só bastava para a salvação. Eles também achavam que não era essencial no relacionamento com CRISTO obedecer-lhe como Senhor. Tiago diz que semelhante fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa (vv. 14-16,20-24). O único tipo de fé que salva é "a fé que opera por caridade" (Gl 5.6). 

(3) Não devemos, por outro lado, pensar que mantemos uma fé viva, exclusivamente por nossos próprios esforços. A graça de DEUS, o ESPÍRITO SANTO que em nós habita e a intercessão sacerdotal de CRISTO (ver Hb 7.25) operam em nossa vida, capacitando-nos a obedecer a DEUS pela fé, do começo ao fim (cf. Rm 1.17). Se deixarmos de ser receptivos à graça de DEUS e à direção do ESPÍRITO SANTO, nossa fé sucumbirá.

b. Pela fé recebemos a promessa do ESPÍRITO. 

Gl 3.14 A BÊNÇÃO DE ABRAÃO. O conteúdo da promessa de DEUS a Abraão (v. 8) é definido como a promessa do ESPÍRITO pela fé (cf. Lc 24.49; At 1.4,5). Receber o ESPÍRITO é ter a justiça, a vida e todas as bênçãos espirituais (ver 3.5; 4.6).

CONCLUSÃO:

    Por falta de ensino sobre o batismo com o ESPÍRITO SANTO (muitos nem ouviram falar desta bênção),  Muitos não têm recebido o batismo por negligência, muitos também não buscam o batismo porque acham que não merecem esta bênção. 

    Na verdade não existe uma fórmula mágica que irá fazer com que o crente seja batizado, pois o batismo com o ESPÍRITO SANTO é concedido por DEUS pela sua graça (favor imerecido), sendo o resultado da total entrega do crente nas mãos do batizador que é JESUS CRISTO, crendo nas promessas de DEUS; sabendo que esta benção não só é maravilhosa, como também é necessária a todo o crente.

    Diante disto devemos incentivar e ensinar a cada novo irmão na fé  necessidade de buscar em oração o Batismo com o ESPÍRITO SANTO.

 

 

LIÇÃO 1 - O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO PROMETIDO

Terceiro Trimestre de 2006 

TEMA – Doutrinas bíblicas pentecostais – Centenário do Movimento Pentecostal Mundial (1906-2006)

COMENTARISTA da revista: Pr. Antonio Gilberto

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 2.14-21 

O derramamento do ESPÍRITO SANTO (2:1-13).

Depois de terminarem os dias de espera, o ESPÍRITO SANTO veio sobre o grupo reunido dos discípulos de modo inédito, acompanhado de sinais sobrenaturais e fazendo com que irrompessem em louvores a DEUS em línguas diferentes das suas próprias. Na medida em que os discípulos saíam para as ruas, a sua atividade estranha atraía a atenção das pessoas que ficaram atônitas com aquilo que ouviram. Muitas ficaram assombradas, mas algumas estavam dispostas a buscar uma explicação racionalística e algo desonrosa daquilo que acontecia.

Somente Lucas se refere à história de como o ESPÍRITO veio sobre a igreja pela primeira vez, mas está firmemente assegurada a historicidade essencial do incidente. A Sua colocação em Atos corresponde à posição do nascimento de JESUS  no Evangelho, e o seu significado é que a igreja agora está equipada com a tarefa do testemunho e da missão, e imediatamente passa a empreendê-Ia. A história contém o cumprimento da profecia em 1:4-5 e, assim, descreve como os discípulos foram batizados com o ESPÍRITO SANTO; mais corretamente, é a primeira ocorrência desta experiência. Ao mesmo tempo, o evento cumpre as profecias de Isaías 32:15 e Jo 2:28-32, indicando, assim, que chegaram os últimos dias. Alguns estudiosos detectaram na história um contraste deliberado com a história de BabeI (Gn capo 11) e o equivalente cristão à outorga da Lei no Sinai. A primeira destas possibilidades não tem base no texto, ao passo que a evidência em prol da última é mais sólida, mas não convence totalmente.

1. Pentecoste é o nome dado no Novo Testamento à Festa das Semanas, quando a ceifa do trigo era celebrada por uma festa de um dia, durante a qual se oferecia sacrifícios especiais (Êx 23 :16; Lv 23 :15 :21 ;Dt 16:9-12). Assim como outras festas se associavam com eventos na história de Israel (e.g. a Páscoa com o êxodo do Egito), assim também no judaísmo a festa se associava com a renovação da aliança feita com Noé e depois com Moisés (Jubileus 6); no judaísmo do século 11, o Pentecoste foi considerado como sendo o dia em que a Lei foi outorgada no Sinai. Os discípulos ainda estavam em Jerusalém, alguns estudiosos pensam que estavam no templo, tendo em vista a palavra "casa" no v. 2, mas "casa", empregada assim em isolamento, não pode significar o templo. Sem dúvida, há referência à companhia de 120 pessoas, e não apenas os doze apóstolos, reconstituídos.

2-3. Visto que, noutros lugares, o ESPÍRITO é assemelhado ao vento, e que a palavra aqui empregada (Grego pneuma), pode ter ambos os sentidos, não é de se estranhar que o primeiro dos dois símbolos que acompanhavam a Sua chegada era um som como de um vento; Lucas o descreveu como sendo quase palpável quando disse que encheu toda a casa. A linguagem, conforme devemos notar, é aquela da analogia - um som como o do vento - e indica que tratamos com uma ocorrência sobrenatural. O simbolismo relembra as teofanias do Antigo Testamento (2 Sm 22:16; Jó 37: 10; Ez 13:13): o vento é um sinal da presença de DEUS como ESPÍRITO. O segundo símbolo foi o fogo. Uma chama se dividiu em várias línguas, de modo que cada urna delas pousou sobre urna das pessoas presentes. Outra vez, a descrição é analógica - como de fogo. E, mais urna vez, relembramos as teofanias do Antigo Testamento, especialmente aquela no Sinai (Êx 19:18).

4. Com estes sinais externos, veio o ESPÍRITO SANTO como realidade interna e invisível que demonstrou a Sua presença mediante os efeitos sobre os discípulos. Lucas emprega a expressão ficaram cheios para descrever a experiência. Esta palavra se emprega quando as pessoas recebem o revestimento inicial do ESPÍRITO para capacitá-las para o serviço de DEUS (9:17; Lc 1 :15), e também quando ficam inspiradas para fazerem declarações importantes (4:8, 31; 13:9); palavras assim se empregam para descrever o processo contínuo de ser cheio com o ESPÍRITO (13:52, Ef 5:18) ou o estado correspondente de estar cheio (6:3; 5; 7:55; 11 :24; Lc 4:1). É novo revestimento para urna tarefa específica, ou um enchimento contínuo. É importante observar, também, que aquilo que aqui se chama. "ficar cheio", também é chamado "batismo" (1:5 e 11 :16), um "derramamento" (2:17-18; 10:45), e um "recebimento" (10:47). O ato básico de receber o ESPÍRITO pode ser descrito como ser "batizado" ou "cheio'; mas o verbo "batizar" não se emprega para experiências subseqüentes.

Boa parte da confusão teológica seria evitada se tomássemos o cuidado de empregar estes termos conforme a maneira bíblica. Devemos notar, outrossim, que aquilo que mais tarde aconteceu a Cornélio e à sua família foi o mesmo que aconteceu no Pentecoste (11:15); na ocasião da conversão, o crente experimenta o seu próprio "Pentecoste". É provável que Lucas tenha empregado o termo "cheios" pelo contexto, porque o ESPÍRITO inspirou aqueles que O receberam a falar em outras línguas. Vv 6, 8 e 11.

ATOS 2:4-6

Sustenta-se que pelas análises linguísticas modernas das línguas faladas nos movimentos pentecostais atuais, como sendo línguas não-humanas. É difícil, no entanto, deixar de lado a evidência de pessoas da atualidade que declaram que ouviram suas próprias línguas faladas por aqueles que têm o dom de línguas. Além disto, não é totalmente impossível que Paulo se referisse a línguas humanas, 1 2 ou que houvesse emprego de línguas humanas e celestiais ao mesmo tempo. Pode ser que aconteceu que os ouvintes pensavam escutar e reconhecer, nas suas próprias línguas, palavras e frases de louvor a DEUS.

5. Devemos supor que, em dado momento, os discípulos deixaram o cenáculo e entraram em contato com as multidões reunidas em Jerusalém para a festa; habitando não precisa necessariamente subentender a residência permanente, embora, na realidade, muitos judeus voltaram da Dispersão para Jerusalém, para ali findar os seus dias. A presença e participação deles naquilo que aconteceu constituiu-se em indício da significância do evento para o mundo inteiro. Sem embargo, todos eram judeus ou prosélitos, e não eram pagãos; mesmo assim, serviam .de símbolo da necessidade que a humanidade tem de receber o evangelho, e da conseqüente responsabilidade da igreja para cumprir a sua missão.

6.8. A voz dos discípulos que clamavam alto lançou perplexidade sobre a multidão, porque não podia compreender como Galileus conseguiram falar as várias línguas dela. O que era importante é que se falavam as várias línguas maternas, vernaculares, destes povos. Talvez estranhemos como as multidões sabiam que os discípulos eram galileus. Um simples relance nas palavras atribuídas às multidões nos vv 7-11 indicará que não passam de resumo das várias coisas que estavam sendo ditas, combinadas, por razões literárias, numa só declaração coral, e, portanto, não precisamos supor que mais do que uns poucos da multidão sabiam reconhecer que os discípulos eram galileus.

9-11. Lucas, ainda continuando sua versão global daquilo que os vários membros da multidão devem ter dito, passa a nos dar uma lista das nacionalidades representadas. Começa com três países ao leste do Império Romano, na área conhecida como Pérsia ou Irã, e depois (com uma mudança de construção), continua para o oeste, para a Mesopotâmia, o Iraque moderno, e a Judéia. Seguem-se, então, várias províncias e áreas na Ásia Menor (a moderna Turquia), e, depois, o Egito e área imediatamente para o oeste, seguida por Roma. Depois, há uma declaração geral que se aplica a todos os povos em epígrafe: havia uma população judaica considerável em cada uma destas áreas, e a presença dos judeus frequentemente levava à conversão dos gentios para se tomarem prosélitos. Finalmente, e de modo algo surpreendente, a lista inclui pessoas da Creta e da Arábia. É uma lista surpreendente, e ninguém tem conseguido dar uma explicação satisfatória de por que inclui aquela seleção específica de países, nem porque aparecem nesta ordem estranha. Certamente não foi inventada pelo próprio Lucas. Basta, então, observar que a lista claramente visa ser uma indicação de que estavam presentes pessoas de todas as partes do mundo conhecido, e talvez que haveriam de voltar aos seus próprios países como testemunhas daquilo que acontecia. Todas elas, como adoradores de DEUS, podiam perceber que os cristãos estavam celebrando as obras poderosas de DEUS.

12-13. A reação primária era de incompreensão. As multidões naturalmente estavam sem saber o que estava acontecendo, e esta situação criou a oportunidade para Pedro dirigir-se a elas, explicando do que se tratava. Mais especificamente, recebeu uma razão para começar seu discurso, no fato de algumas pessoas estarem dispostas a explicar o falar em línguas como resultado de bebidas fortes; esta seria a explicação que alguém naturalmente daria se ouvisse pessoas fazendo sons ininteligíveis, que seria a impressão que algum ouvinte receberia, se não reconhecesse a língua específica que estava sendo empregada.

 Atos - Série Cultura Bíblica - I. Howard Marshall - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO, Rua Antonio Carlos Taconni, 75 e 79, Cidade (com algumas modificações do Pr. Henrique)

 

14. Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-Ihes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. 15. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. 16. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: 17. E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derra­marei sobre toda a carne; e os vossos. filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; 18. e também do meu ESPÍRITO der­ramarei sobre os meus servos e mi­nhas servas, naqueles dias, e profetizarão; 19 - e farei aparecer prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. 20. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor; 21. e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

 

Pedro prega o evangelho (2:14-42).

A presença da multidão que acorrera deu a Pedro a sua oportunidade para explicar o significado daquilo que ocorria. Seu discurso ou sermão começa com uma alusão ao derramamento do ESPÍRITO como cumprimento da profecia, e termina com outra referência ao mesmo evento (2:33). Entre estas referências, porém, Pedro explora mais profundamente o significado do evento. Faz remontar até JESUS  este dom do ESPÍRITO. Os judeus tinham rejeitado este Homem de DEUS, mas foi ressuscitado dentre os mortos, pelo próprio DEUS, conforme podiam testificar os apóstolos. A ressurreição dEle, no entanto, devia também ser vista à luz da profecia. Pedro disse que um Salmo de Davi que falava da libertação da morte devia ser entendido na sua aplicação ao Messias, sendo que claramente não podia ser aplicado ao próprio Davi. Visto que DEUS ressuscitara JESUS  da morte, segue-se que era Este o Messias, e foi como conseqüência disto que derramou o ESPÍRITO (Lc 24:49; Jo 20:22). Assim, a ressurreição de JESUS , bem como o derramamento do ESPÍRITO testificavam que JESUS  era o Senhor e o Messias. Quando os ouvintes quiseram saber o que isto subentendia, Pedro insistiu com eles que deviam ser batizados em nome de JESUS , para o perdão dos pecados e participação do dom do ESPÍRITO que lhes era livremente prometido. Muitos responderam ao seu apelo, e começaram a compartilhar de um novo modo de vida.

14. O retrato de Pedro mostra-o em pé para falar ao ar livre, com o assentimento dos demais apóstolos, dos quais ele fica como porta-voz. O verbo que aqui se traduz disse pode empregar-se para declarações inspiradas. O sermão de Pedro é considerado obra de um homem cheio do ESPÍRITO. Para começar, pede a atenção dos seus ouvintes, sejam judeus residentes em Jerusalém, sejam visitantes.

15. Como noutras ocasiões (3:12; 14:15), a primeira tarefa do pregador é corrigir um falso conceito do seu auditório; neste caso, demonstra que é absurdo pensar na probabilidade de homens estarem bêbados antes das nove da manhã. A razão de ser deste argumento é que os judeus normalmente não comiam tão cedo no dia, e muito menos bebiam vinho.

16-21. A explicação correta achava-se num nível diferente de entendimento. Aquilo que acontecia devia ser encarado como cumprimento de uma profecia de Joel, e aqui Pedro passou a citar a relevante passagem, Joel 2:28-32. Mais uma frase da mesma passagem se acha no v. 39, e a mesma passagem é citada também em Rm 10:13 e Ap. 6:12.15 A citação segue a LXX, mas com certo número de pequenas alterações para adaptar a profecia ao seu contexto. Uma das mais importantes entre estas alterações é o modo de "E acontecerá depois destes dias", em Joel, ser alterado para "E acontecerá nos últimos dias". Pedro considera que a profecia de Joel se aplica aos últimos dias, e declara que seus ouvintes agora estão vivendo nos últimos dias. Já começou o ato final da salvação divina.

O primeiro tema da profecia, e o principal, é que DEUS está para derramar o Seu ESPÍRITO sobre todos os povos, i.é, sobre todos os tipos de pessoas, e não apenas sobre os profetas, reis e sacerdotes, como tinha sido o caso nos tempos do Antigo Testamento. A evidência será vista na forma de profecias e visões. Visto que as línguas podiam ser descritas, de modo lato, como tipo de profecia, esta passagem oferecia o equivalente mais aproximado às línguas na fraseologia veterotestamentária: é verdade que Paulo distingue as línguas das profecias (1 Co 12:10), mas ele não estava sujeito à limitação de procurar uma frase veterotestamentária para se expressar. Um segundo elemento da profecia é a ocorrência de sinais cósmicos do tipo que se associa com os quadros apocalípticos do fim do mundo; a mesma linguagem se emprega em Apocalipse 6:12. Aqui, podemos notar que Pedro alterou a expressão de Joel: "prodígios no céu e na terra", para prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra. Os sinais são provavelmente o dom de línguas e os vários milagres de cura que logo passariam a ser narrados. O que se diz, porém dos prodígios? Se não aceitarmos que a referência diz respeito aos sinais cósmicos que acompanharam a crucificação (Lc 23:4445), então teremos que entender que Pedro antevê os sinais que anunciarão o fim do mundo; estes ainda são futuros, e pertencem ao "fim" dos últimos dias, e não ao "começo" deles, que estava se realizando. O terceiro elemento na profecia de Joel é o evento do qual estes sinais são a prefiguração: o dia do Senhor, i.é, o dia do julgamento. Para Joel, é claro, o Senhor era o próprio Javé. Para Pedro e Lucas, surge a pergunta: Senhor, aqui, não significa implicitamente JESUS ? Isto porque no v. 36 JESUS  será declarado Senhor. De qualquer maneira, a profecia termina, em quarto lugar, com uma promessa no sentido de que aquele que invocar o nome deste Senhor, i. é, apelar a Ele, pedindo socorro, será salvo; para os cristãos, certamente se tratava de procurar em JESUS  a salvação (Rm 10:13-14; 1 Co 1 :2). Reconhece-se que, se Pedro citou o texto em Hebraico, haveria clara referência a Javé, e, portanto, a aplicação a JESUS  ficaria clara somente àqueles que ouviam ou liam o texto em Grego.

É difícil saber de que maneira Joel encarava o cumprimento do seu oráculo, que foi pronunciado no contexto de uma praga de gafanhotos em Israel, a qual o profeta via como julgamento de advertência. Quando o povo correspondeu, arrependendo-se, o Senhor o atendeu, e transformou a sua sorte, e prometeu-lhe ceifas abundantes. Depois, segue-se esta profecia daquilo que aconteceria "depois", na medida em que o profeta olha para os eventos futuros ainda mais distantes, e descortina a vindicação final de Israel e a derrota dos seus inimigos. Destarte, a perspectiva parece ser distante, associada com o dia do Senhor, e, portanto, não se faz injustiça para com o verdadeiro sentido da passagem quando Pedro enxerga nos eventos do Pentecoste o começo do cumprimento dela.

22. Mais uma vez, Pedro pede a atenção dos seus ouvintes; o que tem para dizer se dirige ao povo de Israel, que alega ser o povo de DEUS. Um pouco repentinamente, volta a dirigir a atenção deles a JESUS , o Homem de Nazaré, que DEUS destacou diante deles através dos vários milagres e sinais que DEUS operara publicamente através dEle. Pedro torna por certa a realidade destes sinais, e diz que os seus ouvintes já têm clara consciência deles, e declara que foram operados por DEUS. Está disposto a argumentar a partir dos milagres para chegar à mão de DEUS. JESUS , portanto, já durante a Sua vida terrestre, foi destacado corno pessoa incomum, embora Pedro ainda não passe a dizer qual era o papel ou posição específica dEle. Num mundo que aceitava a possibilidade e a realidade do milagroso, o argumento de Pedro teria peso considerável. A polêmica judaica posterior contra JESUS  não negou que Ele tenha operado milagres, mas alegava que Ele era um feiticeiro, e já durante a vida dEle, Seus oponentes atribuíam a Belzebu os exorcismos que Ele operava (Le 11 :15). Era necessário alguma coisa mais para convencer os judeus de que DEUS estava operando na vida de JESUS .

 

O batismo era realizado em nome de JESUS , frase esta que talvez represente na expressão comercial, "à conta de JESUS ", ou na expressão idiomática judaica, "com referência a JESUS '. Por mais precisamente que a frase seja entendida, de uma maneira ou de outra, transmite o pensamento de que a pessoa que está sendo batizada entra num relacionamento de lealdade para com JESUS , fato este que está em harmonia com a evidência que indica que, no batismo, contrariamente se fazia confissão de JESUS  como Senhor (Rm 109, 1 Co 12:3). Destarte, o batismo cristão era na expressão de fé e de dedicação a JESUS  como Senhor. Assim como o batismo de João transmitia a dádiva divina do perdão, simbolizada no ato da lavagem, assim também o batismo cristão era considerado um sinal do perdão (5:31; 10:43; 13:38; 26:18; cf. 3:19). O batismo cristão, porém, transmitia uma bênção adicional. João dissera que batizava (somente) com água, ao passo que o Messias batizaria com o ESPÍRITO SANTO, e que esta dádiva acompanhava o batismo na água, realizado na igreja em nome de JESUS . As duas dádivas se vinculam estreitamente, pois é o ESPÍRITO que leva a efeito a purificação no íntimo, da qual o batismo é o símbolo externo.

39. Pedro afirmou com insistência que seus ouvintes descobririam que era real esta promessa do perdão e do dom do ESPÍRITO, porque fora DEUS que a pronunciara, a eles e aos seus descendentes (cf. 13 :33). Esta frase às vezes tem sido interpretada como justificativa para o batismo das crianças, mas trata-se de uma sobrecarga sobre o texto. Colocando-a no seu contexto, notamos que a profecia no v. 17 contempla filhos que têm idade suficiente para profetizar, e que o v. 38 fala do recebimento do perdão e do ESPÍRITO; em nenhum destes casos fica óbvio que se trata de crianças pequenas. A lição da frase, pelo contrário, é expressar a misericórdia ilimitada de DEUS, que abrange os ouvintes e as gerações subsequentes dos seus descendentes e, além disto, todos os que ainda estão longe (Is 57: 19; Ef. 2:13, 17), frase esta que certamente inclui todos os judeus espalhados em todo o mundo e (aos olhos de Lucas, mesmo se Pedro não chegara a este entendimento) os gentios também; numa referência aos gentios é altamente provável, tendo em vista a maneira rabínica de entender a frase em Isaías 57 :19, da qual Paulo participa (Ef 2:13, 17). Em todos estes casos, porém, a promessa é mediada pela chamada divina - e com estas palavras, Pedro completa a citação de Joel 2:32 com a qual começara o seu discurso. Ressalta-se a primazia da chamada divina e da graciosidade do Seu convite à toda humanidade.

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

Neste ano de 2006 comemora­sse em todo o mundo o Centenário do Movimento Pentecostal, no qual situa-se a Assembleia de DEUS. A comemoração presta justa homenagem aos pioneiros do Movimento Pentecostal que deixaram suas indeléveis marcas espirituais nos trabalhos que levantaram em meio a muito sofrimento e necessidades.

Que esta comemoração centenária seja uma ocasião para que a igreja, numa firme determinação diante de DEUS, mantenha a pureza doutrinária, os princípios e as verdades bíblicas que norteiam o seu caminhar, inclusive, no que concerne à Pessoa, às operações e ministrações do ESPÍRITO SANTO, segundo as Escrituras.

   

I. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA GRANDEZA (vv.I6-18).

Foi o profeta Joel, no Antigo Testamento, a quem DEUS revelou com mais detalhes o derramamen­to do ESPÍRITO nos últimos tempos (Jl 2.23-32).  

Também Isaías escreve a respeito do avivamento, principalmente do autor do avivamento e o resultado do avivamento na vida de alguém:

Is 61.1 O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; 2 A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso DEUS; a consolar todos os tristes; 3 A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado. 

 

Como se vê a função primária da pessoa do ESPÍRITO SANTO é capacitar, dar poder na pregação do evangelho, com sinais  e prodígios para que haja uma colheita abundante de almas.

 

Vamos estudar o que o profeta Joel profetizou do derramamento do ESPÍRITO SANTO:

 

PROMESSA DA EFUSÃO DO ESPÍRITO

Jo 2.28 E há de ser que, depois derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. 29 E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu ESPÍRITO. 30 E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. 31 O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. 32 E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.

 

1. "Derramarei o meu ESPÍRITO" (v.17). Assim diz DEUS neste versículo.

Sobre todos os que desejarem virá o derramamento do ESPÍRITO SANTO, sendo que este derramar está subdividido em duas partes:

a- O derramamento sobre a Igreja (início no dia do Pentecostes em Jerusalém e em nossa época, num segundo mover, na rua Azuza) ;

b- O derramamento sobre todos os participantes do milênio (derramamento sobre toda carne, sobre todos os que escaparem da grande Tribulação e que escaparem da separação entre bodes e ovelhas).

 

Observação: Veja que o ESPÍRITO SANTO é derramado, Ele vem de cima, do céu, de DEUS e não como alguns pensam, buscando em pessoas o batismo. Eu, por exemplo, recebi sozinho em um quarto de minha casa, outros recebem por imposição, ou seja, por intercessão de alguém, outros, como Cornélio e seus parentes e amigos, ouvindo uma pregação, etc...; o importante é que recebam de DEUS e não de homens.

Outro fator importante é que não se deve buscar o falar em línguas, mas o batismo, que é a posse total do ESPÍRITO SANTO sobre nós, para evangelização dos povos, o revestimento de poder.

 

Os discípulos passaram de homens ignorantes antes do pentecostes, para sábios e entendidos logo após receberem o batismo.

A verdadeira sabedoria é a sabedoria espiritual.

At 4.13 Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com JESUS .

 

2. A profecia de Joel (11 2.28-32). Os versículos 28 a 32 de Joel, no texto hebraico, perfazem um capítulo à parte.

Notemos que os capítulos do livro de Joel falam principalmente sobre Israel e o juízo de DEUS sobre eles e os povos à sua volta, enquanto que neste capítulo 2 e versículos 28 - 31 á traz a promessa de uma grande bênção sobre os povos, tanto israelitas quanto todos os que se converterem ao Senhor JESUS.

cap. 1 - A TERRÍVEL CARESTIA CAUSADA PELA LOCUSTA E PELA SECA.

cap. 2 - Início de Juízo.

cap. 3 - ·OS JUÍZOS DE DEUS SOBRE AS NAÇÕES INIMIGAS

Na verdade DEUS está sempre na expectativa de abençoar a todos, só esperando para isto a conversão legítima, de coração.

   

II. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA UNIVERSALIDADE (vv.17.18).

Nos tempos do Antigo Testamento, o ESPÍRITO SANTO, por via de regra, permanecia entre os fiéis (Ag 2.5; Is 63.11).

As pessoas do AT não eram templo do ESPÍRITO SANTO, pois JESUS ainda não havia derramado de seus ESPÍRITO SANTO,  mas, viviam em comunhão com o mesmo, alguns poucos escolhidos por DEUS para grandes tarefas até mesmo eram cheios como João Batista, desde o ventre. 

1. Habitação do ESPÍRITO. Nesta dispensação da igreja, isto é, do corpo místico dos salvos em CRISTO, o ESPÍRITO habita em toda pessoa por Ele regenerada e salva por JESUS (Jo 14.16,17; 1 Jo 4.13; Rm8.9).

A diferença primordial é que somos nascidos de novo para templo, morada de DEUS na Terra, enquanto aqueles (AT) eram usados pelo ESPÍRITO SANTO sem nem mesmo O conhecerem, sem nem mesmo dialogarem com ELE como pessoa, pois a revelação da trindade lhes estava oculta e a revelação da igreja, ainda mais.

Ef 3.9 E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em DEUS, que tudo criou por meio de JESUS  CRISTO;

1Co 6.19 Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos?

2Co 6.16 E que consenso tem o templo de DEUS com os ídolos? Porque vós sois o templo do DEUS vivente, como DEUS disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu DEUS e eles serão o meu povo.

 

2. "Sobre toda a carne" (v.l 7). Isso fala de algo da parte de DEUS para todos, em todos os países, povos e raças do mundo.

Também de imparcialidade.

a) "Vossos filhos e vossas filhas": 

Parentes, como Cornélio e os seus. At 10.24 E no dia imediato chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos.

At 10.O ESPÍRITO SANTO DESCE SOBRE OS GENTIOS

44 E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra. 45 E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. 46 Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a DEUS.

b) "Vossos jovens e vossos velhos": 

Idade não é problema para se receber. 

Is 40.31 Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.

Sl 51.10 Cria em mim, ó DEUS, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.

Sl 103.5 Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.

c) "Servos e servas": 

Todos são iguais, não há distinção por parte de DEUS, o que interessa é a fé.

At 10.34 E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que DEUS não faz acepção de pessoas;

Rm 2.11 Porque, para com DEUS, não há acepção de pessoas.

1Pe 117 E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,

 

Nações Presentes No Dia Do Pentecostes  

Demonstração de que o batismo é para todos, indistintamente e para evangelização, ou seja, para se ganhar almas.  

 

III. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA RIQUEZA (vv. 17,18).

1. Os dons espirituais. Juntamente com a promessa divina está escrito: "e profetizarão" (vv. 17,18). 

Os dons são manifestações sobrenaturais do ESPÍRITO SANTO, são capacitações ou equipamentos, ou ainda armas para o soldado que entra na guerra espiritual travada contra Satanás e seus demônios. Os dons são vistos em operação na palavra de DEUS sempre após o batismo com o ESPÍRITO SANTO, como no dia de pentecostes, onde os discípulos primeiro receberam o batismo, depois receberam o dom de línguas para falarem nas línguas dos visitantes em Jerusalém e depois saíram a pregar o evangelho sendo seguidos por sinais e prodígios.

Ef 6.12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

O Dom mais desejado, segundo Paulo ensina, deve ser o dom de profetizar, para que possa edificar a igreja; também é chamado de dom superior ao de línguas por Paulo em 1 Co 14.

1Co 14.5 E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.

2. Os sinais sobrenaturais (Marcos 16.17, 18): Milagres, cura divina, línguas estranhas, expulsão de demônios (At 2.43b). 

É interessante notar que os sinais acompanham os crêem, os que vão fazer a obra de DEUS e não se recebe primeiro, antes de se entrar na obra, antes de se entregar ao serviço de CRISTO.

Veremos durante o trimestre mais detalhadamente sobre os dons e sua manifestação na igreja. (1Co 12)

 

IV. A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA FUTURIDADE (vv.19, 20).

1. Futuro profético. A vinda do ESPÍRITO SANTO no Dia de Pentecostes para dotar os crentes de poder, não se limita aos tempos atuais, mas adentra o futuro profético.

2. A promessa divina do Pentecostes em Joel 2.28. Esta promessa diz "derramarei o meu ESPÍRITO"; ao passo que no  cumprimento em Atos 2.17, a Palavra diz "do meu ESPÍRITO derramarei", denotando um derramamento parcial.

3. A profecia pentecostal de Joel 2.23. Esta profecia prediz a chuva "temporã" e a "serôdia".

a) Chuva temporã. Na Bíblia, "chuva temporã" é uma referência ao Oriente Médio, em se tratando de agricultura, às primeiras chuvas de outono (fins de outubro), logo após a semeadura, para a germinação das sementes e crescimento das plantinhas.

b) Chuva serôdia. São as últimas chuvas que precedem a colheita(fins de março), quando os grãos já estão amadurecidos. 

 

 V. A PROMESSA DO PENTECOSTES ABARCA A SALVAÇÃO (v. 21).

 1. "E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". Em o nome do Senhor há poder para salvar em todo e qualquer sentido.

 2. Fonte de Vida. Em João 7.38, 39, JESUS falou do ESPÍRITO SANTO sobre o crente, como um rio caudaloso e transbordante, o que fala de vida, subsistência, movimento, ruído, energia, destinação e renovação.

 3. Trajetória de poder. Na história da igreja no livro de Atos, ela inicia sua trajetória com "grande poder" (4.33), e, encerra com "grande contenda" (28.29).

 

CONCLUSÃO

Como é notório, muitas inovações, modismos e práticas descabidas e antibíblicos vêm afetando o genuíno Movimento  Pentecostal, inclusive a Assembleia de DEUS. Precisamos voltar sempre ao cenáculo para receber mais poder (Ef 5.18), mas igualmente, manter a "sã doutrina" do Senhor (Tt 2.1,7; 1 Tm 4.16). Busquemos um maior e contínuo avivamento espiritual, segundo a doutrina bíblica, como fez o salmista: "Vivifica-me segundo a tua Palavra" (SI 119.25, 154).

 

 

INTERAÇÃO

Professor, enfatize o fato de que o batismo com o ESPÍRITO SANTO é uma bênção na vida do crente. Esta dádiva divina é subseqüente a experiência da salvação. Todavia, o batismo com o ESPÍRITO SANTO não pode ser confundido com o novo nascimento, regeneração ou a santificação. Uma pessoa pode ser regenerada, justificada e santificada e ainda não ter recebido o revestimento de poder. Ressalte o fato de que o batismo com o ESPÍRITO SANTO, com evidência de falar em línguas, não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos, como pregam os cessacionistas. Tal bênção não se restringe a Atos 2, por isso se em sua classe algum aluno ainda não recebeu a promessa pentecostal, incentive-o a buscá-Ia com dedicação.

 

 

RESUMO DA LIÇÃO 3- O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

INTRODUÇÃO

O batismo com o ESPÍRITO SANTO é um tema atualíssimo e

imprescindível à Igreja de CRISTO.

I. O QUE NÃO É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

1. O batismo com o ESPÍRITO SANTO não é a regeneração espiritual do pecador.

2. O batismo no corpo de CRISTO não é o batismo com o ESPÍRITO SANTO.

3. O batismo com o ESPÍRITO SANTO não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos.

II. O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

1. O falar em línguas como sinal do batismo.

2. O dom de variedade de línguas.

3. A finalidade do dom de línguas.

III. A EXPERIÊNCIA DE ATOS 2

1. Glossolalia.

2. Xenolalia.

3. Atualidade das manifestações espirituais.

CONCLUSÃO

o batismo com o ESPÍRITO SANTO não pode ser tratado somente como teoria ou possibilidade

remota, mas como algo indispensável do Senhor para o seu povo.

  

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Bibliológico

"Outras Línguas

Um só sinal fazia parte do batismo pentecostal. Todos os que foram cheios do ESPÍRITO SANTO começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO Ihes concedia que falassem. Isso quer dizer que faziam uso das suas línguas, dos seus músculos. Falavam. Mas as palavras não brotavam das suas mentes ou do seu pensamento. O ESPÍRITO Ihes concedia que falassem, e expressavam as palavras com ousadia, em voz alta, e com unção e poder.

Isso é interpretado de várias maneiras. Alguns se detêm no versículo 8 ('Como pois os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?') e supõem que todos os discípulos falaram em sua língua materna, aramaico, e que se tratava de um milagre de audição ao invés de fala. Mas os dois versículos anteriores são muito claros. Cada um os ouvia falar na sua própria língua, sem o sotaque galileu.

Outros chegam a um meio-termo, e dizem que os discípulos falavam em línguas desconhecidas, que o ESPÍRITO

SANTO interpretava nos ouvidos de cada um dos ouvintes em sua própria língua. Mas Atos 2.6,7 exclui essa interpretação, também. Os 1 20 falavam em idiomas que foram compreendidos por pessoas de diversas nações. Esse fato testemunhou a universalidade do dom e da unidade da Igreja" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do ESPÍRITO SANTO. Rio de Janeiro: CPAD, 2001,

p. 155). HORTON, Stanley M. A Doutrina ; do ESPÍRITO SANTO. Rio de Janeiro: CPAD, 2001: MENZIES, Willian W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5., ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

 

VOCABULÁRIO

cessacionistas: Aquele que crê na cessação dos dons do ESPÍRITO SANTO, ou seja, estes não estão disponíveis para a Igreja hoje.

linguístico: Relativo à linguística ou à língua, ou que tem por base a língua.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Lexicográfico

"Glossolalia - [Do gr. glosso, língua + Ialia, falar em língua]. Dom sobrenatural concedido pelo ESPÍRITO SANTO, que capacita o crente a fazer enunciados proféticos em línguas PARA OUVINTES DE DE LÍNGUAS DESCONEHCIDA.  objetivo da glossolalia é enunciar sobrenatural e extraordinariamente o Evangelho de CRISTO, como aconteceu no Dia de Pentecoste (Atos 2); levar o crente a consolar-se no espírito, e a proclamar, com o auxílio do dom da interpretação, o conhecimento e a vontade de DEUS à Igreja (1 Co 14).

A glossolália, conhecida também como dom de línguas [desconhecidas], é um dom espiritual que, à semelhança dos demais, não ficou circunscrito aos dias dos apóstolos: continua atual e atuante na vida da Igreja" (ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p. 167).

Xenolalia - O falar em línguas num idioma conhecido, estranho apenas a quem o fala.

[u.] O interesse generalizado pelo batismo e dons do ESPÍRITO SANTO convenceu alguns [os evangélicos do século XIX] de que DEUS concederia o dom de línguas a fim de equipá-Ios com idiomas humanos identificáveis (xenolalia) para que pudessem anunciar o Evangelho noutro países, agilizando assim a obra missionária.

I [u.] Em 1895, o autor e líder do Movimento da Santidade, W.B. Godbey, disse que o "dom de línguas" era "destinado a desempenhar um papel de destaque na evangelização do mundo pagão e no cumprimento profético glorioso dos últimos dias. Todos os missionários nos países pagãos deviam buscar e esperar esse dom que os capacitaria a pregar fluentemente no vernáculo.

[u.] Entre os que esperavam o recebimento do poder do ESPÍRITO para evangelizar rapidamente o mundo, achava-se o pregador da Santidade, em Kansas, Charles Fox Parham e seus seguidores. Convencido pelos seus próprios estudos de Atos dos Apóstolos, e influenciado por Irwin e Sandford, testemunhou Parham um reavivamento notável na Escola Bíblica Bethel, em Topeka, Kansas, em Janeiro de 1901. A maioria dos alunos, bem como o próprio Parham, regozijaram-se por terem sido batizados no ESPÍRITO e de haverem falado noutras línguas (xenolalia)

Assim como DEUS concedera a plenitude do ESPÍRITO SANTO aos 120 no Dia do Pentecoste, eles também haviam recebido a promessa (At 2.39).

[u.] Depois de 1906, os pentecostais passaram a reconhecer, cada vez mais, que, na maioria das ocorrências do falar em línguas, os cristãos realmente estavam orando em línguas não identificáveis e não em idiomas identificáveis (glossolalia ao invés de xenolalia). Embora Parham mantivesse sua opinião a respeito da finalidade das línguas na pregação transcultural, os pentecostais chegaram finalmente à conclusão: as línguas representavam a oração no ESPÍRITO, a intercessão e o louvor" (HORTON, Stanley M et ali. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.1 5-17,19,20).

 

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LIÇÃO 3 - O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES

Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos

ATOS DOS APÓSTOLOS - Até aos confins da terra

Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD:  Pr. Antonio Gilberto

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1-6;12

1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2 - e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3 - E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de. fogo, as quais pousaram sobrei cada um deles. 4 - E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. 5 - E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. 6 - E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.

12 - E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?

 

2.1 PENTECOSTE. Pentecoste era a segunda grande festa sagrada do ano judaico. A primeira grande festa era a Páscoa. Cinqüenta dias após esta, vinha a festa de Pentecoste, nome este derivado do gr. penteekostos (=qüinquagésimo). Era também chamada Festas das Colheitas, porque nela as primícias da sega de grãos eram 

oferecidas a DEUS (cf. Lv 23.17). Da mesma forma, o dia de Pentecoste simboliza, para a igreja, o início da colheita de almas para DEUS neste mundo.

2.2,3 UM VENTO... IMPETUOSO, E... LÍNGUAS REPARTIDAS, COMO QUE DE FOGO. As manifestações externas de um som como de um vento poderoso e das línguas de fogo (vv. 2,3) demonstram que DEUS estava ali presente e ativo, de modo poderoso (cf. Êx 3.1-6; 1 Rs 18.38,39). O fogo talvez simbolize a consagração e a separação dos crentes para DEUS, visando a obra de glorificar a CRISTO (Jo 16.13,14) e de testemunhar dEle (1.8). Estas duas manifestações antecederam o batismo no ESPÍRITO SANTO, e não foram repetidas noutros relatos similares do livro de Atos.

2.4 CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Qual é o significado da plenitude do ESPÍRITO SANTO recebida no dia de Pentecoste?

(1) Significou o início do cumprimento da promessa de DEUS em Jl 2.28,29, de derramar seu ESPÍRITO sobre todo o seu povo nos tempos do fim (cf. 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; ver Jl 2.28,29).

(2) Posto que os últimos dias desta era já começaram (v. 17; cf. Hb 1.2; 1 Pe 1.20), todos agora se vêem ante a decisão de se arrependerem e de crerem em CRISTO (3.19; Mt 3.2; Lc 13.3; ver At 2.17).

(3) Os discípulos foram do alto... revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de CRISTO, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em CRISTO (cf. 1.8; 4.13,33; 6.8; Rm 15.19; ver Jo 16.8).

(4) O ESPÍRITO SANTO já revelou sua natureza como aquele que anseia e pugna pela salvação de pessoas de todas as nações e aqueles que receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO ficaram cheios do mesmo anseio pela salvação da raça humana (vv. 38-40; 4.12,33; Rm 9.1-3; 10.1). O Pentecoste é o início das missões mundiais (1.8; 2.6-11,39).

(5) Os discípulos se tornaram ministros do ESPÍRITO. Não somente pregavam JESUS crucificado e ressuscitado, levando outras pessoas ao arrependimento e à fé em CRISTO, como também influenciavam essas pessoas a receber o dom do ESPÍRITO SANTO (vv. 38,39) que eles mesmos tinham recebido no Pentecoste (v. 4). Levar outros ao batismo no ESPÍRITO SANTO é a chave da obra apostólica no NT (ver 8.17; 9.17,18; 10.44-46; 19.6).

(6) Mediante este batismo no ESPÍRITO, os seguidores de CRISTO tornaram-se continuadores do seu ministério terreno. Continuaram a fazer e a ensinar, no poder do ESPÍRITO SANTO, as mesmas coisas que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar (1.1; Jo 14.12).

 

2.39 A VÓS, A VOSSOS FILHOS E A TODOS. A promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste (v.4), mas também para todos os que cressem em CRISTO durante toda esta era: a vós os ouvintes de Pedro; a vossos filhos à geração seguinte; à todos os que estão longe à terceira geração e às subseqüentes.

(1) O batismo no ESPÍRITO SANTO com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (cf. v. 38; 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem com o fim da era apostólica.

(2) É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no ESPÍRITO que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49).

  

2.4 COMEÇARAM A FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS. Para um exame do significado do falar em línguas ocorrido no dia de Pentecoste e noutras ocasiões, na igreja do NT ver o estudo O FALAR EM LÍNGUAS aqui abaixo:

No dia do Pentecostes houve a manifestação de um dom do ESPÍRITO SANTO chamado "Dom de Línguas": Os discípulos (cerca de 120) falavam na língua de origem dos visitantes de Jerusalém.

Havia naquele dia uma multidão em Jerusalém atraídos pelos festejos, DEUS soube escolher o dia para espalhar o evangelho para todas as nações em volta de Jerusalém (Veja mapa acima).

O barulho de 120 pessoas falando em línguas é tremendo e escandaliza ate os crentes de hoje, imagine naquele dia a curiosidade e o susto dos visitantes de Jerusalém!

Era plano de DEUS para evangelizar os povos gentílicos e judeus.

 

 

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO (BEP - CPAD)

At 1.5 “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.”

 

Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 1.4 ). A respeito do batismo no ESPÍRITO SANTO, a Palavra de DEUS ensina o seguinte:

(1) O batismo no ESPÍRITO é para todos que professam sua fé em CRISTO; que nasceram de novo, e, assim, receberam o ESPÍRITO SANTO para neles habitar.

(2) Um dos alvos principais de CRISTO na sua missão terrena foi batizar seu povo no ESPÍRITO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Ele ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4,5,8).

(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do ESPÍRITO é distinta e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo ESPÍRITO, assim também o batismo no ESPÍRITO complementa a obra regeneradora e santificadora do ESPÍRITO. No mesmo dia em que JESUS ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse: “Recebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22), indicando que a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser “revestidos de poder” pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma experiência subseqüente à regeneração (ver 11.17; 19.6). 

(4) Ser batizado no ESPÍRITO significa experimentar a plenitude do ESPÍRITO, (cf. 1.5; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do ESPÍRITO SANTO antes do dia de Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no ESPÍRITO SANTO”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de CRISTO (1.2-5; Lc 24.49-51, Jo 16.7-14).

(5) O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4; 10.45,46; 19.6)

(6) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de CRISTO e ter eficácia no seu testemunho e pregação (cf. 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, na qual a presença, a glória e a operação de JESUS estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).

(7) Outros resultados do genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO são: (a) mensagens proféticas e louvores (2.4, 17; 10.46;  1Co 14.2,15); (b) maior sensibilidade contra o pecado que entristece o ESPÍRITO SANTO, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8; At 1.8); (c) uma vida que glorifica a JESUS CRISTO (Jo 16.13,14; At 4.33); (d) visões da parte do ESPÍRITO (2.17); (e) manifestação dos vários dons do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10); (f) maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); (g) maior amor à Palavra de DEUS e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e (h) uma convicção cada vez maior de DEUS como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6).

(8) A Palavra de DEUS cita várias condições prévias para o batismo no ESPÍRITO SANTO.

(a) Devemos aceitar pela fé a JESUS CRISTO como Senhor e Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto importa em submeter a DEUS a nossa vontade (“àqueles que lhe obedecem”, 5.32). Devemos abandonar tudo o que ofende a DEUS, para então podermos ser “vaso para honra, santificado e idôneo para o uso do Senhor” (2Tm 2.21).

(b) É preciso querer o batismo. O crente deve ter grande fome e sede pelo batismo no ESPÍRITO SANTO (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3; Mt 5.6; 6.33).

(c) Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17).

(d) Devemos esperar convictos que DEUS nos batizará no ESPÍRITO SANTO (Mc 11.24; At 1.4,5).

(9) O batismo no ESPÍRITO SANTO permanece na vida do crente mediante a oração (4.31), o testemunho (4.31, 33), a adoração no ESPÍRITO (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18 ).

Por mais poderosa que seja a experiência inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO sobre o crente, se ela não for expressa numa vida de oração, de testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.

(10) O batismo no ESPÍRITO SANTO ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de DEUS, para, assim, testemunhar com poder e retidão. A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do ESPÍRITO SANTO (ver 4.31 ; cf. 2.4; 4.8, 31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no ESPÍRITO, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o ESPÍRITO, que deve ser renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).

  

O FALAR EM LÍNGUAS (BEP - CPAD)

At 2.4 “E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.”

O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de DEUS para evidenciar o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do ESPÍRITO continua o mesmo para os dias de hoje.

 

O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS.

(1) As línguas como manifestação do ESPÍRITO. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo ESPÍRITO, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo ESPÍRITO.

(2) Línguas como sinal externo inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o ESPÍRITO SANTO se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, DEUS vinculou o falar noutras línguas ao batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.

(3) As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais:

(a) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo ESPÍRITO, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6,13-17).

(b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a DEUS nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4).

Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar (14.2,14,15,28), dar graças (14.16,17) ou cantar (14.15; ver 1Co 14).

 

O QUE QUER ISSO DIZER?

O Que Foi Dito Pelo Profeta Joel (At 2.16-18)

At 2.16 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: 17 E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;18 e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão;

 

1-  E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS,

NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo (cf. Is 2.2-21; 3.18 4.6; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é carAterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7)

 

2- que do meu ESPÍRITO derramarei

O derramamento do ESPÍRITO SANTO e os sinais sobrenaturais que o acompanham, não podem ser limitados unicamente ao dia de Pentecoste. O poder e a bênção do ESPÍRITO SANTO são para todo cristão receber e experimentar, no decurso de toda a era da igreja, que é a totalidade do período de tempo entre a primeira e segunda vinda de CRISTO (Ap 19.20; ver At 2.39 

 

3- sobre toda a carne

MEUS SERVOS E MINHAS SERVAS. Segundo a profecia de Joel, citada por Pedro, o batismo no ESPÍRITO SANTO é para aqueles que já pertencem ao reino de DEUS, i.e., servos de DEUS, ou crentes; tanto homens como mulheres salvos, regenerados, pertencentes a DEUS. 

 

Plataforma Para A Manifestação Dos Dons E Outras Maravilhas Do ESPÍRITO SANTO.

O crente precisa receber o batismo com o ESPÍRITO SANTO para que receba o restante do "pacote" espiritual, os dons do ESPÍRITO SANTO.

 

O Revestimento Do ESPÍRITO SANTO É O Segredo Da Nossa Vitória

Sereis revestidos de poder = Poder é o que está faltando a muitos que estão pregando vãs filosofias ao invés de entrar para as fileiras dos marcham para vencer e e serem vencedores com CRISTO, cheios do ESPÍRITO SANTO

 

É A Provisão De DEUS Para Os Últimos Dias

 

1- Estão cheios de mosto

2.13 MOSTO. Mosto (gr. gleukos) normalmente se refere ao suco de uva não fermentado. Aqueles que zombavam dos discípulos talvez hajam empregado este termo, ao invés da palavra mais comum no NT para vinho (oinos), porque sabiam que os discípulos de JESUS usavam somente este tipo de vinho doce, não fermentado. Neste caso, sua zombaria teria sido sarcástica.

 

2- São homens sem letras

Assim queriam dizer que só os ignorantes e iletrados seguiam esta nova religião. Não sabiam que as coisas de DEUS se discernem espiritualmente e não pela mente e sabedoria humanas.

 

3- O batismo com o ESPÍRITO SANTO vem de fonte impura

JESUS foi acusado de ter demônio, e pior do que isto, de ter o príncipe dos demônios; como seguidores de JESUS também passamos por estas acusações daqueles que não sabem que nós é que expulsamos os demônios daqueles que são dominados por eles, em nome de JESUS.

 

4- Ficamos ao lado de Pedro na defesa desta grandiosa bênção

Pedro pregou um longo discurso dizendo que não estavam embriagados sendo aquela a hora de 09:00h da manhã (terceira hora do dia), também disse que aquilo que estava acontecendo era a promessa de DEUS predita pelo profeta Joel, por Isaías e pelo próprio JESUS.

 

Que Quer Isto Dizer?

Isto quer dizer que DEUS inaugurou sua Igreja na terra, Igreja de fogo e de poder, ela será vitoriosa nas lutas e batalhas que lhe forem impostas pelo inimigo pois seu general é cristo, sendo o ESPÍRITO SANTO seu poder para vencer e ser vencedor sempre.

 

SINAIS DOS CRENTES (CPAD - BEP)

Mc 16.17,18: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão”.

As Escrituras ensinam claramente que CRISTO quer que seus seguidores operem milagres ao anunciarem o evangelho do reino de DEUS (ver Mt 10.1; Mc 3.14,15; Lc 9.2; 10.17; Jo 14.12).

(1) Estes sinais (gr. semeion), realizados pelos discípulos verdadeiros, confirmam que a mensagem do evangelho é genuína, que o reino de DEUS chegou à terra com poder e que o Senhor JESUS vivo e ressurreto está presente entre os seus, operando através deles (ver Jo 10.25; At 10.38). 

(2) Cada um destes sinais (exceto a ingestão de veneno) ocorreu na igreja primitiva:

(a) falar novas línguas (ver At 2.4; 10.46; 19.6; 1Co 12.30; 14);

(b) expulsar demônios (At 5.15,16; 16.18; 19.11,12);

(c) escapar da morte por picada de serpente (At 28.3-5); e

(d) curar os enfermos (At 3.1-7; 8.7; 9.33,34; 14.8-10; 28.7,8).

(3) Essas manifestações espirituais devem continuar na igreja até a volta de JESUS. Conforme vemos nas Escrituras, esses sinais não foram limitados ao período que se seguiu à ascensão de JESUS (ver 1Co 1.7; Gl 3.5).

(4) Os discípulos de CRISTO não somente deviam pregar o evangelho do reino e levar a salvação àqueles que crêem (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47), mas também concretizar o reino de DEUS, como fez JESUS (At 10.38) ao expulsar demônios e curar doenças e enfermidades.

(5) JESUS deixa claro, em Mc 16.15-20, que esses sinais não são dons especiais para apenas alguns crentes, mas que seriam concedidos a todos os crentes que, em obediência a CRISTO, dão testemunho do evangelho e reivindicam as suas promessas.

(6) A ausência desses “sinais” na igreja, hoje, não significa que CRISTO falhou no cumprimento de suas promessas. A falta, conforme JESUS declara, está na vida dos seus seguidores (ver Mt 17.17).

(7) CRISTO prometeu que sua autoridade, poder e presença nos acompanharão à medida que lutarmos contra o reino de Satanás (Mt 28.18-20; Lc 24.47-49). Devemos libertar o povo do cativeiro do pecado pela pregação do evangelho, mediante uma vida de retidão (Mt 6.33; Rm 6.13; 14.17) e pela operação de sinais e milagres através do poder do ESPÍRITO SANTO (ver Mt 10.1; Mc 16.16-20; At 4.31-33).

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, atualmente diversos estudiosos, com pressupostos cessasionistas, negam o Batismo com o ESPÍRITO SANTO com a evidência inicial de falar em outras línguas, bem como a atualidade dos dons espirituais. Porém as supostas provas apresentadas por e eles não se sustentam ante a hermenêutica bíblica. Para concluir o tópico II da lição reproduza na lousa, em cartolina ou data show o esquema abaixo ou tire cópias. Explique aos alunos que o batismo com o ESPÍRITO SANTO, como bênção distinta da conversão e a atualidade dos dons espirituais são bíblicos, possíveis e necessários de serem desfrutados nos dias hodiernos. Boa aula!

 

  

RESUMO RÁPIDO (Pr. Henrique)

I. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

1. O batismo com o ESPÍRITO SANTO. É o revestimento de poder para evangelizar destemidamente e ousadamente crendo na unção e no poder do ESPÍRITO SANTO.

2. A evidência inicial e física do batismo com o ESPÍRITO SANTO. Línguas são sinais evidentes do batismo e dons são sinais do batismo com fogo.

Sonho, revelação, falar línguas aprendidas com alguém ou numa escola - nada disso é batismo com o ESPÍRITO SANTO. - Só é batizado(a) no ESPÍRITO SANTO aquele(a) que fala em línguas novas ou desconhecidas quando é batizado(a).

II. FUNDAMENTOS DO BATISMO NO O ESPÍRITO SANTO

1. Moisés. Quando a bíblia diz que Eldade e Medade profetizavam no arraial equivale a dizer que falavam em línguas desconhecidas, enquanto os outros escolhidos por Moisés falavam lá na tenda onde estavam Moisés, Josué e os escolhidos por DEUS para ajudar Moisés em sua grande tarefa de instruir o povo na lei.

2. Isaías. Aqui o profeta cita as muitas águas sobre os sedentos. A principal motivação para o batismo é estar sedento pelo ESPÍRITO SANTO (desejoso de receber).

Isaias falou também acerca do batismo do ESPÍRITO SANTO assim: "Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o SENHOR a este povo, ao qual disse: Este é o descanso... e este é o refrigério..."(Isaias 28:11-12)

Daniel - 5:24-28 As palavras são apresentadas como "Mene", que significa "numerado"; "Tequel", que significa "pesado"; e "Ufarsim" ou "Peres" (5:28), que significa "divisão." ("Peres" é a forma singular de "Ufarsim"). A mensagem que Daniel interpretou revelava a queda do reino babilônio era uma interpretação de línguas (Dom do ESPÍRITO SANTO atual).

3. Joel. A profecia mais clara e evidente do derramamento do ESPÍRITO SANTO profetizado para ocorrer em duas etapas: Para o período da Igreja e no milênio.

4. João Batista. Ele mesmo dizia claramente: "Vos batizará com o ESPÍRITO SANTO".

5. JESUS. A ordem de JESUS era que ficassem em Jerusalém até que do alto recebessem a promessa do PAI - O batismo com o ESPÍRITO SANTO, o poder para testemunhar com sinais e prodígios. Só depois deveriam evangelizar.

III. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA DA IGREJA

A história da Igreja Cristã mostra que do Pentecostes em Jerusalém aos dias de hoje, houve continuidade na dispensação dessa tão inefável promessa.

O que diremos de Lutero? Wesley? Finney?

O que podem dizer os que não receberam ainda o batismo? Poderiam dizer que esses homens e mulheres santos de DEUS estão mentindo ou sendo usados por Satanás? Seria absurdo afirmar isso a respeito de homens como Lutero, Wesley, Finney, Gunnar Vingren, Daniel Berger, etc...

É evidente essa maravilha hoje no meio do povo de DEUS, basta entrar em qualquer igreja evangélica que crê no batismo com o ESPÍRITO SANTO.

IV. OS OBJETIVOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

1. Poder e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor JESUS CRISTO. O padrão bíblico para a pregação do evangelho é primeiro milagres, depois pregação do evangelho, depois batismo nas águas e depois batismo com ou no ESPÍRITO SANTO (podendo ocorrer antes mesmo do batismo nas águas, como aconteceu com Cornélio e seus parentes e amigos) e depois recebimento de dons do ESPÍRITO SANTO.

2. Reverência diante das coisas de DEUS. À medida que vamos conhecendo mais a respeito do poder do ESPÍRITO SANTO, mais reverentes vamos ficando e mais desejosos de recebermos mais DELE em nosso ministério.

3. A experimentação da plenitude espiritual. Não há alegria maior do que experimentar das maiores riquezas que existem - as coisas espirituais, as manifestações poderosas do ESPÍRITO SANTO.

 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsidio Bibliográfico

"Falar em Línguas (Glossolalia)

'Glossolalia' é um termo técnico freqüentemente utilizado para o falar em línguas; é uma forma combinada das palavras gregas lalia ('discurso', 'fala') e glossa ('língua', 'linguagem'). O fenômeno de falar em línguas, ao contrário do vento e do fogo, é integral para os discípulos que são cheios do ESPÍRITO. 'E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia a verbalização inspirada' (At 2.4 - [tradução do autor]). O registro diz que os discípulos 'começaram [archoma] a falar noutras línguas' (At 2.4). Não existe indicação de que os discípulos tenham iniciado, ou de que eles mesmos 'começaram' o falar em línguas. [...] O significado de 'eles começaram a falar em línguas' é simplesmente 'eles falaram em línguas'. [...] Os discípulos em Pentecostes falaram em línguas 'conforme o ESPÍRITO ia dando-lhes verbalização inspirada' [tradução do autor], não sob o próprio ímpeto deles. A expressão 'conforme' (kathos) pode ser traduzida como 'na medida em que' (Ver Mc 16.1 7; At 2.4; 10.46; 19.6; 1 Co 12.10,28,30; 13.8; 14.2,46,13,14,18, 19,22,23,26)" (PALMA, Anthony D. O Batismo no ESPÍRITO SANTO e Com Fogo. Os Fundamentos Bíblicos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 61-63).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsidio Devocional

O Testemunho Pessoal de Donald Gee

"[.u] numa noite de quarta-feira, em março de 1913, toquei órgão no culto de meio de semana na igreja Congregacional (que terminava às 21h pontualmente), e depois corri para desfrutar do restante da reunião de Highbury New Park. Depois do término da reunião (aproximadamente às 22h e 30min), o irmão que vinha dirigindo o culto, um respeitável pastor irlandês, colocou-me à prova numa espécie de catecismo.

- Tem certeza da salvação?

-Sim.

- Já é batizado? - Sim.

- Já é batizado com o ESPÍRITO SANTO? - Não.

- E por que não?

Expliquei-lhe minha aversão a 'esperas' que pareciam uma eternidade. Ele incentivou-me dizendo que isso não era necessário. E, abrindo sua Bíblia, leu para mim Lucas 11.13, e depois Marcos 11.24. Então perguntou-me se eu acreditava nesses versículos. Garanti-lhe que sim e, no momento em que demonstrei-lhe minha fé, era como se DEUS jorrasse do Céu para o interior do meu coração uma certeza absoluta de que essas promessas estavam sendo realmente cumpridas em mim. [u.] Desde aquele instante, minha alegria e satisfação foram intensas, [...]. Experimentei uma nova plenitude acima das palavras, e descobri que tornava-me cada vez mais difícil adequar à minha voz todo o louvor existente em minha alma. Essa situação continuou durante duas semanas aproximadamente [...]. Um louvor crescente afluía agora em minha alma, também nas reuniões, até que comecei a falar em outras línguas publicamente. Cantava muito em línguas também quando a pequena congregação era levada pelo ESPÍRITO SANTO a esse fim durante nossos momentos de oração e adoração. Toda minha experiência cristã foi revolucionada. Eu não procurava mais aqui e ali por uma satisfação espiritual - eu a havia encontrado. Todo meu prazer estava na oração, no estudo da Bíblia e nos irmãos em CRISTO. Isso aconteceu apenas seis semanas antes do meu casamento, e um velho pastor batista, que veio para tentar questionar-me sobre minha recente bênção, teve de admitir que nunca havia conhecido um rapaz tão próximo de um acontecimento feliz, e ainda assim tão interessado nas coisas espirituais. Minha esposa, felizmente, sentia tudo da mesma forma que eu; e nós nos alegrávamos juntos" (GEE, Donald. Como Receber o Batismo no ESPÍRITO SANTO. Vivendo e testemunhando com poder. 1.ed. CPAD, 2001, pp.13-15).

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

O Batismo no ESPÍRITO SANTO é uma experiência distinta da salvação. Ele reflete a busca por uma aproximação mais pessoal do crente com DEUS. Por isso, e de modo geral, o movimento pentecostal tem a vocação de fazer oposição contra uma formalidade intelectual da vida cristã. A maravilhosa experiência do ESPÍRITO capacita o crente a ser eficaz no testemunho do Evangelho ao mundo, e não por refinamento formal e intelectual, embora este possa ter um importante papel desde que esteja sob o domínio do ESPÍRITO. Quando a Palavra de DEUS é proclamada sob o poder do ESPÍRITO, sua veracidade é confirmada. Assim, é o ESPÍRITO que confirma a Palavra, não o formalismo intelectual e os padrões humanos de convencimento.

Portanto, é preciso desejar essa experiência, comunicá-la e estimulá-la entre os alunos. Uma vida sob a virtude do ESPÍRITO é a vontade de DEUS para a eficácia da evangelização.

 

PONTO CENTRAL - O Batismo no ESPÍRITO é uma verdade revelada nas Escrituras.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1

Muitos têm dúvidas quanto à natureza do Batismo no ESPÍRITO. Há os que a confundem com a da salvação. Você pode aproveitar essa oportunidade para desfazer essa confusão, perguntado a respeito dessa questão.

Ao expor o primeiro tópico, explique que o Batismo no ESPÍRITO SANTO não é salvação, pois ele diz respeito à experiência de poder para o serviço; enquanto a salvação é uma experiência de regeneração e justificação do pecador.

Todos que foram regenerados, justificados, ou seja, salvos pela graça de DEUS, podem receber o Batismo no ESPÍRITO SANTO. Essa experiência aprofunda mais a nossa comunhão com DEUS, potencializa o nosso serviço no Reino e permite caminhar em fervor na vida cristã. Assim, atue em favor de que a sua classe não confunda Batismo no ESPÍRITO SANTO com Salvação, pois são experiências distintas na vida do crente.

 

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO - TEOLÓGICO TOP2

Ao finalizar este tópico, pergunte se ser “batizado no ESPÍRITO SANTO” é o mesmo que ser “cheio do ESPÍRITO”. Ouça as respostas. É corriqueiro muitos acharem que é a mesma coisa, mas sem atentarem para a complexidade dessas expressões de acordo com Lucas, em Atos, e Paulo, em Efésios.

Responda à pergunta mostrando que a expressão “cheio do ESPÍRITO SANTO” tem conotações distintas. Em Lucas (Atos), ela revela uma capacitação para o serviço; em Paulo (Efésios), a questões de caráter, vida santa. Para fundamentar melhor essa resposta, leve em conta a seguinte explicação do professor Gutierres Siqueira: “A terminologia ‘cheio do ESPÍRITO SANTO’ tem o significado nos escritos de Lucas e de Paulo? Os teólogos pentecostais respondem que não, pois ser ‘cheio do ESPÍRITO SANTO’ em Lucas está relacionado ao serviço e à mordomia cristã, enquanto que ser ‘cheio do ESPÍRITO SANTO’ em Paulo está implicitamente ligado a questões de caráter e santidade. Longe de ser uma contradição, há um verdadeiro complemento, pois como servir sem o caráter cristão? Como manifestar os traços de CRISTO e ainda permanecer inerte diante do serviço para o Reino de DEUS? O que deve ficar claro na mente dos leitores da Bíblia é que ‘Batismo no ESPÍRITO SANTO’ pode ser associado a ‘ser cheio do ESPÍRITO’ em Lucas, mas não nas epístolas paulinas. Sem dúvida, o contexto ministerial de ambos determinou a ênfase diferenciada” (SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.83).

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP3

“Falar em Línguas É bom para Você

Dos nove dons espirituais mencionados em 1 Coríntios 12.8-10, somente a um atribui-se a força da edificação pessoal. ‘O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo’ (1 Co 14.4). E acrescentou Paulo: ‘Quero que todos vós faleis línguas estranhas’ (1 Co 14.5), e ‘Dou graças ao meu DEUS, porque falo mais línguas do que vós todos’ (1 Co 14.18). Certamente não há autoridade maior que Paulo neste assunto. Ele não poderia ser chamado de ‘teórico’. Seus ensinos vieram de experiências pessoais na escola do ESPÍRITO. E o ESPÍRITO dirigiu-o em suas instruções aos coríntios. O termo grego oikodom, empregado por Paulo e traduzido como ‘edificar’ ou ‘edificação’, significa formar ou ser formado. A aplicação deste termo ao homem espiritual conduz a ideia de crescimento e desenvolvimento do espírito. Que belo! O homem que demonstra evidência de grande crescimento e desenvolvimento espiritual é o mesmo que testemunha: ‘falo mais línguas do que vós todos’. Neste ponto, há uma lição para todos nós” (BRANDT, R. L. Falar em Línguas o Maior Dom: Pentecostais, falta-nos algo? 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.46).

 

 

PARA REFLETIR - A respeito de “O Batismo no ESPÍRITO SANTO”, responda:

Como chegamos à conclusão de que a descida do ESPÍRITO no dia de Pentecostes se refere ao Batismo no ESPÍRITO SANTO? Chegamos a essa conclusão também pela explicação do apóstolo Pedro aos demais apóstolos (At 11.15,16).

Como sabemos que a experiência do batismo no ESPÍRITO SANTO é distinta da experiência da conversão? Sabemos que a experiência de ser batizado no ESPÍRITO SANTO é distinta da experiência da conversão porque os discípulos já tinham a vida eterna e o ESPÍRITO mesmo antes do dia de Pentecostes (Lc 10.20; Jo 20.22).

Qual a finalidade do batismo no ESPÍRITO SANTO? É a capacitação do ESPÍRITO para o serviço divino.

O que são as “outras línguas”? As “outras línguas”, a glossolalia, são ininteligíveis, e evidencia externa, física e inicialmente o batismo no ESPÍRITO SANTO.

Para que serve o dom de línguas? O dom de línguas, pelo que se vê nos capítulos 12 a 14 de 1 Coríntios, está associado à oração pessoal (1 Co 14.13-23). Esse dom, sem dúvida, é muito útil para a oração, as devoções pessoais e o desenvolvimento de nossa sensibilidade ao ESPÍRITO (1 Co 14.2).

 

CONSULTE

Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 84, p. 37. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

 

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Dicionário Bíblico Wycliffe

No Novo Testamento, O ESPÍRITO SANTO revela-se claramente como uma Pessoa e como Divino. Ele tem os atributos da personalidade, intelecto (Rm 8.27; 1Co 2.10-13), emoções (Ef 4.30) e vontade (1 Co 12.11). Ele executa as ações da personalidade. Ele ensina (Jo 14.26), dá testemunho (Jo 15;26), orienta (At 8.29; 13.2), dirige (Rm 8.14), adverte (1 Tm 4.1). Ele é Divino porque é o ESPÍRITO de DEUS e de CRISTO (Rm 8.9), e origina-se eternamente do Pai (Jo 15.26; Gl 4.6).

As Escrituras posicionam o ESPÍRITO SANTO no mesmo nível de DEUS Pai e de DEUS Filho (2 Co 13.14; Mt 28.19; 1 Co 12.4-6; 1 Pe 1.2), Assim, as obras de DEUS sempre envolvem as três Pessoas da Trindade (q.v.). Foi o DEUS trino que criou o mundo e que se revela tanto nele quanto em sua Palavra ao homem. Foi o DEUS trino que redimiu seu povo do pecado. Mesmo assim, algumas dessas obras são atribuições específicas do Espirito SANTO. O ESPÍRITO SANTO traz a realização das obras do DEUS trino.

Na Criação

O ESPÍRITO movia-se sobre a face do abismo (Gn 1.2), e pelo seu ESPÍRITO DEUS ornou os céus (Jó 26.13). O ESPÍRITO dá vida aos homens (Jó 33.4). Ele lhes dá excelentes talentos, tanto habilidades naturais quanto poderes espirituais ou carismáticos (Ex 31.2,3; 1 Co 12.8-11). Quando os homens pecam, Ele os convence que pecaram e luta para que retornem a DEUS (Gn 6.3; Jo 16.8,9; Rm 2.4). É especialmente por meio do ESPÍRITO que o DEUS trino dá testemunho de si mesmo aos homens.

Na Revelação e na Inspiração

O divino autor da revelação de DEUS à humanidade é o Espirito SANTO. Os profetas e os apóstolos, os instrumentos humanos, ‘Talaram inspirados pelo ESPÍRITO SANTO" (2 Pe 1,21). Foi claramente afirmado que os profetas do Antigo Testamento recebiam a Palavra do Senhor por meio do seu ESPÍRITO (Zc 7.12; Ez 2.2; Ne 9.30). Uma comparação de Atos 28.25 com Isaías 6.9,10 ensina que o ESPÍRITO SANTO é a Pessoa especial da Trindade que entregou a revelação de DEUS em palavras. O ESPÍRITO de DEUS é Aquele que inspirou as Escrituras, isto é, ensinou as palavras (1 Co 2.12,13), de modo que elas fossem precisas, infalíveis e repletas de autoridade. O Senhor JESUS prometeu enviar o ESPÍRITO SANTO para ensinar aos seus apóstolos todas as coisas, e trazer à lembrança tudo o que Ele lhes havia dito (Jo 14.26). Veja Inspiração; Revelação.

Na Redenção

No entanto, é especialmente quando o DEUS trino vem para redimir seu povo que o ESPÍRITO SANTO fica claramente evidente em sua obra de consumação.

No Antigo Testamento. No período da revelação do Antigo testamento o ESPÍRITO preparava o povo de DEUS para aguardar a sua redenção por meio do Messias que viria. Ele inspirou Moisés e os profetas a falarem daquele que viria. Ele destruiu a atitude de rebelião por parte do Israel de DEUS quando o povo recusou-se a obedecer à Palavra da promessa (Is 63.10-14; Mq 3.8). Ele ensinou Davi, o doce cantor de Israel (2Sm 31.1,2), e por meio dele a muitos outros, a dizer; “... guie-me o teu bom ESPÍRITO por terra plana” (Sl 143.10).

JESUS e o ESPÍRITO, Na época da revelação do Novo Testamento, o ESPÍRITO estava ativo desde antes da vinda de JESUS (Lc 1.13-15) até o fina] de sua vida na terra (1 Pe 3,18). O Senhor JESUS foi humanamente concebido por obra do ESPÍRITO SANTO (Lc 1.35). O ESPÍRITO desceu sobre CRISTO na ocasião do seu batismo (Mt 3.16). Então, “cheio do ESPÍRITO SANTO”, JESUS “foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto” (Lc 4.1). O ESPÍRITO deu poder e as qualidades ao Messias para o desempenho de sua tarefa oficial de destruir o reino de Satanás e de estabelecer o Reino de DEUS.

Pouco tempo depois de sua declaração de guerra contra Satanás, o Salvador, “pela virtude do ESPÍRITO, voltou... para a Galileia” (Lc 4.14) para pregar o Evangelho do reino. Ele leu, na sinagoga, o pergaminho de Isaías sobre a vinda do Messias: “O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim...” (Lc 4.18) e disse: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc 4.21). Ele disse a Nicodemos que “aquele que não nascer da água e do ESPÍRITO não pode entrar no Reino de DEUS” (Jo 3.5). Pelo ESPÍRITO Ele expulsou demônios (Mt 12.28). Assim, quando os fariseus atribuíram a Belzebu esse trabalho de libertação realizado pelo ESPÍRITO, JESUS os advertiu a não pecarem contra o ESPÍRITO para que não se tornassem como Satanás, de modo que seu pecado não pudesse ser perdoado (Mt 12.31,32). Veja ESPÍRITO SANTO, Pecado Contra.

O Senhor JESUS prometeu aos seus discípulos que pediria ao Pai que lhes desse “outro Consolador”, “o ESPÍRITO da Verdade” (Jo 14. 16,17). Por esse ESPÍRITO, os apóstolos teriam a capacidade de desempenhar as suas tarefas especiais como mestres da igreja (Jo 14.26). Quando o Senhor JESUS retornasse à glória, então o ESPÍRITO capacitaria os apóstolos a colocar em prática o completo significado de tudo o que Ele tinha vindo fazer pelo seu povo (Jo 16.13).

Sustentado pelo ESPÍRITO, o Senhor JESUS decidiu firmemente ir a Jerusalém. Tanto no início quanto no final, JESUS resistiu à constante tentação de Satanás de salvar seu povo e estabelecer seu reino por outros meios exceto por aquele de morrer por eles, pelos pecados deles. Sendo DEUS, Ele mesmo havia concedido a palavra profética: “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” Us 53.5), Ele sabia que “nesse dia" as Escrituras deveriam ser cumpridas por meio dele, Assim, o nosso Salvador esteve sustentado pelo ESPÍRITO durante toda a sua obra redentora (Hb 9.14). Por meio do ESPÍRITO Ele pode dizer “está consumado”, e pode entregar seu espírito ao Pai.

Pentecostes, Estava real mente consumado. JESUS morreu, mas ressuscitou dos mortos. Ele subiu aos céus. Agora Ele está glorificado. De acordo com sua promessa, Ele enviou seu ESPÍRITO (At 2.3,4). Veja Pentecostes.

Pedro “chorou amargamente” após ter negado JESUS. Mas a partir do Pentecostes, cheio do ESPÍRITO SANTO como o Consolador, a vitória absoluta encheu seu coração. Agora, “cheio do ESPÍRITO SANTO” coroo o “ESPÍRITO da verdade”, Pedro teve a visão das “coisas que haviam de vir”. Cheio do ESPÍRITO SANTO, ele proclamou com ousadia que JESUS não tinha sido, em última análise, entregue à morte pelo povo, pelos fariseus, por Pilatos nem mesmo por Satanás. Foi “pelo determinado conselho e presciência de DEUS” que tudo aquilo se realizou (At 2.23). Aquilo que as “mãos de injustos” tinham feito agora estava derrotado. Era impossível que Ele pudesse ser retido pelas “ânsias da morte” (2.24). Davi, o profeta, tinha dito que na alma não ficaria no inferno e que sua carne não veria corrupção (Sl 16.10), e o ESPÍRITO ensinou Pedro a enxergar o Senhor como o CRISTO ressuscitado (At 2.25-36).

Na igreja. No Pentecostes, a igreja tornou- se universal. Antes de subir aos céus, o Senhor JESUS disse aos doze: “Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (At 1.8).

Com a chegada do Pentecostes, a igreja entrou nos “últimos dias” (At 2.17). Os escravos (“servos”) assim como os livres, e as mulheres (“filhas"), assim como os homens, iriam agora “profetizar” (At 2.18). Os judeus de Creta e da Arábia ouviram falar das grandezas de DEUS” nos seus próprios idiomas (At 2.11). Veja Línguas, Dom de.

Quando Pedro, que falou na ocasião do Pentecostes, explicou como o gentio Cornélio voltara-se para CRISTO de um modo absolutamente convincente, ele disse; “Caiu sobre eles o ESPÍRITO SANTO, como também sobre nós ao princípio” (At 11.15). A parede de separação que estava no meio entre judeus e gentios tinha sido finalmente removida (Ef 2.14) e a unidade do ESPÍRITO não somente tornou-se possível, mas também deveria ser preservada (Ef 4.3-6).

A partir de então, o Senhor, como o ESPÍRITO (2 Co 3.17), passou a ser a redenção do seu próprio povo. Com o rosto “descoberto”, os crentes agora contemplam constantemente a “glória do Senhor”, a glória daquele que morreu pelos seus pecados e ressuscitou para que fossem justificados. Fazendo isso, eles “são transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do Senhor” (2 Co 3.18). O “ESPÍRITO de vida em CRISTO JESUS” os “livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2). Em todos os dias, a partir de então, eles saberiam que não receberam o ESPÍRITO de escravidão, para, outra vez, estarem em temor, mas “o ESPÍRITO de adoção”, pelo qual clamam. “Aba, Pai” (Rm 8.15). Na era presente, o ESPÍRITO SANTO habita nos crentes (1 Co 3.16; 6.19); sela-os (2 Co 1.22; Ef 1.18; 4.30); ensina-os (Jo 16.12-15); dirige-os (Rm 8.14); ajuda-os quando oram (Rm 8.26) e procura enchê-los (Ef 5.18).

No mundo. JESUS disse aos seus discípulos: “Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas” (At 1.8). E por meio deles, Ele disse o mesmo a todos os seus seguidores. Como o mundo iria receber o Senhor JESUS e o ESPÍRITO SANTO, bem como os seus discípulos e seu testemunho? JESUS lhes disse que tipo de recepção eles teriam: “Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?” (Mt 10.25). “A inclinação da carne é inimizade contra DEUS, pois não é sujeita à lei de DEUS, nem, em verdade, o pode ser” (Rm 8.7; cf. 1 Co 2.14; Ef 2.1). Mas o ESPÍRITO SANTO foi enviado para convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-11).

Apesar da perseguição, nada podia deter o povo de DEUS em sua pregação das “riquezas incompreensíveis de CRISTO” (Ef 3.8). Os primeiros cristãos (como os de todas as épocas) puderam orar e se encher do ESPÍRITO SANTO e anunciar a Palavra de DEUS com ousadia (At 4.31). Com Pedro, eles puderam dizer ao conselho dos judeus: “Nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o ESPÍRITO SANTO, que DEUS deu àqueles que lhe obedecem” (At 5.32). Com Paulo eles puderam exclamar perante toda a oposição que é sempre inspirada por Satanás: “E graças a DEUS, que sempre nos faz triunfar em CRISTO e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento” (2 Co 2.14). Eles sabiam que os gentios “andam... na vaidade do seu sentido, entenebrecidos no entendimento” (Ef 4.17,18). Mas pelo poder renovador do ESPÍRITO SANTO (Tt 3.5) as mentes humanas estão libertas e as suas atitudes são renovadas (Ef 4.23; Rm 12.2). Portanto, a obra do ESPÍRITO SANTO na evangelização é essencial para que OS homens possam ouvir e receber o Evangelho.

Finalmente, O ESPÍRITO SANTO, o ESPÍRITO que repousou sobre CRISTO sem medida (Jo 1.32,33; 3.34) e fez dele uma testemunha fiel a DEUS, irá sustentar os cristãos para que façam a boa confissão perante os homens até o fim, até o arrebatamento da igreja. Os “sete Espíritos” de DEUS (uma expressão semita do ESPÍRITO em sete aspectos, cf. Is 11.2) estão diante do trono de CRISTO, o Vitorioso (Ap 1.4). Ele, que “também nos selou e deu o penhor do ESPÍRITO em nossos corações” (2 Co 1.22; cf. Ef 1.14), selará o testemunho final da sua graça quando eles estiverem em confronto com o ódio de Satanás, que inspira a Besta. Consequentemente, o ESPÍRITO SANTO testemunhará ao mundo por meio daqueles que são comprados para DEUS pelo sangue do Cordeiro. Quando tudo estiver terminado, e a vitória ganha sobre Satanás, então “o ESPÍRITO e a esposa” dirão: “Vem!” (Ap 22.17). C. V. T.

 

 

רוח ruwach (Hebraico)

vento, hálito, mente, ESPÍRITO

hálito, vento, dos céus, fôlego de ar, ar, gás

ESPÍRITO (quando se respira rapidamente em estado de animação

ou agitação) ESPÍRITO profético, ESPÍRITO (dos seres vivos, a respiração do ser humano) como dom, preservado por DEUS, ESPÍRITO de DEUS, que parte na morte, ser desencarnado

ESPÍRITO como sede ou órgão dos atos mentais

como sede especialmente do caráter moral

ESPÍRITO de DEUS, a terceira pessoa do DEUS trino, o ESPÍRITO SANTO, igual e coeterno com o Pai e o Filho

que inspira o estado de profecia extático, que impele o profeta a instruir ou admoestar

que concede energia para a guerra e poder executivo e

administrativo
que capacita os homens com vários dons, como energia vital

manifestado na glória da sua habitação

 

 

πνευμα pneuma (Grego)

1) terceira pessoa da trindade, o SANTO ESPÍRITO, coigual, coeterno com o Pai e o Filho

algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o SANTO ESPÍRITO)

algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o ESPÍRITO da Verdade)

o ESPÍRITO, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
um ESPÍRITO, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação ESPÍRITO que dá vida, um movimento de ar (um sopro suave), do vento; daí, o vento em si mesmo, respiração pelo nariz ou pela boca

 

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Escrita Lição 8, Betel, A relevância e importância da doutrina pentecostal para manter a Igreja viva

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- O Pentecostes bíblico

1.1. O ESPÍRITO prometido

1.2. O ESPÍRITO derramado

1.3. O resultado do derramamento do ESPÍRITO

2- A identidade pentecostal da Igreja

2.1. O batismo no ESPÍRITO SANTO

2.2. Os dons espirituais

2.3. A atualidade dos dons espirituais

3- Mantendo a chama pentecostal

3.1. Viver em santidade

3.2. Viver no ESPÍRITO

3.3. Viver em ação

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ATOS 2
1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

 

INTRODUÇÃO

Veremos nessa lição alguns aspectos que compõem os fundamentos da Teologia Pentecostal Clássica: a crença na atualidade do batismo com o ESPÍRITO SANTO, dos dons espirituais, perseverança no caminho da santificação e fervor no serviço cristão, enquanto aguardamos a volta de JESUS CRISTO [ 1Ts 1.9-10; Tt 2.13].

 

1- O Pentecostes bíblico

Desde o Antigo Testamento é possível atestamos que o derramamento do ESPÍRITO SANTO é um aspecto do plano divino para o Seu povo [Is 44.3; 59.19-21; Jl 2.28- 29]. CRISTO fala sobre o batismo no ESPÍRITO SANTO como sendo “a promessa do Pai” [At 1.4]. O cumprimento se deu no dia de Pentecostes [At 2.1]. Desde então, a Igreja tem vivido de forma abundante a experiência pentecostal.

 

1.1. O ESPÍRITO prometido

 A Bíblia registra várias promessas do próprio DEUS quanto ao envio do ESPÍRITO SANTO [Zc 12.10; Jl 2.28-32]. DEUS é aquele que fala e cumpre [Hb 6.18; Tt 1.2]. O derramamento do ESPÍRITO SANTO, descrito em Atos 2, não significa que Ele somente passou a agir a partir daquele dia. É nítido no Antigo Testamento não somente a promessa do derramamento do ESPÍRITO SANTO, mas também Sua presença e ação desde a criação e ao longo dos acontecimentos antes da chegada do Messias [Gn 1.2; Êx 31.3; Ez 2.2]. Portanto, podemos afirmar que a promessa se referia a outras ações do ESPÍRITO SANTO, além de serem mais intensas e abrangentes. O apóstolo Paulo fala do “ministério do ESPÍRITO” como sendo de maior glória em relação ao passado [2Co 3.8].

 

1.2. O ESPÍRITO derramado

 O dia histórico do Pentecostes foi o primeiro evento do derramamento do ESPÍRITO, também conhecido como a primeira evidência do batismo no ESPÍRITO SANTO [At 2.1] e o cumprimento das profecias e da promessa de JESUS, recebida do Pai [At 2.16, 33]. O Senhor JESUS, antes da ascensão, ordenou aos Seus discípulos que ficassem em Jerusalém até que fossem revestidos de poder para pregar o “arrependimento e a remissão dos pecados em todas as nações” [Lc 24.47-49; At 2.1] . O próprio Senhor informou que a promessa seria cumprida “não muito depois” [At 1.5]. Assim, quando Lucas informa que o derramamento se deu no dia de Pentecostes [At 2.1], então os discípulos não precisaram esperar muito. Vemos em Atos que a Igreja inicia com oração, perseverança, unidade e revestimento de poder [At 1.14; 2.1-4], pois os discípulos estavam firmados na Palavra do Senhor.

 

1.3. O resultado do derramamento do ESPÍRITO

 Quando lemos sobre resultado, precisamos estar atentos para não nos determos apenas ao falar em outras línguas. Pois, biblicamente, o derramamento do ESPÍRITO não resulta somente ao que acontece em um determinado momento, mas, como lemos nos registros de Lucas e nas epístolas, acarreta outras consequências, além do falar em outras línguas. Maior dinamismo, ousadia e intrepidez no anúncio da Palavra de DEUS, edificação espiritual na vida do discípulo de CRISTO, maior dedicação a oração e intercessão, poder no combate contra as forças do mal, capacitação para ajudarmos uns aos outros no Corpo de CRISTO.

 

2- A identidade pentecostal da Igreja

Precisamos manter a identidade pentecostal da Igreja de acordo com o padrão bíblico. O nosso foco neste tópico será trabalhar sobre o batismo no ESPÍRITO SANTO, dons espirituais e atualidade dos dons.

 

2.1. O batismo no ESPÍRITO SANTO

 Já vimos no tópico anterior que as Escrituras revelam e registram a diversidade de ações do ESPÍRITO SANTO em diversos momentos ao longo do tempo. Este subtópico está enfatizando mais uma ação do ESPÍRITO SANTO: o revestimento de poder visando capacitação dos discípulos de CRISTO para serviço e testemunho. Assim, é uma ação do ESPÍRITO distinta de outras operadas pelo mesmo ESPÍRITO: regeneração, santificação, batismo no Corpo de CRISTO [1Co 12.12-13]. O Credo da CONAMAD, publicado mensalmente no Jornal O Semeador, afirma que cremos: “No batismo bíblico com o ESPÍRITO SANTO que nos é dado por DEUS mediante a intercessão de CRISTO, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a Sua vontade [At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7]. Trata-se de uma experiência própria da Nova Aliança, pois JESUS CRISTO é o batizador [ Jo 1.33].

 

Como pentecostais, sustentamos que o falar em línguas como evidência do batismo no ESPÍRITO SANTO está solidamente fundamentado nas Escrituras, particularmente em Atos 2:4, onde se relata: “Todos ficaram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO os capacitava:’ Esta prática é corroborada por três incidentes no Novo Testamento, marcando a recepção do ESPÍRITO SANTO. Primeiramente, no Pentecostes, os apóstolos recebem o ESPÍRITO e falam em línguas. A seguir, na residência do centurião Cornélio, o ESPÍRITO SANTO desce sobre todos os presentes, levando-os a falar em línguas, evidenciando que este dom também se estende aos gentios. Finalmente, em Éfeso, após a imposição das mãos de Paulo, alguns discípulos são batizados no ESPÍRITO SANTO, manifestando-se através do falar em línguas e profecias. Estes relatos destacam a fala em línguas como um sinal claro e acessível do batismo no ESPÍRITO, oferecido a todos os fiéis.

 

2.2. Os dons espirituais

 Os dons espirituais são dotações e capacitações sobrenaturais que o Senhor JESUS, por intermédio do ESPÍRITO SANTO, outorga à Sua Igreja, visando a expansão universal da Sua obra e a edificação dos santos. Há diversos dons mencionados em diferentes textos do Novo Testamento. Encontramos uma relação dos dons em 1 Coríntios 12. É possível dividi-los em três grupos:

1) Os dons de expressão verbal: dom de variedade de línguas [1Co 12.10], dom de interpretação de línguas [ 1 Co 12.10; 14.13, 27] e dom de profecia [ 1 Co 12.10; 14.3];

2) Os dons de saber: o dom da palavra da sabedoria [1Co 12.8], o dom da palavra da ciência [ 1Co 12.8] e o dom de discernir os espíritos [ 1 Co 12.10];

3) Os dons de poder: dom da fé [1Co 12.9]; os dons de curar [ 1 Co 12.9]; dom de operação de maravilhas [1 Co 12.10].

 

2.3. A atualidade dos dons espirituais

 Ainda há os que acreditam que as manifestações dos dons espirituais, principalmente os relacionados em 1 Coríntios 12, cessaram após a conclusão do cânon do Novo Testamento e do fim da era apostólica. Contudo, não há base bíblica para a defesa desta linha de pensamento. Afinal, a Igreja, enquanto estiver nesta terra, continua precisando de edificação, exortação, consolação, curas, revestimento de poder para pregar o Evangelho. O apóstolo Pedro, logo após o derramamento do ESPÍRITO SANTO, afirmou: “a promessa diz respeito a vós (…): a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar” [At 2.39]. Ora, DEUS continua chamando ao arrependimento, à conversão e concedendo revestimento de poder. Além de não encontrarmos nas Escrituras apoio para o cessacionismo, ainda temos o testemunho da história da Igreja que registra os muitos avivamentos ao longo dos anos.

 

3- Mantendo a chama pentecostal

Refletir sobre manter a chama pentecostal é continuamente ocupar nossa mente sobre a relevância de sermos perseverantes no cultivo de diversos aspectos que resultam da ação do ESPÍRITO SANTO na Igreja após o Pentecoste. Neste tópico será ressaltado o viver em santidade, o andar em ESPÍRITO e o foco no cumprimento da missão da Igreja.

 

3.1. Viver em santidade

O Pr. Paulo Leivas Macalão, por ocasião do cinquentenário de fundação do Ministério de Madureira (1979), afirmou que enquanto o mundo “evolui” para o pecado, a Igreja deve evoluir para a santidade. A razão para o crescimento da Igreja neste século (o então século XX) está na ação do ESPÍRITO SANTO e na vida de santidade. Não pode haver uma coisa sem a outra. Santificação é um das doutrinas que compõem o fundamento teológico das AD no seu nascedouro. Portanto, não apenas revestimento de poder, mas, também, santificação para um viver ético que resulta em ser luz e sal em um mundo corrompido e perverso [Ef 1.3-4; Fp 2.15; 1Pe 1.2, 15-16].

 

3.2. Viver no ESPÍRITO

 Viver no ESPÍRITO é o maior desafio para o crente. A natureza carnal herdada de nossos primeiros pais faz com que busquemos as coisas que não agradam a DEUS. Quando as pessoas aceitam a CRISTO como Salvador, tornam-se novas criaturas pelo processo salvífico da redenção [Jo 3.3; 2Co 5.17]. Entretanto, elas precisam viver no ESPÍRITO para ter um relacionamento espiritual e perseverante com DEUS. Portanto, para viver no ESPÍRITO é preciso ter o ESPÍRITO SANTO dentro de si [Jo 14.17]; ser guiado pelo ESPÍRITO [Rm 8.14]; ser cheio do SANTO ESPÍRITO [Ef 5.18].

 

3.3. Viver em ação

 São inúmeros os textos bíblicos que apontam para uma vida de serviço por parte do povo de DEUS, como resultado da ação transformadora do Senhor na vida das pessoas. Fomos libertados pelo Senhor para sermos dEle e O servirmos [Lc 1.74]. Mulheres que foram curadas e libertadas, seguiam a CRISTO e O serviam [Lc 8.2-3]. Paulo diz que os membros da Igreja em Tessalônica se converteram a DEUS “para servir ao DEUS vivo e verdadeiro” [1Ts 1.9]. Importante destacarmos neste tópico que o serviço a DEUS também é demonstrado enquanto servimos aos nossos irmãos em CRISTO [Hb 6.10]. Todos os nascidos de novo são vocacionados para uma vida de serviço, para edificação da Igreja e a glória de DEUS [Ef 4.1, 16].

 

CONCLUSÃO

Precisamos manter essa chama pentecostal, nossa identidade construída ao longo dos anos; devemos primar pela ortodoxia e ortopraxia bíblica, não permitindo que os modismos baseados em experiências pessoais sejam colocados acima dos princípios das Sagradas Escrituras.

 

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Escrita Lição 11, Central Gospel, As Ordenanças da Igreja, 3Tr23, Pr. Henrique, EBD NA TV

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Marcos 16.14-16; Mateus 26.26-29

Marcos 16.14 - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.

15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

Mateus 26.26 - Enquanto comiam, JESUS tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.

27 - E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos.

28 - Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.

29 - E digo-vs que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai.

  

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Prezado professor, fica claro, pela leitura dos evangelhos, que JESUS, na duração de Seu ministério terreno, deixou duas ordenanças à comunidade dos salvos: o batismo e a ceia do Senhor. Essas ordenanças deviam ser observadas periodicamente, não apenas por aquele grupo de seguidores, mas pela igreja de todos os tempos, em obediência ao Seu mandato. A palavra ordenança é um termo jurídico que significa “ordenamento, prescrição, norma, lei”. Isso tem a ver com ordem, arrumação e organização. A observância dessa ordem deve ser considerada a partir da autoridade da pessoa que a promulgou e exige o seu cumprimento (Mt 28.18). Excelente aula!

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. O BATISMO

1.1. O batismo no Novo Testamento

1.1.1. Razão do batismo de CRISTO

1.2. A forma do batismo bíblico

1.3. A validade do batismo

1.3.1. Demonstração de fé pública

1.3.2. Identificação com os demais discípulos

1.3.3. Purificação espiritual figurada

1.3.4. Ressurreição para uma nova vida

1.3.5. Testemunho da morte e da ressurreição de JESUS

2. A SANTA CEIA

2.1. O significado da santa ceia

2.2. A importância da santa ceia

2.3. Os motivos para a celebração da santa ceia

2.4. Os elementos da santa ceia

2.4.1. Quem pode e deve tomar a santa ceia

2.5. Instruções a serem consideradas na celebração da santa ceia

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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Lição 11 - A Última Ceia - 2º trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico Amado. - Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 22.7-20

7 - Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Amós, em que importava sacrificar a Páscoa. 8 - E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para que a comamos. 9 - E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? 10 - E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. 11 - E direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? 12 - Então, ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado; aí fazei os preparativos. 13 - E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a Páscoa. 14 - E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. 15 - E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, 16 - porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de DEUS.

17 - E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, 18 - porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de DEUS. 19 - E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. 20 - Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.

 

Resumo da Lição 11 - A Última Ceia

I. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA

1. A instituição da Páscoa judaica.

2. O ritual da Páscoa judaica.

II. A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA

1. A preparação.

2. A celebração e substituição.

III. OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA

1. O vinho.

2. O pão.

Ceia - Memorial da Aliança. O que eu como vai para meu sangue e sangue é vida. Minha vida se torna minha vida e minha vida se torna a sua vida.

Eu só tinha pecado para oferecer, JESUS tem perdão, misericórdia, graça e a vida eterna a oferecer.

  

Na Páscoa, o sangue de um cordeiro ou cabrito (sem mácula), era imolado, ou sacrificado para que seu sangue fosse passado nos umbrais da porta para que o anjo não matasse nessa casa o primogênito (ou filho mais velho).

Na Ceia lembramos que o cordeiro que tira o pecado do mundo, JESUS, derramou seu sangue para nos livrar do pecado e morte eterna.

No sacrifício da Páscoa o cordeiro substituiu o primogênito, morreu em lugar do primogênito. (O sacrifício era anual)

Na Ceia, lembramos de que JESUS (nosso cordeiro pascoal) morreu em lugar de toda a humanidade pecadora. (O sacrifício é único e perfeito, efetuado uma vez por todas).

Na Páscoa, o sangue derramado tinha que ser de um cordeiro ou cabrito sem mácula, ou seja, sem mancha, sem defeito.

Na Ceia, nosso cordeiro que é JESUS nunca pecou e Nele nunca se achou engano, era perfeito e sempre será.

Na Páscoa havia comunhão entre DEUS - Moisés - e os israelitas, pois todos estavam de acordo com esses negócio e todos os israelitas obedeceram à ordem de DEUS dada através de Moisés, assim o anjo da morte passou por cima de suas casas e só matou o primogênito nas casas dos egípcios.

Na Ceia existe a comunhão entre JESUS e seu corpo, que é a igreja. Também existe união entre os próprios irmãos que estão obedecendo a ordem de seu salvador e Senhor, lembrando sua morte, sua ressurreição e esperando ansiosamente pela sua volta para nos buscar.

 

 


O QUE É DISCERNIR O CORPO DO SENHOR?
“Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor.” I Co. 11:29
Entre os cristãos daquela época existia uma festa chamada “Festa Ágape” ou festas de amor (Judas 12). Era comum entre os cristãos celebrarem a ceia com esta refeição (esta prática perdurou até na época de Justino, o mártir) que era destinada a ajudar os pobres. Corinto era uma igreja problemática em termos de doutrinas (véu, dons espirituais, batismo, brigas, divisões e santa ceia). Os Coríntios não estavam discernindo o real objetivo de suas reuniões (v.17,18,20). Para eles aquilo era apenas uma festa como as demais festas mundanas da sociedade grega (Corinto era grega) da qual tinham vindo. Então, quando se reuniam, todos se embriagavam, (v.21) como faziam antes de se converterem e não discerniam que aquilo era muito mais que uma festa, era “em memória” de CRISTO (v.25). Por isso as pessoas deveriam se examinar antes de tocar no pão e no cálice (v.28), pois correriam o risco de tomar a ceia de modo indigno, fora do propósito para qual fora estabelecida, ou seja, para a comunhão e não divisão dos fiéis (v.18). Isto é o que Paulo queria dizer com discernir o corpo do Senhor. Não há nada que insinue no texto a herética doutrina da “Transubstanciação”. O contexto quando analisado honestamente não comporta tal ideia. Qualquer conclusão que passar disso é falsa! 
 

Discernir o corpo de CRISTO pode ser visto em dois aspectos (Ev Henrique):

1- O corpo maltratado (moído - Is 53) de JESUS é para nossa cura física, tanto das enfermidades como de nossas doenças (Is 53). Quem não acredita nisso acaba ficando doente e acabam morrendo alguns por não entenderem esta verdade.

2- O corpo de JESUS na terra é sua Igreja, então só devemos participar da ceia em comunhão com este corpo. A desunião, mágoas, rancores, inimizades, porfias, fofocas, etc..., se não evitados podem trazer doenças e até mesmo a morte. Quem não perdoa, não pode ser perdoado (Mt 6). Também a falta de ajuda financeira ao corpo de CRISTO na terra, a igreja, também pode gerar doenças e mortes, pois roubar é pecado. Ser mal-agradecido também.


OS DISPARATES DESSA DOUTRINA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO:

Ensina a teologia católica a transubstanciação (alteração de substância) durante a eucaristia. Após a consagração dos elementos, pão e vinho, recitada pelo padre, as palavras de CRISTO, “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”, misteriosamente o pão se transforma na carne de CRISTO e o vinho no seu sangue. Levando as palavras de CRISTO a um literalismo irracional, dizem ser o pão o próprio corpo de CRISTO presente na hóstia (depois dizem que nós é que somos fundamentalistas e interpretamos a Bíblia ao pé da letra!!!). Esta doutrina é baseada principalmente na perícope do evangelho de João 6:53. Contudo, daremos algumas razões de o porque rejeitarmos esta doutrina como errônea e perigosa.

1. Se na frase “isto é o meu corpo” o verbo “é” implica a conversão literal do pão no corpo de CRISTO, segue-se igualmente que nas palavras “Eu sou o pão da vida”(6:35) o verbo “sou” deve implicar igual mudança, ensinando-nos que CRISTO se converte no pão, de modo, que se o primeiro é uma “prova” da transubstanciação, o segundo demonstra necessariamente o contrário; se o primeiro demonstra que o pão pode converter-se em CRISTO, o segundo demonstra que CRISTO pode converter-se em pão, o que é um verdadeiro absurdo, mas é isto o que a lógica desta filosofia nos leva a concluir! 

2. Se acreditarmos que neste episódio JESUS estava se referindo a eucaristia então forçosamente ninguém pode se salvar sem o sacramento e todo o que o recebe não pode se perder. Seria sempre necessário o fiel se comungar para não perder a benção da vida eterna. E aqueles que não podem tomá-la ? Estariam destinados ao inferno ? Crêem os católicos que todo aquele que comunga tem a vida eterna ? Pois JESUS disse que sem exceção, “todo aquele” que comesse a sua carne teria de fato a vida eterna. E o que dizer então daqueles que bebem indignamente (I Coríntios 11:28) ? Tal é a contradição e confusão que nos mostra tão descabida teoria se levada ao pé da letra. 

3. Este ponto já foi tratado acima, mas vamos reforçá-lo aqui. Ora, se tomadas literalmente estas palavras o beber o sangue é tão importante quanto o comer a sua carne, em outras palavras é tão necessário comer o pão (hóstia) como beber o cálice. E porque então o padre nega-lhes este direito desobedecendo a Bíblia?

LEMBRANÇA OU PRESENÇA REAL?
Na ceia, todas as suas ações e palavras tinham alguma relação com a antiga Páscoa. Tendo isto em vista devemos procurar na antiga festa uma explicação para a santa ceia que Ele iria substituir, pois Ele, JESUS, é a nossa Páscoa (I Cor. 5:7)!
Quando Moisés (o tipo de CRISTO) instituiu a Páscoa, mandou comer a carne e aspergir o sangue do cordeiro em suas casas (Ex: 12:11). Só que o cordeiro que comiam NÃO ERA a “Páscoa”, pois tal palavra se deriva do verbo “pasah”, “passar por cima” incluindo a ideia de “poupar e proteger” v.13. A Páscoa do Senhor era o “passar do anjo por toda a terra do Egito”. Vê-se, pois, que o ato do passar por cima das casas dos israelitas era uma coisa e o cordeiro que os israelitas comiam era outra essencialmente distinta: uma era um fato, a outra a recordação daquele fato. Embora Moisés tivesse dito a respeito do cordeiro: “É a Páscoa”, isto é, a passagem do Senhor, não se segue que quisesse dizer que o cordeiro que tinham assado e de que estavam comendo se tivesse mudado ou transformado no ato de passar o Senhor por cima das casas. O sentido simplesmente era: “É uma recordação da Páscoa ou da passagem do Senhor”. Temos pois aqui um exemplo clássico dessa figura de retórica pela qual se dá o nome da coisa que ela recorda, ou se põe o sinal pela coisa significada. Quando pois, as famílias se reuniam em torno da mesa para comer a Páscoa o chefe da família dizia: “Esta é a Páscoa do Senhor”, quando então queriam dizer “Esta é a recordação da Páscoa do Senhor”. Pois bem, fincado na essência dessa celebração JESUS certamente se valeu da mesma expressão conhecidíssima dos israelitas. Depois de abolida a Páscoa e substituída pela santa ceia, serviu-se da mesma expressão de que tinha feito uso na celebração antiga; era natural que do mesmo modo que tinha dito da Páscoa “Esta é a Páscoa do Senhor”, querendo dizer que aquilo era apenas a recordação daquele feito na época de Moisés, usasse também mui naturalmente as palavras “ISTO É O MEU CORPO” para significar que aquele rito devia ser usado como recordação do seu corpo e do seu sangue oferecidos na cruz; sendo Ele, o verdadeiro cordeiro de DEUS (João 1:29) que nos libertou do cativeiro do pecado.

Os discípulos sendo judeus versados nas escrituras, estavam por certo familiarizados com tais figuras de linguagem (Salmos 27:1-2, Isaías 9:18-20, 49:26) e não foi difícil entenderem o que JESUS queria lhes dizer, pois antes disso, eles os ouviram dizer: “Eu sou a porta”, “Eu sou o caminho”, “Eu sou a luz do mundo...” e entenderam perfeitamente a linguagem. Nada é mais comum do que dar à lembrança, ou a representação de uma coisa, o mesmo nome da coisa de que é representação ou sinal. Até mesmo os membros da igreja romana ao verem a imagem da santa dizem: “esta é Nossa Senhora”, ou vendo a imagem de um santo qualquer dizem: “este é São Pedro, este SANTO Expedito e aquele outro SANTO Antônio etc...” mesmo sabendo que aquilo (segundo acreditam) é apenas uma representação ou lembrança do que está no céu. Servem-se constantemente desta figura de retórica que dá representação ou lembrança o nome da coisa representada ou lembrada. 
Quando então distribuía os elementos da ceia, pão e vinho disse: “Isto É O MEU CORPO” e “ISTO É O MEU SANGUE”, arrematando ordena: “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. Temos razão para crer que aquilo era uma comemoração ou lembrança de sua morte na cruz e devíamos prosseguir fazendo isto até que Ele venha. Para corroborar nosso ponto de vista, veja que mesmo após JESUS ter consagrado o vinho ele ainda continuou o que sempre fora, simplesmente um vinho “porque vos digo que desde agora não mais beberei do fruto da videira,( não disse meu sangue) até que venha o reino de DEUS.” Lucas 22:18 

Paulo simplesmente considerava como pão e vinho, os elementos da santa ceia e não o corpo do Senhor transubstanciado: “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.” I Co. 11:26-28.

O pão apenas representava o corpo do Senhor, o vinho o seu sangue. Todas as vezes que nós nos reunimos para celebrar a santa ceia nós fazemos isto sempre EM MEMÓRIA do Senhor, pois Ele mesmo disse “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. É EM MEMÓRIA!!! Não podemos sacrificar CRISTO novamente (Hebreus 7:24,27).

ABSURDO DOS ABSURDOS
Por darem ouvido ao dogma da transubstanciação os católicos além de incorrem num terrível engodo, acabam por abraçar uma teoria fictícia, absurda até!
Veja porque:
a- Se naquela ocasião em que JESUS disse: “Isto é o meu corpo”, realmente tivesse ocorrido a tão propalada “transubstanciação” então somos levados a acreditar que existiam naquele momento dois corpos do Senhor? Levando este dogma às últimas consequências teremos isto: JESUS pegou aquele pedaço de pão, já transformado em seu corpo (com divindade e alma, segundo crêem os católicos) e deu-se a si mesmo para seus discípulos comerem depois de terem comido o corpo do mestre sentaram-se ao seu lado. E ainda: JESUS também devia ter-se comido e engolido a si mesmo pois também é certo que Ele participou da ceia! 
b- E se tal pão consagrado for comido acidentalmente por um roedor (rato, por exemplo) dá-se o caso que tal animal também engoliu o CRISTO com seu corpo, alma e divindade? Ou quando não, se tal hóstia se estragar e vier apodrecer; seria o caso do corpo de CRISTO que está naquele elemento apodrecer também? E como fica então Atos 2:31 que diz que a carne de CRISTO não se corrompe?
c- Quando se prova o pão, ele ainda é o pão, tem cheiro como tal, o gosto ainda é de pão, o mesmo se dá com o vinho! Onde o corpo de CRISTO nisto tudo?
d- Se CRISTO nos ordenou que celebrássemos a cerimônia até que Ele voltasse, conforme I Co. 11:26 (até que venha), como pode estar presente na hóstia? Se vem, não está! Devemos ressaltar que tal vinda é escatológica quando virá em corpo, pois espiritualmente, Ele está conosco todos os dias Mat. 18:20 -28:20, e esta promessa não tem nada a ver com a santa ceia.

 

 

 

Comentários de alguns livros com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique

No cenáculo (22:7-38).

O relato mais completo do que ocorreu no cenáculo na noite antes da crucificação é dado em João. O de Lucas não é tão pormenorizado, mas é mais longo do que os em Mateus e Marcos, e ele tem algumas informações só dele.

A) Os preparativos (22:7-13).

A Páscoa não era apenas mais uma refeição, mas, sim, uma festa muitíssimo importante. Devia ser comida em posição reclinada, e havia exigências tais como a inclusão de ervas amargas na refeição. Destarte, uma quantidade considerável de preparação era necessária. A refeição não era solitária, mas, sim, era comida em grupos que usualmente consistiam em dez a vinte pessoas.

Vv. 7. O dia dos Pães asmos é uma expressão incomum, e talvez signifique o dia em que todo o fermento era removido dos lares como preparativo para a festa. Era o dia em que a festa combinada começava. O dia de abertura era aquele em que as vítimas da Páscoa eram sacrificadas. Se temos razão em ver uma diferença de calendários, este teria sido, não o dia em que as vítimas realmente eram sacrificadas, mas, sim, aquele em que deveriam ter sido sacrificados de acordo com o calendário que JESUS estava seguindo. Os dois calendários concordam que as vítimas deviam ser sacrificadas no primeiro dia: a diferença dizia respeito a qual dia era aquele.

Vvs.8,9. JESUS encarregou Pedro e João de fazer os preparativos necessários para o pequeno grupo (somente Lucas dá os nomes deles aqui). Não é contrário à razão terem perguntado onde. Eram galileus, e precisariam de orientação quanto à aonde deveriam ir em Jerusalém. E nesta hora adiantada, haveria poucos lugares livres, a despeito da tradicional disposição dos jerusalemitas de tornar disponíveis acomodações sem nada cobrarem.

Vvs.10,11. Parece que JESUS tinha feito um acordo secreto com o dono de uma casa (ou aquele homem tinha recebido algum benefício de CRISTO - uma cura por exemplo – Obs. Do Pr. Henrique). Ao assim fazer, impediu Judas Iscariotes de traí-Lo antes da hora. Ele haveria de morrer, mas isto no devido tempo dEle, e não quando Seus inimigos escolhessem. Destarte, nenhum dos discípulos sabia onde estariam para a refeição. Pedro e João deviam procurar um homem com um cântaro de água, que seria um fato distintivo, pois as mulheres usualmente carregavam cântaros de água (os homens carregavam odres de água). Eles iriam antes de JESUS e os outros discípulos onde haveriam de dizer certas palavras ao dono da casa (Poderia o homem estar já desejoso de que aquilo acontecesse ou até já tivesse convidado JESUS para ali celebrar a Páscoa com seus discípulos alguns dias antes – Vemos em Mateus 26.18 que JEUS solicita a casa daquele homem dizendo que o tempo está próximo e precisa da casa dele. Obs. Pr. Henrique).

12,13. O dono da casa lhes mostraria um espaçoso cenáculo mobiliado. Esta última palavra é literalmente “estendido” e provavelmente significa que havia sofás prontos com cobertas estendidas sobre eles (Moffatt traduz “com sofás cobertos”). Seguiram as instruções e prepararam a refeição.

B) A última ceia (22:14-20).

Há aqui um problema textual de grande dificuldade. No texto “mais curto”, seguido por NEB, Goodspeed, onde Vvs. 19b-20 são omitidos, o cálice é dado antes do pão. No texto “mais longo” (RSV, TEV, JB, ARC, ARA) o cálice é mencionado duas vezes. O texto mais curto é favorecido por muitos pelo motivo de que não é provável que as palavras fossem omitidas nos originais, e que parecem ser uma inclusão tirada de 1 Coríntios 11.24-25 para harmonizar a passagem com a praxe litúrgica corrente. Responde-se que as palavras disputadas são achadas em todos os MSS gregos menos um (Códice D), que Justino Mártir aceitava (150 d.C). (Apologia i.66; este texto e mais antigo do que nossos MSS gregos mais antigos), e que é possível que tenham sido omitidas por escribas que não entendiam as duas referências ao cálice. De modo geral, parece que o texto mais longo deva ser preferido.

(houve aí duas refeições, uma da Páscoa e depois uma da Ceia – aconteceu aí as duas celebrações - Obs. Pr. Henrique).

Vvs.14-16. refeição de Páscoa.

A referência ao cumprimento no reino de DEUS indica que a Páscoa tinha significado tipológico. Comemorava um livramento, sem dúvida, mas apontava para uma libertação maior no futuro, que seria vista no reino de DEUS.

Vvs.17,18. Na refeição da Páscoa era obrigatório beber quatro cálices de vinho. Parece que aqui temos referência a um destes cálices, embora não seja fácil ter certeza qual deles. A. Edersheim pensa que fosse talvez o primeiro, depois do qual se quebrava o pão (cf. Mishna, Pesahim 10:2-3). Mas um quebrar do pão e as ações de graças seguiam o segundo cálice também, de modo que poderia ter sido este. A participação do cálice era um símbolo de comunhão. Mais uma vez, o interesse escatológico de JESUS é revelado enquanto espera a vinda do reino. A vida humana que vivera com os discípulos estava no fim.

Vv.19. Tomar, quebrar e distribuir o pão eram aspectos regulares da observância da Páscoa e não causariam surpresa alguma. Mas enquanto a dava aos Seus discípulos, JESUS disse: Isto é o meu corpo. Estas palavras têm causado tremenda controvérsia na igreja. O ponto crítico é o significado de pão. Alguns argumentam em prol da transformação do pão no corpo de CRISTO, mas o verbo pode significar tipos de identificação muito variados, conforme vemos em declarações tais como “Eu sou a porta,” “Eu sou o pão da vida,” “aquela rocha era CRISTO.” Neste caso, a identidade não pode estar em mente, pois o corpo de JESUS estava fisicamente presente na ocasião. Deve ser usado nalgum sentido tal como “representa,” “significa” ou, talvez, “transmite” (cf. Moffatt: “Isto significa... ”).

A declaração é enfática, e não deve ser diluída, mas nem deve ser forçada além do seu significado real. A expressão adicional, oferecido por vós, prenuncia o Calvário. Fala da morte de JESUS em prol dos homens. Não se trata dalguma coisa que brota do ritual da Páscoa. Este falava do livramento mas não do sacrifício vicário. JESUS está interpretando Sua morte num contexto da Páscoa e deixando claro que tem um significado salvífico. Ellis pensa que Suas palavras acerca do corpo e do sangue aqui “podem ser explicadas somente como uma referência implícita ao Servo Sofredor que, como representante da aliança, ‘derramou a sua alma na morte... contudo levou sobre si o pecado de muitos’ (Is 53:12).” O mandamento, Fazei isto em memória de mim, não significa, conforme alguns alegam, que a comunhão é essencialmente um pleitear de CRISTO diante do Pai. É a fim de que nós não nos esqueçamos, não a fim de que Ele não Se esqueça.

Vv.20. O derramamento do vinho indica para nós a morte na cruz onde uma nova aliança seria inaugurada. Israel estava num relacionamento com DEUS de acordo com a aliança, mas agora haveria uma nova aliança levada a efeito pelo sangue de CRISTO (cf. Jr 31:31). Sua morte estabeleceria um novo modo de aproximação com DEUS. Cf. Harrington: “JESUS dá a entender que Sua morte iminente está para substituir os sacrifícios da Lei Antiga,” e Manson, “A Ceia do Senhor, apresentada assim, indica e inaugura uma redenção efetuada pela morte de CRISTO como um sacrifício.”

Lucas - Introdução e Comentário - Leon L. Morris - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP - www.vidanova.com.br

 

A festa dos asmos (v.l):

Asmo ou ázimo quer dizer pão que não fermentou. A festa dos asmos foi assim chamada porque durante toda a semana dessa festa, usava-se pão não levedado. A Lei proibiu, durante todos esses sete dias, a presença de fermento nas casas do povo, Ex 12.34,39; 13.3-7.

Chamada a Páscoa (v.l): Esta festa anual foi estabelecida em memória da saída do povo de Israel do Egito. A palavra Páscoa vem do hebraico e quer dizer passagem, em referência à passagem do anjo quando exterminou todos os primogênitos entre os egípcios, Ex 12.12-20. Esta Páscoa, de Lc 22, foi a última, o pleno cumprimento da primeira, no Egito. Os principais dos sacerdotes... (v.2): Eram as autoridades religiosas, da tribo de Levi, sacerdotes aqueles que deviam receber o CRISTO e O apresentar ao povo, os próprios pastores, aqueles que ocupavam a cadeira de Moisés (Mt 23), aqueles que se ostentavam como guias de cegos, luz dos que estão nas trevas (Rm 2.19) - eram esses que tramavam para destruir o próprio Cordeiro pascoal. São os que introduzem as maiores heresias. Quantas vezes erram os concílios, tanto em prática como em doutrina? Pouco importa qual a pessoa que fala sobre um ponto religioso; o que vale tudo é se o que ele diz é a verdade, Is 8.20.

Entrou, porém, Satanás em Judas (v.3): Basta que Satanás tente o homem. Mas é muito pior quando o ciranda (v.31), ou quando o esbofeteia ou leva cativo. Mas quando Satanás entre no homem, ele se apodera de seu juízo, destrói seu temor a DEUS, apaga nele a luz da justiça e tira-lhe todo o sentido de respeito. Judas era um dos doze apóstolos, escolhido por CRISTO. Seguia e conhecia intimamente a CRISTO durante todo o tempo do Seu ministério. Deixou tudo pelo amor do Mestre. Ouviu os sermões de CRISTO e ele mesmo pregava. Era tão fiel como Pedro, Tiago e João. Contudo, esse homem se toma ladrão (Jo 12.6), trai seu Mestre para ser crucificado e morre, um “filho da perdição”, Jo 17.12. Entrou, porém, Satanás em Judas (v.3): O diabo pensava em fazer fracassar o empreendimento de CRISTO, ferindo-Lhe a cabeça. Mas conseguiu apenas ferir-Lhe o calcanhar, como fora profetizado, Gn 3.15. Falou com os principais sacerdotes (v. 4): A causa de CRISTO sofre mais daqueles que pretendem ser servos de DEUS do que daqueles que se declaram inimigos. Se Judas tratar com os principais dos sacerdotes, não se espere uma coisa boa. Convieram em lhe dar dinheiro (v.5): Descobre-se nisto o segredo da queda deste apóstolo. Amava o dinheiro. Ouvi o Mestre dizer: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, cap. 12.15. Mas não atendeu. O amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males, 1 Tm 6.10. Judas não pôs essa raiz fora do seu coração e ela cresceu gradualmente. Não se pense que ele caiu duma vez. Pelo amor ao dinheiro Geazi se tornou leproso, 2 Rs 5.26,27. Pelo amor ao dinheiro Ananias e Safira caíram mortos, At 5. Pelo amor ao dinheiro um apóstolo escolhido vendeu o melhor e o mais amado dos mestres, por trinta moedas de prata (Mt 26.15), enforcou-se (Mt 27.3-5) e foi para o inferno, Jo 17.12.

 

A ÚLTIMA PÁSCOA E A CEIA DO SENHOR, Lucas 22.7-38. Grande é o desejo de receber convite para comer à mesa dos ricos e dos grandes. Mas não há honra tão grande como o privilégio de assentar-se e comer na mesa do Senhor, de ser um dos hóspedes servidos pelo Filho de DEUS. Não estamos excluídos, contudo, porque não somos dignos. Na última ceia os discípulos eram egoístas e interesseiros, discutindo sobre qual deles seria o maior. Até Pedro, que ia negá-Lo, assistiu à ceia. Todos, porém, senão Judas, estavam limpos.

 

22.7" Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava sacrificar a Páscoa. 8 “E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para que a comamos. 9 “E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? 10 “E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. 11 “E direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? 12 “Então, ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado; aí fazei os preparativos. 13 “E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a Páscoa. 14 “E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. 15 “E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, 16 “porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de DEUS. 17 “E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, 18 “porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de DEUS. 19 “E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. 20 “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.

 

A última ceia que CRISTO comeu com Seus discípulos era a última Páscoa verdadeira na terra. Os judeus continuavam a matar e a celebrar a Páscoa, até a destruição do Templo, quarenta anos depois. Mas foi apenas uma forma, sem a aprovação de DEUS. Até hoje os judeus observam o que chamam Páscoa, porém sem o cordeiro. Como as demais religiões sem CRISTO, é sem sangue. A Páscoa do Velho Testamento foi cumprida na instituição da Ceia do Senhor.

Mandou... preparai-nos a Páscoa (v.8): É provável que Judas houvesse comprado, no dia anterior, o cordeiro e o vinho. Pedro e João, à uma e meia da tarde, cercados de uma multidão de pessoas, subiram ao Templo. Antes de queimar o incenso, os cordeiros pascoais, eram imolados. Cada israelita, ao ouvir soar a trombeta, matava seu próprio cordeiro. Um sacerdote, com vasilha de ouro, apanhou o sangue do cordeiro de Pedro e João e o derramou ao pé do altar. Ao mesmo tempo cantavam o Halle, os Salmos 113 a 118. O cordeiro em cima de varas era, então, levado nos ombros de Pedro e João, perante o altar, onde era tirada a parte para queimar. Em seguida, os dois, ainda carregando o cordeiro nos ombros, saíram do Templo e percorreram as ruas de Jerusalém, até chegar à casa de Maria. Lá assaram o cordeiro e o arranjaram numa mesa, com pães asmos, ervas amargas, vinagre e milho. Por último prepararam os candeeiros e tudo estava pronto para introduzir no cenáculo na hora de comer a Páscoa.

Encontrareis um homem, levando um cântaro... (v.10): Foi um sinal sobrenatural; geralmente eram somente mulheres que levavam água em cântaro, os homens, quando carregavam água, era em odres.

Onde está o aposento... (v. 11): Parece que este homem havia falado com CRISTO; reconhecendo que não havia casa em Jerusalém que acolhesse o Mestre e Seus discípulos para comerem a Páscoa, ofereceu-Lhe este cenáculo, isto é, uma sala.

E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa... (v. 15): CRISTO desejava ansiosamente comer com eles esta Páscoa, porque os amava muito, e anelava essa comunhão à sombra do Getsêmani e da cruz. Anelava muito inaugurar esta nova festa comemorativa e tinha muitas coisas a lhes dizer, Jo 13. Queria muito comer a Ceia, porque marcava a grande hora da Sua glorificação na morte e na ressurreição. A morte de CRISTO era o cumprimento da Páscoa. Ele era o verdadeiro Cordeiro, que todos os cordeiros pascoais durante 1.500 anos prefiguravam. O que a morte do cordeiro foi para Israel no Egito, a morte de CRISTO seria para os pecadores no mundo inteiro. “CRISTO, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós”, 1 Co 5.7.

E tomando o pão... (v. 19): Finda-se, no v.18, a história da última Páscoa; inicia-se, no v.19, o relato da inauguração da Ceia do Senhor.

Fazei isto em memória de mim (v. 19): O relato da última Páscoa finda com o v.18.

A história da instituição da Ceia começa com o v.19. A Ceia do Senhor é observada em memória do sacrifício de CRISTO. Todos os anos um cordeiro era imolado em memória da Páscoa mas não era a Páscoa original. Justamente como o Brasil não proclama sua independência todos os anos, assim o sacrifício de CRISTO não se repete na Ceia do Senhor. Como a nação declarou sua independência no ano de 1822, e todos os anos comemora este evento no dia 7 de setembro, assim CRISTO se ofereceu na cruz uma vez para sempre (Hb 9.28; 10.12), e todas as Ceias são em memória deste evento.

Houve também entre eles contenda... (v.24): Houve contenda entre eles justamente na última hora que podiam passar sozinhos com Seu Mestre! Sobre qual deles parecia maior (v.24): É tema muito popular. Lede como CRISTO o resolveu nesta ocasião, Jo 13.1-17.

vos assenteis sobre tronos... (v.30): Esta promessa aos apóstolos foi depois feita a todos os fiéis, 1 Co 6.2; Ap 2.26,27; 3.21.

ESPADA CORTANTE 2 - Orlando Boyer, CPAD

 

1 Co 11.17-34 – CEIA DO SENHOR

i. As ofensas (11:17-22).

Acostumados como estamos a ter o ofício da Santa Comunhão (Santa Ceia) como o mais solene e digno dos ofícios litúrgicos, esta passagem traz algo de surpresa. É patente que o ofício está longe de ser edificante ou sequer digno, na Corinto do primeiro século. A passagem é importante em que lança luz sobre o modo como se dirigia o ofício, e em que nos dá ensino importante sobre a teologia da Santa Comunhão (Santa Ceia).

17. “Nisto que vos declaro” (AV) significa antes, “Ordenando-vos isto” (cf. a ARA, Nisto, porém, que vos prescrevo). O verbo, parangellõ, é o que fala de um encargo autorizado. A situação é séria, e Paulo não está simplesmente oferecendo uns poucos comentários acadêmicos. Ordena que se corrija a prática. Ao introduzir a seção anterior, ele pudera elogiar os coríntios pela maneira como eles guardavam “as tradições”. Quando passa a tratar do serviço da Comunhão, vê que não pode louvá-los. Expressa a máxima condenação de todas as vezes que se reúnem para o culto: porque vos ajuntais, não para melhor; e, sim, para pior. Em vez de a Comunhão ser um ato eminentemente edificante, estava tendo um efeito dilacerante.

18. Paulo começa com antes de tudo, mas, como aqui não há um “em seguida” para corresponder àquela expressão, provavelmente este é um meio de acentuar a importância daquilo que ele tem para dizer. No grego não há artigo junto de igreja, de modo que a expressão é antes “em igreja”. Mas, mesmo em, na assembleia realizada para o culto, Paulo ouve falar de divisões. A palavra é schismata, que empregara em 1:10, acerca das dissensões que tinham dividido a igreja em facções. Estas se intrometeram na mais santa das práticas de culto.

"Eu em parte o creio" é um sinal de que Paulo não era crédulo. Não aceitava todas as histórias que ouvia. Nesta ocasião, ele reconhecia que havia algum exagero no relato que lhe chegara, mas reconhecia também uma desagradável parcela de verdade.

19. Filosoficamente aceita a inevitabilidade de “heresias” (AV), haireseis. Esta palavra vem de uma raiz que salienta a ideia de escolha. Vem a significar a escolha de um grupo de opiniões e, dali os que fizeram uma escolha parecida. A princípio não há necessariamente nenhum sentido pejorativo ligado a ela. É empregada com relação aos saduceus (At 5:17), aos fariseus (At 15:5) e aos cristãos (At 24:5, 14). Mas pode ser uma das “obras da carne” (G1 5:20), e é este o seu sentido aqui. É o mesmo tipo de coisa que as “divisões” do versículo 18. É só quando os que escolhem de maneira obstinada aparecem, que os aprovados se tornam conhecidos. A ideia de aprovados, dokimoi, é a de ter alguém resistido à prova. Obviamente, se tais pessoas aparecerem, o teste será necessário.

20. O adjetivo kuriakon, traduzido por do Senhor, acha-se no Novo Testamento somente aqui e em Ap 1:10. Salienta a relação com o Senhor. As desordens em Corinto são tão graves que, quando a igreja se reúne para o sacramento, não é a ceia do Senhor que ela come. As desordens lhe deram um caráter diferente. Não é mais do Senhor.

1. Este versículo revela que em Corinto a Santa Comunhão (Santa Ceia) não era uma refeição simbólica apenas, como o é conosco, mas uma refeição de verdade. Além disso, parece claro que era uma refeição à qual cada um dos participantes levava comida. Refeições comuns desse tipo, em que os ricos compartilham com os pobres, às vezes ocorriam nas religiões pagãs, onde eram chamadas eranoi. Por algum tempo, houve na igreja primitiva, em associação com a Santa Comunhão (Santa Ceia), uma refeição denominada agapê, ou “festa de amor” (2 Pe 2:13; Jd 12; ver a RV). Mas, em Corinto, o que se fazia era um arremedo do amor. Os coríntios não chegavam sequer aos padrões dos pagãos. Cada qual colocava diante de si as suas provisões, e se punha a comê-las. Na verdade, comia “antes” (AV) do seu vizinho, o que dá descrição de uma contenda indigna, ou talvez de alguns que, tendo levado comida, começavam impacientemente a comer antes da chegada de outros (muitas vezes os escravos não podiam chegar cedo). O desenlace era que alguns, que eram pobres, iam-se com fome, e outros, que eram ricos, bebiam demais. Há um agudo contraste entre os pobres com fome (a quem faltava o alimento necessário), e os ricos embriagados. Não havia a intenção, ao se programar a refeição, de fazê-la comum, com real coparticipação. Vemos que as divisões do versículo 18 eram baseadas na situação financeira e na posição social.

22. Uma típica série de perguntas retóricas malha o erro dessa prática. A casa da gente é o lugar onde se há de satisfazer a fome e a sede. Comportar-se como os coríntios é desprezar a igreja, essa igreja cuja dignidade é exposta com o acréscimo da expressão de DEUS. É envergonhar os pobres. Não há lugar para louvor nenhum.

 

ii. Uma rememoração da instituição (11:23-26).

É praticamente certo que esta epístola foi escrita antes de qualquer dos evangelhos, o que significa que este é o mais antigo relato que temos da instituição da Santa Comunhão (Santa Ceia). Na verdade, é o mais antigo relato de quaisquer palavras de nosso Senhor. É um dos bem poucos incidentes da vida terrena de nosso Senhor que Paulo descreve pormenorizadamente. Há alguns traços deste relato que não encontramos em nenhum outro lugar; por exemplo, a ordem para continuar a ministração do ofício “até que ele venha” (v. 26).

23. Os verbos recebi e entreguei (paralambanõ e paradidõmi) são quase termos técnicos para os atos de receber e passar adiante as tradições cristãs (cf. o v. 2). Isto, considerado com a probabilidade geral, leva a maioria dos comentadores a achar que Paulo não deve ser tomado como querendo dizer que tivera uma revelação especial do Senhor sobre esta matéria. Contra isso está o enfático eu, egõ, que no grego inicia este versículo. Não parece haver razão pela qual Paulo deva dizer “eu recebi do Senhor”, se quer dizer, “eu recebi doutros homens uma tradição que em última análise procede do Senhor”. Existem várias referências a revelações feitas diretamente a Paulo (At 18:9, 10; 22:18; 23:11; 27:23-25; G1 1:12; 2:2; 2 Co 12:7). Parece que este é outro caso desses. A noite em que foi instituído o sacramento é mencionada, "na noite em que foi traído" (melhor, “em que estava sendo traído” ). Paulo revela o caráter pungente da instituição dessa festa de amor que haveria de trazer tanta força e tanto consolo para os cristãos, na mesma hora em que a malignidade humana estava empenhada em entregar o Salvador a Seus inimigos.

24. Um ponto de menor importância, mas interessante, é que Mateus e Marcos utilizam o verbo “abençoar” quanto ao pão, enquanto Lucas emprega o mesmo verbo que Paulo usa. Todos os três usam “dar graças” quanto ao vinho. Não há diferença importante entre estas expressões, pois a oração em ação de graças teria começado “Bendito és Tu, ó Senhor” (10:16). Provavelmente devemos omitir as palavras, “Tomai, comei” (AV). Não constam dos melhores MSS (assim na ARA), e são a espécie de acréscimo de harmonização que os escribas fariam naturalmente. JESUS partiu o pão, e disse, Isto é o meu corpo (Moffatt, “Isto significa o meu corpo” ). Estas palavras têm sido usadas como texto-prova para doutrinas como a da transubstanciação e a da consubstanciação com a sua realista identificação do pão com o corpo de CRISTO. Todavia, "é" pode indicar várias espécies de identificação, como vemos do seu emprego em passagens como Jo 8:12; 10:9; 1 Co 10:4, para não citar outras mais. Além disso, no versículo seguinte o cálice não é “o meu sangue”, mas, “a nova aliança no meu sangue”. As palavras não provam tudo que os advogados dessas teorias desejariam. Por outro lado, não devem ser diminuídas a ponto de dar-nos um conceito “zwingliano”, de que o ofício da Ceia não é nada mais que uma ocasião em que pensamos em CRISTO. Há uma dádiva muito real do Salvador no sacramento, não menos real por ser essencialmente espiritual. “O sacramento é um meio de comunhão com o corpo e o sangue de CRISTO, e um meio pelo qual a fé se apropria das bênçãos que fluem de CRISTO glorificado, em virtude de Sua morte” (Edwards).

As palavras seguintes são, “que é por vós”. Os MSS de que depende a AV inserem “partido”, outros, “dado” (ARA) ou “ferido”. O relato de Paulo deixa de dar a palavra. A ênfase é à obra vicária de CRISTO. O que aconteceu com o corpo foi por nós. Houve propósito em Seu sofrimento, e esse propósito estava dirigido para o Seu povo.

Fazei isto é presente contínuo: “Continuai fazendo isto”. Isto é importante, pois há alguma dúvida textual sobre Lc 22:19. Se julgar que a última parte desse versículo não faz parte do verdadeiro texto, este é o único registro do mandamento para dar continuidade à Comunhão, conquanto não devamos passar por alto a significação da prática regular da igreja desde os seus primeiros tempos (At 2:42).

Memória é anamríêsis, que significa a atividade de chamar à memória. Partindo e recebendo o pão, evocamos os sofrimentos de CRISTO por nós.

De mim é enfático (emêti, não mou). Salienta a natureza Cristocêntrica do ofício.

25. Não há o verbo tomou no grego, apesar de que este talvez dê o sentido dele. A linguagem é tersa e vívida. A impressão deixada é a de que o pão foi partido e partilhado durante o transcurso da refeição, e o cálice foi tomado no fim. A palavra diathêkê, “testamento” (AV), apresenta alguns problemas, demasiado complexos para serem discutidos aqui.

Sucintamente, diathêkê ê palavra grega usual para “última vontade e testamento” (daí, a AV). Este é praticamente o único sentido que ela tem em geral nos escritos gregos, e isso ocorre com muita frequência. Mas no Velho Testamento grego a palavra é empregada regularmente para traduzir o termo hebraico para “aliança” (277 vezes). A questão, no Novo Testamento, é, “Deve-se entender diathêkê como empregado geralmente no grego, ou como no Velho Testamento grego?” Provavelmente a resposta difere de passagem a passagem. Aqui o sentido será “aliança” (como na ARA). JESUS está-se referindo à “nova aliança” profetizada em Jr 31:31 ss. A ideia de aliança domina o Velho Testamento. O povo entrou numa aliança com o Senhor (como vem narrado em Êx 24), e daí em diante era o povo de DEUS. A profecia de Jeremias mostra que isto não era permanente, mas que, no devido tempo, a velha aliança seria substituída por uma nova, baseada no perdão de pecados, e com a lei de DEUS escrita no coração das pessoas. JESUS está dizendo, pois, que o derramamento do Seu sangue é o meio de estabelecer a nova aliança. Propicia perdão de pecados, e abre o caminho para a atividade do ESPÍRITO SANTO no coração do crente. Todo o sistema judaico é substituído pelo cristão, e tudo se centraliza na morte do Senhor, que estabelece a nova aliança. Meu é o enfático em os. O lugar do Senhor é absolutamente central.

26. Apresenta-se a importância de obedecer à ordem de CRISTO para continuar a observância da festa. A palavra importante aqui é a traduzida por “mostrais” (AV; katangellõ). Na Comunhão recebemos a CRISTO. Não O apresentamos nem Seu sacrifício ao Pai. Apresentamos, e podemos apresentar, somente a nós próprios. Katangellõ significa “anunciar” (assim na ARA), “proclamar”. No Novo Testamento é empregado mormente com referência à pregação do Evangelho. Sempre denota uma atividade exercida para com os homens, e nunca uma atividade exercida para com DEUS. Assim, aqui significa que a solene observância do ofício da Santa Comunhão (Santa Ceia) é uma vivida proclamação da morte do Senhor. Em palavra e em símbolo a morte de CRISTO pelos homens é exposta diante deles. “A eucaristia é um sermão dramatizado, uma proclamação dramatizada da morte que ela comemora” (Robertson e Plummer). Até que ele venha lembra-nos o aspecto escatológico da Santa Comunhão (Santa Ceia). Olha prospectivamente para o dia em que o Senhor voltará. Não será necessária na nova ordem que surgirá então. Mas até esse dia, ela nos manterá atentos, não só quanto à primeira vinda do Senhor, quando Ele sofreu por nossos pecados, mas também quanto ao Seu segundo advento, quando Ele virá para levar-nos para Si.

 

iii. O resultado prático (11:27-34).

Paulo agora se põe a falar da maneira pela qual o ofício deve ser dirigido. A exposição que acabou de fazer do sentido do serviço da Ceia levanta a questão da esfera das minúcias litúrgicas. É a observância de um rito extremamente solene, instituído pessoalmente pelo Senhor, e pleno de significação profunda e sagrada. Como tal, deve ser observado com indefectível reverência.

27. Por isso, hoste, salienta consequência. É por causa da significação esboçada há pouco que os homens devem observar com o devido cuidado o serviço litúrgico. Há um sentido em que todos têm que participar indignamente, pois ninguém jamais pode ser digno da bondade de CRISTO para conosco. Mas noutro sentido podemos vir dignamente, isto é, com fé, e com a devida realização de tudo que é pertinente a tão solene rito. Negligenciar nisto é vir indignamente no sentido aqui censurado. O homem que age assim é réu do corpo e do sangue do Senhor. A grandeza da dávida oferecida é a medida da grandeza da sua culpa.

28. Examine-se é dokimazetõ, “testar”, “provar”. Muitas vezes é empregado quanto à prova de metais. Paulo quer dizer que ninguém deve entender a Santa Comunhão (Santa Ceia) como uma coisa natural, como qualquer outro serviço litúrgico. É um rito solene, instituído pessoalmente pelo Senhor, carregado de profunda significação. Antes de tomarmos parte em tal serviço, o mínimo que podemos fazer é um rigoroso autoexame. Deixar de fazê-lo resultará em comungar “indignamente” (v. 27). De passagem notamos que a referência a pão no momento em que se recebe o elemento (e não “o corpo do Senhor” ) não concorda com teorias como a da transubstanciação. O pão continua pão.

29. “Indignamente” (AV) parece não fazer parte do verdadeiro texto, e o sentido é o da RV. “Maldição” ou “danação” (AV) é tradução forte demais de krima, que significa antes “condenação”. Paulo não quer dizer que a pessoa que comunga erroneamente incorre na pena eterna, mas cai sob a medida de condenação apropriada a seu ato. Sem discernir. O corpo (a AV acrescenta, “do Senhor” ) é difícil. O verbo diakririõ significa “distinguir”, e assim, “discernir”, “separar”. Aqui significará distinguir a ceia do Senhor de outras refeições, isto é, não a considerar como qualquer outra refeição. O verdadeiro texto diz “o corpo” (como na ARA), não “o corpo do Senhor”, embora, naturalmente, não haja diferença no sentido. Alguns acham que o corpo é a igreja, como em 12:13; Cl 1:18. Mas não parece haver razão real para pensar que o termo significa coisa diferente daquilo que ele significa no versículo 27. Ao mesmo tempo há marcante ênfase nesta passagem toda à natureza corporativa do rito, e à responsabilidade de cada um por todos.

30. Males espirituais podem ter resultados físicos. Paulo informa seus amigos de que a razão da má saúde e mesmo da morte de alguns deles tem atrás de si uma atitude errada para com este ofício sumamente solene. Alguns veem aí uma referência aos resultados da bebida excessiva (v. 21). Mas o que Paulo quer dizer é, provavelmente, não algo que deveríamos chamar de resultados “naturais” do excesso, mas a mão punidora do Senhor (v. 32).

31, 32. Os coríntios evidentemente achavam que havia pouca coisa errada com eles. Mas Paulo expõe o valor do correto e sistemático julgamento de nós mesmos. Devemos desenvolver a prática (esta é a força do tempo imperfeito) de “distinguir-nos a nós mesmos” (assim, melhor do que “julgar-nos a nós mesmos” ), isto é, distinguir entre o que somos e o que devíamos ser (o verbo é diakrinõ, como no v. 29). Barclay o verte, “se nós discerníssemos verdadeiramente a que somos semelhantes”. Então não devemos achar-nos julgados, isto é, objetos da espécie de julgamento de que Paulo falou no versículo anterior. “Somos castigados pelo Senhor” (AV; ARA: disciplinados) significa que essas desgraças não são males incógnitos, mas sinais do amor de DEUS. São enviados para fazer-nos voltar do caminho errado, para que não participemos da condenação do mundo.

33,34. Decorrente dessa discussão (hoste, assim), Paulo conclui a matéria. Concita-os a esperar uns pelos outros quando se reúnem para comer. Vale dizer que ele quer que à desastrosa contenda do versículo 21 cesse. Na verdade, o propósito da ceia do Senhor não é saciar a fome física, de modo nenhum. Se alguém está com fome, coma em casa. Assim Paulo insta com eles, que evitem a condenação. Estas são as coisas urgentes. Transparece que ele sabia que existiam outras questões concernentes à ministração do sacramento, questões que não eram tão urgentes. Estas podiam esperar até à ocasião em que ele fosse a Corinto. Incidentalmente, quando é o indefinido hõs an. Ele não sabia quando seria.

I Coríntios- Introdução e Comentário, Rev. CANON LEON MORRIS, SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO

 

 

A IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA

A Ceia do Senhor é um ato de suma importância, em si mesmo e na vida do crente.

O QUE É A SANTA CEIA

A Santa Ceia não é apenas um ato celebrado pela igreja, mas também uma proeminente doutrina bíblica.

O que nos lembra a Santa Ceia?

A Santa Ceia lembra as refeições dos discípulos em companhia de JESUS, lembra o arrebatamento de CRISTO em sua primeira vinda e lembra a paixão e a morte de CRISTO em nosso lugar, bem como a sua segunda vinda.

 

1. Definição e designações.

Paulo recebeu o ensino da Santa Ceia, segundo a bíblia, diretamente do Senhor: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei". 1 Co 11

Paulo provavelmente recebeu instruções sobre a ceia durante o tempo em que estivera a sós com DEUS no monte, na Arábia, sobre os quais as Escrituras silenciam (Gl 1.11,12, 15-17).

 

2. Ordenança ou sacramento.

A Ceia do Senhor é conhecida pelos evangélicos como ordenança, por constituir-se numa ordem dada por CRISTO aos santos apóstolos.

A Santa Ceia é uma sacramento da Igreja para os católicos romanos e certas alas do protestantismo.

 

OS ELEMENTOS DA SANTA CEIA

Elementos da Santa Ceia: o pão e o vinho.

O pão e o vinho por representarem, respectivamente, o corpo e o sangue do Senhor JESUS. O pão e o vinho são, biblicamente, o memorial do Calvário; representam o corpo e o sangue de CRISTO.

 

1. O pão. "Eu sou o pão da vida..."

Por que o pão é um dos elementos da Santa Ceia do Senhor?

Por ser este alimento o símbolo da vida, JESUS assim identificou-se aos seus discípulos (Jo 6.35). Quando o pão é partido, vem-nos à memória o sacrifício vicário de CRISTO. ELE deu sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.

 

2. O vinho. "fruto da vide" e "cálice do Senhor"

Por que o vinho é um dos elementos da Santa Ceia do Senhor?

Porque lembra-nos o sangue de CRISTO vertido na cruz para redimir a todos os filhos de Adão.

 

LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DA SANTA CEIA

Lições ou ensinos doutrinários da Ceia do Senhor até a volta de JESUS.

1. A Santa Ceia é um mandamento do Senhor.

Ele ordenou por duas vezes: "fazei isto em memória de mim" (vv.24,25

2. É um memorial divino.

"Em memória de mim" (vv.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de DEUS em nosso lugar (1 Pe 1.18,19; Jo 1.29). Como tal, a Santa Ceia comemora algo já realizado (Lc 22.19).

Assim como a sociedade, o governo, o povo, as instituições particulares têm seus memoriais, aos quais estimam, honram e preservam, nós temos muito mais razão, dever, direito e prazer de sempre participar da Ceia do Senhor.

3. É uma profecia a respeito da volta de JESUS.

"Anunciais a morte do Senhor até que venha" (v.26). A igreja ao celebrar a Ceia do Senhor, está também anunciando a todos a sua vinda. "E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai" (Mt 26.29).

4. Deve ser precedida de autoexame do participante (v. 25).

Trata-se do autojulgamento do cristão diante de DEUS, quanto ao seu estado espiritual (v.31). Esse autoexame deve ser feito com o auxílio do ESPÍRITO SANTO e tendo a nossa consciência alinhada às Escrituras.

 5. A ceia do Senhor e o discernimento espiritual do crente.

Participar da Ceia sem discernir "o corpo do Senhor" (v. 29), é ter os santos elementos da Ceia como coisas comuns, e não como emblemas do corpo e do sangue de CRISTO.

6. É uma ocasião propícia ao recebimento de bênçãos.

"O cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de CRISTO? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de CRISTO?" (10.16). Portanto, DEUS pode derramar copiosas bênçãos no momento da ceia. Houve milagres na preparação da primeira Ceia (Lc 22.10-13).

7. A Santa Ceia é um momento de gratidão a DEUS.

Na Ceia do Senhor todo crente deve ser agradecido. "E tendo dado graças" (v.24). Em todos os registros da Ceia vemos ação de graças a DEUS: 1 Co 11.24; Mt 26.27; Mc 14.23; Lc 22.19.

8. A Santa Ceia é para os discípulos do Senhor.

Conforme Lucas 22.14, JESUS levou apenas os Doze para a mesa da Páscoa, seguida da Ceia do Senhor. Se a Ceia fosse para qualquer um, Ele teria chamado a todos sem distinção. A Santa Ceia é para os santos em CRISTO JESUS.

9. É um momento de profunda e solene devoção e louvor a DEUS.

"E, tendo cantado um hino" (Mt 26.30). Como JESUS cantou à sombra da sua cruz, não podemos compreender, nem explicar!

10. A Santa Ceia é alimento espiritual.

Toda ceia destina-se a alimentar. Devemos participar desse SANTO Memorial convictos, pela fé e esperança de que seremos novamente alimentados espiritualmente.

11. A Ceia do Senhor condena a duplicidade religiosa.

"Não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios" (10.21). A Santa Ceia é incompatível com a duplicidade da vida espiritual do cristão (Sl 119.113; Mt 6.24; 2 Co 6.14).

CONCLUSÃO - A ceia é o Memorial da paixão e morte de Nosso Senhor JESUS CRISTO.

 

Estudo sobre a Santa Ceia

A ORDEM DOS EVENTOS NA ÚLTIMA CEIA DO SENHOR (H.M.S. abril/98)

 

Tenho visto muitos estudos sobre o assunto, mas todos eles me parecem obedecer mais a “pontos de partida lógicos” do que a simples e somente a sequência que emerge mais naturalmente da Bíblia. (Estes pontos de partida, a meu ver desnecessários, são que: (1) o lava-pés deve ter ocorrido antes de tudo; (2) o pão e o cálice só foram repartidos após o definitivo encerramento e retirada de tudo da refeição pascal; e (3) não é admissível que Judas tenha participado do pão e do cálice).

Baseamo-nos na sequência de Lucas porque, dos escritores dos 4 evangelhos, é ele quem se prende rigorosamente à sequência, à cronologia dos fatos Lc 1:1-3.

A ordem dos acontecimentos da última ceia do Senhor com seus apóstolos e que me parece emergir do relato bíblico, simplesmente tomado, é a seguinte:

 

1. CRISTO pôs-se à mesa, com os 12 apóstolos

Mt 26:20

Mc 14:17

Lc 22:14

 

2. CRISTO: “Desejei muito ... não a comerei mais até que...”

 

 

Lc 22:15-16

 

3. Tomam a ceia pascal. Conforme Ex 12: cordeiro sem mácula, separado por 4 dias, sacrificado ao anoitecer, assado na brasa, servido com pães asmos e ervas amargosas, nada ficando para o amanhecer; todos com lombos cingidos, sapatos nos pés, cajado nas mãos, apressadamente, memorialmente, por estatuto perpétuo. Parece que CRISTO comeu apressadamente e terminou a ceia antes dos apóstolos. Houve um cálice Lc 22:17-18 (e, talvez, pão) nesta ceia pascal, antes da Ceia do Senhor, que teve lugar logo a seguir.

4.  Tomam a Ceia do Senhor: Em 1o. lugar, CRISTO abençoa o pão, explica-o, reparte-o.

Mt 26:26

Mc 14:22

Lc 22:19

1Co 11:23-24,26

5. Em 2o. lugar, CRISTO abençoa o cálice, explica-o, reparte-o, “não mais beberei dele até que...”

Mt 26:27-29

Mc 14:23-25

Lc 22:20

1Co 11:25-26

6. CRISTO, turbado em espírito: “Um de vós me há de trair.”

Mt 26:21

Mc 14:18

 

João 13:21

7.  Apóstolos: “Sou eu, Senhor?”

Mt 26:22

Mc 14:19

 

João 13:22

8. CRISTO: “O que põe comigo a mão no prato ... ai daquele ...”

Mt 26:23-24

Mc 14:20-21

Lc 22:21-23

João 13:18-20

9. João: “Quem é?”

 

 

 

João 13:23-25

10. CRISTO, só a João: “É aquele ... bocado molhado” (comiam os restos das duas ceias)

 

 

 

João 13:26

11. Satanás se apossa de Judas.

 

 

 

João 13:27a

12. Judas Iscariotes: “Sou eu, Rabí?”

Mt 26:25a

 

 

 

13. CRISTO: “Tu o disseste.”

Mt 26:25b

 

 

 

14. CRISTO: “... faze-o depressa.”

 

 

 

João 13:27b-29

15. Judas sai.

 

 

 

João 13:30

16. Apóstolos: “Quem de nós será o maior?”

 

 

Lc 22:24

 

17. CRISTO repreende os apóstolos.

 

 

Lc 22:25-27

 

18. CRISTO revela aos apóstolos que eles reinarão.

 

 

Lc 22:28-30

 

19. CRISTO lava os pés dos apóstolos.

 

 

 

João 13:2-17

20. Hino.

Mt 26:30a

Mc 14:26a

 

 

21. Saída para o Monte das Oliveiras.

Mt 26:30b

Mc 14:26b

 

 

22. (no caminho) CRISTO anuncia Sua glorificação, ausência, e novo mandamento.

 

 

 

João 13:31-35

23. CRISTO adverte a Pedro.

Mt 26:31-35

Mc 14:27-31

Lc 22:31-34

João 13:36-38

24. As duas espadas.

 

 

Lc 22:35-38

 

 

1. CRISTO pôs-se à mesa, com os 12 apóstolos Mt 26:20; Mc 14:17; Lc 22:14.

(Mat 26:20) E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze.

(Mc 14:17) E, chegada a tarde, foi com os doze.

(Lc22:14)E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos.

 

2. CRISTO: “Desejei muito ... não a comerei mais até que...” Lc 22:15-16.

(Lc 22:15-16) E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça;    (16) Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de DEUS.

 

3. Tomam a ceia pascal. Conforme Ex 12: cordeiro sem mácula, separado por 4 dias, sacrificado ao anoitecer, assado na brasa, servido com pães asmos e ervas amargosas, nada ficando para o amanhecer; todos com lombos cingidos, sapatos nos pés, cajado nas mãos, apressadamente, memorialmente, por estatuto perpétuo. Parece que CRISTO comeu apressadamente e terminou a ceia antes dos apóstolos. Houve um cálice Lc 22:17-18 (e, talvez, pão) nesta ceia pascal, antes da Ceia do Senhor, que teve lugar logo a seguir.

(Lc 22:17) E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós;    (18) Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de DEUS.          Este 1o. cálice, em Lc, fez parte da Ceia Pascal (profetizando a morte do Messias, para os judeus), não da Ceia do Senhor (memorial da morte do CRISTO, para a Igreja), que teve lugar logo a seguir.

 

4. (Começam a tomar a Ceia do Senhor:) O pão: CRISTO o abençoa, explica simbolismo memorial, reparte. Mt 26:26; Mc 14:22; Lc 22:19; 1Co 11:23-24,26.

(Mat 26:26) E, quando comiam, JESUS tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.

(Mc14:22) E, comendo eles, tomou JESUS pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.

(Lc 22:19) E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim.

(1Co 11:23) Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor JESUS, na noite em que foi traído, tomou o pão;    (24) E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.    (26) Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.

 

5. O cálice: CRISTO o abençoa, explica simbolismo memorial, reparte, “não mais dele beberei até que...”. Mt 26:27-29; Mc 14:23-25; Lc 22:17-18,20; 1Co 11:25-26.

(Mat 26:27) E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;    (28) Porque isto é o meu sangue; o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.    (29) E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.

(Mc 14:23) E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.    (24) E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado.    (25) Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de DEUS.

 (20) Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.

(1Co 11:25) Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.    (26) Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.

 

6. CRISTO, turbado em espírito: “Um de vós me há de trair.” Mt 26:21; Mc 14:18; João 13:21.

(Mat 26:21) E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair.

 (Mc 14:18) E, quando estavam assentados a comer, disse JESUS: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me.

(João 13:21) Tendo JESUS dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair

 

7. Apóstolos: “Sou eu, Senhor?” Mt 26:22; Mc 14:19; João 13:22.

(Mat 26:22) E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe: Porventura sou eu, Senhor?

(Mc 14:19) E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Sou eu? E outro disse: Sou eu?

(João 13:22) Então os discípulos olhavam uns para os outros, duvidando de quem ele falava.

 

8. CRISTO: “O que põe comigo a mão no prato ... ai daquele ...” Mt 26:23-24; Mc 14:20-21; Lc 22:21-23.

(Mat 26:23) E ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato, esse me há de trair.    (24) Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido.

(Mc 14:20) Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que põe comigo a mão no prato.    (21) Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido.

(Lc 22:21) Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa.    (22) E, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído!    (23) E começaram a perguntar entre si qual deles seria o que havia de fazer isto.

 

9. João: “Quem é?” João 13:23-25.

(João 13:23) Ora, um de seus discípulos, aquele a quem JESUS amava, estava reclinado no seio de JESUS.    (24) Então Simão Pedro fez sinal a este, para que perguntasse quem era aquele de quem ele falava.    (25) E, inclinando-se ele sobre o peito de JESUS, disse-lhe: Senhor, quem é?

 

10. CRISTO, só a João: “É aquele ... bocado molhado” João 13:26. (estavam comendo os restos das duas ceias)

(João 13: 26) JESUS respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão

 

11. Satanás se apossa de Judas. João 13:27a

(João 13:27a) E, após o bocado, entrou nele Satanás. ...

 

12. Judas Iscariotes: “Sou eu, Rabí?” Mt 26:25a.

(Mat 26:25a) E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi?.

 

13. CRISTO: “Tu o disseste.” Mt 26:25b.

(Mat 26:25b) Ele disse: Tu o disseste.

 

14. CRISTO: “... faze-o depressa.” João 13:27b-29.

(João 13:27b-30) ... Disse, pois, JESUS: O que fazes, faze-o depressa. (28) E nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto.    (29) Porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que JESUS lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa; ou que desse alguma coisa aos pobres.

 

15. Judas sai. João 13:30.

 (João 13:30) E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite.

 

16. Apóstolos: “Quem de nós será o maior?” Lc 22:24.

(Lc 22:24) E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior

 

17. CRISTO repreende os apóstolos. Lc 22:25-27.

(Lc 22:25) E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores.    (26) Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve.    (27) Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve

 

18. CRISTO revela aos apóstolos que eles reinarão. Lc 22:28-30.

(Lc 22:28) E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações.    (29) E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou,    (30) Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel.

 

19. CRISTO lava os pés dos apóstolos. João 13:2-17.

(João 13:2) E, acabada a ceia, tendo o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse,    JESUS,     (3) sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de DEUS e ia para DEUS,    (4) Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se.    (5) Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.    (6) Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?    (7) Respondeu JESUS, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.    (8) Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe JESUS: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.    (9) Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. (10) Disse-lhe JESUS: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos.    (11) Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos.    (12)Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?    (13) Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.  (14) Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros.    (15) Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.    (16)Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.    (17) Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.

 

20. Hino. Mt 26:30a; Mc 14:26a.

(Mat 26:30a) E, tendo cantado o hino, ...

(Mc 14:26a) E, tendo cantado o hino, ...

 

21. Saída para o Monte das Oliveiras. Mt 26:30b; Mc 14:26b; Lc 22:39.

(Mat 26:30b) ... saíram para o Monte das Oliveiras.

(Mc 14:26b) ... saíram para o Monte das Oliveiras.

 

22. (no caminho) CRISTO anuncia Sua glorificação, ausência, e novo mandamento. João 13:31-35.

(João 13:31-35) Tendo ele, pois, saído, disse JESUS: Agora é glorificado o Filho do homem, e DEUS é glorificado nele.    (32) Se DEUS é glorificado nele, também DEUS o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar.    (33) Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir; eu vo-lo digo também agora.    (34) Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.  (35) Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

 

23. CRISTO adverte a Pedro. Mc 14:27-31; Lc 22:31-34; João 13:36-38.

(Mc 14:27) E disse-lhes JESUS: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.    (28) Mas, depois que eu houver ressuscitado, irei adiante de vós para a Galileia.    (29) E disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu.    (30) E disse-lhe JESUS: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.    (31) Mas ele disse com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E da mesma maneira diziam todos também.

(Lc 22:31) Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;    (32) Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.    (33) E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte.    (34) Mas ele disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces

(João 13:36-38) Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? JESUS lhe respondeu: Para onde eu vou não podes agora seguir-me, mas depois me seguirás.    (37) Disse-lhe Pedro: Por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida.    (38) Respondeu-lhe JESUS: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo que não cantará o galo enquanto não me tiveres negado três vezes.

 

24. As duas espadas. Lc 22:35-38.

(Lc 22:35) E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.    (36) Disse-lhes pois: Mas agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como também o alforje; e, o que não tem espada, venda a sua capa e compre-a;    (37) Porquanto vos digo que importa que em mim se cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o que está escrito de mim terá cumprimento.    (38) E eles disseram: Senhor, eis aqui duas espadas. E ele lhes disse: Basta.

 

APÊNDICE:

No ano 32 segundo nosso calendário, CRISTO foi traspassado e verteu todo Seu sangue ao anoitecer de uma quarta-feira (nossa). Para os judeus, esta ocasião foi o fim do dia 14 de Nissan, portanto foi a hora da imolação do cordeiro da Páscoa e o início do quinto dia da semana. Este quinto dia da semana foi também considerado um sábado (que significa dia de cessação dos trabalhos), pois, sendo o primeiro dia da festa dos pães asmos, era dia religioso a ser guardado em descanso. CRISTO ressuscitou durante a noite do sábado para o domingo. Portanto, como tinha profetizado, CRISTO ficou exatamente 3 dias completos e 3 noites completas no seio da terra, com a porta do túmulo fechada, até que ressuscitou e dele saiu.

Por tudo isso, a última ceia do Senhor com seus apóstolos ocorreu numa noite da terça para a quarta-feira, noite que chamaríamos 13 de abril mas que, para CRISTO, já era 14 de Nissan e, para outros judeus, era 13 de Nissan.

Notemos que, devido a diferenças na determinação da hora exata da uma lua cheia, em certos anos havia alguns judeus que começavam a contar o 1o. dia do ano antes dos demais. Isto ocorreu naquele ano. Para CRISTO e seus discípulos, aquela terça-feira era 14 de Nissan, enquanto para os demais era somente 13 de Nissan. Por isso, CRISTO guardou a Páscoa 1 dia antes dos demais.

Julgue se assim mesmo e aproveite o que for bom.

(http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/SequenciaEventosNoiteUltimaCeiaSenhor-Helio.htm)

 

 

A refeição no noivado e casamento tem muito a ver com a ceia:

Jo 14.3- “E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.

 

DEUS sempre vem ao homem no nível em que ele se encontra, de maneira simples e cotidiana, e aqui JESUS usa a figura do noivado judaico (hebreus) para infundir fé em seus ouvintes a respeito de sua volta para buscar-nos; vejamos:

1- Quem escolhia a noiva era a pai do noivo (Gn 24.2-4), compare com Rm 8.29 onde DEUS nos escolhe para seu filho.

2- O costume era que a escolhida fosse a filha mais velha, mas se a mesma fosse maior (acima de 18 anos), poderia aceitar ou não o noivo (Gn 29.24-26), compara com Jo 1.11,12 aonde JESUS veio para ISRAEL (a filha mais velha, porém de maior), mas estes não o receberam, assim JESUS escolheu a nós (gentios filhos mais novos que não eram os escolhidos, para sermos sua noiva, a Igreja).

3-  No noivado o noivo ia à casa da noiva para cear e confirmar o compromisso (Gn 24.54), compare com Mt 22.14-20 aonde JESUS vem a nossa casa (o mundo) e ceia conosco (representados pelos apóstolos).

4- O noivo deixava um penhor como prova de que ia voltar para buscar a noiva (Gn 24.53), compare com Ef 1.13,14 onde o ESPÍRITO SANTO nos é dado como penhor e prova de que o SENHOR voltará para nos buscar. (2 Ts 2.7)

5- A noiva era comprada por preço de ouro (Gn 24.47), compare com 1 Co 6.19,20 e At 20.28 onde a palavra de DEUS nos diz que fomos comprados pelo sangue de JESUS CRISTO derramado na cruz do calvário (o preço maior que existe).

6- O noivo ia preparar uma casa para o casal, ao lado da casa de seu pai (Gn 24.67), compare com a leitura em Jo 14.2 onde JESUS diz que na casa de nosso pai existem muitas moradas e que ELE ia nos preparar lugar.

7- O noivo mandava recados e recebia recados da noiva através de algum emissário (a), dizendo como é que gostava da noiva: Se bem-vestida, modo de falar correto e santo, etc... Também dizia que era pra esperá-lo, pois a casa estava quase pronta e ele estava voltando; compare com Hb 13.7 e 13.14; Ef 5.19 e 5.25-27; Ap 22.7 e 22.20; etc..., Onde JESUS está nos exortando a continuarmos firmes, com uma vida santa e irrepreensível e o ESPÍRITO SANTO sempre nos avisando: JESUS ESTÁ VOLTANDO, a casa está quase pronta, prepara-te.

Sf 1.7 “Cala-te diante do Senhor DEUS, porque o dia do Senhor está perto; pois o Senhor tem preparado um sacrifício, e tem santificado os seus convidados”.

 

Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

Quando ocorria a festa da Páscoa?

A festa da Páscoa era uma das celebrações que ocorria na primavera.

A palavra Páscoa é derivada de qual verbo hebraico e qual é o seu significado?

A palavra é derivada do verbo hebraico pasah, com o sentido de "passar por cima".

O que o vinho na Santa Ceia simboliza?

O vinho é um símbolo da Nova Aliança, que foi selada com o sangue de JESUS, o Cordeiro de DEUS.

O que simboliza o pão?

O pão simboliza o corpo de JESUS.

O que significa, para você, participar da Santa Ceia?

Resposta livre.

 

 

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Primeiro Trimestre de 2007 - LIÇÃO 3 – Igreja, batismo e sua finalidade integradora
TEMA –A Igreja e a sua missão - COMENTARISTA : Elienai Cabral

   

  

 

 

 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE :   Marcos 16. 1 5,16; Atos 2.38,39,41,42; Romanos 6.3,4.

 Marcos 1 6

15- E disse-Ihes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

Atos 2

38 - E disse-Ihes Pedro:

Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.

39- Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar.

 41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.

42- E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

Romanos 6

3- Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em JESUS CRISTO fomos batizados na sua morte?

4 - De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como CRISTO ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.

 

 

COMENTÁRIOS  PARA AUXILIAR OS PROFESSORES E ALUNOS:

 

INTRODUÇÃO

 Os Batismos do Antigo Testamento

Os batismos se focam tanto na purificação (seja real ou cerimonial) como na identificação. Muitas pessoas provavelmente não estão apercebidas do fato que houve batismos no Antigo Testamento. Hebreus 9:10 fala de "vários batismos" (frequentemente traduzido por "várias lavagens"), que faziam parte da economia do Antigo Testamento. O escritor refere-se à três destas cerimônias batismais nos versos 13, 19 e 22. Em cada verso (juntamente com suas referências do Antigo Testamento), há uma clara descrição do processo e do efeito que constituía um batismo do Antigo Testamento. No verso 13, o escritor fala de um batismo no qual "o sangue de bodes e de touros, e a cinzas duma novilha, aspergidas sobre o impuro, santifica para a purificação da carne". Isto se refere a Números 19:17-18. Aqui uma pessoa impura toma um hissopo, mergulha-o numa vasilha cheia com água, e as cinzas de uma novilha que tenha sido usada como um sacrifício, e então, asperge-o sobre aquelas pessoas ou coisas que devem ser limpas cerimonialmente. Em Hebreus 9:19, lemos que Moisés "tomou o sangue de novilhos e bodes, com água, lã escarlate, e hissopo, e aspergiu tanto o próprio livro como todo o povo". Isto se refere a Êxodo 24:6-8, onde novamente vemos que o processo de um batismo do Antigo Testamento era mergulhar o hissopo e a lã no sangue e aspergi-lo como um meio de purificação cerimonial. Finalmente, em Hebreus 9:21, há uma descrição de um processo pelo qual Moisés "aspergiu com o sangue tanto o tabernáculo como todos os vasos do serviço sagrado". Levítico 8:19 e 16:14,16 provê o pano de fundo para este batismo do Antigo Testamento. O sacerdote mergulhava seu dedo no sangue de um touro usado para sacrifício, e então, aspergia o sangue sobre o propiciatório (representando a expiação). Esta era uma cerimônia que significava a remoção da impureza dos filhos de Israel. Em cada caso, o processo de batismo incluía o mergulhar de um instrumento usado para batizar numa substância, tal como sangue ou água. O instrumento era então usado para aspergir a(s) pessoa(s) ou coisa(s) a serem batizadas. Este processo tinha o efeito de identificar a substância usada para o batismo com o qual era batizada. Como resultado, o povo era considerado cerimonialmente limpo por aquela substância. O batismo não era o mergulhar, mas o processo de mergulhar e aspergir, de acordo com a ordem de DEUS.A ênfase destes batismos do Antigo Testamento não estava no modo do batismo, mas no efeito: limpeza ou purificação. Estes batismos não representavam algo que o povo fizera, mas algo que DEUS fez, ao providenciar uma limpeza do pecado e da culpa. Os batismos eram Seus meios de cerimonialmente providenciar tal purificação.

Agora, no Novo testamento, o batismo é para confirmação da fé em JESUS CRISTO e seu sacrifício purificador.

 

Não são poucos os que batizam crianças e os que batizam por aspersão, entre esses estão muitos evangélicos como os presbiterianos e os não evangélicos como  os católicos romanos. Ainda existem os que se batizam pelos mortos como os mórmons. 

O batismo é realmente uma doutrina importante em nossa fé cristã, pois o entendimento a seu respeito pode trazer paz com DEUS ou dúvidas mil aos mal-informados. 

 

Os que seguem um batismo diferente do revelado pelo ESPÍRITO SANTO, são sempre os que se baseiam em rituais do Antigo testamento, como se a circuncisão judaica fosse o batismo e festas do AT como a Páscoa judaica fosse a ceia , tendo o período da lei e não o da graça salvadora como empecilho à sua fé.. Aliás, a grande derrota dos "evangélicos modernos ou até modernistas (incluindo aqui algumas denominações históricas)" é exatamente a volta aos rituais do Antigo testamento, são os que fazem parte do "CRISTIANISMO JUDAIZANTE", o quais já estudamos na lição 9 de  2º trimestre de 2006. - Tema: HERESIAS E MODISMOS. - Combatendo os erros doutrinários. - Comentarista: Pr. Esequias Soares.

 

O BATISMO DE JOÃO BATISTA É O MESMO QUE O CRISTÃO? 

NÃO. O batismo de João que era para arrependimento de pecados, era também para esperar a vinda de JESUS CRISTO e o batismo cristão é para confirmar, pela fé que cremos que Ele veio em carne, morreu por nós, ressuscitou e está assentado à direita do pai donde intercede por nós. At 19. 3  

O arrependimento e conversão do cristão se dá no dia em que se converte a CRISTO e não no dia do batismo em águas.

 

Nas religiões cristãs há pelo menos três tipos de batismo com o uso de água: o de aspersão, no qual a água é borrifada; o de efusão, pelo qual a água é derramada sobre a cabeça da pessoa; e o de imersão, no qual a pessoa é mergulhada. Os dois primeiros tipos surgiram numa época em que ainda se acreditava que o batismo era fundamental para a salvação. Assim, temendo-se que os doentes não-batizados morressem antes de serem salvos, levava-se a água até eles. Para os judeus da época apostólica, o "batizado" era praticado quando um pagão se voltava ao Judaísmo. A pessoa ficava em pé com a água até o pescoço enquanto lia-se a lei. Sua submersão das águas era o sinal de que estava abandonando suas práticas pagãs para aceitar os preceitos do Judaísmo.

Devido ao sentido original em grego da palavra batismo, ou seja, "imersão", os evangélicos não atribuem valor à aspersão.

 

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BATISMO NAS ÁGUAS

 

 1-  JESUS CRISTO FOI BATIZADO NAS ÁGUAS?  

SIM. Mt 3.13 Então veio JESUS da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.  14 Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?  15 JESUS, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.  16 Batizado que foi JESUS, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO SANTO de DEUS descendo como uma pomba e vindo sobre ele;  17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (TRINDADE PRESENTE). (REPARE QUE JOÃO BATISTA NÃO CONHECIA JESUS COMO FILHO DE DEUS, MAS CONHECIA-O COMO SEU PRIMO (Lc 1); ELE SÓ SOUBE QUE JESUS ERA O FILHO DE DEUS QUANDO O ESPÍRITO SANTO DESCEU SOBRE JESUS; VIDE Jo 1.33 Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o ESPÍRITO, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no ESPÍRITO SANTO.)

 

2-  O BATISMO NAS ÁGUAS É UMA ORDEM DE JESUS CRISTO PARA NÓS? COMO BATIZAR?

SIM. Mt 28.19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;  

A forma de batizar é em nome do pai, do filho e do ESPÍRITO SANTO e quem dá a autoridade para batizar é JESUS.

 

3-  A IGREJA NO PRINCÍPIO BATIZAVA OS NOVOS CONVERTIDOS NAS ÁGUAS?

At 2.41 De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; At 8.2 Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de DEUS e do nome de JESUS, batizavam-se homens e mulheres.  13 E creu até o próprio Simão e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e admirava-se, vendo os sinais e os grandes milagres que se faziam.  

 

4-  O APÓSTOLO PAULO FOI BATIZADO NAS ÁGUAS?

At 9.18 Logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista: então, levantando-se, foi batizado. 19 E, tendo tomado alimento, ficou fortalecido. Depois demorou-se alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco;  

 

5- TEMOS EXEMPLO DE PESSOAS QUE FORAM BATIZADOS NAS ÁGUAS DEPOIS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?

SIM. At 10.47 Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água para que não sejam batizados estes que também, como nós, receberam o ESPÍRITO SANTO?  48 Mandou, pois, que fossem batizados em nome de JESUS CRISTO. Então lhe rogaram que ficasse com eles por alguns dias.  

 

6- TEMOS EXEMPLO DE MULHER QUE FOI BATIZADA NAS ÁGUAS?

SIM At 16.15 Depois que foi batizada, ela e a sua casa, rogou-nos, dizendo: Se haveis julgado que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso. (Lídia)

 

7- TEMOS EXEMPLO DE POLICIAL SENDO BATIZADO NAS ÁGUAS?

At 16. 33 Tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes as feridas; e logo foi batizado, ele e todos os seus. (guarda da prisão) 

 

8- O BATISMO DE JOÃO BATISTA É O MESMO QUE O CRISTÃO? 

NÃO. O batismo de João que era para arrependimento de pecados, era também para esperar a vinda de JESUS CRISTO e o batismo cristão é para confirmar, pela fé que cremos que Ele veio em carne, morreu por nós, ressuscitou e está assentado à direita do pai donde intercede por nós. At 19. 3 Tornou-lhes ele: Em que fostes batizados  então? E eles disseram: No batismo de João.  4 Mas Paulo respondeu: João administrou o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que após ele havia de vir, isto é, em JESUS.  5 Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor JESUS (foram batizados nas águas, na autoridade de JESUS).  6 Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO, e falavam em línguas e profetizavam (depois foram batizados com o ESPÍRITO SANTO).  7 E eram ao todo uns doze homens.  

O arrependimento do cristão se dá no dia em que se converte a CRISTO e não no dia do batismo em águas.

 

9- TEMOS EXEMPLO DE BATISMO NAS ÁGUAS E LOGO A SEGUIR BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?  

SIM. At 19.6 Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO, e falavam em línguas e profetizavam ( foram batizados com o ESPÍRITO SANTO, depois do batismo nas águas - vide acima)).  7 E eram ao todo uns doze homens.

 

10- QUAL O SIGNIFICADO DO BATISMO PARA A IGREJA? NÓS MORREMOS MESMO NO BATISMO?

Rm 6. 1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? 2 De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele? 3 Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em CRISTO JESUS fomos batizados na sua morte? 4 Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. 5 Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; 6 sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. 7 Pois quem está morto está justificado do pecado. 8 Ora, se já morremos com CRISTO, cremos que também com ele viveremos, 9 sabendo que, tendo CRISTO ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais tem domínio sobre ele. 10 Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para DEUS. 11 Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para DEUS, em CRISTO JESUS.

 1 Co 15. 26 Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. 27 Pois se lê: Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.  28 E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que DEUS seja tudo em todos. 29 De outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles?  30 E por que nos expomos também nós a perigos a toda hora?  31 Eu vos declaro, irmãos, pela glória que de vós tenho em CRISTO JESUS nosso Senhor, que morro todos os dias.  32 Se, como homem, combati em Éfeso com as feras, que me aproveita isso? Se os mortos não são ressuscitados, comamos e bebamos, porque amanhã morreremos.  33 Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes.  34 Acordai para a justiça e não pequeis mais; porque alguns ainda não têm conhecimento de DEUS; digo-o para vergonha vossa.  

        

O BATISMO É O NOSSO SEPULTAMENTO COM CRISTO E TAMBÉM NELE, A NOSSA RESSURREIÇÃO PARA UMA NOVA VIDA        

 Cl 2.12" tendo sido sepultados com ele no batismo, no qual também fostes ressuscitados pela fé no poder de DEUS, que o ressuscitou dentre os mortos;"

 

11- AS VELHAS ALIANÇAS CONTINUAM VALENDO?  

AS VELHAS ALIANÇAS QUE PORVENTURA ALGUÉM TENHA FEITO EM ALGUMA SEITA, SÃO QUEBRADAS POIS AS ALIANÇAS SÓ VALEM ENQUANTO AQUELE QUE AS FEZ ESTÁ VIVO; QUANDO ALGUÉM ACEITA A JESUS CRISTO COMO SENHOR ELE MORRE E NASCE DE NOVO 

(Jo 3.3)  

 

12- É preciso fazer curso de batismo nas águas?

Talvez esteja aí a razão porque tantos se desviam nos primeiros dias de sua conversão, nos dias atuais, pois ao atentarmos para os tempos bíblicos veremos que todos os que aceitavam o evangelho eram batizados nas águas imediatamente sem perguntas extras. Será que estamos inventando leis para salvação das pessoas? Será que estamos colocando os costumes adiante da fé? Não será hora de revermos nossa posição e seguirmos as orientações contidas na Bíblia, a infalível palavra de DEUS? Depois que alguém aceita a JESUS CRISTO como senhor e salvador certamente o ESPÍRITO SANTO ajudará essa pessoa a santificar sua vida e lhe revelará quais os melhores costumes a seguir, no modo de vestir, falar e agir; como nova criatura que agora é. Será que estamos fazendo igual aos judeus hipócritas que colocavam o Talmude acima da Bíblia?

 

  

  

Algumas denominações e suas crenças sobre o batismo nas águas:

 

 

Ministério 

ou “igreja”

LÍDER (E/OU FUNDADOR)

Crença sobre batismo

Ministério Graça 

e Apostolado

Apóstolo Marco Gomes

Segundo o Sr. Marco Gomes, o verdadeiro batismo é o declarado em Gál 3:278. De acordo com suas declarações, batismo nas águas é obra da lei e, assim, todas as Igrejas que o praticam são rotuladas por ele mesmo como igrejas da lei

New Life Mission

Paul C. Jong, pastor coreano

"verdadeiro evangelho da água e do espírito" - evangelho de João Batista????

A New Life Mission ensina que quando João batizou JESUS transferiu todos os pecados da humanidade para Ele e que, desde então, o Senhor exerceu seu ministério "carregando os pecados da humanidade".

Igreja local de 

Witness Lee

Witness Lee

“Em Marcos 16.16a, o Senhor JESUS disse: ‘Quem quer e for batizado será salvo... (V. R.). Isso indica que o homem precisa do batismo bem como da fé para obter a plena salvação. Assim como a fé é uma condição da salvação, também o batismo o é.” (LIÇÕES DA VERDADE-NIVEL UM, p. 93)

Igreja de JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias

Joseph Smith ( Mormonismo)

O mormonismo moderno passou a enfatizar que o batismo na água feito pela igreja Mórmon é indispensável para receber o novo nascimento. No próprio Livro de Mórmon, entretanto, o batismo é desnecessário para crianças e para Gentios ( os que estão sem lei ) porque para tal é inútil o batismo (Moroni 8:11-13, 20-22).

Congregação 

Cristã no Brasil

Louis Francescon, nasceu em Cavasso Nuovo , província de Udine, Itália, em 29 de Março de 1866

· O batismo de outras comunidades cristãs evangélicas está errado, porque utilizam a expressão "eu te batizo". A CCB entende que ao dizer "eu te batizo" é a carne que opera, o homem, colocando-se na frente de DEUS.
· O batismo só é valido se efetuado com esta fórmula: "Em nome do Senhor JESUS te batizo em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO".
· O batismo da CCB purifica o homem do pecado.

Testemunhas 

DE JEOVÁ

Charles Taze Russel (1852-1916), depois vieram Joseph F. Rutherford, Nathan Knorr e  Fred Franzs. Começaram em Pensilvânia, Estados Unidos em 1879. A sede se encontra no Brooklyn, Nova York, EUA.  

SALVAÇÃO:

Ser batizado como Testemunha de Jeová.  

IGREJA ADVENTISTA 

DO SÉTIMO DIA

FUNDADOR:

Guilherme Miller nasceu em 1787, em Pittsfield, Massachutss, EUA. Ellen G. White nasceu em 1827.

 

O certificado de batismo dos adventistas vem com onze (outros ainda com 13) perguntas na parte de trás para que o candidato ao batismo possa responder antes de adentrar as águas batismais. Das onze perguntas a última é formulada da seguinte maneira: “Crê que a Igreja Adventista do Sétimo Dia constitui a Igreja remanescente, e deseja ser aceito por ela para fazer parte de seus membros?”. Uma nota no começo do cartão diz: “As seguintes perguntas devem ser respondidas, afirmativamente, diante da Igreja, pelos candidatos ao batismo”(grifo nosso). Em outras palavras, quem não confessar que eles são os “remanescentes” não pode ser batizado!

Igreja Universal 

do Reino de DEUS

Surgida em 1977 sob a liderança de Edir Macedo

Macedo acredita que a perfeição cristã é introduzida após as águas batismais. Para ele, no batismo a velha natureza é crucificada, já que "não podemos ficar com duas naturezas, uma pecaminosa e outra convertida".

Macedo ensina que, os que são batizados por imersão,

... automaticamente, sem forçar a sua vontade, deixam de praticar atos pecaminosos. Por maior que seja o seu "mau gênio", ela, pelo batismo, se torna a pessoa mais dócil e humilde deste mundo. . . Também aquelas pessoas que não conseguiam largar o vício, após terem aceito o Senhor como seu Salvador pessoal, e terem se batizado, instantaneamente, e espontaneamente o abandonam.

Igreja  Voz da Verdade

Oficialmente em 1978 em SANTO André – São Paulo - por Fued Moysés

Prega o batismo somente em nome de JESUS. Os teólogos unicistas entendem que a expressão em nome, de Mateus 28.19 referindo ao Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO são apenas nomes singulares de JESUS. Assim, o que parecia ser apenas uma polêmica referente à fórmula batismal resultou na negação da doutrina da Trindade. Os unicistas não aceitam a pluralidade de pessoas na unidade Divina, qualquer referência à ideia de Trindade eles interpretam como sendo várias manifestações de DEUS ou de JESUS. Logo não são contra a Trindade pelo fato de não crer que JESUS seja DEUS, mas ironicamente pelo fato de crer que DEUS é só JESUS.

Catolicismo 

Romano

Segundo a doutrina católica, o papa é o sucessor de São Pedro no governo da Igreja Universal e o Vigário de CRISTO na terra. Tem autoridade sobre todos os fiéis e sobre toda a hierarquia eclesiástica. Além da autoridade espiritual exerce uma territorial (interrompida de 1870 a 1929), que, a partir de 1929, é limitada ao Estado da cidade do Vaticano.

Realizam o pedobatismo (Batismo de crianças).

O batismo é necessário para a salvação - Batismo de famílias.  Quando as crianças recém-nascidas falecem sem o batismo, ensina o catolicismo que a alma da criança é transportada para o Limbo. Diz a Igreja Católica: "Os sacramentos são sete: Batismo, Confirmação ou Crisma, Eucaristia, Penitência, Extrema-unção, Ordem e Matrimônio" ("Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã", Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, p. 101, resposta à pergunta 519).

Denominações protestantes históricas (luterana, reformada, anglicana, presbiteriana, metodista, etc...

Judaizantes quanto ao batismo, por se basearem no Antigo testamento para justificarem a ceia e o batismo. 

Nem a ceia é a Páscoa e nem o batismo é a circuncisão.

Páscoa é para judeus e comemora saída do Egito.

Circuncisão é para judeus e é só para homens e acontece ao oitavo dia de nascimento.

Os dois sacramentos do Antigo Testamento não foram abolidos, mas substituídos.

A Páscoa (o sacramento comemorativo da igreja visível) transformou-se na santa ceia, quando JESUS dela participou pela última vez (Mt 26:26-30).

A circuncisão (sacramento de admissão na igreja visível) transformou-se no batismo cristão, visto que não mais havia necessidade de derramamento de sangue, pois o Cordeiro Pascal estava preste a ser imolado. Em Colossenses 2:11-12, o batismo cristão é chamado explicitamente de ‘‘circuncisão de CRISTO’’ (o mesmo que circuncisão cristã).

 

 

 

O Batismo nas Águas

O BATISMO: ORDENANÇA OU SACRAMENTO? Pr. Elinaldo Renovato de Lima

 

Entre os pentecostais, o batismo em águas é considerado uma ordenança deixada por CRISTO à igreja ao lado da Santa Ceia. Evita-se o uso do termo sacramento, aplicado ao batismo em águas como forma de não se confundir com o que é ensinado pela Igreja Católica a respeito dos sacramentos. Há quem utilize os termos ordenança e sacramento de modo sinônimo, sem a conotação a eles atribuída pelo Catolicismo romano. Contudo, se analisarmos o significado verdadeiro do batismo em águas, poderemos entender que a aplicação dos termos não é só terminológica, mas sobretudo teológica. Certamente, cada igreja ou grupo evangélico há de optar pelo termo que melhor expresse o entendimento bíblico e teológico que tem do ato batismal. A fim de entendermos o assunto, desejamos abordar alguns aspectos bíblicos e históricos, tanto dos sacramentos quanto do batismo em águas.

 

O SIGNIFICADO DO SACRAMENTO

Segundo Horton (p. 568), o termo "sacramento" (que provém de sacramentum, em latim) é mais antigo e aparentemente de uso mais generalizado que o termo "ordenança". Na verdade, a palavra "sacramento" não existe nas Bíblia. Sua origem é bem estranha às Escrituras. Nos tempos antigos, referia-se a uma certa quantia, depositada em dinheiro, perante o tribunal, por duas partes em litígio. O vencedor da questão tinha sua parte devolvida. O perdedor tinha sua parte confiscada, ao que tudo indica para ser oferecida aos deuses do paganismo. Era o sacramentum.

Com o passar do tempo, a palavra sofreu duas evoluções semânticas, de acordo com Berkhof (p. 622): "(a) no uso militar do termo, em que denotava o juramento pelo qual um soldado prometia solenemente obediência ao seu comandante". Note-se, aí, que os cristãos aproveitam essa ideia de obediência, pois, no batismo, o fiel promete obedecer a CRISTO, através da profissão de fé. "(b) no sentido especificamente religioso que o termo adquiriu quando a Vulgata o empregou para traduzir o grego mysterion." Parece que daí vem a ideia católica de que o batismo tem algo sobrenatural, místico, infundindo graça ao batizando. Entre os cristãos primitivos o termo "sacramento" significavam doutrinas, "selos", "sinais" ou mesmo "mistérios".

VISÃO SACRAMENTALISTA DO BATISMO

No século terceiro, havia ensinamentos, procurando provar que o batismo, como sacramento, era "o único meio de obter a remissão de pecados". Tertuliano dizia que "o batismo nos liberta do poder do diabo e nos torna membros da igreja como corpo de CRISTO. Até crianças pequenas, ele pressupõe, estando contaminadas com o pecado, devem ser batizadas. Seu ensino usual é que o ESPÍRITO é recebido no batismo, quando o convertido é batizado em CRISTO, na água e no ESPÍRITO SANTO" (Kelly, p. 157).

Cirilo de Alexandria ensinava que "o batismo nos purifica de todas as impurezas, tornando-nos templo santo de DEUS", enquanto Jerônimo reconhecia que "pecados, impurezas e blasfêmias de toda espécie são removidos na pia batismal, sendo que o resultado é a criação de um homem inteiramente novo" (Op. cit., p. 326).

Agostinho chegava a entender que o batismo eliminava todos os pecados, fossem eles contraídos consciente ou inconscientemente. Tais entendimentos, ainda que oriundos de ensinamentos transmitidos por homens eruditos, e reconhecidos como intérpretes famosos das Escrituras, não estavam nem estão em acordo com o verdadeiro sentido que a Palavra de DEUS dá ao batismo em águas.

A Igreja Católica Romana adotou esses ensinos, pregando que "o sacramento é algum rito instituído por CRISTO ou pela Igreja, como sinal externo e visível de alguma graça interna e invisível" (Champlin e Bentes, p. 33). Mais que isso, segundo Berkhof, a Igreja Católica considera o "sacramento" como algo que "contém tudo que é necessário para a salvação dos pecadores, não precisando de interpretação e, portanto, tornam a Palavra completamente supérflua como meio de graça...". Por isso, "Os católicos romanos afirmam que o batismo é absolutamente necessário para todos, para a salvação...." (Idem, p. 623).

Para esses, os sacramentos são em número de sete, sendo eles o "batismo", "a confirmação" (crisma), "a penitência", "a santa eucaristia", "as santas ordens" (ordenação de sacerdotes), "o matrimônio" e a "extrema-unção", todos eles transmitindo de alguma forma algum tipo de graça santificante ou salvífica.

O QUE É UMA ORDENANÇA?

A palavra vem do latim, de ordo(inis), relativa a ordinari, "ordenar". Daí, é que se deriva a palavra ordinans(antis), "ordenança", significando "uma regra autoritária, um decreto, uma lei, um rito religioso, uma disposição ou posição, um desígnio" (Champlin, p. 615).

No AT, a Páscoa e a circuncisão eram ordenanças de elevado significado espiritual. Havia ordenança, no sentido da investidura de reis em suas funções; profetas eram ungidos ou ordenados para o ministério.

No Novo Testamento, vemos que os apóstolos foram ordenados pelo Senhor (Ver Jo 15.16). Em At 6.6, os diáconos foram ordenados para o serviço de socorro aos necessitados. Nesse aspecto, a ordenação é um rito de consagração ou separação de obreiros. Ordenança tem o sentido de "ordem", "mandamento", "determinação". O sacramento pode ser entendido como uma ordenança. Berkhof assim o define: "Sacramento é uma santa ordenança, instituída por CRISTO, na qual, mediante sinais perceptíveis, a graça de DEUS em CRISTO e os benefícios da aliança da graça são representados, selados e aplicados aos crentes, e estes, por sua vez, expressam sua fé e sua fidelidade a DEUS" (grifo nosso).

Os evangélicos em geral aceitam apenas dois sacramentos ou ordenanças, deixados por CRISTO, que são o batismo (cf. Mc 16.16) e a Santa Ceia (Lc 22.17-21; 1 Co 11. 24,25), que em si não transmite graça ao participante dos mesmos, sendo, contudo, expressões representativas da obediência dos mesmos à vontade de DEUS.

A ORDENANÇA DO BATISMO EM ÁGUAS

Como o batismo em águas foi determinado por JESUS (Mc 16.16), os evangélicos em geral assumem que esse rito sagrado é uma ordenança especial, deixada por CRISTO à sua igreja. A ideia do batismo como sacramento, no sentido exagerado que lhe é dado, levou certos crentes do quarto e do quinto séculos a entenderem o rito batismal como um sacramento, transmitindo graça salvífica.

Os católicos romanos ensinam que o batismo (feito por aspersão) não é só um mandamento, uma ordenança. É um sacramento, no sentido de transmitir a graça salvadora a quem é batizado. Com isso, querem dizer que uma pessoa não pode ser salva se não for batizada, nem mesmo uma criança inocente. Daí, porque batizam criancinhas. Tal sentido, aplicado ao batismo, não tem a aceitação dos evangélicos, muito menos dos pentecostais, por carecer de base bíblica para sua efetivação.

Na verdade, como acentua Horton (p. 569), "as ordenanças, determinadas por CRISTO e celebradas por causa do seu mandamento e exemplo, não são vistas pela maioria dos pentecostais e evangélicos como capazes de produzir por si mesmas uma mudança espiritual, mas como símbolos ou formas de proclamação daquilo que CRISTO já levou a efeito espiritualmente nas suas vidas".

Com esse sentido, o batismo tem muita importância na vida do crente fiel. Nada justifica a negligência em buscá-lo com santo interesse. Sua realização não significa salvação. Mas sua omissão pode significar um estado de desobediência, velada ou não, que impede o crente de atender à ordenança do Senhor.

O BATISMO NÃO TRANSMITE SALVAÇÃO.

Além da igreja Católica, há certos grupos luteranos e anglicanos, bem como seitas, como os "Testemunhas de Jeová" e Mórmons, que se baseiam numa teologia sacramentalista, segundo a qual o batismo é necessário por transmitir a salvação. Muitos chegam a dizer que "fora do batismo não há salvação".

Contudo, o batismo em si, como ato simbólico, não tem a virtude de transmitir a salvação, pelos seguintes motivos:

1) Somos salvos pela graça de DEUS e não por obras ou ritos externos (cf. Ef 2.8,9). JESUS disse à mulher samaritana que os verdadeiros adoradores haveriam de adorar ao Pai "em espírito e em verdade" (Jo 4.23,24).

2) A salvação resulta da fé individual em CRISTO, sendo esta instrumento suficiente para a regeneração (Jo 5.24; 3.36; At 16.31).

3) O batismo não dá origem à fé, e só deve ser ministrado a quem já demonstra tê-la (At 2.41; 9.37; 16.14,15.30-33).

4) A Bíblia revela o caso de pessoas que não tiveram oportunidade de batizar-se e foram salvas, a exemplo dos fiéis do AT e do ladrão que aceitou a CRISTO no Gólgota. Alguns irmãos, nas igrejas, indagam: "JESUS não disse que quem crê e for batizado será salvo?". E acrescentam: "Para que serve, então, o batismo, se ele não salva?".

A Bíblia não pode contradizer-se. A salvação não é por obras, mas pela fé em JESUS. O batismo, como ordenança, segundo Horton (p. 570), tem os seguinte propósitos simbólicos:

1) Identificação com cristo. "para os crentes, ... simboliza a identificação com CRISTO. No batismo, o recém-convertido testifica que estava em CRISTO, quando CRISTO foi condenado pelo pecado, que foi sepultado com Ele e que ressuscitou para a nova vida nEle".

2) Morte para a velha vida. "O batismo indica que o crente morreu para o velho modo de viver e entrou na ' novidade da vida', mediante a redenção em CRISTO. O ato do batismo nas águas não leva a efeito essa identificação com CRISTO, ' mas a pressupõe e a simboliza".

3) Identificação com a Igreja. "O batismo nas águas também significa que os crentes se identificaram com o corpo de CRISTO, a Igreja. Os crentes batizados são admitidos na comunidade da fé e, com sua atitude , testificam publicamente diante do mundo sua lealdade a CRISTO, juntamente com o povo de DEUS".

Desse modo, o batismo não salva, mas confirma a fé. É sinal legítimo, exterior, da obediência, da vida de quem já é salvo (Ver Gl 3.27; 1 Co 12.13). É um ato de fé genuína, que precisa ser acompanhada de obras de salvo, indispensáveis ao bom testemunho cristão (Ver Rm 2.6; Tg 2.14; Mt 5.16; Ef 2.10).

Deve ser um ato natural, em sequência à conversão. Entre os crentes, nos primórdios da Igreja, dificilmente se encontrava alguém que não houvesse sido batizado em águas, algumas vezes logo após a aceitação a CRISTO (cf. At 8.37,38; 16.33; 18.8). Aliás, é interessante que se busque a razão pela qual um crente, com muitos anos de convertido, não seja batizado em águas. Nada justifica tal situação, a não ser que um impedimento de ordem espiritual, moral ou legal subsista. Neste caso, a pessoa precisa de orientação e ajuda na busca da solução de seu problema. Em algumas igrejas, as pessoas só podem assumir cargos ou funções eclesiásticas se forem "membros do Corpo de CRISTO", condição que se completa, na comunidade cristã, após o batismo em águas.

 

 FORMAS OU MÉTODOS DE BATISMO.

Segundo os historiadores cristãos, três são as formas possíveis de batismo: por imersão, por afusão (derramar água sobre) (derramamento) e por aspersão. A Igreja Católica e algumas denominações evangélicas, utilizam o método de batizar por aspersão. Este consiste na aspersão de um pouco de água sobre a cabeça do batizando, normalmente de crianças. Muitos dizem que esse deve ser o método de batizar as pessoas enfermas ou próximas à morte, quando se torna inviável levá-las a um tanque ou lugar onde haja bastante água, ou por não ser indicado mergulhar seus corpos em água.

Num antigo documento (100 A. D.), denominado "Didaquê", havia instruções para a ministração do batismo, orientando que, em princípio, deveria ser por imersão, mas não havendo água suficiente, poder-se-ia derramar água fria (ou morna) sobre a cabeça da pessoa, três vezes, "em nome do Pai, do Filho e do ESPÍRITO SANTO. Este era o método por afusão (derramar água sobre).
Os evangélicos em geral aceitam a ideia de que o batismo deve ser feito por imersão (mergulhar em água), seguido de emersão (sair dá água), visto que esse ato simboliza o "sepultamento-ressurreição" do batizando. Tal entendimento tem base em Rm 6.3,4, que diz: "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em JESUS CRISTO fomos batizados na sua morte?" De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como CRISTO ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida".
Os que defendem essa forma de batismo são chamados de "imersionistas". Há quem não aceite a imersão como única forma de batismo, alegando que as palavras gregas bapto e baptizo não significam só "imergir", mas, também, "lavar", "banhar-se" e "purificar mediante lavamento" (Berkhof, p. 635). Com isso, aceitam as formas por afusão (derramar água sobre) e aspersão. Entretanto, mesmo havendo outros sentidos para as palavras originais, "...o próprio simbolismo que diz respeito ao modo é aquele que projeta a ideia de imersão"... "visto que a 'imersão' concorda mais com o sentido e com o simbolismo do batismo, do que qualquer outro modo, do ponto de vista simbólico linguístico e histórico, não erram aqueles que batizam por imersão" (Champlin, p. 461).

Criticando os que defendem formas diferentes da imersão, esse autor diz que "tentar furtar à palavra baptizo de seu sentido básico, 'imergir', é ridículo, uma violência à língua e à história do termo". Sem dúvida alguma, se o batismo é um simbolismo da fé, da obediência e da nova vida em CRISTO, devemos zelar para que esse ato não venha perder sua característica peculiar de representativo de algo que é tão real e importante, como ordenança deixada pelo Senhor (Mt 28.19).

Se algo já é simbólico, e a forma de praticá-lo afasta-se daquilo que representa, menos significativo poderá tornar-se.

A FÓRMULA DO BATISMO

Os cristãos em geral utilizam a forma trinitária de batizar alguém, fazendo-o como JESUS ordenou em Mt 28.19b: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO". No original grego, tal expressão é eis to onoma tou patros kai tou hyou kai tou hagiou pneumatos, significando "para uma relação com o nome do Pai e do Filho e do ESPÍRITO SANTO".

Segundo Horton (p. 570), "os crentes neotestamentários eram batizados 'para dentro' do nome do Senhor JESUS (At 8.16)". Isto porque a preposição eis, no grego, quer dizer "para dentro de", podendo significar, também, "em relação a". Assim, o batizando é introduzido em CRISTO, no seu nome, ficando debaixo de seu senhorio. Para tanto, necessária se faz uma profissão de fé autêntica, mediante a qual a pessoa a ser batizada confirma sua convicção de ser um verdadeiro discípulo de CRISTO.

Certos grupos ou denominações procuram utilizar outra fórmula, afirmando que os crentes devem ser batizados somente no nome de JESUS, baseados em alguns versículos bíblicos, tais como At 2.38, quando Pedro diz que as pessoas se arrependessem para serem batizadas "em nome de JESUS CRISTO" (epi toi onomai Iesou Christou) e At 10.48, quando o apóstolo orientou que os da casa de Cornélio fossem "batizados em nome do Senhor" (en onomati Kyriou Iesou). Em At 8.16, vemos novos convertidos que "somente eram batizados em nome do Senhor JESUS"; em At 19.5, diz-se que "os que ouviram foram batizados em nome do Senhor JESUS".

Note-se que, nas quatro referências, não há uma fórmula, pois há diferença entre as duas primeiras e as duas últimas. Esses textos são invocados pelos unicistas para justificar o batismo "só no nome de JESUS". Deve-se notar, no entanto, que, naquelas ocasiões, não estava sendo ministrado o ato batismal em si, mas apenas uma determinação para que se realizasse o batismo dos recém-convertidos, ou referência ao batismo já realizado.

As seitas unicistas utilizam esses textos bíblicos para defender a ideias do batismo "só no nome de JESUS", pois eles pregam que a fórmula ditada por JESUS não inclui "o nome", e sim, "as funções diferentes de DEUS", como Pai, como Filho e como ESPÍRITO SANTO, o que é uma heresia absurda. Segundo o Pastor Esequias Soares (p. 37), as passagens bíblicas invocadas pelos unicistas "não tratam da fórmula batismal, e sim de atos ou eventos de batismo...Se elas revelassem a fórmula batismal, seriam iguais, pois a fórmula é padronizada. Aquelas pessoas eram batizadas na autoridade do nome de JESUS". Desse modo, entendemos que a fórmula trinitária, ditada por JESUS, antes de se despedir dos seus discípulos, é a mais correta e adequada para a ministração do ato batismal.

QUEM DEVE SER BATIZADO

O batismo não tem o sentido místico que lhe é atribuído por alguns (sacramentalista), mas não pode ser reduzido a um simples ritual ou ato formal. Há quem procure o batismo, em alguma igreja, pelo fato de desejar ter um cargo ou função; há jovens que procuram batizar-se para poder namorar com alguém ou imitar seus colegas. Isso não tem o menor sentido bíblico, e perde o valor diante de DEUS.

É necessário que haja um testemunho sincero de uma nova vida em CRISTO, para que o simbolismo do batismo seja verdadeiro. Um velho pastor dizia: "se não tivermos cuidado, no dia do batismo, podemos levar ao tanque um pecador enxuto, e sair de lá um pecador molhado". Com isso, advertia para o cuidado em se fazer uma profissão de fé criteriosa, buscando-se, também evidências de que o candidato ao batismo desse demonstração de que é de fato uma nova criatura em CRISTO, e não apenas alguém interessado em cumprir um ritual. O batismo é uma importante ordenança de CRISTO à sua igreja, mas não transmite salvação.

 

  

BATISMO DE CRIANÇAS?
Para os que vêm o batismo como um "sacramento", ou um ato que transmite graça santificante, não só adultos mas crianças devem ser batizadas. Entretanto, de acordo com a Palavra de DEUS, não se vê, na Bíblia, um só caso de batismo infantil (pedobatismo) ou de pessoas não convertidas.

Os que defendem o batismo de crianças, dizem que ele equivaleria ao rito da circuncisão, no AT, em que as criancinhas, com oito dias de nascidas, já eram submetidas àquela prática cruenta, como forma de pertencerem ao povo de DEUS. Tal ideia não tem base bíblica, pois em At. 2.38, os que foram batizados, após ouvir a mensagem do evangelho, eram todos judeus, portanto circuncidados. Se o batismo equivalesse á circuncisão, não haveria necessidade de levá-lo a efeito.

Um outro argumento dos que defendem o batismo de crianças reside no fato de algumas famílias inteiras terem sido batizadas, havendo, certamente, crianças entre seus integrantes, como registrado em At 16.15; 16.33 e 1 Co 1.16. Trata-se, no entanto, de suposição, que não pode servir de base doutrinária.

Há, ainda, quem alegue possuir a criança o pecado original, e que este exige perdão, que só pode ser obtido através do batismo. Tal assertiva peca por falta de base escriturística. O perdão do pecado se obtém através da lavagem do sangue de JESUS (1 Jo 1.7) e não pelas águas do batismo. Além disso, a Bíblia nos dá a entender que as crianças em idade tenra, quando ainda não podem discernir entre o bem e o mal, não carregam em si a culpa do pecado, nem mesmo do pecado original, pois este não é uma doença contagiosa, que passe de pai para filho. A criança tem, na verdade, em si as consequências daquele pecado, mas não a responsabilidade por ele.

JESUS, ao receber as criancinhas em seus braços, disse aos seus discípulos: "Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de DEUS. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de DEUS como menino de maneira nenhuma entrará nele'. (Mc 10.14,15). Assim, na condição de criancinhas, elas não precisam ser batizadas para Ter acesso ao "reino de DEUS", pois já lhes pertence, em seu estado de pureza, simplicidade e inocência.

É NECESSÁRIA A "FÉ ATIVA"
A nosso ver, o argumento maior contrário ao pedobatismo é o fato de as crianças, que não atingem a idade da razão, quando sabem o bem e o mal, não possuem o que se chama "fé ativa", que é requisito básico para o batismo. A fé é conditio sine qua non (condição indispensável) para a submissão ao rito do batismo (Ver Mc 16.16; At 10.47,48; 16.15,31,34).
Dessa forma, só podem ser batizados os adultos, que podem exercer a "fé ativa", em consonância com a Palavra de DEUS; os novos convertidos, que demonstrem haver absorvido uma verdadeira convicção de sua salvação e disposição em obedecer as doutrinas fundamentais da Palavra de DEUS; é interessante que, em cada igreja local, haja uma classe de Discipulado, para que os recém -conversos sejam devidamente instruídos acerca dos fundamentos da fé cristã, e possam ser conduzidos ao batismo sem dúvidas ou má compreensão do verdadeiro significado do que é ser um seguidor de CRISTO; deve-se entender, no entanto, que por "adulto" não se veja apenas pessoas com mais de vinte e cinco anos de idade; cremos que a categoria de "adulto" para efeito do batismo, deve incluir, também, os adolescentes, a partir dos 12 anos, e os jovens em geral, desde que tenham tido um bom nível de discipulado no lar e/ou na igreja, notadamente através da Escola bíblica Dominical.

  

 

RESUMO DA LIÇÃO, DA REVISTA DA CPAD:

INTRODUÇÃO

De que é composta a Igreja do Senhor JESUS?

Quais são as ordenanças de JESUS para a Igreja?

I. O QUE É BATISMO

Na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo (baptizõ), o que significa?

II. A IMPORTÂNCIA DO BATISMO POR IMERSÃO  

O que, somente, salva e purifica o pecador de seus pecados?

O que é batismo em água por imersão?

Qual a forma correta do batismo?

Por que o crente deve ser imerso em água?

Quem deve entrar dentro d'água para o batismo?

De quem vem a autoridade para batizar e na autoridade de quem se realiza o batismo?

Qual a fórmula tríplice do batismo?

Quem deturpa e nega a doutrina da Trindade de DEUS?

III. AÇÃO INTEGRADORA DO BATISMO NA VIDA DA IGREJA

Dois exemplos clássicos de batismo em águas no Novo Testamento.

Além de ser uma ordenança, o batismo em água, tem mais o que como objetivo?

Batismo é uma identificação pública do crente com CRISTO, o seu Salvador.

 

 

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ALIANÇA - DICIONÁRIO Wycliffe

Embora esta palavra não apareça nas versões KJV e ASV em inglês, aparece quatro vezes na versão RSV. O seu significado básico deriva do substantivo hebraico berit, que significa “associação”, “confederação”, ‘liga”; e dos verbos hatan, que significa “afinidade”, “unir em casamento”; e nuah, que significa “estar despreocupado”, “estar aliado”; e do substantivo qesher, que normalmente tem o sentido negativo de “conspiração”, “traição”.
A primeira aliança descrita nas Escrituras foi entre Abraão e os amorreus Manre, Escol e Aner. Eles uniram suas forças por tempo suficiente para libertar Ló daqueles que o mantiveram cativo (Gn 14.13-24). Abrão fez uma aliança ainda mais duradoura com Abimeleque em Berseba (Gn 21.22-32), como também Isaque fez posteriormente (Gn 26.26-31). Não houve nenhuma proibição ou estigma contra essas primeiras alianças; porém mais tarde a lei mosaica repetidamente proibia alianças com estrangeiros, em particular com os cananeus. A proibição contra alianças com os cananeus se baseava principalmente em questões religiosas. A nação recém-formada era ainda muito fraca para resistir às tentações da adoração ao sexo praticada por Canaã, então DEUS, por meio de Moisés, procurou isolar Israel. Os altares, templos e imagens pagãos foram destruídos para que os jovens não fossem enganados pelos adoradores de Baal (Êx 23.32,33; 34.12,13). Para proteger os israelitas ainda mais contra essa corrupção, o casamento com estrangeiros foi proibido, para que não houvesse corrupção do israelita pelo adorador pagão através do casamento (Dt 7.2-4). Depois da conquista, quando Israel desobedeceu, a razão do julgamento de DEUS sobre eles tinha raízes na violação da proibição por parte de Israel (Jz 2.2).
Além da aliança com os homens de Gibeão, com artimanhas concluídas com Josué, não houve ligações oficiais com outras nações até os tempos de Salomão. Davi tinha relações amistosas, baseadas em alianças pessoais, com os reis de Moabe, Amom, Gate e Hamate; mas parece que Salomão foi o primeiro a estabelecer uma aliança internacional com uma nação estrangeira. Isto foi feito com Hirão de Tiro, em relação à construção do Templo e às operações da frota no Mar Vermelho e no Oceano Índico (1 Rs 5.1-18; 9.26-28), A completa implicação desta aliança não veio à tona até o casamento de Acabe com Jezabel, filha de um rei de Tiro. A adoração a Baal imediatamente tomou conta da vida religiosa de Israel, mas foi vigorosamente combatida por Elias, Eliseu e Jeú, Judá sentiu alguns maus resultados desse casamento quando a filha de Jezabel, Atalia, tornou-se rainha de Judá,
Nas disputas triangulares entre Israel, Judá e Síria foram feitas diversas alianças. Em uma ocasião, Asa de Judá obteve a ajuda de Ben-Hadade da Síria contra Baasa de Israel (1 Rs 15.18,19; 2 Cr 16.3). Mais tarde, Acabe de Israel ganhou o auxílio de Josafá de Judá contra a Síria (1 Rs 22; 2 Cr 18.1). Depois da morte de Acabe, Acazias de Israel procurou unir-se a Josafá no estabelecimento de uma frota mercante, mas DEUS não se agradou com isso e a frota foi destruída (2 Cr 20.35-37). No tempo de Isaías, Rezim da Síria e Peca de Israel se uniram contra Judá, mas Acaz de Judá conseguiu comprar a ajuda da Assíria, que rapidamente destruiu a Síria, reduziu Israel à condição de sua partidária, e finalmente fez de Acaz um fantoche nas suas mãos (2 Rs 16.5-8). A última aliança trágica foi entre Zedequias e o Egito, que trouxe a Babilônia contra Judá e destruiu Jerusalém completamente (Jr 37.1-8; Ez 17.15-17).
Em hebraico, uma “aliança
״ é determinada pelo termo berit, e berit karat significa “fazer (lit., ‘cortar’ ou ‘lapidar’) uma aliança”. Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto “pacto, como “último desejo e testamento”), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16).
Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes; partes, condições, resultados, garantias.
As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de DEUS através de JESUS CRISTO para redimir os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças.
Profecia - As alianças Abraâmica, palestina, davídica e as novas alianças abrem todo o panorama relacionado à primeira e à segunda vinda de CRISTO, e o seu reinado milenar na terra. A maior parte das grandes alianças revela fatos relacionados ao sofrimento, sacrifício, governo, e reinado do Messias. A maneira como estas duas correntes de profecia devem ser interpretadas determina finalmente a sua escatologia, se ela deve ser amilenial, pós-milenial, ou premilenial, A questão a ser encarada é se o método a ser aplicado a ambas correntes de profecia será o mesmo, Disto deve depender a decisão sobre a questão do milênio, e a interpretação de grande parte daquilo que está contido em cada uma das alianças. Veja Milênio.
As Portes. Estas podem ser; (1) Indivíduos, como por exemplo Abraão e Abimeleque (Gn 21.27) ou Jacó e Labão (Gn 31.44-46), quando cada um se sujeitou a certas condições e ofereceu uma prova como garantia da aliança feita. (2) Nações, como quando Naás, o amonita tentou forçar uma aliança sobre Jabes-Gileade em 1 Samuel 11.1ss., ou quando os israelitas foram tolamente levados a fazer uma aliança com os gibeonitas (Js 9.6- 16). (3) DEUS e o homem eram as partes das grandes alianças do reino messiânico, tal como a aliança Abraâmica (Gn 12.1-7; 15; 17.1-14; 22.15-18), a aliança Palestina (Dt 29-30), e a aliança Davídica (2 Sm 7.4-16; Sl 89.3,4,26-37; 132.11-18). (4) DEUS, o Pai, e JESUS CRISTO, eram as partes originárias da aliança da redenção (Sl 40.6-8; Hb 10.5- 14), sendo CRISTO o mediador desta aliança, enquanto DEUS e os indivíduos (Hb 7.9ss.) e DEUS e Israel (Jr 31.37) eram seus companheiros eficazes. O Pai e o Filho eram a parte líder da aliança da graça, DEUS Pai fez uma aliança com CRISTO para salvar pela graça aqueles que cressem no Filho, e em sua morte substitutiva. Esta aliança se tomou o fundamento de Romanos 4 e Hebreus 11, as duas loci classici, ou passagens principais concernentes à justificação pela fé no NT. No AT, os indivíduos entravam nesta aliança através de sua fé salvadora, em uma aceitação de um tipo de CRISTO no AT, e no NT pela mesma fé com a aceitação do modelo oposto, o próprio Senhor JESUS CRISTO.
Condições. Em cada aliança são expressas certas condições. Isto se aplica tanto às alianças unilaterais, ou seja, anunciadas por DEUS para um homem e promulgadas com a certeza de que acontecerão, e nesse ponto incondicionais; e também àquelas que são bilaterais, ou seja, aquelas alianças que estão totalmente condicionadas à aceitação e ao cumprimento por ambas as partes. Todas as alianças humanas são bilaterais e condicionais, As alianças entre DEUS e o homem podem ser principalmente unilaterais, como a aliança Abraâmica, a davídica, e a nova aliança; ou bilaterais, como por exemplo, a aliança mosaica. Ainda podemos ficar confusos se não enxergarmos que até mesmo as alianças unilaterais têm essencialmente um aspecto bilateral, à medida que a sua aplicação diz respeito aos indivíduos. Isto pode ser visto no fato descrito por Paulo em Romanos 9 de que, embora as alianças pertençam a Israel, “nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos” (Rm 9.6,8). Elas se aplicam aos eleitos.
Mais adiante vemos que o selo, sinal ou símbolo de alguém ter aceitado o relacionamento da aliança por um ato de fé individual é um passo de obediência, mesmo na aliança Abraâmica, cujo sinal era a circuncisão (cf. Gn 17.10,11 onde o sinal foi declarado como parte de uma aplicação individual da aliança. “Esta é minha aliança... todo macho entre vós será circuncidado”). Qualquer tentativa de separar o elemento unilateral da aliança Abraâmica da sua aplicação individual torna-se artificial e, portanto, o conhecimento de ambos os fatores - unilateral e bilateral - em tal aliança se faz necessário, assim como o batismo nas águas é o sinal ou a confirmação da associação de alguém na nova comunidade da aliança. As análises mostram que os elementos unilaterais em uma aliança são proféticos e, portanto, condicionados ao ponto em que são dependentes da aceitação pessoal pela fé, com a motivação que vem da graça soberana de DEUS.
Resultados. Estes podem ser também promessas de bênçãos quando a aliança é mantida, ou advertências de punição quando a aliança é quebrada - ou ambas. Por exemplo, na aliança Abraâmica havia uma promessa de descendência (que de acordo com Gálatas 3.16 era CRISTO; cf. Gn 12.1-3; 13.16; 22.18), de uma terra, de fama e de uma grande posteridade. Estes fatos eram proféticos e certos. Ao mesmo tempo, havia um aspecto condicional, porque cada participante crente tinha que ser circuncidado como um sinal da sua fé, mesmo no caso de Abraão (Gn 17.9-17; Rm 4.11). Aqueles que se recusavam a ser circuncidados quebravam a aliança (Gn 17.14). Esta cerimônia apontava para CRISTO em quem nós, cristãos, somos circuncidados com a " circuncisão de CRISTO” (Cl 2.11). Tudo isso é condicional, pois a sua base é a fé salvadora.
Garantias. A garantia que se dava para assegurar o cumprimento da aliança era normalmente um juramento. Para os homens, era um juramento tão solene que constituía o caráter do desejo ou testamento. A ideia é que assim como o testador não poderia mudar a sua vontade quando morto, o criador da aliança também não poderia mudá-la. A forma de expressá-la era matando um animal, partindo-o ao meio, e em seguida passando-se pelo meio de ambas as partes (Gn 15.9ss.). CRISTO selou a nova aliança através de sua morte (Hb 9.15-17), e instituiu a Ceia para celebrá-la (Mt 26.28; Mc 14.25; 1 Co 11.25,26). Às vezes se fazia uma oferta (Gn 21.30), ou se instituía um sinal, como um marco ou um monte de pedras (Gn 31.52). Como DEUS não tem nada e ninguém maior do que Ele mesmo para jurar, também confirmou as suas alianças jurando por si mesmo (Dt 29.12; Hb 6.13,14), por exemplo, ao confirmar a sua aliança com Abraão, ao jurar pelo seu controle providencial do mundo, e ao anunciar a nova aliança em Jeremias 31.35; 33.20.
Tipos de Alianças
Dois principais tipos de alianças na Bíblia precisam ser considerados; aqueles que são especificamente designados como alianças, e aqueles que estão implícitos, mas não são designados como tais. Para uma melhor distinção, talvez seja melhor chamá-los de alianças bíblicas e teológicas.


Alianças Bíblicas Específicas1. Aliança Noéica. Esta é a primeira aliança claramente mencionada nas Escrituras. Ela foi prometida a Noé em Gênesis 6.18 e está registrada em Gênesis 8.20-9.17. Esta aliança foi, sobretudo, unilateral, pois DEUS era o seu criador e executor, não requerendo um compromisso de aceitação e consentimento por parte de Noé, como no caso do juramento dos israelitas ao pé do Monte Sinai (veja Êx 19.8).
As partes desta aliança eram DEUS e a terra (Gn 9.13) ou Noé e todos os seus descendentes (Gn 9.9,16,17). Daqui por diante, ela era universal em seu escopo. Apesar disso, ela tinha certas condições, a saber, que a humanidade fosse frutífera, se multiplicasse e enchesse a terra (9.1,7); que não comesse carne com vida, isto é, com o sangue (9.4). Assim, a aliança era condicional, porque DEUS trouxe um julgamento sobre a humanidade no episódio da Torre de Babel na forma de uma confusão de línguas, para forçar o povo a se espalhar e povoar a terra, quando eles estavam deliberadamente desafiando o propósito e a ordem de DEUS (Gn 11.4- 9). O Resultado era a promessa de que DEUS nunca mais destruiría a terra com um dilúvio (Gn 8.21; 9.11,15), com a concomitante promessa da regularidade das estações (Gn 8.22). A garantia de que DEUS iria manter esta aliança enquanto durasse a terra encontrava-se em seu sinal ou prova, o arco- íris (9.12-17).
2. Aliança Abaâmica. Esta é geralmente considerada uma aliança unilateral no sentido de que foi em primeiro lugar anunciada por DEUS, sem qualquer condição a ela vinculada. Entretanto, um elemento bilateral aparece em Gênesis 17.1: “Eu sou o DEUS Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito”; e na última repetição e confirmação da aliança a Abraão em Gênesis 22.16ss., quando DEUS diz, “Por mim mesmo, jurei... porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei”.
As partes desta aliança eram DEUS e Abraão. A condição - revelada por DEUS a Abraão, depois dele demonstrar a sua vontade de obedecer à ordem de DEUS de oferecer Isaque - era a obediência pela fé (cf. Hb 11.17-19). Os resultados foram: a promessa de DEUS de transformar a posteridade de Abraão em uma grande nação (Gn 12.2); aumentar a sua semente tomando-a numerosa como a areia do mar (Gn 22.17); abençoar aqueles que abençoassem o povo judeu e amaldiçoar aqueles que o amaldiçoassem (Gn 12.3); e dar à descendência a Abraão (ou seja, a Israel), a Palestina e o território que vai do rio do Egito até o Eufrates. Finalmente, e o mais importante de tudo, o mundo inteiro seria abençoado através da sua descendência, que era CRISTO (Gl 3.16), e CRISTO por sua vez dominaria sobre todos os seus inimigos (Gn 22.17,18). A garantia desta grande aliança era o juramento de DEUS por si mesmo e por seu grande Nome (Gn 22.16; Hb 6.13-18), assim como o derramamento do sangue dos sacrifícios (Gn 15.9,10,17).
3. Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo milênio a.C., revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha seis elementos.
(1) Um preâmbulo: “Eu sou o Senhor, teu DEUS" (Êx 20.2a), identificava o autor da aliança, e correspondia a cada introdução como “Estas são as palavras do filho de Mursilis, o grande rei, e rei da terra de Hati, o valente, o filho favorito do deus do trovão etc...” (ANET, p. 203).
(2) Um prólogo histórico: “...que te,tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êx 20.2). Em Deuteronômio, que é a segunda dádiva da aliança e da lei, o prólogo histórico se expandia amplamente a fim de abranger o modo como DEUS levou Israel pelo deserto até aos limites da terra prometida (Dt 1.6- 4.49). Moisés está repetindo e expandindo a aliança dada no Sinai, para atualizá-la e preparar Israel para a entrada na terra prometida. Nas alianças hititas, o suserano dominador lembrava ao governante vassalo (o governante subjugado) os benefícios que ele desfrutara até o momento como vassalo de seu reino, como a base para a sua gratidão e obediência futura.
(3) As estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura... Não te encurvarás a elas nem as servirás” (Êx 20.3-5). Uma típica aliança hitita foi registrada da seguinte forma: “Mas tu, Duppi- Tessub permaneça leal ao rei da terra de Hati.,. Não volte os seus olhos para mais ninguém” (ANET, p. 204). Em sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança começa com os Dez Mandamentos e continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio, ela começa com a lei no cap. 5 e continua pelo cap. 26.
(4) Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a manutenção ou o rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo, estas sanções estão vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por exemplo: “Visito a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e, “Honra a teu pai e a tua mãe, para,que se prolonguem os teus dias na terra” (Êx 20.12). Além disso, mais sanções e advertências são dadas com a promessa de direção e proteção pela presença de DEUS (Êx 23.20-33; para mais bênçãos e maldições, veja Levítico 26). Mas em Deuteronômio há dois capítulos de bênçãos e maldições que devem ser lidos publicamente e expostos na cerimônia de renovação da aliança (27 e 28), seguidos pela conhecida aliança Palestina (29-30). Bênçãos e maldições também eram escritas nos tratados da Ásia ocidental.
A confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um juramento ou ainda a morte daquele que fez a aliança. “Os termos juramento e aliança são sempre usados como sinônimos no AT, assim como os termos juramento e tratado nos textos extrabíblicos” - esta é a conclusão de Gene M. Tucker (“Covenant Forms and Contraet Forms”, VT, XV [1965], p. 497). Uma aliança no AT era, em sua essência, um juramento, um acordo solene. DEUS confirmou a aliança Mosaica através de um juramento mencionado em Deuteronômio 29.12ss. O juramento... “que o Senhor, teu DEUS, hoje faz contigo" (cf. Dt 32.40; Ez 16.8; Nm 10.29). As partes que faziam a aliança deveriam se tomar como os mortos, de maneira que não poderíam mais mudar de ideia e revogá-la, assim como os mortos também não poderíam fazer (Gn 15.8-18; Hb 9.16,17). Assim, o sangue dos animais substitutos sacrificados era espargido na cerimônia de ratificação da aliança, para representar a “morte” das partes (Êx 24.3-8). Os tratados hititas comuns na época de Moisés não tinham como característica um juramento por parte do suserano; ao invés disso, eles enfatizavam o juramento de lealdade por parte do vassalo.
(5) Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista de divindades como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças bíblicas, os deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais de pedra podiam ser uma testemunha (Êx 24.4: cf. Js 24.27); os céus e a terra eram convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da lei (ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a finalidade de ser uma testemunha (Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os votos que fizeram por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimônia de renovação da aliança no final da vida de Josué, o próprio povo atuou como testemunha (Js 24.22).
(6) A perpetuação da aliança. Esta podia ser vista no cuidado pela segurança dos documentos do tratado, que no caso dos pagãos eram geralmente depositados perante ou sob um deus pagão de uma nação que fazia parte do tratado. Esta atitude podería ser contrastada com as tábuas da aliança Mosaica, colocadas dentro da arca da aliança em Israel (Êx 25.16,21; 40.20; Dt 10.2). As alianças hititas e a aliança Mosaica eram lidas periodicamente em público, e as crianças eram nelas instruídas. A lei era registrada em pedras caiadas (Dt 27.4), e lida em voz alta durante as cerimônias, como aconteceu quando as bênçãos e maldições foram pronunciadas (estando a metade de Israel no Monte Ebal e a outra metade no Monte Gerizim), depois de terem entrado na terra prometida (Dt 27.9ss.; Js 8.30-35). A lei era lida integralmente e publicamente a cada sete anos na Festa dos Tabernáculos (Dt 31.9-13).
Chegou-se a várias conclusões importantes como resultado da comparação da aliança Mosaica com os antigos tratados de suserania daquela época: (a) DEUS falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito, mas que também fosse familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais apurados da forma até mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido estabelecida antes de 1200 a.C., porque os tratados aramaicos e assírios do primeiro milênio a.C. não possuem vários dos elementos característicos comuns aos hititas e à aliança do Sinai (veja Meredith G. Kline, The Treaty of the Great King, p. 42ss.). (6) A forma particular da aliança hitita em Deuteronômio nos leva a ver que a ênfase é maior no significado da aliança do que em seu significado legal, (c) Estudos mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com quatro manda - entos na primeira e seis na segunda, mas duas cópias de pedra do mesmo tratado ou aliança: uma para DEUS - mantida na arca - e outra para Israel. O mesmo acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias eram feitas, uma para o rei do suserano e outra para o rei do vassalo.
Certas diferenças importantes, não devem, entretanto, passar despercebidas. A Aliança Mosaica, como feita por DEUS, baseava-se no amor e na graça e não simplesmente em poder. Além disso, ela tinha como objetivo a salvação dos eleitos de DEUS, e não a mera submissão e obediência.
Voltando ao significado e à importância espiritual dessa aliança, podemos concluir que o elemento condicionai é prioritário em relação ao elemento incondicional. Será que está sendo ensinada a expressão “faze isso e viverás” (cf. Lc 10.28) no sentido de que a vida eterna para o crente do AT dependia de se guardar a lei de DEUS? Se fosse, as obras seriam de valor meritório até que viesse a cruz! Ou será que DEUS queria dizer que deveriam viver à luz da lei? O Senhor JESUS CRISTO, no Sermão do Monte, ensinou esta segunda visão quando expôs vários mandamentos e disse: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48). Ele aplicou a lei com o propósito da contínua santificação do crente e não para a sua justificação. Em Levítico 18.5 é feita a mesma aplicação da lei: “Os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles” (ou seja, naquele âmbito). Quando vemos que esta aliança começa com a graça: “Eu sou o Senhor, teu DEUS, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êx 20.2), e acrescentamos a isto uma consideração dos fatos descritos acima, somos levados a vê-la como uma aliança cheia de graça. A aliança Mosaica, então, torna-se tanto um aio que tem a função de nos trazer a CRISTO, onde todos os tipos de aliança apontam para ele, como um padrão para guiar o comportamento dos crentes do AT e dos cristãos.
4. Aliança Palestina (Dt 29-30). Embora seja uma parte da renovação da aliança Mosaica, esta aliança é considerada por alguns separadamente. As portes são DEUS e Israel, as condições são que DEUS abençoará Israel se a nação permanecer fiel a Ele, e Ele a amaldiçoará se ela se virar contra Ele, como expresso nas bênçãos e maldições promulgadas do Monte Gerizim e do Monte Ebal (Dt 27.9ss.). Os resultados, depois de todas as bênçãos e maldições terem sido vivenciadas por Israel no decorrer da sua história, são aqueles ocorridos se e quando a nação se arrepender. DEUS a reunirá das partes mais distantes da terra, reestabelecerá a aliança e a abençoará. A garantia da aliança encontra-se nas ordenanças ao céu e à terra (Dt 30.19).
Esta aliança tem um aspecto unilateral - promessas e recompensas pela manutenção da aliança, e maldições como conseqüência de sua quebra. A garantia era dada para se ter a certeza de que aconteceria o arrependimento da nação de Israel (Dt 30.1-10). Ainda há um aspecto bilateral - Israel tem de se arrepender. Este arrependimento ocorrerá por causa da graça soberana de DEUS na vida dos judeus quando JESUS voltar (Zc 12.10-14; 13.6; cf. Is 66.19,20). As ordenanças de DEUS levam em consideração tanto o que o homem fará em sua liberdade quanto o que DEUS planeja fazer em sua soberana graça; estes dois elementos aparecem na aliança Palestina.
5. Aliança Davídica (2 Sm 7.4-16; Sl 89.3, 4,26-37; 132.11-18; cf. Is 42.1,6; 49.8; 55.3,4). Esta era basicamente uma aliança unilateral, em que DEUS primeiro prometeu a Davi um reinado seguro para o seu filho e sucessor, Salomão; e, depois, um reino que continuaria para sempre na pessoa do Messias. Isaías fala do próprio Messias tanto nesta aliança como no seu cumprimento (Is 42.1,6; 49.8). Eliã ainda tinha um elemento bilate-
ral, pois havia elementos condicionais relacionados ao rei (2 Sm 7.14,15).
6. Nova Aliança. Como na aliança do Sinai, com Moisés como mediador entre DEUS e o seu povo escolhido (Act 7.38; Gl 3.19), assim a nova aliança também foi estabelecida entre DEUS e o povo redimido, com CRISTO o Filho de DEUS, agindo como mediador (1 Tm 2.5; Hb 8.6; 9.15; 12.24). Em contraste, entretanto, a nova aliança é muito superior à antiga aliança Mosaica, porque é instituída com base em promessas superiores e em um sacrifício infinitamente superior (Hb 8.6; 9.23). Ela fala de um tempo em que DEUS escreverá a sua vontade dentro das mentes e corações do seu povo, de tal forma que os homens não precisarão mais ensinar uns aos outros qual é a vontade do Senhor, e quando Ele perdoará os pecados do povo de Israel (Jr 31.31-37). O escritor aos Hebreus usa a revelação da aliança do AT para provar que CRISTO é tanto o Redentor, como o Mediador para o perdão dos pecados do homem (Hb 9.7-9; 10.5-16). CRISTO se referiu a esta aliança quando discursava sobre a instituição da Ceia do Senhor. “Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento [ou da Nova Aliança]” (Mc 14.24).
Existe algum elemento condicional nesta aliança? Sim, até o momento em que o crente aceita CRISTO como o seu Salvador, e testifica que crê que o sangue de CRISTO foi derramado para a remissão dos seus pecados, e assim se torna individualmente participante da nova aliança. Ainda há um aspecto incondicional, unilateral e profético desta aliança, pois ela também fala de uma época em que, em todo Israel, todo judeu conhecerá as suas bênçãos. Certamente, na Era do Evangelho em que estamos vivendo, ainda não podemos afirmar que qualquer homem já não precisa ensinar ao seu vizinho ou irmão a lei de DEUS. Esta parte da aliança só pode ser aplicada à Época do Milênio.


Alianças Teológicas

Estas alianças são assim chamadas porque são descobertas ao aplicarmos a definição de aliança a um acordo registrado nas Escrituras. Onde quer que estejam presentes fatores como partes contratantes, condições, resultados e garantia, existe uma aliança. Tais alianças, que alguns teólogos consideram tecidas em um tear e trama das Escrituras, são as alianças das obras, a aliança da graça. e a aliança da redenção. Estas são geralmente discutidas nos escritos dos teólogos da Reforma, que seguem a teologia da aliança de Johannes Cocceius (1603-1669). Aqueles que fazem objeções à classificação do acordo de DEUS entre Si próprio e Adão antes da queda do homem, como uma aliança de obras, e seu pacto com o homem para sua salvação depois da queda como uma aliança da graça, pode-se dizer o seguinte: (1) O pacto de DEUS com Davi em 2 Samuel 7 não é chamado ali de uma aliança, mas é chamado de concerto no Salmo 89.3,28. (2) Só é possível desenvolver uma verdadeira sistemática da teologia, através da aplicação de definições desenvolvidas de forma indutiva. É isto que é feito ao se estabelecer alianças teológicas. (3) Somos revestidos com a necessidade de repetir laboriosamente o pacto que DEUS anunciou a Adão quando foi criado, suas condições, resultados e sua classificação. Quando chamamos isto de aliança, estamos simplesmente usando um termo definitivo, ao invés de repetir dados desnecessariamente.
1. Aliança das Obras. As partes eram DEUS e Adão antes da Queda. As condições positivas eram: amar a DEUS, obedecê-lo e amar ao próximo. As negativas: não desobedecer a DEUS ou se rebelar contra Ele; não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Como podemos determinar o resultado positivo quando ele não é declarado? Muito simples. DEUS é santo e imutável, portanto, a forma como Ele lidou com a primeira ordem dos seres racionais, os anjos, é a maneira pela qual Ele deve lidar com todo o restante de suas criaturas. Estes anjos que o amavam e obedeciam, tornaram-se os anjos santos - eles foram confirmados na justiça; aqueles que se rebelaram tornaram-se anjos caídos. A árvore do conhecimento do bem e do mal no Éden era uma prova para o homem. Não comer dela representava obediência e amor; comer, significava desobediência e falta de confiança. Os resultados revelados nesta aliança eram vida pela obediência e amor, como para todos os anjos; e morte pela desobediência e rebelião, para os anjos caídos. Pelo fato de DEUS ser a verdade, a sua Palavra era a garantia.
2. Aliança da graça. As partes eram DEUS e o homem através do Senhor JESUS CRISTO, ou talvez melhor, DEUS, JESUS CRISTO e os homens à medida que estes se tornam unidos a CRISTO através da fé nele. Este conceito de aliança da graça entre o Pai e o Filho em que a salvação é oferecida aos pecadores pode ser encontrado em Efésios 1.3-6, onde está escrito que DEUS nos escolheu em CRISTO antes da fundação do mundo. Veja também 2 Timóteo 1.9; Tito 1.2; João 3.17; 17.4-10,21- 24. A condição é, novamente, a fé salvadora, expressa no AT por atos de fé como os de Abel (Hb 11.4), Abraão e Davi (Rm 4.3,6-8), e pela aceitação de JESUS CRISTO como revelado no NT. Os resultados são a vida eterna para os crentes, e a condenação eterna para aqueles que não crêem.
3. Aliança da redenção. Um debate entre os teólogos da aliança é a existência ou não de uma aliança de redenção, que seja adicional à aliança da graça. Charles Hodge era, nos Estados Unidos, o líder daqueles que fazem esta distinção e vêem duas alianças separadas. J. O. Buswell, Jr. argumenta veementemente que elas são apenas uma e a mesma (Systematic Theology, II, 122ss.).
A aliança da redenção pode ser definida como um acordo unilateral entre o Pai e o Filho, que contém uma segunda aliança entre DEUS e seu povo. Esta aliança aparece claramente em duas passagens: no Salmo 40.6-8, onde o Filho está conversando com o Pai, e fala do sacrifício que o Pai espera dele; e, em uma passagem que cita estes versículos, Hebreus 10.5-16, onde DEUS nos fala que tira a primeira aliança, chamada Mosaica, para estabelecer a segunda: E, nesta vontade “temos sido santificados pela oblação do corpo de JESUS CRISTO, feita uma vez [por todas]” (v.10). Então, nos é dito (Hb 10.15-17) que o ESPÍRITO SANTO endossou esta verdade quando profetizou a nova aliança em Jeremias 31.33,34. A compreensão de Archibald McCaig é particularmente útil neste ponto: “A ‘Nova Aliança’ aqui mencionada é praticamente equivalente à Aliança da Graça estabelecida entre DEUS e o seu povo remido, que novamente repousa sobre a eterna Aliança da Redenção feita entre o Pai e o Filho, que, apesar de não estar expressamente determinada, não pode ser considerada obscura em muitas passagens das Escrituras” (“Covenant, The New”, ISBE, II, 731).
É importante distinguir a aliança da redenção da nova aliança, uma vez que a aliança da redenção toma-se o teste mais importante na detecção de uma visão Unitariana, tal como encontrada nos ensinos de Karl Barth. Se não existe a Trindade ontológica das três pessoas na Divindade, não pode haver a aliança da redenção entre o Pai e o Filho. Uma vez que Barth ensina simplesmente 3 modos de revelação de uma única Pessoa, ele tem de rejeitar esta aliança. Seu Unitarianismo exclui uma aliança ou uma comunicação direta em palavras ou orações entre as Pessoas da Divindade.


A Inter-Relação das Alianças

Esta ligação entre as várias alianças pode ser comparada a uma série de degraus - cada um sendo acrescentado e fundamentado naquele que o precede. O inter-relacionamento pode ser ilustrado pelo fato de que a aliança Davídica e as novas alianças são extensões que estão inseridas na aliança Abraâmica. Foi prometido a Abraão um reino e uma terra, que mais adiante são detalhados na aliança Davídica. Também lhe foi dado o evangelho, porque“... a Escritura... anunciou primeiro o evangelho a Abraão” (Gl 3.8); tudo isso é mais extensamente tratado na nova aliança.
Novamente, a aliança das obras, apesar de ter sido quebrada por Adão, e suas consequências terem caído sobre toda a humanidade, foi levantada por JESUS, pois Ele foi “nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei” (Gl 4.4,5). A aliança foi perfeitamente mantida por Ele para nós e em nosso lugar. Mais além, na cruz, Ele foi marcado com o castigo da lei que fôra quebrada por nós, que, por outro lado, somos salvos pela aliança da graça. Esta aliança depende do fato de CRISTO ter terminado por nós a aliança das obras: primeiro por ter cumprido as suas exigências, e segundo por ter suportado o castigo pelo pecado (Rm 10.4).
R. A. K. e J. R.


ALIANÇA DE SAL

Os acordos ou pactos entre os indivíduos eram geralmente ratificados compartilhando uma refeição (Gn 31.44,54; Êx 24.7-11). Temperar com sal a comida que seria inserida significava a permanência e a inviolabilidade do acordo ou da aliança que estava sendo feita ou relembrada (2 Cr 13.5; Ed 4.14). Quando era feita uma aliança com DEUS, o alimento era primeiramente oferecido a Ele (Lv 2.13; Nm 18.19; Ez 43.24). Os nômades do Oriente Médio, ainda comem “pão e sal” juntos como sinal e selo de uma aliança de irmandade.


NOVA ALIANÇA

Esta é uma providência de DEUS pela qual Ele estabeleceu um novo relacionamento de responsabilidade entre Si mesmo e o seu povo (Jr 31.31-34). A expressão nova aliança também é um sinônimo do NT e, portanto, refere-se aos 27 livros do NT, ou à própria Nova Aliança. Mas, neste artigo, a expressão é considerada apenas em ligação àquele relacionamento da aliança entre DEUS e o seu povo, o que é designado como uma nova aliança.
A escolha ou a designação da aliança. Quando mencionada pela primeira vez, esta aliança foi chamada de “nova" (Jr 31.31), porque foi estabelecida em oposição à aliança primária ou mais antiga de Israel, a saber, a aliança da lei Mosaica. Este mesmo contraste também é feito em Hebreus 8.6-13.
As provisões da aliança
1. A nova aliança provê um relacionamento de graça incondicional entre DEUS e “a casa de Israel e a casa de Judá". A freqüência do uso da expressão “Eu farei" em Jeremias 31.31-34 é surpreendente.
2. Ela provê a regeneração quando o crente recebe do Senhor uma mente e um coração renovados (Ez 36.26).
3. Ela provê a restauração ao favor e à bênção de DEUS (Os 2.19,20).
4. Ela inclui o perdão dos pecados (Jr 31.34b).
5. O ministério do ESPÍRITO SANTO, que vive em cada crente, é uma das suas provisões (Jr 31.33; cf. Ez 36.27). Isto também inclui o ministério de ensino do ESPÍRITO SANTO.
6. Ela provê a exaltação de Israel como cabeça das nações (Jr 31.38-40; cf. Dt 28.13). O fundamento da aliança. O fundamento de todas as bênçãos da aliança é o sangue de CRISTO. No cenáculo, na noite anterior à sua morte, o Senhor JESUS CRISTO afirmou que o cálice simbolizava “o sangue da nova aliança” (Mt 26.28), e que este sangue derramado seria o fundamento de todas as bênçãos daquela aliança. Os discípulos certamente não teriam pensado em outra aliança que não fosse aquela profetizada por Jeremias.
O povo da aliança. Não há dúvida de que a revelação da nova aliança no AT está ligada à nação de Israel. Isto é especificamente afirmado nas palavras de estabelecimento (Jr 31.31). Este fato é reafirmado em Isaías 59.20-21; 61.8,9; Jeremias 32.37-40; 50.4,5; Ezequiel 16.60-63; 34.25,26; 37.21-28. Isto também é uma dedução lógica do fato de que a contrastante aliança Mosaica foi feita com Israel, e do fato de que, em sua fundação, a perpetuação da nação de Israel e a sua restauração na terra estavam vitalmente ligadas a este fato (Jr 31.35-40). O NT acrescenta a verdade de que os crentes em CRISTO têm uma aliança melhor (Hb 8.6), e de que eles são ministros da nova aliança (2 Co 3.6).
Os amilenialistas entendem que o ensino do NT indica que as promessas da nova aliança estão se cumprindo agora, através da igreja, e que não haverá mais nenhum outro tipo de cumprimento além deste. Os pré-milenialistas não admitem um cumprimento exclusivo através da igreja e também ensinam que a aliança ainda é apenas para Israel, e será cumprida através dela no milênio; também pensam que a igreja tem alguma relação com a aliança, mas isto não substitui o futuro cumprimento do milênio através de Israel. A interpretação amilenialista é baseada em sua insistência de que através da igreja, durante esta época, todas as promessas de Israel estão sendo cumpridas, o que naturalmente inclui as promessas da nova aliança. A interpretação pré-milenialista é construída sobre uma nítida distinção entre o sistema de Israel e o da igreja (cf. O.T. Allis, Propkecy and the Church, pp. 154ss., e C.C. Ryrie, The Basis of the Premillennial Faith, pp. 105-125).
O cumprimento da aliança. Qualquer que seja a relação que a igreja tenha com a nova aliança, fica claro pelo NT que ela será cumprida nas suas provisões originais a Israel na segunda vinda de CRISTO (Rm 11.26,27). Não há dúvida de que a aliança a ser cumprida naquela época é a nova aliança, porque a referência a tirar o pecado é uma promessa contida na nova aliança. A pergunta é apenas: Quem é “Israel"? Quem será salvo então? e quem desfrutará os benefícios da nova aliança? Os pré-milenialistas, e até mesmo alguns amilenialistas (Charles Hodge, Epistle to the Romans, pp. 584-5), dizem que esta é uma referência ao povo judeu, mas outros amilenialistas insistem que é à igreja e que o cumprimento é agora, não na segunda vinda de JESUS CRISTO (Allis, op. cit., p. 156), Isto parece inconsistente com o princípio da pura interpretação, uma vez que a nação de Israel é mencionada de uma forma tão clara.
Os pré-milenialistas são confrontados com a questão da relação, se é que existe, do crente de hoje com a nova aliança. Alguns dizem que não há relação (J. N. Darby, Synopsis of the Books of the Bible, V, 286). Outros seguem a visão das notas da Bíblia de Referência de Scofield (p. 1297), que aplica uma nova aliança tanto a Israel no futuro como à igreja no presente. Alguns poucos vêem duas novas alianças - uma para Israel e outra para a igreja (L. S. Chafer, Systematic Theology, IV, 325). Note que todos concordam que haverá um cumprimento futuro para Israel, no milênio.
Quanto à relação da igreja com a aliança, parece que ela vai sendo mais bem entendida à luz do progresso da revelação. A revelação da nova aliança trazida pelo AT diz respeito apenas a Israel. O crente hoje é salvo pelo sangue da nova aliança derramado na cruz. Por este sacrifício do Salvador, o crente tem todas as bênçãos espirituais, e muitas das suas bênçãos são as mesmas que foram prometidas a Israel sob a revelação da nova aliança no AT. Entretanto, o crente não tem promessas de bênçãos relacionadas com a restauração da terra prometida, e ele não se tornou membro da sociedade de Israel. Ele é um ministro da nova aliança, porque não há outra base que não seja o sangue desta aliança para a salvação de qualquer pessoa hoje. Apesar disso, ao revelar estes fatos sobre a igreja e a nova aliança, o NT também revela que as bênçãos prometidas a Israel serão vividas por esta nação na segunda vinda de CRISTO (Rm 11.26,27).
Veja Igreja; Aliança; Reino.


Bibliografia. O, T. Allis, Prophecy and lhe Churck, Filadélfia.
Presbyterian and Refor- med, 1945. Alva J. MeClain, The Greatness of the Kingdom, Grand Rapids. Zondervan, 1959, pp, 157-160. Leon Morris, “Covenant”, The Apostolic Preaching of the Cross, Grand Rapids. Eerdmans, 1955,pp. 60-107. Charles C. Ryrie, The Basis of the Premillennial Faith, Nova York. Loizeaux Bros., 1953. “Covenant Theology”, Dispensationalism Today, Chicago. Moody Press, 1965,pp. 177- 191. Wilber B. Wallis, “Irony in Jeremiah’s Prophecy of a New Covenant”, JETS, XII (1969), 107-110. Veja também a bibliografia do tópico Testamento.

 Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

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Escrita Lição 11, Central Gospel, As Ordenanças da Igreja, 3Tr23, Pr. Henrique, EBD NA TV

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Marcos 16.14-16; Mateus 26.26-29

Marcos 16.14 - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.

15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.

16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

Mateus 26.26 - Enquanto comiam, JESUS tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.

27 - E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos.

28 - Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.

29 - E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no Reino de meu Pai.

  

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Prezado professor, fica claro, pela leitura dos evangelhos, que JESUS, na duração de Seu ministério terreno, deixou duas ordenanças à comunidade dos salvos: o batismo e a ceia do Senhor. Essas ordenanças deviam ser observadas periodicamente, não apenas por aquele grupo de seguidores, mas pela igreja de todos os tempos, em obediência ao Seu mandato. A palavra ordenança é um termo jurídico que significa “ordenamento, prescrição, norma, lei”. Isso tem a ver com ordem, arrumação e organização. A observância dessa ordem deve ser considerada a partir da autoridade da pessoa que a promulgou e exige o seu cumprimento (Mt 28.18). Excelente aula!

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. O BATISMO

1.1. O batismo no Novo Testamento

1.1.1. Razão do batismo de CRISTO

1.2. A forma do batismo bíblico

1.3. A validade do batismo

1.3.1. Demonstração de fé pública

1.3.2. Identificação com os demais discípulos

1.3.3. Purificação espiritual figurada

1.3.4. Ressurreição para uma nova vida

1.3.5. Testemunho da morte e da ressurreição de JESUS

2. A SANTA CEIA

2.1. O significado da santa ceia

2.2. A importância da santa ceia

2.3. Os motivos para a celebração da santa ceia

2.4. Os elementos da santa ceia

2.4.1. Quem pode e deve tomar a santa ceia

2.5. Instruções a serem consideradas na celebração da santa ceia

  

COMENTÁRIO

Palavra introdutória

O batismo e a santa ceia, instituídos pelo Senhor JESUS, funcionam como uma espécie de memorial aos redimidos pela fé de todas as gerações e espaços geográficos. Esses dois cerimoniais devem ocupar lugar central nas lembranças e celebrações da igreja. O batismo é o sinal externo e objetivo de que a pessoa se arrependeu dos seus pecados e creu no sacrifício de CRISTO. Tal pessoa rompe com seu antigo modo de viver, transformando-se em uma nova criatura, pronta para viver em novidade de vida (Rm 6.4). A santa ceia, por sua vez, é uma ordenança instituída pelo Senhor JESUS para ser um memorial, uma lembrança contínua de Sua morte na cruz e de Sua iminente volta ao mundo (1 Co 11.23-26).

  

1. O BATISMO

O batismo é um importante elemento da fé cristã — e assim foi desde o princípio (At 2.38). Trata-se de um ritual de purificação, que simboliza a remoção das impurezas (pecados). Ele representa o arrependimento dos pecados e o abandono de sua prática, assim como a entrega dos caminhos a DEUS para uma vida de obediência (Sl 37.5).

  

SUBSÍDIO 1

As palavras batismo e batizar eram utilizadas no judaísmo para fazer referência a um rito religioso de purificação. A Lei de Moisés havia estabelecido o uso de água para purificação cerimonial de uma pessoa contaminada (Nm 19.14-19). O batismo de João, nesse sentido, era praticado conforme os rituais judaicos (At 19.3).

  

1.1. O batismo no Novo Testamento

O batismo de João era o cumprimento de um estágio inicial, que visava preparar o coração das pessoas para o advento do Messias (Lc 3.4-6). Os que receberam o batismo e arrependeram-se dos seus pecados também estavam prontos para a mensagem de JESUS (Lc 7.29,30). Depois de ressuscitar, JESUS ordenou a Seus discípulos que batizassem os novos convertidos (Mt 28.19). Dessa forma, o batismo cristão é entendido como símbolo da morte e ressurreição com CRISTO, o que significa o fim da antiga vida e o começo de uma nova (Rm 6.3,4). Em outras palavras: o batismo simboliza a união espiritual do cristão com CRISTO e com Sua igreja (Gl 3.27). O pastor Russel Shedd afirma que “o batismo é o sinal público de mudança interior”. O arrependimento precede o batismo, que o sela e relembra futuras obrigações.

 

1.1.1. Razão do batismo de CRISTO

JESUS submeteu-se ao ato batismal, embora não precisasse de um batismo de arrependimento. Por isso, Mateus relata a hesitação por parte de João Batista em fazê-lo (Mt 3.13-17).

No entanto, Ele próprio declarou: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça (Mt 3.15). Significa dizer que, submetendo-se ao batismo, CRISTO agia de maneira representativa: Seu batismo tornou-se um elo entre o batismo de João e o batismo que Ele mesmo praticaria por meio de Seus discípulos daquela data em diante.

  

1.2. A forma do batismo bíblico

O verbo batizar, em sua origem grega, βαπτίζω (baptizō), possui o sentido de “mergulhar, imergir”, o que favorece a interpretação de que o batismo na época em que o Novo Testamento foi escrito era por imersão. Como é possível observar, as pessoas vinham de todo o vale do Jordão para serem batizadas por João no rio (Mt 3.13). Assim como aconteceu com JESUS, aconteceu com Filipe e um oficial Etíope (At 8.36-38). Fica evidente, pelo texto bíblico, que ambos foram até um local que continha água suficiente para que fossem nela mergulhados.

  

1.3. A validade do batismo

O ato de batizar é uma ordenança divina, que tem o seu carimbo de autenticação quando segue os objetivos para os quais foi estabelecido. O batismo cristão deve englobar os seguintes elementos:

  

1.3.1. Demonstração de fé pública

Por meio do batismo, o novo convertido demonstra à igreja — e ao meio social do qual faz parte — que se arrependeu dos seus pecados e, a partir de então, professa a mesma fé no sacrifício de CRISTO, como único meio de salvação. Dois textos exprimem essa confissão pública: (...) batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com DEUS, pela ressurreição de JESUS CRISTO (1 Pe 3.21); e Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judeia, e toda a província adjacente ao Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados (Mt 3.5,6) — Por meio do texto de Mateus, pode-se perceber a importância da demonstração pública de arrependimento, ainda que naquele momento os batizandos não professassem a fé em JESUS.

  

1.3.2. Identificação com os demais discípulos

O batismo é o rito de passagem para o cristianismo, sem ele não existe identificação entre o novo convertido e o restante da igreja. Essa conexão com os demais é muito importante, tanto que representa o cumprimento da única ordenança que JESUS fez após Sua ressurreição: Portanto, ide ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO (Mt 28.19). O batismo em águas caracteriza também aqueles que se fazem discípulos, assim como foram os primeiros apóstolos e todo o restante da igreja cristã.

  

1.3.3. Purificação espiritual figurada

O mergulho nas águas batismais simboliza a purificação dos pecados cometidos anteriormente. É muito importante observar que o batismo, em si, não perdoa pecados, a única maneira de obter este perdão é por meio da fé no sacrifício vicário de JESUS na cruz. O ato de mergulhar na água apenas ilustra, de forma dramática, essa crença para si e para os demais presentes. O texto de Atos 22.16 exprime bem essa questão: E, agora, por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor.

  

1.3.4. Ressurreição para uma nova vida

O batismo é um símbolo de mudança de pertencimento e controle. A pessoa estava debaixo das influências do maligno; agora, ela está debaixo do controle e da direção do ESPÍRITO SANTO. Sua vitória sobre o pecado é obtida pelo poder do sangue de CRISTO (1 Jo 1.7; Gl 5.16,17,24,25). Ao emergir das águas batismais, a pessoa está consciente do seu rompimento com os pecados da velha natureza, baseados no erro e na corrupção que caracterizam o mundo (1 Jo 5.19).

  

1.3.5. Testemunho da morte e da ressurreição de JESUS

Além de testemunhar ao mundo que JESUS morreu e ressuscitou ao terceiro dia, o batismo demonstra que o mesmo ocorreu com o pecador: ele morreu e, pela regeneração operada pelo poder de DEUS, ressuscitou (1 Pe 1.18,19). O apóstolo Paulo, em Colossenses 2.12, explica este fenômeno perfeitamente: Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de DEUS, que o ressuscitou dos mortos.

  

2. A SANTA CEIA

A ceia do Senhor é uma instituição divina, criada pelo próprio CRISTO e confirmada pelo apóstolo Paulo e demais seguidores do evangelho (Mt 26.26-28; 1 Co 11.23-34). A santa ceia possui um pilar básico dividido em duas partes: ela é tanto um memorial para manter na lembrança o sacrifício de CRISTO, quanto um estímulo à esperança e anúncio do Seu iminente e pessoal retorno ao mundo em cumprimento às Suas promessas (1 Co 11.26).

  

SUBSÍDIO 2

A ceia do Senhor, cujos detalhes foram transmitidos por Paulo, é relatada como um fato histórico, referindo-se, especificamente, à noite em que JESUS foi traído. Paulo estava consciente de que dava continuidade ao que JESUS havia iniciado (1 Co 11.23-34).

  

2.1. O significado da santa ceia

Um memorial é algo criado para manter vívida a lembrança de alguém ou de algum fato histórico de grande importância. Nesse sentido, a pessoa de CRISTO e Sua morte expiatória no Calvário ocupam posição de centralidade na singular ordenança da santa ceia. Como se pode observar em 1 Coríntios 11.23-26, JESUS estabeleceu este ato simbólico como um mandamento não somente para aquela geração, mas também para as vindouras, indistintamente.

  

2.2. A importância da santa ceia

Assim como a Páscoa judaica foi estabelecida para lembrar aos judeus da sua libertação do Egito, a ceia do Senhor foi instituída para simbolizar a libertação do pecado, da morte e o acesso à vida por meio do sacrífico de JESUS. Este memorial deve ser celebrado pelos salvos em CRISTO, até que Ele volte para arrebatar Sua igreja (1 Co 11.26).

  

2.3. Os motivos para a celebração da santa ceia

Os motivos para celebração da ceia — dentre outros — podem ser colocados em três categorias: o desejo de obedecer a CRISTO (Mt 26.26); a iniciativa de manter na memória o fato histórico da entrega de CRISTO como sacrifício substitutivo (Lc 22.19); o anúncio da Sua morte e retorno ao mundo (1 Co 11.26).

  

2.4. Os elementos da santa ceia

O pão e o vinho são os elementos usados na celebração da ceia. O pão representa o corpo de JESUS que foi crucificado e entregue pelos pecados da humanidade (Jo 6.33). O vinho simboliza o Seu sangue que ali foi derramado para remissão dos pecados e estabelecimento de uma nova aliança (1 Co 11.25).

  

2.4.1. Quem pode e deve tomar a santa ceia

As pessoas que podem tomar a ceia são aquelas que confessaram seus pecados e foram regeneradas em CRISTO, pela fé. Embora não haja uma indicação clara ao batismo como pré-requisito à participação na ceia, a prática da igreja cristã, desde os tempos mais antigos, é uma base sólida para afirmar que a ceia deve ser oferecida àqueles que foram batizados em águas e estão em plena comunhão com suas igrejas.

  

2.5. Instruções a serem consideradas na celebração da santa ceia

A celebração da ceia deve observar alguns pontos muitos importantes: como era feito no judaísmo em relação à Páscoa, os participantes da ceia devem proclamar, por palavras, atos e símbolos, a centralidade da morte e da volta de CRISTO ao mundo (1 Co 11.26); o significado da ceia deve ser conhecido e honrado por todos os salvos (1 Co 11.26); todos devem participar dela com santidade, reverência e temor (1 Co 11.27); o coração e a vida devem ser examinados como preparação (1 Co 11.28); esta celebração deve acontecer de maneira ordeira e solene (1 Co 11.33,34).

 

CONCLUSÃO

Como visto nesta lição, o batismo e a santa ceia são as ordenanças que o Senhor JESUS deixou para serem observadas pela igreja militante (Mt 28.19,20; Lc 22.19,20). A primeira — o batismo — não pode ser entendida como meio de salvação (1 Co 1.14-17); antes, deve ser realizada somente pelo indivíduo que assume a crença no evangelho da graça (At 2.41,42). Deste modo, é inaceitável o batismo de bebês ou crianças que não tenham atingido a idade da razão. A forma correta do batismo, à luz da Bíblia, é por imersão total do novo convertido nas águas batismais (Mc 1.9-11; Jo 3.23; At 8.36-39). A segunda — a santa ceia — deve ser distribuída em dois elementos: o pão, que é símbolo do corpo de CRISTO; e o cálice, que representa Seu sangue (1 Co 11.23-26). Tais elementos não podem ser negados a qualquer crente em CRISTO (v. 28). A ceia consiste em um memorial, no qual a igreja recorda a morte do Filho de DEUS na cruz do Calvário para remissão dos pecados. Deste modo, é supersticiosa a crença de que o corpo e o sangue do Senhor estão de alguma forma presentes nos elementos, ou que se pode obter a vida eterna participando deles.

  

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais são as duas ordenanças deixadas por CRISTO à Sua igreja? R.: O batismo e a santa ceia.

 

  

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LIÇÃO 2, CPAD, A IGREJA DE JERUSALÉM NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 2, CPAD, A Igreja De Jerusalém, Um Modelo A Ser Seguido, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 99 99152-0454 (Luiz Henrique de Almeida Silva)

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – UMA IGREJA COM SÓLIDOS ALICERCES   

1. Uma igreja com fundamento doutrinário

2. “Perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42)

3. Uma igreja relacional e piedosa. A igreja de Jerusalém perseverava na

II – UMA IGREJA OBSERVADORA DOS SÍMBOLOS CRISTÃOS

1. O Batismo

2. A Ceia do Senhor

III – UMA IGREJA MODELO 

1. Uma igreja reverente e cheia de dons

2. Uma igreja acolhedora

3. Uma igreja adoradora

 

TEXTO ÁUREO

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (At 2.42)

 

VERDADE PRÁTICA

A Igreja de Jerusalém, como igreja-mãe, tornou-se exemplo para as demais. Um modelo a ser seguido por todas as igrejas verdadeiramente bíblicas.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 1.12-14 Esperando em oração

Terça - At 2.38 A necessidade da conversão espiritual

Quarta - At 2.42 Os pilares da igreja cristã 

Quinta - At 2.38,39 Arrependimento, batismo e o dom do ESPÍRITO SANTO

Sexta - At 2.39 A atualidade da promessa

Sábado - At 2.43 Uma igreja reverente

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.37-47

37- Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos?

38- E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.

39- Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos DEUS, nosso Senhor, chamar.

40- E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.

41- De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.

42- E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43- Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.

44- Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.

45- Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.

46- E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47- louvando a DEUS e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

 

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PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A Igreja de Jerusalém, que teve o seu início com a descida do ESPÍRITO SANTO durante o Pentecostes, estabeleceu-se como um exemplo a ser seguido por todas as gerações de cristãos. Em Atos 2.37-47, encontramos uma igreja com fundamentos sólidos, alicerçada na doutrina dos apóstolos e no compromisso com a comunhão, oração e piedade. Para além disso, essa comunidade praticava os símbolos cristãos fundamentais, como o batismo e a Ceia do Senhor, manifestando sua fé de forma prática. O seu testemunho e modo de viver deixaram uma marca significativa na sociedade à sua volta, tornando-a um modelo notável de unidade, amor e poder espiritual.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Explicar os fundamentos da Igreja de Jerusalém; II) Reconhecer a importância do batismo e da Ceia do Senhor como símbolos essenciais da fé cristã; III) Aplicar os princípios da Igreja de Jerusalém à vida da igreja atual, enfatizando a prática espiritual, o acolhimento e a adoração.

B) Motivação: A Igreja de Jerusalém não era apenas uma comunidade de fé, mas um modelo de vida cristã que impactava sua geração. Seus alicerces firmes na doutrina, sua fidelidade aos símbolos cristãos e seu testemunho poderoso são inspirações para a igreja atual. Ao estudar essa lição, reflita: sua igreja e sua vida cristã refletem esse modelo? O compromisso com a Palavra, a comunhão e a prática da fé ainda são prioridades? Que esta reflexão desperte um desejo genuíno de viver os princípios da igreja primitiva no cotidiano da fé.

C) Sugestão de Método: Para tornar a lição significativa, o professor pode iniciar a aula com uma leitura dialogada de Atos 2.37-47, incentivando os alunos a identificarem as características da Igreja de Jerusalém. Em seguida, utilizar um quadro ou cartolina para listar os três aspectos abordados ao longo da lição: sólidos alicerces, observância dos símbolos cristãos e modelo a ser seguido. A classe pode discutir como esses princípios se aplicam à igreja atual, relacionando-os com experiências pessoais.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Assim como a Igreja de Jerusalém, somos chamados a viver uma fé fundamentada na Palavra, na comunhão e na prática dos ensinamentos de CRISTO. Que reflitamos sobre como podemos aplicar esses princípios em nossa igreja e vida pessoal!

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Doutrina dos Apóstolos [...] comunhão [...] o partir do pão [...] orações", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a respeito da prática de piedade da igreja de Jerusalém; 2) No final do terceiro tópico, o texto "O Progresso se Repete" aprofunda a respeito do crescimento da igreja no Primeiro Século.

 

PALAVRA-CHAVE - Modelo

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

Por ser a Igreja-mãe, Jerusalém torna-se o modelo para as demais igrejas que foram implantadas. É de Jerusalém que partem as decisões que buscam, por exemplo, disciplinar e padronizar determinadas práticas cristãs. A igreja de Jerusalém já nasce forte! Sendo de origem divina, cheia do ESPÍRITO SANTO e supervisionada pelos apóstolos, essa igreja é bem alicerçada. Isso fica claro no ministério da Palavra, a quem os apóstolos se devotaram inteiramente e ao exercício dos diversos dons que abundavam no seu meio. É, portanto, uma igreja da Palavra e do ESPÍRITO. E mais – é uma igreja onde a observância das ordenanças de CRISTO é praticada na esfera do culto cristão. Assim, a igreja cristã primitiva exibe marcas que se tornaram um padrão para todas as igrejas em todas as épocas e lugares.

 

I – UMA IGREJA COM SÓLIDOS ALICERCES   

1. Uma igreja com fundamento doutrinário

A igreja de Jerusalém era uma igreja bem doutrinada. Lucas diz que, antes de ascender aos céus, CRISTO deu “mandamentos, pelo ESPÍRITO SANTO, aos apóstolos que escolhera” (At 1.2). Uma igreja genuinamente cristã reflete a prática e os ensinos dos apóstolos. É exatamente isso o que o livro de Atos diz da primeira igreja: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42). Uma igreja só pode ser considerada genuinamente cristã quando ela consegue ensinar e doutrinar seus membros de tal forma que eles passem a refletir o caráter de CRISTO.

 

2. “Perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42)

 A expressão diz muito sobre o processo de discipulado da igreja de Jerusalém. Era uma igreja bem doutrinada, e, portanto, bem discipulada. A palavra “doutrina” traduz o termo grego didaché, que significa “ensinar” e “instruir”. Tem a ver, portanto, com o discipulado cristão. O discípulo é alguém que consegue reproduzir, isto é, levar adiante o que aprendeu de seu Mestre. Os apóstolos aprenderam de CRISTO; a igreja cristã primitiva aprendeu dos apóstolos e agora vivia isso a fim de transmitir a outros o que aprendeu. A tragédia da igreja acontece quando ela não consegue ser discipulada, nem tampouco discipular.

 

3. Uma igreja relacional e piedosa.

A igreja de Jerusalém perseverava na “comunhão” (At 2.42). A maioria dos intérpretes entende que a palavra grega koinonia, traduzida aqui como “comunhão” é uma referência às relações interpessoais dos primitivos cristãos. A primeira igreja era, portanto, uma igreja relacional. Assim, perseverar na comunhão tem o sentido de “se dedicar” à construção de bons relacionamentos. Tem a ver com o modo de vida dos crentes. Sem o cultivo de relações interpessoais fortes, a igreja cai em um mero ativismo. Há muita atividade, mas sem o calor humano que caracteriza a verdadeira vida cristã.

A mesma igreja que perseverava na doutrina dos apóstolos e na comunhão era a mesma igreja que vivia em oração (At 2.42). A igreja de Jerusalém orava! Assim, Pedro e João foram ao templo na hora nona de oração (At 3.1); os apóstolos estabeleceram como prática dedicar-se à oração (At 6.4) e a Igreja reunida na casa de Maria, mãe de Marcos, se dedicava à oração (At 12.5). 

 

SINÓPSE I - A igreja de Jerusalém tinha como característica a perseverança na doutrina, comunhão e oração. Isso fazia dela uma igreja piedosa.

 

AUXILIO BIBLIOLÓGICO

“A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS [...] COMUNHÃO [...] O PARTIR DO PÃO [...] ORAÇÕES. Hoje em dia, muitas igrejas desejam seguir o modelo da igreja do Novo Testamento, esperando vivenciar o mesmo poder, crescimento e eficácia que ela teve. Esta passagem nos proporciona uma visão geral das características que permitiram que a igreja do Novo Testamento vivenciasse o milagroso poder de DEUS (v. 43) e um crescimento consistente (v. 47). O que é admirável é que essas características eram bastante simples e práticas.  (1) A doutrina dos apóstolos (v. 42a). Os primeiros cristãos eram profundamente devotados à mensagem de CRISTO. [...]; (2) Comunhão (gr. koinōnia; v. 42b). Os seguidores de DEUS na igreja primitiva não somente eram dedicados ao seu relacionamento básico e predominante com DEUS, como também estavam comprometidos em construir relacionamentos abertos, honestos e espiritualmente encorajadores com o povo de DEUS [...]; (3) O partir do pão (vv. 42c,46). Esta expressão poderia se referir, simplesmente, às refeições feitas nas casas, uns dos outros [...] [ou] à refeição do amor ágape (veja 1Co 11.21), ou à Ceia do Senhor (isto é, à comunhão) propriamente dita. [...] (4) Oração (v. 42d; cf. 1.14; 4.23-31). A oração era, claramente, uma grande prioridade e uma parte vital da vida da igreja primitiva” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1932).

 

II – UMA IGREJA OBSERVADORA DOS SÍMBOLOS CRISTÃOS

1. O Batismo

 Após o primeiro sermão do apóstolo Pedro na igreja de Jerusalém, e como resposta a uma pergunta, ele disse ao povo: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para perdão dos pecados” (At 2.38). Naquela época, a primeira igreja batizava quem se convertia. Ela sabia que o batismo era uma das ordenanças de JESUS e que ele era um dos principais símbolos da fé cristã (Mc 16.16). O batismo era um dos primeiros passos da fé cristã, um rito de entrada para a nova vida em CRISTO. Mas para ser batizado, a pessoa precisava ter se arrependido dos seus pecados e crido em JESUS. Era preciso ter consciência do sentido desse símbolo de fé. Assim, o batismo era um testemunho público de que a pessoa havia se convertido. Por meio dele, os cristãos de Jerusalém mostravam ao mundo que sua vida agora era diferente, que eles tinham uma nova vida em CRISTO.

 

2. A Ceia do Senhor

A Ceia do Senhor é a outra ordenança dada por JESUS e que foi observada pela igreja de Jerusalém. “E perseveravam... no partir do pão” (At 2.42). A maioria dos estudiosos concorda que esse texto é uma referência à prática da Ceia do Senhor entre os primeiros cristãos. Donald Gee, um dos principais mestres do pentecostalismo britânico, disse que, quando tomada corretamente, a Ceia leva a Igreja ao próprio coração de sua fé; ao próprio centro do Evangelho; ao objeto supremo do amor de DEUS. Portanto, quão abençoado é esse “partir do pão”! Parece provável que os primeiros cristãos, combinando essa ordenança simples com a “festa do amor” de sua refeição comum, lembravam assim a morte do Senhor “todos os dias” (At 2.42-46).

 

SINÓPSE II - Na igreja de Jerusalém, os símbolos essenciais da fé cristã, o Batismo e a Ceia do Senhor, eram reverentemente observados.

 

III – UMA IGREJA MODELO 

1. Uma igreja reverente e cheia de dons

É dito da igreja de Jerusalém: “Em cada alma havia temor” (At 2.43). A palavra grega traduzida como “temor” é phóbos, que também significa “reverência, respeito pelo sagrado”. Havia um forte sentimento da presença de DEUS! Havia um clima da presença do sagrado, do que é santo, o mesmo sentido que teve Moisés quando o Senhor o mandou tirar os sapatos dos pés porque o lugar “é terra santa” (Êx 3.5). Precisamos aprender com a primeira igreja! Não podemos perder o respeito pelo sagrado.

 

A nossa tendência é nos fechar em nosso mundo e deixar de fora quem achamos ser inconveniente. Numa igreja acolhedora,  os membros se sentem acolhidos e parte do grupo.”

 

Lucas destaca que “muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (At 2.43). “Sinais (gr. Téras) e maravilhas (gr. Sémeion)” são as mesmas palavras usadas pelo apóstolo Paulo para se referir aos dons do ESPÍRITO SANTO que se manifestavam em suas ações missionárias (Rm 15.19). Os dons espirituais ornamentavam a igreja cristã primitiva.

 

2. Uma igreja acolhedora

Dentre as muitas marcas de uma igreja relevante, o acolhimento aparece como uma das suas principais. Uma igreja, para se tornar relevante, necessariamente deve ser acolhedora. A igreja de Jerusalém é um modelo de igreja acolhedora. Além de estarem juntos, o texto bíblico diz que naquela igreja “todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44). Não é fácil partilhar, muito menos acolher. A nossa tendência é nos fechar em nosso mundo e deixar de fora quem achamos ser inconveniente. Numa igreja acolhedora, os membros se sentem acolhidos e parte do grupo.   

 

3. Uma igreja adoradora

A igreja de Jerusalém era também uma igreja adoradora: “louvando a DEUS” (At 2.47). “Louvando”, traduz o verbo grego aineo. É o mesmo termo usado para se referir aos anjos e pastores que louvavam a DEUS por ocasião do nascimento de JESUS (Lc 2.13,20); é usado também para descrever o paralítico que louvava a DEUS depois que foi curado junto a Porta Formosa do Templo (At 3.8). É, portanto, uma expressão de júbilo e de gratidão. Louvar é muito mais que simplesmente “cantar”; é uma expressão de rendição e total entrega! É o reconhecimento da grandeza de DEUS e de seus poderosos feitos.

 

SINÓPSE III - Os princípios da Igreja de Jerusalém nos ensinam a viver a dimensão espiritual, do acolhimento e da adoração.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“O PROGRESSO SE REPETE. [...] Os primeiros discípulos — a maioria composta por judeus — continuavam a adorar diariamente no templo (46). Isto era natural. Posteriormente, a perseguição aos judeus expulsou-os do Templo, e também das sinagogas. Eles também partiam o pão em casa. O texto grego também poderia ser traduzido como “de casa em casa”. Não havia edifícios para igrejas no início, e a maioria das reuniões de adoração era conduzida nas casas. Louvando a DEUS e caindo na graça de todo o povo (47) é uma combinação desejada na igreja de todos os tempos e lugares. O Senhor estava acrescentando diariamente novas pessoas ao número de crentes. Esta era uma igreja em crescimento. A última frase, aqueles que se haviam de salvar, é uma tradução completamente injustificável. Não existe aqui nenhuma indicação de predeterminação ou predestinação. O texto grego diz claramente: ‘todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que estavam sendo salvos’. Isto simplesmente afirma que aqueles ‘que estavam sendo salvos’ uniam-se ao crescente grupo de discípulos em Jerusalém” (Comentário Bíblico Beacon – João e Atos. Vol.7. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.225).

 

CONCLUSÃO

Vimos, nesta lição, algumas características que marcaram a primeira igreja. Frequentemente, nos referimos a ela como a "Igreja Primitiva". Vemos como sendo uma igreja ideal, modelo para todas as outras. De fato, ela é a igreja-mãe. Isso, contudo, não significa dizer que a igreja de Jerusalém não tivesse problemas. Pelo contrário, veremos em outras lições, que havia alguns bem desafiadores. Nada, contudo, que tire o seu brilho e nos impeça de nos espelharmos nela.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual a expressão bíblica que diz muito sobre o processo de discipulado da igreja de Jerusalém?

A expressão é: “Perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42). Isso demonstra que a igreja de Jerusalém era bem doutrinada e discipulada, refletindo os ensinamentos dos apóstolos.

2. O que significa a palavra grega koinonia, mencionada no texto em referência à igreja de Jerusalém?

Koinonia significa “comunhão” e se refere às relações interpessoais dos primeiros cristãos, destacando que a igreja era relacional e dedicada à construção de bons relacionamentos.

3. Como o batismo era visto na igreja de Jerusalém?

O batismo era considerado uma ordenança de JESUS e um dos principais símbolos da fé cristã. Ele representava um rito de entrada para a nova vida em CRISTO, sendo um testemunho público de conversão.

4. O que Donald Gee diz a respeito da Ceia do Senhor?

Donald Gee afirmou que, quando tomada corretamente, a Ceia leva a Igreja ao próprio coração de sua fé, ao centro do Evangelho e ao objeto supremo do amor de DEUS.

5. O que a igreja pode fazer para se tornar relevante?

Uma igreja, para se tornar relevante, necessariamente deve ser acolhedora.

Verdades Pentecostais - Antonio Gilberto – CPAD

Tornando-se uma Igreja Acolhedora - Thom S. Rainer – CPAD (Calvinista?)