Escrita Lição 2, Betel, Em Permanente Vigilância, O Chamado à
Santidade e à Preparação, 1Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO
DA LIÇÃO 2 BETEL 1Tr2025
1-
AS IGREJAS DA ÁSIA
1.1.
Éfeso
1.2. Laodiceia
1.3.
A permanente vigilância
2-
O MOVIMENTO MONTANISTA
2.1. O propósito do
Movimento Montanista
2.2. Os excessos do
Movimento Montanista
2.3.
O afastamento da Doutrina dos Apóstolos
3-
LIÇÕES E ALERTAS DOS PRIMEIROS SÉCULOS
3.1.
Lidando com exageros e equivocas
3.2.
O contínuo autoexame
3.3.
O contínuo avivamento
TEXTO ÁUREO
"E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de
despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do
que quando aceitamos a fé", Romanos 13. ·11
VERDADE APLICADA
As experiências e os avivamentos do passado não nos dispensam de
viver em constante vigilância e oração.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Apocalipse 2.1-5
1. Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto
diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete
castiçais de ouro.
2. Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua
paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser
apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.
3. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não
te cansaste.
4. Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira
caridade.
5. Lembra-te, pois, de onde caíste, e
arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não brevemente a ti virei e
tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 2, BETEL 1Tr25
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO
RESUMO
I. ÉFESO, UMA IGREJA SINGULAR
1. Paulo em Éfeso.
2. A solidez doutrinária de
Éfeso.
3. Uma igreja de ministros
excelentes.
II. O PROBLEMA DE ÉFESO
1. Um grave problema.
2. O primeiro amor.
3. Amnésia do amor.
III. VOLTANDO AO PRIMEIRO AMOR
Esquecer o primeiro amor é
queda espiritual.
1. Rica em obras, pobre em
amor.
2. Amar é a mais elevada das
obras.
IV. LEMBRANDO SE DO PRIMEIRO
AMOR
"Lembra-te, pois, de onde
caíste, ...." (Ap 2.5).
1. Lembrar-se de onde caiu.
2. Voltar à prática das
primeiras obras.
3. Amar a vinda de CRISTO.
LEITURA - Apocalipse 2.1-7
1 - Escreve ao anjo da igreja
que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que
anda no meio dos sete castiçais de ouro: 2- Eu sei as tuas obras, e o teu
trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova
os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos; 3 - e
sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste. 4 -
Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. 5 - Lembra-te, pois,
de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te
arrependeres. 6 - Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as
quais eu também aborreço. 7 - Quem tem ouvidos ouça o que o ESPÍRITO diz às
igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio
do paraíso de DEUS.
2.2 QUE DIZEM SER APÓSTOLOS. Um dos principais cuidados de
JESUS, ao dirigir sua mensagem final às sete igrejas, foi preveni-las da
apostasia por tolerar falsos mestres, profetas ou apóstolos, que distorciam a
Palavra de DEUS ou enfraqueciam seu poder e autoridade nas igrejas.
(1) CRISTO ordena que as
igrejas testem todos os que alegam autoridade espiritual.
(2) Note que CRISTO censurou
as igrejas de Pérgamo (vv. 14-16) e Tiatira (v. 20) por acolherem, ao invés de
resistirem, os que eram desleais à verdade e padrões da Palavra de DEUS.
2.4 DEIXASTE A TUA PRIMEIRA CARIDADE. Isto se refere ao primeiro e
profundo amor e dedicação que os efésios tinham por CRISTO e sua Palavra (Jo
14.15,21; 21; 15.10).
(1) Esta advertência nos
ensina que conhecer a doutrina correta, obedecer a alguns dos mandamentos e ir
aos cultos na igreja não bastam (Mt 5.17). A igreja deve ter, acima de tudo,
amor sincero a JESUS CRISTO e sua Palavra como um todo (2 Co 11.3; cf. Dt
10.12).
(2) O amor sincero a CRISTO
resulta em devoção sincera a Ele, em pureza de vida e em amor à verdade (2 Co
11.3; ver Mt 22.37,39; Jo 21.15).
2.5 TIRAREI... O TEU CASTIÇAL. CRISTO rejeitará toda congregação ou
igreja que não se arrepender de sua falta de amor e obediência ao Senhor JESUS
CRISTO, e a removerá do seu reino.
2.6 ABORRECES AS OBRAS DOS NICOLAÍTAS, AS QUAIS EU TAMBÉM ABORREÇO. Os
nicolaítas (cf. v. 15) eram certamente adeptos do ensino de Balaão (cf. v.15),
i.e., que a imoralidade sexual não afeta nossa salvação em CRISTO. O NT declara
o contrário; tais pessoas não herdarão o reino de DEUS (1 Co 6.9,10). DEUS
abomina o ensino herético que diz podermos ser salvos e, ao mesmo tempo, viver
na devassidão. Repelir aquilo que DEUS abomina é característica principal de
quem é leal a CRISTO (Sl 139.21; Pv 8.13; ver Jo 3.19).
2.7 AO QUE VENCER. O vencedor (gr. nikon) é aquele que, mediante a graça
de DEUS recebida através da fé em CRISTO, experimentou o novo nascimento e
permanece constante na vitória sobre o pecado, o mundo e Satanás. (1) Cercado
de muita oposição e apostasia, o vencedor se recusa a conformar-se com o mundo
e a impiedade dentro da igreja (v. 24). Ele ouve e atende aquilo que o ESPÍRITO
diz às igrejas (v. 7), permanece fiel a CRISTO até ao fim (v. 26) e aceita
somente o padrão de DEUS para a vida cristã, revelado na sua santa Palavra
(3.8).
(2) Nas igrejas de DEUS, o
vencedor, e somente o vencedor, comerá da árvore da vida (v. 7), não sofrerá o
dano da segunda morte (v. 11), receberá o maná escondido e um novo nome no céu
(v. 17), terá autoridade sobre as
nações (v. 26), seu nome não será removido do livro da vida, será honrado por
CRISTO diante do Pai e dos anjos (3.5), permanecerá com DEUS no seu templo,
terá sobre si o nome de DEUS, de CRISTO e da Nova Jerusalém (3.12) e será para
sempre filho de DEUS (21.7).
(3) O segredo da sua vitória é
a morte expiadora de CRISTO, seu próprio testemunho fiel acerca de JESUS e a
perseverança no amor a CRISTO até à morte (12.11; cf. 1 Jo 5.4). Note que, ou
vencemos o pecado, o mundo, e Satanás, ou somos por eles vencidos, acabando por
sermos lançados no lago de fogo (v. 11; 3.5; 20.15; 21.8). Não há grupo neutro.
Amor - Intenso afeto por outra
pessoa; devoção e dedicação.
INTRODUÇÃO
Sabemos Que As Igrejas Da Ásia (Atual Turquia) Mencionadas
Nas Cartas De JESUS Aos Seus Pastores E Líderes, Através De João, Na Ilha De
Patmos, Já Não Existem Mais. O Resultado Funesto Da Falta De Obediência E
Observância Do Primeiro Amor As Destruiu.
Vamos Iniciar Nessa Lição Um Estudo Detalhado Do
Que Ocorreu Para Que Tamanha Tragédia Pudesse Acontecer.
Quais As Igrejas?
As 7 Mencionadas, Significando Uma Totalidade -
Também Significando Perigos Que Todas As Igrejas De Todas As Épocas
Enfrentariam.
Estudaremos Qual Era A Situação De Cada Uma -
Comparemos Com As Que Temos Hoje Para Aprendermos E Não Cairmos Nas Mesmas
Transgressões E Recebermos Os Mesmos Castigos Que Elas Receberam.
Iniciaremos pela Igreja em Éfeso:
Seu pecado maior - Caída espiritualmente pela falta
de amor a DEUS
Solução - Arrepender-se e voltar a demonstrar
internamente e externamente este amor.
PRIMEIRA CARTA: À IGREJA DE
ÉFESO - Comentário Bíblico do Livro do Apocalipse - Comentário Bíblico do Livro
do Apocalipse - Severino Pedro da Silva
I. “...Ao
anjo da igreja”. Nada se sabe de certo quem era esse “anjo” nos dias em que
esta carta estava sendo enviada, a não ser aquilo que depreende do texto em
foco. Segundo o relato de Lucas em Atos 20, quando Paulo visitou a Ásia Menor,
“...de Mileto mandou a Éfeso, chamar os anciãos da igreja. E, logo que chegaram
juntos dele, disse-lhes...Olhai pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO
SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele
resgatou com seu próprio sangue” (At 20.17, 18, 28). Quando Paulo falou essas
palavras, Timóteo era o pastor (anjo) da igreja de Éfeso (1Tm 1.3) e
provavelmente Tíquico tenha sido seu substituto (At 20.4; Ef 6.21; 2Tm 4.12). O
“anjo” a que JESUS se refere bem pode ser este último.
1. ÉFESO. O nome significa “desejado”. Situação Geográfica: a cidade de Éfeso
se encravava no pequeno Continente da Ásia Menor. “Esta era a capital da
província romana da Ásia. Com Antioquia da Síria e Alexandria no Egito,
formavam o grupo das três maiores cidades do litoral leste do Mar Mediterrâneo.
O seu tempo da “Diana dos efésios” (At 19.28) foi considerado uma das sete
maravilhas do mundo antigo”. Pelo menos duas vezes, Paulo esteve nessa cidade
(At 18.19 e 19.1). Em sua terceira viagem por aquela região, ele não chegou até
lá, mas estando em Mileto “mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da Igreja”. Essa
igreja recebeu duas cartas: uma de Paulo (epístola aos efésios), e outra de CRISTO
(à que está em foco). A primeira em 64 d. C., a segunda em 96 d. C.
2. Notem-se as sete coisas comuns a todas as sete mensagens: (a) Todas são
dirigidas “ao anjo da igreja”. 2.1, 8, 12, 18; 3.1, 7, 14. (b) Cada mensagem
tem uma descrição abreviada daquele que a envia, tirada da visão de CRISTO
glorificado, no primeiro capítulo. (c) CRISTO afirma a cada igreja: “Sei”. 2.2,
9, 13, 19; 3.1, 8, 15. (d) Todas as mensagens têm ou uma palavra de louvor ou
censura. 2.4, 9, 14, 20; 3.2, 8-10, 16. (e) CRISTO lembra Sua Vinda e o que há
de acontecer conforme a conduta da própria pessoa, a todas as sete igrejas. (f)
A cada igreja é repetido a frase: “Quem tem ouvidos, ouça o que o ESPÍRITO diz
às igrejas”. 2.7, 11, 17, 29; 3.6, 13, 22. (g) Cada vez, há promessa explícita,
para os vencedores do bom combate da fé: “JESUS diz: O que vencer!”. (Cf. 2.7,
11, 17, 26; 3.5, 12, 21).
ÉFESO, A IGREJA DO AMOR
ESQUECIDO.
Éfeso se tornara uma grande cidade com
aproximadamente 500.000 habitantes. pertencia à Ásia menor de então, hoje,
cidade com praticamente 100% de muçulmanos, pertencente à Turquia. Devido à sua
localização geográfica privilegiada se tornou um parada obrigatória de todos os
navios que iam e vinham desde a África, Egito, Israel, e demais países desta
região, até Roma, capital de um vasto império na época. Era centro político,
econômico e religioso de sua época. seus habitantes passaram a ouvir falar de
JESUS a partir da segunda viagem missionária de Paulo e passaram a conhecer
mais profundamente a respeito do evangelho a partir da terceira viagem
missionária de Paulo até ali, quando passou cerca de 3 anos ensinado a palavra
de DEUS em uma escola de um certo Tirano. (Atos 19:9 Mas, como alguns deles se
endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão,
retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola
de um certo Tirano).
Vemos que o evangelho em Éfeso floresceu em meio a demonstrações de poder e
milagres de DEUS ali. (Atos 19:6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles
o ESPÍRITO SANTO; e falavam línguas, e profetizavam).
Foram enviadas duas cartas a
Éfeso: a primeira enviada por Paulo entre 60-64 d.C. (Ef 1.1-2), e a segunda
enviada por CRISTO, através de João, por volta do ano 96 d.C. (Ap 2.1-7).
Pelo que parece a igreja de
Éfeso possuía todos os ministérios de JESUS em operação (E ele mesmo concedeu
uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros
para pastores e mestres - Ef 4.11). Daí a explicação de seu sucesso na obra de
DEUS.
Paulo já detectava a falta de amor a DEUS presente
na Igreja depois de sua partida. (Efésios 6:23-24 Paz seja com os irmãos, e
amor com fé da parte de DEUS Pai e da do Senhor JESUS CRISTO. A graça seja com
todos os que amam a nosso Senhor JESUS CRISTO em sinceridade. Amém).
Como o tempo é inimigo da paixão, o que era amor se tornou rotina e o que tinha
valor espiritual passou a ter valor material.
JESUS, que tudo vê e sabe,
cerca de apenas 60 anos após ser fundada esta igreja, revela a João sua
situação deplorável e lhe dita uma carta para que lhe fosse entregue a fim de
poupá-la da destruição que lhe sobreviria dentro em breve por sua falta de amor
para com seu Senhor.
O problema do desvio
espiritual da igreja, do esfriamento, dignos de arrependimento urgente, era a
falta do primeiro amor.
Esse primeiro amor era detectado por DEUS na
motivação das obras feitas e não na quantidade delas.
”Porque importa que todos nós compareçamos perante o Tribunal de CRISTO,
para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do
corpo.” (II Cor. 5:10).
O Que Será Julgado?
a) Os Motivos — I Cor. 4:1-5 — DEUS, naquele
dia, “manifestará os desígnios do coração” (v.5). Não basta servir; é preciso
servir por amor. Você trabalha porque ama ao Senhor, ou porque quer se engrandecer?
b) Os Materiais — I Cor. 3:12-15 — O Senhor
também irá testar se aquilo que você construiu está de acordo com a Palavra de
DEUS (é ouro, prata, pedras preciosas), ou se é invenção humana (madeira, feno,
palha). Você procura, no seu serviço cristão, fazer o que DEUS manda, ou você
está se esforçando (em vão) para promover teorias humanas?
c) Os Métodos — II Cor. 5:10 — Cada um
receberá segundo o bem ou o mal que tiver feito. Mesmo que seus motivos
sejam sinceros, e mesmo que aquilo que está sendo feito seja correto, os seus
métodos têm a aprovação divina? Por exemplo, você se contenta em “pregar a
CRISTO, e este crucificado”, ou acha necessário utilizar métodos humanos mais
“modernos”? ”Cada um veja como edifica” (I Cor. 3:10). Trabalhe por motivos
sinceros, construa algo que DEUS aprovará, e somente utilize meios que Ele
recomenda. Do contrário, a sua obra será queimada.
Será que estamos tão ocupados fazendo a obra de
DEUS que nem nos lembramos de conversar com ELE, de ouvi-lo, de perguntar-Lhe
sua opnião, de O adorarmos?
Além do abandono do primeiro amor na realização das
obras, passamos a amar mais as obras do que a DEUS e ao próximo. Amamos
presidir, construir, ensinar, pregar, orar, cantar, tocar, ofertar etc., porque
todas estas coisas ajudam na autopromoção, no louvor que vem dos homens. Quando
o primeiro amor é abandonado, em lugar de altruísmo e da glória de DEUS, nos
tornamos egoístas e buscamos o reconhecimento dos nossos feitos aqui e agora.
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e
volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu
lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. (Ap 2.5)
“Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma,
sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.” (Amós
3:7)
DEUS sempre agiu desta forma. Sempre que ia fazer
alguma coisa Ele avisava antes. Sempre avisou ao homem antes de fazer algo. Na
versão da Bíblia na Linguagem de Hoje este verso está transcrito:
“Por acaso, o Senhor DEUS faz alguma coisa sem revelar aos seus servos, os
profetas?” (Amós 3:7).
Veja o caso de Sodoma e Gomorra: DEUS primeiro
avisou a Abraão o que fazer para que ele intercedesse por Ló e sua família.
Avisou primeiro a Moisés antes de amaldiçoar o povo
para que Moisés intercedesse. Assim enviou essa carta a Éfeso e depois as
outras cartas às outras igrejas com a finalidade de adverti-los sobre seus
pecados com o objetivo de causar-lhes arrependimento para que o juízo contido
nas cartas não fosse aplicado como aí prometido.
Lembrança de onde parou na vida espiritual e
começou a voltar à vida anterior à conversão é o primeiro passo para que se
tenha um ponto de partida para o arrependimento e consequente perdão.
JESUS está aqui afirmando que o deixar o primeiro
amor é pecado gravíssimo (caíste) e precisa de arrependimento urgente, depois
deve-se voltar a praticar as verdadeiras obras de amor e por amor a DEUS.
O juízo está definido - Remoção do corpo de CRISTO.
Quem tem ouvidos, ouça o que o ESPÍRITO dias às
igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se
encontra no paraíso de DEUS. (Ap 2.7)
É preciso
ter ouvidos espirituais e não apenas ouvidos no corpo físico. É preciso ouvir
com o coração aberto para DEUS. Com o arrependimento vem a promessa de morada
na cidade santa - a nova Jerusalém.
(Strong português)
Εφεσος Ephesos - provavelmente de origem estrangeira; n pr loc
Éfeso = “permitida”
1) cidade marítima da Ásia Menor, capital da Jônia e, sob o domínio Romano, da
Ásia proconsular, situada entre Esmirna e Mileto
INTERAÇÃO
Uma característica marcante da
igreja de Éfeso era a sua intolerância à heresia. Quanto à doutrina, era
ortodoxa e implacável. Mas quanto à prática do amor, tornara-se heterodoxa,
fria e seca. A carta à igreja dos efésios nos ensina que a ortodoxia uma vez
praticada sem amor, esfria e mata a verdadeira espiritualidade. Não podemos, a
pretexto de "zelar" pela verdade, desconsiderar o cultivo de uma
profunda espiritualidade banhada em amor. A nossa mensagem deve tocar mentes e
corações. Assim, como o Senhor requereu da igreja de Éfeso, devemos voltar ao
primeiro amor e encharcarmo-nos do Evangelho da Graça de DEUS.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
O ensino sistemático da
Bíblia (ortodoxia) requer de seus leitores uma ação concreta no caminho
existencial da vida (ortopraxia). A igreja de Éfeso era poderosa nas
Escrituras, mas atrofiada na prática do amor cristão. JESUS de Nazaré
ensinou-nos que devemos ouvir e praticar a sua palavra. Então, seremos
comparados ao homem que edificou a sua casa na rocha (Mt 7.24). Eis o nosso
grande desafio: ouvir, aprender e agir segundo as Escrituras. Conclua a aula
dizendo que "ortodoxia sem ortopraxia" é incompatível com o
ensinamento das Escrituras. Use o esquema da página seguinte para lhe auxiliar
nessa afirmação.
ORTODOXIA |
ORTOPRAXIA |
Do gr. orthodoxos. Qualidade de uma declaração
doutrinária que se acha de acordo com o ensino no Antigo e no Novo Testamentos.
Ortodoxia é, também, o conjunto de doutrinas provindas da Bíblia, e tidas
como verdadeiras de conformidade com os credos, concílios e convenções da
Igreja. |
Do gr. orthopraxia. É o exercício prático, a
partir de uma profunda reflexão teórica. É a ação feita após a apreensão de
um conceito. No caso da fé cristã, é a ação executada segundo a doutrina
bíblica (ou Ortodoxia) ensinada por JESUS de Nazaré. |
A solidez doutrinária denotava
a singularidade da igreja de Éfeso.
O grave problema de Éfeso era
a amnésia do primeiro amor.
Embora rica em obras, a igreja
de Éfeso se esqueceu de que amar é a mais elevada das obras.
Lembrar-se de onde caiu é o
primeiro passo para se voltar ao primeiro amor.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I -
Subsídio Teológico "Introdução às Sete Cartas
Igrejas são como pessoas. Não
há duas iguais. Cada uma tem sua própria personalidade, forma e tamanho.
Possuem suas próprias forças e fraquezas, vivendo também em lugares diferentes.
Isto acontecia no primeiro
século. JESUS endereçou-se às igrejas de Apocalipse 2 e 3, porque elas não
eram iguais. Cada uma tinha sua identidade e personalidade.
Consequentemente, o que JESUS
tem a dizer a cada igreja é algo singular. Cada carta é feita sob medida; leva
em conta as necessidades específicas, forças e fraquezas de cada congregação.
Cada carta segue um padrão
comum.
I. O cenário. Em primeiro lugar,
JESUS identifica cada igreja pela cidade em que se localiza.
II. O remetente. Cada carta
tem uma descrição única de JESUS CRISTO, o remetente. Cada uma ajusta-se
apropriadamente às necessidades de cada igreja.
III. As virtudes. O Senhor
elogia cada igreja - exceto Laodiceia - pelo serviço particular que lhe presta.
IV. O pecado. Cada igreja é
admoestada, algumas vezes severamente, por causa de seu compromisso com o
mundo. Há duas exceções, Esmirna e Filadélfia, as mais perseguidas"
(LAWSON, Steven J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu
povo. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.73,74).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ARRINCTON, French L;
STRONS-TAD, Roger (Eds.; Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento,
l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II -
Subsídio Sociocultural "O Cenário da igreja de Éfeso".
Uma viagem à velha Éfeso era
como ir hoje à Nova Iorque ou Los Angeles. Era uma próspera metrópole, a mais
proeminente cidade da Ásia Menor. Localizada no Rio Caster, a três milhas do
Mar Egeu, Éfeso era o maior centro comercial da Ásia. Aí, embarcavam-se as
mercadorias através do Mediterrâneo, subindo o Caster, onde eram distribuídas
ao mundo todo.
Éfeso ficava na encruzilhada
do mundo. Aqui, entrelaçavam-se quatro grandes estradas, trazendo negociantes e
mercadores das mais importantes províncias romanas. Os efésios, por isso, eram
mui avançados culturalmente. Eram cosmopolitas nas artes, dramas e urbanização.
Éfeso era uma cidade livre.
Por sua lealdade a Roma, estava autorizada a ter governo próprio. Nela, não
havia guarnição romana. Nenhuma opressão pairava sobre a cidade. Era imune à
influência e à tirania romanas.
Éfeso era também o centro do
paganismo. Uma das sete maravilhas do velho mundo está ali - o templo de Diana.
Lugar de intensa idolatria, o templo era tão extenso quanto dois campos de
futebol. Nele, floresciam a prostituição, as bebedeiras e as orgias. Não admira
que tantos negócios viessem ao templo de Diana.
No templo, criminosos achavam
asilo. Era um céu para o perverso. Com suas prostitutas, eunucos, dançarinas e
cantores, era o esgoto da iniquidade. Mas no meio dessa cidade, DEUS plantara
uma próspera igreja. É melhor desempenhar uma missão nas portas do inferno do
que pregar ao coral dos anjos. DEUS sempre constrói sua Igreja onde as
circunstâncias parecem menos favoráveis. Esta é a graça de DEUS.
O Remetente
Para esta igreja, localizada
em meio à tamanha idolatria e imoralidade, JESUS identifica-se da seguinte
maneira:
Escreve ao anjo da igreja que
está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda
no meio dos sete castiçais de ouro... (Ap 2.1)
O Remetente não é nominado.
Mas, obviamente, trata-se de JESUS CRISTO. Ele é o mesmo que se revelara a João
na estrondosa visão de Patmos. É o próprio Senhor ditando e elaborando a carta.
JESUS dirige a carta ao anjo
da igreja. A palavra anjo significa mensageiro. Refere-se ao que tem como
ministério primordial levar a mensagem à congregação. Hoje, o chamaríamos de
pastor ou ancião. “É através dele que esta mensagem é trazida à igreja”
(LAWSON, Steven J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu
povo. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.79,80).
LIÇÃO 3, ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO
Lições Bíblicas do 2º
Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
“As Sete Cartas do Apocalipse
— A mensagem Final de CRISTO à Igreja”.
Comentários da revista da
CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Consultor Doutrinário e
Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações e
vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
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LAODICEIA, UMA IGREJA MORTA
RESUMO
I. A IDENTIFICAÇÃO DE JESUS
1. A testemunha fiel e verdadeira.
2. O princípio da criação de DEUS.
II. A SITUAÇÃO ESPIRITUAL DA IGREJA DE LAODICEIA
1. Mornidão espiritual.
2. Arrogância espiritual.
3. Falta de percepção do próprio eu.
III. COMO REAVIVAR UMA IGREJA MORNA
1. Ouro refinado pelo fogo.
2. Vestiduras brancas.
3. Colírio.
LEITURA - Apocalipse 3.14-22
14 E ao anjo da igreja que está em Laodiceia escreve: Isto diz o
Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de DEUS. 15 Eu sei
as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente! 16
Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
17 Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não
sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu), 18
aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e
vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e
que unjas os olhos com colírio, para que vejas. 19 Eu repreendo e castigo a
todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te. 20 Eis que estou à porta e
bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com
ele cearei, e ele, comigo. 21 Ao que vencer, lhe concederei que se assente
comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu
trono. 22 Quem tem ouvidos ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas.
3.15,16 FRIO NEM QUENTE... MORNO. Esta é a descrição da condição
espiritual da igreja de Laodiceia.
(1) A igreja morna é aquela que transige com o mundo e, em
comportamento, se assemelha à sociedade ímpia ao seu redor; professa o
cristianismo, mas, na realidade, é espiritualmente "desgraçada e
miserável" (vv. 17,18).
(2) CRISTO faz a esta igreja uma séria advertência no tocante ao
seu julgamento contra a mornidão espiritual (vv. 15-17).
(3) CRISTO faz também um convite sincero para que se arrependa e
seja restaurada a uma posição de fé, justiça, revelação e comunhão (vv. 18,19).
(4) Nesta era de igreja morna, firmes são as promessas de CRISTO às
igrejas vencedoras. Ele virá a elas com bênçãos e no poder do ESPÍRITO SANTO
(vv. 20-22), e abrirá uma porta para que possam glorificar o seu nome e
proclamar o evangelho eterno (v. 8).
3.20 SE ALGUÉM OUVIR A MINHA VOZ. A igreja de Laodiceia, em sua próspera autossuficiência
e seu mundanismo (vv. 15-18), tinha rejeitado o Senhor JESUS CRISTO. O convite
de CRISTO, como estando fora da porta da igreja, é um apelo seu por comunhão
com qualquer pessoa que se arrepender da mornidão espiritual (v. 21).
3.22 O ESPÍRITO... ÀS IGREJAS. Devemos sempre ter em mente a distinção entre as
igrejas locais e o ESPÍRITO SANTO. As igrejas estão subordinadas ao ESPÍRITO de
DEUS e à sua Palavra inspirada (2 Tm 3.15,16; 1 Pe 1.24,25; 2 Pe 1.20,21). Essa
distinção entre o ESPÍRITO e as igrejas locais pode ser expressa através das
seguintes verdades bíblicas:
(1) O ESPÍRITO não é propriedade das igrejas, nem de qualquer
instituição humana. Ele é o ESPÍRITO de DEUS e de CRISTO, e não o ESPÍRITO das
igrejas (v. 1). O ESPÍRITO é livre para operar onde quiser, de conformidade com
os padrões justos de DEUS (Jo 1.33; 4.24; 7.39; 14.17).
(2) O ESPÍRITO SANTO representa o senhorio atual de CRISTO sobre as
igrejas. O ESPÍRITO e a sua Palavra são a autoridade final. As igrejas devem
constantemente julgar suas normas de fé e conduta pelo ESPÍRITO. Uma igreja não
deve depositar fé noutra igreja; nem obedecer ou seguir outra igreja. O
ESPÍRITO e a Palavra inspirada são maiores do que as igrejas históricas.
(3) O ESPÍRITO SANTO permanecerá em qualquer igreja, somente à
medida que esta permanecer fiel a CRISTO e à sua Palavra e observar o que o
ESPÍRITO disser às igrejas (2.5,16,22,23; 3.3,15,16).
SÉTIMA CARTA; À IGREJA DE LAODICÉIA ( Apocalipse - Versículo
por Versículo Autor: Severino Pedro da Silva
Editora: CPAD Ano: 2002)
14. “E ao anjo da igreja que está em Laodiceia escreve: Isto diz o
Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de DEUS”.
I. “...Ao anjo da Igreja”. O leitor deve observar que em todas as
igrejas, a mensagem inicia-se com a expressão: “...ao anjo da igreja”, e
concomitantemente, já estamos familiarizados com esses seres denominados de
“anjos” (mensageiros), que no contexto divino são chamados de “estrelas” (cf.
1.20; 2.1, 8, 12, 18; 3.1, 7, 14). Podemos deduzir daquilo que é depreendido,
de (Cl 4.12, 13), onde lemos: “Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servos de
CRISTO, combatendo sempre por vós em oração, para que vos conserveis firmes,
perfeitos e consumados em toda a vontade de DEUS. Pois eu lhe dou testemunho de
que tem grande zelo por vós, e pelos que estão em Laodiceia...”. Que Epafras,
tenha sido pastor nesta igreja, é bem evidente, mas, não podemos afirmar que
trinta anos depois, o mesmo ainda se encontrava ali.
1. LAODICÉIA. O nome significa “Laodice” (em alusão a Laodice
esposa de Antíoco II). Outros, porém, vêm nessa palavra grega o significado de
“poko”, “juízo” ou “costume”. Situação Geográfica: Laodiceia era uma cidade da
província romana da Ásia Menor. A cidade recebeu este nome em alusão à esposa
de Antíoco II (Theos), que tinha o nome de Laodice. “Já que Laodice era nome
feminino, nos tempos do Novo Testamento, seis cidades receberam tal nome, no
período helenista. Por essa razão, a Laodiceia do presente texto, era chamada
de “Laodiceia do Lico”, isto é, conforme asseverava Estrabão; 578”, in loc. O
trecho de Colossenses 4.13-16 mostra-nos que, nos tempos de Paulo (talvez em 64
d. C.), Laodiceia já contava com uma igreja organizada e próspera.
2. Isto diz o Amém. Como já ficou demonstrado em comentário
anterior a este, o Senhor JESUS, quando se apresenta a cada igreja, primeira
faz uma pequena introdução, depois prossegue. A palavra “Amém” veio sem
tradução do hebraico para o grego e do grego para o português. Seu significa
original traz a ideia de cuidar ou de edificar. O sentido derivado, que chegou
até nós, traz a ideia de alguma coisa que é afirmada, ou confirmada
positivamente; este é o seu sentido original. O termo é aplicado aqui à pessoa de
CRISTO, por ser Ele o sim de DEUS em todas as promessas (cf. 2 Co 1.19-20).
Neste livro do Apocalipse, o termo “Amém” envolve quatro usos distintos:
(a) O “amém” inicial, em que as palavras de quem fala são tomadas
como palavras daquele que profere o “amém” (cf. Ap 5.14; 7.12; 19.4 e 22.20).
Nas páginas do Antigo Testamento há instâncias desse uso em 1Rs 1.26; Jr 11.5 e
28.6, e ss.
(b) O “Amém” isolado, em que qualquer sentença suplementar fora
eliminado. Talvez isso é o que se tem em Ap 5.14, ver ainda tal uso,
igualmente, em Dt 27.15, 26 e Ne 5.13, e ss.
(c) O “Amém” final, proferido pelo próprio orador (ver Ap 1.6, 7)
isso também se acha no Antigo Testamento, somente nas quatro divisões dos
salmos, nos subtítulos, em Sl 41.14; 72.19; 78.52 e 106.48, e ss.
(d) O “Amém” personificado, isto é, CRISTO (Ap 3.14), que talvez
siga o mesmo, segundo se diz, fraseado de (Is 65.16), “o DEUS do Amém” ou “o
DEUS da Verdade”, conforme algumas traduções traduzem aquela passagem de
Isaías.
15. “Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente: Oxalá foras
frio ou quente!”.
I. “...nem és frio nem quente”. “Somos informados que Laodiceia não
tinha suprimento de água própria, mas que tinha de ser servida por um aqueduto.
Nesse caso, a água chegava morna. Os laodicenses se assemelhavam à sua água. O
simbolismo fala sobre a indiferença “religiosa”, sobre a superficialidade,
sobre a falta de resolução” (cf. Hb 8.5 e 9.23).
1. Três coisas marcantes devem ser analisadas na carta a igreja de Laodiceia:
(a) O “tu és” da mornidão; (b) O “dizes” da autocomplacência (a
igreja não tinha paixão nem emoção) e (c) O “és” da condenação infalível e
terrível do Senhor. O Apóstolo Paulo, escrevendo aos colossenses cerca de 32
anos atrás, disse: “quero se saibais quão grande combate tenho por vós, e pelos
que estão em Laodiceia...” Cl 2.1a. Ele observou que o quente ali estava
ficando “morno”. Cerca de trinta e dois anos mais tarde, isso se concretizou. A
mensagem à igreja de Laodiceia é a última às sete igrejas da Ásia Menor. Das
sete cartas, é a mais triste, sendo o contrário da carta a Filadélfia. Enquanto
Filadélfia não tem coisa alguma de censura, esta não tem qualquer coisa de
aprovação. Laodiceia era totalmente desagradável ao Senhor, e isso não por
causa de seus pecados (tais como os repreendidos em Pérgamo e Tiatira), mas por
causa da sua apatia, seu indiferentismo. DEUS quer que seus filhos sejam
“fervorosos no espírito” (cf. Rm 12.11).
16. “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente,
vomitar-te-ei da minha boca”.
I. “...és morno”. Em toda a extensão da Bíblia, a palavra “morno” é
usada somente aqui. Três temperaturas são mencionadas neste versículo: “Frio”,
“Quente” e “Morno”. Mas intermediária foi considerado por JESUS CRISTO a pior
de todas elas, pois expressa apatia espiritual”. JESUS predisse a primeira em
(Mt 24.12); Paulo falou da terceira em (Rm 12.11), ver ainda (Sl 41.1 e At
18.25).
1. Vomitar-te-ei da minha boca. O estado de mornidão na criatura
que aceita a CRISTO e não o segue com sinceridade, é muito triste sob vários
aspectos: (a) Fica “coxeando entre dois pensamentos...” (1Rs 18.21), à
semelhança da “onda do mar”. Ver Tg 1.6; (b) “O seu coração está dividido...”.
Ver Os 10.2a; (c) Ele serve ao Senhor: “...porém não com o coração inteiro”.
Ver 2 Cr 25.2b; (d) “É um bolo que não foi virado”. Ver Os 7.8b. São eles, em
nossos dias, os que querem servir a DEUS e as riquezas (Mt 6.24), e por cuja
razão ficam pendurados “entre o céu e a terra” como Absalão, o jovem ambicioso
(cf. 2Sm 18.9). O resultado é ouvir do Senhor: “Vomitar-te-ei da minha boca”. O
termo “vomitar” no grego é “emeo”, significa também “cuspir”. Desse termo é que
deriva o vocábulo moderno: “emético”, um agente que causa vômito”. O organismo
humano, não suporta substância morna; o Filho de DEUS também não suportará
crentes rotulados; só os que forem fiéis (cf. Hb 6.4-8). Laodiceia em suma
representa a igreja “morna” que JESUS “vomitará” no dia do arrebatamento. (Como
contexto demonstrativo: Mt 25.10-12).
17. “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho
falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”.
I. “...Rico sou”. O poder absoluto corrompe! Isto pode ser
analisado tanto no campo secular como espiritual. Há criaturas que não se
deixam mais admoestar; e vão a perdição (cf. Ec 4.13). A experiência do servo
de DEUS deve estar aquém da direção divina, pois sem ela jamais atingiremos o
alvo (ver. Jr 9.1-14). O pastor de Laodiceia dizia consigo mesmo (à semelhança
do fariseu): “Rico sou” (Cf. Lc 18.11 e Ap 3.17).
1. Estou enriquecido. O orgulho cegou-lhe os olhos da alma. Isso
serve de advertência para todos: o orgulho é pecado (Pv 21.4); mas dificilmente
existe algo mais importante para o indivíduo carnal. Consideremos os pontos
seguintes: (a) O orgulho é odioso para CRISTO. Pv 8.13; (b) Origina-se na
justiça própria. Lc 18.11; (c) Deriva da inexperiência espiritual. 1Tm 3.6; (d)
Contamina o homem. Mt 7.20, 22; (e) Endurece a mente. Dn 5.20; (f) Impede a
inquirição espiritual. Sl 10.4; (g) É uma das grandes características do diabo.
1 Tm 3.6, e também dos ímpios. Rm 1.30; (h) Impede o aprimoramento espiritual.
Pv 26.12; (i) Os orgulhosos eventualmente serão humilhados por DEUS. Is 2.12;
(j) O orgulho espiritual, segundo Paulo tornar-se-á muito comum nos últimos dias
(2Tm 3.2). O anjo dessa igreja, tinha todas essas características em grua
supremo.
18. “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que
te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareças a
vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas”.
I. “...unjas os teus olhos”. Transcrevemos aqui a oração feita por
um justo para que DEUS guardasse seus olhos da cegueira espiritual: “Põe
colírio nos meus olhos, Senhor (Ap 3.18). Eles são maus; e porque são maus,
expõem-me o corpo a trevas mui perigosas (Mt 6.23). Ajuda-me, ó DEUS puro e
santo, a erguê-los para CRISTO JESUS, autor e consumador da fé (Hb 12.2); a
pô-los na brancura virginal dos lírios (Mt 6.28); a elevá-los para os montes e
depois olhar para o alto donde vem socorro (Sl 121.1). Não quero apenas
ouvir-te a voz, Senhor, mas verte-te (Jó 42.5). E como te verei com estes
olhos? Aponta-me o Siloé (Jo 9.7), em cujas águas possa remover o lodo
restaurador dos meus olhos enfermos. Porque hei de prender, apavorado, meus
olhos às forças desta vida, se, fitando o Senhor, possa caminhar sobre ondas
revoltas sem perigo de naufragar (Mt 14.29). Que consolo há em saber que os
teus olhos repousam sobre os justos (1 Pd 3.12)”. Se o pastor de Laodiceia
tivesse feito essa oração, há muito que se teria arrependido. É sabido, segundo
alguns historiadores que, em Laodiceia havia uma Escola de Medicina que
fabricava um pó oftálmico. Mas a “terra Frigia” (cinza da Frigia?) não curava a
cegueira espiritual da Igreja.
19. “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: Sê, pois, zeloso e
arrepende-te”.
I. “...arrepende-te”. DEUS exorta através de JESUS “a todos os
homens, e em todo o lugar que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia
que com justiça há de julgar o mundo...” (At 17.30a). Sobre o “arrependimento”,
o Novo Testamento usa o termo grego “metanoia” por sessenta vezes. Essa palavra
tem diversos significados e diversas aplicações, sendo, porém, seu sentido
primário: “uma mudança de parecer ou pensamento” para com o pecado e para com a
vontade de DEUS. O “arrependimento” é o primeiro aspecto da experiência inicial
da salvação experimentada pelo crente, experiência essa que é chamada de
conversão. A conversão autêntica é uma parte essencial e a prova da
regeneração. A regeneração é a obra de DEUS no íntimo e a conversão é a
exteriorização, da salvação, por parte do homem, através do arrependimento e da
fé. Pedleton dar a ideia de que a palavra: “arrependimento” e a tradução que
tem, no Novo Testamento, abrange também o sentido primário de “reflexão
posterior”, e, com sentido secundário, “mudança de pensamento”. No presente
versículo a exortação de CRISTO, não é dirigida àqueles que estão sem salvação,
mas aos que professam segui-lo, e são tidos como pertencentes a Ele. JESUS não
lhes diz “arrepende-te e sê zeloso. E sim “sê”, pois, zeloso e arrepende-te”.
Isto porque até diante de si próprios passavam por se terem arrependidos.
1. Eu repreendo e castigo. (Contexto reflexivo). “A aplicação da
disciplina pode ser em forma de advertência pessoal (Mt 18.15); visitação
acompanhada (1Co 4.19-21); advertência pública (1Tm 5.20); comunicação escrita
(2Co 7.8-10); exortação pessoal (Gl 6.1); suspensão (2Ts 3.14, 15; Tt 3.10);
exclusão do rol de membros. Mt 12.17b”.
20. “Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e
abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”.
I. “...Eis que estou a porta, e bato”. A porta à qual CRISTO bate é
a porta da vida do indivíduo, da igreja, ou da comunidade.
1. “A famosa pintura de HOLMAN HUNT, em que CRISTO aparece diante
da porta, a bate, não mostra a maçaneta do lado de fora. Quando Sir Noel Paton
pintou o famoso quadro representando o Rei coroado de espinho batendo à porta,
foi censurado por que se esquecera de incluir a maçaneta na porta. Mas o
célebre pintou de propósito omitira a maçaneta. É que só pode ser aberta pelo
lado de dentro. Um homem conhecido na cidade, levou, certa feita, seu filho
pequeno, para ver esse quadro. O menino ficou ali pensando, por alguns
momentos, e então perguntou: “Porque não abrem a porta?”. O pai respondeu que
não podiam ouvi-lo batendo. O menino considerou a resposta por uns momentos,
mas não ficou satisfeito com a mesma. “Não”, disse o garoto? “é que estão
ocupados no quartinho dos fundos, fazendo outras coisas, e nem sabem que JESUS
está batendo à porta”. Nesta resposta há grande discernimento! Os crentes de Laodiceia
viviam atarefados com seu comércio, com seus banquetes sociais, com suas
riquezas introspectivas, e nem se quer ouviram JESUS bater e falar. O bater de
CRISTO, na vida, se verifica de muitas maneiras: no testemunho tranquilo da
oração, no sermão do pregador, na lição da escola dominical, na leitura da
Palavra de DEUS, mediante alguns tragédia, enfermidade, mediante abalo,
mediante a razão, mediante a vitória, mediante a perda, mediante a alegria,
mediante a felicidade, mediante a dor, mediante a morte – a última e
contundente maneira de DEUS falar! (cf. Hb 1.1).
21. “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu
trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”.
I. “...no meu trono”. Até escritores pagãos e helenistas
focalizaram essa ideia em seus escritos. O livro de Enoque conta com certo
número de referências similares a esta em foco. O Eleito, o Messias,
assentar-se-á em seu trono de Glória no porvir. Isso também pode ser comparado
aos trechos de (Cl 3.1; Hb 1.8; ver: Fl 2.9-11: CRISTO está entronizado). E nas
passagens de (Mt 19.28; 25.31 e Lc 22.29) vê-se que CRISTO será entronizado por
sua “Parousia” ou segunda vinda. As Escrituras nos dão entender que, presentemente,
JESUS não se encontra assentado no seu trono. Passagens como (Ap 3.21 e 12.5),
reafirmam essa tese: “...seu filho (JESUS) foi arrebatado para DEUS e para o
seu trono”. Por isso, essa promessa de JESUS, é escatológica: “Ao que vencer
lhe concederei que se assente comigo no meu trono (de JESUS); assim como eu
venci e me assentei com meu Pai no seu trono (de DEUS)”. O trono de CRISTO é o
trono de seu Pai, Davi, durante o Milênio, em Jerusalém, Ele ocupará este
trono. (2 Sm 7.12, 13; Lc 1.32; At 15.14-18). CRISTO não está atualmente nesse
trono, mas à destra, segundo se diz, do Pai, no trono no céu, como o Grande
Sumo Sacerdote de nossa confissão (cf. Mc 16.19; Hb 4.14).
22. “Quem tem ouvidos, ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”.
I. “Quem tem ouvidos, ouça”. (O final). Pela última vez, no
Apocalipse, temos, juntas, estas onze palavras: “Quem tem ouvidos ouça o que o
ESPÍRITO diz às igrejas”. “O ouvir dos meus ouvidos...é ouvir meditação a voz
de DEUS. (Cf. Jó 42.5 e Sl 85.8)”. Por cuja razão, nosso Senhor diz: “Vede,
pois, como ouvis...” (Lc 8.18a).
1. “Às igrejas. A palavra “igreja” (gr. Ekklesia) nasceu pela
primeira vez dos lábios de nosso Senhor JESUS CRISTO (Mt 16.18 e 18.17, duas
vezes). Nesse sentido ocorre por 119 vezes no Novo Testamento (só três vezes
nos Evangelhos: Mt 16.18 e 18.17). Nessas 119 vezes em que o termo aparece, 109
vezes, surge no texto bíblico como igreja local, e encontramos cerca de 10
vezes no Novo Testamento a palavra Igreja com o sentido Universal. “Nestes
primeiros capítulos (isto é, 1, 2 e 3) do Apocalipse encontramos a palavra
“igreja” (singular) ou “igrejas” (plural) 19 vezes (cf. 1.11, 20; 2.1, 7, 8,
11, 12, 17, 18, 23, 29; 3.1, 6, 7, 13, 14, 22, etc), mas agora, no presente
versículo, ela desaparece, e só reaparecerá, no capítulo 22.16. Durante o tempo
da Grande Tribulação, a Igreja não estará na terra e, sim, com CRISTO na recamara
celestial (cf. Ct 2.17; Ap 3.10).
JESUS EXIGE FOGO ESPIRITUAL
Os Laodicenses tinham uma boa
opinião sobre si mesmos, mas JESUS não.
JESUS não faz nenhum elogio à igreja de Laodiceia.
Laodiceia era uma das cidades mais importantes da Ásia Menor e a
capital da província romana da Frígia Pacaciana. A cidade foi
originalmente chamada de Dióspole (Diospolis) e Roa (Rhoas), mas recebeu o nome
de Laodiceia em homenagem a Laódice, esposa de Antíoco II Teos, que a
reconstruiu.
Laodiceia ficava no principal cruzamento de estradas dos vales da
Ásia Menor, na atual Turquia. Era comercialmente muito próspera e importante.
Os crentes de Laodiceia ao invés de se parecerem com CRISTO, se
pareciam com sua cidade, rica exteriormente, mas pobre interiormente. A cidade
era permissiva para todo tipo de pecado. Os crentes eram acomodados, frios
espiritualmente, sem caráter, amigos do mundo, não vigiavam. O que importava
para eles era sua vida material em detrimento da vida espiritual. Tinham uma
religião, mas não um coração voltado para seu salvador.
Laodiceia era a cidade mais rica da Frígia, conhecida por sua
produção de lã preta e brilhante, por seus serviços bancários e por produtos
feitos de pó frígio misturado com óleo - pomada para os ouvidos e colírio. Os
aquedutos forneciam água mineral de fontes termais situadas 10 quilômetros ao sul.
As águas chegavam a Laodiceia com uma temperatura morna, e seu sabor, devido ao
alto teor de minerais, era sempre nauseante. https://pt.wikipedia.org/wiki/Laodiceia_(Fr%C3%ADgia)
03-10-2025.
Tornou-se uma das primeiras sedes do cristianismo, sendo a Epístola aos Colossenses também
escrita para a igreja de Laodiceia (Colossenses
2 e Colossenses 4) e para a igreja de Hierápolis,
além do destino principal que era a cidade de Colossos, pois
as três cidades eram bem próximas.
Podemos destacar em seu sítio arqueológico:
·
Dois Teatros (grande e pequeno)
·
Ninfeu
·
Templo jônico
·
Ginásio
·
Estádio
·
Aqueduto
Situava-se ao longo de rotas comerciais que levavam aos principais
portos da costa. De uma perspectiva cristã, porém, Laodiceia teve uma história
conturbada. Às vezes a igreja de Laodiceia parecia forte e próspera; outras
vezes, a igreja vacilou nos seus compromissos com Cristo.
Uma das descobertas arqueológicas mais intrigantes em Laodiceia é
uma coluna quebrada localizada na ágora central. Esculpida na coluna está uma
menorá de sete braços flanqueada por um lulav (ramo de palmeira) e um shofar
(chifre de carneiro), dois símbolos judaicos comuns, encontrados especialmente
nas sinagogas. As chamas podem ser vistas tremeluzindo acima das sete lâmpadas
da menorá. Além disso, uma cruz (provavelmente adicionada posteriormente)
emerge da lâmpada central. Quem adicionou a cruz teve cuidado para não
danificar a menorá, o lulav ou o shofar.
Dada a importância da Ásia Menor para o apóstolo Paulo e outros
primeiros seguidores de Jesus, não deveria ser surpresa que uma igreja do
século IV tenha sido descoberta recentemente no oeste da Turquia. A Turquia
anunciou no final de Janeiro de 2011 que uma igreja grande e bem preservada
tinha sido encontrada em Laodiceia através de um radar de penetração no solo.
De acordo com o diretor de escavações Celal Şimşek, da Universidade de
Pamukkale, a igreja foi construída durante o reinado de Constantino (306-337) e
destruída por um terremoto no início do século VII. Existem 11 absides - uma
voltada para o leste e cinco cada nos lados norte e sul. Mosaicos florais e
geométricos, bem como pavimentos opus sectile cobrem os pisos. O batistério de
mármore em forma de cruz, localizado no final de um longo corredor no lado
norte da igreja, é um dos mais antigos e mais bem preservados já descobertos.
Laodicéia é mencionada várias vezes no Novo Testamento, tanto na
carta de Paulo aos Colossenses (2:1, 4:13-16) quanto no Livro do Apocalipse, no
qual é uma das sete igrejas na Ásia [Menor] a receber a mensagem revelou a João
que o “tempo está próximo” (Apocalipse 1:3, 11, 3:14-22). A carta de Paulo
sugere que Laodiceia tinha uma comunidade cristã muito antiga, com laços
estreitos com aquela de Colosso (18 milhas de distância), possivelmente tendo
sido evangelizada pelo discípulo de Paulo, Epafras, que é mencionado pelo nome
na epístola.
No Livro do Apocalipse, porém, os Laodicenses são castigados por
serem “mornos, nem frios nem quentes” e por não reconhecerem a sua carência
espiritual no meio da sua riqueza e prosperidade materiais (Apocalipse
3:16-17). As ruínas da antiga Laodiceia indicam que seus moradores eram de fato
bastante abastados, sem dúvida beneficiando-se de sua posição numa movimentada
rota comercial. De acordo com Estrabão, historiador grego do primeiro século, Laodiceia
também abrigava uma conhecida escola de medicina. O rei selêucida Antíoco II da
Síria fundou Laodiceia ad Lyceum (como é mais apropriadamente chamada) entre
261 e 253 a.C. e nomeou-o em homenagem à sua esposa, Laodiceia. Os vestígios
dos períodos helenístico e romano incluem dois teatros, um estádio e um ninfeu,
uma fonte monumental que continuou em uso até o período bizantino (séculos
IV-VII), quando foi murada e convertida em estrutura cristã.
A sede do bispo foi localizada em Laodiceia muito cedo e continua
sendo uma sede titular da Igreja Católica Romana hoje, embora a cidade seja
desabitada e a sede do bispo esteja vaga desde 1968. Em 363-364 d.C., clérigos
de toda a Ásia Menor reuniu-se no Concílio regional de Laodiceia para discutir
questões de conduta clerical e leiga e para especificar os textos oficiais do
cânon bíblico. O concílio incluiu o Livro de Baruque e a Epístola de Jeremias
em seu cânon do Antigo Testamento, mas não incluiu o Livro do Apocalipse no
Novo Testamento. (O posterior Concílio ecumênico de Calcedônia em 451 e o
Concílio Quinisexto de 692 confirmaram todas as decisões do Concílio de Laodiceia,
embora o cânone bíblico difira um pouco hoje.) É possível que a igreja
recém-descoberta seja o mesmo edifício onde o clero da Ásia Menor reuniram-se
para realizar o influente Concílio de Laodiceia, mas certamente ainda há muito
a ser revelado e estudado aqui.
Parece que a cidade produzia um tipo de Lã colorida.
A cidade de Laodiceia não possuía águas termais, mas sim águas
morna e de baixa qualidade.
·
A água de Laodiceia
era morna e tinha um sabor desagradável devido ao alto teor de minerais.
·
A qualidade da
água era tão ruim que a cidade ficou conhecida por ter água não potável.
·
Muitas pessoas
vomitavam após beber a água de Laodiceia.
Na Bíblia, o nome Laodiceia significa "povo
reinante". A cidade era um importante centro comercial, famoso pela
sua lã negra, que era usada para fazer roupas finas e caras
Podemos imaginar a igreja de Laodiceia sendo examinada com um
termômetro espiritual na mão de JESUS.
O crente deve ter fervor espiritual, ser cheio do ESPÍRITO SANTO.
Se o crente está frio é porque está caído e se está morno é porque
está comprometido com o mundo.
Laodiceia não tinha problema teológico nem moral. Seu problema não
era com falsos mestres ou heresias. A imoralidade não é mencionada. JESUS não lhes
acusou de hereges, malfeitores ou perseguidores. Seu problema era a frieza
espiritual. Não se importavam em dar lugar e comunhão ao ESPÍRITO SANTO. Eram
apenas religiosos.
Estavam satisfeitos com sua condição financeira e social. Estavam até
agradecidos a DEUS por isso. Não se importavam em ter DEUS em comunhão, mas em
ser representantes de DEUS apenas (o mesmo pensamento religioso judaico).
Para JESUS é melhor ser frio e saber disso do que ser morno e enganar-se
a si mesmo achando que está tudo bem.
Ser morno é ser cego espiritual, é não amar a vinda de JESUS.
Laodiceia pensava ser rica, mas era pobre. Pensava ser espiritual,
mas era fria, Pensava ver, mas era cega, Pensava enganar até mesmo a DEUS.
A igreja dizia não precisar de nada, era rica, autossuficiente, se
alguém ficava doente podia pagar médicos, se ficava com dificuldades
financeiras havia bancos e amigos ricos, se precisasse de salvação dava alto
dízimo, pensando conquistar assim o favor de DEUS.
Era pobre, nua e cega. Moravam num poderoso centro
médico, bancário e comercial.
Estavam convencidos e vaidosos.
Não podiam comprar a salvação. Não tinham vestes de salvação. Não viam
com os olhos de DEUS.
JESUS vomita, ou seja, joga fora o falso que estava
dentro da igreja. A igreja de Laodiceia fechou. Não existe mais. O juízo de DEUS
veio sobre ela.
O REINO DE DEUS É: "Justiça, paz e alegria no Espírito
Santo" é uma expressão bíblica que aparece em Romanos 14:17, que diz:
"Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e
alegria no Espírito Santo".
A expressão pode ser interpretada da seguinte forma:
·
Justiça: A
construção de pessoas e comunidades com bondade e imparcialidade.
·
Paz: A
plenitude nos relacionamentos, consigo mesmo, com o outro e com Deus.
·
Alegria: Um
sentimento na alma, produzido pelo Espírito Santo, que faz ver a beleza de Deus
e Seu agir no mundo.
A expressão completa é: "Porque o Reino de Deus não é comida
nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; aquele que assim
serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens"
JESUS CRISTO dá conselhos em vez de ordens
"Aconselho-te que compres DE MIM...”. A vida cristã tem preço.
Fomos comprados pelo sangue de JESUS e temos obrigação de sermos fervorosos,
orando, jejuando, evangelizando, estudando a Palavra de DEUS.
A salvação é de graça e pela graça, mediante a fé (Ef 2.8,9).
A maior riqueza do crente é a salvação eterna. As melhores vestes são
da justiça e da santidade. Nossos olhos foram abertos e iluminados.
Em tudo JESUS CRISTO nos supre.
JESUS CRISTO chama a igreja a uma mudança de vida - v. 19
"Eu disciplino e repreendo a quantos amo. Sê, pois, zeloso e
arrepende-te".
JESUS CRISTO não desiste da igreja. Apesar da sua condição, ele a
ama. Antes de revelar o seu juízo (vomitar da sua boca) ele demonstra a sua
misericórdia (repreendo e disciplino aqueles que amo).
A pedra precisa ser lapidada para brilhar. A uva precisa ser
prensada para produzir vinho. O trigo deve ser amassado para produzir pão, a
rosa é esmagada para produzir perfume, a azeitona é esmagada para produzir azeite.
JESUS CRISTO deseja salvar do juízo
final, por isso, repreende e disciplina.
Onde existe disciplina e repreensão existe amor.
Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir
a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele, comigo.
Passou por Belém um casal que batia em cada porta procurando abrigo
para nascer o salvador. Não encontrou uma casa sequer que O obrigasse.
O trinco da porta de nosso coração é por dentro, só nós mesmos
podemos abrir para JESUS entrar. Porém, haverá um dia em que a porta será no
céu e só JESUS poderá abrir. Pense nisso! Quem abre aqui Ele abre lá. Quem
fecha aqui, Ele fecha lá.
“Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei e farei
companhia a ele, e ele a mim” é uma passagem bíblica do Apocalipse 3:20
INTERAÇÃO
A igreja de Laodiceia recebe a sétima e última carta. Infelizmente
a situação espiritual dessa igreja era miserável. Uma igreja em que os bens
materiais sobejavam, mas desprovida espiritualmente. Nem quente, nem fria, uma
igreja morna, indiferente a Palavra de DEUS. Porém, o Senhor JESUS a amava e
por isso aconselhou que buscasse um genuíno avivamento (Ap 3.18). O Senhor
JESUS não quer que seus filhos se percam. Ele é aquele que traz o nosso
pecado tona, nos ensina como abandoná-lo e nos perdoa quando de coração
sincero nos arrependemos.
Apocalipse 3.15: "Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem
quente. Tomara que foras frio ou quente!"
De que maneira podemos nos manter fervorosos? A prática da Palavra
de DEUS nos faz fortes e fervorosos. A oração e o jejum e evangelização nos afasta
da mornidão espiritual.
A riqueza da igreja não está em seus bens materiais, mas em sua
comunhão com o Senhor
A igreja de Laodiceia vivia de aparência e mentiras. Ela era morna
e arrogante espiritualmente.
O Senhor JESUS não desiste da Igreja, Ele a aconselha a buscar um
grande e poderoso avivamento.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico
"Laodiceia era um rico centro de comércio. A prosperidade era
a causa da mornidão daquela igreja. Eles haviam se tornado ricos e cheios de
bens materiais. Com o dinheiro que já tinham, multiplicavam ainda mais suas
posses. Estavam, agora, tão envolvidos com a vida material que eram induzidos a
negligenciar a espiritual (Mt 13.22). Esta igreja não havia sofrido nenhuma
perseguição. Não havia sido invadida pelas falsas doutrinas nem pelos falsos
apóstolos. Para as outras igrejas essa situação era excelente e ideal. Os
cristãos de Laodiceia haviam se tornado tão satisfeitos e eufóricos com
as coisas que o dinheiro pode comprar, que foram levados a perder o desejo
pelas coisas de DEUS. Infelizmente , não haviam aprendido ainda a 'viver em
prosperidade' (Fp 4.12) Como resultado, sua satisfação era falsa por ignorarem
as coisas de DEUS" (HORTON, Stanley M. Apocalipse. As coisas que
brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.57,58).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, Stanley M. Apocalipse. As coisas que brevemente devem
acontecer. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
LIÇÃO 9, LAODICEIA, UMA IGREJA MORTA
Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012 - CPAD - Jovens e Adultos
“As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem Final de CRISTO à
Igreja”.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Montanismo: o protesto anabatista
A igreja visível de JESUS CRISTO foi fundada no século l, e no
final deste século morreu o último apóstolo. No século ll, depois que a igreja
passou por grande perseguição, muitos dos que tinham negado a fé, e
traiçoeiramente entregado os irmãos aos inimigos apresentaram-se para novamente
serem recebidos como membros. Muitas congregações receberam sem nenhuma
exigência os traidores da fé, enquanto as igrejas pastoreadas por Montano e
outros recusaram-se a fazê-lo. Montano dizia que os apóstatas evidenciaram pelo
seu comportamento que nunca tinham sido verdadeiros crentes, e então, exigia
deles frutos de arrependimento que assinalassem uma verdadeira conversão, e
depois disso os tais deveriam ser novamente batizados, sendo que o novo batismo
é que seria o primeiro e verdadeiro batismo. Foi por este fato que passaram a
chamar os montanistas de ANABATISTAS (Rebatizadores):
"Insistiam em que os que tinham abjurado a fé sob a
perseguição, provaram por este ato que NUNCA foram crentes e para serem
readmitidos na igreja deveriam ser rebatizados, e é por isso que são chamados,
por alguns autores modernos "ANABATISTAS." (O CRISTIANISMO ATRAVÉS
DOS SÉCULOS, Muirhead, Volume l, 3ª edição, Casa Publicadora Batista, 1951,p.
86)
Os montanistas não fizeram nenhuma inovação, mas simplesmente deram
continuidade a igreja apostólica:
"...sustentavam as doutrinas básicas das igrejas
apostólicas..."(Idem) "Não foi uma nova forma do cristianismo: foi a
volta ao velho; à igreja primitiva, em oposição à corrupção do Cristianismo
corrente, A velha igreja exigia pureza de vida; a nova tinha entrado em
combinação com o mundo e estava satisfeita com o arranjo, e por isso, eles
romperam com ela." (SHAFF-HERZOG ENCYCLOPAEDIA, Il, p. 1562)
Os montanistas tiveram duas significativas mártires: Perpétua e
Felicidade, sendo impossível não se emocionar com "A paixão das Santas
Felicidade e Perpétua". Contudo, sua maior conquista foi o brilhantíssimo.
Tertuliano, o maior apologista da religião cristã de todos os tempos, e o
primeiro a formular de forma sistemática a doutrina da Trindade deu apoio a eles.
Tertuliano, antes de filiar-se ao montanismo, "tinha escrito
muita coisa sobre a IGREJA VERDADEIRA, tendo por fim descoberto que ela estava
entre os anabatistas-montanistas. A maior obra de Tertuliano foi escrita sob o
ponto de vista montanista, e isto muito animou e fez crescer o florescente
movimento de revivicação espiritual. Irineu, ilustre doutor da igreja antiga,
foi simpático ao movimento e procurou evitar a sua condenação pela igreja fria,
o que não adiantou muito.
O historiador Williston Wolker disse que o Montanismo foi
"um movimento de origem distintivamente cristã" e afirmou que
Tertuliano foi "o homem que tinha a mais profunda consciência do pecado
que encontramos em qualquer outro homem, depois de Paulo até os seus
dias". Eusébio relata que a literatura montanista teria gozado de vasta
aceitação entre os cristãos da Gália e que estes teriam advogado uma atitude
mais simpática para com o movimento. Segundo o mesmo relato, eles teriam
intercedido em favor dos montanistas diante do bispo romano Eleutério, exibindo
várias cartas endereçadas por seus mártires aos cristãos da Ásia e da Frígia.
No norte da África os montanistas parecem ter encontrado ainda mais simpatia.
No tempo de Epifânio, o movimento parece ter tido adeptos na
Frígia, Galácia, Capadócia, Cilícia e em Constantinopla. Há evidência de que os
sucessores de Constantino tenham repetidamente criado leis contra os
montanistas.
"O movimento espalhou-se rapidamente por toda a Ásia Menor,
Norte da África e ganhou muitos adeptos mesmo em Roma, conquistando a simpatia
dos moralistas e pios. As doutrinas de Montano ganharam tanto terreno
especialmente na Ásia Menor, que houve diversos concílios para suprimi-las, e
por fim, foram oficialmente condenadas. O movimento, porém, continuou por
séculos, e oportunamente foi incorporado em outros movimentos reformadores. Na
Frigia, Os montanistas entraram em contato com os paulicianos e, provavelmente
com eles se fundiram." (O CRISTIANISMO ATRAVÉS DOS SÉCULOS, p.87)
"Alguns Batistas também se dizem herdeiros de uma
sucessão apostólica. Apesar da apostasia da maioria, algumas igrejas seus
pastores guardam a fé apostólica. Grupos conhecidos como MONTANISTAS,
novacianos, valdenses e anabatistas permaneciam fiéis aos princípios
apostólicos" (TEOLOGIA DOS PRINCÍPIOS BATISTAS, John Ianders, p.96)
O movimento Montanista foi confirmado por DEUS através do
derramamento pentecostal do ESPÍRITO SANTO.
"Quando Montanus terminou de ser batizado (156) entrou em
êxtase e começou a falar em línguas. A maioria das pessoas não sabia mais do
que se tratava. Apenas duas mulheres souberam entender o que estava acontecendo
com Montanus, Prisca e Maxmila. Isso testemunhava que a glossolalia não era
mais conhecida na Igreja de seus dias, era pobre em relação à Igreja antiga,
pois lá a glossolalia fora algo normal." (A IGREJA NO IMPÉRIO ROMANO,
Martin N. Dreher, p. 36).
Vejamos agora algumas características do Montanismo:
1) Ênfase na piedade: “No entanto, o fato de que Tertuliano e
outros entendiam o montanismo como pneumático e reformador, disseminado em
quase todo o mundo cristão da época, parece implicar que o montanismo foi
recebido como uma renovação e continuação da Piedade neotestamentária.” (VOX
SCRIPTURAE, 4:2, Setembro de 1994, p. 182).
2) O Sacerdócio universal de todos os crentes: “Estudando as
doutrinas dos montanistas, nota-se que eles se opuseram à hierarquia,
sustentaram o sacerdócio universal dos crentes, praticaram rigorosa
disciplina...” (O CRISTIANISMO ATRAVÉS DOS SÉCULOS, p. 86), “A hierarquia e o
sacramentalismo não eram aceitos pelo movimento.” (A IGREJA NO IMPÉRIO ROMANO,
p. 36).
3) Martírio: “O martírio, por seu turno, era supervalorizado.” (A
IGREJA NO IMPÉRIO ROMANO, p. 36).
4) Separação da Igreja em relação ao Estado e antimilitarismo: “A
importância dessa questão pode ser vista na figura de TERTULIANO, que pode ser
caracterizado como o mais ferrenho representante do antimilitarismo... Em seu
antimilitarismo, fazia uso do seguinte argumento: Em certa ocasião, JESUS tirou
a espada de Pedro. Por isso, a profissão de soldado e a fé cristã são
inconciliáveis.” (A IGREJA NO IMPÉRIO ROMANO, p. 32).
5) Não aceitavam mulheres como pastoras: Tertuliano escreveu: “Mas
a petulância da mulher, que já usurpou o direito de ensinar, não arrogue também
o direito de batizar. Não! A menos que surgissem algumas novas bestas
semelhantes à antiga. Aquela pretendia suprimir o batismo; uma outra quer
administrá-lo ela mesma. E se essas mulheres invocam os escritos que
erroneamente levam o nome de Paulo e citam o exemplo de Tecla para defender o
direito de ensinar e batizar, saibam que foi um presbítero da Ásia que elaborou
esse escrito, como que cobrindo sua própria autoridade com a de Paulo. Depois
de reconhecida a fraude e tendo confessado que agiu por amor a Paulo, foi
deposto. De fato, como seria fidedigno que o apóstolo desse à mulher o
poder de ensinar e batizar, ele que só com restrição permitiu que as esposas se
instruíssem? Disse: Devem silenciar e perguntar a seus próprios maridos em
casa”.
6) A Bíblia como única regra de fé: Tertuliano escreveu: “a regra
de fé e única, inalterável e irreformável” (De virginibus velandis 1).
Mostrando que a fé se baseava na Bíblia e não na filosofia grega (racional),
Tertuliano dizia “Jerusalém nada tem a ver com Atenas”, “Creio porque é
absurdo”.
Algumas pessoas diziam que o montanismo não cria na Trindade, mas
defendia o unitarismo. Isso, todavia, não era verdade, pois é do conhecimento
de todos que Tertuliano foi o primeiro a sistematizar a doutrina da Trindade.
Tertuliano, em defesa do montanismo, atribuiu ao Paracleto que, segundo cria
falava por meio de Montano, as seguintes palavras: “DEUS gerou a Palavra, assim
como a raiz gera a árvore, a fonte o riacho, o solo o raio” (Adversus Praxaen
8).
Apolônio disse que Montano teria renomeado de "Jerusalém"
as pequenas cidades frigias de Pepuza e Timion, dando a entender que o servo
acreditava que lá seria o local onde desceria a Jerusalém celestial.
Weizsacher, todavia, afirma que "essas duas cidades foram assim
denominadas não no contexto da Jerusalém celeste, mas sim no da Jerusalém de
Atos - da recriação de uma igreja primitiva altamente organizada, mas
espiritualmente orientada" Tertuliano (Adversus Marcionem 3:24) esperava a
descida escatológica da Nova Jerusalém, porém na Judéia, e indicava que a Nova
Profecia (Montanismo) teria partilhado dessa mesma esperança. Aproveitamos aqui
a oportunidade para dizer que os Montanistas eram pré-milenistas: "Os
montanistas também eram pré-milenistas." (OPÇÕES CONTEMPORÂNEAS NA
ESCATOLOGIA, Millard J. Erickson, p.79)
Algumas acusações contra os montanistas eram tão aberrantes que não
receberam qualquer crédito na época, tais como a acusação feita por Apolônio de
que eles eram dados a gula, suborno e imoralidade, e a de que sacrificavam
crianças.
Alguns dizem que os montanistas acreditavam numa terceira revelação
que estaria ocorrendo diretamente do ESPÍRITO, depois do Antigo e Novo
Testamento. Esta acusação é desmentida por Frederick Dale Bruner, que explica
que para o montanista a Era do ESPÍRITO era apenas o que os pentecostais
modernos chamam de CHUVA SERÔDIA, ou seja, o avivamento último da igreja.
Finalmente, Montanismo foi o grito anabatista que até hoje se faz
ouvir!
https://www.espadaluminosa.org/post/montanismo-o-protesto-anabatista
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REVISTA NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 2, Betel, Em Permanente Vigilância, O Chamado à
Santidade e à Preparação, 1Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
ESBOÇO
DA LIÇÃO 2 BETEL 1Tr2025
1-
AS IGREJAS DA ÁSIA
1.1.
Éfeso
1.2. Laodiceia
1.3.
A permanente vigilância
2-
O MOVIMENTO MONTANISTA
2.1. O propósito do
Movimento Montanista
2.2. Os excessos do Movimento
Montanista
2.3.
O afastamento da Doutrina dos Apóstolos
3-
LIÇÕES E ALERTAS DOS PRIMEIROS SÉCULOS
3.1.
Lidando com exageros e equívocos
3.2.
O contínuo autoexame
3.3.
O contínuo avivamento
TEXTO ÁUREO
"E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de
despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do
que quando aceitamos a fé", Romanos 13.11.
VERDADE APLICADA
As experiências e os avivamentos do passado não nos dispensam de
viver em constante vigilância e oração.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Apocalipse 2.1-5
1. Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto
diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete
castiçais de ouro.
2. Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua
paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser
apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.
3. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não
te cansaste.
4. Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira
caridade.
5. Lembra-te, pois, de onde caíste, e
arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não brevemente a ti virei e
tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres
INTRODUÇÃO
Nos tempos
apostólicos, algumas igrejas locais já mostravam sinais de esfriamento
espiritual e relaxamento no cuidado com a vida espiritual. Essa realidade
continuou pelos primeiros séculos e resultou no surgimento de diferentes
movimentos de busca de renovação no seio da Igreja. Nesta lição, vamos extrair
algumas lições desses movimentos e compreender a relevância do autoexame, da
vigilância e da oração.
1- AS IGREJAS
DA ÁSIA
Ao final
da era apostólica, algumas igrejas
locais já apresentavam desvios doutrinários e esfriamento espiritual conforme o
conteúdo das cartas enviadas às sete igrejas localizadas na Ásia (Ap 1.4).
Exilado na ilha de Patmos, o Apóstolo João foi instruído pelo Senhor a escrever
tais cartas, cujos conteúdos contêm louvores, admoestações e conselhos
específicos para as comunidades cristãs naquela região (Ap 1.11).
1.1. Éfeso
A igreja de
Éfeso é enaltecida por seu trabalho e sua paciência, refutando aqueles que se
diziam apóstolos; mas, na verdade, eram mentirosos (Ap 2.2). Isso deixa claro
que uma das características marcantes da igreja de Éfeso era a intolerância à
heresia. Entretanto, o julgamento fica por conta do esfriamento no exercício do
amor. Éfeso tornou-se uma igreja fria, indo na contramão dos ensinamentos
apostólicos: "Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor” Ap
2.4. A recomendação é que a igreja se lembre de onde caiu, se arrependa e volte
a praticar as suas primeiras obras (Ap 2.5).
Rubens
Szczerbacki (200. p.4 7-48): "Aqueles que rejeitavam a doutrina do
Evangelho, ou seja, o caráter da Triunidade ou o valor do sacrifício de JESUS,
eram tidos por mentirosos. O Senhor sente quando o amor mais ardente diminui.
Observemos, nesse ponto, o caráter composto da carta: endereçada aos efésios,
tem o objetivo de alertar não só àqueles, mas à toda Igreja, em qualquer tempo.
Há crentes, especialmente recém-convertidos, que ao se encontrarem com o Senhor
são capazes de largarem tudo por amor do Seu nome, por amor a obra. Porém com o
passar do tempo, envolvido em perseguições ou angústias, muitos tomam-se
mornos,
qualidade
espiritual que abomina o Senhor”.
1.2. Laodiceia
A Igreja de
Laodiceia não foi enaltecida em nada, mas admoestada por ser morna, apática e
não perceber o estado miserável em que se encontrava. O Senhor abomina a
indiferença e o meio termo: "Assim, porque és momo e não és frio nem
quente, vomitar-te-ei da minha boca” Ap 3.16. Por falta de compromisso com as
coisas
de DEUS, os
crentes de Laodiceia foram exortados a ser zelosos e arrepender-se (Ap 3.19).
Os que ficam em cima do muro, mantendo uma posição neutra em relação às coisas
de DEUS, causam náuseas ao Senhor.
Warren
W. Wiersbe (2020, p.738): "A vida cristã tem três “temperaturas
espirituais”, um coração fervoroso, ardente por DEUS (Lc 24.32); um coração
frio (Mt 24.12); e um coração morno (Ap 3.16). O cristão morno é acomodado,
complacente e alheio às próprias necessidades. Quem é frio pelo menos sente
falta de calor! Ao crer em JESUS
CRISTO,
há motivos de sobra para ser “fervorosos de espírito” (Rm 12.11). As orações
fervorosas também são essenciais (Cl 4.12). A igreja de Laodiceia era
independente, presunçosa e segura de si. “Não precisamos de coisa alguma!”.
Enquanto alimentava essa atitude, seu poder espiritual se deteriorava e sua
riqueza material e suas estatísticas impressionantes não passavam de mortalhas
para um cadáver em decomposição. O Senhor estava fora da igreja, tentando
entrar (Ap 3.20)”. O Senhor
diz
que está batendo à porta, do lado de fora. Notemos que o Senhor está revelando
que
ainda havia oportunidade para mudar o estado daquela igreja.
1.3. A
permanente vigilância
Ainda no início
da igreja, muitos não expressavam mais o mesmo vigor de antes: faltava ânimo
para a leitura da Palavra, o louvor se tornou morno e a adoração era sem vida.
Quando a indiferença e a sonolência tomam conta da caminhada cristã, pode ser
sinal de esfriamento espiritual, um estado que deve ser revertido com urgência para evitar que esfriemos na fé,
como aconteceu com as igrejas de Éfeso e Laodiceia. Se não voltar logo ao
primeiro amor, jamais viveremos o refrigério de um amplo, intenso e necessário
avivamento.
Vigilância
é o estado de quem se mantém atento a todos os aspectos da vida, inclusive o
espiritual. A necessidade de vigilância é um assunto presente na aflição de JESUS
no Getsêmani, quando Ele diz a Pedro, João e Tiago: "ficai aqui e vigiai
comigo" (Mt 26.38). Estejamos vigilantes, pois o esfriamento tende a
começar de maneira sutil e, gradativamente, toma dimensões que comprometem a
vida espiritual em sua
totalidade.
2- O MOVIMENTO
MONTANISTA
O movimento
montanista surgiu na metade do século 2, em Ardaban (ou Ardabau), aldeia que
ficava na fronteira entre as províncias romanas da Frígia e da Mísia, na Ásia
Menor. Os montanistas pregavam uma nova revelação concedida a eles. Veremos,
aqui, a conexão desse movimento com o pentecostalismo.
2.1. O
propósito do Movimento Montanista.
A história da
Igreja narra muitos movimentos surgidos após o Pentecostes, os quais ocorriam à
margem da Igreja oficial, sendo o movimento montanista mais um deles. Para
Walker (pp. 86-87, 1981), esse movimento foi uma reação às "tendências
seculares que já se faziam sentir na Igreja [ ... ], era um protesto contra o
crescente mundanismo que invadia a Igreja em gerar: Walker ressalta ainda que o
movimento atingiu proporções consideráveis; atraindo, inclusive, um dos mais
importantes pais latinos da Igreja: Tertuliano. Podemos perceber que a Igreja
sempre enfrentou essa tendência ao esfriamento, tanto espiritual quanto em
relação à expectativa da Segunda Vinda de JESUS.
Earle E. Cairns (1988, p. 83). "O
montanismo representou o protesto perene suscitado dentro da Igreja quando se
aumenta a força da instituição e se diminui a dependência do ESPÍRITO de DEUS.
Infelizmente, estes movimentos geralmente se afastam da Bíblia, entusiasmados
que ficam pela reforma que desejam. O movimento montanista foi e é um aviso
para que a Igreja não esqueça que a organização e a doutrina não podem ser
separadas da satisfação do lado emocional da natureza do homem e do anseio
humano por um contato espiritual imediato com DEUS”.
2.2. Os
excessos do Movimento Montanista Ainda que este movimento fosse uma
tentativa de resgatar a manifestação dos dons espirituais, Montano alegava,
segundo seus críticos, que as
declarações
proféticas estavam no mesmo nível de autoridade das Escrituras. Montano se
colocou como Paracleto, por meio de quem o ESPÍRITO SANTO falava à Igreja do
mesmo modo que falara aos apóstolos. Segundo Roger Olson (p.30, 2001), Montano
rejeitava a crescente fé na autoridade especial dos bispos e dos escritos
apostólicos, além de se opor a qualquer limitação ou restrição quanto às
manifestações espirituais. Contra esses exageros, houve uma forte reação da
Igreja.
Vinson Synan (2009, p. 34): "Muitos estudiosos agora
sentiam que a Igreja havia exagerado em sua reação ao montanismo, ao afirmar
que os dons carismáticos mais espetaculares, embora
experimentados pela igreja apostólica, haviam sido
revogados com a definição do cânon das Escrituras. Essa opinião foi emitida por
Agostinho e encontrou eco entre os estudiosos nos séculos seguintes”.
2.3. O
afastamento da Doutrina dos Apóstolos
Ao longo dos
anos, a Igreja foi ficando mais dependente da gestão humana do que da ação do ESPÍRITO
SANTO. Isso deu margem ao surgimento de vários movimentos religiosos, que ansiavam
por um retorno da Igreja à doutrina e ao vigor espiritual dos tempos apostólicos.
Refletir acerca desses momentos na história da Igreja nos leva a compreender a
necessidade de autoexame
contínuo, sob a
indispensável ação do ESPÍRITO e à luz das Escrituras (2Co 13.5; Ef 5.18; 1 Ts
5.19-21).
Eddie Hyatt (2021, p. 52): “A Reação da Igreja ao
montanismo contribuiu para um desaparecimento cada vez mais rápido dos dons
espirituais. À altura do terceiro século, Orígenes já diria explicitamente que “esses
sinais diminuíram”. A liberdade do ESPÍRITO foi substituída pelos rituais
cerimoniais e pela ordem eclesial. O golpe final no aspecto carismático da
Igreja viria com a conversão de Constantino e com a
aquisição de poder e influência terrenas por parte da
Igreja”.
3- LIÇÕES E
ALERTAS DOS PRIMEIROS
SÉCULOS
A partir dos
relatos bíblicos e históricos, é possível extrair lições e alertas para uma
jornada cristã vitoriosa, seguindo sempre no poder do ESPÍRITO SANTO e no
direcionamento da Palavra de DEUS. É preciso evitar que o comodismo, o
esfriamento e a indiferença nos impeçam de servir a DEUS agradavelmente, com
reverência e piedade, (Hb 12.28).
3.1. Lidando
com exageros e equívocos
É preciso
prudência para lidar com os exageros e equívocos que venham a surgir na Igreja.
Para isso, é bom refletir sobre como Paulo lidou com a questão do uso dos dons
espirituais na igreja em Corinto. Havia exageros ali, pois parece que alguns
ignoravam o propósito dos dons enquanto outros se sentiam superiores. O
apóstolo, então, escreveu sobre a unidade do Corpo de CRISTO, a responsabilidade
de cada membro, o propósito dos dons, a necessidade de ordem e decência e o
caminho ainda mais excelente: o amor (1Co 12-14). Isso significa que houve
instrução, correção e esclarecimento, mas sem extinguir, desprezar ou proibir
as manifestações dos dons espirituais.
Bispo
Abner Ferreira (2017, p. 79-80): “Somente uma leitura superficial do Novo
Testamento alimentará a ideia de que o desempenho dos dons espirituais na época
apostólica era perfeito e isento de abuso ou engano. Assim, tendo sempre as
Escrituras como nosso fundamento, verificamos que há necessidade de evitar os
dois extremos:
considerar
qualquer abuso no uso dos dons como atestado de que tudo é falso e engano ou
considerar como infalível a manifestação dos dons espirituais e, assim,
resistir à instrução e correção”.
3.2. O contínuo
autoexame
Podemos extrair
algumas lições das cartas às Igrejas de Éfeso e Laodiceia:
( 1) Como
ocorreu com Israel no período do AT, não é suficiente manter atividades
religiosas se o estado espiritual do povo é de indiferença,
caracterizado
por um formalismo vazio e uma conduta incoerente com o padrão bíblico;
(2) Experiências
e avivamentos do passado não nos dispensam de cultivar um viver de constante
oração,
vigilância e autoexame;
(3) O autoexame
deve ser feito com a ajuda do ESPÍRITO SANTO e à luz da Palavra de DEUS, pois
não somos suficientemente capazes de discernir o nosso real estado espiritual
apenas com conhecimentos e sentimentos humanos.
Roger
Stronstad (2020, p. 285) comenta sobre o fato de que no Apocalipse, "JESUS
primeiro adverte a Igreja, que é tipificado ou representada pelas
sete
igrejas, sobre suas efetivas e/ou potenciais atitudes e ações erradas (Ap 2.1-3.22).
Muitos leitores poderão se surpreender por esse fato. Uma razão para essa
surpresa é que muitos cristãos
esperam
que assim que seus pecados são perdoados, o exclusivo interesse de JESUS por
eles está em seu conforto, segurança e inclusive prosperidade individual, familiar
e/ou da própria comunidade. No entanto, JESUS tem um conjunto diferente de
valores e padrões do que essas expectativas autosservidoras. Os padrões de JESUS
são a fé, a santidade, a verdade etc., e esses padrões são tão primitivos como
os primórdios
da
nação de Israel e se estendem pelas gerações dessa nova Eclésia, a Igreja”.
3.3. O contínuo
avivamento
A Palavra de DEUS
traz muitos alertas quanto
aos últimos
dias: esfriamento do amor, apostasia da fé e aparência de piedade são alguns
deles. Portanto, é fundamental que a Igreja não se distraia com o crescimento
numérico, as grandes realizações e o reconhecimento político e social, deixando
de perceber os sutis ataques e investidas do inimigo e do mundo. Façamos nossa
a oração dos primeiros cristãos, registrada em Atos 4.29, e tenhamos em
mente as exortações que encontramos em 1 Tessalonicenses 5.16-23.
Pr. Marcos
Sant’Anna (2019, p. 25):
Ecdesia
semper reformanda (A igreja deve sempre ser reformada). Movimento pentecostal
do início do século XX sempre em movimento, buscando contínua renovação para não
deixar o primeiro amor; manter-se vigilante quanto às doutrinas bíblicas
(inclui zelo e honestidade no estudo e na exposição das Escrituras); não ser
tolerante com a iniquidade ( considerando que “carisma, não nos isenta do
constante aperfeiçoamento do (caráter cristão em nós); manter-se dependente da ação
do ESPÍRITO SANTO, conscientes de que a Igreja, que é peregrina e forasteira neste
mundo, é enviada ao mundo como testemunha de JESUS, até que Ele venha!”.
CONCLUSÃO
Desde o AT, o
povo de DEUS passou por momentos de avivamento e de esfriamento. A presente
geração de fiéis não deve ficar indiferente à mensagem que o Senhor enviou às sete igrejas
na Ásia: “Ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas”, Ap 2.7, 11, 17, 29; 3.6, 13,
22), pois assim DEUS revela o verdadeiro estado da Igreja, Sua vontade e
Sua provisão.