Escrita Lição 2, Central Gospel, Mateus, de Publicano a Apóstolo, 2tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 2, Central Gospel, Mateus, de Publicano a Apóstolo, 2tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 2 / ANO 2- N° 5

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. O DISCÍPULO TRANSFORMADO 

1.1. Testemunhos nas Escrituras 

1.2. Origens e laços familiares

1.3. A profissão de coletor de impostos

2. O SERVO DEDICADO 

2.1. Impacto missionário: desbravando terras 

2.2. Testemunho final: os últimos dias do apóstolo 

3. O EVANGELHO DA PROMESSA 

3.1. Um evangelho para os filhos de Abraão: a missão de Mateus entre os judeus 

3.1.1. O evangelho do Cristo-Rei: a realeza messiânica e a redenção esperada pelos judeus 

4. LIÇÕES DA VIDA DE MATEUS PARA A JORNADA DE FÉ 

4.1. Um encontro transformador: o chamado de Cristo a Mateus 

4.2. Prontidão na obediência: a coragem de seguir a Cristo sem hesitação 

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Mateus 9.9-13 

9- E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. 

10 - E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. 

11- E os fariseus, vendo isso, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? 

12 - Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim, os doentes. 

13- Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

 

TEXTO ÁUREO

E, depois disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me. Lucas 5.27

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Mateus 12.46-50 Os verdadeiros discípulos

3ª feira - Mateus 10.1-7 A autoridade dos discípulos

4ª feira - João 15.1-8 A importância de ser discípulo 

5ª feira - Mateus 13.9-14 O privilégio dos discípulos

6ª feira - Mateus 13.32-37 A responsabilidade dos discípulos

Sábado - Mateus 26.40-45O desafio dos discípulos

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, O aluno deverá:

- compreender o contexto e as circunstâncias do chamado de Mateus, filho de Alfeu;

- reconhecer o papel de Mateus como instrumento de Deus na autoria de um dos evangelhos;

- conhecer a biografia do evangelista que apresentou a ge| nealogia de Cristo desde Abraão.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

    Caro professor, nesta lição exploraremos a vida e a contribui ção do evangelista Mateus. Embora o texto sagrado não detalhe seus feitos, como faz com outros personagens, como Timóteo e Paulo, Mateus nos ensina que as origens e os atos praticados pelo indivíduo não limitam os propósitos divinos. 

    Além das Escrituras, analisaremos também a visão dos pais da Igreja e da Tradição sobre esse apóstolo, cujas contribuições foram valiosas para a cristandade. 

    Este estudo enriquecerá sua compreensão da Palavra de Deus e aprimorará sua habilidade de ensiná-la de forma eficaz. 

    Boa aula! 

 
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SUBSÍDIOS PARA A LIÇÃO, LIÇÕES ANTIGAS E LIVROS
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Revista antiga 2020 – Heróis do Novo Testamento – Um legado de Amor, fé e Obediência - Central Gospel
 
Aula Bíblica Jovens e adultos – Lição 2: Mateus, o Apóstolo Improvável
 
 
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Mateus 9.9-13; Mateus 10.1-7
9 E JESUS, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.
10 E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com JESUS e seus discípulos.
11 E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
12 JESUS, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.
13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.
Mateus 10.1-7
1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.
2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
4 Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
5 JESUS enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
6 Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;
7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.

TEXTO ÁUREO
9 E JESUS, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.
10 E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com JESUS e seus discípulos.
11 E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
12 JESUS, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.
13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.
Mateus 10.1-7
1 E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.
2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;
4 Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
5 JESUS enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;
6 Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel;
7 E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.
TEXTO ÁUREO
E, depois disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me. Lucas 5.27
OBJETIVOS
- Compreender as circunstâncias do chamado de Mateus;
- Saber que o apóstolo foi usado por DEUS para escrever um dos evangelhos;
- Conhecer o resumo biográfico do evangelista que defendeu a genealogia de CRISTO a partir de Abraão.
PALAVRA INTRODUTÓRIA
Professores, nesta lição ensine os detalhes da vida de Mateus e mostre aos alunos que DEUS faz heróis com qualquer tipo de pessoa, só Ele faz isso.
- O segue-me de JESUS”, conforme relata os evangelhos, Mateus ao ouvir o chamado de JESUS, abandonou tudo e o seguiu, e ele trabalhava em um serviço muito rentável, comente com seus alunos, que às vezes precisamos abandonar algumas coisas muito rentáveis financeiramente, para seguir a JESUS.
- Funcionário do império romano”, Roma para poder cobrar impostos usava coletores da própria região, por isso havia muitos cobradores de impostos judeus, mas o judeus consideravam esses coletores, como traidores, aliados de Roma, e os chamavam de “publicanos”, talvez tenha sido isso que chamou a atenção de Mateus, vendo JESUS um homem tão respeitado pela multidão chamando ele, que era tão desprezado por todos.
1. MATEUS O HOMEM
1.1. Evidências bíblicas
1.1.1. No Evangelho de Mateus
- O próprio Mateus é quem escreve esse evangelho e relata a sua própria história.
1.1.2. No Evangelho de Marcos
- Comem na casa de Levi, juntamente com publicanos”, Mateus chamou seus amigos ao banquete com CRISTO, mas como ele era rejeitado pela sociedade, então seus amigos eram outros rejeitados. Às vezes os religiosos estão críticos demais e a única forma de JESUS alcançar os rejeitados é com um convite simples diretamente a um rejeitado.
1.1.3. No Evangelho de Lucas
- Citá-lo como Mateus”, nota-se que após o primeiro encontro com JESUS o nome de Mateus é mudado, talvez por JESUS ou pelo próprio Mateus, assim como aconteceu com Paulo, pois ao que tudo indica o próprio apóstolo mudou seu nome de Saulo para Paulo.
1.1.4. No livro de Atos
- Reunidos com outros seguidores”, JESUS tinha doze apóstolos, mas também muitos seguidores, que naquela ocasião chegou a mais de quinhentos, mas na festa de pentecostes eram somente 120.
1.2. A família de Mateus
1.3. O ofício de Mateus
- Corrompiam o sistema”, na sua maioria os cobradores de impostos tiravam um dinheiro por fora cobrando a mais do povo que não sabia fazer o cálculo para o imposto.
- Casa de Herodes”, o império romano administrava as províncias nomeando seus sacerdotes e reis. Para governar um província tinha que ser parceiro de Roma. Assim era Herodes e Anás (sumo sacerdote). Ambos tinham permissão de Roma para serem líderes. Roma fazia isso para manter a paz na região.
Em Lucas 3.2 fala de dois sumos sacerdotes, Anás e Caifás, a explicação é que Caifás deveria ser o sumo sacerdote, mas ele não se dava com Roma e por isso o procurador nomeou o sogro de Caifás chamado Anás.
1.4. A hospitalidade de Mateus
- Que ele dedicara ao Senhor”, alguém pode acabar pensando que Mateus fez o banquete para poder levar a sua nova fé aos seus amigos, mas o texto não dá a entender isso. Parece que Mateus fez pela alegria que estava sentindo.
2. MATEUS, O SERVO
- Tanto a grandeza quanto a simplicidade”, a grandeza porque Mateus não hesitou diante do chamado e simplicidade das palavras de JESUS. Foi a conversão mais rápida da Bíblia.
2.1. O trabalho missionário
- Mateus e muitos outros discípulos, como Barnabé, João Marcos, Apolo e muitos outros, fizeram obra missionária como Paulo, apenas Paulo é mais conhecido por ter doutrinado e estruturado as igrejas.

2.2. Os últimos dias do apóstolo
- Tradição da igreja primitiva”, são narrativas e livros escritos pelos pais da igreja, foram pastores que viveram depois dos apóstolos.
- Entre os etíopes”, assim como os outros apóstolos Mateus também foi martirizado, ele morreu na Etiópia perfurado por lanças.
3. MATEUS, O EVANGELHO
- Foi escrito aos judeus”, cada evangelho foi escrito para uma povo especificamente e por isso tem características próprias. Marcos foi escrito para os romanos, Lucas para os gregos e João para a Igreja.
- Mais eclesiástico”, eclesiástico se refere à igreja. Parece que somente nesse evangelho aparece o termo igreja e isso por duas vezes. Mateus 16.18 e 18.17
3.1. A autoria
- Palestina”, é a região da terra de Canaã, que compreendia a Judeia, a Galileia, Samaria, Gaza e Sinai. Atualmente Israel ocupa uma grande parte desses territórios.
- Todos esses detalhes apontam”, mesmo que um livro tenha o nome do autor, deve-se analisar as evidências internas, pois naquela época a autoria não tinha grande valor e muitas obras eram atribuídas à pessoas importantes somente para terem o crédito.
3.2. Composição canônica
- Os evangelistas”, se refere aos autores dos quatro evangelhos.
- “recursos narrativos próprios”, isso porque o ESPÍRITO SANTO somente os inspirava e não ditava as palavras nos seus ouvidos, mas trazia-lhes à memória fatos vistos ou ouvidos para que fossem escritos.
- Linha cronológica”, é a linha de tempo, quer dizer que o autor não seguiu a ordem de tempo para registrar os fatos.
- Abordagem tópica”, quer dizer que ele abordou por tópico, ou por assunto.
3.3. Por que Mateus escreveu aos judeus?
- João escreveu à Igreja”, A maior pregação de João era o amor, e por essa característica ele achava que devia passar a mensagem de CRISTO de forma universal. João por exemplo não cita o texto de Mateus 15.26, onde JESUS afirma sobre “tirar o pão da boca dos cachorrinhos” talvez esse texto fosse muito pesado para os novos convertidos da época.
- Lucas escreve aos gregos”, os gregos eram um povo muito ligado à perfeição humana, admiravam as esculturas do corpo perfeito, por isso Lucas passa JESUS como o homem perfeito chamando-o de o “Filho do Homem”. Devido às exigências culturais dos gregos havia a necessidade de expor os fatos de forma fidedigna, por isso Lucas faz um amplo trabalho de campo, pesquisando as fontes.
- Marcos dedicou-se aos romanos”, sobre ele deixo que você pesquise sozinho. É bom para treinar!
3.3.1. As expectativas judaicas
- Deveria ser”, isso é uma forma egocêntrica de se interpretar o texto sagrado, onde a pessoa só extrai o que lhe interessa e não analisa de forma a entender o que o autor queria passar. Esse erro acontece ainda hoje, a hermenêutica é a ciência que visa corrigir esse problema.
*Hermenêutica é a ciência ou arte da interpretação de textos, é um ramo da filosofia.
3.3.2. O estilo literário
- Citação dos profetas do Antigo Testamento”, pelo grande número de citações do AT entendemos que Mateus era conhecedor do judaísmo.
- Mateus não explica seus comentários sobre”, o fato de Mateus não explicar as práticas religiosas dos judeus dá a entender que ele estivesse escrevendo para quem conhecia o assunto e por isso não havia necessidade de maiores explicações.
Mateus, o apóstolo improvável
1 – Mateus, o homem
Origem Cafarnaum, na Galileia, é a provável localidade de origem desse discípulo.
Nome – Mateus (Mt 9.9,10; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13)
Nome – Mateus (Mt 9.9,10; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) Levi (Mc 2.14, 15; Lc 5.2729).
Profissão – Coletor de impostos (publicano). Funcionário a serviço de Roma que dominava toda a região da Judéia.
Reputação – Os romanos tratavam os publicanos com muita desconfiança comparando
Profissão – Coletor de impostos (publicano). Funcionário a serviço de Roma que dominava toda a região da Judéia.
Reputação – Os romanos tratavam os publicanos com muita desconfiança comparandoos, muitas vezes, a gatunos e oportunistas. Em Israel eram vistos como traidores da nação, apóstatas, gentios e pecadores.
“E, se não as escutar, dizeo à igreja; e, se também não escutar a igreja, considerao como um gentio e publicano. Mt 18.17.
“Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram
“Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseramlhe eles: O primeiro. Disselhes JESUS: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de DEUS. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.” Mt 21.3132

2 – Mateus, o servo
O chamado

2 – Mateus, o servo
O chamado E, depois disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disselhe: Segueme. Lc 5.27

Deixar tudo para acompanhar JESUS numa vida de discipulado itinerante provavelmente exigiu mais sacrifício para Mateus do que para alguns dos outros discípulos, pois Mateus era relativamente próspero para os padrões da época.

O trabalho missionário – Embora alguns estudiosos afirmem que Mateus dedicou

Deixar tudo para acompanhar JESUS numa vida de discipulado itinerante provavelmente exigiu mais sacrifício para Mateus do que para alguns dos outros discípulos, pois Mateus era relativamente próspero para os padrões da época.
O trabalho missionário – Embora alguns estudiosos afirmem que Mateus dedicouse ao ministério apenas entre os judeus existem diversos relatos que vinculam a sua atuação a lugares como Pérsia, Macedônia e Etiópia.

3 – Mateus, o evangelho
Público alvo

3 – Mateus, o evangelho
Público alvo Os propósitos do Evangelho esta ligados com a comunidade formada pela maioria de judeus cristãos para a qual Mateus dirigiu seu evangelho. Mateus combina de forma única um intenso interesse pelas questões pertinentes aos judeus com igual ênfase na hostilidade de JESUS para com os líderes judaicos.

Mateus é o evangelho com duas vezes mais citações do Antigo Testamento do que qualquer outro e com o maior interesse na relação de JESUS com a Lei; mesmo assim, quando vemos o relacionamento de CRISTO com a Lei neste evangelho, percebe

Mateus é o evangelho com duas vezes mais citações do Antigo Testamento do que qualquer outro e com o maior interesse na relação de JESUS com a Lei; mesmo assim, quando vemos o relacionamento de CRISTO com a Lei neste evangelho, percebese que é uma relação mais de contraste do que de continuidade (Mt 5.1748).

O plano da narrativa de Mateus

Mateus 1.1 a 4.16

O plano da narrativa de Mateus
Mateus 1.1 a 4.16 proporciona uma introdução ao ministério de JESUS.

Mateus 4.17 a 16.20

Mateus 4.17 a 16.20 descreve o desenvolvimento desse ministério, por meio de amostras da pregação de CRISTO (Mt 5 a 7); dos milagres de cura (8.1 a 9.34); prediz e ilustra a oposição ao seu ministério (Mt 9.35 a 12.50); explica e narra a polarização progressiva da resposta positiva e negativa à sua obra (Mt 13.1 a 16.20).

Mt 16.21 a 28.20, enfatiza primeiro o ensino de CRISTO sobre sua morte iminente, bem como suas implicações para o discipulado e a Igreja (16.21 a 18.35). JESUS então concentra

Mt 16.21 a 28.20, enfatiza primeiro o ensino de CRISTO sobre sua morte iminente, bem como suas implicações para o discipulado e a Igreja (16.21 a 18.35). JESUS então concentrase em sua jornada final e fatídica para Jerusalém e prediz o juízo sobre todos os que o rejeitassem

(Mt 19 a 25). Finalmente, o sofrimento e da morte de CRISTO. DEUS o ressuscita dentre os mortos, dando poder a Ele e aos seus seguidores para a evangelização mundial (Mt 28).

Visão que Mateus tinha de JESUS

O apresenta como impecável em suas credenciais judaicas

(Mt 19 a 25). Finalmente, o sofrimento e da morte de CRISTO. DEUS o ressuscita dentre os mortos, dando poder a Ele e aos seus seguidores para a evangelização mundial (Mt 28).
Visão que Mateus tinha de JESUS


O apresenta como impecável em suas credenciais judaicas
é um verdadeiro filho de Davi e de Abraão e, portanto, qualificado para ser o Messias (Mt 1.1).

O ministério do Messias aos marginalizados pela sociedade, os quais os judeus ortodoxos rejeitavam. Mateus revela CRISTO como essencialmente um Mestre, particularmente por meio de longos blocos de sermões (Mt 5 a 7; 10; 13; 18; 23 a 25).

Para Mateus, JESUS é também o Filho de DEUS, de acordo com os textos
chave da narrativa (Mt 2.15; 4.3,6; 14.33; 16.16; 26.63; 27.40,43), ou, mais especificamente, o "Emanuel" DEUS conosco (Mt 1.23; 28.20).

É a personificação da Sabedoria, o qual dará ao seu povo um jugo mais suave e descanso para as almas cansadas (Mt 11.25
30).

Ele é o Senhor
mestre e DEUS, digno de adoração, capaz de operar milagres que só a divindade pode efetuar (Mt 8.2,6,25; 9.28).

É o Rei dos judeus (27.1), mas não no sentido nacionalista ou militarista. Ele é o Filho do homem (Mt 26.64).

JESUS e a igreja

Mateus se preocupa com a natureza da comunidade cristã
o discipulado e a Igreja. Usa a palavra "igreja" três vezes (Mt 16.18; 18.17, duas vezes). A maior parte do ensino de JESUS em Mateus consiste em instruções dadas aos discípulos sobre como se relacionariam com a comunidade depois de sua partida.

Adverte contra os falsos mestres e profetas, principalmente os de natureza antinomiana, que posteriormente se infiltrariam na comunidade cristã (Mt 7.15
23).

Conclusão

Pela graça e pela misericórdia de DEUS, Mateus, de possível corrupto, passou a apóstolo do Cordeiro.

 

Mateus é o único dos evangelhos que fala especificamente da Igreja (Mt 16.18; 18.17), mostrando aos gentios como a Eclésia é formada e descrevendo vários episódios em que gentios demonstraram fé em JESUS: os magos, o centurião e a mulher cananeia (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel

 

CONCLUSÃO

- Pela graça”, analisando a vida de Mateus compreendemos porque DEUS liberta o pecador e o faz anunciador do evangelho, se tinha tanta gente mais capacitada na época. A vida de Mateus seria uma pregação sem palavras, os outros publicanos e corruptos que conheciam ele antes, agora ao verem um Mateus transformado saberiam que há salvação também para eles.
- Aprendemos que DEUS faz heróis com qualquer tipo de pessoa, só Ele faz isso.


Fonte/crédito - Pr. Geziel Gomes - (Revista: Central Gospel)

 

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O publicano que virou discípulo

A vocação de Mateus é a que mais me impressiona. Como os demais discípulos, ele também se levantou e seguiu, porém, diferente dos demais, Mateus não poderia voltar atrás se JESUS fosse mais um lunático se proclamando o Messias. Abandonar a coletoria era quebrar a ponte atrás de si e confiar plenamente naquele que o chamava.

Todos os discípulos eram pecadores no momento da convocação, porém, eram israelitas em quem “não havia dolo” (Jo 1.47). Mateus não, era publicano, que na cultura da época era sinônimo de ladrão, assassino, saqueador, assaltante etc., os publicanos eram pessoas das quais se afirmava: “São amaldiçoadas!” (Jo 7.49). Se tornar publicano era conscientemente escolher:

• viver separado de DEUS, do povo, da pátria;

• cometer consciente e continuamente pecados graves contra DEUS, o povo e a pátria;

• suportar o desprezo de todas as pessoas decentes;

• ser castigado eternamente no inferno, segundo a concepção judaica.

 

Com esse currículo, o que Mateus poderia fazer se JESUS fosse uma farsa? Com certeza não seria aceito no antigo emprego e dificilmente pelo povo que antes extorquia. Viveria separado de DEUS, do povo e da pátria e sem nenhum denário no bolso.

Por isso vejo no chamado de Mateus uma beleza que não vejo na vocação dos demais, afinal, quando JESUS morreu na cruz, eles voltaram pra suas antigas ocupações, dando sinais de incredulidade. O que Mateus fez não se sabe, talvez ficou contabilizando seus recursos e calculando quanto tempo conseguiria se sustentar sem mendigar.

JESUS não impressiona só os fariseus ao chamar um publicano para seu círculo íntimo de amigos, provavelmente, os próprios discípulos ficaram escandalizados,

É provável que também em Cafarnaum os publicanos de lá tinham de taxar os peixes que eram trazidos à cidade. Desse modo Mateus, antes de ser coletor, já deve ter sido conhecido dos pescadores que acompanhavam JESUS. Aceitar um publicano no círculo dos doze causou permanentemente um forte escândalo entre os judeus, nos quais vigorava uma intensa aversão aos publicanos, circunstância da qual Mateus esteve sempre consciente.

Mas é isso que CRISTO faz, nos chama e nos capacita além de nós e além daquilo que os outros pensam de nós. Quando chamou Mateus para sua obra, não se importou com o status de publicano ou com o seu passado, nem fez uma entrevista ou um teste seletivo, simplesmente disse: Segue-me!

Penso que hoje não é diferente, CRISTO continua chamando para sua obra pessoas de moral duvidosa e continua tendo prazer em participar de banquetes com miseráveis pecadores, porque pra Ele…,

não importa o que vem antes do Segue-me!

 

RIENECKER, F. Evangelho de Mateus: comentário bíblico esperança. Curitiba: Esperança, 1994.

 

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Mateus, o Apóstolo Improvável

 

Descubra a história de Mateus, o convite convidado, e como sua transformação e dedicação à transmissão do Evangelho podem inspirar e motivar nós hoje.

Mateus, o apóstolo exposto, foi um personagem fundamental na história do cristianismo. Seu caminho até se tornar um dos doze apóstolos foi inesperado e cheio de desafios. Entretanto sua história é uma fonte de inspiração e ensinamento para nós hoje. Exploraremos a vida e a missão de Mateus, destacando suas contribuições para a difusão do Evangelho e o crescimento da igreja primitiva.

 

Mateus, o Apóstolo Improvável – O chamado inesperado de Mateus

Mateus, também conhecido como Levi, foi um homem convidado para ser um apóstolo. Ele era um publicano, um cobrador de impostos que trabalhava para os romanos, ou que se tornava impopular entre os judeus. No entanto, JESUS o chamou e ele respondeu imediatamente, deixando tudo para seguir o Messias (Marcos 2:13-17).

Mateus era um publicano, um cobrador de impostos que trabalhava para os romanos. Ele era impopular entre os judeus e era considerado um traidor por colaborar com o inimigo. No entanto, JESUS o chamou e ele respondeu imediatamente, deixando tudo para seguir o Messias (Marcos 2:13-17). A chamada de Mateus foi convidada e surpreendente, mas ele aceitou o convite de JESUS e se tornou um de seus discípulos mais dedicados. A história de Mateus é uma fonte de inspiração e ensino para nós hoje. Além disso a história demonstra que ninguém é impróprio para ser chamado por DEUS e que Sua graça é suficiente para transformar a vida das pessoas.

 

Mateus, o Apóstolo Improvável – A missão de Mateus como apóstolo

Após se tornar um apóstolo, Mateus desempenhou um papel importante na divulgação do Evangelho. Entretanto ele era um escritor talentoso e creditado pela autoria do Evangelho de Mateus, que destaca a natureza humana de JESUS e sua missão de salvação (Mateus 1:1-25). Além disso, Mateus ajudou a estabelecer a igreja primitiva, ensinando e batizando os convertidos (Atos 2:38-41).

 

Mateus, o Apóstolo Improvável – A herança de Mateus na igreja moderna

A herança de Mateus continua a inspirar e influenciar a igreja moderna. Seu Evangelho é um dos mais lidos e treinados da Bíblia, e sua história de transformação é uma fonte de esperança e motivação para aqueles que buscam seguir JESUS. Além disso, a atitude de Mateus em deixar tudo para seguir JESUS é um exemplo poderoso de  e devoção.

Após se tornar um apóstolo, Mateus desempenhou um papel importante na divulgação do Evangelho. Ele era um escritor talentoso e creditado pela autoria do Evangelho de Mateus, que destaca a natureza humana de JESUS e sua missão de salvação (Mateus 1:1-25). Além disso, Mateus ajudou a estabelecer a igreja primitiva, ensinando e batizando os convertidos (Atos 2:38-41). A missão de Mateus foi crucial para o crescimento e fortalecimento da igreja primitiva, e sua influência continua a ser sentida hoje através de seu Evangelho e sua dedicação à divulgação do Evangelho.

 

Mateus, o apóstolo convidado, é uma figura inspirada na história do cristianismo.

Sua história de transformação e sua dedicação à transmissão do Evangelho servem como uma fonte de ensino e motivação para nós hoje. Então ao seguir o exemplo de Mateus, podemos aprender a deixar tudo para seguir JESUS, a confiar em sua graça e a servir aos outros com amor e dedicação.

 

https://vladimiraraujo.com/mateus-o-apostolo-improvavel/  - Pr. Vladimir Araujo

 

 

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Mateus, de Publicano a Apóstolo

A QUEM escolheu Deus para se tornar apóstolos de seu Filho Cristo Jesus? Os poderosos deste mundo? Absolutamente não! Ao contrário, conforme bem o expressou o apóstolo Paulo: “Deus escolheu o que é estulto aos olhos do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu os fracos aos olhos do mundo para confundir os fortes; e o que é vil aos olhos do mundo e desprezível e o que nada é, Deus escolheu para destruir o que é.” E por quê? “Para que ninguém se glorie diante de Deus.” — João 17:6; 1 Cor. 1:27-29.

“O que é vil aos olhos do mundo e desprezível” — quão bem isso descreve os cobradores de impostos nos dias de Jesus! Evidentemente, estes cobradores de impostos (chamados “publicanos” na Versão Brasileira) eram bastante semelhantes aos cobradores do fisco em diversos países nos tempos modernos, e por isso mereciam bem a sua péssima reputação. A Cyclopedia de McClintock & Strong diz que “eram notórios pelas suas exigências impudentes em toda a parte; mas eram especialmente odiosos aos judeus, pois eram justamente o ponto em que o jugo romano os vexava, a prova visível do estado degradado em que se achava a sua nação. Por via de regra, só os mais baixos aceitavam tal cargo impopular, e a classe chegou assim a merecer o ódio com que os judeus os teriam contemplado de qualquer modo”. Não era de admirar-se que os cobradores de impostos estavam repetidas vezes associados com meretrizes e pecadores! — Mat. 9:10, 11; 21:31, 32.

Ao passo que os líderes religiosos daqueles dias, virtuosos aos seus próprios olhos, tinham verdadeira repugnância aos cobradores de impostos, foi exatamente a tais pessoas espiritualmente doentes que Jesus se dirigiu, conforme disse aos fariseus que se queixaram de ele se associar com cobradores de impostos e pecadores: “Os sãos não precisam de médico, mas sim os enfermos. Porém ide aprender o que significa: Misericórdia quero, e não holocaustos.” — Mat. 9:12, 13.

Mateus, cujo nome significa “dádiva de Já”, era um destes desprezados cobradores de impostos. Parece ter sido encarregado da coletoria da região do Mar da Galileia. Mateus, porém, era diferente da maioria dos cobradores de impostos daqueles dias. Não se contentava em fazer da cobrança de impostos a sua carreira, não importa quão lucrativo isso podia ter sido. Não, ele era um dos que Jesus chamou de felizes por avaliarem a sua necessidade espiritual e terem fome e sede da justiça. — Mat. 5:3, 6..

Mateus foi uma verdadeira ovelha, e por isso, quando Jesus lhe disse: “Segue-me”, êle reconheceu imediatamente a voz do Bom Pastor e “ele se levantou e o seguiu”. (Mat. 9:9) Sim, com a mesma prontidão com que os filhos de Zebedeu deixaram o negócio de pesca de seu pai para seguir Jesus, assim deixou Mateus a sua coletoria. Usando-se outra ilustração, Mateus era como uma pérola coberta de lama. Tudo o que os clérigos farisaicos viam era a lama, o desprezível cobrador de impostos. Deus, porém, via a pérola, o coração sincero, que só precisava da água da verdade para adquirir um belo lustro para a honra de seu Criador. — João 7:24.

Depois de relatar a sua chamada para seguir Jesus, e a sua aceitação do convite, Mateus fala dum banquete na casa dum cobrador, ao qual Jesus fora convidado, fazendo que os fariseus murmurassem, conforme já mencionamos. Mateus, em modéstia, não diz quem ofereceu o banquete. Lucas, porém, identifica-o para nós: “Levi [Mateus] deu-lhe um grande banquete em sua casa; e era grande o número de publicanos [cobradores de impostos] e outras pessoas que estavam com eles á mesa.” (Luc. 5:29) Que maneira eficiente para todos os seus amigos e colegas de trabalho receberem um bom testemunho de Jesus! Incidentalmente, Marcos e Lucas se referem nisso a Mateus pelo nome de Levi, tendo sido este o seu nome antes de se tornar apóstolo, assim como o nome de Pedro foi Simão. — João 1:42.

Que mudança isto significava para Mateus, o desprezado cobrador de impostos! Em vez de dar a sua devoção a César, dava-a agora ao rei de Jeová, Cristo Jesus. E ao invés de trabalhar a favor da Roma imperial, cruel e impiedosa, como instrumento de opressão, Mateus achava-se no serviço do reino do Deus, levando consolo e a esperança da liberdade aos tristes e oprimidos.

Mateus parece ter desempenhado um papel menor entre os doze apóstolos, visto que os Evangelhos dizem muito pouco sobre ele. Sabemos que foi um dos doze que acompanharam Jesus nas suas viagens de pregação e que mais tarde foram enviados a pregar, de dois em dois. Ele estava com Jesus na noite em que seu Senhor instituiu o memorial de sua morte, lavando os pés de seus discípulos a proferindo as palavras confortadoras de admoestação registradas por João. — Mateus 10; Luc. 8:1; 22:28-30; João, capítulos 1-3 a 17.

Mateus viu também o ressuscitado Cristo, e, junto com os outros dez, recebeu dele as instruções finais. Mateus é mencionado como estando na câmara superior pouco antes de se derramar o ESPÍRITO SANTO. — Mat. 28:16-20; Atos 1:13; 2:1-4.

 

O EVANGELHO DE MATEUS

Nunca foi seriamente posto em dúvida que Mateus escreveu realmente o relato que leva seu nome. À base da evidência disponível, parece que o escreveu entre 41-50 d. C. Ele viu evidentemente desde cedo o valor e a necessidade de tal registro e foi assim usado pelo Senhor para satisfazer esta necessidade.

Neste seu relato, Mateus não procura esconder a sua profissão humilde e fato, êle não somente fala dela com referência ao tempo de sua chamada, mas, ao fazer uma lista dos doze chamados, ele menciona novamente este fato, referindo-se a si próprio como sendo “Mateus, o cobrador de impostos”, embora não mencione nem a profissão nem a ocupação de qualquer dos outros. Nem Marcos, nem Lucas acharam necessário mencioná-la ao alistarem os doze. —  — Mar. 2:14; 3:18; Luc. 5:27-32; 6:15.

Parece que Mateus escreveu seu livro primeiro em hebreu e depois o traduziu para o grego. Igual a Paulo, parece ter estado ansioso que seus irmãos judeus reconhecessem Jesus como o Messias. Ele estabelece o direito legal de Jesus à promessa abraâmica e ao pacto davídico do reino através do pai adotivo de Jesus, José. Ele cita as Escrituras Hebraicas mais de 50 vezes, o que é mais vezes do que Marcos e Lucas fizeram juntos.

O Evangelho de Mateus, em geral, trata do assunto da mesma maneira, cobre a mesma matéria e os mesmos eventos, e mantém o mesmo conceito que os Evangelhos de Marcos e de Lucas. Por esta razão, todos estes três foram chamados de Evangelhos “sinópticos”, querendo dizer que têm “um ponto de vista comum”; não que se trate duma sinopse da vida de Jesus, pois não a são. Cada Evangelho alista algumas coisas que os outros não alistam, e neste respeito verificamos que o relato de Mateus é muito mais completo do que os dos outros, no que se refere ao sermão do monte, às instruções recebidas pelos doze ao serem enviados, à denúncia dos escribas e dos fariseus por parte de Jesus e à grandiosa profecia de Jesus a respeito do sinal de sua segunda presença. — Vejam-se os capítulos 5 até 7, 10, e de 23 a 25.

Mateus é quem enfatiza especialmente o tema do Reino. Para ele, Jesus era o Pregador-Rei. Nenhum outro escritor nos relata tanto dos discursos públicos de Jesus, e ele apresenta pelo menos dez das ilustrações do reino, sem se mencionarem as outras. Não se preocupou com pormenores, assim como Marcos, nem com a exatidão cronológica, como Lucas. Sentia-se arrebatado pela grandiosidade do tema do Reino.

Entre os incidentes da vida de Jesus mencionados só no relato de Mateus acha-se a suspeita de José quanto a Maria, a visita dos magos, a fuga ao Egito, o massacre dos meninos, a volta da família do Egito e por que se estabeleceram em Nazaré. Só Mateus fala das trinta moedas de prata, e o que se fez por fim com este dinheiro, e só ele menciona as doze legiões de anjos que Jesus podia ter pedido; o sonho da esposa de Pilatos, e de Pilatos lavar as mãos são fatos também mencionados somente por Mateus.

Ao lermos o relato de Mateus a respeito da vida de Cristo ficamos apercebidos da viva apreciação da misericórdia que Deus teve com ele. Também neste respeito ele era semelhante a Paulo, que se achava dominado pela gratidão porque a ele, “um homem inferior ao mínimo de todos os santos, . . . foi dada esta benignidade imerecida” de ser ministro de Deus, apóstolo de Cristo Jesus. (Efé. 3:8; 1 Tim. 1:12) Só Mateus nos revela a repetida insistência de Jesus, de que se exigia misericórdia e não sacrifícios; só ele nos relata a ilustração do escravo impiedoso; só ele nos dá a admoestação de Jesus a Pedro, de perdoar setenta e sete vezes, e só ele registra as palavras de Jesus, consideradas por alguns como as mais consoladoras: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Mateus 11:28-30.” — Mat 9:13; 11:28-30; 12:7; 18:21-35; 23:23.

Mateus, o desprezado cobrador de impostos, tornou-se pela benignidade imerecida de Deus um apóstolo honrado de Jesus Cristo. Contente de desempenhar um papel menor entre os doze, serviu ao seu Senhor tanto pela palavra falada como pela escrita. E ele nunca teve razão para se lamentar de ter dedicado tudo ao serviço de Deus, pois recebeu muitas vezes mais ao servir como apóstolo e teve a esperança segura duma gloriosa recompensa celestial. — Mat. 19:27-29.

Talvez pensemos: Que privilégio maravilhoso, o de Mateus, de estar associado com Cristo Jesus quando este estava na terra! Se apreciarmos a misericórdia de Deus para conosco tanto quanto Mateus, e se estivermos ansiosos de difundir as boas novas assim como ele estava, seremos também recompensados ricamente, tanto agora como na vida eterna com DEUS.

 

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Lição 2, Central Gospel, Mateus, de Publicano a Apóstolo REVISTA NA ÍNTEGRA

Lição 2, Central Gospel, Mateus, de Publicano a Apóstolo, 2tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV

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ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 2 / ANO 2- N° 5

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1. O DISCÍPULO TRANSFORMADO 

1.1. Testemunhos nas Escrituras 

1.2. Origens e laços familiares

1.3. A profissão de coletor de impostos

2. O SERVO DEDICADO 

2.1. Impacto missionário: desbravando terras 

2.2. Testemunho final: os últimos dias do apóstolo 

3. O EVANGELHO DA PROMESSA 

3.1. Um evangelho para os filhos de Abraão: a missão de Mateus entre os judeus 

3.1.1. O evangelho do Cristo-Rei: a realeza messiânica e a redenção esperada pelos judeus 

4. LIÇÕES DA VIDA DE MATEUS PARA A JORNADA DE FÉ 

4.1. Um encontro transformador: o chamado de Cristo a Mateus 

4.2. Prontidão na obediência: a coragem de seguir a Cristo sem hesitação 

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Mateus 9.9-13 

9- E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. 

10 - E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. 

11- E os fariseus, vendo isso, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? 

12 - Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim, os doentes. 

13- Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

 

TEXTO ÁUREO

E, depois disso, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria, e disse-lhe: Segue-me. Lucas 5.27

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Mateus 12.46-50 Os verdadeiros discípulos

3ª feira - Mateus 10.1-7 A autoridade dos discípulos

4ª feira - João 15.1-8 A importância de ser discípulo 

5ª feira - Mateus 13.9-14 O privilégio dos discípulos

6ª feira - Mateus 13.32-37 A responsabilidade dos discípulos

Sábado - Mateus 26.40-45O desafio dos discípulos

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, O aluno deverá:

- compreender o contexto e as circunstâncias do chamado de Mateus, filho de Alfeu;

- reconhecer o papel de Mateus como instrumento de Deus na autoria de um dos evangelhos;

- conhecer a biografia do evangelista que apresentou a ge| nealogia de Cristo desde Abraão.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

    Caro professor, nesta lição exploraremos a vida e a contribui ção do evangelista Mateus. Embora o texto sagrado não detalhe seus feitos, como faz com outros personagens, como Timóteo e Paulo, Mateus nos ensina que as origens e os atos praticados pelo indivíduo não limitam os propósitos divinos. 

    Além das Escrituras, analisaremos também a visão dos pais da Igreja e da Tradição sobre esse apóstolo, cujas contribuições foram valiosas para a cristandade. 

    Este estudo enriquecerá sua compreensão da Palavra de Deus e aprimorará sua habilidade de ensiná-la de forma eficaz. 

    Boa aula! 

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória 

  Mateus, também chamado de Levi (Mt 9.9,10; 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1,13; Mc 2.14,15; Lc 5.27,28), era um cobrador de impostos (gr. τελώνες = telónés = “publicano”) quando foi chamado por Jesus. O chamado do Mestre, dirigido ao apóstolo (Mt 9.9c), transportou-o da condição de funcionário do Império Romano a apóstolo e servo de Cristo.

 

1. O DISCÍPULO TRANSFORMADO 

    Nos tempos bíblicos, era comum que os judeus tivessem dois nomes — um hebraico e outro grego, ou romano — essa prática refletia a interação cultural entre judeus e romanos no contexto do primeiro século. Curiosamente, tanto Mateus quanto Levi são de origem semítica. Dentre as possibilidades para esse fato, estão: 

identidade redefinida — é possível que Jesus tenha chamado Levi de Mateus, assim como fez com Simão, atribuindo-lhe o nome de Pedro (Jo 1.42). Mateus é uma forma abreviada de Matatias, que em hebraico significa “dom de Deus”.

ascendência familiar — seu pai poderia ter por sobrenome Levi. Neste caso, ele seria chamado de Mateus ben (filho de) Levi. 

    Apesar das diferentes designações, as Escrituras deixam claro que Mateus e Levi são a mesma pessoa 

(Mt 9.9,10; Mc 2.14,15; Lc 5.27-29).

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Inicialmente, ao descreverem o chamado do publicano, Marcos e Lucas referem-se a ele como Levi, seu provável nome israelita (Mc 2.14,15; Lc 5.217,28). Posteriormente, Marcos e Lucas utilizam o nome Mateus ao listar os doze apóstolos (Mc 3.18; Lc 6.15), o que reforça a identificação de Levi como Mateus. No Livro de Atos, Lucas menciona Mateus novamente entre os discípulos reunidos no cenáculo (At 1.13).

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1.1. Testemunhos nas Escrituras 

    O Novo Testamento oferece poucas informações sobre a identidade de Mateus, mencionando-o apenas em algumas passagens. Observe: 

Nos evangelhos — Jesus o chama enquanto ele está na coletoria de impostos (Mt 9.9,10; Mc 2.14,15; Lc 5.27-29). Após aceitar o convite, ele oferece uma refeição em sua casa, onde Jesus se reúne com publicanos e pecadores. Mateus também é listado como um dos doze apóstolos enviados para pregar e realizar milagres (Mt 10.3; Mc 3.13. 18; Lc 6.12-16).

No Livro de Atos — Lucas menciona Mateus na lista dos apóstolos reunidos em oração no cenáculo, aguardando o Espírito Santo (At 1.13,14; 2.1). Essa inclusão reforça seu papel na liderança da Igreja primitiva e sua proximidade com Jesus durante Seu ministério terreno. 

 

1.2. Origens e laços familiares

    Marcos menciona apenas que Mateus era filho de Alfeu (Mc 2.14). Embora o mesmo evangelista (Marcos) também refira Tiago como filho de Alfeu (Mc 3.18), não há indicação de que Mateus e Tiago fossem irmãos, sugerindo que podem ser filhos de Alfeus diferentes: Alfeu, pai de Tiago (Lc 6.15), e Alfeu, pai de Mateus (Mc 2.14). 

    É provável que Mateus tenha nascido em Cafarnaum, na costa do mar da Galileia, onde trabalhava como cobrador de impostos (Mc 2.1,14). 

 

1.3. A profissão de coletor de impostos

    Mateus era um coletor de impostos a serviço do governo romano (Mt 9.9). Para desempenhar essa função, historiadores sugerem que ele provavelmente dominava O aramaico, o grego e o hebraico, algo evidenciado por suas referências ao aramaico em seu evangelho.

    Na época, o sistema de tributação era suscetível a fraudes, o que tornava os publicanos malquistos, especialmente entre os judeus, que os consideravam corruptos e desonestos e os acusavam de explorar O sistema econômico em benefício próprio. A História sugere que somente os gananciosos se alinhavam à Casa de Herodes ou exerciam esta função para os representantes da Roma imperial. 

    Jesus provavelmente escolheu Mateus, um publicano, para evidenciar a graça divina. Enquanto os fariseus os consideravam homens indignos de perdão, o Mestre mostrou que todos têm a chance de se arrepender e encontrar a redenção.

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    Exemplos de referências ao aramaico no Evangelho de Mateus: raca (“tolo”; Mt 3.22), mamom (“riqueza”); Mt 6.24); e Eli, Eli, lamá sabactâni? (“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”; Mt 27.46). Esses termos refletem a influência linguística presente na Galileia, indicando não o domínio linguístico de Mateus, mas sim o contexto cultural em que ele estava inserido.

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2. O SERVO DEDICADO 

    Como mencionado anteriormente, Mateus foi um dos doze discípulos escolhidos por Jesus para o apostolado (Mt 10.3), e seu chamado é relatado de forma simples e profunda (Mt 9.9). O fato de o Mestre convocar um cobrador de impostos para segui-lo e torná-lo um de Seus apóstolos transmite outras lições significativas. Observe a seguir:

Cristo via nele algo que as pessoas comuns ignoravam;

Jesus seria capaz de conduzi-lo a uma posição de grande honra; 

Jesus sabia que poderia usar seus talentos naturais para compor o texto canônico; 

Jesus queria mostrar que a vocação para servir em Seu Reino independe de fatores socioeconômicos ou culturais. 

    Ao sentar-se com pecadores e publicanos, Jesus enfatizava que o evangelho ultrapassa limites sociais e preconceitos, uma postura que incomodava fariseus e escribas, apegados ao exclusivismo judaico e à hipocrisia. 

 

2.1. Impacto missionário: desbravando terras 

    Pode-se afirmar, com certa propriedade, que Mateus participou da propagação do evangelho em várias regiões, contribuindo para a expansão missionária além de Cafarnaum (Mt 28.19,20; Mc 16.15). Nos últimos anos de seu ministério, a convivência entre judeus e cristãos tornou-se difícil, pois os que seguiam a Cristo eram excluídos das sinagogas (Jo 9.22; 16.2). Mesmo assim, ele perseverou na pregação aos judeus, dedicando-se ao evangelismo (Mt 10.5,6). Durante esse período de desafios e conflitos, Mateus escreveu, inspirado, o evangelho que leva seu nome. 

 

2.2. Testemunho final: os últimos dias do apóstolo 

    Após Atos 1.13, Mateus desaparece da narrativa bíblica. Fontes extrabíblicas indicam que ele permaneceu em Jerusalém até a perseguição de Herodes Agripa I, em 42 d.C., quando partiu para Chipre e depois para o norte da África. 

    Embora as Escrituras não detalhem suas atividades após essa época, a tradição da Igreja primitiva fornece algumas informações adicionais. Irineu menciona que Mateus pregou aos hebreus, sem especificar o local, enquanto Clemente de Alexandria afirma que ele dedicou cerca de 15 anos evangelizando entre os etíopes, gregos macedônios, sírios e persas. 

    A respeito de sua morte, alguns historiadores sugerem que ele faleceu de causas naturais na Macedônia ou na Etiópia.

    Contudo, a tradição cristã, apoiada por Eusébio de Cesareia o considera um mártir, acreditando que ele foi executado em Naddabar, na Etiópia. Segundo o “Livro dos Mártires” de John Knox, Mateus teria sido martirizado em torno do ano 60 na região etíope de Pártia.

 

3. O EVANGELHO DA PROMESSA 

    O Evangelho de Mateus foi escrito para os judeus e apresenta Jesus como o legítimo herdeiro do trono de Davi, destacando-o como o Rei de Israel. É o mais eclesiástico dos evangelhos, pois aborda questões da Igreja enquanto narra a vida e os ensinamentos de Cristo, o Rei divino. 

    Mateus organiza os ensinamentos de Jesus em blocos principais: o Sermão da Montanha (Mt 5-7); a comissão dos Doze (Mt 10); as parábolas do Reino (Mt 13); o discurso sobre a grandeza do perdão (Mt 18); e os discursos proféticos (Mt 24-25).

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“Mateus é o único dos evangelhos que fala especificamente da Igreja (Mt 16.18; 18.17), mostrando aos gentios como a Ekklesia (gr. εκκλησία) é formada e descrevendo vários episódios em que gentios demonstraram fé em Jesus: os magos, o centurião e a mulher cananeia.” (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 10).

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3.1. Um evangelho para os filhos de Abraão: a missão de Mateus entre os judeus 

    Cada evangelho foi direcionado a um público específico: João escreveu a Igreja e aos gentios; Lucas, aos gregos; Marcos, aos romanos; e Mateus, aos judeus. 

    Analisar as expectativas do povo judeu na época de Jesus revela o propósito claro do publicano ao escrever seu evangelho. Ao longo do texto, ele faz mais de 53 citações diretas do Antigo Testamento e mais de 70 referências às Escrituras Hebraicas, enfatizando 33 vezes que as obras de Jesus cumpriram profecias antigas. Esse enfoque destaca o Nazareno como o Messias prometido e reafirma, para seus compatriotas, o cumprimento das promessas de restauração e redenção (Mt 1.22; 2.15). 

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“O Evangelho de Mateus tem muitas características judaicas. Por exemplo, O termo “Reino dos céus' aparece 32 vezes, e o termo “Reino de Deus”, cinco vezes. Nenhum outro evangelho dá tanta ênfase ao Reino. À esperança da restauração do trono de Davi era algo que ardia no coração dos judeus naqueles dias.” (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, Central Gospel, 2010b, p. 9).

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3.1.1. O evangelho do Cristo-Rei: a realeza messiânica e a redenção esperada pelos judeus 

    O povo judeu aguardava o Prometido das nações, com profecias que destacavam Sua glória e as bênçãos de Seu Reino (Is 9.6,7; Jr 23.5,6). Em meio à exploração política e econômica e à decadência espiritual (Mt 22.17-21), o Messias era percebido como um libertador da opressão. Mateus confronta esse entendimento ao destacar a realeza messiânica de Cristo, que transcende às expectativas de um governante terreno. 

    Embora muitos não reconhecessem o homem de dores profetizado por Isaías (53.3), Mateus desafiou seus compatriotas a verem em Jesus o Messias e Rei esperado, o Filho de Davi (Mt 1.1-16; Mt 22.41-44), cujas promessas não se limitam à libertação política, mas abrangem a redenção eterna.

 

4. LIÇÕES DA VIDA DE MATEUS PARA A JORNADA DE FÉ 

    Mateus nos ensina que ninguém escapa ao poder da graça salvadora. Ao ser chamado, ele abandona uma profissão impopular e estigmatizada para seguir a Cristo, revelando que Deus não vê o nosso passado, mas sim o potencial para transformação. 

    Em nossa vida, somos frequentemente desafiados a responder ao chamado do Senhor, que nos convida a deixar hábitos, situações ou relacionamentos que nos afastam dele. Assim como Mateus, que renunciou à sua antiga vida, somos convidados a responder ao chamado do Altíssimo com fé, sabendo que Ele nos guia para uma missão maior. 

 

4.1. Um encontro transformador: o chamado de Cristo a Mateus 

    O chamado de Jesus a Mateus supera a simplicidade de um convite, configurando-se como um ato de renovação profunda. Ao ouvir “segue-me”, Mateus respondeu prontamente, ciente das possíveis rejeições e do peso das consequências sociais. 

    Seu exemplo nos impele a uma reflexão mais profunda sobre o significado de acolher a convocação do Senhor: até onde estamos dispostos a ir ao ouvir Sua voz? Quais circunstâncias nos desafiam a romper com nossos confortos aparentes em prol de um seguimento fiel a Cristo? 

    Responder a esse chamado demanda coragem, pois implica não apenas renúncia, mas também uma disposição contigua para reconfigurar a própria vida sob a luz do propósito divino. 

 

4.2. Prontidão na obediência: a coragem de seguir a Cristo sem hesitação 

   Mateus não apenas acolheu o chamado de Jesus, mas q fez com uma prontidão exemplar. Sem hesitar ou questionar, ele obedeceu de maneira imediata e resoluta. Seu exemplo nos exorta à necessidade de respondermos prontamente aos desígnios divinos, com plena confiança e destemor. 

   Em nossa jornada cotidiana, somos convidados a refletir essa mesma disposição em nossas ações, buscando agir sem demora em direção ao que sabemos ser justo e alinhado com a vontade de Deus, seja nas decisões familiares, nos compromissos profissionais ou nas esferas espirituais de nossa vida.

 

CONCLUSÃO

   Assim como Mateus, que passou de um publicano desprezado a um dos apóstolos e evangelistas mais influentes, Deus nos convida a vivermos sob Sua graça remidora. Apesar das dúvidas e críticas sobre a identidade e o passado deste filho de Alfeu, vemos na sua história o poder redentor de Cristo, que não apenas o chamou, mas o capacitou para impactar gerações com o evangelho. Que possamos enxergar nele a prova de que o Senhor utiliza pessoas comuns e imperfeitas para propósitos eternos. 

    A vida e obra de Mateus nos lembram que Deus olha além das limitações e falhas, guiando cada um de nós a uma missão que glorifica Seu nome e transforma vidas. Que essa lição nos inspire a confiar plenamente no Altíssimo, certos de que Ele pode nos usar de maneira singular em Seu Reino, apesar de nossas fraquezas. 

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. A quem, em primeiro lugar, destinavam-se os escritos de Mateus? Qual era seu objetivo? 

R.: Aos judeus. Ele pretendia desafiar o povo a perceber que Cristo era o Messias longamente esperado (Mt 1.116), que Ele era o filho de Davi (Mt 22.41-44). 

2. O que significa o nome Mateus? 

R.: Dom de Deus. 

3. Como podemos denominar o gesto de Mateus em oferecer um banquete para Jesus? 

R.: Um ato de gratidão e de hospitalidade. 

4. Qual era o nome do pai de Mateus? 

R.: Alfeu. 

 

 

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Escrita Lição 4, CPAD, JESUS, o pão da vida, 2Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV

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Vídeo https://youtu.be/nw3agjXsPmI?si=N_qDhvG7FGDlLMlA
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/04/escrita-licao-4-cpad-JESUS-o-pao-da.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/04/slides-licao-4-cpad-JESUS-o-pao-da-vida.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-4-cpad-JESUS-o-pao-da-vida-2tr25-pptx/277785575
  
ESBOÇO DA LIÇÃO 4 – 2Tr25
I – JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO 
1. A multiplicação de pães e peixes 
2. O milagre  
3. Qual era o interesse da multidão? 
II – JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS
1. “E JESUS subiu ao monte” 
2. O desafio para os discípulos  
3. Uma lição de provisão 
III– JESUS – O PÃO QUE  DESCEU DO CÉU 
1. Qual é o real interesse da multidão?  
2. O Pão do Céu  
3. O que é “comer o pão”?  
 
TEXTO ÁUREO
“Eu sou o pão da vida.”  (Jo 6.48)
 
VERDADE PRÁTICA
JESUS é o Pão da Vida que sacia a fome espiritual de todo ser humano.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 6.30,31 JESUS e a revelação do Pão do Céu
Terça - Jo 6.41,42  JESUS, o Pão que desceu do céu
Quarta - Jo 6.52-56 JESUS, a Verdade revelada nos símbolos da carne e do sangue
Quinta - Jo 7.6-8 A chegada da presente hora de JESUS
Sexta - Jo 8.31,32 JESUS, a Verdade que liberta
Sábado - Jo 8.41-47 JESUS, a Verdade vinda do Pai
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 6.1-14
1 - Depois disso, partiu JESUS para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades.
2 - E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
3 - E JESUS subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4 - E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5 - Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? 
6 - Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7 - Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhe bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8 - E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 - Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos? 
10 - E disse JESUS: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11 - E JESUS, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.
12 - E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13 - Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. 
14 - Vendo, pois, aqueles homens o milagre que JESUS tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
 
HINOS SUGERIDOS: 15, 291, 432 da Harpa Cristã
 

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SUBSÍDIOS DE OUTRAS REVISTAS ANTIGAS E LIVROS

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O verdadeiro pão celestial é o Salvador, que desceu do céu para a terra, para salvar as almas humanas (Jo 3.16). O maná era apenas um outro tipo de pão: como o maná, descia do Céu; diferentemente do maná, JESUS dá a vida não apenas a uma nação, não só por 40 anos e sim ao mundo inteiro; não por poucos anos de vida humana, e sim pela eternidade (v. 49,50).
 
No tempo de Moisés o maior milagre aconteceu – 40 anos de pão no deserto.
JESUS faz maior milagre, pois dá a vida eterna com o Pão descido do céu.
Qual é maior? 40 anos ou vida eterna?
 
“Eu sou o pão da vida.”  (Jo 6.48)
 
VIDA - ζωη zoe
1) vida - 1a) o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
1b) toda alma viva
2) vida - 2a) da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a DEUS e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a CRISTO, em quem o “logos” assumiu a natureza humana - 2b) vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a DEUS, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em CRISTO, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.
 
MULTIPLICAÇÃO DE PÃES NO ANTIGO TESTAMENTO
2 Reis 4.42 E um homem veio de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de DEUS pães das primícias, vinte pães de cevada, e espigas verdes na sua palha, e disse: Dá ao povo, para que coma.43 Porém seu servo disse: Como hei de pôr isto diante de cem homens? E disse ele: Dá ao povo, para que coma; porque assim diz o Senhor: Comerão, e sobejará.44 Então lhos pôs diante, e comeram e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor. (2 Rs 4.42-44).
 
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Comentários BEP - CPAD
6.35 EU SOU O PÃO DA VIDA. "Eu sou o pão da vida" é a primeira das OITO declarações "Eu sou" proferidas por JESUS, e contidas no Evangelho segundo João. Cada uma delas ressalta um aspecto importante do ministério pessoal de JESUS. As outras são: "Eu sou a luz do mundo" (João 8.12), “antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8:58), "Eu sou a porta" (João 10.9), "Eu sou o bom Pastor" (João 10.11,14), "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11.25), "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida" (14.6), "Eu sou a videira" (João 15.1,5). A declaração "Eu sou o pão da vida" informa-nos que CRISTO é o sustento que nutre a nossa vida espiritual. Sem JESUS reina a morte espiritual.
 
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
João 6:51
 
Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim. João 6:57
 
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
João 6:56
 
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. João 6:54
 
Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. João 6:55
 
6.2 SINAIS. (1) Milagres (neste versículo chamados sinais), são: (a) operações de origem e caráter sobrenaturais (gr. dunamis; At 8.13; 19.11); e (b) podem ser um sinal distintivo ou marca (gr. semeion) da autoridade divina (Lc 23.8; At 4.16,30,33). Os dons do ESPÍRITO SANTO são multiplicações dos sinais (exemplo: Falarão novas línguas – Dom de variedade de línguas; Expulsarão demônio, Dom de Discernimento de espíritos; Imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão, Dons de Curar (2) Os propósitos dos milagres no reino de DEUS são pelo menos três: (a) dar testemunho de JESUS CRISTO, autenticando a veracidade da sua mensagem e comprovando a sua identidade como o CRISTO de DEUS (2.23; 5.1-21; 10.25; 11.42); (b) expressar o amor compassivo de CRISTO (At 10.38; Mc 8.2; Lc 7.12-15); (c) evidenciar a era da salvação (Mt 11.2ss.), a vinda do reino de DEUS e a invasão do domínio de Satanás por DEUS. (3) As Escrituras afirmam que os milagres vão continuar durante toda a época da igreja. (a) JESUS enviou seus discípulos para pregar a Palavra e operar milagres (Mt 10.7,8; Mc 3.14,15; ver Lc 9.2); (b) JESUS declarou que todos aqueles que nEle cressem mediante a pregação do Evangelho realizariam as obras que Ele realizava e obras ainda maiores do que aquelas (14.12; Mc 16.15-20); (c) o livro de Atos fala, repetidas vezes, da operação de milagres na vida dos crentes (At 3.1ss. 5.12. 6.8; 8.6ss. 9.32ss. 15.12; 20.7ss.). Esses são os sinais que seguiriam e que confirmariam a pregação do evangelho (At 4.29,30; 14.3; Rm 15.18,19; 2 Co 12.12; Hb 2.3,4; 1 Co 2.4,5); (d) os dons de curar e o poder para operar milagres fazem parte dos dons que o ESPÍRITO quer conceder à igreja no decurso desta presente era (1 Co 12.8ss.28; Tg 5.14,15). (4) Observemos que, conforme o ensino do NT, falsos mestres e pregadores também realizam sinais e prodígios (porém enganosos, falsos, imitações).
 
6.5 ALIMENTANDO OS CINCO MIL. Ver Mt 14.19.
6.15 JESUS ORA A SÓS. Ver Mt 14.23.
6.20 NÃO TEMAIS. Ver Mt 14.27.
 
6.37 DE MANEIRA NENHUMA O LANÇAREI FORA. JESUS promete receber de coração todos os que se chegam a Ele com arrependimento e fé. Os que assim vêm a JESUS, fazem-no em resposta ao ouvir a pregação do evangelho falando sobre a graça de DEUS que nos foi enviada (Tito 2.11), JESUS CRISTO e sua obra salvífica (Ef 1.13, 2.8).
 
6.39 A VONTADE DO PAI. É importante compreender o relacionamento entre a vontade de DEUS e a responsabilidade humana. (1) Não é da vontade de DEUS que nenhum crente caia da graça (cf. Gl 5.4) e seja depois excluído da presença de DEUS. Não é, tampouco, da sua vontade que alguém pereça (2 Pe 3.9), nem que deixe de vir ao conhecimento da verdade e ser salvo (1 Tm 2.4). (2) Há, no entanto, muita diferença entre a perfeita vontade de DEUS e a sua vontade permissiva. DEUS não anula a responsabilidade do homem arrepender-se e crer, mesmo que isso signifique que sua perfeita vontade não é realizada (ver Lc 19.41, sobre JESUS chorando sobre Jerusalém). (3) O desejo de DEUS, de que todos os que crêem sejam salvos no último dia, não os isenta da responsabilidade de obedecer à sua voz e de segui-lo (João 10.27; 14.21). JESUS orou, na noite em que foi traído, dizendo de seus discípulos: "Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição", i.e., aquele que tomou o rumo da perdição eterna (João 17.12).
Hebreus 6.4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do ESPÍRITO SANTO, 5 E provaram a boa palavra de DEUS, e os poderes do século futuro, 6 E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de DEUS, e o expõem ao vitupério.
 
A qual, professando-a alguns, se desviaram da fé. A graça seja contigo. Amém.
1 Timóteo 6:21
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
1 Timóteo 6:10
Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. 2 Timóteo 2:18
Do que, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas; 1 Timóteo 1:6
Porque já algumas se desviaram, indo após Satanás. 1 Timóteo 5:15
 
6.44 O PAI... TROUXER. O Pai atrai as pessoas a JESUS, mediante o ESPÍRITO SANTO. Sua obra de "atrair" abrange todos, conforme diz JESUS: "todos atrairei a mim" (João 12.32). Essa atração, no entanto, não é irresistível, uma vez que pode ser rejeitada (ver Mt 23.37, "e tu não quiseste").
E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. João 3:19
 
 
6.54 COME A MINHA CARNE E BEBE O MEU SANGUE. Esta expressão de JESUS revela que recebemos vida espiritual crendo em CRISTO e tendo parte nEle e nos benefícios redentores da sua morte na cruz (Rm 3.24,25; 1 Jo 1.7). Destaca, ainda, a verdade que continuamos a ter vida espiritual à medida que permanecemos no CRISTO vivo e na sua Palavra. Compare o versículo 53 com o 63, onde Ele diz: "as palavras que eu vos disse são espírito e vida". Participamos de CRISTO, portanto, à medida que temos fé nEle e aceitamos a sua Palavra em atitude de oração. (1) JESUS é a Palavra ("Verbo") viva (1.1-5). A Bíblia é a Palavra escrita (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). JESUS é o "pão da vida" (v. 35) e em Mt 4.4 Ele disse: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de DEUS". Portanto, comemos a sua carne ao receber e obedecer à Palavra de DEUS (v. 63). (2) Somos salvos pela graça de DEUS e pelo poder regenerador do ESPÍRITO SANTO, primeiramente por ouvir e aceitar a Palavra (João 1.12; At 2.41). Continuamos salvos e participantes da graça divina, recebendo continuamente a Palavra de DEUS; lendo-a, obedecendo-a e absorvendo-a, em nosso espírito (1 Tm 4.13-16; Tg 1.21). Tendo isto em vista, é fatal o abandono da comunhão com CRISTO ou com sua Palavra.
 
6.64 SABIA, JESUS DESDE O PRINCÍPIO. Isto pode significar que JESUS sabia quando Judas começou a desviar-se da sua fé original e quando planejou traí-lo. Judas tinha o mesmo livre-arbítrio que os outros onze discípulos. Ele foi a princípio um crente em JESUS e um amigo familiar da sua confiança (13.18; Sl 41.9), conforme demonstra o fato de CRISTO ter revelado confiança total em Judas (João 2.23,24; Mt 10.1-15). Posteriormente, Judas se desviou (At 1.25) pela sua própria escolha. Ele não foi obrigado a trair JESUS. A traição a JESUS foi profetizada somente quanto à sua ocorrência, mas não quanto ao seu praticante. A pessoa específica que trairia a CRISTO não estava predestinada desde a eternidade. O afastamento e o desvio de Judas para ficar com os inimigos de JESUS e a consequente tragédia que se seguiu, deve servir de advertência a todo seguidor de CRISTO, no sentido de não rejeitar as admoestações do ESPÍRITO a respeito da amizade com o mundo e o afastamento de CRISTO (Hb 10.29; 11.25; Tg 4.4). Comentários BEP – CPAD
 
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Lição 6: O milagre da multiplicação
Lições CPAD Jovens e Adultos » Sumário Geral » Jovens 2018 » 3º Trimestre
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – JOVENS - 3º Trimestre de 2018
Título: Milagres de JESUS — A Fé realizando o Impossível.
Comentarista: César Moisés Carvalho
 
 
TEXTO DO DIA
 “E JESUS tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam” (Jo 6.11).
 
SÍNTESE
 O milagre da multiplicação dos pães e dos peixes evidencia o compromisso do Evangelho em alcançar o ser humano de forma completa.
 
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Êx 16.1-36 O alimento que vinha do “céu”
TERÇA — 1Rs 17.4-6 Os corvos alimentam Elias
QUARTA — 1Rs 17.10-16 A multiplicação da farinha e do azeite
QUINTA — 2Rs 4.1-7 O azeite multiplicado
SEXTA — 2Rs 4.38-41 O veneno foi milagrosamente retirado do alimento
SÁBADO — Mt 15.29-39 A segunda multiplicação dos pães
 
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
CONTEXTUALIZAR o cenário e as circunstâncias da narrativa;
DISTINGUIR o compromisso de JESUS com as pessoas;
EVIDENCIAR a completude do Evangelho.
 
INTERAÇÃO
Invariavelmente tendemos à polarização. Tal postura parece ser inerente à nossa humanidade e, de tal forma, que dela não conseguimos escapar. Se formos bons técnicos e eficientes comunicadores, significa que não podemos igualmente ser fervorosos no ESPÍRITO. A reprodução acrítica desse pensamento reforça estereótipos e retroalimenta práticas que devem ser corrigidas. Em qualquer labor o profissional sabe que a ferramenta que estiver devidamente azeitada com certeza será mais bem aproveitada e melhor desempenho proporcionará. De forma análoga, o educador que mais dedicado se encontrar, tanto técnica quanto espiritualmente falando, será ainda mais instrumentalizado pelo ESPÍRITO SANTO de DEUS. Rompamos com a errônea, e até mesmo diabólica concepção de que quem se prepara tecnicamente não pode ser um instrumento poderoso nas mãos do ESPÍRITO SANTO, pois se trata justamente do contrário.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A fim de melhor traduzir a ideia de comunhão proporcionada pelo milagre objeto desta lição, que tal promover um café colonial na classe? Em muitas Escolas Dominicais a realização de um café da manhã já é tradição, porém, pense em algo mais intimista e específico. Tal momento deve ser organizado com, ao menos, uma semana de antecedência (daí a importância do planejamento, quando todas as lições são estudadas assim que você tem acesso à revista). Para melhor exemplificar os pontos que serão estudados, é imprescindível que todos participem trazendo alguma coisa para o cardápio (frutas, cereais, pães, bolos, frios, sucos, leite, café, chá, etc.).
Havendo possibilidade e espaço adequado, o momento não precisa ser “estanque”, ou seja, antes ou depois da aula, mas pode ser degustado durante a aula, de forma ordeira e organizada, não podendo, sob hipótese alguma, prejudicar a exposição e a interação.
 
TEXTO BÍBLICO - João 6.1-15.
1 — Depois disso, partiu JESUS para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades.
2 — E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
3 — E JESUS subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4 — E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5 — Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
6 — Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7 — Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8 — E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 — Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?
10 — E disse JESUS: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11 — E JESUS tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.
12 — E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13 — Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
14 — Vendo, pois, aqueles homens o milagre que JESUS tinha feito, diziam: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo.
15 — Sabendo, pois, JESUS que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.
 
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
 
INTRODUÇÃO
A continuidade do capítulo cinco do quarto Evangelho revela que os judeus passaram a perseguir JESUS e queriam matá-lo, pois Ele realizava prodígios no sábado. O Mestre ia ainda mais longe, pois justificava sua postura dizendo que o Criador ainda estava em atividade de trabalho e que Ele, justamente por isso, também trabalhava. Tal pronunciamento enchia os judeus ainda mais de ira, pois JESUS “não só quebrantava o sábado, mas também dizia que DEUS era seu próprio Pai, fazendo-se igual a DEUS” (Jo 5.16-18). Dessa maneira JESUS consolida seu ministério como Messias enquanto João, por sua vez, vai evidenciando a messianidade do Senhor. Dos versículos 19 a 47 o Mestre faz um de seus discursos, intercalando sinais e palavra, como é característico do estilo do Evangelho joanino. Na sequência, JESUS realiza o grande milagre da lição que será estudada hoje.
 
I. O CENÁRIO E AS CIRCUNSTÂNCIAS DA NARRATIVA
1. JESUS volta à Galileia. Como já foi mencionado, JESUS desenvolve o seu ministério entre a Judeia e a Galileia. Assim, depois de curar o paralítico no Tanque de Betesda, reencontrá-lo no Templo em Jerusalém, confrontar os religiosos com a questão do sábado e de pronunciar seu discurso (Jo 5.1-47), o Mestre dirige-se novamente à Galileia, especificamente, diz João, “para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades” (Jo 6.1).
2. A multidão e os sinais. João observa que uma grande multidão seguia o Senhor, pois via os sinais que Ele realizava (v.2). A observação é oportuna, pois evidencia que a multidão continua ávida pelo extraordinário, não tendo ainda maturidade para desenvolver uma fé solidificada na Palavra do Evangelho anunciado por JESUS CRISTO, conforme pode ser visto logo mais no próprio capítulo seis do texto joanino (Jo 6.22-26). Na verdade, conforme o Senhor deixa claro, até mesmo os sinais são desprezados diante de outras necessidades priorizadas pelo povo.
3. A época e o “local”. JESUS e os seus discípulos, os doze, sobem a um “monte” não especificado (v.3). João acrescenta um detalhe que também aparece no versículo 13 do capítulo 2, demarcando um período de aproximadamente um ano, pois ele diz que se aproximava mais uma Páscoa (v.4). Têm-se então a passagem do primeiro ano do ministério terreno do Senhor.
 
Pense!
 O que demonstramos quando decidimos procurar DEUS apenas por interesses particulares?
  
Ponto Importante
Mesmo tendo necessidades, é preciso desenvolver uma fé madura e fundamentada no Evangelho e não na resolução dos nossos problemas.
 
II. JESUS E O SEU COMPROMISSO COM AS PESSOAS
1. A solidariedade de JESUS. Ao contemplar a multidão, JESUS demonstra preocupação e comprometimento (v.5). Sua pergunta a Filipe — “Onde compraremos pão, para estes comerem?” — deixa isso muito claro. Na realidade, como João revela, o Mestre experimentava Filipe, ou seja, testava o seu discípulo com o objetivo de ver sua reação, pois o Senhor sabia perfeitamente como deveria proceder (v.6). O discípulo, visivelmente abismado, responde ao Mestre que duzentos dinheiros não seriam suficientes para que cada um pudesse comer um pedaço de pão (v.7).
O “dinheiro” ou denário era uma moeda romana de prata, sendo mais ou menos a média do salário de um dia de trabalho de um operário. Por isso, a sugestão de Filipe mostra-se “lógica”, pois deixa transparecer que eles não têm tal dinheiro e nem condição de alimentar tanta gente. À parte disso, é interessante pensar no fato de que mesmo JESUS, sabendo das reais intenções da multidão (Jo 6.22-26), ainda assim não deixou de ser solidário, cordato e educado, atendendo as pessoas em suas necessidades.
2. A fé do rapaz. O que acontece na sequência demonstra que o problema havia extrapolado o círculo dos discípulos e chegado ao povo, pois um rapaz anônimo avisa André, irmão de Simão Pedro, ao Senhor JESUS, oferecera seu lanche — “cinco pães de cevada e dois peixinhos” — para que pudesse ser repartido pela multidão (vv.8,9). A pergunta retórica de André deixa explícita sua completa descrença em relação ao gesto do rapaz: “mas o que é isso para tantos?”. Tal atitude, porém, revela que o rapaz tinha mais fé que os discípulos, pois ofereceu seu lanche por saber que aquela pequena quantidade de alimento, nas mãos de JESUS, certamente poderia ser transformada em muito.
3. A organização da multidão. Uma vez que havia muita relva no local, isto é, planta rasteira apropriada para descanso, o Mestre então orienta os seus discípulos para que organizem a multidão, mandando que o povo se assente (v.10). Neste momento o texto joanino informa que o número de homens era de quase cinco mil. É importante dizer que tal contagem não considerava mulheres e crianças (Mt 14.21), portanto, a quantidade de pessoas alimentadas, provavelmente, deve ter sido bem superior a cinco mil. Certamente por isso André desprezou o gesto do anônimo que ofereceu seu lanche. DEUS, todavia, não age de acordo com a lógica humana (1Co 1.25).
 
Pense!
A admiração e a incredulidade de André, características da lógica humana, diante do gesto do rapaz anônimo, eram corretas?
  
Ponto Importante
A lógica humana é diametralmente oposta à divina, por isso, quem serve a DEUS não pode orientar-se exclusivamente pelo entendimento humano.
 
III. O MILAGRE EVIDENCIA A COMPLETUDE DO EVANGELHO 
1. O milagre e sua relação com o Reino de DEUS. O Mestre toma os cinco pães e os dois peixinhos do moço anônimo e dá graças; a seguir passa aos discípulos, e estes ao povo que anteriormente fora organizado. O texto diz que o alimento era dado “quanto eles queriam” (v.11), ou seja, não era regulado, mas distribuído em abundância e com fartura. Tal ação, demonstra a grandeza do milagre, pois os pães eram poucos e os peixes estão no diminutivo, “peixinhos”, mas estes nas mãos de JESUS foram suficientes. O milagre também aponta para a completude do Evangelho, pois era anunciado pelo Senhor a todos, mas primordialmente aos pobres, pois estes não tinham esperança e muito menos condições de subsistência. No entanto, o Senhor era sensível às necessidades dos menos favorecidos, sinalizando o compromisso do Reino de DEUS (Mt 11.5; 25.35; Tg 2.14-17).
2. A saciedade e o cuidado com o desperdício. Depois de saciada a multidão, o Senhor orientou os discípulos a que recolhessem o que sobrou para que nada se perdesse (v.12). A sobra foi tão grande que os discípulos “encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido” (v.13). Tal ação demonstra o cuidado do Mestre com o desperdício, pois se antes não havia o que comer, agora já tinha até mesmo de sobra. Isso, porém, não justificava o desperdício.
3. A discrição e a consciência de JESUS a respeito de sua missão. Com a realização do milagre, e devido sua especificidade, a multidão concluiu que JESUS era “verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo” (v.14). Contudo, o Mestre sabia que tal pensamento não se dava por uma motivação correta, mas sim por um interesse político. E era justamente por saber disso, isto é, que “haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei”, que Ele “tornou a retirar-se, [...] só, para o monte” (v.15). JESUS tinha uma missão e sua consciência acerca desse fato levou-o a não se empolgar com o pensamento da sociedade a seu respeito, daí o porquê de Ele retirar-se (Jo 6.38).
 
Pense!
O milagre que produziu a sobra justifica o desperdício?
 
Ponto Importante
A consciência da missão faz com que não nos desviemos do alvo estabelecido por DEUS.
  
CONCLUSÃO
O milagre da multiplicação dos pães e dos peixes evidencia a completude do Evangelho e sua relação com o Reino de DEUS que, apesar de não ser “comida nem bebida; mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO” (Rm 14.17), deve contemplar o ser humano em sua totalidade. O Mestre demonstrou isso com sua preocupação em deixar a multidão com fome. Ele não se preocupava apenas com as almas das pessoas, mas as via de forma global e completa. Da mesma forma, Tiago instrui que não podemos, tendo condições, ver o nosso irmão padecendo necessidades, dizer para ele ir em “paz”, pois “a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.15-17).
 
ESTANTE DO PROFESSOR
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
 
HORA DA REVISÃO
1. O que evidencia a observação feita por João, de que uma multidão seguia o Senhor pois via os sinais que Ele fazia?
Evidencia que a multidão continua ávida pelo extraordinário, não tendo ainda maturidade para desenvolver uma fé solidificada na Palavra do Evangelho.
2. A indagação de JESUS — “Onde compraremos pão, para estes comerem?” — demonstra o quê?
Demonstra preocupação e comprometimento (v.5).
3. O que a atitude do rapaz em oferecer os cinco pães e os dois peixinhos evidenciou?
Tal atitude revela que o rapaz tinha mais fé que os discípulos, pois ofereceu seu lanche por saber que aquela pequena quantidade de alimento, nas mãos de JESUS, certamente poderia ser transformada em muito.
4. O que demonstra o fato de o milagre ter sido realizado a partir de cinco pães e dois peixinhos e ainda ter sobrado?
Demonstra a grandeza do milagre, pois os pães eram poucos e os peixes estão no diminutivo, “peixinhos”, mas estes nas mãos de JESUS foram suficientes. O milagre também aponta para a completude do Evangelho, pois era anunciado pelo Senhor a todos, mas primordialmente aos pobres, pois estes não tinham esperança e muito menos condições de subsistência, no entanto, o Senhor era sensível às necessidades dos menos favorecidos, sinalizando o compromisso do Reino de DEUS.
5. Por que JESUS retirou-se para um monte quando quiseram fazer dEle rei?
JESUS tinha uma missão e sua consciência acerca desse fato levou-o a não se empolgar com o pensamento da sociedade a seu respeito, daí o porquê de Ele retirar-se (Jo 6.38).
 
SUBSÍDIO I
“JESUS... vendo que uma grande multidão vinha ter com Ele (v.5)
Os discípulos também viram a multidão, mas não com a mesma visão do Mestre. Alguns enumeram as multidões como se enumera gado, tantas cabeças. Outros, em termos de trabalho, contam as mãos. Ainda outros, o tamanho da multidão indica o grau de popularidade. Mas JESUS vê a necessidade, o anelo da alma, os sofrimentos da multidão. Aquele que percebeu a fome de Nicodemos, que sentiu a sede da mulher samaritana, que compartilhou da miséria do paralítico em Betesda, que compreendeu o anelo de Zaqueu ? Ele teve a verdadeira visão da multidão com Ele no deserto. Spurgeon teve a mesma visão quando chorou perante os trinta mil que se congregaram para ouvi-lo pregar no Great Crystal Palace. A ternura infinita de JESUS O constrangeu a alimentar a multidão. No Seu ministério compadecia-se tanto do estado físico do povo como do espiritual. Esforçava-se para ministrar tanto ao corpo como à alma dos homens.
A multidão achava o pão espiritual tão bom que se esquecera de comer.
Compare cap. 4.31-34.
Ele bem sabia o que havia de fazer (v.6): Nos problemas e dificuldades não sabemos avançar; mas Ele bem sabe, nunca está perplexo para nos dirigir” (BOYER, Orlando. Espada Cortante. Lucas, João e Atos. Volume 2. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007, p.265).
 
SUBSÍDIO II
“Repartiu-os pelos discípulos (v.11).
Lembremo-nos de que foi somente quando o menino entregou seus pães a JESUS que eles foram multiplicados para alimentar toda a multidão. É somente quando entregamos a JESUS o pouco que temos que Ele pode multiplicá-lo. Foi só quando a pobre viúva de Zarefate cedeu ao pedido estranho de Elias, Faze disso primeiro para mim um bolo, que o punhado de farinha e o pouco de azeite se tornaram provisão inesgotável para ela, 1Rs 17.13.
Foi nas mãos de CRISTO que os pães se multiplicavam. Os discípulos não podiam multiplicar a comida, mas tinham de voltar constantemente a Ele para receber mais para distribuir. Tudo é uma figura do que nos acontece: não podemos, nem com os maiores esforços e com estudos esmerados, alimentarmos as multidões sem recorrermos, constantemente, a JESUS.
Quando estavam saciados (v.12): Não comeram só um pouco, mas fartaram-se. Uma professora da Escola Dominical, bastante incrédula, disse aos meninos: É claro que JESUS não alimentou toda a multidão apenas com cinco pães e dois peixes. Isto seria impossível. JESUS ensinava de tal forma que a multidão perdia todo o sentido da fome física e voltava à casa satisfeita” (BOYER, Orlando. Espada Cortante. Lucas, João e Atos. Volume 2. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007, p.266).
 
 
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JESUS, o Pão da Vida - Myer Pearlman - CPAD - Comentário Bíblico João
Texto: João 6
Introdução
A leitura completa do sexto capítulo de João nos ajudará a colocar o sermão de
JESUS (v. 26-37), que receberá nossa atenção especial neste estudo, no seu exato
contexto. O capítulo registra muitas coisas grandiosas:
 
1. Um grande milagre. Depois de os apóstolos voltarem da sua breve viagem
evangelística, JESUS os levou para o ermo, a fim de passarem juntos uns breves
períodos de descanso e comunhão espiritual. Não havia, no entanto, nenhum
descanso para os cansados; seus movimentos foram observados, e o povo
acorreu ao lugar onde desembarcaram, correndo pela praia ao redor do mar da
Galileia, como se temesse que eles escapassem. Havia ao todo cinco mil
homens. Cerca de 15 mil pessoas, contando-se também as mulheres e as
crianças. E aquEle que revelou seu poder criador, transformando a água em
vinho, exerceu este mesmo poder, alimentando aquela multidão com uns poucos
pães e peixes.
 
2. O grande entusiasmo. Até esta altura, a popularidade do Senhor tinha crescido com velocidade sempre maior. Depois de o povo ver este milagre, seu
entusiasmo ficou até febril. Chegaram à conclusão de que Ele, ao repetir o
milagre da alimentação sobrenatural de Israel no deserto, revelou-se como o
Messias. Saudaram-no como Rei, e se prontificaram a escoltá-lo a Jerusalém
para sua coroação, esperando que Ele expulsasse os romanos da Palestina e
exaltasse Israel acima das nações.
 
3. A grande tempestade. JESUS imediatamente reconheceu o incidente como
sendo mais uma artimanha da parte de Satanás, para tentá-lo a tomar o trono sem
aceitar a cruz. Rapidamente mandou embora a multidão, ordenou aos discípulos
que se afastassem num barco e depois subiu a uma montanha para orar. Nesse
ínterim, levantou-se uma tempestade que impedia os discípulos de remar e
ameaçava virar o barco. A tempestade prenunciava a experiência que estava para
lhes sobrevir. Dentro em breve, rajadas de impopularidade soprariam contra o
Mestre e seu grupo, ameaçando só sobrar-lhes a fé. Logo teriam de resistir aos
ventos e às ondas, para não serem levados em debandada à ruína, pelo furacão da
apostasia. No entanto, o Mestre não se esquecera dos discípulos; seu olhar
vigiava o barco, e, no momento da necessidade, interveio em prol deles. JESUS
nunca se descuida dos seus fiéis, quando estão passando pelas águas de
tribulação.
 
4. Um grande sermão. CRISTO estava no auge da popularidade, era o “homem do
momento”. Certamente, segundo o pensamento popular, quem tinha poderes para
alimentar milagrosamente cinco mil pessoas seria ideal para restaurar a
prosperidade da nação e oferecer ao povo tudo quanto necessitava. Satanás
conhecia muito bem os sentimentos do povo quando sugeriu que JESUS lançasse
mão de seus poderes para transformar pedras em pão. Naquela ocasião, como
também no incidente aqui registrado, JESUS declarou que o homem não obterá
mediante a comida natural a sua verdadeira vida, que é espiritual (Mt 4.3,4; Jo
6.27).
O Senhor não queria que alguém o seguisse sem ter o conceito correto quanto à
sua pessoa; todos deviam saber com certeza que tipo de Messias era Ele. Em vista disto, pregou um sermão muito claro para estabelecer qual era a sua
posição. Não veio como Messias político para dar nova vida à política da nação,
e sim como Messias espiritual, para oferecer vida espiritual ao seu povo. Quando
JESUS alimentou o povo com pão físico, demonstrava, simbolicamente, seu
desejo de alimentá-lo com o Pão espiritual que produz a vida eterna.
 
5. A grande triagem. A mensagem que CRISTO pregou foi um golpe mortal contra
a sua popularidade; deliberadamente, destruiu o apoio de uma grande parte da
população: “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não
andavam com ele” (6.66). Seus ensinamentos estavam além do alcance deles, e
suas ações não se harmonizavam com a ideia que tinham de como deveria se
comportar o Messias. Muitas pessoas pensavam: “Se é assim o Messias, não
queremos saber dele”. Isto não se constituiu em surpresa para o Senhor: afinal de
contas, planejara semelhante crise deliberadamente, porque, apesar dos seus
anseios pela salvação de todos os homens, desejando que todos chegassem a Ele
para receber a vida, não aceitaria pessoa alguma que não se consagrasse ao
Senhor. Procurava aqueles que lhe eram dados por DEUS (6.37), ensinados por
DEUS (6.45) e trazidos por DEUS (6.44), sabendo que somente os tais
permaneceriam na sua Palavra.
 
6. Uma grande prova de fé. O Mestre estava sendo abandonado por muitos
seguidores decepcionados. Será que os apóstolos também seriam levados pela
onda de apostasia? JESUS coloca diante deles a questão: “Quereis vós também
retirar-vos?” Três âncoras seguravam os discípulos, firmes, durante esta
tempestade de apostasia: primeiro, sua sinceridade real - verdadeiramente
queriam o melhor que DEUS tinha para eles; segundo, a consideração das
alternativas - “Para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna”;
terceiro, sua convicção de que JESUS era tudo o que dizia ser - “E nós temos crido
e conhecido que tu és o CRISTO, o Filho de DEUS”.
 
I – JESUS Corrige um Conceito Falso (Jo 6.26-29)
 
Veja os versículos 22-25. A multidão alimentada permaneceu no local durante
toda a noite. Logo de manhã, percebeu, surpresa, que JESUS tinha ido embora.
Logo chegou uma flotilha de barcos (talvez para vender mantimentos) e,
embarcando neles, foram procurar JESUS. Achando- o finalmente, perguntaram:
“Rabi, quando chegaste aqui?”, querendo saber como viajara tal distância em tão
pequeno espaço de tempo. Tinham visto JESUS subir sozinho o monte, enquanto
os discípulos partiram sem Ele. Não compreenderam como Ele poderia ter
atravessado o mar, pois nenhum barco ficara disponível depois da partida dos
discípulos. Imaginavam que, por certo, o operador do milagre dos pães fizera a
travessia de modo milagroso, sem, porém, terem tomado conhecimento do fato
de Ele ter andado por sobre o mar.
 
1. Condenação. “JESUS respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo
que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos
saciastes”. Estes homens, em vez de perceberem no milagre um sinal da
divindade de CRISTO, encararam-no simplesmente como uma maneira de
receberem alimentos para seu corpo físico. Souberam ver os pães no sinal, e não
o sinal nos pães. Seguiam a JESUS visando propósitos mundanos e motivos
egoístas. JESUS conhecia o coração humano, não se deixando iludir com o
entusiasmo popular. Percebia as suas aspirações sem espiritualidade,
comparáveis às atitudes daqueles que desejam o milagre da cura divina sem
almejarem a salvação da alma.
 
Os versículos 26 e 27 servem como comentário do texto: “Não só de pão viverá
o homem”. Precisa de pão, mas precisa também de outras coisas; é-lhe
necessário ter víveres, como também ter visão. Se o homem fosse apenas corpo,
bastar-lhe-ia o pão; sendo também alma, ele precisa de DEUS.
 
2. Exortação. “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que
permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o
Pai, DEUS, o selou”. Os ouvintes tinham corrido uma distância tão grande por
causa da comida que perece e que, portanto, não pode produzir a imortalidade;
deveriam ter mostrado igual interesse em procurar a comida que nutre a alma para a vida eterna. JESUS não quer dizer que não se deve trabalhar para ganhar a
vida, inclusive a comida diária, mas não quer que as coisas naturais sejam o alvo
principal do homem. Assim como existe uma fonte de água que jorra para a vida
eterna (Jo 4.14), assim também existe uma comida que, ao ser assimilada,
transmite à alma a vida divinal. Sabemos que CRISTO nos oferece tal comida,
porquanto “o Pai, DEUS, o selou”. Este selo é o sinal da aprovação daquilo que é
genuíno, e da exclusão daquilo que é errado. Através do milagre da
multiplicação dos pães, DEUS dá seu carimbo de aprovação que comprova ser
JESUS o Doador do Pão da Vida. A descida do ESPÍRITO SANTO, a voz do céu e a
operação de poderosos milagres eram evidências que provavam que o Pai
dedicara CRISTO para ser Salvador do mundo.
 
3. Interrogação. “Disseram-lhe, pois: Que faremos, para executarmos as obras de
DEUS?” (Ou seja, obras aprovadas por DEUS, e que nos aproximam de DEUS.) A
pergunta surgia com naturalidade entre os judeus, cujo conceito da salvação era
que a escrupulosa observância de um currículo inteiro de deveres, cerimônias e
outras obras lhes daria o direito a ela. Mesmo assim, a pergunta demonstrava
algum interesse na questão, e queriam esforçar-se neste sentido. Semelhante
pergunta vem irrompendo do fundo do coração de todos aqueles que, tendo
começado com uma atitude de total indiferença, já fizeram algum progresso na
direção de procurarem uma vida santa que agrade a DEUS.
 
4. Explicação. “JESUS respondeu, e disse-lhes: A obra de DEUS é esta: Que creiais naquele que ele enviou”. A fé é a obra de DEUS porque é DEUS quem a exige e
aprova. Sem fé, é impossível agradar-lhe. Note que JESUS disse que crer é “a
obra” - e não uma das obras - de DEUS. A fé é aquela única obra de onde
procedem todas as demais obras genuínas. E a própria fé não é mérito nosso; é
dom de DEUS. A fé é a mais sublime qualidade de obra, porque por ela o homem
se entrega a DEUS, e não há nada mais nobre para um ser livre fazer do que dar-se
a si mesmo. Tiago ressalta que “a fé, se não tiver as obras, é morta em si
mesma” (Tg 2.20). Paulo ressalta que as obras, sem a fé, estão mortas (Rm 3.20;
cf. Hb 3.20). São verdadeiras ambas as proposições. A fé viva produzirá obras
vivas; e obras vivas, aceitáveis diante de DEUS, devem proceder de uma fé que
realmente vive. Disse Martinho Lutero: “Ficar confiando na Palavra de DEUS, de
tal forma que o coração não fique aterrorizado diante do pecado e da morte, mas,
pelo contrário, confie e creia em DEUS, é algo mais severo e difícil do que todas
as exigências das ordens monásticas.”
 
Note que o supremo objeto da fé é JESUS CRISTO, o Filho de DEUS. O judeu
ortodoxo afirma que, enquanto agrada a DEUS, não tem necessidade de CRISTO.
Como, no entanto, poderá agradar a DEUS se rejeita o seu Mensageiro? (cf. Dt
18.18,19).
 
II – JESUS Desperta o Verdadeiro Desejo (Jo 6.30-34)
 
1. Um desafio. “Disseram-lhe pois: Que sinal pois fazes tu, para que o vejamos,
e creiamos em ti? Que operas tu? Nossos pais comeram o maná no deserto,
como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu” (cf. Ex 16.4; Sl 78.24).
Queriam provas da parte de JESUS quanto à veracidade das suas palavras e à
certeza de que valeria a pena eles se entregarem totalmente a ele. Os judeus,
através de toda a sua história, sempre tiveram a tendência de procurar um sinal
sobrenatural, desejando alguma irresistível prova que despertaria neles a fé
invencível, assim como o grego sempre procurava o raciocínio irrefutável (1 Co
1.22).
 
Embora tivessem visto a multiplicação dos pães, queriam um sinal ainda mais
espetacular, menosprezando o milagre operado por JESUS e dando a entender que,
se JESUS quisesse que eles o seguissem como sendo maior do que Moisés, teria
de fazer algo comparável ao milagre de alimentar uma nação inteira durante 40
anos, considerado o maior milagre da história dos judeus, o qual o Messias
deveria repetir.
 
2. Uma correção. “Disse-lhes pois JESUS: Na verdade, na verdade vos digo:
Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
Porque o pão de DEUS é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” JESUS faz
as seguintes ressalvas: 1) Não foi Moisés quem lhes deu pão do Céu - dom de
DEUS, e não de Moisés. 2) O maná não era pão celestial, pois que sustentava
apenas o corpo, e não a alma. O verdadeiro pão celestial é o Salvador, que
desceu do céu para a terra, para salvar as almas humanas (Jo 3.16). O maná era
apenas um outro tipo de pão: como o maná, desce do Céu; diferentemente do maná, dá a vida -   a uma nação, e sim ao mundo inteiro; não por poucos anos
de vida humana, e sim pela eternidade (v. 49,50).
 
3. Uma oração. Esta declaração, como a que a mulher samaritana ouviu (Jo
4.15), despertou o desejo nos corações dos ouvintes, que exclamaram: “Senhor,
dá-nos sempre desse pão”. Queriam este pão, de quantidade ilimitada, que é
fonte de vida, alimento da vida eterna, que satisfaz toda a fome, abolindo toda a
pobreza e vencendo o temor da morte.
 
III – JESUS Oferece a Verdadeira Vida (Jo 6.35)
“E JESUS lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome;
e quem crê em mim nunca terá sede.”
 
JESUS descreve sua obra de salvação mediante a expressão figurada de Pão
celestial entrando no mundo para alimentar almas humanas, dando-lhes a vida
eterna.
 
1. A descida do Pão celestial. “E JESUS lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele
que vem a mim não terá fome ”. JESUS ensina aqui a doutrina da encarnação: que
o eterno Filho de DEUS assumiu a natureza humana a fim de viver entre os
homens. O Filho de DEUS se tornou Filho do homem, a fim de que os filhos dos
homens pudessem ser feitos filhos de DEUS (cf. Jo 1.12-14).
 
2. O Pão celestial é partido. O pão tem de ser partido quando alguém o come. O
Filho de DEUS Encarnado tem de oferecer sua vida em sacrifício antes de os
homens verdadeiramente se alimentarem dele. O Verbo de DEUS, que se fez
carne e foi crucificado na carne, é a vida do mundo. Na Ceia do Senhor,
comemoramos aquele ato mediante o qual foi quebrado o corpo de CRISTO para,
assim, dar vida ao mundo.
 
3. A eficácia do Pão. CRISTO é o Pão da vida porque veio do céu trazer ao mundo
uma nova fonte de vida; o pão, ao sustentar a vida, cumpre sua finalidade, e o
que há de especial neste Pão é que sustenta a vida eterna. Os que comem do Pão
da vida perdem o pavor da morte.
 
4. A apropriação do Pão. O pão só pode sustentar a nossa vida física quando o
comemos; CRISTO nos dá a vida eterna quando cremos nele. “Aquele que vem a
mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede”. “Comer a carne do
Filho do homem e beber o seu sangue” (v. 53) é crer na eficácia da sua morte
expiatória.
 
5. A ascensão do Pão da Vida. Veja o versículo 62. O Pão que desceu do céu
deve subir de volta para lá, para ser, em escala muito maior, o Pão da vida
eterna; JESUS derrama sobre todas as almas famintas no ermo espiritual, que é o
nosso mundo, o maná celestial para alimentar a todos.
 
IV – JESUS Censura a Descrença (Jo 6.36,37)
 
1. A acusação. “Mas já vos disse que também vós me vistes, e, contudo, não
credes” (cf. v. 26). A multiplicação dos pães era milagre suficiente para
satisfazer a exigência de um sinal da parte dEle; mesmo assim, recusaram-se a
crer. A situação é que viram sem perceber. O pecado e o preconceito cegaram os
olhos deles, distorcendo seu discernimento.
 
2. A certeza. “Todo o que o Pai me dá virá a mim”. Todos os que se chegam a
CRISTO, aceitando-o como Mestre, fazem-no porque ouviram o evangelho e creram, assim o ESPÍRITO SANTO os atrai para CRISTO. Se estes homens não estavam chegando a Ele é porque havia algum empecilho nas suas vidas que os impedia se entregarem a DEUS (Jo 5.38; 6.44,45; 8.42,47).
 
3. A promessa. “E o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. O Pai
e o Filho trabalham em conjunto na salvação das almas: o Pai as atrai, e o Filho
as recebe. Note que estas palavras também dão a entender que CRISTO tem poder
para excluir da sua comunhão e do seu Reino (Mt 8.12; 22.13). No entanto, não
rejeitará pessoa alguma cujo coração tenha ouvido a palavra e DEUS e crido, sendo comovido ao arrependimento pela atração do ESPÍRITO de DEUS que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo.
 
V – Ensinamentos Práticos
 
1. O dom e o Doador. Os judeus estavam procurando as dádivas, ou seja, os
pães, mas as palavras dirigidas a eles por JESUS revelam que não procuravam o
Doador. Nós também cometemos semelhante erro? Procuramos a bênção, ou
aquele que abençoa? Procuramos o dom, ou o Doador do ESPÍRITO? Procuramos a
cura, ou aquEle que cura? Procuramos uma coisa, ou a pessoa? Oxalá que
possamos procurar CRISTO por amor a Ele mesmo.
 
2. A suprema busca da vida. “Trabalhai, não pela comida que perece...”. Há
milhares de anos, Isaías, profetizando acerca da tentação que o luxo e a
magnificência de Babilônia viriam a ser para os exilados, fez a seguinte
advertência: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? e o produto do
vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is 55.1,2). Aqui se levanta a
eterna questão: em prol de que deve viver o homem? Qual deve ser o alvo dos
seus mais sublimes esforços? Uma vez que o homem é destinado para a
eternidade, logo, a atividade mais sublime da sua vida tem de ser a busca daquilo
que é celestial e eterno. Nada menos do que isto satisfará completamente a sua
alma. Infelizmente, existem muitos cometendo o mesmo erro do rico fazendeiro
que considerou seu corpo como se fosse a alma, dizendo: “Alma, tens em
depósito muitos bens para muitos anos”. O epitáfio que DEUS lhe preparou dizia:
“Louco”!
Como cristãos, devemos renovar a nossa consagração e frequentemente
perguntar a nós mesmos se estamos vivendo à altura daquilo que JESUS ordenou
em Mateus 6.33.
 
3. Satisfeitos, porém famintos. No deserto central da Austrália há uma planta
estranha chamada nardoo, que tem folhas parecidas com as do trevo. Dois
ingleses, Burke e Willis, fazendo pesquisas na região, seguiram o exemplo dos
nativos quando lhes faltou comida, comendo as raízes e as folhas daquela planta.
Parecia saciar-lhes a fome, enchendo-os com a sensação de bem-estar e
satisfação. Não sentiam mais fome, mas, mesmo assim, começaram a surgir os
efeitos da inanição. Seus corpos foram ficando debilitados e suas forças foram
diminuindo até que pouco mais energia tinha do que um recém-nascido.
Finalmente, um morreu, e o outro foi resgatado no último instante, o que ilustra
os resultados fatais da tentativa de alimentar a alma com coisas mundanas!
Com que se alimenta o homem não convertido? Em Oséias, apascenta o vento
(Os 12.1); em Provérbios, se apascenta de estultícia (Pv 15.14); em Lucas 15,
quer se fartar das alfarrobas; e, em Isaías 44.20, se apascenta de cinza. A tais
pessoas CRISTO se oferece como o Pão da Vida.
 
4. Nossa religião nos satisfaz? A festa espiritual que recebemos na igreja deve
nos satisfazer a alma, transformando-nos de tal maneira que outras pessoas
também queiram participar das bênçãos. “Provai e vede que o Senhor é bom” (Sl
34.8). Chegue-se a Ele com seu coração faminto. Ele o alimentará, e você sairá satisfeito.
 
5. A obra de DEUS. Quando os judeus perguntaram o que deveriam fazer para
agradar a DEUS, JESUS disse que deveriam crer. Eles perguntaram sobre as obras;
JESUS indicou a única obra - confiar. Isto simplifica a religião. Se a salvação
depender das obras, quem poderá saber que já fez o suficiente? Por outro lado, a
pessoa sabe muito bem quando está confiando em CRISTO. Esta fé, sendo genuína,
produzirá por si mesma as necessárias obras.
O homem é mais importante do que a obra; a motivação é mais importante do
que a ação; o caráter é mais profundo do que a conduta. Temos de estar certos
antes de fazer o certo; e, para ficarmos certos com DEUS, temos de entregar a Ele
o nosso coração: “Visto que com o coração se crê para a justiça” (Rm 10.10).
O Cristianismo é, fundamentalmente, o relacionamento pessoal com DEUS,
possibilitado por CRISTO e transformado em realidade mediante a fé.
 
6. O significado da predestinação. As palavras: “Todo o que o Pai me dá virá a
mim” significam que DEUS destinou para a salvação não este ou aquele
indivíduo, e sim todo aquele que crê no seu Filho. Isto poderia incluir todas as
pessoas, no mundo inteiro, pois DEUS quer que seja assim: todos os que crêem,
são salvos. Portanto, DEUS elege não os indivíduos, e sim os meios, de maneira
que todos os que lançam mão dos meios oferecidos por DEUS são salvos. DEUS
predestinou todo aquele que quiser aceitar, e a própria aceitação é dom de DEUS
(Ef 2.8).
 
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TABERNACULOS 
"Os judeus tinham três festas principais: a Páscoa, o Pentecostes e a dos Tabernáculos. Todo o enredo do capítulo 7 está ligado à última, a festa em que o povo, durante uma semana, desabalava de todos os cantos para Jerusalém, habitando em tendas improvisadas, para agradecer a DEUS pelas colheitas e pelo livramento e, ao mesmo tempo, renovar sua esperança messiânica. A festa dos tabernáculos relembra-nos a intervenção sobrenatural de DEUS na libertação do seu povo da escravidão no Egito. Os judeus, nos dias de JESUS, celebravam essa festa no final das colheitas para agradecer a DEUS sua provisão. Habitavam em cabanas para relembrar como DEUS os havia protegido na peregrinação pelo deserto. Separavam-se do conforto para habitar em tendas improvisadas com vistas a se identificarem com os peregrinos do passado. F. F. Bruce diz que os hebreus davam a essa festividade o nome de festa das tendas (sukkôth) porque durante toda a semana de duração as pessoas viviam em barracas feitas de galhos e folhas (Lv 23.40-43), construídas pelos moradores das cidades no quintal ou sobre o telhado plano das casas. Muitos judeus iam a Jerusalém para a festa. No entanto, essa festa também apontava para o futuro, para aquele glorioso dia em que DEUS armará sua morada definitiva com os remidos, quando, então, veremos nosso Senhor face a face (Ap 21.1-4). Outra tradição ligada a essa festa era a cerimônia da libação da água. Isaías 12.3 era uma profecia messiânica, mostrando que, quando o Messias viesse, o povo tiraria com alegria água das fontes da salvação. Havia, portanto, em cada dia dessa festa, a expectativa de que DEUS lhes daria a água viva. Foi no auge dessa festa que JESUS clamou: [...] Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Como diz a Escritura, rios de água viva correrão do interior de quem crê em mim (Jo 7.37,38). Mais uma vez, JESUS é o cumprimento dessa festa! Finalmente, a essa festa é associada outra tradição, chamada de "a cerimônia da iluminação do templo" e representada pelo candelabro. JESUS também cumpriu esse aspecto, ao afirmar: Eu sou a luz do mundo (8.12). E ele não apenas afirmou essa verdade, mas a demonstrou, curando um homem cego de nascença (9.1-7), milagre que os judeus acreditavam que só DEUS poderia realizar." 
 
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Alimentando a multidão (6.1-15)
v. 1. Algum tempo depois: Alguns acham que esse capítulo deveria preceder o cap. 5 na sequência cronológica, com base no aspecto de que 7.1 segue de forma mais natural o cap. 5 (v. em particular 5.18). Mas a ideia não está suficientemente fundamentada para torná-la satisfatória (v. comentário de 7.15). mar de Tiberíades: Assim denominado segundo a cidade, fundada por Herodes Antipas em 26 d.C. em honra a Tibério César. João pode ter usado o nome atualizado para o benefício dos não-judeus (cf. 21.1). v. 4. a festa judaica da Páscoa: Essa Páscoa, provavelmente, ocorreu um ano depois da mencionada no cap. 2, pois na ocasião anterior João Batista ainda não havia sido preso; e, de acordo com Marcos, ele não só havia sido preso, mas também executado na época da multiplicação dos pães aos 5 mil. A Páscoa estava suficientemente próxima, talvez, para permitir que João inserisse uma nota cronológica, que abre o caminho para o discurso posterior (v. 22-59) à luz da festa da Páscoa (cf. 1Co 5.7; Mt 15.29-39). v. 5. vendo uma grande multidão que se aproximava: Tendo caminhado em volta da margem nordeste do lago, JESUS se compadece das pessoas (cf. Mc 6.33,34). Filipe-. Nos Sinópticos, são os discípulos que expressam preocupação pela multidão. Aqui, de forma complementar, JESUS testa um deles.
 v. 9. mas o que é isto para tanta gente?: O problema de André é registrado para mostrar como são escassos os recursos do homem em comparação às suas necessidades, v. 11. JESUS [...] deu graças (gr. eucharistêsas): O fato de João descrever esse incidente de forma extensa, enquanto não registra a última ceia em detalhes, certamente é significativo. Ação de graças é, no entanto, somente o que poderíamos ter esperado de JESUS, e a palavra de João para isso pode conter um significado técnico que iria associar esse evento imediatamente à ceia do Senhor. A lição principal aqui, aparentemente, é que JESUS estava agindo em dependência do Pai, de forma que as associações eucarísticas não deveriam ser exageradas, v. 12. Ajuntem os pedaços que sobraram-. Qualquer projeção de pensamento por parte do evangelista aqui para a completude do corpo de CRISTO simbolizado na mesa da ceia é muito improvável. Antes, é evidência clara do fato de que JESUS se importava com o desperdício e tinha a intenção de trazer os discípulos de volta à realidade da necessidade humana distante do mundo dos milagres, v. 14. Sem dúvida este ê o Profeta: O assassinato recente de João Batista tinha intensificado o desejo de se encontrar um Messias popular. A aclamação deles saudou JESUS como o profeta como Moisés (Dt 18.15ss) que antigamente havia alimentado o seu povo de forma semelhante (cf. 1Co 10.1
5). v. 15. Sabendo JESUS que pretendiam proclamá-lo rei\ A multidão “como ovelhas sem pastor” (Mc 6.34) era um exército procurando um comandante para conduzi-la contra os romanos, retirou-se-, Marcos nos diz que foi para orar (cf. Mc 6.46). Esse era um momento crítico. O reinado terreno estava longe dos anseios de JESUS (cf. 18.33,34) como a tentação já havia mostrado (cf. Mc 4.1-11).
4) Uma tempestade no mar (6.16-21)
Os discípulos retornam agora para o lado ocidental do mar da Galileia. v. 19. Depois de terem remado cerca de cinco ou seis quilômetros. Sua chegada à margem não precisa ser tão   quanto as palavras podem sugerir, pois a distância em que estavam (v. 19) sugere que, quando viram o Senhor, tinham feito aproximadamente metade da travessia. E o texto é de difícil compreensão, a não ser que eles de fato tenham recebido JESUS dentro do barco com eles.
 
O pão vivo (6.22-59) v. 25. Mestre, quando chegaste aqui?-. A pergunta da multidão abre caminho para todo o discurso. A pergunta deles estava ligada ao tempo e à forma, pois a sua curiosidade pelo miraculoso não diminuía tão facilmente. Assim, JESUS diz: vocês estão me procurando [...] porque comeram os pães e ficaram satisfeitos (v.26). Mas que tipo de interesse eles tinham? Eles somente vinham a ele em virtude da satisfação do momento, e não pela comida que permanece e que, aqui e agora, nutre a vida eterna daqueles que a ingerem, v. 27. nele colocou o seu selo de aprovação-, O sinal dos pães e peixes é a autenticação divina das palavras de JESUS. v. 29. “A obra de DEUS é esta: crer naquele que ele enviou. A compreensão que eles têm da ideia principal das palavras de JESUS ainda é limitada. Mas JESUS diz que a fé nele vai dar frutos naturalmente, não como um esforço ou obrigação. O tempo verbal denota continuidade, e não um ato único. v. 30. Que sinal miraculoso mostrarás-, A incredulidade deles é algo quase incrível. A multiplicação miraculosa dos pães, evidentemente, não produziu o efeito interior. JESUS rejeita a alusão que eles fazem a Moisés porque sua compreensão daquele milagre (cf. Ex 16.15Ne 9.5) era deficiente, v. 32. é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão-, O maná de Moisés não era o “verdadeiro pão”, e, de qualquer forma, não foi dado por Moisés, mas por DEUS. 
O verdadeiro pão dá vida ao mundo (v. 33). O povo começa a entender a distinção que JESUS está fazendo entre o maná e o sustento espiritual de que o maná é um tipo, de modo que responde com mais respeito mas ainda com entendimento incompleto. Senhor, dá-nos sempre desse pão! (v. 34), como a mulher samaritana havia falado: “dê-me dessa água” (4.15). Por isso, JESUS torna a natureza do verdadeiro pão mais clara ainda. v. 35. Eu sou o pão da vida\ Até aqui no discurso, esse pão é dado pelo Filho do homem (v. 27) como o agente do Pai (v. 32); agora ele o identifica consigo mesmo, assim suscitando crítica ainda mais acentuada. Aquele que vem a mim nunca terá fome\ O compromisso total para com ele vai resultar em salvação total. Assim como não há nada de parcial no fato de DEUS dar a vida, não pode haver também parcialidade em receber CRISTO, v. 37. Todo aquele que o Pai me der virá a mim\ Isso é tão arbitrário assim? Temple acrescenta: “Perceber que o meu não ‘vir’ é em si devido à vontade do Pai, que ainda não me atraiu, e aceitar isso é um começo de confiança nele, um sinal de que de fato ele está me atraindo para vir” (v. 1, p. 88). v. 38. a vontade daquele que me enviou. Gf. v. 39,40. A vontade de DEUS é o cerne da obra de CRISTO na salvação. E a realização de CRISTO dessa vontade é perfeita para que ele não perca nenhum (v. 39).
Vida eterna é o presente que DEUS quer dar aos homens, v. 40. e eu o ressuscitarei. Westcott comentou apropriadamente que a doutrina da vida eterna toma óbvia a necessidade da ressurreição. João sempre pensa na vida eterna como uma possessão aqui e agora, embora o último dia mostre que ele também inclui a ideia de julgamento. v. 42. Este não é JESUS, o filho de José?-. A elaboração que JESUS faz dos ditos acerca do pão da vida, sem dúvida, conduziu alguns dos seus ouvintes a aceitarem o que ele estava dizendo como verdadeiro (cf. v. 34). Agora, no entanto, não é tanto o pão da vida que eles questionam, mas que essas reivindicações fossem feitas por alguém de origem tão humilde. v. 44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai [...] não o atrair. A incredulidade dos judeus não contribui para a questão. Sempre é o Pai que toma a iniciativa para a salvação dos homens; assim, a resolução de enigmas teológicos não vai trazer vantagens finais, pois Todos serão ensinados por DEUS (v. 45; cf. Is 54.12,13). DEUS ensina os homens no aspecto de que só ele pode pronunciar a sua palavra. Todos os que ouvem e respondem de forma digna a essa palavra inevitavelmente vão se voltar para CRISTO. O teste é franco (cf. v. 45,46).
v. 51. Este pão é a minha carne, que eu darei. Em resumo, JESUS novamente lembra os ouvintes de que o maná era somente um tipo do verdadeiro pão de DEUS (cf. v. 49,50). Ele é o verdadeiro pão da vida. E a vida dele que será dada. Esse é o sacrifício de JESUS de si mesmo, pois ele dificilmente poderia dar sua carne e sangue (cf. v. 56) sem morrer, v. 53. Se vocês não comerem a carne [...] e não beberem o seu sangue-, A pergunta acerca da relação entre esse dito e a ceia do Senhor, em que os que participam assim o fazem por fé (1Co 10.16), é inevitável. Nos Sinópticos, a ceia do Senhor é registrada principalmente como instituída pelo próprio Senhor. Aqui, no entanto, podemos ver o ensino do Senhor JESUS que só pode ser completamente compreendido à luz da celebração que ele instituiu e que, sem se referir diretamente àquela ceia, transmite verdades que poderiam fornecer à ceia do Senhor um profundo significado para o crente. A linguagem é vividamente metafórica, denotando a apropriação de CRISTO pela fé. “É uma figura ordenando-nos que comuniquemos com a paixão do nosso Senhor e, secreta e proveitosamente, armazenemos na nossa memória que por nossa causa ele foi crucificado e morto”. Bernard explica as palavras Todo aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue (v. 54) assim: “Aquele que reflete acerca da minha morte e segue o meu exemplo de mortificar seus membros que estão na terra tem a vida eterna — em outras palavras, ‘Se você sofrer comigo, vai também reinar comigo’ ” (On Loving God, 4.11). Deve-se observar que “carne” aqui corresponde a “corpo” nos Sinópticos e em 1Co 10.16; 11.24,27,
29. Se há alguma distinção que deve ser feita entre os dois, seria que “carne” destaca a total humanidade de CRISTO, enquanto “corpo” significaria sua pessoa como uma entidade orgânica, e o fato de que João tinha em mente os mestres docetistas não deve ser negligenciado nesse contexto. “Meu corpo” e “minha carne” representariam igualmente o termo aramaico bisri. v. 58. Este ê o pão que desceu dos céus\ O contraste entre CRISTO e a Lei, entre o pão vivo e o maná, agora está completo. Como o Senhor JESUS está completamente identificado com o Pão de DEUS, assim somente aquele que participa dele vai saber o que realmente significa a vida que vem de DEUS.
 
6) A fé e a incredulidade dos discípulos (6.60-71) JESUS agora se concentra nos discípulos quando a oposição se acentua em outros ambientes. v. 60. Dura é essa palavra-, Não é de admirar que os discípulos ficassem tão consternados, em virtude do pouco conhecimento que tinham do futuro de JESUS. v. 62. Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem subir. Ele desceu para dar vida. Vem o tempo quando vai retornar ao Pai em poder e glória. Se eles o viram na carne, que ele está prestes a dar pelo mundo, e estão maravilhados, qual será, então, a sua reação quando o virem subir num esplendor de glória? v. 63. O ESPÍRITO dá vida; a carne não produz nada-, Cf. os v. 53 e 55. As palavras de JESUS precisam ser entendidas num sentido espiritual, e não carnal. A sua carne é o veículo do ESPÍRITO e, por isso, pode transmitir a vida. Mas, como ele disse a Nicodemos, nada da base da natureza humana pode ajudar o homem na sua necessidade. v. 64. há alguns de vocês que não crêem-, JESUS aceitou a Paixão e já sabe quem são os que não vão crer. Além disso, essa é a sua primeira referência ao traidor e coincide exatamente com a primeira referência dos Sinópticos à Paixão. JESUS insiste (v. 65) em que alguns inevitavelmente vão voltar atrás, e, de fato, eles voltaram atrás (v. 66) naquele exato momento, v. 68. Tu tens as palavras de vida eterna-, Cf. Mc 8.29. A primeira fé impulsiva dos discípulos agora dá lugar à convicção racional fundamentada na experiência. As palavras de JESUS talvez sejam de difícil compreensão, mas suas reivindicações e autenticidade são muito claras. Eles crêem agora, mas eles foram escolhidos (v. 70), embora um deles, em vez de voltar atrás, permaneça entre os Doze, um membro desleal, talvez buscando distorcer o reino para se conformar ao seu próprio padrão. Era o filho de Simão Iscariotes ív. 71; cf. 13.2,26). O seu nome indica que ou ele vinha de Queriote-Hezrom, ou (o que é menos provável) que ele estava ligado aos sicários (cf. At 21.37,38 e “Sicários” no NBD). Comentário - NVI (F. F. Bruce)
 
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Seis lições extraídas da multiplicação dos pães e peixes
Wilma Rejane
 
“E, regressando os apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito. E, tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida. E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava-lhes do reino de DEUS, e sarava os que necessitavam de cura. E já o dia começava a declinar; então, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe: Despede a multidão, para que, indo aos lugares e aldeias em redor, se agasalhem, e achem o que comer; porque aqui estamos em lugar deserto. Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer.
 
E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo. Porquanto estavam ali quase cinco mil homens. Disse, então, aos seus discípulos: Fazei-os assentar, em ranchos de cinquenta em cinquenta. E assim o fizeram, fazendo-os assentar a todos. E, tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os colocarem diante da multidão. E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram, do que lhes sobejou, doze alcofas de pedaços.” Lucas 9:10-17
 
Vamos examinar o milagre sob o ângulo : “o que JESUS nos ensina sobre economia?” Para alguns é um contraste falar em fé, milagres e economia ao mesmo tempo, afinal mercados e capitais são coisas bem terrenas e materiais. Ora, gerenciar bem os recursos terrenos é uma questão de mordomia termo absolutamente Bíblico.
 
Mordomia: Manejo responsável dos recursos do reino de DEUS que foram confiados a uma pessoa ou a um grupo.
 
Existem muitas passagens Bíblicas sobre mordomia, para simplificar vamos ver uma:
 
“ E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar. “Lucas 14:27-30
 
O discípulo  na passagem acima é alguém que planeja, alicerça, edifica e realiza sem desperdícios. É alguém que arca com as consequências das renúncias feitas com base na fé em CRISTO.  As ações revelam mordomia, pois, não são aleatórias e irresponsáveis.
 
 
Voltando para o texto base de Lucas 9, ele descreve uma multidão com mais de cinco mil pessoas que acompanhava JESUS  em um monte recoberto de relva em Betsaida (casa da pesca).  Anoitecia e era provável que ao voltarem para casa, alguns dos presentes desfalecesse de fome e sede, afinal, estavam o dia inteiro ouvindo JESUS e vendo-o realizar maravilhas. Os doze primeiros discípulos de JESUS sugeriram despedir a multidão, não havia condições de alimentá-la. André, valorosamente, lembra que entre eles há um garotinho com cinco pães e dois peixes, mas, o que seria aquela ínfima quantidade de alimento para tantos?
 
O milagre:
 
JESUS recebe os pães e peixes do garoto e miraculosamente multiplica-os até sobejar! Não sabemos se o garotinho estava ali vendendo pães e peixes, se carregava o alimento para adultos de sua família, não é dito. O que é dito é que André localizou o garoto, indicando-o como um destaque por obter recurso alimentar entre a multidão.
 
Muitas vezes o ato do garoto é exaltado para transmitir a mensagem de partilha, doação, generosidade e etc. Contudo, o cerne, o principal do ocorrido é o fato de JESUS operar grandes coisas a partir de pequenos recursos. Ou ainda: DEUS pode transformar escassez em abundância, pode multiplicar e abençoar sobremaneira o que se coloca em Suas mãos.
 
A partir desses aspectos surge outros mais, essenciais, importantes para quem quer ser mordomo do Reino de DEUS, vejamos:
 
Economia e gerência no monte da multiplicação:
 
Economia: É a ciência que estuda a escassez de recursos
Gerência: ação de gerir, dirigir e administrar
 
Identifiquei pelo menos seis lições de economia e gerência praticadas por JESUS naquele monte, são elas:
 
1- Não  fugir do problema, mas enfrenta-lo: os discípulos queriam despedir a multidão faminta e cansada, que cada um devia cuidar de si, pois, nem eles nem JESUS tinham condições de alimentá-los. Estavam enganados. Muitas vezes, os problemas financeiros se avolumam de tal forma  que o devedor se considera incapaz de quitar a dívida ou negociá-la. Fome, cansaço, doenças, escassez de recursos materiais, tudo ao mesmo tempo, o que fazer? Fugir de um lugar para outro, deixar prescrever a dívida e ficar anos a fio com o nome sujo no mercado? Se entregar a pobreza, mendigar? Erga a cabeça e enfrente com fé e determinação, esse momento pode ser superado com a ajuda de JESUS.
 
2- Utilizar os poucos recursos que tem, não desconsidera-los: se André não valoriza aqueles cinco pães e dois peixes, eles não teriam sido fonte de bênção, não é mesmo? O que você tem, o que lhe resta? Bem se “só” resta a fé digo que é o melhor começo. Ore para que DEUS lhe dê uma direção, um meio de recomeçar, ainda que de modo muito modesto. Lembre-se: havia naquele monte uma multidão, milhares de pessoas, mas foi a modesta oferta de uma criança que DEUS utilizou para multiplicar e ainda sobejar.
 
3- Não deixar que o problema lhe absorva – JESUS organizou aquela multidão. Ele não se desesperou com tantas pessoas dependendo dEle,  não se deixou absorver pelo problema. Ele orientou os discípulos a organizarem grupos de  cinquenta em cinquenta e isso oxigenou o ambiente. Esse problema não é maior que você, nem maior que DEUS. Existem outras áreas de sua vida que precisam de sua atenção. Assim, “separe, oxigene sua vida”. Nada de ficar prostrado se lamentando ou procurando culpados. Não se entregue a tristeza. Não enfrente o caminho da vida faminto. Alimente-se com a Palavra viva de DEUS, nutra bem seu espírito e cuide do seu corpo, de sua mente. Fazer exercícios físicos, voltar a estudar, são ações que edificam por devolverem melhores perspectivas de futuro. E para realizar essas coisas, nem sempre se precisa de dinheiro, mas de coragem. Existem praças, calçadões, lugares apropriados para caminhadas diárias. Existem cursinhos e/ou cursos profissionalizantes gratuitos. Se você é graduado ou pós-graduado, existem concursos abertos e material gratuito na internet. Enfim, se ocupar vai fazer bem.
 
4- Ter paciência: Observemos que houve um tempo entre a fome e o milagre. JESUS recebeu os alimentos (cinco pães e dois peixes), orientou os discípulos, organizou a multidão, orou, multiplicou, dividiu, enfim, planejou. Para quem está na escassez, há saída e para quem está na abundância, será preciso sempre paciência para planejar a fim de manter as coisas em ordem. Fazer orçamento, não gastar mais do que se ganha, priorizar, tudo isso faz parte da saúde financeira. Vejamos que não faltou pão, muito pelo contrário, sobrou! Muitas vezes se peca pela pressa: a roupa nova, o sapato novo, aquele móvel lindo para sala, tudo tem que ser comprado já! E lá se vai cartão de crédito e prestações fora do orçamento familiar. Será que algumas coisas têm mesmo tanta urgência? Melhor seguirmos os passos de JESUS no milagre da multiplicação: planejar, organizar, priorizar o que é urgente e necessário.
 
5- Não desperdiçar: é tão incrível ver que mesmo sendo dono de todos os recursos do mundo, JESUS teve o cuidado de ajuntar as sobras… Para onde foram aqueles doze cestos que sobejaram? Não é dito. Podemos imaginar que serviu de reforço para os viajantes durante a volta para casa, que foi doado para outras pessoas que encontraram pelo caminho...A certeza é que as sobras não foram para o lixo nem foram jogadas no monte emporcalhando o ambiente. Que bela lição para nós! Vemos que do princípio ao fim no milagre da multiplicação “as pequenas” coisas foram valorizadas. Uma ótima maneira de multiplicar recursos é ajuntar ainda que de pouco em pouco. Uma pequena quantia na poupança todos os meses, duas ou três peças de roupa a cada mês e assim vai se multiplicando. Ora, o fato de JESUS dizer para não ajuntar tesouros na terra, não significa não investir ou gerenciar bem os recursos a fim de viver bem. O que acontece é que essas coisas não devem ocupar nossa mente por completo, não deve ser a causa de nossas preocupações e abandono a DEUS. Primeiramente vem o Reino de DEUS e tudo o mais nos é acrescentado (Mt 6:33), agora, é acrescentado para bênção e não para maldição. Não cuidar bem dos recursos e deixar a família passar fome, se encher de dívidas não cuidar da saúde não é ser mordomo do Reino de DEUS.
 
6- Não se distanciar de JESUS: sem JESUS naquele monte nada de extraordinário teria acontecido. A solução não estava em despedir a multidão, mas em aproximá-la de JESUS. Por pior que seja a situação, não abandonemos a fé em CRISTO, Ele é a nossa salvação em todo o tempo, nos montes e nos vales. É possível que mesmo estando próximos de CRISTO, a aflição nos alcance. Contudo, é JESUS quem provê a saída, o alimento, o conforto em meio ao desconforto:
 
Salmo 23:4 “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.”
 
Que DEUS nos ajude a sermos mordomos fiéis, compreendendo a necessidade de administrar os recursos que estão disponíveis para nós, pois, desde a criação do homem esta foi a ordem: “sujeitai a terra que vos dei” Gênesis 1:28.
 
DEUS nos abençoe, em Nome de JESUS.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Plenitude, Tradução João Ferreira de Almeida, São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 1995.
 
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Lição 4, CPAD, JESUS – O Pão Da Vida, 2Tr25 REVISTA NA ÍNTEGRA
 
Escrita Lição 4, CPAD, JESUS – O Pão Da Vida, 2Tr25, Com. Extra Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
 
ESBOÇO DA LIÇÃO 4 – 2Tr25
I – JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO 
1. A multiplicação de pães e peixes 
2. O milagre  
3. Qual era o interesse da multidão? 
II – JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS
1. “E JESUS subiu ao monte” 
2. O desafio para os discípulos  
3. Uma lição de provisão 
III– JESUS – O PÃO QUE  DESCEU DO CÉU 
1. Qual é o real interesse da multidão?  
2. O Pão do Céu  
3. O que é “comer o pão”?  
 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Eu sou o pão da vida.” (Jo 6.48)
 
VERDADE PRÁTICA
JESUS é o Pão da Vida que sacia a fome espiritual de todo ser humano.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 6.30,31 JESUS e a revelação do Pão do Céu
Terça - Jo 6.41,42  JESUS, o Pão que desceu do céu
Quarta - Jo 6.52-56 JESUS, a Verdade revelada nos símbolos da carne e do sangue
Quinta - Jo 7.6-8 A chegada da presente hora de JESUS
Sexta - Jo 8.31,32 JESUS, a Verdade que liberta
Sábado - Jo 8.41-47 JESUS, a Verdade vinda do Pai
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 6.1-14
1 - Depois disso, partiu JESUS para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades.
2 - E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.
3 - E JESUS subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4 - E a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.
5 - Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? 
6 - Mas dizia isso para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
7 - Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhe bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
8 - E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
9 - Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos? 
10 - E disse JESUS: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11 - E JESUS, tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, pelos que estavam assentados; e igualmente também os peixes, quanto eles queriam.
12 - E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.
13 - Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. 
14 - Vendo, pois, aqueles homens o milagre que JESUS tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
 
HINOS SUGERIDOS: 15, 291, 432 da Harpa Cristã
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O Evangelho apresenta JESUS como o Pão da Vida, destacando sua missão de oferecer sustento espiritual e vida eterna ao pecador. Assim como o pão físico é indispensável para a sobrevivência do corpo, o Senhor JESUS é essencial para a saúde da alma, pois somente Ele pode saciar a nossa fome de DEUS. Nesta lição, compreenderemos o significado de depender de JESUS como nosso alimento espiritual diário e como sua obra nos garante a vida eterna. Dessa forma, seremos conduzidos a uma comunhão mais profunda com o Senhor.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Instruir a classe a respeito do Milagre da Multiplicação; II) Refletir a respeito aos desafios da fé; III) Correlacionar a necessidade do ser humano com JESUS como o Pão do Céu.
B) Motivação: O pão é um alimento básico em diversas culturas, representando o sustento e a vida. Da mesma forma que uma alimentação inadequada compromete a saúde física, a falta de nutrição espiritual em JESUS, o Pão da Vida, prejudica nossa vida espiritual. Assim como o pão é indispensável para o corpo, CRISTO é fundamental para alcançarmos a vida eterna. 
C) Sugestão de Método: Prepare, com antecedência, cartões com versículos que reforcem o tema da lição. Por exemplo, Mateus 6.35: "Eu sou o pão da vida; quem vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede". Selecione também outros versículos. Antes de iniciar a aula, distribua os cartões que preparou. Após apresentar o tema, solicite aos alunos que leiam os versículos em voz alta e, logo a seguir, façam uma breve reflexão sobre como esses textos podem influenciar a sua vida espiritual.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A lição que temos diante de nós propõe uma reflexão acerca dos 'alimentos espirituais inadequados' que não preenchem a nossa real necessidade espiritual. Assim, é fundamental que dependamos exclusivamente de JESUS como o nosso sustento diário. Ele nos alimenta espiritualmente e nos habilita a fazer as melhores escolhas em nossas atividades e relacionamentos.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Sinais [ou Milagres]", localizado após do primeiro tópico, aprofunda o conceito de milagres apresentado no Evangelho de João; 2) No final do segundo tópico, o texto "A Fé Submetida à Prova" apresenta uma reflexão a respeito de um dos propósitos do milagre da Multiplicação.
 
PALAVRA-CHAVE - VIDA
 
 
COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO
O Senhor multiplicou pães e peixes para saciar a fome de uma grande multidão. No entanto, Ele notou que as pessoas estavam focadas apenas nas suas necessidades materiais, preocupando-se unicamente em satisfazer a sua fome imediata. A lição desta semana visa demonstrar que somos dependentes de DEUS. Essa dependência não se limita às necessidades materiais, mas, acima de tudo, refere-se à nossa necessidade espiritual, que só o “Pão da Vida” pode satisfazer plenamente.
 
 
I – JESUS, A MULTIDÃO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO 
1. A multiplicação de pães e peixes
O Evangelho de João relata um dos mais impressionantes milagres de JESUS, quando Ele conseguiu alimentar quase cinco mil homens com “cinco pães e dois peixinhos” (v.9). A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos (Mt 14.13-21; Mc 6.32-44; Lc 9.10-17). No capítulo 6, versículo 1, João começa com a expressão: “Depois disso”. Esta frase refere-se aos acontecimentos que se seguiram às palavras de JESUS dirigidas aos judeus em Jerusalém, durante a provável Festa da Páscoa mencionada no capítulo 5.
 
2. O milagre  
Como o único milagre mencionado nos quatro Evangelhos, o evangelista procura mostrar a multiplicação de pães e peixes neste capítulo como uma manifestação do poder ilimitado de JESUS. Por esta razão, ele destaca a imagem de JESUS ao alimentar uma imensa multidão composta por homens, mulheres, jovens e crianças que o seguiam. Na sua narrativa, João revela o poder criador e divino que é capaz de trazer à existência aquilo que anteriormente não existia (Jo 6.11-13). Assim, o milagre da multiplicação de pães e peixes distingue-se dos milagres de cura e de outros tipos.
 
3. Qual era o interesse da multidão?  
JESUS percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava, mas não para escutar a sua mensagem. Em Jerusalém, os líderes religiosos judeus não apenas rejeitavam-no como o Messias, como também procuravam a sua morte. Ao deixar Jerusalém, o Senhor desejou afastar-se para estar a sós com os discípulos, mas a presença da multidão frustrou este desejo (Jo 6.2). Ele notou que as pessoas não estavam interessadas em ouvir a sua palavra como Filho de DEUS. No dia seguinte, encontrou novamente a multidão que queria mais pão e confrontou-a ao mostrar que buscava apenas alimento material, ignorando o verdadeiro pão do céu para as suas almas (Jo 6.27). A situação não é muito diferente hoje em dia, quando muitos se apressam atrás de milagres, mas poucos demonstram interesse pela Palavra de DEUS. De fato, nosso Senhor compreende as necessidades humanas, mas Ele sabe que não são os grandes milagres que resolverão os problemas das pessoas, pois é preciso algo mais profundo para alimentar as almas.
 
SINÓPSE I - No episódio do milagre da Multiplicação, JESUS percebeu que a multidão o seguia por outros interesses.
 
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
(1) O que são milagres? (a) São obras de origem e poder sobrenaturais (gr. dynamis; veja At 8.13; 19.11). (b) Eles funcionam como um sinal ou uma marca (gr. sēmeion) da autoridade de DEUS (veja 2.11; Lc 23.8; At 4.16,30,33). O maior milagre, que é o milagre central do Novo Testamento, é a ressurreição de JESUS CRISTO (1Co 15). 
(2) Os milagres servem, pelo menos, a três propósitos no reino de DEUS, (a) Honram a JESUS CRISTO, comprovando a veracidade de sua mensagem, e provam sua identidade como Filho de DEUS e nosso Salvador (2.23; 5.1-21; 10.25; 11.42). (b) Expressam o amor compassivo de CRISTO (Mc 8.2; Lc 7.12-15; At 10.38). (c) Significam a oportunidade da salvação (Mt 11.2ss), a vinda do reino de DEUS [...].
(3) A Palavra de DEUS indica que os milagres devem continuar a ocorrer através de seus seguidores na igreja, (a) JESUS enviou os seus seguidores para pregar e realizar milagres (Mt 10.7-8; Mc 3.14-15; veja Lc 9.2), (b) JESUS declarou que aqueles que creram nEle através da pregação de sua Palavra fariam as obras que Ele fez, e ainda mais coisas (14.12; Mc 16.15-20). (c) O livro de Atos registra muitos milagres feitos em, e através da vida de seus seguidores (At 3.1ss; 5.12; 6.8; 8.6ss; 9.32ss; 15.12; 20.7ss); em outros trechos do Novo Testamento, estes feitos são chamados de “sinais” que confirmam a veracidade da mensagem de CRISTO (At 4.29-30; 14.3; Rm 15.18-19; 2Co 12.12; Hb 2.3-4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1857).
 
II – JESUS DESAFIA A FÉ DOS DISCÍPULOS
1. “E JESUS subiu ao monte” 
 
Que monte seria este? Não existe uma designação específica para a localidade deste monte. Tal como em toda a região montanhosa, havia algumas elevações de terreno que, embora não fossem particularmente altas, podiam servir como um local adequado para JESUS se dirigir aos seus discípulos e à multidão. Assim, Ele subiu ao monte e sentou-se com os seus discípulos. A partir dali nosso Senhor avistou uma multidão que se dirigia ao seu encontro. Por isso, decidiu testar um dos seus discípulos, Filipe, perguntando-lhe: “Onde compraremos pão para que estes comam?” (Jo 6.5,6). Todo o relacionamento de JESUS com os seus discípulos estava sempre fundamentado em um ensinamento.
 
2. O desafio para os discípulos   
O Senhor utilizou a situação de uma multidão necessitada para transmitir aos seus discípulos uma valiosa lição. Nesse momento, os discípulos compreenderiam que muitos dos desafios da missão evangélica não podem ser superados apenas com o esforço humano. O discípulo Filipe foi colocado à prova por JESUS para enfrentar a dificuldade de alimentar essa multidão faminta (Jo 6.7-10). Aqui, o Senhor estava demonstrando a limitação humana em resolver problemas complexos. Naquele local, não havia comida suficiente nem possibilidade de compra para satisfazer as necessidades da multidão. O Senhor desafiava assim a fé dos discípulos, sempre com o intuito de promover o seu crescimento espiritual (Jo 6.6,14). 
 
3. Uma lição de provisão 
Os discípulos descobriram um menino que trazia consigo o lanche da tarde, contendo em seu alforje “cinco pães pequenos de cevada e dois peixinhos” (Jo 6.9). JESUS pegou esses pães e peixes, deu graças ao Pai e, por meio das suas mãos, realizou um milagre de multiplicação. A quantidade foi tão grande que precisaram buscar alguns cestos para distribuir os pães e os peixes à multidão e guardar o que restou. Assim, todos comeram até se saciar. A lição que tiramos deste episódio é que DEUS nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle.
 
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“Se alguém sabia onde encontrar comida, este era Filipe, porque era de Betsaida (1.44), uma cidade a cerca de 15km de distância de Cafarnaum. JESUS testou Filipe, a fim de fortalecer a sua fé. Ao pedir do discípulo uma solução humana (sabendo que não havia), JESUS enfatizou o poderoso milagre que estava prestes a realizar.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1427.
 
SINÓPSE II - No episódio do milagre da Multiplicação, nosso Senhor desafiou a fé de seus discípulos.
 
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - A FÉ SUBMETIDA À PROVA
“Este é o único milagre de JESUS que está registrado nos quatro Evangelhos (cf. Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9.10-17). Então, JESUS, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? (5) O registro aqui não menciona o fato de que JESUS tivesse compaixão da multidão (cf. Mt 14.14; Mc 6.34). Ao contrário, a sua vinda é a oportunidade para que Filipe seja posto à prova. Mas dizia isso para o experimentar (6). A observação de João — porque ele bem sabia o que havia de fazer — é típica. Em todo o seu Evangelho, o evangelista fala como alguém que tem um íntimo conhecimento da mente do Senhor” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.69).
 
III– JESUS – O PÃO QUE  DESCEU DO CÉU 
1. Qual é o real interesse da multidão?   
No dia seguinte ao milagre da multiplicação dos pães e peixes, a multidão que havia participado buscava JESUS na região de Cafarnaum, conforme indicado em João 6.22 e 6.24. Ao encontrá-la, JESUS transmitiu uma mensagem clara e “disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (Jo 6.26). O Senhor compreendia que a percepção daquela multidão sobre Ele era puramente social; desejavam um líder que satisfizesse as suas necessidades materiais. No entanto, para além do pão físico, nosso Senhor queria oferecer-lhes o pão que desceu do céu (Jo 6.32,33). O povo não percebia que a multiplicação dos pães era apenas uma representação do verdadeiro pão da vida que JESUS tinha para dar. Nosso Senhor é o pão que realmente apazigua a fome do ser humano (Jo 6.27).
 
2. O Pão do Céu   
Não é preciso debater a respeito da identidade do “pão do céu”, pois trata-se do próprio JESUS. Nosso Senhor confirma a sua identidade divina quando diz: “Eu Sou”. Há, pelo menos, sete declarações somente no Evangelho de João que autenticam essa identidade divina: 1) “Eu sou o pão da vida” (6.35,48,51); 2) “Eu sou a luz do mundo” (8.12; 9.5); 3) “Eu sou a porta das ovelhas” (10.7,9); 4) “Eu sou o Bom Pastor” (10.11,14); 5) “Eu sou a ressurreição e a vida” (11.25); 6) “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (14.6); 7) “Eu sou a videira verdadeira” (15.1,5). Há uma comparação, no versículo 32, entre “o maná” na peregrinação de Israel, no deserto, sob a liderança de Moisés, com o “verdadeiro pão que desce do céu”, ou seja, o próprio CRISTO, nosso Senhor, que afirma que quem se alimentar desse pão “viverá para sempre” (Jo 6.50,51). 
 
3. O que é “comer o pão”?   
Observamos uma mudança nas palavras de JESUS ao passar de “o pão vivo que desceu do céu” para “o pão que eu der é a minha carne” (Jo 6.51). Mais tarde, o apóstolo Paulo fez uma associação simbólica entre o pão da Ceia do Senhor e a carne de JESUS, afirmando: “Isto é o meu corpo”; “isto é o meu sangue” (1 Co 11.24,25). De forma evidente, ao mencionar a partilha da sua carne, o nosso Senhor refere-se à sua morte na cruz, onde oferece a sua vida em prol dos pecadores que se arrependem e creem no Evangelho, proporcionando-lhes salvação e vida eterna.
 
SINÓPSE III - No dia seguinte ao milagre da Multiplicação, nosso Senhor afirmou ser o verdadeiro alimento espiritual do ser humano.
 
CONCLUSÃO 
Nesta lição, compreendemos que JESUS é o Pão da Vida e se ofereceu por nós. Assim, aqueles que se alimentam de sua Palavra satisfazem a sua fome espiritual e recebem a vida eterna. O nosso Senhor é o pão que veio do céu, um alimento inextinguível que nos nutre para sempre. Por conseguinte, não devemos limitar-nos ao alimento material, que tem uma função fisiológica relevante, porém, passageira; aspiremos, portanto, ao alimento celestial que proporciona vida em abundância eternamente!
 
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Em quais dos Evangelhos se encontra o relato do episódio da multiplicação?
A narrativa do milagre dos pães e peixes está presente nos quatro Evangelhos.
2. O que JESUS notou em relação à multidão?
JESUS percebeu que a multidão o seguia devido aos milagres e curas que realizava, mas não para escutar a sua mensagem.
3. Que ensinamento podemos extrair do episódio da multiplicação?
A lição que tiramos deste episódio é que DEUS nos surpreende com soluções extraordinárias. Ele manifesta o seu poder de provisão para aqueles que acreditam nEle.
4. Qual foi a mensagem clara que JESUS transmitiu à multidão?
Ao encontrá-la, JESUS transmitiu uma mensagem clara e “disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” (Jo 6.26).
5. Que alteração é visível nas palavras de JESUS em João 6.51? 
Observamos uma mudança nas palavras de JESUS ao passar de “o pão vivo que desceu do céu” para “o pão que eu der é a minha carne” (Jo 6.51).