III - CORINTO: UMA IGREJA
PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)
1. Os dons são importantes.
OBJETIVOS DOS DONS
Glorificação de JESUS Jo.
16: 14 Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de
anunciar.
Expansão do Evangelho Rom.
15:19 Por força de sinais e prodígios, pelo poder do ESPÍRITO SANTO; de
maneira que desde Jerusalém e circunvizinhanças, até ao Ilírico, tenho
divulgado o evangelho de CRISTO.
Edificação da Igreja I Cor.
14: 12 Assim também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai
progredir, para a edificação da Igreja.
Confirmação da Palavra Mc.
16: 20 E eles, tendo partido, pregaram a em toda parte, cooperando com eles
o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.
FATBI. Faculdade Teológica
Bereana Internacional Módulo De Teologia Sistemática Curso Bacharelado Em
Teologia.
2. Diversidade dos dons.
Dons de manifestação do
ESPÍRITO
Vamos agora classificar ou
agrupar os dons com o objetivo de entender melhor o assunto. A primeira
classificação é a dos dons de manifestação do ESPÍRITO em número de nove,
conforme I Coríntios 12.8-10. Esses dons são formas de capacitação
sobrenatural de pessoas, para a “edificação do corpo de CRISTO” como um
todo, e também para a bem-aventurança de seus membros, individualmente
(vv.3-5,12,17,26).
Os capítulos 12 a 14 de I
Coríntios têm a ver com esses maravilhosos dons. Eles são de atuação
eventual, inesperada e imprevista (quanto ao portador do dom), tudo
dependendo da soberania de DEUS na sua operação. Esses dons manifestam o
saber de DEUS, o poder de DEUS e a mensagem de DEUS.
Agora o apóstolo mostra como
se manifestavam os vários dons do ESPÍRITO, nos quais a congregação era tão
rica, e qual o propósito que eles deviam guardar em mente: Mas a cada um
(cristão) está sendo dada a manifestação do ESPÍRITO visando o proveito
comum. Ele fala de modo muito geral, afirmando que cada cristão possui
algum dom da graça, um dom que não foi meramente derramado sobre ele em
certa ocasião no vago e distante passado, mas que lhe é concedido dia após
dia. Por isso, seu alvo e objetivo não é servir ao engrandecimento e gozo
pessoal, mas ser colocado à disposição e ao ministério do proveito
espiritual da congregação inteira e da igreja. Cada cristão devia revelar-se
um bom despenseiro da multiforme graça de DEUS, 1.Pe. 4.10; Mt. 25.14-30.
Paulo mostra por meio de
certo número de exemplos como exatamente os talentos espirituais dos
cristãos individuais deviam servir para o benefício da congregação toda:
A um foi dada pelo ESPÍRITO,
por meio do Seu poder,
1- A palavra de sabedoria.
Observação minha - Ev. Luiz
Henrique - Esse dom tem a ver com a sabedoria de DEUS a respeito do futuro -
Onipresença de DEUS - Exemplo: Profeta ágabo prevendo seca no mundo - At
11.28 - e prevendo que Paulo seria preso em Jerusalém At 21.11; - No AT
vemos Elizeu prevendo que o general da Síria mataria o rei e governaria em
seu lugar matando muitos dos judeus 2 Rs 8.11.
2- Mas a outro foi dada a
palavra de conhecimento.
Observação minha - Ev. Luiz
Henrique - Esse dom tem a ver com o conhecimento de DEUS a respeito do
presente - Onipresença de DEUS - Exemplo: JESUS viu Natanael debaixo da
Figueira estando ele muito distante dali - Jo 1.48. No AT vemos Elizeu
dizendo para o rei em Israel o que o rei da Síria dizia a seus generais
muito distante dali, preparando armadilhas para Israel.
3- A outro o discernimento
de espíritos
Observação minha - Ev. Luiz
Henrique - Esse dom dá a visão do oculto, o que está por detrás de uma
mensagem ou de uma ação do inimigo. Dá poder para ministrar libertação a
possessos de demônios. Exemplo - Paulo e a pitonisa de Filipos - At 16.18.
Davi tocava sua harpa e Demônio saia de Saul - 1 Sm 16.23.
4- Na segunda série de dons,
a um outro é dada fé, no mesmo ESPÍRITO, unicamente no Seu poder e outorga.
Não é aquela fé que aceita a salvação em CRISTO, ou seja, não a fé que
justifica, mas uma confiança forte e inabalável no DEUS onipotente ou no
poder de CRISTO, como algo capaz de se revelar em feitos extraordinários e
realizar o que aos homens parece impossível.18).
Observação minha - Ev. Luiz
Henrique - Esse dom acontece muito hoje na ressusrreição de mortos,
principalmente na África - Exemplo - Paulo ressuscita Êutico At 20.10, Pedro
ressuscita Dorcas - At 9.40 - No AT Elizeu ora e menino revive - 2 Rs 4.34.
5- A um outro foram dados na
concessão do mesmo ESPÍRITO os dons das curas.
Observação minha - Ev. Luiz
Henrique - São manifestações de DEUS curando vários tipos de doenças e
enfermidades. Geralmente funciona em grupos de doenças. Exemplo - Algumas
pessoas são usadas para determinadas curas como: dores de cabeça, enxaqueca,
dores lombares. Sendo que para outros tipos de doenças não. Exemplo: Paulo
orava e muitas doenças e enfermidades eram saradas, mas deixou seu
companheiro Trófimo doente em Mileto. At 28.8,9; 2 Tm 4.20.
6- A operação de milagres ou
de maravilhas - É o agir de DEUS na natureza, ou nas coisas que naturalmente
não seriam mudadas. Um aleijado de nascença andar não é uma cura, é um
milagre - um cego de nascença ver não é uma cura, é um milagre. Exemplo:
Paulo orou por um coxo desde o ventre e ele andou - At 14.8 - o paralitico
da porta do templo, chamada Formosa At 3.2 - No AT Sol ou a Terra parou para
Josué vencer a Guerra Js 10.13, Mar se abriu - Êx 14.21, etc...
7- Paulo menciona no
terceiro grupo de dons, que a outro cristão é dada a profecia
Observação minha - Ev. Luiz
Henrique - Esse dom tem como funções básicas a edificação, a exortação e a
consolação - Pode ocorrer advinda de três fontes possíveis - Do homem, do
Diabo ou de DEUS - Por isso deve ser julgada. São mensagens sobrenaturais
que revelam uma comunicação intima do ser humano com DEUS. Não tem elemento
prditivo ou sobre o passado. Exemplo: JESUS viu a fé dos condutores do
palaítico - Mc 2.5 - JESUS fala sobre a tristeza dos discípulos e os consola
- Jo 16.22.
8- Línguas - 4 tipos de
línguas: Não proibais falar em línguas; é ordem de DEUS (1 Co 14.39).
1. Língua para oração: Quem
fala em línguas fala diretamente com DEUS - I Co 14:2 - O que fala em língua
edifica-se a si mesmo - I Co 14:4 -quem ora em línguas ora bem - I Co 14:14.
2. Língua para
interpretação:
Essa linguagem pode ser interpretada pelo que fala ou por
outrem.
3. Língua como sinal para
incrédulo: "De
modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os
incrédulos..."(I Co 14:22); estrangeiros ouvem em sua própria língua, ex:
"Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa,
porque cada um os ouvia falar na sua própria língua."(At 2:6). Pode alguém
ser usado para falar, por exemplo em alemão em algum lugar e uma pessoa
presente alí, que fala alemão entenderá tudo o que DEUS quer falar-lhe.
4. Gemidos inexprimíveis:
Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o
que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com
gemidos inexprimíveis."(Rm 8:26) -oração intercessora.
9- Interpretação de
Línguas:
"Que fazer, pois, irmãos?
Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. Se
alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada
um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver intérprete,
esteja calado (ore tão baixinho que ninguém o note) na igreja, e fale
consigo mesmo, e com Deus."(I Co 14:26-28); "Por isso, o que fala em língua,
ore para que a possa interpretar."(I Co 14:13).
Dons de ministérios práticos
São administrações de serviços práticos, individuais e em grupo (Rm 12.6-8;
I Co 12.28-30). Nestas passagens, eles aparecem juntamente com os demais
dons espirituais, e sob o mesmo título original charismata — “dons da
graça”. São dons de ministração residentes no portador, pela natureza de sua
finalidade junto às pessoas ou grupos: assistência, serviço, socorro,
auxílio, amparo, provisão. São dons residentes nos seus portadores, pela
natureza e objetivos de sua ação.
Estes dons têm sido pouco
estudados na igreja. Daí os equívocos e dúvidas existentes. São da mesma
natureza espiritual e sobrenatural dos demais dons da graça de DEUS. A
Bíblia os coloca em conjunto com os demais dons (I Co 12.28). Ela usa para
esses dons o mesmo termo original empregado para os dons de I Coríntios
12.4-10: charismata (Rm 12.6-8).
Ministério (Rm 12.7).
Ministração, servir, prestar serviço material e espiritual, sem
primeiramente esperar recompensa, reconhecimento, retribuição, remuneração,
com motivação e capacitação mediante este dom. É servir capacitado
sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO.
Ensinar (Rm 12.7). Ensinar
no sentido didático, como deixa claro o original. E o dom espiritual de
ensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer;
ensinar a entender; treinar outros. Educar no sentido técnico desta palavra.
Não confundir com o ministério do ensino, que tem a ver com ministros do
evangelho, segundo Efésios 4. II e Atos 13.1 (“profetas e mestres”).
Exortar (Rm 12.8). Exortar,
aqui, é como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar, consolar, unir
pessoas desunidas, que não se falam; admoestar.
Repartir (Rm 12.8). O
sentido no original é dar generosamente, doar, oferecer, distribuir aos
necessitados em primeiramente esperar recompensa ou reconhecimento, movido
pelo ESPÍRITO SANTO. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência,
humanitarismo, filantropia, altruísmo.
Presidir (Rm 12.8). É
conduzir, dirigir, organizar, liderar, governar, orientar com segurança,
conhecimento, sabedoria e discernimento espiritual. Isso em se tratando de
igreja, congregação, instituição, etc. Para alguém presidir desta maneira,
só mesmo tendo de DEUS este dom! A tendência natural de quem lidera e
preside é ser duro, dominar somente pela autoridade, ser insensível.
Exercitar misericórdia (Rm
12.8). Este dom refere-se a assistência aos sofredores, necessitados,
carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.
Socorros (I Co 12.28).
Literalmente “achegar-se para socorrer”. É o caso de enfermos, exaustos,
famintos, órfãos, viúvas, etc. È um dom de ação plural.
Governos (I Co 12.28). E um
dom plural no seu exercício. Ê dirigir, guiar e conduzir com segurança e
destreza. O termo original sugere pilotar uma embarcação com segurança,
destreza e responsabilidade.
Dons na área do ministério
Esses dons são enumerados em
Efésios 4.11 e I Coríntios 12.28, 29, a saber: apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores, doutores ou mestres.
Alvos e resultados dos dons
espirituais. De acordo com I Coríntios 12.7, “a manifestação do ESPÍRITO é
dada a cada um para o que for útil”. Vejamos quais são os alvos e resultados
dos dons espirituais:
1) A glorificação do Senhor
JESUS em escala muito além da natural e humana (Jo 16.14).
2) A confirmação da Palavra
de DEUS anunciada, pregada e ensinada (Mc 16.17-20; Hb 2.3,4).
3) O crescimento constante e
real, em quantidade e qualidade, da obra de DEUS na igreja, na evangelização
e nas missões (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19\
4) A “edificação” espiritual
da igreja de DEUS como um corpo e como membros individualmente (I Co
12.12-27). JESUS afirmou: “Eu edificarei a minha igreja” (Mc 16.18), mas na
ocasião Ele não disse como ia edificar. Mas em Atos e nas Epístolas vemos
que é em parte através desses dons divinos de que estamos a tratar.
5) O aperfeiçoamento dos
santos (Ef 4.11,12). Isso jamais é possível por parte do homem, ou das
coisas desta vida, mas é possível para DEUS (c£ Lc 18.27).
O exercício dos dons do
ESPÍRITO. Toda energia e poder sem controle é desastroso. Estudando I
Coríntios 14.26,32,33 e 40, vemos que DEUS nos concede dons, mas não é
responsável pelo mau uso deles, por desobediência do portador à doutrina
bíblica, ou por ignorância desta. A eletricidade quando domada nas
subestações, torna-se apropriada ao consumo doméstico, mas nas linhas de
alta tensão é letal e destruidora. Também não adianta ter um bom freio no
carro sem o seu potente motor, como muitos fazem nas igrejas mornas, frias e
secas. Elas têm freio e direção no “carro”, porém falta-lhes o ativo e
poderoso motor.
O uso dos dons na igreja
deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de DEUS, corretamente
entendida, interpretada e aplicada. A Palavra e o ESPÍRITO interpenetram-se
e combinam-se em sua operação conjunta na igreja. A Palavra é a espada do
ESPÍRITO, e o ESPÍRITO interpreta e emprega a Palavra.
Na igreja, a predominância
da doutrina do Senhor corrige erros, evita confusão e repara estragos. Ela,
quando ensinada e aplicada, neutraliza o fanatismo, que é zelo religioso sem
entendimento — são exageros, práticas antibíblicas, emocionalismo, gritaria
e outros desmandos. Por sua vez, quando o ESPÍRITO predomina, neutraliza o
formalismo, que é excesso de regras, regulamentos, legalismo, rotina
religiosa, formalidades secas e enjoativas, mornidão, fórmulas, ritos e
coisas assim.
Quem recebe dons de DEUS, a
primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a Palavra ensina sobre o
exercício deles. Em Corinto havia abuso dos dons, enquanto em Tessalônica
havia carência deles, por tanto refreio.
No exercício dos dons e de
outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, ninguém que aja desordenadamente e
cause confusão, dentro da congregação e fora dela, venha a dizer que está
agindo assim por direção do ESPÍRITO SANTO. Ele não é o autor de tais
coisas!
Responsabilidade quanto aos
dons. É preciso haver responsabilidade quanto aos dons, a fim de que não
haja mau uso deles.
1) Conhecer os dons. “Acerca
dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (I Co 12.1).
2) Buscar os dons. “Procurai
com zelo os melhores dons” (I Co 12.31).
3) Zelar pelos dons.
“Procurai com zelo os dons espirituais” (I Co I4.I).
4) Ser abundante nos dons.
“Procurai progredir neles, para a edificação da igreja” (I Co 14.12, ARA).
5) Ter autodisciplina nos
dons. “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (I Co
14.32).
6) Ter decência e ordem no
exercício dos dons. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Co
14.40).
Portanto, poder, curas,
libertação e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento pleno de
renovação espiritual e pentecostal. No entanto, tudo deve ser livre de
escândalos, engano, falsificação, e segundo a decência e ordem que a Palavra
de DEUS preceitua (I Co 14.26-40).
Antônio Gilberto. Teologia
Sistemática Pentecostal. Editora CPAD. pag.196-202.
Os dons de DEUS
Notemos o que Paulo diz: “E
há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos” (1
Coríntios 12.6).
A palavra “operações”
refere-se ao método usado para pregar o evangelho. Para ser mais específico,
refere-se à estratégia usada para que o evangelho alcance o mundo todo.
Meios eficientes e programas para testemunhar o evangelho incluem a abertura
de novas igrejas, reavivamento, estabelecimento e manutenção de escolas e
hospitais. Essas ações pertencem às diversas operações que DEUS usa para o
avanço do evangelho.
Os dons de JESUS
Paulo também diz: “E também
há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” (I Coríntios 12.5).
Isso quer dizer que JESUS CRISTO tem dado o dom de ministrar a alguns
cristãos, para que possam ocupar posição de liderança e realizar trabalhos
dentro da igreja. Assim como toda organização na terra requer liderança
responsável, a igreja, o corpo de CRISTO, também o exige.
O ministério é explicado em
diversos lugares na Bíblia. Como exemplo, em I Coríntios 12.27-28 lemos:
“Ora, vós sois corpo de
CRISTO e, individualmente, membros desse corpo. A uns pôs DEUS na igreja,
primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar
mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas”.
Com respeito a esses
ministérios, Paulo escreveu em Efésios 4.11: “E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores”. Esse versículo nos mostra que, como cristãos, não
podemos escolher o tipo de ministério que gostaríamos de ter dentro da
igreja. Sem dúvida, cada um de nós deve descobrir o dom de JESUS que nos foi
dado e, então, servir a DEUS fielmente naquele tipo de serviço para o qual
fomos escolhidos.
Os dons do ESPÍRITO
Concluímos, então, que os
dons são dados pelo ESPÍRITO SANTO: “Há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO
é o mesmo” (I Coríntios 12.4).
Dons do ESPÍRITO SANTO são
os instrumentos de poder que levam adiante, com sucesso, a realização e
administração do trabalho de DEUS em sua igreja.
Quando se planeja construir
uma casa e o arquiteto, construtor e especialistas são escolhidos, todas as
ferramentas e materiais necessários para a construção são trazidos e usados,
para que o projeto obtenha sucesso e seja efetuado o mais rápido possível.
Quando há um grande trabalho
a ser realizado para DEUS, os dons do ESPÍRITO SANTO são distribuídos a
diferentes cristãos dentro da igreja, o corpo de CRISTO. Esses dons
capacitam os cristãos a completar o trabalho de DEUS com responsabilidade e
eficiência; e o trabalho desenvolve-se graças ao ESPÍRITO SANTO.
Existem nove dons do
ESPÍRITO SANTO, e podem ser divididos em três grupos como segue:
1. Os dons de revelação
a. O dom da palavra da
sabedoria
b. O dom da palavra da
ciência
c. O dom de discernimento de
espíritos
2. Os dons de poder
a. O dom de fé
b. O dom de cura
c. O dom de operar milagres
3. Os dons vocais
a. O dom de línguas
b. O dom de interpretação de
línguas
c. O dom de profecia
Os dons de revelação
referem-se à comunicação sobrenatural, revelada pelo ESPÍRITO SANTO ao
coração daquele que recebe esse dom. O conhecimento de experiências e
situações de outras pessoas, que é revelado mediante esses dons, só se
tornará público quando a pessoa que recebe um ou todos esses dons decide
falar.
Os dons de poder são dons
grandiosos pelos quais o poder de DEUS se manifesta, a fim de transmitir uma
resposta miraculosa mediante uma intervenção divina, sobrenatural. Por meio
desses dons as pessoas e seu ambiente são transformados.
Os dons vocais tratam da
comunicação sobrenatural que o ESPÍRITO SANTO de DEUS revela, usando a voz
humana. Não somente a pessoa que usa os dons, mas outras ao seu redor podem
ouvir a comunicação, pois esses dons são recebidos pelos sentidos.
Todos os tipos de dons são
distribuídos às pessoas pelo ESPÍRITO SANTO, de acordo com sua própria
vontade, para o benefício e crescimento da igreja, o corpo de CRISTO.
DAVID YONGGI CHO. O ESPÍRITO
SANTO, Meu Companheiro. Editora Vida. pag. 116-119.
3. Autossuficiência e
humildade.
Utilizando Os Dons
Espirituais
1. Não são meios pelos quais
nos autoglorifiquemos. Tal atitude seria contrária ao inteiro espírito do
evangelho. Mas que tal atitude havia na igreja de Corinto é algo que fica
transparente no décimo quarto capítulo de I Coríntios.
2. Os dons espirituais visam
a edificação, e devem servir de meios para conduzir os homens na direção da
perfeição, em CRISTO (ver Efé. 4:11 e ss.).
3. Precisam ser exercidos no
ambiente do amor (ver I Cor. 13), pois o amor é maior que qualquer dom
espiritual. A nossa preocupação deveria ser: «Mediante o uso deste dom, como
posso ajudar os homens a serem transformados mais profundamente segundo a
imagem de CRISTO?» Ou então: «Como poderei servir a outros, material e
espiritualmente, pelo meu ministério caracterizado por dons espirituais?»
4. Cada membro do corpo de
CRISTO deveria possuir algum dom espiritual, e cada dom é uma função do
corpo. Paulo emprega uma metáfora baseada na fisiologia, em I Cor. 12:12-31,
a qual é mui instrutiva.
«...a graça que nos foi
dada...» Todos os dons espirituais começam e têm por base a graça de DEUS,
tal como o apóstolo dos gentios já havia demonstrado, em seu próprio caso,
porque, ao ser chamado para o apostolado, foi chamado através da dispensação
da graça de DEUS. (Ver o terceiro versículo deste mesmo capítulo). Todas as
demais funções espirituais são igualmente alicerçadas nesse propósito
divino, atuadas nos homens mediante o ESPÍRITO SANTO.
Neste ponto, a medida da fé
e. a. «graça que nos foi dada» significam essencialmente a mesma coisa.
Ambas as passagens referem-se à «graça» do ESPÍRITO, como fundamento de toda
a outorga dos dons espirituais. Aquilo que fala da fé enfatiza a base em que
a graça se desenvolve e floresce. Diz Brown (in loc.)
referindo-se ao terceiro
versículo deste capítulo: «A fé é aqui vista como a entrada e como o
canteiro de todas as outras graças, sendo assim a faculdade receptiva da
semente renovada». A própria fé, cujo início tem lugar quando da
regeneração, e que frutifica na vida cristã diária, por ser o princípio
transmissor de vida, em si mesma é uma graça de DEUS, porque é conferida aos
homens, embora sempre em cooperação com a vontade humana.
Neste versículo,
«...dons...» é tradução do termo grego «charismata»,. O vocábulo grego
técnico para todos os chamados «dons espirituais». Todos esses dons são
proporcionados e inspirados pelo ESPÍRITO SANTO, não 'se tratando meramente
das manifestações miraculosas. Paulo não entra aqui em longa descrição sobre
os dons do ESPÍRITO, e nem mesmo chega a mencionar os dons especialmente
«miraculosos», segundo faz no paralelo do décimo segundo capítulo da
primeira epístola aos Coríntios. Portanto, suas explicações são muito menos
extensas neste décimo segundo capítulo da epístola aos Romanos, simplesmente
porque o apóstolo dos gentios não foi obrigado a tentar corrigir abusos
sérios, conforme se deu no caso de sua epístola aos Coríntios.
O Uso E O Abuso Dos Dons
Espirituais
1. Quando a epístola aos
Romanos foi escrita, os dons espirituais estavam em plena atividade. Não
podemos usar o trecho de I Cor. 13:10, como texto de prova do ensino que
supostamente os dons espirituais desapareceriam dentro da era cristã, pois o
que é «perfeito»—que finalmente eliminará a necessidade de certos dons
espirituais—é a «parousia» (ou segunda vinda de CRISTO), e não o término do
cânon neotestamentário.
2. Entre os dons
espirituais, alguns são perturbadores por haverem sido imitados e abusados,
a saber, alguns dons miraculosos como as línguas, a interpretação de línguas
e os milagres de curas.
3. Em cada século, os dons
espirituais são desesperadoramente necessários para o bem da igreja, em seu
desenvolvimento (ver o que diz Efé. 4:11 e ss.); mas esses dons podem ser
exercidos segundo moldes diferentes dos do primeiro século cristão, ou em
moldes superiores àqueles de eras passadas. Estamos vivendo (minha
alternativa) exatamente esta última.
4. Foram dadas notas
completas sobre o «batismo do ESPÍRITO e os dons espirituais», incluindo o
dom das línguas, em Atos 2:4.
Quanto aos abusos,
consideremos as notas abaixo;
Os Dons, Que Fiquem Para
Sempre! Mas Cuidado Com Os Abusos
1. Paulo nos ensina a buscar
os dons (ver I Cor. 12:31).
2. Abundam, entretanto, os
abusos e as imitações.
a. A mera alma humana.
b! Existem poderes
estranhos, demoníacos e outros, que podem influenciar um homem, imitando os
dons espirituais.
c. Mas também existe a
presença do ESPÍRITO SANTO, e sua função é doar os dons espirituais, embora
estes possam funcionar em moldes diferentes dos do primeiro século, como
também possam manifestar-se de maneiras mais avançadas, do que aquelas que
até agora têm sido reconhecidas entre nós. Como poderia suceder que não
estamos envolvidos no avanço espiritual? Esse avanço nos conduzirá até à
perfeição em CRISTO, conforme formos sendo transformados em sua imagem (ver
Rom. 8:29). Isso irá sendo realizado pelo poder do ESPÍRITO (ver II Cor.
3:18), e nesse processo terminaremos maiores do que jamais foi Paulo,
dotados finalmente de poderes muito superiores aos dele. Portanto, talvez
até seja errado, ficarmos contemplando de volta ao primeiro século,
desejando a restauração nos moldes da igreja primitiva. A verdadeira fé e
uma elevada espiritualidade quiçá prefiram olhar para o futuro avanço, para
uma forma que nos faça subir acima de abusos e imitações. Que ainda não
possuímos esse tipo de fé é evidente.
Contrariamente
à ideia que diz que os dons espirituais «não são para nós», mas estavam
reservados às primeiras gerações cristãs tão somente, diz Newell (in loc.),
em excelente comentário: «Essa é uma tríplice suposição:
1. Procura
desculpar nosso próprio estado espiritual inferior;
2. pior ainda, é que
lança a culpa sobre DEUS, no que tange ao fracasso da igreja quanto a essa
particularidade; e
3. eleva o presente estado dos crentes como suficiente e
superior ao estado de coisas que prevalecia nos tempos em que o ESPÍRITO
SANTO era conhecido em seu poder».
«...profecia...» (Ver Atos
13:1 e Efé. 4:1, onde são distinguidos os «profetas» dos «mestres» cristãos
- «profetas do N.T.», ver Atos 11:27). Nas Sagradas Escrituras, os
«profetas» são as seguintes pessoas:
1. Algumas vezes são aqueles
que, em sentido muito especial, foram escolhidos para algum ministério de
revelação das verdades, através de revelações ou oráculos, conforme se
verificava no caso dos profetas do A.T. Esses profetas do A.T., quanto à sua
posição e autoridade, eram um tanto semelhantes aos apóstolos do N.T. O
oficio espiritual deles era especial. Não há razão alguma para a suposição
de que isso não pode continuar ocorrendo hoje em dia. Talvez indivíduos como
Lutero, João Wesley e tantos outros, na história da igreja, incluindo até
mesmo outros de menor envergadura, embora tenham sido elevados acima dos
mestres e ministros comuns do evangelho, possam ser chamados «profetas». São
pessoas encarregadas de alguma missão elevada, que falam com uma unção
incomum do ESPÍRITO SANTO. No sentido secundário da palavra, tais indivíduos
também podem ser chamados «apóstolos», conforme esclarecemos em Atos 14:4.
Esses «apóstolos» seriam os mais elevados dentre esses «profetas».
2. Os profetas da igreja
cristã primitiva evidentemente eram homens de considerável habilidade
psíquica, capazes de proferirem declarações inspiradas, não sendo
confundidos com os pregadores ordinários. No exercício dos dons espirituais,
ocupavam posição secundária somente em relação aos apóstolos, conforme
depreendemos de passagens neotestamentárias como I Cor. 12:28; Efé. 2:20;
3:5; 4:11 e Apo. 22:9. (Ver igualmente Atos 13:1; 15:32 e 21:9,10). Esses
profetas do N.T. exerciam seu ofício em virtude do recebimento de dons
carismáticos, e não por sanção ou nomeação oficial por parte das igrejas
locais, porquanto não há o menor laivo de evidência que a posição deles
fosse alcançada através da consagração a esse ofício. O trecho de I Cor.
14:29-39 mostra-nos que algumas vezes esses profetas se deixavam arrastar em
seu entusiasmo ao ponto de produzirem a desordem nos cultos, o que Paulo
censurou severamente.
Evidentemente surgiram
dúvidas, até mesmo naqueles dias primitivos, acerca da autenticidade dos
dons espirituais de alguns desses «profetas», ao ponto de suspeitar-se que
seus poderes procediam de fontes malignas. (Ver I João 4:1 e I Tes.
5:20,21). Os poderes sobrenaturais, manifestamente superiores àquilo que se
poderia esperar da parte das capacidades humanas normais, são sempre
difíceis de julgar quanto à sua origem exata; o máximo que podemos fazer é
aplicar as palavras do Senhor JESUS, que disse: «...pelos seus frutos os
conhecereis» (Mat. 7:20). Infelizmente, o critério moderno de julgar tais
pessoas tem degenerado ao teste que declara: «Por suas denominações os
conhecereis». Esse critério é fruto do sectarismo.
Judas e Silas, nas páginas
do N.T., são chamados «profetas» (ver Atos 14:4 e 15:32). Esses possuíam uma
inspiração superior à daqueles que falavam em línguas (ver I Cor. 14:3).
3. Os profetas, não
obstante, não profetizaram sempre e necessariamente o futuro, embora tal
função evidentemente não fosse incomum entre eles. (Ver Atos 21:4,9-11).
Nessa oportunidade, a profecia neotestamentária incluiu o conhecimento
prévio, embora isso não faça parte necessária da profecia. Entretanto, é
fenômeno comum, entre aqueles que possuem dons psíquicos, possuírem algum
discernimento quanto a alguns acontecimentos futuros. Contudo, a profecia
consiste muito mais de uma «afirmação inspirada» do que da predição do
futuro. Todavia, é muito difícil fazer a separação dessas duas funções, no
mesmo indivíduo.
Observação
minha - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva - Todo profeta profetiza, mas nem
todo o que profetiza é profeta. Ministério profeta possui dons de mensagens
futurística como o profeta Ágabo. profecias são para edificação, exortação e
consolação somente.
Não é correto supor que não pode haver profetas em nossos próprios
dias, segundo os moldes dos dias do N.T., ou segundo outros moldes.
O dom da profecia visa
especialmente a consolar e edificar a igreja, além de ter a serventia de
convencer os incrédulos presentes sobre as verdades do evangelho. A
importância do ensino foi assim salientada, porquanto um dom especial é
conferido a certos, para que se tornem mestres mais poderosos. Além disso,
não devemos supor que os «mestres» também não sejam diretamente inspirados
pelo ESPÍRITO SANTO, já que esse é um dos ministérios formados pelo ESPÍRITO
de DEUS. Contudo, esse ministério é mais sutil, menos psiquicamente
poderoso, mais geral e menos imediato; também é mais quieto e menos
espetacular, estando mais limitado ao uso inspirado dos documentos
sagrados—a Bíblia—como sua fonte, do que sucede no caso da inspiração
imediata, que não depende dos documentos escritos, conforme se dá no caso
dos profetas, (Observação
minha - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva -
não impedindo os mestres de serem usados com dons maravilhosos de DEUS, já
que JESUS era um mestre e Paulo também).
«Os profetas, que são
associados aos apóstolos como o alicerce da igreja (ver Efé. 2:20),
porquanto podem revelar a mente de DEUS, segundo me parece, em certo sentido
subordinado podem existir até os nossos dias, sendo aqueles que não
meramente ensinam e esclarecem doutrinas ordinárias e proveitosas, mas
também que, devido a uma energia especial do ESPÍRITO SANTO, podem desdobrar
e transmitir a mente de CRISTO à igreja cristã, nos casos em que esta
mostrar-se ignorante da mesma (embora tal mentalidade esteja oculta nas
Escrituras), podendo desvendar à igreja verdades bíblicas antes escondidas,
através do poder do testemunho do ESPÍRITO de DEUS, de conformidade com as
circunstâncias presentes da igreja e das espectativas futuras para o mundo.
Isso faz deles, para todos os efeitos práticos, profetas; os
quais, por isso mesmo, tornam-se uma bênção direta e uma dádiva de JESUS
CRISTO à sua igreja, quanto à sua necessidade e aparecimento, embora eles se
apeguem firmemente à Palavra, sem o que, entretanto, a igreja não possuiria
o poder dessa Palavra». (Darby, in loc.).
«...segundo a proporção da
fé...« Visto que essa expressão é um tanto obscura, tem ela recebido certa
variedade de interpretações, como segue:
1. Alguns pensam que se
trata da fé subjetiva. Diz Tholuck (irt loc.): «O profeta se mantém dentro
dos limites de seu dom profético, que lhe é atribuído pela sua
individualidade». Essa interpretação inclui igualmente a ideia de sua
própria «receptividade», ou seja, como ele se entrega para ser instrumento
para o exercício de seu dom. Cada homem tem um certo desenvolvimento em sua
espiritualidade. Portanto, cada qual exerce o seu dom de conformidade com
seu desenvolvimento espiritual, e isso de conformidade com a sua «proporção
da fé», ou seja, com a proporção de seu desenvolvimento espiritual, no que
diz respeito à função de seu ofício. Ainda uma subcategoria dessa fé
subjetiva é aquela ideia que diz que, para cada qual, DEUS tem determinado
certa medida da «graça» da «fé», ou seja, da dotação espiritual, em que cada
indivíduo labora de conformidade com a mesma. Isso concorda com o terceiro
versículo deste capítulo, bem como com a ideia geral de havermos recebido
alguma medida da «graça», que nos capacita a ministrar, devendo ser reputada
como parte da ideia aqui tencionada. Não obstante, essa «graça» não se
mostrará eficaz a menos que seja exercida com fé pessoal, e de acordo com o
desenvolvimento espiritual do indivíduo, que depende do princípio da fé. Por
essa razão é que disse Meyer (in loc.) ׳. «...de acordo com a força, a
clareza, o fervor e outras qualidades da fé que lhes tiver sido outorgada;
de tal modo que o caráter e o modo de falar se conformem com as regras e os
limites que são subentendidos na proporção de seu grau individual de fé».
2. Outros estudiosos
preferem pensar na fé objetiva, isto é, pensar haver aqui alusão à regra das
Escrituras ou revelação divina, a regra ou padrão de doutrina cristã, que é
a autoridade seguida pela igreja cristã, dependendo do ponto de vista do
intérprete. Essa seria a «analogia fidei», ou seja, o padrão de revelação,
especialmente aquele exibido nas Sagradas Escrituras. E isso significa, por
sua vez, que as profecias transmitidas por meio de quem quer que seja devem
conformar-se a esse padrão, não ultrapassando do mesmo. Paulo realmente
apelou para certos cânones fundamentais da verdade, se não mesmo a
confissões eclesiásticas formais, aplicadas às doutrinas neotestamentárias;
e com frequência esse apóstolo citava o A.T. como documento autoritativo.
(Quanto aos «cânones fundamentais da verdade, segundo Paulo», ver Gl. 1:8;
6:16; Fil. 3:16; II Tim. 3:15,16). Não obstante, não podemos incluir aqui a
«autoridade eclesiástica», ou mesmo algum cânon de fé estabelecido pelo
homem no N.T., conforme alguns intérpretes de tendências mais eclesiásticas
gostariam de fazer-nos crer, porque, ao tempo em que Paulo assim escreveu,
não havia essa autoridade estabelecida no seio da igreja neotestamentária,
além do fato que o cânon do N.T. estava longe de ficar completo.
CHAMPLIN, Russell Norman, O
Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol.
3. pag. 812-814.
A utilidade (12.6b-8). Temos
vários dons. Nesta lista, os dons são dados pelo Pai. Em I Coríntios 12, os
dons são dados pelo ESPÍRITO. Em Efésios 4, os dons são dados pelo Filho. Os
dons mencionados em Romanos 12.6-8 são divididos em duas categorias: dons de
fala (profecia, ensino e exortação) e dons de serviço (servir, contribuir,
liderança e mostrar misericórdia).
É bastante óbvio que o apóstolo não
está falando de cargos, mas de dons. Nem todo dom implica um cargo
diferente. Muitos dons não exigem nenhum cargo.
LOPES, Hernandes Dias.
Romanos: a alegria triunfante no meio das provas. Editora Hagnos. pag.
404-405.
A humildade no Uso dos Dons
de DEUS. 12:3-8.
3. Na introdução da questão
dos dons, Paulo fala da graça que lhe foi dada para capacitá-lo a ser um
apóstolo. Depois ele exorta cada um dos seus leitores a que não sejam
arrogantes, isto é, que não pensem bem demais sobre si mesmos. Ele apela
para um jogo de palavras, usando diversos termos gregos que têm a palavra
"mente" ou "pensar" como elemento básico – que não pense de si mesmo, além
do que convém (saber), antes, pense com moderação (com equilíbrio na
avaliação). Devemos fazer uma auto-avaliação quanto ao que DEUS repartiu a
cada um. Paulo aqui não fala da "fé salvadora" mas antes de "uma fé que
impulsiona uma pessoa na obra de DEUS". Só o orgulho poderia dizer: "Veja quanta fé
salvadora eu tenho". Mas é com humildade que se diz: "Eis aqui a fé que eu
tive na execução desta ou daquela tarefa particular para DEUS". Isto apenas
leva à oração, "Senhor, aumenta a nossa fé" (veja Lc. 17:5). Na lista dos
heróis da fé em Hb. 11, vemos que a medida da fé dada, corresponde à tarefa
a ser realizada.
(Observação
minha - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva -
É preciso ter fé que DEUS está nos impulsionando no exercício do dom, é
preciso fé para transmitir o que DEUS nos dá para transmitir).
4,5. O um só corpo do qual
os muitos são membros, enquanto ao mesmo tempo são, individualmente, membros
uns dos outros, é a Igreja universal, constituída de todos os crentes em
CRISTO. (Veja I Co. 10:17; 12:12, 13, 28; Ef. 1:22, 23; 2:15b, 16; 4:3-6,
11-13, 15, 16; 5:22-30; Cl. 1:17, 18, 24, 25). O símbolo do corpo descreve a
Igreja como um organismo, com cada membro recebendo vida de CRISTO (veja Cl.
3:3). Grupos locais de crentes são a manifestação local do
corpo de CRISTO, a Igreja. (veja I Co. 12:27). O corpo de CRISTO consiste da totalidade
dos crentes que estão unidos a CRISTO, a cabeça da Igreja.
6. A graça de DEUS concedida
a crentes individualmente, está comprovada nos diferentes dons. Paulo faz
uma lista dos dons e depois diz de que modo cada um deve ser usado. Em cada
caso o leitor, para entender, deve suprir o verbo, vamos usá-lo, seguido do
dom particular.
A profecia, que tem a intenção de exortar, encorajar e confortar (veja I Co.
14:3), deve ser usada no devido relacionamento, com a verdade revelada de
DEUS.
Charles F. Pfeiffer.
Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular Romanos. pag. 97-98.
(1) Porque qualquer coisa
boa que tenhamos, foi DEUS que repartiu a nós; todo dom perfeito e bom
“...vem do alto” (Tg 1.17). O que temos, que não temos recebido? E, se o
recebemos, por que nos gloriamos? (1 Co 4.7). O homem mais competente e
melhor do mundo não é mais nem melhor do que o que a livre graça de DEUS faz
dele cada dia. Quando estamos pensando em nós mesmos, devemos nos lembrar de
pensar não como temos alcançado, como se nossa força e o poder de nossa mão
tivessem adquirido esses dons, mas pensar quão generoso DEUS tem sido para
conosco, pois é Ele quem nos dá poder para fazer qualquer coisa que é boa e
nele está toda a nossa suficiência.
(2) Porque DEUS concede seus
dons em certa medida:
“...conforme a medida da
fé...". Observe: Ele chama de medida da fé a medida dos dons espirituais,
pois essa é a graça radical. O que temos e fazemos de bom é certo e
aceitável na medida em que está fundamentado na fé, e flui da fé, e não vai
além dela. Ora, a fé e os outros dons espirituais com ela são concedidos por
medida, como a Infinita Sabedoria vê que é adequado para nós. CRISTO tinha o
ESPÍRITO que lhe fora dado sem medida (Jo 3.34). Mas os santos o têm por
medida (Ef 4.7).
CRISTO, que tinha dons sem
medida, era meigo e humilde; e nós, que os temos de forma limitada, seremos
arrogantes e orgulhosos?
(3) Porque DEUS repartiu
dons tanto aos outros como a nós: “...repartiu a cada um”. Tivéssemos o
monopólio do ESPÍRITO, ou um documento que nos garantisse sermos
proprietários exclusivos dos dons espirituais, podia haver alguma base para
essa presunção; mas outros têm sua parte assim como nós. DEUS é Pai de
todos, e CRISTO, a raiz de todos os santos, de quem eles obtêm virtude; e
por isso, não é conveniente nos tornarmos arrogantes e desprezarmos os
outros, como se apenas nós fôssemos o povo de bem com DEUS e os únicos
possuidores da sabedoria. Ele ilustra esse raciocínio com uma comparação
extraída dos membros do corpo natural (como em 1 Co 12.12; Ef 4.16): “Porque
assim como em um corpo temos muitos membros...” (w. 4,5). Observe aqui: [1]
Todos os santos formam um corpo em CRISTO, que é a cabeça do corpo e o
centro comum de sua unidade. Os crentes não estão no mundo como um grupo
desordenado e confuso, mas estão organizados e unidos, já que estão unidos a
uma cabeça comum e movidos e animados por um ESPÍRITO comum a todos. [2] Os
crentes individuais são membros desse corpo, partes componentes, o que
significa que são menos do que o todo, e estão em relação com o todo,
derivando vida e vigor da cabeça. Alguns membros do corpo são maiores e mais
úteis que outros e cada um recebe vigor da cabeça de acordo com a sua
proporção. Se o dedinho recebesse tanta nutrição quanto a perna, quão
inconveniente e prejudicial seria! Devemos nos lembrar que não somos o todo;
pensamos além do que é adequado se pensamos assim; somos apenas partes e
membros. [3] “...nem todos os membros têm a mesma operação” (v. 4), mas cada
um possui seu respectivo lugar e função que lhe foi designado.
A função do olho é ver, a
função da mão é trabalhar etc. Assim também ocorre no corpo místico: alguns
são qualificados e chamados para um tipo de função; outros são, da mesma
forma, preparados e chamados para outro tipo de função. Os magistrados, os
ministros, as pessoas, em uma comunidade cristã, têm seus vários ofícios, e
não devem se intrometer uns nas funções dos outros, nem entrar em conflito
na execução de suas várias funções. [4] Cada membro tem o seu lugar e a sua
função, para o bem e o beneficio do todo e de todos os outros membros. Não
somos apenas membros de CRISTO, mas “...membros uns dos outros” (v. 5).
Permanecemos em relação uns com os outros; estamos encarregados de fazer
todo o bem que pudermos reciprocamente e agir em união para o benefício
comum. Veja isso ilustrado em detalhes em 1 Coríntios 12.14ss. Por essa
razão, não devemos ficar inchados com presunção de nossos próprios talentos,
porque, qualquer coisa que tenhamos, foi recebida, e não recebemos para nós
mesmos, mas para o bem de outros.
2. Um uso sóbrio dos dons
que DEUS nos tem concedido. Como não devemos, por um lado, estar orgulhosos
de nossos talentos, assim, por outro lado, não devemos enterrá-los. Tomemos
cuidado para que, sob pretensão de humildade e abnegação, não sejamos
vagarosos em nos colocar à disposição para o bem de outros. Não devemos
dizer: “Eu não sou nada, por isso, me sentarei e não farei nada”; mas: “Eu
não sou nada em mim mesmo e, por isso, me colocarei ao máximo na força da
graça de CRISTO”. Ele especifica as funções eclesiásticas designadas em
igrejas particulares, em cujo desempenho cada um deve pensar em cumprir o
seu próprio dever, para preservar a ordem e promover a edificação na igreja,
cada um conhecendo o seu lugar e ocupando-o. “De modo que, tendo diferentes
dons”. O seguinte raciocínio particular completa o sentido desse raciocínio
geral. Tendo dons, usemo-los. Autoridade e habilidade para a obra
ministerial são dons de DEUS.
Diferentes dons. O propósito imediato é
diferente, embora o alvo último de todos seja o mesmo, “...segundo a
graça...”, charismata kata ten charin. A livre graça de DEUS é a fonte e a
origem de todos os dons que são concedidos aos homens. E a graça que designa
a função, qualifica e dirige as pessoas e que opera tanto o querer quanto o
realizar. Havia, na igreja primitiva, dons extraordinários de línguas, de
discernimento e de cura; mas o apóstolo fala aqui daqueles que são comuns
(compare com 1 Co 12.4; 1 Tm 4.14; 1 Pe 4.10). Ele especifica sete dons em
particular (w. 6-8), os quais parecem significar várias funções distintas,
usadas pela estrutura consultiva de muitas igrejas primitivas,
principalmente as maiores. Existem dois dons gerais aqui expressos por
“profecia” e “ministério”, o primeiro sendo a função dos bispos, e o último,
a função dos diáconos (esses dois eram os únicos ofícios estabelecidos - Fp
1.1). Mas a obra particular que pertence a cada um desses podia ser, e
parece que era, dividida e distribuída por consentimento e acordo geral,
para que isso pudesse ser feito mais eficazmente, porque aquilo que é função
de todos não é função de ninguém, e aquele que é vir unius negotii - homem
de uma tarefa desempenha melhor a sua função. Assim Davi separou os levitas
(1 Cr 23.4,5), e nessa sabedoria é proveitoso se conduzir. Consequentemente,
os cinco últimos serão reduzidos aos dois primeiros. (1) Profecia, “...se é
profecia, seja ela segundo a medida da fé”. A obra dos profetas do Antigo Testamento não foi
apenas a de predizer o futuro, mas advertir o povo a respeito do pecado e
dos deveres, e serem aqueles que o lembravam a respeito do que eles sabiam
antes. “Tu tens fé? Tenham-na para ti mesmo; e
não faça dela uma regra para os outros, lembrando que a tens recebido apenas
em tua medida”.
HENRY. Matthew. Comentário
Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora
CPAD. pag. 387-388.
·...Servi uns aos outros...·
De modo geral, mas particularmente aqui devemos entender ·trabalho físico»,
isto é, a partilha de alimentos, de abrigo e de dinheiro, tal como na
hospitalidade que acabara de ser recomendada.
·...conforme o dom que
recebeu...· O trecho de Rom. 12:7 focaliza um dom de ·ministério», isto é,
boas obras na forma de esmolas, de cuidados pelos enfermos, e de
hospitalidade. Alguns crentes são especialmente dotados pelo ESPÍRITO,
tornando-se ricos em atos de caridade, dispostos à realização de serviço
bondoso, o que fazem com maneiras graciosas e corteses. Talvez alguns
médicos, enfermeiras e filantropos, quando são também crentes espirituais,
recebem tal dom, além de outros, que têm a oportunidade especial de
ministrar as necessidades físicas dos outros.
Algumas vezes tais pessoas
também recebem amplos meios financeiros capacitando-se assim de se mostrarem
generosas em alto grau. O judaísmo e o cristianismo primitivo enfatizavam
grandemente a importância das esmolas. (Atos 3:2. Comparar também com Tia.
1:27, onde a religião pura é definida como a visita aos órfãos e às viúvas,
em suas aflições, isto é, mediante a ministração às suas necessidades, além
de conservar-se o crente imaculado do mundo). Tal ministração é a prática da
regra áurea de CRISTO, uma duplicação do seu amor. Portanto, esse
ministério é apenas a concretização da lei do amor, mencionada no oitavo
versículo deste capítulo.
Este versículo,
naturalmente, não só fala do dom especial da ministração às necessidades
físicas, mas também impõe a todos os crentes o mesmo costume, ao ponto em
que suas habilidade se circunstâncias lhes permitirem a participação.
·...despenseiros...· Cada
pessoa é ímpar e tem uma missão sem igual, agora e na eternidade. (Ver Apo.
2:17). Ele recebe habilidades necessárias para o exercício apropriado de sua
missão. Também recebe os meios financeiros para poder realizar sua obra. Sua
missão o transforma no tipo de pessoa que pode realizar um serviço
específico. Um crente também pode receber várias missões; e todas as
coletivamente consideradas, visam fazer dele um indivíduo sem par. Uma
missão é um meio de expressar a graça de DEUS para com outros, pois nenhuma
missão visa apenas o benefício do próprio indivíduo. Todos os dons de DEUS
se originam em sua ·graça. Essa é a fonte de tudo de bom que possuímos.
Se nos recusarmos a contribuir, logo deixaremos de receber.
Assim, o homem que recebe mas não dá logo se tornará
inútil como despenseiro da graça de DEUS, e sua alma será estragada,
perdendo toda a similaridade com a natureza espiritual de CRISTO. O próprio
CRISTO veio para servir, e não para ser servido. (Ver Mat. 20:28).
«...multiforme graça...» No
grego, o adjetivo é ·poikilos·, «diversificado», «de muitas espécies*. A
graça divina se manifesta de muitos modos e se concretiza na vida humana de
muitas maneiras. Cada crente recebeu tal graça, e está na obrigação moral de
concedê-la a outros.
·...graça...» (*graça*, ver
Efé. 2:8). O que possuímos que não tenhamos recebido de DEUS? *Pois quem é
que te faz sobressair? O que tens tu que não tenhas recebido? e, se o
recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?» (I Cor.
4:7). Alguns agem como se o que têm fora produzido por eles mesmos.
Dom: Consideremos os pontos
seguintes a respeito: 1. Envolve qualquer coisa doada gratuitamente. 2.
Indica alguma bênção dada graciosamente por DEUS, de qualquer espécie, aos
pecadores (ver Rom. 5:15.16 e 11:29). 3. Indica a graça da salvação (ver
Efé. 2:9), mediante a qual a salvação é conferida aos homens. 4. Indica um
preparo gracioso e divino para o serviço, algum dom espiritual, alguma
operação extraordinária do ESPÍRITO SANTO (ver I Tim . 4:14) ou mesmo os
dons do ESPÍRITO SANTO (ver os capítulos doze a catorze da primeira
epistola aos Coríntios). 5. Indica a abundância de possessões físicas,
usadas para benefício alheio: ou bens materiais suficientes para que deles
possamos contribuir, embora não naquela profusão que poderíamos chamar de
«abundante». Esse é o sentido que está em foco, talvez com alguma mistura
com a quarta posição.
Esta passagem pode ser
ilustrada pela parábola dos talentos, narrada pelo Senhor JESUS, em Mat.
25:15. Alguns intérpretes acreditam que Pedro alude aqui a essa tradição,
embora tal narrativa ainda não tivesse tomado forma escrita nos evangelhos
canônicos, porquanto esta primeira epistola de Pedro foi escrita antes dos
mesmos, com a única exceção possível do evangelho de Marcos.
CHAMPLIN, Russell Norman, O
Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol.
6. pag. 156-157.
I Pe 4.10 Cada um, conforme
recebeu um dom da graça – servi uns aos outros com ele como bons
administradores da multiforme graça de DEUS. Visto que os dons da graça (em
grego: charisma) são dados pelo ESPÍRITO SANTO, eles também são chamados de
“dons do ESPÍRITO” (1Co 14.1). Este versículo presta uma importante
contribuição para a pergunta a respeito do que são os carismas e como devem
ser exercidos. O contexto demonstra que ser hospitaleiro, falar a palavra de
DEUS e exercer a diaconia são serviços dos dons da graça. É verdade que podemos “buscá-los” (1Co 14.1),
mas sempre continuarão sendo dádiva de DEUS através do ESPÍRITO SANTO.
Multiforme ela é na medida em que exerce uma obra diversificada na igreja e
em cada cristão (cf., p. ex., 1Pe 5.10). Como graça multiforme ela também é
suficiente para todas as múltiplas carências da igreja. Administradores é o
nome dado pelo próprio JESUS a seus discípulos em várias parábolas (Lc 16.1;
cf. Mt 25.14ss). Um administrador é caracterizado pelo fato de ter recebido
dádivas em confiança para o serviço, que não são de sua propriedade.
Uwe Holmer. Comentário
Esperança I Pedro. Editora Evangélica Esperança.
10. Vida na comunidade
cristã é vida de serviço aos outros. JESUS foi o Servo de DEUS, Aquele que
“não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10.45). Na Sua vida, tal
como nos mostram os Evangelhos, Ele demonstrou esse princípio, servindo ao
Seu povo e aos Seus (como ilustrado em Jo 13.1-17). Servi uns aos outros é,
assim, um chamado a sair de si mesmo e dos seus problemas, e se dedicar aos
outros.
Essa diaconia é possível
porque todos receberam dons com os quais podem servir aos outros.
Cada um deve colocar o dom que
tem a serviço de todos, porque, ao receberem dons, os cristãos se tomam
despenseiros da graça de DEUS. A charis (graça) é a fonte dos charisma
(dons, carismas). Quem os recebe, recebe graça de DEUS, e os recebe por
causa da graça de DEUS que lhes concedeu o ESPÍRITO SANTO.
A graça de DEUS, por fim, é
multiforme. Visualmente, isso seria como um cristal que reflete a luz em
vários matizes e uma sempre nova e surpreendente combinação de cores e tons.
Esse conceito é importante e tem sido desprezado na prática, muitas vezes,
pelos cristãos. Está subentendido que a questão dos dons é sempre dinâmica.
Quando a situação muda,
quando novos quadros se apresentam, Ele dará os dons de forma apropriada à
nova realidade, sempre nos surpreendendo com o Seu agir. Multiforme também
significa, para um mundo dividido como o nosso em culturas e características
regionais bastante diferenciadas, que o ESPÍRITO leva em conta essa
diversificação e trabalha dentro dela. Indispensável nas relações entre os
cristãos (também a nível internacional) é a eliminação de todo resquício de
prepotência e espírito de julgamento, e a disposição ao amor e ao serviço ao
outro como outro (respeitando-o e valorizando-o naquilo em que é diferente
de mim ou de nós).
Ênio R. Mueller. I Pedro
Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 238-239.
ELABORADO: Pb Alessandro
Silva.
Colaboradores: Escriba
Digital. (www.gospelbook.net)
Questionário
da Lição 1 - E deu
dons aos homens
Responda
conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2014 - CPAD - Para
jovens e adultos
Tema:
Dons Espirituais e Ministeriais - Servindo a
DEUS e aos homens com poder extraordinário
Complete os
espaços vazios e marque com "V "as respostas verdadeiras e com
"F "as falsas
TEXTO
ÁUREO
1- Complete:
“Pelo que diz: Subindo ao
______________________, levou _______________________ o cativeiro e deu _________________________ aos homens” (Ef
4.11).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Os ____________________ são dádivas
divinas para __________________ cumprir sua missão até que o
_________________ venha
busca-la.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
3- Como a Bíblia de
Estudo Pentecostal define "dons” e para que servem?
( ) Como
“manifestações sobrenaturais concedidas da parte do ESPÍRITO SANTO, e que
operam através dos crentes, para o seu bem comum".
( ) Além de auxiliar
o Corpo de CRISTO no exercício da grande Comissão, os dons divinos subsidiam
os santos para que cheguem à unidade da fé (Ef 4.12,13).
I - OS DONS NA BÍBLIA
4- Como eram os dons
no Antigo Testamento e de qual palavra se originam?
( ) O Dicionário
Bíblico Wycliffe mostra que há várias palavras hebraicas que significam
"dádiva".
( ) A origem dessas
palavras está na raiz hebraica nathan, que significa "dar".
( ) Podemos afirmar
que no Antigo Testamento há vislumbres dos dons divinos concedidos a pessoas
peculiares como reis, sacerdotes, profetas e outros.
( ) Todavia, os dons
divinos não estavam acessíveis ao povo de DEUS da Antiga Aliança como
observamos no regime da Nova Aliança.
5- Como eram os dons
ao longo do Novo Testamento e de qual palavra se originam?
( ) O Dicionário
Bíblico Wycliffe informa ainda que ao longo do Novo Testamento a palavra
"dom" aparece com diferentes significados, que se relacionam ao verbo grego
didomi.
( ) Este verbo
representa o sentido ativo da palavra "dar" em Filipenses 4.15.
( ) Na Nova Aliança,
os dons de DEUS estão disponíveis para que a Igreja, em nome de JESUS,
promova a libertação dos cativos, ministre a cura aos doentes e proclame a
salvação do homem para a glória de DEUS.
( ) O Novo Testamento
também deixa claro que todos os crentes têm acesso direto a DEUS através de
CRISTO JESUS e, por isso, podem receber os dons do ESPÍRITO.
6- Para sermos mais
didáticos e eficientes no estudo a respeito dos dons, em quais partes
devemos dividir este assunto?
( ) Em três
categorias principais: Dons de Serviço, Dons Espirituais e Dons
Ministeriais.
( ) Esta divisão
acompanha a classificação dos dons conforme se encontra nas epístolas
paulinas aos Romanos, I Coríntios e Efésios, respectivamente.
( ) Insistimos,
porém, que esta classificação é apenas um recurso didático, pois quando o
apóstolo expõe o assunto em suas cartas, ele não parece querer exaurir os
dons em uma lista, antes, preocupa-se em exortar os irmãos a buscá-los e
usá-los para encorajar, confortar e edificar a Igreja de CRISTO, bem como
glorificar a DEUS e evangelizar o mundo.
II - OS DONS DE
SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS.
7- Quais são os Dons
relacionados ao serviço cristão e onde estão listados?
( ) Em Romanos 12 o
apóstolo Paulo admoesta a igreja, lembrando-a de que o membro do Corpo de
CRISTO não pode se achar autossuficiente.
( ) Assim como um
membro do corpo humano depende dos outros para exercer a sua função, na
igreja necessitamos uns dos outros para o fortalecimento da nossa vida
espiritual e comunhão em CRISTO.
( ) Por isso, a
categoria de dons apresentada em Romanos 12 traz a ideia da manutenção dessa
comunhão dos santos, pois ao falarmos de serviços, subentende-se que quem
serve está prestando um serviço para alguém.
( ) Observe os dons
de serviço listados por Paulo em Romanos: Ministério (oficio diaconal),
exortação (encorajamento), repartir, presidir e exercer misericórdia.
( ) Note que esses
dons estão relacionados com uma ação em prol do outro, do próximo.
( ) Portanto, se você
tem um dom, deve usá-lo em benefício da Igreja de CRISTO na Terra.
8- Quais os dons
espirituais e como Paulo os vê?
( ) "Acerca dos dons
espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes".
( ) Os dons listados
em I Coríntios 12 são: Palavra da sabedoria; palavra da ciência; fé; curas;
operação de maravilhas; profecia; discernimento de espíritos; variedades de
línguas; interpretação de línguas.
( ) Apesar de as
manifestações sobrenaturais pertencerem ao mundo espiritual, isto é, a uma
categoria particular da experiência religiosa do crente, o apóstolo Paulo
desejava que as igrejas, e em especial a de Corinto, conhecessem algumas
considerações importantes sobre os dons espirituais.
9 - Qual era a
característica predominante em Corinto, segundo o Comentário Bíblico Beacon
(CPAD), apesar dos dons ali operantes?
( ) Era a vida
pregressa dos membros envolvidos com idolatria.
( ) Muitas
manifestações espirituais na igreja lembravam a experiência mística das
religiões de mistérios.
10- Os coríntios
precisavam ser ensinados de forma correta sobre a existência dos dons e de
sua utilização dentro do culto e fora dele. Por que devemos ensinar sobre os
dons?
( ) À luz da Palavra
de DEUS, devemos ensinar a respeito dos dons espirituais para que a igreja
seja edificada.
( ) A Bíblia traz os
ensinos corretos sobre o uso dos dons, e se há distorções nessa esfera,
estas acontecem por algumas igrejas não ensinarem de forma correta o que a
Bíblia diz.
( ) Isso contribui
para o surgimento do fanatismo religioso, da corrupção doutrinária dos
movimentos estranhos e de muitas heresias.
( ) Portanto, o
ensino correto das Escrituras nos orienta sobre a forma adequada da
utilização dos dons e previne o surgimento de práticas condenáveis no culto.
11- O que a Bíblia
ensina sobre os dons ministeriais?
( ) A Epístola de
Paulo aos Efésios classifica os dons ministeriais assim: Apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e doutores.
( ) Os propósitos de
o Senhor concedê-los à Igreja, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, são,
em primeiro lugar, capacitar o povo de DEUS para o serviço cristão; em
segundo, promover o crescimento da igreja local; terceiro, desenvolver a
vida espiritual dos discípulos de JESUS.
( ) O Senhor deu a
sua Igreja ministros para servi-la com zelo e amor.
( ) O ensino do Novo
Testamento acerca do exercício ministerial está ligado a concepção
evangélica de serviço, jamais à perspectiva
centralizadora e sacerdotal do Antigo Testamento.
III - CORINTO: UMA
IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)
12- Os dons são
importantes?
( ) O apóstolo Paulo
faz questão de tratar desse assunto com os crentes de Corinto que estavam
supervalorizando alguns dons em detrimento de outros.
( ) Precisamos
resgatar a noção de serviço que JESUS CRISTO ensinou nos Evangelhos, pois
todos os dons vêm diretamente de DEUS para melhor servirmos à igreja de
CRISTO.
13- Qual o argumento
utilizado pelos
Cessacionistas
(pessoas que defendem a errônea ideia de que os dons espirituais cessaram no
primeiro século) para não admitirem os dons na atualidade?
( ) Dizem que os
crentes pentecostais tendem a se achar superiores uns aos outros por terem
algum dom.
( ) Lamentavelmente,
isto é verdade em muitos lugares.
14- O que a Bíblia
ensina sobre a diversidade dos dons?
( ) O que mais nos
chama a atenção na lista de dons apresentada por Paulo em 1 Coríntios 12 não
são os nove dons, mas a diversidade deles.
( ) Isto denota a
unidade da Igreja de CRISTO, mas simultaneamente a sua multiplicidade.
( ) O Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento tem razão quando fala que "talvez Paulo
tenha selecionado estes noves dons por serem adequados à situação que havia
em Corinto".
( ) Se compararmos a
lista de 1 Coríntios com Romanos e também Efésios, veremos que outros dons
são relacionados de acordo com as necessidades de cada igreja local.
15- Como devem ser a
autossuficiência e humildade na vida daquele que é usado em dons?
( ) Os dons
espirituais são concedidos aos crentes pela graça de DEUS, e não por méritos
pessoais.
( ) Não podemos
orgulhar-nos e portar-nos de modo arrogante e autoritário no exercício dos
dons, mas com humildade e temor a DEUS.
( ) Não devemos usar
o dom que DEUS nos deu com orgulho, visando à exaltação pessoal. Isto é
pecado contra o Senhor e contra a Igreja!
( ) Use o dom com um
coração sincero e transbordante de amor pelo próximo..
( ) Não foi por acaso
que o capitulo 13 (Amor) de 1 Coríntios foi colocado entre o 12 (dons) e o
do 14 (língua e profecia).
CONCLUSÃO
16- Complete:
O estudo dos
_____________________________ de
DEUS aos homens é amplo e nos apresenta recursos pelos quais podemos ___________________
ao Senhor e a sua Igreja. Esses _____________________ são para os nossos
dias, pois não há na Bíblia nenhum versículo que diga que os
_________________________ espirituais deixaram de existir
com a morte do último apóstolo. Portanto, busquemos os ______________________
do ESPÍRITO SANTO, pois estão à nossa disposição. Eles são um exemplo da
________________________________ graça de DEUS em dispensar instrumentos
________________________________ para a Igreja na
história.
RESPOSTAS DO
QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AJUDA
CPAD
- http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS
da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA
ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb.
- Orlando Boyer - CPAD
Bíblia
de estudo - Aplicação Pessoal.
CHAMPLIN,
R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por
Versículo. (CPAD)
STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
O
NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Dicionário
Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.
Dicionário
Vine antigo e novo testamentos - CPAD.
James, por Hendrickson Publishers - Edição
Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. Oswaldo Ramos.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia.
Êxodo. pag. 2.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon.
Editora CPAD. Vol. 1. pag. 141.
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/
http://www.gospelbook.net
www.ebdweb.com.br
http://www.escoladominical.net
http://www.portalebd.org.br/