22 outubro 2025

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Escrita Lição 5, Betel, Rute, Lições De Lealdade, O Caminho Da Redenção, 4Tr25, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 5, Betel, Rute, Lições De Lealdade, O Caminho Da Redenção, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 



ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A ORIGEM DE RUTE

1.1- Rute, a companheira  

1.2- Uma história de amizade  

1.3- O início da história  

2- RUTE FOI RECOMPENSADA POR SUA FIDELIDADE

2.1- A bênção da lealdade   

2.2- Rute e Orfa   

2.3- A convicção de quem sabe o que quer  

3- O REMIDOR

3.1- Boaz, o remidor  

3.2- Boaz e Rute   

3.3- A recompensa de Rute e Noemi  

 

TEXTO ÁUREO

"Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti. Porque aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS", Rute 1.17.

 

VERDADE APLICADA

Uma das marcas que caracteriza o discípulo de CRISTO é a fidelidade a DEUS, a qual se expressa nos relacionamentos interpessoais.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Conhecer a origem de Rute

- Reconhecer o valor da fidelidade

- Ressaltar que DEUS levanta remidores

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - RUTE 1.14-17

14. Então levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra, porém

Rute se apegou a ela.

15. Pelo que disse: Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta tu também após a tua cunhada.

16. Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti. Porque aonde pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.

17. Onde quer que morreres, morrerei eu, e ali serei sepultada; faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.

18. Vendo ela, pois, que de todo estava resolvida para ir com ela, deixou de lhe falar nisso.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda Rt 1.14 Rute Prossegue, E Orfa Volta Por Falta De Visão.

Terça Rt 2.2,3 DEUS Exaltou Rute Na Sua Humildade.

Quarta Rt 4.13-22 DEUS Concede Um Filho A Rute

Quinta Mt 1.5 Rute Passa A Fazer Parte Da Genealogia De JESUS.

Sexta 1co 4.2 Rute Foi Decidida E Achada Fiel Ao Seu Chamado.

Sábado Hb 10.38,39 A Fé Levou Rute A Não Retroceder.

 

HINOS SUGERIDOS - 459, 564, 597

 

MOTIVO DE ORAÇÃO - Ore para que sejamos fiéis a DEUS e aos

nossos semelhantes.

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – LIVROS E REVISTAS ANTIGAS

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A genealogia de Rute e Boaz é: Boaz casou-se com Rute e eles tiveram um filho chamado Obede. Obede foi o pai de Jessé, e Jessé foi o pai do rei Davi. Portanto, a linhagem de Rute e Boaz inclui o rei Davi e, posteriormente, Jesus Cristo. 

·        Rute e Boaz: Rute, uma viúva moabita, casou-se com Boaz, um parente de Elimeleque (marido falecido de Noemi). 

·        Obede: Eles tiveram um filho chamado Obede, que foi criado por sua avó, Noemi. 

·        Jessé: Obede foi o pai de Jessé. 

·        Davi: Jessé foi o pai do rei Davi. 

·        Jesus Cristo: Davi é um antepassado de Jesus Cristo. 

 

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Lição 10: Rute 1 – A Emigração Para Moabe e o Retorno a Belém | 1° Trimestre de 2023 | EBD PECC - (Programa de Educação Cristã Continuada - Tema: JUÍZES E RUTE – Historias do Passado; Alerta para o Presente | Escola Bíblica Dominical

 

TEXTO ÁUREO

“Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.” Rt 1.1

 

LEITURA BÍBLICA COM TODOS - Rute 1.6-22

 

VERDADE PRÁTICA

As tragédias humanas jamais podem anular os soberanos propósitos de DEUS.

 

ESBOÇO

INTRODUÇÃO
I- O LIVRO DE RUTE Rt 1.1
1- Nome Rt 1.4
2– Autor e Data Rt 4.17
3– Drama da fome e da emigração Rt 1.1
II- O DRAMA DA MORTE E DA VIUVEZ Rt 1.3-5
1- Morte do esposo Rt 1.3
2– Casamento dos filhos Rt 1.4
3– O drama das três viúvas Rt 1.5
III- O RETORNO PARA BELÉM Rt 1.6-22
1– Noemi, Orfa e Rute iniciam o retorno Rt 1.6
2– A lealdade de Rute Rt 1.16
3– A chegada em Belém Rt 1.19
APLICAÇÃO PESSOAL

 

Devocional Diário

Segunda – Rt 1.6
Terça – Rt 1.9
Quarta – Rt 1.10
Quinta – Rt 1.15
Sexta – Rt 1.19
Sábado – 1.22


Hinos Da Harpa: 141 – 193

 

INTRODUÇÃO

Rute é um pequeno livro, absolutamente encantador. Além disso, é um livro essencialmente humano que traz histórias com características de realidades da vida com que facilmente o leitor se identifica. Nele veremos a providência de DEUS guiando pessoas comuns e improváveis em direção a um plano glorioso e eterno. No primeiro capítulo, o escritor relata com poucas palavras a história de uma família que foi para Moabe. Lá, o pai da família morreu, os filhos que casaram com moabitas também faleceram. Noemi, ao ouvir que havia alimento na sua terra, decidiu, juntamente com suas noras, voltar para Belém de Judá.

 

I- O LIVRO DE RUTE (Rt 1.1)

1- Nome (Rt 1.4)

Os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.

Rute significa “companheira”. O livro leva seu nome e, nele, é mencionada doze vezes e uma vez em Mateus 1.5. Ela é uma das mulheres mais importantes da Bíblia.

 

2- Autor e Data (Rt 4.17)

As vizinhas lhe deram o nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.

A autoria do livro de Rute é atribuída, por muitos estudiosos, a Samuel, por entenderem que o estilo literário e linguístico se assemelha aos livros de Juízes e Samuel, dos quais é autor. No entanto, há aqueles que datam a produção do livro no período da monarquia, pois seu autor tinha conhecimento de Davi como rei (Rt 4.17,22). A história da família de Elimeleque deu-se no período dos Juízes, talvez nos dias de Gideão, possivelmente, na última metade do século XII a.C.

 

3- Drama da fome e da emigração (Rt 1.1) 

Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.

O livro de Rute inicia-se com a história de uma família belemita do tempo dos juízes que, pela escassez de alimento, saiu de Belém de Judá para morar nas terras de Moabe, a uma distância de 80 km a leste do mar Morto. Belém era uma cidade cerca de oito quilômetros ao sul de Jerusalém. Seu nome significa “casa do pão”, nome que aponta para a in­comum fertilidade daquela região para o plantio de cereais (como o esclarece o capítulo 2 do livro de Rute). Também destaca que a fome não era comum.

Devia-se, em parte, as pilhagens associadas com o período caótico dos juízes. A invasão midianita no período de Gideão, por exemplo, destruiu a lavoura e o gado. Mudar de cidade é uma coisa dispendiosa e inquietante. Implica arrancar raízes e deixar amigos e vizinhos. Procurar uma nova casa, estabelecer uma nova vizinhança e conhecer outras pessoas. Para essa família, a emigração foi um verdadeiro “terremoto”.

 

II- O DRAMA DA MORTE E A VIUVEZ (Rt 1.3-5)

1- Morte do esposo (Rt 1.3) 

Morreu Elimeleque, marido de Noemi; e Ficou ela com seus dois Filhos

A morte, em certo sentido, é um dos acontecimentos mais naturais da vida. Todos os homens são mortais e têm um tempo de permanência limitado aqui na terra. A morte, inexoravelmente, lembra o homem de sua fragilidade e limitação e faz parte da vida do homem desde a Queda. Todavia, a morte de uma pessoa jovem tem um tom de tragédia. Para Malom e Quiliom, certamente, e também para Elimeleque, a morte chegou cedo na vida, e Noemi ficou desamparada de seu marido e seus dois filhos muito cedo.

 

2- Casamento dos filhos (Rt 1.4) 

Os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.

Uma luz de esperança brilha para Noemi, o casamento de seus filhos Malom e Quiliom com mulheres moabitas, Orfa e Rute. Os casamentos, nos tempos bíblicos, eram especialmente muito festivos para os pais e noivos. Dentre outras razões, uma é especial para os pais: era a possibilidade de o casal ter filhos homens, e assim, dar continuidade a linhagem familiar, garantindo a manutenção das suas famílias e propriedades.

Não havia tragédia maior para uma família do que ter o seu nome extinto por não ter um herdeiro. Todavia, a sequência dos fatos mostra novos eventos trágicos que põem fim as esperanças de Noemi: seus dois filhos morrem sem gerar descendentes. Sobre a menção do tempo, “ficaram ali quase dez anos”, o entendimento para muitos estudiosos é que tais anos abrangem o tempo de permanência da família em Moabe.

 

3- O drama das viúvas (Rt 1.5) 

Morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido.

Agora, a família de Elimeleque está sem a segunda e a terceira gerações. Diante de uma tragédia assim, não há palavras de consolo. Vale observar que já a partir do verso 3, o escritor muda a forma de referir-se aos homens da família: Elimeleque, agora passa a ser referido como o esposo de Noemi. Naquele tempo, esse era um modo incomum de se referir a um homem e sua mulher; e mais, quanto aos filhos, até então a expressão ”filhos dele’’: agora e “filhos dela”.

Tais mudanças de tratamento indicam a transferência da responsabilidade do pai, agora morto, para a mãe, viúva A partir de então, o foco passa a ser Noemi e Rute, não mais Elimeleque. A semelhança de tantas bravas mulheres que, sozinhas, por serem viúvas ou “viúvas de maridos vivos”, precisam assumir, ajudadas por DEUS, a excepcional responsabilidade de liderança e provisão do lar.

 

III- O RETORNO PARA BELÉM (Rt 1.6-22)

Noemi não tem mais motivos para ficar em Moabe, e ela diz às suas noras que está voltando para casa. Ela sabe que a vida de uma viúva e estrangeira em Israel é muito difícil; e então, compele suas noras a ficarem. Orfa concorda; Rute, não. O capítulo termina com Noemi propondo mudar o seu nome para Mara, que significa amargura, representando melhor o seu destino trágico.

 

1- Noemi, Orfa e Rute iniciam o retorno (Rt 1.6) 

Então, se dispôs ela com as suas no­ras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o Senhor se lembrará do seu povo, dando-lhe pão.

Enfim, Noemi ouviu a boa notícia de que o Senhor se lembrará do Seu povo, dando-lhe pão. Depois das mortes e da pré-condição de extinção da família, Noemi, ao ouvir essa notícia, inicia-se um novo período para redirecionar a sua vida. Observe o movimento dela nos textos a seguir: “Então se dispôs ela… voltou da terra de Moabe” (Rt 1.6,7). Agora, ela tem o domínio da decisão e faz o caminho de volta para Belém, “a casa do pão”. Por sua atitude, Noemi mostra que sua fé em DEUS se mantivera viva para seguir em frente, e então, lidera o êxodo do lugar onde estava, e suas noras a seguiram.

As três mulheres seguem estrada afora, quando inesperadamente, Noemi súplica as suas noras: “Ide, voltai cada uma a casa de sua mãe”. Pode-se inferir que, enquanto caminhava, Noemi refletia sobre o futuro de suas noras e não desejava que elas se sacrificassem por causa dela. Em Belém, ela não poderia garantir que elas tivessem um lar; mas em Moabe, na casa dos pais, elas teriam maior probabilidade de se casarem novamente. Noemi deseja a bênção do Senhor sobre elas, e disse: Que o Se­nhor use convosco de benevolência“.

E ainda, pede que o “Senhor lhes dê que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido”; isto é, que o Senhor as guiasse a novos casamentos, para seguirem suas vidas felizes e em segurança. Assim, Noemi colocou suas noras nas mãos de DEUS e despediu, beijando Orfa e Rute; e choraram em voz alta. Dada a intensa emoção, pode-se intuir que as três mulheres choraram, como em uma lamentação de luto.

Pelas circunstâncias, talvez elas nunca mais iriam se ver novamente. Todavia, Orfa e Rute, declararam lealdade à sogra quando disseram que pretendiam voltar com ela para o seu povo, e esperavam que Noemi aceitasse a decisão delas. Assim acontece a primeira conversa entre as mulheres, no caminho de retorno.

 

2- A lealdade de Rute (Rt 1.16) 

Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo e o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.

Noemi tenta novamente convencer Rute e Orfa a voltarem para Moabe. Com um forte argumento: ”Sou velha demais para ter marido. Ainda quando eu dissesse: tenho esperança ou ainda que está noite tivesse marido e houvesse filhos, esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Abster-vos fez de tomar­des marido?” E prossegue: “Não, filhas minhas! Porque, por vossa causa, a mim me amarga o ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão.”(1.13).

Novamente as mulheres choram em voz alta, mas desta vez, “Orfa, com um beijo se despediu de sua sogra” e “voltou ao seu povo e aos seus deuses”; foi para casa de sua mãe. Diferentemente, Rute se apegou a sua sogra, decidida a ficar junto dela, numa manifestação de profundo vínculo emocional e de lealdade. Rute fala pela primeira vez na história, fazendo declarações lapidares de amor, companheirismo e fidelidade a sua sogra. Para ela, vol­tar era abandonar Noemi e deixá-la mais vulnerável ainda.

Então, afirma que iria seguir e viver com ela; que estava disposta a renunciar a sua ter­ra natal e aos seus deuses e identificar-se com o povo e o DEUS dela; que permaneceria pelo resto da vida com ela e que até mesmo seria sepultada na mesma sepultura. E finaliza com seu compromisso resoluto, em nome do DEUS de Israel: “Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não
seja a morte me separar de ti” (1.17). A Partir daquele ponto, ambas seguiram caminho para Belém de Judá.

 

3- A chegada em Belém (Rt 1.19) 

Então, ambas se foram, até que chegaram a Belém; sucedeu que, ao chegarem ali, toda a cidade se comoveu por causa delas, e as mulheres diziam: Não é esta Noemi?

Os detalhes da viagem não são contados. Todavia, ao chegarem ali, à porta da cidade, Noemi e Rute entraram em Belém e, juntas, iniciaram uma nova fase de vida. Elas são recebidas pela cidade, que se comoveu ao ver Noemi abatida física e emocionalmente, sem o marido e filhos. As mulheres que a recebiam com entusiasmo também lhe trouxeram muitas recordações, inclusive do significado do seu nome – “agradável ou bela”: As lembranças de um passado feliz eram incompatíveis com a vida, no presente.

Tudo isso contribuiu para uma reação abrupta de Noemi “Não me chameis Noemi” (agradável); um nome que não combinava com o que ela sentia. Noemi queria mesmo era ter um nome que refletisse sua profunda dor emocional e exigiu que a chamassem de Mara, que significa amarga. Ela compara a sua condição do passado com o presente, dizendo: “Ditosa eu parti, porém o Senhor me fez voltar pobre”. Para demarcar o tempo em que a volta de Noemi ocorreu, o escritor menciona a colheita da cevada.

Lembre-se que este primeiro capítulo começa dizendo que houve uma fome na terra (v.1) e termina com o registro da abundância trazida pelo começo da sega da cevada. ”Assim, voltou Noemi da terra de Moabe, com Rute, sua nora, a moabita; e chegaram a Belém no princípio da sega da cevada” (Rt 1.22).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Fé e a confiança de que DEUS é fiel em todas as circunstâncias. Só Ele pode transformar os nossos infortúnios em bênçãos, segundo o Seu eterno propósito.

 

RESPONDA

Quais são as três personagens no livro de Rute? R. Rute, Orfa e Noemi
2) Qual o significado do termo Belém? R. Seu nome significa “casa do pão”
3) Como Noemi queria ser chamada, quando de seu retorno a Belém? R. Exigiu que a chamassem de Mara

 

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Lição 11: Rute 2 – Rute Encontra Boaz |  1° Trimestre de 2023 | EBD – PECC

 

TEXTO ÁUREO

“O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do Senhor, DEUS de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio.” Rt 2.12

 

LEITURA BÍBLICA COM TODOS

Rute 2.1-23

 

VERDADE PRÁTICA

A providência divina toma forma na vida do crente por meio das ações humanas e é assim que podemos ver que a graça de DEUS tem um rosto humano.

 

ESBOÇO

INTRODUÇÃO
I- UM ENCONTRO CASUAL Rt 2.1-7
1– Rute colhe alimento Rt 2.2
2– Um encontro “por casualidade” Rt 2.3
3– Boaz conversa com o encarregado Rt 2.6
II- BOAZ TRATA BEM RUTE Rt 2.8-17
1– Boaz conversa com Rute Rt 2.8
2– Convida Rute para o almoço Rt 2.14
3– A orientação de Boaz aos servos Rt 2.1s
III- RELATÓRIO DO DIA Rt 2.18-23
1– Rute faz relatório a Noemi Rt 2.18
2– A Conversa de Noemi e Rute Rt 2.20
3– O fim da colheita Rt 2.23
APLICAÇÃO PESSOAL

 

Devocional Diário

Segunda – Rt 2.2
Terça – Rt 2.3-4
Quarta – Rt 2.8-14
Quinta – Rt 2.15-17
Sexta – Rt 2.18-20
Sábado – Rt 2.21-23


Hinos Da Harpa: 61-369

 

INTRODUÇÃO

O novo episódio da história contada no capítulo dois de Rute é regado de eventos surpreendentes, que começam com a apresentação de um novo personagem. A decisão de Rute de ir ao campo para respi­gar a fez correr riscos, mas lhe abriu muitas possibilidades. Ela encontrou quem lhe favorecesse, colheu alimento, fez amizade, adquiriu status. Sob as asas do DEUS de Israel, Rute recebe uma porção da paga por sua lealdade a Noemi, por meio do seu benfeitor, Boaz (2.8,12). Um novo dia trará novidades.

 

I- UM ENCONTRO CASUAL (Rt 2.1-7)

1- Rute colhe alimento (Rt 2.2) 

Rute, a moabita disse a Noemi: deixa-me ir ao campo, e apanharei es­pigas atrás daquele que me favore­cer. Ela lhe disse: Vai, minha filha!

Um novo dia surge para as duas viúvas; Noemi fala sobre um parente de Elimeleque, Boaz, que terá um papel importante na história. O nome dele tem o sentido de “proeminente homem de bem”. Noemi contempla os campos de cevada que confirmavam a notícia que ouvira, ainda em Moabe, que DEUS visitará Seu povo, dando-lhe pão (Rt 1.6). Rute a ouvia e ponderava em qual dos campos ela poderia ser favorecida para adquirir alimento. Por ser moabita, Rute talvez nao tinha conhecimento que o pobre, a viúva, o órfão e o estrangeiro ti­nham o direito de colher os grãos nas bordas dos campos e também para recolher o que os segadores deixavam nas eiras, conforme determinava a lei de Israel (cf. Lv 19. 9- 10; Dt 24.19). Ela pediu permissão a Noemi para apanhar espigas no campo que lhe fosse permitido, ao que Noemi consentiu: “Vai, minha filha!” Rute foi, chegou ao campo e respigava após os segadores.

 

2- Um encontro “por casualidade” (Rt 2.3) 

Ela se foi, chegou e apanhava após os segadores por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, a qual era da família de Elimeleque.

Rute, por “casualidade”, entrou no campo que pertencia a Boaz. De pronto, a cena mostra o controle soberano de DEUS sobre as questões humanas. DEUS a estava guiando para o campo certo. Para não restar dúvida, tem-se mais uma pista da providência divina: Boaz era do mesmo clã que Elimeleque (2.1). Agora Rute estava no campo de propriedade de Boaz. Os sentidos de compromissos, de lealdade e de deveres de família agora pairam sobre o campo de cevada, mas falta acontecer o encon­tro dos personagens.

De repente, eis que Boaz veio de Belém (v.4). A chegada de Boaz ao mesmo local onde Rute estava é indício da providência divina. Boaz chegou e saudou seus trabalhadores, dizendo: “O Senhor seja convosco”. Ao que os ceifeiros responderam: “O Senhor te abençoe”. Essa saudação, embora costumeira, deixa uma sutil sugestão de que, “por casualidade” mencionada no verso 3, afirma a presença de Jeová entre eles, bem como sobre o trabalho, o campo e o que aconteceria a seguir.

 

3- Boaz conversa com o encar­regado (Rt 2.6) 

Respondeu-lhe o servo: Esta é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe.

A visita de Boaz ao seu campo foi para inspecionar o progresso da colheita e incentivar os trabalhadores. Mas ao identificar a presença de uma moça, quis saber quem era. Então perguntou ao encarregado: “De quem é esta moça?”(v.5). O uso “De quem” ao invés de “quem” expressa o desejo de Boaz de saber a identidade de Rute, se era empregada de um outro proprietário de campos vizinhos, ou a qual família ou clã ela pertencia. A resposta do encarregado mostra que era moça moabita que viera com Noemi de Moabe, uma jovem senhora de uns vinte e cinco anos de idade, possivelmente. Ao referir-se como uma moabita, indica os riscos que ela poderia passar por ser estrangeira e estar no campo a respigar (vs. 9,15,16), como observado mais tarde por Noemi (v. 22). Ele mostra então que Rute era conhecida pela sua identidade étnica, pela associação com Noemi e ter vindo com ela de Moabe. Mesmo não sabendo o nome, o encarregado deu indícios de que Rute tinha um lar.

 

II- BOAZ TRATA BEM RUTE (Rt 2.8-17)

1- Boa conversa com Rute (Rt 2.8) 

Então, disse Boaz a Rute: Ouve, minha filha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas servas.

Então, Boaz falou atenciosa­mente com Rute e a tratou de “minha filha.” A partir daquele momento, ela estava autorizada a rebuscar onde quisesse, e ele ainda deu ordens aos servos que não lhe trocassem de campo. Rute ficaria na companhia das servas e, se fossem trabalhar em outro campo, que fosse com elas: e foi assim que sucedeu, até finalizar a colheita da cevada e do trigo (v.23).

Ao ser permitido respigar após as servas, Rute colheria mais do que grãos se o fizesse nas bordas dos campos. Além desse privilégio, Rute poderia beber da água que era trazida para os trabalhadores daquele campo. Diante dos atos de bondade de Boaz, Rute se inclinou com o rosto rente ao chão e exclamou: “Como é que me favoreces e fazes caso de mim, sendo eu estrangeira?”.

Ele disse, revelando que alguém havia lhe contado da dedicação dela a Noemi, que ela havia deixado o pai, a mãe e a segurança da terra na­ tal, arriscando vir morar em meio a um povo que não conhecia bem. Naquele dia, no campo de cevada, esse encontro foi a primeira situação de alegria que Rute viveu desde a morte de seu esposo em Moabe.

 

2- Convida Rute para o almoço (Rt 2.14) 

A hora de comer, Boaz lhe disse: Achega-te para aqui, e come do pão, e molha no vinho o teu bocado. Ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu grãos tostados de cereais; ela comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou.

Boaz convidou Rute para almo­çar com ele e os trabalhadores, ela aceitou, assentou-se ao lado dos segadores e ele mesmo lhe serviu grãos tostados. Dá a entender que a quantidade de grãos foi generosa, pois ela comeu, saciou a fome e guardou a sobra. Ao lhe servir aqueles grãos, Boaz mostra mais um sinal de bondade e que Rute encontrou um benfeitor muito generoso. Rute, igualmente, mostrou sua generosidade, ao guardar um pouco do seu almoço para uma pessoa que lhe era especial (v.18).

Ali ela sentava-se como membro de uma importante família israelita (2.1). Aliás, contrariando os costumes hebraicos antigos, ela foi servida por ele, que precisou se levantar para servi-la. Não é difícil ver a mão de Jeová, como o provedor, na retaguarda dos atos gene­rosos de Boaz.

 

3- A orientação de Boaz aos servos (Rt 2.15) 

Levantando-se ela para rebuscar, Boaz deu ordens aos seus servos dizendo: Até entre as gavelas deixai-a colher e não a censureis.

Atento aos movimentos de Rute, assim que ela se voltou a rebusca Boaz deu ordens a seus servos que não a repreendessem quando ela estivesse respigando entre as espigas já cortadas e que também ao fazerem os feixes, dei­xassem porções de espigas para ela recolher. Assim, deixou claro para os servos que Rute tinha a permissão irrestrita para rebuscar entre os feixes. Portanto, os servos não poderiam nem reclamar dela, pois o ato da autorização de Boaz foi além da exigência legal.

Naquele resto do dia, Rute respigou até o fim da tarde, amarrou os seus febres e os levou para a eira onde debulhou e preparou para le­var. Apesar do tempo de espera pela permissão, a quantidade de grãos colhidos foi de quase um efa, aproximadamente 22 litros de cevada, cerca de 13kg, o equivalente ao salário de metade de um mês, em um dia.

 

III- RELATÓRIO DO DIA (Rt 2.18-23)

1- Rute faz relatório a Noemi (Rt 2.18) 

Tomou-o e veio à cidade: e viu sua sogra o que havia apanhado; também o que lhe sobejara depois de fartar-se tirou e deu a sua sogra.

No fim daquele dia, Rute retornou à cidade com tudo que colhe­ra sobre os ombros. Sua sogra viu que a quantidade de cevada que Rute trouxe era superior ao volume que um homem respigava em um dia de trabalho. Além da grande quantidade de cereais que trouxe, um gesto afetuoso de Rute animou Noemi (v.18).

O gesto faz lembrar o dia quando elas chegaram a Belém, quando Noemi reclamara de ter voltado pobre, com as mãos vazias (1.21). Rute, depois de um dia de colheita no campo de cevada (cf. 1.22), coloca comida pronta nas mãos de Noemi, além da cevada que supriria a casa dela por muitos dias. Entusiasmada, Noemi fazia uma pergunta atrás da outra para Rute (v.14). Queria saber de todas as novidades.

 

2- A conversa de Noemi e Rute (Rt 2.20) 

Então, Noemi disse a sua nora: Bendito seja ele do Senhor, que ainda não tem deixado a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe Noemi: Esse homem e nosso paren­te chegado e um dentre os nossos resgatadores.

Percebendo a mão de DEUS, Noemi fez uma oração pedindo ao Senhor, o justo juiz, que re­compensasse aquela pessoa pelos seus atos de bondade. Rute respondeu que havia trabalhado na parte do campo que era de Boaz. De novo, Noemi pede uma específica bênção do Senhor sobre Boaz. Reconhece que Jeová não deixou a Sua benevolência para com ela e Rute, nem para com os maridos e filhos já falecidos.

Noemi reconhece o Senhor como o supremo agente da benção e diz que Boaz era merecedor de uma recom­pensa. A providência divina toma forma na vida do crente por meio das ações humanas, e é assim que podemos ver que a graça de DEUS pode se apresentar com um rosto humano.

Ao cuidar das necessidades de Rute e Noemi, por meio de Boaz, Jeová demonstra bondade e cuidado para com as viúvas, como está escrito: “O SENHOR guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios” (Sl 146.9).

 

3- O fim da colheita (Rt 2.23) 

Assim, passou ela na companhia das servas de Boaz, para colher, até que a sega da cevada e do trigo se acabou: e ficou com a sua sogra.

A conversa entre a sogra e sua nora se mantém animada! Rute conta a Noemi que Boaz lhe deu até mesmo permissão de continuar respigando ali até o fim da colheita (v.8,9). A pronta reação de Noemi foi de concordância; e reforçou que, ficando na companhia das servas de Boaz, estaria protegida. Tanto Noemi como Boaz demonstram intenção de proteger Rute. Assim foi feito e Rute permaneceu junto das servas de Boaz no campo de cevada até terminar a colheita. O tema da colheita está presente nos dois primeiros capítulos de Rute. O primeiro com o começo da colheita e o segundo capítulo com o fim (1.22; 2.23). Mas, a atitude de Rute, o consentimento de Noemi e a benevolência de Boaz explicitam a graça de DEUS” (1.16; 2.2; 2.8).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Somos desafiados a sermos um canal da providência divina para indicar às pessoas o caminho da verdadeira esperança, nos tornamos o rosto da graça de DEUS para elas.

 

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Lição 12: Rute 3 – Rute Propõe casamento a Boaz | 1° Trimestre de 2023 | EBD PECC

 

TEXTO ÁUREO

“Disse ele: Quem és tu? Ela respondeu: Sou Rute, tua serva; estende a tua capa sobre a tua serva, porque tu és resgatador. Rute 3.9

 

LEITURA BÍBLICA COM TODOS - Rute 3.1-18

 

VERDADE PRÁTICA

DEUS desempenha o seu trabalho através dos crentes que aproveitam oportunidades inesperadas como sendo presentes de DEUS

 

ESBOÇO

INTRODUÇÃO
I- O PLANO PARA RUTE Rt 3.1-1
1– Noemi instrui Rute Rt 3.5
2– Rute faz pedido de casamento Rt 3.9
3– Boaz elogia Rute Rt 3.10
II- BOAZ,0 REMIDOR Rt 3.12-15
1– Havia outro mais chegado Rt 3.12
2– O juramento de Boaz Rt 3.13
3– O presente de Boaz Rt 3.15
III- RUTE REPORTA A NOEMI Rt 3.16-18
1– A expectativa confiante de Noemi Rt 3.16
2– A generosidade de Boaz Rt 3.17
3– O sábio conselho de Noemi Rt 3.18

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Devocional Diário

Segunda – Rt 3.1-5
Terça – Rt 3.6-8
Quarta – Rt 3.9,10
Quinta – Rt 3.11-15
Sexta – Rt 3.16
Sábado – Rt 3.17,18
Hinos Da Harpa: 45-139

 

INTRODUÇÃO

O terceiro capítulo de Rute mostra o ponto crítico de toda a história, o mais alto nível de tensão e de suspense. O infortúnio da fome das duas viúvas já havia sido solucionado, mas o estado de viuvez de Rute se mantinha. Desde há muito, Noemi desejava que Rute se casasse, como manifestado na sua oração que fosse feliz em casa de seu marido, o que é reiterado agora (3.1,18; 1.9).

 

I- O PLANO PARA RUTE (Rt 3.1-11)

1- Noemi instruí Rute (Rt 3.5) 

Quando ele repousar, notarás o lugar em que se deita; então, chegarás, e lhe descobrirás os pés, e te deitarás; ele te dirá o que deves fazer. Respondeu-lhe Rute: tudo quanto me disseres farei.

Passados os momentos mais angustiantes desde que chegou a Belém, Noemi encerra a fase de amargura e se dispôs a cumprir uma obrigação que caberia aos pais de Rute (1.6). E disse assim: ”Minha filha, preciso arranjar um marido para você, a fim de que você tenha um lar” (Rt 3.1, NTLH), segurança, permanência e a felicidade no lar, bem como, ter um herdeiro (1.8,9).

Noemi responderia à sua própria oração ao elaborar um plano pelo qual Boaz cumprisse a obrigação de socorrer um membro da família que perdera a sua propriedade. Naquela noite Boaz estaria no campo da debulha, onde Rute conversaria com ele sem serem vistos. Rute desceria ao terreiro da debulha onde se manteria sem ser vista por Boaz.

Enquanto isso, ela observaria quando e onde Boaz fosse deitar-se para dormir, depois da festa. Então ela viria para deitar-se aos pés dele. Boaz entende perfeitamente a atitude de Rute e o seu pedido de um casamento em Levirato. Ela estava respeitando uma norma e costume familiar antigamente.

O levirato era uma lei para os casamentos nos quais o marido falecia sem deixar herdeiro (Lv 25.25,47-49; Rt 4.4); então, era permitido que o cunhado solteiro da viúva se casasse com ela para ter filho, de forma que o primogênito dessa relação se tornasse o herdeiro legal do morto.

O livro de Rute mostra em detalhes a aplicação da lei do levirato e ainda indica que essa lei estendia­-se para além do irmão do marido morto. Rute havia ficado viúva sem que tivesse gerado um filho de seu marido. Ela também não dispunha de um cunhado elegível para cum­prir o casamento levirato.

 

2- Rute faz pedido de casamento (Rt 3.9) 

Disse-lhe: Quem és tu? Ela respondeu: Sou Rute, tua serva; estende a tua capa sobre a tua serva, porque tu és resgatador.

Passado o tempo de espera, até que Boaz dormisse, Rute chega de mansinho, lhe descobre os pés e deita-se na direção perpendicular (v.8) e em secreto, dormem próximos; e, seguindo o plano, Rute espera pelo desenrolar dos acontecimentos. À meia-noite, Boaz acorda e é surpreendido com uma mulher deitada ali. O israelita respeitado deve ter ficado tenso e, de imediato, perguntou: Quem és tu? Pela forma de tratamento – “tu” e não “minha filha” – indica não ter sido reconhecida.

A resposta dada foi de uma mulher que se identifica sem temor: Eu sou Rute, tua serva. Além disso, ao ter se qualificado como “tua serva”, como fez anteriormente, mostra um novo status, não mais de uma “serva” da classe inferior (2.13). Ao contrário, se identifica entre aquelas candidatas ao casamento; ao mesmo tempo, como uma mulher trabalhadora e vulnerável que necessitava de proteção. Ela era, sim, uma mulher apta para ser esposa de Boaz. Utilizando uma expressão para pedir em casamento, Rute solicita que Boaz estenda o seu manto sobre ela.

 

3- Boaz elogia Rute (Rt 3.10) 

Disse ele: Bendita sejas tu do Se­nhor, minha filha; melhor fizeste a tua última benevolência que a primeira, pois não fostes após jovens, quer pobres, quer ricos.

Tendo ouvido as palavras de Rute, agora Boaz se manifesta; e suas primeiras palavras revelam seus nobres sentimentos, sua felicidade pelo que ouvira de Rute, e lhe faz elogios na forma de benção: “Disse ele: Bendita sejas tu do Senhor”. O sentido desta expressão, naquele contexto, sugere que DEUS está guiando aquele episódio. Quando usam tratamento ‘”minha filha”: Boaz fez como um pai faz ao dirigir-se com temor e sem cerimônia a sua filha, o que também pode indi­car que Boaz fosse bem mais velho do que Rute (2.8; 3.11).

Boaz estava disposto a pagar o custo social e financeiro de receber uma estrangeira na família. Ele ainda destaca a notabilidade dela ao querer casar-se com um resgatador, para dar a Noemi um herdeiro, e que este era um nobre ato superior, ao deixar toda a segurança da sua pátria e família para dedicar­-se a Noemi (1.16.17). Ele admirou também a sua decisão de escolhê-lo para casar-se, e não ter preferido um homem jovem, com quem ela teria maior possibilidade de ter filhos. Por certo, Rute conhecia o homem de bom caráter e sabia que Boaz daria pro­teção a Noemi e a ela também.

 

II- BOAZ, O REMIDOR (Rt 3.12-15)

1- Havia outro mais chegado (Rt 3.12) 

Ora, é muito verdade que eu sou resgatador; mas ainda outro resgatador há mais chegado do que eu.

Boaz diz a Rute que ele era um resgatador, mas havia um outro parente mais próximo da família de Noemi. Portanto, a este cabia a obrigação e o direito de cumprir com os deveres de resgatador duplamente: casando-se com Rute e tendo um filho com ela para assegurar descendência a Elimeleque (1.1-5; 2.20); e a de resgatar a área de terra que Noemi havia posto à venda (4.3).

De fato, o fi­lho que o remidor teria com Rute seria legalmente o filho de Malom (4.17). Tendo em vista que o outro poderia reivindicar a prioridade de cumprir a obrigação de resgatador, não era o que Rute queria ouvir depois de ter arriscado sua moral para viabilizar o piano de Noemi e pedir que Boaz fosse o seu protetor.

 

2- O juramento de Boaz (Rt 3.13) 

Fica-te aqui esta noite, e será que, pela manhã, se ele te quiser resgatar, bem está, que te resgate; porém, se não lhe apraz resgatar-te, eu o farei, tão certo como vive o Senhor.

Objetivamente, Boaz como um parente da família, mas não a primeira opção de resgatador, faz um juramento como resgatador de Rute, caso o outro não o fizesse. Assim, tendo lhe garantido que cuidaria da questão até o fim, ele a instruiu que dormisse ali, pensando na segurança dela. Seguindo as orientações de seu pretenso protetor, Rute dormiu em segurança aos pés dele até an­tes que o dia clareasse, despertou antes que qualquer pessoa a distância pudesse identificá-la. De acordo com a orientação de Boaz, que ninguém soubesse que ela estivesse na eira.

 

3- O presente de Boaz (Rt 3.15) 

Disse, mais: Dá-me o manta que tens sobre ti e segura-o. Ela o segurou, ele encheu com seis medidas de cevada e lhe pôs às costas; então, entrou na cidade.

Boaz vai além da exigência da lei quando oferece a Rute cereais da eira. Antes que ela saísse, ele praticou mais um ato de cuidado e de garantia que ele resolveria as questões relativas ao desejo de Rute. Mesmo sendo impróprio para uma mulher sair em público sem o manto que cobria os cabelos, Boaz pediu a Rute que segurasse o manto pelas pontas e o encheu com seis medidas de cevada.

Em seguida, Boaz o pôs às costas de Rute, que voltou para casa levando um excelente presente. Isto a fazia lembrar o bem-sucedido plano ousado de Noemi, executado à risca. Tendo feito assim, a cena do terreiro de debulha termina para continuar em outro lugar. Ainda, é certo que o presente foi uma evidência da generosidade de Boaz para com Rute e um indicativo de mudança da situação de Noemi.

 

III- RUTE REPORTA A NOEMI (Rt 3.16-18)

1- A expectativa confiante de Noemi (Rt 3.16) 

Em chegando à casa de sua sogra, esta lhe disse: Como se te passaram as coisas, filha minha? Ela lhe contou tudo quanta aquele homem lhe fizera.

Cumprida a missão, Rute deixa o terreiro da debulha e volta para casa levando sobre os ombros uma generosa porção de cevada e dese­josa de contar tudo a sua sogra. Su­bindo para a cidade, provavelmente, Rute relembrava o que aconteceu naquela noite em que ela fez a Boaz a proposta e ele prometera ser seu resgatador, se o outro mais chegado declinasse de seu direito.

Quando ela entrou em casa, Noe­mi a recebeu perguntando: “Como se te passaram as coisas, minha filha?” O plano deu certo? “Ela lhe contou tudo quanto aquele homem lhe fize­ra” (v.16), sabre o elogio a sua lealdade a família (v.10); que prometeu encontrar um remidor para restituir a herança da família e que faria isso ele próprio, caso o outro parente mais próximo não quisesse exercer o papel (vs.11-13); que ele cuidaria de todos os trâmites com presteza, tendo em vista o seu status social (2.1) e seu caráter moral. Portanto, a sorte de Rute não poderia estar em melhores mãos.

 

2- A generosidade de Boaz (Rt 3.17) 

E disse ainda, estas seis medidas de cevada, ele mas deu e me disse: Não voltes para tua sogra sem nada.

Ao iniciar a frase com um pronome demonstrativo “estas seis “: Rute se referia com ênfase ao que poderia ser visualizado: uma grande quantidade de cevada equivalente a uns 30 ou 40 quilos. Um grande presente confirma as boas intenções de Boaz. É interessante notar que Rute adiciona que Boaz lhe dissera: “Não voltes para a tua sogra sem nada”.

A última vez que vimos referenda ao estado de pobreza foi quando, em 1.21, Noemi exclamou em desespero: “Ditosa eu parti, porém o Senhor me fez voltar pobre’ Seus dias de pobreza tinham acabado! Noemi vê a grande quantidade de cevada como um sinal de benevolência e acredita nas pala­ de Boaz de que não descansará até resolver o caso.

 

3- O sábio conselho de Noemi (Rt 3.18) 

Então, lhe disse Noemi: Espera, minha filha, até que saibas em que daria as coisas, porque aquele homem não descansará, enquanto não resolver este caso ainda hoje.

Depois de ouvir o relatório do encontro com Boaz, Noemi diz a Rute: Espere, seja paciente até que saia o resultado, afirmando que o caso estava nas mãos de Boaz, entende-se que estavam sob o controle de DEUS. Noemi conhecia bem Boaz (2.1), pois cita o caráter dele em outras conversas com Rute (2.1.22; 3.2-4). Ela podia aconselhar Rute a não se afligir enquanto esperava a solução do caso que envolvia Boaz e o parente remidor mais próximo que tinha prima­zia Boaz resolveria por completo.

É possível que Noemi tenha dito isso, indicando a cevada concedida como presente. Depois disso, ela marcou o último aparecimento e últimas palavras dela pronunciadas no livro; deixou o centro do palco para Boaz e Rute. Ela teve êxito em seu plano. É com sentimento de esperança que Noemi se despede, deixando o leitor ciente que ela estaria feliz. É certo que Boaz fora impul­sionado pelo dever do resgatador, bem como por desejar casar-se com Rute.

O destino das duas viúvas está sob o cuidado de um verdadeiro israelita. Talvez ele encontre um meio de requerer Rute para si, se tiver a “ajuda” do outro parente em declinar do seu direito. Para Rute, o casamento com um resgatador lhe restaura­ria emocionalmente e devolveria a esperança de gerar filhos para preservar a linhagem e os bens da família. Portanto, o fim bem-suce­dido desta história é iminente!

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Os crentes não devem esperar passivamente até que os eventos favoráveis aconteçam. Em vez disso, procurando direção divina, devem tomar a iniciativa quando uma oportunidade se apresentar. Assim, nossos atos justos executam os planos de DEUS.

 

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Lição 13: Rute 4 – Boaz casa-se com Rute e gera Filhos | 1° Trimestre de 2023 | EBD – PECC

 

TEXTO ÁUREO

“Então, as mulheres disseram a Noemi: Seja o Senhor bendito, que não deixou, hoje, de te dar um neto que será teu resgatador; e seja afamado em Israel o nome deste.” Rt 4.14

 

LEITURA BÍBLICA COM TODOS

Rute 4.1-22

 

VERDADE PRÁTICA

DEUS tem o mundo em suas mãos e os seus olhos procuram os fiéis da terra.

 

ESBOÇO

INTRODUÇÃO
I- DIREITO TRANSFERIDO A BOAZ Rt 4.1-5
1– O processo legal Rt 4.1
2– O outro resgatador Rt 4.4
3– Uma condição inesperada Rt 4.5
II- CASAMENTO DE RUTE Rt 4.7-12
1– Transferência do direito Rt 4.B
2– Boaz casa-se com Rute Rt 4.10
3– Somos testemunhas Rt 4.11
III- FELICIDADE DE NOEMI Rt 4.13-17
1– A concepção de Rute Rt 4.13
2– A alegria de Noemi Rt 4.17
3– A genealogia de Davi Rt 4.22
APLICAÇÃO PESSOAL

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

Segunda – Rt 4.1-5
Terça – Rt 4.7,8
Quarta – Rt 4.9-12
Quinta – Rt 4.13,14
Sexta – Rt 4.15-17
Sábado – Rt 4.18-22


Hinos Da Harpa: 27-126

 

INTRODUÇÃO

De modo empolgante, o escritor detalha o processo legal pelo qual Boaz se tornou o legítimo resgatador e se casou com Rute, de modo que o filho deles foi o herdeiro de Elimeleque.

 

I- DIREITO TRANSFERIDO A BOAZ (Rt 4.1-5)

1- O processo legal (Rt 4.1) 

Boaz subiu à porta da cidade e assentou-se ali. Eis que o resgatador de que Boaz havia falado ia passando; então, lhe disse: Ó fulano, chega-te para aqui e assenta-te; ele se virou e se assentou.

Do terreiro da debulha Boaz sobe a porta da cidade, um ponto de reunião de todas as pessoas; o lugar para comunicar as notícias, fazer negócios e administrar a jus­tiça , um centro de decisões da vida social da cidade. Boaz estava ali para resolver a questão da redenção de uma viúva e da propriedade de um parente.

Havia, na sociedade israelita, uma lei que atuava nos casos de heranças, de cuidado das viúvas e a provisão de herdeiros para viúvas sem filhos. A causa em questão era decidir formalmente qual dos homens, Boaz ou o parente mais chegado, seria o resgatador da família de Elimeleque. Boaz, uma autoridade reconhecida na cidade, esperava o parente resgatador passar por ali.

Este, ao ser avistado, foi convidado para aproximar-se, assentando-se de imediato. Para formar um quórum legal, que pode ser chamado de júri, Boaz convidou dez homens dos anciãos da cidade para servirem de testemunhas, caso fosse necessário, os quais poderiam certificar e validar qualquer transação.

 

2- O outro resgatador (Rt 4.4) 

Resolvi, pois, informar-te disso e dizer-te: compra-a na presença destes que estão sentados aqui e na de meu povo; se queres resgatá-la, resgata­-a; se não, declara-me para que eu o saiba, pois outro não há senão tu que a resgate, e eu, depois de ti. Respondeu ele: Eu a resgatarei.

Boaz explica ao parente sobre o caso em questão. Ele diz: “resol­vi, pois, informar-te”, indicando que era dele a iniciativa de fazer aquela reunião. E lhe disse que comprasse “a parte da terra” na presença das testemunhas e do povo, tendo em vista a situação de Noemi, viúva e sem herdeiros. Evocando o propósito da remissão e o dever legal de resgatador, Boaz oferece ao parente duas opções:

a) se desejasse servir como parente resgatador, que o fizesse;
b) se não se interessasse ou se sentis­se impedido, que declarasse. Boaz lhe diz que não havia outro resgatador, só eles dois. É possível que isso tenha estimulado o ego do parente diante do único concorrente, então disse: “Eu a resgatarei”. Com isso, o parente assume seu dever de ser o resgatador de Noemi.

 

3- Uma condição inesperada (Rt 4.5) 

Disse, porém, Boaz: No dia em que tomares a terra da mão de Noemi, também a tomarás da mão de Rute, a moabita, já viúva, para suscitar o nome do esposo falecido, sobre a herança dele.

Antes do parente se dirigir às testemunhas e declarar que faria a redenção da propriedade (cf. v.9), Boaz explica que, ao comprar a terra de Noemi, também teria de se casar com Rute para suscitar o nome do esposo falecido sobre a herança dele. Ao tomar conhecimento dessa obrigação, ele declinou do seu direito em favor de Boaz e justificou que não poderia efetuar o resgate para não prejudicar a herança dele.

Esse prejuízo poderia ser pago pela terra e ter de entregá-la ao primeiro filho que teria com Rute, o herdeiro legal de Elimeleque. E, ainda mais, ter suas despesas aumentadas com o sustento de Rute e de Noemi. Então, respondeu a Boaz dizendo: “Redime tu o que me cum­pria resgatar”. Para eximir-se de qualquer prejuízo pessoal, repete diante das testemunhas e do povo: “porque eu não poderei fazê-lo” (v. 6).

Assim, ele cumpriu a formalidade legal exigida. Agora, Boaz tem a posse do direito de remir a terra de Elimeleque, casar-se com Rute e prover um herdeiro para a família de Noemi. Ele cumprirá a promessa que fizera a Rute de ser o seu resgatador: “Eu o farei, tão certo como vive o Senhor” (3.13).

 

II- CASAMENTO DE RUTE (Rt 4.7-12)

1- Transferência do direito (Rt 4.8) 

Disse, pois o resgatador a Boaz: compra-a tu. E tirou o calçado.

A cerimônia era um antigo cos­tume em Israel. Assim acontecia em uma negociação: quando um dos negociadores queria confirmar o seu acordo numa transação, tirava o calçado e o transferia para o parceiro. Naquela situação, o parente, que é o portador do direito de resgatar, renunciou a favor de Boaz, dizendo: “compra-a tu”. Suas palavras eram uma declaração legal e, com o gesto sim­bólico de tirar o seu calçado e entregá-lo a Boaz, tornava pública a cessão do direito de remidor que foi transferido a Boaz.

 

2- Boaz casa-se com Rute (Rt 4.10) 

E também tomo por mulher Rute, a moabita, que Foi esposa de Malom, para suscitar o nome deste sobre sua herança, para que este nome não seja exterminado dentre seus irmãos e da porta da cidade: disto sois, hoje, testemunhas.

Boaz assume o legítimo título de resgatador e, ainda no mesmo cenário jurídico, dirige-se às testemunhas, aos anciãos e ao povo, e diz: “Sois, hoje, testemunhas de que comprei da mão de Noemi tudo o que pertencia a Elimeleque, a Quiliom e a Malom”. Essa formalidade era um procedimento legal israe­lita (v. 11) usado para reconhecer transações realizadas oralmente (cf Js 24.22; 1 Sm 12.5) e que tornava a cessão do direito válida com comprovação por parte das testemunhas. Boaz indica o tempo, hoje (v.9).

Com precisão legal o processo tem o encerramento. Finalmente, Boaz levanta o ob­jeto da questão: “também tomo por mulher Rute, a moabita” (4,5,10). É possível que a nacionalidade de Rute e o fato de ser viúva de Malom configuraram uma identificação legal da moabita para ser substituta de Noemi e, por meio do casamento, perpetuar o nome dos falecidos, o marido e filhos sobre a herança deles. Assim, o primeiro filho nascido de Rute e Boaz seria dono da propriedade da família de Elimeleque e renovaria a esperança de Noemi, de que seus mortos sobrevivessem através do herdeiro, continuariam com vida nas suas propriedades, no extrato social e no clã.

 

3- Somos testemunhas (Rt 4.11) 

Toda o povo que estava na porta e os anciãos disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mu­lher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Lia, que ambas edificaram a casa de Israel; e tu, Boaz, há-te valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém.

A aprovação das testemunhas às declarações de Boaz legitimava e encerrava a transação. Mas as manifestações delas foram além, desejando que a benção de DEUS estivesse sobre Boaz e sua espo­sa. Desejaram que DEUS fizesse de Rute como a Raquel e Lia, as duas esposas de Jacó e as genitoras da nação de Israel. Nesse pedido, está implícito que DEUS desse fertilidade a Rute para ser mãe de uma distinta descendência, provendo um herdeiro para Elimeleque.

A Boaz, desejaram que ele fosse valoroso e afamado em Belém e, sendo progenitor de uma grande e próspera família em Efrata. Por fim, para encerrar as manifestações, as testemunhas e os anciãos disseram que o sucesso de Boaz somente seria possível por meio da “prole que o SENHOR te der desta jovem.” (4.12). Ao mencionar “desta jovem” eles afirmam que os descendentes de Boaz viriam do seu casamento com Rute.

 

III- FELICIDADE DE NOEMI (Rt 4.13-17)

1- A concepção de Rute (Rt 4.13) 

Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o Senhor lhe concedeu que concebesse, e teve um filho.

Depois do ocorrido na porta da cidade, o escritor e econômico nas palavras diz que Boaz e Rute se casaram e destacou que o Senhor lhe concedeu que conhecesse, e assim, tivesse um filho. Na sociedade belemita, Rute começou como serva (2.13); depois como jovem (3.12); e, por fim, como esposa de Boaz (3.13); resultando, assim, naquilo que Noemi tanto desejou no início (1.9) e, mais recentemente, planejou (3.1-4): que Rute tivesse um lar, segurança e fosse mãe.

As mulheres da cidade (1.19) de novo se fazem presentes na vida de Noemi, louvando a DEUS por ter dado a ela um neto que manteria viva a descendência de Elimeleque. Elas abençoaram o menino, desejando que ele fosse afamado (v.14), como os anciãos desejaram a Boaz (v.11), porém mais de maneira mais extensa, não só na cidade de Belém, mas entre toda a nação de Israel. Essa celebração contribui para concluir com alegria a história de Noemi que no início era de desolação e vazio, agora reflete a concretização ao ter os braços e colo cheios com a esperança desejada.

 

2- A alegria de Noemi (Rt 4.17) 

As vizinhas lhe deram nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Esse o pai de Jes­sé, pai de Davi.

As mulheres falam dos benefícios que o menino proporciona­ria a Noemi: ele seria o resgatador da vida de Noemi, trazendo sua alegria de volta e impedindo a extinção da família de seu falecido esposo (1.21.22); ele seria o consolador da sua velhice, por todos os dias da sua vida; ele pro­ veria para que não faltasse o pão sobre a sua mesa (1.1). Rute, que se manteve silenciosa na cena, e honrada pelas mulheres por sua bondade: “pois tua nora, que te ama, o deu à luz, e ela te é melhor do que sete filhos”.

Parece estranho Rute ser tratada de nora de Noemi, agora casada com Boaz (cf.1.6- 8,22;2.20,22). Isso demonstra que Rute e Noemi mantinham relacionamento mútuo de respeito e amabilidade, mas a condição foi mantida por causa do resgate.
Na expressão “ela te é melhor que sete filhos”, as mulheres mos­tram a simbologia desta condição para aqueles dias: ter sete filhos era uma benção divina e uma grande honra, e se fossem muitos, melhor, pelo valor atribuído aos homens (servir nas guerras, no trabalho, na administração e proteção dos bens).

Noemi faz um simbólico gesto, enquanto ouvia silenciosamente as amigas, e fecha o círculo da sua vida. Tomou (das mãos das mulheres) o menino, e o pôs no regaço, e entrou (na casa dela) para cuidar dele. Diante disso, elas exclamam: “a Noemi nasceu um filho”, relembrando o lamento dela (1.11-13; 20,21). Antes vazia, agora vivendo sua completude. Para finalizar, as mulheres deram nome ao menino e lhe chamaram Obede, “um que trabalha/servo”.

 

3- A genealogia de Davi (Rt 4.22) 

Boaz gerou Obede, Obede gerou Jessé, e Jessé gerou a Davi.

O autor, encantado com o fim da história, exalta o menino Obede com um brado de alegria. Este é o pai de Jessé, o pai de Davi. Portanto, um antepassado ilustre que certamente contribuiria para a certificação da autenticidade do reinado de Davi, além de ser um descendente de Judá, uma das suas principais famílias da qual o próprio Davi descendia.

Nesta lista, Boaz ocupa o sétimo lugar, o de antepassado honrado, um notável e reconhecido. Boaz, o herói da história e o honrado ancestral de Davi. Em todos os eventos retratados em Rute, é entendido que a providência divina e continua ao longo da História, do presente e do porvir.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

A figura do resgatador (goel) aponta profeticamente para o nosso Redentor, que nos concedeu o direito de participar legitimamente da família de DEUS e sermos eternamente Seus herdeiros.

 

RESPONDA
1) Onde era realizado o resgate da propriedade de um parente?
2) Que tipo de cerimônia era um costume antigo em Israel?
3) A qual tribo pertencia Boaz?

 

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REVISTA NA ÍNTEGRA 4º TRIMESTRE DE 2025

 

Escrita Lição 5, Betel, Rute, Lições De Lealdade, O Caminho Da Redenção, 4Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- A ORIGEM DE RUTE

1.1- Rute, a companheira  

1.2- Uma história de amizade  

1.3- O início da história  

2- RUTE FOI RECOMPENSADA POR SUA FIDELIDADE

2.1- A bênção da lealdade   

2.2- Rute e Orla   

2.3- A convicção de quem sabe o que quer  

3- O REMIDOR

3.1- Boaz, o remidor  

3.2- Boaz e Rute   

3.3- A recompensa de Rute e Noemi  

 

TEXTO ÁUREO

"Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti. Porque aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS", Rute 1.17.

 

VERDADE APLICADA

Uma das marcas que caracteriza o discípulo de CRISTO é a fidelidade a DEUS, a qual se expressa nos relacionamentos interpessoais.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

- Conhecer a origem de Rute

- Reconhecer o valor da fidelidade

- Ressaltar que DEUS levanta remidores

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - RUTE 1.14-17

14. Então levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra, porém

Rute se apegou a ela.

15. Pelo que disse: Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta tu também após a tua cunhada.

16. Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti. Porque aonde pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.

17. Onde quer que morreres, morrerei eu, e ali serei sepultada; faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.

18. Vendo ela, pois, que de todo estava resolvida para ir com ela, deixou de lhe falar nisso

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda Rt 1.14 Rute Prossegue, E Orfa Volta Por Falta De Visão.

Terça Rt 2.2,3 DEUS Exaltou Rute Na Sua Humildade.

Quarta Rt 4.13-22 DEUS Concede Um Filho A Rute

Quinta Mt 1.5 Rute Passa A Fazer Parte Da Genealogia De JESUS.

Sexta 1co 4.2 Rute Foi Decidida E Achada Fiel Ao Seu Chamado.

Sábado Hb 10.38,39 A Fé Levou Rute A Não Retroceder.

 

HINOS SUGERIDOS - 459, 564, 597

 

MOTIVO DE ORAÇÃO - Ore para que sejamos fiéis a DEUS e aos

nossos semelhantes.

 

INTRODUÇÃO

Rute, nora de Noemi, era uma mulher decidida e destemida, firme em suas escolhas. Apesar da viuvez, ela seguiu fiel a Noemi, de quem era companheira e amiga. Seu temor ao DEUS do povo de Israel fez com que tivesse uma nova vida ao lado de Boaz, com quem se casou. Com isso, passou a fazer parte da genealogia de CRISTO ao gerar Obede, avô de Davi.

 

1- A ORIGEM DE RUTE

Mulher moabita, Rute desempenhou um papel importante e positivo no relato bíblico. Moabe e Israel eram inimigos, porque o rei Eglom invadiu e subjugou grande parte do território de Israel durante dezoito anos (Jz 3.12-14). Depois disso, Moabe foi subjugado por Israel por oitenta anos (Jz 3.28-30). Essa rivalidade, porém, não impediu Rute de se converter ao DEUS de Israel.

 

1.1- Rute, a companheira   

Rute é um nome moabita, que significa "amizade", "companheira": Ela se casou com um israelita que vivia em Moabe, Malom (Rt 4.10), filho de Elimeleque e Noemi (Rt 1.1,2), que já era viúva de Elimeleque. Porém, Malom morreu e também seu irmão, Quiliom, casado com Orfa. Diante dessa triste realidade, Noemi decidiu voltar para sua cidade, Belém, e Rute a acompanhou.

 

A Bíblia não menciona a origem da família de Rute, mas tudo indica que sua mãe era viva, pois Noemi pede a ela que volte para a casa de sua mãe, bem como Orfa (Rt 1.8). O que sabemos diz respeito a uma moça moabita, casada com um dos filhos da viúva Noemi, que foram de Belém de Judá para Moabe para fugir da fome. Por quase dez anos, a família viveu ali. Porém, morrendo os dois filhos de Noemi, ela resolveu voltar para sua terra natal. As duas noras, também viúvas, queriam acompanhar a sogra, mas ela as aconselhou a não irem para Belém. Só que Rute insistiu em acompanhá-la, iniciando uma linda história de amor e fidelidade entre nora e sogra.

 

1.2- Uma história de amizade   

Uma história sucinta, que coube em apenas quatro capítulos, mas cheia de amor, amizade, providência divina e perfeita harmonia, que traz ensinamentos ainda para os dias de hoje. O livro vai direto ao assunto, sem rodeios ou atalhos, ao tratar do relacionamento de duas mulheres, sogra e nora, num contexto de adversidades. Elas se uniram dentro de uma perspectiva de DEUS, e Rute se apegou firmemente a Noemi e seu DEUS (Rt 1.16).

 

Artur Cundall e Leon Morris comentam: "A história é contada de modo simples e direto. Trata do período dos juízes; contudo, estabelece contraste com o livro que tem este título. O livro de Juízes trata de guerras e de contendas; o de Rute trata da história tranquila de pessoas comuns cuidando tranquilamente de suas vidas. De certo modo, é a história de duas mulheres. Narra como uma delas, Noemi, sofreu muita agrura até que, finalmente, obteve paz e segurança... Porém, trata disto tudo de tal maneira a mostrar que DEUS está ativo, cuidando das coisas dos homens. Ele cumpre Seus propósitos e abençoa aqueles que confiam nEle".

 

1.3- O início da história   

Na época dos juízes, houve fome em Belém de Judá. Elimeleque, então, foi com a família para Moabe. Lá, seus dois filhos se casaram com mulheres moabitas. Mais tarde, morreram Elimeleque e os filhos, deixando Noemi e suas duas noras viúvas. Ao ouvir que DEUS havia abençoado a sua terra e seu povo com alimento, Noemi decidiu voltar para Belém de Judá (Rt 1.1-6). Orfa preferiu voltar para sua família, mas Rute seguiu com Noemi (Rt 1.16).

 

Para Isabela Fonseca: "Boaz representa CRISTO, o `remidor: Rute é o símbolo do crente que deixa tudo, até sua terra natal (mundo), para servir ao DEUS verdadeiro, quando afirma a Noemi: "O teu DEUS é o meu DEUS" Mesmo nos sombrios dias dos Juízes, podemos ver o cumprimento do propósito de DEUS protegendo a linhagem pela qual CRISTO viria ao mundo. Da história de Rute, tiramos grande exemplo de boa vivência entre sogra e nora. Antes que sogra e nora vivam em discórdia, bom seria ler com atenção o livro de Rute”.

 

EU ENSINEI QUE: Rute se apegou firmemente a Noemi e seu DEUS.

 

2- RUTE FOI RECOMPENSADA POR SUA FIDELIDADE

Rute preferiu seguir com Noemi, confiando também no DEUS de Israel: "O teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS”; Rt 1.16. Ao chegar em Belém, ela precisava apanhar espigas após os segadores para se alimentarem. Sua fidelidade lhe rendeu recompensa e honra diante de DEUS.

 

2.1- A bênção da lealdade    

A lealdade de Rute a Noemi é um bom exemplo de amor fraternal e devoção ao próximo. A história das duas se desenrola em um contexto de perda e dificuldade, destacando a força de um vínculo que transcende os laços de sangue e revela um compromisso profundo baseado em amor e respeito. A lealdade de Rute não foi motivada por obrigação ou pela expectativa de recompensa imediata, mas por um amor genuíno e altruísta. Ela escolheu compartilhar o destino de Noemi, abraçando tanto as suas dificuldades quanto a sua fé.

 

Pela condição racial, Rute não poderia fazer parte do povo de DEUS, pois ela era moabita. Só que toda regra tem exceção, principalmente pela excelência do caráter de Rute, por sua lealdade e por sua confiança em Noemi e em DEUS. Não se trata da adoração em si, mas da busca de DEUS por verdadeiros adoradores, que O adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23,24). Nesse caso, os povos se igualam.

 

2.2- Rute e Orfa    

Rute perseverou e venceu os desafios. Por sua vez, diante de um futuro desconhecido, Orfa voltou para sua família e sumiu da história. Ao perder seus filhos, Noemi decide voltar para sua terra. Ela se despede das noras, as beija, as três choram em alta voz. Orfa se despediu da sogra com um beijo e voltou para sua parentela, mas Rute se apegou a Noemi, por isso não quis abandoná-la (Rt 1.8-14).

 

FOCO NA LIÇÃO - Essa rivalidade, porém, não impediu Rute de se converter ao DEUS de Israel.

 

Pr. David Cabral comenta: "Rute e Orfa tinham posições divergentes. Quando Noemi estava pronta para partir a Belém, não tinha comida e ninguém que pudesse lhe dar as boas-vindas em Belém. Mas tinha esperança em DEUS e escolheu o caminho certo. Quando Noemi tomou o caminho para Belém, as atitudes de Rute e Orfa foram muito opostas. Orfa chorou e disse que seguiria Noemi. Mas, desde o começo, não tinha coração para seguir sua sogra. Quando Noemi lhe disse para voltar à casa de seus pais, ela beijou Noemi, se despediu e voltou a seu povo (Rt 1.14)".

 

2.3- A convicção de quem sabe o que quer   

Quem sabe o que quer não permite que seus planos sejam interrompidos. A fidelidade mostra que os aliançados andam lado a lado pela responsabilidade da palavra firmada, e o acordo feito facilita essa cumplicidade (Am 3.3). Não que o conselho de Noemi estivesse totalmente errado, mas DEUS inspirou Rute a não o acatar e seguir com sua sogra.

 

Pr. Valdir Alves de Oliveira observa: "Compromisso com responsabilidade. Rute estava decidida e não havia jeito de convencê-la ao contrário. DEUS pode fazer o que quiser comigo se eu deixar que alguma coisa menor que a morte me separe de ti. Quer dizer: Até que a morte nos separe. Quando o casamento/família está decidido na presença de DEUS e com responsabilidade tem tudo para dar certo, mesmo com todas as turbulências. A fidelidade é uma bênção seja em que área for. Rute provou a sua ligação incondicional a sua sogra. A fidelidade lhe proporcionou um futuro abençoado e brilhante".

 

EU ENSINEI QUE: A fidelidade de Rute lhe rendeu recompensas e hora diante de DEUS.

 

3- O REMIDOR

O remidor, do hebraico goel, era um parente próximo que, segundo a Lei Mosaica, tinha a responsabilidade de resgatar ou redimir um familiar em situação de dificuldade, fosse recomprando terras vendidas por necessidade (Lv 25.25) ou assegurando a continuidade da linhagem familiar ao se casar com a viúva de um parente sem filhos (Dt 25.5,6).

 

3.1- Boaz, o remidor  

Boaz emerge como o remidor de Rute e Noemi. Ele era parente de Elimeleque, marido falecido de Noemi; ao saber da situação das duas viúvas, que estavam sem sustento, ele assumiu o papel de resgatador delas. Boaz não apenas recompra a herança de Elimeleque, garantindo segurança material a Noemi, mas também se casa com Rute, preservando o nome da família e proporcionando proteção para elas. Esse ato reflete tanto um dever legal quanto um gesto de bondade, que destacam Boaz como uma figura de restauração e esperança na vida de Noemi e Rute.

 

FOCO NA LIÇÃO - “Rute preferiu seguir com Noemi, confiando também no DEUS de Israel: "O teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS", Rt 1.16.”

 

Diante das testemunhas, Boaz disse que compraria de Noemi tudo que pertencia a Elimeleque, Quiliom e Malom. Tomava também a moabita Rute por sua mulher. O povo e as testemunhas que estavam à porta aprovaram o negócio e expressaram essa aprovação com palavras abençoadoras e votos de prosperidade (Rt 4.11,12). Assim, Boaz se casou com Rute, e o Senhor lhe concedeu a oportunidade de terem Obede, mais tarde pai de Jessé e avô de Davi (Rt 4.9-17).

 

3.2- Boaz e Rute   

Quando Noemi percebeu a bondade de Boaz com Rute, que trabalhava nos campos dele recolhendo espigas, instruiu sua nora a apelar ao papel de Boaz como remidor. Seguindo o conselho de Noemi, Rute foi à eira onde Boaz dormia e se deitou aos pés dele, cobrindo-se com o canto de sua manta (Rt 3.7-9). Esse gesto era um pedido humilde e respeitoso para que ele a redimisse, ou seja, a tomasse como esposa para preservar a linhagem de seu falecido marido.

 

Comentário de Iain M. Duguid (2016): "Noemi, então, começa a pensar nas necessidades de Rute. Viver com sua sogra nunca poderia ser uma situação ideal (Rt 2.23). Rute necessitava de um marido e de uma casa que fosse dela mesma. Essa não era exatamente uma observação nova; afinal de contas, foi por essa razão que Noemi tinha dito a Rute para voltar para casa no capítulo 1. Ela deveria voltar para um lugar onde fosse mais provável encontrar descanso com um marido para si... Noemi tinha uma ideia para ajudar no processo. Ela disse a Rute: “Banha-te, e unge-te, e põe os teus melhores vestidos (Rt 3.3-4)."

 

3.3- A recompensa de Rute e Noemi  

Boaz redimiu a propriedade de Elimeleque e tomou Rute como esposa para preservar o nome de seu parente falecido (Rt 4.9,10). Assim, Boaz e Rute se casaram e tiveram Obede, avô do rei Davi, cumprindo um propósito maior na narrativa bíblica. Do Livro de Rute, podemos ressaltar a honra de Boaz, a iniciativa corajosa de Rute, a restauração na vida de Noemi e a providência de DEUS, que guia toda a história.

 

Iain M. Duguid (2016) comenta: "A história termina com uma cena doméstica tocante: “Noemi tomou o menino. E o pôs no regaço, e entrou a cuidar dele. As vizinhas lhe deram nome, dizendo: a Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi' (Rt 4.16-17). O neto no colo de Noemi era um claro sinal de que o vazio que ela sentia na conclusão do capítulo inicial, tinha agora sido substituído pela plenitude por meio da graça de DEUS. Embora ninguém pudesse trazer de volta o marido e os filhos dela, agora tinha ela uma nora que todos reconheciam como "melhor do que sete filhos'; um elogio impressionante no mundo antigo. Mais do que isso, tinha um descendente para continuar a linhagem da família".

 

EU ENSINEI QUE: Boaz e Rute se casaram e tiveram Obede, avô do rei Davi, cumprindo um propósito maior na narrativa bíblica.

 

CONCLUSÃO

A história de Noemi e Rute, ao encontrar Boaz, tipifica a figura do que CRISTO fez por nós: Ele é o nosso Resgatador, o Redentor que veio nos buscar e salvar enquanto ainda estávamos perdidos.