Lição 12, Imersos No ESPÍRITO Nos Últimos Dias
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Lição 12, Imersos No ESPÍRITO Nos Últimos Dias
Vídeo https://youtu.be/13dVuAWirrs
TEXTO ÁUREO
“Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.” (Jo 7.38) VERDADE PRÁTICA
O rio da vida, que representa o fluir do ESPÍRITO SANTO, passa no meio do povo de DEUS.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.8-10 O rio do jardim do Éden aparece no limiar da humanidade
Terça - Is 44.3 Rios de águas representam também o derramamento do ESPÍRITO SANTO
Quarta - Ez 36.35 A terra será restaurada no Milênio como o Éden
Quinta - Jl 3.18 O profeta Joel profetiza sobre um rio fluindo da Casa de DEUS para toda a Judá
Sexta - Zc 14.8 O rio revelado ao profeta Zacarias é similar ao de Ezequiel
Sábado - Ap 22.1,2 O rio puro da água da vida flui do trono de DEUS no mundo vindouro LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 47.1-12
1 - Depois disso, me fez voltar à entrada da casa, e eis que saíam umas águas de debaixo do umbral da casa, para o oriente; porque a face da casa olhava para o oriente, e as águas vinham de baixo, desde a banda direita da casa, da banda do sul do altar. 2 - E ele me tirou pelo caminho da porta do norte e me fez dar uma volta pelo caminho de fora, até a porta exterior, pelo caminho que olha para o oriente; e eis que corriam umas águas desde a banda direita. 3 - Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos. 4 - E mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos. 5 - E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar. 6 - E me disse: Viste, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem do ribeiro. 7 - E, tornando eu, eis que à margem do ribeiro havia uma grande abundância de árvores, de uma e de outra banda. 8 - Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas. 9 - E será que toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque lá chegarão essas águas e sararão, e viverá tudo por onde quer que entrar esse ribeiro. 10 - Será também que os pescadores estarão junto dele; desde En-Gedi até En-Eglaim, haverá lugar para estender as redes; o seu peixe, segundo a sua espécie, será como o peixe do mar Grande, em multidão excessiva. 11 - Mas os seus charcos e os seus lamaceiros não sararão; serão deixados para sal. 12 - E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio. PALAVRA-CHAVE - Imersão
Resumo da Lição 12, Imersos No ESPÍRITO Nos Últimos Dias
I - SOBRE O ASPECTO ESCATOLÓGICO
1. A nascente do rio (v.1). 2. O guia celestial (vv.2,3a). 3. Os novos frutos (v.12). II - SOBRE A IMPLICAÇÃO PNEUMATOLÓGICA
1. As águas (vv. 3-6). 2. O ESPÍRITO SANTO. 3. Imerso nas águas e no ESPÍRITO (vv.3-5). III - SOBRE O CONTEXTO GEOLÓGICO DO VALE DO MAR MORTO
1. A abundância de árvores (v. 7). 2. O Mar Morto (v.8). 3. Vida no Mar Morto (vv.9,10). 4. Sobre os charcos lamaceiros com sal que não serão restaurados (v.11). COMENTÁRIOS EXTRAS - Pr Elinaldo Renovato de Lima - Casa Publicadora das Assembleias de DEUS E, no último dia, o grande dia da festa, JESUS pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do ESPÍRITO, que haviam de receber os que nele cressem; porque o ESPÍRITO SANTO ainda não fora dado, por ainda JESUS não ter sido glorificado. (Jo 7.37-39)
Os que creem em JESUS são cheios do ESPÍRITO SANTO e desfrutam de uma vida plena de avivamento. Através da mensagem do evangelho por todo o mundo e a toda criatura, os povos da terra podem experimentar a presença de DEUS nas suas vidas, no seu ser, sendo revestidos de poder e ser cheios do ESPÍRITO SANTO. A promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO trazida por JESUS não foi só para Israel, que a rejeitou de forma deprimente para o seu próprio prejuízo espiritual; foi para eles e para os confins da terra. JESUS proclamou na despedida dos discípulos: “Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO SANTO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). A partir de Jerus além, a mensagem poderosa do evangelho de CRISTO espalhou-se por Israel e ultrapassou as suas fronteiras, chegando à Europa e a todos os continentes.
Neste capítulo, veremos como a mensagem de DEUS produziu episódios de avivamento em várias partes do mundo, notadamente nos séculos XVIII e XIX e também nos últimos séculos, mesmo em proporção menor. Cremos que, antes da vinda de JESUS para buscar a sua Igreja, poderá haver ainda um grande avivamento mundial, com a globalização do evangelho na unção do ESPÍRITO SANTO de DEUS.
I – O AVIVAMENTO NO TEMPO DE EZEQUIEL
Nenhum avivamento espiritual começa sem razão alguma, sem uma causa relevante, sem motivos que lhe deem origem de forma sobrenatural. O avivamento espiritual é como uma faísca, que dá início a um fogo ou a um incêndio, em alguém, em algum lugar. Já vimos que uma das condições para haver um avivamento é haver uma situação de fraqueza, de falta de ânimo, de letargia, nos corações de um povo ou de uma igreja. Às vezes, há situações em que se pode comparar a um “vale de ossos secos” (Ez 37.1-5). O profeta Ezequiel relatou uma situação tão difícil em que se encontrava a casa de Israel que demandava uma intervenção de DEUS no meio do seu povo para restaurar a sua vida espiritual.
1. DEUS Promete Restaurar Israel
O livro de Ezequiel mostra o contexto histórico em que se encontrava o seu povo no exílio babilônico por causa da sua desobediência e afastamento de DEUS. Eles foram levados cativos em três etapas. Na primeira etapa, em 605 a.C., foram levados para a Babilônia alguns jovens, dentre os quais Daniel e os seus três companheiros. A segunda etapa ocorreu em 597 a.C., quando cerca de 10 mil cativos foram levados para a Babilônia, no meio dos quais estava o profeta Ezequiel. A terceira etapa teve lugar quando, em 586 a.C., as tropas de Nabucodonosor destruíram completamente o Templo e a cidade e o restante do povo foi levado para a Babilônia. Ezequiel e Daniel foram levados cativos quando ainda eram adolescentes.
A apostasia de Judá e Jerusalém
Nos seus capítulos, Ezequiel registrou a deplorável situação espiritual de Israel. Depois de ter várias visões de DEUS, ele foi chamado como “atalaia sobre a casa de Israel” (Ez 3.17) e foi designado para alertar ao povo o que DEUS já anotara sobre os seus pecados e maldades, bem como os juízos que haveriam de vir. Ele profetizou contra “os montes de Israel”: E dirás: Montes de Israel, ouvi a palavra do Senhor Jeová: Assim diz o Senhor Jeová aos montes, aos outeiros, aos ribeiros e aos vales: Eis que eu, sim, eu mesmo, trarei a espada sobre vós e destruirei os vossos altos. E serão assolados os vossos altares, e quebradas as vossas imagens do sol; e derribarei os vossos traspassados, diante dos vossos ídolos. E porei os cadáveres dos filhos de Israel diante dos seus ídolos e espalharei os vossos ossos em redor dos vossos altares. (6.3-5)
A apostasia em Jerusalém era terrível. Os filhos desprezavam os seus pais, cometiam perversidades, havia terríveis pecados sexuais, inclusive com a prática do incesto; havia propinas no meio do povo;
os sacerdotes eram carnais, não fazendo separação entre o santo e o profano; os profetas profetizavam mentiras; praticavam violência contra os pobres e necessitados (ver capítulo 22).
O juízo de DEUS sobre Jerusalém
Foram muitas as profecias de Ezequiel contendo o teor dos juízos de DEUS sobre Israel e Judá (8.1; 9.4). Apenas extraímos alguns textos face o espaço deste estudo. No capítulo 9 do seu livro, Ezequiel anotou terrível juízo do Senhor contra Jerusalém: E aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, e jovens, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa. E
disse-lhes: Contaminai a casa, e enchei os átrios de mortos, e saí. E saíram e feriram na cidade (9.5-7). Em outros capítulos, há registros dos grandes castigos de DEUS sobre a impiedade do povo de Jerusalém (33.25-29).
A restauração de Israel
Diante de tão grande calamidade espiritual, o Senhor teve misericórdia do seu povo e poupou-o da destruição total, resolvendo, assim, restaurar a nação eleita não por respeito a eles, mas pelo seu próprio nome: Mas eu os poupei por amor do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi. Dize, portanto, à casa de Israel: Assim diz o Senhor Jeová: Não é por vosso respeito que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanaste entre as nações para onde vós fostes. E eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; e as nações saberão que eu sou o Senhor, diz o Senhor Jeová, quando eu for santificado aos seus olhos. E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. (Ez 36.21-24)
A decisão de restaurar Israel foi unilateral da parte de DEUS. A nação na sua apostasia desonrara o nome do Senhor, profanando-o entre as nações para onde fora levada em cativeiro. Uma nação desobediente assim jamais poderia restaurar-se a si própria. Por isso, o Senhor, que é grande em misericórdia e extremamente benigno e perdoador, resolveu agir, visando a restauração do povo que Ele escolheu para ser um povo eleito, que deveria ter sido o seu representante na face da terra. No entanto, Israel não zelou por essa escolha divina. DEUS, porém, tomou a decisão de promover a restauração nacional de Israel, trazendo-lhe de volta de entre as nações e implantando-o na sua terra.
Avivamento na restauração de DEUS
Quando DEUS decide abençoar alguém ou a um povo, os seus desígnios ultrapassam toda imaginação. O profeta Ezequiel recebeu de DEUS o que seria o processo divino para a restauração do seu povo. Ele ouviu diretamente de DEUS promessas tão gloriosas e jamais imaginadas: E a terra assolada se lavrará, em vez de estar assolada aos olhos de todos os que passam. E dirão: Esta terra assolada ficou como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas estão fortalecidas e habitadas. Então, saberão as nações que ficarem de resto em redor de vós que eu, o Senhor, tenho reedificado as cidades destruídas e plantado o que estava devastado; eu, o Senhor, o disse e o farei. Assim diz o Senhor Jeová: Ainda por isso me pedirá a casa de Israel, que lho faça: multiplicar-lhes-ei os homens, como a um rebanho. Como o rebanho santificado, como o rebanho de Jerusalém nas suas solenidades, assim as cidades desertas se encherão de famílias; e saberão que eu sou o Senhor. (36.34-38 – grifo acrescido) Veja o quanto DEUS amou o seu povo, que estava praticamente destruído tanto espiritual quanto moralmente. A terra assolada passou a ser lavrada, produzindo o alimento necessário para o seu
povo. Ficou “como o jardim do Éden”, coisa jamais imaginada pelos habitantes de Israel, principalmente os de Judá. As cidades que ficaram solitárias, assoladas e destruídas ficaram fortalecidas e cheias de habitantes. E DEUS prometeu e cumpriu tempos depois que os multiplicaria como um rebanho, que seria como “o rebanho de Jerusalém em suas solenidades”, e as suas cidades não ficariam mais desertas, mas seriam cheias de famílias, confessando que DEUS é o Senhor. Glória a DEUS por isso!
2. Um Vale de Ossos Secos
O profeta Ezequiel foi um grande porta-voz da restauração de DEUS ao povo de Israel. Ele teve várias visões e revelações de DEUS acerca da queda e da restauração espiritual e nacional de Israel. Na mesma época da revelação anterior, Ele teve uma visão muito estranha. DEUS fez com que o profeta visse um vale cheio de esqueletos, de ossos secos, “sequíssimos”! E o próprio DEUS indagou-lhe se aqueles ossos totalmente ressequidos ainda poderiam viver. O profeta respondeu: “Senhor Jeová, tu o sabes” (37.1-3). Para a surpresa do profeta, DEUS mandou-lhe profetizar para os ossos secos, dizendo:
[...] Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor. (37.4-6) Após aquela profecia aparentemente sem sentido, por dirigir-se a uma quantidade enorme de ossos secos, um milagre aconteceu. Enquanto Ezequiel profetizava, obedecendo a DEUS, “houve um ruído”, seguido de “um reboliço”, e, para espanto do profeta, cada osso que estava solto e isolado no vale juntou-se misteriosamente ao osso correspondente no esqueleto, e os ossos foram cobertos de nervos. O vale que estivera cheio de ossos sequíssimos tornou-se um vale de cadáveres, de corpos sem vida, pois “não havia neles o espírito”. Diante dessa situação, DEUS disse para Ezequiel profetizar não mais aos ossos secos, mas ao “espírito”, para que assoprasse sobre os corpos mortos, e estes tivessem vida. Assim, em cumprimento à ordem de DEUS, pela profecia, “o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo” (37.7-10). Podemos dizer com toda a segurança que ali, naquela visão, foi manifestada a chegada de um grandioso avivamento espiritual sobre o povo de Israel. Essa é uma mensagem de esperança nos
dias em que vivemos. Há igrejas — e não são poucas — que podem ser comparadas a um “vale de ossos secos”. Outras podem ser comparadas a corpos com carne e nervos, mas são “cadáveres” espirituais. Não têm vida, não têm poder, nem unção. Não passam de “instituições religiosas sem fins lucrativos”. Falta o poder do ESPÍRITO SANTO. Assim aconteceu com muitas igrejas na Europa. Muitas eram grandiosas, possuíam muitos membros, mas foram-se acomodando em si mesmas e deixaram de buscar a presença de DEUS com o passar dos anos. Grandes templos foram vendidos por falta de fiéis e foram transformados em grandes restaurantes, bares, casas de shows e alguns até em mesquitas muçulmanas. A mensagem de Ezequiel sobre a restauração dos ossos secos e dos corpos sem vida lembram que DEUS pode dar vida a quem está morto. Cremos que DEUS, e só Ele, pode reavivar comunidades evangélicas que estão mortas há muito tempo. Vemos igrejas na Europa, nos Estados Unidos e até no Brasil que deixaram de lado a Bíblia, a inspirada, infalível e inerrante Palavra de DEUS, e passaram a guiar-se pelo “evangelho politicamente correto”, pelas teologias liberais ou contemporâneas que aceitam o pecado, a iniquidade e a depravação moral como se fossem comportamentos normais e até “aprovados por DEUS”. Para essas igrejas, com os seus pastores, bispos ou apóstolos, a homossexualidade é aceitável e até desejável; deve ser aceita porque “DEUS é amor” e “não exclui ninguém”. Para essas igrejas “inclusivas”, o que está escrito em Levítico 18.22 e 20.13 e em 1 Coríntios 6.10 não tem mais valor algum para os dias de hoje. São mensagens “ultrapassadas”, retrógradas e escritas “para um povo tribal”, como disse certo deputado num congresso de homossexuais, com total apoio do governo de esquerda de então. Nessas igrejas — se é que ainda podem ser chamadas assim —, o crime cruel e covarde do aborto deve ser compreendido como “direito reprodutivo da mulher”; esquecem-se de que a Palavra de DEUS diz “não matarás o inocente” (Êx 23.7); aceitam a famigerada e satânica “ideologia de gênero”, que ensina que “ninguém nasce homem ou mulher”, sob o argumento de que é necessário acolher a todos com amor e compreensão. Sim, devemos acolher com amor, mas sem desprezar a Lei de DEUS, que considera essa falsa ideologia a maior afronta contra o Criador, que criou o ser humano “macho e fêmea”, à sua imagem, conforme à sua semelhança (Gn 1.27,28).
Contudo, apesar de essas igrejas ou grupos religiosos estarem nessa condição espiritual lastimável, à luz da Palavra de DEUS, é possível serem restauradas com um grande avivamento da parte de DEUS, desde que parem de jogar a Bíblia de lado e voltem ao Livro Sagrado, que o Senhor DEUS preparou para mostrar ao homem a sua santa e soberana vontade. Os “ossos secos” do liberalismo evangélico podem ser restaurados, e os “cadáveres” espirituais podem ser ressuscitados pelo poder do ESPÍRITO SANTO, desde que aceitem o sopro de DEUS nas suas estruturas eclesiásticas mortas pela doença do pecado e da corrupção espiritual e moral. 3. O Rio das Águas Purificadoras “Um lugar santo para os sacerdotes” Nas suas visões espirituais, Ezequiel recebeu novas revelações da parte de DEUS. O profeta teve mensagens escatológicas sobre povos que, no fim dos tempos, formarão uma confederação que se levantará com o objetivo de destruir Israel, mas que os seus povos serão totalmente derrotados e exterminados pelo poder de DEUS (38-39 - Gogue - Magogue). Em seguida, Ezequiel viu a restauração do Templo que estava destruído. O Senhor mostrou a restauração das suas estruturas físicas (40-44). Logo depois, ele viu a destinação de um “lugar santo da terra”, destinado aos “sacerdotes”, ministros (45.4,5). Hoje, é necessário que os “sacerdotes”, pastores, bispos, presbíteros, obreiros em geral, chamados para proclamar a verdade da Palavra de DEUS, assumam o seu lugar santo na terra. Esse lugar não é a posição de superioridade sobre a Igreja, não é a posição político-partidária, não é só a posição de ministros de DEUS a serviço da sua Igreja, mas, sim, um lugar de santidade na vida pessoal, familiar e ministerial.
As águas purificadoras
Ezequiel teve mais uma visão de grande significado espiritual para ele, para Israel e para todos os que servem a DEUS na sua Igreja. O Senhor tomou o profeta e fez um percurso com ele desde a entrada
do Templo, onde ele viu umas águas debaixo do umbral da casa para o oriente; “e as águas vinham de baixo, desde a banda direita da casa, da banda do sul do altar”. Então, “o homem” que o conduzia fê-lo entrar nas águas, na distância de “mil côvados”, e as águas davam pelos seus tornozelos — muito rasas, então. Considerando que um côvado mede aproximadamente 45 centímetros, a distância percorrida equivalia a 450 metros (47.3). Depois “o homem” mediu mais mil côvados, e o profeta sentiu que as águas davam pelos seus joelhos, e depois mais mil côvados, e as águas alcançavam a sua cintura, “pelos lombos” (47.4). Por fim, “o homem” levou-o a percorrer nas águas mais mil côvados: “E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar” (47.5). Que significam essas “águas”? Podemos fazer uma aplicação desse texto para a realidade espiritual que temos hoje. Essas águas podem significar “o rio da graça de DEUS”. Em quatro etapas:
a) Numa primeira etapa, em que o profeta sentiu que as águas purificadoras chegavam apenas aos seus tornozelos (47.3), podemos dizer que se trata do crente que não se aprofunda no relacionamento com DEUS. Ele está firmado sobre os seus pés, sobre a sua vontade, os seus conceitos e as suas percepções humanas da vida. Pode-se aplicar a igrejas que se deixam levar por uma liturgia humanista, que não busca aprofundamento no estudo da Palavra de DEUS. Nessas igrejas, a maioria dos crentes não lê a Bíblia e muito menos estudam-na. Limitam-se a ouvir a “leitura oficial” ou “devocional” no culto e a ouvir mensagens bonitas, agradáveis e superficiais.
b) Numa segunda etapa, em que as águas davam pelos joelhos do profeta (47.4a), podemos entender que se trata do crente que já tem mais comunhão com DEUS, mas ainda não está bem firmado nos seus pés em termos espirituais e continua dominado pelos sentimentos humanos e carnais. Está ainda andando com os pés no chão da vida humana. Em relação a igrejas, pode ser entendido o caso das que já passaram por uma evolução na busca do conhecimento da Palavra de DEUS, mas que ainda dão lugar às pregações liberais, que visam agradar aos homens, e não a DEUS.
c) Numa terceira etapa, o profeta sentia as águas cobrirem-lhe os lombos, ou o seu peito (47.4 b). Trata-se do crente que ainda tem os pés na terra, mas já se sente mais envolvido pelo rio da graça de DEUS, estando mais voltado para cima, para as coisas espirituais. A sua comunhão com o Senhor já evoluiu bastante, e ele pode sentir mais a presença de DEUS. Há igrejas que conseguem avançar no relacionamento com DEUS, levando as pessoas a orar, a ler a Bíblia, sendo, portanto, uma situação bem melhor que as anteriores.
d) Numa quarta etapa, Ezequiel diz que o homem “[...] mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar” (47.5). Nessa etapa, o profeta sentiu que os seus pés não mais tocavam ao chão do rio; pois as águas eram profundas e que, para atravessar o ribeiro, precisava nadar. É o nível desejável de maturidade cristã. O crente deixa de ser carnal ou natural e passa a ser “homem espiritual”, que “discerne bem tudo” (1 Co 2.15,15). Ele alcança um nível espiritual em que pode dizer como Paulo: “Já estou crucificado com CRISTO; e vivo, não mais eu, mas CRISTO vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de DEUS, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20). Em se tratando de igrejas, trata-se da situação desejável em que a liderança dá exemplo em buscar a presença de DEUS e leva os crentes a terem maturidade espiritual, não se deixando levar pelas falsas teologias liberalistas dos tempos presentes.
Os efeitos das águas purificadoras
Na sua visão sublime, Ezequiel foi levado de volta à margem do ribeiro das águas purificadoras e observou que, às margens do rio, havia muitas árvores de uma e de outra banda. O ser celestial que o levou disse que iriam para o mar e sarariam as águas; e haveria “muitíssimo peixe”, e as águas tinham a propriedade de sarar e dar vida a tudo por onde o ribeiro passasse. E o ser que conduzia o profeta concluiu a sua missão falando sobre os efeitos produtivos e proveitosos daquelas águas: E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio. (47.12)
Essas águas lembram o que diz o Salmo 1 sobre a comparação que o salmista faz sobre a natureza do homem justo: “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.3).
Ezequiel vê na sua visão um rio vivificador que sai do templo. À medida que o rio avança, vai aumentando em profundidade e largura (vv. 2-5), levando vida e progresso por onde passa (vv. 9-12). O rio deságua no mar Morto e lhe dá vida em lugar de morte (vv. 8,9). O propósito do rio é comunicar vida abundante, da parte de DEUS, à terra e aos seus habitantes (v. 12; cf. Zc 14.8). (1) Esse rio é semelhante ao rio que fluía no jardim do Éden (Gn 2.8-10), e ao rio da vida, da nova Jerusalém (Ap 22.1,2), que flui do trono de DEUS. (2) Esse rio também é semelhante ao que JESUS mencionou: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (Jo 7.38). Essa “água viva” é o ESPÍRITO SANTO e as bênçãos de vida que Ele veio trazer.
Comentários BEP - CPAD
47.1-12 SAÍAM UMAS ÁGUAS DE DEBAIXO... DA CASA. Ezequiel vê na sua visão um rio
vivificador que sai do templo. À medida que o rio avança, vai aumentando em
profundidade e largura (vv. 2-5), levando vida e progresso por onde passa (vv.
9-12). O rio deságua no mar Morto e lhe dá vida em lugar de morte (vv. 8,9). O
propósito do rio é comunicar vida abundante, da parte de DEUS, à terra e aos
seus habitantes (v. 12; cf. Zc 14.8). (1) Esse rio é semelhante ao rio que fluía
no jardim do Éden (Gn 2.8-10), e ao rio da vida, da nova Jerusalém (Ap 22.1,2), que flui do trono de DEUS. (2) Esse rio também é semelhante ao que
JESUS mencionou: Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva
correrão do seu ventre (Jo 7.38). Essa água viva é o ESPÍRITO
SANTO e as bênçãos de vida que Ele veio
trazer.
47.21-23 PARA VOSSA HERANÇA E PARA A DOS ESTRANGEIROS QUE PEREGRINAM NO MEIO DE
VÓS. A terra de Israel será novamente dividida entre as tribos de Israel, porém
agora em faixas, na direção leste-oeste. O propósito de DEUS, no entanto, não é
tornar a edificar a parede de separação que estava no meio (Ef 2.14), entre
judeus e gentios. Os estrangeiros residentes em Israel também receberão uma
herança entre as tribos. Alguns crêem que os filhos aqui mencionados (v. 22) são
filhos espirituais, e que os gentios que ministraram entre o povo de Israel
compartilharão de sua herança, na terra restaurada.
O MILÊNIO - As
Grandes Doutrinas da Bíblia - Raimundo de Oliveira - CPAD
Ao aprisionamento de Satanás
seguir-se-ão mil anos de paz e de governo perfeito sob o reinado de Sua
Majestade, o Senhor JESUS CRISTO, assinalando o começo duma nova dispensação.
Esse período de mil anos de governo de JESUS CRISTO ainda não é o princípio de
um mundo novo, mas tão somente o fim de um mundo antigo. O que o sábado judaico
é para a semana, assim será o Milênio para a era presente. Haverá um governo
perfeito durante o reino milenial de CRISTO e seus santos; mas não haverá um
mundo perfeito (Ef 1.10).
No seu aspecto mais abrangente, o Milênio terá os seguintes propósitos:
- Fazer convergir em CRISTO todas as
coisas, isto é, toda a criação (1
Co 15.24-28).
-Estabelecer a justiça e a paz na
terra, eliminando toda rebelião contra DEUS (Is 2.3;
60.20;
Zc 8.3,22,23;
14.16;
Jr 3.17).
-Fazer convergir nele (o Milênio)
todas as alianças da Bíblia.
-Fazer Israel ocupar toda a terra que
lhe pertence e fazê-lo cabeça das nações.
-Cumprir as profecias a respeito do
Messias.
-Satisfazer o anseio dos filhos de
DEUS que estão continuamente a orar: "Venha o teu reino".
1. Quem Participará
do Milênio
Dois grupos de povos distintos tomarão
parte no Milênio: os crentes glorificados, consistindo dos santos do Antigo e do
Novo Testamento, da Igreja triunfante, dos santos oriundos da Grande Tribulação;
e os povos naturais, em estado físico normal, vivendo na terra, a saber: judeus
salvos saídos da Grande Tribulação, gentios poupados no julgamento das nações, e
o povo nascido durante o Milênio propriamente dito. No estado glorificado, os
salvos não estarão limitados à terra. Seus corpos ressurretos não estarão
sujeitos às limitações do tempo e do espaço como quando estavam em seus corpos
mortais. Pelo contrário, serão como os anjos, dotados de corpos espirituais, não
sujeitos às limitações da matéria.
2. O Milênio em
Relação a Israel
Uma vez que um grande e majestoso
templo deverá ser construído em Jerusalém durante o Milênio, é admissível que
alguns dos sacrifícios do Antigo Testamento ve nham a ser oferecidos a DEUS aí.
A diferença básica entre esses sacrifícios a serem oferecidos e os oferecidos
nos dias do Antigo Testamento, é que esses apontavam para o que JESUS haveria de
fazer, enquanto que aqueles são um memorial do que JESUS já fez. Além da
restauração e revigoramento do culto a DEUS, em Jerusalém, Israel alcançará
muitas outras bênçãos no Milênio, dentre as quais se destacam a plena posse da
terra prometida, e o privilégio da nação vir a ser uma bênção para todo o mundo
da época. Jerusalém será a sede do governo milenial e mundial de CRISTO (Is 22;
Mq 4.2).
De Jerusalém sairão tanto as diretrizes religiosas como as leia civis para o
mundo. Os grandes centros de decisões políticas do mundo atual, caso ainda
existam no Milênio, cederão ao poder e ao esplendor emanentes de Jerusalém.
Pois, diz a Bíblia que tanto a "lei" como "a palavra do Senhor" sairão de
Jerusalém (Is 2.3;
Zc 8.20-23).
3. O Milênio em
Relação à Igreja
No Milênio a Igreja estará glorificada
com CRISTO na Jerusalém celeste. A Igreja exercerá a co-regência com CRISTO
durante esse período áureo da história da humanidade. Revestidos dum corpo
glorioso e glorificado, os salvos estarão acima das limitações do tempo e do
espaço sujeitos quando ainda em seus corpos mortais. Terão um corpo como o de
CRISTO ressurreto, que se locomove sem obstáculos e sem barreiras. Assim como na
transfiguração de CRISTO, Moisés e Elias não estavam sujeitos às limitações
físicas, de igual modo os componentes da igreja, no Milênio não estarão sujeitos
a essas limitações. Em todas as passagens que aludem à Igreja no Milênio, os
salvos são sempre designados como em glória, glorificados e em lugares sublimes
com o Senhor. Evidentemente tudo quanto imaginarmos e dissermos acerca da glória
futura da Igreja, está mui aquém do que isso realmente significa.
4. O Milênio em
Relação ao Mundo em Geral
Durante o Milênio o mundo será
saturado do conhecimento de DEUS. Caravanas procedentes das mais diferentes
nações irão a Jerusalém buscar a lei do Senhor (Ez 39.29;
36.27).
Certamente que o pecado não será de todo erradicado da terra. Não. A natureza
humana continuará a mesma, porém, devido ao aprisionamento de Satanás e às
bênçãos do reinado e da presença pessoal de CRISTO, ninguém estará
impossibilitado de se submeter ao senhorio de JESUS CRISTO. Serão tantas as
facilidades e condições e obediência a CRISTO, que ninguém poderá se desculpar
em não lhe obedecer. Quanto à maneira como os habitantes da terra nesse tempo
serão visitados pelo Senhor, diz o próprio DEUS: "Já não esconderei deles o meu
rosto, pois derramarei o meu ESPÍRITO sobre
a casa de Israel, diz o Senhor DEUS ... Porei dentro de vós o meu ESPÍRITO , e
farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis" (Is 2.4).
Durante o Milênio, o antagonismo será removido de entre os homens. A ciência e o
progresso atingirão o seu apogeu e alcançarão o fim a que se propuseram.
Fronteiras já não existirão como obstáculos à penetração de estrangeiros. As
casas já não precisarão de fechaduras e cadeados. Moléstias tais como o câncer,
a lepra e a AIDS já não ceifará vidas na proporção que conhecemos hoje. Não
haverá mortandade entre as crianças. As nações já não necessitarão de exércitos
armados para guarnecer as suas fronteiras, pois "estes converterão as suas
espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras: uma nação não
levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra" (Rm 8.19-22).
No Milênio, a própria terra, como habitat do homem, passará por transformações
que alterarão sensivelmente, para melhor, o seu clima e a sua produtividade. De
igual modo os animais sofrerão mudança na sua natureza durante essa época áurea.
A ferocidade deles será removida para dar lugar à docilidade. Não mais se
atacarão, nem representarão qualquer ameaça ao homem. Toda a criação, afetada
que foi pela queda do homem, de igual modo participará das bênçãos decorrentes
do governo milenar de CRISTO (Ap 20.7)..
Terminado o Milênio, Satanás que fora
preso antes, será novamente solto por um breve espaço de tempo (Ap 20.7,8).
Essa soltura momentânea de Satanás, servirá para o seguinte: Primeiro: Provar
aquelas pessoas que nasceram durante o Milênio; Segundo: Revelar que o coração
do homem não-convertido, permanece inalterado, mesmo no reino pessoal do Filho
de DEUS; Terceiro: Demonstrar pela última vez quão pecaminosa é a natureza
humana, e que o homem por si mesmo jamais se salvará, mesmo sob as melhores
condições; Quarto: Demonstrar que Satanás é completamente incorrigível.
1. A Última Revolta
de Satanás
"E, acabando-se os mil anos, Satanás
será solto da uma prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro
cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as
ajuntar em batalha" (O Calendário da Profecia – CPAD – Pág.90). Gogue e Magogue
em
Apocalipse 20.8 são as nações rebeladas contra DEUS,
instigadas por Satanás, e conduzindo um furioso ataque contra os santos. Segundo
análise do mestre Antonio Gilberto, não se trata absolutamente de Gogue e
Magogue de
Ezequiel 38 e 39, e em seguida dá as razões para o seu
argumento.
Gogue, em Ezequiel 38-39 – Magogue
aqui é uma confederação de nações (talvez chefiada pela Turquia e tendo Irã e
Etiópia como cooperadoras, entre outras muitas nações)
Ez 38.2- 6
- Magogue é um bloco de nações
Ez 38.6-15 - Gogue vem do norte
Ez 38.16 - Gogue age por um ato divino
Ez 38.21,22
- Gogue é destruído por espada
Ez 39.11-13 - Gogue é sepultado em Israel
Ez 30,39 - Gogue vem antes do Milênio
Gogue e Magogue, em
Apocalipse 20
Ap 20.8 - Gogue é todas as nações
Ap 20.8 - Gogue envolve toda a terra
Ap 20.7,8
- Gogue é movida pelo diabo
Ap 20.9 - Gogue é destruído por fogo do céu
Ap 20.9 - Gogue é totalmente destruído pelo
fogo
Ap 20
– Gogue é vem após o Milênio (Ap 20.9,10).
A sorte de Satanás e desses povos que
por ele se deixaram iludir está selada nas seguintes palavras: “... mas desceu
fogo do céu, e os devorou. E o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de
fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão
atormentados para todo o sempre" (Ap 20.11,12).
Em seguida ao aprisionamento de
Satanás, e o seu conseqüente encarceramento no Lago de Fogo e Enxofre, será
estabelecido o Juízo do Grande Trono Branco, O juízo final. Quanto a esse
momentoso evento, diz o apostolo João: "E vi um grande trono branco, e o que
estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se
achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, quê estavam diante do
trono; e abriram-se os livros; e abriu-se outro, que é o da vida; e os mortos
foram Julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas
obras" (Ap
3.21).É nessa época que os ímpios mortos
em todos os tempos experimentarão uma ressurreição própria para, diante do trono
de DEUS, ouvir a sentença final condizente com as suas obras. Os salvos por
CRISTO não passarão pelo vexame desse julgamento, uma vez que já estão
glorificados por CRISTO. Mais do que isto, os santos vencedores estão assentados
em tronos como assistentes de CRISTO nesse julgamento final (2 Pd 3.7,10-13).
Ninguém será suficientemente esperto para fugir do juízo final. Diante do trono
do juízo de DEUS estarão "grandes e pequenos". Grandes e pequenos, aqui, não
significam adultos e crianças, mas senhores e servos sábios e indoutos, ricos e
pobres. Refere-se a classes sociais e não a faixa de idade. Os mortos salvos
durante o Milênio certamente ressuscitarão nessa ocasião para serem também
recompensados com a vida eterna. Só assim se explica a presença do livro da vida
nesse julgamento. Todos quantos comparecerem perante o Grande Trono Branco,
independentemente da classe social a que pertenceram ou da religião da qual
foram adeptos, serão Julgados segundo a reta justiça de DEUS.
3. A Renovação dos
Céus e da Terra
Escreve o apóstolo Pedro: "Mas os céus
e a terra que ora existem, pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se
guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios... Mas
o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande
estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, as obras que nela há,
se queimarão. Havendo pois de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém
ser em tanto trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para vinda do dia de
DEUS, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que
habita a justiça" (Cl 1.20).
Uma vez que não só a terra, mas todo o espaço sideral também está
contaminado pelo pecado e pela ação deletéria do Diabo, não apenas a terra, mas
também os céus sofrerão a ação purificadora de DEUS na consumação dos séculos.
Será a desordem do homem, do pecado e do Diabo, sendo abolida, para dar lugar à
ordem e à harmonia de DEUS.
Consumado todo o plano de DEUS para o
final dos séculos, haverá perfeita harmonia entre o céu e a terra. Cumprir-se-á
na sua íntegra a profunda declaração do ESPÍRITO
SANTO através de Paulo, quanto ao alcance final da obra de CRISTO: "E
que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele
reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as
que estão nos céus" (Ap 22.3).
Nesse tempo "céu e terra hão de ser a mesma grei", como bem diz o poeta sacro.
Sim, porque o muro de separação (o pecado) foi totalmente desfeito. Tudo quanto
é santo, perfeito e belo, se associa ao terno e perfeito estado quando a ordem
divina abolir e substituir o caos hoje dominante no reino dos homens. A esse
estado por vir, se associam:
a)Santidade perfeita (Ap 22.3).
b)Governo perfeito (Ap 22.3).
c)Serviço perfeito (Ap 22.4).
d) Visão perfeita (Ap 22.4).
e) Identificação perfeita (Ap 22.5).
f)Iluminação perfeita (O Calendário da
Profecia – CPAD – Pág. 101,102).
g) Interação perfeita (1 Co 15.28).
Começam aqui as eras eternas, quando
DEUS é tudo em todas as coisas.
Novo Céu e Nova Terra
- Teologia Sistemática Pentecostal - Antonio Gilberto, Claudionor de Andrade,
Elienai Cabral, Elinaldo Renovato de Lima
Os discípulos perguntaram a JESUS:
“que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3).
Como já vimos, há muitos sinais indicadores da Segunda Vinda, os quais
evidenciam que o “começo do fim” está próximo. Contudo, depois de todos os
acontecimentos já mencionados, chegará de fato o fim do mundo (2 Pe 3.7,10-12),
que ensejará um novo início, o começo do “dia da eternidade” (Lc 20.35;
2 Pe 3.18;
Ap 21-22).
Após o Juízo Final, o Universo dará
lugar a um novo Céu e uma nova Terra (2 Pe 3.13;
Mt 5.5),
na qual haverá uma Santa Cidade (Ap 21.1,2).
João viu que a Nova Jerusalém “descia do céu, adereçada como uma esposa para o
seu marido”. Ouvir-se-á, então, uma grande voz, dizendo: “Eis aqui o tabernáculo
de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o
mesmo DEUS estará com eles e será o seu DEUS” (v.3).
Não haverá mais tristeza, pranto, dor
e clamor. O Senhor limpará dos olhos toda lágrima (Ap 21.4).
Alguns têm perguntado: “Quer dizer então que no Céu ainda haverá lágrimas?” Na
verdade, a referência ao enxugamento das lágrimas denota que, no estado glorioso
em que os salvos se encontrarem, não experimentarão nenhuma tristeza ou dor.
Afinal, tudo isso decorre do pecado, que já estará definitivamente superado (Rm
5.12;
Is 35.10;
65.19).
Por que gememos tanto hoje, como está
escrito em
Romanos 8.23 e 2 Co- ríntios 5.2? Porque ainda
estamos numa vida de sofrimento, dor, injustiças... Mas, na eternidade, só
teremos motivo para louvar a DEUS e ao Cordeiro, pois as primeiras coisas já
terão passado, e o Senhor dirá: “Eis que faço novas todas as coisas” (v.5).
Não haverá mais morte. Esta já terá
sido definitivamente aniquilada (Ap 20.14;
21.4).
Apesar de a morte ser descrita como o último inimigo (I Co 15.26),
e, figuradamente, como um agente (I Co 15.55;
Ap 20.14),
não devemos acreditar que ela seja uma pessoa ou um espírito superior ao próprio
Satanás. O termo “morte” tem vários sentidos, de acordo com o contexto em que é
empregado, mas relaciona-se a um estado de separação:
A morte como cessação da vida, isto é,
morte física (Hb
2.14), que implica a separação entre o
corpo (parte física) do “homem espiritual” (espírito+alma).
A morte como ausência de comunhão com
o Senhor; separação temporária de DEUS, por causa do pecado (Rm 6.23).
A morte como separação eterna,
definitiva, do Criador em razão da permanência no pecado (Ap 21.8).
Não haverá mais pecado, pecadores e
maldição (Ap 21.17;
22.3).
Nada que contamine e ninguém que cometa pecados, como os mencionados em
Apocalipse 21.8
e 22.15, entrarão na Santa Cidade. Somente os purificados pelo sangue do
Cordeiro, inscritos no livro da vida, entrarão nela pelas portas (Ap 22.14).
O pecado, e a maldição decorrente dele (Gn 3.17;
G13.13), serão, então, extinguidos, cumprindo-se plenamente o que está escrito
em
João 1.29.
Não haverá mais templo, Sol, Lua e
noite (Ap 21.22,23;
22.5).
OTemplo da Cidade será o DeusTodo-poderoso e o Cordeiro. Hoje, nós somos o
templo de DEUS (I
Co 3,16;
6.19).
Na eternidade, Ele será o nosso Templo! A existência de algum astro não fará
sentido. O Universo de hoje não mais existirá. A glória de DEUS, pois, iluminará
a Santa Cidade, e o Cordeiro será a sua lâmpada. Apesar de não haver mais os
luminares conhecidos hoje, não haverá noite; o Senhor DEUS nos alumíará, e
reinaremos com Ele para todo o sempre.
Haverá grande alegria, pureza e
santidade (Ap 21.2,11).
Não haverá morte, pranto, dor, lágrimas, mas uma grande alegria, infinitamente
superior a tudo o que já sentimos nesta vida, se fará presente. Imaginemos qual
será o sentimento de todos nós, ao vermos o rosto de DEUS e do Cordeiro (Ap 22.4).
A Santa Cidade, toda de ouro,
semelhante a vidro puro (v. 18), é descrita como uma esposa ataviada para o seu
marido, a “santa Jerusalém” (v. 10). A Cidade será toda iluminada com uma luz
“semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal
resplandecente”.
Haverá um grande e alto muro com doze
portas (Ap 21.12).
Um anjo estará em cada porta, e os nomes das doze tribos de Israel, escritos
sobre elas. As portas serão pérolas (vv. 13,21); sob elas haverá doze
fundamentos de pedras preciosas para o muro, nos quais estarão os nomes dos
doze apóstolos do Cordeiro (vv. 14,19,20). Elas não se fecharão, para que os
reis das nações da Terra tragam à Cidade glória e honra (vv.24-26).
O
rio e a árvore da vida (Ap
22.1,2,14,19).
Na Cidade, haverá uma praça de ouro puro, como vidro resplandecente (Ap 21.21),
e um no puro da água da vida (Ap 22.1).
Será claro como cristal e procederá do trono de DEUS e do Cordeiro. Quem recebe
a CRISTO hoje bebe aqui, espiritualmente, da água da vida (Ap 22.17;
Jo 4.10-15),
mas haverá de beber também ali: “A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei
da fonte da água da vida” (Ap 21.6).
No meio da praça estará a árvore da vida, que produzirá doze frutos em cada mês.
As suas folhas serão para a saúde das nações.
Para sempre serviremos ao Senhor (Ap 22.3).
Toda a descrição que fizemos acima só será plenamente compreendida quando
estivermos no estado em apreço (Rm 8.18;
I Pe 5.1).
Alguns pensam que no Céu, na eternidade com CRISTO, na Santa Cidade, não haverá
trabalho. Esquecem-se de que DEUS, sendo perfeito em tudo, trabalha (Jo 5.17;
Is 64.4).
Aqueles que tiverem sido servos do
Senhor aqui hão de continuar a servi-lo ali: “os seus servos o servirão”. DEUS
será tudo em todos (I
Co 15.28). Glória à Trindade para sempre!
Estejamos preparados para o glorioso Dia do Arre- batamento da Igreja, pois
“assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com
estas palavras” (I
Ts 4.17,18).
Comentário Bíblico Wesleyana -
a nova terra ( 47: 1-48: 35 )
Depois de descrever o novo templo com seus novos fiéis e o novo serviço
de festas e sacrifícios, Ezequiel, culminando a visão, imagens de as bênçãos
daqueles que servem a Jeová na nova terra. Saúde é deles. Santidade é também,
como DEUS cura a terra com o rio refrescante da água da vida. Ele próprio habita
na nova cidade. Ambas as imagens simbolizam dinamicamente o poder e da presença
do Senhor. Entre estas duas imagens de DEUS divide a terra entre as doze tribos
de Israel, sugerindo a herança eterna que pertence aos filhos de DEUS. Saúde,
felicidade, santidade, estas são as bênçãos do Reino divino.
1.
(The Stream Healing) A Corrente de Cura
( 47: 1-12 )
1 E
ele me trouxe de volta até a porta da casa; e eis que saíam umas águas por
debaixo do limiar da casa para o leste (para a linha da frente da casa foi para
o leste); e as águas desciam de debaixo, desde o lado direito da casa, ao sul do
altar. 2 Então ele me levou para fora pelo caminho da porta do
norte, e me fez dar uma volta pelo caminho de fora até a porta exterior, pelo
caminho do portão que dá para o oriente; e eis que corriam as águas do lado
direito.
3 Quando
o homem saiu em direção ao leste com a linha na mão, mediu mil côvados, e ele me
fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos. 4 outra
vez mediu mil, e me fez passar por as águas, águas que me davam pelos
joelhos. Mais uma vez mediu mil, e me fez passar através das águas , águas que
me davam pelos lombos. 5 E mediu mais mil, e era um rio, que eu não
podia atravessar; porque as águas eram profundas, águas para nadar, um rio que
não podia ser passada através.
6 E
disse-me: Filho do homem, viste isto? Então me levou, e me fez voltar para a
margem do
rio. Agora,
quando eu tinha voltado, eis que à margem do rio havia muito . muitas árvores de
um lado e, por outro 8 E disse-me: Estas águas questão adiante para
a região oriental, e descerá a Arabá; e eles devem ir para o mar; no mar devem
ir as águas que foram feita a emissão de luz; e as águas devem ser curado. 9 E
ela deve vir a passar, que todos os seres vivos que swarmeth, em todos os
lugares para onde os rios vão, viverá; e haverá uma grande quantidade de peixes:
para estas águas entraram ali, e as águas do mar . sarará, e tudo viverá por
onde quer que entrar este rio. E ela deve vir a passar, que os pescadores estarão juntos: desde En-Gedi até En-Eglaim deve ser um lugar para
estender as redes; seu peixe será, segundo a sua espécie, como o peixe do mar
grande, em multidão excessiva. 11 Mas os seus charcos e os pântanos
da mesma, não será curado; . eles serão entregues até
sal.
E junto ao rio, à sua margem, de uma e de outra banda, nascerá toda
sorte de árvore para o alimento, cujas folhas não cairão, nem o seu fruto
falhar: ela dará à luz novos frutos a cada mês, porque as suas águas saem do
santuário; eo seu fruto servirá de alimento, e
a mesma folha para a cura.
Em 46:21 , o profeta foi levado para o pátio externo para ver
as cozinhas dos leigos; agora ele é trazido de volta até a porta da casa e
mostrado uma fonte de água que flui para fora vivendo debaixo do limiar da
casa em direção ao leste . Esta água fluiu através do átrio interior, ao sul
do altar e ficou sob a parede para o vale para o leste como um fio (v. 2 ). Uma vez que o portão oriental estava fechada, o
profeta e seu guia saiu pela porta do norte e deu a volta para a parede leste da
área do templo para ver a água escorrendo (v. 2 ).
Porque o fluxo aumenta rapidamente, uma vez que deixa
a área do templo, sem a ajuda de tributários adicionais, talvez as águas devem
ser entendidas simbolicamente. Dentro mil côvados, cerca de 1.700 pés, a água
tornou-se um tornozelo fluxo profundo. Em outro quarto de milha aumentou até
atingir os joelhos do profeta; Após a terceira mil côvados é para seus lombos
(v. 4 ) e, finalmente, depois de cerca de 6.800 pés, um
pouco mais de um quilômetro, é um rio que não podia ser passada através de (v. 5 ). Da mesma forma o fluxo de redenção começa como uma mola na alma
nascido de novo ( João
4:14 ), mas finalmente jorra como "rios de água
viva" ( João 7:38 ) para abençoar um mundo
necessitado.
Como o profeta e seu guia caminhou de volta ao longo
da margem do rio que flui, Ezequiel viu grande abundância de árvores, de um
lado e do outro . Seu guia explicou que as águas continuaram a fluir para o
leste até a
Arabá, a depressão no final do Mar Morto, onde o rio Jordão termina. Quando
chegaram ao Mar Morto, as águas doces curado ou purificado as águas salgadas
para que eles produziram tantos peixes como o grande mar (Mediterrâneo-v. 10 ). O
que anteriormente tinha sido deserto deserto de En-Gedi até En-Eglaim (duas
molas na costa ocidental do Mar Morto cerca de vinte quilômetros de distância),
seria um lugar para espalhar redes de pesca.
No
versículo 12, a
explicação continua, relatando que as árvores ao longo das margens do rio será
tanto para alimentação e saúde. Por causa das águas da vida, as árvores vão dar
frutos o ano todo, até mesmo uma fecundidade divina que não conhece a fome.
Todas estas bênçãos são possíveis porque as suas
águas saem do santuário . A fonte da vida nova é o templo e
a presença de DEUS. A graça de DEUS pode
fazer o impossível, até mesmo curar as águas salobras, em que podem existir sem
vida, e fazer com que "o deserto florescer como uma rosa."
Compare essa passagem com Joel 3: 18-21 e Zacarias 14:. 8F Antes
e depois do tempo de Ezequiel, os profetas de Israel falou do novo fluxo de cura
que flui do templo de Jerusalém. O autor do Apocalipse chama de "rio da água da
vida" que procede do trono de DEUS e do Cordeiro ( Ap 22: 1 ). É o símbolo da corrente que dá vida que flui de
DEUS e de Seu Filho JESUS CRISTO para abençoar os homens em todos os lugares,
que são convidados a participar de suas águas curativas: "Aquele que, deixá-lo
tomar a água da vida"
( Rev . 22:17 ).
SUBSÍDIOS DA
CPAD
revista CPAD
Lição 12, Imersos No
ESPÍRITO Nos Últimos Dias
TEXTO ÁUREO
“Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu
ventre.” (Jo 7.38)
VERDADE PRÁTICA
O rio da vida, que representa o fluir do ESPÍRITO SANTO, passa no meio do povo
de DEUS.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 47.1-12
1 - Depois disso, me fez voltar à entrada da casa, e eis que saíam umas águas de
debaixo do umbral da casa, para o oriente; porque a face da casa olhava para o
oriente, e as águas vinham de baixo, desde a banda direita da casa, da banda do
sul do altar. 2 - E ele me tirou pelo caminho da porta do norte e me fez dar uma
volta pelo caminho de fora, até a porta exterior, pelo caminho que olha para o
oriente; e eis que corriam umas águas desde a banda direita. 3 - Saiu aquele
homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me
fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos. 4 - E mediu mais
mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e mediu mais
mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos. 5 - E mediu
mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram
profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia
passar. 6 - E me disse: Viste, filho do homem? Então, me levou e me tornou a
trazer à margem do ribeiro. 7 - E, tornando eu, eis que à margem do ribeiro
havia uma grande abundância de árvores, de uma e de outra banda. 8 - Então, me
disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no
mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas. 9 - E será que toda criatura
vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá, e haverá
muitíssimo peixe; porque lá chegarão essas águas e sararão, e viverá tudo por
onde quer que entrar esse ribeiro. 10 - Será também que os pescadores estarão
junto dele; desde En-Gedi até En-Eglaim, haverá lugar para estender as redes; o
seu peixe, segundo a sua espécie, será como o peixe do mar Grande, em multidão
excessiva. 11 - Mas os seus charcos e os seus lamaceiros não sararão; serão
deixados para sal. 12 - E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra
banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua
folha, nem perecerá o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque
as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de alimento, e a sua
folha, de remédio.
INTRODUÇÃO
Essa primeira parte do capítulo 47 é a continuação da visão do Templo de
Ezequiel (40.1,2). A primeira parte, versículos 1-6, se concentra nas águas que
fluem de debaixo do umbral do Templo e, à medida que essas águas sanadoras vão
fertilizando as áreas estéreis do vale do Mar Morto, seguem aumentando o seu
volume até se tornar um rio caudaloso. A segunda parte, versículos 7-12,
descreve o efeito milagroso dessas águas, trazendo vida ao Mar Morto e à toda a
região do Arabá. A presente lição foca o aspecto escatológico da visão, mostra a
implicação pneumatológica da profecia e o contexto geológico do vale do Mar
Morto.
I - SOBRE O ASPECTO ESCATOLÓGICO
1. A nascente do rio (v.1).
Vimos, na primeira lição do trimestre, que o livro de Ezequiel antecipa o
aspecto apocalíptico nas Escrituras Sagradas. A visão nessa passagem é futurista
e literal, e as evidências, tanto internas quanto externas, dão sustentação para
uma interpretação escatológica e literal. O “umbral da casa” é uma referência ao
templo da visão do profeta (40.1,2). Os detalhes desse complexo, como dimensões
de áreas, dependências e medidas, sugerem um templo literal. Isso é simples de
entender. Se os dois que foram destruídos, o de Salomão (2 Rs 25.9) e o de
Herodes (Lc 21.6), eram literais, não faz sentido o novo Templo ser uma mera
visão idealista, como símbolo ou figura para transmitir ideias ou simbologia. De
igual modo, a promessa divina do novo Templo é também literal (Jl 3.18; Zc
14.8).
2. O guia celestial (vv.2,3a).
Um personagem que aparece desde o início da visão do novo templo: “um homem cuja
aparência era como a aparência do cobre, tendo um cordel de linho na mão e uma
cana de medir” (40.3) continua como cicerone nesse “passeio”. Esse anjo fez
Ezequiel sair pelo portão do norte e, dessa forma, contornar o Templo no sentido
horário em direção ao oriente. Isso porque a porta oriental estava fechada:
“Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o
Senhor, DEUS de Israel, entrou por ela; por isso, estará fechada” (44.2). No
período dos dois templos, essa porta nunca esteve trancada, e isso revela o
caráter escatológico da visão.
3. Os novos frutos (v.12).
A linguagem dessa passagem é apocalíptica e escatológica e tem paralelo com o
livro de Apocalipse (22.1,2). A visão de Ezequiel, em relação “a toda sorte de
árvore que dá fruto para se comer [...] nos seus meses produzirá frutos novos”,
se refere ao Milênio e a do apóstolo João, ao mundo vindouro, a eternidade. Mas
ambos os textos são literais; no novo céu e na nova terra não existe mar. O
Milênio é distinto do mundo vindouro (Ap 21.1), ver a Declaração de Fé das
Assembleias de DEUS no Brasil (XXIII.5).
II - SOBRE A IMPLICAÇÃO PNEUMATOLÓGICA
1. As águas (vv. 3-6).
O ser celestial fez Ezequiel passar pelas águas, que ao caminhar o primeiro
trecho de “mil côvados”, ou “quinhentos metros” (NAA) “elas me davam pelos
tornozelos” (v.3). Quinhentos metros mais adiante, as águas chegam aos joelhos
e, depois de mais quinhentos metros, elas já estão nos lombos (v.4). Quinhentos
metros mais além, essas águas já haviam se tornado num ribeiro e o profeta agora
tinha que nadar (v.5). Ele atravessou o ribeiro nadando, mas depois, o ser
celestial trouxe o profeta de volta para a margem do ribeiro (v.6). Qual o
propósito disso? Era necessário que Ezequiel visse a extensão e a profundidade
do ribeiro para reconhecer a fonte de todos esses milagres. Essa experiência da
imersão do profeta nas águas tem implicações teológicas profundas (Jo 7.37-39).
2. O ESPÍRITO SANTO.
A imersão de Ezequiel nessas águas pode ser comparada ao crente cheio do
ESPÍRITO SANTO, visto que a água é um dos símbolos do ESPÍRITO (1 Jo 5.6). Os
símbolos do ESPÍRITO SANTO são reflexos das suas múltiplas operações. O próprio
JESUS se referiu ao ESPÍRITO ao falar sobre o ESPÍRITO SANTO no discurso de João
7.37-39. O ESPÍRITO SANTO é ilustrado como água, pois, assim como a água é
indispensável à vida física de qualquer ser vivo, da mesma maneira o ESPÍRITO é
indispensável à vida do crente. A água refresca, refrigera e dá uma sensação de
tranquilidade e bem-estar, e é isso que o ESPÍRITO SANTO realiza na vida do
crente (Is 44.3). Ademais, não podemos esquecer que o Senhor JESUS CRISTO é a
fonte de água viva (Jo 4.14).
3. Imerso nas águas e no ESPÍRITO (vv.3-5).
O ESPÍRITO SANTO é a terceira Pessoa da Trindade, ou seja, é uma pessoa (Mt
28.19). Como Ele pode ser uma pessoa e os crentes serem cheios dEle? “Todos
foram cheios do ESPÍRITO SANTO” (At 2.4). Ser cheio do ESPÍRITO SANTO é uma
expressão que indica estar o cristão nos domínios do ESPÍRITO (At 4.8; Ef 5.18).
Isso está bem ilustrado na visão de Ezequiel inundado nas águas sanadoras que
brotam do Templo de DEUS (Ez 47.3-5).
III - SOBRE O CONTEXTO GEOLÓGICO DO VALE DO MAR MORTO
1. A abundância de árvores (v. 7).
O Arabá, em hebraico a’ravah, literalmente “árido”, mas aparece também no Antigo
Testamento como “planície” (Dt 1.1) ou “deserto” (Is 35.1). É o nome de um vale
(Js 18.18) que se estende desde a Galileia, no norte de Israel, e vai até o
golfo de Ácaba, no sul do país, na margem do Mar Vermelho (Dt 1.1 – diante de
Sufe). Nessa região se localiza o Mar Morto (Js 3.16 – Mar Salgado), parte da
região era território da antiga Pentápolis que incluía as cidades de Sodoma e
Gomorra, cuja destruição trouxe esterilidade na região de modo que ali não nasce
planta alguma, nem mesmo capim (Dt 29.23). No entanto, a palavra profética
contempla o surgimento de “abundância de árvores” (v.7) como resultado das
bênçãos das águas vivificadoras. Esse quadro profético é do Milênio.
2. O Mar Morto (v.8).
Essas águas “sendo levadas ao mar sararão as águas” (v. 8). Esse “mar” é o Mar
Morto, ou mar de Sal (Gn 14.3), mar Salgado (Js 3.16), mar das Campinas, ou mar
da Arabá (Dt 3.17 – NAA). Localiza-se na depressão mais profunda do planeta, 396
metros abaixo do nível do mar, e é alimentado pelas águas do Jordão e de uns
poucos córregos menores. Visto que o lago não possui escoamento natural, suas
águas são eliminadas por meio de evaporação. Essas águas possuem uma salinidade
incomum que vem desses riachos, fluindo através de solos salitrosos alimentados
por fontes sulfurosas. Não há vida nessas águas, que contêm mais de 30% de sais
minerais, ao passo que a média dos oceanos é de 3%. É uma fonte de riquezas
minerais.
3. Vida no Mar Morto (vv.9,10).
A chegada das águas vivificadoras do Templo revive o Mar Morto e o resultado é a
grande multiplicidade de peixes como no Mar Mediterrâneo, o “mar grande” (v.10).
Isso faz lembrar da criação no princípio (Gn 1.20,21). Os pescadores em “En-Gedi
até En-Eglaim” (v.10) lançarão suas redes para apanhar os peixes, um cenário
nunca visto até então na história. En-Gedi é um pequeno oásis localizado no
deserto da Judeia, próximo ao Mar Morto (Js 15.62), onde Davi se acampou quando
perseguido por Saul (1 Sm 23.29; 24.1). En-Eglaim é uma localidade desconhecida,
há quem afirme que fica na outra margem do mar, que seria hoje a Jordânia, mas a
linguagem parece indicar sentido norte-sul e não leste-oeste.
4. Sobre os charcos lamaceiros com sal que não serão restaurados (v.11).
Há ainda muitas controvérsias. Como a vida não se estende além das águas da
salvação que fluem do Templo, talvez a morte continue nesses buracos salinos (Is
66.24; Jr 30.23,24; Ap 20.10). A descrição do Milênio em Isaías indica haver
pecado e morte em escala reduzida, nascimento e envelhecimento (Is 65.20-23).
Mas há quem afirme que esses charcos serão de grande utilidade para economia por
causa da abundância das riquezas minerais, até para o tempero, como o sal para
os sacrifícios (Ez 43.24), mas não há unanimidade sobre nenhum desses
pensamentos.
CONCLUSÃO
As águas terapêuticas do rio da visão de Ezequiel saem de debaixo do umbral e as
águas cristalinas que saem do trono de DEUS e do Cordeiro, em Apocalipse,
apontam para CRISTO e o ESPÍRITO SANTO. É significativa a presença do rio no
Éden, no princípio. No relato da criação e do rio da vida no mundo vindouro, o
rio da visão de Ezequiel fica entre eles, ou seja, entre o primeiro e o último.
Vemos, em tudo isso, a restauração escatológica da terra e a efusão do ESPÍRITO
sem medida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.8-10 O rio do jardim do Éden aparece no limiar da humanidade
Terça - Is 44.3 Rios de águas representam também o derramamento do ESPÍRITO
SANTO
Quarta - Ez 36.35 A terra será restaurada no Milênio como o Éden
Quinta - Jl 3.18 O profeta Joel profetiza sobre um rio fluindo da Casa de DEUS
para toda a Judá
Sexta - Zc 14.8 O rio revelado ao profeta Zacarias é similar ao de Ezequiel
Sábado - Ap 22.1,2 O rio puro da água da vida flui do trono de DEUS no mundo
vindouro
Hinos Sugeridos: 5, 387,
553 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
O capítulo 47 é um dos capítulos mais conhecidos dos leitores do livro de
Ezequiel. Nesta lição, veremos que este capítulo tem um aspecto escatológico,
sob uma relação com o período do Milênio; esse capítulo tem um aspecto
pneumatológico, ou seja, as águas descritas no livro podem ser comparadas ao
enchimento do crente com o ESPÍRITO SANTO; e, finalmente, o presente capítulo
desdobra a visão escatológica do livro com o reavivamento geológico do vale do
Mar Morto. Portanto, a lição desta semana tem lições preciosas para a vida
cristã.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: Expor o aspecto escatológico do capítulo 47 de Ezequiel;
II) Apontar a implicação pneumatológica da profecia; III) Descrever o contexto
geológico do vale do Mar Morto.
B) Motivação: Uma das imagens mais bonitas no livro de Ezequiel é as águas do
Templo sendo levadas ao Mar Morto, sarando as suas águas. É uma belíssima imagem
do que o ESPÍRITO SANTO faz na vida do ser humano hoje.
C) Sugestão de Método: É muito importante que você procure avaliar como os
alunos poderiam aplicar esta lição a situações da vida deles. Nesse sentido,
sugerimos as seguintes perguntas durante a conclusão: 1) Se fosse ensinar essa
lição, o que você enfatizaria? 2) O que você entende por aspecto escatológico?
3) O que você entende por aspecto pneumatológico? Ouça atentamente a sua classe,
em seguida, procure trazer unidade as respostas de acordo com a explicação dos
tópicos respectivos da lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Traga exemplos que mostrem o quanto o ESPÍRITO SANTO agiu na vida
de pessoas. Incentive a sua classe a buscar uma experiência poderosa do ESPÍRITO
SANTO.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz
reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 92, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão
suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Águas através do Templo"
aprofunda a imagem das águas saindo do Templo; 2) O texto "Sarando o Mar Morto"
amplia a descrição da purificação do Mar Morto.
PALAVRA-CHAVE - Imersão