Escrita Lição 6, CPAD, As nossas armas espirituais, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 6, CPAD, As nossas armas espirituais, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 2º Trimestre de 2024
Título: A carreira que nos está proposta — O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu - Comentarista: Osiel Gomes
 
https://youtu.be/_0erX4mo_DA?si=tLJyd_bwRJVIXEuk Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2024/04/escrita-licao-6-cpad-as-nossas-armas.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2024/05/slides-licao-6-cpad-as-nossas-armas.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-6-cpad-as-nossas-armas-espirituais-2tr24-pptx/267739425
 
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
I. AS ARMAS DO CRENTE
1. As armas. 
2. As estratégias do Inimigo. 
3. O chefe de toda força do mal. 
II. AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO
1. A Palavra de DEUS. 
2. A oração. 
3. O jejum. 
III. JESUS CRISTO: O NOSSO MAIOR MODELO
1. Vencendo o Diabo com a Palavra. 
2. Vivendo em oração. 
3. Vivendo em jejum. 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em DEUS, para destruição das fortalezas.” (2Co 10.4).
 
VERDADE PRÁTICA
Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de DEUS, a oração e o jejum.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ef 6.1,2
As armas do crente são espirituais e devem ser usadas na jornada
Terça — 1Pe 5.8
O Inimigo apresenta diversas estratégias contra nós
Quarta — Mt 4.4; 1Pe 2.2
A Palavra de DEUS, uma poderosa arma espiritual
 Quinta — Sl 55.17; Ef 6.18
A oração, uma arma espiritual indispensável
Sexta — Mt 4.1-4; At 13.2,3
O jejum, um instrumento espiritual indispensável na caminhada
Sábado — 2Tm 3.16; Jo 17.9,20-22; At 14.23
Estudando a Palavra, orando e jejuando
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 4.1-4,16-20.
 1 — E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto.
2 — E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.
3 — E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de DEUS, dize a esta pedra que se transforme em pão.
4 — E JESUS lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de DEUS.
16 — E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.
17 — E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
18 — O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
19 — a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
20 — E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
 
HINOS SUGERIDOS -  212, 225 e 305 da Harpa Cristã.
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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CONHEÇA AS FORMAS E TIPOS DE JEJUM E QUANTO TEMPO DEVEM DURAR – LUCIANO SUBIRÁ - JEJUMVIDA CRISTÃ -  21/06/2022
 
Podemos simplificar o jejum e torná-lo uma disciplina em nossas vidas, cultivando sensibilidade aos direcionamentos do ESPÍRITO SANTO.
A bíblia nos ensina diferentes modos de jejuar, nos dá a liberdade para escolhermos. Há exemplos de jejuns coletivos, pessoais e até convocados, todos com o mesmo objetivo: buscar a DEUS. 
 
FORMAS DE JEJUM: REGULARES E OCASIONAIS
“Mas, aos dez dias deste sétimo mês, será o Dia da Expiação; façam uma santa convocação e humilhem-se; tragam uma oferta queimada ao Senhor.” Levítico 23.27
Essa passagem remete ao Dia da Expiação, jejum coletivo de todo povo de Israel imposto pelo próprio DEUS, todos se humilhavam como simbolismo da expiação dos pecados, aquele que descumprisse essa ordem seria eliminado do povo, uma prática anual realizada pelos judeus. O Senhor preza pela comunhão, desde o início quis que tivéssemos um relacionamento com Ele, e além do jejum instituído por DEUS, haviam outros jejuns autoimpostos celebrados entre os judeus ( ex: Zacarias 8.19; Jeremias 51.1-7; 2 Reis 25.1)
Ou seja, o jejum como forma de proximidade com o Senhor era um padrão, por outro lado, podemos citar a prática de jejuns ocasionais, em situações que fugiam do controle.
“Depois disto, os filhos de Moabe e os filhos de Amom, com alguns dos meunitas, vieram para fazer guerra contra Josafá. Então vieram alguns que avisaram Josafá, dizendo: — Uma grande multidão está vindo contra Judá, do outro lado do mar Morto, da Síria. Eis que eles já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi. Então Josafá teve medo e decidiu buscar o SENHOR; e proclamou um jejum em todo o Judá. Judá se congregou para pedir socorro ao SENHOR. Também de todas as cidades de Judá veio gente para buscar o SENHOR.”    2 Crônicas 20.1-4
Esse jejum foi imposto por Josafá, todo o povo obedeceu à ordem e buscou ao Senhor, pedindo por proteção e socorro. Certamente esse jejum ocasional surgiu de uma situação inesperada, assim como em nossas vidas podemos receber direcionamentos específicos do ESPÍRITO SANTO em situações que fogem do nosso controle e colocar em prática uma busca intencional por DEUS.
 
FORMAS DE JEJUM: PESSOAIS E PÚBLICOS
Em Mateus 6 JESUS falou sobre “jejuar em secreto”:
“Mas você, quando jejuar, unja a cabeça e lave o rosto, 18 a fim de não parecer aos outros que você está jejuando, e sim ao seu Pai, em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa.” Mateus 6.17,18
Há um aspecto pessoal na prática do jejum, uma busca particular e de intimidade com DEUS.
No Novo Testamento há jejuns públicos praticados pela igreja:
“Enquanto eles estavam adorando o Senhor e jejuando, o ESPÍRITO SANTO disse: — Separem-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e impondo as mãos sobre eles, os despediram.” Atos 13.2,3
Toda a igreja reunida estava em jejum, sensíveis ao ESPÍRITO SANTO eram capazes de entender e obedecer a sua ordem. 
No Antigo Testamento o profeta Joel declarou: “proclamem um santo jejum, convoquem uma reunião solene.”(Joel 2.15), um exemplo de jejum público convocado por um líder inspirado por DEUS.
 
FORMAS DE JEJUM: VOLUNTÁRIOS E INVOLUNTÁRIOS
Pastor Luciano Subirá, em seu livro A Cultura do Jejum, destaca haver uma distinção nas palavras de Paulo, entre jejuar e passar fome: “passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum.”(2 Coríntios 11.27). Existe uma diferença entre não comer quando se tem opção, e não comer por não ter alimento, isso não significa que mesmo em ocasiões de jejum involuntário, não podemos associar a orações e atitudes que regem um jejum voluntário.
Podemos acabar jejuando involuntariamente por diversas razões, falta de tempo, perda do apetite etc. Não precisamos necessariamente aproveitar esses momentos para propósitos espirituais, mas podemos fazê-lo.
Em Marcos 6.31 os discípulos de JESUS não tinham tempo nem para comer. Paulo relata em Filipenses 4.12 momentos de dificuldade em que sentia fome e passava por necessidades. Precisamos conservar atitudes corretas em tempos de abstinência, esperando pela provisão divina. Pastor Luciano Subirá ressalta que nesses momentos de jejuns não programados, podemos aproveitar para não murmurar e dedicar-nos a DEUS.
 
FORMAS DE JEJUM: ESCOLHA PRÓPRIA OU DIREÇÃO DE DEUS
Podemos jejuar quando somos direcionados por DEUS e também por vontade própria. JESUS deixou claro que espera que jejuemos, assim como devemos orar e ler a bíblia o jejum deve se tornar uma prática na vida do cristão. Pastor Luciano Subirá, traz uma excelente observação de Valnice Milhomens em seu livro A Cultura do Jejum:
“Não precisamos de uma direção extra para fazer o que a Bíblia já deixou claro como um princípio ou norma de vida.”
Podemos simplificar o jejum e torná-lo uma disciplina em nossas vidas, cultivando sensibilidade aos direcionamentos do ESPÍRITO SANTO.
 
TIPOS DE JEJUM: JEJUM TOTAL
O jejum total é a abstinência completa de alimentos e água, um dos jejuns mais sérios.
No Antigo Testamento Ester requisita um jejum total ao povo judeu. O rei de Nínive no livro de Jonas, faz o mesmo decreto: “ninguém — nem mesmo os animais, bois e ovelhas — pode comer coisa alguma; não lhes deem pasto, nem deixem que bebam água.” (Jonas 3.7). No Novo Testamento Paulo, fez três dias de jejum absoluto (Atos 9.9).
Não costumamos encontrar nos registros bíblicos, jejuns absolutos, com uma duração maior do que três dias. O corpo humano, necessita de água para não sofrer sérios danos. Portanto, há exceções, Luciano Subirá trata esses casos como Jejum Sobrenatural.
 
TIPOS DE JEJUM: JEJUM NORMAL
No jejum normal não há consumo de alimento, mas sim, de água. Em Lucas 4.2 a bíblia diz:
“Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome.”
Não há menção de que CRISTO não bebeu. Em Esdras 10.6 a Bíblia é clara ao mencionar que não houve ingestão de água por conta da abstinência:
“Esdras se retirou de onde estava, diante da Casa de DEUS, e foi para a câmara de Joanã, filho de Eliasibe. Ao entrar ali, não comeu pão nem bebeu agua, porque pranteava por causa da infidelidade dos que tinham voltado do exílio.”
Entendemos que quando a bíblia não detalha essa especificidade, é porque houve ingestão de água. Portanto, o jejum normal é a abstinência alimentar, contudo sem privação da água, diferente do jejum total.
 
TIPOS DE JEJUM: JEJUM PARCIAL
O jejum parcial é aquele em que o jejuador se propõe a privação de certos tipos de alimentos, o exemplo mais claro dessa abstinência é o de Daniel:
“Naqueles dias, eu, Daniel, fiquei de luto por três semanas. Não comi nada que fosse saboroso, não provei carne nem vinho, e não me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas.” Daniel 10.2,3
O propósito de Daniel com o jejum, era espiritual. Um homem que vivia uma vida de disciplina. Logo no primeiro capítulo Daniel decide não se contaminar com as iguarias do rei, sua escolha era baseada em valores espirituais, no capítulo dez, mencionado acima, o profeta faz uma escolha de abster-se, e no fim desse período um anjo de DEUS falou com Daniel: “dispôs o coração a compreender e a se humilhar na presença do seu DEUS.” (Daniel 10.12), uma aprovação de seu ato.
Se almejamos a cultura do jejum, devemos ter regularidade e também podemos aderir ao que o pastor Luciano Subirá chama de “vida jejuada”. Outro exemplo é o de João Batista, que além das restrições do nazireado se alimentava de gafanhotos e mel silvestre. A decisão de João foi de abster-se de alimentos, vivendo uma “vida jejuada”, uma vida de abstenção alimentar parcial com benefícios para o corpo e espírito.
O jejum parcial é a melhor forma de iniciar os jejuns. Pode servir como preparação para votos prolongados.
 
TIPOS DE JEJUM: JEJUM SOBRENATURAL
Existem relatos bíblicos de jejuns que aconteceram de forma sobrenatural, Moisés ficou 40 dias sem comer e nem beber:
“E Moises esteve ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites. Não comeu pão nem bebeu água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.” Êxodo 34.28
Para o corpo humano é impossível ficar esse tempo todo sem beber água ou comer, via de regra os jejuns com abstinência total duram em média três dias, como nos casos de Jonas, Ester e Paulo em sua conversão. Com Moisés foi diferente, ele esteve imerso na glória divina por quarenta dias. Um evento sobrenatural!
JESUS, embora tenha jejuado o mesmo tempo, nada comeu e teve fome (Lucas 4.2). Luciano Subirá traz em seu livro A Cultura do Jejum, o seguinte argumento apresentado na Bíblia de Estudo Pentecostal:
“Pode indicar que CRISTO absteve-se de alimento, mas não de água. Abster-se de água por 40 dias requer um milagre. Uma vez que CRISTO teve que enfrentar a tentação como representante do homem Ele não poderia empregar nenhum outro meio para vencê-la além do de um homem cheio do ESPÍRITO SANTO.”
JESUS jejuou os quarenta dias como homem.
Elias, também viveu uma experiência sobrenatural do jejum:
“Levante-se e coma. Elias olhou e viu, perto da sua cabeça, um pão assado sobre pedras em brasa e um jarro de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir. O anjo do SENHOR voltou, tocou nele e lhe disse:
— Levante-se e coma, porque a viagem será́ longa.
Então Elias se levantou, comeu e bebeu. E, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de DEUS.” 1 Reis 19.5-8
Com a força daquela comida, Elias conseguiu andar por quarenta dias. Ele foi sobrenaturalmente alimentado.
Pastor Luciano Subirá cita o Irmão Yun, que fez um jejum de 74 dias sem comer e nem beber água, enquanto era prisioneiro na China. Não existe outra explicação, senão uma intervenção sobrenatural. Só DEUS é capaz de alterar o curso natural do corpo humano para passar por esse processo e que ao fim dele sobreviva.
 
A DURAÇÃO DE UM JEJUM BÍBLICO
A Bíblia não determina regras quanto a duração do jejum, cada um é livre para escolher quando, como e quanto jejua. Há exemplos nas Escrituras de variadas durações, que não determinam, necessariamente, a duração do nosso jejum, mas nos dá perspectivas sobre a possibilidade de jejuns maiores.
Um período do dia: Juízes 20.26.
1 dia: Levítico 16.19-31.
3 dias: Ester 4.16; Atos 9.9.
7 dias: 1Samuel 31.13; 2Samuel 12.15-18.
14 dias: Atos 27.33.
21 dias: Daniel 10.3
40 dias: Êxodo 34.28; Lucas 4.1,2.
Que DEUS te abençoe em sua jornada, e que você sempre se lembre que o principal motivo para o jejum é a busca por mais de DEUS.
 
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Lição 13 - A Batalha Espiritual e as Armas do Crente
Revista Adulto, CPAD, 1º trimestre de 2019, Batalha Espiritual — O povo de DEUS e a guerra contra as potestades do mal - Comentarista: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Cajamar - SP - Tel Esposa 19-98448-2187
 
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Lição 13 - A Batalha Espiritual e as Armas do Crente
 
 AJUDA
1º trimestre de 2019 - Batalha Espiritual -  O povo de DEUS e a guerra contra as potestades do mal. - Comentário: Esequias Soares
Sumário: 
Lição 1 - Batalha Espiritual – A Realidade não Pode Ser Subestimada 
Lição 2 - A Natureza dos Anjos – A Beleza do Mundo Espiritua
Lição 3 - A Natureza dos Demônios – Agentes da Maldade no Mundo Espiritual 
Lição 4 - Possessão Demoníaca e a Autoridade do Nome de JESUS 
Lição 5 - Um Inimigo que Precisa Ser Resistido 
Lição 6 - Quem Domina a sua Mente 
Lição 7 - Tentação – A Batalha por nossas Escolhas e Atitudes 
Lição 8 - Nossa Luta não É contra Carne e Sangue 
Lição 9 - Conhecendo a Armadura de DEUS 
Lição 10 - Poder do Alto contra as Hostes da Maldade 
Lição 11 - Discernimento de Espíritos – Um Dom Imprescindível 
Lição 12 - Vivendo em Constante Vigilância 
Lição 13 - Orando sem Cessar
 
Para acessar estas lições e estudá-las entre no link abaixo
 https://www.estudantesdabiblia.com.br/cpad_sumario_2019_1t.htm
 
 
TEXTO ÁUREO
“Revesti-vos de toda a armadura de DEUS, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.” (Ef 6.11)
 
VERDADE PRÁTICA
O uso da armadura de DEUS assegura a vitória do crente no campo da batalha espiritual.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ef 6.11 Todo cristão, diariamente, enfrenta uma batalha espiritual
Terça - Lc 21.36 Não é possível entrar em combate sem a cobertura da oração
Quarta - Sl 124.7 O escape do crente das astutas ciladas do Inimigo
Quinta - Ef 6.13 Para vencer no campo da batalha espiritual é necessário vestir-se da armadura de DEUS
Sexta - Mt 4.1-10 Usando a Palavra de DEUS para resistir às ciladas do Diabo
Sábado - Ef 1.19 A vitória da Igreja de CRISTO está garantida pela grandeza do poder de DEUS
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 6.10-20
10 - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. 11 - Revesti-vos de toda a armadura de DEUS, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; 12 - porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. 13 - Portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. 14 - Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, 15 - e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 - tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. 17 - Tomai também o capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO, que é a palavra de DEUS, 18 - orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos  19 - e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, 20 - pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.
 
 
OBJETIVO GERAL - Mostrar que o uso da armadura de DEUS assegura a vitória no campo da batalha espiritual
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Demonstrar qual deve ser o preparo espiritual do crente para a batalha;
Apresentar o campo da batalha espiritual;
Saber quais são as armas espirituais indispensáveis ao crente.
 
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado(a) professor(a), com a graça de DEUS concluímos mais um trimestre de estudos bíblicos. Estudamos a Carta aos Efésios e temos a certeza de que você e seus alunos foram ricamente abençoados com todo o conteúdo estudado. O tema geral da Carta aos Efésios é CRISTO e sua Igreja, e Paulo reserva o último capítulo para tratar a respeito da guerra espiritual que todos os crentes em JESUS CRISTO enfrentam (6.10-20).
Quanto ao assunto batalha espiritual, infelizmente, alguns subestimam por completo os ataques do Inimigo e suas ciladas. Já outros enaltecem o poder do Inimigo e se esquecem de que CRISTO já o derrotou na cruz do Calvário e que nos deu poder contra as serpentes e escorpiões (Lc 10.19). Assim como os anjos estão a serviço de DEUS e do seu povo, os demônios servem a Satanás, o seu chefe, cuja missão neste mundo é matar, roubar e destruir (Jo 10.10). Mas nunca podemos nos esquecer de que maior é o que está conosco, JESUS CRISTO.
 
 
PONTO CENTRAL - O uso da armadura de DEUS assegura a vitória na batalha espiritual.
 
 
RESUMO DA Lição 13 - A Batalha Espiritual e as Armas do Crente
I – O PREPARO ESPIRITUAL DO CRENTE PARA A BATALHA
1. Fortalecidos no poder do Senhor.
2. Vigilantes em toda a oração e súplica.
II – CONHECENDO O CAMPO DA BATALHA ESPIRITUAL
1. As astutas ciladas do Diabo.
2. O conflito contra o reino das trevas.
3. As agências das potestades do ar.
III – AS ARMAS ESPIRITUAIS INDISPENSÁVEIS AO CRENTE
1. A armadura completa de DEUS.
2. As armas indispensáveis de defesa.
3. A imprescindível arma ofensiva.
  
RESUMO RÁPIDO Pr. Henrique - Lição 13 - A Batalha Espiritual e as Armas do Crente
O comentarista começa a lição pegando o que está no final da armadura para depois introduzir seus comentários sobre a Armadura.
Paulo olhando para o soldado que o guardava e atentando para sua vestimenta, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, alista em detalhes as seis peças principais do equipamento do soldado — o cinto (com a túnica), a couraça, as botas, o escudo, o capacete, e a espada e por fim a Oração. Em orientação e revelação do ESPÍRITO SANTO Paulo vê um cristão devidamente vestido para a guerra espiritual que deve travar no dia a dia de sua vida cristã contra Satanás e seus demônios.
A armadura só poderá ser vestida através da oração.
 
Efésios 6.10-20
10 - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. 11 - Revesti-vos de toda a armadura de DEUS, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; 12 - porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. 13 - Portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. 14 - Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, 15 - e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 - tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. 17 - Tomai também o capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO, que é a palavra de DEUS, 18 - orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos  19 - e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, 20 - pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.
 
 
Efésios 6.10 - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
"No demais", quer dizer, depois de lhes falar todas essas coisas, agora, vou lhes falar de algo mais elevado ainda.
Assim como a ordem é "enchei-vos do ESPÍRITO" (Efésios 5:18), aqui a ordem é "Fortalecei-vos" - Veja que é uma ordem, está no imperativo, Nós é que temos que fazer, depende de uma iniciativa e ação nossa. DEUS fornece o que é necessário para aquele que se dispõe a lutar a favor do reino de DEUS e contra o reino de Satanás. As armas aqui são dadas por DEUS àquele que deseja lutar.
"No Senhor e na força do seu poder", quer dizer que a força vem do Senhor JESUS, é Ele que dá o poder - "Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum." Lucas 10:19); E, chegando-se JESUS, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Mateus 28:18.
Quem tem e quem dá o poder necessário para a guerra é JESUS. O poder vem do ESPÍRITO SANTO - E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto. Lucas 4:1; Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de DEUS, certamente, a vós é chegado o Reino de DEUS. Lucas 11:20.
 
11 - Revesti-vos de toda a armadura de DEUS, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo;
Assim como a ordem é "enchei-vos do ESPÍRITO" (Efésios 5:18), "Fortalecei-vos", agora é "Revesti-vos". Estamos vestidos, pois, ao recebermos o ESPÌRITO SANTO quando cremos, fomos assim vestidos de vestes de salvação ("porque me vestiu de vestes de salvação" Isaías 61.10); "os teus sacerdotes, ó Senhor DEUS, sejam vestidos de salvação" 2 Crônicas 6:41; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. 2 Coríntios 5:3 .
Agora temos que nos revestirmos - Mas revesti-vos do Senhor JESUS CRISTO e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências. Romanos 13:14. Nossa legítima conversão, acompanhada pelo batismo nas águas e no ESPÍRITO SANTO nos traz esse revestimento. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. Lucas 24:49.
Nosso desejo de sermos revestidos nos proporcionará esse revestimento para lutarmos a batalhas do Senhor. Existem vários exemplos de revestimento na Bíblia (Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, Colossenses 3:12), porém, este revestimento aqui é para a guerra, é revestimento de poder. O batismo no ESPÍRITO SANTO é o mais apropriado para esta ocasião.
 
De que vamos nos revestir? De "toda armadura de DEUS.
A ordem é para que toda a armadura seja colocada sobre nós. Não podemos deixar nada para trás, todas as peças são importantes.
 
para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo
Por que devemos nos revestir? Só poderemos ficar firmes, ou seja, sermos vencedores (ficarmos de pé), caso nos revistamos. Aqui vemos que a luta é contra as astutas ciladas (Strong Português - μεθοδεια methodeia - artifícios, truque, arte, malandragem) do Diabo (διαβολος diabolos - dado à calúnia, difamador, que acusa com falsidade; que faz comentários maliciosos; opõe-se à causa de DEUS, agindo com demônios, é o partido Satanás, o príncipe dos demônios, o autor de toda a maldade, que persegue pessoas de bem, criando inimizade entre a humanidade e DEUS, instigando ao pecado, afligindo os seres humanos com enfermidades por meio de demônios que tomam possessão dos seus corpos, obedecendo às suas ordens).
 
12 - porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais
Nossa luta não é contra pessoas (carne e sangue).
Nossa luta é contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
 
contra principados,  αρχη arche - o líder; a causa ativa; o primeiro lugar, principado, reinado, magistrado; de anjos e demônios.
 
contra as potestades, εξουσια exousia - que tem poder de escolher, liberdade de fazer como se quer, tem licença ou permissão, poder físico e mental, habilidade ou força, possui poder da autoridade (influência) e do direito (privilégio), poder de reger ou governar, Universalmente, autoridade sobre a humanidade, poder de decisões judiciais, principal e mais poderoso entre os seres criados, superior ao homem, potestades espirituais, sinal de autoridade real, coroa contra os príncipes das trevas deste século,
 
contra as hostes espirituais da maldade, κοσμοκρατωρ kosmokrator, senhor do mundo, príncipe desta era, diabo e seus demônios em um aorganização celestial.
 
 Onde moram essas forças malignas? "nos lugares celestiais", επουρανιος epouranios, que existe no céu, regiões celestiais, os céus inferiores (referência às estrelas), os céus, (referência às nuvens). Segundo Céu..
 
 
13 - Portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
 
Portanto, por causa disto, em consequência de haver essas forças do mal.
tomai toda a armadura de DEUS - Devemos diante do exposto, tomar a armadura, imediatamente após nos convertermos, pois a luta começa ai. a armadura será apresentada.
Por que tomara a armadura? "para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes".
O dia mau vem para todos - πονηρος poneros, cheio de labores, aborrecimentos, fadigas, pressionado e atormentado pelos labores, que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema, num sentido físico: doença ou cegueira, num sentido ético: mau, ruim, iníquo. A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6.13. Isto geralmente denota um título no grego. Consequentemente CRISTO está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.
 
14 - Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça
Firmes - ιστημι histemi - causar ou fazer ficar de pé, colocar, pôr, estabelecer, ordenar ficar de pé, [levantar-se], na presença de outros, no meio, diante de juízes, diante do reino espiritual, colocar ou tornar firme, fixar, estabelecer, fazer uma pessoa ou algo manter o seu lugar, permanecer, ser mantido íntegro (de família, um reino), escapar em segurança.
 
tendo cingidos os vossos lombos com a verdade - Referência à roupa, ou túnica, do soldado que o protegia do frio e do calor, era a primeira peça a ser vestida. Ai constava um cinto com capa para uma espada e capa para uma adaga ou faca também.
A Verdade é a proteção do crente contra a mentira, uma das principais armas de Satanás. Quando o crente está na verdade não tem medo da mentira, é ousado, é corajoso. O crente muitas vezes sofre devido a mentira dita contra si, porém será bem-aventurado e receberá grandioso galardão.
"bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai- porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que antes de vós". Mateus 5:11,12
JESUS é a Verdade, estamos em CRISTO quando estamos na verdade - e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32; Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14:6
 
Verdade - αληθεια aletheia, verdade em qualquer assunto em consideração, que é verdade em coisas relativas a DEUS e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa, a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a DEUS e a execução de seus propósitos através de CRISTO, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente às superstições dos gentios e às invenções dos judeus, e às opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos, sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano.
 
A primeira peça com que devemos nos equipar, que Paulo menciona, é o cinto da verdade:
cingindo-vos com a verdade (v. 14). Usualmente feito de couro, o cinto do soldado pertencia mais à sua roupa de baixo do que à armadura. Mesmo assim, era essencial. Prendia a túnica, e também segurava a espada. Garantia que não sofreria impedimento algum ao marchar.
Ao afivelar o cinto, o soldado recebia uma sensação de força e de confiança escondidas. Isso ainda hoje é verdade. “Apertar o cinto” pode significar não somente um tempo de austeridade durante uma carestia de alimentos, como também preparar-se para a ação, o que os antigos teriam chamado de “cingir os lombos”.
Ora, o cinto do soldado cristão é a “verdade”. Somente a verdade pode dissipar as mentiras do diabo e nos libertar, e Paulo já se referiu várias vezes nesta carta à importância e ao poder da verdade.
Também Paulo está se referindo à verdade no sentido de sinceridade ou integridade. Certamente DEUS requer “a verdade no íntimo”, e o cristão deve ser honesto e verdadeiro a todo custo. Ser enganador, cair na hipocrisia, apelar para intrigas e complôs, seria fazer o jogo do diabo, e não poderemos vencê-lo seguindo suas próprias regras. O que o diabo abomina é a verdade transparente. Ele ama as trevas. A luz o põe em fuga. Tanto para a saúde espiritual como mental, a honestidade sobre si mesmo é indispensável. Talvez não precisemos ficar com uma só dessas duas alternativas.
 
O segundo item do equipamento do cristão é a couraça da justiça (v. 14).
A couraça do soldado frequentemente cobria as costas bem como a frente, e era sua peça principal de armadura, protegendo quase todas as suas partes vitais.
Numa carta anterior, Paulo escreveu “revestindo-nos da couraça da fé e amor”, mas aqui, como em Isaías 59:17, a couraça consiste na justiça. Ora, “justiça (dikaiosynè) nas cartas de Paulo significa, frequentemente, justificação, ou seja, a iniciativa graciosa de DEUS em fazer com que os pecadores fiquem de bem consigo através de CRISTO. É esta, então, a couraça do cristão? Certamente nenhuma proteção espiritual é maior do que um relacionamento justo com DEUS. Ter sido justificado pela sua graça mediante a simples fé em CRISTO crucificado, ser vestido numa justiça que não é sua própria, mas a de CRISTO, ficar em pé diante de DEUS, não condenado, mas sim aceito, esta é uma defesa essencial' contra uma consciência acusadora e contra os ataques caluniadores do maligno, cujo nome hebraico (“Satanás”) significa adversário e cujo título em Grego (diabolos, “diabo”) significa caluniador. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS... Quem intentará acusação contra os eleitos de DEUS? É DEUS quem os justifica. Quem os condenará? É CRISTO JESUS quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de DEUS, e também intercede por nós!’ Esta é a certeza cristã da justiça, ou seja, de um relacionamento correto com DEUS mediante CRISTO. É uma forte couraça para nos proteger contra as acusações satânicas.
Do outro lado, o apóstolo escreveu em 2 Coríntios 6:7 acerca das “armas da justiça, à direita e à esquerda” (ERC), aparentemente no sentido de justiça moral, e empregou a mesma palavra com o mesmo sentido em Efésios 4:24 e 5:9. Desta forma, a couraça do cristão pode ser a justiça de caráter e de conduta, a retidão. Pois assim como cultivar a verdade é a maneira de derrubar os enganos do diabo, assim também cultivar a justiça, neste sentido, é a maneira de resistir às suas tentações. Alternativamente, tal como acontece com os dois possíveis significados de verdade, assim também ocorre com os dois possíveis significados de justiça. Bem pode ser correto combiná-los, visto que, conforme o evangelho de Paulo, um deles invariavelmente leva ao outro.
 
As botas do evangelho vêm em seguida na lista.
Provavelmente Paulo tem em mente a caliga (a “meia-bota”) do legionário romano, que era feita de couro, deixava os dedos do pé livres, tinha solas pesadamente cravejadas, e era fixa nos calcanhares e nas canelas com tiras de couro mais ou menos ornamentais (para nós, uma sandália). Estas “equipavam-no para marchas longas e para tomar posição firmemente... Embora não impedissem a sua mobilidade, evitavam que o pé deslizasse.”
Ora, as botas do soldado cristão são a preparação do evangelho da paz (v. 15). “Preparação” é a tradução de hetoimasia, que significa “prontidão”, “preparo ou “firmeza”. Não sabemos, porém, se o genitivo que se segue é subjetivo ou objetivo. No primeiro caso, a referência diz respeito a uma certa firmeza ou qualidade inabalável que o evangelho dá àqueles que nele crêem, como a firmeza que as botas fortes dão para aqueles que as usam. A BV entende assim e parafraseia: “Calcem sapatos que possam fazê-los andar depressa ao pregarem a Boa Nova da paz com DEUS!’ E, certamente, se recebemos as boas novas, e estamos desfrutando da paz com DEUS e de uns com os outros, paz que as boas novas nos trazem, temos o apoio mais firme possível para nossos pés, com o qual podemos lutar contra o mal. O genitivo, no entanto, pode ser objetivo, e neste caso os sapatos do soldado cristão são “o entusiasmo para anunciar as Boas-Notícias de paz” (BLH). Não pode haver dúvida de que sempre devemos estar prontos para dar testemunho de JESUS CRISTO como pacificador da parte de DEUS (2:14-15) e também — conforme Paulo escreve numa passagem paralela em Colossenses — dar respostas graciosas, “temperadas com sal” a perguntas que os de fora nos fazem. Semelhante prontidão “nas pontas dos pés” tem uma influência muito estabilizadora sobre a nossa própria vida, além de apresentar a outras pessoas o evangelho que liberta. Há paralelo em Colossenses, e em parte de 2:17 (“e, vindo, evangelizou paz a vós outros”) e de Isaías 52:7 (“Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz”).
De qualquer maneira, o diabo odeia o evangelho por ser o poder de DEUS para salvar as pessoas da sua tirania satânica, salvando tanto nós que recebemos esse evangelho quanto aqueles com que o participamos. Por isto, precisamos conservar atadas as nossas botas do evangelho.
 
Nossa quarta peça da armadura é o escudo da fé (v. 16),
que devemos embraçar não tanto “sobretudo” (ERC) como se fosse a mais importante dentre todas as armas mas, sim, sempre, (ERAB) como algo indispensável. A palavra que Paulo emprega denota, não o pequeno escudo redondo que deixava a maior parte do corpo desprotegida mas, sim, o longo escudo retangular, medindo 1,2 metros por 0,75, que cobria a pessoa inteira. Seu nome em Latim era scutum. “Consistia em... duas camadas de madeira coladas juntas, e cobertas primeiramente com linho e depois com couro: era fixado com ferro em cima e em baixo!’ Era especialmente projetado para apagar as perigosas flechas incendiários que eram empregadas, especialmente as flechas mergulhadas em betume, que eram acendidas e atiradas.
Quais, pois, são todos os dardos inflamados do maligno, e com que escudo os cristãos podem proteger-se? Os dardos do diabo sem dúvida incluem suas acusações maliciosas que inflamam a nossa consciência com aquilo que (se estamos abrigados em CRISTO) somente pode ser chamada de falsa culpa. Outros dardos são indesejados pensamentos de dúvida e de desobediência, de rebeldia, de concupiscência, de malícia ou de medo. Há, porém, um escudo com o qual podemos apagar ou extinguir todos estes dardos com pontas de fogo. É o escudo da fé. O próprio DEUS é “escudo para os que nele confiam”, e é pela fé que fugimos para ele, procurando refúgio. A fé, pois, toma posse das promessas de DEUS em tempos de dúvida e de depressão, e a fé toma posse do poder de DEUS em tempos de tentação.
 
O capacete do soldado romano, que é a peça da armadura que aparece em quinto lugar, a seguir na lista,
usualmente era feito de um metal resistente, tal como o bronze ou o ferro. “Um forro interno de feltro ou de esponja tornava
o peso tolerável. Nada, senão um machado ou um martelo, poderia furar um capacete pesado, e em alguns casos um visor móvel dava uma melhor proteção frontal.” Os capacetes eram decorativos e protetores, e alguns tinham plumas ou cristas magníficas. Segundo uma declaração anterior de Paulo, o capacete do soldado cristão é “a esperança da salvação”, ou seja, a nossa certeza da salvação agora e futura e definitiva. Aqui, em Efésios, é simplesmente o capacete da salvação (v. 17) que devemos tomar e usar. Mas se a proteção para a nossa cabeça é a medida de salvação que já recebemos (o perdão, a libertação da escravidão a Satanás, e a adoção na família de DEUS) ou a expectativa confiante da plena salvação no último dia (inclusive a glória da ressurreição e a semelhança a CRISTO no céu), não há dúvida de que o poder salvífico de DEUS é a nossa única defesa contra o inimigo das nossas almas.
 
A sexta arma a ser especificada é a espada (v. 17).
De todas as seis peças da armadura ou arsenal alistadas, a espada é a única que pode claramente ser usada tanto para defesa quanto para o ataque. Além disso, o tipo de ataque em mira envolverá um encontro pessoal bem de perto, pois a palavra empregada é machaira, a espada curta. É a espada do ESPÍRITO que passa imediatamente a ser identificada como sendo a palavra de DEUS, embora no Apocalipse seja vista procedendo da boca de CRISTO. Pode muito bem incluir as palavras de defesa e de testemunho que, como JESUS prometeu, o ESPÍRITO SANTO colocará nos lábios dos seus seguidores quando forem arrastados diante dos magistrados. Mas a expressão “a palavra de DEUS” tem uma referência muito mais ampla do que aquela, a saber, às Escrituras, à palavra de DEUS escrita, cuja origem é repetidas vezes atribuída à inspiração do ESPÍRITO SANTO. Ainda hoje é a espada divina porque o ESPÍRITO ainda a emprega para cortar as defesas das pessoas, ferir suas consciências e despertá-las espiritualmente com sua ação penetrante. Mesmo assim, o Senhor também coloca a sua espada em nossas mãos, de modo que a possamos usar não somente para resistir à tentação (conforme fez JESUS, citando as Escrituras para repelir o diabo no deserto da Judéia) mas também na evangelização. Todo evangelista cristão, seja ele um pregador ou uma testemunha pessoal, sabe que a palavra de DEUS tem poder para cortar, sendo “mais cortante do que qualquer espada de dois gumes”. Nunca, portanto, devemos ter vergonha de usá-la, ou de reconhecer a nossa confiança de que a Bíblia é a espada do ESPÍRITO.
Aqui, pois, estão as seis peças que, em conjunto, perfazem toda a armadura de DEUS (completando coma a Oração): o cinto da verdade e a couraça da justiça, as botas do evangelho e o escudo da fé, o capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO.
São a armadura de DEUS, pois é ele quem a fornece. Mesmo assim, é nossa a responsabilidade de tomá-la, vesti-la, e empregá-la com confiança contra os poderes do mal. Além disso, devemos ter a certeza de que faremos uso de todos os equipamentos da armadura, e que não deixaremos de lado nenhum deles. “Nossos inimigos estão de todos os lados, e assim deve ser a nossa armadura, à direita e à esquerda.”
 
Finalmente, Paulo acrescenta a oração (vs. 18-20), (que sem esta não há armadura)
não (provavelmente) porque pensa na oração como sendo outra arma, não mencionada na lista mas, sim, porque ela deve permear toda a nossa guerra espiritual. Equipar-nos com a armadura de DEUS não é uma operação mecânica. É em si mesma uma expressão da nossa dependência a DEUS. Noutras palavras: denota a necessidade da oração. Além disso, é oração no ESPÍRITO, induzida e guiada por ele, assim como a palavra de DEUS é “a espada do ESPÍRITO” que ele mesmo emprega. Deste modo as Escrituras e a oração permanecem juntas como as duas armas principais que o ESPÍRITO coloca em nossas mãos.
A oração cristã que prevalece é admiravelmente compreensível. Tem quatro universais, indicados pelo uso quádruplo da palavra “todo”. Devemos orar em todo tempo (tanto regular quanto constantemente), com toda oração e súplica (porque são necessárias muitas formas variadas), com toda a perseverança (porque precisamos, como bons soldados, ficar vigiando, nunca esmorecendo nem adormecendo), fazendo súplica por todos os santos (já que a unidade da nova sociedade de DEUS, que tem sido a preocupação constante nesta carta, deve ser refletida em nossas orações).
A maioria dos cristãos ora alguma vez, e com algum grau de perseverança, por alguns dentre o povo de DEUS. Mas substituir alguns por todos em cada uma destas expressões seria introduzir-nos em uma nova dimensão de oração.
Talvez mais importante seja o mandamento no sentido de manter-se vigilante e, portanto, alerta (v. 18). Remonta até ao ensino do próprio JESUS, que enfatizava a necessidade da vigilância tendo em vista que não somente a sua volta como também o ataque da tentação seriam repentinos.
Parece que sempre repetia a mesma advertência: “Digo-vos: Vigiai!” Os apóstolos ecoavam e estendiam essa mesma admoestação. “Vigiai!” era sua conclamação geral à vigilância cristã, em parte porque o diabo sempre estava à espreita como um leão faminto, e os falsos mestres, como lobos ferozes, e, em parte, para que a volta do Senhor não nos apanhe de surpresa, mas especialmente por causa da nossa tendência de dormir quando deveríamos estar orando. “Vigiai e orai”, JESUS insistiu.
Foi a falta de obediência a esta ordem que levou os apóstolos à sua deslealdade desastrosa. Um fracasso semelhante leva a uma deslealdade semelhante hoje. É mediante a oração que esperamos no Senhor e renovamos as nossas forças. Sem a oração somos muito débeis e lassos para ficar firmes contra as forças do mal. Orai também por mim, Paulo rogou (v. 19). Ele era suficientemente sábio para saber da sua própria necessidade de força para ficar firme contra o inimigo, e era também suficientemente humilde para pedir que seus amigos orassem com ele e por ele. As forças das quais precisava não eram apenas para a sua confrontação pessoal com o diabo mas, sim, também para o seu ministério evangelístico pelo qual procurava libertar as pessoas do domínio do diabo. Esta tinha sido parte da sua comissão original quando o Senhor JESUS ressurreto o mandou converter as pessoas “das trevas para a luz e da potestade de Satanás para DEUS”. Daí o conflito espiritual do qual tinha consciência. Além disso, não deixaria o campo de batalha, agora que estava sob prisão domiciliar, e impossibilitado de continuar aquelas expedições militares. Não! Havia aqueles soldados aos quais, um por um, e cada um por algumas horas alternadamente ele ficava acorrentado; e havia ainda suas visitas constantes! Ainda podia testemunhar a elas, e assim fazia. Deve ter havido outros indivíduos, além do escravo foragido Onésimo, a quem levou a CRISTO. Lucas conta acerca de líderes judeus que vinham até ele na casa que alugara, e que o ouviram fazer uma exposição “desde a manhã até a tarde” acerca do reino e acerca de JESUS. “Houve alguns que ficaram persuadidos”, acrescentou Lucas. Deste modo, as labutas evangelísticas de Paulo continuavam. Durante “dois anos... recebia a todos que o procuravam, pregando o reino de DEUS, e... o Senhor JESUS CRISTO”. E o fez “com toda a intrepidez, sem impedimento algum”. São essas últimas palavras que devemos notar especialmente. Porque “com toda a intrepidez” traduz a frase grega “com toda a parrêsia”. A palavra originalmente denotava a liberdade democrática de expressão desfrutada pelos cidadãos gregos. Depois veio a significar “a sinceridade, a franqueza, a clareza da fala, que nada esconde e não passa por cima de nada”, juntamente com “a coragem, a confiança, a ousadia, o destemor, especialmente na presença de pessoas de alta posição” (AG). E é precisamente isto que Paulo solicita aos efésios que orem pedindo que isso lhe seja concedido. É pela liberdade que anseia — não pela liberdade do confinamento mas, sim, pela liberdade para pregar o evangelho. Por isso, emprega a palavra parrêsia duas vezes (primeiro como substantivo, depois, como verbo) nas expressões no abrir da minha boca... com intrepidez (v. 19) na pregação do evangelho, e para que em CRISTO eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo (v. 20). Às boas novas que anuncia ele ainda as chama de mistério, porque se tornou conhecido apenas pela revelação, e se centraliza na unidade entre judeus e gentios em CRISTO; e as duas qualidades principais que ele deseja que caracterizem sua pregação deste mistério são palavra (v. 19) e intrepidez (vs. 19-20).
A primeira destas duas palavras parece referir-se à clareza da sua comunicação, e a segunda, à sua coragem. Ele anseia por não obscurecer coisa alguma com palavras imprecisas, e por não ocultar nada com um meio-termo covarde. A clareza e a coragem permanecem sendo duas das características mais cruciais da pregação cristã autêntica. É porque relacionam o conteúdo da mensagem pregada com o estilo da apresentação. Alguns pregadores têm o dom do ensino lúcido, mas falta-lhes nos sermões conteúdo sólido. A substância é diluída pelo medo. Outros são ousados como leões. Não temem a ninguém, e não omitem nada. Mas o que dizem é só confusão e acabam não esclarecendo nada. A clareza sem coragem é como a luz do sol no deserto: bastante luz, mas nada que valha a pena olhar. A coragem sem clareza é como uma bela paisagem à noite: muitas coisas para ver, mas nenhuma luz para desfrutar essa visão. O que é necessário nos púlpitos do mundo hoje é uma combinação de clareza e coragem, ou palavra e intrepidez. Paulo pediu que os efésios orassem para que estas duas coisas lhe fossem dadas, pois as reconhecia como dádivas de DEUS. Devemos juntar-nos a eles em oração em prol dos pastores e pregadores da igreja contemporânea. Isso tudo era em prol do evangelho pelo qual ele se tornara embaixador em cadeias (v. 20). Anteriormente na carta Paulo se designara tanto “prisioneiro... por amor de vós, gentios” quanto “prisioneiro no Senhor”
(3:1; 4:1). Consequentemente, ele está dizendo que o evangelho, o Senhor e os gentios são três razões para a sua prisão. Mesmo assim, estas três são uma só. As boas novas que pregava eram a inclusão dos gentios na nova sociedade, e fora o Senhor quem lhe confiara a mensagem. Assim sendo, ao comunicá-la na sua plenitude, estava sendo simultaneamente fiel ao próprio evangelho, ao Senhor que o revelara e aos gentios que recebiam as bênçãos desse evangelho. Sua fidelidade a estes três lhes custara a liberdade. Era, então um prisioneiro por causa desses três fatores. Talvez agora às vezes fosse tentado a aceitar um meio-termo para garantir a sua soltura. Isso porque “ser preso traz consigo a tentação no sentido de curvar-se diante do temor ao homem”. Mas se assim foi, Paulo recebeu graça para resistir. “Paulo pensa em si mesmo como sendo o embaixador de JESUS CRISTO, devidamente acreditado para representar o seu Senhor na corte imperial em Roma!’ Como poderia ter vergonha do seu Rei, ou ter medo de falar no nome dele? Pelo contrário, orgulhava-se de ser o embaixador de CRISTO, ainda que estivesse passando pela anomalia de ser “embaixador em cadeias”. É possível que até deliberadamente tenha feito um jogo de palavras com este paradoxo.
O termo cadeia (alusis) significa, entre outras coisas, os adornos (de ouro) usados ao redor do pescoço e nos pulsos por damas ricas ou por homens de alta posição. Nas ocasiões festivas, os embaixadores usavam tais correntes a fim de revelarem riqueza, poder e dignidade do governo que representavam. E Paulo, servindo a CRISTO crucificado, consideraria as cadeias dolorosas de ferro que o prendiam como as insígnias mais apropriadas para a representação do seu Senhor!’ O que mais preocupava Paulo não era, no entanto, que os seus pulsos fossem libertos das cadeias mas, sim, que a sua boca fosse aberta em testemunho. Não que ele fosse libertado, mas, sim, que o evangelho viesse a ser difundido livremente e sem impedimento. É por isto, pois, que ele orou, e que pediu que os efésios orassem também. Contra esta oração, os principados e as potestades não teriam qualquer poder.
 
 
AS ARMAS ESPIRITUAIS INDISPENSÁVEIS AO CRENTE
 
"fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu Poder; revesti-vos de toda armadura de DEUS"  ( Efésios 6:10-11)
 
Além das armas, você precisa estar totalmente vestido com a armadura para que as setas do diabo não possam lhe atingir. E Paulo, que conhecia muito bem o exército romano e a suas armaduras, faz uma comparação com a Armadura de DEUS:  
a) Capacete da Salvação
Para proteger a sua mente. Lembre-se, o ataque do diabo é sobre a mente, pois ali está o seu livre arbítrio. É aí que você decide se quer ou não quer, se faz ou não faz. Com o capacete da salvação, você passa a ter a mente de CRISTO.
"Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de CRISTO." (I Cor 2:16)
b) Couraça da Justiça
Apesar da palavra couraça vir de couro, como era feita a roupa dos soldados romanos, a nossa couraça é da justiça. O que nos justifica é o sangue de JESUS. A nossa couraça é feita de sangue, o sangue de JESUS.
"Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com DEUS, por nosso Senhor JESUS CRISTO" (Rm 5:1)
c) sandálias da Paz
Não é arrancar folhas da Bíblia e colocá-las dobradas como palmilhas no seu sapato. Mas é vestir-se do evangelho verdadeiro de JESUS, e ser o portador da paz onde quer que você vá. Entra um ambiente de paz que as pessoas logo percebem. Da preparação obediente precede as bençãos (2 Rs 5:10 - Cura de Naamã; Jo 11:39 - Ressureição de Lázaro, Ap. 7:13-14 - Limpos pela obediência do Evangelho da Paz).
"E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro." (Ap.7:13-14) 
Há paralelo em Colossenses, e em parte de 2:17 (“e, vindo, evangelizou paz a vós outros”) e de Isaías 52:7 (“Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz”).
d) Escudo da Fé
O Soldado romano normalmente usava um escudo redondo no braço esquerdo para se proteger das setas do inimigo. Quando o maligno enviar uma seta de cansaço e desânimo, levante o escudo da fé, e diga "Conforme Isaías 40:31, o Senhor renova as forças daqueles que confiam nele". A fé segura o êxito (2 Cr 20:20). é arma defensiva (Ef. 6:16), é essencial na oração (Tg.1:5-6). Pela fé somos justificados em CRISTO (Rm 5:1)
"Tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno." (Ef. 6:16)
e) A Espada do ESPÍRITO
É a Palavra de DEUS. Use-a como espada. Está escrito: "E o diabo, que os enganava foi lançado no fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para sempre" (Ap.20:10). JESUS ao enfrentar o diabo no deserto usou como arma a espada: "Está escrito" (Lc 4:1-13). A Palavra do Senhor é Poderosa.
"Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hb 4:12) 
f) O Cinto da Verdade. Cinto é usado para segurar as calças. O Cinto da Verdade segura a Armadura de DEUS. Quando uma mentira sai da sua boca, você perde o Cinto da Verdade e toda a sua armadura cai e você fica nu diante do inimigo. Não existe para o cristão "mentirinha", "mentira santa", MENTIRA é mentira e É PECADO. O diabo é o pai da mentira, logo quem mente é o filho do diabo.
"Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira." (Jo 8:44)
Agora você está preparado para entrar nesta guerra que já tem um vencedor determinado:  
JESUS CRISTO E VOCÊ, NO PODER DO ESPÍRITO SANTO, PARA GLORIFICAR AO PAI.
 
 
 ARMADURA COMPLETA - (Strong português) - πανοπλια panoplia - 1) armadura inteira e completa 1a) inclue escudo, espada, lança, capacete, grevas, e peitoral
Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação. 1 Tessalonicenses 5:8
porque se revestiu de justiça, como de uma couraça, e pôs o elmo da salvação na sua cabeça, e tomou vestes de vingança por vestidura, e cobriu-se de zelo, como de um manto. Isaías 59:17
aulo olhando para o soldado que o guardava e atentando para sua vestimenta, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, alista em detalhes as seis peças principais do equipamento do soldado — o cinto (com a túnica), a couraça, as botas, o escudo, o capacete, e a espada e por fim a Oração. Em orientação e revelação do ESPÍRITO SANTO Paulo vê um cristão devidamente vestido para a guerra espiritual que deve travar no dia a dia de sua vida cristã contra Satanás e seus demônios.
 
Não pode deixar nem uma peça para trás. Toda a armadura é necessária.
 
 
A Espada do ESPÌRITO - A Palavra de DEUS.
O gládio (em latim: gladius) era a espada utilizada pelas legiões romanas. Era uma espada curta, de dois gumes, de mais ou menos 60 cm, mais larga na extremidade. Era muito mais uma arma de perfuração do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um punhal, ou uma adaga, no combate corpo-a-corpo. Diz-se que era capaz de perfurar a maior parte das armaduras. Também chamado Gladius hispaniensis, por ter sido inspirado em armas utilizadas pelos celtiberos na época. A Península Ibérica, no seu conjunto, era chamada de Hispânia pelos romanos, daí o nome Gladius Hispaniensis. Não confundir com Espanha, que só existiu 16 séculos mais tarde.
Por parte dos Romanos, não somente os legionários eram treinados pelos Doctores armorum na técnica do gládio, mas também os gladiadores.
Segundo alguns historiadores, podia ser arremessada graças à peça esférica em seu cabo, que balancearia a arma, o que a torna a única espada arremessável de que se tem notícia.
 
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AJUDA DE OUTROS TRIMESTRES
Lição 9, Conhecendo a Armadura de DEUS - 1º Trimestre de 2019 - Batalha Espiritual: O povo de DEUS e a guerra contra as potestades do mal. - Comentário: Esequias Soares
 
TEXTO ÁUREO
“Portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.” (Ef 6.13)
 
VERDADE PRÁTICA
A metáfora do sistema militar, usada por Paulo, mostra que estamos em guerra no mundo espiritual. Estejamos, pois, cingidos com a armadura espiritual!
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 6.13-20
13 - Portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. 14 - Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, 15 - e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 - tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. 17 - Tomai também o capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO, que é a palavra de DEUS, 18 - orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos 19 - e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, 20 - pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.
 
Resumo da Lição 9, Conhecendo a Armadura de DEUS
I – A GUERRA
1. Ao longo dos séculos.
2. Os antigos.
3. Sentido metafórico.
II – A METÁFORA BÍBLICA
1. A armadura do soldado romano.
2. A armadura de DEUS (v.13).
3. A couraça da justiça (v.14).
III – OUTRAS ARMAS USADAS COMO ILUSTRAÇÃO
1. Os calçados (v.15).
2. O escudo da fé (v.16).
3. O capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO (v.17).
4. A outra lista (vv. 18,19).
 
 
 
COMENTÁRIOS DIVERSOS
 
Comentários extras do Pr. Henrique
 
Passamos 24 horas por dia lutando numa guerra interminável contra Satanás e seus demônios, mas quantas horas por dia passamos nos preparando ou treinando para esta luta? Quanto tempo dedicamos à leitura bíblica e à oração?
Um soldado romano treinava pelo menos 3 horas por dia.
Um soldado romano jamais tirava sua armadura em campo de batalha.
Se a Palavra de DEUS é a espada do ESPÍRITO, você está armado realmente? Só agora que o Bolsonaro liberou as armas, mas JESUS já liberou suas armas para você desde o instante que o Aceitou como seu único Salvador e Senhor.
 
I – A GUERRA
Por falta de argumentos os homens acabam por se enfrentarem em guerras. Muitas vidas são ceifadas por falta de diálogo.
1. Ao longo dos séculos.
 
ALGUMAS GUERRAS HISTÓRICAS
Grécia Antiga
Guerra de Troia (1250 - 1240 a.C)Guerras Médicas (499 - 479 a.C.)Guerra do Peloponeso (431 - 404 a.C.)Campanhas de Alexandre, o Grande (334 - 323 a.C.).
Roma Antiga
Guerras Samnitas (343 - 290 a.C.); Primeira Guerra Púnica (264 - 241 a.C.); Segunda Guerra Púnica (218 - 202 a.C.); Terceira Guerra Púnica (149 - 146 a.C.); As guerras macedônicas (215 - 168 a.C.); Guerra civil de Sulla(82 - 81 a.C.); Guerras da Gália (58 - 50 a.C.); Invasão romana das ilhas britânicas (43); Guerra dos Três Reinos na China (220 - 265); Guerra dos Oito Príncipes (291 - 306)
Idade Média e Renascimento
Invasão muçulmana da península Ibérica (711 - 718); Conquista normanda (1066)
Cruzadas - Primeira Cruzada (1096 - 1099)Segunda Cruzada (1147 - 1149)Terceira Cruzada (1187 - 1191)Quarta Cruzada (1202 - 1204)Quinta Cruzada (1217 - 1221)Sexta Cruzada (1228)Sétima Cruzada (1248 - 1254)Oitava cruzada (1270); Nona cruzada (1271 - 1291) - Invasão Mongol da Bulgária do Volga (1236 - 1236); Invasão Mongol da Rússia (1223 - 1240); Invasão mongol da Europa (1241); A Anarquia (guerra civil inglesa) (1139 - 1153); Guerra da Barba (1152 - 1153); Guerra da Independência Escocesa (1296 - 1328) (1332 - 1333); Guerra dos Cem Anos (1337 - 1453); Guerra Tokhtamysh-Tamerlão (1385 - 1399); Guerras Hussitas (1420 - 1436); Guerra dos Treze Anos (1454 - 1466)Guerra das Rosas (1455 - 1485)
Século XVI a Século XIX
Guerra dos Oitenta Anos (independência da Holanda) (1568 - 1648); Guerra Luso-Neerlandesa (1588 - 1654); Guerra dos Trinta Anos (1618 - 1648); Guerra Civil Inglesa (Oliver Cromwell) (1639 - 1652); Fronda em França (1648 - 1653); Revolta de Chmielnicki (1648 - 1654); Guerra Russo-Polaca (1654 - 1656); Guerra Sueco-Brandenburg (1655 - 1656); Guerra Sueco-Polaca (1655 - 1660); Guerra Russo-Sueca (1656 - 1658); Guerra Sueco-Dinamarquesa (1656 - 1660); Guerra Sueco-Holandesa (1657 - 1660); Guerra Russo-Polaca (1658 - 1667); Guerra da Sucessão Espanhola (1701 - 1714); Guerra de Sucessão da Polônia (1733 - 1738); Guerras Guaraníticas (1754 - 1777); Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763); A independência dos EUA (1775 - 1783); Guerras Napoleônicas (1803 - 1815 ); Guerra Peninsular (1807 - 1814); Guerra da Independência da Bolívia (1809-1825); Guerra da Independência da Argentina (1810 - 1816); Guerra da Independência do México (1810 - 1821); Guerra da Independência do Chile (1817 - 1818); Guerra da Independência do Brasil (1822 - 1823); Guerras Liberais de Portugal (1828-1834); Guerra dos Farrapos (1835 - 1845); Guerras do ópio (1839 - 1860); Primeira Guerra Italiana de Independência (1848-1849); Segunda Guerra de Independência Italiana (29 de Abril de 1859 - 11 de Julho de 1859); Terceira Guerra de Independência Italiana (1866); Guerra contra Oribe e Rosas (1851 - 1852); Guerra da Crimeia (1853 - 1856); Guerra Civil Americana ou Guerra de Secessão (1861 - 1865); Guerra contra Aguirre (1864); Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança (1864 - 1870); Guerra franco-prussiana (1870 - 1871); Guerra do Pacífico (1879 - 1881); Primeira Guerra dos Bôeres (1880 - 1881); Guerra de Canudos (1893 - 1897); Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894 - 1895); Guerra Hispano-Americana (1898); Segunda Guerra dos Bôeres (1899 - 1902); Guerra dos Boxers (1900 - 1901)
Século XX
Guerra Civil 1918 - 1922) e revolução Russa de 1917; Guerra Russo-Japonesa (1904 - 1905); Guerra dos Bálcãs (1912 - 1913); Guerra do Contestado (1912 - 1916);  Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918)Tratado de Versalhes; Guerra Civil Russa (1918 - 1922); Guerra do Chaco (1932 - 1935); Guerra Civil Espanhola (1936 - 1939);  Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945); Guerra de 41 (1941); Primeira Guerra da Indochina (1946 - 1954); Guerra fria (1948 - 1989); Primeira Guerra Caxemira (1948 - 1949); Guerra da Coreia (1950 - 1953); Guerra da Argélia (1954 - 1962); Guerra Colonial Portuguesa (1961 - 1975); Guerra de Independência de Angola (1961 - 1975); Guerra de Independência da Eritreia (1961 - 1991); Guerra da Independência de Moçambique (1964 - 1975); Guerra do Vietnã (1964 - 1973); Guerra Civil na Colômbia (1964 - presente); Segunda Guerra Caxemira (1965); Guerra da Independência da Namíbia (1966 - 1988); Guerra dos Seis Dias (1967); Guerra do Futebol; (Guerra das 100 horas) (1969); Guerra de Bangladesh (1971); Guerra do Yom Kipur (1973 - 1973); Ocupação soviética do Afeganistão (1979 - 1989); Guerra Irã-Iraque (1980 - 1988); Guerra das Malvinas (1982 - 1982); Primeira Guerra do Líbano (1982); Guerra de Nagorno-Karabakh (1988 - 1994); Guerra do Golfo (1990 - 1991); Primeira Guerra da Chechênia (1994 - 1997); Guerra do Cenepa (1995); Guerra do Kosovo (1996) - (1999); Guerra Etíope-Eritrea (1998 - 2000); Guerra de Kargil (1999); Guerra do Kosovo (1999); Segunda Guerra da Chechênia (1999 - atualidade)
Século XXI
Invasão Afegã pelos Estados Unidos (2001 - 2002); Guerra do Iraque (2003 – agosto de 2010); Segunda guerra do Líbano (2006); Operação Chumbo Fundido (2008 – 2009)
 
 
2. Os antigos.
 
NA BÍBLIA
Abraão fez guerra - Moisés fez guerra.
Josué era para conquistar a terra prometida através de guerras. Algumas vezes lutou, mas muitas vezes nem precisou lutar.
Josué perdeu guerra por não consultar a DEUS.
Josué por fazer aliança com inimigo lutou em guerra que não era dele.
O rei Josias morreu por lutar em guerra que DEUS não o mandou lutar.
Gideão venceu com pequeno exército sem nem precisar lutar.
A fé em DEUS já era suficiente para vencer uma guerra.
Davi e todos os reis de Israel em algum momento de seus reinados tiveram que entrar em guerra (Com exceção de Salomão).
 
Só podemos vencer uma guerra se DEUS estiver conosco, Se formos íntimos do Senhor. Na verdade quem vence é DEUS, nós só participamos louvando e adorante a DEUS, por isso somos mais do que vencedores.
Só o pecado pode nos impedir de vencer.
 
Algumas guerras Bíblicas
 
1 – A GRANDE GUERRA DOS 9 REIS
Pense numa batalha que reunisse quatro reis contra outros cinco reis, entre eles os chefes das poderosas Sodoma e Gomorra. O episódio aconteceu no Vale de Sidim, às planícies do Mar Morto. Um local cheio de poços de betume, uma substância viscosa que foi fundamental para o desfecho da batalha. Pense ainda que, no meio da grande guerra entre reis, de repente, aparece Abrão com 318 homens para batalhar também. O que um homem de DEUS fazia nesse lugar e por que entrou numa guerra desta dimensão? - Leia em Gênesis 14.
2 – JOSUÉ E A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA
Josué foi o sucessor de Moisés e o encarregado de introduzir o povo de DEUS na Terra Prometida e para isso, teve que conquistá-la por meio de uma dura batalha. Uma história que conta com espiões e uma estratégia divina. - Leia em Josué capítulo 1, 10-18; capítulos 2, 6 e 8.
3 – A SAGA ENTRE DAVI E OS FILISTEUS
Batalha entre Davi e Golias. Mas, saiba que a guerra contra os filisteus (povo ao qual pertencia o gigante) não parou por ali? A guerra só terminou depois que Davi se tornou rei. Até lá, várias batalhas foram travadas. E ainda tem um episódio interessante que o próprio pequeno guerreiro se refugia no meio do exército filisteu! Quer saber por quê? - Leia em I Samuel capítulo 17; 18, 6-16; capítulos 28 e 29; II Samuel 5, 17-25; capítulo 8.
4 – JOSAFÁ E A PROFECIA DE GUERRA
Josafá era um rei agradável a DEUS. Havia exterminado os ídolos do meio do povo e promovido o ensino de toda a gente com os preceitos do DEUS de seus pais. Entretanto, ao casar com uma israelita, o rei de Judá aliou-se a uma guerra que não era sua. Miquéias era um dos profetas de Israel e predisse um oráculo para os reis Josafá e Acabe, que seguiram em frente com a luta. Quem será o sobrevivente desta história? - Leia em II Crônicas, nos capítulos 17 e 18.
5 – GEDEÃO E A GUERRA DOS 300
Pode até lembrar, mas essa história não tem nada a ver com aqueles 300 de Esparta. Acontece que Israel estava oprimido pelos madianitas e, para livrar seu povo, DEUS ordenou a Gedeão que tomasse a frente do exército. Por obediência ao Senhor, Gedeão se tornou líder de 32 mil homens. Porém, para dar uma lição no povo, que estava adorando ídolos, DEUS manda reduzir seus homens a apenas 300. E aí, como acha que vai terminar essa história? - Leia em Juízes, nos capítulos de 6 a 8.
6 – JEFTÉ.
Outra vez, Israel tinha pecado contra DEUS e sofria opressão dos filisteus e amonitas. Precisavam de um chefe para o exército e buscaram Jefté, um valente guerreiro. O problema é que os próprios israelitas o havia expulsado da casa de seu pai por ser filho bastardo. Jefté coloca uma condição ao povo e passa a liderar a guerra contra os filhos de Amon. Qual será esta condição? - Leia em Juízes 10, 6 -18; capítulos 11 e 12, 1-7.
 
3. Sentido metafórico.
Guerra espiritual - A que vanos estudar hoje.
 
 
II – A METÁFORA BÍBLICA
1. A armadura do soldado romano.
2. A armadura de DEUS (v.13).
3. A couraça da justiça (v.14).
 
Tomai - (Strong Português) αναλαμβανω analambano
1) levantar
2) erguer (um coisa a fim de levar ou usá-la)
1) levantar
2) erguer (um coisa a fim de levar ou usá-la)
 
Armadura (Strong português) πανοπλια panoplia
1) armadura inteira e completa
1a) inclue escudo, espada, lança, capacete, grevas, e peitoral
1) armadura inteira e completa
1a) inclue escudo, espada, lança, capacete, grevas, e peitoral
 
 
Revesti-vos, quer dizer que nós é que temos de nos revestir e não DEUS quem vai nos revestir. Assim como Enchei-vos do ESPÍRITO não é DEUS quem vai nos encher já que colocou em nós seu ESPÍRITO SANTO. DEUS nos vestiu com vestes de salvação.  
Efésios 6:13 - Portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
O sacerdote tinha que se vestir com uma roupa própria para ministrar.
E o sacerdote, que for ungido, e que for sagrado, para administrar o sacerdócio, no lugar de seu pai, fará a expiação, havendo vestido as vestes de linho, as vestes santas; Levítico 16:32
JESUS se vestiu da armadura de DEUS. Veja que quem se veste somos nós. É nosso trabalho nos vestir de novo. Precisamos desejar entrar na guerra. DEUS nos dá vestes de salvação, depois nós mesmos é que vamos nos revestir para a guerra contra Satanás e seus demônios
"Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu DEUS; porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas joias" (Isaias 61. 10).
Nosso inimigo tenta ter vestes como a nossa, mas não consegue - E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. Mateus 22:11
Os religiosos hipócritas tentam se vestir com roupas de salvação, mas não conseguem - E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, Mateus 23:5
Pois vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na sua cabeça, e por vestidura pôs sobre si vestes de vingança, e cobriu-se de zelo, como de um manto. Isaías 59:17
Mesmo em meio a uma igreja profana existem servos de DEUS que não contaminam suas vestes - Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. Apocalipse 3:4
Nós temos que nos revestir da armadura de DEUS
 
III – OUTRAS ARMAS USADAS COMO ILUSTRAÇÃO
1. Os calçados (v.15).
2. O escudo da fé (v.16).
3. O capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO (v.17).
 
 
Cinto era para colocar a arma de ataque principal, a espada. Cinto da verdade, JESUS é a verdade. Só com JESUS se vence a batalha. Disse-lhe JESUS: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14:6
 
Calçados os pés para marchar, para caminha, para correr, para ir ao encontro do inimigo e para levar o evangelho a todos.
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas. Romanos 10:15
 
 
Escudo - Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Gênesis 15:1
 
6.11 A ARMADURA DE DEUS. O cristão está engajado num conflito espiritual com o mal. Esse conflito é descrito como o combate da fé (2 Co 10.4; 1 Tm 1.18,19; 6.12), que continua até o crente galgar a vida do porvir (2 Tm 4.7,8; ver Gl 5.17). (1) A vitória do crente foi obtida pelo próprio CRISTO, mediante a sua morte na cruz. JESUS travou uma batalha triunfante contra Satanás, desarmou as potências e potestades malignas (Cl 2.15; cf. Mt 12.28,29; Lc 10.18; Jo 12.31), levou os cativos com Ele (4.8) e redimiu o crente do domínio do maligno (1.7; At 26.18; Rm 3.24; Cl 1.13,14). (2) No presente, o cristão está empenhado numa guerra espiritual que ele trava, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.13), (a) contra os desejos corruptos dentro de si mesmo (1 Pe 2.11; ver Gl 5.17), (b) contra os prazeres ímpios do mundo e todos os tipos de tentações (Mt 13.22; Gl 1.4; Tg 1.14,15; 1 Jo 2.16), e (c) contra Satanás e suas forças (ver 6.12). O crente é conclamado a se separar do presente sistema mundano repudiando os seus males (cf. Hb 1.9), vencendo suas tentações e morrendo para elas (Gl 6.14; 1 Jo 5.4), e condenando abertamente os seus pecados (cf. Jo 7.7). (3) A milícia cristã deve guerrear contra todo o mal, não por seu próprio poder (2 Co 10.3) , mas com armas espirituais (2 Co 10.4,5; Ef 6.10-18). (4) Na sua guerra espiritual, o cristão é conclamado a suportar as aflições como bom soldado de CRISTO (2 Tm 2.3), sofrer em prol do evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2 Co 11.23; 2 Tm 1.8), combater o bom combate da fé (1 Tm 6.12; 2 Tm 4.7), guerrear espiritualmente (2 Co 10.3), perseverar (6.18), vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1 Co 15.57), triunfar (2 Co 2.14), defender o evangelho (Fp 1.16), combater pela fé (Fp 1.27), não se alarmar ante os que resistem (Fp 1.28), vestir toda a armadura de DEUS (6.11), ficar firme (v.v. 13,14), destruir as fortalezas de Satanás (2 Co 10.4), levar cativo todo pensamento (2 Co 10.5) e fortalecer-se na guerra contra o mal (Hb 11.34)

6.12 HOSTES ESPIRITUAIS DA MALDADE. O cristão trava um conflito espiritual contra Satanás e uma multidão de espíritos malignos (ver Mt 4.10). (1) Os poderes das trevas são os governantes espirituais do mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2 Co 4.4; 1 Jo 5.19), que incitam os ímpios (2.2), se opõem à vontade de DEUS (Gn 3.1-7; Dn 10.12,13; Mt 13.38,39) e constantemente atacam os crentes (v. 12; 1 Pe 5.8). (2) É uma vasta multidão (Ap 12.4,7), altamente organizada em forma de império do mal, tendo categorias e ordens (2.2; Jo 14.30)

6.17 A ESPADA DO ESPÍRITO. A "espada do ESPÍRITO, que é a palavra de DEUS", é a arma ofensiva do crente, para uso na guerra contra o poder do mal. Por esta razão, Satanás fará todos os esforços possíveis para subverter ou destruir a confiança do crente na Palavra. A igreja precisa defender as Escrituras inspiradas contra o argumento de que ela não é a Palavra de DEUS em tudo que ensina. Abandonar a posição e a atitude de CRISTO e dos apóstolos para com a Palavra de DEUS é destruir seu poder de convencer, corrigir, redimir, curar, expulsar demônios e vencer o mal. Negar sua fidedignidade total, em tudo quanto ela ensina é entregar-nos a Satanás (ver 2 Pe 1.21; cf. Mt 4.1-11)
 
 
4. A outra lista (vv. 18,19).
6.18 ORANDO... NO ESPÍRITO. A guerra do cristão contra as forças espirituais de Satanás exige dedicação a oração, i.e., orando "no ESPÍRITO", "em todo tempo", "com toda oração e súplica", "por todos os santos", "com toda perseverança". A oração não deve ser considerada apenas mais uma arma, mas parte do conflito propriamente dito, onde a vitória é alcançada, mediante a cooperação com o próprio DEUS. Deixar de orar diligentemente, sob todas as formas de oração, em todas as situações, é render-se ao inimigo e deixar de lutar (Lc 18.1; Rm 12.12; Fp 4.6; Cl 4.2; 1 Ts 5.17).
 
Jd 1.20 = Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO.
 
    1- Falar Em Línguas:
    É realmente complicado convencer alguém que orar no ESPÍRITO SANTO significa orar em línguas, pois temos que "respeitar" ou talvez o termo seja "temer" os que não são batizados no ESPÍRITO SANTO, apesar de pertencerem a uma Igreja Evangélica, tradicionalmente pentecostal.
    Vemos a respeito da necessidade de ser batizado no ESPÍRITO SANTO quando os Apóstolos  enviaram uma comitiva de irmãos a Samaria, onde Filipe pregava o evangelho e multidões se convertiam pelo poder dos sinais que fazia, porém ainda não eram batizados no ESPÍRITO SANTO. (At 8.13-17)
    Como uma Igreja pode crescer qualitativamente e não só quantitativamente, se seus membros não vêm a necessidade de serem cheios do ESPÍRITO SANTO e consequentemente do poder para testemunharem? (Lc 24.9; At 1.8)
 
  1.1- Língua para oração: 
    "Porque se eu orar em língua, o meu espírito ORA BEM, mas o meu entendimento fica infrutífero."(I Co 14:14). Você quer orar bem? Veja também em Rm 8.26 que não sabemos pedir como convém, mas o ESPÍRITO SANTO sabe o que precisamos e ELE sabe pedir.  
 
    1.2- Fala com DEUS:
     "Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a DEUS; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios."(I Co 14:2). Por isso é tão combatido o falar em línguas, pois nem Satanás entende.  
 
    1.3- Edificação própria:
     "O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja."(I Co 14:4)
    Você quer ser edificado? "Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé,  orando no ESPÍRITO SANTO," Jd.20 (orar no ESPÍRITO, não quer dizer orar em pensamento e sim falando em línguas.
 
    1.4- Falar muito em línguas, muitas horas de edificação: 
    1 Co 14.18 Dou graças a DEUS, que falo em línguas mais do que vós todos.
 
 
A Armadura de DEUS - http://ibatistaesperanca.blogspot.com/2012/07/a-armadura-de-deus_19.html
 
"fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu Poder; revesti-vos de toda armadura de DEUS"  ( Efésios 6:10-11)
 
 
 
PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS
Mc 3.27 “Ninguém pode roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar o valente; e, então, roubará a
sua casa”.
Um dos destaques principais do Evangelho segundo Marcos é o propósito firme de JESUS: derrotar Satanás e suas hostes demoníacas. Em 3.27, isto é descrito como “manietar o valente” (i.e., Satanás) e, “roubará a sua casa” (i.e., libertar os escravos de Satanás). O poder de JESUS sobre Satanás fica claramente demonstrado na expulsão de demônios (gr. daimonion) ou espíritos malignos.
OS DEMÔNIOS. (1) O NT menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ou influência maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita; menciona também o conflito de JESUS com os demônios. O Evangelho segundo Marcos, e.g., descreve muitos desses casos: 1.23-27, 32, 34, 39; 3.10-12, 15; 5.1-20; 6.7, 13; 7.25-30; 9.17-29; 16.17.
Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de DEUS e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (ver Mt 4.10).
Os demônios são a força motriz que está por trás da idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios (ver 1Co 10.20).
O NT mostra que o mundo está alienado de DEUS e controlado por Satanás (ver Jo 12.31; 2Co 4.4; Ef 6.10-12). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (ver Ef 6.12).
Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem (ver Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18) e falam através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniquidade, à imoralidade e à destruição.
Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,33; 12.22; 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as doenças e enfermidades procedam de espíritos maus (Mt 4.24; Lc 5.12,13).
Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (i.e., feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à possessão demoníaca (cf. At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).
Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos últimos dias desta era, na difusão do ocultismo, imoralidade, violência e crueldade; atacarão a Palavra de DEUS e a sã doutrina (Mt 24.24; 2Co 11.14,15; 1Tm 4.1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e seus seguidores (2Ts 2.9; Ap 13.2-8; 16.13,14).
JESUS E OS DEMÔNIOS. (1) Nos seus milagres, JESUS frequentemente ataca o poder de Satanás e o demonismo (e.g., Mc 1.25,26, 34, 39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; cf. Lc 13.11,12,16). Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar Satanás e libertar seus escravos (Mt 12.29; Mc 1.27; Lc
4.18).
JESUS derrotou Satanás, em parte pela expulsão de demônios e, de modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31; 16.17; Cl 2.15; Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e restaurou o poder do reino de DEUS.
O inferno (gr. Gehenna), o lugar de tormento, está preparado para o diabo e seus demônios (Mt 8.29; 25.41). Exemplos do termo Gehenna no grego: Mc 9.43,45,47; Mt 10.28; 18.9.
O CRENTE E OS DEMÔNIOS. (1) As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem habita o ESPÍRITO SANTO, pode ficar endemoninhado; i.e.: o ESPÍRITO e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver 2Co 6.15,16 ). Os demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do ESPÍRITO SANTO (Mt 16.23; 2Co 11.3,14).
JESUS prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando-os sem trégua pelo poder do ESPÍRITO SANTO (ver Lc 4.14-19). Desta maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas.
Segundo a parábola em Mc 3.27, o conflito espiritual contra Satanás envolve três aspectos: (a) declarar guerra contra Satanás segundo o propósito de DEUS (ver Lc 4.14-19); (b) ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele tem uma fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da Palavra, e destruir suas armas de engano e tentação demoníacos (cf. Lc 11.20-22); (c) apoderar-se de bens ou posses, i.e., libertando os cativos do inimigo e entregando-os a DEUS para que recebam perdão e santificação mediante a fé em CRISTO (Lc 11.22; At 26.18).
Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta contra o mal: (a) Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e o sangue, mas contra forças espirituais do mal (Ef 6.12).
Viver diante de DEUS uma vida fervorosamente dedicada à sua verdade e justiça (Rm 12.1,2; Ef
. (c) Crer que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu domínio (At 26.18; Ef 6.16; 1Ts 5.8) e reconhecer que o crente tem armas espirituais poderosas dadas por DEUS para a destruição das fortalezas de Satanás (2Co 10.3-5). (d) Proclamar o evangelho do reino, na plenitude do ESPÍRITO SANTO (Mt 4.23; Lc 1.15-17; At 1.8; 2.4; 8.12; Rm 1.16; Ef 6.15). (e) Confrontar Satanás e o seu poder de modo direto, pela fé no nome de JESUS (At 16.16-18), ao usar a Palavra de DEUS (Ef 6.17), ao orar no ESPÍRITO (At 6.4; Ef 6.18), ao jejuar (ver Mt 6.16; Mc 9.29) e ao expulsar demônios (ver Mt 10.1; 12.28; 17.17-21; Mc 16.17; Lc 10.17; At 5.16; 87; 16.18; 19.12). (f) Orar, principalmente, para que o ESPÍRITO SANTO convença os perdidos, no tocante ao pecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16.7-11). (g) Orar, com desejo sincero, pelas manifestações do ESPÍRITO, mediante os dons de curar, de línguas, de milagres e de maravilhas (At 4.29-33; 10.38; 1Co 12.7-11).
 
 
 
Capítulo 9 - Angelogia — a Doutrina dos anjos - Wagner Caby - Teologia Sistemática Pentecostal - Antonio Gilberto, Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Elinaldo Renovato de Lima
Angelologia é o tratado acerca dos anjos; é o estudo, a doutrina sobre os seres angelicais. Embora seja um estudo cativante, é também um dos mais difíceis da teologia sistemática. Karl Barth — teólogo protestante suíço liberal (1886-1968) que escreveu um extenso tratado sobre o assunto em apreço —, em sua obra Churcb Dogmatics, descreveu o tópico dos anjos como “o mais notável e difícil de todos”.
Há inúmeros registros de anjos nas páginas da Bíblia Sagrada. Não obstante, a descrição dos anjos é sucinta e objetiva nas Escrituras quanto a sua origem, identidade, natureza e ofícios. Basta verificarmos nos tratados de teologia siste­mática para constatarmos um espaço relativamente pequeno referente aos anjos se compararmos este assunto com as outras doutrinas fundamentais.
O teólogo, filósofo e monge dominicano Tomás de Aquino, nascido na Itália (1224-1274), conhecido como o doutor angélico, tentou fazer uma abordagem completa sobre os anjos, em 1215. Naquela época, milhares de pessoas queriam ouvir grandes professores. E o povo estava então grandemente interessado em anjos. Assim, em quinze palestras proferidas em uma semana, Aquino tentou transmitir tudo o que sabia sobre os anjos.
Mais tarde, as palestras de Aquino foram publicadas tornando-se a base de sua obra-prima Suma Teológica, a qual contém uma extensa exposição especulativa sobre os anjos. Ele tomou como base não apenas a Bíblia, mas também a cultura e a tradição religiosas de sua época, sob o argumento de que as Escrituras não respondem a muitas indagações sobre os anjos.
Temos de admitir que muitos fatos sobre os anjos não são claramente reve­lados nas Escrituras. Elas contêm o que precisamos saber de essencial sobre eles. Quando a Bíblia não detalha, devemos nos abster de especular. DEUS não esquece de nada em sua Palavra. Evitemos, pois, ser intrometidos.
Como seres humanos, somos limitados no entendimento dos seres sobrena­turais ou celestiais. Nenhum cientista jamais ganhará um Prêmio Nobel por pes­quisa feita no âmbito dos anjos. Espíritos não podem ser pesados nem medidos. Aparelhos científicos não são aplicáveis ao estudo de seres celestiais. Métodos científicos aplicam-se a coisas terrenas, mas não a espirituais.
Por essa razão, precisamos tomar muito cuidado ao fazer deduções fun­damentadas apenas em experiências humanas, em torno de anjos. Sobre este assunto, a fonte de informação infalível é a Bíblia Sagrada, que tem muitíssimas referências a seres angelicais.
Ao pregar uma mensagem sobre anjos, o renomado pastor norte-ameri­cano Billy Graham, mostrou-se surpreso pela escassez de literatura existente sobre o assunto. Foi então que resolveu escrever o livro Anjos, Agentes Secretos de DEUS, no ano de 1975. De lá para cá, o interesse pelo estudo dos anjos, aumentou extraordinariamente.
A rebelião dos anjos sob a liderança de Lúcifer ocorreu no céu (Is 14.12-15; Ez 28.12-19; 2 Pe 2.4; Jd v.6). Que os anjos não existem desde a eternidade é mostrado pelos versículos que falam de sua criação (Ne 9.6; SI 148.2,5; Cl I.16). O Salmo 148 afirma: “Louvai-o, todos os seus anjos... pois mandou Ele e logo foram criados”.
A NATUREZA DOS ANJOS
São criaturas. Os anjos não consistem meramente de forças físicas ou morais, mas são seres espirituais reais e distintos, mas imateriais e incorpóreos fisica­mente, criados por DEUS (SI 148.2-5; Cl 1.16,17; I Pe 3.22). A Palavra de DEUS menciona muitas vezes um inumerável exército de DEUS constituído de anjos (SI 68.17; Mt 26.53; Hb 12.22; Ap 5.11).
O Catecismo Maior de Westminster nos diz o seguinte:
DEUS criou todos os anjos, corno espíritos mortais, santos, excelentes em conhecimento, grandes em poder, para executar os seus mandamentos e louvarem o seu nome, todavia sujeitos a mudança.
Os anjos foram criados de uma única vez, simultaneamente (Cl I.16); são imutáveis, não podendo aumentar, nem diminuir o seu número, conforme de­clarou o Senhor JESUS: “... pois na ressurreição, nem se casam nem se dão em casamento; mas serão como os anjos no céu” (Mt 22.28-30). Em Lucas 20.36, JESUS ensinou que, uma vez criados, os seres celestiais jamais morrem.
Em razão dos anjos serem criaturas, não aceitam adoração (Ap 19.10; 22.8,9). A Bíblia Sagrada proíbe terminantemente que o homem os adore (Cl 2.18).
São incorpóreos fisicamente. A luz de Hebreus I.14 — “Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” —, os anjos são descritos como sendo espíritos. Eles não estão limitados às condições físicas e materiais, pois são capazes de aparecer e desaparecer, sem serem vistos, a qualquer momento, além de se movimentarem de forma extremamente rápida (Dn 9.21).
Que os anjos são incorpóreos está claro em Efésios 6.12: “a nossa luta não é contra a carne nem sangue, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (cf. SI 104.4; Hb 1.7,14; At 1912; Lc 7.21; 8.2; 11.26; Mt 8.16; 12.45). Os anjos não têm corpos materiais, “pois um espírito não tem carne e nem ossos” (Lc 24.39) e são invisíveis (Cl I.16).
Por serem espíritos sem corpo físico, os anjos não têm alma. Seu “corpo” é imaterial, espiritual.
Precisamente porque os anjos não são almas, mas apenas espíritos é que eles não podem possuir a mesma essência rica que o homem, cuja alma é o ponto de união em que se encontram o espírito e a natureza.2
Quanto à natureza e à corporeidade dos anjos, o Dr. William Cook afirmou:
E verdade que, no aparecimento dos anjos aos homens, eles assumiram uma forma humana visível. Este fato, entretanto, não prova a sua materialidade; pois os espíritos humanos no estado intermediário, embora desincorporados, têm em seu relacionamento com o corpo aparecido em forma humana material: como Moisés, no Monte da Transfiguração, também Elias foi reconhecido como homem; e os anciãos que apareceram e conversaram com João no Apocalipse, também tinham forma humana (Ap.5.5; 7.13).
Segundo o teólogo Charles Hodge, ficou decidido no Concilio de Nícéia, em 784, que os anjos possuíam corpos compostos de éter ou luz; opinião baseada em Mateus 28.3 e Lucas 2.9, além de outros textos que se referem à sua aparência luminosa, bem como à glória que os acompanha.
Já o Concilio Laterano, em 1215, decidiu que os anjos eram incorpóreos, decisão essa acatada pela Igreja, por bíblica. A Bíblia Sagrada, a inerrante Pa­lavra de DEUS, silencia sobre a substância desses espíritos angélicos. Entretanto, apesar de serem seres espirituais, os anjos podem assumir forma humana que pode tocar as coisas, bem como ingerir alimentos sólidos como os três anjos que apareceram a Abraão (Gn 18.1-8).
Semelhante experiência teve Ló, seu sobrinho: “E vieram os dois anjos a Sodo- ma à tarde, e estava Ló assentado à porta de Sodoma; e vendo-os Ló, levantou-se ao seu encontro e inclinou-se com o rosto à terra... E porfiou com eles muito, e
vieram com ele, e entraram em sua casa; e fez-lhes banquete, e cozeu bolos sem levedura, e comeram...Aqueles homens porém estenderam as suas mãos e fizeram entrar a Ló consigo na casa, e fecharam a porta” (Gn I8.I-I0)
São imortais. Como espíritos puros (imateriais e incorpóreos), os anjos não estão sujeitos à morte. JESUS deixou claro que os anjos não morrem, ao ensinar aos saduceus que os santos serão semelhantes aos anjos, após a ressurreição.
E, respondendo JESUS, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento; mas os que forem havidos por dignos de alcançar c mundo vindouro, e a ressurreição dos mortos, nem hão de casar; nem ser dados em casamento; porque, já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de DEUS, sendo filhos da ressurreição (Lc 20.35-36).
São numerosos. A Bíblia Sagrada mostra que os anjos são inumeráveis. A Palavra de DEUS sempre se refere a eles como sendo multidões.
São do doutor Arno Clemens Gaebelein estas palavras: “Quão vasto é o número deles, somente o sabe aquele cujo nome é “Jeová Sabaote”, o Senhor dos Exércitos”.
Tomás de Aquino afirmou:
Deve-se dizer, portanto, que os anjos, enquanto são substâncias imateriais, constituem uma multidão imensa, e superam toda multidão material. E o que diz Dionísio: “Multi sunt beati exercitus supernarium mentium materialium numerorum commensurationem”. (Os exércitos bem-aventurados dos espíritos celestes são numerosos, superando a medida pequena e restrita de nossos números materiais). E a razão disto é que tendo DEUS a pe feição do universo como finalidade principal na criação, quanto mais perfeitas são algumas coisas, em tanta maior abundância DEUS as criou/
Vejamos algo do testemunho bíblico acerca do número dos anjos:
Disse, pois: O Senhor veio do Sinai e lhes alvoreceu de Seir, resplandeceu desde o monte Parã; e veio das miríades de santos; à sua direita, havia para eles o fogo da lei (Dt 33.2).
Vi o Senhor assentado no seu trono, e todo o exército celestial em pé junto a ele, à sua direita e à sua esquerda (l Rs 22.19).
Acaso, têm número os seus exércitos? (Jó 25.3).
Os carros de DEUS são miríades, milhares de milhares. O Senhor está no meio deles, como em Sinai, no santuário (Sl 68.1 7).
... e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo em redor de Eliseu (2 Rs 6.17).
Um rio de jogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros (Dn 7. Z 0).
Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? (Mt 26.53).
Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a DEUS... ÇLc 2.13).
Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos (Hb 12.22).
Daí o apóstolo João admitiu ter visto junto ao trono de DEUS, “milhões de milhões, e milhares de milhares” de anjos ao redor do trono (Ap 5.1 L).
São seres dotados de personalidade e inteligência. Os anjos são seres pessoais. E o que se depreende da leitura de Lucas I.19, que diz: “Eu sou Gabriel, que assisto diante de DEUS”. O texto mostra claramente que este anjo tinha plena consciência de sua existência e de sua personalidade.
Os anjos são também seres emotivos (Jó 38.7). Possuem inestimável conhecimento e sabedoria (2 Sm 14.20) e, apesar de serem espíritos, são racionais; prestam adoração inteligente (SI 148.2); contemplam a face de DEUS com enten­dimento (Mt 18.10); são conscientes de suas limitações (Mt 24.36); alegram-se quando um pecador se arrepende de seus pecados (Lc 15.10); têm ciência de sua inferioridade em relação a CRISTO, o Filho de DEUS (Hb 1.4-14); anelam perscrutar as coisas do Reino de CRISTO (I Pe 1.12).
Além disso, são mansos, não retêm ressentimentos pessoais, nem injuriam seus opositores (2 Pe 2.11); são reverentes: a atividade mais elevada executada por eles é a adoração a DEUS (Ap 7.11); são santos (Ap.I4.I0) e leais; apesar da rebelião que houve nos céus, os anjos eleitos permaneceram fiéis ao Senhor. Quanto à sua inteligência, leia ainda Daniel 10.14 e Apocalipse 17.7.
Em sua Teologia Elementar, Bancroft assevera:
Sem dúvida, os anjos foram criados espíritos inteligentes, cujo conhecimento teve início em sua origem, continuando a se ampliar até os nossos dias. As oportunidades de observação que os anjos têm, e as muitas experiências que, nesse sentido, conforme podemos supor; devem ter tido, juntamente com as revelações diretas da parte de DEUS, devem ter-se adicionado grandemente ao acúmulo da sua inteligência original.
Além de elevada sabedoria e inteligência, os anjos têm vontade própria e poder de decisão:
Como caíste desde o céu, o estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de DEUS exaltarei o meu trono, e no mente da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo (Is 14.12-14).
E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia (jd v.6).
Apesar da sua extraordinária inteligência, os anjos não possuem onisciência, atributo exclusivo de DEUS. Eles não conhecem os pensamentos dos corações, pois esse conhecimento é próprio, exclusivo de DEUS, como diz o profeta Jere­mias: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração” (Jr 17.9,10).
São poderosos. Os anjos têm elevado poder, conforme as palavras de Davi: “Ben­dizei ao Senhor, vós anjos seus, poderosos em força, que cumpris as suas ordens” (SI 103.20; 2Pe 2.11; Gn 19.10-13,24,25; Lm 4.6). Na Bíblia Sagrada, os anjos são chamados de “os poderosos” e “os poderosos de DEUS”.
Esses seres celestiais, como já adiantamos, deslocam-se com espantosa velocidade, podendo se transportar dos Céus à Terra instantaneamente: “Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?” (Mt 26.53).
Anjos com designações específicas. Existem anjos que somente são conhecidos através do serviço que realizam. Vejamos alguns deles:
Anjos de juízo (Gn 19.13; 2 Sm 24.16; 2 Rs 19.35; SI 78.49; Ez 9.1,5,7).
Anjo destruidor (1 Cr 21.15).
Anjo vigilante (Dn 4.12,23).
Anjo do Concerto (Ml 3.1).
Anjo da cura (?) (Jo 5.1-4).
Anjo das águas (Ap 16.5).
Anjos do vento (Ap 7.1).
Os sete anjos (Ap 8.2).
Anjo do abismo (Ap 9.11).
 
Quem é Satanás
Lúcifer. Este termo é usado em Isaías 14.12, significando “estrela da manhã”, “o filho da alva”. E uma alusão ao domínio que Satanás exerce neste mundo, espe­cialmente através de intermediários. Literalmente, seu nome significa “o Brilhante” ou “Estrela da Manhã”. E descrito como “o selo da perfeição”, isto é, padrão de perfeição. E também descrito antes da sua queda, como “cheio de sabedoria e formosura”, o mais belo e sábio de todas as criaturas (Ez 28.11-17).
Lúcifer é chamado também de “querubim da guarda ungido”. Como já sabemos, os querubins são seres angélicos de elevada categoria. Lúcifer era o líder dos seres angélicos e, evidentemente, os guiava em louvor e júbilo a DEUS.
Satanás. Forma grega derivada do aramaico — hb. satan —, significa “adversá­rio”. Esse termo é utilizado pela primeira vez no Antigo Testamento em alusão a um anjo de Jeová em Números 22.22. E utilizado, também, em referência a homens (I Sm 29.4; SI 38.20; 71.13; SI 109.4,6,20). Relacionado com Satanás, o Adversário, o termo aparece, mais de quinze vezes no Antigo Testamento, sendo que, em Zacarias 3.1, o termo satanás é acrescido da expressão descritiva da sua natureza: “para se lhe opor”.
O termo “adversário”, no Novo Testamento, sempre é usado para se referir a Satanás, o adversário de DEUS e de JESUS (Mt 4.10; Mc 1. 13; 4.15; Lc 4.8; 22.3; Jo 13.27); do povo de DEUS (Lc 22.31; At 5.3; Rm 16.20; I Co 5.5; 7.5; 2 Co 2.10; I I.I4; 12.7; I Ts 2.18; 5.15; Ap 2.9,13,24; 3.9); e do gênero humano (Lc 13.16; At 26.18; I Ts 2.18; Ap 12.9; 20.7,8).
Diabo. Termo oriundo de diabolos (gr.), denota “acusador”, “caluniador”. Este termo encontra-se somente no Novo Testamento por 36 vezes.
Segundo a Bíblia Sagrada, o Diabo é a personificação do mal e inimigo de DEUS. Ele é descrito como o Tentador (Mt 4.3), o grande mentiroso (Jo 8.44) o deus deste século (2 Co 4.4), que tem permissão condicionada por DEUS para reinar até ao Juízo Final quando será lançado no Lago de Fogo (Ap 20.7-10).
No satanismo, ele é o mestre absoluto do mal, objeto de adoração, a quem são oferecidos os sacrifícios. Como sendo a personificação do mal, a ele é jurada lealdade e o serviço é prestado. Na bruxaria, principalmente na chamada magia negra, é o princípio do mal. E alguns bruxos firmam pactos com ele, considerando-se seus servos, que se dedicam a realizar seus propósitos malignos.
O que todo crente deve saber, em síntese, sobre o Inimigo é o que está escrito em I Pedro 5.8: “O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”.
Serpente. Uma referência a Gênesis 3.1,14 (cf. 2 Co 11.3; Ap 12.9; 20.2).
Belzebu ou Baalzebu. Termo que significa “senhor das moscas”, uma referência ao deus de Ecrom (2 Rs 1.1-6,16). Em Mateus 12.24-29, verifica-se a aplicação do termo ao príncipe ou chefe dos demônios (cf. Mt 10.25; Lc II.15).
Dragão. Ele é chamado de Dragão em Apocalipse 12.3, em comparação à sua astúcia, malignidade e voracidade. Em Apocalipse 12.9, o Dragão é referido como a antiga serpente, por causa da sua astúcia, aliada à sua natureza destruidora.
Tentador. Tentzr significa literalmente incitar á prática do pecado, provar ou testar (Mt 4.3; I Ts 3.5). O mesmo verbo é também empregado para DEUS em relação ao homem, no sentido de provar (Gn 22.1).
Satanás também é chamado de Príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11), Príncipe das potestades do ar (Ef 2.2), Maligno (Mt 13.19; I Jo 2.13), deus deste século (2 Co 4.4), Anjo de luz (2 Co 11.14), Apolíon (“destruidor”, Ap 9.11).
Origem de Satanás
No comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, encontramos a seguinte explicação quanto ao texto de Ezequiel 28.4-17, alusivo, segundo os exegetas, a Satanás:
No devido contexto, a profecia de Ezequiel contra o “rei” de Tiro parece conter uma referência velada a Satanás como o verdadeiro governante de Tiro e como o deus deste mundo (2 Co 4.4; l Jo 5.19). O rei é descrito como um visitante que estava no jardim do Eden (v. 13), que fora um anjo, “querubim ungido” (v. 14), e uma criatura pe feita em todos os seus caminhos, até que nela se achou iniquidade (v. 15). Por causa do seu orgulho pecaminoso (v. I 7), foi precipitado do “monte de DEUS” (vv. 16,17; cf. Is 14.13-15).
Vejamos o relato análogo de Isaías 14.12-14:
Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei
ao céu; acima ias estrelas de DEUS exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
Billy Graham afirmou:
Quando o anjo Lúcifer se rebelou contra DEUS e suas obras, alguns calculam que cerca de um terço das hostes angélicas do universo se teriam unido a ele na rebelião...
Assim, a maior catástrofe da história da criação universal foi a desobediência a DEUS por parte de Lúcifer, e a consequente queda de talvez um terço dos anjos que se juntaram a ele na sua maldade... Assim, a guerra que começou no céu continua na terra e verá o seu clímax no Armagedom...16
Desde sua queda, num remoto e misterioso passado, Lúcifer, em lugar de anjo de luz, tornou-se o anjo das trevas e do mal. Sabemos entretanto que pode enganosamente transfigurar-se em um anjo de luz (2 CoII.I4). O seu ódio pela humanidade cresce a cada dia. Satanás é um ser inteligente, um ente inteiramente hostil, inimigo declarado de DEUS e dos homens. A Bíblia inteira o apresenta resistindo a DEUS e perturbando a paz das nações, com guerras, destruição e miséria.
Satanás é mencionado 177 vezes na Bíblia Sagrada, de diferentes maneiras.
A EXISTÊNCIA DO DlABO.
O Antigo Testamento. Os primórdios do livro de Gênesis mostra Satanás atu­ando ardilosamente através da serpente para provocar a Queda do homem, um episódio pecaminoso e funesto que veio afetar toda a descendência de Adão — a raça humana.
No reinado de Davi, Satanás se levantou contra Israel e incitou Davi a numerar o povo, isto é, a fazer o censo de Israel (I Cr 21.I). Por essa desobediência, DEUS feriu a Israel, mediante uma peste, em que “caíram de Israel setenta mil homens” (I Cr 21.14). Essa rebeldia deliberada de Davi ocorreu após suas grandes vitórias e realizações (I Cr 14-20), pois Satanás, o enganador, conseguiu penetrar numa brecha em sua vida (I Cr 21.7,8; I Tm 3.6).
No Salmo 106.36,37, vemos que por trás de práticas religiosas idolátricas estão os demônios.
Vemos em Zacarias, cap. 3, a realidade de satanás ao acusar o sumo sacerdote Josué e opor-se à nação de Israel. No texto em apreço, Josué, como representante de Israel, não podia resistir a Satanás. Josué, na qualidade de sumo sacerdote, trajava-se de vestes malcheirosas e imundas, símbolos do pecado. Por isso, o Senhor (Anjo do Senhor) resistiu a Satanás e o repreendeu; Ele havia escolhido Israel para cumprir os seus propósitos.
Evidências de Satanás do Novo Testamento. Dezenove dos 27 livros do Novo Testa­mento mencionam Satanás por algum dos seus nomes. Dos oito restantes, quatro deles mencionam os demônios, que são seus agentes.
Evidências emanadas de JESUS CRISTO. Nos Evangelhos, das 29 referências a Satanás, em 25 delas é CRISTO quem o menciona como sendo uma pessoa. Por exemplo, no relato da tentação de JESUS temos o seu testemunho da realidade da pessoa do Inimigo (Mt 4.1-11; Mc I.9-I3; Lc 4.I-I3).
CRISTO triunfou para sempre sobre Satanás (Lc 11.21; Hb 2.14,15), e o crente, pela fé em CRISTO, triunfa da mesma forma, resistindo e nulificando suas investidas com as armas que CRISTO nos proporciona (Ef 6.I0-I8;Tg 4.7; I Pe 5.9-10; Rm 16.20).
Reconhecer a realidade de Satanás, levar a sério a sua oposição, ficar atento à sua estratégia, levar em conta a guerra contínua com ele não ê cair num conceito dualista de dois deuses, um hom e outro mau, guerreando um contra o outro. Satanás ê uma criatura sobre-humana, mas não é divino; ele tem muito conhecimento e poder, mas não é onisciente nem onipotente e nem onipresente; ele ê um rebelde derrotado e não tem mais poder além daquele que DEUS lhe permite exercer e está destinado ao lago do fogo (Ap 20. IO).1'
A NATUREZA DE SATANÁS
Satanás é homicida, mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44); ele é um pecador obstinado (I Jo 3.8) e um audaz adversário, o arquiinimigo de DEUS e dos ho­mens (I Pe 5.8).
Sua personalidade. Dizer que Satanás é apenas fruto da imaginação, uma ficção, mitologia ou qualquer coisa da mente humana é ignorância dos fatos. Sabemos que fatos são provas e contra fatos não há argumentos.
Os assassinatos bárbaros e outros crimes hediondos que vemos nos jornais, são normais? Naturais? Pais que estupram as próprias filhas e algumas, na mais tenra infância! Olhe para o mundo à sua volta e veja os fatos! Para o Diabo é muito melhor que acreditem que ele não existe.
Uma evidência incontestável de personalidade é ter alguém intelecto, emoção e vontade. A Palavra de DEUS demonstra que Satanás possui essas características. Seu intelecto é óbvio no seu esquema para enganar (2 Cr 11.3) e em sua comu­nicação através da fala para enganar outras pessoas (Lc 4.I-I2).
Seu caráter. Satanás é presunçoso (Mt 4.4,5', orgulhoso T Tm 3.6; Ez 28.17), poderoso (Ef 2.2), maligno (Jó 2.4; Lc 8.13; I Pe 5.8; 2 Co 4.4; I Jo 5.19), enganador (Ef 6.11), feroz e cruel (I Pe 5.8). Ele é a causa primária do pecado e é muito astuto (Ap 12.7-11; 2 Co 2.11; Ef 6.11,12; 2 Co 11.14; Jo 8.44; I Jo 3.8; Gn 3.1-5).
Algo de suas perversas atividades. Perturbar a obra de DEUS (I Ts 2.18), opor-se ao Evangelho (Mt 13.19; 2 Co 4.4), dominar, cegar, enganar e destruir o ser humano (Lc 22.3; 2 Co 4.4; Ap 20.7,8; I Tm 3.7), afligir e tentar os santos de DEUS (I Ts 3.5).
O mundo está alienado de DEUS e controlado por Satanás (Jo 12.31; 2 Co 4.4; Ef6.I0-I2; I Jo 5.19). "
Ele luta para arruinar a Igreja porque ele sabe que se o sal da terra perder seu sabor, o homem torna-se sua vítima.
Suas atividades são restritas. O poder de Satanás é limitado. Aqueles que crêem em CRISTO, e vivem em comunhão com Ele, são vencedores do Inimigo (Jo 12.31). O crente deve estar sempre submisso a DEUS e revestido do escudo da fé para assim resistir ao Diabo, e este fugirá (Tg 4.7; I Pe 5.8,9).
Satanás somente pode tentar (Mt 4.1), afligir (I Ts 3.5), matar (Jó 2.6), e tocar no crente com a permissão de DEUS. “E disse o Senhor a Satanás: eis que tudo quanto tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão” (Jó I.12). DEUS permitiu o mal vir sobre Jó; porém, fixou um limite até onde Satanás podia ir, e tirou-lhe o poder de morte quanto a pessoa de Jó.
Quando a Bíblia Sagrada declara que Satanás é o príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.II) e que ele é o deus deste século (2 Co 4.4), ela não quer dizer que Satanás é o dono absoluto do mundo, pelo seu próprio poder e querer, porque “do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” (SI 24.1). Toda autoridade no céu e na terra pertence a DEUS, o Criador, o qual delegou-a ao seu Filho unigênito JESUS CRISTO (Mt 28.18).
O que a Palavra de DEUS ensina é que Satanás está no controle do mundo ímpio, das instituições e pessoas que estão completamente alienadas de DEUS. Esse poder e influência exercidos por Satanás são limitados e temporários (Ap 12.12; 20.10).
Sua atuação. O Inimigo age também nos círculos religiosos mais elevados como “um anjo de luz” (2 Co 11.14). A Bíblia fala de sua presença no ajuntamento dos anjos (Jó 1.6). Essa sua atividade maléfica no meio religioso está implícita, por exemplo, nas expressões “doutrina de demônios” (ITm 4.1), “sinagoga de Satanás” (Ap 2.9) e “ministros de justiça” (2 Co II. 15).
A Bíblia nos adverte a não ignorarmos os ardis de Satanás (2 Co 2.11), isto é, as suas maquinações, os seus desígnios perversos, os seus propósitos, os seus planos funestos.
Daí a necessidade de redobrarmos a nossa vigilância com relação às suas sutilezas em relação ao mundanismo (2 Co 4.4), à mentira (Gn 3.4,5; 2Ts 2.9), à vacilação (Mt 6.24; 2 Co 6.14,15); ao ceticismo (Rm 14.23); às trevas (Rm
; à depressão (At 10.38; Lc 13.16), à procrastinação (At 24.25; Ex 8.8); e à transigência com o mal (Ap 2.20).
Final de sua maldita história. DEUS decretou sua derrota (Gn 3.14,15). JESUS, como DEUS, demonstrou o seu poder e a sua autoridade sobre Satanás ao derrotá-lo, desarmá-lo e despojá-lo de seu poder (Lc 11.22; I Jo 3.8; Cl 2.15). Durante a Grande Tribulação será lançado da esfera celeste à Terra (Ap 12.7-9); durante o Milênio será aprisionado no abismo (Ap 20.1-3), sendo solto por um período curto (Ap 20.7,8), e depois de mil anos será lançado no Lago de Fogo (Ap 20.10). Dessa maneira, segundo a Palavra de DEUS, ocorrerá o expurgo final do mal.
Os ANJOS CAÍDOS
Os anjos foram criados perfeitos, sem pecado e, como o homem, dotados de livre escolha. Satanás, na sua rebelião inicial contra DEUS sublevou uma terça parte deles (Ap 12.4). Uma multidão de anjos participou da rebelião de Satanás contra DEUS, tendo abandonado o seu estado original de graça, como servos de DEUS, e assim perderam o direito à sua elevada e privilegiada posição celestial.
Os principais pecados que cometeram foram, como já vimos, orgulho, exal­tação, rebeldia, desafio e levante contra DEUS. “DEUS não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo” (2 Pe 2.4).
Também, em Judas v.6 está escrito: “e aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuri­dão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande Dia”. Como resultado de sua queda, além de terem sido “reservados para o juízo”, têm sua parte juntamente com Lúcifer no “fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).
Ao afirmar que existe um mundo espiritual invisível, que consiste nas hos­tes de anjos ministradores, no meio do povo de DEUS, e a serviço desse povo (Gn 32.1,2; SI 91.11; 34.7; Is 63.9), a Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) traz o oportuno comentário sobre 2 Reis 6.15-17:
Não somente DEUS está a favor do seu povo (Rm 8.31\ como também exércitos dos seus anjos estão disponíveis, prontos para defender o crente e o reino de DEUS (v.37; SI 34.7).
Todos os que crêem na Bíblia devem orar continuamente para DEUS livrá- los da cegueira espiritual e abrir os olhos dos seus corações para verem mais claramente a realidade espiritual do remo de DEUS (cf. Lc 24.31; Ef 1.18-21) e suas hostes celestiais (Hb I.I4).
Os espíritos ministradores de DEUS não estão distantes, mas, sim, bem perto (Gn 32.1,2), observando os atos e a fé dos filhos de DEUS e agindo em favor deles (At 7.55-60; I Co 4.9; Ef 3.10; I Tm 5.21).
A verdadeira batalha no remo de DEUS não é contra a carne e o sangue. E uma batalha espiritual “contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12; cf. Ap 12.7-9).
Há um relacionamento de causa e efeito nas batalhas espirituais; o resultado das batalhas espirituais é determinado parcialmente pela fé e oração dos santos (vv. 16-20; Ef 6.18,19).
Há anjos decaídos que estão algemados no Inferno (2 Pe 2.4; Jd v.6); os demais estão soltos, como agentes e emissários de Satanás, sob o seu domínio e controle (Ef 2.2; Ap 12.7). Com relação aos anjos caídos que estão soltos, N. Lawrence Olson, disse; “Ocupam posições de autoridade sobre as nações e os povos (Dn 10.13,20)”.19
Transcreveremos na íntegra o comentário de Daniel 10.13 da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD);
Mas o príncipe do reino da Pérsia se pôs defronte de mim vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me; e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. Enquanto Daniel orava e jejuava, estava sendo travada uma batalha espiritual de grande magnitude.
O “príncipe da Pérsia” estava impedindo que Daniel recebesse do anjo a mensagem de DEUS. Por causa desse conflito, Daniel teve que esperar vinte e um dias para receber a revelação. Esse “príncipe da Pérsia” não era um potentado humano, mas um anjo satânico. Só foi derrotado quando Miguel\ o príncipe de Israel (v.2l), chegou para ajudar o anjo. Os poderes satânicos queriam impedir o recebimento da revelação, mas o príncipe angelical de Israel (12.1) demonstrou sua superioridade (f. Ap 12.7-12).
Esse incidente nos dá um vislumbre das batalhas invisíveis que são travadas na esfera espiritual a nosso favor. Note que DEUS já tinha respondido a oração de Daniel, mas que a ação satânica atrasou a resposta da mensagem por vinte e um dias. Visto que o crente sabe que Satanás sempre quer impedir nossas orações (2 Co 2.1l), deve perseverar na oração Çcf. Lc 18.1-8; ver Ef 6.11,12).
A seguir, leiamos Daniel 10.20 e o respectivo comentário da fonte acima citada:
E disse: Sabes por que eu vim a ti? Eu tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia”. Há demônios poderosos designados para atuar sobre as nações do mundo a fim de se oporem às forças de DEUS e promoverem a iniquidade e a incredulidade entre os habitantes da terra.
Que existe um reino tenebroso, diabólico, organizado no mundo espiritual influenciando as nações e os povos para o mal em todos os sentidos, está patente na Bíblia. O que compete a cada crente é resistir sob o poder vencedor do sangue de JESUS aos ataques do inimigo, equipado com cada peça da armadura de DEUS e o poder do ESPÍRITO SANTO na batalha espiritual.
O fato da Queda. Por sete vezes em Gênesis I, o texto relata que tudo o que DEUS havia feito era bom. No versículo 31 está escrito que “E viu DEUS tudo quanto tinha feito; e eis que era muito bom”. Isso certamente inclui a perfeição dos anjos em santidade quando eles foram originalmente criados. Nesse particular, o consenso de destacados mestres é que Ezequiel 28.15 refere-se a Satanás antes da sua queda.
A época de sua queda. Não está revelado na Bíblia o tempo definido da queda dos anjos. Ela deve ter ocorrido antes da criação do homem, já que Satanás entrou no jardim personificado em serpente e induzindo Eva a pecar (Gn 3).
O resultado da queda dos anjos. Todos eles perderam a sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e conduta (Ef 6.11,12; Ap 12.9). Parte deles foram na ocasião lançados no inferno, onde estão acorrentados até o dia do jul­gamento (2 Pe 2.4). Os demais permanecem em liberdade e agem em oposição à obra dos anjos bons (Ap 12.7-9; Dn 10.12,13,20,21;).
Os males decorrentes da queda dos anjos afetou a criação original. A terra, por exemplo, foi amaldiçoada com o pecado de Adão (Gn 3.17-19). A criação está gemendo por causa dos males terríveis oriundos da queda (Rm 8.19-22). A criação tornou-se sujeita ao sofrimento e a inúmeras outros males por causa do pecado humano.
Os anjos decaídos, como poderes das trevas são os governantes espirituais deste mundo de trevas e maldade (I Jo 5.19; Ef 2.2,3; 6.12,16; I Pe 5.8,9).
A luta incessante do Diabo contra os santos e contra a obra de DEUS ocorre de diferentes maneiras: Através de pessoas ímpias (2 Rs 6.13-16); por meio de diferentes tipos de tribulações e tentações, perseguições e outros obstáculos à pregação do evangelho, etc. Tanto Satanás como seus agentes do mal não po­dem ultrapassar os limites traçados pela permissão divina. JESUS disse que “... as portas do inferno não prevalecerão contra ela igreja ” (Mt 16.18). A palavra “inferno”, na Bíblia Sagrada, aparece no Antigo Testamento como skecl (hb.) e em o Novo Testamento hades (gr.), bem como na Septuagmta, a versão grega do Antigo Testamento, existente nos dias de CRISTO e nos primeiros tempos da igreja. Ambas significam “mundo invisível”, isto é, “o lugar para onde vão os espíritos dos mortos”. Essas palavras nunca são usadas em alusão ao lugar final da habitação desses espíritos, e nem para significar a sepultura, cuja palavra no hebraico é queber.
Olson ensina que além da Bíblia Sagrada, os escritos patrísticos e outras fontes religiosas confiáveis são unânimes em afirmar que o Hades ou Sheol é o lugar para onde vão após a morte os espíritos dos falecidos, no Antigo Testamento, quer dos justos, quer dos injustos (Is 14.9; Lc 16.23). O eminente autor afirmou:
A razão da grande confusão reinante sobre este estudo e mesmo entre as heresias é porque às vezes as palavras gregas e hebraicas referentes ao assunto foram mal traduzidas, por exemplo, “Hades”, que às vezes é confundida com o Lago de Fogo; “queber”, que somente tem a ver com cadáver, confundem com “inferno” que é lugar de espirito; “Abussos” (nogrego), que é tradução do hebraico “Abaddon”, é o “abismo”, mas lugar este diferente do Hades.'0
Citando o erudito Dr. Seiss, Olson prossegue o seu comentário da forma seguinte:
Abaddon e o Abismo parecem ser a morada de demônios, uma espécie de abismo ainda mais profundo do que o Hades... O termo “tártaro” (“tartarus”, no grego), traduzido para “inferno” na Versão Brasileira e em Almeida, em 2 Pe 2.4, que versa sobre anjos decaídos serem lançados nos “abismos” ÍARA) de escuridão, provavelmente refere-se a este mesmo Abussos ou Abismo.21
Ainda segundo o teólogo em apreço, o Lago de Fogo é referido pela palavra hebraica tofete (Is 30.33; Jr 7.31,32) e pela grega geena (Mt 5.22,29,30; 10.28; 23.15,33). Este último termo refere-se literalmente ao Vale de Hinom, um local fora de Jerusalém utilizado como lixeira da cidade, onde se queimavam os cadáveres de criminosos e de animais.
Ali sempre havia fogo aceso, e, por esta razão, esse vale era citado como símbolo da Lago de Fogo que arde eternamente. Um fato também esclarecedor é que no Vale de Hinom, os israelitas quando desviados queimavam seus filhos em sacrifício a Moloque, o deus pagão dos amonitas, fenícios e cananeus.
Uma vez sabendo-se que os anjos maus que estão em liberdade, como agentes de Satanás, habitam no elevadíssimo espaço sideral (Ef 2.2; 6.12), vejamos o seu destino após o grande julgamento do Trono Branco. Para essa explicação, recorremos mais uma vez a Olson que nos diz:
Uma vez que o Hades é lançado no Lago de Fogo, e que os anjos decaídos serão julgados no grande dia de julgamento, concluímos que o Abismo também será lançado no Lago de Fogo; formando desta maneira um só Inferno eterno. O texto de Mt 25.41 confirma este pensamento porque vemos os homens e os anjos sofrendo juntos.—
Quem são os demônios
Esta parte da Angeologia que trata dos demônios é denominada demonologia. A Palavra de DEUS trata sumariamente desses seres infernais. Eles podem estar em todo lugar, pois são numerosos e altamente organizados. Por serem reais, podem ser contados (Lc 8.2,30). Satanás é o comandante deles.
Satanás, com um exército inumerável desses seres invisíveis procura se infiltrar nos lares, escolas, instituições, igrejas, governos, empresas, culturas de nações, etc., com o objetivo de enganar, corromper, envilecer, desmoralizar, insensibilizar, desumanizar, brutalizar o ser humano, que é o seu maior alvo de destruição, tentando fazer com que ele não se achegue ao seu Criador, e Redentor, o DEUS único, bondoso e eterno.
Questões como estas são constantemente apresentadas: O que leva uma pessoa ao suicídio? Por que alguém, aparentemente sem motivos, extermina todos os seus parentes mais próximos de uma forma bárbara e tenebrosa? Por que tantos crentes não abandonam os prazeres efêmeros e pecaminosos da carne e se dedicam ao Senhor e à sua obra?
Porque tantas pessoas não sentem desejo mcontido e constante de ler a Bíblia Sa­grada? Qual o verdadeiro motivo que leva um homem e uma mulher casados optarem por separação judicial ou através do divórcio? O que está por trás milhões de crianças abandonadas em todo o mundo, sem a assistência e o carinho de seus pais?
Os demônios não são culpados de todas as coisas ruins que assolam a hu­manidade, porém, eles estão por trás da maioria das desgraças e flagelos que se abatem sobre os seres humanos.
Modismos enganosos. E repulsivo e estarrecedor que em alguns segmentos pentecostais, mormente entre os denominados neopentecostais, estejam ocorrendo
há algum tempo distorções e aberrações doutrinárias com destaque na área do demonismo. Em grande parte elementos que lidam com libertação de endemo- ninhados divulgam mais a atuação dos demônios do que a Palavra de DEUS. Um alerta ao crente sobre isso acha-se em Apocalipse 2.24.
E deveras oportuna a explicação de Stanley Horton sobre essa questão:
... ao lermos a Bíblia, percebemos como é notável a total ausência de semelhantes especulações e práticas. A Bíblia encoraja-nos a resistir as forças enganadoras das trevas, e não estudá-las e amarrá-las. Nenhum esforço éfeito na Bíblia para levar-nos a conhecer melhor o Diabo. O enfoque exclusivo recaí em conhecer melhor a DEUS, resistindo, ao mesmo tempo, quaisquer tentativas de Satanás de obter a nossa atenção. Submeter-se a DEUS e resistir ao Diabo ê o conselho que Tiago nos deu (Tg 4.1).
Quando JESUS comissionou os discípulos para realizarem a missão evangeli- zadora, Ele lhes outorgou autoridade e poder sobre todos os demônios (Lc 9.1; 10.19) e sobre toda enfermidade e todo mal (Mt 10.1).
O Antigo Testamento faz referência aos demônios (Lv 17.7; 2 Cr II.15; Dt 32.17; SI 106.37). O Novo Testamento menciona repetidas vezes a palavra “demônio”, significando espírito maligno.
Belzebu é o príncipe dos demônios (Mc 3.22). A Bíblia Sagrada silencia sobre a origem dos demônios. Por certo, como explica Antonio Gilberto, “isto faz parte do mistério que envolve a origem do mal (Dt 29.29; I Co 4.5; Ap 2.29)”.23 Alguns entendem que os demônios são anjos caídos que pecaram juntamente com Satanás. Os religiosos fariseus, bem como os escribas diferençavam entre anjo e espírito (At 23.8,9).
O historiador judeu Flávio Josefo asseverou que nas escolas teológicas judaicas dos fariseus, principalmente, era ensinado que os demônios, capazes de possuir e de controlar um corpo vivo, são espíritos de mortos partidos deste mundo, especialmente aqueles de caráter vil e de natureza perversa.24
No Novo Testamento, além dos Evangelhos, há referências aos demônios. Em I Coríntios 10.19-21, o apóstolo Paulo discorre sobre as práticas tenebro­sas dos gentios incrédulos, adorando a demônios representados por ídolos, em suas reuniões devotadas à idolatria. Ele adverte à igreja sobre a infiltração de tal satanismo nas reuniões de Ceia do Senhor. Ver também no Novo Testamento, os textos de Mt 4.24; 8.16; Mc 1.32-34; Lc 4.41; 6.18; 7.21; 8.2, 27-33; 9.1; 10.17; At 16.16-18; 19.16; I Tm 4.1; Tg 2.19; Ap 9.20; 16.14. Ver ainda, no Antigo Testamento: 2 Cr 18.21; Is 8.19; Os 4.12; 5.4; Zc 13.2.
Diferenças entre demônios e anjos caídos. N. Laurence Olson discorre sobre uma das diferenças entre demônios e anjos decaídos:
... os primeiros são espíritos desencarnados, isto é, sem corpo; enquanto os outros [anjos] possuem um corpo espiritual (Lc 20.35,36). E evidente que os demônios não possuem corpos porque estão constantemente procurando entrar nos corpos dos homens afim de usá-los como se fossem seus (Mc 9.25; Mt 12.43-45). Em Mt 8.31 notamos que eles (os demônios) apossaram-se até dos corpos dos porcos.25
Os demônios estão sob a autoridade de Satanás (Mt 12.24b; Ef 6.12). Eles sabem quem é JESUS (Mc 1.24), conhecem o seu destino final (Mt 8.29), conhecem, a verdade fundamental do monoteísmo bíblico (Tg 2.19) e também possuem um sistema doutrinário atraente, permissivo, maligno, enganador (I Tm 4.1-2).
Os demônios são a força motriz promotora da idolatria; daí, adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios. “Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a DEUS. E não quero que sejais participantes com os demônios” (I Co 10.19,20).
Grande parte da atividade destruidora de Satanás é delegada a inumeráveis demônios. Eles podem habitar no corpo dos incrédulos (Mt 1.32,34,39; 3.11,15; 6.7.13; 16.17; Lc 4.41; 8.29,30). São capazes de falar através das vozes das pessoas que eles possuem (At 19.15; 16.17,18; Mc 1,26; At 8.1).
Nestes últimos tempos que precedem a volta de JESUS, os demônios desenvol­vem intensa atividade na propagação do ocultismo, da imoralidade, da violência e da crueldade. Eles atacarão de muitas maneiras, através de muitos métodos e meios, a Palavra de DEUS e a sã doutrina (Mt 7.22,23; 24.24; 2 Co 11.14,15; I Tm 4.1). Uma intensa e maior atividade dos demônios acontecerá nos dias do predomínio do Anticristo e seus seguidores (2 Ts 2.9-11; Ap 13.2-8; 16.13,14). Essa ação maligna e destruidora em todas as camadas, atividades e instituições da sociedade já ocorre encobertamente nos dias atuais. “Porque já o mistério da injustiça opera” (2 Ts 2.7).
DEUS revelou ao apóstolo João, conforme lemos em Apocalipse 9.1-3, o que acon­tecerá por ocasião da Grande Tabulação, quando for tocada a quinta trombeta:
E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como a fumaça de uma grande fornalha e, com a fumaça do poço, escureceu-se o sol e o ar. E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder como o poder que têm os escorpiões da terra.
Esses seres infernais podem ser uma espécie desconhecida de agentes de­moníacos sob Satanás para aqueles tempos de juízo divino sobre a humanidade impenitente, que recusando sempre o convite de DEUS para a salvação, encheu a medida de seus pecados (cf. I Ts 2.16; Gn 15.16; }o I2.39.4CT.
Orlando S. Bover chama a atenção para um detalhe, no mínimo curioso, ao lembrar que os gafanhotos (insetos) não têm rei (Pv 30.27), mas esses de Apo­calipse 9 “tinham sobre si rei” (v. II). São de Bover estas palavras:
O nosso Rei se ebama JESUS, isto é, Salvador. Mas o rei sobre esses demônios, na forma de gafanhotos, chama-se em hebreu Ahadom (“destruição” ' e em grego, Apoliom (“destruição”). Esse rei ficará obcecado com seu desejo de levar seus exércitos para destruírem o mundo.26
N. Lawrence Olson, por sua vez, acredita tratar-se de uma horda inumerável de demônios encarnados semelhantes a gafanhotos, infernais e aterradores. A Bíblia — a revelação divina — não desce a detalhes sobre esses seres misteriosos. Devemos silenciar onde a Bíblia assim o faz.
JESUS e os demônios. Em seu ministério terreno, JESUS sempre desfez e anulou o poder de Satanás e o demonismo, pois Ele veio ao mundo para desfazer as suas obras. “Quem comete pecado é do Diabo, porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o filho de DEUS se manifestou: para desfazer as obras do Diabo” (I Jo 3.8).
JESUS derrotou Satanás, no deserto, ao ser por ele tentado; também o venceu ao expulsar os demônios e, de modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31; 16. II; Cl 2.15; Hb 2.14). Ele aniquilou o domínio de Satanás.
Possessão demoníaca. Esse fato horroroso ocorre quando um ou mais demônios ocupam e habitam o corpo de uma pessoa, exercendo controle e influência diretos sobre ela, com prejuízo para suas funções mentais, emocionais, nervosas e físicas. Samuel Costa — psicólogo clínico e professor de teologia no Rio de Janeiro —, ao tratar do transtorno de transe e possessão demoníaca, de uma pessoa, afirma, referindo-se ao Código Internacional das Doenças (CID-IO), que há no endemoninhado uma perda temporária tanto do senso de identidade pessoal quanto da consciência plena do ambiente em que ela se encontra.
Segundo Costa, em alguns casos, a pessoa age como se fosse outra persona­lidade, espírito, divindade ou “força”. Tomando por base o espírito do homem, o autor afirma:
transe é o estado de mediunidade que algumas pessoas apresentam quando incorporam algum “espírito” ou “entidade”.
Sérglas, citado por Isaías Paim, discorre que “na clínica observa-se que a possessão é acompanhada do sentimento de desdobramento da personalidade e se manifesta em sua forma típica no delírio de possessão demoníaca. Nesses casos, o enfermo não só escuta a voz do demônio e sofre as suas injúrias, como o traz consigo; ele se tornou a sua morada, ê seu escravo e deve obedecer a sua vontade, executa os atos que ele determina; não tem domínio nem mesmo sobre os seus pensamentos. Somente o demônio fala, age, pensa, sem que o possuído possa se opor à sua poderosa influência ”.2
Costa presta uma grande contribuição para melhor compreensão do assunto de possessão demoníaca, ao fazer menção de trecho do livro Capelania Hospitalar Cristã, de autoria de Damy Ferreira e Liswaldo Mario Ziti, Capelães do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher na UNICAMP, quando os mesmos discorrem sobre algumas características de uma possessão demoníaca:
Quando o endemoninhado ouve na oração o nome de JESUS, geralmente ele fala; quando está incorporado na pessoa, fala usando a terceira pessoa. Ex.: incorporado numa mulher, o demônio pode dizer: “ela ê minha”. Ele nunca fala como se fosse a própria pessoa; o tom de voz é modificado. Não aparece a voz da pessoa; a pessoa adquire força excepcional; nenhum remédio, nem mesmo fortes injeções conseguem debelar o mal; geralmente, quando o Diabo saí, a pessoa não fica debilitada; tudo parece normal e ela nem fica sabendo o que aconteceu''
JESUS mostra em Lucas 13.11, que certas enfermidades são efeito direto da ação ou opressão de demônios. No caso da mulher paralítica, mencionada no texto de Lucas 13.10-16, que ocorreu dentro de uma sinagoga, o seu sofrimento provinha de um espírito, ou seja, de um emissário de Satanás.
As pessoas que se envolvem com espiritismo, magia, feitiçaria, estão lidando com espíritos malignos, ficando abertas à possessão demoníaca (At 13.6-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21). Os judeus estavam terminantemente proibidos por DEUS, sob pena de morte, de se comunicarem com os espíritos familiares (Lv 20.6,27; Dt 18.10,11; Is 8.19).
No caso do rei Saul e a feiticeira de En-Dor (I Sm 28.6-25), o que ocorreu na realidade foi uma sessão espírita na qual atuou um espírito demoníaco familiar, personificando e fingindo ser o profeta Samuel, o qual havia morrido cerca de dois anos antes. Quem falava não era Samuel, mas o demônio que conhecia Saul, como conhecera o próprio Samuel, bem como sua história anterior.
JESUS ensinou que é impossível aos mortos comunicarem-se com os vivos aqui nesta terra. Há um abismo intransponível entre as duas partes do Hades (Lc 16.26-31).
JESUS investiu seus discípulos de autoridade divina para a expulsão de todo tipo de demônio (Lc 9.1), mas os discípulos precisavam de fé em DEUS para terem êxito nesta missão (Mt 17.18-21; Mc 9.25-29). Oração e jejum dos discípulos podem ser também um requisito para a expulsão de demônios, como revela o último versículo das duas passagens supra mencionados.
Há casos em que há necessidade da fé de outras pessoas para que ocorra a libertação de alguém (Mc 9.23,24; cf. Mc 6.6,7).
JESUS faz um solene alerta àquelas pessoas antes possessas por espíritos ma­lignos e que receberam a libertação:
Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa, de onde saí. E, chegando, acha-a varrida e adornada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele; e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é  pior do que
o primeiro (Lc l 1.24-26 cf. Mt 12.43.45).
O fato de uma pessoa ter sido liberta pelo poder de DEUS, de espírito maligno, não a torna sempre imune aos ataques de Satanás. O espírito imundo (demônio) tendo sido expulso, fará tudo para retornar à mesma pessoa que antes ele possuía (Lc 11.24b,25), mas Ele não poderá retornar, se essa pessoa estiver integralmente ocupada pelo ESPÍRITO SANTO (I Co 6.19; 2 Co 6.16).
O crente e os demônios. Nenhum crente verdadeiro, em quem habita o ESPÍRITO SANTO, pode ficar endemoninhado. O ESPÍRITO e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (Jo 14.23; I Co 6.19; Tg 3.11,12).
As Sagradas Escrituras ensinam que um crente fiel, sendo templo de DEUS e do ESPÍRITO SANTO não pode ser habitado por demônios:
E que concórdia há entre CRISTO e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
E que consenso tem o templo de DEUS com os ídolos? Porque vós sois o templo do DEUS vivente, como DEUS disse: Neles habitarei e entre eles andarei; eu serei o seu DEUS, e eles serão o meu povo (2 Co 6.15,16).
O nosso ser inteiro, como diz a Escritura é templo do ESPÍRITO SANTO. Assim sendo, o templo do nosso ser não deve admitir ser habitado por admitir ídolos. “E que consenso tem o templo de DEUS com os ídolos? Porque vós sois o templo do DEUS vivente” (2 Co 6.16). Referimo-nos aqui aos ídolos no coração, dos quais falou o profeta Ezequiel (14.3-7) e também o apóstolo João (I Jo 5.20).
crente vivendo em comunhão com CRISTO, recebe dEle poder e autoridade sobre os espíritos malignos, mesmo os de maior poder do mal: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum”. (Lc 10.19).
Uma comparação desta passagem com a de Salmos 91.13 ensina-nos que palavras “serpentes” e “escorpiões” referem-se aos mais poderosos e perigosos poderes do mal. Tudo isso está sujeito à autoridade de um crente, desde que a sua espiritualidade seja genuína e sua vida esteja de acordo com a Palavra de DEUS.
Conclusão
Anjos de DEUS são “espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb I.14). Estão continuamente conosco, guardando-nos, encorajando-nos e ajudando-nos. Agradeçamos a DEUS pelo seu amor e solicitude, inclusive pelo no ministério dos seus anjos a nosso favor. “Se DEUS é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31, 37-39)
Ao estudarmos este assunto das Escrituras, podemos conhecer melhor nosso Inimigo, sabermos também dos recursos do arsenal de DEUS que estão a nossa disposição e que o DEUS forte fortalece o seu povo e os livra e os guarda das, e nas tribulações.
Não podemos suplantar as distorções sobre a Angelologia fugindo delas; a igreja deve conhecer a verdade bíblica sobre este assunto para explorar o real valor dos anjos de DEUS e sua missão entre nós. Infelizmente, a igreja não tem valorizado devidamente a Angelologia. É, pois, muito raro ouvirmos um sermão bíblico, não-especulativo, e sim, expositivo, sobre o assunto. E os bons livros auxiliares a respeito são poucos. Tudo isso dificulta o estudo e a devida compreensão do assunto.
 
 
Efésios - 6:10-20 - Principados e potestades - A Mensagem de Efésios - John Stott
Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. 
Paulo nos traz de volta para a terra e, assim, para realidades mais duras do que os sonhos. Recorda-nos da oposição. Por baixo das aparências na superfície, está sendo travada furiosamente uma batalha espiritual invisível. Ele apresenta-nos o diabo, (já mencionado em 2:2 e 4:27) e certos principados e potestades sob seu comando. Seu propósito não é satisfazer a nossa curiosidade mas, sim, advertir-nos quanto à hostilidade dessas forças e ensinar-nos a vencê-las. O plano de DEUS é criar uma nova sociedade? Elas, então, farão de tudo para destruí-la. DEUS, mediante JESUS CRISTO, quebrou as paredes que dividem os seres humanos de raças diferentes e de culturas diferentes, uns dos outros? Então, o diabo, através dos seus emissários, se esforçará para reedificá-las. DEUS pretende que o seu povo reconciliado e redimido viva junto em harmonia e em pureza? Então os poderes do inferno espalharão entre eles as sementes da discórdia e do pecado. É contra estes poderes que somos ordenados a guerrear, ou —para ser mais exato— lutar (v. 12). Esta metáfora não é necessariamente incompatível com a do soldado armado que Paulo passa a desenvolver, como se tivesse “trocado o cenário do campo de batalha para o ginásio”. Simplesmente quer enfatizar a realidade do nosso confronto com os poderes do mal, e a terrível realidade do combate corpo a corpo. A transição abrupta dos “lares pacíficos e dias de saúde” dos parágrafos anteriores para a malícia hedionda das tramas diabólicas deste parágrafo nos dá um susto doloroso que é, aliás, essencial. Todos nós gostaríamos de passar a nossa vida em tranquilidade imperturbável, com os nossos entes queridos em casa e na comunhão do povo de DEUS. O caminho do escapista, porém, foi eficazmente bloqueado. Os cristãos têm de enfrentar a perspectiva de um conflito com o inimigo de DEUS, que também lhes defronta como inimigo. Precisamos aceitar as implicações desta passagem final da carta de Paulo. “É uma chamada emocionante para a batalha... Não escutas o clarim e a trombeta?... Estamos sendo despertados, estamos sendo estimulados, estamos sendo colocados em nossos pés; somos ordenados a ser homens. O tom inteiro é marcial, é varonil,
é forte”. Além disso, não haverá qualquer cessação de hostilidades, nem sequer uma trégua ou cessar-fogo temporário, até o fim da vida, ou da História, quando a paz do céu será alcançada. Parece claro que Paulo subentende isto ao dizer: Quanto ao mais... Os melhores manuscritos têm uma expressão que deve ser traduzida não como introdução à conclusão mas, sim, “a partir de agora” no sentido de “durante o tempo que resta”. Se isto for correto, o apóstolo está indicando que todo o período interino entre as duas vindas do Senhor será caracterizado por conflitos. A paz que DEUS fez através da cruz de CRISTO deve ser experimentada somente em meio a uma luta sem tréguas contra o mal. E, para ela, a força do Senhor e a armadura de DEUS são indispensáveis.
 
1. O inimigo que enfrentamos (vs. 10- 12)
O conhecimento total do inimigo e um respeito sadio pelas suas proezas fazem um preliminar necessário para a vitória na batalha. Semelhantemente, se subestimarmos nosso inimigo espiritual, não veremos necessidade para a armadura de DEUS, sairemos despreparados para a batalha, sem armadura alguma senão o nosso frágil esforço, e seremos rapidamente
derrotados de modo vergonhoso. Deste modo, entre a chamada para buscarmos a força do Senhor e revestirmo-nos da armadura de DEUS, de um lado (vs. 10-11), e sua lista detalhada de nossas armas, do outro lado (vs. 13-20), Paulo nos dá uma
descrição completa e assustadora das forças organizadas contra nós (v.12). Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, escreve, e, sim, contra os principados e potestades. Noutras palavras, nossa luta não é contra seres humanos, mas contra inteligências cósmicas; nossos inimigos não são humanos, mas demoníacos. Os leitores asiáticos de Paulo estavam
bem familiarizados com este fato. Sem dúvida se lembravam — ou deviam ter ouvido contar o caso — do incidente dos exorcistas judeus em Éfeso que foram suficientemente atrevidos para procurarem expulsar os espíritos malignos em nome de JESUS sem eles mesmos conhecerem o JESUS cujo nome invocavam. Ao invés de conseguirem o que tentavam, foram
dominados pelo endemoninhado e fugiram em pânico, desnudos e feridos.
Este tipo de acontecimento pode ter sido comum. É possível, pois, que os convertidos de Paulo tenham sido anteriormente diletantes nas ciências ocultas, e depois tenham feito um fogaréu público dos seus valiosos livros de magia. Um desafio tão direto às forças do mal não deve ter passado sem resposta.
As forças em ordem de batalha contra nós têm três características principais.
Em primeiro lugar, são poderosas. Não sabemos se principados e potestades se referem a diferentes categorias na hierarquia do inferno, mas os dois títulos chamam a atenção ao poder e à autoridade que exercem. Também são chamados de os dominadores deste mundo tenebroso.
A palavra kosmokratores era usada na astrologia para os planetas que, segundo se pensava, controlavam o destino da humanidade; os hinos órficos para Zeus; nos escritos rabínicos para Nabucodonosor e outros monarcas pagãos; e em várias inscrições antigas, para o imperador romano. Todos estes usos exemplificam a noção de um domínio de alcance mundial.
Quando é aplicada aos poderes do mal, relembra a alegação do diabo de que podia dar a JESUS “todos os reinos do mundo”, relembra o título de “príncipe deste mundo” que JESUS lhe atribuiu, e ainda a declaração de João de que “o mundo inteiro jaz no maligno”. Estes textos não negam a conquista decisiva por nosso Senhor dos principados e potestades, mas, sim, indica que como usurpadores que são, não admitiram a derrota nem foram destruídos. Deste modo, continuam a exercer poder considerável.
Em segundo lugar, são malignos. O poder propriamente dito é neutro; pode ser bem usado ou não. Nossos inimigos espirituais, porém, empregam seu poder destrutivamente ao invés de construtivamente, para o mal e não para o bem. São os dominadores deste mundo tenebroso. Odeiam a luz, e se retraem diante dela. As trevas são sua habitação natural; as trevas da falsidade e do pecado. Também são descritos como sendo as forças espirituais do mal, que operam nas regiões celestes, ou seja, na esfera da realidade invisível. São “os agentes secretos do mal” (CIN). Assim, portanto, as trevas e o mal caracterizam suas ações, e “o aparecimento de CRISTO na terra foi o sinal para uma explosão sem precedentes da atividade do poder do domínio das trevas controlado por estes dominadores mundiais”. Se esperamos vencê-los, temos que ter em mente que não possuem qualquer princípio moral, nem código de honra, nem sentimentos mais nobres. Não reconhecem nenhuma Convenção de Genebra para restringir ou parcialmente civilizar as armas de sua guerra. São totalmente inescrupulosos, e implacáveis na procura de seus desígnios maldosos.
Em terceiro lugar, são astutos. Paulo escreve aqui das ciladas do diabo (v. 11), tendo declarado numa carta anterior que “bem sabemos o que está procurando fazer” (BV) ou “conhecemos bem os planos dele” (BLH).
Quando o diabo se transforma em anjo de luz, geralmente somos apanhados sem nada suspeitar. Isto porque raramente ele ataca desta forma, preferindo sempre as trevas à luz. É um lobo perigoso, mas também entra no rebanho de CRISTO disfarçado de ovelha. Por vezes ruge como leão, mas muito frequentemente é sutil como a serpente. Não devemos imaginar, portanto, que a perseguição aberta e a tentação declarada para pecarmos são as suas únicas armas, ou mesmo as mais comuns que ele tem. Ele prefere seduzir-nos para entrarmos num meio-termo, e assim lograrmos para nos levar ao erro. É significante que esta mesma palavra ciladas é traduzida pela ERAB em 4:14 como astúcia no caso dos falsos mestres com suas artimanhas. “Como na Guerra Santa de Bunyan”, escreve certo teólogo, o diabo desenvolve “um dupla política infernal”. Ou seja, “a tática de intimidação alterna-se com a da insinuação no plano de campanha de Satanás. Ele faz o papel do valentão bem como o do trapaceiro.
A força e a fraude constituem a sua ofensiva principal contra o arraial dos santos; ele reveza os dois métodos:
As ciladas do diabo tomam muitas formas, mas o seu maior êxito em astúcia é quando ele consegue persuadir as pessoas de que ele não existe. Negar a sua existência é expor-nos ainda às suas sutilezas. Certo teólogo expressa seu ponto de vista sobre esta questão nos seguintes termos: “Estou certo de que uma das principais causas das más condições da igreja de hoje é o fato de que o diabo está sendo esquecido. Tudo é atribuído a nós mesmos; todos nós temos chegado a ser por demais psicológicos em nossas atitudes e em nossos pensamentos. Ignoramos este grande fato objetivo, a existência do diabo, o adversário, o acusador, com seus dardos inflamados! Na caracterização que Paulo faz dos poderes das trevas, no entanto, estes são poderosos, malignos e astutos. Como poderemos resistir aos assaltos de tais inimigos? É impossível. Somos demasiadamente fracos e ingênuos. Muitos, porém — senão a grande maioria — dos nossos fracassos e das nossas derrotas são devidos à nossa insensata autoconfiança quando descremos ou nos esquecemos quão formidáveis são os nossos inimigos espirituais. Apenas o poder de DEUS pode defender-nos e livrar-nos da força, da maldade e da astúcia do diabo. É verdade que os principados e as potestades são fortes, mas o poder de DEUS é mais forte ainda. Foi o seu poder que ressuscitou JESUS CRISTO dentre os mortos e o entronizou nas regiões celestes, e que nos ressuscitou da morte no pecado e nos entronizou com
CRISTO. É verdade que é naqueles mesmos lugares celestes, naquele mesmo mundo invisível, que os principados e as potestades estão operando (v. 12). Foram, no entanto, derrotados na cruz e agora estão debaixo dos pés de CRISTO e dos nossos. Assim sendo, o mundo invisível em que eles nos atacam e nós nos defendemos é o próprio mundo em que CRISTO reina
sobre eles e nós reinamos com CRISTO. Quando Paulo nos conclama a fazer uso do poder, da força e da fortaleza do Senhor JESUS (v. 10), usa exatamente o mesmo trio de palavras que usou em 1:19 (dynamis, kratos e ischus) com relação à obra de DEUS em ressuscitar JESUS dentre os mortos.
Duas exortações ficam lado a lado. A primeira é geral: Sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder (v. 10). A segunda é mais específica: Revesti-vos de toda a armadura de DEUS, para poderes ficar firmes contra as ciladas do diabo (v. 11). Os dois mandamentos são exemplos destacados do ensino equilibrado das Escrituras. Alguns cristãos são tão autoconfiantes que imaginam que podem defender-se sozinhos sem a força e a armadura do Senhor. Outros estão tão desconfiados de si mesmo que imaginam que nada têm para contribuir para a vitória na guerra espiritual. Ambos os tipos estão enganados. Paulo expressa uma combinação apropriada de capacitação divina e cooperação humana. O poder realmente é do Senhor, e sem a força do seu poder falharemos e cairemos mas, mesmo assim, precisamos ser fortalecidos nele e na sua força. O verbo, pois, é um presente passivo que pode também ser traduzido “fortalecei-vos no Senhor” (BJ e ERC).
É a mesma construção de 2 Timóteo onde Paulo exorta Timóteo: “fortifica-te na graça que está em CRISTO JESUS”. Semelhantemente, a armadura é de DEUS e, sem ela, ficaremos fatalmente desprotegidos e expostos, mas de nossa parte há a necessidade de lançar mão dela e vesti-la. E realmente, devemos assim fazer, peça por peça, conforme o apóstolo passa a explicar nos versículos 13 a 17.
 
2. Os principados e as potestades
Até esta altura, tenho tomado por certo que Paulo, com “principados e potestades” referiu-se a inteligências demoníacas.
Paulo, com esta expressão, emprestada do pensamento apocalíptico judaico posterior, quis dizer “forças cósmicas sobrenaturais, uma vasta hierarquia de seres angelicais e demoníacos que habitavam as estrelas e... eram os árbitros do destino humano”, escravizando os homens “debaixo de um totalitarismo cósmico”.
“No decorrer dos séculos, os principados e as potências têm assumido muitos disfarces. Aterrorizantes e mortíferos são eles, às vezes se espalhando pela terra em algum despotismo gigantesco, às vezes estreitados a um único impulso na mente de um só indivíduo. A luta prossegue, no entanto. Para os crentes, há a certeza de um conflito até o fim. Há, porém, também a garantia da vitória!’
O crente com discernimento as vê em suas verdadeiras proporções como criaturas (seja o nacionalismo, o estado, o dinheiro, a convenção ou o militarismo) e evita que o mundo seja deificado. Mais positivamente, a igreja tanto anuncia às potestades mediante a qualidade e a unidade da sua vida “que o seu domínio ininterrupto chegou ao fim” quanto trava uma guerra defensiva contra elas a fim de “manter... sua sedução e sua escravização a uma boa distância”.
As potestades podem ser despojadas da sua influência tirânica e levadas à sua correta sujeição a DEUS somente na cruz!’
Paulo estava se referindo a “seres espirituais que presidem sobre todas as formas e estruturas de poder operantes na vida corpórea dos homens”. Na realidade, “os inimigos verdadeiros são as forças espirituais que ficam por detrás de todas as instituições de governo, e que controlam as vidas dos homens e das nações!’
“Paulo denota os seres angelicais ou demoníacos que residem nos céus”, embora haja uma “associação direta entre estes principados e potestades celestes com as estruturas e as instituições da vida na terra”.
Principados e potestades celestes se referem a seres sobrenaturais. Não devemos nos surpreender pelo fato de terem recebido os mesmos nomes e títulos dos governantes humanos, visto que “pensava-se que tinham uma organização política” e que são “governantes e funcionários do mundo dos espíritos”.
A interpretação natural de 1:20-21 não é que DEUS exaltou JESUS acima de todos os governantes e instituições terrestres, tornando-o “Rei dos reis e Senhor dos Senhores” (embora também isso seja verdade e este pensamento possa ser incluído), visto que o âmbito em que foi supremamente exaltado é, conforme foi expressamente dito, "nos lugares celestiais” à direita de DEUS.
A guerra espiritual do cristão “não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades”, o que significa: “não contra forças humanas, mas, sim, contra forças demoníacas”. As alusões aos “dominadores deste mundo tenebroso” e às “ forças espirituais do mal”, juntamente com a armadura e as armas necessárias para resistir-lhes, são muito mais apropriadas para poderes sobrenaturais, especialmente num contexto que duas vezes menciona o diabo (vs. 11 e 16), enquanto que, além disso, há o acréscimo de “nas regiões celestes”.
De fato, as seis etapas no drama dos principados e potestades — sua criação original, sua queda subsequente, sua conquista decisiva por CRISTO, o que aprenderem através da igreja, sua continuada hostilidade, e sua destruição final — todas parecem aplicar-se mais logicamente a seres sobrenaturais do que a estruturas, a instituições e a tradições.
Ninguém pode dizer que o JESUS retratado nos evangelhos não acreditava nos demônios e nos anjos. Isso poderia ter ocorrido, pois os saduceus não acreditavam. O exorcismo, no entanto, foi para CRISTO parte integrante do seu ministério de compaixão, e um dos sinais principais do reino. É registrado, também, que ele falava sem inibições acerca dos anjos. Se, pois, JESUS CRISTO nosso Senhor acreditava neles e falava deles, por que ficaremos nós envergonhados de neles crer? Os apóstolos receberam de JESUS esta crença. Bem à parte das referências aos principados e às potestades, há numerosas outras alusões aos anjos, feitas por Paulo, por Pedro e pelo autor de Hebreus.
CRISTO precisou conquistá-los; para a conquista deles (ver Ef 1:20-22; Cl 2:15; Rm 8:38 e 1 Pe3:22); para aprendizagem Deles (Ef 3:10); para sua hostilidade (Ef 6:12) e para sua destruição final (1 Co 15:24).
Os principados e potestades são seres sobrenaturais, pessoais, eles podem usar estruturas, tradições, instituições, etc., para o  mal. As potestades, pois, são malignas, destronizadas, e deve-se lutar contra elas.
 
3. A armadura de DEUS (vs. 13-20)
O propósito de vos revestirdes de toda a armadura de DEUS é para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo (v. 11), para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.
Estai, pois, firmes... Esta quádrupla ênfase dada à necessidade de “ficar firme” ou “resistir” demonstra que o apóstolo se preocupa com a estabilidade cristã. Cristãos instáveis que não têm os pés firmes em CRISTO são uma presa fácil para o diabo. E cristãos que tremem como taquaras e canas não podem resistir ao vento quando os principados e as potestades começam a soprar. Paulo deseja ver os cristãos tão fortes e estáveis que fiquem firmes até mesmo contra as ciladas do diabo (v. 11) e até mesmo no dia mau, ou seja: num tempo de pressão especial. Para tal estabilidade, tanto de caráter como na crise, a armadura de DEUS é essencial.
A expressão toda a armadura de DEUS traduz a palavra grega panoplia, que é “a armadura completa de um soldado pesadamente armado” (AG) embora “os aspecto divino, mais do que o caráter completo do equipamento, é que é enfatizado”. A lição é que este equipamento é “feito e fornecido“ por DEUS. No Antigo Testamento, é o próprio DEUS que é retratado como um guerreiro lutando para vindicar o seu povo: “Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça!’ Até hoje as armas e a armadura continuam sendo dele, mas agora as compartilha conosco. Temos de vestir a armadura, pegar em armas, e ir à guerra contra as potestades do mal.
Paulo alista em detalhes as seis peças principais do equipamento do soldado — o cinto (com a túnica), a couraça, as botas, o escudo, o capacete, e a espada e por fim a Oração.
 
 
 
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 13 - CPAD - 2º TRIMESTRE DE 2020
SÍNTESE DO TÓPICO I - A vitória contra o mal somente é possível por meio do fortalecimento do crente no poder do Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O crente precisa conhecer o seu campo de batalha espiritual para que possa guerrear contra o Inimigo e receber a vitória.
SÍNTESE DO TÓPICO III - As armas ao nosso dispor são indispensáveis para resistirmos aos ataques das trevas e permanecermos inabalável.
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
“A exortação apostólica: ‘fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder’ (Ef 6.10) diz que os crentes devem buscar essa força não neles mesmos, mas no Senhor JESUS; por essa razão, o apóstolo Paulo emprega o verbo grego na voz passiva, endynamosthe, ‘sede dotados de força em, sede fortalecidos’, do verbo endynamoo, ‘fortalecer em’. Esse poder não vem de nós mesmos, mas de uma força externa, do próprio DEUS, JESUS disse: ‘sem mim nada podereis fazer’ (Jo 15.5). A combinação pleonástica, ‘força do seu poder’, dá mais relevo ao pensamento, uma expressão que Paulo já havia usado na epístola (1.19). Ele está falando sobre força e poder no campo espiritual, não sobre força física (2 Co 10.4). O Senhor JESUS capacitou os cristãos, pelo ESPÍRITO SANTO, para vencer todo o mal e toda a tentação interna, os desejos da carne, e toda a tentação externa, tudo aquilo que vem diretamente do poder das trevas. Essa capacitação envolve o discernimento para compreender as astúcias malignas (2 Co 2.11) e também o poder sobre os demônios (Lc 10.17,19)” (SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. Batalha Espiritual: O Povo de DEUS e a Guerra Contra as Potestades do Mal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.29).
 
 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO TOP2
“O apóstolo Paulo emprega skotos para se referir ao reino satânico. Ele especifica os principais agentes no reino das trevas e conclui dizendo que eles formam ‘as hostes espirituais da maldade’ (Ef 6.12). Essa expressão refere-se aos ‘espíritos malignos’, um termo presente no pensamento judaico e também no Novo Testamento. Essas hostes são comandantes do exército de Satanás: principado, potestades e dominadores deste mundo tenebroso, contra quem temos de lutar fortalecidos no Senhor e na força do seu poder e revestidos da armadura completa de DEUS (Ef 6.10,11).
A expressão ‘lugares celestiais’ ou ‘regiões celestiais’ no presente contexto nos chama atenção, pois parece indicar o céu o lugar onde CRISTO habita, a morada dos crentes. No entanto, o apóstolo escreve: ‘contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais’, termo que aparece cinco vezes em Efésios e em nenhum outro lugar no Novo Testamento (1.3,20; 2.6; 3.10; 6.12). No mundo antigo, as pessoas acreditavam que o céu tinha diferentes níveis ocupados por uma diversidade de seres espirituais. No nível mais elevado, habitava DEUS com os seres mais puros. Ou seja, as ‘regiões celestiais’ podem significar onde DEUS está ou onde estão os poderes espirituais. O sentido dessas palavras depende do contexto onde elas aparecem” (SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. Batalha Espiritual: O Povo de DEUS e a Guerra Contra as Potestades do Mal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp. 33,34).
 
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO TOP3
Professor(a), reproduza no quadro o esquema abaixo. Leia o texto bíblico com os alunos e apresente as partes da armadura e sua função. Explique que a imagem que o apóstolo utiliza é a de uma vestimenta militar romana. Reforce o fato de que a armadura espiritual é indispensável ao crente na luta diária contra as muitas ciladas do Inimigo.
 
 
 
PARA REFLETIR - A respeito de “A Batalha Espiritual e as Armas do Crente”, responda:
O que a expressão “fortalecei-vos no Senhor” indica? A expressão na forma passiva “fortalecei-vos no Senhor” (6.10a) indica que não temos poder em nós mesmos.
O que significa a expressão “ciladas do diabo” (6.11)? A expressão “ciladas do diabo” (6.11) indica as “armadilhas” articuladas perversamente pelo reino das trevas.
Como Paulo identifica as forças do mal que marcham contra a Igreja? Paulo identifica as forças do mal que marcham contra a Igreja como “principados, potestades, príncipes das trevas deste século e hostes espirituais da maldade” (6.12).
O que traduz a expressão “toda a armadura”? A expressão “toda a armadura” traduz o termo grego panóplia que significa “a armadura completa de um soldado fortemente armado” (6.11,13).
Que tipo de arma é “a espada do ESPÍRITO”? “A espada do ESPÍRITO” (6.17), a única arma disponível tanto para a defesa quanto para o ataque.
 
 
SUGESTÃO DE LEITURA - Batalha Espiritual Coleção Apenas Entre Nós; Armagedom - A Batalha Final; Heróis da Fé.
 
 
Bibliologia
Comentário Bíblico: Efésios .../ Elienai Cabral - 3ª Ed. – Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de DEUS, 1999
ÉFESO EPÍSTOLA - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Manual de Duvidas - Bíblia TheWord
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1998
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
Dicionário Teológico - Pr. Claudionor Correia de Andrade - CPAD
Dicionário de JESUS e Evangelhos - Bíblia TheWord
FOULKES, Francis. Efésios Introdução e Comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 2014, p. 73.
BRAY, G. (Org.) Comentário Bíblico da Reforma: Gálatas e Efésios. São Paulo: Cultura Cristã, 2013, p. 325.
VAUX, R. De. Instituições de Israel no Antigo Testamento. São Paulo: Editora Teológica, 2003, p. 351.
STAMPS, Donald C. (Ed). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 1814.
CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, 3ª ed., p. 87.
ARRINGTON, French (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1.242.
WILLIAMS, D. J. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo: Atos. São Paulo: Vida, 1996, p. 75.
HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, vol. 9, p. 161.
RIBAS, Degmar (Trad.). Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. Rio: CPAD, 2009, vol. 2, p. 336, 337.
SOARES, Esequias (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de DEUS. Rio Janeiro: CPAD, 2017, p. 21, 25.
HAGNER, Donald. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo: Hebreus. São Paulo: Vida, 1997, p. 155.
Obra da Carne e o Fruto do Espirito - William Barclay
Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD
Teologia Sistemática de Charles Finney
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
Guia Básico de Interpretação da Bíblia - CPAD
http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Pequeno Atlas Bíblico - CPAD Hermenêutica Fácil e Descomplicada - CPAD
Revista Ensinador Cristão - CPAD.
Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD
Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida
Teologia Sistemática de Charles Finney
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Livro Batalha Espiritual - Livro de Apoio Adulto 1º Trimestre -  2019 - Pr. Esequias Soares 
 
 
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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS - 1º Trimestre de 2019 (como na revista)
 Título: Batalha Espiritual — O povo de DEUS e a guerra contra as potestades do mal
Comentarista: Esequias Soares
 
Lição 1: Batalha Espiritual — A realidade não pode ser subestimada
 
 
TEXTO ÁUREO
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).
 
VERDADE PRÁTICA
Batalha Espiritual é uma realidade bíblica que consiste na luta contínua da Igreja contra o reino das trevas.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lc 10.17-19
JESUS deu poder à sua Igreja para subjugar os demônios
Terça — At 13.9-11
A pregação do Evangelho é a declaração de guerra contra o reino das trevas
Quarta — At 16.16-18
Devemos nos precaver contra as manifestações malignas
Quinta — 2Co 10.4
As armas da nossa milícia são espirituais e poderosas em DEUS
Sexta — Ef 6.13
Podemos, com ajuda do Senhor, resistir ao mal e continuar firme
Sábado — Tg 4.7
Duas coisas importantes: submissão a DEUS e resistência ao Diabo
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Pedro 5.5-9.
5 — Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque DEUS resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
6 — Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de DEUS, para que, a seu tempo, vos exalte,
7 — lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
8 — Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
9 — ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.
 
HINOS SUGERIDOS - 28, 270 e 305 da Harpa Cristã.
 
OBJETIVO GERAL
Expor a realidade bíblica da Batalha Espiritual, identificando as crenças errôneas de uma pseudobatalha espiritual.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
 
I. Apresentar o conceito de Batalha Espiritual, ressaltando sua realidade bíblica e distorções;
II. Pontuar as principais “crenças” da pseudobatalha espiritual;
III. Desconstruir por meio da análise bíblica as “crenças” da pseudobatalha espiritual.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vamos iniciar mais um trimestre. Estudaremos a respeito da “Batalha Espiritual”. Por meio das Escrituras, veremos que o assunto não pode ser ignorado, pois há uma Batalha Espiritual real, mas também devemos ser cuidadosos quanto à superstição religiosa muito viva em nosso país. Precisamos de uma visão bíblica e equilibrada!
Ao introduzir a lição, apresente o comentarista deste trimestre. Trata-se do pastor Esequias Soares, líder da igreja evangélica Assembleia de DEUS em Jundiaí. Presidente da Comissão de Apologética da CGADB. É graduado em Hebraico pela Universidade de São Paulo. Mestre em Ciências da Religião. É também autor de diversos livros, dentre eles: Manual de Apologética Cristã, Heresias e Modismos e A Razão da Nossa Fé, todos publicados pela CPAD.
 
 
PONTO CENTRAL
A Batalha Espiritual consiste na luta contínua da Igreja contra o reino das trevas.
 
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
 A Batalha Espiritual é o tema do trimestre que estamos iniciando. Basta uma olhada na leitura diária para confirmar a menção do assunto nas Escrituras. Mas existe uma onda extravagante que surgiu na década de 1960 e que tenta se passar por batalha espiritual. A presente lição apresenta o equilíbrio doutrinário que servirá como ajuda para ninguém subestimar o assunto.
  
 
I. A BATALHA ESPIRITUAL
A autêntica batalha espiritual tem fundamentos bíblicos, mas nem tudo o que se diz ser batalha espiritual tem sustentação nas Escrituras.
1. Conceito de Batalha Espiritual. 
A Bíblia afirma “que todo o mundo está no maligno” (1Jo 5.19). Assim, existem seres malignos e espirituais que desde o princípio conspiram contra DEUS e contra a humanidade para a destruição e o caos no mundo. Primordialmente, os demônios existem; eles são reais e manifestam-se de várias maneiras, em princípio, nas pessoas possessas, e tais espíritos precisam ser expulsos. Por conseguinte, os cristãos se opõem a essas forças malignas pela pregação do evangelho, a oração e o poder da Palavra de DEUS. A essa oposição dos crentes denominamos “batalha espiritual”.
 
2. Uma realidade bíblica. 
O tema principal da Primeira Epístola do apóstolo Pedro é o sofrimento do crente por causa do nome de JESUS. Esse sofrimento resulta da nossa contínua luta espiritual contra o pecado e contra o indiferentismo religioso. Mas, ao encerrar a sua epístola, o apóstolo esclarece que tudo isso parte de Satanás e seus agentes: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (v.8).
 
3. O que não é Batalha Espiritual. 
O que geralmente se chama de “batalha espiritual” por alguns é um modelo não bíblico e nocivo à fé cristã. Os mentores dessa doutrina pinçam a Bíblia aqui e ali e adaptam as passagens selecionadas para ajustá-las às suas próprias experiências. Trata-se de uma cosmovisão abrangente de culturas antigas como a da Mesopotâmia e do Egito, influenciada pela magia e pelo ocultismo. Era na época um mundo cheio de forças ocultas em que os homens viviam procurando se proteger de deuses e demônios malévolos. É uma estrutura muito próxima do ocultismo contemporâneo com a doutrina dos espíritos territoriais, maldição hereditária ou de família com os rituais de libertação.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (I) -  Há fundamento bíblico para a verdadeira Batalha Espiritual, mas é preciso ter cautela com as superstições religiosas.
 
 
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
 Após introduzir a lição e “apresentar” o pastor Esequias Soares, mostre aos alunos os objetivos da presente lição. Diga a eles que, como introdução ao estudo deste trimestre, o objetivo da presente aula é conceituar a expressão “Batalha Espiritual”, pontuar as falsas crenças da “pseudobatalha espiritual” e desconstruí-las por meio das Escrituras Sagradas. A lição desta semana está estruturada nesse tripé.
 
CONHEÇA MAIS
 Sobre o Ocultismo
“Ocultismo é a crença nas forças ocultas e práticas adivinhatórias da magia, astrologia, alquimia, clarividência, tarô, búzios, quiromancia, necromancia, numerologia, reencarnação, ufologia, ioga, meditação transcendental, hipnose e outras ciências ocultas. Todas essas coisas são a marca registrada da Nova Era. A palavra vem do latim occultus , que significa ‘secreto, misterioso’. Foi Eliphas Lévi, na França, em 1856, que usou pela primeira vez a palavra ‘ocultismo’ e seus derivados com o sentido de esoterismo”. Leia mais em Manual de Apologética Cristã, CPAD, pp.364,365.
 
 
II. PRINCIPAIS CRENÇAS DA PSEUDOBATALHA ESPIRITUAL
 As inovações mais chocantes que se pregam por aí são o mapeamento espiritual, a maldição hereditária e a ideia de que um salvo pode ser possuído pelos demônios.
1. Mapeamento espiritual. 
A doutrina consiste na crença de que Satanás designou seus correligionários para cada país, região ou cidade. O evangelho só pode prosperar nesses lugares quando alguém, cheio do ESPÍRITO SANTO, expulsar esse espírito maligno. Em decorrência, surgiu a necessidade de uma geografia espiritual, o mapeamento espiritual. Os espíritos territoriais são identificados por nomes que eles mesmos teriam revelado, com as respectivas regiões que eles supostamente comandam. Essas pessoas acreditam que tudo isso se baseia na Bíblia (Dn 10.13,20; Mc 5.10).
 
2. A maldição hereditária. 
A doutrina resume-se nisso: se uma pessoa tem problemas com adultério, pornografia, divórcio, alcoolismo ou tendências suicidas é porque, no passado, alguém de sua família, não importa se avós, bisavós ou tataravós, teve esse problema. Desse modo, a pessoa afetada pela maldição hereditária deve, em primeiro lugar, descobrir em que geração seus ancestrais deram lugar ao Diabo. Uma vez descoberta a tal geração, pede-se perdão por ela, e, dessa forma, a maldição de família será desfeita. É uma espécie de perdão por procuração, muito parecido com o batismo pelos mortos praticado pelos mórmons. Os que defendem essa doutrina pinçam as Escrituras em busca de sustentação bíblica (Êx 20.5; Dt 5.9; Is 8.19).
 
3. “Crentes endemoninhados”. 
Esses pregadores ensinam que “o homem é um espírito que tem alma e habita num corpo” (Kenneth Hagin). Partindo desse falso conceito teológico, afirmam que o ESPÍRITO SANTO habita no espírito humano no processo de salvação; e que os espíritos imundos “estão relegados à alma e ao corpo do cristão”. Os promotores dessa doutrina costumam apelar para o estado psicológico de Saul depois que ele se afastou de DEUS (1Sm 16.14; 18.10; 19.9), o caso de Judas Iscariotes (Lc 22.3), além de Ananias e Safira (At 5.3).
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (II) - As principais “crenças” da pseudo-batalha espiritual são o Mapeamento Espiritual, a Maldição Hereditária e Possessão Demoníaca de Cristãos.
 
 
SUBSÍDIO APOLOGÉTICO
 “[Sobre o Mapeamento Espiritual] É verdade, ‘o príncipe do reino da Pérsia’ impediu, por três semanas, que o anjo (presumivelmente, Gabriel) viesse até Daniel (Dn 10.12,13). No entanto, Daniel estava aspirando à visão profética, e jamais pensou em ‘amarrar’ o ‘espírito territorial’ da Pérsia. Nem o anjo o instruiu para empreender tal ‘batalha’. Na verdade, em lugar algum da Bíblia sugere-se a ideia de que certos demônios tenham autoridade específica sobre certas cidades ou territórios e que devam ser ‘amarrados’. […] Paulo nunca tentou ‘amarrar espíritos territoriais’ para ensinar o evangelho ao mundo de sua época, portanto, por que deveríamos fazê-lo?” (HUNT, Dave. Em Defesa da Fé Cristã: Respostas a perguntas difíceis. RJ: CPAD, 2006, pp.223,224).
 
 
III. VAMOS À BÍBLIA 
Ninguém tem o direito de fazer o que quiser com a Bíblia. Vejamos, portanto, o que Bíblia ensina nas passagens reivindicadas pelos líderes defensores dessa inovação:
1. Sobre o mapeamento espiritual. 
As duas passagens de Daniel falam sobre o “príncipe do reino da Pérsia” (Dn 10.13) e o “príncipe da Grécia” (v.20). São citações fora de contexto, pois se trata de guerra angelical, e não há indícios da presença humana. O gadareno “rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província” (Mc 5.10) porque JESUS havia mandado os tais espíritos para o abismo: “E rogavam-lhe que não os mandasse para o abismo” (Lc 8.31). Essa é a razão de pedirem para ficar na região; não se refere, portanto, a espíritos territoriais. Assim, fica claro que se trata de uma doutrina baseada numa interpretação equivocada.
 
2. Sobre a maldição hereditária. 
No segundo mandamento do Decálogo, DEUS afirma visitar “a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Êx 20.5; Dt 5.9). Essas palavras não podem se aplicar à doutrina da maldição hereditária porque, quando alguém se converte a CRISTO, deixa de aborrecer a DEUS; logo, essa passagem bíblica não pode se aplicar aos crentes (Rm 5.8-10), pois estes se tornam nova criatura, “as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). O que eles fazem com a expressão “espíritos familiares” é uma fraude. O termo usado na Bíblia hebraica é ov , ou ovoth , plural, “médium, espírito, espírito de mortos, necromante e mágico” (Lv 19.31; 20.6). Isso está muito longe de serem espíritos que passam de pai para filhos.
 
3. Sobre a possibilidade de o cristão ser possesso. 
É bom lembrar que Saul já estava desviado nessa época (1Sm 15.23); além disso, a Bíblia não fala de demônio, mas que “o assombrava um espírito mau da parte do SENHOR” (1Sm 16.14). Quem foi que disse que Judas Iscariotes era crente? Foi JESUS quem disse: “Não vos escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo. E isso dizia ele de Judas Iscariotes” (Jo 6.70,71). E, quanto a Ananias e Safira, a Bíblia declara que eles mentiram ao ESPÍRITO SANTO, e não que ficaram possessos. O crente em JESUS tem a promessa de DEUS de que “o maligno não lhe toca” (1Jo 5.18).
 
4. O homem segundo a Bíblia. 
JESUS disse que “um espírito não tem carne nem ossos” (Lc 24.39). Se o espírito não tem carne nem ossos, logo se conclui que não é verdade que o homem seja um espírito. A Bíblia declara que DEUS formou “o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7). Isso mostra que o ser humano é uma combinação do pó da terra com o sopro de DEUS. O Senhor JESUS se fez homem, pois “o verbo se fez carne” (Jo 1.14).
 
SÍNTESE DO TÓPICO (III) - Não há base bíblica para sustentar o Mapeamento Espiritual, a Maldição Hereditária e a Possessão Demoníaca do Cristão.
  
SUBSÍDIO BÍBLICO
 “Entre estes dois momentos na narrativa está a estranha conversa entre JESUS e o endemoninhado, nos versículos 6 a 12. […] No versículo 10 (‘E rogava-lha muito que os não enviasse para fora daquela província’), então, de novo no versículo 12 (‘E todos aqueles demônios lhe rogaram dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles’). A imagem está densamente acondicionada, com referências repetidas à submissão e humilhação.
Entrosado com a imagem de mesura está o fato de quem o demônio tenta ameaçar e dominar JESUS, deixando escapar o nome e o título do Senhor (v.7) e afirmando ser chamado por ‘Legião’, […] porque somos muitos’ (v.9). Talvez mais distintivo seja o uso que o demônio faz da linguagem de libertação ao se dirigir a JESUS: ‘Conjuro-te por DEUS que não me atormente’ (v.7). Esta expressão é frase técnica usada por exorcistas no desempenho do exorcismo (e.g., At 19.13). Que estranho que tal linguagem fosse usada por um demônio! E que esquisito que JESUS concedesse o pedido do demônio, no versículo 13. Estas imagens são fundidas num tipo de quebra-cabeça narrativo: Há algo mais do que os olhos percebem, mas o quê?
Esse ‘algo mais’ é a batalha pela alma humana. Na luta entre o povo da cidade, o homem e o demônio, está claro quem até agora tem vencido. O poder selvagem do endemoninhado é compendiado nas correntes quebradas e neste animal humano que se esquiva da sociedade, dilacera a própria carne e à noite uiva de agonia num cemitério.
O ponto é que JESUS não vê um animal humano, mas um ser humano, que foi saqueado por este espírito maligno e violento” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. RJ: CPAD, 2003, pp.214,215).
 
CONCLUSÃO
 Há necessidade de equilíbrio para que os exageros dessas aberrações doutrinárias não levem o crente ao ceticismo, porque a batalha espiritual existe e ninguém deve subestimá-la. Os fatos estão registrados na Bíblia, e nenhum cristão ousa negar essa realidade. Por outro lado, os crentes devem ter maturidade suficiente para não entrar no fanatismo, mas discernir entre o que é verdadeiramente espiritual e o que é manipulação esotérica.
 
PARA REFLETIR
 A respeito de “Batalha Espiritual - A realidade não pode ser subestimada”, responda:
 Os cristãos se opõem às forças malignas; como denominamos essa oposição dos crentes?
A essa oposição dos crentes denominamos “Batalha Espiritual”.
 Em que se baseia a doutrina do mapeamento espiritual?
A doutrina consiste na crença de que Satanás designou seus correligionários para cada país, região ou cidade.
 Por que as palavras do segundo mandamento do Decálogo não se aplicam à doutrina da maldição hereditária?
Essas palavras não podem se aplicar à doutrina da maldição hereditária porque, quando alguém se converte a CRISTO, deixa de aborrecera DEUS.
 Qual a promessa do crente em JESUS que ele tem em DEUS?
O crente em JESUS tem a promessa de DEUS de que “o maligno não lhe toca” (1Jo 5.18). 
O que se conclui do fato de o espírito não ter carne nem ossos?
Se o espírito não tem carne nem ossos, logo se conclui que não é verdade que o homem seja um espírito.
 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 Batalha Espiritual — A Realidade não pode ser subestimada
 Prezado professor e prezada professora, neste trimestre trataremos sobre o tema “Batalha Espiritual”. Um assunto por alguns ignorado, mas por outros muito valorizados. É preciso equilíbrio com as coisas espirituais. Não podemos ignorar um assunto por causa dos devaneios de alguns, muito menos supervalorizá-lo em detrimento de doutrinas fundamentais das Escrituras ou que são até mais urgentes.
 
Do conceito de Batalha Espiritual
A aula desta semana tem como um dos objetivos conceituar com clareza a expressão Batalha Espiritual. O que é uma batalha espiritual? É uma realidade bíblica? O que não é batalha espiritual? Note que essas perguntas norteiam o primeiro tópico. Respondendo-as, o professor, a professora, estabelecerá o conceito de Batalha Espiritual com a classe. Parta do princípio conceituai apresentado na lição: “Batalha Espiritual é a oposição dos crentes às forças malignas pela pregação do evangelho”.
 
Das crenças propaladas pelo ativismo da Batalha Espiritual
Após expor o conceito, o próximo passo é descrever as principais crenças do movimento de batalha espiritual. “Mapeamento espiritual”, “maldição hereditária”, “crentes endemoninhados”. Há espíritos responsáveis por determinados territórios? É possível maldições ancestrais atuarem na geração atual? Pode um crente ser possesso por demônios? Perceba que, em maior ou menor grau, a maioria dos crentes teve contato com pelo menos um aspecto dessas crenças. Explicá-las é o objetivo do tópico segundo.
 
O que a Bíblia diz sobre as crenças da Batalha Espiritual?
A partir da explicação dos textos de Daniel 10.13, Marcos 5.10 e Lucas 8.31, é possível mostrar que em nenhum momento eles defendem a ideia de espíritos territoriais. Por isso, estude os textos com base em bons comentários bíblicos a fim de esclarecê-los para a classe.
Além de fazer o mesmo exercício com os textos de Êxodo 20.5 e Deuteronômio 5.9, visite o tema na “Teologia Sistemática — Uma Perspectiva Pentecostal” (CPAD). Veja o tópico “Obra Expiatória de CRISTO”. Aqui, o professor e a professora verão que a obra da cruz tem efeito remidor em toda a realidade espiritual do pecador. Como desdobramento da doutrina da Expiação de CRISTO, o professor estará apto a afirmar aos alunos: “O que de DEUS é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (1Jo 5.18).
 
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Lição 6, CPAD, As nossas armas espirituais NA ÍNTEGRA
 
Escrita Lição 6, CPAD, As nossas armas espirituais, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva
 
 
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 2º Trimestre de 2024
 Título: A carreira que nos está proposta — O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu
Comentarista: Osiel Gomes
 
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
I. AS ARMAS DO CRENTE
1. As armas. 
2. As estratégias do Inimigo. 
3. O chefe de toda força do mal. 
II. AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO
1. A Palavra de DEUS. 
2. A oração. 
3. O jejum. 
III. JESUS CRISTO: O NOSSO MAIOR MODELO
1. Vencendo o Diabo com a Palavra. 
2. Vivendo em oração. 
3. Vivendo em jejum. 
 
 
TEXTO ÁUREO
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em DEUS, para destruição das fortalezas.” (2Co 10.4).
 
VERDADE PRÁTICA
Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais a nossa disposição: a Palavra de DEUS, a oração e o jejum.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ef 6.1,2
As armas do crente são espirituais e devem ser usadas na jornada
Terça — 1Pe 5.8
O Inimigo apresenta diversas estratégias contra nós
Quarta — Mt 4.4; 1Pe 2.2
A Palavra de DEUS, uma poderosa arma espiritual
 Quinta — Sl 55.17; Ef 6.18
A oração, uma arma espiritual indispensável
Sexta — Mt 4.1-4; At 13.2,3
O jejum, um instrumento espiritual indispensável na caminhada
Sábado — 2Tm 3.16; Jo 17.9,20-22; At 14.23
Estudando a Palavra, orando e jejuando
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 4.1-4,16-20.
 1 — E JESUS, cheio do ESPÍRITO SANTO, voltou do Jordão e foi levado pelo ESPÍRITO ao deserto.
2 — E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.
3 — E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de DEUS, dize a esta pedra que se transforme em pão.
4 — E JESUS lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de DEUS.
16 — E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.
17 — E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
18 — O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
19 — a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
20 — E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
 
 
HINOS SUGERIDOS -  212, 225 e 305 da Harpa Cristã.
 
 
PLANO DE AULA
 1. INTRODUÇÃO
 Travamos uma grande Batalha Espiritual. Essa batalha não é contra pessoas, mas contra principados e potestades no mundo espiritual. Por isso, nossas armas não podem ser humanas nem carnais. Na Batalha Espiritual lutamos com armas espirituais. Por isso, nesta lição estudaremos sobre a realidade dessa batalha, mostraremos a três grandes armas espirituais que o crente tem a sua disposição e o maior modelo que temos em JESUS no uso dessas “armas celestiais”.
 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
 A) Objetivos da Lição: I) Enfatizar o sentido que as armas do crente recebem nas Escrituras; II) Esclarecer a respeito das três principais armas espirituais do crente; III) Mostrar JESUS CRISTO como o nosso maior modelo de quem usou as armas espirituais.
B) Motivação: A Batalha Espiritual é real. Por isso, para lutarmos essa batalha, devemos usar as armas espirituais. Nesse caso, o crente em JESUS vence as suas lutas com o uso da Palavra de DEUS, do Jejum e da Oração. Essas são as armas legítimas de todo salvo em CRISTO. Que armas você tem usado na Batalha Espiritual?
C) Sugestão de Método: Inicie a exposição do segundo tópico, dizendo à classe que na história do Cristianismo três disciplinas sempre estiveram em destaque: a meditação na Palavra de DEUS, a prática da oração e a prática do jejum. Essas disciplinas sempre acompanharam o ministério pastores, evangelistas e avivalistas ao longo do tempo. Por isso, peça aos alunos que digam o que eles pensam a respeito do valor dessas disciplinas para as suas vidas. Dê um tempo para eles se expressarem e os ouça com atenção. Em seguida, enfatize que essas disciplinas espirituais estão presentes como prática na Bíblia e confirmadas ao longo da história. Assim, informe que o propósito de estudarmos sobre elas é para que essas disciplinas estejam presentes em nossa vida como estavam no ministério de JESUS, da Igreja Primitiva e dos grandes líderes de nossa história.
 3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Conclua a lição desta semana, afirmando que precisamos meditar na Palavra de DEUS, jejuar e orar. Por meio dessas disciplinas espirituais temos experiências gloriosas com DEUS. Assim, nossa vida com CRISTO nunca mais é a mesma.
 4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
 A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Contra as astutas ciladas do Diabo”, localizado depois do primeiro tópico, destaca a batalha espiritual do crente para aprofundar o tópico; 2) O texto “Jejuando quarenta dias”, ao final do segundo tópico, expande a reflexão a respeito da prática piedosa do Senhor JESUS.
 
Palavra-Chave: ARMAS
 
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
 Na lição anterior, estudamos a respeito de três opositores que se mostram como obstáculos de nossa jornada: o Diabo, a Carne e o Mundo. Nesta lição, enfatizaremos três armas, isto é, recursos espirituais em que todo crente precisa lançar mão diante dos obstáculos da jornada: a Palavra de DEUS, a oração e o jejum. Desde o início de nosso andar com CRISTO, estamos diante de uma batalha espiritual que só terá fim com o Arrebatamento da Igreja para o céu.
 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS
 Na lição anterior, estudamos que há uma batalha que ocorre no mundo espiritual com efeitos significativos na esfera material. Nesse contexto, enfrentamos inimigos ardilosos que têm a pretensão de nos derrotar e impedir que sejamos instrumentos de DEUS para alcançar outras pessoas que carecem da salvação. Os ataques do inimigo ocorrem em várias frentes de batalha nas diversas áreas da vida do crente. São investidas na vida espiritual, para tornar o crente morno espiritualmente; no psicológico, com o fim de fazê-lo desanimar da fé; nas relações sociais, promovendo cisões e contendas entre os crentes; e no conhecimento bíblico, por meio de falsos ensinamentos que tentam corromper a interpretação da Palavra de DEUS ou mesmo descredibilizá-la como Escritura inspirada. Diante de tais ofensivas, cabe aos crentes apropriarem-se das armas espirituais que o Senhor coloca à disposição deles, a saber: a armadura espiritual que é composta por várias peças de defesa e uma de ataque (Ef 6.10-18), bem como o jejum, a oração e o conhecimento das Escrituras.
O apóstolo Paulo destaca que as nossas armas são espirituais e poderosas em DEUS para destruição das fortalezas (2Co 10.4). A despeito de seu ministério, o Comentário Bíblico Beacon (CPAD) discorre que “Paulo não conduz o seu ministério com armas semelhantes àquelas que são utilizadas pelo mundo: ‘inteligência ou engenhosidade humana, habilidade organizacional, crítica eloquente ou confiança na sedução ou na força da personalidade’. Quando se confia nestas armas, elas se tornam carnais (corporais) ou pecaminosas no contexto do ministério. Elas não têm o poder ‘de destruir’ as fortalezas do inimigo nos corações dos homens. O inimigo não pode ser derrotado em seu próprio nível de guerra. As armas de Paulo (hopla, cf. Rm 13.12, ‘as armas [hopla] da luz’) são poderosas em DEUS; elas são ‘divinamente poderosas’. Ele está armado com um tremendo ‘senso daquilo que o Evangelho é — a imensidão da graça nele contida, o terror do julgamento; e foi isto que lhe deu o poder e o levantou acima das artimanhas, da sabedoria e da timidez da carne’” (volume 8, 2006, p.459).
Nesse sentido, o apóstolo Paulo deixa claro que a batalha que travamos não tem a mínima possibilidade de ser vencida com a lógica da esfera terrena. Antes, somente com a capacitação do ESPÍRITO, coadunada com a disposição do crente de fazer uso das armas espirituais (a oração, o jejum, a Palavra de DEUS e a sabedoria divina revelada ao coração de Seus servos a partir da devoção e da obediência), é que se pode constatar avanços significativos e vitória sobre as forças do mal.
 
 
 
I. AS ARMAS DO CRENTE
1. As armas. 
De modo geral, podemos classificar as armas como instrumentos de ataque e de defesa. Nas Escrituras, os principais instrumentos de ataque são: espada (1Sm 17.45), vara (Sl 23.4), funda (1Sm 17.40), arco e flecha (2Rs 13.15), lança (Js 8.18) e dardo (2Sm 18.14). Os de defesa são: escudo (Ef 6.16), capacete (1Sm 17.5), couraça (1Sm 17.5) e caneleiras (1Sm 17.6). Essas armas eram usadas pelos exércitos antigos, bem como pelo exército de Israel, com a diferença de que este era instado a colocar a sua confiança no Senhor (Sl 20.7). Entretanto, para os cristãos, “armas” aqui tem um sentido metafórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.
 
2. As estratégias do Inimigo. 
Não podemos desprezar o conhecimento a respeito da força do Inimigo de nossas almas. O Novo Testamento revela o que o Diabo é capaz de fazer para ludibriar as pessoas: arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19), buscar altas posições com mentiras (At 5.3), usar pessoas para trair (Lc 22.3,4), escravizar (2Tm 2.26), enfraquecer a fé do crente (Lc 22.32) e enganar com doutrinas demoníacas (1Tm 4.1). Não por acaso, o apóstolo Pedro nos alertou a respeito da sagacidade do Inimigo: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pe 5.8).
 
3. O chefe de toda força do mal. 
O apóstolo Paulo escreve claramente que o Diabo é o chefe de todos os poderes das trevas que batalham contra nós (Ef 6.11; Rm 13.12). Até mesmo o apóstolo dos gentios foi por vezes impedido pelo Inimigo por meio de instrumentos humanos (1Ts 2.18). Essa é uma das razões que o apóstolo cunha Satanás como o “príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2). Destacando ainda sua força e autoridade na hierarquia do mal, o Diabo é denominado de “o deus deste século” (2Co 4.4). Portanto, não podemos ignorar que o Inimigo tem um reino organizado com seus servos, emissários, principados e potestades (Lc 11.17-22).
 
 
SINOPSE I
As armas do crente devem ser usadas contra as estratégias do Inimigo, o chefe de toda força do mal.
 
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
 “[Efésios] 6.11 - Contra as astutas ciladas do Diabo. Os cristãos estão envolvidos em um conflito espiritual com o maligno. Este conflito é descrito como uma guerra de fé (2Co 10.4; 1Tm 1.18-19; 6.12) que continua até que eles passam da vida presente e entram na vida porvir (2Tm 4.7-8; veja Gl 5.17). Satanás é um mestre estrategista que visa nos ferir e destruir por meio de suas várias ciladas. Instigar a divisão da igreja e a descrença nas promessas de DEUS está entre ‘as ciladas do diabo’. As estratégias de Satanás incluem o desânimo, a tentação, a falta de perdão, o medo, a acusação, a atitude de agradarmos os nossos desejos pecaminosos (especialmente em relação às coisas que repetidamente tiram o melhor de nós), preguiça espiritual e assim por diante. Ele fará o que for preciso para seduzir os crentes a comprometerem a sua consciência e distraí-los da devoção a JESUS. Paulo instrui os seguidores de CRISTO a permanecerem firmes em sua posição contra as ciladas do diabo” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.2191,2192).
 
 
II. AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO
1. A Palavra de DEUS. 
O Senhor JESUS disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de DEUS (Mt 4.4). Dessa maneira, o apóstolo Pedro aconselha que “desejemos afetuosamente” o “leite racional” para o desenvolvimento da nossa salvação, isto é, o estudo perseverante da Palavra de DEUS para o nosso crescimento espiritual (1Pe 2.2). Uma vez nutrido e solidificado com a Palavra, estamos firmados em DEUS para resistir às influências malignas, às armadilhas de Satanás e demais estratégias (Mt 7.24,25). Logo, quem se rende à Palavra de DEUS experimenta a influência frutífera da verdade divina (Jo 17.17).
 
2. A oração. 
Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17). Prestemos atenção para a seguinte declaração: “orando em todo tempo com toda oração e súplica no ESPÍRITO” (Ef 6.18). Note que o apóstolo Paulo não insere a oração como uma peça da armadura, pois na verdade, é como se ela trouxesse um ajuste ou alinhamento para a armadura toda. Nesse aspecto, essa imagem traz uma ideia de que a oração fortalece todas as esferas da nossa vida.
 
3. O jejum. 
Aliado à Palavra de DEUS e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o jejum é uma prática presente. Esse ato é usado no contexto de busca de uma orientação divina (Êx 34.28; Dt 9.9; 2Sm 12.16-23). No Novo Testamento, o Senhor JESUS jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39). A Igreja Primitiva observava a prática do jejum, buscando orientação divina para o envio de obreiros (At 13.2,3; 14.23). O apóstolo Paulo também jejuava por ocasião de seu ministério (2Co 6.5; 11.27). Logo, o jejum tem um valor glorioso para a vida do crente, pois é um ato que nos auxilia a ter mais intimidade com DEUS.
 
 
SINOPSE II
As três armas espirituais que o cristão tem a sua disposição são a Palavra de DEUS, o jejum e a oração.
 
 
III. JESUS CRISTO: O NOSSO MAIOR MODELO
1. Vencendo o Diabo com a Palavra. 
Há dois episódios importantes que relatam o destaque especial que o Senhor JESUS deu à Palavra em Lucas 4. O primeiro enfatiza que o Senhor JESUS venceu o Tentador com a Palavra de DEUS (Lc 4.4; cf. Dt 8.3). No segundo, Ele leu uma passagem do profeta Isaías na sinagoga em Nazaré e tomou para si o cumprimento do texto lido (Lc 4.16-20; cf. Is 61.1,2). Nosso Senhor deixou claro nesses episódios que os princípios da Palavra de DEUS devem estar presentes em nossa vida na batalha contra o Maligno. Por isso, nessa contenda, o apóstolo Paulo aconselha-nos a tomar a espada do ESPÍRITO, ou seja, a Palavra de DEUS, a única arma de ataque na armadura do crente (Ef 6.17), uma arma poderosa e eficaz que provém do ESPÍRITO SANTO de DEUS (2Tm 3.16).
 
2. Vivendo em oração. 
O evangelista Lucas mostra que JESUS se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28). Ele orava pelos apóstolos e pela Igreja (Jo 17.9,20-22), pelos seus algozes (Lc 23.34), por Simão (Lc 22.31,32), pelos que se encontravam junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42). Ele sabia bem do valor da oração e, por isso, gastava muito tempo falando com DEUS. Nesse sentido, nosso Senhor conta conosco para que nos dediquemos à prática da oração, selecionando um local reservado, horário e prioridade para buscar a DEUS em súplicas (Mt 6.6).
 
3. Vivendo em jejum. 
Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor JESUS jejuava (Lc 4.2). Ora, Ele também espera que o imitemos, jejuando. Infelizmente, há quem ensine que não precisamos jejuar. Exceto os que têm problemas de saúde, por isso é muito importante estarmos sob orientação médica, todo seguidor de CRISTO é estimulado pela Bíblia a jejuar. Ademais, quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com DEUS e nos tornamos mais sensíveis à sua voz, conforme acontecia com a liderança e os membros da igreja antiga que jejuavam como o Senhor JESUS (At 9.9; 13.2,3).
 
SINOPSE III
JESUS CRISTO é o nosso maior modelo de quem usou estas três armas espirituais: a Palavra de DEUS, o Jejum e a Oração.
 
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
 “Jejuando quarenta dias - Depois de jejuar (isto é, passar um período sem comida a fim de dar maior atenção aos assuntos espirituais) ‘quarenta dias e quarenta noites’, JESUS ‘teve fome’, de forma que a primeira tentação da parte de Satanás foi simplesmente comer. Isso parece indicar que CRISTO se absteve de comida, mas não de água (veja Lc 4.2). Abster-se de água por quarenta dias teria exigido um milagre. Visto que a fome é um dos impulsos humanos mais básicos e intensos, esta foi certamente uma legítima tentação à qual deve ter sido muito difícil resistir. No entanto, a fim de se relacionar com as nossas lutas humanas (cf. Hb 2.17; 4.15) e para vencer a tentação da mesma maneira que devemos, JESUS teve que confiar no mesmo poder que está disponível a qualquer cristão cheio do ESPÍRITO […]. Durante o jejum de quarenta dias, é razoável presumir que JESUS estivesse se fortalecendo e se preparando através da oração e da meditação na Palavra de DEUS para a obra que o Pai o enviou para fazer” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1607).
 
CONCLUSÃO
O nosso Inimigo é ardiloso e perverso. Por isso, não podemos ignorar suas estratégias. Contra ele, lutaremos com armas espirituais: Palavra, Oração e Jejum. Essas armas promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo de nossa jornada espiritual. Assim, segundo o modelo de vida do nosso Senhor JESUS, que fez uso dessas armas, podemos vencer as estratégias do Maligno.
 
 
REVISANDO O CONTEÚDO
1. De acordo com a lição, qual é o sentido que devemos considerar a palavra “arma”?
O sentido metafórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.
2. Cite ao menos três estratégias do Inimigo para ludibriar as pessoas.
Arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19); buscar altas posições com mentiras (At 5.3); usar pessoas para trair (Lc 22.3,4).
3. Cite as três armas espirituais do crente.
Palavra de DEUS, o jejum e a oração.
4. O que acontece quando aliamos estudo da Palavra, oração e jejum?
Quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com DEUS e nos tornamos mais sensíveis à sua voz.
5. O que a Palavra de DEUS, o jejum e a oração promovem em nossa jornada espiritual?
A Palavra de DEUS, a oração e o jejum promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo de nossa jornada espiritual.