Escrita Lição 12, CPAD, A Igreja Tem Uma Natureza Organizacional, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 12, CPAD, A Igreja Tem Uma Natureza Organizacional, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

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Video https://youtu.be/YWWny4pSU0U?si=Cf_fgQW1VVRTFpzz

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/03/escrita-licao-12-cpad-igreja-tem-uma.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/03/slides-licao-12-cpad-igreja-tem-uma.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-12-cpad-a-igreja-natureza-organizacional-pptx/276359293

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 12, CPAD, 1TR25

I – TITO E AS IGREJAS NA ILHA DE CRETA

1. Tito (v.4)  

2. O pastor de Creta (v. 5)

3. Creta

II – A INSTITUCIONALIDADE BÍBLICA DA IGREJA

1. A instrução paulina 

2. Igreja como instituição

3. Organização

III – A QUESTÃO ATUAL

1. Organismo e organização  

2. A experiência pentecostal   

3. É necessário organizar  

 

 

TEXTO ÁUREO

“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei.” (Tt 1.5)

 

VERDADE PRÁTICA

A Igreja é um organismo vivo de natureza espiritual e, ao mesmo tempo, uma organização.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 14.23 Uma reunião de ministério para consagração de presbíteros

Terça - At 15.6 O primeiro concílio para tratar de assuntos doutrinários

Quarta - Rm 15.25-27 O apóstolo Paulo se envolvia em campanhas pela ação social

Quinta - 1 Co 5.2-5 "Comissão de Ética" na igreja de Corinto

Sexta - 1 Co 16.1,2 "Tesouraria" para cuidar das finanças

Sábado - Rm 16.1,2 Carta de recomendação e a "secretaria" da igreja

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tito 1.1-9

1 - Paulo, servo de DEUS e apóstolo de JESUS CRISTO, segundo a fé dos eleitos de DEUS e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade,

2 - em esperança da vida eterna, a qual DEUS, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos,

3 - mas, a seu tempo, manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de DEUS, nosso Salvador,

4 - a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de DEUS Pai e da do Senhor JESUS CRISTO, nosso Salvador.

5 - Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei:

6 - aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.

7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;

8 - mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,

9 - retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.

 

Hinos Sugeridos: : 53, 247, 482 da Harpa Cristã

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS LIÇÃO 12, CPAD, 1Tr25

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A Igreja visível tem uma natureza organizacional. Ela é considerada uma organização religiosa e um organismo vivo. 

Organização religiosa 

·        As igrejas são pessoas jurídicas de direito privado

·        São obrigadas a se registrar no Cartório de Pessoa Jurídica

·        Podem ser organizadas de acordo com os seus próprios direitos e preceitos

·        São classificadas como organizações religiosas

Organismo vivo 

·        A Igreja é o Corpo de CRISTO

·        Todo organismo precisa de organização, mesmo as estruturas mais simples

·        A Igreja é um organismo vivo de natureza espiritual

Organização da Igreja Primitiva 

·        A Igreja Primitiva seguia a liderança centralizada dos apóstolos

·        Os apóstolos doutrinavam a igreja, cuidavam da parte administrativa e instituíam lideranças locais

·        Os apóstolos reuniam-se em Concílio

A palavra "igreja"

·        A palavra "igreja" pode ser usada para falar de todos aqueles que servem ao Senhor, não importa onde estejam 

·        Pode designar de forma geral a "igreja universal" composta por todos os cristãos de todos os tempos e lugares 

 

A Igreja de CRISTO tem uma natureza orgânica e organizacional, sendo descrita como um organismo vivo e uma organização. 

Natureza orgânica 

·        A Igreja é um organismo vivo, como um corpo, com membros diversos e unidos entre si.

·        A Igreja é o corpo de CRISTO, com CRISTO como a cabeça.

·        A Igreja funciona pela harmonia de seus membros, assim como um corpo.

·        Os membros não existem independentemente um dos outros.

Natureza organizacional

·        A Igreja é organizada em congregações locais. 

·        A Igreja é uma comunidade internacional, uma congregação supranacional de estrangeiros e peregrinos. 

·        A Igreja precisa de uma estrutura organizacional para cumprir a sua agenda missionária, evangelizadora, ensino da Palavra e serviço social. 

A Bíblia apresenta a Igreja como Corpo Espiritual do Senhor JESUS CRISTO, um Organismo Vivo com Suas reuniões com Base na Palavra, e Suas Ordenanças

 

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Lição 11: A organização de uma Igreja local

Lições Bíblicas CPAD – Adultos - 3º Trimestre de 2015

Título: A Igreja e o seu Testemunho — As ordenanças de CRISTO nas cartas pastorais

Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima - Data: 13 de Setembro de 2015

 

TEXTO ÁUREO

“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei” (Tt 1.5).

 

VERDADE PRÁTICA

A igreja local deve subordinar-se à orientação de DEUS, através de sua Palavra, que é o “Manual de Administração Eclesiástica” por excelência.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda — At 18.11 Um ano e meio ensinando a poderosa Palavra de DEUS

Terça — At 18.23 Indo de um lugar para o outro animando os irmãos  

Quarta — Ef 5.19 Animando os irmãos com salmos, hinos e canções espirituais

Quinta — Mt 28.19,20 A ordenança do Senhor JESUS para que a Igreja ensine a todos

Sexta — 1Co 4.1,2 A fidelidade dos servidores de CRISTO JESUS

Sábado — Rm 16.5; 1Co 16.19 Saudação aos crentes que se reuniam nas casas dos irmãos

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tito 1.4-14.

4 — a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de DEUS Pai e da do Senhor JESUS CRISTO, nosso Salvador.

5 — Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei:

6 — aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.

7 — Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;

8 — mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,

9 — retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.

10 — Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão,

11 — aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância.

12 — Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos.

13 — Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé,

14 — não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.

 

HINOS SUGERIDOS - 53, 442 e 448 da Harpa Cristã

 

OBJETIVO GERAL - Apresentar os requisitos bíblicos para formar um ministro do Evangelho.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Explicar o panorama da epístola a Tito.

II. Conscientizar sobre as qualificações dos pastores segundo a epístola.

III. Destacar a percepção de pureza que a epístola apresenta.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Caro professor, é importante que você compreenda e ressalte para os alunos o objetivo da epístola de Tito: Aconselhar o jovem pastor sobre a tarefa de “pôr em ordem” o que Paulo havia deixado inacabado nas igrejas de Creta. Outro ponto importante é saber que essa epístola tem algumas características especiais: (1) Ela possui dois resumos sobre a natureza da salvação em JESUS CRISTO (2.11-14; 3.4-7); (2) A igreja e o ministério de Tito deveriam estar edificados sobre firmes alicerces espirituais e éticos (2.11-15); (3) Contém uma das duas listas do Novo Testamento sobre as qualificações necessárias ao ministério de uma igreja (1.5-9; cf. 1Tm 3.1-13). Além dessas informações, para aprofundá-las, pesquise em bons comentários bíblicos sobre o panorama dessa epístola.

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

Estudo da Epístola de Tito. Timóteo recebeu a incumbência de exortar uma igreja que estava sofrendo com os ataques dos falsos mestres. A missão de Tito era semelhante a de Timóteo, mas com um encargo a mais, que foi o de estabelecer presbíteros, “em cada cidade”, pondo “em ordem” a Igreja. Paulo mostra, na Carta a Tito, que não era apenas pregador, ensinador e “doutor dos gentios”, mas também um administrador eclesiástico.

 PONTO CENTRAL - A epístola de Paulo a Tito demonstra com vigor as qualificações honestas para quem se pretende pastor.

 I. A EPÍSTOLA ENVIADA A TITO

1. O intento da Epístola. Qual era o principal propósito da Epístola de Tito? O objetivo de Paulo era dar conselhos ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia recebido. Tito recebeu a incumbência de supervisionar e organizar as igrejas na ilha de Creta. Paulo havia visitado a ilha com Tito e o deixou ali com esta importante incumbência (v.5).

2. Data em que foi escrita. Acredita-se que foi escrita no ano de 64.d.C., aproximadamente. A carta a Tito foi escrita na mesma época da Primeira Carta a Timóteo. Provavelmente foi redigida na Macedônia, durante as viagens que Paulo fez quando esteve sob a custódia dos romanos.

3. Um viver correto. Como ministro do evangelho, Paulo exige ordem na igreja e que os irmãos vivam de maneira correta, santa. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, a ilha de Creta era conhecida pela preguiça, glutonaria e maldade de seus habitantes. Ao aceitar a CRISTO como Salvador, o novo convertido torna-se santo pela lavagem da regeneração do ESPÍRITO (Tt 3.5), por meio da Palavra de DEUS (Ef 5.26). A santificação é também um processo gradual e contínuo que conduz ao aperfeiçoamento do caráter e da vida espiritual do crente, tornando-o participante da natureza divina (2Pe 1.4). Sem a santificação, jamais alguém verá a DEUS (Hb 12.14).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I) - A epístola objetivava dar instruções ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia recebido de Paulo. A carta foi escrita aproximadamente em 64 d.C..

  

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Tito, como 1 e 2 Timóteo, é uma carta pessoal de Paulo a um dos seus auxiliares mais jovens. É chamada de ‘epístola pastoral’ porque trata de assuntos relacionados com ordem e o ministério na igreja. Tito, um gentio convertido (Gl 2.3), tornou-se íntimo companheiro de Paulo no ministério apostólico. Embora não mencionado nominalmente em Atos (por ser, talvez, irmão de Lucas), o grande relacionamento entre Tito e o apóstolo Paulo vê-se (1) nas treze referências a Tito nas epístolas de Paulo, (2) no fato de ele ser um dos convertidos e fruto do ministério de Paulo (1.4; como Timóteo), e um cooperador de confiança (2Co 8.23), (3) pela sua missão de representante de Paulo em pelo menos uma missão importante a Corinto durante a terceira viagem missionária do apóstolo (2Co 2.12,13; 7.6-15; 8.6,16-24), e (4) pelo seu trabalho como cooperador de Paulo em Creta (1.5)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, pp.1886-87).

 

II. O PASTOR PRECISA PROTEGER O REBANHO DE DEUS

1. Qualificação dos pastores. Em sua carta a Tito, Paulo enfatiza as qualificações do bispo, em relação a família, como homem casado, fiel à sua esposa e na criação de seus filhos de forma exemplar (v.6). Paulo diz que os filhos dos ministros, presbíteros ou pastores, não devem ser “acusados de dissolução”, nem de serem “desobedientes”. No original, tais adjetivos vêm de anupotaktos, “não sujeito”, “indisciplinado”, “desobediente”. O exemplo mau dos filhos do sacerdote Eli é referência negativa para a família dos pastores (1Sm 2.12,31). Paulo mostra que o bispo deve ser uma pessoa íntegra, irrepreensível, “como despenseiro da casa de DEUS” (v.7). Por outro lado, ensina também que o bispo não pode ser “soberbo”, “iracundo”, “dado ao vinho”, “não espancador”, “cobiçoso de torpe ganância” (vide os mercantilistas na atualidade que só trabalham por dinheiro). Paulo instrui que o obreiro precisa ser “[...] dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante” (Tt 1.8).

2. Crentes, porém problemáticos. Paulo ressalta o respeito que o presbítero deve ter à doutrina e a autoridade ministerial para argumentar com os contradizentes (vv.9,10). Entre os crentes da igreja de Creta, haviam os “complicados” e “contradizentes”, “faladores”, tipos não raros em igrejas nos tempos presentes. Mas o apóstolo indicou a maneira de tratá-los. Aos contradizentes e desobedientes ao ensino da Palavra de DEUS, Paulo demonstra não ter nenhuma afinidade com eles, pois são perigosos, não só para a igreja local, mas para as famílias cristãs, e devem receber a admoestação e repreensão à altura: “[...] aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância” (v.11). O fato de tais falsos crentes terem espaço para transtornar “casas inteiras” se devia à realidade das igrejas cristãs em seus primórdios. Elas funcionavam, em grande parte, nas residências dos convertidos (Rm 16.5; 1Co 16.19; Cl 4.15). Além de desordenados, eles são “faladores” e murmuradores.

3. Não dar ouvidos a ensinos falsos. Tito, na condição de “supervisor”, estabelecendo igrejas, “de cidade em cidade”, tinha que ministrar a palavra de edificação e advertência contra os falsos cristãos. Deveria repreendê-los de modo veemente. Na verdade, eles eram desviados da verdade. Mais adiante, Paulo resume como tratar os desviados e hereges: “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o” (Tt 3.10).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II) - A qualificação dos pastores, segundo a epístola, é fundamental ser observada para que sejam competentes no relacionamento com os crentes problemáticos.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“As qualificações dos presbíteros (1.6-9)

As qualificações no verso 6, de acordo com o idioma original, são condições ou questões indiretas relativas aos candidatos que estão sendo considerados para o ministério. O grego traduz literalmente: ‘Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução [desperdício de dinheiro] nem são desobedientes’ — este pode ser considerado como um candidato ao presbitério.

Paulo parece estar usando as palavras ‘ancião/presbítero’ (presbyteros, v.5) e ‘líder/bispo’ (episkopos, v.7) de modo intercambiável. Neste primeiro período da história da Igreja, os ofícios ministeriais eram variáveis e indistintos.

Paulo chama os bispos de ‘despenseiros da casa de DEUS’. Os despenseiros (pessoas encarregadas de administrar os negócios de uma casa) eram bem conhecidos daqueles que viveram no primeiro século. Uma vez que tais pessoas tinham perante o dono da casa a responsabilidade de cuidar desta, era necessário que fossem irrepreensíveis. Note também que os bispos não são simplesmente responsáveis perante DEUS como seus servos, cuidando das coisas de DEUS” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1509).

  

III. A PERCEPÇÃO DA PUREZA PARA OS PUROS E PARA OS IMPUROS

1. Tudo é puro para os puros (v.15). Paulo diz que “todas as coisas são puras para os puros” (Tt 1.15), pois esses procuram viver segundo a Palavra de DEUS. Aqueles que vivem de modo santo não veem mal em tudo, pois seus olhos são bons, santos. Isso é reflexo de suas mentes e corações bondosos. DEUS nos chamou para sermos santos em todas as esferas e aspectos da nossa vida (1Pe 1.15). Quem despreza esse ensino não despreza ao homem, mas sim a DEUS.

2. Nada é puro para os impuros (v.15). De fato, para os “contaminados e infiéis”, tudo o que eles pensam e praticam é de má natureza. O motivo pelo qual “nada é puro para os contaminados” é porque “confessam que conhecem a DEUS, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra” (v.16). Esses são hipócritas e maliciosos, pois dizem uma coisa e fazem outra.

3. Conhecem a DEUS, mas o negam com as atitudes (v.16). Atualmente muitos dizem conhecer a DEUS, porém, se olharmos para suas atitudes veremos que estes nunca conheceram ao Senhor. A nossa conduta revela a nossa fé e o nosso relacionamento com DEUS. O que as pessoas aprendem com você ao observar a sua conduta na igreja e fora dela?

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III) - O apóstolo admoesta que para os puros, tudo é puro; para os impuros, nada é puro. Há quem diga que conhece a DEUS, mas o nega com suas atitudes: isso é perfeitamente possível.

 

CONCLUSÃO

A administração de uma igreja requer a observância de preceitos e diretrizes, emanadas da Palavra de DEUS, o maior e melhor “manual de administração eclesiástica”. Por isso, Paulo escreveu três cartas pastorais, visando o estabelecimento, a organização e o crescimento sadio da Igreja do Senhor JESUS.

 

PARA REFLETIR - A respeito das Cartas Pastorais:

Qual era o propósito da Epístola de Tito?

Dar conselhos ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia recebido.

Qual era a incumbência de Tito?

Supervisionar e organizar as igrejas na ilha de Creta.

Em que ano a Epístola de Tito foi escrita?

Aproximadamente no ano 64 d.C.

Por que para os puros tudo é puro?

Pois estes procuram viver segundo a Palavra de DEUS.

Por que nada é puro para os impuros?

Porque “confessam que conhecem a DEUS, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra” (v.16).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A organização de uma igreja local

Segundo os estudiosos, a epístola do apóstolo Paulo a Tito foi escrita aproximadamente no 64 d.C., e provavelmente, foi redigida na Macedônia, uma província que fazia fronteira com a Grécia. Por certo, a carta foi escrita no tempo em que Paulo estava sob a custódia dos soldados romanos.

Nesta epístola, podemos dizer que há pelo menos quatro assuntos principais ensinado pelo apóstolo Paulo: (1) O ensino sobre o caráter e as qualificações espirituais necessárias a todos os que são separados para o ministério na igreja — isto é, “homens piedosos”, “de caráter cristão comprovado” e “bem sucedidos na direção da sua família” (1.5-9); (2) estímulo a Tito para ensinar a “sã doutrina”, repreender e silenciar os falsos mestres (1.10—2.1); (3) descrição de Paulo para Tito do devido papel dos anciões (2.1,2), das mulheres idosas (2.3,4), das mulheres jovens (2.4,5), dos homens jovens (2.6-8) e dos servos (2.9,10) na comunidade cristã em Creta; (4) por último, o apóstolo enfatiza que as boas obras e uma vida de santidade a DEUS são o devido fruto da fé genuína (1.16; 2.7,14).

Mediante essa lista de requisitos, notamos o quanto é importante que, em primeiro lugar, quem se sente vocacionado para um chamado ministerial, acima de tudo, seja reconhecido pela Igreja de CRISTO. O ministério na vida de uma pessoa não é algo oculto, ou de conhecimento apenas para quem o deseja, mas é manifesto, reconhecido pela comunidade local a quem ele serve. O ministério de DEUS na vida de um vocacionado também não é confirmado por uma só pessoa, mas confirmado e aprovado pela Igreja de CRISTO reunida naquela comunidade local. O ministério vocacional de um escolhido por DEUS, que ama o Senhor acima de todas as coisas, tem de ser reconhecido pelo Corpo de CRISTO, a igreja local.

Mas é preciso a igreja local saber discernir quem é de quem não é vocacionado para o ministério. Para isso, o nosso DEUS manifestou a sua vontade nas Escrituras por intermédio do apóstolo Paulo sobre as características de como deve ser uma pessoa vocacionada para o santo ministério. A Igreja de CRISTO não pode se furtar dessa responsabilidade, pois segundo a herança da tradição da Reforma Protestante: não há um sacerdote como representante de DEUS para o povo; muito pelo contrário, em CRISTO, todos somos sacerdotes, a nação santa e o povo adquirido para propagar o Evangelho.

 

 

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Escrita, Lição 6, Igreja, Organismo e Organização, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS

1º Trimestre de 2024 - Título: O Corpo de CRISTO — Origem, natureza e vocação da Igreja no mundo - Comentarista: José Gonçalves

   

https://youtu.be/0_z23pLh1PI?si=bKAWNc3Jd7uFBUR - Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2024/01/escrita-licao-6-cpad-igreja-organismo-e.html  

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2024/01/slides-licao-6-cpad-igreja-organismo-e_29.html  

PowerPoint 

https://pt.slideshare.net/slideshows/slides-lio-6-cpad-igreja-organismo-e-organizao-1tr24pptx/265936120  

 

ESBOÇO DA LIÇÃO
I. A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ
1. A Igreja como organismo 
2. A Igreja como organização 
3. Organismo e organização. 
II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
1. No seu aspecto local 
2. No seu aspecto litúrgico e ritual 
III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS
1. Episcopal 
2. Presbiteral 
3. Congregacional 
4. O sistema de governo de nossa igreja 
 
 
TEXTO ÁUREO
 “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” (At 6.3).
 

VERDADE PRÁTICA
 A Igreja é um organismo vivo. Contudo, como toda estrutura viva, precisa ser organizada.
 

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ef 5.23 CRISTO, a cabeça da Igreja
Terça — 1Co 12.12-14 A Igreja como um organismo vivo, o Corpo de CRISTO
Quarta — At 16.4 A Igreja organizada
Quinta — 1Co 14.40 Mantendo a decência e a ordem
Sexta — At 15.1-6 Resolvendo problemas de natureza doutrinária
Sábado — 1Co 16.1 Cuidando dos santos
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 6.1-7.

1 — Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
2 — E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de DEUS e sirvamos às mesas.
3 — Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
4 — Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
5 — E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
6 — e os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7 — E crescia a palavra de DEUS, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.

 

COMENTÁRIO BEP – CPAD, SOBRE ATOS 6.1-7, COM ALGUNS ACRÉSCIMOS DO Pr Henrique

6.3 CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO E DE SABEDORIA. Os apóstolos estipularam que os sete varões deviam apresentar evidências de terem continuado fielmente sob a influência do ESPÍRITO SANTO. Segundo parece, os apóstolos supunham que nem todos os crentes continuavam na plenitude do ESPÍRITO. Noutras palavras, aqueles que deixam de andar fielmente segundo o ESPÍRITO (Gl 5.16-25) cessarão de ser cheios do ESPÍRITO. Quanto à diferença entre conservar a plenitude e ser cheio do ESPÍRITO SANTO, notemos o seguinte: (1) Os crentes que conservam a plenitude do ESPÍRITO SANTO são caracterizados pela sua constância nessa condição (cf. At 6.5; 11.24), que os capacita a falar com inspiração profética ou a ministrar no poder do ESPÍRITO SANTO segundo o seu querer (FALAM EM LÍNGUAS DIARIAMENTE). (2) A expressão cheios do ESPÍRITO SANTO é usada: (a) para indicar o recebimento do batismo no ESPÍRITO SANTO(At 1.5; 2.4; 9.17; 11.16); (b) para indicar que um crente ou crentes, em ocasiões específicas, recebeu poder para falar sob o impulso direto do ESPÍRITO SANTO(At 4.8; 13.9; Lc 1.41-45, 67-79 – FALAR EM LÍNGUAS CONSTANTEMENTE E ALGUM DOM DO ESPÍRITO SANTO LHES É NOTÓRIO NO DIA A DIA); (c) para indicar um ministério profético geral sob a inspiração ou a unção do ESPÍRITO SANTO, sem especificar a duração desse ministério (At 4.31-33; 13.52; Lc 1.15). (3) Depois do recebimento inicial do batismo no ESPÍRITO, os que andam fielmente no ESPÍRITO, mortificando as obras pecaminosas do corpo (Rm 8.13,14), podem ser descritos como: cheios do ESPÍRITO SANTO, i.e., mantendo a plenitude permanente do ESPÍRITO SANTO(e.g., os sete varões, especialmente Estêvão, vv. 3,5; At 7.55; ou Barnabé, At 11.24). Além disso, aqueles que continuam na plenitude do ESPÍRITO vivem num constante enchimento do ESPÍRITO, visando a um propósito ou tarefa específica, especialmente uma capacitação divina para falar segundo o impulso do ESPÍRITO SANTO (exemplos, Profecia, Palavra de Sabedoria, Palavra de Conhecimento).

  

6.4 PERSEVERAREMOS NA ORAÇÃO. O batismo no ESPÍRITO SANTO, em si, não basta para uma liderança cristã eficaz. Os líderes cristãos devem dedicar-se constantemente à oração e à pregação da Palavra. O verbo traduzido perseverar (gr. proskartereo) denota uma fidelidade inabalável e sincera e a dedicação de muito tempo a um certo empreendimento. Por isso, os apóstolos tinham a convicção de que a oração e o ministério da Palavra eram a ocupação máxima dos dirigentes cristãos. Note as frequentes referências à oração em Atos (ver At 1.14,24; 2.42; 4.24-31; 6.4,6; 9.40; 10.2,4,9,31; 11.5; 12.5; 13.3; 14.23; 16.25; 22.17; 28.8).

  

6.6 LHES IMPUSERAM AS MÃOS. No NT, a imposição de mãos era usada de cinco maneiras:

(1) em relação a milagres de curas (28.8; Mt 9.18; Mc 5.23; 6.5);

(2) ao abençoar outras pessoas (Mt 19.13,15);

(3) em relação ao batismo no ESPÍRITO SANTO(8.17,19; 19.6);

(4) na comissão para uma obra específica (At 6.6; 13.3); e

(5) na concessão de dons espirituais através dos presbíteros (1 Tm 4.14).

Como um dos meios através dos quais DEUS transmite dons e bênçãos às pessoas, a imposição de mãos veio a ser uma doutrina fundamental na igreja primitiva (Hb 6.2). Não pode ser dissociada da oração (v. 6), pois a oração indica que os dons da graça, a cura ou o batismo no ESPÍRITO SANTO procede de DEUS e não do ser humano. A separação destes sete homens importava, principalmente, duas coisas.

(1) Era um testemunho público da igreja de que esses homens tinham antecedentes de perseverança na piedade e na obediência à direção do ESPÍRITO SANTO(cf. 1 Tm 3.1-10).

(2) Era um ato de separar aqueles homens à obra de DEUS e um testemunho da sua disposição em aceitar a responsabilidade da chamada divina.

 

HINOS SUGERIDOS

131, 455 e 655 da Harpa Cristã.

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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SUBSÍDIO CPAD - Lição 6 – A IGREJA: ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO

Nesta lição, veremos de que forma a Igreja do Senhor se organizou ao longo dos anos enquanto instituição religiosa. Veremos também que é o fato de a Igreja ser compreendida como organismo vivo que dá vida a todas as ações realizadas por ela neste mundo. É evidente que, após os primeiros 300 anos de existência, a Igreja se institucionalizou a partir dos primeiros concílios que definiram e organizaram as doutrinas cristãs: Niceia, 325 d.C.; Constantinopla, 381 d.C.; Éfeso, 431 d.C.; Calcedônia, 451 d.C.) Contudo, o desafio da Igreja nestes últimos dias é não perder a perspectiva de que sua existência não se deve apenas ao aspecto institucional, mas, acima de tudo, à sua qualidade espiritual. Assim como na visão da tricotomia humana temos espírito, alma e corpo, a Igreja do Senhor não existe apenas a partir da sua estrutura física. Ela existe pela qualidade dos seus membros e, em razão da união com CRISTO, bem como pela preservação do ESPÍRITO SANTO, continua viva e atuante na sociedade.

Um ensinamento extraído das Cartas apocalíticas enviadas às igrejas da Ásia Menor endossa a necessidade de a igreja do Senhor manter-se viva e unida a CRISTO. Ao anunciar a mensagem ao anjo da igreja de Laodiceia, chama a atenção o fato de que era uma igreja que tinha aparência de riqueza e abastança e dizia-se não ter falta de nada. Contudo, a mornidão imperava entre os seus membros (Ap 3.15-17). O dilema vivido por essa igreja se assemelha ao que pode ser notado nos dias atuais. Temos uma igreja que existe enquanto instituição religiosa e pessoa jurídica, porém, carente do ardor do ESPÍRITO SANTO. Isso pode ser percebido pela ausência de manifestações espirituais como o batismo no ESPÍRITO SANTO e os dons espirituais entre os seus membros. Entretanto, o que mais chama a atenção no tocante à sua frieza espiritual é a ausência de comunhão e cordialidade entre os seus membros.

O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, 1995), endossa que

 “1. A igreja morna é aquela que transige com o mundo e, em comportamento, se assemelha à sociedade ímpia ao seu redor, professa o Cristianismo, mas, na realidade, é espiritualmente ‘desgraçada e miserável’ (vv. 17, 18);

2. CRISTO faz a esta igreja uma séria advertência no tocante ao seu julgamento contra a mornidão espiritual (vv. 15-17);

3. CRISTO faz também um convite sincero para que se arrependa e seja restaurada a uma posição de fé, justiça, revelação e comunhão (vv. 18, 19)” (p. 1988).

O convite do Senhor JESUS se estende à Sua Igreja nos dias atuais. Como organização institucional, e também como organismo vivo, a Igreja do Senhor deve zelar pela sua identidade enquanto Corpo de CRISTO e canal de salvação para todos os povos.

 

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RESUMO RÁPIDO DO Pr. Henrique

 

I. A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ

1. A Igreja como organismo 

CORPO σωμα (original grego – Strong) soma - corpo vivo
usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade, ou família; corpo social, ético, místico - usado neste sentido no NT para descrever a igreja.
aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si (REFLETIMOS A LUZ DE CRISTO)

 

Organismo

É uma associação, coletividade, corpo, corporação, entidade, 

instituição, instituto, órgão, sociedade.

Um organismo é um ser vivo e atuante.

 

A igreja, metaforicamente, é denominada “o corpo de CRISTO” (1Co 12.27), tendo como cabeça,  CRISTO (Ef 5.23). Um corpo só pode funcionar se seus membros funcionarem, se seu cérebro comandar. Quem tem morte cerebral, seu corpo não obedece mais ao comando do cérebro e morre. Porém a cabeça do corpo que é a Igreja é JESUS que ressuscitou e vive eternamente.

Assim como uma árvore exige que seus ramos produzam, a cabeça do corpo exige que seus membros lhe obedeçam e se movimentem. Assim JESUS nos entregou a Grande Comissão com a ordem de irmos ensinando, pregando e curando a todos em seu nome.

― Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o agricultor. Ele corta todo ramo que, estando em mim, não der fruto. E poda todo aquele que der fruto, para que dê mais fruto ainda. Vocês já estão limpos, pela palavra que tenho falado. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Como um ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim vocês também não podem dar fruto se não permanecerem em mim. ― Eu sou a videira, e vocês, os ramos. Se alguém permanecer em mim, e eu permanecer nele, esse dará muito fruto, pois sem mim vocês não podem fazer nada. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. João 15.1-5.

 

JESUS está vivo para todo o sempre, portanto seu corpo também não morre. JESUS continua ensinando, pregando e curando a todos através de seu corpo, Ele está no comando como cabeça deste corpo. Cada um de nós é um membro deste corpo.

 

 
2. A Igreja como organização 

A igreja em seu início era bem-organizada, os apóstolos lideravam, recebiam ofertas e cuidavam para que nenhum crente passasse fome. (At 16.4).

e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade. Atos 4:35

Cabia aos apóstolos a liderança na oração e no ensino e pregação (At 2.42; At 4.37); também confirmavam os auxiliares e líderes que iam sendo necessários à medida que a igreja crescia (At 6.6; At 14.23); Aconteceu um grande congresso ou reunião ministerial para decidirem sobre assuntos importantes, como a liberdade dos gentios em não precisarem serem circuncidados, reunião esta que o apóstolo Paulo se fez presente.(At 15.1-6). Quando se fez necessário Pedro e João foram enviados para Samaria a ministrarem o batismo com o ESPÍRITO SANTO, no tempo em que Filipe ali ganhava muitas almas (apenas um exemplo de organização que viria mais tarde dando continuidade a esta organização).

 

A igreja organizada é necessária e saudável. Sem organização vira uma bagunça e não cresce.

A igreja institucionalizada é enrijecida e a neutralizada, se torna fria e sem vida, nada produz no reino de DEUS.

 
 
3. Organismo e organização 

A Igreja existe, então, como organismo e como organização. Um organismo precisa se organizar para sobreviver.

A Bíblia nos revela claramente que a Igreja sempre foi um organismo vivo e organizado.

A igreja tornou conhecido o evangelho em toda parte em seu início e aproveitou muito bem o sistema organizado dos judeus com suas inúmeras sinagogas espalhadas por todo o império romano, bem como aproveitou muito bem o templo em Jerusalém para fazer reuniões e orações.

 

 Pedro e João estavam se dirigindo ao templo para a oração das três horas da tarde. .

 Atos 3:1

 


II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
1. No seu aspecto local 

Geograficamente a igreja estava em Roma, Corinto, Éfeso, Colossos, Jerusalém, Antioquia etc. A Igreja era um organismo vivo e era organizada.

Tendo eles assim orado, tremeu o lugar onde se achavam reunidos. E todos ficaram cheios do ESPÍRITO SANTO, continuando a anunciar com intrepidez a palavra de DEUS. Assim viva a primeira comunidade cristã. Se reuniam, oravam, colocaram diáconos para ajudar na distribuição de alimentos, elegiam lideranças, enviavam missionários, ajudavam aos necessitados, ensinavam, pregavam e curavam a todos, como JESUS fazia e agora continuava a fazer através deles. (At 2.42; At 2.42; 12.12; At 4.35; At 6.2-6; At 14.23; At 13.1-4). 

 
2. No seu aspecto litúrgico e ritual 

A Igreja realiza cultos onde está presente a liturgia, por exemplo, começa o culto com oração, canta-se geralmente três hinos da harpa, se faz a leitura da Palavra de DEUS etc. Existe uma sequência pré-moldada para realização do culto, isso é liturgia. Cada parte da liturgia é um rito. Orar é um rito, cantar é um rito, pregar é um rito etc.

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios a respeito da organização do culto em 1Co 14.40. Ordenanças de JESUS foram dadas a Igreja como o Batismo nas águas e a Santa Ceia (1Co 11.16; At 8.38,39; 1Co 11.23).

O apóstolo Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO chegou a dizer o que deve haver em um legítimo culto da Igreja - Que fazer, então, irmãos? Quando vocês se reúnem, um tem um salmo, outro tem um ensino, este traz uma revelação, aquele fala em línguas, e ainda outro faz a interpretação. Que tudo seja feito para edificação.

1 Coríntios 14:26

falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando com o coração ao Senhor, Efésios 5:19

Que a palavra de CRISTO habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria, louvando a DEUS com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão no coração. Colossenses 3:16


 
III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS

1. Episcopal 

O que é ser um episcopal?

É uma forma de organização hierárquica, com a autoridade máxima local exercida por um bispo (episcopos, em grego ou episcopus, em latim). Esta estrutura está presente na maioria das Igrejas Católicas, Igrejas Ortodoxas e Igrejas Episcopais, inclusive na Igreja da Inglaterra (anglicana).

 
 
2. Presbiteral 

O que é um governo presbiteral?

O governo presbiteral é uma forma de organização da Igreja que se caracteriza pelo governo de um presbitério, ou seja: uma assembleia de presbíteros, ou anciãos.

Nesse sistema de governo os crentes são regidos pelos presbíteros. Não é sistema congregacional  (onde todos decidem pelo voto direto), nem episcopais (onde apenas um superior decide sobre os demais), mas um sistema que é representado pelos presbíteros escolhidos pela igreja local.

 
 
3. Congregacional 

O sistema de governo congregacional tem dois pilares. Primeiro, defende a autonomia da igreja local em relação a qualquer poder externo por parte de um bispo ou líder. Em segundo lugar, defende a democracia plena em que cada membro da igreja local tem voz e voto e exerce, assim, o governo da Igreja.

 O governo da Igreja é atribuído aos membros da mesma, que tomam as decisões através de uma assembleia geral. Nesse modelo, todos os membros em comunhão possuem direito de voto sobre questões que vão desde a reforma da Igreja até a eleição da Diretoria.


 
4. O sistema de governo de nossa igreja 

SISTEMA DE GOVERNO NA IGREJA ATUAL

Sempre, na história das controvérsias cristãs, houve um luta para saber qual era o modelo de governo eclesiástico mais bíblico. O fato é que todos os modelos de governos eclesiásticos (congregacional, episcopal e presbiteriano) se baseiam no Novo Testamento. O episcopal concede o poder para o seu pastor ou bispo, o presbiteriano concede poder aos presbitério da igreja e o congregacional concede poder aos seus membros ou a um conselho de irmãos reunidos.
Há tentações em todos os modelos. O episcopal pode concentrar um poder tão grande na mão do pastor, que ele se torna uma pessoa acima da crítica e não prestar contas à igreja. O presbiteriano pode criar uma elite dentro da congregação ou denominação, pois um pequeno grupo decide sobre os demais. O congregacional pode minar a autoridade do pastor local. Portanto, não temos como definir um modelo eclesiástico mais bíblico, pois todos tem pontos fortes e fracos.
A Assembleia de DEUS começou com um modelo congregacional (depois acabou misturando os três modelos) bem definido, aja vista a herança eclesiológica batista, que é congregacional. O modelo congregacional fica bem claro nas palavras do pastor assembleiano Alcebiades Pereira dos Vasconcelos, no Mensageiro da Paz, nº 10, de 1959: No nosso entender, a igreja cristã biblicamente entendida, governa-se a si mesma, mediante o sistema democrático em que todos os seus membros livremente podem e devem ouvir e ser ouvidos, votar e ser votados, conforme a sua capacidade pessoal de servir(…) A igreja cristã, à luz do Novo Testamento, é uma democracia perfeita, em qual o pastor e seus auxiliares de administração (tenham as categorias ou denominações que tiverem) não dominam, pois quem domina sobre ela é JESUS, por mediação do ESPÍRITO SANTO, sendo o pastor apenas um servo que lidera os trabalhadores sob guia do mesmo ESPÍRITO SANTO; e, neste caso, é expressa e taxativamente proibido ter domínio sobre a igreja. I Pedro 5.2,3. [1]
Os pentecostais clássicos sempre tiveram uma tendência para a democracia na igreja, um modelo em que a congregação tinha voz, o teólogo Myer Pearlman deixa bem claro essa posição: As primeiras igrejas eram democráticas em seu governo. Circunstância natural em uma comunidade onde o dom do ESPÍRITO SANTO estava disponível a todos , e onde toda e qualquer pessoa podia ser dotada de dons para um ministério especial. É verdade que os apóstolos e anciãos presidiam às reuniões de negócios e à seleção dos oficiais; mas tudo se fez em cooperação com a igreja (Atos 6.3-6; 15.22, I Co 16.3, II Co 8.19, Fp 2.25). E Pearlman completa: Nos dias primitivos não havia nenhum governo centralizado abrangendo toda a igreja. Cada igreja local era autônoma e administrava seus próprios negócios com liberdade.
No decorrer do tempo, a Assembleia de DEUS, não deixando de ser congregacional, passou a mesclar com o modelo episcopal e presbiteriano. Hoje, é comum a figura o pastor-presidente, um verdadeiro bispo regional. Nas Assembleias de DEUS há traços do modelo presbiteriano, com as convenções ou concílios regionais e nacionais (CGADB e Conamad). A Assembleia de DEUS, portanto, não tem um modelo eclesiástico puro. O Rev. Antônio Gouvêa Mendonça, comenta em relação a Assembleia de DEUS: Seu sistema de governo eclesiástico está mais próximo do congregacionalismo dos batistas por causa da liberdade das Igrejas locais e da limitação de poderes da Convenção Nacional. Todavia, a divisão em ministérios regionais semiautônomos lembra um pouco o sistema presbiteriano. Alguns fatos interessantes: em cidades do interior, as Assembleias de DEUS são bem congregacionais, pois a igreja em constantes assembleias, decidem o rumo da congregação juntamente com o pastor. As igrejas AD da capital são normalmente divididas em setores, com a figura presente do pastor-presidente, sendo mais um modelo episcopal. Mas as congregações das cidades interioranas e da metrópole estão sujeitas a convenção estadual e nacional, semelhante aos supremos concílios presbiterianos.
A Assembleia de DEUS foi influenciada por várias denominações, desde sua eclesiologia até a sua teologia. Exemplo dessa mistura esteve nas palavras do pastor Thomas B. Barrat, de Oslo, Noruega em 1914, que disse: “Com respeito à salvação, somos luteranos. Na forma do batismo pelas águas, somos batistas. Com respeito à santificação, somos metodistas. Em evangelismo agressivo, somos como o Exército da Salvação. Porém, com respeito ao batismo com o ESPÍRITO SANTO, somos pentecostais!”
O lamentável é o fato de muitas igrejas Assembleia de DEUS aderindo a um modelo episcopal, abandonaram a tradição congregacional. Mas, o modelo episcopal, hoje adotado não é o mesmo dos metodistas ou anglicanos, mas sim das igrejas neopentecostais, onde a figura do líder é centralizadora, um modelo episcopal levado ao extremo.

https://pentecostalismo.wordpress.com/2008/01/14/governo-eclesiastico/ (07-06-2021

   

CONCLUSÃO
Vimos que a estrutura da igreja cristã funciona como organismo vivo e organizado desde sua criação.
A Igreja é um organismo vivo e organizado no seu aspecto local, litúrgico e ritual.
O governo da igreja existe em diferentes tradições cristãs como o sistema Episcopal, o Presbiteral e o Congregacional, sendo que os três sistemas de governo são usados em nossa igreja que usa sistema híbrido de administração. 

 

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LÍDERES DEVEM SER DETERMINADOS E DESENVOLVIDOS
(At 6.3) - BIBLIA DA LIDERANÇA CRSTÃ - John C. Maxwell
 
A boa liderança responde efetivamente à necessidade de mais líderes e trabalhadores. Na Igreja primitiva, ninguém tinha o voto para determinar qual qualidade que identificaria tais pessoas. Os apóstolos tinham em mente qualificações bem específicas para os líderes que eles queriam junto de si. Eles escolhiam pessoas que:
1. Eram conhecidas dentre seu círculo de influência - "procurem alguém dentre vocês";
2. Pudessem trabalhar em equipe - "sete homens";
3. Tivessem crédito entre as pessoas - "de boa reputação";
4. Fossem capacitadas para a tarefa - "cheios do ESPÍRITO SANTO";
5. Competentes e inteligentes - "cheios de sabedoria";
6. Responsáveis - "a quem podemos confiar essa tarefa".
 
21 Qualidades Pedro e a  Lei Das Prioridades
Líderes compreendem que atividade não significa cumprimento
(At 6.1-7)
Líderes nunca alcançarão o lugar que eles não elegem como prioridade. Os bons líderes elegem prioridades, não importa se estão conduzindo um pequeno grupo, pastoreando uma igreja, empreendendo um pequeno negócio ou mesmo um negócio de bilhões de dólares.
As coisas que trazem as maiores recompensas fazem brilhar o fervor na vida de um líder. Nada traz mais energia a uma pessoa do que a paixão. Tim Redmond admitiu: "Há muitas coisas que podem prender meus olhos, mas muito poucas são capazes de prender meu coração."
Tome algum tempo para repensar as prioridades de sua liderança. Você está se fazendo presente por todos os lugares' Ou você está focado em poucas coisas que podem lhe trazer grandes recompensas? O maior sucesso só virá quando você focar as pessoas no que realmente vale a pena.
Aguçando seu foco para alargar sua visão
Talvez você seja parecido com Pedro: ele começou cheio de paixão, mas com falta de direção. A boa notícia é que você já tem a metade da equação. A má notícia é que, se você não sabe para onde está indo, você pode acabar ficando no meio do caminho ou ainda pior: você pode ficar anos trilhando uma direção equivocada.
Quando você sabe para onde vai, as suas prioridades se tornam claras, e suas ações passam a fazer sentido. A equação vai se parecer com isso:
Uma grande paixão + visão clara = ação focada
Quando os judeus da Grécia foram levar-lhe suas queixas, Pedro reconheceu que ele poderia expandir sua missão se ele resolvesse o problema deles. Mas ele também reconheceu que havia sido chamado para focar as necessidades mais profundas das pessoas: ouvir a verdade da Palavra de DEUS. Ao invés de tentar fazer isso tudo sozinho, ele delegou a tarefa de solucionar as queixas para sete pessoas competentes para fazê-lo. Como resultado, a Igreja, pode cuidar dos dois problemas.
Ao examinar a situação de Pedro, nós aprendemos bastantes coisas sobre manter-se focado nas prioridades porque não se perdeu de vista o grande quadro da visão. Pedro demonstrou que, quando surge uma necessidade os líderes focados...
1.Avaliam o valor da necessidade.
Líderes fortes, rapidamente, percebem quando o curso de uma ação precisa ser adotado e, prontamente, consideram como deixar o trabalho resolvido. Pedro sabia que a igreja poderia perder a oportunidade se ela não atendesse as necessidades apontadas pelos judeus gregos. Mais do que tentar resolver o problema por si mesmo (como muitos líderes fazem), ele imaginou outro meio de fazê-lo.
Como você reage quando seu povo lhe traz uma necessidade legítima? Você pára de fazer o que você está fazendo e, imediatamente, tenta atender seu pedido? Você movimenta sua cabeça como quem está interessado, depois a põe para o outro lado como quem quer esquecer-se disso? Ou, como Pedro, você pára, olha para sua grande missão e determina-se a agir de acordo com suas prioridades?
2. Procure uma oportunidade de liderança.
Mesmo quando uma necessidade real não se enquadre em suas prioridades, isso pode lhe ser uma grande oportunidade para alguém de seu grupo. Pedro, rapidamente, percebeu que ele e os outros discípulos tinham necessidade de continuarem pregando ao invés de ficarem distribuindo alimentos. Mas ele também reconheceu nisso uma oportunidade de desenvolver alguns líderes que estavam surgindo.
As pessoas estão na lista de suas grandes prioridades ? Antes de você colocar algo sob sua responsabilidade, verifique ela se compatibiliza com as responsabilidades de uma ou mais pessoas que estão com você. Os líderes mais eficientes põem seu foco em algumas poucas coisas. Eles acreditam que outras pessoas serão capazes de fazer o restante
3. Delegue a tarefa para pessoas competentes.
Líderes se valem da delegação do poder como uma ferramenta básica. Usando-a de modo certo, ela pode levar sua eficiência a um padrão completamente novo. Pedro e os discípulos escolheram uma equipe de sete pessoas cuidadosamente, a quem eles consideravam ser maduras e capazes de suportar a tarefa.
 
Será sempre sua a responsabilidade de delegar poder às pessoas certas. Não há nada mais constrangedor do que ter de rever uma tarefa, porque ela foi designada para uma pessoa incompetente. Isso diminui sua eficiência e pode manchar sua credibilidade. Por isso, antes de delegar uma tarefa, esteja certo das qualidades e habilidades das pessoas de sua equipe.
4. Comissione e confirme as pessoas a quem delegou poder publicamente.
Pedro e os discípulos colocaram sua equipe de trabalho para que fossem bem-sucedidos. Eles não apenas estavam certos de que seriam capazes de dar conta da tarefa como também os apresentaram aos outros como líderes dignos. Ao fazerem assim, eles deram a esses sete homens confiança e crédito.
Para você o mais importante é fazer coisas ou fazer coisas corretamente? Muitos líderes apenas delegam certas tarefas para poderem constar em sua lista de projetos feitos que a tarefa foi executada. Eles usam a delegação de tarefas para distraírem a atenção e não para alcançarem eficiência. Contudo, os grandes líderes compreendem que sua. eficiência depende do sucesso de seus delegados. Por isso, faz parte de suas prioridades ajudá-los a vencer.
Tal qual todo líder eficiente, Pedro compreendeu a diferença entre ativismo e realização. Primeiro, ele percebeu uma necessidade por meio da maior de todas as lentes, sua missão. Em seguida, focou a atenção ao que deveria ser feito, tanto por ele mesmo, como por meio de outros. Como resultado, as Escrituras relatam que o número de cristãos crescia sem parar sob sua liderança.
 
O PRINCÍPIO DE PARETO - Vinte por cento de suas prioridades lhe darão oitenta por cento de sua produção
 
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PRIMEIROS problemas de organização da Igreja ( Atos 6: 1-7 )
Comentário Bíblico Wesleyana - COM ALGUNS ACRÉSCIMOS DO Pr Henrique
 
A. A IGREJA NOVA COM NOVOS PROBLEMAS (6:1, 2)
A igreja apostólica, como a igreja de todas as gerações subsequentes, teve também seus problemas. Esses problemas foram solucionados sob orientação divina. A primeira foi a falta de sinceridade e foi punido pelo juízo divino ( Atos 5:1-11 - Ananias e Safira ). O segundo teve a sua origem na ampliação da igreja e consistia em acusações de discriminação, se não práticas, bem como a divisão de responsabilidades da igreja. Estes problemas foram resolvidos pela sabedoria humana divinamente inspirada.
1. O Problema do Crescimento ( 6:1-A )
1  Ora, naqueles dias, quando o número dos discípulos se multiplicava, houve.
O narrador aqui usa uma nova aritmética, pela primeira vez, em relação ao crescimento da igreja. Anteriormente crentes foram "acrescentados à igreja" (ver Atos 2:41 , 47 ; 05:14 ); mas agora o crescimento, resultante das vitórias apostólicos sob as bênçãos de DEUS, tornou-se tão rápido que ele pode ser referido como "multiplicação". Tal como foi esta igreja em rápido crescimento, também suas dores aumentavam. O crescimento é normal e saudável, mas sempre produz os seus problemas de novas adaptações, como a expansão e maturidade contínuos. A disposição para atender e resolver esses problemas nunca podem sufocar o crescimento e destruir o organismo. Os apóstolos encararam como um desafio.
 
2. O problema da discriminação ( 6:1-B )
1  houve uma murmuração dos judeus gregos contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
Houve uma murmuração . ... Um tom abafado de queixa finalmente irrompeu e começou a evidenciar-se na superfície. Os gregos foram helenistas, ou judeus que haviam assimilado a cultura grega, incluindo a linguagem, moravam em países em que nasceram no período da dispersão, falavam grego e estudavam a tradução dos setenta, versão em grego, septuaginta (antiga tradução em grego do texto hebreu do Antigo Testamento, feita para uso da comunidade de judeus do Egito no final do século III a.C. e no II a.C.; teria sido realizada por 72 tradutores). Eles foram considerados inferiores pelos hebreus ou judeus da Palestina, que eram a maioria na igreja e falavam aramaico e tinham seus escritos em Hebraico. A organização das viúvas, apoiada pela igreja eram dedicadas à oração e obras de misericórdia ( Atos 9:41; 1Tim. 5:3, 9-11, 16 ), foi uma das primeiras instituições cristãs. Esta negligência das viúvas gregas pelos administradores hebraico-cristãos de bens temporais, provavelmente, não foi intencional, mas revelou uma fraqueza essencial da comunidade cristã primitiva, pois a alimentação não estava chegando corretamente entre elas, como chegava às de fala aramaica, moradoras, principalmente, de Jerusalém.
 
3. O Problema de Responsabilidades (6:2)
2  E os doze, convocando a multidão dos discípulos junto deles, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de DEUS para servir às mesas.
Originalmente, no sistema comum cristão, os apóstolos eram os administradores do tesouro comum e alimentação de todos os necessitados ( Atos 2:45 ; 5:2 ). O aumento das responsabilidades ministeriais na igreja crescente tornou-se inevitável. Os problemas, quando aconteciam, não poderiam continuar. O primeiro dever dos apóstolos era a dedicação à oração e a ministrar a Palavra de DEUS ( Mat. 28:18-20 ; Atos 1:8 ). Eles reuniram a multidão e declararam seu primeiro dever de serem um ministério espiritual crescente e atuante. O apostolado apareceu pela primeira vez na igreja, em seguida, o diaconato, e mais tarde o presbitério, como a necessidade de ia surgindo. Se o ministério negligenciar o seu serviço espiritual de oração e estudo da Palavra de DEUS, dando prioridade ao homem com suas preocupações temporais, ele terá falhado em seu chamado divino. Funções de zeladoria ou emprego secular do ministro pode ser justificável no início de uma igreja, mas raramente pode ser continuado sem prejuízo tanto para o ministro como para a igreja.
 
B. SOLUÇÃO PROPOSTA ( 6: 3-5a )
A igreja apostólica aqui apresenta um exemplo viável para a solução dos problemas da igreja. Toda a igreja foi representada (v. 2a ), e ainda que os apóstolos sugerissem a solução, a responsabilidade pela escolha dos oficiais ficou com a igreja. Esses sete escolhidos foram designados simplesmente como servos para servirem às mesas. Foram nomeados como o diaconato em tempos posteriores. As qualificações de diáconos são dadas por Paulo (Filipenses 1:1; 1Tim. 3:8,12).
 
Paulo e Timóteo, servos de CRISTO JESUS, a todos os santos em CRISTO JESUS, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos. Filipenses 1:1
Do mesmo modo, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não gananciosos, 1 Timóteo 3:8
 
1. A consideração necessária (6:3a)
3  Escolhei, pois, irmãos, dentre vós sete homens de boa reputação,
Aqui é um modelo perfeito de representação leiga em assuntos oficiais da Igreja. 
"Escolha dentre vós." A igreja melhor sabia que entre os seus membros foram eficientes, confiáveis ​​e imparciais. Sua apreciação e escolha cuidadosa se reflete no cuidado da igreja sob os escolhidos. Nenhum significado especial precisa ser anexado ao número sete, a não ser que para a sacralidade do número com os judeus, ou que cada uma pode supervisionar os assuntos temporais, um a cada dia da semana.
 
2. As qualificações exigidas ( 6: 3b , 4 )
3  cheios do ESPÍRITO e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço. 4  Mas nós vamos continuar perseverando na oração e no ministério da palavra.
Os apóstolos especificaram as qualificações dos sete oficiais a serem escolhidos; a saber:
(1) boa reputação, de boa fama ; 
(2) espiritualidade, cheio do ESPÍRITO; e
(3) praticidade, cheio ... de sabedoria. 
Essas qualificações são poucas, mas elas cobrem muito território, ou seja, abrangem todas as qualificações que Paulo lista para Timóteo e Tito mais tarde a respeito das qualificações dos ministros que servem à Igreja.
Esses oficiais da igreja nunca vão envergonhar o cristianismo, e com sua ajuda a causa de CRISTO prosperará; e, assim, o ministério vai ser liberto de interesses temporais e humanistas.
Os apóstolos escolheram a melhor parte, a parte que lhes cabia - perseveravam na oração e no ministério da palavra.
Sem oração não há poder e sem poder não há legítimo evangelho de JESUS CRISTO. O rebanho precisava de alimento e para isto deveriam ler e estudar as escrituras sagradas.
 
3. A solução amigável ( 6:5-A )
5  E este parecer contentou a toda a multidão:
Qualquer solução de problema complicado que agrade a toda a Igreja deve realmente ser de origem divina. Não se deve ser pessoal ou fazer grupos que dividem a igreja, mas dar oportunidade aos crentes de resolverem seus problemas no caminho que DEUS indicar.
 
C. PLANO DE PROCESSO ( 6: 5b , 6 )
A sabedoria divina é claramente refletida no plano apostólico para a seleção, apresentação e dedicação destes oficiais da igreja às suas funções. Como é revelado por suas atividades ministeriais posteriores, especialmente no caso de Estevão e Filipe, eles eram mais do que diáconos temporais.
 
Escolha 1. A Igreja ( 6:5b )
5  e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
Enquanto era dever da igreja escolher os diáconos, era responsabilidade dos apóstolos separá-los (v. 6b ) e nomeá-los (v. 3b ). Todos os sete escolhidos tinham nomes gregos, pois a ordem foi: “escolhei dentre vós” (gregos). No entanto, como não era incomum para os judeus, especialmente os judeus helenistas, ter nomes gregos, isso não mostra claramente que todos eles eram gregos puros, mas que eram descendentes de judeus que moravam em terras ou países onde a língua grega era a principal língua falada. Dois dos sete são de especial interesse. Estevão se tornou evangelista, exímio pregador do evangelho, o primeiro mártir cristão.
Filipe, do mesmo modo iniciou como pregador em Samaria, logo após a grande perseguição da Igreja, chefiada por Saulo de Tarso (Paulo) e tornou-se um evangelista eficaz, cujo registro temos em Atos 8:5 ; 8:26 ; e 21:8 (Como evangelista em Cesaréia – tinha 4 filhas virgens e que profetizavam). 
 
2. A recomendação da Igreja ( 6: 6-A )
6  E os apresentaram perante os apóstolos;
Aqui está um belo exemplo de respeito pelos direitos dentro da igreja. A igreja tem utilizado o seu melhor julgamento na seleção dos agentes, de acordo com as especificações dadas, e agora eles apresentam a sua escolha para os apóstolos para a sua aprovação. Essa escolha do povo pode ser seriamente questionada se alguém é ou não, divinamente chamado para o serviço cristão. É necessário que não tenha o  reconhecimento e recomendação de pelo menos alguns responsáveis ou grupos dentro da igreja.
 
3. Consagração dos apóstolos( 6:6-B )
6  e eles orando, impuseram as mãos sobre eles.
Como foi a consagração e dedicação de Barnabé e Paulo para o trabalho missionário pela igreja de Antioquia (Atos 13:2, 3). Os elementos essenciais para a sua ordenação são a oração e a imposição das mãos dos apóstolos. Este costume era muito antigo e foi emprestado dos judeus para os cristãos (ver 27 Num: 18-23; Dt 34:9 ). Ele simplesmente indicava a aceitação da separação de DEUS (confirmada apenas pelos cristãos - João 15:16 – “eu vos escolhi”).
 
RESULTADOS – Eficiência (6:7)
Quando a mente e a vontade de DEUS são consultadas e seguidas, na solução de problemas e na condução dos negócios da igreja, a prosperidade espiritual estará sempre presente.
 
1. A Palavra de DEUS Maior (6:7a)
7  E a palavra de DEUS cresceu;
Com os apóstolos inteiramente dedicados à oração, estudo e pregação da Palavra de DEUS (v. 4 ), e locais de pregação da Igreja fundados sensata e satisfatoriamente pelos apóstolos e tendo a cooperação dos diáconos recém-eleitos, não é de admirar que o avivamento continuou. A palavra de DEUS cresceu e foi pregada por toda parte, iluminando os corações que passaram de condenação, a conversão, porque houve entrega e poder de limpeza. Sob poder vivificador do ESPÍRITO, produzido por fervorosa oração, a Palavra de DEUS torna-se "viva e eficaz" (Hb 4:12, 13). A Palavra animada pelo ESPÍRITO é sempre produtiva para avivamentos.
 
2. A Igreja Multiplicou (6:7b)
7  e o número dos discípulos em Jerusalém se multiplicava muito; É suficiente saber que o movimento espiritual continuou, e que a palavra multiplicada melhor expressa o conceito do narrador do rápido crescimento. O crescimento era exponencial. Era rápido em qualidade e quantidade devido a pregação e demonstração de poder do ESPÍRITO SANTO. Sinais e prodígios eram operados pelo ESPÍRITO SANTO através dos apóstolos.
  
3. Os Sacerdotes se convertiam (6:7-C)
7  e uma grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
Isso representa o maior de todos os milagres apostólicos, uma vez que os sacerdotes eram os inimigos mais amargos do CRISTO e do cristianismo (ver João 12:42 ). Uma vez que havia 24 turmas de sacerdotes com suas famílias em Jerusalém, literalmente multidões, não há nenhum problema com a conversão de uma grande parte dos sacerdotes.
 
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Revista CPAD, 1Tr24, na íntegra
Escrita, Lição 6, CPAD, Igreja, Organismo e Organização, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS
1º Trimestre de 2024 - Título: O Corpo de CRISTO — Origem, natureza e vocação da Igreja no mundo - Comentarista: José Gonçalves
   
https://youtu.be/0_z23pLh1PI?si=bKAWNc3Jd7uFBUR- Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2024/01/escrita-licao-6-cpad-igreja-organismo-e.html 
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2024/01/slides-licao-6-cpad-igreja-organismo-e_29.html 
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshows/slides-lio-6-cpad-igreja-organismo-e-organizao-1tr24pptx/265936120 
 
ESBOÇO DA LIÇÃO
I. A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ
1. A Igreja como organismo 
2. A Igreja como organização 
3. Organismo e organização. 
II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
1. No seu aspecto local 
2. No seu aspecto litúrgico e ritual 
III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS
1. Episcopal 
2. Presbiteral 
3. Congregacional 
4. O sistema de governo de nossa igreja 
 
 
TEXTO ÁUREO
 “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” (At 6.3).
 
VERDADE PRÁTICA
 A Igreja é um organismo vivo. Contudo, como toda estrutura viva, precisa ser organizada.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ef 5.23 CRISTO, a cabeça da Igreja
Terça — 1Co 12.12-14 A Igreja como um organismo vivo, o Corpo de CRISTO
Quarta — At 16.4 A Igreja organizada
Quinta — 1Co 14.40 Mantendo a decência e a ordem
Sexta — At 15.1-6 Resolvendo problemas de natureza doutrinária
Sábado — 1Co 16.1 Cuidando dos santos
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 6.1-7.
1 — Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
2 — E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de DEUS e sirvamos às mesas.
3 — Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
4 — Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
5 — E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
6 — e os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7 — E crescia a palavra de DEUS, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
 
 
HINOS SUGERIDOS
131, 455 e 655 da Harpa Cristã.
 
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, temos o propósito de evidenciar a importância da organização eclesiástica, diferenciando-a do institucionalismo e legalismo. Para tal, tomaremos como base de estudo o exemplo da Igreja Primitiva que, embora possuísse uma estrutura organizacional simples e ainda em desenvolvimento, era visível e eficaz. Tanto que, como estudaremos, vem servindo de inspiração para diferentes formas de governo eclesiástico ao longo dos séculos de tradição cristã. Conheceremos os principais modelos vigentes nas igrejas evangélicas do país, incluindo o aderido pela nossa denominação.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Aprofundar o entendimento acerca da Igreja, enquanto Corpo de CRISTO, como um organismo ordenado; II) Compreender, por meio do exemplo da Igreja Primitiva, a necessidade de organização para uma igreja viva e saudável; III) Aprender sobre as principais formas de governo da Igreja, segundo a tradição cristã, e a escolha do modelo de nossa igreja.
B) Motivação: Todo organismo e organização humana necessitam de ordem que, segundo o dicionário da língua portuguesa, é “a relação inteligível estabelecida entre uma pluralidade de elementos; organização; estrutura”. Ou seja, embora, nenhuma liturgia ou forma de governo humano seja perfeita, ela é necessária para o bem comum, para o desenvolvimento e boa convivência mútua de um grupo. Como Igreja de CRISTO temos a maior das vantagens: um perfeito manual de conduta que é a Palavra de DEUS, bem como o ESPÍRITO SANTO, nosso fiel Conselheiro.
C) Sugestão de Método: Como método pedagógico, propomos o uso de uma dinâmica, a fim de exemplificar de forma prática as lições estudadas nesta aula. Previamente, imprima em tamanho grande o trecho de 1Coríntios 12.20-27. Prepare duas cópias, para dividir a classe em dois grupos. Recorte cada versículo em duas ou três partes, como um quebra-cabeças, que deverá ser igual para ambas as equipes. Explique que os grupos terão alguns minutos para juntos desvendarem e montarem corretamente a passagem bíblica, o detalhe é que estarão sem a sua referência. Por isso, precisarão se organizar para descobri-la e a colocarem na ordem correta, dentro do tempo estabelecido. Enquanto mediador, vá anotando alguns comportamentos dos integrantes, ligados ao tema da aula: a importância da organização; de uma liderança; da submissão necessária; da boa comunicação; de cada um desempenhar sua função; e o que mais julgar que enfatize a forma como um grupo de pessoas necessita de alguns critérios organizacionais para o seu progresso, tanto individual quanto coletivo, em prol de uma missão em comum.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Muitos cristãos não compreendem a importância do zelo quanto à doutrina e liturgia eclesiásticas, confundindo-as com institucionalismo ou legalismo. De fato, precisamos ter vigilância para não incorrer nesses erros. Contudo, não é a organização em si que nos incita a eles. Na Criação, o ESPÍRITO de DEUS pôs ordem no caos (Gn 1.2). Assim como, desde o Antigo Testamento, o Senhor já ensinava o seu povo, de maneira detalhada, a organização e ritos necessários na devida adoração e santificação, em prol de uma íntima comunhão com Ele e uns com os outros. Embora ainda em desenvolvimento, podemos observar no Novo Testamento, a importância da organização na Igreja Primitiva para uma expressão de fé e convivência harmônica, sadia e frutífera.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A organização na Igreja de CRISTO”, localizado depois do segundo tópico, elucida que uma estrutura formal e ordenada na igreja visível não secundariza a condição espiritual do indivíduo, nem a Igreja invisível. 2) O texto “O modelo de liderança assembleiano”, ao final do tópico três, oferece um breve panorama histórico de como e por qual razão se deu a liderança eclesiástica adotada pela nossa denominação. 
 
Palavras-Chave: ORGANIZAÇÃO E ORGANISMO
 
 
COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos conhecer a Igreja como um organismo e uma organização. Veremos que não existe função sem forma nem organismo sem organização. Isso nos ajudará a evitar os extremos: uma igreja sem nenhum tipo de liderança visível; ou uma igreja estruturada em um institucionalismo rígido que acaba por sacrificá-la. Conheceremos também os três principais sistemas de governos adotados na tradição cristã ao longo dos anos e em qual, ou quais, deles a nossa igreja se enquadra. Sublinhamos que nenhum desses modelos de governo eclesiástico é mal em si mesmo. Porém, como tudo o que é humano, estão sujeitos a acertos e erros. Portanto, o padrão exposto no Novo Testamento deve ser buscado como parâmetro. 
 
 
I. A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ
1. A Igreja como organismo 
Um organismo é visto como um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo. Nesse aspecto, um corpo com as diferentes funções de seus órgãos e membros é entendido como estrutura física de um organismo vivo. Metaforicamente, a Igreja é definida como “o corpo de CRISTO” (1Co 12.27), um organismo vivo, cuja cabeça é CRISTO (Ef 5.23). Assim como um corpo funciona pela harmonia de seus membros, da mesma forma também a Igreja (1Co 12.12). Os membros não existem independentemente um dos outros (1Co 12.21). Portanto, como Corpo Místico de CRISTO, a Igreja existe organicamente.
 
 
2. A Igreja como organização 
A forma de organização da Igreja Primitiva era simples, todavia, existia. Por exemplo, a igreja seguia a liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4). Dessa forma, os apóstolos doutrinavam a igreja (At 2.42); cuidavam da parte administrativa (At 4.37); instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14.23); reuniam-se em Concílio (At 15.1-6). Por outro lado, precisamos diferenciar uma igreja organizada de uma igreja institucionalizada. A organização é saudável, o institucionalismo, não. A organização permite à igreja, como estrutura social, se movimentar; o institucionalismo a enrijece e a neutraliza. Uma igreja organizada se mantém viva; uma igreja institucionalizada caminha para a morte.
 
 
3. Organismo e organização 
Vimos que a Igreja como o Corpo de CRISTO é um organismo vivo e uma organização. Ela existe como organismo e como organização. Nesse aspecto, podemos dizer que não há organismo sem organização. Todo organismo precisa de organização, mesmo as estruturas mais simples. Alguns acreditam que a Igreja existe somente na forma de organismo e rejeitam toda forma de organização para ela. Então, por exemplo, para essas pessoas, não deve haver liderança ou estrutura alguma. Entretanto, de acordo com a Bíblia, encontramos a Igreja como forma de organismo e de organização.
 
 
SINOPSE I
Assim como o corpo humano funciona ordenadamente pela harmonia de seus membros, da mesma forma é o Corpo de CRISTO.
 
 
II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO
1. No seu aspecto local 
No contexto do Novo Testamento, a Igreja existe localmente como comunidade organizada. Dessa forma, havia a igreja que estava em Roma, Corinto, Éfeso etc. Como um organismo vivo, a igreja do Novo Testamento era organizada. Por exemplo, ela se reunia (At 2.42) e orava (At 2.42; 12.12). Contudo, enxergava as demandas sociais que precisavam ser atendidas (At 4.35); instituiu o diaconato (At 6.2-6); elegeu lideranças (At 14.23); enviou seus primeiros missionários (At 13.1-4). Todos esses fatos mostram um organismo vivo agindo de forma organizada.
 
 
2. No seu aspecto litúrgico e ritual 
Toda igreja organizada possui sua liturgia e rituais. A organização, portanto, é necessária para uma igreja viva. Uma igreja organizada, por exemplo, mantém a decência e a ordem no culto (1Co 14.40). Estabelece costumes que devem ser observados (1Co 11.16). Da mesma forma, em relação ao aspecto ritual. Nesse sentido, vemos a Igreja Primitiva batizando os primeiros crentes em águas (At 8.38,39) e realizando a Ceia do Senhor (1Co 11.23).
 
 
SINOPSE II
Organização é diferente de institucionalismo. A Igreja Primitiva nos exemplifica como a ordem é importante para uma comunidade de fé sadia e eficaz.
 
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A ORGANIZAÇÃO NA IGREJA DE CRISTO
“A tendência, no curso da história da Igreja, tem sido oscilar entre um extremo e outro. Por exemplo: algumas tradições, como a Católica Romana, a Ortodoxa Oriental e a Anglicana, enfatizam a prioridade da Igreja institucional ou visível. Outras, como a dos quacres e dos Irmãos de Plymouth, ressaltando uma fé mais interna e subjetiva, têm desprezado e até mesmo criticado qualquer tipo de organização e estrutura formal, e buscam a verdadeira Igreja invisível.
Conforme observa Millard Erickson, as Escrituras certamente consideram prioridade a condição espiritual do indivíduo e sua posição na Igreja invisível, mas não a ponto de desconsiderar ou menosprezar a importância da organização da Igreja visível. Sugere que, embora haja distinções entre a Igreja visível e a invisível, é importante adotarmos uma abordagem abrangente, de maneira que procuremos deixar as duas serem tão idênticas quanto possível” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.550).
 
 
III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS
1. Episcopal 
Essa palavra traduz o grego “episkopos” e aparece algumas vezes no Novo Testamento (At 20.28; 1Tm 3.2; Tt 1.7). No contexto atual, o episcopalismo defende que CRISTO confiou o governo da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores”. Com o tempo, esse sistema passou a defender a primazia de um bispo sobre o outro e terminou culminando no papado romano. Esse modelo é seguido pelo Catolicismo, por algumas denominações protestantes e pentecostais.
 
 
2. Presbiteral 
O ofício de presbítero (gr. presbyteros) é encontrado no Novo Testamento (At 11.30; At 15.2). Contudo, no atual sistema presbiteral a igreja elege os presbíteros para um Conselho. Dessa forma, o Conselho possui autoridade para conduzir a igreja local. Há um supremo Concílio ou Assembleia Geral que exerce autoridade sobre as igrejas de uma determinada região ou país. É o sistema seguido pelas igrejas reformadas e algumas igrejas pentecostais na América do Norte.
 
 
3. Congregacional 
A prática de eleger os dirigentes da igreja local no contexto do Novo Testamento é vista em Atos 14.23. Nesse atual sistema, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja local. Assim, as igrejas locais são autônomas nas suas tomadas de decisões, não estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora. É o modelo seguido pelos batistas.
 
 
4. O sistema de governo de nossa igreja 
No contexto norte-americano, as Assembleias de DEUS se aproximam mais do modelo de governo presbiteral. Por outro lado, no contexto brasileiro, nossa igreja reúne elementos dos sistemas episcopal e congregacional. É, portanto, um modelo híbrido. Isso porque até o início dos anos 1930, a Assembleia de DEUS, por haver sido fundada por batistas, seguia o modelo congregacional. Contudo, esse sistema de governo sofreu modificações a partir da criação da Convenção Geral de 1930, quando elementos do modelo episcopal foram somados a sua estrutura de governo. Assim, no atual modelo de governo, em sua grande maioria, embora mantenham certa autonomia administrativa em relação as convenções Geral e Estadual, a quem são filiadas, as igrejas possuem um modelo de liderança regional e local centralizado. Por exemplo, a autoridade de estabelecer lideranças pastorais nas igrejas locais pertence às Convenções Estaduais. Em alguns casos, essa função cabe a uma igreja-sede que preside sobre um conjunto de congregações locais a ela filiadas.
 
 
SINOPSE III
O modelo de estrutura organizacional no Novo Testamento inspira a tradição cristã ao longo dos anos a regulamentar seus ministérios.
 
AUXÍLIO HISTÓRICO
O MODELO DE LIDERANÇA ASSEMBLEIANO
“As Assembleias de DEUS, especialmente no Brasil, certamente em razão de se constituírem inicialmente de crentes de diversos grupos evangélicos, atraídos pela crença bíblica do batismo no ESPÍRITO SANTO, do ponto de vista administrativo, ministerial, adotaram uma posição intermediária mais aproximada do sistema presbiteriano. Não admitem hierarquia. Não aceitam o episcopado formal, senão o conceito bíblico de que o pastor é o mesmo bispo mencionado no Novo Testamento. Admitem, entretanto, o cargo separado de presbítero. O presbítero (anteriormente chamado ‘ancião’) é o auxiliar do pastor. Porém, em algumas regiões, em campo de evangelização das Assembleias de DEUS, de certo modo, é lhe dado cargo correspondente ao de pastor, onde, na ausência deste, ele desempenha todas as funções pastorais: unge, ministra a Ceia e batiza. Entre esses, há os que possuem a dignidade, capacidade e verdadeiro dom de pastor.
[...], Porém, na Convenção Geral de 1937, na AD de São Paulo (SP), foi debatida a questão sobre se os anciãos (presbíteros) não poderiam ser considerados pastores. Os convencionais compreenderam, citando textos como 1 Pedro 5.1, Atos 20.28 e 1 Timóteo 5.17, que, em alguns casos, parece haver uma diferença entre anciãos e anciãos com chamada ao ministério, e estabeleceram, assim, a hierarquia eclesiástica que até hoje existe nas Assembleias de DEUS: diáconos, presbíteros e ministros do evangelho (pastores e evangelistas).
[...] Nas Assembleias de DEUS, embora o trabalho do presbítero tenha a sua definição, passou a ser também visto como o penúltimo cargo a ser exercido pelo obreiro, na sucessão das ordenações, antes de ser consagrado a evangelista ou pastor” (ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.715,716).
 
 
CONCLUSÃO
Nesta lição, fizemos uma análise da Igreja como organismo e organização. O que ficou claro é que as Escrituras destacam a Igreja como um organismo vivo e organizado. Nesse aspecto, juntamente com os presbíteros e diáconos, o colégio apostólico dava corpo e forma ao ministério local da igreja neotestamentária. Embora essa igreja possuísse uma estrutura organizacional muito simples, contudo, ela existia. Por outro lado, embora não haja nenhuma norma específica de como deve ser o governo da igreja no Novo Testamento, ao longo dos anos os cristãos têm procurado se inspirar no texto bíblico para regulamentar seus ministros e ministérios.
  
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Conceitue “organismo”.
Um organismo é visto como um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo.
2. Caracterize a organização da Igreja Primitiva.
A forma de organização da Igreja Primitiva era simples, todavia, existia. Por exemplo, a igreja seguia a liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4). Dessa forma, os apóstolos doutrinavam a igreja (At 2.42); cuidavam da parte administrativa (At 4.37); instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14.23); reuniam-se em Concílio (At 15.1-6).
3. Quais fatos mostram a Igreja como um organismo vivo agindo de forma organizada?
Como um organismo vivo, a igreja do Novo Testamento era organizada. Por exemplo, ela se reunia (At 2.42) e orava (At 2.42; 12.12). Contudo, enxergava as demandas sociais que precisavam ser atendidas (At 4.35). Instituiu o diaconato (At 6.2-6); elegeu lideranças (At 14.23); enviou seus primeiros missionários (At 13.1-4).
4. Explique o sistema de governo episcopal e congregacional.
No contexto atual, o episcopalismo defende que CRISTO confiou o governo da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores”. Já no sistema congregacional atual, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja local. Assim, as igrejas locais são autônomas nas suas tomadas de decisões, não estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora.
5. Explique o sistema de governo de nossa igreja.
No atual modelo de governo de nossas igrejas, a sua grande maioria, embora mantenham certa autonomia administrativa em relação as convenções Geral e Estadual, a quem são filiadas, possuem um modelo de liderança regional e local centralizado.
 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A IGREJA: ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO
Nesta lição, veremos de que forma a Igreja do Senhor se organizou ao longo dos anos enquanto instituição religiosa. Veremos também que é o fato de a Igreja ser compreendida como organismo vivo que dá vida a todas as ações realizadas por ela neste mundo. É evidente que, após os primeiros 300 anos de existência, a Igreja se institucionalizou a partir dos primeiros concílios que definiram e organizaram as doutrinas cristãs (Niceia, 325 d.C.; Constantinopla, 381 d.C.; Éfeso, 431 d.C.; Calcedônia, 451 d.C.). Contudo, o desafio da Igreja nestes últimos dias é não perder a perspectiva de que sua existência não se deve apenas ao aspecto institucional, mas, acima de tudo, à sua qualidade espiritual. Assim como na visão da tricotomia humana temos espírito, alma e corpo, a Igreja do Senhor não existe apenas a partir da sua estrutura física. Ela existe pela qualidade dos seus membros e, em razão da união com CRISTO, bem como pela preservação do ESPÍRITO SANTO, continua viva e atuante na sociedade.
Um ensinamento extraído das Cartas apocalíticas enviadas às igrejas da Ásia Menor endossa a necessidade de a igreja do Senhor manter-se viva e unida a CRISTO. Ao anunciar a mensagem ao anjo da igreja de Laodiceia, chama a atenção o fato de que era uma igreja que tinha aparência de riqueza e abastança e dizia-se não ter falta de nada. Contudo, a mornidão imperava entre os seus membros (Ap 3.15-17). O dilema vivido por essa igreja se assemelha ao que pode ser notado nos dias atuais. Temos uma igreja que existe enquanto instituição religiosa e pessoa jurídica, porém, carente do ardor do ESPÍRITO SANTO. Isso pode ser percebido pela ausência de manifestações espirituais como o batismo no ESPÍRITO SANTO e os dons espirituais entre os seus membros. Entretanto, o que mais chama a atenção no tocante à sua frieza espiritual é a ausência de comunhão e cordialidade entre os seus membros.
O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, 1995), endossa que “1. A igreja morna é aquela que transige com o mundo e, em comportamento, se assemelha à sociedade ímpia ao seu redor, professa o Cristianismo, mas, na realidade, é espiritualmente ‘desgraçada e miserável’ (vv.17,18); 2. CRISTO faz a esta igreja uma séria advertência no tocante ao seu julgamento contra a mornidão espiritual (vv.15-17); 3. CRISTO faz também um convite sincero para que se arrependa e seja restaurada a uma posição de fé, justiça, revelação e comunhão (vv.18,19)” (p.1988). O convite do Senhor JESUS se estende à Sua Igreja nos dias atuais. Como organização institucional, e também como organismo vivo, a Igreja do Senhor deve zelar pela sua identidade enquanto Corpo de CRISTO e canal de salvação para todos os povos.
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Lição 11, A Organização de uma Igreja Local
3º trimestre de 2015 - A Igreja E O Seu Testemunho - As Ordenanças De CRISTO Nas Cartas Pastorais
Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
 
 
TEXTO ÁUREO
"Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei."(Tt 1.5)
 
VERDADE PRÁTICA
A igreja local deve subordinar-se à orientação de DEUS, através de sua Palavra, que é o "Manual de Administração Eclesiástica" por excelência.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 18.11 Um ano e meio ensinando a poderosa Palavra de DEUS
Terça - At 18.23 Indo de um lugar para o outro animando os irmãos
Quarta - Ef 5.19 Animando os irmãos com salmos, hinos e canções espirituais
Quinta - Mt 28.19,20 A ordenança do Senhor JESUS para que a Igreja ensine a todos
Sexta - 1 Co 4.1,2 A fidelidade dos servidores de CRISTO JESUS
Sábado - Rm 16.5; 1 Co 16.19 Saudação aos crentes que se reuniam nas casas dos irmãos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tito 1.4-14
4 - a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de DEUS Pai e da do Senhor JESUS CRISTO, nosso Salvador. 5 - Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei: 6 - aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. 7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; 8 - mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, 9 - retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes. 10 - Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, 11 - aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância. 12 - Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. 13 - Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé, 14 - não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.
 
OBJETIVO GERAL
Apresentar os requisitos bíblicos para formar um ministro do Evangelho.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar o panorama da epístola a Tito.
Conscientizar sobre as qualificações dos pastores segundo a epístola.
Destacar a percepção de pureza que a epístola apresenta
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro professor, é importante que você compreenda e ressalte para os alunos o objetivo da epístola de Tito: Aconselhar o jovem pastor sobre a tarefa de "pôr em ordem" o que Paulo havia deixado inacabado nas igrejas de Creta. Outro ponto importante é saber que essa epístola tem algumas características especiais: (1) Ela possui dois resumos sobre a natureza da salvação em JESUS CRISTO (2.11-14; 3.4-7); (2) A igreja e o ministério de Tito deveriam estar edificados sobre firmes alicerces espirituais e éticos (2.11-15); (3) Contém uma das duas listas do Novo Testamento sobre as qualificações necessárias ao ministério de uma igreja (1.5-9; cf. 1 Tm 3.1-13).
PONTO CENTRAL
A epístola de Paulo a Tito demonstra com vigor as qualificações honestas para quem pretende ser pastor.
 
Resumo da Lição 11, A Organização de uma Igreja Local
I. A EPÍSTOLA ENVIADA A TITO
1. O intento da Epístola.
2. Data em que foi escrita.
3. Um viver correto.
II. O PASTOR PRECISA PROTEGER O REBANHO DE DEUS
1. Qualificação dos pastores.
2. Crentes, porém problemáticos.
3. Não dar ouvidos a ensinos falsos.
III. A PERCEPÇÃO DA PUREZA PARA OS PUROS E PARA OS IMPUROS
1. Tudo é puro para os puros (v. 15).
2. Nada é puro para os impuros (v. 15).
3. Conhecem a DEUS, mas o negam com as atitudes (v. 16).
SÍNTESE DO TÓPICO I - A epístola objetivava dar instruções ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia recebido de Paulo. A carta foi escrita aproximadamente em 64 d.C.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A qualificação dos pastores, segundo a epístola, é fundamental ser observada para que sejam competentes no relacionamento com os crentes problemáticos.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O apóstolo admoesta que para os puros, tudo é puro; para os impuros, nada é puro. Há quem diga que conhece a DEUS, mas o nega com suas atitudes: isso é perfeitamente possível.
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO top1
"Tito, como 1 e 2 Timóteo, é uma carta pessoal de Paulo a um dos seus auxiliares mais jovens. É chamada de 'epístola pastoral' porque trata de assuntos relacionados com ordem e o ministério na igreja. Tito, um gentio convertido (Gl 2.3), tornou-se íntimo companheiro de Paulo no ministério apostólico. Embora não mencionado nominalmente em Atos (por ser, talvez, irmão de Lucas), o grande relacionamento entre Tito e o apóstolo Paulo vê-se (1) nas treze referências a Tito nas epístolas de Paulo, (2) no fato de ele ser um dos convertidos e fruto do ministério de Paulo (1.4; como Timóteo), e um cooperador de confiança (2 Co 8.23), (3) pela sua missão de representante de Paulo em pelo menos uma missão importante a Corinto durante a terceira viagem missionária do apóstolo (2 Co 2.12,13; 7.6-15; 8.6,16-24), e (4) pelo seu trabalho como cooperador de Paulo em Creta (1.5)" (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, 1995, p.1886-87).
 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO top2
"As qualificações dos presbíteros (1.6-9)
As qualificações no verso 6, de acordo com o idioma original, são condições ou questões indiretas relativas aos candidatos que estão sendo considerados para o ministério. O grego traduz literalmente: 'Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução [desperdício de dinheiro] nem são desobedientes' - este pode ser considerado como um candidato ao presbitério.
Paulo parece estar usando as palavras 'ancião/presbítero' (presbyteros, v.5) e 'líder/bispo' (episkopos, v.7) de modo intercambiável. Neste primeiro período da história da Igreja, os ofícios ministeriais eram variáveis e indistintos.
Paulo chama os bispos de 'despenseiros da casa de DEUS'. Os despenseiros (pessoas encarregadas de administrar os negócios de uma casa) eram bem conhecidos daqueles que viveram no primeiro século. Uma vez que tais pessoas tinham perante o dono da casa a responsabilidade de cuidar desta, era necessário que fossem irrepreensíveis. Note também que os bispos não são simplesmente responsáveis perante DEUS como seus servos, cuidando das coisas de DEUS" (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 1.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1509).
PARA REFLETIR - A respeito das Cartas Pastorais:
Qual era o propósito da Epístola de Tito?
Dar conselhos ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia recebido.
Qual era a incumbência de Tito?
Supervisionar e organizar as igrejas na ilha de Creta.
Em que ano a Epístola de Tito foi escrita?
Aproximadamente no ano 64 d. C.
Por que para os puros tudo é puro?
Pois estes procuram viver segundo a Palavra de DEUS.
Por que nada é puro para os impuros?
Porque "confessam que conhecem a DEUS, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra" (v.16).
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 63, p. 41.
 
SUGESTÃO DE LEITURA
Manual Bíblico - Entendendo a Bíblia, Igreja - Identidade e Símbolos e O Plano Divino através dos Séculos
 
Comentários de Vários Autores com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique
 
 Comentários de - 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito - J. N. D. Kelly - Novo Testamento - Vida Nova - Série Cultura Cristã.
4. Finalmente, depois da sua abertura pesada, porém profundamente significante, Paulo chega ao seu correspondente: A Tifo, verdadeiro filho, segundo a fé comum (“a fé que compartilhamos”). Para a expressão verdadeiro, i.é, legítimo, filho, ver sobre 1 Tm 1:2. Como naquela passagem, Paulo está relembrando que seu discípulo é um dos seus próprios convertidos (ver a Introdução, pág. 9), e está vendo a origem do seu relacionamento especial na fé que foi instrumental em implantar nele. Alguns preferem a tradução a fé comum, i.é, a fé em que compartilham todos os cristãos, e comparam o uso de “comum salvação” em Jd 3; mas assim seria destruída a nota íntima e pessoal que o presente contexto requer.
A saudação Graça e paz, em distinção de 1 Tm 1:2 e 2 Tm 1:2, conforma-se ao uso das Paulinas reconhecidas. Do outro lado, da parte de DEUS Pai e de CRISTO JESUS nosso Salvador é uma fórmula incomum. Esperamos “nosso Senhor,” mas Paulo talvez se sente impulsionado a encaixar nosso Salvador de tal modo que equilibre a descrição de DEUS como “nosso Salvador” no v. 3. É relevante que suas duas únicas outras aplicações do título de “Salvador” a CRISTO nesta carta (2:13; 3:6) seguem de perto versículos em que designou DEUS pelo mesmo título.
 
ACERCA DOS OFICIAIS DA IGREJA
Paulo passa imediatamente a lembrar Tito da tarefa que deve realizar como seu representante em Creta. Essencialmente, é organizar as comunidades cristãs na ilha ao estabelecer ministros responsáveis e ao combater o falso ensino. Esta seção trata da primeira metade da sua tarefa, e pressupõe uma organização semelhante àquela que é prevista em 1 Timóteo, embora um pouco menos adiantada. Primeiramente, há a mesa de presbíteros, ou anciãos, que, como tais, conforme podemos conjeturar, não são ministros propriamente ditos, mas, sim, formam um Tribunal com Responsabilidade geral por cada comunidade. Normalmente iriam escolhidos; algum tipo de nomeação ou ordenação específica é subentendido. Ver sobre 1 Tm 5:17. Em segundo lugar, há oficiais executivos conhecidos como bispos ou superintendentes (em comunidades pequenas, poderia haver apenas um só) que cumpriam na prática os deveres ministeriais e pastorais necessários. Estes são selecionados das fileiras dos presbíteros, de modo que os dois títulos são virtualmente, embora não rigorosamente, intercambiáveis. Para os superintendentes, ver a Introdução, págs. 20-23; também notas sobre 1 Tm 3:2; 5:17. A diferença principal de 1 Timóteo é que não há menção de diáconos nesta carta. Esta é evidência de uma etapa menos complexa, talvez menos avançada, de organização eclesiástica, vista que os diáconos eram os assistentes dos supervisores. Ver sobre 1 Tm 3:8.
5. Por esta causa, Paulo começa, te deixei em Creta para que pusesses em ordem as coisas restantes. Não precisamos supor que esteja dando a Tito informações pela primeira vez, muito menos que esteja respondendo a um pedido para as tais. Como em 1 Timóteo, está recapitulando instruções já dadas de forma geral, parcialmente, sem dúvida, porque era útil tê-las registradas no preto sobre o branco, mas também para o benefício do rebanho de Tito, ao qual esperava que comunicasse a carta. O contexto subentende que o próprio Paulo já dirigiu uma missão em Creta; o verbo empregado (Gr.apoleipein) transmite a ideia de deixar para trás. Esta não pode ser identificada com a parada breve registrada em At 27, e, portanto, parece melhor datá-la depois do primeiro cativeiro romano (ver Introdução, págs. 14—17).
Embora o cristianismo tenha fincado pé em certo número de distritos, a igreja em Creta parece estar numa condição bastante desorganizada. Logo, entre as várias coisas que precisam de ser endireitadas, Paulo pede a Tito que constituísse presbíteros, conforme te prescrevi. Embora a existência dos presbíteros é pressuposta em 1 Timóteo, aqui estão sendo estabelecidos pela primeira vez. Para a prática de Paulo, cf. At 14:23.   
Alguns, impressionados pelo fato de que Paulo em nenhum lugar menciona os presbíteros pelo nome nas suas cartas reconhecidas, preferem traduzir “nomear para os cargos pessoas de idade,” sendo que o cargo é explicado no v. 7 como o de superintendente. Mas isto força muito desnecessariamente os vários contextos em que “presbítero” ocorre nas Pastorais, bem como força o Grego: ver sobre 1 Tm 5:17. Notamos que a responsabilidade total pela escolha dos presbíteros parece ter sido deixada com Tito, disposição esta que provavelmente fosse necessária pela imaturidade das comunidades cretenses. O “eu” (oculto em português) em conforme te prescrevi é enfático; a cláusula olha para o versículo seguinte e impressiona sobre Tito que seus presbíteros devem ser do tipo de homens que Paulo aprova.
6. A lista de qualificações, positivas e negativas, assemelha-se de modo muito próximo àquela que é preceituada para os superintendentes em 1 Tm 3:2-7. Os presbíteros devem ser alguém que seja irrepreensível (o singular é usado no original, a construção sendo lit, “se alguém for irrepreensível. . .”). Ou seja: não devem oferecer qualquer lacuna para a crítica: ver sobre 1 Tm 3:2, 7. Além disto, devem ser marido de uma só mulher, expressão esta que provavelmente significa (ver sobre 1 Tm 3:2) “casado uma só vez,” sendo aplicável a um homem que não se casou outra vez depois da morte da sua esposa ou depois do divórcio.
Os filhos, também, fornecem um teste útil da sua adequabilidade. Devem ser crentes, que compartilham da fé em CRISTO do seu pai, e na sua conduta diária não devem ser acusados de dissolução (Gr. asõtia: o advérbio cognato é usado em Lc 15:13 do “viver dissoluto” do filho pródigo), nem são insubordinados. Para a última qualidade, cf. 1 Tm 3: 4; ao homem que não pode criar seus filhos para serem bem comporta­ dos deve carecer a combinação de simpatia e firmeza exigida num presbítero.
7. Paulo dá uma razão para estas qualificações, e acrescenta mais uma fileira deles —Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro (lit. “encarregado de uma casa ou família”) de DEUS. Por causa da introdução abrupta do “superintendente” (Gr. episkopos) no singular numa discussão acerca de presbíteros, e também porque Paulo parece estar recomeçando sua lista e estar usando matéria que reaparece em 1 Tm 3:2-7, vários autores colocam os w. 7-9 entre parênteses como uma interpolação. Pertencem a um período, argumentam eles, em que o episcopado monárquico, ou de um só homem, já se estabelecera. Os MSS, no entanto, não oferecem qualquer apoio a este ponto de vista, e a conexão dos versículos como o que antecede é confirmada pela repetição de irrepreensível que já aparece no v. 6. Sua afinidade com 1 Tm 3:2-7 é facilmente explicada se supormos que em ambas as passagens Paulo está tomando emprestada uma lista convencional de qualidades desejáveis em oficiais da igreja. O singular o bispo é provavelmente genérico: ver sobre 1 Tm 3:2. A mudança repentina de Paulo de presbíteros em geral para os superintendentes é bastante natural se, conforme é argumentado na Introdução págs. 20—23 e nas notas sobre 1 Tm 3:2; 5:17, estes últimos eram oficiais executivos escolhidos dentre as fileiras dos primeiros.
Uma congregação cristã, Paulo declara em 1 Tm 3:15, é “a casa de DEUS;” logo, um superintendente é o despenseiro de DEUS. A ênfase re­cai em de DEUS; é porque representa a DEUS que deve ser irrepreensível. Cinco vícios que um superintendente deve evitar passam então a ser acrescentados. Não deve ser arrogante, i.é, obstinado ou voluntarioso, não irascível, visto que o trabalho pastoral requer paciência, não dado ao vinho, nem violento, (para estes vícios, ver sobre 1 Tm 3:3), nem cobiçoso de torpe ganância. Esta última falha (ver ibid.) era uma tentação especial para os ministros que tinham de manusear as ofertas da igreja e a assistência caridosa. A queixa de muitos comentaristas modernos que os padrões subentendidos nesta lista, como em 1 Tm 3:2-7, são por demais terrestres e prosaicos, revelam uma falta extraordinária de realismo. Paulo está colocando seu dedo nas tentações às quais os oficiais eclesiásticos decerto eram expostos, pela própria natureza das suas responsabilidades e trabalho, tanto na era apostólica quanto mais tarde.
8. Para contrabalançar os cinco vícios, acrescenta sete virtudes que são ainda mais próximas daquelas que estão alistadas em 1 Tm 3:2 (ver as notas ali). O superintendente deve ser hospitaleiro, porque a responsabilidade de hospedar visitas em nome da comunidade recai sobre ele; amigo do bem (Gr. philagathos), adjetivo que conota a devoção a tudo aquilo que é melhor; sóbrio, em contraste com os traços desordeiros condenados no versículo anterior; justo, piedoso, i.é, exemplar nos relacionamentos tanto com seu próximo quanto com DEUS (cf. 1 Ts 2:10 para as mesmas duas qualidades justapostas); que tenha domínio de si, virtude esta que é louvada em G1 5:23 como sendo um dos frutos do ESPÍRITO.
9. Finalmente, o ministro cristão deve ter o equipamento doutrinário certo de modo que tenha poder, assim para exortar pelo reto ensino como para convencer os que contradizem. E aqui, há tarefa dupla de edificar os fiéis e de eliminar o erro, que, como um presbítero que também é um supervisor, enfrenta seu desafio principal. (Para reto ensino, ver a nota sobre 1 Tm 1:10). Se é que quer enfrentá-lo com sucesso, deve ser ele mesmo uma pessoa que é apegado à palavra fiel que é segundo a doutrina. Noutras palavras, deve ser dedicado de coração e alma à veracidade da mensagem apostólica, e, por implicação, convicto da veracidade dela - conforme se pode parafrasear a frase complexa literalmente traduzida nas nove palavras supra. Aquela mensagem é fiel, i.é, é digna de confiança, quando concorda com a doutrina, i.é, fielmente reflete “a forma de doutrina” Rm 6:17) que o próprio Apóstolo entregara. Há uma olhada crítica aqui no falso ensino que dentro em breve será denunciado. Pode também ser notado que o querigma primitivo já está começando a tomar forma como uma coletânea fixa nas ortodoxas (ver notas sobre 1 Tm 6:20; 2 Tm 1:13-14; 2:2).
 
OS FALSOS MESTRES 1:10-16
A menção de os que contradizem no v. 9 provoca Paulo a lançar um ataque contra estes mestres mal orientados, aos quais acusa de se­ rem moralmente corruptos além de semearem erro e confusão entre os fiéis. Parece evidente que são cretenses de nascença, e embora seu en­sino tenha pontos estreitos de contato com os mestres do erro em Éfeso (1 Tm 1:3-11; 6:3-10; 2 Tm 2:14-18), tem certos aspectos especificamente locais, e seu caráter judaico é ressaltado mais fortemente. A ação vigorosa é exigida de imediato, pois as congregações de Creta mal tiveram tempo de se estabelecer e já estão sendo subvertidas.
10. Com porque existem muitos insubordinados, Paulo está dando a razão porque a nomeação de superintendentes com o caráter e o equipamento que ele mesmo estipulou é urgentemente necessário. Aqueles que são descritos no v. 9 como os que contradizem a doutrina apostólica são aparentemente por demais numerosos, e o adjetivo insubordinados vividamente retrata sua propensidade para desconsiderar as autoridades da igreja. Também são faladores frívolos (Gr. mataiologoi; para o subs. cognato, cf. 1 Tm 1:6), usando linguagem impressionante com pouco ou nenhum conteúdo sólido da verdade, e, como resultado, são enganadores que logram seus ouvintes crédulos.
Até aqui, a diatribe de Paulo é por demais generalizada para nos dar quaisquer informações concretas acerca da heresia deles, mas agora acrescenta que suas críticas severas se aplicam especialmente aos da circuncisão. Emprega esta expressão em Rm 4:12 para judeus, mas em G1 2:12 e Cl 4:11 (cf. também 10:45; 11:2) para cristãos judeus. Este último pode ser o significado aqui (cf. Moffatt: “os que vieram do judaísmo”). Podemos, portanto, inferir que, embora o grupo rebelde consistisse em cristãos tanto gentios quanto judeus, estes últimos formavam o elemento mais ativo. Há evidência (Josefo, Antiq. xvii. 327; Bell. Iud ii. 103; Filo, Leg. ad Gaium 282) de que os judeus eram numerosos em Creta.
11. Paulo está a favor de perder pouco tempo com os dissidentes — É preciso fazê-los calar. Esta tradução preserva a metáfora vigorosa do verbo gr. epistomazein (hapax), que significa colocar uma mordaça, e não simplesmente um freio, na boca de um animal. É urgentemente necessário porque andam pervertendo (o verbo significa literalmente “estão virando de cabeça para baixo”) casas inteiras, ensinando o que não devem. Esta frase enigmática relembra 1 Tm 5:13 (“falando o que não devem”), onde (ver a nota) os estudiosos têm suspeitado uma referência velada às artes mágicas. Pode haver semelhante referência aqui, mas é igual­ mente possível, que Paulo esteja pensando nos falsos ensinos dos mestres do erro.
O que parece claro de qualquer maneira é que estas pessoas perigosas, conforme o Apóstolo as vê, não estão movidas pelo desejo de servi a DEUS ou a seu próximo, mas, sim, estão a fim de fazer “lucros sórdidos” (torpe ganância). Acusa os dissidentes de Éfeso, também, de terem motivos mercenários (1 Tm 6:5), mas em nenhum caso indica se os lucros esperados viriam de emolumentos, ofertas, ou dalguma outra fonte. Este, também, é um toque de colorido local, pois os cretenses tinham má fama na antiguidade por sua avareza (e.g. Políbio, Hist. vi. 46. 3).
12. Ao se comportarem assim, Paulo continua, estão meramente vivendo à altura do quadro pouco lisonjeiro do caráter cretense que dentre eles, um seu profeta, pintou. Passa então a citar a linha (é um hexâmetro no original), Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. Cita refrões semi-proverbiais semelhantes de Menandro em 1 Co 15:33 e (se At 17:28 registra com exatidão suas palavras) de Arato no seu discurso em Atenas. O poeta em epígrafe aqui é, segundo Clemente da Alexandria (Strom. i. 59. 2), Epimênides de Cnosso, em Creta, um ensinador religioso e taumaturgo do século VI a.C. A linha às vezes tem sido atribuída a Calímaco (c. de 305 —c. de 240 a.C.) porque a primeira metade ocorre no seu Hino de Zeus, mas é provável que estivesse citan­ do uma frase que já era proverbial nos tempos dele. Paulo chama Epimênedes um profeta, e assim enfatiza a autoridade do julgamento dele; mas é interessante notar que Platão, Aristóteles, Cícero, e outros falam dele como sendo um homem inspirado, profético.
Epimênides, segundo parece, estigmatizou os cretenses como sen­do sempre mentirosos porque alegavam ter o túmulo de Zeus na sua ilha. Esta era uma impostura flagrante, pois Zeus era o principal dos deuses, e, no ponto de vista dos seus devotos, muitíssimo vivo. O dito, porém, tomou-se um lema popular, uma zombaria que dava expressão à reputação chocante que os cretenses tinham no mundo antigo pela sua falsidade. Este conceito predominava tanto que o verbo “cretizar” (Gr. krètigrar.” Os comentários de Paulo teriam escrito de modo tão despojado de tato, para não dizer rudemente, numa carta real que visava ser lida em voz alta diante de um auditório cretense (conforme 3:15 sugere que es­ ta carta tinha tal destinação). Mas o Apóstolo está alarmado e zangado com a conduta dos sectários, e em tal disposição de ânimo as pessoas nem sempre deixam de falar francamente. De qualquer maneira, dificilmente teria esperado que os cristãos verdadeiros nas comunidades cretenses padecessem de sensibilidade nacionalista.
Nenhuma insinuação profunda precisa ser lida em feras terríveis, ventres preguiçosos. Sem forçar os pormenores (é uma citação, afinal das contas), Paulo considera que a linha expressa, com exatidão prática, a falsidade, a grosseria, e a gula do grupo dissidente em Creta. Tal testemunho é exato, acrescenta ele. O tom da frase sugere que teve amarga experiência pessoal na ilha. Tito, portanto, deve repreendê-los, i.é, os dissidentes, não os cretenses de modo geral, severamente. Sua severidade, no entanto, não deve ser negativa, mas, sim, deve visar garantir que sejam sadios na fé. Para a noção, característica nas Pastorais, que a ortodoxia doutrinária é “sadia,” ao passo que o erro é uma forma de doença, ver sobre 1 Tm 1:10; 6:4.
Nas palavras que se seguem, e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade, Paulo finalmente lança alguma luz sobre o conteúdo dos ensinos dos mestres do erro. Primeiramente, consiste em fábulas (lit. “mitos”) judaicas, que provavelmente são muito semelhantes às “fábulas sem fim” atacadas em 1 Tm 1:4 (ver a nota ali), embora aqui sejam especificamente designadas judaicas. Em segundo lugar, os mestres do erro estão exigindo a observância de regulamentos que o Apóstolo desconsidera como mandamentos de homens. Estes não podem ser, conforme pensavam alguns dos Pais, os preceitos da Lei Mosaica, que, para Paulo, tinham origem divina. Nem pode a referência ser à “tradição dos antigos,” com sua distinção entre' carnes puras e impuras etc., visto que acrescenta que os autores destas regras são homens desviados da verdade. É razoavelmente certo de que o que ele tem em mente são exigências judaicas ascéticas (e.g. a proibição do casamento e o repúdio a certos alimentos) tais quais estão subentendidas em 1 Tm 4:3-6. Pode ser notado que descreve as tendências ascéticas da heresia de Colossos como sendo “os preceitos e as doutrinas dos homens (Cl 2:21-22).
1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito - J. N. D. Kelly - Novo Testamento - Vida Nova - Série Cultura Cristã.
 
AS IGREJAS EM CRETA
Creta é localizada no mar Mediterrâneo, ao sudeste da Grécia, sudoeste da Ásia Menor e norte da África. A ilha tem cerca de 160 quilômetros de comprimento e varia em largura de 7 a 35 milhas. Devido à sua localização estratégica, Creta foi exposta a civilização grega e romana, apesar da reputação de seus cidadãos por serem "mentirosos, bestas ruins, [e] ventres preguiçosos" (Tito 1:12). Alguns dos judeus em Jerusalém no dia de Pentecostes eram de Creta e ouviram o evangelho pregado na sua própria língua (At 2:11). Os crentes da igreja em Creta eram novos, imaturos na fé, e sem dúvida uma igreja pequena, embora seu crescimento possa ter sido considerável. A fim de supervisionar tantas congregações espalhadas por uma área tão grande, Tito, obviamente, iria precisar de ajuda. A primeira instrução do velho Paulo a este jovem chefe foi a de nomear e ordenar outros anciãos em cada igreja (1:5). A carta não era apenas um guia para Tito, mas foi um documento escrito para comprovar sua autoridade apostólica, delegada por Paulo. Quando Tito colocou em prática fielmente as admoestações da carta na igreja, ele o fez com autoridade apostólica, o apóstolo Paulo deixou claro que qualquer líder ou membro das igrejas que se opusessem a Tito estariam se opondo ao próprio apóstolo Paulo e, portanto, estariam contrárias ao Senhor JESUS que encomendou o apóstolo. As igrejas de Creta haviam atraído "muitos homens rebeldes, faladores vazios e enganadores, especialmente os da circuncisão" (1:10), falsos mestres que não só ensinaram doutrinas ímpias, e ainda viveram vidas ímpias. Alguns desses homens eram judeus de Creta que ouviram o evangelho no dia de Pentecostes, mas não acreditaram com a fé devida. Impunham-se porque a maioria da igreja era ainda vulnerável. Mesmo depois de ter o imenso privilégio de ensino pessoal de Paulo e exemplo eles continuaram a precisar de fiéis líderes competentes para fundamentá-los ainda mais na verdade de DEUS e para serem modelos de uma vida piedosa para eles. O compromisso do líder Paulo, servo de DEUS e apóstolo de JESUS CRISTO, era levar os eleitos de DEUS à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade, fé e conhecimento que se fundamentam na esperança da vida eterna, a qual o DEUS que não mente prometeu antes dos tempos eternos. No devido tempo, ele trouxe à luz a sua palavra, por meio da pregação a mim confiada por ordem de DEUS, nosso Salvador, a Tito, meu verdadeiro filho em nossa fé comum: Graça e paz da parte de DEUS Pai e de CRISTO JESUS, nosso Salvador. (1:1–4”.
Os primeiros quatro versos desta carta, que formam a saudação, compreendem uma frase longa, envolvente e comovente. A saudação é um pouco mais formal do que as cartas escritas a Timóteo, mas o propósito de todas as três cartas era quase a mesma coisa: encorajar e fortalecer um jovem pastor que tinha conseguido ser apóstolo em um ministério difícil. Como se verá ao longo desta epístola, a ênfase está na obra salvadora de DEUS (DEUS e CRISTO são repetidamente chamados de Salvador: 1:3, 4; 2:10, 13; 3:4, 6). A saudação de abertura define o tema, centrando sobre a natureza do evangelho no ministério. Porque Paulo passou muito menos tempo na fundação e estabelecimento das igrejas na ilha de Creta, que havia passado com uma única congregação em Éfeso (onde Timóteo estava pastoreando). A Saudação de abertura de Paulo nesta carta (é uma das mais claras representações de seu ministério em qualquer lugar do Novo Testamento) é Fiel e muito mais do que uma declaração dogmática de autoridade apostólica. Embora Paulo tivesse profundos sentimentos pessoais e até mesmo certos objetivos pessoais no ministério, como seu desejo de levar o evangelho a Bitínia (At 16:7) e em Espanha (Rom. 15:24), ele não escrevia sob o impulso da emoção ou desejo pessoal, muito menos de impulso, mas sob a compulsão de verdades absolutas reveladas pelo Senhor no poder do ESPÍRITO. DEUS, que deseja salvar os pecadores, queria preparar Tito para a construção de congregações capazes de alcançar os perdidos. Nesta rica saudação a Tito, Paulo revela sete características principais que nortearam sua vida e seu serviço ao Senhor, Compromissos fundamentais que cada líder dedicado à igreja de CRISTO deve manter:
 
1- O COMPROMISSO DE SER SUBMISSO A DEUS
Paulo, servo de DEUS e apóstolo de JESUS CRISTO, (1:1a) A primeira característica é a de ser submisso à  sabedoria de DEUS. Acima de tudo, o apóstolo se via como um homem totalmente sob a autoridade divina, expressado na frase “servo de DEUS”. O nome do apóstolo Paulo em hebraico era Saul, mesmo nome do rei de Israel. Logo após sua milagrosa conversão a CRISTO lhe foi dado por Este um novo nome, no entanto, ele veio a ser conhecido exclusivamente por seu nome grego, Paulos (Paulo). Com sinceridade plena, Paulo poderia ter se identificado como um brilhante estudante, líder da fé judaica, educado aos pés do famoso mestre Gamaliel, que também havia aprendido literatura e filosofia grega. Poderia ter tirado vantagem de sua cidadania romana, uma vantagem extremamente valiosa naqueles dias. Ele poderia ter se gabado de sua vocação original como apóstolo dos gentios, do privilégio e autoridade que lhe foi concedido por JESUS. Ele poderia ter se gabado de ser "arrebatado ao terceiro céu, ter visto o paraíso ..." (2 Coríntios. 12:2, 4), ou de seu dom de milagres, de ser escolhido como o autor humano de grande parte das Escrituras da nova aliança. Apesar de todos esses privilégios, ele, no entanto, escolheu, antes de tudo identificar-se como um servo de DEUS. Doulos (servo) refere-se a pessoa mais servil na cultura dos dias de Paulo e é muitas vezes traduzido como "escravo". Paulo estava na mais completa disposição e servidão a DEUS. Ele não tinha vida, ele até mesmo declarou que não tinha vontade própria, nenhum propósito de sua autoria, e nem planos pessoais. Tudo estava sujeito ao seu Senhor. Cada pensamento, cada respiração, e tudo estava sob o domínio de DEUS. Por que Paulo se refere a si mesmo como um servo de DEUS não só aqui, mas em todas as outras vezes referindo-se a si mesmo como um servo de CRISTO (ver, por exemplo, Rom 1:1; Gal 1:10; Fl 1...: 1)? - sua intenção é se colocar ao lado de homens de DEUS do Antigo Testamento.
 
2- COMPROMISSO COM A MISSÃO DE DEUS
Para levar os eleitos de DEUS à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade, fé e conhecimento que se fundamentam na esperança da vida eterna (1:1b–2a) Pela submissão de a maestria de DEUS, ele tinha um inabalável compromisso com a missão de DEUS. É a mesma missão que liga cada pregador e professor e, num sentido mais geral, todo líder de igreja e até todo crente. Como visto neste texto, que suas missões incluem evangelização, edificação e encorajamento.  
EVANGELIZAÇÃO
Para levar os eleitos de DEUS à fé (1:1b) Paulo era reconhecido por sua responsabilidade de ajudar a busca os eleitos de DEUS, aqueles que são escolhidos de DEUS, a levar eles a fé salvadora em JESUS CRISTO. Cerca de um ano depois de escrever esta carta, o apóstolo disse a Timóteo: " Por isso, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que está em CRISTO JESUS, com glória eterna" (2 Tm. 2:10). Preguemos o evangelho para que todos tenham a oportunidade de serem salvos.
 
3- EDIFICAÇÃO
É o conhecimento da verdade que conduz à piedade, (1:1c) Segunda responsabilidade de Paulo no cumprimento de seu compromisso com a missão de DEUS era para edificar aqueles que acreditavam, ensinando-lhes todo o conselho da Palavra de DEUS para que eles pudessem ser santificados pelo conhecimento da verdade. Epignosis conhecimento, traduz-se como à clara percepção de uma verdade. Paulo tem em mente a verdade salvadora, a verdade do evangelho que conduz à salvação.
 
4- ENCORAJAMENTO
Na esperança da vida eterna, (1:2a).
A Terceira responsabilidade de Paulo no cumprimento de seu compromisso com a missão de DEUS era trazer encorajamento bíblico para os crentes, com base na sua esperança divinamente garantida na vida eterna, esperando pelo dia de ser glorificado, totalmente aperfeiçoado na justiça do próprio CRISTO. Esse é o incentivo maravilhoso da esperança sobre a qual todos os ministros de DEUS podem garantir ser o povo de DEUS.  
 
5- COMPROMISSO COM A MENSAGEM DE DEUS
A qual DEUS, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos eternos, e no tempo próprio manifestou a sua palavra (1:2b–3a). A contemplação do conteúdo do ministério do evangelho leva Paulo a um terceiro princípio fundamental do ministério, ou seja, o compromisso inflexível com a mensagem de DEUS, as Escrituras divinamente reveladas. Esse compromisso é um corolário óbvio dos dois primeiros. O entendimento do domínio soberano de DEUS e da nossa missão vem exclusivamente através das Escrituras.
 
6- COMPROMISSO COM MEIOS DE DEUS
Mediante a pregação que me foi confiada segundo o mandamento de DEUS, nosso Salvador (1:3b) O quarto princípio básico da vida e ministério de Paulo era o seu compromisso com meios próprios de DEUS para o cumprimento do ministério para o qual ele foi chamado para a proclamação da Sua Palavra completa e inerrante. Proclamação traduz kērugma, que foi usado da mensagem que um arauto daria em nome do governante ou conselho da cidade com quem ele servia. No Novo Testamento, este termo (frequentemente traduzido por "pregar") é sempre usada da proclamação pública da Palavra de DEUS, que, como o apóstolo acaba de salientar, leva os homens a fé salvadora, as edifica na verdade divina, e fortalece-os para uma vida piedosa. É por essa razão que a pregação expositiva pregação sistemática e rigorosa que explica o significado da Escritura é a única forma legítima para pregar. JESUS também declarou que "se alguém não nascer da água e do ESPÍRITO não pode entrar no reino de DEUS" (João 3:5). O pleno desdobramento da salvação é o plano e o trabalho de toda a Trindade. É a alegria de DEUS para salvar os pecadores (cf. Lc 15:7, 10, 20-24) e da tristeza de DEUS, quando se perdem (ver Lucas 19:21-24).
 
7- COMPROMISSO COM O POVO DE DEUS
A Tito, meu verdadeiro filho segundo a fé que nos é comum, graça e paz da parte de DEUS Pai, e de CRISTO JESUS, nosso Salvador (1:4) O quinto princípio fundamental da vida de Paulo que é ilustrado aqui foi o seu compromisso com o povo de DEUS. Ele tinha devoção leal  àqueles que, como Tito, seu verdadeiro filho na fé comum, possuíam. Ele usou palavras quase idênticas para Timóteo (1 Tm 1:1; Cf 2 Tm 1:2). Verdadeiros gnēsios tem o significado básico de "estar legalmente gerado". Teknon Criança traduz, como um filho legítimo, em contraste a um que nasceu fora do casamento. As duas palavras juntas, portanto, intensificam a declaração de Paulo de sua estreita relação com Tito, seu filho espiritual, no mais pleno sentido. O apóstolo era o agente humano usado para trazer Tito para a salvação, e ele claramente tinha a responsabilidade principal para nutri-lo no crescimento espiritual e para treiná-lo para o serviço espiritual. A fé comum pode ser interpretada subjetivamente ou objetivamente. Subjetivamente remete à fé salvadora, que Tito compartilhava em comum com Paulo e todos os outros crentes. Objetivamente remete para as verdades da fé cristã, que Tito compartilhava em comum com o apóstolo e com todos os outros crentes que são fiéis à doutrina. Embora Paulo estava aqui, provavelmente, salientando o aspecto subjetivo da fé de Tito, é óbvio a partir desta epístola e de passagens no livro de Atos, que Paulo e Tito obedeciam à mesma doutrina apostólica. Ele não teria deixado nenhuma igreja nas mãos de um líder que não fosse bem fundamentado na Palavra. Paulo já havia confiado a Tito o trabalho com a igreja mundana e problemática em Corinto. Em sua segunda carta à congregação Paulo fala de Tito nove vezes, sempre favoravelmente. "Mas DEUS, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito. E não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado por vós, contando-nos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito me regozijei." (2 Coríntios 7:6-7.). Alguns versos depois, ele elogia o jovem pastor, dizendo: "Graças a DEUS, que coloca a mesma seriedade em seu nome no coração de Tito" (8:16) e chamá-lo de "meu companheiro e cooperador entre vocês" ( v. 23). Ao longo da história, os líderes mais poderosos e eficazes na igreja foram envolvidos no desenvolvimento de parceiros e colegas de trabalho que se estendem e perpetuam o ministério de JESUS CRISTO. Apesar de Paulo ser o mais altamente dotado dos apóstolos, ele nunca ministrou sozinho, nunca tentou exercer um ministério de uma só mão. Até sua morte, ele estava intimamente associado com uma rede incrivelmente grande de pregadores, professores e outros líderes da igreja com quem foi sócio em serviço. Ele estendeu-se através dos outros, sabendo que o Senhor não o chamou para funcionar sozinho. Ele percebeu a importância de delegar responsabilidade e preparar outras pessoas para continuar seu ministério. Todas as cartas de Paulo levam saudações de e para os amigos e colegas de trabalho. No último capítulo de sua carta à igreja em Roma, envia saudações a vinte e sete homens e mulheres por nome e elogia muitos outros que estão sem nome. Ele realmente amou seus companheiros crentes e trabalhadores e construiu profundas relações pessoais com eles onde quer que fosse. Ele continuamente os encorajou e deu a si mesmo sacrificialmente para satisfazer as suas necessidades. Tanto como Timóteo, Tito foi especialmente caro a Paulo, seu pai espiritual e mentor. A graça é o dom maravilhoso de DEUS que traz a salvação e a paz é a maravilhosa bênção que Ele concede a todos aqueles que Ele graciosamente salva. Por essa razão a frase contendo a graça e a paz tornou-se uma saudação comum entre os primeiros cristãos, uma prática talvez iniciada por Paulo. Para esta saudação, acrescentou de DEUS Pai e JESUS CRISTO, nosso Salvador, um credo simples, mas profundo, que atesta a fonte da graça do crente e da paz. O apóstolo acaba de falar de "DEUS, nosso Salvador" no verso anterior, e agora, no final da mesma frase, ele fala de CRISTO JESUS, nosso Salvador. Embora DEUS se torna o Pai celeste de todos os que depositam sua fé em CRISTO JESUS, a ênfase de Paulo aqui é em relação única do Pai para "o seu Filho unigênito" (João 3:16) e sobre a verdade, acima mencionado, que o Pai e o Filho, JESUS CRISTO, estão inseparavelmente ligadas na obra da salvação.
 
As Qualificações De Um Pastor
Parte-1 e 2
Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem o que ainda não o está, e que em cada cidade estabelecesses anciãos, como já te mandei; alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, tendo filhos crentes que não sejam acusados de dissolução, nem sejam desobedientes. Pois é necessário que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro de DEUS, não soberbo, nem irascível, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, temperante; retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes. (1:5–9)
 
Os padrões de DEUS para a liderança na igreja são elevados, uma verdade básica e extremamente fundamental que muitas igrejas evangélicas hoje negam ou ignoram. Nada é mais necessário na igreja do que a aplicação cuidadosa dos princípios bíblicos de liderança. No entanto,  líderes qualificados espiritualmente por DEUS são assustadoramente escassos nas igrejas contemporâneas. Nenhuma tendência na igreja é mais prejudicial para a obra de CRISTO do que a falta de disciplina e pastores desqualificados que cometeram graves pecados morais. O problema é que também muitos pastores mesmo tendo sido disciplinados e removidos de seus ministérios, muitas vezes são prontamente aceitos de volta na liderança tão logo cessam os comentários sobre seus delitos. Muitos dos líderes das maiores igrejas hoje absolutamente não passariam pelos padrões bíblicos. Igrejas raramente podem sobreviver a uma falha de liderança. Um pastor que tem afundado espiritualmente, doutrinariamente, ou moralmente, e não é punido e removido, inevitavelmente puxa muitos de seu povo com ele. DEUS oferece perdão e restauração espiritual a todos os crentes, incluindo pastores e líderes de todas igrejas, que sinceramente confessam e renunciam a seus pecados, não importa quão hediondo e público. A graciosa promessa de DEUS é para todos os cristãos: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:9). Mas a Palavra também deixa claro que o Senhor não aceita tal pessoa, não importa quão talentoso, popular, anteriormente eficaz, ou arrependido de volta em uma posição de liderança. Nem deve a igreja diminuir os padrões de DEUS para aquele que Ele chama para o ministério pois ele o representa diante do mundo, bem como diante da igreja. Um líder que desobedeceu e desonrou a DEUS e enfraqueceu a igreja, que tenha esbanjado a sua integridade, manchou o púlpito, e destruiu a confiança dos crentes não perde a salvação ou o perdão quando se arrepende, mas ele, diante de DEUS, perde o privilégio da liderança da igreja.
Tema central de Paulo em Tito 1:5-9 é que só homens cujo caráter atende aos padrões divinos devem ser autorizadom a entrar ou permanecer no ministério. Tito foi selecionar esses homens para a liderança nas igrejas de Creta.
O apóstolo menciona duas razões para deixar Tito em Creta. Primeiro, ele queria que o jovem pastor pusesse em ordem o que restava. Epidiorthoō verbo (colocar em ordem) é composto de duas preposições, epi ("sobre") e dia ("a"), ligados ao orthoō ("fazer direito"). É a partir orthos que derivam ortodontista, um dentista especialista que endireitar e alinhar dentes tortos. Nos tempos antigos, o termo foi usado para colocar ossos quebrados no lugar e alinhamento de membros tortos, uma função da especialidade médica que hoje chamamos de ortopedia. Tito foi encarregado com a tarefa de corrigir e endireitar as doutrinas (ver, por exemplo, 1:10-11, 13-14; 2:1) e práticas (ver, por exemplo, 1:12, 16; 3:9) nas igrejas de Creta que se tornaram defeituosas. A frase qualificativa indica ainda que o próprio Paulo, e talvez outros, tenham corrigido algumas coisas, mas Tito fora escolhido para concluir essa tarefa. A julgar pelas admoestações que se seguiram, os problemas eram de ordem moral e teológica com líderes das Igrejas envolvidos. Houve também problemas de atitude e responsabilidade pessoal nas igrejas. Porque alguns dos homens mais velhos não estavam refletindo a maturidade que deveria ter vindo com a idade, Tito deveria admoestá-los "para serem temperados, dignos, prudentes, firmes na fé, no amor, na perseverança" (2:2). Da mesma forma, Tito deveria instruir as mulheres mais velhas ", a ser reverentes em seu comportamento, não caluniadoras, nem escravas do vinho e ensinar o que é bom" (v. 3), para "encorajar as jovens a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, para serem sensatas, puras, trabalhadoras em casa, estando sujeitas a seus maridos, para que a palavra de DEUS não fosse desonrada "(vv. 4-5).
Paulo orienta para que "Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós. Exorta os servos a que se sujeitem a seus senhores, e em tudo agradem, não contradizendo, (v. 9).
O principal fator de correção foi nomear anciãos em cada cidade, como o apóstolo tinha dirigido, indicando que algumas das igrejas de lá ainda não tinha sua liderança qualificada no próprio local. Porque muitos, se não todas, as igrejas foram incomodadas por "homens rebeldes, faladores vazios e enganadores, especialmente os da circuncisão" (1:10), e porque muitas pessoas tinham se envolvido em "controvérsias tolas, genealogias e conflitos e disputas em torno da Lei "(3:9), a necessidade de liderança espiritual para exemplo moral era muito urgente. Ambos os versículos indicam que uma grande parte da controvérsia foi causada por judaizantes, judeus legalistas que tentaram impor as exigências cerimoniais da antiga aliança sobre os cristãos, mesmo aqueles que eram gentios. Paulo tinha por padrão do ministério levar homens e mulheres a CRISTO, criá-los na fé, dar-lhes a certeza da esperança eterna, e fortalecê-los com amor com líderes espirituais. Esse padrão é visto claramente no livro de Atos. Depois que Paulo e Barnabé "E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia, Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de DEUS. E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido." (Atos 14:21-23). Anciãos traduz presbuteros, que geralmente se refere a qualquer homem mais velho. Mas o termo já tinha chegado a ser usado como um título oficial para os líderes da igreja primitiva, como evidenciado pelos fatos que os anciãos estavam sendo nomeados e que eles possuíam o mais nobre caráter espiritual e possuíam a capacidade de ensinar. Não basta ser mais velho, mesmo velho na fé, isso não qualifica um homem para a liderança na igreja. De numerosas passagens do Novo Testamento parece certo de que o mais velho, supervisor (bispo), e pastor se refere ao mesmo cargo, os diferentes termos que indicam várias características do ministério, não com diferentes níveis de autoridade, como algumas igrejas adotam. As qualificações para um episkopos (literalmente, um supervisor, ou, como às vezes traduzido, bispo) que Paulo dá em 1 Timóteo 3:1-7 são claramente paralelas às dadas aqui para os idosos ou presbíteros. Tanto neste primeiro capítulo de Tito (vv. 5, 7) e no capítulo 20 de Atos (vv. 17, 28), os títulos de presbuteros e episkopos são usados para os mesmos homens. Em Atos 20:28, Paulo usa a forma verbal ainda para outro título (pastor), para o mesmo grupo de homens. "Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue". [episkopos], pastor [ou 'pastor', poimaino]  (v. 28). Em Efésios 4:11, Paulo fala dos chamados por JESUS para pastor (poimen) e professores (didaskalos). Embora a nomeação de anciãos foi uma das atribuições principais de Tito em Creta, a escolha desses homens não foi deixada ao seu próprio julgamento humano e discrição. Ele foi buscar a liderança do ESPÍRITO SANTO. No mesmo versículo (Atos 20:28), apenas duas vezes citado acima, Paulo deixa claro que a seleção dos mais velhos é uma prerrogativa divina do ESPÍRITO SANTO ("o ESPÍRITO SANTO vos constituiu vigilantes"). De uma passagem bíblica no início do livro de Atos nós aprendemos que, "E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado."( Atos ênfase, 13:2 adicionado). Somente pela direção do ESPÍRITO SANTO, e depois do jejum e da oração que os líderes da igreja enviaram Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária (v. 3). Durante essa viagem, "E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido." (Atos 14:23). A nomeação de anciãos pelos apóstolos e por seus emissários, como Timóteo e Tito, foi sempre feita, enquanto procuram a direção e sabedoria do ESPÍRITO SANTO. Seu chamado divino foi então confirmado pela Igreja. Cada cidade sugere que grande parte da ilha havia sido evangelizada por Paulo e que um número de igrejas locais havia sido estabelecido. Como o instruí indica que Paulo estava reiterando uma instrução anterior. Por essa confirmação por escrito de comando apostólico, as igrejas saberiam que as nomeações por Tito foram feitas ao abrigo de um mandato divino. Nos próximos quatro versos (6-9), Paulo menciona as qualificações inegociáveis para pastores ou anciãos (ou bispos) reveladas por DEUS. Esses líderes da igreja devem ter reputações públicas imaculadas (v. 6) e devem se qualificar em quatro áreas específicas: a moral sexual (v. 6b), a liderança da família (v. 6c), caráter geral (vv. 7-8), e habilidade no ensino (v. 9). Ao homem que não é qualificado em todos esses requisitos não é permitido ser um ancião ou Presbítero.
 
REPUTAÇÃO PÚBLICA - alguém que seja irrepreensível, (1:6a) Anenklētos (irrepreensível) é formado a partir do prefixo negativo e um enkaleō o verbo ("chamar em conta") e carrega a ideia de estar completamente inocente. Em seu Dicionário Expositivo de Palavras do Novo Testamento, WE Vine observa que este prazo "não implica absolvição apenas, mas a ausência de sequer uma carga ou de acusação contra uma pessoa." No sistema jurídico dos dias de Paulo, uma pessoa que era anenklētos não tinha nem mesmo uma suspeita de acusação. Ser irrepreensível é de tal importância que Paulo repete esta qualificação no verso seguinte (7), onde ele se refere aos líderes da igreja mesmos bispos. Ser "irrepreensível" é qualificação também necessária aos diáconos (1 Tm. 3:10). Paulo não está falando de perfeição sem pecado, mas está declarando que os líderes da igreja de CRISTO não devem possuir defeitos em suas vidas que poderiam ser identificados como pecado, mas, pelo contrário, deveriam ser reconhecidos por sua virtude, sua justiça, ou a sua piedade. Não deve existir nada em suas vidas para desqualificá-los como modelos de caráter moral e espiritual para os crentes sob seus cuidados. Eles não só devem ensinar e pregar corretamente, mas também devem viver corretamente. Paulo cobrava de Timóteo: "sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. (1 Tm. 4:12). O Senhor chamar todos os anciãos, ou presbíteros, ou pastores para serem líderes piedosos, os homens que por sua vida exemplar, bem como pela sua sã doutrina e pregação definam um padrão de virtude e devoção ao Senhor para servir de testemunho para que todos possam seguir. Equivocadamente, muitos líderes eclesiásticos exercem funções seculares na sociedade, mas  esses papéis contrastam nitidamente com os especificados no Novo Testamento.
Em 2 Timóteo 2 e 3, Paulo usa oito números diferentes para representar os "homens fiéis" (v. 2) que pudessem continuar o ministério:
Professores capazes (v. 2), Soldados na ativa (vv. 3-4), Atletas que competem de acordo com as regras (v. 5), Agricultores que trabalham duro (v. 6), Operários cuidadoso (v 15), Vasos úteis (v. 21) e Funcionários de títulos (v. 24).
Nenhuma dessas imagens são glamourosas ou de auto engrandecimento. Todos eles exemplificam o esforço diligente e auto sacrifício. E eles são chamados de "homem de DEUS" (3:17), um título técnico usado no Antigo Testamento para aquele cuja vocação é falar de DEUS.
Os líderes devem ganhar os perdidos para CRISTO, discipular e nutrir os fiéis, pregando e ensinando a sã doutrina, organizar as tomadas de decisão, terem sábia gestão cuidadosa dos recursos, vida de oração consistente e séria, disciplina dos membros que estiverem em pecado, e ordenação de outros anciãos qualificados. Mas, apesar dessas responsabilidades nobres e impressionantes, CRISTO não tinha a intenção de colocar o título de pastor ou presbítero como uma marca de status na hierarquia ou aristocracia da igreja. Como o próprio Senhor, em Sua encarnação, os líderes da igreja são, acima de tudo, servos humildes e fiéis a DEUS e ao Seu povo. As últimas palavras de JESUS a Pedro, antes de Sua ascensão foi:   "Apascenta as minhas ovelhas .... Pastoreie as minhas ovelhas ... Apascenta as minhas ovelhas" (João 21:15-17). A palavra pastor, na verdade é uma metáfora que o Senhor a respeito de si mesmo. "Eu sou o bom pastor", disse Ele, "o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas .... Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas conhecem-me "(João 10:11, 14. Cf v. 16). O escritor de Hebreus fala de CRISTO como "o supremo Pastor das ovelhas" (Hb 13:20). Pedro fala d'Ele como "o Pastor e Bispo das [nossas] almas" (1 Ped. 2:25) e como "o Supremo Pastor" (5:4). Pastores nunca gozaram status elevado. Eles sempre estiveram nos degraus inferiores da escada socioeconômica. Seu trabalho é importante e preenche uma função necessária, mas é semiqualificado na melhor das hipóteses, consistindo em tarefas rotineiras, repetitivas e sem glamour que a maioria das pessoas evitam. Se um pastor tem um coração de pastor, ele estará satisfeito e fiel ministrando as responsabilidades menos visíveis e menos atraentes, como aqueles que não são altamente visíveis e atraentes. Durante a Última Ceia, JESUS "Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. - Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes." (João 13:4, 5, 12-17) No final da ceia, no entanto, "houve também uma disputa entre [os discípulos] a respeito de que um deles ser considerado o maior" (Lucas 22:24). Eles haviam esquecido totalmente a lição que o Senhor havia ensinado pouco tempo antes. "E Ele [JESUS] disse-lhes:" E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve." (vv. 25-26). As marcas de um líder piedoso na igreja são humildade, amor, autodoação. O Senhor não os chamou para serem celebridades ou personalidades carismáticas, feitores, muito menos dominadores, mas o oposto, abnegados servidores que encontram a sua maior satisfação e alegria em imitar a devoção, sacrifício, humildade e amor do seu Senhor, o Grande Pastor das ovelhas. Embora o pastor não tenha que ser altamente educado ou talentoso, ele deve ser maduro na fé e exercer o dom espiritual que ele recebeu. Mesmo em uma pequena congregação um pastor pode enfrentar uma enorme diversidade de problemas e desafios. Cada pastorado exige esforço, energia, devoção, paciência, persistência e sabedoria.  Um pastor, ou ancião, não é qualificado com base na inteligência, educação, influência, ou talento humano. Ele é qualificado com base no seu caráter moral e espiritual e sua capacidade de transmitir a Palavra e comunhão com DEUS. Como acabamos de observar, cada pastor deve ser trabalhador. Apenas esses homens são dignos de serem líderes na igreja de CRISTO. Líderes da igreja de CRISTO são também para funcionar como pais em uma família. Paulo frequentemente se refere àqueles sob seus cuidados como seus filhos na fé. João refere-se àqueles a quem ele está escrevendo como "Meus filhinhos" (1 João 2:1). Como Paulo, cada líder deve ser capaz de dizer honestamente para aqueles a quem ele ministra: "Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam." (Fp 3:17; cf. 1 Tessalonicenses 2:7-12;. 5:12; 2 Tessalonicenses 3:9). Os anciãos devem ser lembrados pelos crentes em suas igrejas como "aqueles que os levaram [eles]a JESUS, que falou a palavra de DEUS para [eles]", e como aqueles cuja conduta e fé eram dignos de imitação (Hebreus 13:7). Para os cristãos perseguidos e espalhados por todo o Império Romano Pedro escreveu: "Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de CRISTO, e participante da glória que se há de revelar:
Apascentai o rebanho de DEUS, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de exemplo ao rebanho." (1 Ped. 5:1-3). Paulo exorta o jovem pastor a "Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor JESUS CRISTO;" (6:14). Depois de perguntar retoricamente: "SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?
Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração."(Sl 15:1-2). A integridade de Jó para com DEUS foi firmemente mantida contra todas as acusações e as adversidades. DEUS mesmo disse: "a Satanás," Você já pensou em meu servo Jó? Pois não há ninguém como ele na terra, um homem íntegro e reto temente a DEUS e que se afasta do mal. E ele ainda mantém a sua integridade [de tummah, intimamente relacionado com tamim], embora você tenha me incitado contra ele, para arruiná-lo sem justa causa "(Jó 2:3). Foi essa integridade que a esposa de Jó tolamente aconselhou-o a abandonar. "Você ainda se apegam a sua integridade?", Perguntou ela. "Amaldiçoa a DEUS e morrer!" (V. 9). Mas o testemunho inabalável de Jó era " Longe de mim que eu vos justifique; até que eu expire, nunca apartarei de mim a minha integridade."(Jó 27:5-6; Cf 31:6). Isaías perguntou retoricamente: "Os pecadores de Sião se assombraram, o tremor surpreendeu os hipócritas. Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas?" (Isaías 33:14); Disse Davi: "Eu andarei dentro da minha casa na integridade do meu coração" (Sl 101:2). "Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra", continua ele, "para que habitem comigo; o que anda de uma forma irrepreensível é o único que vai ministrar a mim" (v. 6).
Apascentai o rebanho de DEUS, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de DEUS, mas servindo de exemplo ao rebanho." (1 Ped. 5:1-3). Paulo exorta o jovem pastor a "Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor JESUS CRISTO;" (6:14). Depois de perguntar retoricamente: "SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?
Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração."(Sl 15:1-2). A integridade de Jó para com DEUS foi firmemente mantida contra todas as acusações e as adversidades. DEUS mesmo disse: "a Satanás," Você já pensou em meu servo Jó? Pois não há ninguém como ele na terra, um homem íntegro e reto temente a DEUS e que se afasta do mal. E ele ainda mantém a sua integridade [de tummah, intimamente relacionado com tamim], embora você tenha me incitado contra ele, para arruiná-lo sem justa causa "(Jó 2:3). Foi essa integridade que a esposa de Jó tolamente aconselhou-o a abandonar. "Você ainda se apegam a sua integridade?", Perguntou ela. "Amaldiçoa a DEUS e morrer!" (V. 9). Mas o testemunho inabalável de Jó era " Longe de mim que eu vos justifique; até que eu expire, nunca apartarei de mim a minha integridade."(Jó 27:5-6; Cf 31:6). Isaías perguntou retoricamente: "Os pecadores de Sião se assombraram, o tremor surpreendeu os hipócritas. Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas?" (Isaías 33:14); Disse Davi: "Eu andarei dentro da minha casa na integridade do meu coração" (Sl 101:2). "Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra", continua ele, "para que habitem comigo; o que anda de uma forma irrepreensível é o único que vai ministrar a mim" (v. 6).
Paulo declara, Porque só "se um homem purificar a si mesmo, [ele] será um vaso para honra, santificado e útil ao Senhor, e preparado para toda boa obra "(v. 21).
 
***MORALIDADE SEXUAL
Marido de uma só mulher, (1:6b) A primeira qualificação específica de um ancião é ele ser marido de uma esposa. A palavra grega para a frase é mais literalmente traduzida como "um homem de uma só mulher", ou "marido de uma mulher." Embora a poligamia seja claramente proibida no Novo Testamento (cf. 1 Cor. 7:2), o que não é o ponto de Paulo aqui. Ser casado com apenas um dos cônjuges de cada vez se aplica a todos os crentes, não apenas aos líderes da igreja. Nem é a referência a um viúvo que se casou novamente, uma prática que é perfeitamente admissível (Rm 7:1-3, 1 Coríntios 7:39; 1Tim 5:14). Nem que Paulo está dizendo que um presbítero deve ser casado. Se fosse esse o seu ponto, ele simplesmente poderia ter declarado tal. Mais significativamente, o próprio Paulo pode muito bem ter sido um ancião em Antioquia antes de ser apóstolo (cf. Atos 13:1), e aparentemente ele não era casado (cf. 1 Cor. 9:5).
 
Observação minha -  Pr. Luiz Henrique - Para mim aqui significa que houve uma aliança entre DEUS e o homem na hora do matrimônio ser realizado e seria quebra dessa aliança um novo casamento, pois se o homem estava agora, como viúvo, livre para servir integralmente a DEUS, como iria novamente estar se dedicando a DEUS e a seu cônjuge?
Mas não admitas as viúvas mais novas, porque, quando se tornam levianas contra CRISTO, querem casar-se; 1 Timóteo5:11
Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de mulher? não busques mulher. 1 Coríntios 7:27
1 Coríntios 7:32-35
E bem quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor; 
Mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar à mulher.
Há diferença entre a mulher casada e a virgem. A solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém, a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido.
E digo isto para proveito vosso; não para vos enlaçar, mas para o que é decente e conveniente, para vos unirdes ao Senhor sem distração alguma.
1 Coríntios 7:32-35
 
A LIDERANÇA DA FAMÍLIA tendo filhos crentes que não sejam acusados de dissolução, nem sejam desobedientes (1:6c) A segunda qualificação específica para o diaconato mencionado aqui é o da liderança da família. Um homem que não pode levar espiritualmente e moralmente a sua própria família não está qualificado para liderar uma congregação inteira. Para saber se um homem está qualificado para a liderança na igreja, olhe primeiro para a sua influência sobre os seus próprios filhos. Se você quer saber se ele é capaz de levar os incrédulos a fé em CRISTO e ajudá-los a crescer na obediência e santidade, basta examinar a eficácia de seus esforços com seus próprios filhos.
 
Éfeso: "No discurso, conduta, amor, fé e pureza, mostra-te um exemplo daqueles que acreditam" (1 Tm 4:12.). Deve-se notar que, assim como não é necessário para uma pessoa idosa se casar, nem é necessária uma pessoa idosa casada ter filhos. Mas onde não há casamento ou a paternidade, um homem precisa provar sua liderança espiritual em outras áreas da vida familiar. Também deve ser notado que Paulo assume que, se um ancião é casado, sua esposa é uma crente. O comando "Não estar vinculado com os infiéis? Porque que sociedade tem a justiça e a ilegalidade, ou que comunhão tem a luz com as trevas" (. 2 Coríntios 6:14) tem implicações para o casamento e se aplica a todos os crentes, mas especialmente para os líderes da igreja. Em seu comentário sobre ter "um direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas" (1 Cor. 9:5), Paulo deixa claro que "a mulher de um crente" é o único tipo de mulher que qualquer líder da igreja é pode ter.
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Tito - Novo Testamento Comentário Expositivo de Titus - MOODY PRESS/CHICAGO - 1996 - by THE MOODY BIBLE INSTITUTE OF CHICAGO
  
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Abertura de uma igreja – Organização Religiosa
 
Muitos não sabem, mas quando falamos igreja, a natureza jurídica é organização religiosa e abrange os templos de qualquer culto, centros religiosos independente de sua crença, ou fé. Neste sentido cabe ressaltar a importância de um escritório especializado nessa área, senão pode acontecer de elaborar um estatuto nos moldes de uma associação, e claro o Código Civil permite, mas o correto é o estatuto ser regido como uma organização religiosa com fundamento no inciso IV do art. 44 da Lei 10.406 do Código Civil Brasileiro de 10/01/2002.
Quais são os passos para abrir uma igreja?
 
A igreja, enquanto entidade religiosa, para existir no mundo jurídico precisa se materializar por intermédio de procedimentos definidos pela legislação pertinente, a qual exige básica e fundamentalmente: 
     a) o Registro de sua Fundação e Constituição da perante o Cartório de Registro de Pessoa Jurídica e b) o Credenciamento de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) perante a Receita Federal.
No que toca ao registro, a Lei dos Registros Públicos, Lei 6.015/73 é quem rege a matéria, especialmente, do registro dos atos das organizações religiosas, inclusive, a sua fundação e alterações posteriores.
Abertura de Igreja inicia-se com a Ata de assembleia junto com o Estatuto Social e demais documentos exigidos pela legislação. Registro em Cartório, Inscrição no CNPJ e em outros órgãos cabíveis.
  Após a Igreja aberta (registrada), damos toda assessoria para manter sua igreja regular.
Inicia-se uma reunião ou Ata de assembleia, a qual seja, “constituição da entidade religiosa”, com a indicação do horário e data.
Feito isto. A assembleia ou reunião que promoverá a fundação e constituição da igreja deve se debruçar sobre:
1.    Definição e aprovação da diretoria e nomeação de seu presidente ou diretor
2.    Definição do nome da igreja;
3.    Definição e aprovação do Estatuto da Igreja.
Neste particular, o art. 46, inciso II da Lei 10.406/02 deve ser observado, por isso, a imprescindibilidade da confecção de lista geral dos presentes à reunião ou assembleia de fundação e constituição da respectiva igreja. Na lista mencionada deve constar a qualificação completa dos presentes, a saber: nome completo sem abreviações, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço residencial, número da cédula de identidade e CPF, bem como os presentes devem assina-la, sem a necessidade do reconhecimento de firma.
Enfim, com a ata de fundação e constituição, lista geral dos presentes e estatuto da igreja levasse a registro perante o Cartório de Pessoa Jurídica da Jurisdição do local onde funcionará a igreja, geralmente pelo presidente ou diretor eleito.

Após análise minuciosa pelo oficial de cartório, se não houver equívocos (incoerências de ordem lógica, vícios e erros grosseiros de português, correta nominação das qualificações das documentações pessoais, entre outros apontamentos que podem ocorrer) nos respectivos documentos, ocorrerá normalmente o registro da igreja.

Após decidir abrir uma igreja, ou centro religioso,  ou fundar seu próprio ministério é de suma importância contratar um escritório especializado no assunto.

 Etapas da abertura de uma Igreja ou centro religioso:

1.    Elaboração da Ata;

2.    Elaboração do Estatuto social;

3.    Registro no Cartório;

4.    Inscrição no CNPJ junto a Receita Federal;

5.    Visto/assinatura de Advogado no Estatuto.

Prazo médio de 15 dias (Quinze dias).

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Carta a Tito (BEP – CPAD)

Autor: Paulo

Tema: A Sã Doutrina e as Boas Obras

Data: Cerca de 65/66 d.C.

 

Considerações Preliminares

Tito, como 1 e 2 Timóteo, é uma carta pessoal de Paulo a um dos seus auxiliares mais jovens. É chamada de “epístola pastoral” porque trata de assuntos relacionados com a ordem e o ministério na igreja. Tito, um gentio convertido (Gl 2.3), tornou-se íntimo companheiro de Paulo no ministério apostólico. Embora não mencionado nominalmente em Atos (por ser, talvez, irmão de Lucas), o grande relacionamento entre Tito e o apóstolo Paulo vê-se (1) nas treze referências a Tito nas epístolas de Paulo, (2) no fato de ele ser um dos convertidos e fruto do ministério de Paulo (1.4; como Timóteo), e um cooperador de confiança (2 Co 8.23), (3) pela sua missão de representante de Paulo em pelo menos uma missão importante a Corinto durante a terceira viagem missionária do apóstolo (2 Co 2.12,13; 7.6-15; 8.6, 16-24), e (4) pelo seu trabalho como cooperador de Paulo em Creta (1.5).

Paulo e Tito trabalharam juntos por um breve período na ilha de Creta (a sudoeste da Ásia Menor, no Mar Mediterrâneo), no período entre a primeira e a segunda prisão de Paulo em Roma (ver introdução a 1 Timóteo). Paulo deixou Tito em Creta cuidando da igreja ali (1.5), enquanto ele (Paulo) seguia adiante para a Macedônia (cf. 1 Tm 1.3). Algum tempo depois, Paulo escreveu esta carta a Tito, incumbindo-o de completar a tarefa em Creta que os dois haviam começado juntos. É provável que Paulo tivesse mandado a carta pelas mãos de Zenas e Apolos, que passaram por Creta, em viagem (3.13).

Nesta carta, Paulo informa sobre seus planos para enviar Ártemas ou Tíquico para substituir Tito dentro em breve. E nessa ocasião Tito devia encontrar-se com Paulo em Nicópolis (Grécia), onde o apóstolo planejava passar o inverno (3.12). Sabemos que isto aconteceu, já que na ocasião posterior, Paulo designara Tito para a Dalmácia, no litoral oriental do mar Adriático (na ex-Iugoslávia), em cuja região ficava Nicópolis, na Grécia (3.12).

 

Propósito

Paulo escreveu primeiramente para instruir Tito na sua tarefa de (1) pôr em ordem o que ele (Paulo) deixara inacabado nas igrejas de Creta, inclusive a instituição de presbíteros nessas igrejas (1.5); (2) ajudar as igrejas a crescerem na fé, no conhecimento da verdade e em santidade (1.1); (3) silenciar falsos mestres (1.11); e (4) vir até Paulo, uma vez substituído por Ártemas ou Tíquico (3.12).

 

Visão Panorâmica

Nesta epístola, Paulo examina quatro assuntos principais. (1) Ensina Tito a respeito do caráter e das qualificações espirituais necessárias a todos os que são separados para o ministério na igreja. Os presbíteros devem ser homens piedosos, de caráter cristão comprovado, e bem-sucedidos na direção da sua família (1.5-9). (2) Paulo manda Tito ensinar a sã doutrina, repreender e silenciar falsos mestres (Tt 1.10—2.1). No decurso da carta, Paulo apresenta dois breves resumos da sã doutrina (Tt 2.11-14; 3.4-7). (3) Paulo descreve para Tito (cf. 1 Tm 5.1—6.2) o devido papel dos anciãos (2.1, 2), das mulheres idosas (2.3,4), das mulheres jovens (2.4,5), dos homens jovens (2.6-8) e dos servos (2.9,10). (4) Finalmente, Paulo enfatiza que as boas obras e uma vida de retidão são o devido fruto da fé genuína (Tt 1.16; 2.7,14; 3.1, 8, 14; cf. Tg 2.14-26).

 

Características Especiais

Três características principais temos nesta epístola. (1) Dois breves resumos da verdadeira natureza da salvação em JESUS CRISTO (Tt 2.11-14; 3.4-7). (2) A igreja e o seu ministério devem estar edificados sobre firmes alicerces espirituais, teológicos e éticos. (3) Contém uma das duas listas no NT enumerando as qualificações necessárias à direção da igreja (1.5-9; cf. 1 Tm 3.1-13).

 

1.1 VERDADE, QUE É SEGUNDO A PIEDADE. Aqueles que dizem proclamar o evangelho verdadeiro, devem estar dispostos a ver sua mensagem julgada à luz do seguinte fato: se ela produz ou não piedade na vida dos que a aceitam. Nenhuma igreja ou denominação tem o direito de alegar que a sua mensagem ou doutrina é segundo a "sã doutrina" dos apóstolos (vv. 9; 2 Tm 1.11-14; 2.2; 3.10-12) e "as sãs palavras de nosso Senhor JESUS CRISTO" (1 Tm 6.3) se essa mensagem ou doutrina não leva seus seguidores a uma vida de piedade (1.16 nota; 1 Tm 6.3; Hb 1.9; ver 1 Co 13.1 nota).

 1.2 DEUS, QUE NÃO PODE MENTIR. Ver Hb 6.18.

Hb 6.18 É IMPOSSÍVEL QUE DEUS MINTA. Porque é "impossível que DEUS minta", sua Palavra e promessas a Abraão são infalíveis (v. 14). Essa fidelidade de DEUS aplica-se não somente à sua palavra falada a Abraão, mas também à sua palavra na totalidade das Escrituras. Isto é, por serem as Escrituras a inspirada Palavra de DEUS, são sumamente verdadeiras e fidedignas. A veracidade da palavra de DEUS é inerente nas palavras e frases das Escrituras. Seus escritores foram guiados pelo ESPÍRITO SANTO para escrever os manuscritos originais de tal maneira que a transmissão da mensagem de DEUS à humanidade foi comunicada sem erro.

1.5 ESTABELECESSES PRESBÍTEROS, COMO JÁ TE MANDEI. Todos os ministérios pastorais devem ter como base a mensagem de JESUS CRISTO conforme pregada pelos

apóstolos; isso quer dizer, devem fundamentar-se no padrão apostólico dos versículos 5-9 e 3.1-7. O ministério é autêntico somente à medida que conserva a Palavra fiel de

conformidade com o ensino do NT (v. 9; At 14.23; ver Ef 2.20).

1.6 IRREPREENSÍVEL, MARIDO DE UMA MULHER.

Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos fornicadores, e aos adúlteros, DEUS os julgará. Hebreus 13:4

DEUS tem elevados padrões para seu povo, quanto ao casamento e à sexualidade.

O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2; Tt 2.5; 1Pe 3.2).

A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados.

1.7 BISPO. As palavras "presbítero" (gr. presbuteros, v. 5) e "bispo" (gr. episkopos, v. 7) são equivalentes e se referem ao mesmo cargo eclesiástico. "Presbítero" indica a maturidade e dignidade espirituais necessárias ao cargo; "bispo" se refere ao trabalho de supervisionar a igreja como administrador da casa de DEUS.

 1.7 CONVÉM QUE O BISPO SEJA IRREPREENSÍVEL. DEUS requer os mais altos padrões morais para os ministros da Igreja. DEUS sabe que se os líderes não forem irrepreensíveis, a igreja se afastará da justiça por causa da falta de exemplos piedosos que sirvam como modelos de vida para o crente.

1.9 RETENDO FIRME A FIEL PALAVRA. O presbítero não somente deve estar à altura dos padrões morais e espirituais citados em 1.6-8, como também deve comprometer-se a reter firme o testemunho apostólico original a respeito da obra salvífica de JESUS CRISTO, amá-la, conhecê-la e dar sua vida por ela. Isso é essencial por duas razões. (1) Deve saber ensinar, encorajar e exortar com a Palavra de DEUS a fim de levar os corações e mentes do povo de DEUS à sincera devoção a CRISTO, à verdade e à justiça (cf. 2 Tm 4.2). (2) Deve saber corrigir os que ensinam coisas contrárias às Escrituras, a fim de conduzi-los à verdade (2 Tm 2.24-26). Se recusarem a correção, deverá convencer os demais crentes da igreja quanto à falsidade desses ensinos contrários.

1.15 TODAS AS COISAS SÃO PURAS. É provável que Paulo esteja falando a respeito da pureza ritual segundo as leis judaicas sobre alimentos (cf. Mt 15.10,11; Mc 7.15; 1 Tm 4.3-5). Alguns ensinadores estavam obcecados em fazer distinção entre comidas "puras" e "impuras" e ensinavam que a devida observância dessas coisas era essencial à verdadeira justiça. Desconheciam o verdadeiro caráter moral, a pureza interior e a justiça exterior (v. 16). Paulo ressalta que se a pessoa é moralmente pura, para ela a distinção entre comidas "impuras" e "puras" não tem importância moral. Paulo não está se referindo a coisas ou ações moralmente erradas, mas apenas à pureza cerimonial dos judeus.

1.16 CONFESSAM... MAS NEGAM-NO. Uma das maiores abominações aos olhos de DEUS é professar a fé em CRISTO e na esperança da vida eterna (v. 2) e, ao mesmo tempo, viver em desobediência a Ele e à sua Palavra (cf. Lc 6.46; Jo 14.12; 15.10-14; 1 Jo 2.4).

2.2 OS VELHOS QUE SEJAM SÓBRIOS. O significado nítido desse texto é que os homens mais idosos devem ser um exemplo para todos os crentes, para se apresentarem a DEUS como sacrifício vivo, abstendo-se de vinho embriagante (ver 1 Tm 3.2,11, onde a palavra "sóbrio" é usada com referência aos pastores e às mulheres). Esta interpretação tem apoio nos fatos abaixo: (1) "Sóbrios" (gr. nephalios) é definido nos léxicos do grego do NT como o sentido principal de abster-se de vinho. Vejamos as definições abaixo: "A palavra originalmente refere-se à abstinência de álcool" (Chave Linguística do NT Grego, Reinecher e Rogers, EVN); "quem não bebe vinho" (Dicionário Grego de Bizâncio, Atenas, 1839); "não com vinho; sem vinho" (Liddell e Scott); "livre de toda infusão de vinho" (Moulton-Milligan); "sem qualquer vinho" (Kittel e Friedrick); "não misturado com vinho" (G. Abott-Smith); "literalmente, estado de abstinência do vinho" (Brown, Dicionário de Teologia do Novo Testamento, EVN, Vol. 1). Brown acrescenta: "nephalios ocorre somente nas Epístolas Pastorais e denota o modo de vida abstinente exigido dos bispos (1 Tm 3.2), das mulheres (1 Tm 3.11) e dos mais idosos (2.2)". R. Laird Harris afirma que "nephalios é usado regularmente entre os autores clássicos no sentido de livre de todo o vinho" (The Bible Today, p. 139). (2) Os escritores judaicos contemporâneos de Paulo e de Pedro confirmam o uso comum da definição principal acima. Josefo declara, com referência aos sacerdotes judaicos, que "em todos os aspectos, são puros e abstinentes (nephalioi), sendo-lhes proibido beber vinho, enquanto usarem as vestes sacerdotais" (Antiguidades, 3.12.2). Filo também declara que a alma regenerada "se abstém (nephein) continuamente e durante a totalidade da sua vida" (Embriaguez, 37). (3) À luz do que foi dito, não se pode, em boa consciência, supor que o apóstolo Paulo empregou essa palavra sem conhecer seu significado principal (ver 1 Ts 5.6 ). Além disso, trata-se neste versículo da divinamente inspirada Palavra de DEUS.

 2.3 NÃO DADAS A MUITO VINHO.

1 Tm 3.8 NÃO DADOS A MUITO VINHO. A respeito dessa qualificação, deve notar-se o seguinte (ver também v. 3 nota): (1) É moralmente inconcebível que o apóstolo estivesse aprovando o uso moderado de todos os tipos de vinho existentes nos dias dele. Muitos vinhos eram compostos e perigosos (cf. Pv 23.29-35). (2) Alguns interpretam as palavras de Paulo no sentido que os diáconos não deviam ser beberrões habituais, e que assim ele tolerava o uso moderado de bebidas alcoólicas. Paulo, no entanto, declara que a embriaguez é um pecado tão terrível que exclui a pessoa do reino de DEUS (1 Co 6.10). É absurdo, portanto, dizer que Paulo exigiu como um dos altos padrões para os diáconos (cf.v. 2), que eles não fossem beberrões habituais (i.e., incrédulos). Logo, Paulo deve ter em mente um sentido diferente de "vinho", que não era o embriagante. (3) Longe de tolerar o uso "moderado" de bebidas alcoólicas, Paulo estava certamente advertindo contra o excessivo desejo e uso de vinhos não-fermentados, em meio a uma sociedade. O apego até mesmo ao vinho não embriagante era um vício comum nas sociedades pagãs, e correspondia à glutonaria (ver Plínio, História Natural, 14.28.139). Paulo estava enfatizando o autocontrole em todas as áreas da vida, inclusive nas coisas boas (ver Pv 25.27, onde está dito que não é bom comer "muito mel"). (4) O apóstolo Paulo não ficou sozinho nesse tipo de admoestação. A literatura rabínica contém advertências a respeito do uso excessivo do suco doce de uva, sem fermentação. Essa literatura refere-se a tirosh, uma bebida de uva que inclui "todos os tipos de sucos doces e mosto, mas não o vinho fermentado" (Tosef., Ned. IV.3); que "se for bebido com moderação, contribui para a liderança... se for bebido excessivamente, leva à pobreza" (Yoma, 76b). "Quem a bebe habitualmente, empobrecerá com certeza" ( Enciclopédia Judaica, 12.533). 

O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1)

Lc 7.33,34 “Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores.”

VINHO: FERMENTADO OU NÃO FERMENTADO? Segue-se um exame da palavra bíblica mais comumente usada para vinho. A palavra grega para “vinho”, em Lc 7.33, é oinos. Oinos pode referir-se a dois tipos bem diferentes de suco de uva: (1) suco não fermentado, e (2) vinho fermentado ou embriagante. Esta definição apoia-se nos dados abaixo.

A palavra grega oinos era usada pelos autores seculares e religiosos, antes da era cristã e nos tempos da igreja primitiva, em referência ao suco fresco da uva (ver Aristóteles, Meteorológica, 387.b.9-13). (a) Anacreonte (c. de 500 a.C.) escreve: “Esprema a uva, deixe sair o vinho [oinos]” (Ode 5). (b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito de espremer uvas e chama de oinos o suco daí produzido (Georgica, fragmento 86). (c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que quando as uvas são espremidas produzem “jarros de vinho [oinos]” (citado por Ireneu, Contra as Heresias, 5.33.3-4). (d) Uma carta em grego escrita em papiro (P. Oxy. 729; 137

C.), fala de “vinho [oinos] fresco, do tanque de espremer” (ver Moulton e Milligan, The Vocabulary of the Greek Testament, p. 10). (e) Ateneu (200 d.C.) fala de um “vinho [oinos] doce”, que “não deixa pesada a cabeça” (Ateneu, Banquete, 1.54). Noutro lugar, escreve a respeito de um homem que colhia uvas “acima e abaixo, pegando vinho [oinos] no campo” (1.54). Para considerações mais pormenorizadas sobre o uso de oinos pelos escritores antigos, ver Robert P. Teachout: “O Emprego da Palavra ‘Vinho’ no Antigo Testamento”. (Dissertação de Th.D. no Seminário Teológico de Dallas, 1979).

Os eruditos judeus que traduziram o AT do hebraico para o grego c. de 200 a.C. empregaram a palavra oinos para traduzir várias palavras hebraicas que significam vinho. Noutras palavras, os escritores do NT entendiam que oinos pode referir-se ao suco de uva, com ou sem fermentação.

Quanto a literatura grega secular e religiosa, um exame de trechos do NT também revela que oinos pode significar vinho fermentado, ou não fermentado. Em Ef 5.18, o mandamento: “não vos embriagueis com vinho [oinos]” refere-se ao vinho alcoólico. Por outro lado, em Ap 19.15 CRISTO é descrito pisando o lagar. O texto grego diz: “Ele pisa o lagar do vinho [oinos]”; o oinos que sai do lagar é suco de uva (ver Is 16.10; Jr 48.32,33). Em Ap 6.6, oinos refere-se às uvas da videira como uma safra que não deve ser destruída. Logo, para os crentes dos tempos do NT, “vinho” (oinos) era uma palavra genérica que podia ser usada para duas bebidas distintivamente diferentes, extraídas da uva: o vinho fermentado e o não fermentado.

Finalmente, os escritores romanos antigos explicam com detalhes vários processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido, especialmente as maneiras de evitar sua fermentação. (a) Columela (Da Agricultura, 12.29), sabendo que o suco de uva não fermenta quando mantido frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da seguinte maneira: “Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce como quando produzido, siga estas instruções: Depois de aplicar a prensa às uvas, separe o mosto mais novo [i.e., suco fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e revista-o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não deixe nenhuma parte da ânfora ficar acima da superfície. Tire a ânfora depois de quarenta dias. O suco permanecerá doce durante um ano” (ver também Columela: Agricultura e Arvores; Catão: Da Agricultura). O escritor romano Plínio (século I d.C.) escreve: “Tão logo tiram o mosto [suco de uva] do lagar, colocam-no em tonéis, deixam estes submersos na água até passar a primeira metade do inverno, quando o tempo frio se instala” (Plínio, História Natural, 14.11.83). Este método deve ter funcionado bem na terra de Israel (ver Dt 8.7; 11.11,12; Sl 65.9-13). (b) Outro método de impedir a fermentação das uvas é fervê-las e fazer um xarope. Historiadores antigos chamavam esse produto de “vinho” (oinos). O Cônego Farrar (Smith’s Bible Dictionary, p. 747) declara que “os vinhos assemelhavam-se mais a xarope; muitos deles não eram embriagantes”. Ainda, O Novo Dicionário da Bíblia , observa que “sempre havia meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro”.

O USO DO VINHO NA CEIA DO SENHOR. JESUS usou uma bebida fermentada ou não fermentada de uvas, ao instituir a Ceia do Senhor (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1Co

23-26)? Os dados abaixo levam à conclusão de que JESUS e seus discípulos beberam no dito ato suco de uva não fermentado.

Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra “vinho” (gr. oinos) no tocante à Ceia do Senhor. Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão “fruto da vide” (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18). O vinho não fermentado é o único “fruto da vide” verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz. O vinho fermentado não é produzido pela videira.

JESUS instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa. A lei da Páscoa em Êx 12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de seor (Êx 12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador. Seor, no mundo antigo, era frequentemente obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação. Além disso, todo o hametz (i.e., qualquer coisa fermentada) era proibido (Êx 12.19; 13.7). DEUS dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado (cf. Mt 16.6,12; 1Co 5.7,8). JESUS, o Filho de DEUS, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt 5.17). Logo, teria cumprido a lei de DEUS para a Páscoa, e não teria usado vinho fermentado.

Um intenso debate perpassa os séculos entre os rabinos e estudiosos judaicos sobre a proibição ou não dos derivados fermentados da videira durante a Páscoa. Aqueles que sustentam uma interpretação mais rigorosa e literal das Escrituras hebraicas, especialmente Êx 13.7, declaram que nenhum vinho fermentado devia ser usado nessa ocasião.

Certos documentos judaicos afirmam que o uso do vinho não fermentado na Páscoa era comum nos tempos do NT. Por exemplo: “Segundo os Evangelhos Sinóticos, parece que no entardecer da quinta-feira da última semana de vida aqui, JESUS entrou com seus discípulos em Jerusalém, para com eles comer a Páscoa na cidade santa; neste caso, o pão e o vinho do culto de Santa Ceia instituído naquela ocasião por Ele, como memorial, seria o pão asmo e o vinho não fermentado do culto Seder” (ver “JESUS”. The Jewish Encyclopaedia, edição de 1904. V.165).

No AT, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de DEUS, e um sacerdote não podia chegar-se a DEUS em adoração se tomasse bebida embriagante (Lv 10.9 nota). JESUS CRISTO foi o Sumo Sacerdote de DEUS do novo concerto, e chegou-se a DEUS em favor do seu povo (Hb 3.15.1-10).

O valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a realidade espiritual. Logo, assim como o pão representava o corpo puro de CRISTO e tinha que ser pão asmo (i.e., sem a corrupção da fermentação), o fruto da vide, representando o sangue incorruptível de CRISTO, seria melhor representado por suco de uva não fermentado (cf. 1Pe 1.18,19). Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente que o corpo e sangue de CRISTO não experimentaram corrupção (Sl 16.10;

At 2.27; 13.37), esses dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é corrompido nem fermentado.

Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento espiritual, i.e., o agente fermentador “da maldade e da malícia”, porque CRISTO é a nossa Páscoa (1Co 5.6-8). Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade, i.e., algo contendo levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança do Senhor, bem como as exigências bíblicas para dela participarmos.

Para mais sobre o vinho nos tempos do NT.

 2.4,5 MULHERES... AMAREM SEUS MARIDOS... FILHOS. DEUS tem um propósito específico para a mulher em relação à família, ao lar e à maternidade. (1) O desejo e o propósito de DEUS para a esposa e mãe, é que a sua atenção e dedicação se focalizem na família. O lar, o marido e os filhos precisam ser o centro dos interesses da mãe cristã; essa é a maneira que DEUS lhe determinou para honrar a sua Palavra (cf. Dt 6.7; Pv. 31.27; 1 Tm 5.14), (2) As tarefas específicas que DEUS deu à mulher, no que diz respeito à família, incluem: (a) cuidar dos filhos que DEUS lhe confiou (v.4; 1 Tm 5.14) como um serviço para o Senhor (Sl 127.3; Mt 18.5; Lc 9.48); (b) ser a auxiliar e fiel companheira do seu marido (vv. 4,5; ver Gn 2.18 nota); (c) ajudar o pai a formar nos filhos um caráter santo, e adestrá-los nas coisas práticas da vida (Dt 6.7; Pv 1.8,9; Cl 3.20); 1 Tm 5.10; ver o estudo PAIS E FILHOS); (d) ser hospitaleira (Is 58.5-8; Lc 14.12-14; 1 Tm 5.10); (e) usar sua capacidade prática para atender às necessidades do lar (Pv 31.13,15,16,18,19,22,24); e (f) cuidar dos pais idosos no seu lar (1 Tm 5.8; Tg 1.27). (3) As mães que desejam cumprir o plano de DEUS para sua vida e para sua família, mas que, devido às necessidades econômicas, são obrigadas a ter um emprego em que trabalham longe dos filhos pequenos, devem confiar suas circunstâncias às mãos do Senhor, enquanto oram a DEUS por condições de ocupar o seu lugar e de cumprir as funções e a posição que DEUS lhe deu no lar com os seus filhos (Pv 3.5,6; ver também Ef 5.21-23 notas; 1 Tm 5.3)

2.7 TE DÁ POR EXEMPLO.

QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR

1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”

Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de DEUS (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque DEUS estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por DEUS para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que DEUS estabeleceu mediante o ESPÍRITO SANTO. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de DEUS, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.

Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o ESPÍRITO SANTO estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a JESUS CRISTO e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de CRISTO em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.

O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.

Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a CRISTO e ao evangelho (4.12,15).

O povo de DEUS deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de DEUS, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a CRISTO pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1;

Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).

O ESPÍRITO SANTO acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (32,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de DEUS, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de DEUS?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.

Consequentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de DEUS, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, DEUS expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2; 21.7,17; Nm 20.12; 1Sm 2.23; Jr 23.14; 29.23).

A Palavra de DEUS declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem DEUS nem a igreja perdoará tal pessoa. DEUS realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo DEUS e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o ESPÍRITO SANTO está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).

Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de DEUS, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.

O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de JESUS CRISTO, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. DEUS não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de JESUS CRISTO, requer padrões espirituais muito mais altos.

Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de DEUS blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).

As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por DEUS para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).

   

2.11 A GRAÇA DE DEUS. Os versículos 11-14 descrevem a natureza e o propósito da graça salvífica de DEUS. Segundo Paulo, a graça salvífica (1) ensina o crente a rejeitar decididamente as paixões ímpias, prazeres e valores desta era, e considerando-os abomináveis (v. 12; cf. Rm 1.18-32; 2 Tm 2.22; 1 Jo 2.15-17); e (2) dirige e capacita o crente a viver "justa e piamente", enquanto espera ansiosamente pela bem-aventurada esperança e pelo aparecimento de JESUS CRISTO (v. 13; Gl 5.5; Cl 1.5; 2 Tm 4.8).  

2.13 A BEM-AVENTURADA ESPERANÇA. A "bem-aventurada esperança" pela qual todo cristão deve ansiar é o "aparecimento da glória do grande DEUS e nosso Senhor JESUS CRISTO" e a nossa união com Ele por toda a eternidade (ver Jo 14.3; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Essa esperança pode ser concretizada a qualquer momento (cf. Mt 24.42; Lc 12.36-40; Tg 5.7-9). Assim sendo, os cristãos nunca devem abrir mão da sua expectativa mantida em oração de que talvez ainda hoje a trombeta soará e o Senhor voltará.  

2.14 SE DEU A SI MESMO POR NÓS, PARA... CRISTO derramou seu sangue na cruz (1 Pe 1.18,19) para (1) redimir-nos de toda a iniquidade e da propensão de desobedecer a lei de DEUS e seus santos padrões (cf. 1 Jo 3.4), e (2) tornar-nos um povo santo, separado do pecado para ser a possessão especial de DEUS. Aqueles que estão lutando duramente contra o pecado e contra o poder de Satanás devem saber que, uma vez que CRISTO morreu em prol da sua redenção, muito mais agora, Ele dar-lhes-á graça suficiente para triunfarem sobre o poder do pecado e do mal (Rm 5.9-11).

 

3.1 QUE SE SUJEITEM AOS PRINCIPADOS. Por ser importante para o testemunho e progresso constante do evangelho, o crente deve ser obediente às autoridades civis e governamentais; deve cumprir a lei civil, ser bom cidadão e agir como vizinho Cortez e prestimoso (cf. Mt 17.24-27; 22.15-22; Rm 13.1-7; 1 Pe 2.13-17). A única exceção ocorre quando as leis do país conflitam com os ensinos bíblicos (cf. At 5.29).  

3.5 A LAVAGEM DA REGENERAÇÃO. Isto se refere ao novo nascimento do crente, visto simbolicamente no batismo cristão (ver o estudo A REGENERAÇÃO). A "renovação do ESPÍRITO SANTO" refere-se à outorga constante da vida divina aos crentes à medida que se submetem a DEUS (cf. Rm 12.2)  

3.6 ABUNDANTEMENTE ELE DERRAMOU SOBRE NÓS. A referência de Paulo neste versículo à obra do ESPÍRITO SANTO relembra o seu derramamento no dia do Pentecoste, e a partir daí (cf. At 2.33; 11.15), DEUS provê um suprimento abundante e adequado da sua graça e poder, como resultado do novo nascimento e da operação do ESPÍRITO SANTO em nós.  

3.10 AO HOMEM HEREGE... EVITA-O. Os hereges são falsos mestres que ensinam idéias e doutrinas sem base bíblica e que criam divisões nas igrejas e entre os crentes. Se uma segunda admoestação for ineficaz para corrigir tais pessoas, devem ser evitadas, i.e., rejeitadas e excluídas da igreja. Aqueles que rejeitam as verdades da Bíblia e colocam em seu lugar as próprias idéias e opiniões, são pervertidos e pecaminosos (v. 11).  

3.14 APLICAR-SE ÀS BOAS OBRAS. Paulo enfatiza que "boas obras" são o resultado da conversão do crente e da sua vida no ESPÍRITO SANTO (vv. 4-8). O crente deve ser "exemplo de boas obras" (2.7), "zeloso de boas obras" (2.14), "preparado para toda boa obra" (v. 1) e deve procurar "aplicar-se às boas obras" (v. 8).

 

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História da CGADB - https://cgadb.org.br/quem-somos/

A história da Convenção Geral das Assembleias de DEUS no Brasil – CGADB dá-se no ano de 1930. Após três décadas do surgimento no país das Assembleias de DEUS, devido ao estupendo crescimento do movimento pentecostal iniciado pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, os pastores das Assembleias de DEUS resolveram que já era tempo de se criar uma organização que estabeleceria o espaço para discussão de temas de máxima relevância para o crescimento da denominação.

A CGADB foi idealizada pelos pastores nacionais, visto que a igreja estava na responsabilidade dos missionários suecos e deram os primeiros passos em reunião preliminar realizada na cidade de Natal-RN em 17 e 18 de fevereiro do ano de 1929. A primeira Assembleia Geral da Convenção Geral das Assembleias de DEUS no Brasil foi realizada entre os dias 5 e 10 de setembro, onde se reuniram a maioria dos pastores nacionais e os missionários que atuavam no país. Foi nessa Assembleia Convencional que os missionários suecos transferiram a liderança das Assembleias de DEUS no Brasil para os pastores brasileiros. Nesta mesma reunião que liderança nacional decidiu-se por se criar um veículo de divulgação do evangelho e também dos trabalhos então realizados pelas Assembleias de DEUS em todo o território nacional. Estava lançada a semente do que viria a ser o atual jornal Mensageiro da Paz. Com a rápida repercussão nacional, o periódico, então dirigido pelo missionário Gunnar Vingren, tornou-se o órgão oficial das Assembleias de DEUS no Brasil.


As primeiras resoluções emanadas em Assembleias Convencionais de pastores das Assembleias de DEUS, foram emitidas nas Assembleias Gerais dos anos de 1933 a 1938. Nessas Assembleias Gerais deram-se longos debates sobre as características e identidade da igreja, o que hoje são por nós conhecidas como “usos e costumes”. As primeiras resoluções também tratavam acerca de alguns pontos doutrinários, principalmente no que se referia a conduta dos obreiros e que deveriam caracterizar a igreja sendo adotados por todas as Assembleias de DEUS no Brasil. A igreja experimentava um extraordinário crescimento e chegava aos mais longínquos recantos do país. Entre os anos de 1938 e 1945, quando deu-se os rumores e finalmente o transcorrer da 2ª Grande Guerra Mundial, os líderes das Assembleias de DEUS tinham enormes dificuldades de se locomoverem pelo país, e por causa desse fator não foram realizadas nenhuma assembleia convencional dos anos de 1939 e 1945.


Finalmente em 1946, em Assembleia Geral Ordinária realizada na cidade de Recife-PE os pastores das Assembleias de DEUS de todo o país decidiram-se por tornar a CGADB em uma pessoa jurídica, com a responsabilidade de representar a igreja perante as autoridades governamentais, bem como a todos os segmentos da sociedade. O primeiro Estatuto apresentou como principais objetivos da CGADB: “promover a união e incentivar o progresso moral e espiritual das Assembleias de DEUS; manter e propugnar o desenvolvimento da Casa Publicadora das Assembleias de DEUS” e principalmente a aproximação das Assembleia de DEUS no país: “Nenhuma Assembleia de DEUS poderá viver isoladamente, sendo obrigatória a interligação das Assembleias de DEUS no Brasil, com a finalidade de determinar a responsabilidade perante a Convenção Geral e perante as autoridades constituídas”. As Assembleias Gerais realizadas nas décadas seguintes foram marcadas por discussões e debates sobre temas relacionados as doutrinas bíblicas básicas e por projetos de desenvolvimento da Obra de DEUS.
Em 1989, a CGADB promoveu uma Assembleia Geral Extraordinária na cidade de Salvador-BA, quando foi decidido pelo desligamento dos pastores do Ministério de Madureira, por força de dispositivo estatutário que impede ao ministro pertencer a mais de uma convenção nacional. Os ministros do Ministério de Madureira optaram por manter a existência da então recém criada Convenção Nacional de Ministros da AD de Madureira (CONAMAD), abrindo com isso uma dissidência na igreja.


Os anos 90 marcam uma nova fase de crescimento das Assembleias de DEUS no Brasil. Em maior parte, os resultados apresentados nesse novo período de crescimento dão-se, claramente, decorrente de medidas tomadas pela CGADB durante essa década. Sob a liderança do Pr. José Wellington Bezerra da Costa, a principal decisão foi a implantação do projeto Década da Colheita, um esforço evangelístico que envolveu praticamente toda a igreja no Brasil. O censo do IBGE de 2000 mostrou, em comparação com último censo de 1991, o quando a AD cresceu nos últimos dez anos do século 20.


Assombrada pelo vultuoso crescimento da igreja e pela necessidade de um espaço mais adequado para o desenvolvimento de suas atividades, a CGADB inaugurou no dia 26 de novembro de 1996, sua nova sede, no bairro da Vila da Penha, cidade do Rio de Janeiro – RJ, em um moderno edifício de 4 andares, onde disponibilizados salas administrativas e um auditório com capacidade para 700 pessoas, além de anexo onde está instalada a EMAD – Escola de Missões das Assembleias de DEUS e uma ampla loja da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de DEUS.


Neste início de século 21, a Convenção Geral das Assembleias de DEUS no Brasil continua implantando um projeto de desenvolvimento de sua participação mais ativa na sociedade do nosso querido país. Criou-se o Conselho Político da CGADB que tem por finalidade coordenar o projeto “Cidadania AD Brasil”, que desenvolve a consciência política na liderança das Assembleias de DEUS no Brasil e gerencia o lançamento de candidatos oficiais da denominação nos pleitos eleitorais em todo Brasil. Hoje as Assembleias de DEUS contam com 22 deputados federais, 38 deputados estaduais e 1.010 vereadores. Na área cultural, a CGADB inova com o ambicioso projeto de implantação da Faculdade Evangélica de Ciências, Tecnologia e Biotecnologia da CGADB – FAECAD, oferecendo a princípio quatro curso: administração de empresas, comércio exterior, direito e teologia. A FAECAD já obteve o reconhecimento do MEC e as atividades da mesma começaram no mês de agosto de 2005.


Os frutos de um trabalho volumoso que vem sendo empreendido na liderança do Pr. José Wellington Bezerra da Costa, juntamente com a Mesa Diretora, continuam a serem colhidos pela Convenção Geral e face as comemorações dos 75 anos de existência de nossa querida CGADB, temos no Senhor JESUS, o galardoador fiel, nossa gratidão. E a cada dia que olhamos para o gigantesco trabalho que tem se tornado a Convenção Geral das Assembleias de DEUS no Brasil, devemos louvar ao Senhor, rendendo-lhe a mais tenra adoração e gratidão, e ainda sim, pedir graça ao bom DEUS no intuito de continuar iluminando nossa liderança maior, a fim de que esta obra faça avançar o Reino de DEUS na Terra. Diz a Palavra de DEUS: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças.” Ec 9.10.

 

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CGADB - todos contra todos

- abril 02, 2017

Superado os problemas da primeira CGADB, a liderança assembleiana foi tentando acomodar suas divergências. Os pastores brasileiros, gradativamente, foram conquistando seu espaço nas principais igrejas. Os suecos ainda mantiveram sua influência teológica, mas a tão almejada harmonia seria um sonho dentro das ADs.

 

Primeiro, porque transposto os problemas iniciais, outras questões surgiram ou se avolumaram. A cooperação dos missionários norte-americanos e seus projetos de utilização de novas mídias e a criação de institutos bíblicos, tornaram-se mais um ingrediente nas polêmicas convencionais.

 

Mas é muito evidente, até na história oficial, que a expansão dos ministérios, principalmente o de Madureira, foi um dos principais fatores de constantes intrigas entre os obreiros. Silas Daniel no livro História da CGADB, nomeia esse tempo crítico de "período de intensos debates".

Porém, justiça se faça: não foi só por causa de Madureira que os atritos se deram. Outras ADs também colaboraram paras as frequentes turbulências eclesiásticas. No Ceará, o irmão do atual presidente da CGADB foi um dos principais protagonistas de uma verdadeira batalha pela liderança da igreja, somente resolvida com muitas e intensas negociações.

 

Na década de 1960, com a construção de Brasília, os conflitos foram constantes entre os vários ministérios e líderes. A nova Capital Federal, em seus poucos anos de existência conseguiu sintetizar o clima reinante na denominação. Juscelino não planejou, mas a "Capital da Esperança", foi verdadeiramente cinquenta anos em cinco para as ADs no Brasil.

 

Na década de 1970, as tensões continuaram e se fizeram mais explícitas nas convenções. Nesse tempo, a CPAD tornou-se alvo de profundas disputas. A gestão da editora foi colocada sob suspeita e comissões foram criadas para investigar problemas. A empresa, planejada para dar unidade doutrinária e denominacional, por triste ironia, viria a ser o "pomo da discórdia" assembleiana.

 

Ainda nos anos 70, o veterano e respeitado Cícero Canuto de Lima se desgastaria muito no fim do seu ministério. Talvez, sem perceber, suas posições inflexíveis e de confronto com as determinações da CGADB, acabariam por trazer prejuízos à imagem do Ministério do Belenzinho.

 

Chegada à década de 80, as situações e confrontos gestados nos anos anteriores chegou ao seu limite. O antagonismo entre Missão e Madureira levou à suspensão do ministério fundado por Paulo Leivas Macalão da CGADB, instituição que ele ajudou a criar e da qual foi presidente em 1937.

 

Em seguida, a "Era Wellington" (classificação dada pelo historiador Maxwell Fajardo) seria um tempo de profundas transformações políticas, econômicas e tecnológicas no Brasil e no mundo. O advento da internet e das redes sociais transformaram as relações sociais. As informações deixam de ser monopólio de alguns grupos midiáticos. Segredos de bastidores correm o mundo.

 

Soma-se a isso tudo, as transformações no perfil das novas gerações de obreiros. Os novos pastores possuem estilo empresarial, usam extremamente o marketing e não tem pudores de se envolverem na política partidária. O poder para essa geração é um fim em si mesmo. Não fundam mais igrejas ou ministérios, erguem impérios eclesiásticos. É a fase que o sociólogo Gedeon Alencar denomina de "todos contra todos".

 

Se a CGADB já nasceu sob o signo da cisão, o atual ethos ministerial ajudou a potencializar as tensões. Vive-se nas ADs hoje, para usar alguns termos da história secular, uma "corrida imperialista", um clima de "Grande Guerra". A disputa pela presidência da CGADB virou uma luta aberta com acesso explícito aos lances da batalha. O Mensageiro da Paz, deixou de ser a única fonte de informação dos crentes sobre à convenção nacional. Não se consegue mais dissimular ou amenizar os graves conflitos desenvolvidos por essa geração.

 

O futuro é incerto e para muitos desalentador. Uma pena, pois o povo assiste perplexo à destruição da credibilidade da instituição que representa a maioria dos assembleianos.

 

Fontes:

ALENCAR, Matriz Pentecostal Brasileira: Assembleias de DEUS 1911-2011, Rio de Janeiro: Ed. Novos Diálogos, 2013.

ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

CORREA, Marina Aparecida Oliveira dos Santos. Assembleia de DEUS: Ministérios, carisma e exercício de poder. São Paulo: Fonte Editorial, 2013.

DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembleias de DEUS no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

FAJARDO, Maxwell Pinheiro. Onde a luta se travar: a expansão das Assembleias de DEUS no Brasil urbano (1946-1980) - Assis, 2015.

FRESTON, Paul. Breve História do Pentecostalismo. In: ANTONIAZZI, Alberto. Nem anjos nem demônios; interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis: Vozes, 1994.

  

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LIÇÃO 12, CPAD, 1TR2025 NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 12, CPAD, A Igreja Tem Uma Natureza Organizacional, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 12, CPAD, 1TR25

I – TITO E AS IGREJAS NA ILHA DE CRETA

1. Tito (v.4)  

2. O pastor de Creta (v. 5)

3. Creta

II – A INSTITUCIONALIDADE BÍBLICA DA IGREJA

1. A instrução paulina 

2. Igreja como instituição

3. Organização

III – A QUESTÃO ATUAL

1. Organismo e organização  

2. A experiência pentecostal   

3. É necessário organizar  

 

 TEXTO ÁUREO

“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei.” (Tt 1.5)

 

VERDADE PRÁTICA

A Igreja é um organismo vivo de natureza espiritual e, ao mesmo tempo, uma organização.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 14.23 Uma reunião de ministério para consagração de presbíteros

Terça - At 15.6 O primeiro concílio para tratar de assuntos doutrinários

Quarta - Rm 15.25-27 O apóstolo Paulo se envolvia em campanhas pela ação social

Quinta - 1 Co 5.2-5 "Comissão de Ética" na igreja de Corinto

Sexta - 1 Co 16.1,2 "Tesouraria" para cuidar das finanças

Sábado - Rm 16.1,2 Carta de recomendação e a "secretaria" da igreja

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Tito 1.1-9

1 - Paulo, servo de DEUS e apóstolo de JESUS CRISTO, segundo a fé dos eleitos de DEUS e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade,

2 - em esperança da vida eterna, a qual DEUS, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos,

3 - mas, a seu tempo, manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de DEUS, nosso Salvador,

4 - a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de DEUS Pai e da do Senhor JESUS CRISTO, nosso Salvador.

5 - Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei:

6 - aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.

7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;

8 - mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,

9 - retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.

 

Hinos Sugeridos: : 53, 247, 482 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a perspectiva bíblica a respeito da natureza orgânica e organizacional da Igreja de CRISTO. Esta é, ao mesmo tempo, um organismo vivo e uma organização constituída de múltiplos ministérios a fim de que a causa do Reino de DEUS seja atendida. Por isso, a partir do ensino bíblico a respeito da natureza da Igreja, teremos a oportunidade de refletir sobre o contexto atual que muitos procuram negar a natureza organizacional do Corpo de CRISTO como se houvesse uma impossibilidade de conjugar organismo e organização.  

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Analisar a atuação pastoral de Tito na Ilha de Creta; II) Reconhecer a institucionalidade bíblica da Igreja; III) Dialogar com a realidade atual a partir do texto bíblico.

B) Motivação: A Igreja é uma instituição divina, criada por DEUS e edificada por CRISTO para ser um testemunho vivo do Reino de DEUS dentro deste mundo. Por isso, essa instituição torna-se tanto orgânica quanto organizacional. Sua origem não é deste mundo, mas sua atuação se encontra exatamente neste mundo.   

C) Sugestão de Método: Para introduzir a aula desta semana, inicie perguntando o que a classe entende sobre organismo e organização. Ouça as respostas com atenção e, em seguida, pergunte se é possível haver conciliação entre organismo e organização. Pergunte também se o organismo anula a organização ou se a organização anula o organismo. Após consolidar essa pequena atividade reflexiva, anuncie que a lição desta semana tem como propósito correlacionar, do ponto de vista bíblico, o equilíbrio entre organismo e organização na Igreja de CRISTO.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Organismo e organização não são excludentes em si. Como membros da Igreja de CRISTO, devemos o equilíbrio bíblico de ser uma igreja orgânica e viva de modo que a sua organização honre a Bíblia e a natureza do Reino de DEUS.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Ordem na igreja em Creta", logo após o primeiro tópico, destaca a importância da organização e da disciplina na Igreja; 2) O texto "A Ida de Tito para Creta", ao final do segundo tópico, aborda a importância de uma boa liderança.

 

PALAVRA-CHAVE - ORGANIZAÇÃO

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

A Bíblia apresenta a Igreja como corpo espiritual de CRISTO, um organismo vivo com suas reuniões em torno do Senhor JESUS e suas ordenanças. Por outro lado, é também uma organização, congregação ou assembleia, com sua forma de governo. A presente lição pretende mostrar a natureza organizacional da Igreja.

 

I – TITO E AS IGREJAS NA ILHA DE CRETA

1. Tito (v.4)  

O apóstolo escreveu a Tito, estando ele em Nicópolis, na costa oeste da Grécia, ou mais provavelmente, a caminho dessa região, pois ele afirma “deliberei invernar ali”, e não “aqui”. Como as Epístolas a Timóteo, a de Tito traz importantes diretrizes para os pastores em todos os lugares e épocas. Tito é chamado de “verdadeiro filho” do apóstolo Paulo (1.4), expressão que o apóstolo também usa para Timóteo (1 Tm 1.2). Tito era grego (Gl 2.3), convertido provavelmente em Antioquia. Seu nome não é mencionado em Atos dos Apóstolos, mas aparece nove vezes em 2 Coríntios, duas em Gálatas (2.1,3), uma em 2 Timóteo (4.10) e na epístola que lhe fora destinada, que traz o seu nome. Foi companheiro do apóstolo Paulo em suas viagens missionárias, e ajudou o apóstolo em Roma (2 Tm 4.10) e em Nicópolis (Tt 3.12).

 

2. O pastor de Creta (v. 5)

Foi constituído pastor da ilha de Creta pelo apóstolo Paulo para colocar “em boa ordem as coisas que restam” e, também, para estabelecer presbíteros de cidade em cidade. Os relatos de Atos omitem esse trecho do itinerário de Paulo. Ele passou por Creta durante a sua quarta viagem, na condição de prisioneiro com destino a Roma, num local chamado “bons portos” (At 27.8), pelo que parece não foi nessa ocasião que ele deixou Tito em Creta.

 

3. Creta

Em 67 a.C., Roma anexou a ilha de Creta ao seu império, unindo-a a Cirene, no Norte da África, nos termos da Líbia, como uma só província. A situação espiritual de Creta era desanimadora porque a igreja estava desorganizada, e o grande descuido no comportamento daqueles crentes é denunciado no capítulo 2. Parece que o relaxamento espiritual era consequência de um desleixo natural, que era característica dos cretenses (Tt 1.12,13). Outro problema ali é que havia judaizantes rebeldes, mercenários e provocadores de divisão (Tt 1.10-16).

 

SINÓPSE I

O apóstolo Paulo colocou Tito como pastor em Creta para cuidar das demandas organizacionais e orgânicas da igreja.

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“CONTEXTO HISTÓRICO

[...] Em sua viagem a Roma, Paulo havia visitado originalmente a ilha de Creta (a sudoeste da Ásia Menor, no Mar Mediterrâneo) como prisioneiro (At 27.7,8). Posteriormente, depois de ser libertado de seu primeiro período de aprisionamento em Roma, Paulo voltou a Creta com Tito e trabalhou durante um breve período em seu ministério ali [...]. A seguir, Paulo incumbiu Tito de continuar trabalhando com os cretenses para organizar igrejas (1.5) enquanto ele continuava a viagem à Macedônia (cf. 1Tm 1.3). Alguns tempos depois, Paulo escreveu esta carta a Tito, instruindo-o a concluir a tarefa que ambos haviam iniciado. Paulo provavelmente enviou a carta por meio de Zenas e Apolo, que estavam viajando por Creta (3.13)” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global, editada pela CPAD, p.2280.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

ORDEM NA IGREJA EM CRETA

“A carta de Paulo a Tito é breve, porém é um vínculo importante no processo de discipulado, ajudando um jovem a tornar-se um líder da igreja. Ao ler esta carta pastoral, você aumentará seu conhecimento em relação à organização e à vida da Igreja Primitiva, e encontrará princípios para estruturar as igrejas contemporâneas. Mas aprenderá também como ser um líder cristão responsável. [...]

Paulo exige ordem na igreja e um viver correto em uma ilha conhecida pela preguiça, glutonaria, mentira e maldade. Os cristãos devem ser autodisciplinados como indivíduos e devem ser ordeiros como pessoas que formam um corpo, a Igreja. Precisamos obedecer a esta mensagem em nossos dias, quando a disciplina não é respeitada ou recompensada pela nossa sociedade. Embora outros possam não apreciar nossos esforços, devemos viver uma vida íntegra, obedecer ao governo e falar com prudência. Devemos viver unidos e pacificamente na igreja e sermos exemplos vivos de nossa fé para a sociedade contemporânea” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.1718,19).

 

II – A INSTITUCIONALIDADE BÍBLICA DA IGREJA

1. A instrução paulina 

A organização eclesiástica a que o apóstolo Paulo instrui Tito não se restringe a uma estruturação ministerial. Estabelecer presbíteros de cidade em cidade (v. 5) e instruir os líderes durante a sua carreira apostólica (At 14.23; 20.28), o apóstolo já vinha fazendo. O Novo Testamento revela a origem e o desenvolvimento desse governo. O apóstolo menciona “os bispos e diáconos” (Fp 1.1). O contexto da epístola dá a entender que o relaxo e o descuido em que estavam as comunidades cristãs da ilha de Creta eram reflexo da cultura da região (Tt 1.12). Isso está além de um problema meramente ministerial.

 

2. Igreja como instituição

Podemos definir organismo como forma individual de vida, um ser ou algo vivente. Na eclesiologia, o ensino ou estudo sobre a Igreja, significa ser a igreja um organismo porque é um corpo espiritual e vivo, cuja espiritualidade é gerada pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 3.16, 17; 6.19; Ef 2.21). Ela é uma instituição divina que veio à existência pelo poder de DEUS. Mas o nosso enfoque é a igreja como organização. Quando se fala em institucionalizar, dar caráter institucional ou de tornar institucional significa estabelecer organização. Na igreja isso foi acontecendo com o tempo desde os dias apostólicos. O apóstolo tinha em mente uma organização da igreja.

 

3. Organização

Temos no Novo Testamento alguns lampejos que nos mostram que aqueles irmãos se organizavam. Seguem alguns exemplos a favor da organização eclesiástica: havia local e horário e ordem no culto (1 Co 14.26,40), reunião de ministério para consagração de presbíteros, segundo o contexto da época de uma igreja emergente (At 14.23); foi realizado um concílio, que nós diríamos, uma convenção, para tratar de assuntos doutrinários (At 15.6). As igrejas dispunham de serviços sociais para atender as famílias economicamente fragilizadas, os capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios tratam do assunto (Rm 15.25-27); havia na igreja de Corinto o que hoje chamaríamos de comissão de ética (1 Co 5.2-5) e também tesouraria (1 Co 16.1-3). A carta de recomendação era mais como um documento, um recurso para garantir a origem e identidade das pessoas (Rm 16.1,2).

 

SINÓPSE II - A Igreja é uma instituição divina que demanda uma organização institucional.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

A IDA DE TITO PARA CRETA

“Tito, um grego, era um dos cooperadores mais confiáveis de Paulo. O apóstolo Paulo enviou Tito a Corinto em várias missões especiais para ajudar a igreja em suas dificuldades (2 Co 7—8). Paulo e Tito também viajaram juntos para Jerusalém (Gl 2.3) e Creta (1.5). Paulo deixou Tito em Creta para liderar as novas igrejas que surgiram na ilha. A última vez que Tito é mencionado por Paulo é em 2 Timóteo 4.10, a derradeira carta registrada de Paulo. Tito tinha habilidade de liderança, então Paulo deu-lhe a responsabilidade de liderar, exortando-o a usar bem sua habilidade. [...] Paulo havia designado presbíteros em várias igrejas durante suas viagens (At 14.23). Ele não poderia permanecer em cada igreja, mas sabia que estas novas igrejas precisavam de uma forte liderança espiritual. Os homens escolhidos deveriam liderar as igrejas ensinando a sã doutrina, ajudando os crentes a amadurecer espiritualmente, e equipando-os para viver para JESUS CRISTO apesar da oposição” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.1720,21).

 

III – A QUESTÃO ATUAL

1. Organismo e organização  

A ideia é de que a igreja deve se restringir a um local onde as pessoas se reúnem para adorar a DEUS, estudar a Palavra, pregar o evangelho, orar e celebrar as ordenanças eclesiásticas. O que alguns ainda não entenderam é que essas atividades espirituais exigem uma organização. A nossa atitude é mostrar que a Bíblia nos apresenta a igreja como um organismo e ao mesmo tempo uma organização. Mas nunca devemos nos esquecer de que somos cidadãos de duas pátrias, a terrestre e a celestial, e isso significa responsabilidade com as autoridades civis constituídas (Rm 13.1-7) como também com as autoridades eclesiásticas (Hb 13.17). O ensino de JESUS é: “Dai, pois, a César o que é de César e a DEUS, o que é de DEUS” (Mt 22.21). A organização da igreja além de ser uma necessidade natural é também uma exigência do Estado.

 

“A nossa atitude é mostrar que a Bíblia nos apresenta a igreja como um organismo e ao mesmo tempo uma organização.”

 

2. A experiência pentecostal   

O movimento pentecostal moderno surgiu num contexto antidenominacionista e ainda hoje há os que acreditam que tal organização representa um problema à vida espiritual. Os primeiros pentecostais modernos desde os seus ancestrais, o Movimento Holiness, conhecido também como Movimento de Santidade, eram contra à institucionalidade da Igreja. Charles Fox Pahram, aos 20 anos de idade, assumiu o pastorado de uma Igreja, em Eudora, Kansas, mas, em 1895, ele entregou a licença de pregador local, deixando o denominacionismo para sempre, de modo que se tornou itinerante independente até o fim da vida. Mas a igreja do período apostólico adotou um programa de funcionamento logo no limiar de sua história e foi uma bênção, pois ajudou a cumprir a sua tarefa de maneira eficaz (At 6.1-7).

 

3. É necessário organizar  

Em 1914, alguns dos pioneiros entenderam que havia chegado a hora de rever o sentimento antidenominacionista de Parham e de outros líderes que havia entre os pentecostais da santidade, isso para evitar um crescimento desordenado. Foi nesse contexto que foi criado o Concílio das Assembleias de DEUS nos Estados Unidos. No Brasil não foi diferente. Diante do avanço da obra no Brasil era necessário estruturar o Movimento Pentecostal e criar um órgão máximo para manter a identidade e a unidade doutrinária  dessas igrejas no país e, dessa forma, trazer solução para as questões de ordem doméstica, interna e externa. Foi com base nesses ideais que os pioneiros brasileiros e suecos criaram a Convenção Geral das Assembleias de DEUS, em setembro de 1930.

 

SINÓPSE III - Organismo e Organização não são excludentes em si, mas necessárias para a missão da Igreja.  

 

CONCLUSÃO

É importante entender que organização e organismo não são elementos excludentes em si mesmos, mas o contrário, pois isso ajuda no arranjo entre muitos organismos individuais num sistema geral. A Igreja é o povo de DEUS do Novo Concerto, é uma comunidade internacional, uma congregação supranacional de estrangeiros e peregrinos (1 Pe 2.11). Seria humanamente impossível ela cumprir a sua agenda missionária, evangelizadora, ensino da Palavra e serviço social em nosso país e no mundo sem uma estrutura organizacional.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Por que a situação espiritual de Creta era desanimadora?

A situação espiritual de Creta era desanimadora porque a igreja estava desorganizada, e o grande descuido no comportamento daqueles crentes é denunciado no capítulo 2.

2. O que dá a entender o contexto da Epístola a Tito?

O contexto da epístola dá a entender que o relaxo e o descuido em que estavam as comunidades cristãs da ilha de Creta eram reflexo da cultura da região (Tt 1.12).

3. Cite três exemplos bíblicos em favor da organização eclesiástica.

Havia local e horário e ordem no culto (1 Co 14.26,40), reunião de ministério para consagração de presbíteros, segundo o contexto da época de uma igreja emergente (At 14.23); foi realizado um concílio, que nós diríamos, uma convenção, para tratar de assuntos doutrinários (At 15.6).

4. Qual a nossa atitude em relação aos que pensam ser a igreja apenas local de culto?

A nossa atitude é mostrar que a Bíblia nos apresenta a igreja como um organismo e ao mesmo tempo uma organização.

5. Por que o programa de funcionamento, adotado pela igreja do período apostólico, foi uma bênção?

A igreja do período apostólico adotou um programa de funcionamento logo no limiar de sua história e foi uma bênção, pois ajudou a cumprir a sua tarefa de maneira eficaz (At 6.1-7).