Escrita Lição 10, Central Gospel, Tipos Bíblicos que Prefiguram o Calvário, 1Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 10, Central Gospel, Tipos Bíblicos que Prefiguram o Calvário, 1Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

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 ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 10 / ANO 2- N° 4

   

 

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ESBOÇO DA LIÇÃO 10, CENTRAL GOSPEL, 1TR25

1. TIPOS DO CALVÁRIO, COM DERRAMAMENTO DE SANGUE 

1.1. O derramamento de sangue no Livro de Gênesis

1.1.1. Adão e Eva 

1.1.2. Abel 

1.1.3. Abraão 

1.2. O derramamento de sangue no Livro de Êxodo 

1.3. O derramamento de sangue no Livro de Levítico 

1.3.1. A oferta queimada, a oferta pela paz e a oferta pelo pecado 

1.3.2. Outros símbolos de redenção e purificação nos sacrifícios levíticos 

2.  TIPOS DO CALVÁRIO RELACIONADOS À ÁGUA 

2.1. A agitação do mar 

2.2. A arca construída por Noé 

2.3. A travessia do Mar Vermelho e do Rio Jordão 

2.4. As águas de Mara 

2.5. O sinal do profeta Jonas 

3. OUTROS TIPOS DO CALVÁRIO 

3.1. O sono profundo de Adão 

3.2. A rocha ferida 

3.3. A serpente de bronze 

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Êxodo 12.12,13; Marcos 14.22-24 

Êxodo 12.12,13

12 - E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. 

13 - E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. 

Marcos 14.22-24 

22 - E, comendo eles, tomou JESUS pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. 

23 - E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. 

24 - E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado. 

 

TEXTO ÁUREO

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. 

1 Coríntios 15.3

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Isaías 61.1-11 A salvação é proclamada 

3ª feira - Romanos 5.12-21 Onde o pecado abundou, superabundou a graça

4ª feira -  2 Coríntios 5.14,15 O amor de CRISTO nos constrange

5ª feira - Hebreus 9.11-14 CRISTO, o sumo sacerdote dos bens futuros 

6ª feira - 1 Coríntios 11.23-26 Eu recebi do Senhor o que também vos ensinei

Sábado - Efésios 2.13-18  Pelo sangue de CRISTO chegastes perto

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá: 

- reconhecer os tipos bíblicos registrados no Antigo Testamento;

- compreender a importância da Tipologia Bíblica;

- entender que os tipos foram registrados para o exercício da fé.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Prezado professor, incentive os alunos a guardarem suas revistas ao final de cada trimestre. Assim, eles poderão formar uma minibiblioteca em casa, um recurso valioso para futuras pesquisas em diversos assuntos. Conservar esses materiais contribui significativamente para o aprendizado contínuo. 

Excelente aula!  

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 10, CG

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4 Tipos do calvário - Manual de Tipologia - Ada Habekshon - EDITORA VIDA

Nos presentes dias, nos quais a doutrina da expiação vicária é tão frequentemente negada, o estudo dos tipos é da máxima importância. Tem sido frequentemente notado que a linha vermelha do sangue percorre a totalidade do AT, e que assim somos constantemente lembrados do sangue derramado, sem o qual não há remissão. Nas muitas prefigurações da obra do Calvário, vemos uma vida entregue em lugar de outra, não mera­mente como exemplo do amor abnegado, conforme as pessoas agora procuram ensinar. Deve ter sido a partir desses tipos no AT que o Senhor respondeu à sua própria pergunta: “Não devia o CRISTO ter sofrido essas coisas”; e à medida que os estudamos, vemos as razões pelos seus sofrimentos.

Se os discípulos tivessem entendido que ele era o grande antítipo que todos tinham prefigurado, sua fé não teria ficado tão abalada — pois teriam entendido que era somente através da sua morte que ele podia redimir os seres humanos. É, portanto, da máxima importância que tenhamos familiaridade com as cenas e instituições no AT que tipificavam a morte de JESUS, até mesmo a morte na cruz. Paulo nos diz em 1Coríntios 15 que “CRISTO morreu por nós, conforme as Escrituras”. A sua morte não precisava do testemunho das Escrituras; mas a razão da sua morte somente podia ser compre­endida mediante o estudo das profecias e dos tipos do AT.

Enumerar cada um destes últimos seria impossível; mas se forem estudados apenas os mais conhecidos, perceberíamos como todos eles prenunciam o grande evento que foi o centro da história do mundo: e, por outro lado, quão variado é esse ensino, pois cada tipo parece enfatizar alguma verdade específica em especial.

Os tipos que prenunciavam a morte do nosso Senhor podem ser divididos em vários grupos.

Primeiro, temos aqueles nos quais houve, literalmente, derramamento do sangue. Antes de as ofertas terem sido instituídas em Levítico, muitos animais tinham sido mortos em sacrifício. É só virarmos uma única página na nossa Bíblia para ver como DEUS ensinou, por certo, Adão e Eva a oferecer sacrifícios. As roupas de pele com que DEUS os vestiu devem indicar esse fato, pois para fornecê-las deve ter havido morte; e assim as roupas que DEUS nos fornece, somente podem ser nossas mediante a morte de CRISTO. Na parte anterior do mesmo capítulo, Gênesis 3, vemos Adão e Eva juntando folhas de figueira para se cobrir, roupas indignas para usar na divina presença; mas DEUS os veste de roupas que falam de CRISTO. No capítulo seguinte, o cordeiro oferecido por Abel, em contraste com os frutos da terra apresentados por Caim, ensina enfaticamente, já no começo da Palavra de DEUS, que “sem o derramamento de sangue não há remissão” e também demonstra que, assim como Abel, podemos saber mesmo agora que somos aceitos por DEUS, por causa do Cordeiro que foi morto em nosso lugar. Tanto no terceiro capítulo do Gênesis, quanto no quarto, temos o contraste entre o caminho do homem e o caminho de DEUS. As folhas de figueira e as roupas de pele, os frutos e o cordeiro, nos contam que o melhor da parte do homem não é suficiente, mas que DEUS deu do seu melhor. Decerto, DEUS ensinara a Abel a necessidade do sangue; Hebreus 11.4 nos conta que “pela fé” ofereceu o cordeiro, e sabemos que “a fé vem pelo ouvir”. DEUS deu testemunho das suas oferendas: mas a oferenda de Caim, embora fosse de aparência bela, e fruto de muitos trabalhos árduos, era uma oferenda falsa. Lemos em Provérbios 25.14 que “Como nuvens e ventos sem chuva é aquele que se gaba de presentes que não deu”; e o apóstolo Judas, ao falar do caminho de Caim e dos seguidores deste, diz: “São nuvens sem água, impelidas pelo vento” (v. 9). A religião sem CRISTO, sem a sua morte, é um presente falso.

O belo quadro em Gênesis 22 enfatiza os pensamentos da provisão e da substituição; pois o carneiro preso nas ramagens foi oferecido em lugar de Isaque. Trata-se de outra exemplificação dos tipos duplos, pois tanto Isaque quanto o carneiro são tipos de CRISTO no Calvário — Isaque, o filho bem-amado, a quem o pai não poupou; e o carneiro, o substituto que o próprio DEUS providenciou, e por causa de quem conquistou o título glorioso: Jeová-Jiré “O Senhor proverá”. Esse título é frequentemente citado em conexão com o suprimento das necessidades temporais; mas embora estas estejam incluídas na dádiva maior, o nome Jeová-Jiré foi usado pela primeira vez na ocasião em que Abraão disse: “DEUS mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho”. É porque DEUS “não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós” que ele pode dar “juntamente com ele, gratuitamente todas as coisas”.

Um dos tipos mais familiares é o do cordeiro pascal. A totalidade do capítulo doze de Êxodo está repleto de ensinos; mas o pensa­mento principal fica obviamente contido nas palavras: “Quando eu vir o sangue, passarei adiante”. Conta da redenção mediante o sangue, o único meio de livramento da ira; e nos fala da necessidade da apropriação pessoal, por não haver somente o sangue derramado, mas também o sangue aspergido. Além de o cordeiro ser sacrificado em favor de todo o Israel, o sangue deve ser derramado numa bacia e aspergido na viga superior e nas laterais das portas, em favor do primogênito de cada família individual.

Existem muitas pessoas que acreditam no derramamento do sangue; acreditam que o Senhor JESUS morreu, mas não se apro­priaram da obra dele, e por isso não estão colocando sua confiança no sangue aspergido. Ter confiado somente no fato de o cordeiro ter sido morto não teria produzido segurança; mas tendo feito o que DEUS lhes mandara, os israelitas estavam em segurança. Nada, senão o sangue, poderia ter mantido fora das casas o anjo destruidor; as construções mais fortes no país são mencionadas de modo especial, nas nem o trono, nem a masmorra, estavam seguros — nem os guardas do palácio, nem os muros das prisões, podiam garantir a segurança. Lemos que “não havia uma só casa em que não houvesse um morto” e embora a referência seja feita prima­riamente às casas dos egípcios, assim acontecia no país inteiro, inclusive nas casas dos israelitas; pois em cada lar devia haver morte — ou do primogênito, ou do cordeiro.

Em Levítico, temos o relato completo da instituição das ofertas, que foram repetidas no decurso de todos os séculos que se seguiram, até chegar JESUS, o Cordeiro de DEUS, o antítipo de todas elas.

O holocausto, assim como o sacrifício de Abel, nos fala da aceitação; a oferta da comunhão, conforme subentende o seu nome, fala da comunhão com DEUS mediante a morte do sacrificado. A morte do Senhor JESUS leva à paz com DEUS, e à comunhão com ele; pois os sacerdotes podiam se alimentar do sacrifício, sendo que uma mera porção era consumida no altar como a porção de DEUS, sendo o restante reservado para Arão e seus filhos.

Nosso tempo se esgotaria se nos concentrássemos em todos os pormenores da obra do Calvário que são trazidos diante de nós de modo tão maravilhoso nas ofertas. Eles, por si mesmos, formam um grupo de tipos inesgotáveis que devem ser estudados juntos. A palavra-chave em Levítico 1 no tocante ao holocausto parece se achar no versículo 4, onde lemos que a oferta será “aceita” em favor do ofertante; nos capítulos 4 e 5, onde o assunto é a oferta pelo pecado, a palavra central, frequentemente repetida, é “lhe será perdoado”. Essas duas palavras: “aceito” e “perdoado" demonstram com clareza o pensamento nas duas ofertas; a primeira nos fala a respeito do sacrifício perfeito de CRISTO a DEUS como fundamento da nossa aceitação, a segunda, de como ele carregou o nosso pecado. Nos dois casos (1.4 e 4.4), o ofertante era ordenado a impor a mão na cabeça da oferta, e acontecia uma transferência maravilhosa, mas numa direção oposta. No holocausto, a aceitação da oferta passava ao ofertante, e este era aceito; na oferta pelo pecado, o pecado do ofertante passava à oferta, e o ofertante era perdoado. Existem muitos crentes que conhecem o Senhor JESUS CRISTO como sua oferta pelo pecado, mas que parecem não possuir a alegria de conhecê-lo como seu holocausto, e de verem que realmente estão “aceitos no amado”.

Cada vez que as ofertas eram repetidas, prenunciavam a morte de CRISTO, e a doutrina é a mesma; mas algumas das cenas acres­centam toques de beleza especial, como, por exemplo, em 1 Samuel 7, quando Samuel conduz os israelitas na sua volta ao Senhor. Tinham pecado, a glória do Senhor partira, a arca fora capturada; mas aqui, confessam o seu pecado, e derramam água diante do Senhor como reconhecimento do seu desamparo total. Então lemos que “Samuel pegou um cordeiro ainda não desmamado e o ofereceu inteiro como holocausto ao Senhor. Ele clamou ao Senhor em favor de Israel, e o Senhor lhe respondeu”; e o versículo seguinte nos diz que o Senhor trovejou com fortíssimo estrondo contra os filisteus.

Essa foi a resposta de DEUS ao povo que, reconhecendo a sua própria fraqueza, se identificou com a fraqueza do cordeirinho. O incidente tem sido comparado lindamente com a passagem em Romanos 5: “quando ainda éramos fracos”, tipificado pelo derramamento da água “quando ainda éramos pecadores” que corresponde à confissão deles: “pecamos” e “CRISTO morreu por nós”, prefigurado pela oferta do cordeiro.

A oferta pelo pecado e a oferta pela culpa, o grande dia da expiação, a purificação pela novilha vermelha, e a provisão pela purificação do leproso, todos falam do remédio que DEUS oferece pela contami­nação; e repetem, vezes sem conta, que a cruz de CRISTO é o único fundamento para a purificação. Juntamente com dois ou três outros tipos, formam um agrupamento muito importante que deve ser considerado separadamente.

No último dos tipos a serem mencionados, a purificação do leproso, o pensamento de maior destaque parece o da justificação mediante a morte de ressurreição de CRISTO (v. cap. 9). Não era nenhuma oferta cara que se exigia. As duas aves — estariam dentro do alcance dos mais pobres; e vêm à nossa mente as palavras do nosso Senhor: “Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês” (Mt 10.29). O mesmo se pode dizer do passarinho que foi sacrificado como tipo do seu Filho. Era morto num vaso de barro, e nosso Senhor precisava de um vaso de barro no qual pudesse morrer. “Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte”. A mesma palavra é empregada no salmo 22, onde ele diz: “Meu vigor secou- se como caco de barro”.

Referência já foi feita entre os tipos duplos àquele que foi achado morto no campo em Deuteronômio 21, e ao inquérito realizado a respeito da sua morte, o que nos ensina que DEUS requererá a morte do seu Filho. O povo exclamou: “Seu sangue seja sobre nós, e sobre os nossos filhos”; e lemos em Números 35.33: “O derramamento de sangue profana a terra, e só se pode fazer propiciação em favor da terra em que se derramou sangue, mediante o sangue do assassino que o derramou”. Vemos, porém, que no caso em pauta, a novilha foi morta para cobrir semelhante culpa.

Existem muitas outras prefigurações da morte de CRISTO, nas quais não há menção do derramamento de sangue, e várias destas são cenas que descrevem sua passagem pelas águas do juízo e da morte. Da mesma forma que tantas outras substâncias típicas nas Escrituras, a água tem vários significados, que podem geralmente ser descobertos com facilidade segundo o contexto. Quando o pensamento em pauta era a purificação, a água, segundo parece, tipifica a “lavagem na água pela Palavra”, como no caso da Pai, e em João 13, e em outros lugares. Quando há refrigério, e poder vivificante, assim como no caso da água que fluiu da rocha ferida, do poço em João 4, e de outros poços, dos rios em João 7, do rio de DEUS, e das chuvas que refrescam a terra, sabemos que o ESPÍRITO SANTO é prefigurado.

Por outro lado, a instabilidade, o tumulto e o desassossego do mar frequentemente simbolizam a inquietude nas nações da terra, assim como em Ezequiel 31.4; Salmos 17.4; Apocalipse 17.15; mas quando “as torrentes levantam as suas ondas, o Senhor nas alturas é mais poderoso do que o som de muitas águas”. A água derramada no chão indica a fraqueza do homem, como no tipo ao qual aca­bamos de nos referir (1Sm 7), e em Salmos 14.14 e Salmos 22.14· Mas as águas profundas são um elemento de perigo e de destruição, e nos falam da tristeza e da morte; e assim tipificam as águas de juízo através das quais o Senhor JESUS passou na morte por nós.

E nesta última conexão que as águas são tão frequentemente referidas nos Salmos, em muitos dos quais temos as declarações do nosso Senhor mesmo. “Tua ira pesa sobre mim; com todas as tuas ondas me afligiste” (Sl 88.7); “Todas as tuas ondas e vagalhões se abateram sobre mim” (Sl 42.7); “Salva-me, ó DEUS, pois as águas subiram até o meu pescoço [...] Entrei em águas profundas; as correntezas me arrastam [...] liberta-me dos que me odeiam e das águas profundas. Não permitas que as correntezas me arrastem, nem que as profundezas me engulam” (Sl 69.1,2,14,15). Outro salmo nos diz que as decisões de DEUS são “insondáveis como o grande mar” (Sl 36.6); e parece claro que, assim, vários dos retratos no AT tipificam o Senhor JESUS CRISTO no Calvário passando pelas águas do juízo e da morte, em nosso favor.

Sabemos, pelos próprios lábios do Senhor, que Jonas é um tipo dele mesmo, pois disse: “Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra” (Mt 12.40). A linguagem da oração de Jonas no capítulo 2 nos faz lembrar de muitas das declarações nos Salmos, quando o profeta exclama: “Jogaste-me nas profundezas, no coração dos mares; correntezas formavam um turbilhão ao meu redor; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim” (Jn 2.3).

Noé foi conservado em segurança, e as águas do Dilúvio não tocaram nele, pois estava em segurança na arca; mas a arca precisa passar pelas águas, e as ondas precisam bater contra ela; e assim nos conta de CRISTO, que tendo enfrentado a tempestade por nós, é nosso lugar de segurança.

No mar Vermelho e no Jordão, através dos quais passou o povo redimido de DEUS, voltamos a ter retratos da morte de CRISTO; aquele, conforme já notamos, nos ensina a respeito do livramento do Egito, e a travessia do Jordão, da entrada na terra prometida, no lugar da bênção. A travessia do mar Morto aponta aquilo que ficou para trás; a passagem do Jordão àquilo que está na frente. A arca do testemunho, que desceu diante de todos para dentro do rio, e ali permaneceu até todos terem atravessado, prefigurava CRISTO, o Alfa e Ômega da nossa salvação, que desceu até à morte por nós, e a enfrentou plenamente; pois a narrativa nos diz que o Jordão foi atravessado na estação em que o rio transbordava as suas riban­ceiras. As pedras que foram colocadas no Jordão, conforme vimos, falam da participação que os crentes têm na morte de CRISTO; e aquelas na terra prometida, de terem sido ressurretos com ele das águas da morte.

No incidente em Mara, onde as águas amargas foram tornadas doces por meio da árvore que nelas foi lançada, provavelmente temos outra prefiguração da mesma coisa; conforme disse alguém: “Belíssimo tipo de CRISTO, que foi lançado nas águas amargas da morte a fim de que aquelas águas passassem a nos render nada senão a doçura para sempre. Podemos dizer com verdade que a amargura da morte passou, e que nada permanece para nós senão os doces eternos da ressurreição”. A cena foi muito semelhante àquela que aconteceu nos tempos de Eliseu nas ribanceiras do Jordão, quando a cabeça do machado foi levada a flutuar; e, por analogia, ambas parecem ser mais do que meras ilustrações daquilo que o Senhor tem feito ao descer nas águas da morte. Na primeira cena, o amargo tornou-se doce; em 2Reis 6, aquilo que fora perdido e afundado foi erguido e restaurado. Nos dois casos, foi por meio da árvore ou galho lançados nas águas.

Existem outros tipos da morte de nosso Senhor que não podem ser incluídos em nenhuma das duas divisões anteriores, por não falarem do derramamento literal do sangue, nem das águas da morte. Entre eles, existem mais dois quadros do deserto que não devem ser omitidos.

A rocha ferida foi fonte dos rios de água; assim como a morte de CRISTO deve anteceder à descida do ESPÍRITO SANTO. Ao prometer os rios transbordantes de água em João 7, parece claro que o Senhor se referia a este tipo. Lemos: “Ele estava se referindo ao ESPÍRITO, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o ESPÍRITO ainda não tinha sido dado, pois JESUS ainda não fora glorificado”. O apóstolo Paulo nos diz que “aquela rocha era CRISTO”; mas precisava ser ferida uma só vez. Moisés, na segunda ocasião, foi ordenado a falar com ela; e pela sua desobediência a essa ordem, não recebeu licença de entrar na terra prometida. DEUS tem seus retratos em alta estima, e não permitiu que uma mão apressada acrescentasse mais um golpe de pincel que estragasse o quadro inteiro e o tornasse uma representação incorreta daquilo que visava tipificar.

Quando, longos séculos depois, a oração de Moisés foi atendida, e lhe foi permitido “atravessar e ver a boa terra além do Jordão, e aquela linda montanha”, quando ele e Elias ficaram ao lado do Senhor no monte da Transfiguração, o assunto da conversa foi a partida que JESUS levaria a efeito em Jerusalém — como antítipo da rocha ferida. Por certo, Moisés passou a entender plenamente o significado do tipo que estragara.

A cena em Números 21, onde a serpente de bronze foi levantada, é bem conhecida por todos por causa da referência em João 3, como prefiguração do levantamento de CRISTO no Calvário; e aqui a verdade enfatizada é que a morte de nosso Senhor é o antídoto para a picada do pecado. “Há vida em olhar para o Crucificado.” Tomou sobre si a forma daquilo que fizera o dano; foi feito “pecador por nós”. O antídoto era para todos quantos tivessem sido picados. Lemos (Nm 21.8,9) que era por todo e qualquer um; semelhante à obra de DEUS referida por Jó “que os homens contemplam, cada um pode vê-lo; o homem pode contemplá-lo de longe”.

A prefiguração mais antiga da morte do Senhor parece ter sido dada no sono profundo que DEUS fez cair sobre Adão quando formou Eva. Sabemos, baseando-nos em Efésios 5, que se trata de um retrato de CRISTO e da igreja, e que foi mediante o sono profundo de CRISTO que a igreja pôde ser edificada.

Ser rasgado o véu do templo no momento em que nosso Senhor entregou o seu espírito foi o cumprimento dos tipos no AT. O véu que até então ficava dependurado entre o Lugar SANTO e o Lugar Santíssimo tinha servido para “dividir” entre os dois (Êx 26.33), e nos ensina que a encarnação de nosso Senhor, que é tipificada pelo véu, não podia, por si só, nos levar a DEUS. O caminho só foi aberto quando aquele véu foi rasgado. Agora, pela fé, podemos entrar com ousadia para dentro, “para onde nosso Precursor já entrou por nós”. O véu rasgado deixaria aqueles que serviam no templo verem para dentro do Lugar Santíssimo; e esse é o nosso privilégio agora. Nosso Senhor disse: “O mundo não me vê mais, mas vocês me vêem”; e nós, pela fé, podemos contemplá-lo aparecendo como o grande sumo sacerdote “na presença de DEUS por nós”.

Em outro grupo de tipos, já mencionamos o grão de trigo, o qual, caindo na terra, morre, e assim produz muitos frutos. Aqui, o Senhor ensina que era necessário a sua própria morte a fim de que ele tivesse uma colheita gloriosa.

Já foram escritos muitos volumes a respeito desses tipos maravilhosos, e outros tantos ainda poderão ser escritos; mas nesse estudo breve vemos que, ao agruparmos juntos aqueles que nos falam da cruz de CRISTO, colocamos diante de nós todas as bênçãos principais que ela tem comprado para nós.

Temos, em Gênesis 3, uma cobertura que nos deixa em condições de comparecer na presença de DEUS; temos a aceitação mediante o cordeiro de Abel e do holocausto; a substituição fornecida por DEUS em Gênesis 22, bem como nas ofertas; livramento da ira, mediante o cordeiro pascal; paz e comunhão na oferta de comunhão; perdão e purificação nas ofertas pelo pecado e pela culpa, no grande dia da expiação, na novilha vermelha; e a justificação tipificada pela ave sacrificada para purificar o leproso.

Depois, também vemos o livramento dos nossos inimigos na travessia do mar Vermelho, e a entrada na bênção na travessia do Jordão; nas pedras, vemos a união do crente com CRISTO na sua morte e ressurreição; o amargo transformado em doce em Mara; o afundado recuperado em 2Reis 6; o dom do ESPÍRITO SANTO, na rocha ferida; a cura da peçonha do pecado, quando foi levantada a serpente de bronze; a edificação da igreja em Gênesis 2; o único meio de segurança na arca; acesso à presença de DEUS no véu rasgado; e no grão de trigo, a colheita do plantio dos cereais. Na história de Jonas, temos prefigurado o período exato que decorreria entre a morte e a ressurreição de CRISTO; e na cena em Deuteronômio 21 somos ensinados que DEUS requererá a morte do seu Filho.

Esses são apenas alguns dos pensamentos de maior destaque que esse rico conjunto de tipos nos apresenta; mas existe, em cada um deles, muitos pormenores que estão repletos de beleza.

O Senhor, ao instituir a sua ceia, nos oferece um tipo, que é constantemente repetido, da sua morte — uma sombra que ele deixou conosco ao voltar à luz da casa do seu Pai. O fato de ele nos ter ordenado a nos lembrar do amor com que nos amou até à morte, através dos emblemas do pão partido e do vinho derramado nos conta que ele dá valor aos nossos pensamentos. Conforme disse o salmista: “Seja-lhe agradável a minha meditação” (Sl 104-34). O coração de JESUS se alegra com nosso estudo quando, com coração grato, e através dos tipos, “contemplamos a maravilhosa cruz na qual morreu o Príncipe da glória”.

Vale a pena, portanto, dedicarmos tempo ao estudo dos quadros que, de modo tão maravilhoso, apresentam isso diante de nós; e se são tão preciosos para nós aqui na terra, onde percebemos o seu significado de modo ofuscado, certamente poderemos antegozar os tempos em que os entenderemos plenamente, onde o Cordeiro que foi morto será o centro da glória, e sua morte, o tema da nossa conversa.

 

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Calvário

Essa palavra se refere apenas a um lugar na Bíblia (Lc 23.33). Eia vem da palavra da Vulgata que nos quatro Evangelhos (Mt 27.33; Mc 15.22; Lc23.33 e Jo 19.17) traduz a palavra grega kranion (caveira) como calvaria, palavra latina para caveira. E estranho que os tradutores da versão KJV em inglês tenham adotado o correspondente correto em inglês, “caveira” em três Evangelhos e, por alguma razão desconhecida, tenham adotado uma variante no caso de Lucas, um latinismo. Dessa forma, por causa de um acidente literário, esse termo consta naquela oue se tomou a versão inglesa mais utilizada, Embora baseado nessa ocorrência fora do comum, o termo “Calvário" tem adquirido uma rica associação teológica e religiosa cujo valor lhe garante um lugar permanente no vocabulário cristão.

A localização do Calvário é incerta. O local tradicional, estabelecido no século IV por Helena, mãe do Imperador Constantino, é o mesmo em que foi construída a Igreja do SANTO Sepulcro. Mas essa igreja está dentro do atual muro norte de Jerusalém (o local exato do muro norte, no tempo de JESUS, ainda não foi descoberto pelos arqueólogos) e é sabido que CRISTO morreu do lado de fora do muro (Hb 13.12). Por essa razão, alguns preferem o local chamado “Calvário de Gordon”, que é uma rocha com a forma de um crânio situada a cerca de 230 metros a nordeste da Porta de Damasco.

 

Gólgota

Esta é uma palavra grega derivada da aramaica gulgalta, que quer dizer “uma caveira”. Por três vezes o lugar da crucificação é chamado de “lugar da caveira” ou Calvário (Mt 27.33; Mc 15.22; Jo 19.17). Mas o que significa isso? Jerônimo disse que era um local de execuções públicas, onde ficavam as caveiras. No século passado, a visão de que este nome significa uma colina com a forma de uma caveira tornou-se bastante popular. O calvário de Gordon, com sua rocha em forma de caveira, mantém uma ligação sentimental com muitos protestantes. A tradição mais antiga identifica o Gólgota com a igreja do SANTO Sepulcro, dentro dos muros. As duas versões são incertas.

Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD

 

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GÓLGOTA

 

Gólgota é o lugar perto de Jerusalém aonde JESUS e mais dois ladrões foram crucificados. A palavra Gólgota , que em hebraico e em aramaico significa "crânio", é usada em três dos evangelhos (Mateus 27:33; Marcos 15:22; João 19:17), porém no evangelho de Lucas, é usada a palavra que vem do latim "caveira", que tem o mesmo significado (Lucas 23:33).

 

A razão pela qual esse lugar era chamado de "o crânio" é desconhecida, apesar de existirem vários palpites. De acordo com o padre Jerônimo (346-420 D.C.), a Gólgota era um lugar usado para execuções, e portanto havia muitos crânios jogados por ali de pessoas que haviam sido executadas. No entanto, não há evidências que comprovem esta ideia. Outras pessoas sugeriram que era um lugar usado para execução e que "o crânio" era uma figura de linguagem simbolizando a morte. Um teólogo da igreja primitiva Origen (185-253 D.C.) mencionou uma lenda antiga que dizia que o crânio de Adão tinha sido enterrado ali. Outros diziam que o lugar da Crucificação era uma colina com formato de crânio, mas novamente não existem evidências que provem isso e o Novo Testamento não descreve o lugar como sendo uma colina.

 

Ninguém nem tem certeza de onde exatamente ficava Gólgota. As referências bíblicas nos dão apenas uma ideia vaga da localização. Era fora da cidade (João 19:20; Hebreus 13:12), pode ter sido tanto numa colina como num plateau, pois dava para ser visto a uma certa distância e provavelmente perto de uma estrada visto que a bíblia menciona que havia transeuntes (Mateus 27:39; Marcos 15:29). João descreve como sendo um lugar perto de um jardim que tinha uma cova aonde JESUS foi sepultado (João 19:41). O uso de "o" - "o lugar do crânio" - indica que era um lugar bem conhecido. Aparentemente houve pouco interesse na localização da Gólgota até o começo do século 4. O historiador, Eusebius, que viveu em Jerusalém por muitos anos, disse que o Imperador Constantino instruiu um de seus bispos a achar o lugar aonde JESUS foi crucificado e enterrado. Dizia uma lenda que o bispo foi guiado por uma figura fantasmagórica da Rainha Mãe Helena. O lugar que ele achou continha um templo de Afrodite, o qual foi destruído pelo Imperador. De acordo com a lenda, ele encontrou fragmentos da cruz de CRISTO. Ele construiu duas igrejas, e esse é o lugar da igreja do SANTO Sepulcro, que ainda existe hoje, apesar de ter sido destruída e reconstruída várias vezes.

 

Em 1842 um estudioso chamado Otto Thenius, sugeriu que a Gólgota era uma colina rochosa a uns 228.5 metros noroeste do portão de Damasco. O lugar que Thenius mencionou havia sido um lugar aonde antigamente os judeus usavam para apedrejar criminosos. Esse lugar se localizava fora do muro da cidade e tinha o formato de um crânio. Mais tarde o General Charles Gordon sugeriu o mesmo lugar e desde então é conhecido como "A Caveira de Gordon".

Enciclopédia Ilumina

 

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Três homens foram crucificados calvário (gólgota). Quem eram eles?

Johan Oscar Smith (com modificações do Pr. Henrique)

 

Três cruzes – três homens diferentes

Havia três cruzes no Calvário no dia em que Jesus Cristo foi crucificado.

“E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.” Lucas 23:33.

Não foi por acaso que Jesus foi crucificado com dois ladrões. Isaías havia profetizado: “Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.” Isaías 53:12.

O primeiro homem

“E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.’” Lucas 23:39.

Esse ladrão representa o mundo que quer ser salvo sem reconhecer o julgamento: Se você é o Messias, retire o julgamento; deixe-nos escapar e você com a gente. Mostre-nos o que você pode fazer. Se você é cristão, deve agradar-me e satisfazer minhas exigências. Se você é o Messias, suba a Jerusalém para a festa e mostre-se ao povo; Pular do pináculo do templo e transformar pedras em pães. Mostre sua glória e Seus talentos para que as pessoas possam verdadeiramente ver e entender que o Messias está entre nós. Este é o tipo de Messias que o mundo deseja, e um dia seu desejo será cumprido no Anticristo.

No entanto, a missão de Cristo não era escapar morte, era morrer em nosso lugar (Is 53.4)

O ladrão estava pendurado na cruz. Ele podia blasfemar tudo o que queria, mas ele foi condenado à morte, e os cravos da cruz seguraram firmemente sua presa. A alma traz convicções sobre o julgamento que está por vir, porque o príncipe deste mundo foi julgado. Essas convicções são os pregos que uma pessoa ímpia nunca pode arrancar de seu coração. O mundo pode tentar – como o ladrão fez – salvar sua vida, mas não terá sucesso; vai perder isso. O inferno o aguarda.

O segundo homem

“Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.’” Lucas 23:40-41.

O primeiro ladrão queria ser salvo sem julgamento. O segundo ladrão, no entanto, estava disposto a sofrer pelos atos malignos que ele havia feito de acordo com a carne, para que pudesse ser libertado deles na eternidade. Ele colocou sua carga de pecado sobre Ele que levou os pecados do mundo inteiro, e ele recebeu a garantia de que ele estaria com Jesus no Paraíso.

Este segundo malfeitor foi libertado do seu fardo de pecado através do arrependimento, reconhecimento, julgamento e justificação. Não havia mais condenação para ele. Ele foi purificado do pecado que ele viu sobre si mesmo. No entanto, ele não se livrou de seu pecado porque merecia, mas pela graça de DEUS, JESUS morreu por ele. Ele representa as pessoas que são limpas de seus pecados, são salvas pelo que JESUS fez por elas.

O terceiro homem

Este não era outro senão o próprio Jesus. O primeiro ladrão dirigiu sua zombaria a Ele, mas ele não respondeu; o outro ladrão respondeu por ele. Hoje, também, Deus salvou ladrões que podem responder a todas as perguntas do mundo sobre Jesus e refutar seus argumentos e desviar sua zombaria. Jesus, no entanto, não responde a eles uma única palavra. Mas ele responde ao segundo ladrão arrependido e crendo no único que o poderia salvar e perdoar. “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” Lucas 23:43.

Jesus não apenas levou nossos pecados em Seu corpo no madeiro, ali no calvário (ou Gólgota), Ele também levou nossos pecados em Seu corpo. Ele foi feito pecado por nós. Deus condenou o pecado em sua carne. (Romanos 8: 3). Ele levou nossas doenças, enfermidades, maldições e o juízo de DEUS que estava sobre nós. Quando esta obra foi concluída, Ele entregou o Seu espírito ao PAI. Deus fez o que era impossível para a lei: condenou o pecado na carne de Cristo. Todos que agora querem ser salvos do pecado interior devem tomar sua própria cruz diariamente. O ladrão foi salvo de suas transgressões e perdoado. Agora era participante da natureza divina, era filho de DEUS. Jesus não teve a natureza dos anjos; Ele era da semente de Abraão. (Hebreus 2: 14-18). Isto foi para que Ele pudesse destruir o pecado no corpo e em seu lugar plantar a plenitude da Divindade, que agora habita Nele fisicamente.

Não há condenação para o julgamento que ocorre no corpo sobre o pecado em nossa natureza, porque ocorre dentro do corpo. No entanto, Pedro escreve sobre essa salvação: “Se o justo dificilmente é [com dificuldade] salvo…” 1 Pedro 4:18. Há um crescimento do corpo, uma salvação do corpo e um julgamento do corpo, para que todos sejam recompensados de acordo com o que fizeram com seu corpo.

Deus faz tudo em dobro. Ele provê uma salvação exterior através de Jesus Cristo. Ele provê uma salvação exterior e interior através da mesma Pessoa. No entanto, os inimigos da cruz de Cristo se opõem a essa salvação interior e ficam satisfeitos apenas com o perdão dos pecados. Existe mais. Muito mais.

A noiva de Cristo quer ser participante da Sua santidade e conta com o custo. Ela está disposta não apenas a compartilhar a alegria com seu Noivo, mas também a sofrer e morrer com Ele – não apenas morrer para a maldição da lei, mas morrer para a natureza de Adão no corpo.

 

 

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REVISTA CG, 1TR25 NA ÍNTEGRA

 

Lição 10, Central Gospel, Tipos Bíblicos que Prefiguram o Calvário, 1Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 10 / ANO 2- N° 4

   

ESBOÇO DA LIÇÃO 10, CENTRAL GOSPEL, 1TR25

1. TIPOS DO CALVÁRIO, COM DERRAMAMENTO DE SANGUE 

1.1. O derramamento de sangue no Livro de Gênesis

1.1.1. Adão e Eva 

1.1.2. Abel 

1.1.3. Abraão 

1.2. O derramamento de sangue no Livro de Êxodo 

1.3. O derramamento de sangue no Livro de Levítico 

1.3.1. A oferta queimada, a oferta pela paz e a oferta pelo pecado 

1.3.2. Outros símbolos de redenção e purificação nos sacrifícios levíticos 

2.  TIPOS DO CALVÁRIO RELACIONADOS À ÁGUA 

2.1. A agitação do mar 

2.2. A arca construída por Noé 

2.3. A travessia do Mar Vermelho e do Rio Jordão 

2.4. As águas de Mara 

2.5. O sinal do profeta Jonas 

3. OUTROS TIPOS DO CALVÁRIO 

3.1. O sono profundo de Adão 

3.2. A rocha ferida 

3.3. A serpente de bronze 

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Êxodo 12.12,13; Marcos 14.22-24 

Êxodo 12.12,13

12 - E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. 

13 - E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. 

Marcos 14.22-24 

22 - E, comendo eles, tomou JESUS pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. 

23 - E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. 

24 - E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado. 

 

TEXTO ÁUREO

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. 

1 Coríntios 15.3

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Isaías 61.1-11 A salvação é proclamada 

3ª feira - Romanos 5.12-21 Onde o pecado abundou, superabundou a graça

4ª feira -  2 Coríntios 5.14,15 O amor de CRISTO nos constrange

5ª feira - Hebreus 9.11-14 CRISTO, o sumo sacerdote dos bens futuros 

6ª feira - 1 Coríntios 11.23-26 Eu recebi do Senhor o que também vos ensinei

Sábado - Efésios 2.13-18  Pelo sangue de CRISTO chegastes perto

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá: 

- reconhecer os tipos bíblicos registrados no Antigo Testamento;

- compreender a importância da Tipologia Bíblica;

- entender que os tipos foram registrados para o exercício da fé.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Prezado professor, incentive os alunos a guardarem suas revistas ao final de cada trimestre. Assim, eles poderão formar uma minibiblioteca em casa, um recurso valioso para futuras pesquisas em diversos assuntos. Conservar esses materiais contribui significativamente para o aprendizado contínuo. 

Excelente aula!  

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória 

Se os discípulos tivessem entendido que JESUS era o cumprimento para o qual todas as figuras veterotestamentárias tinham apontado, sua fé não teria sofrido qualquer abalo, porque teriam visto que somente por meio da morte é que Ele poderia resgatar a humanidade. Assim, é da maior importância que a Igreja esteja familiarizada com as cenas do Antigo Testamento e as instituições que tipificam Sua morte na cruz. 

 

1. TIPOS DO CALVÁRIO, COM DERRAMAMENTO DE SANGUE 

1.1. O derramamento de sangue no Livro de Gênesis

O Livro de Gênesis, com suas narrativas ricas e simbólicas, revela aspectos fundamentais da interação divina com a humanidade por meio do derramamento de sangue. Adão, Eva, Abel e Abraão enfatizam a profundidade do sacrifício expiatório e sua relevância eterna, tanto para os personagens bíblicos quanto para a compreensão teológica cristã subsequente.

 

1.1.1. Adão e Eva 

Antes da instituição formal da Lei Mosaica, o sacrifício de animais já era uma prática estabelecida para alcançar o favor divino. Como destacado na Lição 6, segundo a narrativa bíblica, Adão e Eva descobriram que somente a morte e o derramamento de sangue de um animal poderiam simbolizar a purificação necessária para se aproximarem de DEUS. As roupas feitas de folhas de figueira (ausência de sangue) por eles próprios mostraram-se insuficientes para cobrir sua nudez moral diante do Sagrado, contrastando com as túnicas de pele (sangue derramado) providenciadas pelo Criador (Gn 3.21).

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As túnicas providenciadas por DEUS (Gn 3.21) representam não apenas uma cobertura física, mas uma promessa profunda da redenção dos pecados pela morte vicária, antecipando a expiação definitiva realizada por JESUS CRISTO, conforme indicado em Isaías 61.10 e Romanos 4.7.

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1.1.2. Abel 

Em Gênesis 3 e 4, observa-se claramente o contraste entre as abordagens humanas e divinas. As folhas de figueira e as túnicas de pele (Gn 3), as ofertas de frutas e o sacrifício do cordeiro (Gn 4) destacam que os melhores esforços humanos são insuficientes diante da providência divina.

Abel, aprendendo com o exemplo de seus pais, compreendeu a importância do sacrifício expiatório. Conforme Hebreus 11.4, pela fé, Abel ofereceu a DEUS maior sacrifício do que Caim. Diferente de Caim, a postura de Abel refletia um coração alinhado aos desejos divinos (Sl 119.11). A oferta de Abel foi aceita pelo Criador, enquanto a de Caim, embora vistosa e fruto de grande esforço, foi rejeitada (Pv 25.14). 

 

1.1.3. Abraão 

Em Gênesis 22, nota-se que Abraão foi testado ao ser instruído a sacrificar seu filho Isaque em Moriá, mas o Senhor interveio, provendo um carneiro como substituto.

Este evento, marcando Isaque e o carneiro como figuras proféticas de CRISTO, ilustra a providência divina. Na ocasião, DEUS revelou-se como Jeová Jiré, que significa “o Senhor proverá” (Gn 22.14), simbolizando não apenas o suprimento material, mas a provisão espiritual, inicialmente prometida quando Abraão declarou que Ele providenciaria o cordeiro para o sacrifício (Gn 22.8). 

 

1.2. O derramamento de sangue no Livro de Êxodo 

Como destacado na Lição anterior, o cordeiro pascal, descrito em Êxodo 12, é uma figura poderosa de redenção, destacando-se, no versículo 13, como um símbolo da proteção divina contra a destruição: DEUS passaria por cima das casas cujas portas estivessem aspergidas com sangue. Este ato simbólico, no entanto, exigia uma ação proativa de fé: o cordeiro não apenas deveria ser morto, mas seu sangue deveria ser derramado em uma bacia e aspergido sobre as portas para garantir a segurança dos primogênitos israelitas (Êx 12.7,12). 

Essa prática antiga prefigura o sacrifício de CRISTO, cujo sangue derramado e aspergido oferece salvação. Contudo, é crucial não apenas acreditar na morte de jesus, mas também aplicar pessoalmente o mérito de Seu sacrifício para usufruir de Sua proteção redentora. 

 

1.3. O derramamento de sangue no Livro de Levítico 

No Livro de Levítico encontra-se o pleno relato da instituição dos sacrifícios, os quais foram repetidos através dos séculos, até que JESUS, o Cordeiro de DEUS, o antítipo perfeito, fosse morto pela humanidade. 

 

1.3.1. A oferta queimada, a oferta pela paz e a oferta pelo pecado 

Levítico descreve tipos de ofertas que simbolizam conceitos centrais da fé: a oferta queimada — ou holocausto — (Lv 1.11-17) e a oferta de paz (Lv 3; 7.11-21) indicam aceitação e reconciliação, respectivamente. Enquanto a primeira mostra a aceitação total pelo Divino, a segunda envolve comunhão após a morte de um substituto, com os sacerdotes partilhando do sacrifício. No Novo Testamento, essas ofertas encontram cumprimento na morte vicária de CRISTO, que não só é aceita por DEUS como também nos reconcilia com Ele, conferindo perdão e paz eternos, conforme destacado em Colossenses 1.20 e Efésios 2.13-16. 

A oferta pelo pecado enfatiza o perdão (Lv 4.20,26,35; 9.10,13,16), ressaltando que, por intermédio de JESUS, nossos pecados são perdoados - uma verdade que se reflete na absolvição e aceitação divina.

 

1.3.2. Outros símbolos de redenção e purificação nos sacrifícios levíticos 

Além das ofertas queimadas e dos sacrifícios oferecidos pela paz e pelo pecado, o Livro de Levítico detalha rituais adicionais que simbolizam a redenção divina e a purificação espiritual. Estes incluem sacrifícios por transgressões específicas (Lv 5.1-19; 6.1-7; 14) e o Dia da Expiação (Yom Kippur; Lv 16), que tratam da corrupção e apontam para q sacrifício final do Messias.

A purificação do leproso envolvia uma oferta acessível: duas aves modestas (Lv 14.30,32) eram sacrificadas em um vaso de barro (Lv 14.50). Esta oferta traduz a profundidade e a extensão do sacrifício do Cordeiro SANTO. Observe: 

as aves podiam ser adquiridas por uma pequena quantia, sugerindo que a salvação está ao alcance de todos;

JESUS, em Sua humanidade — representada pela fragilidade de um vaso de barro —, ofereceu-se em sacrifício em nosso lugar.

 

2. TIPOS DO CALVÁRIO RELACIONADOS À ÁGUA 

Embora muitas prefigurações do sacrifício de CRISTO envolvam derramamento de sangue, outras destacam diferentes facetas teológicas da água, desde a purificação até o julgamento divino. 

 

2.1. A agitação do mar 

Águas profundas simbolizam perigo e tristeza no texto bíblico. Essa simbologia é frequentemente explorada nos Salmos. Por exemplo, o Salmo 88.7 diz: Sobre mim pesa a tua cólera; tu me abateste com todas as tuas ondas; e o Salmo 42.7 reitera: (...) todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim. No Salmo 69.1, o clamor se intensifica: Livra-me, ó DEUS, pois as águas entraram até à minha alma. 

Tais versículos ilustram o sofrimento do Messias, prefigurado no Antigo Testamento como alguém que atravessa as águas turbulentas do julgamento e da morte em nosso favor (Mt 26.38,39; 27.46). 

 

2.2. A arca construída por Noé 

Quando DEUS enviou Seu julgamento sobre a terra devido à corrupção humana (Gn 6.11-13,17), Noé encontrou refúgio e segurança dentro da arca, que estava imune às águas do Dilúvio (Gn 6.18-19). A arca, que atravessou ondas sublevadas (Gn 7.18), simboliza CRISTO, que enfrentou a morte em nosso Jugar, oferecendo-nos um refúgio seguro e a promessa de salvação (Hb 11.7; 1 Pe 3.20).

 

2.3. A travessia do Mar Vermelho e do Rio Jordão 

As travessias do Mar Vermelho (Êx 14.21,22) e do Rio Jordão (Js 1.11; 3; 4) simbolizam aspectos da morte e ressurreição de JESUS. O Mar Vermelho representa a libertação de Israel do Egito e os inimigos deixados para trás (Êx 14.9), enquanto a travessia do Jordão aponta para a entrada na Terra Prometida, simbolizando nova vida e bênçãos futuras (Js 1.15). 

Durante a travessia do Rio Jordão, a arca da aliança, que precedia Israel (Js 3.3,4,11), miraculosamente separou as águas, refletindo o papel de CRISTO como pioneiro de nossa redenção (Ap 22.13). Esse evento ocorreu quando o Jordão estava em seu nível mais alto, indicando um período de grandes desafios e mudanças ()s 3.15). Além disso, as doze pedras removidas do rio (Js 4.1-9) serviram como um memorial permanente, remontando à união dos fiéis com a morte e ressurreição de CRISTO, uma analogia reforçada pela colocação final das pedras na terra firme, representando nossa futura ressurreição com Ele. 

 

2.4. As águas de Mara 

Três dias após cruzar o Mar Vermelho, os israelitas chegaram ao deserto de Sur e sofreram com a sede abrasadora. Eles encontraram uma fonte em Mara, mas suas águas eram extremamente amargas (Êx 15.22,23). A situação mudou quando Moisés, seguindo as instruções divinas, atirou um pedaço de madeira na água, tornando-a potável (Êx 15.24,25). Esse milagre simboliza a transformação da amargura da morte em esperança, prenunciando a doçura da vida eterna que nos aguarda após a ressurreição. 

 

2.5. O sinal do profeta Jonas 

O próprio JESUS identificou Jonas como uma prefiguração de Sua morte e ressurreição, destacando que, assim como Jonas havia passado três dias e três noites no ventre da baleia, Ele ficaria três dias no túmulo (Mt 12.40; conf. Jn 1.17). Além disso, as orações do profeta (Jn 2.1-9) ecoam temas encontrados nos Salmos, reforçando essa conexão profética. 

 

3. OUTROS TIPOS DO CALVÁRIO 

3.1. O sono profundo de Adão 

As primeiras alusões à morte de JESUS podem ser observadas no profundo sono que DEUS fez cair sobre Adão, durante o qual Eva foi formada (Gn 2.21-25). O termo dormir, frequentemente empregado nas Escrituras (Jr 51.57; Dn 12.2; Mt 27.52; 1 Co 15.18; 1 Ts 4.15), também simboliza a morte. 

Efésios 5.22-33 sugere que este evento prefigura a relação entre CRISTO e a Igreja, visto que a Igreja foi estabelecida somente após Sua morte e ressurreição, conforme ilustrado em João 14.16-18 e Atos 1.4,5. 

 

3.2. A rocha ferida 

Em Êxodo 17, durante uma crise de água em Refidim, os israelitas murmuraram contra Moisés, que, instruído por DEUS, golpeou uma rocha que se tornou em uma fonte de água (Êx 17.1-6), prefigurando a provisão divina e a morte redentora do Messias (leia Jo 7.38,39). Esse ato simboliza a oferta única de CRISTO pela salvação eterna, comparado por Paulo, em 1 Coríntios 10.1-4, à rocha ferida. 

Posteriormente, em Meribá, a desobediência de Moisés por ferir a rocha em vez de apenas falar a ela, como DEUS havia ordenado (Nm 20.7-13), custou-lhe a entrada na Terra Prometida (Nm 27.12-14). 

A revelação completa deste simbolismo ocorreu quando Moisés, Elias e JESUS discutiram a futura morte do Filho de DEUS no Monte da Transfiguração (Lc 9.31), vinculando profundamente os eventos do Êxodo ao plano salvífico do Altíssimo. 

 

3.3. A serpente de bronze 

Em Números 21.4-9 (ARA), DEUS instruiu Moisés a erguer uma serpente de bronze, simbolizando a crucificação de JESUS, conforme explicado em João 3.14,15. Esta narrativa prefigura CRISTO levantado no Calvário, enfatizando que Sua morte oferece a cura para o veneno do pecado. A fé em Sua crucificação traz vida, como evidenciado em Hebreus 12.1,2. O Cordeiro SANTO assumiu a forma do pecado para nos redimir, cumprindo o que diz 2 Coríntios 5.21: Ele foi feito pecado por nós. 

 

CONCLUSÃO

A morte de JESUS é simbolizada em diversos eventos do Antigo Testamento e plenamente revelada no Novo Testamento. Esses acontecimentos destacam a meticulosa preparação de DEUS para apresentar Sua obra redentora, culminando na crucificação de CRISTO, evidenciando a Sua providência e planejamento na história da salvação. 

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais tipos do Calvário, relacionados à água, foram destacados nesta lição? 

R.: A agitação do mar; o sinal do profeta Jonas; a arca construída por Noé; a travessia do Mar Vermelho e do Rio Jordão; e as águas de Mara.