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Escrita Lição 1, Betel, O Verdadeiro Discípulo anda na verdade, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Escrita Lição 1, Betel, O Verdadeiro Discípulo anda na verdade, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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REVISTA BETEL, 4° TRIMESTRE DE 2023 – ADULTOS – EDITORA BETEL
TÍTULO: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado
baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/09/escrita-licao-1-betel-o-verdadeiro.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/09/slides-licao-1-betel-o-verdadeiro.html
Power Point https://www.slideshare.net/henriqueebdnatv/slides-lio-1-betel-o-verdadeiro-discpulo-anda-na-verdadepptx
TEXTOS DE REFERÊNCIA – João 17.15, 17-21
¹⁵ Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
¹⁷ Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
¹⁸ Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao
mundo.
¹⁹ E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam
santificados na verdade.
²⁰ E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela
tua palavra hão de crer em mim;
²¹ Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em
ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- João, Gaio, Demétrio e Diótrefes
1.1- Quem foi João.
1.2 Quem foram Gaio e Demétrio.
1.3 Quem foi Diótrefes.
2- O que é a verdade
2.1 Andar na verdade
2.2 Defender a verdade
2.3 Amar a verdade
3- O poder de um discípulo de Cristo
3.1 O poder para ensinar
3.2 O poder liderar
3.3 O poder para servir
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SUBSÍDIOS PARA A LIÇÃO
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COMENTÁRIOS BEP - CPAD
Autor: João
Tema: Procedendo com Fidelidade
Data: 85-95 d.C.
Considerações Preliminares
João, o apóstolo amado, apresenta-se novamente como “o presbítero”
(v. 1; ver introdução de 2 Jo.1-). Esta carta pessoal é endereçada a um fiel
cristão chamado Gaio (v. 1), talvez pertencente a uma das igrejas da Ásia
Menor. Assim como as demais epístolas de João, 3 João foi certamente escrita em
Éfeso, em fins da década de 80 d.C. ou início da década de 90 d.C.
Em fins do primeiro século, ministros itinerantes da igreja
viajavam de cidade em cidade, sendo comumente sustentados pelos crentes que os
acolhiam em casa e os ajudavam nas despesas de viagem (vv. 5-8; cf. 2 Jo 10).
Gaio era um dos muitos cristãos dedicados que graciosamente acolhiam e
auxiliavam ministros viajantes de confiança (vv. 1-8). Ao mesmo tempo, um homem
de projeção chamado Diótrefes resistia com arrogância à autoridade de João e
recusava hospitalidade aos irmãos viajantes, enviados da parte deste.
Propósito do livro
João escreveu para dar testemunho de Gaio pela sua fiel
hospitalidade e ajuda prestada aos fiéis obreiros viajantes, para fazer uma
advertência indireta ao petulante Diótrefes e para preparar o caminho da sua
própria visita pessoal.
Visão Panorâmica
Três homens são mencionados por nome em 3 Jo. (1) Gaio é calorosa e
honrosamente mencionado pela sua piedosa vida na verdade (vv. 3,4), e pela sua
hospitalidade exemplar para com os irmãos viajantes (vv. 5-8). (2) Diótrefes,
um dirigente ditador, é denunciado pelo seu orgulho (“procura ter entre eles o
primado”, v. 9), cujas manifestações são: rejeitar uma carta anterior de João
(v. 9), calúnia contra João (v. 9), recusar o acolhimento aos mensageiros de
João e ameaçar com exclusão aqueles que os receberem (v. 10). (3) Demétrio,
talvez o portador desta carta, ou pastor de uma comunidade na vizinhança, é
louvado como um homem de boa reputação e lealdade à verdade (v. 12).
Características Especiais
Duas características principais sobressaem nesta epístola. (1)
Embora seja pequena, dá uma noção de várias facetas importantes da história da
igreja primitiva, perto do final do século I. (2) Há semelhanças notáveis entre
3 Jo e 2 Jo. Mesmo assim, as duas epístolas diferem entre si em um aspecto
importante: 3 Jo elogia a hospitalidade e ajuda oferecidas aos bons ministros
viajantes, ao passo que 2 Jo acentua que não se conceda hospitalidade e
sustento a maus obreiros, para não sermos culpados de apoiar seus erros ou más
obras.
V. 2 QUE TE VÁ BEM. Em geral é da vontade de DEUS que o crente
tenha saúde e que tenha uma vida abençoada. Ele quer que tudo vã bem
conosco, i.e., que nosso trabalho, planos, propósitos, ministério, família etc.
estejam de acordo com a sua vontade e direção. Portanto, as
bênçãos de DEUS, mediante a redenção em CRISTO, visam a suprir nossas
necessidades físicas e espirituais.
No tocante à prosperidade, tanto física como espiritual, as
Escrituras nos ensinam o seguinte:
(1) A expressão "que te vá bem em todas as coisas”, (gr.
euodoo) literalmente significa “fazer uma boa viagem".
À luz desse significado, a oração prioritária de João é no sentido
de que os crentes andem no caminho da salvação. que permaneçam na vontade e na
verdade de DEUS e desfrutem da sua bênção (cf. vv. 3,4).
(2) A vontade de DEUS é que ganhemos o
necessário para termos abrigo, alimento e roupa para toda
nossa família, e que tenhamos o suficiente para ajudar os outros, e para
promover a causa de CRISTO (2 Co 9.8; Fp 4,15-19). Sabemos que DEUS pode
nos dar o suficiente para as nossas necessidades (2 Co 9.8-12), e que
Ele promete nos suprir conforme as suas gloriosas riquezas (Fp 4.19).
(3) Embora oremos para DEUS suprir todas as
nossas necessidades materiais, devemos reconhecer que haverá ocasiões em
que DEUS permite que seus filhos passem por necessidades, (a) Passamos
tempos de aflições ou de necessidades para sermos despertados a confiar
mais nEle e desenvolver nossa fé, nossa perseverança espiritual e nosso
ministério (Rm 8.35-39; 2 Co 4.7-12; 6.4-10; 12.7-10; 1 Pe 1.6,7).
(b) Podemos experimentar problemas difíceis, quando por causa do nosso
testemunho e do trabalho de CRISTO, o mundo nos oprime e persegue (Lc
6.20-23; Hb 10.32-34; 1 Pe 2.19-21; Ap 2.9.10). (c) Podemos experimentar
pobreza, devido às circunstâncias nacionais ou naturais, tais como guerra,
fome, seca, ou más condições econômicas ou sociais (At 11.28-30; 2 Co
8.2,12-14).
(4) A presença, ajuda e bênção de DEUS na nossa
vida física estão relacionadas à prosperidade da nossa
vida espiritual. Devemos buscar a vontade de DEUS (Ml 6.10; 26.39; Hb
10.7-9), obedecerão a ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14), permanecer separados do
mundo (Rm 12.1,2; 2 Co 6.16-18). amara Palavra de DEUS (Tg 1.21; 1 Pe 2.2),
buscar a sua ajuda em oração (Mt 6.11; Hb 4.16), trabalhar com afinco
(2 Ts 3.6-12; I Pe 5.7) e viver segundo o princípio de buscar primeiro o reino
de DEUS e a sua justiça (Mt 6.33; ver Mt 6.11 nota; Lc 11.3; Cl 4.12).
(5) Mesmo estando bem a nossa alma, não estamos automaticamente
isentos de dificuldades noutras áreas da vida. Devemos encarar as
adversidades, aflições e necessidades com oração e confiança em DEUS.
v. 5 PROCEDES FIELMENTE. João elogia Gaio por um aspecto
específico do seu andar na verdade (v. 3,4), que é a sua fidelidade na
ajuda aos missionários viajantes (vv. 5-8). Ele lhes fornecia roupa, alimento,
dinheiro e qualquer outra ajuda que necessitassem (cf, Tt 3.13). Sua
dedicação à causa missionária de CRISTO era tão destacada que os missionários
tinham especificamente mencionado o fato a João (v. 6). A atuação de Gaio para
com esses pregadores do evangelho provinha do seu amor a eles. ao
evangelho e aos que estavam sem CRISTO,
v. 7 PORQUE PELO SEU NOME SAÍRAM. Os versículos 5-8 se referem aos
mensageiros itinerantes do evangelho de CRISTO. E um dever e privilégio do
povo de DEUS contribuir para suprir as necessidades da
obra missionária,
(1) Acolher, enviar e sustentar missionários deve
ser feito de uma maneira digna de DEUS (v. 6; 1 Co 9.14; Fp4.10-18). Não
devem ser tratados como mendigos, mas como ao Senhor (Mt 10.40) e como
seus servos a levarem o evangelho ao mundo inteiro (v. 7; ver Mt 28.19).
(2) O envio de missionários na igreja primitiva
consistia em tomar as providências para a sua viagem e em fornecer-lhes
alimento e dinheiro suficiente para pagar suas despesas e viver de modo
adequado (ver Gl 6.6-10; Fp 4.16; Tt 3.13). Ao sustentarem os missionários,
aqueles fiéis tornavam-se “cooperadores” na propagação da verdade (v. 8).
v. 7 NADA TOMANDO DOS GENTIOS, Os missionários que deixam seu lar e
vão a outras terras, a fim de proclamar o nome do Senhor JESUS CRISTO devem
recusar ajuda dos descrentes, aos quais estão procurando ganhar para CRISTO.
Aceitar ajuda de descrentes pode servir de empecilho ao evangelho e motivar
acusações ao missionário de estar pregando para obter vantagens
financeiras (cf. 1 Co 9.12). Por isso. o missionário deve receber sustento
de crentes individuais e da igreja (Lc 10.7; 1 Co 9.14; 1 Tm 5.18).
Ao contribuir para o trabalho missionário da nossa igreja, devemos
lembrar-nos das palavras de CRISTO: “Quem recebe um profeta na qualidade
de profeta receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na
qualidade de justo, receberá galardão de justo” (ver Mt 10.41).
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COMENTÁRIOS https://www.bibliaonline.com.br/
Sexagésimo quarto livro da Bíblia e vigésimo quinto do Novo
Testamento, neste livro continuamos acompanhando as mensagens de João aos
cristãos. Segundo a tradição, a autoria do livro é do apóstolo João.
Através de um capítulo, vemos que o apóstolo escreve esta carta
primeiramente para elogiar as ações de seu irmão Gaio, que acolhia com
hospitalidade os viajantes que iam a diversos lugares levando as mensagens do
Evangelho.
João também relata sua insatisfação em relação a Diótrefes, o qual
procurava ter uma posição de responsabilidade, que impedia a ida de outros que
levavam a Palavra e impossibilitava de que os cristãos locais recebessem outros
irmãos. “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o
primado, não nos recebe. Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele
faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não
recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja.
(3 João 1:9,10)
Com isso, João incentiva os cristãos a serem bons e seguirem o
caminho do bem. “Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de DEUS;
mas quem faz o mal não tem visto a DEUS. (3 João 1:11)
Por fim, o apóstolo faz elogios a Demétrio após ouvir testemunhos
do seu bom exemplo.
Portanto, neste livro podemos acompanhar os elogios do apóstolo
João aos bons exemplos de Gaio e Demétrio e sua insatisfação com a autoridade
de Diótrefes. O apóstolo pede para que os cristãos sejam bons e expressa o seu
desejo em vê-los brevemente.
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TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO - BILBIA DA LIDERANÇA CRSTÃ 2 EDIÇÃO
John C. Maxwel
INICIATIVA: LÍDERES DEVEM RECEBER AS PESSOAS EM SUA VIDA
(3Jo 3-12)
Enquanto a Primeira Carta de João tem como tema a vida, e a Segunda
a verdade, a Terceira Carta fala sobre o caminho de DEUS. JESUS disse: "Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida" (Jo 14.6).
Em sua última carta, João usa a figura de um hospedeiro. O
hospedeiro toma a iniciativa junto a seus hóspedes. Eles fazem pelos outros
aquilo que é correto, eles os fazem se sentir confortáveis, dão-lhes bons
roteiros de conversação e providenciam tudo quanto necessitam. Líderes, como se
fossem hospedeiros, não reagem impulsivamente; eles agem. Eles tomam a frente e
correm os riscos, quando os outros respondem de forma positiva. Isso faz parte
da essência de ser um líder.
De modo muito interessante, João faz distinção entre ser o primeiro
a ire pretender entre ser o primeiro. Ele toma como exemplo a Diótrefes que
"gosta de exercer a primazia eles" (3Jo 9). Diótrefes desejava ser o
primeiro, mas não era, necessariamente, o primeiro a servi-los. Aqui, nós vemos
a diferença entre um "hóspede" e um "hospedeiro". Leve em
conta o que esta carta ensina a respeito de um líder que é como um hospedeiro.
Os líderes tomam iniciativa...
• Em sua forma de viver (vs. 3-4);
• Junto aos outros, especialmente os estrangeiros (vs. 5-6);
• Em assumir a responsabilidade (vs. 7-8);
• Em fazer o bem e evitar o mal (v. II);
• Em dar exemplo aos outros (v. 12).
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3 JOÃO - Com. Bíblico - Matthew
Henry (Exaustivo) NT
UMA EXPOSIÇÃO COM OBSERVAÇÕES PRÁTICAS
A comunhão cristã é exercida e apreciada por meio dessa carta. Os
cristãos devem ser aprovados na demonstração prática da sujeição declarada ao
evangelho de CRISTO. O estímulo e a aprovação de pessoas generosas e de
espírito público fazem bem a muitos. Com esse fim o apóstolo envia essa
epístola animadora ao seu amigo Gaio, na qual ele também se queixa do espírito
errôneo e da prática contrária de um certo ministro e confirma o bom relato de
um outro ministro mais digno de ser imitado.
3 João 1
Nessa epístola, o apóstolo congratula Gaio pela prosperidade de sua
alma (vv. 1,2), pela fama que tinha no meio dos cristãos (vv. 3,4) e pela sua
caridade e hospitalidade aos servos de CRISTO (vv. 5,6). Ele se queixa do
tratamento desdenhoso de um ambicioso Diótrefes (vv. 9,10), recomenda Demétrio
(v. 12) e expressa sua esperança em visitar Gaio em breve (vv. 13,14).
Saudação e Oração
3 João 1:1-2
Vemos aqui:
I
O autor sagrado que escreve
e envia a carta, não identificado aqui pelo seu nome, mas por um título mais
geral: “O presbítero...”, pela idade e pela posição; ambos merecem honra e
respeito. Alguns têm questionado se esse era João, o apóstolo, ou não. Mas o
estilo e espírito parecem indicar que foi ele mesmo que escreveu essa epístola.
Esses que são amados de CRISTO amarão os irmãos por sua causa. Gaio não deveria
ter dúvida em relação ao autor da carta. O apóstolo poderia ter adotado muitos
outros atributos distintos, mas os ministros de CRISTO não devem assumir
títulos inchados e pomposos. Ele quase se nivela com os pastores mais comuns da
igreja, ao se nomear presbítero. Ou, possivelmente, a maioria dos ministros
extraordinários, os apóstolos, estava morta a essa altura, e esse santo sobrevivente
encorajaria o ministério contínuo e estável, ao assumir o título mais comum – o
presbítero. “Aos presbíteros que estão entre vós admoesto eu, que sou também
presbítero com eles” (1 Pe 5.1).
II
A pessoa saudada e honrada
pela carta. A carta anterior foi dirigida a uma senhora eleita; dessa vez a
escolha recai sobre um cavalheiro. Esses são dignos de consideração e valor.
Ele é identificado: 1. Pelo seu nome: Gaio. Lemos a respeito de várias pessoas
com esse nome, particularmente de um que o apóstolo Paulo batizou em Corinto,
que possivelmente também tenha sido o anfitrião do apóstolo ali (Rm 15.23). Se
esse não é o mesmo Gaio, é seu irmão em nome, posição e disposição. 2. Pelas
expressões carinhosas do apóstolo a ele: “...ao amado Gaio, a quem, na verdade,
eu amo”. O amor expressado costuma incitar mais amor. Aqui parece ser a
sinceridade do amor do apóstolo ou a filosofia desse amor. A sinceridade desse
amor: “...a quem, na verdade, eu amo”, a quem eu verdadeira e cordialmente amo.
A filosofia desse amor: “...a quem, na verdade, eu amo”, por causa da verdade,
permanecendo e andando na verdade de JESUS. Amar nossos amigos por causa da
verdade é o verdadeiro amor, amor cristão, do evangelho.
III
A saudação, contendo uma
oração, introduzida por meio de uma interpelação afetuosa: “Amado”, amado em CRISTO.
O ministro que espera receber amor precisa, ele próprio, demonstrá-lo. Vemos
aqui:
1. A boa opinião do apóstolo a respeito do seu amigo: “...assim
como bem vai a tua alma”. Na verdade existe a chamada prosperidade da alma – a
maior bênção desse lado do céu. Isso requer regeneração e uma reserva interior
de vida espiritual; essa reserva está crescendo, e, enquanto tesouros
espirituais estão avançando, a alma está, de uma maneira sólida, rumando para o
reino da glória.
2. Seu nobre desejo pelo seu amigo é que seu corpo “...vá bem em
todas as coisas e que tenha saúde”; o mesmo vale para a sua alma. Graça e saúde
são dois parceiros importantes. A graça melhorará a saúde e a saúde usará a
graça. Muitas vezes uma alma abastada está alojada em um corpo doentio; a graça
precisa ser exercitada em submissão a esse tipo de dispensação. Mas podemos
desejar e orar para que as pessoas que têm almas prósperas também tenham corpos
saudáveis; a graça deles brilhará em uma esfera mais ampla de atividades.
O Caráter de Gaio
3 João 1:3-8
Nesses versículos, temos:
I
O bom relato que o apóstolo
tinha recebido em relação ao seu amigo: “...os irmãos vieram e testificaram da
tua verdade” (v. 3), “...que em presença da igreja testificaram da tua
caridade” (v. 6). Vemos aqui:
1. O testemunho ou a coisa testificada em relação a Gaio: a verdade
que estava nele, a realidade da sua fé, a sinceridade da sua religião e sua
devoção a DEUS; e isso é evidenciado pela sua caridade, que inclui seu amor aos
irmãos, a bondade com os pobres, hospitalidade para com os estranhos cristãos e
a prontidão em acomodá-los para o serviço do evangelho. A fé deve operar por
meio do amor; ela fornece um brilho às expressões do amor e por meio delas
induz outros a aprovar sua integridade.
2. As testemunhas: irmãos que vieram da parte de Gaio e
testificaram a seu favor. Um bom relato é devido da parte daqueles que
receberam benefícios. Embora a boa fama seja apenas uma pequena recompensa por
serviços preciosos, no entanto ela é mais vantajosa “...do que o melhor
unguento” (veja Ec 7.1), e não será recusada pelos sinceros e espirituais.
3. O público ouvinte ou a instituição diante de quem o relato e o
testemunho foram apresentados: “...em presença da igreja”. Esta parece ser a
igreja onde o apóstolo agora se encontrava. Não sabemos ao certo qual igreja
era; também não temos certeza em qual ocasião eles testificaram a respeito da
fé e amor desse homem diante da igreja. Possivelmente, da plenitude do coração
falou a boca. Eles não podiam deixar de falar daquilo que viram e sentiram.
Possivelmente, eles pediram a oração da igreja pela vida e utilidade de um
benfeitor como ele, para que pudesse ir “...bem em todas as coisas e que tenhas
saúde”.
II
O relato que o próprio
apóstolo apresenta dele, mostrando novamente por um nome afetuoso: “Amado,
procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os
estranhos” (v. 5).
1. Ele era hospitaleiro, bom para os irmãos, até para os estranhos.
Bastava que pertencessem a CRISTO para que fossem recomendados à casa de Gaio.
Ele era bom para os irmãos da mesma igreja que a dele, e para aqueles que
vinham de longe. Todos que pertenciam à família da fé eram bem-vindos.
2. Parece que ele tinha um espírito liberal. Ele sabia como tolerar
diferenças insignificantes entre cristãos sérios e ser comunicativo com todos
que traziam a imagem e faziam a obra de CRISTO.
3. Ele era consciente naquilo que fazia: “...procedes fielmente
(realizas uma obra fiel) em tudo o que fazes. Tu o fazes como servo fiel e
esperas a recompensa da herança do Senhor JESUS CRISTO”. Essas pessoas fiéis
conseguem ouvir elogios sem inchar de orgulho. O elogio das coisas boas em nós
é designado não para o nosso orgulho, mas para o nosso encorajamento, para
continuarmos firmes, e deveria ser refinado adequadamente.
III
A alegria do apóstolo no bom
relato e o bom motivo para tal: “...muito me alegrei quando os irmãos
vieram...” (v. 3). “Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus
filhos andam na verdade”, ou seja, nas prescrições da fé cristã. A melhor
evidência de termos a verdade é andarmos na verdade. Homens íntegros se
regozijarão na prosperidade da alma de outras pessoas; e eles têm prazer em
ouvir a respeito da graça e bondade dos outros. “E glorificavam a DEUS a
respeito de mim” (veja Gl 1.24). O verdadeiro amor não é invejoso, mas folga no
bom nome das outras pessoas. Da forma que os pais se alegram, os ministros
íntegros também se alegram, em ver seus filhos atestarem sua sinceridade na fé
e embelezar a profissão deles.
IV
A orientação que o apóstolo
dá ao seu amigo em relação ao tratamento futuro dos irmãos que estavam com ele:
“...que [...], se conduzires como é digno para com DEUS, bem farás” (v. 6).
Pelo que tudo indica era costume naqueles dias cuidar de ministros e cristãos
viajantes, pelo menos em algumas partes da estrada (1 Co 15.6). É uma bondade
para com um estranho ser guiado no seu caminho e um prazer para os viajantes encontrar-se
com pessoas carinhosas: essa é uma obra que deve ser feita “...como é digno
para com DEUS”, de um modo respeitável para com DEUS, ou adequado à deferência
e relação que mantemos para com DEUS. Os cristãos não deveriam levar em
consideração apenas o que devem fazer, mas o que podem fazer de maneira mais
honrosa e louvável: “...o nobre projeta coisas nobres...” e generosas (veja Is
32.8). Os cristãos também deveriam fazer as ações comuns da vida e de
benevolência de maneira digna, servindo a DEUS e almejando a sua glória.
V
Os motivos dessa conduta
discreta:
1. “...porque pelo seu Nome saíram, nada tomando dos gentios”.
Parece que esses eram irmãos ministeriais, que saíam para pregar o evangelho e
propagar o cristianismo. É possível que tenham sido enviados pelo apóstolo
João: eles saíram para converter os gentios. O serviço deles era excelente:
eles saíram em nome de DEUS e para a sua glória. Esse é o objetivo mais elevado
de um ministro e deveria ser sua principal causa e motivo: reunir e edificar um
povo para o seu nome. Eles também saíam para levar um evangelho livre, isto é,
anunciá-lo sem cobrar nada onde quer que fossem: “...nada tomando dos gentios”.
Eles eram dignos de duplicada honra. Existem aqueles que não foram chamados
para pregar diretamente o evangelho, mas que podem contribuir financeiramente
para o avanço do mesmo. O evangelho deveria ser propagado sem cobrar-se nada
daqueles a quem primeiro é pregado. Não podemos esperar que as pessoas que não
conhecem o evangelho o valorizem. Igrejas e cristãos com visão devem cooperar
para apoiar a propagação da fé cristã nos países pagãos. Outros deveriam cooperar
de acordo com as suas aptidões. Esses que comunicam livremente o evangelho de CRISTO
deveriam ser assistidos por aqueles que participam com suas ofertas.
2. “...aos tais devemos receber, para que sejamos cooperadores da
verdade” (v. 8), da verdadeira fé. A instituição de CRISTO é a verdadeira
religião. Ela foi autenticada por DEUS. Aqueles que são fiéis a ela desejarão
sinceramente, e orarão e contribuirão para, sua propagação no mundo. A verdade
pode ser favorecida e assistida de muitas maneiras. Aqueles que não podem
proclamar diretamente o evangelho podem receber, acompanhar, ajudar e apoiar os
que o fazem.
O Caráter de Diótrefes
3 João 1:9-11
I
Encontramos aqui um exemplo
e um caráter muito diferente de um bom ministro na igreja. Ele era menos
generoso, tolerante e comunicativo do que os cristãos individuais. Os ministros
podem, às vezes, ser ultrapassados em brilho ou excelência. Observamos o
seguinte nesse ministro:
1. Seu nome – um nome gentílico: Diótrefes trabalhava com um
espírito não-cristão.
2. Seu temperamento e espírito – cheio de orgulho e ambição:
“...que procura ter entre eles o primado”. Esse fermento apareceu cedo. É
inconveniente e prejudicial quando ministros de CRISTO gostam de exercer a
primazia, almejar cargos superiores e de notoriedade na igreja de DEUS.
3. Seu desprezo da autoridade, cartas e amigos do apóstolo.
(1) Da sua autoridade: “...as obras que ele faz” contrárias à nossa
ordem, “...proferindo contra nós palavras maliciosas” (v. 9). Estranho que o
desprezo e o desdém fossem tão fortes! Mas, a ambição produzirá malícia contra
aqueles que se opõem a ela. A malícia e a malevolência no coração estarão
prontas a manifestar-se pelos lábios. Precisamos vigiar o coração e a boca.
(2) Da sua carta: “Tenho escrito à igreja (v. 9), a saber, pela
recomendação de tais e tais irmãos. Mas Diótrefes não nos recebe, não permite
que nossa carta e testemunho sejam anunciados ali”. Parece que essa era a
igreja onde Gaio era membro. Uma igreja evangélica parece ser uma sociedade
para a qual uma carta pode ser escrita e transmitida. Tais igrejas podem
esperar receber cartas de apresentação de estranhos que desejam ser admitidos
no meio delas. O apóstolo parece escrever por meio desses irmãos e em parceria
com eles. Autoridade apostólica ou uma epístola significam muito pouco para um
espírito ambicioso e que aspira grandes coisas.
(3) Dos seus amigos, os irmãos que ele recomendou: “...não recebe
os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja” (v.
10). Pode haver algumas diferenças ou costumes diferentes entre os cristãos
judeus e gentios. Os pastores devem considerar seriamente quais diferenças são
toleráveis. O pastor não tem liberdade absoluta, nem é o senhor sobre a herança
de DEUS. É ruim não fazer algo bom; mas é pior impedir aqueles que desejavam
fazê-lo. O poder e a disciplina da igreja frequentemente sofrem abusos. Muitos
são lançados fora da igreja em que deveriam ser recebidos com satisfação. Mas
ai daqueles que lançam fora ou excluem os irmãos que o Senhor JESUS CRISTO
receberá na sua própria comunhão e Reino!
4. A ameaça do apóstolo a esse dominador orgulhoso: “Pelo que, se
eu for, trarei à memória as obras que ele faz (v. 10) e, lembrarei de
repreendê-las”. Isso parece sugerir autoridade apostólica. Mas, o apóstolo não
parece preparar uma corte episcopal, à qual Diótrefes deveria ser convocado;
mas ele viria para tomar conhecimento da situação na igreja. Atos de domínio e
tirania eclesiástica devem ser censurados e reprovados. Precisa ficar claro a
quem pertence esse poder!
II
Aqui está um conselho em
relação a esse caráter diferente, uma dissuasão de copiar esse tipo de
comportamento, e, na verdade, de qualquer tipo de mal: “Amado, não sigas o mal,
mas o bem” (v. 11). Não imite essa maldade perniciosa e não-cristã; mas siga o
bem, em sabedoria, pureza, paz e amor. Precação e conselho não são
desnecessários àqueles que já são bons. Essas precauções e conselhos serão mais
bem aceitos por aqueles que são temperados pelo amor. Amado, não sigas o mal. O
apóstolo acrescenta uma razão para essa precaução e conselho.
1. Em relação ao conselho: Sigas o bem; porque “...quem faz bem
(quem natural e genuinamente faz o bem, regozijando-se nisso) é de DEUS”, é
nascido de DEUS. A prática da bondade é a evidência da nossa feliz relação
filial com DEUS.
2. Em relação à precaução: Não sigas o mal, porque “...quem faz mal
(com uma mente tendenciosa) não tem visto a DEUS”, não está devidamente
sensível à sua natureza e vontade santa. Obreiros nocivos futilmente simulam ou
se gabam de conhecer a DEUS.
O Caráter de Demétrio. Conclusão e Saudação
3 João 1:12-14
Aqui temos:
I
O caráter de outra pessoa,
um certo Demétrio, não muito conhecido nas Escrituras. Mas por meio desse texto
seu nome permanecerá vivo. O nome no evangelho, a reputação nas igrejas, é
melhor do que de filhos e filhas. Seu caráter era sua aprovação. Sua aprovação
era:
1. Geral: “Todos dão testemunho de Demétrio”. Poucos têm o
testemunho de todos; e, às vezes, isso até pode não ser bom. Mas a integridade
e a bondade geral são o caminho para o aplauso de todos.
2. Merecida e bem fundada: “...até a mesma verdade” (v. 12). Alguns
têm um bom testemunho, mas não da própria verdade. Felizes são aqueles cujo
espírito e conduta os aprovam diante de DEUS e dos homens.
3. Confirmada pelo testemunho do apóstolo e seus amigos: “...e
também nós testemunhamos; e isso com um apelo ao próprio conhecimento de Gaio:
e vós (tu e teus amigos) bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro”.
Provavelmente, esse Demétrio era conhecido na igreja onde o apóstolo agora
morava, e pela igreja em que Gaio estava. É bom ser bem conhecido, ou ser
conhecido por fazer o bem. Devemos estar prontos para dar testemunho daqueles
que são bons: essa é uma obrigação para com a virtude e a bondade. É bom para
aqueles que são elogiados ou aprovados quando os que os elogiam ou aprovam
podem apelar à consciência daqueles que os conhecem melhor.
II
A conclusão da epístola,
onde podemos observar:
1. O encaminhamento de algumas coisas para um encontro pessoal:
“Tinha muito que escrever, mas não quero escrever-te com tinta e pena. Espero,
porém, ver-te brevemente” (vv. 13,14). Muitas coisas podem ser mais apropriadas
para tratar em um encontro pessoal imediato do que por carta. Um breve encontro
pessoal pode poupar tempo e aborrecimento de muitas cartas; e bons cristãos
podem sentir-se animados em ver uns aos outros.
2. A bênção: “Paz seja contigo”; toda felicidade esteja contigo.
Aqueles que são bons e felizes desejam o mesmo para os outros.
3. A saudação pública enviada a Gaio: “Os amigos te saúdam”. Um
amigo na propagação do evangelho merece uma lembrança comum. E essas pessoas
piedosas mostram sua afeição pelo evangelho bem como por Gaio.
4. A saudação especial do apóstolo aos cristãos da igreja de Gaio e
adjacências: “Saúda os amigos pelos seus nomes”. Acredito que não havia muitos
que eram saudados de uma maneira tão pessoal. Mas devemos aprender a ser
humildes e amorosos. O mais humilde na igreja de CRISTO deveria ser saudado. E
aqueles que esperam morar juntos no céu deveriam saudar uns aos outros na
terra. E o apóstolo que se reclinou no seio de CRISTO colocava os amigos de CRISTO
em seu coração.
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Comentário Bíblico Wesleyana
Esboço III João
I. Saudação (3 Jo 1)
II. A ALEGRIA DO LÍDER (3 João 2-4)
III. generosa hospitalidade (3 João 5-8)
IV. REPROVAÇÃO DO MAL (3 João 9-10)
V. Comenda da BOA (3 João 11-12)
VI. CONCLUSÃO (3 João 13-14)
I. Saudação ( 3 Jo 1 )
1 O ancião ao amado Gaio, a quem eu amo em verdade.
A relação entre II e III João é muito evidente, e o autor é, sem
dúvida, a mesma pessoa (ver Introdução ). Gaio é muito
provável que um jovem pastor estacionado em uma das igrejas sob a liderança de
João. O nome de Caio era muito comum no primeiro século, por
isso seria apenas conjectura para identificar este Gaio com alguns
dos outros do mesmo nome, no Novo Testamento.
João usa o título cativante amado , que na sua forma
original aparece dez vezes nas três epístolas. Mesmo quando o escritor tem
severo e grave exortação para dar, ele nunca perde a ternura para com aquele a
quem ele está escrevendo. Ele dá um exemplo que é digno para todos os que
lhe sucedeu a seguir. A frase que eu amo na verdade é a mesma
que foi encontrada em 2 João 1 , e tem a conotação de fidelidade no
amor. Curiosamente, a forma de carta, que é semelhante à forma de João II,
é "exatamente o modelo que todos os escritores de cartas usadas no tempo
da igreja primitiva."
II. ALEGRIA DO LÍDER ( 3 João 2-4 )
2 Amado, oro para que em todas as coisas tu possas
prosperidade e saúde, assim como vai a tua alma. 3 Porque muito
me alegrei quando os irmãos vieram e deu testemunho tua verdade, como tu andas
na verdade. 4 maior alegria tem Eu nada do que isso, para ouvir
os meus filhos andam na verdade.
Era costume em carta escrita no primeiro século de observação
relativa bem-estar físico de uma pessoa. João reza para que Caio
pode prosperar e ser em saúde, assim como sua alma
prospera . Pode-se supor a partir destas palavras que Caio não estava
bem fisicamente. Pelo menos ele foi melhor do que espiritualmente ele era
fisicamente. É natural que cada pastor de ter uma preocupação com o
bem-estar físico do seu povo, bem como para a sua saúde espiritual. Curiosamente,
para muitos cristãos, a fim de esta oração deve ser revertida. Muitos
pastores bem poderiam pedir que a saúde da alma de seu povo deve ser
igual a de seus corpos físicos . Doenças da alma parecem ser
mais evidentes em muitas doenças de congregação do que o corpo.
O desejo que Gaio prosperar em todas as coisas podem se
estender a mais do que apenas a sua saúde física. É um trabalho público
possível Gaio 'na igreja foi dificultada por certas circunstâncias adversas
(vv. 9-10 ). João também deseja vitalidade nas atividades
espirituais que Gaio executa.
Certas falhas ou fraquezas por parte dos jovens pastores, como pode
ter caracterizado Gaio, pode muito bem acabar com a alegria de uma alma menos
resistente do que João. Mas ele foi capaz de se alegrar muito quando
chegou a notícia a ele que Caio era uma testemunha fiel à
verdade. Evidentemente, alguns dos irmãos cristãos que viajam
(v. 5 ) foi onde Caio morava e tinha trazido palavra a João a
respeito da igreja. Seu relatório sobre Caio foi bom, e que causou João
para se alegrar. Na verdade João afirma que é nos fiéis andar na
verdade de seus filhos que ele encontra a maior
alegria (v. 4 ; veja 2 João 4 ).
É muito mais fácil de andar na verdade e ser fiéis no testemunho de
um quando há outras pessoas fiéis presentes para dar incentivo e
inspiração. Mas quando uma pessoa é colocada em um ambiente hostil de
oposição à verdade e à liderança, a andar na verdade é mais
difícil. Na verdade, esta caminhada na verdade é viver no amor e
obediência a Cristo ( 2 João 6 ). Para manter o amor suave de
Cristo vivo no coração quando os outros estão se manifestando atitudes e ações
carnais é a maior prova de fidelidade.
III. Generosa hospitalidade ( 3 João 5-8 )
5 Amado, tu fazes um trabalho fiel em tudo o que tu
fazes para com os que são irmãos e desconhecidos, além
disto; 6 que deu testemunho de teu amor diante da igreja: a
quem hás de fazer bem para definir a frente em sua jornada digna de
Deus: 7 , porque isso por causa do Nome saíram, sem nada
aceitar dos gentios. 8 Nós, portanto, deveria acolher tal, para
que sejamos cooperadores da verdade.
O principal objetivo da João por escrito ao Gao é revelado nestes
versos. Neste período da vida da igreja havia viajam missionários que
passaram de um lugar para outro a pregação do evangelho e prestando outros
serviços para as igrejas. Era dever do povo cristão em uma comunidade para
abrigar e alimentar esses missionários, enquanto eles estavam
presentes. Estes viajantes estavam dando-se ao trabalho da Igreja, e amor
cristão necessário que eles sejam recebidos, suportado, e graciosamente enviada
em seu caminho de uma forma verdadeiramente cristã.
Este costume de hospitalidade foi encontrado não só dentro da
Igreja, mas também no mundo antigo em todos os lugares. Foi considerado um
dever sagrado. Há muitos exemplos deste tipo de
hospitalidade. Certamente, se o mundo praticou tal hospitalidade, então os
cristãos seria de esperar para fazer menos. Pedro exortou os cristãos a
hospitalidade ( 1 Pedro 4:9 ), como também o escritor aos Hebreus
( Hb. 13: 2 ). Paulo se refere a esta prática, tanto em 1
Timóteo 5:9 e em Romanos 0:13 .Especialmente se os líderes da
igreja local ser homens que receberam a hospitalidade ( 1 Tim.
3:2 e Tito 1:8 ). Barclay recomenda a continuação desta
prática hoje:
Na igreja primitiva o lar cristão foi, como deveria ser agora, o
lugar da porta aberta e as boas-vindas amoroso. Não pode haver alguns mais
nobre obras do que para dar um estranho ao direito de entrada para um lar
cristão. O círculo familiar deve sempre ser grande o suficiente para ter
um lugar para o estrangeiro, não importa de onde ele vem, e não importa o que
sua cor pode ser.
João diz: Tudo o que tu fazes para com os que são irmãos e
estranhos é um fiel trabalho (v. 5 ). Ele aprovou desses
trabalhadores que viajam porque deu testemunho ao amor de Gaio
(v. 6 ) e eles foram adiante por causa do
nome (v. 7 ), provavelmente o nome de Cristo. Esses
missionários que viajavam não levavam nada dos gentios e foram
considerados companheiros de trabalho para a
verdade (v. 8 ).
Exatamente o que essas pessoas não sabemos ao certo, mas eles eram
professores e pregadores que estavam interessados na atividade missionária da
Igreja religiosas. Eles tinham desistido de casa e trabalho e foram
dando-se ao serviço de Cristo para o reino. Eles dependiam aqueles a quem
eles foram para o seu apoio. A este respeito, há um paralelo interessante
com as instruções de Cristo aos seus discípulos, quando os enviou
(ver Mateus 10: 5-16. ; Mc 6, 7-11. ; Lc 9:
1-6. ; 10: 1-11 ). Tornou-se o dever de as igrejas locais,
sob a liderança de seus pastores, para apoiar esses trabalhadores. Que
eles levaram nada dos gentios (v. 7 ) significa que eles
não receberam nenhum apoio fora do grupo cristão.
Há uma grande lição para os cristãos a aprender com esta prática
precoce. Deus chama alguns de seus trabalhadores a deixar suas famílias,
casas e emprego remunerado para ir para a atividade missionária da
Igreja. Outros estão autorizados a permanecer em casa, envolver-se em
atividades remuneradas, e dar apoio à Igreja. Estas pessoas em casa podem
se tornar companheiros de trabalho para a verdade , dando apoio e
oração para aqueles que levar o evangelho a áreas remotas. Nem todos podem
estar na linha de frente de serviço cristão em pessoa, mas tudo pode estar lá
em apoio financeiro e oração de intercessão, e, assim, compartilhar a
propagação e frutos do evangelho. Pode não ser sempre possível ter essas
pessoas como visitantes nos lares cristãos, mas é sempre possível compartilhar
as bênçãos de que casa com aqueles que viajam com a mensagem.
Na II João o autor alertou seus leitores contra a vinda de quem
iria divulgar falso ensino. Eles não estavam a receber essas pessoas em
suas casas, nem lhes dar todo o cumprimento; na verdade, para dar uma
saudação a pessoa faria dele um participante "em suas obras más"
( 2 João 10-11 ). Pode-se supor que João, por escrito, Caio não
está esperando que ele receber qualquer um que pode vir alegando falsamente de
ser um seguidor de Cristo. Espera-se que essa pessoa deva possuir
credenciais adequadas, e que ele estava agindo sob a autoridade da Igreja ou
algum líder, como o próprio João. O perigo e até mesmo a disposição de
certos falsos mestres que se aproveitou desta hospitalidade cristã é anotado e
advertiu contra em A Didaqué .
IV. REPROVAÇÃO DO MAL ( 3 João 9-10 )
9 Eu escrevi um pouco à igreja; mas Diótrefes, que gosta
de ter entre eles a primazia, não nos recebe. 10 Portanto, se
eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras
maliciosas; e não contente com isto, não ele mesmo recebe os irmãos, e os que
querem que ele proíbe e expulsa -los para fora da igreja.
A carta que João tinha escrito em um momento anterior a esta
igreja, aparentemente, havia sido desconsiderado por um líder cujo nome
era Diotrephes . Por causa da falha para obter uma comunicação
satisfatória com a igreja, João destaca Gaio como uma pessoa em quem ele
pode confiar para corrigir esta situação infeliz. Esta carta proporciona
uma imagem interessante da Igreja primitiva, especialmente de sua
liderança. João reconheceu a si mesmo como o líder geral da Igreja e a
autoridade aquele a quem tinha sido cometida para o direcionamento de seus
negócios. No entanto, ele foi ter que dirigir a uma distância,
principalmente através de cartas e pessoas designadas. Algumas dessas
pessoas eram os evangelistas viajando que se mudaram de lugar para lugar
realização das direções gerais do líder (v. 5 ). Nas igrejas
locais eram pessoas que vieram para a liderança. Enquanto essas pessoas
eram fiéis ao líder geral, como aparentemente foi Gaio, haveria pouca
dificuldade. Nesta igreja particular, no entanto, um homem com o nome
de Diotrephes ganhou um lugar de liderança e não estava disposto a
submeter à autoridade de João. Isso deixou João prejudicada, exceto se ele
poderia encontrar alguém na igreja local, como Gaio, a quem pudesse
recorrer. Obviamente, isso é o que ele está fazendo nesta carta.
João acusou que Diotrephes nos ama não (v. 9 ),
e ele está proferindo contra nós palavras
maliciosas (v. 10 ). Ele não estava disposto a receber
os irmãos , e ele proíbe e expulsa as pessoas para fora da
igreja .
Diótrefes era um líder muito ambicioso, que, evidentemente, tinha a
capacidade de ganhar a aprovação de uma maioria substancial na igreja
local. Nenhum jovem deve ser condenado por entrar em um lugar de liderança
e provar-se digno da aprovação de seu povo. Mas, ao fazer isso, Diotrephes
havia usurpado autoridade que pertencia a outro e líder superior. Ele
colocou João de lado através do uso de palavras rudes e maus, e ele se recusou
a receber as pessoas para a igreja, que foram enviados por João. Além
disso, ele intimidado a minoria que recebeu mensagens de João, e até mesmo
lançar alguns deles para fora da igreja (v. 10 ). Infelizmente,
ele parece ter desenvolvido uma liderança independente dentro da congregação
local que ameaçava a autoridade de João, e, consequentemente, a própria
estrutura da igreja local.
Pode ser que Diotrephes e alguns de seus seguidores sentia que João
estava exercendo muita autoridade sobre a igreja local. Eles podem ter
acreditado que eles estavam completamente no seu direito de resistir a
liderança de João e continuar na autonomia da congregação local. Para
eles, esses missionários que viajam vinham desnecessariamente em sua comunidade
e tornando-se um incômodo para o trabalho local. Eles não foram os últimos
a se queixar de liderança episcopal no governo da Igreja.
João então é justificado em sua crítica severa deste homem e seus
seguidores? João não encontrou neles as marcas reais da verdade
cristã. O verdadeiro teste para a verdade cristã, como visto em I João, é
uma vida de obediência a Jesus Cristo e de amor dos irmãos um para o
outro. Ao observar a conduta dos Diotrephes e seus seguidores nesta
igreja, João não podia ver essas virtudes cristãs. Desde as suas obras
eram más, essas pessoas não podiam ser de Deus (v. 11 ).
João expressou confiança de que em seu pessoal de vir para a igreja
que ele seria capaz de apontar o mal e ajudar a igreja para ver a
verdade. Assim, ele escreveu esta carta a Caio, a fim de ganhar o seu
apoio moral. Pode ser que os missionários que viajam (v.8 ), a quem
ele queria Gaio para receber, foram para abrir a porta para a posterior chegada
de João. Em uma palavra, João estava enfrentando dificuldades no controle
remoto de uma igreja, e ele achou necessário vir pessoalmente para resolver os
problemas existentes.
V. Comenda da BOA ( 3 João 11-12 )
11 Amados, não imitai o que é mal, mas o que é
bom. Quem faz o bem é de Deus; aquele que faz o mal não tem visto a
Deus. 12 Demetrius tem o testemunho de todos
os homens , e até a própria verdade: sim, nós também
testemunhar; e sabes que o nosso testemunho é verdadeiro.
Pode-se supor a partir do versículo 11 que Caio não era
um líder agressivo, e que ele tendia a cair em linha com o status
quo , em vez de criar problemas. João exortou-o a não o que é
mau imitar, mas o que é bom . Apenas como fraco Caio tinha estado na
presença deste homem Diotrephes não é conhecida, mas é possível que ele
precisava da forte conselhos de João e a visita dos missionários que viajam a
fim de apoiá-lo em sua liderança. João queria que ele visse o mal na
liderança que está sendo dado por Diotrephes e seguir em vez da liderança do
Apóstolo.
Outra pessoa, cujo nome é Demétrio , agora é trazido para
a foto (v. 12 ). Não se sabe quem ele é. Qualquer
identificação dele com o ourives de Éfeso ( Atos 19:21 ), ou com o
Demas que abandonou Paulo ( 2 Tim. 4:10 ), é apenas
conjectura. Ele era uma pessoa de boa reputação e fiel à verdade do
evangelho. Ele teve a aprovação de João, e isso deve ser suficiente para
Caio. É possível que ele estava sendo enviado com esta carta especial para
Caio e foi ajudar Caio em sua posição contra Diótrefes. De qualquer forma,
ele era digno de imitação.
É lamentável que os homens bons são, por vezes fraco em sua
liderança e tendem a ser reticente em seu testemunho. Eles podem precisar
de um forte encorajamento de outros líderes, a fim de defender o que eles sabem
que é certo. Por outro lado, alguns homens de forte capacidade de
liderança ir aos extremos e errarem. Muitas vezes isso tem sido verdade na
história da Igreja. João enfrentou-lo aqui no primeiro século e teve que
incentivar os bons homens para exercer liderança na presença de outros que
haviam usurpado autoridade.
VI. CONCLUSÃO ( 3 João 13-14 )
13 Eu tinha muitas coisas para escrever a ti, mas não
estou disposto a escrever -lhes para te com tinta e
pena: 14 , mas espero que em breve ver-te, e vamos falar cara a
cara. Paz seja contigo. Os amigos te
cumprimentar. Saudai aos amigos pelo nome.
A semelhança desta epístola a II João também é evidente na
conclusão. Em ambos os lugares (v. 13 ; 2 João 12 ),
João tem muitas coisas que ele gostaria de dizer, mas ele prefere
dizer-los face a face , em vez de com tinta e
pena . Há algumas coisas melhor dito oralmente do que escrito. Cartas
podem cair nas mãos de pessoas hostis, ou criar mal-entendidos que se acumulam
hostilidade antes de correções podem ser feitas. Alguns problemas só podem
ser resolvidos em um encontro pessoa-a-pessoa. Por uma questão de
história, é bem que João escreveu tanto como ele fez. Quando se enfrenta
problemas da igreja ele poderia desejar João tinha escrito uma carta mais
longa.
Acima de tudo o apóstolo queria que os cristãos a ter
paz. Esta paz começa no coração, mas em última análise, deve existir na
comunidade crente. Satanás procura destruir esta paz, fato atestado pela
história da igreja. João tem confiança seus amigos vão recebê-lo, e amor
finalmente irá prevalecer. Esta carta respira não só o espírito de amor,
mas também a força da fé.
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3 João - Comentário - NVI (F. F.
Bruce)
v. 1. Gaio\ Já é conhecido da igreja como amado. O apóstolo
acrescenta a sua aprovação pessoal: “Eu também o amo na verdade”.
v. 2. A saudação generosa é bem formulada na NVI. A expressão
“acima de tudo” na ARA, que transmite a impressão infeliz de que a
prosperidade e a boa saúde estejam avaliadas acima de tudo o mais, é
corretamente condensada em tudo e acrescentada como sujeito de lhe corra
bem. A antiga e a nova tradução podem ser conjugadas para dar a
formulação “para que você prospere e desfrute de boa saúde, assim
como vai bem a sua alma”.
v. 4. Os meus filhos (numa relação pastoral: Cf. l Tm 1.2;
contraste com Fm 10) estão andando, como hábito diário, na verdade,
no evangelho e nos mandamentos do Senhor Jesus.
v. 5. apesar de lhe serem desconhecidos-. A forma mais difícil e,
portanto, mais elogiável de hospitalidade (Hb 13.2; Mt 25.35).
v. 6. se os encaminhar em sua viagem: “Ajudar alguém na sua jornada
com comida, dinheiro, encontrando companheiros de viagem, meios de viagem etc.”
(Arndt); cf. Rm 15.24; 1Co 16.6,11. de modo agradável a Deus, cujos servos
vocês são.
v. 7. eles saíram: A referência é aplicável a todo o curso de vida
deles, como também ao ministério particular, por causa do Nome:
Uma frase que expressa admiração profunda e é preservada na NVI (Lv
24.11; At 5.41). A aceitação de assistência praticada espontaneamente por
não-cristãos tem bons precedentes (At 28.2,7,10), e podemos traduzir por
“eles saíram dos pagãos não levando nada”. I.e., ao se tornarem
cristãos, e mais particularmente pregadores, eles abriram mão dos direitos de
propriedade e de herança nas suas famílias gentílicas. Eles poderiam ter
insistido nos seus direitos, mas por amor ao Nome não o fizeram (Fp
2.5-11) — uma renúncia exigida ainda hoje em países não-cristãos.
v. 8. Uma das formas em que a igreja cumpre o seu chamado de
difundir a verdade é apoiar tais homens. Essa declaração prepara o caminho
para mostrar o erro de Diótrefes de uma ótica muito séria.
v. 9,10. Escrevi algo (depreciativo): Só uma breve nota: uma
descrição adequada de 2João.
v. 10. Tem-se feito a objeção de que Gaio não pode ter pertencido à
mesma igreja que Diótrefes, pois, se fosse da mesma, não teria sido
preciso avisá-lo a respeito da conduta de Diótrefes. A objeção só seria
válida se essa fosse uma carta puramente particular — mas não há
cartas puramente particulares no NT. A carta é uma acusação formal de
Diótrefes, como também um atestado para Gaio e Demétrio.
v. 12. a própria verdade. O Espírito falando por meio dos crentes,
provavelmente por meio da profecia (cf. At 13.2; l Tm 1.18). Demétrio não
é simplesmente alguém nomeado pelo apóstolo, como Gaio também não.
Independentemente disso, o seu valor é reconhecido amplamente. Os
comentaristas têm considerado Demétrio o portador da carta, ou um pregador
itinerante que foi recomendado à hospitalidade de Gaio.
v. 14. Acerca da promessa de uma visita como estímulo à imediata
submissão, v. Fm
21,22. em breve. Isso é acrescentado agora à meia promessa de
2 Jo 12; uma leve indicação de que 3Jo é posterior a 2João.
v. 15. um por um (“nome por nome”, ARA): Um eco de Jo 10.5, em que
o Bom Pastor chama suas ovelhas pelo nome, um exemplo de co-pastores
e uma boa nota de conclusão para a correspondência pastoral
do presbítero.
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REVISTA BETEL 4º TRIMESTRE 2023 NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 1, Betel, O Verdadeiro Discípulo anda na
verdade, 4Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
REVISTA BETEL, 4° TRIMESTRE DE 2023 – ADULTOS – EDITORA BETEL
TÍTULO: Terceira Epistola de João – Instituindo o discipulado
baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade Cristã
TEXTOS DE REFERÊNCIA – João 17.15, 17-21
¹⁵ Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
¹⁷ Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
¹⁸ Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao
mundo.
¹⁹ E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam
santificados na verdade.
²⁰ E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela
tua palavra hão de crer em mim;
²¹ Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em
ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
INTRODUÇÃO
Verdade é o termo mais destacado no livro de João e citado por
Jesus ao falar sobre unidade e santidade. Esse caráter é exaltado por João na
vida de Gaio e Demétrio, em contraponto ao engano produzido por Diótrefes.
1- João, Gaio, Demétrio e Diótrefes
A Terceira Carta de João,
com apenas 15versículos,é personalista e foi endereçada ao presbítero Gaio. No
entanto, outros dois personagens são mencionados pelo autor, que faz
comparações de comportamento e caráter de três obreiros: Gaio, Demétrio
e Diótrefes. Tratado como "amado'' e "filho'; Gaio é
reconhecido por ser um verdadeiro discípulo e uma liderança exemplar que
"anda na verdade'' [3Jo 3]. Da mesma forma, Demétrio [3Jo 12]. Em
contraponto, Diótrefes ignora a verdade e despreza seu líder.
1.1- Quem foi João.
Filho de Zebedeu, fazia parte do "círculo íntimo" de
Jesus, composto por três discípulos, participando, junto com seu irmão Tiago e
com Pedro, de ocasiões especiais [Me 5.36-37; 9.2; 14.33]. João era pescador e denominado "o
discípulo amado" [Jo 21.20]. Autor do Evangelho segundo João, de três
cartas que também levam o seu nome sendo a última endereçada a Gaio-, e do
livro de Apocalipse. Morreu de velhice, perto de 98 d.C.
1.2 Quem foram Gaio e Demétrio.
Gaio e Demétrio são apresentados por João como cristãos fiéis [3Jo
3-6, 12].
1) Gaio era líder de uma das igrejas da Ásia Menor (da qual João se
tornou bispo), um obreiro generoso e hospitaleiro que oferecia abrigo aos
missionários em sua casa [3Jo 3-8]. Em sua Terceira Carta, João elogia e
incentiva o amado irmão em Cristo p r seu ministério de hospitalidade aos
mensageiros itinerantes que iam de um lugar a outro para pregar o Evangelho de
Cristo.
2) Demétrio era o tipo de cristão que, ao contrário de Diótrefes,
procurava construir, em vez de destruir, procurava manter Deus no centro de sua
vida, em oposição a si mesmo. Era um homem de boa reputação e leal à verdade,
reconhecido por seu testemunho cristão [3Jo 12]. Gaio e Demétrio foram grandes
colaboradores de João. Eles ajudavam o apóstolo no cuidado da igreja local.
1.3 Quem foi Diótrefes.
Ao contrário de Gaio e Demétrio [3Jo 1-6, 12], Diótrefes não
obedecia nem respeitava o apóstolo João. Era obstinado e falava o que não
devia, causando mágoas e conflitos no seio da comunidade. Ele queria ter a
primazia entre os irmãos, ou seja, o primeiro lugar [3Jo 9-14]. Diótrefes era
um mau discípulo, ambicioso e caluniador, portanto, indigno de servir na
Igreja.
2- O que é a verdade
|
2.1 Andar na verdade
Jesus disse que o diabo é o "pai da mentira" [Jo 8.44],
ensinando não só que o inimigo criou a mentira, mas que os filhos de Deus devem
andar na verdade, seguindo o caráter de Deus. "Não vos escrevi porque não
soubésseis a verdade, mas porque sabeis, e porque nenhuma mentira vem da
verdade" [l Jo 2.21]. Quem anda na verdade prega e vive o que ensinam as
Escrituras, e está em unidade com Jesus [Jo 17.21].
2.2 Defender a verdade
Na versão NTLH de Provérbios 22.12, lemos: "O Senhor Deus está
alerta para defender a verdade e atrapalhar os planos dos mentirosos': Um dos papéis da igreja, portanto, dos
crentes, é realizar aquilo que agrada a Deus. E defender a verdade está nesse
plano. João combateu Diótrefes exatamente por ele estar do lado oposto da
verdade [3Jo 10]. Por isso ele diz a Gaio:
"Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas
quem faz o mal não tem visto a Deus" [3Jo 11). Os apóstolos tinham como principal tarefa em
seus ministérios defender a verdade. Pedro foi claro ao dizer: "Porque não
podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido [At 4.20).
2.3 Amar a verdade
João era conhecido como "o apóstolo do amor". Em sua
Terceira Carta, ele demonstra amar a verdade e se alegra com Gaio e Demétrio,
que "andam na verdade" [3Jo 3, 12). Assim como a verdade, o amor é um
dos atributos de Deus. João relata a oração de Jesus, onde Ele declara: "E
eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com
que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja" [Jo 17.26]. Paulo,
ensinando sobre o amor, diz: "O amor não se alegra com a injustiça, mas se
alegra com a verdade". Aqui vemos o estilo de vida cristã exibido por Gaio
e Demétrio em oposição ao de Diótrefes [3Jo 11).
3- O poder de um discípulo de Cristo
O poder de um autêntico discípulo está relacionado 100% ao
Evangelho. Paulo diz que este "é o poder de Deus para salvação de todo
aquele que crê'' [Rm 1.16]. A fonte deste poder é o Espírito Santo [At 2.1] e
nunca o homem ou alguma instituição humana.
3.1 O poder para ensinar
Aquele que tem poder deve aprender primeiro a ter poder sobre si
mesmo - só assim terá poder para discipular, com base nas Escrituras. A Bíblia
é única fonte de poder: "Toda a Escritura divinamente inspirada é
proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em
justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para
toda a boa obra" [2Tm 3.16-17]. Jesus orou agradecendo a Deus pelo poder
que recebeu sobre toda a carne [Jo 17.2], com o qual tinha autoridade para ensinar
as verdades espirituais e eternas. Ele era chamado de "Rabi", que
quer dizer Mestre [Jo 1.38], aquele que tem como atribuição o ensino.
3.2 O poder liderar
Parece que Gaio era um servo de Deus que se destacava na igreja
local por sua conduta. Apesar de ter alcançado tal patamar, diferentemente de
Diótrefes, que se achava autossuficiente, Gaio mantinha a submissão ao seu
líder João. Seu coração era de servo,
procedendo fielmente em tudo [3Jo 8]. Daí vinha seu poder para liderar. Já
Diótrefes exigia das pessoas o que ele próprio não tinha: obediência e
submissão à liderança. Era insubmisso e opunha-se abertamente às ordens de João
[3Jo 9-10].
3.3 O poder para servir
Jesus recomendou aos Seus discípulos que aguardassem em oração até
que fossem revestidos de poder do alto [At 1.8]. Em Atos 2, todos eles foram
cheios do Espírito Santo, recebendo a unção que lhes daria poder para servirem
como Igreja do Senhor. Esse poder foi claro no ministério apostólico [At
4.7-1O]. Gaio servia os irmãos ao hospedá-los em sua casa, mesmo sem
conhecê-los, uma marca do poder de um servo fiel ao seu chamado.
CONCLUSÃO
Deus não se agrada daqueles que andam na soberba, como ocorreu com
Diótrefes. Mas, quem anda na verdade entende que dela fazem parte a humildade,
o serviço, o amor, a submissão, como aconteceu com Gaio e Demétrio, discípulos
segundo o que ensinam as Escrituras.