Lição 6, CENTRAL GOSPEL, CRISTO é Superior ao Antigo Sacerdócio
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EXTRAS
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CPAD Jovens e Adultos » Sumário Geral » Adultos
2018 » 1º Trimestre
LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD - ADULTOS
1º
Trimestre de 2018
Título: A
supremacia da Cristo — Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus
Comentarista: José
Gonçalves
Lição
5: Cristo é superior a Arão e à Ordem Levítica
Data: 04
de Fevereiro de 2018
TEXTO
ÁUREO
“Visto
que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos
céus, retenhamos firmemente a nossa confissão” (Hb 4.14).
VERDADE
PRÁTICA
Como
Filho de Deus e Sumo Sacerdote, Jesus intercede eficazmente por sua Igreja.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
— Hb 4.14 Jesus, Sumo Sacerdote qualificado para representar os homens diante
de Deus
Terça
— Hb 4.15 Jesus, Sumo Sacerdote identificado com a condição humana
Quarta
— Hb 5.4 Jesus, Sumo Sacerdote e ministro do santuário
Quinta
— Hb 5.7 Jesus, o Sumo Sacerdote de vida santa
Sexta
— Hb 5.8, 12.28 Jesus, o Sumo Sacerdote obediente e submisso que nos ensina
Sábado
— Hb 5.9-14 Jesus, o Sumo Sacerdote transcendente e necessário
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 4.14-16; 5.1-14.
Hebreus
4
14
— Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que
penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15
— Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
16
— Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos
alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo
oportuno.
Hebreus
5
1
— Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a
favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e
sacrifícios pelos pecados,
2
— e possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também
ele mesmo está rodeado de fraqueza.
3
— E, por esta causa, deve ele, tanto pelo povo como também por si mesmo,
fazer oferta pelos pecados.
4
— E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus, como
Arão.
5
— Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo
sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.
6
— Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a
ordem de Melquisedeque.
7
— O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas,
orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que
temia.
8
— Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.
9
— E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos
os que lhe obedecem,
10
— chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
11
— Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação, porquanto vos
fizestes negligentes para ouvir.
12
— Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se
vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e
vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento.
13
— Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na
palavra da justiça, porque é menino.
14
— Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do
costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
HINOS
SUGERIDOS
152,
291 e 402 da Harpa Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Pontuar
o sacerdócio do Senhor Jesus como superior à ordem levítica e que, por isso,
Ele teve autoridade para inaugurar uma nova ordem.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I.
Demonstrar biblicamente a natureza da superioridade do sacerdócio de Jesus
Cristo;
II.
Ensinar que o sacerdócio de Cristo foi superior quanto ao serviço;
III.
Expressar a importância teológica do sacerdócio do Senhor Jesus.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Hebreus
4.14-16 talvez seja a passagem mais enfática acerca da perfeição do ministério
sacerdotal de Jesus Cristo. Ali, o texto apresenta nosso Senhor como um sumo
sacerdote capaz de compadecer-se de nossas fraquezas porque Ele havia sido
tentado em tudo. Com base nesse fato que o autor aos Hebreus encoraja os
cristãos: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos
alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo
oportuno” (v.16). Encoraje sua classe a partir dessa Palavra!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A
doutrina do sacerdócio de Jesus começa a ser exposta a partir de Hebreus
4.14-16. Nessa seção o autor apresenta Jesus como “o grande sumo sacerdote que
penetrou os céus”. Jesus, portanto, era um Sumo Sacerdote grandioso,
misericordioso e compassivo. Na seção de Hebreus 5.1-10, o autor sacro
apresenta de forma detalhada uma discussão sobre as atribuições e qualificações
do sacerdócio. A intenção dele é mostrar que o sacerdócio de Jesus superou o
sacerdócio arônico e a ordem levítica em grandeza e qualificação. Os sacerdotes
humanos eram cobertos de fraquezas e defeitos e, por isso, pouco podiam fazer
pelos homens. Todavia, Jesus, como Sumo Sacerdote, era de uma ordem superior e
perfeita e, por conta disso, capaz de condoer-se e socorrer os que a Ele
recorrem. Por fim, o autor finaliza censurando os crentes pela ignorância deles
frente a uma doutrina de tão grande relevância.
PONTO
CENTRAL
Jesus
Cristo é o sacerdote perfeito que executou o mais perfeito sacrifício pela
humanidade.
I.
UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO
1.
Por representar melhor os homens diante de Deus.
O
escritor de Hebreus mostra que o sumo sacerdote do Antigo Pacto era escolhido
dentre seus pares (Hb 5.1). Com essa exposição o autor quer chamar a atenção
para o mistério da encarnação, quando Deus se humaniza para tratar com os
homens. Mesmo porque, como afirma certo teólogo, “é necessário que um homem
seja escolhido para representar homens ao tratar dos pecados deles contra
Deus”. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, é quem nos apresentou diante de Deus. Ao
contrário do sacerdócio arônico, que oferecia ofertas e sacrifícios, Jesus
ofereceu sua própria vida como oferta a Deus em nosso favor (Hb 4.14-16).
2.
Por compreender melhor a condição humana.
Para
melhor compreender a condição humana, o autor prossegue com sua exposição da
função sacerdotal. O sumo sacerdote era alguém tirado de entre o povo e com a
capacidade de compreender a condição humana. A palavra “compadecer-se” (Hb
5.2,3) traduz o termo grego metriopatheia , que significa escolher um
meio termo a fim de se evitar os extremos. Um sacerdote que trabalhava com as
exigências da Lei e, ao mesmo tempo com as fraquezas humanas, necessitava, a
todo momento, evitar os extremos. Isso se tornava mais emblemático quando ele
precisava fazer sacrifícios pelos pecados alheios e os seus próprios. Ele não
poderia ser complacente com o pecado nem tampouco agir com extrema severidade.
Na mente do autor sagrado somente Jesus, o Sumo Sacerdote perfeito, pôde
cumprir esse requisito.
3.
Pela posição que exerceu.
Não
era sumo sacerdote quem quisesse ser, mas aquele a quem o Senhor chamasse (Hb
5.4). O contexto deixa claro que a palavra “honra” tem o sentido de “cargo” ou
“posição” e está relacionada ao ministério sacerdotal ao qual o Senhor delegou
a alguém. Ser um ministro do altar era algo extremamente honroso, de grande
importância e de muita responsabilidade. Tanto Arão como seus filhos foram
escolhidos diretamente por Deus para esse ministério (Êx 28.1; Sl 105.26).
Jesus, nosso Sumo Sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que Arão
visto pertencer a uma ordem sacerdotal superior e haver sido enviado do céu
para essa missão.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
O
sacerdócio de Cristo é mais qualificado do que o de Arão e o da ordem levítica
porque representa melhor o ser humano diante de Deus, pois compreende a
condição humana, e por pertencer ao “sacerdócio do céu”.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Enfatize
a superioridade da qualificação do sacerdócio de Cristo em relação ao de Arão e
ao da ordem levítica. Utilize o auxílio do esquema abaixo.
CONHEÇA
MAIS
odo o sumo sacerdote
“Duas
qualificações são necessárias para um verdadeiro sacerdócio. (1) O sacerdote
deve ser compassivo, manso e paciente com aqueles que se desviam por
ignorância, por pecado involuntário e por fraqueza (v.2; 4.15; cf. Lv 4; Nm
15.27-29). (2) Deve ser designado por Deus (vv.4-6). Cristo satisfaz ambos
requisitos.
[...]
Cristo aprendeu pela experiência o sofrimento e o preço que com frequência se
paga pela obediência a Deus num mundo corrupto (cf. 12.2; Is 50.4-6; Fp 2.8).
Ele se tornou o Salvador e sumo sacerdote perfeito, porque seu sofrimento e
morte na cruz ocorreram sem pecado. Por isso, Ele estava qualificado em todos
os sentidos (vv.1-6), para nos prover a eterna salvação”. Leia mais
em Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pp.1905,06.
II.
UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO
1.
Pela realeza e o propósito pelo qual viveu.
Em
sua exposição sobre o sacerdócio de Cristo, o autor combina o Salmo 2.7 (Recitarei
o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Salmos 2:7) com
o 110.4 (Jurou o Senhor e não se arrependerá: Tu és um sacerdote eterno,
segundo a ordem de Melquisedeque. Salmos 110:4). Essas citações servem para o
autor sacro argumentar a favor da filiação divina e da realeza do sacerdócio de
Jesus. Respeitados especialistas em Antigo Testamento ressaltam que o tipo de
“messias” que os judeus da época de Jesus esperavam era de natureza
político-religiosa. Entretanto, os textos dos Salmos mostram que Jesus Cristo
não era um messias político nem meramente religioso, mas o Messias aclamado por
Deus em Salmos 2.7 e reconhecido pelo Pai como Sumo Sacerdote em Salmos 110.4:
o Messias que os cristãos reconhecem como o Filho de Deus, Rei e Sumo Sacerdote
do Novo Pacto. Nosso Cristo, mesmo sendo Filho de Deus, não glorificou a si mesmo
nem tampouco buscou honra para si, mas exerceu o sacerdócio por meio da vontade
do Pai (Fp 2.5-7).
2.
Pela vida santa que possuía.
A
primeira parte do versículo sete do capítulo cinco de Hebreus é usada pelo
autor sacro para se referir à vida piedosa de Jesus. Intercessão, compaixão,
oração e súplicas são qualidades presentes em um verdadeiro sacerdote. O autor
destaca que os fatos por ele levantados aconteceram quando Jesus ainda exercia
seu ministério terreno, revelando dessa forma o seu viver santo. Os intérpretes
destacam que esses fatos estão relacionados com a oração de Jesus no Getsêmani
(Mc 14.33-36), conforme narra os Evangelhos e serve para mostrar que um
sacerdote assim, santo, piedoso e compassivo, é capaz de condoer-se das
fraquezas humanas e dos que sofriam.
3.
Pela submissão que demonstrou.
A
expressão “foi ouvido quanto ao que temia” (Hb 5.7, ARC) é traduzida
na Almeida Revista e Atualizada (ARA) como “tendo sido ouvido por
causa da sua piedade”. A razão da diferença nas traduções é a palavra eulabeia usada
pelo autor. Essa palavra só aparece duas vezes no Novo Testamento grego e as
duas ocorrências encontram-se em Hebreus: uma aqui no capítulo 5 e outra em
Hebreus 12.28. Em Hebreus 12.28, tanto a ARC como a ARA traduzem
como “reverência”. Não há dúvida que este último sentido deve ser mantido
aqui. Eulabeia , portanto, mantém o sentido de um temor piedoso e
reverente. O viver temente de Jesus o conduziu a suportar o sofrimento em favor
da humanidade e, dessa forma, a completar a obra expiatória em favor de todos.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
A
realeza, o propósito pelo qual viveu, a vida santa que possuía e a submissão
demonstrada no seu ministério apontam para superioridade do serviço de Cristo.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Filho
e sacerdote (5.5,6). O autor cita duas passagens. A primeira estabelece o
direito de Jesus, na condição de filho, de ministrar no próprio céu (cf.8.3-6).
A segunda, estabelece seu direito de servir na terra como Sumo Sacerdote. A
razão pela qual é importante traçar o sacerdócio de Jesus desde Melquisedeque é
discutida no capítulo 7.
Obediência
(5.7,8). Obedecer é responder de acordo com o pedido ou o comando de outra
pessoa. Ambos os Testamentos deixam claro que a obediência a Deus cresce em
direção ao relacionamento pessoal com Ele e é motivado pelo amor. Duas das mais
importantes passagens das epístolas examinam a obediência de Cristo. Filipenses
2 focaliza a atitude de humildade e renúncia, expressas na encarnação de
Cristo. E sua trajetória até a cruz. Essa passagem, Hebreus 5, discute o
significado da obediência de Cristo. Ao aprender a obedecer, ele estabeleceu
suas credenciais como um verdadeiro ser humano, vivendo da mesma maneira que
vivemos, no que diz respeito à obediência a Deus. Assim qualificado, Jesus
tornou-se o ‘Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem’”
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de
Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. RJ: CPAD, 2010, p.859).
III.
UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À IMPORTÂNCIA TEOLÓGICA
1.
Uma doutrina transcendente.
A
última parte da seção de Hebreus 5.11-14 forma um parêntese feito pelo autor
para chamar a atenção da importância teológica que possuía essa doutrina — o
sacerdócio de Jesus Cristo. A compreensão dessa doutrina era de suma importância
para o viver cristão, mas a falta de crescimento por parte dos leitores tornava
difícil para o autor torná-la compreendida. Era uma doutrina que transcendia em
muito aqueles princípios formadores da fé cristã. Requeria maturidade, o que só
teria sido possível se eles exercitassem suas mentes na meditação da Palavra.
2.
Uma doutrina essencial.
Se
por um lado essa doutrina era por natureza transcendente, por outro, formava o
âmago da fé cristã. A sua compreensão traz substância à nossa fé. Não era de
admirar que os hebreus estavam indolentes, desanimados e fracos. Não possuíam
uma fé substancial (Hb 5.13,14). Quando não se tem maturidade suficiente na
vida cristã fica difícil e, às vezes, impossível de se fazer escolhas
acertadas.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
A
doutrina da superioridade sacerdotal de Cristo é transcendental aos princípios
formadores da fé cristã e essencial à nossa fé.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Resumo
do capítulo [5]. O sumo sacerdote ocupava uma posição única na religião de
Israel, um cargo acessível tão somente a um descendente de Arão. Por isso, o
escritor se mostra cauteloso ao enumerar as qualificações de Cristo para esse
papel na fé, no Novo Testamento. O sumo sacerdote é tomado dentre os homens.
Sua comissão de representar a outros homens diante de Deus exige que Ele seja
uma pessoa sensível às necessidades dos seres humanos (v.4). Cristo foi
ordenado por seu Pai ao sacerdócio (vv.5,6). Cristo também cumpre as
qualificações de sensibilidade diante da fraqueza humana. Como homem, Jesus
aprendeu a obediência pelas cousas que sofreu (vv.7,8). Devidamente
qualificado, foi nomeado sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque e se
transformou na fonte de nossa salvação (vv.9,10). Isto posto, o autor lança
mais uma advertência devido à aparente incapacidade de seus leitores de
perceberem até mesmo as mais elementares verdades do cristianismo. Para
caminhar em direção à maturidade, devem se valer das verdades que têm ensinado,
como guia a distinguir o bem do mal. Para ser considerada alimento sólido e não
leite, a verdade deve ser explicitada na prática (vv.11-14)” (RICHARDS,
Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. RJ: CPAD, 2010, p.859).
CONCLUSÃO
O
final do capítulo quatro de Hebreus e todo o capítulo cinco trazem aspectos
relevantes sobre o sistema sacerdotal nos dias bíblicos. Vimos que o autor
apresentou, primeiramente, as qualificações que eram exigidas para um sacerdote
e depois as contrastou com o Sumo Sacerdote perfeito, Jesus. O Filho de Deus
viveu toda a nossa condição humana e, como sacerdote perfeito, está habilitado
para interceder por nós. Esta é uma doutrina que todos devemos conhecer bem.
PARA
REFLETIR
A
respeito de Cristo é superior a Arão e à Ordem Levítica, responda:
Ao
contrário do sacerdócio arônico, o que Jesus ofereceu?
Jesus
ofereceu sua própria vida como oferta a Deus em nosso favor (Hb 4.14-16).
Por
que Jesus, nosso Sumo Sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que
Arão?
Jesus,
nosso sumo sacerdote, em tudo foi superior e mais honrado do que Arão visto
pertencer a uma ordem sacerdotal superior e haver sido enviado do céu para essa
missão.
Como
foi estabelecido o sacerdócio de Jesus?
Jesus
foi aclamado por Deus como Messias davídico (Sl 2.7) e como sumo sacerdote (Sl
110.4). Portanto, o sacerdócio de Jesus se dá em razão da sua filiação divina.
Quais
as qualidades presentes em um verdadeiro sacerdote?
Intercessão,
compaixão, oração e súplicas são qualidades presentes em um verdadeiro
sacerdote.
Como
seria possível chegar à maturidade cristã?
Exercitando
a mente na meditação da Palavra.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Cristo
é superior a Arão e à Ordem Levítica
ESBOÇO
DA LIÇÃO
1. Introdução
Texto
Bíblico: Hebreus 4.14-16; 5.1-14
2. I.
Um sacerdócio superior quanto à Qualificação
• 1.
Por representar melhor os homens diante de Deus.
• 2.
Por compreender melhor a condição humana.
• 3.
Pela posição que exerceu.
3. II.
Um sacerdócio superior quanto ao Serviço
• 1.
Pela realeza e o propósito pelo qual viveu.
• 2.
Pela vida santa que possuía.
• 3.
Pela submissão que demonstrou.
4. III.
Um sacerdócio superior quanto à importância Teológica
• 1.
Uma doutrina transcendente.
• 2.
Uma doutrina essencial.
5. Conclusão
Nesta
altura, chegamos numa seção crucial da Carta aos Hebreus: A Supremacia do Sumo
Sacerdócio de Cristo. O início dessa seção resgata o fato de que o Senhor
Jesus, por intermédio de seu sacerdócio supremo, torna aberto o caminho para
todas as pessoas aproximarem-se ao trono da Graça de Deus com confiança. Ora,
nosso Senhor compartilhou a nossa humanidade e, por isso, ninguém melhor que
Ele para compreender nossas fraquezas e debilidades. Por isso, precisamos de um
mediador perfeito, “porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos”
(1Tm 2.5,6). Por todos esses motivos, o Senhor Jesus (1) representa mais
eficazmente todos os seres humanos do que os sacerdotes do Antigo Testamento;
(2) compreende melhor a condição humana, pois a viveu em sua plenitude — Ele é
verdadeiro Homem; (3) sua posição, junto ao Pai, o coloca em melhor posição
para interceder por nós (1Jo 2.1).
Dentre
muitos outros motivos, esses três levantados acima atestam claramente que o
nosso Senhor é o Sumo Sacerdote por excelência. Nele, devemos depositar a nossa
confiança!
Sugestão
Pedagógica
Uma
boa sugestão é que você explique a classe a estrutura da ordem sacerdotal e
levítica de Israel. Nesse sentido, vale a pena ler o capítulo 16 do livro de
Levítico que descreve uma das principais cerimônias que o sumo sacerdote
celebrava: o Dia da Expiação. Os capítulos 15 e 16.1-6 de 1 Crônicas também
merecem atenção, pois eles destacam a organização dos levitas feita pelo rei
Davi. Faça essa leitura com o auxílio da Bíblia de Estudo Pentecostal,
editada pela CPAD. Boa aula!
LIÇÃO 5 - CRISTO, SUMO
SACERDOTE SUPERIOR A ARÃO
TEXTO
ÁUREO:
“Como
também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de
Melquisedeque” (Hb 5.6).
VERDADE
PRÁTICA:
O
sacerdócio de CRISTO é infinitamente superior ao de Arão, por ser divino,
eterno e por todos os salvos.
LEITURA
DIÁRIA:
Segunda
Êx 4.14 Arão, irmão de Moisés
Terça Êx 17.12 Arão, ajudador de Moisés
Quarta Êx 32 Arão e sua falha
Quinta Hb 7.1-4 Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de DEUS
Sexta Hb 6.20 JESUS, nosso eterno sumo sacerdote
Sábado Ap 19.16 JESUS, Rei dos reis e Senhor dos senhores
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE:
HEBREUS
5.1-10
1 Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor
dos homens nas coisas concernentes a DEUS, para que ofereça dons e sacrifícios
pelos pecados, 2 e possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados,
pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza. 3 E, por esta causa, deve ele,
tanto pelo povo como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados. 4 E
ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por DEUS, como Arão. 5
Assim, também CRISTO não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo
sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te
gerei. 6 Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a
ordem de Melquisedeque.7 O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande
clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi
ouvido quanto ao que temia. 8 Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por
aquilo que padeceu. 9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna
salvação para todos os que lhe obedecem,10 chamado por DEUS sumo sacerdote,
Segundo a ordem de Melquisedeque.
PONTO
DE CONTATO:
Ainda
utilizando o método de comparação, com a finalidade de exaltar o Filho de DEUS,
o escritor destaca no presente texto a superioridade do sacerdócio de CRISTO. O
trabalho sacerdotal no Antigo Testamento não era puramente humano, mas um
ministério de intercessão instituído por DEUS em favor dos homens. O
Eterno determinara, de antemão, que os sacerdotes viessem da família de
Arão, prefigurando o surgimento de CRISTO como o verdadeiro Sumo Sacerdote;
aquele que se ofereceria como oferta pelos pecados de toda a humanidade. Dentre
outros, sua superioridade é aqui destacada no fato de Ele não se exaltar, mas
glorificar aquele que disse: “Tu és meu Filho, hoje te gerei”. O Filho de DEUS
viveu entre nós sem pecado, aprendeu pela obediência e trouxe-nos eterna
salvação.
OBJETIVOS:
Após esta aula seu aluno deverá estar apto a:
Definir as diferenças entre JESUS e os sacerdotes do Antigo Pacto.
Reconhecer que o sacerdócio de CRISTO é superior ao de Arão.
Identificar JESUS como sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.
COMENTÁRIOS:
INTRODUÇÃO
Os sumos sacerdotes do Antigo Testamento, apesar de serem santos, eram
limitados e imperfeitos. Arão, por exemplo, ainda que grandemente honrado ao
ser separado para o ofício de sumo sacerdote, cometeu uma falha indecorosa:
levantou um ídolo em forma de bezerro de ouro e levou o povo a pecar. Mas
CRISTO, nosso Sumo Sacerdote, é superior a Arão, não somente por sua
infalibilidade e perfeição, mas porque cumpriu cabalmente o plano divino de
redenção de toda a humanidade.
I. O SUMO SACERDOTE DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Características básicas (v.1).
a) “Tomado dentre os homens”.
O
sumo sacerdote na Antiga Aliança era uma pessoa comum que, apesar de separada
por DEUS, levava para o sacerdócio suas virtudes e defeitos. Ele não era tomado
dentre anjos ou espíritos, mas “dentre os homens”. E essa é uma característica
muito importante.
b)
“Constituído a favor dos homens”.
O
sumo sacerdote não era eleito pelos seus pares, nem pelo povo em geral. Sua
investidura no cargo era por nomeação direta da parte de DEUS. Hoje, há
diversas formas utilizadas na escolha e consagração de um pastor, porém, acima
de tudo é indispensável que o pastor seja constituído por DEUS.
c) “Nas coisas concernentes a DEUS”.
O
sacerdote falava e agia em nome de DEUS, no que concernia à sua expressa
vontade. Por outro lado, ouvia os homens e intercedia por eles diante do
Altíssimo. Em tudo, a missão sacerdotal era cuidar dos interesses de DEUS em
relação ao povo e os do povo em relação a DEUS. Era um mediador, um
representante do Eterno.
2.
Funções primordiais.
De
modo geral as principais funções do sumo sacerdote eram ensinar a lei de DEUS e
interceder pelo povo.
a) Oferecer dons e sacrifícios pelos pecados (v.1b).
Na
Antiga Aliança os oferentes não podiam dirigir-se diretamente a DEUS. Traziam
suas dádivas e ofertas e as apresentavam ao sacerdote. Segundo estudiosos do
Antigo Testamento, os dons eram ofertas de cereais e os sacrifícios eram
“ofertas de sangue”. No Novo Testamento, JESUS, nosso Sumo Sacerdote
quanto a nossa salvação, é tanto o oferente como a própria oferta vicária:
“ofereceu-se a si mesmo [por nós] a DEUS”.
b) “Compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados” (v.2).
O
sumo sacerdote deveria ter simpatia, ou seja, capacidade para compartir as
alegrias ou as tristezas das pessoas que lhe procuravam e, ao mesmo tempo, ter
empatia, capacidade para se colocar na situação do outro. Só quem tem essas
qualidades pode de fato ser um intercessor. Da mesma forma devem proceder os
obreiros do Senhor no trato com os que erram por ignorância ou por fraqueza.
II. DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE CRISTO E ARÃO
1. JESUS, sacerdote perfeito.
A
Lei previa a possibilidade de erro ou pecado por parte dos sacerdotes (v.3; Lv
4.3). O próprio sumo sacerdote Arão tinha a orientação de DEUS para oferecer
sacrifícios não só pelo povo (Lv 16.15 ss.), mas por si próprio (Lv 16.11-14).
Enquanto o sumo sacerdote do Antigo Testamento estava sujeito a pecar, JESUS
nunca pecou. Ele é perfeito. Satisfez todas as condições para o perfeito
sacerdócio. Foi ungido como Rei, como Filho (Sl 2.6,7); e Sacerdote Eterno (Sl
110.4); foi enviado por DEUS (Jo 5.30); veio em nome do Pai (Jo 5.43). JESUS
não se glorificou a si mesmo para fazer-se sumo sacerdote (v.6). Diante de
todas essas qualificações, o Mestre nunca ofereceu sacrifícios por si próprio.
Ele deu-se a si mesmo por nossos pecados (Gl 1.4).
2. Sacerdote eterno (v.6).
O
escritor aos hebreus faz referência a dois textos bíblicos no livro de Salmos
para demonstrar o caráter especial do sacerdócio de CRISTO: um sacerdócio que
não tem fim: “Tu és meu filho; hoje te gerei” (Sl 2.7); e “Tu és um sacerdote
eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4).
III. A MISSÃO TERRENA DE JESUS
1. “Nos dias de sua carne” (v.1).
É
uma referência direta à vida humana de JESUS. O escritor já houvera acentuado
esse aspecto no cap. 2.14-17. Aqui, mais uma vez, ele demonstra que o nosso
Sumo Sacerdote, mesmo provindo de uma linhagem especial, encarnou-se, tomando a
forma de homem, como vemos no Evangelho de João (1.14): “E o verbo se fez
carne...”. O Verbo refere-se a JESUS CRISTO (cf. Ap 19.13).
Os gnósticos ensinavam que o corpo é intrinsecamente mau. Mas JESUS, o Verbo
divino, provou o contrário. Ele se fez carne, “e habitou entre nós”,
tornando-se homem completo, pleno, perfeito. E não apenas se fez carne, mas
tomou a “forma de servo” (Fp 2.7); na semelhança da “carne do pecado” (Rm 8.3),
suportou a “paixão da morte” (Hb 2.9).
2. Clamor, lágrimas, orações e súplicas (v.7).
A
Escritura diz que JESUS clamou a DEUS, com “lágrimas, orações e súplicas ao que
o podia livrar da morte”. No Evangelho segundo João 11.35 está escrito que
JESUS chorou, mas aquela não foi a única vez, como atesta o v.7. É por isso que
JESUS entende de lágrimas e, um dia, como DEUS, enxugará dos olhos toda a
lágrima (Ap 7.17;21.4).
3. Aprendeu a obediência (v.8).
Haverá
prova mais autêntica da humanidade de JESUS? “Ainda que era Filho, aprendeu a
obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5.8). Ele, sendo divino, obedeceu a
DEUS. A mente humana é, por vezes, levada a indagar: “Afinal, se Ele era DEUS,
porque deveria obediência a alguém?” Esse é um mistério que só a fé pode
aceitar. JESUS como ser humano teve um desenvolvimento humano normal: “E
crescia JESUS em sabedoria, e em estatura, e em graça para com DEUS e os
homens” (Lc 2.52). Como Filho de DEUS, Ele obedeceu ao Pai.
4. “Por aquilo que padeceu” (v.8b).
A
prova suprema da obediência de CRISTO foi a sua paixão e morte. O Diabo tudo
fez para que JESUS não executasse o plano da salvação. Na tentação no deserto,
seu objetivo era que o Senhor obedecesse a suas sugestões (Mt 4.1-11); na
crucificação, o inimigo usou alguém para lhe sugerir que “provasse” que Ele era
o Filho de DEUS, descendo da cruz (Mt 27.40).
5. Trouxe eterna salvação (v.9).
“E,
sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que
lhe obedecem”. (grifo nosso) JESUS declarou ao Pai: “Eu glorifiquei-te na
terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” (Jo 17.4). Na cruz, no
momento supremo de seu sacrifício em favor dos pecadores, Ele exclamou:
“Está consumado...” (Jo 19.30). Nesse aspecto, é oportuno lembrar que alguns
teólogos, baseados no versículo em foco e em outras referências, pregam a
doutrina da predestinação absoluta, resumida na sentença “uma vez salvo, para
sempre salvo”. Entretanto, o versículo mostra inequivocamente que a salvação
não é eterna a priori, mas sim condicional. Ela é eterna para “todos os que lhe
obedecem”. Desse modo, exclusivamente é salvo quem crê e segue a CRISTO em
obediência.
6. Chamado por DEUS (v.10).
JESUS
pertenceu a uma ordem sacerdotal singular, diferente da de Arão. Nisto, vemos
mais uma importante distinção entre o sacerdócio de CRISTO e o sacerdócio
arônico. JESUS, como diz o v.10, foi “chamado por DEUS sumo sacerdote, segundo
a ordem de Melquisedeque” (v.10).
CONCLUSÃO
Como podemos constatar no capítulo cinco de Hebreus, o texto revela com clareza
meridiana a superioridade do sacerdócio de CRISTO em relação ao de Arão. Outro
ponto importante diz respeito a humanidade de CRISTO: o escritor assevera que
JESUS foi humano o suficiente para buscar a DEUS, o Pai, em oração, súplicas e
lágrimas, sendo obediente como Filho. Trata-se de um exemplo inigualável e
uma lição incomparável para nós, mortais, que, às vezes somos relapsos em fazer
a vontade do Senhor, em obediência irrestrita.
Subsídio
Bibliológico
“Todo sumo sacerdote’ (Hb 5.1). Duas qualificações são necessárias para um
verdadeiro sacerdócio. (1) o sacerdote deve ser compassivo, manso e paciente
com aqueles que se desviam por ignorância, por pecado involuntário e por
fraqueza (v. 2;4.15; cf. Lv 4; Nm15.27-29). (2) Deve ser designado por DEUS
(vv. 4-6).
CRISTO satisfaz ambos os requisitos. “A origem de Melquisedeque (5.6).
Melquisedeque é uma personagem misteriosa do Antigo Testamento, que aparece em
Gn 14 como o sacerdote de DEUS em Salém (que é Jerusalém, Gn 14.18; Js 18.28;
Sl 110.1-4; Hb 7.1), antes dos tempos do sacerdócio levítico. O sacerdócio de
CRISTO é do mesmo tipo que o de Melquisedeque. (Bíblia de Estudo Pentecostal,
CPAD, págs.1905,1906)“Em relação a CRISTO, os cristãos hebreus não o
reconheciam sob a figura de Sumo Sacerdote. Por isso, não compreendiam a
aplicação desse título e ofício à sua pessoa. Não sendo Ele da linhagem de
Arão, naturalmente não o contemplariam como sacerdote. Seu ministério também
não lhes despertara tal pensamento, uma vez que não reivindicou nenhum
privilégio de acesso ao templo, nem executou nenhuma função sacerdotal, e
sempre criticou o concerto judaico do sacerdócio (Vicent).“O autor resumidamente
apresenta as características e atribuições do sumo sacerdote (5.1-4),
demonstrando que são perfeitamente satisfeitas em CRISTO (5.5-10). “Segundo o
sistema levítico, todo sumo sacerdote é escolhido entre os homens e constituído
a favor dos homens. Ele traz ao altar tanto sacrifícios cruentos como sem
sangue (5.1). Exige-se dele que possa condoer-se ou ter compaixão do povo. A
expressão significa ser “moderado” ou “tenro” em seu julgamento, nem severo
demais nem tolerante demais. Não deve ser homem que se irrita diante do pecado
e da ignorância, nem transigente com o mal (vv. 2.3) Ele deve ser chamado por
DEUS (v. 4)” (Comentário Bíblico Hebreus, CPAD, pág. 135).
QUESTIONÁRIO:
1.
Na lição, quais as características dos sacerdotes do Antigo Testamento?
R. “Tomado dentre os homens” e “constituído a favor dos homens nas coisas
concernentes a DEUS”.
2. Quanto ao oferecimento de sacrifícios, qual a diferença entre Arão e CRISTO?
R. JESUS nunca ofereceu sacrifícios por si próprio, como Arão.
3 . Quanto ao tempo, como é o sacerdócio de CRISTO?
R. Eterno.
4. Como deve ser entendida a eterna salvação a que se refere o escritor aos
Hebreus?
R. Salvação com obediência.
5. Como foi a ordem sacerdotal de CRISTO?
R. Segundo a ordem de Melquisedeque, da qual nenhum outro foi consagrado.
________________________________________________
REVISTA
CENTRAL GOSPEL 1º TRIMESTRE DE 2023 NA ÍNTEGRA
Lição
6, CG, Cristo é Superior ao Antigo Sacerdócio
TEXTO
BÍBLlCO BÁSICO - Hb 4.14,15; 5.1-3; 5-10
Hebreus
4.14,15
14
- Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou
nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15
- Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado,
Hebreus
5.1-3
1
Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos
homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios
pelos pecados,
2 e possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele
mesmo está rodeado de fraqueza.
3 E, por esta causa, deve ele, tanto pelo povo como também por si mesmo, fazer
oferta pelos pecados.
Hebreus
5-10
5
Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo
sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.
6 Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de
Melquisedeque.
7 O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações
e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.
8 Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.
9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os
que lhe obedecem,
10 chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
TEXTO
ÁUREO
Cheguemos,
pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia
e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Hebreus 4.16
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª
feira - Romanos 8.31-34 Jesus é nosso intercessor
3ª
feira - Êxodo 28.1-3 Arão, escolhido por Deus para sacerdote
4ª
feira - Êxodo 32 Arão e sua falha
5ª
feira - Hebreus 7.1-4 Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus
6ª
feira - Hebreus 6.13-20 Jesus, nosso eterno sumo sacerdote
Sábado
- Apocalipse 19.16 Jesus, rei dos reis e senhor dos senhores
Resumo
geral da Lição
1-
O SUMO SACERDOTE NO ANTIGO TESTAMENTO
1-1-
Características básicas do sacerdote (Hb 5.1)
1-2-
Funções primordiais do sacerdote
2-
UM SACERDOTE SUPERIOR A ARÃO
2-1-
Jesus, sacerdote perfeito
2-1-1-
O aperfeiçoamento de Cristo
2-2-
Jesus, superior ao sacerdócio de Arão
2-3-
Os sacerdotes da atualidade
3-
NOSSO GRANDE SUMO SACERDOTE
3-1-
Jesus, o sacerdote compassivo
3-2-
Jesus em tudo foi tentado
3-2-1-
Considerações sobre a tentação de Jesus
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
Alguns
judeus, sabidamente, haviam começado a sentir-se um tanto inseguros em
abandonar o antigo sistema sacerdotal com o qual já estavam acostumados. Assim,
o escritor de Hebreus procurou tranquilizá-los, explicando a obra de Cristo.
Partindo do conhecimento que os judeus tinham do sacerdócio no Antigo
Testamento, o escritor afirma que eles não precisavam voltar aos velhos
caminhos, uma vez que Jesus é o único e verdadeiro sumo sacerdote da nossa
confissão.
1-
O SUMO SACERDOTE NO ANTIGO TESTAMENTO
O
escritor de Hebreus apresentou Jesus como o sacerdote de que os seus leitores
precisavam.
1-1-
Características básicas do sacerdote (Hb 5.1)
-
Tomado dentre os homens. Na antiga aliança, o sumo sacerdote era uma pessoa
comum, com virtudes e defeitos apesar de ser separado por Deus.
-
Constituído a favor dos homens. A investidura sacerdotal dava-se por nomeação
direta de Deus; não havia a participação ou intervenção de outros sacerdotes ou
do povo em geral.
-
Nas coisas concernentes a Deus. O sumo sacerdote falava e agia em nome de Deus,
no que concernia à Sua expressa vontade. Por outro lado, também ouvia os homens
e intercedia por eles diante do Altíssimo.
1-2-
Funções primordiais do sacerdote
-
oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Como na antiga aliança as pessoas
não podiam dirigir-se a Deus diretamente, elas apresentavam suas ofertas de
sangue (animais) e suas dádivas de cereais ao sumo sacerdote.
-
No Novo Testamento, Jesus é nosso sumo sacerdote: Ele é tanto o ofertante como
a oferta vicária, pois ofereceu-se a si mesmo a Deus (1 Tm 2.6; Tt 2,14) para
remissão dos nossos pecados.
-
Compadecer-se ternamente. O sumo sacerdote deveria possuir simpatia, ou seja,
capacidade para compartilhar das alegrias e tristezas das pessoas que o
procuravam; e, simultaneamente, ter empatia, isto é, capacidade de colocar-se
no lugar do outro.
2-
UM SACERDOTE SUPERIOR A ARÃO
2-1-
Jesus, sacerdote perfeito
Enquanto
o sumo sacerdote do Antigo Testamento estava sujeito a pecar, Jesus satisfez
todas as condições para o perfeito sacerdócio: Ele jamais pecou, ou seja, é
imaculado e perfeito (Hb 7.26; 1 Jo 3.5), não precisando, deste modo, oferecer
sacrifício por si próprio; ao contrário, Cristo deu-se a si mesmo por nossos
pecados (Gl 1.4).
2-1-1-
O aperfeiçoamento de Cristo
A
expressão "tendo sido aperfeiçoado" (Hb 5.9 ARA) não deve ser
entendida como uma sugestão de que houve um tempo em que Cristo não foi
perfeito. No curso da Sua vida terrena, a perfeição de Jesus foi submetida ao
teste. Essa perfeição permaneceu imaculada por meio de tudo quanto Ele sofreu.
O Filho de Deus foi aperfeiçoado não no sentido ético de perfeição, sem erro ou
fragilidade, mas no sentido teleológico, de completar aquilo para o que estava
proposto.
2-2-
Jesus, superior ao sacerdócio de Arão
O
escritor de Hebreus fez referência a dois textos do livro de Salmos para
demonstrar o caráter especial do sacerdócio de Cristo, que o torna superior ao
sacerdócio de Arão:
-
Tu és meu Filho; eu hoje te gerei (Sl 2.7; Hb 5.5); e
-
Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110.4; Hb 5.6).
2-3-
Os sacerdotes da atualidade
O
escritor da carta aos Hebreus traz a lume a plena dimensão do sacerdócio
universal dos cristãos (Hb 4.14-16):
-
não necessitamos de clérigos ou de outros mediadores entre nós e Deus, senão
apenas de nosso senhor Jesus;
-
não é mais necessário ficar do lado de fora do tabernáculo ou da tenda do
encontro;
-
não é necessário pedir coisa alguma a qualquer sacerdote;
-
não é preciso temer atravessar o véu que separa o Santo dos Santos do Lugar
Santíssimo.
3-
NOSSO GRANDE SUMO SACERDOTE
3-1-
Jesus, o sacerdote compassivo
O
escritor de Hebreus afirma, convictamente, que Jesus é misericordioso e fiel
sumo sacerdote (Hb 2.17):
-
em Seu ministério terreno, Ele sempre demonstrou preocupação com as multidões
sofredoras (Mt 9.36; 14.14);
-
em Sua missão sacerdotal, Ele demonstra grande compaixão por todos nós (Sl
103.8).
3-2-
Jesus em tudo foi tentado
A
expressão "Nos dias de sua carne" (Hb 5.7) é uma referência direta à
vida humana de Jesus. Mesmo sendo o supremo sumo sacerdote, Ele tomou a forma
de homem (Jo 1.14; Fp 2.7,8). Cristo era plenamente divino e humano; contudo,
não possuía uma natureza pecaminosa.
3-2-1-
Considerações sobre a tentação de Jesus
Mesmo
possuindo a natureza divina, Jesus, como homem, em tudo foi tentado, mas sem
pecado (Hb 4.15). Por ter provado da tentação, Jesus é compassivo e poderoso
para socorrer a humanidade (Hb 4.15a).
SUBSÍDIO
Os
canais pelos quais a tentação pode chegar à alma humana são:
-
os apetites camais (1 Jo 2.16);
-
a imaginação, que leva à presunção (Gn 3.4-6); e
-
a ambição pessoal (JS 7.20,21; 2 Rs 5.20). Jesus foi sensível a todos esses
canais; por isso o escritor sagrado diz que em tudo foi tentado; contudo Ele
não cometeu qualquer pecado (Mt 4.15b).
CONCLUSÃO
Se
temos Jesus como nosso supremo sumo sacerdote, podemos, pela fé, adentrar ao
trono da graça, à Sua santa presença a qualquer momento, e sermos ajudados em
tempo oportuno (Hb 4.16). Conservemos firmes nossa confiança em Cristo Jesus,
pois Ele é o nosso fiel intercessor diante de Deus.
ATIVIDADE
PARA FIXAÇÃO
1.
Com relação ao acesso ao Lugar Santíssimo, qual a diferença entre Jesus e os
sacerdotes do Antigo Testamento?