LIÇÕES CENTRAL GOSPEL – 4º Trimestre de 2023
Lição 11, Central Gospel, Maturidade Sustentável
Vídeo - https://youtu.be/hZGEtAzpXoE
Escrita
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Slides
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MADURO τελειος teleios
1) levado a seu fim, finalizado
2) que não carece de nada necessário para estar completo
3) perfeito
4) aquilo que é perfeito
4a) integridade e virtude humana consumados
4b) de homens
4b1) adulto, maturo, maior idade
HONRA
δεξιος dexios
direita, mão direita, lugar de honra ou autoridade
τιμαω timao
estimar, fixar o valor, para o valor de algo que pertence a si mesmo, honrar,
ter em honra, reverenciar, venerar
τιμη time
avaliação pela qual o preço é fixado, honra que pertence ou é mostrada para
alguém, da honra que alguém tem pela posição e ofício que se mantém,
deferência, reverência
μεγαλυνω megaluno
tornar grande, magnificar, tornar conspícuo, distinto, julgar ou declarar
grande, estimar muito, exaltar, louvar, celebrar, obter glória e louvor
HUMILDADE
ταπεινοφροσυνη tapeinophrosune
ter uma opinião humilde de si mesmo, senso profundo de insignificância (moral),
modéstia, humildade, submissão de mente.
ταπεινος tapeinos
que não se levanta muito do chão, como uma condição, humilde, de grau baixo,
humilde de espírito, humilde, que submete à servidão.
SE
HUMILHOU A SÍ MESMO
ταπεινοω tapeinoo
tornar baixo, rebaixar, reduzir a um plano, rebaixar à condição humilde,
reduzir a circunstâncias mais pobres, designar alguém a uma posição ou lugar
mais baixo, humilhar, ser categorizado abaixo de outros que são honrados ou
recompensados, humilhar-se ou rebaixar-se por uma vida humilde, ter uma opinião
modesta de si mesmo, comportar-se de um modo modesto, destituído de toda
arrogância
FÉ E
GRAÇA (BEP – CPAD) - Rm
5.21 “Para que, assim como o pecado reinou na
morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus
Cristo, nosso Senhor.”
A
salvação é um dom da graça de Deus, mas somente podemos recebê-la em resposta à
fé, do lado humano. Para entender corretamente o processo da salvação,
precisamos entender essas duas palavras: Fé e Graça
FÉ
SALVÍFICA. A fé em Jesus Cristo é a única condição prévia que Deus requer do
homem para a salvação. A fé não é somente uma confissão a respeito de Cristo,
mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a
Cristo como Senhor e Salvador (cf. Mt 4.19;
16.24;
Lc
9.23-25; Jo 10.4, 27; 12.26; Ap 14.4).
O
conceito de fé no NT abrange quatro elementos principais: (a) Fé significa crer
e confiar firmemente no Cristo crucificado e ressurreto como nosso Senhor e
Salvador pessoal (ver Rm
1.17 nota). Importa em crer de todo coração (At
8.37; Rm
6.17; Ef 6.6; Hb 10.22), ou
seja: entregar a nossa vontade e a totalidade do nosso ser a Jesus Cristo tal
como Ele é revelado no NT.
Fé
inclui arrependimento, i.e., desviar-se do pecado com verdadeira tristeza (At
17.30; 2Co
7.10) e voltar-se para Deus através de Cristo. Fé
salvífica é sempre fé mais arrependimento (At 2.37,38; ver Mt 3.2, nota
sobre o arrependimento).
A fé
inclui obediência a Jesus Cristo e à sua Palavra, como maneira de viver
inspirada por nossa fé, por nossa gratidão a Deus e pela obra regeneradora do
Espírito Santo em nós (Jo 3.3-6; 14.15, 21-24; Hb 5.8,9). É a
“obediência que provém da fé” (Rm 1.5).
Logo, fé e obediência são inseparáveis (cf. Rm 16.26). A
fé salvífica sem uma busca dedicada da santificação é ilegítima e impossível.
A fé
inclui sincera dedicação pessoal e fidelidade a Jesus Cristo, que se expressam
na confiança, amor, gratidão e lealdade para com Ele. A fé, no seu sentido mais
elevado, não se diferencia muito do amor. É uma atividade pessoal de sacrifício
e de abnegação para com Cristo (cf. Mt 22.37; Jo
21.15-17; At 8.37; Rm 6.17; Gl 2.20; Ef 6.6; 1Pe 1.8).
A fé
em Jesus como nosso Senhor e Salvador é tanto um ato de um único momento, como
uma atitude contínua para a vida inteira, que precisa crescer e se fortalecer
(ver Jo
1.12 nota). Porque temos fé numa Pessoa real e
única que morreu por nós (Rm 4.25; 8.32; 1Ts 5.9,10),
nossa fé deve crescer (Rm 4.20; 2Ts 1.3; 1Pe 1.3-9). A
confiança e a obediência transformam-se em fidelidade e devoção (Rm 14.8; 2Co 5.15);
nossa fidelidade e devoção transformam-se numa intensa dedicação pessoal e
amorosa ao Senhor Jesus Cristo (Fp 1.21; 3.8-10; ver Jo 15.4 nota;
Gl
2.20 nota). GRAÇA. No AT Deus revelou-se como o
Deus da graça e misericórdia, demonstrando amor para com o seu povo, não porque
este merecesse, mas por causa da fidelidade de Deus à sua promessa
feita
a Abraão, Isaque e Jacó (ver Êx 6.9 nota;
ver os estudos A PÁSCOA e O DIA DE EXPIAÇÃO). Os escritores bíblicos dão
prosseguimento ao tema da graça como sendo a presença e o amor de Deus em
Cristo Jesus, transmitidos aos crentes pelo Espírito Santo, e que lhes outorga
misericórdia, perdão, querer e poder para fazer a vontade de Deus (Jo 3.16; 1Co 15.10; Fp 2.13;
1Tm 1.15,16).
Toda atividade da vida cristã, desde o seu início até o fim, depende desta
graça divina.
Deus
concede uma medida da sua graça como dádiva aos incrédulos (1Co 1.4; 15.10), a
fim de poderem crer no Senhor Jesus Cristo (Ef 2.8,9; Tt 2.11; 3.4).
Deus
concede graça ao crente para que seja “liberto do pecado” (Rm 6.20, 22),
para que nele opere “tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”
(Fp
2.13; cf. Tt 2.11,12; ver Mt 7.21, nota
sobre a obediência como um dom da graça de Deus), para orar (Zc 12.10),
para crescer em Cristo (2Pe 3.18) e
para testemunhar de Cristo (At 4.33; 11.23).
Devemos
diligentemente desejar e buscar a graça de Deus (Hb 4.16).
Alguns dos meios pelos quais o crente recebe a graça de Deus são: estudar as
Escrituras Sagradas e obedecer aos seus preceitos (Jo
15.1-11; 20.31; 2Tm 3.15),
ouvir a proclamação do evangelho (Lc 24.47; At
1.8; Rm
16; 1Co 1.17,18),
orar (Hb
4.16; Jd v. 20), jejuar (cf. Mt 4.2; 6.16),
adorar a Cristo (Cl
3.16); estar continuamente cheio do Espírito Santo
(cf. Ef
5.18) e participar da Ceia do Senhor (cf. At 2.42;
ver Ef 2.9, nota
sobre como opera a graça).
A
graça de Deus pode ser resistida (Hb 12.15),
recebida em vão (2Co
6.1), apagada (1Ts 5.19), anulada (Gl 2.21) e
abandonada pelo crente (Gl 5.4).
Fé é
uma palavra do NT. Ela ocorre apenas duas vezes no AT (Dt 32.20; Hc 2.4). A
versão ASV em inglês traduz a primeira referência (heb.’ emun) como
“fidelidade”. A versão ASV conserva o termo “fé” no segundo texto (trazendo
“fidelidade” na margem, heb. ’emuna), possivelmente por causa da freqüente
citação do texto no NT, no qual a idéia é claramente a de fé no sentido ativo
Icf. Rm
1.17; Gl 3.11; Hb 10.38). A
palavra equivalente no AT é “confiança”. A palavra “confiança” e suas formas
correlatas ocorrem mais de 150 vezes no AT, como a tradução de várias palavras
hebraicas diferentes. A palavra do NT pistis (veja Arndt) é usada tanto no
sentido de fidelidade (Rm 3.3; Gl 5.22; Tt 2.10)
quanto de confiança (Mc
11.22; Mt 8.10; Lc 5.20; Rm 3.22,28
etc.). Veja Fidelidade; Amém.
A fé é
a virtude básica no NT (1 Co 13.13; Hb 11.6; 2 Pe 1.5-7).
Mesmo assim, alguns entendem que não haja nenhuma definição formal de fé na
Bíblia. Com relação à passagem às vezes mencionada como a definição da fé ׳Hb 11.1),
Dean F. W. Farrar observou: “As palavras famosas com as quais este capitulo é
aberto não são tanto uma definição, mas uma descrição. Elas não são uma
definição, pois não indicam, como disse Tomás de Aquino, a essência da fé. Elas
nos dizem o que a fé produz, e não o que ela é - suas questões, ao invés da sua
natureza. A ‘fé’, diz o escritor, ‘é a base das coisas que se esperam, a
demonstração de objetos não vistos’. Isto é o que a fé é em seus resultados.
Ela nos fornece fundamentos sobre os quais a nossa segurança pode seguramente
repousar, com uma convicção de que estas coisas existem, não sendo ainda
terrenas ou temporais, e que, portanto, ainda não as podemos ver”.
Uma
definição correta de fé deve levar em consideração a sua complexidade, pois
enquanto pode ser dito que o exercício dela é a própria simplicidade, ela
envolve toda a personalidade. O conhecimento é necessário (Rm
10.13-17). No entanto, embora o entendimento
intelectual da verdade a ser crida não seja a fé, ele faz parte dela. A
concordância com a verdade a ser crida é necessária (Mt 9.28; Tg 2,19);
porém, a concordância pode não ser mais do que admitir a veracidade da coisa a
ser cria a, sem trazer nenhuma obrigação consigo. Ò elemento sem o qual não
temos a fé bíblica, é o consentimento da vontade, ou “o consentimento da
vontade para a concordância do entendimento” (cf. Jo 8.30,31).
A fé
salvadora, portanto, envolve a confiança pessoal ativa, o compromisso de alguém
para com o Senhor Jesus Cristo, Mas não é a quantidade de fé que salva, é o
objeto da fé que salva, Uma grande fé no objeto errado não altera um til na
condição perdida do homem. Pouca fé (desde que seja fé) no objeto certo deve
resultar em salvação, Como um artigo de religião define: “Podemos assim confiar
em Cristo, seja de forma tímida ou ousada; mas qualquer que seja o caso, esta
será uma fé salvadora. Se, embora timidamente, confiarmos nele, em sua
obediência por nós na morte, instantaneamente, entramos em comunhão com ele, e
seremos justificados. Se, porém, confiamos nele com ousadia, então teremos o
conforto da nossa justificação. E simplesmente pela fé em Cristo que somos
justificados e salvos” (uso Episcopal Reformado). No uso bíblico gera), crer é
ter uma fé madura em Cristo, a ponto de se entregar a ele, O primeiro termo oue
os cristãos usaram para se descrever ioi “os que creram” (Act 2.44; 4.32; 5.14
etc.). Veja Crer; Crentes.
Deve
ser observado que existem resultados mais abençoados e reais quando um
indivíduo realmente confia no Senhor Jesus Cristo. Há não apenas uma mudança de
posição diante de Deus (justificação), mas há o início da obra redentora e
santificadora de Deus. Embora a transformação da vida não seja a base da
salvação, ela é a evidência da salvação. E sem tal evidência (em maior ou menor
grau) deve ser levantada uma questão quanto à autenticidade da fé do indivíduo.
Dentro de alguns limites, concordamos com a opinião de C. I. Scofield: “A fé
que não leva à ação, que não resulta em uma mudança de relacionamento para com
Deus e Cristo, que não opera de forma transformadora na vida, não é a fé
bíblica”. A incredulidade é, ao longo de toda a Bíblia, igualada à desobediência
(cf. Jo
3.36), e é considerada o mais grave dos pecados (Hb 3.12-18).
As
boas obras de um cristão são o resultado e a evidência da autenticidade da sua
fé. É o entendimento deste fato qne resolverá o problema de alguns quanto a uma
alegada discrepância entre Paulo e Tiago. Paulo certamente relaciona as boas
obTas com a fé (Ef 2.8-10).
Fica claro que Tiago está falando da justificação diante dos homens (Tg 2.18 -
“mostra-me”, “te mostrarei”; v. 22 - “bem vês”; v. 24 - “vedes”; v. 26), e que
a fé é provada pelas obras (v. 22).
A fé
não está somente relacionada à salvação do pecado para o cristão, ela está
ligada à providência e à direção de Deus (Mc 11.22; Hb 11.6; Pv 3.5,6; Sl 37.3; Act 27.25), à
santificação (Gl
3.1-3; Act 26,18; 2 Co 5.7; Gl 2.20; Cl 2.6,7), ao
serviço (Rm
12,6; Gl 5.6; 1 Ts 1.3; 2 Ts 1.11; 1 Tm 6.12; Hb 11.33; Tg 2.22) e à
oração (Mt
21.22; Hb 11.6; Tg 1,5-8).
A
relação entre o arrependimento e a fé é uma questão teológica freqüentemente
discutida. Ao fazer uma síntese de seu ministério em Éfeso, Paulo expressou-se
da seguinte forma: “Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão
a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (Act 20.21; cf, 11.17,18; 26.18-20), É
provável que o conhecimento (notitia) e a concordância (assensus) precedam o
arrependimento (uma mudança de pensamento) assim como precedem a confiança
{ftducia). O arrependimento, neste aspecto, precede a confiança. Assim, a fé
não será uma fé salvadora genuína a menos que ela envolva o arrependimento
(q.v.).
Uma
outra questão teológica envolvendo a fé é aquela que é levantada em qualquer
ordo salutis toraem de salvação). Uma questão que preocupa é a relação aa
regeneração com a fé. A diferença entre os evangélicos é representada pelas
concepções luteranas, arminianas e reformistas. Na opinião luterana, o chamado,
o arrependimento e a regeneração são preparatórios para a vinda do pecador a
Cristo; uma vez que a salvação não é conferida até que o pecador exerça a fé, é
necessário manter a fé. A opinião reformista considera a regeneração, o
arrependimento e a fé como “bênçãos da aliança da graça”, não meramente como
preparatórias ou condições consumadas pela iniciativa humana. No conceito
arminiano, Deus confere a todos os homens a graça que lhes permite crer e
obedecer ao evangelho; um homem é justificado “por sua fé”.
Seja
qual for a opinião defendida, pode ser observado que deve haver a resposta da
fé para se ter a experiência da salvação (Act 8.37; 16.31; Ef 2.8).
Certamente, tal conceito é ensinado no capítulo sobre o novo nascimento (Jo 3.14-16).
Além disso, o próprio Senhor Jesus Cristo falou dos mortos ouvindo a sua voz, e
esta deve ser uma referência àqueles que estão espiritualmente mortos (Jo 5.25- 29; note
o evidente contraste no v. 29). No entanto, não pode haver nenhuma contestação
no que diz respeito à escolha soberana de Deus (Act 13.48; Rm 8.29; Ef 1.4,5), ou
à necessidade de Deus de iniciar a salvação de uma pessoa (Rm 3.105-18; 1 Co 2.14; Ef 2.8,9). A
expressão “a fé” às vezes refere-se “àquilo em que se crê, corpo de fé ou
crença, doutrina” (Arndt f, O mesmo léxico diz que “esta objetivação do
conceito de pistis já era encontrada em Paulo”. Até mesmo os estudiosos que
reconhecem o uso da “fé” neste sentido, diferem quanto às referências nas quais
ele aparece. Segue uma lista sugerida: Lucas 18.8; Atos 3.16; 6.7; 13.8; 14,22; 16.5; 24.24; 1 Coríntios 16.13; 2 Coríntios 13.5; Gálatas 1.23; 3.23-25; Efésios 4.13; Filipenses 1.27; Colossenses 1.23; 2.7; 2
Tessalonicenses 3.2; 1
Timóteo 1.19; 3.9,13; 4.1,6; 5.8; 6.1o,21;
2
Timóteo 3.8; 4.7; Tito 1.13; Tiago 2.1; Judas 3; Apocalipse 14.12.
W. C.
O cristianismo
é a interpretação da existência que, como um sistema completo de
supernaturalismo, posiciona-se como a antítese do naturalismo ateísta. Um
monoteísmo radical é também uma antítese polar do politeísmo. Ensinar que Deus
é auto- subsistente, pessoal, vivo, ético, dinâmico e soberano, é a a mesma
forma a antítese polar do panteísmo e do deísmo. Contudo, uma vez que a fé
cristã defende a trindade da Divindade, ela deve ser fortemente diferenciada de
tal espécie de monoteísmo como o judaísmo ou o islamismo.
Estruturada
sobre as atividades misericordiosas da revelação e da redenção, ela postula a
criação do homem conforme a imagem divina; sua apostasia, sua culpa, sua
perdição; mas a sua possibilidade de perdão através dos milagres da encarnação,
expiação e ressurreição - três eventos na divisão da história que têm seu ponto
central em Jesus Cristo. Quando um pecador apropria-se da Pessoa e da obra do
Mediador em um confiante autocomprometimento, um novo relacionamento com Deus é
estabelecido. Esta experiência é teologicamente formulada nas doutrinas de
regeneração, justificação e santificação (q.v.). O cristianismo espera a
segunda vinda de seu Senhor e o seu juízo, que será aplicado a toda a
humanidade. A vida, esta fé defende, continuará eternamente além da morte, não
em mera sobrevivência de almas incorpóreas, mas em uma ressurreição de corpos
transformados, com os crentes desfrutando da comunhão com Deus, enquanto os
incrédulos sofrerão um castigo eterno. E o tema recorrente e dominante desse
drama cósmico é sola gloria Deo (a Deus seja toda a glória)!
V. C.
G.
Originalmente
usada para designar O resumo da doutrina cristã ensinada para novos convertidos
antes do batismo, a frase regula fidei tomou-se rapidamente um termo técnico em
Teologia; e como um sinônimo para a fonte e padrão da crença, da mesma forma
tornou-se o foco de significativa controvérsia.
Qual é
a norma da verdade salvadora, o critério definitivo de,dogma e prática, o cânon
do cristianismo? E a Escritura, mais a tradição, mais algum magisterium
eclesiástico que funciona como um intérprete autorizado? Esta tem sido a
opinião catélico-romana e a ortodoxa grega, embora a ortodoxia não aceite o
papado como uma base exclusiva de interpretação, nem considere os
pronunciamentos de ninguém - exceto os dos Concílios da igreja primitiva - como
tendo autoridade. Este critério é alguma luz interior mística? Os discípulos de
Robert Barclay, o principal teólogo quaker, têm argumentado assim. Será que
este posicionamento é uma fusão da razão com a consciência? Com várias
modificações, o liberalismo tem adotado esta posição. Será que apenas as
Escrituras devem ser seguidas? Este foi O sinal de reconhecimento da Reforma, O
seu principium eognoscendi, fazendo um paralelo com O princípio material da
justificação que ocorre ex- cluõivamente pela fé. O protestantismo histórico
discutiu — e ainda discute - que a Escritura, interpretada pelo Espírito, é a
única e suficiente norma do cristianismo, tornando desnecessário qualquer
suplemento extrabíblico.
Concordando
em termos apologéticos, calvinistas e luteranos têm-se dividido sobre esta
questão de forma polêmica. Os calvinistas têm assumido uma posição rigorosa,
argumentando que nada é garantido a menos que a Escritura o declare
expressamente. Os luteranos têm sido menos inflexíveis, aceitando as práticas
que não contradigam a Escritura. Mas todos os cristãos reformistas concordam
com Chillingworth: “A Bíblia, e somente a Bíblia, é a religião dos
protestantes”.
Bibliografia. Gabriel Moran, Scripture and Tradition. A Survey ofthe Controversy, Nova York. Herder & Herder, 1963. W. P. Patterson, The Rule of Faith, Londres, Hodder e Stoughton, 1912. V. C. G.
FILIPENSES 3 – COMENTÁRIOS BEP - CPAD
12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição;
mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por
Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado;
mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando
para as que diante de mim estão, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. 1Co 9:24; 2Tm 4:7;
15 Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este
sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos
esclarecerá. 16 Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos. Rm 12:16; Rm 15:5; 1Co 1:10; Gl 6:16; Fp 2:2; 1Pe 3:8;
3.8-11
PARA QUE POSSA GANHAR A CRISTO. Estes versículos revelam o coração do apóstolo
e a essência do cristianismo. O maior anseio na vida de Paulo era conhecer a
Cristo e experimentar de modo mais íntimo sua comunhão e presença. Nessa busca
vemos os seguintes aspectos: (1) Conhecer a Cristo pessoalmente, bem como a
seus caminhos, sua natureza e caráter, segundo a revelação da Palavra de Deus.
O verdadeiro conhecimento de Cristo envolve ouvirmos a sua palavra, seguirmos o
seu Espírito, atendermos a seus impulsos com fé, verdade e obediência, e
identificar-nos com seus interesses e propósitos. (2) Ser achado em Cristo (v.
9), i.e., ser unido e ter comunhão com Ele produz a justiça que somente é
experimentada como dom de Deus (1.10,11; 1 Co 1.30 nota; ver o estudo TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO). (3) Conhecer o
poder da sua ressurreição (v. 10), i.e., experimentar a renovação da vida
espiritual, o livramento do poder do pecado (Rm 5.10; 6.4; Ef 2.5,6) e o poder do Espírito Santo para levar a efeito um testemunho eficaz,
a cura, os milagres e, finalmente, a nossa própria ressurreição dentre os
mortos (v. 11; Ef 1.18-20). (4) Compartilhar das aflições de Cristo mediante a abnegação, a
crucificação da carne e o sofrimento por amor a Cristo e à sua causa (cf. 1.29;
At 9.16; Rm 6.5,6; 1 Co 15.31; 2 Co 4.10; Gl 2.20; Cl 1.24; 4.13)
3.9
A JUSTIÇA QUE VEM DE DEUS. A justiça do crente consiste, em primeiro lugar, em
ser perdoado do pecado, justificado e aceito por Deus, mediante a fé (ver Rm 4.5).
(1) Nossa justiça, no entanto, é mais do que isso. A Palavra de Deus declara
que nossa justiça é Cristo, o próprio Senhor Jesus, habitando em nosso coração
(cf. 1.20,21; Rm 8.10; 1 Co 1.30; Gl 2.20; Ef 3.17; Cl 3.4); no AT o Messias é referido como o "Renovo justo" e "O
SENHOR Justiça nossa" (ver Jr 23.5,6 nota). Noutras palavras, a justiça que possuímos não é de nós mesmos,
mas de Jesus, em quem colocamos a nossa fé (1 Co 1.30; Gl 2.20). Mediante a presença dEle em nós, tornamo-nos nEle "justiça de
Deus" (ver 2 Co 5.21). (2) O fundamento da nossa salvação e nossa única esperança de
justificação é a morte sacrificial de Cristo e seu sangue derramado no Calvário
(Rm 3.24; 4.25; 5.9; 8.3,4; 1 Co 15.3; Gl 1.4; 2.20; Ef 1.7; Hb 9.14; 1 Pe 1.18,19; 1 Jo 4.10) e sua vida ressurreta dentro do nosso coração (ver Rm 4.22; Rm 4.25; 5.9,10; 8.10,11; Gl 2.20; Cl 3.1-3; ver Rm 4.22).
3.13
UMA COISA FAÇO. Paulo se acha qual um atleta numa corrida (cf. Hb 12.1), esforçando-se e correndo o máximo, totalmente concentrado no que
faz, a fim de não ficar aquém do alvo que Cristo estabeleceu para a sua vida.
Esse alvo era a perfeita união entre Paulo e Cristo (vv. 8-10), sua salvação
final e sua ressurreição dentre os mortos (v. 11). (1) Era essa a motivação da
vida de Paulo. Recebera um vislumbre da glória do céu (2 Co 12.4) e resolvera que sua vida inteira, pela graça de Deus, estaria voltada
para a resolução de avançar com toda determinação e finalmente chegar ao céu e
ver Cristo face a face (cf. 2 Tm 4.8;
Ap 2.10; 22.4). (2) Semelhante determinação é necessária a todos nós. No decurso da
nossa vida, há todos os tipos de distrações e tentações, tais como os cuidados
deste mundo, as riquezas e os desejos ímpios, que ameaçam sufocar nossa
dedicação ao Senhor (cf. Mc 4.19; Lc 8.14). Necessário é esquecer-se das "coisas que atrás ficam",
i.e., o mundo iníquo e nossa velha vida de pecado (cf. Gn 19.17,26; Lc 17.32), e avançar para as coisas que estão adiante, a salvação completa e
final em Cristo.
15 Vamos, portanto, a todos quantos
somos perfeitos, sintamos isto mesmo: e se em alguma coisa sois outra maneira,
isso também fará Deus revelar-vos: 16 apenas, para a qual temos
alcançado, por essa mesma regra andemos.
1 Portanto, meus amados e saudosos
irmãos, minha alegria e coroa, permanecei assim firmes no Senhor, meu amado.
Perfeição: consumada ou
aspiração? ( 03:15 , 16 )
Aqui, Paulo dirige-se àqueles que professam ter
perfeição cristã ( teleioi ). Paulo pode ter falado com um toque
de sarcasmo como em 1 Cor. 2: 6 . Havia
aqueles em muitas congregações, influenciado pelo gnosticismo contemporâneo,
que se consideravam mais sofisticado do que seus irmãos. Com efeito, por
isso, Paulo está dizendo para aqueles que estão inclinados a ser
auto-satisfeito e complacente, "se você é tão perfeito como você professam
ser, você será tão ansioso para o crescimento na graça como eu sou." A
lição que aprender com isso é que a perfeição cristã devidamente compreendido
não cortar o nervo para aspiração, por um maior grau de semelhança com
Cristo. Em vez disso, ele vai aguçar o apetite para ser mais como
Jesus. Há um sentido, portanto, em que o que experimenta a graça do amor
perfeito tem o testemunho do espírito que Cristo é vitorioso sobre o pecado que
habita. Ao mesmo tempo, ele não sente menos dependente da única fonte de
graça e de bondade que ele tem. Uma vez que haverá mais nenhum desejo
persistente para o pecado, todo o ardor de sua alma será focada somente em
Cristo. Paulo impulsiona ainda mais para casa o ponto incitando essas
pessoas, aqueles que professam a Cristo, para andar nos caminhos da
justiça. Assim, Paulo sempre ligada experiência cristã com a ética. Seu
misticismo sempre foi prática. Sua concepção da graça sempre se formou
sobre a bondade. Sua concepção de santidade era o que era a antítese ao
pecado e à auto-indulgência.
REVISTA
CENTRAL GOSPEL – 4º Trimestre de 2023
Lição
11, Central Gospel, Maturidade Sustentável
TEXTO
BÍBLICO BASICO - Filipenses 1.3-6,9-11; 4.8
3- Dou
graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, 4- fazendo, sempre com
alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas, 5- pela vossa cooperação
no evangelho desde o primeiro dia até agora. 6- Tendo por certo isto mesmo: que
aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo.
9- E
peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento. 10- Para que aproveis as
coisas excelentes, para que sejais sinceros e sem escândalo algum até ao Dia de
Cristo, 11- cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória
e louvor de Deus,
Filipenses
4.8
8-
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o
que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,
se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
TEXTO
ÁUREO
Bem-aventurado
aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Salmo 128.1
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª
Feira Filipenses 3.13-17 Prossigo para o alvo
3ª
Feira Provérbios 4.5-12 Não desampares a sabedoria
4ª
Feira João 17.3-9 Tudo quanto me deste provém de ti
5ª
Feira Salmo 138.1-8 O Senhor aperfeiçoará o que me concerne
6ª
Feira - 1 Samuel 12.20-23 Servi ao Senhor com todo o vosso coração
Sábado
- Hebreus 12.1-6 Corramos a carreira que nos está proposta
A fé
foi e continua sendo uma das importantes virtude; que nos aproximam de Deus e
movem o coração dele a nosso favor. Deste modo, você, professor, deve sempre
lembrar aos alunos que a fé é o fundamento da vida cristã. Não se pode explicar
o dom da fé por meios científicos ou naturais. Mas, ela é o instrumento de
nossa justificação, aquilo que nos leva a tomar posse das promessas de DEUS e
da herança que Ele designou para nós. É também a força que nos impulsiona a
continuar lutando por nossa vitória. Por meio dela, combatemos o bom combate
certos de que receberemos o nosso galardão naquele grande Dia (Adaptado de:
MALAFAIA, S. Central Gospel, 2008). Excelente aula!
COMENTÁRIO
- Palavra introdutória
Quais
exigências bíblicas devem ser atendidas para o sustento da maturidade? O que
deve ser feito para que o crescimento seja contínuo? Que disciplinas, deveres e
atitudes devem ser abraçados, para manter constante nossa busca por
aperfeiçoamento? Como lidar com os perigos que ameaçam destruir a excelência
alcançada em Cristo? Nesta lição, serão abordadas três atitudes que precisam
ser adotadas como estilo de vida por aqueles que desejam crescer na graça e no
conhecimento de nosso Senhor e Salvador JESUS Cristo (2Pe 3.18), a saber:
honra, humildade e fé.
RESUMO
GERAL DA LIÇÃO 11
1-
HONRA
1-
Honra a Deus e aos homens
1-1-1-
Honra a DEUS
1-1-2-
Honra aos homens
2- HUMILDADE
2-1- O
maior exemplo de humildade
2-2-
As lições do rei Uzias
2-2-1-
Maturidade sustentável
3- FÉ
3-1-
Vidas marcadas pela fé
3-1-1-
A mulher samaritana
3-1-2-
Os heróis da fé
3-2- A
intensidade da fé
3-3- A
fé valida-se no dia mau
1-
HONRA
Muito
se fala nos arraiais evangélicos sobre honra. Mas, afinal, o que essa corta
palavra indica? O que ela implica? De acordo com o "Dicionário Online
Priberam” honra (derivação regressiva de honrar), dentre outros possíveis
significados, indica: "Sentimento do dever, da dignidade e da justiça,
Conjunto de ações e qualidades que fazem com que alguém seja respeitado. Distinção que resulta de
ações ou quantidades que nobilitam. Pessoa que ilustra uma classe, um país. Manifestação
de apreço ou de homenagem a alguém". Em grego, a palavra honra significa
"fixar valor, estimar, reverenciar".
1-1-
Honra a Deus e aos homens
"Honra"
não deve ser interpretado como um verbete aleatório, ultrapassado, destituído
de sentido (profundo), a ser repetido displicentemente nos cultos dominicais
pelo crente. Honra é, antes de tudo, a glória, a boa reputação ou fama que se
oferece a Deus e a pessoas diversas, por motivos variados.
Quando
honramos a Deus, tornamo-nos um só espírito com o Eterno (1Co 6.17). A figura
do Tabernáculo, a tenda da revelação onde DEUS
manifestava a Sua presença, ilustra as três dimensões do ser humano, nas
três etapas do crescimento espiritual até à maturidade:
- o
corpo, no átrio — a jornada espiritual do crescimento para a maturidade começa no átrio, onde o corpo é
oferecido em sacrifício vivo no altar do holocausto ao Senhor;
- a
alma, no santuário — avançamos para o santuário onde nossa alma agradece e
louva, queimando o incenso da oração que chega diante de Deus como cheiro
suave; e
- o
espírito, no santíssimo finalmente, alcançamos o santo dos santos, o lugar mais
elevado, a dimensão mais profunda e sublime onde nosso espírito adora a Deus (Hb
10.19,20)!
Para
honrar alguém, é preciso olhar para esse alguém com os olhos de Deus, que
escrutina o coração e não se move por aquilo que é aparente (1Sm 16.7). O
cristão amadurecido, portanto, dá honra
a quem merece honra porque vê o outro
superior a si mesmo (Fp 2.3). Em outras palavras: o cristão amadurecido
já tratou seus orgulhos, vaidades e presunções de superioridade, entendendo que
todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos
nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam (Is
64.6).
No
texto bíblico, devemos honra:
- a
todos aqueles que fazem parte do Corpo de Cristo; e devemos dar aos
aparentemente menos dignos, honra mais abundante (1Co 12.23,24);
- a
todos os homens, ao rei e às autoridades seculares (1 Pe 2.17);
- aos
presbíteros ou àqueles que conduzem a Igreja (1 Tm 5.17);
- aos
nossos empregadores (1Tm 6.1);
- às
viúvas (1Tm 5.3);
- ao
cônjuge (1Pe 3.7; Ef 5.33);
- aos
idosos (Lv 19.32).
Nada
façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os
outros superiores a si mesmo (Fp 2.3).
Amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos
outros (Rm 12.10).
2-
HUMILDADE
De
igual modo, muito se fala em nossas igrejas sobre humildade. Mas, afinal, o que
essa palavra indica? O que ela implica? De acordo com o "Dicionário Online
Priberam", humildade (It. humilitas), dentre outros possíveis
significados, indica “Qualidade de humilde. Capacidade de reconhecer os próprios
erros, defeitos ou limitações. Sentimento de inferioridade. Demonstração de
respeito, submissão. Ausência de luxo ou sofisticação".
A
humildade é uma das mais importantes virtudes para a conservação da maturidade.
O maior exemplo de humildade está retratado na pessoa bendita do Senhor Jesus,
nosso Mestre e Senhor: O Ele revelou-se humilde quando lavou os pés dos
discípulos (inclusive os de Judas, o traidor) e, logo em seguida, enxugou-os
com a Sua toalha (Jo 13.5);
- em
todas as ocasiões em que realizou grandes milagres, sempre socorrendo os
necessitados, as multidões procuravam aclamá-lo, louvá-lo; mas, Jesus sempre
rejeitou a glória, os aplausos, as honrarias e todo tipo de homenagem(Jo 6.15).
O Senhor Jesus convida-nos a ir até Ele para aprendermos que é possível sermos
mansos e humildes no coração e no caráter (Mt 11.28-30).
2-2-
As lições do rei Uzias
Quando
estudamos a vida do rei Uzias, aprendemos preciosas lições, que nos mostram
como agir, quando alcançamos o poder, a glória, a grandeza e a prosperidade
(2Cr 26.3-21).
Uzias
tinha 16 anos quando começou a reinar sobre Jerusalém, capital de Judá, Reino
do Sula Enquanto buscou a Deus, ele prosperou (2Cr 26.5). Infelizmente, Uzias,
que começou tão bem, permitiu que o orgulho, a soberba e a arrogância
controlassem a sua vida. Como resultado, ele foi consumido pela lepra e morreu
em consequência dessa moléstia (2Cr 26.16-23). Ao exaltar-se, Uzias tornou-se
arrogante e, muito rapidamente, corrompeu-se. O rei pecou em público, tocando a
soberania de Deus, transgredindo Suas ordens (2Cr 26.16-18). Uzias embriagou-se
pelo poder, trocando a humildade pela exaltação pessoal.
Uzias
deixou-se corromper pela soberba (olhar altivo), que é a primeira das seis
coisas que aborrecem o Senhor (Pv 6.16-19; 2Cr 26.16a). Este é o pecado
fundamental, pois conduzo indivíduo à prática de outros. Desde o mais remoto período da Igreja
primitiva, a soberba foi vista como a mais perigosa ofensa a Deus (Tg 4.6). (MALAFAIA,
S. Central Gospel, 2014).
2-2-1-
Maturidade sustentável
A
partir da experiência de Uzias, quais atitudes humildes, diante da glória
humana, o cristão deve adotar para que a maturidade seja um ato contínuo em sua
vida?
-
nunca buscar reconhecimento ou valorização pessoal (Rm 12.3; 1Ts 2.6);
-
valorizar as coisas simples, humildes e discretas (Pv 15.33; 16.8; Sf 2.3);
-
vencer a ansiedade e a inquietação, exercendo o contentamento (Fp 4.11,12).
3- FÉ
A fé é
o ingrediente fundamental para estabilização e sustentação da maturidade
cristã. Exercitá-la (Rm 10.17), vivê-la
(Hb 10.38) e guardá-la (2Tm 4.7) são os movimentos que podem garantir a
manutenção da nossa esperança. Em contraposição ao conjunto de crenças, que se
constroem ao longo de toda uma vida, não é possível fabricar fé, pois ela é dom
(gratuito) de Deus (Ef 2.8). A fé genuína é supra circunstancial, isto é,
independe das conjunturas. Significa dizer que ela só se estabelece na alma
quando nossas razões, visíveis e temporárias, deixam de lutar contra aquilo que
é aparente e mensurável para render-se ao absurdo do "não saber".
Nosso grande desafio, portanto, é este: desejar entregar-se às certezas daquilo
que não se vê (Hb 11.1).
3-1-
Vidas marcadas pela fé
Em
toda a Bíblia, deparamo-nos com homens e mulheres, famílias, grupos de pessoas
e nações inteiras firmando pactos e alianças de fé com o Senhor. Os exemplos de
Josué, de Ana, do povo de Israel e de tantos outros personagens revelam-nos
vitoriosas lições.
A
mulher samaritana, no mesmo dia em que conheceu Jesus, após ser instruída sobre
a verdadeira adoração, dirigiu-se à sua cidade e disse a todas as pessoas que
havia encontrado o Messias (Jo 4.5-30). Devido ao importante, convincente e
valioso testemunho daquela mulher, muitos samaritanos e moradores da região
creram na pessoa bendita do Senhor (Jo 4.39).
O
clássico texto de Hebreus (11.1-34) elenca alguns personagens bíblicos que,
apesar de todas as aflições, tribulações e perseguições que sofreram,
mantiveram-se firmes até o fim e, por essa razão, alcançaram a promessa (Hb
11.39), dentre eles: Abel (v.4); Enoque (v.5); Noé (v.7); Abraão (v.8); Isaque
e Jacó (v.9); e Sara (v.11). Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as
promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram
que eram estrangeiros e peregrinos na terra (v.13).
Jesus,
o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2), no decurso de Seu ministério
terreno, fez-nos saber que a fé pode ser grande ou pequena. Em Mateus 8 (grifo
do autor),essa contraposição de ideias faz-se clara:
- no
versículo 10, ao centurião de Cafarnaum que creu na cura de seu criado, Jesus
disse: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé;
- no
versículo 26, Jesus indaga a Pedro, que temeu a tempestade: Por que temeis,
homens de pequena fé? Não é incomum alternarmos, durante a jornada cristã,
momentos de fé grandiosa elou fé diminuta. A pequena fé, de modo geral,
revela-se diante do medo provocado por um mal iminente, contra o qual não há
nada que, pessoalmente, possamos fazer para revertê-lo. A grande fé, por sua
vez, e aquela que perpassa a consciência de que andamos por fé e não por vista
(2 Co 5.7).
Quando
os dardos inflamados do inimigo são lançados
contra o cristão, ou seja, quando a vida se manifesta tal como ela é,
muitos encontram grande dificuldade para manejar o escudo invisível da fé (Ef
6.13). A fé que nos foi dada, entretanto, gloria-se nas próprias aflições, pois
sabe que a tribulação produz a paciência (Rm 5.3). A fé genuína, portanto — que
não é um sentimento, pois fé não se sente; experimenta-se —, não se manifesta
apenas no dia bom; ela encontra validação, quase sempre, no dia mau. Tiago
traz-nos uma perspectiva ainda mais desafiadora a esse respeito. Disse ele:
Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que
a prova da vossa fé produz a paciência (Tg 1.2,3; grifo do autor). A tribulação
forja o nosso caráter. Portanto, alegremo-nos, como disse o irmão do Senhor,
quando o dia mau bater à nossa porta. Aproveitemos a oportunidade para
amadurecer.
O Deus
da esperança e de toda consolação é o DEUS da aliança, das promessas e das
bênçãos. O crescimento que alcançamos e a maturidade de que desfrutamos
permanecerão sustentáveis na força do pacto de fé firmado com o Altíssimo (2Co
1.20).
ATIVIDADE
PARA FIXAÇÃO
1.
Explique, de modo sucinto, o que você entende por "Maturidade
sustentável".
R.:
Pessoal.