Escrita Lição 11, Central Gospel, Tipos bíblicos que prefiguram a ressurreição, Revista Central Gospel, 1Tr25, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 11, Central Gospel, Tipos bíblicos que prefiguram a ressurreição, 1Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

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ESBOÇO DA LIÇÃO 11, 1TR25

1.TIPOS DA RESSURREIÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO 

1.1. A arca de Noé 

1.2. As Primícias 

1.3. À vara de Arão que floresceu 

1.4. A purificação do leproso 

1.5. As pedras do Jordão 

1.6. Jonas e os três dias 

2. A IMPORTÂNCIA, A CREDIBILIDADE E OS IMPACTOS DA RESSURREIÇÃO 

2.1. A importância da ressurreição

2.2. A credibilidade da ressurreição 

2.3. Os impactos da ressurreição 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - João 12:23-24 ; 1Coríntios 15:19-23

João 12.23 - E JESUS lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado. 

24 - Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. 

1Coríntios 15.19 - Se esperamos em CRISTO só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

20 - Mas, agora, CRISTO ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. 

21- Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. 

22 - Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO.

23 - Mas cada um por sua ordem: CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda.

 

TEXTO ÁUREO

DEUS ressuscitou a este JESUS, do que todos nós somos testemunhas. Atos 2.32

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 Pedro 3.18-22 CRISTO padeceu para levar-nos a DEUS 

3ª feira - 1 Tessalonicenses 4.13-18 A ressurreição e vinda de CRISTO 

4ª feira - Mateus 28.1-10 Eu sei que buscai a JESUS, que foi crucificado 

5ª feira - Atos 10.40,41 A este ressuscitou DEUS ao terceiro dia 

6ª feira - João 20.1-10 Era necessário que ressuscitasse dos mortos 

Sábado - Hebreus 8.11,12 CRISTO, o Mediador de um pacto eterno

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, O aluno deverá:

·        entender o significado da ressurreição;

·        compreender que a distinção fundamental entre jesus e os falsos deuses reside no fato de que, enquanto estes permanecem na morte, jesus vive eternamente;

·        cultivar a esperança de ressuscitar e desfrutar a eternidade ao lado de jesus.

·         

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

    Prezado professor, lembre-se de que você possui à capacidade e o potencial para ser um líder espiritual diante daqueles e daquelas que o Senhor lhe confiou. Você percebe-se dessa maneira em sua posição? Realmente se vê como um mestre diante de sua turma? 

    Ser líder não tem relação com a ideia de impor autoridade tirânica ou ditatorial. Liderança verdadeira envolve guiar com competência, conquistando o respeito e a aceitação de seus liderados não pela força, mas por mérito. Um líder eficaz tem objetivos claros, demonstra integridade e confiança, e se dedica a preparar outras pessoas para exercerem a mesma função no futuro. Excelente aula!  

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 11, CG, 1Tr25

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Tipos da ressurreição

Os tipos da ressurreição do Senhor JESUS CRISTO não são tão numerosos quanto os da sua morte; mas essa ressurreição foi claramente prenunciada no AT. Paulo nos diz em 1Coríntios 15, como parte do seu evangelho, que CRISTO “ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” e parece claro que se referia principalmente aos tipos que prefiguravam esse fato. Alguns destes já foram aludidos anteriormente, mas seria proveitoso agrupá-los entre si. Se, conforme já vimos, a arca passando pelas águas do dilúvio era um tipo da morte de CRISTO, logo, a arca repousando rio monte Ararate, com Noé saindo para andar na terra nova, prefiguraria a vida ressurreta futura. Todos os tipos são imperfeitos, e assim também a arca não basta; isso porque, diferentemente de Noé, nunca deixamos o nosso abrigo seguro — é “abrigo na tempestade”, e não existe segurança a não ser em permanecermos ali.

E notável que é citada a data em que a arca repousou nos montes de Ararate; e aquela data provavelmente coincida com a manhã da ressurreição. Tratava-se de alguma casualidade, de uma mera coincidência — ou não era, pelo contrário, uma indicação de que DEUS já sabia o dia em que diria “Tu és o meu Filho; hoje te gerei”?

A Bíblia nos conta que a arca repousou no sétimo mês, e no dia dezessete desse mês. O sétimo mês era o mês Abibe׳, mas desde a data da primeira páscoa se tornou o início dos meses, e “o primeiro mês do ano” (Êx 12.2). O cordeiro foi sacrificado do dia quatorze do mesmo mês; e o terceiro dia depois era o dia dezessete — o dia em que a arca pousou. Muitos, portanto, acham que realmente prefigurava o dia da Ressurreição.

Outro tipo — o de mover ritualmente o feixe do primeiro cereal, o qual já foi referido — claramente profetizava o dia do semana em que aconteceria a ressurreição. Devia ser no primeiro dia da semana; pois lemos em Levítico 23.11: “O sacerdote moverá ritualmente o feixe perante o Senhor [...] no dia seguinte ao sábado.” O grão de trigo caíra na terra e morrera: tinha sido semeado “no campo” (Êx 23.16), no campo do mundo; e o feixe dos primeiros frutos era penhor da colheita gloriosa que brotaria daquele grão de trigo. “CRISTO, as primícias; e depois aqueles que são de CRISTO, na sua vinda”. A ressurreição de CRISTO é a garantia da ressurreição do seu povo quando, então, na sua vinda nos ares, “os mortos em CRISTO ressuscitarão primeiro”; e na sua vinda à terra, serão ressuscitados todos os demais que estão incluídos na primeira ressurreição.

Mas embora o dia da semana esteja claramente incluído nesse tipo, não somos deixados na dúvida quanto a qual sábado antecederia à manhã da ressurreição. Seria o sábado depois da Páscoa; e sabemos que assim aconteceu, “a fim de que sejam cumpridas as Escrituras”.

Em Números 17, temos um belo quadro da ressurreição do Se­nhor JESUS CRISTO, no florescimento da vara de Arão. As doze varas foram depositadas diante do Senhor. Todas eram igualmente mortas, e não havia nelas nenhum sinal de vida; e quando raiou a manhã, acontecera um milagre maravilhoso — uma das varas, na qual estava escrito o nome de Arão, ficara cheia de vida: brotos, flores e frutos tinham aparecido, todos eles. Nenhum olho viu a trans­formação acontecer; mas quando Moisés veio de manhã, havia evidência abundante de vida, o que nos faz lembrar daquela manhã na qual as mulheres chegaram até à sepulcro quando o sol se levantou, e descobriram que aquele que procuravam não estava morto, mas havia ressuscitado. Em seguida, a vara com os brotos e flores foi mostrada ao povo. O milagre foi atestado por muitas testemunhas; e assim lemos em Atos dos Apóstolos que nosso Senhor ressurreto “Depois do seu sofrimento, ele se apresentou a esses homens e deu-lhes muitas provas, provas indiscutíveis de que estava vivo” (Act 1.3). “DEUS, porém, o ressuscitou no terceiro dia e fez que ele fosse visto, não por todo o povo, mas por testemunhas que designara de antemão.” (Act 10.40,41)

A ressurreição é um dos temas principais de Atos, pois era a ela que os discípulos davam testemunho. Não precisavam testificar da sua morte, pois esta era conhecida em toda a cidade de Jerusalém; mas crer no fato da ressurreição era crer em CRISTO como Messias, e na sua obra consumada. DEUS fez a vara de Arão brotar, para comprovar que este era o escolhido por DEUS; e JESUS CRISTO, nosso Senhor “mediante o ESPÍRITO de santidade foi declarado Filho de DEUS com poder, pela sua ressurreição dentre os mortos” (Rm 1.4). Não poderia haver dúvida de que JESUS tivesse sido aceito por DEUS, que o ressuscitou dentre os mortos. Depois de a vara de Arão ter sido mostrada ao povo, foi guardada na presença do Senhor; da mesma forma, “foi visto durante muitos dias por aqueles que subiram com ele da Galiléia a Jerusalém”, e depois “se assentou à direita da majestade nas alturas”. A vara de Arão era “para a tribo de Levi”; e a ressurreição de CRISTO, conforme vimos no tipo anterior, era a garantia de que seu povo seria ressuscitado: pois, “se o ESPÍRITO daquele que ressuscitou a JESUS dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a CRISTO dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu ESPÍRITO, que habita em vocês” (Rm 8.11).

Este tipo é imperfeito porque a vara devia ser conservada como sinal contra os rebeldes. A ressurreição de CRISTO, por outro lado, não nos relembra do pecado, mas da justificação; pois ele foi “entregue pelas nossas iniquidades, e ressuscitado para a nossa justificação”. A vara, embora seja mencionada em Hebreus como um dos objetos contidos na arca, não se achava ali nos tempos de Salomão; e a razão disso parece ser que no templo, que prefigura CRISTO e sua igreja na glória da ressurreição, nada existia como lembrança do fracasso no deserto.

É provável que haja uma referência à vara de Arão em Números 20, quando Moisés foi ordenado a pegar a vara e falar à rocha a fim de que esta jorrasse água. A rocha já fora ferida anteriormente, e isso nos fala da morte de CRISTO; e Moisés devia segurar na mão o símbolo da ressurreição, e assim fluiriam as águas, assim como lemos em João 7 no tocante aos rios de água: “Ele estava se referindo ao ESPÍRITO, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o ESPÍRITO ainda não tinha sido dado, pois JESUS ainda não fora glorificado” (v. 39).

Lemos que Moisés pegou a vara que estava diante do Senhor; existe, sem dúvida, uma conexão entre esses tipos: a rocha que fora ferida; a vara que brotara, e a partir de então estivera na presença de DEUS; e as águas que jorraram. Pedro nos conta em Atos 2.23 a respeito da rocha ferida: “Este homem lhes foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de DEUS; e vocês, com a ajuda de homens perversos, o mataram, pregando-o na cruz”. Nos versículos 24 e 32, fala do antítipo da vara que brotara e que fora colocada na presença do Senhor, e dos rios de água: “Mas DEUS o ressuscitou dos mortos; [...] Exaltado à direita de DEUS, ele recebeu do Pai o ESPÍRITO SANTO prometido e derramou o que vocês agora vêem e ouvem”.

Na purificação do leproso, conforme já mencionamos, existe uma prefiguração da ressurreição. Duas aves vivas e puras deviam ser apresentadas em favor do leproso curado. Uma das aves era morta num vaso de barro em cima de água corrente, e a ave viva devia ser mergulhada no sangue daquela, e deixada solta para o campo aberto. O sangue derramado da primeira ave fala-nos a respeito da morte de CRISTO; e a segunda ave, da ressurreição de JESUS CRISTO, que “foi para o céu e está à mão direita de DEUS”. A ave levantou voo em direção ao céu, com sangue nas suas asas; e o Senhor “pelo seu próprio sangue entrou no SANTO dos Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção”.

Ao agruparmos os tipos da redenção, existe um deles ao qual já nos referimos, mas que não podemos omitir aqui: a entrada dos israelitas na terra prometida depois de passarem pelo rio Jordão. O Jordão nos fala da morte de CRISTO, e a travessia desse rio nos fala da união dos crentes com CRISTO na morte e na ressurreição. Colo­ssenses nos apresenta essas duas verdades — “Vocês morreram” — que foi tipificado pelas doze pedras colocadas no Jordão, por cima das quais o rio fluiu imediatamente depois do o povo ter atravessado. “Ali estão até ao dia de hoje.” Nossa união com CRISTO envolveu uma união com a sua morte que nunca poderá ser mudada; mas existe o outro lado da verdade: “Portanto, já que vocês ressuscitaram com CRISTO, procurem as coisas do alto, onde CRISTO está assentado à direita de DEUS (v.1)”.

Esse fato foi tipificado pelas pedras tiradas do meio do Jordão e colocadas na terra prometida; conforme lemos em Efésios 2: “DEUS nos ressuscitou com CRISTO e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em CRISTO JESUS” (v. 6). Essas pedras representam a condição de todos os crentes — mortos com CRISTO, e ressuscitados com ele.

Nosso lugar, aos olhos de DEUS, está na terra prometida; pois “ele nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em CRISTO” (Ef 1.2). Embora seja verdade que não devemos nos dar por satisfeitos a não ser que a nossa experiência corresponda com a nossa condição, a doutrina da Bíblia não parece justificar, conforme às vezes se ensina, que essas coisas são necessariamente uma experiência paulatina, ou que acontecem como segunda bênção à parte da conversão. Se, por falta de ensinamento, deixamos de perceber qual a nossa posição, não altera o fato de que, quando fomos unidos a CRISTO pela fé, fomos participantes da sua morte e ressurreição, por estarmos em CRISTO. A partir de então, nossa posição tem estado na terra prometida; e as lutas começaram a fim de tomarmos posse, passo a passo, daquilo que DEUS nos tem dado. Não precisamos nos mortificar ou colocar no sepulcro, conforme alguns ensinam; mas só reconhecer que em CRISTO morremos, e que fomos ressurretos a fim de andarmos na novidade da vida.

Três dias e três noites frequentemente tipificam a morte e a ressurreição; assim como, por exemplo, na história de Jonas, cujos “três dias e três noites” são mencionados pelo Senhor como tipos do período que ele mesmo passaria no coração da terra. É provável que a morte e a ressurreição sejam tipificadas na resposta de Moisés ao faraó: “Faremos três dias de viagem no deserto, e ofereceremos sacrifícios ao Senhor, o nosso DEUS” (Êx 8.27). O faraó queria que sacrificassem no país dele, ou que não se afastassem muito; mas o propósito de DEUS é que haja um rompimento completo com o deus deste mundo, rompimento este que somente pode acontecer quando tomarmos a nossa posição em terreno da ressurreição. A arca da aliança do Senhor, em certa ocasião, foi diante dos israelitas durante uma viagem de três dias a fim de procurar um lugar de repouso para eles.

Em Hebreus 11 vemos que Isaque, ao ser recebido de volta por Abraão depois de este o ter oferecido voluntariamente, era uma figura da ressurreição; e, posto que sabemos que Abraão é um tipo do Pai, que não poupou seu Filho, e que Isaque é tipo do Cordeiro fornecido por “Jeová-Jiré”, não podemos estar errados ao enxergarmos a cena como prenúncio da morte e da ressurreição de JESUS CRISTO. Nem é destituído de relevância o fato de esse relato ser seguido em Gênesis 24 por um belo quadro do servo fiel saindo para buscar uma noiva para o filho, que assim, figuradamente, passou pela vida e pela ressurreição.

Existe uma cena profética no livro dos Reis na qual parece haver, no mínimo, uma referência à ressurreição. A filha de Jezabel, Atalias, procurara destruir toda a descendência da realeza; mas, embora ela pensasse ter conseguido, um “dentre os mortos" foi levado e escondido no templo do Senhor até ao tempo certo para a sua proclamação como rei. Era herdeiro do trono, mas uma usurpadora reinava; assim como agora o herdeiro do mesmo trono, o trono de Davi e o trono do Senhor (1Cr 29.23), fica encoberto por algum tempo na presença de DEUS, e não será visto pelo mundo até ao “dia da coroação que está para vir em breve”. O usurpador pensou ter destruído JESUS no Calvário, mas o Senhor ressuscitou dentre os mortos, e não demorará para assumir publicamente o seu poder e o seu reinado. Vemos em Apocalipse 2.20, 23 que Jezabel e seus filhos são evidentemente tipos do poder de Satanás e dos sistemas malignos que este tem introduzido; e o reinado de Atalias é um retrato notável da cristandade conforme ela é agora.

A posição dos levitas, que são um tipo de igreja, nesta ocasião ilustram nossa atitude de esperarmos o sinal que nos chamará para o lado do Filho do Rei que “reinará”, a fim de que estejamos “acompanhemos o rei aonde quer que ele for”. Os levitas de todas as cidades de Judá, e os líderes dos batalhões de Israel foram informados pelo sumo sacerdote, do segredo que transformou-lhes a vida: “mostrou-lhes o filho do rei” (2Rs 11.5). Ficaram sabendo que não estava morto, mas vivo; e que quando chegasse o momento certo, seria proclamado rei. A fé na ressurreição do Senhor JESUS CRISTO tem transformado a vida das pessoas desde quando aquela ressurreição ocorreu; pois lemos: “Se você confessar com a sua boca que JESUS é Senhor e crer em seu coração que DEUS o ressuscitou entre os mortos, será salvo” (Rm 10.9). Já não somos servos do usurpador, mas sabendo que seu domínio cessará em breve, esperamos o Filho proveniente do céu, quando, então, seremos arrebatados para nos encontrar com ele na sua glória. ‘“Sim, venho em breve!’ Amém. Vem, Senhor JESUS!” (Ap 22.20)

 

 

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Escrita Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV

 

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ESBOÇO DA LIÇÃO

1. O QUE SIGNIFICA MORRER NO SENHOR?

(Apocalipse 14.13)

1.1. Um testemunho maravilhoso (Apocalipse 2.13)

1.2. Fidelidade total até a morte (Apocalipse 2.10)

1.3. A esperança da ressurreição (Isaías 26.19)

1.4. Descanso para o povo de DEUS (Hebreus 4.9,10)

2. ONDE ESTÃO OS MORTOS? (Lucas 16.22,23)

2.1. Dois destinos para toda a humanidade (Mateus 7.13,14)

2.2. Onde estão as pessoas ímpias que Morreram? (Apocalipse 21.8)

2.3. Onde estão os que morreram no Senhor? (2 Coríntios 12.4)

3. OBRAS QUE SEGUEM (Hebreus 11.4)

3.1. Praticando boas obras (Salmo 37.25,27-29)

3.2. Abençoando, somos abençoados (Ezequiel 18.5,7-9)

3.3. Formando um bom caráter (Gálatas 4.19)

3.4. Conduzindo à justiça (Daniel 12.3)

3.5. Abençoando vidas carentes (Salmo 112.9)

 

 

TEXTO BÍBLICO - Apocalipse 14.13,14

13 - E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos

que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o ESPÍRITO para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.

14 - E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante

ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda.

Apocalipse 21.7,8

7 - Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu DEUS, e ele será meu filho.

8 - Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.

 

 

TEXTO ÁUREO

Bem-aventurado e santo aquele que tem parte

na primeira ressurreição. Apocalipse 20.6a

 

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Filipenses 1.21-23 Para mim o viver é CRISTO

3ª feira – Marcos 12.18-27 Os saduceus e a ressurreição

4ª feira – Mateus 27.50-53 Os corpos dos santos foram ressuscitados

5ª feira – 1 Coríntios 15.1-57 A ressurreição

6ª feira – Filipenses 3.17-21 A nossa cidade está nos céus

Sábado – Lucas 16.19-31 A parábola do rico e Lázaro

 

 

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

- entender que a vida é passageira e que, um dia, todos partirão para a eternidade;

- preparar-se para os eventos do fim;

- entender que a humanidade caminha de maneira célere para o fim de sua história.

 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, nesta aula, estudaremos o estado dos mortos em CRISTO. A título de auxílio didático, veja algumas promessas para os salvos em CRISTO na eternidade:

- terão o direito de comer da árvore da vida (Ap 2.7);

- receberão o maná escondido e a pedra branca (Ap 2.17);

- terão poder e autoridade sobre as nações (Ap 2.26);

- terão vestes brancas, como o Senhor (Ap 3.5);

- serão coluna no santuário de DEUS (Ap 3.12);

- sentar-se-ão com o Senhor em Seu trono (Ap 3.21).

Veja ainda algumas coroas destinadas aos salvos em CRISTO na eternidade coroa de glória (1 Pe 5.4); coroa incorruptível (1 Co 9.25); coroa de alegria (Fp 4.1; 1 Ts 2.19,20); coroa de justiça (2 Tm 4.8); coroa da vida (Ap 2.10)! Excelente aula!

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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A Bíblia afirma a existência de duas ressurreições. João 5:28 a 29 diz: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”. Agora, Apocalipse 20:5 e 6: “Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de DEUS e de CRISTO e reinarão com ele os mil anos”.

 

 

 

HADES - Hades é outro nome de Plutão, deus grego do submundo ou inferno. Esse nome foi transferido para o próprio reino dos mortos - O Hades dos gregos tinha duas partes. A parte mais profunda, onde as almas eram castigadas, às vezes era chamada de Tártaro e o lugar das almas abençoadas tinha o nome de Campos Elíseos (Edith Hamilton, Mythology, p. 39). Devemos tomar cuidado ao incluir essas ideias pagãs gregas no vocabulário cristão. Assim como a palavra grega theos, ou "deus", adquiriu um novo significado no conceito judaico e cristão, a palavra hades também não deve ser definida a partir de seu uso grego, mas do NT. A palavra hades é usada cerca de dez vezes no NT:

1. Em Mateus 11.23 e Lucas 10.15. Aqui, como ressaltado na versão ExpB, céu e hades são expressões proverbiais para a maior exaltação e a maior degradação.

2. Em Mateus 16.18, a expressão "portas do inferno" (cf. Jó 38.17; Is 38.10) é totalmente figurada. Provavelmente seja a imagem de uma cidade murada com portões e barras. Esse verso poderia referir-se a um ataque do reino de Satanás - que será derrotado.

3. Em Lucas 16.23, ela representa uma clara referência. A palavra hades é usada para o lugar de tormento em contraste com o lugar de bem-aventurança. Alguns a chamam de parábola, mas não existe nenhuma indicação a esse respeito. Mas, de qualquer modo, a palavra é usada para designar um lugar de punição.

4. Em Atos 2.27,31, essa passagem fica complicada pelo fato de existir uma citação do AT com um significado bastante discutido. A opinião geral é que ela se refere à descida de CRISTO ao reino dos mortos para pregar aos pecadores ou libertar os justos do compartimento superior do Hades e levá-los ao céu. O problema com essa explicação é que CRISTO já havia falado que Hades era um lugar de tormento. E, em outra passagem, Ele disse que depois de sua morte não estaria nesse lugar, mas no paraíso (Lc 23.43), junto com DEUS Pai (Jo 16.28).

Uma opinião alternativa poderia interpretar essa passagem de acordo com a sua forma original expressa no AT, no Salmo 16.10. Ali, a afirmação "não deixarás a minha alma no inferno" certamente não está referindo-se à condenação da natureza espiritual ao mundo dos mortos. A palavra nepesh significa frequentemente apenas o "indivíduo" e raramente "a natureza espiritual". O paralelo seria: "Nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção". Seria lógico adotar a primeira parte como um paralelo sinónimo de-"não deixarás a minha alma na morte" (Veja o tratamento dado por C. F. H. Henry, ed., "The Biblical Expositor", II, p. 59ss.). Assim, a palavra hades nessa citação do AT teria sido usada com seu significado hebraico original, isto é, she'ol, que muitas vezes significa simplesmente "sepultura" (q.v.).

5. Em Apocalipse 1.18; 6.8; 20.13,14, esses

versos também estão em sentido figurado. No primeiro (Ap 1.18), CRISTO está segurando as chaves da morte e do hades. Essa expressão lembra as "portas do inferno [/iodes]" de Mateus 17.18. O hades é retratado como uma cidade murada, nesse caso provavelmente uma prisão. Na passagem seguinte (Ap 6.8), a palavra hades também está ligada à morte e personificada como inimiga de DEUS e dos homens. Em Apocalipse 20.13,14, as palavras morte e hades aparecem ligadas novamente, trazendo os ímpios que estão presos e aguardando o juízo final. Esse uso é uma reminiscência da passagem em Lucas 16.23 e fortalece a ideia de que a palavra Hades do NT significa a residência dos pecadores mortos.

Dicionário Bíblico Wycliffe

 

 

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O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS

 

O que significa "Estado Intermediário dos Mortos"?

 

O estado intermediário é um período entre a morte de alguém e a ressurreição final do fim dos tempos.

 

 A Bíblia não tem muito a dizer sobre o estado intermediário. Sua ênfase recai sobre a volta de CRISTO.

 

As pessoas indagam sobre como é após a morte. Confesso que, como um ser ainda vivo não saberia dizer sobre a morte, ou como é ou como foi ou como será.

 

Talvez alguém que foi morto e voltou possa dizer como foi. Mas afirmo, é difícil descrever como seria isso.

 

Baseado na Bíblia, livros e nos estudos escatológicos (estudo do que acontecerá quando todas as coisas forem consumadas, particularmente, no que se refere na segunda vinda de CRISTO) podemos dizer, resumidamente, de modo que os irmãos venham entender sobre o “ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS”.

 

Onde estão os mortos?

 

Esta questão preocupa praticamente todas as religiões que já surgiram no mundo desde os mais remotos tempos do aparecimento do homem sobre a Terra. Como exemplo podemos citar:

 

Gregos – diziam que os mortos iam para as “Ilhas dos Bem-Aventurados”, onde ficavam aguardando o julgamento por três representantes do mundo subterrâneo. Se o morto tivesse sido bom durante sua vida, e os juízes estabelecessem sua retidão, ele podia entrar nos Campos Elíseos (um tipo de paraíso), um lugar ocupado pelos heróis e pelos homens virtuosos, segundo a mitologia Greco-latina. Ali os mortos estariam em uma terra de música e luz, de ar doce e agradável. As almas boas viveriam ali para sempre.

 

Outras opiniões de várias religiões preocupam-se sobre essa questão dos mortos, por exemplo:

 

Romanos – Imaginavam a eternidade como espelho desta vida.

 

Muçulmanos – A morte traz recompensas e punição.

 

Hindus e budistas – dizem que as almas voltam a este mundo vezes seguidas, até que alcancem a bem-aventurança eterna. Supõe que essa purificação acontece através da transmigração das almas. Isto é, depois da morte a alma volta a reencarnar no corpo de um animal inferior ou de outro ser humano. Há grande semelhança entre essa crença e o que o espiritismo ensina quanto à reencarnação.

 

Teoria da transmigração – a alma passa de um corpo para outro até ser purificada. Então ela é autorizada a entrar na morada dos deuses. Os budistas chamam esse lugar de “Nirvana” (s. m. A beatitude (bem-aventurança; bem-estar espiritual) budista, isto é, a extinção da individualidade e sua absorção no supremo espírito do Universo – Dic. Silveira Bueno), enquanto os hindus brâmanes dizem que a alma se une a Brahma (divindade indiana, dotada do poder de criação), o poder universal.

 

Com quem está a verdade?

A verdade está revelada na Palavra de DEUS, a Bíblia, e isso não deixa lugar para especulações seja quem for, mesmo que as pessoas sejam bem-intencionadas. A Palavra de DEUS afirma enfaticamente que uma das razões porque JESUS veio a este mundo, foi para nos mostrar como podemos ter vida abundante não apenas aqui, mas também eterna, no além. A Bíblia diz: “... segundo o poder de DEUS, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em CRISTO JESUS, antes dos tempos eternos.” (2Tm 1.8,9).

 

Não precisamos ficar confundidos ou desencorajados a respeito do destino dos mortos porque temos a Palavra de DEUS e a revelação de Seu Filho JESUS CRISTO.

 

As bênçãos resultantes da vinda do Senhor JESUS a este mundo são incontáveis. Elas se relacionam com tudo que concerne ao crente. Uma dessas bênçãos tem a ver com os filhos de DEUS que já dormiram ou vierem a dormir no Senhor. Na glória celestial ser-nos-ão reveladas inumeráveis outras bênçãos das quais usufruiremos, derivadas da vinda de JESUS aqui. Elas têm alcance ilimitado, aqui e na eternidade.

 

O que acontecia antes da ressurreição de CRISTO?

 

Os mortos ímpios iriam para um lugar chamado SHEOL (AT) HADES (NT), enquanto os justos, iam para o seio de Abraão. Para compreender os ensinos bíblicos quanto ao lugar para onde vão os mortos, é necessário observar o texto original do Antigo Testamento em hebraico, e o original grego do Novo Testamento.

 

1. Antigo Testamento:

a. SHEOL

       - A morada dos mortos. Era considerado como uma região situada embaixo da terra (Nm 16.30,33; Am 9.2), sombria e escura, onde os espíritos desencarnados tinham uma existência consciente, mas amortecida e inativa (2Sm 22.6; Ec9.10). O povo hebreu via o Sheol como o lugar para onde justos e ímpios iam, após a morte (Gn 37.35; Sl 9.17; Is 38.10; Dt 32.22; NTLH, o mundo dos mortos), um lugar onde se recebiam punições e recompensas. Além disso, a Bíblia o descreve como tendo um apetite insaciável (Is 5.14; Hc 2.5; a morte).

 

       - Entretanto, DEUS está presente no Sheol (Sl 139.8; ARA, abismo; ARC, Seol). Para DEUS, ele é aberto e conhecido (Jó 26.6; Pv 15.11). Isto sugere que, na morte, ao morrer, o justo continua sob os cuidados de DEUS, e os perversos não escapa ao seu castigo. O conceito de Sheol permite entender o significado de Salmos 16.10. Pedro viu o cumprimento desse salmo messiânico na ressurreição de JESUS (At 2.27).

 

2. Novo Testamento:

a. HADES

 - Palavra grega traduzida por Inferno.

 

Tanto SHEOL como HADES, ambas designam o lugar para onde, nos tempos do Antigo Testamento, iam todos após a morte: justos e injustos, havendo, no entanto nessa região dos mortos, uma divisão para os justos e outra para os injustos, separados por um abismo intransponível. Todos estavam ali plenamente conscientes. O lugar dos justos era de felicidade, prazer e segurança. Era chamado “Seio de Abraão” e “Paraíso”. Já o lugar dos ímpios era e são medonhos, cheio de dores e sofrimentos, estando todos lá plenamente conscientes. Tanto SHEOL quanto HADES quer dizer INFERNO.

 

Quanto ao Inferno podemos dizer que é um lugar de punição eterna pela injustiça. A ARA (Almeida Revista Atualizada e ARC (Almeida Revista Contemporânea) usam essa palavra para traduzir Sheol (hebraico - Antigo Testamento) e Hades (grego – Novo Testamento), respectivamente, referindo-se ao mundo dos mortos.

 

Inferno também é a tradução para Gehenna, a forma grega da frase hebraica que significa “Vale de Hinom” – vale a oeste e sul de Jerusalém. Nesse vale, os cananeus adoravam Baal (senhor, dono – nome de um ou mais falsos deuses, um lugar e dois povos dos Antigos Testamentos: deus da fertilidade) e o deus Moloque (a divindade nacional dos amonitas. Chamava-se, também, Milcom e Malcã, 1Rs 11.5; Jr 49.3.), os amonitas sacrificava suas crianças em um fogo que queimava continuamente. Acaz e Manassés, reis de Judá, foram culpados por essa terrível prática idólatra (2Cr 28.3; 33.6).

 

O profeta Jeremias profetizou que DEUS visitaria Jerusalém com tamanha destruição, a tal ponto de seu vale ficar conhecido como “vale da Matança” (Jr 7.31-34; 19.2,6).

 

O inferno também tem outra tradução chamada TÁRTARO, conforme 2Pe 2.4. 

 

Depois da ressurreição de CRISTO

Antes de morrer por nós, JESUS prometeu que as portas do Inverno não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16.18). Isto mostra que os fiéis de DEUS, a partir dos dias de JESUS, não mais descerão ao Hades, isto é, à divisão reservada ali para os justos. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor, pois Ele disse ao ladrão arrependido: “... hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Sobre o assunto, diz o apóstolo Paulo: “...Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra?” (Ef 4.8,9).

 

Entende-se, pois, que JESUS, ao ressuscitar, levou para o Céu os crentes do Antigo Testamento que estavam no “seio de Abraão”, conforme ele prometera em Lucas 16.22. Muitos desses crentes, JESUS os ressuscitou por ocasião da Sua morte, certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na Festa das Primícias (Lv 23.9-11), que profeticamente falava da ressurreição de CRISTO (1Co 15.20,23).

 

O apóstolo Paulo foi ao Paraíso, o qual está no terceiro Céu (2Co 12.1-4). Portanto, o Paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de DEUS. Não em baixo, como dantes. A mesma coisa vê-se em Ap 6.9,10, onde as almas dos mártires da Grande Tribulação permanecem no Céu, “debaixo do altar”, aguardando o fim da Grande Tribulação, para ressuscitarem (Ap 20.4) e ingressarem no reino milenial de CRISTO.

 

Os crentes que agora dormem no Senhor estão no Céu, pois o Paraíso está lá agora, como um dos resultados da obra redentora do Senhor JESUS CRISTO (2Co 5.8). No momento do arrebatamento da Igreja, seus espíritos virão com JESUS, unir-se-ão a seus corpos ressurretos e subirão com CRISTO, já glorificados.

 

JESUS no Céu

Depois que CRISTO subiu para o Céu, a Bíblia não mais se refere ao Paraíso como estando “em baixo”. Desse ponto em diante todas as referências no Novo Testamento falam da localização do Paraíso como estando “em cima” ou “no alto”.

Na manhã da ressurreição, CRISTO não permitiu que Maria Madalena ou os discípulos O tocassem, porque Ele havia descido ao SHEOL. Ali Ele libertou os mortos justos que estavam no Paraíso (seio de Abraão) e transferiu-os para um ponto situado nos lugares celestiais. Foi nessa ocasião que Ele “levou cativo o cativeiro” ou a multidão de almas cativas dos mortos justos esperando no SHEOL/HADES pela consumação da obra de CRISTO.

 

 Como já sabemos, o crente quando morrer, não vai mais para o HADES. Ele vai estar com CRISTO. Paulo disse que desejava "partir e estar com CRISTO". Em 2 Coríntios 5.6-8, o apóstolo Paulo foi enfático ao expressar sua confiança que, estar "ausente do corpo" na morte, é estar "presente com o Senhor". Portanto, os mortos justos estão "presentes com CRISTO" agora, ou seja, estão onde CRISTO está.

A presente situação dos ímpios mortos

Continuam descendo ao HADES, o "império da morte", onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o Juízo do Grande Trono Branco, após o Milênio, quando ressuscitarão para serem julgados e postos no Inferno eterno (Ap 20.13-15). Assim sendo, qualquer fantasma ou "alma do outro mundo" que possa aparecer por aqui é coisa diabólica, porque do HADES não sai ninguém. É uma prisão, cuja chave está com JESUS (Ap 1.18). Alma do outro mundo não vem à Terra, pois os salvos estão com JESUS, e os perdidos estão presos. O diabo, sim, por enquanto está solto e sabe imitar e enganar com muita habilidade.

O estudo comparativo de passagens bíblicas como 1Pe 3.18-20 e Atos 2.27,31, mostra que a vitória de CRISTO foi anunciada até no HADES, o reino dos mortos. Todo o universo tomou conhecimento da transcendental vitória de JESUS, na Sua morte e ressurreição.

A sorte do incrédulo foi selada durante sua vida terrena. Ele sabe qual o seu destino eterno, e está apenas aguardando o julgamento e a justiça de DEUS para ser "lançado fora" e sua sentença começar.

O estado dos mortos

Escritores gregos antigos viam a morte como um sono. Homero, em sua obra A ILÍADA, chama o sono de "irmão gêmeo da morte". Dizem que Sócrates, condenado a morrer envenenado, declarou: "Se a  morte é apenas um sono sem sonhos, deve ser algo maravilhoso." Mas a Palavra de DEUS ocupa-se do assunto com toda clareza. Davi aguardava por antecipação o dia em que iriam despertar na presença do Senhor. Ele disse: "Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança." (Sl 17.15). Outro autor dos Salmos declarou que nossos dias nesta Terra são "...como um sono..." (Sl 90.5).

O estado dos justos falecidos

Na morte, a vida corpórea cessa e o corpo começa a desintegrar-se, o que é inerente à sua natureza. Daí o espírito ou a alma humana entra em estado consciente de existência. É a natureza desse estado, particularmente com respeito aos justos, que agora temos de estudar.

1. Os justos estão com DEUS - A declaração em Eclesiastes 12.7, de que o espírito volta a DEUS que o deu, acha-se repetida em passagens do Novo Testamento. Em Filipenses 1.23 Paulo falou de partir e estar com CRISTO. Referia-se ao dilema que tinha quanto ao morrer ou continuar vivo. Reconhecia que, continuar nesta vida significava muito sofrimento, mas o terminar desta vida significava uma partida imediata para a presença de CRISTO.

2. Os justos estão no paraíso - Conforme Apocalipse 2.7, àquele que vencer, CRISTO lhe concederá o privilégio de comer "...da árvore da vida, que está no meio do paraíso de DEUS". Ainda que não seja usado o termo "paraíso" em Apocalipse 22.1,2, é provável que a ideia seja a mesma. Nessa passagem, a "arvore da vida" aparece ao lado do rio da água da vida, e o quadro total é o de um paraíso ou jardim de bem-aventurança.

3. Os justos estão vivos e conscientes - Os justos desincorporados estão vivos e conscientes. Ainda que o Novo Testamento ensine que há um estado desincorporado durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte alguma ele deixa transparecer a ideia de que esse estado seja de animação suspensa ou de inconsciência. Várias passagens nos ajudam a compreender melhor.

Em Mateus 22.32 JESUS declarou aos saduceus que DEUS é DEUS dos vivos. Sua declaração foi feita em referência às palavras dirigidas a Moisés na ocasião da sarça ardente: "Eu sou o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de Jacó." JESUS interpretou essa declaração como significando que DEUS estava dizendo: "Abraão, Isaque e Jacó morreram há muito tempo, porém eles continuam vivos".

 

4. Os justos estão em descanso - Esta declaração se baseia nas palavras de Apocalipse 14.13: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o ESPÍRITO, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham." A ideia principal do termo "descanso" é de refrigério depois do labor. Os que morrem no Senhor são descritos como estando num estado de bem-aventurança, porque entram numa experiência de regozijo, como sendo aliviados então das lutas desta vida. Mais do que isto, sua obra não pára quando eles morrem. Ela continua produzindo efeitos até aquele dia quando serão abertos os livros (Ap 20.12).

 

O estado dos ímpios falecidos

 

As passagens do Novo Testamento que tratam dos maus ou injustos no estado desincorporados, são menos numerosas do que as que se referem aos justos. Porém, as poucas que se relacionam com este tópico, conduzem a várias conclusões:

 

Lucas 16.23 - Ímpios falecidos:

        a) Estão num lugar fixo.

        b) Continuam vivos e conscientes.

        c) Estão separados de DEUS.

 

2 Pedro 2.9 - Ímpios falecidos:

        - Estão reservados para o castigo eterno.

 

Portanto, o que estão ensinando sobre os mortos (justos ou ímpios) se encontrarem na sepultura, em sono profundo e em estado de inconsciência, não tem apoio nas Escrituras.

 

O céu e o inferno

 

O destino final da Igreja é sua habitação na eterna presença de DEUS. A Bíblia e a doutrina cristã chamam isto de "céu".

 

Como é o céu?

 

Quando as pessoas perguntam qual a crença do cristão sobre o Céu, não é possível dar uma resposta precisa e detalhada. As razões são óbvias. Como seria possível explicar a um índio que vive na selva, como é a cidade grande? Todavia, tanto os selvagens como o citadino vivem no planeta Terra, respiram o mesmo ar e gozam do mesmo sol. Mas o Céu, como quer que ele seja, deve ser fundamentalmente diverso. Sua definição deve estar quase  além do entendimento humano.

 

Em Apocalipse está escrito "...DEUS habitará com eles (homens)..." (Ap 21.3). O ponto alto da história bíblica da redenção de DEUS é "a Cidade Santa", DEUS com seu povo. Em tal comunidade, "...DEUS lhes enxugará dos olhos toda lágrima" e não haverá nem prato, nem luto, nem dor, "porque as primeiras cousas passaram" (Ap 21.4). Quanto a isto é importante saber que:

 

1. O Céu é um lugar real, literal - Este mundo é apenas a antessala do próximo. Esta existência é breve e incidental em relação às alturas eternas da próxima. O coração, em seu anseio por algo melhor, apoia a conclusão de que deve haver um lugar para nós, após a morte física. Lendo João 14.2,3 vemos que por duas vezes JESUS chama o Céu de LUGAR. Realmente o Céu é um lugar real, literal, físico. É um lugar na presença de DEUS, um lugar que CRISTO nos está preparando.

 

2. O Céu é um lugar espaçoso (Ap 7.9) - Se JESUS criou o mundo em seis dias, como os animais, o firmamento e os seres humanos - toda a Sua criação é realmente maravilha e ultrapassa a todo entendimento - qual não deve ser o lugar que Ele vem preparando durante esses anos todos? Os capítulos 21 e 22 do livro de Apocalipse fala das belezas desse lugar.

 

3. O Céu fica em cima (At 1.9; 2Res 2.11; 2Co 12.2,4; Ap 21.3,4; 22.3-5) - Sim, o Céu reserva maravilhosas perspectivas para aqueles que foram levados no precioso sangue de CRISTO; e, verdade é que, onde quer que esteja o Céu está vinculado às bênçãos de DEUS, em Seu Filho, JESUS CRISTO.

 

A realidade do inferno

 

No Novo Testamento, há três palavras diferentes, no grego, que são traduzidas pela mesma palavra INFERNO em português, são elas: HADES, GEENA e TÁRTARO.

 

Na verdade, essas três palavras gregas têm basicamente um significado diferente:

 

- HADES é o SHEOL do Antigo Testamento. É o lugar onde os espíritos dos mortos aguardam a ressurreição.

 

- GEENA por outro lado, refere-se ao inferno em relação ao castigo eterno. É o lugar para onde irão os injustos após o julgamento do Grande Trono Branco.

 

- TÁRTARO é usado para referir-se à prisão dos anjos caídos (Jd v. 6).

 

Quanto ao inferno

 

- É antítese (oposição entre palavras ou idéias) do Céu (Mt 11.23).

- CRISTO prometeu fazer a Sua Igreja triunfar sobre o inferno (Mt 16.18).

- No inferno há vida consciente e sofrimento eterno (Lc 16.23).

- DEUS tem poder de matar o corpo e lançar a alma no Inferno (Mt 10.28).

- A indisciplina dos nossos membros pode ser causa de condenação do corpo ao Inferno (Mt 5.29).

- Não há escape do Inferno para o impenitente (Mt 23.33).

- O Inferno será um lugar de sofrimento eterno e de eterna separação do Salvador (Mt 13.42,49,50; 25.41).

https://ebdadev1.blogspot.com/search?q=O+ESTADO+INTERMEDI%C3%81RIO+DOS+MORTOS - acesso em 11-06-2024

 

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Escrita Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva

 

https://youtu.be/GyqycVxioeg?si=Ix7REf-F7hH45ZIf Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2024/06/escrita-licao-11-cpad-realidade-biblica.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2024/06/slides-licao-11-cpad-realidade-biblica.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-11-cpad-a-realidade-biblica-do-inferno-2tr24-pptx/269586723

 

ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas.
2. O ensino do Universalismo.
3. O alerta apostólico.
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
2. No Novo Testamento.
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1. O conceito bíblico de Inferno.
2. O que ensina a doutrina?
3. O castigo será eterno.
 
 
TEXTO ÁUREO
“Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (Mt 25.41)
 
 
VERDADE PRÁTICA
O Inferno é um lugar real de dor, agonia e desespero. Sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa jornada.
 
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15 A enganosa aparência de piedade dos falsos ensinadores
Terça - 2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11 Um contexto de resistência à verdade
Quarta - Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10 Inferno como sepultura, lugar dos mortos
Quinta - 2 Pe 2.4 Inferno como lugar de prisão dos anjos caídos
Sexta - Mt 23.33; 25.41,46 Inferno como castigo eterno, fogo eterno
Sábado - Mt 25.46; Jo 5.26 Passar a eternidade tem a ver com uma escolha
 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 25.41-46
41 - Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42 - porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 - sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes.
44 - Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos?
45 - Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46 - E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
 
 
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Hinos Sugeridos: 48, 127, 182 da Harpa Cristã
  
 
Palavra-Chave - INFERNO
 
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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Lição 13 - O Destino Final dos Mortos
1º trimestre de 2016 - O Final de Todas as Coisas - Esperança e Glória Para os Salvos
Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS
 
 
TEXTO ÁUREO
"Se esperamos em CRISTO só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." (1 Co 15.19)
 
VERDADE PRÁTICA
Os salvos, que morreram em CRISTO, aguardam a ressurreição no céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento indizível.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dn 12.2 - Os que dormem no Senhor ressuscitarão
Terça - Sl 9.17 - Os ímpios serão lançados no lago de fogo
Quarta - Pv 15.24 - Para o tolo o caminho do inferno está "embaixo"
Quinta - Ap 14.13 - Felizes os que desde agora morrem no Senhor 
Sexta - Fp 1.21 - O crente não teme a morte, pois para o salvo "o morrer é ganho" 
Sábado - Fp 3.21 - O corpo do salvo ressurreto será semelhante ao do Senhor JESUS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 16.19-26
19 - Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
20 - Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele.
21 - E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
22 - E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.
23 - E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.
24 - E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado.
26 - E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que os salvos vão aguardar a ressurreição no Paraíso de DEUS e os ímpios a esperam no Hades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Explicar o estado intermediário dos mortos;
Saber a real situação espiritual dos mortos;
Mostrar o destino final dos mortos.
 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Com a graça de DEUS, chegamos ao final de mais um trimestre. Esperamos que as lições tenham implantado nos corações de seus alunos a esperança de que JESUS voltará a qualquer momento. Essa é a nossa real espera. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do destino final dos crentes e dos ímpios que já morreram. A Palavra de DEUS nos assegura que os mortos em CRISTO ressuscitarão para a vida eterna ao lado do Salvador. Esse é o destino final dos crentes. Porém, os ímpios, vão ressuscitar para o desprezo eterno. Seu destino final é o inferno, onde haverá dor, vergonha e tristeza. Que possamos anunciar o Evangelho, ganhando pessoas para CRISTO e livrando-as da condenação eterna.
PONTO CENTRAL
Os crentes que dormem no Senhor vão ressuscitar para a vida eterna e os ímpios para o castigo eterno.
Resumo da Lição 13 - O Destino Final dos Mortos
I - O ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. O que é?
2. O Sheol e o Paraíso.
3. O lugar dos mortos.
II - A SITUAÇÃO DOS MORTOS 
1. O estado intermediário dos salvos.
2. Os justos são recebidos pelo Senhor.
3. O estado intermediário dos ímpios.
III - O DESTINO FINAL DOS MORTOS
1. O estado final dos salvos.
2. O estado final dos ímpios.
 
SÍNTESE DO TÓPICO I - Os salvos em JESUS CRISTO e os ímpios terão um destino final diferente
SÍNTESE DO TÓPICO II - O salvo em JESUS CRISTO ao morrer é conduzido ao céu e os ímpios, ao inferno. 
SÍNTESE DO TÓPICO III - Os salvos em JESUS e os ímpios terão futuros distintos.
 
 
Comentários de vários autores com alguma modificações do Ev. Luiz Henrique
Pontos difíceis e polêmicos discutidos durante a semana em nossos grupos de discussão no WhatsApp (minhas conclusões)
 
Resumo Rápido da Lição 13 - O Destino Final dos Mortos (Pr. Luiz Henrique)


I - O ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. O que é? Lugar de espera da habitação final - Nova Jerusalém ou Lago de Fogo
2. O Sheol e o Paraíso. Sheol dividido em 2 partes - Ímpios e justos
3. O lugar dos mortos. Todos os que morriam até a morte de JESUS iam para o Sheol (Salmos 9.17), se era justificado ia para a parte dos justos, se morria sendo ímpio ia para a parte dos ímpios.


II - A SITUAÇÃO DOS MORTOS 
1. O estado intermediário dos salvos. A partir da morte e ressurreição de JESUS que levou cativo o cativeiro dos justos (Ef 4.8) e fundou o paraíso no céu todos os que morrem salvos vão para o paraíso (Lc 23.43).
2. Os justos são recebidos pelo Senhor. Não sabemos se é regra geral com todos os que morrem salvos, mas o próprio JESUS recebeu Estêvão quando este morreu (At 7.56). Na história do rico e de Lázaro foram os anjos que conduziram Lázaro para a parte dos justos (Lc 16.22).
3. O estado intermediário dos ímpios. A partir da morte e ressurreição de JESUS que levou cativo o cativeiro dos justos e deixou só o Hades ou inferno embaixo onde antes era o Sheol, agora todos os ímpios que morrem vão para ao inferno.


III - O DESTINO FINAL DOS MORTOS
1. O estado final dos salvos. Os salvos antes do arrebatamento são arrebatados no dia do arrebatamento sendo seus corpos transformados e seguindo para a Nova Jerusalém, casa da noiva, preparada por JESUS junto ao PAI.
Os salvos durante a grande tribulação que morrerem degolados por amor de JESUS serão ressuscitados para a vida eterna e reinarão com CRISTO no milênio indo depois disso para a eternidade na Nova Terra onde estarão para sempre com o Senhor.
Os salvos tanto vivos quanto mortos no período chamado milênio serão ressuscitados no final do milênio e comparecerão diante do trono branco para serem logo depois levados para a Nova terra onde estarão para sempre com o Senhor (Dn 12:2).
2. O estado final dos ímpios. Todos os ímpios desde Adão até o último que morrerá no final do milênio, todos comparecerão diante do Trono Branco e serão julgados no Juízo Final e logo após serão lançados no Lago de Fogo e Enxofre (Dn 12:2).
 
SHEOL - DUAS PARTES
Sheol tinha duas partes, justos sem sofrimento e Ímpios sofrendo
Era o que acontecia da época de Adão até a ressurreição de JESUS
Não se chamava inferno esta parte dos justos, se chamava na época de JESUS - Seio de Abraão
Inferno é só a parte dos ímpios. 
 
JESUS FOI AO INFERNO, VENCEU A MORTE, TOMOU DE SATANÁS AS CHAVES DO INFERNO E DA MORTE, RESSUSCITOU LEVANDO O CATIVEIRO DOS JUSTOS, SEIO DE ABRAÃO E INAUGUROU O PARAÍSO
Salmos 16.10 Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção.
Salmos 49.15 Mas DEUS remirá a minha alma do poder da sepultura, pois me receberá. (Selá.)
Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de DEUS. (Sl 9.17)
Mateus 12.40 Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.
Lucas 23.43 E disse-lhe JESUS: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.
Efésios 4:8-10 Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto, ele subiu, que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.
2 Coríntios 12.2 Conheço um homem em CRISTO que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; DEUS o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.
Provérbios 15.24 Para o entendido, o caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno em baixo.
Lucas 23.42,43 Hoje estarás comigo no Paraíso"
Atos 7.56,59 - Estevão viu os céus abertos e viu em pé à mão direita de DEUS e "em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu espírito".
Isaías 53:9 - "E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca." - O rico da parábola estava no inferno, mesmo lugar que eu tinha que ir, mas JESUS pegou meus pecados sobre Ele, morreu a minha morte na cruz, foi ao inferno em meu lugar levando o meu castigo sobre Ele. Mas, graças a DEUS que Ele foi justificado em ESPÍRITO, Ele nunca pecou, venceu a morte e o inferno, venceu Satanás, tomou dele as chaves do inferno e da morte e ressuscitou em um corpo glorioso, que semelhante a este um dia teremos no dia do arrebatamento. 
  
 
TRICOTOMIA
1 Tessalonicenses: 5. 23. E o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Eu, particularmente entendo que ou vão as 3 partes do ser humano para a Nova Jerusalém (para DEUS) ou vão as 3 partes para o inferno.
Na teologia do Antigo Testamento nem existia o conceito de tricotomia e nem o de tri unidade de DEUS, por isso escreveu Salomão -
### Primeiro - porque quem deu o corpo foi DEUS, quem deu a alma foi DEUS e quem deu o espírito foi DEUS. Se fosse para o espírito voltar para DEUS porque DEUS o deu, voltariam também a alma e o corpo, pois foi DEUS quem deu.
### Segundo - porque Satanás e os demônios são espíritos e foram lançados no lago de fogo e enxofre.
### Terceiro - O anticristo e o falso profeta foram lançados no lago de fogo vivos, ou seja com corpo, alma e espírito.
Se morre ímpio vai espírito e alma para o inferno e corpo para a sepultura - No dia do juízo final corpo ressuscita e nele é incorporado a alma e o espírito que estavam no inferno e vai este homem ser lançado no lago de fogo.
Se morre salvo vai espírito e alma para o paraíso e corpo para a sepultura - No dia do arrebatamento corpo ressuscita e nele é incorporado a alma e o espírito que estavam no paraíso e vai este homem para a Nova Jerusalém e na eternidade estará na Nova terra e Novos céus, morando eternamente com DEUS.
Quem morrer durante a grande tribulação sendo salvo vai ser ressuscitado e participará com JESUS do milênio.
Quem estiver vivo ou morto no final do milênio e for salvo ressuscitará e irá para o Trono Branco e depois para a Nova Terra e Novos Céus.
 

Apocalipse – Escatologia – Eventos Finais

Arrebatamento (Antes Da Grande Tribulação)

ESPÍRITO SANTO Retirado Com A Noiva (Destino – Nova Jerusalém)

Tribunal De CRISTO

(Nova Jerusalém)

Bodas Do Cordeiro

(Nova Jerusalém)

Satanás Assume Governo Da Terra

(Grande Tribulação – 7 Anos)

7 Anos De Governo De Satanás – Anticristo (Besta Do Mar), Falso Profeta (Besta Da Terra) E Dragão (3,5 Anos Paz Falsa E 3,5 Anos De Guerras E Juízos De DEUS)

3,5 Anos De Engano – Anticristo E Falso Profeta (Construção Do Templo) – 144 Mil

Anticristo Descoberto 3,5 Anos De Guerras E Juízos De DEUS Sobre Israel. Marca Da Besta.  Duas Testemunhas -

Selos – Trombetas - Taças E Batalha Do Armagedom –.Juízos

Vinda De JESUS Em Glória - Derrota De Satanás E Seus Exércitos -

Arrebatamento Dos Degolados (Salvos Durane A Grande Tribulação) Judeus Salvos (Remanescente)

Anticristo E Falso Profeta Lançados No Lago De Fogo - Satanás Preso Por Mil Anos

Juízo De Bodes E Ovelhas.

Ovelhas Ficam Para Milênio. Bodes Mortos E Vão Para O Inferno.

Milênio (Igreja No Céu, Na Nova Jerusalém, Sua Casa)

JESUS Governa Sobre Israel E Demais Nações

Restauração Da Terra E Trilhões De Pessoas Na Terra (Paz, Prosperidade, Longevidade, Multiplicação)

Satanás Solto – Guerra Contra CRISTO – Magogue -  Vencido Satanás Lançado No Lago De Fogo E Enxofre – Apoiadores De Satanás - Inferno

Arrebatamento De Todos – Ressurreição Final (Uns Para Vida Eterna E Outros Para Perdição Eterna)

Vivos Do Milênio E Mortos Em Todas As Épocas (Inferno E Morte)

Trono Branco (Salvos E Perdidos) – Juízo Final Só Para Ímpios De Todas As Épocas

Salvos Para Nova Terra E Novos Céus Com Igreja Na Nova Jerusalém E DEUS Morando Lá (Eternidade Com DEUS).

Ímpios Lançados No Lago De Fogo E Enxofre (Eternidade Sem DEUS).


SALVAÇÃO APÓS A MORTE?
Nunca existe salvação após a morte. JESUS não pregou no sentido de procurar convencer, mas pregou no sentido de comunicar sua vitória sobre o pecado a uma geração perversa.
E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, Hebreus 9:27
 
LUGAR DO CÉU E DO INFERNO
Céu é para cima mesmo e inferno para mim é no centro da terra.
SÓ ESTES VERSÍCULOS CHEGAM PARA PROVAR QUE O CÉU É PARA CIMA E O INFERNO É NAS PARTES BAIXAS DA TERRA (NO CENTRO DA TERRA, ACREDITO EU)
### Ora, isto-ele subiu-que é, senão que também desceu às partes mais baixas da terra? (Efésios, 4.9)
### prevendo isto, Davi falou da ressurreição de CRISTO, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção. (Atos, 2.31)
### pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra. (Mateus, 12.40)
### Conheço um homem em CRISTO que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; DEUS o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu. (2 Coríntios, 12.2)
### Lc 16.23 E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
### Para o entendido, o caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno em baixo. Provérbios 15:24
### Salmos 16.10 Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção.
### Salmos 49.15 Mas DEUS remirá a minha alma do poder da sepultura, pois me receberá. (Selá.)
 
 
O ESTADO INTERMEDIÁRIO - As Grandes Doutrinas da Bíblia - Raimundo de Oliveira - CPAD
A morte se tem feito tema de discussão e preocupação de todos os povos, independentemente da cultura e da religião que tenham. A partida de um ente querido para o Além, não apenas fere corações queridos, também levanta indagações dos que aqui ficam quanto ao futuro eterno do ente querido que partiu. Neste caso, a Bíblia é de inestimável valor, uma vez que ela fala, não apenas da vida presente, mas também fala da morte, do estado intermediário dos mortos e do que lhes aguarda no porvir.
1. Onde Estão os Mortos
Onde estão os mortos tem preocupado e se feito objeto de indagação de praticamente todas as religiões do mundo. Por exemplo, os antigos gregos acreditavam que os mortos eram introduzidos nas "Ilhas dos Bem-Aventurados", onde permaneciam aguardando o julgamento por três representantes do Mundo Subterrâneo. Se o morto tivesse sido bom durante a vida, e os juízes estabelecessem a sua retidão, ele podia entrar nos Campos Elísios, um tipo de paraíso. Ali, de acordo com a mitologia grega, os mortos estariam em uma terra de música, de ar doce e agradável. As almas boas viveriam ali para sempre, entre as alegrias simples de flores e campinas verdejante (Onde estão os Mortos? – Pág. 31) Outras religiões do mundo viam a morada dos mortos de maneira diferente, dentre as quais se destacam o Islamismo, o Budismo, o Hinduísmo, e o Espiritismo. Neste mundo de tantas religiões e de tanta confusão em matéria de fé, pergunta-se: "Com quem está a verdade, finalmente?" A resposta é simples: A verdade está revelada na Bíblia Sagrada, a Palavra de DEUS, e isso não deixa lugar para especulações, seja para quem for. A Palavra de DEUS afirma enfaticamente que uma das razões porque JESUS veio a este mundo, foi para nos mostrar não apenas como termos vida abundante aqui, mas também vida eterna no Além. A Bíblia diz: "Segundo o poder de DEUS, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em CRISTO JESUS antes dos tempos eternos" (2 Tm 1.9,10). A imortalidade sempre foi um fato inconteste nas Escrituras, mas foi necessário que CRISTO a trouxesse à luz para que soubéssemos o que ela é e como podemos obtê-la.
2. Onde os Mortos Estão?
As bênçãos resultantes da vinda do Senhor JESUS a este mundo são incontáveis. Elas se relacionam com tudo que concerne ao crente. Uma dessas bênçãos diz respeito aos filhos de DEUS que já dormem ou vierem a dormir no Senhor. Na Glória celestial ser-nos-ão reveladas e usufruídas inumeráveis outras bênçãos derivadas da vinda de JESUS CRISTO aqui. Elas têm alcance ilimitado, aqui e na eternidade.
a) Antes da Ressurreição de CRISTO
Para compreender o ensino bíblico sobre o lugar para onde vão os mortos, é necessário observar o texto original tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. A palavra sheol, no Antigo Testamento, equivale em sentido a Hades, no Novo. Ambos os termos designam o lugar para onde, nos tempos do Antigo Testamento, eram levados todos os mortos: justos e ímpios, havendo, no entanto, nessa região dos mortos uma divisão para os justos e outra para os ímpios, separados por um abismo intransponível. Todos estavam ali plenamente conscientes. O lugar dos justos era de felicidade, prazer e segurança. Era chamado “Seio de Abraão” e "Paraíso". Já o lugar dos ímpios era (e ainda é) medonho, cheio de dores, sofrimentos, e os que aí habitam estão em plena consciência.
b) Depois da Ressurreição de CRISTO
Antes de morrer por nós, JESUS prometeu que as portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja. Isto mostra que os fiéis de DEUS, a partir dos dias de JESUS, não mais desceriam ao Hades, isto é, à divisão ali reservada para os justos. O texto de Mateus 16.18, indica futuridade em relação à ocasião em que foi proferido por JESUS. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor, pois Ele disse na cruz ao ladrão arrependido: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43). Escreve o apóstolo Paulo: "Quando ele [JESUS] subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até as regiões inferiores da terra?" (Ef 4.8,9). Entende-se, pois, que JESUS ao ressuscitar levou consigo os crentes do Antigo Testamento, que jaziam no "Seio de Abraão". A muitos desses crente JESUS ressuscitou por ocasião da sua própria morte no Calvário, certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na Festa das Primícias (Lv 39.9-11) que profeticamente falava da ressurreição de CRISTO (1 Co 15.20,23). Nessa festa profética havia pluralidade (o texto fala de "molho" ou "feixe"). Logo, no seu cumprimento deveria haver também pluralidade. E houve, conforme vemos em Mateus 27.52,53. Deste modo a obra redentora de JESUS no Calvário alcançou beneficamente não só os vivos, mas também aqueles que dormiam no Senhor.
3. Onde Estão os Crentes Mortos
O apóstolo Paulo foi ao Paraíso, o qual está no terceiro céu (2 Co 12.1-4). Portanto, o Paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de DEUS, e não em baixo, como dantes. As almas dos mártires da Grande Tribulação permanecerão no Céu, "debaixo do altar", aguardando o momento da ressurreição e ingresso do reino milenial de CRISTO" (Ap 6.9,10; 20.4). Portanto, os crentes que agora dormem no Senhor, estão no Céu, pois o Paraíso está agora ali, como um dos resultados da obra redentora do Senhor JESUS CRISTO" (2 Co 5.8). No momento do arrebatamento da Igreja, porém, seus espíritos virão com JESUS, unir-se-ão a seus corpos ressurretos, e subirão com CRISTO, já glorificados. Depois que CRISTO subiu para o Céu, a Bíblia nunca mais se refere ao Paraíso como estando "em baixo". Desse ponto em diante todas as referências no Novo Testamento sobre o assunto, falam da localização do Paraíso como estando "em cima" ou "no alto".
4. A Presente situação dos Ímpios Mortos
Para os ímpios mortos não houve qualquer alteração quanto ao seu estado. Continuam descendo ao Hades, o "império da morte", onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o Juízo Final, após o Milênio, onde serão julgados e condenados ao Inferno eterno (Ap 20.13-15). Assim sendo, qualquer fantasma ou "alma do outro mundo" que porventura aparecer por aqui, é coisa diabólica, porque do Hades não sai ninguém. É uma prisão, cuja chave está nas mãos de JESUS (Ap 1.18). Alma doutro mundo não vem à Terra, pois os salvos estão em JESUS, e os perdidos que morreram estão encerrados para o grande dia do juízo do Grande Trono Branco. O Diabo, sim, por enquanto está solto, vivo e ativo no planeta Terra.
II. O CÉU
O destino final e eterno da Igreja é sua habitação na eterna presença de DEUS. A Bíblia e a doutrina cristã chamam isto de "céu". Mas, como é o Céu?
1. O Céu é Um Lugar Indescritível
Quando as pessoas perguntam qual a crença cristã sobre o Céu, não é possível dar uma resposta precisa e detalhada. As razões são óbvias. Como seria possível explicar a um índio que vive nas selvas do Xingu como é a cidade do Rio de Janeiro? Todavia, tanto os silvícolas quanto os citadinos vivem no planeta Terra, respiram o mesmo ar e gozam dos benefícios do mesmo sol. Mas o Céu, como quer que ele seja, deve ser fundamentalmente diverso. Sua definição deve estar quase além do entendimento e imaginação do homem. A coisa mais importante que podemos dizer neste caso é que o Céu é onde DEUS está. Em termos do livro de Apocalipse, "DEUS habitará com os homens?" (Ap 21.3). O ponto alto da história bíblica da redenção levada a efeito por DEUS é "a Cidade Santa", DEUS com o seu povo. Em tal 'comunidade, DEUS enxugará toda lágrima e não haverá mais pranto, luto, nem dor, "porque as primeiras coisas passaram" (Ap 21.4).
2. O Céu é um Lugar Real
Este mundo é apenas a porta de entrada no mundo do porvir. A existência presente é apenas a primeira página da eternidade à qual fomos destinados por DEUS. Deste modo, no seu anseio por coisa melhor, o coração é levado a admitir a existência dum lugar melhor, para onde partirá a alma após a morte física. Lendo João 14.2,3, vemos que por duas vezes JESUS chama o Céu de LUGAR. Realmente o Céu é um lugar real, literal, físico. É um lugar na presença de DEUS, um lugar que CRISTO nos está preparando.
3. O Céu é um Lugar Espaçoso
Grandes metrópoles como as cidades do México Tóquio, Nova Iorque, Buenos Aires e São Paulo, se constituem em insignificâncias diante da imensidão que é o Céu. No começo da descrição da sua visão dos mártires glorificações, escreve o apóstolo João: "Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos" (Ap 7.9).
4. O Céu Fica em Cima
A posição exaltada do Céu é encontrada ao longo de toda a narrativa bíblica. Sim, o Céu reserva maravilhosas perspectivas para aqueles que foram lavados no precioso sangue de CRISTO; e a verdade é que, onde quer que esteja o Céu, está vinculado às bênçãos de DEUS em Seu Filho, JESUS CRISTO. Onde estão nossos entes queridos que são crentes, deve ser o bastante para satisfazer às nossas expectativas, esperanças e desejos (A Doutrina das Últimas Coisas – Imprensa Batista Regular – Pág. 25).
5. O Céu é um Lugar de Maior Conhecimento
Salomão diz que "ficar a alma sem conhecimento não é bom" (Pv 19.2). Certamente que Salomão fala da sabedoria deste mundo. Mesmo assim, esta sede de conhecimento se constitui num dos elementos de distinção entre os homens e os irracionais. O conhecimento que pertence a este mundo corresponde a importantes propósitos, porém "a excelência do conhecimento" só é encontrada em CRISTO e na salvação que Ele oferece (Fp 3.8). Os santos na terra, quando comparados com os pecadores, são incomparavelmente sábios; porém comparados com os santos que estão nos Céu, sabem mui pouco. Há muitos textos nas Escrituras que falam da imperfeição do conhecimento dos crentes no estado presente. Diz a Bíblia que o que agora sabemos "sabemos em parte", e que agora não detemos a totalidade do conhecimento que adquiriremos no Céu. Na verdade ainda não é manifestado o que haveremos de ser (1 Co 13.12; Jo 13.7; 1 Jo 3.2).
6. O Céu é um Lugar de Santidade Perfeita
No Céu não há pecado. É um lugar de delícias. Os anjos são santos. Os redimidos estarão diante do trono sem mancha alguma. A santidade do Céu se constitui num dos seus mais poderosos atrativos. Quão profundamente nos impressionamos com a pureza desse lugar, ao recordar que as nossas almas jamais poderão ali entrar a menos que tenham sido purificadas até a última mancha de pecado! Não obstante aqui e agora o cristão seja molestado e afligido pelo pecado Que tão de perto nos rodeia no Céu estarão a salvo de toda e qualquer ação deletéria do pecado. No Céu os salvos viverão para sempre nos domínios da pureza perfeita.
7. O Céu é um Lugar de Amor SANTO
O Céu é um reino repleto de santo amor. Todos os santos daquele mundo dourado amam a DEUS no sentido mais elevado. Diferentemente deste mundo hostil em que vive, ao chegar no Céu o crente poderá dizer convictamente: "Amo a cada um destes santos que aqui estão e cada um deles me amam". A satisfação derivada deste conhecimento nunca será perturbada por qualquer tipo de dúvida ou suspeita. Deste modo não nos deve admirar que Rowland Hill tenha dito: "Minha principal concepção do Céu é que é um lugar de amor" (Compendio de Teologia Cristiana – Casa Bautista de Publicaciones – Págs. 390, 393).


O INFERNO
Ao mesmo tempo em que é um grato privilégio referirmo-nos ao Céu como a morada dos justos, se constitui um solene dever reconhecer o ensinamento da Bíblia acerca do Inferno, o lugar onde os maus serão castigados. A tendência própria da doutrina do castigo futuro é separar o homem do pecado, assim como a doutrina da bem- aventurança futura o estimula e o atrai à santidade. Evidentemente, tudo o que tivermos de dizer sobre o Inferno como "lugar de tormento", deverá ser provado pelas Escrituras. Sem este auxílio, nosso raciocínio não é digno de crédito.
1. O Inferno Existe
É inegável que há um inferno, em vista dos seguintes textos das Escrituras:
-"Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno" (Mt 5.29)..
- "E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer parecer no inferno a alma e o corpo" (Mt 10.28).
-"Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno? (Mt 23.33).
-"E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga" (Marc 9.43).
-"Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei" (Lc 12.5).
Estas passagens provam de maneira enfática, que há um inferno, e que é um lugar terrível; pois se nos ensina que é prudente evitar o inferno, sendo preferível ser mutilado ou sofrer a morte do corpo.
2. Os Maus Serão Castigados no Inferno
Que é castigo? É a imposição de uma pena por causa de desobediência. Impor uma pena sem haver desobediência, seria uma calamidade e não um castigo. Neste caso o castigo tem relação com o pecado, e, debaixo do governo de DEUS, a pena é imposta por sua lei. É DEUS quem executa a pena de morte eterna aos transgressores da sua lei. Segundo o ensinamento das Escrituras, os ímpios no Inferno serão castigados na medida do que requerem as suas faltas. Isto demonstra que o castigo será à medida da gravidade da falta, será gradual em intensidade e não quanto à duração, uma vez que as Escrituras mesmas dizem que o castigo será eterno.
3. O Castigo no Inferno Será Eterno
As palavras de JESUS são: "E irão estes para o tormento eterno" (Mt 25.46). Acerca do castigo dos maus, diz o apóstolo Paulo: "Os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder" (2 Ts 1.9). A destruição a que a Bíblia faz referência, não é aniquilamento, porque durará eternamente. E o processo de destruição que continuará para sempre. A doutrina do aniquilamento dos maus, ensinada por algumas seitas heréticas, não encontra apoio nas Escrituras. Como seus defensores não podem dar sequer um exemplo de aniquilamento no mundo material, como provar ser isto possível no mundo espiritual? Insistir nesta discussão é contrário tanto à filosofia quanto à Palavra de DEUS. No seu DISCURSO AOS GREGOS ACERCA DOS HADES, o historiador judeu, Flávio Josefo, contemporâneo do Senhor JESUS CRISTO, descreve o Inferno como um lugar "preparado para um dia predestinado por DEUS, dia no qual haverá um justo juízo sobre todos os homens, quando os injustos e todos os que têm sido desobedientes a DEUS e têm honrado os ídolos, serão mandados a este castigo eterno... enquanto os justos obterão um reino incorruptível que nunca desaparecerá".

O Eterno e Perfeito Estado
Consumado todo o plano de DEUS para o final dos séculos, haverá perfeita harmonia entre o céu e a terra. Cumprir-se-á na sua íntegra a profunda declaração do ESPÍRITO SANTO através de Paulo, quanto ao alcance final da obra de CRISTO: "E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus" (
Ap 22.3). Nesse tempo "céu e terra hão de ser a mesma grei", como bem diz o poeta sacro. Sim, porque o muro de separação (o pecado) foi totalmente desfeito. Tudo quanto é santo, perfeito e belo, se associa ao terno e perfeito estado quando a ordem divina abolir e substituir o caos hoje dominante no reino dos homens. A esse estado por vir, se associam:
a) Santidade perfeita (
Ap 22.3).
b) Governo perfeito (
Ap 22.3).
c) Serviço perfeito (
Ap 22.4).
d) Visão perfeita (
Ap 22.4).
e) Identificação perfeita (
Ap 22.5).
f) Iluminação perfeita (O Calendário da Profecia – CPAD – Pág. 101,102).
g) Interação perfeita (
1 Co 15.28).
Começam aqui as eras eternas, quando DEUS é tudo em todas as coisas.


 
O Estado Intermediário da Morte - TEOLOGIA SISTEMÁTICA STANLEY M. HORTON - CPAD
A morte não será o fim de nossa esperança, pois temos a garantia de que, quando CRISTO voltar, "os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro" (
1 Ts 4.16). Não perderão nada da glória do arrebatamento e do prometido encontro nos ares (4.17). A Bíblia, entretanto, não nos conta tudo quanto gostaríamos de saber a respeito do estado da nossa existência entre a morte e a ressurreição. Acima de tudo, ela estimula-nos a que olhemos para frente, para a herança que será nossa quando JESUS vier de novo.
O Ensino Veterotestamentário
O Antigo Testamento deixa muito claro que DEUS é a origem de toda a vida, e que a morte está no mundo como resultado do pecado (
Gn 1.20-272.7,223.22,23). A maioria dos israelitas, porém, olhava para a vida com uma atitude positiva (SI 128.5,6). O suicídio era extremamente raro, e uma vida longa era considerada bênção de DEUS (SI 91.16). A morte trazia tristeza, usualmente expressada com lamentações em voz alta e com luto profundo (Mt9.23; 1x8.52),
Os costumes israelitas de sepultamento eram diferentes daqueles praticados pelos povos em derredor. Os túmulos dos faraós ficavam repletos de móveis e de muitos outros objetos visando proporcionar-lhes o mesmo nível de vida no além. Os cananitas colocavam uma lâmpada, um vasilhame de óleo e um vaso de alimentos no esquife de cada pessoa sepultada. Os israelitas agiam doutra forma. O corpo, envolvido em pano de linho, usualmente ungido com especiarias, era simplesmente deitado num túmulo ou enterrado numa cova. Isso não significava, porém, que não acreditassem na vida no além. Falavam da ida do espírito a um lugar que, em hebraico, era chamado She'ol ou, às vezes, mencionavam à presença de DEUS.
Como os termos she'ol; "morte" (heb. maweth); "sepultura" (heb. qever); "cova" (Heb. bor); e "destruição" (heb. 'abaddon, ou "Abadom") formam às vezes paralelos entre si (SI 30.3), alguns dizem que tanto she'ol quanto "cova" sempre significam o túmulo. Mesmo assim, a Bíblia retrata as pessoas tendo algum tipo de existência no she'ol (
Is 14.9-10). Outros interpretam she'olno sentido da vida no além, e dizem que nunca significa túmulo.
Três passagens são frequentemente citadas com o intuito de se comprovar que she'olé de fato o túmulo. 
Salmo 6.5 diz: "Na morte não há lembrança de ti; no sepulcro [heb. she'ol] quem te louvará?" Essa lembrança, porém, forma um paralelo com o louvor. A mesma palavra ("lembrar") é usada para mencionar com solenidade o nome de DEUS entre o povo (Ex 3.15). Refere-se a exaltação do nome de DEUS aqui na terra, o que não acontece quando a pessoa morre. Logo, quando o espírito vai ao she'ol, cessa o louvor e o testemunho daquela pessoa na terra dos viventes.21 Do ponto de vista dos vivos, a morte é considerada em termos de silêncio (SI 115.17). O salmista continua: "Mas nós bendiremos ao SENHOR, desde agora e para sempre" (SI 115.18), o que subentende uma esperança melhor e que não exclui o louvor na vida do além.
Ezequias declarou na sua oração: "Tu, porém, tão amorosamente abraçaste a minha alma, que não caiu na cova da corrupção, porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados. Porque não pode louvar-te a sepultura [heb. She'oI], nem a morte glorificar-te; nem esperarão em tua verdade os que descem à cova" (
Is 38.17,18). Nesse texto, há a mesma preocupação com o testemunho e os resultados entre o povo - desta vez por parte de Ezequias. Este foi salvo, mediante o perdão divino dos seus pecados; não desceu ao lugar do castigo. Agora, estando curado, veria a fidelidade de DEUS, e assim lhe foram acrescentados mais quinze anos de vida (Is 38.5).
Na realidade, she'ol é muitas vezes descrito como uma profundeza que se contrasta com as alturas do céu (
Jó 11.8; SI 139.8; Am 9.2). Frequentemente, o contexto refere-se à ira de DEUS (Jó 14.13; SI 6.1,5; 88.3,7; 89.46,48), e às vezes tanto à ira quanto ao fogo (Dt 32.22). Nalguns casos, as referências são breves, e parece que she'olé simplesmente o local ou estado dos mortos. Nele, os mortos são chamados rephaim, o que poderíamos chamar de "fantasmas" (Is 14.926.14). Outros textos bíblicos referem-se a alguns dos mortos como 'elohim, no sentido de "poderosos seres espirituais" (1 Sm 28.13). Frequentemente, porém, fica claro que she'ol é o lugar para os ímpios e para "todas as nações que se esquecem de DEUS" (SI 9.17; cf. SI 39.12,13; 55.15; 88.11,12; Pv 7.279.18Is 38.18). Quando o Novo Testamento cita textos do Antigo Testamento que se referem ao she'ol, traduz esta palavra por hadês; este não é o lugar que os pagãos se referiam sem clareza, mas, sim, um lugar de castigo.
Tendo em vista esse fato, é importante notar que o Antigo Testamento não ensina que todos vão ao she'ol. E verdade, também, que Jó falou da morte como uma beth mo'êd, uma "casa de reunião" para todos os vivos (
Jó 30.23), mas referia-se, simplesmente, ao fato de que todos morrem; não estava dando a entender que todos vão para o mesmo lugar depois de morrerem.
Pelo menos alguns dos santos do Antigo Testamento tinham uma melhor esperança. Enoque e Elias foram levados diretamente ao céu (
Gn 5.242 Rs 2.11). Quando Davi sentia a ira de DEUS por causa do seu pecado, clamou por misericórdia para escapar ao she'ol. Mas quando predominava a sua fé, sua esperança era assim manifesta: "habitarei na casado SENHOR por longos dias" (SI 23.6; cf. 16.11; 17.15). Salmo 49.15, fazendo um contraste com os ímpios que vão vem direção ao she'ol, diz: "DEUS, porém, remirá a minha alma da mão de she'ol, pois Ele me levará [a si mesmo]" (tradução do autor). Isto é: o she'olé personificado, como se quisesse agarrar o salmista e levá-lo para o lugar de castigo, mas DEUS o redime e o salva de modo que não precisará mais ir para o she'ol. Asafe escreveu: "Guiar-me-ás com o teu conselho", durante a vida terrestre, "e, depois, me receberás em glória", ou seja: no céu (SI 73.24).25 Salomão também declarou que "o caminho da vida leva para cima [ao lugar nas alturas] os sábios [os que temem ao SENHOR] a fim de se evitar o she'ol, embaixo" (Pv 15.24, tradução do autor). A mensagem de DEUS a Balaão levou-o a reconhecer que a morte dos justos é melhor que a morte dos ímpios (Nm 23.10).
Possivelmente porque Jacó falara, chorando, em descer ao she'ol ao seu filho José, e porque os judeus dos tempos posteriores consideravam Jacó e José como justos, alguns deles levantaram a hipótese de haver divisões no she'oh um lugar para os justos e um para os ímpios (Enoque 22.1-14). Jacó, porém, recusou-se a ser consolado naquela ocasião, pensando, por certo, que tanto ele quanto José estavam debaixo do juízo divino por algum motivo. Não há registro de Jacó ter buscado de novo ao Senhor a não ser depois de receber a notícia de que José ainda estava com vida (
Gn 45.28-46.1). E provável que Jacó tenha considerado o she'ol um lugar de castigo. A verdade é que nenhum texto do Antigo Testamento necessita claramente postular a divisão do she'ol em dois compartimentos, um para o castigo, e outro para a bênção.
Ainda outra frase parece indicar que os santos do Antigo Testamento esperavam uma vida futura no além. DEUS disse a Moisés que depois de este ter subido à montanha e olhado para a Terra Prometida à distância: "Serás recolhido ao teu povo, assim como foi recolhido teu irmão Arão" (
Nm 27.13).
Arão, no entanto, foi enterrado no monte Hor, e ninguém sabe onde DEUS sepultou Moisés (Dt 34-5,6). Logo, "ser recolhido ao seu povo" dificilmente pode se referir ao sepulcro.


O Ensino Neotestamentário
A ênfase no Novo Testamento recai mais na ressurreição do corpo do que naquilo que acontece imediatamente depois da morte. A morte continua sendo uma inimiga, mas já não é para ser temida (
1 Co 15.55-57Hb 2.15). Para o crente, o viver é CRISTO e o morrer é lucro; isto significa que morrer é receber mais de CRISTO (Fp 1.21). Logo, morrer e estar com CRISTO é muito melhor que permanecer no corpo presente, embora devamos ficar aqui enquanto DEUS considera que isso seja necessário (Fp 1.23,24). Depois disso, a morte nos trará o repouso ou cessação das nossas labutas e sofrimentos terrestres, e a entrada na glória (2 Co 4-17; cf. 2 Pe 1.10,11Ap 14.13).
JESUS, em 
Lucas 16, descreve certo rico (sem citar o nome) que se vestia como um rei e que celebrava todos os dias um banquete acompanhado por muitas diversões. Diante do seu portão jazia um mendigo chamado Lázaro, coberto de chagas, que desejava as migalhas que eram varridas para a rua, onde os cães soltos as comeriam. Estes animais, impuros segundo a Lei, lambiam-lhe as chagas, deixando-o imundo também. Lázaro só tinha uma coisa a seu favor - o seu nome, que significa "DEUS é o meu socorro", indicando que, a despeito de tudo, ele conservara a sua fé em DEUS. Quando Lázaro morreu, os anjos levaram-no ao seio de Abraão que, certamente, era um lugar de bênção, pois aqui recebeu Lázaro o consolo. Mas o rico, depois de morrer, achou-se em agonia no fogo do Hades. Quando o rico ergueu os seus olhos (ao céu, cf. Lc 18.13), viu Abraão e Lázaro "ao longe". Mas era tarde demais para receber ajuda, conforme lhe explicou Abraão: "está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá". Noutras palavras: os destinos tanto dos ímpios quanto dos justos não poderão ser mudados depois da morte. Alguns tratam esse relato como parábola, posto que segue uma série de parábolas, mas JESUS, mesmo nas suas parábolas, nunca disse nada que fosse contrário à verdade.
O desejo do apóstolo Paulo não era estar com Abraão, mas, sim, com o Senhor. Indicou que tão logo se ausentasse do corpo (ao morrer), estaria presente com o Senhor (
2 Co 5.6-9Fp 1.23). Essa foi a promessa de JESUS ao ladrão moribundo na cruz: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23.43). Numa visão, Paulo foi arrebatado ao terceiro céu, que também chama de Paraíso (2 Co 12.1-5). JESUS diz que se trata de um lugar preparado, onde há bastante espaço (Jo 14.2). E um lugar de grande alegria, de comunhão com CRISTO e com os irmãos na fé, que ressoa adorações e cânticos (Ap 4.10,115.8-1414.2,315.2-4),
Porque Paulo ansiava pelo corpo ressurreto que será imortal, que não estará sujeito à morte nem à decadência, e porque dá a impressão de repudiar a ideia de ser um espírito desnudado (
2 Co 5.3,4), alguns ensinam que, no estado intermediário, entre a morte e a ressurreição, os crentes serão espíritos desencarnados, mas que serão consolados pelo fato de estarem com CRISTO. Outros ensinam que os crentes, ao morrerem, receberão um corpo temporário e "celestial", notando que Moisés e Elias apareceram no Monte da Transfiguração com algum tipo de corpo, e que vestes brancas foram dadas às almas dos mártires no céu (Lc 9.30-32Ap 6.9-11). Todavia, a ressurreição do corpo dar-se-á na ocasião da vinda de CRISTO para buscar a sua Igreja (Fp 3.20,211 Ts 4.16,17).
 
Outras Ideias da Vida no Além
Porque JESUS se referiu a Lázaro e à filha de Jairo como estando "dormindo", e porque Paulo se referiu à morte como sono (
1 Co 15.618201 Ts 4.13-15), alguns têm desenvolvido a teoria do "sono da alma". Com isso, querem dizer que a alma, ou espírito, não está simplesmente num estado inconsciente depois da morte, mas que a pessoa como um todo morreu, e que a alma, ou espírito, cessa de existir até ser recriada na ressurreição. Moisés e Elias, porém, no monte da Transfiguração, sabiam o que acontecia, e conversavam com JESUS a respeito "da sua morte, a qual havia de se cumprir em Jerusalém" (Lc 9.31). Entendiam também que, para eles, significaria alguma coisa. Paulo achava que conseguiria sentir as coisas, quer fosse um espírito desencarnado, quer não. O "sono", portanto, pode aplicar-se somente ao corpo. Outros supõem que a pessoa, depois da morte, não cessa de existir, mas fica num estado de letargia. Certamente, nem Lázaro, nem Abraão, nem o rico estavam inconscientes, ou em estado de letargia. Sabiam o que estava acontecendo, e Lázaro estava sendo "consolado" (Lc 16.25).
Os católicos romanos ensinam que todos, menos alguns santos e mártires especiais, precisam passar pelo purgatório (uma condição mais do que um local) a fim de serem preparados para entrar no céu. Agostinho introduziu essa ideia no século IV, mas a palavra "purgatório" não foi usada a não ser no século XII. E essa doutrina não foi elaborada completamente a não ser no Concílio de Trento no século XVI. A doutrina do purgatório revelou ser lucrativa para a Igreja Católica Romana, mas dava a aparência de que DEUS estaria demonstrando favoritismo aos ricos, cujos parentes não teriam dificuldade em pagar as missas exigidas para tirá-los rapidamente do purgatório.
Alguns católicos também conjecturaram que existe uma condição chamada Limbo para os nenés não batizados, e outra para os santos do Antigo Testamento, onde sofriam castigos temporários até à morte de JESUS. Então, a alma de JESUS desceu até este último Limbo "a fim de lhes dar a visão beatifica de DEUS", e desde a sua ascensão têm estado no céu. Limbo (para as criancinhas) "agora é geralmente rejeitado", preferindo-se a ideia de que as criancinhas e os severamente retardados receberão, depois da morte, a oferta divina da vida eterna, e que terão a possibilidade de aceitá-la ou rejeitá-la.1
O espiritismo ensina que médiuns conseguem comunicar-se com os mortos, e que os espíritos dos mortos permanecem perto da terra. G. W. Butterworth explica: "Há uma insistência quase universal, indicando que o mundo supraterrestre é composto de sete ou oito esferas, sendo cada uma um pouco mais alta do que a esfera anterior". Isso contraria a garantia de que, na morte, o crente está "presente com o Senhor".
Várias religiões orientais, por causa do seu conceito cíclico da História, ensinam a reencarnação. Na morte, a pessoa recebe uma nova identidade, e nasce noutra vida como animal, um ser humano, ou até mesmo um deus. Sustentam que as ações da pessoa geram uma força, karma, que exige a transmigração das almas e determina o destino da pessoa na próxima existência3 A Bíblia, todavia, deixa claro que agora é o dia da salvação (
2 Co 6.2). Não podemos salvar-nos mediante as nossas boas obras. DEUS tem providenciado por meio de JESUS CRISTO a salvação total que expia os nossos pecados, e cancela a nossa culpa. Não precisamos doutra vida para cuidar dos pecados e enganos desta vida, ou de quaisquer supostas existências anteriores. Além disso: "E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação [inclusive a plenitude das bênçãos da nossa herança]" (Hb 9.27,28).
Fica claro, também, que quando Moisés e Elias apareceram no monte da Transfiguração, ainda eram Moisés e Elias. JESUS CRISTO também manteve a sua identidade depois da sua morte e ressurreição, e "este mesmo JESUS", e não alguma reencarnação, voltará à terra (At 1.11).
 
 
 
ESTUDOS DO Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD
ABISMO - Uma tradução do termo gr. chasma, em Lucas 16.26; uma fenda profunda que separa dois lugares. O Senhor JESUS CRISTO afirma com a sua autoridade que um vasto abismo havia sido fixado por decreto de DEUS entre o paraíso ("o seio de Abraão", q. v.) e o hades, a fim de que as pessoas, na próxima vida, não pudessem atravessá-lo (cf. Hb 9.27).
 
O SEIO DE ABRAÃO,
Essa frase figurativa reproduzia a bem-aventurança do crente no paraíso após a morte. Embora seja usada no judaísmo rabínico, a única ocorrência escrita dessa expressão encontra-se na parábola proferida por CRISTO sobre o homem rico e Lázaro (Lc 16.19ss.). Ao morrer, o mendigo Lázaro é carregado pelos anjos até o seio de Abraão, enquanto o homem rico, depois de seu enterro, é atormentado no Hades. De acordo com o AT, ao morrer as pessoas vão ao encontro de seus pais (Gn 15.15; 47.30; Dt 31.16; Jz 2.10). Como Abraão era o pai dos judeus (Lc 3.8; Jo 8.39s.), a forma mais concreta dessa expressão era ir ao pai Abraão (IV Mac 13.17). Uma simples variação disto era falar da vida após a morte em termos de "seio de Abraão". No judaísmo rabínico a frase tinha dois sentidos distintos, e os intérpretes estão divididos quanto ao significado preciso da frase nessa parábola. Deitar-se ou sentar-se no seio de Abraão pode exprimir, figurativamente, a carinhosa comunhão que existe entre Abraão e seus descendentes crentes no céu, em uma analogia à ternura paternal de um pai para com o seu filho (Jo 1.18). Outros acreditam que a figura está enfocando, principalmente, o banquete celestial onde, de acordo com a maneira romana de festejar, também usada pelos judeus, Lázaro está reclinado sobre uma mesa com a cabeça no seio de Abraão, seu anfitrião (Jo 13.23; 21.20).
Talvez ambos elementos possam ser aplicados à parábola. Como as Escrituras geralmente representam a alegria do céu em termos de um banquete (Mt 8.11; Lc 13.28,29; 14.16ss.), seria natural que isto estivesse implícito na figura do pobre mendigo que antes se alimentava das migalhas da mesa do rico e que agora está gozando da abundância do banquete celestial. Mas a intimidade e a comunhão não estão ausentes desse quadro. O mendigo, solitário e proscrito, está agora gozando das venturas do céu na íntima companhia do pai dos crentes. E como Lázaro está no seio de Abraão, também parece que ele recebeu um lugar de honra nesse banquete.
Os intérpretes também diferem se o seio de Abraão representa um lugar que pode ser uma divisão ou compartimento do Hades. Nos escritos judaicos, Seol-Hades é, muitas vezes, o lugar dos mortos em geral, incluindo tanto os justos quanto os pecadores. No capítulo 22 da psd. de Enoque existem até quatro divisões para Hades onde os mortos ficam à espera do dia do julgamento. Mas aqui o seio de Abraão e o Hades são lugares distintos. JESUS fala do homem rico somente no Hades e lá ele vê Abraão "ao longe", informado que existia um "grande abismo" entre eles de modo que qualquer transferência seria impossível. Abraão e Lázaro estão em uma posição abençoada, enquanto no Hades o homem rico sofre tormentos e pede água para refrescar a sua língua. Essas terríveis condições aparecem como as consequências inerentes de estar no Hades. Suas implicações escatológicas são claras, pois a fé de Lázaro o leva à alegria da vida eterna (o seio de Abraão) enquanto a fortuna do descrente homem rico não pôde protegê-lo dos tormentos do inferno (Hades). Esse contexto não oferece apoio à opinião de alguns católicos romanos segundo a qual o seio de Abraão está se referindo ao Umbus patrum, um lugar onde os crentes do AT gozam de paz enquanto esperam pela perfeita redenção de CRISTO. No Egito, outros temas levam a uma interpretação do seio de Abraão na qual estão enfatizados os elementos água fresca e refrigério.


ESPÍRITOS EM PRISÃO
A interpretação dos "espíritos em prisão" (1 Pe 3.19) tem sido discutida ao longo da história da igreja. Uma opinião é a de que os espíritos se referem aos indivíduos não regenerados mortos, confinados na prisão do Hades, esperando seu destino final (cf. Lc 16.19-31). Para eles o Senhor JESUS proclamou a vitória sobre o pecado e a morte durante os três dias em que esteve no sepulcro (cf. 1 Pe 4.6; Ef 4.9,10). 


ESTADO INTERMEDIÁRIO
A doutrina do estado intermediário diz respeito à condição dos homens imediatamente após a morte física, e antes da ressurreição. Uma vez que todos os cristãos que crêem na Bíblia crêem na ressurreição do corpo e no juízo futuro, segue-se que todos crêem em um estado intermediário entre a morte e a ressurreição. Nem todos os cristãos, porém, concordam quanto à condição dos mortos durante este intervalo. Todos reconhecem que ele é diferente da condição daqueles que vivem na terra, e alguns crêem que ele é, pelo menos em certos detalhes, bem diferente do que será após a ressurreição. O problema na doutrina do estado intermediário, então, é a natureza da existência dos justos e dos ímpios antes da ressurreição. Assim como as Escrituras ensinam sobre a futura ressurreição tanto dos justos como dos ímpios, elas também ensinam sobre a contínua existência pessoal e consciente de ambos naquele período imediatamente após a morte e a dissolução do corpo físico. Nem os justos nem os ímpios recebem corpos antes da ressurreição. Os justos devem receber os seus corpos "ao ressoar da última trombeta" ou "ante a última trombeta" (1 Co 15.52), o que é identificado com o ARREBATAMENTO (1 Co 15.52). Também haverá uma ressurreição para os ímpios mortos (At 24.15; Jo 5.28-30).


A Natureza da Existência no Estado Intermediário
Os justos mortos.
Embora suas almas estejam sem corpos, o estado intermediário para os justos é um estado de alegria e exaltação consciente porque foram feitos perfeitos em santidade, estão livres do pecado e do sofrimento, e passaram para a presença do Senhor em glória. Seus corpos, que são do Senhor, jazem, ou dormem, em suas sepulturas até o dia da ressurreição. O apóstolo Paulo ensinou que os crentes tinham plena confiança e desejavam "deixar este corpo, para habitar com o Senhor" (2 Co 5.8). O marginal que estava morrendo na cruz ouviu dos lábios santos do Senhor JESUS CRISTO. "Hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23.43). Estar presente com o Senhor certamente sugere uma alegria consciente, uma vez que CRISTO obviamente não dormiu de uma forma inconsciente. Embora seu corpo tenha sido tirado da cruz e colocado na tumba de José de Arimatéia, Ele entregara seu ESPÍRITO nas mãos de DEUS (Lc 23.46). De acordo com as Escrituras, o destino eterno do homem foi estabelecido em sua morte. Não existe uma passagem de um estado de existência para um outro, depois da morte. A parábola do rico e Lázaro deixa isto muito claro (Lc 16.25,26; cf. Hb 9.27). É, portanto, coerente com as Escrituras crer que os justos, cuja salvação foi realizada por CRISTO através da oferta de si mesmo de uma vez por todas, sejam, na morte, imediatamente transformados da imperfeição à santidade perfeita. Era este estado que Paulo tinha em mente quando disse que desejava "partir e estar com CRISTO, porque isto é ainda muito melhor" (Fp 1.23). Com este zelo fervoroso pela proclamação do Evangelho por toda a terra, Paulo certamente teria preferido viver e continuar seu trabalho na terra, se a morte tivesse lhe dado a perspectiva de inconsciência ou inatividade. Certamente, na presença de CRISTO há "abundância de alegrias" (SI 16.11) e livramento de "toda má obra" (2 Tm 4.18). À luz de 2 Coríntios 12.3,4 e Hebreus 12.23 o "Paraíso" em que CRISTO e os justos que já morreram estão juntos só pode ser no próprio céu.
Porém, a certeza de que para o crente o estado intermediário não inclui a plenitude da bênção da ressurreição, é revelado no fato de que Paulo esperava evitar o período de "nudez" para a alma e viver até o arrebatamento na vinda do Senhor (2 Co 5.2-8). A suprema e gloriosa antecipação do cristão é a ressurreição.


Os ímpios mortos.
Com relação àqueles que morrem no pecado e na incredulidade, as Escrituras ensinam que eles estão em um estado definitivamente fixo e consciente de sofrimento e castigo, embora o grau deste castigo não seja identificado especificamente como o mesmo do estado eterno que virá após a ressurreição dos ímpios. O castigo eterno está ligado àqueles que estão em seus corpos (cf. Mt 10.28). Este castigo eterno é citado no NT em relação a um lugar específico, o Geena (q.v.), que é uma designação metafórica do lago de fogo; e os sofrimentos do estado intermediário nunca são mencionados como ocorrendo ali. Isto não significa, porém, que qualquer distinção fundamental deva ser feita entre os sofrimentos do inferno como um lugar de tormento eterno, e o sofrimento que os ímpios experimentam no mundo invisível antes da ressurreição. 
Onde quer que a esfera de castigo no estado intermediário esteja localizada, ele é mencionado no vocabulário grego do NT como Hades (q.v.). Este é o equivalente ao Seol do AT (q.v.), na parte dos ímpios (não a parte dos justos). Parece claro que as palavras Seol e Hades nem sempre indiquem um local nas Escrituras, mas frequentemente denotam simplesmente o estado da morte, ou a separação entre a alma e o corpo (1 Sm 2.6; SI 89.48; At 2.27,31). Existem também algumas passagens nas quais Seol parece simplesmente designar a sepultura em um sentido geral (Gn 37.35; 44.29; Jó 14.13; SI 6.5). A principal passagem na qual o Hades tem uma concepção de local é Lucas 16.23. Pelo fato desta palavra estar em uma parábola, pode ser argumentado que o Senhor, ao usar o termo, não pretendesse revelar qualquer verdade com respeito a uma localidade específica como diferente de Geena, por exemplo, mas simplesmente tenha usado uma ilustração que era bem conhecida em seus dias. Quer isto seja ou não verdadeiro, esta parábola prova que, para os ímpios, o estado intermediário não é um lugar permanente de caráter neutro onde eles aguardam o juízo final, mas, antes, um lugar de sofrimento e castigo consciente de onde não há retorno. O fato de que os que partem sejam citados como se possuíssem órgãos corpóreos, não significa que eles realmente tenham corpos antes da ressurreição, pois DEUS e os anjos são citados da mesma maneira.


Quatro Erros Comuns
Ao considerar a doutrina do estado intermediário é necessário mostrar o fato de que as Escrituras nos permitem refutar quatro erros cometidos de forma comum, com respeito à habitação da alma depois da morte.
1. A doutrina de que as almas tanto dos justos como dos ímpios dormem entre a morte e a ressurreição. Esta opinião tem sido defendida por pequenas seitas desde os primeiros dias da história da igreja. Embora seja verdade que as Escrituras frequentemente falam da morte como um sono (Mt 9.24; At 7.60; 1 Co 15.51; 1 Ts 4.13), e que há certas passagens que podem parecer ensinar que aqueles que partiram estão inconscientes (SI 6.5; 30.9; Is 38.18,19), as Escrituras nunca falam da alma ou da pessoa entrando em um estado de sono, mas apenas do corpo. O termo sono é usado porque há uma grande semelhança entre um corpo dormindo e um corpo morto; e, além disso, o sono na morte do corpo deve ser interrompido pelo reavivamento na ressurreição.
As passagens das quais se pensa indicarem que os mortos estão inconscientes, na verdade não fazem nada além de enfatizar o fato de que os mortos não são mais capazes de participar das atividades do mundo dos homens. Nenhuma passagem nas Escrituras encoraja os vivos a buscar ou esperar qualquer tipo de diálogo com os mortos (Dt 18.9-12 (proibição de consultar mortos); 1 Sm 28.7-10; Is 8.19,20). Nunca deve ser esquecido que as Escrituras claramente retratam os justos desfrutando uma comunhão consciente com DEUS e com o Senhor JESUS CRISTO imediatamente após a morte.
2. A doutrina que diz que o estado intermediário é um estado de provação adicional. Esta teoria ensina que a salvação através de CRISTO ainda é possível no estado intermediário para certas classes de pessoas, e talvez para todas. Alguns ensinam que este é o período em que a salvação será oferecida a todas as crianças que morreram na infância e aos pagãos que nunca ouviram o Evangelho. As Escrituras frequentemente usadas para apoiar esta teoria são 1 Pedro 3.19 e 4.6. Embora elas sejam entendidas como ensinando que JESUS foi até o mundo dos mortos para pregar (cuja interpretação não é necessária), certamente elas não provam que qualquer oferta de salvação tenha sido estendida às almas que estavam ali.
A Palavra de DEUS representa uniformemente o estado de todos os homens, sejam crentes ou descrentes, como completamente fixo e decidido quando morrem. A passagem mais importante é Lucas 16.19-31, mas deve-se sempre considerar João 8.21,24; 2 Pedro 2.4,9; Judas 7-13. Além disso, as Escrituras nunca representam o destino eterno da alma como determinado por aquilo que é feito no estado intermediário (veja Mt 7.22,23; Lc 12.47,48; Gl 6.7,8; 2 Ts 1.8; Hb 9.27).
3. A doutrina ensinada pela igreja de Roma, de que as almas em paz com a igreja, mas não perfeitamente puras na morte (e quase nenhuma é considerada pura), devem passar por um período de purificação antes de ser permitido que entrem na perfeita e ilimitada alegria do céu. Esta purificação é realizada em um lugar chamado purgatório, onde todas as almas passam por sofrimentos com o propósito de expiação e purificação. A doutrina romanista não coloca limites no tempo que as almas podem continuar no purgatório (porém este período não ultrapassa o juízo final), uma vez que a extensão de seu sofrimento é determinada por sua culpa e impureza. Elas podem ser ajudadas pelas orações de santos que estejam vivos, e especialmente pelo sacrifício da missa oferecida em favor delas. A autoridade católica romana para a doutrina do purgatório é quase que exclusivamente o ensino da própria igreja de Roma. O Papa deve ter jurisdição sobre o purgatório. Nenhum apelo em suporte a esta doutrina pode ser feito às Escrituras, pois como foi mostrado acima, as Escrituras ensinam que a alma do crente é imediatamente transportada para a presença de CRISTO ao morrer, da mesma forma que os ímpios entram em tormento eterno. Mais do que isto, porém, a doutrina do purgatório destruiria os ensinos mais claros e vitais do Evangelho, expressos no NT. A salvação do pecador não reside em suas próprias obras e méritos, mas inteiramente no sacrifício infinitamente meritório de CRISTO, ao qual os pecadores nada podem acrescentar ao fazerem alguma penitência pelo pecado (Ef 2.8,9).
Existem outras doutrinas não bíblicas que surgiram na igreja de Roma em relação à doutrina do purgatório. Por exemplo, a doutrina da super-rogação, a ideia de que um homem pode ser mais que perfeito e com seus méritos excedentes ajudar aqueles que estão sofrendo no purgatório. De uma forma estranha, os romanistas acreditam que o mérito de uma pessoa possa ser imputado a uma outra, contudo eles não conseguem crer que a justiça perfeita de CRISTO seja imputada aos pecadores. A doutrina romana do purgatório pressupõe duas impossibilidades: Primeiro, que qualquer homem possa ser melhor do que deveria ser. E segundo, que o homem possa acrescentar algo à perfeita obra de salvação que CRISTO realizou através de sua morte e ressurreição.
4. Finalmente, existe o erro da doutrina do aniquilacionismo. De acordo com este ensino, não há nenhuma existência consciente para os ímpios após a morte. Uma distinção pode ser feita entre aqueles que ensinam que a alma do descrente é privada da imortalidade por um ato de DEUS, e assim é privada de ter consciência após a morte, e aqueles que ensinam que a imortalidade é um dom de DEUS apenas para aqueles que crêem; então a alma que não crê simplesmente deixa de existir.
As Escrituras são claras sobre o fato de que tanto os ímpios como os justos viverão para sempre, e que no caso dos ímpios sua existência será de sofrimento e castigo consciente (Ec 12.7; Mt 25.46; Rm 2.8-10; Ap 14.11; 20.10,12-15).

GEENA
Forma grega da palavra hebraica ge-hinnom, ou "vale de Hinom" (Js 15.8; 18.161: também chamada de Tofete (2 Rs 23. IO'1. A forma Gaienna ocorre na LXX em Josué 18.160. Essa palavra é usada como nome metafórico do lugar de tormento dos pecadores depois do Juízo Final. Esse vale era o lugar do culto idólatra a Moloque, o deus do fogo (Acaz... "queimou incenso no vale do filho de Hinom e queimou a seus próprios filhos" - 2 Cr 28.3; cf. 2 Cr 33.6; Jr 7.31; 32.35; Lv 18.21). Por essa razão, o Geena foi condenado por Josias (2 Rs 23.10) a se tornar um lugar de rejeição e de abominação.
O conceito de um lugar de eterno castigo espiritual é muito frequente no AT (cf. Dt 32.22, "Porque um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até ao mais profundo do inferno". Veja também Levítico 10.2; Isaías 30.27,30,33; 33.14; 66.24; Daniel 7.10; Salmos 18.8; 50.3; 97.3). Esse conceito, combinado com a profecia de Jeremias sobre o mal contra o vale (Jr 19.2-10), desenvolveu a crença sobre um lugar de castigo espiritual ao qual foi dado o temível nome de Geena. Gaster (IDB) sugere que a aplicação desse nome a um lugar segue a analogia de usar lugares da Palestina - como, por exemplo, o Armagedom (Ap 16.16; Zc 12.11), Jerusalém (Gl 4.26; Ap 21.2) ou Sodoma (Ap 11.8) - para representar conceitos espirituais. A partir da literatura judaica podemos ver que a ideia era prevalecente (Enoque 10.12-14: "[Pecadores] serão levados ao abismo de fogo sofrendo torturas, e serão trancados por toda a eternidade na prisão". Também há referências neste sentido em Enoque 18.11-16; 27.1-3; Judite 16.17; 2 Esdras 7.36; Sir 7.17; Sibylline Oracles 1, 10.3; IQM 2.8; Talmude, Aboth 1.6; Assunção de Moisés 10.10). Alguns escritores judeus acreditavam que o povo escolhido deveria estar isento, e que a duração do castigo deveria ser limitada. Entretanto, Filo ensinou que judeus pecadores também deveriam ser punidos eternamente (De Praem. Et Poen. 921). A natureza espiritual do Geena ainda é indicada pelo fato de ter sido colocado no terceiro céu em livros apócrifos (Ascensão de Isaías 4.14; 2 Enoque 40.12; 41.2). Mas a doutrina fica mais explicitamente afirmada nos ensinos de JESUS. O Senhor fala sobre o Geena (como um termo feminino) como um lugar de futuro castigo (Mt 5.29; 18.8,9; Mc 9.45,47; Lc 12;5); "Geena de fogo" (Mt 5.22); pode fazer perecer na Geena (Mt 10.28); a "condenação da Geena" (Mt 23.33); "o tornais em dobro mais filho da Geena", isto é, alguém merecedor de sua punição (Mt 23.15). Esse nome também é usado em outra passagem do NT, em Tiago 3.6, "a língua... é incendiada pelo fogo da Geena". O NT ensina claramente que o castigo da geena é eterno (Mc 9.47,48; Mt 25.46; Ap 14.11).
O livro de Apocalipse dá ao Geena o nome de "lago de fogo" (19.20; 20.10,14,15; 21.8). Além disso, como Apocalipse assemelha o lago de fogo a uma "segunda morte" (20.14), ele também é, aparentemente, um sinónimo da descrição do Geena. No livro de Apocalipse, pode-se observar, em uma confirmação posterior da identidade desses termos com Geena, que homens incrédulos foram a ele consignados (20.15; 21.8), assim como o próprio Satanás (20.10). O Geena também é o lugar da eterna condenação (20.106). 
Bibliografia. Joachin Jeremias, "Geena", TDNT, I, 657ss.
 
HADES
Hades é outro nome de Plutão, deus gregodo submundo ou inferno. Esse nome foi transferido para o próprio reino dos mortos. O Hades dos gregos tinha duas partes. A parte mais profunda, onde as almas eram castigadas, às vezes era chamada de Tártaro e o lugar das almas abençoadas tinha o nome de Campos Elíseos (Edith Hamilton, Mythology, p. 39). Devemos tomar cuidado ao incluir essas ideias pagãs gregas no vocabulário cristão. Assim como a palavra grega theos, ou "deus", adquiriu um novo significado no conceito judaico e cristão, a palavra hades também não deve ser definida a partir de seu uso grego, mas do NT. A palavra hades é usada cerca de dez vezes no NT:
1. Em Mateus 11.23 e Lucas 10.15. Aqui, como ressaltado na versão ExpB, céu e hades são expressões proverbiais para a maior exaltação e a maior degradação.
2. Em Mateus 16.18, a expressão "portas do inferno" (cf. Jó 38.17; Is 38.10) é totalmente figurada. Provavelmente seja a imagem de uma cidade murada com portões e barras. Esse verso poderia referir-se a um ataque do reino de Satanás - que será derrotado.
3. Em Lucas 16.23, ela representa uma clara referência. A palavra hades é usada para o lugar de tormento em contraste com o lugar de bem-aventurança. Alguns a chamam de parábola, mas não existe nenhuma indicação a esse respeito. Mas, de qualquer modo, a palavra é usada para designar um lugar de punição.
4. Em Atos 2.27,31, essa passagem fica complicada pelo fato de existir uma citação do AT com um significado bastante discutido. A opinião geral é que ela se refere à descida de CRISTO ao reino dos mortos para pregar aos pecadores ou libertar os justos do compartimento superior do Hades e levá-los ao céu. O problema com essa explicação é que CRISTO já havia falado que Hades era um lugar de tormento. E, em outra passagem, Ele disse que depois de sua morte não estaria nesse lugar, mas no paraíso (Lc 23.43), junto com DEUS Pai (Jo 16.28).
Uma opinião alternativa poderia interpretar essa passagem de acordo com a sua forma original expressa no AT, no Salmo 16.10. Ali, a afirmação "não deixarás a minha alma no inferno" certamente não está referindo-se à condenação da natureza espiritual ao mundo dos mortos. A palavra nepesh significa frequentemente apenas o "indivíduo" e raramente "a natureza espiritual". O paralelo seria: "Nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção". Seria lógico adotar a primeira parte como um paralelo sinónimo de-"não deixarás a minha alma na morte" (Veja o tratamento dado por C. F. H. Henry, ed., "The Biblical Expositor", II, p. 59ss.). Assim, a palavra hades nessa citação do AT teria sido usada com seu significado hebraico original, isto é, she'ol, que muitas vezes significa simplesmente "sepultura" (q.v.).
5. Em Apocalipse 1.18; 6.8; 20.13,14, esses versos também estão em sentido figurado. No primeiro (Ap 1.18), CRISTO está segurando as chaves da morte e do hades. Essa expressão lembra as "portas do inferno [/iodes]" de Mateus 17.18. O hades é retratado como uma cidade murada, nesse caso provavelmente uma prisão. Na passagem seguinte (Ap 6.8), a palavra hades também está ligada à morte e personificada como inimiga de DEUS e dos homens. Em Apocalipse 20.13,14, as palavras morte e hades aparecem ligadas novamente, trazendo os ímpios que estão presos e aguardando o juízo final. Esse uso é uma reminiscência da passagem em Lucas 16.23 e fortalece a ideia de que a palavra Hades do NT significa a residência dos pecadores mortos.
 
INFERNO
No uso comum e teológico, o lugar para o futuro castigo dos que morreram no pecado. No entanto, como a versão KJV em inglês usa o termo "inferno" como a sepultura e o lugar dos espíritos desencarnados, tanto bons quanto maus, deve-se ter cautela para evitar erros e confusão. O inferno, no sentido de um lugar para futuro castigo, certamente é ensinado de uma maneira distinta na Bíblia. Embora a doutrina não seja tão claramente expressa no Antigo Testamento quanto o é no Novo Testamento, é sugerida em trechos como Isaías 14.9-11 (cf. Ez 32.21ss.); Números 16.33; Deuteronômio 32.22; Jó 24.19; Salmos 9.17; Isaías 33.14; Daniel 12.2. No Novo Testamento é o Senhor JESUS CRISTO, o nosso amado Salvador, que propicia o mais amplo ensino sobre o inferno. Somente daquele que amou tanto os homens a ponto de morrer por eles, é que se pode receber essa terrível verdade. Paulo aceita a doutrina, mas não se estende sobre o assunto nem o esclarece. O apóstolo João acrescenta detalhes no livro de Apocalipse (20.10,15). Se há alguns que fazem objeções, dizendo que o ensino do fogo eterno do inferno não deve ser interpretado ao pé da letra, o mínimo que podemos concluir é que tais palavras e descrições são metáforas para expressar as terríveis agonias da alma quando ela sofrer o remorso interminável por toda a eternidade, separada de DEUS e de tudo o que é bom, e confinada com tudo o que é mau. Mesmo nesta vida as agonias da mente podem ser iguais, se não superiores, às do corpo. O ensino bíblico do inferno não pode ser negado sem se contradizer as palavras de CRISTO, ou sem alegar que Ele não o ensinou de forma completa. Se as suas palavras podem ser contraditadas, como então Ele sabe o suficiente para que confiemos nele para nos salvar? Se Ele não tivesse ensinado de forma completa, teria praticado uma fraude e assim não seria suficientemente santo para morrer por nós.
As quatro palavras traduzidas como "inferno" são:
1. Sheol. Duas derivações possíveis da palavra hebraica she'ol foram sugeridas: sha'al, "perguntar ou inquirir", e sho'al, "cavidade" (cf. Is 40.12, "concha de sua mão", e Nm 22.24, "vereda [ou concavidade] de vinhas"). No hebraico pós-bíblico, a última palavra é usada para a "profundeza" do mar. No Antigo Testamento, sheol é usada para a sepultura (Jó 17.13; SI 16.10; Is 38.10) e para o lugar dos mortos, tanto os bons (Gn 37.35; Jó 14.13; SI 6.5; Ec 9.10) quanto os maus (SI 55.15; Pv 9.18). A ideia é a de um mundo abaixo do nosso mundo, onde prevalecem a escuridão, a decadência e a negligência, e onde se está distante de DEUS (SI 6.5; 88.3-12; Is 38.18).
2. Hades, a palavra grega que mais se aproxima de sheol é o nome do deus grego do submundo. O Senhor JESUS CRISTO ensinou que o campo onde estão os espíritos dos humanos mortos está dividido em duas partes: aquela descrita como o seio de Abraão, distinta da outra que é chamada Hades e que é o lugar dos maus (Lc 16.23). Há versões que traduzem a palavra tanto como "inferno" quanto como "morte" nos dez exemplos onde é usada (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23; At 2.27,31; Ap 1.18; 6.8; 20.13,14), porém outras versões utilizam a palavra "Hades". Parece claro que em alguns casos a tradução "inferno", com o sentido de lugar de punição, é satisfatória.
Em Atos 2.27,31, no entanto, Hades é a tradução de Sheol em Salmos 16.10 e refere-se simplesmente ao sepulcro ou à morte. Nas passagens de Apocalipse, Hades parece estar personificado como um sinónimo da morte em relação ao seu poder sobre os homens, provavelmente seguindo a metáfora de Mateus 16.18. O consenso das críticas textuais é de que o termo hades não aparecia originalmente em 1 Coríntios 15.55.
3. Geena, a forma adaptada ao grego da palavra hebraica ge' hinnom, o vale de Hinom. Uma ravina no lado sul de Jerusalém onde eram celebrados os rituais do deus pagão Moloque (1 Rs 11.7; 2 Cr 28.3; 33.6; Jr 7.32). Convertido por Josias em um lugar de abominação após espalhar ossos dos mortos (2 Rs 23.13), tornou-se a colina do lixo de Jerusalém e, como um lugar onde havia fogo constante, um símbolo dos espíritos perdidos atormentados. Em todos os trechos em que a palavra é usada, ela significa propriamente inferno (Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 12.5; Tg 3.6).
4. Tartaroo, um verbo grego que significa "enviar ao Tártaro", encontrada somente em 2 Pedro 2.4. Os gregos viam Tártaro como um lugar subterrâneo, inferior ao Hades, onde a punição divina era infligida; assim o termo veio a ser também empregado na literatura apocalíptica judaica.
Além dessas quatro palavras, existem vários sinónimos para inferno, tais como "fogo que nunca se apagará" (Mt 3.12); "negrura das trevas" (Jd 13); "fornalha de fogo" (Mt 13.42,50); tormento "com fogo e enxofre" (Ap 14.10); "lago que arde com fogo e enxofre" (Ap 21.8); local "onde seu bicho não morre" (Mc 9.48); o lugar "preparado para o diabo e seus anjos" (Mt 25.41).

 
LAZARO
Forma abreviada do nome hebraico Eleazar (que significa "DEUS ajudou" ou aquele "a quem DEUS ajuda").
Na história do homem rico (Lc 16.19-31), o mendigo chamado Lázaro morreu e foi para o seio de Abraão, enquanto o anónimo homem rico partiu para o Hades. A história ensina que as pessoas devem determinar seu destino antes da morte e que esse destino não pode ser determinado por circunstâncias externas como a riqueza.
 
LUGAR
Geralmente, "lugar" é um local definido pelo contexto.
Judas, que traiu o Senhor JESUS CRISTO, foi para o seu próprio lugar (topos), em sua própria morada, isto é, o Hades.
 
MORTO
O Este termo, como adjetivo, é aplicado muitas vezes a indivíduos da Bíblia, desde Sara até Safira. As palavras que comumente se referem à morte são mot no AT e nekros no NT. O AT também usa a palavra nepesh (geralmente traduzida como "alma") para se referir a um corpo morto, mas isto ocorre por que a palavra frequentemente se refere a um indivíduo e, portanto, ao corpo do indivíduo. A palavra repaim também é, muitas vezes, traduzida como "sombras" na versão RSV em inglês. Seu significado etimológico como "magro" ou "impotente" é questionável. No NT também são usadas formas do verbo thnesko, ("morrer") e palavras semelhantes para designar o morto. Nenhum desses usos são suficientes para elucidar a condição daquele que partiu dessa vida.
O Ensino do AT
O AT não é muito explícito sobre esse assunto. Isso não deixa de mostrar uma interessante interrogação em vista das extravagantes especulações das pessoas que o cercam. Os versos do AT que lidam com a questão são encontrados principalmente em Jó, Salmos, Eclesiastes, Isaías e Ezequiel e se tornam mais difíceis por causa de seu contexto poético. O assunto também fica complicado pelo uso de palavras de etimologia incerta como Seol (q.v.), cujo significado preciso é discutível. Além disso, estudos críticos sobre esse assunto encontram-se muitas vezes viciados por uma pós-concepção que remonta às datas de alguns livros e passagens do AT, e encontram ideias de imortalidade e ressurreição no AT somente no período pré-exílico sob influência estrangeira. Mas, atualmente, os Salmos são aceitos como sendo, principalmente, pré-exílicos e os Salmos 16.8-11; 17.15; 49.14,15; 73.23-26 parecem falar claramente sobre a ressurreição e a imortalidade. Quanto ao Salmo 16.8-11, Pedro diz que Davi estava, conscientemente, predizendo a ressurreição de CRISTO (At 2.30,31). Também o Salmo 17.15 pode estar se referindo à futura ressurreição e não a despertar depois da morte, em glória. E bastante significativo que a ressurreição no NT seja chamada de despertar (Jo 11.11), embora isso seja relativamente figurativo, assim como a referência à morte como um sono. Os Salmos 49.14,15 e 73.19-26 podem estar se referindo ao atual estado do morto. O Salmo 73.19,24 e Isaías 57.1,2 parecem estar particularmente enfatizando a diferença entre o destino que aguarda o justo e o pecador depois de morrerem.
Existem vários versos específicos em Jó que ensinam sobre a imortalidade, mas igualmente significativo é o argumento total desse livro. Jó vê as iniquidades dessa vida, no entanto se prende firmemente na confiança em um DEUS de justiça. Mesmo hoje em dia, a única resposta a esse problema está no conceito de uma vida futura de recompensas e castigos. A clássica passagem está em Jó 19.25, "Porque eu sei que meu Redentor vive". Em Jó, esse verso se refere à ressurreição e não ao estado presente do morto.
Os textos em Isaías 25.8 e 26.19 são claros, e não há necessidade de colocar essas passagens em dias posteriores aos do próprio Isaías. Eles falam da ressurreição dos mortos como a futura esperança de Israel. O primeiro verso é citado expressamente com esta relação em 1 Coríntios 15.55. O texto em Daniel 12.2 também pode ser um ponto de referência. Tem sido sugerido que esse verso pode ser interpretado da seguinte forma. "E muitos que dormem no pó da terra irão acordar", entendendo a palavra min ("de" ou "do") como uma explicação e não como referência a uma ressurreição parcial, o que parece ser estranho a esse contexto (cf. Heidel, op. cit., p. 220ss.). Entretanto, essas passagens não revelam o estado atual do morto, exceto que proíbem a doutrina da extinção da pessoa porquanto existe uma esperança futura. Os exemplos de ressurreição, registrados no AT, reforçam essa conclusão. As traduções de Enoque e Elias, e o suporte de Samuel se concentram mais no estado do morto e também insistem que Israel sabia que existia uma vida futura para o povo de DEUS. Elias foi levado em corpo e alma e espírito para DEUS, em glória. Pode ser que a tradução tenha sugerido que era comum a ascensão da alma e do espírito dos justos; mas, obviamente, a ascensão do corpo era um evento singular. 
Um lugar onde o corpo é rapidamente esquecido e onde a língua cessa de pronunciar louvores. "O Senhor DEUS sente pesar quando vê morrerem os que são fiéis a ele" (SI 116.15, Bíblia de Jerusalém), porque seu serviço de adorar, sacrificar e dar graças ao Senhor cessa completamente na terra. Mas esses versos não ensinam que essa é a condição do espírito depois da morte. 
Veja R. L. Harris, ''The Meaning of the Word Sheol", BETS, IV (1961), 129-135. Outras representações mostram os reis mortos na terra se elevando de seus tronos no Seol para saudar potentados recém-falecidos (Is 14.9-20. Ez 32.18-32). Isso também é extremamente figurativo. Heidel argumenta (op. cit., pg 198ss.) que o tratamento nesses versos se refere "quase exclusivamente ao túmulo e não ao mundo espiritual". Seol pode ser uma palavra poética para "túmulo" e isso explica as afirmações de ser um lugar de escuridão, silêncio etc. Mas, em relação à residência do espírito, o israelita temente e obediente, ao confiar no Senhor vivo e poderoso, da forma como fazia, morreu em paz esperando acordar em semelhança a DEUS (SI 17.15).
A Doutrina do NT
Embora o NT traga mais luz para a condição do morto, ele apenas amplia os ensinamentos do AT e claramente ensina sobre uma futura ressurreição. Existem muitas passagens a esse respeito, e a própria ressurreição de CRISTO é básica para todo esse quadro. Mas atualmente também existe mais luz sobre a condição do morto. Os cristãos "dormem em JESUS" (1 Ts 4.14). Isso parece ser claramente um eufemismo que surgiu da aparência de um corpo morto, pois os redimidos em glória são ativos (Ap 6.9ss.) e estão preocupados com os acontecimentos na terra. A cena da transfiguração mostra Moisés e Elias falando com JESUS sobre a crucificação que se aproximava (Lc 9.30,31). Os pecadores também estão terrivelmente conscientes do que acontece no mundo atual (Lc 16.19-31). Alguns têm afirmado que o registro do rico e Lázaro seja uma parábola. E possível, embora existam diferenças essenciais quando este relato é comparado às outras parábolas. Mas em todo caso, as parábolas de JESUS eram sempre ilustrações da vida real, e a conclusão é clara: os mortos estão agora em uma bem-aventurança, ou em uma situação de tormento. Esse foi o conforto que CRISTO ofereceu ao ladrão moribundo (Lc 23.43; a expressão "paraíso" é igualada a céu em 2 Coríntios 12.2,4) e Paulo declara que é "muito melhor" partir e estar com CRISTO (Fp 1.23). Para o cristão, estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Co 5.8). Ao morrer, Estêvão recebeu uma gloriosa visão de seu lar celestial (At 7.56) e o mesmo aconteceu com o idoso apóstolo em Patmos (Ap 4.11). Existe uma opinião de que, antes da cruz, havia dois compartimentos no Seol onde CRISTO entrou para libertar os redimidos que lá estavam e levá-los para o céu, como um benefício de sua crucificação. Além de ser muito estranha, essa opinião carece de fundamento exegético. Efésios 4.9 também é citado, mas esse verso pode simplesmente identificar o CRISTO ascendido com o JESUS que desceu à terra em sua encarnação. Outra passagem frequentemente citada é 1 Pedro 3.19,20. Ela pode apenas significar que, nos dias que antecederam o dilúvio, CRISTO pregou através do ESPÍRITO SANTO aos contemporâneos de Noé que agora estão "em prisão". Na verdade, e como já foi observado, CRISTO nos disse para onde iria depois de sua morte - para seu Pai e para o paraíso. O NT nos assegura que no momento de nossa morte também estaremos lá com CRISTO, até que Ele venha nos arrebatar (2 Co 5.2-8;
A Doutrina do NT
Embora o NT traga mais luz para a condição do morto, ele apenas amplia os ensinamentos do AT e claramente ensina sobre uma futura ressurreição. Existem muitas passagens a esse respeito, e a própria ressurreição de CRISTO é básica para todo esse quadro. Mas atualmente também existe mais luz sobre a condição do morto. Os cristãos "dormem em JESUS" (1 Ts 4.14). Isso parece ser claramente um eufemismo que surgiu da aparência de um corpo morto, pois os redimidos em glória são ativos (Ap 6.9ss.) e estão preocupados com os acontecimentos na terra. A cena da transfiguração mostra Moisés e Elias falando com JESUS sobre a crucificação que se aproximava (Lc 9.30,31). Os pecadores também estão terrivelmente conscientes do que acontece no mundo atual (Lc 16.19-31). Alguns têm afirmado que o registro do rico e Lázaro seja uma parábola. E possível, embora existam diferenças essenciais quando este relato é comparado às outras parábolas. Mas em todo caso, as parábolas de JESUS eram sempre ilustrações da vida real, e a conclusão é clara: os mortos estão agora em uma bem-aventurança, ou em uma situação de tormento. Esse foi o conforto que CRISTO ofereceu ao ladrão moribundo (Lc 23.43; a expressão "paraíso" é igualada a céu em 2 Coríntios 12.2,4) e Paulo declara que é "muito melhor" partir e estar com CRISTO (Fp 1.23). Para o cristão, estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Co 5.8). Ao morrer, Estêvão recebeu uma gloriosa visão de seu lar celestial (At 7.56) e o mesmo aconteceu com o idoso apóstolo em Patmos (Ap 4.11). Existe uma opinião de que, antes da cruz, havia dois compartimentos no Seol onde CRISTO entrou para libertar os redimidos que lá estavam e levá-los para o céu, como um benefício de sua crucificação. Além de ser muito estranha, essa opinião carece de fundamento exegético. Efésios 4.9 também é citado, mas esse verso pode simplesmente identificar o CRISTO ascendido com o JESUS que desceu à terra em sua encarnação. Outra passagem frequentemente citada é 1 Pedro 3.19,20. Ela pode apenas significar que, nos dias que antecederam o dilúvio, CRISTO pregou através do ESPÍRITO SANTO aos contemporâneos de Noé que agora estão "em prisão". Na verdade, e como já foi observado, CRISTO nos disse para onde iria depois de sua morte - para seu Pai e para o paraíso. O NT nos assegura que no momento de nossa morte também estaremos lá com CRISTO, até que Ele venha nos arrebatar (2 Co 5.2-8; e Filipenses 1.21-23).
 
PARAÍSO
Lugar de felicidade e bem-aventurança. A palavra hebraica pardes foi traduzida como bosque, jardim ou mata em Neemias 2.8, e "pomar" em Eclesiastes 2.5 e Cantares 4.13. Ela é derivada de uma antiga palavra persa, pairidaeza, que significa um jardim murado. A palavra pardes não foi usada em nenhuma passagem do AT com um sentido escatológico.
Na época do NT, entretanto, os judeus consideravam a região dos mortos (Hades ou Seol) como estando localizado no coração da terra; os iníquos que morriam iam para um "lugar de tormento", e os justos para um "lugar de bênçãos" (paraíso). O Senhor JESUS CRISTO usou essa palavra apenas uma vez, falando com o malfeitor que com Ele havia sido crucificado: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43). No entanto, na história do homem rico e de Lázaro, Ele empregou um termo alternativo, "seio de Abraão" (Lc 16.22). Em 2 Coríntios 12.4, Paulo fala sobre ser "arrebatado ao paraíso" e ouvir "palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar". No v. 2, ele fala sobre o "terceiro céu". Muitos pensam que quando CRISTO ressuscitou dos mortos Ele mudou a localização desse paraíso para cima nos céus, como está sugerido, em Efésios 4.8-10. O jardim do Éden foi inicialmente considerado como o primeiro paraíso. A Septuaginta (LXX) traduz gan 'éden, em Génesis 2.8, como paradeisos. Lá, Adão e Eva eram amigos de DEUS. Rios corriam pacificamente através do jardim; lá eles tinham acesso a frutas de muitas árvores, mas por causa da desobediência perderam o direito à "árvore da vida" (Gn 3.24). Lá, DEUS revelou a primeira promessa de um Redentor do pecado antes de serem expulsos do jardim (Gn 3.15).
Um novo paraíso para o pecador redimido aparece no último livro da Bíblia (Ap 2.7; cf. 22.20).
Em sua visão final da futura condição eterna, João viu um "rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de DEUS e do Cordeiro. No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações" (Ap 22.1,2).
Bibliografia. Joachim Jeremias, "Paradeisos". TDNT, V, 765-773.
 
POÇO DO ABISMO
Essa expressão ocorre somente uma vez, em Apocalipse 9.1,2, onde ao som do quinto anjo o poço é aberto por alguém que possui a chave, e são liberados seres parecidos com gafanhotos, mas com rosto humano (Ap 9.7). Seu aparato físico os deixava equipados para a sua missão, "danificar os homens por cinco meses" (Ap 9.10). Entretanto, a palavra abismo (abyssos) muitas vezes aparece sozinha e, tanto nas Escrituras como na literatura religiosa primitiva, indica o extremo oposto ao céu (cf. Testamento de Levi 3.9, onde o plural é usado para uma terceira categoria ou reino de coisas, junto com o céu e a terra, que são abalados pela presença de DEUS. Em 1 Clemente 28.3, o plural é usado, com a mesma categorização, em uma citação do Salmo 139.7,8). Paulo faz uma categorização semelhante em Filipenses 2.10 e fala sobre as coisas que estão sob a terra (katachthonios). Esse terceiro reino, chamado de abismo, também tinha o nome de Hades (um termo grego do Salmo 139.8 na LXX) e era considerado como a morada dos mortos (Rm 10.7; At 2.31) e dos demónios (Lc 8.31). O próprio Diabo é mantido no abismo, de acordo com a revelação de João (Ap 20.3). Alguns acreditam que, dessa forma, essa palavra signifique "as profundidades do inferno" (Arndt, p.55), mas isso não pode ser claramente estabelecido.
 
SEOL
A palavra heb. sh"'ol é de origem incerta e aparentemente não era usada em idiomas semitas fora dos círculos judaicos. Ela foi usada 65 vezes no AT, traduzida 31 vezes na versão KJV em inglês como "sepultura", 31 vezes como "inferno", e três vezes como "cova". As versões ASV e RSV em inglês a transliteram uniformemente como "Seol". Existem dificuldades com esta interpretação. A melhor ferramenta em seu estudo é uma concordância. A opinião usual é que Seol é o lugar dos espíritos dos mortos. Tanto os justos (Gn 37.35) como os ímpios iam para lá (Pv 9.18). A Bíblia de Referência Scofield, considerando uma opinião muito antiga, equipara o Seol ao Hades do NT. Ela sustenta que este possuía dois compartimentos antes da cruz, mas que CRISTO libertou os justos no Hades e os levou para o céu em sua ascensão (comentário sobre Lucas 16.23). As opiniões naturalísticas equiparam o Seol ao mundo dos mortos da crença babilónica, ou ao Hades da mitologia grega. Uma outra opinião (BulETS, IV [1961], 129-134) defende que o Seol é o lugar dos corpos dos mortos, isto é, a sepultura. Na maioria das passagens bíblicas esta interpretação ajusta-se muito bem, e é a tradução na metade dos casos na versão KJV em inglês. Esta opinião também é adequada naqueles versículos que falam do Seol como um lugar de silêncio (SI 31.17) onde DEUS não é louvado (SI 6.5; Is 38.18), um lugar de tristeza (2 Sm 22.6; SI 18.5; 116.3) ou inatividade (Ec 9.10). Estas passagens têm sido, às vezes, utilizadas em defesa do sono da alma. Mas se Seol significa sepultura, este termo só se refere ao sono do corpo na morte. Outros versículos referem-se aos vermes (Jó 17.14; 21.13,26; Is 14.11), ao consumo do corpo (SI 49.14), e à presença dos reis com seus ossos e armadura (Ez 32.27). Um problema é que o termo Seol é usado de uma maneira figurada que poderia enquadrar-se no conceito de "sepultura" ou de "lugar dos espíritos". Jonas clamou "do ventre do abismo" ou do "ventre do inferno" (Jn 2.2). O Seol é uma prisão com barras e portões (Jó 17.16; Is 38.10). Ele é personificado como uma criatura insaciável (Pv 30.16; 27.20; Is 5.14; He 2.5). Várias referências retratando o Seol como estando abaixo, ou como o contrário do céu, podem também ser consideradas como surgindo da referência à tumba, lembrando que na antiguidade as covas para os sepultamentos eram frequentemente profundas na terra (Dt 32.22; SI 139.8 etc). Não há nenhuma indicação de um grande reino subterrâneo dos mortos. As passagens especiais incluem Neemias 16.30,33, onde Corá foi enterrado vivo com seus pertences; e Salmo 16.10, que devemos traduzir da seguinte forma. "Não deixarás a minha alma na morte (ou no inferno)". Isto se harmoniza com Atos 2.29-31, onde o Hades equipara-se à "sepultura". O Hades em outras passagens do NT, na versão KJV em inglês, equivale a "inferno". Várias passagens em Provérbios falam do Seol como a recompensa dos ímpios (1.12; 5.5; 7.27; 9.18; 23.14). Isto pode apenas se referir ao julgamento da morte prematura. Os textos em Isaías 14.9-20 e Ezequiel 31.14-18; 32.18-32 provavelmente possuam uma referência figurativa aos reis mortos na tumba saudando um recém-chegado. Note em Isaías 14.19 que foi negado ao rei da Babilónia um sepultamento decente. O termo Seol é muito usado na poesia e é frequentemente um paralelo à "morte" e à "sepultura". Uma tradução uniforme como "sepultura" resolveria vários problemas de interpretação. 
Bibliografia. R. Laird Harris, "The Meaning of the Word Sheol as Shown by Parallels in Poetic Texts". Evangelical Theological Society Bulletin, IV (1961), 129-134; Man - God's Eternal Creation, Chicago. Moody, 1971, pp. 162-184.
 
SEPULTURA
As palavras traduzidas como "sepultura" ou como algum termo equivalente são as palavras hebraicas 'i, "ruína" (pelo menos uma vez); qeber e q'bura, "tumba" (pelo menos 40 vezes); she'ol (pelo menos 31 vezes); shahat, "destruição" (pelo menos uma vez); e as palavras gregas hades (pelo menos uma vez); mnema (pelo menos uma vez) e mnemion, "tumba" (pelo menos oito vezes). Estas palavras também são traduzidas de outras formas. Qeber e qebura muitas vezes são traduzidas como "sepulcro" ou "local de enterro" assim como ocorre com mnema e mnemion. A tradução "tumba" também é usada. O termo heb. sh''ol também é traduzido como "inferno" (pelo menos 31 vezes) e "cova" (pelo menos três vezes) por exemplo na versão KJV em inglês. A versão RSV em inglês geralmente translitera tanto she'ol como hades. Os costumes de sepultamento dos israelitas são bastante claros a partir da arqueologia e das referências bíblicas. O AT fala de enterros tanto em jardins de casas (2 Rs 21.18) como em complexos de tumbas (Gn 23.20; 1 Rs 14.31). As sepulturas dos pobres, frequentemente, eram, sem dúvida alguma, apenas trincheiras rasas, como no grande cemitério em Qumran. Em outros casos um monumento de pedras era erigido sobre a sepultura, como para Acã (Js 7.26), reis inimigos (Js 8.29; 10.27), e Absalão (2 Sm 18.17). Sem dúvida alguma, os costumes de sepultamento variaram pouco com o passar dos séculos.
Os hebreus aparentemente não usavam caixões - nenhum foi encontrado nas tumbas nativas - mas enterravam seus mortos sobre um esquife ou cama baixa (2 Sm 3.31; 2 Cr 16.14; Ez 32.25; Lc 7.14), seguindo um costume cananeu como encontrado nas tumbas da Idade Média do Bronze em Jericó. Talvez a maior câmara mortuária dos tempos hebraicos tenha sido aquela que foi encontrada pelo Dr. Joseph P. Free em Dota (BASOR, Dez. 1960, pp. 10-13; existe um material posterior não publicado). Muitos corpos foram encontrados em uma única tumba. Os esqueletos daqueles enterrados antes haviam sido empurrados para os lados para abrir espaço para um sepultamento mais recente. Uma característica notável está relacionada às muitas lâmpadas encontradas. A tumba era deixada com uma lâmpada queimando ou as lâmpadas eram usadas nos rituais funerários? K. Kenyon encontrou nichos para lâmpadas cortados nas paredes das tumbas de uma data mais antiga em Jericó (Kathleen Kenyon, Archaeology in the Holy Land, p. 139). Note a menção de uma queima em um funeral em 2 Crónicas 16.14; 21.19. Esta provavelmente não era uma cremação, pois esta prática era excepcional entre os hebreus. Nos dias do NT complexos de tumbas eram cavados, como testemunhado pelas referências à tumba de José de Arimatéia. A tumba da família de Herodes em Jerusalém, em Israel, é um exemplo inequívoco. A pedra rolada que fechava a entrada baixa ainda está intacta. As assim chamadas tumbas do Sinédrio, a noroeste da moderna Jerusalém, com suas muitas câmaras e nichos para corpos, também podem ser datadas de um período anterior a 70 d.C.
Os pobres eram, sem dúvida alguma, enterrados de forma mais simples. Dos dias do NT vêm muitos ossuários que talvez refutem sepultamentos mais pobres. Estes são pequenas caixas de pedra contendo os ossos dos mortos que eram recolhidos após a decomposição. Elas não continham cinzas; o costume romano de cremação foi aparentemente rejeitado. Alguns destes ossuários são famosos. Nomes do NT tais como Miriã e Barjonas foram observados, mas é difícil dizer se estes sepultamentos eram cristãos ou judeus (cf. G. E Wright, Biblical Archaeology, p. 242). A famosa inscrição de Uzias refere-se ao ajuntamento dos ossos do rei Uzias (q.v.)
A palavra qeber, de modo geral, significa simplesmente "sepulcro". Ocasionalmente ela tem um uso figurativo; por exemplo, Salmo 5.9. Em Isaías 14.19 e Ezequiel 32.22,25,26 a palavra é usada no sentido dramático dos reis da terra que jazem em suas sepulturas, mas que se agitam para encontrar os reis da Babilónia e do Egito à medida que estes também vêm para a sepultura. Nestes contextos o termo she'ol também é usado. A palavra sh°'ol traz muitos problemas. Ela agora é geralmente definida como o lugar dos espíritos daqueles que morreram. Isto não se encaixa inteiramente nas 31 passagens (ou mais) traduzidas como "sepultura", por exemplo, na versão KJV em inglês. Nem faz justiça às declarações de que she'ol é um lugar de trevas, silêncio e esquecimento (Jó 17.13; SI 31.17; 88.3,12). Alguns têm concluído a partir destes versículos que a alma dorme no she'ol. No entanto, o problema é resolvido se estes versículos se referirem ao sono do corpo na sepultura. A. Heidel argumenta extensivamente que sh"'ol às vezes refere-se ao reino dos mortos, e às vezes à sepultura (A. Heidel, The Gilga-mesh Epic and OT Parallels, pp. 173ss.). Pode ser argumentado que sh"'ol seja uma palavra poética para "sepultura". Ela é usada em um paralelismo poético com mawet, "morte", e qeber, "sepulcro" (R. L. Harris, "The Meaning of the Word Sheol", BETS, IV [1961], 129-135).
Há poucas evidências sobre os detalhes dos costumes nos sepultamentos reais dos hebreus. Ananias e Safira foram enterrados muito rapidamente, como ainda é feito entre os judeus. Há algum tempo atrás, G. E Wright expressou sua dúvida quanto ao fato de serem deixados alimentos para os mortos, embora vários vasos e utensílios claramente o fossem (BA, VIII [1945], 17). A senhorita K. Kenyon encontrou comida nas tumbas de Jericó, mas estas eram de uma data anterior aos israelitas (op. cit., p. 191). A Bíblia não mostra nenhum culto dos mortos na religião ortodoxa hebraica.
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SAIBA MAIS pela Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 50, p.42.
SUGESTÃO DE LEITURA
Apocalipse Versículo por Versículo, Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica e Dicionário de Profecia Bíblica. 

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REVISTA NA ÍNTEGRA 2Tr2024


Escrita Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 
ESBOÇO DA LIÇÃO 11, 1Tr25
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas.
2. O ensino do Universalismo.
3. O alerta apostólico.
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
2. No Novo Testamento.
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1. O conceito bíblico de Inferno.
2. O que ensina a doutrina?
3. O castigo será eterno.
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 1 Pedro 3.18-22 CRISTO padeceu para levar-nos a DEUS 

3ª feira - 1 Tessalonicenses 4.13-18 A ressurreição e vinda de CRISTO 

4ª feira - Mateus 28.1-10 Eu sei que buscai a JESUS, que foi crucificado 

5ª feira - Atos 10.40,41 A este ressuscitou DEUS ao terceiro dia 

6ª feira - João 20.1-10 Era necessário que ressuscitasse dos mortos 

Sábado - Hebreus 8.11,12 CRISTO, o Mediador de um pacto eterno

 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 25.41-46
41 - Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42 - porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 - sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes.
44 - Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos?
45 - Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46 - E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
 
 Estudamos a respeito do Inferno. Muitos evitam falar sobre este tema, entretanto, não falar a respeito desse assunto não evita que alguns caminhem em sua direção. Um dia todos vão experimentar a morte, independente da classe social a que pertençam, religião ou títulos, e sabemos que, depois da morte, segue-se o juízo: Céu ou Inferno.  O Inferno é real e ele não foi preparado para o ser humano, por essa razão nos sentimos incomodados de falar a respeito dele. Contudo, a sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa carreira. Embora esse seja um assunto difícil de tratar na atualidade, o Inferno é um dos principais assuntos do Novo Testamento. Veremos que JESUS ensinou de forma enfática a realidade do Inferno nos Evangelhos.  


Palavra-Chave – Inferno
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
O Inferno é um dos assuntos principais do Novo Testamento. JESUS ensinou mais sobre o Inferno do que o apóstolo Paulo. Por isso, nesta lição, estudaremos a doutrina bíblica do Inferno. Situaremos a resistência atual de muitos em relação à doutrina, veremos as principais palavras que traduzem “Inferno” e mostraremos que negar essa doutrina bíblica significa negar todo o cristianismo bíblico. 
 
 
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas.
Os que vivem na incredulidade, dominados pelos poderes das trevas neste mundo, negam prontamente a realidade do Inferno. Filósofos humanistas dizem que a afirmação bíblica da existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos. Teólogos modernos e pós-modernos negam a inspiração plenária da Bíblia e, por isso, agem para enfraquecer a doutrina bíblica sobre o Inferno, dizendo que se trata de um pensamento pagão que deve ser erradicado da Bíblia. Outros chegam até a admitir que certas pessoas irão para o Inferno, mas por tempo provisório. Porém, durante esse período, serão purificadas e receberão uma segunda chance para entrar no Céu.
 
2. O ensino do Universalismo.
argumento muito frequente atualmente é o falso ensino de que, no final das contas, todas as pessoas irão para o Céu. Por exemplo, não haveria diferença no destino de um assassino frio e cruel para um crente que buscou ter uma vida santa, fugindo do pecado. A ideia central do Universalismo é a de que todos somos filhos de DEUS e, como Ele é um Ser de amor, não pode condenar o ser humano a uma punição eterna.   
 
3. O alerta apostólico.
Esses falsos ensinos revelam a fraude que muitos intelectuais cristãos cometem a respeito do cristianismo bíblico. O que eles fazem é transformar a verdade de DEUS em mentira, negar integralmente o ensinamento bíblico a respeito da realidade bíblica do Inferno como se encontra claramente exposto no Novo Testamento. Não por acaso, o apóstolo Paulo escreveu a respeito desses falsos ensinadores: eles teriam aparência de piedade, mas negariam sua eficácia (2 Tm 3.5; cf. Mt 7.15); resistiriam à verdade (2 Tm 3.8; cf. Êx 7.11); apostatariam da fé e dariam ouvido a doutrina de demônios, tendo suas consciências cauterizadas (1 Tm 4.1). Atualmente, estamos testemunhando de maneira vívida todos os alertas apostólicos quanto aos falsos ensinos e ensinadores dos últimos dias.
 
SINÓPSE I - Na atualidade muitos pensam que a existência do Inferno não é compatível com os valores éticos modernos
 
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Inferno

 “Lugar onde DEUS designa os perdidos para o castigo eterno tanto do corpo quanto da alma (Mt 10.28). Essa agonia de tormento eterno no Inferno é a maior de todas as tragédias possíveis. Esse tópico da vida após a morte foi revelado apenas gradualmente nas Escrituras. ‘Geena’ originalmente se referia ao vale de Hinom perto de Jerusalém, o local das notórias ofertas, feitas por Acaz, de sacrifício de crianças pelo fogo ao deus Moloque (2 Cr 28.3) e Manassés (2 Cr 33.6). Mais tarde, o significado desse termo foi estendido ao lugar do castigo de fogo em geral. Ainda mais tarde, a localização geográfica desse lugar de punição foi mudada para debaixo da terra, mas a ideia de tormento de fogo continuou. Nos tempos do NT, os fariseus criam claramente na punição dos ímpios na vida após a morte. É principalmente nos ensinos de JESUS que a realidade de um lugar de punição eterna entra em nítido foco. Na descrição de JESUS, o Inferno envolve fogo, inextinguível (Mt 18.8,9), um lugar onde o verme não morre (Mc 4.48)” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 255).
 
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
A primeira palavra a ser destacada no Antigo Testamento é Sheol, “mundo inferior dos mortos”, “sepultura”, “inferno”, “cova”. Ela traz a ideia do AT para “morada dos mortos”, “lugar que não tem retorno”. Essa palavra aparece 65 vezes no AT: sepultura, lugar para onde os mortos iam (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10); os fiéis seriam resgatados desse lugar (Sl 16.9-11; 49.15); os ímpios não seriam resgatados de lá (Jó 21.13; 24.19; Sl 9.17; 55.15). No AT, o ensino sobre o destino das pessoas se concentrava mais para o lugar onde os corpos das pessoas iam, não para o destino da alma após a morte. Não há, portanto, um texto claro no AT a respeito da divisão do Sheol entre um lugar de castigo e outro de bênçãos. Assim, o Antigo Testamento aponta para o Novo. Neste Testamento a doutrina do destino eterno das pessoas após a morte é bem clara. Contudo, de modo geral, a palavra hebraica Sheol também é descrita como lugar de castigo (Jó 24.19).
 
2. No Novo Testamento.
Três palavras gregas que aparecem no Novo Testamento foram traduzidas pela palavra “Inferno”: hades (traduz a hebraica Sheol); tártaro, geena. A palavra hades significa “lugar de castigo” (Mt 11.23; Lc 10.15; 16.23); também pode se referir ao estado de morte que o ser humano experimentará no fim da vida (Mt 16.18; At 2.27,31; Ap 1.18). A palavra tártaro traz a ideia de um abismo mais profundo que a sepultura, a habitação dos ímpios mortos em que eles sofrem punição pelas suas obras más. Os anjos caídos estão presos neste lugar (2 Pe 2.4). A palavra geena, que aparece 12 vezes no Novo Testamento, significa “castigo eterno”. É uma palavra que deriva de termos hebraicos atrelados ao Vale de Hinom, ao lado sul e leste de Jerusalém. Nesse lugar, os adoradores de Moloque sacrificavam bebês pelo fogo (2 Rs 16.3; 21.6). Não por acaso, o profeta Jeremias se referiu ao Vale de Hinom como de julgamento (Jr 7.32; 19.6). No tempo do NT era um lugar em que se queimava o lixo da cidade. Essa palavra recebeu todo o simbolismo de “castigo eterno”, “fogo eterno” e “julgamento final” (Mt 23.33; 25.41,46) que faz jus ao termo Inferno.
 
SINÓPSE II - A palavra Inferno aparece na Bíblia tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
 
 
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
Professor(a), explique que “JESUS também retrata a extrema angústia dos que sofrem o castigo final de serem ‘lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes’ (Mt 8.12).
Os apóstolos também ensinam a ideia de um severo castigo eterno para os perdidos. Na volta de CRISTO, os que vivem fora de um relacionamento adequado com o Senhor DEUS experimentarão repentina destruição (1 Ts 5.3), quando os anjos vierem ‘como labaredas de fogo’ e ‘tomando vingança dos que não conhecem a DEUS e dos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO’ (2 Ts 1.6-9). O autor aos Hebreus fala de ‘uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários’ (Hb 10.27). Apocalipse descreve que ‘a fumaça do seu tormento sobre para todo o sempre ‘(Ap 14.11) e que os ímpios serão lançados no ‘lago que arde com fogo e enxofre’” (Ap 21.8) (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 256).
 
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1. O conceito bíblico de Inferno
À luz de Mateus 25.41, o Inferno é um lugar real. O DEUS justo e bom jamais faria um lugar como esse para o ser humano criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26), mas, sim, para o Diabo e seus anjos que se rebelaram contra Ele (2 Pe 2.4; Jd 12.6; Ap 12.7). Entretanto, quando o ser humano despreza a DEUS e sua Palavra, colocando-se sob o governo do deus deste século, o Diabo, será também sentenciado e destinado ao mesmo lugar que Satanás e seus demônios foram (2 Co 4. 4).
 
2. O que ensina a doutrina
A realidade do Inferno é um ensino integralmente bíblico (Mt 10.28; 23.33; Mc 9.43; Lc 12.5), descrito como um lugar de tristeza, vergonha, dor e extrema agonia. Isso porque o ser humano irá para o Inferno de maneira integral: corpo e alma. Assim, de acordo com o vasto ensino do Novo Testamento, todas as pessoas que desprezam JESUS como Senhor e Salvador de suas vidas passarão a eternidade totalmente separadas de DEUS, na presença do Diabo e seus demônios (Mt 25.41).
 
3. O castigo será eterno
Diversas passagens do Novo Testamento denotam a realidade do Inferno como lugar de castigo eterno: fogo inextinguível (Mt 3.12; Mc 9.43,48); fornalha acesa (Mt 13.42,50); trevas (Mt 8.12; 22.13); fogo eterno (Mt 25.41); Lago de Fogo (Ap 19.20; 20.10,14,15). Então, o castigo eterno se configura como uma penalidade aos que se rebelaram contra DEUS e sua Palavra. Por isso, esse castigo tem relação direta com o pecado. Todos os pecadores que não se arrependeram de seus pecados serão lançados no Lago de Fogo, o Inferno, logo após o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15). Contudo, precisamos observar algo importante. A ida do ser humano para o Inferno não é uma iniciativa primária de DEUS, mas um fruto da escolha do ser humano em viver deliberadamente em rebelião contra o Altíssimo. O ensino bíblico é claro e simples: os que rejeitaram a CRISTO receberão o castigo eterno (Mt 25.46); os que escolheram a CRISTO receberão a vida eterna (Jo 5.26). Portanto, a escolha de ir para o Céu ou para o Inferno, se passará a eternidade com CRISTO ou sem Ele, é pessoal.
 
SINÓPSE III - A doutrina bíblica do Inferno prova a sua realidade.
 
CONCLUSÃO
À luz da Bíblia, a possibilidade de passar a eternidade num contexto de dor e sofrimento é real. Por isso, essa realidade deve valorizar mais a tão grande salvação que DEUS providenciou para as nossas vidas e, por isso, devemos estar firmados em JESUS durante a nossa jornada de fé, pois sem CRISTO, o ser humano passará a eternidade longe de DEUS.
  

 

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Escrita Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Comentários Extras Pr Henrique, EBD NA TV

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ESBOÇO DA LIÇÃO 11, 1Tr25
I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO
1. Filósofos e teólogos de mente cauterizadas.
2. O ensino do Universalismo.
3. O alerta apostólico.
II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
2. No Novo Testamento.
III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO
1. O conceito bíblico de Inferno.
2. O que ensina a doutrina?
3. O castigo será eterno.
 
SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - 1 Pedro 3.18-22 CRISTO padeceu para levar-nos a DEUS 

3ª feira - 1 Tessalonicenses 4.13-18 A ressurreição e vinda de CRISTO 

4ª feira - Mateus 28.1-10 Eu sei que buscai a JESUS, que foi crucificado 

5ª feira - Atos 10.40,41 A este ressuscitou DEUS ao terceiro dia 

6ª feira - João 20.1-10 Era necessário que ressuscitasse dos mortos 

Sábado - Hebreus 8.11,12 CRISTO, o Mediador de um pacto eterno

 
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 25.41-46
41 - Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42 - porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43 - sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes.
44 - Então, eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão e não te servimos?
45 - Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46 - E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
 
 Estudamos a respeito do Inferno. Muitos evitam falar sobre este tema, entretanto, não falar a respeito desse assunto não evita que alguns caminhem em sua direção. Um dia todos vão experimentar a morte, independente da classe social a que pertençam, religião ou títulos, e sabemos que, depois da morte, segue-se o juízo: Céu ou Inferno.  O Inferno é real e ele não foi preparado para o ser humano, por essa razão nos sentimos incomodados de falar a respeito dele. Contudo, a sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa carreira. Embora esse seja um assunto difícil de tratar na atualidade, o Inferno é um dos principais assuntos do Novo Testamento. Veremos que JESUS ensinou de forma enfática a realidade do Inferno nos Evangelhos.  


Palavra-Chave – Inferno

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

Nosso estudo focaliza todas as pessoas salvas que morreram em CRISTO. A Bíblia descreve o primeiro tipo de morte, conhecido como morte física ou morte natural (Mt 14.6-12; At 5.5,6,9,10). O segundo tipo é a morte espiritual (Gn 2.17; 1Sm 28.6; 1Tm 5.8; Mt 22.32; Ef 2.1). O terceiro, por sua vez, é a morte eterna, também conhecida como segunda morte (Ap 20.6,10,14; Mt 25.46; Dn 12.2).

 

 

1. O QUE SIGNIFICA MORRER NO SENHOR?

(Apocalipse 14.13)

As Escrituras estabelecem uma enorme diferença entre a morte do santo e a do ímpio. O salvo tem a esperança de uma vida eterna e feliz com DEUS. O ímpio, ao contrário, tem medo da eternidade porque não tem esperança. Bem-aventurada é a pessoa que morre em CRISTO. Morrer em CRISTO é sinônimo de felicidade.

 

 

1.1. Um testemunho maravilhoso (Apocalipse 2.13)

São bem-aventuradas todas as pessoas que morreram em CRISTO, porque tomaram posse definitiva da salvação, por meio da fé e da graça de DEUS (Ef 2.8). A decisão em aceitar CRISTO como Salvador foi o primeiro passo que as salvou da sentença do castigo e da condenação do pecado (Rm 8.1).

 

 

1.2. Fidelidade total até a morte (Apocalipse 2.10)

A virtude da fidelidade deve acompanhar o remido em CRISTO por toda sua vida. Ela pode Manifestar-se de várias formas:

- há fidelidade no muito (Mt 25.15); fidelidade no pouco (Mt 15.25); fidelidade para falar (Mt 5.37); fidelidade para servir (Mt 11.15; 13.15; At 7.57); fidelidade para ir (Mc 16.15; Mt 13.1-3); fidelidade para ficar (At 1.4; Lc 24.49); fidelidade em tudo (Lm 3.23; Sl 119.90; 89.1,2,5).

 

 

1.3. A esperança da ressurreição (Isaías 26.19)

DEUS fez o homem à Sua imagem e semelhança (Gn 1.26), soprando nele o fôlego da vida (Gn 2.7). O espírito humano é imorredouro; portanto, a expressão “mortos em CRISTO” não indica que o indivíduo deixa de ter vida quando o corpo perece;

ao contrário, pelo arrependimento e fé, esta pessoa adquire o direito de viver eternamente com DEUS (Jo 10.10). A Bíblia garante que a vida eterna é concedida a todo aquele que crê em CRISTO. Quando a pessoa morre no Senhor,

ela adentra a dimensão da eternidade (Jo 10.28).

No Novo Testamento encontramos vários eventos em que pessoas passaram pela experiência da ressurreição, por exemplo:

- a filha de Jairo (Mt 9.23-25); o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-15) e Lázaro, na cidade de Betânia (Jo 11.43,44). As multidões ouviram claramente, em alto e bom som, dos lábios do Senhor JESUS, as palavras que nenhum fundador de religião ousou dizer: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá (Jo 11.25).

 

 

1.4. Descanso para o povo de DEUS (Hebreus 4.9,10)

A morte para os que estão no Senhor é o começar da vida de descanso, paz, alegria e felicidade eterna (Ap 14.13). O autor da Carta aos Hebreus declara que DEUS entrou em Seu repouso para descansar. Após criar o céu, a terra, o universo com tudo que neles há, no sétimo dia, Ele descansou (Gn 2.2). Da mesma forma, o Senhor tem programado, para o homem e a mulher que entenderam o Seu plano salvador, um descanso que jamais terminará, de abundante gozo, paz

duradoura e felicidade eterna (Jo 3.16).

 

 

2. ONDE ESTÃO OS MORTOS? (Lucas 16.22,23)

É normal que perguntas surjam sobre o destino eterno de alguém que acabou de morrer. Onde estará nosso ente querido que faleceu? Estará em sofrimento? Em que condições se encontrará?

Estará salvo ou perdido? DEUS deseja que todas as pessoas sejam salvas (1 Tm 2.3,4). Algumas famílias gastam fortunas, consultando pessoas que dizem comunicar-se com os mortos para saber como e onde estão seus amados. Há indivíduos que tentam, de todas as formas, comprar ou arranjar um lugar de felicidade para o parente que morreu. Segundo a Bíblia, os vivos não se comunicam com os mortos (Hb 9.27). Os que estão no Senhor esperam a vida eterna, estão conscientes para onde irão após a morte física (Tt 1.2; 1 Pe 1.3).

 

 

2.1. Dois destinos para toda a humanidade (Mateus 7.13,14)

Ensinando sobre a vida futura, o Senhor JESUS mencionou que há duas portas e dois caminhos para a eternidade. Durante a jornada da vida, o ser humano só pode estar em um deles de cada vez. A maior parte das pessoas palmilha o caminho largo, enquanto a menor parte trilha o caminho estreito. JESUS deixou claro que não há uma terceira opção para o homem ou a mulher. Quem não entrou pela porta estreita, já está na porta larga. No entanto, o Mestre admoesta: Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão (Lc 13.24).

 

 

SUBSÍDIO

A ideia de purgatório não se encontra nas Escrituras. Não existe um lugar destinado à purificação ou aperfeiçoamento após a morte. Não há estágios, dimensões ou ciclos que possam melhorar ou mudar o destino da pessoa que

atravessa o limiar da eternidade (Hb 9.27).

 

 

2.2. Onde estão as pessoas ímpias que Morreram? (Apocalipse 21.8)

Assim como na justiça comum as pessoas que desobedeceram às leis aguardam o julgamento, todas as pessoas ímpias mortas estão em uma

habitação temporária, esperando o dia em que serão julgadas. Este é um lugar intermediário de sofrimentos terríveis, pavor, solidão e lembranças

angustiantes. Todas as pessoas que morreram sem CRISTO já estão condenadas. Elas não terão outra chance de serem salvas. O julgamento ocorrerá para provar que DEUS é justo e fiel. Elas ouvirão o veredito do Senhor, sairão da habitação temporária onde se encontram neste momento para serem lançadas em definitivo na perdição eterna. Como o ser humano pode escapar da perdição eterna? A resposta está em João 3.16 e nas passagens paralelas desse versículo.

 

 

2.3. Onde estão os que morreram no Senhor? (2 Coríntios 12.4)

O espírito do homem ou da mulher que morreu no Senhor não está vagando pelo espaço; também

não se encontra na sepultura, nos cruzamentos, nas cachoeiras, ou em algum lugar de purgação. Tampouco pode ser manipulado por demônios

para baixar em altares, terreiros, cemitérios ou em qualquer outro lugar. O espírito da pessoa salva em CRISTO está onde Ele está (Jo 14.3). Tanto o Hades — que significa aflição, sofrimento e perdição — como o Paraíso — que indica paz, alegria, salvação — não são um estado mental

ou figuras da imaginação humana; são lugares específicos e reais (Lc 23.43; Jo 20.17; Ap 6.9-11).

 

 

SUBSÍDIO

Os mortos no Senhor desfrutam, no Paraíso, da

presença de CRISTO, sendo iluminados pela luz divina. Neste lugar, onde não há pecado, maldição, dores, tristezas, desespero ou aflições, os que morreram no Senhor contemplam a

glória de DEUS. Eles são o tesouro pessoal do Senhor (Ml 3.17).

 

 

3. OBRAS QUE SEGUEM (Hebreus 11.4)

Tudo o que fazemos para DEUS e para o semelhante, especialmente para os domésticos da fé, é registrado nos livros das obras que estão no céu. A prática das boas obras não é algo inútil; ao contrário, é recompensada pelo Senhor aqui e na eternidade (1 Co 15.58). Quem pratica boas obras, agrada a DEUS, beneficia o próximo, tem muita paz e alegria no coração e, ainda, ajunta um tesouro no céu.

 

 

3.1. Praticando boas obras (Salmo 37.25,27-29)

Existe um memorial que está sendo erigido no céu por todos os santos de todas as épocas —  pessoas que, durante a jornada terrena, consagraram-se totalmente ao Senhor e aos seus

semelhantes. Este é o memorial das boas obras, que jamais será destruído. DEUS ordenou a edificação deste memorial que o honra e alegra o Seu coração (Jo 12.26).

 

 

3.2. Abençoando, somos abençoados (Ezequiel 18.5,7-9)

As obras que seguem as pessoas que morreram no Senhor são resultado de uma vida consagrada, reta e justa. Todo e qualquer ser humano só pode ser justificado pela maravilhosa obra realizada em seu coração pelo sacrifício de CRISTO. Qualquer pessoa tem direito a este dom gratuito de DEUS. Quem recebe a graça divina — que ensina o salvo a ser sóbrio, sensato, equilibrado, justo, generoso e a viver piedosamente (Tt 3.11,12) — tem direito à salvação. Embora não seja suficiente para salvar alguém, as boas obras devem integrar a vida do salvo, porque isso agrada a DEUS (1 Pe 3.12).

 

 

3.3. Formando um bom caráter (Gálatas 4.19)

Pelo poder da Palavra de DEUS, pela ação do ESPÍRITO SANTO e por seu testemunho pessoal, Paulo contemplou o fruto do seu trabalho na vida de Timóteo. Ele foi usado por DEUS para produzir um dos maiores e mais consagrados obreiros no ministério da Igreja primitiva (2 Tm 4.1-5). Os cristãos na Galácia foram forjados espiritualmente pelo trabalho de boas obras realizado por Paulo. Ele compara a importância, o sacrifício e o preço desta tarefa com dores de parto. Por isso, ele declarou: Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que CRISTO seja formado em vós (Gl 4.19).

 

 

3.4. Conduzindo à justiça (Daniel 12.3)

Uma das maiores obras realizadas por homens e mulheres santos — parte integrante do memorial de boas obras — é a salvação das almas. De fato, esta é a única coisa que podemos levar desta vida e apresentar ao Pai: almas para o Senhor (At 4.20). O coração de DEUS se alegra, os anjos celebram, os céus festejam, quando uma alma é levada das trevas para a luz. Este milagre substantivo é resultado das boas obras praticadas por alguém sábio. As obras dos salvos, guardadas no memorial celestial, revelam o trabalho de cada pessoa indo buscar os perdidos para DEUS. Assim

como o Senhor JESUS foi às cidades, grandes e pequenas, às vilas e aldeias, às praias, à sinagoga, a casas, ao comércio, ao templo, às ruas em todos os lugares onde havia pessoas,

nós, enquanto vivos, devemos fazer da mesma maneira, com o mesmo empenho e amor (Mt 9.35; At 10.38).

 

 

3.5. Abençoando vidas carentes (Salmo 112.9)

Alimentar os famintos, dessedentar os caídos, vestir os despidos, curar os enfermos, cuidar do pobre, do órfão, da viúva, dos homens e mulheres no campo missionário são obras que agradam a DEUS e que permanecerão vivas por toda a

eternidade. O Senhor garante que, ao praticar boas obras, cuidando das pessoas necessitadas, somos abençoados com graça abundante e poderosa para suprir todas as nossas necessidades, sejam elas espirituais, sociais, emocionais ou físicas (2 Co 9.8,9).

 

 

CONCLUSÃO

O texto de Eclesiastes 12.7 diz que o nosso  corpo, na morte, volta ao pó, e o espírito volta para DEUS, que o criou. Isso significa que os salvos em CRISTO, que já passaram desta para a

outra vida, encontram-se em um lugar intermediário de prazer e felicidade, o lar celestial. No entanto, na segunda vinda de CRISTO, este mesmo espírito se unirá ao corpo, pela ressurreição dos mortos, e estes, com seus corpos ressurretos, unir-se-ão ao Senhor, eternamente, em estado pleno de consciência

e extrema felicidade (CHAVES, G. V. O que todo discípulo de CRISTO precisa saber. Central Gospel, 2021).

 

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. De acordo com o que foi exposto nesta lição, responda: Por que são bem-aventuradas as pessoas que morreram em CRISTO, conforme descrito em Apocalipse 14.13?

R.: Porque elas tomaram posse definitiva da salvação, por meio da fé e da graça do Senhor JESUS CRISTO (Ef 2.8).

 

 

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Lição 13 - A Ressurreição de JESUS

2º trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico Amado.

Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

TEXTO ÁUREO
"E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?" (Lc 24.5)

 

VERDADE PRÁTICA
A ressurreição de JESUS é a garantia de que todos os que morreram em CRISTO se levantarão do pó da terra.
 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Rs 17.17-24 - A ressurreição no contexto do Antigo Testamento
Terça - Lc 7.11-17 - A ressurreição no contexto do Novo Testamento
Quarta - Lc 24.39 - A ressurreição literal de JESUS segundo o Evangelho de Lucas
Quinta - Lc 24.41-43 - JESUS não está morto. Ele verdadeiramente ressuscitou
Sexta - Jo 20.10-18; At 2.32 - As evidências da ressurreição de JESUS, o Filho de DEUS
Sábado - Rm 4.25 - O propósito da ressurreição de JESUS segundo o Evangelho de Lucas
 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 24.1-8

1 - E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. 2 - E acharam a pedra do sepulcro removida. 3 - E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS. 4 - E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes. 5 - E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? 6 - Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, 7 - dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite. 8 - E lembraram-se das suas palavras.

 

OBJETIVO GERAL
Apresentar a ressurreição de CRISTO como a garantia da realidade da vida vindoura.
 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico.

Explicar a doutrina da ressurreição.

Expor a natureza literal e corporal da ressurreição de CRISTO.

Elencar as evidências diretas e indiretas da ressurreição de JESUS.

Discutir o propósito da ressurreição de JESUS.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Bíblia declara que a ressurreição de JESUS e o seu posterior aparecimento aos discípulos foram eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos: "E apareceu [JESUS] a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo" (1 Co 15.5-8 - ARA). JESUS ressuscitado é a razão da fé. A certeza para vivermos o presente e esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de CRISTO significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça eterna. Ele está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro advogado fiel.

 

PONTO CENTRAL

JESUS CRISTO ressuscitou ao terceiro dia. Isso é confirmado por muitas infalíveis provas (At 1.3).

 

Resumo da Lição 13 - A Ressurreição de JESUS
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
1. No Contexto do Antigo Testamento.

2. No contexto do Novo Testamento.

II. A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Uma ressurreição literal.

2. Uma ressurreição corporal.

III. EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Evidências diretas.

2. Evidências indiretas.

IV. O PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Salvação e justificação.

2. A redenção do corpo.

 

SÍNTESE DO TÓPICO I - A doutrina da ressurreição do corpo está presente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.

SÍNTESE DO TÓPICO II - A ressurreição de CRISTO foi corporal e literalmente. Nosso Senhor apareceu aos discípulos durante 40 dias.

SÍNTESE DO TÓPICO III - O encontro dos discípulos com JESUS ressurreto no caminho de Emaús é um exemplo de evidência direta, enquanto que o ambiente do Pentecoste demonstra os discípulos de JESUS mais fortes e maduros na fé.

SÍNTESE DO TÓPICO IV - O propósito da ressurreição de JESUS é salvar, justificar e redimir o corpo de todo aquele que crer e se arrepender dos seus maus caminhos.

 

*O Sepulcro Vazio

"Na tradição judaica da época de JESUS, os sepultamentos normalmente tinham dois estágios. No primeiro, o corpo seria lavado e ungido, a boca amarrada, e o corpo envolvido em tiras de linho depositado em uma prateleira em uma caverna. O clima quente fazia com que os corpos se decompusessem com muita rapidez e, algumas vezes, a caverna poderia ser usada por mais de um corpo, assim especiarias eram acrescentadas para atenuar o mau cheiro da decomposição."

Leia mais em Guia Cristão de Leitura da Bíblia.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, neste tópico, é interessante enfatizar que, após o sepultamento de JESUS, algumas mulheres foram ao túmulo de CRISTO: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago (Lc 24.10). Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lc 24.6,7). Aqui, estamos diante de um versículo que afirma com clareza que JESUS foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos JESUS CRISTO ressuscitado.
Conduza o seu aluno à conclusão de que a ressurreição do nosso Senhor foi um acontecimento tão extraordinário que os primeiros seguidores de JESUS, todos judeus que guardavam o sábado, passaram a observar o primeiro dia da semana, o domingo, como um dia especial. Não se pode desconsiderar o dia em que o nosso Senhor ressuscitou. Portanto, a doutrina da ressurreição é maravilhosa, confortante e enche-nos de esperança. Esperança para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que o nosso Senhor estará conosco para sempre.


SUBSÍDIO DIDÁTICO
"Antes de JESUS sair da terra, Ele leva os discípulos fora, a Betânia. Erguendo as mãos, Ele ora para que DEUS os abençoe. Enquanto está orando, parte e é levado ao céu pelo Pai celestial. Sua ascensão significa que Ele entrou na glória (Lc 24.26), foi exaltado e entronizado à mão direita do Pai.
A partida de CRISTO, e sua ascensão, completa sua obra na terra. Seus seguidores não o verão na terra como viram no passado. Ele levou para o céu a humanidade que assumiu quando entrou na terra. Apesar de sua partida, os discípulos estão cheios 'com grande júbilo' e o adoram. Eles vieram a entender muito mais que antes. Em vez de esta separação final ser um tempo de tristeza, é ocasião de alegria, gratidão e louvor. Agora eles reconhecem que Ele é o Messias, o Filho divino de DEUS, e o adoram como Senhor e Rei.
Os discípulos esperam ser cheios com o ESPÍRITO. Eles obedecem à ordem do Senhor, e voltam a Jerusalém" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.479).
 

PARA REFLETIR - Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
-Cite os casos de ressurreição registrados no ministério de Elias e Eliseu.
Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta; em 2 Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso está em 2 Reis 13.21, em que um morto torna à vida quando toca os ossos do profeta Eliseu.
-Por que a doutrina da ressurreição dos mortos ainda não era plenamente revelada no Antigo Testamento?
Somente com o advento da Nova Aliança a doutrina da ressurreição foi demonstrada em sua plenitude (2 Tm 1.10).
-JESUS ressuscitou com o mesmo corpo com o qual foi sepultado?
Sim, apesar de transformado, CRISTO ressuscitou com o mesmo corpo físico que fora sepultado.
-Como os apologistas classificam as evidências da ressurreição de JESUS?
Os apologistas classificam essas evidências em diretas e indiretas.
-Quais os propósitos da ressurreição de JESUS?
Salvar, justificar e redimir o homem e o seu corpo mortal e corruptível.
 

CONSULTE

Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 42.

Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos

SUGESTÃO DE LEITURA CPAD

Dicionário de Educação Cristã, Dicionário Teológico e Ressurreição

 

Comentários de vários autores com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique

Jo 20.8 – Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Lembramos aqui, ao leitor que tudo que João escreveu foi para provar aos incrédulos de sua época que JESUS CRISTO ressuscitou e que era o filho de DEUS (Jo 20.30,31)

 

Sendo João mais jovem correu mais depressa que Pedro, mas sendo mais reverente parou na entrada, mas quando Pedro chegou, com sua irreverência natural entrou correndo e ficou olhando e estudando o que havia acontecido; João agora entra e se lembra de que JESUS foi embalsamado (Jo 19.38-42) com muita mirra e aloés (cem arréteis = aproximadamente 80 Kg daquele composto) e o envolveram com lençóis como era costume judaico (enrolavam o corpo nos lençóis como múmia) e amarraram, com um lenço o seu queixo à sua cabeça para não ficar aberta a sua boca.

Vendo João que os lençóis estavam arrumados como se um corpo estivera ali dentro e o lenço à parte, separado, no lugar onde estivera antes a cabeça de JESUS, boquiaberto João creu maravilhado de que seu senhor ressuscitara com um corpo glorioso, espiritual e celeste (1 Co 15.44). Só é salvo quem crer nisso, na ressurreição de JESUS (1 Co 15.14, Rm 10.9-13).

O amigo leitor já pensou em ter um corpo assim? Nós teremos um corpo semelhante ao de JESUS quando da sua volta para nos levar para as moradas eternas (1Co 15.48; Rm 8.29,30; 1Jo 3.2).

Ev. Luiz Henrique

 

A ressurreição do Filho do Homem

Se o registro da crucificação de JESUS CRISTO fosse o fim da história dos Evangelhos! Foi justamente isso que pensavam os apóstolos na manhã da ressurreição. Não reconhecendo que seus pecados foram cravados na cruz, achavam que sua esperança foi cravada lá, v.21. O Evangelho, sem a ressurreição, não é evangelho. A ressurreição de JESUS CRISTO é uma das grandes pedras fundamentais do cristianismo.

 

O TÚMULO VAZIO, 24.1-12.

24.1 “E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”. 2 “E acharam a pedra do sepulcro removida”. 3 “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS”. 4 “E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes”. 5 “E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos”? 6 “Não está aqui, mas ressuscitou”. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, 7 “dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite”. 8 “E lembraram-se das suas palavras”. 9 “E, voltando do sepulcro, anunciaram todas essas coisas aos onze e a todos os demais”. 10 “E eram Maria Madalena,e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam as que diziam estas coisas aos apóstolos”. 11 “E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”. 12 “Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso”.

A ressurreição de CRISTO é o nascer do Sol da justiça que dissipa as trevas espessas do Calvário.

Muito de madrugada, foram elas ao sepulcro (v.l): O grande amor destas mulheres que tinham vindo com Ele da Galiléia (cap. 23.55), não reconhecia perigo nem qualquer horror em visitar, no escuro de madrugada, o sepulcro evitado pelos outros discípulos, cap. 23.49.

Levando as especiarias (v.l): Não para tirar, talvez, o lençol como José de Arimatéia o deixara, mas para ungir a cabeça, os pés e as mãos feridas, e espalhar aromas sobre o corpo e em redor dele, como temos o costume de espalhar flores sobre os corpos e túmulos de nossos queridos.

Entrando não acharam o corpo... (v.3): Justamente como vem o dia em que os túmulos de nossos queridos ficarão vazios. Por que buscais o vivente entre os mortos? (v.5): Por que buscais CRISTO entre os heróis mortos do mundo? Por que buscais CRISTO entre as imagens, crucifixos e tradições dos homens? Por que buscais na letra morta da lei aquilo que se acha somente no ESPÍRITO SANTO? Por que buscais em vós mesmos, mortos, aquilo que se encontra apenas no CRISTO vivo?

Estando ainda na Galiléia (v. 6): Falavam às mulheres que tinham vindo com Ele da Galiléia, cap. 23.55.

LUCAS - ESPADA CORTANTE 2 - Orlando Boyer - CPAD

 

A RESSURREIÇÃO (24:1-53)

Nenhum dos quatro Evangelhos descreve a ressurreição, que, de qualquer maneira, nenhum ser humano viu. Todos, porém, ressaltam sua importância crítica, embora de maneiras grandemente diferentes. Algumas coisas existem em comum em todos os relatos, tais como o túmulo vazio, a relutância dos discípulos de crerem que JESUS ressuscitara. O fato de que os primeiros aparecimentos foram a mulheres, e o número limitado de aparecimentos. Até mesmo quando estão falando do mesmo aparecimento, cada Evangelista o conta da sua própria maneira individual (e.g. Lc 24:36ss.; Jo 20:19ss.). Coisas desta natureza tomam difícil a disposição dos aparecimentos numa sequência coerente, e alguns críticos sustentam que as discrepâncias nos vários relatos tornam impossível semelhante disposição. Que esta ideia é incorreta é demonstrado pelo fato de que Arndt, por exemplo, elaborou uma harmonia possível (assim como fizeram outras pessoas). Podemos ou não sentir-nos capazes de aceitar a solução de Arndt, mas não se pode negar que ele elaborou uma sequência que abrange todos os aparecimentos mencionados nos relatos. O tesouro de Lucas e a história maravilhosa da caminhada para Emaús. Suas outras histórias da ressurreição também possuem o cunho próprio dele, e são diferentes daquilo que lemos alhures. É digno de nota que se concentra em Jerusalém e nada diz acerca dos aparecimentos do Senhor ressurreto na Galiléia. O aparecimento às mulheres (24:1-11)

1. O sábado era, naturalmente, o sétimo dia, de modo que o primeiro dia da semana foi nosso domingo. O sábado teria terminado ao por do sol no sábado, mas pouca coisa poderia ser feita durante as horas de escuridão. Destarte, as mulheres já estavam aflitas bem cedo no domingo, e foram caminhando para o túmulo no começo da aurora. Que levaram consigo os aromas demonstram que tinham em mente a completação do sepultamento de JESUS.

2,3. Marcos nos conta que enquanto caminhavam, discutiam o problema de remover a pedra pesada da entrada do túmulo. Lucas simplesmente diz que quando chegaram, acharam-na já removida do sepulcro. Quando, mais tarde, o discípulo amado chegou ao túmulo, sentia dificuldade quanto ao entrar nele (Jo 20:5), mas as mulheres não tinham nenhuma hesitação desta natureza. Quando entraram, no entanto, não acharam o corpo.

4. Não sem motivo, as mulheres estavam totalmente perplexas. Os dois homens que agora ficaram ali com vestes resplandecentes (cf. At 1:10) evidentemente devem ser entendidos como sendo anjos. Mateus fala de um anjo que removeu a pedra e também falou as mulheres. Marcos se refere a um jovem com manto branco, a quem viram depois de entrarem no túmulo. João menciona dois anjos vestidos de branco que falaram a Maria Madalena. Fica claro que todas estas referências dizem respeito a anjos. O fato de que as vezes ouvimos falar de um, e as vezes de dois, não precisa preocupar-nos. Conforme indicam muitos comentaristas, um porta-voz destaca-se mais do que seus companheiros e pode ser mencionado sem referências aos outros. Nem sequer devemos ser grandemente preocupados porque os anjos possam estar sentados (em João) ou em pé (aqui), nem que suas palavras não são idênticas em todos os vários relatos. E critica exagerada que não permite os anjos a mudarem de posição, e não ha razão alguma para sustentar que falaram uma só vez. Além disto, João fala deles em conexão com um incidente diferente. Há problemas, sem duvida, mas a coisa principal que estas diferenças pequenas nos contam é que os relatos são independentes entre si. É possível, também, que no caso de anjos seja requerida a percepção espiritual, e que nem todos tenham visto a mesma coisa.

5-7. A reação das mulheres era de medo. Baixar o rosto para o chão era uma marca de respeito diante de seres tão grandiosos. Os anjos perguntaram primeiro: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Esta pergunta surpreendente chega imediatamente a raiz do assunto. Não se deve pensar que JESUS está morto: logo, não deve ser procurado entre os mortos. As palavras: Ele não está aqui, mas ressuscitou, são rejeitadas por muitos críticos, visto que não se acham em um dos MSS gregos importantes, e faltam nalgumas poucas outras autoridades. É argumentado que é provável que fossem importadas de Mc 16:6. Contra isto, porém, são atestadas por uma maioria esmagadora de MSS, inclusive o antiquíssimo P75. Além disto, parecem ser subentendidas pelo v. 23. Devem ser aceitas. E mesmo se não fossem, o que as palavras declaram deve ser subentendido. Os anjos passam a lembrar às mulheres que isto estava de acordo com a predição feita por JESUS enquanto Ele ainda estava na Galiléia. Naquela ocasião dissera que seria crucificado e ressuscitaria no terceiro dia (cf. 9:22; este ensino continuou depois da Galiléia, 17:25; 18:32-33). Mateus e Marcos omitiram esta declaração, mas nos informam, como não faz Lucas, que JESUS iria para a Galiléia diante dos discípulos, e que eles O veriam ali. Talvez Lucas omitisse esta parte porque não tinha o propósito de incluir qualquer relato dos aparecimentos de JESUS na Galiléia.

8, 9. Lembraram-se, e é evidente que isto lhes trouxe certa medida de convicção. Já tinham ouvido aquelas palavras antes, mas JESUS frequentemente tinha falado metaforicamente, e provavelmente tinham entendido as palavras estranhas acerca da ressurreição de alguma maneira semelhante. Agora perceberam que JESUS pretendia que Suas palavras fossem tomadas literalmente. As mulheres foram levar suas notícias aos onze e também as contaram a todos os mais que com eles estavam, i.e, os demais seguidores de JESUS que havia naquele local.

10. Lucas passa a alistar os nomes dalgumas das mulheres. Maria Madalena, a primeira a ver o Senhor ressurreto (cf. Mc 16:9), e mencionada em cada um dos quatro Evangelhos na narrativa da ressurreição. Mas a parte da sua conexão com a crucificação e a ressurreição, ouvimos falar dela somente em 8:2. Joana é mencionada somente aqui e em 8:2. Maria mãe de Tiago (Mc 16:1) e aparentemente “a outra Maria” de Mt 28:1. Estas, e as demais mulheres (que incluem Salomé, mencionada em Mc 16:1) contaram aos apóstolos o que viram e ouviram.

11. Os homens altivos, no entanto, não ficaram impressionados. Consideraram a história como delírio. Lucas sublinha este conceito ao acrescentar "e não acreditaram nelas". Os apóstolos não eram homens balançados a beira da crença, que precisassem de uma sombra de uma desculpa antes de lançar-se numa proclamação da ressurreição. Estavam totalmente céticos. Até mesmo quando mulheres que O conheciam bem contavam-lhes as experiências delas, recusaram-se a crer. É claro que uma evidencia irrefutável seria necessária para convencer estes céticos.

Lucas - Introdução e Comentário - Leon L. Morris - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP - www.vidanova.com.br

 

A Ressurreição - Texto: Lucas 24.1-12

Introdução

Se a carreira de CRISTO tivesse terminado na cruz, morreriam com Ele as promessas, as profecias e a esperança de salvação para a humanidade. Mas CRISTO vive, e também a sua causa. E foi o túmulo vazio e o CRISTO ressurreto que primeiramente convenceram os discípulos desta verdade. A feliz descoberta foi feita por um grupo de mulheres que seguiam a JESUS.

I. O Amoroso Serviço (Lc 24.1)

1. Quem o fez. Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras mulheres que estavam com elas (cf. Mt 28.1; Mc 16.1; Lc 8.2,3; 23.55,56; Jo 20.1). Provavelmente dois grupos de mulheres visitaram o túmulo. Isto explica as diferenças entre as narrativas. Não era intenção dos quatro evangelistas fazer um relatório minucioso das circunstâncias que envolveram aquela Páscoa; preocuparam-se simplesmente em narrar de forma breve o fato da ressurreição de JESUS, comprovado pelos discípulos e outras testemunhas. Cada escritor o apresenta de um ponto de vista, mencionando apenas os detalhes necessários ao seu propósito. Este fato explica as diferenças de detalhes, tais como o número de mulheres, a posição dos anjos e o número deles.

2. Quando foi feito. “No primeiro dia da semana, muito de madrugada”. Segundo Mateus, “No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana”; segundo João: “No primeiro dia da semana... de madrugada, sendo ainda escuro”. Conclusão: as mulheres visitaram o túmulo bem cedo, na manhã do domingo, antes do nascer do sol e pouco tempo após a ressurreição.

3. Por que feito. “Foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”. O embalsamamento era o costume judaico de colocar especiarias aromáticas nas ataduras em que envolviam o corpo. O propósito da visita ao túmulo indica que não esperavam um CRISTO ressurreto. O escuro pano de fundo do desespero fez brilhar ainda mais o amor destas mulheres. A morte, acreditavam, destruíra as reivindicações de CRISTO, mas não o amor que sentiam por Ele. A nação estava contra Ele, mas elas desejavam prestar-lhe uma última homenagem. É possível, também, segundo o costume da época, que tenham ido lamentar por Ele.

No entanto, seu trabalho era desnecessário, porque Nicodemos já embalsamara o corpo (Jo 19.39,40). Além disso, o Senhor ressuscitara. É certo, porém, que JESUS nunca rejeita um ato de amor. Do serviço mal feito ou errado, jamais diz: “Para que este desperdício?”

Há momentos em que a vista é maior que a fé. As mulheres tinham ouvido que JESUS ressuscitaria no terceiro dia, e mesmo assim vieram embalsamar o corpo. Como explicar isto? Viram JESUS morrer, e isto era maior que a sua fé.

Quantas vezes as coisas materiais sacodem as verdades invisíveis em que acreditamos! Na verdade, as coisas reais da vida são invisíveis. DEUS, que é invisível, é mais real que o universo visível. O lar, composto de influências invisíveis, é mais real que a casa. “As [coisas] que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Co 4.18). Vida espiritual não é crer no que vemos, mas ver o que cremos.

“E ele desapareceu-lhes” (Lc 24.31). Ele está ausente da nossa vista, mas não da nossa fé. “Ao qual, não havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais” (1 Pe 1.8). Virá o dia em que a fé se transformará em vista, e o veremos conforme Ele é.

II. Uma Descoberta Assombrosa (Lc 24.2,3)

“E acharam a pedra revolvida do sepulcro”. As mulheres disseram umas às outras: “Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?” (Mc 16.3). Tinham visto a grande rocha colocada à entrada do túmulo em forma de caverna, e sabiam que removê-la era trabalho para vários homens. No entanto, a exemplo dos aparentes obstáculos entre o pecador e CRISTO, a pedra já fora removida. Um anjo a deslocara (Mt 28.2), não para que CRISTO saísse, porque seu corpo glorificado podia passar por qualquer barreira, mas para deixar entrada aos primeiros arautos da ressurreição. “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito...” Sua primeira impressão foi de que os inimigos do Senhor haviam furtado o corpo para impedir o embalsamento. Maria Madalena, num impulso, correu à cidade, e comunicou seus temores a Pedro e João: “Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram” (Jo 20.2).

III. Os Visitantes Celestiais (Lc 24.4)

Enquanto Maria Madalena caminhava para a cidade, suas companheiras entraram timidamente no túmulo, e “eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes”. Os críticos afirmam que os escritores dos evangelhos não concordam na descrição dos anjos, quanto ao número, posição etc. Mas é possível que grande número de anjos estivessem presentes, tornando-se um ou dois visíveis segundo a necessidade. O fato de serem chamados “varões”, demonstra que os mensageiros celestiais, quando em missão na terra, apresentam-se na forma humana. Quase sempre apresentam um rosto humano, falando a língua dos homens (cf. Gn 18,1,2,13 e 19.2,5). Neste caso, foram as vestes resplandecentes que convenceram as mulheres de que se tratavam de seres celestiais.

IV. A Mensagem Angelical (Lc 24.5-8)

1. Uma pergunta. “Por que buscais o vivente entre os mortos?” Os anjos queriam dizer: “Vocês estão surpresas de Ele não estar aqui, mas surpresa seria se estivesse. Lembrem-se de que Ele, como Filho de DEUS, prometeu voltar ao Pai. Não é razoável procurá-lo no lugar dos mortos”.

Muitas pessoas cometem o mesmo erro, hoje. A quem procura o CRISTO verdadeiro numa igreja que lhe nega a divindade e a ressurreição, podemos perguntar: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?” Também a mesma pergunta pode ser feita àqueles que o buscam em tradições ultrapassadas e liturgias mortas.

A história a seguir foi tirada de uma revista de Escola Dominical.

“Em nossa casa havia um quadro que mostrava CRISTO dizendo suas palavras de despedida aos discípulos, a promessa suprema: ‘Eis que estou convosco sempre’. Certo dia, um vendedor judeu passou, estando eu sozinho em casa. O judeu ficou fascinado pelo quadro. Contemplou-o longamente e depois, virando-se para mim, perguntou: ‘É este o seu Messias, o seu DEUS?’ Disse-lhe que era CRISTO, o Salvador, e expliquei o significado do quadro. ‘E o que Ele diz?’ perguntou. Li a promessa escrita na parte de baixo: “E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. O judeu pensou um pouco, e, voltando-se para mim, disse: ‘Que Messias maravilhoso vocês, cristãos, têm. Ele está sempre com vocês’. Olhou mais uma vez o quadro, tomou a maleta e deixou a sala, enquanto repetia, suavemente: ‘Que Messias maravilhoso: sempre está convosco!’ CRISTO não somente morreu por nós, mas vive por nós”.

2. Uma declaração. Seguem-se palavras que são o único epitáfio apropriado a um crente: “Não está aqui, mas ressuscitou”. Estas palavras podem perfeitamente coroar o túmulo de cada cristão: “Sua verdadeira personalidade não está aqui, mas ressuscitou para estar com CRISTO”.

Podemos dizer que são mortos os cristãos, mas realmente vivem - são mortos vivos. Após um breve período chamado “morte” passam à condição permanente: a vida. Estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Co 5.8. cf. Lc 23.43; Fp 1.23). A morte não é um estado, para o cristão, apenas uma ponte do humano para o celestial, do imperfeito para o perfeito, da canseira para o descanso. Contrário a certos ensinamentos, a expressão “adormecer”, não significa perda de consciência até ao dia da ressurreição. A morte do cristão é chamada “sono” por duas razões. Primeiro, porque o alivia dos fardos da vida; segundo, porque assim como o sono é o desligamento com o mundo externo, a morte rompe as conexões com a existência terrena. Isto, porém, não implica em estar a pessoa inconsciente. O espírito continua ativo. Ao olharmos para o túmulo de um cristão, podemos dizer: “Não está aqui, graças a DEUS. Está junto do Mestre”.

3. Uma lembrança. “Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das suas palavras”. Quando o Senhor anunciou sua morte vindoura e ressurreição, os discípulos guardaram a profecia, perguntando entre si o que seria a ressurreição dentre os mortos. Por serem espiritualmente imaturos, não a supunham literal. O anjo relembra a promessa que, corretamente interpretada, teria iluminado o sepulcro vazio e solucionado o mistério. Quantas dores desnecessárias suportamos porque, nos momentos de provações e perplexidades, esquecemos as promessas de DEUS.

“Ressuscitou, como havia dito” (Mt 28.6). Estas palavras são uma suave repreensão às mulheres, por terem esquecido as palavras do Senhor. Cultive sua memória espiritual. As vitórias espirituais, se esquecidas, amanhã parecer-lhe-ão escuras. Lembre-se das antigas batalhas e vitórias, e de como a luz da presença de DEUS transformou tudo em bênção.

A adversidade muitas vezes afasta de nossa memória as promessas que deveriam sustentar-nos: “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu DEUS te guiou” (Dt 8.2).

V. O Estranho Ceticismo (Lc 24.9-11)

As mulheres, “voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos demais [cf. vv. 13-22], E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”. Os apóstolos e os outros discípulos aguardavam a ressurreição, mas na realidade, era a última coisa que esperavam. A prisão e a crucificação do Mestre paralisara por um tempo a sua fé, de modo que não podiam crer no testemunho das mulheres. Descrença indesculpável, porque as mulheres viram o túmulo vazio, ouviram a mensagem dos anjos, e viram, tocaram e ouviram o próprio JESUS (Mt 28.9). Mas até esta descrença se toma em fundamento para a nossa fé, porque os apóstolos não teriam crido e pregado a ressurreição sem evidência convincente. Esta evidência, receberam-na quando o viram com seus próprios olhos, e o tocaram, e ouviram a sua voz (Lc 24.36-43).

VI. A Investigação (Lc 24.12)

Dois dos apóstolos, o amoroso João e o enérgico Pedro, resolveram investigar, e correram para o túmulo, encontrando as roupas do sepultamento (cf. Jo 20.1-10). João chegou primeiro e viu os lençóis de linho. “Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro, e, abaixando-se, viu só os lenços ali postos; e retirou-se admirando consigo aquele caso”. O lençóis eram o sinal de que o corpo não havia sido arrebatado por inimigos, que não o teriam desembrulhado. Aliás, a aparência era a de que o corpo passara através deles, sem os desenrolar. João viu e creu (Jo 20.8), mas Pedro ficou perplexo. Teria sido perturbada a sua consciência por ter negado a CRISTO? De qualquer forma, o Senhor apareceu a Ele em particular para dar-lhe segurança.

Concluindo, assim como foi impossível conservar CRISTO na sepultura, também a verdade divina não pode ficar perpetuamente suprimida. Algumas semanas após a ressurreição, os líderes judaicos, ante um milagre operado em nome de JESUS, determinaram: “Mas, para que não se divulgue mais entre o povo, ameacemo-los para que não falem mais neste nome a homem algum” (At 4.16,17). Mas não tinham como aprisionar o Evangelho de CRISTO.

Dizia um pastor, preso na Alemanha por sua posição corajosa em prol do Evangelho: “Não importa quantos obstáculos estão no caminho; não importa quantas rochas são roladas contra a Palavra de DEUS. A Palavra é como fogo, e como martelo que esmiúça as rochas”.

VII. A Evidência da Ressurreição

Agora não é mais suposição e nem pelo que o anjo disse, mas é uma realidade palpável: JESUS mesmo se apresenta vivo. primeiro à Maria Madalena e depois aos discípulos.

E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de JESUS, um à cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu JESUS em pé, mas não sabia que era JESUS. Disse-lhe JESUS: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe JESUS: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni, que quer dizer: Mestre. Disse-lhe JESUS: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu DEUS e vosso DEUS. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto. (João 20:11-18). Maria Madalena se torna a primeira evangelista do JESUS ressurreto. Começam ai uma série de aparições de JESUS em seu corpo ressurreto (Comentários extras do Ev. Henrique).

A ressurreição de CRISTO é o grande milagre do Cristianismo. Uma vez estabelecida a realidade deste acontecimento, a discussão dos demais milagres torna-se desnecessária. Sobre o milagre da ressurreição está firmada a nossa fé. Porque o Cristianismo é histórico, e baseia seus ensinamentos em acontecimentos ocorridos há quase 20 séculos, na Palestina. São estes eventos o nascimento e ministério de JESUS CRISTO, culminando na sua morte, sepultamento e ressurreição. De tudo isto, é a ressurreição a pedra de esquina, porque, se CRISTO não ressuscitou, não era o que alegava ser. Sua morte não seria morte expiadora

- os cristãos estariam sendo enganados há séculos; os pregadores, proclamando erros; e os fiéis, acalentando falsas esperanças. Mas, graças a DEUS, podemos proclamar esta doutrina: “Mas de fato CRISTO ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem!”

1. Como sabemos que Ele ressuscitou? “Vocês, cristãos, vivem na fragrância de um túmulo vazio”, disse um cético francês. É fato que os que vieram embalsamar o corpo de JESUS, naquela notável manhã de Páscoa, encontraram vazio o túmulo. Este fato não pode ser explicado à parte da ressurreição de JESUS. Quão facilmente os judeus poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores, apresentando o cadáver do Senhor! Não o fizeram, porém - porque não podiam! Quando se lhes exigia uma explicação, alegavam terem os discípulos furtado o corpo, como se um pequeno bando de homens desanimados pudesse arrancar de guardas treinados o corpo do Mestre, cuja morte parecia ter-lhes tirado todas as esperanças.

Que faremos do testemunho dos que viram JESUS após a ressurreição, muitos dos quais falaram com Ele, tocaram- no, comeram com Ele? Centenas deles ainda viviam no tempo de Paulo, segundo ele mesmo testifica. Outros, dão seu inspirado testemunho no Novo Testamento.

Como rejeitar o testemunho de homens que pregavam a mensagem com o sacrifício da própria vida? Como explicar a conversão de Paulo, antes perseguidor do Cristianismo, transformado num dos maiores missionários?

Há apenas uma resposta a estas perguntas: CRISTO ressurgiu! O túmulo vazio desafia o mundo: À filosofia, diz: “Explique este evento!”

À História, diz: “Reproduza este evento!”

Ao tempo, diz: “Apague este evento!”

À Fé, diz: “Receba este evento!”

Alguns naturalistas oferecem outras explicações: “Foi uma visão que os discípulos tiveram”. Não é possível que centenas tivessem a mesma visão. Outros dizem: “ JESUS não morreu de fato; foi tirado inconsciente da cruz”. Mas um farrapo de homem não poderia ter persuadido os discípulos de que era o Senhor da vida! São explicações tão fracas que trazem consigo a sua própria refutação. Outra vez afirmamos: CRISTO ressuscitou! De Wette, grande estudioso racionalista, depois de um exame científico, afirmou: “A ressurreição de JESUS CRISTO não pode ser mais questionada que a certeza histórica do assassinato de Júlio César”. Que firme fundamento à fé de alguém - o fato histórico de um Salvador ressuscitado!

2. O que significa a nós? Significa que JESUS é tudo quanto declarava ser: Filho de DEUS, Salvador e Senhor. O mundo respondeu às suas reivindicações com a cruz; a resposta de DEUS foi a ressurreição. Como Senhor ressuscitado, pede que dediquemos nossas vidas a Ele.

Significa que a morte expiadora de CRISTO foi uma realidade, e que os homens podem achar perdão para os seus pecados e assim ter paz com DEUS. A ressurreição completa a morte expiadora de CRISTO. Não foi uma morte comum

- porque Ele ressuscitou!

Significa que temos um Sumo Sacerdote no Céu que simpatiza conosco, que já viveu a nossa vida, conheceu nossas tristezas e enfermidades e pode dar-nos o poder de viver a vida nEle.

Significa que podemos ser batizados no ESPÍRITO SANTO e receber poder para testificar deste CRISTO ressurreto.

Significa uma vida no porvir. A objeção comum é: “Ninguém voltou para contar acerca do outro mundo”. Mas alguém já voltou de lá, sim - JESUS CRISTO. À pergunta: “Se um homem morrer, viverá outra vez?” responde a ciência: “Não sei”; a filosofia: “Deveria haver”. O Cristianismo, porém, afirma: “Porque Ele vive, viveremos nós; porque Ele ressuscitou dos mortos, ressuscitaremos também”.

Significa certeza de juízo para os pecadores. Como disse o inspirado apóstolo: “[DEUS] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31).

A inexorável justiça de Roma deu origem ao provérbio: “Quem quiser fugir de César, fuja para César”. Aos não-convertidos, advertimos: o juízo é certo, e a única maneira de escapar de CRISTO, o Juiz, é fugir para CRISTO, o Salvador.

Lucas - O Evangelho do Homem Perfeito - Myer Pearlman - CPAD

 

Introdução ao Capítulo 24

As mulheres que vêm cedo ao sepulcro no primeiro dia da semana, trazendo suas especiarias, encontrar a pedra removida e o túmulo vazio, Lucas 24:1-3. Eles veem uma visão de anjos, que anunciam a ressurreição de CRISTO, Lucas 24: 4-8. As mulheres retornar e dizer isso para os onze, Lucas 24:9, Lucas 24:10. Eles não acreditam, mas Pedro vai e examina o túmulo, Lucas 24:11, Lucas 24:12. CRISTO, desconhecido, aparece a dois dos discípulos que iam para Emaús, e conversa com eles, vv. 13-29. Enquanto eles estão comendo juntos, ele se dá a conhecer, e imediatamente desaparece, Lucas 24:30, Lucas 24:31. Eles voltam para Jerusalém, e anunciar a sua ressurreição para o resto dos discípulos, Lucas 24:32-35. O próprio JESUS lhes aparece, e dá-lhes a prova mais completa da realidade de sua ressurreição, Lucas 24: 36-43. Ele prega a eles, e dá-lhes a promessa do ESPÍRITO SANTO, Lucas 24: 44-49. Ele os leva a Betânia, e sobe ao céu, à vista deles, Lucas 24:50, Lucas 24:51. Eles adoram, e retornam a Jerusalém, Lucas 24:52, Lucas 24:53.

 

Versículo 1

Levando as especiarias - Para embalsamar o corpo de nosso Senhor: mas Nicodemos e José de Arimatéia tinham feito isso antes que o corpo fosse colocado no sepulcro. Veja João 19:39, João 19:40. Mas houve um segundo embalsamamento encontrado necessário: o primeiro deve ter sido apressadamente e imperfeitamente realizado; as especiarias agora trazidos pelas mulheres tinham a intenção de concluir a operação anterior.

Versículo 2

Eles encontraram a pedra removida - Um anjo de DEUS tinha feito isso antes de chegarem ao túmulo, Mateus 28:2: Nesta caso, não podemos deixar de observar que, quando as pessoas têm uma forte confiança em DEUS, os obstáculos não irão impedi-los do compromisso que eles têm em amara a DEUS, mesmo porque as dificuldades desaparecerão diante deles.

Versículo 3

E não acharam o corpo do Senhor - Lucas 23:43; e o evangelista menciona o corpo particularmente, para mostrar que Ele estava sujeito à morte.

Versículo 5

Por que buscais o vivente entre os mortos? - Esta foi uma expressão que parece ser aplicada aos que estavam absurdamente se esquecendo das promessas do Senhor.

Versículo 8

Lembraram-se de suas palavras - Mesmo a simples recordação das palavras de CRISTO torna-se muitas vezes uma fonte de conforto e apoio para aqueles que estão angustiados ou tentados: as suas palavras são as palavras de vida eterna.

Versículo 10

E Joanna - Ela era a esposa de Cuza, procurador de Herodes. Veja Lucas 8: 3.

Versículo 12

E levantou-se Pedro - João foi com ele, e chegou ao túmulo antes dele. Veja João 20:2, João 20:3.

Os panos de linho por si mesmos - ou, apenas as fitas de linho. Este foi o linho fino que José de Arimatéia comprou, e envolveu o corpo de JESUS como está registrado em Marcos 15:46. Esta circunstância pode, à primeira vista parecer pequena, mas, no entanto, é uma grande prova da ressurreição de nosso Senhor. Se o corpo tivesse sido roubado, tudo o que foi envolvido nele teria sido levado com ele. O atraso que haveria com a retirada dos lençóis e do unguento do corpo de JESUS poderia levar os discípulos a serem descobertos roubando seu corpo, se isso tivesse acontecido. Nem que tivesse ocorrido esse fato os discípulos não teriam motivos para retirar os lençóis de JESUS. .Esta circunstância é ainda mais relacionada particularmente por João, em João 20: 5-7. Pedro vê as ataduras de linho, e o lenço que antes estava sobre a sua cabeça, mas não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Todas estas circunstâncias provam que o corpo que antes estava dentro dos lençóis passou por eles, sem os desenrolar.

Comentário de Adam Clarke - Evangelho de Lucas

 

REVISTA CPAD - LIÇÃO 11 - A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 2º TRIMESTRE DE 2009

1Coríntios - Os Problemas da Igreja e Suas Soluções

Comentários do Pr. Antônio Gilberto

Complementos e questionários: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

TEXTO ÁUREO

"Mas, agora, CRISTO ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem" (1Co 15.20)

 

VERDADE PRÁTICA

Sem a ressurreição de CRISTO o Cristianismo não existiria.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 15.1-10.

1 Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis; 2 pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão. 3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, 5 e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. 6 Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. 7 Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos 8 e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo. 9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de DEUS. 10 Mas, pela graça de DEUS, sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de DEUS, que está comigo.
 

INTERAÇÃO

Nesta lição estudaremos a doutrina da Ressurreição de CRISTO. Todavia, o texto de 1 Coríntios 15, não trata somente da ressurreição de JESUS, mas também da natureza e características da ressurreição dos justos. No primeiro caso, Paulo apresenta (vv. 3-8) quatro eventos que compõem a essência do evangelho e da mensagem cristã: A morte, o sepultamento, a ressurreição, e as provas irrefutáveis da ressurreição de JESUS, segundo as Escrituras (vv.3,4). Portanto, nesses dias de confiança na razão e de incredulidade na religião, reafirmar a crença e as evidências históricas e doutrinárias na ressurreição de JESUS é indispensável.

 

OBJETIVOS

Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

Explicar a doutrina da ressurreição de CRISTO.

Descrever as provas da ressurreição de CRISTO.

Reafirmar a doutrina da ressurreição de JESUS.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Ressuscitar significa despertar, levantar dentre os mortos. Converse com seus alunos sobre a imprescindibilidade dessa doutrina. Enfatize que CRISTO foi feito "as primícias dos que dormem", e os que morrerem nEle, em sua vinda ressuscitarão à semelhança de sua ressurreição.

Pergunte aos alunos: Como será o corpo da ressurreição? Diga-lhes que será:

a) Visível (Lc 24.39); b) Incorruptível (1 Co 15.42,54); c) Palpável (Jo 20.27); d) Corpo celestial (2 Co 5.1-4); e) Vivificado (Rm 8.11).

 

Palavra Chave: Ressurreição: Tornar à vida.

 

Definição no dicionário Priberam (http://www.priberam.pt/default.aspx):

Ressurreição: do Lat. resurrectione s. f., acto de ressurgir; reaparecimento; renovação; por ext. cura imprevista.

 

 

Ressurreição e Ascensão

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por 

nossos pecados, segundo as

Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as 

Escrituras; (1 Coríntios 15:3-4)

Data:

Acontecimento:

Local:

Textos:

33 dC - Madrugada

do 1º dia Domingo

As mulheres visitam o sepulcro

Jerusalém

Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-11

Sua aparição a Pedro

Jerusalém

Lc 24:34 1Co 15:5

Pedro e João Vêem o sepulcro vazio

Jerusalém

Lc 24.12; Jo 20.1-10

JESUS aparece a Maria Madalena

Jerusalém

Mc 16,9-11; Jo 20.11-18

JESUS aparece a outras mulheres

Jerusalém

Mt 28.9-19

O relato dos guardas sobre a ressurreição

Jerusalém

Mt 28.11-15

Domingo

JESUS aparece a 2 discípulos

Emaús

Mc 16.12-13; 

Lc 24.13.35

JESUS aparece aos 10 discípulos, sem Tomé

Jerusalém

Lc 24.36-43; 

Jo 20.19-25; 1Co 15:5

1 Semana depois

JESUS aparece aos discípulos, com Tomé

Jerusalém

Mc 16:14-18; 

Jo 20.26-31

Durante os 40 dias

até a ascensão

JESUS aparece a sete discípulos na Galiléia

Mar Galiléia

Mt 28:16-20; 

Jo 21.1-15

A grande comissão

 

Mt 28.16-20; 

Mc 16.14-18; 

Lc 24.44-49

Sua aparição aos quinhentos

Galiléia

1Co 15:6

Sua aparição a Tiago

1Co 15:7

 

A Ascensão

Monte das Oliveiras

Mc 16.19-20; Lc 24.50-53; At 1:4-9

 

 

I- TODOS VÃO RESSUSCITAR

Jo 11.25- Disse-lhe JESUS: “Eu Sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.

Em Daniel 12.2 e João 5.28,29; vemos que uns ressuscitarão para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno, mostrando-nos claramente que:

1- Todos vão Ressuscitar, declaração essa contrária à doutrina que muitos pregam dizendo que quando morremos se acabou tudo;

2- Haverá dois tipos de ressurreição, uns para a vida eterna e outros para a vergonha e desprezo eterno (vão ver os salvos gozando da companhia de DEUS e não vão poder desfrutar);

3- O destino de cada um é de acordo com o que creram e fizeram, enquanto estavam vivos e aqui na terra;

4- Haverá duas ressurreições, separadas por mil anos (Ap 20.5,6; 1 Ts 4.16).

 

Quantos túmulos que têm a inscrição “Repouso Eterno ou Jazigo Perpétuo”, por causa da ignorância do homem, mas quando se ouvir a voz de CRISTO todos ressuscitarão. 

A conta tem que ser paga, ninguém dá calote em DEUS, cada um prestará contas com DEUS, os salvos, no tribunal de CRISTO sem condenação, só para receber galardão; mas o incrédulo estará diante do trono branco juízo final, para ser lançado no lago de fogo e enxofre, junto com seu companheiro Satanás. Ap 19.20; 20.10-15; 

 

II- A RESSURREIÇÃO DE JESUS:

QUAL A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS PARA A FÉ CRISTÃ? (Bíblia Ilúmina)

Mateus 28:1-10 VERSÍCULO CHAVE: Mas o anjo disse às mulheres: Não temais vós; pois eu sei que buscais a JESUS, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; (Mateus 28:5-6)

 

A RESSURREIÇÃO DE JESUS É O ALICERCE DA FÉ CRISTÃ. A ressurreição é a chave para a fé cristã. Porque?

(1) Como ele havia prometido, ele ressurgiu dos mortos. Nós podemos estar confiantes, portanto, que ele cumprirá tudo que ele prometeu.

(2) A ressurreição do corpo nos mostra que o CRISTO vivo é soberano no reino eterno de DEUS, não um falso profeta ou impostor.

(3) Nós podemos ter certeza de nossa ressurreição porque ele foi ressuscitado. A morte não é o fim, existe a vida após a morte.

(4) O poder que trouxe JESUS de volta a vida está disponível para nós trazermos o nosso ser espiritual morto de volta a vida.

(5) A Ressurreição é à base do testemunho da igreja para o mundo. JESUS é mais que um líder humano, ele é o Filho de DEUS.

 

LEITURA BÍBLICA: 1 Coríntios 15:1-11 VERSÍCULO CHAVE: Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; (1 Coríntios 15:3-4)

 

A RESSURREIÇÃO É O PONTO DECISIVO DA FÉ CRISTÃ:

Sempre haverá pessoas dizendo que JESUS não ressurgiu dos mortos. Paulo nos garante que muitas pessoas viram JESUS depois de sua ressurreição: Pedro, o discípulo (os Doze), Mais de quinhentos crentes (a maioria ainda estavam vivos quando Paulo escreveu isto), Thiago (irmão de JESUS), todos os apóstolos e finalmente Paulo em si. A Ressurreição é um fato histórico. Não seja desencorajado por pessoas que negam a Ressurreição. Seja cheio de esperança, pois um dia todos virão a prova viva quando JESUS voltar.

 

III- NOSSA RESSURREIÇÃO

O QUE QUE A BÍBLIA NOS ENSINA SOBRE A NOSSA RESSURREIÇÃO?

 

LEITURA BÍBLICA: 1 Coríntios 15:12-28 VERSÍCULO CHAVE: Ora, se se prega que CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há ressurreição de mortos?

A NOSSA RESSURREIÇÃO INCLUI O NOSSO CORPO E A NOSSA ALMA.

A maioria dos gregos não acreditavam que o corpo de uma pessoa poderia ser ressuscitado depois da morte. Eles viam a vida após a morte como algo só para a alma. De acordo com filósofos gregos, a alma era a pessoa de verdade presa a um corpo físico, e na morte a alma era liberta. Não havia imortalidade para o corpo, mas a alma entrava num estado eterno. O cristianismo, no entanto, afirma que o corpo e a alma serão unidos depois da ressurreição. A igreja de Corinto estava no coração da cultura grega, desta maneira, muitos crentes tinham dificuldade em acreditar na ressurreição do corpo.

 

NOSSA RESSURREIÇÃO É CERTA POR CAUSA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO.

A ressurreição de CRISTO é o centro da fé cristã. Porque CRISTO ressuscitou, como ele havia prometido, nós sabemos que o que ele disse é a verdade – ele é DEUS. Porque ele ressuscitou, nós temos certeza que nossos pecados são perdoados. Porque ele ressuscitou, ele vive e nos representa perante DEUS. Porque ele ressuscitou e venceu a morte, sabemos que nós também ressuscitaremos.

 

A NOSSA RESSURREIÇÃO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA PARA A VIDA ETERNA.

Nos dias de Paulo, o cristianismo levava a pessoa à execução, exclusão da família e, em muitos casos, a pobreza. Havia pouca vantagem em ser cristão naquela sociedade. O mais importante, no entanto, é que se CRISTO não tivesse ressuscitado, os cristãos não poderiam ser perdoados pelos seus pecados e não teriam nenhuma esperança de vida eterna.

 

IV- CRER NA RESSURREIÇÃO DE JESUS É BÁSICO PARA SALVAÇÃO.

É tão importante crer na ressurreição de JESUS que Paulo afirma que aquele que não crê nisso a sua fé é vã e sem sentido.

1Co 15.17 E, se CRISTO não foi ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos nos seus pecados. 18 Se CRISTO não ressuscitou, os que morreram crendo nele estão perdidos. 19 Se a nossa esperança em CRISTO só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo. 20 Mas a verdade é que CRISTO foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão ressuscitados.

 

Na verdade Paulo nos assegura que para sermos salvos precisamos não só crer na morte expiatória de JESUS, mas também na sua ressurreição dentre os mortos, sendo esta uma exigência de DEUS para nossa justificação, uma condição para sermos salvos.

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. (Romanos 10:9)

 

O CRISTO glorificado 
A visão de Estêvão At 7:55,56 
A visão de Paulo At 26:13-15 
A visão de João Ap 1:12-16

 

"Lembra-te de que JESUS. CRISTO, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho." (2 Tm 2.8).

A ressurreição do Senhor será sempre um dos mais importantes fatos de todos os tempos. Ela significa a aurora espiritual da nossa fé.

 

O Corpo Glorioso

Jo 20.8 – Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Lembramos aqui, ao leitor que tudo que João escreveu foi para provar aos incrédulos de sua época que JESUS CRISTO ressuscitou e que era o filho de DEUS (Jo 20.30,31)

Sendo João mais jovem correu mais depressa que Pedro, mas sendo mais reverente parou na entrada, mas quando Pedro chegou, com sua irreverência natural entrou correndo e ficou olhando e estudando o que havia acontecido; João agora entra e se lembra de que JESUS foi embalsamado (Jo 19.38-42) com muita mirra e aloés (cem arreteis = aproximadamente 80 Kg daquele composto) e o envolveram com lençóis como era costume judaico (enrolavam o corpo nos lençóis como múmia) e amarraram, com um lenço o seu queixo à sua cabeça para não ficar aberta a sua boca.

Vendo João que os lençóis estavam arrumados como se um corpo estivera ali dentro e o lenço à parte, separado, no lugar onde estiver a cabeça de JESUS, boquiaberto João creu maravilhado de que seu senhor ressuscitara com um corpo glorioso, espiritual e celeste (1 Co 15.44). Só é salvo quem crer nisso, na ressurreição de JESUS, tenha certeza. (1 Co 15.14).

 

O amigo leitor já pensou em ter um corpo assim? Nós teremos um corpo semelhante ao de JESUS quando da sua volta para nos levar para as moradas eternas (1Co 15.48; Rm 8.29,30; 1Jo 3.2).

 

Certamente as doutrinas da divindade e da ressurreição do Senhor JESUS são as mais odiadas e hostilizadas por Satanás. O Evangelho que proclamamos não finda no Monte Calvário. Ele passa pelo túmulo vazio, desponta no cenáculo e segue a trajetória celestial. Se CRISTO não houvesse ressuscitado seria vã a nossa fé e nulo o nosso testemunho.

 

V- O FATO DA RESSURREIÇÃO

"Se CRISTO não houvesse ressuscitado, de Sua morte não teria havido qualquer fruto". Os dois fatos se completam. A ressurreição de CRISTO é o fato que consuma os fundamentos da fé cristã. Os "deuses" mortos a nada levam. O CRISTO ressuscitado nos conduz à presença do Pai.

1. Predito por Davi.

Como um profeta habilmente inspirado por DEUS, o rei Davi predisse a ressurreição de JESUS (SI 16.10).

2. Predito por Isaias.

O profeta messiânico no capítulo 53 de seu livro, por muitos considerados" o Evangelho do Antigo Testamento", aborda a ressurreição do Senhor, nos versos 10 a 12.

3. Predito pelo próprio CRISTO.

Lemos tais predições em vários lugares, tais como: Mt 12.38-40; 17.22,23; 20.18,19; 26.32; Lc 9.22; Jo 2.18-22,etc. Pelas Escrituras, JESUS demonstrou que já estava escrito, desde séculos passados, que o CRISTO (o Messias, o Ungido de DEUS) padeceria, para depois ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia.

 

VI- AS PROVAS DA RESSURREIÇÃO

1. As provas são Inequívocas, porque estão fundamentadas na Infalível Palavra de DEUS.

a. O túmulo vazio.

É considerado o grande troféu do Cristianismo. Um testemunho absolutamente incontestável é que exalta o extraordinário poder de DEUS. Emesto Renan, o ateísta francês do século passado, escarnecendo dos crentes declarou: "Os cristãos vivem na fragrância de um túmulo vazio". Ele cria que estava zombando dos cristãos, mas na realidade, estava proclamando uma das mais profundas verdades do cristianismo: o túmulo vazio de JESUS, prova irrefutável de que Ele venceu a morte, coisa que ninguém jamais fez, nem fará.

b. O silêncio dos fariseus e dos romanos.

Jamais qualquer pessoa destes dois grupos ousou negar a ressurreição de JESUS, tão evidente que ela se tomou. Eles odiavam essa mensagem mas não puderam refutá-la.

c. A mudança do dia de adoração dos discípulos.

A ressurreição causou um impacto tão grande na mente e no coração dos discípulos que eles fixaram em suas mentes um novo dia para suas reuniões. Deixaram o tradicional e legal sétimo dia e passaram a usar o primeiro dia da semana (Mc 16.2), isto é, o domingo.

 

2. As aparições pessoais de JESUS

a. A Maria Madalena (Mc 16.9-11; Jo 20.18).

b. A algumas mulheres (Mt 28.9,10)

c. A Pedro, no domingo da ressurreição (Lc 24.34; 1 Co 15.5).

d. Aos dois discípulos, no caminho de Emaús (Mc 16.12; Lc 24.13-35).

e. Aos discípulos (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.19,20).

f. Aos onze discípulos com Tomé (Jo 20.26).

g. Aos sete discípulos, no Mar da Galileia (Jo 21.1).

h. A quinhentos irmãos (1 Co 15.6).

i. A Tiago (1Co 15.7).

j. A Paulo (como um abortivo).

 

Há outras aparições, mas cremos que estas são suficientes.

 

VII- OS RESULTADOS DA RESSURREIÇÃO

A ressurreição do Senhor JESUS não é um fato isolado e inconseqüente. São muitos os resultados que dele emanaram. Estudemos alguns:

1. JESUS está vivo.

Se CRISTO não houvesse ressuscitado, seria um defunto. Se Ele fosse um defunto, a igreja não seria a Esposa do Cordeiro (Ap 21.9), e sim sua viúva Mas Ele de fato ressuscitou e está vivo para sempre. E porque vive, intercede pelos seus (Hb 7.25) e também pelos transgressores (ls 53.12).

2. Ele está presente.

O CRISTO ressuscitado é um CRISTO onipresente (Mt 28.20b). Por toda parte podemos sentir a manifestação dessa presença gloriosa e amiga. Ele está inspirando os pregadores que proclamam sua Palavra, as ações dos que proclamam. Entemecidamente está salvando os que nEle crêem, de todo o coração.

3. Ele está conduzindo a Igreja.

O CRISTO ressuscitado é Senhor, Rei e Cabeça da igreja. Como Senhor, todos lhe servimos de coração. Como Rei, dita as normas de ação de seu governo; como Cabeça nos mantém junto a Si, inseparavelmente ligados, pois somos o seu corpo: o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas (Cl 1.18; Ef 1.23). Ele é quem dá ministros à igreja (Ef 4.11,12). Ele dá dons aos homens (Ef 4.8). A Igreja O glorifica. exalta, louva e adora.

4. Ele está unindo a igreja.

Se CRISTO não estivesse realmente vivo não poderia executar o milagre de reunir em um só corpo homens e mulheres de todas as raças tribos e nações (Ap 5.9). Veja o que Ele mesmo diz em Ap 1.17, 18.

5. Ele está batizando a Igreja.

Isso prova que CRISTO ressuscitou e está vivo, Ele continua batizando os salvos com o ESPÍRITO SANTO.

6. JEUS continua fazendo milagres e maravilhas.

Alguém duvida disso? Basta assistir um pouquinho de Tv ou ir a algum culto em legítima Igreja de CRISTO.

7. Ele voltará brevemente.

Se CRISTO não estivesse vivo, não teríamos razão de esperá-lo a segunda vez. Mas Ele está vivo! Ele voltará! A cada dia, e em todos os lugares, os sinais estão acontecendo. O CRISTO ressuscitado está às portas. O Rei está voltando.

 

VIII- OS PROPÓSITOS DA RESSURREIÇÃO

 A compreensão natural do homem pecador não está apta a discernir os elevados propósitos de tão extraordinário acontecimento. Temos que ter a mente de CRISTO para avaliar as razões, profundas e misteriosas, de Sua ressurreição.

1. Demonstrar sua divindade.

A não ressurreição de JESUS tê-lo-ia deixado no túmulo, no mesmo nível dos demais homens. Ele teria sido apenas um mortal a mais. Através de Sua ressurreição o Pai declarou solenemente sua divindade (Rm 1.4). Pela ressurreição, CRISTO demonstrou ser impossível à morte detê-lo (At 2.24). Por causa de uma deliberada e amorosa vontade de salvar os homens, o Pai permitiu a JESUS ficar por três dias na região de sombra da morte, mas a sua divindade não lhe permitiu ficar entre os mortos, pois Ele é o Senhor da vida.

2. Aniquilar o medo.

"Não vos atemorizeis" , disse o anjo às mulheres (Mc 16.6). O medo, como estado, paralisa a pessoa, tira o ânimo e conduz à morte.
Foi o medo a primeira consequência do pecado: "Tive medo e me escondi " (Gn 3.10). JESUS muitas vezes bradou com autoridade: "Não temas" (Mt 10.26; 14.27;28.10; Mc 5.36; Lc 5.10; 8:50; 12.7; 12.32).

3. Garantir a nossa justificação.

Ao entregar-se à morte, na Cruz do Calvário, JESUS lançou a base do edifício de nossa justificação, que somente se tornou concluído com sua ressurreição (Rm 4.25).

4. Tornar-se as primícias dos que dormem.

Os atuais habitantes do Céu sabem que algum dia, a igreja do Senhor subirá, para lá também habitar. Eles olham para o CRISTO ressuscitado, sentado à destra do Pai e, sabendo que Ele aqui embaixo provou a morte e sobre ela triunfou mediante a ressurreição, sabem também que na sua ressurreição consiste a garantia da nossa. Ele subiu primeiro. Nós subiremos depois.

5. Dinamizar a pregação.

A crença na ressurreição de JESUS, produziu uma nova transformação na vida dos discípulos. Antes eram homens fracos, medrosos e desprezados (Lc 24.37,38). Veja por exemplo o intrépido Pedro, que negou o seu mestre por três vezes. Cf. Lc 22.34,54-60.

Após a ressurreição surgem como propagadores alegres, militantes e agressivos. Será que uma crença equivocada em supostas aparições, produziria uma convicção contagiante como a dos discípulos?

6. Quantos deram suas vidas, defendendo essa ressurreição? Será que morreriam em vão?

Um grande exemplo está marcado na memória do mundo, o Coliseu, em Roma, palco do derramamento do sangue de milhares de cristãos que testificaram assima morte e ressurreição de JESUS.

 

 IX- A RESSURREIÇÃO DO CORPO (BEP-CPAD)
1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?”
A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de DEUS, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.
(1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária.

(a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que CRISTO oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25).

(b) O corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do ESPÍRITO.

(c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).
(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do 
NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.11; 1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.
(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de CRISTO (ver Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).
(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será:

(a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31);

(b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1);

(c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42);

(d) um corpo glorificado, como o de CRISTO (15.43; Fp 3.20,21);

(e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43);

(f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44);

(g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).
(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:

(a) para que os crentes venham a ser tudo quanto DEUS pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9);

(b) para que os crentes venham a conhecer a DEUS de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3);

(c) a fim de que DEUS expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1Jo 4.8-16).
(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de CRISTO, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em CRISTO antes do dia da ressurreição deles (15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de CRISTO. Nunca mais experimentarão a morte física.
(7) JESUS fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).

 

Faça a seus alunos a seguinte pergunta: Como será o corpo da ressurreição?

Diante do estudo logo acima (A RESSURREIÇÃO DO CORPO), coloque as respostas no quadro e explique-as com todo cuidado.

   

Exercício:

Como será o corpo da ressurreição?

Respostas corretas são:

a) Visível (Lc 24.39); 

b) Incorruptível (1 Co 15.42,54);

c) Palpável (Jo 20.27);

d) Vivificado (Rm 8.11).

    

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico - "A ressurreição"

A ressurreição de JESUS como um evento real e histórico tem sido a pedra de esquina do cristianismo através dos séculos. O fato de que isso é crido por inúmeras pessoas por uma sucessão ininterrupta de gerações, tem dado pouca oportunidade para o surgimento de repentinos "mitos de JESUS" ou lendas. Além disso, sempre podemos comparar a crença moderna com milhares de escritos antigos do Novo Testamento, e com escritos não-cristãos, para verificar a coerência de vários relatos e garantir a exatidão histórica na doutrina e nas crenças. Diferente de outras religiões, o cristianismo é baseado em fatos históricos. Ele não é uma filosofia ilusória. Se a ressurreição de JESUS nunca tivesse acontecido, não haveria absolutamente nenhuma base para a igreja cristã. Ela não existiria. Como vimos, há uma história contínua da igreja sem interrupção. Podemos voltar ao passado recorrendo aos documentos mais antigos da igreja (primeiros manuscritos do Novo Testamento) e encontrar o dogma essencial da igreja, que permanece o mesmo. Os muitos mártires da fé cristã morreram todos por essencialmente uma coisa - defender o fato histórico de que JESUS CRISTO ressuscitou dos mortos. Os inimigos da igreja esperavam que a execução dos líderes da igreja fizesse a expansão do cristianismo cessar. Em vez disso, aumentou a determinação dos cristãos e fornece evidências pungentes da historicidade da ressurreição de JESUS às gerações posteriores." (MUNCASTER, R. O. Examine as evidências. RJ: CPAD, 2007, pp. 409-10.)

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996.

MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas. RJ: CPAD, 1995.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão, CPAD.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

A Bíblia declara que seremos como JESUS quando o virmos por ocasião de sua vinda (1 Jo 3.2). Nossos corpos serão gloriosos e dotados de esplendor e beleza; serão corpos poderosos e apropriados às regiões celestiais. Essa mudança será repentina e sobrenatural. Isto acontecerá ao soar da última trombeta. Então, encontrar-nos-emos com o Senhor nos ares; e, com Ele estaremos para sempre (1 Ts 4.17).

Não são poucos os que, amedrontados com as guerras e a poluição ambiental, dizem que já não nos resta qualquer esperança. Mas DEUS não permitirá que as circunstâncias lhe prejudiquem os planos, nem que lhe frustrem os decretos. O certo é que JESUS voltará, e porá fim à corrupção, à miséria e às artimanhas. Ele instaurará o seu reino glorioso.

 

Se Judas havia morrido, e Matias, seu substituto, ainda não havia sido empossado, como JESUS poderia ter aparecido aos doze apóstolos?

Texto-base: 
“E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze” (1Co 15.5).

Analisando os eventos da aparição de JESUS após sua ressurreição, encontramos a informação, do apóstolo Paulo, de que JESUS apareceu aos doze apóstolos logo ao deixar a tumba. A dúvida gerada é: se Judas havia morrido e Matias ocupou seu lugar tempos depois, JESUS não deveria ter aparecido somente para onze discípulos? Por que Paulo citou doze ao escrever aos crentes de Corinto? Isso não afeta e denigre a inspiração da Bíblia e a crença na ressurreição de JESUS?

Primeiramente, “é um erro comum, não raramente feito pelos cristãos, mas também pelos não cristãos, pensar que a ressurreição de CRISTO é crida pela Igreja cristã com base na inspiração da Bíblia, colocando-se, assim, em primeiro lugar, a crença na inspiração e, depois, como resultado dela, a crença na ressurreição [...] A crença na ressurreição de CRISTO existia durante quase uma geração antes de serem escritos os primeiros documentos do Novo Testamento [...] Por ser esta a ordem histórica, é também a ordem lógica”. Ou seja, a ressurreição é verdadeira por si só, pelas testemunhas oculares, pelas inúmeras provas históricas e, para os cristãos da Igreja primitiva, isso não dependia do fato de a Bíblia ser inspirada ou não. As Escrituras trataram apenas de documentar esse evento. 

Em segundo lugar, os opositores da Bíblia e da ressurreição de JESUS vão dizer que são poucos e contraditórios os argumentos cristãos que defendem esse acontecimento sobrenatural. Mas isso não condiz com a verdade. Devido à prolixidade do assunto, não serão debatidas, neste espaço, as provas da ressurreição, mas somente a aparição de JESUS “aos doze”.

Os cristãos não têm apenas parcos argumentos da ressurreição de CRISTO, como dizem os opositores. Não são apenas dois ou três argumentos a favor, mas inúmeros. Ao longo do tempo, todas as dúvidas postas pelos críticos foram respondidas com muito requinte pelos teólogos e apologistas. Basta pesquisar em bons livros de teologia e apologética, por exemplo, que as defesas elaboradas são muitas e totalmente convincentes. A verdade é uma só, como sempre ocorre: as críticas são fundamentadas em pressupostos “viciados”. Se o crítico partir para uma análise partidária de qualquer disciplina cristã, de forma tendenciosa, prevendo um final que lhe interessa, tentando tão-somente “desmascarar” os pontos imprescindíveis da fé, sua análise não será verdadeiramente séria e, no fundo, inclinará aos seus interesses particulares. 

Em terceiro lugar, a negação da ressurreição de CRISTO coaduna melhor com os ideais filosóficos e materialistas dos céticos. O próprio JESUS alertou sobre o fato de que muitas pessoas preferem viver à margem da verdade ética, moral, religiosa, porque seus hábitos não são condizentes com os princípios estabelecidos por Ele e pelo evangelho (Jô 3.19-24). Todavia, isso não significa que todos os intelectuais não-cristãos são céticos quanto à ressurreição ou que não há possibilidade de admiti-la sob hipótese alguma. 

Em quarto lugar, não há contradições nos relatos bíblicos das aparições de JESUS aos seus apóstolos e seguidores. A sequência das aparições é a que segue: 
 

Aparição de JESUS ressurreto

Referências bíblicas

1) A Maria Madalena

Marcos 16.9

2) Às mulheres que retornavam da tumba

Mateus 28.8-10

3) A Pedro, em Jerusalém

Lucas 24.34

4) Aos dois discípulos que iam para Emaús

Marcos 16.12 e Lucas 24.13-32

5) Aos dez discípulos

João 20.19-25

6) Aos onze discípulos

João 20.26-29

7) Aos sete discípulos junto ao Mar da Galiléia

João 21

8) A mais de 500 pessoas

1Coríntios 15.6

9) A Tiago

1Coríntios 15.7

10) Aos onze discípulos em um monte da Galiléia

Mateus 28.16

11) No Monte das Oliveiras, em Betânia

Lucas 24.50-53

12) Ao apóstolo Paulo no caminho para Damasco

Atos 9.3-6 e 1Coríntios 15.8


O apóstolo Paulo menciona poucas pessoas e situa Pedro em primeiro lugar. Isso, no entanto, tem uma explicação: “Paulo não deu uma lista completa, mas somente a que tinha importância para o seu propósito. Desde que apenas o testemunho de homens era considerado legal ou oficial no primeiro século, é compreensível que o apóstolo não tenha listado mulheres na defesa que ele fez da ressurreição”. 

Em último lugar, tanto Paulo (1Co 15.5) quanto Marcos (Mc 16.14; Jo 20.19-25) redigiram números cheios naturalmente, pois utilizavam o termo no sentido coletivo, tendo em mente o colegiado apostólico e não um número definido de pessoas. “A expressão, ‘os doze’, entretanto, era usada como termo genérico para se referir aos apóstolos originais de CRISTO, designando seu ofício apostólico e não seu número exato”. 
 

Afinal, o testemunho de JESUS é verdadeiro ou não?
Textos-base: 
“Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro” (Jo 5.31).
“Respondeu JESUS, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro” (Jo 8.14).
Diante desses dois textos que aparentam contrariedade, devemos perguntar: 
• O testemunho de JESUS só pode ser validado por outro homem? 
• O testemunho a respeito de si próprio é válido? 
• Por que precisava de outros testemunhos?

Para responder à primeira e à terceira pergunta, temos de ser sinceros e aceitar que realmente alguém só deveria ser acreditado se pudesse provar, por testemunhas, suas reivindicações. Se alguém testemunhasse de si mesmo às autoridades rabínicas, diante de um tribunal, seu testemunho não seria considerado válido. Ora, esse não é o procedimento normal, até mesmo na sociedade contemporânea, alguém apelar para a justiça dos homens quando seu caso é julgado diante de um juiz? Isto é, de alguma forma, JESUS necessitava de algum tipo de testemunho a seu respeito para que provasse sua messianidade, por exemplo. JESUS não precisava testemunhar de si próprio que Ele era o Messias tão esperado pelos judeus, mas, para que os judeus acreditassem nele, outras pessoas deveriam dar testemunho a seu respeito. Para isso, JESUS contava com testemunhas externas. E teve essa prova em diversas ocasiões. Em resumo: seus milagres foram vistos por inúmeras pessoas. João Batista deu testemunho a seu respeito (Jo 1.7,15,19). E o próprio DEUS deu testemunho de JESUS em dois episódios: no batismo e no momento da transfiguração (Mt 3.16,17; 17.5). 

É relevante atentar para a história do povo hebreu. A vinda de um Messias, salvador e libertador, era um pensamento normal na cultura judaica. O povo judeu, por diversas vezes, esteve sob jugos estrangeiros: egípcios, babilônicos, persas, gregos, sírios, romanos, entre outros. Na época dos juízes, ainda que as pressões sobreviessem dos povos semitas, alguns “parentes” dos judeus, DEUS levantava juízes que, na verdade, eram libertadores do domínio inimigo. Não foram poucos os anos passados em terras distantes, estranhas e em situações adversas. Por isso, o assunto sobre a vinda de um Messias enchia de esperança o povo judeu. Chegando o tempo proposto por DEUS o Messias veio, porém, os judeus estavam equivocados quanto às suas atribuições. 

Em João 1.41, o discípulo André disse a seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias (que, traduzido, é o CRISTO)”. Filipe disse a Natanael: “Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: JESUS de Nazaré, filho de José” (Jo 1.45). Ao dialogar com JESUS, a mulher samaritana disse: “Eu sei que o Messias (que se chama o CRISTO) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo” (Jo 4.25). Ao que JESUS, prontamente, respondeu: “Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo 4.26). Daí em diante, a mulher passa a testemunhar de JESUS. “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o CRISTO? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito” (Jo 4.29,30,39). 

Esses exemplos provam que as pessoas têm necessidade de testemunhar sobre JESUS. Ou seja, Ele não precisava falar de si próprio que era o Messias prometido no Antigo Testamento. Os testemunhos a respeito de JESUS procederam de pessoas simples, sinceras, e eram testemunhos verdadeiros (se bem que não de todos). A questão do “testemunho de JESUS não ser verdadeiro” deve ser entendida no sentido de que “palavras sem a necessária confirmação de santidade e poder não convencem. Os judeus, baseados nos seus preconceitos, atribuíram maldade a JESUS. E JESUS, por sua vez, defendendo suas reivindicações messiânicas, apela para a regra bíblica que exigia duas testemunhas (Nm 35.30; Dt 17.6)”. 

Em suma, a resposta à segunda pergunta (O testemunho a respeito de si próprio é válido?) é afirmativa: SIM! JESUS não era somente o Messias prometido, mas também DEUS encarnado. Sendo assim, apenas o testemunho humano não é pleno. Ora, JESUS falava com propriedade do que já havia experimentado na eternidade. Ao orar ao DEUS Pai, disse: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5). Para Nicodemos, asseverou: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” (Jo 3.13). 

O texto de João 8 sugere que a discussão tinha a ver com o perdão de JESUS outorgado à mulher pecadora. Quando JESUS diz “quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”, obviamente está se referindo a algo muito maior do que ter o messianismo endossado pelos judeus. Fala de algo espiritual, místico, metafísico e, neste sentido, Ele não precisa do endosso de um ser humano. Tanto é assim que os fariseus disseram a JESUS: “Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro”. Ao que JESUS rebateu: “Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou” (Jo 8.13,14).

Pelo fato de JESUS ser o Emanuel (DEUS conosco), não necessita de provas humanas. JESUS, como todo bom judeu, conhecia bem as normas e os regimentos prescritos aos judeus e, logicamente, como em outros casos muito mais complexos, não os violaria. Contudo, no caso em questão, CRISTO não falava como um simples judeu, mas, sim, como o Soberano do Universo, por isso não precisava de testemunhos. Até porque, os inquiridores de JESUS não estavam aptos a testemunharem a respeito dele, e muito menos a aceitarem seu próprio testemunho.

Norman Geisler arremata: “O testemunho de JESUS não era verdadeiro: oficialmente, legalmente e para os judeus, mas era verdadeiro “factualmente, pessoalmente e em si mesmo”. JESUS tinha os testemunhos completos: das pessoas alcançadas por Ele, de, até mesmo, alguns de seus inimigos e dele próprio.
 

Maio de 2007 Preparado por Gilson Barbosa ICP Responde
Participantes desta edição:
Jaqueline Costa Melo
Hudson Silva
Notas:
1 PIETERS, Albertus. Fatos e mistérios da fé cristã. São Paulo: Editora Vida Nova, 1979, p.114.
2 GEISLER Norman & HOWE Thomas. Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1999, p 375.
3 Russel Norman Champlin Comentário de I Coríntios 15.5.. São Paulo: Editora Candeia. 
4 Bíblia Vida Nova. Comentário de João 5.31. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
5 GEISLER Norman & HOWE Thomas. Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1999, p. 418.

 

SINOPSE DO TÓPICO (1) - A ressurreição de JESUS é o fundamento do Cristianismo.

SINOPSE DO TÓPICO (2) - A Bíblia ensina a doutrina da ressurreição de CRISTO e dos justos.

SINOPSE DO TÓPICO (3) - A ressurreição de JESUS é um fato bíblico e histórico.

SINOPSE DO TÓPICO (4) - Foram testemunhas da ressurreição de CRISTO: Algumas mulheres, entre elas Maria Madalena, também os Doze apóstolos e mais de 500 irmãos e por último Paulo..

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

"A ressurreição de CRISTO

Era o tema central da pregação da Igreja Primitiva. Devemos tê-la também como o centro de nossa mensagem, porquanto ela é a garantia de nossa própria ressurreição. A ressurreição de CRISTO é a base de nossa fé e esperança. Uma das grandes afirmações do Novo Testamento encontra-se nestas palavras de JESUS: '... porque eu vivo, e vós vivereis' (Jo 14.19). Paulo classifica a ressurreição de mistério; algo que não havia sido revelado nos tempos do Antigo Testamento, mas que agora é-nos descoberto: 'Eis aqui vos digo um mistério' (1 Co 15.51-54). Tal como o corpo de JESUS, o corpo ressurreto, do qual Ele é a vida animadora, não será nem este corpo mortal que hoje possuímos, nem o espírito desencarnado, mas um corpo espiritual. Um corpo real e espiritual".

 

(MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas. RJ: CPAD, 1995, pp.175-6.)

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas, RJ: CPAD, 1995.

 

SAIBA MAIS EM Revista Ensinador Cristão, CPAD, no 38, p. 41.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Receberemos do Senhor um corpo glorioso. A lei da gravidade não é mais forte do que nosso novo tabernáculo. Subiremos às nuvens para nos encontrar com o Senhor. Tudo o mais ficará preso à temporalidade e a gravidade deste mundo. Mas os salvos, juntos do Senhor, descansarão de sua militância; de nossas agruras terrenas não nos lembraremos mais (2 Co 5.1,2). Tudo será passado, e a única coisa importante será a eternidade que passaremos com o Senhor. Nossos corpos mortais serão revestidos de imortalidade. Nossos corpos naturais revestir-se-ão de espiritualidade. Não sentiremos mais cansaços físicos, pois nossos novos corpos não se enfadam. Não sofreremos mais as longas primaveras da vida, pois seremos revestidos de glória, jamais envelheceremos. O "mortal", diz Paulo, será "absorvido pela vida" (2 Co 5.1-4). Maranata!

 

REVISTA CPAD - LIÇÃO 12 - A RESSURREIÇÃO DE JESUS

1º TRIMESTRE DE 2008

TEMA: JESUS CRISTO, Verdadeiro Homem, Verdadeiro DEUS.

Lições Bíblicas CPAD, Jovens e Adultos - 2008

Comentários: Pr. Esequias Soares.

Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antônio Gilberto.

Complementos - ajuda aos estudantes e professores: Ev. Henrique.

 

 

AS APARIÇÕES DE JESUS PÓS-RESSURREIÇÃO

 

 

ARREBATAMENTO - CORPOS TRANSFORMADOS

 

Sendo hoje considerado pelo mundo cristão o dia da ressurreição de nosso Senhor JESUS CRISTO. é com muita a1egria que estamos estudando este precioso assunto.

Certamente as doutrinas da divindade e da ressurreição do Senhor JESUS são as mais odiadas e hostilizadas por Satanás. O Evangelho que proclamamos não finda no Monte Ca1vário. Ele passa pelo túmulo vazio, desponta no cenáculo e segue a trajetória celestial. Se CRISTO não houvesse ressuscitado seria vã a nossa fé e nulo o nosso testemunho.

 

 

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REVISTA Lição 11, 1Tr2025,  NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 11, Central Gospel, Tipos bíblicos que prefiguram a ressurreição, 1Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 11, 1Tr25

1.TIPOS DA RESSURREIÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO 

1.1. A arca de Noé 

1.2. As Primícias 

1.3. À vara de Arão que floresceu 

1.4. A purificação do leproso 

1.5. As pedras do Jordão 

1.6. Jonas e os três dias 

2. A IMPORTÂNCIA, A CREDIBILIDADE E OS IMPACTOS DA RESSURREIÇÃO 

2.1. A importância da ressurreição

2.2. A credibilidade da ressurreição 

2.3. Os impactos da ressurreição 

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - João 12:23-24 ; 1Coríntios 15:19-23

João 12.23 - E JESUS lhes respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado. 

24 - Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. 

1Coríntios 15.19 - Se esperamos em CRISTO só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

20 - Mas, agora, CRISTO ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem. 

21- Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. 

22 - Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO.

23 - Mas cada um por sua ordem: CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda.

 

TEXTO ÁUREO

DEUS ressuscitou a este JESUS, do que todos nós somos testemunhas. Atos 2.32

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - 1 Pedro 3.18-22 CRISTO padeceu para levar-nos a DEUS 

3ª feira - 1 Tessalonicenses 4.13-18 A ressurreição e vinda de CRISTO 

4ª feira - Mateus 28.1-10 Eu sei que buscai a JESUS, que foi crucificado 

5ª feira - Atos 10.40,41 A este ressuscitou DEUS ao terceiro dia 

6ª feira - João 20.1-10 Era necessário que ressuscitasse dos mortos 

Sábado - Hebreus 8.11,12 CRISTO, o Mediador de um pacto eterno

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, O aluno deverá:

·        entender o significado da ressurreição;

·        compreender que a distinção fundamental entre jesus e os falsos deuses reside no fato de que, enquanto estes permanecem na morte, jesus vive eternamente;

·        cultivar a esperança de ressuscitar e desfrutar a eternidade ao lado de jesus.

 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

    Prezado professor, lembre-se de que você possui à capacidade e o potencial para ser um líder espiritual diante daqueles e daquelas que o Senhor lhe confiou. Você percebe-se dessa maneira em sua posição? Realmente se vê como um mestre diante de sua turma? 

    Ser líder não tem relação com a ideia de impor autoridade tirânica ou ditatorial. Liderança verdadeira envolve guiar com competência, conquistando o respeito e a aceitação de seus liderados não pela força, mas por mérito. Um líder eficaz tem objetivos claros, demonstra integridade e confiança, e se dedica a preparar outras pessoas para exercerem a mesma função no futuro. Excelente aula!  

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória 

A ressurreição de JESUS é considerada o maior milagre da História, com implicações profundas para a nossa salvação. O apóstolo Paulo, em sua Carta aos Romanos, explicitou que a salvação está atrelada ao reconhecimento de CRISTO como Senhor e à crença em Sua ressurreição (Rm 10.9,10). Essa doutrina é central para o cristianismo, e a aceitação das evidências bíblicas da ressurreição do Filho de DEUS facilita o reconhecimento de outros milagres registrados na Escritura e de milagres que continuam a ocorrer na Igreja ainda hoje. 

 

1.TIPOS DA RESSURREIÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO 

O Antigo Testamento está repleto de simbolismos que prenunciam verdades profundas do Novo Testamento. Todos esses tipos apontam, conjuntamente, para a redenção final da humanidade. 

Nos subtópicos seguintes serão destacados exemplos significativos que ilustram como a vitória sobre a morte, manifestada na ressurreição de JESUS, estava tecida na trama das narrativas veterotestamentárias, desde a arca de Noé, simbolizando um novo começo após o Dilúvio, até o episódio de Jonas e seus três dias no ventre de um grande peixe (Jn 1.17), prefigurando os três dias de CRISTO na sepultura.

 

1.1. A arca de Noé 

Como destacado na lição anterior, a travessia da arca pelas águas do Dilúvio simboliza a morte de CRISTO. De forma complementar, o repouso da arca nos montes de Ararate e os primeiros passos de Noé em uma terra renovada representam a ressurreição e a nova vida.

É interessante notar a data específica em que a arca pousou sobre os montes de Ararate: E a arca repousou, no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate (Gn 8.4). Este momento não parece ser aleatório, pois o mês de Abibe passou a ser contado como o primeiro mês do calendário judaico a partir da instituição da Páscoa (Êx 12.2). O cordeiro pascal era sacrificado no décimo quarto dia desse mês (Êx 12.6), e a arca encontrou repouso no décimo sétimo dia do mesmo mês — três dias depois do sacrifício do cordeiro, lustrando à ressurreição de JESUS no terceiro dia (1 Co 15.4).

____________________________________

A arca de Noé, ao cruzar o mar de morte e ancorar em segurança, simboliza a passagem da morte para a vida, tal como o Cordeiro de DEUS, que ressuscitou ao terceiro dia, conforme prometido, trazendo nova vida a todos que nele creem.

 

1.2. As Primícias 

A partir de Êxodo 23.16, pode-se traçar um paralelo entre as práticas agrícolas do Antigo Testamento e a doutrina da ressurreição de CRISTO: a imagem da semente de trigo morrendo na terra para fazer viver o fruto, ilustra tanto a morte quanto

a ressurreição do Filho de DEUS (Jo 12.24). Esta semente, ao germinar e transformar-se no feixe de primícias, representa a primeira colheita dedicada a DEUS (Lv 23.10,11), como mencionado na Lição 9. Essa metáfora se estende ao papel de JESUS como precursor da ressurreição dos crentes, prometendo uma colheita futura de vidas ressuscitadas em Sua segunda vinda, conforme descrito por Paulo em 1 Coríntios 15.23, que organiza a sequência da ressurreição — CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda.

_________________________________

    A cerimônia judaica conhecida por Festa das Primícias (hb. Bikkurim) aponta claramente para O dia em que a ressurreição deveria ocorrer. Conforme Levítico 23.11, o sacerdote deveria mover o molho diante do Senhor no dia seguinte ao sábado, isto é, no primeiro dia da semana (domingo).

 

1.3. À vara de Arão que floresceu 

Em Números 17, a vara de Arão que floresceu serve como um poderoso símbolo da Ressurreição, como mencionado na Lição 5. Inicialmente, doze varas, representando as tribos de Israel, foram colocadas perante o Senhor, todas aparentemente mortas. Contudo, ao amanhecer, um evento milagroso ocorreu: apenas a vara de Arão, marcada com seu nome, brotou, floresceu e frutificou, simbolizando uma vida nova emergindo da morte (Nm 17.8). 

Este milagre, invisível aos olhos humanos até ser revelado por Moisés, ecoa a ressurreição de CRISTO, descoberta pelas mulheres que, ao amanhecer, encontraram o sepulcro vazio. Tal como a vara demonstrou vida, JESUS, após a crucificação, mostrou-se vivo, apresentando-se a testemunhas predeterminadas pelo Eterno, conforme narrado em Atos 1.3 e 10.41. 

A ressurreição da vara de Arão não apenas confirmou seu papel como sacerdote escolhido pelo Senhor (Nm 17.5), mas também prefigurou a ressurreição do Messias, que foi proclamado Filho de DEUS em poder (...) pela ressurreição dos mortos (Rm 1.4). 

Essa história não apenas testifica a eleição divina, como também simboliza a promessa de ressurreição para todos os crentes, anunciando uma futura colheita de vidas transformadas na segunda vinda do Messias.

 

1.4. A purificação do leproso 

O rito de purificação do leproso, descrito em Levítico 14, serve como uma poderosa prefiguração da morte e ressurreição de CRISTO. No processo, duas aves limpas eram requeridas: uma seria sacrificada sobre água corrente em um vaso de barro, enquanto a outra, após ser mergulhada no sangue da primeira, era libertada ao ar livre. 

Este ato simboliza não apenas a purificação, mas também a nova vida que emerge da morte — uma imagem vívida da expiação do Cordeiro SANTO. A ave que morre simboliza o sacrifício de CRISTO, cujo sangue purifica os pecados. Por outro lado, a ave que é libertada (e sobe ao céu) representa a ressurreição, indicando a vitória sobre a morte e a promessa de liberdade eterna para aqueles que são purificados da “lepra do pecado” por Seu sacrifício. 

Este simbolismo é reforçado em Efésios 4.8 e Hebreus 9.12, no qual a ascensão de JESUS e Sua entrada única no santuário celestial são vistas como a consumação de uma redenção eterna, alcançada por meio de Seu próprio sangue. 

 

1.5. As pedras do Jordão 

Na travessia do Jordão, os filhos de Israel tiveram de passar por um caminho aberto por DEUS através das águas (Js 3.13) da morte (Cl 3.3) para alcançarem uma nova vida na Terra Prometida (Cl 3.4). 

Ao cruzar o Jordão, o povo da aliança foi instruído a erigir doze pedras como memorial: uma para cada tribo; doze no meio do rio e doze na outra margem (Js 4.9,18,20). 

As pedras tipificam a posição do crente em seu duplo aspecto: as que estão no meio das águas falam da nossa morte com CRISTO; e as que estão colocadas em terra firme, da nossa ressurreição com Ele.

 

1.6. Jonas e os três dias 

Como mencionado na Lição anterior, a narrativa de Jonas, que passou três dias e três noites no ventre do grande peixe (ARA), serve como uma poderosa prefiguração da morte e ressurreição de JESUS, que também permaneceu três dias no seio da terra antes de ressurgir (Mt 12.40). 

Essa conexão é reforçada pela exigência de Moisés a Faraó, que pede três dias de jornada no deserto para sacrificar ao Senhor (Êx 5.3; 8.27), simbolizando o rompimento definitivo das amarras deste mundo. Faraó resistiu, limitando a distância que o povo poderia percorrer (Êx 8.28), refletindo um desejo de manter os israelitas sob influência terrena. Contudo, o plano divino era uma separação total, uma passagem para uma nova vida com DEUS.

 

2. A IMPORTÂNCIA, A CREDIBILIDADE E OS IMPACTOS DA RESSURREIÇÃO 

Este tópico aborda desde a validação histórica e teológica da ressurreição de CRISTO até as implicações práticas e transformadoras deste evento para os crentes em todo o mundo.

 

2.1. A importância da ressurreição

Paulo dedicou o capítulo 15 de sua primeira Carta aos Coríntios à importância central da ressurreição de JESUS. Nesse trecho, ele argumenta que a essência do cristianismo se baseia na vitória do Messias sobre a morte. O apóstolo abordou essa questão porque alguns membros da comunidade em Corinto, apesar de terem aceitado o evangelho, ainda duvidavam da ressurreição dos mortos (1 Co 15.11-12). Paulo, então, ensina que:

 

Vv. 13,16 - Senão Há Ressurreição De Mortos, Também CRISTO Não Ressuscitou. 

Vv. 14,17 - Se CRISTO Não Ressuscitou, Logo É Vã A Nossa Pregação, E Também É Vã A Vossa Fé. 

V. 15 - Sem A Ressurreição, Somos Também Considerados Como Falsas Testemunhas De DEUS. 

V. 17 - Sem A Ressurreição, Ainda Permanecemos No Pecado. 

V. 18 - Sem A Ressurreição, Os Que Morreram Em CRISTO Pereceram. 

V. 19 - Se Esperarmos Em CRISTO Só Nessa Vida, Somos Os Mais Miseráveis De Todos Os Homens

 

2.2. A credibilidade da ressurreição 

A ressurreição de JESUS é considerada um milagre fundamental para a fé cristã, e sua autenticidade é apoiada por testemunhos credíveis e pelo impacto duradouro desse evento. Para compreender como um milagre como a ressurreição pode ser validado, é essencial recorrer ao testemunho de indivíduos fidedignos, ao número de testemunhas que observaram o evento, e ao impacto transformador do milagre. 

As aparições de CRISTO ressuscitado, documentadas em diversas passagens bíblicas, oferecem um robusto arcabouço de evidências (Mt 28.9,16-20; Mc 16.9,12; Lc 24.34; Jo 20.19,25-29; 21.1; At 1.9; 1 Co 15.6-8). 

 

2.3. Os impactos da ressurreição 

A ressurreição de CRISTO transcende a um mero milagre; ela é a prova definitiva de Sua divindade, como preconizado em Romanos 1.4. Essa realidade é fundamentada nas palavras de JESUS, que afirmou ter o poder de dar e retomar a vida, uma autoridade que lhe fora conferida pelo Pai (Jo 5.26; 10.17,18) — essas passagens reforçam a unidade havida entre o Pai e o Filho no plano de salvação. Esse ato não somente demonstra Sua soberania sobre a vida e a morte, mas também estabelece a natureza divina e eterna do Filho de DEUS, ressaltando-o como o Criador supremo e sustentador de todas as coisas. 

Os efeitos da ressurreição são profundos e multifacetados. 

Observe: 

·        justificação pela fé — enquanto a morte de CRISTO promove a justificação, Sua ressurreição garante a transformação e a libertação completa do pecado original. Essa renovação nos prepara para sermos totalmente regenerados e glorificados, possibilitando nossa coexistência eterna na presença divina; 

·        sumo sacerdócio eterno — a ressurreição também inaugura o eterno sacerdócio de CRISTO, que agora atua como Mediador e intercessor perante DEUS, compreendendo e atendendo às necessidades espirituais dos salvos. Este papel é crucial, como descrito em passagens como 1 Timóteo 2.5,6, Romanos 8.34, Efésios 1.20-22, Romanos 5.9,10, e Hebreus 4.14-16.

 

CONCLUSÃO

O Antigo Testamento revela, de modo profundo, a pessoa e a obra de CRISTO. Isto se dá por meio de tipos, os quais são esclarecidos e confirmados no Novo Testamento (antítipos). Essas prefigurações demonstram não apenas a missão messiânica do Filho de DEUS, mas também confirmam Sua ressurreição e ascensão triunfante aos céus. 

Após ressurgir, JESUS foi exaltado, recebendo um nome que é venerado em todos os planos da existência — nos céus, na terra e até mesmo debaixo da terra. Diante do Seu poderoso nome, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Ele é o Senhor (Fp 2.9-11). Glórias, pois, a Ele eternamente. Amém! 

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais tipos da Ressurreição foram destacados nesta lição? 

R.: A arca de Noé; as Primícias; a vara de Arão que floresceu; a purificação do leproso; as pedras colocadas na margem do Jordão; e Jonas e os três dias.

 

Fonte: Revista Central Gospel