ALIANÇA (PACTO, MEMORIAL, TRATADO, COMPROMETIMENTO,
TESTAMENTO)
Sem o
conhecimento da ALIANÇA é quase impossível alguém ler e entender o plano de
redenção que DEUS fez para nos salvar, e principalmente entender algumas
passagens bíblicas que estão registradas no Antigo Testamento.
Sl 25.14
"O conselho do Senhor é para aqueles que o temem, e Ele lhes faz saber o
seu pacto (aliança, ou concerto)"
Hb 10.19
"Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo
sangue de JESUS, 20 pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo,
através do véu, isto é, da sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a
casa de DEUS, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé;
tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,
23 retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele
que fez a promessa;"
***Somos
um mesmo ESPÍRITO com Ele (1Co 6.17),
***Somos
íntimos do senhor, como vimos acima,
Portanto,
podemos conhecer a sua aliança, senão, vejamos:
A aliança
pode ser feita por diversos motivos (guerras, amizade, amor, casamento, etc...).
A maioria
das promessas de DEUS no Antigo Testamento estão condicionadas à obediência,
enquanto que a maioria das promessas de DEUS no Novo Testamento estão baseadas
em sua graça.
ALIANÇA -
(Strong Português) - ברית b ̂eriyth
1)
acordo, aliança, compromisso
1a) entre homens
1a1) tratado, aliança, associação (homem a homem)
1a2) constituição, ordenança (do monarca para os súditos)
1a3) acordo, compromisso (de homem para homem)
1a4) aliança (referindo-se à amizade)
1a5) aliança (referindo-se ao casamento)
1b) entre Deus e o homem
1b1) aliança (referindo-se à amizade)
1b2) aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
2) (expressões)
2a) fazer uma aliança
2b) manter a aliança
2c) violação da aliança
***BHÊRITE
(ALIANÇA EM HEBRAICO) = A ALIANÇA ANTERIOR É FEITA EM BASE DE IGUALDADE,
É UMA TROCA, UM ACORDO EM QUE DEUS ME DÁ E EU TENHO QUE DAR PARA DEUS O MESMO.
É CONDICIONAL.
Existem
leis e normas a serem cumpridas ou obedecidas para que as bênçãos da aliança
alcancem seus aliançados.
O auge
dessa aliança é a vida de CRISTO, o messias, o rei do reino de Israel na Terra
(milênio).
***DIATEKE (ALIANÇA
EM GREGO) = A NOVA ALIANÇA É DIFERENTE, É SUPERIOR, POIS DEUS ME DÁ TUDO O QUE
PRECISO NÃO EXIGINDO NADA EM TROCA, A NÃO SER FÉ. É INCONDICIONAL.
EU NÃO
TINHA NADA DE BOM A OFERECER, SÓ DE RUIM: PECADO E INIQUIDADE; MESMO ASSIM,
DEUS ME RECEBE COMO CABEÇA DE ALIANÇA E ME DÁ A SALVAÇÃO E TODAS AS BÊNÇÃOS
PROVINDAS DAÍ : BATISMO COM ESPÍRITO SANTO, DONS DO ESPÍRITO SANTO,
PARTICIPAÇÃO NO MINISTÉRIO, ETC...
***DEUS
FAZ ALIANÇA CONOSCO, EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR SINAL
Não está
baseada na lei e nem na obediência a elas, mas na graça de DEUS, em CRISTO,
através do ESPÍRITO SANTO que mora em nós.
São
várias as alianças que DEUS fez com os homens, mas iremos destacar, aqui as
duas mais importantes:
A aliança
Abrahâmica (com H) e a nova aliança de DEUS conosco em CRISTO JESUS.
DEUS
escolheu vir a nós através da aliança de sangue, costume antigo e muito
utilizado pelos chefes de tribos e patriarcas não só naquela época, mas também
nos dias de hoje, principalmente pelos ciganos e índios na África. No satanismo
também é muito usado, pois satanás imita as coisas de DEUS e sabe quanto vale o
sangue no reino espiritual. (Satanás usa sangue de galinha preta, de bodes etc...)
Hb 9.22
"E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem
derramamento de sangue não há remissão." Veja também: Mt 23.34; 26.28; Jo
19.34; At 15.20; 20.28; Rm 3.25; Hb 9.12-22
***São
nove os requisitos (ou normas, ou leis) exigidos para se fazer aliança com
alguém :
1.1-
TROCA DE CINTO (ou de armadura, ou de armas): Significa proteção, quem luta
contra mim luta contra ti e quem luta contra ti, luta contra mim. (CINTO
ERA USADO PARA CARREGAR ARMAS)
Exemplo:
Gn 15.1 "Depois destas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão numa visão,
dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, o teu galardão será
grandíssimo."
Outro
exemplo: 1 Sm 18.3 "Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque
o amava como à sua própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e
a deu a Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco
e o seu cinto."
1.2-
TROCA DE TÚNICA (ou Capa): Significa que tua vida se torna
minha vida e que minha vida se torna tua vida. Era complemento do primeiro
tópico.
Exemplo:
Gn 12.3 "Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te
amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra"
Outro exemplo: 1 Sm 18.3 "
Então Jônatas fez um pacto (aliança) com Davi, porque o amava como à sua
própria vida. 4 E Jônatas se despojou da capa que vestia, e a deu a
Davi, como também a sua armadura, e até mesmo a sua espada, o seu arco e o seu
cinto."
1.3-
CORTE COM DERRAMAMENTO DE SANGUE: Significa cortar aliança com.
Sangue é vida, nossas vidas se unem para sempre, eternamente. Corte geralmente
feito no pulso ou na mão; no caso de Abrahão, o sinal foi feito na carne do
prepúcio ou seja, na pele que une a glande do órgão sexual masculino ao pênis,
através de uma faca de pedra (circuncisão).
Exemplo:
Gn 17.11 "Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por
sinal de pacto entre mim e vós."
Outro
exemplo: Ex 4.25 Então Zípora tomou uma faca de pedra, circuncidou o prepúcio
de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse: Com efeito, és para mim um
esposo sanguinário.
1.4-
SINAL DA ALIANÇA: PRIMEIRO MEMORIAL - Significa fazer
cicatriz, marcar com sinal visível na carne. Usa-se passar cinza no local do
corte para que outros soubessem, quando vissem; na África ainda se encontra
chefes indígenas com marcas pelo braço, e quanto mais marcas, mais poderoso é o
chefe, pois possui muitos amigos também chefes. Era complemento do tópico
3.
Exemplo:
Gn 17.11 " Circuncidar-vos-eis na carne do prepúcio; e isto será por sinal de
pacto entre mim e vós."
Outro
exemplo: 21.4 "E Abraão circuncidou a seu filho Isaque,
quando tinha oito dias, conforme DEUS lhe ordenara."
1.5-
TROCA DE NOMES: significa que o meu nome passa a ter direito sobre tudo o
que o teu nome tem e o teu nome passa a ter direito sobre tudo o que o meu nome
tem direito, inclusive dívidas. (Gn 17.5/28.13). Eu passo a ter um pedaço do
seu nome e você passa a ter um pedaço do meu nome.
Exemplo:
Gn 17.4 "Quanto a mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de
muitas nações; 5 não mais serás chamado Abrão, mas Abrahão será o teu
nome; pois por pai de muitas nações te hei posto;"
A partir
daí Abrão passou a se chamar AbraHão (esse "H" é
importante, pois vem do nome de DEUS (YHWH) ; infelizmente no português não
traduziram com o 'H", porém nas outras línguas, sim.
DEUS
também teria que mudar o seu nome; a partir daí ELE se apresenta como o DEUS
de Abrahão.
Gn 26.24
"E apareceu-lhe o Senhor na mesma noite e disse: Eu sou o DEUS de
Abrahão, teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e te abençoarei e
multiplicarei a tua descendência por amor do meu servo Abrahão."
Gálatas
3.13= Abrahão recebe o H de DEUS e fica com um novo nome, ABRAHÃO,
(recebe o H = ESPÍRITO, pela fé).
1.6-
TERMOS DA ALIANÇA: Significa: leis que vão reger a aliança se
mantida ou se quebrada. (Todo o capítulo de Dt 28, fala de bênçãos e maldições
da aliança) AbraHão, recebe promessas, homem pecava, mas prevaleciam as
promessas, foi necessário acrescentar leis, continuaram a transgredir e foi
necessário acrescentar os cerimoniais que acabam não sendo suficientes para a
purificação do homem; DEUS enviou seu filho para um único e perfeito
sacrifício. (Hb 10.12-18).
Em Dt 28
temos como benção da aliança por exemplo: "11 E o Senhor te fará
prosperar grandemente no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no
fruto do teu solo, na terra que o Senhor, com juramento, prometeu a
teus pais te dar. 12 O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para
dar à tua terra a chuva no seu tempo, e para abençoar todas as obras das
tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás
emprestado. 13 E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda;
e só estarás por cima, e não por baixo; se obedeceres aos
mandamentos do Senhor teu DEUS, que eu hoje te ordeno, para os guardar
e cumprir, 14 não te desviando de nenhuma das palavras que eu hoje te
ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, e não andando após
outros deuses, para os servires."
Em Dt 28
temos como maldição da aliança por exemplo: "27 O Senhor te ferirá com as
úlceras do Egito, com tumores, com sarna e com coceira, de que não possas
curar-te; 28 o Senhor te ferirá com loucura, com cegueira, e com pasmo de coração.
29 Apalparás ao meio-dia como o cego apalpa nas trevas, e não prosperarás nos
teus caminhos; serás oprimido e roubado todos os dias, e não haverá quem te
salve. 30 Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela;
edificarás uma casa, porém não morarás nela; plantarás uma vinha, porém não a
desfrutarás. 31 O teu boi será morto na tua presença, porém dele não comerás; o
teu jumento será roubado diante de ti, e não te será restituído a ti; as tuas
ovelhas serão dadas aos teus inimigos, e não haverá quem te salve."
AS LEIS PROMULGADAS NO SINAI SÃO
TERMOS DA ALIANÇA MOSAICA FEITAS ENTRE DEUS E O POVO HEBREU ATRAVÉS DE MOISÉS.
1.7-
REFEIÇÃO DA ALIANÇA: Significa: tudo o que eu como vai para o meu
sangue e sangue é vida, então a minha vida se torna a tua e tua vida se torna
minha; CRISTO, em Melquisedeque faz refeição com AbraHão.
Exemplo: Gn 14.18 Ora,
Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do DEUS
Altíssimo; 19 e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo DEUS
Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! 20 E bendito seja o DEUS Altíssimo,
que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.
1.8-
MORTE DE UM ANIMAL OU PASSAR PELAS METADES: Significa:
estamos morrendo e nascendo de novo, também significa: Que eu morra se não
cumprir e que tu morras se não cumprir.
Colocava-se
uma parte do animal de um lado e outra parte do outro lado e depois os cabeças
de aliança, ou chefes, passavam pelas metades de braços dados, dando a entender
que:
***Este
sinal significa infinito; a aliança passa de pai para filho, é eterna.
***Daí a
aliança ser um círculo, significa eternidade; sem princípio e nem fim.
Jr
34.18 Entregarei os homens que traspassaram o meu pacto (aliança,
concerto), e não cumpriram as palavras do pacto (aliança, concerto) que fizeram
diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando pelo meio
das duas porções.
Gênesis
15.9 Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, uma cabra de
três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. 10 Ele, pois, lhe
trouxe todos estes animais, partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em
frente da outra; mas as aves não partiu.11 E as aves de rapina desciam sobre os
cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. 12 Ora, ao pôr do sol, caiu um profundo
sono sobre Abrão; e eis que lhe sobrevieram grande pavor e densas trevas. 13
Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será
peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por
quatrocentos anos; 14 sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de
servir; e depois sairá com muitos bens. 15 Tu, porém, irás em paz para teus
pais; em boa velhice serás sepultado. 16 Na quarta geração, porém, voltarão
para cá; porque a medida da iniquidade dos amorreus não está ainda cheia. 17
Quando o sol já estava posto, e era escuro, eis um fogo fumegante e uma tocha
de fogo, que passaram por entre aquelas metades. 18 Naquele mesmo dia fez o
Senhor um pacto (aliança, concerto) com Abrão, dizendo: Â tua descendência
tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates;
Interpretação:
a) Três
animais: Significa três pessoas, PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO.
b)
Pássaros no céu e animais na terra( aliança entre céu e terra, entre DEUS e
homens.)
c) Uma
rolinha e um pombinho voam, são do céu, significa que o PAI e o ESPÍRITO SANTO
vão para o céu, JESUS fica para o sacrifício. O cordeiro é animal terreno,
JESUS se torna homem, o cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (Jo 12.24 =
se o grão de trigo caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas, se morrer dá
muito fruto(Jo 1.36)
d) Fogo
fumegante representa o modo como DEUS PAI apareceu no monte Sinai e sobre a
tenda da congregação, bem como em outras manifestações.(Êx 19.18 "Nisso
todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a
fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia
fortemente".)
e) Tocha
de fogo representa CRISTO ( Eu sou a luz do mundo - Jo 8.12 "Então JESUS
tornou a falar-lhes, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo
algum andará em trevas, mas terá a luz da vida.")
f) O Pai
representando DEUS e o Filho representando o homem; assim a aliança foi feita
entre DEUS e os homens, em CRISTO, pois é pecador é fraco e não
conseguiria afastar Satanás e vencê-lo.
1.9-
ÁRVORE OU ANIMAL MANCHADO DE SANGUE (poderia também plantar uma árvore para
servir de memorial) :
SEGUNDO
MEMORIAL:
- Abrahão
plantou um bosque. (E plantou um bosque em Berseba, e invocou lá o nome do
Senhor, Deus eterno. Gênesis 21:33)
-
Significa a lembrança da aliança, toda vez que olhar pra lá, devem se lembrar
da aliança.
Plantar
árvore, lembrança da pazinha na armadura: Dt 23.13 "Entre os teus
utensílios terás uma pá; e quando te assentares lá fora, então com ela cavarás
e, virando-te, cobrirás o teu excremento"; (fezes). É o cuidado que DEUS
tem com a natureza e com a saúde de seus filhos.
(No
sacrifício pode ser usado um, ou mais, Novilhos ou Ovelhas).
Gn
21.33 "Abraão plantou uma tamargueira em Beerseba, e invocou ali o nome do
Senhor, o DEUS eterno".
NOTE QUE
A ALIANÇA PASSA DE PAI PARA FILHO, POR ISSO O REI DAVI SE LEMBROU DO FILHO DE
JÔNATAS PARA ABENÇOÁ-LO, MESMO MEFIBOSETE O CONSIDERANDO COMO SEU INIMIGO.
2 Sm
4.4,6,8,10 Ora, Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos
pés. Este era da idade de cinco anos quando chegaram de Jezreel as novas a
respeito de Saul e Jônatas; pelo que sua ama o tomou, e fugiu; e sucedeu que,
apressando-se ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo. O seu nome era Mefibosete.
6 E
Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, veio a Davi e, prostrando-se com o
rosto em terra, lhe fez reverência. E disse Davi: Mefibosete! Respondeu ele:
Eis aqui teu servo.
8 Então
Mefibosete lhe fez reverência, e disse: Que é o teu servo, para teres olhado
para um cão morto tal como eu?
10
Cultivar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos; e recolherás
os frutos, para que o filho de teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete,
filho de teu senhor, comerá sempre à minha mesa...
DAVI FOI
LEAL À ALIANÇA QUE TINHA COMO O PAI DE MEFIBOSETE - DEUS TAMBÉM O LIVROU DE VER
SEU REINO DIVIDIDO EM SEUS DIAS.
VEREMOS
AGORA A NOVA ALIANÇA FEITA POR JESUS CRISTO COM O PAI, PELOS HOMENS, EM LUGAR
DOS HOMENS, SUBSTITUINDO OS HOMENS PECADORES, SENDO INTERMEDIÁRIO ENTRE OS
HOMENS E DEUS PAI.
***BHÊRITE
(ALIANÇA EM HEBRAICO) = A ALIANÇA ANTERIOR É FEITA EM BASE DE
IGUALDADE, É UMA TROCA, UM ACORDO EM QUE DEUS ME DÁ E EU TENHO QUE DAR PARA
DEUS O MESMO.
***DIATEKE (ALIANÇA
EM GREGO) = A NOVA ALIANÇA É DIFERENTE, É SUPERIOR, POIS DEUS ME DÁ TUDO O QUE
PRECISO NÃO EXIGINDO NADA EM TROCA, A NÃO SER FÉ.
EU NÃO
TINHA NADA DE BOM A OFERECER, SÓ DE RUIM: PECADO E INIQÜIDADE; MESMO ASSIM,
DEUS ME RECEBE COMO CABEÇA DE ALIANÇA E ME DÁ A SALVAÇÃO E TODAS AS BÊNÇÃOS
PROVINDAS DAÍ : BATISMO COM ESPÍRITO SANTO, DONS DO ESPÍRITO SANTO,
PARTICIPAÇÃO NO MINISTÉRIO, ETC...
***DEUS
CONOSCO EM CRISTO, Hb 8.9, 1 Co 1.30 E Gl 3.16 = MAIOR SINAL
***JESUS
CUMPRINDO CADA PASSO DA ALIANÇA:
1. TROCA
DE CINTO:
- Ef
6.10-18 ARMAS.
Toda a
armadura de Deus - cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça
da justiça, e calçados nos pés na preparação do evangelho da paz; o escudo da
fé, o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus,
orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com
toda perseverança e súplica por todos os santos
- II Co
10.4,5 ARMAS ESPIRITUAIS (principal é o nome de JESUS) -
4
Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus,
para destruição das fortalezas; 5 destruindo os conselhos e toda altivez que se
levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à
obediência de Cristo,
2. TROCA
DE TÚNICA:
Fl 2.6-11
/ Jo 10.17 / Cl 3.8-10; Mt 17:2; Apocalipse 3:5 - VESTES DE SANTIDADE E
DE SALVAÇÃO.
Fl 2.6
que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. 7 Mas
aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à
morte e morte de cruz.
Jo 10.17
Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.]
8 Mas,
agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da
maledicência, das palavras torpes da vossa boca. 9 Não mintais uns aos outros,
pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos.
Mateus
17:2 E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e
as suas vestes se tornaram brancas como a luz.
Apocalipse 3:5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira
nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante
de meu Pai e diante dos seus anjos.
3. CORTE
COM DERRAMAMENTO DE SANGUE:
Jo 20.25-29;
Lc 2.21, 39; 1 Pd 1.18, 19
-Circuncisão
interior.
Rm 2.28
"Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é
exteriormente na carne. 29 Mas é judeu aquele que o é interiormente, e
circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém
dos homens, mas de DEUS."
Lc 2.21
E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado
o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.
Lc 2.39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galileia,
para a sua cidade de Nazaré.
1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos
vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha, o sangue de CRISTO,(1 Pd 1.18)
4.
CICATRIZ:
Jo 20.27;
1 Co 6:20; Ef 1.13
Jo 20.27
Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão
e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
Significa
que quando satanás nos quer dominar, devemos lembrar-lhe de que lá no céu JESUS
CRISTO tem as marcas da aliança, provando que nos comprou e que temos com ELE
uma aliança; somos de DEUS, pois JESUS nos comprou com seu sangue.
1 Co 6.19
"Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do ESPÍRITO SANTO, que habita
em vós, o qual possuís da parte de DEUS, e que não sois de vós mesmos? 20
Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a DEUS no vosso corpo."
NA
EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS, PAULO FALA DO SELO.
Ef 1:13
em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o
Espírito Santo da promessa;
5. TROCA
DE NOMES:
Lc 5.24;
Rm 8.16; Ef 1.13
JESUS
gostava de se chamar "filho do homem", nós gostamos de ouvir o
ESPÍRITO SANTO testificar com nosso espírito que somos filhos de DEUS.
Lucas
5:24 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra poder de
perdoar pecados (disse ao paralítico), eu te digo: Levanta-te, toma a tua cama
e vai para tua casa.
Rm 8.16 "O ESPÍRITO mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos
de DEUS;"
Ef 1.13
"No qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO
da promessa, 14 o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão
de DEUS, para o louvor da sua glória." (Recebemos o "H" de DEUS)
6. TERMOS DA NOVA ALIANÇA:
Condições
para entrar = Mt 10.32; Rm 10.8; Ef 2.8; Gl 3.13; Gl 5:4
NÃO é por
merecimento, mas pela graça de DEUS mediante a fé:
Ef 2.8,9
- 8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós,
é dom de DEUS; 9 não vem das obras, para que ninguém se glorie."
Leis
Espirituais que estão no Cap.5 de Mateus. Bem-Aventuranças.
Ex.: Mt
5.3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Só tem
bênçãos, pegue o Novo Testamento e saberá quais são. – Se creres verás a glória
de DEUS. (Rm 5.1,2; Hb 10.16).
Todas as
maldições JESUS já levou na cruz do calvário. Gl 3.13
Gl
3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós,
porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
QUEM ESTÁ
NA LEI - DA GRAÇA CAIU
Gl 5:4
Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça
tendes caído.
7.
REFEIÇÃO DA ALIANÇA:
Ceia com
os discípulos antes de morrer e conosco renovada sempre NA CEIA (Lc 22.7-23; Jo
6.51-54; 1 Co 11.26)
Lc 22:19
E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o
meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim.
Jo 6:51
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para
sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.
1 Co 11:26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que venha.
8. MORTE
DE UM ANIMAL:
Jo 1.29;
Jo 19.30; Rm 6.88; 8.10; 1 Pd 1.18, 19
JESUS é o
cordeiro que deu sua vida por nós e é o que tira o pecado do mundo.
Jo 1.29
No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo.
Lembrando
que no batismo nas águas nós morremos.
Rm 6.88
Ora, se já morremos com CRISTO, cremos que também com ele viveremos,
1 Pd 1.18
sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos
pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha,
o sangue de CRISTO.
9. ARVORE
MANCHADA DE SANGUE (MEMORIAL) :
Mt 26:28; Rm 12.1; Cl 2:14; Fp 2:8; Hb 9.13-151; Jo 1.7
Cruz
ensanguentada no calvário.
Mt 26:28
Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por
muitos, para remissão dos pecados.
Palavra
fez um corte profundo em nós (Rm 12.1; Hb 9.14)
Rm 12.1
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo
em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Cl 2:14
havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de
alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
Fp 2:8 e,
achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e
morte de cruz.
Hb 9.14
quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si
mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para
servirdes ao Deus vivo?
1 Jo 1.7
mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de JESUS seu Filho nos purifica de todo pecado.
***MAIOR
SINAL DA ALIANÇA:
CRISTO,
NUM CORPO DE HOMEM NO CÉU; AQUI O ESPÍRITO SANTO MORANDO DENTRO DE NÓS, NA
TERRA.
HÁ UM
HOMEM (JESUS) LÁ EM CIMA E DEUS (ESPÍRITO SANTO) AQUI NA TERRA.**
DISPENSAÇÕES E ALIANÇAS:
DISPENSAÇÃO
DA INOCÊNCIA E ALIANÇA EDÊMICA
Homem
colocado em ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples de amor, temor e
amizade, sendo advertido das consequências da desobediência; a mulher é
enganada e o homem peca deliberadamente depois da tentação satânica, o orgulho
prevalece (1 Tm 2.14).
A aliança
Edêmica prepara o plano de salvação do homem, agora o homem teria novas normas:
a) Encher
a terra de uma nova ordem, a humana que herdaria a semente pecaminosa de adão.
b)
Subjugar a terra para subsistência.
c) Lutar
pelo domínio sobre toda a criação.
d) Comer
ervas e frutos com suor e fadiga.
e) Zelar
pelo jardim.
f)
Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal.
DISPENSAÇÃO
DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA ADÂMICA
O homem
passou a conhecer do bem e do mal, Expulso do Éden e amaldiçoado.
A aliança
Adâmica exige sacrifícios de purificação do homem para que se chegue a DEUS.
a)
Satanás, através da serpente é amaldiçoado.
b)
Ouve-se a primeira promessa de um Redentor. (vv 15)
c) A
condição da mulher mudada (vv 16) para concepção multiplicada e com dor e
sujeição ao homem, devido à necessidade de governo. (1 Co 11.7-9)
d) A
terra amaldiçoada por causa do homem (vv 17)
e) O
inevitável cansaço da vida (vv 17)
f) O
trabalho instituído no Éden (Gn 2.15)
g) A morte
física decretada (vv 19)
DISPENSAÇÃO
DO GOVERNO HUMANO OU DA CONSCIÊNCIA E ALIANÇA NOÉTICA.
Governo
do homem pelo homem procurando obedecer a DEUS
A aliança
com Noé tem como base:
a)
Confirmação de relação homem-terra.
b)
Confirmação de ordem da natureza.
c)
Estabelecimento do governo humano.
d)
Garantia de que a terra não sofreria outro dilúvio (arco-íris).
e) De Cão
procederia raça inferior e servil.
f)
Relação especial entre DEUS e Sem, visando CRISTO.
g)
Declaração profética de que Jafé seria de raça dilatada, ou seja
inteligente.
DISPENSAÇÃO
DA PROMESSA E ALIANÇA ABRAÃMICA
A
promessa foi feita a Abraão e sua posteridade que é CRISTO (Gl 3.8-16)
A aliança
Abraâmica tem oito partes distintas:
a) Farei
de ti uma grande nação, em um sentido natural e espiritual.
b)
Abençoar-te-ei, em dois sentidos, materialmente e espiritualmente.
c)
Engrandecerei o teu Nome.
d) Serei
teu escudo e galardão.
e) Tu
serás uma benção.
f)
Abençoarei os que te abençoarem.
g)
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.
h) Por
meio de ti serão benditas todas as famílias da terra.
DISPENSAÇÃO
DA LEI E ALIANÇAS MOSAICA, PALESTINIANA E DAVÍDICA
Foi dada
para mostrar o pecado Rm 3.20. Do Sinai ao calvário, do Êxodo à Cruz.
Terminou, envelheceu, durou até João Batista Hb 8.13; Mt 11.13; Lc 16.16;
Veja:
5.1- O
estado do homem no começo (Ex 19.1-3).
5.2- Sua
responsabilidade (Êx 19.5,6).
5.3- Seu
fracasso (II Rs 17.7-17).
5.4- O
julgamento (II Rs 14.1-6,20)
A lei foi
dada verbalmente em Êx 20.1-17, depois foi escrita por DEUS em tábuas de pedra
e entregues a Moisés que as quebra devido à idolatria do povo (Êx
34.1,28,29), sendo que depois é escrita por Moisés, na presença de DEUS
(Êx 34.1,28,29).
*** A
aliança Mosaica constitui-se de :
a) Os
mandamentos (Êx 20.1-26)
b) Os
Juízos (Êx 21.1 a 24.11)
c) As
ordenanças (Êx 24.12-31.18)
Lembrando
de que o SENHOR JESUS resumiu toda a lei em 2 mandamentos (Lc 10.27)
***A aliança
Palestiniana foi feita com os Israelitas depois da peregrinação de
Israel pelo deserto por quarenta anos, devido à sua rebeldia para com DEUS. Era
na realidade um preparação para que entrassem na terra prometida e era ao mesmo
tempo uma renovação da aliança Mosaica. Bênçãos e maldições são proclamadas (Dt
28; Js 24.24,25)
***A
aliança Davídica foi realizada com base no reino de Israel, com a promessa de
que sempre existiria um descendente de Davi no trono. (2 Sm 7.11-16; Sl 89.34)
Esta promessa terá seu cabal cumprimento no milênio quando JESUS governará
pessoalmente a Israel terrestre.
DISPENSAÇÃO
DA GRAÇA OU ECLESIÁSTICA E A NOVA ALIANÇA
Aqui a
palavra chave é “graça”. Da crucificação até a volta de JESUS em duas etapas,
uma no arrebatamento e outra no final da grande tribulação. Na dispensação da
graça é-nos oferecida a salvação pela fé em JESUS CRISTO e não pelas obras. Ef
2.8.
A nova aliança
é feita com base em melhores promessas, pois não só nos oferece a possessão de
terra ou riquezas terrenas, ou qualquer outro bem material, mas acima de tudo
isso oferece-nos a salvação, a vida eterna com DEUS, no céu onde não há traça e
nem ferrugem, mas paz, gozo e alegria eternos, no espírito, coisas superiores
portanto, pois são eternas.
Na nova
aliança temos como único mediador JESUS CRISTO (1Tm 2.5), a velha aliança
perdeu seu valor, pois esta é superior (Rm 10.4); Lembramos sempre dessa
nova aliança ao cearmos (Lc 22.20; Mc 14.24; 1Co 11.23-32)
DISPENSAÇÃO
DO MILÊNIO OU DO GOVERNO DIVINO E ALIANÇA MILÊNICA
JESUS
CRISTO descerá pessoalmente à terra e será reis do reis e senhor dos senhores
literalmente, seu reino será literal em cumprimento à promessa feita a Davi. Mt
19.28.
Neste
tempo Satanás será preso por mil anos (Ap 20.2), Os crentes reinarão com CRISTO
nessa época (Ap 20.4).
A
primeira ressurreição acabará no final da grande tribulação e início do
milênio.(Ap 20.5)
Satanás
será solto e vencido no final do milênio (Ap 20.7; 20.10-15)
***Algumas
promessas para quem for fiel a essa aliança:
»APOCALIPSE
[21]
1 E vi um
novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira
terra, e o mar já não existe.
2 E vi a
santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de DEUS, adereçada
como uma noiva ataviada para o seu noivo.
3 E ouvi
uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de DEUS está
com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e DEUS mesmo
estará com eles.
4 Ele
enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais
pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
5 E o que
estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E
acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
6
Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A
quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida.
7 Aquele
que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu DEUS, e ele será meu filho.
Agora
pegue a bíblia em Mateus, capítulo 1, versículo 1, segure aí e pegue em
Apocalipse 22.21 – tudo isso são bênçãos de DEUS para nós, aproveite e leia
tudo; AMÉM?
ALIANÇA. Em
hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit, e berit karat
significa "fazer (lit., 'cortar' ou 'lapidar') uma aliança". Em grego
o termo é diatheke (que pode significar tanto "pacto" como
"último desejo e testamento"), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb
8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que
quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias. As
alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da
verdade: Soteriologia - O plano de DEUS através de JESUS CRISTO para redimir os
seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas
alianças.
Alianças
Bíblicas Específicas
1.
Aliança Noéica. Esta é a primeira aliança claramente mencionada nas
Escrituras. Ela foi prometida a Noé em Gênesis 6.18 e está registrada em
Gênesis 8.20-9.17. Esta aliança foi, sobretudo, unilateral, pois DEUS era o seu
criador e executor, não requerendo um compromisso de aceitação e consentimento
por parte de Noé, como no caso do juramento dos israelitas ao pé do Monte Sinai
(veja Êx 19.8).
As partes
desta aliança eram DEUS e a terra (Gn 9.13) ou Noé e todos os seus descendentes
(Gn 9.9,16,17). Daqui por diante, ela era universal em seu escopo. Apesar
disso, ela tinha certas condições, a saber, que a humanidade fosse frutífera,
se multiplicasse e enchesse a terra (9.1,7); que não comesse carne com vida,
isto é, com o sangue (9.4). Assim, a aliança era condicional, porque DEUS
trouxe um julgamento sobre a humanidade no episódio da Torre de Babel na forma
de uma confusão de línguas, para forçar o povo a se espalhar e povoar a terra,
quando eles estavam deliberadamente desafiando o propósito e a ordem de DEUS
(Gn 11.4-9). O Resultado era a promessa de que DEUS nunca mais destruiria a
terra com um dilúvio (Gn 8.21; 9.11,15), com a concomitante promessa da
regularidade das estações (Gn 8.22). A garantia de que DEUS iria manter esta
aliança enquanto durasse a terra encontrava-se em seu sinal ou prova, o
arco-íris (9.12-17).
2.
Aliança Abraâmica. Esta é geralmente considerada uma aliança unilateral no
sentido de que foi em primeiro lugar anunciada por DEUS, sem qualquer condição
a ela vinculada. Entretanto, um elemento bilateral aparece em Genesis 17.1:
"Eu sou o DEUS Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito";
e na última repetição e confirmação da aliança a Abraão em Genesis 22.16ss., quando
DEUS diz, "Por mim mesmo, jurei... porquanto fizeste esta ação e não me
negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei".
As partes
desta aliança eram DEUS e Abraão. A condição - revelada por DEUS a Abraão,
depois dele demonstrar a sua vontade de obedecer à ordem de DEUS de oferecer
Isaque - era a obediência pela fé (cf. Hb 11.17-19). Os resultados foram: a
promessa de DEUS de transformar a posteridade de Abraão em uma grande nação (Gn
12.2); aumentar a sua semente tornando-a numerosa como a areia do mar (Gn
22.17); abençoar aqueles que abençoassem o povo judeu e amaldiçoar aqueles que
o amaldiçoassem (Gn 12.3); e dar à descendência a Abraão (ou seja, a Israel), a
Palestina e o território que vai do rio do Egito até o Eufrates. Finalmente, e
o mais importante de tudo, o mundo inteiro seria abençoado através da sua
descendência, que era CRISTO (Gl 3.16), e CRISTO por sua vez dominaria sobre
todos os seus inimigos (Gn 22.17,18). A garantia desta grande aliança era o
juramento de DEUS por si mesmo e por seu grande Nome (Gn 22.16; Hb 6.13-18),
assim como o derramamento do sangue dos sacrifícios (Gn 15.9,10,17).
3.
Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o
surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era
muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa,
empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga
no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os
seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da
metade do segundo milênio a. C., revelou que existia uma forma paralela entre
estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha seis elementos.
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag.
61-64.
O
CONCERTO DO SINAI.
Aliança
Mosaica ou do Sinai.
Nesta
aliança vemos o surgimento de um novo fator, de uma forma particular. A aliança
Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito
mais complexa, empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e
vassalagem em voga no antigo Oriente, onde o grande senhor ou suserano ditava
um acordo para os seus vassalos ou servos. Um recente estudo dos tratados ou
alianças hititas da metade do segundo milênio a. C., revelou que existia uma
forma paralela entre estas e a aliança de DEUS com Israel, e cada uma continha
seis elementos.
(1) Um preâmbulo:
"Eu sou o Senhor, teu DEUS" (Ex 20.2a), identificava o autor da
aliança, e correspondia a cada introdução como "Estas são as palavras do
filho de Mursilis, o grande rei, e rei da terra de Hati, o valente, o filho
favorito do deus do trovão etc..." (ANET, p. 203).
(2) Um
prólogo histórico: "...que te tirei da terra do Egito, da casa da
servidão" (Êx 20.2). Em Deuteronômio, que é a segunda dádiva da aliança e
da lei, o prólogo histórico se expandia amplamente a fim de abranger o modo
como DEUS levou Israel pelo deserto até aos limites da terra prometida (Dt
1.6-4.49). Moisés está repetindo e expandindo a aliança dada no Sinai, para
atualizá-la e preparar Israel para a entrada na terra prometida. Nas alianças
hititas, o suserano dominador lembrava ao governante vassalo (o governante
subjugado) os benefícios que ele desfrutara até o momento como vassalo de seu
reino, como a base para a sua gratidão e obediência futura.
(3) As
estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: "Não terás outros deuses
diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura..."Não te encurvarás
a elas nem as servirás" (Êx 20.3-5). Uma típica aliança hitita foi
registrada da seguinte forma: "Mas tu, Duppi-Tessub permaneça leal ao rei
da terra de Hati... Não volte os seus olhos para mais ninguém" (ANET, p.
204). Em sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança começa com os Dez
Mandamentos e continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio, ela começa com a
lei no cap. 5 e continua pelo cap. 26.
(4)
Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a manutenção ou o
rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo, estas sanções
estão vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por exemplo:
"Visito a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e, "Honra
a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra" (Êx
20.12). Além disso, mais sanções e advertências são dadas com a promessa de
direção e proteção pela presença de DEUS (Êx 23.20-33; para mais bênçãos e
maldições, veja Levítico 26). Mas em Deuteronômio há dois capítulos de bênçãos
e maldições que devem ser lidos publicamente e expostos na cerimónia de
renovação da aliança (27 e 28), seguidos pela conhecida aliança Palestina
(29-30). Bênçãos e maldições também eram escritas nos tratados da Ásia
ocidental. A confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida
era um juramento ou ainda a morte daquele que fez a aliança. "Os termos
juramento e aliança são sempre usados como sinônimos no AT, assim como os
termos juramento e tratado nos textos extra-bíblicos" esta é a conclusão
de Gene M. Tucker ("Covenant Forms and Contract Forms", VT, XV
[1965], p. 497). Uma aliança no AT era, em sua essência, um juramento, um
acordo solene. DEUS confirmou a aliança Mosaica através de um juramento
mencionado em Deuteronômio 29.12ss. O juramento... "que o Senhor, teu
DEUS, hoje faz contigo" (cf. Dt 32.40; Ez 16.8; Nm 10.29). As partes que
faziam a aliança deveriam se tornar como os mortos, de maneira que não poderiam
mais mudar de ideia e revogá-la, assim como os mortos também não poderiam fazer
(Gn 15.8-18; Hb 9.16,17). Assim, o sangue dos animais substitutos sacrificados
era espargido na cerimónia de ratificação da aliança, para representar a
"morte" das partes (Êx 24.3-8). Os tratados hititas comuns na época
de Moisés não tinham como característica um juramento por parte do suserano; ao
invés disso, eles enfatizavam o juramento de lealdade por parte do vassalo.
(5)
Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista de divindades
como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças bíblicas, os
deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais de pedra
podiam ser uma testemunha (Êx 24.4; cf. Js 24.27); os céus e a terra eram
convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da lei
(ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a finalidade de ser uma
testemunha (Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os votos
que fizeram por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimónia de renovação
da aliança no final da vida de Josué, o próprio povo atuou como testemunha (Js
24.22).
(6) A
perpetuação da aliança. Esta podia ser vista no cuidado pela segurança dos
documentos do tratado, que no caso dos pagãos eram geralmente depositados
perante ou sob um deus pagão de uma nação que fazia parte do tratado. Esta
atitude poderia ser contrastada com as tábuas da aliança Mosaica, colocadas
dentro da arca da aliança em Israel (Êx 25.16,21; 40.20; Dt 10.2). As alianças
hititas e a aliança Mosaica eram lidas periodicamente em público, e as crianças
eram nelas instruídas. A lei era registrada em pedras caiadas (Dt 27.4), e lida
em voz alta durante as cerimônias, como aconteceu quando as bênçãos e maldições
foram pronunciadas (estando a metade de Israel no Monte Ebal e a outra metade
no Monte Gerizim), depois de terem entrado na terra prometida (Dt 27.9ss.; Js
8.30-35). A lei era lida integralmente e publicamente a cada sete anos na Festa
dos Tabernáculos (Dt 31.9-13). Chegou-se a várias conclusões importantes como
resultado da comparação da aliança Mosaica com os antigos tratados de suserania
daquela época:
(a) DEUS
falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito, mas que também fosse
familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais apurados da forma até
mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido estabelecida antes de 1200
a.C, porque os tratados aramaicos e assírios do primeiro milênio a. C. não
possuem vários dos elementos característicos comuns aos hititas e à aliança do
Sinai (veja Meredith G. Kline, The Treaty of the Great King, p. 42ss.).
(6) A
forma particular da aliança hitita em Deuteronômio nos leva a ver que a ênfase
é maior no significado da aliança do que em seu significado legal, (c) Estudos
mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com quatro mandamentos
na primeira e seis na segunda, mas duas cópias de pedra do mesmo tratado ou
aliança: uma para DEUS - mantida na arca - e outra para Israel. O mesmo
acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias eram feitas, uma
para o rei do suserano e outra para o rei do vassalo. Certas diferenças
importantes, não devem, entretanto, passar despercebidas. A Aliança Mosaica,
como feita por DEUS, baseava-se no amor e na graça e não simplesmente em poder.
Além disso, ela tinha como objetivo a salvação dos eleitos de DEUS, e não a
mera submissão e obediência. Voltando ao significado e à importância espiritual
dessa aliança, podemos concluir que o elemento condicional é prioritário em
relação ao elemento incondicional. Será que está sendo ensinada a expressão
"faze isso e viverás" (cf. Lc 10.28) no sentido de que a vida eterna
para o crente do AT dependia de se guardar a lei de DEUS? Se fosse, as obras
seriam de valor meritório até que viesse a cruz! Ou será que DEUS queria dizer
que deveriam viver à luz da lei? O Senhor JESUS CRISTO, no Sermão do Monte,
ensinou esta segunda visão quando expôs vários mandamentos e disse: "Sede
vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus" (Mt
5.48). Ele aplicou a lei com o propósito da contínua santificação do crente e
não para a sua justificação. Em Levítico 18.5 é feita a mesma aplicação da lei:
"Os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, fazendo-os o
homem, viverá por eles" (ou seja, naquele âmbito). Quando vemos que esta
aliança começa com a graça: "Eu sou o Senhor, teu DEUS, que te tirei da
terra do Egito, da casa da servidão" (Êx.20.2), e acrescentamos a isto uma
consideração dos fatos descritos acima, somos levados a vê-la como uma aliança
cheia de graça. A aliança Mosaica, então, torna-se tanto um aio que tem a
função de nos trazer a CRISTO, onde todos os tipos de aliança apontam para ele,
como um padrão para guiar o comportamento dos crentes do AT e dos cristãos.
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag.
61-64.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-odm-1tr15-deus-da-sua-lei-ao-povo-de-israel.htm
A Aliança
de Deus Conosco por Intermédio de Cristo é Indestrutível e Eterna
“Não
violarei a minha aliança nem modificarei as promessas dos meus
lábios”. Sl.89.34
Deus
onipotente, Criador, o Alfa e o ômega, firmou uma aliança eterna conosco!
Tudo de que precisamos – redenção, força, saúde, prosperidade – foi previsto,
providenciado e garantido nessa aliança PODEROSA E INDESTRUTÍVEL.
Para
entender com clareza esse pacto, você precisa compreender plenamente o tipo de
aliança que Deus fez conosco e o que significa firmar uma aliança.
A palavra
hebraica para aliança é extraída da raiz brith, que significa “ligar”. O
termo usado junto a essa palavra no contexto da aliança é karath, que quer
dizer “cortar”. Refere-se ao corte cerimonial dos animais do sacrifício, que
faz parte do ritual da aliança. Isso na verdade apontava para o sacrifício de
sangue – a expiação no Antigo Testamento – que selava a Aliança.
A palavra
grega para “aliança” significa “um contrato”, “um testamento”. No novo
Testamento, a mesma palavra usada para “aliança” é usada para “testamento”.
Colocando de maneira bem simples, a nossa aliança com Deus é o “TÍTULO DE
PROPRIEDADE” de nossa herança. É um contrato, um acordo com implicação
legal entre Deus e nós. Várias formas de “cortar uma aliança” eram praticadas
na antiguidade. E, em algumas partes do mundo, ainda são observadas. Embora
essas várias maneiras de estabelecer uma aliança sejam formas corrompidas do
conceito original de Deus, elas nos permitem uma compreensão mais profunda da
extensão da aliança que Ele fez conosco.
As
alianças entre Deus e o homem contêm basicamente os seguintes elementos:
Uma
declaração dos termos e das promessas do acordo;
Um
juramento, de cada parte, de que os termos do acordo serão observados;
Uma
maldição sobre a parte que romper o acordo;
O “selo”
da aliança por algum ato externo, como o sacrifício de sangue – o seu
derramamento sobre as partes envolvidas ou uma refeição sacrifical.
Você deve
conhecer os seus direitos relativos à aliança, para que possa posicionar-se e
enfrentar o inimigo com autoridade e poder.
Deus
falou por meio de Isaías: “‘Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam
removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada, nem
será removida a minha aliança de paz’, diz o Senhor, que tem compaixão de
você”. Is.54.10.
https://andrekerigma.wordpress.com/estudos/a-alianca-de-deus-conosco-por-intermedio-de-cristo-e-indestrutivel-e-eterna/
Bibliografia:
A Bíblia Explicada, S. E. Mcnair;
Conhecendo
as Doutrinas Bíblicas, Myer Pearlman;
Bíblia de
Estudo Pentecostal, Apostila FAETEL módulo VI
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag.
61-64.
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-odm-1tr15-deus-da-sua-lei-ao-povo-de-israel.htm
ALIANÇA -
DICIONÁRIO WycliffeEmbora esta palavra não apareça nas versões KJV e ASV em inglês,
aparece quatro vezes na versão RSV. O seu significado básico deriva do substantivo
hebraico berit, que significa “associação”, “confederação”, ‘liga”; e dos
verbos hatan, que significa “afinidade”, “unir em casamento”; e nuah, que
significa “estar despreocupado”, “estar aliado”; e do substantivo qesher, que
normalmente tem o sentido negativo de “conspiração”, “traição”.
A primeira aliança descrita nas Escrituras foi entre Abraão e os amorreus
Manre, Escol e Aner. Eles uniram suas forças por tempo suficiente para libertar
Ló daqueles que o mantiveram cativo (Gn 14.13-24). Abrão fez uma aliança ainda
mais duradoura com Abimeleque em Berseba (Gn 21.22-32), como também Isaque fez
posteriormente (Gn 26.26-31). Não houve nenhuma proibição ou estigma contra
essas primeiras alianças; porém mais tarde a lei mosaica repetidamente proibia
alianças com estrangeiros, em particular com os cananeus. A proibição contra
alianças com os cananeus se baseava principalmente em questões religiosas. A
nação recém-formada era ainda muito fraca para resistir às tentações da
adoração ao sexo praticada por Canaã, então Deus, por meio de Moisés, procurou
isolar Israel. Os altares, templos e imagens pagãos foram destruídos para que
os jovens não fossem enganados pelos adoradores de Baal (Êx 23.32,33;
34.12,13). Para proteger os israelitas ainda mais contra essa corrupção, o
casamento com estrangeiros foi proibido, para que não houvesse corrupção do
israelita pelo adorador pagão através do casamento (Dt 7.2-4). Depois da
conquista, quando Israel desobedeceu, a razão do julgamento de Deus sobre eles
tinha raízes na violação da proibição por parte de Israel (Jz 2.2).
Além da aliança com os homens de Gibeão, com artimanhas concluídas com Josué,
não houve ligações oficiais com outras nações até os tempos de Salomão. Davi
tinha relações amistosas, baseadas em alianças pessoais, com os reis de Moabe,
Amom, Gate e Hamate; mas parece que Salomão foi o primeiro a estabelecer uma
aliança internacional com uma nação estrangeira. Isto foi feito com Hirão de
Tiro, em relação à construção do Templo e às operações da frota no Mar Vermelho
e no Oceano Índico (1 Rs 5.1-18; 9.26-28), A completa implicação desta aliança
não veio à tona até o casamento de Acabe com Jezabel, filha de um rei de Tiro.
A adoração a Baal imediatamente tomou conta da vida religiosa de Israel, mas
foi vigorosamente combatida por Elias, Eliseu e Jeú, Judá sentiu alguns maus
resultados desse casamento quando a filha de Jezabel, Atalia, tornou-se rainha
de Judá,
Nas disputas triangulares entre Israel, Judá e Síria foram feitas diversas
alianças. Em uma ocasião, Asa de Judá obteve a ajuda de Ben-Hadade da Síria
contra Baasa de Israel (1 Rs 15.18,19; 2 Cr 16.3). Mais tarde, Acabe de Israel
ganhou o auxílio de Josafá de Judá contra a Síria (1 Rs 22; 2 Cr 18.1). Depois
da morte de Acabe, Acazias de Israel procurou unir-se a Josafá no
estabelecimento de uma frota mercante, mas Deus não se agradou com isso e a
frota foi destruída (2 Cr 20.35-37). No tempo de Isaías, Rezim da Síria e Peca
de Israel se uniram contra Judá, mas Acaz de Judá conseguiu comprar a ajuda da
Assíria, que rapidamente destruiu a Síria, reduziu Israel à condição de sua
partidária, e finalmente fez de Acaz um fantoche nas suas mãos (2 Rs 16.5-8). A
última aliança trágica foi entre Zedequias e o Egito, que trouxe a Babilônia
contra Judá e destruiu Jerusalém completamente (Jr 37.1-8; Ez 17.15-17).
Em hebraico, uma “aliança״
é determinada pelo termo berit, e berit karat significa “fazer (lit., ‘cortar’
ou ‘lapidar’) uma aliança”. Em grego o termo é diatheke (que pode significar
tanto “pacto, como “último desejo e testamento”), e o verbo é diatithemi (At
3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16).
Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos
estão presentes; partes, condições, resultados, garantias.
As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas
da verdade: Soteriologia - O plano de Deus através de Jesus Cristo para redimir
os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas
alianças.
Profecia - As alianças Abraâmica, palestina, davídica e as novas alianças abrem
todo o panorama relacionado à primeira e à segunda vinda de Cristo, e o seu
reinado milenar na terra. A maior parte das grandes alianças revela fatos
relacionados ao sofrimento, sacrifício, governo, e reinado do Messias. A maneira
como estas duas correntes de profecia devem ser interpretadas determina
finalmente a sua escatologia, se ela deve ser amilenial, pós-milenial, ou premilenial,
A questão a ser encarada é se o método a ser aplicado a ambas correntes de
profecia será o mesmo, Disto deve depender a decisão sobre a questão do
milênio, e a interpretação de grande parte daquilo que está contido em cada uma
das alianças. Veja Milênio.
As Portes. Estas podem ser; (1) Indivíduos, como por exemplo Abraão e
Abimeleque (Gn 21.27) ou Jacó e Labão (Gn 31.44-46), quando cada um se sujeitou
a certas condições e ofereceu uma prova como garantia da aliança feita. (2)
Nações, como quando Naás, o amonita tentou forçar uma aliança sobre
Jabes-Gileade em 1 Samuel 11.1ss., ou quando os israelitas foram tolamente
levados a fazer uma aliança com os gibeonitas (Js 9.6- 16). (3) Deus e o homem
eram as partes das grandes alianças do reino messiânico, tal como a aliança
Abraâmica (Gn 12.1-7; 15; 17.1-14; 22.15-18), a aliança Palestina (Dt 29-30), e
a aliança Davídica (2 Sm 7.4-16; Sl 89.3,4,26-37; 132.11-18). (4) Deus, o Pai,
e Jesus Cristo, eram as partes originárias da aliança da redenção (Sl 40.6-8;
Hb 10.5- 14), sendo Cristo o mediador desta aliança, enquanto Deus e os
indivíduos (Hb 7.9ss.) e Deus e Israel (Jr 31.37) eram seus companheiros
eficazes. O Pai e o Filho eram a parte líder da aliança da graça, Deus Pai fez
uma aliança com Cristo para salvar pela graça aqueles que cressem no Filho, e
em sua morte substitutiva. Esta aliança se tomou o fundamento de Romanos 4 e
Hebreus 11, as duas loci classici, ou passagens principais concernentes à
justificação pela fé no NT. No AT, os indivíduos entravam nesta aliança através
de sua fé salvadora, em uma aceitação de um tipo de Cristo no AT, e no NT pela
mesma fé com a aceitação do modelo oposto, o próprio Senhor Jesus Cristo.
Condições. Em cada aliança são expressas certas condições. Isto se aplica tanto
às alianças unilaterais, ou seja, anunciadas por Deus para um homem e
promulgadas com a certeza de que acontecerão, e nesse ponto incondicionais; e
também àquelas que são bilaterais, ou seja, aquelas alianças que estão
totalmente condicionadas à aceitação e ao cumprimento por ambas as partes.
Todas as alianças humanas são bilaterais e condicionais, As alianças entre Deus
e o homem podem ser principalmente unilaterais, como a aliança Abraâmica, a
davídica, e a nova aliança; ou bilaterais, como por exemplo, a aliança mosaica.
Ainda podemos ficar confusos se não enxergarmos que até mesmo as alianças
unilaterais têm essencialmente um aspecto bilateral, à medida que a sua
aplicação diz respeito aos indivíduos. Isto pode ser visto no fato descrito por
Paulo em Romanos 9 de que, embora as alianças pertençam a Israel, “nem todos os
que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são
todos filhos” (Rm 9.6,8). Elas se aplicam aos eleitos.
Mais adiante vemos que o selo, sinal ou símbolo de alguém ter aceitado o
relacionamento da aliança por um ato de fé individual é um passo de obediência,
mesmo na aliança Abraâmica, cujo sinal era a circuncisão (cf. Gn 17.10,11 onde
o sinal foi declarado como parte de uma aplicação individual da aliança. “Esta
é minha aliança... todo macho entre vós será circuncidado”). Qualquer tentativa
de separar o elemento unilateral da aliança Abraâmica da sua aplicação
individual torna-se artificial e, portanto, o conhecimento de ambos os fatores
- unilateral e bilateral - em tal aliança se faz necessário, assim como o
batismo nas águas é o sinal ou a confirmação da associação de alguém na nova
comunidade da aliança. As análises mostram que os elementos unilaterais em uma
aliança são proféticos e, portanto, condicionados ao ponto em que são
dependentes da aceitação pessoal pela fé, com a motivação que vem da graça
soberana de Deus.
Resultados. Estes podem ser também promessas de bênçãos quando a aliança é
mantida, ou advertências de punição quando a aliança é quebrada - ou ambas. Por
exemplo, na aliança Abraâmica havia uma promessa de descendência (que de acordo
com Gálatas 3.16 era Cristo; cf. Gn 12.1-3; 13.16; 22.18), de uma terra, de
fama e de uma grande posteridade. Estes fatos eram proféticos e certos. Ao
mesmo tempo, havia um aspecto condicional, porque cada participante crente
tinha que ser circuncidado como um sinal da sua fé, mesmo no caso de Abraão (Gn
17.9-17; Rm 4.11). Aqueles que se recusavam a ser circuncidados quebravam a
aliança (Gn 17.14). Esta cerimônia apontava para Cristo em quem nós, cristãos,
somos circuncidados com a " circuncisão de Cristo” (Cl 2.11). Tudo isso é
condicional, pois a sua base é a fé salvadora.
Garantias. A garantia que se dava para assegurar o cumprimento da aliança era
normalmente um juramento. Para os homens, era um juramento tão solene que
constituía o caráter do desejo ou testamento. A ideia é que assim como o
testador não poderia mudar a sua vontade quando morto, o criador da aliança
também não poderia mudá-la. A forma de expressá-la era matando um animal,
partindo-o ao meio, e em seguida passando-se pelo meio de ambas as partes (Gn
15.9ss.). Cristo selou a nova aliança através de sua morte (Hb 9.15-17), e
instituiu a Ceia para celebrá-la (Mt 26.28; Mc 14.25; 1 Co 11.25,26). Às vezes
se fazia uma oferta (Gn 21.30), ou se instituía um sinal, como um marco ou um
monte de pedras (Gn 31.52). Como Deus não tem nada e ninguém maior do que Ele
mesmo para jurar, também confirmou as suas alianças jurando por si mesmo (Dt
29.12; Hb 6.13,14), por exemplo, ao confirmar a sua aliança com Abraão, ao
jurar pelo seu controle providencial do mundo, e ao anunciar a nova aliança em
Jeremias 31.35; 33.20.
Tipos de Alianças
Dois principais tipos de alianças na Bíblia precisam ser considerados; aqueles
que são especificamente designados como alianças, e aqueles que estão
implícitos, mas não são designados como tais. Para uma melhor distinção, talvez
seja melhor chamá-los de alianças bíblicas e teológicas.
Alianças Bíblicas Específicas1. Aliança Noéica. Esta é a primeira
aliança claramente mencionada nas Escrituras. Ela foi prometida a Noé em
Gênesis 6.18 e está registrada em Gênesis 8.20-9.17. Esta aliança foi,
sobretudo, unilateral, pois Deus era o seu criador e executor, não requerendo
um compromisso de aceitação e consentimento por parte de Noé, como no caso do
juramento dos israelitas ao pé do Monte Sinai (veja Êx 19.8).
As partes desta aliança eram Deus e a terra (Gn 9.13) ou Noé e todos os seus
descendentes (Gn 9.9,16,17). Daqui por diante, ela era universal em seu escopo.
Apesar disso, ela tinha certas condições, a saber, que a humanidade fosse
frutífera, se multiplicasse e enchesse a terra (9.1,7); que não comesse carne
com vida, isto é, com o sangue (9.4). Assim, a aliança era condicional, porque
Deus trouxe um julgamento sobre a humanidade no episódio da Torre de Babel na
forma de uma confusão de línguas, para forçar o povo a se espalhar e povoar a
terra, quando eles estavam deliberadamente desafiando o propósito e a ordem de
Deus (Gn 11.4- 9). O Resultado era a promessa de que Deus nunca mais destruiría
a terra com um dilúvio (Gn 8.21; 9.11,15), com a concomitante promessa da
regularidade das estações (Gn 8.22). A garantia de que Deus iria manter esta
aliança enquanto durasse a terra encontrava-se em seu sinal ou prova, o arco-
íris (9.12-17).
2. Aliança Abaâmica. Esta é geralmente considerada uma aliança unilateral no
sentido de que foi em primeiro lugar anunciada por Deus, sem qualquer condição
a ela vinculada. Entretanto, um elemento bilateral aparece em Gênesis 17.1: “Eu
sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito”; e na última
repetição e confirmação da aliança a Abraão em Gênesis 22.16ss., quando Deus
diz, “Por mim mesmo, jurei... porquanto fizeste esta ação e não me negaste o
teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei”.
As partes desta aliança eram Deus e Abraão. A condição - revelada por Deus a
Abraão, depois dele demonstrar a sua vontade de obedecer à ordem de Deus de
oferecer Isaque - era a obediência pela fé (cf. Hb 11.17-19). Os resultados
foram: a promessa de Deus de transformar a posteridade de Abraão em uma grande
nação (Gn 12.2); aumentar a sua semente tomando-a numerosa como a areia do mar
(Gn 22.17); abençoar aqueles que abençoassem o povo judeu e amaldiçoar aqueles
que o amaldiçoassem (Gn 12.3); e dar à descendência a Abraão (ou seja, a
Israel), a Palestina e o território que vai do rio do Egito até o Eufrates.
Finalmente, e o mais importante de tudo, o mundo inteiro seria abençoado
através da sua descendência, que era Cristo (Gl 3.16), e Cristo por sua vez
dominaria sobre todos os seus inimigos (Gn 22.17,18). A garantia desta grande
aliança era o juramento de Deus por si mesmo e por seu grande Nome (Gn 22.16;
Hb 6.13-18), assim como o derramamento do sangue dos sacrifícios (Gn
15.9,10,17).
3. Aliança Mosaica ou do Sinai. Nesta aliança vemos o surgimento de um novo
fator, de uma forma particular. A aliança Abraâmica era muito simples e direta,
a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma
contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente,
onde o grande senhor ou suserano ditava um acordo para os seus vassalos ou
servos. Um recente estudo dos tratados ou alianças hititas da metade do segundo
milênio a.C., revelou que existia uma forma paralela entre estas e a aliança de
Deus com Israel, e cada uma continha seis elementos.
(1) Um preâmbulo: “Eu sou o Senhor, teu Deus" (Êx 20.2a), identificava o
autor da aliança, e correspondia a cada introdução como “Estas são as palavras
do filho de Mursilis, o grande rei, e rei da terra de Hati, o valente, o filho
favorito do deus do trovão etc...” (ANET, p. 203).
(2) Um prólogo histórico: “...que te,tirei da terra do Egito, da casa da
servidão” (Êx 20.2). Em Deuteronômio, que é a segunda dádiva da aliança e da
lei, o prólogo histórico se expandia amplamente a fim de abranger o modo como
Deus levou Israel pelo deserto até aos limites da terra prometida (Dt 1.6-
4.49). Moisés está repetindo e expandindo a aliança dada no Sinai, para
atualizá-la e preparar Israel para a entrada na terra prometida. Nas alianças
hititas, o suserano dominador lembrava ao governante vassalo (o governante
subjugado) os benefícios que ele desfrutara até o momento como vassalo de seu
reino, como a base para a sua gratidão e obediência futura.
(3) As estipulações ou obrigações exclusivas da aliança: “Não terás outros
deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura... Não te
encurvarás a elas nem as servirás” (Êx 20.3-5). Uma típica aliança hitita foi
registrada da seguinte forma: “Mas tu, Duppi- Tessub permaneça leal ao rei da
terra de Hati.,. Não volte os seus olhos para mais ninguém” (ANET, p. 204). Em
sua primeira forma em Êxodo 20, a aliança começa com os Dez Mandamentos e
continua ao longo de Êxodo 31. Em Deuteronômio, ela começa com a lei no cap. 5
e continua pelo cap. 26.
(4) Sanções, a saber, bênçãos e maldições que acompanham a manutenção ou o
rompimento da aliança. Em sua primeira promulgação no Êxodo, estas sanções
estão vinculadas, na aliança Mosaica, aos Dez Mandamentos; por exemplo: “Visito
a maldade... e faço misericórdia" (Êx 20.5,6); e, “Honra a teu pai e a tua
mãe, para,que se prolonguem os teus dias na terra” (Êx 20.12). Além disso, mais
sanções e advertências são dadas com a promessa de direção e proteção pela
presença de Deus (Êx 23.20-33; para mais bênçãos e maldições, veja Levítico 26).
Mas em Deuteronômio há dois capítulos de bênçãos e maldições que devem ser
lidos publicamente e expostos na cerimônia de renovação da aliança (27 e 28),
seguidos pela conhecida aliança Palestina (29-30). Bênçãos e maldições também
eram escritas nos tratados da Ásia ocidental.
A confirmação bíblica ou a certeza de que uma promessa seria mantida era um
juramento ou ainda a morte daquele que fez a aliança. “Os termos juramento e
aliança são sempre usados como sinônimos no AT, assim como os termos juramento e
tratado nos textos extrabíblicos” - esta é a conclusão de Gene M. Tucker
(“Covenant Forms and Contraet Forms”, VT, XV [1965], p. 497). Uma aliança no AT
era, em sua essência, um juramento, um acordo solene. Deus confirmou a aliança
Mosaica através de um juramento mencionado em Deuteronômio 29.12ss. O
juramento... “que o Senhor, teu Deus, hoje faz contigo" (cf. Dt 32.40; Ez
16.8; Nm 10.29). As partes que faziam a aliança deveriam se tomar como os
mortos, de maneira que não poderíam mais mudar de ideia e revogá-la, assim como
os mortos também não poderíam fazer (Gn 15.8-18; Hb 9.16,17). Assim, o sangue
dos animais substitutos sacrificados era espargido na cerimônia de ratificação
da aliança, para representar a “morte” das partes (Êx 24.3-8). Os tratados hititas
comuns na época de Moisés não tinham como característica um juramento por parte
do suserano; ao invés disso, eles enfatizavam o juramento de lealdade por parte
do vassalo.
(5) Testemunhas: Os tratados hititas apelavam para uma longa lista de divindades
como testemunhas dos documentos. No Sinai e em outras alianças bíblicas, os
deuses pagãos eram obviamente excluídos. Ao invés disso, memoriais de pedra
podiam ser uma testemunha (Êx 24.4: cf. Js 24.27); os céus e a terra eram
convocados como testemunhas (Dt 30.19; 31.28; 32.1; cf. 4.26); o livro da lei
(ou o rolo da lei) era depositado ao lado da arca com a finalidade de ser uma
testemunha (Dt 31.26); e o próprio cântico de Moisés lembraria ao povo os votos
que fizeram por ocasião da aliança (Dt 31.30-32.47). Na cerimônia de renovação
da aliança no final da vida de Josué, o próprio povo atuou como testemunha (Js
24.22).
(6) A perpetuação da aliança. Esta podia ser vista no cuidado pela segurança
dos documentos do tratado, que no caso dos pagãos eram geralmente depositados
perante ou sob um deus pagão de uma nação que fazia parte do tratado. Esta
atitude podería ser contrastada com as tábuas da aliança Mosaica, colocadas
dentro da arca da aliança em Israel (Êx 25.16,21; 40.20; Dt 10.2). As alianças
hititas e a aliança Mosaica eram lidas periodicamente em público, e as crianças
eram nelas instruídas. A lei era registrada em pedras caiadas (Dt 27.4), e lida
em voz alta durante as cerimônias, como aconteceu quando as bênçãos e maldições
foram pronunciadas (estando a metade de Israel no Monte Ebal e a outra metade
no Monte Gerizim), depois de terem entrado na terra prometida (Dt 27.9ss.; Js
8.30-35). A lei era lida integralmente e publicamente a cada sete anos na Festa
dos Tabernáculos (Dt 31.9-13).
Chegou-se a várias conclusões importantes como resultado da comparação da
aliança Mosaica com os antigos tratados de suserania daquela época: (a) Deus
falou a Israel de uma forma conveniente ao seu propósito, mas que também fosse
familiar ao povo daquela época. Alguns dos detalhes mais apurados da forma até
mesmo provam que a aliança Mosaica deve ter sido estabelecida antes de 1200
a.C., porque os tratados aramaicos e assírios do primeiro milênio a.C. não
possuem vários dos elementos característicos comuns aos hititas e à aliança do
Sinai (veja Meredith G. Kline, The Treaty of the Great King, p. 42ss.). (6) A
forma particular da aliança hitita em Deuteronômio nos leva a ver que a ênfase
é maior no significado da aliança do que em seu significado legal, (c) Estudos
mostram que as duas tábuas da lei não eram duas pedras com quatro manda - entos
na primeira e seis na segunda, mas duas cópias de pedra do mesmo tratado ou
aliança: uma para Deus - mantida na arca - e outra para Israel. O mesmo
acontecia em todos os tratados hititas e assírios: duas cópias eram feitas, uma
para o rei do suserano e outra para o rei do vassalo.
Certas diferenças importantes, não devem, entretanto, passar despercebidas. A
Aliança Mosaica, como feita por Deus, baseava-se no amor e na graça e não simplesmente
em poder. Além disso, ela tinha como objetivo a salvação dos eleitos de Deus, e
não a mera submissão e obediência.
Voltando ao significado e à importância espiritual dessa aliança, podemos
concluir que o elemento condicionai é prioritário em relação ao elemento
incondicional. Será que está sendo ensinada a expressão “faze isso e viverás”
(cf. Lc 10.28) no sentido de que a vida eterna para o crente do AT dependia de
se guardar a lei de Deus? Se fosse, as obras seriam de valor meritório até que
viesse a cruz! Ou será que Deus queria dizer que deveriam viver à luz da lei? O
Senhor Jesus Cristo, no Sermão do Monte, ensinou esta segunda visão quando
expôs vários mandamentos e disse: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o
vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48). Ele aplicou a lei com o propósito da
contínua santificação do crente e não para a sua justificação. Em Levítico 18.5
é feita a mesma aplicação da lei: “Os meus estatutos e os meus juízos
guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles” (ou seja, naquele
âmbito). Quando vemos que esta aliança começa com a graça: “Eu sou o Senhor,
teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êx 20.2), e
acrescentamos a isto uma consideração dos fatos descritos acima, somos levados a
vê-la como uma aliança cheia de graça. A aliança Mosaica, então, torna-se tanto
um aio que tem a função de nos trazer a Cristo, onde todos os tipos de aliança
apontam para ele, como um padrão para guiar o comportamento dos crentes do AT e
dos cristãos.
4. Aliança Palestina (Dt 29-30). Embora seja uma parte da renovação da aliança
Mosaica, esta aliança é considerada por alguns separadamente. As portes são
Deus e Israel, as condições são que Deus abençoará Israel se a nação permanecer
fiel a Ele, e Ele a amaldiçoará se ela se virar contra Ele, como expresso nas
bênçãos e maldições promulgadas do Monte Gerizim e do Monte Ebal (Dt 27.9ss.).
Os resultados, depois de todas as bênçãos e maldições terem sido vivenciadas
por Israel no decorrer da sua história, são aqueles ocorridos se e quando a
nação se arrepender. Deus a reunirá das partes mais distantes da terra,
reestabelecerá a aliança e a abençoará. A garantia da aliança encontra-se nas
ordenanças ao céu e à terra (Dt 30.19).
Esta aliança tem um aspecto unilateral - promessas e recompensas pela
manutenção da aliança, e maldições como conseqüência de sua quebra. A garantia
era dada para se ter a certeza de que aconteceria o arrependimento da nação de
Israel (Dt 30.1-10). Ainda há um aspecto bilateral - Israel tem de se
arrepender. Este arrependimento ocorrerá por causa da graça soberana de Deus na
vida dos judeus quando Jesus voltar (Zc 12.10-14; 13.6; cf. Is 66.19,20). As
ordenanças de Deus levam em consideração tanto o que o homem fará em sua
liberdade quanto o que Deus planeja fazer em sua soberana graça; estes dois
elementos aparecem na aliança Palestina.
5. Aliança Davídica (2 Sm 7.4-16; Sl 89.3, 4,26-37; 132.11-18; cf. Is 42.1,6;
49.8; 55.3,4). Esta era basicamente uma aliança unilateral, em que Deus
primeiro prometeu a Davi um reinado seguro para o seu filho e sucessor,
Salomão; e, depois, um reino que continuaria para sempre na pessoa do Messias.
Isaías fala do próprio Messias tanto nesta aliança como no seu cumprimento (Is
42.1,6; 49.8). Eliã ainda tinha um elemento bilate-
ral, pois havia elementos condicionais relacionados ao rei (2 Sm 7.14,15).
6. Nova Aliança. Como na aliança do Sinai, com Moisés como mediador entre Deus
e o seu povo escolhido (Act 7.38; Gl 3.19), assim a nova aliança também foi
estabelecida entre Deus e o povo redimido, com Cristo o Filho de Deus, agindo
como mediador (1 Tm 2.5; Hb 8.6; 9.15; 12.24). Em contraste, entretanto, a nova
aliança é muito superior à antiga aliança Mosaica, porque é instituída com base
em promessas superiores e em um sacrifício infinitamente superior (Hb 8.6;
9.23). Ela fala de um tempo em que Deus escreverá a sua vontade dentro das
mentes e corações do seu povo, de tal forma que os homens não precisarão mais
ensinar uns aos outros qual é a vontade do Senhor, e quando Ele perdoará os
pecados do povo de Israel (Jr 31.31-37). O escritor aos Hebreus usa a revelação
da aliança do AT para provar que Cristo é tanto o Redentor, como o Mediador
para o perdão dos pecados do homem (Hb 9.7-9; 10.5-16). Cristo se referiu a esta
aliança quando discursava sobre a instituição da Ceia do Senhor. “Isto é o meu
sangue, o sangue do Novo Testamento [ou da Nova Aliança]” (Mc 14.24).
Existe algum elemento condicional nesta aliança? Sim, até o momento em que o
crente aceita Cristo como o seu Salvador, e testifica que crê que o sangue de
Cristo foi derramado para a remissão dos seus pecados, e assim se torna
individualmente participante da nova aliança. Ainda há um aspecto
incondicional, unilateral e profético desta aliança, pois ela também fala de
uma época em que, em todo Israel, todo judeu conhecerá as suas bênçãos.
Certamente, na Era do Evangelho em que estamos vivendo, ainda não podemos
afirmar que qualquer homem já não precisa ensinar ao seu vizinho ou irmão a lei
de Deus. Esta parte da aliança só pode ser aplicada à Época do Milênio.
Alianças Teológicas
Estas alianças são assim chamadas porque são
descobertas ao aplicarmos a definição de aliança a um acordo registrado nas
Escrituras. Onde quer que estejam presentes fatores como partes contratantes,
condições, resultados e garantia, existe uma aliança. Tais alianças, que alguns
teólogos consideram tecidas em um tear e trama das Escrituras, são as alianças
das obras, a aliança da graça. e a aliança da redenção. Estas são geralmente
discutidas nos escritos dos teólogos da Reforma, que seguem a teologia da aliança
de Johannes Cocceius (1603-1669). Aqueles que fazem objeções à classificação do
acordo de Deus entre Si próprio e Adão antes da queda do homem, como uma
aliança de obras, e seu pacto com o homem para sua salvação depois da queda
como uma aliança da graça, pode-se dizer o seguinte: (1) O pacto de Deus com
Davi em 2 Samuel 7 não é chamado ali de uma aliança, mas é chamado de concerto
no Salmo 89.3,28. (2) Só é possível desenvolver uma verdadeira sistemática da
teologia, através da aplicação de definições desenvolvidas de forma indutiva. É
isto que é feito ao se estabelecer alianças teológicas. (3) Somos revestidos
com a necessidade de repetir laboriosamente o pacto que Deus anunciou a Adão
quando foi criado, suas condições, resultados e sua classificação. Quando
chamamos isto de aliança, estamos simplesmente usando um termo definitivo, ao
invés de repetir dados desnecessariamente.
1. Aliança das Obras. As partes eram Deus e Adão antes da Queda. As condições
positivas eram: amar a Deus, obedecê-lo e amar ao próximo. As negativas: não
desobedecer a Deus ou se rebelar contra Ele; não comer da árvore do
conhecimento do bem e do mal. Como podemos determinar o resultado positivo
quando ele não é declarado? Muito simples. Deus é santo e imutável, portanto, a
forma como Ele lidou com a primeira ordem dos seres racionais, os anjos, é a
maneira pela qual Ele deve lidar com todo o restante de suas criaturas. Estes
anjos que o amavam e obedeciam, tornaram-se os anjos santos - eles foram
confirmados na justiça; aqueles que se rebelaram tornaram-se anjos caídos. A
árvore do conhecimento do bem e do mal no Éden era uma prova para o homem. Não
comer dela representava obediência e amor; comer, significava desobediência e
falta de confiança. Os resultados revelados nesta aliança eram vida pela
obediência e amor, como para todos os anjos; e morte pela desobediência e
rebelião, para os anjos caídos. Pelo fato de Deus ser a verdade, a sua Palavra
era a garantia.
2. Aliança da graça. As partes eram Deus e o homem através do Senhor Jesus
Cristo, ou talvez melhor, Deus, Jesus Cristo e os homens à medida que estes se
tornam unidos a Cristo através da fé nele. Este conceito de aliança da graça
entre o Pai e o Filho em que a salvação é oferecida aos pecadores pode ser
encontrado em Efésios 1.3-6, onde está escrito que Deus nos escolheu em Cristo
antes da fundação do mundo. Veja também 2 Timóteo 1.9; Tito 1.2; João 3.17;
17.4-10,21- 24. A condição é, novamente, a fé salvadora, expressa no AT por
atos de fé como os de Abel (Hb 11.4), Abraão e Davi (Rm 4.3,6-8), e pela
aceitação de Jesus Cristo como revelado no NT. Os resultados são a vida eterna
para os crentes, e a condenação eterna para aqueles que não crêem.
3. Aliança da redenção. Um debate entre os teólogos da aliança é a existência
ou não de uma aliança de redenção, que seja adicional à aliança da graça.
Charles Hodge era, nos Estados Unidos, o líder daqueles que fazem esta
distinção e vêem duas alianças separadas. J. O. Buswell, Jr. argumenta
veementemente que elas são apenas uma e a mesma (Systematic Theology, II,
122ss.).
A aliança da redenção pode ser definida como um acordo unilateral entre o Pai e
o Filho, que contém uma segunda aliança entre Deus e seu povo. Esta aliança
aparece claramente em duas passagens: no Salmo 40.6-8, onde o Filho está
conversando com o Pai, e fala do sacrifício que o Pai espera dele; e, em uma
passagem que cita estes versículos, Hebreus 10.5-16, onde Deus nos fala que
tira a primeira aliança, chamada Mosaica, para estabelecer a segunda: E, nesta
vontade “temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita
uma vez [por todas]” (v.10). Então, nos é dito (Hb 10.15-17) que o Espírito
Santo endossou esta verdade quando profetizou a nova aliança em Jeremias
31.33,34. A compreensão de Archibald McCaig é particularmente útil neste ponto:
“A ‘Nova Aliança’ aqui mencionada é praticamente equivalente à Aliança da Graça
estabelecida entre Deus e o seu povo remido, que novamente repousa sobre a
eterna Aliança da Redenção feita entre o Pai e o Filho, que, apesar de não
estar expressamente determinada, não pode ser considerada obscura em muitas
passagens das Escrituras” (“Covenant, The New”, ISBE, II, 731).
É importante distinguir a aliança da redenção da nova aliança, uma vez que a
aliança da redenção toma-se o teste mais importante na detecção de uma visão
Unitariana, tal como encontrada nos ensinos de Karl Barth. Se não existe a
Trindade ontológica das três pessoas na Divindade, não pode haver a aliança da
redenção entre o Pai e o Filho. Uma vez que Barth ensina simplesmente 3 modos
de revelação de uma única Pessoa, ele tem de rejeitar esta aliança. Seu
Unitarianismo exclui uma aliança ou uma comunicação direta em palavras ou
orações entre as Pessoas da Divindade.
A Inter-Relação das Alianças
Esta ligação entre as várias alianças pode
ser comparada a uma série de degraus - cada um sendo acrescentado e
fundamentado naquele que o precede. O inter-relacionamento pode ser ilustrado
pelo fato de que a aliança Davídica e as novas alianças são extensões que estão
inseridas na aliança Abraâmica. Foi prometido a Abraão um reino e uma terra,
que mais adiante são detalhados na aliança Davídica. Também lhe foi dado o
evangelho, porque“... a Escritura... anunciou primeiro o evangelho a Abraão”
(Gl 3.8); tudo isso é mais extensamente tratado na nova aliança.
Novamente, a aliança das obras, apesar de ter sido quebrada por Adão, e suas consequências
terem caído sobre toda a humanidade, foi levantada por Jesus, pois Ele foi
“nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da
lei” (Gl 4.4,5). A aliança foi perfeitamente mantida por Ele para nós e em
nosso lugar. Mais além, na cruz, Ele foi marcado com o castigo da lei que fôra
quebrada por nós, que, por outro lado, somos salvos pela aliança da graça. Esta
aliança depende do fato de Cristo ter terminado por nós a aliança das obras:
primeiro por ter cumprido as suas exigências, e segundo por ter suportado o
castigo pelo pecado (Rm 10.4).
Bibliografia, Karl Barth, Churck Dogma
tics, Edinburg. T.& T. Clark, 1936. Louis Berkhof, Systematic Theology,
Grand Ra- pids. Eerdmans, 1949. J. Oliver Buswell, Jr., A Systematic Theology
ofthe Christian Faith, Grand Rapids. Eerdmans, 1962. K. A. Kitchen, Ancient
Orient and Old Testament, Chicago. Inter-Varsity, 1966, pp. 90-102. Meredith G.
Kline, The Treaty of the Great King, Grand Rapids. Eerdmans, 1963; By Oath
Consigned, Grand Rapids. Eerdmans, 1968; “Cânon and Covenant”, WTJ, XXXII
(1969), 49-67; “The Correlation of the Concepts of Canon and Covenant”, NPOT,
pp. 265-279. George E. Mendenhall, Law and Covenant in Israel and the Ancient
Near East, Pittsburgh. Biblical Colloquium, 1955. John J. Mitchell, “Abram’s
Understanding ofthe Lords Covenant”. WTJ, XXXII (1969), 24-48. J. Barton Payne.
The Theology of the Older Testament, Grand Rapids. Zondervan, 1962; ״The Brith of Yahweh”,
NPOT, pp. 240-264. Gottfried Quell and Johannes Behm, “Diatheke”, TDNT, II,
106-134. Gene M. Tucker, “Covenant Forms and Contract Forms”, VT, XV (1965),
487-503. Donald J. Wiseman, “The Vasal-Treaties of Esarhad- don”, /roo, XX
(1958), 1-28. John M. L. Young, “Theology of Missions, Covenant Centered”, ChT,
XIII (22 de novembro de 1968), 162-165. Veja também Aliança, Nova. R. A.
K. e J. R.
ALIANÇA DE SALOs acordos ou pactos entre os indivíduos eram geralmente
ratificados compartilhando uma refeição (Gn 31.44,54; Êx 24.7-11). Temperar com
sal a comida que seria inserida significava a permanência e a inviolabilidade
do acordo ou da aliança que estava sendo feita ou relembrada (2 Cr 13.5; Ed
4.14). Quando era feita uma aliança com Deus, o alimento era primeiramente
oferecido a Ele (Lv 2.13; Nm 18.19; Ez 43.24). Os nômades do Oriente Médio,
ainda comem “pão e sal” juntos como sinal e selo de uma aliança de irmandade.
NOVA ALIANÇA
Esta é uma providência de Deus pela qual Ele
estabeleceu um novo relacionamento de responsabilidade entre Si mesmo e o seu
povo (Jr 31.31-34). A expressão nova aliança também é um sinônimo do NT e,
portanto, refere-se aos 27 livros do NT, ou à própria Nova Aliança. Mas, neste
artigo, a expressão é considerada apenas em ligação àquele relacionamento da
aliança entre Deus e o seu povo, o que é designado como uma nova aliança.
A escolha ou a designação da aliança. Quando mencionada pela primeira vez, esta
aliança foi chamada de “nova" (Jr 31.31), porque foi estabelecida em
oposição à aliança primária ou mais antiga de Israel, a saber, a aliança da lei
Mosaica. Este mesmo contraste também é feito em Hebreus 8.6-13.
As provisões da aliança
1. A nova aliança provê um relacionamento de graça incondicional entre Deus e
“a casa de Israel e a casa de Judá". A freqüência do uso da expressão “Eu
farei" em Jeremias 31.31-34 é surpreendente.
2. Ela provê a regeneração quando o crente recebe do Senhor uma mente e um
coração renovados (Ez 36.26).
3. Ela provê a restauração ao favor e à bênção de Deus (Os 2.19,20).
4. Ela inclui o perdão dos pecados (Jr 31.34b).
5. O ministério do Espírito Santo, que vive em cada crente, é uma das suas
provisões (Jr 31.33; cf. Ez 36.27). Isto também inclui o ministério de ensino
do Espírito Santo.
6. Ela provê a exaltação de Israel como cabeça das nações (Jr 31.38-40; cf. Dt
28.13). O fundamento da aliança. O fundamento de todas as bênçãos da aliança é
o sangue de Cristo. No cenáculo, na noite anterior à sua morte, o Senhor Jesus
Cristo afirmou que o cálice simbolizava “o sangue da nova aliança” (Mt 26.28),
e que este sangue derramado seria o fundamento de todas as bênçãos daquela
aliança. Os discípulos certamente não teriam pensado em outra aliança que não
fosse aquela profetizada por Jeremias.
O povo da aliança. Não há dúvida de que a revelação da nova aliança no AT está
ligada à nação de Israel. Isto é especificamente afirmado nas palavras de
estabelecimento (Jr 31.31). Este fato é reafirmado em Isaías 59.20-21; 61.8,9;
Jeremias 32.37-40; 50.4,5; Ezequiel 16.60-63; 34.25,26; 37.21-28. Isto também é
uma dedução lógica do fato de que a contrastante aliança Mosaica foi feita com
Israel, e do fato de que, em sua fundação, a perpetuação da nação de Israel e a
sua restauração na terra estavam vitalmente ligadas a este fato (Jr 31.35-40).
O NT acrescenta a verdade de que os crentes em Cristo têm uma aliança melhor
(Hb 8.6), e de que eles são ministros da nova aliança (2 Co 3.6).
Os amilenialistas entendem que o ensino do NT indica que as promessas da nova
aliança estão se cumprindo agora, através da igreja, e que não haverá mais
nenhum outro tipo de cumprimento além deste. Os pré-milenialistas não admitem
um cumprimento exclusivo através da igreja e também ensinam que a aliança ainda
é apenas para Israel, e será cumprida através dela no milênio; também pensam
que a igreja tem alguma relação com a aliança, mas isto não substitui o futuro
cumprimento do milênio através de Israel. A interpretação amilenialista é
baseada em sua insistência de que através da igreja, durante esta época, todas
as promessas de Israel estão sendo cumpridas, o que naturalmente inclui as
promessas da nova aliança. A interpretação pré-milenialista é construída sobre
uma nítida distinção entre o sistema de Israel e o da igreja (cf. O.T. Allis,
Propkecy and the Church, pp. 154ss., e C.C. Ryrie, The Basis of the
Premillennial Faith, pp. 105-125).
O cumprimento da aliança. Qualquer que seja a relação que a igreja tenha com a
nova aliança, fica claro pelo NT que ela será cumprida nas suas provisões
originais a Israel na segunda vinda de Cristo (Rm 11.26,27). Não há dúvida de
que a aliança a ser cumprida naquela época é a nova aliança, porque a
referência a tirar o pecado é uma promessa contida na nova aliança. A pergunta
é apenas: Quem é “Israel"? Quem será salvo então? e quem desfrutará os
benefícios da nova aliança? Os pré-milenialistas, e até mesmo alguns
amilenialistas (Charles Hodge, Epistle to the Romans, pp. 584-5), dizem que
esta é uma referência ao povo judeu, mas outros amilenialistas insistem que é à
igreja e que o cumprimento é agora, não na segunda vinda de Jesus Cristo
(Allis, op. cit., p. 156), Isto parece inconsistente com o princípio da pura
interpretação, uma vez que a nação de Israel é mencionada de uma forma tão
clara.
Os pré-milenialistas são confrontados com a questão da relação, se é que
existe, do crente de hoje com a nova aliança. Alguns dizem que não há relação
(J. N. Darby, Synopsis of the Books of the Bible, V, 286). Outros seguem a
visão das notas da Bíblia de Referência de Scofield (p. 1297), que aplica uma
nova aliança tanto a Israel no futuro como à igreja no presente. Alguns poucos
vêem duas novas alianças - uma para Israel e outra para a igreja (L. S. Chafer,
Systematic Theology, IV, 325). Note que todos concordam que haverá um
cumprimento futuro para Israel, no milênio.
Quanto à relação da igreja com a aliança, parece que ela vai sendo mais bem
entendida à luz do progresso da revelação. A revelação da nova aliança trazida
pelo AT diz respeito apenas a Israel. O crente hoje é salvo pelo sangue da nova
aliança derramado na cruz. Por este sacrifício do Salvador, o crente tem todas
as bênçãos espirituais, e muitas das suas bênçãos são as mesmas que foram
prometidas a Israel sob a revelação da nova aliança no AT. Entretanto, o crente
não tem promessas de bênçãos relacionadas com a restauração da terra prometida,
e ele não se tornou membro da sociedade de Israel. Ele é um ministro da nova
aliança, porque não há outra base que não seja o sangue desta aliança para a
salvação de qualquer pessoa hoje. Apesar disso, ao revelar estes fatos sobre a
igreja e a nova aliança, o NT também revela que as bênçãos prometidas a Israel
serão vividas por esta nação na segunda vinda de Cristo (Rm 11.26,27).
Veja Igreja; Aliança; Reino.
Bibliografia. O, T. Allis, Prophecy and lhe Churck, Filadélfia. Presbyterian and Refor- med, 1945. Alva J. MeClain,
The Greatness of the Kingdom, Grand Rapids. Zondervan, 1959, pp, 157-160. Leon
Morris, “Covenant”, The Apostolic Preaching of the Cross, Grand Rapids.
Eerdmans, 1955,pp. 60-107. Charles C. Ryrie, The Basis of the Premillennial
Faith, Nova York. Loizeaux Bros., 1953. “Covenant Theology”, Dispensationalism
Today, Chicago. Moody Press, 1965,pp. 177- 191. Wilber B. Wallis, “Irony in
Jeremiah’s Prophecy of a New Covenant”, JETS, XII (1969), 107-110. Veja
também a bibliografia do tópico Testamento.
Pr. Luiz
Henrique de Almeida Silva