Êx 10.
21. Trevas que se possam apalpar. Presumivelmente trazidas pelo vento
que hoje é chamado “hamsín” (literalmente “ o cinquenta” ). É assim
chamado porque sopra ininterruptamente durante cinquenta dias, na
primavera, e frequentemente traz consigo tempestades de areia do
deserto. Próximo a Jericó nessas ocasiões, no auge da tempestade, a
visibilidade cai quase a zero e o ar parece espesso e sólido devido à
areia. Este é, provavelmente, o significado do termo hebraico yãmes,
traduzido “ que se pode apalpar” (SBB), bem apropriado se estiver
descrevendo a escuridão e o calor palpáveis e opressivos de uma
tempestade de areia.
Êx 10.22.
Trevas espessas. A escuridão é descrita da maneira mais forte possível
através da combinação de duas palavras que significam, individualmente,
“ escuridão” .
Êx 10.23.
O período de três dias pode ser simbólico, ou pode ser outra memória
popular, preservada na tradição. Presumivelmente Israel tinha “ luz”
porque a tempestade de areia não cobriu sua região. Tempestades de areia
podem variar consideravelmente de direção, mesmo dentro de uma mesma
área por elas afetada. Se Gósen ficasse suficientemente a leste do delta
e do vale do Nilo a probabilidade seria maior.
R. Alan
Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova.
pag. 97.
2. A
quarta e última proposta.
As pragas
anteriores não ensinaram o Egito e seu monarca, e por isso DEUS mandou
outra praga: a escuridão. Por três dias os egípcios conviveram com a
escuridão. Isso pode nos soar como que primitivo, mas em uma época em
que não havia luz elétrica e as pessoas dependiam de outros recursos
para poderem iluminar seus caminhos, trevas de noite eram aceitáveis,
mas de dia não. Como o Egito ficou sem luz?
O certo é
que se no último encontro Moisés e Arão foram lançados da presença de
Faraó, desta vez foram chamados com a seguinte resposta: Então, Faraó
chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas
ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças. Moisés,
porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos,
que ofereçamos ao Senhor, nosso DEUS. (Êx 10.24,25)
Um grande
avanço nas negociações estava acontecendo. Israel poderia ir aonde
quisesse para oferecer seus sacrifícios. Poderia ir com todos os
adultos. Ah, desta vez, as crianças poderiam ir também. Mas o gado não.
Para quê gado no deserto? DEUS não ia se preocupar com animais sendo
oferecidos, pois já receberia todas as pessoas. Os bens a serem
oferecidos não fariam parte do acordo.
Essa
proposta de Faraó não está longe de nossos dias. Somos desafiados
diariamente a oferecer nossos bens ao Senhor. Quando digo isso não estou
me referindo a todos os dias dar uma oferta no santuário ou colaborar
com a ajuda a pessoas necessitadas. Estou me referindo ao fato de o
Diabo tenta nos fazer crer que os bens que temos em nosso poder são
nossos, e não do Senhor.
A questão
não se refere ao fato de DEUS precisar ou não de nossos bens para ser
adorado. Creio que o honramos com as nossas fazendas e as primícias de
nossa renda (Pv 3.9). Porém, mais que bens, Ele deseja nossa inteireza
de coração, e um coração não fixado nas riquezas deste mundo. Eis aqui a
diferença. Quando entendemos que tudo o que temos — quer pouco, quer
muito — é do Senhor, não nos prendemos a eles. Não podemos ser reféns
das bênçãos de DEUS. Elas são presentes que DEUS nos dá, mas não para
que nos fixemos nelas.
DEUS
seria adorado com tudo o que o povo de Israel possuía, e isso incluía os
animais para o sacrifício. O curioso é que os egípcios desprezavam a
atividade pastoril dos israelitas, mas desejavam-lhes os bens. Como se
não bastassem os anos de escravidão, Faraó queria impedir que aquilo que
eles tinham conseguido com trabalho fosse negado a DEUS.
Que isso
nos sirva de lição. Os bens que temos em mãos são do Senhor, e a Ele
devem ser oferecidos.
Cada
proposta de Faraó foi rejeitada. Que tenhamos o discernimento adequado
para, da mesma forma, rejeitar aquilo que o mundo tenta nos impor como
correto. Faraó fez suas propostas, e Moisés as rejeitou. Façamos o
mesmo.
"Por que
devo obedecer a DEUS se nem sei quem é Ele? Parece uma lógica correta
levando em consideração que o Egito tinha vários deuses, e que o próprio
Faraó era tido como uma divindade. Como seria possível reconhecer como
DEUS um Ser que envia um pastor do deserto para falar com o rei da maior
potência da época?"
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e
o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 32-34.
A quarta
e última objeção de Faraó relacionava-se com os rebanhos e as manadas.
"Então,
Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao SENHOR: somente fiquem
vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças
(capítulo 10:24). Com que perseverança disputou Satanás cada palmo do
caminho de Israel para fora do Egito! Em primeiro lugar procurou
mantê-los no país; então diligenciou tê-los perto do país; depois
esforçou-se por reter parte do povo; e por fim, depois de haver falhado
nestas três tentativas, esforçou-se por fazê-los partir sem meios alguns
para servir ao Senhor. Já que não podia reter os servidores procurava
ficar com os meios que eles tinham para servir, pensando obter o mesmo
resultado por um meio diferente. Já que não podia induzi-los a
oferecerem sacrifícios no país, queria enviá-los fora do país sem
vítimas para os sacrifícios.
C. H.
MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editoração:
Associação Religiosa Imprensa da Fé.
ÊX 10.24
Temos aqui a quarta transigência proposta pelo Faraó. Ver as notas
completas sobre a questão das propostas ou condições do Faraó, para
permitir a saída de Israel do Egito, em Êxo. 10.11. Ela dizia: “Vão, mas
deixem no Egito os seus bens”. Esses bens incluíam os meios para
oferecer sacrifícios, os animais. O gado deixado para trás ajudaria os
egípcios a se ressarcir dos prejuízos sofridos, especialmente dos
efeitos das pragas quinta e sexta (morte do gado e grande saraivada).
Esses juízos divinos, porém, não tinham por finalidade ser aliviados. O
Faraó e sua gente estavam recebendo o que mereciam. Alguns estudiosos
pensam que outro propósito do Faraó era forçar Israel a voltar
voluntariamente ao Egito, visto que não poderiam ir muito longe (sendo
em número de cerca de três milhões de pessoas), sem o sustento
representado pelos animais. Se 0 povo de Israel tomasse a decisão de
voltar, então 0 Faraó não poderia ser acusado, além do que,
presumivelmente, não haveria mais pragas.
As
crianças dos israelitas também poderiam ir, algo que o Faraó não quis
permitir, de acordo com sua terceira proposta de transigência (ver Êxo.
10.11). As referências às quatro transigências são estas: Êxo. 8.25,28;
10.11 e aqui.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 345.
Aqui está
a impressão causada a Faraó por esta praga, muito semelhante à das
pragas anteriores.
1. Ela o
fez despertar de tal maneira que ele renovou o acordo feito com Moisés e
Arão, e agora, por fim, consentia que eles levassem também a seus
filhos. Ele somente desejava ficar com o gado deles empenhado, v. 24. É
comum que os pecadores façam barganhas com o DEUS Todo poderoso. Alguns
pecados, eles abandonarão, mas não todos. Eles deixarão os seus pecados
por um tempo, mas não lhes darão um adeus final. Eles darão uma parte do
seu coração ao Senhor, mas o mundo e a carne o compartilharão com Ele:
assim, eles pensam que zombam de DEUS, mas, na realidade, enganam a si
mesmos. Moisés
decide
não concordar com os termos de Faraó: “O nosso gado há de ir conosco”,
v. 26. Observe que os termos da reconciliação são fixados de modo que
embora os homens os disputem por muito tempo, eles não podem alterá-los,
nem reduzi-los. Nós devemos corresponder às exigências da vontade de
DEUS, pois não podemos esperar que Ele seja condescendente com as
exigências das nossas luxúrias. Os mensageiros de DEUS sempre devem
seguir esta regra (Jr 15.19): “Tornem-se eles para ti, mas não voltes tu
para eles”. Moisés apresenta uma razão muito boa pela qual devem levar
consigo seu gado. Eles devem ir oferecer sacrifícios, e por isto devem
levar tudo. Eles ainda não sabiam quais eram as quantidades e os tipos
de sacrifícios que seriam exigidos, e por isto precisam levar tudo.
Observe que quanto a nós e aos nossos filhos, devemos dedicar todas as
nossas posses terrenas ao serviço de DEUS, porque não sabemos que uso
DEUS fará daquilo que temos, nem de que maneira podemos ser chamados a
honrá-lo com aquilo que temos. 2. Isto o exasperou tanto que, uma vez
que não conseguiu fazer o acordo nos seus próprios termos, dissolveu a
reunião abruptamente e decidiu não mais negociar. A ira agora o atingiu
intensamente, e ele ficou furioso, sem limites, v. 28. Moisés é mandado
embora em ira, proibido de comparecer à corte sob pena de morte,
proibido até mesmo de encontrar-se com Faraó outra vez, como estava
acostumado a fazer, junto ao rio: “No dia em que vires o meu rosto,
morrerás”. Que loucura prodigiosa! Ele não tinha descoberto que Moisés
podia trazer-lhe pragas sem ver o seu rosto? Ou tinha se esquecido de
tantas vezes em que tinha mandado buscar Moisés como seu médico, para
curá-lo e remover as suas pragas? E agora Moisés deve ser proibido de se
aproximar do Faraó? Perversidade impotente! Ameaçar com a morte alguém
que estava armado com tal poder, e a cuja mercê ele tinha se colocado
tantas vezes. A que a dureza de coração e o desprezo à palavra de DEUS e
aos mandamentos levam os homens? Moisés acredita no que ele diz (v. 29):
“Bem disseste. Eu nunca mais verei o teu rosto”, isto é, “não, depois
desta vez”. Pois esta reunião não terminou até o capítulo 11.8, quando
Moisés saiu em ardor de ira, e disse a Faraó com que rapidez ele iria
mudar de ideia, e o seu espírito soberbo seria humilhado - o que se
cumpriu (cap. 12.31) quando Faraó passou a suplicar humildemente que
Moisés partisse. De modo que, depois desta reunião, Moisés não mais
veio, até ter sido chamado. Observe que quando os homens afastam de si a
palavra de DEUS, com razão Ele permite as suas desilusões e lhes
responde em conformidade com a multidão dos seus ídolos. Quando os gadarenos desejaram que
CRISTO os deixasse, Ele imediatamente os deixou.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a
Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 257-258.
Êx 10.
24. Os vossos rebanhos e o vosso gado. Não nos é dito se Faraó pretendia
manter os rebanhos como garantia de que Israel retornaria ou se já se
conformara com a perda dos escravos e procurava apenas garantir para si
a posse do gado israelita (o que é compreensível, já que houvera grande
mortalidade entre o gado egípcio). Moisés evidentemente recusa pois vê o
que há por detrás de tal proposta. A furiosa reação de Faraó é imediata
e final.
R. Alan
Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova.
pag. 97-98.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva.
Colaboração: Gospel Books; Escriba Digital.
Questionário
da
Lição 3 - As Pragas Divinas e as
Propostas Ardilosas de Faraó
Responda
conforme a revista da CPAD do
1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para
jovens e adultos
Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do
povo de Israel e sua herança espiritual
Complete os espaços vazios e marque
com"V"as respostas verdadeiras e com"F"as falsas
TEXTO ÁUREO
1-
Complete:
“Revesti-vos de toda a _____________________________ de DEUS, para que possais estar firmes
contra as __________________________ ciladas do _____________________” (Ef 6.11).
VERDADE PRÁTICA
2-
Complete:
Como _______________________
por CRISTO, podemos pela ______________________ vencer o ___________________________ em suas investidas contra
nós.
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
3-
Quais os propósitos de DEUS ao enviar flagelos terríveis sobre o Egito?
( )
Julgar tanto o governo quanto o povo por seus atos.
( )
Apressar a saída dos hebreus.
( )
Mostrar a soberania de DEUS sobre o exército de Faraó.
( )
Mostrar o poder de DEUS sobre os deuses egípcios.
I -
AS PRAGAS ENVIADAS E A PRIMEIRA PROPOSTA DE FARAÓ
4-
Por que as pragas atingiram o Egito (Êx 7.19--12.33)?
( )
DEUS ordenou que Moisés e Arão fossem até o palácio de Faraó para ordenar-lhe
que ajudasse o povo hebreu a sair do Egito.
( )
DEUS ordenou que Moisés e Arão fossem até o palácio de Faraó para pedir-lhe
que deixasse o povo hebreu partir.
( )
Diante de Faraó Moisés fez alguns milagres, para que este contemplasse uma
amostra do poder do Altíssimo e liberasse o povo de DEUS.
( )
Faraó era considerado um deus, por isso foi necessário que Moisés se
apresentasse diante dele com sinais e maravilhas.
( )
Porém, Faraó endureceu o seu coração e não deixou o povo partir.
( )
Com receio das pragas que já estavam atingindo duramente o Egito, Faraó
decide fazer algumas propostas ardilosas para Moisés e Arão.
5-
Qual foi a primeira proposta ardilosa para Moisés e Arão, feita por Faraó
(Êx 8.25)? O que DEUS requer de seu povo?
( )
Esta proposta exigia que Israel cultuasse a DEUS no próprio Egito, em meio
aos falsos deuses.
( )
Esta proposta exigia que Israel cultuasse a DEUS fora do Egito, mas perto da
fronteira, onde Faraó pudesse vigiá-los.
(
) O ecumenismo também parte deste princípio, porém, a Palavra de DEUS nos
exorta: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos
dos povos, para serdes meus” .
( )
A proposta de Faraó era para Israel servir a DEUS sem qualquer separação do
mal. Todavia, “sem santificação ninguém verá o Senhor” .
( )
Um povo separado por DEUS e para DEUS, e ao mesmo tempo misturado com os
ímpios egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação ao Senhor.
( )
DEUS requer santidade do seu povo. Nestes últimos dias antes da volta de
CRISTO, o pecado sob todas as formas avoluma- se por toda a parte, como um
rolo compressor.
( )
Esta é uma das causas de haver tantos crentes frios espiritualmente: “E, por
se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará”.
Precisamos ser mais santos e consagrados a DEUS!
II -
FARAÓ NÃO DESISTE
6-
Qual foi a segunda proposta ardilosa para Moisés e Arão, feita por Faraó (Êx
8.28)? O que isso significa para nós?
( )
“Somente que indo, não vades sem levar as crianças”.
( )
“Somente que indo, não vades longe”.
(
) Isso resultaria em o povo de DEUS sair do Egito, mas o Egito não sair
deles, como acontece ainda hoje com o crente mundano.
( )
Assim fez a mulher de Ló, que saiu de Sodoma mas não tirou Sodoma do seu
coração e da sua mente, e perdeu-se.
( )
O propósito de Faraó ao ordenar “não vades longe” era vigiar e controlar os
passos do povo de Israel. “Não vades longe” significa para o crente hoje o
rompimento parcial com o pecado e com o mundo.
( )
É a vida cristã sem profundidade, sem expressão e por isso sempre
vulnerável.
( )
“Não vades longe” (Êx 8.28) equivale ao crente viver sem compromisso com
DEUS, com a doutrina do Senhor, com a igreja, com a santidade.
( )
É a vida cristã superficial, sem consagração a DEUS e ao seu serviço.
7-
Qual foi a terceira proposta ardilosa para Moisés e Arão, feita por Faraó
(Êx 10.7)? O que isso significa?
(
) Essa proposta atingia os chefes de família e demais adultos.
(
) Essa proposta atingia todos os adultos e crianças masculinos.
( )
Os demais membros da família ficariam no Egito.
( )
O povo de Israel vivia organizado por famílias e casas paternas.
( )
A família é universalmente a unidade básica da sociedade humana.
( )
A saída parcial do povo, como queria Faraó, resultaria no fracionamento e
fragilização das famílias, dividindo-as.
( )
O propósito de DEUS é sempre abençoar toda a família, no sentido de que ela
seja salva, unida, coesa, forte, feliz e saudável.
( )
A proposta de Faraó traria resultados nefastos para o povo de DEUS.
8-
Quais os resultados nefastos para o povo de DEUS, de acordo com a terceira
proposta de Faraó?
( )
Haveria uma nova e santa identidade para hebreus como povo do Senhor.
( )
Famílias sem o governo dos pais, sem provisão, sem proteção, sem direção.
( )
Maridos sem as esposas; homens viajando no deserto e as crianças sem os
pais.
( )
O Diabo quer a ruína do casamento.
( )
Miscigenação devastadora.
( )
Os jovens de Israel sozinhos no deserto a caminho de Canaã se casariam com
moças pagãs, idólatras.
( )
Por sua vez, as jovens deixadas no Egito se casariam com os incrédulos
egípcios.
( )
Enfim, haveria perda de identidade dos hebreus como povo do Senhor.
III-
A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
9-
Que situação caótica vivia o Egito, na época das pragas impostas por DEUS? O
que fazer quando DEUS fala?
(
) A praga da morte dos animais acabara de ocorrer, e todo o Egito durante
três dias ficou sem comida. Só havia nas casas dos hebreus.
(
) A praga das trevas acabara de ocorrer, e todo o Egito durante três dias
seguidos ficou sem luz. Só havia luz nas casas dos hebreus.
( )
Faraó teve muitas oportunidades, mas não deu ouvidos à voz do Senhor e não
atendeu aos apelos de Moisés.
( )
A cada praga o coração de Faraó se tornava mais endurecido.
( )
O rei do Egito escolheu resistir a DEUS e teve seu país devastado pelas
pragas.
( )
Quem pode resistir ao Senhor? Se DEUS está falando com você, atenda-o.
( )
Não resista! Muitos já viram e experimentaram os milagres do Senhor, porém,
seus corações permanecem duros e inflexíveis, como o de Faraó.
( )
Lembre-se de que há um preço alto a se pagar por não se dar atenção ao que
DEUS fala.
10-
Qual a quarta e última proposta de faraó? Qual o significado para nós?
( )
Segundo a Bíblia Explicada, esta proposta também significa “os nossos
irmãos e bens espirituais, são santificados a DEUS” .
(
)
A situação era tão caótica no Egito que o próprio Faraó procurou Moisés
e fez a sua última proposta: “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem as
ovelhas e vossas vacas” .
( )
A ovelha e a vaca eram animais cerimonialmente “limpos” para oferendas de
sacrifícios a DEUS na época da Lei.
( )
Sem as ovelhas e vacas não haveria sacrifícios. Não haveria entrega ao
Senhor.
( )
Segundo a Bíblia Explicada, esta proposta também significa “os nossos
negócios e interesses materiais, não santificados e não sujeitos à vontade
de DEUS” .
( )
O crente precisa viver uma vida digna, não só diante de DEUS, mas também
diante dos homens. A santidade é um imperativo na vida do
cristão até mesmo nos negócios.
CONCLUSÃO
11-
Complete:
A
atitude do cristão hoje ante as ________________________________ propostas
do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel, Moisés e Arão:
“Nem uma __________________________ ficará” no Egito (Êx 10.26).
______________________________ figurado em Faraó não mudou em
relação à sua luta contra o povo de DEUS. Ele continua a tentar o crente de
muitas maneiras para fazê-lo cair, inclusive com más ____________________________________,
sugestões, conclusões etc. “Mas graças a DEUS, que nos dá a
__________________________________ por
nosso Senhor JESUS CRISTO” (1 Co 15.57).
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos
Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE
LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD -
BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer
- CPAD
Bíblia de estudo - Aplicação
Pessoal.
GARNER, Paulo . Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o
Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)
STAMPS, Donald C. Bíblia de
Estudo Pentecostal. CPAD
O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA
– Edições Vida Nova – J. D. Douglas
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F.
Vos, João Rea - CPAD.
Dicionário Vine antigo e novo testamentos
- CPAD.
Teologia do Antigo Testamento - Walter C. Kaiser
Jr. - Vida Nova
James, por Hendrickson Publishers - Edição
Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. Oswaldo Ramos.
ÊXODO Introdução e
Comentário - Por R. Alan Cole, Ph. D. Menzies College, da Universidade
Macquarie - Sociedade Religiosa
Vida Nova - Associação Religiosa Editora Mundo Cristão
C. H. MACKINTOSH. Estudos
Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.
WIERSBE. Warren W.
Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag.
236-237.
Flávio Josefo. HISTÓRIA
dos HEBREUS De Abraão à queda de Jerusalém. Editora CPAD.
COELHO, Alexandre; DANIEL,
Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra
Prometida. Editora CPAD. pag. 7-8.
DAVIDSON. F. Novo
Comentário da Bíblia. Êxodo. pag. 2.
Leo G. Cox. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 141.
MERRILL. Eugene H.
Historia de Israel no Antigo Testamento. Editora CPAD. pag. 50-52,
54-56.
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/2013/12/1-licao-do-1-tri-2014-o-livro-de-exodo.html
http://www.gospelbook.net
www.ebdweb.com.br
http://www.escoladominical.net
http://www.portalebd.org.br/
http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2013/09/a-travessia-do-mar-vermelho.html
O
CORAÇÃO ENDURECIDO DE FARAÓ - Colaboração: Gospel Books; Escriba Digital.
Quão
inútil é que o homem se endureça e se exalte contra DEUS; porque
certamente Ele pode reduzir a pó o coração mais endurecido e abater o
espírito mais altivo. DEUS "pode humilhar aos que andam na soberba" (Dn
4:37). O homem pode presumir ser alguma coisa: pode levantar ao alto a
sua cabeça em pompa e vã glória como se fosse senhor de si próprio.
Homem
vão! Quão pouco conhece o seu verdadeiro estado e o seu caráter! Não é
mais que um instrumento de Satanás, usado por ele nos seus esforços
perversos para impedir os propósitos de DEUS. A inteligência mais
brilhante, o génio mais elevado, a energia mais indomável, não são mais
que outros tantos instrumentos nas mãos de Satanás para executar os seus
planos tenebrosos, a menos que estejam postos sob o controle imediato do
ESPÍRITO de DEUS.
Ninguém é
senhor de si próprio: ou há de ser governado por CRISTO ou por Satanás.
O rei do Egito podia considerar-se um ente livre; e contudo não era mais
que um instrumento nas mãos de outrem. Satanás estava atrás do trono; e,
como resultado de Faraó se ter disposto a resistir aos propósitos de
DEUS, foi entregue judicialmente à influência endurecedora e cega do
senhor da sua escolha.
Isto
explica uma expressão que lemos frequentemente nos primeiros capítulos
deste livro: "Porém, o SENHOR endureceu o coração de Faraó." Não seria
proveitoso para ninguém procurar esquivar-se ao sentido claro desta
soleníssima declaração. Se o homem rejeita a luz
do
testemunho divino, é entregue à cegueira judicial e ao endurecimento de
coração. DEUS abandona-o a si próprio; e então Satanás, apoderando-se
dele, precipita-o na perdição. Houve bastante luz para mostrar a Faraó a
sua loucura extravagante em procurar reter aqueles que DEUS lhe havia
ordenado que deixasse ir. Porém a verdadeira disposição do seu coração
era de opor-se a DEUS, e, portanto, DEUS abandonou-o a si mesmo, e fez
dele um monumento para manifestação da sua glória "em toda a terra".
Isto não encerra nenhuma dificuldade, salvo para aqueles que desejam
arguir com DEUS — que se "embravecem contra o Todo-Poderoso" (Jó 15:25),
para ruína das suas almas imortais.
DEUS dá
às vezes aos homens aquilo que está de acordo com a verdadeira
inclinação dos seus corações:".. .por isso, DEUS lhes enviará a operação
do erro, para que creiam na mentira, para que sejam julgados todos os
que não creram a verdade; antes tiveram prazer na iniquidade" (2 Ts
2:11-12). Se os homens rejeitam a verdade quando lhes é apresentada,
terão, certamente, a mentira; se não querem CRISTO, terão Satanás; se
menosprezam o céu, terão o inferno. O ESPÍRITO incrédulo terá alguma
coisa que responder a isto! Antes de o fazer deve certificar-se de que
aqueles que são assim tratados judicialmente obram inteiramente debaixo
da sua responsabilidade.
Por
exemplo, no caso de Faraó, ele agiu, até certo ponto, segundo a luz que
possuía. Acontece o mesmo em todos os demais casos. O dever de prova
recai, incontestavelmente, sobre aqueles que estão dispostos a
argumentar com DEUS acerca dos Seus juízos contra os que desprezam a
verdade. O mais simples filho de DEUS justificará a DEUS em face das
mais inescrutáveis dispensações; e, ainda que não possa responder
satisfatoriamente a todas as perguntas difíceis da incredulidade, acha
descanso perfeito nestas palavras: "Não faria justiça o Juiz de toda a
terral" (Gn 18:25). Existe muito mais sabedoria nesta forma de resolver
uma dificuldade aparente do que nos argumentos mais complicados; porque,
certamente, um coração que está disposto a "replicar" a DEUS (Rm 9:20)
não será convencido pelos argumentos do homem.
Contudo,
é uma das prerrogativas de DEUS responder a todos os argumentos
orgulhosos do homem e abater as ideias altivas do espírito humano. O
Senhor pode imprimir a sentença de morte sobre toda a natureza, até nas
suas formas mais belas. "Aos homens está ordenado morrerem uma vez" (Hb
9:27). Ninguém pode escapar a esta sentença.
O homem
pode procurar encobrir a sua humilhação por vários meios e ocultar a sua
retirada através do vale da sombra da morte da maneira mais heroica;
dando os títulos mais honrosos que possa imaginar-se aos seus últimos
dias; dourando com falsos esplendores o seu leito de morte; decorando o
préstito fúnebre e a sepultura com aparência de pompa, de aparato e de
glória; levantando sobre os restos corrompidos um monumento esplêndido,
sobre o qual são escritos os anais da vergonha humana; tudo isto o homem
pode fazer; mas a morte é morte, afinal, e ele não pode retardá-la nem
um só momento, nem tampouco transformá-la noutra coisa além do que ela
realmente é, a saber: "o salário do pecado" (Rm 6:23).
C. H.
MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editoração:
Associação Religiosa Imprensa da Fé.
Êx 7.13 O
coração de Faraó se endureceu. De outra sorte, o Faraó teria anuído
prontamente à ordem divina. O trecho de Êxo. 7.5 nos dá uma razão
conspícua para isso. DEUS estava demonstrando o Seu poder, exaltando o
Seu nome, derrotando deuses falsos, instalando nos corações a verdadeira
fé e a espiritualidade, exibindo a Sua soberania, provocando uma
revolução espiritual. Nada disso poderia ocorrer se 0 Faraó tivesse
recuado pronta e facilmente. Muitas lições ainda seriam dadas. Estava em
desdobramento um plano divino, e não apenas a libertação da servidão no
Egito.
Em Êxodo
4.21 apresento notas completas sobre os problemas teológicos e morais
envolvidos na história do coração endurecido do Faraó. Também aludo ali
a artigos que examinam esse problema por vários ângulos. O livro de
Êxodo atribui o endurecimento do coração do Faraó tanto ao próprio homem
como a DEUS; e essa questão também é comentada, com referências bíblicas
apropria- das, em Êxo. 4.21. DEUS se utiliza da vontade humana sem
destruí-la, embora não saibamos dizer como isso ocorre.
Como o
Senhor havia dito. Essa dureza de coração por parte do Faraó havia sido
antecipada e predita (Êxo. 7.3). Isso deu margem a que o Senhor
multiplicasse os Seus sinais, os quais são descritos em Êxo. 7.14 —
18.27, as dez pragas e os prodígios subsequentes, como aqueles às
margens do mar Vermelho.
As Dez
Pragas (7.14 — 11.10) DEUS Revela Seu Poder Multifacetado (7.14 -18.27)
Yahweh e o Faraó engalfinharam- se em luta: o sagrado e o profano; o
veraz e o mentiroso. Dessa luta resultariam
efeitos
benéficos e prejudiciais. Levado pelo temor, o Faraó (Êxo. 5.15-21)
descartou seus poderes racionais e se tomou um desvairado, espalhando
destruição no Egito, por causa de sua dureza de coração. Moisés e Arão
eram instrumentos divinamente escolhidos. DEUS sempre tem Seu homem para
cada missão específica. A providência de DEUS (ver sobre ela no
Dicionário) é um dos temas principais por todo o Pentateuco. A soberania
de DEUS (ver a esse respeito no Dicionário) também precisava ser não
apenas demonstrada (Exo. 7.5), mas também firmada. O DEUS desconhecido,
Yahweh, precisava tomar-se universalmente conhecido, começando
primeiramente por Israel, e, então, pelo Egito (o reino mais poderoso da
época), e, finalmente, pelo resto do mundo. JESUS, o CRISTO, tomaria
universalmente conhecido a esse DEUS desconhecido, de forma toda
especial, mediante sua missão salvatícia universal.
Os
críticos atribuem esta seção a uma combinação das fontes informativas J,
E e P(Sj.
As dez
pragas, ao que parece, tiveram lugar durante um período de nove meses.
Foram agrupadas em três unidades de três pragas. E a décima praga — a
morte dos primogênitos—foi a praga culminante. Foram dez milagres
didáticos. “As dez pragas podem ter ocorrido por um período de cerca de
nove meses. A primeira delas ocorreu quando o rio Nilo estava na
enchente (julho-agosto). A sétima praga (Êxo. 9.13), em janeiro, quando
florescia a cevada e o linho. Os ventos prevalentes do oriente, em março
e abril, teriam trazido os gafanhotos, que foi a oitava praga (Êxo.
10.13). E a décima praga (Êxo. 11 e 12) teria ocorrido em abril, o mês
da instituição da páscoa. DEUS estava julgando os deuses do Egito (havia
muitos deles). Ver Êxo. 12.2; 18.11; Núm. 33.4” (John D. Hannah, in
loc).
Primeira
Praga: As Águas Tornam-se Sangue (7.14-25)
Êx 7.14 O
coração de Faraó está obstinado. Mas agora ele começaria a colher o que
tinha semeado. A vontade de DEUS usa e manipula a vontade humana sem
destruí-la, embora não saibamos dizer como isso sucede. O Faraó
endureceu seu próprio coração, e DEUS endureceu o coração do Faraó,
conforme se vê em Êxo. 4.21. Este versículo repete a mensagem de Êxo.
6.1. Os atos divinos tornavam-se agora milagres didáticos, mediante os
quais a vontade de DEUS seria efetuada, sem importar o que o homem
desejasse.
Êx 7.22
Os magos... fizeram também o mesmo. O autor sacro não nos revela como
eles acharam água para a experiência, nem o ponto se reveste de
importância, exceto para os céticos. Talvez o vs. 24 nos dê a resposta:
as cisternas. Os mágicos encontraram pequena quantidade de água e
transformaram-na em sangue, mediante o poder satânico, ou, então,
mediante algum truque, fizeram-na parecer sangue. O trecho de II
Tessalonicenses 2.11 mostra que alguns homens preferem acreditar na
mentira. E Apocalipse 22.15 mostra que alguns homens amam a mentira. O
coração endurecido do Faraó inclinava-o a crer na mentira e amá-la. Por
igual modo, existem milagres da mentira (II Tes. 2.9), ou seja, sinais
que comunicam uma mensagem falsa para aqueles que anelam por acreditar
nela.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 330-331; 333.
Êx
7:14-25. A primeira catástrofe. As pragas são descritas por palavras
hebraicas cognatas, todas elas com o sentido de “ golpe” ou “ pancada” ,
bem como pelas três palavras já usadas para “ sinais” . Este fato
destaca sua dupla natureza, sendo ao mesmo tempo provas da atividade
divina e mostras da natureza dessa atividade, em castigo e salvação.
Alguns encontram aqui um problema de ordem moral, não na ocorrência real
de tais catástrofes * nem na saída dos israelitas do país devastado, mas
na interpretação bíblica de tais catástrofes como a ira de DEUS.
Todavia, se DEUS controla todas as coisas, não será obra Sua tudo que
acontece? A não ser que as pragas fossem a manifestação da ira de DEUS
contra o Egito, como poderiam ser elas a salvação divina em favor de
Israel? Ou as duas interpretações estão corretas ou ambas estão erradas.
Um exemplo típico da diferença entre fé e incredulidade é que a mesma
série de acontecimentos pode ser interpretada de qualquer das duas
maneiras. Assim sendo, o crente interpreta cada evento em termos do
bondoso propósito de DEUS para sua vida (Rm 8:28). Já que nenhum
acontecimento pode abalar sua fé, ela acaba por ser a vitória que vence
o mundo (1 Jo 5:4). (Uma discussão interessante e completa das pragas se
encontra em Hyatt, Apêndice, p. 336.)
R. Alan
Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova.
pag. 86.
Êx 4.21
Todos os milagres. Três poderes específicos tinham sido dados a Moisés:
transformar a vara em uma serpente, e de novo em uma vara; fazer sua mão
ficar leprosa, para então curá-la; transformar água em sangue. Esses
prodígios são comentados nas notas sobre os vss. 3,4,6,7,9. Eram
milagres autenticadores e convincentes, a serem exibidos diante dos
anciãos de Israel e diante do Faraó (ver Êxo. 4.1, onde estão em foco
tanto os anciãos quanto Faraó).
Eu lhe
endurecerei o coração. O relato sobre o duro coração do Faraó, que
resistiu a tantos dos desafios de Moisés, tem-se tornado um campo de
batalha
teológica
na controvérsia entre o determinismo divino e o livre-arbítrio humano.
DEUS usa o livre-arbítrio humano sem destruí-lo, embora não saibamos
dizer como. Precisamos interpretar essas controvérsias do ponto de vista
da polaridade. Tanto a predestinação quanto o livre-arbítrio são
verdades ensinadas nas Escrituras, como polos de uma doutrina mais
ampla, da mesma forma que o globo terrestre tem dois polos. Ensinar
somente uma dessas verdades é ensinar uma teologia unilateral. É fácil
ensinar somente a predestinação; também é fácil ensinar somente o
livre-arbítrio, mas ambos esses lados devem ser ensinados por nós. A
salvação requer uma intervenção divina; o livre-arbítrio é necessário
para que o homem possa ser moral- mente responsabilizado. Essas duas
verdades são legítimas, fazendo parte de uma doutrina mais ampla, embora
seja muito difícil ensinar ao menos como isso pode ser verdade. É
difícil ensinar aquela doutrina mais ampla, que engloba ambos os lados
da questão. A Bíblia ensina tanto a divindade quanto a humanidade do
Logos. Em doutrinas assim, parece haver alguma contradição. Mas são
polos de alguma verdade maior. As Escrituras ensinam o juízo como
retribuição; e também ensinam o juízo como um remédio (I Ped. 4.6).
Devemos esforçar-nos por ensinar aquela doutrina maior que contém ambas
essas ideias.
O fato de
que DEUS endureceu o coração do Faraó, pelo lado da doutrina da
predestinação, paradoxalmente, foi também o exercício da própria vontade
livre do Faraó. Mas não sabemos dizer como isso pode ter acontecido.
Judas estava destinado a trair a JESUS CRISTO; mas isso Judas fez de sua
livre e espontânea vontade, por causa de sua perversidade interior e de
seu coração corrompido (Mat. 26.24). Mas como esses dois fatores
interagiram, não sabemos determinar.
A dureza
do coração do Faraó é atribuída a DEUS em Êxo. 4.21 ; 7.3; 9.12;
10.1,20,27; 14.4,8. E também é atribuída ao próprio Faraó, em Êxo.
8.15,32; 9.34. E também é atribuída ao próprio coração do rei em Êxo.
7.13,22; 9.7,35. Em consequência, a polaridade e o paradoxo fazem parte
das expressões das próprias Escrituras. Três modos diversos da mesma
operação são salientados; mas não sabemos dizer como essas coisas possam
ser. É uma desgraça histórica ridícula que crentes individuais, igrejas
e denominações se tenham dividido em torno dessa doutrina. Também é
ridículo que os estudiosos defendam um ou outro polo de uma doutrina
que, na verdade, tem dois polos. Ver Rom. 9.17 ss e suas notas
expositivas quanto ao uso que Paulo fez desta passagem.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 319.
Êx 4.21.
Endurecerei o seu coração. Esta expressão às vezes nos parece um
problema moral, mas tal estimativa não é justa, pois a Bíblia usa, lado
a lado, três maneiras diferentes de descrever a mesma situação, sem
qualquer sentido de contradição interna. Três verbos hebraicos
diferentes são usados, mas estes não apresentam diferença básica em seu
significado. A narrativa apresenta, às vezes, DEUS endurecendo o coração
de Faraó, como aqui. Às vezes é Faraó quem endurece seu próprio coração,
como em 8:15. Outras vezes a descrição é neutra, quando se diz que o
coração de Faraó foi endurecido, como em 7:13. Até mesmo para o
estudioso ocidental, trata-se de um problema de interpretação teológica,
não um problema de história ou de fato. Ninguém duvida que Faraó fosse
obstinado, que possuía vontade e propósito férreos, que lhe foi
impossível mudar seu padrão de pensamento e ajustar-se a novas ideias.
Todas essas ideias e algumas outras estão implícitas na expressão
bíblica “ duro de coração” , que não se refere a emoções, como em
português, mas à mente, à vontade, inteligência e reações. Talvez “ de
mente fechada” seja melhor tradução. Escolas teológicas diversas
batalharam quanto a esta passagem em séculos passados. Paulo (em Rm
9:14-18) a usa como um exemplo não apenas do poder absoluto e da
inescrutável vontade de DEUS, mas também de Sua misericórdia em Seu
envolvimento com o homem. Paulo, por fim, tem de buscar refúgio no
conhecimento da absoluta justiça de DEUS, como nós todos devemos fazer.
O escritor hebreu, no entanto, não viu qualquer problema aqui. Para ele,
DEUS era a causa primeira de todas as coisas; todavia, o autor não nega
a realidade e a responsabilidade moral dos agentes humanos envolvidos.
Ver nesta ambivalência a existência de fontes em conflitos é se
aproximar perigosamente da ignorância quanto à psicologia hebraica. O
mesmo raciocínio permite ao israelita ver a travessia do Mar Vermelho
como resultado da soberana ação divina e, no entanto, como produto da
ação conjunta do vento e das marés (cap. 14). Não se trata aqui de
explicações mutuamente exclusivas, nem sequer de explicações
alternativas igualmente válidas. Para o israelita são uma e a mesma
explicação, apenas descritas de maneira diferente.
Driver
afirma: “ DEUS não endurece o coração de um indivíduo necessariamente
com uma intervenção sobrenatural; o endurecimento pode ser produzido
pelas experiências normais da vida, operando através dos princípios e do
caráter da natureza humana, que são determinados por Ele.” Esta verdade
é profundamente hebraica. Um exemplo semelhante desta forma hebraica de
pensamento se encontra em Marcos 4:12, onde JESUS apresenta Sua razão
para ensinar a verdade sob a forma de parábolas.
R. Alan
Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova.
pag. 74-75.
Êx 8.15
Faraó... continuou de coração endurecido. Foi um triunfo da estupidez.
Ao ver que o Egito estava livre, imaginou que tudo terminaria naquele
ponto. Ele não se dispunha a perder o trabalho escravo prestado pelos
filhos de Israel. Por isso, recuou quanto à promessa que fizera. Lemos
aqui que o próprio Faraó endureceu seu coração. Em outros trechos do
livro de Êxodo lemos que DEUS endureceu o coração dele. Alguma impressão
fora feita sobre sua mente (vs. 8), mas não o bastante para mudar o seu
coração. Sua contínua obstinação aumentava sua culpa, cada vez mais. O
pecador à vontade diante de seu pecado é um pecador obstinado. O trecho
de Êxo. 7.14 mostra-nos que Yahweh tinha predito a resistência do Faraó.
Êx 8.19
Isto é o dedo de DEUS. Alguns estudiosos pensam que essa expressão
deveria ser traduzida por “0 dedo de deus”, por suporem que os mágicos
não tinham em mente especificamente a Yahweh. O termo hebraico envolvido
é Elohim (ver a respeito no
Dicionário) que pode ser entendido como alusivo ao verdadeiro
DEUS ou a
deuses, e o próprio vocábulo hebraico não nos indica como devemos
compreendê-lo. Seja como for, os mágicos reconheceram que estava atuando
algum poder divino, superior a tudo quanto já tinham visto que não se
submetia ao controle deles. Talvez Yahweh, a quem o Faraó não quisera
reconhecer (Êxo. 5.2), estava começando a ser reconhecido.
Dedo de
DEUS. Ver também Êxo. 31.18; Deu. 9.10; Sal. 8.3; Luc. 11.20. É indica-
do um poder divino que atua sobre circunstâncias específicas. DEUS põe
Seu dedo sobre certas circunstâncias que as modificam. Fazemos nossos
atos e nossas realizações por meio de nossos dedos.
O coração
do Faraó estava endurecido, e isso pela sua vontade perversa e teimosa,
ou, então, por parte de DEUS. Ambas as coisas aparecem como verdades, no
livro de Êxodo. Ver as notas sobre Êxo. 4.21 sobre essa questão, que
inclui comentários sobre os problemas teológicos envolvidos. As rãs
fizeram o Faraó hesitar (Êxo. 8.8 ss.). Mas os insetos não exerceram
nenhum efeito sobre ele. Ele estava disposto a sofrer a dor a fim de
reter seu trabalho escravo, prestado pelos israelitas, tão vital para
seus projetos de construção.
Êx 8.32
Ainda esta vez endureceu Faraó o coração. Algumas vezes lemos que ele
mesmo endureceu seu coração, como aqui; mas de outras vezes, lemos que
DEUS endureceu o coração do Faraó. Assim, a vontade divina e a vontade
humana cooperam uma com a outra. DEUS usa o livre-arbítrio humano, sem
destrui-lo, embora não saibamos explicar como. Ver Êxo. 4.21 quanto a
notas completas sobre essa questão e sobre os problemas suscitados
acerca da teologia que circunda 0 determinismo versus o livre-arbítrio.
Paradoxalmente, 0 endurecimento do coração do Faraó, por parte de
DEUS,
era o exercício do livre-arbítrio do Faraó. Todavia, não sabemos
explicar como isso sucede.
Uma vez
mais, o Faraó quebrou sua promessa. Prevaleceu de novo a estupidez. Seu
embotamento espiritual era refletido em sua falha moral, mediante “o
orgulho e a ambição” (John Gill, in loc.).
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 336; 338.
Êx 9.7 O
fato de que os israelitas foram poupados tornou-se um fato conspícuo,
que o Faraó não pôde ignorar. Isso deve ter-se tornado motivo da
conversação entre todos os egípcios, motivo de alegria para Israel, mas
da mais profunda consternação para os egípcios. Porém, apesar dos vários
sinais, o Faraó não se deixou abalar em sua obstinação.
Os Três
Sinais. 1. Foi determinado um tempo específico para início da praga.
Nenhuma coincidência estaria envolvida. 2. O gado dos israelitas seria
poupado.
3. A
praga foi generalizada, muito pior do que qualquer outra que podia ser
relembrada. Como era óbvio, tratava-se de um juízo divino. O Faraó viu
os sinais, mas conseguiu ignorá-los.
O coração
de Faraó se endureceu. Ou por ele mesmo, ou por atuação de Yahweh, ou
por ambos. Ver notas completas sobre essa questão, incluindo referência
aos artigos que abordam os problemas teológicos envolvidos, nas notas
sobre Êxo. 4.21. Os textos diferem, algumas vezes dizendo que 0 Faraó
endure- cia seu próprio coração, e algumas vezes dizendo que Yahweh o
endurecera. Ver Rom. 9.17, onde Paulo reporta-se ao problema referente
ao endurecimento do coração de Faraó.
Êx 9.34
Tornou a pecar. Visto que o seu arrependimento (vs. 27) era egoísta e
superficial, o Faraó reconheceu a Yahweh, mas não por motivo de
espiritualidade. Ele só queria escapar aos juízos divinos. Sua mente
embotada pensou que, uma vez cessada a terrível tempestade, Yahweh não
mais perturbaria o Egito. Não fazia ideia de que 0 pior ainda estava por
vir. Moisés, porém, havia antecipado essa reversão (vs. 30), porque o
registro das ações passadas do Faraó não era favorável. O Faraó foi
julgado por seus atos. Até uma criança torna-se conhecida por suas ações
(Pro. 20.11).
Semeie um
pensamento - colha um ato.
Semeie um
ato - colha um hábito.
Semeie um
hábito - colha um caráter.
Semeie um
caráter - colha um destino.
(Prof.
Huston Smith)
Ao
clarear o novo dia, o Faraó voltou às suas trevas mentais e espirituais.
Contudo, a misericórdia de DEUS permitiu-lhe mais oportunidades.
Êx 9.35
Faraó... não deixou ir os filhos de Israel. Um coração endurecido
prevaleceu. A Bíblia mostra-nos que algumas vezes o Faraó endurecia seu
próprio coração. De outras vezes, judicialmente, DEUS endurecia o
coração do Faraó. Ou, então, a expressão pode ser indireta como neste
versículo, “seu coração estava endurecido”. DEUS usa o livre-arbítrio
humano sem destruí-lo, embora não saibamos dizer como isso pode ser. Ver
as notas em Êxo. 4.21 quanto a notas completas sobre a questão do
endurecimento do coração de Faraó, com todos os problemas teológicos
envolvidos.
Desobediência. A obstinação e a estupidez mental do Faraó, apesar de
tantas evidências iluminadoras, tornaram-se proverbiais. O Faraó foi
assim levado a desobedecer ao Poder Supremo. Isso só pode resultar na
autodestruição. Neste mundo há muitos que se autodestroem.
Uma
Espiritualidade Fingida. O Faraó havia exibido uma fagulha de
espiritualidade. O arrependimento deveria levar à reparação (vs. 27).
Mas assim que aquela fagulha se apagou, o velho coração empedernido do
Faraó de novo se manifestou. Quão fácil é para nós criticarmos a outros,
mas quão grande é a corrupção interior que nos torna um bando de
pequenos faraós, dotados de uma espiritualidade fingida. Até nossa fé e
nosso culto religioso podem tornar-se meios de auto glorificação. Um
missionário usa a blasfema música “rock” a fim de atrair uma multidão.
Ele é glorificado porque é um grande pregador, capaz de falar a muitas
pessoas! Um pastor é glorificado devido ao número de seus convertidos,
por ter-se mostrado tão eficiente. O sucesso espiritual tem sido usado
para glorificar homens, e depois nos pomos a indagar qual terá sido a
verdadeira medida de sucesso autêntico. Os dons espirituais são usados
para efeito de ostentação. E depois indagamos quão espirituais teriam
sido, realmente, esses dons.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 338; 342.
2. A
primeira proposta (Êx 8.25).
DEUS
enviou mais duas pragas ao Egito: a dos piolhos e das moscas. A vida dos
egípcios se tornou um inferno. Piolhos são parasitas que se alimentam de
sangue, restos de pele ou secreções expelidas pelo corpo. Multiplicam-se
com facilidade, e dificilmente saem de seus hospedeiros. As moscas são
tão inconvenientes que costuma nos dar nojo quando se aproximam de nós
ou pousam em algum objeto que nos está próximo. O Egito estava realmente
em maus lençóis.
Com essas
pragas, Faraó chama Moisés e Arão e lhes diz: “Ide e sacrificai ao vosso
DEUS nesta terra” (Êx 8.25).
Ao que
parece, Faraó foi convencido pelos piolhos e moscas enviados por DEUS, e
fez uma concessão aos israelitas. O sacrifício poderia ser feito, sem
problemas, desde que fosse feito no Egito. Quem quisesse sacrificar
poderia fazê-lo, mas a escolha do local do sacrifício pertencia a Faraó,
não a DEUS. De certa forma, isso era cômodo para o rei. A força de
trabalho escravo não iria muito longe. Mas esse não era o plano de DEUS.
A
adoração pretendida por DEUS não foi planejada para ser feita em terras
egípcias. Naquelas terras muitos israelitas morreram em sofrimento.
Muitos bebês meninos foram lançados ao Nilo para morrerem afogados ou
comidos por crocodilos. Naquelas terras os filhos de DEUS haviam perdido
sua liberdade. DEUS pretendia receber culto e dar de presente aos filhos
de Abraão uma nova terra para viverem.
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e
o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 27.
A
PRIMEIRA PROPOSTA.
A
primeira destas objeções encontra-se no capítulo 8:25. "Então, chamou
Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao vosso DEUS nesta
terra". E desnecessário acentuar aqui que, quer sejam os magos com a
resistência que opõem ou Faraó com as suas objeções, é realmente Satanás
que está atrás de toda esta cena: e o seu objetivo, nesta proposta de
Faraó, consistia em impedir o testemunho do nome do Senhor—um testemunho
ligado com a separação completa entre o Seu povo e o Egito. É evidente
que um tal testemunho não podia ser dado se eles tivessem continuado no
Egito, ainda mesmo que tivessem oferecido sacrifícios ao Senhor. Os
israelitas ter-se-iam então colocado no mesmo terreno que os egípcios, e
teriam posto o Senhor ao mesmo nível dos deuses do Egito. Então os
egípcios poderiam ter dito aos israelitas: "Não vemos nenhuma diferença
entre nós; vós tendes o vosso culto, e nós temos o nosso; é tudo a mesma
coisa".
Os homens
consideram perfeitamente natural que cada qual tenha uma religião, seja
qual for. Contanto que sejamos sinceros e não haja interferência na
crença do próximo, pouco importa a forma da nossa religião. Tais são os
pensamentos dos homens a respeito daquilo que eles chamam religião;
porém é bem claro que a glória do nome de JESUS não é tida em conta em
tudo isto. O inimigo opor-se-á sempre à ideia de separação, e o coração
do homem nunca poderá compreendê-la. O coração humano pode aspirar à
piedade, porque a consciência testifica que não está tudo em regra; mas
ao mesmo tempo anela seguir o mundo: gosta de sacrificar a DEUS na
terra; assim quando se aceita uma religião mundana e se recusa sair ou
fazer separação dela (2 Co 6), o fim de Satanás é conseguido. O seu
plano invariável, desde o princípio, consiste em impedir o testemunho
dado ao nome de DEUS na terra. Tal era o fim escuro da proposta, "Ide e
sacrificai ao vosso DEUS nesta terra". Que fim o do testemunho, se esta
proposta tivesse sido aceite! O povo de DEUS no Egito e o Próprio DEUS
associado com os ídolos do Egito! Que terrível blasfêmia!
C. H.
MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editoração:
Associação Religiosa Imprensa da Fé.
Êx
8.25,26 O Faraó Propõe Transigências. Ver Êxo. 10.11. Essas propostas
eram quatro: 1. Podem adorar, mas permaneçam no Egito (Êxo. 8.25). 2.
Vão, mas não se distanciem do Egito (8.28). 3. Vão, mas deixem seus
filhos e suas possessões no Egito. 4. Vão, deixem seu gado no Egito, mas
podem levar seus filhos (10.24).
Quando
este versículo é posto em confronto com o vs. 26, parece que o Faraó
daria algum dia permissão a Israel sair do Egito. Parece que ele baixa-
ria o equivalente a um edito de tolerância. Poderiam efetuar seus ritos
religiosos dentro das fronteiras do Egito. Yahweh seria então
reconhecido como um dos deuses oficiais do Egito, entre tantos.
Naturalmente, isso não era aceitável para Moisés. Os papiros elefantinos
mostram que os egípcios, posteriormente, reagiram com violência à
adoração efetuada por Israel (A. E. Cowley, Aramaic Papyri of the Fifth
Century B. C.). Quase todos os sacrifícios de animais, feitos por
Israel, lhes parecia repelente. Assim, 0 proposto edito de tolerância do
Faraó foi um grande passo aos seus olhos, embora não fosse suficiente,
na opinião de Moisés.
Provavelmente, o Faraó teria permitido que Israel exercesse autonomia
religiosa em Gósen, mas não fora daquele território. Somente ali Israel
não ofenderia aos egípcios; mas devemos supor que mesmo ali havia uma
população mista, e tentativas de execução (por apedrejamento) poderiam
ter lugar. Os egípcios consideravam que o boi era um animal sagrado para
o deus Ré (Ápis), ao passo que a vaca representava a deusa egípcia,
Hator. Portanto, sacrifícios desses animais seriam considerados
blasfêmias.
Diodoro
Sículo (Bibliothec. 1.1 par. 75) deu notícias da violência de uma turba
de egípcios ao verem uma mulher matar um gato, um animal que para eles
era sagrado. “0 Egito tinha fortíssimos tabus contra as práticas
religiosas dos estrangeiros (Gên. 43.32)" (Oxford Annotated Bible, in
loc).
Apedrejamento. Essa era uma antiga forma de execução capital. Ver no
Dicionário o verbete com esse nome. Era a forma de execução em certos
casos de incesto (ver a introdução ao capítulo dezoito de Levítico, onde
apresento um gráfico).
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 337.
Como
Faraó, depois deste ataque, pareceu negociar, e iniciou um acordo com
Moisés e Arão sobre a entrega dos seus cativos. Mas observe com que
relutância ele cede.
1. O
Faraó se mostraria satisfeito pelo fato de oferecerem sacrifícios ao
Senhor seu DEUS, desde que o fizessem na terra do Egito, v. 25. Observe
que DEUS pode fazer com que a sua adoração seja tolerada até mesmo por
aqueles que são verdadeiros inimigos dela. Faraó, sob as fortes dores
infligidas pela vara, permite que eles ofereçam sacrifícios e se mostra
disposto a permitir que haja uma liberdade de consciência em relação ao
precioso DEUS de Israel, até mesmo na sua própria terra. Mas, Moisés não
aceita a sua concessão. Ele não pode aceitá-la, v. 26. Seria uma
abominação a DEUS que eles oferecessem os sacrifícios egípcios, e uma
abominação para os egípcios que eles oferecessem a DEUS os seus
sacrifícios. De modo que os hebreus não poderiam oferecer sacrifícios
naquela terra sem incorrer no desagrado, fosse do seu DEUS, fosse dos
seus capatazes. Por isto ele insiste: “Deixa-nos ir caminho de três dias
ao deserto”, v. 27. Observe que aqueles que desejam oferecer sacrifícios
aceitáveis a DEUS devem: (1) Separar-se dos ímpios e profanos. Pois nós
não podemos ter comunhão com o Pai das luzes e também com o mundo das
trevas, com CRISTO e também com Belial, 2 Coríntios 6.14ss.; Salmos
26.4,6. (2) Eles devem afastar-se das distrações do mundo, e isolar-se o
mais que puderem do seu ruído. Israel não pode celebrar a festa do
Senhor entre os fornos de tijolos do Egito, ou entre os seus antros de
prazer. Não, nós devemos ir ao deserto, Oséias 2.14; Cantares
7.11. (3)
Eles devem obedecer às instruções divinas: Nós sacrificaremos ao Senhor,
nosso DEUS, como Ele nos dirá - e não de qualquer outra maneira. Embora
eles estivessem no último grau de escravidão a Faraó, na adoração a DEUS
eles deveriam obedecer aos Seus mandamentos, e não os de Faraó.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a
Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 251.
Êx 8.25.
Nesta terra. Esta é a primeira oferta de Faraó. Moisés a recusa partindo
do princípio que oferecer sacrifícios no Egito seria o mesmo
que matar
um porco numa mesquita muçulmana ou sacrificar uma vaca num templo
hindu. Haveria imediatamente um conflito racial. Por causa desta
passagem, cristãos de consciência muito sensível frequentemente acusam
Moisés de ter dito uma meia-mentira, pelo menos, afirmando que o
argumento de Moisés era mero pretexto. No entanto, a desculpa era
perfeitamente válida. A pequena colônia judaica de Yeb/Elefantina, no
Alto Nilo, sofreu ataques sistemáticos por parte dos egípcios no século
V A.C. por esta mesma razão; sacrifícios animais.
R. Alan
Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova.
pag. 91-92.
II - FARAÓ NÃO DESISTE
1. A
segunda proposta de Faraó (Êx 8.28).
Pensemos
agora no diálogo entre Moisés e Faraó: O libertador não concorda com o
rei quando ele propõe que o culto seja em um lugar inadequado à presença
de DEUS. Além disso, por que oferecer sacrifícios em um lugar onde eles
eram motivo de deboche? Os egípcios detestavam pastores de ovelhas e
qualquer pessoa que cuidasse de gado. Eles certamente apedrejariam os
israelitas quando estes fossem oferecer seu culto. Não bastava serem
escravos: eles teriam de passar pela humilhação de ver pedras voando por
suas cabeças no momento do culto ao Senhor?
DEUS não
tinha esse plano para seus filhos. Tão importante quanto o culto que
eles prestariam era a liberdade que receberiam. Eles sairiam da
escravidão. Trabalhariam para se manter e prosperar em uma nova terra.
Seriam protegidos por DEUS e seriam uma nação. Criariam seus
filhos
longe da sombra do
trabalho
escravo e dos acoites com que estavam sendo submetidos. Esse era o plano
divino.
Moisés
indica que o local adequado à adoração seria a três dias de distância do
Egito. Mas Faraó não está certo de que essa distância é segura para
manter o povo escravo, e diz a Moisés que não vá muito longe. Por que
essa
preocupação do rei com um grupo de escravos? Para mantê-los no Egito e
impedir-lhes a liberdade. Faraó chega a pedir que Moisés ore por ele
também, mas não parece um daqueles pedidos sinceros de oração, e sim a
finalização de um discurso que não tem por objetivo ser realizado.
“A
questão não se refere ao fato de DEUS precisar ou não de nossos bens
para ser adorado. Creio que o honramos com as nossas fazendas e as
primícias
de nossa
renda (Pv 3.9). Porém, nossa inteireza de coração, e um coração não
lixado nas riquezas deste mundo. Eis aqui mais que bens, Ele deseja a
diferença.”
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e
o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 28-29.
Então,
disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao SENHOR vosso
DEUS no deserto; somente que, indo, não vades longe" (capítulo 8:28).
Não podendo retê-los no Egito, procurava ao menos retê-los perto das
fronteiras, para poder agir contra eles por meio das diversas
influências do país. Desta forma o povo podia ser reconduzido e o
testemunho mais facilmente aniquilado que se eles nunca tivessem saído
do Egito. Aqueles que tornam para o mundo, depois de aparentemente o
terem deixado, causam muito mais dano à causa de CRISTO do que se nunca
se houvessem afastado dele; porque virtualmente confessam que, tendo
provado as coisas divinas, descobriram que as coisas terrenas são
melhores e satisfazem mais. E isto ainda não é tudo. O efeito moral da
verdade sobre as consciências dos incrédulos e tristemente embaraçado
pelo exemplo dos professos que regressam às coisas que aparentemente
haviam deixado. Não é que tais casos concedam autorização a ninguém para
rejeitar a verdade de DEUS, tanto mais que cada um é responsável por si
mesmo e terá de prestar contas dos seus atos a DEUS. Contudo, o efeito
produzido é, como em tudo mais, mau.
"Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo
conhecimento do Senhor e Salvador JESUS CRISTO, forem outra vez
envolvidos nelas e vencidos, tornou-se lhes o último estado pior do que
o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça
do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora
dado" (2 Pe 2:20-21).
Por esse
motivo, se as pessoas não estão dispostas a ir longe, é melhor não
partirem. O inimigo sabia isto bem; daí a sua segunda objeção. Uma
posição de proximidade satisfaz admiravelmente os seus propósitos.
Aqueles que ocupam esta posição não são nem uma coisa nem outra; com
efeito, qualquer que seja a sua influência, conduz, infalivelmente, para
o lado mau.
É muito
importante ver claramente que o fim de Satanás em todas estas objeções
era pôr obstáculos ao testemunho que só podia ser rendido ao nome do
DEUS de Israel por meio de uma peregrinação de três dias através do
deserto. Isto era, em boa verdade, ir muito longe ir muito mais longe do
que Faraó podia imaginar, ou até onde lhe era possível seguir Israel.
Que
grande bênção serias e todos os que fazem profissão de sair do Egito se
separassem dele pelo espírito do seu entendimento e pela elevação do seu
caráter; se conhecessem a cruz e a sepultura de CRISTO como os limites
estabelecidos entre eles e o mundo! Ninguém pode colocar-se nesse
terreno na energia da sua natureza. O Salmista pôde dizer: "E não entres
em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum
vivente" (Sl 143:2). O mesmo acontece a respeito da separação verdadeira
e efetiva do mundo.
"Nenhum
vivente" pode realizá-la. E somente como "morto com CRISTO", e
ressuscitado também nele, pela fé, no poder de DEUS(Cl 2:12),que o homem
pode ser justificado diante de DEUS e separado do mundo. Eis o que
podemos chamar "ir muito longe". Permita DEUS que todos os que fazem
profissão de cristãos e se chamam por este nome possam assim afastar-se!
Então a sua
lâmpada dará uma luz constante, a sua trombeta dará um sonido
inteligível e a sua conduta será elevada; a sua experiência será
rica e profunda; a sua paz correrá como um rio; os seus afetos serão
celestiais e as suas vestes imaculadas. E, acima de tudo, o nome do
SENHOR JESUS será glorificado neles pelo poder do ESPÍRITO SANTO, segundo a vontade
de DEUS Pai.
C. H.
MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editoração:
Associação Religiosa Imprensa da Fé.
Êx 8.28
As Quatro Transigências Propostas pelo Faraó. Ver as notas em Êxo. 8.25
e 10.11. A segunda delas é a que aparece neste versículo: “Vão, mas não
se afastem muito do Egito na adoração de vocês”. Essa transigência tinha
um óbvio sentido metafórico. A igreja permanece no Egito e adota as
aspirações, as maneiras e até a música do mundo, ficando assim anulada a
sua espiritualidade. Na quarta das transigências propostas, a ideia era
que a Igreja não se radicalizasse demais, mas ficasse sempre nas
proximidades do Egito (ver Êxo. 10.24).
O pedido
foi tentativamente conferido, mas com o reparo de que Israel não se
afastasse do Egito, algo menos do que os três dias de jornada soli-
citados. Naturalmente, o Faraó suspeitava de um ardil, e queria ter
certeza de que poderia atirar suas tropas contra o povo de Israel em
fuga, se seus espiões o informassem que eles estavam procurando escapar.
Somente o desespero poderia ter impelido o Faraó, de coração
empedernido, a fazer tal proposta. O Faraó sem dúvida tinha conhecimento
das antigas associações de Israel com a terra de Canaã, e daí suspeitava
que 0 objetivo real dos israelitas era o retorno àquela terra.
Originalmente, ele tinha suspeitado das intenções de Moisés (Êxo. 5.8),
e essas suspeitas não se apagavam em sua mente.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 337.
Faraó
consente que eles vão ao deserto, desde que não se afastem muito, para
que ele possa aprisioná-los novamente, v. 28. É provável que ele tivesse
ouvido do seu desígnio quanto a Canaã, e suspeitasse que uma vez
tivessem deixado o Egito nunca mais voltariam. E por isto, quando é
forçado a consentir com a ida deles (os enxames de moscas zumbindo a
necessidade nos seus ouvidos), ainda assim ele não está disposto a
permitir que eles saiam do seu alcance. Assim alguns pecadores que, em
um esforço de convicção, se separam de seus pecados, ainda não estão
dispostos a se afastarem muito deles. Pois, quando o temor passa,
retornam para eles outra vez. Observamos aqui uma luta entre as
convicções e as corrupções de Faraó. Suas convicções diziam: “Deixa-os
ir”. Suas corrupções diziam: “Mas não muito longe”. Mas ele favoreceu as
suas corrupções contra as suas convicções, e isto foi a sua ruína.
Moisés aceitou esta proposta e prometeu a remoção desta praga, v. 29.
Veja aqui: (1) Que prontidão DEUS tem para aceitar as submissões dos
pecadores. Basta que Faraó diga: “Orai também por mim” (embora ele
lamente humilhar-se tanto), e Moisés promete imediatamente, Orarei, para
que Faraó pudesse ver qual era o desígnio da praga, que não era de
levá-lo à ruína, mas levá-lo ao arrependimento. Com que prazer DEUS
disse (1 Rs 21.29): “Não viste que Acabe se humilha perante mim?” (2)
Que necessidade temos de ser alertados para que sejamos sinceros em
nossa submissão: “Somente que Faraó não mais me engane”. Aqueles que
agem de maneira enganosa são, com razão, alvos de suspeitas, e devem ser
prevenidos para que não retornem à tolice, depois que DEUS mais de uma
vez lhes falou de paz. Não se enganem, DEUS não será ridicularizado. Se
pensarmos em enganar a DEUS com falso arrependimento, e uma submissão
fraudulenta a Ele, nós provaremos, no final, ter feito uma trapaça fatal
sobre nossas almas.
Por fim,
o resultado de tudo isto é que DEUS graciosamente removeu a praga (w.
30,31), mas Faraó perfidamente endureceu “ainda esta vez seu coração e
não deixou ir o povo”, v. 32. O seu orgulho não o deixaria separar-se de
uma flor da sua coroa como era o seu domínio sobre Israel, nem a sua
cobiça o deixaria separar- se de uma parte da sua renda, representada
pelos seus trabalhos. Observe que as luxúrias reinantes rompem as
amarras mais fortes, e tornam os homens atrevidamente presunçosos e
escandalosamente pérfidos. Por isto, que o pecado não reine. Pois, se
isto acontecer, ele nos trairá e nos precipitará nos absurdos mais
grotescos.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a
Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 251.
2. A
terceira proposta de Faraó (Êx 10.7).
DEUS
enviou outra praga ao Egito: os gafanhotos. Faraó aparentemente não
aprendeu a lição dos sinais de DEUS. Charles Swindoll disse que os
sinais que DEUS mandou ao Egito eram “pragas que pregam”. DEUS
transformou o Nilo em sangue e depois mandou uma infestação de rãs
àquela nação. Depois mandou piolhos e moscas. Depois os animais foram
atacados e tumores cobriram os egípcios. A última praga enviada por DEUS
neste momento foi uma chuva de pedras em toda a nação. Faraó não pareceu
entender que estava lidando com um poder pessoal sobrenatural, sem
precedentes na história do Egito. Ele estava lidando com o próprio DEUS,
que estava dando ao rei oportunidades para que voltasse atrás em seus
pensamentos e libertasse Israel. Os prejuízos materiais no Egito estavam
se avolumando, tornando insuportável a permanência dos israelitas em
solo egípcio.
“E os
servos de Faraó disseram-lhe: Até quando este nos dá de ser por laço?
Deixa ir os homens, para que sirvam ao Senhor, seu DEUS; ainda não sabes
que o Egito está destruído?” (Êx 10.7) Os servos de Faraó decidiram
envolver-se na questão. Eles perceberam que enquanto o DEUS de Moisés
não recebesse seu culto, os egípcios sofreriam terrivelmente as
consequências. Mesmo assim, a proposta dos egípcios era uma proposta
cruel, pois obrigaria os israelitas a separarem-se de seus filhos para
que DEUS fosse adorado. Se fosse pela opinião dos egípcios, a herança do
Senhor não participaria do culto com seus pais. DEUS não nos chama para
que o sirvamos sem que nossas famílias estejam incluídas tanto na
adoração quando na recepção de bênçãos. Ele deseja ser adorado por toda
a família, da mesma forma que pretende abençoar toda a família. Sabemos
que em nossas igrejas nem todas as famílias estão completas, pois há
pais cujos filhos estão longe do Senhor. Sabemos que há filhos que
aceitaram a JESUS e estão orando por seus pais. Sabemos que há cônjuges
que intercedem por seus consortes, e DEUS ouve essas orações. O plano
divino para a salvação inclui toda a família, e não apenas parte dela.
O coração
de Faraó ainda não estava amadurecido para entender que não se poderia
brincar com o poder de DEUS. Depois de concordar com a ida das crianças,
ele volta atrás em sua decisão: “[...] olhai que há mal diante da vossa
face. Não será assim; andai agora vós, varões, e servi ao Senhor; pois
isso é o que pedistes. E os lançaram da face de Faraó” (Êx 10.10,11).
O rei
manda lançar fora de sua presença Moisés e Arão, e deixa claro que as
crianças não iriam, somente os homens. Isso garantiria a próxima geração
de escravos no Egito.
DEUS se
importa com nossos filhos? Sim. Mas pensemos nessa passagem: O interesse
de Faraó pelas crianças corresponde ao mesmo interesse de Satanás por
nossos filhos. Por que levá-los à igreja? Por que ler a Bíblia em casa
com eles? Por que passar um tempo investindo no culto doméstico? Por que
passar tempo com nossos filhos mostrando-lhes o exemplo de adoração que
DEUS espera que tenhamos?
Cada
geração precisa ter sua própria experiência com DEUS, e essa experiência
pode ser apresentada aos nossos filhos e crianças com o nosso exemplo. O
culto a DEUS foi a base da resposta de Faraó: Para que levar as crianças
ao deserto e lá oferecerem um culto a DEUS? O lugar é péssimo, sem lugar
para se acomodarem, beberem água, descansarem de uma longa jornada e não
tem nada para se fazer lá. Mas foi isso que DEUS disse? Não.
Muitas
vezes achamos que nossos filhos não conseguirão a maturidade necessária
para viverem uma vida com DEUS. O deserto pode não ser o melhor lugar do
mundo para onde viajar e passar férias com crianças, mas se DEUS está
lá, tudo muda.
Confiemos
a DEUS nossos filhos. Não façamos como os israelitas fizeram antes de
entrar na Terra Prometida; ficaram com medo das batalhas que travariam e
alegaram que seus filhos seriam presa de guerra: Depois, falou o Senhor
a Moisés e a Arão, dizendo: Até quando sofrerei esta má congregação, que
murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel,
com que murmuram contra mim. Dize-lhes: Assim como eu vivo, diz o
SENHOR, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros.
Neste deserto cairá o vosso cadáver, como também todos os que de vós
foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os
que dentre vós contra mim murmurastes; não entrareis na terra, pela qual
levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de
Jefoné, e Josué, filho de Num. Mas os vossos filhos, de que dizeis: Por
presa serão, meterei nela; e eles saberão da terra que vós desprezastes.
Porém, quanto a vós, o vosso cadáver cairá neste deserto. E vossos
filhos pastorearão neste deserto quarenta anos e levarão sobre si as
vossas infidelidades, até que o vosso cadáver se consuma neste deserto.
Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias,
cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades
quarenta anos e conhecereis o meu afastamento. Eu, o Senhor, falei. E
assim farei a toda esta má congregação, que se levantou contra mim;
neste deserto, se consumirão e aí falecerão. (Nm 14.26-35)
Há um
preço alto a ser pago quando desobedecemos a DEUS. Na dúvida, veja o que
aconteceu à geração que saiu do Egito e que ficou enterrada no deserto.
Não dê como desculpas seus filhos para que você não sirva a DEUS.
Aqueles israelitas alegaram que seus filhos seriam presas de guerra. Na
prática, eles não queriam confiar no Senhor. Tinham visto as pragas no
Egito, o Mar Vermelho se abrindo, e, ainda assim, foram incrédulos. E
DEUS resolveu atender à sua reivindicação: já que as crianças são o
“temor” dos pais e a desculpa para não cumprirem o que DEUS mandou, elas
entrarão na Terra Prometida, mas não os seus pais, que tiveram medo de
obedecer ao Senhor.
COELHO,
Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e
o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 29-32.
A
TERCEIRA OBJEÇÃO
A
terceira objeção de Faraó requer atenção especial de nossa parte.
"Então, Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele disse-lhes:
Ide, servi ao SENHOR, vosso DEUS. Quais são os que hão de ir? E Moisés
disse: Havemos de ir com os nossos meninos e com os nossos velhos; com
os nossos filhos, e com as nossas filhas, e com as nossas ovelhas, e com
os nossos
bois
havemos de ir; porque festa ao SENHOR temos. Então ele lhes disse: Seja
o SENHOR assim convosco, como eu vos deixarei ir a vós e a vossos
filhos; olhai que há mal diante da vossa face.
Não será
assim; andai agora vós, varões, e servi ao SENHOR; pois isso é o que
pedistes. E os lançaram da face de Faraó" (capítulo 10:8 a 11). De novo
vemos como o inimigo procura dar um golpe de morte no testemunho dado ao
DEUS de Israel. Os pais no deserto e os filhos no Egito! Que terrível
anomalia! Isto teria sido apenas libertação parcial, ao mesmo tempo
inútil para Israel e desonrosa para o DEUS de Israel. Isto não era
possível. Se os filhos fossem deixados no Egito, não se podia dizer que
os pais os tivessem deixado. Tudo quanto podia dizer-se, em tal caso,
era que em parte eles serviam ao Senhor e em parte a Faraó. Porém, o
Senhor não podia ter parte com Faraó. Era necessário que possuísse tudo
ou nada. Eis aqui um princípio importante para os pais cristãos.
Possamos
nós tê-lo no íntimo dos nossos corações! É nosso privilégio contar com
DEUS quanto aos nossos filhos, e criá-los "na doutrina e admoestação do
Senhor" (Ef 6:4). Nenhuma outra parte deve satisfazer-nos quanto aos
nossos "pequeninos" senão aquela mesma que nós próprios desfrutamos.
C. H.
MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editoração:
Associação Religiosa Imprensa da Fé.
Êx 10.7
Alguma Luz Raia na Mente dos Servos do Faraó. Eles o exortaram a ceder
diante das exigências de Moisés. O Egito estava destruído, mas o
imbecilizado Faraó continuou agindo como se nada tivesse acontecido. A
sugestão de que fosse feita a vontade do povo de Israel acabou
degenerando em um debate feroz (vs. 10,11). Haveria ainda duas outras
pragas. Todas as maçãs do diabo têm vermes. O trabalho escravo que o
Faraó queria usar a qualquer custo saiu-lhe mais caro do que valia.
Saraivada
que se aproximava (Êxo. 9.20). Agora, alguns poucos dentre os próprios
conselheiros do Faraó admitiam a sua derrota, aconselhando-o a livrar-se
do problema (Êxo. 10.7).
Yahweh-Eiohim foi reconhecido, sendo esse um dos motivos principais das
pragas (Êxo. 6.7). Ver esses nomes divinos anotados no Dicionário. Ver
também ali, o verbete DEUS, Nomes Bíblicos de. Os egípcios não tinham
rejeitado o seu panteão, e estavam muito longe do monoteísmo (ver a esse
respeito no Dicionário), mas tinham conseguido obter alguma iluminação.
Progressão. Os mágicos foram os primeiros a reconhecer “o dedo do Senhor
naquilo que estava acontecendo (8.19). Então, algumas poucas pessoas
abrigaram seu gado, por serem sábias 0 bastante para atender os avisos
sobre a saraivada que se aproximava (Êxo. 9.20). Agora, alguns poucos
dentre os próprios conselheiros do Faraó admitiam a sua derrota,
aconselhando-o a livrar-se do problema (Êxo. 10.7).
Yahweh-Eiohim foi reconhecido, sendo esse um dos motivos principais das
pragas (Êxo. 6.7). Os egípcios não tinham rejeitado o seu panteão, e
estavam muito longe do monoteísmo, mas tinham conseguido obter alguma
iluminação.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 343.
Os
acompanhantes de Faraó, seus ministros de estado, ou conselheiros
privados, intercedem, para persuadi-lo a fazer um acordo com Moisés, v.
7. Movidos pelo seu dever, eles lhe descrevem a condição deplorável do
reino (“O Egito está destruído”) e o aconselham, de qualquer maneira, a
libertar os seus prisioneiros (“Deixa ir os homens”). Pois Moisés, na
opinião deles, seria uma ameaça para eles, até que isto fosse feito, e
seria melhor consentir, no início, do que ser obrigado a fazê-lo, no
final. Os israelitas tinham se tornado uma pedra pesada para os
egípcios, e agora, por fim, os príncipes do Egito estavam desejosos de
verem-se livres deles, Zacarias 12.3. Observe que se deve lamentar (e
evitar, se possível) que toda uma nação seja destruída pelo orgulho e
pela obstinação de seus príncipes: Salus popili suprema lex -
Preocupar-se com o bem estar do povo é a primeira das leis.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a
Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 255.
III- A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
1. A
situação caótica do Egito.
Nona
Praga: As Trevas (10.21-29)
O Faraó
continuava colhendo o que havia semeado. Os críticos atribuem esta seção
a uma combinação das fontes informativas E e J. quanto à teoria das
fontes múltiplas do Pentateuco.
Essa nona
praga ocorreu mediante 0 uso da vara de poder (ver as notas em Êxo.
4.2), como sucedeu no caso das pragas de números um, dois, três, sete e
oito. Não houve aviso prévio, como na terceira e na sexta praga, e
somente três pragas ocorreram sem informação anterior, exigindo
arrependimento. Ver as notas em Êxo. 7.14 quanto a um gráfico que dá
informações gerais sobre as pragas como um todo, incluindo elementos
repetidos. Conforme anoto no vs. 23, as pragas desfaziam do panteão
egípcio.
O pecado
e a obstinação dos homens são dignos de ser observados. Somente o poder
de DEUS pode reverter o ciclo do permitido e do proibido, do sim e do
não, que embala o coração instável dos homens. Os críticos veem aqui
apenas um acontecimento natural, posto que exagerado, como todas as
demais pragas do Egito. Todas elas, porém, envolveram algo insondável,
que ultrapassava a imaginação dos homens.
Êx 10.21
Esta praga não foi avisada com antecedência, e a vara de poder foi
usada, conforme mencionamos e comentamos na introdução a este parágrafo.
Vários eruditos veem aqui algum acontecimento natural. Consideremos os
cinco pontos abaixo:
1. A
praga pode ter sido um acontecimento local, devido a uma tremenda
tempestade de poeira, tão intensa que obscureceu o sol por muito tempo.
O vento quente, chamado khamsin, que sopra da banda do deserto,
especialmente durante a primavera (março a maio), algumas vezes traz
tanta areia e pó que 0 ar se escurece e a respiração toma-se difícil.
2. Outros
veem aqui uma ocorrência cósmica. Algumas vezes, a terra passa por uma
espécie de poeira proveniente do espaço sideral, de tal modo que
acontecem períodos imprevisíveis de trevas. Visto que a órbita da terra
leva 0 nosso planeta pelo espaço, as coisas acabam voltando ao normal.
Dou um artigo na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia intitulado
Escuridão Sobrenatural, a qual oferece algumas explicações possíveis.
3. Alguns
estudiosos pensam que é inútil tentar encontrar explicações naturais,
locais ou cósmicas, deixando tudo no terreno do que é miraculoso,
misterioso.
4.
Podemos eliminar com segurança algum mero eclipse do sol, visto que isso
não demora muito, e que os egípcios, habilidosos na astrologia, não
somente saberiam de sua ocorrência com grande antecedência, como também
disporiam de meios matemáticos para explicar o fenômeno.
5. As
interpretações metafóricas também falham. Não houve apenas trevas
espirituais (Sabedoria de Salomão 17.1 — 18.4), mas também alguma
espécie de trevas físicas, as quais, naturalmente, tiveram lições
espirituais a ensinar.
O
paralelo neotestamentário é Lucas 23.44. No Novo Testamento Interpreta-
do ofereço comentários detalhados nessa referência bíblica.
Trevas
que se possam apalpar. Metaforicamente, trevas tão absolutas que podiam
ser sentidas. Ou então, literalmente, as trevas eram produzidas por
poeira e areia, algo tangível.
Êx 10.22
Por três dias. Curiosamente, as trevas que envolveram a crucificação de
JESUS duraram três horas. Ver no vs. 21 quanto a cinco possíveis
interpretações sobre essas trevas. Cf. 0 quinto juízo das taças, em
Apocalipse 16.10.
Êx 10.23
Os egípcios não podiam ver, mas podiam tatear (vs. 21), talvez indicando
algum agente físico que causava as trevas, como a areia ou a poeira.
Contra isso, porém, temos 0 fato de que não há nenhuma descrição acerca
de tais agentes físicos. Se essas trevas fossem resultantes de outra
grande tempestade (como a saraivada), é provável que 0 autor sagrado
teria explicado isso.
Na terra
de Gósen, onde habitava Israel, 0 sol brilhava. Portanto, uma vez mais,
de nada adiantam explicações naturais de nenhum tipo. Uma grande
tempestade de poeira teria poupado a terra de Gósen? Nenhum eclipse
solar poderia afetar 0 Egito inteiro, menos a terra de Gósen. Cf. Êxo.
8.22,23; 9.4,26; 12.12,13.
O trecho
do Salmo 78.49 sugere 0 poder de anjos destrutivos envolvidos nesta nona
praga, a menos que essa referência diga respeito à morte dos
primogênitos do Egito, a décima praga.
O panteão
egípcio foi novamente atacado. O deus-sol, Rá, mostrou-se impotente
contra as trevas; Horus, o deus associado ao sol, não conseguiu
resistir. Nut, a deusa do céu, não podia fazer o sol iluminar 0 Egito.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 345.
A praga
das trevas trazida sobre o Egito. Era uma praga terrível, e, portanto, é
a primeira das dez pragas mencionadas em Salmos 105.28, embora tenha
sido uma das últimas. E na destruição do Egito espiritual ela é
produzida pela quinta taça, que é derramada sobre o trono da besta,
Apocalipse 16.10. O seu reino se fez tenebroso. Observe, particularmente
a respeito desta praga:
1. Que
era uma escuridão completa. Temos razões para pensar não somente que as
luzes do céu foram cobertas por nuvens, mas que todos os seus fogos e
suas velas foram apagados pelos vapores úmidos que eram a causa desta
escuridão. Pois está escrito, v. 23: “Não viu um ao outro”. Aos ímpios é
feita a ameaça (Jó 18.5,6) de que a faísca do seu lar não resplandecerá
(nem mesmo as faíscas do seu próprio fogo, como são chamadas, Isaías
50.11), e que a luz se escurecerá nas suas tendas. O inferno é a
escuridão completa. “Luz de candeia não mais luzirá em ti”, Apocalipse
18.23. 2. Que eram trevas que podiam ser sentidas (v. 21), sentidas, nas
suas causas, pelas pontas dos dedos (tão espessos eram os nevoeiros).
Sentidas, nos seus resultados, pensam alguns, pelos seus olhos
perfurados pela dor, que piorava quando os esfregavam. Grande dor é
mencionada como o resultado de tais trevas, Apocalipse 16.10 faz alusão
a isto. 3. Sem dúvida isto os impressionou e aterrorizou. A nuvem de
gafanhotos, que tinha escurecido a terra (v. 15), não era nada,
comparada a esta escuridão. Dizem os judeus que nesta escuridão eles
foram aterrorizados pelas aparições de maus espíritos, ou por sons e
murmúrios terríveis que eles faziam, ou (o que não é menos assustador)
pelos horrores das suas próprias consciências. E esta é a praga que
alguns pensam que é tencionada (pois, se não fosse isto, não seria
mencionada aqui), Salmos 78.49: “Atirou para o meio deles, quais
mensageiros de males, o ardor da sua ira”. Pois àqueles a quem o diabo
tinha sido um enganador, ele será, no final, um terror. 4. As trevas
continuaram por três dias. Era como seis noites contínuas (segundo o
bispo Hall). Eram trevas completas. Todo este tempo eles estiveram
aprisionados por estas correntes de escuridão, e os palácios mais
iluminados eram masmorras perfeitas. “Ninguém se levantou do seu lugar”,
v. 23. Todos ficaram confinados a suas casas. E tal terror os dominou
que poucos deles tinham coragem de ir da cadeira à cama, ou da cama à
cadeira. Assim eles ficaram mudos nas trevas, 1 Samuel 2.9. Agora Faraó
tinha tempo para considerar, se o aproveitasse. A escuridão espiritual é
escravidão espiritual. Enquanto Satanás cega os olhos dos homens, de
forma que não vejam, ele lhes amarra mãos e pés, de modo que não
trabalhem para DEUS, nem se movam em direção ao céu. Eles permanecem nas
trevas. 5. Era justo que DEUS os punisse assim. Faraó e o seu povo
tinham se rebelado contra a luz da palavra de DEUS, que Moisés lhes
transmitia. Com razão, portanto, eles são punidos com as trevas, pois as
amavam e as preferiram à luz. A cegueira de suas mentes traz sobre eles
esta escuridão do ar. Nunca houve mente tão cega como a de Faraó, nunca
o ar foi tão escurecido como o do Egito. Os egípcios, pela sua
crueldade, teriam apagado a lâmpada de Israel, e também as suas brasas.
Portanto, com razão, DEUS apaga suas luzes. Compare com a punição dos
sodomitas, Gênesis 19.11. Devemos temer as consequências do pecado. Se
três dias de trevas foram tão aterrorizantes, como deverá ser a
escuridão eterna? 6. Os filhos de Israel, naquele mesmo tempo, tinham
luz em suas casas (v. 23), não somente na terra de Gósen, onde a maioria
deles morava, mas nas casas daqueles que estavam dispersos entre os
egípcios. O fato de que alguns deles estavam assim dispersos fica
evidente na distinção que posteriormente deveria ser posta nas ombreiras
das portas, cap. 12.7. Este é um exemplo: (1) Do poder de DEUS acima do
poder normal da natureza. Não devemos pensar que compartilhamos de
graças comuns, como algo rotineiro e usual, e por isto não darmos graças
a DEUS por elas. Ele poderia fazer uma distinção, e afastar de nós
aquilo que concede a outros. Ele realmente faz o seu sol brilhar sobre
os justos e os injustos, normalmente. Mas Ele poderia fazer uma
distinção, e nós devemos nos considerar em dívida com a sua misericórdia
pelo fato de que não o faz. (2) Do favor particular que o precioso e
bendito Senhor tem pelo seu povo: eles andam na luz ao passo que outros
vagam incessantemente em densas trevas. Onde houver um verdadeiro
israelita, ainda que neste mundo escuro, haverá luz. Sim, porque ali
existirá um filho da luz, um filho pelo qual a luz é semeada, e que
recebe a visita do oriente do alto. Quando DEUS fez esta distinção entre
israelitas e egípcios, quem não teria preferido o mais pobre casebre de
um israelita ao mais fino palácio de um egípcio? Existe, porém, uma
diferença real, embora não tão perceptível, entre a casa do ímpio, que
está sob uma maldição, e a habitação dos justos, que é abençoada,
Provérbios 3.33. Nós devemos crer nesta diferença, e nos conduzirmos de
maneira correspondente. Com base em Salmos 105.28: “Mandou às trevas que
a escurecessem. E elas não foram rebeldes à sua palavra”, alguns
apresentam uma conjetura de que, durante estes três dias de trevas, os
israelitas foram circuncidados, para a sua celebração da Páscoa, que
agora se aproximava, e que o comando que autorizou isto foi a palavra
contra a qual eles não se rebelaram. Pois a sua circuncisão, quando
entraram em Canaã, é mencionada como uma segunda circuncisão geral,
Josué 5.2. Durante estes três dias de trevas para os egípcios, se DEUS
assim o tivesse desejado, os israelitas, pela luz que tinham, poderiam
ter escapado, sem pedir permissão a Faraó. Mas DEUS desejava tirá-los
com mão forte, e não apressadamente, nem fugindo, Isaías 52.12.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a
Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 257.