Vídeos da Lição 6 - A Queda Do Império Babilônico, 6 partes, 4Tr14, Ev Henrique, EBD NA TV
Pr. Henrique, EBD NA TV, DONS DE CURAR, Lições Bíblicas, COMENTO REVISTAS CPAD, BETEL E CENTRAL GOSPEL, Moro em Jordanésia, Cajamar, SP, morava em Imperatriz, MA, Pr. IEADI, estudos bíblicos, vídeos aula, gospel, ESPÍRITO SANTO, JESUS, DEUS PAI, slides, de Ervália, MG, Canal YouTube Henriquelhas, Igreja Evangélica Assembleia de Deus ministério Belém, área 58, Santana de Parnaíba, SP.
Lição 6 - A Queda Do Império Babilônico 1 parte
Lição 6 - A Queda Do Império Babilônico 1 parte
Lições Bíblicas - 4º Trimestre de 2014 - CPAD
- Para jovens e adultos
Tema: A Integridade Moral e Espiritual - O
Legado Do Livro De Daniel Para A Igreja Hoje.
Comentários: Pr. Elienai Cabral
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
TEXTO ÁUREO
"E te levantaste
contra o Senhor do céu, [...] além disso, deste louvores aos deuses de
prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não
ouvem, nem sabem; mas a DEUS, em cuja mão está a tua vida e todos os teus
caminhos, a ele não glorificaste" (Dn 5.23).
VERDADE PRÁTICA
Se nos rebelarmos contra
o Soberano e SANTO DEUS, Ele nos abaterá.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 2.1-4; Is
44.23-28 DEUS frustra os maus intentos
Terça - Êx 34.5-7; Na
1.3 DEUS é paciente e tardio em irar-se
Quarta - Nm 14.18-20
DEUS não tem ao culpado por inocente
Quinta - Gl 6.7De DEUS
não se zomba
Sexta - Is 42.8 DEUS não
dá a sua glória a outrem
Sábado - 1 Cr 29.10-14
DEUS é Senhor sobre reis e nações
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Dn 5.1,2,22-30
Dn 5.1
O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho
na presença dos mil. 2 Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os
utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do
templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus
grandes e as suas mulheres e concubinas.
Dn 5.22
E tu, seu filho Belsazar, não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste
de tudo isso. 23 E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos
os utensílios da casa dele perante ti, e tu, os teus grandes, as tuas
mulheres e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste
louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de
pedra, que não vêem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a
tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste. 24 Então, dele
foi enviada aquela parte da mão, e escreveu-se esta escritura. 25 Esta,
pois, é a escritura que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. 26 Esta é
a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou.27TEQUEL:
Pesado foste na balança e foste achado em falta. 28 PERES: Dividido foi o
teu reino e deu-se aos medos e aos persas. 29 Então, mandou Belsazar que
vestissem Daniel de púrpura, e que lhe pusessem uma cadeia de ouro ao
pescoço, e proclamassem a respeito dele que havia de ser o terceiro
dominador do reino.30Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos
caldeus.
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Saber a respeito do festim profano de Belsazar. Compreender que o juízo de DEUS é irrevogável. Analisar a sentença contra Belsazar e a queda da Babilônia ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, converse com seus alunos explicando que Belsazar utilizou os utensílios do Templo em seu banquete e DEUS condenou tal atitude. Em seguida faça a seguinte indagação: "É licito utilizar aquilo que foi dedicado a DEUS, como o edifício da igreja, para qualquer fim?" Ouça os seus alunos com atenção. Incentive a participação de todos. Leia Ezequiel 44.23. Conclua enfatizando que precisamos distinguir o que é santo do que é profano. Explique que não podemos utilizar as dependências da igreja ou os objetos consagrados ao Senhor, como instrumentos musicais, para outros fins. Precisamos ser cuidadosos com o que pertence ao Todo-Poderoso. Observações Minhas - Ev. Luiz Henrique "É licito utilizar aquilo que foi dedicado a DEUS, como o nosso corpo (que é templo do ESPÍRITO SANTO), para qualquer fim?" Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Romanos 6:13. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6:19. Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. 1 Coríntios 3:17. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e os farei membros de uma meretriz? Não, por certo. 1 Coríntios 6:15. A interpretação de Daniel equivale à interpretação de línguas como dom do ESPÍRITO SANTO manifestado hoje, em nossos dias. É falado ou escrito algo em uma língua desconhecida. O ESPÍRITO SANTO dá a interpretação, não a tradução, daquilo a um servo de DEUS para que este informe o sentido correto a ser entendido. E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. 1 Coríntios 14:27. Resumo da Lição 6 - A Queda Do Império Babilônico I. O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR 1. A zombaria de Belsazar (Dn 5.1-4). 2. A insensatez e a crueldade do autocrata Belsazar. 3. Uma festa profana. II. O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS 1. O dedo de DEUS escreve na parede (Dn 5.5). 2. A rainha lembrou-se do profeta Daniel (Dn 5.6-12). 3. Daniel entra na presença de Belsazar (Dn 5.13). III. A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA (5.22-28) 1. Os sábios não decifraram as palavras escritas na parede (5.15). 2. As quatro palavras "misteriosas" (Dn 5.25). 3. O fim repentino do império babilônico (vv.30,31). SINOPSE DO TÓPICO (1) Belsazar não temia ao Senhor, por isso utilizou os objetos sagrados do Templo em sua festa profana SINOPSE DO TÓPICO (2) O juízo de DEUS contra o profano rei Belsazar era irrevogável e se cumpriu naquela mesma noite SINOPSE DO TÓPICO (3) DEUS é o justo juiz, Ele não aceita escárnio ou zombaria de homem algum. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Bibliológico "Segurança falsa O rei festejava com 'os seus grandes', pois todos supunham estarem protegidos pelas muralhas maciças. O que não podiam imaginar é que as forças persas haviam mudado o curso do rio que atravessava a cidade. Com a queda do nível de água, o inimigo simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio, por baixo das grades de proteção, e surpreendeu os babilônios no interior da cidade. Devido à vastidão do lugar, mesmo muito tempo depois que as áreas periféricas haviam sido tomadas, os habitantes ainda continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo, pois, como estavam envolvidos na festa, continuaram dançando e se divertindo até que, finalmente tomaram conhecimento do ocorrido. Que semelhança entre tanta gente da atualidade, que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição social, jamais imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde demais" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.517). BIBLIOGRAFIA SUGERIDA ZUCK, Roy B (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013. Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 39. "MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM." Era o que estava escrito na parede revestida por estuque do palácio real. Uma imagem assombrosa e amedrontadora que colocou ponto final na festa do palácio. DEUS estava falando que chegara ao fim o espetáculo do deboche da fé alheia. O capítulo cinco de Daniel retrata a imagem de uma festa no Palácio do Co-Regente da Babilônia. Belsazar havia ordenado aos seus subordinados que trouxessem os utensílios de ouro deportados do templo de Jerusalém. Com estes utensílios o rei promoveria uma festa regada a vinhos para os convivas. Era a festa do deboche! Do deboche da fé de um povo. Do deboche dos costumes e hábitos de uma nação. Do deboche da cultura religiosa de um povo. Do deboche do DEUS de uma nação. A ação divina O quinto capítulo do livro de Daniel demonstra um DEUS soberano que perscruta a motivação do coração humano. Ele fez isso com o rei Belsazar. Este caiu na mesma tentação do seu avô, Nabucodonosor. E adoeceu de alma pensando fazer com o poder imperial o que bem entendesse sem ser alvejado pelas suas escolhas. Belsazar escolheu o caminho mais sórdido e absurdo: o da profanação da identidade religiosa e cultural de um povo, e das coisas consagradas a DEUS. Somente para mostrar que ele, Belsazar, era mais importante que o DEUS de Israel. Entretanto, o rei mal sabia que estava sob o olhar desse DEUS. Para a motivação de Belsazar foi dado um xeque mate: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. Estas palavras são a mensagem de DEUS revelada a Daniel: "Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou DEUS o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas". Naquela noite o DEUS de Israel acabara com a festa do deboche das coisas consagradas a DEUS e do Seu povo. E Belsazar morreu ali mesmo. Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 39. COMENTÁRIOS DE DIVERSOS ESCRITORES INTRODUÇÃO Indiscutivelmente Nabucodonosor foi o mais importante dos reis da Babilônia. Seus feitos arquitetônicos construindo cidades e palácios e sua ousadia política, além de demonstrar uma inteligência espetacular apresentam a sua história. Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., Evil-Merodaque o sucedeu no trono e, dois anos depois foi assassinado por Neriglissar, seu cunhado, mas quem veio a assumir o Trono foi Nabonido, genro de Nabucodonosor, o qual gerou o filho chamado Belsazar. Este, veio a ser co-regente com seu pai, três anos depois. Era um homem blasfemo e não sabia respeitar princípios. Sua história contém elementos de crueldade e total inclemência com os subordinados do reino. Foi, também, um homem devasso que não sabia respeitar a história nem aos valores do reino. Este capítulo descreve e registra o reinado de Nabonido por 17 anos (556-539 a.C.). Quando foi a Arábia, deixou a seu filho Belsazar como co-regente na capital do império. Ele havia sido nomeado por seu pai como seu representante na Babilônia. Era, portanto, a segunda pessoa mais importante do reino. Alguns anos haviam se passado e ao final de sua co-regência, Belsazar não contava com a invasão dos exércitos da Média e da Pérsia na Babilônia. O império caiu nas mãos dessa aliança medo-persa e um novo reino se instalou. O capítulo cinco relata essa invasão na capital babilônica. Belsazar fazia uma festa regada a vinho e sexo, quando DEUS escreveu na parede do palácio a sentença de morte e queda do império babilônico. Está registrado, também, o desrespeito com os valores religiosos das nações e como, de forma abusiva e irresponsável, ele mandou buscar os vasos sagrados do templo de Jerusalém para embebedar-se com vinho nos mesmos, Belsazar ultrapassou a medida da paciência de DEUS e, na noite de sua festa, foi morto e o reino da Babilônia foi ocupado pelos medos e persas em 539 a.C. Nesta história aprendemos que ninguém zomba de DEUS. Sua soberania jamais poderá ser questionada por simples mortais. Na onisciência divina os fatos futuros, presentes e passados são do inteiro conhecimento de DEUS. A queda do Império Babilônico havia sido profetizado pelo profeta Isaías,pelo menos uns 150 anos antes de acontecer (Is 14.3-5; 47.1,5). O profeta Jeremias também profetizou sobre tudo o que aconteceria com Israel e as invasões de Jerusalém e Judá, bem como anunciou a destruição da Babilônia (Jr 50.2; 51.53,58). Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 77-78. “Belsazar” (5-1). Por muitos anos a referência a Belsazar foi utilizada como prova de que o livro de Daniel carecia de precisão histórica e teria como origem uma data recente. Foi então que os arqueólogos descobriram evidências não somente de sua existência, mas também de seu papel de regente de seu pai, Nabonide! Assim se explica a promessa de Belsazar de fazer de Daniel “o terceiro no governo do seu reino”, quando o próprio Belsazar era apenas o segundo mais importante! Os dados apresentados como prova de que a data do livro seria recente, acabou por evidenciar que fora escrito centenas de anos antes do que se supunha, antes mesmo de que os registros históricos da era tivessem sido perdidos. “Teu pai” (5.11, 18). Apesar dessas referências, Nabucodonosor não era o pai biológico de Belsazar. Este era filho de Nabonide, que assassinara Labashi-Marduk, filho de Neriglissar, genro de Nabucodonosor que, por sua vez, matara o filho do grande rei Evil-Merodaque! As expressões “filho de” e “pai de” eram usadas comumente no mundo antigo para indicar os sucessores e predecessores de reis, tivessem ou não parentesco de verdade. RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 517. Queda do Império Caldeu, 5.1-31 A primeira metade do livro de Daniel é o registro de uma série de encontros cruciais entre o orgulho e poder de homens insignificantes e o grande e bondoso DEUS. Este, em última análise, dirige as ações dos homens quer eles reconheçam isso, quer não. O incidente desse quinto capítulo serve como clímax da jornada meteórica ao longo da história do reino Babilônico. Após a morte de Nabucodonosor, o seu filho, Evil-Merodaque, o sucedeu no trono. Esse é o rei que deu honra especial ao rei Joaquim, depois de 37 anos de exílio, ao soltá-lo da prisão e designar-lhe uma pensão (Jr 52.31-34; 2 Rs 25.27-30). Depois de dois anos, Neriglissar, o cunhado de Evil-Merodaque, liderou uma revolta e o assassinou. Neriglissar tinha se casado com uma das filhas de Nabucodonosor e reivindicava um certo direito real, especialmente por meio do seu filho, Labashi-Marduque. Mas o jovem não recebeu apoio e logo foi morto pelos seus amigos de confiança. Os generais e líderes políticos escolheram Nabonido, outro genro de Nabucodonosor, um auxiliar experimentado e de confiança durante a maior parte do seu reinado. Nitocris, filha de Nabucodonosor, deu um filho a Nabonido. Seu nome era Belsazar. Por causa do seu sangue real, Belsazar, três anos após a ascensão de Nabonido ao trono, foi feito co-regente com seu pai. Ele tinha a incumbência de governar a cidade e província da Babilônia. Esse foi o rei Belsazar descrito por Daniel, como os caracteres cuneiformes têm revelado após décadas de confusão sobre a sua identidade, mesmo entre estudiosos conservadores. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 515.
I - O FESTIM PROFANO DE
BELSAZAR
1. A
zombaria de Belsazar (Dn 5.1-4).
“na
presença dos mil” (5.1). Refere-se aos convidados de Belsazar na frente dos
quais ele bebeu vinho, como uma demonstração libertina diante dos seus
convidados iniciando a bacanal dentro do palácio. Poderia ter sido mais uma
festa palaciana na Babilônia se a festa promovida por Belsazar não tivesse
sido uma festa de escárnio ao DEUS dos cativos judeus.
“mandou trazer os utensílios de ouro e de prata... que seu pai Nabucodonosor
tinha tirado do templo que estava em Jerusalém” (5.2,3). Belsazar não teve
escrúpulos nem respeito com os utensílios sagrados trazidos de Jerusalém
como espólio de guerra por seu avô Nabucodonosor. Ele foi um homem sensual e
sacrílego, pois não tinha o menor respeito por coisas sagradas. Além de
desafiar o poder de Jeová e querer usurpá-lo, Belsazar foi mais longe e fez
escárnio da verdadeira religião para satisfazer seus intentos baixos,
frívolos e profanos. Quando o teor alcoólico subiu à cabeça de Belsazar,
então mandou trazer os “vasos sagrados do templo de Jerusalém” para serem
usados em suas orgias com suas mulheres e prostitutas. A profanação das
coisas santas sempre foi condenada pelo Senhor (Dn 1.3;Am 6.6; Is 52.11).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 78-79.
Belsazar (nome que significa “Oh, Bel, protege o rei”) é de origem
posterior. A Septuaginta confunde esse nome com Beltessazar. Temos em
Belsazar um rei para todos os propósitos práticos, mesmo que ele não tivesse
sido um rei no sentido real. As inscrições nunca o mencionam com o um rei
que estivesse governando.
Mas
não há razão alguma para duvidarmos do fato de que seu pai o investiu com
poderes reais, pelo que a palavra rei, que aparece neste texto, pode ser
considerada correta o bastante para não estar sujeita a críticas e censura.
Coregente é termo forte demais para descrever a situação.
Aqui
se demonstra que a vontade divina acaba dominando no fim, e que todo
sacrilégio deve ser punido. Ademais, o fim do império babilônico foi o
início de uma nova esperança para Judá. Agora os judeus poderiam voltar para
reconstruir Jerusalém, por meio dos graciosos decretos de Ciro.
Dn
5.1 O rei Belsazar deu um grande banquete. O “rei”, que era um homem vão,
ofereceu um vasto banquete para mil convidados! O rei continuava a beber
vinho na presença dos convidados, que também continuavam a beber só para
fazer-lhe companhia. Talvez esteja em vista algum a festividade oficial
não identificada. Os vss. 30-31 mostram que tudo isso ocorreu nas vésperas
da queda da Babilônia, em 538 A. C. Se supusermos que Daniel tenha sido
levado para o cativeiro aos 16 anos de idade (em 605 A. C.), chegarem os à
conclusão de que ele tinha cerca de 83 anos por esse tempo. “As inscrições
contemporâneas deixam claro que a Babilônia foi capturada sem que se
aplicasse um golpe sequer, e que Nabonido foi imediatamente feito
prisioneiro. A própria inscrição de Ciro (Dario?) sugere que ele foi recebido com
alegria pela população. Uma tradição posterior, entretanto, informa que a
cidade foi conquistada por meio de um assalto noturno, enquanto os
habitantes celebravam uma festa. Há traços dessa tradição em Heródoto (Hist.
1.191), bem com o em Xenofonte (Cyropaedia, V II.5.15-31)” (Arthur
Jeffery, in loc.).
A
arqueologia descobriu um vasto salão na cidade de Babilônia, com pouco mais
de 50 m de comprimento, cujas paredes eram emplastradas. Esse é um lugar de
dimensões suficientes para que ali tivesse ocorrido o banquete mencionado,
com seus mil convidados.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3391.
Vários fatos marcantes nos chamam a atenção nesse texto de Daniel:
Em
primeiro lugar, Babilônia estava sendo tomada enquanto o rei estava
festejando (Dn 5.2-4,30). Naquela noite, o rei Dario estava desviando o
curso do rio Eufrates e marchando pelo leito do rio para entrar na
inexpugnável cidade da Babilônia para tomá-la. O império estava caindo, e o
rei estava se banqueteando. Aquela era sua última noite, e o rei estava se
embriagando.
Em
segundo lugar, o rei dá uma grande festa no dia de sua grande ruína (Dn
5.1). Ele estava fazendo uma festa nababesca no dia mais fatídico de sua
vida. Osvaldo Litz diz que quanto maior a festa, maior a glória do festeiro.
Eles
querem diversão e prazeres. A maior cidade do mundo estava sendo tomada, e o
rei e os nobres estavam bebendo e se divertindo. Eles estavam à beira de um
abismo e não se apercebiam disso. Muitas pessoas também não se apercebem do
risco que correm. Estão à beira da morte, nas barras do juízo de DEUS e
continuam anestesiadas pelos seus pecados.
Em
terceiro lugar, o rei lidera seus nobres em uma festa dissoluta, de
embriaguez e de sensualidade na noite de seu juízo (Dn 5.2,3). Outro erro do
rei foi o abuso da bebedeira. A embriaguez promove a dissolução (Ef 5.18). A
bebedeira é um espetáculo indigno que produz consequências desastrosas. Quem
bebe está soltando os freios do domínio próprio à beira de um abismo:
acidentes de trânsito, brigas, assaltos, arrombamentos, delitos sexuais,
adultérios e assassinatos têm muitas vezes sua origem no álcool. O rei deu
uma grande festa. Gostava de pompa. Vivia para o prazer. Usava o poder
apenas para corromper-se e deleitar-se no pecado. Era a festa dos excessos,
da embriaguez desavergonhada. Onde as pessoas se entregam à bebedeira, não
há bom-senso nem equilíbrio. O caminho da embriaguez é o caminho da ruína. A
estrada da embriaguez é o caminho da vergonha, da derrota e da morte.
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag.
71-72.
Dn
5.1: “O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes, e bebeu
vinho na presença dos mil.
"...
um grande banquete...” O presente versículo tem seu paralelo no primeiro
capítulo do livro de Ester, livro que marca também um período do cativeiro.
Ali há um banquete semelhante a este, em que alguém também perdeu sua coroa.
Belsazar era um príncipe caldeu, e, como tal não devia beber, pois a Bíblia
exorta a respeito. (Ver Pv 31.4). A advertência divina é mais sublime do que
a atitude deste monarca; ela recomenda a todos: “Melhor é ir a casa onde há
luto do que ir a casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os
homens” (Ec 7.2). O rei, em sua orgia e devassidão, viu o fim de seu reino e
de seus grandes naquela mesma noite. Os homens sempre falham, mas a Palavra
de DEUS não (Jr 1.11,12). O rei Herodes pereceu ferido pela mão poderosa de
um anjo, porque não deu glória a DEUS, quando podia ter dado (At 12.23). A
grande advertência divina é: "... qualquer que a si mesmo se exaltar será
humilhado e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado”. Belsazar, pelo
que fica depreendido do texto em foco, não se humilhou e por essa razão foi
reduzido a nada. Neste banquete real, podemos observar o extremo descuido
daquela gente. O inimigo estava às portas da cidade, enquanto que todos os
grandes do reino se encontravam reunidos numa bebedeira. O comandante Ciro
(Dario?),
já se encontrava desviando o curso do rio Eufrates, que passava pelo meio da
cidade, e após, entrou pelo leito seco do rio. Ele tomou a cidade de
“assalto” naquela mesma noite. Assim Babilônia foi sacudida pelos dois
“tufões de vento do Sul, que tudo assola” (Dario e Ciro). (Ver Is 21.1).
Paulo diz que “os que se embebedam embebedam-se de noite” (1 Ts 5.7); o rei
Belsazar escolheu essa hora sombria da noite, e nela pereceu.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora
CPAD. pag. 91-92.
2. A
insensatez e a crueldade do autocrata Belsazar.
Sua
insensatez era demonstrada pelo pouco caso que fazia do próprio reino sem se
importar com o fato de que seu pai estava fora da Babilônia. Sua insensatez
foi demonstrada nas ações libertinas cuja preocupação era o seu próprio
prazer com bacanais com sexo e bebidas alcoólicas. O sábio Salomão
referiu-se a esse tipo de festa e disse: “Melhor é ir a casa onde há luto do
que ir a casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os homens”
(Ec 7.2). Foi o que aconteceu com Belsazar que, em sua orgia e devassidão,
acabou por ver o fim do seu reino e dos seus convidados naquela mesma noite
em que a mão escreveu o seu juízo na parede do salão de festas.
Belsazar promoveu uma festa de profanação das coisas sagradas (5.3). Na
verdade, Belsazar não tinha o menor escrúpulo com coisas sagradas. Ele era
um dissoluto e soberbo que, não apenas bebeu vinho nos vasos sagrados da
Casa de DEUS em Jerusalém, mas encheu a medida do cálice da ira divina. Como
era um homem dissoluto, promovia festanças para se entregar à bebedeira. A
Babilônia era uma cidade de opulência e luxúria e no palácio imperial se
promovia constantemente festas que homenageavam seus deuses, os deuses dos
caldeus. Enquanto seu pai Nabonido estava no campo de batalha defendendo o
reino da Babilônia contra as forças dos medos e dos persas, ele pouco se
preocupava, senão satisfazer suas paixões. A festa era incompatível com a
situação instável de enfraquecimento do reino da Babilônia, mas ele preferiu
dar vazão aos seus instintos pecaminosos sem se preocupar com aquela
situação. Belsazar era homem cruel. Acostumado a ter o que quisesse, não
media dificuldades para fazer valer sua vontade, tanto para matar seus
oponentes como para se cercar de pessoas da mesma estirpe. Naquele momento
festivo as províncias do reino já haviam caído nas mãos dos inimigos, e
Ciro (Dario?), da Pérsia, com seus exércitos estava cercando a capital que seria, de
fato, a conquista final do novo império que o sucederia.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 79-80.
Segurança falsa. O rei festejava com “os seus grandes”, pois todos supunham
estarem protegidos pelas muralhas maciças. O que não podiam imaginar é que
as forças persas haviam mudado o curso do rio que atravessava a cidade. Com
a queda do nível da água, o inimigo simplesmente caminhou ao longo da
cabeceira do rio, por baixo das grades de proteção, e surpreendeu os
babilônios no interior da cidade. Uns 80 anos mais tarde, o escritor grego,
Heródoto escrevia. “Se os babilônios tivessem sido alertados da estratégia
de Ciro (Dario?) (...) teriam aferrolhado todas as portas das ruas que passavam por
sobre o rio, além de destacarem sentinelas em ambas as margens por toda a
corrente, o que faria com que o inimigo fosse surpreendido como se tivesse
caído numa armadilha (...) Devido à vastidão do lugar, mesmo muito tempo
depois que as áreas periféricas haviam sido tomadas, os habitantes ainda
continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo, pois, como estavam envolvidos
na festa, continuaram dançando e se divertindo até que, finalmente tomaram
conhecimento do ocorrido”. Que semelhança entre tanta gente da atualidade,
que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição social,
jamais imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde demais.
RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 517.
Não é
fácil reconstruir os acontecimentos que envolvem a queda de Babilônia. A
assim chamada Crônica de Nabonido102 está incompleta, mas fala do retorno de
Nabonido a Babilônia para as comemorações do festival de ano novo. A data
está faltando, mas conjetura-se que seja “décimo sétimo ano", pois os
exércitos de Ciro (Dario?) já vinham se aproximando. O mês Tasritu (sétimo mês) é
mencionado em conexão com o ataque de Ciro (Dario?) ao exército babilônico em Opis,
às margens do Tigre, e a revolta da cidade e seu massacre. “O dia 15 de
Sípar marcou uma vitória sem lutas. Nabonido fugiu. No dia 16 Gobrias,
governador de Guti, e o exército de Ciro (Dario?) entraram em Babilônia, sem
oposição”. Presumivelmente foi este o evento a que Daniel 530 se refere,
embora somente no mês seguinte Ciro (Dario?) tenha entrado em pessoa na cidade (2 de
novembro de 539).
Visto
sob esse transfundo, o banquete de Belsazar foi pura bravata, o último
estertor de um rei apavorado, tentando sem sucesso afogar os seus temores.
Não é de se admirar que o pânico tomou conta dele fazendo-o passar vexame
assim que algo inesperado aconteceu. O fato de seu pai ter abandonado a
capital, deixando que ele enfrentasse o inimigo faz com que se fique com um
pouco de pena deste príncipe fraco e sacrílego.
Joyce
G. Baldwin,. Daniel Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 127.
3.
Uma festa profana.
“e
beberam neles o rei, seus grandes, as suas mulheres e concubinas” (5.3,4). A
despeito da opulência e grandeza da cidade ostentando um palácio imperial
onde havia festas, luxúria, prazeres, riquezas e exibição de
maldades,Belsazar não teve nenhuma sensibilidade com os vasos sagrados, que
certamente eram taças de ouro e de prata e que serviam aos atos litúrgicos
do Templo de DEUS em Jerusalém. No versículo 4 diz que “beberam o vinho e
deram louvores aos deuses... ”. Era uma festa dedicada aos deuses (ídolos)
do império, mas que continha degeneradas orgias com homens e mulheres, muita
glutonaria e bebedice. A intenção libertina de Belsazar era desafiar os
outros deuses, principalmente, o DEUS de Israel, amado e reverenciado pelos
cativos judeus dentro do palácio. Havia dentro do palácio uma forte
influência satânica. Não há dúvida de que os demônios trabalham para
desfazer tudo o que diz respeito a DEUS e, tomar aquelas taças sagradas do
templo de DEUS, fazia parte da estratégia de Satanás para profanar as coisas
de DEUS. O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios, algo que confirma esse
fato: “As coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não
a DEUS” (1 Co 10.20).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 80.
Dn
5.4 Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses. Aqueles réprobos levaram
muito à frente sua tola questão. Não só profanaram precipitadamente o que
era santo, mas chegaram a usar os vasos sagrados para honrar suas falsas
deidades, tornando os vasos do templo parte de sua adoração idólatra. Foi
uma apropriação vergonhosamente indébita do que pertencia a Yahweh. Por tal
ato, eles pagaram um preço altíssimo. É provável que a festa não tenha sido
religiosa, mas os babilônios misturavam terrivelmente as questões do Estado
com as questões religiosas, pelo que em qualquer ocasião poderiam misturar a
idolatria com suas atividades. “Até nos banquetes oficiais era costumeiro
oferecer libação aos deuses locais, o que era feito com as palavras
apropriadas de louvor. Esse detalhe, como é óbvio, aumenta o crime de
Belsazar” (Arthur Jeffery, in loc.). Os deuses da Babilônia foram
festivamente servidos, havendo presentes toda a espécie de riqueza material,
como ouro, prata, bronze, ferro, madeira e pedra, algo que o autor sagrado
adicionou a fim de mostrar a extensão das transgressões idólatras dos
culpados. “A perda do sentido do sagrado é sempre um dos sinais da
decadência moral... Talvez a perda de respeito pelo que é sagrado para
outros seja um sinal inevitável de nossas traições interiores" (Gerald
Kennedy, comentando sobre como aqueles homens usavam coisas sagradas em suas
orgias de vinho).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3392.
Dn
5.4: “Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, e de prata, e de
cobre, e de ferro, e de madeira, e de pedra”.
O
presente texto nos mostra quão grande foi o desrespeito daquela gente à
santidade divina; eles não só beberam, mas deram também “louvores” àqueles
que, por natureza, não são deuses. DEUS adverte, através do profeta Isaías,
quando diz: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória pois a
outrem não darei, nem meu louvor às imagens de escultura” (Is 42.8). O rei e
seus grandes não deram ouvidos à mensagem divina, que está sempre a clamar.
Eles não podiam dar, pois estavam embriagados; cinco vezes lemos nesse
capítulo que eles beberam. Um escritor observa o seguinte: “Os adoradores,
no festim de Belsazar, sentiram a animação do álcool e adoraram os ídolos
mortos dando-lhes louvores”. Mas, no Pentecoste, encontra-se o segredo da
inspiração verdadeira: “Todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO... e falavam
das grandezas de DEUS” (At cap. 2). Paulo, o apóstolo, adverte seus
leitores: “Não vos embriagueis com vinho [como fez Belsazar], em que há
contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO”. Os efeitos nocivos do vício têm
trazido consequências drásticas, tanto à pessoa humana (sentido individual),
como também à própria sociedade (sentido coletivo). Portanto, é evidente
que, principalmente as autoridades, não devem beber (Pv 31.4).
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora
CPAD. pag. 93-94.
O rei
promove uma festa de profanação das coisas sagradas (Dn 5.3). O rei, além de
se entregar à embriaguez, dá mais um passo na direção de sua ruína. Ele
manda trazer os vasos do templo para profaná-los de forma estúpida e infame.
Profanar as coisas de DEUS é um grave pecado. Usar os vasos do templo,
consagrados para o culto ao Senhor, numa festa profana, numa bacanal, foi
uma terrível ofensa à santidade de DEUS. Belsazar fez pior que o seu avô. Este
saqueou o templo de Jerusalém e levou os vasos sagrados para o templo de seu
deus (Dn 1.2), mas Belsazar usou-os de modo sacrílego, para acrescentar um
pouco de novidade a sua última orgia de bebedeira. O rei estava zombando de
DEUS ao escarnecer das coisas de DEUS. Aquele gesto de profanação era também
uma afronta e um abuso ao povo de DEUS. A cena é de desprezo ao DEUS do céu,
o DEUS a respeito de quem Belsazar ouvira desde a meninice, e de rejeição ao
testemunho que recebera.
O rei
coloca os vasos do templo do Senhor nas mãos de seus convidados e lidera a
orgia. Escarnecem do sagrado e exaltam o profano.
O rei
promove uma festa idolátrica ao dar louvor aos deuses fabricados por mãos
humanas (Dn 5.4). Além de profanar as coisas de DEUS, o rei ainda usa os
vasos do templo para louvar suas falsas divindades. A idolatria é um pecado
ofensivo a DEUS. A idolatria é uma expressão de profunda cegueira
espiritual. Ela provoca a ira de DEUS.
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag.
72-73.
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm



OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Saber a respeito do festim profano de Belsazar. Compreender que o juízo de DEUS é irrevogável. Analisar a sentença contra Belsazar e a queda da Babilônia ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Professor, converse com seus alunos explicando que Belsazar utilizou os utensílios do Templo em seu banquete e DEUS condenou tal atitude. Em seguida faça a seguinte indagação: "É licito utilizar aquilo que foi dedicado a DEUS, como o edifício da igreja, para qualquer fim?" Ouça os seus alunos com atenção. Incentive a participação de todos. Leia Ezequiel 44.23. Conclua enfatizando que precisamos distinguir o que é santo do que é profano. Explique que não podemos utilizar as dependências da igreja ou os objetos consagrados ao Senhor, como instrumentos musicais, para outros fins. Precisamos ser cuidadosos com o que pertence ao Todo-Poderoso. Observações Minhas - Ev. Luiz Henrique "É licito utilizar aquilo que foi dedicado a DEUS, como o nosso corpo (que é templo do ESPÍRITO SANTO), para qualquer fim?" Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Romanos 6:13. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6:19. Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. 1 Coríntios 3:17. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e os farei membros de uma meretriz? Não, por certo. 1 Coríntios 6:15. A interpretação de Daniel equivale à interpretação de línguas como dom do ESPÍRITO SANTO manifestado hoje, em nossos dias. É falado ou escrito algo em uma língua desconhecida. O ESPÍRITO SANTO dá a interpretação, não a tradução, daquilo a um servo de DEUS para que este informe o sentido correto a ser entendido. E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. 1 Coríntios 14:27. Resumo da Lição 6 - A Queda Do Império Babilônico I. O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR 1. A zombaria de Belsazar (Dn 5.1-4). 2. A insensatez e a crueldade do autocrata Belsazar. 3. Uma festa profana. II. O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS 1. O dedo de DEUS escreve na parede (Dn 5.5). 2. A rainha lembrou-se do profeta Daniel (Dn 5.6-12). 3. Daniel entra na presença de Belsazar (Dn 5.13). III. A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA (5.22-28) 1. Os sábios não decifraram as palavras escritas na parede (5.15). 2. As quatro palavras "misteriosas" (Dn 5.25). 3. O fim repentino do império babilônico (vv.30,31). SINOPSE DO TÓPICO (1) Belsazar não temia ao Senhor, por isso utilizou os objetos sagrados do Templo em sua festa profana SINOPSE DO TÓPICO (2) O juízo de DEUS contra o profano rei Belsazar era irrevogável e se cumpriu naquela mesma noite SINOPSE DO TÓPICO (3) DEUS é o justo juiz, Ele não aceita escárnio ou zombaria de homem algum. AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Bibliológico "Segurança falsa O rei festejava com 'os seus grandes', pois todos supunham estarem protegidos pelas muralhas maciças. O que não podiam imaginar é que as forças persas haviam mudado o curso do rio que atravessava a cidade. Com a queda do nível de água, o inimigo simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio, por baixo das grades de proteção, e surpreendeu os babilônios no interior da cidade. Devido à vastidão do lugar, mesmo muito tempo depois que as áreas periféricas haviam sido tomadas, os habitantes ainda continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo, pois, como estavam envolvidos na festa, continuaram dançando e se divertindo até que, finalmente tomaram conhecimento do ocorrido. Que semelhança entre tanta gente da atualidade, que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição social, jamais imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde demais" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.517). BIBLIOGRAFIA SUGERIDA ZUCK, Roy B (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013. Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 39. "MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM." Era o que estava escrito na parede revestida por estuque do palácio real. Uma imagem assombrosa e amedrontadora que colocou ponto final na festa do palácio. DEUS estava falando que chegara ao fim o espetáculo do deboche da fé alheia. O capítulo cinco de Daniel retrata a imagem de uma festa no Palácio do Co-Regente da Babilônia. Belsazar havia ordenado aos seus subordinados que trouxessem os utensílios de ouro deportados do templo de Jerusalém. Com estes utensílios o rei promoveria uma festa regada a vinhos para os convivas. Era a festa do deboche! Do deboche da fé de um povo. Do deboche dos costumes e hábitos de uma nação. Do deboche da cultura religiosa de um povo. Do deboche do DEUS de uma nação. A ação divina O quinto capítulo do livro de Daniel demonstra um DEUS soberano que perscruta a motivação do coração humano. Ele fez isso com o rei Belsazar. Este caiu na mesma tentação do seu avô, Nabucodonosor. E adoeceu de alma pensando fazer com o poder imperial o que bem entendesse sem ser alvejado pelas suas escolhas. Belsazar escolheu o caminho mais sórdido e absurdo: o da profanação da identidade religiosa e cultural de um povo, e das coisas consagradas a DEUS. Somente para mostrar que ele, Belsazar, era mais importante que o DEUS de Israel. Entretanto, o rei mal sabia que estava sob o olhar desse DEUS. Para a motivação de Belsazar foi dado um xeque mate: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. Estas palavras são a mensagem de DEUS revelada a Daniel: "Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou DEUS o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas". Naquela noite o DEUS de Israel acabara com a festa do deboche das coisas consagradas a DEUS e do Seu povo. E Belsazar morreu ali mesmo. Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 39. COMENTÁRIOS DE DIVERSOS ESCRITORES INTRODUÇÃO Indiscutivelmente Nabucodonosor foi o mais importante dos reis da Babilônia. Seus feitos arquitetônicos construindo cidades e palácios e sua ousadia política, além de demonstrar uma inteligência espetacular apresentam a sua história. Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., Evil-Merodaque o sucedeu no trono e, dois anos depois foi assassinado por Neriglissar, seu cunhado, mas quem veio a assumir o Trono foi Nabonido, genro de Nabucodonosor, o qual gerou o filho chamado Belsazar. Este, veio a ser co-regente com seu pai, três anos depois. Era um homem blasfemo e não sabia respeitar princípios. Sua história contém elementos de crueldade e total inclemência com os subordinados do reino. Foi, também, um homem devasso que não sabia respeitar a história nem aos valores do reino. Este capítulo descreve e registra o reinado de Nabonido por 17 anos (556-539 a.C.). Quando foi a Arábia, deixou a seu filho Belsazar como co-regente na capital do império. Ele havia sido nomeado por seu pai como seu representante na Babilônia. Era, portanto, a segunda pessoa mais importante do reino. Alguns anos haviam se passado e ao final de sua co-regência, Belsazar não contava com a invasão dos exércitos da Média e da Pérsia na Babilônia. O império caiu nas mãos dessa aliança medo-persa e um novo reino se instalou. O capítulo cinco relata essa invasão na capital babilônica. Belsazar fazia uma festa regada a vinho e sexo, quando DEUS escreveu na parede do palácio a sentença de morte e queda do império babilônico. Está registrado, também, o desrespeito com os valores religiosos das nações e como, de forma abusiva e irresponsável, ele mandou buscar os vasos sagrados do templo de Jerusalém para embebedar-se com vinho nos mesmos, Belsazar ultrapassou a medida da paciência de DEUS e, na noite de sua festa, foi morto e o reino da Babilônia foi ocupado pelos medos e persas em 539 a.C. Nesta história aprendemos que ninguém zomba de DEUS. Sua soberania jamais poderá ser questionada por simples mortais. Na onisciência divina os fatos futuros, presentes e passados são do inteiro conhecimento de DEUS. A queda do Império Babilônico havia sido profetizado pelo profeta Isaías,pelo menos uns 150 anos antes de acontecer (Is 14.3-5; 47.1,5). O profeta Jeremias também profetizou sobre tudo o que aconteceria com Israel e as invasões de Jerusalém e Judá, bem como anunciou a destruição da Babilônia (Jr 50.2; 51.53,58). Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 77-78. “Belsazar” (5-1). Por muitos anos a referência a Belsazar foi utilizada como prova de que o livro de Daniel carecia de precisão histórica e teria como origem uma data recente. Foi então que os arqueólogos descobriram evidências não somente de sua existência, mas também de seu papel de regente de seu pai, Nabonide! Assim se explica a promessa de Belsazar de fazer de Daniel “o terceiro no governo do seu reino”, quando o próprio Belsazar era apenas o segundo mais importante! Os dados apresentados como prova de que a data do livro seria recente, acabou por evidenciar que fora escrito centenas de anos antes do que se supunha, antes mesmo de que os registros históricos da era tivessem sido perdidos. “Teu pai” (5.11, 18). Apesar dessas referências, Nabucodonosor não era o pai biológico de Belsazar. Este era filho de Nabonide, que assassinara Labashi-Marduk, filho de Neriglissar, genro de Nabucodonosor que, por sua vez, matara o filho do grande rei Evil-Merodaque! As expressões “filho de” e “pai de” eram usadas comumente no mundo antigo para indicar os sucessores e predecessores de reis, tivessem ou não parentesco de verdade. RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 517. Queda do Império Caldeu, 5.1-31 A primeira metade do livro de Daniel é o registro de uma série de encontros cruciais entre o orgulho e poder de homens insignificantes e o grande e bondoso DEUS. Este, em última análise, dirige as ações dos homens quer eles reconheçam isso, quer não. O incidente desse quinto capítulo serve como clímax da jornada meteórica ao longo da história do reino Babilônico. Após a morte de Nabucodonosor, o seu filho, Evil-Merodaque, o sucedeu no trono. Esse é o rei que deu honra especial ao rei Joaquim, depois de 37 anos de exílio, ao soltá-lo da prisão e designar-lhe uma pensão (Jr 52.31-34; 2 Rs 25.27-30). Depois de dois anos, Neriglissar, o cunhado de Evil-Merodaque, liderou uma revolta e o assassinou. Neriglissar tinha se casado com uma das filhas de Nabucodonosor e reivindicava um certo direito real, especialmente por meio do seu filho, Labashi-Marduque. Mas o jovem não recebeu apoio e logo foi morto pelos seus amigos de confiança. Os generais e líderes políticos escolheram Nabonido, outro genro de Nabucodonosor, um auxiliar experimentado e de confiança durante a maior parte do seu reinado. Nitocris, filha de Nabucodonosor, deu um filho a Nabonido. Seu nome era Belsazar. Por causa do seu sangue real, Belsazar, três anos após a ascensão de Nabonido ao trono, foi feito co-regente com seu pai. Ele tinha a incumbência de governar a cidade e província da Babilônia. Esse foi o rei Belsazar descrito por Daniel, como os caracteres cuneiformes têm revelado após décadas de confusão sobre a sua identidade, mesmo entre estudiosos conservadores. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 515.

Lição 6 - A Queda Do Império Babilônico 2 parte
Lição 6 - 2 parte
II - O IRREVOGÁVEL JUÍZO
DE DEUS
1. O
dedo de DEUS escreve na parede (Dn 5.5).
A
justiça de DEUS é perfeita e não há nada que possa revogar sua demonstração
quando é ferida pela presunção e arrogância do homem. A misericórdia divina
está aliada à justiça e se manifesta quando há possibilidade de
arrependimento. No caso de Belsazar, no seu coração insensato e cruel não
havia espaço para a prática da justiça nem para o arrependimento, o que o
levou a sofrer a pena pelo seu pecado. A justiça de DEUS manifesta-se pela
sua santidade que é a essência do próprio DEUS, por isso, não há nenhuma lei
acima de DEUS, mas há uma lei em DEUS. A justiça é uma forma de sua
santidade. Não há nada que possa alterar os padrões absolutos de DEUS,
porque Ele é DEUS e sendo DEUS, Ele é o que é e, por sua natureza divina Ele
faz o que sua natureza requer. Na história do reino da Babilônia e do seu
rei Belsazar, o juízo divino revelado e demonstrado contra Belsazar era a
manifestação automática e natural da reação divina aos pecados de profanação
desse rei.
“Na
mesma hora” ou “no mesmo instante” (5.5) da bebedeira e comilança, quando
danças sensuais, lascívia e idolatria aconteciam, o juízo de DEUS quebrou a
arrogância de Belsazar e dos seus grandes, com suas mulheres e concubinas. A
festa de orgias e libertinagens que Belsazar promoveu com os objetos
sagrados do Templo de Jerusalém, foi surpreendida pelo juízo de DEUS. O
sábio Salomão escreveu em um dos seus provérbios: “O peso e a balança justa
são do Senhor” (Pv 16.8). Não há concessões, nem peso a mais ou menos, na
balança da justiça divina. Todos somos pesados pela mesma medida, porque
DEUS é justo juiz e julga com equidade. O que é irrevogável é aquilo que não
se pode anular, não se pode mudar. A resposta divina foi imediata dentro do
palácio. De repente, no meio da festa de ostentação e profanação no palácio
babilônico, DEUS interfere naquela história e manifesta seu poder de juízo
escrevendo na parede do salão de festas, diante dos olhos de Belsazar.
O
dedo de DEUS escreve na parede do salão de festas (5.5). Na linguagem
antropomórfica da Bíblia, quando se atribui a DEUS mãos, pés, coração, olhos
e outros órgãos físicos, próprios do ser humano, há uma demonstração
autêntica da figura de “uns dedos da mão de homem” que aparecem escrevendo
sobre uma parede caiada. Esta parede estava iluminada por um candeeiro e os
dedos daquela misteriosa mão escrevem palavras de juízo contra Belsazar e o
reino da Babilônia. A euforia da festa é silenciada e todos, assustados
tentam ler a escritura enigmática que tinha um caráter misterioso e exigia
que alguém a interpretasse.
A
visão era nítida sobre a parede. Não só o rei via a mão se movimentando na
parede, mas seus convidados também viam. O barulho das taças e dos vasos de
vinho cessou e todos estavam pasmados e emudecidos. A alegria do rei e dos
convidados também cessou. O fruto do desprezo ao DEUS do céu e o sacrilégio
com as coisas sagradas do templo do Senhor em Jerusalém produziram um
desespero sepulcral. Na parede se escrevia de modo esplendoroso e assustador
a sentença contra aquele rei e contra o seu reino. O mistério da mão
escrevendo na parede era confuso, porque DEUS confunde os sábios do mundo,
porque eles não sabem discernir as coisas espirituais (1 Co 2.14-16). De
repente, tudo terminou para aquele monarca estúpido e atrevido.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 80-82.
1. Apareceram os dedos de uma mão escrevendo sobre a superfície da parede,
bem à frente do rei (v. 5): “O anjo Gabriel”, diz um rabino, “estava
dirigindo esses dedos e escrevendo através deles”. “A mão divina” (diz o
nosso próprio rabino, Dr. Lightfoot) “que havia escrito as duas tábuas da
lei para o seu povo, agora está escrevendo a condenação de Babel e de
Belsazar sobre a parede”. Nada havia sido enviado que pudesse assustá-los
com seu barulho ou ameaçar a sua vida. Nenhum estrondo de trovão nem clarões
de raios, nenhum anjo destruidor trazendo uma espada na mão, mas apenas um
dedo escrevendo sobre a parede, e à frente do castiçal, para que todos
pudessem ver à luz das suas velas. Note que quando lhe apraz fazer isso, a
palavra escrita de DEUS é suficiente para levar o mais atrevido dos
pecadores a se aterrorizar. O rei viu apenas uma parte da mão que estava
escrevendo, mas não viu a pessoa a quem essa mão pertencia. E era isso que
tornava a situação ainda mais assustadora. Observe que aquilo que vemos de
DEUS, isto é, a parte da sua mão que escreve no livro das criaturas e no
livro das Escrituras (que são partes dos seus caminhos, Jó 26.14), pode
servir para nos encher de pensamentos terríveis a respeito daquilo que não
somos capazes de ver no DEUS precioso. Se esse é o dedo de DEUS, por que o
seu braço está estendido? E o que Ele é?
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a
Malaquias. Editora CPAD. pag. 855
Dn
5.5:
"...
o rei via a parte da mão...” A mão direita de DEUS Pai, está em foco na
presente passagem. O rei não pôde ver a mão completa, mas apenas uma parte;
certamente apenas os dedos que escreviam; os magos de Faraó, no Egito, não
puderam ver a mão de DEUS, mas apenas o seu “dedo” (Êx 8.19). Existe um
grande contraste entre “o justo e o ímpio; entre o que serve a DEUS e o que
não o serve” (Ml 3.18); enquanto o rei via apenas “a parte da mão”
misteriosa, os profetas do Senhor puderam contemplar com exatidão, não só os
dedos de DEUS, mas de um modo particular: 1) suas mãos (1 Rs 22.19); 2) as
palmas das mãos (Is 49.16); 3) a sombra da sua mão (Is 49.2). Aquela mão
escrevia na “estucada parede”. Segundo a Arqueologia, escavações
contemporâneas têm demonstrado que as paredes do palácio tinham uma fina
camada de emboço pintado. Esse emboço era branco, pelo que qualquer objeto,
movendo-se à sua superfície, tornava-se distintamente visível.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora
CPAD. pag. 92.
2. A
rainha lembrou-se do profeta Daniel (Dn 5.6-12).
O
estado de espírito de pavor total (5.6). O rei e seus convidados
empalideceram e seus corações se encheram de terror e medo. Belsazar perdeu
o domínio da situação naquele banquete, porque a mensagem sobre a parede era
uma realidade.
A
busca de respostas de Belsazar (5.7-9). Belsazar manda chamar com urgência os
astrólogos, magos e sábios do reino. Pediu aos seus sábios que lessem a
escritura sobre a parece e a interpretassem. Não estava entre eles o sábio
Daniel. Mais uma vez aqueles homens falharam e não puderam ler nem
interpretar aquela mensagem, porque lhes era misteriosa. Belsazar, no seu
desespero, ofereceu honrarias especiais aos que conseguissem ler a mensagem,
mas ninguém pôde fazer isso.
A
rainha mãe se lembrou do profeta Daniel (5.10).
Quem era “A rainha”? Seu
nome era Nitocris, filha de Nabucodonosor e mãe de Belsazar. Tudo indica que
a rainha não estava presente naquela festa de seu filho Belsazar, mas estava
no palácio. A rainha mãe, ao ouvir os gritos do filho, entendeu que havia um
movimento diferente no palácio. Entrou no salão de festa onde estava o
filho-rei para saber o que estava acontecendo. Ao ter conhecimento da
misteriosa mão sobre a parede lembrou-se de que havia no Reino um homem (v.
11), chamado Daniel e que era de confiança, tanto de seu pai quanto de seu
marido, mas tudo indica que Belsazar sabia muito pouco acerca de Daniel,
porque ele não estava no palácio (Dn 5.13).
“Daniel, um espírito excelente” (5.12). No versículo 11, a rainha disse que
era um homem “que tem o espírito dos deuses santos”. Era um modo pagão de
identificar que havia em Daniel algo superior aos demais sábios. O fato de
referir-se aos “deuses santos” tinha a ver com a crença politeísta dos
caldeus, mas que Daniel diferia em tudo. Ele não era o jovem do capítulo 2
interpretando o sonho do rei. Ele já era um velho, respeitado e se manteve
ausente do palácio por mais de 20 anos, desde a morte de Nabucodonosor. O
fato de Daniel “ter um espírito excelente” significava que ele demonstrava
um comportamento equilibrado, firme, honesto e despido de egoísmo. O seu
temor ao DEUS de seus pais, o DEUS de Israel, era percebido pela sua
fidelidade aos seus princípios.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 82-83.
Dn
5.6 Então se mudou o semblante do rei. O rei ficou estupefato e aterrorizado
com o que viu. Imediatamente passaram os efeitos do vinho embriagador. Nem
mesmo em seus sonhos mais desvairados, ele jamais vira algo como aquele
fenômeno. Diz aqui o hebraico, literalmente, “seu brilho foi mudado nele”,
indicando total alteração no colorido e na expressão de seu rosto. O vinho
tinha iluminado sua face, e até então ele estivera todo cheio de risos e
gargalhadas. De súbito, porém, seu rosto foi coberto como que por uma
máscara de terror. Seus pensamentos caíram na consternação e na
perplexidade. Ele perdeu o controle muscular, e seus joelhos batiam um no
outro. Uma reação neurológica comum de temor é o tremor das pernas, bem
como a perda do controle muscular. Essa reação é espontânea e difícil de
controlar. Ovídio fala de algo similar em sua obra Metamorfoses 11,180,
genua intremuere timore. Ver também Homero, Odisséia, IV.703 e Híada XXI.
114. Algumas vezes, as juntas são chamadas de “nós”, conforme diz aqui o
hebraico, literalmente. O temor desfez os nós do pobre homem e o deixou a
tremer, uma descrição pitoresca, para dizermos a verdade,.
Os Psíquicos
Profissionais e os Sábio São Chamados (5.7-9)
Dn
5.7 O rei ordenou em voz alta que se introduzissem os encantadores. Cada vez
que um oficial babilônico caía em dificuldade, chamavam-se os caldeus (a
casta dos sábios), alguns dos quais são enumerados neste versículo. Cf. Dan.
1.20; 2.2,4,27 e 4,7. Esses sábios eram sempre chamados, mas sempre
falhavam. Então aparecia alguém para lembrar o rei a respeito de Daniel, o
solucionador dos problemas que outras pessoas não podiam solucionar. Aqui,
tal como em Dan. 2.6, o rei prometeu que o revelador do enigma seria
enriquecido e glorificado. Foi prometida também a veste púrpura, aquela que
denotava alguém como autoridade do governo digna de admiração e respeito,
Cf. as vestes púrpura de Mordecai, em Est. 8.15. Entre os persas, essas
vestes eram sinal da dignidade real (ver Est. 8.15; I Esd. 3.6; Xenofonte,
Anabasis, I.5.8). A tintura utilizada era tirada de uma substância
vermeiho-purpurina de certos moluscos (Plínio, Hist. N atural IX.60-62). A
cadeia de ouro era outro sinal de dignidade principesca, conforme se vê em
Gên. 41.42; Xenofonte (Anabasis, I.5.8); Heródoto (Hist. III.20). Tais
correntes de ouro eram dadas pelos reis para honrar certos elementos
selecionados por serviços prestados, e só podiam ser usadas como decoração,
por altas autoridades. Será o terceiro no meu reino. Esta referência é
obscura. Pode dizer respeito a alguma espécie de triunvirato no governo (ver
I Esd. 3.9). Ou então está em foco um oficial babilônico, o salsu. O rei era
o comandante-em-chefe do exército; o oficial à sua mão direita era o segundo
no comando; e o oficial que ficava à sua esquerda era o terceiro. Mas alguns
dizem que Nabonido era o verdadeiro rei; Belsazar era seu governante
nomeado; e o terceiro seria alguém que atuaria como principal assistente de
Belsazar. Sem importar o que essas palavras queiram dizer, uma altíssima
posição no reino foi prometida ao homem que pudesse interpretar a escrita na
caiadura da parede.
Dn
5.8 Então entraram todos os sábios do rei. Conforme era usual, nenhum membro
da casta dos caldeus (os sábios, membros dos quais são especificados em Dan.
1.20; 2.2,4,27 e 4.7) foi capaz de ler e interpretar o escrito. Mas por que
eles foram incapazes de ler uma inscrição que Daniel decifrou no primeiro
olhar? Conjectura: a coisa toda era um enigma autêntico e só podia ser
interpretada com ajuda divina, que não estava disponível para aqueles
pagãos. Com isto se perturbou muito o rei. Belsazar ficou espantado e perplexo
com a ocorrência. Aqueles em quem ele confiava serem capazes de aliviar seu
espanto apenas lhe aumentaram a inquietação, pois deixaram um mistério
profundo e potencialmente ameaçador. “Havia espaço para alarme, quando
sábios profissionais foram incapazes de interpretar a misteriosa escrita na
parede. Sem dúvida deve-se compreender que o fenômeno apontava para algo
portentoso. A incerteza que havia na questão apenas aumentou a agitação do
monarca. “Seu rosto empalideceu. Os convidados reais ficaram
confusos” (NCV). Cf. o vs. 6. “O terror de Belsazar e de seus convidados foi
causado pela impressão de que a incapacidade de os sábios lerem a inscrição
era o portento de alguma terrível calamidade que estava prestes a atingir a
todos” (Ellicott, in loc.).
A
Rainha-mãe Faz uma Sugestão Crítica (5.10-17)
Dn
5.10 A rainha-mãe, por causa do que havia acontecido ao rei. Está em pauta a
mãe de Belsazar, esposa de Nabonido, que se apresentou como pessoa de autoridade superior às
das muitas concubinas do rei. Daniel era conhecido pela corte inteira,
incluindo a rainha-mãe, que foi o instrumento para solucionar o mistério.
Embora a mulher fosse mãe Belsazar, ela se prostrou diante
do rei e proferiu as palavras apropriadas. Cf. Dan. 2.4; 3.9 e 6.6,21. Tendo
cuidado das formalidades, ela apresentou sua útil sugestão, conforme o vs.
11 passa a relatar.
Dn
5.11 Há no teu reino um homem. Para ela Daniel era cheio do espírito dos deuses
santos (cf. Dan. 4.8,9,18). Ele era conhecido como um psíquico
extraordinário, o chefe dos sábios profissionais (a casta dos caldeus). Ver
Dan. 2.48 e 4.9. Nabucodonosor tivera seus problemas solucionados por
Daniel. Seja como for, Daniel era o
homem de sabedoria e compreensão que nunca errara em suas interpretações.
Ele tinha a sabedoria dada por DEUS, e nenhum membro da casta dos caldeus —
encantadores, magos ou adivinhos — podia comparar-se a ele (Dan. 1.20; 2.2-4,27;
4.7). Uma vez mais, Daniel foi chamado de chefe dos “sábios”.
Dn 5.12
Porquanto espírito excelente. Continua aqui o louvor dado a Daniel,
revelando sua extraordinária reputação. Ele era um especialista na
interpretação de sonhos, capaz de resolver enigmas e problemas. Portanto,
que se chamasse Daniel. Os enigmas (literalmente, “uma
coisa fechada ou oculta") eram decifrados por ele. JESUS libertou uma mulher que havia
dezoito anos tinha sido amarrada com um nó (ver Luc. 13.16).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3392-3393
Dn
5.6: “Então se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram:
as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no
outro”.
"...
seus joelhos bateram um no outro”. O presente texto descreve a situação do
monarca diante do supremo poder divino; o rei foi achado por seu pecado, num
momento inesperado (Ver Nm 32.23). No dizer de Swete: “O que os pecadores
mais temem não é a morte, e sim a presença revelada de DEUS” (Comp. com Ap
6.15 a 17).
Dn
5.7: “E ordenou o rei, com força, que se introduzissem os astrólogos, os
caldeus e os adivinhadores: e falou o rei, e disse aos sábios de Babilônia:
Qualquer que ler esta escritora, e me declarar a sua interpretação, será
vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao pescoço, e será no reino o
terceiro dominador”.
O
presente versículo tem muitas coisas importantes a serem analisadas, mas
tomaremos como base a frase: “o terceiro dominador”, por ser ela
imprescindível no versículo em foco. O profeta Daniel, em sua visão
apocalíptica, observa que o poderoso Leão visto no capítulo 7, versículo 4:
“Tinha asas de águia”. Na simbologia profética, isto pode significar o neto
e o filho de Nabucodonosor, respectivamente, Belsazar e Nabonido (este o
regente durante a doença do pai - Dn 4.25 - depois ocupou o trono por
direito de sucessão). Nabonido não é nominalmente citado nas Escrituras, mas
sim na História Universal; no entanto, ele pode ser uma das asas do Leão
visto por Daniel em visão (Dn 7.4). Eis a razão por que o rei Belsazar só
podia dar a Daniel o “terceiro lugar”, pois o segundo era dele próprio (Dn
5.7, 11, 29). É observado por Zenofonte que o povo da Babilônia se sentia
seguro e zombava daqueles que sitiavam a cidade. Assim o rei foi levado a
fazer essa promessa que nada valia, porque ele tinha de morrer dentro de
pouco, e o reino passaria para os medos e os persas.
Dn
5.8: “Então entraram todos os sábios do rei, mas não puderam ler a escritura
nem fazer saber ao rei a sua interpretação”.
O
presente versículo, bem como outros correlatos neste livro de Daniel, nos
faz lembrar dos magos de Faraó diante do supremo poder de DEUS, na terra do
Egito. Houve uma hora em que eles tiveram de parar, em virtude de DEUS ter
neutralizado todo o avanço das forças do mal (Êx 8.18). Os sábios podiam ter
feito uma interpretação falsa sem que qualquer coisa os desacreditassem, mas
não o fizeram. Até os mais infames propósitos não podem ir além daquilo que
DEUS permite. O mal que permeia todo o Universo não pára de alastrar-se, mas
sempre há um momento em que DEUS entra em ação conforme lhe apraz: “Operando
eu, quem impedirá?” - é a sua grande declaração pela boca de Isaías. DEUS
não deixou desviar-se o seu plano, mas o executou de uma maneira sublime.
Dn
5.9: “Então o rei Belsazar perturbou-se muito, e mudou-se nele o seu
semblante; e os seus grandes estavam sobressaltados”.
A
Bíblia descreve que o “salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). E foi esta a
“paga” que Belsazar, com “seus grandes”, escolheu: este “salário mortal”, e
ainda podemos verificar que o lugar em que havia tanta alegria (da carne),
transforma-se agora, numa verdadeira “perturbação”. “O caminho do homem
ímpio é sempre trevas”, diz a palavra divina. A Bíblia diz literalmente, que
o rei naquela noite ficou “perturbado”. Ele também literalmente, ouviu a voz
de DEUS no recôndito da alma, que lhe dizia: “Louco, esta noite pedirão a
tua alma; e o que tens preparado para quem será?” (Lc 12.20). O banquete de
Herodes começou com muita alegria da carne, mas foi encerrado com tristeza
da alma (Mt 14.9).
O
Senhor JESUS sempre tinha em mãos uma “bacia e uma toalha” para seus
discípulos (Jo 13.4, 5). Ao contrário, para seus inimigos, Ele chegou a usar
um azorrague de cordéis” (Jo 2.15). No dia da vinda de JESUS para seus
santos, Ele virá como a “estrela da manhã”, no dia da vingança, porém, como
“o sol da justiça”. O monarca Belsazar estava bem instruído sobre o grande
poder de DEUS e suas manifestações, mas escolheu o “caminho largo” e nele
pereceu (Mt 7.13).
Dn 5.10:
“A rainha, por causa das palavras do rei e dos seus grandes, entrou na casa
do banquete: e falou a rainha, e disse: Ó rei, vive para sempre! não te
turbem os teus pensamentos nem se mude o teu semblante”.
“A
rainha”. O presente texto, fala de uma “senhora rainha” que subentendemos
ser a mãe do rei Belsazar. Devido à sua
intervenção, foi chamado Daniel. Ele rejeitou a recompensa real e, após
pregar ao rei no tocante à sua perversidade, prosseguiu para a interpretação
do estranho escrito. João Batista não teve acesso ao banquete de Herodes,
mas apenas a sua cabeça! Mas certamente o tetrarca, olhando para aquele
prato manchado de sangue, contemplou a cabeça cuja “boca” um dia repreendera
a sua maldade!
Dn
5.11: “Há no teu reino um homem que tem o espírito dos deuses santos; e, nos
dias de teu pai, se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria, como a
sabedoria dos deuses; e teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai, ó rei, o
constituiu chefe dos magos, dos astrólogos, dos caldeus, e dos
adivinhadores”.
"...
deuses santos’. A expressão no original é realmente “Elohim”, mas como a
palavra “DEUS”, saiu dos lábios de uma mulher pagã ,os tradutores acharam
por bem, traduzir por “deuses”. Mesmo assim, a expressão em si, faz uma
revelação da Santíssima Trindade: O Pai, o Filho e o ESPÍRITO SANTO.
Dn
5.12: “Porquanto se achou neste Daniel um espírito excelente, e ciência e
entendimento, interpretando sonhos, e explicando enigmas, e solvendo
dúvidas, no qual o rei pós o nome de Beltessazar: chame-se pois agora Daniel
e ele dará interpretação”.
O
Leitor deve observar que, em diversas passagens do livro de Daniel, ocorre:
“sonho” ou “visão da noite”. (Ver 1.17; 2.3,4,5,6,7,9,19,45; 7.1,7, etc.).
Os antigos povos criam muito nos sonhos de caráter significativo, e
freqüentemente era uma das maneiras pelas quais DEUS podia manifestar a sua
vontade (Jó 33.14-16). O termo denota as idéias presentes ao espírito
durante o sono. Os sonhos podem ser classificados da seguinte forma: 1)
Sonhos vãos (Jó 20.8; SI 73.20; Is 29.8). 2) Sonhos que DEUS usa para fins
especiais. Produzindo estes sonhos, DEUS age de conformidade com as leis do
espírito, e talvez empregue causas secundárias. O doutor J. Davis define os
sonhos especiais da seguinte maneira: 1) Os que tinham por fim impressionar
a vida psíquica dos indivíduos. Assim se deu com os midianitas, cujo sonho
abateu o ânimo das hostes inimigas e elevou o espírito de Gideão que,
providencialmente, ouviu a sua narrativa (Jz 7.13). Da mesma sorte aconteceu
dom o sonho da mulher de Pilatos. O que esta senhora (Claudia Procla,
segundo a tradição) sofreu no sonho, foi, provavelmente, o horror de ver um
homem inocente ser ferido até a morte, vítima do inflamado ódio do mundo.
(Ver Mt 27.19). Muitos outros sonhos, porém, têm sido revelações nos tempos
modernos. João Newton foi impressionado com a salvação da sua alma, quando
teve um sonho que veio esclarecer-lhe o caminho a seguir. João Bunyan,
quando se encontrava preso na cadeia de Bedford, em 1660, teve um sonho que
imortalizou o seu nome. O resultado foi “O Peregrino”, hoje a mais famosa
alegoria do mundo. 2) Sonhos proféticos instrutivos de que DEUS se servia
(quando a revelação era ainda incompleta) e que tinham em si mesmos as
credenciais divinas. Os exemplos são: 1) Abimeleque (Gn 20.3). 2) Jacó (Gn
28.12; 31.10). 3) Labão (Gn 31.29). 4) José (Gn 37.5, 9, 10, 20). 5) Com
Faraó (Gn 41.7,15). 6) O padeiro e o copeiro mor de Faraó (Gn 40.5). 7)
Salomão (1 Rs 3.5). 8) Nabucodonosor (duas vezes - Dn caps. 2,4). Os magos
do Oriente (Mt cap. 2). 10) José, esposo de Maria (Mt 21.20 e ss.).
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora
CPAD. pag. 94-98.
Imediatamente o rei ordenou em voz alta que se introduzissem os magos e
encantadores, feiticeiros e toda a família de adivinhos, prometendo que
aquele que decifrasse a escrita seria o terceiro no reino. Aqui está uma
outra prova da autenticidade de Daniel, pois o primeiro era Nabonido, o
segundo Belsazar e o terceiro o que decifrasse o enigma. Além disso,
receberia uma comenda, constante de uma cadeia de ouro pendurada ao pescoço,
sinal de graduação no governo. Os sábios chamados ficaram também
estupefatos, eles que nada conseguiram entender da escrita nem do seu
significado, Nem com a promessa da recompensa pôde alguém atinar com o
sentido da escritura. Aí a confusão teria tomado conta de todos e cada qual
procuraria ou fugir daquela sala mal-assombrada ou esconder-se daquela mão
misteriosa. Imaginemos a confusão, pois eram mil os comensais e mais os
serventes, num todo de umas 1.500 pessoas, uns correndo de um lado para
outro, outros falando e os magos mudos, olhando a parede e a escrita. O rei
de semblante perturbado, ou mudado, e todos os grandes sobressaltados (V.
9).
Daniel Entra em Cena (5: 10-30)
A
rainha-mãe, ouvindo ou sabendo da confusão (ela não estava no banquete),
entrou na casa do banquete e disse ao rei: Há no teu reino um homem que tem
o espírito dos deuses santos; nos dias de teu pai... o rei
Nabucodonosor...(v. 11 ). Esta declaração nos mostra que
Daniel, depois da morte de Nabucodonosor, entrou em decênio, e só a
rainha-mãe ainda conservava reminiscência das atividades dele. Todos os
outros estavam esquecidos ou nunca teriam ouvido falar nele, ou não lhe
davam o valor devido, talvez por sua idade avançada..
Mesquita. Antônio Neves de,. Livro de Daniel. Editora JUERP.
3.
Daniel entra na presença de Belsazar (Dn 5.13).
Daniel entra na presença de Belsazar (5.13). Belsazar não via Daniel como um
servo do DEUS Altíssimo, mas como um sábio sem serviço no palácio. Mas sua
mãe o conhecia e sabia que Daniel era um homem diferente e que o seu DEUS
era Poderoso porque ela mesmo havia testemunhado as proezas desse DEUS em
outras situações dentro daquele reino. O juízo divino contra Belsazar foi a
oportunidade que DEUS usou para que seu servo Daniel voltasse a ser
reconhecido em uma posição de eminência dentro do palácio. Na realidade,
Daniel era um homem que fazia diferença. A rainha o identificou como um
homem de “luz e entendimento” por causa da sua sabedoria e revelação de
coisas sobrenaturais. Daniel era um homem que não fazia concessões em
relação à sua fé em DEUS, por isso, depois de lhe ter sido oferecido
presentes, Daniel rejeitou aos presentes do rei (Dn 5.17).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 83.
Dn
5.13 Então Daniel foi introduzido à presença do rei. A sugestão da
rainha-mãe foi bem acolhida. O rei certificou-se de que o homem introduzido
à sua presença era o judeu cativo que tanto subira no reino por causa de
suas aptidões especiais. O texto exalta indiretamente os judeus e seu DEUS. Uma vez mais,
Nabucodonosor é chamado de “pai de Belsazar” significando que os avós
eram chamados de pais. Daniel é mencionado como se fosse desconhecido pelo rei
Belsazar, o que sugere que o profeta, ocupado nos negócios do Estado, tinha
escapado de ser observado até por alguns elevados oficiais do governo. Seja
como for, é tolice buscar coerência em tais histórias. Daniel deveria ter,
no mínimo, 83 anos de idade, e talvez até tivesse 90 anos, pelo que, como
homem idoso, deixara de circular pelo palácio real.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3393.
DEUS
confronta os pecadores por intermédio de servos fiéis (Dn 5.10-17). Daniel é
um homem diferente. Ele tem luz, inteligência, sabedoria e espírito
excelente. Belsazar não o quis ouvir durante os dias de sua vida, mas agora
precisa ouvi-lo na hora de sua morte. Daniel é um homem insubornável. Ele
não faz a obra de DEUS por dinheiro. Ele não vende seu ministério. Ele não
busca favores dos poderosos deste mundo. Ele rejeita os presentes do rei.
Daniel não procurava recompensa nem favores.
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag.
74.
A
apresentação de Daniel ao rei, e o pedido para que ele lesse e explicasse as
palavras escritas na parede. Daniel já havia sido levado à presença do rei
anteriormente (v. 13). Porém, nessa ocasião, ele tinha quase noventa anos de
idade, de modo que seus anos, e as suas honras e promoções anteriores o
habilitavam a ter livre acesso à presença do rei. No entanto ele desejava
ser conduzido pelo mestre de cerimônias como se fosse um estranho. Observe:
1. O rei perguntou, mostrando um ar de arrogância: “És tu aquele Daniel, dos
cativos de Judá, que o rei, meu pai, trouxe de Judá?” Como Daniel era judeu,
e um cativo, o rei relutava, pois não queria ser obrigado a recebê-lo, e
desejava que tudo isso pudesse ser evitado.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a
Malaquias. Editora CPAD. pag. 857.
Dn
5.13: “Então Daniel foi introduzido à presença do rei. Falou o rei, e disse
a Daniel: És tu aquele Daniel, dos cativos de Judá, que o rei, meu pai,
trouxe de Judá?’
“És
tu aquele Daniel?’ O presente versículo nos apresenta uma pergunta do rei,
de singular estranheza: É estranho que o rei Belsazar e seus grandes não
conhecessem a Daniel. Mas isso não é de espantar, pois o mundo também não
conhece os verdadeiros filhos de DEUS. Naamã, o comandante sírio, não
conhecia o profeta Eliseu, apesar de ter ele mais glória do que o rei (1 Rs
5.8). O rei Saul conhecia Davi muito bem, mas, após sua grande vitória “no
vale do Carvalho”, o próprio monarca o desconheceu (1 Sm 17.55-58). Desde os
dias da igreja primitiva, o seu alvo principal era tornar conhecida ao mundo
a pessoa de DEUS. Paulo, em seu grande discurso no Areópago, tomou como tema
principal a existência de DEUS. O grande sábio, em poucas palavras, declarou
a sua grande missão, pois era fazer conhecido deles esse DEUS desconhecido.
E argumentou, então, que DEUS não podia ser adorado segundo sistema
idolátrico de Atenas e do mundo pagão em geral.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora
CPAD. pag. 98-99.
III
- A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA (5.22-28)
1. Os
sábios não decifraram as palavras escritas na parede (5.15).
Belsazar fala a Daniel da sua angústia (5.15,16). Belsazar declara a Daniel
que os sábios do palácio não puderam entender nem decifrar a escritura na
parede. O rei, também, diz ter ouvido da sua mãe acerca de sua pessoa (v.
16) e da sua capacidade de revelar sonhos e enigmas e de dar a sua
interpretação. Belsazar teve que reconhecer que Daniel fazia diferença
dentro do palácio e que ninguém mais poderia ajudar-lhe com a interpretação
daquela escritura na parede. Sabendo que os seus magos e astrólogos nada
podiam fazer, reconheceu que Daniel era servo de um DEUS muito mais poderoso
que todos os deuses da Babilônia. Sem dúvida alguma, a tragédia de Belsazar
e da Babilônia foi a oportunidade que DEUS tinha para que seu servo Daniel
fosse reconhecido e voltasse a ter a primazia dentro do palácio.
A
atitude de Daniel na presença do Rei (5.17). Daniel se apresenta com
autoridade e confiança, porque sabia que DEUS lhe daria a interpretação da
escritura sobre a parede. Declara ao rei que o faria saber a interpretação,
mas a mensagem era dura contra o rei e contra o seu império. A mensagem
continha realidades que se confirmariam em breve e o rei precisaria estar
pronto para recebê-las. O rei lhe quis dar dádivas, as quais foram
rejeitadas por Daniel. Seu papel de profeta de DEUS não lhe dava direitos de
negociação com a mensagem divina.
Daniel traz à tona a história da grandeza e tragédia de Nabucodonosor
(5.19,20). Na realidade, Daniel apela aos sentimentos de Belsazar e descreve
a história de seu avô Nabucodonosor para realçar o fato de que, a despeito
dos sucessos de seu avô, exercendo domínio sobre as nações conquistadas,
deixou-se dominar pela opulência e autoexaltação, sem reconhecer que o cetro
de poder e domínio pertence ao DEUS Eterno sobre tudo e todos.
No
versículo 19, Daniel fala da grandeza de seu avô Nabucodonosor, como grande
guerreiro, que tinha mão de ferro contra os seus inimigos. Daniel destacou
ainda que, “quando o seu coração se exaltou e o seu espírito se endureceu em
soberba, foi derribado do seu trono, e passou dele a sua glória”(v. 20).
Daniel queria que Belsazar entendesse que ninguém age desafiando o poder de
DEUS. Ninguém tira, nem acrescenta a glória de DEUS. Quando extrapolamos os
limites da racionalidade nos tornamos orgulhosos e presunçosos e, por isso,
podemos ser punidos.
Daniel declara o pecado de Belsazar (5.22,23). O texto diz: “E tu, seu filho
Belsazar, não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste de tudo isso”.
Belsazar tinha sido advertido de que não deveria abusar contra a soberania
do Único DEUS, o DEUS de Israel, mas ele não acreditou nem aceitou a
admoestação de DEUS. No versículo 23 está escrito que Belsazar se levantou
contra o Senhor do céu ao profanar os vasos sagrados do Templo de Jerusalém,
com mulheres e concubinas do palácio.
“Então, dele foi enviada aquela parte da mão, e escreveu esta escritura”
(5.24). Foi DEUS quem enviou a escritura na parede. Foi dEle a mão e os
dedos que escreveram na parede do palácio. Quatro palavras apenas escritas
na parede que confrontam todos os que estavam naquele banquete. A parede, de
repente, parecia a lápide de um túmulo, que, de forma objetiva tem escrito
quatro palavras assustadoras e enigmáticas.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 82-85.
DEUS
confunde os sábios do mundo com Seus mistérios (Dn 5.7,8). O rei busca uma
explicação para a misteriosa aparição nos sábios da Babilônia. Mas eles são
impotentes. Eles não podem discernir as coisas espirituais. A sabedoria
humana não pode ajudar um homem aflito, em rebelião contra DEUS.
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag.
74.
5.15:
“Acabam de ser introduzidos à minha presença os sábios e os astrólogos, para
lerem esta escritura, e me fazerem saber a sua interpretação; mas não
puderam dar a interpretação destas palavras”.
O
presente versículo mostra a grande declaração do rei, quanto àqueles seus
súditos. Ele declara a incapacidade deles diante daquele mistério. Pois
aquilo que a mão misteriosa escrevera não se achava inserido em nenhum
código deste mundo. Não é em vão que as Escrituras falam: “O segredo do
Senhor é para os que o temem; e ele lhes fará saber o seu concerto” (SI
25.14). Os magos de Faraó foram até onde puderam, mas depois não puderam
mais prosseguir; o poderio humano vai até uma certa distância, mas depois,
como sempre, estaciona; porém o poder e a sabedoria de DEUS triunfam em
qualquer circunstância, tempo ou lugar. A Bíblia diz que “JESUS CRISTO é o
mesmo ontem, e hoje, e eternamente”. Isso significa: Que Ele é o mesmo
quanto ao tempo e a importância.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora
CPAD. pag. 99.
2. As
quatro palavras “misteriosas” (Dn 5.25).
Uma
mensagem em língua estranha
“Mene, Mene, Tequel e Parsím” (5.25). Quatro palavras apenas que continham
uma mensagem direcionada ao rei e ao seu reino. Quatro palavras estranhas ao
conhecimento de todos os que estavam presentes naquele salão de festas,
inclusive para os sábios caldeus e astrólogos do palácio que não puderam ler
nem entender aquela escritura. Era, de fato, uma escritura em “língua
estranha”. A expressão “língua estranha” faz lembrar o Dia de Pentecostes,
quando o ESPÍRITO SANTO veio sobre os discípulos e eles começaram a falar em
“línguas estranhas” ( At 2.1-4). De certo modo, o que aconteceu dentro do
palácio Babilônico foi a manifestação de uma língua desconhecida para os
sábios do Palácio. Além de não poderem ler a escritura, nem entende-la, a
escritura estava escrita na parede na forma de código. A mensagem na parede
continha quatro palavras: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM (Dn 5.25)
A
interpretação da escritura na parede
Alguns estudiosos e linguistas bíblicos afirmam que as palavras pareciam uma
mistura de língua caldaica e língua do aramaico, mas não há como provar
isso. Daniel, então, com
autoridade de DEUS dá a interpretação sem medo e com segurança. O sentido
das palavras da escritura (5.25-28). “Esta é pois a escritura que se
escreveu: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM”. As duas primeiras palavras se
repetiam: MENE, MENE e tinham o sentido de “contar ou contado”. A palavra
TEQUEL significa “pesado”e a última palavra é PARSIM que significa
“dividido” (Dn 5.25). Na interpretação da mensagem, Daniel usou no versículo
28 a palavra “PERES”, que é palavra correlata de “PARSIM” e tem o mesmo
sentido. Nos versículos 26 ao 28, o profeta explica cada uma das palavras e
diz sem medo a Belsazar o significado de cada uma delas.
MENE (v. 26):
“Contou DEUS o teu reino e o acabou”.
TEQUEL (v. 27): “Pesado foste na
balança e foste achado em falta”.
PERES ( ou parsim) (v. 28): Dividido foi o
teu reino e deu-se aos medos e aos persas”.
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 85-86.
MENE:
Contou DEUS o teu reino. Este versículo aborda a questão da interpretação da
palavra MENE. DEUS contou os dias (do reinado de Belsazar) e determinou que
poucos tempo lhe restava. O fim daquele governo tinha chegado. “DEUS contou
os dias e o teu reino terminará” (NCV). Aquele reino havia alcançado o
número determinado de seus dias, mas obtemos aqui a ideia de cortar, o reino
perdurou menos tempo do que poderia ter perdurado. O julgamento de DEUS
decepou o reino da Babilônia. Fez toda raça humana para habitar sobre toda a
face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os
limites da sua habitação. (Atos 17.26)
Isso
pode parecer determinismo absoluto, mas muitas são as Escrituras que nos
mostram que acontecem aos homens e às nações muitas coisas segundo a Lei Moral da Colheita Segundo a Semeadura, que
opera conforme os homens obedecem ou desobedecem às leis morais de DEUS. A
presente história é, na realidade, uma ilustração precisa disso.
Dn
5.27 TEQUEL: Pesado foste na balança. Este versículo interpreta a palavra
TEQUEL. DEUS pôs o rei na balança de Sua justiça e achou que ele era mais
leve do que a poeira. Para ser aprovado, o homem teria de ser pesado o
bastante para fazer o prato da balança baixar em seu favor — essa é a ideia
da metáfora. Um homem tem de pesar mais do que seus pecados e fracassos, ou
seja, mostrar que tem algum valor que pese mais do que suas maldades. “Foste
pesado na balança e ficou demonstrado que não és bom o bastante” (NCV). Ou
seja, Belsazar não era suficientemente bom para escapar do julgamento que
sobreviria naquela mesma noite. Esse juízo veio porque as maldades do rei
ultrapassavam suas bondades. “A noção da conduta humana ser pesada em uma
balança é muito antiga e ilustra lindamente as cenas do Egito antigo, onde
os mortos ficavam de pé defronte da balança, enquanto o registro era feito.
Passagens bíblicas como Jó 6.2,3; 31.6 e Pro. 62.9 refletem essa ideia. Cf.
também Sal. 5.6; Enoque 41.1; 61.8, bem como o Quran Sura 21.48” (Arthur
Jeffery, in loc.).
“Você
foi pesado na balança da justiça e da verdade, na santa e justa lei de DEUS,
tal como o ouro, as joias e as pedras preciosas são pesados para se
determinar o seu valor... e você foi encontrado em falta, como se fosse ouro
adulterado, escória de prata, moedas falsas e pedras preciosas falsificadas,
encontrado como inútil como homem, príncipe iníquo, a quem faltam as
qualificações necessárias da sabedoria, da bondade, da misericórdia, da
verdade e da justiça" (John Gill, in loc.). Essa citação nos faz sentir o
que está envolvido nos julgamentos divinos, não somente no que diz respeito
àquele pobre homem, mas no que se refere a nós, igualmente. Qual é o peso de
nossa sabedoria, bondade, misericórdia, verdade e justiça?
Dn
5.28 PERES: Dividido foi o teu reino. Este versículo interpreta a palavra
PERES. Estritamente falando, o reino não foi dividido; simplesmente foi
conquistado pelos medos e persas. Mas talvez a ideia seja que essas duas
potências dividiram entre si o império da Babilônia. De fato, a Média e a
Pérsia eram potências distintas que se uniram mediante a conquista da
segunda pela primeira. Portanto, a palavra PERES pode significar
“quebrar”, e, como é lógico, a Babilônia foi quebrada em dois pela derrota
que sofreu. Os medos aparecem em II Reis 17.6; Esd. 6.2 e nos livros
proféticos. Os medos e os persas são mencionados juntos aqui, tanto quanto
no capítulo 6 deste livro, porque os judeus, à semelhança dos gregos,
consideravam aqueles dois povos iranianos intimamente associados. Nos
escritos gregos, os termos ta Persika e ta Medika tornaram-se sinônimos
virtuais, intercambiáveis.
Talvez haja um jogo de palavras intencional aqui, baseado em peres (quebrar)
e Paras (Pérsia). Os persas foram os instrumentos da quebra do império
babilônico.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3394,3397.
DEUS
contou seu reino e deu cabo dele: MENE (Dn 5.24-26). No meio da orgia altiva
e desregrada, movesse uma silhueta escura. São dedos que escrevem quatro
palavras, palavras que confrontam todos os festeiros, que põem abaixo o rei
e seu reino. A parede real parece a lápide de um túmulo, e todos viram o
epitáfio sendo gravado nela: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM (v. 25). Osvaldo
Litz diz que essas três palavras fundamentalmente significam número, peso,
divisão. O Reino de Belsazar foi contado, pesado, dividido e dado aos medos
e persas.
MENE,
MENE trata de uma repetição de ênfase. Leupold observa, porém, que Mene
significa tanto “contar” como fixar o limite de algo”. De modo que a
repetição sugere que DEUS havia fixado o limite do reino de Belsazar. Evis
Carballosa diz que essa expressão significa que DEUS havia contado o reino
de Belsazar e lhe havia posto um fim. Os dias de Belsazar estavam contados.
DEUS decidiu trazer o fim de seu reino. O período de seu governo havia
terminado. Durante todos aqueles anos, DEUS lhe deu oportunidades, mas ele
se recusou. Agora DEUS diz: “Basta! Acabou!” (v. 26). DEUS o pesou na
balança e o achou em falta (Dn 5.27). TEQUEL: Carballosa diz que tekel
procede do verbo “teqal”, que significa “pesar” e também “ser leve ou falto
de peso”. DEUS pesou cada ato de sua vida. Ele tomou notas das oportunidades
que Belsazar rejeitara desde sua juventude. Anotou todos os convites que ele
desprezara. DEUS escreveu, portanto, na parede seu epitáfio. Seus pecados
ocultos e conhecidos, suas desordens e bebedeiras, sua rejeição às coisas
santas e resistência; às coisas espirituais foram todos pesados na balança
de DEUS. O Senhor pesou seu orgulho e sua soberba. Tudo foi pesado na
balança. DEUS ponderou sua vida do princípio ao fim e o achou em falta! Uma
vez que DEUS não julga imediatamente, os ímpios concluem que não o fará de
modo algum. Contudo, Ele pesa em sua balança toda zombaria e afronta. Nada é
esquecido. Ele registra todos os convites para vir a CRISTO que foram
rejeitados. Anota cada desprezo a Sua ordem de arrependimento. DEUS tem cada
ação do homem gravada no céu. DEUS registra tudo.
DEUS
dividiu seu reino e o destruiu (Dn 5.28-31).
UFARSIM - PERES: peres, derivado do verbo “peras” significa “romper”,
“dividir”. O Reino de Belsazar foi dividido. Seu reino seria dividido e
destruído. Isso aconteceu pelo poder dos medos e dos persas. O mesmo DEUS
que dera o reino a Nabucodonozor (v. 18), agora o dará aos medos e aos
persas (v. 28). E não foi somente aquele reino que Belsazar perdeu, ele
perdeu também o Reino de DEUS. O rei atravessou a linha divisória da
paciência de DEUS. Tudo que o espera agora é “uma expectação terrível de
juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários” (Hb 10.27).
Naquela mesma noite, enquanto Belsazar e seus convidados promoviam o
carnaval da morte, o rei Dario (Ciro?) desviou o curso do rio Eufrates, que corria
pelo centro da cidade, e entrou, com suas tropas, a pé enxuto na cidade.
Assim, invadiram a inexpugnável cidade, mataram o rei Belsazar e tomaram a
Babilônia.
Xenofonte e Heródoto narram a queda da Babilônia assim: “Dario
(Ciro?) desviou o
Eufrates para o novo canal e, guiado por dois desertores, marchou pelo leito
seco rumo à cidade, enquanto os babilônios farreavam numa festa a seus
deuses”. Belsazar não aproveitou sua última oportunidade. No momento em que
DEUS fez sua chamada final ele estava bêbado.
Ai dos que deixam passar as
oportunidades. Naquela mesma noite, Belsazar morreu e chegou ao fim um reino
que durante setenta anos havia dominado a maior parte do mundo conhecido.
Não
sabemos quando DEUS dirá a alguém: “Mais um pecado, e será o último”.
Contudo, a escrita na parede se aplicará a você. Certamente, você será
chamado de louco, pois o arrependimento estará fora de seu alcance para
sempre! A ordem de DEUS para você é: “Buscai ao Senhor enquanto se pode
achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem
maligno os seus pensamentos; volte-se ao Senhor, que se compadecerá dele; e
para o nosso DEUS, porque é generoso em perdoar” (Is 55.6,7).
LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag.
75-78.
Dn
5.25: “Esta pois é a escritura que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL,
UFARSIM”.
Alguém já disse com sabedoria que a balança de DEUS tem dois pratos, mas um
só fiel. Ninguém se engane, DEUS pesa até as montanhas (Is 40.12), e não
somente isso, mas pesa também: 1) O andar do homem (Is 26.7). 2) O espírito
do homem (Pv 16.2). 3) A sinceridade do homem (Jó 31.6). Devemos observar
que cada uma das palavras da misteriosa escritura contém um duplo sentido:
MENE, enumerado; isto é, DEUS havia enumerado (mena) os dias da duração do
reino. TEQUEL, um siclo, que indicava que Belsazar havia sido pesado (na
balança divina) e encontrado deficiente. PERES, teu reino é dividido (peres)
e dado aos medos e persas (paras). A palavra “paras” parece salientar que os
persas seriam o poder dominante perante a Babilônia que sucumbiria naquela
noite festiva. Seja como for, tudo se cumpriu do mesmo modo que fora lido
por Daniel.
Dn
5.26: “Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou DEUS o teu reino e o
acabou”.
A
interpretação que segue é baseada, não neste substantivo mas nos verbos a
ele associados. A habilidade dada por DEUS a Daniel consistiu em traçar a conexão entre o
sinal dado e a condenação que ele sabia ser iminente. Mene é explicado como
o particípio passado de um verbo, “menê” ou “menã”, “designado”, isto é,
em outras palavras: “os dias de teu reino já foram contados”. O reino
babilônico cresceu, mas amadureceu para a ceifa. A profecia divina dizia
claramente: “teu reino foi acabado”! A mão que escreveu ali foi exatamente
aquela que escrevera os “Dez Mandamentos” (a balança de DEUS) em tábuas de
pedras; escrevera a sentença eterna de Belsazar. As palavras na parede
significavam literalmente: Contado, pesado e dividido. DEUS anuncia, através
daquela escritura, que faltava justiça para a Babilônia e, simultaneamente,
é decretada a destruição do reino.
Dn
5.27: “TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta”.
“TEQUEL”. O texto em foco é a segunda palavra na interpretação. Tequel (heb.
seqel) é tomada na sua forma verbal, significando “pesado” ou “avaliado”. A
ideia está presente em 1 Samuel 2.3, "... porque o Senhor é o DEUS da
sabedoria, e por ele são as obras pesadas na balança”. Tal como o salmista,
tinha em mente os homens maus (SI 62.9). Belsazar não consegue dar
equilíbrio à balança e revela a falta em si de verdadeiros valores, segundo
a escala de DEUS. Jó, o patriarca de Ur, desejava ser pesado por “balanças
fiéis” (Jó 31.6). Os dez mandamentos de DEUS e a “Graça e a Verdade”, que
veio por JESUS CRISTO, são balanças divinas que regulam as nossas vidas.
DEUS pesa os homens de acordo com esse padrão. Todos os homens querem pesar
as suas vidas nas suas próprias balanças, mas somente a balança inevitável
de DEUS é sempre fiel!
Dn
5.28: “PERES: Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas”.
“PERES”. Ao ler o escrito final (peres), Daniel leu “UFARSIM”. Observe-se
o versículo 25 do cap. em foco; mas, ao dar a interpretação, empregou a
forma “PERES”. O “U” é a conjunção aramaica “e”, que seria omitida ao ser
dada a interpretação. “FARSIM” é a forma plural, enquanto que “PERES” é
singular (2 Sm 6.8). “A antiga versão da Bíblia continha a palavra
“UPHARSIM”, sendo o “U” na língua aramaica, equivalente à nossa conjunção
“e”. A versão Revista e Atualizada da SBB traz esta, mas sem o “U” e com a
conjunção “e”, seguida da palavra “Parsim”. Como já ficou demonstrado acima,
“peres” é forma plural. Isso tomava o sentido de dividido, compartilhado; o
reino de Belsazar está para ser dividido entre os medos e os persas.
Severino Pedro da Silva. Daniel versículo por versículo. Editora
CPAD. pag.104-106.
3. O
fim repentino do império babilônico (vv.30,31).
O fim
repentino do Império Babilônico (5.30,31). Belsazar não escapou do juízo de
DEUS pela sua profanação. Enquanto ele fazia sua festa blasfema, os
exércitos medos-persas cercaram a cidade da Babilônia. Havia um sentimento
de segurança dos habitantes da cidade porque ela tinha fortificações que
pareciam impenetráveis. Seus muros eram altos e largos e todos se sentiam
seguros. Porém, a estupidez e displicência de Belsazar o fizeram
descuidar-se da segurança da cidade, quando Ciro
(Dario?), o persa, conduzia seus
exércitos para cavarem canais aos lados do rio Eufrates afim de que as águas
do rio fossem desviadas. As águas desviadas foram represadas e canalizadas
deixando seco o leito do rio. Por esses canais, os exércitos medos-persas
caminharam e tomaram de surpresa a cidade que não ofereceu qualquer
resistência. Os exércitos invasores dos medos-persas, aliados, desarmaram os
soldados da segurança da cidade naquela noite e não foi difícil tomar o
reino. Dario, o medo, tomou o reino naquela noite fatídica para Belsazar e
seus grandes.
Aquela noite foi uma demonstração de que DEUS, o Todo Poderoso, tem o cetro
de governo do mundo em suas mãos e que nada escapa ao seu poder. Esse fato
lembra e tipifica o final do poder gentílico por ocasião da segunda vinda de
CRISTO. O colapso do império foi imediato. Tão logo foi dada a interpretação
da mensagem e as honrarias feitas a Daniel para ser o terceiro homem do
império, o exército de Dario entrou na cidade e o exército de Nabonido e de
seu filho Belsazar, bem como a guarda do palácio não puderam evitar a
invasão dos exércitos dos medos e dos persas.
Olhando escatologicamente a queda da Babilônia a identificamos como uma
figura da Babilônia religiosa do Apocalipse 17 e a figura da Babilônia
comercial de Apocalipse 18. No texto de Ap 18.10 está escrito: “Ai, ai
daquela grande cidade Babilônia, aquela forte cidade! Pois numa hora veio o
seu juízo”. Do mesmo modo como Ciro
(Dario?), o persa, desviou as águas do rio
Eufrates e o secou para invadir com seus exércitos a grande Babilônia, nos
faz lembrar a profecia do secamento do rio Eufrates como juízo divino
expresso na abertura do sexto selo. Esse juízo significa a preparação do
caminho aos reis do Oriente para invadirem com seus exércitos para a grande
Batalha do Armagedom (Ap 16.12).
Após
Daniel ter interpretado a escrita na parede e ter deixado pasmos a todos,
Belsazar ordenou que vestissem a Daniel com roupas de púrpura e lhe pusessem
um colar de ouro ao pescoço o proclamando como o terceiro homem do reino, a
autoridade mais importante do império depois do rei Nabonido e de Belsazar.
Mas DEUS é reto em seus desígnios e permitiu que Belsazar fosse morto
naquela mesma noite e, Dario entrou na Babilônia assumindo o seu trono (Dn
5.29-31).
Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de
Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD. pag. 86-87.
Dn
5.30 Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus. O golpe divino
atingiu o rei de modo súbito e brutal. Belsazar não chegou a atravessar vivo
aquela noite. O fraseado usado neste versículo indica um ataque noturno,
declaração confirmada tanto por Heródoto quanto por Xenofonte. Este último
mencionou especificamente que o ataque foi desfechado à noite, durante uma
festa de vinho (Cyropaedia, I.7, sec. 7, sec. 23 e 23). “Ciro
(Dario?)
desviou as
águas do rio Eufrates para um novo canal e, guiado por dois desertores,
Gobiras e Gadatas, marchou pelo leito seco do rio e entrou na cidade...
Quanto ao fato de que Belsazar foi morto, cf. Isa. 14.18-20; Jer.
50.29-35 e
51.57. A cidade foi cercada, e Ciro
(Dario?)
estava preparado para um longo cerco. A
cidade tinha comida estocada para vinte anos! Belsazar não temia o exército
persa, que era dirigido por Ugbaru. O truque das forças atacantes foi o
desvio do rio, que levou o drama a um desfecho tão rápido e inesperado,
cumprindo a temível profecia de Daniel. Ver também Isa. 47.1-5. A queda da
cidade de Babilônia pode ser datada com precisão. Ocorreu a 16 de tisri (12
de outubro de 539 A. C.). Chegamos agora à segunda fase do governo dos
gentios (ver Dan. 2.39), em consonância com o sonho da imagem de
Nabucodonosor.
Dn
5.31 E Dario, o medo, ... se apoderou do reino. Os críticos encontram neste
versículo um equívoco importante, cometido pelo autor sacro, assegurando-nos
que nunca houve alguém como Dario, o medo. Eles supõem que esse seja um
detalhe registrado por um escritor mal informado das circunstâncias que
envolveram os medos e os persas. “Têm havido tentativas para identificá-lo
com Ciaxares II, o tio de Ciro; com o próprio Ciro, com Gobrias, o general
que realmente tomou a cidade de Babilônia e a governou por algum tempo; com
Cambises, filho de Ciro; e com Astiages, o último rei dos medos. Todas essas
identificações propostas naufragam sobre os fatos de que, neste livro, Dario
foi um medo (Dan. 5.31); filho de Xerxes (10.1); antecessor imediato de Ciro
(6.28 e 10.1). Portanto, ele é uma personagem de ficção e não uma figura
histórica, e não há dificuldade alguma em ver como esses relatos sobre
indivíduos fazem com que Ciro, que tomou a Babilônia em 538 A. C., veio a
ser confundido com a personagem de Dario I, que a capturou em 520 A. C. A
teoria dos quatro impérios exigia que o império medo existisse antes do
império persa, e a profecia predissera a derrubada da Babilônia por parte
dos medos (ver Isa. 13.17; 21.2; Jer. 51.11,28), pelo que temos a figura
indistinta de Dario, o medo, como sucessor imediato de Belsazar, É
perfeitamente possível que memórias reminiscentes tanto de Gobiras quanto de
Cambises tenham contribuído para formar essa figura” (Arthur Jeffery, in
toe).
Harmonia a Qualquer Preço. Se existem erros históricos nos livros da Bíblia,
isso nada tem que ver com a teoria da inspiração, que não requer perfeição
verbal e histórica. Devemos lembrar que é a teoria do ditado que faz tais
exigências. Não há razão para duvidarmos de que algumas Escrituras foram
produzidas através desse método, mas também não há razão para acreditarmos
que as Escrituras, em sua inteireza, foram assim produzidas. Ver no
Dicionário o artigo geral sobre Inspiração e Revelação, o qual entra nas
questões relativas ao modus operanti da inspiração. Sabemos que quase todos
os autores das Escrituras cometerem erros gramaticais e que existem, aqui e
acolá, versículos confusos que permaneceram sem revisão. A perfeição verbal,
na realidade, é um mito, e as pessoas que leem os originais sabem que essa
perfeição é uma falsidade. Tais coisas, no entanto, nada têm que ver com as
mensagens apresentadas, e não devem deixar um crente sem dormir à noite, com
excessiva ansiedade. Algumas vezes a harmonia é defendida em detrimento da
honestidade.
Com
cerca de sessenta e dois anos. Talvez esteja em vista Gobrias, e a idade
fosse dele. Alguns dizem que a idade de Daniel é que está em foco, mas na
época ele tinha entre 80 e 90 anos de idade. A Septuaginta simplesmente
deixa essas palavras fora do texto sagrado. Xenofonte (Cyropaedia,
viii.5,19) atribui essa idade a Ciaxares II, tio de Ciro.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Hagnos. pag. 3397.
Colapso do Império (5.30-31)
Mal
haviam acabado de colocar os adornos de honra em Daniel, quando os soldados
de Gobrias e Ciro
(Dario?) invadiram o palácio com gritos de guerra. A tradição diz
que os engenheiros de Ciro
(Dario?)
desviaram o rio e entraram na cidade pelo canal
seco. Mas evidências mais sólidas parecem indicar que insurretos de dentro
da cidade abriram as portas e deixaram o exército persa entrar. A cidade
caiu com pouco derramamento de sangue, além de Belsazar. Quando o exército
do rei Nabonido foi completamente derrotado, Ciro
(Dario?)
deu a ele uma residência
permanente em Carmânia, uma província não muito distante, onde viveu o
restante dos seus dias.
Mas
em relação a Belsazar, filho de Nabonido, quão pateticamente fútil foi a
oração do pai registrada em um enorme rolo com caracteres cuneiformes
encontrado no zigurate em Ur! Endereçado a Sin, o DEUS-Lua, lê-se o
seguinte: “Quanto a mim, Nabonido, o rei da Babilônia, o venerador da sua
grande divindade, que eu possa ser satisfeito com a plenitude da vida, e
quanto a Belsazar, o primeiro filho dos meus lombos, alongue os seus dias;
não permita que se volte para o pecado”.
Roy
E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 537.
Daniel se Manifesta Claramente a Belsazar ao Interpretar as Palavras
Escritas na Parede
Dn
5.30,31 Aqui temos: 1. A morte do rei. Ele tinha razões suficientes para
tremer, pois tinha acabado de cair nas mãos do rei dos terrores (v. 30).
Naquela noite, enquanto o seu coração se alegrava com o vinho, os inimigos
haviam invadido a cidade e se dirigido ao palácio onde encontraram o rei e o
feriram de morte. Ele não conseguiu encontrar nenhum lugar que fosse tão
secreto para se esconder, ou tão forte para protegê-lo. Escritores gentios
escrevem que Ciro
(Dario?)
tomou a Babilônia de surpresa, ajudado por dois desertores
que lhe mostraram a melhor maneira de entrar na cidade. Mas havia sido
previsto que a corte iria ficar muito atemorizada (Jr 51.11,39). Observe que
a morte chega como uma cilada àqueles cujo coração está sobrecarregado de
intemperança e embriaguez. 2. A transferência do reino para outras mãos. Da
cabeça de ouro descemos agora para o peito e os braços de prata. Dario, o
medo, assumiu o reino em parceria, e com o consentimento de Ciro
(Dario?), que o
havia conquistado (v. 31). Eles haviam sido parceiros na guerra e na
conquista, e assim permaneceram no domínio do reino (cap. 6.28). Observe que
em razão da sua idade (pois agora tinha sessenta e dois anos), Ciro
(Dario?), seu
sobrinho, lhe dera a precedência. Alguns comentam que, como tinha essa idade
no último ano do cativeiro, ele devia ter nascido no oitavo ano do
cativeiro, e que esse era o ano em que o rei Joaquim havia sido levado
cativo juntamente com todos os nobres (leia 2 Reis 24.13-15). Exatamente
nessa época, quando o golpe mais fatal havia sido desferido, nasceu um
príncipe que, no decorrer do tempo, iria realizar a vingança de Jerusalém
contra a Babilônia e curar a ferida que lhe havia sido feita. Como são
profundos os desígnios de DEUS a respeito do seu povo, e como são bondosos
os seus planos para com este povo.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a
Malaquias. Editora CPAD. pag. 860.
ELABORADO:
Pb Alessandro Silva (http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/)
com
algumas modificações do Ev. Luiz Henrique.



Questionário
da Lição 6 - A Queda
Do Império Babilônico
Responda conforme a
revista da CPAD do 4º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
TEMA: A INTEGRIDADE MORAL E
ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE. Comentário: Pr.
Elienai Cabral
Complete os espaços
vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as
falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E te
_________________________ contra o Senhor do céu, [...], além disso,
deste _________________________ aos deuses de prata, de ouro, de
cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem
sabem; mas a DEUS, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos,
a ele não _________________________ " (Dn 5.23).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Se nos __________________________
_ contra o __________________________
e SANTO
DEUS, Ele nos
_________________________
.
COMENTÁRIO -
INTRODUÇÃO
3- Como se deu
a sucessão de Nabucodonosor no trono do império babilônico?
( ) Após a
morte de Nabucodonosor, em 562 a.C., Nabonido, o seu genro,
sucedeu-o ao trono babilônico.
( ) Após a
morte de Nabucodonosor, em 562 a.C., Evil-Merodaque, o seu filho,
sucedeu-o ao trono babilônico.
( ) Dois
anos depois, Evil Merodaque foi assassinado pelo seu cunhado,
Neriglissar.
( ) Assumiu
o trono Nabonido, o genro de Nabucodonosor. Nabonido era o pai de
Belsazar.
( ) Belsazar
se tornou co-regente com o seu pai, três anos mais tarde.
( ) Foi numa
noite de festa, regada a muito vinho e prostituição, que o rei Belsazar
viu o reino escapar da sua mão e teve sua morte decretada.
( ) O reino
babilônico daria lugar ao Medo-Persa, representado pelo peito e braços
de prata da estátua sonhada por Nabucodonosor.
4- Quais as
características de Belsazar?
( ) Belsazar
era da família real. destemido, inteligente e mestre na arte da guerra.
( )
Belsazar não era da família real, mas herdou de seu sogro o trono. Era
exemplo de coragem e fé.
( ) Cruel,
devasso e profanador do sagrado. Esses são adjetivos ainda leves, para
qualificar a Belsazar.
I. O FESTIM
PROFANO DE BELSAZAR
6- Como se deu
a zombaria de Belsazar (Dn 5.1-4) com as coisas santas de DEUS?
( )
Porque estava embriagado, o rei mandou vir os utensílios sagrados do
Templo de Jerusalém, trazidos como espólio de guerra por seu avô,
Nabucodonosor, para mostrar aos convidados sua preciosidade.
( ) O rei
Belsazar deu um grande banquete para os maiorais do seu reino.
( ) A festa
ocorreu no palácio babilônico, mas ele não demonstrou nenhum escrúpulo
com a religião alheia, o Judaísmo.
( )
Embriagado, o rei mandou vir os utensílios sagrados do Templo de
Jerusalém, trazidos como espólio de guerra por seu avô, Nabucodonosor,
para serem usados no banquete por ele oferecido.
( ) Homens
corruptos e prostitutas profanariam o sagrado.
( ) Uma
orgia com o que era santo! Belsazar foi longe demais, pois para
satisfazer os seus instintos baixos, frívolos e profanos, escarneceu do
DEUS de Israel e do seu povo.
7- Como era a
insensatez e a crueldade do autocrata Belsazar?
( ) Segundo
os historiadores, enquanto o pai de Belsazar, Nabonido, estava no campo
de batalha para defender os interesses do reino, ele, Belsazar,
divertia-se com mulheres e amigos para satisfazer as suas paixões.
( ) Segundo
os historiadores, devido a morte de seu pai Nabonido na guerra, Belsazar
reinava agora sobre o império babilônico.
( ) O festim
de Belsazar era incompatível com o período de enfraquecimento do império
da Babilônia.
( )
Habituado a ter tudo ao seu alcance, o rei não hesitava em fazer sua
vontade prevalecer, tanto para matar os seus oponentes quanto para se
cercar de pessoas de sua estirpe.
( ) Belsazar
era um homem cruel!
8- Por que a
festa era profana?
( ) A
despeito da grandeza e da opulência imperial, a festa oferecida por
Belsazar e dedicada aos maiorais do reino, era um festejo degenerado,
pois ia desde as bebedeiras às orgias com homens e mulheres.
(
) A festa era profana principalmente porque Daniel estava ali e não
podia conviver com tudo aquilo.
( ) Onde a
luxúria, a riqueza e a ostentação predominam, há prazeres pervertidos e
maldades.
( ) Assim
foi aquela festa dedicada aos deuses babilônicos!
( ) Havia, a
partir do palácio, uma forte influência dos demônios, o que confirma o
que disse Paulo aos crentes coríntios.
II. O
IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS
9- De que
maneira DEUS responde às provocações de Belsazar (Dn 5.5)?
( ) A
resposta divina foi imediata: DEUS interferiu naquela festa escrevendo
sua sentença na parede do salão em frente donde estava Daniel, a rainha
e o rei.
( ) A
resposta divina foi imediata: DEUS interferiu naquela festa escrevendo
sua sentença na parede do salão, diante dos olhos de Belsazar e de todos
os seus convivas.
( ) Ali, o
barulho das taças e dos jarros de vinhos, bem como a "alegria" de
outrora, cessaram.
( ) De modo
assombroso e assustador estava escrito a sentença contra o rei Belsazar
e o seu reino.
( ) Aquela
visão demonstrava o fruto do desprezo do rei babilônico ao DEUS de
Israel: o Reino da Babilônia foi rasgado. Fez-se um silêncio sepulcral
no recinto!
10- Quem se
lembrou de Daniel e por que?
( ) A
mensagem na parede estava numa linguagem aramaica, misturada com
hebraico.
( ) A
mensagem na parede estava numa linguagem ininteligível.
( ) No
primeiro momento, ninguém compreendia o que estava escrito.
( ) Belsazar
convocou todos os sábios para decifrar o "enigma". Entretanto, eles
foram incapazes de fazê-lo.
( ) Quando
ouviu as palavras do rei e percebendo um movimento diferente no palácio,
a rainha, filha de Nabucodonosor, mãe do rei Belsazar, entrou na
presença do seu filho para saber o que acontecera.
( ) Após
inteirar-se do assunto, a rainha lembrou-se de Daniel, um homem de
confiança tanto do seu pai quanto do seu marido.
( ) Ele
podia interpretar a mensagem que o rei vira. Mas Daniel não estava no
palácio.
11- Por quem
Daniel era conhecido e como Daniel entra na presença de Belsazar (Dn
5.13)?
( ) Belsazar
não via a Daniel como servo do DEUS Altíssimo, mas apenas como um dos
sábios do palácio.
( ) A mãe de
Belsazar (neta de Nabucodonosor), contrariamente, o conhecia e tinha
certeza que Daniel era uma pessoa diferente e o seu DEUS, poderoso.
( ) A mãe de
Belsazar (filha de Nabucodonosor), contrariamente, o conhecia e tinha
certeza que Daniel era uma pessoa diferente e o seu DEUS, poderoso.
( ) Ela
mesma havia testemunhado as proezas do DEUS de Israel em outras ocasiões
da história daquele reino.
( ) Daniel
era um homem que não fazia concessões a sua fé.
( ) Ele
entrou na presença do rei e após lhe oferecerem presentes, o profeta
rejeitou-os diante do imperador.
III. A SENTENÇA
CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA (5.22-28)
12- Os sábios
não decifraram as palavras escritas na parede (5.15), quem as revelou e
por quê?
( ) Daniel é
chamado pelo rei Belsazar, que o conhecia, para
desvendar-lhe o mistério.
( ) A
mensagem era curta e objetiva, mas as palavras eram desconhecidas dos
sábios do palácio e eles não puderam decifrá-la.
( ) Daniel é
chamado, não pelo rei Belsazar, mas por indicação de sua mãe, para
desvendar-lhe o mistério.
( ) O
profeta Daniel tinha o ESPÍRITO SANTO em sua vida, por isso, DEUS
revelou a ela o significado daquelas palavras.
13- O que
significavam aquelas quatro palavras "misteriosas" (Dn 5.25)?
( ) As
palavras escritas na parede não foram interpretadas pelos sábios do
império.
( ) Estes
não achavam o sentido delas.
( ) Porém,
sem medo e seguro, Daniel as interpretou.
( ) As duas
primeiras palavras estavam repetidas - MENE, MENE - e significavam
"cortar ou cortado".
( ) As duas
primeiras palavras estavam repetidas - MENE, MENE - e significavam
"contar ou contado".
( ) A
palavra TEQUEL tinha o sentido de "pesado".
( ) A última
palavra, PARSIM, significava "partido, ou quebrado".
( ) A última
palavra, PARSIM, significava "dividido".
( ) Para
interpretar a mensagem Daniel usou o termo " PERES", palavra correlata
de PARSIM. O sentido daquela é o mesmo desta.
( ) Então,
dos versículos 26 ao 28, o profeta explicou cada uma das palavras: "Esta
é a interpretação daquilo: MENE: Contou DEUS o teu reino e o acabou.
TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido
foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas".
14- Como se deu
o fim repentino do império babilônico (vv.30,31)?
( )
Três dias apenas depois dessa noite fatídica DEUS derramou sua ira sobre
a babilônia.
( ) Naquela
noite fatídica DEUS demonstrou a sua soberania sobre os reis da Terra.
( ) Ele é o
Todo-Poderoso e tem o cetro do governo do mundo em suas mãos. Nada
escapa aos seus olhos.
( ) Tão logo
foi dada a interpretação da mensagem e as honrarias feitas a Daniel para
ser o terceiro homem do império, o rei Belsazar foi morto e o exército
de Dario entrou na cidade da Babilônia.
( ) Os medos
e os persas passariam a reinar no lugar do império da Babilônia.
15- Quais
importantes lições depreendemos de Daniel 5?
( ) No
capítulo seis de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos
fechar em nós mesmos.
( ) No
capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos
fechar em nós mesmos.
( ) DEUS não
suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade.
( ) Não
podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou como santo.
( ) Não
sejamos profanos. Santifiquemo-nos a DEUS com as nossas vidas.
CONCLUSÃO
16- Complete:
A __________________________
da Babilônia, a
crueldade de Belsazar e as
_________________________
_ do reino tipificam
uma vida tremendamente fechada em si mesma. A intervenção de DEUS em
meio aquela festa __________________________
demonstra
que Ele não admite a soberba e o egoísmo. O Pai Celestial, em JESUS
CRISTO,
_________________________
a todos os que
se mostram soberbos e arrogantes. A queda do império babilônico é uma
lição para todos nós. Um dia, quando da
_________________________
vinda gloriosa de JESUS,
todos os povos serão julgados pelo nosso Senhor.
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada.
Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e
Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em
português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes.
Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM
CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos
Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/
-
Pb Alessandro Silva
Assinar:
Postagens (Atom)