Escrita Lição 1, CPAD, Duas Importantes Mulheres na História de um Povo, 3tr24, Com Extras do Pr Henrique, EBD NA TV, Comentarista CPAD, Obra de SILAS QUEIROZ, 3º Trimestre 2024

 Escrita Lição 1, Duas Importantes Mulheres Na História De Um Povo

Comentários Extras – Pr Henrique – EBD NA TV – 99 99152-0454

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REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 3º TRIMESTRE/2024

Tema: O DEUS Que Governa o Mundo e Cuida da Família: Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração

Comentarista: SILAS QUEIROZ

Comentários Extras – Pr Henrique – EBD NA TV – 99 99152-0454

 

SUMÁRIO DO TRIMESTRE

Lição 1 – Duas Importantes Mulheres na História de um Povo

Lição 2 – O Livro de Rute

Lição 3 – Rute e Noemi: Entrelaçadas pelo Amor

Lição 4 – O Encontro de Rute com Boaz

Lição 5 – O Casamento de Rute e Boaz: A Remição da Família

Lição 6 – O Livro de Ester

Lição 7 – A Deposição da Rainha Vasti e a Ascensão de Ester

Lição 8 – A Resistência de Mardoqueu

Lição 9 – A Conspiração de Hamã contra os Judeus

Lição 10 – O Plano de Livramento e o Papel de Ester

Lição 11 – A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu

Lição 12 – O Banquete de Ester: Denúncia e Livramento

Lição 13 – Ester, a Portadora das Boas-Novas

 

Escrita Lição 1, Duas Importantes Mulheres Na História De Um Povo

Comentários Extras – Pr Henrique – EBD NA TV – 99 99152-0454

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ESBOÇO DA LIÇÃO 1

I – RUTE: UMA MULHER IMPORTANTE PARA A LINHAGEM DE DAVI
1. Uma moabita.

2. A família belemita.

3. Matrimônio e maternidade.

II – ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS
1. De Belém para Susã.

2. De órfã a rainha.

3. No campo ou no palácio.

III – MULHERES DE DEUS COMO PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA
1. O protagonismo feminino.

2. Cumprindo os papéis.

3. Educação familiar.

 

TEXTO ÁUREO
“Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.” (Rt 4.14)

 

VERDADE PRÁTICA
Conhecidas ou anônimas, muitas mulheres foram fundamentais no plano divino de redenção da humanidade.

 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 1.5-17; Lc 3.32 Rute: uma ascendente direta de Davi
Terça - Rt 4.13-15 Rute gera um filho de Boaz, seu remidor
Quarta - Et 2.5-7,15 Ester foi criada pelo primo, Mardoqueu
Quinta - Et 2.16,17 Ester se torna rainha: um ato da providência divina
Sexta - Rt 1.11-13 Mulheres sábias compreendem o seu papel no Reino de DEUS
Sábado - Et 2.15-17 Mulheres que se portam de maneira humilde


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 4.13-22; Ester 7.1-7
Rute 4
13 - Assim, tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher; e ele entrou a ela, e o Senhor lhe deu conceição, e ela teve um filho.
14 - Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.
15 - Ele te será recriador da alma e conservará a tua velhice, pois tua nora, que te ama, o teve, e ela te é melhor do que sete filhos.
16 - E Noemi tomou o filho, e o pôs no seu regaço, e foi sua ama.
17 - E as vizinhas lhe deram um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E chamaram o seu nome Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.
18 - Estas são, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom,
19 - e Esrom gerou a Arão, e Arão gerou a Aminadabe,
20 - e Aminadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou a Salmom,
21 - e Salmom gerou a Boaz, e Boaz gerou a Obede,
22 - e Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.
Ester 7
1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará.
3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento.
4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
7 - E o rei, no seu furor, se levantou do banquete do vinho para o jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe era determinado pelo rei.

HINOS SUGERIDOS: 115, 298, 515 da Harpa Cristã

 

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SUBSÍDIO EXTRA PARA A LIÇÃO

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Lição 7, Rute, Uma Mulher Digna de Confiança

2º Trimestre de 2017 - Título: o Caráter do Cristão - Moldado Pela Palavra de DEUS e Provado Como Ouro

Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato de Lima (Pr. Pres. ADPAR - Assembleia de DEUS em Parnamirim/RN)

Complementos, ilustrações e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454

Figuras Ilustrativas da Lição http://ebdnatv.blogspot.com.br/2017/05/figuras-da-licao-7-Rute-uma-mulher.html 

 

TEXTO ÁUREO
"[...] porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS." (Rt 1.16)

 

VERDADE PRÁTICA
DEUS usou Rute, quebrando todos os paradigmas raciais, para torná-la parte da linhagem do Messias.
 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ne 13.2 DEUS transformou a maldição ?em bênção
Terça - Sl 115.3 DEUS faz tudo o que lhe apraz
Quarta - Jo 3.16 JESUS veio para morrer por todos os homens que nEle creem
Quinta - Sl 24.1 O mundo e seus habitantes pertencem a DEUS
Sexta - Cl 3.10,11 Em CRISTO, nenhum povo é excluído do seu amor
Sábado - Ef 2.19 Em CRISTO, todos somos da família de DEUS


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 1.11, 14-18
11 - Porém Noemi disse: Tornai, minhas filhas, por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no meu ventre mais filhos, para que vos fossem por maridos? 14 - Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou a ela. 15 - Pelo que disse: Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta tu também após a tua cunhada. 16 - Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS. 17 - Onde quer que morreres, morrerei eu e ali serei sepultada; me faça assim o SENHOR e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. 18 - Vendo ela, pois, que de todo estava resolvida para ir com ela, deixou de lhe falar nisso.

Comentários da BEP - CPAD

1.1 NOS DIAS EM QUE OS JUÍZES JULGAVAM. A história de Rute desenrola-se durante o período dos juízes. Ela revela que durante a deplorável apostasia moral e espiritual daqueles dias (cf. Jz 17.6; 21.25), havia um remanescente fiel que continuava a amar e obedecer a Deus. O livro salienta o fato de que Deus opera na vida daqueles que permanecem fiéis a Ele e à sua Palavra (ver 2.12).

1.3 MORREU ELIMELEQUE, MARIDO DE NOEMI. Noemi, embora fosse uma fiel seguidora do Senhor, experimentou grande adversidade.

(1) Ela e a sua família sofreram os efeitos da fome, e tiveram que abandonar sua própria casa (v. 1). Além disso, ela perdeu seu marido (v. 3) e seus dois filhos. Parecia que o Senhor a abandonara e até mesmo se voltara contra ela (vv. 13,21).

(2) A história de Rute, no entanto, revela que Deus continuava cuidando dela, inclusive agindo através de terceiros, para socorrê-la em suas necessidades. Como no caso de Noemi, o crente fiel e leal a Cristo pode experimentar grandes adversidades na sua vida. Tal fato não significa que Deus os abandonou ou que os está castigando. As Escrituras frisam, repetidas vezes, que Deus continua, com todo o amor, a fazer todas as coisas cooperarem para o nosso bem em tempos de aflição (ver Rm 8.28,36).

 

OBJETIVO GERAL
Mostrar que DEUS usou a vida de Rute para quebrar paradigmas raciais e torná-la parte da linhagem do Messias.
 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentar um resumo da história de Rute;

Mostrar o cuidado de Noemi e o caráter de Rute;

Explicar como Rute entrou na genealogia de JESUS.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje, estudaremos a respeito do caráter bondoso e fiel de Rute. Ela se recusou a abandonar sua sogra, viúva e sem nenhum recurso financeiro. Rute escolheu ajudar Noemi e seguir o seu DEUS. Ela trabalhou nos campos recolhendo espigas para sustentar sua sogra e para sobreviver. Esse era um trabalho honesto, porém nada fácil para uma mulher sozinha. Sua história revela seu caráter bondoso e fiel ao DEUS de Israel e à sua sogra. Aprendemos com seu perfil que o amor e a bondade são capazes de mudar a história de uma pessoa. Pois, essa gentia, que não fazia parte do povo de DEUS, entrou na genealogia de JESUS.


PONTO CENTRAL - Rute tinha um caráter bondoso e íntegro.

 

Resumo da Lição 7, Rute, Uma Mulher Digna de Confiança
I - RUTE, UM RESUMO DE SUA ORIGEM
1. Uma estrangeira.

2. Como Rute vinculou-se a uma família israelita.

3. Em direção à terra de Judá.

II - O CUIDADO DE NOEMI E O CARÁTER DE RUTE

1. Um amor sincero e profundo.

2. O caráter amoroso de Rute.

a) Um caráter amoroso e confiante.

b) Um caráter fortalecido na fé em DEUS.

c) Um caráter decidido e firme.

III - COMO RUTE ENTROU NA GENEALOGIA DE JESUS

1. Rute chega a Belém.

2. Rute atrai a atenção de Boaz.

3. Rute casa com Boaz.

 

SÍNTESE DO TÓPICO I - Rute era uma moabita que se vinculou a uma família israelita e veio a fazer parte da linhagem do Messias.

SÍNTESE DO TÓPICO II - O cuidado de Rute para com Noemi revelou o seu caráter fiel e bondoso.

SÍNTESE DO TÓPICO III - Rute, pela graça divina, veio fazer parte da linhagem do Messias.


PARA REFLETIR - A respeito de Rute, uma mulher digna de confiança, responda:
Que significa o nome Rute?
O nome Rute significa "amizade".
Por que os moabitas não podiam entrar na congregação de Israel?
Por não terem permitido o povo de Israel passar por suas terras, em direção a Canaã.
Qual a diferença entre a decisão de Rute e a de Orfa quanto a Noemi?
Orfa chorou, beijou a sogra, e voltou aos seus deuses; Rute chorou, mas preferiu ficar ao lado de Noemi.
Como Rute mostrou que se converteu a DEUS?
Quando disse a Noemi: "[...] o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS".
Que significado tem a inclusão de Rute, a moabita, na genealogia de JESUS?
Demonstra que DEUS não é DEUS apenas de Israel, mas é "Senhor do céu e da terra".
CONSULTE

Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 70, p39.

  

Resumo Rápido da Lição 7, Rute, Uma Mulher Digna de Confiança,  Pr. Henrique

É provável que Josué tenha governado os israelitas por 25 anos. Com a morte de Josué os israelitas se voltaram para a idolatria. É provável que o livro de Rute tenha sido escrito por Samuel com o propósito de provar a linhagem israelita de Davi, para que não tivesse problemas com seu povo quando assumisse a posição de rei. Apesar de Davi descender de uma Moabita, seu pai era um israelita. É provável que o período de juízes tenha durado 400 anos. O livro de Rute narra a época dos juízes, mais precisamente o final. O povo se misturava com os habitantes de Canaã, Caiam na idolatria e seus pecados dai se multiplicavam. DEUS os abandonava e os amaldiçoava por quebrarem sua aliança. Quando estavam doentes e pobres e escravizados clamavam a DEUS e DEUS enviava um Juiz para os livrar. Quando este juiz morria, voltavam a praticar todo pecado de novo e assim acontecia tudo de novo.

A FOME QUE HOUVE EM BELÉM ERA RESULTADO DA MALDIÇÃO DE DEUS SOBRE A IDOLATRIA DO POVO ISRAELITA.

Elimeleque ao invés de se converter, foi procurar comida na terra idólatra de Moabe. A fé havia acabado e pelo nome de seus filhos vemos a doença e a morte chegando em sua família (Malom = “doente” e Quiliom = “desfalecimento”). Sua esposa era Noemi, que embora tivesse fé em DEUS, foi levada junto para Moabe por seu esposo. Acabou morrendo Elimeleque. Seus filhos se casaram com mulheres moabitas (Malom com Rute e Quiliom com Ofra), contrariando a palavra de DEUS (Dt 7.3 nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos; 4 pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós e depressa vos consumiria). Os dois filhos de Elimeleque morrem em Moabe, devido à sua desobediência a DEUS. Agora são 3 viúvas. Noemi, Rute e Ofra.

I - RUTE, UM RESUMO DE SUA ORIGEM

1. Uma estrangeira.

Rute era moabita. Existem 39 livros no velho testamento, entre eles existem livros da lei, poéticos, proféticos e históricos. Entre os históricos existe um livro localizado entre o livro de Juízes e I Samuel, chamado Rute escrito 900 a.c, o livro conta a historia sobre uma bela jovem de Moabe.

Havia uma maldição de DEUS sobre os Moabitas dizendo que até a 10ª geração não poderiam fazer parte da congregação de DEUS. (Dt 23.3-6; Ne 13.2).
A pergunta é: Será que Rute não era já da 11ª geração de Moabitas ou posteriores? Ela faz parte da genealogia de JESUS. (Deuteronômio 23…2 Nenhum filho bastardo, nascido de união ilícita, fará parte da congregação do Eterno; e seus descendentes também não poderão entrar na assembleia do SENHOR até a décima geração. 3 Nenhum amonita ou moabita, até a décima geração, fará parte do povo de Deus, o SENHOR. Eles deverão permanecer de fora, 4 pois não foram ao vosso encontro com pão e água quando caminháveis após a saída do Egito, e porque subornaram Balaão, filho de Beor, para vir de Petor em Aram Naharáim, Mesopotâmia, com o propósito de proferir maldição contra o teu povo).NA VERDADE, AI SE MANIFESTA A GRAÇA DE DEUS.

HISTÓRIA DA GRAÇA

E Salmom gerou a Boaz, e Boaz gerou a Obede, E Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi. Rute 4:21,22 - "Salmom foi pai de Boaz, e a mãe de Boaz foi Raabe. Boaz foi pai de Obede, e a mãe de Obede foi Rute. Obede foi pai de Jessé," - Mateus 1:5 - Dai veio o rei Davi e daí nasceu JESUS, o salvador. Isso mesmo. JESUS é descendente de Raabe e de Rute. Duas mulheres não israelitas. A mãe de JESUS, Maria, é descendente de Arão, o sumo sacerdote. José, pai adotivo de JESUS, é descendente direto do rei Davi. Uma prostituta, uma moabita, uma mãe da família sacerdotal e um pai da família real. Resumindo tudo isso numa palavra - GRAÇA.

2. Como Rute vinculou-se a uma família israelita.

Elimeleque era um judeu que saiu da sua terra "Belém de Judá" e foi para a terra de Moabe em busca de sobrevivência, pois esta terra estava na fome, ele era casado com Noemi e tinha dois filhos Malom e Quilom, estes por sua vez se casaram com moabitas, Orfa mulher de Quilom, e Rute esposa de Malom.

3. Em direção à terra de Judá.

Passaram anos e Noemi ficou viúva e logo depois suas noras ficaram também. A viúva de Elimeleque vendo que não restava lhe mais nada naquela terra resolveu voltar para Belém de Judá e assim despedindo-se de suas queridas noras, elas até queriam ir com ela, mas ja estava resolvido Noemi precisava voltar sozinha ate que Orfa se despediu dela e voltou para a casa dos pais.

II - O CUIDADO DE NOEMI E O CARÁTER DE RUTE

1. Um amor sincero e profundo.

Rute como amava muito sua sogra não quis deixá-la e Noemi não queria ser um tropeço na vida de Rute mas depois de muita insistência Rute acabou indo com Noemi para Israel.

2. O caráter amoroso de Rute.

a) Um caráter amoroso e confiante.

Rute amou sua sogra e resolveu não deixá-la só. confiava no DEUS de sua sogra e acreditava que poderia ajudar sua sogra a não passar por dificuldades de alimentação. Na verdade, Rute desejava trabalhar na colheita de trigo para sustentar sua sogra quando chegassem a Belém. Rute era uma pessoa em quem sua sogra podia confiar.

b) Um caráter fortalecido na fé em DEUS.

O caráter de Rute foi mudado devido a seu contato com Noemi. Aprendeu a ter fé em DEUS e esperar por um futuro melhor. |Em meio a tantos problemas e sofrimentos acreditou que tudo daria certo dali para frente.

c) Um caráter decidido e firme.

Havia decisão de trabalhar, de vencer as lutas, de se casar, de ter filhos, de ajudar sua sogra, de ser aceita por DEUS. A fé dá firmeza e certeza na provisão de DEUS.

III - COMO RUTE ENTROU NA GENEALOGIA DE JESUS

Mulheres na Genealogia de JESUS - Tamar (Mt 1,3); Raabe e Rute (Mt 1,5); a mulher de Urias, o heteu, Bate-Seba (Mt 1,6); e Maria (Mt 1,16). Portanto temos 5 mulheres e entre elas algumas eram de origem estrangeira. Tamar era Cananeia, Raabe era de Jericó e Rute de Moabe. Bate-Seba/ Betsabéia era a mulher de Urias, um homem heteu.

1. Rute chega a Belém.

Chegando em Belém as coisas não estavam muito boas pois Noemi não possuía mais nada e para isto Rute foi rabiscar espigas, ou seja, como era na lei tudo que caia das mão de uma pessoa, a mesma  não podia pegar de novo, então quando os colhedores de espigas deixavam cair, as espiga ficavam no chão, então quem não tinha nada para comer ficava sempre atrás para pegar as espigas caídas, porque isto era lei, e Rute foi uma pessoa assim para poder alimentar sua sogra. Não sabendo Rute ela estava nos campos de Boaz o parente mais próximo depois de um homem que a bíblia não menciona.

Boaz achou Rute muito bela quando a viu pela primeira vez, tanto é que pediu aos colhedores que deixassem cair de propósito as espigas para que ela pegasse mais, depois ele a convidou para comer juntamente com os outros.

Quando Rute voltou do campo e foi para a sua casa, ela contou tudo para Noemi, que na mesma hora viu que Boaz era o parente mais próximo. Conforme era a lei quando uma mulher ficasse viúva ela era dada ao parente mais próximo do falecido para perpetuação da semente, Noemi entendo os desígnios de Deus, orientou a Rute que quando Boaz fosse se deitar ela iria deitar aos pés dele.

E foi assim, acabando a colheita, Boaz foi se deitar depois de comer e beber, Rute depois de ter se lavado e se vestido, desceu ate onde Boaz estava descobriu os pés dele e se deitou. Quando deu meia-noite Boaz se assustou, pois quem era mulher que estava aos pés dele? A nora de Rute lhe contou toda sua historia e que também ele era o parente mais próximo de Malom, o homem entendeu tudo e lhe disse que iria fazer de tudo para se casar com ela, mas tinha um detalhe existia outro remidor ele era o parente bem mais próximo do que Boaz então este homem tinha mais direitos do que ele, mas Boaz prometeu a Rute que iria fazer com este homem desistisse dela para que Boaz se casasse com a nora de Noemi.

Chegando pois a manhã seguinte Boaz correu mais do que depressa para a cidade e sentou em alguma porta, quando o remidor iria passando em frente, ele o chamou e também convocou dez anciãos da cidade para tratar aquele negócio.

2. Rute atrai a atenção de Boaz.

RUTE PERGUNTA A BOAZ: Por que achei graça em teus olhos, para que faças caso de mim, sendo eu uma estrangeira? Rute 2:10

BOAZ RESPONDE A RUTE: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido; e deixaste a teu pai e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que antes não conheceste.
O Senhor retribua o teu feito; e te seja concedido pleno galardão da parte do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar. Rute 2:11,12

Devemos chamar a atenção das pessoas para nós por nossas boas obras como crentes que somos. Amar as pessoas ´´e nosso dever e nossa obrigação.

3. Rute casa com Boaz.

Boaz contou para o remidor toda a história e que ele também teria que tomar Rute como esposa, o remidor desistiu da herança de Elimeleque e descalçou os seus sapatos e deu para Boaz como fato de desistência daquele negócio. E assim Boaz teve o direito legítimo de se casar com ela.

Rute foi muito abençoada pois além de ter se casado com um homem justo também teve um filho chamado Obede que é avô do Rei Davi.

Rute e sua sogra Noemi protagonizaram uma história de DEVOÇÃO,SOFRIMENTO e GENEROSIDADE. Esta história apresenta exemplos de mulheres que concretizaram em seus afazeres o amor sacrificial e cumpre a lei de Deus que é "amor”, na benevolência divina estas vidas são abençoadas e passam a ser uma benção de geração em geração.

RUTE 4.3-8 – O procedimento de Boaz e Rute não estaria em desacordo com a lei do levirato?

PROBLEMA: Deuteronômio 25.5-10 delineia o que é conhecido como a lei do levirato. Se um homem morria e deixava sua esposa sem filhos, o irmão daquele homem era moralmente obrigado a casar-se com a mulher de seu irmão e gerar filhos no nome de seu irmão falecido. Essa prática assegurava que o nome de quem morria sem gerar filhos não ficaria sem descendência. Entretanto, Boaz não era irmão de quem tinha sido marido de Rute, e que falecera. Assim, o procedimento deles não estaria em desacordo com a lei do levirato?

SOLUÇÃO: Embora tenha sido um caso um pouco mais complicado, o procedimento de Boaz, Noemi e Rute certamente não estava em desacordo com o que a lei do levirato estabelecia. O primeiro propósito do casamento pelo levirato era perpetuar a linha familiar daquele que morreu. Alguns fatores indicam que no tempo de Boaz e Rute já eram comuns alguns acréscimos ao que a lei do levirato originalmente estabelecera . Primeiro, se não havia um irmão vivo na família, então a obrigação do casamento ficava com o parente do sexo masculino mais próximo do falecido.

No caso em questão, havia um parente mais próximo do que Boaz da família de Noemi. Entretanto, quando ele não aceitou o convite, Boaz tornou-se o homem com grau de parentesco mais próximo, enquadrando-se na condição de ser aquele que legalmente teria de cumprir aquela obrigação moral.

Segundo, junto com a responsabilidade de gerar filhos no nome do falecido, havia ainda a responsabilidade de resgatar qualquer propriedade que pertencia ao que morrera e que tivesse sido vendida ou confiscada (Lv 25.25). Como o parente mais próximo não estava em condições de assumir tal responsabilidade (Rt 4.6), ele declinou desse direito e dessa responsabilidade de resgatar Noemi e casar-se com Rute, passando tais obrigações a Boaz. Nada há no resgate de Noemi nem no casamento de Boaz com Rute que esteja em desacordo com a lei do levirato.

Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe

Conclusão

De viúva moabita, sem filhos e passando fome, Rute passa a ser casada com o homem mais importante de Belém. Passa a ser rica. Passa as ser reconhecida como povo de DEUS. Passa a ser mãe de um ascendente do rei Davi, passa a ser ascendente de JESUS.

Aprendemos com Rute que pode haver verdadeira amizade e amor para com nosso semelhante, em especial por uma sogra. Em meio às adversidades nasce a fé em DEUS. (Enquanto estava em Moabe Rute não manifestou sua fé, mas ao perder tudo e entrar numa terra estranha, sua fé brotou como uma fonte de água). Rute é uma lutadora confiante num futuro melhor. Rute acredita que ainda poderá ter uma família.

Rute vê as circunstâncias e acontecimentos guiados por DEUS. Rute não temia seu passado, seu futuro estava à sua frente para ser conquistado.

Rute era uma moabita que se vinculou a uma família israelita e veio a fazer parte da linhagem do Messias. O cuidado de Rute para com Noemi revelou o seu caráter fiel e bondoso. Rute, pela graça divina, veio fazer parte da linhagem do Messias.

 

Comentários de Vários Livros com algumas modificações do Pr. Henrique

(Strong Português) Belém - בית לחם Beyth Lechem
Belém = “casa do pão (alimento)”
1) uma cidade em Judá, cidade natal de Davi

 

(Strong Português) Elimeleque - אלימלך ’Eliymelek
Elimeleque = “meu Deus é rei”
1) marido de Noemi

 

(Strong Português) נעמי No Ìomiy
Noemi = “minha delícia”
1) esposa de Elimeleque, mãe de Malom e Quiliom, e sogra de Rute e Orfa

 

(Strong Português) מחלון Machlown
Malom = “doente”
1) filho de Elimeleque com Noemi e primeiro marido de Rute

 

(Strong Português) כליון Kilyown
Quiliom = “desfalecimento”
1) um efraimita e filho de Elimeleque com Noemi, o marido falecido de Rute (ou talvez o marido falecido de Orfa)

 

(Strong Português) ערפה ÌOrpah
Orfa = “gazela”
1) uma mulher moabita, esposa de Quiliom, o filho de Noemi e concunhada de Rute

 

(Strong Português) רות Ruwth
Rute = “amizade”
1) nora de Noemi, esposa de Boaz, e avó de Davi

Rute em hebraico: vistosa, beleza, amiga, Companheira - Dicionário de Nomes

 

LIVRO DE RUTE - Dicionário Wycliffe

A Bíblia Hebraica coloca o livro de Rute na última divisão principal (Escritos) como um dos cinco Megilloth. As Bíblias em Português colocam esse livro depois do livro de Juizes, acompanhando a LXX, a Vulgata e os escritos de Josefo. Não se tem certeza de que esse livro tenha, alguma vez, feito parte do livro de Juizes. Trata- se de uma história breve que contém quatro cenas, e uma concludente genealogia.

Esboço

I. A Peregrinação em Moabe e o Retorno à Pátria, 1.1-22

II. Rute, a Respigadora, 2.1-23

III. O Pedido de Rute a Boaz na Eira, 3.1-18

IV. Boaz Assume as Funções de um Parente Remidor, 4.1-17

V. Genealogia desde Perez até Davi, 4.18-22

Propósito

Os estudiosos têm opiniões muito divergentes sobre o propósito desse livro. Podemos dispensar as opiniões de que: (a) o autor queria simplesmente contar uma história interessante; (o) o livro é uma interpretação não literal de textos bíblicos (midrash) sobre o suposto mito do culto à fertilidade em Belém (Staples); (c) trata-se de um panfleto de propaganda destinado a enfatizar o dever do casamento com um parente próximo (Driver); e (d) o autor deseja exaltar a fidelidade de uma viúva. Alguns estudiosos (por exemplo, R. H. Pfeiffer e G. A. F. Knight) argumentam que o livro de Rute é uma polêmica contra as exigências de Esdras (capítulos 9-10) e de Neemias (13.23- 31) de que os judeus deveriam despedir as suas esposas pagãs. O autor menciona muitas vezes que Rute é uma moabita (Rt 1.4,22; 2.2,6,11-13,21; 4.5,10). Além disso, não existe indicação de que os judeus envolvidos nessa história desaprovassem os casamentos de Quiliom com Onã, de Malom com Rute, e de Boaz com Rute. E também não existem polêmicas no próprio livro de Rute - mesmo em passagens onde ela poderia ser esperada. poderíamos esperar uma indicação do autor de que o parente próximo teria rejeitado Rute por ser uma mulher de origem pagã, ou de que Boaz se casou com ela apesar de sua origem gentílica, mas nenhuma menção existe a esse respeito (Hertzberg).

Outros estudiosos acreditam que o propósito desse livro estava ligado à ancestralidade de Davi, mas essa opinião não recebeu uma aceitação geral no tocante à intenção do autor. Será que ele desejava preencher uma lacuna que existia nessa época (a árvore genealógica em 4.18-22 também é encontrada em uma forma ampliada em 1 Crônicas 2.5-15) entre Perez e Davi? Ou será que pretendia estabelecer um relacionamento entre a casa de Davi e a de Moabe, talvez para fornecer uma base para a união das duas nações contra um inimigo comum, ou para que Moabe se submetesse a Israel? Esse tipo de relacionamento poderia explicar porque Davi confiou os seus pais aos cuidados do rei de Moabe (1 Sm 22.3,4), embora esse evento também tenha outras explicações plausíveis. Ou será que ele estava tentando negar que Davi deveria ser considerado um moabita, pois ele era um descendente de Boaz (um judeu), a fim de evitar um estigma que poderia ser lançado contra ele por causa do estatuto preservado em Deuteronômio 23.3,4, proibindo que um moabita entrasse na assembleia do Senhor até a décima geração? Parece provável que o autor desse livro estivesse interessado em fornecer informações sobre os antepassados de Davi, mas subordinou essa intenção a um propósito mais grandioso.

O principal propósito do autor era enfatizar o cuidado providencial demonstrado pelo Senhor em relação às duas viúvas em condições desesperador as (Hertzberg) e, dessa forma, mostrar que o aparecimento e a ascensão de Davi, em um período crucial da história de Israel, não foi acidental (esta também é a opinião de Ringgren). Esse tema está maravilhosamente contido nas declarações de Boaz a Rute sobre esse assunto (2.11,12), e está explícito ao longo de todo o livro (cf. 1.8,16,17; 2.3,4,20-23; 3.1-4,7-13; 4.13-15).

Data

O Talmude (Baba Bathra 145) considera Samuel como autor desse livro, mas isso é improvável. Sua data depende de entendermos o seu propósito. Se fosse uma obra polêmica contra as medidas de Esdras e Neemias, ele deveria pertencer ao período pós-exílico, provavelmente ao século IV a.C. Se, entretanto, o autor pretende enfatizar a providência de Deus, esse livro certamente seria do período pré-Exllico. Sob um cuidadoso escrutínio, as supostas palavras e expressões finais deixam de refutar uma data anterior (veja Driver) e suas expressões aramaicas podem ser tentativas posteriores de esclarecer certas obscuridades do primeiro texto. As semelhanças entre Rute 4.7ss. e Deuteronômio 25.5ss. não exigem uma data posterior à reforma do rei Josias, ocorrida em 621 a.C. (provocada pela descoberta do livro da lei que, presumivelmente, incluía Deuteronômio) porque a tradição em Rute se apoia em códigos legais anteriores, e as circunstâncias subjacentes a essas duas passagens não são verdadeiramente as mesmas. Veja Rute. A sintaxe e o vocabulário hebraicos, as expressões idiomáticas e a pureza do estilo (veja Driver) dão suporte a uma data anterior para o livro. Entendemos que sua forma atual não pode ser anterior à época de Davi (4.18-22).

Bibliografia. Stephen Bertman, “Symmetrical Design in the Book of Ruth”, JBL, LXXXTV (1965), pp. 165-168. John J. Davies, Conquest and Crisis. Studies in Joshua, Judges and Ruth, Grand Rapids. Baker, 1969, pp. 155- 170. S. R. Driver, An Introduction to the Litemture of the Old Testament, Nova York. Scribneris, 1893, pp. 453-456. J. Vernon McGee, In a Barley Field, Glendale. G/L Publications, 1968. Leon Morris, Ruth, Londres. IVCF, 1968. Charles F. Pfeiffer, “Ruth”, WBC, pp. 267-272. W. E. Staples, “The Book of Ruth״, AJSL, LIII (1937), 145-157. Veja também Juizes, Livro de.

J. T. W.

 

RUTE

Uma moabita que teve a distinção única de se casar com dois fazendeiros judeus. Malom (Rt 4.10), um dos filhos de Elimeleque (4.3) e Noemi (1.2); e Boaz, um parente de Elimeleque (4.3).

Ao endossar entusiasticamente esses casamentos, a família de Elimeleque ignorou o estatuto preservado em Deuteronômio 23.3,4 que proibia que os judeus aceitassem moabitas em sua comunidade, ou então não estava ciente dessa proibição.

Rute foi notável em sua disposição de renunciar ao seu próprio meio em troca de outro que lhe era estranho, e se parece um pouco com Abraão ao se aventurar em uma terra que nunca tinha visto (Gn 12. lss. cf. Rt 2.11). Ela resistiu à tentação - sem dúvida muito forte - de sua cunhada (Orfa) de retornar ao seu povo. Por causa de seu amor por Noemi, Rute desejava permanecer com sua sogra, tornar-se uma judia, trocar o seu deus (provavelmente Quemos, Nm 21.29; 1 Rs 11.7,33) pelo Deus de Noemi (O Senhor, cf. Rt 2.12,13) e ser sepultada no mesmo local de Noemi (Rt 1.14-17). A devoção de Rute transcendia o pessimismo de Noemi, que atribuía seu completo “vazio” ao Deus Todo-Poderoso, e insistia que as mulheres de Belém a chamassem de Mara (“amarga”, 1.19-21).

Embora não estivesse sob nenhuma obrigação, Rute imediatamente tirou proveito da época do ano em Belém (era a colheita da cevada - desde a metade até o final de maio, precedendo a colheita do trigo) para vislumbrar um meio de sustentar a si e sua sogra. Os trabalhadores israelitas ficaram impressionados com sua dedicação e contaram a Boaz (2.11) que lhe concedeu privilégios especiais (2.14ss.).

O auge da devoção de Rute reflete-se na obediência à sugestão de Noemi de que deveria ir ao debulhador à noite, quando Boaz estava cheio de vinho, para tentar persuadi-lo a aceitar a responsabilidade de se tomar um parente remidor. Ele consentiu, e quando o parente mais próximo desistiu de sua oportunidade, Boaz, voluntariamente, assumiu o seu lugar. Comprou a propriedade de Elimeleque, Quiliom e Malom e se casou com Rute (4.712־). Ele obedeceu ao costume do levirato (q.v.), a lei contida em Deuteronômio 25.5-10, embora não fosse irmão de Malom, mas apenas um parente próximo. No devido tempo, nasceu Obede (“servo”), filho de Boaz e Rute. A” amargura” de Noemi foi amenizada por sua alegria pela criança, que se tornou um ancestral de Davi (4.18-22) e do Messias. Rute foi uma das quatro mulheres especificam ente mencionadas por Mateus na genealogia do Senhor Jesus (1.5). Todas essas mulheres eram gentias, e a intenção de Mateus era, aparentemente, enfatizar a dimensão universal dos ancestrais de Jesus. J. T. W.

 

O LIVRO DE RUTE - Bíblia da Liderança cristã - John C Maxwell

Deus honra lealdade e integridade

Resumo

O Livro de Rute nos lembra que Deus honra e enfatiza as seguintes qualidades de liderança: lealdade e integridade. Rute, uma jovem moabita, confrontou-se com a opção de abandonar a sua sogra viúva ou arriscar a sua vida numa terra estrangeira. Ela escolheu permanecer comprometida à sua amiga e mentora, Noemi, e, no final, a sua decisão incomum foi recompensada.

O comprometimento de Rute de ficar com a sua sogra, apesar da morte do marido dela, revelou seu admirável caráter e demonstrou seu senso de lealdade e responsabilidade. Ao permaneceu fiel a Noemi, demonstrou uma atitude ética impecável e manteve-se fiel ao juntar espigas todos os dias no campo de um homem rico. Dessa maneira destacou-se como pessoa única.

De onde essa mulher não-judia aprendeu tal caráter e confiança em Deus ao buscar suprimento para as suas necessidades? De seu falecido marido? De Noemi? Não sabemos, mas sabemos que Rute permaneceu comprometida fazendo a coisa certa, e Deus a surpreendeu suprindo todas as suas necessidades e mais do que isso. Deus providenciou para Rute a pessoa do Boaz, um homem de caráter semelhante; e talvez essa seja a lição mais profunda do livro.

Rute ilustra que, quando líderes focam na realização do que é correto, Deus abençoará o fruto do seu trabalho. Qualificar tal bênção significa colocar responsabilidades à frente de resultados. Caráter deve preceder conduta. Fidelidade deve preceder frutificação.

"Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça," lembra Jesus, "e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6.33). É assim que o reino de Deus funciona. Jesus ensinou, que se a árvore é boa, o fruto também será bom (Mt 12.33-35). No Livro de Rute, Jesus prioriza mais o ser do que o fazer.

A nossa liderança deve fluir do nosso íntimo, um fruto natural do que temos encarnado. Apesar dessa verdade, a maioria dos líderes se debate exatamente nesse ponto. Por definição, a maioria dos líderes e orientada por resultados. Eles saltam, imediatamente, para o visível e mensurável, para os resultados exteriores que pessoas afirmam. Quem afirma a sua disciplina privada e pessoal? Quem pergunta sobre a sua carreira segunda-feira de manhã, quando se dirige ao seu escritório? A maioria dos líderes fala sobre o "ponto extremo".

Embora todos nós concordemos que o caráter é fundamental, parece difícil demais sustentar isso. Por isso, a maioria das pessoas, mesmo líderes, avança em busca de resultados. Para alguns, "os fins justificam os meios". Deus, no entanto, diz que, quando trabalhamos a profundidade de nosso ministério, ele trabalhará a largura do mesmo.

Líderes precisam ler a bela história de Rute, pois ela lhes lembrará duas verdades fundamentais:

1. Deus, de fato, recompensa o caráter.

2. No final, Deus realizará os seus propósitos, mesmo que tenha de usar uma mulher moabita para isso.

O papel de Deus em Rute

Por que Deus, em sua providência, preservou o Livro de Rute? Talvez ele tenha feito isso porque Rute ocuparia um lugar de honra na linhagem messiânica. Deus se movimenta através desse livro como um divino Diretor de acontecimentos, orquestrando um plano para enxertar Rute na árvore genealógica da família de Davi e conduzindo, finalmente, a Jesus.

Deus realiza a sua Obra e a sua liderança através de todas as alegrias e tragédias da vida. Fome, solidão, morte, exílio voluntário e fidelidade inabalável tornam-se ferramentas que ele usa para cumprir o seu plano soberano. Como líder fenomenal, Deus avaliou os recursos e as circunstâncias daquele momento da história de Israel para desencadear o seu plano.

Líderes em Rute

Noemi e Boaz

Outra pessoa de influência em Rute

Rute

Lições de liderança

• Deus recompensa a integridade e a lealdade de líderes.

• Deus realizará soberanamente os seus propósitos através de pessoas

aparentemente desqualificadas.

* Líderes devem valorizar mais o caráter e a formação espiritual do que a formação de conduta e habilidades.

Destaque de liderança em RUTE

RUTE: Prontamente segue Noemi (1.8-18)

BOAZ: Modelo de bondade e liderança espiritual (2.4-17)

GENEROSIDADE: Boaz não registra dívidas, simplesmente continua dando (2.8—4.10)

MULHERES : que fizeram a diferença (4.13-17)

QUE PARECEM DESQUALIFICADOS? (Rt 1.1-22)

Todo líder necessita de recursos financeiros e humanos, mas o comprometimento sempre merece prioridade. Quando o líder demonstra comprometimento com a missão e com os objetivos da organização, os recursos sempre surgirão.

No primeiro capítulo do livro que leva o seu nome, Rute decide ficar com Noemi, sua sogra, mesmo depois de perder o seu marido. Ela não sabia, mas o seu comprometimento a encaminharia a muitas portas abertas. Rute encontra trabalho durante uma época difícil, faz amigos numa terra estrangeira e, depois, ganha um novo marido, Boaz. Causa grande admiração o fato de Deus incluir Rute, uma moabita adotada na família de Israel, na linhagem de Cristo. O filho a quem ela deu à luz tornou-se parte da linhagem do Messias!

A chave? Comprometimento. Enquanto o líder não se compromete, ele permanece hesitante. Mas, no momento em que o líder, de fato, se compromete, então Deus age, e toda uma série de acontecimentos começa a fluir. Todo tipo de incidentes imprevistos, reuniões, pessoas e assistência material, coisas que ninguém podia imaginar, começam a surgir. E tudo começa a acontecer no momento em que o líder se compromete firmemente.

Perfil de Liderança

RUTE

Prontamente segue Noemi (Rt 1.8-18)

O Livro de Rute conta uma história de amor e respeito entre duas mulheres que viviam em mundos bastante diferentes.

A gentil e amável Rute, uma moabita, cuidou intensamente de sua sogra, Noemi. Rute deixou prontamente o conforto de sua região e o único mundo que conhecia para viajar com Noemi à estrangeira Belém. Ela exemplifica a força e a determinação que líderes devem ter para se aventurarem e seguirem a Deus, mesmo que isso signifique deixar para trás família e amigos.

Rute submeteu-se às orientações dadas por Noemi nessa nova e estranha cultura. Seu parente resgatador, Boaz, casou-se, mais tarde, com ela e proporcionou-lhe segurança e proteção. Mas, inicialmente, quando Rute decidiu seguir as orientações de Noemi, a jovem moabita não dispunha de meios para saber como tudo aconteceria. Ela simplesmente avançou num gesto de fé.

Noemi orou para que Rute se tornasse famosa em Israel por causa das suas boas ações. Ainda hoje, Deus responde orações dessa natureza quando milhões de crentes estudam o Livro de Rute para extraírem lições memoráveis sobre amor e fidelidade. Como bisavó do rei Davi, a estrangeira Rute encontrou lugar definitivo na linhagem de nosso Salvador, Jesus Cristo.

CORAGEM: RUTE VAI EM FRENTE E ASSUME O RISCO (Rt 3.1-6)

Rute assumiu um risco ao seguir as instruções de sua sogra. O que permite um líder se arriscar?

R - Responsabilidade: Percebe a necessidade de ir em frente.

I - Iniciativa: Age e se antecipa aos outros.

S - Sacrifício: Esforça-se para fazer tudo funcionar.

C - Conhecimento: Possui informação suficiente para confiar na decisão.

O - Ouvir: Segue as instruções que recebe.

Perfil de Liderança

BOAZ

Modelo de bondade e liderança espiritual (Rt 2.4-17)

As primeiras palavras que ouvimos de uma pessoa muitas vezes são as mais duradouras e impressionantes para nós.

As primeiras palavras registradas de Boaz, rico e influente proprietário de terras e fazendeiro de Belém, nos dizem que ele amava a Deus e desejava as bênçãos de Deus para as pessoas que estavam em sua volta, inclusive para aquelas que trabalhavam nos seus campos.

No dia em que Rute pediu para ajuntar espigas deixadas pelos servos, Boaz chegou ao campo e saudou os segadores com um cordial "O Senhor seja convosco!" (Rt 2.4)

"O Senhor te abençoe!", os servos responderam (Rt 2.4).

Por que aqueles trabalhadores responderam tão entusiasticamente ao desejo de bênção de Boaz? Aparentemente, eles sabiam alguma coisa a respeito desse homem extraordinário, sobre o seu relacionamento com Deus e a maneira de tratar pessoas.

Vemos a natureza especial de Boaz no tratamento dado a Rute. Quando ele ouviu a história dessa pobre viúva moabita, demonstrou-lhe grande bondade e consideração, ao ponto de até mesmo providenciar proteção especial para ela dos homens do campo e permissão especial para juntar espigas com os servos. Também lhe deu toda água necessária e, mais tarde, a convidou para fazer companhia a ele e aos trabalhadores numa refeição.

Boaz fornece o modelo do tipo de bondade requerida de todos os bons líderes. Ele sabia quando ir ao encontro de alguém e dar as boas-vindas àqueles que Deus levava ao seu círculo de influência, mostrando-se, inclusive, compassivo e caridoso para com os seus.

A LEI DA BASE SÓLIDA:

RUTE E BOAZ SÃO BENEFICIADOS (Rt 3.1-15)

Noemi sabia como uma mulher podia comunicar apropriadamente o seu interesse por um homem. Instruiu Rute a entrar na tenda onde Boaz dormia, descobrisse os pés dele e se deitasse ali. Quando Boaz acordou e percebeu a presença de Rute, imediatamente compreendeu a proposta de casamento da parte dela. Porém o senso de integridade de Boaz não lhe permitiu dormir com ela; estava comprometido a praticar o que pregava. E isso o que a palavra "integridade" significa: singularidade. As palavras, os pensamentos e as ações de uma pessoa formam uma unidade.

A antiga palavra grega para "sinceridade" carrega significado semelhante. Estátuas eram queimadas em fornos, emergindo geralmente do forno com pequenas fendas. Artistas tentavam esconder essas rachaduras, enchendo as fendas com cera quente. Vez por outra, aparecia uma estátua sem defeitos. Ao pé dessas obras, o artista escrevia sinceros, sem cera.

Sua liderança é "sem cera"? Suas palavras, intenções e ações formam uma unidade? Você é um líder tipo Boaz?

21 Qualidades: Generosidade

Boaz não registra dívidas, simplesmente continua dando (Rt 2.8—4.10)

Líderes devem ser generosos, predispostos a partilhar os seus recursos com outros. Acreditam que um lampião nada perde se acende outro.

Ninguém fornece modelo melhor dessa verdade do que Boaz, o líder espiritual que se tornou o marido de Rute. Possuía um grande campo e, semelhante a outros proprietários de terra, empregava segadores para recolherem a sua safra. Quando os segadores terminavam a sua tarefa, permitia-se que os menos afortunados "espigassem" no campo, recolhendo tudo que ficara para trás da safra de grãos. Rute foi tal pessoa.

O espírito generoso de Boaz, imediatamente, percebeu a presença de Rute. Pediu que os segadores descobrissem a identidade dessa mulher; depois, expressou a sua generosidade a ela. Boaz revelou a sua liderança generosa de várias maneiras:

1.Foi generoso com a sua compaixão (Rt 2.8-9).

Disse que Rute não recolhesse espigas em outro lugar; ela ganharia dele tudo quanto precisava.

2. Foi generoso com os seus complementos (Rt 2.11-12).

Percebeu o sacrifício de Rute e complementou os esforços dela.

3. Foi generoso com a sua cortesia (Rt 2.14).

Convidou Rute para juntar-se aos empregados para uma refeição, servindo-lhe, bondosamente, tudo quanto desejava.

4. Foi generoso com a sua colheita (Rt 2.15-16).

Disse aos seus segadores para reservarem feixes extras de trigo para ela.

a- Foi generoso com a sua credibilidade (Rt 3.11-13).

Mostrou respeito ao fazer o que era certo segundo o pedido de Rute.

b- Foi generoso com o seu comprometimento (Rt 4.9-10).

Comprometeu-se com Rute, certificando-se de que o marido anterior dela não tinha descendentes para suscitar o seu nome.

Você pode dar sem amor, mas não pode amar sem dar. Líderes que deixam de demonstrar generosidade devem perguntar-se: De fato, amo as pessoas a quem lidero? Quando grandes líderes erram, sempre erram pelo lado da generosidade Se erram no pagamento de salários, erram em pagar demais. Se erram na demissão de um funcionário, erram pelo lado de excessivo apoio emocional, indenização e afirmação. Nenhum líder vai em frente imitando Ebenezer Scrooge.

Jesus falou a respeito desse espírito generoso quando disse: "Ao que demandar contigo e tirar-lhe a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas" (Mt 5.40-41).

O espírito generoso impulsionou Boaz a andar a segunda milha com Rute, mesmo antes de imaginar que ela se tornasse sua esposa (Pensava que ela seria atraída a um homem mais jovem - Rt 3.10.). Mesmo assim, Boaz dedicou a ela tempo extra, atenção, trigo, respeito, favor e honra.

Que tal você? Alguém atribuiria generosidade à sua liderança?

BOAZ E RUTE DEMONSTRAM CARÁTER... E ISSO SE PAGA (Rt 4.1-6)

Rute e Boaz queriam que o seu relacionamento progredisse, mas, quando a verdade veio à luz, Boaz informou a Rute que precisava tomar a decisão diante dos líderes da cidade. Rute se submeteu, jamais punindo o seu desejo de casar-se novamente. O caráter habilita o líder a fazer o que é certo, mesmo quando isso é difícil.

MULHERES QUE FIZERAM A DIFERENÇA (Rt 4.13-17)

Rute e Noemi constituem apenas dois exemplos de mulheres nas Escrituras que fizeram a diferença. Essas heroínas aparecem em toda parte no Antigo e Novo. Estude essas senhoras e seja encorajado:

A mulher de Pilatos (Mt 27.19-24), A mulher que lavou os pés de Jesus (Lc 7.36-50), A mulher samaritana (Jo 4), A viúva no templo (Mc 12.41-44), Abigail (ISm 25.1-42), Ana (I Sm 1.2—2.21), Ana (Lc 2.36-38),

Débora (Jz 4; 5), Dorcas (At 9.36-42), Ester (Livro de Ester), Eunice (At 16.1-3; 2Tm 1.5), Eva (Gn 2; 3; 2Co 11.3), Febe (Rm 16.1-2), Isabel (Lc 1.5-80), Joquebede (Êx 2.1-11; 6.20), Lídia (At 16.12-15,40), Lóide (2Tm 1.5), Maria (Lc 10.38-42; Jo 12), Maria Madalena (Mt 20.1-18; 27.56,61), Maria, mãe de Jesus (Mt I; 2; Lc I; 2), Marta (Lc 10.38-41; Jo II), Miriã (Êx 15.20-21), Priscila (At 18.2,18,26), Raabe (Js 2; 6.17-25),  Raquel (Gn 29—31), Rebeca (Gn 24; 25.20-28), Sara (Gn 2; 12; 16; 18), Suzana (Lc 8.3)

 

Fome na Casa do Pão - (Rt 1.1-22) - Comentários Expositivos Hernandes Dias Lopes

Vamos olhar na perspectiva da fome na Casa do Pão, fazendo uma aplicação para a igreja contemporânea.

A fome é uma experiência dolorosa. Ela produz inquietação, desespero e até mesmo a morte. Todavia, a fome é capaz de alimentar-se da própria morte. Há muitos anos, um avião caiu nas montanhas geladas dos Andes. Muitas pessoas morreram. Os que escaparam da morte, transidos de frio e castigados pela fome, alimentaram-se de carne humana para sobreviverem. Seus companheiros de viagem tornaram-se alimento. Para fugirem da morte, sobreviveram por causa da morte daquelas desventuradas vítimas.

Estive visitando a Coréia do Sul em 1997. Ao mesmo tempo que vi a riqueza e a prosperidade daquele tigre asiático, emergido das cinzas e dos destroços da guerra e da opressão, vi também a miséria amarga em que se encontrava a Coréia do Norte. Dominada pela mão de ferro do ditador Kim Jong-II, aquela nação está ainda imersa no mais profundo desespero econômico. Enquanto o governo vive encastelado na pompa mais regalada, o povo é assolado por uma pobreza aviltante. Retornando daquela viagem, li na Folha de S. Paulo, no dia 2 de maio de 1997, que as autoridades sanitárias da Coréia do Norte estavam tomando medidas drásticas para evitar que as pessoas castigadas pela fome comessem os seus próprios mortos.

A fome é pior do que a morte. Quando Jerusalém foi entrincheirada por Nabucodonosor, os judeus viveram também essa dramática realidade. Jeremias chegou a dizer que os que morreram à espada foram mais felizes do que aqueles que sucumbiram pela fome (Lm 4.9). A fome mata pouco a pouco. E uma tortura em câmara lenta. Ela suga as energias e retira lentamente o oxigênio da pessoa. A fome dói. A fome consome. A fome mata.

(Parêntese do Pr. Henrique - "Certo dia o rei de Israel estava passando por cima da muralha da cidade, quando uma mulher gritou para ele: Ó rei, meu senhor, me ajude! Ele respondeu: Se o SENHOR Deus não ajudar você, como é que eu posso ajudá-la? Você pensa que eu tenho trigo ou vinho? Mas diga qual é o seu problema. Ela respondeu: Outro dia esta mulher me disse: Vamos comer o seu filho hoje e amanhã comeremos o meu. Então nós cozinhamos o meu filho e o comemos. No dia seguinte eu disse que era a vez de comermos o filho dela, mas ela o escondeu!
Ao ouvir isso, o rei rasgou as suas roupas em sinal de desgosto, e as pessoas que estavam perto da muralha viram que por baixo das suas roupas ele estava vestido com roupa de pano grosseiro.") (2Reis 6.26-30).

Há fartura de pão no mundo, mas o descaso daqueles que têm fartura de pão por aqueles que estão famintos é tão grande que ainda vemos rostos desfigurados pela fome, crianças revirando os latões de lixo das nossas cidades, disputando com os urubus e cães doentes um pedaço de pão para mitigar a macabra fome. Enquanto uma minoria banqueteia-se regaladamente, ainda assistimos ao espetáculo doloroso de crianças e velhos com o ventre estufado, com o corpo macérrimo, com a pele furada pelas costelas em ponta, com os olhos sem brilho e o coração sem esperança, fuzilados pela dor de um estômago vazio.

Milhões de pessoas morrem no mundo todos os anos, vitimadas pela fome. Outras vivem com o ventre empanturrado de farinha com água, mas desnutridas. Não poucos têm pão, mas com escassez. Li sobre uma grande família no sertão brasileiro que passou uma semana inteira alimentando-se apenas com um quilo de feijão. Todos os dias cozinhavam o mesmo feijão, tomando apenas o seu caldo.

A fome é uma realidade universal. Ela tem castigado o ser humano desde o começo da humanidade, e é uma das marcas do fim dos tempos. Belém de Judá também estava enfrentando um tempo de fome (1.1-3). A terra que manava leite e mel estava agora assolada. O solo ubérrimo se tornara seco e estéril. Os campos férteis não tinham nenhum sinal de vida. A fome alastrava-se, deixando um rastro de pânico e medo. A crise econômica era consequência da crise espiritual. Aquele era o tempo dos juizes, um longo período de mais de trezentos anos de muita instabilidade e inconstância do povo de Israel. O povo só se voltava para Deus na hora do aperto, mas se esquecia dEle nos tempos de bonança. Na verdade, aquele foi um tempo em que a nação se desviara de Deus. Cada um seguia o seu próprio coração. A Palavra de Deus fora esquecida, a apostasia tomou conta do povo e este virou as costas para o Senhor. A seca, a invasão do inimigo e a fome vieram, então, como juízo de Deus sobre a nação rebelde.

Quando o povo se afasta de Deus, os céus retêm as chuvas, e a fome assola a terra. Quando a igreja perde o fervor espiritual, ela perde a capacidade de alimentar as multidões com o pão espiritual. Quando falta pão na igreja, o mundo entra em colapso. Esse fato pode ser visto no livro de Rute.

Fome de pão na Casa do Pão

Na Segunda Guerra Mundial, houve muitas atrocidades. Homens perversos, embrutecidos e dominados pela malignidade sacrificaram milhões de vidas, fazendo-as perecer nas câmaras de gás, nos paredões de fuzilamento, nos campos de concentração e castigando-as com trabalhos forçados e escassez de pão.

Após a guerra, várias crianças órfãs foram levadas para um orfanato. Inquietas, elas não conseguiam dormir. Ao serem observadas por um psicólogo, este percebeu que a inquietação das crianças era a insegurança e o medo de lhes faltar o pão. O medo da fome lhes roubava o sono. O psicólogo orientou que cada criança antes de dormir deveria receber um pedaço de pão não para comer, mas para segurar. Assim, as crianças se aquietaram e conseguiram dormir seguras e sossegadas. A fome traz inquietação. A certeza de que teriam pão no dia seguinte curou as crianças da inquietação que lhes roubava o sono.

Houve fome de pão em Belém, a Casa do Pão. Belém é um símbolo da igreja. Muitas vezes, também, falta pão na igreja, e as pessoas começam a passar fome. O pão que falta na igreja não é aquele feito de trigo, mas aquele que procede da boca de Deus. E a fome desse pão do céu que nos faz buscar a Deus com todas as forças da nossa alma.

No dia em que a nossa fome de Deus for maior do que a fome por comida, por dinheiro, por fama e reconhecimento, então poderemos experimentar as maravilhas de Deus. No entanto, precisamos também tapar os ouvidos ao clamor pessimista daqueles que nos dizem que não vamos conseguir, que a crise nos vencerá e que jamais Deus nos dará pão com fartura.

Quando falta pão na Casa do Pão, as pessoas se desesperam

O livro de Rute é uma história de amor que ensina ricas lições espirituais. Tommy Tenney, em seu livro Os caçadores de Deus, faz uma profunda e pertinente exposição do capítulo primeiro de Rute. Ele escreve sobre a fome que castigou a cidade de Belém e suas implicações para a igreja contemporânea. Houve um tempo em que o nome da cidade de Belém era apenas uma propaganda enganosa, uma promessa vazia, uma negação da sua realidade. Houve um dia em que os fornos de Belém ficaram frios e cobertos de cinza, e as prateleiras, vazias. A terra tórrida gemia sob o calor inclemente e escaldante do sol. A chuva dadivosa e benfazeja foi retida, e o céu fechou suas comportas. A semente perecia sem vida no ventre da terra. Nos pastos, o gado mugia desassossegado pela fome. Nos currais, não havia ovelhas. Nos campos, outrora farturosos, não havia frutos. Nas casas, não havia pão, e o povo começou a passar fome.

Onde há fome, há inquietação. Aonde a fome chega, reina o desespero. A fome é implacável. Ela abate sem piedade as suas vítimas. A Casa do Pão ficou sem pão. As pessoas chegavam de todos os lados à procura de pão, mas voltavam de mãos vazias. Suas esperanças eram frustradas. Belém tornou-se um lugar de inquietação e angústia, e não de satisfação e plenitude.

Belém, um retrato da igreja

A Casa do Pão, vazia de pão, é um retrato da igreja contemporânea. A igreja também é a casa do pão. As pessoas estão famintas. Elas têm necessidades não do pão que perece, mas do pão da vida./ O próprio Deus é quem coloca essa fome em nós: “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” (Am 8.11). Muitas pessoas buscam saciar sua fome espiritual na igreja, mas não encontram nela o pão da vida. Muitas pessoas buscam Deus na igreja, mas não o encontram na igreja. Encontram muito do homem e pouco de Deus. Encontram muito ritual e pouco pão espiritual. Encontram muito da terra e pouco do céu.

A igreja hoje está também substituindo o pão do céu por outro alimento. Está pregando o que o povo quer ouvir, e não o que o povo precisa ouvir. Prega-se para agradar, e não para alimentar. Dá-se palha, em vez de trigo, ao povo (Jr 23.28).

Há igrejas, também, que, além de não terem pão, estão vendendo farelo para o povo, e cobrando caro por ele. Há líderes que, além de adulterar o evangelho, ainda o têm comercializado e mercadejado. Na ânsia do ter mais do que na busca do ser, muitas igrejas estão desengavetando as indulgências da Idade Média, dando-lhes novas roupagens, mercadejando a graça de Deus e induzindo o povo incauto ao misticismo mais tosco.

Quando falta pão na Casa do Pão, as pessoas deixam a Casa do Pão

(Parêntese do Pr. Henrique - Abraão e Isaque desceram ao Egito e a Gerar em busca de Pão, DEUS impediu Isaque de chegar ao Egito, mas ficou em Gerar.)

A fome deixa as pessoas desassossegadas. Ela move e remove as pessoas do seu lugar. Os irmãos de José desceram ao Egito para comprar pão. Os quatros leprosos de Israel arriscaram suas vidas para procurar pão no acampamento do inimigo.

Quando a fome chegou a Belém, Elimeleque, Noemi, Malom e Quiliom abandonaram a cidade do pão. Eles colocaram o pé na estrada da fuga, em vez de escolher o caminho do enfrentamento (e do arrependimento - Pr Henrique). Eles saíram movidos pela visão humana, e não guiados pela fé. Como Ló, buscaram segurança, e não a vontade de Deus. Buscaram novos horizontes, e não a direção do céu.

Elimeleque, em vez de buscar a Deus para resolver o problema, fugiu das circunstâncias adversas. Em vez de clamar aos céus por restauração, ele e sua família fugiram da Casa do Pão para as terras de Moabe ( Pr. Henrique - deixaram de buscar a solução no DEUS verdadeiro para buscarem em Quemos, deus dos amonitas).

Muitas pessoas deixam a igreja quando falta pão na Casa do Pão. Muitas pessoas vão procurar alimento em seitas heréticas, onde só tem veneno mortífero. Outras rebuscam os farelos do próprio mundo como fez Demas que amou o presente século e abandonou a fé (2Tm 4.10). A solução não é abandonar a Casa do Pão, quando falta pão. O verdadeiro pão só pode vir do céu. Ele não é produzido pelo esforço humano. É dádiva divina. A solução não é fugir à procura de outro pão, mas rogar ao Senhor que nos dê novamente o pão do céu.

Os tempos de restauração nascem da consciência de crise. E quando sentimos nossa falência espiritual que nos prostramos aos pés do Senhor, clamando por restauração. E quando os nossos celeiros estão vazios que somos desafiados a clamar por pão. Quando há sinais de fome em nossas entranhas é que clamamos como o filho pródigo: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!” (Lc 15.17). A crise, longe de nos levar para as terras de Moabe e para as campinas do Jordão ou mesmo para as planícies do Egito, deveria nos levar para os joelhos e para uma busca sem trégua de restauração.

Uma triste constatação

Uma pergunta surge por todos os lados: por que as pessoas deixam a igreja ou não são atraídas a ela? A resposta é: Porque não há pão. O pão era um símbolo da presença de Deus. Havia o pão da proposição, ou seja, o pão da presença (Nm 4.7). O pão indica a presença de Deus. Nada satisfaz as pessoas de forma plena senão Deus. O próprio Deus colocou a eternidade no coração do homem. Você pode ter templos suntuosos, pregadores eruditos, música de qualidade superlativa, mas só Deus satisfaz a alma.

Como o pai aflito que rogou aos discípulos de Jesus que libertassem seu filho possesso, mas saiu desiludido pela falta de poder deles, temos visto também uma igreja que tem conhecimento, mas não tem poder. E outras que trombeteiam poder, mas não têm nem conhecimento nem poder. As multidões não estão encontrando pão na Casa do Pão.

Muitas vezes, falamos que está fluindo sobre nós um rio de vida, mas o que as pessoas vêem é um rio de palavras vazias. Temos palavra, mas não temos vida. Temos doutrina, mas não temos poder. Temos ortodoxia, mas não temos unção. Temos receita de pão, mas não temos pão.

Quando falta pão na Casa do Pão, as pessoas buscam alternativas perigosas

Elimeleque e sua família, ao enfrentarem a crise da fome, fugiram para Moabe. Quando Belém, a Casa do Pão, ficou vazia, aquela família se viu obrigada a procurar pão em outro lugar. O dilema é que Moabe não era um lugar seguro para aquela família; ao contrário, um lugar de sofrimento, doença, pobreza e morte. As alternativas do mundo podem nos jogar na cova da morte.

Elimeleque e seus filhos Malom e Quiliom morreram em Moabe. Eles perderam a vida buscando a sobrevivência. Eles encontraram a morte, em vez de segurança. Eles encontraram a sepultura, em vez de um lar. Eles, no afã de evitarem a fome em Belém, encontraram a morte em Moabe. Onde eles pensaram que preservariam a vida, a perderam.

A segurança de Moabe é falsa. A fartura de Moabe é enganosa. Moabe significou para Noemi doença, pobreza e viuvez. Moabe significou para Noemi a perda dos seus dois filhos. Moabe é um símbolo do mundo e de sua aparente segurança. Moabe levará os seus filhos e os enterrará antes do tempo. Moabe separará você do seu cônjuge. Moabe tirará a sua alegria e encherá o seu coração de amargura. O preço cobrado em Moabe é muito alto: lá as pessoas pagam com seus casamentos, seus filhos e suas próprias vidas. Na verdade, Noemi partiu cheia de esperança e voltou pobre, vazia, amargurada e ferida (1.20,21).

Quando volta a ter pão na Casa do Pão, as pessoas correm para a Casa do Pão

Há um rumor que chega até Moabe: “Então, se dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o Senhor se lembrara do seu povo, dando-lhe pão” (1.6). Noemi volta porque ouviu falar que havia pão em Belém. Há um murmúrio que percorre as nossas cidades, ruas e becos; é o murmúrio dos famintos. Se somente um deles ouvisse um boato de que o Pão está de volta à Casa do Pão, a notícia logo se espalharia com grande intensidade, e as multidões seriam atraídas irresistivelmente à Casa do Pão. Os famintos viriam e constatariam que a propaganda não é enganosa. Elas diriam: não é uma farsa. E verdade, realmente existe pão com fartura, podemos matar a nossa fome. Deus está na igreja. A glória de Deus resplandece na igreja. O Pão do Céu é oferecido gratuitamente na igreja!

Sim, como necessitamos do Pão do Céu em Belém! Sim, como necessitamos da gloriosa presença de Deus em nossas igrejas! Tão logo as pessoas saibam que Deus está na igreja, elas virão de todos os lados. Tudo o que precisamos é da presença de Deus, é da glória de Deus sobre nós, é de pão com fartura para os famintos.

A história dos avivamentos nos mostra essa gloriosa verdade. Quando Deus visita o Seu povo, as multidões são atraídas à igreja. Os corações se rendem a Jesus, e a igreja se levanta no poder do Espírito Santo para alimentar os famintos com o Pão do Céu. Não precisamos nos contentar com migalhas. Não precisamos viver de farelos. Não precisamos nos alimentar das migalhas que caem da mesa. O Senhor nos oferece um banquete, fornadas de pão quente preparado nos fornos do céu.

Quando há pão na Casa do Pão, as pessoas nos acompanharão à Casa do Pão

Rute acompanhou Noemi a Belém (1.16-19,22). Da mesma maneira que Rute, uma gentia, acompanhou Noemi à Casa do Pão, também as multidões famintas nos acompanharão à Casa de Deus quando souberem que Deus nos visitou com abundância de pão. As pessoas virão à igreja quando provarem o pão da presença de Deus.

Rute encontrou pão em Belém. Ela saiu de Moabe, lugar de morte, e encontrou a vida e um futuro glorioso em Belém. Ela tornou-se avó de Davi, um símbolo do Rei messiânico. Davi nasceu em Belém, a Casa do Pão. Mas Rute também foi um membro da genealogia de Jesus. Jesus também nasceu em Belém. Ele é o Pão da Vida (Jo 6.35,48). O Pão da Vida nasceu na Casa do Pão. Agora temos o Pão do Céu na Casa do Pão. A todos os que têm fome, Ele diz: “Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente” (Jo 6.50,51).

Quando tem pão na Casa do Pão, os pródigos voltam à igreja. Noemi voltou para Belém. A igreja ficará cheia quando as pessoas souberem que lá encontrarão pão com fartura. Quando Deus visita o Seu povo com Pão na Casa do Pão, os cultos tornam-se cheios de vida. Há sincera e abundante adoração. As músicas tornam-se cheias de alegria, as orações cheias de fervor, e os crentes cheios do Espírito.

Que a fome de Deus seja o sinal distintivo da nossa vida. Que a nossa fome de Deus seja maior do que a nossa fome pelas bênçãos de Deus.

Os pródigos não voltarão sozinhos à Casa do Pão

Rute voltou com Noemi. Noemi voltou e trouxe Rute. Semelhantemente, quando a igreja é restaurada, não somente os que saíram dela voltam, mas trazem outras pessoas. Quando o Espírito de Deus é derramado, os descendentes de Jacó brotam como os salgueiros junto à corrente das águas (Is 44.4). Precisamos fazer como os quatro leprosos de Samaria ao encontrarem pão: “Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nós nos calamos” (2 Rs 7.9). Precisamos sair pelas ruas da cidade, pelas praças e becos dizendo que tem pão na Casa do Pão.

Se Deus realmente se manifestar com poder na igreja, o rumor dos famintos se espalhará no campo e na cidade. Antes de podermos abrir as portas, os famintos já estarão na fila esperando o pão. E, quando os pródigos voltarem, não voltarão sozinhos, os gentios que habitavam em Moabe voltarão com eles.

Notas do capítulo -  Larson, Gary N. The new Ungers Bible hand-book. Chicago, Illinois. Moody-Press, 1984: p. 140. - Tenney, Tommy. Os caçadores de Deus. Belo Horizonte, MG. Editora Dynamus, 2000: p. 34.

Tenney, Tommy. Os caçadores de Deus, 2000: p. 36. - Tenney, Tommy. Os caçadores de Deus, 2000: p. 46.

 

Rute - Comentários da Bíblia Diário Vivir (ESP)

1.1 A história do Rute transcorre em algum momento durante o período dos juizes. Aqueles eram dias negros para o Israel, quando "cada um fazia o que bem lhe parecia" (Jdg 17:6; Jdg 21:25). Mas em meio desses tempos escuros e maus, até havia quem seguia a Deus. Noemí e Rute são exemplos formosos de lealdade, amizade e entrega a Deus e ao um pelo outro.

1.1, 2 Moabe era a terra ao leste do Mar Morto. Era uma das nações que oprimiram ao Israel durante o período dos juizes (Jdg 3:12ss), assim é que havia hostilidade entre as duas nações. A fome deveu ter sido bastante severo no Israel para que Elimeleque decidisse ir-se daí com sua família. Lhes chamava efrateos porque Efrata era o nome antigo de Presépio. Até se o Israel derrotasse ao Moabe, seguiriam as tensões entre eles.

1.4, 5 As relações amistosas com os moabitas não se passavam (Deu 23:3-6) embora possivelmente não se proibiram, já que os moabitas viviam fora da terra prometida. Casar-se com um cananeu (e com qualquer que vivesse dentro das fronteiras da terra prometida), estava, entretanto, contra a Lei de Deus (Deu 7:1-4). Aos moabitas não lhes permitia adorar no tabernáculo porque durante o êxodo do Egito não permitiram aos israelitas passar através de sua terra.

Como nação escolhida de Deus, Israel deveu ter estabelecido as normas de uma vida de alta moral para as outras nações. É irônico, mas foi Rute, uma moabita, a quem Deus usou como exemplo de caráter espiritual genuíno. Isto mostra quão estéril era a vida do Israel nesses dias.

RUTE E NOEMI

As histórias de algumas pessoas na Bíblia se encontram tão entrelaçadas que quase são inseparáveis. Sabemos mais a respeito de sua relação que delas como indivíduos. E em uma era que rende culto à personalidade, suas histórias são modelos úteis que ajudam às boas relações. Noemí e Rute são exemplos formosos desta fusão de vidas. Suas culturas, seus antecedentes familiares e sua idade eram muito diferentes. Como sogra e nora, talvez tenham tido tantas oportunidades de tensão como de ternura. E assim se mantiveram unidas a uma à outra.

Passaram por profunda tristeza, quiseram-se muito e entregaram por completo ao Deus do Israel. E apesar de sua interdependência, tinham liberdade quanto a seu compromisso da uma pela outra. Noemí estava disposta a permitir que Rute retornasse a sua família. Rute estava disposta a deixar sua terra natal e ir ao Israel. Noemí incluso ajudou nos acertos matrimoniais do Rute e Booz mesmo que isto podia trocar sua relação com ela.

Deus estava no centro de sua comunicação íntima. Rute chegou a conhecer deus do Israel através do Noemí. A anciã permitiu que Rute visse, escutasse e sentisse todo o gozo e a angústia de sua relação com Deus. Quão frequentemente sente você que seus pensamentos e perguntas a respeito de Deus devem ficar fora de uma amizade íntima? Quão frequentemente expressa seus desordenados pensamentos a respeito de Deus com sua esposa ou com seus amigos? Expressar abertamente a respeito de nossa relação com Deus pode brindar profundidade e intimidade a nossa relação com outros.

Pontos fortes e lucros :

-- Uma relação em que o vínculo maior era a fé em Deus

-- Uma relação de um sólido compromisso mútuo

-- Uma relação em que cada pessoa tratou de fazer o melhor para a outra

Lições de sua vida :

-- A presença viva de Deus em uma relação supera as diferenças que de outro modo criam divisão e desarmonia

Dados gerais :

-- Onde: Moabe, Presépio

-- Ocupações: Algemas, viúvas

-- Familiares: Elimelec, Mahlón, Quelión, Orfa, Booz

Versículo chave :

"Respondeu Rute: Não me rogue que te deixe, e me além de ti; porque a em qualquer lugar que você for, irei eu, e em qualquer lugar que viver, viverei. Seu povo será meu povo, e seu Deus meu Deus" (Rth 1:16).

Sua história se relata no livro do Rute. Mat 1:5 também menciona ao Rute.

1.8, 9 No mundo antigo quase não havia nada pior que ser viúva. Maltratavam-nas ou as passavam por cima. Quase sempre eram pessoas golpeadas pela pobreza. A Lei de Deus, entretanto, estabelecia que o parente mais próximo do marido falecido devia cuidar da viúva; mas Noemí não tinha parentes no Moabe e não sabia se existia algum vivo no Israel.

Até nessa situação se desesperada, Noemí teve uma atitude desinteressada. Embora decidiu retornar ao Israel, animou ao Rute e a Orfa para que ficassem no Moabe e começassem uma nova vida, embora isso significasse mais dor para ela. Como Noemí, devemos considerar as necessidades de outros e não só as nossas. Conforme descobriu Noemí, quando você atua desinteresadamente, outros se sentirão animados a seguir seu exemplo.

1.11 O comentário do Noemí aqui ("eu tenho mais filhos no ventre que possam ser seus maridos?") refere-se ao levirato, a obrigação do irmão do finado de cuidar sua viúva (Deu 25:5-10). Esta lei evitava que a viúva ficasse na miséria e proporcionava uma forma para que continuasse o nome do finado algemo.

Noemí, entretanto, não tinha outros filhos que se casassem com o Rute nem com a Orfa, assim que as animou para que ficassem em sua terra natal e se voltassem a casar. Orfa esteve de acordo, o qual era seu direito. Mas Rute esteve disposta a renunciar à possibilidade de segurança e filhos para cuidar do Noemí.

1.16 Rute era uma moabita, mas isso não lhe impediu de adorar ao Deus verdadeiro, nem tampouco impediu a Deus aceitar sua adoração e encher a de grandes bênçãos. Deus não amava unicamente aos judeus. Deus escolheu aos judeus como instrumento para que o resto do mundo o conhecesse. Isto se cumpriu quando Jesus nasceu como judeu. Através do, todo mundo pode conhecer deus. At 10:34-35 diz que "Deus não faz acepção de pessoas, mas sim em toda nação se agrada do que lhe teme e faz justiça". Deus aceita a todos os que o adoram; atua através das pessoas sem importar raça, sexo ou nacionalidade. O livro do Rute é um exemplo perfeito da imparcialidade de Deus. Embora Rute provinha de uma raça frequentemente desprezada pelos israelitas, foi benta por sua fidelidade. Chegou a ser a bisavó do rei Davi e um antepassado direto do Jesus.

1.20, 21 Noemí experimentou várias penúrias. Abandonou o Israel casada e segura; retornou viúva e pobre. trocou-se o nome para expressar sua amargura e a dor que sentia. Noemí não rechaçava a Deus ao manifestar abertamente sua dor. Entretanto, tal parece que perdeu a visão dos tremendos recursos que tinha em sua relação com o Rute e com Deus. Quando em frente momentos amargos, Deus receberá com agrado suas orações sinceras, mas cuide-se de não passar por cima o amor, a força e os recursos que O provê nas pressente relações. E não permita que a amargura e a desilusão o ceguem ante as oportunidades.

1.22 Presépio estava a uns oito quilômetros ao sul de Jerusalém. O povo estava rodeado por exuberantes campos e arvoredos de olivos. Suas colheitas eram abundantes.

A volta do Rute e Noemí a Presépio foi sem dúvida parte do plano de Deus porque nesta aldeia nasceria Davi (1Sa 16:1) e como o predisse o profeta Miquéias (Mic 5:2), também Jesus nasceria ali. Esta ação, foi mais que uma simples conveniência para o Rute e Noemí. Conduzia ao cumprimento da Escritura.

1.22 devido a que o clima do Israel é muito moderado, há duas colheitas cada ano, na primavera e no outono. A colheita de cevada se levava a cabo na primavera e foi nesse tempo de esperança e de plenitude que Rute e Noemí retornaram a Presépio. Presépio era uma comunidade agrícola e devido a que era época de colheita, havia muito grão restante nos campos. Este grão podia compilar-se ou espigar-se e logo convertê-lo em alimento. (se desejar mais informação sobre espigar, veja-a nota a 2.2.)

 

Rute - Comentário Neves de Mesquita AT

1) Fome e imigração de Elimeleque (1:1-5) -

"Nos dias em que os juízes governavam, houve uma fome na terra" (v. 1). Este verso coloca o episódio do livro numa época certa, mesmo que não tivesse sido escrito nela . Pertence, pois, ao período dos juízes. Nós acabamos de estudar este livro; estamos mais ou menos familiares com a situação em que estes homens governavam. Uns por façanhas, como Sansão, outros por ganância de poder, como Abimeleque (cap. 9), alguns por outros motivos ou intenções. Nesta época, Elimeleque, sua mulher e filhos dirigem-se para Moabe, provavelmente uma pequena região. O uso da palavra campo não parece indicar a grande terra dos moabitas. Possivelmente seria a região rica e bem regada junto ao Arnom, perto dos rubenitas. Assim sendo. Elimeleque estava junto da família mesmo em terra estranha. Havia dois filhos que se teriam unido aos pais para o cultivo de um bom pedaço de terra.

O nome de um era Malom, que significa "delicado", o do outro, Quilom, que significa "fraco". Noemi significa "agradável", gentil. Família de quatro pessoas, bem-comportadas, família caseira e unida, seria um estímulo aos seus aparentados moabitas, cujos costumes eram bem diferentes, pelo que sabemos das suas crônicas religiosas (Núm. 25). Os dois rapazes, solteiros que eram, casaram com moabitas. O casamento com moabitas não estava totalmente proibido porque eles não eram considerados como os cananeus. Apenas não podiam ser admitidos no templo ou na religião, a menos que fossem circuncidados. No tempo de Herodes, o Grande, muitos moabitas se infiltraram em Israel e, para poderem gozar dos benefícios da religião e da sociedade, não hesitaram em se deixar circuncidar. As mulheres se chamavam Orfa e Rute. O nome da primeira significa bondosa ou a que vira as costas. O da segunda significa rosa. Depois morreram Elimeleque e os dois filhos, deixando três viúvas em terra estranha. Rute era a esposa de Malom, talvez o mais velho. O Targum diz que ela era filha de Eglom, rei dos moabitas (Jul. 3:14). Se o Targum estiver certo e este Eglom, pai de Rute, for o Eglom de Juízes 3:14, então temos um ponto certo sobre a data do livro dos juízes. Mas não parece proceder a ideia expressa pelo Targum. A morte dos dois rapazes tem sido atribuída ao seu casamento com estranhas, o que não nos parece certo. Houve muitos casamentos com mulheres de fora da comunidade hebraica, mas não nos consta que os homens tivessem morrido por isso. Os nomes dos rapazes ("delicado" ou "definhamento" e outro "consunção" ou fraco) nada indicam quanto à sua morte. Morreram prematuramente, sem que se saiba por que. De qualquer modo, tinha razão Noemi em dizer que o Senhor havia descarregado a sua mão sobre ela.

2) Noemi e Rute voltam a Judá (vv. 6-18).

Ouviram que tinha chovido em Israel e o Senhor se lembrara do Seu povo. Então Noemi decidiu voltar à sua terra. Os laços de amizade com as duas noras eram muito fortes e elas não queriam separar-se dela. Foi um gesto muito tocante. Como é que duas estrangeiras, de costumes diferentes, e, por que não dizer, de índoles diferentes, se uniram assim à sua sogra? Noemi não queria que elas a acompanhassem. As duas insistiram em acompanhar a sogra. A expressão de Noemi, que cada uma voltasse a "terra de sua mãe", quando deveria ter dito "terra de seus pais", é significativa. Dá a entender que, sendo sogra, só podia pensar nas mães das noras. Parece que o pai de Rute ainda vivia, pois foi lembrado por Boaz (2:11).

"O Senhor vos dê que acheis descanso, cada uma em casa de seu marido. E Noemi beijou-as, em despedida (v. 9). Eram moças e bem podiam encontrar rapazes que as quisessem. Elas responderam, chorando em altas vozes: "Não, iremos contigo ao teu povo." Noemi insistiu com elas para voltarem às suas casas e a seus deuses. Deus poderia dar-lhes descanso (benevolência significa descanso) enquanto em Judá talvez não tivessem isso. É interessante notar que o nome Jeová, aqui traduzido Senhor, já era conhecido das moças, e até o seria entre os moabitas, de modo geral. Em hebraico menuchah significa lugar de descanso e é sinônimo de descanso em vista de promessa. Noemi alega mais que, não tendo outros filhos, não estava na obrigação de os dar às viúvas, conforme preceitua Deuteronômio 25:5, conferido com Mateus 22:23-33. Foi em virtude dessa lei, que Boaz veio a casar com Rute. Se essa lei existia em Moabe não se sabe, mas é possível que não. Existia em Israel, e Noemi está pensando em termos de israelita.

Noemi sente-se amargurada por causa das noras, em não poder dar-lhes outros maridos (v. 13). "A mim me amarga o ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão." Noemi sente-se frustrada na sua vida. Acha que Deus foi severo com ela, levando-lhe o marido e os dois filhos e deixando-a agora com duas noras, que não queriam separar-se dela. Não sabia que isto estava de antemão planejado. Havia outro plano a ser realizado em Israel, mas, como de nada sabia, falava como quem fala para o seu momento. Então voltaram a chorar as três. Orfa com um beijo se despediu da sogra para ir ao seu povo e aos seus deuses. Rute, porém, se apegou à sua sogra e a não deixou. A resolução de Rute era inabalável e a sua linguagem não podia deixar qualquer dúvida, tornando-se até um modelo de decisão e amor: "Onde quer que morreres, morrerei eu, e ali serei sepultada. Assim rne faça o Senhor, e outro tanto se outra coisa que não seja a morte me separar de ti" (v. 17). Que linda linguagem, que belas imagens de pensamentos de uma moabita! Vendo, pois Noemi que a moça de todo estava decidida a jogar sua sorte com a sogra, deixou de instar com ela. Amizades verdadeiras são raras, mas quando se encontram, constituem uma riqueza. Que mais poderia Noemi esperar da terra estranha, onde perdeu o marido e os filhos? Se ela voltasse rica e cheia de "amigos", isso ainda não compensaria a amizade sincera de uma jovem de outra linhagem, e de outra religião, de outros costumes. Aliás, pela leitura, vê-se claro que Rute já tinha adotado a Jeová como o seu Deus. Os deuses antigos da sua família ficavam para trás. Deus, por sua vez, não deixaria de honrar uma fé como a desta moça. E honrou-a dando-lhe um marido ideal e uma linhagem como nunca ela poderia ter em sua terra. Assim Deus, o bom Deus, galardoa os que lhe obedecem e o seguem.

3) Um regresso triste (vv. 19-22).

"Assim, pois, foram-se ambas, até que chegaram a Belém." A viagem não era muito comprida, mas também não era muito curta. Uns 80 quilômetros, se tanto. Se voltassem pelo sul do Mar Morto, teriam de dar uma grande volta e subir pelo deserto de Judá, uma viagem perigosa e cansativa. Voltando pelo caminho que nos parece mais

lógico, atravessariam o território de Rúben e de Gade e passariam o Jordão, no vau de Jericó. Dali para Belém era um salto, viagem de um dia e meio. Não sabemos qual teria sido o caminho, mas podemos crer que o curso aqui proposto foi o seguido por elas. Basta imaginar duas mulheres sozinhas, com as trouxas à cabeça, andando de vila em vila, parando aqui e ali para se alimentar e para dormir, em estalagens nem sempre muito confortáveis e seguras. Que de heroísmo e coragem! Certamente já estavam seguras de que o Deus de Israel as guardaria. Doutra sorte nem teriam ânimo para a viagem. Atualmente há boas estradas, mas, naqueles longínquos tempos, nada disso havia. Agora se vai de automóvel, por uma estrada asfaltada, do antigo território dos rubenitas até Jerusalém e a viagem se faz em poucas horas. Então não seria assim. Era um tempo em que nem havia reis em Israel e cada qual fazia o que bem parecia aos seus olhos (Juí. 21:25).

Finalmente chegaram a Belém-Efrata, assim chamada antigamente. Toda a cidade se alvoroçou (comoveu) (v. 19). Não era para menos. Depois de dez anos de ausência, voltava uma antiga belemita, desfilhada e viúva, acompanhada de uma estranha, que logo foi apresentada como sendo a sua nora, também viúva. Então se diria: "Que houve, que todas estas mulheres ficaram viúvas?" Somos levados a crer que a família de Elimeleque era muito conhecida, e ele era um lavrador, talvez bem situado financeiramente. Possivelmente, o parente Boaz estaria por ali e se alegraria com a volta da parenta, que talvez ele nem pensasse voltaria. O serviço de correio naqueles tempos era coisa muito rara e só existia para os negócios do Estado. Os particulares, quando se mudavam, morriam na lembrança dos que ficavam. Assim Boaz teria ficado alegre ao saber da volta da sua parenta. As mulheres diziam (eram as mulheres porque o verbo hebraico está na forma feminina) : "Não é esta Noemi?

Ela respondia: "Não me chameis Noemi e sim MARA, porque amarga tem sido a minha vida. O substantivo Mara - amargo ou amarga - veio de Êxodo 15:23, quando os israelitas não puderam beber as águas, de amargas que eram. Noemi se considerava de vida amarga, pois com grande amargura o Todo-Poderoso a tinha afligido. O nome divino El-Elion, muito antigo, e que sempre denotava poder para socorrer, fora contrário a Noemi, pois, lhe levara o marido e os dois filhos. Coitada de Noemi! "Ditosa eu parti, porém o Senhor (Jeová) me fez voltar pobre." Era ditosa porque era casada com um homem bom e tinha dois filhos, que, parece, eram o seu consolo. Voltava agora sem nada, Então não era mais Noemi, porém MARA. A sua queixa é admissível numa mulher que não tinha, como muita gente ainda hoje não tem, ciência dos caminhos de Deus, que do mal pode tirar o bem. "Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam Deus". Isso ela não sabia. Chegava à sua cidade no princípio da sega da cevada, que vinha um pouco antes da cega do trigo. Isto deveria ser em abril de um ano que não se sabe.

 

I. RUTE VEM PARA BELÉM (1.1-22) - Comentário da Bíblia NVI - F. F. Bruce

1) Uma família israelita em Moabe (1.1-5)

Uma época de fome na terra de Judá faz Elimeleque (“Deus é rei”), sua esposa Noemi (“minha agradável”) e os seus filhos Malom (“doente”) e Quiliom (“debilitado”) deixarem a sua casa em Belém (“casa de pão”) para se estabelecer em Moabe, um planalto a leste do mar Morto. É irônico que tivessem de deixar a “casa de pão” na terra prometida para ir a Moabe, mas na época dos juízes houve apostasia religiosa e o Senhor veio com julgamento contra o seu povo. Que o propósito deles era retomar fica claro no uso da palavra gür, que expressa residência temporária. Efrata tinha sido o nome antigo de Belém (Gn 35.19; 48.7; Mq 5.2 e v. o paralelismo em 4.11); por isso eram chamados efrateus. Depois da morte de Elimeleque, Malom se casou com Rute, e Quiliom, com Orfa; as duas noivas eram moabitas. A lei não proibia o casamento com moabitas, mas havia algumas restrições para a aceitação dos moabitas na congregação (Dt 23.3; cf. Ne 13.23-30). Rute e Orfa não são nomes hebreus, e o significado é incerto, v. 4. por quase dez anos: isso provavelmente cobre todo o tempo em Moabe, e o casamento dos dois irmãos pode ter ocorrido mais próximo do final desse período. Malom e Quiliom morreram. O narrador aqui concentra a atenção em Noemi, enviuvada, sofrendo com a perda dos filhos e numa terra estranha, todas essas circunstâncias com significado religioso.

2) A determinação de Rute em ir com Noemi (1.6-18)

Noemi decidiu voltar para Belém depois que chegaram notícias a Moabe de que o Senhor viera em auxílio do seu povo, dando-lhe alimento (lit. “pão”). O verbo usado no original para traduzir “vir em auxílio” é o equivalente a “visitar”, paqad, que pode significar “vir com bênção”, com frequência para encerrar um período de provações, e.g., Gn 21.1; 50.24,25; Êx 13.19; Jr 15.15; 27.2229.10; especialmente SL 65.9. Mas o verbo pode significar também “castigar”, como em Am 3.2,14 et al.

Noemi, não querendo conduzir as suas noras à vida numa terra estranha, diz a elas que voltem às suas famílias, v. 8. Ela reconhece a bondade delas com os seus maridos e com ela e ora para que o Senhor seja leal com elas (mostrar hesed “amor leal”; “amor constante”) e lhes conceda segurança (m‘nühãh, v. 3.1) no casamento. (Observe que Itesedí uma característica do próprio Deus, expressa principalmente na sua lealdade à aliança. E muito mais forte do que bondade.) Ela deu-lhes beijos de despedida, mas elas insistiram em ir com Noemi. Ela então, chamando-as carinhosamente de minhas filhas, mais uma vez as aconselha a voltar. Numa série de perguntas retóricas, Noemi — com a ideia do levirato em mente (Dt 25.5ss) — argumenta que ela já não pode ter esperança de ter filhos para oferecê-los como maridos e, de qualquer maneira, não se poderia exigir delas que esperassem tanto tempo. v. 13. A formulação desse versículo na NTLH transmite a ideia de que Noemi expressa remorso porque as suas noras foram envolvidas na sua aflição, mas a formulação Para mim é mais amargo do que para vocês, pois a mão do Senhor voltou-se contra mim se harmoniza melhor com o hebraico. Parece que o sentido que ela quer transmitir é: “Perdi marido e filhos e sou velha demais para casar de novo e ter filhos. Vocês perderam os maridos, mas ainda são jovens para casar de novo e ter filhos. Por que compartilhar da minha aflição?”. E significativo que Noemi não atribui a sua aflição ao acaso ou ao azar, mas à mão do Senhor, um antropomorfismo comum da atividade soberana de Deus, reconhecida em toda a história. v. 14. Orfa, evidentemente convencida pelo argumento, despediu-se e partiu. E injusto culpar Orfa por sua decisão. Não conhecemos todas as circunstâncias; por exemplo, talvez ela soubesse da determinação de Rute e que Noemi não ficaria sozinha. Mas Rute, com lealdade mais forte e laços afetivos mais próximos, //!'.»« com ela [Noemi], (dãbaq, “apegar-se”; v. ARA e ARC; Gn 2.24; Rt 2.821). v. 15. Novamente Noemi encoraja Rute a voltar e seguir a sua cunhada que estava voltando para o seu povo e para o seu deus, “Camos”, cf. Nm 21.29 (ou “deuses”), mas Rute, totalmente decidida, expressa a sua determinação em expressões de beleza indescritível. Ela declara a sua lealdade a Noemi, sua disposição em se identificar com o povo de Israel e a sua devoção ao Deus de Noemi. A sua promessa é selada com um juramento que invoca o juízo de Deus se ela não o cumprir. Essa fórmula de juramento, possivelmente acompanhada de um gesto, é encontrada de forma completa em Samuel e Reis, mas em forma abreviada em outros textos. v. 18. Vendo a força e a natureza da decisão de Rute, Noemi não insistiu mais.

3) Rute e Noemi chegam a Belém (1.19-22)

v. 19. A chegada de Noemi e Rute a Belém causou comoção considerável. A pergunta das mulheres: Será que é Noemi? sugere que os anos que se haviam passado e o luto pelas perdas tinham alterado a sua aparência, v. 20. Noemi retoma o significado do seu nome e responde: Não me chamem Noemi (“agradável”), melhor que me chamem de Mara (“amarga”), pois o Todo-poderoso tornou a minha vida muito amarga. Esse nome divino ’El shaddai é quase sempre usado com referência à ação de Deus com pessoas em aflição. (V. comentário adicional acerca de sadday de L. Morris em Judges-Ruth, TOTC, 1968, p. 264). v. 21. A formulação da RSV, como também da NTLH (“o Deus todo-poderoso me fez sofrer e me deu tanta aflição”), é baseada na emenda textual do hebraico que fazem o grego, o siríaco e o latim, que é: “o Senhor testificou contra mim”, i.e., o Senhor demonstrou o seu desgosto por mim, por isso não me chamem de “agradável”. A frase 0 Todo-poderoso trouxe desgraça sobre mim completa o paralelismo. Noemi exagera a mudança desfavorável nas suas circunstâncias. Ela saiu com uma família completa numa época de fome e, embora o Senhor a trouxesse de volta privada de seu marido e de seus filhos, voltou com uma nora dedicada, a vizinhos compassivos, e isso na época da colheita, v. 22. Parece que é esse o ponto que o autor quer ressaltar de forma branda e amável.

 

MIGRAÇÃO I. Elimeleque vai para Moabe ( Rute 1: 1-5 ) - Comentário Bíblico Wesleyana

1  E sucedeu que, nos dias em que os juízes governavam, que houve uma fome na terra. E um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar no país de Moabe, ele e sua esposa, e seus dois filhos. 2  E o nome do homem era Elimelech, eo nome de sua mulher Noemi, e o nome do seus dois filhos Malom e Quiliom, efrateus de Belém de Judá. E eles vieram para o país de Moabe, e continuou lá. 3  E Elimelech, o marido de Noemi, morreu; e ficou ela com os seus dois filhos. 4  E eles tomaram para si mulheres de mulheres moabitas; o nome de uma era Orfa, eo nome da outra Rute; e ficaram ali quase dez anos. 5  E Malom e Quiliom morreram ambas; e a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido. A bela história de Rute tem a sua definição nos dias em que os juízes julgado (v. 1 ). Tudo começou como um resultado de uma grave fome em Judá. A escassez crítica fez a vida em Judá intolerável para um israelita chamado Elimelech. Para escapar da ameaça de fome, ele e sua mulher, Noemi, juntamente com os seus filhos, Malom e Quiliom, deixou sua herança em Belém e viajou para Moabe. Foi um movimento desesperado para Elimelech. Significava deixando rostos e ambiente familiar. Envolveu o risco de viagens durante o período inquieto dos juízes. É necessário ajustes consideráveis ​​para uma nova cultura e uma forma exterior de vida. Geograficamente, a distância de Belém para Moabe não era grande por aqueles dias. Uma viagem de cerca de 50 milhas estava envolvida. O coração de Moabe foi o planalto que ficava a leste do Mar Morto entre o Arnon e os barrancos Zerede, que drenam para o Mar Morto. Cultural e religiosamente, no entanto, a distância foi imensa. Ao contrário da confederação das tribos de Israel, o reino de Moabe foi altamente organizada. Havia excelentes edifícios e fortificações fortes. Houve considerável atividade agrícola e pastoril. A religião dos moabitas foi dedicado a Quemós e adoração de Quemos incluído sacrifício humano. Elimelech e sua família tentou fazer um novo começo nesta terra estrangeira. Eles deixaram um país assolado pela fome só para encontrar novos reveses. Em primeiro lugar, verificou-se a morte de Elimêlech (v. 3 ). Em segundo lugar, houve a perda dos dois filhos, que, depois de ter se casaram com mulheres moabitas, viveu 10 anos e morreu (v. 5 ). Em terceiro lugar, as esposas enlutadas ficaram sem filhos. Enquanto alguns têm tentado mostrar que esses reveses vieram como resultado de migração para uma terra estranha e casamento com mulheres estrangeiras, não há nenhuma prova de que tal era o caso. II. NAOMI e suas filhas-de-lei ( Rute 1: 6-22 ) Receber a notícia de que a fome em Judá estava no fim, Noemi decidiu voltar para sua terra natal. Suas filhas-de-lei, Orfa e Rute, também decidiu ir com ela.

PERSUAÇÃO A. Noemi ( 1: 6-14 )

6  Então se levantou ela com as filhas-de-lei, que ela poderia voltar a partir do país de Moabe.: por que tinha ouvido no país de Moabe como o Senhor havia visitado o seu povo, dando-lhes pão 7  E ela saiu do lugar onde ela estava, e suas duas filhas-de-lei com ela; e eles iam a caminho de volta para a terra de Judá. 8  E Noemi disse a suas duas filhas-de-lei, Vai, volta cada um de vocês para a casa de sua mãe: negócio Jeová bondosamente com você, como vós o fizestes com o morto, e comigo. 9  Jeová conceder-lhe que acheis descanso cada uma em casa de seu marido. Em seguida, ela beijou-os, e eles levantaram a sua voz, e chorou. 10  E disseram-lhe: Não, mas nós voltaremos contigo ao teu povo. 11  E Noemi disse: Voltai, minhas filhas; porque ireis com me? Tenho eu ainda filhos no meu ventre, para que possam ser seus maridos? 12  Voltai, minhas filhas, seguir o seu caminho; pois eu sou velho demais para ter um marido. Se eu devo dizer, eu tenho esperança, se eu deveria mesmo ter uma noite marido, e ainda tivesse filhos, 13  seria, pois, vós fiqueis até que eles foram cultivadas? portanto, seria a vós de ter maridos? Não, filhas minhas; para entristece-me muito por amor de vós, para a mão do Senhor vem saindo contra mim. 14  e levantaram a sua voz, e chorou novamente: e Orfa beijou a sua mãe-de-lei; mas Rute se apegou a ela. Noemi se esforçou para convencer as filhas-de-lei para permanecer em Moabe. Vai, volta cada um de vocês para a casa de sua mãe (v. 8 ). A referência de Noemi é aposentos das mulheres. negócio Jeová bondosamente com você (v. 8 ). O termo hebraico chesed é variadamente traduzido "benignidade", "bondade", "lealdade". Noemi estava desejoso de que Deus iria conceder chesed para suas filhas-de-lei, embora estivessem fora de Israel e estrangeiros para a aliança. Jeová conceder-lhe que acheis descanso cada uma em casa de seu marido (v. 9 ). O pronome ela aqui se refere a suas respectivas mães, portanto, o significado é que eles devem voltar para suas casas paternas. Noemi revela o total desamparo das viúvas sem filhos quando exorta Orpah e Rute a voltar para onde eles iriam encontrar segurança e bondade na casa da família. Não obstante o seu fundamento, Noemi enfrentou filhas-de-lei que estavam firme em sua determinação de ir com ela. Não, mas nós voltaremos contigo ao teu povo (v. 10 ). Orpah e Rute haviam se provado gentilmente em suas relações, não só com os seus maridos, que já não estavam vivendo, mas agora também com a mãe-de-lei que estava na profundidade de uma morte em vida de solidão e autoincriminação. Noemi revelou seu sentimento de culpa profunda quando ela disse: Por entristece-me muito por amor de vós, para a mão do Senhor vem saindo contra mim (v. 13 margin: "É muito mais amargo para mim do que para você").Ainda Orpah e Rute estavam dispostos a arriscar seu futuro em uma terra estrangeira, a fim de ajudar Noemi.

PERSISTÊNCIA DE RUTE ( 1: 15-22 )

15  E ela disse: Eis que a tua irmã-de-lei é voltado para o seu povo, e para o seu deus: volta tu também após tua irmã-de-lei. 16  E Rute disse: Rogai me para não te deixar, e para voltar de seguir-te; para onde vais, eu irei; e onde tu andares, vou apresentar; o teu povo será o meu povo, o teu Deus, meu Deus, 17  , onde tu morres, eu vou morrer, e ali serei sepultada. Jeová Assim me faça, e outro tanto, se outra coisa que não a morte parte de ti e me 18  E quando viu que ela estava stedfastly disposto a ir com ela, ela parou de lhe falar. 19  Então eles dois, até que chegaram a Belém. E sucedeu que, quando chegaram a Belém, que toda a cidade se comoveu por causa delas, e as mulheres , disse: Não é esta Noemi? 20  E disse-lhes: Chame-me não Noemi, me chamar de Mara; para o Todo-Poderoso de amargura comigo. 21  Cheia parti, eo Senhor me fez tornar vazio; ? Por que me chamais Noemi, visto que o Senhor testifica contra mim, eo Todo-Poderoso me afligiu22  Assim Noemi voltou, e Rute, a moabita, sua filha-de-lei, com ela, que voltou para fora do país de Moabe; e eles vieram a Belém no início da colheita da cevada. Por causa de persuasão de Noemi, Orpah cedeu e, despedindo, voltou para o seu povo. Noemi tentou usar a decisão de Orpah influenciar Rute, Eis que a tua irmã-de-lei é voltado para o seu povo, e para o seu deus (v.15 ). No entanto, Rute não queria seguir sua irmã-de-lei e voltar para a segurança de seu povo e da adoração do deus de Moabe. Ela estava tão firmemente comprometida com o tratamento gentil e dedicado a sua mãe-de-lei como tinha sido para o marido (cf. observações de Noemi em v. 8 ). Noemi tinha sido grandemente abalado em sua fé pelas duras experiências recentes de que ela havia sido submetida. Ela reagiu com amargura quando viu sua vida sob julgamento divino. Sem hesitação e sem reservas Rute entrou em dura provação de Noemi e deu devoção abnegada para ela. Não obstante o que Noemi tinha dito, sobre a decisão do Senhor para ela, Rute resolutamente declarou, Rogai me para não te deixar ... para onde fores, eu irei ... o teu povo será o meu povo, o teu Deus é o meu Deus ... o Senhor fazê-lo para me, e outro tanto, se outra coisa que não te parte morte e me (vv. 16 , 17 ). Suas palavras constituem uma expressão requintada de resolução. Embora Noemi tinha oferecido nada, mas a incerteza e frustração, Rute não estava olhando para as circunstâncias como ela declarou a sua decisão de ir com Noemi. Mais de afeição natural motivado Rute. Não só ela estava resoluta em seu propósito de dar devoção abnegada a um aflito e amarga mãe-de-lei, mas também estava determinada a se juntar a pessoas de Noemi em adorar o Deus verdadeiro. Ela estava pronta a renunciar a seu culto ancestral, pois ela havia chegado ao conhecimento do Deus que tinha havia levantado um povo distintas. Presumivelmente, Elimelech e sua família a tinha trazido esse conhecimento. Em vez de voltar para sua antiga vida, Rute preferiu arriscar tudo e ir com Noemi. Determinação para ajudar os outros e servir a única fé resoluta Deus vivo e verdadeiro exige sempre e decisão. Os dois chegaram a Belém, para a surpresa dos habitantes. É este Noemi? (v. 19 ). Esta foi uma expressão de espanto ao ver Noemi voltar em uma condição tão triste. A resposta de Noemi indica que suas aflições haviam deixado sua marca em seu espírito. Chame-me não Noemi, me chamar de Mara; para o Todo-Poderoso de amargura comigo (v. 20 ). O contraste entre o nome do Noemi (que significa "agradável"), e este último nome, Mara, que significa "amargo", é bastante significativo, tendo em conta o fato de que ela culpou a Deus por seus problemas. Em mais de uma ocasião, ela havia se queixado por causa do que para ela foi um duro tratamento pelo Senhor (cf. vv. 13 , 20-21 ; 2:20 ). No entanto, Rute ficou ao seu lado na devoção gracioso e também manteve uma fé inabalável em Deus, apesar de suas circunstâncias. Embora Rute era um estrangeiro, sua devoção a Noemi e sua fé em Deus fez uma impressão memorável sobre os habitantes de Belém.

 

Significado de Rute 1  - Comentário com Recursos Adicionais Bíblia The Word - Rute 1

1.1 — Nos dias em que julgavam os juízes. Os eventos no livro de Rute aconteceram antes do estabelecimento da monarquia de Israel. Os juízes eram servos de Deus que estabeleceram o ensino da Sua Lei e a retidão durante um tempo de degeneração política, moral e espiritual. A história de Rute brilha como um holofote em uma era de escuridão na história de Israel. Moabe estava localizada a leste do mar Morto. Os moabitas descendiam de Ló, devido à sua relação incestuosa com sua filha mais velha (Gn 19.30-37). A fome em Israel se estendia até Belém, embora seu nome signifique casa do pão.

1.2,3 — Devido à fome, Elimeleque, cujo nome significa Deus é rei, viajou para Moabe com sua esposa e seus dois filhos. Os nomes de sua esposa e de seus filhos também carregavam significado. Noemi significa agradável, doce. Ela se tomou amarga quando a tragédia abateu sua família, mas sua amargura foi revertida (cap. 4). Os nomes dos dois filhos, Malom e Quiliom, significam doentio e fracassado, respectivamente. A morte prematura desses dois filhos em Moabe mostrou que seus nomes eram apropriados (Rt 1.2,5). Efrata era um outro nome para a região de Belém (Gn 48.7; Mq 5.2).

1.4,5 — O nome moabita Orfa pode significar pescoço, um termo referente à beleza física naquela cultura. O nome moabita Rute conota amizade. Embora a Lei de Moisés não proibisse os homens de Israel de casarem-se com mulheres moabitas, excluía os moabitas da congregação de Israel por dez gerações (Dt 23.1-4).

1.6,7 — O Senhor. Esta é a primeira menção do nome de Deus na história. O próprio Deus está no centro do livro. Este versículo ilustra a misericórdia dele, que sustentou até mesmo Seu povo desobediente com comida. Ele visitou Seu povo tanto para abençoá-lo quanto para discipliná-lo (Êx 20.5,6).

1.8 — A palavra hesed, traduzida do hebraico como benevolência, é frequentemente usada para descrever Deus e significa amor leal. Essa palavra expressa a lealdade de Deus, Sua aliança e Seu amor pelo Seu povo. Neste versículo, Noemi declarou a esperança de que o pacto de amor do Senhor fosse estendido às suas noras, que estavam fora da terra de Israel e não eram judias.

1.9 — O conceito de descanso mencionado aqui se refere à segurança encontrada no casamento. Noemi reconheceu nos versículos 8 e 9 que é o Senhor que intervém na vida de Seu povo para trazer-lhe bênçãos. Sua providência é destacada em todo o livro de Rute.

1.10-13 — As noras de Noemi insistiram em retornar com ela. Em resposta, Noemi ressaltou que não poderia prover maridos para elas e expressou preocupação com a felicidade delas. Seu amor por elas foi demonstrado pelo uso de palavras pessoais, como minhas filhas ou filhas minhas, nos versículos 11 e 13, respectivamente.

1.13 — Noemi estava amarga (hb. marar), porque perdera seu marido e seus filhos e atribuíra essas circunstâncias à disciplina de Deus.

1.14 — Neste versículo, as respostas de Orfa e Rute são um contraste. Orfa fez o esperado e retornou para casa. Ainda assim, Rute fez o inesperado, e ficou com sua pobre sogra. Mesmo que compreensível, a atitude de Orfa significou que ela havia abandonado o Deus de Israel. Por outro lado, a atitude de Rute a trouxe para dentro da linhagem do Messias (4.18-22).

1.15 — Noemi tentou mais uma vez convencer Rute a voltar para Moabe. A palavra usada para deuses (hb. elohim) se refere aos deuses de Moabe. Aqui somos lembrados de que ir para Israel era também ir para o único Senhor; permanecer fora de Israel era ficar longe da aliança de Deus com Seu povo.

1.16,17 — Em uma resposta linda e poética, carregada de emoção, Rute descreve sua determinação em ficar com Noemi. Sua afirmação de que o Deus de Noemi seria o seu Deus é especialmente contundente, porque é uma afirmação de fé no Senhor, o Deus de Israel. O fato de Rute usar o nome divino Yahweh, que é traduzido como o Senhor, em um juramento indica o seu comprometimento com o Deus vivo. Ela estava escolhendo apegar-se não apenas a Noemi, sua terra e seu povo, mas também ao seu Deus. Na verdade, ela estava abandonando tudo que havia conhecido para seguir ao único e verdadeiro Deus. Ela estava seguindo os passos de Abraão, que abandonou sua terra e sua parentela natal em resposta a uma ordem de Deus.

1.18-20 — Noemi, temporariamente, esqueceu- se do comprometimento leal e corajoso de Rute ou o ignorou. Ela queria que seu nome refletisse a amargura que sentia devido às circunstâncias por que estava passando e, por isso, autonomeou-se Mara, que significa amarga.

1.21 — Os conceitos de fartura e escassez aparecem aqui. Noemi partiu para Moabe completa: com um marido e dois filhos. Mas agora retornava a Belém vazia. A única família que possuía era Rute. Sua pergunta emocionada é um exemplo de paralelismo no idioma hebraico, um artifício que reforça e dá ênfase à sua emoção. Noemi estava completamente desesperada com o agir do Senhor em sua vida. Isso torna ainda mais marcante a escolha de Rute de não apenas ficar com sua sogra, mas também seguir o seu Deus.

1.22 — O tema do retorno é muito importante neste versículo. O verbo voltar também foi utilizado para se referir a Rute — o que não seria comum por parte do narrador, uma vez que não há qualquer indicação de que Rute havia estado em Israel antes.

Rute, a moabita. Como a história explica, Deus estendeu Sua proteção a Rute, mesmo ela sendo uma estranha. Rute e Noemi chegaram a Belém no princípio da sega da cevada. A cevada era o primeiro grão a amadurecer e este deveria ser o período da safra. O fato de haver um período de safira indica que a fome em Israel já havia cessado (Rt 1.1,6).

 

RUTE - CAPÍTULO 1 - (1322 a.C.) - EXPOSITOR Bíblia The Word

ELIMELECH E NAOMI N OW aconteceu nos dias em que os juízes julgavam (como a exatamente quando esta era, não estamos disse) , que houve uma fome na terra (fomes foram enviados pelo Senhor a Israel como um julgamento por causa de declínio espiritual) . E um homem de Belém de Judá (Belém significa "casa do pão") saiu a peregrinar no país de Moabe, ele e sua esposa, e seus dois filhos (indo para um país fora de Israel de viver foi proibido pelo Senhor, e ainda, vamos ver como o Senhor leve a mal e transformá-lo em direito, mas com grande perda, como acompanha tudo falha) .

2 E o nome do homem Elimeleque, eo nome de sua mulher Noemi, e os de seus dois filhos Malom e Quiliom, efrateus de Belém de Judá. E eles vieram para o país de Moabe, e continuou lá (por causa da fome, no entanto, melhor estar em um período de fome em que pertence ao Senhor, como fez Israel, do que estar em um lugar de prosperidade, e que seja preenchido com a idolatria, como era Moabe) .

SOFRIMENTO

O marido de 3 E Elimelech Noemi morreu; e ficou ela com os seus dois filhos (estar fora da vontade de Deus sempre traz sofrimento) .

4 E eles tomaram para si mulheres de mulheres moabitas (não foi proibido na Lei para um hebreu para se casar com uma mulher moabita, mas uma moabita, por causa de ser amaldiçoado por Deus, foi proibido de entrar na congregação do Senhor [ Deut . 23: 3 ], no entanto, a fé pode superar isso, o que fez com Rute) ; o nome de um era Orfa, eo nome da outra, Rute (dois livros da Bíblia com nomes de mulheres-Rute e Ester; em um, uma mulher se casa com um gentio hebraico, e, na outra, uma mulher hebraica casa-se com um gentio, ambos os casamentos prever, como predito [ Gn 12: 3 ; 18:18 ; 22:18 ; 26: 4 ; . Sl 72:17 ; Atos 03:25 ], para que os gentios, como tal, devem ser trazidos para o Reino de Deus em relação a Israel) ; e ficaram ali quase dez anos (é muito fácil, espiritualmente falando, para entrar em direções erradas, no entanto, muito difícil de sair que direção errada, a fim de voltar para o caminho certo) .

5 E, Malom e Quiliom também morreram os dois; e foi a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido (mais sofrimento!) .

 

NOEMI

6 Então se levantou ela com as suas noras, que ela poderia voltar do país de Moabe, pois tinha ouvido no país de Moabe, que o SENHOR tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão (os Targuns judaicos dizem que um anjo falou para ela e deu essa informação, em outras palavras, a fome acabou, evidentemente durou vários anos) .

7 Pelo que saiu do lugar onde estava, e suas duas noras com ela; e eles iam a caminho de volta para a terra de Judá.

8 E Noemi disse a seus noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe.: O negócio Senhor gentilmente com você, como você tem lidado com os mortos, e comigo (Parece que Noemi, pelo menos nesta fase ., tinha tão pouca fé nas promessas de Deus, e uma experiência tão pobre como o resultado de sua própria desobediência, que ela desanimado suas filhas-de-lei de voltar com ela Isso ela não deveria ter feito, no entanto, a mesma falta de fé que fez com que ela e sua família a deixar Israel assola ela ainda. Mas, como veremos, quando ela não voltar a Israel, a

sua fé vai começar a voltar. Moabe não era o lugar da fé, como o sistema mundial nunca é o lugar da fé. Israel era o lugar da fé, e por isso é atualmente, espiritualmente falando.)

9 O Senhor lhe conceda que você pode encontrar descanso cada uma em casa de seu marido (Noemi sabia que não havia "descanso" na terra de Moabe, porque era um lugar de idolatria) . Então ela beijou-os; e levantaram a sua voz, e chorou.

10 E disseram-lhe: Certamente voltaremos com você até o seu povo (com a declaração, "seu povo", eles estavam falando, assim, do Deus de Israel) .

11 E Noemi disse: Voltai, minhas filhas: por que você vai comigo? há ainda nenhuma mais filhos no meu ventre, para que possam ser seus maridos? (Mais uma vez, a dúvida e a descrença regra. Noemi estava andando pela vista, em vez de pela fé. Tal direção sempre limita Deus.)

12 Voltai, minhas filhas, seguir o seu caminho; pois eu sou velho demais para ter um marido. Se eu devo dizer, eu tenho esperança, se eu deveria ter um marido também a noite, e ainda tivesse filhos;

13 Será que você demorar para eles até que eles foram cultivadas? que você iria ficar para eles de ter maridos? (Em outras palavras, espere até que eles cresceram, assim não se casar com outra pessoa.) não, minhas filhas; por isso me entristece muito por amor de vós que a mão do SENHOR se descarregou contra mim. (Noemi sentiu que ela tinha sofrido a trágica perda de seu marido e dois filhos por causa de estar fora da vontade de Deus, deixando Israel para a Moabe Houve, sem dúvida, alguma verdade nisso;. No entanto, devemos sempre lembrar, Deus não trabalha com o que poderia ter sido, mas sim a partir de) "o que é."

RUTE

14 E levantaram a sua voz, e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra; mas Rute se apegou a ela (Orpah esquerda, e nunca a ouvir novamente;! como é triste) .

15 E ela (Noemi) disse: Eis que a sua cunhada está voltada para o seu povo, e aos seus deuses.: volta tu também após sua cunhada (Do comunicado, "aos seus deuses", é óbvio que o grande fator afirmando aqui foi que os deuses de Moabe, contra o Deus de Israel. Orfa escolheu "seus deuses", e perdeu a melhor coisa que poderia acontecer a qualquer indivíduo-Eterna Vida. Em essência, Noemi perguntou Rute se é isso que ela é vai fazer bem! Exatamente como o que Noemi tinha em mente, podemos apenas imaginar. Parece que ela não queria prometer-lhes coisas que não podia cumprir. Esta parece ter sido a sua intenção. Mas ainda assim, em tudo isso a sua fé, ao que parece, era muito, muito baixo.)

16 E Rute disse: Rogai me para não a deixar, ou para voltar de seguir-te: para onde tu fores, eu irei; e onde apresentar, vou apresentar: o teu povo será o meu povo, e teu Deus, meu Deus:

17 Quando você morrer, eu vou morrer, e ali serei sepultada; o Senhor: Assim me faça, e outro tanto, se outra coisa senão a morte parte você e eu. (Isso tem que ser uma das maiores demonstrações, um dos maiores afirmações de Salvação, encontrada na totalidade da Palavra de Deus. Em essência, é o que deve caracterizar todos os que vêm a Cristo.

Neste consagração, não há olhar para trás. A sorte está lançada. Ela vai sempre virar as costas para o mundo da idolatria e rebelião contra Deus. Ela vai sempre jogar em seu lote com aqueles que adoram o Senhor da Glória. Mesmo quando ela morre, ela não quer ser mandada de volta para Moabe, mas sim enterrado na terra de Israel, o que ela era. Ela cortou todos os laços com o passado, a até mesmo sua família, e tudo o mais. Esta é exatamente a consagração que é

exigido por Deus de todos os que vêm a Ele. Qualquer coisa menos não constitui Salvação a todos!)

18 Quando ela (Noemi) viu que ela (Rute) foi fitos disposto a ir com ela, então ela deixou de lhe falar ("firmemente minded" deve ser o caráter de cada crente) .

19 Então eles dois, até que chegaram a Belém. E sucedeu que, quando chegaram a Belém, que toda a cidade se comoveu por causa delas, e diziam: Não é esta Noemi? (As palavras, "eles disseram," proclamar uma riqueza de informações. Eles carregam o ideia de que a pobreza que envolvia Noemi era óbvia para todos. Além de que, o marido e os dois filhos estavam ausentes, o que significa que eles estavam mortos. Como assim, e acima de tudo, ela é acompanhada por uma moabita, que foi uma censura dentro de si. Pouco que o povo de Belém percebe que esta moabita seria o ancestral do Messias!)

20 E disse-lhes: Chame-me não Noemi, me chamar de Mara (amargo) :. para o Todo Poderoso tem lidado muito amargamente comigo (Isso não estava correto O Senhor não tinha lidado amargamente com Noemi Enquanto os problemas podem ser autorizados por!. o Senhor, eles são por causa de nossos erros, e, certamente, não dele.)

21 Cheia parti, e que o Senhor me fez tornar vazio (em seu pensamento, "vazio", descreveu a sua situação, no entanto, ela era muito mais completa do que ela poderia até mesmo começar a pensar; Rute viria a ser a maior bênção de todos; incredulidade vê "vazio", enquanto fé vê "full") : por que então me chamais Noemi, visto que o Senhor testemunhou contra mim, eo Todo-Poderoso me afligiu?

22 Assim Noemi voltou, e Rute, a moabita, sua nora, com ela, que voltou do país de Moabe (o Espírito Santo nos quer saber quem é Rute, para que possamos saber o que Rute se torna, Ele é, em Ao mesmo tempo, a dizer-nos que, como Ele mudou a vida de Rute, Ele pode mudar nossas vidas, também) , os quais chegaram a Belém no início da colheita da cevada. (Isso foi em abril, época da Páscoa Com efeito, o. Espírito Santo está dizendo: "Quando eu vir o sangue, passarei por cima de você." Não existe pecado do Sangue não pode cobrir Não há vida a purificação do sangue não pode mudar Vai mudar Rute;.. ele pode nos mudar.)

I. A Família de Elimeleque Emigra para Moabe. 1:1-5. Comentário Bíblico Moody

1. Nos dias em que julgavam os juizes. O Livro de Rute apresenta um contraste aos turbulentos acontecimentos descritos em Juízes. Ali nós lemos sobre a apostasia e a opressão, inveja intertribal e guerra civil. Aqui somos lembrados da providência divina na vida de uma família das tristezas dessa família e do modo como os propósitos do Senhor foram realizados através de uma moabita, que veio a ser antepassada do Rei Davi e do Salvador (cons. Mt. 1:5).

Houve fome na terra. As chuvas na Palestina não são muito abundantes e com bastante frequência são insuficientes para regarem adequadamente a lavoura básica. Houve fomes durante a vida de Abraão (Gn. 12:10), Davi (lI Sm. 11:1) e Elias (I Reis 17:1). Na terra de Moabe. Moabe foi um filho de Ló, o fruto funesto de um relacionamento incestuoso de Ló com uma de suas filhas (Gn. 19:36, 37 ). Os moabitas pagaram a Balaão para amaldiçoar Israel (Nm. 22:1-8), durante a peregrinação de Israel a Canaã. Sob circunstâncias normais os moabitas eram excluídos da participação da vida nacional e cooperativa de Israel (Dt. 23:3-6). Havia relacionamento amistoso entre indivíduos israelitas e moabitas, no entanto. Quando fugia da ira de Saul, Davi encontrou um amigo no rei de Moabe (I Sm. 22:3, 4).

2. Malom e Quiliom. Os nomes dos dois filhos de Elimeleque e Noemi expressam fraqueza física. Malom significa "doentio" e Quiliom, "definhante". Na verdade não viveram muito tempo depois de se estabelecerem em Moabe.

4. Os quais casaram. Os filhos de Elimeleque e Noemi estabeleceram-se em Moabe e se casaram, Não há condenação específica sobre tais casamentos, embora certamente os israelitas ortodoxos deveriam ter desaprovado.

5. Ficando assim a mulher desamparada. Durante os dez anos de estada em Moabe, o marido e os dois filhos de Noemi morreram, Tudo o que restou da família antes tão feliz, foram três mulheres - Noemi e suas duas noras, Rute e Orfa.

 

Rute - Autor: Desconhecido (Samuel) - Data: Entre 1050 e 500 a.C. - Comentários e Esboços da Bíblia Plenitude

Autor
Os estudiosos discordam quanto à data do livro, porém o seu cenário histórico é evidente. Os episódios relatados nos livro de Rute se passam durante o período de Juízes, sendo parte daqueles eventos que ocorrem entre a morte de Josué e a ascensão da influência de Samuel (provavelmente 1150 e 1100 a.C.).
A tradição rabínica assegura que Samuel escreveu o livro na segunda metade do séc. XI a.C. Apesar do pensamento crítico mais recente sugerir uma data pós-exílica bem mais tardia (cerca de 500 a.C.), há evidências na linguagem da obra bem como referências a costumes peculiares próprios do séc. XII a.C. que recomendam a aceitação da data mais antiga. É razoável supor que Samuel, que testemunhou o declínio do reinado de Saul e foi divinamente instruído para ungir Davi como escolhido de Deus para o trono, tivesse redigido o livro. Uma história tão comovente como essa certamente já teria sido passada adiante oralmente entre o povo de Israel, e a genealogia que a conclui indicaria uma conexão com os patriarcas, oferecendo assim uma resposta a todos aqueles que, em Israel, indagassem pelo passado familiar do seu rei.

Cristo Revelado
Boas representa uma das mais dramáticas figuras do AT que antecipa a obra redentora de Jesus. A função de “parente remidor” cumprida de forma tão elegante nas ações que promoveram a restauração pessoal de Rute, dá testemunho eloquente a respeito disso. As ações de Boaz efetuam a participação de Rute nas bênçãos de Israel e a incluem na linhagem familiar do Messias (Eph 2:19). Eis aqui uma magnífica silhueta do Mestre, antecipando em muitos séculos a sua graça redentora. Como nosso “parente chegado”, ele se torna carne—vindo como um ser humano (João 1:14) ; (Filipenses 2:5-8)

Esboço de Rute

I. Uma família hebraica em Moabe 1.1-22

Sofrimento de Noemi 1.1-5
Dedicação e promessa de Rute 1.6-18
Retorno a Belém 1.19-22

II. Uma mulher humilde no campo da colheita 2.1-23

Rute no campo de Boaz 2.1-3
Generosidade e proteção de Boaz 2.4-17
Noemi reconhece a bondade de Deus 2.18-23

III. Um matrimônio planejado 3.1-18

Orientação de Noemi 3.1-5
Obediência de Rute 3.6-13
Recompensa pela obediência 3.14-18

IV. Parente e remidor 4.1-22

Boaz, o remidor escolhido por Deus 4.1-12
Casamento de Boaz com Rute 4.13
Benção de Deus sobre Noemi 4.14-17
Genealogia de Davi 4.18-22

.Fonte: Bíblia Plenitude

 

Rute - História dos Hebreus - De Abraão à queda de Jerusalém.

História de Rute, mulher de Boaz, bisavô de Davi. Nascimento de Samuel. Os filisteus vencem os israelitas e tomam a arca da aliança. Ofni e Finéias, filhos de Eli, sumo sacerdote, são mortos nessa batalha.

213. Rute 7. Depois da morte de Sansão, Eli, sumo sacerdote, governou o povo de Israel. Houve no seu tempo uma grande carestia. Abimeleque,* que morava na cidade de Belém, na tribo de Judá, não a podendo suportar, foi com a mulher, Noemi, e seus dois filhos, Quiliom e Malom, para o país dos moabitas. Ali tudo correu perfeitamente bem, e ele casou o mais velho dos filhos com uma jovem de nome Orfa e o mais moço com outra, de nome Rute. Dez anos depois, pai e filhos morreram, e Noemi, cheia de aflição, resolveu voltar para o seu país, que então estava em situação melhor que a de quando ela o havia deixado.

As noras quiseram segui-la, porém, como as amasse demais para tolerar que sofressem a mesma infelicidade, rogou-lhes que ficassem, pedindo a Deus que as fizesse mais felizes no segundo matrimônio, pois não o haviam sido no primeiro. Orfa consentiu naquele desejo, mas a extrema afeição que Rute devotava à sogra não lhe permitiu abandoná-la e desejou ser sua companheira também na adversidade. Assim, chegaram ambas a Belém, onde veremos em seguida que Boaz, primo de Abimeleque, as recebeu com grande bondade. Noemi dizia aos que a chamavam por esse nome: "Deveríeis antes chamar-me Mara" — que significa "dor" — "e não Noemi" — que quer dizer "felicidade".

* As Escrituras chamam-no Elimeleque.

Rute 2. Chegou o tempo da ceifa, e Rute, a fim de obter alimento, foi respigar, com licença da sogra. Entrou por acaso no campo que pertencia a Boaz. Ele chegou pouco depois e perguntou ao administrador quem era aquela moça. Ele o informou de tudo o que sabia, dito por ela mesma. Boaz louvou muito o afeto que ela nutria pela sogra e pela memória do marido e desejou-lhe toda sorte de felicidade. Disse ao administrador que permitisse a ela não somente respigar, mas levar o que desejasse, e que lhe dessem ainda de beber e de comer, como aos ceifadores.

Rute guardou um caldo para a sogra, que levou para ela à tarde, com o que havia recolhido. Noemi, por seu lado, guardara para Rute parte do que os vizinhos lhe haviam dado para o jantar. Rute contou-lhe o que se havia passado, e Noemi disse-lhe que Boaz era um parente e homem de bem, tanto que esperava que ele tomasse cuidado dela, Rute, que em seguida voltou a respigar no campo dele.

Rute 3. Dias depois, quando toda a cevada já estava batida, Boaz veio à sua propriedade e deitou-se na eira. Quando Noemi o soube, julgou vantajoso que Rute se prostrasse aos pés dele para dormir e disse-lhe para fazer o que pudesse para consegui-lo. Rute não ousou desobedecê-la e assim, mansamente, esgueirou-se até os pés de Boaz. Ele não a percebeu no momento, porque estava muito adormecido, porém ao acordar, pela meia-noite, percebeu que alguém estava deitado junto dele e perguntou quem era. Ela respondeu: "Sou Rute, vossa serva, e rogo-vos que consintais que eu repouse aqui".

Nada mais ele perguntou e deixou-a dormir, mas a despertou bem cedo, antes que os empregados se tivessem levantado, dizendo-lhe para apanhar quanta cevada quisesse e então voltar para a casa da sogra, antes que alguém percebesse que ela passara a noite junto dele. Porque era necessário, por prudência, evitar qualquer motivo de comentários, principalmente em assunto daquela importância. Ele acrescentou: "Aconselho-vos a perguntar a alguém que vos seja mais próximo que eu se vos quer tomar para esposa. Se ele estiver de acordo, podereis desposá-lo. E, se recusar fazê-lo, eu vos desposarei, como a Lei me obriga". Rute narrou à sogra esse fato, e ambas conceberam então firme esperança de que Boaz não as abandonaria.

Rute 4. Ele voltou à cidade pelo meio-dia e reuniu os magistrados. Mandou chamar Rute e seu parente mais próximo, ao qual disse: "Não possuis os bens de Abimeleque?" Respondeu ele: "Sim, eu os possuo pelo direito que a Lei me dá, sendo o seu parente mais próximo". Boaz replicou: "Não basta cumprir parte da Lei, deve-se cumprir toda ela. Assim, se quiserdes conservar os bens de Abimeleque, é necessário que desposeis a viúva, que vedes aqui presente". O homem respondeu que já era casado e, tendo filhos, preferia ceder-lhe os bens e a mulher. Boaz tomou os magistrados como testemunhas dessa declaração e disse a Rute que se aproximasse daquele parente, descalçasse-lhe um dos sapatos e lhe desse um tapa no rosto, como a Lei determinava. Ela o fez, e Boaz então desposou-a.

Ao fim de um ano, ela teve um filho, do qual Noemi teve o encargo de cuidar e a quem chamou Obede, na esperança de que ele a ajudaria em sua velhice, pois Obede, em hebreu, significa "auxílio". Obede foi pai de Jessé, pai do rei Davi, cujos filhos até a vigésima geração reinaram na nação dos judeus. Fui obrigado a narrar essa história para dar a conhecer que Deus eleva quem quer ao soberano poder, como se viu na pessoa de Davi, cuja origem foi a seguinte:

7 Samuel 2. Os interesses dos hebreus estavam então em mau estado, e eles travaram guerra com os filisteus, pelo motivo que passo a narrar. Hofni e Finéias, filhos de Eli, sumo sacerdote, não eram menos ultrajantes para com os homens que ímpios para com Deus. Não havia injustiça que eles não cometessem. Não se contentando em receber o que lhes pertencia, tomavam também o que não lhes era devido. Corrompiam com presentes as mulheres que vinham ao Templo por devoção ou atentavam contra a honra delas pela força, exercendo assim funesta tirania.

Tantos crimes tornaram-nos odiosos a todo o povo e mesmo ao próprio pai. Deus lhes fez conhecer, bem como a Samuel, que então era apenas uma criança, que eles não evitariam a sua justa vingança, por isso Eli a esperava a todo momento e já os chorava como mortos. Porém, antes de relatar de que modo eles e todos os israelitas — por causa deles — foram castigados, quero falar dessa criança, que se tornou mais tarde um grande profeta.

214. 7 Samuel 1. Elcana, da tribo de Efraim, morava em Ramataim-Zofim, no território dessa tribo, e tinha como esposas Ana e Penina. Esta lhe dera filhos. Não os tivera, porém, de Ana, a quem ele amava ardentemente. Um dia, estando com a família em Silo, onde se localizava o sagrado Tabernáculo, Ana, vendo os filhos de Penina sentados à mesa perto da mãe e Elcana a dividir entre as duas mulheres e eles as iguarias que restavam dos sacrifícios, a dor pelo fato de ser estéril a fez derramar lágrimas. O marido fez o que pôde para consolá-la. Depois ela entrou no Tabernáculo, rogou com fervor a Deus que a tornasse mãe e fez voto de que, se Ele lhe desse um filho, o consagraria ao seu santo serviço. E não se cansava de fazer sempre a mesma oração.

Eli, sumo sacerdote, que estava sentado diante do Tabernáculo, julgou que ela estivesse embriagada e ordenou que se retirasse. Ela respondeu-lhe que jamais bebera outra coisa senão água pura, mas que na aflição em que se encontrava por ser estéril rogava a Deus que lhe desse filhos. Disse-lhe ele então que não se afligisse e garantiu que Deus lhe daria um filho. Com essa esperança, foi então ao encontro do marido e seguiu com alegria. Voltando ao seu país, ficou grávida e teve um filho, a quem chamou Samuel, isto é, "ouvido por Deus". Quando voltaram a Silo para dar graças por meio de sacrifícios e pagar os dízimos, Ana, cumprindo o seu voto, consagrou o menino a Deus e entregou-o nas mãos de Eli. Deixaram crescer-lhe o cabelo, e ele só bebia água. Foi educado no Templo. Elcana teve ainda de Ana três filhos e duas filhas.

215. 1 Samuel 3. Quando Samuel completou doze anos, começou a profetizar, e certa noite, quando dormia, Deus chamou-o pelo nome. Pensando que era Eli quem o chamava, foi logo ter com ele. Mas este disse-lhe que não havia nem mesmo pensado em chamá-lo. A mesma coisa aconteceu por três vezes. Eli não teve então dificuldade para imaginar o que se passava e disse-lhe: "Meu filho, não vos chamei, nem agora nem das outras vezes. É Deus quem vos chama. Respondei então que estais pronto a obedecer-lhe".

Deus chamou então novamente a Samuel, e ele respondeu: "Eis-me aqui, Senhor. Que desejais que eu faça? Estou pronto a obedecer". Então falou-lhe deste modo: "Sabei que os israelitas cairão na maior de todas as desgraças: os dois filhos de Eli morrerão no mesmo dia, e o sumo sacerdócio passará da família dele para a de Eleazar, porque Eli atraiu a minha maldição sobre os seus dois filhos, testemunhando mais amor por eles que por mim". O temor de causar sofrimentos a Eli não permitiu a Samuel narrar-lhe o que ouvira nessa revelação. Mas Eli obrigou-o a falar. Então, esse infeliz genitor não duvidou mais da sorte de seus filhos. Samuel, no entanto, crescia cada vez mais em graça, e todas as coisas que profetizava não deixavam de acontecer.

216. 1 Samuel 4. Logo depois os filisteus se puseram em campo para atacar os israelitas. Acamparam-se perto da cidade de Afeca e, não encontrando resistência, avançaram ainda mais. Travaram por fim um combate, no qual os israelitas foram vencidos. Estes, depois de terem perdido mais ou menos uns quatro mil homens, retiraram-se desordenadamente para o seu acampamento. O temor de serem completamente desbaratados foi tão grande que mandaram embaixadores ao Senado e ao sumo sacerdote para rogar que lhes mandassem a arca da aliança. Não duvidavam que com esse socorro obteriam a vitória, porque não imaginavam que Deus, que pronunciara a sentença de seu castigo, era mais poderoso que a arca, reverenciada unicamente por causa dEle. Mandaram então a arca ao acampamento.

Hofni e Finéias acompanharam-na, por causa da velhice do pai, e ele disse a ambos que, se acontecesse de ela ser tomada e eles tivessem tão pouca coragem que sobrevivessem a tal perda, jamais tornassem a se apresentar diante dele. A chegada da arca alegrou tanto aos israelitas que eles já se julgavam vitoriosos. Ao mesmo tempo, lançou terror no espírito dos filisteus. Mas uns e outros estavam enganados. Ao travar-se a batalha, a perda que os filisteus temiam caiu sobre os seus inimigos, enquanto a confiança que os israelitas depositavam na arca foi inútil, pois foram postos em debandada ao primeiro embate. Perderam trinta mil homens, dentre os quais estavam os dois filhos de Eli, e a arca caiu em poder dos filisteus.

 

RUTE - Dicionário Champlin

Visto tratar-se de uma forma contraída, alguns estudiosos preferem não identificar seu sentido, mas outros pensam em «companheira». Na LXX, Routh. Seria uma palavra moabita, pois nenhuma raiz hebraica pode ser, convincentemente, identificada. Ela foi mulher moabita, bisavó do rei Davi.

Uma família judaica migrara de Belém para Moabe, a fim de escapar da fome que se agravava. O chefe da família, Elimeleque, não demorou a falecer, como também os dois filhos homens, Malom (que se casou com Rute), e Quiliom, que se casara com outra jovem moabita, Orfa. Desses casamentos, não houve filhos. As três viúvas, sogra e noras, ficaram juntas. Quando Noemi, a sogra, resolveu voltar à sua terra, insistiu com suas noras viúvas que retornassem cada uma à casa de sua mãe. Orfa terminou cedendo, mas Rute estava resolvida a acompanhar sua sogra aonde quer que ela fosse, dizendo:«... o teu povo é meu povo, o teu Deus é meu Deus» (Rute 1:16).

Chegaram em Belém, no tempo da colheita. Rute foi respigar, conforme o direito que assistia aos pobres, no campo plantado de Boaz, parente ao falecido Elimeleque e que acolheu bondosamente à jovem moabita, por ter ouvido falar de sua lealdade para com Noemi. Disso resultou que, embora sendo homem já idoso, Boaz resolveu casar-se com Rute, embora houvesse um homem que tinha maiores direitos de casamento levirato (vide), do que ele. Como esse outro homem se recusou a cumprir o seu papel de parente remidor (vide), Boaz alegremente assumiu esse papel. O filho do casal, Obede, foi o avô paterno de Davi. Quanto a certos detalhes técnicos sobre costumes e leis dos judeus, ver o livro de Rute.

Rute é uma das cinco mulheres mencionadas na genealogia de Jesus, em Mat. 1:1-17, a saber: Tamar, Cananéia; Raabe, Cananéia; a mulher de Urias, Bate-Seba, judia; Maria, mãe de Jesus, judia; a própria Rute, moabita. A inclusão de Rute é muito mais notável porque os moabitas não podiam fazer parte do povo de Israel (ver Deu. 23:3-6 Ne. 13:1), mas sua lealdade e confiança foram recompensadas, e ela se tornou uma das antepassadas do Senhor Jesus, uma honra em nada pequena.

 

Lição 8, Rute, DEUS Trabalha Pela Família

4º Trimestre de 2016 - Título: O DEUS de Toda Provisão - Esperança e Sabedoria Divina para a Igreja em meio às Crises - Comentarista: Pr. Elienai Cabral

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 1.1-14

1 - E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos. 2 - E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali. 3 - E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos, 4 - os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos. 5 - E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido. 6 - Então, se levantou ela com as suas noras e voltou dos campos de Moabe, porquanto, na terra de Moabe, ouviu que o SENHOR tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão.  7 - Pelo que saiu do lugar onde estivera, e as suas duas noras, com ela. E, indo elas caminhando, para voltarem para a terra de Judá, 8 - disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o SENHOR use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e comigo. 9 - O SENHOR vos dê que acheis descanso cada uma em casa de seu marido. E, beijando-as ela, levantaram a sua voz, e choraram,  10 - e disseram-lhe: Certamente, voltaremos contigo ao teu povo.  11 - Porém Noemi disse: Tornai, minhas filhas, por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no meu ventre mais filhos, para que vos fossem por maridos? 12 - Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido, e ainda tivesse filhos,  13 - esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomardes marido? Não, filhas minhas, que mais amargo é a mim do que a vós mesmas;  porquanto a mão do SENHOR se descarregou contra mim. 14 - Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou a ela.

 

 

 

COMENTÁRIOS DE DIVERSOS AUTORES E LIVROS COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO Ev. LUIZ HENRIQUE

PONTOS DIFÍCEIS E POLÊMICOS

Livro da geração de JESUS CRISTO, filho de Davi, filho de Abraão. Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos; E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá; e Perez gerou a Esrom; e Esrom gerou a Arão; E Arão gerou a Aminadabe; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou a Salmom; E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé; E Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias. Mateus 1:1-6

JESUS descendente de Sara que era estéril, de Rebeca que era estéril, de Raquel que era estéril, de Tamar que teve um filho de seu sogro, de Raabe a prostituta e descendente de Rute a moabita, descendente de Moabe que era filho de uma mãe que teve seu filho de seu próprio pai, Ló. Isso é graça. Glória a DEUS!

 

Belém - Padaria

Elimeleque foi procurar Pão fora de Belém, mas acabou encontrando a morte para ele e seus dois filhos. Noemi voltou para a padaria em busca de pão e O encontrou. Belém - βηθλεεμ Bethleem. Casa de pão - padaria.  

Eu sou o pão da vida. João 6:48 Porque o pão de DEUS é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. João 6:33 JESUS é o pão nascido na padaria, tanto na celeste, quanto na terrestre.

Não adianta procurar pão no mundo, ele só é encontrado na casa de DEUS.

Elimeleque morava na Padaria, mas não tinha trigo para fazer pão. Para fazer pão precisa de trigo e para nascer trigo precisa de chuva. Não havia chuva por causa da idolatria. 
Não adianta estar na casa de DEUS sem JESUS. Para ser casa de DEUS precisa de ter a presença de JESUS e só temos a presença de JESUS através do ESPÍRITO SANTO, e Este só se faz presente com muita oração. Só existe presença de JESUS quando adoramos exclusivamente a DEUS, não existe comunhão entre trevas e luz. 
Precisava Abraão permanecer em Canaã? Precisava Isaque permanecer em Canaã? Precisava Elimeleque permanecer em Belém? SIM. Havia fome ali. Se você só tem fé em DEUS na bonança, quando está bem financeiramente sua fé não agrada a DEUS. Para que fé se não precisa de DEUS?

Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no DEUS da minha salvação. O Senhor DEUS é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas. 
Habacuque 3:17-19.

 

O livro de Rute é a história de um drama familiar nele encontramos
- o problema da crise financeira
- o problema da imigração
- o problema da doença
- o problema da morte
- o problema da viuvez
- o problema da pobreza
- o problema da amargura contra DEUS Ao mesmo tempo, o livro de Rute nos fala sobre:
- a força da amizade
- a beleza da providência
- a recompensa da virtude. 
No Evangelho de Mateus, Rute, a moabita, é mencionada na genealogia de JESUS (1.5). É muito interessante, que além de Raabe, uma ex-prostituta de Jericó, apareça a moabita Rute oriunda de uma cultura pagã e idólatra. É a prova de que CRISTO JESUS veio como o salvador de qualquer ser humano e que a sua graça é capaz de alcançar o mais vil pecador. A história de Rute nos mostra o quanto DEUS guia os passos dos que desejam servi-Lo com verdade. Embora vivendo um contexto de escassez e fome,
DEUS trouxe provisão à necessidade de Rute. A história dessa grande mulher nos estimula a vivermos uma vida de devoção sincera a DEUS, sabendo que o Pai é grande o bastante para abençoar o esforço das nossas mãos e a sinceridade da nossa fé. *Ensinador Cristão - CPAD

 

Belém Efrata - O nome Efrata é outro nome dado a Belém

אפרת ’Ephraath ou אפרתה ’Ephrathah

Efrata = "monte de cinzas: lugar frutífero"

1) um lugar próximo a Betel onde Raquel morreu e foi sepultada

2) outro nome para Belém

 

COMENTÁRIO

Uma família que pagou um alto preço por uma decisão precipitada de um chefe de família.

Neste texto, vemos a história de um homem chamado Elimeleque, tomando uma decisão que mudou a sua vida, a vida de sua esposa e de seus filhos. O livro de Rute corresponde à época dos Juízes, e nesta época, não havia Rei em Israel, o povo fazia o que bem entendia e agia da forma que eles achavam correto.

A Bíblia diz que, “na época em que os Juízes julgavam a terra, houve fome em Israel”. Foi neste período de fome que Elimeleque tomou a decisão de se mudar para a terra de Moabe. (na época de Abrão houve fome e este desceu ao Egito, na época de Isaque houve fome e este foi a Gerar, na época de Elimeleque houve fome e este desceu a Moabe, na época de Pedro e Paulo teve fome em toda parte e os irmãos vendiam suas propriedades para ajudarem aos pobres).

A Bíblia diz que ele escolheu sair da terra de Israel e mudar-se para um outro país em procura de alimento e socorro.

A princípio, esta decisão parecia ser correta, mas não foi. Muitas vezes, quando nós enfrentamos momentos de lutas ou quando a fome bate em nossa casa ou quando os negócios não vão bem, nós somos obrigados a tomar decisões em nossas vidas que, nem sempre, serão as melhores, pois, são decisões precipitadas, e nós iremos sofrer as consequências das decisões que tomamos hoje, no dia de amanhã.

Elimeleque vendo a situação do país, a fome, pegou sua esposa e seus filhos e foram para Moabe, onde havia muita idolatria, um local de pecado, onde as pessoas adoravam a um deus que não era O DEUS verdadeiro.

Quando você tem uma decisão a tomar, você deve pensar muito bem, consultando a DEUS, nesta decisão. Qual é o melhor caminho para a sua vida?

A mudança geográfica não significa que os problemas vão terminar. Mudar de casa não vai resolver o problema. Mudar de cidade não vai resolver o problema. Mudar de igreja não vai resolver o problema. Pensar em fugir, não resolverá o problema. DEUS não quer que tomemos a decisão de agir desta forma. DEUS não quer que tomemos decisões precipitadas. Nós temos que ser sábios.

Este tipo de problema aconteceu com Abraão. A Bíblia diz que DEUS falou a Abraão: “olha, eu darei para ti esta terra, para você habitar nela”. E houve fome na terra e Abraão saiu e foi para o Egito pensando: “bom, eu vou fugir da fome. DEUS tem outro caminho, onde estou, está difícil. Eu vou fugir”. Teve que mentir e quase perdeu sua esposa. Se DEUS não intervém, teria destruído o plano de DEUS em sua vida.

Nem sempre estas mudanças serão o melhor de DEUS para a sua vida. Você precisa orar muito antes de tomar uma decisão, você precisa consultar a Palavra, e perguntar a DEUS o que você deve fazer. Você deve, às vezes, aceitar a opinião dos pastores e dos líderes que estão sobre a sua vida, e que, muitas vezes, têm mais sabedoria do que você. No entanto, você deve analisar tudo pela Palavra e tomar a atitude certa. Muitos perdem a benção do Senhor em suas vidas por tomarem a atitude errada. Buscam o caminho errado, fazem negócios que DEUS não mandou fazer e vão para lugares que DEUS não mandou ir, e depois choram e reclamam pensando que DEUS não os abençoou.

“O homem pode fazer planos mas a resposta final vem de DEUS”. Você tem que descobrir quais são os planos de DEUS para a sua vida, pois, do contrário você vai fracassar

Elimeleque tomou uma decisão.

Salmo 33: 18-19
“Mas os olhos do Senhor estão sobre os que o temem; sobre os que esperam no seu constante amor, para livrar as suas almas da morte, e para os conservar vivos na fome”.

Se você obedece a Bíblia e se consagra a DEUS, esta palavra é para você.

No dia da fome Ele vai suprir as suas necessidades e você não precisará mudar de lugar para ver as bênçãos de DEUS, Ele te alcançará.

Elimeleque não percebeu e não entendeu a voz de DEUS.

Salmo 37: 18-19
“O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre. Não serão envergonhados nos dias maus; nos dias de fome se fartarão”.

O Senhor é responsável por suprir as suas necessidades. Podem vir os planos econômicos, a crise, a fome, o desemprego, mas DEUS diz que vai guardar a sua vida e te suprir em meio à crise e fome. Você deve confiar no Senhor, na Sua palavra e não desanimar e nem voltar para trás, mas permanecer firme.

É fácil confiar em DEUS quando tudo está bem, não é verdade?

DEUS quer nos ensinar a confiar nele quando os nossos olhos não vêem nenhuma solução para os problemas. É crer para ver a glória de DEUS.

A Bíblia diz em Deuteronômio 11:13 – “Diligentemente”.

Se você obedecer a DEUS ele te abençoará. Mas, a Bíblia diz que se o povo se desviar e for atrás dos ídolos, DEUS irá fechar os céus e a chuva, e a terra não dará o seu alimento e, consequentemente, virá a fome sobre a terra.

A fome e a seca vêm sobre uma nação quando ela é idólatra. Quando uma nação coloca alguma coisa à frente de DEUS; não apenas uma estátua de um santo, mas até mesmo pessoas, objetos e passam a depender mais dessas coisas do que de DEUS, Ele diz que ficaria irado contra aquele povo, e haveria fome e seca, e as pessoas iriam sofrer as consequências de sua desobediência.

Naquela época, cada uma fazia o que achava mais reto, e cada um fazia a seu modo. Sobreveio a fome e Elimeleque, que era judeu, deveria confiar em DEUS e ficar naquela terra.

Não tome decisões apenas por que as situações estão complicadas. Antes de decidir qualquer coisa pergunte a DEUS, ore e derrame o seu coração e a sua vida diante de DEUS. Ore, jejue, levante de madrugada e gaste tempo em oração, pergunte a DEUS qual a decisão que você deve tomar. Diga a DEUS: “Senhor eu não quero tomar a decisão errada, eu quero andar na tua palavra’; e se você for sincero, DEUS vai falar com você de uma maneira tremenda.

DEUS pode falar por meios que, muitas vezes, não são os meio convencionais. DEUS fala através da Palavra, através de um irmão, por profecias, por sonhos, por revelações, por palavras de conhecimento, visões e de diversas formas. O mais importante é que você ouça a voz de DEUS para a sua vida.

Porque as decisões erradas trazem problemas

A mudança de Elimeleque parecia, à princípio, uma mudança de residência e, com sinceridade de coração, ele pensou que o melhor caminho seria ir para Moabe. Elimeleque morreu e, anos mais tarde, seus dois filhos também morreram (v. 3). Eu não quero dizer que ele morreu porque foi para Moabe; mas também não vou dizer que não, pois, ele pode ter morrido por outra causa. No entanto, a Bíblia declara que logo após a mudança, ele morreu e que dez anos depois, seus filhos morreram. Por uma decisão que o pai tomou, a família inteira sofreu as consequências. O marido é o sacerdote da casa, é o ministro de DEUS em seu lar e as decisões que ele tomar, afetarão a vida de seus filhos e de seus netos. Tenha o temor de DEUS em sua vida e tome as decisões corretas. O homem morreu e sua esposa ficou desamparada, sozinha longe de seu povo e tudo isso porque Elimeleque ficou com medo da fome. Elimeleque tinha planos, tinha sonhos. Você pode sonhar, mas muitas vezes não é o sonho que DEUS tem para a sua vida. O que DEUS quer é que você sonhe planos dEle para a sua vida. Tenho visto pessoas tomarem decisões erradas e sofrerem na vida, levando com eles suas esposas e seus filhos. Muitas vezes, alguém perde tudo o que tem porque fugiu da terra que DEUS tinha para ele. Meu irmão, muitas vezes DEUS permite que a fome venha sobre o país, para que você confie mais nEle e não nas circunstâncias. O medo do diabo e da crise, não é de DEUS. Esta não é a decisão que você tem que tomar. Muita gente morre cedo por decisões erradas. Deuteronômio diz que você deve ensinar o seu filho a estudar a Palavra desde pequeno. Mas, muitas vezes, nos esquecemos da Bíblia e lá no quarto ao invés da Palavra, está a fotografia de uma banda de rock qualquer ou de um ídolo da novela ou do futebol ou da luta de MMA ou coisa parecida.

Há muitas caminhos que ao homem parecem corretos mas, o fim deles são caminhos de morte.

Tome cuidado nas decisões que você toma. Se forem decisões radicais, preste atenção, ore, consulte a DEUS, fale com irmãos maduros, não seja precipitado, seja humilde. DEUS vai falar com você e então, você tomará a decisão certa que irá mudar a sua vida.

As decisões que você toma podem deixar a vida de seus filhos uma benção ou levá-los a perdição. As palavras que você fala, podem ser de benção ou de destruição. A semente que você semeia, o estilo de vida que você tem em casa, o modo como você trata a sua esposa, o modo como você, homem, fala no trabalho com seus amigos e o modo com que você trata dos assuntos espirituais, vão afetar a vida de seus filhos e vão trazer benção ou maldição sobre a sua casa. Você é o sacerdote da casa. DEUS colocou na sua mão uma chave que fecha a porta para o diabo agir. DEUS te deu autoridade, use-a com sabedoria. Muitos maridos entregam seu lar ao diabo, e deixam seus filhos assistirem qualquer coisa na TV. Muitos pais não aceitam que seus filhos levem bronca na escola, quando eles fazem coisas erradas. Estas decisões vão afetar a sua vida, e nós não queremos estas coisas em nossas vidas.

Qual foi a ambição de Elimeleque?

Elimeleque queria um futuro seguro.

O ser humano quer segurança em relação ao amanhã. Não é errado querer segurança. DEUS quer que você tenha carro, caderneta de poupança, um sítio, e muitas outras coisas.

Mas, muitas vezes, as pessoas têm uma preocupação demasiada com estas coisas e, quando vem alguma situação que contraria ou abala esta segurança, elas ficam preocupadas e começam a olhar para as circunstâncias e se esquecem de DEUS.

A lição que DEUS quer nos dar é que, no tempo de fome, Ele é o nosso DEUS e Ele nos dá segurança a cada dia de nossas vidas.

Muitas vezes, nós vivemos em circunstâncias que não sabemos o que fazer, mas tenha certeza de que se você for fiel ao Senhor, Ele te ajudará. DEUS nunca vai desamparar a sai vida. Ele vai socorrer você no tempo da fome e da dificuldade. Não fuja da vontade de DEUS nos dias difíceis. Se você está desempregado, esta é uma palavra de DEUS para a sua vida: fique firme confiando no Senhor, que Ele irá suprir as suas necessidades. Fique firme na Bíblia. Talvez o tempo de fome venha para querer destruir a sua vida, mas DEUS está contigo. Creia em DEUS!!!

Noemi não tinha mais razões para ficar na terra e, pelo motivo de estar em Moabe, perdeu o momento da visitação de DEUS em sua terra.

DEUS visitou o seu povo e eles não estavam lá (Vs. 6).

Muitas vezes isto acontece, pessoas saem fora da vontade de DEUS e perdem a visitação de DEUS em suas vidas. Porque é certo que, um dia, DEUS vai visitar o Seu povo.

O povo de Israel clamou ao Senhor e DEUS ouviu o seu clamor, e desceu e salvou o Seu povo.

Meu amado, quando clamamos a DEUS, Ele sempre está disposto a salvar o Seu povo e sempre ouve do céu a nossa oração. Se você está na terra da fome, você deve clamar a DEUS e ele te responderá.

Lance sobre ELE as suas ansiedades, aquilo que tira o teu sono, aquilo que te preocupa e te deixa nervoso e apreensivo. Confie no Senhor.

Olhe para as aves do céu porque o teu Pai as sustenta. Ele te sustentará. O teu Pai te sustentará.

Fique firme na palavra de DEUS para a sua vida e não tome decisões precipitadas. Consulte a DEUS, vá para o teu quarto e não decida na dúvida.

Não coloque a sua vida e a vida de seus filhos em risco. Aprenda a confiar, esperar e ouvir o Senhor.

Noemi voltou para a terra da bênção com uma nova convertida, Rute, DEUS cuidou delas e lhes colocou na genealogia de JESUS. Glória a DEUS!

 http://www.sermao.com.br/sermoes/O_caminho_errado_que_parecia_certo/

  

Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da língua. Provérbios 16:1
Muitos propósitos hão no coração do homem, porém o conselho do Senhor permanecerá. Provérbios 19:21 
O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos. Provérbios 16:9
Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele pesa todas as suas veredas. Provérbios 5:21

 

Prefácio do Livro de Rute (Comentário Adam Clarke - Livros Históricos)

Quando e por quem o livro de Rute foi escrito, não há acordo entre os críticos e comentaristas. As coisas aconteceram nos dias em que os juízes decidiam, por isso alguns tem colocado estas transações sob Eúde; outros, sob Gideão; outros, sob Baraque, outros, em Abimeleque, e outros, sob Sangar (Filho de Anate e juiz de Israel após Eúde), opinião da maioria dos cronologistas bíblicos. O livro é, evidentemente, um apêndice ao livro de Juízes, e contém uma história perfeita em si mesma. Parece indicar uma introdução aos livros de Samuel, e na história de Davi fornecendo sua genealogia. Também nos inspira sobre a redenção que JESUS CRISTO nos proporcionou. Quanto ao autor, ele é tão incerto quanto o tempo. O mais provável é que o autor dos dois livros de Samuel, foi também o autor deste pequeno livro, que se afigure necessário para completar o seu plano da história de Davi. Veja o prefácio do primeiro livro de Samuel.

A suma da história contida neste livro é a seguinte: Um homem de Belém, chamado Elimeleque, com sua mulher Noemi, e seus dois filhos Malom e Quiliom, deixou seu próprio país, a cidade de Belém, na época de fome, e passou a peregrinar pela terra de Moabe. Lá, ele morreu, e Noemi casou seus dois filhos com duas mulheres moabitas: Malom casou-se com Rute, que é o tema principal deste livro e Quiliom casou-se com uma mulher chamada Orfa. Em cerca de 10 anos esses dois irmãos morreram, e Noemi, acompanhada de suas duas noras, saiu de Moabe para voltar à terra de Judá, pois ela tinha ouvido que a abundância de alimentos tinha novamente sido restaurada ao seu país. No caminho insistiu com suas noras para voltar ao seu país e parentes e buscarem um novo casamento. Orfa atendeu ao seu conselho, e, depois de uma despedida carinhosa, voltou para Moabe, mas Rute insistiu em acompanhar sua sogra. Elas chegaram a Belém na época da colheita, e Rute foi para os campos para recolher alimento para elas. As terras para as quais foi designada, através de sorteio, para apanhar os restos da colheita pertenciam a Boaz, um dos parentes de Elimeleque, portanto, um parente passível de remi-la. este deu ordens para que ela fosse bem tratada e permitiu beber água com seus servos. Havia ali um parente de Noemi que tinha o direito de se casar com Rute para poder continuar a família de Elimeleque, mas este se recusou a remi-la e o caminho ficou livre para que Boaz a desposasse. Esse era o costume da época, no portão de Belém, diante dos anciãos da cidade, Boaz então remiu Rute e se casou com ela. Seu filho se chamou Obede, que foi pai de Jessé, pai de Davi. Para as perguntas, quem  era Boaz? E, quem foi Rute? Nenhuma resposta satisfatória pode ser dada: tudo o que sabemos com certeza é que Boaz era de Belém, e Rute uma moabita, e, consequentemente, pagã. Pode ser possível que Boaz seja o mesmo Ibzã que julgou Israel depois de Jefté, Jz 12 :8-10, e Rute pode ter sido a filha de Eglom, rei de Moabe. Esta é a opinião mantida pelo Targum Caldeu sobre este livro. Os rabinos dizem que Elimeleque era irmão de Salmon, que se casou com Raabe, e que Noemi era sua sobrinha. A genealogia de Davi, como afirma neste livro, é a seguinte:

 

Ano 2236

Judá

Perez

Ezron, também chamado Hezrom

Aram, também chamado Ram

Aminadabe, Naasson, Salmon, que se casou com Raabe

Boaz, que se casou com Rute

Obede, que gerou Jessé

Ano 2919 Davi nasce

Esta cronologia está de acordo com o arcebispo Usher, e inclui, de Judá para Davi 670 anos. - Ano antes do ano comum de CRISTO, 1186. · Ano do Dilúvio, 1162. · Ano antes da primeira Olimpíada, 410. · Criação de Tisri, ou setembro, 2818. · Esta cronologia está sobre a suposição de que Obede tinha quarenta anos de idade no nascimento de Jessé, e Jessé, 50 no nascimento de Davi.

 

 

INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1

Elimeleque, sua mulher Noemi, e seus dois filhos, Malom e Quiliom, fugia de uma fome na terra de Israel, e vão para peregrinar em Moabe, 1,2. Aqui seus filhos se casam e, no espaço de dez anos, tanto seu pai e eles morrem, 3-6 Noemi sai em seu retorno a seu país, acompanhado por suas noras Orfa e Rute, a quem ela se esforça para convencer a voltar para o seu próprio povo, 7-13 Orfa retorna, mas Rute acompanha a sogra, 14-18. Elas chegam em Belém, no tempo da colheita da cevada, 19-22.

Versículo 1. que os juízes julgavam

Nós não sabemos qual juiz julgava nesta época, alguns dizem que era Eúde, outros que na época de Sangar.

Houve uma fome

Provavelmente ocasionada pelas invasões dos filisteus e amonitas que destruíam as lavouras. O Targum diz: "DEUS decretou 10 fomes graves para o mundo, para castigar os moradores da terra, antes da vinda do Messias, o rei:

Primeiro nos dias de Adão, a segunda nos dias de Lameque; a terceira nos dias de Abraão, o quarto nos dias de Isaque, o quinto nos dias de Jacó, o sexto nos dias de Boaz, que é chamado Abstan, (Ibzã), o justo, de Belém de Judá, a sétima nos dias de Davi, rei de Israel, o oitavo nos dias de Elias, o profeta, a nona nos dias de Eliseu, em Samaria, a décima ainda está por vir, e não é uma fome de pão ou de água, mas de ouvir a palavra de profecia da boca do Senhor, e até agora a fome é grave na terra de Israel". Na verdade nos tempos de Cláudio César houve uma grande fome e haverá uma grande fome para Israel durante a grande Tribulação.

Versículo 2. Elimeleque Isto é, DEUS é meu rei. Noemi bonito ou simpático. Malom Enfermidade. Quiliom acabado.

Versículo 3. Elimeleque morre-

Provavelmente um curto período de tempo depois de sua chegada em Moabe.

Versículo 4. e tomaram para si mulheres

O Targum muito apropriadamente observa que eles transgrediram o decreto da palavra do Senhor, e tomou para si mulheres estranhas.

Versículo 5. e de Malom e Quiliom morreram

O Targum acrescenta: E porque eles transgrediram o decreto da palavra do Senhor, e juntou-se a afinidade com pessoas estranhas, portanto, seus dias foram cortados fora. É muito provável que haja mais aqui do que conjecturas.

Versículo 6. Tinha ouvido Pela boca de um anjo, diz o Targum.

O Senhor tinha visitado o seu povo "por causa da justiça de Ibzã o juiz, e por causa das súplicas de Boaz piedoso."

No Targum imagina-se, e não sem probabilidade, que Malom e Quiliom são os mesmos Joás e Sarafe, mencionados em 1 Crônicas 4:22, onde o hebraico deve ser assim traduzido, e Joás e Sarafe, que se casaram em Moabe, e moravam antes em Belém.

Versículo 11.

Ainda há mais filhos

Isto foi dito em alusão ao costume, que quando um irmão casado morria sem deixar descendentes, seu irmão tomasse a viúva para que os filhos desse casamento fossem contabilizados como filhos do irmão falecido. Há algo de muito persuasivo e inteligente na maneira que Noemi despede suas noras querendo que suas noras ficassem em Moabe. Vamos observar as indicações:

1. Ela insinua que ela não poderia ter outros filhos para lhes dar.

2. Que mesmo que tivesse ainda filhos elas, não poderiam ficar na expectativa de esperá-los crescer para se casarem com eles.

3. Que ela era velha demais para ter um marido.

Versículo 14. E Orfa beijou a sua sogra

O Septuaginta diz: voltou às suas próprias pessoas. A Vulgata, sírio e árabe, dão a mesma conotação.

O versículo 15. Voltai aos seus deuses

Elas foram provavelmente duas idólatras. talvez prosélitas de uma conjectura infundada. Camos era o ídolo maior dos moabitas. A conversão de Rute parece ter se iniciado ao conhecer Noemi.

Versículo 16. Rute disse

Aqui um exemplo de amor e amizade maravilhoso. Eu não te deixarei, eu te seguirei: vou repousar onde tu repousar e dormir onde tu dormires; teu povo é o meu povo, ainda mais alegremente agora que abandonei o meu país, e determinei acabar os meus dias na tua companhia. Eu também, doravante, não tenho outro deus, mas somente o teu DEUS, e me unirei a ti em adoração a ELE, estou ligada a ti em afeto e consanguinidade. Eu me apegarei a ti mesmo até a morte; morrer onde tu morreres, e ser enterrada, se possível, no mesmo túmulo. Este foi um anelo do mais extraordinário e puro amor, e, evidentemente, sem qualquer motivo secular. O Targum acrescenta várias coisas para esta conversa entre Noemi e Rute.

Versículo 17. O Senhor me guarde para que só a morte me separe de ti

DEUS pode infligir quaisquer punições a mim, até a pior punição, se eu me apartar de ti, até a morte. E parece que ela foi fiel ao seu compromisso, pois Noemi foi alimentada na casa de Boaz em sua velhice, e se tornou a babá e enfermeira do filho de Rute, Obede. Rute 4:15,16.

Versículo 19. toda a cidade se comoveu por causa delas

Parece que Noemi não era apenas conhecida, mas muito respeitada também em Belém, uma prova de que Elimeleque era de alta consideração naquele lugar.

Versículo 20. Chame-me não Noemi Isto é, bela ou agradável. Chame-me Mara Isto é, amarga, aquele cuja vida é dolorosa para ela.

O Todo-Poderoso. Aquele que é autossuficiente, tem levado os adereços e suportes da minha vida.

Versículo 21. saí cheia. Tinha um marido e dois filhos. O Senhor me trouxe para casa novamente, mas vazia.

Tendo perdido todos os três por morte. É também provável que Elimeleque tivesse uma propriedade considerável dele na terra de Belém, pois, como ele fugiu da fome, Noemi naturalmente tomaria novamente posse da propriedade com seu retorno a Belém, talvez ela tenha pensado que tudo estava acabado.

Versículo 22. No início da colheita da cevada.

Isso foi no início da primavera, quando a colheita de cevada começava, imediatamente após a Páscoa, com uma festa foi realizada no dia 15 do mês de Nissan, que corresponde quase com a nosso mês de Março. O Targum diz: "Elas chegaram a Belém no mesmo dia em que os filhos de Israel começavam a cortar o feixe de cevada que era para ser movido perante o Senhor. “Esta circunstância é o mais distintamente marcados, por causa de rabiscos de Rute, mencionado no capítulo seguinte.

1. A maneira simples e amável, com muita simplicidade, em que a história do capítulo anterior é dita, é uma prova de sua autenticidade. Existem várias circunstâncias simpáticas registradas aqui que nenhum falsificador poderia ter inventado. Há muita coisa natural para admitir qualquer coisa de arte.

2. No desejo de um novo casamento de Orfa e Rute que Noemi lhes deseja está incluído o descanso na casa de seus maridos.

"Uma condição de casada é um estado de descanso, por isso esta é chamada aqui, e em Rute 3:1. Assim o casamento é chamado.

O casamento é visto como um porto ou refúgio de jovens; cujos afetos, enquanto solteiros, estão continuamente flutuantes ou atiradas para e ar, como um navio sobre as águas, até que este tenha chegado a um porto feliz e seguro. Há uma propensão natural de descanso e paz na maioria das pessoas em relação à união e comunhão do casamento, como todos os seres criados têm uma tendência natural para o seu próprio centro, (leve sursum, et sepultura deorsum) e estão inquietos com isso, assim que os rabinos dizem, Requiret vir costam suam, et requiret femina sedem suam, "O homem está inquieto enquanto ele sente falta de sua outra costela que lhe foi tirada do seu lado, e que a mulher está inquieta até que ela fique sob o braço do homem, de onde ela foi tirada".

Orem a DEUS, pois, solteiros, e chorai com a boa Noemi, O Senhor nos conceda descansar em minha casa com uma boa esposa, para que eu possa viver em paz e abundância, com saúde e uma companheira para eu a confortar todos meus dias e por ela ser confortado.

Saiba que seu casamento é, de todos os seus assuntos civis, o de maior importância, tendo uma influência sobre toda a sua vida.  Ou vai arrumar ou vai estragar sua vida neste mundo; 'Assim, um erro aqui é irrecuperável, você tem necessidade de aguçar seus olhos para olhar além do visível ". Este é um bom conselho, que os interessados deverão achar graça suficiente para levá-los a este estágio de felicidade?

 

Rute 1:1-22 (Bíblia diário Vivir)

1.1 A história do Rute transcorre em algum momento durante o período dos juizes. Aqueles eram dias negros para o Israel, quando "cada um fazia o que bem lhe parecia" (Juízes 17:6; 21:25). Mas em meio desses tempos escuros e maus, até havia quem seguia a DEUS. Noemí e Rute são exemplos formosos de lealdade, amizade e entrega a DEUS e a uma pelo outra.

1.1, 2 Moabe era a terra ao leste do Mar Morto. Era uma das nações que oprimiram Israel durante o período dos juizes (Juizes 3:12ss), assim é que havia hostilidade entre as duas nações. A fome deve ter sido bastante severa em Israel para que Elimeleque decidisse ir-se dali com sua família. Lhes chamavam efrateos porque Efrata era o nome antigo de Belém. Até que Israel derrotasse Moabe, seguiriam as tensões entre eles.

1.4, 5 As relações amistosas com os moabitas não aconteciam (Deut 23:3-6) embora, possivelmente, não estivessem proibidas, já que os moabitas viviam fora da terra prometida. Casar-se com um cananeu (e com qualquer que vivesse dentro das fronteiras da terra prometida), estava, entretanto, contra a Lei de DEUS (Deut 7:1-4). Aos moabitas não lhes era permitido adorar no tabernáculo porque durante o êxodo do Egito não permitiram aos israelitas passar através de sua terra.

Como nação escolhida de DEUS, Israel deve ter estabelecido as normas de uma vida de alta moral para as outras nações. É irônico, mas foi Rute, uma moabita, a quem DEUS usou como exemplo de caráter espiritual genuíno. Isto mostra quão estéril era a vida do Israel nesses dias.

 

RUTE E NOEMI

As histórias de algumas pessoas na Bíblia se encontram tão entrelaçadas que quase são inseparáveis. Sabemos mais a respeito de sua relação que delas como indivíduos. E em uma era que rende culto à personalidade, suas histórias são modelos úteis que ajudam às boas relações. Noemí e Rute são exemplos formosos desta fusão de vidas. Suas culturas, seus antecedentes familiares e sua idade eram muito diferentes. Como sogra e nora, talvez tenham tido tantas oportunidades de tensão como de ternura. E assim se mantiveram unidas uma à outra.

Passaram por profunda tristeza, quiseram-se muito e se entregaram por completo ao DEUS de Israel. E apesar de sua interdependência, tinham liberdade quanto a seu compromisso da uma pela outra. Noemí estava disposta a permitir que Rute fosse incorporada à sua família. Rute estava disposta a deixar sua terra natal e seus deuses para ir com Rute para Israel. Noemí inclusive ajudou nos acertos matrimoniais entre Rute e Boaz mesmo que isto pudesse diminuir sua relação com ela.

DEUS estava no centro de sua comunicação íntima. Rute chegou a conhecer o DEUS de Israel através do Noemí. A anciã permitiu que Rute visse, escutasse e sentisse todo o gozo e a angústia de sua relação com DEUS. Quão frequentemente sente você que seus pensamentos e perguntas a respeito de DEUS devem ficar fora de uma amizade íntima? Quão frequentemente expressa seus pensamentos a respeito de DEUS com sua esposa ou com seus amigos? Expressar abertamente a respeito de nossa relação com DEUS pode brindar a profundidade e intimidade de nossa relação com outros.

Pontos fortes e lucros :

-- Uma relação em que o vínculo maior era a fé em DEUS

-- Uma relação de um sólido compromisso mútuo

-- Uma relação em que cada pessoa tratou de fazer o melhor para a outra

Lições de sua vida :

-- A presença viva de DEUS em uma relação supera as diferenças que de outro modo criam divisão e desarmonia

Dados gerais :

-- Onde: Moabe, Belém

-- Ocupações: Algemas, viúvas

-- Familiares: Elimeleque, Malom, Queliom, Orfa, Boaz

Versículo chave :

"Respondeu Rute: Não me rogue que te deixe, e me vá para além de ti; porque a qualquer lugar que você for, irei eu, e em qualquer lugar que viver, viverei. Seu povo será meu povo, e seu DEUS meu DEUS" (Rute1:16).

Sua história se relata no livro de Rute. Mat 1:5 também menciona Rute.

1.8, 9 No mundo antigo quase não havia nada pior que ser viúva. Maltratavam-nas ou as tornavam escravas ou prostitutas. Quase sempre eram pessoas golpeadas pela pobreza. A Lei de DEUS, entretanto, estabelecia que o parente mais próximo do marido falecido devia cuidar da viúva; mas Noemí não tinha parentes em Moabe e não sabia se existia algum vivo em Israel.

Até nessa situação de desespero, Noemi teve uma atitude desinteressada. Embora decidisse retornar a Israel, animou Rute e Orfa para que ficassem em Moabe e começassem uma nova vida, embora isso significasse mais dor para ela. Como Noemí, devemos considerar as necessidades de outros e não só as nossas. Conforme descobriu Noemí, quando você atua desinteresadamente, outros se sentirão animados a seguir seu exemplo.

1.11 O comentário de Noemí aqui ("eu tenho mais filhos no ventre que possam ser seus maridos?") refere-se ao levirato, a obrigação do irmão do finado de cuidar sua viúva (Deut 25:5-10). Esta lei evitava que a viúva ficasse na miséria e proporcionava uma forma para que continuasse o nome do finado.

Noemí, entretanto, não tinha outros filhos que se casassem com Rute e nem com Orfa, assim que as animou para que ficassem em sua terra natal e que voltassem a se casar. Orfa ficou de acordo, o qual era seu direito. Mas Rute esteve disposta a renunciar à possibilidade de segurança e filhos para cuidar do Noemí.

1.16 Rute era uma moabita, mas isso não a impediu de adorar ao DEUS verdadeiro, nem tampouco impediu a DEUS de aceitar sua adoração e enche-la de grandes bênçãos. DEUS não amava unicamente aos judeus. DEUS escolheu aos judeus como instrumentos para que o resto do mundo O conhecesse. Isto se cumpriu quando JESUS nasceu como judeu. Através disso, todo mundo pode conhecer DEUS. Atos 10:34-35 diz que "DEUS não faz acepção de pessoas, mas sim em toda nação se agrada do que lhe teme e faz justiça". DEUS aceita a todos os que o adoram; atua através das pessoas sem se importar  com raça, cor, sexo ou nacionalidade. O livro de Rute é um exemplo perfeito da imparcialidade de DEUS. Embora Rute provinha de uma raça frequentemente desprezada pelos israelitas, foi abençoada por sua fidelidade. Chegou a ser a bisavó do rei Davi e uma antepassado direta de JESUS.

1.20, 21 Noemí experimentou várias penúrias. Abandonou Israel casada e segura; retornou viúva e pobre. trocou seu nome para expressar sua amargura e a dor que sentia. Noemí não rechaçava a DEUS ao manifestar abertamente sua dor. Entretanto, parece ter perdido sua visão das tremendas bênçãos que tinha em sua relação com Rute e com DEUS. Quando, no futuro, vierem os momentos amargos, DEUS receberá com agrado suas orações sinceras, mas cuide-se de não passar por cima do amor, da força e das bênçãos que recebe na pressente relação com DEUS. E não permita que a amargura e a desilusão o ceguem ante as oportunidades.

1.22 Belém estava a uns oito quilômetros ao sul de Jerusalém. O povo era abençoado por exuberantes campos e arvoredos de olivas. Suas colheitas eram abundantes.

A volta de Rute e Noemí a Belém foi sem dúvida parte do plano de DEUS porque nesta aldeia nasceria Davi (1 Sam 16:1) e como o predisse o profeta Miquéias (Miq 5:2), também JESUS nasceria ali. Esta ação, foi mais que uma simples conveniência para Rute e Noemí. Conduzia ao cumprimento da Escritura.

1.22 devido ao clima de Israel ser muito moderado, há duas colheitas cada ano, na primavera e no outono. A colheita de cevada se levava a cabo na primavera e foi nesse tempo de esperança e de plenitude que Rute e Noemí retornaram a Belém. Belém era uma comunidade agrícola e devido a que era época de colheita, havia muitos grãos restante nos campos, que caiam ao chão na hora da colheita. Estes grãos podiam compilar-se ou espigar-se e logo convertê-los em alimento.

 

Rute 1:1-4:22 (estrutura Bíblia Temática)

Rute (Rt)

> Noemi e Rute [Rute 1:1]

> Rute no campo de Boaz [Rute 2:1]

> Rute e Boaz na eira [Rute 3:1]

> Boaz casa com Rute [Rute 4:1]

> A genealogia de Davi [Rute 4:13]

 

Rute 1:1-22 (Bíblia Reina Valera)

Notas do Capítulo:

[1] 1.1-2 Juizes: Não eram simples magistrados que administravam justiça, a não ser líderes carismáticos chamados e enviados pelo Senhor para liberar a seu povo de uma situação opressiva. Por isso, outros traduzem caudilhos. Veja livro dos Juizes. Em números redondos, esta época se situa entre os anos 1200 e 1050 a.C.

[2] 1.1-2 Belém de Judá: Um dos lugares mais célebres da história bíblica, situado a 8 km ao sul de Jerusalém. Cf. 1 Sm 17.12,15; 20.6,28; Miq 5.2; MT 2.1-6; Lc 2.4; Jo 7.42. Se chama Belém de Judá para distinguir de Belém de Zabulom, que estava a 10 km a noroeste de Nazaré (veja Jos 19.15 N.).

[3] 1.1-2 Elimeleque, em hebreu, significa meu DEUS é rei.

[4] 1.1-2 O nome Noemí, em hebreu, significa minha doçura.

[5] 1.1-2 É provável que os nomes Malom e Queliom, em sua forma hebreia, signifiquem, respectivamente, enfermidade e esgotamento. Em tal caso, ambos os nomes aludiriam à morte prematura dos filhos de Noemi com Alimeleque (cf. V. 5).

[6] 1.1-2 Efrateos: Outro nome de Belém era Efrata. Cf. 1 Cr 4.3-4; Miq 5.2.

[7] 1.1-2 O país de Moabe se encontrava ao sul da Transjordânia e ao leste do Mar Morto (veja Dt 2.9).

[8] 1.4 Embora os moabitas fossem um povo aparentado com Israel (cf. Gn 19.30-38), esta classe de matrimônios estava severamente proibida pela lei de Moisés (cf. Dt 23.3; Ed 9.1-2; 10).

[9] 1.4 Orfa: desconhece-se o significado exato deste nome; alguns o traduzem por obstinação ou rebeldia. Rute significa, provavelmente, amiga.

[10] 1.20 Noemí: Veja Rt 1.1-2. Mara, em hebreu, significa amarga.

[11] 1.21 Todo-poderoso: em hebreu, El-Shadai, antigo título do Jeová. Veja-se Gn 17.1 N.

[12] 1.22 A colheita da cevada, na primeira quinzena de maio. Cf. Ex 9.31; Rt 2.23; 2 Sm 21.9-10.

 

O LIVRO DE RUTE (http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-oantigotestamento-oslivroshistoricos.htm )

 
RUTE

SÍNTESE

O livro de Rute descreve a direção providencial de Deus na vida de uma família israelita. Devido à morte do genitor e de seus dois filhos em terra estrangeira, correm perigo o nome e a herança desta família. Contudo, a situação extrema do homem é a oportunidade de Deus. Por força da conduta de um parente que, inspirado por nobres ideais, cumpre suas obrigações, a linha hereditária permanece inalterada. A união de Boaz, o hebreu, e Rute, a moabita, converte-se no meio pelo qual Deus cumpre seu misericordioso propósito. Com relação à mensagem toda das Escrituras Sagradas, o livro nos proporciona uma perspectiva da história do nascimento de JESUS e dos acontecimentos do Pentecoste. A genealogia culmina no rei teocrático Davi, cuja linha genealógica é prometida no advento do Messias. Isto, ocorre com a inclusão de uma mulher de descendência moabita, mediante a qual se abre diante de nossos olhos a perspectiva pentecostal do significado universal do Messias: não é somente o Salvador de Israel, mas da raça humana.

 

AUTOR

No grego, e em traduções posteriores, o livro de Rute vem em seguida ao de Juízes, visto que foi em seu tempo que ocorreu a história narrada neste livro. Na Bíblia hebraica, faz parte dos chamados escritos sagrados, uma subdivisão dos cinco pergaminhos que se liam em público nos dias de festa de Israel. A história de Rute culmina na época da colheita. Este relato era lido, em geral, durante a semana, ou festa da colheita do trigo, que se denominou mais tarde festa de Pentecoste. Não se conhece seu autor. O anúncio do capítulo 1:1 no sentido de que a história aconteceu "nos dias em que julgavam os juízes", indica que a época dos juízes pertencia ao passado. Pela forma como o autor escreve acerca de Davi em 4:17 e da genealogia em 4:18-22, fica demonstrado que conhecia o esplendor do reino de Davi. Esta consideração indicaria que o livro foi escrito antes que o reinado perdesse sua glória, possivelmente na última parte do reinado de Davi ou imediatamente depois.

 

Esboço Completo do Livro: 
I. As Adversidades de Noemi (1.1-5)
II. Noemi e Rute (1.6-22)
A. Noemi Resolve Sair de Moabe (1.6-13)
B. O Amor Inabalável de Rute (1.14-18)
C. Noemi e Rute Vão a Belém (1.19-22)
III. Rute Conhece Boaz na Seara (2.1-23)
A. A Providência Divina na Decisão de Rute (2.1-3)
B. A Provisão Divina na Decisão de Rute (2.4-16)
C. Rute Informa a Noemi (2.17-23)
IV. Rute e Boaz na Eira (3.1-18)
A. Rute Recebe Instruções de Noemi sobre Boaz (3.1-5)
B. Rute Pede a Boaz para Ser Seu Remidor (3.6-9)
C. Rute Recebe Resposta Favorável de Boaz (3.10-18)
V. Boaz Casa com Rute (4.1-13)
A. Boaz e o Contrato de Parente-Remidor (4.1-12)
B. Casamento e Nascimento de um Filho (4.13)
VI. O Contentamento de Noemi (4.14-17)
VII. A Genealogia de Perez a Davi (4.18-22)
Autor: Anônimo -- Tema: Amor Que Redime - Data: Século X a.C.
Considerações Preliminares
Historicamente, o livro de Rute descreve eventos na vida de uma família israelita durante o tempo dos Juízes (1.1; c. 1375—1050 a.C.). Geograficamente, o contexto é a terra de Moabe, a leste do mar Morto.

(1) O restante do livro transcorre em Belém de Judá e sua vizinhança. Liturgicamente, o livro de Rute é um dos cinco rolos da terceira divisão da Bíblia Hebraica, conhecida como Os Hagiógrafos (lit. “Escritos Sagrados”). Cada um desses rolos era lido publicamente numa das festas judaicas anuais. Visto que a comovente história de Rute ocorreu na estação da colheita, era costume ler este livro na Festa da Colheita (Pentecoste). Considerando que a lista dos descendentes de Rute não vai além do rei Davi (4.21,22), o livro foi provavelmente escrito durante o reinado de Davi. Desconhece-se o autor humano do livro, mas a tradição judaica (e.g., o Talmude) atribui essa autoria a Samuel.
Propósito
O livro de Rute foi escrito a fim de mostrar como, através do amor altruísta e do devido cumprimento da lei de Deus, uma jovem mulher moabita, virtuosa e consagrada, veio a ser a bisavó do rei Davi de Israel. O livro também foi escrito para perpetuar uma história admirável dos tempos dos juízes a respeito de uma família piedosa cuja fidelidade na adversidade contrasta fortemente com o generalizado declínio espiritual e moral em Israel, naqueles tempos (ver Juízes). 
Visão Panorâmica
Esta história do amor que redime inicia quando Elimeleque parte de Judá e passa a residir com sua família em Moabe por causa de uma fome (1.1,2). O sofrimento continuou a flagelar Elimeleque, pois ele e seus dois filhos morreram em Moabe (1.3-5), o que resultou em três viúvas. Quatro episódios principais vêm a seguir.

(1) Noemi (viúva de Elimeleque) e sua devotada nora moabita, Rute, voltaram a Belém de Judá (1.6-22).

(2) Na providência divina, Rute veio a conhecer Boaz, um parente rico de Elimeleque (cap. 2).

(3) Seguindo as instruções de Noemi, Rute deu a entender a Boaz o seu interesse na possibilidade de um casamento segundo a lei do parente-remidor (cap. 3).

(4) Boaz, como parente-remidor, comprou as propriedades de Noemi e casou-se com Rute, e tiveram um filho chamado Obede — avô de Davi (cap. 4).

Embora o livro comece com tremendos reveses, termina com um final sobremodo feliz — para Noemi, para Rute, para Boaz e para Israel. 
Características Especiais
Seis características principais assinalam o livro de Rute.

(1) É um dos dois livros da Bíblia que leva o nome de uma mulher (sendo o outro o de Ester).

(2) Este livro, escrito, tendo ao fundo o horizonte ominoso da infidelidade e apostasia de Israel durante o período dos juízes, descreve as alegrias e pesares de uma família piedosa de Belém durante aqueles tempos caóticos.

(3) Ilustra o fato de que o plano divino da redenção incluía os gentios que, durante os tempos do AT, foram enxertados no povo de Israel mediante o arrependimento e a fé no Senhor.

(4) A redenção é um tema central, do começo ao fim do livro, sendo o papel de Boaz, como parente-remidor, uma das ilustrações ou tipos mais claros do ministério mediador de Jesus Cristo.

(5) O versículo mais conhecido deste livro consiste nas palavras que Rute dirigiu a Noemi, quando ainda estava em Moabe: “Onde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (1.16).

(6) Traça um retrato realista da vida, com seus contratempos, mas também mostra como a fé e fidelidade de pessoas piedosas ensejam a Deus a oportunidade de converter a tragédia em triunfo e a derrota em bênção. 
Paralelismo do Livro de Rute com o NT
Este livro declara quatro verdades do NT.

(1) Transtornos humanos dão oportunidade a Deus para realizar seus grandes propósitos redentores (Fp 1.12).

(2) A inclusão de Rute no plano da redenção demonstra que a participação no reino de Deus independe de descendência física, mas pela conformação da nossa vida à vontade de Deus, mediante a “obediência da fé” (Rm 16.26; cf. Rm 1.5,16).

(3) Rute como partícipe da linhagem de Davi e de Jesus (ver Mt 1.5) significa que pessoas de todas as nações farão parte do reino do grande “Filho de Davi” (Ap 5.9; 7.9).

(4) Boaz, como o parente-remidor, é uma prefiguração do grande Redentor, Jesus Cristo (Mt 20.28; ver Rt 4.10 

 

CAPÍTULO 11 - História dos Hebreus - Flávio Josefo

História de Rute, mulher de Boaz, bisavô de Davi. Nascimento de Samuel. Os filisteus vencem os israelitas e tomam a arca da aliança. Ofni e Finéias, filhos de Eli, sumo sacerdote, são mortos nessa batalha.

213. Rute 7. Depois da morte de Sansão, Eli, sumo sacerdote, governou o povo de Israel. Houve no seu tempo uma grande carestia. Abimeleque,* que morava na cidade de Belém, na tribo de Judá, não a podendo suportar, foi com a mulher, Noemi, e seus dois filhos, Quiliom e Malom, para o país dos moabitas. Ali tudo correu perfeitamente bem, e ele casou o mais velho dos filhos com uma jovem de nome Orfa e o mais moço com outra, de nome Rute. Dez anos depois, pai e filhos morreram, e Noemi, cheia de aflição, resolveu voltar para o seu país, que então estava em situação melhor que a de quando ela o havia deixado.

As noras quiseram segui-la, porém, como as amasse demais para tolerar que sofressem a mesma infelicidade, rogou-lhes que ficassem, pedindo a Deus que as fizesse mais felizes no segundo matrimônio, pois não o haviam sido no primeiro. Orfa consentiu naquele desejo, mas a extrema afeição que Rute devotava à sogra não lhe permitiu abandoná-la e desejou ser sua companheira também na adversidade. Assim, chegaram ambas a Belém, onde veremos em seguida que Boaz, primo de Abimeleque, as recebeu com grande bondade. Noemi dizia aos que a chamavam por esse nome: "Deveríeis antes chamar-me Mara" — que significa "dor" — "e não Noemi" — que quer dizer "felicidade".

________________

* As Escrituras chamam-no Elimeleque.

Rute 2. Chegou o tempo da ceifa, e Rute, a fim de obter alimento, foi respigar, com licença da sogra. Entrou por acaso no campo que pertencia a Boaz. Ele chegou pouco depois e perguntou ao administrador quem era aquela moça. Ele o informou de tudo o que sabia, dito por ela mesma. Boaz louvou muito o afeto que ela nutria pela sogra e pela memória do marido e desejou-lhe toda sorte de felicidade. Disse ao administrador que permitisse a ela não somente respigar, mas levar o que desejasse, e que lhe dessem ainda de beber e de comer, como aos ceifadores.

Rute guardou um caldo para a sogra, que levou para ela à tarde, com o que havia recolhido. Noemi, por seu lado, guardara para Rute parte do que os vizinhos lhe haviam dado para o jantar. Rute contou-lhe o que se havia passado, e Noemi disse-lhe que Boaz era um parente e homem de bem, tanto que esperava que ele tomasse cuidado dela, Rute, que em seguida voltou a respigar no campo dele.

Rute 3. Dias depois, quando toda a cevada já estava batida, Boaz veio à sua propriedade e deitou-se na eira. Quando Noemi o soube, julgou vantajoso que Rute se prostrasse aos pés dele para dormir e disse-lhe para fazer o que pudesse para consegui-lo. Rute não ousou desobedecê-la e assim, mansamente, esgueirou-se até os pés de Boaz. Ele não a percebeu no momento, porque estava muito adormecido, porém ao acordar, pela meia-noite, percebeu que alguém estava deitado junto dele e perguntou quem era. Ela respondeu: "Sou Rute, vossa serva, e rogo-vos que consintais que eu repouse aqui".

Nada mais ele perguntou e deixou-a dormir, mas a despertou bem cedo, antes que os empregados se tivessem levantado, dizendo-lhe para apanhar quanta cevada quisesse e então voltar para a casa da sogra, antes que alguém percebesse que ela passara a noite junto dele. Porque era necessário, por prudência, evitar qualquer motivo de comentários, principalmente em assunto daquela importância. Ele acrescentou: "Aconselho-vos a perguntar a alguém que vos seja mais próximo que eu se vos quer tomar para esposa. Se ele estiver de acordo, podereis desposá-lo. E, se recusar fazê-lo, eu vos desposarei, como a Lei me obriga". Rute narrou à sogra esse fato, e ambas conceberam então firme esperança de que Boaz não as abandonaria.

Rute 4. Ele voltou à cidade pelo meio-dia e reuniu os magistrados. Mandou chamar Rute e seu parente mais próximo, ao qual disse: "Não possuis os bens de Abimeleque?" Respondeu ele: "Sim, eu os possuo pelo direito que a Lei me dá, sendo o seu parente mais próximo". Boaz replicou: "Não basta cumprir parte da Lei, deve-se cumprir toda ela. Assim, se quiserdes conservar os bens de Abimeleque, é necessário que desposeis a viúva, que vedes aqui presente". O homem respondeu que já era casado e, tendo filhos, preferia ceder-lhe os bens e a mulher. Boaz tomou os magistrados como testemunhas dessa declaração e disse a Rute que se aproximasse daquele parente, descalçasse-lhe um dos sapatos e lhe desse um tapa no rosto, como a Lei determinava. Ela o fez, e Boaz então desposou-a.

Ao fim de um ano, ela teve um filho, do qual Noemi teve o encargo de cuidar e a quem chamou Obede, na esperança de que ele a ajudaria em sua velhice, pois Obede, em hebreu, significa "auxílio". Obede foi pai de Jessé, pai do rei Davi, cujos filhos até a vigésima geração reinaram na nação dos judeus. Fui obrigado a narrar essa história para dar a conhecer que Deus eleva quem quer ao soberano poder, como se viu na pessoa de Davi, cuja origem foi a seguinte:

7 Samuel 2. Os interesses dos hebreus estavam então em mau estado, e eles travaram guerra com os filisteus, pelo motivo que passo a narrar. Hofni e Finéias, filhos de Eli, sumo sacerdote, não eram menos ultrajantes para com os homens que ímpios para com Deus. Não havia injustiça que eles não cometessem. Não se contentando em receber o que lhes pertencia, tomavam também o que não lhes era devido. Corrompiam com presentes as mulheres que vinham ao Templo por devoção ou atentavam contra a honra delas pela força, exercendo assim funesta tirania.

Tantos crimes tornaram-nos odiosos a todo o povo e mesmo ao próprio pai. Deus lhes fez conhecer, bem como a Samuel, que então era apenas uma criança, que eles não evitariam a sua justa vingança, por isso Eli a esperava a todo momento e já os chorava como mortos. Porém, antes de relatar de que modo eles e todos os israelitas — por causa deles — foram castigados, quero falar dessa criança, que se tornou mais tarde um grande profeta.

214. 7 Samuel 1. Elcana, da tribo de Efraim, morava em Ramataim-Zofim, no território dessa tribo, e tinha como esposas Ana e Penina. Esta lhe dera filhos. Não os tivera, porém, de Ana, a quem ele amava ardentemente. Um dia, estando com a família em Silo, onde se localizava o sagrado Tabernáculo, Ana, vendo os filhos de Penina sentados à mesa perto da mãe e Elcana a dividir entre as duas mulheres e eles as iguarias que restavam dos sacrifícios, a dor pelo fato de ser estéril a fez derramar lágrimas. O marido fez o que pôde para consolá-la. Depois ela entrou no Tabernáculo, rogou com fervor a Deus que a tornasse mãe e fez voto de que, se Ele lhe desse um filho, o consagraria ao seu santo serviço. E não se cansava de fazer sempre a mesma oração.

Eli, sumo sacerdote, que estava sentado diante do Tabernáculo, julgou que ela estivesse embriagada e ordenou que se retirasse. Ela respondeu-lhe que jamais bebera outra coisa senão água pura, mas que na aflição em que se encontrava por ser estéril rogava a Deus que lhe desse filhos. Disse-lhe ele então que não se afligisse e garantiu que Deus lhe daria um filho. Com essa esperança, foi então ao encontro do marido e o seguiu com alegria. Voltando ao seu país, ficou grávida e teve um filho, a quem chamou Samuel, isto é, "ouvido por Deus". Quando voltaram a Silo para dar graças por meio de sacrifícios e pagar os dízimos, Ana, cumprindo o seu voto, consagrou o menino a Deus e entregou-o nas mãos de Eli. Deixaram crescer-lhe o cabelo, e ele só bebia água. Foi educado no Templo. Elcana teve ainda de Ana três filhos e duas filhas.

215. 1 Samuel 3. Quando Samuel completou doze anos, começou a profetizar, e certa noite, quando dormia, Deus chamou-o pelo nome. Pensando que era Eli quem o chamava, foi logo ter com ele. Mas este disse-lhe que não havia nem mesmo pensado em chamá-lo. A mesma coisa aconteceu por três vezes. Eli não teve então dificuldade para imaginar o que se passava e disse-lhe: "Meu filho, não vos chamei, nem agora nem das outras vezes. É Deus quem vos chama. Respondei então que estais pronto a obedecer-lhe".

Deus chamou então novamente a Samuel, e ele respondeu: "Eis-me aqui, Senhor. Que desejais que eu faça? Estou pronto a obedecer". Então falou-lhe deste modo: "Sabei que os israelitas cairão na maior de todas as desgraças: os dois filhos de Eli morrerão no mesmo dia, e o sumo sacerdócio passará da família dele para a de Eleazar, porque Eli atraiu a minha maldição sobre os seus dois filhos, testemunhando mais amor por eles que por mim". O temor de causar sofrimentos a Eli não permitiu a Samuel narrar-lhe o que ouvira nessa revelação. Mas Eli obrigou-o a falar. Então, esse infeliz genitor não duvidou mais da sorte de seus filhos. Samuel, no entanto, crescia cada vez mais em graça, e todas as coisas que profetizava não deixavam de acontecer.

216. 1 Samuel 4. Logo depois os filisteus se puseram em campo para atacar os israelitas. Acamparam-se perto da cidade de Afeca e, não encontrando resistência, avançaram ainda mais. Travaram por fim um combate, no qual os israelitas foram vencidos. Estes, depois de terem perdido mais ou menos uns quatro mil homens, retiraram-se desordenadamente para o seu acampamento. O temor de serem completamente desbaratados foi tão grande que mandaram embaixadores ao Senado e ao sumo sacerdote para rogar que lhes mandassem a arca da aliança. Não duvidavam que com esse socorro obteriam a vitória, porque não imaginavam que Deus, que pronunciara a sentença de seu castigo, era mais poderoso que a arca, reverenciada unicamente por causa dEle. Mandaram então a arca ao acampamento.

Hofni e Finéias acompanharam-na, por causa da velhice do pai, e ele disse a ambos que, se acontecesse de ela ser tomada e eles tivessem tão pouca coragem que sobrevivessem a tal perda, jamais tornassem a se apresentar diante dele. A chegada da arca alegrou tanto aos israelitas que eles já se julgavam vitoriosos. Ao mesmo tempo, lançou terror no espírito dos filisteus. Mas uns e outros estavam enganados. Ao travar-se a batalha, a perda que os filisteus temiam caiu sobre os seus inimigos, enquanto a confiança que os israelitas depositavam na arca foi inútil, pois foram postos em debandada ao primeiro embate. Perderam trinta mil homens, dentre os quais estavam os dois filhos de Eli, e a arca caiu em poder dos filisteus.

 

Referências Bibliográficas (outras estão acima)

Bíblia Amplificada - Bíblia Católica Edições Ave-Maria - Bíblia da Liderança cristã - John C Maxwell - Bíblia de Estudo Aplicação pessoal - CPAD
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006 - Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA:CPAD, 1999.
Bíblia Ilumina em CD - Bíblia de Estudo NVI em CD - Bíblia Thompson EM CD. - Bíblia NVI - Bíblia Reina Valera - Bíblia SWord - Bíblia Thompson - Bíblia VIVA - Bíblia Vivir
Bíblias e comentários e dicionários diversas da Bíblia The Word - Comentário Bíblico Moody - Comentário Bíblico Wesleyano
Champlin, Comentário Bíblico. Hagnos, 2001 - Coleção Comentários Expositivos Hagnos - Hernandes Dias Lopes - Comentário Bíblico - John Macarthur 
Concordância Exaustiva do Conhecimento Bíblico "The Treasury of Scripture Knowledge" - CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD - Dicionário Strong Hebraico e Grego - Dicionário Teológico, Claudionor de Andrade, CPAD - Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD 
Enciclopédia Ilúmina - Estudo no livro de Gênesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP - Gênesis - Comentário Adam Clarke - Série Cultura Bíblica - Vários autores - Vida Nova
Gênesis - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Gênesis - Introdução e Comentário - REV. DEREK KIDNER, M. A. - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova ,Caixa Postal 21486, São Paulo - SP, 04602-970
Gênesis a Deuteronômio - Comentário Bíblico Beacon - CPAD - O Livro de Gênesis - George Herbert Livingston, B.D., Ph.D.
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Pr. Elienai Cabral - Revista CPAD 
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - Lição 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
Revista CPAD - ABRAÃO - 4º Trimestre de 2002 - ÊXITOS E FRACASSOS DO AMIGO DE DEUS - COMENTÁRIOS DE Pr. ELIENAI CABRAL
Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD - HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996
Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - CPAD - Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD - Peq. Enc. Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Gênesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral
Revista CPAD - Lições Bíblicas 1942 - 1º trimestre de 1942 - A Mensagem do Livro de Gênesis - LIÇÃO 2 - 11/01/1942 – A CRIAÇÃO DO HOMEM - Adalberto Arraes 
Tesouro de Conhecimentos Bíblicos / Emilio Conde. - 2* ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de DEUS, 1983
VÍDEOS da EBD na TV, da LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm -- www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/
Wiesber, Comentário Bíblico. Editora Geográfica, 2008 - W. W. Wiersbe Expositivo

Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer - CPAD

 

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REVISTA DA ESCOLA DOMINICAL – PECC | 3° Trimestre de 2021 | Tema: RUTE E ESTER – A Fé e a Coragem das Mulheres
Comentário e Adaptação: Berenice Araújo e Luzelucia Ribeiro

SUMÁRIO

Lição 01: Rute 1 – A TRÁGICA EMIGRAÇÃO DE BELÉM PARA MOABE
Lição 02: Rute 1 – NOEMI RETORNA A BELÉM
Lição 03: Rute 2 – RUTE ENCONTRA BOAZ
Lição 04: Rute 3 – RUTE PROPÕE CASAMENTO A BOAZ
Lição 05: Rute 4 – BOAZ CASA-SE COM RUTE E GERA FILHOS
Lição 06: Ester 1 – O BANQUETE DE ASSUERO E VASTI DESTRONADA
Lição 07: Ester 2 – ESTER E COROADA RAINHA
Lição 08: Ester 3 e 4 – A TRAMA DE HAMÃ CONTRA OS JUDEUS
Lição 09: Ester 5 e 6 – O PRIMEIRO BANQUETE DE ESTER
Lição 10: Ester 7 – HAMA É DESMASCARADO E ENFORCADO
Lição 11: Ester 8 – UM NOVO DECRETO LIVRA OS JUDEUS
Lição 12: Ester 9 – OS JUDEUS TRIUNFAM SOBRE OS INIMIGOS
Lição 13: Ester 9 e 10 – A FESTA DO PURIM EA GRANDEZA DE MORDECAL

 

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RUTE – REVISTA PECC - 1° Trimestre De 2023 - Tema: JUÍZES E RUTE – Historias do Passado; Alerta para o Presente 

Lição 10: Rute 1 – A Emigração Para Moabe e o Retorno a Belém

Lição 11: Rute 2 – Rute Encontra Boaz

Lição 12: Rute 3 – Rute Propõe casamento a Boaz

Lição 13: Rute 4 – Boaz casa-se com Rute e gera Filhos

 

 

Lição 10: Rute 1 – A Emigração Para Moabe e o Retorno a Belém | 1° Trimestre de 2023 | EBD PECC

EBD Pecc (Programa de Educação Cristã Continuada) | 1° Trimestre De 2023 | Tema: JUÍZES E RUTE – Historias do Passado; Alerta para o Presente | Escola Bíblica Dominical

 

TEXTO ÁUREO

“Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.” Rt 1.1

LEITURA BÍBLICA COM TODOS

Rute 1.6-22

VERDADE PRÁTICA

As tragédias humanas jamais podem anular os soberanos propósitos de DEUS.

INTRODUÇÃO
I- O LIVRO DE RUTE Rt 1.1
1- Nome Rt 1.4
2– Autor e Data Rt 4.17
3– Drama da fome e da emigração Rt 1.1
II- O DRAMA DA MORTE E DA VIUVEZ Rt 1.3-5
1- Morte do esposo Rt 1.3
2– Casamento dos filhos Rt 1.4
3– O drama das três viúvas Rt 1.5
III- O RETORNO PARA BELÉM Rt 1.6-22
1– Noemi, Orfa e Rute iniciam o retorno Rt 1.6
2– A lealdade de Rute Rt 1.16
3– A chegada em Belém Rt 1.19
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

SEGUNDA – Rt 1.6
TERÇA – Rt 1.9
QUARTA – Rt 1.10
QUINTA – Rt 1.15
SEXTA – Rt 1.19
SÁBADO – 1.22
HINOS DA HARPA: 141 – 193

INTRODUÇÃO

Rute é um pequeno livro, absolutamente encantador. Além disso, é um livro essencialmente humano que traz histórias com características de realidades da vida com que facilmente o leitor se identifica. Nele veremos a providência de DEUS guiando pessoas comuns e improváveis em direção a um plano glorioso e eterno. No primeiro capítulo, o escritor relata com poucas palavras a história de uma família que foi para Moabe. Lá, o pai da família morreu, os filhos que casaram com moabitas também faleceram. Noemi, ao ouvir que havia alimento na sua terra, decidiu, juntamente com suas noras, voltar para Belém de Judá.

I- O LIVRO DE RUTE (Rt 1.1)

1- Nome (Rt 1.4) Os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.

Rute significa “companheira”. O livro leva seu nome e, nele, é mencionada doze vezes e uma vez em Mateus 1.5. Ela é uma das mulheres mais importantes da Bíblia.

2- Autor e Data (Rt 4.17) As vizinhas lhe deram o nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.

A autoria do livro de Rute é atribuída, por muitos estudiosos, a Samuel, por entenderem que o estilo literário e linguístico se assemelha aos livros de Juízes e Samuel, dos quais é autor. No entanto, há aqueles que datam a produção do livro no período da monarquia, pois seu autor tinha conhecimento de Davi como rei (Rt 4.17,22). A história da família de Elimeleque deu-se no período dos Juízes, talvez nos dias de Gideão, possivelmente, na última metade do século XII a.C.

3- Drama da fome e da emigração (Rt 1.1) Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos.

O livro de Rute inicia-se com a história de uma família belemita do tempo dos juízes que, pela escassez de alimento, saiu de Belém de Judá para morar nas terras de Moabe, a uma distância de 80 km a leste do mar Morto. Belém era uma cidade cerca de oito quilômetros ao sul de Jerusalém. Seu nome significa “casa do pão”, nome que aponta para a in­comum fertilidade daquela região para o plantio de cereais (como o esclarece o capítulo 2 do livro de Rute). Também destaca que a fome não era comum.

Devia-se, em parte, as pilhagens associadas com o período caótico dos juízes. A invasão midianita no período de Gideão, por exemplo, destruiu a lavoura e o gado. Mudar de cidade é uma coisa dispendiosa e inquietante. Implica arrancar raízes e deixar amigos e vizinhos. Procurar uma nova casa, estabelecer uma nova vizinhança e conhecer outras pessoas. Para essa família, a emigração foi um verdadeiro “terremoto”.

II- O DRAMA DA MORTE E A VIUVEZ (Rt 1.3-5)

1- Morte do esposo (Rt 1.3) Morreu Elimeleque, marido de Noemi; e Ficou ela com seus dois Filhos

A morte, em certo sentido, é um dos acontecimentos mais naturais da vida. Todos os homens são mortais e têm um tempo de permanência limitado aqui na terra. A morte, inexoravelmente, lembra o homem de sua fragilidade e limitação e faz parte da vida do homem desde a Queda. Todavia, a morte de uma pessoa jovem tem um tom de tragédia. Para Malom e Quiliom, certamente, e também para Elimeleque, a morte chegou cedo na vida, e Noemi ficou desamparada de seu marido e seus dois filhos muito cedo.

2- Casamento dos filhos (Rt 1.4) Os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.

Uma luz de esperança brilha para Noemi, o casamento de seus filhos Malom e Quiliom com mulheres moabitas, Orfa e Rute. Os casamentos, nos tempos bíblicos, eram especialmente muito festivos para os pais e noivos. Dentre outras razões, uma é especial para os pais: era a possibilidade de o casal ter filhos homens, e assim, dar continuidade a linhagem familiar, garantindo a manutenção das suas famílias e propriedades.

Não havia tragédia maior para uma família do que ter o seu nome extinto por não ter um herdeiro. Todavia, a sequência dos fatos mostra novos eventos trágicos que põem fim as esperanças de Noemi: seus dois filhos morrem sem gerar descendentes. Sobre a menção do tempo, “ficaram ali quase dez anos”, o entendimento para muitos estudiosos é que tais anos abrangem o tempo de permanência da família em Moabe.

3- O drama das viúvas (Rt 1.5) Morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido.

Agora, a família de Elimeleque está sem a segunda e a terceira gerações. Diante de uma tragédia assim, não há palavras de consolo. Vale observar que já a partir do verso 3, o escritor muda a forma de referir-se aos homens da família: Elimeleque, agora passa a ser referido como o esposo de Noemi. Naquele tempo, esse era um modo incomum de se referir a um homem e sua mulher; e mais, quanto aos filhos, até então a expressão ”filhos dele’’: agora e “filhos dela”.

Tais mudanças de tratamento indicam a transferência da responsabilidade do pai, agora morto, para a mãe, viúva A partir de então, o foco passa a ser Noemi e Rute, não mais Elimeleque. A semelhança de tantas bravas mulheres que, sozinhas, por serem viúvas ou “viúvas de maridos vivos”, precisam assumir, ajudadas por DEUS, a excepcional responsabilidade de liderança e provisão do lar.

III- O RETORNO PARA BELÉM (Rt 1.6-22)

Noemi não tem mais motivos para ficar em Moabe, e ela diz às suas noras que está voltando para casa. Ela sabe que a vida de uma viúva e estrangeira em Israel é muito difícil; e então, compele suas noras a ficarem. Orfa concorda; Rute, não. O capítulo termina com Noemi propondo mudar o seu nome para Mara, que significa amargura, representando melhor o seu destino trágico.

1- Noemi, Orfa e Rute iniciam o retorno (Rt 1.6) Então, se dispôs ela com as suas no­ras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o Senhor se lembrará do seu povo, dando-lhe pão.

Enfim, Noemi ouviu a boa notícia de que o Senhor se lembrará do Seu povo, dando-lhe pão. Depois das mortes e da pré-condição de extinção da família, Noemi, ao ouvir essa notícia, inicia-se um novo período para redirecionar a sua vida. Observe o movimento dela nos textos a seguir: “Então se dispôs ela… voltou da terra de Moabe” (Rt 1.6,7). Agora, ela tem o domínio da decisão e faz o caminho de volta para Belém, “a casa do pão”. Por sua atitude, Noemi mostra que sua fé em DEUS se mantivera viva para seguir em frente, e então, lidera o êxodo do lugar onde estava, e suas noras a seguiram.

As três mulheres seguem estrada afora, quando inesperadamente, Noemi súplica as suas noras: “Ide, voltai cada uma a casa de sua mãe”. Pode-se inferir que, enquanto caminhava, Noemi refletia sobre o futuro de suas noras e não desejava que elas se sacrificassem por causa dela. Em Belém, ela não poderia garantir que elas tivessem um lar; mas em Moabe, na casa dos pais, elas teriam maior probabilidade de se casarem novamente. Noemi deseja a bênção do Senhor sobre elas, e disse: Que o Se­nhor use convosco de benevolência“.

E ainda, pede que o “Senhor lhes dê que sejais felizes, cada uma em casa de seu marido”; isto é, que o Senhor as guiasse a novos casamentos, para seguirem suas vidas felizes e em segurança. Assim, Noemi colocou suas noras nas mãos de DEUS e despediu, beijando Orfa e Rute; e choraram em voz alta. Dada a intensa emoção, pode-se intuir que as três mulheres choraram, como em uma lamentação de luto.

Pelas circunstâncias, talvez elas nunca mais iriam se ver novamente. Todavia, Orfa e Rute, declararam lealdade à sogra quando disseram que pretendiam voltar com ela para o seu povo, e esperavam que Noemi aceitasse a decisão delas. Assim acontece a primeira conversa entre as mulheres, no caminho de retorno.

2- A lealdade de Rute (Rt 1.16) Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não te seguir; porque, aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo e o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS.

Noemi tenta novamente convencer Rute e Orfa a voltarem para Moabe. Com um forte argumento: ”Sou velha demais para ter marido. Ainda quando eu dissesse: tenho esperança ou ainda que está noite tivesse marido e houvesse filhos, esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Abster-vos fez de tomar­des marido?” E prossegue: “Não, filhas minhas! Porque, por vossa causa, a mim me amarga o ter o Senhor descarregado contra mim a sua mão.”(1.13).

Novamente as mulheres choram em voz alta, mas desta vez, “Orfa, com um beijo se despediu de sua sogra” e “voltou ao seu povo e aos seus deuses”; foi para casa de sua mãe. Diferentemente, Rute se apegou a sua sogra, decidida a ficar junto dela, numa manifestação de profundo vínculo emocional e de lealdade. Rute fala pela primeira vez na história, fazendo declarações lapidares de amor, companheirismo e fidelidade a sua sogra. Para ela, vol­tar era abandonar Noemi e deixá-la mais vulnerável ainda.

Então, afirma que iria seguir e viver com ela; que estava disposta a renunciar a sua ter­ra natal e aos seus deuses e identificar-se com o povo e o DEUS dela; que permaneceria pelo resto da vida com ela e que até mesmo seria sepultada na mesma sepultura. E finaliza com seu compromisso resoluto, em nome do DEUS de Israel: “Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não
seja a morte me separar de ti” (1.17). A Partir daquele ponto, ambas seguiram caminho para Belém de Judá.

3- A chegada em Belém (Rt 1.19) Então, ambas se foram, até que chegaram a Belém; sucedeu que, ao chegarem ali, toda a cidade se comoveu por causa delas, e as mulheres diziam: Não é esta Noemi?

Os detalhes da viagem não são contados. Todavia, ao chegarem ali, à porta da cidade, Noemi e Rute entraram em Belém e, juntas, iniciaram uma nova fase de vida. Elas são recebidas pela cidade, que se comoveu ao ver Noemi abatida física e emocionalmente, sem o marido e filhos. As mulheres que a recebiam com entusiasmo também lhe trouxeram muitas recordações, inclusive do significado do seu nome – “agradável ou bela”: As lembranças de um passado feliz eram incompatíveis com a vida, no presente.

Tudo isso contribuiu para uma reação abrupta de Noemi “Não me chameis Noemi” (agradável); um nome que não combinava com o que ela sentia. Noemi queria mesmo era ter um nome que refletisse sua profunda dor emocional e exigiu que a chamassem de Mara, que significa amarga. Ela compara a sua condição do passado com o presente, dizendo: “Ditosa eu parti, porém o Senhor me fez voltar pobre”. Para demarcar o tempo em que a volta de Noemi ocorreu, o escritor menciona a colheita da cevada.

Lembre-se que este primeiro capítulo começa dizendo que houve uma fome na terra (v.1) e termina com o registro da abundância trazida pelo começo da sega da cevada. ”Assim, voltou Noemi da terra de Moabe, com Rute, sua nora, a moabita; e chegaram a Belém no princípio da sega da cevada” (Rt 1.22).

APLICAÇÃO PESSOAL

Fé e a confiança de que DEUS é fiel em todas as circunstâncias. Só Ele pode transformar os nossos infortúnios em bênçãos, segundo o Seu eterno propósito.

RESPONDA

Quais são as três personagens no livro de Rute? R. Rute, Orfa e Noemi
2) Qual o significado do termo Belém? R. Seu nome significa “casa do pão”
3) Como Noemi queria ser chamada, quando de seu retorno a Belém? R. Exigiu que a chamassem de Mara

 

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Lição 11: Rute 2 – Rute Encontra Boaz |  1° Trimestre de 2023 | EBD – PECC

 

TEXTO ÁUREO

“O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do Senhor, DEUS de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio.” Rt 2.12

LEITURA BÍBLICA COM TODOS

Rute 2.1-23

VERDADE PRÁTICA

A providência divina toma forma na vida do crente por meio das ações humanas e é assim que podemos ver que a graça de DEUS tem um rosto humano.

INTRODUÇÃO
I- UM ENCONTRO CASUAL Rt 2.1-7
1– Rute colhe alimento Rt 2.2
2– Um encontro “por casualidade” Rt 2.3
3– Boaz conversa com o encarregado Rt 2.6
II- BOAZ TRATA BEM RUTE Rt 2.8-17
1– Boaz conversa com Rute Rt 2.8
2– Convida Rute para o almoço Rt 2.14
3– A orientação de Boaz aos servos Rt 2.1s
III- RELATÓRIO DO DIA Rt 2.18-23
1– Rute faz relatório a Noemi Rt 2.18
2– A Conversa de Noemi e Rute Rt 2.20
3– O fim da colheita Rt 2.23
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

SEGUNDA – Rt 2.2
TERÇA – Rt 2.3-4
QUARTA – Rt 2.8-14
QUINTA – Rt 2.15-17
SEXTA – Rt 2.18-20
SÁBADO – Rt 2.21-23
HINOS DA HARPA: 61-369

INTRODUÇÃO

O novo episódio da história contada no capítulo dois de Rute é regado de eventos surpreendentes, que começam com a apresentação de um novo personagem. A decisão de Rute de ir ao campo para respi­gar a fez correr riscos, mas lhe abriu muitas possibilidades. Ela encontrou quem lhe favorecesse, colheu alimento, fez amizade, adquiriu status. Sob as asas do DEUS de Israel, Rute recebe uma porção da paga por sua lealdade a Noemi, por meio do seu benfeitor, Boaz (2.8,12). Um novo dia trará novidades.

I- UM ENCONTRO CASUAL (Rt 2.1-7)

1- Rute colhe alimento (Rt 2.2) Rute, a moabita disse a Noemi: deixa-me ir ao campo, e apanharei es­pigas atrás daquele que me favore­cer. Ela lhe disse: Vai, minha filha!

Um novo dia surge para as duas viúvas; Noemi fala sobre um parente de Elimeleque, Boaz, que terá um papel importante na história. O nome dele tem o sentido de “proeminente homem de bem”. Noemi contempla os campos de cevada que confirmavam a notícia que ouvira, ainda em Moabe, que DEUS visitará Seu povo, dando-lhe pão (Rt 1.6). Rute a ouvia e ponderava em qual dos campos ela poderia ser favorecida para adquirir alimento. Por ser moabita, Rute talvez nao tinha conhecimento que o pobre, a viúva, o órfão e o estrangeiro ti­nham o direito de colher os grãos nas bordas dos campos e também para recolher o que os segadores deixavam nas eiras, conforme determinava a lei de Israel (cf. Lv 19. 9- 10; Dt 24.19). Ela pediu permissão a Noemi para apanhar espigas no campo que lhe fosse permitido, ao que Noemi consentiu: “Vai, minha filha!” Rute foi, chegou ao campo e respigava após os segadores.

2- Um encontro “por casualidade” (Rt 2.3) Ela se foi, chegou e apanhava após os segadores por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, a qual era da família de Elimeleque.

Rute, por “casualidade”, entrou no campo que pertencia a Boaz. De pronto, a cena mostra o controle soberano de DEUS sobre as questões humanas. DEUS a estava guiando para o campo certo. Para não restar dúvida, tem-se mais uma pista da providência divina: Boaz era do mesmo clã que Elimeleque (2.1). Agora Rute estava no campo de propriedade de Boaz. Os sentidos de compromissos, de lealdade e de deveres de família agora pairam sobre o campo de cevada, mas falta acontecer o encon­tro dos personagens.

De repente, eis que Boaz veio de Belém (v.4). A chegada de Boaz ao mesmo local onde Rute estava é indício da providência divina. Boaz chegou e saudou seus trabalhadores, dizendo: “O Senhor seja convosco”. Ao que os ceifeiros responderam: “O Senhor te abençoe”. Essa saudação, embora costumeira, deixa uma sutil sugestão de que, “por casualidade” mencionada no verso 3, afirma a presença de Jeová entre eles, bem como sobre o trabalho, o campo e o que aconteceria a seguir.

3- Boaz conversa com o encar­regado (Rt 2.6) Respondeu-lhe o servo: Esta é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe.

A visita de Boaz ao seu campo foi para inspecionar o progresso da colheita e incentivar os trabalhadores. Mas ao identificar a presença de uma moça, quis saber quem era. Então perguntou ao encarregado: “De quem é esta moça?”(v.5). O uso “De quem” ao invés de “quem” expressa o desejo de Boaz de saber a identidade de Rute, se era empregada de um outro proprietário de campos vizinhos, ou a qual família ou clã ela pertencia. A resposta do encarregado mostra que era moça moabita que viera com Noemi de Moabe, uma jovem senhora de uns vinte e cinco anos de idade, possivelmente. Ao referir-se como uma moabita, indica os riscos que ela poderia passar por ser estrangeira e estar no campo a respigar (vs. 9,15,16), como observado mais tarde por Noemi (v. 22). Ele mostra então que Rute era conhecida pela sua identidade étnica, pela associação com Noemi e ter vindo com ela de Moabe. Mesmo não sabendo o nome, o encarregado deu indícios de que Rute tinha um lar.

II- BOAZ TRATA BEM RUTE (Rt 2.8-17)

1- Boa conversa com Rute (Rt 2.8) Então, disse Boaz a Rute: Ouve, minha filha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas servas.

Então, Boaz falou atenciosa­mente com Rute e a tratou de “minha filha.” A partir daquele momento, ela estava autorizada a rebuscar onde quisesse, e ele ainda deu ordens aos servos que não lhe trocassem de campo. Rute ficaria na companhia das servas e, se fossem trabalhar em outro campo, que fosse com elas: e foi assim que sucedeu, até finalizar a colheita da cevada e do trigo (v.23).

Ao ser permitido respigar após as servas, Rute colheria mais do que grãos se o fizesse nas bordas dos campos. Além desse privilégio, Rute poderia beber da água que era trazida para os trabalhadores daquele campo. Diante dos atos de bondade de Boaz, Rute se inclinou com o rosto rente ao chão e exclamou: “Como é que me favoreces e fazes caso de mim, sendo eu estrangeira?”.

Ele disse, revelando que alguém havia lhe contado da dedicação dela a Noemi, que ela havia deixado o pai, a mãe e a segurança da terra na­ tal, arriscando vir morar em meio a um povo que não conhecia bem. Naquele dia, no campo de cevada, esse encontro foi a primeira situação de alegria que Rute viveu desde a morte de seu esposo em Moabe.

2- Convida Rute para o almoço (Rt 2.14) A hora de comer, Boaz lhe disse: Achega-te para aqui, e come do pão, e molha no vinho o teu bocado. Ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu grãos tostados de cereais; ela comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou.

Boaz convidou Rute para almo­çar com ele e os trabalhadores, ela aceitou, assentou-se ao lado dos segadores e ele mesmo lhe serviu grãos tostados. Dá a entender que a quantidade de grãos foi generosa, pois ela comeu, saciou a fome e guardou a sobra. Ao lhe servir aqueles grãos, Boaz mostra mais um sinal de bondade e que Rute encontrou um benfeitor muito generoso. Rute, igualmente, mostrou sua generosidade, ao guardar um pouco do seu almoço para uma pessoa que lhe era especial (v.18).

Ali ela sentava-se como membro de uma importante família israelita (2.1). Aliás, contrariando os costumes hebraicos antigos, ela foi servida por ele, que precisou se levantar para servi-la. Não é difícil ver a mão de Jeová, como o provedor, na retaguarda dos atos gene­rosos de Boaz.

3- A orientação de Boaz aos servos (Rt 2.15) Levantando-se ela para rebuscar, Boaz deu ordens aos seus servos dizendo: Até entre as gavelas deixai-a colher e não a censureis.

Atento aos movimentos de Rute, assim que ela se voltou a rebusca Boaz deu ordens a seus servos que não a repreendessem quando ela estivesse respigando entre as espigas já cortadas e que também ao fazerem os feixes, dei­xassem porções de espigas para ela recolher. Assim, deixou claro para os servos que Rute tinha a permissão irrestrita para rebuscar entre os feixes. Portanto, os servos não poderiam nem reclamar dela, pois o ato da autorização de Boaz foi além da exigência legal.

Naquele resto do dia, Rute respigou até o fim da tarde, amarrou os seus febres e os levou para a eira onde debulhou e preparou para le­var. Apesar do tempo de espera pela permissão, a quantidade de grãos colhidos foi de quase um efa, aproximadamente 22 litros de cevada, cerca de 13kg, o equivalente ao salário de metade de um mês, em um dia.

III- RELATÓRIO DO DIA (Rt 2.18-23)

1- Rute faz relatório a Noemi (Rt 2.18) Tomou-o e veio à cidade: e viu sua sogra o que havia apanhado; também o que lhe sobejara depois de fartar-se tirou e deu a sua sogra.

No fim daquele dia, Rute retornou à cidade com tudo que colhe­ra sobre os ombros. Sua sogra viu que a quantidade de cevada que Rute trouxe era superior ao volume que um homem respigava em um dia de trabalho. Além da grande quantidade de cereais que trouxe, um gesto afetuoso de Rute animou Noemi (v.18).

O gesto faz lembrar o dia quando elas chegaram a Belém, quando Noemi reclamara de ter voltado pobre, com as mãos vazias (1.21). Rute, depois de um dia de colheita no campo de cevada (cf. 1.22), coloca comida pronta nas mãos de Noemi, além da cevada que supriria a casa dela por muitos dias. Entusiasmada, Noemi fazia uma pergunta atrás da outra para Rute (v.14). Queria saber de todas as novidades.

2- A conversa de Noemi e Rute (Rt 2.20) Então, Noemi disse a sua nora: Bendito seja ele do Senhor, que ainda não tem deixado a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe Noemi: Esse homem e nosso paren­te chegado e um dentre os nossos resgatadores.

Percebendo a mão de DEUS, Noemi fez uma oração pedindo ao Senhor, o justo juiz, que re­compensasse aquela pessoa pelos seus atos de bondade. Rute respondeu que havia trabalhado na parte do campo que era de Boaz. De novo, Noemi pede uma específica bênção do Senhor sobre Boaz. Reconhece que Jeová não deixou a Sua benevolência para com ela e Rute, nem para com os maridos e filhos já falecidos.

Noemi reconhece o Senhor como o supremo agente da benção e diz que Boaz era merecedor de uma recom­pensa. A providência divina toma forma na vida do crente por meio das ações humanas, e é assim que podemos ver que a graça de DEUS pode se apresentar com um rosto humano.

Ao cuidar das necessidades de Rute e Noemi, por meio de Boaz, Jeová demonstra bondade e cuidado para com as viúvas, como está escrito: “O SENHOR guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios” (Sl 146.9).

3- O fim da colheita (Rt 2.23) Assim, passou ela na companhia das servas de Boaz, para colher, até que a sega da cevada e do trigo se acabou: e ficou com a sua sogra.

A conversa entre a sogra e sua nora se mantém animada! Rute conta a Noemi que Boaz lhe deu até mesmo permissão de continuar respigando ali até o fim da colheita (v.8,9). A pronta reação de Noemi foi de concordância; e reforçou que, ficando na companhia das servas de Boaz, estaria protegida. Tanto Noemi como Boaz demonstram intenção de proteger Rute. Assim foi feito e Rute permaneceu junto das servas de Boaz no campo de cevada até terminar a colheita. O tema da colheita está presente nos dois primeiros capítulos de Rute. O primeiro com o começo da colheita e o segundo capítulo com o fim (1.22; 2.23). Mas, a atitude de Rute, o consentimento de Noemi e a benevolência de Boaz explicitam a graça de DEUS” (1.16; 2.2; 2.8).

APLICAÇÃO PESSOAL

Somos desafiados a sermos um canal da providência divina para indicar às pessoas o caminho da verdadeira esperança, nos tornamos o rosto da graça de DEUS para elas.

 

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Lição 12: Rute 3 – Rute Propõe casamento a Boaz | 1° Trimestre de 2023 | EBD PECC

 

TEXTO ÁUREO

“Disse ele: Quem és tu? Ela respondeu: Sou Rute, tua serva; estende a tua capa sobre a tua serva, porque tu és resgatador. Rute 3.9

LEITURA BÍBLICA COM TODOS

Rute 3.1-18

VERDADE PRÁTICA

DEUS desempenha o seu trabalho através dos crentes que aproveitam oportunidades inesperadas como sendo presentes de DEUS

INTRODUÇÃO
I- O PLANO PARA RUTE Rt 3.1-1
1– Noemi instrui Rute Rt 3.5
2– Rute faz pedido de casamento Rt 3.9
3– Boaz elogia Rute Rt 3.10
II- BOAZ,0 REMIDOR Rt 3.12-15
1– Havia outro mais chegado Rt 3.12
2– O juramento de Boaz Rt 3.13
3– O presente de Boaz Rt 3.15
III- RUTE REPORTA A NOEMI Rt 3.16-18
1– A expectativa confiante de Noemi Rt 3.16
2– A generosidade de Boaz Rt 3.17
3– O sábio conselho de Noemi Rt 3.18
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

SEGUNDA – Rt 3.1-5
TERÇA – Rt 3.6-8
QUARTA – Rt 3.9,10
QUINTA – Rt 3.11-15
SEXTA – Rt 3.16
SÁBADO – Rt 3.17,18
HINOS DA HARPA: 45-139

INTRODUÇÃO

O terceiro capítulo de Rute mostra o ponto crítico de toda a história, o mais alto nível de tensão e de suspense. O infortúnio da fome das duas viúvas já havia sido solucionado, mas o estado de viuvez de Rute se mantinha. Desde há muito, Noemi desejava que Rute se casasse, como manifestado na sua oração que fosse feliz em casa de seu marido, o que é reiterado agora (3.1,18; 1.9).

I- O PLANO PARA RUTE (Rt 3.1-11)

1- Noemi instruí Rute (Rt 3.5) Quando ele repousar, notarás o lugar em que se deita; então, chegarás, e lhe descobrirás os pés, e te deitarás; ele te dirá o que deves fazer. Respondeu-lhe Rute: tudo quanto me disseres farei.

Passados os momentos mais angustiantes desde que chegou a Belém, Noemi encerra a fase de amargura e se dispôs a cumprir uma obrigação que caberia aos pais de Rute (1.6). E disse assim: ”Minha filha, preciso arranjar um marido para você, a fim de que você tenha um lar” (Rt 3.1, NTLH), segurança, permanência e a felicidade no lar, bem como, ter um herdeiro (1.8,9).

Noemi responderia à sua própria oração ao elaborar um plano pelo qual Boaz cumprisse a obrigação de socorrer um membro da família que perdera a sua propriedade. Naquela noite Boaz estaria no campo da debulha, onde Rute conversaria com ele sem serem vistos. Rute desceria ao terreiro da debulha onde se manteria sem ser vista por Boaz.

Enquanto isso, ela observaria quando e onde Boaz fosse deitar-se para dormir, depois da festa. Então ela viria para deitar-se aos pés dele. Boaz entende perfeitamente a atitude de Rute e o seu pedido de um casamento em Levirato. Ela estava respeitando uma norma e costume familiar antigamente.

levirato era uma lei para os casamentos nos quais o marido falecia sem deixar herdeiro (Lv 25.25,47-49; Rt 4.4); então, era permitido que o cunhado solteiro da viúva se casasse com ela para ter filho, de forma que o primogênito dessa relação se tornasse o herdeiro legal do morto.

livro de Rute mostra em detalhes a aplicação da lei do levirato e ainda indica que essa lei estendia­-se para além do irmão do marido morto. Rute havia ficado viúva sem que tivesse gerado um filho de seu marido. Ela também não dispunha de um cunhado elegível para cum­prir o casamento levirato.

2- Rute faz pedido de casamento (Rt 3.9) Disse-lhe: Quem és tu? Ela respondeu: Sou Rute, tua serva; estende a tua capa sobre a tua serva, porque tu és resgatador.

Passado o tempo de espera, até que Boaz dormisse, Rute chega de mansinho, lhe descobre os pés e deita-se na direção perpendicular (v.8) e em secreto, dormem próximos; e, seguindo o plano, Rute espera pelo desenrolar dos acontecimentos. À meia-noite, Boaz acorda e é surpreendido com uma mulher deitada ali. O israelita respeitado deve ter ficado tenso e, de imediato, perguntou: Quem és tu? Pela forma de tratamento – “tu” e não “minha filha” – indica não ter sido reconhecida.

A resposta dada foi de uma mulher que se identifica sem temor: Eu sou Rute, tua serva. Além disso, ao ter se qualificado como “tua serva”, como fez anteriormente, mostra um novo status, não mais de uma “serva” da classe inferior (2.13). Ao contrário, se identifica entre aquelas candidatas ao casamento; ao mesmo tempo, como uma mulher trabalhadora e vulnerável que necessitava de proteção. Ela era, sim, uma mulher apta para ser esposa de Boaz. Utilizando uma expressão para pedir em casamento, Rute solicita que Boaz estenda o seu manto sobre ela.

3- Boaz elogia Rute (Rt 3.10) Disse ele: Bendita sejas tu do Se­nhor, minha filha; melhor fizeste a tua última benevolência que a primeira, pois não fostes após jovens, quer pobres, quer ricos.

Tendo ouvido as palavras de Rute, agora Boaz se manifesta; e suas primeiras palavras revelam seus nobres sentimentos, sua felicidade pelo que ouvira de Rute, e lhe faz elogios na forma de benção: “Disse ele: Bendita sejas tu do Senhor”. O sentido desta expressão, naquele contexto, sugere que DEUS está guiando aquele episódio. Quando usam tratamento ‘”minha filha”: Boaz fez como um pai faz ao dirigir-se com temor e sem cerimônia a sua filha, o que também pode indi­car que Boaz fosse bem mais velho do que Rute (2.8; 3.11).

Boaz estava disposto a pagar o custo social e financeiro de receber uma estrangeira na família. Ele ainda destaca a notabilidade dela ao querer casar-se com um resgatador, para dar a Noemi um herdeiro, e que este era um nobre ato superior, ao deixar toda a segurança da sua pátria e família para dedicar­-se a Noemi (1.16.17). Ele admirou também a sua decisão de escolhê-lo para casar-se, e não ter preferido um homem jovem, com quem ela teria maior possibilidade de ter filhos. Por certo, Rute conhecia o homem de bom caráter e sabia que Boaz daria pro­teção a Noemi e a ela também.

II- BOAZ, O REMIDOR (Rt 3.12-15)

1- Havia outro mais chegado (Rt 3.12) Ora, é muito verdade que eu sou resgatador; mas ainda outro resgatador há mais chegado do que eu.

Boaz diz a Rute que ele era um resgatador, mas havia um outro parente mais próximo da família de Noemi. Portanto, a este cabia a obrigação e o direito de cumprir com os deveres de resgatador duplamente: casando-se com Rute e tendo um filho com ela para assegurar descendência a Elimeleque (1.1-5; 2.20); e a de resgatar a área de terra que Noemi havia posto à venda (4.3).

De fato, o fi­lho que o remidor teria com Rute seria legalmente o filho de Malom (4.17). Tendo em vista que o outro poderia reivindicar a prioridade de cumprir a obrigação de resgatador, não era o que Rute queria ouvir depois de ter arriscado sua moral para viabilizar o piano de Noemi e pedir que Boaz fosse o seu protetor.

2- O juramento de Boaz (Rt 3.13) Fica-te aqui esta noite, e será que, pela manhã, se ele te quiser resgatar, bem está, que te resgate; porém, se não lhe apraz resgatar-te, eu o farei, tão certo como vive o Senhor.

Objetivamente, Boaz como um parente da família, mas não a primeira opção de resgatador, faz um juramento como resgatador de Rute, caso o outro não o fizesse. Assim, tendo lhe garantido que cuidaria da questão até o fim, ele a instruiu que dormisse ali, pensando na segurança dela. Seguindo as orientações de seu pretenso protetor, Rute dormiu em segurança aos pés dele até an­tes que o dia clareasse, despertou antes que qualquer pessoa a distância pudesse identificá-la. De acordo com a orientação de Boaz, que ninguém soubesse que ela estivesse na eira.

3- O presente de Boaz (Rt 3.15) Disse, mais: Dá-me o manta que tens sobre ti e segura-o. Ela o segurou, ele encheu com seis medidas de cevada e lhe pôs às costas; então, entrou na cidade.

Boaz vai além da exigência da lei quando oferece a Rute cereais da eira. Antes que ela saísse, ele praticou mais um ato de cuidado e de garantia que ele resolveria as questões relativas ao desejo de Rute. Mesmo sendo impróprio para uma mulher sair em público sem o manto que cobria os cabelos, Boaz pediu a Rute que segurasse o manto pelas pontas e o encheu com seis medidas de cevada.

Em seguida, Boaz o pôs às costas de Rute, que voltou para casa levando um excelente presente. Isto a fazia lembrar o bem-sucedido plano ousado de Noemi, executado à risca. Tendo feito assim, a cena do terreiro de debulha termina para continuar em outro lugar. Ainda, é certo que o presente foi uma evidência da generosidade de Boaz para com Rute e um indicativo de mudança da situação de Noemi.

III- RUTE REPORTA A NOEMI (Rt 3.16-18)

1- A expectativa confiante de Noemi (Rt 3.16) Em chegando à casa de sua sogra, esta lhe disse: Como se te passaram as coisas, filha minha? Ela lhe contou tudo quanta aquele homem lhe fizera.

Cumprida a missão, Rute deixa o terreiro da debulha e volta para casa levando sobre os ombros uma generosa porção de cevada e dese­josa de contar tudo a sua sogra. Su­bindo para a cidade, provavelmente, Rute relembrava o que aconteceu naquela noite em que ela fez a Boaz a proposta e ele prometera ser seu resgatador, se o outro mais chegado declinasse de seu direito.

Quando ela entrou em casa, Noe­mi a recebeu perguntando: “Como se te passaram as coisas, minha filha?” O plano deu certo? “Ela lhe contou tudo quanto aquele homem lhe fize­ra” (v.16), sabre o elogio a sua lealdade a família (v.10); que prometeu encontrar um remidor para restituir a herança da família e que faria isso ele próprio, caso o outro parente mais próximo não quisesse exercer o papel (vs.11-13); que ele cuidaria de todos os trâmites com presteza, tendo em vista o seu status social (2.1) e seu caráter moral. Portanto, a sorte de Rute não poderia estar em melhores mãos.

2- A generosidade de Boaz (Rt 3.17) E disse ainda, estas seis medidas de cevada, ele mas deu e me disse: Não voltes para tua sogra sem nada.

Ao iniciar a frase com um pronome demonstrativo “estas seis “: Rute se referia com ênfase ao que poderia ser visualizado: uma grande quantidade de cevada equivalente a uns 30 ou 40 quilos. Um grande presente confirma as boas intenções de Boaz. É interessante notar que Rute adiciona que Boaz lhe dissera: “Não voltes para a tua sogra sem nada”.

A última vez que vimos referenda ao estado de pobreza foi quando, em 1.21, Noemi exclamou em desespero: “Ditosa eu parti, porém o Senhor me fez voltar pobre’ Seus dias de pobreza tinham acabado! Noemi vê a grande quantidade de cevada como um sinal de benevolência e acredita nas pala­ de Boaz de que não descansará até resolver o caso.

3- O sábio conselho de Noemi (Rt 3.18) Então, lhe disse Noemi: Espera, minha filha, até que saibas em que daria as coisas, porque aquele homem não descansará, enquanto não resolver este caso ainda hoje.

Depois de ouvir o relatório do encontro com Boaz, Noemi diz a Rute: Espere, seja paciente até que saia o resultado, afirmando que o caso estava nas mãos de Boaz, entende-se que estavam sob o controle de DEUS. Noemi conhecia bem Boaz (2.1), pois cita o caráter dele em outras conversas com Rute (2.1.22; 3.2-4). Ela podia aconselhar Rute a não se afligir enquanto esperava a solução do caso que envolvia Boaz e o parente remidor mais próximo que tinha prima­zia Boaz resolveria por completo.

É possível que Noemi tenha dito isso, indicando a cevada concedida como presente. Depois disso, ela marcou o último aparecimento e últimas palavras dela pronunciadas no livro; deixou o centro do palco para Boaz e Rute. Ela teve êxito em seu plano. É com sentimento de esperança que Noemi se despede, deixando o leitor ciente que ela estaria feliz. É certo que Boaz fora impul­sionado pelo dever do resgatador, bem como por desejar casar-se com Rute.

O destino das duas viúvas está sob o cuidado de um verdadeiro israelita. Talvez ele encontre um meio de requerer Rute para si, se tiver a “ajuda” do outro parente em declinar do seu direito. Para Rute, o casamento com um resgatador lhe restaura­ria emocionalmente e devolveria a esperança de gerar filhos para preservar a linhagem e os bens da família. Portanto, o fim bem-suce­dido desta história é iminente!

APLICAÇÃO PESSOAL

Os crentes não devem esperar passivamente até que os eventos favoráveis aconteçam. Em vez disso, procurando direção divina, devem tomar a iniciativa quando uma oportunidade se apresentar. Assim, nossos atos justos executam os planos de DEUS.

 

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Lição 13: Rute 4 – Boaz casa-se com Rute e gera Filhos | 1° Trimestre de 2023 | EBD – PECC

 

TEXTO ÁUREO

“Então, as mulheres disseram a Noemi: Seja o Senhor bendito, que não deixou, hoje, de te dar um neto que será teu resgatador; e seja afamado em Israel o nome deste.” Rt 4.14

LEITURA BÍBLICA COM TODOS

Rute 4.1-22

VERDADE PRÁTICA

DEUS tem o mundo em suas mãos e os seus olhos procuram os fiéis da terra.

INTRODUÇÃO
I- DIREITO TRANSFERIDO A BOAZ Rt 4.1-5
1– O processo legal Rt 4.1
2– O outro resgatador Rt 4.4
3– Uma condição inesperada Rt 4.5
II- CASAMENTO DE RUTE Rt 4.7-12
1– Transferência do direito Rt 4.B
2– Boaz casa-se com Rute Rt 4.10
3– Somos testemunhas Rt 4.11
III- FELICIDADE DE NOEMI Rt 4.13-17
1– A concepção de Rute Rt 4.13
2– A alegria de Noemi Rt 4.17
3– A genealogia de Davi Rt 4.22
APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

SEGUNDA – Rt 4.1-5
TERÇA – Rt 4.7,8
QUARTA – Rt 4.9-12
QUINTA – Rt 4.13,14
SEXTA – Rt 4.15-17
SÁBADO – Rt 4.18-22
HINOS DA HARPA: 27-126

INTRODUÇÃO

De modo empolgante, o escritor detalha o processo legal pelo qual Boaz se tornou o legítimo resgatador e se casou com Rute, de modo que o filho deles foi o herdeiro de Elimeleque.

I- DIREITO TRANSFERIDO A BOAZ (Rt 4.1-5)

1- O processo legal (Rt 4.1) Boaz subiu à porta da cidade e assentou-se ali. Eis que o resgatador de que Boaz havia falado ia passando; então, lhe disse: Ó fulano, chega-te para aqui e assenta-te; ele se virou e se assentou.

Do terreiro da debulha Boaz sobe a porta da cidade, um ponto de reunião de todas as pessoas; o lugar para comunicar as notícias, fazer negócios e administrar a jus­tiça , um centro de decisões da vida social da cidade. Boaz estava ali para resolver a questão da redenção de uma viúva e da propriedade de um parente.

Havia, na sociedade israelita, uma lei que atuava nos casos de heranças, de cuidado das viúvas e a provisão de herdeiros para viúvas sem filhos. A causa em questão era decidir formalmente qual dos homens, Boaz ou o parente mais chegado, seria o resgatador da família de Elimeleque. Boaz, uma autoridade reconhecida na cidade, esperava o parente resgatador passar por ali.

Este, ao ser avistado, foi convidado para aproximar-se, assentando-se de imediato. Para formar um quórum legal, que pode ser chamado de júri, Boaz convidou dez homens dos anciãos da cidade para servirem de testemunhas, caso fosse necessário, os quais poderiam certificar e validar qualquer transação.

2- O outro resgatador (Rt 4.4) Resolvi, pois, informar-te disso e dizer-te: compra-a na presença destes que estão sentados aqui e na de meu povo; se queres resgatá-la, resgata­-a; se não, declara-me para que eu o saiba, pois outro não há senão tu que a resgate, e eu, depois de ti. Respondeu ele: Eu a resgatarei.

Boaz explica ao parente sobre o caso em questão. Ele diz: “resol­vi, pois, informar-te”, indicando que era dele a iniciativa de fazer aquela reunião. E lhe disse que comprasse “a parte da terra” na presença das testemunhas e do povo, tendo em vista a situação de Noemi, viúva e sem herdeiros. Evocando o propósito da remissão e o dever legal de resgatador, Boaz oferece ao parente duas opções:

a) se desejasse servir como parente resgatador, que o fizesse;
b) se não se interessasse ou se sentis­se impedido, que declarasse. Boaz lhe diz que não havia outro resgatador, só eles dois. É possível que isso tenha estimulado o ego do parente diante do único concorrente, então disse: “Eu a resgatarei”. Com isso, o parente assume seu dever de ser o resgatador de Noemi.

3- Uma condição inesperada (Rt 4.5) Disse, porém, Boaz: No dia em que tomares a terra da mão de Noemi, também a tomarás da mão de Rute, a moabita, já viúva, para suscitar o nome do esposo falecido, sobre a herança dele.

Antes do parente se dirigir às testemunhas e declarar que faria a redenção da propriedade (cf. v.9), Boaz explica que, ao comprar a terra de Noemi, também teria de se casar com Rute para suscitar o nome do esposo falecido sobre a herança dele. Ao tomar conhecimento dessa obrigação, ele declinou do seu direito em favor de Boaz e justificou que não poderia efetuar o resgate para não prejudicar a herança dele.

Esse prejuízo poderia ser pago pela terra e ter de entregá-la ao primeiro filho que teria com Rute, o herdeiro legal de Elimeleque. E, ainda mais, ter suas despesas aumentadas com o sustento de Rute e de Noemi. Então, respondeu a Boaz dizendo: “Redime tu o que me cum­pria resgatar”. Para eximir-se de qualquer prejuízo pessoal, repete diante das testemunhas e do povo: “porque eu não poderei fazê-lo” (v. 6).

Assim, ele cumpriu a formalidade legal exigida. Agora, Boaz tem a posse do direito de remir a terra de Elimeleque, casar-se com Rute e prover um herdeiro para a família de Noemi. Ele cumprirá a promessa que fizera a Rute de ser o seu resgatador: “Eu o farei, tão certo como vive o Senhor” (3.13).

II- CASAMENTO DE RUTE (Rt 4.7-12)

1- Transferência do direito (Rt 4.8) Disse, pois o resgatador a Boaz: compra-a tu. E tirou o calçado.

A cerimônia era um antigo cos­tume em Israel. Assim acontecia em uma negociação: quando um dos negociadores queria confirmar o seu acordo numa transação, tirava o calçado e o transferia para o parceiro. Naquela situação, o parente, que é o portador do direito de resgatar, renunciou a favor de Boaz, dizendo: “compra-a tu”. Suas palavras eram uma declaração legal e, com o gesto sim­bólico de tirar o seu calçado e entregá-lo a Boaz, tornava pública a cessão do direito de remidor que foi transferido a Boaz.

2- Boaz casa-se com Rute (Rt 4.10) E também tomo por mulher Rute, a moabita, que Foi esposa de Malom, para suscitar o nome deste sobre sua herança, para que este nome não seja exterminado dentre seus irmãos e da porta da cidade: disto sois, hoje, testemunhas.

Boaz assume o legítimo título de resgatador e, ainda no mesmo cenário jurídico, dirige-se às testemunhas, aos anciãos e ao povo, e diz: “Sois, hoje, testemunhas de que comprei da mão de Noemi tudo o que pertencia a Elimeleque, a Quiliom e a Malom”. Essa formalidade era um procedimento legal israe­lita (v. 11) usado para reconhecer transações realizadas oralmente (cf Js 24.22; 1 Sm 12.5) e que tornava a cessão do direito válida com comprovação por parte das testemunhas. Boaz indica o tempo, hoje (v.9).

Com precisão legal o processo tem o encerramento. Finalmente, Boaz levanta o ob­jeto da questão: “também tomo por mulher Rute, a moabita” (4,5,10). É possível que a nacionalidade de Rute e o fato de ser viúva de Malom configuraram uma identificação legal da moabita para ser substituta de Noemi e, por meio do casamento, perpetuar o nome dos falecidos, o marido e filhos sobre a herança deles. Assim, o primeiro filho nascido de Rute e Boaz seria dono da propriedade da família de Elimeleque e renovaria a esperança de Noemi, de que seus mortos sobrevivessem através do herdeiro, continuariam com vida nas suas propriedades, no extrato social e no clã.

3- Somos testemunhas (Rt 4.11) Toda o povo que estava na porta e os anciãos disseram: Somos testemunhas; o Senhor faça a esta mu­lher, que entra na tua casa, como a Raquel e como a Lia, que ambas edificaram a casa de Israel; e tu, Boaz, há-te valorosamente em Efrata e faze-te nome afamado em Belém.

A aprovação das testemunhas às declarações de Boaz legitimava e encerrava a transação. Mas as manifestações delas foram além, desejando que a benção de DEUS estivesse sobre Boaz e sua espo­sa. Desejaram que DEUS fizesse de Rute como a Raquel e Lia, as duas esposas de Jacó e as genitoras da nação de Israel. Nesse pedido, está implícito que DEUS desse fertilidade a Rute para ser mãe de uma distinta descendência, provendo um herdeiro para Elimeleque.

A Boaz desejou que ele fosse valoroso e afamado em Belém e, sendo progenitor de uma grande e próspera família em Efrata. Por fim, para encerrar as manifestações, as testemunhas e os anciãos disseram que o sucesso de Boaz somente seria possível por meio da “prole que o SENHOR te der desta jovem.” (4.12). Ao mencionar “desta jovem” eles afirmam que os descendentes de Boaz viriam do seu casamento com Rute.

III- FELICIDADE DE NOEMI (Rt 4.13-17)

1- A concepção de Rute (Rt 4.13) Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o Senhor lhe concedeu que concebesse, e teve um filho.

Depois do ocorrido na porta da cidade, o escritor e econômico nas palavras diz que Boaz e Rute se casaram e destacou que o Senhor lhe concedeu que conhecesse, e assim, tivesse um filho. Na sociedade belemita, Rute começou como serva (2.13); depois como jovem (3.12); e, por fim, como esposa de Boaz (3.13); resultando, assim, naquilo que Noemi tanto desejou no início (1.9) e, mais recentemente, planejou (3.1-4): que Rute tivesse um lar, segurança e fosse mãe.

As mulheres da cidade (1.19) de novo se fazem presentes na vida de Noemi, louvando a DEUS por ter dado a ela um neto que manteria viva a descendência de Elimeleque. Elas abençoaram o menino, desejando que ele fosse afamado (v.14), como os anciãos desejaram a Boaz (v.11), porém mais de maneira mais extensa, não só na cidade de Belém, mas entre toda a nação de Israel. Essa celebração contribui para concluir com alegria a história de Noemi que no início era de desolação e vazio, agora reflete a concretização ao ter os braços e colo cheios com a esperança desejada.

2- A alegria de Noemi (Rt 4.17) As vizinhas lhe deram nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Esse o pai de Jes­sé, pai de Davi.

As mulheres falam dos benefícios que o menino proporciona­ria a Noemi: ele seria o resgatador da vida de Noemi, trazendo sua alegria de volta e impedindo a extinção da família de seu falecido esposo (1.21.22); ele seria o consolador da sua velhice, por todos os dias da sua vida; ele pro­ veria para que não faltasse o pão sobre a sua mesa (1.1). Rute, que se manteve silenciosa na cena, e honrada pelas mulheres por sua bondade: “pois tua nora, que te ama, o deu à luz, e ela te é melhor do que sete filhos”.

Parece estranho Rute ser tratada de nora de Noemi, agora casada com Boaz (cf.1.6- 8,22;2.20,22). Isso demonstra que Rute e Noemi mantinham relacionamento mútuo de respeito e amabilidade, mas a condição foi mantida por causa do resgate.
Na expressão “ela te é melhor que sete filhos”, as mulheres mos­tram a simbologia desta condição para aqueles dias: ter sete filhos era uma benção divina e uma grande honra, e se fossem muitos, melhor, pelo valor atribuído aos homens (servir nas guerras, no trabalho, na administração e proteção dos bens).

Noemi faz um simbólico gesto, enquanto ouvia silenciosamente as amigas, e fecha o círculo da sua vida. Tomou (das mãos das mulheres) o menino, e o pôs no regaço, e entrou (na casa dela) para cuidar dele. Diante disso, elas exclamam: “a Noemi nasceu um filho”, relembrando o lamento dela (1.11-13; 20,21). Antes vazia, agora vivendo sua completude. Para finalizar, as mulheres deram nome ao menino e lhe chamaram Obede, “um que trabalha/servo”.

3- A genealogia de Davi (Rt 4.22) Boaz gerou Obede, Obede gerou Jessé, e Jessé gerou a Davi.

O autor, encantado com o fim da história, exalta o menino Obede com um brado de alegria. Este é o pai de Jessé, o pai de Davi. Portanto, um antepassado ilustre que certamente contribuiria para a certificação da autenticidade do reinado de Davi, além de ser um descendente de Judá, uma das suas principais famílias da qual o próprio Davi descendia.

Nesta lis­ ta, Boaz ocupa o sétimo lugar, o de antepassado honrado, um notável e reconhecido. Boaz, o herói da história e o honrado ancestral de Davi. Em todos os eventos retratados em Rute, é entendido que a providência divina e continua ao longo da História, do presente e do porvir.

APLICAÇÃO PESSOAL

A figura do resgatador (goel) aponta profeticamente para o nosso Redentor, que nos concedeu o direito de participar legitimamente da família de DEUS e sermos eternamente Seus herdeiros.

RESPONDA
1) Onde era realizado o resgate da propriedade de um parente?
2) Que tipo de cerimônia era um costume antigo em Israel?
3) A qual tribo pertencia Boaz?

 

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ESTER

Escrita Lição 9, Central Gospel, Ester, uma Líder Perspicaz, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

 Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

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Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/05/escrita-licao-9-central-gospel-ester.html

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ESBOÇO DA LIÇÃO

1- UMA JUDIA NO PALÁCIO IMPERIAL

1-1- O grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua posição destacada

2- UM AGAGITA NA CASA DO REI

2-1- Um genocídio decretado

2-1-1- Assuero deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã

3- DEUS USA UMA JUDIA PARA VENCER UM

AGAGITA NA CORTE PERSA

3-1- O grande líder discerne o tempo da ação

3-1-1- Ester deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo

3-2- O grande líder discerne o tempo da estratégia

3-2-1- Deus trabalha nas circunstâncias

3-2-2- A humilhação de Hamã

3-3- O grande líder discerne o tempo dos embates

decisivos

 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ester 7.1-6

1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,

2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará.

3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento.

4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.

5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?

6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.

 

 

TEXTO ÁUREO

Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu Pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? Ester 4.14

 

COMENTÁRIOS BEP – CPAD

Livro de Ester

Autor: Desconhecido

Tema: O Cuidado Providencial de Deus

Data: 460 — 400 a.C.

 

Considerações Preliminares

Depois da derrota do império babilônico e sua conquista pelos persas em 539 a.C., a sede do governo dos exilados judeus passou à Pérsia. A capital, Susã, é o palco da história de Ester, durante o reinado do rei Assuero (seu nome hebraico) — também chamado Xerxes I (seu nome grego) ou Khshayarshan (seu nome persa) — que reinou em 486 — 465 a.C. O livro de Ester abarca os anos 483 — 473 a.C. do reinado de Assuero (1.3; 3.7), sabendo-se que a maioria dos eventos ocorreu em 473 a.C. Ester tornou-se rainha da Pérsia em 478 a.C. (2.16). Cronologicamente, o episódio de Ester na Pérsia ocorre entre os caps. 6 e 7 do livro de Esdras, i.e., entre o primeiro retorno dos exilados judeus de Babilônia e da Pérsia, para Jerusalém em 538 a.C., chefiados por Zorobabel (Esdras 1– 6), e o segundo retorno chefiado por Esdras em 457 a.C. (Ed 7—10) (ver a introdução a Esdras). Embora o livro de Ester venha depois de Neemias em nosso AT, seus eventos realmente ocorreram trinta anos antes da volta de Neemias a Jerusalém (444 a.C.) para reconstruir seus muros (ver a introdução a Neemias). Enquanto os livros pós-exílicos de Esdras e Neemias tratam de fatos do remanescente judaico que retornara a Jerusalém, Ester registra um acontecimento de vital importância ocorrido entre os judeus que se encontravam na Pérsia.

A importância da rainha Ester vê-se, não somente no fato de ela salvar o seu povo da destruição, mas também por conseguir para esse povo, segurança e respeito num país estrangeiro (cf. 8.17; 10.3). Esse ato providencial tornou possível o cargo de Neemias na corte do rei, por décadas seguidas, e sua escolha para reconstruir os muros de Jerusalém. Se Ester e os judeus (inclusive Neemias) tivessem perecido na Pérsia, o remanescente em crise em Jerusalém talvez nunca tivesse reconstruído a sua cidade. O resultado da história judaica pós-exílica certamente teria sido outro muito diferente.

Embora não se conheça o autor do livro de Ester, as evidências internas do livro revelam que ele conhecia pessoalmente os costumes persas, o palácio de Susã e pormenores da pessoa do rei Assuero. Isso indica que o autor provavelmente morava na Pérsia durante o período descrito no livro. Além disso, o apreço do autor pelos judeus, bem como seu conhecimento dos costumes judaicos sugerem que ele era judeu.

 

Propósito

O livro tem um propósito duplo. (1) Foi escrito para demonstrar a proteção e livramento de extermínio iminente do povo judeu, mediante a intervenção de Deus através da rainha Ester. Embora o nome de Deus não seja mencionado especificamente, a evidência é patente da sua providência no decurso de todo o livro. (2) Foi escrito, também, para prover um registro e contexto histórico da festa judaica de Purim (3.6,7; 9.26-28) e, assim, manter viva para gerações futuras, a lembrança desse grande livramento do povo judeu na Pérsia (cf. a festa da Páscoa e o grande livramento dos israelitas da escravidão no Egito).

 

Visão Panorâmica

O livro de Ester enseja um estudo do caráter de cinco personagens principais do referido livro. (1) o rei persa, Assuero; (2) seu primeiro-ministro, Hamã; (3) Vasti, a rainha que antecedeu Ester; (4) Ester, a formosa moça judia que se tornou rainha; e (5) Mardoqueu, o íntegro primo de Ester que a adotou como filha e cuidou dela na mocidade. Ester, naturalmente, é a heroína da história; Hamã é o vilão; e Mardoqueu é o herói que, como alvo principal do desprezo de Hamã, é vindicado e exaltado no fim. A figura principal nos eventos do livro é Mardoqueu, pois ele influenciou a rainha Ester e lhe deu conselhos retos.

A providência de Deus está presente em todas as partes do livro. É vista, primeiramente, na escolha de uma virgem judia chamada Hadassa (hebraico) ou Ester (persa e grego), para ser rainha da Pérsia, numa hora crítica da história dos judeus (1—2; 4.4). A providência de Deus é novamente evidente quando Mardoqueu, primo de Ester, que a criara como filha (2.7), foi informado de uma trama para assassinar o rei, denunciou-a, salvou a vida do rei, e seu ato foi registrado nas crônicas do rei (2.19-34). Isso, o rei descobriu providencialmente no momento certo, durante uma noite de insônia (6.1-14).

O ódio que Hamã alimentava por Mardoqueu estendeu-se a todos os judeus. Urdiu um horrendo complô e, usando de fraudulência, persuadiu Assuero a promulgar um decreto para exterminar todos os judeus no dia 13 do mês Adar (3.13). Mardoqueu persuadiu Ester a interceder junto ao rei a favor dos judeus. Depois de um jejum levado a efeito por todos os judeus de Susã, de três dias de duração, Ester arriscou a sua vida ao aproximar-se do trono real sem ter sido convocada (cap. 4); obteve o favor do rei (5.1-4) e denunciou o funesto complô de Hamã. A seguir, o rei mandou enforcar Hamã na forca que este preparara para Mardoqueu (7.1-10). Um segundo decreto do rei possibilitou aos judeus triunfarem sobre os seus inimigos (8.1—9.16). Essa ocasião motivou uma grande celebração e deu origem à festa anual de Purim (9.17-32). O livro termina com um relato da fama de Mardoqueu (10.1-3).

 

Características Especiais

Cinco características assinalam o livro de Ester. (1) É um dos dois livros na Bíblia que levam o nome de uma mulher, sendo Rute o outro. (2) O livro começa e termina com uma festa, e menciona um total de dez festas ou banquetes no decurso das quais se desenrola boa parte do drama do livro. (3) O livro de Ester é o último dos cinco rolos da terceira parte da Bíblia hebraica, chamados Hagiographa (“Escritos Sagrados”). Cada um desses rolos é lido publicamente em uma das grandes festas judaicas. Este aqui é lido na festa de Purim, em 14-15 de Adar, que comemora o grande livramento do povo judeu na Pérsia, durante o reinado de Ester. (4) Embora o livro mencione um jejum de três dias de duração, não há qualquer referência explícita a Deus, à adoração, ou à oração (aspecto este que tem levado alguns críticos a, insensatamente questionarem o valor espiritual do livro). (5) Embora o nome de Deus não apareça através do livro de Ester, sua providência é patente em toda parte do mesmo (e.g., Et 2.7,17,22; 4.14; 4.16—5.2; 6.1,3-10; 9.1). Nenhum outro livro da Bíblia ilustra tão poderosamente a providência de Deus ao preservar o povo judeu a despeito do ódio demoníaco dos seus inimigos.

 

O Livro de Ester e o NT

Não há referência ou alusão a este livro no NT. Todavia, o ódio de Hamã aos judeus e seu complô visando o extermínio de todos os judeus do império persa (cap. 3; 7.4) é uma prefiguração no AT, do Anticristo do NT, que procurará destruir todos os judeus e também os cristãos no final da história (ver o livro de Apocalipse).

 

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SUBSÍDIOS REVISTAS ANTIGAS

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Lição 02: Ester, um Espelho para o Cristão de hoje | EBD BETEL | 1° Trimestre De 2021

EBD | 1° Trimestre De 2021|Ester: A Soberania e o poder de Deus na preservação do seu Povo| Betel  Adultos | CPAD |Escola Bíblica Dominical 

 

TEXTO ÁUREO

“(…) e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.” (Ester 2.15b)

 

VERDADE APLICADA

As atitudes da rainha Ester enfatizam a necessidade de sermos pessoas honradas.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Entender qual é o papel do cristão no mundo.

Apresentar Ester como um exemplo de fidelidade.

Ressaltar que Ester era íntegra e temente a Deus.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA - ESTER 2

8. Sucedeu, pois, que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei e ajuntando-se muitas moças na fortaleza de Susã, debaixo da mão de Hegai, também levaram Ester à casa do rei, debaixo da mão de Hegai, guarda das mulheres.

16. Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à sua casa real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.

17. E o rei amou a Ester mais do que todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.

 

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA / Mt 5.13-14 – Devemos ser sal da terra e luz do mundo.

TERÇA / Rm 12.2 – Não devemos nos conformar com este mundo.

QUARTA / 2Co 4.1-6 – Devemos pregar a Cristo Jesus, o Senhor.

QUINTA / Fp 2.15 – Devemos ser irrepreensíveis e sinceros.

SEXTA / Tt 2.11-12 – Devemos renunciar à impiedade.

SÁBADO / 1Jo 2.15 – Não devemos amar o mundo.

 

HINOS SUGERIDOS: 111, 141, 225

 

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore para que Deus nos dê estratégias para estarmos no centro da sua vontade.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução – O papel do cristão no mundo – Um exemplo de fidelidade – Ester, mulher íntegra e temente a Deus – Conclusão

 

INTRODUÇÃO

O livro de Ester nos descreve de uma maneira afetuosa as estratégias de Deus, o qual agiu de modo silencioso para proteger o povo hebreu dos seus inimigos.

 

PONTO DE PARTIDA

Devemos ser íntegros e tementes a Deus.

O Papel do Cristão no Mundo

Ester viveu em um período em que prevalecia a imoralidade. Em seu reino havia promiscuidade, libertinagem, traição, embriaguez excessiva e todo tipo de idolatria. Você conhece algum lugar assim? É impossível não perceber que o nosso mundo hoje está semelhante àquele em que Ester convivia.

Como uma serva fiel, ela não se deixou corromper com as coisas que o mundo oferece! Ela sabia que pertencia ao povo que tinha aliança com Deus. E você, sabe qual o seu papel no mundo?

 

1.1. Devemos confiar no amor de Deus. Deus disse através do profeta Jeremias: “Com amor eterno te amei” [Jr 31.3]. Ele nos criou e se importa conosco. Uma prova deste amor nota-se na vida de Ester, que tinha uma íntima e saudável comunhão com o Senhor. Deus sabia que ela não abandonaria as verdades transmitidas por seu primo Mardoqueu [Et 2.7].

Temos observado que nos dias atuais muitos cristãos estão abandonando suas verdades. O apóstolo João deixou registrado que: “E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” [1Jo 2.17]. Isso nos faz ter a certeza de que não devemos abandonar ao Senhor e que a alegria verdadeira está em ter uma comunhão contínua com Ele.

Subsídio do Professor: Quando vivemos um relacionamento íntimo com Deus, não damos lugar à mentira. Cabe a cada crente estudar as Escrituras e obedecer às verdades ali contidas. Os crentes atuais necessitam duma composição de valores básicos que lhes proporcione segurança e uma direção na caminhada rumo aos céus. Cada cristão precisa estar alicerçado em verdades consistentes de normas que identifiquem o que é certo ou errado, bom ou mau.

Como presenciamos, no caso da rainha Ester, a educação transmitida por seu primo não admitia o errado no lugar do certo. Os valores morais que a Bíblia nos oferece devem ser adotados, para nos ajudar a levar uma vida estável e feliz.

 

1.2. Um exemplo para os cristãos de hoje. A maneira como o livro de Ester aborda sua conduta serve de espelho para cada cristão. Ela nos ensina a confiar no Senhor acima de tudo. A Bíblia corrobora nos orientando a não amar o mundo. É por causa disso que Jesus afirmou que Seu reino não era deste mundo [Jo 18.36]. O crente tem que aprender a dizer “não” às tentações do mundo: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há” [1Jo 2.15].

Em uma sociedade contaminada e nefária, é preciso que haja cristãos que façam a diferença em todos os segmentos de nossa sociedade, ao ponto de conquistarem alguns para o Evangelho de Cristo, por causa da sua vida exemplar.

Subsídio do Professor: Deus dá valor à Sua Palavra e sempre cumpre Suas promessas. Como bons filhos de Deus, devemos honrar nossa palavra, assim como Deus cumpre a Sua. A nossa vida diária tem que fazer a diferença neste mundo. Devemos andar apropriadamente e de cabeça levantada por onde quer que passemos, não devemos viver uma vida fingida nem simulada, mas explícita e verdadeira.

Jesus nos ensinou a ser verdadeiro: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna.” [Mt 5.37]. Devemos ser autênticos em nossas palavras, para que sejamos reconhecidos como pessoas de confiança e contribua, assim, para que o Senhor seja glorificado.

 

1.3. Uma fé inabalável. Através da Bíblia temos a oportunidade de conhecer pessoas que fizeram toda a diferença neste mundo. Uma destas pessoas foi Ester. Ela nos mostra que podemos até viver em uma terra estranha, e ainda assim a nossa fé ser pautada no sobrenatural de Deus. Ela pede que todos os judeus jejuem por ela por três dias [Et 4.16], tendo a plena certeza da importância do jejum e da oração na vida do servo de Deus. Esta atitude de Ester demonstra sua total dependência em Deus. Ester praticou o que Jesus disse em Mateus 6.16-18.

 

Subsídio do Professor: Toda a Escritura é um manual de fé e de coragem, que narra as histórias de muitos homens e mulheres, que, agindo por meio da fé, praticaram a vontade do Senhor. Estes homens e mulheres venceram obstáculos insonháveis. Dando-nos grandes exemplos de que, quando atuamos por fé, experimentamos o momento tão sublime que Maria viveu quando o anjo lhe disse: “Porque para Deus nada é impossível” [Lc 1.37].

Aprendemos que o Senhor é a fonte da fé. Ela vem dEle. Sem fé não é possível agradar a Deus [Hb 11.6]. Jesus ficou admirado com a fé do centurião romano: “Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé” [Mt 8.10].

 

EU ENSINEI QUE: É preciso que haja cristãos que façam a diferença em todos os segmentos de nossa sociedade, ao ponto de conquistarem alguns para o Evangelho de Cristo, por causa da sua vida exemplar.

 

2- Um Exemplo de Fidelidade

Em sua carta a Timóteo, Paulo escreveu: “…sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” [1Tm 4.12]. Ester nos dá este exemplo em sua dependência total de Deus. Ester tinha tudo para ser uma pessoa triste, desanimada, entretanto não é isso o que vemos. Notamos que ela está firmada na palavra do salmista, que declarou: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” [Sl 46.1]. O exemplo de fidelidade é uma das características mais importantes do autêntico discípulo de Jesus.

 

2.1. Faça a diferença onde você estiver. Embora vivendo em uma terra estrangeira, Ester não se deixou levar pelas influências que o mundo pode oferecer. Assim como Ester, os cristãos de hoje são peregrinos em uma terra estrangeira [1Pe 2.11], pois o nosso reino não é deste mundo [Jo 18.36]. Vivemos no meio de uma sociedade insensível e agressiva ao nosso projeto de vida.

Contudo, não devemos ficar na defensiva. Devemos pregar a Cristo a tempo e fora de tempo [2Tm 4.2]. Ester possuía as características que Deus espera de todos nós, sem exceção. O verdadeiro cristão tem que fazer a diferença no meio em que estiver, seja na sua igreja, no seu trabalho, em sua casa e em sua família. Precisamos ser dependentes de Deus, e Ele honrará as nossas atitudes.

Subsídio do Professor: Nossas atitudes refletem de fato quem nós somos. Que atitudes temos tomado para fazer as melhores escolhas? Estamos dando prioridade ao que realmente importa? Nossas famílias estão em primeiro lugar em nossas escolhas? Estamos fazendo a obra de Deus como de fato ela tem quer ser feita?

Aprendemos com as palavras de Jesus que nossas atitudes mostram os nossos frutos: “Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto…” [Lc 6.43-44]. Atitude na presença de Deus faz a diferença para desfrutarmos de “todas as bênçãos espirituais” [Ef 1.3].

 

2.2. As estratégias de Deus para a nossa vida. Ao falar sobre estratégias de uma vida vitoriosa, nos vem à mente dois personagens: Ester e José. José entrou na presença do rei quando foi convocado, Ester entrou sem ser convidada. Ester foi capaz, mesmo sendo indigna, por ser judia, de tornar-se rainha da Pérsia [Et 1.1], e José tornou-se governador do todo o Egito [Gn 41.40]. Aprendemos com a história de ambos que, quando o Senhor quer abençoar, Ele se utiliza de várias estratégias.

Quando Deus quer abençoar, o que importa de fato é a nossa comunhão com Ele. Tenha a certeza de que Deus tem uma estratégia para que a tua vida seja vitoriosa. Subsídio do Professor: Muitas vezes estamos rodeados de problemas inesperados, que nos deixam paralisados, sem saber como reagir. É nesta hora que o Senhor nos dá estratégia, para que possamos continuar vencendo mesmo diante de adversidades e crises.

 

2.3. Deus tem um propósito na vida de cada crente. O livro de Ester nos faz entender que o cristão faz parte do plano de Deus na terra. Devemos viver por meio da fé, certos de que Deus tem um propósito para cada um de nós. Na dinâmica de Deus, Sua tática é a de uma vida vitoriosa para todos os seus servos [Jr 29.11].

Para que o Senhor venha cumprir Seus propósitos em nossa vida, precisamos basear todas as nossas ações no que diz a Sua Palavra: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.” [Rm 8.28].

Subsídio do Professor: Temos que abrir nossos corações para que Deus realize os Seus propósitos em nossas vidas. Nenhuma resolução que possamos fazer é tão urgente como a coragem de amar aquele que nos amou primeiro, e permitir que o Seu propósito seja realizado em nossa vida. Embora o homem tenha se contaminado, e se feito inútil para o desígnio de Deus, Deus não desiste do Seu propósito. O propósito de Deus é inalterável [Hb 6.17]. Seus propósitos devem direcionar nossa vida. O desígnio de Deus deve se tornar o nosso propósito, o nosso alvo!

 

EU ENSINEI QUE:

A fidelidade é uma das características mais importantes do discípulo de Jesus.

 

3- Ester, Mulher Íntegra e Temente a Deus

Ester é apontada na Bíblia como uma serva sincera. Mulher íntegra e temente a Deus. Integridade é um termo abrangente que significa: “Qualidade de íntegro, retidão, imparcialidade, pureza”. Todos os adjetivos qualificam Ester. Ela quis mostrar ao rei o que era, e não o que possuía [Et 2.15]. Seu verdadeiro tesouro não estava em sua aparência, e sim no fato da presença de Deus estar em sua vida.

 

3.1. A bênção do Senhor estava sobre a vida de Ester. Por sua fidelidade espiritual, o Senhor engrandeceu Ester diante das nações: “E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.” [Et 2.17].

Ela tinha a bênção de Deus sobre a sua vida [Pv 10.22]. Isso faz parte da promessa de Deus que expõe: “…os sinceros herdarão o bem” [Pv 28.10]. Quando a bênção do Senhor está sobre a nossa vida, milagres acontecem.

 

Subsídio do Professor: Ester, por sua obediência, se tornou a mulher mais rica do império persa. Mesmo diante de tantas riquezas, Ester não esqueceu suas origens. Jesus conta a parábola de um homem muito rico, entretanto insensato [Lc 12.13-21].

Segundo a parábola, este homem era possuidor de tantas riquezas, contudo possuía um grande defeito: não zelava por seu bem mais precioso: sua alma. Para ele, seus bens materiais alimentariam sua alma [Lc 12.19]. No entanto, a análise divina veio sobre ele de maneira consistente: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.” [Lc 12.20-21].

O Senhor chama de louco todos os que acrescentam patrimônios para si mesmos, mas não se interessam em ser ricos no relacionamento com Deus. Os cristãos que possuem uma fé genuína em Deus se favorecem das “riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade” [Rm 2.4].

 

3.2. A vida eterna: tesouro incomparável. Nos dias de hoje, existe um falso conceito de prosperidade. Mediante a isso, o homem vive buscando acumular tesouros na terra. Jesus disse: “Não ajunteis tesouros na terra” [Mt 6.19]. Os homens estão morrendo por tesouros perecíveis que a traça e a ferrugem consomem.

Acumulam suas fortunas para, depois de sua morte, seus familiares disputarem pelos bens deixados. Porém, os servos do Senhor procuram depositar sua fé em Deus por meio de seu Filho, Jesus Cristo, sabendo que o seu tesouro incomparável é a vida eterna.

 

Subsídio do Professor: Os bens terrenos fazem os corações humanos se tornarem soberbos, proferem: “Eu obtive! É meu!”. O dinheiro se torna um deus venerado e idolatrado por quem o amontoou. Não sabem eles que o nosso maior tesouro é Cristo, a maior riqueza que Deus nos deu.

Quando Lhe entregamos nossa vida, Ele nos confere coragem e alento para encararmos a vida com todas as pelejas. Ele nos torna mais que vencedores. Ser filho de Deus é a prerrogativa mais ilustre da nossa salvação. Ser filho de Deus é o alicerce da nossa fé e a esperança da glória futura.

 

3.3. Verdadeira paz só em Jesus. A oportunidade para se ter um relacionamento saudável com Deus está disponível a todos os homens. Este relacionamento talvez não resulte em prosperidade material aqui na terra, todavia brotará uma paz profunda que nenhum dinheiro do mundo pode comprar.

Para se ter paz é preciso mais do que semear sementes financeiras no seu Reino; é adotar um modo de vida e praticar uma devoção sincera e contínua a Deus. Como disse o profeta Isaías, somente em Jesus podemos encontrar a verdadeira paz, pois Ele é o Príncipe da Paz [Is 9.6].

 

Subsídio do Professor: Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” [Mt 11.28]. O que Ele estava querendo dizer é que somente nEle existe verdadeiramente a paz. Ao oferecer a Sua vida na cruz do Calvário por cada um de nós, Jesus rompeu com o precipício que existia entre Deus e o homem.

Ele resgatou a nossa vida aqui na terra, dando-nos a vida eterna no céu após a nossa morte. Todavia, a vida eterna é somente para aqueles que permitem Cristo fazer morada em seu coração. Quando consentimos que Cristo faça parte da nossa vida e a conduza, todas as nossas inquietações, perturbações, problemas e batalhas, são transferidos para Ele.

Àquele que for fiel, Ele promete que desfrutará de vida abundante ainda nesta terra e no porvir. Esta é uma promessa real e admirável de um Deus que nos ama com um amor irrestrito.

 

EU ENSINEI QUE:

Os servos do Senhor procuram depositar sua fé em Deus por meio de seu Filho, Jesus Cristo, sabendo que o seu tesouro incomparável é a vida eterna.

 

CONCLUSÃO

Aprendemos nesta lição que a nossa vitória está em um conjunto de passos e de atitudes de comportamentos. O livro de Ester nos ensina que nossas atitudes podem influenciar no processo para sermos bem-sucedidos, como José, Ester e tantos outros. Servir a Deus corretamente é fundamental para cumprirmos nossa missão como discípulos de Cristo.

 

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Lição 07: Ester 2 – Ester é Coroada Rainha | EBD – Pecc | 3° Trimestre De 2021

EBD Pecc | 3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada | Escola Bíblica Dominical

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

 

Orientação Pedagógica

Em Ester 2 há 23 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 2.1-23 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

É interessante observar que o livro de Ester mostra que, às vezes, temos de esperar para ver o que Deus está fazendo. Em todo o livro, Ele não é mencionado em parte alguma. Ainda que não possamos constatar de imediato a Sua ação, não quer dizer que Ele esteja alheio aos acontecimentos. É o cenário descortinado em Susã, no reinado de Assuero.

Por que Vasti jogou fora sua posição em um gesto impensado e inútil? E por que Assuero fez sua exigência? Quem teve a ideia de substituir Vasti por outra mulher, ao invés de resolver discretamente o conflito? Todos esses acontecimentos parecem absolutamente ordinários, sem nenhum componente miraculoso. Mas todos foram necessários para abrir caminho ao processo pelo qual Ester seria elevada à posição de rainha, e assim, poderia livrar o seu povo.

 

OBJETIVOS

• Informar sobre o cenário no qual viviam os judeus que não regressaram para sua terra após o edito do rei.

• Mostrar a providência divina na escolha de Ester como rainha.

• Entender a ação silenciosa de Deus para beneficiar o Seu povo.

 

PARA COMEÇARA AULA

Peça aos alunos que falem sobre o império persa e como havia tolerância para com os cativos, que podiam continuar exercendo suas crenças e até falando a língua materna. Interessante observar também que a recusa da rainha Vasti em obedecer ao chamado do rei para se apresentar perante os seus oficiais gerou uma crise inesperada. Ponderar que Deus age por trás dos bastidores, em oculto e em silêncio, quando lhe apraz. Ele tinha conhecimento das circunstâncias que envolveriam os judeus que moravam na Pérsia e estava tecendo os meios para prover o livramento ao Seu povo.

 

LEITURA ADICIONAL

A sentença inicial desta seção tem causado problemas, porque tanto o seu significado real quanto o seu significado para o autor são obscuros. As dificuldades se centralizam:

 

I. Na palavra hebraica traduzida pela segunda vez, pois aparentemente não havia sido realiza da tal reunião anteriormente, e há quase tantas explicações quanto comentaristas. Pode ser que alguns dos primeiros tradutores para o grego e o latim não tenham entendido o seu significado, pois eles omitiram a oração inicial. Talvez a emenda, pequena no texto consonantal hebraico de senit para sonot, deva ser considerada favoravelmente. Nesse caso o significado seria “quando várias virgens estavam sendo reunidas”, isto é, recapitulando o versículo 8. Mas isto tem que ser pesado à luz do significado da segunda oração,

 

II. Em vista do fato de que Mordecai podia ser encontrado regularmente assentado à porta do rei (2.21:32: 5.9:13; 6.10.12), por que o autor enfatiza tanto este ponto? Será que dois temas referentes a Ester e Mordecai foram independentemente colocados juntos de maneira incompleta? A conclusão a que Gordis chega com a frase “sentado à porta do rei” é que ela “não é uma etiqueta sem significado em qualquer uma de suas cinco ocorrências neste livro”. Ele indica que, por todo o Oriente Próximo antigo “a porta” era o lugar em que se dispensava a justiça e que, enquanto os litigantes ficavam de pé, o rei ou seu oficial nomeado ficava “sentado” (ct. Pv 31.23).

A modificação da frase em 19b desta forma assume significado concreto, e Gordis faz a sugestão plausível de que Ester, quando se tornou rainha, fez com que Mordecai fosse nomeado magistrado ou juiz, “uma posição subalterna na elaborada hierarquia dos oficiais persas”, e que ela o executara sem delongas, “antes do desfile cerimonial final que concluía as festividades de coroação”. Se este é um raciocínio correto, 2.19-20 não recapitula simplesmente 2.8-10, mas acrescenta um incidente importante para o desenvolvimento da trama, Mordecai agora está em uma posição que pode ouvir de passagem o que está sendo dito pelos oficiais do palácio (21) e tem acesso às câmaras reais (22), e, embora seja conhecida a sua identidade judaica, não há razão para que se subentenda que Ester também é judia.

Livro: Ester: Introdução e comentário. (Baidwin, Joyce G. Serie Cultura Cristã. SP Vida Nova, 2011, p. 62, 631). 

 

Texto Áureo

“A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti. Com isto concordou o rei, e as sim se fez”. (Et 2.4)

 

Leitura Bíblica Para Estudo - Ester 1.10-12; 2.1-4; 21-23

 

Verdade Prática

Nem sempre os propósitos de Deus são manifestos de imediato, o que faz com que a nossa caminhada seja fundamentada na confiança e fé de que Ele sabe como agir.

 

INTRODUÇÃO
I- A ESCOLHA DA NOVA RAINHA Et 2.1-16
1- Em busca de uma nova rainha Et 2.1-4
2- Ester e Mordecai Et 2.7
3- Ester entre as candidatas Et 2.8
II- A RAINHA ESTER Et 2.16-20
1- Casamentos de monarcas Et 2.16
2- A coração de Ester Et 2.17
3- A rainha Ester é celebrada Et 2.17
III- MORDECAI SALVA O REI Et 2.19-23
1- Assentado à porta do Rei Et 2.19
2- Conspiração frustrada Et 2.21
3- Morte dos conspiradores Et 2.23
APLICAÇÃO PESSOAL

 

Devocional Diário

Segunda – Ester 2.1-7; Terça – Ester 2.8-15;; Quarta – Ester 2.16-18; Quinta – Ester 2.19-20; Sexta – Ester 2.21; Sábado – Ester 2.23-23

 

Hinos da Harpa 46-75

 

INTRODUÇÃO

Muitos judeus não voltaram para sua terra quando Ciro decretou que o fizessem. Já bem estabelecidos na Pérsia, vamos encontrar Ester e seu primo Mordecai, que são figuras importantes para o agir de Deus na história desse povo. A ação providencial de Deus está, primeiro, em que Ester alcançou graça aos olhos do rei e tornou-se a esposa principal de Assuero; e, segundo, em Mordecai ter recebido um cargo que lhe possibilitava ficar à porta do rei, onde os assuntos oficiais eram tratados, descobrindo assim a trama de morte que dois serviçais armavam contra o rei.

I- A ESCOLHA DA NOVA RAINHA (Et 2.1-16)

1. Em busca de uma nova rainha (Et 2.1) 

“Passadas estas coisas, e apaziguado já o furor do rei Assuero, lembrou-se de Vasti, e do que ela fizera, e do que se tinha decretado contra ela.”

Esse tempo indeterminado deve ser por cerca de dois a quatro anos, que se passam entre o final do capítulo 1 e a escolha de Ester como rainha. Os servos que atendiam o rei entenderam que era preciso agir em favor do rei e recomendaram a implementação do plano de Memucã (Et 1.21). E houve então muito entusiasmo na tarefa de encontrar e levar a Susã as moças mais atraentes do reino. A ordem para encontrar uma substituta para Vasti foi expedida, mas isto não se tratava de uma competição que alguém tivesse de se inscrever para participar. “A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti. Com isto concordou o rei, e assim se fez” (Et 2.4). Todas as jovens do reino estavam no páreo pelo simples fato de viver em sua jurisdição. Nenhuma das participantes voltaria para casa depois.

 

2. Ester e Mordecai (Et 2.7)

“Ele criara a Hadassa, que é Ester, filha de seu tio, a qual não tinha pai nem mãe; e era jovem bela, de boa aparência e formosura. Tendo-lhe morrido o pai e a mãe, Mordecai a tomara por filha.”

Saindo das dependências luxuosas do palácio, encontramos Mordecai e Ester. Eles moravam em Susã; ele era “judeu, benjamita, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, que fora transportado de Jerusalém, com os exilados que foram deportados com Jeconias, rei de Judá, a quem Nabucodonosor, rei de Babilônia, havia transportado” (Et 2.5 6). Portanto, Mordecai não tinha qualquer ligação com o rei ou com o reino medo-persa. Ele era apenas um judeu exilado que cuidava de sua prima órfã, Hadassa (Et 2.7). O autor sagrado enfatizou que Mordecai e Ester eram judeus puros e, assim, guardiães apropriados de seu povo, em Susã. Ester era órfã, criada pelo primo Mordecai. Estando Mordecai consciente da rara beleza física de sua prima, calculou acertadamente que ela seria uma fortíssima candidata a substituir Vasti.

 

3. Ester entre as candidatas (Et 2.8) 

“Em se divulgando, pois, o mandado do rei e a sua lei, ao serem ajuntadas muitas moças na cidadela de Susã, sob as vistas de Hegai, levaram também Ester à casa do rei, sob os cuida dos de Hegai, guarda das mulheres.”

O livro nos mostra que a moça era bela, corajosa, esperta e cheia de recursos. Coisa alguma é dita sobre o que ela pensava a respeito do plano de ser feita rainha em lugar de Vasti. Ester era apenas uma candidata entre muitas outras; porém, foi-lhe conferida vantagem imediata, porque ela despertou a atenção do chefe do harém, de nome Hegai, o eunuco (Et 2.9). Ele se apressou a fornecer a Ester os cosméticos de que ela precisaria; e deu-lhe sete donzelas para servi-la. Deus trabalhava por intermédio de Hegai, sendo este o primeiro passo em que a providência divina estava operando, uma vez que Ester foi posta entre as candidatas.

 

II- A Rainha Ester (Et 2.16-21)

1. Casamentos de monarcas (Et 2.16) “Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à casa real, no decimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.”

Os casamentos de príncipes costumam ser determinados por interesses políticos e diplomático, visando à ampliação de seus domínios e ao fortalecimento de suas alianças. A beleza era um fator importante, mas nem sempre prevalecia o amor ou o agrado do monarca. Há quem sugira que Es ter estava cometendo um grave pecado ao se submeter ao procedimento de escolha. Isso se deve ao desconhecimento dos costumes antigos desses povos.

Nesta época, Ester não deveria ter mais do que 20 anos de idade, ou poderia ser até mais jovem. Era uma oportunidade para ela conseguir tudo o que quisesse. Em vez disso, ela permanece fiel ao que aprendeu e não sucumbe à tentação ao seu redor; antes, porta-se com modéstia, coragem e fé em meio àquela incomparável extravagância. Mesmo vivendo momentos de interrogações e relutância, Ester não teve uma atitude negativa. Ela sentia o cuidado e a providência de Deus na situação.

 

2. A coroação de Ester (Et 2.17) 

“O rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele favor e benevolência mais do que todas as virgens; o rei pôs-lhe na cabeça a coroa real e a fez rainha em lugar de Vasti.”

Após todo um ano de preparativos, chegou a vez de cada jovem comparecer diante do rei. Para essa visita, elas podiam usar todos os ornamentos, joias ou roupas que quisessem. Mas Ester não se preocupou demais, como aparentemente fizeram as outras, e veio a se destacar por meio apenas da beleza natural. Nenhuma coisa pediu como adorno especial para apresentar-se ao rei, mas apenas o que estava designado para ela. E mesmo assim, foi considerada a mais agradável entre as candidatas (2.15). Quanto mais natural a beleza, mais aprazível ela é.

É bom lembrar que Ester veio apresentar-se ao rei depois de muitas outras moças. Embora to das fossem de boa aparência e habilidosas, o rei percebeu que Ester se sobressaia a todas. Assim, o caminho para Ester estava pavimentado pela soberana providência de Deus em lhe favorecer, inclusive com predicados que a destacaram sobremaneira. O rei viu e “amou” Ester mais do que todas as mulheres que ele vira até então. Ela obteve graça e favor aos olhos do rei. Agora, sem esperar por mais nenhum outro procedimento, o rei logo decidiu fazê-la rainha e pôr a coroa real na cabeça de Ester.

 

3. A Rainha Ester é Celebrada (Et 2.18) 

“Então, o rei deu um grande banquete a todos os seus príncipes e aos seus servos; era o banquete de Ester; concedeu alívio às províncias e fez presentes segundo a generosidade real.”

As honras que o Rei concedeu a Ester foram além da escolha e da colocação da coroa sobre sua cabeça, tornando-a a nova rainha. Ele também levou todo o reino a celebrar solenemente a coroação com uma grande festa, na qual apresentou Ester como a nova rainha. Somando a grandiosidade do momento e a alegria do reino, praticou atos de bondade para com todos os cidadãos do reino, como dar alívio fiscal às províncias, perdão de impostos, indultos a prisioneiros e feriado nacional.

É notório que Ester, já elevada à posição de rainha, manteve respeito e cuidado para com Mordecai, seu primo que a criara (v.20). E isso demonstra seu espírito grato e sua humildade para continuar seguindo as instruções de seu primo, padrasto, guardião e conselheiro.

Quem diria que uma criança judia, órfã de pai e mãe, trazida cativa de Israel para a Pérsia, criada por seu primo, se tornaria rainha do império mais poderoso da época. A segunda pessoa mais importante do país de seu desterro. Foi através dela que Deus concedeu ao Seu povo uma grande libertação dos desígnios malignos de seus inimigos. Tudo isso nos faz lembrar que o Senhor é o Pai dos órfãos e os acolhe. A providência divina levanta o pobre para o fazer assentar-se entre príncipes. Ele tem a caneta da história das nossas vidas e nenhum de Seus planos podem ser frustrados.

 

III- MORDECAI SALVA O REI (Et 2.19-23)

1. Assentado à porta de relo rei Assuero” (Et 2.19) 

“Quando pela segunda vez, se reuniram as virgens, Mordecai estava assentado à porta do rei”.

É possível que Mordecai fosse uma espécie de oficial na corte persa, pois se sentava no portão do rei. Talvez ele ocupasse alta posição no sistema judicial do rei, visto que sentar-se no portão indicava deliberar legalmente. Os oficiais esperavam à porta do palácio real e não entravam enquanto não fossem convidados. Em sua posição especial de autoridade, Mordecai descobriu um conluio para assassinar o rei (Et 2.21). Foi assim que o plano não deu certo, e Mordecai obteve poder junto ao rei.

 

2. Conspiração frustrada (Et 2.21) 

“Naqueles dias, estando Mordecai sentado à porta do rei, dois eunucos do rei, dois guardas da parta Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram e tramaram atentar contra o rei Assuero”.

Mordecai soube da trama para assassinar o rei. Essas conspirações eram muito comuns no palácio. Alguns anos mais tarde o rei foi assassinado nesse tipo de ardil na corte. Mas, neste momento, a revelação da trama, feita por Mordecai, salvou a vida do rei pela segunda vez: “Naqueles dias, estando Mordecai sentado à porta do rei dois eunucos de rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, sobremodo se indignaram, e tramaram atentar contra o rei Assuero” (Et 2.21). Mordecai tinha sua posição no portão e era conhecido pelo rei.

 

3. Morte dos conspiradores (Et 2.23)

“Investigou-se o caso e era fato ambos foram pendurados numa forca. Isso foi escrito no Livro das Crônicas, perante o rei.”

Não se sabe que desagrado o rei havia cometido contra os dois eunucos, servos ou Oficiais Bigtã e Teres. Eles eram guardas da porta, quer dizer, membros da guarda pessoal do rei que guardavam seus ambientes particulares. Assim, tinham fácil acesso ao rei, que seria um homem praticamente morto, não fora a intervenção de Mordecai. Mordecai tornou-se um salvador da vida do rei quando ouviu os dois homens sussurrando o plano assassino, passou as tristes notícias para Ester, que contou ao rei demonstrando sua nova posição de influência e de acesso ao soberana.

O caso foi investigado, constatado como verdadeiro, e o resultado natural foi a execução dos culpados por enforcamento, um método favorito de execução entre os persas. Por sua vez, foi assim que Mordecai, oficial da corte persa de Susã, transformou-se em amigo e salvador da vida do rei, fato que foi registrado no livro das crônicas dos Reis e que mais tarde serviu para que Mordecai, fosse honrado pelo rei e prevalecesse sobre Hamã, salvando também, a vida dos seus compatriotas judeus (Et 2.23; 6.1).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

No império medo-persa, duas pessoas relativamente insignificantes, Mordecai e Ester, sobem ao palco como parte de um grupo de segunda ou terceira geração de exilados, com atuação decisiva para a salvação da vida do rei mostra que Deus continuava tecendo os fios dessa história em favor do Seu povo.

 

Responda

1) Qual o grau de parentesco entre Ester e Mordecai? Primos

2) O que motivou o rei Assuero na escolha de Ester para ser sua rainha? Sua beleza Natural

3) Que tipo de trama Mordecai descobriu contra o rei Assuero? O plano para assassinar o rei 

 

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EBD – Pecc | Lição 09: Ester 5 e 6 – O Primeiro Banquete de Ester | 3° Trimestre De 2021

3° Trimestre De 2021 | Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Das Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada | Escola Bíblica Dominical

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Ester 5 e 6 há 14 em cada capítulo. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 5.1-5 e 6.12-14 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Enfatizar que Deus, durante a competição, fez com que Ester ganhasse o favor do rei para enfrentar este momento difícil que viria para todos os judeus. Interessante observar também que, quando o tempo de Ester entrar em ação chega, Deus novamente a faz ganhar a graça do mesmo homem, e não foi condenada à morte por ter entrado na corte sem ser convidada.

Nesta visita ao rei, Ester convidou-lhe, e a Hama, para um banque te que ela havia preparado naquele dia. Um outro banquete foi arranja do para o próximo dia 0 tempo de um banquete ao outro foi realmente muito crítico. E a indignação de Hamã em relação a Mordecai era tanta que ele não esperaria até o dia definido para a destruição dos judeus para vê-lo morto. Mas os planos de Deus não podem ser frustrados.

 

OBJETIVOS

Identificar o agir providencial de Deus na vida de Ester.

Entender como a arrogância, o orgulho e a vaidade podem levar a atos extremos.

Constatar a providência divina até na insônia do rei.

 

PARA COMEÇAR A AULA

Para começar sua aula, fale sobre a insônia do rei naquela noite e como isso foi providencial para o reconhecimento do que Mordecai havia feito pelo rei, uma vez que este não fora sequer lembrado. Mas foi isto que fez com que o rei pedisse para que lhe trouxessem o livro das crônicas do reino. Mas, naquela noite, entre as muitas ano tações, havia uma única que precisava ser lida; e, finalmente, foi esta a anotação lida. Após o rei saber que Mordecai não tinha sido ainda recompensado, ele decidiu honrá-lo no dia seguinte.

 

LEITURA ADICIONAL

O rei não consegue dormir. A noite se arrasta. Ele pede que o livro dos feitos memoráveis seja lido e ouve como uma conspiração contra sua vida havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mordecai, surpreendendo-se ao descobrir que este não recebera qualquer recompensa. Resolve então que ele deverá ser premiado sem demora. […] O rei pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã (pois este se apresentara bem cedo a fim de obter uma audiência como rei, na qual esperava conseguir autorização para enforcar Mordecai). O rei pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar?” Hamã, supondo presunçosa mente ser ele mesmo o candidato a novas preferências, envaidecido e faz a seguinte proposta atraente: tragam-se as vestes reais, de que o rei costuma usar, e o cavalo em que o rei costuma andar montado, e tenha na cabeça a coroa real, entreguem-se as vestes e o cavalo às mãos dos mais nobres príncipes do rei, e vistam delas aquele a quem o rei deseja honrar: levem-no a cavalo pela praça da cidade, e diante dele apregoem: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar”.

A proposta de Hamã evidencia sua ilimitada presunção, sua sede doentia de louvor dos homens o sua ideia mesquinha de grandeza. Seu coração bate mais forte quando se imagina sendo levado dessa forma em meio à adulação de seus semelhantes. Então, ele ouve o rei dizer: “Apressa-te, toma as vestes e o cavalo, como disseste, e fazei assim para com o judeu Mordecai Quê? Fazer isso ao judeu Mordecai? Será que os ouvidos de Hamã estão zombando dele? Não! É verdade. O rei falou e deve ser obedecido! O brilho foge dos olhos de Hamã. Seu orgulho se derrete. É como se uma mortalha sombria lhe envolvesse o coração. Por alguns segundos que parecem séculos ele fica ali de pé, perplexo diante de seu senhor real. A seguir, retira-se devagar, com passos pesados, a fim de exaltar Mordecai justamente do modo que ele mesmo estupidamente propusera.

Livro: Examina as Escrituras: Juízes a Ester. (Baxter, J. Sidow São Paulo: Vida Nova, 1993, p.279 280). 

  

Texto Áureo

“Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele; estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro”. Et 5.2

 

Leitura Bíblica Para Estudo

Ester 5.1-5; 6.12-14

 

Verdade Prática

Enquanto esperamos, Deus não trabalha apenas em nosso coração, mas, igualmente, no de outros, renovando as forças a todo o momento.

 

INTRODUÇÃO
I- ESTER ALCANÇA O FAVOR Et 5.1-8
1- Ester vai falar com o rei Et 5.3
2– O primeiro banquete Et 5.5
3– A petição de Ester Et 5.8
II- A VAIDADE DE HAMÃ Et 5.9-14
1- O bom-humor de Hama Et 5.9
2– A ira de Hamã contra Mordecai Et 5.9b
3- Hamã planeja vingança Et 5.14
III- HUMILHAÇÃO DE HAMĀ Et 6.1-14
1- Ajuda de Mordecai lembrada Et 6.2
2- Mordecai honrado Et 6.11
3- Mulher de Hamã prevê fracasso Et 6.13
APLICAÇÃO PESSOAL

 

Devocional Diário

Segunda – Ester 5.1-2
Terça – Ester 5.3-5
Quarta – Ester 5.6-14
Quinta – Ester 6.1-2
Sexta – Ester 6.3-11
Sábado – Ester 6.12-13

 Hinos da Harpa 58-205

 INTRODUÇÃO

Após jejuar três dias, Ester colocou suas melhores roupas para comparecer perante o rei, pois conhecia sua natureza impulsiva. Deus a acompanhou e o monarca estendeu para ela o cetro de ouro, prometendo dar-lhe o que ela desejasse. Por que ela não pediu ao rei no primeiro momento, o que ela desejava realmente? Talvez por querer confrontar Hamã com sua maldade de uma forma estratégica e em um lugar no qual ele não tivesse escapatória. Talvez Ester agisse de acordo com a melhor tradição do seu povo: confrontar Hamã face a face, em vez de falar pelas costas. Dessa forma ela convidou a ambos para um banquete

 

I- ESTER ALCANÇA O FAVOR (Et 5.1-8)

1. Ester vai falar com o rei (Et 5.3) 

“Então, lhe disse o rei: Que é a que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.

Depois que Mordecai convenceu Ester a tentar intervir em favor dos judeus, por meio de uma entre vista pessoal com o rei, Ester estava em uma situação crítica, pois não havia sido chamada à presença do rei nos últimos trinta dias. Passados, portanto, os dias do jejum por ela solicitado, ela se vestiu da maneira mais atraente possível, colocou-se no pátio interno do palácio, em frente ao salão do rei; e se colocou no lugar onde o rei pudesse vê-la e chamá-la. Sabendo que Ester devia ter tido um motivo in comum para atrever-se a se aproximar dele, ela acaba alcançando graça aos seus olhos.

Novamente, a providência de Deus é demonstrada pela reação do rei a Ester. “Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela favor perante ele estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro (Et 5.2). Para indicar sua aprovação, o rei estendeu-lhe o cetro de ouro, e então lhe diz: “Que é que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará” (Et 5.3). Diante da explosão de generosidade do rei, Ester não se precipitou. Ela apenas convidou o rei e Hama para um banquete que preparara especialmente para eles.

 

2. O primeiro banquete (Et 5.5) 

“Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendemos a que Ester deseja. Vinda, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia preparado.”

Observemos a prudência de Ester no trato com o rei. Ela não se apresentou a ele intercedendo imediatamente pelo seu povo, porque sentiu que aquele não era o momento nem o lugar adequado. Talvez ela tenha preferido um lugar mais reservado para fazer o seu pedido. Mas, naquela oportunidade, ela convidou o rei e Hama para irem a seu banquete naquele mesmo dia “Respondeu Ester: Se bem te parecer, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que eu preparei ao rei Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que atendamos ao que Ester deseja. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete que Ester havia preparado, disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará Que desejas? Cumprir-se-á, ainda que seja metade do reino” (Et 5.4-6).

Assim, antes de pedir o que queria, Ester preparou um banquete para o rei Assuero e para Hamã, cujo objetivo seria examinar o terreno e saber qual era o estado de espírito do rei. Naquela noite, o rei novamente pediu-lhe que dissesse o que desejava, mas Ester simplesmente convidou o rei e Hamã para outro banquete. a ser realizado na noite seguinte. Era um lance arriscado convidar Hamã para o banquete, como único conviva do casal real; contudo, isto estava em plena concordância com a recente promoção desse homem, levada a efeito pelo rei.

 

3. A petição de Ester (Et 5.8)

“Se achei favor perante o rei e se bem parecer ao rei conceder-me a petição e cumprir o meu deseja venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar amanhã, e, então, farei segundo o rei me concede.”

Os dias de jejum coletivo, acompanhado de oração, haviam dado a Ester uma sabedoria do alto e uma confiança que não lhe era característica. Ela chegara até a preparar a refeição, crendo que o resultado da sua ousada iniciativa seria favorável. Oferecendo publicamente duas vezes cumprir o que Ester desejasse, até mesmo metade do rei no, a resposta dela foi cautelosa e mansa, atributos que ela sabia que o rei valorizava numa mulher: “Se achei favor perante o rei e se bem parecer do rei[…]” (Et 5.8). Isto fez o rei se sentir no total controle da situação. O rei não tinha como se esquivar do convite da rainha pois o propósito do banquete era para revelar o pedido dela. E, nesse arriscado jogo, Ester estava fazendo tudo o que estava ao seu alcance para aumentar as chances de sucesso.

 

II. A VAIDADE DE HAMÃ (Et 5.9-14)

1. O bom-humor de Hamã (Et 5.9)

 “Então, saiu Hamã naquele dia alegre e de bom ânimo quando viu porém, Mordecai à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra Mordecai.”

Hamã alcançou tanto prestígio aos olhos do rei, que veio a tornar-se o primeiro-ministro do reino. O rei chegou a ordenar que todos se inclinassem perante ele. Portanto, era o homem de influência e confiança do rei. Ao pedir ao rei que Hamã o acompanhasse no segundo banque te que ofereceria, Ester queria assegurar-se do seu favor e, ao mesmo tempo, garantir a presença de Hamã quando expusesse o plano perverso dele. Hamã teria então de calar-se Não poderia negar a veracidade da acusação, nem ousaria contradizer a rainha na presença do rei. E Hamã saiu alegre e disposto, sem saber o que lhe esperava (Et 5.9a).

 

2. A ira de Hamã contra Mordecai (Et 5.9b) 

“… Quando viu, porém, Mordecai à porta do rei e que não se levantara, nem se movera diante dele, então, se encheu de furor contra Mordecai”.

Hamã alimentava um ódio mor tal contra o judeu Mordecai e, consequentemente, todos os judeus estavam incluídos nesse sentimento fatídico. E quando, cheio de alegria e orgulho, pensando estar prestes a receber alguma honraria adicional da parte do rei – pois fora o único convidado para beber vinho com o rei e a rainha-, depara-se com Mordecai sentado na porta do rei. Este nem ao menos se levantou quando ele passava e sequer se prostrou diante dele, conforme exigiam os costumes orientais.

Então, a ira de Hamã se acendeu sobremaneira. O prazer de Hamã em participar do banquete da rainha se transforma em ódio, então ele se queixa diante da família e amigos da humilhação que sente diante da provocação de Mordecai. A sua esposa e amigos alimentam esse ódio cruel, incentivando-o a arquitetar um plano “maquiavélico” que o livraria de uma vez por to das da presença nefasta do judeu.

 

3. Hama planeja vingança (Et 5.14) 

“Então, lhe disse Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinquenta côvados de altura, e, pela manhã, dize ao rei que nela enforquem Mordecai; então, entra alegre com o rei ao banquete. A sugestão foi bem-aceita por Hama, que mandou levantar a forca”

Hamã era vaidoso, soberbo, arrogante e conteve sua ira ao passar perto de Mordecai e ser alvo novamente da insubordinação daquele. Hamã, em sua sandice, se gabava à esposa e aos amigos das riquezas que possuía, dos filhos que tinha e de seu status no reino. Ter uma prole numerosa era considerado uma grande bênção entre os antigos povos semitas. Na Pérsia, o homem que tivesse mais filhos recebia presentes do rei em pessoa. Mas ele não estava satisfeito com tudo o que possuía, enquanto Mordecai estivesse atravessado no seu caminho: “Porém tudo isso não me satis faz, enquanto vir o judeu Mordecai assentado à porta do rei” (Et 5.13).

Foi então que a mulher de Hamã, Zeres, expôs a sua grande e horrível ideia de abater Mordecai, enforcando-o incontinente. No entanto, Deus estava soberanamente operando por trás até de um ato tão odioso, como o de levantar uma forma.

 

III- HUMILHAÇÃO DE HAMÃ (Et 6.1-14)

1. Ajuda de Mordecai lembrada (Et 6.2) 

“Achou-se escrito que Mordecai é quem havia denunciado a Bigtã e a Teres, as dois eunucos do rei, guardas da porta que tinham procura- do matar a rei Assuero.”

E depois do primeiro banquete de Ester, já em seus aposentos, o rei não consegue dormir. Ele pede então que o livro dos feitos memoráveis seja lido e ouve a respeito de uma conspiração contra sua vida que havia sido evitada mediante um gesto oportuno de Mordecai (Et 219-23), 0 rei surpreende-se ao descobrir que o benfeitor não recebera qualquer recompensa. Resolve então que este deveria ser premiado sem demora. Já estava quase amanhecendo. O rei pergunta quem está no pátio e lhe respondem que é Hamã; este estava aguardando para ver o rei e conseguir autorização para enforcar Mordecai.

 

2. Mordecai honrado (Et 6.11) 

“Hamã tomou as vestes e o cavalo, vestiu a Mordecai, e o levou a cavalo pela praça da cidade, e apregoou diante dele: Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.”

O rei então pergunta a Hamã: “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar? (Et 6.6). Imediatamente, Hama dá a sua sugestão, De tão arrogante, Hamã pensou que o rei estava querendo honrá-lo. Ele mesmo sugeriu as honrarias que adoraria receber: um desfile real pela praça da cidade, para que to dos vissem e ouvissem como o rei se agradava dele.

O rei aceitou, mas planejava dar esse galardão ao homem que Hamã julgava ser seu inimigo, embora o rei não tivesse nenhuma ciência disso. O pior de tudo foi Hama ter sido encarregado de exaltar e fazer cumprir publicamente as honrarias ao homem para o qual fora requerer uma sentença de morte, para quem se atrevera a preparar a forca Ainda foi obrigado a proclamar que o rei se agradava dele. Era uma estonteante humilhação.

Ali estava o odiado Mordecai que não se prostrava diante de Hamã, montando o cavalo real. com as vestes púrpuras, enquanto. Hama puxava o cavalo a pé pela praça da cidade, apregoando diante dele: ‘Assim se faz ao homem a quem o rei deseja honrar.

 

3. Mulher de Hamã prevê fracasso (Et 6.13)

“Cantou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mordecai perante o qual já começaste o cair é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele.”

Foi terrível contar todo o ocorrido, a humilhação era demasiada para suportar. Então, a esposa e os amigos de Hamã disseram-lhe que ele não prevaleceria, devido à ascendência judaica de Mordecai (Et 6.13). Hamã ainda está se recuperando da humilhação quando chegam os mensageiros do rei chamando-o para o segundo banquete com Assuero e Ester (Et 6.14).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

providência divina é manifesta em Assuero que, no meio de sua insônia, decidiu ouvir a leitura das crônicas reais onde ficou constatada a participação do judeu Mordecai na salvação da vida do rei, sem que recompense alguma lhe fosse dispensada até aquele momento.

 

RESPONDA

1) Quem a rainha Ester convidou para se assentar no banquete com o rei Assuero? Hamã

2) Que tipo de vingança a mulher de Hamã tramo contra Mordecai? Enforcamento

3) Qual foi a decisão do rei Assuero em favor de Mordecai? Honra-lo

 

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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 4º Trimestre de 2016

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises - Comentarista: Elienai Cabral

Lição 11: O socorro de Deus para livrar o seu povo - Data: 11 de Dezembro de 2016

   

TEXTO ÁUREO

 “Os justos clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas angústias” (Sl 34.17).

  

VERDADE PRÁTICA

 Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE -  Ester 5.1-6.

1 — Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.

2 — E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.

3 — Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.

4 — E disse Ester: Se bem parecer ao rei, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que tenho preparado para o rei.

5 — Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, que cumpra o mandado de Ester. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete, que Ester tinha preparado,

6 — disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? E se fará, ainda até metade do reino.

 

OBJETIVO GERAL

Ressalvar que Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Apontar a providência de Deus na história;

II. Mostrar como Ester foi colocada no palácio real;

III. Explicar a crise sofrida pelo povo de Deus no livro de Ester.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Mediante o estudo da vida da rainha Ester, podemos ver o quanto Deus é fiel em todas as suas promessas. Ele guardou o seu povo, livrando-o da morte. O Senhor colocou Ester no palácio, tornando-a rainha para que intercedesse por seu povo. Com isso, aprendemos que nada em nossas vidas acontece por acaso. Todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28).

O povo judeu corria o risco de ser exterminado; se assim fosse, a promessa que Deus fez a Abraão não poderia se cumprir. Mas, o Senhor é fiel. Se Deus tem promessas em sua vida, creia que Ele cumprirá. Não deixe que os “Hamãs” da vida venham impedir sua trajetória e amedrontá-lo.

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

O nome de Deus não aparece no livro de Ester, porém o Senhor está presente em todas as circunstâncias, intervindo em favor do seu povo. Veremos que a história de Ester, Mardoqueu e dos judeus foi delineada pela providência divina. Na lição de hoje, veremos que Deus age em prol dos que o servem.

 

PONTO CENTRAL - Deus livra o seu povo das crises.

 

I. A PROVIDÊNCIA DE DEUS

1. A providência divina na história de Ester. A palavra providência vem do latim providentia e o prefixo “pro” significa “antes” ou “antecipadamente”. O sufixo videntia deriva de videre que significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente. Deus estava ciente de todos os incidentes ocorridos no Império Persa. O Senhor estaria colocando uma jovem judia no palácio de Assuero para que mais tarde seu povo fosse salvo da destruição. Tal verdade nos mostra que os pensamentos de Deus são mais altos do que os nossos (Is 55.9). Deus está no controle de todas as coisas. Nada em nossa vida acontece por acaso.

2. A festa do rei. Assuero era vaidoso, e, querendo ostentar sua glória, poder e riqueza a todos os súditos do império, decidiu fazer um grande banquete, que durou muitos dias, onde os convidados podiam comer e beber à vontade. Cento e vinte e sete províncias estavam representadas nesta festa. Assuero bebeu muito e, já dominado pela embriaguez, decidiu exibir a beleza da rainha Vasti para os convidados.

3. A destituição da rainha. Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Não podemos nos esquecer que todos, ali, estavam bêbados. Aquele não era o ambiente para uma rainha. Então, ela contrariou a ordem do rei; defendeu a sua posição, mas pagou caro por isso.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

Podemos ver a providência de Deus na história da rainha Ester.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Rebeldia de Vasti (Et 1.10-22)

A recusa de Vasti em obedecer as ordens de Xerxes foi vista como um precedente para as mulheres de todo o império. Xerxes divorciou-se de Vasti e emitiu um decreto; as mulheres deveriam obedecer a seus maridos. O decreto reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje no Oriente Médio. O marido governa a casa. Somente ele tem o direito de iniciar ou dar o divórcio. Os filhos do matrimônio pertencem ao marido e, quando o divórcio acontece, ele os mantêm. O desafio de Vasti a Xerxes foi assim uma ameaça à ordem social estabelecida” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.324).

 

CONHEÇA MAIS

Hamã

“Hamã é chamado de agagita. A tradição judaica identifica-o como um descendente do rei amalequita cujo povo Saul deixou de destruir (cf. Êx 17.8-14; 1Sm 15.7-33). Mordecai era da tribo de Saul (cf. 2.5). Assim comentaristas rabínicos veem esse conflito como a luta histórica do povo judeu com os inimigos gentios, cujo ódio irracional persiste por milhares de anos”.

Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.325.

 

II. ESTER NO PALÁCIO DE ASSUERO

1. A busca de uma jovem para o lugar de Vasti. Passado algum tempo da destituição de Vasti, alguns servos de Assuero sugeriram que ele buscasse moças virgens e formosas para que uma delas substituísse Vasti. Comissários de todas as províncias trouxeram candidatas ao palácio de Susã. As jovens ficaram aos cuidados do eunuco Hegai, que era guarda das mulheres. Entre todas as moças levadas ao palácio estava uma judia de nome Ester. Essa jovem logo ganhou a simpatia do eunuco do rei (Et 2.9). Ester não estava somente participando de um concurso. O Senhor estava direcionando seus passos, ali no palácio, para algo grande. Ela fazia parte do desígnio de Deus para ajudar o seu povo. Mas talvez não imaginasse isso. Deus tem um plano em sua vida. Ainda que você não consiga compreendê-lo inteiramente, confie no Senhor!

2. Mardoqueu e Ester. Ester não chegaria ao palácio sem a ajuda de Mardoqueu, seu primo. Mardoqueu era um homem temente a Deus e estava entre os cativos judeus que serviam aos interesses do rei em Susã. Mardoqueu era um homem de fé e de profunda piedade espiritual; ele não havia perdido o sonho de libertação do seu povo e sabia que isto não aconteceria sem uma interferência de Deus. Era um homem que não recuava em seus propósitos ainda que isso lhe custasse a vida (Et 4.1,2). Mardoqueu deu uma excelente educação à Ester, cujos valores morais e espirituais serviram para torná-la um instrumento de Deus na salvação dos judeus.

3. Ester é escolhida para o lugar de Vasti. Chegou a vez de Ester apresentar-se diante do rei. Ela superou todas as moças que até então haviam sido apresentadas, pois achou graça diante do rei. Com certeza era bela, mas foi o Senhor que fez o coração do rei se inclinar para ela. Mardoqueu orientou Ester para que ela não contasse a ninguém que era judia.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Deus colocou a rainha Ester no palácio do rei Assuero com um propósito específico.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

A rainha

“O rei persa nomeando Ester como rainha, ilustra como Deus pode mudar o coração dos ímpios para que eles cumpram seus propósitos (cf. Pv 21.1). Ester tinha agora condições de ajudar o seu próprio povo, o que se tornou necessário cinco anos mais tarde. Deus usou as decisões espontâneas das pessoas envolvidas, para proteger o seu povo (Et 4.4).

Embora Ester tivesse sido escolhida e coroada rainha do grande império persa, não se orgulhou, nem se envaideceu por causa da sua posição social e do poder que acabara de receber. Não desprezava os conselhos de seu tio, de condição humilde, nem menosprezou sua tradição espiritual. Pelo contrário, manifestava um espírito de mansidão, humildade e submissão após tornar-se rainha, como sempre fizera antes” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.758).

III. A CRISE CHEGA PARA O POVO DE DEUS

1. A trama de Hamã. Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante do reino. Hamã era mau e enchia-se de ódio quando Mardoqueu não se inclinava perante ele. Por isso, traçou um plano para destruir todos os judeus. Ele persuadiu Assuero a fazer um decreto, ordenando a morte dos judeus. O rei aderiu ao plano de Hamã. Então foi feito um decreto para que todos os judeus fossem mortos e seus despojos saqueados (Et 3.13-15). A crise havia chegado para os judeus, trazendo tristeza e lamento. Mardoqueu vestiu-se de saco e foi para a porta do palácio de Assuero (Et 4.1-6).

2. Ester toma conhecimento da trama contra seu povo. Mardoqueu informou Ester acerca do decreto de morte do povo judeu. Ester disse que não poderia fazer nada, pois só lhe era permitido entrar na presença do rei caso fosse convidada. Então, Mardoqueu lembra-lhe de que ela foi colocada, pelo Senhor junto ao rei para aquele momento. Ele deixou claro que se ela não quisesse ajudar, Deus levantaria outra pessoa. A rainha não recusou ajudar seu povo. Ela pediu a Mardoqueu que reunisse todos os judeus a fim de jejuar por ela. Nos momentos de crise, não adianta lamentar e chorar. É preciso orar, jejuar e buscar a face do Pai até que Ele envie o seu socorro.

3. A estratégia sábia de Ester. Depois de orar, jejuar e buscar estratégias em Deus, Ester colocou suas vestes reais e foi para o pátio interior da casa do rei. Ao vê-la, o monarca apontou seu cetro e Ester tocou-o na ponta. O rei, deslumbrado pela beleza da rainha, perguntou-lhe: “Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até a metade do reino se te dará” (Et 5.3). Ester convida o rei e Hamã para um banquete. Ester, então, informou ao rei que havia um plano para matá-la, bem como ao povo judeu e este plano havia sido tramado por Hamã. Isso enfureceu o rei. Ester desmascarou Hamã diante de Assuero. Hamã foi morto na forca que tinha preparado para Mardoqueu. O povo judeu foi salvo graças ao livramento divino e à disposição de Ester. Você está disposto a ajudar o país a sair da crise política e econômica em que se encontra? Então, ore e jejue em favor do Brasil. Peça a ajuda de Deus em favor dos milhares de desempregados e carentes que estão também em perigo, como o povo judeu.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

A crise chegou até os israelitas. Eles corriam sério risco de serem exterminados, mas o Senhor é fiel e livrou o seu povo da morte.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 “Hamã foi enforcado como resultado da justa intervenção de Deus, porém o decreto do rei, no sentido de destruir os judeus, continuava em vigor. Nem sequer o próprio rei poderia anular o decreto oficial. Mas, em resposta ao pedido de Ester, foi escrito um segundo decreto concedendo aos judeus o direito de resistência armada e de defesa, no dia decretado para sua destruição. Em geral, Deus não operou o livramento do seu povo, sem a fiel participação deste; porém, Ele está sempre com o seu povo para lhe prover livramento. Aqui, o livramento de Israel resultou da ação de Deus, com a cooperação de crentes fiéis.

Deus não somente capacitou os judeus a se defenderem, como também fez os habitantes das terras temerem dos judeus (cf. Et 9.2). Noutras palavras, o povo de Deus tornou-se mais respeitado devido à conspiração maligna de Hamã” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, pp.763,764).

 

CONCLUSÃO

Aprendemos, por intermédio da história da rainha Ester, que Deus salva o seu povo quando nos dispomos a orar, jejuar e agir. O Senhor colocou Ester no palácio com um propósito definido. Ele também tem abençoado a sua vida com um objetivo: abençoar os que sofrem e correm risco de morrer. Ester cumpriu a sua missão. Então, deixe que os propósitos divinos cumpram-se em sua vida.

 

PARA REFLETIR

A respeito do socorro de Deus para livrar seu povo, responda:

Segundo a lição, qual o significado da palavra providência?

A palavra providência vem do latim providentia e o prefixo “pro” significa “antes” ou “antecipadamente”. O sufixo videntia deriva de videre que significa “ver”. Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente.

Por que Vasti se recusou comparecer ao banquete do rei?

Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Aquele não era o ambiente para uma rainha.

Quem havia criado Ester e a levado até a fortaleza de Susã?

Seu primo Mardoqueu.

Qual a posição que Hamã possuía no reino de Assuero?

Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante do reino.

Qual a atitude de Ester ao saber da sentença de morte contra o seu povo?

Ela jejuou e orou ao Senhor.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O Socorro de Deus para livrar o seu povo

A história da rainha Ester é uma das mais belas histórias do livramento de Deus para com a nação de Israel. Uma exilada judia que viveu no período do reinado de Assuero, o Xerxes, 486-465 a.C., na Pérsia. Seu nome, Ester, era gentílico, derivado do persa stara, que significa “estrela”, e tinha a ver com o paganismo babilônico (pois o nome Ishtar também deriva Ester, de uma deusa babilônica). Entretanto, o nome de origem da jovem judia era o hebraico Hadassa, que significa “murta”. Órfã desde muito cedo, Hadassa foi criada por seu primo Mardoqueu (ela era filha do tio de Mardoqueu cf. Et 2.7). A jovem era bela de aparência e formosa à vista. Por isso foi contada entre as virgens do rei e levada a reinar no lugar de Vasti, a antiga rainha que perdera o trono.

Assim, Hadassa foi escolhida por Assuero como a nova rainha do palácio de Susã. Era agora a rainha Ester.

Embora num primeiro momento a rainha temesse e se mostrasse apática, sendo preciso Mardoqueu lhe chamar a atenção para a gravidade dos acontecimentos: “Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Et 4.13-14); posteriormente, a rainha se mostrou absolutamente decidida e focada em proteger e a interceder pelo seu povo (4.15-17). A jovem rainha, ao longo do reinado, mostrara-se uma mulher sábia, corajosa e leal ao seu povo. Ela ficou no centro de uma conspiração covarde para aniquilar o seu próprio povo.

A rainha Ester arriscou a própria vida entrando na presença do rei, revelando que era judia e suplicando que o rei Assuero fizesse um novo decreto, cancelado o de Hamã e dando o direito aos judeus de se defenderem no reino da Pérsia. Assim, Deus livrou o seu povo de ser aniquilado numa época distante.

Tudo isso foi pensado e colocado estrategicamente em pauta por intermédio de jejum, oração e ação diante de Deus. No momento mais angustioso da história do povo judeu, a nação se voltou ao Pai por meio de jejuns e muitas súplicas. Deus deu o livramento ao seu povo!

Portanto, nos momentos de crises e de muitas tribulações devemos nos inclinar aos pés do Senhor com jejuns, orações e ação sob a orientação do Espírito Santo. Deus nos dará o escape!

  

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Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2007

Título: A busca do caráter cristão - Comentarista: Eliezer de Lira e Silva 

Lição 4: Ester, uma rainha altruísta - Data: 29 de Julho de 2007

 

TEXTO ÁUREO

“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubins” (Pv 31.10).

 

VERDADE PRÁTICA

Os que confiam no Senhor são vitoriosos, mesmo diante de circunstâncias desfavoráveis.

  

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ester 3.12,13; 4.13-17.

Ester 3

12 - Então, chamaram os escrivães do rei no primeiro mês, no dia treze do mesmo, e conforme tudo quanto Hamã mandou se escreveu aos príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada província, e aos principais de cada povo; a cada província segundo a sua escritura e a cada povo segundo a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou.

13 - E as cartas se enviaram pela mão dos correios a todas as províncias do rei, que destruíssem, matassem, e lançassem a perder a todos os judeus desde o moço até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é mês de adar), e que saqueassem o seu despojo.

Ester 4

13 - Então, disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.

14 - Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe para tal tempo como este chegaste a este reino?

15 - Então, disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:

16 - Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.

17 - Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou.

 

INTERAÇÃO

Prezado professor, nesta aula a palavra-chave é “altruísmo”. Você sabe o que significa esse vocábulo? Esse termo foi criado pelo filósofo Augusto Comte para descrever a propensão humana em atender o próximo em suas necessidades. Essa virtude é oposta ao egoísmo, mas sinônima da filantropia. Ao ministrar a lição, destaque o caráter altruísta de nossa personagem principal, Ester.

 

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Descrever o contexto histórico do tempo de Ester.

Explicar o sentido moral de altruísmo.

Apreciar o altruísmo como virtude necessária ao cristão.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, esta lição apresenta quatro personagens principais: Ester, Mordecai, Xerxes e Hamã. Você sabe a importância de cada uma dessas pessoas na história narrada pelo livro de Ester? O tópico “A Pérsia no tempo de Ester” descreve algumas particularidades sobre esses indivíduos. Ao terminar a ministração do tópico I, apresente aos alunos a síntese abaixo.

 

 Palavra Chave

Altruísmo: Virtude mediante a qual a pessoa nega a si mesma e dedica-se ao próximo, mesmo que isto lhe cause infortúnio.

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

 

 O texto bíblico em apreço conta-nos a miraculosa história de Ester, uma jovem simples, que em razão de sua conduta corajosa, equilibrada e altruísta, salvou seu povo de um terrível massacre. Desta narrativa, extrairemos preciosas lições acerca do caráter de Ester e da providência e fidelidade de Deus ao seu povo.

 

I. A PÉRSIA NO TEMPO DE ESTER

1. Contexto histórico (597-465 a.C). Por volta de 597 a.C. Judá fora invadido por Nabucodonosor, rei de Babilônia. Onze anos depois, por ordem deste poderoso monarca, os babilônios destruíram Jerusalém e levaram os judeus para o cativeiro (2 Cr 36.17-21). Porém, a despeito de sua grandeza, o Império Babilônico não resistiu às pressões militares do colossal exército Medo-persa, sendo derrotado em 539 a.C. A partir daí, os judeus tornaram-se vassalos dos persas.

Em 485 a.C, Dario Histapes, rei da Pérsia, o que reinara na época da conclusão do templo de Jerusalém (ver 2 Cr 36.22,23; Ed 5-6), morreu, sendo sucedido por seu filho Assuero (Xerxes I). A miraculosa história da rainha Ester inicia-se no terceiro ano do reinado deste extraordinário monarca.

2. Assuero, rei persa. Assuero foi o homem mais poderoso de seu tempo. Governou o vasto Império Pérsico, desde a Índia até a Etiópia, que compreende cento e vinte e sete províncias (Et 1.1). Do texto bíblico inferimos que Assuero era egocêntrico e costumava alardear o esplendor de sua grandeza (Et 1.3-4). Não admitia que suas ordens fossem questionadas (Et 1.12). Certa vez, embriagado e enfurecido, agiu com tirania contra Vasti, sua esposa (Et 1.7-12). Passado aquele momento de insensatez, percebeu que não deveria ter procedido daquele modo (Et 2.1). Decisões tomadas no calor das emoções trazem consequências desastrosas. A história de Jefté é um grande exemplo (Jz 11.30-40).

3. O ímpio Hamã. Assuero havia engrandecido a Hamã sobremaneira, elevando-o à segunda pessoa mais influente do reino (Et 3.1). Hamã era ganancioso, ardiloso, traiçoeiro; um mau exemplo para a própria família (Et 5.11-14). Odiava Mardoqueu e desejava sua morte (Et 5.9). Não queria apenas matá-lo, mas exterminar todo o seu povo (Et 3.5,6). Quando o coração humano não tem Cristo é um solo fértil para o surgimento, abrigo e crescimento do ódio. O cristão deve estar atento aos primeiros sinais dessa praga que mina as forças espirituais (Ef 4.26). O autêntico Cristianismo está baseado no amor (Jo 13.34,35). Qualquer atitude que fira este princípio deve ser rejeitada (1 Jo 4.8).

4. Mardoqueu, um homem humilde e temente a Deus. Primo da rainha Ester e fiel servidor do palácio (Et 2.5-7,21), Mardoqueu era um exemplo de autêntica humildade, confiança e obediência a Deus (Et 5.13,14). A despeito de ter sido promovido é exaltado pelo próprio rei, nenhum direito reivindicou; sequer exigira as glórias que lhe eram devidas, mas retornou ao trabalho cotidiano (Et 6.11,12), deixando tudo nas mãos do Senhor. Mais tarde, esse extraordinário homem foi honrado e reconhecido como protetor do povo judeu (Et 10).

Enaltecida pela Palavra de Deus (Mt 5.3; Sl 138.6), a humildade é uma virtude imprescindível a todo crente.

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Algum tempo depois da queda do império babilônico pelo exército Medo-persa, o grande rei Assuero estendeu muitíssimo o seu reino. Esse monarca, por ser egocêntrico, destituiu sua rainha do trono. É nesse cenário que surge a história de Ester - uma rainha altruísta.

 

II. ASPECTOS DO CARÁTER DE ESTER

1. Obediência. A Bíblia engrandece a obediência dos filhos aos pais (Ef 6.1-3; Mt 15.4). Sendo órfã (Et 2.15), Ester em tudo obedecia a Mardoqueu, seu pai adotivo. Certa ocasião, quando este lhe ordenou que não declarasse a que povo pertencia, a jovem não titubeou, obedeceu-o prontamente (Et 2.10,20). Mesmo casada, Ester permaneceu fiel às promessas que fizera a Mardoqueu, honrando-o em tudo (Êx 20.12). Mais tarde, ao receber o pedido de Mardoqueu para livrar seu povo do extermínio, Ester mais uma vez atendeu-o, mesmo consciente dos sérios riscos que correria (Et 4.8,16).

A independência e as novas funções exercidas pelos filhos na sociedade moderna não os impedem de respeitar seus pais, nem tiram destes a responsabilidade de admoestá-los (Et 2.11). Deus abençoa os filhos que seguem rigorosamente os sábios conselhos dos pais (Gn 7.7,13; 8.18).

2. Humildade. Ester estivera algum tempo sob os cuidados de Hegai, guarda das mulheres (Et 2.8). Segundo a narrativa bíblica, ela poderia pedir-lhe o que quisesse, entretanto, contentava-se com o que lhe oferecia (Et 2.15). Quantos, no lugar de Ester, não se esqueceriam do Senhor, usufruindo das iguarias e dos recursos que estivessem à sua disposição.

O conselho de Pedro em sua primeira carta, capítulo três, versículos de três a cinco, aplica-se perfeitamente à vida de Ester (Et 2.17).

3. Disposição. É maravilhoso quando nos colocamos inteiramente nas mãos de Deus para realizarmos sua obra. Mas, infelizmente, nem todos estão dispostos a pagar o preço (Mt 19.16-22). Ester colocou sua vida em risco a fim de livrar seu povo do iminente extermínio (Et 4.16). Há muitos que não dedicam sequer parte do seu tempo ao serviço do Reino de Deus. Todavia, Deus continua convocando servos fiéis, dispostos a serem poderosamente usados em suas mãos.

4. Sensatez e Paciência. Ester era cautelosa (Et 2.10,20; cf. Am 5.13) e paciente (Et 5.2,3,4-8; 7.1-6). Esperava o tempo de Deus com toda resignação (Et 7.5-10). A sensatez e a paciência têm salvado muitas vidas ao longo da história. São virtudes indispensáveis a todos os filhos de Deus (Sl 40.1; Rm 5.3,4; Pv 14.33). Foi exatamente em razão dessas qualidades que Ester fez sucumbir os malévolos projetos de Hamã (Et 7-8). Cumpriu-se em Ester o sábio provérbio: "O rei tem seu contentamento no servo prudente, mas, sobre o que procede indignamente, cairá o seu furor" (Pv 14.35).

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os principais aspectos do caráter de Ester eram: obediência, humildade, disposição, sensatez e paciência.

 

III. COMO LIDAR COM SITUAÇÕES ADVERSAS

1. Orando (Cl 4.2; 1 Ts 5.17). Assim como a oração muda a história de um povo (Jn 3.10; Et 9), pode alterar o destino de uma pessoa (Is 38.5). A oração faz parte do nosso relacionamento com Deus. Através dela Ele se faz conhecido e nos revela seus eternos propósitos (Os 6.3; Jr 33.3). O verdadeiro cristão deve crer no poder de Deus para que, por meio de sua intercessão, as coisas aconteçam (Mt 21.22). “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16-18).

2. Confiando em Deus. Jesus nos advertiu da urgente necessidade de vivermos em constante oração e comunhão com Deus (1 Co 1.9; 2 Co 13.13; Fp 2.1). A tendência do ser humano é desesperar-se diante das circunstâncias adversas. Isso pode acontecer com qualquer um de nós. Mas a vitória só será concedida àqueles que confiarem integralmente no Senhor (Sl 118.8,9).

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O cristão pode vencer as adversidades da vida cotidiana por meio da oração e da fé em Deus.

 

CONCLUSÃO

Devemos em nossa vida cotidiana orar e confiar totalmente no Senhor. Somente assim desenvolveremos em nosso caráter a sensatez, a paciência e a fé necessárias a uma vida vitoriosa na presença de Deus e dos homens. E, como Ester, triunfaremos a despeito das adversidades. Confiemos sempre no Senhor!

 

VOCABULÁRIO

Alardear: Ostentar; vangloriar-se; gabar.
Egocêntrico: Aquele que refere tudo ao próprio eu.
Insolúvel: Que não se pode resolver.
Sensato: Que tem bom senso; prudente.
Tirania: Governo opressor e cruel; opressão.
Vassalo: Subordinado, submisso.

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

COUTO, G. A transparência da vida cristã. RJ: CPAD, 2001.
MULDER, C. (et al) Comentário bíblico Beacon. RJ: CPAD, 2005.

 

EXERCÍCIOS

1. Quando tem início a história de Ester?

R. No terceiro ano do reinado de Assuero (485-465 a.C).

2. Descreva alguns aspectos do caráter de Assuero.

R. Egocêntrico e costumava alardear o esplendor de sua grandeza (Et 1.3-4).

3. Quem era Mardoqueu?

R. Primo da rainha Ester e fiel servidor do palácio, era um exemplo de autêntica humildade, confiança e obediência a Deus.

4. Descreva as características do caráter de Ester.

R. Obediência; humildade; disposição; sensatez e paciência.

5. Como resolver problemas aparentemente insolúveis?

R. Por meio da oração e da confiança em Deus.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Apologético

“Mensagem espiritual do livro de Ester

O livro de Ester ensina muitas verdades espirituais para os cristãos atuais. Vejamos:

1. Os judeus, apesar de desobedientes ao Senhor e desviarem-se dEle no exílio, estão nos pensamentos de Deus e são objetos da sua misericórdia e preocupação. Assim, o Senhor ama o pecador e fez com que o Seu Filho amado morresse por ele.

2. A providência de Deus está sempre sobre o seu povo, para salvá-lo das tramas malignas de seus inimigos.

3. Deus às vezes se oculta ao cumprir os seus propósitos no mundo. Em Isaías 45.15 lemos: ‘Verdadeiramente, tu és o Deus que te ocultas, o Deus de Israel, o Salvador’.

4. O poder da oração é ensinado claramente. É evidente que o jejum solicitado em 4.16 é um motivo para esta prática na atualidade. A resposta à oração deve ser vista no sucesso da rainha em convencer o rei a ajudar os judeus no seu sofrimento.

5. A responsabilidade que temos em cumprir a missão delegada por Deus é ensinada em 4.14: ‘E quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?’ Também indica o risco que temos de correr ao cumprirmos nossa missão: ‘e, perecendo, pereço’ (v.6)”.

(MULDER, C. (et al) Comentário bíblico Beacon. RJ: CPAD, 2005, Vol.2, p.545.)

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Deus está presente mesmo quando não o vemos. Ele age mesmo quando não vislumbramos os seus atos. Alguns imaginam que o Senhor não se importa com os perigos que eles costumam atravessar. Mas, como de fato passaram pelo vale da sombra da morte? Como saíram incólume do deserto? Como suas vestes não se desgastaram e o calor não desidratou o espírito abatido? Por quanto tempo, filho de Deus, estarás errante a murmurar que estás sozinho na batalha? Olhe para trás e veja que as pegadas que contemplas não são tuas, mas do Senhor! Que a brisa que soprava acalentando as tuas feridas era o alento divino enquanto Ele te carregava em teus braços. O crepúsculo e a aurora que lhe enchiam de esperança a cada manhã e tarde não era nada menos do que os olhos de El Roi, o Senhor que tudo vê. Como achaste mel em solo rochoso? E água em pleno deserto? Você não está sozinho!

 

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ESTER 2:1-18 - Como Ester pôde participar de um concurso de beleza entre os pagãos?

 

PROBLEMA: É evidente que Ester foi escolhida por Deus como seu ins­trumento para libertar Israel do mal no tempo determinado (Et 4:14). Entretanto, sendo uma judia devota, como pôde ela participar de um espetáculo público pagão e depois entrar no harém do rei Assuero?

 

SOLUÇÃO: Primeiro, não está claro se Ester tinha liberdade de se recusar a participar, pois ela foi colocada como parte do conjunto das moças "de boa aparência e formosura" apresentado ao rei. De acordo com Ester 2:8, "levaram também Ester à casa do rei". Isso nos dá a entender que ela não tinha alternativa alguma em relação a essa questão, mas foi escolhida para servir o rei.

Segundo, nada se diz no texto quanto aos participantes daquele espetáculo público terem tido de praticar qualquer coisa explicitamente imoral para estarem no concurso. Pelo que sabemos do caráter de Ester, podemos estar certos de que ela teria se recusado a qualquer coisa contrária à lei de Deus.

Finalmente, uma vez que Ester foi a escolhida pelo rei, ela foi compelida a participar da corte dele. Foi a providência de Deus que levou Ester àquele lugar precisamente no momento certo. Na hora certa ela se dispôs a arriscar sua vida pelo povo do seu Deus.

 

 

ESTER 4:16 - Ester não teria desobedecido ao governo humano, o que é contrário à vontade de Deus?

 

PROBLEMA: Romanos 13:1 nos informa de que "não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas". E Pedro acrescenta: "Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor" (1 Pe 2:13; cf. Tt 3:1). Mas Ester 4:16 diz que o que ela fez era "contra a lei" (4:16). Dessa forma, Ester não teria violado leis da Pérsia ordenadas por Deus, ao apresentar-se diante do rei?

 

SOLUÇÃO: Às vezes é necessário desobedecer ao governo humano, isto é, quando ele nos compele a pecar. Por exemplo, se o governo diz que não podemos orar a Deus (Dn 6), ou que devemos adorar um ídolo (Dn 3), ou que temos de matar bebês inocentes (veja os comentários de Êx 1:15-21), então temos de desobedecer.

No caso de Ester, entretanto, não havia lei alguma que a compelisse a pecar. Mas nem assim ela desobedeceu à lei do país, já que esta permitia que uma pessoa, não tendo sido chamada, se apresentasse perante o rei por seu próprio risco (Et 4:11). Sabendo o que a lei dis­punha, e aceitando o risco de sua vida, Ester foi até o rei para salvar a vida do seu povo. Neste caso não houve necessidade de desobedecer à lei, nem houve nada que a tivesse constrangido a matar alguém ou cometer qualquer outro tipo de pecado.

Manual de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia.  Norman Geisler, Thomas Howe

 

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 REVISTA 2TR2023 NA ÍNTEGRA

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Escrita Lição 9, Central Gospel, Ester, uma Líder Perspicaz, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV

  

ESBOÇO DA LIÇÃO

1- UMA JUDIA NO PALÁCIO IMPERIAL

1-1- O grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua posição destacada

2- UM AGAGITA NA CASA DO REI

2-1- Um genocídio decretado

2-1-1- Assuero deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã

3- DEUS USA UMA JUDIA PARA VENCER UM

AGAGITA NA CORTE PERSA

3-1- O grande líder discerne o tempo da ação

3-1-1- Ester deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo

3-2- O grande líder discerne o tempo da estratégia

3-2-1- Deus trabalha nas circunstâncias

3-2-2- A humilhação de Hamã

3-3- O grande líder discerne o tempo dos embates

decisivos 

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Ester 7.1-6

1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,

2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará.

3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento.

4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.

5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?

6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.

 

 

TEXTO ÁUREO

Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu Pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? Ester 4.14

  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira – Ester 2.10 A sabedoria do silêncio

3ª feira – Salmo 75.7 Deus, a um exalta e a outro abate

4ª feira – Salmo 37.7 Deus trata com os inimigos do Seu povo

5ª feira – Hebreus 6.10 Deus não se esquece

6ª feira – Salmo 23.5 O Senhor honra os que sãos Seus

Sábado – Mateus 5.6 A fartura de justiça

  

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de entender que:

- a rainha Ester estava no lugar certo, na hora certa;

- a liberdade para pedir aquilo que se deseja deve ser guardada para a hora certa;

- a liderança sábia de Ester garantiu a salvação de uma nação inteira.

  

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Caro professor, encontraremos diferentes modelos de liderança no texto bíblico; por essa razão, não se deve comparar, por exemplo, a liderança de Moisés à de Gideão, ou a de Neemias à de Ester. Algumas são permanentes; outras, ocasionais, pontuais. Entretanto, cada uma delas revela sua eficácia em atender a um propósito divino e, de cada uma, podem-se extrair grandes lições. Nesta lição, procure focar as características singulares da liderança de Ester, que podem ser aplicadas à vida de todos, indistintamente: o grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua posição destacada; discerne o tempo da ação;

discerne o tempo da estratégia; e discerne o tempo dos embates decisivos. Boa aula!

  

COMENTÁRIO

Palavra introdutória

Depois de setenta anos de cativeiro babilônico, os Medos e os Persas venceram a Babilônia e Ascenderam ao poder. Entre os anos 483—473 a.C., Assuero foi alçado ao posto de imperador da Pérsia, exercendo o comando sobre 127 províncias.

Certa vez, o rei Assuero ofereceu uma festa, com duração de 180 dias, aos representantes das suas províncias: príncipes e governadores. Ao mesmo tempo, Vasti, sua mulher, oferecia um banquete para as mulheres da casa real (Et 1.9). No sétimo dia de festejo, o rei mandou chamar Vasti, com a coroa real, para mostrar sua beleza aos seus convidados; ela, porém, recusou o chamado de Assuero. A atitude de Vasti deixou o monarca furioso (Et 1.10-12). Assuero tinha um grupo de sete conselheiros, chamados

“príncipes”, os quais viam o seu rosto constantemente e se assentavam com ele (Et 1.14). Um deles, Memucã, considerando grave o ato de Vasti, aconselhou Assuero a escrever uma carta, na qual constasse que a rainha nunca mais poderia comparecer à presença do rei; que o seu reinado

deveria ser dado a outra mulher (Et 1.19-22).

Seguindo o conselho dos que o serviam, Assuero mandou procurar, entre todas as suas províncias, moças virgens, de grande beleza, para ser rainha da Pérsia, no lugar de Vasti. Dentre elas, achou Ester, uma linda jovem judia.

 

  

1- UMA JUDIA NO PALÁCIO IMPERIAL

Os judeus eram considerados um povo inferior pelos persas; afinal, haviam sido escravizados pelo Império Babilônico. Ademais, havia gente no palácio que os via com maus olhos, como era o caso de Hamã, filho de Hamedata, o imediato do rei Assuero (Et 3.1). O rei não sabia que Ester era judia, órfã de pai e mãe, criada por seu primo Mardoqueu, que a tratava como se fosse sua filha (Et 2.10).

  

1-1- O grande líder não procura tirar proveito pessoal de sua posição destacada

Ávido por obter informações sobre Ester, Mardoqueu

passeava todos os dias pelo pátio da casa das mulheres — também chamado de harém, parte do palácio destinado às servas do rei (Et 2.11). As mulheres cumpriam uma agenda com o monarca: cada vez que uma delas era convocada para comparecer perante o rei, ela tinha o direito de fazer-lhe algum pedido. Quando chegou a vez de Ester, ela nada pediu ao soberano, que se agradou mais dela do que das demais (Et 2.17). Assentado à porta do palácio, onde ficava normalmente, Mardoqueu ouviu a conversa de dois eunucos, Bigtã e Teres, os quais tramavam a morte do rei. Mardoqueu enviou um recado a Ester, que levou o fato ao conhecimento de Assuero, em nome de Mardoqueu; assim, ambos os traidores foram enforcados (Et 2.21-23).

  

2- UM AGAGITA NA CASA DO REI

O rei promoveu Hamã, um agagita — descendente de

Agague; portanto, de ascendência amalequita, povo inimigo dos israelitas —, a principal homem do seu trono (Et 3.1). Hamã aprendera com seu pai, Hamedata, a odiar os judeus. Hierarquicamente, ele estava abaixo apenas de Assuero. Por ordem do rei, quando Hamã passasse pelas pessoas, todas deveriam inclinar-se perante ele (Et 3.2).

  

2-1- Um genocídio decretado

Mardoqueu nunca se inclinava perante Hamã. Por ser judeu, ele afirmou que jamais faria tal coisa (Et 3.2-4). Assim, para vingar-se de Mardoqueu, Hamã decidiu exterminar todos os judeus que estavam espalhados pelas províncias do rei Assuero (Et 3.5,6). Valendo-se do seu franco acesso ao monarca, Hamã disse a Assuero que havia um povo rebelde, com costumes e leis diferentes, que não cumpria as ordens reais e que, portanto, deveria ser exterminado. Se o rei consentisse naquele grande genocídio, ele mesmo daria dez mil talentos de prata para os cofres do rei (Et 3.8,9). O plano era matar os judeus e confiscar todos os seus bens.

  

SUBSÍDIO 2-1

Embora a palavra “Deus” não apareça uma vez sequer no livro de Ester, esse escrito não esconde que todo ato de humilhação, jejum e oração eram oferecidos ao

Senhor. Em meio à grande preocupação que atingia a

todos, sua única esperança estava em Deus.

  

2-1-1- Assuero deixa-se conduzir pelo ódio de Hamã

O rei apreciou a ideia; assim, em acordo com Hamã, a data para a morte coletiva dos judeus que habitavam

todo o Império Medo-persa foi marcada. Em seguida, expediu-se um documento a todos os príncipes e

governadores, anunciando o dia da execução coletiva (Et 3.10-15). Ao saber da notícia, todos os judeus

entraram em estado de luto. Mardoqueu saiu pelo meio da cidade de Susã, vestido com saco de cinza,

com grande e amargo clamor (Et 4.1-3).

  

3- DEUS USA UMA JUDIA PARA VENCER UM

AGAGITA NA CORTE PERSA

Ester mantinha-se alheia aos acontecimentos externos

ao palácio; até que as moças e os eunucos que cuidavam dela informaram-na sobre o que estava ocorrendo, dando-lhe ciência de que Mardoqueu estava à porta, vestido de cilício (Et 4.4). Preocupada com Mardoqueu, Ester mandou boas roupas para ele vestir-se, mas ele recusou-se a recebê-las (Et 4.4); antes, preferiu apenas manter Ester informada sobre o genocídio que havia sido decretado pelo rei ao seu povo.

  

3-1- O grande líder discerne o tempo da ação

Hataque, eunuco do rei, foi a Mardoqueu, a pedido da rainha, para obter mais informações sobre o Extermínio dos judeus. Mardoqueu explicou tudo em detalhes, inclusive que Hamã oferecera ao rei, Tesouros confiscados dos judeus. Mardoqueu enviou, ainda, uma cópia da publicação com a decisão real, aproveitando o ensejo para pedir a Ester que suplicasse ao rei em favor dos judeus (Et 4.5-8). Ester constrangeu-se muitíssimo com o pedido de Mardoqueu, pois ela corria risco de morte, caso comparecesse à presença de Assuero sem ser solicitada — a menos que o rei estendesse a ponta do seu cetro para ela.

  

3-1-1- Ester deixa-se conduzir pelos apelos do seu povo

Mardoqueu insistiu no seu apelo, mandando informar a

Ester que nem mesmo ela escaparia da morte, uma vez que o decreto real abrangia “todos” os judeus — certamente o rei a mataria, ao saber que ela era judia (Et 4.14). Ester atreveu-se a entrar no pátio interior da casa, defronte ao aposento do rei, sob o risco de ser morta, mas entendia que era sua única oportunidade de agir. Então, preparou-se para aquele momento; contudo, o rei precisava agradar-se dela (Et 4.15-17).

Ao vê-la, Assuero apontou-lhe o cetro que tinha em mãos; e Ester tocou em sua ponta (Et 5.1,2). Em

seguida, disse a ela: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? E se fará, ainda até

metade do reino (Et 5.6).

  

3-2- O grande líder discerne o tempo da estratégia

Sabiamente, Ester disse que ofereceria um banquete ao rei no dia seguinte; por isso, gostaria de contar com a presença de Hamã. O rei consentiu e informou Hamã (Et 5.4-8). Orgulhoso por tamanha honra, Hamã correu para casa a informar sua esposa e amigos que recebera um convite da rainha para banquetear com o rei, e ele (Hamã) os levaria consigo (Et 5.9-12). Havia apenas uma coisa com a qual ainda estava profundamente incomodado: a irreverência de Mardoqueu, que não se prostrava perante ele (Et 5.9,13). Seguindo a sugestão de sua mulher, Hamã preparou uma forca para Mardoqueu (Et 5.14).

  

3-2-1- Deus trabalha nas circunstâncias

Naquela mesma noite, o rei Assuero perdeu o sono e lembrou-se da conspiração tramada contra ele por Bigtã e Teres, os quais havia mandado matar (Et 2.21-23). Assim, pediu o livro de crônicas para reler aquele episódio e perguntou aos que o serviam: Que honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu? E a resposta foi: Nenhuma (Et 6.1-3). Assuero reconheceu que tinha uma dívida moral com Mardoqueu; afinal, ele poderia ter sido morto pelos conspiradores, se não fosse pela fidelidade de Mardoqueu.

  

3-2-2- A humilhação de Hamã

Hamã entrou à presença de Assuero para comunicar que havia preparado uma forca para Mardoqueu, mas, antes que dissesse qualquer coisa, o rei lhe perguntou: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada (Et 6.4-6a)? Pensando que o rei falava dele, Hamã sugeriu que tal homem trajasse vestes reais e montasse no cavalo do rei, com a coroa real sobre a sua cabeça, e que um dos príncipes de quem o rei mais se agradasse, puxasse o cavalo pela mão gritando: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada (Et 6.6b-9)! Para surpresa de Hamã, o rei disse que Mardoqueu era o tal homem, e ordenou a Hamã que se apressasse em cumprir tudo, exatamente, quanto sugerira (Et 6.10).

 3-3- O grande líder discerne o tempo dos embates

decisivos

Angustiado com a ordem do rei, Hamã chegou à casa correndo, com a cabeça coberta, informando à sua mulher e a todos os seus amigos o que ocorrera. Então, os seus sábios e Zeres disseram a Hamã: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele (Et 6.12,13).

Sem saber, Zeres estava profetizando para Hamã, seu marido. Na hora do banquete, o rei lembrou-se da promessa feita a Ester e disse-lhe: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará (Et 7.2). Até então, Ester não havia pedido nada para si mesma. Ela havia guardado esse crédito, e soube usá-lo na hora certa. Diante da pergunta, a rainha revelou ser judia e falou da maldade feita por “alguém” contra o seu povo e do perigo que o cercava naquela hora. Assuero, então, lhe perguntou: Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim? (Et 4.3-5). Ester, por fim, disse: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, diz o texto bíblico: Hamã se perturbou perante o rei e a rainha (Et 7.6). Por ordem do rei, Hamã foi enforcado na corda que preparou para assassinar Mardoqueu (Et 7.10); Assuero revogou o decreto de matança aos judeus (Et 8); e Mardoqueu foi promovido a segundo homem depois do rei Assuero (Et 10.3).

 

CONCLUSÃO

Nada se sabe sobre a vida pregressa de Ester, a não ser que era judia, de grande beleza e que fora criada por seu primo Mardoqueu, por ser órfã de pai e mãe.

Deus usou Ester para liderar uma situação difícil e salvar toda uma nação. Sua sensibilidade para discernir os tempos mudou a história de um reino.

O texto bíblico dá-nos ciência de que Assuero expediu um novo decreto, invertendo o anterior, assegurando aos judeus que se assenhorassem de todos os seus inimigos e aborrecedores (Et 9.1). Esse decreto estendeu-se da Índia até a Etiópia, compreendendo as 127 províncias da Pérsia. Os judeus foram livres e, até hoje, comemoram o Purim, sua festa de libertação, com dois dias de comemoração (Et 9.20-23).

   

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Como se chama a festa que os judeus comemoram até hoje pela sua libertação?

R.: Purim.

 

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ESTER

(Seu primo em segundo grau - Mordecai ou Mardoqueu)

 

O Banquete de Assuero e Vasti Destronada

Ester é Coroada Rainha

Um Novo Decreto Livra os Judeus

Os Judeus Triunfam sobre os Inimigos

A Festa do Purim e a Grandeza de Mordecai

 

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O Banquete de Assuero e Vasti Destronada

EBD Programa de educação continuada, 3° Trimestre De 2021, Tema, Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada. Escola Bíblica Dominical

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Orientação Pedagógica

Em Ester 1 há 22 versos Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 1.1-5 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

O livro de Ester é uma história singular e vívida acerca das lutas de um povo em minoria e sua crença, bem como a ação de DEUS nos interesses pessoais e nacionais, mesmo que em nenhum momento o Seu nome tenha sido mencionado nas páginas deste livro. Embora não haja menção explícita da providência de DEUS, ela está implícita e desempenha um papel proeminente, e pode mesmo dar a esse livro a sua razão de ser.

Muito embora tenha sido contestada por alguns, a sua inclusão no cânon bíblico, o livro evidencia claramente o cuidado providencial de DEUS na vida dos judeus exilados. A cultura Persa era dirigida pelo destino, mas o poder absoluto de DEUS agiu até na maneira terrivelmente perigosa em que os planos hoje, es de pelos Pesquisar na captura de tela judeus e lido por ocasião Purim, na providência de DEUS.

Objetivos

Entender o cuidado de DEUS na história dos judeus, mesmo que Seu nome não seja citado nas páginas do livro.

Conhecer sobre o título, autor, data e historicidade do livro. 

Perceber a importância da inclusão desse livro no cânon bíblico, sua autenticidade e valor religioso.

 

PARA COMEÇAR A AULA

Comece expondo que o livro de Ester tem sido um enigma para muitos por causa de suas particularidades. Não há menção ao nome de DEUS, nem referência à adoração ou à fé Nele. Em suma, não há nada “religioso” nele, pelo menos na superfície. No entanto, o fato de não podermos ver explicitamente DEUS trabalhando não quer dizer que Ele não esteja atuando. Enquanto comenta a lição, deixe claro que, em todo o livro de Ester, DEUS está extremamente ocupado como o Diretor invisível da História, organizando todas as coisas para o bem do Seu povo (Rm 8.28).

 

LEITURA ADICIONAL

Os eventos deste livro tiveram lugar, assim nos diz o escritor (1.1), no reinado do rei Assuero (486-465 a.C.) que é mais conhecido pelo seu nome grego, Xerxes. Ele foi filho e sucessor de Dario 1 Hystaspes, no começo de cujo reinado teve lugar a restauração do Templo de Jerusalém (Ag 21-9:Zc 7.1:89). Este foi completado em 516 a.C. O decreto de Ciro havia permitido a volta de cativos da Babilônia para Jerusalém em 539, bem no começo do período persa. Comparativamente poucos judeus haviam se aproveitado da oportunidade de retornar, quer nesta, quer em ocasiões posteriores, e sessenta anos mais tarde grande número de judeus permanecia na metade oriental do império persa, muitos deles em cidades imperiais da própria Pérsia.

Pouco se sabe a respeito deles, a não ser a evidência propiciada pelo livro de Ester, e a breve referência ao reinado de Assuero em Esdras 4.6, que propicia evidência independente da oposição aos interesses judaicos. Porém, a despeito da hostilidade, houve judeus que se elevaram a posições de influência, como havia acontecido com Daniel durante o século anterior na corte de Nabucodonosor (Dn 2.48). Havia algo totalmente adequado a respeito da elevação ao poder de pessoas que honravam o único DEUS verdadeiro, no contexto de uma cultura estrangeira, embora essas pessoas sofressem como consequência da sua lealdade a Ele.

No livro de Ester é introduzido um novo elemento ao tema do sofrimento. Os judeus foram atormentados porque se conservaram para si mesmos, observando as suas próprias leis e costumes (3.8). A partir disto tornou-se fácil acusá-los de desprezar as leis do estado persa, fosse ou não verdadeira essa acusação. Não há razão para se duvidar de que, naquela época como agora, tal atormentação era um fato experimental (cf. Lv 19.33-34).

Livro: Ester: Introdução e comentário (Baldwin, Joyce G. Série Cultura Cristã SP Vida Nova, 2011. p. 14,15). 

 

Texto Áureo

“Então, mostrou as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias; por cento e oitenta dias.” (Et 1.4)

 

Leitura Bíblica para Estudo

Ester 1.1-22

 

Verdade Prática

O livro de Ester fala da providência de DEUS em relação ao Seu povo, mesmo que Seu nome não seja mencionado.

 

INTRODUÇÃO
I- O LIVRO DE ESTER Et.1.1-27
1– Título, autor e data Et 1.1
2– Ausência do nome DEUS Et 4.14
3– Importância do livro Et 9.26
II- BANQUETE DE ASSUERO Et 1.1-9
1- Exatidão histórica Et 1.1
2– A cidade de Susã Et 1.2
3– O esplendor persa Et 1.4
III- VASTI É DESTRONADA Et 1.10-22
1- O rei é desafiado Et 1.12
2– Crise institucional Et 1.18
3– Vasti é destronada Et 1.19
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Ester 1.1 

Terça – Ester 1.2

Quarta – Ester 1.3-4

Quinta – Ester 1.10-12

Sexta – Ester 1.13-18

Sábado – Ester 1.19-22

Hinos da Harpa – 124 – 4

INTRODUÇÃO

O estudo do livro de Ester é relevante dentro do contexto bíblico pelas características especiais que apresenta. Ele recebe o nome de sua heroína e é um dos dois livros na Bíblia que levam o nome de uma mulher, sendo Rute o outro. É também um dos dois que não contém a menção de DEUS, sendo o outro Cantares de Salomão. Ester é um claro exemplo, na Escritura, da doutrina da providência e nos ensina a ver o DEUS invisível revelado no fluir dos acontecimentos pessoais e mundiais.

I. O LIVRO DE ESTER (Et 1.1; 2.7)

1. Título, autor e data (Et 1.1). “Nos dias de Assuero, o Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias.”

Ester significa estrela e era o seu nome persa. Hadassa (murta) era o seu nome judeu. Ester é a figura central, pois tudo gira ao redor de sua ascensão ao trono e sua influência como rainha. O livro de Ester é de autoria desconhecida. Autoridades judaicas, como o historiador Josefo, supõem que o próprio Mordecai (ou Mardoqueu) tenha sido o seu autor ou, pelo menos, tenha sido uma das principais fontes informativas.

É difícil também determinar a data em que o livro de Ester foi escrito. O cenário da história é o século V a.C. no reinado do rei persa Assuero: que em geral é identificado com Xerxes (486-465 a.C.). Os acontecimentos do relato sucederam pelo menos 50 anos depois do decreto de Ciro (583 a.C.; 2Cr 36.22) permitindo aos judeus regressarem à sua terra, e cerca de 25 anos antes de Esdras fazer sua jornada para Jerusalém 

2. Ausência do nome DEUS (Et 4.14) “Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?”

Enquanto o rei da Pérsia é mencionado 190 vezes nos seus 167 versículos, o nome de DEUS não ocorre uma única vez do começo ao fim. A única atividade religiosa mencionada no livro é o jejum. Muitos judeus consideraram essa ausência do nome de DEUS inaceitável, bem como o casamento de Ester com um gentio. No entanto, em vários aspectos, essa dúvida acerca do valor religioso do livro de Ester é superficial, pois, mesmo que DEUS não seja chamado pelo nome, o livro apresenta uma fé profunda na providência divina. A mão de DEUS na história está lá, mesmo que não se encontre a citação do Seu nome. Em Ester 4.14, quando Mordecai afirma que se Ester ficar calada “socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus”, está evidentemente se referindo a DEUS. Além disso, ele sugere que Ester se tornou rainha exatamente para uma ocasião como essa – o que claramente implica o cronograma da providência de DEUS.

3. Importância do livro (Et 9.26) “Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que Ihes havia sucedido.”

A importância do livro de Ester se dá por ter um claro exemplo da doutrina da providência divina. Também por registrar a origem e observância da Festa de Purim, além das importantes informações sobre os costumes, geografia e corte persa. Ester é um dos cinco livros dos Megillôt (rolos), associados às festas dos hebreus. Na celebração anual do Purim, o livro de Ester é lido inteiramente em um rolo especial de pergaminho, chamado de Megillôt Ester.

II. BANQUETE DE ASSUERO (Et 1.1-9)

1. Exatidão histórica (Et 1.1) “Nos dias de Assuero, o Assuero que reinou, desde a Índia até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias.”

Assuero, em grego Xerxes, ou Artaxerxes, é o rei persa mencionado em Esdras 4.6, que reinou de 486 se a 465 a.C. Foi um grande construtor, ele que completou e melhorou os grandes palácios que seu pai, Dario, havia iniciado, e consolidou o império da Índia à Etiópia. Ele reinou sobre 127 províncias de mar a mar.

Embora a historicidade do livro de Ester tenha sido contestada, provas incontestáveis são encontradas, como: descrições de da corte persa e dos costumes daquele período, conjunto de datas precisas e usos de nomes persas correntes na época, assim como a caracterização de Xerxes são absolutamente corretos. A confirmação imparcial da subida de Mordecai ao poder vem de uma  placa cuneiforme encontrada em Borsippa, que identifica Marduque (Mordecai) como um oficial na corte real de Susā no princípio do reinado de Xerxes.

O livro é um testemunho histórico confiável que demonstra um conhecimento preciso e detalhado da vida, da lei e dos costumes persas, As informações arqueológicas sobre a arquitetura do palácio e sobre o reinado de Xerxes estão em harmonia com as descrições do livro.

2. A cidade de Susă (Et 1.2) “Naqueles dias, assentando-se o rei Assuero no trono do seu reino, que está na cidadela de Susă.”

Susã era uma das três capitais mantidas pela Pérsia. As outras eram Babilônia, na Mesopotâmia, e Persépolis, na parte sudeste da Pérsia. Susã era considerada residência real de verão e estava localizada no planalto de Elão, a cerca de 400 quilômetros da Babilônia. Depois da derrota do império babilônico e sua conquista pelos persas, em 539 a.C., a sede do governo dos exilados judeus passou da Babilônia à Pérsia. A capital, Susã, é o palco da história de Ester.

3. O esplendor persa (Et 1.4) “Então, mostrou as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, por cento e oitenta dias.”

Mais do que isso, Assuero sabia como dar uma festa, um evento de seis meses, para seus líderes militares, seus príncipes e nobres, todos os poderosos do reino. O ambiente era ornado com pilares de mármore e cortinas de linho branco e violeta, sofás de ouro e prata – até mesmo pavimentos de mosaico feitos de materiais caros. Até o chão no qual os convidados caminhavam e os assentos nos quais eles se sentavam eram feitos de materiais que outros anfitriões teriam mantido trancadas em segurança como tesouros preciosos. Não havia duas taças de vinho idênticas e o vinho fluía livremente, graças à generosidade do rei.

III. VASTI É DESTRONADA 

1. O rei é desafiado (Et 1.12) “Porém a rainha Vasti recusou vir por intermédio dos eunucos, segundo a palavra do rei: pelo que o rei muito se enfureceu e se inflamou de ira.”

O grande rei, que governava sobre todo o mundo conhecido e gozava de recursos ilimitados, não obstante, era vulnerável. O rei Assuero vinha bebendo por sete dias seguidos e, como era de se esperar, estava “alto”. Ele tinha bebido demais para estar completamente sóbrio. Com um toque característico de exagero, ele enviou nada menos do que sete dos seus eunucos reais para intimar sua rainha, Vasti. Ela deveria comparecer usando sua coroa real para que os nobres e demais pessoas pudessem admirar sua beleza (Et 1.10-11).

A ordem para que sua esposa aparecesse vestida com suas finas roupas reais para o deleite de uma multidão de homens alterados pelo vinho parecia ofensiva. “Porém a rainha Vasti recusou vir por intermédio dos eunucos, segundo a palavra do rei; pelo que o rei muito se enfureceu e se infamou de ira” (Et 1.12). A lei dos persas e dos medos, que não podia ser revogada, podia, porém, ser recusada. A recusa de Vasti era um desprezo flagrante ao rei, que ficou furioso.

2. Crise institucional (Et 1.18) “Hoje mesmo, as princesas da Pérsia e da Média, ao ouvirem o que fez a rainha, dirão o mesmo a todos os príncipes do rei; e haverá daí muito desprezo e indignação.’

O desafio de Vasti a Assuero foi assim uma ameaça à ordem social estabelecida. Desencadeou uma crise institucional, e Assuero recorreu aos conselheiros credenciados do reino. O parecer oficial era que a crise conjugal provocada por Vasti prejudicaria a todos, e que sua atitude contaminaria todas as mulheres da Pérsia e da Média, ao ponto de elas virem a se revoltar contra seus cônjuges. A solução proposta foi um edito emergencial irrevogável para garantir que Vasti não fizesse aquilo que ela já havia decidido não fazer, ou seja, entrar na presença do rei. A sugestão “dê o reino a outra que seja melhor do que ela” abre caminho para Ester ocupar o lugar de Vasti no trono.

3. Vasti é destronada (Et 1.19) “Se bem parecer ao rei, promulgue de sua parte um edito real, e que se inscreva nas leis dos persas e dos medos e não se revogue, que Vasti não entre jamais na presença do rei Assuero; e o rei de o reino dela a outra que seja melhor do que ela.“

A rainha Vasti, de acordo com o costume persa, estava dando uma festa separada para as mulheres: “Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres 10 na casa real do rei Assuero” (Et 1.9). Ela recusou-se a atender as exigências de Assuero. Nenhuma razão foi apresentada para a recusa de Vasti, mas muitas foram sugeridas. O historiador Josefo afirma que pessoas estranhas não podiam ver a beleza de mulheres persas e outros sugerem que, por modéstia, Vasti não se comparece diante de um grupo de homens que tinham bebido mais do que era apropriado. Mas a gravidade da situação aponta para outro caminho.

A recusa de Vasti em obedecer à ordem de Assuero foi vista como um precedente para as mulheres de todo o império. Os conselheiros do rei viram na atitude desrespeitosa de Vasti para com seu monarca, que também era seu marido, uma possível influência negativa sobre a maneira como outras mulheres do reino responderiam a seus maridos, provocando desordem e discórdia nos lares de toda a terra. O rei agiu de acordo com o conselho de seus oficiais. Assuero destronou Vasti e emitiu um decreto sobre sua substituição.

O decreto reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje no Oriente Médio. O marido governa a casa, e somente ele tem o direito de iniciar ou dar o divórcio. Os filhos do matrimônio pertencem ao marido e, quando o divórcio acontece, ele os mantém. Assim, Vasti perdeu sua posição de poder e prestígio como rainha e foi despojada do seu título.

APLICAÇÃO PESSOAL

O livro de Ester mostra de forma incontestável o cuidado providencial de DEUS em relação ao povo escolhido, pois, de acordo com a história de Ester, DEUS protege e preserva o Seu povo.

RESPONDA

1) Qual era a festa comemorada entre os judeus todos os anos, de acordo com o livro de Ester? Purim

2) Qual o nome da cidade que virou palco da história de Ester? Susã

3) Qual o nome da rainha que desafiou o rei Assuero? Vasti

 

 

 

 

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Um Novo Decreto Livra os Judeus

EBD – Pecc, 3° Trimestre De 2021, Tema, Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada, Escola Bíblica Dominical

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Ester 8 há 17 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 8.1-17 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Neste capítulo, o autor trata da maneira como o rei Assuero mudou o quadro que antes estava destinado aos judeus. Podemos dizer que houve uma reviravolta nos planos estabelecidos no edito que fora divulgado em Susã e no império como um todo. Em primeiro lugar, o rei constitui a Mordecai por superintendente da casa de Hamã, cujos bens agora pertenciam à rainha, Ester. Sensível a mais uma petição da rainha, o rei propõe um segundo decreto irrevogável, no qual deter mina que os judeus se congreguem em um exército e se defendam. O poder do DEUS de Israel fica implícito nesse triunfo de Mordecai sobre Hamã, na reversão do edito de Hamã e na reação do povo da terra. O ódio de Hamã resultou na sua própria morte e na conversão de inúmeros persas.

OBJETIVOS

• Compreender a dinâmica que autorizou os judeus a resistirem ante o decreto que não podia ser revogado.

• Esclarecer que o pedido da rainha Ester mudou a condição de seu povo.

• Mostrar a popularidade e triunfo dos judeus sobre os seus inimigos.

PARA COMEÇAR A AULA

Fale sobre os benefícios que DEUS tem concedido ao Seu povo, mormente ao povo de Israel quando se encontrava naquela situação vexatória, no império persa. Em que pese o nome do DEUS de Israel não ser mencionado, Seu cuidado se fazia sentir em todas as situações vivenciadas. Sem saber que sua rainha era judia, o rei atendeu -lhe a intercessão em favor do seu povo e da sua própria vida, buscando solução para o mal que já estava determinado. Que tipo de pedido podemos levar ao Senhor hoje para que beneficie nossa vida, nossa pátria, nossa comunidade?

LEITURA ADICIONAL

Ester pode ser considerada um tipo da Igreja. Ela é em seus ancestrais judeus. Era filha de judeus, mas seus pais haviam morrido. Mesmo assim. a igreja, se considerada historicamente, surgiu de ancestrais judeus. O próprio Salvador era judeu. As Escrituras que prepararam o caminho para a igreja cristã eram judaicas. A primeira comunidade cristã era judaica. Todavia, ao surgir o judaísmo, a igreja carregava consigo o sinal de que seu antecedente judaico já estava morto. A lei foi abolida em CRISTO. A ordem mosaica já passara. Do mesmo modo como os pais de Ester haviam morrido, também não mais existia o antecedente judaico do qual a igreja procedia. Ester é um tipo da igreja em sua beleza feminina. DEUS lhe dera uma beleza que superava a de todas as outras. Assim também DEUS deu à Igreja de CRISTO uma beleza insuperável – a beleza do próprio CRISTO. Nos nos tornamos a “justiça de DEUS em CRISTO. Somos “aceitos no amado Seremos ainda apresentados como a “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante” (Ef 5.27). […]

Ester tipifica a igreja em sua exaltação, Ela se casa com um homem cujo titulo era “rei dos reis”. Embora Assuero, em seu caráter pessoal, estivesse longe de tipificar a CRISTO, mesmo assim, por ser um “rei dos reis”, pode muito bem representar para nós o noivo real, o qual, de fato, é “o Rei dos reis e Senhor dos senhores. [-] Ester tipifica a igreja em sua intercessão. Ela compareceu diante do rei “no terceiro dia”, simbolizando a ressurreição e a intercessão no poder da ressurreição. Era contra a “lei” o fato de Ester se apresentar assim ao rei: daquele modo, a lei a excluía. No entanto, foi aceita com base na graça apenas, pois o rei a viu nos trajes reais que lhe dera (5.1). Nós também somos excluídos pela lei, mas somos plenamente aceitos com base em generosa graça, quando aparecemos nos trajes reais que CRISTO nos deu.

Os judeus foram livrados mediante a intercessão de Ester. Não será através da intercessão dos sacerdotes piedosos da igreja que o livramento chegará para os judeus em sua tribulação final? As taças de ouro cheias de incenso” não são chamadas de “orações dos santos7 (Ap 5.8).

Livro: Examinai as Escrituras: Juízes a Ester. (Bader, J. Sidlow São Paulo: Edições Vida Nova, 1993, p.200). 

Texto Áureo

“Escrevei, pois, aos judeus, como bem vos parecer, em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; por que os decretos feitos em nome do rei e que com o seu anel se selam não se podem revogar.” Et 8.8

Leitura Bíblica Para Estudo

Ester 8.1-17

Verdade Prática

Quando DEUS derruba o perverso e revela amor continuo pelos Seus, devemos nos regozijar.

INTRODUÇÃO
I- ELEVAÇÃO DE MORDECAI Et 8.1-2
1- Confiscados os bens de Hamã Et 8.1
2– Mordecai como primeiro-ministro Et 8.2
3– O significado do anel Et 8.2
II- O NOVO DECRETO Et 8.3-14
1– Outra petição de Ester Et 8.3
2– Ester intercede pelo seu povo Et 8.5
3– Um novo decreto é escrito Et 8.8
III- POPULARIDADE DOS JUDEUS Et 8.15-17
1– Mordecai e honrado Et 8.15
2– Regozijo e alegria dos judeus Et 8.16
3– Triunfo sobre os inimigos Et 8.17
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Ester 8.1-2
Terça – Ester 8.1-2
Quarta – Ester 8.3-4
Quinta – Ester 8.5-7
Sexta – Ester 8.8-14
Sábado – Ester 8.15-17

Hinos da Harpa 212-88

INTRODUÇÃO

Uma vez a justiça tendo sido feita em relação aos planos malignos de Hamã, o rei Assuero toma as rédeas da situação: confisca os bens de Hamã e passa-os para a rainha Ester, designando Mordecai para ser o superintendente e o nomeia também primeiro-ministro. Ester alcança mais um favor do rei, que sugere um novo decreto, que agora os autoriza a se defender. Mordecai foi honrado, os judeus se alegraram e se regozijaram com o novo rumo dos acontecimentos, triunfando sobre os seus inimigos. Isso demonstra que o cuidado providencial de DEUS os acompanhava.

I- ELEVAÇÃO DE MORDECAI (Et 8.1-2)

1. Confiscados os bens de Hama (Et 8.1) “Naquele mesmo dia, deu o rei Assuero à rainha Ester a casa de Hama, inimigo dos judeus; e Morde cai veio perante o rei porque Ester lhe fez saber que era seu parente.”

Os historiadores Heródoto e Josefo afirmam que a propriedade de um traidor passava para o rei. No mesmo dia da execução de Hamă, o rei deu à rainha a casa de Hamă. Isto refere-se à casa de Hamã com todos os bens que ele possuía. Isso está de acordo com a lei persa, segundo a qual o espólio dos traidores ficava sob custódia da coroa. Assuero entregou a propriedade confiscada a Ester, como reparação pela ofensa cometida contra ela e como sinal de boa vontade. Posteriormente, a esposa de Hamã e seus filhos também foram mortos. Ester ficou com todo o pessoal de Hamã, seus escravos e servos, e também seus suboficiais.

2. Mordecai como primeiro-ministro (Et 8.2) “Tirou o rei o seu anel, que tinha tomado de Hamã, e o deu a Mordecai. E Ester pôs a Mordecai por superintendente da casa de Hamă”.

Além de ter sua vida poupada da tentativa de assassinato, Mordecai foi promovido como sucessor de Hama na corte. Mordecai obteve o cargo de primeiro-ministro que fora de Hamă. A tentativa de matar Mordecai serviu apenas para exaltá-lo. Foi investido pelo rei de plena autoridade, o que fica patente por ter recebido o anel real. E essa de inversão tem por objetivo advertir os inimigos do povo de DEUS e encorajar aqueles a quem DEUS pro meteu proteção. Foi a apresentação de Mordecai ao rei, como parente próximo de Ester e como quem salvou a vida do rei ao descobrir o plano secreto para matá-lo, que proporcionou a ocasião da sua investidura como primeiro-ministro do rei, no lugar do traidor Hamã. Ester, de sua par te, precisava de um administrador de propriedades, papel para o qual indicou Mordecai.

3. O significado do anel (8.2) “Tirou o rei o anel que tinha tomado de Hamă, e a deu a Mordecai.”

Mordecai tornou-se alguém dentro daquele grupo seleto, que podia ir ver o rei a qualquer tempo, sem esperar por permissão Tornou-se a primeiro ministro. ocupando o lugar de Hama. Ele recebeu o anel de selar do rei, que era usado para deixar sua marca sobre a argila, e assim, apor a assinatura do rei sobre qualquer decreto ou questão. Era o poder de decretar em nome do rei, logicamente por sua direção. Mordecai tornou-se administrador de muita riqueza, incluindo a casa de Hama, da qual ele era agora o supervisor.

Ester dotou a seu pai de criação e primo o prestigio que cabia a um primeiro ministro. Agora, Mordecai possuía tudo aquilo que antes pertencia ao inimigo dos judeus: suas riquezas, seu título e sua autoridade.

II- O NOVO DECRETO (Et 8.3-14)

1. Outra petição de Ester (Et 8.3) “Falou mais Ester perante o rei e se lhe lançou aos pés com lagrimas. Lhe implorou que revogasse a maldade de Hamã o agagita, e a trama que havia empreendido contra as judeus.”

Apesar da grande vitória obtida por Ester e Mordecai, o problema do decreto de Hamã ainda
precisava ser resolvido. Como fora emitido no nome do rei e com seu selo, ele não podia ser revogado. Portanto, Ester, embora uma grande e poderosa mulher em seus próprios direitos. prostrou-se diante do rei, com muito choro e lágrimas. A intenção da rainha era levar o rei a exercer misericórdia E o rei olhou para aquela triste cena Ester prostrada no chão, chorando e lamentando-se. O que ele poderia fazer? Então, estendeu o cetro de ouro em sua direção, dando a entender que sua presença ali era aceita, e que ele estava pronto para ouvir outro pedido dela.

2. Ester intercede pelo seu povo (Et 8.5) “E lhe disse: Se bem parecer ao rei, se eu achei favor perante ele se esta coisa é reta diante do rei e se nisto lhe agrado, escreva-se que se revoguem os decretos concebidos por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os judeus que há em todas as províncias de rei.”

Assim que o rei estendeu o cetro de ouro para Ester, ela se levantou pôs-se em pé diante dele e lhe disse “Se bem parecer ao rei se eu achei favor perante ele se esta coisa é reta diante do rei e se nisto lhe agrado, escreva-se que se revoguem os decretos concebidos por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, os quais ele escreveu para aniquilar os judeus que há em todas as províncias do rei.

Pois como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu povo? E como poderei ver a destruição da minha parentela?” (Et 8.5-6) Portanto, com a devida deferência, Ester fará seu pedido. Aproveita-se da boa posição que estava desfrutando aos olhos do rei. Pedir que uma lei dos medo-persas fosse revogada era pedir o impassível, de forma que Ester evitou o vocábulo “lei”, e dá ênfase à obra de Hamã. Embora, estritamente falando, as cartas houvessem sido impedidas em nome do rei ele não tinha conhecimento da conspirata.

3. Um novo decreto é escrito (Et 8.8) “Escrevei pois, aos judeus, como bem vos parecer, em nome do rei, selai-o como anel do rei, porque as decretos feitos em nome do rei e que com o seu anel se selam não se podem revogar.”

No império medo-persa, uma escritura real não podia ser altera da, mas uma segunda escritura poderia amenizar as consequências. Sendo assim, o rei instruiu Mordecai e Ester a escrever um segundo edito. Este teria o mesmo peso do anterior, mas poderia reverter os seus resultados. Embora fosse impossível o rei recuar de qualquer palavra que havia sido expedida em seu nome, uma compensação podia ser conseguida por um edito posterior, semelhantemente autenticado. Ele tinha suas formas e melos de fazer valer a sua vontade.

O primeiro decreto determinava o total aniquilamento dos judeus; e o segundo visava o bem estar deles. Ambos tinham o selo. do rei, sua expressa autoridade, autenticada pelo seu anel. O edito foi emitido em nome do rei e sob sua autorização, Foi também sela do o decreto com o anel real, que tinha o peso legal de uma assinatura. Ninguém poderia reverter o decreto que o rei havia determinado, porque ele era soberano. O primeiro decreto não fora anula do, simplesmente porque nenhum decreto real podia sê-lo. Podia ser tornado obsoleto por um novo decreto, equivalente à anulação, mas não a anulação estrita e expressa Mordecai assumiu a responsabilidade de redigir o edito que os secretários do rei precisavam copiar e traduzir nas muitas línguas do império.

Desta vez, o hebraico foi acrescentado nas cópias enviadas para os judeus em todas as províncias. O novo decreto foi baixado em sivã, o terceiro mês (ref. junho-julho), no ano de 474 1 a.C. pouco mais de dois meses após o primeiro decreto. “Os correios, montados em ginetes que se usavam no serviço do rei, saíram incontinenti, impelidos pela ordem do rei; e o edito foi publicado na cidadela de Susã.” (Et 8.14).

III- POPULARIDADE DOS JUDEUS (Et 8.15-17)

1. Mordecai é honrado (Et 8.15) “Então, Mordecai saiu da presença do rei com veste real azul-celeste e brancos, como também com grande coroa de ouro e manto de linho fino e púrpura; e a cidade de Susã exultou e se alegrou.”

Quando do edito de Hamã houve consternação geral e tristeza. Mas, agora, com Mordecai investido de autoridade e vestido a caráter, ao sair para despachar o decreto real, houve alegria em todo o povo (Et 8.15). A cidade de Susã, e não apenas os judeus que ali vi- viam, deram as boas-vindas a Mordecai como primeiro-ministro.

Longe de ficarem ressentidos pela indicação de um membro de uma minoria estrangeira, o povo aclamou e regozijou-se, apoiando plenamente aquela nomeação. As roupas características com as cores reais e a grande coroa de ouro o distinguiam como o segundo em autoridade no reino, passando a ocupar o lugar de honra outrora ocupado por Hamã. A diferença era brutal, pois operou com mais honra e obteve maior sucesso, ganhando popularidade ao mesmo tempo junto a judeus e gentios, pois sua abençoada atuação produzira alegria no lugar de desalento. ]

2. Regozijo e alegria dos judeus (Et 8.16) “Para os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e honra.”

O contraste entre a recepção do novo decreto e o primeiro, do novo decreto e o primeiro, de Hamã, ficou particularmente marcado entre os judeus. As noticias sobre o reposicionamento do edito real espalharam-se como fogo. Homens contendiam pelas cópias do decreto. Todo judeu queria ler as boas-novas para certificar-se de que aquilo era verdade. Agora, aos humildes judeus, eram conferidas honrarias. Em lugar de jejum, choro e lamentos (Et 4.3), houve felicidade, alegria, regozijo e honra.

Os gentios comuns temeram, pois a poder de matar tinha sido posto nas mãos dos judeus. Em toda parte, os judeus celebravam com grandes festividades. “Para os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e honra” (Et 8.16).

3. Triunfo sobre os inimigos (Et 8.17) “Também em toda província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e regozijo. banquetes e festas e muitos dos povos da terra, se fizeram judeus porque o temor dos judeus tinha caldo sobre eles.”

As províncias se regozijaram quando o edito chegou a elas. A decretação de um feriado implica em que os empregadores gentios receberam as noticias com simpática compreensão, e se manifestaram dispostos a permitir que os judeus tivessem tempo para celebrar: O fato de um judeu estar dirigindo os negócios da capital pode ter alguma relação com o respeito dos judeus que sobreveio ao império. Mordecai havia provado a sua habilidade para mudar o que, pelo menos em teoria, não podia ser muda- do; e o povo ficou impressionado tanto quanto apreensivo concernente ao futuro. Sentindo, com razão, que no futuro seria vantajoso ser judeu, muitos se fizeram judeus. Naturalmente, isso significa que eles tiveram de ser circuncidados. A fé judaica foi abraçada por muitos.

APLICAÇÃO PESSOAL

As surpresas para a rainha Ester, Mordecai e o povo judeu foram alvissareiras. Eles estavam na iminência de uma total destruição; agora podiam se preparar para defenderem a sua vida. Quando DEUS derruba o perverso e revela amor continuo pelos Seus, devemos nos regozijar.

RESPONDA

1) Qual foi a primeira medida tomada pelo Rei Assuero após a morte de Hamã? Tirou o anel de Hamã e deu a Mordecai.

2) Diferente de primeiro decreto que determinava a aniquilação dos judeus, qual o teor do segundo ? O bem estar dos judeus.

3) Que posição recebeu Mordecai dentro do falácia do rei Assuero? Primeiro ministro

 

 

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Os Judeus Triunfam sobre os Inimigos

 

EBD – Pecc, 3° Trimestre De 2021, Tema, Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada, Escola Bíblica Dominical

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Ester 9 há 32 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes, Ester 9.1-19 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Enfim, chegou o dia em que os judeus seriam exterminados por determinação do decreto de Hamă, tendo sido aquele dia escolhido através do lançamento de sortes. No entanto, depois que a rainha Ester intercedeu junto ao rei, alcançou favor e graça do soberano, que até então sequer tinha conhecimento de que o cumprimento do decreto afetaria a sua própria casa O rei desconhecia que sua rainha fazia parte do grupo condenado à morte.

E DEUS agiu “nos bastidores”, fazendo com que tudo acontecesse no momento oportuno. O rei ficou tão impressionado com a traição de Hama que mandou executá-lo sumariamente. Porém, a situação dos judeus não estava resolvida ainda, até que o próprio rei sugeriu, em resposta à intercessão de Ester, que um novo decreto fosse baixado dando aos judeus o direito de se defender. Eles poderiam matar quem pretendiam mata-los.

OBJETIVOS

Esclarecer que os judeus agiram em legítima defesa, destruindo os seus inimigos.
Compreender que Ester agiu visando a preservação do seu povo
Entender a importância do livra mento comemorado pelos judeus.

PARA COMEÇAR A AULA

Fale sobre a situação das pessoas condenadas à morte que recebem indulto no último momento. Impossível imaginar a reação desses condenados que são libertos no instante em que perderam toda a esperança de salvação da circunstância na qual estão envolvidos. Mas a providência de DEUS é infalível e Ele tem os recursos para cada situação, em cada época. Os judeus estavam perplexos com o que lhes reservara o decreto do rei, mas a mão invisível do Todo-Poderoso teceu os fios de forma que a tristeza e luto se transformas sem em alegria e comemoração.

LEITURA ADICIONAL

O livro de Ester é, como temos visto, construído ao redor de uma grande reviravolta de destinos. Se Ester é uma tragédia ou uma comédia de pende da perspectiva de cada um. Para Hama e seus aliados é uma grande tragédia, já que todos os seus esquemas para triunfar sobre os odiados judeus dão em nada. Para Ester, Mordecai e a comunidade do povo de DEUS, contudo, é uma comédia em todos os aspectos, com a transformação do desastre iminente numa situação na qual cada pessoa pode viver feliz para sempre e rir dos antigos temores.

O tema da reviravolta se torna explicito já no primeiro versículo de Ester 9: “No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam” (Et 9.1). Finalmente, chegou o dia decisivo para a comunidade judaica no império persa no décimo terceiro dia de adar. Os editos conflitantes de Hamã e de Mordecai, contra e a favor do povo de DEUS, entraram em vigor, levantando a questão sobre qual edito sairia vitorioso.

O escritor não mantém o suspense por muito tempo. Pelo contrário, ele nos diz desde o início como o dia terminou: a situação foi invertida Aqueles que tinham esperança de dominar e destruir os judeus foram eles mesmos destruídos. O suspense foi deliberadamente eliminado para que o escritor pudesse enfatizar o ponto principal do capitulo: ocorreu uma reviravolta no destino do povo de DEUS. O fim da história mostra aqueles que estavam impotentes, os judeus, tendo o total controle, dominando seus inimigos no mesmo dia em que esses haviam alimentado a esperança de dominá-los.

Livro de Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid, lain M. São Paulo Editora Cultura Crista. 2016, p.115,118). 

Texto Áureo

“Reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze do mês de adar, e mataram, em Susā, a trezentos homens; porém no despojo não tocaram.” Et 9.15

Leitura Bíblica Para Estudo

Ester 9.1-19

Verdade Prática

DEUS estava com Seu povo livrando-o e protegendo-o, mesmo quando os poderes terrenos estavam operando para matá-los e destruí-los.

INTRODUÇÃO
1- INIMIGOS MORTOS Et 9.1-10
1- Legitima defesa Et 9.1
2– Popularidade de Mordecai Et 9.4
3– Luta pela vida e não por riqueza Et 9.10
II- MORTES EM SUSÃ Et 9.11-15
1- O rei recebe o relatório Et.9.12
2– Mortos os filhos de Hama Et 9.13
3– Ester renova sua petição Et 9.13
III- CELEBRAÇÃO DO LIVRAMENTO Et 9.16-21
1- O sossego após a luta Et 9.16
2– Dois dias de celebração Et 9.17
3– Celebração até hoje Et 9.21
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Ester 9.1-3
Terça – Ester 9.4-9
Quarta – Ester 9.10
Quinta – Ester 9.11-15
Sexta – Ester 9.16-20
Sábado – Ester 9.21

Hinos da Harpa 305-225

INTRODUÇÃO

Finalmente chegou o grande dia da vingança, no décimo terceiro dia do décimo segundo mês de 473 a.C. O segundo decreto havia neutraliza do os efeitos do primeiro, publicado por influência de Hamă, que assinalara aquele mesmo dia para o genocídio e para o saque da comunidade judaica. Portanto, estava em operação a providência de DEUS, sendo esse o tema central do livro de Ester.

I- INIMIGOS MORTOS (Et 9.1-10)

1. Legítima defesa (Et 9.1) “No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam”

Os judeus agiram em legitima defesa contra os que tentaram se aproveitar do primeiro edito promulgado por Hamã, mas não confiscaram as propriedades de seus adversários. Uma das chaves da história é que as “coisas podem virar ao contrário”. O que os inimigos queriam fazer contra os judeus, foi feito contra eles mesmos. A alegria que deveria vir a seus inimigos foi dada aos judeus. DEUS jamais é mencionado no livro, mas Sua providência está em vista. E, em vez de precisar suportar a mortandade sem qualquer meio de defesa, a nova legislação permitia que os judeus lutassem contra os que os atacassem e os matassem. O fato de ter acontecido esta surpreendente mudança nas circunstâncias inspirava temor.

2. Popularidade de Mordecai (Et 9.4) “Porque Mordecai era grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias; pois ele se ia tornando mais e mais poderoso.”

Além do medo dos judeus, havia também o temor de Mordecai entre os líderes, que fez com que estes ajudassem o povo judeu. Podem ter feito isso para se proteger politicamente, em vista do poder e da popularidade que Mordecai possuía. É interessante observar que quase tão misteriosa quanto o temor dos judeus, foi a popularidade do novo primeiro-ministro. Por que será que ele fora guindado tão rapidamente na uma posição tão poderosa na política se mundial? E por que será que o povo estava preparado para confiar nele como líder? Uma influência sobrenatural parece estar nas entrelinhas, aumentando as tendências naturais de adoração dos heróis e reforçando o interesse próprio. Mordecai lidou com toda a situação com sabedoria.

3. Luta pela vida e não por riqueza (Et 9.10) “Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada, com matança e destruição; e fizeram dos seus inimigos o que bem quiseram”.

Embora os bens dos inimigos resultantes do saque tivessem sido concedidos aos judeus, o autor evidentemente quer ressaltar que eles estavam lutando pela sobrevivência, e não por lucros materiais. Os judeus não eram os agressores, mas estavam se defendendo dos seus inimigos. Portanto, os judeus não estavam atrás de dinheiro. Eles não saquearam as casas e propriedades daqueles a quem mataram, nem mesmo dos dez filhos de Hamã.

Segundo o Targum (paráfrase do Antigo Testamento), os judeus usaram espadas, lanças e cacetes, bem como quaisquer outras armas que pudessem ter em mãos. Os homens encobriam os olhos para não ver os golpes que terminavam com eles. Mulheres lamentavam-se e choravam. Na verdade, era uma vingança cruel. Mas os judeus estavam defendendo o direito à vida e, nesta luta, como eram minoria, não havia alternativa se não fazer aos outros o que estes desejaram fazer com eles.

II- MORTES EM SUSÃ (Et 9.11-15)

1. O rei recebe o relatório (Et 9.12) “Na cidadela de Susã, mataram e destruíram os judeus a quinhentos homens e os dez filhos de Hama; nas mais províncias do rei, que terão eles feito? Qual é, pois, a tua petição? E se te dará. Ou que é que desejas ainda? E se cumprirá”

Um auxiliar levou ao conhecimento do rei o número total dos que foram mortos. É evidente que ele requereu esse ato, com o propósito de apresentar os “resultados” a Ester, cujo favor procurava e cujos desejos ele queria satisfazer: O rei recebeu o relato da matança. Por quaisquer padrões, perder quinhentos homens em um dia era apavorante, e há uma horrível inferência no cálculo feito pelo rei do número total de pessoas mortas no resto das províncias, pois se fizeram isso em Susã, imaginem como deve ter sido no resto das províncias!

2. Mortos os filhos de Hamã (Et 9.13) “Então, disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também façam, amanhã, segundo o edito de hoje e dependurem em forca os cadáveres dos dez filhos de Hamã.”

Além da matança das quinhentas pessoas mencionadas, os dez filhos de Hamã foram mortos, e o autor sacro registra os nomes deles todos, a fim de que possamos perceber quão grande triunfo ocorreu: “como também a Parsandata, a Dalfom, a Aspata, a Porata, a Adalia, a Aridata, a Farmasta, a Arisai, a Aridai e a Vaizatá, que eram os dez filhos de Hamă, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus; porém no despojo não tocaram” (Et 9.7-10). Foram mortos com golpes de espada. O Targum relata que Hamã tinha mais de 200 filhos e, considerando que todos os poderosos da época tinham amplos haréns, isso provavelmente está certo. No entanto, parece viável que os dez filhos seletos de Hamã eram todos filhos de sua esposa Zeres (Et 5.10.14). Fora ela quem encorajara os preparativos para a morte de Mordecai.

3. Ester renova sua petição (Et 9.13) “Então, disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também façam, amanhã, segundo o edito de hoje e dependurem em forca os cadáveres dos dez filhos de Hamã.”

A rainha foi presenteada com outra “carta branca” e não demonstrou nenhum sinal de enfraquecimento em sua busca de adversários locais. Até então as baixas haviam ocorrido na acrópole, na cidadela de Susã, em oposição à cidade, onde devia se encontrar a maioria da população. O pedido de Ester é que outro dia fosse dado em que toda resistência ali fosse anulada, e que os corpos dos dez filhos de Hamă fossem expostos publicamente em forcas, como meio de intimidação, como havia acontecido com os corpos de Saul e seus filhos (1Sm 31.8-12).

O pedido para que os filhos de Hama fossem pendurados em “forca” correspondia a pedir para que os corpos fossem mostrados em público, relembrando que assim Hama havia planejado matar Mor decai. Além do que, a exposição pública do inimigo morto era uma prática comum no antigo Oriente Próximo.

O rei promulgou o decreto. Podemos inferir que permaneciam na cidade tropas encarregadas de executar o edito original. Só organizando os seus homens e armando-os, a resistência poderia ser eficaz. E no dia catorze do mês de adar a última ação defensiva foi levada a efeito, e foi assegurada a libertação judaica do edito de Hamã. “Reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze do mês de adar, e mataram, em Susã, a trezentos homens; porém no despojo não tocaram” (Et 9.15). Assim, Susã foi expurgada de todos os inimigos dos judeus.

III- CELEBRAÇÃO DO LIVRAMENTO (Et 9.16-21)

1. O sossego após a luta (Et 9.16) “Também os demais judeus que se achavam nas províncias do rei se reuniram, e se dispuseram para de fender a vida, e tiveram sossego dos seus inimigos; e mataram a setenta e cinco mil dos que os odiavam; porém no despojo não tocaram.”

O livro de Ester não tem a pretensão de ser um tratado ético, em vez disso, ele sublinha a perseguição experimentada pelos judeus em meio a nações pagas e nos lembra que DEUS permanece comprometido em preservar seu povo. Lutando por suas vidas, os judeus tiveram sossego dos seus inimigos matando um total de 75.800 oponentes que certamente os teriam eliminado. Mais uma vez, qualquer tentativa de obter vantagens materiais com base nesse incidente foi frustrada.

Apesar das criticas, os judeus mostraram-se moralmente corretos. O decreto original de Hamă de terminava extermínio de homens, mulheres e crianças e permitia a pilhagem. As forças defensivas dos judeus mataram somente homens e não efetuaram a pilhagem. Aqueles mortos eram inimigos conhecidos.

2. Dois dias de celebração (Et 9.17) “Sucedeu isto no dia treze do mês de adar, no dia catorze, descansaram e o fizeram dia de banquetes e de alegria.”

É bem possível que o decreto de Hamã tivesse incendiado a hostilidade contra os judeus. Muitos dos inimigos dos judeus provavelmente tiveram a esperança de destrui-los e saqueá-los, mas foram completamente derrotados. Estes versículos fazem um resumo dos dias de livramento dos judeus. Em Susã, eles tiveram dois dias de lutas e depois descansaram e comemoraram no décimo quinto dia do mês de adar (correspondente ao nosso período de fevereiro a março). Os judeus do restante das províncias persas lutaram por um dia e jejuaram no décimo quarto dia do mês. “Os judeus, porém, que se achavam em Susã se ajuntaram nos dias treze e catorze do mesmo; e descansaram no dia quinze e o fizeram dia de banquetes e de alegria” (Et 9.18).

A liberação motivou regozijo, daí a instituição de um feriado no décimo quarto dia do mês de adar celebrado com banquetes, um dos temas constantes do livro, Não há via festividades durante os últimos cinco meses do calendário hebraico (outubro a março). No meio do último mês do ano seria bem-vinda uma razão para se regozijar, depois do inverno. O jejum e a lamentação eram reservados para outros dias.

3. Celebração até hoje (Et 9.21) “ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo todos os anos.”

Aqui o relato da instituição da festa em questão indica a diferença da sua comemoração entre a data da festa em Susã e a observada nos outros lugares. A razão para a diferença foi atribuída pelo pedido ulterior de Ester ao rei (Et 9.13). Consequentemente, Susã precisava observar o décimo quinto dia de adar como feria do, enquanto em todos os outros lugares se observava o décimo. quarto. Da mesma forma que em festividades comunitárias, havia. uma troca de presentes, porções dos banquetes. Um compartilha mento generoso expressava alegria e, ao mesmo tempo, a aumentava, em assegurar que ninguém ficava dela excluída por causa de pobreza.

A narrativa subentende a solidariedade das comunidades judaicas; embora estivessem es palhadas por todo o império, elas conservaram a sua identidade e se regozijaram juntas em sua experiência comum de libertação. Desta forma, uma conspiração que pretendia destrui-las resultou em uma festa que ajudou a uni-las e a mantê-las como um único povo. Além disso, deu origem a uma das maiores festas judaicas: o dia do Purim, celebrado obrigatória e efusivamente todos os anos. até aos dias de hoje.

APLICAÇÃO PESSOAL

DEUS estava com seu povo livrando-o e protegendo-o, mesmo quando poderes terrenos estavam operando para os matar e destruir.

RESPONDA

1) Qual o motivo real de luta dos judeus contra os seus inimigos? A sua sobrevivência

2) Qual o resultado de número de mortos pela mão dos judeus? Setenta e cinco mil e oitocentos mortos

3) Por quantos dias os judeus comemoraram a vitória sobre seus inimigos? Foram dois dias de Comemoração

 

 

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A Festa do Purim e a Grandeza de Mordecai

 

EBD – Pecc, 3° Trimestre De 2021, Tema: Rute e Ester – A fé e a Coragem Da Mulheres – Programa de Educação Cristã Continuada, Escola Bíblica Dominical

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Ester 9 e 10 há 32 e 3 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes Ester 9.20-32 e 10.1-3 (5a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da bíblia.

Neste trimestre, a vida e atuação das heroínas Rute e Ester foram estudadas e pudemos extrair preciosas lições. Elas exerceram um papel relevante na nação de Israel e são as únicas mulheres que nomeiam livros da Bíblia. Uma gentia que se agrega ao povo da promessa e uma exilada que coloca sua vida em risco para evitar a extinção de sua raça, vítima de um ardil que a condenara à destruição.

A alegria, a restauração e a comemoração pelo livramento foi tema de mais uma celebração acrescentada ao calendário judaico, a Festa de Purim. Até hoje, a celebração faz o povo judeu relembrar que DEUS é maior do que as leis da casualidade e que Ele pode intervir decisivamente na História, mesmo que permaneça oculto de todos, menos daqueles que podem enxergar com os olhos da fé.

OBJETIVOS

Aprender sobre a origem e propósito da Festa do Purim.
Mostrar como os judeus exila dos finalmente puderam celebrar a vitória providenciada por DEUS.
Explicitar a maneira como DEUS age na vida dos que se dedicam a fazer conhecido e notório o Seu nome.

PARA COMEÇAR A AULA

Para iniciar a aula você pode fazer uma retrospectiva rápida da história de Ester e de como a ação. de DEUS foi eficaz, pois Ele tem um compromisso com a nação de Israel, de onde procederia o Redentor. Por tanto, nenhuma arma preparada pelo maligno seria suficiente para frustrar os planos de DEUS em relação ao propósito divino de trazer o Redentor. E finalizar agradecendo a DEUS pela maneira como conduziu os eventos na história desse povo, que esteve à beira da destruição total pelo orgulho e soberba de um homem ímpio e mau.

LEITURA ADICIONAL

Visto à luz do cenário de festas do Antigo Testamento, os aspectos horizontais da Festa de Purim são impressionantes. Ela foi estabelecida como uma ordenança pelos editos de Ester e Mordecai, não por DEUS (Et 9.20-22,29-32).

Na Festa de Purim, os judeus, tanto de longe quanto de perto, deve riam reunir-se para festejar, regozijar-se, dar presentes uns aos outros e fazer doações aos pobres. Essa celebração deveria se repetir para sempre, como as leis dos persas e dos medos, que não podiam ser revogadas. Do que as pessoas deveriam se lembrar era da trama de Hamã e da intervenção do rei para livrá-las (Et 9.23-28).

Em nenhuma parte dessas instruções encontramos qualquer menção clara do povo de DEUS se reunindo para louvar a DEUS pelo seu livramento e lembrar aos seus filhos dessa demonstração da fidelidade de DEUS, algo que era central numa festa como a Páscoa. Parece que é como se para eles fosse possível obedecer o edito de Mordecai e Ester sem pensar em DEUS pelo menos uma vez durante todo o dia. […] a essência do Purim, conforme está registrado na Bíblia estava precisamente correta. Tratava-se de um memorial do tempo em que os judeus tiveram descanso de todos os seus inimigos, quando a tristeza deles foi transformada em alegria e o lamento deles em celebração. […] Como seria possível alguém se lembrar da transformação das trevas em luz e da obtenção de descanso dos inimigos sem pensar em DEUS? Como alguém poderia celebrar o Purim sem ver o que DEUS havia feito?

Os desvalidos que são erguidos do pó e os necessita dos que são tirados do monturo para se assentar junto aos príncipes não deveriam precisar ser incitados a louvar o Senhor (SI 113.5-9). A Festa de Purim, quando corretamente compreendida, é mais do que apenas um lembrete para o povo de DEUS da habilidade passada Dele para intervir decisivamente, mesmo permanecendo escondido de todos, menos dos olhos da fé.

Livro: Estudos Bíblicos expositivos em Ester e Rute. (Duguid, lain M. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2016, p. 120,121,124) 

Texto Áureo

“Por isso, aqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam e do que lhes havia sucedido,” Et 9.26.

Verdade Prática

É justo celebrar com entusiasmo os livramentos proporcionados por DEUS, por meio de Sua providência constante.

INTRODUÇÃO
1- ORIGEM DA FESTA DO PURIM Et 9.20-28
1- Origem da Festa do Purim Et 9.21
2– A festa como instituição oficial. Et 9.23
3– O significado do nome Purim Et 9.26
II- FESTA DO PURIM ATÉ HOJE Et 9.29-32
1- Ester ratifica a celebração Et 9.29
2– Divulgação da festa de Purim Et 9.30
3– Detalhes da Festa do Purim Et 9.32
III- A GRANDEZA DE MORDECAI Et 10.1-3
1- Tributo sobre a terra Et 10.1
2– Arquivos reais Et 10.2
3– A ascensão de Mordecai Et 10.3
APLICAÇÃO PESSOAL

Devocional Diário

Segunda – Ester 9.20-25
Terça – Ester 9.26-28
Quarta – Ester 9.29
Quinta – Ester 9.30-32
Sexta – Ester 10.1-2
Sábado – Ester 10.3

Hinos da Harpa 216-525

INTRODUÇÃO

Nesta última lição, estudaremos sobre a instituição da festa de Purim, autorização para que esta celebração fizesse parte dos festivais judaicos; a vida do povo judeu restaurada e a promoção e engrandecimento de Mordecai.

I- ORIGEM DA FESTA DO PURIM (Et 9.20-28)

1. Origem da Festa do Purim (Et 9.21) “Ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos”

Uma vez que a própria continuidade do povo escolhido estivera em jogo, o seu milagroso resgate não podia deixar de ser comemorado. Mordecai escreveu e enviou cartas falando sobre os acontecimentos que concerniam a todo o povo judeu, incorporando os aspectos importantes em escritos que apresentavam as diretrizes para o futuro. O sistema postal real tornava as comunicações relativamente fáceis e abrangentes, alcançando todos os judeus- os de perto e os de longas distâncias de até 3.000 quilômetros. Assim, a carta de Mordecai estabeleceu a festa de Purim, que não fora estabelecida pela lei mosaica, mas ordenada por Mordecai (Et 9.20-28).

2. A festa como instituição oficial (Et 9.23) “Assim, os judeus aceitaram como costume o que, naquele tempo, haviam feito pela primeira vez, segundo Mordecai lhes prescrevera”

Era preciso estabelecer a data da festa, e Mordecai decretou que tanto o dia catorze quanto o dia quinze de adar deviam ser observados anualmente. Seria isto para lembrar às futuras gerações a maravilhosa libertação da extinção: a tristeza se transformara em alegria, e a lamentação, em celebração.

Os judeus temiam inovações que talvez fossem tidas como contradições com a lei de Moisés. Mas a autoridade de Mordecai era suficiente para fazer a festa de Purim entrar no calendário judaico das festas nacionais. Há uma forte ênfase para que judeus em todos os lugares comemorem esses dias. A comunidade judaica em geral sempre celebrou com entusiasmo essa festa, pois, os inimigos dos judeus tinham sido destruídos pelo poder de DEUS, por meio de Sua providência constante. Os homens eram convocados a relembrar esses fatos. Os judeus cumpriram as ordens recebidas, e assim têm feito através dos séculos. A festa foi e continua sendo celebrada anualmente.

3. O significado do nome Purim (Et 9.26) “Por isso àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Dai, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhe havia sucedido.”

A festa chamou-se Purim. para relembrar que Hama usou a prática de Pur, isto é, lançar sorte, para determinar o dia da destruição dos judeus. A palavra pur é originária da Babilônia e significa sorte ou destino. Lançar a sorte, algo semelhante a lançar dados, era uma forma comum de fazer uma escolha aleatória (Ne 11.1) ou de discernir a vontade divina (Jn 1.7).

Acreditando que seus deuses controlavam o resultado do pur, Hama lançou a sorte para deter minar o dia certo para destruir os judeus (Et 3.7). Lançando a sorte, Hamã, sem querer, escolheu o dia do livramento dos judeus, até hoje celebrado como o festival de Purim (Et 9.28). Mordecai estabeleceu a festa com dois dias de duração, para comemorar o livramento de DEUS em favor do Seu povo, salvando-o da conspiração maligna de Hamă para exterminar os judeus.

II- FESTA DO PURIM ATÉ HOJE (Et 9.29-32)

1. Ester ratifica a celebração (Et 9.29) “Então, a rainha Ester, filha de Abiail, e o judeu Mordecai escreveram, com toda a autoridade, segunda vez, para confirmar a carta de Purim.”

Mesmo sendo respeitado no império, Mordecai ainda teve o respaldo da rainha, que também escreveu uma carta para estimular a observância da festa. Ester escreveu na tentativa de persuadir, e não de ordenar ou coagir o seu povo, a celebrar o Purim. Ela acrescentou sua autoridade e autenticou a festa, adicionando. algo à sua natureza obrigatória. Ela escreveu com toda autoridade, pois, como rainha, contava com o apoio e autoridade do rei, que também encorajou a celebração.

A rainha Ester institucionalizou a comemoração do Purim sob a lei persa. A expressão “e se escreveu no livro” indica que a decisão de Ester determinando a observância de Purim por todo o império foi colocado nos arquivos reais. “Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhes havia sucedido, determinaram os judeus e tomaram sobre si, sobre a sua descendência e sobre todos os que se chegassem a eles que não se deixaria de comemorar estes dois dias segundo o que se escrevera deles e segundo o seu tempo marcado, todos os anos” (Et 9.26,27).

2. Divulgação da festa de Purim (Et 9.30) “Expediram cartas a todos os judeus, às cento e vinte províncias do reino de Assuero, com palavras amigáveis e sinceras”

A festa de Purim promoveu a paz de DEUS e Sua verdade entre o povo judeu. E, pelo fato de a festa poder causar efeitos tão benéficos, Ester e Mordecai se dedicaram a si mesmos e aos seus descendentes não só na observância como também na divulgação da festa utilizando de todos os meios possíveis, de modo que todos a conhecessem e também a celebrassem. A apresentação da rainha Ester nos versículos 29-32 propicia assentimento real à atividade legislativa de Mordecai, em consequência de que essa legislação presumivelmente foi acrescentada a todo o resto das leis dos medos e persas, que não podiam ser contraditadas.

3. Detalhes da Festa do Purim (Et 9.32) “E o mandado de Ester estabeleceu estas particularidades de Purim; e se escreveu no livro.”

Como a Páscoa, a festa de Purim celebra o livramento divino. Salvos do governo do faraó e da escravidão no Egito e livres da destruição planejada por Hamã, os judeus comemoraram uma libertação que só DEUS poderia ter orquestrado. Toda a história do feriado do Purim está no livro de Ester.

O primeiro dia da festa. O livro inteiro de Ester é lido em voz alta, e a cada vez que o nome de Hama é mencionado, as crianças do grupo respondem ao nome de Hamã com chocalhos e guizos, os presentes batem com os pés no chão a fim de abafar o som do nome de Hamã e dizem: “Que o seu nome seja apagado”.

No segundo dia da festa, a alegria e a comemoração se manifestam. Comida, música, peças de teatro e brincadeiras, canções especiais e recitais acrescentam à disposição festiva. As pessoas se presenteiam e fazem questão de dar presentes e alimento aos pobres, por ter sido esse um desejo especial de Mordecai (Et 9.22).

III- A GRANDEZA DE MORDECAI (Et 10.1-3)

1. Tributo sobre a terra (Et 10.1) “Depois disto, o rei Assuero impôs tributo sobre a terra e sobre as terras do mar”.

É inquestionável o poder do rei Assuero, e o seu império precisava de um hábil administrador. É tanto que o rei impôs tributo sobre as terras. Tributo aqui pode referir-se tanto a impostos como a trabalhos que o rei impôs sobre todo o seu território.

Sobre a terra e sobre as terras do mar dá a entender que o rei era possuidor de todo esse território, sendo o litoral o do Mediterrâneo oriental de maneira genérica, com suas muitas ilhas. E o homem certo para o trabalho era Mordecai, assim como o foi José no Egito (Gn 41.41-46). Ele foi promovido à posição de primeiro-ministro e muitos detalhes do governo The foram delegados. Ele foi um grande patriota judeu, também foi capaz de ministrar habilidosamente uma potência estrangeira. Mordecai foi um homem qualificado o bastante para preencher ambas as posições e funções.

2. Arquivos reais (Et 10.2) “Quanto aos mais atos do seu poder e do seu valor e ao relatório completo da grandeza de Morde- cai, a quem o rei exaltou, porventura, não estão escritos no Livro da História dos Reis da Média e da Pérsia?”.

O período histórico de Mordecai e Ester foi devidamente resguardado na história mundial, conforme o livro nos diz. A orientação de DEUS estava por trás da elevação de Mordecai, no império medo-persa, por parte de Assuero. A referência citada é uma espécie de registro diário dos acontecimentos da corte. O livro da história dos reis da Média e da Pérsia certamente oferecem maiores detalhes sobre a vida do rei Assuero, da rainha Ester e do seu primeiro ministro Mordecai, cujos feitos foram registrados em crônicas oficiais do império.

3. A ascensão de Mordecai (Et 10.3) “Pois o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e estimado pela multidão de seus ir mãos, tendo procurado o bem-estar do seu povo e trabalhado pela prosperidade de todo o povo da sua raça”

O livro de Ester termina com grandes elogios a Mordecai, cujos feitos foram registrados nas crônicas oficiais do império persa. Mordecai foi o segundo na hierarquia. Ele não desfrutava somente do favor especial do rei, mas era respeitado também por seu povo e honrado por sua administração bem-sucedida. Obteve a aceitação dos grandes do império e era popular com as massas.

Sempre buscou o bem-estar de seu povo, bem como da população do império em geral. E, acima de tudo, falava de paz ao remanescente perseguido dos judeus, trazendo-lhes a luz de um novo dia. Mordecai entrou para a gale- ria de heróis da história israelita como mais um exemplo de vitória concedida por DEUS ao seu povo disperso entre as nações. Quanta falta faz nas autoridades de hoje os predicados e elogios dedica- dos a Mordecai neste último verso do livro de Ester: “Pois o judeu Mordecai foi o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e estimado pela multidão de seus irmãos, tendo procurado o bem-estar do seu povo e trabalhado pela prosperidade de todo o povo da sua raça” (Et 10.3).

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Podemos ver a atuação providencial e maravilhosa de DEUS em todas as páginas do livro de Ester. Sendo assim, é justo celebrar com entusiasmo os livramentos proporcionados por DEUS, por meio de Sua providência constante.

 

RESPONDA

1) Qual o propósito da Festa de Purim? Lembrar as futuras gerações a libertação do seu povo.

2) Quem institucionalizou a Festa do Purim? A rainha Ester

3) A que grau de elevação Mordecai passou a exercer diante do povo? Era o segundo depois do rei Assuero.

 

 

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NA ÍNTEGRA

REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 3º TRIMESTRE/2024

Tema: O DEUS Que Governa o Mundo e Cuida da Família: Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração

Comentarista: SILAS QUEIROZ

Comentários Extras – Pr Henrique – EBD NA TV – 99 99152-0454

 

Lição 1, DUAS IMPORTANTES MULHERES NA HISTÓRIA DE UM POVO

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 1

I – RUTE: UMA MULHER IMPORTANTE PARA A LINHAGEM DE DAVI
1. Uma moabita.

2. A família belemita.

3. Matrimônio e maternidade.

II – ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS
1. De Belém para Susã.

2. De órfã a rainha.

3. No campo ou no palácio.

III – MULHERES DE DEUS COMO PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA
1. O protagonismo feminino.

2. Cumprindo os papéis.

3. Educação familiar.

 

 

TEXTO ÁUREO
“Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.” (Rt 4.14)

 

VERDADE PRÁTICA
Conhecidas ou anônimas, muitas mulheres foram fundamentais no plano divino de redenção da humanidade.

 

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 1.5-17; Lc 3.32 Rute: uma ascendente direta de Davi
Terça - Rt 4.13-15 Rute gera um filho de Boaz, seu remidor
Quarta - Et 2.5-7,15 Ester foi criada pelo primo, Mardoqueu
Quinta - Et 2.16,17 Ester se torna rainha: um ato da providência divina
Sexta - Rt 1.11-13 Mulheres sábias compreendem o seu papel no Reino de DEUS
Sábado - Et 2.15-17 Mulheres que se portam de maneira humilde


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Rute 4.13-22; Ester 7.1-7
Rute 4
13 - Assim, tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher; e ele entrou a ela, e o Senhor lhe deu conceição, e ela teve um filho.
14 - Então, as mulheres disseram a Noemi: Bendito seja o Senhor, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome afamado em Israel.
15 - Ele te será recriador da alma e conservará a tua velhice, pois tua nora, que te ama, o teve, e ela te é melhor do que sete filhos.
16 - E Noemi tomou o filho, e o pôs no seu regaço, e foi sua ama.
17 - E as vizinhas lhe deram um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E chamaram o seu nome Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.
18 - Estas são, pois, as gerações de Perez: Perez gerou a Esrom,
19 - e Esrom gerou a Arão, e Arão gerou a Aminadabe,
20 - e Aminadabe gerou a Naassom, e Naassom gerou a Salmom,
21 - e Salmom gerou a Boaz, e Boaz gerou a Obede,
22 - e Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.
Ester 7
1 - Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
2 - disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará.
3 - Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento.
4 - Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
5 - Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?
6 - E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
7 - E o rei, no seu furor, se levantou do banquete do vinho para o jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe era determinado pelo rei.

HINOS SUGERIDOS: 115, 298, 515 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Neste trimestre estudaremos os livros históricos de Rute e Ester. Neles, veremos como DEUS usou duas mulheres na história da salvação. Elas foram muito importantes para preparar todo o contexto necessário para o advento do Senhor JESUS, o nosso Salvador. Apresente o comentarista deste trimestre, pastor Silas Queiroz, membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB. Jornalista, Bacharel em Teologia e Direito, Procurador-Geral do município de Ji-Paraná, RO. Atua como pastor nas congregações de Ji-Paraná, cidade na qual reside.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar o perfil de Rute, a moabita; II) Traçar o perfil de Ester, a judia que ascendeu ao posto de rainha; III) Refletir a respeito da mulher cristã como protagonista no Reino de DEUS.
B) Motivação: Rute e Ester nos apresentam perfis de mulheres de DEUS que podem nos inspirar em nosso relacionamento com DEUS, no compromisso mútuo com o próximo. Não há dúvida de que os exemplos dessas duas grandes mulheres ressoam ainda hoje e influenciam as mulheres do século XXI.
C) Sugestão de Método: Muito se discute a respeito do papel da mulher no mundo atual. A Bíblia revela mulheres fortes, moralmente corajosas e, ao mesmo tempo, dedicadas à sua família e aos negócios da cidade. Essa mulher bíblica que se revela em Rute e Ester, se revela em muitas mulheres hoje que amam a JESUS, sua igreja local e sua família. Por isso, introduza esta lição fazendo a contextualização entre a mulher cristã de hoje com a mulher da Bíblia em Rute e Ester.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: DEUS chama mulheres e as capacita para fazer uma grande obra em seu reino, para serem seu instrumento no século atual, de modo que o seu nome seja glorificado. Que o ESPÍRITO SANTO continue a capacitar mulheres para a sua obra no mundo!
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Quando alguém diz", localizado depois do primeiro tópico, ressalta a pessoa de Rute; 2) O texto "Ester", ao final do segundo tópico, aprofunda a introdução a respeito de Ester.


PALAVRA-CHAVE - MULHERES


COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO

Rute e Ester são os dois livros da Bíblia que levam o nome de mulheres. Registram duas das mais belas, extraordinárias e dramáticas histórias sagradas. A primeira, ocorrida em Moabe e Belém, no período dos juízes, que durou, aproximadamente, de 1375 a 1050 a.C. A segunda, na Pérsia, depois do cativeiro babilônico, entre 483 e 473 a.C. Rute e Ester viveram em épocas, circunstâncias e contextos muito diferentes, mas expressaram as mesmas virtudes espirituais e morais: fé, convicção, humildade, coragem, obediência, simplicidade, pureza, abnegação, temor a DEUS e disposição de servir. Essas duas mulheres foram fundamentais para a preservação do povo judeu, a descendência piedosa de Abraão. Suas vidas continuam sendo fontes de profunda inspiração para todos que desejam agradar a DEUS e viver para a sua glória (Sl 147.11; 1 Co 10.31; Hb 11.6).



I – RUTE: UMA MULHER IMPORTANTE PARA A LINHAGEM DE DAVI

1. Uma moabita

Descendentes de Moabe, filho da relação incestuosa de Ló, o sobrinho de Abraão, com sua filha mais velha (Gn 19.30-37), os moabitas eram um povo pagão, hostil a Israel desde os dias do rei Balaque (Nm 22.1-6; Dt 23.3,4; Jz 11.17). Habitavam a leste do mar Morto (atual Jordânia) e eram dados à idolatria e à imoralidade sexual (Nm 25.1,2; Ap 2.14). Pertencendo a este povo, era de todo improvável que Rute fizesse parte da linhagem de Davi, família da qual viria o Messias, o Salvador do mundo (Gn 49.8-10; Is 11.1,10; Mq 5.2; Ap 5.5). Mas os caminhos de DEUS são mais altos que os nossos; estão muito acima de nossa compreensão (Is 55.8,9; Rm 11.33). Ele é soberano (Jó 42.2). Faz do improvável, provável e do impossível, possível quando cremos nEle, o tememos e obedecemos sem impor-lhe qualquer condição (Gn 18.14-16; Hb 11.8-11).


2. A família belemita

A história de Rute muda a partir de seu ingresso em uma piedosa família de Belém de Judá, que peregrinava nos campos de Moabe por causa da fome que assolava a terra de Israel (Rt 1.1). Eram Elimeleque, sua mulher, Noemi, e os filhos Malom e Quiliom. Depois de algum tempo na terra dos moabitas, Elimeleque morre, ficando Noemi na companhia de seus dois filhos (Rt 1.2,3). Rute se casou com Malom, o mais velho deles (Rt 4.10). Ao final de quase 10 anos, também Malom e seu irmão Quiliom morreram. Viúva e sem filhos, Noemi decide voltar a Belém, motivada pela notícia de que a fome havia cessado em sua terra. Embora pudesse permanecer em Moabe – como decidiu Orfa, viúva de Quiliom –, Rute escolhe ir com sua sogra Noemi, declarando sua fé no DEUS de Israel (Rt 1.4,6,16).


3. Matrimônio e maternidade

Esta síntese biográfica tem seu ápice em Belém, com dois eventos que foram fundamentais para que o propósito de DEUS se cumprisse na vida dessa moabita. Apegada à sua sogra e sempre disposta a obedecê-la e servi-la, Rute alcança o favor do DEUS de Israel, “sob cujas asas te vieste abrigar” (Rt 2.12). O casamento com Boaz, parente de Elimeleque, e o nascimento de seu filho Obede (heb. “servo”) fazem de Rute uma ascendente direta de Davi (de quem foi bisavó) e integrante da genealogia de JESUS (Rt 4.1-22; Mt 1.5-17; Lc 3.32). Honrar o casamento e a geração de filhos traz a bênção de DEUS para muitas gerações (Hb 13.4; Sl 127.3-5).



SINÓPSE I - Rute era uma mulher moabita, de família belemita, que escolheu viver com sua sogra após a morte de seu esposo.



AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“QUANDO ALGUÉM DIZ: ‘Deixe-me contar sobre a minha sogra’, esperamos algum tipo de declaração negativa ou anedota humorística, pois muitas delas têm sido alvo de ridicularização ou comédia. [...]
Não é dito muito sobre Noemi a não ser que amava e cuidava das noras. Obviamente, a vida dela foi um poderoso testemunho para a realidade do Senhor. Rute foi atraída para ela — e para o DEUS dela. Nos meses que se sucederam, o Todo-poderoso levou esta jovem viúva moabita a um homem chamado Boaz, com quem posteriormente se casou. Como resultado, ela se tornou bisavó de Davi e ancestral do Messias. Que profundo impacto teve a vida de Noemi!” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.354.).

II – ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS

1. De Belém para Susã

Cerca de cinco séculos depois de Rute, a Bíblia nos apresenta outra mulher notável, Ester, também usada providencialmente por DEUS para a preservação do povo de Israel. Filha de Abiail, tio de Mardoqueu, Ester era judia. Órfã de pai e mãe, foi criada pelo primo Mardoqueu (Et 2.5-7,15). Seu nome hebraico era Hadassa, que significa “murta”, uma das plantas favoritas do mundo antigo, de folhas perfumadas e flores brancas ou rosadas, usadas para perfumar ambientes e fazer grinaldas para os nobres nos banquetes. Já o nome persa Ester (stara) significa “estrela”. Ester fazia parte da geração de judeus nascidos no cativeiro. Conforme Isaías e Jeremias haviam profetizado, o fim do cativeiro babilônico foi decretado por Ciro, rei da Pérsia, no ano 538 a.C. (Is 44.26,28; 45.1,4,5,13; Jr 29.10-14). No entanto, a maioria dos judeus permaneceu na Babilônia, sob domínio persa.


2. De órfã a rainha

Susã era capital do novo império (Et 1.1,2). Lá viviam Ester e Mardoqueu, dentre milhares de outros judeus. Dotada de rara beleza, Ester integrou o grupo de moças virgens que se candidataram para suceder a rainha Vasti, deposta pelo rei Assuero por sua desobediência, como escreve o historiador judeu Flávio Josefo. Vasti se recusou a comparecer a um banquete oferecido pelo rei nos jardins de seu palácio (Et 1.5-8,10-12,21,22). Em um inequívoco ato da providência divina, Ester se tornou rainha em seu lugar (Et 2.16,17). Cinco anos depois, essa jovem judia, agindo com sabedoria e muita coragem, obteve de Assuero um decreto que livrou da morte o povo judeu de todo o império (Et 8 e 9). Como diz Matthew Henry, “ainda que o nome de DEUS não se encontre [no livro de Ester], o mesmo não se pode dizer de sua mão, guiando minuciosamente os fatos que culminaram na libertação de seu povo”.


3. No campo ou no palácio

Assim como Rute, Ester é um exemplo inspirativo do quanto valem a fidelidade e a confiança em DEUS, seja qual for o contexto em que vivamos. Os princípios divinos são absolutos e imutáveis; suficientes para orientar nossa conduta em qualquer tempo e lugar (Sl 19.7-9; 119.89-91).


SINÓPSE II - Ester é a mulher judia de Belém; era órfã, mas foi para Susã, a capital do império, para se tornar rainha.



AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

“ESTER - A beleza e o caráter de Ester conquistaram o coração de Assuero (ou Xerxes), e assim o rei fez de Ester sua rainha. Mesmo em sua posição tão favorecida, ela arriscou a própria vida, entrando à presença do rei sem ser chamada. Não havia sequer a garantia de que o rei a receberia. Embora fosse a rainha, não estava completamente segura. Mas, com cautela e coragem, Ester decidiu arriscar sua vida, abordando o rei a favor de seu povo.
[...] Neste ínterim, DEUS estava trabalhando ‘nos bastidores’. O Senhor fez com que o rei lesse os registros históricos do reino, à noite, e descobrisse que Mardoqueu certa vez salvou a sua vida. Assuero não perdeu tempo para honrar Mardoqueu por tal ato. Durante o segundo banquete, Ester revelou ao rei a conspiração de Hamã contra os judeus, e este foi sentenciado. [...] O risco que Ester correu confirmou que DEUS era a fonte de sua segurança” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.692).



III – MULHERES DE DEUS COMO PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA

1. O protagonismo feminino

A liderança masculina, instituída por DEUS (Gn 1.26; cf. Ef 5.22,23), não anula o propósito divino com a mulher, nem lhe retira a possibilidade de, em muitas circunstâncias, ser protagonista da história. Isso não implica, todavia, na necessidade de confundir ou inverter os papéis entre homem e mulher. Os exemplos de Rute e Ester são eloquentes neste sentido. Não foi a altivez, mas a humildade, a submissão e a obediência que tornaram, tão relevante, a vida dessas mulheres.


2. Cumprindo os papéis

 Noemi dá testemunho de que Rute cumpriu bem a função de esposa (Rt 1.8). Seu extraordinário relacionamento com a sogra não nos permite outra conclusão. Ambas eram mulheres sábias, que conheciam bem os seus papéis (Rt 1.11-13), o que é fundamental para uma boa convivência em família, inclusive entre nora e sogra (Pv 14.1).


3. Educação familiar

Não foi apenas a beleza de Ester que lhe fez ser escolhida rainha, mas também sua humildade e seu bom comportamento no palácio (Et 2.15-17). Apesar de órfã, Ester havia recebido uma boa educação de Mardoqueu, a quem devotava obediência e profundo respeito (Et 2.10; 4.1-4). É no lar que somos forjados para os grandes desafios da vida (Pv 29.15,17; 30.17).



SINÓPSE III- A Bíblia apresenta mulheres como protagonistas da história, cumprindo devidamente o papel estabelecido por DEUS.



CONCLUSÃO
DEUS continua usando mulheres para cumprir seus propósitos. Algumas se tornam conhecidas e tem seus nomes registrados na história, como Rute e Ester. Outras, como a mulher de Noé, vivem a vida toda no anonimato (Gn 6.10,18; 7.7,13; 8.15,16), mas nem por isso deixam de ser importantes. O que seria do patriarca sem uma companheira fiel ao seu lado enquanto cumpria a missão divina que recebera? No Reino de DEUS, seja homem, seja mulher, o que importa não é o quanto a pessoa aparece, pois o Senhor olha para o coração (1 Sm 16.7; 1 Co 3.12-15).



REVISANDO O CONTEÚDO
1. A quais períodos históricos estão ligados os livros de Rute e Ester?
O Livro de Rute, ocorrida em Moabe e Belém, no período dos juízes, que durou, aproximadamente, de 1375 a 1050 a.C. O Livro de Ester, na Pérsia, depois do cativeiro babilônico, entre 483 e 473 a.C.
2. Quem eram os moabitas?
Os moabitas eram um povo pagão, hostil a Israel desde os dias do rei Balaque (Nm 22.1-6; Dt 23.3,4; Jz 11.17).
3. Que eventos representam o ápice da história de Rute quanto aos propósitos de DEUS em sua vida?
Esta síntese biográfica tem seu ápice em Belém, com dois eventos que foram fundamentais para que o propósito de DEUS se cumprisse na vida dessa moabita: apego a sua sogra e o casamento com Boaz.
4. Como a providência divina se manifesta no livro de Ester?
Em um inequívoco ato da providência divina, Ester se tornou rainha em seu lugar (Et 2.16,17). Cinco anos depois, essa jovem judia, agindo com sabedoria e muita coragem, obteve de Assuero um decreto que livrou da morte o povo judeu de todo o império (Et 8 e 9).
5. Para ser protagonista da história a mulher precisa desempenhar papel masculino?
Não. Os exemplos de Rute e Ester são eloquentes neste sentido. Não foi a altivez, mas a humildade, a submissão e a obediência que fizeram tão relevante a vida dessas mulheres.


VOCABULÁRIO
Incestuoso: Relativo ao incesto; relação sexual entre parentes dentro dos graus em que a lei, a moral ou a religião proíbe e condena.
Ascendente: Diz-se de pessoa de quem se descende.

 

 

 

COMENTARISTA DA CPAD DESTE TRIMESTRE

Pr. Silas Queiroz

Residente na cidade rondoniense de Ji-Paraná, o pastor Silas Rosalino de Quiroz serve a Deus na Assembleia de Deus local. O ministro é o comentarista da revista Lições Bíblicas Adultos da CPAD deste 3º trimestre, que traz o seguinte tema: "O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Família". O pastor é bacharel em Teologia e Direito; pós-graduado em Direito Público, Direito Processual Civil e Docência Universitária; procurador-geral do município de Ji-Paraná; assessor jurídico da Convenção dos Ministros e Igrejas Assembleias de Deus no Estado de Rondônia (CEMADERON); membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB; e autor dos livros "Jesus, o Filho de Deus" e "Maturidade Espiritual do Líder", editados pela CPAD.

 

 

Obras do comentarista publicadas pela CPAD:

·       Sejam Firmes

·       E-Book Sejam Firmes

·       Jesus, o Filho de Deus

·       E-Book Jesus, o Filho de Deus

·       Maturidade Espiritual do Líder

E-Book Maturidade Espiritual do Líder