Escrita Lição 2, Central Gospel, A Natureza do Homem, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO
Palavra introdutória
1. UM SER FORMADO DO PÓ E DO SOPRO
1.1. O valor do corpo na obra divina
1.2. O valor da interioridade diante do Altíssimo
1.3. A tensão entre unidade e distinção
2. DICOTOMIA E TRICOTOMIA: PRINCIPAIS INTERPRETAÇÕES
TEOLÓGICAS
2.1. A perspectiva dicotômica
2.2. A perspectiva tricotômica
2.3. Considerações teológicas
2.3.1. Entre a didática e a compreensão existencial
2.3.2. Unidade existencial e escatológica
3. IMPLICAÇÕES DA COMPREENSÃO DA NATUREZA HUMANA
3.1. Para o corpo: templo do ESPÍRITO
3.2. Para a interioridade: mente renovada e
espírito fortalecido
CONCLUSÃO
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Salmo 139.13-18; Lucas 1.46-48
Salmo 139.13- Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no
ventre de minha mãe. 14- Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão
maravilhoso fui formado;
maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito
bem.
15- Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui
formado e entretecido como nas profundezas da terra.
16- Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro
todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas,
quando nem ainda uma delas havia.
17- E quão preciosos são para mim, ó DEUS, os teus pensamentos!
Quão grande é a soma deles!
18- Se os contasse, seriam em maior número do que a areia; quando
acordo, ainda estou contigo.
Lucas 1.46- Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao
Senhor,
47- e o meu espírito se alegra em DEUS, meu Salvador,
48- porque atentou na humildade de sua serva; pois eis que, desde
agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.
TEXTO ÁUREO
E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso
espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO . 1 Tessalonicenses 5.23
SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2a feira - Atos 17.28 Nele vivemos, nos movemos e existimos
3a feira - Jó 32.8 O espírito do Homem é sopro do
Todo-Poderoso
4a feira - Hebreus 4.12 A Palavra discerne alma e espírito
5a feira - Salmo 103.1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor
6a feira - Eclesiastes 12.7 O corpo volta ao pó; o espírito, a
DEUS
Sábado - 1 Coríntios 6.20 Glorifique a DEUS no corpo e no
espírito
OBJETIVOS
- Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
entender que a Bíblia apresenta o Homem como um ser vivente, consciente e
relacional;
- identificar os principais modelos teológicos relacionados à
constituição da natureza humana, reconhecendo as diferenças entre dicotomia e
tricotomia;
- refletir sobre como essa compreensão impacta a vida espiritual e
o cuidado integral do indivíduo.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS - Caro
professor, esta etapa do estudo complementa e aprofunda os ensinamentos da
lição anterior. Agora, o foco recai sobre a constituição do Homem, abordando
sua dimensão material e imaterial. Apresente com clareza as duas
principais interpretações teológicas dicotomia e tricotomia - respeitando a
diversidade exegética. Aproveite a riqueza do tema para promover uma reflexão
madura sobre o conjunto indivisível da natureza humana e seu valor
essencial. Estimule os alunos a refletirem sobre como essa compreensão
determina a prática cúltica e a ética cristã. Encerre a aula convidando-os a
cuidarem de si e do próximo com reverência, pois todo ser humano carrega em si
a imagem do Criador. Excelente aula!
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – REVISTAS E LIVROS
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Escrita Lição 1, CPAD, O Homem - corpo, alma e espírito, 4Tr25,
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A TRICOTOMIA HUMANA
1. Doutrina e teologia.
2. A tríplice natureza.
3. Físico e espiritual.
II – A DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
1. A alma.
2. O espírito.
III – A INTERAÇÃO DAS TRÊS DIMENSÕES
1. Corpo, afetos e somatização.
2. Equilíbrio e saúde.
CONCLUSÃO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 1.26-28; 2.7,18,21-23
Gênesis 1
26 - E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre
o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.
27 - E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea
os criou.
28 - E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e
enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves
dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
Gênesis 2
7 - E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes
o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
18 - E disse o Senhor DEUS: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma
adjutora que esteja como diante dele.
21 - Então, o Senhor DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu;
e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 - E da costela que o Senhor DEUS tomou do homem formou uma mulher; e
trouxe-a a Adão.
23 - E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne;
esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
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TERRA – 70 % Água
HOMEM – 70 % Água
⁹ Tão somente guarda-te a ti mesmo, e guarda bem a tua alma,
que não te esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e não se
apartem do teu coração todos os dias da tua vida; e as farás saber a teus
filhos, e aos filhos de teus filhos. Deuteronômio 4:9
¹¹ Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas
dentro de mim? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da
minha face, e o meu DEUS. Salmos 42:11
¹⁶ Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu
livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram
formadas, quando nem ainda uma delas havia. Salmos 139:16
¹⁵ Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro
do corpo, e as visões da minha cabeça me perturbaram. Daniel 7:15
¹ Peso da palavra do Senhor sobre Israel: Fala o Senhor, o que estende o céu, e
que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro
dele. Zacarias 12:1
²⁸ E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma;
temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o
corpo. Mateus 10:27,28
⁴⁶ Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, ⁴⁷ E
o meu espírito se alegra em DEUS meu Salvador; Lucas 1:46,47
¹⁴ Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora
bem, mas o meu entendimento fica sem fruto.¹⁵ Que farei, pois? Orarei com
o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com
o espírito, mas também cantarei com o entendimento. 1 Cor 14:14,15
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CORPO, ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
1Ts 5.23 E o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o vosso
espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Hb 4.12 Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante do que
qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de
juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração.
Lc 23.46 JESUS, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o
meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. Creio que JESUS estava entregando
de volta o espírito do homem JESUS, pois o corpo estaria na sepultura e a alma
no Hades daqui a pouco.
Is 53. 9 E deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico na sua
morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua
boca.10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando
ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os
seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.11 Ele verá o fruto
do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu
conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles
levará sobre si.12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os
poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a
morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado
de muitos, e pelos transgressores intercedeu.
· Alguns são a favor da tese da
dicotomia, tese esta que não aprovamos, falamos também sobre os que acreditam
na tricotomia, mas que na verdade na hora da morte querem juntar espírito e
alma como se fossem um só, indo os dois para o inferno; nesse caso também
discordamos, pois acreditamos que JESUS ao dizer "Pai, em tuas mãos
entrego o meu espírito (letra minúscula) estava se referindo aos espírito dado
por DEUS quando ELE nasceu aqui na terra como homem, humano, depois sabemos que
seu corpo foi sepultado e sabemos também que sua alma foi colocada por
expiação, ou seja, foi encontrada no inferno que era nosso lugar; é só ver Is
53. Depois de estudarmos então a Bíblia, certamente saberemos que somos
espírito, possuímos uma alma e moramos em um corpo; se morrermos crentes
sabemos que nosso espírito vai para DEUS que o deu, nossa alma para o paraíso
(até o dia do arrebatamento) e nosso corpo irá ao pó (até o arrebatamento).
· Na minha opnião os
animais não possuem alma como a alma humana, com o livre-arbítrio e o poder
de criar, mas certamente possuem alma, mas não o espírito, pois a Palavra de
DEUS diz: "Sl 150.6 Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao
Senhor!" também: Sl 148.10 feras e todo o gado; répteis e aves voadoras;
11 reis da terra e todos os povos; príncipes e todos os juízes da terra; 12
mancebos e donzelas; velhos e crianças!13 Louvem eles o nome do Senhor, pois só
o seu nome é excelso; a sua glória é acima da terra e do céu. Assim os animais
ao morrerem tudo se acaba para eles, pois quem foi criado à imagem e
semelhança de DEUS é o homem e não outra criatura qualquer, também no
futuro, na Nova Jerusalém não é visto nenhum animal.
· Creio que existe o
primeiro juízo e é feito imediatamente após a morte, ou seja, a separação
para o inferno(descrente) ou para o paraíso(crente) já caracteriza um
juízo. O segundo juízo será para os descrentes que morreram e foram
lançados no inferno e será realizado no Juízo Final, perante o Trono
Branco, para serem lançados no Lago de Fogo e Enxofre junto com Satanás e seus
demônios(Ap 20.14,15). O crente está livre do segundo juízo,
passando apenas pelo tribunal de CRISTO, não para condenação, mas premiação ou
reconhecimento de suas obras para CRISTO.
Hb 9.27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo
depois o juízo,
· Muitas pessoas têm até pregado
que a alma e o espírito são separados, mas na hora que falam da morte querem
juntá-los como se fossem um só. Não existe essa declaração na bíblia de que
alma e espírito formam a parte espiritual do homem, na verdade formam a parte
imaterial, não a espiritual, pois a parte espiritual do homem é o
espírito que clama por DEUS, briga com o corpo e está aqui no homem
para fazê-lo se lembrar de que existe DEUS. A alma tem o poder de
decisão de pecar ou não, o livre arbítrio, os sentimentos como dor,
tristeza, etc...,por isso é lançada no inferno quando está em pecado quando o
corpo morre, já o espírito pode não se interessar por DEUS, mas se
interessar pelas coisas de Satanás. Também é responsável pelo pecado do
homem. Veja que Satanás é espírito e vai ser lançado no lago de fogo e enxofre,
os demônios são espíritos e vão ser lançados no lago de fogo e enxofre, o
anticristo e o falso profeta que serão pessoas humanas, serão
lançados vivos no lago de fogo e enxofre, portanto, com alma e espírito. Todos
eles são espíritos criados por DEUS.
Ec 12.7 e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a
DEUS que o deu. (Salomão estava falando do salvo. Aí sim, o espírito volta para
DEUS).
²⁰ E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os
sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua
imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre.
Apocalipse 19:20
· Fica evidente que na hora do
sexo o casal se torna uma só pessoa conforme Paulo ensina em 1 Co 6.16 Ou não sabeis
que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque, como
foi dito, os dois serão uma só carne*****; porém em questão de alma e
espírito o ser humano é totalmente independente um do outro, com personalidades
diferentes e idéias diferentes. O casal deve procurar viver em ESPÍRITO, ou
seja, de acordo com a vontade de DEUS para terem seus pensamentos e atos o mais
em comum acordo possível, pois este é o plano de DEUS para o casal. A mulher
pensa diferente do homem e o homem pensa diferente da mulher, mas com amor e
compreensão os dois poderão viver uma vida harmoniosa e feliz, desde que DEUS
seja o centro de seu viver.
Gn2.23 Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos,
e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi
tomada.24 Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua
mulher, e serão uma só carne.
· A palavra espírito com letra
minúscula na Bíblia significa espírito dado por DEUS ao homem para que este
tivesse consciência do erro, do pecado e soubesse que existe um DEUS que pode
salvá-lo (até os índios, no meio da floresta amazônica sabem disso ) e ESPÍRITO
com letra maiúscula é o ESPÍRITO SANTO. Qualquer pessoa que clamar por DEUS,
Ele envia alguém para pregar e o mesmo será salvo, como Cornélio.
Rm 1.20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e
divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo
percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
Rm 2.15 pois mostram a obra da lei escrita em seus corações,
testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os,
quer defendendo-os),
· O homem é formado de espírito,
alma e corpo, mas para que o homem pudesse ter o livre-arbítrio e decidir se
queria DEUS ou o mundo (Diabo e seus prazeres carnais), o poder de decisão do
homem foi colocado por DEUS na alma. Assim a alma decide se deixa o espírito se
comunicar com é DEUS ou permanece no pecado que forma uma barreira entre DEUS e
o espírito que está no homem. Quando o homem aceita a JESUS como seu Senhor e
Salvador, então o espírito que está no homem é ligado a DEUS pelo ESPÍRITO
SANTO e então esse homem passa a ter comunhão com DEUS via ESPÍRITO SANTO e
JESUS que está à direita do pai intercedendo.
Hb 4.12 Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante
do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e
espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração.
At 2.38 Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós
seja batizado em nome de JESUS CRISTO, para remissão de vossos pecados; e recebereis
o dom do ESPÍRITO SANTO.
Jo 9.31 sabemos que DEUS não ouve a pecadores; mas, se alguém for
temente a DEUS, e fizer a sua vontade, a esse ele ouve.
Is 59.2 mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós
e o vosso DEUS; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de
modo que não vos ouça.
Rm 8.27 E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção
do ESPÍRITO: que ele, segundo a vontade de DEUS, intercede pelos santos.
Rm 8.34 Quem os condenará? CRISTO JESUS é quem morreu, ou antes
quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de DEUS, e também
intercede por nós;
· É evidente que na tricotomia
quem guia o espírito e o corpo é a alma, portanto, o espírito é impelido ao
erro pelo corpo e pela alma. O espírito peca quando segue o caminho da
espiritualidade que ofende a DEUS, como a idolatria.
2 Co 7.1 Ora, amados, visto que temos tais promessas,
purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito,
aperfeiçoando a santidade no temor de DEUS.
Ez 18.4 4 Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do
pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa
morrerá.
· Quando exércitos inimigos
invadiam Jerusalém tinham como objetivos principais o seguinte:
***1- Derrubar o muro ou parte dele para dar passagem aos exércitos;
***2- Derrubar e queimar o templo ou parte dele para que o DEUS de Israel não
pudesse receber sacrifícios e punir os seus inimigos, além disso pegarem os
utensílios de ouro ali contidos
***3- Entrar no SANTO dos Santos e pegar a arca que representava o próprio DEUS
e era objeto considerado como o próprio DEUS de Israel.
*** Assim também Satanás tenta entrar pelo nosso muro (corpo), atingir nosso
templo (alma) e roubar nossas arca (espírito). O maior desejo de satanás é ser
DEUS ou pelo menos ser à imagem e semelhança de DEUS, assim ele tenta dominar o
espírito humano.
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Resumo Geral de Antropologia - Teológica Bíblica Pentecostal
Capítulo 5 - Teologia Sistemática Pentecostal, CPAD (Antonio Gilberto,
Claudionor de Andrade, Elienai Cabral, Elinaldo Renovato de Lima)
O Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, pois
puseste a tua glória sobre os céus!... Quando vejo dos teus céus, obra dos teus
dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal para que te
lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco menor o
fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste.
As palavras acima foram pronunciadas pelo salmista Davi, extasiado com a
grandeza da criação (SI 8.1,3-5). Da mesma forma, Jó, o patriarca, exclamou:
“Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele o teu coração, e
cada manhã o visites, e cada momento o proves?” (Jó 7.17,18).
Ainda que, no seu tempo, não dispusesse de modernos meios tecnológicos para
contemplar as estrelas e o Universo, Davi se sentia deslumbrado ante a glória
de DEUS, revelada através da sua criação. Ao ver os astros, incluindo o Sol, a
Lua e as estrelas, ele, reconhecendo a pequenez do ser humano ante a majestosa
visão dos horizontes do espaço sideral, fez a pergunta que muitos ainda hoje
fazem: “Que é o homem mortal?”
Que é o homem? Que ser é esse? De onde ele veio? Para onde vai? Essas são
algumas perguntas que inquietam aqueles que se debruçam sobre a realidade à sua
volta. A essas perguntas e, principalmente, à primeira, há muitas respostas.
Os filósofos, em sua maioria absoluta, formada por materialistas, ateístas ou
pretensos agnósticos, respondem que o homem é apenas um “animal que pensa” — ou
fruto da evolução aleatória das espécies. Eles atribuem a existência do ser
humano ao acaso, como se fosse descendente de um animal irracional. Este teria
evoluído de um microrganismo celular que povoava as águas dos mares.
Pascal, a exemplo de Davi, mas com outra visão, indagou: “Que é o homem diante
do infinito”? 1 E ampliou a sua indagação:
Afinal que é o homem dentro da natureza? Nada, em relação ao infinito; tudo; em
relação ao nada; um ponto intermediário entre o tudo e o nada. Infinitamente
incapaz de compreender os extremos, tanto o fim das coisas quanto o seu princípio
permanecem ocultos num segredo impenetrável, e é igualmente impossível ver o
nada de onde saiu e o infinito que o envolvera.
Platão (428 a.C.) afirmava que o homem é “um bípede sem penas”. Mas um outro
filósofo, que gostava de criticá-lo, matou um galo, o depenou e saiu pelas ruas
dizendo: “Eis o homem de Platão”. Francisco de Carvalho, em uma música, diz:
“Que bicho é o homem, de onde ele veio para onde vai? De onde ele veio para
onde vai? Onde é que entra, de onde é que sai?”
Muitos cientistas e filósofos têm a idéia de que o homem pertence ao reino
animal, e isso tem levado inúmeras pessoas a se considerarem parte do mundo
zoológico. Dizem os cientistas: “falando fisicamente, o homem é um animal
especializado. Sua especialização se baseia em três direções principais: I. A
postura ereta. 2. O polegar oposto. 3. O grande desenvolvimento da posição
cerebral pré-frontal”.3
Descartes supervalorizava a consciência, admitindo que ela seria o âmago ou a
essência do ser. Foi ele quem disse: “Penso. Logo, existo”. “Protágoras, de
Abdera, dizia, segundo o testemunho de Platão, que ‘o homem é a medida de todas
as coisas’. Em outras palavras: não existe verdade absoluta, mas tão-somente
opiniões relativas ao homem...”4 Aqui vemos as raízes do humanismo, que, hoje, predomina
na mentalidade pós-moderna. J. Huxley dizia que “o homem é um macaco um pouco
melhorado, e às pressas”.
A ciência moderna é ainda mais presunçosa, arrogante e materialista acerca da
origem e da natureza do homem. Com mais sofisticação do que os antigos
filósofos, os cientistas de hoje são preconceituosos e fechados ao debate
quanto à origem do homem, com total desrespeito à idéia de um ser criado à
imagem e semelhança de DEUS.
Disse Horgan, numa visão reducionista sobre o que é o homem:
Não somos mais que um monte de neurônios. Mas, ao mesmo tempo, a neurociência
até agora provou ser estranhamente insatisfatória. Explicar a mente em termos
de neurônios não esclarece nem beneficia muito mais do que explicar a mente em
termos de quarks e elétrons. Existem muitos reducionismos alternativos. Nada
mais somos que um feixe de genes idiossincráticos. Nada mais somos que um
conjunto de adaptações esculpido pela seleção natural. Nada mais somos do que
um monte de apetrechos de computação dedicados a tarefas diferenciadas. Somos
nada mais que um feixe de neuroses sexuais'
Essa é a visão do materialismo científico. Seus questionamentos e afirmações
absurdas resumem as três perguntas filosóficas, que, ao longo dos séculos, incomodam
e desafiam a compreensão do homem diante da grandeza do Universo: “Quem sou
eu?”, “De onde vim?’'’ e “Para onde vou?” Eles buscam responder à pergunta
sobre o ser humano, sua origem, seu ser e seu destino.
Neste capítulo, desejamos responder aos questionamentos acerca do homem, sua
origem e seu destino, à luz da Palavra de DEUS, introduzindo, para efeito de
reflexão, opiniões externas à Bíblia, a fim de reforçarmos o entendimento dos
que crêem em DEUS e em sua bendita Palavra, que não tem uma ou algumas
respostas. Ela tem a resposta!
A antropologia humana exalta a teoria da evolução das espécies, por meio do
acaso e da chamada “seleção natural”. A Antropologia Bíblica fundamenta-se na
Palavra de DEUS, que afirma categoricamente: “No princípio, criou DEUS os céus
e a terra... E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança” (Gn 1.1,26a). Esse é o ponto de partida, diante do qual o cristão,
que crê na revelação divina, jamais tergiversará diante dos argumentos humanos,
materialistas, contrários à fé em DEUS.
A ORIGEM DO HOMEM
O ser humano, criado à imagem, conforme a semelhança de DEUS, teve uma
origem especial. Se analisarmos o primeiro capítulo do livro de Gênesis, o
livro das origens, observamos que o Criador, ao fazer uso de sua divina
inteligência e do seu poder absoluto, soberano, fez surgir o universo inteiro —
ou seja, a partir do nada (Palavra de DEUS – Hebreus 11.3)
A criação do Universo e da Terra. Em tempos de um passado longínquo, alguém
chegou a acreditar que a Terra era um imenso plano, nas costas de um elefante, que,
por sua vez, firmava-se nas costas de uma tartaruga gigantesca...
Os egípcios criam que o planeta era apoiado sobre cinco colunas. Eram
vislumbres das grandes perguntas: “Como tudo começou?” e “O que é o Universo?”
Mas o Gênesis começa com a expressão: “No princípio, criou DEUS os céus e a
terra” (Gn 11). Essa é a origem do Universo, incluindo o pequeníssimo planeta
Terra.
Para que situemos o homem no plano divino da criação, vale a pena relembrar o
que foi criado, em cada dia:
No dia primeiro, DEUS criou a luz cósmica, fez separação entre a luz e as
trevas, e criou o dia, e a noite (Gn 1.1-5); Ele disse “Haja luz. E houve luz”
(Gn 1.3); foi o sobrenatural fiat lux, que fez acender a primeira energia
luminosa do Universo.
No segundo dia, DEUS fez “uma expansão no meio das águas” — provavelmente
águas em estado gasoso, acima e abaixo da expansão — e criou os céus (Gn
1.6-8).
No terceiro dia, Ele ajuntou “as águas debaixo dos céus num lugar” e fez
aparecer “a porção seca”, chamando-a de Terra; e ao “ajuntamento das águas”,
chamou mares; naquele mesmo dia da criação, o Senhor ordenou que a terra
produzisse “erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto que
esteja nela sobre a terra” (Gn 1.9-13).
No quarto dia, o Senhor criou os luminares para “sinais e para tempos
determinados”; dois grandes luminares, o Sol, para iluminar o dia, e a Lua,
para alumiar a noite; e fez também as estrelas (Gn 1.14-19).
No quinto dia, DEUS determinou que as águas produzissem répteis, e que as aves
voassem no céu; fez também as grandes baleias, a partir das águas (Gn 1.20-23);
No sexto dia, o Criador determinou que a terra produzisse “alma vivente
conforme sua espécie; gado e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua
espécie” (Gn 1.24,25).
Até aqui, resumimos, segundo a Bíblia, a origem do Cosmos, ou do Universo,
incluindo o pequenino planeta Terra, cuja criação foi a partir do nada, o que
corrobora o texto de Hebreus 11.3: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela
palavra de DEUS, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito
do que é aparente”.
De fato, quando olhamos para uma parede, pensamos que ela é perfeitamente
sólida, impenetrável. No entanto, sob a lente de um poderoso microscópio eletrônico,
poder-se-á constatar que ela está cheia de buracos, e mais: que as partículas
não estão em repouso, estáticas, mas em pleno movimento — as moléculas,
formadas de átomos, com seus elétrons e nêutrons, e partículas subatômicas,
estão se movimentando como universos em dimensão micro.
Ao contrário do que dizem os cientistas materialistas, em sua presunção e
vangloria, o mundo e o homem não surgiram por acaso, como lemos em Atos
17.24-26:
O DEUS que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não
habita em templos feitos por mãos de homens. Nem tampouco é servido por mãos de
homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos
a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez toda a geração dos
homens para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já
dantes ordenados e os limites da sua habitação.
Diz, ainda, a Palavra de DEUS, em Salmos 33.6-9:
Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo
espírito da sua boca. E ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos
em tesouros. Tema toda a terra ao Senhor; temam-no todos os moradores do mundo.
Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.
Continuando nossa observação acerca do relato da criação, verificaremos que a
criação do homem foi diferenciada da de todos os outros seres e elementos da
natureza. Ele não foi feito a partir do nada, mas a partir das substâncias já
existentes, como frisamos a seguir, e de um modo distinto da criação dos outros
seres e das coisas.
A criação do homem. Ainda no dia sexto da criação DEUS disse:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os
peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra,
e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou DEUS o homem à sua
imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou. E DEUS os abençoou e
DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a;
e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal
que se move sobre a terra
(Gn 1.26-28).
Enquanto os outros seres foram criados sob o impacto do fiat (“faça-se”) de
DEUS, o homem teve criação de modo bem diferente. DEUS — hb. Elohim, expressão
plural de El— concretizou o seu projeto para criar um ser especial, de forma
especial, nos atos da criação. Assim, Ele, em conjunto com os outros
componentes de sua Unidade, que se consubstanciam na Trindade (Pai, Filho e
ESPÍRITO SANTO), de modo solene e majestático, disse: “Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança” (v.24).
A criação do homem foi o coroamento da criação de DEUS:
Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados. E, havendo
DEUS acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia
de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou DEUS o dia sétimo e c
santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que DEUS criara e fizera
(Gn 2.1-3). '
DEUS, então, “descansou”, isto é, terminou a sua obra, a criação de todas as
coisas.
Imagem e semelhança de DEUS
“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.24b). O
verbo “fazer”, na primeira pessoa do imperativo, no plural, denota que o
Criador não estava sozinho, na criação do homem. A compreensão humana não
alcança a grandeza daquele momento único e singular, totalmente distinto de
todo processo criador dos demais seres.
Apesar disso, pode-se entender que, num ponto do planeta, no Oriente, no sítio
do jardim do Eden ou do Paraíso, o DEUS Pai, o DEUS Filho e DEUS ESPÍRITO SANTO
se reuniram solenemente para fazer surgir o novo ser que haveria de
revolucionar toda a criação. Por um momento, de modo positivo; por muitos
séculos, de modo negativo. Mas, de qualquer forma, ali estava a reunião solene
da Trindade para criar o homem à imagem e semelhança de DEUS!
Em Gn 1.26-30, encontramos o homem feito à imagem de DEUS; l) um ser espiritual
apto para a imortalidade, v.26b; 2) um ser moral que tem a semelhança de DEUS,
v.27; 3) um ser intelectual com a capacidade da razão e de governo, vv.26c,28-30
6
Acima vemos a interpretação do que é ser imagem e semelhança de DEUS encontrada
no Comentário Beacon, publicado no Brasil pela CPAD.
O homem foi feito para ser dominador da natureza. E não poderia ser de modo
diferente. DEUS fez o ser humano à sua imagem, conforme a sua semelhança, para
ser governante dessa “pequena parte do Universo”; para dominar sobre as
criaturas viventes, criadas antes dele. O salmista Davi disse que DEUS fez o
homem pouco menor que os anjos e lhe deu, no início, domínio sobre toda a
criação (SI 8.5-8).
Esse era o plano original de DEUS para com o ser humano: ser representante de
DEUS, com autoridade sobre toda a criação. Como veremos adiante, esse plano foi
prejudicado pela Queda, transtornando todo o Universo.
O homem à imagem de DEUS. Diante da grandeza e da nobreza originais conferidas
ao ser humano, o que viria a significar o homem à imagem de DEUS? As respostas
a essa questão não são completas. Há quem diga que a imagem de DEUS no homem
seria física. Ou que essa imagem seria a postura reta, ou vertical, do
esqueleto humano.
Não se deve sequer ocupar espaço e tempo com esse argumento, pois DEUS, sendo
espírito (Jo 4.23), não projetaria imagem física no homem. As questões sobre a
imagem de DEUS no homem têm suscitado muitas discussões, desde que os teólogos
começaram a se debruçar sobre o estudo acerca da criação e, em especial, do ser
humano.
Os chamados pais da igreja entendiam que a imagem de DEUS no homem seria o
conjunto de características morais e espirituais que o levam a ser santo. Mas
houve quem entendesse que tais características também seriam corporais. Irineu
e Tertuliano faziam distinção entre imagem e semelhança, considerando a
primeira como os aspectos corporais, e a segunda como as características
espirituais.
Orígenes e Clemente de Alexandria discordavam dessa afirmação; antes, diziam
que a imagem se referia às características próprias do ser humano, enquanto a
semelhança dizia respeito às qualidades provindas de DEUS — não inerentes ao
ser humano. Já Pelágio via na imagem somente a capacidade de raciocínio que o
homem desenvolvia, podendo valer-se do livre-arbítrio.
Já os escolásticos8 concordaram em muitos aspectos com os pais da igreja, mas
ampliaram o conceito de imagem de DEUS, incluindo a idéia de intelecto, razão,
liberdade; a semelhança seria o sentimento de justiça provinda do Criador. A
imagem de DEUS seria algo concedido ao homem de modo natural, e a semelhança,
uma espécie de dom sobrenatural, que controlaria a natureza inferior do homem.9
Os reformadores, em geral, não faziam distinção entre a imagem e a semelhança
de DEUS no homem; eles entendiam que a justiça original faria parte da imago
Deu na condição original do ser humano.
A imagem conforme a semelhança de DEUS. A discussão teológica sobre o
significado da imagem de DEUS, ou a imago Dei, não tem um consenso efetivo. Há
divergências entre os teólogos. De início, no Gênesis, DEUS disse: “Façamos o
homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (1.26); no versículo
seguinte, lemos: “E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou;
macho e fêmea os criou.
Notemos que o texto bíblico de Gênesis 1.27 não repete a expressão “imagem,
conforme a nossa semelhança”. Parece-nos razoável entender que o ponto central,
ou a idéia-chave, do relato bíblico é o registro de que o homem (o ser humano)
foi feito “à imagem de DEUS” (v.26). A passagem deixa claro que tanto o homem
como a mulher foram criados à “imagem de DEUS”. Com essa expressão, entendemos
que o Gênesis demonstra qual é a natureza original do homem — ele foi criado à
imagem de DEUS.
A semelhança tem caráter explicativo, indicando a conformidade pela qual aquela
imagem de DEUS foi impressa no ser criado. Ou expressa o modo ou o modelo
daquela imagem. Não há necessidade, pois, de se estudar as duas palavras
“imagem” e “semelhança”, separadamente, buscando significados complexos para
cada uma delas.
Berkhof afirmou:
As palavras “imagem” e “semelhança” são empregadas como sinônimos e uma pela
outra, e, portanto, não se referem a duas coisas diferentes.
Essa idéia corrobora o nosso entendimento, acentuando que, em Gênesis I.16,
são empregadas as duas palavras, mas, no versículo 27, somente a primeira
delas.10
Chafer também reforça esse entendimento, referindo-se às palavras “imagem” e
“semelhança” da seguinte maneira:
Em Gênesis 1.26,2 7, ambas as palavras, “imagem” e “semelhança”, aparecem, mas
a palavra “imagem” ocorre três vezes enquanto o termo “semelhança” ocorre
apenas uma vez.11
Em Gênesis 5, vemos a palavra “semelhança” incluída na genealogia de Adão:
“Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que DEUS criou o homem, à semelhança
de DEUS o fez” (v.I). Certamente, o termo “semelhança”, aqui, se refere à
imagem de DEUS, que é semelhante ao Criador, conforme já explicitado.
O homem é distinto e superior aos animais. A diferença entre o homem e os
animais é tão grande, em termos qualitativos, a ponto de não haver margem para
especulações quanto à origem dos humanos e dos irracionais. O Projeto do Genoma
Humano (PGH), iniciado em 1990, constatou, em 2003, que há no corpo humano em
tomo de quarenta mil genes, concluindo o sequenciamento de três bilhões de
bases que constituem o DNA da espécie humana, com 99,9% de precisão.
O que intriga os cientistas e os leva a sonhar com a descoberta do “elo perdido”
entre o símio e o homem é o fato de o Projeto Genoma ter concluído que a
diferença entre o DNA do homem e do chimpanzé é apenas de 5%. Ou seja, em
termos meramente numéricos, o homem e o macaco têm semelhanças quase totais.
Entretanto, em termos qualitativos, incluindo-se o raciocínio lógico, a
capacidade da fala e habilidades gerais, o homem se distancia do macaco tanto
quanto os corpos celestes que estão a anos-luz do nosso planeta.
Com apenas 5% de diferença entre o código genético do homem e o do macaco, como
pode haver tão grande diferença de conhecimento e de habilidades? Será que se
pode esperar que um macaco, um dia, vá compor uma frase, uma página ou escrever
um livro? Não há dúvida de que não. A idéia central, na Bíblia, é de que o
homem foi feito à imagem de DEUS. E jamais poderia ser visto como semelhante
aos animais. Como vimos, a diferença qualitativa entre o homem e o animal
ultrapassa qualquer visão materialista da natureza do ser humano.
Semelhança natural com DEUS. Langston afirma que o homem tem “semelhança
natural” com DEUS:
O homem é uma pessoa como DEUS é uma Pessoa, e a semelhança entre um e outro
acha-se no espírito, naquilo que o homem é na sua natureza pessoal. Assim
sendo, a “.semelhança natural” entre DEUS o homem perdura sempre, porque o
homem não poderá jamais deixar de ser uma pessoa como DEUS o é.
Não devemos confundir imagem natural com imagem física, pois DEUS é espírito e
não tem partes físicas, a exemplo do homem.
Strong também afirma que o homem tem “Semelhança natural com DEUS, ou
pessoalidade”. E acentua:
O homem foi criado um ser pessoal e é esta pessoalidade que o distingue do
irracional. Pessoalidade é o duplo poder de conhecer a si mesmo relacionado com
o mundo e com DEUS e determinar o eu com vista aos fins morais. Em virtude
dessa pessoalidade o homem pôde, na criação, escolher qual dos objetos de seu
conhecimento — o eu, o mundo, ou DEUS — deve ser a norma e o centro de seu
desenvolvimento. Essa semelhança natural com DEUS ê inalienável e, constituindo
uma capacidade para a Redenção, valoriza a vida até mesmo dos não regenerados
(Gn 9.6; l Co 11.7; Tg 3.9).13
O homem, um ser pessoal, à semelhança de DEUS, tem inteligência, vontade e
emoções. Tal condição lhe distingue dos animais. Enquanto estes apenas agem por
instinto, conforme o que DEUS programou para eles, aquele tem autoconhecimento
e autodeterminação. O homem imagina, projeta, cria, inventa e produz coisas. O
animal apenas repete o que lhe instiga a natureza.
No hebraico e no grego, as palavras para identificar “a imagem” não contribuem
muito para o entendimento do termo em análise. Por isso, as discussões
teológicas e filosóficas continuam a deixar muitas lacunas quanto à sua
interpretação. No grego do Novo Testamento, a palavra “imagem” é eikon e pode
se referir a uma imagem de escultura. Tem o sentido de representação ou de
manifestação. Mas também pode se referir a CRISTO, “o qual é imagem do DEUS
invisível” (Cl
, ou “o eikon de DEUS”, que não é só uma representação, como o é uma estátua,
ou um ídolo; é primeiramente a igualdade na essência de DEUS.
Assim, surge a questão: o homem, feito à imagem de DEUS, é apenas uma
representação do Criador, ou tinha algo divino nele, ou participava da real essência
de DEUS? A palavra hebraica para “imagem” é tselem; e, para “semelhança”,
demut. Elas se referem a algo similar ou idêntico ao que representam, ou àquilo
de que são à “imagem”.
Podemos dizer que o homem era, no seu estado original, no ato da criação, uma
imagem ou representação de DEUS, tendo características de DEUS em sua pessoa,
tais como pessoalidade, amor, justiça, santidade, retidão, perfeição moral;
tudo isso à semelhança de DEUS. Mas o homem não poderia ser igual a DEUS. Só
JESUS é “o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa” (Hb
1.3); “o qual é imagem do DEUS invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl
1.15).
Semelhança moral com DEUS. A interpretação do que vem a ser a “semelhança” de
DEUS no homem tem muitas variantes. Há quem entenda que essa “semelhança” é
apenas moral e espiritual. Outros entendem que é mais ampla, incluindo a
essência da divindade do Criador. Na Bíblia de Estudo Pentecostal14, lemos que
“Eles tinham semelhança moral com DEUS, pois não tinham pecado, eram santos,
tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o que era
certo (Ef 4.24). Viviam em comunhão pessoal com DEUS, que abrangia obediência
moral e plena comunhão”.
Na Bíblia de Estudo Pentecostal também está escrito que “Adão e Eva tinham
semelhança natural com DEUS. Foram criados como seres pessoais, tendo espírito,
mente, emoções, autoconsciência e livre-arbítrio”.13 Na visão acima, a
semelhança do homem com DEUS é moral, incluindo características especiais,
concedidas por DEUS, tais como ausência de pecado, santidade, sabedoria, amor e
poder para agir de modo certo. E, ao mesmo tempo, tinham semelhança natural,
por terem sido criados como seres pessoais, dotados de características próprias
da pessoalidade.
Langston disse:
O homem foi criado bom. Todas as suas tendências eram boas. Tosos os
sentimentos do seu coração inclinavam-se para DEUS, e nisto consistia a sua
semelhança moral com o Criador. As Escrituras ensinam mui claramente que o
homem foi criado natural e moralmente semelhante a DEUS, e ensinam também que
ele perdeu esta semelhança moral quando caiu pelo pecado.16
Este é um ponto importante: o homem, quando deu lugar ao Diabo e desobedeceu a
DEUS, pecou; e, assim, perdeu aquela semelhança moral com o Criador. Ficaram,
na verdade, os traços daquela semelhança, distorcida, prejudicada, no ser
humano. Esses traços são os sensos de justiça e de ética, e da busca por um Ser
supremo, no âmago de sua consciência.
I) Há uma lei interior dentro do ser humano. Na consciência do homem vemos que
ele tem um referencial, um juízo de valor que aponta o que é certo e o que
errado. Isso se chama faculdade moral, que aprova ou desaprova os atos
praticados ou imaginados. Isso é um traço da semelhança moral com DEUS, que
alertou ao homem para que não pecasse, desobedecendo e se apropriando do fruto
da árvore interditada.
Paulo fala dessa faculdade moral que há dentro de cada um quando ensina que o
homem tem uma lei interior que aprova ou desaprova os seus atos. Podemos
chamá-la de lei da consciência.
Assim disse o apóstolo Paulo:
Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são
da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei, os quais mostram a obra da
lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus
pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os Rm 2.14,15).
Os animais não têm essa lei interior, que serve de referencial moral, pois sua
natureza não comporta essa faculdade.
2; Há um padrão moral universal para o homem. Como ser moral, em sua semelhança
com DEUS, o homem, falível, não pode se guiar apenas por sua consciência, ou
seu coração, numa linguagem metafórica. Disse o profeta Jeremias: “Enganoso é o
coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o
Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada
um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações” /Jr 17.9,10\
O coração, nesse caso, não corresponde ao músculo cardíaco, e sim à consciência,
ou à mente humana. Por causa do pecado original, todo o ser do homem ficou
imperfeito, e seu coração, sua mente (ou sua consciência), tornaram-se
enganosos e perversos. Por isso, o homem precisa de um padrão sublime para
servir de referencial para suas ações.
Esse padrão não é — nem poderia ser — outro, senão a Palavra de DEUS. Disse o
salmista: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho”
(Sm 119.105). JESUS também afirmou: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito
o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48; cf. Jo 17.23). Esse é, pois, o padrão
para o ser humano, ainda que essa perfeição, requerida por CRISTO, não possa
ser absoluta, e sim relativa, visto que a natureza, atingida pelo pecado, não
pode alcançar o grau de perfeição nesta esfera da existência.
Só na eternidade, após a ressurreição dos salvos, ou ao Arrebatamento dos que
permanecerem fiéis a DEUS, nesta vida, é que haverá o estado de perfeição
plena, quando os santos chegarão à estatura de varão perfeito (cf. Ef 4.13).
O homem foi feito adulto — e perfeito.
Leite Filho, analisando o homem, ressalta:
Um fato relacionado à criação do homem que se faz notório e que passamos a
considerar ê que o homem foi criado adulto. A cada passo das Escrituras
percebe-se uma evidente maturidade dos seres que foram criados, assim também o
homem.
Com isto queremos indicar que DEUS não criou nenhum óvulo ou embrião, e sim o
homem já adulto.1
Certo ensinador afirmou que Adão foi feito criança e cresceu no meio do jardim
entre os animais. E um aluno lhe perguntou: “Quem deu de mamar à criança?”,
sentindo-se constrangido com a explicação sem fundamento bíblico do tal
“mestre”.
Para ter a capacidade reprodutiva, o homem foi feito com todas as suas potencialidades
físicas e emocionais. Adão e Eva foram apresentados um ao outro, como marido e
mulher, formando um casal, visando a unir-se numa “só carne” (Gn 2.24), para
gerarem filhos e perpetuarem a continuidade da raça humana.
Quanto à perfeição do homem criado, referimo-nos à sua imagem e semelhança com
o Criador, o que lhe conferia, na condição original, uma verdadeira perfeição
em relação a seus descendentes, após a Queda. Tal perfeição do ser criado põe
por terra os pressupostos da teoria da evolução, de Charles Darwin.
O homem não evoluiu a partir de organismos inferiores e chegou ao estágio
superior. Ao contrário, ele começou num estágio altamente superior, mas, por
causa do pecado, perdeu a sua condição privilegiada de um ser especial. Em
lugar de evoluir, o homem passou por um processo de involução, espiritual,
emocional e fisicamente, depois da Queda.
Uma síntese das idéias. Em resumo, a imagem de DEUS, no homem, refere-se à
imagem espiritual e moral, conforme a semelhança de DEUS; e também à imagem
natural, pelo fato de o homem ser uma pessoa, à semelhança de DEUS, que também
é Pessoa. Quanto ao corpo, foi feito por DEUS para abrigar a parte espiritual
do homem, formada por espírito e alma (cf. I Ts 5.23; Hb 4.12).
Essa imagem de DEUS foi corrompida pelo pecado. Mas, quando o homem se volta
para o Criador e aceita a salvação, através de JESUS CRISTO, torna-se “a imagem
e glória de DEUS” (I Co 11.7). Nascido de novo, o salvo é revestido “do novo
homem, que, segundo DEUS, é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef
4.24).
O homem, nascido de novo, em CRISTO, é “nova criatura” (2 Co 5.17) e se toma
participante “da natureza divina” (2 Pe 1.4). Tal participação, no presente, é
parcial, pois o homem está sujeito a fraquezas e ao pecado; mas, na
glorificação, será restaurada a “semelhança” da “imagem de DEUS”, pois “agora
somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos
que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o
veremos” (I Jo 3.2).
Um dia, o homem será restaurado em sua perfeição original. Disse Paulo: “até
que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão
perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO” (Ef 4.13). Na glorificação
dos salvos, a expressão “à imagem e conforme a semelhança de DEUS” será
plenamente entendida, pois o ser humano, totalmente restaurado, elevar-se-á a
um nível superior.
Macho e fêmea os criou
Essa distinção entre o homem e a mulher é de fundamental importância. Daí
ter sido mencionada no texto que narra a criação do ser humano. E também a base
para a reprovação de DEUS ao homossexualismo, pois, se Ele quisesse que o homem
ou a mulher mantivessem relações homossexuais, teria, decerto, feito
de modo simultâneo — um casal de homens e outro de mulheres.
Desde o princípio, DEUS os fez “macho e fêmea” (Gn 1.27b). Afinal, a ordem para
crescer e multiplicar-se sobre a Terra jamais poderia ter sido dada a dois
seres de igual sexo!
Hoje, nos tempos pós-modernos, o homossexualismo vem sendo tolerado, aceito e
até exaltado pela sociedade sem DEUS. Isso é uma afronta escarnecedora ao
Criador e seu plano para a procriação da espécie humana. Trata-se de um desrespeito
ao relacionamento conjugal entre homem e mulher, que se complementam,
em sua estrutura física, anatômica e emocional, visando, tanto à procriação em
si, quanto ao legítimo prazer no âmbito do matrimônio.
No livro de Gênesis está a base da condenação ao homossexualismo, o que é mais
explicito em outros textos das Escrituras, como em Levítico 18.22; 20.13;
Deuteronômio 23.17. O princípio de DEUS para união sexual entre homem e mulher,
no âmbito do matrimônio, é o da heterossexualidade, fundada no amor e no afeto
mútuos, visando à formação do lar, através do matrimônio (Hb. 13.4).
Abençoados para frutificar e encher a Terra. “E DEUS os abençoou e DEUS lhes
disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.27). O plano de
DEUS para o homem incluiu sua frutificação e multiplicação da espécie por toda
a Terra. Ele dotou o ser humano da capacidade reprodutiva, através da união
sexual entre o homem e a mulher. E somente através dessa união, por meio do
matrimônio, o homem cumpre o desígnio do Criador quanto à multiplicação dos
seres humanos no planeta. Fora do casamento, pode haver nascimento de pessoas,
mas também fora do plano divino.
Algumas seitas chegam a afirmar que, sem o pecado de Adão, seria impossível a
multiplicação da espécie. Trata-se de uma exegese errônea, baseada em uma
hermenêutica falsa, pois, mesmo antes da Queda, que só é registrada em Gênesis
3, já havia a ordem de DEUS para que o homem procriasse.
O homem foi feito para ser dominador da natureza. “E DEUS os abençoou e DEUS
lhes disse:... enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar,
e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn
1.27,28).
No Comentário Beacon, publicado pela CPAD, lemos:
Uma das marcas da “imagem” de DEUS foi Ele ter dado ao homem o “status” e o
poder para agir como governante. A aptidão para governar implica em capacidade
intelectual adequada para argumentar; organizar; planejar e avaliar. A aptidão
para governar implica em capacidade emocional adequada para desejar o mais alto
bem-estar dos súditos, apreciar e honrar o que é bom, verdadeiro e bonito,
repugnar e repudiar o que é cruel, falso e feio, ter profunda preocupação pelo
bem-estar de toda a natureza e amar a DEUS que o criou. A aptidão para governar
implica em capacidade volitiva adequada para escolher e fazer a toda hora o que
é certo, obedecer ao mandamento de DEUS indiscutivelmente e sem demora,
entregar alegremente todos os poderes a DEUS em adoração jovial e participar em
uma comunhão saudável com a natureza e DEUS.IS
Sem dúvida, essa concepção ideal de governo, conferida ao homem, refere-se ao
potencial que ele possuía, na condição original, antes da Queda. Na condição
original, ele tinha totais condições para dominar a Terra e os seres
irracionais. Certamente, tal poder lhe conferia autoridade para controlar o
meio ambiente, sem destruí-lo, bem como para cuidar dos animais e se relacionar
com eles sem medo ou pavor.
Hoje, como consequência da perda da autoridade original, as pessoas em geral
têm medo de serpentes, de insetos, de feras e de outros seres.
A terra improdutiva. O homem necessitaria de um ambiente propício, agradável e
frutífero para a sua sobrevivência na Terra. Em Gênesis 2, vemos o relato
acerca da criação das condições ecológicas e dos ecossistemas apropriados para
a existência da vida humana e animal. Ao que tudo indica, a sequência de
eventos, constantes do capítulo I, deixou as condições em potencial para o
aparecimento de todo o tipo de vegetação. Porém, ainda faltavam alguns elementos
climáticos para que houvesse germinação, crescimento e frutificação vegetal.
Em Gênesis 2.5,6, está escrito: “Toda planta do campo ainda não estava na
terra, e toda erva do campo ainda não brotava; porque ainda o Senhor DEUS não
tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra. Um
vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra”.
A FORMAÇÃO DO HOMEM
“E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o
fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7). Aqui não há, em
relação ao homem, propriamente, uma sequência de fatos, mas uma explicação
quanto à forma pela qual ele (Adão) foi criado e o método utilizado por DEUS
para a sua constituição espiritual e física.
Em lugar de apenas dizer: “Faça-se”, “produza”, o Senhor disse: “Façamos o
homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26). No capítulo 2,
é demonstrada a maneira pela qual Ele formou o ser masculino. DEUS não fez um
boneco de barro, ou de argila, como alguém, de modo infantil, acredita e até
prega. Ele fez o homem “do pó da terra”, ou seja, das substâncias ou dos
elementos químicos que existem no barro ou no pó da terra.
Do pó da terra. Os elementos químicos ou substâncias encontradas no corpo
humano são todas encontradas no barro ou na argila. Dos 106 elementos químicos
existentes na natureza e conhecidos pelos cientistas, 26 são encontrados no
corpo humano.19 Assim, por um processo sobrenatural, DEUS extraiu do barro os
elementos químicos que formam o corpo humano, os combinou de forma especial e
formou o homem do pó da terra.
Jó, numa percepção de valor científico concedida por DEUS, assim se expressou:
“Peço-te que te lembres de que, como barro, me formaste, e de que ao pó me
farás tornar” (Jó 10.9). Ele sabia que o homem foi formado “como barro”, e não
“de barro”.
DEUS disse ao homem, após a Queda: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até
que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te
tornarás” (Gn 3.19). O homem é “pó”, ou seja, formado de substâncias que estão
no pó da terra; e ao pó reverterá, quando o elemento espiritual (espírito+alma)
dele se afastar, no processo da morte física.
A verdadeira ciência, desprovida de preconceito e soberba, confirma o relato
bíblico da formação do ser masculino a partir das substâncias que existem no pó
da terra. Em 1985, uma pesquisadora da NASA e professora da Universidade de San
José, na Califórnia, apresentou resultados de pesquisa científica,
demonstrando que a vida humana começou em estratos de argila: o caulim, que
contém todos os elementos químicos necessários ao surgimento da vida.
Como a cientista acima não se trata de uma pessoa confessamente cristã, ou
defensora do criacionismo, ela chegou a afirmar que suas declarações não tinham
caráter religioso. No entanto, concluiu que essa seria a melhor hipótese para a
origem da vida humana.20
A revista Veja, de 10 de abril de 1985, registrou a referida pesquisa da NASA e
acentuou:
Sua descoberta fustiga a teoria de que a vida surgiu do mar, hipótese mais
aceita entre os cientistas e admitida até mesmo por Charles Darwín, pai da
biologia moderna. (...) “Se tivesse que apostar numa resposta, ficaria com a
teoria da argila”, escreveu Carl Sagan, americano, autor do best-seller
“Cosmos”.
(...) “A argila pode ser comparada a uma fábrica de vida”, acrescentou em
Clasgow, na Escócia, o bioquímico Graham Cairns-Smith. (...) Coyne e seus colegas
foram mais longe.
Eles analisaram as propriedades microscópicas da argila e notaram que os
cristais de que é feito o material exibem atributos essenciais à geração de
estruturas vivas... cientistas que adotam uma e outra teoria admitem que a vida
surgiu a partir do ajuntamento de “tijolos” químicos, substâncias conhecidas
como aminoácidos. As divergências começam quando se trata de explicar como os
“tijolos” se juntaram em formas cada vez mais complexas até chegar ao DNA, a
molécula pesada e orgânica, esta sim capaz de se reproduzir e dar origem a um
processo vital.21
E aí que a Bíblia tem a resposta à pergunta: Como os “tijolos” de aminoácidos
poderiam se juntar ao acaso e criar formas complexas de vida? Diz a
Palavra de DEUS: “No princípio criou DEUS os céus e a terra... E disse DEUS:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; (...) E criou DEUS
o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou” (Gn
1.1, 26, 27).
O fôlego da vida. Uma vez formado “do pó da terra”, o homem feito
de substâncias materiais não tinha vida. Disse Tiago: “o corpo sem o espírito
está morto” (Tg 2.26). Assim, DEUS “soprou em seus narizes o fôlego da vida; e
o homem foi feito alma vivente” (v.27). Aqui vemos uma distinção fundamental
entre o homem e o animal. Quanto a este, DEUS apenas disse: “Produza a terra
alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra
conforme a sua espécie” (Gn 1.24).
Em relação ao homem, o Senhor disse “Façamos” e deu-lhe o sopro ou o fôlego da
vida. Ele foi feito “alma vivente”, expressão que se aplica, tanto ao homem
quanto aos animais, esclarecendo-se, no entanto, que aos animais DEUS concedeu
vida, mas não o fôlego da vida, concedido exclusivamente ao ser humano. Chafer
afirmou: “Aquele sopro de DEUS foi a outorga do espírito, que estava tão longe
das outras formas de vida que estão no mundo da mesma forma em que DEUS está
distante de sua criação”.22
O Jardim do Eden. Foi o primeiro habitat do homem.
A palavra “jardim” é a tradução da palavra hebraica “gan”, que designa
lugar fechado. A Septuaginta traduz o hebraico por “paraíso”, “paradeison”,
termo persa que significa um parque. Eden não é traduzido, mas transliterado
para o nosso idioma. Basicamente, significa “prazer ou delícia”.2’
Os críticos da Bíblia vêem no relato do Gênesis apenas uma alegoria ou relato
mítico. Porém, a Palavra de DEUS se impõe como verdade, como martelo divino,
quebrando as bigornas da incredulidade. Diz o Livro Sagrado: “E plantou o
Senhor DEUS um jardim no Eden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha
formado. E o Senhor DEUS fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e
boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do
bem e do mal” (Gn 2.8,9).
Lima afirmou:
O primeiro lar foi feito por DEUS. Era maravilhoso. Nele, antes da Queda, havia
amor; havia paz, união, saúde, alegria, harmonia, felicidade e comunhão com
DEUS. O ambiente era agradável. Podemos imaginar o dia a dia do primeiro casal.
O trabalho era suave, resumindo-se na colheita dos frutos e alimentos
outros, necessários à manutenção do metabolismo mínimo do corpo, pois não havia
desgaste físico como se conhece hoje' 1
A FORMAÇÃO DA MULHER
Em Gênesis 2 encontramos a explicitação sobre a formação do homem e da
mulher. Como vimos, “formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em
seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7).
Assim, o homem foi formado no sexto dia, a partir das substâncias existentes no
pó da terra. Quanto à mulher, a sua formação se deu de modo diferente.
O Criador já concluíra, em sua sabedoria, que não seria bom para Adão viver na
solidão, mesmo estando no Paraíso. Por isso, declarou: “Não é bom que o homem
esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18). Diz
a Palavra do Senhor: “Então, o Senhor DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão,
e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
E da costela que o Senhor DEUS tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a
Adão” (Gn 2.21,22).
Vemos que a mulher foi formada a partir de uma das costelas do corpo do homem,
extraída por DEUS. Ao contemplar a nova habitante do Eden, Adão exclamou, em êxtase:
“Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada
varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gn 2.23). Poder-se-ia dizer que o Senhor
fez a primeira “clonagem” da história do homem, pois, com as células adultas da
costela do homem, ele fez um outro ser.
No entanto, foi mais que uma clonagem. Neste processo científico, o ser “copiado”
tem idênticas características do doador das células a serem transplantadas para
o tal processo. O que DEUS operou foi a criação de um novo ser, semelhante ao
primeiro, mas distinto, em sua estrutura emocional e física!
Os céticos ironizam o relato da criação do homem, considerando-o uma fantasia,
um mito ou uma história antiga sem conexão com a realidade. Porém, a Bíblia é a
infalível Palavra de DEUS e não contém invencionices humanas. O que ela diz é a
verdade. Disse JESUS: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo
17.17).
A vida no Eden. DEUS não pôs o homem no Jardim para ficar ocioso,
para contemplar as belezas edênicas. O homem foi colocado ali para lavrar e
guardar (Gn 2.15). É interessante notar que o trabalho, a atividade da mente e
do corpo, desde o princípio, foi dignificado por DEUS. Havia trabalho, mas, em
compensação, não havia doenças nem dor, tampouco morte. O pranto e a dor eram
desconhecidos. A tristeza não existia. Tudo era belo, agradável e bom.
O casal, constituído nos primeiros habitantes humanos do planeta, se deliciava
nas noites calmas e amenas do Paraíso. Não havia temor ou pavor da escuridão. O
medo era desconhecido. O cenário noturno era tranquilizador. A brisa suave
soprava no arvoredo, levando ao casal os odores perfumados das plantas
silvestres. O firmamento, ao longe, pontilhado de estrelas brilhantes, nas
noites, oferecia um espetáculo de rara beleza.
Nas noites de lua, diminuindo o brilho estelar, fazia-se extraordinariamente
belo o ambiente paradisíaco. Sem dúvida, com maior intensidade, brilhava o
astro noturno. As manhãs e tardes eram agradáveis. Uma temperatura média,
adequada ao bem-estar dos habitantes edênicos, era sentida em todo o planeta. A
luz solar empolgava-os. Em cada canto se percebia a beleza da criação nos seus
mínimos detalhes. O homem sentia-se muito feliz. O ar era puro na mais alta
expressão. Os animais, as aves, todos os seres da natureza, nenhum mal causavam
ao homem; conviviam na mais perfeita harmonia.
O mais importante, no entanto, acontecia em todas as tardes: “... DEUS, que
passeava no Jardim pela viração do dia...” (Gn 3.8a). O Criador, certamente, em
todas as tardes, visitava o Éden, buscando passar bons momentos em agradável
diálogo e conversa com o casal, e este sentia, assim, muita comunhão com
aquEle. A presença do Criador enchia o primeiro lar de muita paz e de alegria
indizível.23
A Queda da humanidade
Muitas pessoas têm idéias falsas sobre o trágico acontecimento que envolveu
o homem, no Paraíso. Há quem afirme que jamais houve tal fato, querendo
insinuar que a narrativa bíblica sobre a Queda não passa de uma lenda.
Lamentavelmente, entre esses incrédulos estão incluídos muitos que se dizem
religiosos.
A Bíblia, a Palavra de DEUS, a verdade (Jo 17.17), nos afirma que a harmonia do
Paraíso foi transtornada quando o Diabo, um antigo querubim que se rebelou
contra DEUS, foi lançado à Terra. Certamente, por vingança, resolveu atacar a
obra- prima da mão de DEUS — o homem.
Sabemos que a causa eficiente para a Queda, no entanto, surgiu de uma atitude
errônea do casal. A mulher, Eva, ao invés de honrar o acordo firmado com a voz
de DEUS, resolveu, usando o seu livre-arbítrio, dar ouvidos à voz do Inimigo,
pecando contra o Senhor.
Idéias erradas quanto à Queda. Há algumas concepções errôneas quanto à tragédia
em apreço:
Há quem afirme que o pecado do primeiro casal foi ter praticado a união sexual.
Podemos afirmar, pela Bíblia, que essa afirmação não tem fundamento nas
Escrituras. Para tanto, basta observar que, em Gênesis 2, DEUS já planejara a
existência do pai e da mãe, antes da Queda, o que só tem sentido quando se tem
a idéia da geração de filhos (Gn 2.24).
O casal foi exortado por DEUS a se multiplicar e a encher a Terra (Gn 1.28).
Essa multiplicação, evidentemente, só poderia concretizar-se através da união
sexual, mostrando o Senhor que o homem e a mulher seriam unidos em “uma só
carne” (Gn 2.24). Desse modo, vemos, sem maior necessidade de argumentação, que
o ato sexual nada teve a ver com a Queda. Tal ato, pelo contrário, constitui-se
numa das maiores expressões do amor de DEUS — quando realizado de acordo com a
sua vontade: entre mando e mulher, unidos pelos laços do matrimônio.
Outra expressão errônea é: “A maçã proibida”. Isso apenas comprova a ignorância
dos críticos gratuitos da Bíblia. Na Mesopotâmia, região onde se situava o
Eden, entre os rios Tigre e Eufrates, sequer existem condições climatológicas
para a produção de maçãs! A Bíblia nos informa o tipo de fruto produzido pala
árvore da ciência do bem e do mal, que era, na realidade, uma árvore concreta,
no meio de milhares que existiam no Jardim (Gn 3.3). Não temos dúvida de que
esses elementos sejam reais — árvore e fruto —, mesmo que desconheçamos sua
natureza e constituição.
A invencionice da “maçã proibida” é apenas uma dentre muitas demonstrações
descabidas dos que querem diminuir o valor da Palavra de DEUS. São aqueles que,
em sua arrogância, se consideram doutores, mas sequer dão-se ao trabalho de
examinar aquilo que combatem. Apesar dessas agressões infundadas e graciosas
contra o Livro Sagrado, cumpre-se o que foi dito pelo profeta Isaías: “Seca-se
a erva, caem as flores, mas a Palavra de DEUS subsiste eternamente” (Is 40.8).
A verdade sobre a Queda. De acordo com a Bíblia, DEUS pôs o homem no Éden para
lavrá-lo e guarda-lo (Gn 2.25). Essa não era a única finalidade, pois sabemos
que a presença do homem na Terra tem o sentido de adoração e glorificação ao
Criador. O Senhor ordenou ao homem que ele poderia comer de toda a árvore do
Jardim, com exceção de uma, a árvore da ciência do bem e do mal, que era, na
verdade, um meio de prova, posto por Ele para que Adão e Eva exercessem a sua
liberdade de modo consciente.
Em sua bondade, DEUS deu o direito e a liberdade de o homem apropriar-se de
todos os frutos do Jardim, exceto dos produzidos pela árvore proibida. Mas o
homem desprezou a bênção de DEUS em cada árvore, em cada fruto, em cada folha —
milhares de bênçãos —, e resolveu dar ouvidos à do Diabo. Este enganou a
mulher, dando-lhe a entender que poderia desobedecer a DEUS sem sofrer as
consequências do pecado.
Sabemos que Eva foi enganada por sua própria concupiscência (Tg 1.14b). Satanás
fez do amargo, doce; e do doce, amargo (cf. Is 5.20). E a mulher compartilhou
o pecado com seu marido, e ambos caíram, perdendo a imagem e a semelhança
originais do Criador.
Antes da Queda, o homem possuía uma estrutura físico-espiritual excepcional.
Tinha conhecimento profundo de DEUS; comunhão direta com o Criador; bênçãos da
presença dEle no Jardim; paz, segurança e alegria, decorrentes do
relacionamento direto, sem intermediários, com o Criador; conhecimento e
bem-estar físico inigualáveis, sem doenças, distúrbios emocionais ou físicos;
desconhecimento do medo; conhecimento interno e externo em relação à sua
pessoa; conhecimento da realidade social e do trabalho, de modo útil e satisfatório
(Gn 2.15).
As consequências da Queda. Após a Queda, houve um transtorno total na vida dos
primeiros seres criados. Conheceram que estavam nus, dando a entender que,
antes, não se constrangiam nessa condição; conheceram o medo; perderam a
autoridade sobre a criação; conheceram a desarmonia; a mulher sofreu mudanças
em sua parte física e emocional, passando a conhecer a dor de forma acentuada
para procriar.
O homem, pois, conheceu a maldição da terra; o trabalho passou a ser penoso e
fatigante; e o pior: perdeu a vida eterna, que lhe era assegurada, na condição
original, e conheceu o aguilhão da morte: física (Gn 2.17; Ef 2.5) e
espiritual, que significa separação de DEUS.
A PROMESSA DA REDENÇÃO
Atacando ao primeiro casal, o Inimigo atingiu todas as pessoas que haveriam
de nascer. O pecado passou a todos os homens (Rm 5.12). Entretanto, DEUS, o
Criador, no seu plano maravilhoso, não deixou escapar nada que fosse necessário
ao cumprimento de seus propósitos com relação à humanidade. Ele previu a
Redenção do homem, de maneira sublime, como podemos ver em sua Palavra.
DEUS já houvera elaborado o plano da Redenção. Esta não foi um arranjo às
pressas, de última hora. O Senhor não trabalha assim. Tudo o que Ele faz é bem
planejado, ordenado e perfeito.
A Redenção prevista. Num tempo muito anterior à Queda o resgate, ou a Redenção
do homem, foi previsto em seu plano para a humanidade. Diz a Palavra de DEUS:
“mas com o precioso sangue de CRISTO, como de um cordeiro imaculado e
incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes
da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós”
(I Pe 1.19,20).
Noutras palavras, na eternidade, um verdadeiro mistério, “oculto em DEUS, que
tudo criou” (Ef 3.9). Previu DEUS, ainda, que a revelação desse mistério seria
efetuada através da Igreja de CRISTO, “segundo o eterno propósito que fez em
CRISTO JESUS, nosso Senhor” (Ef 3.10,11).
A Redenção prometida. No último diálogo, na última reunião, no último contato
que DEUS teve diretamente com o homem, logo após a Queda, o Senhor prometeu
que, da semente da mulher, levantaria alguém que haveria de ferir a cabeça do
Diabo (Gn 3.15), propiciando a Redenção da humanidade.
DEUS não se atrasa. Não deixa para mais tarde. No próprio Éden, palco da
desgraça da humanidade, Ele prometeu a Redenção do homem. Ali, diante do casal
em pecado, DEUS providenciou túnicas de peles, com que o vestiu, cobrindo-lhe a
nudez, a vergonha. Para que o homem pudesse estar diante do Senhor, um animal
foi morto, e seu sangue derramado.
Aquele animal, um cordeiro, provavelmente, foi morto para que o pecado do homem
fosse coberto. Era uma tipificação de CRISTO, que haveria de ser morto pelos
pecados de todos os homens.
A Redenção realizada. A Bíblia diz: “mas, vindo a plenitude dos tempos, DEUS
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que
estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (G1 4.4). A
redenção do homem não chegou atrasada, nem adiantada, mas “na plenitude dos tempos”,
no tempo de DEUS, ou no kairós, quando JESUS veio ao mundo, nascido de mulher,
de uma virgem da Galileia. DEUS enviou seu filho ao mundo para, aqui, onde a
Queda ocorreu, fosse efetivada a Redenção do homem.
Passaram-se milênios, desde que o Criador prometera a Redenção da raça humana,
através da “semente da mulher”. Parecia não haver mais esperança para o homem,
quando, “na plenitude dos tempos”, DEUS desencadeou o seu plano maravilhoso da
Redenção, previsto “antes da fundação do mundo”.
Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque DEUS
enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo; mas para que o
mundo fosse salvo por ele (Jo 3.16,1 7).
O momento culminante da redenção. Depois de pregar a salvação de DEUS, enviada
por seu intermédio, JESUS entregou-se como “o Cordeiro de DEUS” (Jo 1.29), para
derramar o seu sangue em propiciação pelos pecados do mundo inteiro. Era o
momento culminante no plano da Redenção. Pregado na cruz, contrariando a
expectativa de todos, principalmente a do Diabo, JESUS exclamou: “Está
consumado” (Jo 19.30).
Tudo o que antes fora escrito, previsto, tipificado como “sombra dos bens
futuros” (Hb IO.I) se cumpriu. Ali, naquela tarde sombria, no alto do Gólgota,
o Sol se escureceu (Mt 27.45) e “o véu do templo se rasgou em dois, de alto a
baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras” (Mt 27.41). E, naquele momento
de dimensão cósmica, e de consequências eternas para o Universo e para o homem,
JESUS efetuou a “eterna redenção” (Hb 9.12).
A Redenção de CRISTO não foi apenas para o homem individualmente. Foi a
Redenção da raça, da família. Ao tentar a mulher, o Adversário fez surgir a
perdição da humanidade. Mas, através da mulher, numa ironia divina, o Senhor
fez nascer o Salvador do mundo.
Na cruz, quando o Senhor JESUS deu o brado de vitória, a Redenção do homem foi
consumada. Na ressurreição, vencendo a morte e todos os poderes do mal, o
Senhor não deixou dúvidas quanto ao seu plano redentor e expiatório para todos
aqueles que nEle crêem.
A CONSTITUIÇÃO DO SER HUMANO
Como vimos, o homem é diferente dos animais, pois, enquanto estes têm
instinto e agem segundo essa condição, o homem tem autoconsciência e
autodeterminação, por ter pessoalidade; e, como tal, possui o que o irracional
não tem: intelecto, vontade e emoções. Quanto aos animais, DEUS disse: “produza
a terra alma vivente”; quanto ao homem, DEUS disse: “Façamos o homem”.
O método usado por DEUS para criar o homem foi especial. Diz a Bíblia: “E
formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego
da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7).
No texto acima, vemos dois aspectos:
A formação da parte física do homem. A parte física do homem veio “do pó da
terra”. Não com o barro, em estado bruto, ou um boneco de barro. Mas, com os
elementos químicos que se encontram no barro, ou na argila, DEUS, de modo
sobrenatural, formou cada parte do corpo humano, combinando-as de maneira
jamais compreendida pela mente humana.
Hoje, a embriologia e o estudo da genética têm informações sobre a formação do
ser humano no ventre da mãe, a partir da união dos gametas masculino e
feminino. Mas jamais alcançou a formação do primeiro ser humano, que não foi
gerado, e sim criado por DEUS. Como DEUS combinou os aminoácidos, as proteínas,
os sais minerais e demais substâncias para compor o corpo humano é algo que
transcende a qualquer especulação científica.
A formação da parte interior do ser humano. Isto é, a alma e o espírito. Diz a
Palavra de DEUS: “e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito
alma vivente”. Como foi esse processo? Que fôlego foi esse? De que ele se
constituiu, em sua plenitude? Dali surgiu a alma somente? Ou a alma e o
espírito? São a mesma coisa, ou entes distintos? Como a alma se propaga?
Não é difícil entender como o corpo humano é gerado no ventre da mãe, sobretudo
hoje, com os recursos da ultrassonografia moderna. Mas, como a alma é gerada?
Como ela se multiplica? E o espírito, difere da alma, ou é sinônimo dela? Como
a alma entra no embrião?
Neste tópico, apenas desejamos refletir sobre essas questões, em submissão ao
que está revelado nas Escrituras. E vamos meditar sobre a constituição do
homem, segundo algumas concepções e à luz da Palavra de DEUS. Há diversas
correntes de pensamento quanto à constituição do homem. Algumas são indicadas a
seguir.
Unitarianismo. Também chamado de monismo. E uma corrente
doutrinária que ensina que o homem é um só todo, uma só parte, não havendo
qualquer divisão em sua constituição; ou seja, não existe alma ou qualquer
parte do ser humano que sobreviva à morte. Para os unitaristas ou monistas, o
ser humano se constitui de uma unidade indivisível.
Eles não acreditam na existência da alma e do espírito, admitindo que essas
expressões se referem apenas a uma unidade psicofísica do ser humano. As palavras
“carne” nos Antigo (hb. hasar) e Novo Testamentos (gr. sarx), bem como “corpo”
(gr. soma), referem-se ao “ser humano por inteiro, porque, nos tempos bíblicos,
ele era considerado unificado”.26
Dicotomísmo. Essa doutrina ensina que só há dois elementos, ou partes
constitutivas, do homem: a parte material e a imaterial. Baseiam-se no fato de
os termos “alma” e “espírito”, às vezes, na Bíblia, serem sinônimos, ou
intercambiáveis entre si. E sustenta sua opinião partindo de textos que lhes
parecem indicar esse entendimento (cf. Jó 27.3).
Trícotomismo. Os chamados tricotomistas entendem que o homem é formado
de três partes distintas: corpo, alma e espírito. Seu ensino honra as
Escrituras e se harmoniza com elas, pois, de acordo com a Bíblia, o homem tem
uma constituição tríplice, sendo formado de espírito, alma e corpo (I Ts
5.23). Reflitamos sobre cada uma dessas partes.
O ESPÍRITO DO HOMEM
Ao soprar no homem o “fôlego de vida”, DEUS o fez “alma vivente”, ou um ser
que tem vida. Nesse sopro, o Criador infundiu, no interior do homem, sua parte
espiritual. Por esse fôlego, ele adquiriu o princípio vital, que o anima.
O espírito é a parte imaterial do homem, que, juntamente com a alma, forma “o
homem interior”. Disse Paulo: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer
na lei de DEUS” (Rm 7.22). O apóstolo ensinava sobre a luta entre a carne, ou a
natureza carnal do homem, e o espírito, que provém de DEUS, e acentuava que o
“homem interior” tinha prazer na lei de DEUS.
Em outro versículo, lemos: “Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso
homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia” (2 Co
4.16); neste texto, vemos o “homem exterior”, o corpo, e “o interior”, a parte
imaterial do homem. Podemos dizer que esse “homem interior” é o conjunto
espiritual, formado pela alma e pelo espírito (I Ts 5.23).
A ALMA DO HOMEM
A palavra “alma”, no Antigo Testamento, é nepesh. No Novo Testamento é
psique, que tem o sentido de “alma” e de “vida”; está ligada ao termo psíquicos,
que tem o sentido de “pertencente a esta vida”. E a base das experiências
conscientes. A alma pode ter três áreas de significados: “(a) psycbe, no
sentido da base impessoal da vida, a própria vida; (b) a parte interior do
homem; (c) uma alma independente em contraste com o corpo”.2-
No sentido impessoal, a alma equivale à própria vida. No sentido de ser “parte
interior do homem”, refere-se à sua personalidade, ou à pessoa (cf. 2 Co 1.23).
O texto de Levítico 17.10-15 dá uma diversidade de sentidos à palavra “alma”:
“contra aquela alma que comer sangue eu porei a minha face e a extirparei do
seu povo” (v. 10); aqui, “alma” significa a própria pessoa.
“Porque a alma da carne está no sangue...” (v.II); neste sentido, “alma”
significa a vida do corpo, dos tecidos, que são alimentados pelo sangue.
“Nenhuma alma dentre vós comerá sangue...” (v. 12); novamente, refere- se à
pessoa.
“a alma de toda a carne; o seu sangue é pela sua alma”; aí vemos referência à
vida de toda a carne, e que o sangue seria derramado pela vida do transgressor.
Tanto nepesh (hb.) como psyche (gr.) indicam o princípio vital da vida humana,
física ou animal. Quando DEUS disse que o homem fora feito “alma vivente” e, em
relação aos animais, que a terra produzisse “alma vivente”, usou a mesma
expressão — hb. nepesh hayya. No entanto, como vimos em item anterior, o homem
é distinto do animal, por várias razões: autoconhecimento e autodeterminação,
por exemplo. Assim, a alma do homem é profundamente diferente da alma do
animal.
No Novo Testamento, vemos várias referências sobre o significado de alma. JESUS
disse: “Quem quiser salvar a sua vida [psycbe], perdê-la-á...” (Mac 8.35; cf.
Mac 10.45; Mt 20.28). “Não estejais ansiosos quanto à vossa vida...” (Mt 6.25).
Nesse sentido, “alma” se refere à vida.
Em sentido teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos. JESUS
disse: “A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mc 14.34). A alma
se entristece. “E a parte sensível da vida do ego, a sede das emoções — do amor
(Ct 1.7), do anseio (SI 36.62) e da alegria (SI 86.4)”.28
O texto que melhor distingue alma de espírito é I Tessalonicenses 5.23: “e todo
o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis
para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO”. Aqui temos a palavra “alma”
significando a parte interior do ser, distinta do espírito, porém,
intrinsecamente a ele ligada, formando o “homem interior” (Rm 7.22). Ver
também Hebreus 4.12; Lc 1.46,47.
Horton assevera:
A alma sobrevive à morte porque é energizada pelo espírito, mas alma e espírito
são inseparáveis porque o espírito está entretecido na própria textura da alma.
São fundidos e caldeados numa só substância.29
Como vimos, a alma faz parte do “homem interior” do ser, unida ao espírito.
Intrigantes questões têm sido formuladas sobre a origem da alma. A alma é
introduzida no corpo; Ela é formada durante a concepção? A alma é preexistente?
Há, basicamente, três teorias acerca da origem da alma, todas elas evocando
fundamento bíblico.
Teoria da preexistência. E um dos fundamentos da doutrina espírita. Segundo
essa idéia, as almas existem, em esferas diversas do mundo espiritual, e entram
no corpo gerado, no processo chamado reencarnação. Para os defensores dessa
doutrina, a alma peca, na vida presente, e, para se redimir, precisa
purificar-se, voltando a se integrar num outro corpo humano, sucessivamente,
durante inumeráveis existências.
Antes mesmo de ser uma doutrina, codificada por Alan Kardec, principal expoente
do espiritismo, a teoria da preexistência da alma teve o apoio de filósofos,
como Platão e Filo, e de teólogos cristãos, como Orígenes de Alexandria (185 a
254).
Essa teoria tem origem no maniqueísmo, doutrina pela qual se ensinava que o
espírito era puro, ao lado da alma, que já preexistia. Quanto ao corpo, seria
intrinsecamente mau, bem como a matéria à sua volta. Tal teoria não tem
qualquer fundamento bíblico, pelas seguintes razões:
O homem foi feito alma vivente somente após o sopro de DEUS, no momento inicial
da criação do primeiro ser humano, na face da Terra; antes de Adão, não há
qualquer indicação, nas Escrituras, da existência de almas, guardadas numa
espécie de “celeiro de almas”, num lugar, nos planetas, como entendem os
espíritas.
Os maus atos e a depravação do homem são decorrem de uma causa primária: o
pecado de Adão, que passou a todos os homens (Rm 5.12). A consequência, pois, é
pessoal, individual e responsável; é de cada pessoa que peca, em sua existência
atual, e não de pretensas existências anteriores ao seu nascimento;
DEUS fez o homem, incluindo sua parte imaterial (espírito+alma) “e viu DEUS que
tudo que tinha feito era muito bom” (Gn 1,31).
Teoria criacionista.30 Trata-se de uma teoria segundo a qual DEUS “faz as almas
diariamente”, conforme ensinava Aristóteles. Polano dizia que “DEUS sopra a
alma nos meninos quarenta dias após a concepção, e nas meninas oitenta” (sic);
Jerônimo e Pelágio também acatavam esse entendimento, bem como a Igreja
Católica Romana e os teólogos reformados, a exemplo de Calvino. Segundo Strong,
Lutero se inclinava para o traducionismo.
Para Strong, os criacionistas se baseiam nos seguintes textos bíblicos: “e o
espírito volte a DEUS, que o deu” (Ec 12.7); “palavra do Senhor... e que forma
o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1); “... e as almas que eu fiz” (Is
57.16). Mas a Bíblia não dá respaldo a essa teoria.
Teoria participativa. Leite Filho afirmou:
Quando se afirma que a alma é criada é necessário fazer algumas distinções: a
criação é uma produção do nada; a alma é produzida na matéria e não da matéria;
a produção da alma necessita de uma realidade criada já existente; a ação
divina não tem como objetivo uma alma separada e sim o homem completo.
De fato, o homem, desde a fecundação, não é “um aglomerado de células”, como
dizem os cientistas ateus e materialistas. É um ser completo, composto de
espírito, alma e corpo.
Toda nova pessoa humana é fruto da ação imediata de DEUS e da dos pais: DEUS e
os pais produzem o sujeito inteiro, mas os pais podem produzi-lo somente
enquanto é um ser material vivo, isto é , tem um corpo, e DEUS o produz
imediatamente enquanto é um ser pessoa, isto é, tem uma alma.32
Myer Pearlman, explicando a origem das almas, após a criação do homem,
corrobora com esse entendimento:
A origem da alma poie explicar-se pela cooperação do Criador com os pais.
No princípio uma nova vida, a divina criação e o uso criativo de meios agem em
cooperação. O homem gera o homem em cooperação com “O Pai dos espíritos”. O
poder de DEUS domina e penetra o mundo (At l 7.28; Hb 1.3) de maneira que todas
as criaturas venham a ter existência segundo as leis que Ele ordenou. Portanto,
os processos normais da reprodução humana põem em execução as leis de vida,
fazendo com que a alma nasça no mundo. ”
Assim, podemos concluir que a alma humana se forma, segundo as leis da
procriação, deixadas por DEUS, numa cooperação entre os pais biológicos, e “o
pai dos espíritos”(Hb 12.9). Cada vez que um gameta masculino se funde com um
feminino, no casamento, ou fora dele, pela lei do Criador, forma-se um conjunto
espírito+alma dentro do homem. Diz a Bíblia: “Fala o Senhor, o que estende o
céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc
12.1). O modo como DEUS atua na formação da alma é um mistério ao qual devemos
nos curvar, em nosso conhecimento limitado.
O CORPO HUMANO
Na visão tricotômica do ser humano, o corpo tem papel
importantíssimo. É através dele que a alma se comunica com o mundo exterior. É
no rosto que aparecem as expressões de alegria, tristeza, ira, sono, calma,
entusiasmo, rancor, mágoa e tantos outros sentimentos próprios da natureza
humana. Diz a Bíblia: “o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem
ao homem” (Pv 27.19).
Graças à ciência, hoje podemos conhecer o corpo humano melhor do que qualquer
pessoa do passado, inclusive as que tenham vivido no tempo em que a Bíblia foi
escrita. Nos dias atuais, podemos conhecer melhor a grandeza, a perfeição
(relativa) e o maravilhoso funcionamento do corpo humano, como obra- prima das
mãos de DEUS, o Criador maravilhoso e absoluto de todas as coisas.
A dimensão material do corpo. Em Salmos 139.13-16, Davi exclamou, diante da
formação e do desenvolvimento do corpo desde o ventre:
Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado;
maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos
não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas
profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu
livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas,
quando nem ainda uma delas havia.
Que maravilhosa declaração e quão diferente da teoria da evolução, que
assevera: As origens da vida, do corpo, do homem e da inteligência ocorreram
pelo “acaso” cego e sem propósito algum. Apresentaremos a seguir algumas
informações sobre o corpo humano, a fim de que sintamos melhor a grandeza da
obra criadora de DEUS, ao fazer o homem das substâncias que há no pó da terra e
lhe dar a vida, tornando-o sua imagem e semelhança.
Organização do corpo humano. O esqueleto humano constitui o arcabouço que
sustenta os músculos, “protege os órgãos internos e permite uma grande variedade
de movimentos”.34 E formado por 206 ossos e corresponde a 1/5 do peso total. Há
216 tecidos no corpo humano.
O cérebro humano “corresponde a 2% do peso de um adulto médio, mas é responsável
por 20% do consumo de oxigênio desse indivíduo... o cérebro tem um trilhão de
células nervosas” e seus “sinais trafegam ao longo dos nervos até um máximo de
360 km/h: uma mensagem enviada da cabeça para o pé chega em I/50 de segundo...
o cérebro de um homem pesa 1,4 kg; o cérebro de uma mulher pesa 1,25 kg”.33
Há no corpo humano glândulas, grupos de células que produzem hormônios ou
substâncias que regulam o funcionamento do corpo. O ser humano produz duzentos
hormônios diferentes. O seu sistema imunológico é tão especial, que um só
linfócito produz um milhão de anticorpos por hora.
De acordo com a Enciclopédia Seleções, “uma pessoa tem 2,5 milhões de glândulas
sudoríparas; (...) o nariz humano tem 50 milhões de células receptoras, o que
permite identificar os odores variados”. Esses são apenas alguns aspectos da
formação e estrutura do corpo humano. Somente uma criação especial, por um Ser
supremo e inteligente, poderia conceber, estruturar e dar vida a um sistema tão
especial quanto o corpo humano. Mais uma vez temos a expressão de Davi: “Eu te
louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado” (SI
139.14a).
Maravilha da procriação. Cada mês, num dos ovários da mulher, um óvulo se
desenvolve e cresce. Com um milésimo de milímetro de diâmetro, é lançado numa
das trompas de falópio; daí, o óvulo caminha em direção ao útero.
Encontrando-se com um espermatozoide, que o penetre, será fecundado. Numa
relação sexual, o órgão masculino lança cerca de duzentos a trezentos milhões
de espermatozoides. Um só penetra no óvulo!
O seu núcleo se funde como núcleo do óvulo, cada um com 23 cromossomos,
formando o ovo ou zigoto, que passa a ter 46 cromossomos. Naquele momento, já
estão devidamente programadas, pela molécula do DNA (ácido
desoxirribonucleico), todas as características genéticas individuais do novo
ser humano.
Dentro de poucas horas, o zigoto começa a se dividir em duas, quatro, oito,
dezesseis, 32, 64 células, e assim por diante. Essa divisão celular começa a
ocorrer,
ainda, na trompa, mesmo antes de chegar ao útero. Chegando ao útero, o embrião,
na forma de blastocisto se implanta no útero. Começa a gravidez.
E a formação de um novo ser humano, e não apenas de “um amontoado de células”,
como entendem os cientistas materialistas. Nos seus primeiros dias, as células
que formam o embrião chamam-se células-tronco embrionárias. Conforme registra
Lima’6, elas se formam, após a fusão dos gametas masculino e feminino
(espermatozoide e óvulo), quando surge um aglomerado de células.
Após quatro dias, esse grupo de células começa a formar uma estrutura esférica,
chamada blástula, apresentando duas partes, uma interna e outra externa. A
parte externa formará a placenta, e a interna, o embrião. É na parte interna
que estão as células capazes de gerar todas as células do organismo de um
indivíduo.3' Dentro de cinco dias, o embrião forma a blástula ou blastocisto,
com aproximadamente cem células. As células internas do blastócito são as que
ensejam maior interesse dos pesquisadores, por poderem transforma-se em todos
os tecidos do corpo humano, por serem ainda indiferenciadas.
Os cientistas materialistas já fazem uso das células-tronco embrionárias na
pesquisa, visando a obter a cura de doenças degenerativas, como mal de
Alzheimer, mal de Parkinson, diabetes, câncer e outros. No entanto, com base na
Palavra de DEUS, entendemos que isso afronta a sacralidade da vida, pois o
embrião é um novo ser humano, programado pela leis da biologia, para se
desenvolver com sua individualidade. (Leia o nosso livro Células-tronco, uma
Visão Ética e Cristã, editado pela CPAD). Destruir embriões ou praticar o
aborto é um crime gravíssimo, que deveria ser considerado hediondo.38
Prosseguindo com a viagem do embrião, vemos que, com quatro semanas, o coração
começa a bater, com apenas cinco milímetros de comprimento; com seis semanas, o
embrião obtém toda a sua nutrição e oxigênio da placenta e do cordão umbilical;
com oito semanas, agora denominado feto, mede 2,5 centímetros, e seus membros são
identificáveis. Começa a se mexer, mas a mãe não sente.
Com doze semanas, os principais órgãos internos aparecem... com 22 semanas,
todos os sistemas do corpo já estão estabelecidos. Se nascer prematuramente, o
bebê pode sobreviver com auxílio médico; com 38 semanas, o bebê já está completamente
formado, com sua cabeça encaixada (posicionada para baixo com a face voltada
para a pélvis), pronto para nascer.39
Diante disso, só a Bíblia pode expressar a grandeza da criação do homem:
Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te
louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado;
maravilhosas são as tuas
obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos,
quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os
teus olhos viram o meu corpo ainda informe... (Sl 139.13-16).
Desenvolvimento e morte do corpo. Todo ser vivo, incluindo o homem, nasce,
cresce, desenvolve-se e morre. Essa é uma lei que só admite exceção para
aqueles que, na segunda vinda de JESUS, estiverem vivos, no momento do
arrebatamento da Igreja. Afora essa exceção, “aos homens está ordenado morrerem
uma vez”
(Hb 10.27).
Em seu desenvolvimento, o homem passa pela infância, adolescência, juventude e
idade adulta. Em cada uma dessas fases, seu desenvolvimento físico depende de
alimentação, repouso, movimento, relacionamento humano e espiritual. A velhice
é a fase do declínio das energias físicas e mentais. Depois, vem a morte.
Para os que têm a salvação em CRISTO JESUS, a velhice é uma fase de gratidão e
esperança quanto ao porvir. Para os que não têm a certeza da vida eterna, a
velhice é vista como o fim da vida, sem qualquer esperança de uma vida melhor.
A morte — que pode ser física ou espiritual — é um fato que assusta a maioria
das pessoas. Talvez porque o homem não foi programado, originalmente, para
morrer. Ela entrou no mundo como consequência do pecado, do rompimento com
DEUS. Só a salvação em CRISTO pode reverter a inclinação para a morte espiritual,
que é a separação eterna de DEUS.
Já existem pessoas que esperam reverter a realidade da morte física através da
ciência. Em países ricos, como os Estados Unidos, algumas pessoas já contrataram
os serviços de empresas que se propõem a preservar o corpo, congelando-o a 196
graus negativos, a fim de que, um dia, se a ciência descobrir uma solução para
o envelhecimento, e para a morte, seus donos possam ser reanimados. E a chamada
crio biologia — biologia do congelamento da vida.
A técnica utilizada chama-se hibernação. Nesse processo, o sangue do morto é
retirado, substituído por um líquido anticongelante e colocado num cilindro de
aço, num estado de suspensão crônica. Espera-se que, alguns séculos mais tarde,
a ciência descubra como fazer a “ressurreição tecnológica”.40 Ê o homem mortal
desejando a vida eterna por meios errados. Mas há cientistas sérios que afirmam
ser perda de dinheiro congelar pessoas.
De fato, a lei da morte é inexorável. É consequência do pecado. DEUS disse, no
Eden, ao primeiro casal: “E ordenou o Senhor DEUS ao homem, dizendo: De toda
árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal,
dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn
2.16,17).
A DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO
Corpo do pecado (Rm 6.6). Nesta passagem, Paulo afirmou que uma vez que
somos novas criaturas, devemos saber “que o nosso velho homem foi com ele
crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não
sirvamos mais ao pecado”. A expressão: “corpo do pecado” refere-se ao “velho
homem”, que, antes de ser transformado por DEUS, pela aceitação de CRISTO como
Salvador, vivia usando o corpo como instrumento para o pecado.
Também disse o apóstolo Paulo, em Romanos 6.12-14:
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em
suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por
instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a DEUS, como vivos dentre
mortos, e os vossos membros a DEUS, como instrumentos de justiça.
Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas
debaixo da graça.
Homem exterior (2 Co 4.16). Disse Paulo: “Por isso, não desfalecemos; mas,
ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de
dia em dia”. Aqui, o apóstolo, ensinando sobre a ressurreição (2 Co 4.14),
acrescenta que não devemos desfalecer diante das lutas que passamos nesta vida,
pois, mesmo que o “homem exterior” — o corpo — se corrompa, envelheça e venha
até a morrer, contudo o “homem interior” (espírito+alma), renova-se
continuamente.
Casa terrestre (2 Co 5.1). Certamente, o apóstolo Paulo se referiu à
temporalidade do corpo, em sua constituição física, como invólucro do espírito.
De acordo com a Palavra de DEUS, o destino do salvo é habitar nos céus, com
JESUS, num corpo transformado, semelhante ao seu, quando ressuscitado (cf. Fp
3.21). O corpo celestial que nos será dado por DEUS será a “nossa habitação,
que é do céu” (2 Co 5.2). No entanto, enquanto estivermos aqui, não poderemos
ter essa condição.
O “homem interior” não pode apresentar-se diante dos olhos humanos. Assim,
precisa dessa “casa terrestre”, que é o corpo humano, com seus órgãos, tecidos
e seus sentidos físicos. E casa temporária, morada passageira, visto que somos,
na Terra, “peregrinos e forasteiros” (2 Pe 2.11).
Corpo desta morte (Rm 7.24). Ensinando sobre a luta entre a carne (natureza
pecaminosa) e o espírito, o apóstolo Paulo, de forma eloquente, disse:
Porque, segundo o homem interior; tenho prazer na lei de DEUS. Mas vejo nos
meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende
debaixo
da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me
livrará do corpo desta morte?
Paulo se referia ao fato de o pecado utilizar-se dos membros do corpo para
praticar a iniquidade e a desobediência contra DEUS, o que equivale a
experimentar a morte espiritual (Ef 2.1).
Corpo abatido (Fp 3.21). Numa visão escatológica, Paulo estimula os filipenses
a viver a fé com perseverança e alerta-os contra os “inimigos da cruz de
CRISTO” (v. 10). E, numa palavra de conforto e esperança, lhes assegura:
Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador; o Senhor
JESUS CRISTO, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu
corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as
coisas.
O corpo abatido é o corpo em sua condição humana, sujeito às doenças, à
fraqueza, ao envelhecimento e à morte. Mas a promessa para os salvos é a de
que, se permanecermos fiéis, um dia DEUS nos ressuscitará, num corpo glorioso,
semelhante ao de JESUS — Ele, ao ressuscitar, foi capaz de atravessar as
paredes e vencer todas as forças da natureza. Assim será o corpo do salvo após
a ressurreição ou o Arrebatamento da Igreja (I Co 15.42,43).
Templo do ESPÍRITO SANTO (I Co 6.19,20). Mais uma vez, mostrando aos crentes
que JESUS ressuscitou e nos ressuscitará, o apóstolo Paulo alerta os cristãos
para não darem lugar ao pecado, visto que os nossos membros, do corpo físico,
são, na verdade, “membros de CRISTO”; e indaga, de modo incisivo:
Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em
vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados
por bom preço; glorificai, pois, a DEUS no vosso corpo e no vosso espírito, os
quais pertencem a DEUS. (I Co 6.19,20)
Essa é uma exortação de alto significado espiritual, pois demonstra que o corpo
físico tem elevado valor espiritual para DEUS. Não é, como alguns pensam, que
DEUS só se interessa pelo espírito e pela alma (homem interior). Na realidade,
DEUS quer, pela salvação, alcançar o homem em sua tríplice constituição:
espírito, alma e corpo. E isso é corroborado, como vimos, em I Tessalonicenses
5.23. Esta passagem não deixa dúvidas quanto ao valor espiritual do homem,
incluindo o seu corpo, que também deve ser conservado irrepreensível para a
segunda vinda.
O ESTADO INTERMEDIÁRIO
E o estado entre a morte física e a ressurreição, tanto dos salvos como dos
ímpios. Sabemos que os salvos terão um destino diferente em relação aos ímpios.
A Palavra de DEUS nos mostra que os ímpios, antes da ressurreição, irão para um
lugar chamado Hades. O texto de Lucas 16 nos dá algumas pistas do além, na
história do rico e de Lázaro. Ambos foram sepultados.
Neste mundo, o destino dos corpos dos mortos é o pó (Ec 12.7), mas, quanto ao
destino do “homem interior”, no fim da vida, há diferença entre o ímpio e o
justo. Os ímpios vão para o Hades, uma espécie de ambiente de espera, antes do
julgamento. De lá os que morreram perdidos serão enviados ao Inferno (Sm 9.17).
O justo é levado ao Paraíso — seio de Abraão (v.22), como o infrator que, na
cruz, se converteu e ouviu de CRISTO: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc
23.42,43). O salvo, após a morte, é consolado (v.25b): “agora, este é
consolado”. Os mortos salvos estão “em CRISTO” (I Ts 4.16), “no Senhor” (Ap
14.13); são bem-aventurados (Ap I4.I3a) e descansam de “seus trabalhos” (Ap
14.13).
A RESSURREIÇÃO DO CORPO
Ressurreição, segundo o Dicionário Aurélio, é:
Ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar; ressurgência (...) Fig. Vida nova;
renovação, restabelecimento. Quadro que representa a ressurreição de CRISTO. Na
doutrina cristã, o surgir para uma nova e definitiva vida, distinta c, em certa
medida, oposta à existência terrestre, e que, a partir da ressurreição de
CRISTO, aguarda todos os fiéis cristãos.
A última definição acima tem relação com o que ensinam as Sagradas Escrituras.
Fm relação aos salvos. Após mostrar a vitória de CRISTO sobre o império da
morte, Paulo afirmou, em I Coríntios 15.42-44:
Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção,
ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória.
Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal,
ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.
Será um corpo incorruptível (que não pode mais morrer), glorioso, cheio de
vigor, de natureza espiritual. Nessa mesma linha de pensamento, o pastor
Antonio Gilberto
autor de dois capítulos desta obra (Pneumatologia e Soteriologia) — afirma:
A palavra ressurreição implica em ressurreição do corpo que morreu e foi
sepultado, ou de alguma outra forma ficou retido aqui na terra. Se o corpo
ressurreto não fosse o mesmo, isto não seria ressurreição. Seria uma nova
criação, e o termo na Bíblia seria um absurdo.41
Da mesma forma o pastor Elienai Cabral — autor do capítulo sobre Hamartiologia
— assevera:
Não importa como os corpos foram sepultados, se em covas na terra, ou no fundo
dos mares e rios, ou queimados. Na realidade; os mesmos corpos mortos serão
ressuscitados. No caso dos mortos em CRISTO, seus corpos serão transformados (l
Co 15.35-38), iguais (semelhantes) ao corpo ressurreto de CRISTO (Fp 3.21 —
parêntese acrescentado pelo autor deste capítulo).42
Em relação aos ímpios. A Bíblia não dá muita ênfase à ressurreição corporal dos
ímpios — a “segunda ressurreição”. Mas alguns versículos nos dão algumas
informações interessantes a respeito desse tema:
A ressurreição dos ímpios ocorrerá após o Milênio. “Mas os outros mortos não
reviveram, até que os mil anos se acabaram” (Ap 20.5).
Os ímpios ceifarão a corrupção: “Porque o que semeia na sua carne da carne
ceifará a corrupção” (Gl 6.8a).
Será uma ressurreição para opróbrio: “E muitos dos que dormem no pó da terra
ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo
eterno” (Dn 12.2).
Essa ressurreição se dará onde ocorreram as mortes: “E deu o mar os mortos que
nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia” (Ap 20.13).
Será uma ressurreição para o julgamento final. “E vi um grande trono branco e o
que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu” (Ap
20.11). Todos os ímpios terão de comparecer ante o Trono Branco: “E vi os
mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono”. Na terra, já estão
condenados (Jo 3.36) e serão lançados no Inferno: “E aquele que não foi achado
escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (20.15; SI 9.17).
Teorias errôneas sobre a origem do homem
Os evolucionistas acreditam com toda a fé — à semelhança de um fervoroso
fiel de uma religião fundamentalista — que a vida surgiu da matéria inanimada.
E por acaso! No século passado, o professor A.I. Oparim publicou um trabalho
científico, denominado A Origem da Vida, em que usou a metáfora da “sopa
química” para explicar a origem da vida orgânica. Segundo ele, os compostos
químicos simples, orgânicos, se juntaram, aleatoriamente, e constituíram compostos
complexos. E o que chamam de fé científica.
Vejamos o que diz um estudo sobre o tema:
Eles imaginam que no decorrer de junções químicas aleatórias, moléculas simples
se combinaram transformando-se em compostos orgânicos complexos, os quais
eventualmente se integraram e se transformaram em organismos auto reprodutivos.
Este cenário vem sendo apresentado como a indiscutível verdade sobre a origem
da vida em toda a aula de ciência ao redor do mundo — em escolas primárias,
secundárias, faculdades e universidades. O rádio, televisão e as publicações de
divulgação científica reforçam essas mensagens.43
Não há nada científico que comprove que houve essa “sopa química”, em que os
elementos simples, como hidro carbonos e outros, se combinassem aleatoriamente
e formassem elementos compostos, que dariam lugar ao aparecimento da vida
orgânica. E pura fantasia científica.
Experiências em laboratório tentaram reproduzir o cenário inicial da vida, a
partir da matéria inanimada, e tudo falhou. Mais uma vez a Bíblia tem a
resposta: “No princípio criou DEUS os céus e a terra... E disse DEUS: façamos o
homem à nossa imagem e semelhança”. Não há nada mais lógico do que aceitar o
fato de que os elementos químicos compostos, que têm um arranjo extraordinário
em organização celular, tenham sido fruto da ação de um Projetista Inteligente
— DEUS, o autor da vida.
Teoria dos caracteres adquiridos. Em meados do século XIX, o cientista francês
Jean Baptiste de Lamarck publicou um trabalho denominado Filosofia Zoológica,
pelo qual defendeu a teoria dos caracteres adquiridos. Por meio de estudos,
procurou demonstrar a mutabilidade das espécies; que os tais caracteres seriam
resultado do esforço dos seres vivos por sua sobrevivência; e que as
necessidades dos seus organismos é que faziam surgir os caracteres. Um exemplo
marcante era o da girafa.
As girafas, a princípio — segundo essa teoria —, tinham pescoço curto. Mas,
quando escasseou a vegetação mais baixa de que se alimentavam, elas tiveram
que buscar alimentos nas árvores, com galhos mais altos. Assim, de tanto
esticarem o pescoço, foram adquirindo um pescoço mais longo e transmitindo essa
característica para seus descendentes.
A teoria foi aceita durante muito tempo, mas, no fim do século XIX, August
Weismann, cientista alemão, fez experimentos com ratos, cortando seus rabos,
antes de se acasalarem, durante cerca de 20 gerações sucessivas. Ele constatou
que as últimas gerações de ratos de rabos cortados produziam filhos com rabos
até mais compridos que seus pais! Assim, ficou constatado que os caracteres
adquiridos não passavam de geração a geração, haja vista os fatores externos
não poderem afetar os genes, influenciando as próximas gerações.
Portanto, a hereditariedade depende dos genes nas células reprodutivas e permanece
inalterada em toda a vida do ser vivo. A teoria de Lamarck foi uma das mais
influentes, visando a desacreditar a Palavra de DEUS quanto à origem das
espécies.
Teoria da evolução.
A teoria da evolução foi apresentada ao mundo, com grande impacto, por meio
dos estudos científicos de Charles Robert Darwin (1809-1882). Tendo estudado
medicina, na Universidade de Edimburgo, dedicou-se com mais afinco aos estudos
naturalistas. Em 1831, embarcou no navio H.M.S. Beagle, pelo qual fez uma
viagem de estudos ao redor do mundo. Chegando ao arquipélago de Galápagos — a
oeste do Equador —, aperfeiçoou as suas idéias acerca da evolução das espécies.
Em 1859, Darwin publicou A Origem das Espécies. Sua teoria, que não se sustenta
em bases empíricas, é muito aceita, por vários motivos. Um deles é o
preconceito arraigado na mente dos cientistas materialistas e de formadores de
opinião contra a idéia da criação sobrenatural pelo poder de DEUS.
Certo articulista, de uma revista publicada no Brasil, afirmou: “Quatro em cada
dez americanos rejeitam as teorias evolucionistas de Charles Darwin. Eles
rejeitam a ciência em um assunto científico, preferindo aceitar a tese bíblica
de que DEUS criou todos os seres vivos. Isso é treva”.440 Diabo realmente cegou
os entendimentos dos incrédulos (2 Co 4.4).
A teoria da evolução e a seleção natural. De acordo com Darwin, as espécies semelhantes,
bem como as diferentes espécies, competem entre si, na luta pela sobrevivência.
Nessa competição, vão surgindo variações, de tal forma que os elementos mais
fortes eliminam ou suplantam os mais fracos. Darwin chama essa suposta luta de
seleção natural.
Uma vez que os indivíduos de uma mesma espécie variam entre si, os indivíduos
com certas características que lhes trazem vantagens para conseguir alimento ou
para escapar de predadores, por exemplo, terão maior probabilidade de
sobrevivência.
Para Darwin, é a natureza que se encarrega dessa seleção dos membros das
espécies mais aptos para enfrentar a luta pela vida. Ele se baseia na teoria de
Herbert Spencer (século XIX), que qualificou esse processo como “a sobrevivência
do mais apto”.
Os evolucionistas crêem que, desde que o primeiro organismo vivo, um- celular,
apareceu na Terra, há cerca de 3,5 ou 4,5 bilhões de anos, esse é o processo
que cria novas espécies. Darwin concluiu isso apenas por observações, visto que
jamais se pode ter idéia de como a vida começou, com toda a sua complexidade, a
não ser que se admita o projeto inteligente, teoria em voga nos Estados Unidos,
que admite a existência de DEUS, o Projetista Inteligente
Inteligent Designer.
Vejamos o que a Palavra de DEUS afirma, em Gênesis 1.11,20,21,24,26,27:
E disse DEUS: Produza a terra erva verde; erva que dê semente, árvore frutífera
que dê fruto segundo a sua espécie... E disse DEUS: Produzam as águas
abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão
dos céus. E DEUS criou as grandes baleias; e todo réptil de alma vivente que as
águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda ave de asas
conforme a sua espécie... E disse DEUS: Produza a terra alma vivente conforme a
sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E
assim foi... E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança... E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou;
macho e fêmea os criou.
Essa é a única e mais lógica explicação para a origem da vida. Deu-se a partir
de um Ser pessoal, inteligente, o DEUS Todo-poderoso. Apegar-se à teoria da
evolução é o mesmo que acreditar que um monte de alumínio, ferro, plástico,
fios e tinta pudessem explodir, e, ao acaso, formar um avião Boeing 747. Ou que
materiais de construção, como tijolo, barro, areia, ferro e outros, de repente,
se agregassem e formassem uma casa. Na realidade, a única coisa que a teoria de
Darwin poderia explicar seria a “teoria da extinção de espécies”, e nunca da
evolução biológica.
As “novas” espécies. A Bíblia afirma que DEUS criou os seres vivos, cada um
conforme a sua espécie (Gn I.I2, 21, 24, 25; 6.20); ou seja, cada espécie é
única, ainda que possa sofrer variações, mas nunca uma espécie pode se
transformar em outras. Contrariando a fixidez das espécies, como a Bíblia nos
apresenta, Darwin afirma que os membros sobreviventes da competição pela vida
transmitem as variações a seus descendentes, de modo lento, gradual, durante
longos períodos.
Tal afirmação é contestada por cientistas abalizados, pois jamais ninguém pôde
acompanhar o desenvolvimento das variações em períodos tão longos (milhões e
milhões de anos). As observações de Darwin não chegaram a mais de trinta anos.
Entretanto, a idéia da transmissão de características ou variações tem sido
aceita como se fosse ciência. Na verdade, não passa de especulação. A família
dos gatos pode ter várias espécies de felinos. Mas serão sempre gatos. Os
membros de uma família podem sofrer variações ou microevoluções. O que não
ocorre, na verdade, é a chamada macroevolução, que é a defendida por Darwin, a
qual pressupõe as mutações, que resultariam em novas espécies. E isso
ocorreria através do processo da hereditariedade.
A família dos cães permanece formada por cães, sejam vivos, sejam fossilizados,
mesmo havendo grande variedade, como cães domésticos, lobos, chacais, raposas
etc. Em suas variações, há animais grandes, médios e pequenos. E permanecem
assim, conforme o relato do Gênesis, “cada um conforme sua espécie”. Uma
espécie de planta jamais se transforma em outra. Uma ameba permanece sempre
ameba; uma mosca será sempre mosca.
Não há qualquer evidência empírica (experimental) que comprove a existência de
formas transitórias entre as espécies, ou dos “elos perdidos”, “e menos ainda
entre gêneros, famílias e categorias mais elevadas”.46 Todas as evidências
confirmam a fixidez das espécies, conforme o relato do Gênesis. “E disse DEUS:
Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-
feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi” (Gn 1.24).
O acaso e o tempo — criadores da vida? A mais absurda afirmação, no bojo da
teoria da evolução, é a de que a vida surgiu por acaso, antecedida do
aparecimento da matéria inanimada, por geração espontânea (abiogênese).
Acontece que nem Darwin, nem seus discípulos, jamais escreveram uma linha
sequer sobre a origem da matéria, ou como ela veio a aparecer.
Acreditar que os complexos organismos dos animais, das plantas e do homem
puderam surgir e evoluir por acaso é o mesmo que acreditar que as letras do
alfabeto, jogadas ao acaso, podem produzir um dicionário! Nem mesmo uma pequena
frase pode surgir por acaso. No entanto, os “crentes”, como verdadeiros
adoradores de Darwin, acreditam que a vida na terra, com toda a sua complexidade,
surgiu de um organismo unicelular e evoluiu até formar o homem! Na verdade, há
mais fé num evolucionista do que no mais fanático crente pentecostal ou num
fundamentalista islâmico.
Como surgiu a vida?
Há trinta anos, os químicos Stanley Múler e Harold Urey, da Universidade de
Chicago; julgaram ter encontrado parte da resposta. Eles misturaram em um
frasco lacrado amostras
de hidrogênio, gás metano, amônia e vapor dágua — componentes que, acreditavam,
formavam a atmosfera primitiva do planeta. Através de um eletrodo, os químicos
dispararam faíscas dentro do frasco, simulando a ação de relâmpagos. Depois de
uma semana, obtiveram um líquido rico em aminoácidos. Não havia, contudo,
sinais de DNA.
Os seguidores de Miller e Urey vêm tentando, sem sucesso, montar os
“tijolos”.'1'
A Bíblia continua a desafiar os materialistas a encontrarem as respostas que
ela já deu sobre a origem da vida: pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a
respiração e todas as coisas” (Ato 17.25). Porém, em sua presunção contra DEUS,
querem até “fabricar” a vida, tentando imitar a atmosfera primitiva do planeta.
Certamente, assim como Darwin, vão gastar muitos milhões de dinheiro em vão.
As mutações. A teoria da evolução teve uma ajuda considerável, em 1901. O
botânico holandês Hugo de Vries observou que algumas plantas, com características
incomuns, transmitiam essas características a suas descendentes. Vries concluiu
que as grandes mutações, resultantes das variações ao longo dos tempos,
explicariam a evolução.
Outros cientistas já entendiam que as mutações seriam repentinas. Tais idéias
favoreceriam a evolução, no sentido de que das variações e mutações resultariam
novas espécies. Mesmo assim, houve oposição de cientistas a essa teoria.
O cientista Rostand levantou objeções quanto ao papel das mutações:
As mutações que conhecemos e que são consideradas pela criação do mundo vivo,
são, em geral, quer privações orgânicas, deficiências (perda de pigmento),
perda dum apêndice, quer a duplicação de órgãos já existentes. Em qualquer
caso, nunca produziram nada de realmente novo nem original na disposição
orgânica, nada que se possa considerar como base para um novo órgão ou como
preparação para uma nova função...
Não posso persuadir-me a pensar que o olho, o ouvido, o cérebro humano tenham
sido formados deste modo... Não vejo nada que me dê o direito de conceber as
profundas alterações estruturais, as fantásticas metamorfoses, que teríamos de
imaginar na história evolucionista, quando pensamos na transição dos
invertebrados para os vertebrados, dos peixes para os batráquios, .dos
batráquios para os répteis, dos répteis para os mamíferos40
Mutação é “uma modificação estrutural real em um gene, de tal modo que algo
novo é produzido, e não apenas uma readaptação de algo que já existisse ali. De
certa forma, o encadeamento de um segmento da molécula de DNA é mudado, de
forma que ‘informações’ diferentes são transmitidas através do código genético,
na formação da estrutura descendente... O fenômeno da mutação, portanto, é um
componente da maior importância do modelo evoluciomsta”.49
No entanto, segundo a própria teoria da evolução, as mutações ocorrem ao acaso,
e não de forma dirigida. Isso não é ciência. O acaso — como provam a matemática
e a estatística avançada — não produz nada de organizado, que funcione e se
repita segundo as leis estabelecidas.
Epstein declarou: “DEUS não joga dados”. Vejamos o que disse um estudioso das
mutações:
Porém, descobriu-se que as mutações são de natureza casual, no que tange à sua
utilidade. De acordo com isto, a grande maioria das mutações, certamente bem
mais de 99%, são prejudiciais de alguma forma, como é de se esperar em relação
aos efeitos de ocorrências acidentais.50
A VERDADEIRA CIÊNCIA
Não há espaço, neste capítulo, para nos estendermos muito sobre as falácias
do evolucionismo. No entanto, entendemos ser muito útil apresentar aos estudantes
de teologia, professores de Escolas Dominicais, nas igrejas, ou mesmo ao leitor
alguns argumentos verdadeiramente científicos que refutem a diabólica teoria
darwinista.
A verdadeira ciência, desprovida de preconceito, soberba e academicismo, não
comprova a — apenas — teoria da evolução.31 Cientistas modernos a têm
rechaçado.
Um novo livro, Evolutionary Theoiy, organizado pelo ictiologista Donn Rosen, do
Museu Americano de História Natural, acusa o naturalista inglês de ter sido
leviano ao colocar de pé sua teoria da evolução. Rosen diz que Darwin — o
primeiro a afirmar categoricamente que os organismos vivos partilham ancestrais
comuns e se modificam ao longos dos tempos, formando novas espécies — errou ao
não prever que novos tipos de seres vivos a evolução irá criar daqui para
frente.
O ictiologista, estudioso dos peixes, chega a comparar o pensamento de Darwin
ao dos criacionistas —grupo de religiosos que acreditam terem sido as plantas e
os animais criados por DEUS há milhares de anos, exatamente como se apresentam
agora. Como ele não diz como a evolução opera, suas mutações nem se refere a
seus resultados futuros, é impossível tentar provar que a teoria está
incorreta, lamenta Rosen.52
Não há o que lamentar. Darwin errou mesmo ao levantar uma teoria com base em
observações jamais comprovadas empiricamente. Em outras palavras, a teoria da
evolução é fundada em hipóteses, portanto no acaso e não na ciência dos fatos
comprovados. Os defensores da evolução, alguns sequer defendem o criacionismo
ou crêem em DEUS.
Matemática desmente evolucionismo. Carl Sagan, famoso astrônomo, conhecido no
mundo inteiro, calculou que a possibilidade de o homem ter evoluído é de
aproximadamente um em um milhão; ou seja, um número com dois bilhões de zeros à
direita, que poderia ser escrito em cerca de vinte mil livros! Segundo a Lei de
Borel, isso indica não haver probabilidade alguma.33
Ainda que a probabilidade fosse apenas de um em IO1 000, a probabilidade de o
homem ter evoluído ao acaso contraria a Lei de Borel, que define a probabilidade
máxima de um evento ocorre em um em IO50. Assim, a evolução ao acaso jamais
poderia realizar-se conforme os dados científicos citados acima. Não se trata
de ensino religioso, fundamentado na subjetividade da fé.
Os dados estatísticos — que são ciência, e não artigo de fé — demonstram que a
possibilidade de a vida orgânica ter surgido de matéria inanimada, e evoluído,
é tão improvável, que chega a ser denominada impossibilidade absoluta. Mas é
sobre tal improbabilidade que se assenta a premissa da teoria da evolução.
Por conseguinte, o relato bíblico para a origem da vida tem um inabalável
fundamento, pois inicia afirmando que, “No princípio”, nos dias da criação,
DEUS fez surgir as plantas, os animais e criou o homem a partir das substâncias
da argila e deu vida ao novo ser criado (Gn 1.1-31; 2.1-4).
A Física desmente a teoria da evolução. A primeira lei da termodinâmica
desmente o evolucionismo, segundo o qual, as coisas estariam evoluindo, e novas
espécies, sendo criadas, ao longo do tempo.
Morris 33 declarou:
O princípio básico da ciência física é o da conservação e deterioração da
energia. A lei da conservação da energia afirma que; em qualquer transformação
de energia, em um sistema fechado qualquer; o total da quantidade de energia
permanece inalterado. Lei semelhante é a lei da conservação da massa, a qual
estabelece que embora a matéria se altere quanto à forma, tamanho, estado etc.,
a massa toda não pode ser alterada. Em outras palavras, essas leis ensinam que
nenhuma criatura ou destruição da matéria ou energia está sendo atualmente
realizada em qualquer parte do universo físico.'1'
Nada está evoluindo biologicamente. Nenhuma matéria nova está sendo criada.
A segunda lei da termodinâmica também contraria a teoria da evolução. E a
chamada lei da deterioração da energia. Conforme essa lei, “embora a quantidade
total de energia permaneça inalterada, a quantidade de utilidade e
disponibilidade, possuída pela energia, vai diminuindo sempre”.5'
Essa lei também é chamada de lei da entropia. Assim, ao contrário do
darwinismo, que diz que os sistemas mais simples evoluíram e evoluem para
sistemas mais complexos e aperfeiçoados, a lei da entropia afirma que os
sistemas organizados tendem a se deteriorar, e não a evoluir.
Sem que haja uma força externa, jamais algo organizado evoluirá, ou mesmo
poderá permanecer em seu estado original. Uma máquina, por mais perfeita que
seja, se colocada em movimento, envelhecerá; sem uso, também sofrerá alterações
negativas. O tempo, que é tão invocado pelos evolucionistas como fator
essencial à evolução, é, na verdade, destrutivo, e não construtivo!
Assim, jamais a matéria inanimada poderia produzir um ser vivo. Só admitindo a
existência de um Projetista Inteligente e Criador, que é DEUS, pode-se entender
a origem de todas as coisas, animadas e inanimadas, principalmente, da vida, do
homem e da inteligência. Ele, sim, fez todas as coisas do nada, e, no caso do
ser humano, tomando a matéria inanimada, “do pó da terra”, ou das substâncias
químicas existentes na argila, pelo seu poder fez o homem, com a sua
extraordinária complexidade espiritual, mental, moral e biológica. E o fez
composto de espírito, alma e corpo (I Ts 5.23).
Confirmando que a lei da entropia honra o que diz a Palavra de DEUS, em Salmos
102.25-27 lemos:
Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos. Eles
perecerão, emas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como
roupa os mudarás, e ficarão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca
terão fim.
As leis da termodinâmica confirmam a Bíblia, mostrando que mesmo os sistemas
criados por DEUS envelheceram. Somente pelo poder soberano do Todo-Poderoso é
que, um dia, o Universo, que envelhece, será substituído por um novo Céu e uma
nova Terra: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1).
Biologia molecular e genética desmentem teoria da evolução. Morris38 declarou:
... a moderna biologia molecular, com sua percepção penetrante acerca do
notável código genético implantado no sistema do DNA, confirmou ulteriormente
que as variações normais se operam apenas dentro do âmbito especificado pelo
DNA para determinado tipo de organismo, deforma que nenhuma característica
verdadeiramente nova pode aparecer, produzindo graus mais elevados de ordem
ou complexidade. A variação ê horizontal, e não vertical! Infelizmente, são
variações normais desta sorte que comumente são apresentadas como evidências de
evolução atual.
O exemplo clássico das mariposas da Inglaterra que “evoluíram” de um a
coloração leve dominante para uma coloração escura dominante, enquanto os
troncos das árvores ficavam mais escuros devido a poluentes, durante o avanço
da revolução industrial é o melhor exemplo apresentado. Isso não foi evolução
no verdadeiro sentido da palavra, de forma alguma, mas apenas variação. A seleção
natural é uma força conservadora, operando para impedir que determinadas
espécies se extingam, quando o ambiente se modifica... do começo ao fim, as
mariposas continuam sendo “Biston betularia”.59
Paleontologia desmente evolucionismo. Como sabemos, a paleontologia é a ciência
que estuda os fósseis dos animais e vegetais. Um fóssil é um “Vestígio ou resto
petrificado ou endurecido de seres vivos que habitaram a Terra antes do
holoceno e que se conservaram em depósitos sedimentares da crosta terrestre sem
perder as características essenciais”.60
A existência dos fósseis é usada pelos seguidores de Darwin como prova
eloquente da evolução. Segundo essa crença, as diversas camadas de estratos das
rochas petrificadas foram se acumulando ao longo de milhões e milhões de anos,
de tal forma que se formou a chamada coluna geológica, uma espécie de índice
geocronológico. E, através desse índice, poder-se-ia medir a idade das rochas
e, consequentemente, dos fósseis encontrados nas diversas camadas uniformemente
sedimentadas.
“A única escala cronométrica aplicável à história geológica para a
classificação estratificada das rochas, e para datar eventos geológicos, é
fornecida pelos fósseis”
essa é uma afirmação considerada científica em apoio aos evolucionistas. 61
Eles procuram, em vão, os espécimes intermediários entre as formas de vida mais
simples e as mais complexas. Buscam desesperadamente encontrar o “elo perdido”.
Felipe Saint afirmou:
Há muitos casos de animais e de insetos no registro fóssil que; a despeito da
estimativa dos evolucionistas, de milhões de anos, são idênticos à mesma forma
que encontramos hoje.
De acordo com Saint, pernilongos que ficaram presos numa pedra de âmbar —
formada de resina solidificada de uma árvore e submetida à pressão e ao calor —
fossilizaram-se. Lá estão, perfeitamente preservados, com todas as
características dos pernilongos atuais, da mesma espécie. E após milhões e
milhões de anos, na suposição dos evolucionistas.
Há o caso de um peixe, chamado celacantino, da família dos celacantídeos, que
foi encontrado como fóssil, de maneira completa, incrustado numa rocha. Os
evolucionistas comemoraram a descoberta como se fosse “prova” da teoria da
evolução, visto que as suas nadadeiras estavam ligadas a um prolongamento
semelhante a um braço. Seria isso o elo perdido que comprovaria a evolução
entre os peixes e os répteis; os “prolongamentos” seriam a prova da transição
entre os peixes; teriam eles evoluído, com variações que tinham “pernas” para
poderem se mover, rastejando para fora da água.
Os evolucionistas festejavam a descoberta do peixe considerado extinto durante
muitos anos... No entanto, para decepção dos discípulos de Darwin, um pescador
também veio a apanhar, numa rede, uma espécie de celacantino.
... nas costas da África, cm 1938, o primeiro espécime vivo que alguém já tinha
visto. Era exatamente semelhante à impressão fóssil à qual os cientistas haviam
atribuído um milhão de anos! Em 1952, foi apanhado outro espécime vivo. Assim,
em vez de ser uma importante prova de mudança evolutiva, esse peixe é uma prova
admirável da declaração bíblica de que cada tipo de criatura é segundo a sua
espécie 6’
De acordo com a Bíblia, houve uma grande catástrofe, provocada por um grande
dilúvio, de âmbito universal (Gn 6—7), que inundou todo o planeta, destruindo a
maioria dos seres vivos, das plantas e das substâncias existentes na Terra. É
mais lógica a explicação dos criacionistas de que os fósseis reforçam a teoria
do catastrofismo.
O catastrofismo ensina que, com o dilúvio, os seres vivos foram apanhados de
surpresa pelos eventos provocados pela inundação universal. Prova disso são os
peixes e outros animais fossilizados; eles foram petrificados inteiros,
intactos. Alguns, até, com alimento não digerido em seu estômago. Isso desmente
a teoria da evolução, que advoga o processo do uniformitarismo, segundo o qual
as eras geológicas, registradas nas camadas de rochas, indicam uma evolução ao
longo de milhões e milhões de anos.
Ora, como um peixe poderia esperar milhões de anos para se fossilizar? Sabemos
que um peixe, se não for preservado em alguma substância conservadora,
apodrecerá em questão de horas. Para ser mantido intacto, no estado fóssil,
precisa ser alcançado por um processo rápido e instantâneo. Assim, os fósseis
desmentem o evolucionismo.
“O elo perdido não existe”, afirmou o famoso paleontólogo Stephen Jay Gould, da
Universidade de Harvard. “A evolução se processa aos saltos (suj. Uma espécie
passa milhares ou milhões de anos imutável, e subitamente adquire uma
característica nova”.64 Aqui vemos claramente a divergência entre o
evolucionismo moderno, de Stephen Jay Gould, e o velho e carcomido darwinismo.
Darwin defendeu, em sua decantada teoria, que a evolução ocorre lenta e
gradualmente, ao longo de milhões e milhões de anos. Gould afirma que a
evolução se processa aos saltos. Agora, perguntamos: “Pode-se crer numa teoria
desse tipo?”
Evolucionismo “teísta”
Existe uma falaciosa teoria que tenta amenizar a distância entre a teoria da
evolução e a idéia da existência do DEUS Onipotente, Criador do Universo. E a
teoria da evolução “teísta” ou pseudoteísta. Segundo suas explicações, pode ter
havido a evolução gradual da vida e dos seres vivos, mas sob a supervisão do
Criador. Com base nessa explicação, de igual modo contrária aos pressupostos
bíblicos, DEUS teria criado a primeira célula ou o primeiro organismo
unicelular.
Segundo os que admitem essa idéia, o primeiro organismo se desenvolveu, evoluiu
e chegou a um ser semelhante ao macaco, o qual foi chamado de Adão.
Naturalmente, essa explicação foge totalmente ao que a Bíblia nos ensina acerca
da criação do homem.
Em Gênesis 1.27,28, está escrito:
E disse DEUS; Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e
domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e
sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou DEUS
o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou.
O abismo entre a explicação bíblica para a criação e a teoria da evolução é tão
grande que não existe conciliação entre as idéias esposadas por elas. O jesuíta
francês Teillard de Chardin procurou harmonizar a falsa evolução das espécies
com a Bíblia. Ele tem grande credibilidade entre os católicos e explica que
DEUS criou todas as coisas, mas através do processo da evolução. Afirma que o
relato bíblico não passa de uma lenda, ou de uma fábula ou alegoria.
Tal teoria é “remendo de pano novo em veste velha” (Mt 9.16). Jamais dará
certo, pois “semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura” (M6
9.16b). Na verdade, de acordo com a Bíblia, não está havendo evolução nenhuma.
Pelo contrário, o ser humano está involuindo espiritual, moral e fisicamente.
Se há evolução darwinista em andamento, porque a cliente, dos cemitérios
aumenta cada dia?
Os dias da criação seriam eras geológicas ? Dentro ou ao lado dessa teoria
evolucionista pseudoteísta surgiu a explicação para os dias da criação, como
sendo dias-eras, segundo a qual os tais dias não teriam sido normais, e sim
eras geológicas de milhões de anos.
Com essa assertiva, seria possível acomodar as explicações científicas ao
Gênesis, ou este às explicações científicas para o período de formação da
Terra. No entanto, quando lemos o livro de Gênesis e outros textos bíblicos,
somos forçados a concluir que, de fato, os dias da criação foram dias normais,
e não era de milhões e milhões de anos.
A base para a falácia em apreço tem sido 2 Pedro 3.8: “um dia para o Senhor é
como mil anos, e mil anos, como um dia”. Mas este texto tanto pode ser
entendido como milhões de anos, como apenas poucos dias, se consideramos mil
anos como um dia. Trata-se apenas de uma referência ao fato de DEUS não estar
restrito ao tempo, como a humanidade está. Afinal, Ele é de eternidade a
eternidade.
Se fosse cada dia uma era geológica de quinhentos mil anos, como se harmonizaria
tal idéia com o DEUS Onipotente? Iria Ele esperar milhões de anos para criar o
primeiro ser humano na Terra? Tal interpretação tem a finalidade apenas de
tentar conciliar a teoria da evolução com a Bíblia. Como já vimos, é um
“remendo de pano novo em vestido velho”.
A Bíblia diz que DEUS fez tudo em seis dias: “Porque em seis dias fez o Senhor
os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou;
portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou” (Êx 20.11). Vemos
claramente que foram dias literais, e não dias-eras. Que DEUS nos abençoe, a
fim de que, com humildade, aceitemos a explicação bíblica para a origem e
desenvolvimento do mundo e do homem na face da Terra.
Conclusão
O estudo da Antropologia Bíblica é de grande valor para os que desejam
conhecer as verdades emanadas da Palavra de DEUS, como regra de fé e de
prática, e como
o Livro que apresenta as únicas explicações coerentes para a criação do
universo, da vida, dos seres vivos, incluindo o homem, a inteligência e todas
as coisas.
Como vimos, a teoria da evolução não passa de um arranjo teórico para explicar
“cientificamente” a origem do homem e de todas as coisas, visando desacreditar
a DEUS e afastar o homem do seu Criador. No entanto, a Palavra de
DEUS é “lâmpada” e “luz” para nos mostrar os caminhos pelos quais podemos
encontrar DEUS e seu relacionamento com a Criação. Nela vemos, além disso, o
DEUS verdadeiro, que ama o ser humano, a ponto de propiciar-lhe a restauração
espiritual através da salvação em CRISTO JESUS, nosso Senhor.
Notas bibliográficas
O Homem perante a Natureza. Blaise Pascal,
http://www.consciencia.org/moderna/pascaltextol.shtml; acesso em 24 de janeiro
de 2006.
Ibid.
BRODRICK, A.H., apud COHEN, Armando C. Notas sobre o Gênesis, p.30.
VERGEZ, André & HIUSMAN, Denis. História dos Filósofos Ilustrada pelos
Textos, p.26.
HORGAN, John, apud JOHNSON, Phillip E.
Ciência, Intolerância e Fé, p.I35-6.
LIVINGSTON, George Herbert, et al. Comentário
Bíblico Beacon, p.33.
Pais da igreja: os grandes teólogos e pensadores dos seis primeiros séculos da
Era Cristã.
Escolásticos: pensadores da Idade Média, entre os séculos XI e XIV que
valorizavam a filosofia de Aristóteles e procuravam explicar as verdades
cristãs por meio da lógica.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.202.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.203.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática, Vol. I e 2, p.574.
LANGSTON, A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p. 134.
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática, Vol. II, p.89
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, nota de rodapé ref. Gn 1.27.
Ibid., p.33.
LANGSTON A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p.I35.
FILHO Tácido da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.2I.
LIVINGSTON, George Herbert, et al. Comentário Bíblico Beacon, p.33.
“Elementos químicos: todas as formas de matéria são compostas de um número
limitado de unidades básicas chamadas de elementos químicos, os quais não podem
ser desdobrados em substâncias mais simples por meio de reações químicas
comuns. Por hora, os cientistas reconhecem 109 elementos diferentes. Os
elementos químicos são designados abreviadamente por letras chamadas de
símbolos químicos: H (hidrogênio), C (carbono), O (oxigênio), N (nitrogênio),
Na (sódio), K (potássio), Fe (ferro) e Ca (cálcio). 26 destes elementos são encontrados
no organismo humano”.
“Oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio constituem aproximadamente 96% da
massa corpórea. Outros elementos, como cálcio, fósforo, potássio, enxofre,
sódio, cloro, magnésio, iodo e ferro, constituem aproximadamente 3,9% da massa
corpórea. Outros treze elementos químicos encontrados no corpo humano são
chamados de elementos-traço, por serem encontrados em baixas concentrações, e
constituem o 0,1% restante”.
http://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/generalidades/quimica/quimi- ca_05.html,
acesso em 27 de janeiro de 2006.
OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia, p.I55.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia sistemática, Vol. I e 2, p.553.
Ibid., p.36.
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã nos Dias Atuais, p.9.
23 Ibid., pp.9,I0.
26 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.250.
COHEN, Lothar & BROWN, Colm. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo
Testamento, p.69.
Ibid., p.72.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.248.
Não se deve confundir com o criacionismo científico, que defende a idéia da
criação do homem de modo sobrenatural.
Ibid., p.55.
FILHO, Tácito da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.55.
PEARLMAN, Myer.. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, p. 106.
34. Enciclopédia Seleções. Rio de janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004, p.
112.
33 Ibid., p.115.
36 LIMA, Elinaldo Renovato de. Células-tronco — uma Visão Ética e cristã,
pp.I4,I5.
3' AMANAJAS, Denise. Perguntas e respostas sobre células-tronco,
http://www.atlucas. hpg.ig.com.br, acesso em 21 de janeiro de 2005.
As células-tronco podem ser embrionárias ou adultas. As células- tronco adultas
podem ser utilizadas na pesquisa científica, visando à cura de enfermidades,
sem qualquer problema ético, pois não implica destruição de um novo ser.
Encontram-se no cordão umbilical, na medula óssea e em outros órgãos.
Enciclopédia Seleções. Rio de Janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004.
Hibernação — A vida em suspensão, http://orbita.starmedia.com/~inexp/
TempoHibernacao.htm, acesso em 04 de março de 2006.
GILBERTO, Antonio. O Calendário da Profecia, p.20.
CABRAL, Elienai. A Ressurreição dos Mortos, p.28.
A vida a partir da matéria: fato ou fantasia?, http://pt.krishna.com/main.
php?id=82, acesso em 2 de março de 2006.
Choque de Culturas. Revista Veja, 8 de fevereiro de 2006, p.70.
LEAKEY, Ricard E. Comentário sobre Darwin, pp. 62-3.
MORIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.ix.
4/ “Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.72.
ROSTAND, Jean. The Orion Book of Evolution, p.79. Apud em Veio o Homem a
Existir por Evolução ou Criação?, pp.20-2I.
MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.54.
Pais da igreja: os grandes teólogos e pensadores dos seis primeiros séculos da
Era Cristã.
Escolásticos: pensadores da Idade Média, entre os séculos XI e XIV que
valorizavam a filosofia de Aristóteles e procuravam explicar as verdades
cristãs por meio da lógica.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.202.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p.203.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática, Vol. I e 2, p.574.
LANGSTON, A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p. 134.
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática, Vol. II, p.89
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD, 1995, nota de rodapé ref. Gn 1.27.
Ibid., p.33.
LANGSTON A.B. Esboço de Teologia Sistemática, p.I35.
FILHO Tácido da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.2I.
LIVINGSTON, George Herbert, et al. Comentário Bíblico Beacon, p.33.
“Elementos químicos: todas as formas de matéria são compostas de um número
limitado de unidades básicas chamadas de elementos químicos, os quais não podem
ser desdobrados em substâncias mais simples por meio de reações químicas comuns.
Por hora, os cientistas reconhecem 109 elementos diferentes. Os elementos
químicos são designados abreviadamente por letras chamadas de símbolos
químicos: H (hidrogênio), C (carbono), O (oxigênio), N (nitrogênio),
Na (sódio), K (potássio), Fe (ferro) e Ca (cálcio). 26 destes elementos são encontrados
no organismo humano”.
“Oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio constituem aproximadamente 96% da
massa corpórea. Outros elementos, como cálcio, fósforo, potássio, enxofre,
sódio, cloro, magnésio, iodo e ferro, constituem aproximadamente 3,9% da massa
corpórea. Outros treze elementos químicos encontrados no corpo humano são
chamados de elementos-traço, por serem encontrados em baixas concentrações, e
constituem o 0,1% restante”.
http://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/generalidades/quimica/quimi- ca_05.html,
acesso em 27 de janeiro de 2006.
OLIVEIRA, Raimundo de. As Grandes Doutrinas da Bíblia, p.I55.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia sistemática, Vol. I e 2, p.553.
Ibid., p.36.
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã nos Dias Atuais, p.9.
23 Ibid., pp.9,I0.
26 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.250.
COHEN, Lothar & BROWN, Colm. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo
Testamento, p.69.
Ibid., p.72.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.248.
Não se deve confundir com o criacionismo científico, que defende a idéia da
criação do homem de modo sobrenatural.
Ibid., p.55.
FILHO, Tácito da Gama Leite. O Homem em Três Tempos, p.55.
PEARLMAN, Myer.. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, p. 106.
34. Enciclopédia Seleções. Rio de janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004, p.
112.
33 Ibid., p.115.
36 LIMA, Elinaldo Renovato de. Células-tronco — uma Visão Ética e cristã,
pp.I4,I5.
3' AMANAJAS, Denise. Perguntas e respostas sobre células-tronco,
http://www.atlucas. hpg.ig.com.br, acesso em 21 de janeiro de 2005.
As células-tronco podem ser embrionárias ou adultas. As células- tronco adultas
podem ser utilizadas na pesquisa científica, visando à cura de enfermidades,
sem qualquer problema ético, pois não implica destruição de um novo ser.
Encontram-se no cordão umbilical, na medula óssea e em outros órgãos.
Enciclopédia Seleções. Rio de Janeiro: Seleções do Readers Digest, 2004.
Hibernação — A vida em suspensão, http://orbita.starmedia.com/~inexp/
TempoHibernacao.htm, acesso em 04 de março de 2006.
GILBERTO, Antonio. O Calendário da Profecia, p.20.
CABRAL, Elienai. A Ressurreição dos Mortos, p.28.
A vida a partir da matéria: fato ou fantasia?, http://pt.krishna.com/main.
php?id=82, acesso em 2 de março de 2006.
Choque de Culturas. Revista Veja, 8 de fevereiro de 2006, p.70.
LEAKEY, Ricard E. Comentário sobre Darwin, pp. 62-3.
MORIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.ix.
4/ “Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.72.
ROSTAND, Jean. The Orion Book of Evolution, p.79. Apud em Veio o Homem a
Existir por Evolução ou Criação?, pp.20-2I.
MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.54.
MULLER, H. J. Radiation Damage to the
Genetic Material. American Scientist, Vol. 38 (Janeiro de 1950), p.35. Apud
Henry M MORRIS. O Enigma das Origens — a Resposta, p. 55.
Também é importante notar aqui que a evolução como um modelo científico é
completamente omissa em relação a origem definitiva da vida sobre a terra;
apesar do modelo evolucionário afirmar que toda a vida descende de alguma fonte
comum (que pode ter sido um organismo original simples, ou diversos organismos
diferentes que apareceram mais ou menos ao mesmo tempo), “o modelo por si
próprio não tem nada a dizer sobre o processo através do qual este organismo
original ou organismos apareceram na Terra” — a teoria do mecanismo
evolucionário está somente preocupada com a questão de como a vida pode ser
transformada em formas novas de vida.
Não existe nenhuma teoria evolucionária preocupada com o desenvolvimento
original da vida a partir de substâncias químicas não vivas, uma vez que este
tópico sai da estrutura do modelo evolucionário (aspas acrescentadas pelo
autor). Ibid. Acesso em 02 de março de 2006.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 abril de 1985, pp.7I,72.
53 ANKERBERG, John & WELDON, John. Criação e Evolução, p.32-3.
54 Ibid., p.33,34.
3:5 MORRIS, Henry M. é doutor em mecânica de fluidos e hidrologia.
56 MORRIS, Henry M. A Bíblia e a Ciência Moderna, pp. 13-14.
57 Ibid., p. 14. '
38 MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.5I.
Espécie da mariposa inglesa que foi decantada por Darwin como sendo a “prova”
da evolução.
Dicionário Aurélio.
MORRIS, Henry M. O Enigma das Origens — a Resposta, p.95.
SAINT, Felip. Fósseis que Falam, pp.38-40.
SAINT, Felip. Fósseis que Falam, p.40.
“Em Berço de Barro”. Revista Veja, 10 de abril de 1985, p.7I,72.
Que é o homem? De onde ele veio? Para onde vai?
Segundo Platão, o homem é:
Um bípede sem pernas. Um quadrúpede sem penas. Um quadrúpede sem pernas. Um
bípede sem penas Um bípede com penas. Um quadrúpede com pernas.
A antropologia humana exalta a qual teoria?
Descreva o que foi formado em cada dia criação.
Qual é o seu entendimento acerca da criação do ser humano à imagem de DEUS e
conforme a sua semelhança.
Em que consiste a semelhança do homem para com DEUS? Ela se dá em relação a
quê?
O que significa a frase “macho e fêmea os criou”?
Há diferenças entre criar e formar? Por quê?
O que é criacionismo? E por que esta teoria é contrária ao evolucionismo?
Em que consiste a teoria segundo a qual DEUS foi, no início de todas as
coisas, o Inteligent Designer (Projetista Inteligente)?
Como ocorreram as formações do homem e da mulher?
Como era a vida de Adão e Eva no Paraíso?
Descreva a Queda. Como ela ocorreu e por quê?
Qual foi o fruto proibido consumido por Adão e Eva?
Segundo a Palavra de DEUS, o ser humano é bicótomo ou tricótomo? Por quê?
O que é o corpo humano?
O que é a alma humana?
O que é o espírito humano, e em que ele difere da alma?
Defina o estado intermediário. O que é? O que acontece com a alma do salvo após
a morte? Quanto à pessoa que morre na condenação, qual é e como é o seu estado
intermediário?
Justifique, com versículos bíblicos e algumas explicações plausíveis à luz da
ciência, por que a teoria da evolução é falaciosa e contrária à Palavra de
DEUS.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO ANTIGA PARA AJUDAR
Lição 3, A Mordomia da Alma e do espírito
3º Trimestre de 2019 - Tempos, Bens e Talentos - Sendo Mordomo Fiel e Prudente
com as coisas Que DEUS nos tem dado - Comentarista CPAD - Elinaldo Renovato de
Lima
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva -
99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com
TEXTO ÁUREO
“E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma,
e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso
Senhor JESUS CRISTO.” (1 Ts 5.23)
VERDADE PRÁTICA
Ao lado do corpo, a alma e o espírito devem estar preparados para a vinda do
Senhor JESUS CRISTO.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 5.12 O pecado atingiu a todos os homens
Terça – Ec 7.20 Não há homem que não peque
Quarta – 1 Jo 1.7 O sangue de CRISTO nos purifica de todo o pecado
Quinta – 1 Ts 5.23 A tricotomia do ser humano
Sexta – Hb 12.14 Sem santificação ninguém verá o Senhor
Sábado – Gl 5.25 O cristão deve andar no ESPÍRITO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 5.16-22,25
16 - Digo, porém: Andai em ESPÍRITO e não cumprireis a concupiscência da carne.
17 - Porque a carne cobiça contra o ESPÍRITO, e o ESPÍRITO, contra a carne; e
estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. 18 - Mas, se
sois guiados pelo ESPÍRITO, não estais debaixo da lei. 19 - Porque as obras da
carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, 20 -
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas,
dissensões, heresias, 21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas
semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que
os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS. 22 - Mas o fruto do
ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança. 25 - Se vivemos no ESPÍRITO, andemos também no ESPÍRITO.
OBJETIVO GERAL - Conscientizar que, ao lado do corpo, a alma e o espírito devem
ser preservados para a vinda do Senhor JESUS.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar alma e espírito;
Relatar a mordomia da alma;
Apresentar a mordomia do espírito
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vivemos numa sociedade materialista em que o corpo, em quase todas as esferas,
é a prioridade. Muitos levam mais a sério malhar o corpo em detrimento de
exercitar práticas que desenvolvam mais a saúde da mente e a vida espiritual. A
mordomia da alma e do espírito implica desenvolver a esfera material do corpo.
Podemos desenvolver a nossa mente com as coisas boas com que nos alimentamos
(Fp 4.8,9), e também podemos tonificar o espírito com exercícios de piedade os
quais as Escrituras nos ensinam (Mt 6.9-13,16-18). Portanto, nesta lição temos
a oportunidade de falarmos acerca do bem-estar da alma e do espírito.
PONTO CENTRAL - A mordomia da alma e do espírito deve ser levado muito sério
pelos crentes
INTRODUÇÃO
Para ser mordomo da alma e do espírito, o homem necessita, antes de tudo, da fé
em DEUS, da entrega incondicional a CRISTO JESUS e da ação poderosa do ESPÍRITO
SANTO na sua mente, pensamento e maneira de viver diante do Criador. Para isso
é preciso ser “nova criatura” (1 Co 5.17)! Assim, além de conservar o corpo,
precisamos conservar a alma e o espírito. É o que veremos nesta lição.
Resumo da Lição 3, A Mordomia da Alma e do espírito
I – CONCEITUANDO ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
1. O significado de alma.
2. A origem da alma.
2.1. Teoria da preexistência.
2.2. Criacionismo.
2.3. Teoria participativa.
3. Conceituação de espírito.
II. A MORDOMIA DA ALMA: “O HOMEM INTERIOR”
1. A tricotomia do homem.
2. A mordomia da alma.
2.1. A Necessidade da alma.
2.2. A santificação da alma.
2.3. A santificação dos pensamentos.
III – A MORDOMIA DO ESPÍRITO
1. Andando em ESPÍRITO.
2. Frutificando no ESPÍRITO.
DEPRESSÃO - Enfermidade Grave Da ALMA que pode levar o crente à morte do corpo,
da alma e do espírito.
SÍNTESE DO TÓPICO I - A alma é a sede das emoções e dos sentimentos; o
espírito, a fonte dessas emoções e sentimentos.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O homem é um ser tricotômico, isto é, constituído de
corpo, alma e espírito; e a mordomia da alma envolve necessidades e
santificação dos pensamentos
SÍNTESE DO TÓPICO III - A mordomia do espírito está amparada em duas esferas:
andar no ESPÍRITO e frutificar no ESPÍRITO.
Comentários do Pr Henrique
O princípio da tricotomia segue o mesmo princípio da trindade ou triunidade
de DEUS. (3x1)
DEUS PAI planeja, o FILHO JESUS executa e o ESPÍRITO SANTO dá poder e
revela. (3x1) As três pessoas concordam em tudo.
Sendo o homem "espírito", é capaz de ter conhecimento de DEUS
e comunhão com ele; sendo "alma", ele tem conhecimento de si
próprio; sendo "corpo", tem, através dos sentidos, conhecimento do
mundo. (3x1) As três partes nem sempre concordam entre si, podendo até haver
guerra entre elas.
A alma do crente DEVE SER ALIMENTADA PELA PALAVRA DE DEUS.
O espírito do crente DEVE SER ALIMENTADO PELA ORAÇÃO. O corpo deve ser domado
pelo jejum.
Alma - Intelecto, vontade, sentimento. É centro controlador do ser humano. Eis
que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do
filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá. Ezequiel 18:4 - O pecado é
resultado de uma má orientação da alma.
Os 5 sentidos do corpo são movidos pela alma.
Com certeza existe diferença entre alma e espírito (até os nomes gregos são
diferentes).
Mas eles se prostraram sobre os seus rostos, e disseram: Ó DEUS, DEUS dos
espíritos de toda a carne, pecará um só homem, e indignar-te-ás tu contra toda
esta congregação? Números 16:22
O Senhor, DEUS dos espíritos de toda a carne, ponha um homem sobre esta
congregação, Números 27:16
Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada
alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma (ψυχη psuche) e do
espírito (πνευμα pneuma), e das juntas e medulas (corpo), e é apta para
discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12
E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito (πνευμα
pneuma), e alma (ψυχη psuche), e corpo (σωμα soma), sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO. 1
Tessalonicenses 5:23
E, clamando JESUS com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu
espírito. E, havendo dito isto, expirou. Lucas 23:46
Penso que DEUS nos conhece antes de sermos gerados fisicamente - DEUS cria
primeiro o espírito e depois a alma e depois que aparece no reino material o
corpo.
Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te
santifiquei; às nações te dei por profeta. Jeremias 1:5
Veja também que a mãe de Sansão recebeu ordem de não comer alguma coisa imunda
e não beber vinho antes de ter relação sexual com seu marido Manoá para gerarem
Sansão que seria nazireu e não poderia ter contato com o vinho.
Porém disse-me: Eis que tu conceberás e terás um filho; agora pois, não bebas
vinho, nem bebida forte, e não comas coisa imunda; porque o menino será nazireu
de DEUS, desde o ventre até ao dia da sua morte. Juízes 13:7
Sendo o homem "espírito", é capaz de ter conhecimento de DEUS
e comunhão com ele; sendo "alma", ele tem conhecimento de si
próprio; sendo "corpo", tem, através dos sentidos, conhecimento do
mundo.
OS ANIMAIS POSSUEM CORPO, ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)?
Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos
animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e
todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é
nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para um lugar; todos foram feitos
do pó, e todos voltarão ao pó. Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e
que o fôlego dos animais vai para baixo da terra? Eclesiastes 3:19-21
Naturalmente Salomão falava da morte. Todos os seres humanos e os animais
morrem e vão apodrecer, se corromper. O mesmo fôlego se refere a uma alma dada
por DEUS. Mas fica evidente que a alma do homem é diferente da alma do animal.
Somente o homem foi criado à imagem e semelhança de DEUS. O mesmo Salomão
separa os homens assim: “e o pó volte à terra, como o era, e o
espírito volte a DEUS, que o deu” (Eclesiastes 12:7).
E disse DEUS: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem
as aves sobre a face da expansão dos céus. Gênesis 1:20
E disse DEUS: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e
répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi. Gênesis 1:24
E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; homem e mulher os
criou. Gênesis 1:27
Os animais possuem corpo e alma, mas não espírito. Nós somos à imagem e
semelhança de DEUS exatamente porque somos espírito. Nisso nos parecemos com
DEUS que é ESPÍRITO.
O corpo e a alma dos animais são diferentes de nós - Nossa alma possui
inteligência, capacidade de tomar decisão (livre arbítrio). Os animais fazem o
que foram ordenados por DEUS para fazerem, ou que foram ensinados por ser
humano para fazer. Só a alma dos homens teem consciência do pecado.
Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a
carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves. 1 Coríntios 15:39
Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para
salvá-las. E foram para outra aldeia. Lucas 9:56
O que os animais possuem é o instinto. O instinto foi dado por DEUS
a eles quando os criou “segundo as suas espécies”. DEUS escreveu dentro deles
leis naturais que cada espécie iria seguir. É por isso que cada espécie de
animal age de uma forma, que algumas são selvagens enquanto outras se deixam
domesticar, e outras diversas ações características de cada espécie. O instinto
é o fôlego de vida do animal.
Dentro do instinto dos animais existe a capacidade, especialmente
em espécies de animais domésticos; a capacidade que permite que eles interajam
com o mundo a sua volta, especialmente com os seres humanos.
A existência dos animais só é terrena.
Quando a Terra for desfeita, toda a vida terrestre deixará de
existir. E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe.
E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu,
adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do
céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles, e será o seu
DEUS. E DEUS limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem
pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
Apocalipse 21:1-4 Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os
céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a
terra, e as obras que nela há, se queimarão. 2 Pedro 3:10
DESTINO FINAL do corpo, da alma e do espírito.
corpo, alma e espírito do salvo vão para o céu - primeiro paraíso -
depois Nova Jerusalém - logo após o arrebatamento.
corpo, alma e espírito do ímpio vão para o lago de fogo e enxofre -
primeiro inferno - depois lago de fogo e enxofre logo após o Juízo Final.
Como tricotomia que é, o ser humano será arrebatado para a Nova
Jerusalém completo em corpo glorificado, alma lavada e purificada no sangue de
JESUS e espírito ligado a DEUS pelo ESPÍRITO SANTO; ou será lançado no inferno
e depois lago de fogo e enxofre completo (corpo, alma e espírito). O homem é
uma tricotomia e no final de sua vida na terra os três (tricotomia) se unirão,
ou na Nova Jerusalém (salvos) ou no Lago de fogo e enxofre (ímpios). Corpo,
alma e espírito.
Explico pela Palavra de DEUS.
Muitos têm dúvida se o espírito vai para o inferno devido a um
versículo de Salomão em Eclesiastes - E o pó volte à terra, como o era, e o
espírito volte a DEUS, que o deu. Eclesiastes 12:7 ISSO CONFUNDE MESMO.
Salomão estava se referindo a si próprio como justificado perante
DEUS, portanto, seu espírito era de um salvo e voltaria para DEUS com sua
morte. Como não tinha conhecimento do destino do corpo (arrebatamento) pensava
que este iria para a sepultura e lá permaneceria para sempre.
Quanto ao destino do corpo e alma do descrente vejamos o que JESUS
falou:
Mt 5:29 Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o
e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros
do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
Mt 10:28 E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a
alma temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe
Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia
de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque
a língua, porque estou atormentado nesta chama. Lucas 16:23, 24
Em Apocalipse vamos ver algo sobre o espírito ser lançado no lago
de fogo e enxofre.
Ap 20:14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo: esta
é a segunda morte. (corpo e alma, como já vimos, aqui estão incluídos)
Ap 20:15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no
lago de fogo.
Ap 21:8 Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos
homicidas, e aos devassos, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os
mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a
segunda morte.
Agora veja com certeza que o espírito é lançado no lago de fogo e
enxofre, pois a besta e o falso profeta que viveram durante a grande tribulação
são lançados vivos no lago de fogo e enxofre. Vivos - corpo, alma e espírito.
Lembrando também que os demônios e Satanás são espíritos e vão ser lançados no
lago de fogo e enxofre.
Ap 19:20 E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante
dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e
adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo
e de enxofre.
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no
lago de fogo. Apocalipse 20:15
E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a
besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o
sempre. Apocalipse 20:10
ALMA - SEDE DE DEUS - Salmos 42.1-5.
1 Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a
minha alma por ti, ó DEUS!
A alma deseja estar em comunhão com DEUS. DESEJAR é da alma.
2 A minha alma tem sede de DEUS, do DEUS vivo; quando entrarei e me
apresentarei ante a face de DEUS?
A alma sente falta de DEUS. Sentir é da alma.
3 As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, porquanto me
dizem constantemente: Onde está o teu DEUS?
A alma é sede dos sentimentos. daí brota o choro. A alma chora.
4 Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido
com a multidão; fui com eles à Casa de DEUS, com voz de alegria e louvor, com a
multidão que festejava.
Lembrar é da Alma. Louvar é da Alma. Se alegrar é da alma. Desejo
de cultuar é da Alma.
5 Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em
DEUS, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença.
Se abater, se entristecer é da alma. A alma se perturba. A alma
espera, confia e louva. A salvação é sentida pela alma.
Cervo - mamífero ruminante da família dos cervídeos,
caracterizados por possuírem cornos ramificados, anualmente caducos.
Alma - do Lat. anima s. f., parte incorpórea,
imaterial do ser humano; princípio da vida; conjunto das faculdades
intelectuais e morais do homem, pessoa; a vida; a
existência; motor principal; agente; entusiasmo; paixão; animação; caráter; índole; consciência; sentimento; coração;
generosidade.
ALMA - ANTIGO TESTAMENTO - (Strong Português) - נפש nephesh
1) alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo,
desejo, emoção, paixão
1a) aquele que respira, a substância ou ser que respira, alma, o ser interior
do homem
1b) ser vivo
1c) ser vivo (com vida no sangue)
1d) o próprio homem, ser, pessoa ou indivíduo
1e) lugar dos apetites
1f) lugar das emoções e paixões
1g) atividade da mente
1g1) duvidoso
1h) atividade da vontade
1h1) ambíguo
1i) atividade do caráter
1i1) duvidoso
ALMA - NOVO TESTAMENTO - (Strong Português) - ψυχη psuche
1) respiração
1a) fôlego da vida
1a1) força vital que anima o corpo e é reconhecida pela respiração
1a1a) de animais 1a1b) de pessoas
1b) vida
1c) aquilo no qual há vida
1c1) ser vivo, alma vivente
2) alma
2a) o lugar dos sentimentos, desejos, afeições, aversões (nosso coração, alma
etc.)
2b) a alma (humana) na medida em que é constituída por DEUS; pelo uso correto
da ajuda oferecida por DEUS, pode alcançar seu o seu mais alto fim e eterna e
segura bem-aventurança. A alma considerada como um ser moral designado para
vida eterna
2c) a alma como uma essência que difere do corpo e não é dissolvida pela morte
(distinta de outras partes do corpo)
Alma = Centro da vontade, desejos, sentimentos. O ser humano possui uma alma,
mora em um corpo e é espiritual, quando crente. A alma quem comanda o ser
humano, ou para DEUS ou para Satanás. ("A alma que pecar esta
morrerá") Só DEUS pode criar a alma. Alma tem sede de DEUS porque veio de
DEUS. Só podemos amar se a alma permitir, só podemos amar a DEUS se alma
estiver em harmonia com o espírito.
Amar - do Lat. amare v. tr., ter amor a; gostar
muito de; desejar; escolher; apreciar; preferir; estar apaixonado.
Como seria possível ao homem viver sem Ti! Homem que é imagem de DEUS, que traz
dentro de si o sopro da Divindade, e que por isso mesmo sente falta de Seu
Criador, que é Seu Senhor, Rei e DEUS. O salmista expressa isso de forma muito
vívida para os orientais, quando diz: "Como o cervo brama pelas correntes
das águas, assim suspira minha alma por Ti, ó DEUS!"
Em sua caminhada pelo mundo, o homem, tem dito sempre novamente que
precisa de DEUS, ainda que não explicitamente, mas ele sempre o diz. Mesmo o
homem que continua afastado de DEUS por não o reconhecer em sua vida, ainda
esse diz
que precisa de DEUS. Poetas, cantores, atores, e homens em geral
expressam de formas diferentes a sua dependência do Criador e acabam
enquadrando-se na palavra do salmista, pois eles também, assim como o cervo (a
corça) procura ansiosamente um riacho para saciar sua sede, tal acontece com o
homem, que em suas andanças pelo deserto árido do mundo procura pela fonte das
águas, a única verdadeiramente capaz de saciar completamente e definitivamente
sua sede, por isso ele homem procura e deseja DEUS...
O desejo leva à procura, e na procura percorremos muitos caminhos até que O
encontremos de fato. Isto nos mostra a impossibilidade de o homem viver sem
aquele que o criou, a fonte original de sua vida. Por isso o homem busca, às
vezes com lágrimas à DEUS, onde quer que seja, pois tem em seu interior existe
uma necessidade tão grande de DEUS que se pergunta: "Onde estará
DEUS?" A procura pela resposta é incessante; castiga a alma, o corpo e o
espírito do homem, pois dessa resposta depende a sua vida. Andando por tantos
lugares chamados de "casa de DEUS" frustra-se, pois ainda não o
encontra, mesmo que percorra tantos lugares onde dizem estar DEUS. A
perturbação aumenta, os problemas se avolumam, mas de repente, DEUS se mostra
ao homem dizendo: "Aqui estou!" Finalmente a longa jornada em busca
do Criador termina, e como a corça sedenta pela água pura e cristalina que
sacie sua sede, o homem agora pode ter sua sede saciada por DEUS em um encontro
que transforma a vida do homem, tornando-o assim feliz e seguro, pois agora
encontrou Aquele que tanto procurava.
Não, não é possível viver sem Ti, Senhor DEUS! Minha sede por Ti é tão imensa
que quero penetrar profundamente nos abismos da pessoa do Criador para Te
descobrir! Sei que jamais chegarei a Te conhecer plenamente, mas também sei que
quanto mais perto de Ti estiver eu, mais saciada estará minh’alma da Tua
presença. E assim, como a corça que chegou às águas e teve sua sede saciada,
estarei eu ó DEUS da minha vida, quando estiver plenamente imerso em Ti!
Não permitas Tu que, agora que estou tão perto de Ti eu não desfrute da Tua
presença e do prazer de dizer-Te: "Tu és o meu Senhor e Rei da minha
vida", porque está escrito que nada poderá nos separar do amor de DEUS...
A MINHA ALMA TEM SEDE DE DEUS. Assim como a água é essencial à vida
física, assim também DEUS e a sua presença são essenciais à satisfação e à
normalidade da vida. O verdadeiro crente terá fome e sede de DEUS e da sua
graça, bênção e operação sobrenatural na sua vida.
(1) Sem sede de DEUS a pessoa morre espiritualmente. Não devemos,
pois, permitir que coisa alguma faça diminuir nosso anelo pelas coisas de DEUS.
Acautele-se dos cuidados deste mundo, da busca das coisas terrenas e dos
prazeres que tiram a fome e sede de DEUS, e o desejo de buscar a sua face em
oração (Mc 4.19).
(2) Devemos orar para que aumente o nosso anseio pela presença de
DEUS, que nosso desejo pela plena manifestação do ESPÍRITO SANTO cresça, e que
se aprofunde a nossa paixão pela plenitude do reino de CRISTO e sua justiça,
até clamarmos por Ele de dia e de noite, com sede sincera, assim como o cervo
brama pelas correntes das águas em tempos de seca (v. 1; ver Mt 5.6;
6.33).
Ó MEU DEUS... A MINHA ALMA ESTÁ ABATIDA. Aqueles que têm sede de
DEUS e anseiam por uma manifestação maior da sua presença podem vir a
experimentar certa demora. Mesmo assim, o crente fiel continuará tendo sede de
DEUS e buscando a sua presença. O Senhor tem prometido que abençoará os que têm
fome e sede de justiça, os quais não se contentam com menos do que a plenitude
da bênção divina (Mt 5.6). Em meio ao silêncio de DEUS, devemos persistir em
conhecê-lo e experimentar uma manifestação maior do ESPÍRITO SANTO (cf. Os
6.1-3; At 2.38,39; 4.11-13). Não devemos desanimar, mas, sim, pôr nossa
esperança em DEUS e confiar no seu imutável amor (vv. 8-11).
ESPÍRITO ANTIGO TESTAMENTO - (Strong português) - רוח ruwach
1) vento, hálito, mente, espírito
1a) hálito
1b) vento
1b1) dos céus 1b2) pontos cardeais ("rosa-dos-ventos”), lado 1b3) fôlego
de ar 1b4) ar, gás 1b5) vão, coisa vazia
1c) espírito (quando se respira rapidamente em estado de animação ou agitação)
1c1) espírito, entusiasmo, vivacidade, vigor 1c2) coragem 1c3) temperamento,
raiva 1c4) impaciência, paciência 1c5) espírito, disposição (como, por exemplo,
de preocupação, amargura, descontentamento) 1c6) disposição (de vários tipos),
impulso irresponsável ou incontrolável 1c7) espírito profético
1d) espírito (dos seres vivos, a respiração do ser humano e dos animais)
1d1) como dom, preservado por DEUS, espírito de DEUS, que parte na morte, ser
desencarnado
1e) espírito (como sede da emoção)
1e1) desejo 1e2) pesar, preocupação
1f) espírito
1f1) como sede ou órgão dos atos mentais 1f2) raramente como sede da vontade
1f3) como sede especialmente do caráter moral
1g) ESPÍRITO de DEUS, a terceira pessoa do DEUS triúno, o ESPÍRITO SANTO, igual
e coeterno com o Pai e o Filho
1g1) que inspira o estado de profecia extático 1g2) que impele o profeta a
instruir ou admoestar 1g3) que concede energia para a guerra e poder executivo
e administrativo 1g4) que capacita os homens com vários dons 1g5) como energia
vital
1g6) manifestado na glória da sua habitação 1g7) jamais referido como força
despersonalizada.
ESPÍRITO - NOVO TESTAMENTO - (Strong Português) πνευμα pneuma
1) terceira pessoa da trindade, o SANTO ESPÍRITO, coigual, coeterno
com o Pai e o Filho
1a) algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e
caráter (o SANTO ESPÍRITO)
1b) algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o
ESPÍRITO da Verdade)
1c) nunca mencionado como um força despersonalizada
2) o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
2a) espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
2b) alma
3) um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos
todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e
ação
3a) espírito que dá vida
3b) alma humana que partiu do corpo
3c) um espírito superior ao homem, contudo inferior a DEUS, i.e., um anjo 3c1)
usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos
humanos 3c2) a natureza espiritual de CRISTO, superior ao maior dos anjos e
igual a DEUS, a natureza divina de CRISTO
4) a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
4a) a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
5) um movimento de ar (um sopro suave)
5a) do vento; daí, o vento em si mesmo
5b) respiração pelo nariz ou pela boca
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Comentários extras
A natureza do homem - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia
Sistemática - Myer Pearman - EDITORA VIDA
1. A tri-unidade humana.
Segundo Gên. 2:7, o homem se compõe de duas substâncias —
a substância material, chamada corpo, e a substância imaterial, chamada
alma. A alma é a vida do corpo e quando a alma se retira o corpo morre.
Mas, segundo 1 Tess. 5:23 e Heb. 4:12, o homem se compõe de
três substâncias — espírito, alma e corpo; alguns estudantes da bíblia
defendem essa opinião de três partes da constituição humana versus doutrina de
duas partes apenas, adotada por outros. Ambas as opiniões são corretas quando
bem compreendidas. O espírito e a alma representam os dois lados da substância
não-física do homem; ou, em outras palavras, o espírito e a
alma representam os dois lados da natureza espiritual. Embora distintos, o
espírito e a alma são inseparáveis, são entrosados um no outro. Por
estarem tão interligados, as palavras "espírito" e "alma"
muitas vezes se confundem (Ecl. 12:7; Apoc. 6:9); de maneira que em um
trecho a substância espiritual do homem se descreve como a alma (Mat. 10:28),
e em outra passagem como espírito (Tia. 2:26). Embora muitas vezes os termos
sejam usados alternativamente, têm significados distintos. Por exemplo:
"A alma" é o homem como o vemos em relação a esta vida atual. As
pessoas falecidas descrevem-se como "almas" quando o escritor se
refere à sua vida anterior. (Apoc. 6:9, 10; 20:4.) "O espírito"
é a descrição comum daqueles que passaram para a outra vida. (Atos 23:9; 7:59;
Heb. 12:23; Luc. 23:46; 1 Ped. 3:19.) Quando alguém for "arrebatado"
temporariamente fora do corpo (2 Cor. 12:2) se descreve como "estando
no espírito".(Apoc. 4:2; 17:3.) Sendo o homem "espírito", é
capaz de ter conhecimento de DEUS e comunhão com ele; sendo
"alma", ele tem conhecimento de si próprio; sendo "corpo",
tem, através dos sentidos, conhecimento do mundo. — Scofield.
2. O espírito humano.
Habitando a carne humana, existe o espírito dado por DEUS em
forma individual. (Num. 16:22; 27:16.) O espírito foi formado pelo Criador
na parte interna da natureza do homem, capaz de renovação e desenvolvimento.
(Sal. 51:10.) Esse espírito é o centro e a fonte da vida humana; a alma possui
e usa essa vida e lhe dá expressão por meio do corpo. No
princípio DEUS soprou o espírito de vida no corpo inanimado e o homem
"foi feito alma vivente". Assim a alma é um espírito encarnado,
ou um espírito humano que recebe expressão mediante o corpo.
A combinação desses dois elementos constitui o homem em "alma".
A alma sobrevive à morte porque o espírito a dota de energia;
no entanto, a alma e o espírito são inseparáveis porque o espírito está
entrosado e confunde-se com a substância da alma. O espírito é aquilo que faz o
homem diferente de todas as demais coisas criadas. é dotado de vida humana
(e inteligência, Prov. 20:27; Jo 32:8) que se distingue da vida dos
irracionais. Os irracionais têm alma (Gên. 1:20, no original) mas não têm
espírito. Em Ecl. 3:21 a referência trata aparentemente do princípio de vida,
tanto no homem como no irracional. Salomão registrou uma pergunta que fez
quando se afastou de DEUS. Assim, dessemelhante dos homens, os irracionais não
podem conhecer as coisas de DEUS (1 Cor. 2:11; 14:2; Efés. 1:17;4:23) e
não podem ter relações pessoais e responsáveis com ele. (João 4:24.) O
espírito do homem, quando se torna morada do ESPÍRITO de DEUS (Rom. 8:16), é
centro de adoração (João 4:23,24); de oração, cântico, bênção (1 Cor.
14:15), e de serviço (Rom. 1:9; Fil. 1:27). O espírito humano, representando a
natureza suprema do homem, rege a qualidade de seu caráter. Aquilo que
domina o espírito toma-se atributo de seu caráter. Por exemplo, se o homem
permitir que o orgulho o domine, ele tem um "espírito altivo".
(Prov. 16:18.) Conforme as influências respectivas que o dominem, um homem pode
ter um espírito perverso (Isa. 19:14); um espírito rebelde (Sal. 106:33); um
espírito impaciente (Prov. 14:29); um espírito perturbado (Gên.41:18); um
espírito contrito e humilde (Isa. 57:15; Mat. 5:3). Pode estar sob um espírito
de servidão (Rom. 8:15), ou ser impelido pelo espírito de inveja (Num.5:14).
Assim é que o homem deve guardar o seu espírito (Mal. 2:15), dominar
o seu espírito (Prov. 16:32), pelo arrependimento tornar-se um
novo espírito (Ezeq. 18:31) e confiar em DEUS para transformar o
seu espírito (Ezeq. 11:19). Quando as paixões vis exercerem o domínio e a
pessoa manifestar um espírito perverso, significa que a alma (a vida
egocêntrica ou vida natural) destronizou o espírito. O espírito lutou e
perdeu. O homem é vítima de seus sentimentos e apetites naturais; e
é "carnal". O espírito já não domina mais, e essa impotência
se descreve como um estado de morte. Dessa maneira há necessidade
de receber um espírito novo (Ezeq. 18:31; Sal. 51:10); e
somente aquele que originalmente soprou no corpo do homem o fôlego da
vida poder soprar na alma do homem uma nova vida espiritual — isto é,
regenerá-lo. (João 3:8; 20:22; Gal. 3:10.) Quando assim sucede, o espírito
do homem novamente ocupa lugar de ascendência, e chega a ser homem
"espiritual". Entretanto, o espírito não pode viver de si mesmo,
mas deve buscar a renovação constante mediante o ESPÍRITO de DEUS.
3. A alma do homem.
(a) A natureza da alma. A alma é aquele princípio inteligente e
vivificante que anima o corpo humano, usando os sentidos físicos como seus
agentes na exploração das coisas materiais e os órgãos do corpo para se
expressar e comunicar-se com o mundo exterior.
Originalmente a alma veio a existir em resultado do sopro sobrenatural de
DEUS. Podemos descrevê-la como espiritual e vivente, porque opera por meio
do corpo. No entanto, não devemos crer que a alma seja parte de DEUS, pois a
alma peca. É mais correto dizer que é dom e obra de DEUS. (Zac. 12:1.)
Devem-se notar quatro distinções:
1. A alma distingue a vida humana e a vida dos irracionais das coisas
inanimadas e também da vida inconsciente como a vegetal. Tanto os
homens como os irracionais possuem almas (em Gên. 1:20, a palavra
"vida" é "alma" no original). Poderíamos dizer que
as plantas têm alma (no sentido de um princípio de vida), mas não
é uma alma consciente.
2. A alma do homem o distingue dos irracionais. Estes possuem alma,
mas é alma terrena que vive somente enquanto durar o corpo. (Ecl. 3:21.) A
alma do homem é de qualidade diferente sendo vivificada pelo espírito humano.
Como "toda carne não é a mesma carne", assim sucede com a alma; existe
alma humana e existe alma dos irracionais. Evidentemente, os homens fazem
o que os irracionais não podem fazer, por muito inteligentes que sejam; a sua
inteligência é de instinto e não proveniente de razão. Tanto os homens
como os irracionais constroem casas. Mas o homem progrediu, vindo a
construir catedrais, escolas e arranha-céus, enquanto os
animais inferiores constroem suas casas hoje da mesma maneira como as
construíam quando DEUS os criou. Os irracionais podem guinchar (como o
macaco), cantar (como o pássaro), falar (como o papagaio); mas somente o
homem produz a arte, a literatura, a música e as invenções cientificas. O
instinto dos animais pode manifestar a sabedoria do seu Criador, mas
somente o homem pode conhecer e adorar a seu Criador. Para melhor ainda
ilustrar o lugar elevado que ocupa o homem na escala da vida, vamos observar os
quatro degraus da vida, que se elevam em dignidade um sobre o outro,
conforme a independência sobre a matéria. Primeiro, a vida vegetal, que
necessita de órgãos materiais para assimilar o alimento; segundo, a vida
sensível, que usa os órgãos para perceber as coisas materiais e ter
contato com elas; terceiro, a vida intelectual, que percebe o
significado das coisas pela lógica, e não meramente pelos sentidos;
quarto, a vida moral, que concerne à lei e à conduta. Os animais são
dotados de vida vegetativa e sensível; o homem é dotado de
vida vegetativa, sensível, intelectual e moral.
3. A alma distingue um homem de outro e dessa maneira forma a base da
individualidade. A palavra "alma" é, portanto, usada
frequentemente no sentido de "pessoa". Em Êx 1:5 "setenta
almas" significa "setenta pessoas". Em Rom.13:1 "cada
alma" significa "cada pessoa". Atualmente dizemos, "
não havia nem uma alma presente", referindo-nos às pessoas.
4. A alma distingue o homem não somente das ordens inferiores, mas
também das ordens superiores dos anjos, porque estes não têm corpos semelhantes
aos dos homens. O homem tomou-se um "ser vivente", quer
dizer, a alma enche um corpo terreno sujeito às condições terrenas. Os anjos se
descrevem como espíritos (Heb. 1:14), porque não estão sujeitos às condições ou
limitações materiais. Por essa mesma razão se descreve DEUS como
"ESPÍRITO". Mas os anjos são espíritos criados e finitos, enquanto
DEUS é o ESPÍRITO eterno e infinito.
(b) A origem da alma humana.
Sabemos que a primeira alma veio a existir como resultado de
DEUS ter soprado no homem o sopro de vida. Mas como chegaram a
existir as almas desde esse tempo? Os estudantes da Bíblia se dividem
em dois grupos de idéias diferentes:
(1) Um grupo afirma que cada alma individual não vem
proveniente dos pais, mas sim pela criação Divina imediata. Citam as seguintes
escrituras: Isa. 57:16; Ecl. 12:7; Heb. 12:9; Zac. 12:1
(2) Outros pensam que a alma é transmitida pelos pais. Apontam
o fato de que a transmissão da natureza pecaminosa de Adão à posteridade
milita contra a criação divina de cada alma; também o fato de que as
características dos pais se transmitem à sua descendência. Citam as seguintes
passagens: João 1:13; 3:6; Rom. 5:12; 1 Cor.15:22; Efés. 2:3; Heb. 7:10.
A origem da alma pode explicar-se pela cooperação tanto
do Criador como dos pais. No princípio duma nova vida, a Divina criação e
o uso criativo de meios agem em cooperação. O homem gera o homem em
cooperação com "o Pai dos espíritos". O poder de DEUS domina e
permeia o mundo (Atos 17:28; Heb. 1:3) de maneira que todas as criaturas
venham a ter existência segundo as leis que ele ordenou. Portanto, os
processos normais da reprodução humana põem em execução as leis da vida
fazendo com que a alma nasça no mundo.
A origem de todas as formas de vida está encoberta por um véu de mistérios
(Ecl. 11:5; Sal. 139:13-16; Jo 10:8-12), e esse fato deve servir de aviso
contra a especulação sobre as coisas que estão além dos limites das
declarações bíblicas.
(c) Alma e corpo.
A relação da alma com o corpo pode ser descrita e ilustrada da
seguinte maneira:
1. A alma é a depositária da vida; ela figura em tudo que pertence ao
sustento, ao risco, e à perda da vida. É por isso que em muitos casos
a palavra "alma" tem sido traduzida "vida". (Vide Gên. 9:5;
1 Reis 19:3; 2:23; Prov. 7:23; Êxo. 21:23,30; 30:12; Atos 15:26.) A vida é
o entrosamento do corpo com a alma. Quando a alma e o corpo se separam, o
corpo não existe mais; o que resta é apenas um grupo de partículas
materiais num estado de rápida decomposição.
2. A alma permeia e habita todas as partes do corpo e afeta mais ou menos
diretamente todos os seus membros. Este fato explica por que as
Escrituras atribuem sentimentos ao coração e aos rins (Sal. 73:21; Jo 16:13;
Lam. 3:13; Prov. 23:16; Sal. 16:7; Jer. 12:2; Jo. 38:36); às entranhas (File.
12; Jer. 4:19; Lam. 1:20; 2:11; Cânt. dos Cânt. 5:4; Isa. 16:11); e ao ventre
(Hab. 3:16; Jo 20:23; 15:35; João 7:38). Esta mesma verdade, de que a alma
permeia o corpo, explica porque em muitas passagens se descreve a alma
executando atos corporais. (Prov. 13:4; Isa. 32:6; Num. 21:4; Jer. 16:16;
Gên.44:30; Ezeq. 23:17, 22, 28.) "As partes internas" ou
"entranhas" é a expressão que geralmente descreve o entrosamento
da alma com o corpo. (Isa. 16:11; Sal. 51:6; Zac. 12:1; Isa. 26:9; 1 Reis
3:28.) Essas passagens descrevem as partes internas como o centro dos
sentimentos, de experiência espiritual e de sabedoria. Mas notemos que não
é o tecido material que pensa e sente, e, sim a alma operando por meio
dos tecidos. Corretamente falando, não é o coração de carne, mas a alma,
por meio do coração, que sente.
3. Por meio do corpo a alma recebe suas impressões do mundo exterior. Essas
impressões são percebidas por estes sentidos: vista, audição, paladar, olfato e
tato, e são transmitidas ao cérebro por via do sistema nervoso. Por meio do
cérebro a alma elabora essas impressões pelos processos do intelecto, da
razão, da memória e da imaginação. A alma atua sobre essas
impressões enviando ordens às várias partes do corpo por via do cérebro
e do sistema nervoso.
4. A alma estabelece contato com o mundo por meio do corpo, que é o
instrumento da alma. O sentir, o pensar, o exercer vontade
e outros atos, são todos eles atividades da alma ou do "eu". É
o "eu" que vê e não somente os olhos; é o "eu" que
pensa e não meramente o intelecto; é o "eu" que joga a bola e
não meramente o meu braço; é o "eu" que pede e não simplesmente
a língua ou os membros. Quando um membro é ferido, a alma não pode
funcionar bem por meio dele; em caso de lesão cerebral pode resultar a demência.
A alma então passa a ser como um músico com um instrumento danificado ou
quebrado.
(d) A alma e o pecado.
· A
alma vive a sua vida natural através dos instintos, termo que vamos empregar
por falta de outro melhor. Esses instintos são forças motrizes da
personalidade, com as quais o Criador dotou o homem para fazê-lo apto a
uma existência terrena (assim como o dotou de faculdades espirituais para
capacitá-lo a uma existência celestial). Chamamo-los instintos porque são
impulsos inatos, implantados na criatura a fim de capacitá-la a
fazer instintivamente o que é necessário para originar e preservar
a vida natural. Assim escreve o Dr. Leander Keyser: "Se no
início de sua vida o infante humano não tivesse certos instintos,
não poderia sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno e médico."
Vamos considerar os cinco instintos mais importantes. O primeiro é o instinto
da autopreservação que nos avisa de perigo e nos capacita a cuidar de nós
mesmos. O segundo, é o instinto de aquisição (conseguir), que nos conduz a
adquirir as provisões para o sustento próprio. O terceiro, é o instinto da
busca de alimento, o impulso que leva a satisfazer a fome natural. O
quarto é o instinto da reprodução que conduz à perpetuação da espécie.
O quinto, é o instinto de domínio que conduz a exercer certa iniciativa
própria necessária para o desempenho da vocação e das responsabilidades. O
registro desses dotes (ou instintos) do homem concedidos pelo Criador acha-se
nos primeiros dois capítulos de Gênesis. O instinto de autopreservação implica
a proibição e o aviso: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela
não comerás porque no dia em que dela comeres certamente morrerás." O
instinto de aquisição aparece no fato de ter Adão recebido da mão de DEUS
o lindo jardim do Éden. O instinto da busca de alimento
percebe-se nas palavras: "Eis que vos tenho dado todas as ervas que
dão sementes, as quais se acham sobre a face de toda a terra, e
todas as árvores em que há fruto que dê semente ser-vos-á
para alimento." Ao instinto de reprodução referem-se estas
declarações: "Homem e mulher os criou." "DEUS os abençoou e lhes
disse: frutificai, multiplicai-vos." Ao quinto instinto,
domínio, refere-se o mandamento: "Enchei a terra, e sujeitai-a;
dominai.
"DEUS ordenou que as criaturas inferiores fossem governadas primeiramente
pelos instintos, mas o homem foi elevado à dignidade de possuir o dom de
livre arbítrio e a razão, com os quais poderia disciplinar-se a si mesmo e
tornar-se árbitro do seu próprio destino. Como guia para o regulamento das
faculdades do homem, DEUS impôs uma lei. O entendimento do homem quanto a
essa lei produziu uma consciência, que significa literalmente "com
conhecimento". Quando o homem deu ouvidos à lei, teve a consciência
esclarecida; quando desobedeceu a DEUS, sofreu, pois a consciência o
acusava. No relato da tentação (Gên. 3) lemos como o homem cedeu à
concupiscência dos olhos, à cobiça da carne, e à vaidade da vida. (1
João 2:16), e usou os seus poderes de modo contrário à vontade
de DEUS. A alma consciente e voluntariamente, usou o corpo para
pecar contra DEUS. Essa combinação de alma pecaminosa e corpo
humano constituem o que se conhece como "o corpo do pecado"
(Rom. 6:6), ou "a carne" (Gál. 5:24). A inclinação e desejo da
alma para usar o corpo dessa maneira se descreve como a "mente
carnal" (Rom. 8:7).
Visto que o homem pecou com o corpo, será julgado segundo "o que fez
por meio do corpo" (2 Cor. 5:10). Isso envolve uma ressurreição. (João
5:28, 29.) Quando a "carne" é condenada, a referência não é ao corpo
material (o elemento material não pode pecar), mas ao corpo usado pela
alma pecadora.
É a alma que peca. Ainda que a língua do
difamador fosse cortada o difamador seria o mesmo. Amputam-se as mãos do
larápio, mas de coração ele ainda seria ladrão. Os impulsos pecaminosos da alma
devem ser extirpados; é essa a obra do ESPÍRITO SANTO. (Vide Col. 3:5;
Rom. 8:13.) "A carne" pode ser definida como a soma total dos
instintos do homem, não como vieram das mãos do Criador, e, sim, como são
na realidade, pervertidos e feitos anormais pelo pecado. é a natureza
humana na sua condição decaída, enfraquecida e desorganizada pela herança
racial derivada de Adão e debilitada e pervertida por atos
voluntários pecaminosos. Ela representa a natureza humana não
regenerada cujas fraquezas frequentemente se escusam com estas palavras:
"Afinal de contas a natureza humana é assim mesmo." é a aberração
desses instintos e faculdades dados por DEUS que forma a base do pecado.
Por exemplo, o egoísmo, a irritabilidade, a inveja, e a ira são aberrações do
instinto da autopreservação. O roubo e a cobiça são perversões do instinto
de aquisição. "não furtarás" e " não cobiçarás" querem
dizer: "não perverterás o instinto de aquisição. A glutonaria é
a perversão do instinto de alimentação, portanto, é pecado.
A impureza é perversão do instinto de reprodução. A tirania,
a arrogância, a injustiça e a implicância representam abusos
do instinto de domínio. Assim vemos que o pecado, fundamentalmente,
é o abuso ou a aberração das forças com que DEUS nos dotou.
Notemos quais as consequências dessa perversão: (1) a
consciência culpada que diz ao homem que desonrou a seu Criador, e avisa-o
da pena terrível; (2) a perversão dos instintos reage sobre a
alma, debilitando a vontade, incitando e fortalecendo hábitos maus,
e criando deformações do caráter. Paulo fez um catálogo dos sintomas desses
"defeitos" da alma (uma palavra hebraica
traduzida "pecado" significa literalmente
"tortuosidade" em Gál. 5:19-21). "Ora as obras da carne são
manifestas, as quais são: a fornicação, a impureza, a lascívia, a
idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras,
as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as
orgias, e outras coisas semelhantes." Paulo considerou tais coisas
tão sérias que acrescenta as palavras, "os que tais coisas praticam,
não herdarão o reino de DEUS". Colocada sob o poder do pecado, a alma
toma-se "morta em delitos e pecados" (Efés. 2:1). Colocada entre o
corpo e o espírito, entre o mais elevado e o inferior, entre o terreno e o
espiritual, a alma fez uma escolha má. Mas da escolha não surgiu proveito, e,
sim, perda eterna (Mat. 16:26). Foi feita a má "barganha" de Esaú — a
troca da bênção espiritual por uma coisa terrena e perecível. (Heb.12:16.)
Ao morrer, a alma ter que passar para o outro mundo, "manchada pela
carne". (Jud. 23.) Felizmente existe um remédio — a cura dupla, tanto
para a culpa como para o poder do pecado, (1) Porque o pecado é uma ofensa
a DEUS, é exigida uma expiação para remover a culpa e purificar a
consciência. A provisão do Evangelho é o sangue de JESUS CRISTO. (2) Visto
que o pecado traz doença à alma e desordem no ser humano, requeresse
um poder curativo e corretivo. Esse poder é justamente aquele
provido pela operação interna do ESPÍRITO SANTO que endireita as
coisas tortas da nossa natureza e põe em movimento certo as forças
da nossa vida. Os resultados (os frutos) são "amor, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
temperança" (Gál. 5:22, 23). Em outras palavras, O ESPÍRITO SANTO faz-nos
justos, palavra que no hebraico significa "reto". O pecado é
tortuosidade da alma; a justiça é sua retidão.
(e) A alma e o coração. Tanto nas Escrituras, como na linguagem
comum, a palavra "coração" significa o centro mesmo duma coisa.
(Deut. 4:11; Mat. 12:40 Êxo. 15:8; Sal. 46:2; Ezeq. 27:4,25,26,27.) O
"coração" do homem é, portanto, o verdadeiro centro da sua
personalidade. É o centro da vida física. Nas palavras do Dr. Beck:
"O coração é a primeira coisa a viver, e seu primeiro movimento é
sinal seguro de vida; seu silêncio é sinal positivo de morte." é
também a fonte e o lugar onde se encontram as correntes da vida espiritual
e da alma. Podemos descrevê-lo como a parte mais profunda do
nosso ser, a "casa das máquinas", por assim dizer, da
personalidade, donde procedem os impulsos que determinam o caráter e a conduta
do homem.
1. O coração é centro da vida, do desejo, da vontade e do juízo. O
amor, o ódio, a determinação, a vontade e o gozo (Sal. 105:3) unem-se com o
coração. O coração sabe, compreende (1 Reis 3:9), delibera, calcula; está
disposto, é dirigido, presta atenção, e inclina-se para as coisas. Tudo o
que impressiona a alma se diz estar fixado, estabelecido, ou escrito no
coração. O coração é o depósito de tudo quanto se ouve ou se experimenta
(Lu. 2:51). O coração é a "fábrica", por assim dizer, em que se
formam pensamentos e propósitos, sejam bons ou maus. (Vide Sal.14:1; Mat. 9:4;
l Cor. 7:37; 1Reis 8:17.)
2. O coração é o centro da vida emocional. Ao coração atribuem-se
todos os graus de gozo, desde o prazer, (Isa. 65:14) até ao êxtase e
exultação (Atos 2:46); todos os graus de dor, desde o descontentamento
(Prov. 25:20) e a tristeza (Joao14:1) até ao "ai" lacerante e
esmagador (Sal. 109:22; Atos 21:13); todos os graus de má vontade desde a
provocação e ira (Prov. 23:17) até à cólera incontrolável (Atos 7:54) e o
desejo vingativo ardente (Deut. 19:6); todos os graus de temor desde
o tremor reverente (Jer. 32:40) até ao pavor (Deut. 28:28). O coração
derrete-se e se retorce em angústia (Jos. 5:1); torna-se fraco pela
depressão (Lev. 26:36); murcha sob o peso da tristeza (Sal. 102:4); quebra-se e
fica esmagado pela adversidade (Sal. 147:3), é consumido por um ardor
sagrado (Jer.20:9).
3. O coração é o centro da vida moral. Concentrado no coração pode
haver o amor de DEUS (Sal. 73:26) ou o orgulho blasfemo (Ezeq. 28:2, 5). O
coração é a "oficina" de tudo quanto é bom ou mau nos
pensamentos, nas palavras ou nas ações. (Mat. 15:19.) É onde se reúnem todos os
impulsos bons ou as cobiças más; é a sede dum tesouro bom ou ruim. Do que
tiver em abundância ele fala e opera.(Mat. 12:34, 35.) É o lugar onde
originalmente foi escrita a lei de DEUS (Rom.2:15), e onde a mesma lei
é renovada pela operação do ESPÍRITO SANTO. (Heb.8:10.) É sede
da consciência (Heb. 10:22) e a ele atribuem-se todos os
testemunhos da consciência, (1 João 3:19-21.) Com o coração o homem crê
(Rom. 10:10) ou descrê (Heb. 3:12). É campo onde se semeia a
Palavra divina (Mat. 13:19).Segundo as suas decisões, está sob
a inspiração de DEUS (2 Cor. 8:16) ou de Satanás (João 13:2). É
a morada de CRISTO (Efés. 3:17) e do ESPÍRITO (2 Cor. 1:22); da paz
de DEUS (Col. 3:15), é o receptáculo do amor de DEUS (Rom. 5:5),
o lugar da aurora celestial (2 Cor. 4:6), a câmara da comunhão secreta
com DEUS (Efés.5:19). É uma grande profundidade misteriosa que somente
DEUS pode sondar. (Jer. 17:9.) Foi em vista das imensas possibilidades
implícitas no coração do homem que Salomão proferiu esta admoestação:
"Guarda com toda a diligência o teu coração, pois dele procedem as
fontes da vida" (Prov. 4:23).
(f) A alma e o sangue. "Porque a vida (literalmente
"alma") da carne está no sangue" (Lev. 17:11). As Escrituras
ensinam que, tanto no homem como no irracional, o sangue é a fonte e o
depositário da vida física. (Lev. 17:11; 3:17; Deut. 12:23; Lam. 2:12; Gên.
4:10; Heb. 12:24; Jo 24:12; Apoc. 6:9,10; Jer. 2:34; Prov. 28:17.) Vamos citar
as palavras de Harvey, médico inglês, descobridor da circulação do sangue:
"é o primeiro órgão a viver e o último a morrer; é a sede principal
da alma. Ele vive e nutre-se de si mesmo, e por nenhuma outra parte do
corpo." Em Atos 17:26 e João 1:13 o sangue se apresenta como a
matéria original de onde surge o organismo humano. Usando o coração como
bomba, e o sangue como meio da vida, a alma envia vitalidade e nutrição a todas
as partes do corpo. O lugar que a criatura ocupa na escala da vida
determina o valor do seu respectivo sangue. Primeiro vem o sangue dos
animais; porém de valor maior é o sangue do homem, porque o homem tem a
imagem de DEUS. (Gên. 9:6). De estima especial é o sangue dos inocentes e
dos mártires. (Gên. 4:10; Mat. 23:35.) O mais precioso de todos é o sangue de
CRISTO (1 Pedro 1:19; Heb. 9:12), de valor infinito por estar unido com
a Divindade. Pelo plano benigno de DEUS, o sangue tomou-se o meio de
expiação, quando aspergido sobre o altar de DEUS. "Pelo que vo-lo tenho
dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o
sangue que fará expiação pela alma" (Lev. 17:11).
Conclusão - Tanto o coração quanto o sangue nas passagens acima
representam a alma na verdade.
Revistas antigas
Lição 6 Mordomia - A Mordomia Da Alma
Lições do 2º Trimestre, Jovens e Adultos de 1987 - Comentarista - Pr. Elienai
Cabral - CPAD
Leitura Bíblica em Classe:
GÊNESIS 2.7E formou o SENHOR DEUS o homem do pó da terra e soprou
em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
ALMA VIVENTE. A outorga da vida aos seres humanos é descrita como o
resultado de um ato -especial de DEUS, para distingui-la da criação de todos os
demais seres vivos. DEUS comunicou de modo específico a vida e o fôlego ao
primeiro homem, e assim evidenciou que a vida humana está num nível acima de
todas as outras formas de vida, e que pertence a uma categoria à parte, e há
uma relação ímpar entre a vida divina e a humana (1.26,27). DEUS é a fonte
suprema da vida humana.
DEUTERONÔMIO 6. 5 Amarás, pois, o SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todo o teu poder.
AMARÁS... O SENHOR, TEU DEUS. DEUS anela comunhão com seu povo e
lhe dá esse único e indispensável mandamento, que vincula esse povo a Ele
mesmo. (1) Retribuindo o seu amor com amor, gratidão e lealdade (4.37), os
israelitas o conhecerão, e nEle se deleitarão pelas provisões do concerto. (2)
Deste mandamento, "o primeiro e grande mandamento", juntamente com o
segundo mandamento: amar ao próximo (cf. Lv 19.18), depende toda a lei e os
profetas (Mt 22.37-40). (3) A verdadeira obediência a DEUS e aos seus mandamentos
somente é possível quando brota da fé em DEUS e do seu amor (cf. 7.9; 10.12;
11.1,13,22; 13.3; 19.9; 30.6,16,20; ver Mt 22.39; Jo 14.15; 21.16; 1Jo 4.19).
SALMOS 16.10Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu
SANTO veja corrupção.
NÃO DEIXARÁS A MINHA ALMA NO INFERNO. Um relacionamento pessoal com
DEUS dará aos crentes a confiança numa vida futura com DEUS e a certeza de que
Ele não os abandonará quando morrerem (cf. 73.26). Os apóstolos Pedro e Paulo
aplicaram este versículo a CRISTO e à sua ressurreição (At 2.25-31; 13.34-37).
Sheol (o termo contido neste versículo) acha-se sessenta e cinco vezes no AT,
sendo traduzido variavelmente por sepultura , inferno e cova , segundo o
contexto e a respectiva versão. Quando o NT cita passagens alusivas ao Sheol,
geralmente emprega a palavra grega Hades como correspondente.
SALMOS 41. 4 Eu dizia: SENHOR, tem piedade de mim; sara a minha alma, porque
pequei contra ti.
SALMOS 42. 1Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a
minha alma por ti, ó DEUS!2A minha alma tem sede de DEUS, do DEUS vivo; quando
entrarei e me apresentarei ante a face de DEUS?3As minhas lágrimas servem-me de
mantimento de dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o
teu DEUS? 4Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu
havia ido com a multidão; fui com eles à Casa de DEUS, com voz de alegria e
louvor, com a multidão que festejava.5Por que estás abatida, ó minha alma, e
por que te perturbas em mim? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei na salvação
da sua presença.6 Ó meu DEUS, dentro de mim a minha alma está abatida;
portanto, lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde o Hermon, e desde o
pequeno monte.
A MINHA ALMA TEM SEDE DE DEUS. Assim como a água é essencial à vida
física, assim também DEUS e a sua presença são essenciais à satisfação e à
normalidade da vida. O verdadeiro crente terá fome e sede de DEUS e da sua
graça, bênção e operação sobrenatural na sua vida. (1) Sem sede de DEUS a
pessoa morre espiritualmente. Não devemos, pois, permitir que coisa alguma faça
diminuir nosso anelo pelas coisas de DEUS. Acautele-se dos cuidados deste
mundo, da busca das coisas terrenas e dos prazeres que tiram a fome e sede de
DEUS, e o desejo de buscar a sua face em oração (Mc 4.19). (2) Devemos orar
para que aumente o nosso anseio pela presença de DEUS, que nosso desejo pela
plena manifestação do ESPÍRITO SANTO cresça, e que se aprofunde a nossa paixão
pela plenitude do reino de CRISTO e sua justiça, até clamarmos por Ele de dia e
de noite, com sede sincera, assim como o cervo brama pelas correntes das águas
em tempos de seca (v. 1; ver Mt 5.6; 6.33).
42.6 Ó MEU DEUS... A MINHA ALMA ESTÁ ABATIDA. Aqueles que têm sede de DEUS e
anseiam por uma manifestação maior da sua presença podem vir a experimentar
certa demora. Mesmo assim, o crente fiel continuará tendo sede de DEUS e
buscando a sua presença. O Senhor tem prometido que abençoará os que têm fome e
sede de justiça, os quais não se contentam com menos do que a plenitude da
bênção divina (Mt 5.6). Em meio ao silêncio de DEUS, devemos persistir em
conhecê-lo e experimentar uma manifestação maior do ESPÍRITO SANTO (cf. Os
6.1-3; At 2.38,39; 4.11-13). Não devemos desanimar, mas, sim, pôr nossa
esperança em DEUS e confiar no seu imutável amor (vv. 8-11).
Comentários:
INTRODUÇÃO
A alma é a vida do ser humano e o intelecto, tudo que vemos, ouvimos, sentimos
ou aprendemos é armazenado no subquociente da alma; é por isso que a alma que
vai para o inferno sente dor e sofre lá.
I. OS SIGNIFICADOS DA ALMA HUMANA
·
O homem é formado de duas partes, uma material ou física e visível que é o
corpo, outra imaterial, ou invisível aos olhos humanos materiais, formada pela
alma e o espírito.
· A alma detém o
controle do corpo e do espírito porque nela está a administração da mente que
comanda e manda ordens para todo o restante da tricotomia, ou seja a o
corpo e o espírito; também na alma está a vontade e os sentimentos, enfim o
livre-arbítrio que dita a escolha entre o bem e o mal, também está na alma o
controle do cérebro, do coração, dos rins, do pulmão, do fígado, enfim de todo
o funcionamento do corpo.
outros significados:
1. Alma com o sentido de respiração da vida. A alma quando sai do corpo humano
provoca sua morte física, a alma não é respiração mas só pode morar em um corpo
que respira, por isso às vezes é confundida com respiração. Veja que DEUS para
levar alguém só precisa retirar sua respiração.
Is 42.5 Assim diz DEUS, o Senhor, que criou os céus e os
desenrolou, e estendeu a terra e o que dela procede; que dá
a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela.
At 17.25 nem tampouco é servido por mãos humanas, como se
necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida,
a respiração e todas as coisas;
Jó 34. 14 Se ele retirasse para si o seu espírito,
e recolhesse para si o seu fôlego, 15 toda a carne juntamente
expiraria, e o homem voltaria para o pó.
2. Alma significando o sangue (Dt 12.23; Lv 17.14). A alma está
intimamente ligada ao sangue, pois se o homem ficar sem sangue ele morre
fisicamente e a alma sai do corpo; a alma não é o sangue mas precisa do sangue
para continuar morando no corpo, por isso às vezes é confundida com o sangue.
Lv 17.11 Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo
tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o
sangue que faz expiação, em virtude da vida.
3- Alma significando a pessoa física ou corpo. A alma é a
parte que pode decidir o futuro do homem, pode condená-lo ao inferno ou levá-lo
à salvação através do arrependimento e aceitação de JESUS CRISTO como Senhor e
Salvador.
At 3.19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam
apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da
presença do Senhor,
At 2. 37 E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração,
e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? 38 Pedro
então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de JESUS CRISTO, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do
ESPÍRITO SANTO.
At 16.14 E certa mulher chamada Lídia, vendedora de púrpura, da
cidade de Tiatira, e que temia a DEUS, nos escutava e o Senhor lhe abriu o
coração para atender às coisas que Paulo dizia.
4- Alma significando o indivíduo. Todas as almas são de DEUS,
porém cada alma é diferente uma da outra e cada uma decide se quer DEUS ou o
mundo (Com Satanás).
Ez 18.4 Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do
pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.
II. A ADMINISTRAÇÃO DA ALMA COMO VIDA FÍSICA
O corpo depende da alma para viver ativamente com ser humano, porém
o corpo pode viver sem a alma, como apenas um ser irracional como os animais,
com ajuda de máquinas como as que são utilizadas nas UTI's dos hospitais quando
alguém tem morte cerebral. A alma já deixou o corpo, mas através da máquina que
circula o sangue o corpo permanece com o coração batendo, mas é apenas uma vida
vegetativa como os animais. Sabemos, porém que a alma pode viver sem o corpo.
Lc 16. 22 Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o
seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.23 No inferno,
ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no
seu seio.24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me
Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque
estou atormentado nesta chama.25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que
em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora,
porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado.26 E além disso, entre nós e vós
está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para
vós não poderiam, nem os de lá passar para nós.
Mt 22. 32 Eu sou o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque, e o DEUS de
Jacó? Ora, ele não é DEUS de mortos, mas de vivos.
1. DEUS é o autor da vida, tanto física como espiritual (Gn 2.7; At
17.28). DEUS é o criador do ser humano integral, ou seja, é DEUS que deu a
vida ao primeiro homem e é DEUS quem mantém a vida humana existindo (Hb 1.3
b sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder). DEUS é o autor
da vida. A parte física do homem é mantida hereditariamente passando de pai
para filho, porém a parte imaterial do homem é dada por DEUS a cada ser humano
novo que é gerado aqui na terra, por isso os homens podem clonar corpos
físicos, mas não podem fabricar alma e nem espírito.
Ez 18.4 Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai,
assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.
2. O homem é responsável pela preservação de sua vida física. Foi dado
por DEUS ao homem o poder de decidir que caminho quer seguir. Todo homem tem
medo da morte física, é o instinto de preservação da vida terrena colocado no
ser humano para que o mesmo não atentasse contra si mesmo e assim perdesse a
oportunidade de estar com DEUS.
Jr 21.Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós
o caminho da vida e o caminho da morte.
3. Os hábitos da vida devem ser disciplinados. A bíblia nos ensina tudo
sobre a manutenção de nosso corpo físico, principalmente a respeito da
alimentação, da higiene e do proceder sexualmente, para que a alma possa ter
condições de se dedicar a DEUS e à sua obra.
At 15.28 Porque pareceu bem ao ESPÍRITO SANTO e a nós não vos impor
maior encargo além destas coisas necessárias:29 Que vos abstenhais das
coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da
prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos vá.
4. Prestaremos conta da nossa vida perante o Senhor. Fomos criados para as
boas obras, obras essas coordenadas pela alma, inspirada pelo espírito e
manifestada pelo corpo sob o domínio do espírito ligado ao ESPÍRITO SANTO.
Ef 2.10 Porque somos feitura sua, criados em CRISTO JESUS
para boas obras, as quais DEUS antes preparou para que andássemos nelas.
III. A ADMINISTRAÇÃO DA ALMA COMO PERSONALIDADE
A alma não é eterna (DEUS é eterno por que não tem princípio e nem
fim), porque tem princípio mas não tem fim. A alma continuará a existir após a
morte do corpo, seja no inferno ou no paraíso. A alma e o espírito foram
criados por DEUS à sua imagem, conforme a sua semelhança, ou seja, conhecendo
somente o lado bom, da luz, do amor, de toda boa dádiva e de paz. Após o pecado
o homem perdeu essa semelhança com DEUS, pois em DEUS não há nada de mal ou de
morte ou de destruição, o filho deve se parecer com DEUS, porém o homem depois
de pecar se parecia com Satanás e não com seu criador.; por isso o filho de
Adão não nasceu à imagem e semelhança de DEUS, mas à imagem, conforme a
semelhança de Adão.
Tg 1.17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto,
descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
Gn 5.3 Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua
semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.
IV. A ADMINISTRAÇÃO DAS FACULDADES DA ALMA
Faculdades da alma:
INTELECTO ou Inteligência
VONTADE ou Livre-Arbítrio
SENTIMENTO ou Reação aos fatores externos
A mordomia da personalidade
abrange três faculdades principais da alma humana, que são: O intelecto, a
vontade e o sentimento (afetividade e emoções).
1. A mordomia do intelecto.
a) Imaginação. b) Memória. c) Razão.
Parte da alma que é responsável pelo controle intelectual do ser
humano, possui imaginação para projetar o futuro, memória para armazenar
conhecimentos e possui razão para distinguir entre o certo e o errado.
2. A mordomia da vontade.
Parte da alma que sente impulso para realizar, sendo impelida pela
liberdade de escolha que DEUS concedeu ao homem.
3. A mordomia do sentimento.
Parte da alma que é afetiva, que reage aos fatores e acontecimentos
externos, extravasando reações adversas como tristeza ou alegria, amor ou ódio,
riso ou choro etc.
CONCLUSÃO
Nossa alma é um bem precioso que precisa ser preservada dos pecados
que comprometem e, por fim, destroem a possibilidade de vida eterna com
DEUS. Intelecto É a faculdade que possibilita ao homem perceber a
realidade através da compreensão e adaptação a novas situações mediante a
reestruturação dos dados apreendidos no mundo real. Vontade Faculdade
de representar mentalmente um ato que pode ou não ser praticado em obediência a
um impulso ou a motivos ditados pela razão. Sentimento Disposição afetiva
em relação a coisas de ordem moral ou intelectual.
RESUMO: CORPO, ALMA E ESPÍRITO (espírito
humano)
Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
1Ts 5.23 E o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o
vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis
para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Hb 4.12 Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante
do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e
espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração.
Lc 23.46 JESUS, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. Creio que JESUS estava
entregando de volta o espírito do homem JESUS, pois o corpo estaria na
sepultura e a alma no Hades daqui a pouco.
Is 53. 9 E deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico
na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na
sua boca.10 Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar;
quando ele se puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará
os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.11 Ele verá o
fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento
o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre
si.12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos
repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi
contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e
pelos transgressores intercedeu.
· Já falamos sobre o
que acreditam alguns que são a favor da tese da dicotomia, tese esta que não
aprovamos, falamos também sobre os que acreditam na tricotomia, mas que na
verdade na hora da morte querem juntar espírito e alma como se fossem um só,
indo os dois para o inferno; nesse caso também discordamos, pois acreditamos
que JESUS ao dizer "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito (letra
minúscula) estava se referindo aos espírito dado por DEUS quando ELE nasceu
aqui na terra como homem, humano, depois sabemos que seu corpo foi sepultado e
sabemos também que sua alma foi colocada por expiação, ou seja, foi encontrada
no inferno que era nosso lugar; é só ver Is 53. Depois de estudarmos então a
Bíblia, certamente saberemos que somos espírito, possuímos uma alma e moramos
em um corpo; se morrermos crentes sabemos que nosso espírito vai para DEUS que
o deu, nossa alma para o paraíso (até o dia do arrebatamento) e nosso corpo irá
ao pó (até o arrebatamento).
· Na minha
opinião os animais não possuem alma como a alma humana, com o
livre-arbítrio e o poder de criar, mas certamente possuem alma, mas não o
espírito, pois a Palavra de DEUS diz: "Sl 150.6 Tudo quanto tem fôlego
louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!" também: Sl 148.10 feras e todo o gado;
répteis e aves voadoras; 11 reis da terra e todos os povos; príncipes e todos
os juízes da terra; 12 mancebos e donzelas; velhos e crianças!13 Louvem eles o
nome do Senhor, pois só o seu nome é excelso; a sua glória é acima da terra e
do céu. Assim os animais ao morrerem tudo se acaba para eles, pois quem
foi criado à imagem e semelhança de DEUS é o homem e não outra criatura
qualquer, também no futuro, na Nove Jerusalém não é visto nenhum animal.
· Creio que
existe o primeiro juízo e é feito imediatamente após a morte, ou seja, a
separação para o inferno(descrente) ou para o paraíso(crente) já caracteriza um
juízo. O segundo juízo será para os descrentes que morreram e foram
lançados no inferno e será realizado no Juízo Final, perante o Trono Branco,
para serem lançados no Lago de Fogo e Enxofre junto com Satanás e seus
demônios(Ap 20.14,15). O crente está livre do segundo juízo, passando
apenas pelo tribunal de CRISTO, não para condenação, mas premiação ou
reconhecimento de suas obras para CRISTO.
Hb 9.27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez,
vindo depois o juízo,
· Muitas pessoas têm
até pregado que a alma e o espírito são separados, mas na hora que falam da
morte querem juntá-los como se fossem um só. Não existe essa declaração na
bíblia de que alma e espírito formam a parte espiritual do homem, na verdade
formam a parte imaterial, não a espiritual, pois a parte espiritual do
homem é o espírito que clama por DEUS, briga com o corpo e está aqui no
homem para fazê-lo se lembrar de que existe DEUS. A alma tem o poder de
decisão de pecar ou não, o livre arbítrio, os sentimentos como dor, tristeza,
etc...,por isso é lançada no inferno quando está em pecado quando o corpo
morre, já o espírito que veio de DEUS e não é responsável pelo
pecado do homem, antes tentou ajudá-lo a não ir para o inferno, como poderia
ser lançado no inferno; certamente volta a DEUS que o deu.
Ec 12.7 e o pó volte para a terra como o era, e o
espírito volte a DEUS que o deu.
· Fica evidente que
na hora do sexo o casal se torna uma só pessoa conforme Paulo ensina em 1 Co
6.16 Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela?
Porque, como foi dito, os dois serão uma só carne*****; porém em questão
de alma e espírito o ser humano é totalmente independente um do outro, com
personalidades diferentes e idéias diferentes. O casal deve procurar viverem em
ESPÍRITO, ou seja, de acordo com a vontade de DEUS para terem seus pensamentos
e atos o mais em comum acordo possível, pois este é o plano de DEUS para o
casal. A mulher pensa diferente do homem e o homem pensa diferente da mulher,
mas com amor e compreensão os dois poderão viver uma vida harmoniosa e feliz,
desde que DEUS seja o centro de seu viver.
Gn 2.23 Então disse o homem: Esta é agora osso dos
meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do
varão foi tomada.24 Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á
à sua mulher, e serão uma só carne.
· A palavra espírito
com letra minúscula na Bíblia significa espírito dado por DEUS ao homem para
que este tivesse consciência do erro, do pecado e soubesse que existe um DEUS
que pode salvá-lo (até os índios, no meio da floresta amazônica sabem disso ) e
ESPÍRITO com letra maiúscula é o ESPÍRITO SANTO.
Rm 1.20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder
e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo
percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
Rm 2.15 pois mostram a obra da lei escrita em seus corações,
testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos,
quer acusando-os, quer defendendo-os),
Revista Antiga
Lição 7 - Mordomia - A Mordomia do espírito
Lições do 2º Trimestre, Jovens e Adultos de 1987 - Comentarista -
Pr. Elienai Cabral - CPAD
Leitura Bíblica Em Classe:
1 CORÍNTIOS 2.14-16= Ora, o homem natural não compreende as coisas
do ESPÍRITO de DEUS, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque
elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e
ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que
possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de CRISTO.
DIVISÃO BÁSICA DA RAÇA HUMANA. As Escrituras dividem todos os seres humanos em
geral, em duas classes. (1)
O homem/mulher natural (gr. psuchikos,2.14), denotando a pessoa
irregenerada, i.e., governada por seus próprios instintos naturais(2Pe 2.12).
Tal pessoa não tem o ESPÍRITO SANTO (Rm 8.9), está sob o domínio de Satanás (At
26.18) e é escravo da carne com suas paixões (Ef 2.3). Pertence ao mundo, está
em harmonia com ele (Tg 4.4) e rejeita as coisas do ESPÍRITO (2.14). A pessoa
natural não consegue compreender a DEUS, nem os seus caminhos; pelo contrário,
depende do raciocínio ou emoções humanas. (2) O homem/mulher espiritual
(gr. pneumatikos, 2.15; 3.1) denota a pessoa regenerada, i.e., que tem o
ESPÍRITO SANTO. Essa pessoa tem mentalidade espiritual, conhece os pensamentos
de DEUS (2.11-13) e vive pelo ESPÍRITO de DEUS (Rm 8.4-17; Gl 5.16-26). Tal
pessoa crê em JESUS CRISTO, esforça-se para seguir a orientação do
ESPÍRITO que nela habita e resiste aos desejos sensuais e ao domínio do pecado
(Rm 8.13,14). Como tornar-se um crente espiritual? Aceitando pela fé a salvação
em CRISTO, a pessoa é regenerada; o ESPÍRITO SANTO lhe confere uma nova
natureza mediante a concessão da vida divina (2Pe 1.4; ). Essa pessoa nasce de
novo (Jo 3.3,5,7), é renovada (Rm 12.2), torna-se nova criatura (2Co 5.17) e
obtém a justiça de DEUS mediante a fé em CRISTO (Fp 3.9).
PROVÉRBIOS 16.2= Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o
SENHOR pesa os espíritos.
LIMPOS AOS SEUS OLHOS. Os crentes quase sempre não vêem seus próprios defeitos
e a sua pobreza espiritual. Se formos honestos ao nos aproximarmos de DEUS em oração,
Ele revelará a verdadeira condição do nosso coração, de modo que sejamos
realmente limpos e obedeçamos melhor ao ESPÍRITO SANTO (Lc 16.15; 1 Co 4.4,5;
Hb 4.12).
ZACARIAS 12.1= Peso da palavra do SENHOR sobre Israel. Fala o SENHOR, o que
estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro
dele.
MARCOS 14.38 = Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na
verdade, está pronto, mas a carne é
fraca.
Objetivos: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
1- Mencionar alguns pecados contra a crença inata em DEUS. 2- Citar as
referências que confirmam o ensino da tricotomia. 3- Identificar as duas
faculdades do espírito humano.
INTRODUÇÃO
Comentários:
O espírito é o que existe de melhor e mais puro no homem, pois vem de DEUS como
forma de lembrar ao homem de que ele foi criado por DEUS e que esse DEUS o ama
e deseja ter comunhão com ele, assim como o criou também para sua morada o
mundo e todas as coisas que nele existem. É somente através do espírito que o
homem pode ter contato com DEUS, falar com ELE e ouvi-lo falar com ele. É
preciso que a tricotomia humana seja bem administrada para que o homem possa
ter comunhão com seu criador; por isso o apóstolo Paulo, inspirado por DEUS,
escreveu aos Tessalonicenses, em sua primeira carta, no capítulo 5 e versículo
23 : " E o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o
vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis
para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO."
I. QUE É O ESPÍRITO HUMANO
Na Bíblia, a palavra espírito deve ser interpretada dentro do seu contexto para
que seja entendido o seu real significado (Mt 27.50; Lc 8.55; 24.39; Jó 12.10;
32.8; 1 Co 14.15 e Is 26.9).
Dentro de nossas traduções bíblicas muitas vezes estaremos nos deparando com
palavras que confundem os mais desavisados sobre a divisão imaterial do
homem, ou seja entre alma e espírito. Se faz necessário um estudo minucioso
para que se perceba nos contextos a diferenciação que a palavra de DEUS faz
entre essas duas tão parecidas partes do ser humano e ao mesmo tempo tão
diferentes.
1. A distinção do espírito humano.
O espírito é parte integrante somente do ser humano, o que
lhe dá maior responsabilidade de adoração e comunhão com seu criador. Os homens
naturais, ou seja os homens que não conhecem a DEUS (1Co 2.14) e também os
outros seres que DEUS criou podem chegar no máximo até ao louvor a DEUS (Sl
150.6), mas nós os que somos salvos, nascidos de novo, gerados da incorruptível
e santa semente, a palavra de DEUS e do ESPÍRITO SANTO, temos o privilégio pela
graça de DEUS de adorá-lo em espírito e em verdade (Jo 4.24).
Devemos lembrar-nos de que DEUS é ESPÍRITO e aqueles que desejam adorá-lo devem
fazê-lo em espírito e em verdade, ou seja, dispensando os estímulos externos;
com um coração sincero e temente a DEUS (A adoração é a expressão máxima da
oração). Jamais devemos confundir a adoração com o louvor, pois:
1. - Louva-se
a DEUS pelo que ELE fez ou faz, mas adora-se a ELE pelo que ELE é;
2. - O
louvor é um agradecimento a DEUS, a adoração é um engrandecimento de DEUS;
3. - No louvor precisa-se da participação de
outras pessoas e às vezes de instrumentos musicais, a adoração é individual e
nasce dentro de nós, em nosso espírito;
4. - O
louvor chega aos átrios, a adoração chega ao santo dos santos (presença de
DEUS);
5. - No louvor são usados o corpo e a
alma; na adoração são usados o corpo (mortificado), a alma (lavada no sangue de
JESUS) e o espírito (“recriado”);
6. - Para
louvar a DEUS não é preciso comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois até os animais
o louvam (Sl 148, 149, 150); para se adorar a DEUS é preciso uma estreita
comunhão com o ESPÍRITO SANTO, pois é ELE que nos transporta ao trono.
7. - O
louvor é um aceno e cumprimento, a adoração é um abraço e um beijo cheio de
amor.
8. - Tomemos
como exemplo um marido que dá um fogão de presente à sua esposa e manda
entregar em sua casa. A esposa louva ao marido pelo seu ato de amor, mas quando
o mesmo chega em casa ela o abraça e beija agradecida e cheia de
amor (isso é adoração).
9. - Para
louvar não é preciso nascer de novo, para adorar só com espírito “recriado”
(ligado a DEUS pelo novo nascimento, através do ESPÍRITO SANTO).
10. - Observação:
Por isso se vê tão poucos adoradores e tantos que louvam.
11. Aos
homens se aplaude (manifestação externa), a DEUS se adora (manifestação
interna).
II. DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
1. A composição tríplice do homem. “O mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo;
e todo vosso espírito e alma e corpo, sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda do nosso Senhor JESUS CRISTO” (1 Ts 5.23).
São parte imaterial, ou seja, invisível aos olhos humanos,
moram dentro do corpo, o corpo nós vemos, a alma e o espírito só DEUS pode ver
(Mt 23.27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes
aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por
dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia).
1Co 4.1 Que os homens nos considerem, pois, como ministros de
CRISTO, e despenseiros dos mistérios de DEUS.. Nesta passagem vemos que
existem muitos mistérios insondáveis na palavra de DEUS que ainda não foram
revelados ao homem, mas que pouco a pouco vão sendo desvendados pelo ESPÍRITO
SANTO que nos transmite esses conhecimentos sobrenaturalmente. Um desses
mistérios é exatamente o que estudamos nesta lição, o espírito humano, muitas
vezes confundido com a alma, mas diferente dela como vemos em passagens como
1Ts 5.23 e Hb 4.12.
AS FUNÇÕES DO ESPÍRITO (espírito humano)
O espírito dentro do corpo humano é a relação do homem com a vida espiritual,
entendendo que o homem não é apenas corpo, matéria, mas também possui relação
com o mundo espiritual.
Quando DEUS criou o homem ele o fez do pó da terra, e soprou sobre o corpo de
barro, e este sopro produziu alma vivente, assim entendemos que a junção do
corpo mais espírito ( sopro de DEUS ) produziu a alma vivente, assim o homem
possui uma tri-unidade, Corpo, alma e espírito. Isaías 57:16.
O corpo humano como já escrevemos, foi feito por DEUS do pó da terra, porém o
espírito, não foi feito, mas DEUS deu de si ao homem, o sopro de DEUS no homem,
foi como um verdadeiro presente, DEUS permitiu ao homem Ter em si parte do
criador, tanto é que quando o corpo morre, este sopro de vida, o espírito volta
ao criador Eclesiastes 12:7, pois ao contrário do corpo e da alma, o espírito
não se desfaz, e nem está sujeito a julgamento, ou condenação espiritual mas
conhecido como inferno, devido ao espírito ser totalmente divino, ele não foi
criado de DEUS, ele é parte de DEUS, e por isso na morte do corpo, o espírito
volta ao criador que o deu, ou seja enquanto vive o corpo, parte de DEUS vive
com ele.
Sendo o espírito a relação espiritual dentro do corpo humano, as funções do
espírito dentro do homem é dar a ele a direção de DEUS para a vida do homem, é
o espírito que mostra a vontade de DEUS na vida humana, na verdade o
espírito do home, unido ao ESPÍRITO SANTO, busca orientar a alma
para que tome decisões dentro da vontade de DEUS, um exemplo disso vemos em
Salmos 43:5, onde o Salmista mostra o ESPÍRITO repreendendo a alma, e dando
conselhos a mesma para permanecer fiel a DEUS , neste caso não podemos falar
que é o corpo que fala a alma, pois o corpo é apenas lugar de morada da alma,
mas sim o espírito.
O Evangelho de JESUS CRISTO tem dois mandamentos que em si resumem toda a lei
dada a Moisés, isto porque toda a Lei foi feita buscando trazer ao homem o
conhecimento de seus deveres emocionais perante o seu próximo, são estes os
mandamentos de Nosso Salvador JESUS CRISTO descritos em São Mateus 22:37-39
· Amarás o Senhor Teu
DEUS de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento
· Amarás o teu próximo como a ti
mesmo.
Porque JESUS deu um mandamento de amor ? o amor como muitos pensam não é um
sentimento que entra em nossos corações ? porventura o homem pode Ter controle
sobre seus sentimentos ? se o homem não pode controlar os sentimentos então
este mandamento nunca poderá ser cumprido, mas se homem pode controlar, então
ele pode escolher a pessoa para expressar seus sentimentos, inclusive a DEUS.
Observando este ponto de vista iremos ver alguns temas que cuidam dos
sentimento do homem, tais como:
A mente humana, O Coração, A consciência, O Livre Arbítrio
***As Teorias da Origem do espírito
Muitos Antropólogos bíblicos tem debatido sobre a origem do
espírito e a alma dentro do homem, sabe-se que em Adão DEUS soprou sobre suas
narinas, mas a partir de Adão como tem acontecido para que o espírito e a alma
pudessem estar nele, se a alma é a personalidade do homem, como ela nasce
dentro do corpo humano, o corpo sim é gerado através de uma relação sexual, mas
e a parte espiritual do homem, e sua alma, como acontece sua aparição dentro do
corpo humano, e o caso de Eva, o corpo foi feito de uma costela de Adão, mas e
a alma, e o espírito, DEUS não soprou em suas narinas também; A resposta para
tais perguntas tem surgido muitos debates, e há muitos pensamentos sobre o assunto,
mas buscando dar um maior entendimento sobre o assunto, daremos vários
pensamentos sobre a origem da alma e espírito dentro do homem.
Emanacionismo
Ensina que o espírito vem ao homem no ato da fecundação, enviados por DEUS, ou
seja, a alma e o espírito do homem já existem no céu, e à medida que nasce uma
criança, DEUS escolhe um deles e os envia até o corpo da criança no útero da
mãe.
Transmigracionismo (Espiritismo?)
Ensina que o espírito nasce com o ser vivo em escalas zoológicas inferiores e
vai reencarnando em espécies superiores, passando pelo homem até atingir um
grau de perfeição moral.
***Criacionismo (A mais aceita no meio evangélico)
Aqueles que crêem no Criacionismo defendem a tese de que a alma e espírito é
produto da criação de DEUS, ou seja para cada criança que nasce DEUS cria um
espírito e uma alma para a mesma, é como se DEUS soprasse sobre cada criança a
nascer, criando a sua alma e espírito , isto baseado em Hebreus 12:9, Isaías
57:16 Eclesiastes 12:7, e se DEUS é o pai dos espíritos, somente ele pode criar
uma nova alma.
Traducionismo (Evolucionismo?)
Esta linha de pensamentos ensina que o homem transmite aos filhos não só os
traços de aparência física, como a cor da pele, tipo sanguíneo, altura, cor dos
olhos, cabelo etc. Mas também o homem pode gerar a alma e espírito dentro do
corpo humano, entendendo que primeiro DEUS criou o homem a sua imagem e
semelhança, e ao soprar sobre o homem o espírito de vida, lhe deu capacidade
para se multiplicar, tanto no corpo, como no espírito.
III. FACULDADES DO ESPÍRITO HUMANO
FÉ E CONSCIÊNCIA:
Invisíveis, mas essenciais ao relacionamento com DEUS. São indispensáveis
àqueles que desejam um dia morar com DEUS.
1- FÉ:
Hb 11.1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das
coisas que não se vêem.
Hb 11.6 Ora, sem fé é impossível agradar a DEUS; porque é necessário
que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe, e que é galardoador
dos que o buscam.
O QUE SIGNIFICA FÉ?
Podemos "ver" a fé em três níveis:
a) Fé intelectual: é a edificação da fé sobre informações recebidas
conforme Rm 10.17: "Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de
CRISTO."
b) Fé emocional: Na parábola do bom semeador (Mt 13.20-221), a semente que
caiu nos lugares rochosos corresponde aos que parecem arrependidos, mas não se
acham alicerçados na fé ocorre que "mas não tem raiz em si mesmo, antes é
de pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra,
logo se escandaliza"
c) Fé Volitiva: É a fé determinada pela vontade, é a que atinge o âmago da
personalidade, a sede da vontade. Vai além da religiosidade, é a fé pela fé,
envolvendo fidelidade, obediência e crer.
Podemos confiar plenamente em DEUS tendo a
fé genuína como base, ou seja tendo a fé em DEUS. Ter fé em DEUS é uma ordem do
Senhor JESUS CRISTO: "Respondeu-lhes JESUS: Tende fé em DEUS" (Mc
11.22).
Resumidamente podemos definir que fé é a
certeza das coisas esperadas (Hb 11.1). É a convicção das coisas não vistas (Hb
11.1), sendo uma exigência de DEUS (Mc 11.22; I Jo 3.230).
A PRÁTICA DA FÉ
A fé é um dom de DEUS (Rm 12.3; Ef
2.8; 6.23; Fp 1.29), exclui a vanglória pessoal (Rm 3.27) e a sua
operação é pelo amor (Gl 5.6; I Tm 1.5; Fl 5).
Na prática da vida como proteção a fé é compara a
um escudo: "tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar
todos os dardos inflamados do Maligno" (Ef 6.16). Ou a uma couraça:
"mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da
fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; (I Ts 5.8).
A fé produz: salvação (Mc 16.16; At
16.31; Rm 1.17); esperança (Rm 5.2); alegria (At 16.34; I Pe 1.8); paz (Rm
15.3); confiança (Is 28.16 com I Pe 2.6); ousadia na pregação (Sl 116.10 com II
Co 4.13).
Otoniel
Marcelino de Medeiros
2- CONSCIÊNCIA:
É o tribunal interno de cada pessoa, no crente ela é viva e reage a cada erro,
provocando o desejo de arrependimento e conversão a DEUS ( 1Jo 1.9).
No ser humano em geral, ou seja, no homem natural é a acusação interna que
causa o remorso como o de Judas ao trair JESUS, ou como o desespero do drogado
ou do alcóolatra ao se dar por si. É o policial da alma humana.
IV. PECADOS CONTRA O ESPÍRITO HUMANO
1- O pecado afetou o espírito humano:
O pecado provocou a separação espiritual entre o homem e DEUS. Não é porque o
espírito pecou, mas porque a alma ao pecar, separou o homem de DEUS e assim o
espírito ficou sem comunicação com seu criador, pois o homem possui livre
arbítrio que capacita a alma a decidir entre o bem e o mal, entre DEUS e o
Diabo.
Is 59.2 mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso
DEUS; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos
ouça.
Rm 7.14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido
sob o pecado.15 Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não
pratico; mas o que aborreço, isso faço.16 E, se faço o que não quero, consinto
com a lei, que é boa.17 Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o
pecado que habita em mim.18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne,
não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo
não está.19 Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse
pratico.20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que
habita em mim.21 Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o
bem, o mal está comigo.22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei
de DEUS;23 mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu
entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus
membros.24 Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta
morte?25 Graças a DEUS, por JESUS CRISTO nosso Senhor! De modo que eu mesmo com
o entendimento sirvo à lei de DEUS, mas com a carne à lei do pecado.
2- O Aferidor do espírito:
É DEUS quem julgará nossos atos daqui da terra e não nós.
a) O Crente será julgado pelas suas obras no Tribunal de CRISTO:
1Co 4.3 Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por
qualquer tribunal humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo.4
Porque, embora em nada me sinta culpado, nem por isso sou justificado; pois
quem me julga é o Senhor.
2Co 5.10 Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante
do tribunal de CRISTO, para que cada um receba o que fez por meio do
corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal.
b) O Descrente perante o Trono Branco, no Juízo Final.
Ap 20.11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre
ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para
eles.12 E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se
uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.13
O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o além entregaram os
mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras.14 E a
morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o
lago de fogo.15 E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi
lançado no lago de fogo.
3- Pecados contra a crença inata em DEUS:
São pecados onde DEUS é substituído por outro deus, podendo ser o Diabo, um
homem ou mulher como ídolo ou o próprio homem em seu 'eu".
a) Idolatria:
A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA.
Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos
que compreendamos sua verdadeira natureza.
(1) A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O ídolo é
meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que
nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de “vaidades” (12.21), e
Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1Co 8.4;
cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas (e.g., Sl 115.4-8; 135.15-18) e os
profetas (e.g. 1Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5) frequentemente
zombavam dos ídolos.
(2) Por trás de toda idolatria, há demônios, que são seres sobrenaturais
controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17) quanto o salmista (Sl
106.36,37) associam os falsos deuses com demônios. Note, também, o que Paulo
diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada
aos ídolos: “as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e
não a DEUS” (1Co 10.20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da
idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são
deles. O cristão sabe com certeza que o poder de JESUS CRISTO é maior do que o
dos demônios Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), exerce vasto poder
nesta presente era iníqua (ver 1Jo 5.19; cf. Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb
2.14). Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de
mentira (2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13-14; 19.20) e de proporcionar às pessoas
benefícios físicos e materiais. Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes,
para a prosperidade dos ímpios (cf.
Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).
(3) A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando
percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o
espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a
necromancia e coisas semelhantes (cf. 2Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt 18.9-11; Ap
9.21). Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem
submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de
Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um
espírito subindo da terra, representando Samuel (28.8-14), i.e., ela viu um
demônio subindo do inferno.
(4) O NT declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5). A conexão é
óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais. Uma
pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará
em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que conseguem
para tais pessoas aquilo que
desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra,
entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus;
logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira, a declaração de JESUS: “Não
podeis servir a DEUS e a Mamom [as riquezas]” (Mt 6.24), é basicamente a mesma
que a admoestação de
Paulo: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (1Co
10.21).
BEP da www.cpad.com.br
b) Orgulho:
O Orgulho: O orgulho é o elevado conceito que alguém faz de si próprio ou
amor-próprio exagerado. Este é um sentimento que todo ser humano muitas vezes
esconde no coração. Dentro do ambiente da música evangélica, por exemplo, é
muito fácil encontrar cristãos envaidecidos pelo conhecimento de louvor,
espiritualidade, experiência musical ou por qualquer outra qualidade que
possuem. Por esta razão, o pecado do orgulho é perigosíssimo.
c) Egoísmo:
Está bem reconhecido que a maioria das misérias humanas tem
a sua fonte no egoísmo dos homens. Então, desde que cada um pensa em si, antes
de pensar nos outros, e quer a sua própria satisfação antes de tudo, cada um
procura, naturalmente, se proporcionar essa satisfação, a qualquer preço, e
sacrifica, sem escrúpulo, os interesses de outrem, desde as menores coisas até
as maiores, na ordem moral como na ordem material; daí todos os antagonismos
sociais, todas as lutas, todos os conflitos e todas as misérias, porque cada um
quer despojar o seu vizinho.
O egoísmo tem a sua fonte no orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem
a se considerar como acima dos outros, crendo-se com direitos superiores, e se
fere com tudo o que, segundo ele, seja um golpe sobre os seus direitos. A
importância que, pelo orgulho, liga à sua pessoa, torna-o naturalmente egoísta.
O egoísmo e o orgulho têm a sua fonte num sentimento natural: o instinto de
conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porque
DEUS nada pode fazer de inútil. DEUS não criou o mal; foi o homem que o
produziu pelo abuso que fez dos dons de DEUS, em virtude de seu livre arbítrio.
Esse sentimento, encerrado em seus justos limites, portanto, é bom em si; é o
exagero que o torna mal e pernicioso; ocorre o mesmo com todas as paixões que o
homem, frequentemente, desvia de seu objetivo providencial. De nenhum modo DEUS
criou o homem egoísta e orgulhoso; criou-o simples e ignorante; foi o homem que
se fez egoísta e orgulhoso exagerando o instinto que DEUS lhe deu para a sua
conservação.
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-22.html
Conclusão:
Somente através do espírito podemos ter comunhão com DEUS,
amá-lo e adorá-lo; conservemos portanto nosso corpo, alma e espírito
irrepreensíveis para a vinda tão aguardada de nosso Senhor e Salvador JESUS
CRISTO.
Lembrando que comunhão com o ESPÍRITO SANTO é ter tudo em
comum com ELE, ou seja, mesmo desejos missionários e desejos de santificação e
de adoração.
Gl 6.18 A graça de nosso Senhor JESUS CRISTO seja, irmãos, com o vosso
espírito. Amém.
Fruto do ESPÍRITO
Conjunto de virtudes morais e espirituais amadurecidas pelo ESPÍRITO SANTO na
vida do crente como resultado de uma permanente comunhão com CRISTO (Gl
5.22,23)
Dons do ESPÍRITO
Recursos extraordinários que o Senhor JESUS, mediante o ESPÍRITO, colocou à
disposição da Igreja, visando a sua santificação e edificação.
Corpo, alma e espírito = MINHA OPINIÃO = RESUMO
Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva
1Ts 5.23 E o próprio DEUS de paz vos santifique completamente; e o vosso
espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO.
Hb 4.12 Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante do que
qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de
juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração.
Lc 23.46 JESUS, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o
meu espírito. E, havendo dito isso, expirou. Creio que JESUS estava entregando
de volta o espírito do homem JESUS, pois o corpo estaria na sepultura e a alma
no Hades daqui a pouco.
Is 53. 9 E deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte,
embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca.10
Todavia, foi da vontade do Senhor esmagá-lo, fazendo-o enfermar; quando ele se
puser como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias,
e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.11 Ele verá o fruto
do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu
servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre si.12
Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os poderosos repartirá
ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi contado
com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos
transgressores intercedeu.
· Já falamos sobre o que
acreditam alguns que são a favor da tese da dicotomia, tese esta que não
aprovamos, falamos também sobre os que acreditam na tricotomia, mas que na
verdade na hora da morte querem juntar espírito e alma como se fossem um só,
indo os dois para o inferno; nesse caso também discordamos, pois acreditamos
que JESUS ao dizer "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito (letra
minúscula) estava se referindo aos espírito dado por DEUS quando ELE nasceu
aqui na terra como homem, humano, depois sabemos que seu corpo foi sepultado e
sabemos também que sua alma foi colocada por expiação, ou seja, foi encontrada
no inferno que era nosso lugar; é só ver Is 53. Depois de estudarmos então a
Bíblia, certamente saberemos que somos espírito, possuímos uma alma e moramos
em um corpo; se morrermos crentes sabemos que nosso espírito vai para DEUS que
o deu, nossa alma para o paraíso (até o dia do arrebatamento) e nosso corpo irá
ao pó (até o arrebatamento).
· Na minha opinião os
animais não possuem alma como a alma humana, com o livre-arbítrio e o poder de
criar, mas certamente possuem alma, mas não o espírito, pois a Palavra de DEUS
diz: "Sl 150.6 Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao
Senhor!" também: Sl 148.10 feras e todo o gado; répteis e aves voadoras;
11 reis da terra e todos os povos; príncipes e todos os juízes da terra; 12
mancebos e donzelas; velhos e crianças!13 Louvem eles o nome do Senhor, pois só
o seu nome é excelso; a sua glória é acima da terra e do céu. Assim os animais
ao morrerem tudo se acaba para eles, pois quem foi criado à imagem e
semelhança de DEUS é o homem e não outra criatura qualquer, também no
futuro, na Nova Jerusalém não é visto nenhum animal.
· Creio que existe o
primeiro juízo e é feito imediatamente após a morte, ou seja, a separação para
o inferno(descrente) ou para o paraíso(crente) já caracteriza um juízo. O
segundo juízo será para os descrentes que morreram e foram lançados no inferno
e será realizado no Juízo Final, perante o Trono Branco, para serem lançados no
Lago de Fogo e Enxofre junto com Satanás e seus demônios(Ap 20.14,15). O
crente está livre do segundo juízo, passando apenas pelo tribunal de CRISTO,
não para condenação, mas premiação ou reconhecimento de suas obras para CRISTO.
Hb 9.27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo
depois o juízo,
· Muitas pessoas têm até pregado
que a alma e o espírito são separados, mas na hora que falam da morte querem
juntá-los como se fossem um só. Não existe essa declaração na bíblia de que
alma e espírito formam a parte espiritual do homem, na verdade formam a parte
imaterial, não a espiritual, pois a parte espiritual do homem é o
espírito que clama por DEUS, briga com o corpo e está aqui no homem para
fazê-lo se lembrar de que existe DEUS. A alma tem o poder de decisão de
pecar ou não, o livre arbítrio, os sentimentos como dor, tristeza, etc...,por
isso é lançada no inferno quando está em pecado quando o corpo morre, já o
espírito que veio de DEUS e não é responsável pelo pecado do homem, antes
tentou ajudá-lo a não ir para o inferno, como poderia ser lançado no inferno;
certamente volta a DEUS que o deu.
Ec 12.7 e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a
DEUS que o deu.
· Fica evidente que na hora do
sexo o casal se torna uma só pessoa conforme Paulo ensina em 1 Co 6.16 Ou não
sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela?
Porque, como foi dito, os dois serão uma só carne*****; porém em questão
de alma e espírito o ser humano é totalmente independente um do outro, com
personalidades diferentes e idéias diferentes. O casal deve procurar viverem em
ESPÍRITO, ou seja, de acordo com a vontade de DEUS para terem seus pensamentos
e atos o mais em comum acordo possível, pois este é o plano de DEUS para o
casal. A mulher pensa diferente do homem e o homem pensa diferente da mulher,
mas com amor e compreensão os dois poderão viver uma vida harmoniosa e feliz,
desde que DEUS seja o centro de seu viver.
Gn2.23 Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne
da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.24
Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e
serão uma só carne.
· A palavra espírito com letra
minúscula na Bíblia significa espírito dado por DEUS ao homem para que este
tivesse consciência do erro, do pecado e soubesse que existe um DEUS que pode
salvá-lo (até os índios, no meio da floresta amazônica sabem disso ) e ESPÍRITO
com letra maiúscula é o ESPÍRITO SANTO.
Rm 1.20 Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade,
são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante
as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
Rm 2.15 pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando
juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer
defendendo-os)
· O homem é formado de espírito,
alma e corpo, mas para que o homem pudesse ter o livre-arbítrio e decidir se
queria DEUS ou o mundo (Diabo e seus prazeres carnais), o poder de decisão do
homem foi colocado por DEUS na alma. Assim a alma decide se deixa o espírito se
comunicar com seu dono que é DEUS ou permanece no pecado que forma uma barreira
entre DEUS e o espírito que está no homem. Quando o homem aceita a JESUS como
seu Senhor e Salvador, então o espírito que está no homem é ligado a DEUS pelo
ESPÍRITO SANTO e então esse homem passa a ter comunhão com DEUS via ESPÍRITO
SANTO e JESUS que está à direita do pai intercedendo.
Hb 4.12 Porque a palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante do que
qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito,
e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções
do coração.
At 2.38 Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja
batizado em nome de JESUS CRISTO, para remissão de vossos pecados;
e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO.
Jo 9.31 sabemos que DEUS não ouve a pecadores; mas, se alguém for temente
a DEUS, e fizer a sua vontade, a esse ele ouve.
Is 59.2 mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso
DEUS; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não
vos ouça.
Rm 8.27 E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção
do ESPÍRITO: que ele, segundo a vontade de DEUS, intercede pelos santos.
Rm 8.34 Quem os condenará? CRISTO JESUS é quem morreu, ou antes quem
ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de DEUS, e também
intercede por nós;
DEPRESSÃO - Enfermidade Grave Da ALMA que pode levar o crente à morte do
corpo, da alma e do espírito.
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 2008 -
Título: As doenças do nosso século - As curas que a Bíblia oferece
Comentarista: Wagner dos Santos Gaby - Lição 4: Depressão, a
doença da alma - Data: 27 de Julho de 2008
TEXTO ÁUREO
"Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim?
Espera em DEUS, pois ainda o louvarei na salvação da sua
presença" (Sl 42.5).
VERDADE PRÁTICA
DEUS não criou o ser humano para viver desanimado ou deprimido, mas para
uma vida saudável e feliz.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Reis 19.1-8.
1 - E Acabe fez saberá Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como
totalmente matara todos os profetas à espada.
2 - Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me
façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua
vida como a de um deles.
3 - O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio
a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço.
4 - E ele se foi ao deserto caminho de um dia, e veio, e se assentou
debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR;
toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.
5 - E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o
tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6 - E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as
brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se.
7 - E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te
e come, porque mui comprido te será o caminho.
8 - Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida,
caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de DEUS.
INTERAÇÃO
Prezado professor, as lições deste trimestre não têm apenas a finalidade
de informar e esclarecer, mas, qual bálsamo, objetivam trazer alívio e conforto
aos possíveis “ferimentos” de alguns de seus alunos. Portanto, ore por eles
para que sejam tratados e edificados pela Palavra de DEUS. Seja um instrumento
de bênçãos e ânimo para toda sua classe. DEUS o abençoe!
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever as causas da depressão.
Entender as reações naturais diante da depressão.
Compreender as formas de enfrentar a depressão.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA - Professor, nossa lição trata de uma das
doenças mais perniciosas de nossos dias, a depressão. Tendo como base a vida do
profeta Elias, o comentarista discorre a respeito do assunto. Leia atentamente
toda a história do profeta e grife os textos que assinalam suas grandes
realizações espirituais, mas também suas fraquezas tal qual encontramos em Tg
5.17,18. Apresente aos alunos uma tabela com as seguintes características dos
crentes esgotados: apatia, ira, ressentimento, vulnerabilidade às doenças,
desilusão, antipatia, mau humor, agressividade, isolamento, intolerância e
aversão aos outros. Algumas delas também estiveram presentes no profeta.
Incremente o gráfico conforme suas anotações a respeito do porta-voz divino,
Elias.
Palavra-Chave - Depressão: Distúrbio caracterizado por debilidade
física, desânimo, sensação de cansaço e ansiedade.
INTRODUÇÃO
A despeito de alguns pensarem que o crente jamais se deprime, a própria Bíblia
menciona diversos casos de servos de DEUS que passaram por severas crises dessa
doença, que se mostra cada vez mais ativa nesses últimos tempos. Como
enfrentá-la? Quais são suas causas? É sobre esse importante assunto que iremos
estudar nesta lição.
I. AS CAUSAS DA DEPRESSÃO
Observemos alguns elementos que podem levar-nos à depressão.
1. Oposição. Quando Elias chegou a Jezreel e soube que Jezabel intentava
matá-lo (1 Rs 19.1,2), tomou atitudes que revelaram seu estado depressivo.
Sempre que realizamos ou estamos prestes a realizar algo importante para DEUS,
enfrentamos o ataque do Inimigo. Essas investidas inesperadas ou oposição
sistemática visam enfraquecer nossa confiança na proteção divina, levando-nos a
desistir de lutar e assim impedir o progresso da obra de DEUS (Jo 16.33; 1 Pe
5.8).
2. Frustração. O sentimento de incapacidade ou fracasso, diante da
realização de um trabalho aparentemente inútil, pode levar-nos à depressão. A
idéia que se tem é que a vida não faz o menor sentido. Elias perdera o ânimo e
o interesse de viver: "toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que
meus pais" (1 Rs 19.4). Humanamente falando, não somos diferentes do
profeta; compartilhamos a mesma natureza (Tg 5.17).
3. Medo. O pavor incontido do que nos possam fazer os adversários, e a
possibilidade de sermos perseguidos, ridicularizados, caluniados, ou até mortos
podem levar-nos à depressão. Foi o que aconteceu com o profeta Elias (1 Rs
19.1,2,10).
4. Angústia. Quando enfrentamos um problema de difícil solução e não
vislumbramos uma saída, tendemos à tristeza e a angústia. E justamente nesse
momento que a crise depressiva se instala (Jó 3.11; 6.11; 17.1; Sl 13.1-3; 56;
57.6,7).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A oposição, a frustração, o medo e a angústia são alguns sentimentos que
podem levar o indivíduo à depressão.
II. REAÇÕES NATURAIS DIANTE DA DEPRESSÃO
1. Fugir. Moisés, incompreendido pelos filhos de Israel e procurado
por Faraó, fugiu para Midiã (Êx 2.15). Fugir é a primeira reação quando nos
sentimos incapazes diante do inimigo (1 Rs 19.3). Davi tomou a mesma atitude.
Durante prolongada crise, fugiu para Aquis, rei de Gate, fazendo-se de louco.
Ler 1 Sm 21.10-15; 27.1-7; 29.1-11; Sl 34; 56. Muitos, por não confiarem
plenamente em DEUS, usam o sono, o isolamento, o entretenimento, e tantas
outras coisas para fugir da realidade. Caso o leitor esteja enfrentando um
problema difícil, a ponto de desejar esconder-se em uma cisterna (1 Sm 13.6),
saiba que o Senhor tem um escape para você (Sl 91; Hb 13.5).
2. Esconder-se. Elias realizou grandes feitos perante o Senhor: extirpou a
idolatria de Israel (1 Rs 18.19-40) e fez chover sobre a terra, após um longo
período de seca (1 Rs 18.41,42; 17.1; Lc 4.25; Tg 5.17,18). Todavia, isso não
impediu que o profeta ficasse apavorado diante das desprezíveis ameaças de
Jezabel (1 Rs 19.4,9).
3. Desistir. Muitos, quando deprimidos, ficam alienados, ou fechados
dentro de si mesmos, como num casulo. O abandono da comunhão com os irmãos pode
ser um sintoma de depressão: "... deixou ali o seu moço" (1 Rs 19.3).
Elias não devia ter dispensado seu auxiliar, nem deveria ter ido para o deserto
(1 Rs 19.3.4). A solidão agrava a depressão. Um bom confidente e santo irmão e
amigo é uma boa linha de defesa, pelo fato de ter alguém para dialogar e orar
juntos. A depressão priva a pessoa do relacionamento com os irmãos e amigos.
Ela reprime o desejo de viver (1 Rs 19.4).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Fugir, esconder-se e desistir são algumas reações naturais diante da
depressão.
III. ENFRENTANDO A DEPRESSÃO
1. Confiando firmemente no Senhor. DEUS é soberano, nada ocorre sem
a sua permissão (Dn 4.34-37). O crente que confia na soberania de DEUS, mesmo
nos momentos difíceis, como os vividos por Elias, não se deprime, mas descansa
naquEle que tudo pode (Mt 19.26). O Senhor jamais nos abandona. Ele não havia
abandonado seu profeta, nem seu povo fiel.
2. Orando e jejuando. O crente fiel pode deparar-se no seu dia a dia com
situações que somente são resolvidas através da oração (Mt 9.15; Jr 29.12,13;
Et 4.16). O jejum e a oração são armas espirituais poderosas para trazer cura e
alívio aos corações abatidos.
3. Evitando a autocomiseração. De acordo com a Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal, quando formos tentados a pensar que somos os únicos fiéis que restam
para realizar algo, não devemos nos lamentar. A autocomiseração diluirá o bem
que porventura fizermos. Elias considerava-se a única pessoa que ainda era
autêntica para com DEUS. Solitário e desanimado esqueceu-se de que outros
permaneceram fiéis em meio à impiedade de sua nação (1 Rs 19.18).
4. Entregando a vida e o futuro a DEUS. O deprimido deve, sem demora e
pela fé, levar a CRISTO o fardo opressor de sua angústia, convicto de que Ele o
livrará e de tudo cuidará (Sl 42; Is 53.4,5; Mt 11.28,29). Ter convicção de que
DEUS nos ama e que Ele se importa conosco, fortalece e consolida a nossa fé,
principalmente quando circunstâncias desagradáveis nos ameaçam e, por fim, nos
atingem.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Além de evitar a autocomiseração e entregar a vida ao Senhor, o cristão
deve confiar em DEUS, orar e jejuar a fim de enfrentar e vencer a depressão.
IV. SAINDO DA DEPRESSÃO
Após ouvir, atentamente, as queixas de Elias, DEUS o encorajou. Da mesma
forma o Senhor quer restaurar seu ânimo trazendo alívio para sua alma abatida.
1. Restauração física. Através de um anjo, DEUS proveu alimento e água
para o profeta. Em seguida, o Senhor lhe proporcionou um sono reparador (1 Rs
19.4-6). O bem-estar físico e psíquico de Elias era fundamental (Sl 103.14).
2. Mudança de ambiente. DEUS tirou Elias do deserto conduzindo-o a Horebe,
cerca de 300 km de Berseba (1 Rs 19.7,8). Elias precisava de tempo e de um novo
ambiente, para considerar sua vida sob um novo ponto de vista. Um ambiente
estressante e uma rotina rígida e interrupta afeta a saúde física e mental da
pessoa. É imprescindível ao deprimido mudar de ambiente, modificar sua rotina,
reduzir seu trabalho e desfrutar de um período de férias para passar mais tempo
com sua família (Ec 2.21-26; 3.1-8; Mc 6.30,31).
3. Bem-estar espiritual. O vento, o terremoto e o fogo no monte Horebe
eram uma demonstração da suficiência e do poder de DEUS; a voz mansa e suave,
por sua vez, falava do grande amor do Pai (1 Rs 19.11,12). Talvez uma caverna
(v. 9) não seja o local mais adequado para DEUS revelar-se a alguém, todavia,
nas situações mais adversas da nossa vida, o Senhor pode vir ao nosso encontro
para nos tirar da depressão. O profeta saiu daquele lugar com uma nova visão
acerca do seu DEUS (1 Rs 19.13-18; Sl 23.4,5).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A restauração física, a mudança de ambiente, a modificação da rotina, a
redução das horas de trabalho e um período de férias são algumas atitudes que
combatem a depressão.
CONCLUSÃO
"Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos
sentimentos..." (Tg 5.17 - ARA), inclusive, à depressão. O DEUS de Elias
também é o nosso DEUS. Assim como deu vitória ao profeta, nos concederá também!
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Devocional
"Lidando com o Estresse
1. Use seus recursos espirituais. Pergunte-se: 'Estou orando e estudando a
Palavra? Minha vida devocional está indo bem?' Sua vida espiritual e
disciplinas são seus recursos espirituais.
2. Anote num papel as situações estressantes de sua vida. Não deixe nada
de fora. Podem ser conflitos pessoais, obrigações e outros assuntos que o
estejam afligindo. Ore por cada item da lista e lance suas ansiedades sobre
JESUS.
3. Reexamine suas prioridades. As prioridades em nossas vidas devem ser
(1) nosso relacionamento com DEUS, (2) nosso relacionamento com a esposa e
filhos e (3) nosso ministério.
4. Faça mudanças. Quando examinamos todas as nossas responsabilidades e
exigências de tempo, frequentemente vemos a necessidade de fazer algumas
mudanças. Algumas responsabilidades podem ser delegadas a outras pessoas
competentes. Outras podem ser adiadas ou mesmo canceladas. Se você está
dominado pela abundância de ocupações de sua agenda, análise que compromissos
podem ser mudados. Foi o que Jetro comentou a seu genro Moisés: Totalmente
desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é
mui difícil para ti; tu só não o podes fazer' (Êx 18.18)".
(GOODALL, W. I. Dominando o estresse e evitando o esgotamento. In
CARLSON, R. (et al) O pastor pentecostal. RJ: CPAD, 1999, pp. 173-4.)
APLICAÇÃO PESSOAL
Após muitas e incansáveis realizações espirituais, Elias cansou-se. Nem
mesmo a lembrança dos milagres passados trazia refrigério àquele profeta de
DEUS. A autocomiseração, a solidão, o esgotamento físico e mental, a incerteza
da eficácia de suas realizações e o desanimo o dominavam lentamente (1 Rs
19.4-14). Esqueceu-se dos grandes milagres operados pelo próprio DEUS em sua
vida. Estava, o profeta, frustrado, abatido e deprimido. Mas como julgar o
sucesso ministerial? Acaso Elias não era bem-sucedido? O teólogo Silas Daniel
afirma que o sucesso ministerial se caracteriza 'pelo fiel cumprimento da
chamada divina e não necessariamente pela quantidade do que foi conquistado.
Não deve ser medido apenas pelas bênçãos recebidas hoje, mas pelas que virão e
pelo cumprimento fiel das nossas responsabilidades. Passa pela qualidade do
nosso serviço a DEUS e não necessariamente pela quantidade do nosso serviço’.
(Como vencer a frustração espiritual, pp. 126-8.) Não desanimes! 'DEUS não é
injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com
o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis' (Hb
6.10).
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vivemos numa sociedade materialista em que o corpo, em quase todas as esferas,
é a prioridade. Muitos levam mais a sério malhar o corpo em detrimento de
exercitar práticas que desenvolvam mais a saúde da mente e a vida espiritual. A
mordomia da alma e do espírito implica desenvolver a esfera material do corpo.
Podemos desenvolver a nossa mente com as coisas boas com que nos alimentamos
(Fp 4.8,9), e também podemos tonificar o espírito com exercícios de piedade os
quais as Escrituras nos ensinam (Mt 6.9-13,16-18). Portanto, nesta lição temos
a oportunidade de falarmos acerca do bem-estar da alma e do espírito.
SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
Para a exposição deste primeiro tópico, sugerimos a leitura das páginas 242-260
da obra “Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal”, editada pela CPAD.
O assunto em estudo é altamente teológico, por isso, consultar uma boa Teologia
Sistemática será de ajuda inestimável a fim de apresentar com maior segurança
um assunto complexo. Tenha atenção com o termo “tricotomia” (ponto a ser
desenvolvido no tópico 2). Neste primeiro tópico você deve deixar claro o
significado do termo “alma”, as teorias acerca de sua origem e a conceituação
do termo “espírito”. Boa aula!
SUBSÍDIO DOUTRINÁRIO
“Textos bíblicos que parecem apoiar o tricotomismo incluem 1 Tessalonicenses
5.23, onde Paulo pronuncia a bênção: ‘E todo o vosso espírito, e alma, e corpo
seja plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS
CRISTO’. Em 1 Coríntios 2.14 – 3.4, Paulo refere-se aos seres humanos como
sarkikos (literalmente: ‘carnal’ 3.1,3), psuchikos (literalmente: ‘segundo a
alma’, 2.14) e pneumatikos (literalmente: ‘espiritual’, 2.15). Esses dois
textos parecem demonstrar de forma ostensiva três componentes elementares.
Vários outros textos parecem distinguir alma e espírito (1 Co 15.44; Hb 4.12)”
(HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.248).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“Primeiro as coisas mais importantes
A intimidade da sala de estar que Maria teve com JESUS nunca resultará da
agitação da cozinha de Marta. Agitação, por si só, causa distração. Vemos em
Lucas 10.38 uma mulher com a virtude da hospitalidade. Marta abriu sua casa
para JESUS, mas isso não significa que ela automaticamente tenha aberto seu
coração. Em sua ânsia de servir a JESUS, ela quase perdeu a oportunidade de
conhecê-lo.
Lucas nos diz que ‘Marta, porém, andava distraída em muitos serviços’. Em sua
mente, ela se preocupava em fazer o melhor. Tinha que fazer o máximo por JESUS.
Podemos ser pegas pela mesma cilada de desempenho, sentido que devemos provar
nosso amor a DEUS através de grandes feitos. Então, nos apressamos em deixar a
intimidade da sala de estar para nos ocupar por Ele na cozinha – realizando
grandes ministérios e projetos maravilhosos, no esforço de divulgar as Boas
Novas. Fazemos todo o nosso trabalho em seu nome. Nós o chamamos ‘Senhor,
Senhor’. Mas, no fim, será que Ele nos reconhecerá? Nós o conheceremos?
O reino de DEUS, como você vê, é um paradoxo. Enquanto o mundo aplaude as
grandes façanhas. DEUS deseja comunhão. O mundo clama ‘Faça mais! Seja tudo o
que puder!’, mas nosso Pai sussurra: ‘Aquietai-vos e sabei que eu sou DEUS’.
Ele não procura tanto por trabalhadores como procura por filhos e filhas – um
povo no qual possa fluir” (WEAVER, Joanna A. Como ter o coração de Maria no
mundo de Marta: Fortalecendo a comunhão com DEUS em uma vida atarefada. Rio de
Janeiro: CPAD, pp.9,10).
PARA REFLETIR - A respeito de “A Mordomia da Alma e do espírito”,
responda:
Do ponto de vista teológico, que é a alma? Do ponto de vista teológico, a alma
é a sede das emoções e dos sentimentos.
O que diferencia um crente espiritual do carnal? O ESPÍRITO SANTO (Gl
5.16-18,22-25). Os carnais vivem de acordo com a natureza carnal que não foi
submetida nem transformada por CRISTO (Gl 5.19-21).
Cite as três teorias acerca da origem da alma. Teoria da preexistência, Teoria
criacionista e Teoria participativa.
Como o homem e a mulher geram um novo ser? Homem e mulher geram um novo ser com
a cooperação divina (At 17.28; Hb 1.3).
O que o crente deve procurar na mordomia do espírito? Na mordomia do espírito,
o crente deve procurar andar em ESPÍRITO, ou seja, na direção e submissão do
ESPÍRITO SANTO.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 79, p. 37.
SUGESTÃO DE LEITURA
Reflexões sobre a Alma e o Tempo, Eclesiastes versículo por versículo e Tendo
um espírito como o de Maria.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
NA ÍNTEGRA - Escrita Lição 1, CPAD, O Homem - corpo, alma e espírito, 4Tr25
Escrita Lição 1, CPAD, O Homem - corpo, alma e espírito, 4Tr25, Com. Extras Pr.
Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A TRICOTOMIA HUMANA
1. Doutrina e teologia.
2. A tríplice natureza.
3. Físico e espiritual.
II – A DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
1. A alma.
2. O espírito.
III – A INTERAÇÃO DAS TRÊS DIMENSÕES
1. Corpo, afetos e somatização.
2. Equilíbrio e saúde.
CONCLUSÃO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 1.26-28; 2.7,18,21-23
Gênesis 1. 26 - E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme
a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus,
e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a
terra. 27 - E criou DEUS o homem à sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho
e fêmea os criou. 28 - E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e
multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do
mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
Gênesis 2. 7 - E formou o Senhor DEUS o homem do pó da terra e
soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
18 - E disse o Senhor DEUS: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma
adjutora que esteja como diante dele.
21 - Então, o Senhor DEUS fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu;
e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. 22 - E da costela
que o Senhor DEUS tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. 23 - E
disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será
chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
PALAVRA-CHAVE – Tricotomia
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
DEUS criou o homem de forma especial, com um propósito especial (Gn
1.27,28), como um ato de coroamento de sua criação. E fez isso de maneira
sublime e distinta em relação a todos os demais seres viventes. Muito além da
expressão “produza a terra”, a partir da qual foram criados os animais (Gn
1.24), o homem é resultado de uma ação divina, pessoal e plural (Gn 1.26). Sua
formação é constituída de uma modelagem sobrenatural — “do pó da terra” — e
pelo sopro de DEUS em seus narizes (Gn 2.7). Neste trimestre, estudaremos essa
solene, maravilhosa e exclusiva criação, bem como a importância de uma vida
equilibrada e saudável no espírito, na alma e no corpo, sob a perspectiva
cristã. Abordaremos a Queda e a Redenção, firmados na esperança de nosso
completo, iminente e eterno retorno ao Criador (1 Ts 4.15-17).
I – A TRICOTOMIA HUMANA
1. Doutrina e teologia.
A Doutrina do Homem está fundamentada em toda a Escritura, numa revelação
suficiente para demonstrar quem é o homem, como foi criado e com que propósito
(Gn 1.26–29; 2.15; Sl 8.3–9; Ef 1.3–6). No campo da Teologia Sistemática, ela é
conhecida como Antropologia Bíblica, que estuda o homem desde sua origem,
constituição e existência, considerando o período anterior à Queda, o pecado
original e suas consequências, o plano redentor e a eternidade. Relaciona-se
com todas as outras grandes doutrinas da Bíblia e responde às intrigantes e
milenares perguntas: Quem é o homem? De onde veio? Para onde vai? Em um tempo
de tanta psicologização da fé e intensa busca de respostas para os problemas
humanos em concepções não cristãs, um piedoso e profundo estudo das Escrituras
é cada vez mais necessário e urgente, a fim de desfazer toda e qualquer dúvida
existencial e gerar uma fé bíblica genuína, sadia e equilibrada (1 Co 2.1–16; 2
Tm 3.16,17; Hb 4.12).
2. A tríplice natureza.
A teologia utiliza o termo “tricotomia” para tratar da tríplice
constituição do ser humano: o corpo, a alma e o espírito. Essas três
substâncias, ou componentes do homem, são descritas tanto no Antigo quanto no
Novo Testamento (Dt 4.9; Sl 42.11; 139.16; Dn 7.15; Zc 12.1; Mt 10.28; Lc
1.46,47; 1 Co 14.14,15). O próprio JESUS CRISTO, o Filho de DEUS encarnado —
plenamente homem e plenamente DEUS — possuía essa constituição (Lc 24.39; Jo
12.27; Lc 23.46). A primeira divisão — as partes material e imaterial — é
explicitamente apresentada no ato de formação do homem: “E formou o Senhor DEUS
o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida, e o homem foi
feito alma vivente” (Gn 2.7).
3. Físico e espiritual.
O processo formativo usado pelo Criador, que é espírito (Jo 4.24), foi
constituído de uma combinação única: o elemento físico (pó da terra) com o
elemento espiritual (o sopro divino), tornando o homem um ser vivente diferente
de todos os demais.
Os anjos são seres espirituais, porém sem corpo material (Sl 33.6; Hb 1.13,14).
Os animais não possuem a parte imaterial que há no homem (alma e espírito). A
“alma” do animal (sua vida) se restringe ao corpo e se esvai com ele (Lv
17.12-14). Já o termo hebraico para “vida”, em Gênesis 2.7, alusivo ao homem, é
chayim (no plural), permitindo a expressão literal “fôlego das vidas”. Isso
pode significar que, em um único substantivo, o texto sagrado esteja aludindo
implicitamente à vida do espírito humano, da alma humana e do corpo humano.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO - “O HOMEM É UM SER TRÍPLICE
DEUS, que é trino, criou o homem como um ser tríplice, isto é, composto de
corpo, alma e espírito. O DEUS Trino, isto é, DEUS Pai, DEUS Filho e DEUS
ESPÍRITO SANTO, imprimiu sua semelhança na formação do homem. Também JESUS,
quando se fez homem, recebeu um corpo (cf. Hb 10.5), uma alma (cf. Mt 26.38) e
um espírito (cf. Lc 23.46). A Bíblia fala muito dessas três partes do homem
(cf. 1 Ts 5.23).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Teologia
Sistemática, de Eurico Bergstén, editada pela CPAD.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO - “O QUE SIGNIFICA SER HUMANO?
A Bíblia afirma claramente que a raça humana, por decisão especial de DEUS,
foi criada à imagem e semelhança de DEUS (Gn 1.26-27). Isto significa que Adão
e Eva não eram produtos de evolução (Gn 1.27; Mt 19.4; Mc 10.6; veja o artigo A
CRIAÇÃO, p. 7). O fato de terem sido criados à semelhança de DEUS significa que
eles eram capazes de responder a DEUS e ter um relacionamento pessoal com Ele.
[...] Observe pelo menos três aspectos diferentes da imagem de DEUS na
humanidade (veja Gn 1.26): Adão e Eva possuíam uma semelhança moral com DEUS,
pelo fato de que foram originalmente criados justos e santos. Ou seja, eles
estavam em um relacionamento correto com DEUS, dedicados completamente a bons
propósitos e separados do mal (cf. Ef 4.24), com o coração capaz de amar e
desejar fazer o que é certo. Eles possuíam uma semelhança com DEUS em sua
inteligência, porque foram criados com espírito, mente, emoções e o poder de
escolha (Gn 2.19-20; 3.6-7). De certa forma, a constituição física das pessoas
também estava na imagem de DEUS, de uma maneira que não acontecia com os
animais. DEUS deu aos seres humanos a forma em que Ele apareceria visivelmente
no Antigo Testamento (Gn 18.1-2), e a forma que o seu Filho assumiria quando
viesse à terra (Lc 1.35; Fp 2.7) para dar a vida em pagamento pelo nosso
pecado” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de
Janeiro: CPAD, 2022, p.1106).
II – A DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO (espírito humano)
1. A alma.
Do hebraico nephesh e do grego psyché, “alma” é uma das muitas palavras
polissêmicas da Bíblia — possui vários significados. Aparece 755 vezes somente
no Antigo Testamento. Seu primeiro sentido é “ser vivo”, como em Gênesis 1.20:
“alma vivente”. Nesta acepção, a palavra “alma” é usada também para os animais
(Gn 1.24) e significa simplesmente “vida”. A distinção entre a alma do homem e
a do animal é evidenciada no processo criativo: procedente do sopro de DEUS (Gn
2.7), a alma do homem constitui uma substância espiritual, incorpórea,
invisível e imortal (Dn 12.2; Mt 25.46; Lc 16.22-25; Ap 20.4). É dotada de
razão, sentimento e vontade — atributos dados por DEUS ao homem para o
exercício de sua missão (Gn 1.28), especialmente sua vocação relacional com o
Criador e com os semelhantes (Gn 2.15-24; 3.8). Isso, aliás, decorre do fato de
o homem ser um ser pessoal, criado à imagem de DEUS (Gn 1.26).
[Alma] É dotada de razão, sentimento e vontade — atributos dados por DEUS ao
homem para o exercício de sua missão, especialmente sua vocação relacional com
o Criador [...].”
2. O espírito.
Do hebraico ruah e do grego pneuma, o espírito do homem provém de DEUS e
constitui sua principal dimensão. É por meio dele que mantemos nossa comunhão
com o Criador, o Pai dos espíritos, e o adoramos (Hb 12.9; Jo 4.23,24). Junto
com a alma, e inseparável dela, compõe a parte imaterial do ser humano. É o
“homem interior” que, na linguagem do apóstolo Paulo, aparece algumas vezes em
contraste direto com o corpo, o homem exterior (Rm 7.22-25; 2 Co 4.16-18; Ef
3.16-19). Como ensina o pastor Antônio Gilberto, em sua Bíblia com Comentários,
“à luz das Escrituras, o espírito é a fonte da vida recebida de DEUS. O
espírito usa e transmite essa vida à alma, que, por sua vez, a expressa por
meio do corpo, utilizando seus sentidos físicos para explorar o mundo exterior
e dele receber as necessárias impressões”. São três elementos que formam um
único ser ou pessoa.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO - A ALMA E O ESPÍRITO (espírito humano)
“A alma (heb. nephesh; gr. psychē), frequentemente traduzida como ‘vida’,
pode ser brevemente definida como a parte não material do ser humano, que
resulta da união de corpo e espírito. Ela inclui a mente, as emoções e o
livre-arbítrio. Juntamente com o espírito humano, a alma continuará a viver
quando a pessoa morrer fisicamente. (Nesse sentido, há certa superposição na
Bíblia no uso das palavras ‘alma’ e ‘espírito’.) A alma está tão intimamente
conectada à personalidade interior que o termo é usado, às vezes, como sinônimo
de ‘pessoa’ (p.ex., Lv 4.2; 7.20; Js 20.3). O corpo (heb. basar; gr. sōma)
pode ser brevemente definido como o elemento físico e material de um indivíduo
que retorna ao pó quando este morre (às vezes, chamado de ‘carne’). O espírito (heb.
ruach; gr. pneuma) pode ser brevemente definido como o componente de vida não
material do ser humano – a essência verdadeira da pessoa, dada por DEUS –
incluindo as nossas capacidades espirituais e a nossa consciência. É o aspecto
pelo qual temos contato mais direto com o ESPÍRITO de DEUS” (Bíblia de
Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022,
pp.1106-07).
III – A INTERAÇÃO DAS TRÊS DIMENSÕES
1. Corpo, afetos e somatização.
O corpo (gr. soma) é a parte material do ser humano, por meio da qual
comumente manifestamos os atributos da alma e do espírito. Empregando o
vocábulo “coração” (heb. leb; gr. kardia) — uma das principais palavras que o
Antigo e o Novo Testamentos usam como sinônimo de alma —, Salomão bem
identificou essa interação ao afirmar: “O coração alegre aformoseia o rosto”
(Pv 15.13); “O coração com saúde é a vida da carne” (Pv 14.30); “O coração
alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os ossos” (Pv
17.22). Identificados como doenças psicossomáticas a partir do século XX,
muitos problemas físicos decorrem de crises da alma (e também do espírito,
inclusive pecados, cf. Sl 31.9,10; 32.1-5). E como se multiplicam em nossos
dias!
2. Equilíbrio e saúde
Da mesma forma que o corpo padece por causa de disfunções da alma e do
espírito, estes também sofrem por problemas do corpo — naturais ou não. A
língua é um dos membros que mais produzem angústias ao ser humano (Pv 18.7,21;
21.23). Tem o nefasto poder de contaminar a pessoa por inteiro (Tg 3.6). Um
viver santo e equilibrado requer constante vigilância e oração, preservando
corpo, alma e espírito de toda a espécie de males, o que inclui cuidados
físicos e relacionais saudáveis (Cl 3.5-9; Ef 4.25-32; 6.18). Quanto à
crescente busca por medicamentos como solução para todo tipo de problema
emocional, é preciso discernimento e cautela. O acompanhamento médico e
psicológico é importante em situações clinicamente diagnosticadas, mas, quando
o problema tem origem espiritual — como crises produzidas por pecados não
confessados —, os medicamentos não resolvem; no máximo, aliviam os sintomas.
Arrependimento e abandono do pecado são essenciais para a verdadeira cura da
alma (Cl 3.8; Ef 4.31; Tg 4.6-10; 2 Cr 7.14; Is 53.4,5).
CONCLUSÃO
Uma correta compreensão espiritual acerca do homem, de sua constituição e
propósito é fundamental para uma vida cristã equilibrada (1 Co 2.14,15). Mesmo
as almas mais piedosas não encontram verdadeira paz e alegria senão em DEUS, o
seu Criador (Sl 42.1; Jo 14.27), pois “a alegria do Senhor é a [nossa] força”
(Ne 8.10).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como é conhecida a Doutrina do Homem no campo da Teologia Sistemática?
No campo da Teologia Sistemática, ela é conhecida como Antropologia
Bíblica.
2. A que perguntas milenares a Doutrina do Homem responde?
Responde às intrigantes e milenares perguntas: Quem é o homem? De onde
veio? Para onde vai?
3. Qual o significado de tricotomia?
A teologia utiliza o termo “tricotomia” para tratar da tríplice
constituição do ser humano: o corpo, a alma e o espírito.
4. Qual a distinção entre a alma dos animais e a alma do homem?
A distinção entre a alma do homem e a do animal é evidenciada no processo
criativo: procedente do sopro de DEUS (Gn 2.7), a alma do homem constitui uma
substância espiritual, incorpórea, invisível e imortal (Dn 12.2; Mt 25.46; Lc
16.22-25; Ap 20.4).
5. Como conceituar “espírito”?
Do hebraico ruah e do grego pneuma, o espírito do homem provém de DEUS e
constitui sua principal dimensão. É por meio dele que mantemos nossa comunhão
com o Criador, o Pai dos espíritos, e o adoramos.
NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA - Lição 2, Central Gospel, A Natureza do Homem, 4Tr25
Escrita Lição 2, Central Gospel, A Natureza do Homem, 4Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
Palavra introdutória
1. UM SER FORMADO DO PÓ E DO SOPRO
1.1. O valor do corpo na obra divina
1.2. O valor da interioridade diante do Altíssimo
1.3. A tensão entre unidade e distinção
2. DICOTOMIA E TRICOTOMIA: PRINCIPAIS INTERPRETAÇÕES TEOLÓGICAS
2.1. A perspectiva dicotômica
2.2. A perspectiva tricotômica
2.3. Considerações teológicas
2.3.1. Entre a didática e a compreensão existencial
2.3.2. Unidade existencial e escatológica
3. IMPLICAÇÕES DA COMPREENSÃO DA NATUREZA HUMANA
3.1. Para o corpo: templo do ESPÍRITO
3.2. Para a interioridade: mente renovada e espírito fortalecido
CONCLUSÃO
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Salmo 139.13-18; Lucas 1.46-48
Salmo 139.13- Pois possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe. 14- Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado;
maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15- Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
16- Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia.
17- E quão preciosos são para mim, ó DEUS, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!
18- Se os contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo, ainda estou contigo.
Lucas 1.46- Disse, então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
47- e o meu espírito se alegra em DEUS, meu Salvador,
48- porque atentou na humildade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.
TEXTO ÁUREO
E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO . 1 Tessalonicenses 5.23
SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2a feira - Atos 17.28 Nele vivemos, nos movemos e existimos
3a feira - Jó 32.8 O espírito do Homem é sopro do Todo-Poderoso
4a feira - Hebreus 4.12 A Palavra discerne alma e espírito
5a feira - Salmo 103.1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor
6a feira - Eclesiastes 12.7 O corpo volta ao pó; o espírito, a DEUS
Sábado - 1 Coríntios 6.20 Glorifique a DEUS no corpo e no espírito
OBJETIVOS
- Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de: entender que a Bíblia apresenta o Homem como um ser vivente, consciente e relacional;
- identificar os principais modelos teológicos relacionados à constituição da natureza humana, reconhecendo as diferenças entre dicotomia e tricotomia;
- refletir sobre como essa compreensão impacta a vida espiritual e o cuidado integral do indivíduo.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS - Caro professor, esta etapa do estudo complementa e aprofunda os ensinamentos da lição anterior. Agora, o foco recai sobre a constituição do Homem, abordando sua dimensão material e imaterial. Apresente com clareza as duas principais interpretações teológicas dicotomia e tricotomia - respeitando a diversidade exegética. Aproveite a riqueza do tema para promover uma reflexão madura sobre o conjunto indivisível da natureza humana e seu valor essencial. Estimule os alunos a refletirem sobre como essa compreensão determina a prática cúltica e a ética cristã. Encerre a aula convidando-os a cuidarem de si e do próximo com reverência, pois todo ser humano carrega em si a imagem do Criador. Excelente aula!
COMENTÁRIO -
Palavra introdutória
Ao longo da
história da teologia cristã, diferentes cor- rentes buscaram compreender a
composição essencial do Homem: seria ele formado por duas partes - corpo e
alma? Ou por três - corpo, alma e espírito? Esse debate, entre dicotomia ou
tricotomia, não é apenas filosófico ou doutrinário: ele toca diretamente a
maneira como se entende a salvação, o culto, a morte e a esperança na
ressurreição.
Esta lição não
visa a estabelecer um modelo definitivo, mas a promover a consciência de que o
ser humano é uma unidade complexa, talhado para viver em relação com o Criador,
com o próximo e consigo mesmo.
1. UM SER
FORMADO DO PÓ E DO SOPRO
Adão foi
moldado do pó da terra e recebeu o fôlego divino, tornando-se alma vivente (hb.
nefeš hayyah; cf. Gn 2.7). Essa descrição evidencia uma síntese harmoniosa:
corpo e interioridade não estão dissociados, mas constituem um ser relacional,
consciente e responsável diante do Todo-Poderoso.
O texto bíblico
não contrapõe grandeza material e dimensão íntima como realidades em conflito,
mas afirma sua complementariedade, inclusive no processo de redenção (Rm 8.23).
O Homem foi criado com valor intrínseco, esculpido à imagem do Altíssimo e destinado
à comunhão com Ele (Jo 4.24), aguardando a glorificação do corpo, à
semelhança da ressurreição de CRISTO (Fp
3.21).
1. UM SER
FORMADO DO PÓ E DO SOPRO
OBSERVAÇÃO 1
MAIS QUE POEIRA
ANIMADA - O ser humano exterioriza a glória de DEUS também em sua
materialidade. Do sistema nervoso ao ritmo do coração, cada detalhe do corpo -
feito de pó - anuncia um obra consciente e perfeita. A corporeidade física não
é desvio, mas sinal de que fomos chamados à comunhão plena - em espírito e
em carne.
1.1. O valor do
corpo na obra divina
O corpo humano,
formado do pó da terra (Gn 2.7), integra o Ato Criador e desvela a sabedoria e
o amor deliberado do Senhor (Sl 139.14). Embora seja matéria, sua manifestação
física não é desprezível nem inferior. Suas estruturas anatômicas, funções
vitais e capacidades sensoriais revelam complexidade e propósito, refletindo o
cuidado d'Aquele que o chamou à existência.
1.2. O valor da
interioridade diante do Altíssimo
A Escritura não
apresenta uma anatomia da alma ou do espírito, mas descreve o indivíduo em sua
totalidade. Ele não é apenas corpo, mas portador de consciência (Rm 2.15),
vontade (Rm 7.18) e capacidade de se relacionar com o Criador (Jo 4.24).
A interioridade
é o espaço em que se desenvolvem a fé (Hb 11.1), a responsabilidade moral (2 Co
5.10) e a adoração que agrada ao Senhor (Sl 103.1).
1.3. A tensão
entre unidade e distinção
Apesar de a
Bíblia apresentar o Homem como um ser vivente, consciente e relacional (Gn
2.7), permanece, ao longo da história da teologia, o desafio de compreender
como se articulam suas facetas visível e invisível.
Alguns modelos
surgiram na tentativa de explicar essa constituição (cf. Tópico 2); contudo,
essas abordagens de- vem ser vistas como tentativas interpretativas, não como
dogmas.
A diversidade
de termos usados no texto sagrado revela uma linguagem mais pastoral do que
técnica, e aponta para a complexidade do ser feito à imagem e semelhança de DEUS
(Gn 1.26).
2. DICOTOMIA E
TRICOTOMIA: PRINCIPAIS INTERPRETAÇÕES TEOLÓGICAS
Desde os
primeiros séculos, intérpretes das Escrituras buscaram compreender a
constituição do ser humano. Embora haja consenso quanto à existência de uma
dimensão material e outra imaterial (Gn 2.7; Mt 10.28), surgiram interpretações
diversas sobre sua organização interna.
As duas
principais interpretações são a dicotomia, que entende o ser vivente como
composto de corpo e alma/espírito (Gn 2.7; Mt 10.28; Ec 12.7), e a tricotomia,
que separa corpo, alma e espírito, considerando-os facetas distintas (1 Ts
5.23; Hb 4.12). Ambas se baseiam em textos bíblicos e têm sido defendidas por
teólogos comprometidos com a ortodoxia cristã.
2.1. A
perspectiva dicotômica
A perspectiva
dicotômica entende a criatura humana como formada por duas instâncias: corpo
(material) e alma ou espírito (imaterial). Essa visão, presente em parte da
tradição protestante, encontra base em Gênesis 2.7, em que Adão se torna alma
vivente (nefeš hayyah), resultado da união entre o pó e o fôlego divino.
Os termos
"alma" e "espírito" aparecem no texto sagrado como
sinônimos, de acordo com Mateus 10.28 e Lucas 1.46- 47, sugerindo uma única
realidade interior descrita sob diferentes aspectos. A alma é compreendida como
expressão da vida consciente, enquanto o espírito aponta para a capacidade de
se relacionar com DEUS. A distinção, portanto, é funcional, não
estrutural.
A proposta
dicotômica é valorizada entre muitos estudiosos, especialmente no contexto
ocidental, por preservar a unidade do ser, evitar fragmentações excessivas e
propor uma abordagem mais simplificada do tema.
2.2. A
perspectiva tricotômica
A visão
tricotômica compreende o ente humano como composto por três realidades
distintas e interconectadas: corpo, alma e espírito. Essa interpretação
encontra respaldo em 1 Tessalonicenses 5.23 e Hebreus 4.12, textos que
mencionam a distinção entre alma e espírito (cf. leitura em classe).
Nessa
perspectiva, o corpo é apresentado como a parte tangível, voltada ao mundo
sensível; a alma [hb. nefeš (Gn 2.7); gr. psyché (Mt 10.28)], a sede das
emoções, pensamentos e vontade; e o espírito [hb. rûah (Ec 12.7); gr. pneûma
(Jo 4.24)], a esfera por meio da qual o Homem se relaciona com DEUS,
discernindo a espiritualidade.
Essa abordagem
funcional busca explicar como o ser humano adora, decide e interage com a Fonte
da Vida. Embora a terminologia bíblica nem sempre seja técnica, a tricotomia
busca refletir a integralidade do ser, reconhecendo que a redenção em CRISTO abrange cada uma de suas partes.
Por sua clareza
didática, a tricotomia é frequentemente adotada em contextos de tradição
evangélica como modelo explicativo da natureza humana, contribuindo para o
discernimento das realidades do mundo espiritual.
2.3.
Considerações teológicas e pastorais
Não fomos
criados por partes, nem seremos salvos aos pedaços. Somos um todo - razão,
afeto, carne e fé - entrelaçados no mistério da existência. Viver com inteireza
é admitir que tudo em nós pertence ao Senhor.
2.3.1. Entre a
didática e a compreensão existencial
A tricotomia,
ao distinguir corpo, alma e espírito, apresenta uma divisão mais acessível ao
entendimento comum, associando o corpo à dimensão física, a alma à psique e o
espírito à ligação direta com o Eterno. Essa abordagem favorece a visualização
funcional dos diferentes aspectos da existência.
Por outro lado,
a dicotomia, ainda que menos intuitiva, contribui para uma compreensão mais
direta do que ocorre na morte: o corpo retorna ao pó da terra e o espírito
volta a DEUS (Ec 12.7).
Independentemente
das diferenças, ambas as interpretações convergem no essencial: o ser humano é
uma criação viva, complexa e relacional, integralmente afetada pela Queda e
plenamente alcançada pela redenção em CRISTO (1 Ts 5.23; Rm 8.23). A espiritualidade
bíblica envolve consciência, corpo, culto e conduta (Rm 12.1).
2.3.2. Unidade
existencial e escatológica
As Escrituras
apresentam o ser humano como um conjunto vivo, no qual corpo e interioridade
formam um todo inseparável (Gn 2.7). O corpo não é visto como um mal a ser
descartado, mas como expressão da Criação muito boa (Gn 1.31), digna de
redenção.
Assim, a
esperança cristã não se limita apenas à libertação da alma, mas culmina na
ressurreição do corpo (1 Co 15.42-44), reafirmando a continuidade e a
indivisibilidade do ser diante de Rei dos séculos. Na visão bíblica, o ser
humano não é uma gota que retorna a um oceano impessoal, mas um indivíduo
amado, que ressuscitará - restaurado, glorificado e preservando sua
identidade pessoal (Fp 3.21).
OBSERVAÇÃO 2
O CORPO NÃO É
CÁRCERE - Para pensadores dualistas, como Platão, o corpo era visto como
prisão da alma. No entanto, embora frágil e transitório, as Escrituras revelam
que ele integra um propósito imutável e será glorificado na ressurreição dos
justos (1 Co 15.42-44). A Eternidade não será vivida por um fragmento do que
alguém já foi, mas pela mesma pessoa - restaurada e transfigurada.
3. IMPLICAÇÕES
DA COMPREENSÃO DA NATUREZA HUMANA
Estudar a
doutrina é fundamental, mas perceber seus desdobramentos na vida cotidiana é o
que torna o ensino verdadeiramente transformador. Este tópico explora como o
entendimento bíblico sobre a condição humana impacta a integralidade do
ser.
3.1. Para o
corpo: templo do ESPÍRITO
O corpo, embora
sujeito à fragilidade e ao tempo, foi formado pelo Criador com sabedoria (Sl
139.14) e é chamado de templo do ESPÍRITO SANTO (1 Co 6.19-20). Nesse
sentido, promover a saúde - mantendo uma alimentação equilibrada e
respeitando os limites do descanso - e preservar a integridade física são
expressões concretas de mordomia cristã.
Honrar a DEUS
com o corpo é admitir que ele não é uma propriedade privada, exclusiva e
absoluta, mas um dom a nós confiado para ser cuidado, preservado e utilizado
para Sua glória.
3.2. Para a
interioridade: mente renovada e espírito fortalecido
A interioridade
humana, composta pela mente e pelo espírito, é o espaço em que a comunhão com o
Altíssimo é nutrida e o caráter é depurado. Renovar a mente pela Palavra (Rm
12.2) e fortalecer o espírito pela oração e adoração (Ef 3.14- 19) são práticas
essenciais à saúde integral do indivíduo. Pensamentos alinhados à verdade
moldam sentimentos, decisões e atitudes (Pv 4.23; 2 Co 10.5), enquanto um
espírito sensível capacita o crente a discernir o que é perene (1 Co
2.14). Cuidar dessa síntese viva implica cultivar um coração humilde, uma
mente vigilante e uma vida devocional que glorifique o Senhor.
OBSERVAÇÃO 3
SOMOS TEMPLO,
MENTE E CHAMA - O corpo, a consciência e o espírito ardem como expressões da
vocação divina. Somos feitos para refletir a luz, servir na liberdade e viver
para a glória de DEUS (1 Co 6.19-20). Existir é cultuar; respirar é render-se;
caminhar em verdade é adorar com o todo do ser.
CONCLUSÃO
Não somos
quebra-cabeças desconexos, nem fragmentos soltos à deriva do tempo. Fomos
tecidos pelo Criador como um todo indivisível - corpo que sente, interioridade
que pensa e busca a Imensidão.
Cada traço que
nos compõe reflete a intenção divina; cada dimensão da existência é alcançada
pela redenção.
Que, ao
reconhecer a honra impressa por DEUS em cada espaço do nosso ser, sejamos mais
atentos ao que pensamos e fazemos, mais sensíveis ao próximo e mais reverentes
diante d'Aquele que nos criou para a comunhão eterna.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quais são as três partes que compõem o ser humano segundo a
visão tricotômica, e como se caracteriza cada uma?
R.: Corpo (matéria); alma (emoções e vontade) e
espírito (relacionamento com DEUS).
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