Escrita Lição 10, BETEL, Os Movimentos Pentecostal e Neopentecostal, Renovação e Expansão no Século XX, 1Tr25, Comentários Extras, Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 10, BETEL, Os Movimentos Pentecostal e Neopentecostal,  Renovação e Expansão no Século XX, 1Tr25, Comentários Extras, Pr Henrique, EBD NA TV
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EBD, Revista Editora Betel, 1° Trimestre De 2025, Tema, MOVIMENTO PENTECOSTAL, A Chama do ESPÍRITO que Continua a incendiar o mundo. | Escola Bíblica Dominical
 
 
Vídeo https://youtu.be/lA7HJrtQRGI?si=V7B6016FjEIJRqnw
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/02/escrita-licao-10-cpad-os-movimentos.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/02/slides-licao-10-betel-os-movimentos.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-10-betel-os-movimentos-pentecostal-e-neopentecostal-pptx/275990128
 
 
ESBOÇO DA LIÇÃO 10, CPAD, 1Tr25
1- OS ALICERCES DO MOVIMENTO PENTECOSTAL  
1.1. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na doutrina dos apóstolos   
1.2. O Movimento Pentecostal nasceu
 alicerçado na comunhão   
1.3. O Movimento Pentecostal nasceu  alicerçado na oração     
2- AS MARCAS DO PENTECOSTALISMO CLÁSSICO  
2.1. Um movimento que não desiste de
 proclamar as Boas Novas   
2.2. A constante busca pelo ESPÍRITO SANTO    
2.3. Um movimento que não desiste de ensinar as Sagradas Escrituras   
3- O NEOPENTECOSTALISMO BRASILEIRO  
3.1. As inovações do neopentecostalismo    
3.2. A pluralidade Neopentecostal   
3.3. As fontes do neopentecostalismo     
 
TEXTO ÁUREO
 “De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número”, Atos 16.5
 
VERDADE APLICADA
Devemos permanecer fiéis às Escrituras para não sermos influenciados por modismos teológicos nem arrastados por qualquer vento de doutrina.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer os fundamentos do pentecostalismo brasileiro
Compreendera necessidade de evitar modismos na Igreja.
Identificar as características do neopentecostalismo.
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA - 1 CORÍNTIOS 2.1-5
1 E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de DEUS, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.
2 Porque nada me propus saber entre vós, senão a JESUS CRISTO, e este crucificado.
3 E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder,
5 Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de DEUS.
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Mt 4.10 Adorar somente ao Senhor.
TERÇA | Jo 16.13 O ESPÍRITO SANTO nos guia na verdade.
QUARTA | 1 Co 12.10 NO discernimento de espíritos.
QUINTA | Cl 2.4 Cuidado com as palavras persuasivas.
SEXTA | CI 2.8 Cuidado com as vãs filosofias e as sutilezas.
SÁBADO | Tg 1.27 A religião pura e verdadeira.
HINOS SUGERIDOS: 387, 396, 400
 
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que a Igreja pregue a Palavra de DEUS com amor e verdade.
 
PONTO DE PARTIDA – Devemos conservar a pureza da doutrina.
 

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SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 10, BETEL, 1TR25
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 COMO O PENTECOSTAL LÊ A BÍBLIA
 1. Privilegiando o texto primeiramente na sua literalidade. Crentes pentecostais valorizam a literalidade do texto. Se JESUS disse que em seu nome expulsaríamos demônios, pentecostais não discutem se é possível ou não a libertação de pessoas possessas por espíritos imundos em nossos dias. Simplesmente oram e, crendo nas palavras de JESUS, expulsam demônios. Se JESUS disse que em seu nome seus discípulos falariam em novas línguas, pentecostais entendem que tal evento seria cumprido por DEUS (Mc 16.14-20).
É evidente que pentecostais não atribuem literalidade a um texto que não deve ser entendido literalmente. Há textos cujo sentido é figurado, como no caso em que JESUS disse que Ele era a porta, o caminho, o pão do céu. Entendemos que o Senhor se valeu de elementos conhecidos do seu tempo para comunicar verdades por meio de comparações, e que esses elementos não são sempre literais.
O que não se pode é acreditar que. no processo de interpretação da Bíblia, podemos mudar as regras conforme a nossa conveniência.
 
2. Respeitando o contexto histórico e os gêneros literários. A Palavra de DEUS teve sua escrita encerrada há pouco menos de dois mil anos. Portanto, há um hiato de tempo entre nós e os acontecimentos descritos na Bíblia que deve ser observado na leitura e interpretação do texto, pois não se pode esquecer que o tempo, os costumes, a forma como viviam os homens e mulheres daquela época eram diferentes dos nossos. Na Bíblia há textos históricos que registram acontecimentos dentro e fora de Israel, para que fossem conhecidos pelas gerações seguintes (Dt 6.20,21). Há, na Bíblia, poesia descrita com sensibilidade por pessoas que registraram suas emoções com alegria, tristeza, desapontamento e contentamento, mas também confiança em DEUS (Sl 42.10,11). Há textos proféticos nos quais DEUS usa seus servos para declarar o que ocorrerá no futuro e advertir seu próprio povo a que viva uma vida justa o honre ao Senhor com uma adoração genuína e respeite seus irmãos (Mq 6.8). A Bíblia traz cartas dos apóstolos a pessoas e a igrejas, tendo em vista que os leitores, que agora professavam uma nova fé, precisavam ser instruídos sobre como poderiam viver neste mundo. Esses detalhes precisam ser respeitados no momento da leitura da Bíblia, ou faremos interpretações equivocadas da revelação divina.
 
3. Entendendo que a Bíblia é a Palavra de DEUS. Crentes pentecostais consideram a Bíblia como a Palavra de DEUS. Isso implica reconhecer igualmente que a chamada revelação escriturística se completou com o encerramento do Cânon, e que qualquer outra revelação trazida por meio intelectual ou por dons espirituais precisa se curvar à revelação inspirada por DEUS em sua Palavra. Cremos que DEUS, para a edificação da Igreja, concede dons espirituais que podem trazer, eventualmente, novas diretrizes a grupos ou pessoas, mas nenhuma revelação trazida em nossos dias, seja por profecia, seja pela palavra do conhecimento, pode ser entendida como sendo da parte de DEUS se estiver contrária ao que o Senhor já declarou em sua Palavra.
   
O LIVRO DE ATOS — DESCRITIVO OU PRESCRITIVO
 1. A ação do ESPÍRITO SANTO na Igreja. O livro de Atos recebe esse nome por ser o registro dos feitos dos apóstolos após a ascensão de JESUS, mas acima de tudo, é o registro dos atos do ESPÍRITO SANTO na Igreja e por meio dela. Lucas não apenas se preocupa em registrar o crescimento da Igreja, mas também a forma com que DEUS agia para que a mensagem do Evangelho transformasse pessoas e fizesse crescera Igreja (At 2.47b).
 2. A interpretação de Pedro. Por ocasião da descida do ESPÍRITO SANTO no cenáculo, com o sinal de falar outras línguas que transmitiam as grandezas de DEUS, o apóstolo Pedro não hesitou em atribuir o fato à profecia de Joel, de que o ESPÍRITO de DEUS seria derramado em toda a carne. É curioso o fato de que haja crentes em nossos dias que não veem problema na forma como Pedro aplicou a passagem de Joel ao que havia acontecido no Dia de Pentecostes, mas rejeitam que esse derramamento do ESPÍRITO de DEUS é para os nossos dias. Se examinarmos bem as Escrituras, veremos que tanto JESUS quanto os discípulos conheciam a Palavra e a interpretavam de forma correta.
 3. Atos é descritivo ou prescritivo? Essa é uma questão que precisa ser entendida, a fim de que olhemos o livro de Atos como mais do que um livro de história. Quando dizemos que o livro de Atos é meramente uma descrição do que se passou nos primeiros 35 anos da Igreja, queremos dizer que a sua narrativa serve somente de registro histórico, e que não tem a intenção de indicar que os eventos iniciados pelo ESPÍRITO SANTO devem se repetir em nossos dias. De acordo com essa possibilidade de interpretação, as línguas, as curas, as operações de milagres, revelações e outras ocorrências não deveriam ser correntes na Igreja de nossos dias, pois o livro de Atos tem caráter meramente descritivo. Mas se o livro de Atos tiver o caráter descritivo e prescritivo, então podemos crer que as experiências relatadas por Lucas podem se repetir em nossos dias e o ESPÍRITO de DEUS é o responsável por milagres, curas e manifestação dos dons operados tanto na Igreja quanto no ministério pessoal.
 CONCLUSÃO
 Ler e interpretar corretamente a Palavra de DEUS é um requisito necessário para que todo cristão cresça na vida espiritual e pessoal. Pentecostais leem as Sagradas Escrituras com zelo e esclarecimento, de maneira que busquem sempre a interpretação correta do texto sagrado. Esse cuidado se dá pela certeza de que a correta interpretação do texto gerará a correta aplicação, e esta redundará na vivência debaixo da vontade e da bênção de DEUS.
 
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A Oração na vida da Igreja Primitiva à luz do livro Atos dos Apóstolos
Data
A Oração na vida da Igreja Primitiva à luz do livro Atos dos Apóstolos
Pr Washington Roberto Nascimento
A oração é uma das coisas mais importantes na vida do crente e da Igreja de Jesus Cristo. Satanás e o mundo não querem que o crente ore e nem tão pouco que a Igreja de Jesus dobre os seus joelhos em súplicas ao Pai.
Precisamos aprender a orar. A oração com palavras, mas sem coração, não tem valor aos olhos do Senhor que sonda o nosso coração. É preferível oração com coração e sem palavras, do que com palavras, mas sem coração.
Temos dificuldades para orar. Preferimos cantar, ler a Bíblia, debater temas bíblicos etc. Essas coisas têm o seu valor, mas é triste quando nós as usamos para não orar.
No Antigo Testamento, nós encontramos vários exemplos de oração: Abraão, Moisés, Ana (I Sm. 1; 2), Neemias (Ne. 1), Daniel (Dn. 9) e muitos outros.
No Novo Testamento, temos, também, muitos outros exemplos e, certamente, Jesus é o maior de todos eles.
Hoje, vamos nos dedicar ao estudo da oração no livro de Atos dos Apóstolos. Vamos ver os textos e algumas de suas lições sobre oração na vida da Igreja e ou dos crentes do primeiro século da Era Cristã.
A palavra traduzida por oração no Novo Testamento grego é: προσευχή (lê-se: prossiurré). Essa palavra aparece 37 vezes no Novo Testamento. No livro de Atos ela aparece 9 vezes, mais do que em qualquer outro livro.
O verbo orar no Novo Testamento Grego é: προσεύχομαι (lê-se: prossíurromai) Ele aparece 86 vezes no Novo Testamento. Esse verbo aparece mais vezes no Evangelho de Lucas, 19 vezes, e logo em seguida no livro de Atos, 16 vezes.  Quando colocamos o verbo orar e o substantivo oração, o livro de Atos, descobrimos que não há livro algum no Novo Testamento que tenha maior número de ocorrências das palavras: oração e orar, juntas, que o livro de Atos dos Apóstolos.
É assim que descobrimos de maneira concreta, material, inquestionável, que na história da Igreja Primitiva a oração era algo essencial, bem presente em sua vida.
Vejamos as lições que podemos aprender a respeito do tema: A oração na vida da Igreja Primitiva à luz do livro de Atos dos Apóstolos.
 
1. A Igreja perseverava em oração – Atos 1:14; 2:42.
Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos (At. 1:14).
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. (At. 2:42).
2. A Igreja orava pedindo a direção de Deus – Atos 1:24.
E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor do coração de todos, mostra qual destes dois tens escolhido (At. 1:24).
Eles iam escolher o substituto de Judas entre José (chamado Barsabás que tinha por sobrenome o Justo) e Matias, e o escolhido foi Matias (At. 1:23, 25).
3. A Igreja orava no templo Atos 3:1.
Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona (At. 3:1).
Os judeus tinham três momentos durante o dia para a oração:
Daniel 6:10 –Três vezes ao dia, Daniel se punha de joelhos e orava e dava graça diante de Deus.
Salmo 55:17 - De tarde, e de manhã, e ao meio-dia, orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.
A terceira hora do dia (At. 2:15) – isto é, 9h da manhã;
Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.
A sexta hora do dia (At. 10:9) – isto é, aos meio-dia;
E, no dia seguinte, indo eles seu caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta.
E a nona hora do dia (At. 10:3), isto é, às 15h.
Atos 10:3 - Este, quase à hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e dizia: Cornélio! (At. 10:3).
Atos 10:30 - E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona (At. 30:30).
Todos esses textos nos ensinam que a Igreja Primitiva continuou fazendo aquilo que os crentes no Antigo Testamento faziam: eles oravam três vezes ao dia (Sl. 55:17; Dn. 6:10). Há coisas do Antigo Testamento que foram preservados pelo Cristianismo, a oração é uma dessas coisas. Porém, outras, tais como: a circuncisão, a guarda do sábado, os sacrifícios de animais etc., não foram preservados. A guarda de tais coisas não faz sentido.
4. A Igreja consagrava pessoas para o serviço com oração – Atos 6:6; 13:1-3; 14:23
Atos 6:6 - E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos (At. 6:8). A consagração dos diáconos na Igreja Primitiva foi feita com oração e imposição de mãos.
Atos 13:1-3 – Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
E, eles servindo ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram (At. 13:1-3).
A consagração de missionários para a obra missionária na Igreja de Antioquia foi feita com oração e imposição de mãos.
Atos 14:23 – E, havendo-lhes por comum consentimento eleito anciãos (Πρεσβυτέρους - acusativo, masculino, plural - de πρεσβύτερος – isto é, pastores) em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido (At. 14:23).
A consagração de pastores com oração.
5. Os líderes da Igreja tinham que perseverar/dedicar à vida de oração – Atos 6:4; 20:36.
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra (At. 6:4).
Tendo dito isso, ajoelhou-se com todos eles e orou (At. 20:36).
Os pastores precisam estar livres de várias ocupações e preocupações da Igreja para terem tempo e condições mentais, físicas e espirituais para a oração.
Em Atos 20:36, encontramos o apóstolo Paulo em uma reunião com pastores. Despois de instruí-los, o apóstolo Paulo se despede deles ajoelhando-se e orando.
6. O apóstolo Paulo e sua vida de oração – Atos 9:10-11; 16:25; 22:17-18; 28:8.
Paulo estava cego orando na cidade de Damasco quando Ananias, um servo de Deus, foi lá, enviado pelo Senhor. Este texto nos ensina, entre tantas coisas, que precisamos orar e aguardar o agir de Deus, a orientação do Senhor. Foi isso que Paulo fez, ele estava orando aguardando o agir de Deus e Deus, então, lhe enviou Ananias para lhe orientar.
E havia em Damasco um certo discípulo chamado Ananias. E disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor!
E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando (At. 9:10-11).
Paulo, depois de Damasco, foi à Jerusalém e, no templo, estava orando quando Deus lhe apareceu em um êxtase e lhe instruiu para que fugisse de Jerusalém, pois lá ele estava correndo perigo de vida. Aqui, aprendemos que quando oramos Deus se manifesta a nós, nos orienta sobre o que fazer, como agir. Às vezes pensamos que precisamos agir de determinada maneira de acordo com o nosso entendimento, mas Deus nos ensina o seu plano.
Quando voltei a Jerusalém, estando eu a orar no templo, caí em êxtase e
vi o Senhor que me dizia: Depressa! Saia de Jerusalém imediatamente, pois não aceitarão seu testemunho a meu respeito (At. 22:17-18).
Paulo estava preso na cidade de Filipos e, lá, à meia-noite, Paulo com Silas, seu companheiro em Cristo, ambos oravam e cantavam hinos a Deus.
Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam (At. 16:25).
No último capítulo do livro de Atos encontramos Paulo orando pela cura de um homem enfermo.
Seu pai estava doente, acamado, sofrendo de febre e disenteria. Paulo entrou para vê-lo e, depois de orar, impôs-lhe as mãos e o curou (At. 28:8).
7. Oração precede aos milagres – Quando a Igreja ora, os milagres acontecem - Atos 9:40.
Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se (At. 9:40).
Tabita - Ταβιθά - cujo nome quer dizer: Dorcas, isto é, Gazela, um animal esbelto, gracioso, longas pernas, veloz. Salomão descreve a Sulamita (Ct. 6:13), o grande amor de sua vida, como uma gazela (Ct. 4:7).
O nome:Tabita no hebraico: טְבִיתָא – corresponde a palavra: צְבִי – que significa em grego: Δορκάς – a palavra que aparece na literatura grega para se referir a gazela.
8. Deus ouve as orações de todas as pessoas até daquelas que ainda não estão na Igreja (At. 10:1-4; 10:31).
A oração de Cornélio foi ouvida por Deus. O Senhor não faz acepção de pessoas. Ele tem prazer em ouvir e abençoar pessoas de qualquer nação ou etnia que o tema, que o busque.
Atos 10:1-4 - E havia em Cesareia um varão por nome Cornéliocenturião da coorte chamada Italiana,
piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuoorava a Deus.
Este, quase à hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e dizia: Cornélio!
Este, fixando os olhos nele e muito atemorizado, disse: Que é, Senhor? E o anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus (At. 10:1-4).
Atos 10:31 - E eis que diante de mim se apresentou um varão com vestes resplandecentes e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, (respondida, garantida, a resposta é sim para a sua oração) e as tuas esmolas estão em memória diante de Deus.
Cornélio era um romano, um gentio, mas era religioso, um prosélito, isto é, uma pessoa convertida ao judaísmo.
9. Nós não apenas falamos com Deus quando oramos, Deus, também, fala conosco quando oramos – Atos 11:5.
Estando eu orando na cidade de Jope, tive, num arrebatamento dos sentidos, uma visão; via um vaso, como um grande lençol que descia do céu e vinha até junto de mim (At. 11:5).
Deus nos instrui, quando oramos. Deus nos quebranta, quando oramos. Deus nos muda (transforma), quando oramos. Foi isso que aconteceu com Pedro que tinha preconceitos, problemas de relacionamentos como os não judeus.
10. A Igreja orava em tempos de provação, perseguição, dificuldades, prisões, sofrimento – Atos 12:5; 16:25.
Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus (At. 12:5).
Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam (At. 16:25).
Como enfrentamos os tempos difíceis: orando ou reclamando?
11. A Igreja não orava apenas no templo, ela ora nas casas – Atos 12:12.
E, ele considerando nisso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam (At. 12:12).
Precisamos de mais casas realizando encontros de oração, chamando os vizinhos e parentes e compartilhando a Palavra de Deus e orando uns pelos outros.
12. A Igreja orava ao ar livre – Atos 16:13; 21:5.
Na cidade de Filipos, encontramos a Igreja se reunião perto de um rio.
No sábado saímos da cidade e fomos para a beira do rio, onde esperávamos encontrar um lugar de oração. Sentamo-nos e começamos a conversar com as mulheres que se haviam reunido ali (At. 16:13).
Na cidade de Tiro, a Igreja se reunião fora do centro, em uma praia, para a oração.
Mas quando terminou o nosso tempo ali, partimos e continuamos nossa viagem. Todos os discípulos, com suas mulheres e filhos, nos acompanharam até fora da cidade, e ali na praia nos ajoelhamos e oramos (At. 21:5).
É interessante observar a Igreja orando: no templo, em casa e na praia, isto é, ao ar livre. Precisamos aprender a orar em todo o tempo e em todos os lugares.
13. Oração e perturbação – Atos 16:16-18.
O apóstolo Paulo e mais alguns irmãos estavam sempre indo a um lugar de oração. Mas uma pessoa possessa, durante muitos dias, estava ali perturbando todo mundo. Um dia, o apóstolo Paulo ficou tão aborrecido que acabou libertando a pessoa daquele espirito perturbador.
Certo dia, indo nós para o lugar de oração, encontramos uma escrava que tinha um espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações.
Essa moça seguia a Paulo e a nós, gritando: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e lhes anunciam o caminho da salvação.
Ela continuou fazendo isso por muitos dias. Finalmente, Paulo ficou indignado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo eu lhe ordeno que saia dela! No mesmo instante o espírito a deixou (At. 16:16-18)
Precisamos estar preparados para, na ora da oração, enfrentarmos um espírito demoníaco. O Diabo não quer que oremos.
Aqui, neste capítulo 16, na cidade de Filipos, temos duas experiências opostas de oração. Na primeira (Atos 16:11-15), Lídia e toda a sua casa se converteram e foram batizados. Na segunda experiência (Atos 16:16-18), uma pessoa endemoniada perturbou tanto a vida da Igreja que o apóstolo Paulo acabou ficando indignado. Ele expulsou o demônio da vida daquela pessoa, uma jovem, mas por causa disso, os homens daquela cidade que exploravam aquela jovem, acabaram abrindo um processo contra Paulo e Silas. Ambos foram presos e espancados. O Diabo não é fácil. Só com o Poder, Graça e Sabedoria de Cristo Jesus para triunfarmos sobre suas ciladas.
Conclusão: Quando a Igreja Primitiva orava muitas coisas aconteciam: Os crentes ficavam cheios do Espírito Santo, as pessoas se convertiam, enfermos eram curados, pessoas eram transformadas, as necessidades humanas e materiais da Igreja eram supridas, os espíritos malignos eram derrotados.
A Igreja orava em todo o tempo e em todos os lugares. Em tempos de paz e em tempo de guerra, de perseguição; de saúde ou enfermidade; no templo, em casa, e ao ar livre.
Precisamos pedir a Jesus a mesma coisa que seus discípulos pediram-lhe no primeiro século: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc. 11:1).
 
 
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https://www.icp.com.br/entrevista030.asp
Defesa da Fé – E quanto ao chamado neopentecostalismo?
Wesley – Quando falamos de neopentecostalismo a gente se refere à terceira onda de novas igrejas pentecostais que, aparentemente, domina a cena nos dias de hoje. Seu início ocorreu durante os anos agonizantes da ditadura militar – final dos anos 70 e início dos 80. Embora as igrejas neopentecostais não tenham sido objeto do meu estudo, reconheço que, a exemplo do que ocorreu com o pentecostalismo clássico (primeira onda), e com o pentecostalismo deutero-clássico (segunda onda), o neopentecostalismo provou uma vez mais que o movimento pentecostal tem uma marcante capacidade de se recriar – de se “reinventar”, como diria o Paul Freston – de tempos em tempos no compasso das significativas transformações da sociedade e da cultura brasileira.
Defesa da Fé – Seria este fenômeno religioso e evangélico relevante no momento, de um ponto de vista teológico e estratégico, e que poderá vir a ser teses num futuro próximo?
Wesley – O neopentecostalismo brasileiro já tem sido objeto de estudos extensos por parte de pesquisadores nacionais e estrangeiros. Há mais estudos hoje sobre o neopentecostalismo do que sobre o clássico. Devemos reconhecer também que há aspectos de clara pertinência na vida comunitária e no conteúdo da mensagem proclamada por igrejas neopentecostais. Dentro delas um enorme contingente de pessoas tem encontrado respostas às suas necessidades básicas, solução para os seus problemas e lastro para a reconstrução da vida. Muita gente tem reencontrado a dignidade de vida em igrejas neopentecostais. Uma das marcas de um cristianismo autêntico está em sua capacidade de, em nome de Jesus, no poder do Espírito Santo e em obediência às Escrituras, devolver aos seus convertidos a integralidade e a dignidade humana com a qual e para a qual foram criados. Ao meu ver, contudo, é no neopentecostalismo onde se encontram as maiores vulnerabilidades teológicas, estratégicas e éticas da Igreja brasileira.
Defesa da Fé – E fora do Brasil?
Wesley – O neopentecostalismo é o grupo protestante brasileiro que mais se expande fora do país.
 
 
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"Neopentecostalismo é o resultado da transformação e readaptação das igrejas pentecostais que veio à tona no final da década de setenta do século passado, e que hoje se faz presente nas mais diversas áreas do contexto nacional, da mídia ao cenário político.
Esta seria, segundo Ricardo Mariano (1999), a vertente pentecostal que mais cresceu nas últimas décadas e despertou a atenção da imprensa, dos meios de comunicação, dos pesquisadores e da própria Igreja Católica, a qual vem perdendo fiéis no Brasil para igrejas evangélicas. Ainda segundo Mariano, quanto a essa nova roupagem do protestantismo no Brasil, podemos afirmar que as Igrejas Neopentecostais realizaram as mais profundas acomodações à sociedade (se pensarmos em termos de mutações do protestantismo através dos tempos), abandonando vários traços sectários, hábitos ascéticos e o velho estereótipo pelo qual os “crentes” eram reconhecidos e, implacavelmente, estigmatizados, abolindo certas marcas distintivas e tradicionais de sua religião, propondo novos ritos, crenças e práticas, dando ares mais brandos aos costumes e comportamentos como em relação às vestimentas. O prefixo “neo” é utilizado para marcar sua recente formação, bem como seu caráter de “novidade” dentro do protestantismo, mais especificamente do pentecostalismo.
 
No entanto, é válido afirmar que tal classificação tem abrangência diversa para vários pesquisadores do tema, que atribuem o termo “neopentecostal” a tantas outras denominações e igrejas que aqui seriam diferentemente classificadas pelos critérios apresentados. Por ora, podemos afirmar que tal classificação já tem seu reconhecimento no meio acadêmico. O fenômeno das igrejas neopentecostais se dá, como já afirmamos, no final da década de setenta, momento em que membros de denominações consideradas pentecostais se desvinculam para formar suas próprias Igrejas. Foi o caso do Bispo Edir Macedo e do Missionário R.R.Soares, os quais fundaram a Igreja Universal do Reino de Deus, vindo este último, após uma dissidência, a ser fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus. Mais tarde, outras denominações se fariam conhecer, como, em 1984, a Igreja Renascer em Cristo.
 
Com uma ascese totalmente reformulada quando comparada às instituições de maior tradição do protestantismo brasileiro, tais denominações neopentecostais vão aumentando consideravelmente o número de fiéis, que se mostram contrários ao tipo de sectarismo exacerbado (de práticas religiosas bastante rígidas como, por exemplo, em relação à vestimenta) proposto pelo pentecostalismo mais clássico. Este segmento seria responsável pelas principais transformações teológicas, axiológicas, estéticas e comportamentais, pelas quais o movimento pentecostal passou.
 
Estas Igrejas, nas palavras de Ricardo Mariano, atestam a dessectarização, a ruptura, com o ascetismo contracultural e a progressiva acomodação destes religiosos e suas denominações à sociedade e à cultura de consumo. Essa capacidade de maleabilidade do Neopentecostalismo, quanto às mudanças da sociedade, torna-se latente ao nos depararmos com a forma com que usam os meios de comunicação para a evangelização nos quatro cantos do mundo. Inserem-se de forma peculiar, na linguagem das mídias – tv, rádio, gravadora, jornal, internet, arregimentando um número cada vez maior de fiéis, opção esta utilizada por outras vertentes cristãs como a própria Igreja Católica.
 
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As igrejas neopentecostais guardam algumas características do pentecostalismo clássico, como por exemplo, no que concerne a aversão ao ecumenismo, a presença de líderes fortes e carismáticos, o uso dos meios de comunicação de massa, a participação na política partidária e a pregação da cura divina.
 

Para pensarmos na genealogia do Neopentecostalismo no Brasil, é fundamental pensarmos não somente nas características herdadas das igrejas que precedem tal movimento, mas sim levarmos em consideração a influência das Igrejas e movimentos (com características neopentecostais) norte-americanos. Uma gama considerável de líderes, teólogos e personalidades do meio protestante norte-americano, através de suas obras literárias, influenciou em muito o pensamento neopentecostal no Brasil, trazendo à tona conceitos como a Teologia da Prosperidade, a Confissão Positiva e a guerra espiritual. Os rumos que tomou a vertente Neopentecostal permitiram que as diferenças com o discurso conservador das pentecostais clássicas ganhassem vulto. Nesse ambiente de expansionismo, os Neopentecostais não estão presentes somente nos meios de comunicação pregando e formando a opinião dos fiéis, mas chegam também a outros níveis do arranjo social contemporâneo, como na esfera da política nacional. Não se trata de mérito de tal vertente pentecostal, uma vez que outras denominações mais tradicionais possuem membros nos mais diferentes escalões. No entanto, o que nos chama a atenção é que, se outrora havia ainda um passo tímido no sentido da participação política, ou até mesmo um comodismo por parte dos adeptos ao pentecostalismo clássico, hoje, com a explosão do Neopentecostalismo, este quadro mudou. Candidatos são lançados e apoiados por grande parte das comunidades evangélicas. Nas palavras de Mariano, a velha máxima “crente não se mete em política” deu lugar ao slogan “irmão vota em irmão”. Contudo, vale a observação que, isso não significa uma adesão ou engajamento político generalizado entre os fiéis.

 

Assim, o Neopentecostalismo traz outra alternativa de protestantismo não apenas para o Brasil mas para o mundo, na qual os estereótipos parecem não mais valer para rotular o protestante, uma vez que esta mesma proposta vai se adaptar à sociedade, ao arranjo social proposto pela modernidade.

 

 

Paulo Silvino Ribeiro

Colaborador Brasil Escola

Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

 

 "Veja mais sobre "O advento do Neopentecostalismo no Brasil" em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-advento-neopentecostalismo-no-brasil.htm

 

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DISTORÇÕES DA CONFISSÃO POSITIVA

 

LEITURA BÍBLICA

1 Tm 6.3-5

3- Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor JESUS CRISTO e com a doutrina que é segundo a piedade,

4 - É soberbo e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfémias, ruins suspeitas,

5 - Contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho.
Aparta-te dos tais.

2 TIMÓTEO 4.3-5

3 - Porque virá o tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores con-
forme as suas próprias concupiscências;

4 - E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.

5 - Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.

 

 

INTRODUÇÃO

Confissão Positiva é o nome de um movimento que ora permeia o seio da Igreja, expondo uma teologia estranha ao cristianismo bíblico. O problema mais sério desse movimento é a crença num deus totalmente alheio ao revelado nas Escrituras.
 

I. HISTÓRIA

1. Influência ocultista. O movimento Confissão Positiva, que age entre as igrejas evangélicas pentecostais, tem sua origem no ocultismo, e não no pentecostalismo. Sua origem remonta a Finéias Parkhust Quimby (1806 - 1866). Este curandeiro e hipnotizador negava a existência da matéria, do sofrimento, do pecado, da enfermidade etc. Fundador do Novo Pensamento, tornou-se conhecido como o guru da Ciência da Mente. Suas ideias influenciaram a Mary Baker Eddy que, em 1879, fundou a Igreja da Ciência Cristã.

2. Pai da Confissão Positiva.
Essek William Kenyon, que se destacou nas décadas de 30 e 40, foi influenciado pela Ciência da Mente, Ciência Cristã e pela Metafísica do Novo Pensamento. Ele é reconhecido hoje como o pai da Confissão Positiva que, por sua vez, indentifí99ca-se com a Teologia da Prosperidade e com a Palavra da Fé ou Movimento da Fé.

3. Principais profetas da Confissão Positiva. Os atuais profetas da Confissão Positiva são bem identificados nos Estados Unidos, no Brasil, em Portugal e demais países de fala portuguesa. O perfil desses obreiros fraudulentos acha-se bem traçado na Bíblia em l Tm 6.3-6; 2 Co 11.13-15: Ef4.14; 2 Jo w. 9,10. Em Portugal, uma ramificação do Movimento da Fé. chamada Maná, vem causando sérios transtornos aos cristãos que primam pela ortodoxia bíblica. (Eis aqui dois bons livros sobre esses movimentos: Cristianismo em Crise, de Hanegraaff. Edições CPAD, e Supercrentes, de Paulo Romeiro, Editora Mundo Cristão). Os mentores e promotores da Confissão Positiva julgam-se acima da crítica. Eles ameaçam a tantos quantos contestam a sua mensagem, citando o Salmo 105.15: "Não toqueis nos meus ungidos". Todavia, o próprio DEUS desafia o homem a examinar a Bíblia (Is 34.16). JESUS, certa vez, lançou este desafio aos seus contemporâneos: "Quem me convence de pecado?" (Jo 8.46). O Senhor JESUS ainda nos recomenda a reconhecer tais obreiros por seus frutos (Mt 7.16). Por conseguinte, todo cristão está revestido da autoridade da Palavra de DEUS para detectar, examinar e rejeitar as doutrinas heréticas (Rm 16.17,18; l Tm 4.16;Ttl,9).

II. DEUS E O HOMEM

1. Relato alternativo da criação. Os pregadores da Prosperidade reduzem a DEUS à categoria dos homens, e elevam os homens à categoria de DEUS. Afirmam que você precisa ter a fé de DEUS para falar e as coisas acontecerem, e que a fé foi a substância que DEUS usou para criar o Universo. A gravidade dessa doutrina é que reduz a DEUS à categoria dos seres humanos.

Eles se esquecem de que DEUS é Onipotente, Onisciente e Onipresente, Criador dos céus e da terra. Ele transcende a criação, e tem o controle do Universo. DEUS criou todas as coisas pela sua Palavra (SI 33.9: Hb 11.3). Fé é algo para nós, seres humanos, pois ela "é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das que se não vêem" (IIb 11.1).

2. DEUS. O nosso DEUS é soberano. Ele ouve as nossas orações e opera em favor dos que o buscam. Na Confissão Positiva, dá-se o inverso. Aqui, soberano é o homem, ficando DEUS sujeito à vontade humana.

a) Um DEUS estranho. Segundo eles, DEUS se parece muito com o homem. Tal concepção da Divindade constitui-se numa zombaria e num insulto aos cristãos.

b) O DEUS da Bíblia. O DEUS verdadeiro, revelado na Bíblia, não é o mesmo concebido subjetivamente pêlos profetas da Confissão Positiva. DEUS é infinito (l Rs 8.27) e Onipotente (Is 40.12-15). Ele é espírito (Jo 4.24). Ele enche o céu e a terra
(Jr 23.23, 24). Além dEle, não há DEUS algum (Is 43.10; 44.6,8). Nenhum de seus pensamentos pode ser impedido (Jó 42.2).

3.O homem. Segundo a Confissão Positiva, o homem é a duplicação de DEUS. "O homem ... foi criado em termos de igualdade com DEUS". Noutras palavras: Adão foi uma exata duplicação de DEUS! "DEUS assumiu a natureza humana para que o homem assuma a natureza divina". Essas declarações da Confissão Positiva são perversões doutrinárias; chocam a qualquer cristão de bom senso.

a) A resposta bíblica. A ideia de se deificar o homem começou com Satanás no jardim do Éden (Gn 3.4, 5). Mas há uma diferença abissal e infinita entre o homem e DEUS. DEUS não é o homem (Nm 23.19) nem o homem é DEUS (Is 31.3; Ez 28. 2, 9; Os 11.9; At 14.11-15).

b) Duas verdades fundamentais que todo homem precisa saber:

Primeira: "Há um só DEUS verdadeiro";

Segunda: "Pode estar certo que você não é ele". (Michel Horton)

III. O SENHOR JESUS CRISTO

1. O CRISTO da Confissão Positiva. O JESUS da Confissão Positiva não é o mesmo revelado no Novo Testamento. É completamente estranho ao CRISTO dos evangelhos. O JESUS da Confissão Positiva morreu duas vezes: física e espiritualmente. A morte física foi na cruz; esse sacrifício, porém, segundo eles, não salva. Na morte espiritual, ainda segundo eles, JESUS foi
levado ao inferno para padecer nas mãos de Satanás. É esta, ensinam esses falsos mestres, a morte que salva. Trata-se, pois, de outro JESUS (l Co 11.4).

Essas duas mortes não passam de pura invencionice. Se é a morte espiritual de JESUS que salva, por que "o verbo se fez carne"? JESUS tornar-se homem para morrer espiritualmente é um absurdo diante de textos como Rm 8.3; l Pé 2.24; 4.1.

2. Redenção na cruz do Calvário. A morte vicária de JESUS de que fala o Novo Testamento diz respeito à morte física (Ef 2.13-15; Hb 10.19, 20; l Pé 4.1; l Jo 1.7; Ap l.5). A nossa redenção, portanto, foi efetuada na cruz do Calvário, e não no inferno, como o querem os porta-vozes da Teologia da Prosperidade.

ÏV. RIQUEZA E SAÚDE

1. Visão distorcida. Os profetas da Confissão Positiva são chamados também de profetas da prosperidade. Pregam que a enfermidade é pecado ou resultado da falta de fé. Ensinam também que qualquer sofrimento que sobrevêm ao cristão é
evidência de incredulidade ou pecado. Noutras palavras: propriedades, dinheiro e saúde são a marca registrada do cristão; são o instrumento aferidor do grau de espiritualidade e de santidade do crente.

2. Origem da doença. E verdade que a doença é consequência da queda do Éden (Rm 5.12), mas dogmatizar, afirmando que todos os enfermos estão em pecado, ou que não têm fé, é ir além do que está escrito.

Há casos de pessoas que enfermaram por desobediência a DEUS <Nm 12.10); em outros, a enfermidade levou à morte, como o rei Uzias (2 Cr 26.19-23) e Herodes Agripa I (At 12.21-23). Por outro lado, há casos de homens de DEUS enfermos fisicamente: Timóteo (l Tm 5.23) e Trófimo (2 Tm 4.20). Devemos ter discernimento para saber quando o caso é puramente clínico e quando é
espiritual.

3. Riqueza e pobreza. A Bíblia ensina que nem a pobreza nem a riqueza são virtudes. A Palavra de DEUS, aliás, em momento algum trata a pobreza com desdém. A vida do homem não se constitui dos bens que possui (Lc 12.15). Não devemos ir para um extremo, nem para o outro (Pv 30.8,9). Qualquer extremo é perigoso.

É verdade que a riqueza é bênção de DEUS desde que adquirida de maneira honesta e não vise exclusivamente aos deleites deste mundo (Tg 4.3). Caso contrário: seremos escravizados por ela. Mas também é bom saber que a pobreza não é símbolo de maldição (Pv 17. l; l Tm 6.7-9). A Bíblia condena o amor ao dinheiro (l Tm 6.10), pois a avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.5). Tudo aquilo que o homem ama mais do que a DEUS, toma-se o seu deus (Fp 3.19).

CONCLUSÃO

Algumas pessoas ficam hesitantes ante as pretensões e alardes da Confissão Positiva. Cremos nas maravilhas de DEUS e na obra do ESPÍRITO SANTO. Somos testemunhas de curas e outros milagres que o Senhor JESUS tem operado mediante o seu
ESPÍRITO. São promessas divinas exaradas na Bíblia (Mc 16.17-20; Jo 14.12). Somos continuação da Igreja do Senhor: o mesmo povo, servindo ao mesmo JESUS, na mesma dispensação. Nem por isso seremos ingénuos para aceitar doutrinas forjadas, subjetivas e nocivas à fé cristã.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio teológico

O ensino da Confissão Positiva é conflitante com as principais doutrinas da fé Cristã. Por exemplo:

Doutrina de DEUS. Faz de DEUS um ser limitado e menor do que aquEle revelado nas Escrituras, pois está obrigado a responder sempre e, positivamente, as orações dos homens.

Doutrina de CRISTO. Faz de JESUS um homem financeiramente próspero. Chegam ao ridículo de dizer que Ele nasceu de uma virgem zero km, entrou em Jerusalém montado num jumento zero km e, em sua morte, foi sepultado num túmulo zero km. Como se vê, é uma interpretação forçada da Palavra DEUS para se justificar erros, heresias e interesses duvidosos.

Doutrina do homem. Faz do homem um semideus; ensina ser ele o centro de todas as coisas. DEUS, o Criador, não resiste quando este homem lhe pede alguma coisa. O ensino da confissão positiva humaniza a DEUS e diviniza o homem.

Doutrina da Igreja. Altera os ensinos bíblicos sobre a Igreja, quando a tira de sua perspectiva de igreja perseguida e sofredora neste mundo.

 

Subsídio teológico

O presidente do Instituto Cristão de Pesquisas nos Estados Unidos, Hank Hanegraaff, é um dos maiores especialistas mundiais em seitas e heresias. De seu livro. Cristianismo em Crise, lançado pela CPAD, extraímos um texto onde ele discorre acerca da verdadeira fé cristã: "A verdadeira fé bíblica (no grego, pistis) envolve três elementos essenciais. O primeiro é o conhecimento. O segundo é a concordara 'ia.
Mas somente quando acrescentamos o terceiro elemento, a confiait^u, é que conseguimos obter uma perspectiva bíblica completa da fé.

"Imagine que você neste momento compartilhe dos ensinos sectários de Kenneth Copeland. Você pode conhecer um livro intitulado Confianismo em Crise; pode até concordar que esse livro provê um diagnóstico exato dos ensinos de Copeland:

mas isso não fará diferença até que você deixe de se envenenar, crendo (confiança) que tais ensinos desastrosos apenas o conduzem para o rei no das seitas.

"De modo semelhante, suponha que dissessem a você que uma determinada barra de chocolate tem veneno e que ninguém pode comer um pedaço sequer, sob risco de morte. Imagine-se, agora, respondendo:

'Eu sei! Eu concordo!' Em seguida, porém, você vai lá, pega o chocolate, e come um pedaço bem granai.


Esse gesto prova que você não confiou no que lhe disseram. (Em todo caso, suas boas intenções não te livrariam das consequências. No fim você entraria em convulsão e morreria!)

"Portanto, que diferença faz ui; definição apropriada de fé? Faz U; a diferença do mundo. Quando você confia na Palavra, age de acordo o, ela! Quando confia no homem, segundo ele. "Dentre todos os que se assentam num culto da Fé, onde se espalham
sementes similares de erro, milhares têm colhido um resultado mortífero. Alguns têm encontrado de novo o caminho de volta para a fé bíblica. Mas um sem-número de outras pessoas têm sido deixadas ao léu, sem saber para onde se virar ou em quem
confiar". Como se vê, não fomos salvos para depositar a nossa fé na fé, mas para empenharmos toda a nossa confiança em CRISTO JESUS, o autor e consumador da nossa fé. Afinal, a fé não pode ser considerada um fim em si mesma. Ela é apenas um meio para nos aproximarmos de DEUS, através de JESUS, e nos firmarmos em seus santos caminhos. Os que colocam a sua fé na fé, acabam por considerar, consciente ou inconscientemente, a sua fé mais importante que o autor da fé. E, consequentemente, hão de ter a salvação como mais importante que o Salvador, e a bênção como estando acima do Abençoador. Mas nada, absolutamente, pode estar acima de CRISTO. É necessário, pois, que nos voltemos com urgência à pureza doutrinária da Palavra de DEUS. Somente assim poderemos situar-nos com mais propriedade nos ensinos deixados pêlos profetas e apóstolos. Por outro lado, a fé na fé não deixa de ser uma espécie de idolatria. Acaba sendo um erro semelhante ao cometido pêlos antigos hebreus: eles terminaram por considerar a arca do Senhor como algo mais importante que o Senhor da arca. E foi justamente aí, nessa ênfase exagerada, que começou a sua decadência espiritual.

 

QUESTIONÁRIO

l. O que é Confissão Positiva?

- É um movimento estranho ao Cristianismo ortodoxo, que tem por objetivo dinizar o homem em detrimento da divindade e do senhorio de DEUS.

2. Todos os profetas da Confissão Positiva julgam-se acima da crítica. Cite três versículos bíblicos que permitem ao crente rejeitar suas doutrinas heréticas.

-Rm 16.17,18; l Tm 4.16; Tt 1.9.

3. Como podemos definir a concepção da Divindade feita pela Confissão Positiva?

- É totalmente antibíblica, pois reduz o Todo-poderoso a conceitos meramente humanos.

4. Como é o JESUS da Confissão Positiva?

- Dissociado das Sagradas Escrituras, o JESUS da Confissão Positiva teve de morrer duas vezes e padecer no inferno para salvar a humanidade. Trata-se, como se vê, de uma verdadeira aberração teológica.

5. Segundo a Bíblia, qual o significado a morte vicária de JESUS CRISTO?

- A morte vicária de JESUS i) respeito apenas à morte física (Li 2.13-155). A nossa redenção, portanto, foi efetuada no Calvário, e i
no inferno como o quer a Teologia da Prosperidade

 

 

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 Lição 10, A Teologia da Prosperidade

 

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 2º Trimestre de 2006

 Título: Heresias e Modismos — Combatendo os erros doutrinários

Comentarista: Esequias Soares

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 7.15-23.

15 - Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.

16 - Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?

17 - Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.

18 - Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.

19 - Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.

20 - Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

21 - Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

22 - Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?

23 - E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

 

PONTO DE CONTATO

 Professor, esta lição afeta um modismo presente na atual conjuntura pentecostal brasileira — a Teologia da Prosperidade oriunda da América do Norte. Muitas denominações de tradição pentecostal desenvolvem suas atividades evangelísticas fundamentadas na Teologia da Prosperidade, na Confissão Positiva ou na Palavra da Fé. A Teologia da Prosperidade, portanto, é um movimento que se alastra principalmente nas igrejas pentecostais. Oremos a DEUS a fim de que o Corpo de CRISTO vença essa avalanche de modismos doutrinários.

 

 

SÍNTESE TEXTUAL

 O Movimento da Fé ou Movimento da Confissão Positiva, como atualmente conhecemos, surgiu na década de 40 nos Estados Unidos. A origem moderna do movimento remonta a Essek William Kenyon (1867-1948). Kenyon foi pastor de diversas igrejas na Nova Inglaterra e fundador do Instituto Bíblico de Dudley, Massachusetts. Em 1923, fundou a Figueroa Independent Baptist Church (Igreja Batista Independente de Figueroa) em Los Angeles. Além de escritor, Kenyon atuou como evangelista, sendo um dos pioneiros do evangelismo radiofônico. A teologia de Kenyon tem sua origem nas seitas metafísicas do Novo Pensamento (New Thought) e da Ciência Cristã. Os adeptos do Novo Pensamento crêem que o pensamento cria e modifica a nossa experiência no mundo — razão pela qual enfatizam o pensamento positivo, a autoafirmação, a oração e a meditação.

O principal divulgador da teologia e pensamento de Kenyon é o pastor Kenneth Hagin, fundador do centro Rhema de Adestramento Bíblico, em Oklahoma.

 

  

Palavra Chave

 

Confissão: A fórmula da Confissão Positiva é: Diga; Faça; Receba; Conte.

 

 INTRODUÇÃO

A Confissão Positiva não é uma denominação ou seita, mas um movimento introduzido sutilmente entre as igrejas pentecostais, enfatizando o poder do crente em adquirir tudo o que quiser. É conhecida também como “Teologia da Prosperidade”, “Palavra da Fé” ou “Movimento da Fé”. As crenças e práticas desse movimento são aberrações carregadas de perigosas heresias.

 

I. HISTÓRICO

1. Sua origem. A Confissão Positiva é uma adaptação, com roupagem cristã, das idéias do hipnotizador e curandeiro Finéias Parkhurst Quimby (1802-1866). Os quimbistas criam no poder da mente, e negavam a existência da matéria, do sofrimento, do pecado e da enfermidade. Deles surgiram vários movimentos ocultistas como o Novo Pensamento, as seitas Ciência da Mente e Ciência Cristã, de Mary Baker Eddy. Seus promotores procuram se passar por cristãos evangélicos (v.15).

2. Principal fundador: Essek W. Kenyon. O movimento surgiu de forma gradual por meio de Essek William Kenyon (1867-1948). Kenyon, aproveitando-se dos conceitos de Mary B. Eddy, empenhou-se em pregar a salvação e a cura em JESUS CRISTO. Dava ênfase aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade, além de aplicar a técnica do poder do pensamento positivo. Kenyon, que pastoreou várias igrejas e fundou outras, não era pentecostal. Ele foi influenciado pelas seitas Ciência da Mente, Ciência Cristã e a Metafísica do Novo Pensamento. Hoje, é reconhecido como o Pai do movimento Confissão Positiva, tendo exercido forte influência sobre Kenneth Hagin.

3. Principal divulgador: Kenneth Hagin. Nasceu em 1917 com problema de coração e ficou inválido durante 15 anos. Em 1933, converteu-se ao evangelho e, no ano seguinte, o Senhor JESUS o curou. A partir de então, começou a pregar. Ele recebeu o batismo no ESPÍRITO SANTO em 1937. Estudando os escritos de Kenyon, divulgou-os em livros, cassetes e seminários, dando sempre ênfase à confissão positiva. Em 1974, fundou o Centro Rhema de Adestramento Bíblico, em Oklahoma.

 
II. FONTES DE AUTORIDADE
1. Revelação ou inspiração de seus líderes. Hagin fazia diferença entre as palavras gregas rhēma e logos, pois ambas significam “palavra”. Ainda hoje, os seguidores dessa crença afirmam que logos é a palavra de DEUS escrita, a Bíblia; e rhēma, a palavra falada por DEUS em revelação ou inspiração a uma pessoa em qualquer época. Desse modo, o crente pode repetir com fé qualquer promessa bíblica, aplicando a sua necessidade pessoal e exigir o seu cumprimento.
2. Confissão positiva do crente. Os adeptos da Confissão Positiva crêem ser a Bíblia a inerrante e inspirada Palavra de DEUS, mas não a única, pois admitem que a palavra do crente tem a mesma autoridade. Para eles, as fontes de autoridade são: a Bíblia, as revelações de seus líderes e a palavra da fé. O crente deve declarar que já tem o que DEUS prometeu nos textos bíblicos e, tal confissão, confirmar-se-á. A confissão negativa é reconhecer a presença das condições indesejáveis. Basta negar a existência da enfermidade e ela simplesmente deixará de existir. É a doutrina de Quimby, da Ciência Cristã e do Movimento Nova Era.
3. A autoridade para a vida do cristão. Atribuir tanta autoridade assim às palavras de uma pessoa extrapola os limites bíblicos. A emoção também caiu com a natureza humana e, por isso, a fé não pode ser fundamentada em experiências (Jr 17.9). As experiências pessoais são marcas importantes na vida dos pentecostais. Cremos em um DEUS que se comunica com os seus filhos por sonhos, visões e profecias (At 2.17,18), mas essas experiências são para a edificação pessoal e não para estabelecer doutrinas. O cristianismo autêntico não deve ir além das Escrituras Sagradas (Is 8.20; 1Co 4.6). A Bíblia é a única autoridade para a vida do cristão.
 
III. RHĒMA E LOGOS
1. Termos sinônimos. O vocábulo rhēma aparece 68 vezes e, logos, 330 no texto grego do Novo Testamento. Como não existem sinônimos perfeitos, exatamente iguais, aqui também não é diferente. O termo rhēma significa “palavra, coisa”; enquanto em logos, os léxicos apresentam uma extensa variedade de significados como: “palavra, discurso, pregação, relato, etc”. Mas ambos os termos coincidem-se (Lc 9.44,45).
O conceito de rhēma e de logos, inventado por Hagin, não resiste à exegese bíblica. Não é verdade que haja a tal diferença entre as referidas palavras.
2. Termos usados para designar as Escrituras. Ambos os termos são igualmente usados para identificar as Escrituras Sagradas. Encontramos no texto grego do Antigo Testamento (Septuaginta) a expressão rhēma tou theou, “palavra de DEUS” em Isaías 40.8. Nas páginas do Novo Testamento, a mesma passagem é citada pelo apóstolo Pedro (1Pe 1.25). Mas, encontramos também, logon tou theou, “palavra de DEUS”, com o mesmo significado (Mc 7.13). Esses exemplos provam, por si só, que o conceito de Hagin é falacioso, sem base bíblica.
3. Falácias da Confissão Positiva. O conceito de confissão positiva e negativa é falso; não se confirma na Bíblia ou na prática da vida cristã. DEUS é soberano; nós, os seus servos. JESUS ensinou-nos: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10). Basta tão-somente esse versículo para reduzir a cinzas a insolência dos promotores da Confissão Positiva. A Bíblia ensina, ainda, que devemos confessar nossas culpas para sermos sarados (Tg 5.16), e isso, não parece ser confissão positiva.
 
IV. CRENÇAS E PRÁTICAS
1. Teologia. De maneira genérica, os adeptos da Confissão Positiva seguem uma linha ortodoxa no que tange aos pontos cardeais da fé cristã. Não se trata de uma seita, mas de um movimento que permeia as igrejas; daí a diversidade de ensinos entre seus adeptos. Sobre DEUS, uns são unicistas; outros deificam o homem. Essa falta de padrão doutrinário existe, sobretudo, a respeito do Senhor JESUS e de sua obra. Os ensinos da Confissão Positiva, por conseguinte, são um desvio das doutrinas bíblicas apesar de sua aparência ortodoxa.
2. Sua marca. As marcas distintivas do movimento são: a prosperidade e a pregação restrita aos pobres e enfermos, oferecendo-lhes riquezas e saúde. No entanto, deixa de lado o essencial: a salvação. A mensagem dos profetas da prosperidade pode fazer sentido nos países ricos onde as oportunidades são mais amplas, mas, nas regiões pobres do planeta, são irrelevantes. Isso é mais uma prova de que se trata de um evangelho humano, contrário à Bíblia, pois o evangelho de JESUS CRISTO é para todos os seres humanos em todas as épocas (Mt 28.19,20; Tt 2.11).
3. A salvação. Em vez de trazer riquezas materiais aos pobres e saúde aos enfermos, o propósito principal da vinda de JESUS ao mundo foi salvar os pecadores (1 Tm 1.15), muito embora o seu ministério tenha sido coroado de êxito no campo da cura divina e da libertação (At 10.38). O que esses pregadores fazem não passa de espetáculo, contrariando o verdadeiro propósito do evangelho. Não foi essa a mensagem pregada pelos apóstolos. Paulo afirma haver se contentado com a abundância e com a escassez (Fp 4.11-13).
 
CONCLUSÃO
Devemos combater os abusos e aberrações doutrinárias desses pregadores. Tomemos cuidado, porém, para não sermos levados ao ceticismo e ao indiferentismo religioso. Religião sem o sobrenatural é mera filosofia. Temos promessas de DEUS. Aliás, a história, desde os tempos bíblicos, registra inúmeros testemunhos sobre sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.20). Mas os tais pregadores, a começar pela origem de sua teologia, estão fora do padrão bíblico.
 
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
 HANEGRAAFF, H. Cristianismo em crise. 4.ed., RJ: CPAD, 2004.
 
EXERCÍCIOS
 1. Quais os outros nomes da Confissão Positiva?
R. Teologia da Prosperidade; Palavra da Fé; Movimento da Fé.
2. Quais as seitas que tiveram a mesma origem da Confissão Positiva?
R. O Novo Pensamento; Ciências da Mente e Ciência Cristã.
3. Qual a única autoridade para a vida do cristão?
R. A Bíblia.
4. Quais exemplos bíblicos provam que o conceito de Hagin é falacioso?
R. Mt 6.10; Tg 5.16.
5. Qual a marca distintiva da Confissão Positiva?
R. Prosperidade e a pregação restrita aos pobres e enfermos.
 
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
 Subsídio Apologético
 “A Fórmula da Fé
Na Teologia da Fé, a fé é uma força. Ela é a substância da qual o Universo foi feito e também a força que faz funcionar as leis do mundo espiritual. Mas como fazer que essas leis funcionem para você? Por meio de fórmulas que, segundo eles, não somente fazem funcionar as leis do mundo espiritual, mas também serve de causa à ação do ESPÍRITO SANTO em favor do indivíduo. Isto significa que DEUS é deslocado para uma posição de mero mensageiro que responde cegamente ao aceno e à chamada de fórmulas proferidas pelos fiéis.
a) As fórmulas de fé. As fórmulas de fé são o nome do jogo. Esse é o motivo pelo qual o Movimento da Fé também tem sido chamado de Movimento da Confissão Positiva. A doutrina da Fé ensina que as confissões servem para dar efeito à fórmula da fé, fazendo com que a lei espiritual funcione em favor de quem as pronuncia. As confissões positivas ativam o lado positivo da força; e as confissões negativas ativam o seu lado negativo. A partir de uma perspectiva prática, pode-se dizer que a lei espiritual (que rege todas as coisas na esfera da eternidade) é a força derradeira do Universo. No livro chamado Two Kinds of Faith (Dois Tipos de Fé), E. W. Kenyon insiste que é a nossa confissão que nos governa.
b) A fórmula. [...] A fórmula é simples: 1º) ‘Diga a coisa. Positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo disser é que ele receberá’. 2º) ‘Faça a coisa. Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória’. 3º) ‘Receba a coisa. Compete a nós a conexão com o ‘dínamo do céu’. A fé é o pino da tomada — basta conectá-lo’. 4º) ‘Conte a coisa a fim de que outros também possam crer’” (HANEGRAAFF, H. Cristianismo em crise. 4.ed., RJ: CPAD, 2004, pp.79,81).
 
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4º Trimestre de 2007 – CPAD
Lição 7: A promessa da verdadeira prosperidade
Título: As promessas de DEUS para a sua vida
Comentarista: Geremias do Couto
 
O que se apregoa hoje em muitos púlpitos sobre as riquezas materiais nada tem a ver com os ensinamentos bíblicos acerca do tema. Não obstante haver riquezas legítimas e honestas (Pv 13.11b; Sl 112.1-3; Ec 5.19), há também as fraudulentas e desonestas (Pv 16.8b; Jr 17.11; Tg 5.1-3). Afinal, o que é a verdadeira prosperidade?
 
“Resumo da doutrina bíblica da prosperidade
O que a Palavra de DEUS diz sobre prosperidade? Mesmo sendo um assunto presente em toda a Bíblia, vamos apenas citar alguns exemplos para a fundamentação do nosso argumento.
No Salmo 1, seriam bem-aventurados não apenas aqueles que não fossem influenciados pelo ‘sindicato da maldade’ (v.1), mas também os que tivessem o seu prazer na lei do Senhor e, por ela, moldassem à sua maneira de pensar e de viver. O resultado seria uma vida frutífera, uma existência profundamente significativa, uma alegria de viver contagiante e, sobretudo, a promessa de que tudo quanto fizesse seria bem-sucedido (v.3). Tudo - no grego, no hebraico, e também aqui no português - quer dizer exatamente TUDO! Inclui negócios, projetos, relacionamentos, tudo, enfim. Isso é sucesso na acepção do termo! Isso é inegavelmente prosperidade!
Quando DEUS falou a Josué com o intuito de animá-lo para a árdua tarefa de comandar o povo de Israel na conquista da terra de Canaã, Ele recomendou que tivesse coragem de fazer o que estava escrito na Lei. DEUS também o animou a falar do livro da Lei e a meditar na sua Palavra de dia e de noite, e o incentivou novamente a fazer tudo quanto estava escrito no livro da Lei”.
(SOUZA, B. As chaves do sucesso financeiro: a prosperidade à luz da Bíblia. RJ: CPAD, 2001, p.165,6.)
 
APLICAÇÃO PESSOAL
O homem verdadeiramente próspero é como a “árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.3).
O termo hebraico traduzido pela palavra "prosperar" é tsālēach, isto é, “ter sucesso”, “dar bom resultado”, “experimentar abundância” e “fecundidade”. A última frase do versículo pode ser traduzida como: “...tudo quanto fizer terá sucesso... terá em abundância... terá bom resultado”.
A verdadeira prosperidade é uma consequência da obediência do homem a DEUS. O crente próspero, segundo o salmista, é alguém que não se compraz com a companhia dos ímpios, mas tem satisfação em obedecer a Escritura. Portanto, abandone o pecado e afaste-se do ímpio. Ame incondicionalmente as Sagradas Escrituras. Obedeça os ditames da Palavra do Senhor, e terás cumprido os primeiros passos à verdadeira prosperidade.
 
 
O evangelho da prosperidade material. Os adeptos deste ensino acreditam que todo crente deve ser rico e jamais adoecer. Caso contrário, o cristão está em pecado ou não tem fé. Vejamos alguns desses ensinos:
a) Autoridade espiritual. Essa falsa doutrina afirma que o crente tem autoridade espiritual porque é a própria encarnação de DEUS, assim como JESUS o foi. Os proponentes desse ensino chegam ao absurdo de dizer que o cristão não tem um “deus” dentro dele, mas ele mesmo é “um DEUS”. Todavia, aprendemos com a Bíblia que a autoridade que DEUS concede a seus servos deriva-se de sua Palavra, e não daquilo que os homens ensinam à parte dela.
b) “Pobreza é maldição”. Assim como a riqueza nem sempre é uma bênção (Mc 19.23; Pv 30.9), pobreza não é maldição (Mt 26.11; Mc 14.7; Dt 15.11; Jo 12.8). Segundo as Escrituras, os que desejam ser ricos caem em tentação, laço e muitas concupiscências (1 Tm 6.6-10). Todavia, devemos ser ricos de boas obras (1 Tm 6.18,19), pois DEUS escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino (Tg 2.5).
c) Confissão positiva. Segundo os teólogos da prosperidade, se um crente disser que no prazo de um mês conseguirá um carro zero, isso terá de acontecer. Afirmam que para ser curado é só dizer que não aceita a doença. De acordo com essa falsa doutrina, o cristão nunca deve orar pedindo que se faça a vontade de DEUS. No entanto, devemos seguir o exemplo de JESUS (Lc 22.42).
3. A verdadeira prosperidade. Não há problema em ser próspero. Na Bíblia, há várias promessas de prosperidade e saúde. Além disso, precisamos ter muito cuidado para não trocarmos a teologia da prosperidade pela teologia da pobreza. Ambas são nocivas à vida espiritual. Vejamos algumas formas de prosperidade mencionadas na Bíblia:
a) A prosperidade espiritual. A prosperidade espiritual deve vir em primeiro lugar (Sl 112.3; Sl 73.23-28). Entre outras preciosas bênçãos, inclui: a salvação em CRISTO; o batismo no ESPÍRITO SANTO; o nome escrito no Livro da Vida e a herança com CRISTO (Rm 8.17; Ef 1.3).
b) Prosperidade em tudo. As bênçãos materiais prometidas a Israel no Antigo Testamento estavam condicionadas à obediência a Palavra de DEUS (Dt 28.1-14), e não à “confissão positiva”. Da mesma forma, o Senhor tem prometido muitas bênçãos à Igreja, porém, todas elas dependem de nossa submissão às Sagradas Escrituras (Sl 1.1-3; Dt 29.29). Isso não significa, necessariamente, que o cristão enfermo e que passe por necessidades materiais seja infiel a DEUS, pois a prosperidade não se restringe aos valores terrestres e passageiros, mas contempla principalmente os valores eternos (Sl 37.5; Pv 30.7-9).
 
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Lição 10, Inovações e modismos religiosos
2º Trimestre de 2007
Título: Tempos Trabalhosos - Como enfrentar os desafios deste século
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
 
 
INOVAÇÕES E MODISMOS MINISTERIAIS
 
1. A síndrome do “carro novo” (2 Sm 6.1-3). Ao trazer a Arca do Senhor para Jerusalém, Davi não atentou para um detalhe importante: nada poderia ser modificado ou inovado em relação ao modo de lidar com aquele objeto sagrado. A despeito disso, a Arca foi colocada sobre um carro de bois em vez de ser conduzida nos ombros dos sacerdotes. Por que essa atitude, aparentemente normal, não teve a aprovação de DEUS?
a) A Arca fora conduzida por pessoas não autorizadas. Os que transportavam a Arca do Senhor não eram divinamente chamados para esse ofício (Nm 1.47-52; 4.1-49). Eleazar, filho de Abinadabe, é que havia sido separado para esse ministério (1 Sm 7.1b).
b) A Arca fora conduzida de forma errada. De acordo com a orientação divina, a Arca deveria ser transportada pelos levitas (Êx 25.14; Dt 31.25; Js 3.3), e não por meio de carros puxados por bois. Aquele carro de bois não deveria fazer parte do cortejo sagrado (2 Sm 6.6,7).
2. O ministério modernizado. Hoje, em muitos lugares, há aqueles que pregam o evangelho, utilizando-se de “carros de bois”, inserindo inovações e modismos contrários aos ensinos da Palavra de DEUS. Tais pessoas têm até boas intenções. Todavia, o que elas realmente desejam é adequar o evangelho à cultura secular. Às vezes, não percebem que estão misturando o sagrado com o profano.
Devemos obedecer aos mandamentos das Escrituras de modo irrestrito, sem as muletas da inovação e dos modismos.
INOVAÇÕES LITÚRGICAS
 
1. O evangelho do entretenimento. O evangelho de CRISTO não é entretenimento carnal, mas o poder de DEUS para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). O “evangelho do entretenimento” exalta o homem e não a DEUS. Prega-se o evangelho, mas sem as suas exigências; ensina a graça, mas sem a cruz de CRISTO (Sl 93.5).
2. A liturgia no culto a DEUS. Através dos salmos de adoração a DEUS aprendemos que a liturgia deve ser reverente e santa. Assevera-nos o salmista: "Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra" (Sl 96.9; 1 Cr 16.29; Sl 29.2).
 
“Vento de Doutrinas
Muitas doutrinas e práticas, em nossos dias, têm surgido depois de ‘divinas’ visões e revelações, supostos arrebatamentos ao céu ou ao inferno - individuais ou em grupo -, ‘quedas de poder’, contatos com anjos ou espíritos, além de outras experiências no mínimo estranhas.
Há crentes hoje sendo ‘levados em roda por todo vento de doutrina’, porque não aprenderam a guardar a Palavra de DEUS acima de tudo (Ef 4.14). Em Marcos 16.17, está escrito: ‘E estes sinais seguirão aos que crerem’. Porém, muitos têm agido como se JESUS tivesse dito: ‘E estes que crerem seguirão aos sinais’. Mas Paulo ensinou, em suas epístolas, que não devemos ir além do que está escrito (1 Co 4.6)”.
(ZIBORDI, C. S. Evangelhos que Paulo jamais pregaria. RJ: CPAD, 2006. p.25.)
 
APLICAÇÃO PESSOAL
 
O ser humano tem a propensão de aceitar toda e qualquer inovação. Tudo que foge a normalidade - uma vez que não nos tire de nossa zona de conforto parece exercer atração irrestrita. Infelizmente, até mesmo a Palavra de DEUS é vilipendiada pela comunidade cristã que, ávida por mudanças, acaba reproduzindo a dinâmica da sociedade consumista, anticristã e ateísta.
Sejamos, porém, como os crentes de Beréia, recebendo a Palavra de DEUS de boa vontade, mas sem deixar de ser criteriosos (At 17.11). Pois, alguns sem conhecimento e outros de forma premeditada a torcem, reservando para si a perdição (2 Pe 3.16).
 
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REVISTA BETEL 1Tr25, NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 10, CPAD, Os Movimentos Pentecostal e Neopentecostal,  Renovação e Expansão no Século XX, 1Tr25, Comentários Extras, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF0 Luiz Henrique de Almeida Silva
 
EBD, Revista Editora Betel, 1° Trimestre De 2025, Tema, MOVIMENTO PENTECOSTAL, A Chama do ESPÍRITO que Continua a incendiar o mundo. | Escola Bíblica Dominical
 
ESBOÇO DA LIÇÃO 10, CPAD, 1Tr25
1- OS ALICERCES DO MOVIMENTO PENTECOSTAL  
1.1. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na doutrina dos apóstolos   
1.2. O Movimento Pentecostal nasceu
 alicerçado na comunhão   
1.3. O Movimento Pentecostal nasceu  alicerçado na oração     
2- AS MARCAS DO PENTECOSTALISMO CLÁSSICO  
2.1. Um movimento que não desiste de
 proclamar as Boas Novas   
2.2. A constante busca pelo ESPÍRITO SANTO    
2.3. Um movimento que não desiste de
ensinar as Sagradas Escrituras   
3- O NEOPENTECOSTALISMO BRASILEIRO  
3.1. As inovações do neopentecostalismo    
3.2. A pluralidade Neopentecostal   
3.3. As fontes do neopentecostalismo     
 
TEXTO ÁUREO
 “De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número”, Atos 16.5
 
VERDADE APLICADA
Devemos permanecer fiéis às Escrituras para não sermos influenciados por modismos teológicos nem arrastados por qualquer vento de doutrina.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer os fundamentos do pentecostalismo brasileiro
Compreendera necessidade de evitar modismos na Igreja.
Identificar as características do neopentecostalismo.
 
TEXTOS DE REFERÊNCIA - 1 CORÍNTIOS 2.1-5
1 E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de DEUS, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.
2 Porque nada me propus saber entre vós, senão a JESUS CRISTO, e este crucificado.
3 E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder,
5 Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de DEUS.
 
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Mt 4.10 Adorar somente ao Senhor.
TERÇA | Jo 16.13 O ESPÍRITO SANTO nos guia na verdade.
QUARTA | 1 Co 12.10 NO discernimento de espíritos.
QUINTA | Cl 2.4 Cuidado com as palavras persuasivas.
SEXTA | CI 2.8 Cuidado com as vãs filosofias e as sutilezas.
SÁBADO | Tg 1.27 A religião pura e verdadeira.
HINOS SUGERIDOS: 387, 396, 400
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que a Igreja pregue a Palavra de DEUS com amor e verdade.
 
PONTO DE PARTIDA – Devemos conservar a pureza da doutrina.
 
INTRODUÇÃO 
Num tempo de muitos modismos em relação às práticas pentecostais, é preciso ter em mente os alicerces do Movimento Pentecostal como vistos em Atos 2. Assim, nesta lição, veremos algumas características do pentecostalismo clássico em comparação ao neopentecostalismo brasileiro.
 
1- OS ALICERCES DO MOVIMENTO PENTECOSTAL     
Após a ascensão de Nosso Senhor JESUS, Seus discípulos oraram e aguardaram a descida do ESPÍRITO SANTO (At 2), até que se cumpriu o que já havia sido profetizado nos tempos do AT e anunciado por JESUS CRISTO. A Igreja, então, iniciou suas atividades movida pelo poder do ESPÍRITO SANTO; assim, ao longo da história da Igreja, impulsionados pelo relato bíblico, milhões de discípulos de CRISTO têm buscado a experiência e a prática pentecostal. Neste tópico, veremos três características da Igreja Primitiva que, após o ocorrido no dia de Pentecostes, devem estar no alicerce do autêntico pentecostalismo em nossos dias (At 2.42)
 
1.1. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na doutrina dos apóstolos   
Ao narrar o início da Igreja, o evangelista Lucas registrou que os primeiros crentes “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão” (At 2.42). Entre os ensinamentos dos apóstolos, podemos ver a preocupação com os falsos mestres (Rm 16.17-18; 1Ts 5.20-21; 1Tm 6.3-5) e a ênfase na importância dos dons espirituais na edificação da Igreja (Rm 12.6-8; 1Co 12.7-11; 14.12; 1 Pe 4.10-11). O texto bíblico enfatiza a participação de cada crente na unidade, no crescimento e no cuidado mútuo do Corpo de CRISTO. Portanto, o Movimento Pentecostal clássico se alicerça nesses fundamentos.
 
Pastor Lourival Dias Neto (2002, p. 6): “No Novo Testamento existem duas palavras gregas empregadas para a doutrina. A primeira é “didaskalia’; e a segunda “didache’; ambas significam tanto o ato como o conteúdo do ensino. A referência de Lucas: “E perseveraram na doutrina dos apóstolos” (At 2.42a). Havia uma constante preocupação dos apóstolos quanto à infiltração de falsos ensinos (1Tm 1.3-4), e que os levou a escrever cartas às igrejas estabelecidas fazendo surgir através delas um sistema doutrinário fundamentado naquilo que CRISTO começou a ensinar (At 1.1)
 
1.2. O Movimento Pentecostal nasceu
 alicerçado na comunhão    
 O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na comunhão entre os irmãos, a qual busca manter ainda hoje, seguindo o modelo de culto e ensinamentos que caracterizavam a Igreja Primitiva (Hb 10.24,25). Na história da Igreja Primitiva, vemos fortes traços de uma comunhão verdadeira (At 2.42). Esse padrão nos foi deixado pelos desbravadores do Evangelho como resultado da operação do ESPÍRITO SANTO, pois Ele opera a inclusão do nascido de novo no Corpo de CRISTO (1 Co 12.13), a unidade do Corpo (Ef 4.3-4) e a comunhão (2Co 13.13). Portanto, somos chamados a viver em comunhão com nossos irmãos assim como os primeiros cristãos viviam segundo a mesma fé, o mesmo sentimento e o mesmo amor, isto é, segundo o mesmo propósito (Sl 133.1).
 
Craig S. Keener (2018, p. 91-92) faz um rico comentário sobre a comunhão como um dos frutos do Pentecostes. Atos enfatiza a capacitação do ESPÍRITO para o ministério, mas também registra como a ação poderosa do ESPÍRITO produziu a transformação moral que afetou os relacionamentos dos primeiros cristãos. “A diversidade cultural dos peregrinos judeus presentes no Pentecostes (At 2.9-11) prefigurou a união da igreja, uma união capaz de transpor divisas culturais, e se tornou parte de uma igreja que representa diversas culturas (At 2.41,42; 4.36; 6.1,5). A comunidade cristã cresceu não apenas numericamente, mas em sua coesão, por meio do compromisso dos cristãos uns com os outros’.
 
1.3. O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado na oração     
A Assembleia de DEUS surgiu tendo como base os princípios de oração do Movimento Pentecostal, iniciado no capítulo 2 de Atos dos Apóstolos. A Igreja Primitiva nos ensina que a oração é uma das coisas mais importantes na vida da Igreja de JESUS CRISTO (Fp 4.6). Dizemos isso por entender que um dos pontos fortes do pentecostalismo primitivo foi a vida pautada na oração (At 2.42). Lucas registra que a Igreja orava pedindo a direção de DEUS (At 1.24) e até consagrava pessoas para o serviço mediante oração (At 6.6; 13.1-3; 14.23). Em Atos 20.36, encontramos o Apóstolo Paulo em uma reunião com pastores. Após instruí-los, o Apóstolo Paulo se despede deles orando de joelhos. Ainda temos o exemplo de Pedro e João, subindo juntos ao Templo para orar (At 3.1).
 
Craig S. Keener (2018, p. 76-77) comenta o impacto do poder do Pentecostes ao criar um novo modo de viver. No parágrafo que trata da urgência por renovação espiritual na Igreja, a partir de Atos 2 e 4, o autor destaca que “as formas de abnegação dos cristãos primitivos podiam por vezes beirar o ascetismo, algo que não recomendo para hoje’: Então, ele ressalta as “disciplinas espirituais tradicionais: os cristãos valorizavam a oração, o aprendizado da Bíblia e o jejum; alguns cristãos do movimento monástico posterior dedicavam a maior parte do tempo a essas disciplinas’: Afinal, viver no ESPÍRITO é receber poder também para continuar em oração (Ef 6.18).
 
EU ENSINEI QUE:
O Movimento Pentecostal nasceu alicerçado nos princípios da Igreja Primitiva: doutrina dos apóstolos, comunhão e oração.
 
2- AS MARCAS DO PENTECOSTALISMO CLÁSSICO    
O pentecostalismo clássico tem três marcas distintivas, considerando o registro bíblico em Atos e o início do Movimento Pentecostal no Brasil. Refletir sobre isso possibilita a compreensão adequada dos termos “pentecostal” e “pentecostalismo’; que têm sido usados para descrever movimentos e denominações cujos ensinamentos e práticas estão bem distanciados das raízes teológicas do pentecostalismo clássico.
 
2.1. Um movimento que não desiste de
 proclamar as Boas Novas    
A primeira marca do Movimento Pentecostal que destacamos aqui é o vigoroso impulso para evangelizar (Mc 16.15,16). Os missionários fundadores das Assembleias de DEUS no Brasil, Daniel Berg e Gunnar Vingren, ensinaram sobre a importância de proclamar a Salvação. Eles difundiram esse princípio com grande convicção, fazendo com que as Assembleias de DEUS estivessem espalhadas por todas as capitais do Brasil, em um curto espaço de tempo, por meio da proclamação das Boas Novas de CRISTO (Mc 1.14,15; At 8.12; 8.35, 10.42,43; Rm 10.14,15; Mc 16.15,16).
 
Elinaldo Renovato (2023, p. 103): “Ao longo da história das Assembleias de DEUS no Brasil, a obra começou pequena, mas foi crescendo a olhos vistos; não apenas em termos numéricos, mas, acima de tudo, “em demonstração do ESPÍRITO e de poder” (1 Co 2.4). Este modelo de crescimento assembleiano: cresce porque evangeliza, discípula e cuida das vidas alcançadas pelo evangelho de CRISTO. O padrão de crescimento tem sido constante, sempre com base no modelo bíblico ordenado por JESUS (Mc 16.15-16)”.
 
2.2. A constante busca pelo ESPÍRITO SANTO     
No Dia de Pentecostes, o ESPÍRITO SANTO foi derramado sobre a Igreja (At 2.2), enchendo e batizando os crentes, tal como anunciou o Senhor (Lc 24.49; At 1.5). A partir daquele momento, em diferentes lugares e circunstâncias, encontramos o testemunho de indivíduos e comunidades que experimentaram o batismo no ESPÍRITO SANTO com a evidência inicial de falar em línguas. Para o pentecostalismo clássico, o batismo no ESPÍRITO SANTO e a manifestação dos dons espirituais continuam a ser atuais e relevantes para a Igreja prosseguir no cumprimento da missão. O nascimento das Assembleias de DEUS no Brasil, em 1911, aconteceu depois que alguns irmãos, sob o poder do ESPÍRITO, começaram a falar em outras línguas e a profetizar, semelhante às experiências narradas em Atos 2.
 
Eduardo Alves (2021, p. 93): “Para um pentecostal, pode-se dizer que o batismo com o ESPÍRITO SANTO funciona como uma espécie de experiência de sacramentalismo sobrenatural, pois demanda um sinal externo. A compreensão está relacionada à ideia de o crente ser mergulhado no ESPÍRITO SANTO por JESUS CRISTO para que possa sair dessa experiência revestido de coragem e poder para anúncio público do Evangelho’.
 
2.3. Um movimento que não desiste de
ensinar as Sagradas Escrituras    
A vertente teológica do pentecostalismo clássico adota um modelo mais confessional, ou um código doutrinário, vide o Credo da CONAMAD, publicado mensalmente no Jornal O Semeador. Nas primeiras décadas, a Assembleia de DEUS era considerada, equivocadamente, um movimento sem fundamentação teológica. Contudo, a Assembleia de DEUS crê e ensina que todas as experiências espirituais devem passar pelo crivo da Bíblia, vide a ênfase dada aos cultos de ensino e à Escola Bíblica Dominical desde a sua fundação. Porque estudamos as Escrituras e cremos nelas como sendo a Palavra de DEUS para nós hoje é que pregamos e ensinamos sobre o batismo no ESPÍRITO SANTO e a atualidade dos dons espirituais. Afinal, a Igreja continua a cumprir a missão de evangelizar e a necessitar de contínua edificação.
 
Elinaldo Renovato (2023, p. 108): “O crente avivado precisa ler e estudar a Bíblia diariamente para entender e absorver os seus conteúdos preciosos em termos de ensino, doutrina, exortação, orientação e advertências e para a sua própria edificação espiritual. Os dias são maus. Há muitos motivos pelos quais o crente fiel precisa ocupar-se com o estudo da Palavra de DEUS’.
 
EU ENSINEI QUE:
As três principais marcas do Movimento Pentecostal são: obediência ao chamado para proclamar as Boas Novas; busca constante pelo ESPÍRITO SANTO; investimento no ensino das Escrituras.
 
3- O NEOPENTECOSTALISMO BRASILEIRO   
As práticas e os ensinamentos de alguns movimentos e denominações não caracterizam a identidade do pentecostalismo clássico (Assembleia de DEUS). Como não há consenso entre os estudiosos sobre a nomenclatura que melhor os descreve, usaremos o termo “neopentecostal” para caracterizar esses movimentos e denominações, enfatizando a diferença entre eles e o Movimento Pentecostal que surgiu no Brasil no início do século XX.
 
3.1. As inovações do neopentecostalismo     
O Movimento Neopentecostal surgiu com algumas inovações que o distinguem dos pentecostais clássicos, inclusive com inovações em seus cultos que nos fazem lembrar do alerta feito pelo Apóstolo Paulo (Cl 2.18). Alguns estudiosos identificam o surgimento dos neopentecostais a partir do final da década de 70, vindo de dissidentes de denominações surgidas a partir da década de 50 e, também, da própria Assembleia de DEUS. Entre os neopentecostais, há aqueles que argumentam a necessidade de contextualizar a mensagem para torná-la mais atraente e moderna. Nesse esforço, desprezam a ênfase das Escrituras na chamada de DEUS ao arrependimento e à fé cristocêntrica, ensinando uma fé nominal, superficial, utilitária e pragmática (2Tm 4.3,4; 2Pe 2.18,19; 2Tm 3.14-17). Podemos contextualizar, mas sem contaminar nem comprometer a essência da mensagem do Evangelho de JESUS CRISTO.
 
Isael de Araújo (2007, p. 505): “O que justifica essa divisão dentro do pentecostalismo são suas consideráveis distinções de caráter doutrinário e comportamental, suas arrojadas formas de inserção social e seu ethos de afirmação do mundo. Compõem os critérios para a classificação do neopentecostalismo, além do corte histórico-institucional, as diferenças teológicas e, em parte decorrentes dessas, as diferenças comportamentais (abandono do ascetismo intramundano) e sociais (diminuição do sectarismo)’.
 
3.2. A pluralidade Neopentecostal    
A pluralidade na liturgia pentecostal tem sido alvo de constantes estudos. Essa corrente teológica recorre a promessas e discursos mágicos para a resolução de problemas diversos, como os relacionados à vida financeira e à saúde. Muitos desses cultos chamam a atenção pelos excessos cometidos nos púlpitos, os quais tomam o lugar de CRISTO na pregação. Na realidade, CRISTO não é o mais importante; mas os sinais.
 
Pastor Lourival Dias Neto (2002, p. 7): “Por ser excessivamente tolerante, o neopentecostalismo se tornou um movimento de inclusão, aceitando no seu seio todo tipo de pensamento e prática. Por ser pluralista, é um movimento que agrega, sem critérios, toda nova visão que aparece, desde que venha acompanhada de uma virtual autoridade ( i Jo 4.1). É um movimento que não valoriza a reflexão bíblica, até porque a Bíblia é um instrumento adaptado aos propósitos de sua teologia, e se nega a sujeitar-se àquilo que realmente ela diz, enfocando apenas o que se quer (1Tm 4.1,2)”.
 
3.3. As fontes do neopentecostalismo     
Muitos ensinamentos e práticas neopentecostais vêm de movimentos surgidos nos EUA, a exemplo dos conduzidos por Essek William Kenyon (1867-1948) e Kenneth Erwin Hagin (1917-2003). Esses pregadores foram a inspiração ideológica de movimentos americanos que, por sua vez, influenciaram os movimentos neopentecostais. Kenyon e Hagin foram os primeiros a difundir os ensinamentos que, mais tarde, ficariam conhecidos no Brasil como “Teologia da Prosperidade”.
 
Claudionor de Andrade (2013, p. 276): “O neopentecostalismo foi recebido como a esperada alternativa dos evangélicos que, apesar de não se sentirem bem nas denominações históricas, achavam se pouco à vontade no pentecostalismo clássico. Embora não empreste tanta ênfase ao batismo no ESPÍRITO SANTO e aos dons espirituais, o neopentecostalismo faz questão de dinamizar sua liturgia. Na década de 1990, grande parte de seus pregadores começaram a incluir em suas mensagens elementos da Teologia da Prosperidade, Confissão Positiva e Triunfalismo. Doutrinas estas rechaçadas energicamente pelo pentecostalismo bíblico e ortodoxo.”
 
EU ENSINEI QUE:
A vertente teológica do pentecostalismo clássico adota um modelo mais confessional, ou um código doutrinário, vide o Credo da CONAMAD.
 
CONCLUSÃO       
Os cristãos devem perseverar no ensino das Escrituras e em se manterem cheios do ESPÍRITO SANTO, tanto para edificação da Igreja quanto para conservar as características do Movimento Pentecostal do início do século XX: JESUS CRISTO salva, cura, batiza no ESPÍRITO SANTO e brevemente voltará, por isso precisamos cultivar um viver em santificação.