Escrita Lição 3, CG, O tabernáculo: símbolo do caminho para CRISTO, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique , EBD NA TV

Escrita Lição 3, CG, O tabernáculo: símbolo do caminho para CRISTO, 1Tr25, Comentários Extras Pr Henrique , EBD NA TV

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ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 3 / ANO 2- N° 4

 

Lição 3, Central Gospel, O tabernáculo: símbolo do caminho para CRISTO

https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-3-cg-o-tabernaculo-simbolo-do-caminho-1tr25-pptx/274947849

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 3, CG, 1TR2025

1.1. Aspectos tipológicos

1.1.1. Prata: o preço da vida; uma sombra da redenção em CRISTO 

1.1.2. A fé: o preço invariável do resgate eterno

1.1.3. O uso sagrado da prata: um símbolo da expiação

2. TÁBUAS E BARRAS: A ESTRUTURA VIVA DA HABITAÇÃO DE DEUS

2.1. Aspectos tipológicos

2.1.1. Das tábuas

2.1.2. Das barras

3. AS CORTINAS E COBERTAS: A PROTEÇÃO E A GLÓRIA NO TABERNÁCULO

3.1. Aspectos tipológicos

3.1.1. A coberta externa: simplicidade e abrigo

3.1.2. A coberta de peles vermelhas: o substituto consagrado 

3.1.3. As cortinas de pelo de cabra: símbolo do pecado que CRISTO carregou

3.1.4. O teto de linho: realeza, presença e proteção

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Êxodo 25.8,9; 26.1,7,14,15,29

Êxodo 25.8,9

8- E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.

9- Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.

Êxodo 26.1,7,14,15,29

1. E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada.

7- Farás também cortinas de pelos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás.

14- Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo em cima.

15- Farás também as tábuas para o tabernáculo de madeira de cetim, que estarão levantadas.

29- E cobrirás de ouro as tábuas e farás de ouro as suas argolas, para meter por elas as barras; também as barras cobrirás de ouro.

 

TEXTO ÁUREO

  E saberão que eu sou o Senhor, seu DEUS, que os tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu, o Senhor, seu DEUS. Êxodo 29.46

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira 1 Pedro 1.13-22 - Fostes resgatados com o precioso sangue de CRISTO

3ª feira 2 Coríntios 6.14-18 - Vós sois o templo do DEUS
4ª feira - Efésios 4.7-16 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu
5ª feira-2 Coríntios 3.1-8 - Vós sois a carta de CRISTO
6ª feira Isaías 53.1-4 - Ele tomou as nossas dores e levou-as sobre si
Sábado - João 17.1-5 - A vida eterna é esta: que conheçam a ti

 

OBJETIVOS -  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

• descrever de forma clara e detalhada a construção do santuário do Tabernáculo:
• reconhecer que cada detalhe da construção foi determinado por DEUS:
• compreender que todos os elementos do Tabernáculo foram criados com um propósito específico, apontando simbolicamente para a vinda de JESUS.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

  Prezado professor, enfatize a importância com que DEUS estabeleceu cada detalhe na construção do Tabernáculo e em todos os aspectos relacionados a ele. Da mesma maneira, Ele nos chama a manter a disciplina e a decência em tudo o que diz respeito à Igreja.

  A organização deve prevalecer em todos os aspectos: na administração dos departamentos, na arrumação das dependências, no decorrer dos cultos e em todo trabalho realiza do para o Senhor. Assim como Ele valorizou cada minúcia no Tabernáculo, devemos também cuidar rizou zelo de tudo que em Sua obra.

  Excelente aula!

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 3, CG, 1TR25

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O MATERIAL UTILIZADO NO TABERNACULO

O material utilizado no tabernáculo foi basicamente:

Ouro

Prata

Cobre ou bronze

Estofo azul

Púrpura

Carmesim

Linho branco

Animais marinhos

Madeira de acácia

Azeite puro

Pedras

 

Todo esse material utilizado no tabernáculo, aponta para JESUS e para o plano da redenção

divina, por exemplo:

 Ouro  Divindade, glória. JESUS como DEUS glorificado

 Prata  Redenção, redentor. JESUS como redentor

 Bronze  Está ligado ao Juízo de DEUS. Tipifica o sofrimento.

 Tipifica JESUS como sofredor.

 Estofo azul  Céu. JESUS como filho de DEUS

 Púrpura  Realeza. JESUS como Rei.

 Carmesim  Sofrimento, servidão. JESUS o Salvador

 Linho branco  justiça. JESUS como Filho do Homem.

 Animais marinhos  Ausência de beleza.

JESUS sem formosura.

 Madeira de Acácia  A carne incorruptível de JESUS o homem perfeito

 Azeite puro  É a fonte da luz. JESUS ungido.

 Óleo da unção  Ele é ungido.

 Incenso aromático  É o único agradável

 Pedras de engastes  JESUS como sustentáculo o pecador.

 Pregos de bronze.  O sofrimento de JESUS na cruz

 

Nas estacas podemos ver JESUS como nosso Salvador

Coroa de prata JESUS como Redentor

Poste em pé JESUS como Salvador

Base de Bronze JESUS como Sofredor de Isaias 53

Cordonel de pelos de cabra JESUS em nosso lugar

Quando se fez pecador por nós.

JESUS se fez oferta por nossos pecados.

Parte da haste fincada no chão JESUS morto no Gólgota

Parte da haste fora da terra JESUS ressuscitado no domingo

Cabra ou cabrito é o animal da oferta do pecado. Levítico 9.3.

Bronze fala do sofrimento

Coroa fica sempre em cima e fala de poder, vitória.

 

LEVÍTICO 9.3 – Depois dirás aos filhos de Israel: Tomai um bode para oferta pelo

pecado: um bezerro e um cordeiro, ambos de um ano e sem defeito, como holocausto; JESUS em pé como nosso Salvador, (poste); sofreu carregando sobre si nossas dores e o castigo que nos traz a paz estava sobre ele (base de bronze); fez-se oferta por nossos pecados por isso desceu de cima para baixo.(cordonel de pelo de cabra); Morreu no gólgota e foi sepultado (espeto de bronze fincado no solo), mas ressuscitou, pois a morte não teve o poder de detê-lo, (parte do espeto que ficou de fora do solo) e vitorioso nos coroou com a redenção, (coroa de prata encimando o poste em pé).

 

MATERIAL UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO

O Tabernáculo, entre outras coisas, era feito de:

 ouro

 prata

 bronze

 madeira

 tecido

 

Vamos discutir esses elementos um a um, a iniciar pelo OURO.

O OURO

O ouro, no tabernáculo:

Tipifica a glória de DEUS (no Velho Testamento)

Tipifica JESUS como Divino (no Novo Testamento)

É certamente o ouro que tipifica a realeza no Tabernáculo, embora ele fique escondido aos olhos de todos, permanecendo acessível apenas aos Sacerdotes ou Sumo Sacerdotes da família de Arão.

O ouro aqui representa a realeza de DEUS, inacessível ao mortal pecador, mas que é revelada a todos aqueles que rompem o arraial e adentram ao tabernáculo e se achegam ao Santuário de DEUS. Essa é a razão dos ímpios não poderem ver a glória de DEUS e nem enxergarem a extensão de sua realeza.

Para se ver a glória de DEUS é necessário entrar no santuário sem o que esta será inacessível.

O ouro é o elemento de maior valia no tabernáculo e por isso tipifica a realeza de DEUS.

 

O OURO AQUI TAMBEM TIPIFICA JESUS COMO DIVINO

A PRATA

A prata no Tabernáculo aponta para JESUS em seu sacrifício expiatório, pagando o preço do resgate de nossas almas.

Observe que a prata formava a base de sustentação do Santuário. Isso quer dizer que o sacrifício de JESUS é à base da sustentação do plano de DEUS, na redenção humana. JESUS é tudo nesse plano, e sem ele ainda estaríamos em débito com DEUS e não existiria o Santuário no qual pudéssemos entrar.

Ora se não houvesse Santuário no qual pudéssemos entrar, nunca poderíamos ter acesso a DEUS. Portanto JESUS é a base de sustentação do nosso retorno para DEUS.

Então a nossa comunhão com DEUS está garantida no sacrifício de JESUS, cuja redenção aqui é simbolizada pela prata.

É também a prata que sustenta o cortinado suspenso, delimitando a área do Pátio, isolando o Santuário de DEUS.

A primeira porta do Tabernáculo, aquela que permite a entrada no pátio, aponta

diretamente para JESUS que é a porta do Santuário de DEUS.

JOÃO 10.9 - Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e achará pastagem.

A prata é símbolo do resgate e aponta para JESUS como Redentor.

 

O BRONZE

O bronze aqui neste contexto não é exatamente o bronze que se conhece hoje, mas era uma mistura de BRONZE. E COBRE, sendo esse o motivo de certas versões falarem bronze, e outras falarem cobre.

O Bronze é símbolo de Julgamento.

O Bronze é símbolo do SOFRIMENTO DE JESUS.

Como o julgamento de DEUS culminou na crucificação de JESUS, esse metal também aponta para a crucificação, daí os pregos serem todos de bronze.

O bronze é também símbolo de força, ou de dureza.

O bronze revestia o altar do sacrifício que deveria suportar o fogo do sacrifício.

ÊXODO 27.2 - Dos quatro cantos farás levantar-se quatro chifres, os quais formarão uma só peça com o altar; e o cobrirás de bronze.

Em Jeremias 6.28 fala da força do cobre e Jó 40.18 fala também dessa força.

JEREMIAS 6.28 - Todos eles são os mais rebeldes, e andam espalhando calúnias; são bronze e ferro, são todos corruptores.

JÓ 40.18 - Os seus ossos são como tubos de bronze, o seu arcabouço como barras de ferro.

O bronze deveria ser resistente ao fogo de modo a proteger a madeira do altar, não permitindo que o fogo do sacrifício atingisse a madeira.

Veremos depois que a madeira simboliza a humanidade. Isso quer dizer que a

humanidade deverá estar revestida, a fim de suportar o juízo de DEUS revestimento esse que teve origem no Calvário, o único capaz de resistir o juízo de DEUS.

 

O bronze estava presente, no tabernáculo:

a) No altar do Holocausto. O altar do holocausto era feito de madeira e revestido de bronze. Êxodo 27.2

b) Na bacia de bronze a qual era feita de bronze maciço.

c) Nas bases das cinco colunas que sustentavam o cortinado da entrada no Santuário.

Êxodo 26.37.

d) Nas estacas que sustentavam o cortinado e formavam o pátio. Êxodo 27.11-19.

e) Nas bases das estacas que sustentavam o cortinado, inclusive a porta da entrada. Êxodo 27.17.

ÊXODO 27.2 - Dos quatro cantos farás levantar-se quatro chifres, os quais formarão uma só peça com o altar; e o cobrirás de bronze.

ÊXODO 26.37 - Para este reposteiro farás cinco colunas de madeira de acácia, e as cobrirás de ouro; os seus colchetes serão de ouro, e para elas fundirás cinco bases de bronze.

ÊXODO 27.11 - De igual modo para o lado do norte ao comprido haverá cortinas de cem côvados de comprimento; e as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze; os ganchos das colunas e as suas vergas serão de prata.

ÊXODO 27.19 - Todos os utensílios do tabernáculo em todo o seu serviço, e todas as suas estacas, e todas as estacas do átrio, serão de bronze.

ÊXODO 27.17 - Todas as colunas ao redor do átrio serão cingidas de vergas de prata; os seus ganchos serão de prata, mas as suas bases de bronze.

Tudo isso tem significado e porquê. DEUS não fez o Santuário à revelia, e não o detalhou por capricho, mas tudo tem um fundamento.

 

A MADEIRA

A madeira aqui no Tabernáculo aponta para o componente humano no Tabernáculo.

A madeira de Acácia tipifica o corpo incorruptível de JESUS o qual não viu a corrupção.

A madeira de Acácia é a única madeira que se desenvolve no deserto do oriente e não apodrece nem atrai vermes ou insetos de modo a apodrecer.

A acácia é nativa do deserto e se desenvolve muito bem em terra seca e arenosa onde outra madeira não teria sucesso. Somente ela consegue extrair dela os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Assim JESUS necessitou de Maria para vir a esse mundo como humano e dela extraiu o sustento para nascer e depois crescer como todos os homens.

GALATAS 4.4 - vindo, porém, a plenitude do tempo, DEUS enviou seu Filho, nascido de mulher...

Esta tipologia é uma referência inequívoca à humanização de JESUS como homem perfeito e se refere à passagem de Isaías 53.2 onde temos JESUS como raiz de uma terra seca.

ISAIAS 53.2 - Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz duma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.

JESUS foi judeu, nascido em Belém na Judéia, pertenceu a tribo de Judá, linhagem de Davi, e morreu como todos os homens.

Por isso JESUS foi cem por cento homem, embora, através do ESPÍRITO SANTO, nunca deixou de ser DEUS.

JESUS foi concebido e gerado pelo ESPÍRITO SANTO.

JESUS como homem só teve mãe e como DEUS só teve Pai.

A madeira representa o componente humano no Tabernáculo.

A madeira simboliza o componente humano no Tabernáculo.

A madeira de acácia tipifica a incorruptibilidade do corpo de JESUS.

 

A madeira fora do tabernáculo e toda retorcida e dessa forma tem pouca serventia e só é útil para o fogo, mas dentro do tabernáculo ela é trabalhada no altar do sacrifício e revestida de ouro no santuário. Toda madeira que se acha no santuário já foi madeira bruta!!! Mas agora está revestida de bronze (no altar dos holocaustos) ou de ouro (no santuário) onde temos a tipologia do homem regenerado na habitação de DEUS.

Tem muito crente que ainda é madeira bruta, não sofreu a ação do carpinteiro e por isso é madeira torta, cheia de nó, áspera, grotesca e não serve para nada; apenas serve para o fogo.

O homem de DEUS, quando é um verdadeiro instrumento nas mãos do Senhor, se comporta como madeira revestida de ouro refletindo a glória de DEUS.

 

O TECIDO BRANCO DO CORTINADO

O Branco aponta para a justiça de DEUS e o cortinado branco aponta para a perfeição de JESUS como Homem.

Então o cortinado quer dizer que DEUS está separado do arraial devido a sua justiça e juízo, em função de todos terem pecado e destituídos estarem da sua Glória. Mas veja que a prata está acima do cobre e do cortinado, significando que a redenção de JESUS está acima de tudo.

O cortinado representa um muro de separação entre a humanidade e o santuário de DEUS.

O branco do cortinado aponta para a justiça de DEUS.

O cortinado branco aponta para JESUS como homem perfeito

 

 

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O Tabernáculo

 

Afirma a Palavra de DEUS que "tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança" (Romanos 15.4). O Tabernáculo, construído por Moisés no deserto, deixou profundas lições para a Igreja, tanto através da rica tipologia dos seus objetos, como também pelo significado espiritual do sacerdócio, dos sacrifícios e das celebrações anuais.

 

 

AS OFERTAS

Uma dessa importantes lições está nas ofertas do povo, atendendo ao apelo divino através de Moisés: "Dize aos israelitas que ajuntem ofertas para mim. Recebereis a oferta de todos os que derem espontaneamente. Estas são as ofertas que recebereis: ouro, prata, bronze, tecidos de púrpura violácea, vermelha e carmesim, Unho fino e crinas de cabra, peles de carneiro tintas de vermelho e peles de golfinho, madeira de acácia, azeite de lâmpada, bálsamo para o óleo de unção e para o incenso aromático, pedras de ônix e outras pedras de engaste para o éfode e o peitoral" (Êxodo 25.2-7). "Todos os israelitas, homens e mulheres, dispostos a contribuir para as obras que o Senhor tinha mandado executar por meio de Moisés, trouxeram ao Senhor contribuições espontâneas" (Êxodo 35.29). As ofertas espontâneas foram tão abundantes que os artífices interromperam seu trabalho para dizer a Moisés: "O povo traz muito mais que o necessário para executar a construção que o Senhor mandou fazer. Então Moisés mandou que se publicasse no acampamento a seguinte ordem: Ninguém mais, nem homem nem mulher, promova campanhas para a coleta do santuário. E o povo deixou de trazer ofertas. O material já era suficiente para todos os trabalhos que se deviam executar, e até sobrava" (Êxodo 36.5-7).

 

Desenho preto e branco

Descrição gerada automaticamente com confiança média 

“Dize aos israelitas que ajuntem ofertas para mim..."

 

Que lição preciosa! Como cada um deu espontaneamente do que possuía: não foi necessário descer ao Egito em busca de ajuda. Quando cada crente entende que a oferta é parte vital na comunhão com DEUS e dá liberalmente, a igreja não precisa descer ao "Egito" (ao mundo) e mendigar a ajuda dos infiéis! Bem escreveu Arnold Doolan, em sua obra O Tabernáculo no Deserto, p.15: "Que insigne exemplo de devoção ao Senhor e de obediência ao seu mandamento. É impossível computar o valor de tudo quanto foi oferecido pelos israelitas, tudo dado espontaneamente e de muito boa vontade, para a construção do Tabernáculo e dos seus apetrechos. Devia representar uma elevadíssima soma. Contudo, o que mais impressiona o meu coração é o fato de que tudo deram voluntariamente e de todo o coração. Eles ouviram a voz do Senhor e corresponderam imediatamente. Sem dúvida, o Diabo era bastante astucioso para insinuar que aquela obra envolvia despesas extraordinárias, que o custo de vida seria elevado e que era prudente poupar ou guardar cuidadosamente o que possuíam. Mas os filhos de Israel, naquele tempo da sua história, tinham os seus olhos postos no Senhor, e a vontade do Senhor era de suprema importância para todos eles".

 

 

A ORDEM DAS TRIBOS NO ACAMPAMENTO

Como um templo destinado a acompanhar os israelitas no deserto, o Tabernáculo era desmontável e podia ser conduzido de um lugar a outro. Para o honroso trabalho de cuidar e transportar os objetos componentes, foram escolhidas as famílias de Gérson, Coate e Merari. Os gersonitas se acamparam atrás do santuário, ou seja, ao Ocidente, e cuidaram do exterior da tenda, como vigias. Os coatitas ficaram ao Sul, e eram responsáveis pelo cuidado da Arca, da mesa, do candelabro, dos altares e de todos os vasos sagrados. Os meraritas situaram-se do lado Norte, e respondiam pela conservação e transporte das tábuas, das travessas, das colunas, das cordas, das estacas e das bases.

Os exércitos de Israel acampavam-se ao redor do Tabernáculo observando a seguinte ordem: para o Oriente, guardando a porta de entrada do Tabernáculo, ficava o

exército de Judá, de 74.600 homens, e junto a ele, o de Issacar, de 54.400, e o de Zebulom, de 57.400 (Números 2.3 a 9). Do lado Sul ficava o exército de Rúben, de

46.500 soldados, e mais os de Simeão, de 59.300, e Gade, de 45.650 (Números 1.2125). Do lado Norte ficavam os de Dã, de 62.700 soldados, de Aser, de 41.500, e de Naftali, de 53.400 (Números 1.39-43). E, finalmente, do lado Oeste, ou seja, à retaguarda do Tabernáculo, ficavam os exércitos de Efraim, de 40.500 soldados, de Manasses, de 32.200, e de Benjamim, de 35.400 (Números 2.18-23).

O Tabernáculo olhava sempre para o Oriente, isto é, para o lugar do nascimento do Sol, certamente apontando para a pessoa de JESUS, anunciado pelo profeta Malaquias como o Sol da Justiça que traz a salvação debaixo das suas asas (Malaquias 4.2). As peças principais desse santuário tomavam a forma de uma cruz, também apontando para JESUS (2 Coríntios 5.18).

O fato de a tribo de Judá guardar a porta do Tabernáculo é muito significativo, pois, nas bênçãos de Jacó a seus filhos, ele diz, no primeiro livro da Bíblia, que Judá era como um leão, figura que aparece também no último livro das Escrituras, onde JESUS nos é apresentado como o Leão da Tribo de Judá (Gênesis 49.9; Apocalipse 5.5).

 

 

SEPARAÇÃO E COMUNHÃO

O Tabernáculo estava separado da congregação por uma cerca constituída de 60 colunas de bronze, sobre as quais apoiava-se um cortinado de linho branco, de dois metros e meio de altura. Isso fala da separação entre DEUS e o pecador (Êxodo 38.1015,19 31; Isaías 59.2). O número 6 e seus múltiplos, como no caso dessas colunas, associam-se ao número 7, que é o número de peças do Tabernáculo. Como o 6 relaciona-se com o homem e o 7 com DEUS, temos no Tabernáculo a comunhão, ou o

encontro do homem com a Divindade. O número 6 aparece em muitos lugares do Tabernáculo, como nas duas fileiras de pães da proposição, de seis cada uma, e no número de braços do candelabro de ouro (excetuando-se a haste central, que apresenta JESUS como o tronco que sustenta as varas).

 

 

AS COLUNAS E OS VÉUS

As quatro colunas da entrada do Tabernáculo têm também um significado muito importante. Em Êxodo 27.16 lemos: "A porta do átrio haverá um reposteiro de vinte côvados, de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino torcido, obra de bordador; as suas colunas serão quatro, as suas bases quatro". Estas quatro colunas representam ou falam da oportunidade para todos, pois o número quatro está sempre relacionado com a plenitude da Terra. Todos têm oportunidade de entrar no Santuário (Mateus 24.31; João 3.16).

Os quatro véus que cobrem as quatro colunas de entrada da tenda, por suas cores significativas, apontam-nos os quatro Evangelhos, pela ordem em que estes aparecem no Novo Testamento. Comparemos essas cores com os retratos de JESUS que os quatro evangelistas nos deram:

A púrpura. Esta cor se relaciona com a realeza e aponta para o Evangelho segundo Mateus, que é o Evangelho do Rei. Mateus enfatiza este aspecto do caráter de JESUS, quando, por 14 vezes, o chama de Filho de Davi, o famoso rei cuja descendência DEUS prometeu perpetuar no trono de Israel. O Messias viria como Rei, conforme a profecia de Zacarias 9.9: "Eis aí o teu Rei". Por isso Mateus registra a genealogia de JESUS, pois um Rei precisa provar a sua ascendência real.

O carmesim. O Evangelho segundo Marcos está relacionado com a cor carmesim, ou seja, como sangue, que aponta para o servo sofredor, para o Messias na cruz, conforme a profecia de Isaías 42.1: "Eis aqui o meu servo, a quem sustento; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele meu ESPÍRITO, e ele promulgará o direito para os gentios". Um servo não precisa de genealogia, por isso Marcos não trata da ascendência do Senhor. Mateus, em seu Evangelho, focaliza a pessoa de JESUS do ponto de vista de sua realeza, e isto nos leva ao Lugar Santíssimo do Tabernáculo, onde DEUS habitava sobre o Propiciatório, entre os querubins da glória. Marcos, por sua vez, já apresenta os traços de JESUS do ponto de vista da cruz, como o servo sofredor, e isto nos leva ao altar de bronze, ou dos holocaustos. Percebemos esses pontos de vista claramente expressos em Mateus 13.23 e Marcos 4.8,20, respectivamente. Nesses textos, que tratam da Parábola do Semeador, a frutificação em Mateus é decrescente, enquanto em Marcos é crescente. Mateus diz: a 100, a 60 e a 30 por um, e Marcos registra: a30,a60ea 100 por um, e isso conforme as três principais divisões do Tabernáculo: o Pátio, o Santuário e o SANTO dos Santos.

Linho branco. No Evangelho segundo Lucas temos o linho branco apontando para o homem perfeito, para o caráter justo de JESUS. Esse evangelista apresenta a pessoa do Salvador como o Filho do homem. E o Evangelho do Filho do homem. E como todo homem perfeito, ilustre e nobre precisa de uma genealogia, o médico Lucas registra a ascendência de JESUS. O Senhor, em Lucas, cumpre a profecia de Zacarias 6.12: "E dize-lhe: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo: ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor".

Azul. Finalmente chegamos à cortina azul, e essa cor indica sempre o Céu ou aquilo que é celeste. Vemos em João o Evangelho do Filho de DEUS. JESUS, como Filho de DEUS, cumpre a profecia de Isaías 40.9: "Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso DEUS". João não registra a genealogia de JESUS, pois DEUS não tem genealogia.

Dentre as referências ao azul no Antigo Testamento destaca-se à do cordão azul em Números 15.38-40: "Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto presas por um cordão de azul. E as borlas vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais; e não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os quais andais adulterando. Para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso DEUS".

A cor azul. Por ser um dos principais símbolos do céu, o azul revela o propósito profundo de DEUS, de conduzir o seu povo a uma constante atitude de comunhão como Pai Celestial, de quem deveriam receber graça e inspiração para uma vida santa, ou seja, de fidelidade aos seus elevados preceitos e, consequentemente, de separação das concupiscências mundanas. Note as palavras do Senhor: "não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos".

Assim, mediante o memorial das fitas azuis fixadas nas franjas das suas vestes, os israelitas deveriam lembrar-se da sua responsabilidade de obediência à Lei do Concerto do Sinai, e de sua chamada para ser o povo santo do Senhor.

Que preciosas lições espirituais nos dão esses filactérios! Se Israel deveria atentar para aquele memorial celestial do Concerto da Lei, a fim de ser o povo santo do Senhor, quando mais nós, "geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido" (1 Pe 2.9), devemos buscar "as coisas que são de cima" e pensar "nas coisas que são de cima"! (Cl 3.1,2).

Nos nossos vestidos de salvação (Is 61.10) não deve faltar o memorial do corpo de JESUS oferecido por nós na cruz. Ele mesmo, ao instituir a ceia nos elementos do pão e do cálice, disse: "fazei isto em memória de mim" (Lc 22.19; 1 Co 11.24,25).

A perversão humana. O Senhor JESUS, ao referir-se às borlas usadas pelos judeus nos dias de seu ministério terreno, mostra até onde o egoísmo humano pode perverter uma instituição divina.

Eles alargavam os seus filactérios, e alongavam as suas franjas, tudo com o fim de serem vistos pelos homens! (Mt 23.5). Eles foram além do mandamento divino, tal como presentemente ocorre com o memorial da ceia do Senhor, criminosamente transformado por muitos em transubstanciação (transformação; dos elementos no corpo, sangue, alma e divindade de JESUS etc), e por outros em consubstanciação (união de dois ou mais corpos numa mesma substância). Assim como o memorial celestial dado aos israelitas transformou-se numa triste e egoísta profanação do sagrado, assim também o solene memorial instituído por JESUS foi por muitos convertido em orgulho religioso. Cuidemos, irmãos, para não perdermos o verdadeiro sentido do mandamento divino e conservarmos dele apenas a sua forma exterior para nossa própria exaltação. Nossa divisa deve ser: "Santos sereis ao vosso DEUS"

 

 

OS METAIS

O bronze. Os metais do Tabernáculo são muito expressivos. Seguindo a ordem de entrada do pátio para o Lugar Santíssimo, encontramos as colunas revestidas de bronze e com suas bases de bronze, o grande altar todo revestido de bronze, situado logo após a porta do Tabernáculo e a pia, ou lavatório, de bronze maciço. As passagens bíblicas de Êxodo 27.17; Números 21.9; Jeremias 1.18; 6.28; 1 Coríntios 13.1; 2 Coríntios 5.21, indicam esse metal como o tipo de julgamento, de juízo. E o bronze, no Tabernáculo, significa o julgamento do pecado. Também todos os cravos, ou pregos, usados nesse Santuário, eram desse mesmo metal e apontavam para a crucificação de JESUS no madeiro do Calvário.

A prata. Por sua vez, a prata estava presente em todos os ganchos que ostentavam as cortinas do Tabernáculo e também formava os capiteis ou faixas que ornamentavam essas cortinas. Também todas as tábuas do Santuário estavam apoiadas em bases de prata. Ora, a Bíblia diz em Êxodo 30.12-16: "Quando fizeres a contagem dos israelitas, para que, ao serem recenseados, não os atinja alguma peste. Cada um que passar pelo censo dará cinco gramas de prata, segundo o peso padrão do santuário. Estes cinco gramas serão, pois, o tributo dado ao Senhor. Quem passar pelo recenseamento com mais de 20 anos, pagará o tributo ao Senhor. O rico não dará mais nem o pobre menos do que cinco gramas ao pagar o tributo ao Senhor, como resgate de vossas vidas. O dinheiro deste resgate que receberes dos filhos de Israel, aplicarás no serviço da tenda de reunião. Servirá para os israelitas como lembrança diante do Senhor, do resgate de vossas vidas". Também em Levítico 5.15: "A pessoa que cometer uma infidelidade e pecar por inadvertência, desviando alguma das coisas consagradas ao Senhor, levará, em sacrifício de reparação ao Senhor, um carneiro sem defeito, tirado do rebanho, avaliado em vinte gramas de prata, segundo o peso do santuário".

A prata é o símbolo de resgate, e o mesmo preço seria pago por todo o israelita, independentemente de suas posses. (Note bem: o rico não dará mais nem o pobre menos.) O preço pago era um só e isso aponta para o sacrifício expiatório de JESUS, que nos comprou com o seu precioso sangue, pagando um preço único para o nosso resgate, e também mostra que todas as vidas têm valor igual diante de DEUS. Em 1 Pedro 1.18 lemos: "Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram". E o apóstolo Paulo afirma: "Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a DEUS no vosso corpo" (1 Coríntios 6.20). Se tirarmos a prata do Tabernáculo, ele perderá a sua base de sustentação, e também todas as suas cortinas cairão por terra. Sem a obra expiatória de JESUS na cruz, a Igreja não é nada. Sem o resgate, sem a redenção realizada por CRISTO, a Igreja deixa de ser Igreja. Ela perde até mesmo os seus ornamentos: os capiteis, ou as faixas de prata; ela perde toda a sua beleza, perde a manifestação do fruto do ESPÍRITO SANTO e deixa de ser a noiva, a virgem, e se transforma numa meretriz.

É bom salientar que alguns líderes religiosos têm procurado enfraquecer ou diminuir a importância do sacrifício expiatório de JESUS no Calvário. Não faz muito tempo, um dos papas da Igreja Romana declarou que a morte de CRISTO não foi substitutiva, mas um ato de amor. Ora, quando enfraquecemos o valor da obra expiatória de JESUS, estamos retirando os ornamentos, os ganchos e as bases de prata do Tabernáculo. Cada ação legalista, cada esforço feito puramente na base de obras, significa o enfraquecimento desta verdade bíblica extraordinária, que é a redenção, ou o resgate das nossas almas.

3. O ouro. Se entrássemos no Santuário propriamente dito, atravessando o segundo véu (que seria o primeiro da parte coberta), encontraríamos nele as cinco colunas de ouro, que sustentavam, com seus colchetes, também de ouro, as cortinas, ou o cortinado da entrada, e notaríamos que as bases dessas colunas eram de bronze.

Dentro do Santuário, à direita de quem entra, ou seja, para o lado Norte, estava a

mesa com os pães da proposição, ou pães de presença, feita de madeira de acácia e toda revestida de ouro. Sobre ela ficavam os doze pães ázimos.

No lado Sul do Lugar SANTO estava o Candelabro, todo feito de ouro batido.

À frente, junto à cortina que separa o Lugar SANTO do Lugar Santíssimo, ficava o Altar de Ouro, feito de madeira de acácia e todo revestido de ouro. Este altar era onde os sacerdotes queimavam o incenso sagrado, enquanto o povo orava a DEUS. Isto acontecia todas as manhãs e tardes, ao serem apagadas ou acesas as lâmpadas do Tabernáculo.

O ouro que reveste a mesa, as colunas e a Arca, e de que se constituem os colchetes, o Candelabro, o Propiciatório e os Querubins, aponta para a glória e a realeza de CRISTO.

 

O Tabernáculo estava separado da congregação por uma cerca constituída de 60 colunas de bronze, sobre as quais apoiava-se um cortinado de Unho branco, de dois metros e meio de altura

 

 

OS NÚMEROS

De uma maneira geral, os números que aparecem no Tabernáculo com mais frequência são:

Três. Corresponde às três principais divisões do Tabernáculo: o Pátio, o Santuário e o SANTO dos Santos, e indica sempre perfeição, ressurreição ou renovação.

Quatro. Este número, como já vimos, relaciona-se com a Terra e está presente nas colunas da entrada, nas cores do Tabernáculo e concerne aos quatro Evangelhos, expressões que falam dos quatro cantos da terra, aos quatro reinos em Daniel, etc.

Cinco. Ele está na entrada do Lugar SANTO, nas cinco colunas de ouro, e indica sempre a graça divina, como nas virgens prudentes (Mateus 25.2), nos irmãos (Lucas 16.28), nos maridos (João 4.18) e nas palavras (1 Coríntios 14.19), e ainda nas medidas do Tabernáculo: 50 côvados de frente e 100 côvados de fundos, números que são múltiplos de cinco.

Seis. Aparece nas fileiras de pães, no número de hastes que rodeiam a haste central do Candelabro, e, também, como múltiplo no número de tábuas do Tabernáculo (48 ou 6 x 8) e como múltiplo das colunas do Tabernáculo, que eram 60. Esse número aponta sempre para o homem, que tem os seus dias e horas sempre divididos em 6. É o número do homem.

Sete. Aponta para a perfeição espiritual ou plenitude espiritual, e no Tabernáculo está presente nas lâmpadas e nas peças principais.

Dez. Aparece como múltiplo de seis: 6 x 10 = 60 (sessenta colunas); 10 x 5 = 50 (cinquenta côvados de largura); e 10 x 10 = 100 (cem côvados de comprimento). Indica ordem perfeita e responsabilidade pessoal, como nos dez mandamentos, no dízimo, comprimento das tábuas, nas dez virgens, nas dez dracmas, no número de cortinas, etc.

Doze. Aparece no número de pães e, como múltiplo, nas tábuas do Tabernáculo (20 tábuas do lado Sul, 20 do Norte, seis do Ocidente, e mais uma em cada canto ocidental da Tenda da Congregação, perfazendo 48 tábuas). Esse número sugere o perfeito viver, como número do povo de DEUS: doze tribos de Israel e doze apóstolos do Cordeiro, e o seu múltiplo - 48 - indica que o Tabernáculo representa todo o povo de

DEUS, incluído tanto o do

Antigo como o do Novo Testamento. O número 48, como 4 x 12, relaciona o povo de DEUS com a plenitude da Terra. Assim, todo o povo de DEUS, de toda a Terra, está representado no Tabernáculo.

 

 

AS TÁBUAS

Sua origem. As tábuas vieram da floresta. Cada tábua representa um cristão. Nós, como crentes, fomos cortados, derrubados aos pés de CRISTO pelo arrependimento, quando ouvimos o Evangelho, a Palavra de DEUS. Como espada, ela nos colocou por terra, e, depois de derrubados, fomos trazidos para a Casa de DEUS. Viemos da maneira como caímos, mas na Casa de DEUS fomos trabalhados, conforme Efésios 2.1-3: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais".

Seu despojamento. Embora tenhamos sido trazidos para a Casa de DEUS no estado bruto, passamos pelo despojamento. Para esse trabalho, o escultor, ou o carpinteiro, usa as ferramentas apropriadas para o desbaste da casca e dos nós. Tudo precisa ser despojado pelas afiadas ferramentas do hábil carpinteiro de Nazaré: "Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de CRISTO". "Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos" (Colossenses 2.11; 3.8,9).

A nova vida é como um bloco de pedra que deve ser trabalhado pelo escultor. Um pastor visitava uma oficina de escultura, onde também se fabricavam imagens religiosas, e deparou-se com uma pedra que estava recebendo os primeiros toques do artista. Ela ainda não tinha forma e nem possuía qualquer semelhança com um ser humano, por isso o pastor perguntou o que era aquilo. O mestre respondeu prontamente: "Isto é um santo". O ministro do Evangelho ficou surpreso, pois estava diante de traços tão brutos e tão rudes! Entretanto, através de suas ferramentas próprias, como o cinzel e as ponteiras, o artista transformaria aquele bloco de mármore em um "santo"! DEUS faz o mesmo com a nossa vida. Ele nos tira da floresta do pecado, traz-nos para sua Casa e, com a ferramenta da sua Palavra, faz o despojamento de inúmeras impurezas, como palavras torpes, maus hábitos, vícios, etc, tornando-nos homens e mulheres perfeitos em CRISTO.

Seu revestimento. Note que essas tábuas foram cobertas de ouro. O ouro fala de realeza, de glória: "Revestirás as tábuas de ouro. De ouro farás também as argolas em que passarão as travessas, recobrindo inclusive estas de ouro" (Êxodo 26.29). Em Apocalipse 1.6 afirma a Bíblia: "E nos constituiu reino, sacerdotes para o seu DEUS e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém". "E para o nosso DEUS os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra" (idem 5.10). Aqui o crente, depois de despojado de todas as rugas do pecado, é glorificado com o ouro da glória de DEUS, feito participante da realeza de CRISTO e constituído rei e sacerdote.

Suas bases. Estas tábuas, como já vimos, foram colocadas em bases de prata. Toda a nossa firmeza, toda nossa aparência real descansa em bases de prata - símbolo de resgate, de redenção. Há outro interessante aspecto relacionado com as tábuas: é que, embora as madeiras fossem muito diferentes entre si quando trazidas para o Tabernáculo, agora, depois de trabalhadas, ficaram todas iguais. Aos olhos de DEUS não há uns melhores que outros. DEUS não faz acepção de pessoas: "Onde não pode haver grego nem judeu, circuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém CRISTO é tudo e em todos"; "porque para com DEUS não há acepção de pessoas" (Colossenses 3.11; Romanos 2.11).

 

 

AS TRAVESSAS

As travessas, ou barras de madeira que mantinham as tábuas de pé e unidas, eram também revestidas de ouro: "Farás ainda travessas de madeira de acácia; cinco para as tábuas dum lado do Tabernáculo, cinco para as tábuas do outro lado do Tabernáculo e cinco para as tábuas do Tabernáculo ao lado posterior que olha para o Ocidente. A travessa do meio passará ao meio das tábuas de uma extremidade à outra" (Êxodo 26.26-28). Essas travessas apontam para a união espiritual descrita no Salmo 133 e em João 17.22,23.

As travessas, por serem em grupos de cinco, apontam também para os ministérios descritos em 1 Coríntios 12.5 e Efésios 4.9-13: "E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo". "Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as cousas. E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de DEUS, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de CRISTO". Esses ministérios sustentam a Igreja.

 

 

A COBERTURA

Vejamos agora a cobertura do Santuário, ou Tenda da Congregação. O texto que nos fala dessa cobertura está em Êxodo 26.7-14: "Farás também onze cortinas de crina de cabra para que sirvam de cobertura para a morada. O comprimento de cada cortina será de 15 metros por dois de largura. As onze cortinas terão as mesmas medidas. Unirás as cortinas em dois grupos separados, um de cinco e o outro de seis cortinas, dobrando a sexta cortina na parte dianteira da tenda. Farás 50 presilhas na barra da última cortina do primeiro cortinado e 50 presilhas na barra do segundo cortinado. Farás também 50 colchetes de bronze, introduzindo-os nas presilhas e ligando assim a tenda para que forme um todo. A parte que sobrar das cortinas da tenda, isto é, a metade, penderá sobre a parte posterior da morada. Os 50 cm excedentes, de um e outro lado ao longo das cortinas da tenda, penderão sobre os dois lados da morada, cobrindo-a. Para a tenda farás também uma cobertura de peles de carneiro tintas de vermelho, e, por cima, outra cobertura de peles de golfinho".

Seguindo a ordem do exterior para o interior, temos as seguintes coberturas:

1. Peles de golfinho. Por serem rústicas, quem olhasse a Tenda estando do lado de fora do Tabernáculo nada veria de especial a chamar-lhe a atenção. Além de parecidas com o deserto - cuja areia elas retinham - eram simples e sem beleza. Esta primeira cobertura indica a pessoa de JESUS segundo Isaías 53.2:

 

 

O TABERNÁCULO

Diagrama, Esquemático

Descrição gerada automaticamente 

O átrio do Tabernáculo continha 25 metros de frente e 50 de fundos

 

"Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz duma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse". Os que olham a CRISTO sem tê-lo antes conhecido e recebido como seu Salvador, nada podem ver de extraordinário. Comparam-no a Buda, Zoroastro, Confúcio, Aristóteles, a um dos profetas bíblicos ou consideram-no apenas um espírito aperfeiçoado por sucessivas encarnações ou um revolucionário ardente. Somente o cristão verdadeiro pode exclamar: "Vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 1.14).

Peles de carneiro tintas de vermelho. Esta cobertura simboliza a expiação, pois o vermelho, como já vimos, tipifica o sangue de JESUS derramado na cruz do Calvário e aponta para Ele como "o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo" (João 1.29).

Crina de cabras. A terceira cobertura, de onze cortinas de crina de cabras não tingida, indica a pureza da justiça de CRISTO. JESUS viveu uma vida santa, sem pecado, e por isso Ele podia perguntar: "Quem dentre vós me convence de pecado?" (João 8.46).

Linho fino. Finalmente, a quarta cobertura do santuário era constituída de dez cortinas de linho fino branco, com bordados primorosos em azul. Mais uma vez nos deparamos aqui com o caráter celestial de JESUS, figurado na cor do Céu, de onde Ele veio e para onde vai nos levar: "Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também" (João 14.1-3).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 As Peças do Tabernáculo

 

 

A ORDEM DAS PEÇAS

Acerca da ordem em que os diferentes objetos do Tabernáculo são descritos, transcrevo as palavras de C. H. Mackintosh:

"Para a vista do homem parecerá que há irregularidade na maneira como o ESPÍRITO apresenta o mobiliário do Tabernáculo; mas, na realidade, como poderia esperar-se, existe a mais perfeita ordem, a precisão mais notável, e a exatidão mais minuciosa. Desde o capítulo 25 ao capítulo 30, inclusive, temos uma parte distinta do Livro de Êxodo. Esta parte subdivide-se em duas outras, das quais a primeira termina no versículo 19 do capítulo 27, e a segunda no fim do capítulo 30. A primeira começa com a descrição da Arca do Concerto, dentro do véu, e termina com o Altar de Bronze e o átrio no qual o altar devia ser posto. Quer dizer, dá-nos, em primeiro lugar, o trono do juízo do Senhor, sobre o qual Ele se assentava como Senhor de toda a terra; e este trono conduz-nos àquele lugar onde o Senhor encontra o pecador, em virtude e com base na obra de uma expiação consumada. Depois, na segunda parte, temos a maneira de o homem se aproximar de DEUS - os privilégios, as honras, e as responsabilidades daqueles que, como sacerdotes, podem aproximar-se da presença divina para prestarem culto e desfrutarem da sua comunhão. Deste modo, a ordem é perfeita e bela. Como poderia não ser visto que é divina? A Arca e o Altar de Bronze apresentam, em certo sentido, dois extremos. O primeiro era o trono de DEUS estabelecido em justiça e juízo

(Salmo 89.14). O último era o lugar onde o pecador podia aproximar-se, porque a misericórdia e a verdade iam adiante do rosto de Jeová. O homem, por si mesmo, não ousava aproximar-se da Arca para se encontrar com DEUS, porque o caminho do santuário não estava ainda descoberto (Hebreus 9.8). Porém, DEUS podia vir ao Altar de Bronze para encontrar o pecador. A justiça e o juízo não podiam admitir o pecador no santuário; mas a misericórdia e a verdade podiam fazer sair DEUS - não envolto naquele resplendor irresistível e majestoso como costumava brilhar no meio das colunas místicas do seu trono - os querubins de glória-, mas rodeado daquele mistério grandioso que nos é apresentado simbolicamente, no mobiliário e nas ordenações do Tabernáculo.

"Tudo isto pode muito bem recordar o caminho que percorreu aquele bendito Senhor que é o antítipo de todos estes símbolos - a substância destas sombras. Ele desceu do trono eterno de DEUS no Céu até a profundidade da cruz, no Calvário. Deixou toda a glória do Céu pela vergonha da Cruz, a fim de poder conduzir o seu povo remido, perdoado e aceito por si mesmo, e apresentá-lo inculpável diante daquele próprio trono que Ele havia abandonado por amor deles. O Senhor JESUS preenche, em sua própria pessoa e obra, todo o espaço entre o trono de DEUS e o pó da morte, assim como a distância entre o pó da morte e o trono de DEUS. Nele DEUS desceu, em perfeita graça, até o pecador, e nele o pecador é conduzido, em perfeita justiça, até DEUS. Todo o caminho, desde a Arca ao Altar, está marcado com pegadas de amor; e todo o caminho desde o Altar de Bronze até a Arca de DEUS estava salpicado com o sangue da expiação; e todo o adorador, ao passar por esse caminho maravilhoso, vê o nome de JESUS impresso em tudo que se oferece à sua vista. Que este nome venha a ser o mais precioso de nossos corações!" (Estudos sobre o Livro do Êxodo, Depósitos de Literatura Cristã, Lisboa, Portugal, 1978, pp. 215,216.)

Passemos, então, aos objetos do Tabernáculo. Da entrada do pátio para o SANTO dos Santos, temos as peças na seguinte ordem:

 

 

ALTAR DO HOLOCAUSTO

Essa peça, também chamada na Bíblia de o Altar da Transferência, era a maior peça do Tabernáculo e apontava para a cruz de JESUS. A Bíblia a descreve assim: "Farás um altar de madeira de acácia. Será quadrado e terá dois metros e meio de comprimento e de largura, e um metro e meio de altura. Dos quatro cantos do altar farás sobressai* pontas e o revestirás de bronze. Farás vasos para as cinzas do altar, pás, aspersórios, garfos e braseiros, utensílios todos de bronze. Farás uma grelha de bronze em forma de rede, e nos seus quatro ângulos porás quatro argolas de bronze. Colocarás sob a cornija do altar, de modo que fique à meia altura. Farás varais para o altar, varais de madeira de acácia, e os revestirás de bronze. Os varais serão enfiados nas argolas, e ficarão de ambos os lados do altar, quando este for transportado. Farás o altar de tábuas, oco por dentro, exatamente como te foi mostrado no monte". Esse altar era suficientemente grande para sobre ele serem imolados os animais do sacrifício.

 

Desenho de um cachorro

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa 

O Altar do Holocausto, a maior peça do Tabernáculo, apontava para a cruz de

CRISTO

 

 

BACIA DE BRONZE

Simbolizando a Palavra de DEUS, esta peça continha água na qual os sacerdotes teriam de se lavar cada vez que ministrassem no

Altar de Bronze. Não sabemos quais as dimensões dessa peça, assim como também não conhecemos todo o extraordinário poder purificador da Palavra de DEUS: "Porque a Palavra de DEUS é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas" (Hebreus 4.12-13).

 

 

A MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO

Essa mesa, que também se chamava Mesa da Presença, tinha um metro de comprimento, por 50 centímetros de largura e 75 de altura. Sobre ela ficavam os 12 pães da presença, representando todo o povo de DEUS. Eram comidos pelos sacerdotes a cada sábado, e no mesmo dia substituídos. Esses pães indicam a pessoa de JESUS como o Pão da Vida, o alimento espiritual do povo de DEUS.

 

O CANDELABRO

No lado esquerdo de quem entra no Santuário está o Candelabro de Ouro, feito com ouro batido e pesando 30 quilos. Ele indica a iluminação e a direção do ESPÍRITO SANTO: "Neste castiçal não se faz menção de outra coisa que não seja ouro. Tudo se fará de uma só peça, obra batida de ouro puro (Êxodo 25.36). As sete lâmpadas, as quais se acenderiam para alumiar diante dele, exprimem a perfeição da luz e energia do ESPÍRITO, baseadas e ligadas com a eficácia perfeita da obra de CRISTO. A obra do ESPÍRITO SANTO nunca poderá ser separada da obra de CRISTO. Isto é indicado, de um modo duplo, nesta magnífica imagem do castiçal de ouro. As sete lâmpadas estando ligadas à cana de ouro batido indicam-nos a obra cumprida por CRISTO como a única base de manifestação do ESPÍRITO na Igreja. O ESPÍRITO SANTO não foi dado antes de JESUS ter sido glorificado. (Compare-se João 7.39 com Atos 19.2-6.)Em Apocalipse, capítulo 3, CRISTO é apresentado à igreja de Sardo como aquele que tem os sete espíritos. Quando o Senhor JESUS foi exaltado à destra de DEUS, então derramou o ESPÍRITO S anto sobre a sua Igreja, a fim de que ela pudesse brilhar segundo o poder e a perfeição da sua posição no lugar santo, a sua própria esfera de ser, de ação e de culto". (C. H. Mackintosh, ob. cit., p. 223.)

 

 

O ALTAR DO INCENSO

Representando as nossas orações e a nossa adoração, o Altar do Incenso era uma peça de madeira toda coberta de ouro, tinha 50 centímetros de cada lado e um metro de altura. Ele ficava diante do terceiro véu.

 

A ARCA

Colocada dentro do SANTO dos Santos, a Arca era uma peça de madeira de acácia toda revestida de ouro por dentro e por fora. Media 125 centímetros de comprimento por 75 de largura e 75 de altura. Ela representa a base do trono de DEUS, pois sobre ela ficava o Propiciatório com os querubins da glória. Em Isaías 53.2 temos a humanidade de JESUS representada na acácia, madeira do deserto.

A Arca apontava para o testemunho de DEUS: "Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e ali, por trás do véu, introduzirás a arca da aliança. O véu servirá para separar o Lugar SANTO, do Santíssimo" (Êxodo 26.33). "Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o Pai me confiou para que eu as realizasse, essas que eu faço, testemunham a meu respeito, de que o Pai me enviou. O Pai que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido a sua voz nem visto a sua forma" (João 5.36,37). A Arca tipifica a presença de DEUS com o seu povo: "Ali me encontrarei contigo, e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins colocados sobre a arca da aliança, eu te comunicarei tudo que ordenar aos israelitas". "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: DEUS conosco)" - (Êxodo 25.22; Mateus 1.23). A Arca estava no Lugar Santíssimo. "Como ministro do santuário e do verdadeiro Tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Porque CRISTO não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para comparecer, agora, por nós, diante de DEUS" (Hebreus 8.2; 9.24).

 

Texto

Descrição gerada automaticamente 

As tábuas da Lei, a vara de Arão e o maná foram colocados na Arca como testemunho às futuras gerações

 

A Arca foi a primeira coisa mencionada por DEUS quando ordenou a Moisés a construção do Tabernáculo (Êxodo 25.10; Colossenses 1.19,20). DEUS, quando traçou o plano do Tabernáculo, começou com Ele mesmo. Como o homem não podia entrar na presença de DEUS, DEUS mesmo vinha ao encontro do homem no altar de bronze, "querendo com isto dar a entender o ESPÍRITO SANTO que ainda o caminho do SANTO Lugar não se manifestou, enquanto o primeiro Tabernáculo continua erguido" (Hebreus 9.8).

As argolas e os varais, que aparecem em todas as peças do Tabernáculo, indicam o caráter ambulante desse santuário.

A importância da Arca para Israel pode ser avaliada pelos diversos nomes que lhe são dados no Antigo Testamento: A arca (Êxodo 25.10); a arca do testemunho (Êxodo 25.22); a arca do concerto (Números 10.33); o concerto do Senhor (Josué 3.11); a arca do Senhor (Josué 3.13); a arca do concerto de DEUS (Juizes 20.27); a arca do concerto do Senhor dos Exércitos (1 Samuel 4.4); a arca do Senhor de Israel (1 Samuel 5.7); a arca do Senhor DEUS (1 Reis 2.26); a arca do Concerto do Senhor (1 Reis 3.15); a arca de nosso DEUS (1 Crônicas 13.3); a arca de DEUS, o Senhor (1 Crônicas 13.6); a arca da tua força (2 Crônicas 6.41; Salmo 132.8); a santa arca (2 Crônicas 35.3). Alguns desses nomes estão repetidos dezenas de vezes nas Escrituras, e a soma de todos eles chega a quase duas centenas.

 

 

O CONTEÚDO DA ARCA

A Arca continha as tábuas da Lei. "Na Arca porás o documento da aliança que te darei" (Êxodo 25.16). Como as tábuas da Lei representavam a vontade de DEUS para com o povo de Israel, elas apontavam para JESUS, que tinha a vontade de DEUS no seu coração: "Agrada-me fazer a tua vontade, ó DEUS meu; dentro em meu coração está a tua lei" (Salmo 40.8). Também apontavam para o crente (Jeremias 31.33). Moisés, ao descer do monte Sinai, indignado com a idolatria do povo, quebrou as tábuas escritas por DEUS. "Logo que chegou perto do acampamento, as quebrou ao pé da montanha" (Êxodo 32.19).

A vara de Arão, florescida, fala da ressurreição de CRISTO, e também, de um ministério aprovado que dá flores e frutos (Números 17.5-9). Ajustiça e o juízo, simbolizados pelas tábuas da Lei e pela vara de Arão, não permitiam a presença do pecador. A graça e a misericórdia vieram por CRISTO em esplendor e glória, "porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de JESUS CRISTO" (João 1.17). JESUS percorreu o caminho da glória ao pó da morte, ou seja, do Propiciatório, de entre os querubins da glória, até o Altar de Bronze, a cruz do Calvário, e o percorreu também de volta, aspergindo o seu sangue em todos os lugares, até o trono de DEUS.

O maná, colocado num vaso dentro da Arca, indica provisão de DEUS para o seu povo. "Moisés disse: O Senhor ordenou que se encha a quantidade de quatro litros e meio de maná para guardá-lo, a fim de que as gerações futuras possam ver com que alimento vos sustentei no deserto, quando vos libertei do Egito. Moisés disse para Arão: Toma um vaso, enche quatro litros e meio de maná, e deposita diante do Senhor, para que seja guardado para as gerações futuras. Como o Senhor tinha mandado a Moisés, Arão depositou p maná para que fosse guardado diante do documento da aliança" (Êxodo 16.32-34). "Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram, e, contudo, morreram: quem comer este pão viverá eternamente" (João 6.58). "Quem tem ouvidos, ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas. Ao vencedor dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe" (Apocalipse 2.17).

Acerca do profundo significado espiritual da Arca, ouçamos ainda Mackintosh, o consagrado estudioso dos livros de Moisés:

"A arca do concerto ocupa o primeiro lugar nas comunicações divinas feitas a Moisés. A sua posição no Tabernáculo era, também, notável. Encerrada dentro do véu, no lugar santíssimo, formava a base do trono de Jeová. O seu próprio nome apresentava à alma a sua importância. Uma arca, tanto quanto podemos compreender o significado da palavra, é destinada a guardar intacto o que é posto dentro dela. Foi numa arca que Noé e sua família, com todas as espécies de animais de criação, foram transportados com segurança sobre as ondas do juízo que cobriu a terra. Uma arca, como lemos no princípio, foi o vaso da fé para preservar um menino formoso das águas da morte. Quando, portanto, lemos da arca do concerto, somos levados a crer que era destinada por DEUS a guardar intacto o seu concerto, no meio de um povo dado ao erro. Nesta Arca, como sabemos, foram depositadas as segundas tábuas da Lei. Quanto às primeiras, foram quebradas ao pé do monte, mostrando que o concerto do homem estava de todo abolido, e que o seu trabalho nunca poderia, de qualquer modo, formar a base do trono de governo de Jeová. A justiça e o juízo são a habitação desse trono, quer seja no seu aspecto terrestre, quer no celestial. A Arca não podia conter as tábuas quebradas dentro do seu interior sagrado. O homem podia falhar no cumprimento dos votos que havia feito voluntariamente; porém a lei de DEUS tem de ser conservada em toda a sua integridade divina e perfeição. Se DEUS estabelecia o seu trono no meio do seu povo, só o podia fazer de uma maneira digna de si. O princípio do seu juízo e governo deve ser perfeito...

"A Arca do Concerto devia acompanhar o povo em todas as suas peregrinações. Nunca se deteve enquanto eles se mantiveram como um exército em viagens ou no conflito: foi adiante deles até o meio do Jordão; foi o seu ponto de reunião em todas as guerras de Canaã; era a garantia segura e certa do poder para onde quer que fosse. Nenhum poder do inimigo podia subsistir diante daquilo que era a expressão bem conhecida da presença e poder de DEUS. A Arca devia ser a companheira inseparável de Israel no deserto; e as varas e as argolas eram a expressão exata do seu caráter ambulante.

"Contudo, a Arca não deveria viajar sempre. As aflições de Davi (Salmo 132.1),

bem como as guerras de Israel deviam ter um fim. A oração: Levanta-te, Senhor, no teu repouso, tu e a arca da tua força (Salmo 132.8), devia ainda ser feita e atendida. Esta petição sublime teve o seu cumprimento parcial nos dias auspiciosos de Salomão, quando os sacerdotes trouxeram a Arca do Concerto do Senhor ao seu lugar, ao oráculo da casa, ao lugar santíssimo, até debaixo das asas dos querubins, porque os querubins estendiam ambas as asas sobre o lugar da Arca: e cobriam os querubins a Arca e os seus varais por cima. E os varais se viam desde o santuário diante do oráculo, porém de fora não se viam: e ficaram ali até ao dia de hoje (1 Reis 8.6 a 8). A areia do deserto devia ser trocada pelo piso de ouro do templo (1 Reis 6.30). As peregrinações da Arca haviam chegado ao seu termo: adversário não havia, nem algum mau encontro, e, portanto, fizeram sobressair os varais.

"Esta não era a única diferença entre a Arca no Tabernáculo e no templo. O apóstolo, falando da Arca na sua habitação do deserto, descreve-a como arca do concerto, cobertura de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão que tinha florescido, e as tábuas do concerto (Hebreus 9.4). Estes eram os objetos que a Arca continha durante as suas jornadas no deserto - o vaso de maná era o memorial da fidelidade do Senhor em prover o necessário para todas as necessidades dos seus remidos que peregrinam através do deserto, e a vara de Arão era um sinal para os filhos rebeldes para acabar com as suas murmurações. (Compare-se Êxodo 16.32 a 34 e Números 17.10.) Porém, quando chegou o momento em que os varais deviam ser retirados, logo que as peregrinações e as guerras de Israel terminaram, quando a casa magnífica em excelência (1 Crônicas 22.5) foi terminada, quando o sol da glória de Israel havia chegado, em figura, ao zênite com o esplendor e a magnificência do reino de Salomão, então os memoriais das necessidades e faltas do deserto desapareceram, e nada ficou senão aquilo que constituía o fundamento eterno do trono do DEUS de Israel e de toda a terra. Na arca nada havia, senão só duas tábuas de pedra, que Moisés ali pusera junto a Horebe (1 Reis 8.9).

"Mas toda esta glória devia ser obscurecida pelas nuvens carregadas do fracasso humano e o descontentamento de DEUS. Os pés devastadores dos incircuncisos haviam ainda de atravessar as ruínas dessa magnífica casa, e o desaparecimento do seu brilho e da sua glória devia provocar o assobio dos estranhos (1 Reis 9.8). Este não é o momento de continuarem pormenores este assunto; limitar-me-ei a referir ao leitor a última menção que a Palavra de DEUS faz da arca do concerto - uma passagem que nos transporte a uma época em que a loucura humana e o pecado não perturbarão mais o lugar de repouso da Arca, e em que ela não será guardada num tabernáculo de cortinas nem tampouco num templo feito de mãos. E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu CRISTO e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de DEUS, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a DEUS, dizendo: Graças te damos, Senhor DEUS todo-poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. E ir aram-se as nações e veio a tua ira e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e grandes, e o tempo de destruir es os que destroem a terra. E abriu-se no céu o templo de DEUS, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos e vozes e trovões e terremotos e grande saraiva (Apocalipse 11.15 a 19)". (Ob. cit. pp. 217-220.)

 

 

 

O PROPICIATÓRIO

Esta peça, feita de ouro puro, representa o trono de DEUS (Isaías 6.1). Era um trono de misericórdia, pois a palavra propiciatório significa "onde DEUS nos é propício", nos é favorável. "Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro" (1 João 2.2).

O Propiciatório era guardado pelos querubins, símbolo do poder de DEUS: "tendo expulsado o homem, colocou diante do jardim do Éden os querubins com o cintilar da espada fulgurante, para guardar o caminho da árvore da vida" (Gênesis 3.24). Nos querubins resplandecia o fogo da glória de DEUS, fazendo sombra sobre o Propiciatório. DEUS habitava entre os querubins, por isso o autor da carta aos Hebreus (9.5), quando descreve as peças principais do Tabernáculo, diz: "E sobre ela os querubins da glória que com a sua sombra cobriam o Propiciatório. Dessas coisas, todavia, não falaremos agora pormenorizadamente". Ora, se os querubins faziam sombra sobre o Propiciatório é porque estava sobre eles o "Shekinah", ou fogo terrível, fogo de DEUS, que neles resplandecia.

Considerados em seu conjunto, a Arca e o Propiciatório constituem uma admirável figura do Senhor JESUS CRISTO em sua adorável pessoa e em sua perfeita obra. Mackintosh, a esse respeito, comenta:

"Havendo engrandecido a Lei, na sua vida, e tornando-a honrosa, veio a ser, por meio da morte, a propiciação ou propiciatório para todo aquele que crê. A misericórdia de DEUS só podia repousar numa base de perfeita justiça: ...a graça reina pela justiça para a vida eterna por JESUS CRISTO, nosso Senhor (Romanos 5.21). O único lugar próprio para o encontro entre DEUS e o homem é aquele onde a graça e a justiça se encontram e se harmonizam perfeitamente. Nada senão a justiça perfeita podia agradar a DEUS; e nada senão a graça perfeita pode convir ao pecador. - Mas onde poderiam estes atributos se encontrarem? - Somente na Cruz. É ali que a misericórdia e a verdade se encontraram; [que] a justiça e a paz se beijaram (Salmo 85.10). E assim que a alma do pecador crente encontra paz. Ele vê que a justiça de DEUS e a sua justificação repousam sobre o mesmo fundamento, isto é, a obra consumada por CRISTO. Quando o homem, sob a influência poderosa da verdade de DEUS, toma o seu lugar como pecador, DEUS pode, no exercício da graça, tomar o seu como Salvador, e então toda a questão se acha solucionada, porque havendo a Cruz respondido a todas as exigências da justiça divina, os rios da graça podem correr sem impedimento. Quando o DEUS justo e o pecador se encontram sobre uma plataforma salpicada de sangue tudo está solucionado para sempre - solucionado de maneira a glorificar a DEUS perfeitamente e salvar o pecador para toda a eternidade. Seja DEUS verdadeiro, ainda que todo o homem seja mentiroso; e quando o homem é levado inteiramente ao ponto mais baixo da sua condição moral diante de DEUS e está pronto a aceitar o lugar que a verdade de DEUS lhe designa, então reconhece que DEUS se revelou como o Justo justificador. Isto deve dar paz à consciência; e não apenas paz, mas concede a capacidade de comungar com DEUS e de ouvir os seus santos preceitos no conhecimento daquela relação em que a graça divina nos introduziu!"

 

 

UNCÃO E ASPERSÃO

A Bíblia também fala da unção e da aspersão do Tabernáculo e diz que só foi enchido de glória divina depois de ter sido ungido de azeite santo e aspergido com sangue: "Então Moisés pegou o óleo da unção, ungiu o Tabernáculo e tudo o que nele havia, para consagrá-lo. Aspergiu sete vezes o altar, e ungiu-o com todos os utensílios, bem como a bacia com o suporte, consagrando-os" (Levítico 8.10,11). "Tomando um pouco do sangue com o dedo, o sacerdote Eleazar, respingará sete vezes em direção à fachada da tenda de reunião" (Números 19.4).

Desenho de uma pessoa

Descrição gerada automaticamente com confiança média 

"Então Moisés pegou o óleo da unção, ungiu o Tabernáculo e tudo o que nele havia.

 

O número de aspersões (sete) indica unção e aspersão plenas. Somente na pessoa de um Salvador ungido e crucificado pôde DEUS habitar entre os homens. JESUS foi ungido no início do seu ministério, logo após ter sido batizado no Jordão por João Batista. Ali o ESPÍRITO SANTO desceu sobre Ele, ungindo-o. Finalmente, foi Ele aspergido no Calvário com o seu próprio sangue purificador, derramado da sua fronte pelos espinhos da coroa, do seu lado pela lança do soldado romano e de suas mãos e pés pelos cravos. Note-se que tais cravos, por serem de bronze, falam do julgamento dos nossos pecados: "No tocante a todos os vasos do tabernáculo em todo o seu serviço, até todos os seus pregos, e todos os pregos do pátio, serão de cobre" (Êxodo 27.19, ARC).

 

Abraão de Almeida - O TABERNÁCULO E A IGREJA

Entrando com ousadia no santuário de DEUS – CPAD

 

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10 Cores E Substâncias Típicas

Quem já fez algum estudo dos tipos não tem dúvida de que havia significado nas cores que DEUS ordenou Moisés e os filhos de Israel empregarem na construção do Tabernáculo. No lugar em que DEUS os mandou usar azul, roxo e vermelho, havia algum significado nesses tons; e o verde e o amarelo não teriam a mesma finalidade.

As cortinas bordadas formavam o Tabernáculo propriamente dito. Por baixo, havia as “tábuas do Tabernáculo” e por cima, as cortinas de pêlo de bode que formavam “a tenda”, que era “esticada para cobrir o tabernáculo”; e evidentemente falam das glórias do Senhor JESUS CRISTO nos seus vários aspectos.

O significado das cores não está declarado explicitamente. Por isso, no tocante a algumas, existem leves diferenças de opinião. Todos, no entanto, parecem concordar que o azul se refere ao céu e aqui diz respeito ao caráter celestial de nosso Senhor JESUS — aquele que veio do céu, voltou para o céu e, mesmo enquanto estava aqui na terra, era celestial.

Alguns acham que o escarlate (em Êx 25.4; ra) se refere ao sofrimento. Outros acreditam que este é representado pelo vermelho das “peles de carneiro tingidas de vermelho” (Êx 25.5), e o escarlate do bordado das cortinas representa a glória terrestre, a glória de um verme, pois essa tinta era obtida de um verme, e a palavra hebraica é a mesma (Sl 22.6; Jó 25.6). Outros, ainda, acham que se refere à glória terrestre associada a Israel, sendo que o escarlate representava a cor nacional. Os que sustentam esse ponto de vista, entendem que a cor púrpura representa a glória real de CRISTO, especialmente como Filho do Homem, sobre o mundo inteiro. Várias passagens confirmam essa interpretação. A cor púrpura é frequentemente mencionada em associação com o comércio e a riqueza das potências gentias: Lídia era vendedora de púrpura; e as vestimentas que Daniel e Mordecai usavam eram de púrpura.

O fio de escarlate na janela de Raabe pode ter representado a cor nacional de Israel. Também somos informados de que o bode emissário, ao levar embora para o deserto a culpa da nação, tinha um pano escarlate amarrado num dos chifres. Somente uma peça da mobília do tabernáculo era coberta de escarlate quando levada de um lugar para outro, isto é, a mesa dos pães da presença, a qual representava nitidamente Israel pelos doze pães colocados sobre si. Apenas uma peça da mobília era coberta de púrpura, o que é igualmente sugestivo. O altar de bronze não era para Israel somente, pois a morte do Senhor JESUS era para o mundo inteiro. O que se lê em João 3.16 não é: “DEUS tanto amou Israel que deu o seu Filho Unigênito”, mas, sim: “DEUS tanto amou o mundo”. A cobertura púrpura ligada com o altar dos holocaustos nos fala dos “sofrimentos de CRISTO e [...] da glória que será revelada”. Na última ocasião em que o mundo viu JESUS, foi como o Sofredor na cruz do Calvário; na próxima vez, vai vê-lo como o Filho do Homem vindo em sua glória.

O linho fino, do qual eram feitas as cortinas, é interpretado para nós no Apocalipse, onde se diz que o linho fino, brilhante e puro, com o qual se veste a noiva do Cordeiro, é a justiça dos santos. Refere-se à justiça do próprio Cordeiro.

Se os significados mencionados acima estiverem corretos, temos uma visão quádrupla de nosso Senhor, que correspondem aos aspectos que caracterizam os quatro evangelhos.

Mateus nos fala do Filho de Davi, simbolizado pelo escarlate.1 Marcos, fala do Servo perfeito — pelo linho fino —, Lucas, do Filho do Homem — representado pela púrpura — e João, do Filho de DEUS — pelo azul.

Embora não possamos ter certeza do significado dessas cores, podemos estar certos de que havia algum ensinamento nelas, ensinamento este que nos será proveitoso perscrutar, com a ajuda de outras partes das Escrituras e da orientação do ESPÍRITO SANTO, o propósito de DEUS em usá-las do modo que usou.

O mesmo se aplica a muitas substâncias que parecem ter significado tipológico, sendo que não poucas delas já vêm inter­pretadas para nós, quer direta, quer indiretamente. As instruções minuciosas relativas às ofertas, ao Tabernáculo e ao templo indicam sua importância. Nestes últimos, o ouro, a prata e o bronze tinham, cada um, o seu respectivo papel. Já vimos que o ouro representa o divino. A prata usada era a das moedas de redenção. Podemos concluir, portanto, que a prata representa a redenção e, assim, com seus soquetes de prata, o Tabernáculo se ergue sobre o “terreno da redenção”. O bronze, ou cobre, é geralmente interpretado como representação do juízo, pois o bronze pode resistir ao fogo. “Seus pés eram como o bronze numa fornalha ardente” (Ap 1.15). No Taber­náculo, o bronze circundava tudo e era a base do conjunto inteiro, pois todo o pátio externo baseava-se em soquetes de bronze. O altar do holocausto e a bacia eram feitos de bronze, e cada um destes tem relação com a ideia de julgamento.

São mencionadas cinco substâncias em relação à oferta de cereal. Três eram obrigatórias, e duas, proibidas. O óleo, o incenso e o sal acompanhavam o sacrifício, ao passo que o fermento e o mel não deviam ser apresentados. O óleo tinha de ser derramado em todas as ofertas de cereal e lembrava a presença e o poder do ESPÍRITO SANTO, tão frequentemente mencionado em associação com a vida de nosso Senhor (v. Mt 1.20; Sl 45.7; 89.19,20; Is 61.1). Nós também precisamos do óleo em todas as partes de nossa vida. Precisamos dele na cabeça, como óleo de unção; nos ouvidos, mãos e pés, para nos consagrar ao serviço de nosso Senhor; nas mãos, em adoração, quando levamos a DEUS a oferta de cereal; nos pés banhados em óleo (Dt 33.24), a fim de que o nosso andar demonstre que realmente somos guiados pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14; Gl 5.16,25); e precisamos de óleo para as nossas feridas, para conforto e cura. “Na casa do sábio há comida e azeite armazenados”, lemos em Provérbios 21.20. Em muitos outros lugares da Palavra podemos aprender lições do azeite como tipificação do ESPÍRITO SANTO, como para as condições prévias para receber a plenitude do ESPÍRITO, “vasos vazios” etc. (2Rs 4.3) e como consequência: beleza (Os 14.6) e honra (Jz 19.9).

O incenso na oferta de cereal era queimado por completo no altar, pertencia inteiramente a DEUS e simboliza aquele cujo ‘“nome é como unguento derramado’ e de quem está escrito: ‘A fragrância das suas vestes é [...] mirra e aloés e as mais finas especiarias”’ (Ct 4.11,14).

O sal devia estar presente na oferta de cereal, pois, enquanto o fermento e o mel provocam corrupção, o sal a evita e, portanto, pode ser considerado tipificação do julgamento e do testemunho contra o pecado. “O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal” (Cl 4-6), significa, portanto, que devemos ser graciosos e bondosos, mas não à custa do sacrifício da fidelidade. Não devemos fazer vista grossa ao pecado, mas repreendê-lo. Quase sempre é mais fácil não prestar atenção àquilo que se diz em nossa presença, mas deve haver sal, bem como graça. Ambos sempre presentes na vida e na conversa do nosso Senhor. Lemos que o incenso descrito em Êxodo 30.34-38 era temperado com sal. “Tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros” (Mc 9.50), mandou o Senhor. E, conforme se disse, se julgarmos a nós mesmos, há menos probabilidade de enxergarmos falhas em nosso próximo.

O fermento parece denotar o mal e por isso não podia estar presente naquilo que representava aquele que “como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado”. Não devia haver fermento nas casas dos israelitas durante a Páscoa (Êx 12.15; Dt 16.4). Talvez tenha sido por isso que, conforme lemos em João 18.28, que os sacerdotes e os fariseus não quiseram entrar no tribunal para não serem contaminados, pois a casa de um gentio conteria fermento. CRISTO fala repetidas vezes do fermento dos fariseus, saduceus e herodianos (Mt 16.6,11,12; Mc 8.8.15; Lc 12.1). Em Mateus 13.33 compara o reino do céu com três medidas de farinha, às quais foi acrescentado fermento até toda a massa ficar fermentada. Em geral entende-se essa figura como o poder do evangelho operando no mundo até a totalidade ser convertida. Entretanto, ao comparar a passagem com as demais alusões ao fermento, fica muito claro que se refere à operação de um princípio maligno, do tipo mencionado em 2Tessalonicesses 2.7, que permeia de tal maneira todo o conjunto de cristãos que é impossível fazer a separação entre o bem e o mal: “O mistério da iniquidade já está em ação”. O apóstolo Paulo emprega o mesmo símile e diz duas vezes: “Um pouco de fermento faz toda a massa ficar fermentada”; referindo-se em 1Coríntios 5.6 ao mau comportamento e, em Gálatas 5.9, à doutrina iníqua.

Levítico 2.12 nos diz que a oblação dos primeiros frutos não devia ser queimada no altar. Isto é explicado em Levítico 23.17, que declara a presença de fermento. Duas ofertas de primeiros frutos deviam ser trazidas e movidas de modo litúrgico diante do Senhor: a mencionada nos versículos 10 e 11; a segunda, depois de cinquenta dias, no versículo 17; e estas duas tipificavam evidentemente “CRISTO, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem”. O feixe se refere à ressurreição do Senhor, e os dois pães movidos, assados com fermento, aos que pertencem a CRISTO, quando ele vier (1Co 15.23). Por isso a presença do fermento, que é saneada pela oferta pelo pecado no versículo 19.O feixe dos primeiros frutos não requeria nenhuma oferta pelo pecado, porque não incluía fermento.

Existe uma só menção de fermento associado à oferta de comunhão (Lv 7.13,14), no sacrifício de gratidão, o que ensina que até as nossas coisas mais santas estão misturadas com pecado. Também nesse caso o fermento é saneado pelo sangue.

Não devia haver mel nas ofertas. O mel parece de modo geral tipificar a doçura da natureza humana, e não podia ser aceitável a DEUS. Provérbios 25.27 diz: “Comer mel demais não é bom, nem é honroso buscar a própria honra”; e Provérbios 27.7 nos diz: “Quem está satisfeito despreza (lit., pisoteia) o mel”. Isso descreve muito bem a atitude do coração satisfeito com CRISTO, diante das diversões do mundo e dos seus prazeres, glórias, etc. Frequentemente alguém nos pergunta se isso ou aquilo está errado. A pergunta, todavia, deve ser: Estamos satis­feitos com CRISTO? Em caso afirmativo, o resto não nos agrada, não o desejamos. Duas coisas há em torno de nós ao longo do caminho: o maná e o mel. Devemos nos abaixar para pegar o maná e pisotear o mel. O maná era tão doce quanto o mel, pois “tinha gosto de bolo de mel” (Êx 16.31). As Escrituras também assim se declaram, “mais doces do que o mel, do que as gotas do favo” (Sl 19.10). E o salmista novamente afirma: “Como são doces para o meu paladar as tuas palavras! Mais que o mel para a minha boca!” (Sl 119,103).

Alguns elementos têm vários sentidos, e é necessário levar em conta o contexto a fim de averiguar qual o sentido em pauta. Esse fato já foi mencionado no caso da água, a qual, conforme vimos, às vezes simboliza a Palavra, às vezes, o ESPÍRITO SANTO, ou, também, pode falar da morte e do juízo, da fraqueza do homem, ou da in­quietude e do tumulto das nações — tudo de acordo com as qua­lidades a que se faz referência.

Da mesma forma, o fogo tem muitas aplicações. Representa a presença de DEUS, como no monte Horebe, na sarça em chamas e na outorga da lei, bem como na coluna de fogo que guiava Israel através do deserto. Quando o fogo caía sobre um sacrifício, denotava a aceitação. Foi talvez mediante o fogo que DEUS deu testemunho à oferta de Abel. O fogo caiu no altar do holocausto em Levítico 9.24 e também sobre as ofertas de Gideão, de Davi, de Salomão e de Elias. O fogo que consumia o que se depositava no altar do holocausto, bem como o fogo que era levado deste para o altar de ouro, não falava do juízo, mas do favor, pois os sacrifícios de ambos subiam diante de DEUS como aroma agradável.

A ideia de julgamento está no fogo que consumia a oferta pelo pecado fora do acampamento. As palavras empregadas para “quei­mar” são diferentes, pois enquanto a que se refere ao altar do holocausto significa queimar como incenso, a outra denota consumir com ira (v. Lv 4.19,21).

1.       Aqui, portanto, temos o fogo do juízo no cordeiro substi­tuto, como também provavelmente no cordeiro pascal que era assado no fogo.

2.       O fogo caiu em juízo sobre os ímpios em Sodoma; no Egito, em Êxodo 9.23, 24; em Nadabe e Abiú; no acampamento de Israel, em Números 11.1; na rebelião de Corá; e nos mensageiros de Acazias a Elias. A diferença entre esses dois tipos de fogo é demonstrada em Levítico 9.24 e 10.2. Nos dois casos, lemos que “saiu fogo da presença do Senhor”. Contudo, no primeiro era sinal de favor e de aceitação do holocausto, no segundo, a visitação terrível de julgamento.

 

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Lição 3, Entrando no Tabernáculo, o Pátio

2º Trimestre de 2019 - O Tabernáculo - Símbolos da Obra Redentora de CRISTO - Comentário: Pr Elienai Cabral

Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com

Para nos ajudar - conta Bradesco - 7074-2 agência 2365-5

 

Estudo escrito para ajudar

 

Vídeo para Ajudar

https://www.youtube.com/watch?v=CrDucsesbfc

 

 

 

Texto

Descrição gerada automaticamente

 

 

 

TEXTO ÁUREO
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.” (Jo 10.9)

 

 

 

Interface gráfica do usuário, Texto

Descrição gerada automaticamente com confiança média

 

 


VERDADE PRÁTICA
Para entrar à presença de DEUS, no Lugar Santíssimo, o pecador deve passar por uma única porta: JESUS.

 

 

 

Interface gráfica do usuário

Descrição gerada automaticamente com confiança média

 

 


LEITURA DIÁRIA
Segunda – Êx 25.8,9 O modelo divino do Tabernáculo
Terça – Êx 29.45,46 O lugar da habitação de DEUS
Quarta – Lv 26.11-13 A presença de DEUS no Tabernáculo
Quinta – Zc 2.10, 11 DEUS deseja estar entre o seu povo
Sexta – Jo 10.7-9 JESUS é a Porta de acesso à presença de DEUS
Sábado – Ef 2.13-18 JESUS uniu os povos diante de DEUS

 

 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 27.9-19
9 - Farás também o pátio do tabernáculo; ao lado do meio-dia, para o sul, o pátio terá cortinas de linho fino torcido; o comprimento de cada lado será de cem côvados. 10 - Também as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de cobre; os colchetes das colunas e as suas faixas serão de prata.  11 - Assim também do lado do norte as cortinas na longura serão de cem côvados de comprimento; e as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de cobre; os colchetes das colunas e as suas faixas serão de prata. 12 - E na largura do pátio do lado do ocidente haverá cortinas de cinquenta côvados; as suas colunas, dez, e as suas bases, dez. 13 - Semelhantemente, a largura do pátio do lado oriental, para o levante, será de cinquenta côvados, 14 - de maneira que haja quinze côvados de cortinas de um lado; suas colunas, três, e as suas bases, três; 15 - e quinze côvados de cortinas do outro lado; as suas colunas, três, e as suas bases, três. 16 - E à porta do pátio haverá uma coberta de vinte côvados, de pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador; as suas colunas, quatro, e as suas bases, quatro. 17 - Todas as colunas do pátio ao redor serão cingidas de faixas de prata; os seus colchetes serão de prata, mas as suas bases, de cobre.  18 - O comprimento do pátio será de cem côvados, e a largura de cada banda, de cinquenta, e a altura, de cinco côvados, de linho fino torcido; mas as suas bases serão de cobre. 19 - No tocante a todos os utensílios do tabernáculo em todo o seu serviço, até todos os seus pregos e todos os pregos do pátio, serão de cobre.

 


OBJETIVO GERAL - Conscientizar acerca da centralidade de DEUS na Igreja de CRISTO.

 


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apresentar o Pátio entre as Tribos de Israel;
Expor a construção da cerca do Pátio;
Enfatizar a porta do Pátio.

 

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O Tabernáculo está pronto. Os artesãos fizeram um lindo e precioso trabalho. Rememore com os alunos essa construção artesanal revelada na lição passada. Então, inicie a aula dizendo que agora entraremos no Tabernáculo.
Passaremos pela cerca e pela sua primeira porta. Pararemos no Pátio. Assim, apresente a lição aos alunos, revelando os três tópicos principais: (I) O Pátio entre as Tribos de Israel; (II) A Construção da Cerca do Pátio; (III) A Porta do Pátio.
Mostre também que o Pátio tinha uma posição especial entre as tribos de Israel, conforme o primeiro tópico expõe. Isso aponta para a necessidade de termos a consciência da centralidade do Pai Celestial em nossa vida e num mundo onde múltiplas coisas nos convidam a violar a centralidade divina.

 


PONTO CENTRAL - DEUS deve ser o centro de nossa vida.

 

 

Resumo da Lição 3, Entrando no Tabernáculo, o Pátio

I – O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
1. As montagens provisórias do Tabernáculo.

2. A posição do Pátio do Tabernáculo.

3. A posição do Exército de Israel em torno do Tabernáculo.

II – A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO
1. O cortinado de linho branco da cerca do Pátio.

2. Colunas, cortinas e varais do Pátio (Êx 27.10-12).

3. A cerca de linho: a santidade e a justiça de DEUS.

III - A PORTA DO PÁTIO
1. A Porta do Pátio: uma tipificação do único caminho (Êx 27.16).

2. As quatro colunas e suas bases: uma tipificação do Evangelho (Êx 27.16).

3. As cores da cortina de entrada: diversos tipos (Êx 27.16).

 

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO I - A montagem do Tabernáculo era provisória e o Pátio ficava no centro das Tribos de Israel.

SÍNTESE DO TÓPICO II - A cerca do Pátio era feita de um cortinado de linho branco e de colunas de bronze.

SÍNTESE DO TÓPICO III - A porta do Pátio aponta para o único caminho: CRISTO.

 

 

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Comentários do Pr Henrique com ajuda de vários livros

 

INTRODUÇÃO

 

O Tabernáculo é figura do que existe no céu - Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. (Hebreus 8:5).
O Tabernáculo para os israelitas era a morada de DEUS entre eles e o local de culto a esse DEUS. Ali seus pecados eram perdoados. Ali sua relação com DEUS era restabelecida. Enquanto viajavam para a Terra Prometida era esta a prova de que DEUS habitava entre eles. A casa de DEUS era móvel. Viajavam e a casa também. Depois entraram na Terra Prometida e a casa ficou fixa assim como eles não mais precisariam peregrinar pelo deserto.

Porque em casa nenhuma morei, desde o dia em que fiz subir a Israel até ao dia de hoje; mas fui de tenda em tenda, e de tabernáculo em tabernáculo. 1 Crônicas 17:5

 

 

Nas próximas Lições vamos estudar cada material empregado na construção do tabernáculo e seu significado simbólico. Estudaremos materiais como tecidos e metais e especiarias empregados em sua estrutura e rituais.

 Na lição de hoje estudaremos a posição do Pátio do Tabernáculo entre as Tribos de Israel, a construção da cerca do Pátio e sobre a Porta Principal do Pátio. Tudo nos levando a aprender mais sobre a Obra Expiatória de JESUS CRISTO.

 

 

Vamos ao estudo do Pátio, da porta de entrada para o átrio e das colunas e cerca do pátio.

 

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I – O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL

 

 

 

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1. As montagens provisórias do Tabernáculo.

 

QUANTO TEMPO EXISTIU O TABERNÁCULO, ANTES QUE O TEMPLO FOSSE CONSTRUÍDO??????

E sucedeu que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de Zive (este é o mês segundo), começou a edificar a casa do SENHOR. 1 Reis 6:1 No ano quarto se pôs o fundamento da casa do Senhor, no mês de Zive.
E no ano undécimo, no mês de Bul, que é o mês oitavo, se acabou esta casa com todas as suas coisas, e com tudo o que lhe convinha; e a edificou em sete anos. 1 Reis 6:37,38

E sucedeu, ao fim de vinte anos, nos quais Salomão edificou a casa do SENHOR, e a sua própria casa, 2 Crônicas 8:1

RESPOSTA - 500 ANOS (QUINHENTOS ANOS).

 

DEUS é sempre organizado em tudo. Os mínimos detalhes Lhe são perceptíveis. Veja, por exemplo, que o maná (pão do céu) deveria ser recolhido, triturado, amassado e assado para depois se comer. Isso indica que a Palavra de DEUS deve eser lida, relida, estudada em seus textos e contextos, fazer exegese (até aqui está na alma), meditar nela com oração e só depois será digerida pelo nossos espírito, onde fará o efeito desejado. Revelação.

Os Coatitas estavam encarregados de levar a mobília do tabernáculo. Quando o acampamento era levantado, Arão e seus filhos tinham a tarefa de desmontar e embalar os objetos sagrados. Aos Coatitas não era permitido tocar estes objetos, ou até mesmo vê-los, para que eles não morressem. (Nm 4:1-16).

 

Para enviar expias - Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada um príncipe entre eles. (Números 13:2).

Na distribuição da Terra o cuidado para que todos herdassem igualmente: E qualquer filha que herdar alguma herança das tribos dos filhos de Israel se casará com alguém da família da tribo de seu pai; para que os filhos de Israel possuam cada um a herança de seus pais. Números 36:8

 

Cuidado de DEUS com a orientação de seu povo - " E ordenaram ao povo, dizendo: Quando virdes a arca da aliança do SENHOR vosso DEUS, e que os sacerdotes levitas a levam, partireis vós também do vosso lugar, e seguireis. Haja contudo, entre vós e ela, uma distância de dois mil côvados; e não vos chegueis a ela, para que saibais o caminho pelo qual haveis de ir; porquanto por este caminho nunca passastes antes." (Js 3:3-4).

 

Quando Moisés distribuiu as tribos em torno do Pátio do Tabernáculo, estava revelado nesse ato um senso de organização divino. O Pátio do Tabernáculo ficava no centro de todas as tribos de Israel. Era o símbolo de que DEUS estaria no meio de seu povo (Is 8.14).

 

 

JESUS ERA DA DESCENDENTE DAS TRIBO DE JUDÁ E DE LEVI? DEUS e seus detalhes!

No meu entender (que gera polêmica) JESUS era legalmente descendente de Judá, pois era legalmente descendente de José que era da Tribo de Judá, tanto que foi alistar-se em Belém, pois era descendente da Tribo de Judá. Porém, a meu ver JESUS era descendente também da Tribo de Levi, pois Maria era prima de Isabel, que era da Tribo de Levi. Sendo assim, em minha opnião Maria era da Tribo de Levi. Daí, JESUS é descendente tanto da Tribo de Judá quanto da Tribo de Levi.
E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; Lucas 1:36
E subiu também José da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), Lucas 2:4
Existiu, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Arão; e o seu nome era Isabel. Lucas 1:5
ASSIM, NO MILÊNIO, JESUS SERÁ TANTO REI, COMO PROFETA, COMO SUMO SACERDOTE. TANTO ESPIRITUALMENTE COMO LEGALMENTE.

 

 

Dentro da organização de DEUS havia trombetas para preparação do povo para festas, reuniões, para guerra e até para aviso de início de mês.

Faze-te duas trombetas de prata; de obra batida as farás, e elas te servirão para a convocação da congregação, e para a partida dos arraiais. Números 10:2
E os filhos de Arão, sacerdotes, tocarão as trombetas; e a vós serão por estatuto perpétuo nas vossas gerações. Números 10:8
Semelhantemente, tereis santa convocação no sétimo mês, no primeiro dia do mês; nenhum trabalho servil fareis; será para vós dia de sonido de trombetas. Números 29:1
Semelhantemente, no dia da vossa alegria e nas vossas solenidades, e nos princípios de vossos meses, também tocareis as trombetas sobre os vossos holocaustos, sobre os vossos sacrifícios pacíficos, e vos serão por memorial perante vosso DEUS: Eu sou o Senhor vosso DEUS. Números 10:10

 

 

O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL As montagens provisórias do Tabernáculo foi a construção de todos os utensílios e postes, grampos, argolas, confecção de tecidos, aplainamento e limpeza do terreno, escavamento, estudo de posicionamento, etc... .

Após três meses de caminhada, em rota de fuga, os israelitas chegaram ao deserto do Sinai, ao pé do Monte Horebe (Êx 3:12). Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai, Êxodo 19:1). Começaram a construir o Tabernáculo e isso durou aproximadamente 9 meses. A construção ficou pronta. Isso ocorreu no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, após a saída do povo judeu do Egito (Êx 40.2,17). Quatorze dias antes da celebração da Páscoa.

 

 

Quarenta anos este povo peregrinou pelo deserto (Js 5:6) e durante 38 anos o Tabernáculo foi mudado várias vezes de lugar. O Tabernáculo ficaria fixo quando o povo entrasse em Canaã e ficasse fixo.

Então haverá um lugar que escolherá o Senhor vosso DEUS para ali fazer habitar o seu nome; ali trareis tudo o que vos ordeno; os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e toda a escolha dos vossos votos que fizerdes ao Senhor. (Deuteronômio 12:11). Nisto mesmo a Igreja se baseia para receber dízimo e ofertas no Templo (igreja).

 

Quando entraram em Canaã o Tabernáculo foi montado em Gilgal (Js 4.19; 5.10; 9.6; 10.6,43).

Subiu, pois, o povo, do Jordão no dia dez do mês primeiro; e alojaram-se em Gilgal, do lado oriental de Jericó. (Josué 4:19).

 

Depois foi montado em Siló (Js 18.1)

E Toda a congregação dos filhos de Israel se reuniu em Siló, e ali armaram a tenda da congregação, depois que a terra lhes foi sujeita. (Josué 18:1).

Então Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, sacerdote, estava assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do Senhor. 1 Samuel 1:9 (templo - entenda-se Tabernáculo)

Na época de Saul e Davi - O Tabernáculo ainda não tinha localização fixa.

No período de Saul, esteve em Nobe (Então veio Davi a Nobe, ao sacerdote Aimeleque; e Aimeleque, tremendo, saiu ao encontro de Davi, e disse-lhe: Por que vens só, e ninguém contigo? 1 Samuel 21:1)

Tomaram os filisteus a arca de DEUS, e a colocaram na casa de Dagom, e a puseram junto a Dagom. 1 Samuel 5:2

Convocou, pois, Davi a todo o Israel desde Sior do Egito até chegar a Hamate; para trazer a arca de DEUS de Quiriate-Jearim. 1 Crônicas 13:5

Assim ficou a arca de DEUS com a família de Obede-Edom, três meses em sua casa; e o Senhor abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo quanto tinha. 1 Crônicas 13:14

Então avisaram a Davi, dizendo: Abençoou o Senhor a casa de Obede-Edom, e tudo quanto tem, por causa da arca de DEUS; foi, pois, Davi, e trouxe a arca de DEUS para cima, da casa de Obede-Edom, à cidade de Davi, com alegria. 2 Samuel 6:12

 

Finalmente, Jerusalém foi conquistada por Davi e, no reinado de Salomão. O Tabernáculo deu lugar ao Templo de Jerusalém, onde o próprio DEUS confirmou o lugar e o aprovou com a manifestação de sua glória (1 Rs 8.10,11).

E sucedeu, ao fim de vinte anos, nos quais Salomão edificou a casa do SENHOR, e a sua própria casa, (2 Crônicas 8:1).

E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor. E os sacerdotes não podiam permanecer em pé para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a casa do Senhor. Então falou Salomão: O Senhor disse que ele habitaria nas trevas. Certamente te edifiquei uma casa para morada, assento para a tua eterna habitação. (1 Reis 8:10-13).

 

O Templo que Salomão construiu foi queimado.

E no quinto mês, no sétimo dia do mês (este era o ano décimo nono de Nabucodonosor, rei de babilônia), veio Nebuzaradã, capitão da guarda, servo do rei de babilônia, a Jerusalém. E queimou a casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém, e todas as casas dos grandes queimou. 2 Reis 25:8,9

 

Zorobabel Reconstrói o Templo

Então se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesuá, filho de Jozadaque, e começaram a edificar a casa de DEUS, que está em Jerusalém; e com eles os profetas de DEUS, que os ajudavam. Esdras 5:2

E o Senhor suscitou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito de todo o restante do povo, e eles vieram, e fizeram a obra na casa do Senhor dos Exércitos, seu DEUS, Ageu 1:14

 

O Templo foi destruído no ano 70 pelo general romano Tito.

O Segundo Templo foi o templo que o povo judeu reconstruiu após o regresso a Jerusalém, a vinda depois de anos no Cativeiro Babilónico, no mesmo local onde o Templo de Salomão existira antes de ser destruído. Foi destruído novamente no ano 70 pelos soldados romanos liderados pelo general Tito.

Tito Flávio César Vespasiano Augusto (em latim Titus Flavius Caesar Vespasianus Augustus; Roma, 30 de dezembro de 39 — Roma, 13 de setembro de 81) foi imperador romano entre os anos de 79 e 81. Foi o filho mais velho e sucessor de Vespasiano.

Antes de ser proclamado imperador, alcançou renome como comandante militar ao servir sob as ordens do seu pai na Judeia, durante o conflito conhecido como a primeira guerra judaico-romana (67 — 70). Esta campanha sofreu uma breve pausa após a morte do imperador Nero (9 de junho de 68), quando Vespasiano foi proclamado imperador pelas suas tropas (21 de dezembro de 69). Neste ponto, Vespasiano iniciou a sua participação no conflito civil que assolou o império durante o ano da sua nomeação como imperador, conhecido como o ano dos quatro imperadores. Após essa nomeação, recaiu sobre Tito a responsabilidade de acabar com os judeus sediciosos, tarefa realizada satisfatoriamente após sitiar e destruir Jerusalém (70), cujo templo foi demolido no incêndio. A sua vitória foi recompensada com um triunfo e comemorada com a construção do Arco de Tito. Seu pai o associou, a partir de 71, ao poder tribunício. https://pt.wikipedia.org/wiki/Tito Acesso em 18-04-19

 

Acredito que será reconstruído na época da Grande Tribulação - Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama DEUS, ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS. (2 Tessalonicenses 2:3,4).

 

Também acredito que será destruído e reconstruído no período do Milênio, quando JESUS CRISTO mesmo se assentará lá como o verdadeiro DEUS.

Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de DEUS e de CRISTO, e reinarão com ele mil anos. (Apocalipse 20:6).

 

 

 

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2. A posição do Pátio do Tabernáculo.

 

O desejo de DEUS sempre foi habitar conosco e dentro de cada um de nós. O ESPÍRITO de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. João 14:17

 

Para nós se cumpriu e se cumpre todo dia, porém, para os israelitas (judeus), se cumprirá só no Milênio.

E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. Atos 2:4.

E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, Que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos; Atos 2:17

 

Quando JESUS veio era o desejo de DEUS fazer isso com toda sua nação, mas eles não O receberam.

E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Ezequiel 36:26

 

Então DEUS decide se colocar entre eles de maneira material, pois não compreendiam coisas espirituais. Se recusaram a subir ao Monte para falar com DEUS porque estavam em pecado e assim desejavam continuar. "No meio" deles era para ser com eles e neles, mas acabou sendo no meio do acampamento deles.

Êxodo 25.8: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (cf. 29.45,46).

E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale DEUS conosco, para que não morramos. Êxodo 20:19

 

O Tabernáculo foi construído de tal forma que, pela manhã bem cedinho, o sol lançasse seus raios sobre o SANTO dos Santos, revelando assim que DEUS estaria com seu povo durante todo dia. Isso criava a expectativa de que DEUS falaria com eles e poderia ordenar que se movessem em direção a Canaã, a Terra Prometida.

 Nós devemos, todos os dias, ao acordarmos, sentirmos sua direção em nossa vida, nos guiando a falar de seu amor a todos para que sejam salvos, desejarmos que JESUS venha nos buscar.

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. 2 Timóteo 4:8

A nuvem e o Tabernáculo, com principalmente a arca da Aliança, simbolizavam a presença de DEUS e a glória de seu povo. ÊXODO 40.34-35. – Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo

 

 

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3. A posição do Exército de Israel em torno do Tabernáculo.

 

As tribos não-levitas de Israel
Em Números Cap. 1, DEUS ordena a Moisés que sejam nomeadas as tribos de acordo com seus primogênitos.
1. Rúben, Elizur filho de Sedeur;
2. Simeão, Selumiel filho de Surisadai;
3. Judá, Naasom, filho de Aminadabe;
4. Issacar, Natanael, filho de Suar;
5. Zebulom, Eliabe, filho de Helom;
6. Efraim, Elisama filho de Amiúde;
7. Manasses, Gamaliel, filho de Pedazur.
8. Benjamim, AbiDan filho de Gideôni.
9. Dan, Aizer, filho de Amisadai;
10. Aser, Pagiel filho de Ocrã;
11. Gade, Eliasafe filho de Deuel;
12. Naftali, Aíra filho de Enã;
Notar que quando as várias tribos receberam sua herança de terras na Terra da Prometida, não havia uma “tribo de José”. Em vez disso, os filhos de José, Manassés e Efraim, foram contados como tribos distintas em Israel. Conforme arranjado por DEUS.

Porém, isto não aumentou o número das tribos para 13 pois os levitas não receberam uma herança de terra. DEUS escolhera “a tribo de Levi” no lugar dos primogênitos das outras tribos para ministrar no santuário. Consequentemente, havia 12 tribos não-levitas em Israel.

 

Do lado Ocidental ficaram organizadas as tribos de Manassés Efraim e Benjamim;

Do lado Oriental ficaram organizadas as tribos de Zebulom, Judá e Issacar;

Do lado Norte ficaram organizadas as tribos de Naftali, Dã e Aser;

Do lado Sul ficaram organizadas as tribos de Simeão, Rúben e Gade;

O Tabernáculo era ladeado por Levitas - ao ocidente, Gersonitas; ao oriente, Moisés, Arão e os sacerdotes; ao norte, os Meraritas e ao sul, os Coatitas.

 

Ao todo eram 603.550 homens acima de vinte anos de idade que estavam entorno do Pátio do Tabernáculo. Isso passava a mensagem de que Israel reconhecia a centralidade de DEUS na vida espiritual e social da nação. Assim, devemos tê-Lo como o centro de todas as esferas da vida. A multidão toda passava de 3 milhões de pessoas (se 603.550 eram acima de vinte anos, coloque pelo menos dois irmãos para cada um e mais uma mãe, uma avó e um avô que não iam à guerra, ainda havia estrangeiros entre eles vindos do Egito, além disso, havia famílias grandes e com muitas mulheres).

A ORDEM DAS TRIBOS NO ACAMPAMENTO - COMENTÁRIOS - Abraão de Almeida - O TABERNÁCULO E A IGREJA - CPAD

Como um templo destinado a acompanhar os israelitas no deserto, o Tabernáculo era desmontável e podia ser conduzido de um lugar a outro. Para o honroso trabalho de cuidar e transportar os objetos componentes, foram escolhidas as famílias de Gérson, Coate e Merari. Os gersonitas se acamparam atrás do santuário, ou seja, ao Ocidente, e cuidaram do exterior da tenda, como vigias. Os coatitas ficaram ao Sul, e eram responsáveis pelo cuidado da Arca, da mesa, do candelabro, dos altares e de todos os vasos sagrados. Os meraritas situaram-se do lado Norte, e respondiam pela conservação e transporte das tábuas, das travessas, das colunas, das cordas, das estacas e das bases.

Os exércitos de Israel acampavam-se ao redor do Tabernáculo observando a seguinte ordem: para o Oriente, guardando a porta de entrada do Tabernáculo, ficava o

exército de Judá, de 74.600 homens, e junto a ele, o de Issacar, de 54.400, e o de Zebulom, de 57.400 (Números 2.3 a 9). Do lado Sul ficava o exército de Rúben, de

46.500 soldados, e mais os de Simeão, de 59.300, e Gade, de 45.650 (Números 1.2125). Do lado Norte ficavam os de Dã, de 62.700 soldados, de Aser, de 41.500, e de Naftali, de 53.400 (Números 1.39-43). E, finalmente, do lado Oeste, ou seja, à retaguarda do Tabernáculo, ficavam os exércitos de Efraim, de 40.500 soldados, de Manasses, de 32.200, e de Benjamim, de 35.400 (Números 2.18-23).

O Tabernáculo olhava sempre para o Oriente, isto é, para o lugar do nascimento do Sol, certamente apontando para a pessoa de JESUS, anunciado pelo profeta Malaquias como o Sol da Justiça que traz a salvação debaixo das suas asas (Malaquias 4.2). As peças principais desse santuário tomavam a forma de uma cruz, também apontando para JESUS (2 Coríntios 5.18).

O fato de a tribo de Judá guardar a porta do Tabernáculo é muito significativo, pois, nas bênçãos de Jacó a seus filhos, ele diz, no primeiro livro da Bíblia, que Judá era como um leão, figura que aparece também no último livro das Escrituras, onde JESUS nos é apresentado como o Leão da Tribo de Judá (Gênesis 49.9; Apocalipse 5.5).

 

II – A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO

 

 

 

Uma imagem contendo jetski, transporte, barco, neve

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1. O cortinado de linho branco da cerca do Pátio.

 

Se adotarmos o côvado sendo de 45cm, a cerca tinha aproximadamente 45 metros de comprimento com aproximadamente 22,5 metros (na revista há um erro dizendo 45cm) de largura e separava o Tabernáculo das Tribos ao redor. As sessenta colunas de bronze, as quais mantinham um cortinado de linho branco torcido de aproximadamente 2,25 metros de altura, sustentavam a cerca do Pátio. Assim, não se podia ver o que se passava no interior do pátio, senão a cobertura do Tabernáculo.

 

Uma imagem contendo mesa

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A cortina era de Linho fino, o que indica sua cor branca.

Azul, a cor do céu, significa a origem celestial de CRISTO.
Púrpura (violeta, ou roxo), significa a realeza de CRISTO.
Vermelho, significa o sangue derramado de CRISTO.
Branco, significa a perfeita justiça de CRISTO.
Outra cor notável era a da cobertura exterior do próprio Tabernáculo. Como esta é uma questão de conjetura, deixarei para discuti-la separadamente (veja o Cap. 5).

Embora a palavra "branco" não seja encontrada no Êxodo, ela é implícita pela palavra hebraica byssus, que significa linho fino. Assim, o termo "linho fino torcido (ou trançado)" significa um linho branco desbotado muito puro, do tipo mais caro, que normalmente estava disponível somente para a aristocracia egípcia. O livro do Apocalipse confirma a importância do linho fino como um símbolo da perfeita pureza quando declara:

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos." [Apocalipse 19:7-8].

A cerca que existia ao redor do pátio e que consistia em linho fino branco, declarava que somente uma pessoa vestida em justiça poderia entrar. As tábuas de acácia denotavam nossa humanidade, enquanto o revestimento de bronze em cada uma delas declarava que toda a humanidade está sob julgamento diante de um DEUS extraordinariamente santo.

A cerca poderia ter formado uma barreira permanente para as almas perdidas, se não existisse a mensagem de esperança retratada pelos capitéis no alto de cada tábua. A prata denota expiação e, portanto, aponta para o sangue derramado de CRISTO.

O que tinha contato com o chão (terra) era de Bronze, símbolo de natureza pecaminosa, merecedora de juízo. Assim os grampos ou argolas de baixo eram de cobre.

O que ficava em cima, por cobertura, era de Prata, símbolo da redenção, da união entre DEUS e o homem, através da justificação realizada por uma vítima que morria no lugar do homem. Assim os grampos ou argolas de cima eram de Prata.

Tábuas eram de madeira, símbolo de humanidade. Eram recobertas de Bronze, símbolo do juízo que estava sobre esta natureza humana e pecaminosa.

As cordas ligavam argolas de prata às argolas de Bronze, dando sustentação e fortalecimento à cerca. Simbolizavam o favor de DEUS oferecido para sustentar e fortalecer esse homem em comunhão com DEUS.

 

 

2. Colunas, cortinas e varais do Pátio (Êx 27.10-12).

 

O cortinado era constituído por um “muro” formado de tecido, suspenso por estacas cujo número era sessenta. Essas estacas eram distribuídas na forma retangular, sendo dez ao Oriente, dez ao Ocidente e vinte de lado norte e vinte do Sul.   

Esse cortinado tinha cinco côvados de altura, o que dá aproximadamente 2,25m.  Isso equivale dizer que em condições de normalidade, não se podia ver o interior do Pátio, sem que se entrasse dentro dele ou se provesse de algo que pudesse servir de escada.

 O comprimento do cortinado era de cem côvados em seu lado maior, cinquenta côvados em seu lado menor. Isso dá aproximadamente quarenta e cinco metros no comprimento e vinte e dois e meio na largura.

 A área delimitada por esse cortinado, dentro do arraial, era chamada de PÁTIO. 

Era natural ver-se de longe, no centro do arraial, esse cercado que delimitava a área do Tabernáculo.  

Na frente oriental desse cortinado havia uma porta.  Essa porta era fechada com um “tapete” ou “coberta”, suspensa sobre quatro colunas.

Êxodo 38:16,17

Todas as cortinas do pátio ao redor eram de linho fino torcido. Paredes de linho - brancas.

E as bases das colunas eram de cobre; os colchetes das colunas e as suas molduras eram de prata; e o revestimento dos seus capitéis era de prata; e todas as colunas do pátio eram cingidas de prata.

E todas as estacas do tabernáculo e do pátio ao redor eram de cobre. Êxodo 38:20

As colunas de bronze foram feitas de madeira de acácia, recobertas com cobre e ficavam presas na parte interior da cortina por bases ou placas de bronze colocadas sobre o solo, tendo capiteis em cima e cobertura de prata. Já as cortinas eram costuradas uma à outra até formarem uma tela bem firme. Por sua vez, os varais encaixavam-se às colunas e ao cortinado da cerca. Tudo era metricamente encaixado. Assim, as colunas, as cortinas e os varais são elementos que didaticamente podem simbolizar a segurança, a estabilidade e a comunhão na vida cristã, produzidas pela Obra Expiatória de CRISTO.
Ora, em CRISTO toda a justiça de DEUS foi satisfeita na obra expiatória; por isso temos a segurança da salvação (Rm 8.33-39). Estamos seguros em CRISTO (Jo 10.28-30)! Depois, a partir dessa obra, temos acesso às promessas de DEUS, as quais nos dão estabilidade na vida cristã (Rm 14.4; Cl 3.3). Por fim, a Expiação de nosso Senhor não apenas salvou-nos, mas abriu-nos a porta da comunhão cristã (1 Co 12.12,13; Ef 2.12-16). Portanto, à semelhança das colunas, cortinas e varais do Tabernáculo, a Obra Expiatória de CRISTO nos traz segurança, estabilidade e comunhão na vida cristã.

 

 

 

Uma imagem contendo no interior, mesa, placa, segurando

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3. A cerca de linho: a santidade e a justiça de DEUS.

A cerca tinha 60 colunas - 20 de um lado, vinte de outro, 10 de um lado e 10 do outro, sendo 4 reservadas à porta.

 

A cerca que existia ao redor do pátio e que consistia em linho fino branco, declarava que somente uma pessoa vestida em justiça poderia entrar. As tábuas de acácia denotavam nossa humanidade, enquanto o revestimento de bronze em cada uma delas declarava que toda a humanidade está sob julgamento diante de um DEUS extraordinariamente santo.

A cerca poderia ter formado uma barreira permanente para as almas perdidas, se não existisse a mensagem de esperança retratada pelos capitéis no alto de cada tábua. A prata denota expiação e, portanto, aponta para o sangue derramado de CRISTO.

 

SEPARAÇÃO E COMUNHÃO - COMENTÁRIOS - Abraão de Almeida - O TABERNÁCULO E A IGREJA - CPAD

O Tabernáculo estava separado da congregação por uma cerca constituída de 60 colunas de bronze, sobre as quais apoiava-se um cortinado de linho branco, de dois metros e meio de altura. Isso fala da separação entre DEUS e o pecador (Êxodo 38.1015,19 31; Isaías 59.2). O número 6 e seus múltiplos, como no caso dessas colunas, associam-se ao número 7, que é o número de peças do Tabernáculo. Como o 6 relaciona-se com o homem e o 7 com DEUS, temos no Tabernáculo a comunhão, ou o

encontro do homem com a Divindade. O número 6 aparece em muitos lugares do Tabernáculo, como nas duas fileiras de pães da proposição, de seis cada uma, e no número de braços do candelabro de ouro (excetuando-se a haste central, que apresenta JESUS como o tronco que sustenta as varas).

 

 

III - A PORTA DO PÁTIO

 

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1. A Porta do Pátio: uma tipificação do único caminho (Êx 27.16).

 

A entrada única ficava no lado oriental do pátio. Ela consistia em uma passagem de quatro pilares, mostrando que ela estava acessível a toda a humanidade (quatro é o número da universalidade). A cortina que enfeitava a entrada também era feita de "linho fino torcido", mas era toda bordada com fios de cores azul, púrpura e carmesim. Essas cores eram um convite para todos fazerem uso da obra perfeita de CRISTO, para virem até Ele em Sua divindade, a se submeterem à Sua soberania, a buscarem salvação em Seu sangue derramado, e aceitarem o dom da justiça perfeita que Ele somente pode outorgar.

 

A porta era uma só e se achava sustentada por quatro colunas. Era formada por um cortinado que continha quatro cores.  Isso tem a ver com o Evangelho que sendo um só, tem sua apresentação na Bíblia com quatro faces distintas embora intimamente ligadas entre si e sem nenhuma contradição.  O Evangelho é um só, mas é apresentado em quatro aspectos distintos através dos quatro Evangelistas.

Mas nós pregamos a CRISTO crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Visto como na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria, aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação.
1 Coríntios 1:21,23.

Porque não me envergonho do evangelho de CRISTO, pois é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Romanos 1:16

Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa; Efésios 1:13

 As tribos de Israel acampavam ao seu redor, sendo que a frente do Tabernáculo era sempre virada para o Oriente.

 O fato de ser assim, isto é, sua frente sempre voltada para o Oriente, lembra que sua porta principal está sempre apontando para o nascimento do sol.

 Isto é uma forma de apontar para JESUS, que haveria de nascer como “SOL DA JUSTIÇA” de Malaquias 4.2, e se constituir na “Porta e no Caminho”, trazendo a salvação a todos nós, através de sua luz.

 MALAQUIAS 4.2 - Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria.   Aos levitas DEUS confiou o manuseio do tabernáculo e somente a eles DEUS confiou à administração do tabernáculo. Ver NÚMEROS 3.6-8:

6 – Faze chegar à tribo de Levi, e põe-na diante de Arão o sacerdote, para que o sirvam,

7 – e cumpram seus deveres para com ele e para com todo o povo, diante da tenda da congregação, para ministrar no tabernáculo.

8 – Terão cuidado de todos os utensílios da tenda da congregação, e cumprirão o seu dever para com os filhos de Israel no ministrar no tabernáculo.

 Por motivo de serem os responsáveis pelo tabernáculo, DEUS também distribuiu os levitas ao redor do tabernáculo de modo que as tribos não se distribuíam à revelia, mas tinham o seu lugar determinado a partir do santuário.

          Mais próximo do Tabernáculo ficavam as famílias dos Levitas.

 

 

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2. As quatro colunas e suas bases: uma tipificação do Evangelho (Êx 27.16).

 

AS ESTACAS OU COLUNAS

 

Todas as estacas que sustentam o cortinado são de cobre, colocadas sobre bases também de cobre, distribuídas na forma retangular, de modo a se ter vinte em cada lado Leste-Oeste. Igualmente espaçadas entre si, dispostas de modo que não se pode contar a mesma estaca duas vezes.

 

O cortinado era suspenso e preso às estacas através das vergas de prata, as quais eram presas às estacas de bronze.

 Esses colchetes mantinham o cortinado como se fosse um muro com 2,25 m de altura, estendido, suspenso e sustentado por vergas e colchetes de prata. 

ÊXODO 27.11- De igual modo para o lado do norte ao comprido haverá cortinas de cem côvados de comprimento; e as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze; os ganchos das colunas e as suas vergas serão de prata.

Estas estacas eram firmadas ao chão através de cordas ou fios feitos de pele de cabra, fixadas em pregos de bronze especialmente preparados para esse fim, os quais eram fincados no chão de modo a se ter parte deles para fora da terra.

Nestas estacas podemos ver JESUS como nosso Salvador .

Coroa de prata                        

JESUS como Redentor

Poste em pé                             

JESUS como Salvador

Base de Bronze                       

JESUS como Sofredor de Isaias 53

Cordonel de pelos de cabra  

JESUS em nosso lugar

                                         

Quando se fez pecador por nós. 

                                         

JESUS se fez oferta por nossos pecados.

Parte da haste fincada no chão 

JESUS morto no Gólgota

Parte da haste fora da terra     

JESUS ressuscitado no domingo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bronze fala do sofrimento devido ao pecado

Coroa fica sempre em cima e fala de poder, vitória.

 

JESUS em pé como nosso Salvador, (poste); sofreu carregando sobre si nossas dores e o castigo que nos traz a paz estava sobre ele (base de bronze); fez-se oferta por nossos pecados por isso desceu de cima para baixo.(cordonel de pelo de cabra); Morreu no gólgota e foi sepultado (espeto de bronze fincado no solo), mas ressuscitou, pois a morte não teve o poder de detê-lo, (parte do espeto que ficou de fora do solo) e vitorioso nos coroou com a redenção, (coroa de prata encimando o poste em pé).

 

AS COLUNAS E OS VÉUS

As quatro colunas da entrada do Tabernáculo têm também um significado muito importante. Em Êxodo 27.16 lemos: "A porta do átrio haverá um reposteiro de vinte côvados, de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino torcido, obra de bordador; as suas colunas serão quatro, as suas bases quatro". Estas quatro colunas representam ou falam da oportunidade para todos, pois o número quatro está sempre relacionado com a plenitude da Terra. Todos têm oportunidade de entrar no Santuário (Mateus 24.31; João 3.16).

 

 

 

 

Eram quatro colunas que continham a porta de entrada do Tabernáculo. Podemos deduzir espiritualmente a representação dos quatro evangelhos. O evangelho é a porta de entrada para a salvação, pois fala de JESUS como esta porta.

 

 

Os quatro evangelhos são representados por quatro faces seguintes:

Mateus, Leão, escrito principalmente aos judeus para provar que JESUS é Rei.

Marcos, Boi, escrito principalmente aos Romanos para provar que JESUS era um Servo.

Lucas, Rosto de Homem, escrito principalmente aos Gregos para mostrar JESUS como Homem (filho do Homem).

João, Águia, escrito principalmente aos crentes salvos para mostrar a divindade de JESUS (verbo de DEUS).

 

 

 

 

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3. As cores da cortina de entrada: diversos tipos (Êx 27.16).

 

A entrada, que estava no lado oriental, tinha quatro tábuas e uma largura de 20 côvados (9 metros).
A entrada consistia de uma cortina de linho com obras de bordador em carmesim (vermelho vivo), púrpura (violeta, ou roxo) e azul.
O restante da cerca era coberto por uma cortina de linho branco fino e torcido.
As cortinas ao longo de cada lado podem ter sido feitas de um rolo contínuo de tecido.
Nechosheth

A palavra hebraica nechosheth, que na tradução de João Ferreira de Almeida (ACF) aparece como bronze, pode ter sido o cobre. O bronze é uma liga de zinco e estanho, mas sabemos hoje que o zinco era muito raro nos tempos antigos. O cupralumínio é outra possibilidade. Uma liga de cobre e alumínio, ele era muito menos maleável do que o estanho e difícil de trabalhar sem ser recriado. Todas as famílias israelitas certamente possuíam diversos talheres de mesa feitos de cobre quando deixaram o Egito. Evidências arqueológicas mostram que esse metal era comumente usado naquele tempo. Ele também era de maior valor prático do que o bronze, pois podia ser moldado e transformado em novos objetos. Ele também podia ser polido e servir como espelho para propósitos cosméticos (veja Êxodo 38:8).

Temos também outra indicação em Deuteronômio 8:9, que diz: "... terra cujas pedras são ferro, e de cujos montes tu cavarás o cobre." Como o bronze é uma liga e não é encontrado em minas, o metal em questão mais provavelmente era o cobre.

Por esta e outras razões, muitos eruditos hoje acreditam que, na maioria das ocorrências (embora não necessariamente em todas) em que a palavra nechosheth é usada na Bíblia, ela na verdade significa cobre. Todavia, para evitar confusão, continuaremos a nos referir a esse metal como "bronze".

Metais
Três metais foram usados na construção do Tabernáculo — ouro, prata e bronze (cobre). Como já vimos, o número três indica plenitude, de modo que sabemos que esses metais transmitiam uma mensagem espiritual completa para os hebreus. Os eruditos bíblicos em geral concordam que:

O ouro significa divindade, ou justiça divina.
A prata significa expiação, redenção e santificação.
O bronze significa julgamento e a consequência do pecado.
Cores

O Tabernáculo consistia em dois grupos principais de cores, isto é, as três cores metálicas — ouro, prata e bronze — e quatro cores nos tecidos — azul, púrpura, vermelho e branco. Como um conjunto, esses quatro últimos denotavam universalidade e, portanto, uma verdade espiritual que era aplicável ao total da humanidade.

Azul, a cor do céu, significa a origem celestial de CRISTO.
Púrpura (violeta, ou roxo), significa a realeza de CRISTO.
Vermelho, significa o sangue derramado de CRISTO.
Branco, significa a perfeita justiça de CRISTO.

 

 

COMENTÁRIOS - Abraão de Almeida - O TABERNÁCULO E A IGREJA - CPAD

Os quatro véus que cobrem as quatro colunas de entrada da tenda, por suas cores significativas, apontam-nos os quatro Evangelhos, pela ordem em que estes aparecem no Novo Testamento. Comparemos essas cores com os retratos de JESUS que os quatro evangelistas nos deram:

1. A púrpura. Esta cor se relaciona com a realeza e aponta para o Evangelho segundo Mateus, que é o Evangelho do Rei. Mateus enfatiza este aspecto do caráter de JESUS, quando, por 14 vezes, o chama de Filho de Davi, o famoso rei cuja descendência DEUS prometeu perpetuar no trono de Israel. O Messias viria como Rei, conforme a profecia de Zacarias 9.9: "Eis aí o teu Rei". Por isso Mateus registra a genealogia de JESUS, pois um Rei precisa provar a sua ascendência real.

2. O carmesim. O Evangelho segundo Marcos está relacionado com a cor carmesim, ou seja, como sangue, que aponta para o servo sofredor, para o Messias na cruz, conforme a profecia de Isaías 42.1: "Eis aqui o meu servo, a quem sustento; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele meu ESPÍRITO, e ele promulgará o direito para os gentios". Um servo não precisa de genealogia, por isso Marcos não trata da ascendência do Senhor. Mateus, em seu Evangelho, focaliza a pessoa de JESUS do ponto de vista de sua realeza, e isto nos leva ao Lugar Santíssimo do Tabernáculo, onde DEUS habitava sobre o Propiciatório, entre os querubins da glória. Marcos, por sua vez, já apresenta os traços de JESUS do ponto de vista da cruz, como o servo sofredor, e isto nos leva ao altar de bronze, ou dos holocaustos. Percebemos esses pontos de vista claramente expressos em Mateus 13.23 e Marcos 4.8,20, respectivamente. Nesses textos, que tratam da Parábola do Semeador, a frutificação em Mateus é decrescente, enquanto em Marcos é crescente. Mateus diz: a 100, a 60 e a 30 por um, e Marcos registra: a30,a60ea 100 por um, e isso conforme as três principais divisões do Tabernáculo: o Pátio, o Santuário e o SANTO dos Santos.

3. Linho branco. No Evangelho segundo Lucas temos o linho branco apontando para o homem perfeito, para o caráter justo de JESUS. Esse evangelista apresenta a pessoa do Salvador como o Filho do homem. E o Evangelho do Filho do homem. E como todo homem perfeito, ilustre e nobre precisa de uma genealogia, o médico Lucas registra a ascendência de JESUS. O Senhor, em Lucas, cumpre a profecia de Zacarias 6.12: "E dize-lhe: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo: ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor".

4. Azul. Finalmente chegamos à cortina azul, e essa cor indica sempre o Céu ou aquilo que é celeste. Vemos em João o Evangelho do Filho de DEUS. JESUS, como Filho de DEUS, cumpre a profecia de Isaías 40.9: "Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso DEUS". João não registra a genealogia de JESUS, pois DEUS não tem genealogia.

Dentre as referências ao azul no Antigo Testamento destaca-se à do cordão azul em Números 15.38-40: "Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto presas por um cordão de azul. E as borlas vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais; e não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os quais andais adulterando. Para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso DEUS".

a. A cor azul. Por ser um dos principais símbolos do céu, o azul revela o propósito profundo de DEUS, de conduzir o seu povo a uma constante atitude de comunhão como Pai Celestial, de quem deveriam receber graça e inspiração para uma vida santa, ou seja, de fidelidade aos seus elevados preceitos e, consequentemente, de separação das concupiscências mundanas. Note as palavras do Senhor: "não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos".

Assim, mediante o memorial das fitas azuis fixadas nas franjas das suas vestes, os israelitas deveriam lembrar-se da sua responsabilidade de obediência à Lei do Concerto do Sinai, e de sua chamada para ser o povo santo do Senhor.

Que preciosas lições espirituais nos dão esses filactérios! Se Israel deveria atentar para aquele memorial celestial do Concerto da Lei, a fim de ser o povo santo do Senhor, quando mais nós, "geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido" (1 Pe 2.9), devemos buscar "as coisas que são de cima" e pensar "nas coisas que são de cima"! (Cl 3.1,2).

Nos nossos vestidos de salvação (Is 61.10) não deve faltar o memorial do corpo de JESUS oferecido por nós na cruz. Ele mesmo, ao instituir a ceia nos elementos do pão e do cálice, disse: "fazei isto em memória de mim" (Lc 22.19; 1 Co 11.24,25).

b. A perversão humana. O Senhor JESUS, ao referir-se às borlas usadas pelos judeus nos dias de seu ministério terreno, mostra até onde o egoísmo humano pode perverter uma instituição divina.

Eles alargavam os seus filactérios, e alongavam as suas franjas, tudo com o fim de serem vistos pelos homens! (Mt 23.5). Eles foram além do mandamento divino, tal como presentemente ocorre com o memorial da ceia do Senhor, criminosamente transformado por muitos em transubstanciação (transformação; dos elementos no corpo, sangue, alma e divindade de JESUS etc), e por outros em consubstanciação (união de dois ou mais corpos numa mesma substância). Assim como o memorial celestial dado aos israelitas transformou-se numa triste e egoísta profanação do sagrado, assim também o solene memorial instituído por JESUS foi por muitos convertido em orgulho religioso. Cuidemos, irmãos, para não perdermos o verdadeiro sentido do mandamento divino e conservarmos dele apenas a sua forma exterior para nossa própria exaltação. Nossa divisa deve ser: "Santos sereis ao vosso DEUS"

 

 

CONCLUSÃO

Tudo aponta para JESUS CRISTO. Tudo é uma figura, ou sombra, dEle. (ver Jo 1:12-14). Tipologia e peças do Tabernáculo, Materiais (ordenados por DEUS), As sete cores, os 3 metais, as cortinas, os grampos, as colunas, os colchetes, etc...
Olhemos para JESUS.

Num 2:2 "Os filhos de Israel armarão as suas tendas, cada um debaixo da sua bandeira, segundo as insígnias da casa de seus pais; ao redor, defronte da tenda da congregação, armarão as suas tendas."

 

Cada conjunto de tribo teve uma bandeira específica:

 A Tradição Judaica - A Tradição Judaica acredita que as bandeiras das tribos eram como se segue:

Judá- Leste (Leão de ouro com fundo escarlate).

Efraim - Oeste (Boi negro em fundo dourado).

Rúben- Sul (Homem em dourado).

Dã- Norte (Águia dourada em fundo azul).João 17:22-23 " E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.

Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim." 

João 6:28-29 "Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de DEUS? JESUS respondeu, e disse-lhes: A obra de DEUS é esta: Que creiais naquele que ele enviou. "

 

Heb 7:22-25 " De tanto melhor aliança JESUS foi feito fiador. E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a DEUS, vivendo sempre para interceder por eles." 

 

COMENTÁRIOS EXTRAS

TABERNÁCULO O Pátio
A área do Tabernáculo, ou pátio, era definida por uma cerca retangular e uma entrada, como segue:
A cerca era formada por 60 tábuas.
A área delimitada era de 100 côvados por 50 côvados (45 m x 22,5 m).
As 60 tábuas eram feitas de madeira de acácia e revestidas por bronze (veja o Apêndice A).
As tábuas eram encaixadas verticalmente nas bases de bronze.
Cada tábua tinha uma altura de 5 côvados (2,25 m).
As tábuas eram mantidas em posição vertical por cordas amarradas às bases de bronze fixadas no solo.
Todos os ganchos, argolas e colchetes eram feitos de prata.
Um capitel de prata estava montado por cima de cada tábua.
Vinte tábuas ficavam no lado norte do Tabernáculo e vinte no lado sul.
Dez tábuas ficavam do lado oriental e dez no ocidental.
A entrada, que estava no lado oriental, tinha quatro tábuas e uma largura de 20 côvados (9 metros).
A entrada consistia de uma cortina de linho com obras de bordador em carmesim (vermelho vivo), púrpura (violeta, ou roxo) e azul.
O restante da cerca era coberto por uma cortina de linho branco fino e torcido.
As cortinas ao longo de cada lado podem ter sido feitas de um rolo contínuo de tecido.
Nechosheth

A palavra hebraica nechosheth, que na tradução de João Ferreira de Almeida (ACF) aparece como bronze, pode ter sido o cobre. O bronze é uma liga de zinco e estanho, mas sabemos hoje que o zinco era muito raro nos tempos antigos. O cupralumínio é outra possibilidade. Uma liga de cobre e alumínio, ele era muito menos maleável do que o estanho e difícil de trabalhar sem ser recriado. Todas as famílias israelitas certamente possuíam diversos talheres de mesa feitos de cobre quando deixaram o Egito. Evidências arqueológicas mostram que esse metal era comumente usado naquele tempo. Ele também era de maior valor prático do que o bronze, pois podia ser moldado e transformado em novos objetos. Ele também podia ser polido e servir como espelho para propósitos cosméticos (veja Êxodo 38:8).

Temos também outra indicação em Deuteronômio 8:9, que diz: "... terra cujas pedras são ferro, e de cujos montes tu cavarás o cobre." Como o bronze é uma liga e não é encontrado em minas, o metal em questão mais provavelmente era o cobre.

Por esta e outras razões, muitos eruditos hoje acreditam que, na maioria das ocorrências (embora não necessariamente em todas) em que a palavra nechosheth é usada na Bíblia, ela na verdade significa cobre. Todavia, para evitar confusão, continuaremos a nos referir a esse metal como "bronze".

Metais
Três metais foram usados na construção do Tabernáculo — ouro, prata e bronze (cobre). Como já vimos, o número três indica plenitude, de modo que sabemos que esses metais transmitiam uma mensagem espiritual completa para os hebreus. Os eruditos bíblicos em geral concordam que:

O ouro significa divindade, ou justiça divina.
A prata significa expiação, redenção e santificação.
O bronze significa julgamento e a consequência do pecado.
Cores

O Tabernáculo consistia em dois grupos principais de cores, isto é, as três cores metálicas — ouro, prata e bronze — e quatro cores nos tecidos — azul, púrpura, vermelho e branco. Como um conjunto, esses quatro últimos denotavam universalidade e, portanto, uma verdade espiritual que era aplicável ao total da humanidade.

Azul, a cor do céu, significa a origem celestial de CRISTO.
Púrpura (violeta, ou roxo), significa a realeza de CRISTO.
Vermelho, significa o sangue derramado de CRISTO.
Branco, significa a perfeita justiça de CRISTO.
Outra cor notável era a da cobertura exterior do próprio Tabernáculo. Como esta é uma questão de conjetura, deixarei para discuti-la separadamente (veja o Cap. 5).

Embora a palavra "branco" não seja encontrada no Êxodo, ela é implícita pela palavra hebraica byssus, que significa linho fino. Assim, o termo "linho fino torcido (ou trançado)" significa um linho branco desbotado muito puro, do tipo mais caro, que normalmente estava disponível somente para a aristocracia egípcia. O livro do Apocalipse confirma a importância do linho fino como um símbolo da perfeita pureza quando declara:

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos." [Apocalipse 19:7-8].

A cerca que existia ao redor do pátio e que consistia em linho fino branco, declarava que somente uma pessoa vestida em justiça poderia entrar. As tábuas de acácia denotavam nossa humanidade, enquanto o revestimento de bronze em cada uma delas declarava que toda a humanidade está sob julgamento diante de um DEUS extraordinariamente santo.

A cerca poderia ter formado uma barreira permanente para as almas perdidas, se não existisse a mensagem de esperança retratada pelos capitéis no alto de cada tábua. A prata denota expiação e, portanto, aponta para o sangue derramado de CRISTO.

A entrada única ficava no lado oriental do pátio. Ela consistia em uma passagem de quatro pilares, mostrando que ela estava acessível a toda a humanidade (quatro é o número da universalidade). A cortina que enfeitava a entrada também era feita de "linho fino torcido", mas era toda bordada com fios de cores azul, púrpura e carmesim. Essas cores eram um convite para todos fazerem uso da obra perfeita de CRISTO, para virem até Ele em Sua divindade, a se submeterem à Sua soberania, a buscarem salvação em Seu sangue derramado, e aceitarem o dom da justiça perfeita que Ele somente pode outorgar.

O Tabernáculo constituía um retrato impressionante de CRISTO. Cada detalhe de sua construção e suas várias atividades cerimoniais proclamavam algum aspecto da santidade, do propósito e da obra perfeita de CRISTO. Por meio do Tabernáculo e de seus ritos cerimonias prescritos, o Pai Celestial estava apresentando a humanidade ao Seu Filho. Em particular, Ele estava retratando Seu plano de redenção, por meio do qual os homens caídos poderiam vir até Ele e se reconciliar com Ele.

Retratando Seu plano deste modo, DEUS estava dizendo ao mundo que não há outro caminho para a salvação. Se nos recusarmos a vir até Ele de acordo com Sua santa vontade, seguindo o caminho que Ele especificou, nunca O encontraremos.

Isto significa que todas as outras religiões são falsas e nunca levarão a DEUS? Sim, é exatamente o que significa. Isto não é algo que as pessoas gostem de ouvir, mas é a mensagem do Tabernáculo.

A Lei definiu um padrão que homem algum — exceto CRISTO — conseguiu cumprir ("E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de DEUS, porque o justo viverá pela fé." [Gálatas 3:11]). A grande esperança no Pentateuco está, não na obediência à Lei, mas na promessa do Tabernáculo, representada pelo Propiciatório no Santíssimo Lugar.

A Lei, que era representada pelas duas tábuas de pedra, confirmava com força terrível que o homem estava sob uma sentença de morte e que não havia absolutamente nada que ele poderia fazer para salvar-se. A Lei permitiu que o homem visse que sua condição era até pior do que ele tinha anteriormente imaginado. Mas, as tábuas da Lei estavam guardadas dentro da Arca, de forma que a ira de DEUS, que elas continuamente autorizavam e convidavam, era mantida permanentemente sob controle pelo Propiciatório (uma tampa) que ficava sobre elas.

Os Dois Mantos

O Tabernáculo fala sobre CRISTO de formas inesperadas. Considere, por exemplo, os dois mantos que foram colocados sobre CRISTO imediatamente antes da crucificação:

"E os soldados o levaram dentro à sala, que é a da audiência, e convocaram toda a coorte. E vestiram-no de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos Judeus!" [Marcos 15:16-18].

"E logo os soldados do presidente, conduzindo JESUS à audiência, reuniram junto dele toda a coorte. E, despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate; e, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus. E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e batiam-lhe com ela na cabeça. E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado." [Mateus 27:27-31].

A palavra grega para "púrpura" em Marcos é porphyra, enquanto a palavra para escarlate em Mateus é kokkinos.
Apesar do fato de duas cores distintas serem mencionadas, alguns comentaristas, incluindo Gill e Barnes, acreditam que, como a mesma sequência de eventos está sendo descrita em ambos os Evangelhos, o mesmo manto está sendo referido a cada vez. Mas, a tipologia do Tabernáculo diz algo diferente. As quatro cores nos tecidos do Tabernáculo são as mesmas cores que CRISTO "vestiu" no dia de Sua crucificação. Além de sua túnica de linho branco, sobre o qual os soldados lançaram sortes, CRISTO foi despido e vestido sucessivamente pelos soldados da guarda pretoriana com dois mantos diferentes, um de cor púrpura e outro vermelho. A quarta cor — azul — é a cor do céu, um céu sem nuvens.

O Tabernáculo e a Igreja

Se o Tabernáculo lida com a santidade de DEUS, o estado caído do homem, os efeitos perniciosos do pecado, a necessidade de expiação, a morte e ressurreição de CRISTO e a redenção da humanidade, então ele tem muito a dizer sobre a igreja!

Comparando a atitude e práticas da igreja professa com os princípios santos incorporados no Tabernáculo, devemos ser capazes de dizer se, e em que extensão, a igreja se mantém fiel ao seu rumo prescrito.

 

 

 

SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 3 - REVISTA 2 TRIEMSTRE 2019

SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO - Seguindo a perspectiva apresentada na seção “Interagindo com o Professor”, reproduza o esquema abaixo, conforme as suas possibilidades, a fim de ilustrar o Pátio do Tabernáculo. (Manual do Pentateuco, CPAD, p.248).

 


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SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[...] Faz-se necessário examinar mais de perto alguns aspectos da obra redentora de CRISTO. Várias palavras bíblicas a caracterizam. Ninguém que leia as Escrituras de modo perceptivo pode fugir à realidade de que o sacrifício está no âmago da redenção, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A figura de um cordeiro ou cabrito sacrificado como parte do drama da salvação e da redenção remonta à Páscoa (Êx 12.1-13). DEUS veria o sangue aspergido e ‘passaria por cima’ daqueles que eram protegidos por sua marca. Quando o crente do Antigo Testamento colocava as suas mãos no sacrifício, o significado era muito mais que identificação (isto é: ‘Meu sacrifício’). Era um substituto sacrifical (isto é: ‘Sacrifico isto em meu lugar’)” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.352).

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
“A Palavra, não os Sentimentos
Que DEUS nos dê uma posição séria e decidida, na qual a carne e o sangue tenham de se render! Avançaríamos muito. Não seríamos movidos por nossos sentimentos.
O indivíduo ora por uma noite inteira e recebe uma bênção, mas amanhã, por ele não sentir exatamente o que acha que deve sentir, começa a murmurar. Desse modo, ele troca a Palavra de DEUS por seus sentimentos.
Deixe CRISTO fazer sua obra perfeita. Você tem de deixar de ser. Trata-se de algo difícil para você e para mim. Mas não é problema algum quando você está nas mãos do oleiro. Você está errado quando fica esperneando. Você está certo quando fica quieto e deixa DEUS formar você de novo.
Portanto, permita que hoje Ele o forme de novo e faça de você um vaso que aguentará a tensão” (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.76-77).

 

 

PARA REFLETIR - A respeito de “Entrando no Tabernáculo: o Pátio”, responda:
Em relação às tribos, em qual posição o Tabernáculo ficava posicionado?
O Pátio do Tabernáculo ficava no centro de todas as tribos de Israel.
O que está expresso em Êxodo 25.8?
O propósito divino resumido em Êxodo 25.8 era: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (cf. 29.45,46).
Por que podemos ter a segurança da salvação?
Ora, em CRISTO toda a justiça de DEUS foi satisfeita na obra expiatória; por isso temos a segurança da salvação (Rm 8.33-39).
O que CRISTO declarou a respeito dEle mesmo?
Ele mesmo declarou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9).
Quais eram as cores da cortina de entrada ao Pátio?
Azul, púrpura, carmesim e branco eram as cores da cortina de entrada ao Pátio.

 

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 78, p. 37.

 

SUGESTÃO DE LEITURA - O Tabernáculo e a Igreja, O Sábado, a Lei e a Graça e Teologia do Antigo Testamento (CPAD).

 

 

 

AJUDA BIBLIOGRÁFICA

Veja Lição 1 e 2

Abraão de Almeida - O TABERNÁCULO E A IGREJA - CPAD (principal fonte)

O Tabernáculo - Martyn Barrow

Os segredos do Tabernáculo de Moisés- Kevin J. Conner

O Tabernáculo e as suas lições por Gunnar Vingren - Gunnar Vingren

A Pessoa de CRISTO no Tabernáculo - Floyd Lee Gilbert

 

 

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Lição 13, O Sacerdócio Celestial

2º Trimestre de 2019 - O Tabernáculo - Símbolos da Obra Redentora de CRISTO - Comentário: Pr Elienai Cabral

Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454 - henriquelhas@hotmail.com

Para nos ajudar -

Caixa Econômica e Lotéricas - Agência 3151 operação 013 - conta poupança 56421-6 Luiz Henrique de Almeida Silva
Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2 Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva

 

 

Escrita  - https://ebdnatv.blogspot.com/2019/06/licao-13-o-sacerdocio-celestial-2tr19.html

Slides -  https://ebdnatv.blogspot.com/2019/06/slides-licao-13-o-sacerdocio-celestial.html SLIDES

https://www.youtube.com/watch?v=E0080oSK_yE  

 

 

LEITURA BÍBLICA - Hebreus 9.11-15; Apocalipse 21.1-4
Hebreus 9.11-15
11 - Mas, vindo CRISTO, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, 12 - nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. 13 - Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, 14 - quanto mais o sangue de CRISTO, que, pelo ESPÍRITO eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a DEUS, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao DEUS vivo? 15 - E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
Apocalipse 21.1-4
1 - E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2 - E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. 3 - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles e será o seu DEUS. 4 - E DEUS limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

 


OBJETIVO GERAL - Conscientizar de que JESUS CRISTO é o Sumo Sacerdote Perfeito.

 

  

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Assim como Israel teve a experiência da Nuvem de Glória, nós podemos ter uma experiência com a glória do Altíssimo por intermédio do seu bendito ESPÍRITO. É possível viver uma vida cheia do ESPÍRITO SANTO de DEUS. É possível ter experiências gloriosas com o nosso DEUS. Foi o que vimos na lição passada. Tudo isso foi possível porque o Sacerdote Celestial está conosco. Nele, somos o sacerdócio real, o Corpo de CRISTO chamado para servir. No Sacerdócio Celestial de CRISTO é que está fundamentado o sacerdócio universal dos crentes. Esse é o assunto desta lição.

 

 

PONTO CENTRAL - JESUS CRISTO é o Sumo Sacerdote Perfeito.

 

 

Resumo da Lição 13, O Sacerdócio Celestial
I – O SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE
1. CRISTO: o Sumo Sacerdote do Novo Testamento.

2. O sacerdócio coletivo dos cristãos.

3. JESUS CRISTO, o Sumo Sacerdote no céu.

II – O SACERDÓCIO UNIVERSAL DA IGREJA
1. Uma doutrina bíblica fundamentada na pedra que é CRISTO.

2. Distinguindo “a pedra”, que é CRISTO, de “pedras vivas” que são os crentes.

III – O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
1. O santuário terrestre.

2. O santuário celestial.

3. O sacrifício perfeito de CRISTO.

 

 

Resumo do Pr. Henrique da Lição 13, O Sacerdócio Celestial

 

INTRODUÇÃO

O TABERNÁCULO ORIGINAL E VERDADEIRO É NO CÉU. MOISÉS CONSTRUIU UMA CÓPIA.

Então levantarás o tabernáculo conforme ao modelo que te foi mostrado no monte. Êxodo 26:30
Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte. Êxodo 25:40
Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. Hebreus 8:5

 

JESUS É O SUMO SACERDOTE DESTE VERDADEIRO TABERNÁCULO E SEU SACERDÓCIO É DA ORDEM DE MELQUISEDEQUE

Assim também CRISTO não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei. Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque.
O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem; Chamado por DEUS sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:5-10

 

ESSE TABERNÁCULO CELESTIAL É A NOVA JERUSALÉM

Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos;
À universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a DEUS, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:22-24

E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles, e será o seu DEUS. E DEUS limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. Apocalipse 21:1-4

 

A IGREJA TEM COMO SUMO SACERDOTE JESUS E TODOS OS MEMBROS SÃO SACERDOTES E REIS ASSIM COMO JESUS É REI E SACERDOTE, POIS É SACERDOTE DA ORDEM DE MELQUISEDEQUE QUE É REI E SACERDOTE AO MESMO TEMPO.

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1 Pedro 2:9

E para o nosso DEUS nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra. Apocalipse 5:10

 

ARÃO NÃO PODIA SER REI E NENHUM SACERDOTE PODIA, MAS JESUS, SENDO DA ORDEM DE MELQUISEDEQUE, É REI E SACERDOTE AO MESMO TEMPO.

Chamado por DEUS sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:10
E tendo um grande sacerdote sobre a casa de DEUS, Hebreus 10:21

E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do DEUS Altíssimo. Gênesis 14:18

 


I – O SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE
1. CRISTO: o Sumo Sacerdote do Novo Testamento.

No romanismo cada líder é denominado sacerdote, porém não vemos na bíblia, Pedro, ou Tiago, ou João, ou Paulo, ou Barnabé, nenhum deles sendo chamado de sacerdote. Nosso sacerdócio é em CRISTO. Não existe esta classe eclesiástica na Igreja de JESUS CRISTO.

 

TEMOS:

 

DIÁCONOS

Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas. 1 Timóteo 3:12
Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; 1 Timóteo 3:8
Paulo e Timóteo, servos de JESUS CRISTO, a todos os santos em CRISTO JESUS, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:
Filipenses 1:1
Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em CRISTO JESUS. 1 Timóteo 3:13

 

PRESBÍTERO

O presbítero ao amado Gaio, a quem em verdade eu amo. 3 João 1:1
Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de CRISTO, e participante da glória que se há de revelar: 1 Pedro 5:1
Não aceites acusação contra o presbítero, senão com duas ou três testemunhas. 1 Timóteo 5:19
Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; 1 Timóteo 5:17
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; Tiago 5:14
Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: Tito 1:5

 

BISPO

Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo das vossas almas. 1 Pedro 2:25
Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 1 Timóteo 3:2
Paulo e Timóteo, servos de JESUS CRISTO, a todos os santos em CRISTO JESUS, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:
Filipenses 1:1
Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de DEUS, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; Tito 1:7
Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue. Atos 20:28


MINISTÉRIOS

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Efésios 4:11

 

NO ROMANISMO EXISTEM VÁRIOS INTERCESSORES COMO OS SACERDOTES, OS SANTOS E MARIA, PORÉM NA BÍBLIA SÓ FALA DE DOIS INTERCESSORES. UM NA TERRA E OUTRO NO CÉU.

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a DEUS, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25
E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos. Romanos 8:27
Quem é que condena? Pois é CRISTO quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de DEUS, e também intercede por nós. Romanos 8:34
E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Romanos 8:26

 

SÓ HÁ UM MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS

Porque há um só DEUS, e um só Mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO homem. 1 Timóteo 2:5
E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:24
Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Hebreus 8:6
E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Hebreus 9:15

 

 

 

2. O sacerdócio coletivo dos cristãos.

TODO SALVO FAZ PARTE DO SACERDÓCIO REAL EM CRISTO

“Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para DEUS e seu Pai, a ele, poder e glória para todo o sempre. Amém” (Ap 1.5,6).

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1 Pedro 2:9

Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a DEUS por JESUS CRISTO. 1 Pedro 2:5

 

Sacrifícios que nós crentes podemos fazer para a agradar a DEUS.

NOSSO CORPO - Jejum, oração, vigílias, etc...
Rm 12:1 ROGO-VOS pois irmãos, pela compaixão de DEUS, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional.

OFERTA MISSIONÁRIA E DÍZIMOS.
Fp 4:18 Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância: cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a DEUS.

SE OFERECER COMO MISSIONÁRIO E DAR A VIDA PELA OBRA DE DEUS.
2Tm 4:6 Porque eu já estou sendo oferecido o por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.

LOUVOR QUE CONFESSA A JESUS COMO SALVADOR E SENHOR
Hb 13:15 Portanto ofereçamos sempre por ele a DEUS sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.

AJUDA AOS NECESSITADOS. BOAS OBRAS DO CRENTE.
Hb 13:16 E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios DEUS se agrada.

ORAR EM LÍNGUAS, MINISTRAR DONS ÀS PESSOAS.

Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a DEUS 1Co 14.2

O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo 1Co 14.4

Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no ESPÍRITO SANTO Judas 20
1Pe 2:5 Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a DEUS por JESUS CRISTO.

ESSES SÃO ALGUNS EXEMPLOS SE SACRIFÍCIOS AGRADÁVEIS A DEUS.

 

 

 

3. JESUS CRISTO, o Sumo Sacerdote no céu.

“Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem” (Hb 8.1,2).

JESUS É NOSSO ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS

Porque há um só DEUS, e um só Mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO homem. 1 Timóteo 2:5
E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:24
Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Hebreus 8:6
E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Hebreus 9:15

JESUS É NOSSO ADVOGADO

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, JESUS CRISTO, o justo. 1 João 2:1

JESUS É NOSSO INTERCESSOR NO CÉU

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a DEUS, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25
Quem é que condena? Pois é CRISTO quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de DEUS, e também intercede por nós. Romanos 8:34


  

II – O SACERDÓCIO UNIVERSAL DA IGREJA
1. Uma doutrina bíblica fundamentada na pedra que é CRISTO.

JESUS É A PEDRA - GRANDE ROCHA - FIRME FUNDAMENTO - PEDRA DE TROPEÇO

Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse. Isaías 28:16

A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina. Salmos 118:22

Então ele vos será por santuário; mas servirá de pedra de tropeço, e rocha de escândalo, às duas casas de Israel; por armadilha e laço aos moradores de Jerusalém. Isaías 8:14

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as prática, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; Mateus 7:24
É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pôs os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre a rocha. Lucas 6:48

Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS CRISTO é a principal pedra da esquina; Efésios 2:20

 

 

2. Distinguindo “a pedra”, que é CRISTO, de “pedras vivas” que são os crentes.

 

(Strong Português)
Pedro - πετρος Petros
Pedro = “uma rocha ou uma pedra”
1) um dos doze discípulos de JESUS

 

(Strong Português)
Pedra πετρα petra
1) rocha, cordilheira de pedra, grande pedra

 

A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina. Salmos 118:22

Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Esta foi posta por cabeça de esquina; Marcos 12:10

JESUS É A PEDRA PRINCIPAL - PEDRA DE ESQUINA - A IGREJA ESTÁ FUNDADA NELE

chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com DEUS eleita e preciosa, Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a DEUS por JESUS CRISTO. 1 Pedro 2:4,5

JESUS É A CABEÇA DA IGREJA. CADA UM DE NÓS SOMOS PEDRINHAS NA CONSTRUÇÃO DE DEUS - A IGREJA

Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; Mateus 16:18 (Strong Português) - Pedro - πετρος Petros - Pedro = “uma rocha ou uma pedra” - 1) um dos doze discípulos de JESUS Strong Português) - Pedra πετρα petra - 1) rocha, cordilheira de pedra, grande pedra

PEDRO MESMO EXPLICA QUE CADA UM DE NÓS SOMOS PEDRINHAS NA CONSTRUÇÃO DE DEUS E A PEDRA PRINCIPAL, DE ESQUINA, É JESUS.

Qualquer pessoa pode ser uma pedrinha na construção do edifício de DEUS - a Igreja. Basta se arrepender de seus pecados aceitando a JESUS como único Salvador e Senhor, crendo que ELE morreu por nós na cruz do calvário e ressuscitou e está a direita do PAI onde intercede por nós.

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Romanos 10:9

Porque há um só DEUS, e um só Mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO homem. 1 Timóteo 2:5

Mas DEUS, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Atos 17:30

 

 

III – O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO
1. O santuário terrestre.

No santuário terrestre, o Tabernáculo, as atividades litúrgicas eram executadas em três lugares: o Pátio (Átrio), onde estavam o Altar de Holocausto e a Pia de Bronze; o Lugar SANTO, onde estavam o Candelabro, A Mesa dos Pães da Proposição e o Altar de Incenso; e o Lugar Santíssimo, onde estavam a Arca da Aliança (contendo as tábuas da lei, o vaso contendo o Maná e a Vara de Arão que floresceu) e a tampa da Arca toda de Ouro, denominada Propiciatório, tendo em suas extremidades dois Querubins com suas asas se encontrando no meio da Arca.

O Pátio era descoberto, mas o Lugar SANTO e o Lugar Santíssimo achavam-se cobertos com cortinas nas cores Azul, Branco, Violeta e Vermelho.

A mobília que compunha o Lugar SANTO era constituída do Castiçal de Ouro, da Mesa dos Pães da Proposição e do Altar de Incenso.

Toda essa imagem tem uma relação especial com o ministério sacerdotal de JESUS CRISTO no Santuário Celestial (Jo 8:12; Jo 6.35; 17.1-26; Hb 7.25).

Falou-lhes, pois, JESUS outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. João 8:12

Eu sou o pão da vida. João 6:48

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a DEUS, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25

 

2. O santuário celestial.

O TABERNÁCULO ORIGINAL E VERDADEIRO É NO CÉU. MOISÉS CONSTRUIU UMA CÓPIA.

Então levantarás o tabernáculo conforme ao modelo que te foi mostrado no monte. Êxodo 26:30
Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte. Êxodo 25:40
Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. Hebreus 8:5

 

JESUS É O SUMO SACERDOTE DESTE VERDADEIRO TABERNÁCULO E SEU SACERDÓCIO É DA ORDEM DE MELQUISEDEQUE

Assim também CRISTO não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei. Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque.
O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem; Chamado por DEUS sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:5-10

 

ESSE TABERNÁCULO CELESTIAL É A NOVA JERUSALÉM

Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos;
À universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a DEUS, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:22-24

E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de DEUS descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles, e será o seu DEUS. E DEUS limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. Apocalipse 21:1-4

 

Este Tabernáculo que não foi feito por mãos humanas (Hb 9.11). É o lugar onde DEUS habitará com os homens para sempre (Ap 21.3). CRISTO JESUS garantiu-nos essa bênção quando, na consumação de seu sacrifício, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo. Assim, o caminho para o Tabernáculo Celestial foi aberto; nosso acesso já está garantido.

Não se turbe o vosso coração; credes em DEUS, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. João 14:1-3

Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 1 Tessalonicenses 4:17

 

 

3. O sacrifício perfeito de CRISTO.

O sacrifício de JESUS CRISTO foi suficiente e eterno (Hb 9.24).

 

"Porque CRISTO não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de DEUS";

JESUS subiu ao céu para oferecer a DEUS seu precioso sangue da Nova e Eterna Aliança, não num santuário terrestre e feito por mãos humanas.

Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar. Hebreus 8:13
E a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Hebreus 12:24
Ora, o DEUS de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor JESUS CRISTO, grande pastor das ovelhas, Hebreus 13:20

 

 

"Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes",

Arão precisava oferecer sacrifícios por ele mesmo, pois era pecador, porém JESUS nunca pecou, portanto não precisava oferecer sacrifícios repetidos por Ele mesmo.

Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Hebreus 4:15

 

 

"como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio";

JESUS não entrou com sangue alheio, de animais, no santuário celestial, mas com seu próprio sangue. ELE decidiu morrer por nós, o animal não decidia isso.

O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo. 1 Timóteo 2:6
O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras. Tito 2:14

Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai. João 10:17,18

 

 

"De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo".

Se JESUS tivesse pecado teria que oferecer sacrifício por si mesmo.

Se JESUS fosse pecador e da ordem de Arão teria que ser substituído depois de sua morte.

Todo ano teria JESUS de repetir seu sacrifício se fosse feito como pecador e com sangue de animais.

 

 

Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.

JESUS veio na época certa, no ano certo, no dia certo, na hora certa, para fazer seu sacrifício perfeito e assim desfazer o poder do pecado, se fazendo pecado em nosso lugar. Ele levou não só nossos pecados, como nossas doenças e enfermidades.

Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido. Isaías 53:4
Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças. Mateus 8:17

 

 

E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,

Não é o sacrifício de um animal apenas, mas de um homem que só pode morrer uma vez. JESUS foi justificado no ESPÍRITO.

E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: DEUS se manifestou em carne, foi justificado no ESPÍRITO, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória. 1 Timóteo 3:16

 

Assim também CRISTO, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação. Hebreus 9:24-28

JESUS vem nos buscar para vivermos eternamente com ELE na Nova Jerusalém.

 

 

CONCLUSÃO
Uma vez que o Tabernáculo mosaico passou, temos agora um santuário maior, um sacrifício suficiente e uma salvação definitiva.

santuário maior - No céu - A Nova Jerusalém.

um sacrifício suficiente - JESUS morreu por nós.

uma salvação definitiva - Aceitando a JESUS se recebe a salvação. Cuidado para não perder uma tão grande salvação.

Na Aliança Antiga, as pessoas comuns não tinham acesso direto ao SANTO dos Santos; na Nova Aliança, qualquer pessoa, independente de etnia ou classe, mediante CRISTO JESUS, pode entrar na presença de DEUS pelo novo e vivo caminho (Hb 10.20).
E rasgou-se ao meio o véu do templo. Lucas 23:45
E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo. Marcos 15:38

Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, Hebreus 10:20.

 

Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Romanos 15:4

Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; Testificando também DEUS com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do ESPÍRITO SANTO, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:3,4

 

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO I - JESUS é o Sumo Sacerdote do Novo Testamento, e os cristãos são seus sacerdotes.

SÍNTESE DO TÓPICO II - O Sacerdócio Universal da Igreja é uma doutrina bíblica fundamental.

O véu do templo rasgou-se de alto à baixo. Assim, o caminho para o Tabernáculo Celestial foi aberto; nosso acesso já está garantido.

SÍNTESE DO TÓPICO III - O santuário terrestre apontava para o celestial em que o sacrifício de CRISTO é perfeito.

 

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Chegamos ao final de mais um trimestre. Antes de iniciar a aula, separe um tempo para fazer uma revisão panorâmica do trimestre. É importante que você faça um pequeno resumo das 12 lições. Lembre-se de que esse o período de revisão, junto ao conteúdo novo, garante o processo de ensino-aprendizagem. Enfatizamos aqui ser necessário a cada lição que o aluno tenha a noção do todo do trimestre. Mostre a ele que as lições estão ordenadas logicamente. Assim, você pode iniciar a última lição trimestral.
Podemos afirmar que o sacerdócio universal dos crentes, em primeiro lugar, está fundamentado na pedra que é CRISTO JESUS, nosso Sumo Sacerdote.

 

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Na adoração pentecostal, mormente através da manifestação de todos os dons do ESPÍRITO, transcendemos a rotinização que tão facilmente ocorre em nossa vida. Nossas tendências à racionalização devem ser contrabalançadas por encontros genuínos com DEUS que nos deixam ministrar no ESPÍRITO. Nessa arena da ‘transcendência vivida na prática’, conhecemos o Bom Pastor, e alcançamos intimidade com Ele, pois sua própria natureza é da interação com a sua criação, e leva-nos em direção aos seus propósitos no ministério da reconciliação.
A comunidade pentecostal, na adoração, está, na realidade, envolvendo-se num ministério a DEUS, por reconhecer a sua soberania sobre o Universo. Através do batismo no ESPÍRITO SANTO e do envolvimento contínuo no falar noutras línguas, os pentecostais participam de uma atividade de adoração que edifica os alicerces de um ministério cristocêntrico” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.599).

 


SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
“O Fundamento
Se desejamos progredir na vida com DEUS, temos de ter um fundamento genuíno. Não há outro fundamento, exceto o fundamento da fé. Todos os nossos movimentos e todas as coisas que nos chegam – que tenham alguma importância –, acontecerão porque estamos sobre uma rocha. Se você está na Rocha, nenhum poder pode movê-lo. A necessidade hoje é que nossa fé esteja firmada na Rocha.
Sua fé tem de ter algo em que se firmar.
Se você construir sobre qualquer outro fundamento que não seja sobre a Palavra de DEUS – em imaginações, em sentimentalismos, em alguma alegria especial ou qualquer outro tipo de emoção –, não significará nada para você sem o fundamento da Palavra de DEUS” (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.96).

 


PARA REFLETIR - A respeito da lição “O Sacerdócio Celestial”, responda:
A quem se refere a palavra “sacerdote” no Novo Testamento? A palavra “sacerdote” não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio CRISTO, que se constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido.
O que o texto de Hebreus 8.1,2 revela? Ele revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial.
De acordo com Paulo e Pedro quem é a pedra? Ambos os apóstolos afirmam, mediante o ESPÍRITO SANTO, que CRISTO é a “pedra”.
Se CRISTO é a pedra de esquina, o que são os crentes? Se CRISTO é a principal pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande edifício (1 Pe 2.4).
Foi preciso haver mais de um Calvário? Justifique a sua resposta. Não. A Palavra de DEUS mostra que o sacrifício de JESUS CRISTO foi suficiente e eterno (Hb 9.24).

 


CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 78, p42.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA - Igreja: Lugar de Soluções; A Igreja dos Apóstolos e Sua Igreja Está Preparada?



AJUDA BIBLIOGRÁFICA

Teologia Sistemática de Charles Finney

BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.

Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.

CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. 

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearman - Editora Vida

Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.

Comentário Bíblico TT W. W. Wiersbe

Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - Warren W. Wiersbe

CRISTOLOGIA - A doutrina de JESUS CRISTO - Esequias Soares - CPAD

Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA

http://www.gospelbook.net, www.ebdweb.com.br, http://www.escoladominical.net, http://www.portalebd.org.br/, Bíblia The Word.

O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Peq. Enc. Bíb. - Orlando Boyer - CPAD

Revista Ensinador Cristão - CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

Teologia Sistemática Pentecostal - A Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto - CPAD

Teologia Sistemática - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - A Salvação - Myer Pearman - Editora Vida

Teologia Sistemática de Charles Finney

HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
Levítico - introdução e comentário - R.K.Harrinson - Série Cultura Bíblica - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - São Paulo - SP

Abraão de Almeida - O TABERNÁCULO E A IGREJA - CPAD (principal fonte)

O Tabernáculo - Martyn Barrow

Os segredos do Tabernáculo de Moisés- Kevin J. Conner

O Tabernáculo e as suas lições por Gunnar Vingren - Gunnar Vingren

A Pessoa de CRISTO no Tabernáculo - Floyd Lee Gilbert

 

  

 

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Ver se tem alguma coisa para aproveitar

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lucas 2.1-7

1 E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse. 2 (Este primeiro alistamento foi feito sendo Cirênio governador da Síria.) 3 E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. 4 E subiu da Galileia também José, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), 5 a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida.
6 E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. 7 E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.

 

OBJETIVO GERAL
Mostrar que a vinda de JESUS CRISTO ao mundo é uma prova do amor de DEUS.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

Apresentar o nascimento de JESUS no contexto profético.

Conhecer como se deu o anúncio do nascimento de JESUS segundo Lucas.

Explicar o porquê de o nascimento de JESUS ter ocorrido entre os pobres.

Mostrar o nascimento de JESUS dentro do judaísmo.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Na lição de hoje estudaremos a respeito do nascimento do Filho de DEUS.

É importante lembrar que quando JESUS veio ao mundo, a Palestina estava debaixo do jugo do Império Romano. César Augusto era o imperador. Os imperadores romanos eram vistos por todos como um deus. Porém, o Rei dos reis em breve nasceria. JESUS nasceu em um lugar simples, em um estábulo. Seu berço não foi de ouro, foi uma simples manjedoura. Ele abriu mão de toda a sua glória para vir ao mundo salvar todos os perdidos. JESUS veio revelar-se aos piedosos e às minorias.

O decreto de César Augusto de que todos teriam que se alistar a princípio parece algo ruim para José e Maria, mas na verdade é uma prova de que DEUS controla a história. Tudo contribuiu para que as profecias se cumprissem e o Filho de DEUS nascesse em Belém (Mq 5.2).

 

PONTO CENTRAL

JESUS veio ao mundo como um de nós para salvar os perdidos.

 

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO 

Lucas narra o nascimento de JESUS, situando-o no contexto das profecias bíblicas e do judaísmo dos seus dias. O "silêncio profético", que já durava quatrocentos anos, foi rompido pelas manifestações divinas na Judeia. A plenitude dos tempos havia chegado e o Messias agora seria revelado!

O nascimento de JESUS significava boas novas de alegria para todo o povo.  Os pobres e os piedosos seriam os primeiros a receberem a notícia. Dessa forma, DEUS mostrava que a salvação, por Ele provida, alcançaria a todos os homens.

  

I - O NASCIMENTO DE JESUS NO CONTEXTO PROFÉTICO

1. Poesia e profecia.

2. A restauração do ESPÍRITO profético.

II - O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JESUS 

1. Zacarias e Izabel.

2. José e Maria.

III – O NASCIMENTO DE JESUS E OS CAMPONESES

1. A nobreza dos pobres. 

2. A realeza do Messias. 

IV - O NASCIMENTO DE JESUS E O JUDAÍSMO

1. Judeus piedosos.

2. Rituais sagrados

 

SÍNTESE DO TÓPICO I - O nascimento de JESUS se deu na plenitude dos tempos, cumprindo todas as profecias bíblicas.

SÍNTESE DO TÓPICO II - O anjo Gabriel anunciou a Maria o nascimento do Filho de DEUS.

SÍNTESE DO TÓPICO III - Os pastores que estavam no campo foram os primeiros a saber que o Filho de DEUS havia nascido.

SÍNTESE DO TÓPICO IV - José e Maria, como pais piedosos, seguiram todos os rituais do judaísmo no nascimento de JESUS.

 

CONHEÇA MAIS

*O  local de nascimento do Salvador

"JESUS nasceu em Belém, ao sul de Jerusalém, mas passou a infância e juventude em Nazaré, cidade próxima ao mar da Galileia, no norte. Belém, o lugar onde JESUS nasceu, é hoje uma região em conflito." Para conhecer mais leia Guia Cristão de Leitura da Bíblia, CPAD, p. 21.

 

PONTO CENTRAL

JESUS veio ao mundo como um de nós para salvar os perdidos.

 

Na plenitude dos tempos, JESUS veio ao mundo. Ele é o Messias

No anúncio do nascimento de JESUS, um anjo do Senhor é enviado especialmente aos camponeses pobres que pastoreavam os seus rebanhos no campo.

Lucas lembra o fato de que CRISTO nasceu em Belém, cidade de Davi, cumprindo dessa forma a profecia bíblica.

 

SUBSÍDIO HISTÓRICO 

"O censo consistia no alistamento obrigatório dos cidadãos no recenseamento, o que servia de base de cálculo para os impostos. Quirino era governador do Império legado pela Síria, em d.C., mas este pode ter sido seu segundo mandato. Além disso, Lucas fala do censo que trouxe José e Maria a Belém como um prote (que provavelmente signifique, aqui, 'o anterior' e não o 'primeiro'). Assim, o ano de nascimento de CRISTO continua a ser objeto de debate" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 653).

SUBSÍDIO DIDÁTICO I

Professor, converse com os alunos explicando que jamais devemos adorar a Maria, todavia, não podemos deixar de reconhecer seu valor. Afinal, ela foi escolhida para ser mãe do Filho de DEUS. Esta escolha está certamente baseada num caráter de especial dignidade. Sua pureza, humildade e ternura são um exemplo para todos os crentes que desejam agradar a DEUS (Adaptado de: PEARLMAN, Myer. Lucas: O Evangelho do Homem Perfeito. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 27).

SUBSÍDIO DIDÁTICO II

Professor, antes de iniciar a explicação do tópico, faça a seguinte indagação: “Por que os pastores foram os primeiros a saber do nascimento do Messias?” “Por que os sacerdotes e escribas não foram os primeiros a  saber?” Ouça os alunos e incentive a participação de todos. Explique que os pastores faziam parte de uma classe social bem simples. Eles eram pobres. As Boas-Novas de salvação não foram anunciadas primeiro aos poderosos e nobres, mas aos humildes, pobres, a pessoas comuns do povo, mostrando que CRISTO veio ao mundo para todos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"A legislação sobre o parto" (2.21-24). O texto em Levítico 12.1-5 registra o compromisso materno de oferecer um sacrifício para o ritual de purificação após o nascimento da criança. Foi para dar cumprimento a esse dispositivo legal do Antigo Testamento que a família se dirigiu ao Templo (veja também Lv 12.6-8)" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 653).

"Lucas descreveu como o Filho de DEUS entrou na História. JESUS viveu de forma exemplar, foi o Homem Perfeito. Depois de um ministério perfeito, Ele se entregou como sacrifício perfeito pelos nossos pecados, para que pudéssemos ser salvos.

JESUS é o nosso Líder e Salvador perfeito. Ele oferece perdão a todos aqueles que o aceitam como Senhor de suas vidas e creem que aquilo que Ele diz é a verdade" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1337).

 

PARA REFLETIR 

Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

 

De que forma devem ser entendidos os cânticos de Zacarias e Maria?

Eles devem ser entendidos como sendo de natureza profética. Esses cânticos contextualizam o nascimento de CRISTO dentro das promessas de DEUS ao seu povo.

Como era o relacionamento de José e Maria antes da anunciação angélica?

Eles eram noivos.

De que forma a lição conceitua os pobres?

Os pobres são os carentes tanto de bens materiais como espirituais.

De acordo com a lição, qual o propósito de Lucas mostrar JESUS cumprindo rituais judaicos?

Lucas deseja mostrar que JESUS, como Homem Perfeito, se submeteu e cumpriu os rituais judaicos, tendo, com isso, cumprido a Lei.

Dentro de que contexto Lucas procura situar o nascimento de JESUS?

Lucas procura situar o nascimento de JESUS dentro do contexto histórico.

 

CONSULTE

Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 38.

Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição.

 

SUGESTÃO DE LEITURA

Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento - CPAD

Um Mestre Fora da Lei - CPAD

Pequena Enciclopédia Bíblica - CPAD

 

Comentários de vários livros com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique

Quando Nasceu JESUS? A melhor estimativa é 29 de setembro de 5 a.C.
Como? Não é a 25 de dezembro do ano zero?
Veja abaixo  por que não. Otto Amaral (*) 

Recomendamos que você leia, depois deste, o artigo NATAL A 25 de DEZEMBRO: DE ONDE VEIO ESSA DATA? Ele oferece evidências sobre a forma através da qual essa mudança ocorreu e as suas razões.  

Estudiosos da Bíblia prontamente nos respondem à pergunta acima dizendo que, muito provavelmente NÃO foi 25 de dezembro do ano zero. Por quê? Vejamos.

Quando os pastores estão nos campos?

Meteorologistas israelenses pesquisaram, por muitos anos, os padrões do tempo em dezembro e concluíram que o clima em Israel foi constante nos últimos 2.000 anos. O livro The Interpreter’s Dictionay of the Bible (Dicionário de Interpretação Bíblica) declara que “de um modo geral, os fenômenos climáticos, assim como as condições atmosféricas como mostrados na Bíblia correspondem à realidade observada hoje”(RBY Scott, vol. 3, Abingdon Press, Nashville, 1962, pág. 625).

A temperatura média na área de Belém em dezembro é de 7 graus Centígrados, mas pode cair até abaixo do ponto de congelamento da água, especialmente à noite. Descrevendo a temperatura ali, Sara Ruhin, chefe do Serviço Meteorológico de Israel, declarou, em um a notícia veiculada em 1990 pela imprensa, que aquela área apresentara três meses de geadas: dezembro (com 1,6 C negativo), janeiro (1,1 C negativo) e fevereiro (0 C).

Neve é comum por dois ou três dias em Jerusalém e nas proximidades de Belém em dezembro e janeiro. Esses eram os meses de inverno, de elevados índices de precipitação (muitas chuvas) quando as estradas, nos tempos bíblicos, ficavam praticamente inutilizáveis e as pessoas permaneciam dentro de casa, sempre que possível.

Essa constatação é uma evidência importante a reprovar dezembro como o mês de nascimento de JESUS CRISTO. Perceba que, na época do nascimento de JESUS, os pastores mantinham seus rebanhos nos campos à noite. “Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite” (Lucas 2:8). Era prática comum entre os pastores deixar os rebanhos nos pastos de abril até outubro, mas nos meses frios e chuvosos, os rebanhos eram trazidos de volta para os estábulos e ali abrigados.

Um comentário admite que, “como os pastores não haviam ainda levados seus rebanhos para os estábulos, é de se presumir que outubro ainda não havia começado e que, consequentemente, nosso Senhor não nasceu em 25 de dezembro, quando já não existem rebanhos nos campos! Não pode ele haver nascido depois de setembro, quando os rebanhos já não se encontravam mais nos campos à noite.  Efetivamente, a hipótese do nascimento de JESUS em dezembro precisa considerar esses fatos. A alimentação dos rebanhos à noite nos campos é um fato cronológico, que projeta considerável luz sobre esse ponto controverso” (Commentary, de Adam Clark, Abingdon Press, Nashville, nota sobre Lucas 2:8).

http://www.restaurarnt.org/quandojesusnasceu.html

 

O evangelista, doutor Lucas, o médico amado, escreveu a história do nascimento de JESUS CRISTO, paralelamente, a de João Batista. Podemos chamar de histórias dos nascimentos dos dois meninos, pois, em primeiro lugar, Lucas apresenta os anúncios do nascimento de João Batista e de JESUS CRISTO (Lc 1.5-25, cf. w.26-38); depois, a visita de Maria a Isabel (Lc 1.39-45); o cântico de Maria e a informação de que ela passará três meses na casa de sua prima Isabel (Lc 1.46-56); em seguida, a narrativa do nascimento de João Batista (Lc 1.57-66); o cântico de Zacarias, seu pai (Lc 1.67-80); depois, a narrativa do nascimento de JESUS CRISTO (Lc 2.1-7); logo mais, a chegada dos pastores de Belém (Lc 2.8-20); em seguida, a circuncisão e a apresentação de JESUS no Templo (Lc 2.21-24); a alegria de Simeão e da profetisa Ana com o nascimento do Salvador (Lc 2.25-38); e o encontro de JESUS com os doutores da Lei, no Templo, aos doze anos de idade (Lc 2.39-52).

Nas seções narrativas dos anúncios natalícios sobre JESUS CRISTO e João Batista, e de seus respectivos nascimentos, os grandes hinos presentes na narrativa lucana tomou um vulto grandioso na História da Igreja: o Magnificat, cântico de Maria exaltando a DEUS pelas suas obras (1.46-55); o Benedictus, o cântico de Zacarias quando bendiz o DEUS de Israel e profetiza sobre o ministério de João Batista (1.68-79).

As narrativas dos nascimentos de JESUS e de João têm o objetivo de deixar claro, desde o início da obra evangélica, a importância suprema da pessoa JESUS CRISTO. Enquanto João tinha pai e mãe, e fora fruto do relacionamento entre Zacarias e Isabel, a narrativa igualmente deixa claro que a mãe de JESUS, Maria, não conheceu homem algum. E que o Filho de DEUS fora concebido no ventre de Maria pela obra do ESPÍRITO SANTO.

No Benedictus, o cântico de Zacarias, João Batista foi profetizado como o precursor do Messias, JESUS, o Salvador do Mundo. O grande profeta foi reconhecido pelo povo e por Herodes. João Batista descortinou o caminho do Filho de DEUS para o arrependimento do povo, após apresentá-lo a fim de que esse povo reconhecesse o Filho de DEUS, o desejado entre as nações.

É importante que o estudante da Bíblia compreenda a forma como as narrativas do Evangelho de Lucas estão estruturadas, pois ela apresenta uma estrutura que faz sentido na forma como JESUS CRISTO é apresentado a partir do capítulo 3 do Evangelho.

Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 62, p. 38.
 

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO

Após uma rápida introdução (1.1-4), Lucas relata o anúncio dos anjos com respeito aos nascimentos vindouros de João Batista (w 5-25) e de JESUS (w. 26-38), narra a alegria das duas parentas, Isabel e Maria (vv. 39-45) e inclui uma cópia do magnífico cântico de louvor, em forma de poema, “o cântico de Maria”, comumente conhecido como “o Magnificat” (w. 46-56). Lucas descreve as circunstâncias extraordinárias do nascimento de João e o sentimento pela expectativa criada na região (vv. 57-66). Finalmente, Lucas inclui uma declaração profética de Zacarias, o pai de João, ao identificar a missão de seu filho como o precursor do Messias {w. 67-80). Ao juntar todo esse material, muitos dos quais exclusivos de seu Evangelho, Lucas chama a atenção para o clima de expectativa que DEUS começava a criar entre seu povo como preparativo para o aparecimento do Salvador. Todavia, o autor também chama nossa atenção para as magníficas características de Maria e Isabel, mulheres de fé e compromisso.

RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 652.

 

Neste capítulo, temos um relato do nascimento e da infância do nosso Senhor JESUS, pois a sua concepção, e o nascimento e a infância do seu precursor já tinham sido assunto do capítulo anterior. Aqui, o Primogênito vem ao mundo; vamos encontrá-lo com nossas hosanas, Bendito o que vem. Aqui temos:

I. O lugar do seu nascimento, e outras circunstâncias, que provavam que Ele era o verdadeiro Messias, e alguém como nós necessitávamos, mas não alguém como os judeus esperavam, vv. 1-7.

II. O aviso do seu nascimento aos pastores daquela região, levado por um anjo; o cântico de louvor que os anjos entoaram naquela ocasião, e a propagação da notícia do seu nascimento pelos pastores, w. 8-20.

III. A circuncisão de CRISTO, e o nome que lhe foi dado, v. 21.

IV. A apresentação do menino JESUS no templo, vv.22-24.

V. Os testemunhos de Simeão, e Ana, a profetisa, a respeito dele, w . 25-39.

VI. O crescimento e a capacitação de CRISTO, w. 40-52.

VII. Seu comparecimento à Páscoa, aos doze anos de idade, e a sua conversa com os doutores no templo, vv. 41-51.

É isto, juntamente com o que já encontramos (capítulos 1 e 2 do Evangelho de Mateus), é tudo o que sabemos a respeito do nosso Senhor JESUS, até que Ele iniciou a sua obra pública, aos trinta anos de idade.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 526.

 

 

1 - O NASCIMENTO DE JESUS NO CONTEXTO PROFÉTICO

1. POESIA E PROFECIA.

O Magnificat (1.46-56). Alguns questionam se uma jovem e inculta criatura poderia compor esse magnífico poema profético. Não obstante, Maria estava bem familiarizada com as passagens do Antigo Testamento, pois as ouvia nos momentos de louvor na sinagoga e em sua casa. Maria, sem dúvida alguma, sabia tudo sobre a visita do anjo e pode ter escrito seu salmo durante semanas, orientada pelo ESPÍRITO que falava através dela. Seu poema em formato de louvor é dividido em quatro partes distintas. 1) louvor e agradecimento pessoal (w. 46-48); 2) celebração aos atributos de DEUS (w. 49,50); 3) proclamação da correção da injustiça (w. 51-53); e 4) louvor pela misericórdia demonstrada a Israel (vv. 54,56).

O Benedictus (1.67-80). O poema profético de louvor de Zacarias a DEUS, pelo Messias (vv. 68-75) e o papel de seu filho, João (w. 76-79).

RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 652.

 

O Cântico de Maria: Magnificat, 1:46-55.

Foi dado o nome do Magnificat , termo latino equivalente à primeira palavra do texto grego, megalúno 3170 (amplia ou "maravilhoso").

Magnificat 1:46-55

Magnificat é o nome que tem sido chamado o cântico de Maria. O termo Magnificat é latim e significa "amplia" ou "magnífico", que é a primeira palavra que Maria usou neste cântico de louvor a DEUS.

O Magnificat é um cântico de louvor à grandeza de DEUS. Exaltar acima de todas as manifestações de Seu amor e poder em favor dos pobres e desprezados. Minimiza o poder do "potente". Seu vocabulário é radical e claro. Contém um fundo baseado no AT (como as canções de Zacarias e Simeão), constituindo um mosaico de textos do AT (Salmos dos pobres de Javé, Sofonias, entre outros), que se destaca como ponto de partida para a música de Ana (1 Sam. 2: 1-10).

A vida poderosa e arrogante em suas próprias forças de segurança e os bens serão destronados (vv. 51, 52a). Mas o humilde, acostumado a se curvar diante do rico, e cujos direitos são espezinhados e permanentemente manchados, será exaltado (v. 52b). Os famintos e necessitados recebem a abundância, enquanto os ricos serão despojados de sua riqueza (v. 53).

Os chamados orgulhosos, poderosos e ricos são a classe alta da nação judaica, representada pelos fariseus, saduceus, dos principais sacerdotes e os ricos da oligarquia sacerdotal. Os humildes e famintos são pessoas como Zacarias, Simeão, Ana, Lázaro e suas irmãs, e todos os que em Lucas são os verdadeiros protagonistas da história: os marginalizados. Tudo só aconteceu após o anúncio de João e JESUS.

O Magnificat é intervalo entre o tempo de espera (AT) e tempo de realização (NT). Testemunhar a alegria e a gratidão dos pobres, que esperam e confiam na ação de DEUS.  É evidente o sinal constante por trás do julgamento e redenção. Nesta canção, Maria louva a DEUS por sua graça para com ela, os pobres (ênfase principalmente de Lucas) e ao seu povo Israel. Esta é a estrutura da Magnificat.

a. Atividade divina em favor de Maria, 1: 46-50. Contém uma série de elementos que proporcionam uma unidade inegável. Primeiro de tudo, é a única parte do hino que se conecta à situação concreta de Maria (Anunciação e visitação), e manifesta a sua dimensão pessoal, por exemplo: a minha alma (v 46), meu espírito e meu Salvador (v 47), seu servo, referindo-se a Maria, e de hoje em diante todas as nações me chamarão bem-aventurada (v 48): o Todo-Poderoso fez grandes coisas por mim (v 49). Nesta parte da música são acumulados  explicitamente vários títulos divinos, como Senhor (v 46), Salvador (v 47); Poderoso ys anto (v 49). Há um alto senso de propriedade e pertencimento interpessoal. Finalmente certos atributos de DEUS são destacados: (Vv 47, 48) graça, bondade e fidelidade; santidade e onipotência (v49); misericórdia (v 50).

Maria reconheceu a sua necessidade de um Salvador; ela louvou a DEUS por seus maravilhosos prodígios; e reconheceu a perfeita fidelidade de DEUS às suas promessas. Neste contexto de louvor, Maria revela suas convicções espirituais mais íntimos. 

b. Atividade Divina em favor dos pobres, 1: 51-53 . Esta parte é aparentemente menos conceitual do que a anterior, com um forte sentido sociológico. O assunto dos seis verbos é DEUS (se espalhou, fora, para cima, satisfez, demitido). O beneficiário em todos os casos, o homem é carente e marginalizado (Apoc. 13:18). Para a construção gramatical de verbos (aoristo sentencioso, indicando um procedimento usual), eles têm de traduzir o presente. Ou seja, aqui indicam uma constante na atividade divina através da história da salvação. Em uma palavra, DEUS exalta os pobres e abate os poderosos. O v. 51, contém o juízo divino histórico em seu aspecto negativo, DEUS com seu poder frustra os planos do arrogante. Esta constante na história da salvação é especificada como autêntico julgamento divino em duas categorias antitéticas: os ricos e poderosos, de um lado, e os humildes e com fome do outro.

c. Atividade de DEUS em favor de Israel, 1:54, 55 . Maria Aqui, novamente mudou a perspectiva. Centra agora a atividade salvadora de DEUS em Israel, com um claro senso de história, passando, assim, a salvação para coletiva. A razão para esse favor divino por seu servo (Pais 3816) Israel é a misericórdia (eleos 1656). DEUS (v 54b), e a fidelidade de suas promessas (v. 55).

O tema dos três verbos (ajudo, lembre-se, ele falou), mais uma vez é DEUS. E o personagem de salvação gratuita é suficientemente especificado tanto em misericórdia como pela fidelidade de DEUS às suas promessas.

Nessa aliança (cf. Gn 12, 1-3, 15, 17, 22:18; 26: 4; 28:14), DEUS havia prometido a Abraão uma bênção pessoal ("eu te abençoarei e farei o seu nome grande, e tú serás uma bênção"),  ("Farei de ti uma grande nação") é universal ("E em você todas as famílias da terra"). Isso significa que Maria estava ciente de que o nascimento de JESUS foi o cumprimento das promessas feitas a Abraão e ao seu povo, e através deles, a toda a humanidade (cf. Gal 3:16; Atos 3:25, 26).

No Magnificat - Maria não diz absolutamente nada para si mesma. Limitou-se a glorificar e exaltar o seu Senhor, Salvador e DEUS: "Fazei o que Ele vos disser" (Jo 2, 5). Este é o único registro bíblico onde Maria dá um comando (nas bodas de Caná), e isso é pedir à humanidade para obedecer a JESUS porque Ele é o Senhor.

O Cântico de Zacarias: Benedictus, 1:67-79. Ele é conhecido sob o nome de Bento, a primeira palavra na versão latina (o mesmo que o Magnificai). É uma canção cheia de citações e alusões ao AT. Na teologia de Lucas, o enchimento do ESPÍRITO SANTO está associado com a habilidade sobrenatural para proclamar a palavra de DEUS com poder (1:67). O ESPÍRITO de DEUS estava associado à profecia do Antigo Testamento, e essa perspectiva permaneceu em vigor até a vinda de JESUS. O tema central da canção é a salvação de DEUS. E o tom é solene, condizente com um estilo sacerdotal e profético.

Benedictus 1: 67-79

Essa música expressa por Zacarias veio a ser conhecido como o Benedictus , porque da primeira expressão em latim, no versículo 68 traduzida como "bendito seja." Acredita-se ter sido usado pela primeira vez este nome no ano de 253 d. C., por um monge chamado San Benito.

(A) Louve a DEUS pela salvação profetizou, 1: 67-72. Zacarias começa com a frase habitual da bênção judaica: Bendito seja o Senhor, DEUS de Israel (v 68). Zacarias associou profeticamente a "visitação" de DEUS com a "redenção" e consumação da salvação. É uma clara alusão ao envio do Messias, o Filho de Davi. A razão para a alegria de Zacarias é que agora é chegada a salvação do Senhor, conforme anunciado e aguardado por séculos. Literalmente, "Chifre" ou "uma salvação" (v. 69) é, sem dúvida, uma referência direta ao Messias, que em poucos meses haveria de nascer. Chifre é um conceito bíblico profético e apocalíptico significa "poder" ou "força" como o chifre de um animal poderia dar a vitória na batalha. Ele tem um significado paralelo ao de "força" Salmo 18: 2. E é uma linguagem belicosa para indicar a vitória do Salvador (Sal 132 .: 17). O v. 70 reflete o plano soberano de DEUS cuidadosamente projetado e socializado através dos profetas do Antigo Testamento; fato de que Zacarias era conhecedor por ser um sacerdote. Nos versos. 71, 72 Zacarias está descrevendo boa notícia da visitação para o povo de Israel, o libertador.  É um ato de libertação dos inimigos diretos de Israel, e os que os desprezam. É um ato de misericórdia da parte de DEUS às promessas feitas a Abraão e Davi, e para honrar sua santa aliança . Assim, DEUS está cumprindo a sua aliança.

(B) O louvor a DEUS pela salvação prometida, 1: 73-75 . Zacharias recorda e reenfatiza o coração da aliança abraâmica (v. 73). Transcende dois fatos de sua perspectiva: Qual é a razão do pacto ou aliança? e, qual é o propósito da aliança? ou o do pacto? A razão do pacto se encontra nas palavras: (V 74a) redenção, salvação ou libertação. E o propósito é servir ao Senhor, no contexto das três virtudes: sem medo (afóbos 870); em santidade (osiótes 3742) e justiça (dikaiosune 1343).

Além disso, Zacarias explica que o serviço está sendo feito, todos os dias (1: 74b, 75). Aparentemente relembra seus muitos anos à espera de "a" oportunidade de uma vida toda para servir no templo. Agora, ele pode perceber que todos podem servir a DEUS de forma permanente (não ocasional). A promessa da aliança com Abraão tinha a intenção de criar uma nova identidade e propósito no povo de Israel que foi redimido pelo poder de DEUS, para servir ao Senhor.

(C) Louve a DEUS pela salvação oferecida, 1: 76-79. Nesta parte da música, Zacarias centra-se no presente e aponta para a missão tanto de João como JESUS. O v. 76 e 77 definem a identidade e do ministério do precursor. Ele será o profeta do Altíssimo (1:76), que vai se destacar no palco da história, com dois objetivos específicos:

1) Para preparar os seus caminhos (1: 76b). Para gerar um novo êxodo para o povo de Israel (cf. Is 40, 3; Luc 3: 4 ss). João aparece, nesse sentido, como uma espécie de novo Moisés. A este respeito, deve-se notar que todas as festas judaicas apontam para o Messias. Prevendo que o refrigério chegara.

2) Para instruir as pessoas que a salvação consiste no perdão dos seus pecados (1:77) e, portanto, requer arrependimento pessoal e não se gabar ou confiar a sua identidade nacional e religiosa (comp. 3 : 8, 05:32, 13: 3, com Marcos 1: 4, 14, 15, Atos 2:38, 03:19, 26, 05:31).

Tesouro Bíblico

Bendito seja o Senhor, DEUS de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo (1:68). O vv. 78, 79, se referem a JESUS, o Messias. A causa ou razão essencial, ele deixa para o final de sua canção. A salvação é o resultado da misericórdia do nosso DEUS (v. 78). E será concretizado na história (porque a salvação é intrahistorical), por meio da luz da aurora ; outras maneiras de dizer o que pode ser "a aurora do alto"; "Rising Sun" ou "Sol da justiça" (cf. Ml. 4 :. 2, Sl 84:11.). É uma forma poética e profética para descrever JESUS, o Messias, o Filho de DEUS, que "nasceu" " visitados", um aoristo para fazer este paralelo, mais. tarde, com v. 68). Parece ser um jogo muito inteligente de palavras em grego que procura descrever o Messias como "reparação" ou "estrela" do Antigo Testamento (cf. Is 4: 2; 53: 2; Jeremias 23: 5; 33:15, Zacarias.3: 8; 6:12). O Senhor JESUS foi glorificado e fechou o cânon bíblico, assumiu o cumprimento dessa profecia em si mesmo: "Eu sou a raiz e a geração de Davi, a estrela brilhante da manhã" (Ap 22:16b). Zacarias tem dois bebês em sua mente, um já nascido, João, e o outro JESUS que vai nascer. Finalmente (v. 79), Zacarias requer dois aspectos da missão do Messias. O contexto dessa passagem é completamente messiânico (cf. Is 9: 1, 2, 6, 7, Luc. 4: 14-21.). Assim: (1) esclarecer os que jazem nas trevas e na sombra da morte (cf. Is 9, 2; Salmo 23: . 4 em João 10: 7-18, 1: 7-9, 8:12; 1 Jo 1. 5-7). Pecado distorce a vida humana e social, e cria injustiça e consequente morte. CRISTO vai iluminar a situação em que as pessoas vivem; condições de pobreza, marginalização e alienação. (2) dirigir os nossos pés no caminho da paz (Eirene 1515). Paz na Bíblia significa reconciliação, harmonia, integridade e vida plena em todos os sentidos possíveis. Esta parte está prevista por Isaías 9: 6, o Messias será chamado de Príncipe da Paz.

Daniel Carro; José Tomás Poe; Ruben O. Zorzoli. Comentário bíblico mundo hispano. Editora Mundo Hispanico. Casa Batista de Pulblicaiones.

 

 

 

2. A RESTAURAÇÃO DO ESPÍRITO PROFÉTICO.

O contexto profético

Já foi dito neste livro que Lucas demonstra um interesse ímpar na pessoa do ESPÍRITO SANTO e como Ele se relaciona com o ministério de JESUS. Lucas faz um desenho detalhado do contexto profético a fim de mostrar que o ESPÍRITO profético havia sido revivificado.

Os expositores bíblicos David W. Pao e Echard J. Schnabel denominam esse aspecto da teologia carismática de Lucas de “o alvorecer da era escatológica”, e escrevem:

“O surgimento de João Batista significa o retorno da profecia e dos atos salvíficos de DEUS na história, essa sessão destaca o despertar da era escatológica. A intensidade da presença do ESPÍRITO SANTO enfatiza essa afirmação: Isabel “ficou cheia do ESPÍRITO SANTO” (1.41), e assim também Zacarias (1.67). O ministério de João Batista é caracterizado como um ministério do ESPÍRITO (1.15). Simeão, que aguarda com expectativa a consolação de Israel (cf. Is 40.1), recebe o ESPÍRITO (2.25) e a revelação do ESPÍRITO SANTO de que “ele não morreria antes de ver o CRISTO da parte do Senhor” (2.26). Embora a presença do ESPÍRITO possa ser encontrada nos relatos de personagens do AT (e.g., Josué [Nm 27.18], Sansão [Jz 13.25], Davi (1 Sm 16.13], essa intensidade só encontra correspondência no acontecimento do Pentecostes, relatado no segundo volume de Lucas (At 2), no qual as promessas proferidas por João (Lc 3.16) e por JESUS (Lc 11.13; 12.12; At 1.8) são cumpridas. Esses acontecimentos apontam para o cumprimento de antigas promessas que falam do papel do ESPÍRITO no tempo do fim (v. esp. Is 32.14-17 [cf. Lc 24.49; At 1.8]; J1 2.28-32 [cf. At 2.17-21]), quando DEUS restaurará seu povo para sua glória (At 3.19-20)”.

A teologia de Lucas, portanto, tanto no terceiro evangelho como nos Atos dos Apóstolos é uma teologia da Salvação de DEUS. Durante seu ministério terreno, capacitado pelo ESPÍRITO SANTO, conforme o testemunho do terceiro evangelho, JESUS a proclamou (Lc 4.18; At 10.38). Glorificado à direita do Pai nos céus, e através do mesmo ESPÍRITO que outorgou aos que lhe obedecem, conforme o testemunho de Atos dos Apóstolos (At 2.33; 5.32), o Senhor está dando-lhes continuidade.

O ESPÍRITO SANTO sempre esteve presente na história do povo de DEUS. Ele esteve presente na história do antigo Israel, esteve presente no ministério de JESUS e dos apóstolos e agora está presente na igreja hodierna!

José Gonçalves. Lucas, O Evangelho de JESUS, o Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 32-33.

 

O Caráter de Simeão (Lc 2.25-27)

1. Justo. “Homem justo e piedoso”. Simeão era “justo” com respeito aos mandamentos de DEUS - vivia corretamente - e “piedoso” em seu relacionamento com seus semelhantes - amava ao Senhor e era espiritual. Chamariam-no os vizinhos “homem bom”, “generoso”, “misericordioso” e “benevolente”.

2. Esperançoso. “Esperava a consolação de Israel”, ou seja, a vinda do Messias. Havia entre os judeus piedosos da época a convicção de que a vinda do Messias não seria adiada por muito tempo (cf. Mc 15.43). Era comum a oração: “DEUS conceda que eu possa ver a consolação de Israel!”

3. Ungido pelo ESPÍRITO. “E o ESPÍRITO SANTO estava sobre ele”. Havia muito tempo, o ESPÍRITO SANTO deixara os líderes de Israel, e eles jaziam em meio à palha seca da formalidade. DEUS estava procurando almas humildes e consagradas, sedentas de retidão. Por vezes a morte de igrejas estabelecidas leva-o a despertar novos movimentos espirituais entre as pessoas humildes e simples. O reavivamento wesleyano é um exemplo.

4. Ensinado pelo ESPÍRITO. “Revelara-lhe o ESPÍRITO SANTO que não passaria pela morte antes de ver o CRISTO do Senhor”. Pessoas virtuosas e sinceras têm confundido o intenso anseio pela volta do Senhor como sinal de que o verão acontecer. No caso de Simeão, porém, houve genuína revelação de que o desejo do seu coração seria satisfeito.

5. Orientado pelo ESPÍRITO. “Movido pelo ESPÍRITO foi ao templo”. Um impulso secreto o fez dirigir-se ao santuário. Era um momento crítico, quando tudo dependia da sua obediência à voz de DEUS.

Myer Pearlman. Lucas, ó Evangelho do Homem Perfeito. Editora CPAD. pag. 51-52.

 

O testemunho que Simeão lhe dá é muito honorável, e este testemunho foi tanto uma reputação para o menino quanto um incentivo para os seus pais, e poderia ter sido uma feliz iniciação dos sacerdotes para uma intimidade com o Salvador, se estes sentinelas não estivessem cegos para as coisas de DEUS. Observe aqui:

1. A informação que nos é fornecida a respeito deste Simeão: Ele vivia em Jerusalém, e era conhecido por ser “justo e temente a DEUS” . Alguns homens instruídos, que têm profundo conhecimento dos autores judeus, dizem que houve, nesta época, um Simeão, um homem muito conhecido em Jerusalém, o filho de Hillel, e o primeiro a quem foi dado o título de Rabban, o maior título que era dado aos seus doutores, e que foi dado somente a sete deles. Ele sucedeu ao seu pai Hillel, como presidente do conselho que o seu pai tinha fundado, e do grande Sinédrio. Os judeus dizem que ele era dotado de um espírito profético, e que tinha sido expulso do Sinédrio por ter testemunhado contra a opinião corrente dos judeus a respeito de reino temporal do Messias; e, da mesma maneira, observam que não há menção dele na sua Mishna, ou livro de tradições, o que dá a entender que ele não foi adepto daquelas tolices. Uma objeção contrária a esta conjetura é o fato de que, nesta época, o seu pai, Hilel, ainda estava vivo, e ele mesmo viveu por muitos anos depois disto, como fica evidente pelas histórias dos judeus; mas, quanto a isto, aqui não está dito que ele fosse velho; e as suas palavras: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo”, indicam que ele estava preparado para morrer agora, mas não se pode concluir que, por isto, ele realmente morreu dentro de pouco tempo. O apóstolo Paulo viveu muitos anos depois de ter dito que a sua morte estava próxima, Atos 20.25. Outra objeção se refere ao fato de que o filho de Simeão era Gamaliel, um fariseu e inimigo do cristianismo; mas, quanto a isto, não é novidade que um amigo fiel de CRISTO tivesse como filho um fariseu fanático.

As informações que temos aqui sobre Simeão dizem que:

1) Ele era justo e devoto, “justo” com relação aos homens, e “temente a DEUS” ; estas duas qualidades sempre devem andar juntas, e cada uma delas deve auxiliar a outra, mas nenhuma poderá compensar a deficiência da outra.

2) Ele esperava “a consolação de Israel”, isto é, a vinda do Messias, pois somente nele a nação de Israel, que agora estava miseravelmente subjugada e oprimida, encontraria consolação. CRISTO não somente é o autor do consolo do seu povo, mas também a essência e a base dele, o consolo de Israel. Ele era esperado há muito tempo, e aqueles que acreditavam que Ele viria, continuavam aguardando-o, desejando a sua vinda, e esperando com paciência; e eu quase disse, com algum grau de impaciência, que estavam esperando que Ele viesse logo. Simeão sabia, pelos livros, como Daniel, que era chegado o tempo, e, portanto, agora havia uma expectativa maior do que nunca. Os judeus incrédulos, que ainda estão esperando aquele que já veio, usam como um juramento, ou uma declaração solene, as palavras: Isto e aquilo acontecerão, assim como eu espero ver a consolação de Israel. Observe que “a consolação de Israel” deve ser esperada, e vale a pena esperar por ela, e será muito bem-vinda àqueles que esperaram por ela, e continuam esperando.

3) “O ESPÍRITO SANTO estava sobre ele”, não somente como um ESPÍRITO de santidade, mas como um ESPÍRITO de profecia; ele estava cheio do ESPÍRITO SANTO, e por isto tinha a capacidade de falar das coisas que estavam acima de si mesmo.

4) Uma graciosa promessa tinha sido feita a ele, de que “não morreria antes de ter visto o CRISTO do Senhor”, o Messias, v. 26. Ele se perguntava a que tipo de tempo o ESPÍRITO de CRISTO, os profetas do Antigo Testamento se referiam, e se ele seria chegado agora; e ele recebeu este oráculo (pois é isto o que a palavra quer dizer) que “não morreria antes de ter visto” o Messias, “o Ungido do Senhor”. Observe que aqueles que tiveram, por fé, uma visão de CRISTO, e somente aqueles, podem encarar a morte com coragem, e olhá-la nos olhos, sem terror.

2. A oportuna vinda de Simeão ao templo, na ocasião em que CRISTO foi apresentado ali, v. 27. Justamente nesta ocasião, quando José e Maria trouxeram a criança, para registrá-la, como se fosse, no livro da igreja, entre os recém-nascidos, Simeão entrou no templo, por orientação do ESPÍRITO. O mesmo ESPÍRITO que tinha lhe possibilitado esta esperança, agora possibilitava o êxtase desta alegria. Ele ouviu um sussurro junto ao seu ouvido “Vá agora ao templo, e verá o que tanto deseja ver” . Observe que aqueles que desejam ver a CRISTO devem ir ao seu templo; pois “de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais”, Ele virá nos encontrar, e ali devemos estar preparados para encontrá-lo.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 532.

 

Simeão é descrito como justo. Também o era José, o esposo de Maria (Mt 1.29); e o era a própria Maria, bem como Zacarias e Isabel (Lc 1.6). E não nos esqueçamos de José de Arimatéia (23.50).

Simeão “era justo e devoto”. Veja outros exemplos de pessoas devotas em Atos 2.5; 8.2; 22.12. Com a máxima prudência, essas pessoas se encarregaram dos deveres que DEUS lhes designara. São conscientes em seus planos, tendo sempre como objetivo melhorar o bem-estar delas mesmas e de seu próximo, para a glória de DEUS. A combinação “justo e devoto” bem que poderia indicar que Simeão se conduzia de tal modo que sua conduta com respeito aos homens (era justo) e para com DEUS (era piedoso) era alvo da aprovação divina.

Este homem “estava esperando a consolação de Israel”. Realmente, as condições em Israel eram bem precárias, precaríssimas no tempo em que JESUS nasceu em Belém. Pense na perda da independência política, no cruel rei Herodes, na degeneração da religião que passara a ser algo completamente externo, no legalismo de escribas e fariseus e de seus muitos seguidores, no mundanismo dos saduceus, no silêncio da voz profética etc. Mas em meio a toda essa obscuridade, degradação e desespero havia homens que olhavam com esperança, com sinceridade, “para a consolação de Israel”. Havia homens ... e também mulheres! Já foram mencionadas Maria e Isabel. Um pouco mais adiante Lucas porá Ana na lista. A frase “todos os que estavam esperando a redenção de Jerusalém” (2.38) indica que esse grupo de homens e mulheres piedosos era considerável.

Que esses homens e mulheres eram deveras justificados nessa esperança é evidente à luz da profecia. Por exemplo, estude as muitas profecias de Isaías nas quais se prometem bênçãos tais como consolo, paz e alegria, associando-as com a era messiânica (Is 7.14; 9.1-7; 11.1- 10; 40.1-11; 49.8-13; 51.1-6, 12-16; 52.13-55.13; 60.1-3; cap. 61; 66.13).

Simeão fora dotado com uma bênção muito rara e especial. De alguma forma, mesmo antes do Pentecostes, o ESPÍRITO SANTO já estava habitando nele. Ele estava constantemente sob a influência do ESPÍRITO.

Esse mesmo Consolador lhe revelara que não morreria sem antes ver o CRISTO de DEUS. Para ter mais luz sobre a expressão, o CRISTO de DEUS, ou do Senhor, veja Salmo 2.2; 45.7; 110.1; Isaías 61.1; Lucas 4.18.

HENDRIKSEN. William. Comentário do Novo Testamento. Lucas I. Editora Cultura Cristã. pag. 230-231.

 

 

II - O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JESUS

1. ZACARIAS E IZABEL.

Exercendo ele o sacerdócio diante de DEUS (8) indica que se tratava de um sacerdote - em uma época em que o sacerdócio era frequentemente corrupto e secularizado - que percebia o caráter sagrado do seu trabalho e o relacionamento, tanto do seu trabalho quanto da sua pessoa, com DEUS. DEUS não somente escolhe grandes homens para executarem grandes tarefas, mas Ele também destina grandes pais para esses homens - grandes, de acordo com o padrão de DEUS.

Na ordem da sua turma significa a ordem de Abias. Na Páscoa, no Pentecostes, e na Festa dos Tabernáculos todos os sacerdotes serviam simultaneamente, mas durante o resto do ano cada uma das 24 ordens servia durante uma semana a cada seis meses. Zacarias estava servindo durante uma dessas semanas no Templo. Depois de terminar o seu período de serviço, ele retornaria à sua casa.

Os deveres do sacerdote eram atribuídos por meio da sorte sagrada (9). Era uma das maiores honras que um sacerdote poderia ter era a de oferecer incenso, e um sacerdote não poderia tirar outra sorte melhor durante aquela semana de serviço. O incenso era oferecido antes do sacrifício matinal, e depois do sacrifício vespertino, no altar do incenso. Este altar se localizava no Templo, imediatamente antes do véu que separava o Lugar SANTO do Lugar Santíssimo.

Toda a multidão... estava fora, orando, à hora do incenso (10). Esta era uma ocasião altamente sagrada. O incenso oferecido simbolizava as orações do povo, que eram ofertadas ao mesmo tempo, pelas mulheres no pátio das mulheres, pelos homens no pátio dos homens e pelos demais sacerdotes no pátio dos sacerdotes.

Então, um anjo do Senhor lhe apareceu [a Zacarias] (11). A voz divina da revelação não havia se pronunciado durante quatro séculos. Então, de repente, apareceu o anjo do Senhor. Observamos que o anjo não “se aproximou”, ele apareceu - de repente, sem aviso. O fato de ele ter aparecido a um sacerdote no Templo ressalta as características de Antigo Testamento desse início da revelação do Novo Testamento. João seria um precursor do CRISTO que viria e do seu Reino. Ele também seria um elo com a revelação do Antigo Testamento, que agora estava chegando ao seu final. A direita do altar do incenso é o lado norte, entre o altar do incenso e a mesa dos pães da proposição. Observamos como Lucas é específico com os mínimos detalhes. Esta é uma característica que podemos observar em todo o seu Evangelho, e é mais uma prova da sua autenticidade.

Zacarias... turbou-se... e caiu temor sobre ele (12). Esta era uma reação natural sob estas circunstâncias incomuns.

O anjo lhe disse... não temas (13). Embora o medo fosse a reação humana natural, a missão do anjo proporcionava motivo para alegria. A sua presença não era uma indicação do desagrado de DEUS, mas da Sua aprovação, e da adequação de Zacarias para uma tarefa divina muito significativa.

... a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho. A oração à qual o anjo se refere deve ter sido feita em um período anterior da vida de Zacarias; a sua dificuldade em acreditar na promessa do anjo evidencia que há muito tempo ele já tinha deixado de orar por um filho, ou até mesmo de esperar por ele. Mas DEUS não se esquece das orações passadas. O que parece ser uma demora ou uma recusa da parte de DEUS, é somente a Sua perfeita sabedoria e o Seu perfeito planejamento. Sem dúvida, Zacarias orava frequentemente pedindo também pela vinda do Messias, mas a oração mencionada era aquela em que ele pedia um filho.

E lhe porás o nome de João. DEUS não apenas convocava e enviava os seus profetas, mas também frequentemente lhes dava o nome. “João” significa “Jeová mostra graça” ou “a misericórdia” ou “a graça de Jeová”.2 Este era um nome apropriado para alguém cujo ministério demonstra tão claramente a lembrança e a misericórdia de DEUS para com o seu povo.

Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 358-359.

 

A FELICIDADE DE UM LAR PIEDOSO: “Ambos eram justos...”

1) Este casal judaico reconhecia a mão de DEUS em todos os acontecimentos da vida, v.8. 2) Naturalmente isto foi porque oravam por tudo, v. 13. 3) Era um lar livre da miséria produzida por bebida forte e que assola tantos lares atualmente, v. 15. 4) Suas vidas eram irrepreensíveis. Eram alçados a observar os preceitos das Escrituras, v.6. Deve distinguir-se entre ser irrepreensível e ser perfeito. O aluno que se aplica sinceramente para recitar corretamente as lições, não é repreendido pelo professor, apesar das imperfeições. 5) Como suportavam com paciência em oração o desapontamento, assim transbordavam com hinos de louvor, quando DEUS por fim deu o filho. O louvor de Zacarias mostra que a mente do velho era embebida da palavra de DEUS. 6) A influência do lar piedoso. Quantas pessoas foram grandemente abençoadas pelo contato com o lar de Zacarias e Isabel? 7) DEUS tem planejado a vida inteira de todas as pessoas, v. 17. Todos temos carreira marcada, At 20.24. 8) O filhinho neste lar era cheio do ESPÍRITO SANTO, desde o começo, v.15.

E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio... (v.8): Podem-se receber visões, quando se trabalha fielmente, apesar de o serviço ser humilde: Moisés apascentava o rebanho de Jetro, quando recebeu a chamada de DEUS na sarça ardente, Ex 3.1. Gideão malhava trigo, quando o anjo lhe apareceu e o enviou a libertar Israel, Jz 6.11. Eliseu arava com doze juntas de bois, quando a capa profética caiu sobre ele, 1 Rs 19.19. Davi estava no aprisco cuidando das ovelhas, SI 78.70.

Coube-lhe em sorte... oferecer o incenso (v.9): Duas vezes por ano Zacarias subia a Jerusalém para executar o seu termo de funções sacerdotais. (Compare 2 Cr 8.14).

Nesta ocasião, tinha chegado para ele o privilégio de que o sacerdote podia gozar só uma vez na vida: “Coube-lhe em sorte” entrar no SANTO lugar, no Templo, na hora de oração e oferecer incenso sobre o altar de ouro perante o véu. Foi um grande dia da vida do sacerdote, e especialmente para Zacarias porque recebeu a bênção desejada, ardentemente, por tantos anos, um filho para profetizar e apresentar o libertador do povo de DEUS.

Orando... à hora do incenso (v.10): O incenso que Zacarias queimava no altar de ouro, era símbolo de oração, louvor e adoração dos crentes, SI 141.2; Ap 5.8. Quando o sacerdote o oferecia, tocava-se uma campainha, como sinal para o povo no átrio, fora, e todos permaneciam orando. O incenso subindo do altar servia como símbolo das orações subindo do coração para o trono de DEUS. Ao mesmo tempo indicava que era necessário algo além das orações, que eram em si mesmas, incompletas. Nossas orações, muitas vezes, têm tanto da natureza humana, que é necessário algo para aperfeiçoá-las.

E um anjo do Senhor lhe apareceu (v. 11): Zacarias, o profeta, era o último citado no Velho Testamento a quem apareceram anjos; Zacarias, o sacerdote, é o primeiro mencionado no Novo Testamento que tinha experiência com um anjo. Os olhos de Zacarias foram abertos para perceber o anjo, “posto em pé, à direita do altar.” A presença de anjos é coisa extraordinária e o que é mais fora do comum é ter os olhos abertos para ver os anjos sempre presentes. (Compare 2 Rs 6.17). E Zacarias, vendo-o, turbou-se (v. 12): As Escrituras mostram que os homens sempre temem quando têm comunicações com o mundo invisível. (Vede Jz 13.20-22; Dn 10.7-9; Ez 1.28; M c 16.8; Ap 1.17.) Quando esse é o efeito nos homens irrepreensíveis, que se dará com os descrentes, quando DEUS mandar Seus anjos ajuntá-los para o juízo?

Zacarias... a tua oração foi ouvida (v. 13): Entre os judeus o ritualismo e o formalismo tomaram o lugar da verdadeira comunhão com o Criador. A glória de DEUS tinha-se afastado do Templo e os sacerdotes cumpriam maquinalmente seus exercícios diante de DEUS. Os cultos nas sinagogas eram secos e monótonos. Mas, como nos dias de Elias, apesar da grande apostasia, havia sete mil homens que não dobraram joelhos diante de Baal (Rm 11.4), assim havia no tempo do nascimento de João Batista, os fiéis que conheciam intimamente a DEUS. Zacarias acompanhava seu ato de oferecer o incenso no Templo, com intercessão tão fervorosa que lhe foi enviado o anjo Gabriel para assegurar-lhe que sua oração por um filho, foi ouvida e esse filho seria profeta de DEUS. Quando os céus nos parecem fechado, é quando devemos clamar com fé mais viva. Ele é galardoador dos que O buscam, Hb 11.6.

E lhe porás o nome de João (v. 13): O nome ‘João” é o mesmo de ‘Joanã” que se encontra frequentemente no Velho Testamento e quer dizer, “a graça, a dádiva, ou a misericórdia de Jeová.” O próprio nome da criança foi escolhido entre os mais significativos do povo de DEUS.

Quais eram os filhos de promessa? Isaque, Sansão, Samuel, o filho da Sunamita, João e JESUS.

Orlando S. Boyer. Espada Cortante 2. Editora CPAD. pag. 23-24.

 

A aparição de um anjo ao seu pai,

1. Zacarias trabalhava a serviço de DEUS (v. 8). Ele “exercia o sacerdócio, diante de DEUS. Embora a sua família não estivesse formada, nem crescendo, ainda assim ele tinha a consciência de realizar o trabalho no seu próprio lugar e dia. Os trabalhos eram distribuídos por sorte, para que alguns não pudessem recusá-los e outros absorvê-los, e para que, tendo vindo do Senhor a distribuição, eles pudessem ter a satisfação de um chamado divino ao trabalho. Os judeus dizem que o mesmo sacerdote não queimava o incenso duas vezes todos os dias que lhe cabiam (havia muitos deles), pelo menos, nunca dentro da mesma semana. E muito provável que este fosse um sábado, porque havia uma “multidão” presente (v. 10), o que normalmente não acontecia em um dia de semana, e assim DEUS honra o seu próprio dia. Enquanto Zacarias estava oferecendo incenso dentro do templo, “toda a multidão do povo estava fora, orando”, v. 10.  Os levitas que serviam sob a coordenação dos sacerdotes, e os homens do posto, como eram chamados pelos rabinos, que eram os representantes do povo,  impunham as suas mãos sobre os sacrifícios, e muitos, além disto, movidos pela devoção, deixavam os seus trabalhos seculares, naquela ocasião, para estar presentes ao serviço a DEUS. Todos eles formavam uma grande multidão, especialmente aos sábados e nos dias festivos. Todos eles oravam pelos seus sacrifícios (uma oração mental, pois a sua voz não era ouvida), quando, pelo soar de um sino, eles tomavam conhecimento de que o sacerdote tinha entrado para oferecer incenso. Todas as orações que oferecemos a DEUS, na sua casa, são aceitáveis e bem-sucedidas, somente em virtude do incenso da intercessão de CRISTO no templo de DEUS, no alto.

2. Quando estava trabalhando, Zacarias foi honrado com a presença de um mensageiro, um mensageiro especial, enviado a ele, vindo do céu (v. 11): “Um anjo do Senhor lhe apareceu”. Alguns observam que nós nunca lemos sobre um anjo aparecendo no templo, com uma mensagem de DEUS, exceto este único, para Zacarias, porque DEUS tinha outras maneiras de dar a conhecer a sua vontade, como Urim e Tumim, e por uma voz suave que saía entre os querubins; mas a arca e o oráculo não estavam no segundo templo, e, por isto, quando uma mensagem precisou ser enviada a um sacerdote do Templo, um anjo foi empregado para fazê-lo, e deste modo o Evangelho devia ser apresentado, pois ele, como a lei, foi entregue, a princípio, pelo ministério dos anjos, sobre cuja aparição nós lemos nos Evangelhos e no Livro de Atos. Mas o desígnio, tanto da lei quanto do Evangelho, trazido à perfeição, era estabelecer outro meio de correspondência, mais espiritual, entre DEUS e o homem. Este anjo ficou “em pé, à direita do altar do incenso”, no seu lado norte. Alguns pensam que este anjo apareceu, vindo do lugar santíssimo, o que o levou a estar em pé à direita do altar.

3. A impressão que a visita do anjo causou em Zacarias (v. 12): Quando Zacarias o viu, ficou muito surpreso, até chegou a sentir terror, pois “turbou-se, e caiu temor sobre ele”, v. 12. Embora ele fosse “justo perante DEUS”, e irrepreensível na sua conduta, ainda assim ele não pôde deixar de sentir apreensão ao ver alguém cuja aparência e brilho adjacente evidenciava ser mais do que humano. Desde que o homem pecou, a sua mente é incapaz de suportar a glória de tais revelações e a sua consciência tem medo das más notícias que tais revelações lhe trazem; nem mesmo o próprio Daniel pôde suportá-la, Daniel 10.8.

A mensagem que o anjo tinha para lhe transmitir, v. 13. Ele começou a sua mensagem, de uma maneira como os anjos normalmente o faziam, utilizando a expressão “Não temas”. Talvez Zacarias nunca tivesse tirado a sorte de queimar incenso antes; e, sendo um homem muito sério e consciencioso, podemos imaginá-lo cheio de atenção para fazê-lo bem, e talvez, quando viu o anjo, ele tivesse sentido medo de que o anjo tivesse vindo para censurá-lo por algum engano ou falha; “Não”, diz o anjo, “não tenha medo, eu não lhe trago más notícias do céu”. Não tenha medo, mas acalme-se, mantenha um espírito equilibrado e sereno para receber a mensagem que eu tenho para lhe transmitir. Vejamos de que se trata.

1. As orações que ele sempre fazia, agora receberiam uma resposta de paz: “Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida”. O anjo se refere particularmente à oração por um filho, para formar a sua família, devem ser as orações que Zacarias tinha feito anteriormente, pedindo esta bênção, na época em que ainda podia ter filhos. As orações feitas quando somos jovens e recém-chegados ao mundo podem ser atendidas quando estivermos velhos, e prestes a deixar o mundo.

Atos 10.30,31); “e este é o sinal de que você é aceito por DEUS, Isabel dará à luz um filho”. Observe que é um grande consolo, para as pessoas que oram, saber que as suas orações são ouvidas; e são duplamente doces as bênçãos que são dadas em resposta a uma oração.

2. Ele terá um filho, na sua adiantada idade. Ele o terá com Isabel, sua esposa, que tinha sido estéril durante tanto tempo, para que por este nascimento que estava próximo de ser milagroso, as pessoas pudessem ser preparadas para receber e crer no nascimento de um bebê de uma virgem, que era algo completamente milagroso.

Ele recebe as instruções quanto ao nome que deve dar ao seu filho: “E lhe porás o nome de João”; em hebraico, Johanan, um nome que encontramos frequentemente no Antigo Testamento: que quer dizer gracioso. Os sacerdotes devem suplicar ‘‘o favor de DEUS” (Ml 1.9), e abençoar o povo, Números 6.25. Zacarias estava agora orando assim, e o anjo lhe diz que a sua oração foi ouvida, e ele terá um filho, que, como símbolo de que a sua oração foi ouvida, ele deverá chamar Gracioso, ou, o Senhor será gracioso, Isaías 30.18,19.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 510-512.

 

 

2. JOSÉ E MARIA.

A Mensagem do Anjo (1:26-33)

No sexto mês depois da concepção de Isabel, foi o anjo Gabriel enviado... a Nazaré (26). É óbvio que Lucas está escrevendo para gentios, pois nenhum judeu precisa ser lembrado de que Nazaré era uma cidade da Galileia. Embora, como descendentes de Davi, tanto José quanto Maria chamassem Belém de terra de seus antepassados, eles estavam naquela época vivendo em Nazaré, que se situava a cerca de 130 quilômetros a nordeste de Jerusalém, em um planalto no lado norte do Vale de Esdrelom.

A uma virgem desposada com... José (27). Maria ainda era uma virgem, e estava noiva de José. Os noivados ou contratos de casamento entre os israelitas nos tempos bíblicos eram mais significativos e representavam um laço mais forte do que na atualidade. A lei mosaica considerava a infidelidade sexual por parte de uma jovem que fosse noiva como adultério, e ela era punida por esta transgressão (Dt 22.23-24). Frequentemente existia um intervalo de meses entre o noivado e o casamento, mas ainda assim o noivado já representava um compromisso que só poderia ser rompido através do divórcio. Este último fato é exemplificado pela decisão de José de divorciar-se de Maria, antes de saber da natureza da sua concepção (Mt 1.19), embora ele e Maria ainda não estivessem casados.

Neste ponto, é bom lembrar que a narrativa de Lucas da anunciação e do nascimento de JESUS são feitos a partir do ponto de vista de Maria. Neste aspecto, a história difere do relato de Mateus, que é feito a partir do ponto de vista de José. É provável que Lucas tenha obtido esta informação direta ou indiretamente de Maria, quando ele passou dois anos na Palestina. Lucas também estava mais interessado em mostrar o relacionamento de JESUS com a humanidade através da Sua mãe, do que a Sua relação legal com o trono de Davi através de José, o seu pai oficial, embora não fosse o seu pai biológico.

Da casa de Davi se refere a José e não a Maria. A gramática do texto grego original e também a da versão em nosso idioma, exige esta interpretação. Mas isto não quer dizer que Maria não fosse descendente de Davi, pois os versículos 32 e 69 deste mesmo capítulo dão a entender fortemente que ela era da linhagem de Davi.

Entrando o anjo onde ela estava (28). Isto não foi um sonho nem uma visão, mas uma autêntica visita de um anjo.

Salve. Esta é uma saudação com alegria. A palavra no original é o imperativo de um verbo que significa “alegrar-se” ou “ficar feliz”. A forma usada aqui é uma saudação normal. Seria o equivalente a: “Que a alegria esteja com você”.

Agraciada (literalmente, “com a graça”); bendita és tu entre as mulheres. O anjo a honrou pelo que ela iria se tornar, antes mesmo que ela soubesse o assunto das boas-novas. É certo que Maria deveria receber honra, e o anjo nos deu o exemplo. Mas a adoração a Maria é completamente injustificada.

Ela turbou-se muito com aquelas palavras (29) significa, literalmente, “ela ficou grandemente agitada”. A saudação e a presença do anjo a perturbaram (acréscimo de Ev. Luiz Henrique). O que ele lhe disse era mais difícil de entender do que a sua aparição e, aparentemente, mais inesperado.

Ela considerava: significa, literalmente, “ela estava pensando”. Isto representa uma prova de sua presença de espírito neste momento crítico da sua vida.

Em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho... JESUS (31). Aqui temos o anúncio da Encarnação. O Filho de DEUS realmente se tornaria carne, seria concebido e nasceria de uma virgem. Neste Filho a divindade e a humanidade estariam unidas de maneira inseparável. O seu nome, JESUS, significa “Salvador” ou, mais literalmente, “DEUS salva”. É o equivalente grego do hebraico “Josué”. Lucas não joga com as palavras na etimologia do nome “JESUS”, como faz Mateus. Os seus leitores, sendo gentios, não teriam entendido o objetivo das palavras “porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” de Mateus 1.21, por não conhecerem a relação etimológica entre as palavras “JESUS” e “salvar”.

Este será grande (32), no seu sentido mais elevado e verdadeiro. DEUS é grande, e toda a grandeza verdadeira vem dele e é reconhecida por Ele. (Isaías 9.6).

Será chamado Filho do Altíssimo não quer dizer que Ele simplesmente “seria chamado” de Filho de DEUS, mas é equivalente a “Ele não apenas será o filho de DEUS, como também será reconhecido como tal”. Ele terá as marcas da divindade. Esta palavra hebraica era de uso comum, e literalmente equivalente a “Ele será o Filho do Altíssimo”.

O trono de Davi, seu pai. Evidentemente, isto deixa claro que Maria era descendente de Davi. Como muitos poderão argumentar, é verdade que o direito de JESUS ao trono viria através de José, apesar de não ser o seu verdadeiro pai. Mas aqui se menciona a filiação, e não se menciona José. Além disso, deve-se observar que Lucas está escrevendo a partir do ponto de vista de Maria; e também que o seu interesse pelas relações humanas de JESUS está ligado à relação verdadeira, e não àquela que era considerada legal entre os judeus.

Reinará eternamente na casa de Jacó (33). Isto é praticamente equivalente ao que está escrito na frase seguinte: O seu Reino não terá fim, exceto que a primeira enfatiza o aspecto judaico do reino. Lucas enfatiza muito claramente, em seu Evangelho, a universalidade do reino de CRISTO; mas Paulo, que foi professor de Lucas, enfatizava a continuidade do reino de Israel - e da semente de Abraão - no reino de CRISTO. A última é a flor e o fruto; a primeira é a videira.

A Pergunta de Maria (1.34)

Como se fará isso? (34) Não se trata de uma pergunta como produto da dúvida, mas da perplexidade e da inocência. Ela não está dizendo “Não pode ser”, mas pedindo uma explicação sobre como isso pode ser, e como será feito. Uma comparação superficial da pergunta de Maria com a expressão de dúvida de Zacarias (1.18) faria com que ambas parecessem muito similares. Um olhar mais detalhado sobre as duas perguntas irá provar conclusivamente que elas não se assemelham nem em significado, nem em espírito.

Zacarias perguntou: “Como saberei isso?”, querendo dizer, “Que sinal você vai me dar como prova de que isto irá acontecer?” Mas Maria perguntou “Como se fará isso?”, ou seja, que meios farão isso acontecer?

Existe ainda outra diferença que deve ser observada. O milagre que foi prometido a Zacarias era um caso normal de cura divina, aliado a uma capacitação divina de uma mulher para dar à luz em idade avançada. Isto realmente era um milagre. Mas a maravilha que foi prometida a Maria continua confundindo a imaginação dos maiores pensadores da igreja e do mundo em todas as gerações. E nada menos do que o mistério da Encarnação divina - DEUS se tornou carne.

3. A Resposta do Anjo (1.35-38)

Descerá sobre ti o ESPÍRITO SANTO (35). O anjo respondeu amavelmente à pergunta que tinha sido feita de forma tão inocente. A resposta não esclarece o mistério: somente indica o agente. O ESPÍRITO SANTO, como agente de DEUS Pai, toma o lugar de um marido de alguma maneira não explicada - e talvez inexplicável. Aqui, na resposta do anjo, podemos ver o poder procriativo da mulher na sua mais completa pureza, unido à onipotência de um DEUS amoroso e santo. Vemos delicadeza, significado e mistério unidos nas palavras a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Esta “cobertura com a sombra do Altíssimo” possivelmente inclui tanto o milagre da concepção quanto a supervisão, o cuidado e a proteção contínuos de Maria pelo ESPÍRITO SANTO. Será chamado Filho de DEUS não se refere à eterna filiação do CRISTO pré-encarnado, mas sim ao milagre da Encarnação. Como DEUS tomou o lugar de um pai terreno, JESUS pode ser chamado Filho de DEUS da mesma forma que um menino é chamado de filho de seu pai.

Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 362-364.

 

Observação de Ev. Luiz Henrique - A palavra de DEUS é a semente de DEUS, quando o anjo Gabriel comunica a Maria que ela vai conceber, isso é a Palavra de DEUS entrando no útero virgem de Maria, e assim ela concebe a vida de JESUS em seu ventre.

O pastor das ovelhas, aquele que dá a vida pelas suas ovelhas, entrou na terra (curral ou aprisco das ovelhas) pela porta como todos nós - a porta do nascimento físico através de uma mulher.  Aquele que entra por outra porta (não nasceu de uma mulher) é ladrão e salteador - Satanás. (Jo 10).

 

Maria ficara perplexa ante o fato de que ela haveria de ser a progenitora do Messias davídico, e também porque isso era um anúncio virtual de que teria um filho antes da consumação de seu matrimônio, como ocorrência inteiramente desvinculada desse casamento.

Maria, mostrando-se digna representante das mulheres da mais profunda confiança no Senhor,—não requereu um sinal—ou qualquer espécie de confirmação, mas aceitou a declaração por um notável ato de fé. O vs. 45 afirma a sua crença: «Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor».

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 16.

 

A informação adicional que o anjo transmite a Maria, respondendo à sua pergunta a respeito do nascimento deste príncipe.

1. A pergunta que ela faz é apropriada: “Como se fará isto?”, v. 34. Como eu posso conceber um filho na atualidade (pois foi isto o que o anjo quis dizer), se eu “não conheço varão”? Deverá ser de outra maneira, e não pelo modo normal de concepção? Se for assim, diga-me “como se fará isto?” Ela sabia que o Messias devia nascer de uma virgem; e, se ela devia ser a sua mãe, ela queria saber como isto aconteceria. Estas não eram palavras resultantes da sua falta de confiança, ou de qualquer dúvida sobre o que o anjo lhe havia dito, mas de um desejo de receber mais orientação.

2. A resposta que ela recebe é satisfatória, v. 35. (1) Ela irá conceber pelo poder do “ESPÍRITO SANTO”, cuja obra é santificar, e, portanto, santificar a virgem, para este propósito. O ESPÍRITO SANTO é chamado de “virtude do Altíssimo”. Ela pergunta “como se fará isto? Isto é suficiente para ajudá-la a superar as dificuldades que parecem existir. Um poder divino o realizará, não o poder de um anjo empregado para isto, como em outros milagres. Mas, o poder do próprio “ESPÍRITO SANTO”. (2) Ela não deve fazer perguntas a respeito da maneira como isto se realizará, pois o ESPÍRITO SANTO, sendo “a virtude do Altíssimo”, irá cobri-la “com a sua sombra”, como a nuvem cobriu o tabernáculo quando a glória de DEUS tomou posse dele, para escondê-lo daqueles que poderiam - com excessiva curiosidade - observar o que acontecia, “bisbilhotando” os seus mistérios. A formação de cada bebê no útero, e a entrada do espírito da vida nele, são mistérios da natureza; ninguém conhece “o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da que está grávida”, Eclesiastes 11.5. Nós fomos formados no oculto, Salmos 139.15,16. A formação do menino JESUS é um mistério ainda maior, sem controvérsia, “grande é o mistério da piedade”, DEUS manifestado em carne, 1 Timóteo 3.16. E uma coisa nova criada na terra (Jr 31.22), a cujo respeito nós não devemos cobiçar conhecer além do que está escrito.

(3) A criança que ela irá conceber é santa, e, portanto, não deve ser concebida da maneira normal, porque ela não deverá compartilhar da corrupção e da contaminação comuns à natureza humana. O bebê é mencionado enfaticamente como “o SANTO”, como nunca houve; e Ele será chamado de “Filho de DEUS”, como o Filho de DEUS por geração eterna, o que indica como Ele será formado pelo ESPÍRITO SANTO, nesta concepção. A sua natureza humana deveria ser produzida desta maneira, como era adequado que fosse, pois se uniria à natureza divina.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 517.

 

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REVISTA CENTRAL GOSPEL NA ÍNTEGRA 1TR2025

 

Lição 3, CG, O Santuário do Tabernáculo: Símbolo do Caminho para CRISTO, 1Tr2025

 

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 3 / ANO 2- N° 4

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 3, CG, 1TR2025

1.1. Aspectos tipológicos

1.1.1. Prata: o preço da vida; uma sombra da redenção em CRISTO 

1.1.2. A fé: o preço invariável do resgate eterno

1.1.3. O uso sagrado da prata: um símbolo da expiação

2. TÁBUAS E BARRAS: A ESTRUTURA VIVA DA HABITAÇÃO DE DEUS

2.1. Aspectos tipológicos

2.1.1. Das tábuas

2.1.2. Das barras

3. AS CORTINAS E COBERTAS: A PROTEÇÃO E A GLÓRIA NO TABERNÁCULO

3.1. Aspectos tipológicos

3.1.1. A coberta externa: simplicidade e abrigo

3.1.2. A coberta de peles vermelhas: o substituto consagrado 

3.1.3. As cortinas de pelo de cabra: símbolo do pecado que CRISTO carregou

3.1.4. O teto de linho: realeza, presença e proteção

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO - Êxodo 25.8,9; 26.1,7,14,15,29

Êxodo 25.8,9

8- E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.

9- Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.

Êxodo 26.1,7,14,15,29

1. E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada.

7- Farás também cortinas de pelos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás.

14- Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo em cima.

15- Farás também as tábuas para o tabernáculo de madeira de cetim, que estarão levantadas.

29- E cobrirás de ouro as tábuas e farás de ouro as suas argolas, para meter por elas as barras; também as barras cobrirás de ouro.

 

TEXTO ÁUREO

  E saberão que eu sou o Senhor, seu DEUS, que os tenho tirado da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu, o Senhor, seu DEUS. Êxodo 29.46

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira 1 Pedro 1.13-22 - Fostes resgatados com o precioso sangue de CRISTO

3ª feira 2 Coríntios 6.14-18 - Vós sois o templo do DEUS
4ª feira - Efésios 4.7-16 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu
5ª feira-2 Coríntios 3.1-8 - Vós sois a carta de CRISTO
6ª feira Isaías 53.1-4 - Ele tomou as nossas dores e levou-as sobre si
Sábado - João 17.1-5 - A vida eterna é esta: que conheçam a ti

 

OBJETIVOS -  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

• descrever de forma clara e detalhada a construção do santuário do Tabernáculo:
• reconhecer que cada detalhe da construção foi determinado por DEUS:
• compreender que todos os elementos do Tabernáculo foram criados com um propósito específico, apontando simbolicamente para a vinda de JESUS.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

  Prezado professor, enfatize a importância com que DEUS estabeleceu cada detalhe na construção do Tabernáculo e em todos os aspectos relacionados a ele. Da mesma maneira, Ele nos chama a manter a disciplina e a decência em tudo o que diz respeito à Igreja.

  A organização deve prevalecer em todos os aspectos: na administração dos departamentos, na arrumação das dependências, no decorrer dos cultos e em todo trabalho realiza do para o Senhor. Assim como Ele valorizou cada minúcia no Tabernáculo, devemos também cuidar rizou zelo de tudo que em Sua obra.

  Excelente aula!

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

O santuário do Tabernáculo, isto é, o espaço em que o Lugar SANTO e o Lugar Santíssimo, foi erguido na parte posterior do átrio (ou pátio). Sua estrutura era composta por 48 tábuas de madeira revestidas de ouro, cada uma com 4,5 metros (10 côvados) de altura e 75 centímetros (1,5 côvados) de largura, distribuídas da seguinte maneira: 20 tábuas para o lado sul, 20 tábuas para o lado norte, seis tábuas para o lado oeste, com duas tábuas adicionais para os cantos. No total, o Sacrário media aproximadamente 14 metros (30 côvados) de comprimento e 4,5 metros (10 côvados) de largura (Ex 26.18-25 NVI).

  Nesta lição, serão abordados os seguintes elementos do templo portátil: as bases de prata (Ex 30.11-16; 30.25-28; 1 Pe 1.18,19); as tábuas e barras (Ex 26.15-19; 36.20-34); e as cortinas e cobertas (Ex 26.1-14; 36.8-19). Esses componentes são essenciais para entendermos a simbologia profunda do Tabernáculo e como cada um deles aponta para aspectos da obra redentora de CRISTO.

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O santuário do Tabernáculo, que abrigava o Lugar SANTO e o Lugar Santíssimo, media aproximadamente 14m de comprimento, 4,5m de largura e 4,5m de altura. Já o átrio externo, que cercava o templo portátil, tinha 45m de comprimento, 22,5m de largura e 2,25m de altura.

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1. AS BASES DE PRATA: O FUNDAMENTO DA PRESENÇA DE DEUS NO DESERTO

  As bases de prata, pesando algumas toneladas, foram fundamentais para a estabilidade do santuário do Tabernáculo, pois Israel estava no deserto, e seria imprudente construir qualquer estrutura sobre a areia, que é instável.

  Para garantir uma base sólida, o santuário do Tabernáculo foi erguido sobre 96 bases de prata fundida, sendo duas bases para sustentar cada tábua, que possuía dois pinos na parte inferior. Para manter as tábuas firmemente unidas, utilizavam-se cinco barras de madeira revestidas de ouro, que traspassavam anéis de ouro e travavam a estrutura, garantindo sua segurança e estabilidade (Ex 26.19-25).

 

1.1. Aspectos tipológicos

1.1.1. Prata: o preço da vida; uma sombra da redenção em CRISTO 

  A prata utilizada na construção do Tabernáculo, ao contrário dos outros materiais, não foi doada, mas adquirida por meio de um pagamento obrigatório. DEUS determinou que, quando os homens de 20 anos ou mais fossem alistados para o exército, deveriam pagar uma quantia em prata como resgate de suas almas (...) para que não [houvesse] entre eles praga alguma (...) (Ex 30.12a).

  Esse ato simbolizava o resgate da vida, assim como José foi vendido por prata (Gn 37.28) e JESUS foi traído por 30 peças de prata (Mt 26.15). Esse pagamento, chamado de dinheiro das expiações (Ex 30.16, expiações = "cobrir", com o sentido de "guardar", "proteger"), aponta para a obra redentora de CRISTO, que se completou no Calvário, libertando a humanidade do poder do pecado (Rm 8.3).

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  Assim como os homens no deserto não podiam negociar o preço da prata, não podemos barganhar os termos da salvação, pois é DEUS quem os estabelece. Da mesma forma que a prata representava o resgate, a fé em CRISTO é o único caminho para a redenção, independentemente de nossa condição ou realizações pessoais.

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1.1.2. A fé: o preço invariável do resgate eterno

  Na primeira contagem, 603.550 homens (Nm 1.3,46), todos com mais de 20 anos, foram registrados, e cada um pagou meio ciclo de prata, independentemente de sua condição financeira. O valor era o mesmo para todos, fosse rico ou pobre, pois DEUS havia estabelecido um preço fixo: (...) o rico não aumentará, e o pobre não diminuirá (...) (Ex 30.15a).

  Essa igualdade no pagamento aponta para um princípio espiritual importante: a salvação também é igual para todos, sendo oferecida por meio de uma única condição: a fé em CRISTO (Jo 3.16).

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  A congregação no deserto (At 7.38), chamada para fora do Egito, foi estabelecida pelo preço do resgate. Da mesma forma, a Igreja do Novo Testamento, os chamados para fora (ekklesia), está fundamentada inteiramente na obra redentora de JESUS.

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1.1.3. O uso sagrado da prata: um símbolo da expiação

  DEUS não apenas estabeleceu o pagamento em prata, mas também deu instruções específicas sobre seu uso. A prata foi utilizada nas bases de sustentação do santuário do Tabernáculo, nas bases das colunas que sustentavam o véu, nos frisos das cortinas externas, e nos capitéis, ganchos e revestimento das colunas do pátio (Ex 38.27). A prata, portanto, foi destinada tanto ao serviço do Tabernáculo quanto como símbolo do resgate das almas (Ex 30.16), apontando para a obra redentora de CRISTO; ela representa a estabilidade e segurança que Sua missão oferece ao reconciliar a humanidade com o Divino.

 

2. TÁBUAS E BARRAS: A ESTRUTURA VIVA DA HABITAÇÃO DE DEUS

  As tábuas e barras do Tabernáculo (Ex 26.15-19: 36.20- 34) representam mais do que simples elementos de construção; elas carregam um profundo simbolismo. Após termos visto as bases de prata como uma tipologia do trabalho redentor, que sustenta a fundação da Igreja, as tábuas, firmadas sobre essa base, nos apontam para os crentes, que agora são chamados de pedras vivas no templo de DEUS (1 Pe 2.5). Assim como essas tábuas formavam a estrutura do lugar de habitação do Altíssimo no deserto, os crentes, apoiados na obra completa da cruz, formam o Corpo de CRISTO, a verdadeira morada divina entre os homens.

 

2.1. Aspectos tipológicos

2.1.1. Das tábuas

• DEUS transforma o comum em santo - a madeira de acácia era abundante no deserto e foi usada na construção de todo o Tabernáculo. Simbolicamente, essa madeira representa pessoas comuns, simples e sem grande valor aos olhos do mundo, mas que DEUS escolhe e transforma. Assim como a madeira de acácia, retirada de um ambiente árido e aparentemente sem vida, foi moldada para fazer parte da morada divina, nós, que antes estávamos distantes da Graça, somos agora transformados e santificados para nos tornarmos lugares santos, onde o ESPÍRITO do Senhor habita (1 Co 7.31).
• Somos moldados pelo ESPÍRITO para o serviço de DEUS - a madeira de acácia, cheia de imperfeições, precisava ser aplainada para ser útil na construção do Sacrário. Da mesma forma, os crentes precisam ser moldados e aperfeiçoados pelo ESPÍRITO SANTO. A obra de santificação é contínua, removendo as imperfeições para que sejamos adequados para o serviço (Hb 7.19; Hb 10.14; 1 Pe 5.10).
• Nossa firmeza está alicerçada em CRISTO - as tábuas do santuário do Tabernáculo eram fixadas em bases de prata por meio de pinos, garantindo estabilidade, mesmo em solo arenoso. Isso simboliza que, embora estejamos no mundo (deserto), nossa fundação é firme, pois estamos alicerçados em JESUS e não pertencemos ao sistema presente (Ef 5.14).
• Unidade e igualdade no Corpo de CRISTO - as tábuas eram todas idênticas em altura e largura, ajustadas perfeitamente para formar uma estrutura unificada. Isso nos ensina sobre a igualdade espiritual e a unidade na Igreja, onde todos devem considerar os outros superiores a si mesmos, visando à perfeição e à estatura de CRISTO (Fp 2.3b; Ef 4.13b, 4.16).

 

2.1.2. Das barras

• Unidos e fortalecidos pelos dons de DEUS - as tábuas do santuário do Tabernáculo eram ligadas por cinco barras de madeira revestidas de ouro, formando uma estrutura inabalável. Embora a Bíblia não relacione diretamente essas barras aos cinco ministérios de Efésios 4.11, pode-se ver nelas uma tipologia que reflete a função dos dons ministeriais na Igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Esses dons foram dados para fortalecer e unir a Corpo de CRISTO, assim como as barras uniam a estrutura do Sacrário.
• Revestidos da presença divina como templos vivos, as tábuas do santuário do Tabernáculo eram revestidas de ouro, um símbolo claro da divindade e da santidade. Da mesma maneira, os crentes que estão firmados na obra redentora de CRISTO também são revestidos pela presença do Senhor. Esse revestimento espiritual significa que, por meio da salvação em CRISTO, nos tornamos templos vivos do ESPÍRITO SANTO, carregando a glória e a santidade de DEUS em nossa vida (Rm 13.14; 2 Co 3.7,8).

 

3. AS CORTINAS E COBERTAS: A PROTEÇÃO E A GLÓRIA NO TABERNÁCULO

  O santuário do Tabernáculo era coberto por várias camadas, cada uma com um significado específico. As cortinas externas, feitas de peles de texugo, ofereciam resistência e proteção, enquanto as camadas internas, feitas de linho fino e adornadas com cores simbólicas, refletiam a beleza e santidade da presença de DEUS (Ex 26.1-14: 36.8-19). Essas camadas, do mais simples ao mais sagrado, podem simbolizar o caminho de santificação que o crente percorre ao se aproximar da presença do Altíssimo.

 

3.1. Aspectos tipológicos

3.1.1. A coberta externa: simplicidade e abrigo

  A camada mais externa do santuário do Tabernáculo era feita de peles de texugo, um material impermeável que protegia contra as adversidades do deserto - tempestades de areia, chuva e sol abrasador. Essa cobertura, embora sem beleza ou atratividade, oferecia proteção essencial. Da mesma forma, CRISTO, que não tinha nenhuma beleza que chamasse a nossa atenção (Is 53.2,3 NTLH), tornou-se o nosso refúgio e segurança. Ele é a cobertura e o abrigo daqueles que confiam em Seu nome.

 

3.1.2. A coberta de peles vermelhas: o substituto consagrado 

  A camada feita de peles de carneiro, tingidas de vermelho, simboliza o sacrifício substitutivo. O carneiro, usados nos holocaustos e na consagração dos sacerdotes, também substituiu Isaque no monte com Abraão. CRISTO, o verdadeiro Substituto, Consagrou-se para a obra da cruz, entregando Sua vida em nosso lugar, tal como o carneiro das consagrações que selava o pacto de sacrifício e redenção (Ex 29; Lv 9).

 

3.1.3. As cortinas de pelo de cabra: símbolo do pecado que CRISTO carregou

  As onze cortinas internas eram feitas de pelos de cabra (Ex 26.7), um material que, no Oriente, possuía uma coloração escura, simbolizando a iniquidade. A cabra, frequentemente usada nas ofertas pelo pecado (Lv 4.23), representa a impureza que CRISTO, o Cordeiro SANTO, carregou em nossa substituição.   Essas cortinas escuras tipificam o Filho de DEUS, que, embora imaculado, veio em semelhança da carne do pecado para nos redimir (Rm 8.3). Ele carregou o peso das nossas transgressões e da escuridão para nos trazer à luz, cumprindo Sua missão redentora.

 

3.1.4. O teto de linho: realeza, presença e proteção

  Ao olhar de dentro do santuário do Tabernáculo para o alto, os sacerdotes viam um forro (teto) impressionante, composto por cortinas organizadas em dois conjuntos de cinco, presas por laçadas de tecido azul e colchetes de ouro (Ex 26). Tais cortinas eram feitas de linho fino trançado, bordadas com fios de tecido azul, roxo e vermelho, decoradas com querubins, os mesmos seres celestiais que guardaram o caminho para a árvore da vida após a Queda (Gn 3.24), representando a presença e a santidade de DEUS. Assim, os sacerdotes eram lembrados da presença e proteção do Senhor, tanto pelos querubins bordados nas cortinas quanto pelos que estavam sobre o propiciatório, guardando o sangue da expiação (Ex 25.20-22).

 

CONCLUSÃO

O Tabernáculo não era apenas uma construção, mas uma manifestação do plano divino para a salvação. Cada detalhe apontava para a futura obra redentora de CRISTO, demonstrando que DEUS sempre teve um propósito claro ao habitar com o Seu povo: revelar Seu plano de redenção e aproximar a humanidade de Sua presença.

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais elementos do santuário do Tabernáculo foram apresentados nesta lição como tipos da obra realizada por CRISTO?

R.: As bases de prata (Ex 30.11-16; 30.25-28; 1 Pe 1.18,19); as tábuas e barras (Ex 26.15-19; 36.20-34); e as cortinas e cobertas (Ex 26.1-14; 36.8-19).

 

Fonte: Revista Central Gospel