EBD, Revista Editora Betel, 3° Trimestre De 2024, TEMA, A RELEVÂNCIA DA IGREJA, SUA ESSÊNCIA E MISSÃO – Reafirmando os fundamentos, a importância do compromisso, com a Palavra de DEUS, a Adoração sincera, e o serviço autêntico, segundo os preceitos, de JESUS CRISTO, Escola Bíblica Dominical, Lição 3, A relevância da Igreja no cumprimento de sua Missão
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ESBOÇO DA LIÇÃO 3
1- MISSÃO PARA COM O MUNDO
1.1 Evangelizar o mundo
1.2. Evangelização local
1.3. Evangelização mundial
2- MISSÃO CONSIGO MESMA
2.1. Edificar seus membros
2.2. Cuidar dos seus membros
2.3. A missão social da Igreja
3- MISSÃO PARA COM DEUS
3.1. Adoração no Velho Testamento
3.2. Constituindo uma casa para habitação de DEUS
3.3. Seguindo o exemplo da Igreja Primitiva
TEXTO ÁUREO
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO.” Mateus 28.19
VERDADE APLICADA
Cada membro do Corpo de CRISTO esteja comprometido em fazer discípulos e na edificação uns aos outros, para o crescimento do Corpo e a glória de DEUS.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Revelar o verdadeiro papel da Igreja no mundo.
Falar sobre o dever da igreja de edificar seus membros.
Destacar a Igreja como representante de DEUS.
TEXTOS DE REFERÊNCIAS - ATOS 13.1-5
1 E, na Igreja que estava em Antioquia, havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
4 E assim estes, enviados pelo ESPÍRITO SANTO, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de DEUS nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Mt 28.19-20 A missão de evangelizar e discipular.
TERÇA Mc 16.15 A missão de pregar o Evangelho a todos.
QUARTA At 2.37-41 As primeiras conversões.
QUINTA At 8.1-25 O Evangelho em Samaria.
SEXTA 1 Co 12.12-31 A unidade dos membros do corpo.
SÁBADO Ef 4.1-16 A unidade da Fé.
HINOS SUGERIDOS: 12, 15, 16
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore pela evangelização local e transcultural.
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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NOVOS ALVOS DE ADORAÇÃO A ALCANÇAR
1. Adoração ao Senhor. É edificante observar como Davi priorizava as coisas espirituais e primava por isso. Ao chegar ao trono, sua grande preocupação foi cuidar da Arca e do culto ao Senhor. Em seus Salmos, Davi ressalta isso muitas vezes. Será que um dia teremos, em nosso país, governantes e líderes assim?
A Arca representava a presença de DEUS entre o seu povo: "E ali virei a ti e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do Testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel" (Êx 25.22). Quando a Arca foi levada inicialmente para Jerusalém, tanto Davi como os filhos de Israel "alegravam-se perante o SENHOR, com toda sorte de instrumentos de madeira de faia, com harpas, e com saltérios, e com tamboris, e com pandeiros, e com címbalos" (2 Sm 6.5). No transporte da Arca para Jerusalém, os levitas encarregados disso descumpriram preceitos da Lei de DEUS sobre o assunto e houve castigo divino com a morte de um levita. Por isso, a Arca permaneceu três meses em casa de Obede-Edom (2 Sm 6.2-11).
2. Um projeto de construção. Davi viveu na Velha Aliança, onde o culto a DEUS era prestado no Tabernáculo e, posteriormente, no Templo. Em o Novo Testamento a adoração no templo é substituída pelo "templo adoração", ou seja, o salvo em CRISTO é o templo do ESPÍRITO SANTO (Tg 4.5). A nossa adoração a DEUS origina-se pelo ESPÍRITO SANTO no íntimo do nosso ser "em espírito e em verdade" (Jo 4.23,24). Adoração não é exatamente o mesmo que louvor. Muitos afirmam louvar a DEUS sem, contudo, adorá-Lo; isso por ignorância, hipocrisia, engano, etc. Nesta era da Igreja, cada crente é santuário de DEUS e, por isso, pode adorá-lo pelo ESPÍRITO SANTO, que no crente habita, em qualquer lugar (1 Co 3.16).
O que é adoração
Adorar é um ato de rendição a DEUS - Sl 95.6; 2 Cr 29.30.
Adorar a DEUS é reverenciá-Lo com sinceridade e dedicação - Hb 12.28,29.
Adorar a DEUS é uma experiência interior - Sl 95.6,7.
Adorar a DEUS é estar unido a CRISTO - Lc 22.14-20; Jo 15.1-10.
O CULTO E O SEU PROPÓSITO
1. Adoração. A essência do culto está na adoração ao Senhor, e nunca é demais enfatizarmos essa verdade, pois adoração vazia significa culto frio e sem propósito. Adorar vem de uma palavra que significa "inclinar-se, prostrar-se em deferência diante de um superior". No contexto bíblico, portanto, essa palavra significa um prostrar-se diante de DEUS em reconhecimento à sua divindade.
Quando Davi se prontificou a trazer a Arca da Aliança (que se encontrava na casa de Obede-Edom) para Jerusalém, veio adorando a DEUS durante todo o caminho percorrido. O gesto de Davi, ao dançar, demonstra a atitude de um verdadeiro adorador. É o que vemos com a expressão "Davi [...] ia bailando e saltando diante do Senhor" (2 Sm 6.16). A palavra hebraica karar traduzida na versão atualizada como "dançar" significa também "girar", e demonstra a atitude jubilosa do segundo rei de Israel. Não devemos esquecer que essa dança (ou giro) era movida pelo ESPÍRITO; não foi algo ensaiado nem tampouco fruto de uma explosão carnal.
2. Comunhão. Outro elemento indispensável ao verdadeiro culto a DEUS e encontrado no culto davídico é a comunhão. Sem comunhão com o DEUS a quem servimos e com o nosso próximo, não é possível uma adoração verdadeira. Ainda quando Davi conduzia a Arca de DEUS a Jerusalém, observamos ele tomando uma atitude que demonstra uma característica importante de um verdadeiro adorador. Ao final do percurso, a Escritura afirma que Davi "repartiu a todo o povo e a toda a multidão de Israel, desde os homens até às mulheres, a cada um, um bolo de pão, um bom pedaço de carne, e um frasco de vinho; então, foi-se todo o povo, cada um para sua casa" (2 Sm 6.19).
Ao dar esses presentes, Davi demonstra ao povo a fraternidade que deve existir entre os adoradores do verdadeiro DEUS. Na Nova Aliança essa comunhão é ainda mais fomentada, basta olharmos para os crentes no início da Igreja Primitiva (At 2.42). A comunhão é, pois, uma via de mão dupla, só a teremos com o Senhor se zelarmos pela comunhão com os nossos irmãos (1 Jo 2.9-11). Se quebrarmos nosso relacionamento com o próximo, não teremos comunhão com o Senhor (Mt 6.14,15).
O CULTO E SEUS UTENSÍLIOS
1. O altar do holocausto e do incenso. O altar mais conhecido no Velho Testamento é o do holocausto, isto é, destinado à realização dos sacrifícios. Esse altar era o local onde se derramava o sangue de um animal inocente para fazer expiação pelo pecado, lembrando com isso o sangue do Cordeiro de DEUS que seria sacrificado por toda a humanidade (Jo 1.29; Ap 1.5). Na Nova Aliança, em vez de sacrificarmos animais, fomos transformados em sacrifício vivo pelo Cordeiro de DEUS, que foi sacrificado por nós (Rm 12.1). Por outro lado, o "altar do incenso" tem sua simbologia ligada à oração e intercessão (Sl 141.2). Na Nova aliança a Escritura declara que esse incenso é a oração dos santos (Ap 5.8).
2. A arca. Na arca da Aliança eram guardadas as tábuas da lei e outros objetos sagrados, e a sua simbologia está associada à presença de DEUS (Êx 25.22). Infelizmente, nos dias de Samuel os israelitas haviam transformado a arca em uma espécie de amuleto, e tentavam usá-la como um fetiche (1 Sm 4.3). De nada adianta barulho sem poder, de nada vale um utensílio sagrado se não há obediência por parte de quem o conduz (1 Sm 4.5,10). Davi queria que a arca adquirisse nos seus dias a sua verdadeira simbologia.
O CULTO E SUA LITURGIA
1. A liturgia na Velha Aliança. O culto judaico possuía uma liturgia complexa e inflexível. Nos dias de Davi, muitos elementos dessa forma de adorar ainda continuavam. Isso é comprovado em todo o Velho Testamento, especialmente nas dezenas de regras que serviam para regulamentar o culto e que são mostradas com abundância no Pentateuco. O vocábulo liturgia é oriundo de duas palavras gregas, que são respectivamente leiton e ergon. A junção destes vocábulos significa literalmente serviço público. A Septuaginta usa esse vocábulo para traduzir os termos hebraicos sharat e 'avodah. Os estudiosos observam que no contexto do Velho Testamento a liturgia passa a ser aplicada a sacerdotes e levitas, que se ocupavam dos ritos sagrados no Tabernáculo ou no Templo. Tanto os sacerdotes quanto os levitas trabalhavam duro para darem conta do ritual litúrgico do culto judaico.
2. A liturgia na Nova Aliança. Os escritores do Novo Testamento tomam emprestado esse significado e o aplicam à estrutura do culto cristão. Assim, no contexto neotestamentário, o termo é utilizado para "cristãos servindo a CRISTO, seja pela oração, ou instruindo outros no caminho da salvação, ou de alguma outra forma". De fato, é o que podemos observar quando lemos o livro de Atos dos Apóstolos: "E, servindo eles ao Senhor" (At 13.2). Nesse contexto a palavra "servindo" é a tradução do grego leitourgeo, que no português é "liturgia".
A liturgia da Igreja Primitiva, ao contrário do culto veterotestamentário, é extremamente simples. Incluía a leitura da Bíblia e sua explanação (At 13.14-16; 1 Tm 4.13); a oração (At 16.13; 1 Tm 2.8); a recitação de Salmos, cânticos de hinos e expressões carismáticas do ESPÍRITO SANTO (1 Co 14.26; Ef 5.19; Cl 3.16). Isso não quer dizer que os cristãos primitivos não se preocupassem com os rituais do culto e que fossem desprovidos de sentido. Devemos lembrar que há um contraste enorme entre o culto da Velha Aliança e o da Nova Aliança, o que justifica também essa diferença litúrgica.
Por exemplo, no Antigo Testamento a adoração era com base na letra; no Novo Testamento é no ESPÍRITO; No Antigo Pacto o sacerdócio é local e cabia à tribo de Levi; no Novo o sacerdócio é universal; no Antigo a unção do ESPÍRITO vinha especialmente sobre ofícios, isto é, reis, profetas e sacerdotes; no Novo o derramamento do ESPÍRITO é sobre toda carne; no Antigo a adoração é reservada ao Templo; no Novo há o "templo da adoração", isto é, cada crente é um santuário do ESPÍRITO SANTO; no Antigo o ESPÍRITO estava com os crentes; no Novo o ESPÍRITO está nos crentes. Esses fatos justificam a diferença na forma litúrgica, no entanto, conservam de igual modo a sua essência.
Aprendemos, pois como Davi organizou o culto a Jeová e nos deixou um legado de zelo e piedade. Devemos cultuar a DEUS, mas não de qualquer forma. A Escritura adverte que, tratando-se do culto ao Senhor, ele deve ser realizado e oferecido ao Eterno com decência e ordem (1 Co 14.40). Embora não estejamos mais debaixo dos preceitos da Velha Aliança concernentes ao culto, os princípios que os fundamentam - reverência, pureza, sinceridade -, devem nortear ainda hoje o nosso culto.
4º Trimestre de 2009 - Título: Davi - As vitórias e as derrotas de um homem de DEUS
Comentarista: José Gonçalves - Lição 11: Davi e a restauração do culto a Jeová
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Escrita, Lição 5, CPAD, A MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva
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ESBOÇO DA LIÇÃO
I – PREGAÇÃO E INSTRUÇÃO
1. Proclamando as Boas-Novas
2. O objeto da pregação
3. Discipulando os convertidos
II – ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO
1. Uma comunidade adoradora
2. Uma comunidade edificadora
III – COMUNHÃO E SOCIALIZAÇÃO
1. A fé na esfera fraternal
2. Unidade e Fraternidade
3. A fé na esfera social
TEXTO ÁUREO
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (At 2.42)
VERDADE PRÁTICA
Como o sal fora do saleiro cumpre a sua função de salgar, assim a Igreja quando adora e discipula, testemunha das insondáveis riquezas de CRISTO.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Co 1.21 A Igreja e a proclamação das Boas-Novas
Terça – Mt 28.19 A Igreja e o Discipulado
Quarta – Rm 12.1 A Igreja e a verdadeira adoração ao DEUS Trino
Quinta – 1 Ts 5.11 A Igreja como uma comunidade edificadora
Sexta – 1 Jo 1.7 A Igreja vivendo o amor fraternal
Sábado – Rm 12.13 A Igreja como uma comunidade solidária
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 16.14-20; Atos 2.42-47
Marcos 16
14 - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS.
20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Atos 2
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 - louvando a DEUS e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar
HINOS SUGERIDOS: 16, 127, 224 da Harpa Cristã
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COMENTÁRIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
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Lição 12, A Urgência do Discipulado
Revista Lições Bíblicas Adultos, CPAD, 1° Trimestre 2021
Tema: O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade Da Doutrina Bíblica Sobre A Atuação Do ESPÍRITO SANTO
Comentarista: Esequias Soares
Complementos, Ilustrações e Vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida Silva - 99-99152-0454. - henriquelhas@hotmail.com - Americana - SP - Tel Esposa - 19-98448-2187
Preciso de sua ajuda para continuar esse trabalho -
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Bradesco – Agência 2365-5 Conta Corrente 7074-2 Luiz Henrique de Almeida Silva
Banco do Brasil – Agência 4322-2 Conta Poupança 27333-3 Edna Maria Cruz Silva
Lição 12, A Urgência do Discipulado
Vídeo desta lição - https://www.youtube.com/watch?v=vFR5h6hmub4
Escrita - https://ebdnatv.blogspot.com/2021/03/escrita-licao-12-urgencia-do.html
Slides - https://ebdnatv.blogspot.com/2021/03/slides-licao-12-urgencia-do-discipulado.html
TEXTO ÁUREO
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO.” (Mt 28.19)
VERDADE PRÁTICA
Chamamos de discipulado na fé o aprendizado de um discípulo por meio de seu mestre, na igreja, para ajudar a desenvolver o seu crescimento espiritual.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 4.23 O ensino da Palavra acompanha a evangelização
Terça - At 11.25,26 Saulo de Tarso foi convidado para conduzir o discipulado em Antioquia da Síria
Quarta - At 19.9,10 O objetivo principal do apóstolo Paulo em Éfeso foi a educação cristã
Quinta - Fp 4.9 Aprendemos a verdade cristã com os nossos mestres
Sexta - 2 Tm 3.14-17 A Bíblia é a fonte do discipulado
Sábado - Tt 3.14 No discipulado aprendemos o funcionamento da vida cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 28.16-20; Atos 2.42-47
Mateus 28
16 - E os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que JESUS lhes tinha designado. 17 - E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. 18 - E, chegando-se JESUS, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. 19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; 20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Atos 2.42-47
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. 43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. 46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 - louvando a DEUS e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
Resumo da Lição 12, A Urgência do Discipulado
I - O QUE É O DISCIPULADO
1. O discípulo.
2. A Grande Comissão (Mt 28.18-20).
3. A educação cristã.
II - O TRIPÉ DO DISCIPULADO: PALAVRA, COMUNHÃO E SERVIÇO
1. A Palavra.
2. A Comunhão (At 2.42).
3. A comunhão na igreja de Jerusalém (2.44).
4. O Serviço.
III - O DISCIPULADO E O CRESCIMENTO SADIO DA IGREJA
1. O crescimento espiritual.
2. O crescimento numérico.
3. O exemplo da igreja de Antioquia da Síria.
Resumo rápido do Pr Henrique
INTRODUÇÃO
O discipulado deve ser iniciado logo após a conversão. O discipulado é urgente por causa de duas coisas principais. O novo convertido pode vir a óbito a qualquer momento e JESUS pode voltar a qualquer instante. Assim, o novo convertido deve receber ajuda para crescer na graça e no conhecimento de DEUS. Conhecer as doutrinas básicas da bíblia é o início da vida cristã.
Os apóstolos foram discipulados por JESUS CRISTO. Paulo foi discipulado por Barnabé. Timóteo foi discipulado por sua vó e por sua mãe.
Para haver crescimento na graça e no conhecimento só com um discipulado bem realizado. O discipulador deve ser exemplo em tudo para o novo convertido.
O objetivo do discipulado é tornar o cristão forte espiritualmente e engajar este cristão na obra de DEUS. É necessário um excelente trabalho de inclusão no corpo de CRISTO, a Igreja.
I - O QUE É O DISCIPULADO
Discipulado é o trabalho cristão efetuado pelos membros da igreja, a fim de fazer dos novos crentes-crianças, jovens e adultos -, autênticos cristãos, cujas vidas se assemelham em palavras e obras do ideal apresentado pelo Senhor JESUS CRISTO, conforme lemos em Mateus 28.18-20; Colossenses 1.28, 29;Efésios 4.13-16.
O DISCIPULADO DE CRISTO
LUCAS 14:25-33
Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe: Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e pede condições de paz. Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo. Lucas 14:25-33
INTRODUÇÃO
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças...” (Ec. 9:10)
A Bíblia está repleta de personagens que apresentam desculpas para fugir do chamado divino: Gideão: minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai (Jz 6:15)... Jeremias: Sou uma criança (Jr 1:6)... Jonas: Fugiu para Társis... Moisés: Sou pesado de boca e pesado de língua (Êx 4:10)... Pedro: ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador. (Lc 5:8)
Ainda hoje, muitas pessoas continuam dando desculpas. Estão muito ocupadas... ... não há tempo a perder. Acostumaram-se com o ritmo acelerado imposto pela vida moderna... Vivem numa velocidade estonteante... Tudo tem que ser rápido...
São pessoas que desejam usufruir do “BÔNUS” da salvação, mas não querem arcar com o “ÔNUS” da Missão.
I. O DISCIPULADO CRISTÃO EXIGE VOLUNTARIEDADE (v.26a)
1. É preciso querer (Se alguém quer vir após mim Lc. 9:23) JESUS não impõe. Ele apenas chama... “vem”
2. É preciso ter Disposição... diz respeito à vontade
3. É preciso ter Disponibilidade.. diz respeito a tempo empreendido
II. O DISCIPULADO CRISTÃO EXIGE ABNEGAÇÃO (vs. 26, 33)
1. Primeira Exigência: (v. 26) JESUS está exigindo que as relações familiares não nos impeçam de assumir o “Reino”.
2. Segunda Exigência: (v. 33) Renunciar aos bens. Os bens podem transformar-se em deuses, tornando-se uma prioridade, escravizando o homem e levando-o a viver em função deles.
3. Terceira Exigência: (v. 26) Renunciar a própria vida. O discípulo de JESUS não pode viver egoisticamente, colocando em primeiro lugar os seus próprios interesses...
III. O DISCIPULADO CRISTÃO EXIGE COMPROMISSO (vs. 27-32)
1. Um Compromisso que requer Consciência (vs. 27-32)
a) Consciência de sua decisão
b) Consciência de suas implicações
c) Consciência de seu custo
2. Um Compromisso que requer Sacrifício “Tome a sua cruz” (v.27)
a) Sacrifício próprio (...sua cruz)
b) Sacrifício diário (dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Lc. 9:23)
3. Um Compromisso que requer Missão (vs. 28, 31)
a) Um Compromisso Coletivo e direcionado
COM (juntos) – PRO (em favor de...) MISSO (missão)
b) Um Compromisso de Construção (v. 28)
(1) Estamos construindo o nosso caráter cristão (2ª Co. 5:17)
(2) Estamos construindo novos relacionamentos saudáveis (uns aos outros)
c) Um Compromisso de Combate (v. 31)
(1) Estamos combatendo a nossa natureza pecaminosa (Gl. 5:17, Ef. 4:22-24)
(2) Estamos combatendo o arsenal de nosso inimigo espiritual (Ef. 6:10-20)
(Pr. José Carlos Carvalho - Um Eterno Aprendiz do Supremo Mestre)
1. O discípulo.
Discípulo - (Strong Português)
Ainda hoje, muitas pessoas continuam dando desculpas. Estão muito ocupadas... ... não há tempo a perder. Acostumaram-se com o ritmo acelerado imposto pela vida moderna... Vivem numa velocidade estonteante... Tudo tem que ser rápido...
São pessoas que desejam usufruir do “BÔNUS” da salvação, mas não querem arcar com o “ÔNUS” da Missão.
I. O DISCIPULADO CRISTÃO EXIGE VOLUNTARIEDADE (v.26a)
1. É preciso querer (Se alguém quer vir após mim Lc. 9:23) JESUS não impõe. Ele apenas chama... “vem”
2. É preciso ter Disposição... diz respeito à vontade
3. É preciso ter Disponibilidade.. diz respeito a tempo empreendido
II. O DISCIPULADO CRISTÃO EXIGE ABNEGAÇÃO (vs. 26, 33)
1. Primeira Exigência: (v. 26) JESUS está exigindo que as relações familiares não nos impeçam de assumir o “Reino”.
2. Segunda Exigência: (v. 33) Renunciar aos bens. Os bens podem transformar-se em deuses, tornando-se uma prioridade, escravizando o homem e levando-o a viver em função deles.
3. Terceira Exigência: (v. 26) Renunciar a própria vida. O discípulo de JESUS não pode viver egoisticamente, colocando em primeiro lugar os seus próprios interesses...
III. O DISCIPULADO CRISTÃO EXIGE COMPROMISSO (vs. 27-32)
1. Um Compromisso que requer Consciência (vs. 27-32)
a) Consciência de sua decisão
b) Consciência de suas implicações
c) Consciência de seu custo
2. Um Compromisso que requer Sacrifício “Tome a sua cruz” (v.27)
a) Sacrifício próprio (...sua cruz)
b) Sacrifício diário (dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Lc. 9:23)
3. Um Compromisso que requer Missão (vs. 28, 31)
a) Um Compromisso Coletivo e direcionado
COM (juntos) – PRO (em favor de...) MISSO (missão)
b) Um Compromisso de Construção (v. 28)
(1) Estamos construindo o nosso caráter cristão (2ª Co. 5:17)
(2) Estamos construindo novos relacionamentos saudáveis (uns aos outros)
c) Um Compromisso de Combate (v. 31)
(1) Estamos combatendo a nossa natureza pecaminosa (Gl. 5:17, Ef. 4:22-24)
(2) Estamos combatendo o arsenal de nosso inimigo espiritual (Ef. 6:10-20)
(Pr. José Carlos Carvalho - Um Eterno Aprendiz do Supremo Mestre)
1. O discípulo.
Discípulo - (Strong Português) תלמיד talmiyd - hebraico
1) estudante, discípulo
Discípulo - (Strong Português)
1) estudante, discípulo
Discípulo - (Strong Português) למוד limmuwd ou למד limmud - hebraico
1) ensinado, instruído, discipulado
1a) ensinado
1b) acostumado a (alguma coisa)
Discípulo - (Strong Português) μαθητης mathetes - grego
1) aprendiz, pupilo, aluno, discípulo.
A palavra gr. mathetes empregada para discípulo é usada aproximadamente 270 vezes nos Evangelhos e no livro de Atos. Ela denota um pupilo que se submete aos processos de aprendizado sob a responsabilidade de um professor. Esta palavra grega entrou nas línguas inglesa e portuguesa como o termo matemática (em inglês mathematics), que significa literalmente, “disposto a aprender . Na prosa ática, notadamente em Platão, ela faz alusão ao estudante treinado por um filósofo ou orador retórico. O conceito já era prevalecente no AT e é exemplificado pelos “filhos dos profetas”, que foram os aprendizes que mais tarde substituíram Samuel, Elias e Eliseu. Algo semelhante ocorre mais tarde, no caso de Paulo, que foi “criado... aos pés de Gamaliel”. No NT, o termo é usado como uma alusão aos discípulos de João Batista (Mt 9.14), dos fariseus (Mc 2.18) e de Moisés, indicando os adeptos contemporâneos de seus ensinos (Jo 9.28).
Nas epistolas, o termo tnimetes, “seguidor", “imitador”, ocorre em exortações para seguir o modelo de vida proposto por DEUS (Ef 5.1), descreve o escritor como um apóstolo (1 Co 4.16; 11.1; Fp 3.17; 2 Ts 3,7,9), e se refere ainda a outros crentes (Hb 6.12; 13.7). Veja Exemplo.
Em um sentido amplo, JESUS usou a palavra “discípulo" como descrição de todos os seus seguidores vindo sob a influência de seu ensino, esforçando-se para conformar-se aos seus princípios. Lucas refere-se a “toda a multidão dos discípulos” (19.37). Em Atos 6.2, ele declara que os Doze convocaram a multidão dos discípulos. JESUS disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos” (Jo 8.31). Os discípulos de JESUS naqueles dias, e sempre, são aqueles que respondem ao seu convite, “Aprendei de mim” (Mt 11.29).
Em um sentido restrito, discípulo (também apóstolo) aplica-se ao círculo interno dos Doze, chamados em meio a um grupo maior para que pudessem estar com CRISTO, ouvi-o expor os mistérios do reino que foram reservados para um grupo seleto, testemunhar e posteriormente operar sinais e maravilhas que serviriam como uma autenticação, e proclamar o Evangelho ao mundo.
Os doze eram os seguintes: Simão Pedro, André, Tiago de Zebedeu, João, Filipe, Natanael (também conhecido como Bartolomeu), Tomé, Mateus (chamado Levi), Tiago filho de Alfeu, Simão o zelote ou cananeu, Judas o irmão de Tiago e, às vezes, chamado Tadeu, e Judas Iscariotes.
Embora carecessem de uma educação mais elevada, como hebreus estes homens tinham uma base completa das doutrinas e da história de sua fé. Sua obtusidade tentou mas nunca exauriu a paciência de JESUS, que não é menos tolerante para com as nossas limitações em seu serviço. A lentidão da compreensão destes homens constitui uma apologia à validade histórica daquilo que os Evangelhos relatam a respeito de JESUS. O Dr. A B. Bruce disse: “Eles eram pessoas de mente lenta; muito honestos, mas muito inaptos para receber novas idéias... Sabemos que nada além dos fatos poderia fazer com que tais homens cressem naquilo que, atualmente, alguns lhes acusam de ter inventado”. (Dicionário Bíblico Wycliffe).
Seguidores de JESUS (Mt 5.1; Jo 2.12).
Treinamento e ensino para o seguidor de CRISTO.
Ensino bíblico básico para o novo convertido desenvolver-se espiritualmente.
Instruções que abrangem vários aspectos da vida, na área espiritual, emocional e social.
O ministério de mestre está entre os 5 ministérios da Igreja (Ef 4:11).
O mestre vive o que prega e ensina o que vive.
E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade e não como os escribas. Marcos 1:22
Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento. Provérbios 9:9
JESUS - Aprendei de mim...
Jo 12.45 E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.
Paulo - Fp 3.17 Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós;
1Ts 4.1,2 Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor JESUS que, como aprendestes de nós de que maneira deveis andar e agradar a DEUS, assim como estais fazendo, nisso mesmo abundeis cada vez mais.
2Tm 3.14,15 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em CRISTO JESUS.
Como vemos acima o cristão é representante de CRISTO na Terra, portanto deve ser parecido com o mesmo para que possa desempenhar seu papel de cristão perante sua família, a Igreja e o mundo.
Será que poderíamos dizer: Quem me vê a mim, vê JESUS? Oh! meu DEUS, tenha misericórdia de todos nós!
Não basta dar testemunho apenas, mas é preciso ser também testemunha e viver o evangelho de maneira plena, praticando o que se prega e tendo a manifestação do poder de DEUS como selo de autenticidade para nossa pregação (Mc 16:20).
2. A Grande Comissão Gn 1:26-30; Mt 28.18-20; Mc 16:15-20).
Gênesis 1 (Comissão Cultural)
26 - E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.27 - E criou DEUS o homem ã sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou. 28 - E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.29 - E disse DEUS: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.30 - E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.
Mt 28 (Grande Comissão)
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20
Marcos 16 (Grande Comissão)
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. 17 -E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;18 -pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
A Grande Comissão
A ordem pós-ressurreição de JESUS CRISTO aos seus discípulos como registrado em Mateus 28.19,20; Marcos 16.15-18; Lucas 24.46-49; Jo 20.21- 23 e Atos 1.4,5,8.
Sua integridade.
A autenticidade e a veracidade das passagens da Grande Comissão, especialmente como encontradas em Mateus e Marcos - Estudiosos evangélico têm defendido a veracidade como também a autenticidade das passagens e defenderam bem a questão com base nas evidências internas e externas.
Sua interpretação.
Essas palavras foram dirigidas aos apóstolos como representantes da igreja de JESUS CRISTO, e dessa forma são parte da comissão da igreja até o final dos tempos.
A Grande Comissão é dirigida à igreja e deve ser obedecida até o final dos séculos, e que deve ser interpretada à luz de uma revelação completa.
A Grande Comissão não é um mandamento isolado, arbitrariamente imposto sobre o cristianismo. Ela é uma soma lógica e um fluxo natural do caráter de DEUS à medida que Ele é revelado nas Escrituras (Ez 33.11; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.91, bem como do propósito e impulso missionários de DEUS conforme revelado no AT (por exemplo, Is 49.6; 56.3-8; Jo 3.10; 4.2,11), e historicamente encarnado na chamada de Israel (Gn 12.1-3; Êx 19.5,6; Is 42.6,7,19); da vida, teologia e obra salvadora de CRISTO como é revelada nos Evangelhos (Mt 9.35- 11.1; Lc 19.10; Jo 10.16); da natureza e obra do ESPÍRITO SANTO como predito por nosso Senhor e manifestado no Pentecostes e depois dele (At 2.17; 13.2,4; 16.6-10); e da natureza e projeto da igreja de JESUS CRISTO como é revelado em Atos (At 2.9-11,21,39; 13.46-49; 15.7-18) e nas epístolas (Rm 10.18; Ef 2.11-22; 3,8-11; Cl 1.6,23). CRISTO declarou profeticamente que seu Evangelho será pregado por todo o mundo como um testemunho para todas as nações antes que venha o fim (Mt 24.14). O cumprimento desta profecia está previsto na cena celestial descrita em Apocalipse 7.9,10. A comissão está, dessa forma, firmemente baseada no corpo total da revelação, tanto no AT como no NT. Ela forma uma unidade orgânica e uma parte integral dentro desta revelação, e só recebe o seu significado e força verdadeiros se vista neste relacionamento mais amplo.
A Grande Comissão não faz do cristianismo uma religião missionária. O cristianismo é assim por causa de sua fonte, natureza, e projeto como um todo. Os apóstolos tomaram-se missionários não por causa de uma comissão, mas porque o cristianismo é o que é, e por causa da habitação interior do ESPÍRITO SANTO que é um espírito de missões. O próprio Senhor JESUS CRISTO fala da missão do ESPÍRITO SANTO como uma missão de testemunho (Jo 15.26; 16.8-15). Desse modo, se as palavras específicas da Grande Comissão nunca tivessem sido pronunciadas, ou se tendo sido pronunciadas elas não tivessem sido registradas ou preservadas, o impulso e a responsabilidade missionária da igreja não seriam sequer minimamente afetados. O impulso das missões prospera onde quer que o cristianismo seja verdadeiramente conhecido, totalmente crido e genuinamente experimentado.
Seu valor.
No entanto, é de imenso valor que a Grande Comissão tenha sido ordenada pelo nosso Senhor, e registrada pelo ESPÍRITO SANTO, através dos escritores dos Evangelhos. Embora não crie novas obrigações para o cristianismo, esta ordem final de JESUS CRISTO concentra-se fortemente no impulso e responsabilidade missionária além da dúvida e da disputa razoável. Novamente, sua singularidade como o principal mandamento do Senhor em seu ministério ressurreto a destaca como única entre as suas palavras, e a toma mais do que apenas uma comissão entre muitos outros mandamentos aos discípulos. A sua reafirmação por cada um dos escritores dos Evangelhos testemunha sua tradição viva na igreja primitiva, e o livro de Atos demonstra sua dinâmica no movimento original do cristianismo.
Sua natureza composta.
A Grande Comissão é um mandamento composto. Seu registro em todos os quatro Evangelhos e em Atos é singular entre as palavras de CRISTO e destaca sua importância na mente de cada escritor, sua riqueza e plenitude de conteúdo, e a unidade e estilo de cada um dos Evangelhos. Todos eles culminam na Grande Comissão e apontam para uma direção comum. O cristianismo é centrífugo em natureza e impulso. O fato de que cada um dos quatro evangelistas entrega a Grande Comissão de uma forma ou de outra, precisa ser observado. Nenhum deles a entrega em sua totalidade. Embora cada um dos evangelistas a apresente sob o seu próprio ponto de vista e com sua própria ênfase, juntos eles completam uns aos outros, trazendo uma totalidade, como mostra o seguinte esquema.
Mateus - a autoridade, o objetivo com total inclusão e a extensão de tempo da obra.
Marcos - o método e o escopo geográfico da obra.
Lucas - a mensagem e a universalidade da obra.
João - o equipamento espiritual e a natureza espiritual da obra.
Somente quando vemos todo o esquema como é apresentado nos quatro Evangelhos, é que enxergamos a Grande Comissão em sua totalidade.
Seu alcance e padrão.
Uma análise da Grande Comissão revela dois imperativos no grego original que dão direção à comissão. Estes são encontrados em Mateus e Marcos nas palavras “fazei discípulos” e “pregai o evangelho”. Assim, a Grande Comissão é como uma elipse com seus focos duplos.
Então, um estudo da Grande Comissão composta como registrado nos quatro Evangelhos, produz os seguintes fatos. O objetivo que inclui tudo é “fazei discípulos” de todas as nações, Para que este propósito se cumpra, deve acontecer o seguinte.
1. Os cristãos devem se engajar em uma proclamação intensiva e extensiva do Evangelho entre as nações do mundo, comunicando significativamente o Evangelho de DEUS como está registrado nas Escrituras.
2. Os cristãos devem conduzir as pessoas a uma experiência da graça de DEUS que se toma disponível através da morte e ressurreição de JESUS CRISTO, oferecendo o perdão dos pecados em seu Nome a todos os que crerem no Evangelho.
3. Os cristãos devem separar as pessoas de seus velhos relacionamentos pecaminosos (sem tirá-las de sua própria cultura) e edificá-las dentro da nova congregação de DEUS através da prática do batismo.
4. Os cristãos devem doutriná-las nos preceitos do Mestre, e, assim, pela renovação de suas mentes, moldá-las no verdadeiro discipulado cristão.
Este é o padrão do nosso ministério de acordo com a Grande Comissão. Nenhuma das coisas essenciais pode ser omitidas ou negligenciadas. Nem o tempo exaure a dinâmica ou a validade da comissão. Os mandamentos de CRISTO ligam cada cristão a esta tarefa, até a consumação dos séculos. (Dicionário Bíblico Wycliffe)
3. A educação cristã.
Precisamos perceber que ninguém motiva ninguém, por que as pessoas têm suas próprias motivações para agirem desta ou daquela forma. O que acontece é que através de fatores externos, os estímulos ou incentivos, o professor crie condições para que os motivos sejam mais intensos ou não.
Notemos que JESUS foi o mestre que melhor soube estimular seus alunos. CRISTO tinha como objetivo principal em seu trabalho pedagógico fazer com que os alunos desejassem aprender o conteúdo por ele ministrado aos mesmos e não se baseava apenas na pura e simples transmissão do conteúdo em si, mas na completa apreensão do mesmo. Notamos isso no texto do evangelho de João 4.5-30.
Neste texto vemos que JESUS ao ensinar sobre o reino para a mulher samaritana, partiu do seguinte princípio, seria importante que primeiro despertasse a atenção da mulher. E como fez isso? Ele lhe faz um pedido, que de primeiro instante a surpreende não pela petição , mas pelo fato de pedir algo a ela, sendo a mulher samaritana, segundo os registros judeus não se davam com samaritanos. A seguir CRISTO diz-lhe algo que a deixa sem ação, ou seja, é trazido a conversa um elemento novo, provocando a curiosidade epistemológica. E a partir daí, toda a conversa é baseada em estímulos, fazendo com que a atenção não seja de maneira nenhuma desviada do que O Senhor JESUS desejava lhe ensinar. Ele conhecia as reais necessidades dela, porém fez com que a aluna em questão tomasse consciência das mesmas.
Os mestres devem conhecer a verdadeira necessidade de conhecimento de seus alunos, para que o trabalho docente seja bem realizado. JESUS teve a atenção da mulher pois não começou sua aula fazendo uma "singela" exposição em 50" minutos sobre o Reino de DEUS, expondo seu brilhante conhecimento sobre o assunto a sua aluna, mas utilizou de uma estratégia pedagógica inteligente, no caso em questão tratava-se de uma conversa trivial, onde a estimulou buscando assim sua participação no processo de construção de seu conhecimento sobre o Reino de DEUS. A cada instante da conversa percebemos que a mulher samaritana estava cada vez mais interessada em perguntar mais e mais sobre o que JESUS estava a lhe ensinar. Até porque ele fez uso do conhecimento que possuía das necessidades de conhecimento de sua turma, no caso, constituída de apenas uma aluna, a mulher samaritana, visando uma verdadeira aprendizagem.
Obs.: Além de tudo isto a manifestação do ESPÍRITO SANTO estava sempre presente nos ensinos de JESUS, veja que a revelação do oculto (Dom Palavra de conhecimento para nós 1Co 12) trouxe àquela mulher a revelação de que estava falando com um profeta, daí para frente JESUS se apresentou, não como mais um dos profetas, mas como "o Profeta" prometido a Israel.
JESUS ensinava por parábolas (Mc 4.1-3).
É de suma importância a parte dos ensinos que JESUS trouxe através de Parábolas. As parábolas eram conhecidas pelo povo em geral e já alguns profetas as tinham utilizado na mensagem divina, as JESUS faz maior uso delas para ensinar o povo.
Podemos ver nas parábolas uma técnica pedagógica, cujo objetivo é apresentar um raciocínio e uma conclusão, por detrás de uma breve narração, facilitando sua memorização e permitindo que o ensinamento de fundo, possa surgir gradativamente na mente dos ouvintes, até a sua plena compreensão.
As parábolas também têm a vantagem de prender a atenção das pessoas em coisas importantes a serem transmitidas, evitando assim perguntas indesejáveis em outras áreas do ensino, que não devem ser respondidas no momento.
Quando a parábola de JESUS é entendida, pode trazer ensino valioso para a eternidade, sendo de grande importância para todas as gerações seguintes.
O maior problema da aprendizagem é o defeito que os homens têm de pré-julgar o que ouvem antes de terminarem de ouvir, assim a parábola pode desviar essa predisposição e tornar mais atrativo esse ensino.
Parábola pode ser definida como "narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior ou moral". É preciso ouvir com atenção para se poder julgar e se ter uma conclusão aceitável. Talvez a parábola do antigo testamento de maior repercussão tenha sido a do profeta Natã em sua repreensão ao rei Davi pelo seus pecados de adultério e assassinato contra o esposo de sua amada Bate-Seba, Urias.
Trecho da parábola:
2Sm 12.1E o Senhor enviou Natã a Davi; e, entrando ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre. 2O rico tinha muitíssimas ovelhas e vacas; 3mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e ela havia crescido com ele e com seus filhos igualmente; do seu bocado comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha. 4E, vindo um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas para guisar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do homem pobre e a preparou para o homem que viera a ele. 5Então, o furor de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso. 6E pela cordeira tornará a dar o quadruplicado, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu. 7Então, disse Natã a Davi: Tu és este homem.
As parábolas de CRISTO possuem a diferença fundamental de forçarem o ouvinte a tomar uma posição sobre o assunto. Sua estrutura impele as pessoas a refletirem sobre sua conclusão. Existe um aspecto positivo que parece sobressair em relação aos demais.
(Mt 13.1-23; Lc 8.4-15) 1 E outra vez começou a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto ao mar. 2E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e lhes dizia na sua doutrina: 3Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. 4E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram. 5E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda. 6Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se. 7E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto. 8E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem. 9E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça. 10E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola. 11E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de DEUS, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas, 12para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados. 13E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas? 14 O que semeia, semeia a palavra; 15e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles. 16E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem; 17mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; 19mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera. 20E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
Para o povo humilde e simples as parábolas traziam ensinos de orientação moral, de consolação e de esperança para os aflitos. Eram a "moral da história", nesse ensino prático as pessoas viam seu cotidiano e assimilavam o ensino de maneira prática em suas vidas. Para as pessoas mais instruídas as parábolas funcionavam como chibatadas na alma e as levavam ao arrependimento ou ódio ao narrador das mesmas. Para os discípulos de JESUS (seus apóstolos) esses ensinos eram bem explicados para que mais tarde fossem registrados em seus escritos e na manutenção do ensino na Igreja emergente.
JESUS é o Mestre por excelência.
Ele não ensinava como os fariseus - seus ensinos refletiam o modo como vivia.
Ele não ensinava à moda dos escribas - seus ensinos tinham autoridade.
Ele não ensinava como os filósofos gregos - seus ensinos produziam vida eterna.
Ele não ensinava como os tribunos romanos - seus ensinos impunham à ética do Reino.
Ele não ensinava tal qual os rabinos - seus ensinos eram da Nova Aliança.
Ele não ensinava semelhante os monarcas - seus ensinos eram graciosos.
Ele não estudou nas escolas rabínicas, mas muitos rabinos se tornaram discípulos seu.
Ele não era membro do Sinédrio, mas os inquietou com suas verdades.
Ele não era amigo de Pilatos, mas, no silêncio, o ensinou a verdade.
Ele ensinava o que ouvira do Pai Eterno (Jo 15.15), enquanto outros, o que aprenderam nos livros.
A classe de novos convertidos na Escola Dominical é uma expressão ou extensão do amplo Ministério do Discipulado.
O Discipulado é um ministério pessoal, ilimitado e flexível. É uma das formas mais rápidas de aumentar o número de batismos e aprofundar a qualidade de vida dos que são alcançados para CRISTO.
Antes de conhecer as peculiaridades de sua classe e os métodos mais adequados a serem adotados, o ensinador de Novos Crentes precisa saber de antemão o que significa ser discípulo. Quem não é discípulo não pode fazer discípulos!
A palavra "discípulo", mathetés, é usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Significa pessoa "ensinada" ou "treinada", aluno, aprendiz. (Texto-base: Mt 28.19,20.)
Nos Evangelhos, JESUS define a palavra discípulo de cinco maneiras:
1) Discípulo é um crente que está envolvido com a Palavra de DEUS de maneira contínua (Jo 8.31).
2) Discípulo é aquele que ama sacrificialmente, sem medir esforços (Jo 13.35; 1 Jo 3.16).
3) Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutífera com CRISTO (Jo 15.8).
4) Discípulo é aquele que assume a sua cruz e segue a CRISTO (Lc 14.27).
5) Discípulo é aquele que renuncia tudo que tem (Lc 14.33).
A existência da igreja local decorre, essencialmente, de duas atividades conjuntas: da evangelização e do discipulado.
A TAREFA DA IGREJA NO DISCIPULADO
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;
ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20
a. A visão da igreja quanto ao discipulado. Três importantes elementos relacionados aos cristãos locais devem estar vinculados ao propósito de uma igreja que deseja crescer em quantidade e qualidade: conservação, desenvolvimento e multiplicação.
b. O quadriforme método de JESUS. O texto de Mateus 28.19,20 apresenta o método quadriforme, ordenado por JESUS: indo, fazendo discípulo, batizando e ensinando.
DISCIPULADO E DISCÍPULO
a quem anunciamos, admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em JESUS CRISTO; Colossenses 1:28
até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO, do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor. Efésios 4:13-16
a. Que é discipulado? É o trabalho cristão efetuado pelos membros da igreja, a fim de fazer dos novos crentes-crianças, jovens e adultos -, autênticos cristãos, cujas vidas se assemelham em palavras e obras do ideal apresentado pelo Senhor JESUS CRISTO, conforme lemos em Mateus 28.18-20; Colossenses 1.28, 29; Efésios 4.13-16.
b. Que significa ser discípulo? A palavra discípulo no Novo Testamento quer dizer um "aprendiz" e "seguidor do seu mestre".
A IGREJA REALIZANDO O DISCIPULADO
Apolo era bom pregador, mas ainda precisava ser discipulado - Ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Quando o ouviram Priscila e Áquila, o levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o caminho de DEUS. Atos 18:26
Paulo era instruído aos pés de Gamaliel, mas precisou do discipulado de Barnabé - E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então, Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor, e este lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de JESUS. Atos 9:26,27
a. A Igreja deve selecionar , pessoas para o discipulado. Os primeiros crentes que JESUS escolheu para trabalhar foram: João e André (Jo 1.35-40); este último trouxe seu irmão Pedro (Jo 1.41,42); Filipe e Natanael(Jo1.43-46); Mateus (Mt9.9) e outros mais.
b. A igreja deve concentrar sua atenção sobre os discipuladores. O pastor da igreja é o ponto de partida para a dinâmica do ministério do discipulado.
c. A igreja deve treiná-Ios para a tarefa do discipulado. Foi num grupo pequeno, distinto, mas coeso, que JESUS investiu a maior parte do tempo do seu ministério.
Formemos evangelistas, mas não nos esqueçamos dos discipuladores!
A “doutrina dos apóstolos” (At 2.42) é formada pelos ensinos de JESUS a seus apóstolos e também pelas revelações do ESPÍRITO SANTO a eles sobre os escritos da lei e dos profetas. esses ensinos podemos aprender lendo e meditando na Bíblia ou frequentando cursos como a EBD e faculdades teológicas, desde que nossos professores vivam o que ensinam.
EDUCAÇÃO
A palavra grega paideia, “treinamento infantil”, “instrução”, *alimentação”, é usada três vezes no NT. Ela abrange todo o cultivo da mente e da moral de uma criança, e o emprego de ordens e admoestações, censura e castigo, com a finalidade de atingir este objetivo (Ef 6.4). Quando aplicada a adultos, ela fala daquilo que desenvolve a alma, corrigindo erros e controlando paixões através da “instrução” na justiça (2 Tm 3.16). Quando aplicada a crianças, tem o sentido de treinamento infantil ou “castigo" (Hb 12.5,7,11; cf. Pv 3.11,12; 15.5).
Judaica
A educação judaica era primeiramente religiosa e, até a época do Novo Testamento, dava-se em casa. Era dever do pai instruir seu filho sobre as tradições religiosas (Êx 12.26,27; Dt 4.9; 6.7).
Era essencial que a criança aprendesse a ler as Escrituras. Felizmente, o alfabeto hebraico com suas vinte e duas letras era muito mais fácil do que as centenas de caracteres cuneiformes e hieroglíficos dos vizinhos de Israel, Em Isaías 28,10, “mandamento e mais mandamento” é literalmente “s após s, e q após q”, uma referência ao ensino do alfabeto. Em Isaías 10.19, lemos: “E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco, que um menino as poderá contar
1) ensinado, instruído, discipulado
1a) ensinado
1b) acostumado a (alguma coisa)
Discípulo - (Strong Português) μαθητης mathetes - grego
1) aprendiz, pupilo, aluno, discípulo.
A palavra gr. mathetes empregada para discípulo é usada aproximadamente 270 vezes nos Evangelhos e no livro de Atos. Ela denota um pupilo que se submete aos processos de aprendizado sob a responsabilidade de um professor. Esta palavra grega entrou nas línguas inglesa e portuguesa como o termo matemática (em inglês mathematics), que significa literalmente, “disposto a aprender . Na prosa ática, notadamente em Platão, ela faz alusão ao estudante treinado por um filósofo ou orador retórico. O conceito já era prevalecente no AT e é exemplificado pelos “filhos dos profetas”, que foram os aprendizes que mais tarde substituíram Samuel, Elias e Eliseu. Algo semelhante ocorre mais tarde, no caso de Paulo, que foi “criado... aos pés de Gamaliel”. No NT, o termo é usado como uma alusão aos discípulos de João Batista (Mt 9.14), dos fariseus (Mc 2.18) e de Moisés, indicando os adeptos contemporâneos de seus ensinos (Jo 9.28).
Nas epistolas, o termo tnimetes, “seguidor", “imitador”, ocorre em exortações para seguir o modelo de vida proposto por DEUS (Ef 5.1), descreve o escritor como um apóstolo (1 Co 4.16; 11.1; Fp 3.17; 2 Ts 3,7,9), e se refere ainda a outros crentes (Hb 6.12; 13.7). Veja Exemplo.
Em um sentido amplo, JESUS usou a palavra “discípulo" como descrição de todos os seus seguidores vindo sob a influência de seu ensino, esforçando-se para conformar-se aos seus princípios. Lucas refere-se a “toda a multidão dos discípulos” (19.37). Em Atos 6.2, ele declara que os Doze convocaram a multidão dos discípulos. JESUS disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos” (Jo 8.31). Os discípulos de JESUS naqueles dias, e sempre, são aqueles que respondem ao seu convite, “Aprendei de mim” (Mt 11.29).
Em um sentido restrito, discípulo (também apóstolo) aplica-se ao círculo interno dos Doze, chamados em meio a um grupo maior para que pudessem estar com CRISTO, ouvi-o expor os mistérios do reino que foram reservados para um grupo seleto, testemunhar e posteriormente operar sinais e maravilhas que serviriam como uma autenticação, e proclamar o Evangelho ao mundo.
Os doze eram os seguintes: Simão Pedro, André, Tiago de Zebedeu, João, Filipe, Natanael (também conhecido como Bartolomeu), Tomé, Mateus (chamado Levi), Tiago filho de Alfeu, Simão o zelote ou cananeu, Judas o irmão de Tiago e, às vezes, chamado Tadeu, e Judas Iscariotes.
Embora carecessem de uma educação mais elevada, como hebreus estes homens tinham uma base completa das doutrinas e da história de sua fé. Sua obtusidade tentou mas nunca exauriu a paciência de JESUS, que não é menos tolerante para com as nossas limitações em seu serviço. A lentidão da compreensão destes homens constitui uma apologia à validade histórica daquilo que os Evangelhos relatam a respeito de JESUS. O Dr. A B. Bruce disse: “Eles eram pessoas de mente lenta; muito honestos, mas muito inaptos para receber novas idéias... Sabemos que nada além dos fatos poderia fazer com que tais homens cressem naquilo que, atualmente, alguns lhes acusam de ter inventado”. (Dicionário Bíblico Wycliffe).
Seguidores de JESUS (Mt 5.1; Jo 2.12).
Treinamento e ensino para o seguidor de CRISTO.
Ensino bíblico básico para o novo convertido desenvolver-se espiritualmente.
Instruções que abrangem vários aspectos da vida, na área espiritual, emocional e social.
O ministério de mestre está entre os 5 ministérios da Igreja (Ef 4:11).
O mestre vive o que prega e ensina o que vive.
E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade e não como os escribas. Marcos 1:22
Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento. Provérbios 9:9
JESUS - Aprendei de mim...
Jo 12.45 E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.
Paulo - Fp 3.17 Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós;
1Ts 4.1,2 Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor JESUS que, como aprendestes de nós de que maneira deveis andar e agradar a DEUS, assim como estais fazendo, nisso mesmo abundeis cada vez mais.
2Tm 3.14,15 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em CRISTO JESUS.
Como vemos acima o cristão é representante de CRISTO na Terra, portanto deve ser parecido com o mesmo para que possa desempenhar seu papel de cristão perante sua família, a Igreja e o mundo.
Será que poderíamos dizer: Quem me vê a mim, vê JESUS? Oh! meu DEUS, tenha misericórdia de todos nós!
Não basta dar testemunho apenas, mas é preciso ser também testemunha e viver o evangelho de maneira plena, praticando o que se prega e tendo a manifestação do poder de DEUS como selo de autenticidade para nossa pregação (Mc 16:20).
2. A Grande Comissão Gn 1:26-30; Mt 28.18-20; Mc 16:15-20).
Gênesis 1 (Comissão Cultural)
26 - E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.27 - E criou DEUS o homem ã sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea os criou. 28 - E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.29 - E disse DEUS: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.30 - E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.
Mt 28 (Grande Comissão)
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20
Marcos 16 (Grande Comissão)
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. 17 -E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;18 -pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
A Grande Comissão
A ordem pós-ressurreição de JESUS CRISTO aos seus discípulos como registrado em Mateus 28.19,20; Marcos 16.15-18; Lucas 24.46-49; Jo 20.21- 23 e Atos 1.4,5,8.
Sua integridade.
A autenticidade e a veracidade das passagens da Grande Comissão, especialmente como encontradas em Mateus e Marcos - Estudiosos evangélico têm defendido a veracidade como também a autenticidade das passagens e defenderam bem a questão com base nas evidências internas e externas.
Sua interpretação.
Essas palavras foram dirigidas aos apóstolos como representantes da igreja de JESUS CRISTO, e dessa forma são parte da comissão da igreja até o final dos tempos.
A Grande Comissão é dirigida à igreja e deve ser obedecida até o final dos séculos, e que deve ser interpretada à luz de uma revelação completa.
A Grande Comissão não é um mandamento isolado, arbitrariamente imposto sobre o cristianismo. Ela é uma soma lógica e um fluxo natural do caráter de DEUS à medida que Ele é revelado nas Escrituras (Ez 33.11; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.91, bem como do propósito e impulso missionários de DEUS conforme revelado no AT (por exemplo, Is 49.6; 56.3-8; Jo 3.10; 4.2,11), e historicamente encarnado na chamada de Israel (Gn 12.1-3; Êx 19.5,6; Is 42.6,7,19); da vida, teologia e obra salvadora de CRISTO como é revelada nos Evangelhos (Mt 9.35- 11.1; Lc 19.10; Jo 10.16); da natureza e obra do ESPÍRITO SANTO como predito por nosso Senhor e manifestado no Pentecostes e depois dele (At 2.17; 13.2,4; 16.6-10); e da natureza e projeto da igreja de JESUS CRISTO como é revelado em Atos (At 2.9-11,21,39; 13.46-49; 15.7-18) e nas epístolas (Rm 10.18; Ef 2.11-22; 3,8-11; Cl 1.6,23). CRISTO declarou profeticamente que seu Evangelho será pregado por todo o mundo como um testemunho para todas as nações antes que venha o fim (Mt 24.14). O cumprimento desta profecia está previsto na cena celestial descrita em Apocalipse 7.9,10. A comissão está, dessa forma, firmemente baseada no corpo total da revelação, tanto no AT como no NT. Ela forma uma unidade orgânica e uma parte integral dentro desta revelação, e só recebe o seu significado e força verdadeiros se vista neste relacionamento mais amplo.
A Grande Comissão não faz do cristianismo uma religião missionária. O cristianismo é assim por causa de sua fonte, natureza, e projeto como um todo. Os apóstolos tomaram-se missionários não por causa de uma comissão, mas porque o cristianismo é o que é, e por causa da habitação interior do ESPÍRITO SANTO que é um espírito de missões. O próprio Senhor JESUS CRISTO fala da missão do ESPÍRITO SANTO como uma missão de testemunho (Jo 15.26; 16.8-15). Desse modo, se as palavras específicas da Grande Comissão nunca tivessem sido pronunciadas, ou se tendo sido pronunciadas elas não tivessem sido registradas ou preservadas, o impulso e a responsabilidade missionária da igreja não seriam sequer minimamente afetados. O impulso das missões prospera onde quer que o cristianismo seja verdadeiramente conhecido, totalmente crido e genuinamente experimentado.
Seu valor.
No entanto, é de imenso valor que a Grande Comissão tenha sido ordenada pelo nosso Senhor, e registrada pelo ESPÍRITO SANTO, através dos escritores dos Evangelhos. Embora não crie novas obrigações para o cristianismo, esta ordem final de JESUS CRISTO concentra-se fortemente no impulso e responsabilidade missionária além da dúvida e da disputa razoável. Novamente, sua singularidade como o principal mandamento do Senhor em seu ministério ressurreto a destaca como única entre as suas palavras, e a toma mais do que apenas uma comissão entre muitos outros mandamentos aos discípulos. A sua reafirmação por cada um dos escritores dos Evangelhos testemunha sua tradição viva na igreja primitiva, e o livro de Atos demonstra sua dinâmica no movimento original do cristianismo.
Sua natureza composta.
A Grande Comissão é um mandamento composto. Seu registro em todos os quatro Evangelhos e em Atos é singular entre as palavras de CRISTO e destaca sua importância na mente de cada escritor, sua riqueza e plenitude de conteúdo, e a unidade e estilo de cada um dos Evangelhos. Todos eles culminam na Grande Comissão e apontam para uma direção comum. O cristianismo é centrífugo em natureza e impulso. O fato de que cada um dos quatro evangelistas entrega a Grande Comissão de uma forma ou de outra, precisa ser observado. Nenhum deles a entrega em sua totalidade. Embora cada um dos evangelistas a apresente sob o seu próprio ponto de vista e com sua própria ênfase, juntos eles completam uns aos outros, trazendo uma totalidade, como mostra o seguinte esquema.
Mateus - a autoridade, o objetivo com total inclusão e a extensão de tempo da obra.
Marcos - o método e o escopo geográfico da obra.
Lucas - a mensagem e a universalidade da obra.
João - o equipamento espiritual e a natureza espiritual da obra.
Somente quando vemos todo o esquema como é apresentado nos quatro Evangelhos, é que enxergamos a Grande Comissão em sua totalidade.
Seu alcance e padrão.
Uma análise da Grande Comissão revela dois imperativos no grego original que dão direção à comissão. Estes são encontrados em Mateus e Marcos nas palavras “fazei discípulos” e “pregai o evangelho”. Assim, a Grande Comissão é como uma elipse com seus focos duplos.
Então, um estudo da Grande Comissão composta como registrado nos quatro Evangelhos, produz os seguintes fatos. O objetivo que inclui tudo é “fazei discípulos” de todas as nações, Para que este propósito se cumpra, deve acontecer o seguinte.
1. Os cristãos devem se engajar em uma proclamação intensiva e extensiva do Evangelho entre as nações do mundo, comunicando significativamente o Evangelho de DEUS como está registrado nas Escrituras.
2. Os cristãos devem conduzir as pessoas a uma experiência da graça de DEUS que se toma disponível através da morte e ressurreição de JESUS CRISTO, oferecendo o perdão dos pecados em seu Nome a todos os que crerem no Evangelho.
3. Os cristãos devem separar as pessoas de seus velhos relacionamentos pecaminosos (sem tirá-las de sua própria cultura) e edificá-las dentro da nova congregação de DEUS através da prática do batismo.
4. Os cristãos devem doutriná-las nos preceitos do Mestre, e, assim, pela renovação de suas mentes, moldá-las no verdadeiro discipulado cristão.
Este é o padrão do nosso ministério de acordo com a Grande Comissão. Nenhuma das coisas essenciais pode ser omitidas ou negligenciadas. Nem o tempo exaure a dinâmica ou a validade da comissão. Os mandamentos de CRISTO ligam cada cristão a esta tarefa, até a consumação dos séculos. (Dicionário Bíblico Wycliffe)
3. A educação cristã.
Precisamos perceber que ninguém motiva ninguém, por que as pessoas têm suas próprias motivações para agirem desta ou daquela forma. O que acontece é que através de fatores externos, os estímulos ou incentivos, o professor crie condições para que os motivos sejam mais intensos ou não.
Notemos que JESUS foi o mestre que melhor soube estimular seus alunos. CRISTO tinha como objetivo principal em seu trabalho pedagógico fazer com que os alunos desejassem aprender o conteúdo por ele ministrado aos mesmos e não se baseava apenas na pura e simples transmissão do conteúdo em si, mas na completa apreensão do mesmo. Notamos isso no texto do evangelho de João 4.5-30.
Neste texto vemos que JESUS ao ensinar sobre o reino para a mulher samaritana, partiu do seguinte princípio, seria importante que primeiro despertasse a atenção da mulher. E como fez isso? Ele lhe faz um pedido, que de primeiro instante a surpreende não pela petição , mas pelo fato de pedir algo a ela, sendo a mulher samaritana, segundo os registros judeus não se davam com samaritanos. A seguir CRISTO diz-lhe algo que a deixa sem ação, ou seja, é trazido a conversa um elemento novo, provocando a curiosidade epistemológica. E a partir daí, toda a conversa é baseada em estímulos, fazendo com que a atenção não seja de maneira nenhuma desviada do que O Senhor JESUS desejava lhe ensinar. Ele conhecia as reais necessidades dela, porém fez com que a aluna em questão tomasse consciência das mesmas.
Os mestres devem conhecer a verdadeira necessidade de conhecimento de seus alunos, para que o trabalho docente seja bem realizado. JESUS teve a atenção da mulher pois não começou sua aula fazendo uma "singela" exposição em 50" minutos sobre o Reino de DEUS, expondo seu brilhante conhecimento sobre o assunto a sua aluna, mas utilizou de uma estratégia pedagógica inteligente, no caso em questão tratava-se de uma conversa trivial, onde a estimulou buscando assim sua participação no processo de construção de seu conhecimento sobre o Reino de DEUS. A cada instante da conversa percebemos que a mulher samaritana estava cada vez mais interessada em perguntar mais e mais sobre o que JESUS estava a lhe ensinar. Até porque ele fez uso do conhecimento que possuía das necessidades de conhecimento de sua turma, no caso, constituída de apenas uma aluna, a mulher samaritana, visando uma verdadeira aprendizagem.
Obs.: Além de tudo isto a manifestação do ESPÍRITO SANTO estava sempre presente nos ensinos de JESUS, veja que a revelação do oculto (Dom Palavra de conhecimento para nós 1Co 12) trouxe àquela mulher a revelação de que estava falando com um profeta, daí para frente JESUS se apresentou, não como mais um dos profetas, mas como "o Profeta" prometido a Israel.
JESUS ensinava por parábolas (Mc 4.1-3).
É de suma importância a parte dos ensinos que JESUS trouxe através de Parábolas. As parábolas eram conhecidas pelo povo em geral e já alguns profetas as tinham utilizado na mensagem divina, as JESUS faz maior uso delas para ensinar o povo.
Podemos ver nas parábolas uma técnica pedagógica, cujo objetivo é apresentar um raciocínio e uma conclusão, por detrás de uma breve narração, facilitando sua memorização e permitindo que o ensinamento de fundo, possa surgir gradativamente na mente dos ouvintes, até a sua plena compreensão.
As parábolas também têm a vantagem de prender a atenção das pessoas em coisas importantes a serem transmitidas, evitando assim perguntas indesejáveis em outras áreas do ensino, que não devem ser respondidas no momento.
Quando a parábola de JESUS é entendida, pode trazer ensino valioso para a eternidade, sendo de grande importância para todas as gerações seguintes.
O maior problema da aprendizagem é o defeito que os homens têm de pré-julgar o que ouvem antes de terminarem de ouvir, assim a parábola pode desviar essa predisposição e tornar mais atrativo esse ensino.
Parábola pode ser definida como "narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior ou moral". É preciso ouvir com atenção para se poder julgar e se ter uma conclusão aceitável. Talvez a parábola do antigo testamento de maior repercussão tenha sido a do profeta Natã em sua repreensão ao rei Davi pelo seus pecados de adultério e assassinato contra o esposo de sua amada Bate-Seba, Urias.
Trecho da parábola:
2Sm 12.1E o Senhor enviou Natã a Davi; e, entrando ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre. 2O rico tinha muitíssimas ovelhas e vacas; 3mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e ela havia crescido com ele e com seus filhos igualmente; do seu bocado comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha. 4E, vindo um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas para guisar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do homem pobre e a preparou para o homem que viera a ele. 5Então, o furor de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso. 6E pela cordeira tornará a dar o quadruplicado, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu. 7Então, disse Natã a Davi: Tu és este homem.
As parábolas de CRISTO possuem a diferença fundamental de forçarem o ouvinte a tomar uma posição sobre o assunto. Sua estrutura impele as pessoas a refletirem sobre sua conclusão. Existe um aspecto positivo que parece sobressair em relação aos demais.
(Mt 13.1-23; Lc 8.4-15) 1 E outra vez começou a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto ao mar. 2E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e lhes dizia na sua doutrina: 3Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. 4E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram. 5E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda. 6Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se. 7E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto. 8E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem. 9E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça. 10E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola. 11E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de DEUS, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas, 12para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados. 13E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas? 14 O que semeia, semeia a palavra; 15e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles. 16E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem; 17mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; 19mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera. 20E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
Para o povo humilde e simples as parábolas traziam ensinos de orientação moral, de consolação e de esperança para os aflitos. Eram a "moral da história", nesse ensino prático as pessoas viam seu cotidiano e assimilavam o ensino de maneira prática em suas vidas. Para as pessoas mais instruídas as parábolas funcionavam como chibatadas na alma e as levavam ao arrependimento ou ódio ao narrador das mesmas. Para os discípulos de JESUS (seus apóstolos) esses ensinos eram bem explicados para que mais tarde fossem registrados em seus escritos e na manutenção do ensino na Igreja emergente.
JESUS é o Mestre por excelência.
Ele não ensinava como os fariseus - seus ensinos refletiam o modo como vivia.
Ele não ensinava à moda dos escribas - seus ensinos tinham autoridade.
Ele não ensinava como os filósofos gregos - seus ensinos produziam vida eterna.
Ele não ensinava como os tribunos romanos - seus ensinos impunham à ética do Reino.
Ele não ensinava tal qual os rabinos - seus ensinos eram da Nova Aliança.
Ele não ensinava semelhante os monarcas - seus ensinos eram graciosos.
Ele não estudou nas escolas rabínicas, mas muitos rabinos se tornaram discípulos seu.
Ele não era membro do Sinédrio, mas os inquietou com suas verdades.
Ele não era amigo de Pilatos, mas, no silêncio, o ensinou a verdade.
Ele ensinava o que ouvira do Pai Eterno (Jo 15.15), enquanto outros, o que aprenderam nos livros.
A classe de novos convertidos na Escola Dominical é uma expressão ou extensão do amplo Ministério do Discipulado.
O Discipulado é um ministério pessoal, ilimitado e flexível. É uma das formas mais rápidas de aumentar o número de batismos e aprofundar a qualidade de vida dos que são alcançados para CRISTO.
Antes de conhecer as peculiaridades de sua classe e os métodos mais adequados a serem adotados, o ensinador de Novos Crentes precisa saber de antemão o que significa ser discípulo. Quem não é discípulo não pode fazer discípulos!
A palavra "discípulo", mathetés, é usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Significa pessoa "ensinada" ou "treinada", aluno, aprendiz. (Texto-base: Mt 28.19,20.)
Nos Evangelhos, JESUS define a palavra discípulo de cinco maneiras:
1) Discípulo é um crente que está envolvido com a Palavra de DEUS de maneira contínua (Jo 8.31).
2) Discípulo é aquele que ama sacrificialmente, sem medir esforços (Jo 13.35; 1 Jo 3.16).
3) Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutífera com CRISTO (Jo 15.8).
4) Discípulo é aquele que assume a sua cruz e segue a CRISTO (Lc 14.27).
5) Discípulo é aquele que renuncia tudo que tem (Lc 14.33).
A existência da igreja local decorre, essencialmente, de duas atividades conjuntas: da evangelização e do discipulado.
A TAREFA DA IGREJA NO DISCIPULADO
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;
ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20
a. A visão da igreja quanto ao discipulado. Três importantes elementos relacionados aos cristãos locais devem estar vinculados ao propósito de uma igreja que deseja crescer em quantidade e qualidade: conservação, desenvolvimento e multiplicação.
b. O quadriforme método de JESUS. O texto de Mateus 28.19,20 apresenta o método quadriforme, ordenado por JESUS: indo, fazendo discípulo, batizando e ensinando.
DISCIPULADO E DISCÍPULO
a quem anunciamos, admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em JESUS CRISTO; Colossenses 1:28
até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO, do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor. Efésios 4:13-16
a. Que é discipulado? É o trabalho cristão efetuado pelos membros da igreja, a fim de fazer dos novos crentes-crianças, jovens e adultos -, autênticos cristãos, cujas vidas se assemelham em palavras e obras do ideal apresentado pelo Senhor JESUS CRISTO, conforme lemos em Mateus 28.18-20; Colossenses 1.28, 29; Efésios 4.13-16.
b. Que significa ser discípulo? A palavra discípulo no Novo Testamento quer dizer um "aprendiz" e "seguidor do seu mestre".
A IGREJA REALIZANDO O DISCIPULADO
Apolo era bom pregador, mas ainda precisava ser discipulado - Ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Quando o ouviram Priscila e Áquila, o levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o caminho de DEUS. Atos 18:26
Paulo era instruído aos pés de Gamaliel, mas precisou do discipulado de Barnabé - E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então, Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor, e este lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de JESUS. Atos 9:26,27
a. A Igreja deve selecionar , pessoas para o discipulado. Os primeiros crentes que JESUS escolheu para trabalhar foram: João e André (Jo 1.35-40); este último trouxe seu irmão Pedro (Jo 1.41,42); Filipe e Natanael(Jo1.43-46); Mateus (Mt9.9) e outros mais.
b. A igreja deve concentrar sua atenção sobre os discipuladores. O pastor da igreja é o ponto de partida para a dinâmica do ministério do discipulado.
c. A igreja deve treiná-Ios para a tarefa do discipulado. Foi num grupo pequeno, distinto, mas coeso, que JESUS investiu a maior parte do tempo do seu ministério.
Formemos evangelistas, mas não nos esqueçamos dos discipuladores!
A “doutrina dos apóstolos” (At 2.42) é formada pelos ensinos de JESUS a seus apóstolos e também pelas revelações do ESPÍRITO SANTO a eles sobre os escritos da lei e dos profetas. esses ensinos podemos aprender lendo e meditando na Bíblia ou frequentando cursos como a EBD e faculdades teológicas, desde que nossos professores vivam o que ensinam.
EDUCAÇÃO
A palavra grega paideia, “treinamento infantil”, “instrução”, *alimentação”, é usada três vezes no NT. Ela abrange todo o cultivo da mente e da moral de uma criança, e o emprego de ordens e admoestações, censura e castigo, com a finalidade de atingir este objetivo (Ef 6.4). Quando aplicada a adultos, ela fala daquilo que desenvolve a alma, corrigindo erros e controlando paixões através da “instrução” na justiça (2 Tm 3.16). Quando aplicada a crianças, tem o sentido de treinamento infantil ou “castigo" (Hb 12.5,7,11; cf. Pv 3.11,12; 15.5).
Judaica
A educação judaica era primeiramente religiosa e, até a época do Novo Testamento, dava-se em casa. Era dever do pai instruir seu filho sobre as tradições religiosas (Êx 12.26,27; Dt 4.9; 6.7).
Era essencial que a criança aprendesse a ler as Escrituras. Felizmente, o alfabeto hebraico com suas vinte e duas letras era muito mais fácil do que as centenas de caracteres cuneiformes e hieroglíficos dos vizinhos de Israel, Em Isaías 28,10, “mandamento e mais mandamento” é literalmente “s após s, e q após q”, uma referência ao ensino do alfabeto. Em Isaías 10.19, lemos: “E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco, que um menino as poderá contar״. O homem jovem de Juizes 8.14 ״escreveu" os nomes dos anciãos da cidade.
O ensino formal longe de casa não foi atestado até a era intertestamentária. Ben Sirach (aprox. 180 a.C.) fala de uma “casa de aprendizagem” (gr. otkos paideias, em heb. bethmidrash). Sob Jason (175-171 a.C.), o sumo sacerdote helenizante, um ginásio foi estabelecido em Jerusalém (1Mac 1.14; 2Mac 4.9; Josefo, Ant. xii.5.1). No helenismo, o ginásio era a principal instituição educacional.
Simon ben Shetah (aprox. 75 a.C.) decretou uma lei que estabelecia que as crianças deveriam ir à escola. O desenvolvimento decisivo, entretanto, veio com a ordem de Josué ben Gamala, sumo sacerdote em 63-65 a.C., de que cada cidade deveria ter uma escola para crianças a partir de seis anos de idade.
De acordo com a declaração de Judah ben Tema (século II a.C) em Pirke Aboth 5.21, o programa de estudos a ser desempenhado era: (a) as Escrituras - aos cinco anos; (b) o Mishnah - tradições orais - aos dez anos; (c) a chegada da idade — aos treze anos; e (d) o Talmude - comentários sobre o Mishnah - aos quinze anos. Esperava-se que os rapazes se casassem aos dezoito anos.
As meninas recebiam educação em casa, e frequentemente eram feitos casamentos arranjados quando tinham doze ou treze anos. Elas iam à sinagoga, e algumas conheciam bem as Escrituras (cf. alusões do Antigo Testamento no “Magnificat” de Maria, Lc 1.46-55).
A maioria dos pais não podia permitir que seus filhos tivessem mais do que o ensino primário. Alguns rabinos desprezavam aqueles que haviam estudado somente as Escrituras, tendo-os como ignorantes, ‘am-ha’arets, “pessoas da terra” (cf. Jo 7.15; At 4.13). Aqueles que estudavam para se tomarem rabinos continuavam sua educação na academia de Jerusalém, e eram ordenados com aproximadamente vinte e dois anos de idade.
As classes do primário reuniam-se nas sinagogas, tendo o hazzan, ou responsável pelos rolos, como professor. O professor tinha que ser um homem casado; nenhuma mulher tinha permissão para ensinar (cf. 1 Tm 2.12). As crianças de várias idades sentavam-se no chão diante do professor. A criança aprenderia a ler as Escrituras em voz alta, começando por Levítico. Em continuação, a criança prosseguia no conhecimento da maior parte das Escrituras, embora alguns livros do AT, como, por exemplo, Cantares de Salomão, não eram ensinados aos alunos imaturos.
A ênfase era colocada na memorização, e o método era a repetição. Dizia-se que um professor do Mishnah chegava a repetir uma lição 400 vezes! Os açoites eram usados nos casos de alunos recalcitrantes. O Mishnah não considerava o professor culpado se o aluno morresse em consequência de tais repreensões. A palavra heb. para educação, musar, origina-se da raiz ysr, “castigar, disciplinar”. O ensino dos meninos começava ao amanhecer e frequentemente continuava até o pôr-do-sol. Algumas pessoas têm questionado se eles tinham horário de almoço! O período de aulas era reduzido para quatro horas durante os meses quentes de julho e agosto. No dia que antecedia o sábado havia apenas meio período de aulas, e as aulas eram suspensas por ocasião das festividades religiosas.
A academia de Jerusalém para futuros rabinos era famosa por ter professores como Hilel e Samai (século I a.C.). Aqui Paulo estudou aos pés do ilustre neto de Hilel, Gamaliel (At 22.3). Gamaliel era um dos poucos rabinos que permitia que os alunos aprendessem o grego. Os rabinos, como regra geral, não recebiam qualquer pagamento por ensinarem, mas se sustentavam trabalhando como moleiros, sapateiros, alfaiates, oleiros etc. (cf. At 18.3). De fato, cada pai tinha o dever de ensinar um ofício a seu filho.
Várias formas de discurso e figuras de linguagem eram ensinadas nas escolas gregas e romanas. Paulo usa cerca de trinta tipos diferentes de figuras retóricas em seus escritos. F. W. Farrar sugere que ele pode ter recebido algum tipo de treinamento rudimentar de retórica em Tarso. Por outro lado, a escassez de alusões clássicas (At 17.28; 1 Co 15.33; Tt 1.12) e a qualidade de seu grego mostram que o apóstolo evitou os excessos para que sua mensagem fosse a mais direta e inteligível para todos os tipos de leitores, não utilizando todo o seu conhecimento clássico recebido na afamada instituição em que estudou. Ele foi provavelmente enviado a Jerusalém antes de completar treze anos. Alguns estudiosos têm discutido o fato da palavra anatethrammenos, “criado”, em Atos 22.3, significar que Paulo já vivia em Jerusalém até mesmo antes desta idade. Embora tenha tido um grande treinamento, Paulo repudia (1 Co 2.1) o uso da linguagem retórica elaborada e pomposa tão comumente usada pelos oradores de sua época para ganhar o aplauso dos ouvintes (por exemplo, Tértulo, Atos 24.1-8). Nem mesmo os escritores romanos estavam satisfeitos. Petrônio, um contemporâneo de Paulo, escreveu: “Ninguém se importaria com este artifício se apenas colocasse os nossos alunos no caminho da verdadeira eloquência... Ação ou linguagem são a mesma coisa: grandes frases como bolas de mel, cada sentença parecendo ter caído e se enrolado em sementes de papoula e gergelim”. Dicionário Bíblico Wycliffe
II - O TRIPÉ DO DISCIPULADO: PALAVRA, COMUNHÃO E SERVIÇO
Ensino da Palavra de DEUS na EBD e nos cultos de ensino, inclusão do novo convertido nas visitas pastorais e no trabalho da igreja como corais, vocais, bandas, evangelismo, etc... tudo isso vai fazer do novo convertido um crente também ganhador de almas.
1. A Palavra.
Os apóstolos como mestres. Durante seu ministério, o Senhor JESUS enviou os seus discípulos para ensinar (Mc 6.30). Mais tarde, o Senhor mandou que fizessem discípulos de todas as nações, e ensinando-os a observar tudo o que Ele havia ordenado (Mt 28.20). Depois do Pentecostes, que ocorreu após a ascensão, os apóstolos ensinaram, ao povo que o Senhor JESUS ressuscitou dos mortos (At 4.2). O Concílio judeu mandou que Pedro e João desistissem de ensinar no nome de JESUS (At 4.18), uma ordem que eles não atenderam, e foram presos no templo enquanto continuavam a ensinar (At 5.21, 24ss.). Apesar de uma outra severa advertência das autoridades, os apóstolos continuaram a ensinar e pregar a JESUS CRISTO (At 5.42) até que toda Jerusalém estivesse repleta de seu ensino (At 5.28).
Barnabé e Paulo ensinaram durante um ano inteiro na igreja que estava em Antioquia (At 11.26; cf. 15.35). O procônsul Sérgio Paulo ficou admirado com o ensino de Paulo sobre o Senhor JESUS (At 13.12). Quando os atenienses ouviram Paulo, eles o levaram ao Areópago para que pudesse lhes expor seu novo ensino (At 17.19). Paulo passou dezoito meses em Corinto ensinando a Palavra de DEUS (At 18.11), e mais tarde lembrou aos presbíteros efésios que ele lhes havia ensinado publicamente e de casa em casa durante sua estada em Éfeso (At 20.20). Apolo, embora conhecendo apenas o batismo de João, ensinou diligentemente em Éfeso as coisas do Senhor (At 18,25). Os discípulos judeus acusaram Paulo diante de Tiago e dos presbíteros em Jerusalém, de ter ensinado os gentios a abandonar as leis de Moisés, a deixar a prática da circuncisão, e a abandonar os costumes judeus (At 21.21). Esta mesma acusação foi lançada pelos próprios judeus quando descobriram Paulo no templo e exclamaram contra ele como alguém que havia ensinado os homens em toda parte contra os judeus, a lei, e o templo (At 21.28). Pela palavra falada e escrita, os apóstolos ensinaram a mensagem do cristianismo aos seus contemporâneos.
Mestres na igreja. Paulo refere-se repetidamente à sua designação como mestre dos gentios na fé e na verdade (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) e de sua doutrina (2 Tm 3.10; 1 Co 4.17). Ele negou que o Evangelho que ele pregava tivesse sido ensinado por um homem; antes ele declarou que o recebeu pela revelação de JESUS CRISTO e pelo próprio Senhor JESUS(Gl 1.12; 1 Co 11.23). O ensino de Paulo foi dirigido a todos os homens em toda a sabedoria para que todo homem pudesse tomar- se maduro em CRISTO (Cl 1.28; cf. Hb 6.1,2). Entre os dons e a capacitação do CRISTO que subiu aos céus a fim de equipar e treinar os membros de seu Corpo, estavam a capacitação para se tornarem doutores (ou mestres; Efésios 4.11). Uma vez que os apóstolos, profetas e evangelistas tinham a princípio uma grande mobilidade, é provável que muitos dos mestres na igreja primitiva tenham tido um ministério de viagens, visitando os crentes em uma certa cidade por um período mais curto ou mais longo. E provável que a maioria ou todos os cinco homens citados em Atos 13.1 não estivessem residindo permanentemente em Antioquia.
O papel do mestre na igreja era designado e desempenhado através da indicação Divina e da capacitação do ESPÍRITO (1 Co 12.28), A integridade e a fidelidade para com a tarefa do ensino são enfaticamente ordenadas (Rm 12.7; 1 Tm 4.11,13,16), tanto em sua preparação como em seu conteúdo (Tt 2.1,7; 2 Tm 4.2). Aqueles que ensinam devem ser considerados dignos de duplicada honra (1 Tm 5.17), e merecem o apoio daqueles que são ensinados (Gl 6.6). O aspirante a mestre é solenemente advertido de que esta atividade, em última instância, o envolverá em um julgamento mais rigoroso (Tg 3.1).
Mas embora existam aqueles que são especialmente selecionados para ensinar na igreja, cada crente deve envolver-se neste ministério (Cl 3.16; 1 Co 14.6,26; Hb 5.12). Este deve ser para o benefício de todos, e não deve ser complacente com desordem na adoração da igreja (1 Co 14.6,19,26). O servo do Senhor deve ser apto para ensinar e evitar contendas (2 Tm 2.24). Embora as mulheres sejam proibidas de ensinar os homens na igreja (1 Tm 2.12), Paulo ordena que as mulheres idosas ensinem o que é bom enquanto educam as mulheres mais jovens (Tt 2.3).
O ensino na igreja. Há uma referência no NT a uma tradição cristã apostólica denominada diferentemente de sã doutrina (Tt 2.7) ou de palavra fiel (Tt 1.9), que havia sido entregue à igreja (Rm 6.17; 16.17; Ef 4.21; Cl 2.7; 2 Ts 2.15; 2 Tm 2.2; Tt 1.9). Os primeiros discípulos em Jerusalém dedicaram-se ao ensino dos apóstolos (At 2.42). Parte desta tradição era o AT, que é proveitoso, diz Paulo, para o ensino (Rm 15.4; 2 Tm 3.16; cf. 1 Tm 1.8-10). O ensino cristão, e somente ele (1 Tm 1.3), deve ser confiado aos homens que crêem, que por sua vez serão capazes de ensinar aos outros também (2 Tm 2.2; cf 1 Tm 4.11). O presbítero, portanto, deve ser apto para ensinar (1 Tm 3.2), e deve permanecer firme na palavra fiel que lhe foi ensinada, para que possa dar instrução na sã doutrina e oferecer uma apologia eficaz para a fé (Tt 1.9). A obediência ao padrão da doutrina é creditada com o poder moral para libertar o crente da escravidão do pecado (Rm 6.17). A doutrina está de acordo com a piedade (1 Tm 6.3) e fornece o alimento espiritual necessário ao crente (1 Tm 4.6).
Outros usos. O menino JESUS foi encontrado por sua família sentado entre os doutores da lei no templo (Lc 2.46), Nicodemos foi chamado, por nosso Senhor, de mestre de Israel (Jo 3.10 etc.). João Batista ensinou a seus discípulos como orar (Lc 11.1). O Senhor JESUS adverte que aquele que infringe o menor mandamento e assim o ensina aos homens, será o menor no reino; e, ao contrário, aquele que observa e ensina corretamente aos homens será grande no reino (Mt 5.19). JESUS censurou os escribas e os fariseus por adorarem a DEUS de forma vã, ensinando como doutrinas os preceitos dos homens (Mt 15.9; Mc 7.7; cf. Is 29.13).
Paulo rogou a Timóteo que ensinasse as sãs palavras de JESUS, e que rejeitasse aqueles que ensinam de outra maneira (1 Tm 6.2ss.). O apóstolo ensinou que havia aqueles que deveriam ser silenciados visto que estavam perturbando famílias inteiras ensinando basicamente o que não tinham o direito de ensinar (Tt 1.11), e também adverte Timóteo contra os judaizantes que desejavam, em vão, se tornar mestres da lei (1 Tm 1.7). O mesmo apóstolo exortou os efésios à integração espiritual e à participação vital de todos dentro da igreja, para que eles não fossem agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina (Ef 4.14).
O autor da epístola aos Hebreus adverte seus leitores a não se deixarem envolver por doutrinas várias e estranhas (Hb 13.9), enquanto João ordena aos seus leitores que não se associem a alguém que não permaneça na doutrina de CRISTO (2 Jo 9,10). A igreja em Pérgamo é criticada por ter alguns que aderiram ao ensino de Balaão e à doutrina dos nicolaítas (Ap 2.14), enquanto a igreja em Tiatira é censurada por tolerar o ensino de Jezabel (Ap 2.20,24)
Quando a Bíblia fala de doutrina dos apóstolos está se referindo ao ensino de JESUS a eles e experiência deles próprios com o Senhor JESUS e com o ESPÍRITO SANTO que lhes ensinava a Palavra de DEUS e os usava para escrever mais da Palavra de DEUS.
Atos 2.41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. 42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. 45 Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. 46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47 louvando a DEUS e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
Doutrina - Do lat. doctrina] Conjunto de princípios e ensinos exarados nas Sagradas Escrituras que tratam da origem, funções, organização, ordenanças e destino final da Igreja.
Doutrina - (Strong Português)
O ensino formal longe de casa não foi atestado até a era intertestamentária. Ben Sirach (aprox. 180 a.C.) fala de uma “casa de aprendizagem” (gr. otkos paideias, em heb. bethmidrash). Sob Jason (175-171 a.C.), o sumo sacerdote helenizante, um ginásio foi estabelecido em Jerusalém (1Mac 1.14; 2Mac 4.9; Josefo, Ant. xii.5.1). No helenismo, o ginásio era a principal instituição educacional.
Simon ben Shetah (aprox. 75 a.C.) decretou uma lei que estabelecia que as crianças deveriam ir à escola. O desenvolvimento decisivo, entretanto, veio com a ordem de Josué ben Gamala, sumo sacerdote em 63-65 a.C., de que cada cidade deveria ter uma escola para crianças a partir de seis anos de idade.
De acordo com a declaração de Judah ben Tema (século II a.C) em Pirke Aboth 5.21, o programa de estudos a ser desempenhado era: (a) as Escrituras - aos cinco anos; (b) o Mishnah - tradições orais - aos dez anos; (c) a chegada da idade — aos treze anos; e (d) o Talmude - comentários sobre o Mishnah - aos quinze anos. Esperava-se que os rapazes se casassem aos dezoito anos.
As meninas recebiam educação em casa, e frequentemente eram feitos casamentos arranjados quando tinham doze ou treze anos. Elas iam à sinagoga, e algumas conheciam bem as Escrituras (cf. alusões do Antigo Testamento no “Magnificat” de Maria, Lc 1.46-55).
A maioria dos pais não podia permitir que seus filhos tivessem mais do que o ensino primário. Alguns rabinos desprezavam aqueles que haviam estudado somente as Escrituras, tendo-os como ignorantes, ‘am-ha’arets, “pessoas da terra” (cf. Jo 7.15; At 4.13). Aqueles que estudavam para se tomarem rabinos continuavam sua educação na academia de Jerusalém, e eram ordenados com aproximadamente vinte e dois anos de idade.
As classes do primário reuniam-se nas sinagogas, tendo o hazzan, ou responsável pelos rolos, como professor. O professor tinha que ser um homem casado; nenhuma mulher tinha permissão para ensinar (cf. 1 Tm 2.12). As crianças de várias idades sentavam-se no chão diante do professor. A criança aprenderia a ler as Escrituras em voz alta, começando por Levítico. Em continuação, a criança prosseguia no conhecimento da maior parte das Escrituras, embora alguns livros do AT, como, por exemplo, Cantares de Salomão, não eram ensinados aos alunos imaturos.
A ênfase era colocada na memorização, e o método era a repetição. Dizia-se que um professor do Mishnah chegava a repetir uma lição 400 vezes! Os açoites eram usados nos casos de alunos recalcitrantes. O Mishnah não considerava o professor culpado se o aluno morresse em consequência de tais repreensões. A palavra heb. para educação, musar, origina-se da raiz ysr, “castigar, disciplinar”. O ensino dos meninos começava ao amanhecer e frequentemente continuava até o pôr-do-sol. Algumas pessoas têm questionado se eles tinham horário de almoço! O período de aulas era reduzido para quatro horas durante os meses quentes de julho e agosto. No dia que antecedia o sábado havia apenas meio período de aulas, e as aulas eram suspensas por ocasião das festividades religiosas.
A academia de Jerusalém para futuros rabinos era famosa por ter professores como Hilel e Samai (século I a.C.). Aqui Paulo estudou aos pés do ilustre neto de Hilel, Gamaliel (At 22.3). Gamaliel era um dos poucos rabinos que permitia que os alunos aprendessem o grego. Os rabinos, como regra geral, não recebiam qualquer pagamento por ensinarem, mas se sustentavam trabalhando como moleiros, sapateiros, alfaiates, oleiros etc. (cf. At 18.3). De fato, cada pai tinha o dever de ensinar um ofício a seu filho.
Várias formas de discurso e figuras de linguagem eram ensinadas nas escolas gregas e romanas. Paulo usa cerca de trinta tipos diferentes de figuras retóricas em seus escritos. F. W. Farrar sugere que ele pode ter recebido algum tipo de treinamento rudimentar de retórica em Tarso. Por outro lado, a escassez de alusões clássicas (At 17.28; 1 Co 15.33; Tt 1.12) e a qualidade de seu grego mostram que o apóstolo evitou os excessos para que sua mensagem fosse a mais direta e inteligível para todos os tipos de leitores, não utilizando todo o seu conhecimento clássico recebido na afamada instituição em que estudou. Ele foi provavelmente enviado a Jerusalém antes de completar treze anos. Alguns estudiosos têm discutido o fato da palavra anatethrammenos, “criado”, em Atos 22.3, significar que Paulo já vivia em Jerusalém até mesmo antes desta idade. Embora tenha tido um grande treinamento, Paulo repudia (1 Co 2.1) o uso da linguagem retórica elaborada e pomposa tão comumente usada pelos oradores de sua época para ganhar o aplauso dos ouvintes (por exemplo, Tértulo, Atos 24.1-8). Nem mesmo os escritores romanos estavam satisfeitos. Petrônio, um contemporâneo de Paulo, escreveu: “Ninguém se importaria com este artifício se apenas colocasse os nossos alunos no caminho da verdadeira eloquência... Ação ou linguagem são a mesma coisa: grandes frases como bolas de mel, cada sentença parecendo ter caído e se enrolado em sementes de papoula e gergelim”. Dicionário Bíblico Wycliffe
II - O TRIPÉ DO DISCIPULADO: PALAVRA, COMUNHÃO E SERVIÇO
Ensino da Palavra de DEUS na EBD e nos cultos de ensino, inclusão do novo convertido nas visitas pastorais e no trabalho da igreja como corais, vocais, bandas, evangelismo, etc... tudo isso vai fazer do novo convertido um crente também ganhador de almas.
1. A Palavra.
Os apóstolos como mestres. Durante seu ministério, o Senhor JESUS enviou os seus discípulos para ensinar (Mc 6.30). Mais tarde, o Senhor mandou que fizessem discípulos de todas as nações, e ensinando-os a observar tudo o que Ele havia ordenado (Mt 28.20). Depois do Pentecostes, que ocorreu após a ascensão, os apóstolos ensinaram, ao povo que o Senhor JESUS ressuscitou dos mortos (At 4.2). O Concílio judeu mandou que Pedro e João desistissem de ensinar no nome de JESUS (At 4.18), uma ordem que eles não atenderam, e foram presos no templo enquanto continuavam a ensinar (At 5.21, 24ss.). Apesar de uma outra severa advertência das autoridades, os apóstolos continuaram a ensinar e pregar a JESUS CRISTO (At 5.42) até que toda Jerusalém estivesse repleta de seu ensino (At 5.28).
Barnabé e Paulo ensinaram durante um ano inteiro na igreja que estava em Antioquia (At 11.26; cf. 15.35). O procônsul Sérgio Paulo ficou admirado com o ensino de Paulo sobre o Senhor JESUS (At 13.12). Quando os atenienses ouviram Paulo, eles o levaram ao Areópago para que pudesse lhes expor seu novo ensino (At 17.19). Paulo passou dezoito meses em Corinto ensinando a Palavra de DEUS (At 18.11), e mais tarde lembrou aos presbíteros efésios que ele lhes havia ensinado publicamente e de casa em casa durante sua estada em Éfeso (At 20.20). Apolo, embora conhecendo apenas o batismo de João, ensinou diligentemente em Éfeso as coisas do Senhor (At 18,25). Os discípulos judeus acusaram Paulo diante de Tiago e dos presbíteros em Jerusalém, de ter ensinado os gentios a abandonar as leis de Moisés, a deixar a prática da circuncisão, e a abandonar os costumes judeus (At 21.21). Esta mesma acusação foi lançada pelos próprios judeus quando descobriram Paulo no templo e exclamaram contra ele como alguém que havia ensinado os homens em toda parte contra os judeus, a lei, e o templo (At 21.28). Pela palavra falada e escrita, os apóstolos ensinaram a mensagem do cristianismo aos seus contemporâneos.
Mestres na igreja. Paulo refere-se repetidamente à sua designação como mestre dos gentios na fé e na verdade (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11) e de sua doutrina (2 Tm 3.10; 1 Co 4.17). Ele negou que o Evangelho que ele pregava tivesse sido ensinado por um homem; antes ele declarou que o recebeu pela revelação de JESUS CRISTO e pelo próprio Senhor JESUS(Gl 1.12; 1 Co 11.23). O ensino de Paulo foi dirigido a todos os homens em toda a sabedoria para que todo homem pudesse tomar- se maduro em CRISTO (Cl 1.28; cf. Hb 6.1,2). Entre os dons e a capacitação do CRISTO que subiu aos céus a fim de equipar e treinar os membros de seu Corpo, estavam a capacitação para se tornarem doutores (ou mestres; Efésios 4.11). Uma vez que os apóstolos, profetas e evangelistas tinham a princípio uma grande mobilidade, é provável que muitos dos mestres na igreja primitiva tenham tido um ministério de viagens, visitando os crentes em uma certa cidade por um período mais curto ou mais longo. E provável que a maioria ou todos os cinco homens citados em Atos 13.1 não estivessem residindo permanentemente em Antioquia.
O papel do mestre na igreja era designado e desempenhado através da indicação Divina e da capacitação do ESPÍRITO (1 Co 12.28), A integridade e a fidelidade para com a tarefa do ensino são enfaticamente ordenadas (Rm 12.7; 1 Tm 4.11,13,16), tanto em sua preparação como em seu conteúdo (Tt 2.1,7; 2 Tm 4.2). Aqueles que ensinam devem ser considerados dignos de duplicada honra (1 Tm 5.17), e merecem o apoio daqueles que são ensinados (Gl 6.6). O aspirante a mestre é solenemente advertido de que esta atividade, em última instância, o envolverá em um julgamento mais rigoroso (Tg 3.1).
Mas embora existam aqueles que são especialmente selecionados para ensinar na igreja, cada crente deve envolver-se neste ministério (Cl 3.16; 1 Co 14.6,26; Hb 5.12). Este deve ser para o benefício de todos, e não deve ser complacente com desordem na adoração da igreja (1 Co 14.6,19,26). O servo do Senhor deve ser apto para ensinar e evitar contendas (2 Tm 2.24). Embora as mulheres sejam proibidas de ensinar os homens na igreja (1 Tm 2.12), Paulo ordena que as mulheres idosas ensinem o que é bom enquanto educam as mulheres mais jovens (Tt 2.3).
O ensino na igreja. Há uma referência no NT a uma tradição cristã apostólica denominada diferentemente de sã doutrina (Tt 2.7) ou de palavra fiel (Tt 1.9), que havia sido entregue à igreja (Rm 6.17; 16.17; Ef 4.21; Cl 2.7; 2 Ts 2.15; 2 Tm 2.2; Tt 1.9). Os primeiros discípulos em Jerusalém dedicaram-se ao ensino dos apóstolos (At 2.42). Parte desta tradição era o AT, que é proveitoso, diz Paulo, para o ensino (Rm 15.4; 2 Tm 3.16; cf. 1 Tm 1.8-10). O ensino cristão, e somente ele (1 Tm 1.3), deve ser confiado aos homens que crêem, que por sua vez serão capazes de ensinar aos outros também (2 Tm 2.2; cf 1 Tm 4.11). O presbítero, portanto, deve ser apto para ensinar (1 Tm 3.2), e deve permanecer firme na palavra fiel que lhe foi ensinada, para que possa dar instrução na sã doutrina e oferecer uma apologia eficaz para a fé (Tt 1.9). A obediência ao padrão da doutrina é creditada com o poder moral para libertar o crente da escravidão do pecado (Rm 6.17). A doutrina está de acordo com a piedade (1 Tm 6.3) e fornece o alimento espiritual necessário ao crente (1 Tm 4.6).
Outros usos. O menino JESUS foi encontrado por sua família sentado entre os doutores da lei no templo (Lc 2.46), Nicodemos foi chamado, por nosso Senhor, de mestre de Israel (Jo 3.10 etc.). João Batista ensinou a seus discípulos como orar (Lc 11.1). O Senhor JESUS adverte que aquele que infringe o menor mandamento e assim o ensina aos homens, será o menor no reino; e, ao contrário, aquele que observa e ensina corretamente aos homens será grande no reino (Mt 5.19). JESUS censurou os escribas e os fariseus por adorarem a DEUS de forma vã, ensinando como doutrinas os preceitos dos homens (Mt 15.9; Mc 7.7; cf. Is 29.13).
Paulo rogou a Timóteo que ensinasse as sãs palavras de JESUS, e que rejeitasse aqueles que ensinam de outra maneira (1 Tm 6.2ss.). O apóstolo ensinou que havia aqueles que deveriam ser silenciados visto que estavam perturbando famílias inteiras ensinando basicamente o que não tinham o direito de ensinar (Tt 1.11), e também adverte Timóteo contra os judaizantes que desejavam, em vão, se tornar mestres da lei (1 Tm 1.7). O mesmo apóstolo exortou os efésios à integração espiritual e à participação vital de todos dentro da igreja, para que eles não fossem agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina (Ef 4.14).
O autor da epístola aos Hebreus adverte seus leitores a não se deixarem envolver por doutrinas várias e estranhas (Hb 13.9), enquanto João ordena aos seus leitores que não se associem a alguém que não permaneça na doutrina de CRISTO (2 Jo 9,10). A igreja em Pérgamo é criticada por ter alguns que aderiram ao ensino de Balaão e à doutrina dos nicolaítas (Ap 2.14), enquanto a igreja em Tiatira é censurada por tolerar o ensino de Jezabel (Ap 2.20,24)
Quando a Bíblia fala de doutrina dos apóstolos está se referindo ao ensino de JESUS a eles e experiência deles próprios com o Senhor JESUS e com o ESPÍRITO SANTO que lhes ensinava a Palavra de DEUS e os usava para escrever mais da Palavra de DEUS.
Atos 2.41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. 42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. 45 Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. 46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47 louvando a DEUS e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
Doutrina - Do lat. doctrina] Conjunto de princípios e ensinos exarados nas Sagradas Escrituras que tratam da origem, funções, organização, ordenanças e destino final da Igreja.
Doutrina - (Strong Português) לקח leqach
1) ensinamento, ensino, percepção
1a) instrução (obj)
1b) ensinamento (coisa ensinada)
1b1) capacidade para ensinar
1b2) persuasão
Doutrina - (Strong Português)
1) ensinamento, ensino, percepção
1a) instrução (obj)
1b) ensinamento (coisa ensinada)
1b1) capacidade para ensinar
1b2) persuasão
Doutrina - (Strong Português) תורה towrah ou תרה torah
1) lei, orientação, instrução
1a) instrução, orientação (humana ou divina)
1a1) conjunto de ensino profético
1a2) instrução na era messiânica
1a3) conjunto de orientações ou instruções sacerdotais
1a4) conjunto de orientações legais
1b) lei
1b1) lei da oferta queimada
1b2) referindo-se à lei especial, códigos de lei
1c) costume, hábito
1d) a lei deuteronômica ou mosaica
Doutrina - (Strong Português) διδαχη didache
1) ensino
1a) aquilo que é ensinado
1b) doutrina, ensino a respeito de algo
2) o ato de ensinar, instrução
2a) nas assembleias religiosas dos cristãos, fazer uso do discurso como meio de ensinar, em distinção de outros modos de falar em público
Os cristãos da igreja primitiva guardavam rigorosamente as ordenanças santas e eram profusos em todo tipo de devoção e piedade, pois o cristianismo, reconhecido em seu poder, coloca a alma em posição de ter comunhão com DEUS em todas as maneiras em que Ele nos fez para conhecê-lo e prometeu nos conhecer.
1. Os primeiros cristãos eram diligentes e constantes em reunir-se para ouvir a pregação da palavra. Eles perseveravam na doutrina dos apóstolos (v. 42), sem jamais repudiá-la ou abandoná-la. Ou, conforme outra leitura: “Eles se mantinham constantes no ensino ou instrução dos apóstolos”. Pelo batismo, eles foram discipulados a aprender, ficando propensos ao ensino. Veja que aqueles que se entregam a JESUS devem estar plenamente cônscios da obrigação de ouvir sua palavra, pois assim lhe prestam honras e se edificam a si mesmos sobre a sua santíssima fé (Jd 20).
2. A Comunhão (At 2.42).
A Igreja caminhando no ESPÍRITO (At 2:42-47)
Os cristãos continuaram a usar o templo como lugar de reunião e de ministério, mas também passaram a encontrar-se nos lares de várias pessoas. Os três mil novos convertidos precisavam ser instruídos na Palavra e ter comunhão com o povo de DEUS, a fim de crescer e de se tornar testemunhas eficazes. A Igreja primitiva não se ateve a converter pessoas, também as discipulou (Mt 28:19, 20).
Convém explicar duas frases de Atos 2:42. "Partir do pão", provavelmente, é uma referência às refeições regulares, mas, no final de cada refeição, é bem possível que fizessem uma pausa para se lembrar do Senhor celebrando o que chamamos de "Ceia do Senhor" ou "Santa Ceia". O pão e o vinho eram elementos comuns sempre presentes na mesa dos judeus. O termo comunhão não significa apenas "estar juntos". Quer dizer "ter em comum", podendo ser uma referência ao compartilhamento de bens materiais praticado na Igreja primitiva. Por certo, não se tratava de uma forma de comunismo, pois foi um programa inteiramente voluntário, temporário (At 11:27-30) e motivado pelo amor.
A igreja foi unificada (At 2:44), exaltada (At 2:47a) e multiplicada (At 2:47b). Seu testemunho entre os judeus era poderoso, não apenas em função dos milagres realizados pelos apóstolos (At 2:43), mas também pelo amor que os membros da comunidade tinham uns pelos outros e por seu serviço ao Senhor. O Senhor ressurreto continuou a operar por meio deles (Mc 16:20), e o povo continuou a ser salvo. Uma igreja e tanto!
Ter tudo em comum e partilhar da mesma crença é comunhão. A palavra grega koinonia, “comunhão”, significa compartilhar ou participar mutuamente de algum evento comum ou acordo. No Antigo Testamento, a ideia de comunhão diz respeito ao relacionamento da pessoa com o seu próximo (Sl 133.1) e nunca do ser humano com DEUS. Embora Abraão tenha sido chamado “amigo de DEUS” (Is 41.8; Tg 2.23) e Moisés tenha falado com DEUS face a face (Dt 34.10), eles não provaram a mesma comunhão com DEUS como os crentes da nova aliança (Jo 15.14). A comunhão no Cristianismo envolve tanto o relacionamento entre os irmãos como também com o Pai, com o Filho (1 Jo 1.3) e com o ESPÍRITO SANTO (2 Co 13.13).
Os primeiros cristãos persistiam na comunhão dos santos. Eles continuaram firmes na comunhão (v. 42), perseverando unânimes todos os dias no templo (v. 46). Essa comunhão consistia no amor uns pelos outros e num rico relacionamento social entre eles. Tratava-se de um povo muito unido. Quando se retiraram da geração perversa, não viraram ermitões, mas se achegaram ainda mais uns aos outros e aproveitavam toda oportunidade para se reunirem. Onde quer que haja um discípulo, tem de haver mais, uma vez que são gente da mesma origem e essência. Veja como estes cristãos amam uns aos outros. Eles se preocupavam uns com os outros, demonstravam simpatia mútua e, de coração aberto, defendiam as causas uns dos outros. Comungavam juntos na adoração religiosa. Reuniam-se no templo: esse era o lugar do encontro, pois nossa comunhão conjunta com DEUS é a melhor comunhão que podemos ter uns com os outros (1 Jo 1.3). Observe: (1) Os cristãos da igreja primitiva estavam todos os dias no templo (v. 46), não só nos sábados e nas festas solenes, mas em outros dias, diariamente. Adorar a DEUS tem de ser nossa atividade diária, e, sempre que houver oportunidade, quanto mais vezes fizermos publicamente melhor. O Senhor ama as portas de Sião (Sl 87.2), e devemos imitá-lo. (2) Os cristãos da igreja primitiva eram unânimes (v. 46). Não havia discórdia ou discussão entre eles, somente amor santo. Com prazer e entusiasmo, eles se reuniam nos cultos públicos. Embora se agregassem aos judeus nos pátios do templo, os cristãos mantinham reuniões exclusivamente suas e eram unânimes em suas orações separadas.
3. A comunhão na igreja de Jerusalém (2.44).
Os cristãos que vemos no Livro de Atos não se contentavam em se encontrar uma vez por semana para "o culto habitual". Encontravam-se diariamente (At 2:46), cuidavam uns dos outros diariamente (At 6:1), ganhavam almas diariamente (At 2:47), examinavam as Escrituras diariamente (At 17:11) e cresciam em número diariamente (At 16:5). A fé cristã era uma realidade diária, não uma rotina semanal. Isso porque o CRISTO ressurreto era uma verdade viva para eles, e seu poder de ressurreição operava na vida deles por meio do ESPÍRITO.
A promessa ainda vale para nós hoje: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (At 2:21; Rm 10:13). Você já invocou o nome do Senhor? Já creu em JESUS CRISTO como seu Salvador?
Os primeiros cristãos juntavam-se na ordenança da Ceia do Senhor. Eles perseveravam [...] no partir do pão (v. 42), celebrando o memorial da morte do Mestre, como pessoas que não se envergonhavam de relacionar-se e depender de JESUS CRISTO e este crucificado (2 Co 2.2). Eles não podiam deixar de lembrar a morte de CRISTO, por isso mantinham este momento comemorativo e o tornaram prática constante, porque era uma instituição de CRISTO a ser transmitida às eras sucessivas da igreja. Eles repartiam o pão em casa, kat oikon – de casa em casa. Não julgavam adequado celebrar a Ceia do Senhor no templo, visto que isso era peculiar aos estabelecimentos cristãos. Por isso, ministravam essa ordenação em casas particulares, escolhendo as casas dos cristãos convertidos conforme a praticidade, às quais os vizinhos se dirigiam. Eles iam de uma a uma destas pequenas sinagogas ou capelas domésticas, casas que continham igrejas, e lá celebravam a Ceia do Senhor com as pessoas que normalmente se reuniam ali para adorar a DEUS.
Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica
Atos 34-35. A promessa feita no Antigo Testamento ao povo de DEUS, no sentido de que não haveria pobre entre eles (Dt 15 :4) foi cumprida na igreja pela generosidade dos membros mais prósperos. Aqueles que tinham propriedades ou casas as vendiam, e traziam os valores correspondentes aos apóstolos, que então os distribuíam aos necessitados.41 A referência aos pés dos apóstolos (4:37; 5:2) sugere algum tipo de transferência jurídica expressa em linguagem formal; é desnecessário acompanhar a sugestão de Stahlin (p. 79) de que os apóstolos se sentavam em cadeiras altas, os protótipos dos tronos eclesiásticos posteriores. Agora, incidentalmente, percebemos por que a pregação dos apóstolos se mencionou em v. 33. Tinham, também, o fardo adicional de administrar os fundos coletivos da igreja; e, embora esta tarefa talvez não fosse pesada logo de início, dentro em breve foram necessários planos novos (6:1-6).
36. O exemplo da generosidade de Barnabé é destacado para menção especial, possivelmente por ser de vulto excepcional, e certamente porque Barnabé aparecerá mais tarde na história como líder cristão que era conspícuo pela sua pura bondade (11 :24). Seu nome, se supõe, refletia o seu caráter. Não fica clara a conexão entre "Barnabé" e "filho de exortação", e há várias explicações do nome.42 Um "Filho de encorajamento" era uma pessoa que encorajava os outros, e Barnabé certamente fazia assim (9:27; 11 :23; 15:37). Era levita de nascimento, membro da tribo judaica da qual se tirava alguns dos funcionários menos importantes do templo (Lc 10:32; Jo 1 :19), mas a sua fama decerto migrara para Chipre, onde havia uma população judaica de certo vulto (cf. 11 :19; 13:4-5).
37. A lei antiga que proibia aos levitas a propriedade de terras (Nm 18:20; Dt 109) parece ter caído em desuso (Jr 32:7 e segs.). Não fica claro se o campo que pertencia a Barnabé ficava em Chipre ou na Palestina; presume-se que era neste último lugar, pois v. 35 indica apenas que Barnabé nascera em Chipre.
Atos 44; 45. Um aspecto distintivo foi o modo de os crentes viverem juntos, na prática de algum tipo de comunhão de bens. O significado disto fica mais claro no v. 45, onde se esclarece que as pessoas vendiam suas propriedades para aplicar o preço na assistência dos necessitados. A primeira impressão que obtemos, portanto, é aquela de uma sociedade cujos membros viviam juntos e tinham tudo em comum (4 :33). Não seria surpreendente, sendo que sabemos que pelo menos um outro grupo contemporâneo judaico, a seita de Cunrã, adotou este modo de vida; Filo e Josefo, nas suas descrições dos essênios (com os quais usualmente se identificam os cunranitas), dizem a mesma coisa. É bem provável que, no primeiro impacto do entusiasmo religioso, a igreja primitiva tenha vivido desta maneira; os ditos de JESUS acerca da abnegação podem ter sugerido este modo de vida. Depara-se, porém, na narrativa em 4:32-5:11, que vender os bens pessoais era assunto voluntário, e a atenção especial dada a Barnabé por ter vendido um campo talvez sugira que houvesse algo de incomum no seu ato. Não devemos, portanto, tirar a conclusão de que tomar-se cristão necessariamente acarretasse uma vida numa comunidade cristã" estreitamente fechada em si. O que realmente aconteceu foi, talvez, que cada pessoa deixava seus bens à disposição dos outros quando surgia a necessidade. Evitamos o emprego do termo "comunismo" na descrição da praxe, visto que o comunismo moderno é uma descrição de um sistema político e econômico de um caráter tão diferente que é anacronístico e enganoso empregar-se o termo no presente contexto?
A igreja de Jerusalém, logo nos seus primeiros dias, deu ao mundo uma lição de koinonia. O que o texto sagrado diz é que não se trata apenas de compartilhar algo, mas também de unidade (At 4.32). “Coração” diz respeito ao centro da vida, a mesma inclinação. “Alma” é a sede das emoções, fala dos mesmos afetos e sentimentos (Fp 2.3; 1 Jo 3.16-18). Todos os crentes tinham o mesmo propósito, a mesma esperança, servindo ao mesmo Senhor.
4. O Serviço.
Os primeiros cristãos perseveravam [...] nas orações (v. 42). Depois que o ESPÍRITO foi derramado, como também antes enquanto o esperavam, eles permaneceram imediatamente em oração. A oração jamais será substituída até que venha a ser absorvida no louvor perpétuo. O partir do pão se coloca entre a obra e a oração, pois se liga a ambas, e é uma forma de assistência apara ambas. A Ceia do Senhor é um sermão para os olhos e uma confirmação da palavra de DEUS para nós. É um incentivo para as nossas orações e uma expressão solene da ascensão de nossa alma a DEUS.
Os primeiros cristãos abundavam em ação de graças; sempre estavam louvando a DEUS (v. 47). O louvor deve ser parte de toda oração e não algo a ser escondido num canto. Aqueles que recebem o dom do ESPÍRITO SANTO devem ser ricos em louvores a DEUS.
Trata-se de um termo de significado amplo nas Escrituras Sagradas. O termo, visto isoladamente, quer dizer um trabalho realizado para alguém ou algo seguindo as suas instruções. O termo no Antigo Testamento se relaciona, na maioria das vezes, aos sacerdotes no santuário e também a qualquer pessoa temente a DEUS (Js 24.15). Na primitiva igreja de Jerusalém, o serviço cristão está representado sumariamente na perseverança no ensino dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2.42-47). É isso que DEUS espera de cada um de nós no cumprimento da Grande Comissão.
III - O DISCIPULADO E O CRESCIMENTO SADIO DA IGREJA
É sendo orientado adequadamente que o novo cristão vai se tornar um evangelista no futuro para também ganhar almas.
O discipulado é que torna o crente adulto na fé e apto para a obra do Senhor.
Nós podemos plantar a melhor semente, adubar, limpar e podar, mas somente DEUS é que dá o crescimento à plantação
1. O crescimento espiritual.
Eu plantei, Apolo regou; mas DEUS deu o crescimento. 7 Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas DEUS, que dá o crescimento. 8 Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho (1 Co 3.6).
DEUS dá o crescimento de acordo com o interesse e entrega do novo convertido. Leitura Bíblica, oração, jejum e evangelização abrem caminho para DEUS dar sabedoria e poder.
Os verbos do crescimento cristão
● Andar − peripateō − O uso que Paulo faz deste verbo indica um modo ou estilo de vida que torna claro aquilo que governa a pessoa. Dois modos de vida ficam opostos entre si: o andar do homem sem CRISTO, e o andar do cristão em CRISTO.
Rm 6.4 – Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.
Gl 5.16 – Digo, porém: andai no ESPÍRITO e jamais satisfareis à concupiscência da carne.
Ef 2.1-2 – Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
Ef. 5.1,2 e 5.8-10 – Sede, pois, imitadores de DEUS, como filhos amados; e andai em amor, como também CRISTO nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a DEUS, em aroma suave.[…] Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade), provando sempre o que é agradável ao Senhor.
Cl 2.6 – Ora, como recebestes CRISTO JESUS, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças.
● Permanecer − menō − “Permanecer” indica o estreito relacionamento entre CRISTO e o crente. CRISTO habita no crente que por sua vez permanece nEle. Este relacionamento produz frutos visíveis no estilo de vida do cristão.
Jo 15.4 – Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
1Jo 2.5,6 – Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de DEUS. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.
● Despir-se/revestir-se − apekduomai, apotitemi /enduo − Tirar, colocar de lado, abandonar um estilo de vida antigo em contraste com vestir um novo estilo de vida.
Rm 13.12-14 – Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor JESUS CRISTO e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.
Ef. 4.22-24 – No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo DEUS, em justiça e retidão procedentes da verdade.
Cl 3.9, 12 – Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou. […] Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
● Renovar − anakainoō, ananeoō − O destaque na vida do cristão é sua mudança interior, operada pelo ESPÍRITO à medida que o cristão renova o seu estilo de pensar por meio do estudo da Palavra.
Rm 12.1,2 – E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS.
Ef 4.22-24 – No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo DEUS, em justiça e retidão procedentes da verdade.
Cl 3.9,10 – Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz [renova] para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.
● Transformar-se − metamorphoō – um processo contínuo de transformação que deve caracterizar o crente. É levado a efeito por uma renovação interior da mente e por uma resistência à influência do mundo.
2Co 3.18 – E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o ESPÍRITO.
Rm 12.2 – E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS.
As definições dos termos originais gregos foram baseadas em:
Gingrich, F. Wilbur. Léxico do Novo Testamento grego – português. São Paulo: Vida Nova, 1993.
BROWN, Colin (edit.). O novo dicionário internacional de teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1984. 4 v.
O que a Bíblia fala sobre crescimento espiritual?
A Bíblia mostra que o crescimento espiritual é o resultado natural de uma vida dedicada a JESUS. Crescimento espiritual é amadurecer na fé. Todo crente precisa crescer espiritualmente.
O que é crescimento espiritual?
Crescimento espiritual é o processo de amadurecimento que acontece ao longo da vida com JESUS. Com o tempo, cada crente vai aprofundando seu relacionamento com JESUS e sua vida vai mudando.
O crescimento espiritual não é como nosso crescimento físico; não chega um tempo em que paramos de crescer. O crescimento espiritual é como uma árvore – continua a vida toda. Assim como a árvore, o crescimento espiritual:
Começa com uma semente – quando a palavra de DEUS entra no coração e salva, a pessoa nasce para uma vida nova
É frágil de início – os primeiros desafios são difíceis e há muito para aprender; novos crentes precisam de muito apoio
Ganha raízes – com o tempo, o crente vai conhecendo mais da Bíblia firmando mais seu relacionamento com JESUS
Enfrenta tempestades – mesmo cristãos maduros enfrentam grandes dificuldades que desafiam sua fé, mas DEUS ajuda a superá-las
Fica forte – ao conhecimento da Bíblia é acrescentada a experiência de vida, que dá mais força e confiança
Dá frutos – os resultados do crescimento espiritual são visíveis na vida do crente; o cristão maduro reflete mais a vida de CRISTO
Onde não há crescimento espiritual, há um problema. A Bíblia diz que não podemos agir sempre como crianças recém-nascidas (Hebreus 5:13-14). Não devemos nos contentar apenas com o básico da fé, o “leite” inicial. DEUS tem muito mais para nos dar, porém muitas das bênçãos exigem maturidade. A árvore que não cresce e amadurece está doente ou morta.
Como crescer espiritualmente?
O crescimento espiritual depende de duas coisas: sua vontade e do ESPÍRITO SANTO. É DEUS quem faz crescer mas você precisa permitir que Ele trabalhe em sua vida. Muitas vezes isso vai doer mas vale a pena. Para crescer espiritualmente, é preciso da ajuda de um irmão maduro na fé que esteja disposto a orientar e discipular:
- É preciso se submeta a DEUS
- É preciso pedir que DEUS lhe revele as áreas de sua vida que precisam ser mudadas e, quando você souber quais são, obedeça a DEUS. Escolha fazer a vontade de DEUS (Mateus 6:10).
- É preciso estudar a Bíblia
DEUS fala através da Bíblia. Estudando a Bíblia, o novo convertido vai aprender muitas coisas e descobrir como crescer (2 Timóteo 3:16-17). Deve começar aos poucos e procurar melhorar seu estudo da Bíblia com o tempo.
A oração é a segunda maior coisa a fazer para um crescimento espiritual sadio.
Quem ora se aproxima de DEUS para conversar com Ele. A oração aumenta a intimidade com DEUS, a fonte de vida que nos faz crescer. Procure novas formas de orar, se chegando a ele em todas as situações da vida (1 Tessalonicenses 5:17).
Frequente a igreja sempre que possível
Sozinho, o crente não vai crescer muito. Na igreja o novo convertido vai encontrar outras pessoas que podem ajudar em seu crescimento. A igreja serve para juntos aprendermos a crescer em JESUS (Efésios 4:15-16). Quando cada um faz a sua parte, todos crescem mais.
Assuma responsabilidades
A responsabilidade traz bênçãos e ajuda a crescer espiritualmente. DEUS usa até as responsabilidades menores para lhe ensinar verdades profundas (1 Coríntios 12:5-7). Nem que seja distribuir folhetos ou limpar os vidros, procure ajudar seus irmãos! Envolva-se.
1) lei, orientação, instrução
1a) instrução, orientação (humana ou divina)
1a1) conjunto de ensino profético
1a2) instrução na era messiânica
1a3) conjunto de orientações ou instruções sacerdotais
1a4) conjunto de orientações legais
1b) lei
1b1) lei da oferta queimada
1b2) referindo-se à lei especial, códigos de lei
1c) costume, hábito
1d) a lei deuteronômica ou mosaica
Doutrina - (Strong Português) διδαχη didache
1) ensino
1a) aquilo que é ensinado
1b) doutrina, ensino a respeito de algo
2) o ato de ensinar, instrução
2a) nas assembleias religiosas dos cristãos, fazer uso do discurso como meio de ensinar, em distinção de outros modos de falar em público
Os cristãos da igreja primitiva guardavam rigorosamente as ordenanças santas e eram profusos em todo tipo de devoção e piedade, pois o cristianismo, reconhecido em seu poder, coloca a alma em posição de ter comunhão com DEUS em todas as maneiras em que Ele nos fez para conhecê-lo e prometeu nos conhecer.
1. Os primeiros cristãos eram diligentes e constantes em reunir-se para ouvir a pregação da palavra. Eles perseveravam na doutrina dos apóstolos (v. 42), sem jamais repudiá-la ou abandoná-la. Ou, conforme outra leitura: “Eles se mantinham constantes no ensino ou instrução dos apóstolos”. Pelo batismo, eles foram discipulados a aprender, ficando propensos ao ensino. Veja que aqueles que se entregam a JESUS devem estar plenamente cônscios da obrigação de ouvir sua palavra, pois assim lhe prestam honras e se edificam a si mesmos sobre a sua santíssima fé (Jd 20).
2. A Comunhão (At 2.42).
A Igreja caminhando no ESPÍRITO (At 2:42-47)
Os cristãos continuaram a usar o templo como lugar de reunião e de ministério, mas também passaram a encontrar-se nos lares de várias pessoas. Os três mil novos convertidos precisavam ser instruídos na Palavra e ter comunhão com o povo de DEUS, a fim de crescer e de se tornar testemunhas eficazes. A Igreja primitiva não se ateve a converter pessoas, também as discipulou (Mt 28:19, 20).
Convém explicar duas frases de Atos 2:42. "Partir do pão", provavelmente, é uma referência às refeições regulares, mas, no final de cada refeição, é bem possível que fizessem uma pausa para se lembrar do Senhor celebrando o que chamamos de "Ceia do Senhor" ou "Santa Ceia". O pão e o vinho eram elementos comuns sempre presentes na mesa dos judeus. O termo comunhão não significa apenas "estar juntos". Quer dizer "ter em comum", podendo ser uma referência ao compartilhamento de bens materiais praticado na Igreja primitiva. Por certo, não se tratava de uma forma de comunismo, pois foi um programa inteiramente voluntário, temporário (At 11:27-30) e motivado pelo amor.
A igreja foi unificada (At 2:44), exaltada (At 2:47a) e multiplicada (At 2:47b). Seu testemunho entre os judeus era poderoso, não apenas em função dos milagres realizados pelos apóstolos (At 2:43), mas também pelo amor que os membros da comunidade tinham uns pelos outros e por seu serviço ao Senhor. O Senhor ressurreto continuou a operar por meio deles (Mc 16:20), e o povo continuou a ser salvo. Uma igreja e tanto!
Ter tudo em comum e partilhar da mesma crença é comunhão. A palavra grega koinonia, “comunhão”, significa compartilhar ou participar mutuamente de algum evento comum ou acordo. No Antigo Testamento, a ideia de comunhão diz respeito ao relacionamento da pessoa com o seu próximo (Sl 133.1) e nunca do ser humano com DEUS. Embora Abraão tenha sido chamado “amigo de DEUS” (Is 41.8; Tg 2.23) e Moisés tenha falado com DEUS face a face (Dt 34.10), eles não provaram a mesma comunhão com DEUS como os crentes da nova aliança (Jo 15.14). A comunhão no Cristianismo envolve tanto o relacionamento entre os irmãos como também com o Pai, com o Filho (1 Jo 1.3) e com o ESPÍRITO SANTO (2 Co 13.13).
Os primeiros cristãos persistiam na comunhão dos santos. Eles continuaram firmes na comunhão (v. 42), perseverando unânimes todos os dias no templo (v. 46). Essa comunhão consistia no amor uns pelos outros e num rico relacionamento social entre eles. Tratava-se de um povo muito unido. Quando se retiraram da geração perversa, não viraram ermitões, mas se achegaram ainda mais uns aos outros e aproveitavam toda oportunidade para se reunirem. Onde quer que haja um discípulo, tem de haver mais, uma vez que são gente da mesma origem e essência. Veja como estes cristãos amam uns aos outros. Eles se preocupavam uns com os outros, demonstravam simpatia mútua e, de coração aberto, defendiam as causas uns dos outros. Comungavam juntos na adoração religiosa. Reuniam-se no templo: esse era o lugar do encontro, pois nossa comunhão conjunta com DEUS é a melhor comunhão que podemos ter uns com os outros (1 Jo 1.3). Observe: (1) Os cristãos da igreja primitiva estavam todos os dias no templo (v. 46), não só nos sábados e nas festas solenes, mas em outros dias, diariamente. Adorar a DEUS tem de ser nossa atividade diária, e, sempre que houver oportunidade, quanto mais vezes fizermos publicamente melhor. O Senhor ama as portas de Sião (Sl 87.2), e devemos imitá-lo. (2) Os cristãos da igreja primitiva eram unânimes (v. 46). Não havia discórdia ou discussão entre eles, somente amor santo. Com prazer e entusiasmo, eles se reuniam nos cultos públicos. Embora se agregassem aos judeus nos pátios do templo, os cristãos mantinham reuniões exclusivamente suas e eram unânimes em suas orações separadas.
3. A comunhão na igreja de Jerusalém (2.44).
Os cristãos que vemos no Livro de Atos não se contentavam em se encontrar uma vez por semana para "o culto habitual". Encontravam-se diariamente (At 2:46), cuidavam uns dos outros diariamente (At 6:1), ganhavam almas diariamente (At 2:47), examinavam as Escrituras diariamente (At 17:11) e cresciam em número diariamente (At 16:5). A fé cristã era uma realidade diária, não uma rotina semanal. Isso porque o CRISTO ressurreto era uma verdade viva para eles, e seu poder de ressurreição operava na vida deles por meio do ESPÍRITO.
A promessa ainda vale para nós hoje: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (At 2:21; Rm 10:13). Você já invocou o nome do Senhor? Já creu em JESUS CRISTO como seu Salvador?
Os primeiros cristãos juntavam-se na ordenança da Ceia do Senhor. Eles perseveravam [...] no partir do pão (v. 42), celebrando o memorial da morte do Mestre, como pessoas que não se envergonhavam de relacionar-se e depender de JESUS CRISTO e este crucificado (2 Co 2.2). Eles não podiam deixar de lembrar a morte de CRISTO, por isso mantinham este momento comemorativo e o tornaram prática constante, porque era uma instituição de CRISTO a ser transmitida às eras sucessivas da igreja. Eles repartiam o pão em casa, kat oikon – de casa em casa. Não julgavam adequado celebrar a Ceia do Senhor no templo, visto que isso era peculiar aos estabelecimentos cristãos. Por isso, ministravam essa ordenação em casas particulares, escolhendo as casas dos cristãos convertidos conforme a praticidade, às quais os vizinhos se dirigiam. Eles iam de uma a uma destas pequenas sinagogas ou capelas domésticas, casas que continham igrejas, e lá celebravam a Ceia do Senhor com as pessoas que normalmente se reuniam ali para adorar a DEUS.
Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica
Atos 34-35. A promessa feita no Antigo Testamento ao povo de DEUS, no sentido de que não haveria pobre entre eles (Dt 15 :4) foi cumprida na igreja pela generosidade dos membros mais prósperos. Aqueles que tinham propriedades ou casas as vendiam, e traziam os valores correspondentes aos apóstolos, que então os distribuíam aos necessitados.41 A referência aos pés dos apóstolos (4:37; 5:2) sugere algum tipo de transferência jurídica expressa em linguagem formal; é desnecessário acompanhar a sugestão de Stahlin (p. 79) de que os apóstolos se sentavam em cadeiras altas, os protótipos dos tronos eclesiásticos posteriores. Agora, incidentalmente, percebemos por que a pregação dos apóstolos se mencionou em v. 33. Tinham, também, o fardo adicional de administrar os fundos coletivos da igreja; e, embora esta tarefa talvez não fosse pesada logo de início, dentro em breve foram necessários planos novos (6:1-6).
36. O exemplo da generosidade de Barnabé é destacado para menção especial, possivelmente por ser de vulto excepcional, e certamente porque Barnabé aparecerá mais tarde na história como líder cristão que era conspícuo pela sua pura bondade (11 :24). Seu nome, se supõe, refletia o seu caráter. Não fica clara a conexão entre "Barnabé" e "filho de exortação", e há várias explicações do nome.42 Um "Filho de encorajamento" era uma pessoa que encorajava os outros, e Barnabé certamente fazia assim (9:27; 11 :23; 15:37). Era levita de nascimento, membro da tribo judaica da qual se tirava alguns dos funcionários menos importantes do templo (Lc 10:32; Jo 1 :19), mas a sua fama decerto migrara para Chipre, onde havia uma população judaica de certo vulto (cf. 11 :19; 13:4-5).
37. A lei antiga que proibia aos levitas a propriedade de terras (Nm 18:20; Dt 109) parece ter caído em desuso (Jr 32:7 e segs.). Não fica claro se o campo que pertencia a Barnabé ficava em Chipre ou na Palestina; presume-se que era neste último lugar, pois v. 35 indica apenas que Barnabé nascera em Chipre.
Atos 44; 45. Um aspecto distintivo foi o modo de os crentes viverem juntos, na prática de algum tipo de comunhão de bens. O significado disto fica mais claro no v. 45, onde se esclarece que as pessoas vendiam suas propriedades para aplicar o preço na assistência dos necessitados. A primeira impressão que obtemos, portanto, é aquela de uma sociedade cujos membros viviam juntos e tinham tudo em comum (4 :33). Não seria surpreendente, sendo que sabemos que pelo menos um outro grupo contemporâneo judaico, a seita de Cunrã, adotou este modo de vida; Filo e Josefo, nas suas descrições dos essênios (com os quais usualmente se identificam os cunranitas), dizem a mesma coisa. É bem provável que, no primeiro impacto do entusiasmo religioso, a igreja primitiva tenha vivido desta maneira; os ditos de JESUS acerca da abnegação podem ter sugerido este modo de vida. Depara-se, porém, na narrativa em 4:32-5:11, que vender os bens pessoais era assunto voluntário, e a atenção especial dada a Barnabé por ter vendido um campo talvez sugira que houvesse algo de incomum no seu ato. Não devemos, portanto, tirar a conclusão de que tomar-se cristão necessariamente acarretasse uma vida numa comunidade cristã" estreitamente fechada em si. O que realmente aconteceu foi, talvez, que cada pessoa deixava seus bens à disposição dos outros quando surgia a necessidade. Evitamos o emprego do termo "comunismo" na descrição da praxe, visto que o comunismo moderno é uma descrição de um sistema político e econômico de um caráter tão diferente que é anacronístico e enganoso empregar-se o termo no presente contexto?
A igreja de Jerusalém, logo nos seus primeiros dias, deu ao mundo uma lição de koinonia. O que o texto sagrado diz é que não se trata apenas de compartilhar algo, mas também de unidade (At 4.32). “Coração” diz respeito ao centro da vida, a mesma inclinação. “Alma” é a sede das emoções, fala dos mesmos afetos e sentimentos (Fp 2.3; 1 Jo 3.16-18). Todos os crentes tinham o mesmo propósito, a mesma esperança, servindo ao mesmo Senhor.
4. O Serviço.
Os primeiros cristãos perseveravam [...] nas orações (v. 42). Depois que o ESPÍRITO foi derramado, como também antes enquanto o esperavam, eles permaneceram imediatamente em oração. A oração jamais será substituída até que venha a ser absorvida no louvor perpétuo. O partir do pão se coloca entre a obra e a oração, pois se liga a ambas, e é uma forma de assistência apara ambas. A Ceia do Senhor é um sermão para os olhos e uma confirmação da palavra de DEUS para nós. É um incentivo para as nossas orações e uma expressão solene da ascensão de nossa alma a DEUS.
Os primeiros cristãos abundavam em ação de graças; sempre estavam louvando a DEUS (v. 47). O louvor deve ser parte de toda oração e não algo a ser escondido num canto. Aqueles que recebem o dom do ESPÍRITO SANTO devem ser ricos em louvores a DEUS.
Trata-se de um termo de significado amplo nas Escrituras Sagradas. O termo, visto isoladamente, quer dizer um trabalho realizado para alguém ou algo seguindo as suas instruções. O termo no Antigo Testamento se relaciona, na maioria das vezes, aos sacerdotes no santuário e também a qualquer pessoa temente a DEUS (Js 24.15). Na primitiva igreja de Jerusalém, o serviço cristão está representado sumariamente na perseverança no ensino dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2.42-47). É isso que DEUS espera de cada um de nós no cumprimento da Grande Comissão.
III - O DISCIPULADO E O CRESCIMENTO SADIO DA IGREJA
É sendo orientado adequadamente que o novo cristão vai se tornar um evangelista no futuro para também ganhar almas.
O discipulado é que torna o crente adulto na fé e apto para a obra do Senhor.
Nós podemos plantar a melhor semente, adubar, limpar e podar, mas somente DEUS é que dá o crescimento à plantação
1. O crescimento espiritual.
Eu plantei, Apolo regou; mas DEUS deu o crescimento. 7 Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas DEUS, que dá o crescimento. 8 Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o seu trabalho (1 Co 3.6).
DEUS dá o crescimento de acordo com o interesse e entrega do novo convertido. Leitura Bíblica, oração, jejum e evangelização abrem caminho para DEUS dar sabedoria e poder.
Os verbos do crescimento cristão
● Andar − peripateō − O uso que Paulo faz deste verbo indica um modo ou estilo de vida que torna claro aquilo que governa a pessoa. Dois modos de vida ficam opostos entre si: o andar do homem sem CRISTO, e o andar do cristão em CRISTO.
Rm 6.4 – Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.
Gl 5.16 – Digo, porém: andai no ESPÍRITO e jamais satisfareis à concupiscência da carne.
Ef 2.1-2 – Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
Ef. 5.1,2 e 5.8-10 – Sede, pois, imitadores de DEUS, como filhos amados; e andai em amor, como também CRISTO nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a DEUS, em aroma suave.[…] Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade), provando sempre o que é agradável ao Senhor.
Cl 2.6 – Ora, como recebestes CRISTO JESUS, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças.
● Permanecer − menō − “Permanecer” indica o estreito relacionamento entre CRISTO e o crente. CRISTO habita no crente que por sua vez permanece nEle. Este relacionamento produz frutos visíveis no estilo de vida do cristão.
Jo 15.4 – Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
1Jo 2.5,6 – Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de DEUS. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.
● Despir-se/revestir-se − apekduomai, apotitemi /enduo − Tirar, colocar de lado, abandonar um estilo de vida antigo em contraste com vestir um novo estilo de vida.
Rm 13.12-14 – Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor JESUS CRISTO e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.
Ef. 4.22-24 – No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo DEUS, em justiça e retidão procedentes da verdade.
Cl 3.9, 12 – Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou. […] Revesti-vos, pois, como eleitos de DEUS, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
● Renovar − anakainoō, ananeoō − O destaque na vida do cristão é sua mudança interior, operada pelo ESPÍRITO à medida que o cristão renova o seu estilo de pensar por meio do estudo da Palavra.
Rm 12.1,2 – E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS.
Ef 4.22-24 – No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo DEUS, em justiça e retidão procedentes da verdade.
Cl 3.9,10 – Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz [renova] para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.
● Transformar-se − metamorphoō – um processo contínuo de transformação que deve caracterizar o crente. É levado a efeito por uma renovação interior da mente e por uma resistência à influência do mundo.
2Co 3.18 – E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o ESPÍRITO.
Rm 12.2 – E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS.
As definições dos termos originais gregos foram baseadas em:
Gingrich, F. Wilbur. Léxico do Novo Testamento grego – português. São Paulo: Vida Nova, 1993.
BROWN, Colin (edit.). O novo dicionário internacional de teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1984. 4 v.
O que a Bíblia fala sobre crescimento espiritual?
A Bíblia mostra que o crescimento espiritual é o resultado natural de uma vida dedicada a JESUS. Crescimento espiritual é amadurecer na fé. Todo crente precisa crescer espiritualmente.
O que é crescimento espiritual?
Crescimento espiritual é o processo de amadurecimento que acontece ao longo da vida com JESUS. Com o tempo, cada crente vai aprofundando seu relacionamento com JESUS e sua vida vai mudando.
O crescimento espiritual não é como nosso crescimento físico; não chega um tempo em que paramos de crescer. O crescimento espiritual é como uma árvore – continua a vida toda. Assim como a árvore, o crescimento espiritual:
Começa com uma semente – quando a palavra de DEUS entra no coração e salva, a pessoa nasce para uma vida nova
É frágil de início – os primeiros desafios são difíceis e há muito para aprender; novos crentes precisam de muito apoio
Ganha raízes – com o tempo, o crente vai conhecendo mais da Bíblia firmando mais seu relacionamento com JESUS
Enfrenta tempestades – mesmo cristãos maduros enfrentam grandes dificuldades que desafiam sua fé, mas DEUS ajuda a superá-las
Fica forte – ao conhecimento da Bíblia é acrescentada a experiência de vida, que dá mais força e confiança
Dá frutos – os resultados do crescimento espiritual são visíveis na vida do crente; o cristão maduro reflete mais a vida de CRISTO
Onde não há crescimento espiritual, há um problema. A Bíblia diz que não podemos agir sempre como crianças recém-nascidas (Hebreus 5:13-14). Não devemos nos contentar apenas com o básico da fé, o “leite” inicial. DEUS tem muito mais para nos dar, porém muitas das bênçãos exigem maturidade. A árvore que não cresce e amadurece está doente ou morta.
Como crescer espiritualmente?
O crescimento espiritual depende de duas coisas: sua vontade e do ESPÍRITO SANTO. É DEUS quem faz crescer mas você precisa permitir que Ele trabalhe em sua vida. Muitas vezes isso vai doer mas vale a pena. Para crescer espiritualmente, é preciso da ajuda de um irmão maduro na fé que esteja disposto a orientar e discipular:
- É preciso se submeta a DEUS
- É preciso pedir que DEUS lhe revele as áreas de sua vida que precisam ser mudadas e, quando você souber quais são, obedeça a DEUS. Escolha fazer a vontade de DEUS (Mateus 6:10).
- É preciso estudar a Bíblia
DEUS fala através da Bíblia. Estudando a Bíblia, o novo convertido vai aprender muitas coisas e descobrir como crescer (2 Timóteo 3:16-17). Deve começar aos poucos e procurar melhorar seu estudo da Bíblia com o tempo.
A oração é a segunda maior coisa a fazer para um crescimento espiritual sadio.
Quem ora se aproxima de DEUS para conversar com Ele. A oração aumenta a intimidade com DEUS, a fonte de vida que nos faz crescer. Procure novas formas de orar, se chegando a ele em todas as situações da vida (1 Tessalonicenses 5:17).
Frequente a igreja sempre que possível
Sozinho, o crente não vai crescer muito. Na igreja o novo convertido vai encontrar outras pessoas que podem ajudar em seu crescimento. A igreja serve para juntos aprendermos a crescer em JESUS (Efésios 4:15-16). Quando cada um faz a sua parte, todos crescem mais.
Assuma responsabilidades
A responsabilidade traz bênçãos e ajuda a crescer espiritualmente. DEUS usa até as responsabilidades menores para lhe ensinar verdades profundas (1 Coríntios 12:5-7). Nem que seja distribuir folhetos ou limpar os vidros, procure ajudar seus irmãos! Envolva-se. https://www.respostas.com.br/o-que-a-biblia-fala-sobre-crescimento-espiritual/
Todos novos convertidos precisam ser discipulados, não importa sua condição financeira, racial, ou social.
A Palavra de DEUS ensina “crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO” (2 Pe 3.18). Esse é o crescimento espiritual e sadio.
2. O crescimento numérico.
Crescimento (Strong Português) αυξανω auxano
1) fazer cresçer, aumentar
2) ampliar, tornar grande
3) cresçer, aumentar
3a) de plantas
3b) de crianças
3c) de uma multidão de pessoas
3d) do crescimento interior do cristão
Efésios 5.27 “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito”
-Introdução: A Igreja primitiva crescia naturalmente. Se formos fazer uma estatística de seu crescimento veremos que o número de seguidores cristãos aumentava a cada instante chegando a um acréscimo de mais de mil por cento. Qual seria o segredo do crescimento desta igreja? Não há segredo, a Bíblia mostra que a Igreja crescia naturalmente (espiritualmente, melhor).
Veja alguns dados do crescimento da Igreja Primitiva:
-12 discípulos (Mateus 10.1-4 / Lucas 9.1)
-70 discípulos (Lucas 10.1)
-120 discípulos (Atos 1.15)
-3.000 batizados (Atos 2.41)
-5.000 convertidos (Atos 4.4)
-O número continua crescendo ao ponto de perder a conta (Atos 5.14)
-Mais crescimento inclusive conversão de sacerdotes (Atos 6.1 e 7)
-Cristãos se espalham devido à perseguição (Atos 8.1 e 4)
-Muitas Igrejas fundadas (Atos 9.31)
-Aldeias inteiras tornam-se cristãs (Atos 9.35)
-Gentios se convertem a CRISTO (Atos 13.48,49)
-Igrejas erguidas na Ásia menor e Turquia (Atos 14.1-28)
-Igrejas fundadas na Europa (Atos 16.5 e 11,12; 17.4)
-Milhares de judeus tornam-se cristãos (Atos 21.20).
Além do crescimento numérico, podemos observar a expansão territorial do cristianismo, devido à dispersão dos cristãos perseguidos. Também se percebe que a qualidade e o comprometimento dos cristãos dispostos a morrer por sua fé foi uma força para este movimento que crescia cada vez mais, diante das dificuldades.
Hoje se fala muito em estratégias para o crescimento da Igreja, mas as propostas são tantas que ficamos sem saber o que fazer.
Qual é o segredo para o crescimento da Igreja?
Vamos refletir nas palavras de Efésios 5.27 e aprender sobre a importância da Santificação para o crescimento da Igreja:
a-- Igreja GLORIOSA
A Igreja Primitiva era gloriosa apesar de toda pobreza e simplicidade. Sua glória era a própria Glória de DEUS que se manifestava no meio deles.
Hoje vemos muitas igrejas que se mostram ‘gloriosas’ com templos luxuosos e aparatos tecnológicos [nada contra essas coisas], contudo a glória da Igreja não pode estar em outra coisa senão no poder de DEUS que realiza maravilhas no meio de seu povo.
Muitas igrejas não têm crescido por causa do orgulho e outras cresceram muito porque tiveram humildade no começo de seu ministério e DEUS manifestou sua glória, mas com o tempo começam a se envaidecer e caem porque “DEUS resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tiago 4.6).
Sua igreja tem sido gloriosa no sentido humano ou espiritual?
DEUS quer uma Igreja cheia de sua Glória!
b- Igreja Sem MÁCULA
A Igreja primitiva era sem mácula, sujeira ou pecado. Mas e o caso de Ananias e Safira em Atos 5? Sim eles pecaram, mas a Igreja não aceitou o pecado e DEUS os castigou.
Algumas igrejas não crescem porque aceitam o pecado, ficam com medo de exortar o povo e não se prega santidade. Não existe força que possa vencer uma igreja, nem perseguição ou demônios, mas o pecado destrói igrejas de maneira desastrosa.
O secularismo tem feito com que muitos líderes se conformem com o pecado, mas a Palavra de DEUS nos ensina “não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Romanos 12.2).
Mesmo que a Igreja seja formada por pessoas pecadoras, deve ensinar a santidade e pregar contra o pecado para esclarecer e libertar seu povo. A igreja deve acolher os pecadores com amor, mas ser radical contra o pecado. Não podemos nos conformar com o pecado para agradar as pessoas ou com medo de ofendê-las.
Sua igreja tem se conformado com o pecado?
DEUS quer uma Igreja sem mácula!
c- Igreja sem RUGA:
A Igreja primitiva não tinha rugas porque era uma igreja nova. Mas com o tempo, muitas igrejas começaram a envelhecer perdendo a força e o vigor concedidos pelo poder do ESPÍRITO SANTO.
Uma Igreja sem rugas é sempre renovada por DEUS “porque as suas misericórdias não têm fim, renovam-se a cada manhã” (Lamentações 3.22,23). Mesmo que a igreja tenha muitos anos de existência, deve sempre buscar o renovo de DEUS.
O tradicionalismo tem ‘enrugado’ muitas igrejas impedindo que sejam renovadas por DEUS. Passam-se anos sem ganhar novas vidas para JESUS e os crentes já estão velhos de igreja sem mudança de vida. Devemos buscar o poder do ESPÍRITO SANTO quem mantém o povo sempre forte e cheio de vigor espiritual.
Buscar renovação não é querer somente novidade e sim que como Igreja “também andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6.4). Deste modo ganhamos novas vidas para JESUS e a Igreja se mantém sempre renovada.
Sua igreja tem buscado renovação ou já está enrugada?
DEUS quer uma Igreja renovada pelo seu poder!
d- Igreja SANTA
A Igreja Primitiva era santificada pelo ESPÍRITO SANTO. Uma comunidade movida pelo poder de DEUS. O povo simples e humilde dependia tão somente da graça de DEUS para vencer tudo. Consideravam que só tinham um problema que era vencer o pecado e ganhar vidas para JESUS.
Uma Igreja Santa não é uma igreja legalista e cheia de rituais. A Igreja é santa quando combate o pecado e se ocupa na pregação do evangelho aos perdidos. Buscar ser santo não é ser arrogante ao dizer que não tem pecado porque se fizer isso estaria mentindo (I João 1.8), mas ao confessarmos os pecados e sempre buscar melhorar.
Como Paulo que ensinou que “não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de DEUS em CRISTO JESUS” (Filipenses 3.13,14). A santificação é algo que deve ser buscado todos os dias.
Em nossa cultura brasileira, o conceito geral de santidade faz o povo pensar que ser santo é algo impossível ou irreal. Mas no conceito bíblico, o povo de DEUS é “santificado em CRISTO JESUS, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor JESUS CRISTO” (I Coríntios 1.2). É muito importante pregar e enfatizar a doutrina da santidade nos dias atuais.
Sua Igreja tem pregado e buscado a Santificação?
DEUS quer uma Igreja que busque santidade!
e- Igreja Sem DEFEITO
Dizer que a Igreja Primitiva era sem defeito parece algo relativo. Um grupo de pessoas incultas e cheias de dificuldades lutando por uma nova fé e sem saber exatamente o que fazer. Em Atos 15 descreve o primeiro concílio da Igreja onde discutem vários problemas, mas no fim chegaram a um consenso movido pelo ESPÍRITO SANTO.
Uma Igreja sem defeito não é uma igreja perfeita no sentido humano e sim um povo que almeja fazer a “boa, agradável e perfeita vontade de DEUS” (Romanos 12.2). A Igreja é o “corpo de CRISTO; e, individualmente, membros desse corpo” (I Coríntios 12.27). Quando perdemos membros deste corpo, ou os membros estão divididos entre si, o corpo fica defeituoso.
Muitas coisas têm deformado a Igreja cristã. Embora construamos templos suntuosos e tenhamos estruturas muito bem-organizadas, muitos defeitos têm feito com que o Corpo de CRISTO ande mancando. O maior defeito que tem prejudicado a Igreja é a injustiça movida por interesses humanos. As divisões e o individualismo têm prejudicado a obra de DEUS.
A estrutura organizacional da igreja deve ser bíblica e dirigida pelo ESPÍRITO SANTO. Tudo deve ser feito de maneira a manter o povo unido em um só propósito. Ninguém precisa ser maior e sim devemos servir uns aos outros. Igreja sem defeito é íntegra e consciente de seus problemas lutando para vencer.
Sua Igreja está dividida e mancando?
JESUS quer seu corpo sem defeito!
A Igreja precisa crescer!
A Igreja Primitiva cresceu muito enquanto sua Glória foi a presença de CRISTO, não tendo mácula ou maldade lutando contra o pecado, sem rugas conservado sempre em novidade de vida para não envelhecer, santificada pelo ESPÍRITO SANTO e sem defeito ou injustiças.
Com o tempo, quando as igrejas começaram a buscar a glória para o homem ou para a denominação, começou a se conformar com o pecado, a igreja caiu no tradicionalismo, perdeu a ênfase na santidade e divisões começaram a prejudicar o corpo de CRISTO. A partir de então a igreja deixou de crescer por causa desses problemas.
O Corpo de CRISTO é vivo e saudável, por isso cresce naturalmente trabalhando ativamente pelo seu crescimento. A Igreja que JESUS quer apresentar para DEUS é “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Efésios 5.27).
O segredo para o crescimento da Igreja é a Santificação. Qualquer estratégia ou proposta de crescimento que seja baseada em dar toda glória a DEUS e não aos homens, luta contra o pecado e a injustiça, mantém a igreja renovada, busca santidade e une o Corpo de CRISTO, funciona. Qualquer método de crescimento que vise isto vai dar certo.
Sua Igreja tem crescido?
Uma Igreja saudável cresce naturalmente!
3. O exemplo da igreja de Antioquia da Síria.
Estudo Bíblico Sobre a Igreja de Antioquia (Daniel Conegero)
A igreja de Antioquia era uma importante base missionária dos primeiros anos do Cristianismo. Um estudo bíblico sobre aquela comunidade cristã mostra que ela foi responsável por enviar ao campo missionário ninguém menos que o apóstolo Paulo, mediante a ordem do ESPÍRITO SANTO. Isso significa que a igreja de Antioquia desempenhou um papel na grande propagação do Evangelho no Império Romano no primeiro século.
A igreja estava estabelecida na cidade de Antioquia da Síria. Essa informação é importante porque naquele tempo havia outras cidades com esse mesmo nome. Inclusive, a Bíblia menciona uma dessas cidades que ficava na Pisídia. Entre todas essas cidades, Antioquia da Síria, onde ficava a igreja missionária, era a mais importante. Ela tinha uma economia muito bem estabelecida e uma população que chegava a meio milhão de habitantes.
A fundação da igreja de Antioquia
A igreja de Antioquia foi fundada num momento histórico de grande crescimento da Palavra de DEUS. O livro de Atos dos Apóstolos registra como o Evangelho de CRISTO começou a ser anunciado em Jerusalém e logo alcançou toda a Judéia e Samaria.
No derramamento do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes, deu-se início a grande internacionalização da Igreja (Atos 2). Pelo dom do ESPÍRITO, pessoas de diversos lugares puderam ouvir as grandezas de DEUS em sua própria língua nativa.
Naquele contexto DEUS levantou homens que se dedicaram integralmente à causa do Evangelho. Um desses homens foi o diácono Estêvão. Num tempo em que se multiplicava grandemente o número de cristãos, a Bíblia diz que Estêvão, pelo poder do ESPÍRITO SANTO, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Mas o ministério de Estêvão acabou ascendendo a ira de algumas pessoas poderosas, e ele acabou sendo martirizado (Atos 6,7).
A perseguição deflagrada após a morte de Estêvão fez com que os cristãos se espalhassem por várias regiões. Filipe, outro diácono, teve um ministério evangelístico extraordinário naquela ocasião, levando o Evangelho para além de Jerusalém.
Alguns dos cristãos dispersos pela perseguição foram até a Fenícia, Chipre e Antioquia anunciando o Evangelho. Inicialmente a mensagem era pregada somente aos judeus. Mas entre os dispersos havia alguns crentes anônimos de Chipre e Cirene que entraram em Antioquia e anunciaram o Senhor JESUS aos gregos.
Nós não sabemos seus nomes, porém DEUS era com eles e muitas pessoas foram convertidas ao Senhor. Ali teve início a igreja de Antioquia (Atos 11:19-21).
A liderança da igreja de Antioquia
As notícias sobre o crescimento do Evangelho em Antioquia chegou até Jerusalém. Então a igreja de Jerusalém, servindo como uma igreja-mãe, enviou Barnabé à cidade de Antioquia para contribuir com a organização da igreja ali.
Barnabé ficou maravilhado com o que viu em Antioquia. Então ele partiu para Tarso com o objetivo de encontrar Paulo e levá-lo a Antioquia. Foi assim que eles se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente (Atos 11:23-26).
A partir de então, a liderança da igreja de Antioquia era formada por cinco profetas e doutores. O texto bíblico não fornece nenhuma explicação adicional sobre esses ministérios e nem esclarece se as cinco pessoas exerciam ambos os ministérios. Seja como for, o que de fato se sabe são os nomes desses líderes da igreja de Antioquia. Eram eles:
Barnabé: era um levita natural de Chipre (Atos 4:36). Talvez ele tenha sido o principal líder da igreja de Antioquia naqueles dias.
Simão: também chamado Níger, que significa “negro”. Provavelmente era um africano e alguns estudiosos sugerem que é possível que ele tenha sido o próprio Simão Cireneu que ajudou JESUS a carregar a cruz.
Lúcio: apenas é dito que esse cristão era de Cirene. Alguns comentaristas já tentaram identificá-lo com o evangelista Lucas, mas isso é muito improvável.
Manaém: um homem que foi criado com Herodes o tetrarca, isto é, Herodes Antipas.
Paulo de Tarso: antes de ser enviado em suas conhecidas viagens missionárias pela própria igreja de Antioquia, o apóstolo Paulo esteve entre os líderes daquela comunidade cristã.
A liderança da igreja de Antioquia refletia a diversidade étnica e cultural que havia em seu corpo de membros. A população de Antioquia era cosmopolita e essa característica obviamente se estendia à membresia da igreja. Portanto, seguramente é possível dizer que a igreja de Antioquia era formada tanto por judeus helenistas quanto por gentios, especialmente os gregos.
Curiosidades sobre a igreja de Antioquia
A igreja de Antioquia foi uma potência missionária no primeiro século. Ela foi uma importante base para a evangelização do mundo greco-romano.
A igreja de Antioquia teve entre seus primeiros líderes homens como: Barnabé, Paulo e talvez até Simão Cireneu.
Foram os crentes de Antioquia os primeiros a serem chamados de “cristãos” (Atos 11:26).
A igreja de Antioquia era comprometida com as questões sociais e providenciou uma generosa oferta de ajuda para os crentes de Jerusalém que estavam em dificuldade (Atos 11:27-30).
O ESPÍRITO SANTO, através da igreja de Antioquia, comissionou Paulo e Barnabé ao trabalho missionário. Então aquela igreja esteve diretamente envolvida nas viagens missionárias de Paulo (cf. Atos 13:1; 15:36; 18:23). É sabido que durante essas viagens muitas outras comunidades cristãs foram fundadas pelo apóstolo dos gentios. Então o valor missionário daquele igreja é incalculável.
A igreja de Antioquia esteve envolvida no primeiro importante debate teológico do Cristianismo. Algumas pessoas foram de Jerusalém à cidade de Antioquia, sem autorização dos líderes de Jerusalém, e começaram a pregar que os crentes de Antioquia tinham que ser circuncidados para serem salvos. Paulo e Barnabé rapidamente reagiram contra essas pessoas e isso acabou resultando no primeiro grande Concílio da Igreja em Jerusalém (Atos 15).
Uma antiga tradição diz que Lucas era natural de Antioquia. Os estudiosos dizem que provavelmente foi em Antioquia que Lucas conheceu Barnabé, Paulo e Pedro e foi convertido ao Evangelho de CRISTO.
CONCLUSÃO
O discípulo é o aprendiz, o aluno dedicado e atencioso, o imitador de CRISTO.
A Grande Comissão (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20) é a ordem de JESUS para que se pregasse o evangelho e discipulasse os que se convertessem..
A educação cristã é o meio pelo qual o novo convertido vai chegara a estatura de varão perfeito. É a oportunidade de aprendizado da Bíblia..
Na igreja o novo convertido deve encontrar um bom ensino da Palavra de DEUS, a comunhão com os irmãos e ser engajado na obra de evangelização, oração, louvor e adoração.
A comunhão na igreja de Jerusalém é enaltecida em Atos dos Apóstolos.
Todo crente deve ter um crescimento espiritual e a igreja como um todo deve estar sempre em crescimento espiritual. O crescimento numérico da igreja se dá com a oração e evangelização, sempre acompanhada pelos sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.20). O exemplo da igreja de Antioquia da Síria nos conduz a um excelente trabalho missionário sob a orientação do ESPÍRITO SANTO.
Ajuda de revista antiga
Primeiro Trimestre de 2007 - Lição 4 –Discipulado, a missão educadora da Igreja
TEMA –A Igreja e a sua missão - Comentarista: Elienai Cabral
LIÇÃO 04 - DISCIPULADO - A MISSÃO EDUCADORA DA IGREJA
TEXTO ÁUREO
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mt 28.19-20)
VERDADE PRÁTICA:
Na educação cristã, através do discipulado, a igreja tem por objetivo fazer de cada crente um fiel seguidor de JESUS.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 16.24-26; 28.19,20; 2 Timóteo 2.1-3.
Mateus 16
24 -Então disse JESUS aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; 25 -Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. 26 -Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
Mateus 28
19 -Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; 20 -Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até à
consumação dos séculos. Amém.
2 Timóteo 2
1 -Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em CRISTO JESUS. 2- E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 3-Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de JESUS CRISTO.
DISCÍPULO: Pessoa que segue os ensinamentos de um mestre. No NT se refere tanto aos apóstolos (Mt 10.1) como aos cristãos em geral (At 6.1).
Um discípulo é alguém que segue uma outra pessoa ou um estilo de vida. Um discípulo se submete a disciplina ou ensinamento do líder ou do estilo. Na bíblia, o termo discípulo é quase sempre encontrado nos evangelhos e no livro de Atos. No Velho Testamento as vezes a palavra é traduzida como "aprendeu" e "ensinou". Onde quer que tenha um professor e pessoas sendo ensinadas, há a ideia de discipulado está presente.
Nos evangelho, os seguidores mais íntimos de CRISTO são chamados de discípulos. Os doze foram chamados pela autoridade de JESUS em circunstâncias variadas. No entanto, todos aqueles que aprovavam os seus ensinamentos e estavam engajados a ele eram são chamados de discípulos. O chamado desses discípulos aconteceu numa época em que outros professores tinham os seus discípulos. Os mais notáveis eram os fariseus (Marcos 2:18; Lucas 5:33) e João Batista (Mateus 9:14).
Como montar uma classe de discipulado em sua igreja? |
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Novos-Convertidos |
Crentes que atingiram a idade ou maturidade para se batizarem |
Crentes antigos que ainda não se batizaram |
Crentes que querem aprender as doutrinas básicas da Igreja |
Visitantes não-crentes |
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Pronto! Parabéns! Sua classe já tem pelo menos 05 alunos. |
Perguntas básicas para a classe discipulado
Quem deve ser professor da classe discipulado?
De preferência o pastor, pois aquele que está chegando precisa conhecer e ser conhecido de seu pastor. O pastor tem a obrigação de visitar as novas ovelhas do rebanho do Senhor. Um culto no lar do novo convertido e uma reunião devem ser marcados e com direito de perguntas e respostas a todos os participantes da família do novo convertido.
Caso o pastor não possa ensinar na classe dos novos convertidos, o que fazer?
Deve o mesmo, pelo menos visitar essa classe uma vez por mês.
Qual professor, então, deve ser o professor do discipulado, caso o pastor não possa?
Um vice pastor ou então o melhor professor que a igreja possuir, pois, a classe que mais exige conhecimento é esta e a classe que mais exige do professor em matéria de assistência, testemunho cristão e respostas, é essa.
Como avaliar um professor de discipulado?
É simples, olhando para a vida de seus alunos. Os discipulados devem estar aprendendo e praticando o que estão aprendendo.
Qual a matéria mais importante do curso de discipulado?
É a estimulação à leitura bíblica completa.
ENSINO DINÂMICO PARA OS NOVOS CONVERTIDOS - Marcos Tuler, que é pedagogo e chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD
ENSINO DINÂMICO PARA OS NOVOS CONVERTIDOS - PARTE I
INTRODUÇÃO
A classe de novos convertidos na Escola Dominical é uma expressão ou extensão do amplo Ministério do Discipulado.
O Discipulado é um ministério pessoal, ilimitado e flexível. É uma das formas mais rápidas de aumentar o número de batismos e aprofundar a qualidade de vida dos que são alcançados para CRISTO.
Antes de conhecer as peculiaridades de sua classe e os métodos mais adequados a serem adotados, o ensinador de Novos Crentes precisa saber de antemão o que significa ser discípulo. Quem não é discípulo não pode fazer discípulos!
A palavra "discípulo", mathetés, é usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Significa pessoa "ensinada" ou "treinada", aluno, aprendiz. (Texto-base: Mt 28.19,20.)
Nos Evangelhos, JESUS define a palavra discípulo de cinco maneiras:
1) Discípulo é um crente que está envolvido com a Palavra de DEUS de maneira contínua (Jo 8.31).
2) Discípulo é aquele que ama sacrificialmente, sem medir esforços (Jo 13.35; 1 Jo 3.16).
3) Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutífera com CRISTO (Jo 15.8).
4) Discípulo é aquele que assume a sua cruz e segue a CRISTO (Lc 14.27).
5) Discípulo é aquele que renuncia tudo que tem (Lc 14.33).
I. O PERFIL DOS ALUNOS
Quem são seus alunos? Naturalmente são novos convertidos. A diferença e a ênfase está justamente nisto: não são alunos comuns.
1. São como crianças recém-nascidas em CRISTO que precisam ser identificadas logo após o nascimento.
O pecador se arrepende; o ESPÍRITO SANTO o regenera (novo nascimento) = conversão.
Devem ser recepcionados imediatamente após a conversão e identificados, através da "Ficha de identificação e triagem".
Na triagem:
Oferece literatura;
Orienta sobre os principais trabalhos da igreja;
Orienta quanto a matrícula na EBD: ideal orientadores para cada faixa (crianças, adolescentes, jovens e adultos).
Qual a finalidade da identificação?
Ter como localizá-los.
Conhecer a realidade de seus alunos.
Sondagem * Coleta de dados * Conhecimento da realidade * Diagnóstico * Estratégia de Trabalho
(Nome, endereço, data de nascimento, data da decisão, origem religiosa, sua relação com a comunidade, histórico familiar, nível socioeconômico, cultura, necessidades pessoais, limitações físicas; perguntas do tipo: É a primeira vez que está se decidindo? Está vindo de outra igreja? Qual? Quanto tempo esteve por lá?).
Elaborar programa de assistência.
Formar comissões de visitadores (que atendam as peculiaridades dos decididos: idade, sexo, formação etc.)
"A salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos." Billy Graham
Você precisa conhecê-los realmente! Vamos fazer um teste? Pense em três novos convertidos de sua igreja.
Sabe o nome deles?
Pode lembra-se onde eles moram?
Sabe a data do aniversário deles?
Sabe como vão indo nos estudos ou no trabalho?
Mantém boas relações com suas famílias?
Conhece algum problema em particular?
O que poderia dizer sobre seu testemunho cristão?
Há alguma coisa especial de que necessitam?
Quando foi que aceitaram a CRISTO?
2. São pessoas especiais que requerem atenção especial.
a) São totalmente dependentes espiritualmente.
Só conseguem digerir os aspectos mais simples das verdades espirituais.
"Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tão pouco ainda agora podeis" (1 Co 3.1-3).
Precisam ser alimentadas por outrem.
Têm dificuldade em falar (de explicarem a razão da fé).
b) Falta-lhes um senso adequado de valores.
Agarram-se a detalhes sem importância, em vez de aprenderem o que tem realmente valor.
(Eles se escandalizam facilmente; se apegam a rudimentos de doutrinas; podem criar dogmas)
O professor deve apresentar a CRISTO como Senhor e não apenas como Salvador (senhorio de CRISTO Mt 16.24).
Muitos querem as bênçãos do Salvador mas não o aceitam como Senhor. Precisamos aceitar o senhorio de CRISTO (diferente da Confissão Positiva).
O professor deve apresentar a real proposta do evangelho.
Livrar o homem da perdição eterna (diferente do Evangelho da Prosperidade).
3. São pessoas carentes que requerem cuidados especiais.
a)"Alimentação" adequada (leite racional).
Não haverá crescimento espiritual independente da Palavra de DEUS.
"Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo" (1 Pe 2.2).
Quando o homem aceita a CRISTO torna-se nova criatura, ou seja, nasce de novo. Não se pode administrar à criança recém-nascida alimentos sólidos, antes, o leite materno.
O novo convertido precisa conhecer as doutrinas básicas da salvação. Portanto, inicialmente, deve afastar-se de assuntos complexos e especulativos.
A princípio, a criança é alimentada pelos outros; mais tarde, começa a alimentar-se por conta própria e finalmente, quando adulta, passa a alimentar outros.
Um dos alvos do fazedor de discípulos é ensinar o discípulo a alimentar-se, de forma que ele possa, mais tarde alimentar também outros.
b) "Meio-ambiente" propício (lar espiritual).
Não haverá crescimento espiritual fora do contexto da comunhão cristã.
"Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO" (Ef 4.13).
Observando as palavras de Paulo em Efésios 4.13 - "Até que todos cheguemos..." verificamos que o meio ambiente propício ao crescimento espiritual é encontrado no contexto da comunhão cristã (lar espiritual, família espiritual).
Não é suficiente o contato que o professor tem com o aluno durante a aula na Escola Dominical. O professor deve proporcionar um meio-ambiente propício para um inter-relacionamento com outros crentes onde se compartilham idéias, verdades aprendidas na Palavra, aspirações, e onde haja compreensão.
c) Precisam de um referencial no novo grupo de convivência.
Geralmente a primeira referência do novo convertido na igreja é o professor (discipulador) de sua classe na Escola Dominical.
ENSINO DINÂMICO PARA OS NOVOS CONVERTIDOS - PARTE II
II. O PERFIL DO PROFESSOR
Em linhas gerais, o professor da classe de novos convertidos precisa ser um crente fiel, espiritual e seguro conhecedor das doutrinas bíblicas, além de ter comprovada capacidade para ensinar.
Conhecimentos teológicos mínimos: DEUS, JESUS CRISTO, ESPÍRITO SANTO, Trindade, homem, pecado, soteriologia: (regeneração, redenção, expiação, propiciação, justificação, santificação).
Formação pedagógica, se possível.
1. Pré requisitos gerais.
a) Vocação autêntica.
A vocação floresce no próprio cerne da personalidade. Significa a propensão fundamental do espírito, sua inclinação geral predominante para um determinado tipo de vida e de atividade, no qual encontrará plena satisfação e melhores possibilidades de autorrealização.
Sociabilidade. A educação e o ensino são fenômenos de interação psicológica e social; temperamentos egocêntricos, fechados, incapazes de abrir e manter contatos sociais comum certo calor e entusiasmo, não estão talhados para a função do magistério; este exige comunicabilidade e dedicação à pessoa dos educandos e aos seus problemas.
Amor paedagogicus. Simpatia e interesse natural pelos alunos e desejo de auxiliá-los nos seus problemas e anseios.
Geralmente a escolha de um professor favorito se baseia num relacionamento pessoal e não na capacidade para ensinar. Os alunos se lembram dos professores que mostraram interesse especial e cuidam delas antes de se lembrarem daqueles que tinham bons dotes de oratória.
Apreço e interesse pelos valores da inteligência e da cultura. O professor que realmente tem vocação para o magistério é naturalmente um estudioso, um leitor assíduo, com sede de novos conhecimentos capaz de se entusiasmar pelo progresso da ciência e da cultura.
b) Aptidões específicas.
São atributos ou qualidades pessoais que exprimem certa disposição natural ou potencial para um determinado tipo de atividades ou de trabalho.
(Saúde, equilíbrio mental e emocional, órgãos de fonação, visão e audição em boas condições; boa voz: firme, agradável, convincente; linguagem fluente, clara e simples; autoconfiança e presença de espírito; naturalidade e desembaraço; firmeza e desembaraço; imaginação, iniciativa e liderança; habilidade de criação; boas relações humanas.)
c) preparo especializado.
O conhecimento amplo e sistemático da matéria ou da respectiva área de estudo é condição essencial e indispensável para a eficiência do magistério cristão.
2. Pré requisitos específicos.
a) Ser chamado por DEUS para o ministério do ensino (Ef 4.11,12). (Pedir a classe para ler o texto)
Os professores da EBD são frequentemente escolhidos pelos líderes e não vocacionados por DEUS. Os vocacionados têm esmero (dedicação): "...se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7b).
Esmero significa integralidade de tempo no ministério - estar com a mente, o coração e a vida nesse ministério. Ser professor é diferente de ocupar o cargo de professor.
b) Ter um relacionamento vital e real com JESUS CRISTO.
O que representa este relacionamento?
CRISTO é seu salvador pessoal; salvo-o de todo o pecado e é também Senhor e dono da sua vida.
c) Esforçar-se em seguir o exemplo de JESUS.
JESUS é o maior pedagogo de todos os tempos; usou todos os métodos didáticos disponíveis para ensinar.
d) Reconhecer a importância da sua tarefa e encará-la com seriedade.
Qual importância?
Quando um investimento espiritual é feito em outra vida, você participa de toda a glória das recompensas espirituais que serão colhidas através da vida, para sempre.
O apóstolo Paulo disse aos tessalonicenses: "Vós sois a nossa glória e nosso gozo" (1 Ts 2.20).
Por que seriedade? Por causa do juízo: "...meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo" (Tg 3.1).
e) Lealdade.
No apoio ao pastor; na assistência aos cultos; na participação no sustento financeiro.
f) Disposição de aprender.
O homem é um ser educável e nunca acaba de aprender. Aprendemos com os livros; com nossos alunos; aprendemos enquanto ensinamos. "Não há melhor maneira de aprender do que tentar ensinar outra pessoa." Quando não sabe uma resposta, é melhor ser honesto e dizer que não sabe.
g) Saber planejar suas aulas.
Ter objetivos claros e definidos em cada etapa do ensino.
O que pretendo alcançar (Objetivos)
Como alcançar (Métodos e recursos)
Em quanto tempo (cronograma)
O que fazer e como fazer (Procedimentos de ensino)
Como avaliar o que foi alcançado (Avaliação)
h) Entender o processo de aprendizagem.
Até o séc XVI, a prender era memorizar.
Séc XVII, fórmula de "Comenius": compreensão, memorização, aplicação.
Hoje, a aprendizagem é um processo: lento, gradual e complexo - aprender é modificar o comportamento.
i) Conhecer variados métodos de ensino. (ver 3º ponto do seminário)
j) Ensinar com motivação.
O professor não motiva, incentiva.
Deve saber e dominar o que vai ensinar. Conhecer bem a Palavra, o currículo e a lição daquele dia. Este conhecimento deve fazer parte de sua experiência.
l) Despertar o aluno para a salvação e o crescimento espiritual.
"Ele está se tornando semelhante a CRISTO?"
m) Viver o que ensina.
n) Ser crente integrado à sua igreja: presença nos cultos e atividades da igreja; dizimista; manter-se distante dos ventos de doutrinas; eticamente correto.
ENSINO DINÂMICO PARA OS NOVOS CONVERTIDOS PARTE III
III. O MÉTODO DE ENSINO
1. O ensino deve, em primeiro lugar, objetivar um plano de cultivo de resultados, ou seja, a integração dos novos crentes.
a) Levar o novo convertido a alcançar a certeza de salvação.
Três passos para levar o novo convertido a ter certeza de salvação:
Levar o convertido a confiar no caráter de DEUS.
DEUS não pode mentir (Tt 1.2). O caráter de DEUS é o fundamento para que a pessoa alcance a certeza de vida eterna.
Levar o convertido a compreender com clareza as promessas de salvação feitas por DEUS (Jo 5.24; Ap 3.20).
Levar o convertido a entender claramente as condições estabelecidas por DEUS para alguém ser salvo.
O pecador precisa se arrepender (Is 55.7).
O pecador precisa confessar seus pecados (1 Jo 1.9).
O pecador precisa crer em JESUS (Jo 5.24).
O pecador precisa invocar o nome do Senhor (Rm 10.13).
b) Doutrinar o novo crente para que seja batizado conscientemente.
Necessidade do batismo
Valor e significado
Forma bíblica do batismo (imersão, na autoridade de JESUS (At 8:16; 10:48; 19:5), em nome do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO - Mt 28:19)
Ceia, finalidade
Para quem foi instituída a ceia (Jo 6:53-56; 1 Co 11:28)
Igreja (origem, natureza, missão e destino)
c) Doutrinar o novo batizado para que adquira firmeza doutrinária e se integre na comunhão da igreja.
Crente e sua nova natureza
Comportamento do cristão
Vida devocional
Mordomia cristã
Testemunho
2. O ensino deve atender às dificuldades de compreensão peculiares ao novo convertido.
a) Linguagem.
A linguagem deve ser comum entre o professor e o aluno. O novo convertido não está familiarizado com a linguagem evangélica.
b) Comunicação.
Quais são os principais problemas de comunicação entre professores e alunos?
O método é definido através de padrões de comunicação: unilateral, bilateral e multilateral.
O professor está mais preocupado em expor a matéria (transmitir conhecimento).
O professor utiliza conceitos ou termos que ainda não existem na experiência dos alunos novos convertidos.
O professor não se preocupa em aumentar o vocabulário de seus alunos.
O professor coloca tantas idéias em cada exposição que somente algumas delas são compreendidas e retidas.
Alguns professores falam rápido demais ou articulam mal as palavras. Outros, em voz baixa e tom monótono.
O professor não utiliza meios visuais para comunicar conceitos ou relações que exigem apresentação gráfica.
professor tem suas idéias tão mal ou perfeitamente organizadas, que não há lugar para a imaginação criativa dos alunos.
c) Cultura Bíblica.
O conhecimento que possuem a respeito de DEUS geralmente é alheio às Escrituras. Não compreendem a história, a geografia, os costumes dos personagens bíblicos e sua aplicação para os nossos dias.
d) Temas teológicos e doutrinários da Bíblia.
O novo convertido não está habituado a expressões como: Regeneração, Justificação, Redenção, Expiação, Arrebatamento da Igreja, Milênio, Escatologia etc.
e) Noções de tempo, espaço e circunstância no plano bíblico.
Neste aspecto quais providências o professor deve tomar em relação a ministração do conteúdo da matéria?
3. O ensino deve ser planejado e não improvisado.
O professor deve preparar-se profundamente para a aula (2 Tm 2.15).
a) Através da oração.
A oração é o segredo do poder no ensino (Mc 1.35; Lc 5.16).
b) Com propósito preestabelecido.
O professor deve estabelecer os objetivos da lição.
c) Através de estudo diário.
O professor deve preparar suas lições com antecedência. Ou seja, diariamente, do início ao término da semana.
d) Material de estudo mínimo necessário.
A Bíblia. Se possível, todas as legítimas versões em português.
Dicionário Bíblico
Gramática da Língua Portuguesa
Concordância Bíblica
Chave Bíblica (resumo dos livros)
Manuais de Doutrina
Comentários
Atlas Bíblico
Didática Aplicada
Apontamentos individuais
CONCLUSÃO
O Discipulado propicia à igreja local maduros líderes centralizados em CRISTO e orientados para a Palavra.
Nem todo discipulador é professor da Classe de Novos Convertidos. Mas, todo professor de Novos Convertidos deve ser um discipulador em potencial.
(por Marcos Tuler, que é pedagogo e chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD)
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RESUMO DA REVISTA DA CPAD:
OBJETIVOS :
Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
Definir o termo discipulado.
Descrever a importância do discipulado.
Explicar o quadriforme método de JESUS.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
O pastor Oséas Macedo, na obra Manual de Missões (CPAD,1997:13), afirma que a tarefa de salvar o mundo não pode ser desassociada do enviar crentes para alcançá-lo. O processo de salvar o mundo começa com enviar. Enviar pessoas capacitadas por DEUS para pregar, a fim de que todos possam ouvir, crer e invocar o nome de JESUS para serem salvos. No entanto, a tarefa da igreja não estará completa enquanto o novo crente não for integrado à vida da igreja e tornar-se capaz de ganhar outros para CRISTO. Reproduza e apresente graficamente as etapas acima descritas como segue na figura:
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Doutrinário
"O que é ser discípulo? A palavra grega mathethes, traduzida para o português, significa discípulo. O dicionário grego de Taylor a define como se referindo aos que aderiam a JESUS. Portanto, ser discípulo de JESUS é aderir a Ele e a seus ensinos. Aderir no sentido de viver com Ele e para Ele. É estar a seus pés e dEle retirar ensinos e exemplos a serem seguidos. Este é o sentido de discípulo no Novo Testamento. Há uma coisa importante que precisa ser dita sobre o que significa ser discípulo de JESUS. Nenhum ser humano que já viveu sobre a face da Terra conseguiu ser discípulo de CRISTO, sem antes passar por uma experiência de conversão com esse próprio CRISTO. Do Senhor é que obtemos forças e condições para a eficácia do discipulado. Aliás, o padrão de vida que o Senhor estipulou para o discípulo é tão elevado que ninguém pode alcançá-la baseado em sua condição natural, humana. Precisamos de uma capacitação espiritual, moral e ética que só pode ser obtida pela própria presença de JESUS CRISTO. Ele vivendo em nós e através de nós. O apóstolo Paulo chega a dizer que o verdadeiro discípulo tem a 'mente de CRISTO' (l Co 2.16). O discípulo, portanto, deve agir e reagir como se fora o Senhor mesmo." (ClDACO, José. A. Um grito pela vida da igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.l 04-5.)
Sete inimigos do discipulado
https://www.revistamda.com/sete-inimigos-do-discipulado/
JESUS disse em João 15.8 “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.
JESUS, nesse texto, deixa claro que o discipulado gera frutos, muitos frutos. Então, por que muitos discipulados não estão dando frutos? Porque existem algumas situações que atrapalham o discipulado de dar frutos. O “bom discipulado” sempre dá fruto. Quando o discipulado não está dando frutos é porque alguma coisa está atrapalhando.
São diversos os fatores que poderiam ser mencionados. Porém, sete deles são, inegavelmente, inimigos do discipulado:
1. A falta de preparo
Todo o discipulado, para gerar frutos, precisa de um preparo. O discipulador precisa se preparar para se encontrar com o seu discípulo no dia e hora marcados. Ele precisa ter um conteúdo para compartilhar com o seu discípulo. Ele não pode ir de qualquer maneira, sem um preparo do que vai compartilhar.
Da mesma maneira que um Pastor se prepara para ministrar um culto, ou um líder se prepara para liderar uma célula, é extremamente importante que se vá para a reunião de discipulado preparado. Como?
É preciso separar um texto Bíblico como base para o que vai ser compartilhado;
Bem como, um “modelo” daquilo que vai ser compartilhado e/ou perguntado ao discípulo;
2. O domínio do discipulador
O discipulado não pode ter domínio, ou pressão, do discipulador. “Não por força nem por violência, mas sim pelo meu ESPÍRITO, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4.6b).
O discipulador precisa ter esta verdade em seu coração. Ninguém muda a vida de ninguém. Quem tem o poder de mudar as pessoas é o ESPÍRITO SANTO de DEUS. O discipulador precisa entender bem a verdade de que ele não é “dono” do seu discípulo.
O papel do bom discipulador é motivar o seu discípulo a crescer em DEUS e a ter experiências com DEUS. Pois, são essas experiências que vão transformando o discípulo.
Se o discipulado for baseado no domínio opressor por parte do discipulador, o discipulado não dará frutos.
3. A falta de transparência
Quando há falta de transparência entre as partes, a reunião de discipulado “trava” e a vida do discípulo fica paralisada, “engessada”.
Quando o discípulo não é transparente com o seu discipulador, invariavelmente, ele vive debaixo de opressão, depressão e desânimo. Ele já chega para a reunião de discipulado assim, desmotivado. E, tudo isso apenas porque ele não tem sido transparente a respeito das coisas que ele tem sentido, das coisas que ele tem pensado e das coisas que ele tem enfrentado no seu dia a dia.
O “bom discipulado”, o discipulado que frutifica, precisa de transparência.
4. A falta de compromisso
Este inimigo pode aparecer tanto por parte do discípulo, quanto por parte do discipulador.
O discípulo sem compromisso é aquele que se esquece facilmente das reuniões de discipulado agendadas e nem se preocupa em dar uma satisfação pelo simples fato dele não ter se lembrado da mesma. É como se ele não estivesse “nem aí” para as reuniões agendadas.
Porém, também acontece com discipuladores que se esquecem de suas reuniões de discipulado. O discípulo o procura, agenda a reunião e quando ele chega para a reunião o discipulador não está ou não pode atendê-lo por haver esquecido o compromisso marcado.
Essas duas situações minam o discipulado pouco a pouco fazendo com que ele não funcione da maneira com que tem que funcionar e o torna infrutífero.
5. A soberba
Uma das coisas mais terríveis que pode acontecer em um discipulado é o discipulador estar cuidando e discipulando de alguém que é soberbo. A pessoa quando é soberba ela acredita que já sabe de tudo e sobre tudo.
Então, se o discipulador vai compartilhar um texto bíblico, ela já diz que o conhece e que já sabe o que se quer dizer; se o discipulador vai compartilhar outro assunto qualquer, ela também faz questão de dizer que conhece sobre o assunto e não tem nada mais a aprender sobre aquilo; enfim, tudo ela centraliza no conhecimento dela. Por isso, para ser um bom discípulo e cooperar para que o discipulado seja frutífero, como é da vontade do Pai, é preciso ser humilde, quebrantado e ter o desejo de sempre aprender um pouco mais com o discipulador.
É preciso que cada um se esvazie de si mesmo para que se aprenda um com o outro. Pois também podem acontecer casos em que o discipulador é soberbo e só ele fala nas reuniões de discipulado. Isso também é muito ruim. Isto impede o discípulo de expressar uma experiência ou uma dificuldade, por exemplo, e acaba por afastar o coração do discípulo, impedindo o discipulado de frutificar.
6. A mentira
A Bíblia diz, em João 8.44, que o diabo é o pai da mentira. Em Atos 5, a Palavra nos conta que Ananias e Safira morrem em decorrência de uma mentira. E, também por causa da mentira, muitos discipulados estão morrendo.
São Discípulos que contam mentiras para seus discipuladores para se desculpar ou para se justificar. São discipuladores que contam pequenas mentiras para os seus discípulos. A mentira quebra a confiança do relacionamento de discipulado e faz dos discipulados infrutíferos.
7 . A fofoca
Nem sempre a fofoca vem por parte do discipulador, que pode contar a vida de seu discípulo, como se pensa. É bem verdade que esta é uma possibilidade verdadeira, porém, que não deve acontecer. O discipulador precisa ser alguém de muita confiança onde, tudo o que ele receber de informação de seu discípulo ele vai guardar para si.
Agora, também é verdade que existe o caso de discípulos que sentam e não falam sobre si, antes, falam de outras pessoas, do vizinho, do parente, do irmão da igreja… de qualquer um, menos dela mesma.
O discipulado é para o discípulo abrir as suas dificuldades, falar sobre o que ele está passando, pedir ajuda e orientação sobre como avançar e vencer a fase que ele está vivendo.
SUBSÍDIOS DA Lição 12, A Urgência do Discipulado, 1º trimestre de 2021
SÍNTESE DO TÓPICO I - O vocábulo discípulo no Novo Testamento carrega consigo a ideia de seguidor de JESUS CRISTO.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O tripé do discipulado bíblico é composto de Palavra, Comunhão e Serviço.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O verdadeiro discipulado contribui para o crescimento espiritual e numérico da igreja.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO TOP1
O saudoso e grande educador cristão, Howard Hendricks, escreveu uma obra clássica em Educação Cristã, Discipulado: o Caminho para firmar o caráter cristão. Como o título da obra diz, o discipulado tem a ver com o desenvolvimento do caráter exemplar do cristão para servir ao próximo e influenciá-lo na convivência. É um mergulho na vida interior que força o discípulo a confrontar consigo mesmo os ideais elevados do Evangelho de JESUS CRISTO. E o melhor lugar para se refletir sobre isso na igreja local é a Escola Dominical.
Ao introduzir a aula de hoje, lance algumas perguntas para a classe: 1) Em que medida o meu caráter se parece com o de CRISTO? 2) Os valores que o Senhor JESUS nos estimula viver é impossível de realizar? (Mt 5.18); 3) Estamos muito ou pouco parecidos com JESUS?
De acordo com as respostas, aproveite esse momento para motivar os alunos a refletirem com seriedade sobre a importância de um verdadeiro discipulado na igreja local.
SUBSÍDIO DE TEOLOGIA PRÁTICA TOP2
“7. O Discipulado Contribui para Compreender a dimensão Sociocomunitária e a Formação de uma Nova Identidade. Além de muitas figuras e metáforas encontradas nas Escrituras sobre a Igreja, ela também é apresentada como uma família. A entrada ou a chegada de um novo discípulo na congregação resulta, dentre tantos outros benefícios espirituais, no desenvolvimento da autoestima e da autoaceitação. Outro enorme benefício é o processo terapêutico desenvolvido pela ação efetiva de tornar-se parte de algo que possui reconhecido valor moral, psicossocial e espiritual. Por causa desse extraordinário benefício provocado pelo ato de aceitação da igreja, ao receber pessoas das mais variadas classes sociais, a igreja é interpretada por muitos como a última fronteira de espaço para uma identidade genuína e pessoal. Um novo discípulo, ao estar integrado em uma congregação, poderá dizer: ‘Estou feliz com a minha nova família’. A Bíblia diz: ‘DEUS faz com que o solitário viva em família’ (Sl 68.6)” (SILVA, Rayíran Batista da. O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.35).
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ TOP3
“6. O discipulado eficaz estabelece a relação adequada entre a obra da treliça e a obra da videira: As igrejas tendem em direção à institucionalização, pela qual o foco muda da videira [orgânico] para a treliça [estrutura]. Em vez de fomentar o crescimento moral-espiritual dos discípulos, focaliza-se na manutenção de programas e estruturas eclesiásticas. A história é uma fiel testemunha do que ocorreu na igreja cristã a partir do quarto século d.C. Por mais de 1200 anos, a maioria absoluta da igreja viveu distanciada do verdadeiro Evangelho, até que veio a Pré-Reforma, seguida da Reforma Protestante, como proposta de voltar a posicionar a igreja nos trilhos do Evangelho de JESUS CRISTO. Em parte, essa realidade também ocorre com muita frequência na história de cada igreja local. Por falta de investimento na vida espiritual das pessoas (obra da videira), enfatiza-se a manutenção de estruturas físicas e programas eclesiásticos (obra da treliça), causando, assim, enormes prejuízos ao corpo de CRISTO e, além disso, impedindo-o de cumprir na terra a verdadeira missão. Novas treliças (estruturas) devem ser criadas assim como antigas treliças devem ser ampliadas e restauradas, mas tão somente para servir a sustentação à videira, que deve continuar merecendo a principal atenção e continuar crescendo” (SILVA, Rayíran Batista da. O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.39).
OBJETIVO GERAL - Esclarecer a urgência do discipulado.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar o discipulado;
Elencar o tripé do discipulado: Palavra, Comunhão e Serviço;
Mostrar que o discipulado gera um crescimento sadio para a igreja.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A relação mestre e discípulo é o modelo bíblico do verdadeiro discipulado. Talvez essa relação seja vista de maneira desconfiada atualmente, pois o olhar de certa parte da sociedade moderna revela desconfiança para qualquer proposta em que, de um lado, haja alguém que ensine; do outro, alguém que imite. Talvez ainda, esse fastio contemporâneo tenha a ver com ideias pedagógicas críticas que veem uma "relação de opressão" entre mestre e discípulo, professor e aluno. Infelizmente, essas ideias modernas têm descaracterizado o ideal bíblico de discipulado.
O ensino bíblico mostra que é necessário que haja alguém experiente e idôneo que ensine e pessoas dispostas a aprenderem com o objetivo de atingir a "estatura de varão perfeito" (Ef 4.11-14). Na fé cristã, a relação entre o mestre e o discípulo é atemporal. O nosso mestre por excelência é o Senhor JESUS. Espere-se que os crentes mais experientes atuem no sentido de ensinar aos mais novos a imitarem o nosso Senhor e Salvador (1 Co 11.11).
PONTO CENTRAL - Discipular é atuar no crescimento e desenvolvimento do cristão.
PARA REFLETIR - A respeito de “A Urgência do Discipulado”, responda:
A quem se aplica o termo “discípulo” nos evangelhos? O termo se aplica com frequência nos evangelhos aos seguidores de JESUS (Mt 5.1; Jo 2.12).
O que é a Grande Comissão? É o nome que se dá à comissão que o Senhor JESUS designou para a evangelização das nações.
O que envolve a comunhão no Cristianismo? A comunhão no cristianismo envolve tanto o relacionamento entre os irmãos como também com o Pai, com o Filho (1 Jo 1.3) e com o ESPÍRITO SANTO (2 Co 13.13).
Qual o objetivo do processo do discipulado? O processo do discipulado tem por objetivo instruir o novo convertido sobre os vários aspectos da vida cristã.
Qual foi o propósito da terceira viagem missionária do apóstolo Paulo? O propósito da terceira a viagem do apóstolo Paulo não foi para plantar igrejas locais, mas para discipular e ensinar a igreja de Éfeso, formar e treinar obreiros para a seara do Senhor. Ele ficou ali durante três anos (At 18.22,23; 19.1; 20.31).
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 84, p. 42.
Ajuda:
(comentários das lições de discipulado e ficha de visita a novos convertidos).
www.cpad.com.br bíblias, livros e revistas.
ENSINO DINÂMICO PARA OS NOVOS CONVERTIDOS -
Prefº. Marcos Tuler -
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Bíblia The Word
Dicionário Strong português
Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica
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Revista cpad na íntegra
Escrita, Lição 5, CPAD, A MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – PREGAÇÃO E INSTRUÇÃO
1. Proclamando as Boas-Novas
2. O objeto da pregação
3. Discipulando os convertidos
II – ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO
1. Uma comunidade adoradora
2. Uma comunidade edificadora
III – COMUNHÃO E SOCIALIZAÇÃO
1. A fé na esfera fraternal
2. Unidade e Fraternidade
3. A fé na esfera social
TEXTO ÁUREO
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (At 2.42)
VERDADE PRÁTICA
Como o sal fora do saleiro cumpre a sua função de salgar, assim a Igreja quando adora e discipula, testemunha das insondáveis riquezas de CRISTO.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Co 1.21 A Igreja e a proclamação das Boas-Novas
Terça – Mt 28.19 A Igreja e o Discipulado
Quarta – Rm 12.1 A Igreja e a verdadeira adoração ao DEUS Trino
Quinta – 1 Ts 5.11 A Igreja como uma comunidade edificadora
Sexta – 1 Jo 1.7 A Igreja vivendo o amor fraternal
Sábado – Rm 12.13 A Igreja como uma comunidade solidária
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 16.14-20; Atos 2.42-47
Marcos 16
14 - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de DEUS.
20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
Atos 2
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 - louvando a DEUS e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar
HINOS SUGERIDOS: 16, 127, 224 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, temos o propósito de aprofundar o estudo acerca da missão deixada por CRISTO à sua Igreja. Para tal, vamos refletir nas últimas palavras de JESUS aos seus discípulos, antes da ascensão aos Céus; nas marcas de uma comunidade de fé legítima e solidamente edificada: a genuína adoração, como maneira constante de viver e servir a DEUS e ao próximo. O Mestre dos mestres disse, e ensinou com o próprio exemplo, que os seus discípulos seriam conhecidos pelo amor, manifesto em ações (Jo 13.35). Apenas dessa forma, a Igreja cumpre inteiramente o seu papel de ser sal e luz num mundo imerso em vazio e escuridão (Mt 5.13,14).
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Refletir sobre a principal missão da Igreja de CRISTO na Terra; II) Aprofundar o entendimento sobre a adoração a DEUS e a edificação mútua, como atos contínuos; III) Pensar a comunhão fraternal e a atuação social como marca de uma igreja cristã genuína
B) Motivação: Através dos séculos, a história da Igreja cristã foi marcada por extraordinários testemunhos de fé, superações e vitórias na proclamação do Reino de DEUS aos perdidos. Entretanto, no Antigo Testamento, vemos um rastro de fracassos e falhas trágicas de uma nação que se desviava dos propósitos do Altíssimo. Assim, como Asafe, no Salmo 78, conclama o povo escolhido a uma autoanálise, a fim de manter-se fiel ao Senhor e não mais desviar-se de seus santos propósitos, que esta lição seja um convite do ESPÍRITO SANTO a fazermos o mesmo, enquanto Igreja de CRISTO.
C) Sugestão de Método: Para esta lição em especial, propomos como método pedagógico uma experiência para além da teoria. Portanto, sugerimos que nesta aula haja um breve, mas impactante testemunho de alguém que tenha sido evangelizado (e quem sabe até discipulado na igreja local), contando sobre a importância de um discípulo de CRISTO ter obedecido à “Grande Comissão”, culminando na salvação de sua vida terrena e eterna. Quem sabe, com a autorização de sua liderança, a classe possa se unir para promover uma saída de evangelismo, com ação social e distribuição de cestas básicas em alguma comunidade carente próxima a igreja.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Enquanto Igreja, representamos CRISTO na Terra, somos peregrinos com uma missão. Avancemos nela, dia a dia, perseverando na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão, e nas orações, até que o Evangelho do Reino seja pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então venha o fim (Cf. Mt 24.14).
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Grande Missão da Igreja de CRISTO”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da solene obrigação de todo discípulo cristão de anunciar o Evangelho em palavras e ações. 2) O texto “O papel social da Igreja”, ao final do terceiro tópico, enfatiza que a Grande Comissão não invalida o mandamento de amar ao próximo, integralmente, isto é, alma, corpo e espírito, portanto, lhe fazendo o bem não só para a eternidade, mas também aqui e agora.
PALAVRA-CHAVE - Grande Comissão
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar a missão da Igreja de CRISTO. Veremos que a Igreja é chamada para proclamar a poderosa mensagem da cruz. Assim, ela cumpre a sua vocação de eleita quando participa da Grande Comissão deixada pelo seu fundador, JESUS CRISTO (Mt 28.19). Como consequência dessa realidade, veremos que a igreja é uma comunidade adoradora, de comunhão e, finalmente, é uma comunidade que exerce um grande papel no presente século. Portanto, a Igreja de CRISTO exerce uma grande missão neste mundo.
I – PREGAÇÃO E INSTRUÇÃO
1. Proclamando as Boas-Novas
A Igreja foi fundada por CRISTO (Mt 16.18) como uma instituição para abençoar o mundo. Essa missão é exercida por meio da pregação do Evangelho: “Aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Co 1.21). Após ressuscitado, o Senhor JESUS comissionou os discípulos a pregarem o Evangelho (Mc 16.14-20). Referindo-se a essa missão, Marcos usa o verbo grego Keryssó, traduzido como “pregar”, “proclamar”. O sentido é de um arauto que proclama algo. Esse verbo ocorre 61 vezes no Novo Testamento. É o termo usado para mostrar João, o batista, “pregando no deserto da Judeia” (Mt 3.1); e JESUS CRISTO quando começou a pregar (Mt 4.17).
2. O objeto da pregação
Outro termo usado com muita frequência no Novo Testamento para se referir à Grande Comissão da Igreja é euangelizô. Esse verbo ocorre 54 vezes no Novo Testamento e o seu sentido é o de trazer as Boas-Novas, pregar as Boas-Novas. Nesse aspecto, o objeto das Boas-Novas não se refere a alguma coisa, mas a alguém, a uma pessoa. Nesse sentido, os cristãos primitivos “não cessavam de ensinar e de anunciar a JESUS CRISTO” (At 5.42). Pregar a JESUS CRISTO não é pregar uma “coisa” ou uma mensagem subjetiva, mas proclamar ao mundo caído que Ele está vivo e pronto para salvar. Pregar a mensagem da cruz é anunciar o Evangelho do Reino de DEUS revelado em CRISTO (At 8.12).
3. Discipulando os convertidos
“Pregar” e “proclamar” é levar a Palavra de DEUS aos que estão do lado de fora da Igreja, enquanto que “discipular” é instruir os que estão do lado de dentro. O verbo “discipular”, do grego matheteuo, ocorre somente quatro vezes no Novo Testamento, enquanto o substantivo “discípulo” (gr. mathetés) ocorre 261 vezes. O sentido é o de alguém instruído ou treinado em alguma coisa. É o termo usado em Mateus 28.19 para designar a Grande Comissão: “Ide, ensinai todas as nações”. Na verdade, JESUS estava dizendo: “Ide e discipulai”. A Igreja não é formada apenas por “crentes”, a Igreja é formada por discípulos. Alguém pode estar na igreja local sem, contudo, ser um discípulo. Este é alguém que é capaz de reproduzir e passar para outrem o que aprendeu e vive por meio de CRISTO JESUS.
SINÓPSE I - A Igreja fundada por CRISTO tem o propósito de abençoar o mundo, por meio da pregação do Evangelho e do discipulado, em palavras e ações.
Auxílio Missiológico
A GRANDE MISSÃO DA IGREJA DE CRISTO
“A igreja cristã tem a solene obrigação de fazer o seguinte:
1. Apresentar a CRISTO de forma viva, clara, eficaz e persuasiva ao mundo e ao indivíduo como o Salvador enviado por DEUS, o Senhor soberano do Universo e futuro Juiz da humanidade.
2. Guiar os povos a uma relação de fé com JESUS CRISTO a fim de que possam experimentar perdão dos pecados e renovação de vida. O homem deve nascer novamente, se quiser herdar vida eterna e amizade eterna com DEUS.
3. Separar e congregar os crentes através da realização do batismo, estabelecendo-os em igrejas atuantes. O companheirismo constitui uma parte vital da vida cristã.
4. Firmar os cristãos na doutrina, nos princípios e nas práticas da vida, amizade e serviço cristão, ensinando-os a observar todas as coisas. Isso é instrução, a criação de discípulos cristãos, a cristianização do indivíduo.
5. Treiná-los a viver no ESPÍRITO SANTO. Já que a vida cristã contém exigências e ideais sobrenaturais, ela só pode ser vivida através de uma confiança plena no ESPÍRITO SANTO. Se as lições não forem aprendidas cedo, a vida cristã fica cercada de frustração e torpor; a apatia instala-se, ou as pessoas acomodam-se a uma vida cristã anormal. Essa é a tragédia de inumeráveis cristãos que nem mesmo esperam concretizar os ideais bíblicos” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p.260).
II – ADORAÇÃO E EDIFICAÇÃO
1. Uma comunidade adoradora
No contexto bíblico, a adoração significa dar a glória que é devida somente a DEUS. É tirar a atenção de nós mesmos para centrarmos unicamente no Senhor (Mt 4.10). A adoração tem a ver com o nosso serviço a DEUS. Não é algo que se faz apenas no momento do culto público ou privativamente. Tem a ver com nossa maneira de ser, agir e viver. É viver a vida para DEUS! Esse é o sentido do termo grego latreia, traduzido como “adorar”. O apóstolo Paulo roga à igreja que apresente a DEUS o seu corpo em “sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). A palavra “culto” nesse texto traduz o termo grego latreia. O sentido é o de um serviço prestado a DEUS de forma consciente e integral. É viver totalmente para o Senhor.
2. Uma comunidade edificadora
A igreja é uma comunidade proclamadora, adoradora e edificadora. A palavra grega oikodomé, traduzida como “edificar”, é usada no seu sentido literal de construir um edifício e, metaforicamente, no sentido de crescimento espiritual. No primeiro sentido é usada por JESUS em referência à casa edificada sobre a rocha (Mt 7.24) e, no segundo sentido, em Efésios 4.12. Nessa última referência, o apóstolo Paulo diz que DEUS pôs na Igreja os apóstolos, os profetas, os evangelistas, os pastores e mestres para a “edificação do corpo de CRISTO”. Este, por exemplo, é o objetivo dos dons espirituais: trazer edificação à igreja (1 Co 14.3). Assim, quem fala em línguas em público, sem interpretação, edifica-se a si mesmo (1 Co 14.4); contudo, não edifica a igreja, que não entendeu o que foi dito (1 Co 14.5). Dessa forma, o apóstolo Paulo exorta os crentes a buscarem a edificar “uns aos outros” (1 Ts 5.11).
SINÓPSE II - A genuína adoração e edificação mútua é fruto de uma vida de devoção e serviço a DEUS em contínuo crescimento.
III – COMUNHÃO E SOCIALIZAÇÃO
1. A fé na esfera fraternal
Um dos pilares da Igreja Primitiva estava na comunhão (At 2.42). A palavra grega koinonia, traduzida aqui como “comunhão”, ocorre 19 vezes no Novo Testamento e o seu sentido é literalmente de “parceria”, “participação” e “comunhão espiritual”. Se somos cristãos e andamos na luz do Evangelho, devemos viver em comunhão (1 Jo 1.7). Onde não há comunhão entre os crentes, também não há igreja solidamente edificada. Não há, portanto, Igreja onde seus membros vivem isolados e não mantêm comunhão uns com os outros.
2. Unidade e Fraternidade
A igreja do Novo Testamento se expressa por meio da unidade e fraternidade entre seus membros (1 Jo 1.3). JESUS orou pela união fraterna de seus discípulos (Jo 17.21). Um dos grandes males da igreja hodierna está justamente na quebra da comunhão cristã, o que tem provocado grande fragmentação no Corpo de CRISTO. Devemos, portanto, nos esforçar por manter a comunhão cristã em nossas igrejas locais (Hb 13.16).
Onde não há comunhão entre os crentes, também não há igreja solidamente edificada. Não há, portanto, Igreja onde os seus membros vivem isolados e não mantêm comunhão uns com os outros.
3. A fé na esfera social
A fé cristã também precisa ser expressa na esfera pública. Ela tem o seu lado social. Se por um lado o substantivo grego koinonia significa “comunhão”, por outro lado, o verbo grego koinoneo possui também o sentido de “ajuda contributiva e partilha”. É usado por Paulo com esse sentido em Romanos 12.13. O sentido nesse texto é o de socorrer os mais pobres em suas necessidades. O apóstolo Paulo elogiou os Filipenses por serem conscientes da dimensão social do Evangelho (Fp 4.15). Não se trata apenas de matar a fome dos pobres deixando-os vazios de DEUS. É o exercício da fé cristã na sua integralidade. A igreja, portanto, não pode exercer sua fé da maneira bíblica esquecendo dos mais carentes ou mais pobres. JESUS ressaltou esse fato (Mt 25.35,36). Que modelo de igreja somos quando poucos têm muito e muitos têm tão pouco? O apóstolo exorta a igreja para atentar para esse fato (Tg 2.15,16).
SINÓPSE III - O amor manifesto em ações é evidenciado na comunhão entre os irmãos e contribuição social da Igreja como expressão de fé na esfera pública.
Auxílio Teológico
O PAPEL SOCIAL DA IGREJA
“O nosso próximo é uma pessoa, um ser humano, criado por DEUS. E DEUS não o criou como uma alma sem corpo (para que pudéssemos amar somente sua alma), nem como um corpo sem alma (para que pudéssemos preocupar-nos exclusivamente com seu bem-estar físico), nem tampouco com um corpo-alma em isolamento (para que pudéssemos preocupar-nos com ele somente como um indivíduo, sem nos preocupar com a sociedade em que ele vive). Não! DEUS fez o homem um ser espiritual, físico e social Como ser humano, o nosso próximo pode ser definido como, um corpo-alma em sociedade’. Portanto, a obrigação de amar o nosso próximo nunca pode ser reduzida para somente uma parte dele. Se amarmos o nosso próximo como DEUS o amou (o que é mandamento para nós), então, inevitavelmente, estaremos preocupados com o seu bem-estar total, o bem-estar do seu corpo, da sua alma e da sua sociedade. É verdade que o Senhor JESUS ressurreto deixou a Grande Comissão para a sua Igreja: pregar, evangelizar e fazer discípulo. E esta comissão é ainda a obrigação da Igreja. Mas a comissão não invalida o mandamento, como se ‘amarás o teu próximo’ tivesse sido substituído por, pregarás o Evangelho’ Nem tampouco reinterpreta amor ao próximo em termos exclusivamente evangelísticos” (STOTT. John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD. 1995. pp.60,61).
CONCLUSÃO
Vimos que a Igreja de CRISTO tem uma grande missão aqui na Terra. Ela foi chamada para ser sal e luz. Como sal ela salgará o mundo com a mensagem da cruz em uma sociedade que está corrompida pelo engano do pecado. Como luz, ela resplandecerá nas densas trevas que cobrem o mundo sem DEUS. Ao mostrar JESUS CRISTO ao mundo perdido, produzir discípulos e transformá-los em adoradores, a Igreja cumpre com a missão para a qual foi chamada.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como é exercida a missão da Igreja?
Por meio da pregação do Evangelho: “Aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação (1 Co 1.21).
2. Qual é o sentido do substantivo “discípulo”?
O sentido é o de alguém instruído ou treinado em alguma coisa.
3. O que é a adoração?
No contexto bíblico, a adoração significa dar a glória que é devida somente a DEUS. É tirar a atenção de nós mesmos para centrarmos unicamente no Senhor (
2. Qual é o sentido do substantivo “discípulo”?
O sentido é o de alguém instruído ou treinado em alguma coisa.
3. O que é a adoração?
No contexto bíblico, a adoração significa dar a glória que é devida somente a DEUS. É tirar a atenção de nós mesmos para centrarmos unicamente no Senhor (Mt 4.10).
4. Qual é o sentido da palavra “comunhão”?
O seu sentido é literalmente de parceria, participação e comunhão espiritual.
5. O que a igreja não pode esquecer para exercer a sua fé de maneira bíblica?
Para exercer sua fé da maneira bíblica, a igreja não pode esquecer dos mais carentes.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Tornando-se uma Igreja Acolhedora, A Transformação da Igreja
4. Qual é o sentido da palavra “comunhão”?
O seu sentido é literalmente de parceria, participação e comunhão espiritual.
5. O que a igreja não pode esquecer para exercer a sua fé de maneira bíblica?
Para exercer sua fé da maneira bíblica, a igreja não pode esquecer dos mais carentes.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Tornando-se uma Igreja Acolhedora, A Transformação da Igreja
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LIÇÃO BETEL 3 NA ÍNTEGRA 3Tr 24
Escrita Lição 3, Betel, A relevância da Igreja no cumprimento de sua Missão, Pr Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar Pix 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD, Revista Editora Betel, 3° Trimestre De 2024, TEMA, A RELEVÂNCIA DA IGREJA, SUA ESSÊNCIA E MISSÃO – Reafirmando os fundamentos, a importância do compromisso, com a Palavra de DEUS, a Adoração sincera, e o serviço autêntico, segundo os preceitos, de JESUS CRISTO, Escola Bíblica Dominical, Lição 3, A relevância da Igreja no cumprimento de sua Missão
ESBOÇO DA LIÇÃO 3
1- MISSÃO PARA COM O MUNDO
1.1 Evangelizar o mundo
1.2. Evangelização local
1.3. Evangelização mundial
2- MISSÃO CONSIGO MESMA
2.1. Edificar seus membros
2.2. Cuidar dos seus membros
2.3. A missão social da Igreja
3- MISSÃO PARA COM DEUS
3.1. Adoração no Velho Testamento
3.2. Constituindo uma casa para habitação de DEUS
3.3. Seguindo o exemplo da Igreja Primitiva
TEXTO ÁUREO
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO.” Mateus 28.19
VERDADE APLICADA
Cada membro do Corpo de CRISTO esteja comprometido em fazer discípulos e na edificação uns aos outros, para o crescimento do Corpo e a glória de DEUS.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Revelar o verdadeiro papel da Igreja no mundo.
Falar sobre o dever da igreja de edificar seus membros.
Destacar a Igreja como representante de DEUS.
TEXTOS DE REFERÊNCIAS - ATOS 13.1-5
1 E, na Igreja que estava em Antioquia, havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o ESPÍRITO SANTO: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
4 E assim estes, enviados pelo ESPÍRITO SANTO, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de DEUS nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Mt 28.19-20 A missão de evangelizar e discipular.
TERÇA Mc 16.15 A missão de pregar o Evangelho a todos.
QUARTA At 2.37-41 As primeiras conversões.
QUINTA At 8.1-25 O Evangelho em Samaria.
SEXTA 1 Co 12.12-31 A unidade dos membros do corpo.
SÁBADO Ef 4.1-16 A unidade da Fé.
HINOS SUGERIDOS: 12, 15, 16
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore pela evangelização local e transcultural.
INTRODUÇÃO
Para nosso propósito, focaremos em três aspectos da missão da Igreja: a relevância da missão da Igreja em relação ao mundo, em relação a DEUS e em relação a si mesma.
1- MISSÃO PARA COM O MUNDO
CRISTO, de forma sucinta, mas bem clara, revela o escopo da missão evangelizadora da Igreja no mundo
1.1 Evangelizar o mundo
Em Atos 1.8, temos a visão de atuação da Igreja tanto no aspecto local, quanto mundial. Os estágios são: Jerusalém (cidade) - Judéia (estado) - Samaria (país), e confins da terra (mundo). A partir da Igreja local, a vontade de CRISTO é que ela alcance o mundo. Em um único versículo CRISTO sintetiza a relevância da missão da Igreja. Notemos que não se trata de completar a evangelização local para depois ir a outros locais. Mas, sim, que a Igreja inicia onde está e, simultaneamente, promove o anúncio do Evangelho em outras regiões. Ela deve agir localmente e ter uma cosmovisão, ou seja, uma visão de mundo. Algo que desejamos enfatizar é que a missão da Igreja é corporativa. Somente com o somatório de esforços de todos os seus membros é que ela pode efetuar sua missão. Isto posto, compreendemos a importância de ser membro da Igreja.
1.2. Evangelização local
Refere-se à missão evangelizadora da Igreja em cuja área geográfica ela se encontra inserida. Casas, famílias, comércios, escolas, ou seja, todo segmento organizado, e até indivíduos, são de sua responsabilidade a comunicação da mensagem salvadora do Evangelho na pessoa do Senhor JESUS CRISTO. Temos o exemplo da Igreja de Jerusalém, que será sempre, nesse estudo, uma referência para nós. Ela alcançou o mundo dos seus dias com a pregação do Evangelho, mas não se esqueceu do seu contexto local. Em Atos 5.28, temos um testemunho da sua poderosa ação evangelística. O texto “encheste Jerusalém dessa doutrina” significa que os crentes daquela Igreja fizeram com que todos os habitantes da grande cidade de Jerusalém ouvissem a Palavra de DEUS e isto em meio a muita oposição. Será que podemos afirmar que nossa região está cheia da doutrina de CRISTO? Temos que repensar isso, porque é a Igreja local, conforme veremos, que dá suporte à evangelização mundial.
Bispo Samuel Ferreira (Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 1996): “O Senhor JESUS, antes de ser assunto ao céu, estabeleceu para a Igreja os limites para a evangelização, iniciando por Jerusalém e indo até os confins da terra [At 1.8]. Uma vez possuindo o poder, os discípulos saíram a anunciar JESUS, mesmo debaixo de proibição [At 4.17-20], cumprindo assim o plano divino para a Igreja. JESUS dera ordem que a evangelização começasse primeiro em Jerusalém [Lc 24.47]. Isto foi uma orientação importante, pois a obra missionária precisa ser desenvolvida no campo da Igreja local.”
1.3. Evangelização mundial
É comumente conhecida como missão, ou seja, uma evangelização transcultural, cuja finalidade é alcançar outros povos, isto é, os confins da terra, conforme orienta o texto bíblico. De forma simplificada, existem três formas de fazer missões: orando, contribuindo e indo ao campo missionário.
Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 3° Trimestre de 2017, p. 56): “O grande legado missionário foi transmitido para nós através do exemplo vivo de homens que entregaram suas vidas à causa do Mestre. Graças à sensibilidade desses homens ao ESPÍRITO SANTO e à compaixão pelos perdidos é que o Evangelho atravessou séculos e chegou até nós [At 13.49, 52]. Agora, precisamos ter um coração pronto para obedecer ao chamado de DEUS: fazer Missões. Inicie fazendo o que está ao seu alcance. Apresente- -se ao seu pastor local e coloque-se à disposição. Distribua folhetos evangelísticos, participe da comissão de visitas, busque informações missionárias, contribua, ore. Você testemunhará as maravilhas do Senhor.”
EU ENSINEI QUE:
CRISTO, de forma sucinta, mas bem clara, revela o escopo da missão evangelizadora da Igreja no mundo
2- MISSÃO CONSIGO MESMA
O segundo aspecto da missão da Igreja é com relação a si mesma, já que tem o precípuo dever de edificar seus membros. O apóstolo Paulo falou repetidamente sobre a edificação do Corpo. De acordo com Efésios 4.16, a edificação da Igreja é a tarefa mútua realizada por todos os membros do Corpo e não somente pelo pastor ou ministro. Isso mostra a importância fundamental de ser membro atuante de uma Igreja local.
2.1. Edificar seus membros
Por meio da comunhão, edificamos uns aos outros: “De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.” [ 1 Co 12.26] . Enquanto a dor é diminuída, a alegria é aumentada através do compartilhamento, isso gera edificação. A Igreja também edifica seus membros por meio da instrução e do ensino. Além disso, a Igreja edifica seus membros por meio da disciplina [Mt 18.15-17].
Pr. Sergio Costa (Livro “Igreja” – Editora Betel, 2019): “Uma das características da Igreja do Senhor é o discipulado. Todo crente em JESUS é chamado para ser um discípulo de CRISTO. (…) Se a obrigação da Igreja é aprender de JESUS através de Sua Palavra, é obrigação desta o ensino das verdades de DEUS.”
2.2. Cuidar dos seus membros
Presente nas diversas funções da Igreja, está a responsabilidade de realizar atos de amor e bondade, tanto para cristãos, quanto com os descrentes. Sendo que devemos priorizar os domésticos da fé [Gl 6.10]. Está evidente que JESUS CRISTO preocupava-se com as necessidades não somente espirituais, mas físicas também das pessoas. Ele é nosso exemplo maior e devemos segui-Lo.
Pr. Marcos Sant’Anna (Livro “Aperfeiçoamento cristão” – Editora Betel, 2018): “Como membros do Corpo de CRISTO, temos que estar comprometidos com a responsabilidade de cuidar uns dos outros [ 1Co 12.25; Gl 5.13] . Não é tarefa apenas dos que lideram ou fazem parte do ministério da Igreja local, mas de todos que têm o ESPÍRITO SANTO. Assim, há edificação, crescimento e o Senhor DEUS é glorificado.”
2.3. A missão social da Igreja
Sabemos que a Igreja não consegue fazer frente a todos os desafios sociais de nossos dias, mas, nem por isso, ela pode se omitir de estar ativa nessa importante área, dando sua contribuição a fim de minimizar os sofrimentos das pessoas e revelar o DEUS que serve [Mt 5.16]. O apóstolo Tiago afirma que a omissão nessa área é demonstração de que nossa fé é morta [Tg 2.15-17] . Em 1 João 3.17-18 diz que a demonstração de que amamos a DEUS é quando amamos os irmãos.
Pr. Alex Cardoso (Revista Betel Dominical – 1° Trimestre de 2006) comentou sobre a fé genuína que se transforma em solidariedade: “De que vale a fé que presencia o sofrimento alheio e não se dispõe a acudir aos necessitados? Algumas pessoas, entre as classes mais pobres, literalmente não sabem de onde lhes virá sua próxima refeição, e, muito menos, como poderão passar o mês. (…) Deveríamos fazer uma espécie de provisão para elas, a fim de amenizar a desigualdade social em nosso meio [At 2.42-47]. O fato que o autor sagrado menciona o “mantimento cotidiano” [Tg 2.15] mostra-nos que o caso suposto na história é “urgente’; exigindo ações imediatas e generosas. No entanto, o cristão de “crença inoperante” não se sensibiliza com a penúria alheia. Quer dê, quer não dê, sente-se “seguro” em sua salvação. Impressões sentimentais passivas, diante da miséria, quando não se transformam em ações ativas de socorro, apenas endurecem o coração.”
EU ENSINEI QUE:
A Igreja tem o precípuo dever de edificar seus membros.
3- MISSÃO PARA COM DEUS
A missão da Igreja para com DEUS consiste em edificar um templo espiritual para adoração a DEUS.
3.1. Adoração no Velho Testamento
A adoração no Antigo Testamento acontecia de diversas formas e em vários locais diferentes. Começou com os rústicos altares que eram erguidos por homens piedosos nos quais se ofereciam sacrifícios e DEUS se agradava dos mesmos [Gn 8.20-21]. O patriarca Abraão era um construtor de altares [Gn 12.8; 13.18]. De igual modo, Isaque e também Jacó adoravam a DEUS por meio dos altares que erguiam. A adoração a DEUS também ocorria no tabernáculo portátil construído sob as ordens de DEUS [Êx 40.34]. O grande rei Salomão construiu um majestoso templo em Jerusalém, que se tornou o centro da adoração nacional e a glória de DEUS veio habitar nele [2Cr 7.1-2]. Mas os altares não existem mais, nem o tabernáculo; e o templo foi totalmente destruído. Na atual dispensação JESUS CRISTO veio restaurar a verdadeira adoração [Jo 4.23].
Revista Betel Dominical — 4° Trimestre de 2016 – comentário sobre o vocabulário bíblico para adoração: “(…) “Latreia”; cujo significado principal é “serviço” ou “culto”: Denota o serviço prestado a DEUS pelo povo inteiro ou pelo indivíduo. Em outras palavras, é o serviço que se oferece à divindade através do culto formal, ritualístico e através do oferecimento integral da vida [Êx 3.12; Dt 6.13; Mt 4.10; Lc 1.74; 2.37; Rm 12.1]. “Liturgia ; palavra composta por outras duas de origem grega, que são: “povo” (laós) e “trabalho” (érgon). O termo significa “serviço do povo” No Antigo Testamento, referia-se ao serviço oferecido a DEUS pelo sacerdote, quando esse apresentava o holocausto sobre o altar de sacrifícios [Js 22.27; 1Cr 23.24, 28]. O termo “proskynein”; originalmente, significava “beijar”: No Antigo Testamento, significa “curvar- -se”, tanto para homenagear homens importantes e autoridades, como para “adorar” a DEUS [Gn 24.52; 2Cr 7.3; 29.29; Sl 95.6].”
3.2. Constituindo uma casa para habitação de DEUS
Lemos em Efésios 2.22: “No qual também vós juntamente sois edificados para morada de DEUS no ESPÍRITO”: A Igreja é o grande templo que está sendo edificado para DEUS habitar e ser adorado nele. No sentido coletivo, a Igreja é simbolizada por um templo e no sentido individual cada cristão é um templo para habitação de DEUS [ 1Co 3.16]. Portanto, a adoração não ocorre somente no ambiente no templo, como disse JESUS: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” [ Jo 4.23]. A adoração a DEUS, portanto, é um estilo de vida, independentemente de onde o adorador se encontra [ 1 Co 10.31].
Livro “Adoração e louvor” – Editora Betel, 2016: “Um dos conceitos que precisam ser resgatados com urgência máxima é o da universidade da adoração. Não podemos adorar se cairmos no equívoco de achar que a adoração genuína só é encontrada onde nós estamos. Adoração não é um produto exclusivo de um determinado povo, Igreja ou cultura. Adoração é fruto que nasce no coração quebrantado, esteja essa pessoa em qualquer país do mundo, em qualquer cultura.”
3.3. Seguindo o exemplo da Igreja Primitiva
A Igreja Primitiva estava longe de ter a estrutura que temos hoje, mas sua adoração era efusiva. Eles partiam o pão de casa em casa, tomavam refeições com alegria e singeleza de coração, isto é, uma adoração de coração e contando com a simpatia do povo, ou seja, sua adoração e estilo de vida influenciavam o povo ao seu redor [At 2.47].
Livro “500 anos da Reforma Protestante e suas lições para a Igreja atual” – Editora Betel, 2017: “Não podemos perder mais tempo. É hora de clamarmos pela intervenção de DEUS [Sl 119.126]. É hora de a Igreja unir-se em oração e rasgar o coração numa volta sincera e profunda para DEUS. É hora de clamarmos por um avivamento que nos dobre, que nos leve de volta ao altar, que crie no nosso coração sede de DEUS e compromisso com a santidade:’
EU ENSINEI QUE:
A missão da Igreja para com DEUS consiste em edificar um templo espiritual para adoração a DEUS.
CONCLUSÃO
Que o ESPÍRITO SANTO nos ajude a cada dia para não nos desviarmos do propósito de DEUS para com o Seu povo revelado nas Escrituras: aperfeiçoamento (ou preparo) dos santos [Ef 4.12] para fazer discípulos de todas as nações, que sejam agentes de edificação uns dos outros, para que DEUS seja em tudo glorificado, até a volta de JESUS CRISTO.