Lição
7, Central Gospel, Advertência Contra a Apostasia, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA
TV
Para
me ajudar – PIX 33195781620 Luiz Henrique de Almeida Silva – Bradesco -
Imperatriz - MA
Lição 7, Central Gospel, Advertência Contra a Apostasia, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV
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Escrita
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SUBSÍDIO
EXTRA 1 para a Lição 7 - Advertência Contra a Apostasia
Lição
6: Perseverança e fé em tempo de apostasia
Data: 11 de Fevereiro de 2018 - CPA
TEXTO
ÁUREO
“Para
que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e
paciência, herdam as promessas” (Hb 6.12).
VERDADE
PRÁTICA
Contra
o perigo da apostasia, a Palavra de Deus revela a necessidade de ânimo e
perseverança de fé.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda — Hb 6.1,2 A necessidade do crescimento espiritual em Cristo
Terça — Hb 6.4 Apostasia, um perigo na vida de quem foi regenerado
Quarta — Hb 6.5 Apostasia, um perigo na vida de quem viveu as realidades do Reino
Quinta — Hb 6.10 O serviço cristão, a obra de Deus e a justiça divina
Sexta — Hb 6.12,13 Abraão, um exemplo de perseverança e fidelidade
Sábado — Hb 6.20 Jesus, o nosso precursor na Eternidade com Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 6.1-15.
1
— Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até
a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras
mortas e de fé em Deus,
2
— e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição
dos mortos, e do juízo eterno.
3
— E isso faremos, se Deus o permitir.
4
— Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o
dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo,
5
— e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro,
6
— e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim,
quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.
7
— Porque a terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela e
produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada recebe a bênção de Deus;
8
— mas a que produz espinhos e abrolhos é reprovada e perto está da
maldição; o seu fim é ser queimada.
9
— Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham
a salvação, ainda que assim falamos.
10
— Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho
de amor que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e
ainda servis.
11
— Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para
completa certeza da esperança;
12
— para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela
fé e paciência, herdam as promessas.
13
— Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior
por quem jurasse, jurou por si mesmo,
14
— dizendo: Certamente, abençoando, te abençoarei e, multiplicando, te
multiplicarei.
15
— E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa.
OBJETIVO
GERAL
Conscientizar
que para perseverarmos na fé precisamos crescer em Cristo, estar em constante
vigilância e confiar nas promessas.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I.
Afirmar a necessidade do crescimento espiritual;
II.
Sinalizar a necessidade de vigilância espiritual num tempo de apostasia;
III.
Conscientizar acerca da necessidade de confiarmos nas promessas de Deus.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Apostasia
remonta a ideia de decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou
afastamento daquilo que antes se estava ligado. Em relação à nossa fé,
apostasia significa romper o relacionamento salvífico com Cristo. Geralmente
esse fenômeno se manifesta na esfera moral e ética, bem como na esfera
doutrinária. Neste tempo de apostasia, à luz da Carta de Hebreus, somos
chamados a perseverar na comunhão com Cristo e a viver em fé na esperança
renovada de que um dia estaremos para sempre com o Senhor.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O
autor já havia dito que os crentes deveriam ser mestres, mas em vez disso
necessitavam que alguém lhes ensinasse de novo os primeiros rudimentos da fé
(Hb 5.12). A vida cristã é dinâmica e exige que o discípulo vá além dos
primeiros passos. Mas isso não estava acontecendo com a comunidade com a qual o
autor sacro se correspondia. Em vez disso, dava sinais de cansaço, indolência,
negligência e imaturidade espiritual, o que poderia trazer como consequência o esfriamento
e o fracasso na fé. A graça não é irresistível e nem tampouco incondicional. A
apostasia é retratada pelo escritor como algo real e não apenas como um perigo
hipotético, por isso, ele mostra que para se evitar decair é necessário
perseverança, fé e confiança nas promessas de Deus.
PONTO
CENTRAL
Devemos
ter uma vida de perseverança e fé em tempos de apostasia.
I.
A NECESSIDADE DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL
1.
Indo além dos rudimentos doutrinários sobre arrependimento e fé. Longe de
dizer que a doutrina do arrependimento e da fé não é mais necessária, o autor
quer mostrar que ela é importante sim, mas que constitui o “ABC doutrinário” da
fé cristã. A vida cristã começa com o arrependimento e fé (Mc 1.15). De fato, a
Bíblia mostra que para que uma pessoa possa ser salva, ela primeiro deve crer
(Mc 16.16; At 16.31; Rm 1.16; Ef 2.8; 1Tm 1.16) e não o contrário. Todavia não
deve parar aí. Há um longo caminho a percorrer e os seus leitores, parece,
haviam se esquecido desse fato, “estacionando” na jornada.
2.
Indo além dos rudimentos doutrinários sobre batismos e imposição de
mãos. O segundo bloco de rudimentos doutrinários (Hb 6.2) mostrado pelo
autor é formado pelos ensinamentos sobre batismos e imposição de mãos. O
contexto mostra que em Hebreus 6.2 a referência é ao batismo cristão em
contraste com outros batismos praticados no judaísmo. Na igreja primitiva o
batismo em águas era feito em razão do “arrependimento para remissão de
pecados” (Mc 1.4; At 10.47,48; 22.16). O batismo não possuía poder salvífico,
isto é, não era um sacramento, mas um testemunho público da fé em Cristo. Por
outro lado, a doutrina da imposição de mãos é evidenciada em vários lugares na Bíblia,
mas era sempre demonstrada como um símbolo exterior da prática da oração (At
6.6; 13.3; 1Tm 4.14).
3.
Indo além dos rudimentos doutrinários sobre ressurreição e juízo. Fica
patente para o leitor do Novo Testamento que a pregação apostólica se fundamentava
primeiramente no fato da ressurreição de Jesus (At 4.33; 17.18). Tanto a
doutrina da ressurreição dos mortos como a do juízo vindouro são demonstradas
pelo autor como fontes de esperança para os cristãos (Hb 10.36,37; 12.28,29).
Elas eram elementos indispensáveis para que o cristão mantivesse sua
expectativa no porvir. Mas não deveriam parar aí, antes, tinham de avançar.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
Crescer
espiritualmente significa ir além dos rudimentos doutrinários do arrependimento
e da fé, do batismo, da imposição de mãos, da ressurreição e do juízo.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Prezado(a)
professor(a), faça um resumo do capítulo 6 de Hebreus para a classe, antes de
introduzir este tópico. Se possível, reproduza o esquema abaixo:
CONHEÇA
MAIS
Apostasia
“[Do
gr. apostásis , afastamento] Abandono premeditado e consciente da fé
cristã. No Antigo Testamento, não foram poucas as apostasias cometidas por
Israel. Só em Juízes, há sete desvios ou abjuração da verdadeira fé em Deus.
Para os profetas, a apostasia constituía-se num adultério espiritual. Se a
congregação hebreia era tida como a esposa de Jeová, deveria guardar-lhe
fielmente os preceitos, e jamais curvar-se diante dos ídolos”. Leia mais
em Dicionário Teológico, de Claudionor Corrêa de Andrade, CPAD, p.48.
II.
A NECESSIDADE DA VIGILÂNCIA ESPIRITUAL
1.
Apostasia, uma possibilidade para quem foi iluminado e regenerado. As
palavras do autor dão início ao versículo 4 do capítulo 6 de Hebreus com o
vocábulo grego adynato , traduzido aqui como “impossível”. É a mais
forte advertência em o Novo Testamento sobre o perigo de decair da graça. Os
gramáticos observam que o seu sentido aqui é enfatizar o que vem colocado
depois da conversão (Hb 6.4). O autor fala de pessoas crentes, porque nenhum
descrente foi iluminado nem tampouco experimentou do dom celestial. No capítulo
10 e versículo 32 ele usa a expressão “iluminados” para se referir à conversão
dos seus leitores. Além do mais, as palavras “uma vez” (Hb 6.4) contrastam com
“outra vez” (Hb 6.6), mostrando o antes e o depois da conversão. Essas não são
expressões usadas para pessoas não regeneradas. A apostasia, o perigo de decair
da fé, é colocada pelo escritor de Hebreus como algo factível, um perigo real a
ser evitado por quem nasceu de novo.
2.
Apostasia, uma possibilidade para quem vivenciou a Palavra e o Espírito. A
possibilidade de decair da graça é posta para aqueles que “se fizeram
participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus” (Hb 6.4,5).
O autor sacro já havia dito como uma pessoa se torna participante de alguma
coisa. Os crentes tornam-se participantes da vocação celestial (Hb 3.1);
participantes de Cristo (Hb 3.14) e, dessa forma, participantes do Espírito
Santo (Hb 6.4). Mais uma vez o texto mostra que a mensagem é dirigida às
pessoas regeneradas. Esses crentes haviam se tornado participantes do Espírito
Santo e da Palavra de Deus. Somente os nascidos de novo participam do Espírito
Santo (Jo 14.17) e provam da Palavra (At 8.14; 1Ts 2.13). Portanto, trata-se de
uma advertência para os salvos.
3.
Apostasia, uma possibilidade para quem viveu as expectativas do
Reino. Esses crentes, aos quais o autor se referia, também experimentaram
“as virtudes do século futuro” (Hb 6.5). Essa expressão é usada no contexto da
cultura neotestamentária como uma referência a era messiânica. Ao receber a
Cristo como Salvador, os crentes já participam antecipadamente das bênçãos do
Reino de Deus. Vigilância mais uma vez é requerida para os salvos que
ingressaram nesse Reino. Quem despreza a graça de Deus, não se torna um
“cidadão real” desse Reino.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Precisamos
ter vigilância espiritual porque a apostasia é uma possibilidade para quem foi
iluminado e regenerado, para quem vivenciou a Palavra, provou do Espírito e
viveu a expectativa do Reino.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Alguns
intérpretes combinam 5.11-6.20 como uma unidade exortativa. No entanto, há boas
razões para dividir a passagem em duas advertências separadas (embora
relacionadas). Enquanto 5.11-6.3 enfoca o perigo da lentidão e da regressão
espiritual, com uma exortação para avançar em direção à maturidade, a segunda
advertência enfoca a terrível possibilidade de uma apostasia irreparável, se
tal regressão prosseguir de modo incontrolável (6.4-8). O autor então encoraja
e desafia seus leitores a progredirem, prosseguindo em esperança e fé com
perseverança (6.9-20).
Hebreus
6.4-6 constitui uma frase longa e complexa em grego, que adverte solenemente
sobre a possibilidade de abandono (apostasia) da fé cristã e da impossibilidade
de esta vir a ser restaurada, uma vez que tal condição tenha ocorrido. [...]
Quem são os sujeitos desta impossibilidade?
[...]
O estudioso F. F. Bruce observa corretamente que o texto em 6.4-6 foi tanto
‘indevidamente minimizado’ quanto ‘indevidamente exagerado’.
Foi indevidamente minimizado por aqueles que argumentam de uma forma
ou de outra que as pessoas descritas 6.4,5 nunca foram cristãos completamente
regenerados (por exemplo, Grudem, 1995, 132-182), ou que este foi somente um
caso hipotético sendo apresentado pelo autor e não algo que pode realmente acontecer
na prática (por exemplo, Hewitt, 1960, 110-11). A passagem também
foi indevidamente exagerada por aqueles que ensinam que uma vez que
uma pessoa tenha se convertido e sido batizada em Cristo, e em seu corpo, e
então por um lapso cair novamente em sua antiga vida pecaminosa, não poderá
haver um perdão futuro ou uma restauração ao convívio cristão (por exemplo,
Tertuliano sobre o pecado pós-batismal). Estas interpretações estão sendo
aplicadas à passagem sem uma consideração de seu contexto, e não fazem nenhuma
distinção entre ‘desviar-se’ e ‘apostatar’” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD,
Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. RJ:
CPAD, 2004, pp.1573-75).
Observação
Pr. Henrique
Em
minha humilde compreensão, julgo que só haja impossibilidade, caso o crente
volte a idolatria.
III.
A NECESSIDADE DE CONFIAR NAS PROMESSAS DE DEUS
1.
O serviço cristão e a justiça de Deus. O autor sabia que usou um tom
exortativo forte deixando claro que não se pode brincar com a fé. Agora ele vê
a necessidade de consolar os cristãos depois desse “tratamento de choque” (Hb
6.9,10). Aos crentes fiéis no seu serviço é dito que Deus, em sua justiça, os
recompensará. É bom saber que mesmo não recebendo o reconhecimento dos homens,
teremos o reconhecimento de Deus.
2.
A perseverança de Abraão e a fidelidade de Deus. A exortação do escritor
de Hebreus toma como parâmetro a pessoa de Abraão. O velho patriarca é o modelo
do crente perseverante, que de posse da promessa de Deus, soube esperar com
paciência (Hb 6.12,13). Por que voltar atrás se temos as promessas de Deus que
nos motivam a caminhar à frente (Hb 6.14,15)?
3.
Cristo, sacerdote e precursor do crente. O autor sagrado volta-se para
Jesus, o nosso exemplo maior de perseverança, fidelidade e esperança. Nessa
jornada, Ele se adiantou e foi a nossa frente, tornando-se o nosso precursor
(Hb 6.20). O termo “precursor” era usado na cultura antiga em referência a um
batedor militar, a alguém que tomava a dianteira para abrir caminho. Jesus
entrou na presença de Deus, como nosso sumo sacerdote para nos dar o direito de
viver eternamente.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Podemos
confiar nas promessas do Senhor, pois à luz da perseverança de Abraão e da
fidelidade de Deus, nos chegamos a Cristo, o sacerdote e precursor do crente.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“A
promessa que Deus fez a Abraão foi fundamento de todas as promessas da aliança
e da atividade redentora de Deus (Gn 12.1-3), que foram repetidas em inúmeras
ocasiões e de formas diferentes ao longo da história do Antigo Testamento (por
exemplo, Gn 15.1-21; 26.2-4; 28.13-15; Êx 3.6-10). Porém, numa ocasião em
particular, após Abraão quase ter sacrificado Isaque em obediência ao teste de
Deus, Deus tornou a veracidade de sua promessa enfática por meio de um
juramento (Gn 22.16: ‘Por mim mesmo, jurei, diz o Senhor’). Hebreus 6.13,14
indica que este juramento mais tarde encorajou Abraão a esperar ‘com
paciência’, e assim, posteriormente ‘alcançou a promessa’” (ARRINGTON, French
L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. RJ: CPAD, 2004, p.1577).
CONCLUSÃO
O
capítulo 6 de Hebreus contém uma das mais fortes exortações encontradas em todo
o Novo Testamento — a necessidade de perseverança e vigilância para não se
decair da fé. O processo da salvação não se dá de forma mecânica e nem
compulsória, mas se firma na entrega e aceitação voluntária a uma dádiva
divina. A tudo isso temos que responder com amor, cuidado e zelo (1Co 10.7-13).
Essa exortação de forma alguma deve levar-nos ao medo, pavor ou pânico, mas
conduzir-nos a confiar inteiramente no Senhor que é poderoso para guardar-nos
até o dia final.
PARA
REFLETIR
A
respeito de Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia, responda:
Como
se inicia a vida cristã?
A
vida cristã começa com arrependimento e fé (Mc 1.15).
O
que fica patente para todo leitor do Novo Testamento?
Fica
patente para o leitor do Novo Testamento que a pregação apostólica se fundamentava
primeiramente no fato da ressurreição de Jesus (At 4.33; 17.18).
Segundo
o autor sagrado, Hebreus 6.4 fala a respeito de quem?
O
autor fala de pessoas crentes, porque nenhum descrente foi iluminado nem
tampouco experimentou do dom celestial.
Segundo
Hebreus, quem se torna participante do Espírito Santo e da Palavra de Deus?
Os
crentes.
Em
que sentido o autor de Hebreus usa o patriarca Abraão como modelo?
O
velho patriarca é o modelo do crente perseverante, que de posse da promessa de
Deus soube esperar com paciência (Hb 6.12,13).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Perseverança
e fé em tempo de apostasia
ESBOÇO
DA LIÇÃO
1. Introdução
Texto
Bíblico: Hebreus 6.1-15
2. I.
A Necessidade do Crescimento Espiritual
• 1.
Indo além dos rudimentos doutrinários sobre arrependimento e fé.
• 2.
Indo além dos rudimentos doutrinários sobre batismos e imposição de mãos.
• 3.
Indo além dos rudimentos doutrinários sobre ressurreição e juízo.
3. II.
A Necessidade da Vigilância Espiritual
• 1.
Apostasia, uma possibilidade para quem foi iluminado e regenerado.
• 2.
Apostasia, uma possibilidade para quem vivenciou a Palavra e o Espírito.
• 3.
Apostasia, uma possibilidade para quem viveu as expectativas do Reino.
4. III.
A Necessidade de confiar nas Promessas de Deus
• 1.
O serviço cristão e a justiça de Deus.
• 2.
A perseverança de Abraão e a fidelidade de Deus.
• 3.
Cristo, Sacerdote e Precursor do crente.
5. Conclusão
A
lição desta semana pode ser introduzida por intermédio das seguintes perguntas:
1. É
possível o crente regredir espiritualmente?
2. É
possível o crente apostatar-se da fé?
3. É
possível o crente perder a salvação?
Segundo
o teólogo pentecostal J. Wesley Adans, na obra Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento, na seção de Hebreus 6.9-20, o autor epistolar
encoraja e desafia os primeiros leitores da carta a “progredirem, prosseguindo
em esperança e fé com perseverança”. Por que o autor sagrado inicia o capítulo
seis assim? Por que o texto de Hebreus seis adverte solene e seriamente sobre a
possibilidade de o crente abandonar, isto é, apostatar-se da fé uma vez
provada. E com um agravante: além da apostasia da fé cristã, há o perigo da
impossibilidade desse crente ser restaurado, uma vez imerso na apostasia.
Sobre
o termo “impossível”, conforme consta no versículo 4 do capítulo seis de
Hebreus, o teólogo J. Wesley Adans destaca: “a palavra ‘impossível’
( adynatos ) ocorre quatro vezes em Hebreus. Em 6.18 ‘é impossível’
que Deus minta; em 10.4 ‘é impossível’ que o sangue dos touros e dos bodes tire
pecados; em 11.6 ‘sem fé é impossível’ agradar-lhe [a Deus]; e aqui (6.4) é
‘impossível’ que os apóstatas sejam restaurados através do arrependimento. Em
cada caso a impossibilidade é absolutamente declarada” (p.1574).
SUBSÍDIO
EXTRA 2
Lição
04: HEBREUS 6 – Prosseguindo para a Maturidade Cristã | 2° Trimestre de 2022 |
EBD – PECC
ESCOLA
BIBLICA DOMINICAL . ORG
SUPLEMENTO
EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora
a suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e
mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em
Hebreus 6 há 20 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com todos os presentes,
Hebreus 6.1 20 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar,
mas não substitui a leitura da Bíblia.
O
capítulo 6 de Hebreus nos traz assuntos aparentemente diferentes, mas que estão
direta ou indiretamente interligados. Nos versículos de 1 a 3 o escritor
convida a sair da religiosidade iniciando uma caminhada rumo à perfeição. Os
versículos 4 a 8 abordam o perigo da apostasia e dos versículos 9 a 20 discorre
sobre a segurança inabalável em Cristo. Existem posições teológicas divergentes
em relação aos versículos 4 a 8. Sugerimos a leitura de comentaristas
diferentes apenas para conhecimento, mas não devemos entrar em polêmicas
desnecessárias.
OBJETIVOS
Exortar o
Cristão a sair da superficialidade.
Alertar a Igreja quanto à apostasia.
Recomendar acerca da diligência.
PARA
COMEÇAR A AULA
Perguntar
mais uma vez quantos já leram a Bíblia toda, ou quantos livros cada aluno já
leu. Apenas para uma breve descontração e troca de ideias. Em seguida, inquira
sobre o que entendem por maturidade cristã e o que devemos fazer para
alcançá-la. Explique que, após aceitarmos a Cristo como salvador, temos uma
longa caminhada até a perfeição, durante a qual devemos nos manter firmes
contra os perigos da apostasia, para, então, herdarmos a promessa de vida
eterna. São esses temas que aprofundaremos no estudo do capítulo 6 de Hebreus.
LEITURA
ADICIONAL
O
autor nos Hebreus diz que não podemos alcançar essa perfeição ou maturidade
espiritual sendo tardios para ouvir ou demonstrando um crescimento retardado.
Há muita coisa a ser feita, e para isso são necessário empenho, esforço e
dedicação. Para alcançar a perfeição, precisamos nos render ao propósito
divino. O autor usa a expressão “deixemo-nos levar” (6.1), que está na voz
passiva, significando que, embora haja a necessidade de nossa consciência e
nossa participação nesse processo rumo à perfeição, é o próprio Deus que opera
em nós e nos capacita. Outra questão vital é o que é necessário para
alcançarmos a perfeição? O que precisa ser feito? Em resposta a essa pergunta,
a primeira coisa a ser feita é colocar de lado os princípios elementares da
doutrina de Cristo (6.1)
(..)
Os destinatários dessa carta eram crentes judeus e consideravam o Antigo
Testamento como o oráculo de Deus a base de sua verdadeira religião. Tal base
já fora lançada, esses oráculos apontavam para Cristo e já se haviam cumprido
em Cristo, razão pela qual o crente deveria colocar isso de lado e prosseguir,
não retrocedendo mais às cerimônias e aos ritos judaicos Os crentes deveriam
buscar somente Cristo, em vez de se deterem nesses princípios elementares. Concordo
com Walter Henrichsen quando ele diz que todo edifício precisa de alicerce, mas
somente de um. Lance-o uma vez e lance-o bem. Havendo lançado o fundamento, não
tente relançá-lo periodicamente. Vá em frente com a construção da estrutura O
fundamento de sua vida cristã suportará, pois está edificado sobre a promessa
de Deus, e não sobre sua experiência pessoal
Livro:
Hebreus, A Superioridade de Cristo (Hernandes Dias Lopes São Paulo, Hagnos,
2018, 79)
TEXTO
ÁUREO
“Por
isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à
perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas
e de fé em Deus.” Hb 6.1
LEITURA
BÍBLICA PARA ESTUDO
VERDADE
PRÁTICA
O
verdadeiro Cristão deve crescer na graça e no conhecimento.
INTRODUÇÃO
I- MATURIDADE CRISTÃ Hb 6.1-3
1– Deixando a superficialidade Hb 6.1a
2-Base do arrependimento, obras e fé Hb 6.1b
3– Caminhos para a maturidade Hb 6.2
II- OS PERIGOS DA APOSTASIA Hb 6.4-8
1– O que é apostasia? Hb 6.4,5
2– A diferença entre queda e apostasia Hb 6.6
3– Dois tipos de crentes Hb 6.7,8
III- DILIGÊNCIA CRISTÃ Hb 6.9-19
1– Deus não esquece Hb 6.10
2– Herdeiros das promessas Hb 6.12
3– Ancorados em Cristo Hb 6.19
APLICAÇÃO PESSOAL
DEVOCIONAL
DIÁRIO
Segunda –
Hebreus 6.1
Terça – Hebreus 6.4
Quarta – Hebreus 6.9
Quinta – Hebreus 6.10
Sexta – Hebreus 6.12
Sábado – Hebreus 6.20
Hinos
da Harpa: 258 – 131
INTRODUÇÃO
Devemos
lembrar que o capítulo 5 de Hebreus termina com uma exortação em função da
negligência para ouvir. Aqueles que deviam ser mestres, ainda não haviam
crescido espiritualmente. Nesse contexto, o escritor inicia o capítulo 6,
convidando-os a sair da mesmice, da superficialidade, dos rudimentos, e
prosseguirem para uma vida cristã de maturidade.
I-
MATURIDADE CRISTÃ (Hb 6.1-3)
1-
Deixando a superficialidade (Hb 6.1a) “Por isso, pondo de parte os
princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é
perfeito”.
Os
Hebreus estavam acostumados com o trivial. Qualquer semelhança com a geração
pós-moderna, não será mera coincidência. A Igreja brasileira sofreu um grande
desgaste nas últimas décadas com uma onda de pregadores com mensagens
triunfalistas sem aprofundamento bíblico. Como consequência, nasceu uma geração
cheia de “evangeliquês” e pobre em Doutrina Bíblica. O escritor Hebreus exorta
a sair dessa ilusão para a profundidade da Fé cristã.
2-
Base do arrependimento, obras e fé (Hb 6,1b) “ … não lançando, de novo, a
base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus.”
Nesta
passagem, o autor de Hebreus está esclarecendo a diferença entre as doutrinas
básicas (que ele chama de base) e as verdades mais profundas da Escritura (que
os crentes devem estudar para progredirem na vida espiritual). Ele conclui que,
por já serem cristãos há tempo, os crentes já lançaram a base, e têm o
conhecimento básico sobre:
a)
“A base do arrependimento de obras mortas”. Primeiro componente da base
espiritual cristã (At 2.38; 3.19), o arrependimento envolve mente e pensamentos
em uma completa reviravolta. Não há mais interesse em atividades que conduzem à
sua destruição, evitando-se os efeitos do pecado que traz morte (Rm 5.12,21;
6.23; 7.11).
b)
“E da fé em Deus”. Lançar uma base de fé em Deus foi uma ação positiva que
os crentes fizeram quando aceitaram a Cristo em fé. Eles se deslocaram de suas
“obras que conduziam à morte” para a vida em Cristo pela fé, importante tema
tratado no capítulo 11 de Hebreus. Para o escritor, a fé constitui uma
confiança completa. Todos que põem sua fé no Evangelho entram no descanso de
Deus (4.2.3). Não precisam voltar atrás.
3-
Caminhos para a maturidade (Hb 6.2) “E da doutrina dos batismos, e da
imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.”
Seus
leitores querem alcançar a maturidade, e o autor, prudentemente, reconhece que
também está junto a eles na luta pela maturidade, esperando que o efeito dessas
observações sobre seus hábitos espirituais seja positivo. Depois do
arrependimento e fé, o autor cita as seguintes bases:
a)
“Ensino de batismos”. A primeira fase na instrução do crente é o ensino a
respeito de batismos. A expressão no plural provavelmente expressa um contraste
entre o batismo cristão e todos os outros conhecidos dos leitores. Os quatro
evangelhos e Atos mencionam o batismo em águas e o batismo com o Espírito Santo
(Mt 311. At 1.5; 11.16). As epístolas acrescentam o batismo no corpo de Cristo.
b)
“E da imposição de mãos”. É recomendada por Jesus para a cura de enfermos
e para abençoar pessoas (Mc 16.16: Mt 19.13.15). Em Atos, resulta também
no transbordar do Espírito Santo. Outras passagens a mencionam quando da
ordenação ao serviço ministerial (At 6.6 13.3: 1Tm 4.14; 2Tm 1.6)
c)
“Da ressurreição dos mortos”. Já no tempo do Antigo Testamento, a doutrina
da ressurreição era conhecida (S1 16.10; Is 26.19; Ez 37.10: Dn 12.2). Nos dias
de Jesus e dos apóstolos, o público em geral sabia a respeito desse ensino (Jo
11.24), porém a seita judaica dos saduceus discordavam dessa doutrina (At
23.6.7)Jesus ensinou a doutrina da ressurreição ao reivindicá-la para si mesmo:
“Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11:25); os apóstolos fizeram desse ensino
a base da sua pregação (At 1.22: 2.32;4.10;5.30; 10.40; 13.37; 17.31,32:26.23).
d)
“E do juízo eterno” Logicamente relacionada a da ressurreição, implicando
na ressurreição do justo e no julgamento do ímpio. Cristo retornará para julgar
vivos e mortos (1Pe 4.5; 2Tm 4.1).
II-
OS PERIGOS DA APOSTASIA (Hb 6.4-8)
1-
O que é apostasia? (Hb 64,5) “É impossível, pois, que aqueles que uma vez
foram iluminados, provaram o dom celestial e se tornaram participantes do
Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo
vindoura”.
O
perigo da apostasia é tão real hoje como o era quando esta carta foi escrita
Devemos atentar as advertências dessa passagem. Dizer que um crente salvo não
pode cair da graça, independentemente de como viva, vai na contramão da
exigência bíblica quanto à vigilância e à santificação. A apostasia é o
abandono e negação deliberada e permanente da fé. Ela não acontece de repente.
Antes, é parte de um declínio gradual, que passa pela descrença e
desobediência, levando ao endurecimento do coração, impossibilitando
arrependimento. O autor usou o exemplo dos israelitas para demonstrar este
processo (3.18; 4.6.11). Ao longo de toda a epístola, o escritor admoesta seus
leitores a aceitarem a Palavra de Deus em fé e a não caírem no pecado da
descrença que resulta em juízo eterno (2.1-3; 3.12-14; 4.1,6,11; 10.25,27,31;
12.16,17,25,29). Muitos israelitas pereceram no deserto por causa de sua
descrença. Essa verdade aplica-se também ao hebreus cristãos.
2-
A diferença entre queda e apostasia (Hb 6.6) “E caíram, sim, é impossível
outra vez renová-los para arrependimento visto que, de nova, estão crucificando
para si mesmos o Filho de Deus e expondo-a à ignomínia.”
A
palavra “caíram [para o lado]”, refere-se àqueles que deixaram o caminho,
apostataram – que significa negar ou abandonar a fé de forma definitiva e
deliberada. Eles foram iluminados, provaram o dom celestial, fizeram-se
participantes do Espírito Santo, provaram da Palavra de Deus, mas retrocederam
temendo perseguições, alguns estavam voltando para o judaísmo e negando a te em
Cristo. Esses apóstatas desprezaram os dons de Deus (645), rejeitaram o Seu
Filho (66) e desistiram das Suas bênçãos (6.7,8). É preciso diferenciar a queda
da apostasia. A Bíblia diz que o justo cai sete vezes e se levanta (Pv 24.16).
Também deixa claro que aquele que confessa e deixa o pecado, alcança
misericórdia (Pv 28.13).
A
queda é uma fraqueza momentânea e sanável, quando há, no coração do que caiu,
consciência do seu erro e inclinação ao arrependimento. Muitos personagens da
Bíblia caíram e se levantaram, Davi cometeu adultério enviando o marido de
Bate-Seba para a morte e tomando-a para si. Advertido de seu pecado pelo
profeta Natã, arrependeu-se e implorou o perdão e a misericórdia divinos (2Sm
12.1-13;, Sl 51), Seu nome é mencionado em Hebreus 11.32 como exemplo de fé. A
igreja em Éfeso, após abandonar a prática de suas primeiras obras, foi
advertida por Jesus a lembrar de onde caiu e se arrepender (Ap 2.4,5).
A apostasia, porém, é um ato de rebeldia, um abandono deliberado e consciente
da fé, um caminho sem volta, justamente porque não há admissão do erro e nem
intenção de arrependimento por parte daquele que apostatou.
A apostasia também pressupõe
um deslocamento da fé da pessoa, que passa a descrer das verdades da fé cristã
para colocar sua fé em ensinos enganadores e até demoníacos (1Tm 4.1)
Um exemplo de apóstatas na Bíblia são Himeneu e Fileto, que se desviaram da
verdade, pregando uma falsa doutrina e pervertendo a fé de outros (2Tm
2.17.18). Dizer que alguém que se afastou da fé nunca foi um crente verdadeiro
é um grande equívoco Crentes autênticos e professores estavam de malas prontas
para voltar ao judaísmo. O perigo da apostasia era (e continua sendo) evidente.
3-
Dois tipos de crentes (Hb 6.7.8) “Porque a terra que absorve a chuva que
frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também
cultivada recebe bênção da parte de Deus; mas, se produz espinhos e abrolhos, é
rejeitada e perto está da maldição; e seu fim é ser queimada.”
De
forma alegórica, podemos ver aqui dois tipos de pessoas: os do versículo 7 e os
do versículo 8.
A) TERRA BOA: O que recebe a chuva, a Palavra os ensinos, a Doutrina e
produz uma colheita proveitosa e por conta disso recebe a bênção de Deus.
B) TERRA RUM: O que recebe as mesmas coisas, mas produz espinhos e
abrolhos e, como consequência, é reprovada. É só ver os exemplos de Judas, que
se desviou e nunca mais retornou, e Pedro, que caiu em pecado, mas logo se
arrependeu Que Deus nos ajude a sermos terra boa para produzirmos boa colheita
e desfrutarmos das bênçãos do Senhor.
O
autor de Hebreus ensina que a apostasia resulta do endurecimento do coração e
de uma incapacidade de arrepender-se. “é impossível outra vez renová-los para
arrependimento” (Hb 6.6; 10.26). Por outro lado, o escritor diz palavras
encorajadoras aos destinatários de sua epístola: “Quanto aves outros todavia, ó
amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à
salvação, ainda que falamos desta maneira” (Hb 6.9)
III-
DILIGÊNCIA CRISTÃ (Hb 6.9-19)
1-
Deus não esquece (Hb 6.10) “Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do
vosso trabalho e do amor que evidenciasse para com o seu nome, pois servistes e
ainda servir aos santos”.
Pode
ser que o homem esqueça que o pastor esqueça, que o amigo esqueça, mas Deus é
fiel para cumprir suas promessas e Ele nunca fica devendo nada a ninguém. Jesus
usou o barco de Pedro e restituiu o favor com uma grande pescaria Ele não
esqueceu José na prisão, Ele não esqueceu Israel no Egito, Ele não esqueceu
Daniel na cova “E lembrou se Deus de Raquel e Deus a ouviu, e abriu a sua
madre” (Gn 30.22). Ele não esqueceu de Sara, não esqueceu de Rebeca, não
esqueceu de Ana, não esqueceu de Mefibosete. Ele não esqueceu das igrejas
fiéis: Esmirna e Filadélfia. Ele é fiel
2-
Herdeiros das promessas (Hb 6.12) “Para que não vos torneis indolentes mas
imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.”
Os
herdeiros das promessas são privilegiados. O exemplo usado aqui é de Abraão, o
pai da fé. E nesse caso:
a) Deus, não tendo ninguém maior por quem jurar jurou por si mesmo, se interpôs
com juramento;
b) Mostrou sua imutabilidade;
c) É impossível que Deus minta aos herdeiros. Ora, podemos entender aqui que os
herdeiros da promessa devem ter paciência, pois o Deus de Abraão não mudou e
fará o que for preciso para cumprir a Sua Palavra Fiel é o que prometeu Sua
promessa e juramento são imutáveis. Ele não é homem para que minta (Hb
6.17,18).
3-
Ancorados em Cristo (Hb 6.19) “A qual temos por âncora da alma segura e
firme e que penetra além do véu”.
A
pequena âncora segura um navio gigantesco. Aqui se fala da “âncora da alma,
segura e firme e que penetra além do véu” onde Cristo entrou como precursor Num
contexto de falta de maturidade, o escritor está afirmando que os que são
diligentes e esperam com paciência estão firmes, seguros, ancorados, não com
uma âncora de ferro comum fincada. no fundo do mar, mas com uma ancora fincada
“além do véu”, no Santo dos Santos, onde o Sumo Sacerdote eterno entrou,
abrindo caminho para nós,
APLICAÇÃO
PESSOAL
Estude
diariamente as cartas doutrinas bíblicas a fim de alcançar a maturidade pelo
conhecimento. Rejeite os falsos ensinamentos que levam à apostasia e à
condenação.
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transbordante, generosamente vos dará; porque com a medida com que tiverdes
medido vos medirão também. Lucas 6:38 )”
RESPONDA
1)
Como são chamadas as pessoas que rejeitaram o Filho de Deus? R. Apóstatas
2) Quem são os que jamais serão esquecidos por Deus? R. Os diligentes
3) Onde está fincada a âncora da nossa alma? R. Além do véu
SUBSÍDIO
3
LIÇÃO 6 - O PERIGO DA APOSTASIA
– 2001 - CPAD
TEXTO
ÁUREO:
“Mas
de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação,
ainda que assim falamos” (Hb 6.9).
VERDADE
PRÁTICA:
Há
um grande perigo para aqueles que, uma vez conhecendo a verdade de DEUS, dela
se afastam, negando sua eficácia e poder.
LEITURA
DIÁRIA:
Segunda
Hb 12.16 Fornicação espiritual
Terça Hb 12.17 Arrependimento tardio
Quarta Pv 24.16 O justo cai e se levanta
Quinta Hb 3.10 DEUS contra os desobedientes
Sexta Hb 3.17,18 Mortos por desobediência
Sábado Fp 2.11 JESUS é o Senhor
LEITURAS
BÍBLICAS EM CLASSE:
HEBREUS
5.11-14; 6.1,2,4-6,10,13,16-20
11 Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação, porquanto vos
fizestes negligentes para ouvir. 12 Porque, devendo já ser mestres pelo tempo,
ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros
rudimentos das palavras de DEUS; e vos haveis feito tais que necessitais de
leite e não de sólido mantimento. 13 Porque qualquer que ainda se alimenta de
leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. 14 Mas o
mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os
sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
6.1
Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de CRISTO, prossigamos até a
perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas
e de fé em DEUS,2 e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da
ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.
4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se fizeram participantes do ESPÍRITO SANTO, 5 e provaram a boa
palavra de DEUS e as virtudes do século futuro, 6 e recaíram sejam outra vez
renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o
Filho de DEUS e o expõem ao vitupério.
10
Porque DEUS não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da
caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e
ainda servis.
13
Porque, quando DEUS fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por
quem jurasse, jurou por si mesmo,
16
Porque os homens certamente juram por alguém superior a eles, e o juramento
para confirmação é, para eles, o fim de toda contenda. 17 Pelo que, querendo
DEUS mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros
da promessa, se interpôs com juramento, 18 para que por duas coisas imutáveis,
nas quais é impossível que DEUS minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que
pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; 19 a qual temos como
âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu, 20 onde
JESUS, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote,
segundo a ordem de Melquisedeque.
PONTO
DE CONTATO:
Comece
a aula perguntando a seus alunos se eles se consideram crentes espiritualmente
maduros. Depois fale um pouco sobre a urgência da maturidade cristã. Os
cristãos hebreus, destinatários da epístola em apreço, [eram ainda
“criancinhas” quando, pelo tempo de crentes, deveriam ter alcançado certa
maturidade. Já era tempo para eles serem mestres dos outros, enquanto na
realidade, careciam de instrução elementar. Eram inexperientes, imaturos e mal
preparados para participarem das discussões dos problemas de grande vulto do
pensamento cristão.] O escritor pretendia deixar claro que não se consegue a
maturidade cristã pelo retorno aos padrões dos primeiros estágios da instrução
cristã. Para que o edifício espiritual seja concluído, é necessário ir além do
lançamento dos alicerces, isto é, o arrependimento de obras mortas e fé em
DEUS.
OBJETIVOS:
No término desta aula seu aluno deverá estar apto a:
Expressar a importância do crescimento espiritual para todos os cristãos.
Reconhecer o perigo terrível da apostasia.
Desejar manter-se firme diante de DEUS para não ser apanhado pela apostasia.
ORIENTAÇÃO
DIDÁTICA:
Peça
a seus alunos para relacionarem no quadro de giz os passos que normalmente
conduzem os crentes inadvertidos à apostasia. Depois, compare-os com os exemplos
abaixo:
1.
O crente por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades,
exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de DEUS (Jo 5.44,47).
2. Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino de
DEUS, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de DEUS através de CRISTO
(Hb 7.19,25).
3.
Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais
tolerante com ele na sua própria vida (1 Co 6.9,10).
4. Por causa da dureza do seu coração (Hb 3.8,13) e da sua rejeição dos
caminhos de DEUS, não faz caso da repetida voz e repreensão do ESPÍRITO SANTO
(1 Ts 5.19-22).
5. O ESPÍRITO SANTO se entristece (Ef 4.30); seu fogo se extingue e seu templo
é profanado (1 Co 3.16). Finalmente, Ele afasta-se daquele que antes era crente
(Hb 13.14). (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, pág. 1903.)
COMENTÁRIOS:
INTRODUÇÃO
Quando o cristão estaciona na fé e não se aprofunda no conhecimento das coisas
de DEUS, corre o risco de ser levado por ventos de doutrinas (Ef 4.14) e
apostatar, vindo a perder-se eternamente por não se arrepender. O tema desta
lição, por seu expressivo conteúdo doutrinário, merece cuidadosa análise à luz
da Palavra de DEUS.
I. INFÂNCIA ESPIRITUAL
1. Negligentes para ouvir (5.11). É próprio das crianças em geral serem
negligentes para ouvir. Faz parte da sua estultícia (Pv 22.15). Aqui o escritor
dirige-se aos cristãos que já deviam “ser mestres pelo tempo”, ou seja, pessoas
que não eram mais neófitas na fé. Aliás, os novos convertidos, vistos como
crianças espirituais,
normalmente são os melhores ouvintes.
2.
Necessitados de leite (vv.12,13). O crente “menino” não se desenvolve por não
saber ouvir a Palavra de DEUS. Os leitores da Epistola aos Hebreus ainda
careciam dos ensinamentos rudimentares da fé cristã: precisavam “de leite, e
não de sólido alimento”. Aliás, em nossos dias, observa-se muita “meninice” em
diversas igrejas. Trata-se de “movimentos estranhos”, embusteiros e perigosos,
que não têm base na Palavra de DEUS. Essa gente precisa, se quer mesmo crescer
e ser adulto na fé, do leite puro da Palavra de DEUS para crescimento,
fortalecimento e imunização espiritual.
II. OS RUDIMENTOS DA DOUTRINA
1. Arrependimento e fé (6.1). Constituem os dois pilares da doutrina da
salvação. São elementos fundamentais que não podem faltar no ensinamento e
formação do novo convertido. O escritor fala de “arrependimento de obras
mortas”. Sendo eles judeus, convertidos ao cristianismo, provavelmente ainda
queriam reviver os velhos conceitos da lei, tais como a guarda do sábado, a
implementação dos sacrifícios, a observância das luas novas etc., esquecendo-se
da salvação somente pela graça, mediante a fé.
2. Batismos e imposição de mãos (v.2). A doutrina dos batismos faz parte do
início da fé, e não dos estágios mais avançados do desenvolvimento espiritual.
Hoje, ainda há “meninos”, ensinando que só se deve batizar em nome de JESUS, e
não na forma trinitariana como JESUS ordenou (cf. Mt 28.19). Quanto à imposição
das mãos, nos moldes do Antigo Testamento, que consistia num gesto
simbólico de transmissão de bênçãos (como fez Jacó), os crentes daquela ocasião
não deveriam mais preocupar-se. Agora, com CRISTO, o gesto de impor as mãos, no
nome de JESUS, propicia a cura divina (Mc 16.18; At 28.8).
3. Ressurreição e juízo (v.2). Todo crente em JESUS, desde o início de sua fé,
em seu discipulado básico, deve saber que CRISTO morreu por nossos pecados, mas
ressuscitou para nossa justificação (Rm 4.25), e para um dia julgar o mundo com
justiça (At 17.31).
III. O GRAVE PERIGO DA APOSTASIA
1. O que é apostasia. Do gr. apostásis, afastamento, abandono da fé. Apostatar
significa abandonar a fé cristã de modo premeditado e consciente. No texto em
apreço o escritor adverte quanto ao perigo da apostasia.
2. O arrependimento impossível (vv.4,5). O capítulo em estudo contém uma solene
advertência contra a apostasia deliberada e insensível. Nele são apresentados
cinco motivos pelos quais um apóstata inflexível não pode mais
arrepender-se:
a) “Já uma vez foram iluminados”. JESUS é a luz do mundo (Jo 8.12); os que o
aceitam de verdade, experimentam seu perfeito fulgor, e reconhecem que outrora
encontravam-se nas trevas, no mundo, sem DEUS e sem salvação. Agora não são
mais novos convertidos. São crentes que sabem diferençar as trevas do
Diabo da luz de CRISTO.
b) “Provaram o dom celestial”. O texto não se refere a neófitos na fé, com
limitada convicção do evangelho. Refere-se, sim, a crentes que tiveram uma
experiência real com CRISTO (ver 1 Pe 2.1-3), provando a salvação que, pela fé,
é dom de DEUS (Ef 2.8,9).
c) “E se fizeram participantes do ESPÍRITO SANTO”. Aqui a advertência é severa
para aqueles que foram pelo ESPÍRITO SANTO imersos no corpo de CRISTO. O
apóstolo Paulo diz que “todos temos bebido de um ESPÍRITO” (1 Co 12.12,13).
Fica claro que o escritor dirigia-se a pessoas que conheciam muito bem o
significado da comunhão com o ESPÍRITO SANTO.
d) “E provaram a boa palavra de DEUS”. O escritor repete o verbo provar,
referindo-se a crentes que tiveram um conhecimento mais que superficial das
verdades de DEUS, expressas em sua Palavra. Não apenas sentiram
o “cheiro”, mas “comeram” a Palavra, experimentando-a e confirmando-a como
verdadeira (cf. Jo 17.17).
e) “E (provaram) as virtudes do século futuro”. Os leitores da carta eram crentes
que além da vasta experiência espiritual, puderam, ainda no presente,
experimentar as bênçãos e as virtudes do porvir. JESUS disse: “E curai os
enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de DEUS” (Lc
10.9); “...o Reino de DEUS está entre vós” (Lc 17.21).
3. A recaída no fosso da apostasia (v.6). O escritor diz que para aqueles que
possuíam as experiências descritas nos vv.4 e 5, e recaíssem, seria
“impossível” (v.4a) serem “outra vez renovados para arrependimento” (v.6a). Não
se trata de um crente que se afasta da igreja local por pecados relativamente
comuns entre os homens. Quase sempre essas pessoas se arrependem e pedem
perdão a DEUS e à igreja. A impossibilidade de arrependimento referida pelo
escritor, diz respeito a crentes que, mesmo providos das experiências
mencionadas acima, abandonam a CRISTO, negando-o e renegando-o de modo
proposital e deliberado. Trata-se de uma pessoa que chegou a um estágio tão
escrachado de desvio, que sua consciência encontra-se cauterizada (conforme 1
Tm 4.2), ficando insensibilizado a qualquer advertência por parte do ESPÍRITO
SANTO. É uma situação tão difícil que a pessoa acaba blasfemando contra o
ESPÍRITO de DEUS, não tendo mais condições de obter o
perdão do Pai (cf. Mt 12.31). Este é o “pecado para a morte” de que trata o
apóstolo João em sua epístola (1 Jo 5.16b).
4. Expondo CRISTO ao vitupério.
a) Voltam a crucificar o Filho de DEUS. A morte de CRISTO foi por DEUS
preordenada para ocorrer apenas uma vez, como de fato aconteceu. Os sacerdotes
do Antigo Testamento ofereciam muitas vezes sacrifícios, inclusive por si
mesmos (Hb 9.26). Mas CRISTO ofereceu-se uma única vez “para tirar os pecados
de muitos” (Hb 9.28). Quem o conhece, experimentou sua salvação, e mesmo
assim, peca proposital e deliberadamente, volta a crucificá-lo, expondo-o ao
vitupério.
b) Terra maldita. Usando uma trágica metáfora, o escritor dá a entender que o
coração de quem tem conhecimento de CRISTO e o despreza, apostatando da fé, é
como uma terra antes boa, mas tornando-se reprovada, “produz espinhos e
abrolhos”, e só presta para ser queimada.
IV. A FIDELIDADE DE DEUS
1. DEUS não é injusto (v.10). O escritor considera os destinatários de sua
carta como pessoas amadas, de quem espera “coisas melhores, e coisas que
acompanham a salvação...”. Isso prova que, embora a apostasia os ameaçasse
constantemente, eles não tinham caído nela; estavam sendo advertidos. Em
seguida, ele diz que “DEUS não é injusto” para se esquecer da obra, do trabalho
e da caridade deles para com os santos, a quem serviam.
2. DEUS cumpre suas promessas (v.13). DEUS fez promessa a Abraão e, como não
tinha alguém maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, prometendo abençoá-lo
e multiplicá-lo na terra, ainda que sua esposa fosse estéril. E o patriarca
alcançou a bênção, porque esperou com paciência (vv.14,15).
3. É impossível que DEUS minta (vv. 16-20). DEUS quis mostrar a “imutabilidade
de seu conselho aos herdeiros da promessa”, fazendo um juramento. Certamente
DEUS não precisa jurar, mas para que os homens não tivessem dúvida, Ele “se
interpôs com juramento”. O escritor enfatiza que “é impossível que DEUS minta”
e, por isso, devemos “reter a esperança proposta, a qual temos como âncora da
alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu”, onde está JESUS,
nosso mui amado e eterno Sumo Sacerdote.
CONCLUSÃO
Aqueles que têm a experiência gloriosa da salvação precisam cuidar-se para não
caírem no engano do Diabo. É indescritível o prejuízo de quem apostata da fé,
negando a eficácia do sangue de CRISTO para a salvação dos pecadores. Tais
desafortunados podem chegar à situação de arrependimento impossível, e se
perderem eternamente.
Subsídio
Bibliológico
“Neste ponto, o autor poderia ter procedido a comparação de CRISTO com
Melquisedeque. Mas, temendo que o leitor não alcançasse o seu significado, uma
vez que seria contrária às opiniões correntes judaicas, ele formula um aviso e
só retoma o argumento a partir do capítulo 7.“Nos versículos 11-14 (Cap. 5), o
autor alerta quanto aos perigos de estacionar na vida espiritual e menciona as
possíveis consequências. A vida espiritual é semelhante a natural: em todos os
seus estágios depende de fatores sem os quais não poderá ser mantida. Um
crescimento sadio dá ao cristão condições de se apropriar do que seria impossível
num estágio anterior e inferior. Contudo, essa constatação traz sérias
responsabilidades:
a)
O período de infância espiritual pode ser prorrogado de forma abusiva, como
fizeram os hebreus, mantendo-se como “criancinhas” — estágio esse que já deveriam
ter passado (vv.11,12).
b) Como consequência do primeiro item, a pessoa pode não estar preparada para a
instrução mais madura (“sólido mantimento”), em tudo necessária, quando
ministrada a seu tempo (vv.13,14).“Os hebreus eram ainda “criancinhas” quando,
pelo tempo de convertidos, deveriam ter alcançado certa maturidade. Já era
tempo de serem mestres e não de estarem buscando instrução elementar. Eram
inexperientes, imaturos e despreparados para participar das discussões sobre
problemas de grande vulto do pensamento cristão. “Segue-se uma exortação para
avançarem na busca de um conhecimento mais elevado a que o autor os conduz,
convicto de que o acompanharão (6.1-3): Pelo que, deixando os rudimentos da
doutrina de CRISTO, prossigamos até a perfeição”. Os crentes hebreus precisarão
de maior percepção espiritual, uma vez que o autor irá demonstrar que o
sacerdócio de CRISTO significa a abolição da Antiga Aliança. “Não se consegue a
maturidade cristã retornando aos padrões dos primeiros estágios da instrução
cristã. Para que o edifício espiritual seja concluído, é mister ir além dos
alicerces — o arrependimento das obras mortas pela fé em DEUS. (Comentário
Bíblico Hebreus, CPAD, págs. 136,137.)
QUESTIONÁRIO:
1.
Quem são considerados meninos espirituais?
R. Aqueles a quem se torna necessário ensinar os rudimentos da doutrina de
CRISTO.
2. Que é apostasia?
R. O afastamento da fé.
3. Por que é impossível alguém que apostata deliberadamente arrepender-se?
R. Porque “de novo crucificam o Filho de DEUS e o expõem ao vitupério”.
4. A que tipo de terra é comparado o coração do apóstata deliberado?
R. A uma terra maldita.
5. O que é impossível a DEUS, segundo a lição?
R. Que Ele minta.
INTRODUÇÃO
"Pois,
com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes
novamente necessidade de alguém que vos ensine de novo quais são os princípios
elementares dos oráculos de DEUS; assim vos tornastes como necessitados de
leite, e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite, é
inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é
para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades
exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal. Por isso, pondo
de parte os princípios elementares da doutrina de CRISTO, deixemo-nos levar
para o que é perfeito, não lançando de novo a base do arrependimento de obras
mortas, e da fé em DEUS, e o ensino de batismos e da imposição de mãos, da
ressurreição dos mortos e do juízo eterno". Hebreus 5:12-14 6:1-2
Este
estudo foi inspirado no texto acima, do livro de Hebreus, e usa as seguintes
fontes:
·
*Bíblia Sagrada *Conhecendo as Doutrinas da Bíblia *Palestras em Teologia
Sistemática
·
As Grandes Doutrina da Bíblia
ESTUDO 1 - ARREPENDIMENTO
DE OBRAS MORTAS
A
- O QUE É O PECADO
O
Novo Testamento Descreve o Pecado como:
1
- Errar o Alvo; como o arqueiro que atira e erra; Errar o caminho; como
viajante que sai do caminho certo.
2-
Dívida: O homem deve a DEUS a guarda de seus mandamentos; todo pecado cometido
é contração de uma dívida. Incapaz de pagá-la, a única esperança do homem é ser
perdoado, ou obter remissão da dívida (Mateus 6:12).
3
- Desordem: ''O pecado é iniquidade, literalmente desordem (1º João 3:4):
a)
o pecador é um rebelde e um idólatra, porque deliberadamente quebra um
mandamento, ao escolher a sua própria vontade ao invés de escolher a vontade de
DEUS; pior ainda, está se convertendo em Lei para si mesmo e, desta maneira,
fazendo do ''eu'' uma divindade';
b)
o pecado começou no coração de Lúcifer que disse: Eu serei; em oposição à
vontade de DEUS.
c) o anticristo é o
sem-lei (tradução literal de iníquo), porque se exalta sobre tudo que é adorado
ou que é chamado DEUS.
4 - Desobediência:
Literalmente, ouvir mal, ouvir com falta de atenção.
6
- Queda: falta, ou cair para um lado, no grego donde a expressão: cair no
pecado. Pecar é cair num padrão de conduta (Efésios 4:17).
7
- Derrota - é o significado da palavra queda, em Romanos 11:12. Ao rejeitar a CRISTO,
a nação judaica sofreu uma derrota e perdeu o propósito de DEUS.
8
- Impiedade: de uma palavra que significa sem adoração, ou reverência. O homem
ímpio é o que dá pouca ou nenhuma importância a DEUS e às coisas sagradas.
Estas não produzem nele nenhum sentimento de temor ou reverência. Ele está sem
DEUS porque não quer saber de DEUS (Romanos 1:18; 9 - O Erro: descreve
aqueles pecados cometidos como fruto da ignorância, e, dessa maneira,
diferenciam-se daqueles pecados cometidos presunçosamente, apesar da Luz
esclarecedora. O homem que, desafiadoramente, decide fazer o mal, incorre em
maior grau de culpa do que aquele que é apanhado em falta, a que foi levado por
sua debilidade ( B - A CONDIÇÃO
PECAMINOSA EM QUE NASCE O HOMEM
É
chamada de pecado original. Ela é chamada assim:
1 - Porque se deriva de
Adão, o tronco original da raça humana (Gênesis 3:6).
2
- Porque está presente na vida de cada um desde o seu nascimento, por isso não
pode ser considerado resultado de simples imitação (Jeremias 17:9).
3
- Porque é a raiz interna de todos os pecados atuais que mancham a vida do
homem (Romanos
3:23).
4
- Segundo SANTO Agostinho, a natureza do pecador, tanto física como moral, está
de todo corrompida por causa do pecado de Adão, e, de tal maneira, que o homem
não consegue fazer outra coisa a não ser pecar.
5
- ''Pecados Atuais'': são as ações externas que se executam através do corpo.
São também todos aqueles maus pensamentos conscientes. São os pecados
individuais de fato. O pecado original é um só, enquanto o pecado atual
desdobra-se em diferentes classes, tais como atos ou atitudes. O que o Apóstolo
João escreveu, pode nos ajudar a compreender melhor a diferença entre o pecado
original e pecados atuais (1º
João 1:8-9; Gálatas
5:19-21).
6
- Nossos pecados podem ser diferentes, mas o motivo que nos leva a cometê-los é
sempre o mesmo: a escolha de interesses próprios ao invés dos de DEUS. O ato
público de Adão e Eva simplesmente expressa o pecado que já havia sido cometido
no coração, ou seja, ''indisposição para fazer a vontade de DEUS''.
a)
O pecado de Adão e Eva (Gênesis
2:16-17; 3:4-6)
b)
O pecado de Satanás ( c) A
hereditariedade do pecado (Romanos
5:12-18)
C
- AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO
O
pecado é tanto um ato como um estado.
Como
rebelião contra a lei de DEUS é um ato da vontade do homem; como separação de
DEUS é um estado pecaminoso, as escrituras descrevem dois efeitos do pecado
sobre o culpado: primeiro é seguido por consequências desastrosas para sua
alma; segundo trará da parte de DEUS o positivo decreto de condenação.
1
- Como resultado da queda do homem, o seu relacionamento com DEUS foi
sensivelmente alterado. Destacam-se como consequências espirituais do pecado:
a)
Morte Espiritual O termo ''morte'' é usado na Palavra de DEUS para falar da
separação entre o homem e DEUS, por causa da queda do homem no princípio. Este
''é o estado em que se encontram todos os homens, até que permitam que CRISTO
lhes toque, vivificando-os (Romanos
5:12).
b)
Perda da semelhança moral com DEUS O homem foi criado para ser perfeito e para
viver em perfeita comunhão com o seu ''Criador''. Contudo esse privilégio foi
interrompido com a queda, levando o homem tantas vezes a níveis morais tão
baixos, a ponto de identificar-se melhor com os irracionais do que com DEUS que
o criou (Gênesis
1:26-27).
c)
Incompatibilidade com a vontade de DEUS Após a queda, a mente do homem ficou
bloqueada para a revelação da vontade de DEUS, e condicionada à prática do
pecado (Romanos
8:7-8). d) Escravidão ao pecado e ao Diabo Negligenciando o
mandado de DEUS e aceitando as insinuações do Diabo, o homem tornou-se escravo
do pecado e do maligno (João
8:34,44)
2
- Consequências Físicas Além dos problemas ambientais e espirituais, a queda do
homem trouxe consequências físicas de grandes proporções:
a)
Existência Física Reduzida Destinado a viver eternamente, o homem teve reduzida
a sua existência física (Gênesis
6:3).
b)
Corrupção dos poderes do homem Um dos propósitos de DEUS para o homem era de
que ele exercesse domínio sobre todas as coisas criadas. Porém, na queda, além
de perder a semelhança moral que tinha com DEUS, todos os seus poderes se
perverteram. Todos os seus pensamentos e desejos se corromperam
(Gênesis 1:26)
c)
Ainda que nem toda enfermidade seja causada pelo pecado, todas as enfermidades
existem em consequência do pecado de Adão. ''A transgressão do homem foi como
crime, a pior enormidade. Quanto à sua natureza não foi mera desobediência à
lei divina. Foi a mais crassa infidelidade, ao dar crédito antes ao diabo do
que a DEUS; foi descontentamento e inveja, ao pensar que DEUS lhe havia negado
aquilo que era essencial para sua felicidade; foi um orgulho imenso, ao desejar
ser igual a DEUS; foi furto, ao intrometer-se naquilo que DEUS havia reservado
para si, como sinal de sua soberania; foi suicídio e homicídio, ao trazer a
morte contra si e contra toda a sua posteridade''. (Emery H. Bancroft).
d)
A dispensação da Lei (Êxodo
20:1-7)
1
- O significado da lei de DEUS é a expressão da vontade de DEUS executada por
seu poder.
2
- O propósito da Lei:
a)
Não foi dada como um meio através do qual o homem pudesse ser salvo (Gálatas 3:21).
b)
Não podia dar vida porque ''estava enferma pela carne'' (Romanos 8:3).
3
- Sua finalidade era revelar ao homem a dimensão de seu pecado para:
a)
revelar a Santidade de DEUS;
b)
mostrar a incapacidade de o homem se salvar. (Romanos 3:19-20; 7:7).
e)
A dispensação da Graça
1
- A aliança do antigo testamento com todos os seus preceitos e ordenanças era
figura do sacrifício de JESUS para nossa salvação (Hebreus 9:1-15).
a)
A Bíblia diz que todos pecaram (Romanos
3:23).
b)
Herdamos, assim, de Adão uma natureza decaída, que tende para a desobediência a
DEUS (Romanos
5:12).
c)
JESUS morreu pelos nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia e nos
providenciou perfeita salvação (I
Coríntios 15:3-4; Romanos 10:9).
Entre
em http://www.armazemnadia.com.br/henrique/salvação.htm
A
- A SALVAÇÃO DO PECADOR DEPENDE DE
a)
a operação divina, na obra redentora de CRISTO, já efetuada;
b)
o acolhimento dessa obra, por parte do pecador, ou seja, a conversão (1ºTimóteo 1:15).
VIMOS,
NO ESTUDO ANTERIOR, A CONDIÇÃO DO HOMEM COMO PECADOR E, PORTANTO EM DESARMONIA
COM DEUS. DA PARTE DE DEUS, ESTÁ REALIZADO TUDO QUE É NECESSÁRIO À SALVAÇÃO DO
HOMEM (Romanos 1:16; Efésios 2:4-10; 1ºTimóteo 1:15).
B
- A SALVAÇÃO ABRANGE PASSADO, PRESENTE E FUTURO.
a)
Quanto ao passado, somos salvos das penalidades do nosso pecado (Romanos 5:9).
b)
Quanto ao presente, salvos do poder do pecado (Romanos 5:10; 1º Coríntios 1:18).
c)
Quanto ao futuro, libertos da presença do pecado (Romanos 13:11; Hebreus 9:28). A salvação é dom de
DEUS (Efésios
2:8).
C)
A CONVERSÃO COMPREENDE DUAS ATITUDES POR PARTE DO HOMEM:
a)
seu arrependimento do pecado e
b)
sua fé ou confiança no Salvador (Mateus
18:3).
c)
Converter-se significa voltar-se de uma direção para o sentido contrário, dar
meia volta e caminhar em direção a DEUS. O ponto de referência é DEUS. (Atos 3:19; 22:4-16; 1º Tessalonicenses
1:9-10).
D)
A CONVERSÃO COMPREENDE DOIS FATORES, UM NEGATIVO E O OUTRO POSITIVO, O
ARREPENDIMENTO E A FÉ.
a)
A palavra traduzida por arrependimento no novo testamento significa mudança de
pensamento (<>Mateus 12:41; Atos 2:36-41).
b)
É a revolta, consciente, do homem contra seu próprio pecado, que o leva a
renegar esse pecado. Inclui três aspectos:
1)
O aspecto intelectual O reconhecimento, pelo homem, de sua culpa diante de
DEUS, e de sua incapacidade de agradar a DEUS (Mateus 3:1-2; Atos 17:30-31).
2)
O aspecto emocional Pesar pelo seu pecado, como uma ofensa contra um DEUS SANTO
e Justo (2º
Coríntios 7:9-10)
3)
O aspecto volitivo Mudança de propósito, resolução íntima contra o pecado e
disposição para buscar de DEUS o perdão, purificação e poder (Atos 17:30-31; Romanos 2:4).
c)
A fé é o aspecto positivo da conversão
1)
No arrependimento já existe o fator fé (Lucas 7:30)
2)
A fé em JESUS (Atos
20:21) além de reconhecer a verdade a respeito do Salvador,
deposita n'Ele a confiança a ponto de receber d'Ele a Salvação, e de
submeter-se integral e definitivamente ao seu domínio. Isto se chama
''obediência'' da fé (Romanos
1:5; 16:26).
3)
O verbo ''crer'' no novo testamento tem este sentido, de se depositar confiança
(João 3:15-16; 3:18;36; João 5:24; Atos 16:31).
E)
A RECONCILIAÇÃO
PELA
SUA REBELIÃO, O HOMEM VIVE DE RELAÇÕES CORTADAS COM DEUS. QUANDO, PORÉM, ACOLHE
O TESTEMUNHO DE DEUS A RESPEITO DO PECADO (ARREPENDIMENTO) E DA OBRA REDENTORA
EFETUADA POR CRISTO (FÉ), ESTÁ, DESSE MODO, ATENDENDO À SOLICITAÇÃO FEITA EM
NOME DE CRISTO PARA QUE SE RECONCILIE COM DEUS (2º Coríntios 5:17-20).
Passa
existir plena harmonia entre ambos; deu-se a reconciliação do pecador com DEUS:
a)
Virá o dia em que essa reconciliação com DEUS se estenderá a todas as coisas (Colossenses 1:20-22).
b)
Desfeita assim a inimizade do homem com seu Criador, passa a existir Paz entre
ambos.
c)
O homem, que estava errado e sem razão, passou a concordar integralmente com
DEUS, dando a Ele razão em tudo.
d)
Dessa reconciliação resulta a ''Paz com DEUS por Nosso Senhor JESUS CRISTO'' (Romanos 5:1).
F)
O NOVO NASCIMENTO
É
tão profunda a transformação que o ESPÍRITO de DEUS opera na pessoa que se
converte, que JESUS a chama de Novo Nascimento (João 3:1-15)
a)
É o princípio da nova vida espiritual que DEUS dá a quem estava ''morto nos
delitos e pecados, ou seja, espiritualmente morto para DEUS, e que agora passou
da morte para a vida (1º
João 3:14)
b)
A conversão é o ato voluntário do homem; o novo nascimento é obra exclusiva de
DEUS.
c)
A nova vida que o homem receber ao nascer de novo é chamada Vida Eterna, o que
indica a duração e profundidade dessa vida.
d)
Trata-se não apenas da vida futura, além-túmulo (Tito 1:2; 3:7), mas de vida que o
crente possui desde já (João
5:24; 6:47).
G)
ADOÇÃO (FILHOS DE DEUS)
Pelo
nascimento físico, o homem é membro da família de Adão e, excluído, pelo
pecado, da família de DEUS. Nascido de novo, passa a fazer parte da família de
DEUS, recebendo pela adoção direitos que CRISTO tinha por direito eterno ( a) Apenas
excepcionalmente, a Bíblia fala de DEUS como pai de todos os homens, e isso no
sentido de ser seu criador e preservador.
c)
Estando o pecador identificado com CRISTO, o Cordeiro de DEUS que deu a vida
para resgatá-lo possui da parte de DEUS:
1)
o pleno perdão ou remissão dos pecados (Hebreus 10:17-18; 2º Coríntios 5:21);
2)
A justificação legal da parte do justo Juiz (Romanos 8:33-34);
3)
A Santificação que lhe possibilita a realização da nova vida.
H)
A JUSTIFICAÇÃO
Veja
em http://www.armazemnadia.com.br/henrique/A_Justificacao.HTM
Justificar
significa declarar justo, atribuir justiça a alguém.
1)
O Senhor diz que ''não há justo, nem um sequer'' (Romanos 3:10), como pode um DEUS
Justo justificar o injusto? (Romanos
8:33).
2)
O Apóstolo Paulo diz que podemos ter certeza da nossa justificação:
a)
sobre que base? Pelo fato de ter CRISTO morrido por nós... Justificados pelo
Seu sangue (Romanos
5:8-9; 3:26).
b)
por qual princípio? Gratuitamente por sua graça (Romanos 3:24).
3)
Somente os que pela fé se identificam com a obra redentora de CRISTO são
justificados pela fé (Romanos
3:28).
a)
A benção é oferecida a todos, porém, recebida só pelos que depositam sua
confiança em CRISTO (Romanos
3:22, 4:16; Gálatas 2:16).
I)
A SANTIFICAÇÃO
O
termo santificado, na Bíblia, significa separado para determinado fim, e,
especialmente, para o serviço de DEUS. O Senhor santificou (separou) o sétimo
dia (Gênesis
2:3);
determinou que lhe fosse santificado (separado) todos os primogênitos de Israel
(Êxodo 13:2); falou de alguém
santificar (separar) sua casa para ser santa ao Senhor (Levítico 27:14); JESUS foi
santificado (separado) pelo Pai e se santificou (separou) a nosso favor (João 10:36; 17:19). Em todos estes casos
o sentido é de pôr à parte, para um fim ou missão especial, destacar para o
serviço de DEUS.
a)
Identificado com CRISTO pela fé; perdoado, justificado, e separado para o
serviço de DEUS, o homem convertido tem um novo interesse na vida.
1)
o serviço de seu novo Senhor, para o qual foi destacado (Santificado);
2)
o que mais o impede de realizar esse serviço é uma velha natureza considerada
morta para DEUS, mas, na prática, travando luta com o novo princípio de vida
que está nele, o ESPÍRITO SANTO.
1.
A santificação é um ato imediato de DEUS, mas, na prática, embora já realizada
no propósito divino, torna-se um processo de desenvolvimento espiritual, à
medida que o ESPÍRITO SANTO vai dominando sua carne e transformando sua vida em
verdadeiro culto (serviço) ao Pai (Romanos
12:1).
a)
seu propósito é o de viver, não mais ele, mas CRISTO, que nele vive, e assim
sua vida vai se tornando santa. (1º
Pedro 1:15-16; 2º Coríntios 7:1; 1º Tessalonicenses 5:23).
ESTUDO 3 - A DOUTRINA
DOS BATISMOS
A)
O BATISMO NAS ÁGUAS
Veja
em http://www.armazemnadia.com.br/henrique/Batismo%20nas%20Aguas.HTM
1)
O batismo nas águas simboliza principalmente duas grandes verdades:
identificação e purificação. Pelo batismo de João, os judeus, inclusive o
próprio JESUS, identificavam-se com a atitude que João apregoava, com relação
ao pecado e à justiça (Mateus
3:1-10) pelo batismo Cristão.
2)
Identificamo-nos com nosso salvador em sua morte, sepultura e ressurreição,
reconhecendo-nos,, pela fé, mortos e ressuscitados com Ele (Romanos 6:3-11).
a)
O batismo deve ser precedido do arrependimento (Mateus 3:6; Atos 2:38).
b)
Simboliza nossa morte para o pecado e ressurreição para DEUS (Romanos 6:3; Colossenses 2:12).
c)
É uma ordenança de JESUS para todo o que crê (Mateus 28:19; Marcos 16:16).
B)
O PROPÓSITO DO BATISMO
1)
Uma vez que só os salvos podem ser batizados, o batismo não tem como finalidade
à salvação do batizando. O ato do batismo se constitui num testemunho público
de que, aquele que a ele se submete, foi regenerado pela fé em JESUS CRISTO.
Assim, pelo batismo, o novo crente dá prova de haver morrido para o mundo,
estando pronto para ser sepultado e ressuscitado para uma nova vida em CRISTO.
No entanto, se o crente vier a morrer antes de ser batizado nas águas, a sua
condição de salvo continua inalterada (Lucas 23:42:43). Uma vez que o batismo
não se constitui uma opção, mas uma ordenação do Senhor, todos os que crêem
devem ser batizados.
C)
NO BATISMO, TAMBÉM, O CRENTE SE SUBMETE A AUTORIDADE DA IGREJA LOCAL,
COLOCANDO-SE SOB SUA COBERTURA ESPIRITUAL E PARTICIPANDO DO SEU MINISTÉRIO:
1)
A Igreja universal e local ''EKKLESIA'', traduzida por igreja, deriva-se de
EKKALED, verbo que significa ''chamar a parte'' (Deuteronômio 23:3; Salmo
22:25; Atos 7:38).
2)
A igreja, corpo de CRISTO (Romanos 12:4-8; 1º Coríntios 12:12-28), essa
maravilhosa figura desenvolvida por Paulo, destaca as seguintes
características:
a)
a disposição dos membros no corpo pelo próprio DEUS (1º Coríntios 12:18);
b)
a diversidade de dons e funções desses membros (Romanos 12:4-11; Efésios 4:12);
c)
a dependência, por parte do todo, de cada componente; nenhum é dispensável (1º
Coríntios 12:21-23);
d)
sua coordenação por DEUS, para que não haja divisão no corpo (1º Coríntios
12:24b-25a);
e)
a cooperação dos membros, com igual cuidado, em favor um dos outros (1º
Coríntios 12:25b).
N.B:
A obra que DEUS deseja realizar em nossas vidas será realizada através da
igreja, daí a importância da igreja local para o desenvolvimento dessa obra.
Por isso não devemos deixar de congregar-nos (Hebreus 10:24-25; Provérbios
18:1).
D)
O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Veja
em http://www.armazemnadia.com.br/henrique/orarnoespíritosanto.htm
Nesta
seção trataremos de outro modo de operação do ESPÍRITO SANTO no crente: A sua
obra vitalizante. Esta última fase da obra do ESPÍRITO SANTO é apresentada na
promessa de CRISTO. ''Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO
SANTO, e sereis minhas testemunhas'' (Atos 1:8).
1)
A característica principal dessa promessa: Poder para servir e não regeneração
para a vida eterna. Sempre que lemos acerca do ESPÍRITO SANTO vindo sobre,
repousando sobre, ou enchendo as pessoas, a referência nunca se refere à obra
salvadora do ESPÍRITO, mas sempre ao poder para servir.
2)
A quem foi dirigida: A homens que já estavam em relação íntima com CRISTO.
Foram enviados a pregar, armados de poder espiritual para esse propósito
(Mateus 10:1).
a)
A eles foi dito: ''Os vossos nomes estão escritos nos céus (Lucas 10:20).
b)
Sua condição moral foi descrita nas Palavras: ''Vós já estais limpos pela
Palavra que vos tenho falado'' (João 15:3).
c)
Sua relação com CRISTO foi ilustrada com a figura: ''Eu sou a videira, vós os
ramos'' (João 15:5).
d)
Eles conheciam a presença do ESPÍRITO SANTO com eles (João 14:17), e sentiram o
sopro de JESUS ressuscitado a dizer: ''Recebei o ESPÍRITO SANTO'' (João 20:22).
e)
Estes fatos demonstram a possibilidade de a pessoa estar em contato com CRISTO
e ser seu discípulo e,
contudo
carecer do revestimento especial mencionado em Atos 1:18.
3)
O que acompanhava o cumprimento da promessa: Houve manifestações sobrenaturais,
sendo que a mais importante e comum foi o milagre de falar em outras línguas.
Este dom acompanhava sempre a experiência sobrenatural do batismo no ESPÍRITO
SANTO (Atos 10:44-47).
a)
Essa experiência é descrita como ser cheio do ESPÍRITO SANTO. Aqueles que foram
batizados com o ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes também foram cheios do
ESPÍRITO (Atos 2:1-4).
Os
fatos acima expostos nos levam à conclusão de que o crente pode experimentar um
revestimento de poder, experiência suplementar e subsequente à conversão, cuja
manifestação inicial se evidencia pelo milagre de falar em língua por ele nunca
aprendida.
b)
O propósito especial do ESPÍRITO SANTO é dar energia à natureza humana para um
serviço especial para DEUS, e, resultando em uma expressão externa de caráter
sobrenatural. De uma maneira geral, Paulo se refere a essa expressão exterior
como a ''manifestação do ESPÍRITO (1º Coríntios 12:7).
4)
Para receber o batismo com o ESPÍRITO SANTO, uma atitude correta é essencial:
a)
Os primeiros crentes que receberam o ESPÍRITO SANTO ''perseveraram unânimes em
oração'' (Atos 1:4).
b)
A recepção do dom do ESPÍRITO SANTO, subsequente à conversão, está ligado às
orações dos obreiros-cristãos (Atos 8:14-17).
c)
Também está ligado às orações em comum na igreja:
1)
Depois que os cristãos de Jerusalém oraram para receber coragem para pregar a
Palavra, ''moveu-se o lugar em que estavam reunidos e todos foram cheios do
ESPÍRITO SANTO'' (Atos 4:31).
d)
Um derramamento espontâneo, como foi o caso das pessoas que estavam na casa de
Cornélio (Atos 10:44-47).
e)
Oração individual: Saulo de Tarso jejuou e orou três dias antes de ser cheio do
ESPÍRITO SANTO (Atos 9:9 e 17).
f)
Obediência: O ESPÍRITO SANTO é a pessoa que DEUS deu àqueles que Lhe obedecem
(Atos 5:32).
5)
Donde concluímos que uma das características do verdadeiro cristão é ser
submisso a autoridade do Senhor, da Igreja e a todas as outras autoridades,
pois o princípio de DEUS é a autoridade (Hebreus 13:17; Mateus 28:18).
ESTUDO 4 - IMPOSIÇÃO DE
MÃOS
A)
AUTORIDADE É UM PRINCÍPIO DO REINO DE DEUS
1)
DEUS criou todas as coisas. Tudo está sujeito à sua autoridade, uma vez que
tudo foi criado por Ele e para Ele (Eclesiastes 3:11; Colossenses 1:16).
a)
DEUS não exerce seu domínio pela força, mas pelo reconhecimento do seu amor
para conosco. Só se sujeita incondicionalmente à vontade de DEUS quem confia
plenamente nEle (João 4:34).
b)
Aqueles que não estão dispostos a aceitar a vontade de DEUS, vivem em estado de
rebelião o que caracteriza o pecado (Romanos 1:32).
2)
O princípio de rebelião não pode conviver pacificamente com o princípio de
autoridade. No coração do rebelde está o desejo de ocupar o lugar de DEUS, de
ser seu próprio deus, de ditar suas próprias normas do bem e mal. Após o Juízo
final estes dois princípios estarão eternamente separados, caso contrário, o
caos reinaria eternamente na criação.
B)
A REBELIÃO DO HOMEM E SUAS CONSEQÜÊNCIAS
1)
A primeira criatura de DEUS que se rebelou foi Lúcifer, quando arregimentou um
terço dos anjos do céu. Como consequência, foi destituído do seu cargo, expulso
do céu e lançado na terra (Ezequiel 28:11-17).
a)
Satanás e seus anjos tomaram uma decisão eterna de não reconhecer a autoridade
de DEUS.
2)
O segundo capítulo de Gênesis relata o fato da queda do homem, informando
acerca do primeiro lar do homem, sua inteligência, seu serviço no jardim do
Éden, as duas árvores e o primeiro matrimônio. Menciona especialmente as duas
árvores, a do conhecimento do bem e do mal e a árvore da vida. Essas duas
árvores pareciam dizer a nossos primeiros pais: ''Se seguirdes o bem e
rejeitares o mal, tereis a vida'' (Deuteronômio 30:15).
a)
Porque a árvore proibida foi colocada ali? Para prover um teste pelo qual o
homem pudesse, amorosa e livremente, escolher servir a DEUS e dessa maneira
desenvolver seu caráter (Gênesis 2:15-17).
b)
A serpente, astutamente, semeia dúvidas e suspeitas no coração de Eva. (Gênesis 3:1-6) por meio da pergunta
no versículo 1, lança a tríplice dúvida acerca de DEUS.
b.1
- dúvida sobre a bondade de DEUS;
b.2
- dúvida sobre a retidão de DEUS;
b.3
- dúvida sobre a Santidade de DEUS.
3)
Quando Adão comeu do fruto, tudo que estava sob sua autoridade sofreu as consequências
da rebelião. O casal sofre imediatamente a morte espiritual, a separação de
DEUS, a morte passou a toda sua descendência. Além disso, Adão entregou ao
Diabo todo domínio e autoridade que DEUS havia lhe concedido(Gênesis 3:6; Lucas 4:5-7).
C)
A MISSÃO DE JESUS COMO HOMEM
1)
Ao se fazer como a criatura, sendo gerado homem, JESUS atingiu três objetivos
básicos relacionados ao princípio de autoridade:
a)
submeter-se como criatura ao princípio de autoridade de DEUS (Filipenses 2:6-8);
b)
substituir o homem no castigo que pesava sobre a rebelião (Isaias 53:5-6; Gálatas 3:13; 1º Coríntios 15:3);
c)
reimplantar o princípio de autoridade na vida de todos que reconhecem o amor de
DEUS (Romanos
5:19).
2)
O primeiro objetivo JESUS cumpriu sendo obediente até a morte e morte de cruz.
Apesar de tentado a desobedecer ao Pai como nenhum outro o foi, JESUS jamais
satisfez sua vontade própria de homem. Sua plena submissão ao Pai aprovou
definitivamente o princípio de autoridade para toda a criação.
3)
O segundo objetivo, ele atingiu ao sofrer na cruz, sem nunca ter se rebelado,
levando todo o castigo que pesava sobre os rebeldes. Sofreu a morte física e a
separação do Pai (Marcos
15:34).
4)
O terceiro objetivo ele alcançou na ressurreição, sendo glorificado pelo pai
como Senhor e cabeça de todas as coisas (Colossenses 1:17-19). É a vida de CRISTO
em nós que nos permite a perfeita e suprema submissão à vontade de DEUS. Só
pode fazer parte do Reino de DEUS aquele cuja cabeça é JESUS.
D)
DEUS DELEGA AUTORIDADE
1)
Toda autoridade procede de DEUS. DEUS governa seu reino, delegando autoridade
aos que O servem.
a)
Reconhecer a autoridade de DEUS implica reconhecer as autoridades levantadas
por Ele em todos os âmbitos da vida: na família, no trabalho, no governo, na
sua igreja, etc (Romanos
13:1-7).
b)
Devemos entender que a autoridade não está na pessoa, mas na posição que ela
ocupa.
c)
Um governador tem autoridade de governar enquanto estiver no governo.
d)
A autoridade em si é boa, pois procede de DEUS, mas a pessoa que a exerce pode
ser boa ou má.
e)
DEUS levanta e destitui reis. É Ele quem inclina o coração dos reis para onde
quer.
E)
O EXERCÍCIO DE AUTORIDADE
1)
Sobre os Demônios:
a)
JESUS venceu os principados e potestades, expondo-os publicamente à vergonha da
derrota (Colossenses
2:15).
b)
Obtemos plenamente os benefícios desta vitória quando exercemos toda a
autoridade que JESUS concedeu-nos sobre eles.
c)
Os Demônios são obrigados a obedecer a nossas ordens, pois quando ordenamos é
como se o Senhor mesmo ordenasse.
d)
Muitos crentes desconhecem a autoridade que têm e, quando se defrontam com o
reino das trevas, buscam socorro em DEUS, mas o Senhor já lhes concedeu tudo o
que necessitam para vencer e permanecer inabaláveis (Efésios 6:13-18).
2)
Sobre as Enfermidades:
a)
Toda as enfermidades resultam do pecado (Romanos 5:12).
b)
É certo que o pecado não domina mais aquele que está em CRISTO. Mas também é
certo que o pecado ainda habita em nossa natureza carnal, pelo que Paulo
afirma: ''Esmurro meu corpo todos os dias''.
c)
Devido à presença do pecado, este corpo será destruído para ressuscitar um
corpo incorruptível (Mais sobre este assunto no Estudo 5).
d)
A destruição do nosso corpo carnal faz parte do plano de DEUS e a enfermidade
pode servir a este propósito.
e)
Por outro lado, a enfermidade pode proceder de Satanás servindo para matar,
roubar e destruir nossa alegria e paz.
f)
JESUS concedeu-nos autoridade para curar os enfermos escravizados pelo Diabo,
libertando-os dos seus sofrimentos. Por isso devemos sempre orar expulsando a
enfermidade.
3)
Na pregação do Evangelho:
a)
A ordem de JESUS é para que o evangelho seja pregado por todo o mundo, quer queiram
ouvir, quer não.
b)
Ao anunciar JESUS, precisamos saber que DEUS sustenta sua palavra com sinais e
prodígios, e que ela não volta ao Senhor antes de haver efetuado a obra para a
qual foi designada. Pregar com autoridade significa confiar que DEUS se
encarregará de provar ao incrédulo a veracidade do nosso testemunho (Marcos 16:17-18; Ezequiel 12:25).
F)
O PRINCÍPIO DE AUTORIDADE NA IGREJA LOCAL
Veja
em http://www.armazemnadia.com.br/henrique/atos.htm
1)
Ninguém pode servir a DEUS de forma isolada. A congregação é o meio utilizado
pelo Senhor para ensinar-nos a submissão e o exercício de autoridade (Hebreus 10:23-25):
a)
Na igreja primitiva, as congregações estavam ligadas por um único espírito.
b)
Cada congregação tinha um sistema de governo próprio e independente, formado
pelo pastor, presbíteros, anciãos e membros.
c)
Submeter-se a CRISTO implica em primeira instância, submeter-se às autoridades
da igreja local. Ao conselho da igreja cabe a responsabilidade de zelar pela
conduta de seus membros (Hebreus
13:7, 17)
ESTUDO 5 - RESSURREIÇÃO DOS
MORTOS
Veja
em http://www.armazemnadia.com.br/henrique/FILHILHO.HTM
A)
A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO
1)
Os Coríntios como os demais gregos eram um povo de grande capacidade
intelectual e amantes de especulações filosóficas. O Apóstolo Paulo previu que,
sob a influência do espírito grego, o ensino da igreja de Corinto poderia fazer
com que o evangelho se dissipasse em lindo, porém impotente sistema de
filosofia e ética:
a)
O Apóstolo desafiou a veracidade desse ensino (1º Coríntios 15:12).
b)
Tomando esse erro como ponto de partida, Paulo expôs a doutrina verdadeira,
entregando ao mundo o grande capítulo da ressurreição (leiam em casa 1º
Coríntios 15).
2)
No princípio DEUS criou tanto o ESPÍRITO como o corpo, e, quando se uniram
espírito e corpo como unidade vivente, o homem tornou-se alma vivente (Gênesis 2:7):
a)
O homem foi criado imortal no sentido de que ele não precisava morrer, mas
mortal no sentido de que poderia morrer se desobedecesse a DEUS (Gênesis 2:16-17).
b)
Se o homem tivesse permanecido fiel, possivelmente teria sido trasladado, pois
a trasladação parece ser o meio perfeito que DEUS usa para remover da terra os
seres humanos (2 Reis 2:11).
c)
O homem pecou, perdeu o direito à árvore da vida, e em resultado disso começou
a morrer, processo que culminou na separação do espírito do corpo (Gênesis
3:22).
d)
A morte física foi à expressão externa da morte espiritual, a qual é a consequência
do pecado.
e)
Desde que o corpo é parte integrante da personalidade do homem, sua salvação e
sua imortalidade não se completam enquanto não for ressuscitado e glorificado.
Assim ensina o novo testamento. (1º
Coríntios 15:53-54; Filipenses 3:20-21).
f)
O homem se compõe tanto de alma como de corpo, sua redenção deve incluir a
vivificação dos dois, da alma e do corpo. Embora o homem se torne justo perante
DEUS e vivo espiritualmente (Efésios
2:1),
seu corpo morrerá como resultado da sua herança racial de Adão.
B)
O FATO E NATUREZA DO ESTADO INTERMEDIÁRIO:
1)
O velho testamento ensina que há uma vida depois da morte:
a)
Mostra que todos os homens vão ao SHEOL (O Hades do novo testamento).
b)
Os ímpios vão para lá (Salmos
9:17; Isaias 5:14).
c)
Lemos que Coré e Abirão desceram vivos ao Sheol (Números 16:33).
d)
Os justos também vão para lá (Jó
14:13; Salmos
6:5; 16:10).
e)
Ezequias considerava a morte como ''entrar nas portas do além'' (Isaias 38:10).
2)
Também o novo testamento mostra que tanto os maus como os justos desciam ao Hades,
antes da ressurreição de CRISTO:
a)
Lemos que o rico desceu ao Hades e ele e Lázaro estavam tão próximos que dava
para conversarem um com o outro naquela região (Lucas 16:19-31).
b)
O próprio JESUS desceu ao Hades (Atos
2:27-31).
c)
CRISTO tem agora as chaves da morte e do Hades (Apocalipse 1:18).
d)
Um dia, a morte e o Hades devolverão os mortos que neles há (Apocalipse 20:13-14).
3)
Se, então, as escrituras ensinavam que há uma existência depois da morte, esta
seria uma existência consciente?
a)
É o que é sugerido no velho testamento e ensinado claramente no novo testamento
(Mateus22:31-32; Lucas 23:40-43).
b)
O novo testamento indica que havia dois compartimentos no Hades, um para os
maus e outro para os bons. O que era reservado para os bons chamava-se Paraíso.
c)
Depois da ressurreição de JESUS, parece ter havido uma mudança. Agora os
crentes vão à presença de CRISTO quando morrem (2º Coríntios 5:6-9).
d)
Paulo expressou o desejo de ''partir e estar com CRISTO, o que é
incomparavelmente melhor'' (Filipenses
1:23).
e)
''As almas dos que tinham sido mortos'' estavam debaixo do altar e conscientes
(Apocalipse 6:9-11).
f)
Quando JESUS ressuscitou, Ele levou não apenas as primícias daqueles a quem
ressuscitou corporalmente (Mateus
27:52-53), mas também as almas de todos os justos que estavam no Hades
(Efésios 4:8; Salmos 68:18).
C)
O ENSINAMENTO DO VELHO TESTAMENTO QUANTO À RESSURREIÇÃO DO CORPO
1)
Para começar, o velho testamento registra a ressurreição do corpo de pelo menos
três pessoas:
a)
o filho da viúva (1º
Reis 17:21-22);
b)
o filho da Sunamita (2º
Reis 4:32-36);
c)
o homem que reviveu ao tocar os ossos de Eliseu (2º Reis 13:21). 2) Abraão esperava
que DEUS levantasse Isaque dos mortos no Monte Moriá (Gênesis 22:5; Hebreus 11:19).
3)
Jó esperava ver a DEUS em seu corpo (Jó 19:25-27).
4)
Notamos ainda a expectativa de Isaías de uma ressurreição do corpo (Isaias 26:19).
D)
O ENSINAMENTO DO NOVO TESTAMENTO QUANTO À RESSURREIÇÃO DO CORPO
1)
O novo testamento registra a ressurreição de cinco pessoas:
a)
a filha de Jairo (Mateus
9:24-25);
b)
o jovem de Naim (Lucas
7:14-15);
c)
Lázaro (João
11:43-44);
d)
Dorcas (Atos
9:40-41);
e)
Êutico (Atos
20:9-12).
2)
O próprio Senhor JESUS ensinou sobre uma futura ressurreição (João 5:28-29; 6:39-40,44,54).
3)
Os Apóstolos ensinaram isso (Atos
24:15; 1º
Tessalonicenses 4:14-16; Apocalipse 20:4-6).
4)
Finalmente, a ressurreição de CRISTO é a garantia de nossa própria ressurreição
(1º Coríntios 15:20-22; 2º Coríntios 4:14; Romanos 8:11):
a)
Ele não só destruiu a morte como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante
o evangelho (2º
Timóteo 1:10).
b)
Há, portanto, prova abundante de que, tanto o velho como o novo testamento
ensinam a ressurreição do corpo.
E)
A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO
1)
Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? e em que corpo vêm? (1º Coríntios 15:35).
2)
Observemos primeiro que as escrituras falam de três tipos de ressurreição:
a)
uma ressurreição judicial, na qual o crente foi ressuscitado com CRISTO (Romanos 6:4-5; Efésios 2:5-6);
b)
uma ressurreição espiritual, equivalente à regeneração (João 5:25-26);
c)
uma ressurreição física (João
5:28-29);
d)
Estamos interessados agora na ressurreição física.
3)
As escrituras indicam que o corpo será ressurreto de, pelo menos, quatro
maneiras.
a)
Em declarações claras a esse respeito (Jó 19:25-26; João 5:28-29; 1º Coríntios 15:44).
b)
Quanto aos dois tipos de corpos mencionados na última referência, STRONG diz:
''Esses adjetivos ''psíquico'' e ''espiritual'' não definem o material dos
respectivos corpos, mas sim aqueles corpos em suas relações e adaptações, em
seus poderes e usos. O corpo presente é adaptado e planejado para o uso da
alma; o corpo da ressurreição será adaptado e planejado para o uso do
espírito.''
c)
Na declaração de que o corpo está incluído em nossa redenção (Romanos 8:23-26; 1º Coríntios 6:13-15).
d)
Quando CRISTO morreu por nós, morreu pelo homem todo. Os benefícios completos
de sua expiação não são cumpridos até que o corpo tenha sido tornado imortal
por DEUS, o que se dará na ressurreição.
e)
No tipo de corpo com que JESUS ressuscitou, Ele ressurgiu em um corpo físico (Lucas 24:39; João 20:27).
f)
Na literalidade da volta e julgamentos do Senhor. O homem CRISTO JESUS voltará
para julgar, não espíritos incorpóreos, mas sim homens corpóreos (1º Tessalonicenses
4:16-17; Apocalipse
20:11-13).
F)
OS CORPOS DOS CRENTES
1)
Diversas passagens declaram ou dão a entender que o corpo ressurreto dos
crentes será semelhante ao corpo glorificado de CRISTO (Filipenses 3:21; 1º João 3:2; 1º Coríntios 15:49).
2)
Alguns detalhes podem ser mencionados de 1º Coríntios 15:
a)
Lemos que não será composto de carne e sangue (1º Coríntios 15:50-51).
b)
Depois da ressurreição, JESUS diz que seu corpo é composto de ''carne e ossos''
(Lucas 24:39).
c)
Novamente nossos corpos serão incorruptíveis, não estando, portanto, sujeitos à
doença, decomposição e morte (1º
Coríntios 15:42, 53-54).
d)
Será um corpo glorioso, poderoso, espiritual e, finalmente, será um corpo
celestial (1º
Coríntios 15:43-44, 47, 49).
G)
OS CORPOS DOS NÃO CRENTES
1)
JESUS declarou que está chegando a hora quando todos que estiverem na sepultura
sairão, alguns para a ressurreição da vida, e alguns para a ressurreição do
juízo (João
5:28-29).
2)
Diante de Félix, Paulo declarou que Israel tinha esperança em DEUS ''de que
haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos''(Atos 24:15).
3)
No livro de Daniel, está escrito que muitos dos que dormem no pó ressuscitarão
''para vergonha e horror eterno'' (Daniel
12:2).
4)
No Apocalipse é ensinado que ''os não salvos'' serão ressuscitados, julgados e
lançados no lago de fogo (Apocalipse
20:12-13).
5)
A curiosidade nos levaria a uma investigação da natureza deste corpo
ressurreto, mas o silêncio da escritura quanto a esse ponto indica que devemos
nos contentar com as coisas que nos foram reveladas.
H)
A BÍBLIA NOS ENSINA QUE HAVERÁ DUAS RESSURREIÇÕES (Apocalipse 20:4-6).
1)
A primeira ressurreição terá lugar quando CRISTO vier nos ares (1º Tessalonicenses 4:16; 1º Coríntios 15:23).
2)
Não há dúvida de que todos os salvos dos tempos do velho testamento e do novo
testamento até aquele momento, serão então ressuscitados.
3)
Os que forem mortos durante a tribulação aparentemente serão ressuscitados no
momento da vinda de CRISTO a terra. Assim, a primeira ressurreição estará
completa (Ap
20:4-5).
I)
A SEGUNDA RESSURREIÇÃO TERÁ LUGAR MIL ANOS MAIS TARDE (Apocalipse 20:5; 11:13)
1)
Parece que DEUS é tão longânimo quanto possível com os que morreram sem ser
salvos. Estão em tormento no estado intermediário, mas ainda não estão no lugar
do castigo final. Assim, a bondade de DEUS faz adiar o dia do acerto final de
contas para até depois do milênio. Mas, embora demore, certamente virá!
ESTUDO 6 - JUÍZO ETERNO
Veja
em http://www.armazemnadia.com.br/henrique/FILHILHO.HTM
A)
A BÍBLIA É UM LIVRO HISTÓRICO, DOUTRINÁRIO E PROFÉTICO.
O
ESTUDO DE APOCALIPSE ABRANGE ESTAS TRÊS ÁREAS:
1)
O Aspecto Histórico:
a)
O mundo já conheceu seis impérios: o Egípcio, o Assírio, o Babilônico, o
Medo-persa, o Grego e por fim o Romano. Todos estiveram diretamente envolvidos
com Israel, o Povo de DEUS.
b)
O Egito tornou-se uma grande nação por causa de José, Filho de Jacó, e foi
destruído quando perseguia Israel no mar vermelho (Gênesis 39:1-2; Êxodos 14:26-28).
c)
O Babilônico foi levantado para castigar Israel através de Nabucodonosor. Foi
destruído quando Beltsazar abusou do Senhor, bebendo vinho nos jarros santos,
que seu pai havia tirado do templo em Jerusalém (2º Reis 25:8-10; Deuteronômio 5:1-4).
d)
O Assírio foi derrubado por DEUS quando Senaqueribe cercou Jerusalém e zombou
do Senhor (2º
Reis 18:19).
e)
O Império Medo-Persa, este intimamente relacionado ao povo judeu, conforme
registram os livros de Neemias, Esdras e Ester, escritos nesta época.
f)
O Império Grego e sua queda foi vaticinada por Daniel no capítulo 8:5, 16 e 21, onde é feita uma
alusão a Alexandre, o Grande, como o Bode Peludo que destruiria o império
Medo-Persa. Este império foi destruído quando um dos quatro reis, sucessores de
Alexandre (Daniel
8:23-24), que eram seus generais, chamados Ptolomeu, Seleuco,
Antípater e Filétero, invadiu Jerusalém e sacrificou uma porca no altar,
zombando de DEUS (Daniel 11).
g)
JESUS nasceu durante o império Romano, profetizado por Daniel como o quarto
reino que se levantaria após o Babilônico (Daniel 2:39-40). Daniel profetizou
que o império Romano destruiria Jerusalém e o templo, após o messias ter sido
tirado (Daniel
9:25-26; Lucas
21:5-6), o que JESUS confirmou. Isto aconteceu 70 anos depois de
CRISTO quando as legiões romanas cercaram Jerusalém e destruíram a cidade e o
templo. Um terço dos judeus morreu dentro da cidade, outro terço foi
crucificado ao redor da cidade e o último terço do povo foi espalhado entre
todas as nações, conforme a profecia. (Ezequiel 5:12; Lucas 21:20).
h)
Todo o desenrolar da história está profetizado na Bíblia e tem o povo de Israel
como centro dos acontecimentos.
1-
A profecia sobre a volta dos Judeus à terra prometida (Ezequiel 36:8-12;
37:21-23).
2
- Os conflitos entre Árabes e Judeus (Ezequiel 36:33-36).
3
- A possível guerra entre a Rússia e Israel (Ezequiel 39:1-9; 39:18-23).
i)
O último império que o mundo conhecerá será o do anticristo. Ele será destruído
quando se levantar contra os Judeus , quando então eles olharão para quem
traspassaram, JESUS (Zacarias
12:10). Então o Senhor voltará e toda a nação se converterá a
Ele.
1
- A pessoa do anticristo (2º
Tessalonicenses 2:3).
2
- Seu poder sobrenatural (2º
Tessalonicenses 2:7-10; Apocalipse 17:11-15).
2)
O Aspecto Moral:
a)
Ao sabermos que o Senhor breve virá para arrebatar a sua igreja, somos levados
a preocupar com a nossa santificação. JESUS conta uma parábola sobre as dez
virgens esperando a vinda do noivo, referindo-se à sua volta e ao arrebatamento
da igreja. Numa parábola, cinco virgens não tinham azeite em suas lâmpadas, por
isso não viram quando o noivo chegou e, como consequência não entraram nas bodas.
O arrebatamento está para acontecer, quando a igreja do Senhor JESUS será
tirada para não passar pela grande tribulação que virá sobre o mundo. Ele nos
exorta a ficarmos alertas porque virá como um ladrão à noite naquele dia. JESUS
virá para aqueles que O esperam.
1
- O arrebatamento. Como será, quando será e quem subirá (1º Tessalonicenses
5:1-11; Marcos
13:28-37).
2
- O arrebatamento será em um átomo de tempo. Primeiro os que dormem em CRISTO
ressuscitarão, depois nós, os que estivermos vivos, teremos nossos corpos
transformados e subiremos para encontrar o Senhor, nos ares (1º Tessalonicenses
4:13-18).
3
- O Aspecto Profético
a)
Daniel profetizou que, nos últimos dias, a ciência se multiplicaria. Estamos
vendo isto acontecer (Daniel
12:4).
b)
Ezequiel profetizou que os judeus voltariam à terra prometida (Ezequiel 37:21-23).
1
- Depois de 1.900 anos espalhados pelo mundo, os Judeus retornaram em 1948 e lá
estão até hoje, contra tudo e todos (Ezequiel 38:8).
c)
Após o arrebatamento, o anticristo virá e estabelecerá o seu reinado com a
ajuda de dez nações e do Império Romano, que nunca caiu, pois até hoje Roma
possui um César cujo poder é reconhecido no mundo inteiro: o próprio Papa
(Apocalipse 17). Este Império durará sete anos, quando então JESUS voltará para
destruir as forças satânicas.
d)
O Império do anticristo - 7 anos. (Daniel
9:26-27).
e)
A procedência do Império - visão de Nabucodonosor (Daniel 2:1-5; 7:16-25).
1
- A 1ª fase do reinado do anticristo - falsa paz (Daniel 9:27).
2
- A aliança com as dez nações. (Apocalipse
17:3, 12-9).
3
- A aliança com a grande prostituta (Apocalipse 13:7-9; 17:1-9).
4
- A aliança com Israel e a reconstrução do templo (Daniel 9:25-27).
5)
A 2ª fase do reinado do anticristo - dores (Apocalipse 9:1-12).
6)
A guerra entre as dez nações (Daniel
2:42-43).
7)
A destruição da grande prostituta (Apocalipse
17:15-17).
8)
A marca da besta e a tecnologia atual (Apocalipse 13:16-18).
4)
Cremos não haver dúvida de que a segunda vinda de CRISTO se dará em duas fases:
Arrebatamento da igreja, e manifestação da pessoa de CRISTO em glória.
a)
Na primeira fase, o arrebatamento da igreja, JESUS virá para os seus. Não
tocará os seus pés na terra, tampouco será visível ao mundo. Ele virá até às
nuvens, onde receberá a sua igreja para que com ele adentre às mansões
celestiais (1º
Tessalonicenses 4:17).
b)
Já na segunda fase, a manifestação propriamente dita, sete anos após a
primeira, JESUS virá com os seus. Nesse momento, sim, todo olho o verá, não
como um CRISTO abatido e humilhado, mas exaltado e triunfante (Zacarias 14:4).
5)
A Batalha do Armagedom
a)
A palavra ARMAGEDOM significa monte de megido. Também conhecido como a planície
de Jezreel. Nesse amplo e espaçoso lugar, os exércitos do anticristo estarão
congregados para o ataque decisivo contra Jerusalém.
b)
Quando Jerusalém estiver cercada pelos exércitos do anticristo e aos Judeus não
restar escape, então eles clamarão angustiados pelo auxílio de DEUS. Nesta
hora, dar-se-á a manifestação de JESUS, revestido com poder e glória (Isaias
52:8; Mateus
24:30).
c)
O triunfo de JESUS sobre os exércitos do anticristo será esmagador. Destruindo
os exércitos hostis a Israel, o anticristo e o falso profeta serão lançados no
lago de fogo e enxofre (Apocalipse
19:20).
6)
O Milênio
a)
Ao aprisionamento de Satanás, seguir-se-ão mil anos de paz e de governo
perfeito sob o reinado do Senhor JESUS, assinalando o começo de uma nova
dispensação (Apocalipse
20:6).
b)
Esse período não é o princípio de um mundo novo, mas o fim de um mundo antigo.
O que o sábado judaico é para a semana, assim será o milênio para a era
presente.
c)
Dois grupos de povos distintos tomarão parte no milênio: os crentes
glorificados, consistindo dos santos do antigo e do novo testamento, da igreja
triunfante, dos santos oriundos da grande tribulação; e os povos naturais, em
estado físico normal, vivendo na terra, a saber: judeus salvos saídos da grande
tribulação, gentios poupados no julgamento das nações e o povo nascido durante
o milênio propriamente dito.
d)
No milênio, a igreja estará glorificada com CRISTO na Jerusalém celestial. A
igreja exercerá a corregência com CRISTO durante esse período (Apocalipse 21:22-23) revestidos de um
corpo glorificado, os salvos estarão acima das limitações do tempo e do espaço
sujeitos quando ainda em seus corpos mortais. Terão um corpo como o de CRISTO
Ressurreto, que se locomove sem obstáculos e sem barreiras.
e)
A própria terra passará por transformações que alterarão sensivelmente, para
melhor, o seu clima e sua produtividade. Também os animais sofrerão mudança na
sua natureza durante essa época áurea. A ferocidade deles será removida para
dar lugar à docilidade. Não mais se atacarão, nem, representarão qualquer
ameaça ao homem. (Isaias
65:25).
f)
Toda criação, afetada que foi pela queda do homem, de igual modo participará
das bênçãos decorrentes do governo milenar de CRISTO (Romanos 8:18-23).
7)
Terminado o milênio, Satanás será novamente solto por um breve espaço de tempo
(Apocalipse 20:7). Esta soltura de
Satanás servirá para:
a)
provar às pessoas que nasceram durante o milênio;
b)
demonstrar pela última vez quão pecaminosa é a natureza humana, e que o homem
por si mesmo jamais se salvará, mesmo sob as melhores condições;
c)
demonstrar que o Diabo é completamente incorrigível.
8)
Satanás sai a ajuntar as nações da terra para a batalha, mas será derrotado e
lançado no lago de fogo e enxofre onde está a besta e o falso profeta (Apocalipse 20:8-10).
9)
Após este evento, será estabelecido o Juízo do grande trono branco, o Juízo
Final. É nessa época que todos os ímpios mortos ressuscitarão para ouvir sua
sentença final diante do trono de DEUS. Até mesmo a morte e o inferno serão
lançados no lago de fogo, a segunda morte. (Apocalipse 20:11-15).
HEBREUS
5.12-14; 6.1,2
1-ARREPENDIMENTO
DE OBRAS MORTAS - Ef 2.8-10
2-FÉ
EM DEUS - Ef 2.8
3-A
DOUTRINA DOS BATISMOS (NAS ÁGUAS Mt 3 - NO ESPÍRITO SANTO At 2 - DE MORTE Mc
10.38)
4-IMPOSIÇÃO
DE MÃOS (AUTORIDADE – Mc 16.15-18
5-RESSURREIÇÃO
DOS MORTOS – 1 Co 15.12 Dn 12
6-JUÍZO
ETERNO – Ap 9.6; 13.7,8; 20.11-15
SUBSÍDIO
EXTRA 4
Lições
CPAD Jovens e Adultos » Sumário Geral » 2004 » 4º Trimestre
Lições
Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 4º Trimestre de 2004
Título:
Vem o fim, o fim vem — A doutrina das últimas coisas
Comentarista:
Claudionor Corrêa de Andrade
Lição
2: A apostasia dos últimos tempos
Data:
10 de Outubro de 2004
TEXTO
ÁUREO
“Tu,
porém, fala o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1).
VERDADE
PRÁTICA
Somente
uma igreja alicerçada na Bíblia Sagrada poderá opor-se à apostasia que ameaça o
rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
- Jr 8.5 A apostasia desvia o povo de Deus
Terça
- 2 Ts 2.3 A apostasia tem sua origem no Diabo
Quarta - 1 Tm 4.1 A apostasia marcará os
últimos tempos
Quinta - Jd v.4 A apostasia converte em
dissolução a graça de Deus
Sexta - 2 Tm 4.3 A apostasia não suporta a sã
doutrina
Sábado - 1 Tm 1.9.10 A apostasia é condenável
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.1-9.
1 - Sabe, porém, isto: que nos últimos dias
sobrevirão tempos trabalhosos;
2
- porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3
- sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem
amor para com os bons,
4
- traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de
Deus,
5
- tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6
- Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas
mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências,
7
- que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
8
- E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à
verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
9
- Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como
também o foi o daqueles.
PONTO
DE CONTATO
Professor, o tema desta semana tem destacada
importância na área da Escatologia Bíblica. Segundo as Escrituras, a apostasia
é um pecado contra a fé cristã e, ao contrário do que alguns pensam, está
presente nos dias atuais não apenas como um sinal da vinda de Cristo, mas como
uma atividade maligna contra a Igreja do Senhor. Ore a Deus para que seus
alunos não se desviem, seguindo a doutrinas de demônios e apartando-se da
genuína fé cristã. Oriente-os para que tenham cuidado com as antigas e novas
heresias que contrariam a Palavra de Deus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Definir
o termo apostasia.
Apontar
as características dos apóstatas.
Identificar
os sintomas da apostasia.
SÍNTESE
TEXTUAL
As epístolas de Paulo a Timóteo foram escritas
aproximadamente entre 61 a 65 d.C. Embora o Doutor dos Gentios tenha escrito a
primeira, provavelmente na Macedônia, e a segunda em Roma, ambas tratam do
mesmo tema: A apostasia dos últimos tempos (1 Tm 4.1-5; 2 Tm 3.1-9). Timóteo
era um jovem pastor que dirigia a igreja de Éfeso na província da Ásia. Naquela
época, não somente Éfeso, mas outras seis cidades da mesma província, estavam
sendo assoladas por diversas heresias (Ap 2.6-20) relacionadas principalmente à
idolatria, ao materialismo, ao profetismo e à imoralidade. Daí, a necessária e
urgente admoestação dos apóstolos: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz
às igrejas... que nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé” (Ap 2.7a; 1 Tm
4.1a). Esta advertência não é apenas histórica, mas profética.
ORIENTAÇÃO
DIDÁTICA
No texto da Leitura Bíblica em Classe, temos
diversos adjetivos que descrevem o caráter dos apóstatas dos últimos dias. Peça
a seus alunos para classificá-los conforme a sugestão abaixo. Para a execução
desta tarefa, confeccione um cartaz ou utilize um quadro-de-giz.
•
EGOÍSTA: Amante de si mesmo. Ingrato, Irreconciliável.
•
SACRÍLEGO: Blasfemo, profano, inimigo de Deus, hipócrita religioso.
•
MATERIALISTA: Avarento.
•
HEDONISTA: Amigo dos deleites, incontinente.
•
VAIDOSO: Presunçoso, soberbo, orgulhoso.
•
DESAFEIÇOADO: Sem afeto natural, desobediente a pais e mães, cruel, sem
amor para com os bons, caluniador.
COMENTÁRIO
introdução
Inspirado pelo Espírito Santo, deixou-nos o
apóstolo Paulo este gravíssimo alerta: “Mas o Espírito expressamente diz que,
nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos
enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Tm 4.1). Infelizmente, essa profecia
vem se cumprindo de forma alarmante.
Igrejas
são corrompidas por falsos mestres; congregações inteiras são desviadas da
simplicidade evangélica por videntes e profetas que se acham a serviço de
Satanás; rebanhos são apartados da verdade pelos que mercadejam a Palavra de
Deus. E os seminários que abandonaram a sã doutrina? E os púlpitos que se acham
comprometidos com o liberalismo teológico? Tendo como base as cartas que o
Senhor Jesus enviou, através de João, às igrejas de Éfeso, Pérgamo e Laodicéia,
vejamos alguns sintomas da apostasia destes últimos dias. Antes, porém, vejamos
o que é a apostasia.
I.
O QUE É A APOSTASIA
O termo apostasia vem da palavra grega
apostasia , e significa o abandono consciente e público da fé que, de uma vez
por todas, foi confiada aos santos (Jd v.3).
A
apostasia destes últimos dias visa atacar, prioritariamente, os seguintes
artigos de fé:
1.
A soberania de Deus (Jd v.4);
2.
A divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo — verdadeiro homem e verdadeiro Deus,
e único salvador e redentor da humanidade (At 4.12); e:
3.
A realidade de sua vinda (2 Pe 3.1-10).
Através
da apostasia, objetiva o Diabo minar a resistência da Igreja, induzindo-a a
deixar de ser Reino de Deus para tornar-se uma simples organização religiosa.
Como
a seguir veremos, um dos primeiros sintomas da apostasia é a perda do primeiro
amor.
II.
O ESFRIAMENTO DO AMOR CRISTÃO
Das igrejas da Ásia Menor, a de Éfeso era a
mais conservadora e ortodoxa. Estava ela tão bem alicerçada teologicamente, que
era capaz, inclusive, de diferençar entre um verdadeiro e um falso apóstolo.
Não obstante todo esse preparo doutrinário, a igreja de Éfeso estava a ponto de
perder a sua primazia, por haver perdido o seu primeiro amor. Ler Ap 2.1,2.
1.
Cristo adverte a sua Igreja. Quão grave é esta advertência de Nosso Senhor:
“Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te, pois,
de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te
arrependeres” (Ap 2.4,5).
Da
reprimenda de Cristo, o que depreendemos? Se a ortodoxia bíblico-teológica não
for acompanhada do primeiro amor, nenhuma utilidade terá. Pois a ausência do
primeiro amor acabara por lançar a Igreja nas garras do formalismo e,
finalmente, da apostasia.
No
Sermão Profético, Jesus faz-nos outra advertência: “E, por se multiplicar a
iniquidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12).
2.
Reavivando o primeiro amor. Que a Igreja reavive, urgentemente, o primeiro
amor, observando, de forma integral, as exigências da Grande Comissão que nos
confiou o Senhor Jesus: evangelizar, fazer missões e discipular (Mt 28.19; At
1.8); mantendo o amor fraternal e devotando a Cristo a mais provada e ardente
adoração. Ler Hb 13.1. Menos do que isto é inaceitável!
A
apostasia desta última hora não haverá de resistir a uma igreja entranhavelmente
amorosa, santificada e fundamentada na Palavra de Deus. Você ama a Cristo? Ama
as almas perdidas? Ou o seu amor cristão já esfriou?
III.
A DOUTRINA DE BALAÃO
A doutrina de Balaão é um outro forte indício
da apostasia destes últimos dias. Atenhamo-nos à advertência que o Senhor
endereça ao anjo da Igreja de Pérgamo:
“Mas
umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de
Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel
para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem” (Ap 2.14).
Não
são poucos os mestres que, torcendo as Escrituras e vendendo a alma ao Diabo,
tentam introduzir o mundo na Igreja, sob a alegação de que esta não pode viver
alheia à modernidade. Ora, ser contemporâneo não significa compactuar com este
século; significa, antes de tudo, falar de Cristo, com ousadia e poder, a esta
geração.
Cuidado!
A doutrina de Balaão continua a fazer estragos! Ela quer comprometer a Igreja,
impregnando-a com a cultura e com os costumes do mundo (Rm 12.1).
IV.
O MISTICISMO HERÉTICO
A apostasia dos últimos tempos vem sendo
caracterizada, também, por um misticismo herético e extravagante. Embora pareça
espiritual, é extremamente nocivo à Obra de Deus. Assim o Senhor Jesus o
desmascara:
“Mas
tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e
engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da
idolatria” (Ap 2.20).
Na
essência, esta profetisa em nada diferia de Balaão. Seu objetivo era, através
de uma postura falsamente piedosa, induzir os crentes a um comportamento
abominável. Conclui-se, do texto bíblico, que ela já havia conseguido,
inclusive, as rédeas do governo eclesiástico de Pérgamo. Até o anjo da igreja
achava-se em suas mãos.
O
misticismo herético tem como principais características:
1.
Culto aos anjos (Cl 2.18).
2.
Falsas profecias (Mt 24.11).
3.
Prodígios de origem demoníaca (Mt 24.24).
4.
Doutrinas de demônios (1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1).
Estejamos
precavidos! Nem sempre fervor significa espiritualidade. Pode ser forjado,
fingido ou meramente emocional. Quando a congregação de Israel apostatou da fé,
no deserto, aquele ruidoso movimento até parecia um culto avivado; não passava,
todavia, de uma rebelião desenfreada contra o Senhor (Êx 32.6,18).
Assim
diz o Espírito Santo por intermédio do salmista: “Mui fiéis são os teus
testemunhos; a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre” (Sl 93.5).
V.
A PROSPERIDADE FATAL
A apóstata, rebelde e orgulhosa Laodicéia é um
tipo perfeito da Teologia da Prosperidade. No auge de sua riqueza, afirmou o
anjo dessa igreja: “Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta” (Ap
3.17).
A
Teologia da Prosperidade é um arremedo doutrinário. Afronta a simplicidade da
Igreja de Cristo e torce, de forma escandalosa, a Bíblia Sagrada. Ensinando os
santos a endeusar os bens materiais em detrimento dos eternos, vão os
proponentes dessa teologia subsidiando mentiras, enganos, heresias e rebeliões
contra o Cordeiro de Deus. Consciente, ou inconscientemente, vão dando sustento
à estrutura sobre a qual o Anticristo acha-se a construir o seu império.
Tal
apostasia vem encontrando generosos espaços em alguns púlpitos, produzindo uma
geração de crentes cegos, despidos da graça e imperfeitos em suas convicções.
Eles supõem, à semelhança dos amigos de Jó, serem os bens materiais a evidência
maior da presença de Deus na vida humana.
Os
proponentes da Teologia da Prosperidade amam a bênção mais do que ao
Abençoador; não têm a fé em Cristo, mas a fé na fé; a mente de Cristo,
trocaram-na por um pensamento enganosamente positivo; determinando tudo,
acham-se indeterminados em sua esperança. E esperando em Cristo apenas nesta
vida, tornam-se os mais desgraçados dos homens (1 Co 15.19).
CONCLUSÃO
Se não estivermos vigilantes, poderemos ser
enganados pelos que, insolentemente, vêm substituindo a Palavra de Deus por
doutrinas de demônios.
Você
está firme na fé? E se Ele vier neste instante, está preparado para
recepcioná-lo? Esta é a sua oportunidade! Renove, agora mesmo, a sua aliança
com o Cordeiro de Deus, e não se deixe enganar pela apostasia dos últimos
tempos.
Senhor
Jesus, ajuda-nos a estar sempre vigilantes, a fim de não sermos contaminados e
consumidos pelo engano. Oh! Senhor, que os nossos vestidos sejam sempre
brancos, e que jamais nos falte o óleo sobre a cabeça. Amém!
VOCABULÁRIO
Arremedo: Cópia; imitação.
Conservador:
Que conserva os ensinos apostólicos.
Contemporâneo:
Ser atual ou da mesma época.
Forjado:
Trabalhado; fabricado; inventado.
Liberalismo
Teológico: Movimento que não crê nos eventos sobrenaturais da Bíblia. Nele não
há lugar para os milagres e a divindade de Cristo Jesus.
Misticismo:
Crença no sobrenatural e nas comunicações ocultas entre os homens e a
divindade.
Teologia
da Prosperidade: Movimento que apregoa a riqueza e o sucesso como essência da
vida cristã.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA - ANDRADE, C. C. Dicionário
teológico. CPAD, 2001.
EXERCÍCIOS
1. O que é a apostasia?
R.
O abandono consciente e público da fé que foi concedida aos santos (Jd v.3).
2.
O que acontece com a Igreja, quando ela perde o primeiro amor?
R.
É lançada nas garras do formalismo e da apostasia.
3.
O que é a doutrina de Balaão?
R.
É o ensino herético que objetiva comprometer a Igreja, impregnando-a da cultura
e dos costumes do mundo.
4.
O que é o misticismo espiritual?
R.
É caracterizado por uma postura falsamente piedosa com o objetivo de induzir os
crentes a um comportamento abominável.
5.
Qual o grande problema da Teologia da Prosperidade?
R.
Afronta a simplicidade da Igreja de Cristo e torce, de forma escandalosa, a
Bíblia Sagrada.
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
Subsídio
Etimológico
“APOSTASIA
- [Do gr. apostásis , afastamento]. Abandono premeditado e consciente da fé
cristã. No Antigo Testamento, não foram poucas as apostasias cometidas por
Israel. Só em Juízes, há sete desvios ou abjuração da verdadeira fé em Deus.
Para os profetas, a apostasia constituía-se num adultério espiritual. Se a
congregação hebréia era tida como a esposa de Jeová, deveria guardar-lhe
fielmente os preceitos, e jamais curvar-se diante dos ídolos.
Jeremias
e Ezequiel foram os profetas que mais enfocaram a apostasia israelita sob o
prisma das relações matrimoniais.
No
Primitivo Cristianismo, as apostasias não eram desconhecidas. Muitos crentes de
origem israelita, por exemplo, sentindo-se isolados da comunidade judaica,
deixavam a fé cristã, e voltavam aos rudimentos da Lei de Moisés e ao pomposo
cerimonial levítico.
Há
que se estabelecer, aqui, a diferença entre apostasia e heresia. A primeira é o
abandono premeditado e completo da fé; a segunda, é a abjuração parcial da
mesma fé.” (ANDRADE, C. C. Dicionário teológico. 9.ed., RJ: CPAD, 2001. p.48).
Revista
na íntegra
Lição
7, Central Gospel, Advertência Contra a Apostasia, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA
TV
RESUMO
GERAL DA LIÇÃO
1-
INFÂNCIA ESPIRITUAL
1-1-
Negligência para ouvir
2-
OS RUDIMENTOS DA DOUTRINA
2-1-
Arrependimento e fé
2-2-
Batismo e imposição de mãos
2-3-
Ressurreição e juízo
3-
OS PERIGOS ESPIRITUAIS DA APOSTASIA
3-1-
O que é apostasia?
3-1-1-
Apostasia no Antigo Testamento
3-1-2-
Apostasia no Novo Testamento
3-2-
Advertências a não retroceder
3-3-
A recaída no fosso da apostasia
TEXTO
BÍBLlCO BÁSICO - Hebreus 5.12-14
12
- Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos
torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras
de
Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido
mantimento.
13-
Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na
palavra da justiça, porque é menino.
14-
Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm
os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.
Hebreus
6.1,2,4-6,11,12
1
Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a
perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas
e de fé em Deus,
2
e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos
mortos, e do juízo eterno.
4
Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados,
5
e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e
provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro,
6
e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a
eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.
11
Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para
completa certeza da esperança;
12
para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e
paciência, herdam as promessas.
TEXTO
ÁUREO
Porque
Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho de amor que,
para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.
Hebreus 6.10
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª
feira - Judas 20-24 Deus é poderoso para nos impedir de tropeçar
3ª
feira - Romanos 8.31-39 O amor de Deus torna-nos vencedores
4ª
feira - Efésios 2.1-10 Somos salvos pela graça, mediante a fé
5ª
feira – Hebreus 10.26,27,36 Desviar-se da fé é uma possibilidade real
6ª
feira - 1 Timóteo 4.1,2 Um alerta quanto ao abandono da fé
Sábado
- Hebreus 6.1,2 O cristão maduro tem discernimento
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
Partindo
do argumento teológico da superioridade de CRISTO, o escritor da carta aos
Hebreus alerta os judeus convertidos sobre a necessidade de evitarem a
apostasia, caracterizada pela negação da fé e pela rejeição a CRISTO.
Ao
procurar entender a natureza da apostasia, o escritor sagrado fala das
implicações de negligenciar-se a
grande
salvação, garantida por JESUS (Hb 2.3).
1-
INFÂNCIA ESPIRITUAL
Traçando
um paralelo com as fases de amadurecimento do corpo físico, o escritor de
Hebreus traz-nos a
seguinte
perspectiva no capítulo 5 (v. 13,14):
a
fundamentação da fé é tão essencial para o espírito quanto o seu
aprofundamento.
O
escritor sagrado, em última instância, pretende alertar seus leitores sobre o
fato de que aqueles que não passam de uma fase para outra estão fadados à morte
espiritual.
1-1-
Negligência para ouvir
O
escritor de Hebreus já havia apresentado provas suficientes da conversão dos
destinatários de sua epístola, mas alguns deles insistiam em alimentar-se de
rudimentos da Palavra. Muitos, a bem da verdade, pareciam não estar prontos
para aceitar o fim do sistema sacrificial do antigo pacto. Talvez eles se
sentissem, nostalgicamente, seguros com a prática de antigas tradições e
rituais, uma vez que com esses já estivessem familiarizados.
2-
OS RUDIMENTOS DA DOUTRINA
Nos
subtópicos seguintes serão apresentados os rudimentos da doutrina (Hb 6.1), dos
quais os destinatários da epístola aos Hebreus não queriam se afastar.
2-1-
Arrependimento e fé
Quando
o escritor fala de arrependimento de obras mortas (Hb 6.1), ele faz alusão às
cerimônias inanimadas. Sendo os destinatários desta epístola judeus convertidos
ao cristianismo, é possível que, diante das perseguições, eles ainda desejassem
reviver os velhos conceitos da Lei, tais como a guarda do sábado, a
implementação dos sacrifícios, a observância das luas novas, entre outros
aspectos, esquecendo-se da salvação somente pela graça, mediante a fé (Ef 2.8)
SUBSÍDIO
1
O
fato de os destinatários da epístola aos Hebreus terem se mostrado negligentes
para ouvir levou o escritor sagrado a dizer que eles necessitavam de leite e
não de alimento sólido (Hb 5.12), isto é, eles ainda careciam dos ensinamentos
embrionários da fé; eram como bebês, cujo desenvolvimento lhes fora tolhido.
2-2-
Batismo e imposição de mãos
A
doutrina dos batismos faz parte do início da fé, não dos estágios mais
avançados do desenvolvimento espiritual, e segue a forma trinitariana, como
Jesus ensinou (Mt 28.19).
Quanto
à imposição de mãos, nos moldes do Antigo Testamento, que consistia em um gesto
simbólico de transmissão de bênçãos, como fez Jacó (Gn 48.17-20), os cristãos
não deveriam, e não devem, mais preocupar-se, pois, com Cristo, o gesto de
impor as mãos, no nome de Jesus, propicia a cura divina (Mc 16.18; At 28.8).
2-3-
Ressurreição e juízo
Este
terceiro par de rudimentos é de natureza escatológica e refere-se às
perspectivas futuras do cristão. Todo aquele que crê em Jesus, desde o início
de sua fé, em seu discipulado básico, deve ser instruído sobre o fato de Cristo
ter morrido por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação (Rm
4.25), para julgar o mundo com justiça, um dia (At 17.31).
3-
OS PERIGOS ESPIRITUAIS DA APOSTASIA
3-1-
O que é apostasia?
A
palavra apostasia (gr. αποστασια apostasia - separação, deserção, apostasia)
aparece apenas em Atos 21.21 e 2 Tessalonicenses 2.3, mas a realidade expressa
por este vocábulo é encontrada com muita frequência. A epístola aos Hebreus,
por exemplo, adverte seus leitores sobre o perigo deste mal em cinco passagens
(Hb 2.1-4; 3.7—4.13; 5.11—6.12; 10.19-39 e 12.1-29).
Apostatar
significa afastar-se, negar e abandonar a fé de modo premeditado e consciente
(1 Tm 4.1; 2 Tm 2.17, 18).
3-1-1-
Apostasia no Antigo Testamento
Israel
afastou-se do Deus vivo ao recusar Sua vontade e desejar, obstinadamente,
retornar para o Egito (Nm 14.4).
A
história de Israel foi de constante apostasia, quando o povo, deliberadamente,
afastava-se do Deus e seguia os deuses falsos e os caminhos pecaminosos.
Consequentemente, Deus manifestou Seu juízo sobre os israelitas, mandando-os
para o exilio.
3-1-2-
Apostasia no Novo Testamento
No
Novo Testamento, a apostasia ocorre quando os homens deixam de seguir a Jesus
(Jo 6.66) e negam-no depois de o haverem confessado como senhor. Ela
manifesta-se no abandono da fé diante da perseguição (Mt 24.9-13), na negação
da divindade de Jesus (1 Jo 2.22-24), ou na prática deliberada do pecado
(2
Pe 2.20-22).
3-2-
Advertências a não retroceder
O
capítulo 6 dessa epístola contém uma solene advertência contra a apostasia
deliberada e insensível; além disso, apresenta cinco motivos pelos quais um
apóstata inflexível não pode mais arrepender-se.
-
Já uma vez foram iluminados (Hb 6.4)
—
Jesus é a luz do mundo (Jo 8.12); os que o aceitam, verdadeiramente, experimentam
Seu perfeito fulgor e reconhecem que outrora encontravam-se em trevas no mundo
de pecados, sem Deus e sem salvação.
-
Provaram o dom celestial (Hb 6.4) — O texto não é uma referência aos neófitos
na fé, limitados em suas convicções do evangelho. Trata-se, sim, de uma
referência a cristãos que tiveram uma experiência real com Cristo (2 Co 5.17),
provando
a salvação (Hb 6.5), dom da graça de Deus, recebido pela fé (Ef 2.8,9).
-
E se fizeram participantes do Espírito Santo (Hb 6.4) — A advertência do
escritor é severa para aqueles que foram imersos no Corpo de Cristo pelo
Espírito Santo (Rm 12.5; 1 Co 12.12,13).
-
E provaram a boa palavra de Deus (Hb 6.5) — O escritor repete o verbo provar,
referindo-se a cristãos que adquiriram um conhecimento mais que superficial das
verdades de Deus, expressas em Sua Palavra,
-
E (provaram) as virtudes do século futuro (Hb 6.5) — Os destinatários da
epístola eram cristãos, que, além da vasta experiência espiritual, puderam,
ainda no
presente,
experimentar as bênçãos e as virtudes do porvir.
3-3-
A recaída no fosso da apostasia
Muitos
teólogos da predestinação fatalista, elaborada por João Calvino, restringem a
apostasia ao abandono temporário, manifestado pelos verdadeiros cristãos, e ao
desvio daqueles que são apenas cristãos nominais de uma profissão de fé
superficial e aparência exterior.
Estes
insistem em dizer que os cristãos estão eternamente seguros e não podem decair
da graça. Este jogo de palavras não merece a atenção de um exegeta sério das
Escrituras Sagradas, e torna suspeita a premissa doutrinária que aceita tal
desvio.
Desviar-se
da fé é um perigo para qualquer cristão imaturo (Hb 5.11,12). Em toda a
epístola, os cristãos são advertidos a serem cuidadosos, porque desviar-se é
uma possibilidade real (10.26,27,36).
A
impossibilidade de arrependimento refere-se àqueles cristãos, que, mesmo
providos de experiências
espirituais
e conhecimento da Palavra de Deus,
abandonam a Cristo, renegando-o de modo
proposital e deliberado (Hb 6.6b).
CONCLUSÃO
As
palavras registradas em Hebreus 6.9-12 contêm o que, talvez, seja a passagem de
advertência mais famosa da Escritura. O texto bíblico que melhor elucida a
morte espiritual, no que tange à apostasia, está descrito nos versículos 4-8
desse capítulo.
Muitos
apóstatas jamais voltarão para Deus; porém, o convite para que o pecador se
arrependa e volte-se para Deus está posto diante de todos hoje mesmo, não
importando os pecados e erros cometidos no passado.
Mesmo
como crentes em Jesus, tendemos a desviar-nos de nosso primeiro amor; por essa
razão, precisamos atentar para as advertências e exortações bíblicas no que diz
respeito a perseverar na fé. Em suma: somos pecadores, necessitamos de um
salvador gracioso e poderoso; e isso é exatamente o que Deus providenciou em
Seu Filho encarnado, Jesus Cristo.
ATIVIDADE
PARA FIXAÇÃO
1.
O que é apostasia?
SUBSÍDIO
EXTRA 5
APOSTASIA
PESSOAL – Comentários BEP – CPAD
Hb 3.12 "Vede, irmãos,
que nunca haja em qualquer de vós um coração mal e infiel, para se apartar do
Deus vivo”.
A
apostasia (gr. αποστασια apostasia - separação, deserção, apostasia) aparece
duas vezes no NT como substantivo (At 21.21; 2Ts 2.3) e, aqui em Hb 3.12, como verbo (gr.
aphistemi, traduzido “apartar”). O termo grego é definido como decaída,
deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes se
estava ligado.
Apostatar
significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união
vital com Ele e da verdadeira fé nEle. Sendo assim, a apostasia individual é
possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a
renovação pelo Espírito Santo (cf. Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT
pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois
aspectos distintos, embora relacionados entre si: (a) a apostasia teológica,
i.e., a rejeição de todos os ensinos originais de Cristo e dos apóstolos ou
dalguns deles (1Tm 4.1; 2Tm 4.3); e (b) a apostasia
moral, i.e., aquele que era crente deixa de permanecer em Cristo e volta a ser
escravo do pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.25-28; Rm
23;
8.6-13).
A
Bíblia adverte fortemente quanto à possibilidade da apostasia, visando tanto
nos alertar do perigo fatal de abandonar nossa união com Cristo, como para nos
motivar a perseverar na fé e na obediência. O propósito divino desses trechos
bíblicos de advertência não deve ser enfraquecido pela ideia que afirma: “as
advertências sobre a apostasia são reais, mas a sua possibilidade, não”. Antes,
devemos entender que essas advertências são como uma realidade possível durante
o nosso viver aqui, e devemos considerá-las um alerta, se quisermos alcançar a
salvação final. Alguns dos muitos trechos do NT que contêm advertências são: Mt 24.4,5,11-13; Jo 15.1-6; At 11.21-23;
14.21,22;
1Co 15.1,2; Cl 1.21-23; 1Tm
4.1,16; 6.10-12; 2Tm
4.2-5; Hb
2.1-3; 3.6-8,12-14; 6.4-6; Tg 5.19,20; 2Pe 1.8-11; 1Jo
2.23-25.
Exemplos
da apostasia propriamente dita acham-se em Êx 32; 2Rs 17.7-23; Sl 106; Is 1.2-4; Jr 9; At 1.25; Gl 5.4; 1Tm 1.18-20; 2Pe 2.1,15,20-22; Jd 4,11-13
Os
passos que levam à apostasia são:
O
crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades,
exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de Deus (Mc 1.15; Lc 8.13; Jo 5.44,47; 8.46).
Quando
as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial de
Deus, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de Deus através de Cristo
(4.16; 7.19,25; 11.6).
Por
causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais
tolerante do pecado na sua própria vida (1Co 6.9,10; Ef 5.5; Hb 3.13). Já não ama a retidão
nem odeia a iniquidade.
Por
causa da dureza do seu coração (3.8,13) e da sua rejeição dos caminhos de Deus
(v. 10), não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo (Ef 4.30; 1Ts 5.19-22; Hb 3.7-11).
O
Espírito Santo se entristece (Ef 4.30; cf. Hb 3.7,8); seu fogo se extingue (1Ts 5.19) e seu templo
é profanado ( 1Co 3.16). Finalmente, Ele
afasta-se daquele que antes era crente (Jz 16.20; Sl 51.11; Rm 8.13; 1Co 3.16,17; Hb 3.14).
Se
a apostasia continua sem refreio, o indivíduo pode, finalmente, chegar ao ponto
em que não seja possível um recomeço. (a) Isto é, a pessoa que no passado teve
uma experiência de salvação com Cristo, mas que deliberada e continuamente
endurece seu coração para não atender à voz do Espírito Santo (3.7-19),
continua a pecar intencionalmente (10.26) e se recusa a arrepender-se e voltar
para Deus, pode chegar a um ponto sem retorno em que não há mais possibilidade
de arrependimento e de salvação (6.4-6; Dt 29.18-21; 1 Sm 2.25; Pv 29.1). Há um limite para a
paciência de Deus (ver 1 Sm 3.11-14; Mt 12.31,32; 2 Ts 2.9-11; Hb 10.26-29,31; 1 Jo 5.16).
Esse
ponto de onde não há retorno, não se pode definir de antemão. Logo, a única
salvaguarda contra o perigo de apostasia extrema está na admoestação do
Espírito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações (
3.7,8,15; 4.7).
É
próprio salientar que, embora a apostasia seja um perigo para todos os que vão
se desviando da fé (2.1-3) e que se apartam de Deus (6.6), ela não se consuma
sem o constante e deliberado pecar contra a voz do Espírito Santo (ver Mt 12.31).
Mateus
12.31 BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO.
A
blasfêmia contra o Espírito Santo é a rejeição contínua e deliberada do
testemunho que o Espírito Santo dá de Cristo, da sua Palavra e da sua obra de
convencer o homem, do pecado (cf. Jo 16.7-11). Aquele que rejeita a
voz do Espírito e se opõe a ela, afasta de si mesmo o único recurso que pode
levá-lo ao perdão o Espírito Santo. Os passos que levam à blasfêmia contra o
Espírito: (1) entristecer o Espírito. Se isto for contínuo, levará à
resistência ao Espírito (Ef 4.30); (2) resistir ao
Espírito leva ao apagamento do Espírito dentro da pessoa (1 Ts 5.19); (3) apagar o
Espírito leva ao endurecimento do coração (Hb 3.8-13); (4) o endurecimento
do coração leva a uma mente réproba e depravada, a ponto de chamar o bem de mal
e o mal de bem (Rm 1.28; Is 5.20). Quando o
endurecimento do coração atinge certa intensidade que somente Deus conhece, o
Espírito já não contenderá para levar aquela pessoa ao arrependimento (cf. Gn 6.3; ver Dt 29.18-21a; 1 Sm 2.25; Pv 29.1). Quanto àqueles que
se preocupam pensando que já cometeram o pecado imperdoável, a sua disposição
de se arrependerem e quererem o perdão, é evidência de que não cometeram o tal
pecado imperdoável.
Aqueles
que, por terem um coração incrédulo, se afastam de Deus (3.12), podem pensar
que ainda são verdadeiros crentes, mas sua indiferença para com as exigências
de Cristo e do Espírito Santo e para com as advertências das Escrituras indicam
o contrário. Uma vez que alguém pode enganar-se a si mesmo, Paulo exorta todos
aqueles que afirmam ser salvos: "Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis
na fé; provai-vos a vós mesmos" (ver 2 Co 13.5).
Quem,
sinceramente, preocupa-se com sua condição espiritual e sente no seu coração o
desejo de voltar-se arrependido para Deus, tem nisso uma clara evidência de que
não cometeu a apostasia imperdoável. As Escrituras afirmam com clareza que Deus
não quer que ninguém pereça (2 Pe 3.9; cf. Is 1.18,19; 55.6,7) e declaram que Deus receberá todos que já
desfrutaram da graça salvadora, se arrependidos, voltarem a Ele (cf. Gl 5.4 com 4.19; 1 Co 5.1-5 com 2 Co 2.5-11; Lc 15.11-24; Rm 1.20-23; Tg 5.19,20; Ap 3.14-20; note o exemplo de
Pedro, Mt 16.16; 26.74,75; Jo 21.15-22).
O
PERÍODO DO ANTICRISTO – Comentários BEP - CPAD
2Ts 2.3,4 “Ninguém, de maneira alguma, vos engane,
porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do
pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se
chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de
Deus, querendo parecer Deus.”
Segundo
a Bíblia, está para vir o Anticristo (cf. 1Jo 2.18); aquele que trama o
derradeiro ataque furioso de Satanás contra Cristo e os santos, pouco antes do
tempo em que nosso Senhor Jesus Cristo estabelecerá o seu reino na terra. As
expressões que a Bíblia usa para o Anticristo são “o homem de pecado” e “o
filho da perdição” (2.3). Outras expressões usadas na Bíblia são “a besta que
sobe do mar” (Ap
13.1-10), a “besta de cor escarlate” (Ap 17.3) e “a besta” (Ap 17.8, 16; 19.19,20; 20.10).
SINAIS
DA VINDA DO ANTICRISTO.
Diferente
do arrebatamento da igreja, a vinda do Anticristo não ocorrerá sem sinais
precursores. Pelo menos três eventos deverão ocorrer antes dele surgir na
terra: (1) o “mistério da injustiça” que já opera no mundo, deverá
intensificar-se (2.7); (2) virá a “apostasia” (2.3); (3) “um que, agora,
resiste”, deve ser afastado (2.7).
O
“mistério da injustiça”, i.e., a atividade secreta dos poderes do mal, ora evidente
no mundo inteiro (ver 27 nota), aumentará até alcançar seu ponto máximo na
total zombaria e desprezo a qualquer padrão ou preceito bíblicos. Por causa do
predomínio da iniquidade, o amor de muitos esfriará (Mt 24.10-12; Lc 18.8). Mesmo assim, um
remanescente fiel permanecerá leal à fé apostólica conforme revelada no NT (Mt 24.13; 25.10; Lc 18.7; ver Ap 2.7). Por meio desses fiéis, a igreja permanecerá
batalhando e manejando a espada do Espírito até ser arrebatada (ver Ef 6.11).
Ocorrerá
a “apostasia” (gr. apostasia), que literalmente significa “desvio’’,
“afastamento’’, “abandono’’ (2.3). Nos últimos dias, muitos pessoas da igreja
apartar-se-á da verdade bíblica.
Tanto
o apóstolo Paulo quanto Cristo revelam um quadro difícil da condição de grande
parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a era
presente chega ao seu fim (cf. Mt 24.5, 10-13, 24; 1Tm 4.1; 2Tm 4.3,4). Paulo, principalmente, ressalta que nos
últimos dias elementos ímpios ingressarão nas igrejas em geral.
Essa
“apostasia” dentro da igreja terá duas dimensões. (i) A apostasia teológica,
que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de Cristo e dos apóstolos, ou
a rejeição deles (1Tm 4.1; 2 Tm 4.3). Os falsos dirigentes
apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando as
exigências de Cristo quanto ao arrependimento, à separação da imoralidade, e à
lealdade a Deus e seus padrões (2Pe 2.1-3,12-19). Os falsos
evangelhos, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos egoístas,
gozarão de popularidade nota). (ii) A apostasia moral, que é o abandono da
comunhão salvífica com Cristo e o envolvimento com o pecado e a imoralidade.
Esses apóstatas poderão até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada
terem com os padrões morais de Deus (Is 29.13; Mt 23.25-28; ver o estudo A
APOSTASIA PESSOAL ACIMA). Muitas igrejas permitirão quase tudo para terem
muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (ver 1Tm 4.1). O evangelho da cruz,
com o desafio de sofrer por Cristo (Fp 1.29), de renunciar todo
pecado (Rm, de sacrificar-se pelo reino de Deus e de renunciar a si mesmo será
algo raro (Mt 24.12; 2Tm5;
43).
Tanto
a história da igreja, como a apostasia predita para os últimos dias, advertem a
todo crente a não pressupor que o progresso do reino de Deus é infalível na sua
continuidade, no decurso de todas as épocas e até o fim. Em determinado momento
da história da igreja, a rebelião contra Deus e sua Palavra assumirá proporções
espantosas. No dia do Senhor, cairá a ira de Deus contra os que rejeitarem a
sua verdade (1Ts 5.2-9).
O
triunfo final do reino de Deus e sua justiça no mundo, portanto, depende não do
aumento gradual da igreja professa, mas da intervenção final de Deus, quando
Ele se manifestará ao mundo com justo juízo (Ap 19—22; ver 2Ts 2.7,8; 1Tm 4.1; 2Pe 3.10-13; Jd).
Um
evento determinante deverá ocorrer antes do aparecimento do “homem do pecado” e
do Dia do Senhor começar (2.2,3), que é a saída de alguém (2.7) ou de algo, que
“detém”, resiste, ou refreia o “mistério da injustiça” e o “homem do pecado”
(2.3-7). Quando o restringidor do “homem do pecado’’ for retirado, então poderá
começar o Dia do Senhor (2.6,7).
O
que agora o detém é, sem dúvida, uma referência ao Espírito Santo, pois somente
Ele tem poder de deter a iniquidade, o homem do pecado e Satanás (2.6). Esse
que agora o detém ou resiste (2.7), leva no grego o artigo definido masculino e
ao mesmo tempo o artigo definido neutro, em 2.6 (“o que o detém”). De modo
semelhante, a palavra “Espírito” na língua grega pode levar pronome masculino
ou neutro (ver Gn 6.3; Jo 16.8 nota; Rm 8.13; ver Gl 5.17, sobre a obra do Espírito
Santo a restringir o pecado).
No
começo dos sete anos de tribulação, o Espírito Santo será “afastado” (v. 7).
Isso não significa ser Ele tirado do mundo, mas que cessará sua influência
restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo. Todas as restrições
contra o pecado serão removidas, e começará a rebelião inspirada por Satanás. O
Espírito Santo, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convencendo
pessoas dos seus pecados, convertendo-as a Cristo e dando-lhes poder (Ap 7.9, 14; 11.1-11; 14.6,7).
Retirando-se
o Espírito Santo, cessará a inibição à aparição do “homem do pecado”, no
cenário terreno (2.3,4). Deus então liberará uma influência poderosa enganadora
sobre todos os que se recusam a amar a verdade de Deus (ver 2.11); os tais
aceitarão as imposturas do homem do pecado, e a sociedade humana descerá a uma
depravação jamais vista.
A
ação do Espírito Santo restringindo o pecado é levada a efeito em grande parte
através da igreja, que é o templo do Espírito Santo (1Co 3.16; 6.19). Por isso, muitos expositores da
Bíblia acreditam que a saída do Espírito Santo é uma clara indicação de que o
arrebatamento dos santos ocorrerá nessa ocasião (1Ts 4.17). Noutras palavras, a
volta de Cristo, para levar a igreja e livrá-la da ira vindoura (1Ts 1.10), ocorrerá antes do
início do Dia do Senhor e da manifestação do “homem do pecado”.
Entende-se,
nos meios eruditos da Bíblia, que o restringente em 2.6 (no gênero neutro)
refere-se ao Espírito Santo e seu ministério de conter a iniquidade, ao passo
que em 2.7, “um que, agora” (no gênero masculino) refere-se aos crentes
reunidos a Cristo e tirados daqui, i.e., arrebatados ao encontro do Senhor nos
ares, a fim de estarem sempre com Ele (1Ts 4.17).
AS
ATIVIDADES DO ANTICRISTO.
Ao
começar o Dia do Senhor, “o iníquo” aparecerá neste mundo. Trata-se, no meios
eruditos da Bíblia, de um governante mundial que fará aliança com Israel por
sete anos, antes do fim da presente era (ver Dn 9.27).
A
verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio mais
tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante mundial,
declarar ser Deus, profanar o templo de Jerusalém, proibir a adoração a Deus
(ver 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (ver Dn 9.27; 11.36-45).
O
Anticristo declarará ser Deus, e perseguirá severamente quem permanecer leal a
Cristo (Ap
6,7;
13.7, 15-18; ver Dn 7.8, 24,25). Exigirá adoração, certamente sediada
num grande templo que será usado como centro de seus pronunciamentos (cf. Dn 7.8, 25; 8.4; 11.31, 36). O homem aspira tornar-se divino desde
a criação (ver 2.8; Ap 13.8,12).
O
“homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais, maravilhas e
milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira” significa que
seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para enganar as pessoas
e levá-los a crer na mentira. (a) Tais demonstrações possivelmente serão vistas
no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas ficarão impressionadas,
enganadas por esse líder altamente convincente, por não darem a devida
importância à Palavra de Deus nem ter amor às suas verdades (2.9-12). (b) Tanto
as palavras de Paulo (2.9), quanto as de Jesus (Mt 24.24) devem despertar os
crentes para o fato de que nem todo milagre provém de Deus. Aparentes “manifestações
do Espírito” (1Co 12.7-10) ou fenômenos
supostamente vindos da parte de Deus devem ser provados à base da obediência a
Cristo e às Escrituras, por parte da pessoa atuante.
A
DERROTA DO ANTICRISTO.
No
fim da tribulação, Satanás congregará muitas nações no Armagedom, sob o comando
do Anticristo, e guerrearão contra Deus e o seu povo numa batalha que envolverá
o mundo inteiro (ver Dn 11.45; Ap 16.16). Quando isso ocorrer,
Cristo voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o Anticristo, seus
exércitos e todos os que não obedecem ao evangelho (ver Ap 19.15-21). A seguir, Cristo
prenderá Satanás e estabelecerá seu reino na terra (20.1-6).