Lição 11, A Visão do Templo e o Milênio
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“E clamavam uns para os outros, dizendo: SANTO, SANTO, SANTO é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Is 6.3)
VERDADE PRÁTICA
O ultraje à santidade divina traz destruição espiritual. A santidade de DEUS é a expressão máxima de sua glória.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 40.34,35 A glória de DEUS se manifestou por ocasião da dedicação do Tabernáculo no deserto
Terça - 2 Cr 7.1,2 A glória de DEUS desceu ao Templo de Jerusalém quando o rei Salomão o inaugurou
Quarta - Ez 43.12 Santidade é a lei do novo Templo
Quinta - Sl 26.8 A glória de Javé simboliza a presença de DEUS
Sexta - Ez 11.23 A glória de DEUS se afastou do Templo por ocasião de sua destruição pelos caldeus
Sábado - Jo 1.14 O Senhor JESUS CRISTO é o clímax da manifestação da glória de DEUS
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ezequiel 43.1-9
1 - Então, me levou à porta, à porta que olha para o caminho do oriente. 2 - E eis que a glória do DEUS de Israel vinha do caminho do oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória. 3 - E o aspecto da visão que vi era como o da visão que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que vi junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto.
4 - E a glória do SENHOR entrou no templo pelo caminho da porta cuja face está para o lado do oriente. 5 - E levantou-me o ESPÍRITO e me levou ao átrio interior; e eis que a glória do SENHOR encheu o templo.
6 - E ouvi uma voz que me foi dirigida de dentro do templo; e um homem se pôs junto de mim 7 - e me disse: Filho do homem, este é o lugar do meu trono e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo, nem eles nem os seus reis, com as suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis, nos seus altos,
8 - pondo o seu umbral ao pé do meu umbral e a sua ombreira junto à minha ombreira, e havendo uma parede entre mim e entre eles; e contaminaram o meu santo nome com as suas abominações que faziam; por isso, eu os consumi na minha ira. 9 - Agora, lancem eles para longe de mim a sua prostituição e os cadáveres dos seus reis, e habitarei no meio deles para sempre.
Hinos Sugeridos: 312, 371, 525 da Harpa Cristã
PALAVRA-CHAVE - Santidade Resumo da Lição 11, A Visão do Templo e o Milênio
I - SOBRE O QUE VEM DEPOIS DA RESTAURAÇÃO
1. A porta oriental do Templo (v.1).
2. Três observações importantes (v.2).
3. As reminiscências (v.3).
II – O TEMPLO DO MILÊNIO
1. Um templo diferente.
1. A glória de DEUS volta ao Templo (v.5).
43.7 HABITAREI NO MEIO DOS FILHOS DE ISRAEL. O plano eterno de DEUS é habitar para sempre com o seu povo, em comunhão de amor e zelo. A bênção e a alegria que Ele reservou para seus filhos ultrapassam os limites da nossa compreensão (cf. 1 Co 2.9; Ap 21;22). SUBSÍDIOS REVISTA DIGITAL CPAD Lição 10 - A RESTAURAÇÃO NACIONAL E ESPIRITUAL DE ISRAEL
A lição desta semana tem como tema central a restauração de Israel enquanto nação, bem como a restauração da sua condição espiritual diante de DEUS. O juízo divino, profetizado por Ezequiel, veio sobre Judá. A nação entrou em colapso e se iniciou um processo de sofrimento tão doloroso por conta dos seus pecados que a cauterização de entendimento deu lugar a uma completa desesperança. O povo de DEUS que havia sido levado em cativeiro perdeu completamente a expectativa de que o Senhor poderia trazer restauração à nação. É importante observar que, na visão do profeta, o vale de osso secos se refere não apenas a Judá, mas também a Israel. Por esse motivo, a maioria dos oráculos de Ezequiel considera o Reino do Sul como Casa de Israel. Isso significa que, assim como o castigo divino veio sobre os dois reinos (Israel e Judá) a partir de seus respectivos cativeiros (Cativeiro de Israel – 722 a.C.; Cativeiro de Judá – 586 a.C.), a restauração viria também num tempo em que os dois reinos seriam unificados. Isso já aconteceu, pois, a partir de 1948, Israel tornou-se novamente Estado independente, reconhecido pela ONU.
O Senhor anunciou aos seus profetas (Zc 12.10; Ez 37.23-28) um novo tempo espiritual para Israel. De acordo com a profecia de Ezequiel 37.17-28, haverá apenas um único povo que jamais será dividido em duas nações, e eles terão um único pastor e andarão nos juízos do Senhor (v. 24). Essa profecia diz respeito ao tempo em que Israel, finalmente, aceitará o Senhor JESUS como seu Messias Prometido. Nesse tempo, o Senhor restaurará completamente a condição espiritual de Israel, e a morte, representada metaforicamente pelo vale de ossos secos, nunca mais fará parte da história do Seu povo. Muitas profecias anunciadas pelos profetas Ezequiel, Daniel, Zacarias e Sofonias apontam para um reino espiritual, regido pelo Messias, ainda neste mundo. Stanley Horton, na obra O Ensino Bíblico das Últimas Coisas, editada pela CPAD, ressalta que “essas profecias só podem ter um cumprimento completo num Reino estabelecido sobre esta terra, e não numa nova terra, como afirmam alguns. CRISTO será o mediador do Reino de DEUS no mundo, pois Ele tem de reinar (1 Co 15.25) [...]. Isto é uma descrição clara de uma nação de verdade e indica situações que se darão no Milênio, e não na nova terra e na Nova Jerusalém” (1998, p. 182). A promessa de DEUS é perfeita e se concretizará no momento certo. A Igreja deve se preparar, pois não estará à margem, mas fará parte do advento que se cumprirá sobre Israel. Lição 11: Um Novo Templo e a Restauração do Culto | 1° Trimestre de 2022 | EBD – Betel
Explicar a visão do novo Templo.
Apresentar os avisos e ensino para a Igreja.
1- Então me levou à porta, à porta que olha para o caminho do oriente.
2- E eis que a glória do DEUS de Israel vinha do caminho do oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória.
4- E a glória do Senhor entrou no templo pelo caminho da porta, cuja face está para o lado do oriente.
10- Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel esta casa, para que se envergonhe das suas maldades; sirva-lhe ela de modelo.
TERÇA / Dt 12.11 Um local para ali fazer habitar o seu nome.
QUARTA / 2Cr 7.1-3 A glória do Senhor encheu a “casa do Senhor”.
SEXTA / 1Tm 2.5 JESUS, único Mediador entre DEUS e os homens.
SÁBADO / Hb 9.15 JESUS, Mediador da Nova Aliança.
1– Um santuário no meio do povo
2– A visão do novo Templo
3– Avisos e ensino para a Igreja
Conclusão
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Comentário Bíblico Wesleyana 1 Depois disso, ele me levou à porta, à porta que dá para o oriente. 2 E eis que a glória do DEUS de Israel vinha do caminho do oriente; e sua voz era como o som de muitas águas; ea terra resplandecia com a sua glória. 3 E foi de acordo com a aparência da visão que eu vi, ainda de acordo com a visão que eu vi quando vim destruir a cidade; e as visões eram como a visão que vi junto ao rio Quebar; e eu caí sobre o meu rosto. 4 E a glória do Senhor entrou na casa pelo caminho da porta, cuja face está para o oriente. 5 E o ESPÍRITO me pegou e me levou ao átrio interior; e eis que a glória do Senhor encheu a casa.
6 E ouvi uma voz que me fora de casa; e um homem ficou ao meu lado. 7 E disse-me: Filho do homem, este é o lugar do meu trono, eo lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre . E a casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo, nem eles nem os seus reis, com as suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis em seus altos, 8 em pondo o seu limiar de meu limite, e sua porta-post ao lado da minha porta-post, e lá estava , mas a parede entre mim e eles; e profanaram o meu santo nome com as abominações que têm cometido; por isso eu os consumi na minha ira. 9 Agora lancem eles para longe sua prostituição e os cadáveres dos seus reis, longe de mim; e habitarei no meio deles para sempre. ______________________________________________________________ MILÊNIO - Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD Esta palavra vem do latim m.ille, “um mil”, eannum , “ano”, “mil anos”, e é um termo teológico baseado nos mil anos mencionados em Apocalipse 20.2-7. Será uma época de bênçãos especiais, durante a qual Satanás estará confinado, e o evangelho será propagado sem obstáculos. Existem três principais visões.
Pós-milenialismo. A segunda vinda de CRISTO ocorrerá depois do Milênio. A pregação do evangelho pela Igreja irá trazer um tempo de paz e prosperidade, e o conhecimento do Senhor encherá toda a terra. Considera-se a duração desse período como seado de aproximadamente mil anos. Esta teoria foi promulgada pela primeira vez na Inglaterra pelos ensinos de Daniel Whitby (1638-1726). Ela foi bem popular até que a I Guerra Mundial trouxe uma desilusão aos homens, que perceberam que no final o evangelho não seria aceito por todos, e que a humanidade não estava progredindo moralmente. Recentemente, ela foi renovada especíalmente por Loraine Boettner (The Millennium).
Amilenialismo. De acordo com esta interpretação escatológica não haverá nenhum período literal de mil anos de paz. Nem haverá um milênio físico durante o qual CRISTO reinará na terra. As passagens que falam de um reino terreno devem ser interpretadas como se fossem aplicáveis à Igreja, e as bênçãos que o Evangelho traz, como pregado no mundo durante a Era do Evangelho (Hamilton). Acredita-se que a prisão de Satanás ocorreu na cruz, na época de Constantino o Grande, ou em algum período posterior. Muitos amilenialistas consideram que Apocalipse 20.4ss. esteja referindo-se ao estado abençoado daqueles santos que morreram e foram para o Senhor durante a Era do evangelho (Kuyper, Bavinck). A segunda vinda de CRISTO é vista como introdutora de um juízo universal final, tanto dos bons como dos maus.
Pré-milenialismo. O Milênio é o período do reino literal de CRISTO sobre a terra por mil anos. CRISTO deve voltar antes do Milênio começar (Ap 19.11ss.; 20.4ss.). Nenhum julgamento universal tanto dos crentes como dos não crentes pode ocorrer, visto que o julgamento dos maus ocorre depois dos mil anos (Ap 20.5,6,11ss.).
Uma comparação das 3 visões. Longe de fazer uma avaliação completa das 3 visões neste artigo, as três posições são possíveis, considerando as duas linhas de profecia encontradas na Bíblia com relação ao governo, reino, sofrimento e sacrifício do Messias. (1) As profecias relacionadas ao governo e reinado do Messias podem ser aceitas literalmente, e aquelas relacionadas ao sofrimento e sacrifício do Messias podem ser espiritualizadas ou interpretadas simbolicamente (como fazem muitos judeus). (2) Aquelas relacionadas ao sofrimento e sacrifício do Messias podem ser aceitas literalmente, e as relacionadas ao governo e reinado do Messias podem ser espiritualizadas ou interpretadas de modo figurado ou místico (por exemplo, no caso dos pós-niiíenistas e amilenialistas). (3) Ambas podem ser consideradas literalmente (por exemplo, no caso dos pré-milenialistas).
Embora alguns problemas estejam relacionados com cada visão, quando estudados em teologia sistemática, a visão pré-milenialista encontra, um suporte mais forte na teologia bíblica. E difícil justificar uma mudança da interpretação literal da profecia com relação à primeira vinda de CRISTO, a uma interpretação metafórica da sua segunda vinda.
Descrição da Era Milenial
O cumprimento das alianeas. O Milênio é o período em que todas as alianças incondicionais de DEUS com a nação de Israel serão cumpridas (veja Dispensações). As promessas da afiança com Abraão (Gn 12.1-3) com respeito à terra e à semente serão cumpridas, porque Israel irá possuir a Palestina, e a semente de Abraão irá ocupá-la. As promessas da aliança de Davi, com relação à sua casa, seu trono e seu reino (2 Sm 7.16) serão cumpridas porque alguém da linhagem de Davi irá ocupar o trono e governará sobre a nação de Davi. As promessas da aliança de Jeremias (Jr 31.31-34) com respeito à escrita da lei de DEUS no coração dos homens cumprir-se-âo porque Israel será convertida, receberá um novo coração, experimentará o perdão dos pecados e a plenitude do espírito. As promessas da aliança de Moisés (Dt 30.1-10) relacionadas ao reajuntamento de Israel serão cumpridas, e a nação de Israel será abençoada na terra da Palestina.
Condições ideais da terra. Várias características da Era Milenial aparecem nas Escrituras. Este será um tempo de paz porque todas as nações estarão sujeitas à autoridade de CRISTO (Ap 11.15; Is 9.6,7). Conseqüentemente, a guerra será abolida, será um tempo de alegria (Is 65.18,19). A santidade caracterizará o reino e os seus subordinados (Zc 14.20,21). A glória do Senhor se manifestará sobre a terra (Is 35.2). O rei virá trazer o consolo (Is 66.13) e estabelecerá a justiça perfeita (Is 9.7). Através do ensino do ESPÍRITO SANTO, o conhecimento da verdade divina se espalhará (Is 11.2; Jr 31.33,34), e os efeitos da maldição serão eliminados da terra (Is 11.6-9; Rm 8.17-23). As enfermidades físicas e todas as doenças serão removidas (Is 35.3-6; Ez 47.12). A longevidade será restaurada (Is 65.20). Haverá perfeita ordem social (Is 65.21-23) e abundância econômica (Is 30.23-26; Am 9.13). Toda a terra se reunirá em adoração a Jeová (Is 45.22-24; Zc 14.16ss.). O fortalecimento divino continuará a ser transmitido pelo ESPÍRITO, para que o povo obedeça aos mandamentos do rei (Jl 2.28-32).
A maldição do Milênio. Por ocasião de sua segunda vinda, o Senhor JESUS CRISTO acabará com toda rebelião organizada contra a sua autoridade (Ap 19.11-21; Sl 2.9). Satanás será preso (Ap 20.2,3) de forma que a origem externa da tentação será removida. Os santos da Era da Igreja presente que deverão Teinar com CRISTO (Mt 19.28; Lc 19.12-17; 22.30; Ap 3.21; 5.10; 20.4) demonstrarão a plenitude da salvação por terem não só a “garantia da salvação” que é o ESPÍRITO SANTO (Ef 1.13,14; Rm 8.23), como no pTesente, mas também porque seus corpos ressurrectos estarão livres da natureza caída de Adão. A terra com tudo o que nela há será uma revelação da salvação, pois ela seTá libertada da maldição (Is 11.6-9; 65.25; Ez 34.25; Rm 8.17-23).
Ainda como prova da iniqüidade do pecado, as multidões Jião crerão em CRISTO para salvação, mas expressarão apenas um culto de lábios. Como resultado, quando Satanás for solto no final dos mil anos, estes o seguirão e atacarão ao Senhor e aos santos (Ap 20.7-9). Sendo finalmente provada a ineorrigibi- lidade do pecador e o excesso da iniqüidade do pecado, a rejeição da graça de DEUS sob a lei. o Evangelho e o reino, DEUS irá julgar o mundo com justiça. Acontecerá então a destruição e o julgamento final de Satanás e dos perversos (Ap 20.10-15), No final dos mil anos, CRISTO entregará o reino ao Pai para que Ele seja tudo em todos (1 Co 15.24-28). Òs propósitos divinos do Milênio. Na época da criação, o propósito de DEUS era sujeitar a criação ao homem, que seria um governador teocrático (Gn 1.26), Este propósito nunca foi concretizado por causa do pecado de Adão (Hb 2.8), mas será cumprido durante a Era do Milênio, quando todas as coisas estarão sujeitas a CRISTO (1 Co 15.25,27). Esta será, então, a época do aparecimento mais pleno do Filho de DEUS, jamais conhecido em toda a história do mundo, porque JESUS CRISTO reinará pessoalmente, em justiça e paz.
Um milênio futuro não é claramente uma negação das maravilhas ou da eficácia presente do evangelho. Somente na Era Milenial aparecerão os efeitos completos da redenção de CRISTO, na remoção da natureza humana caída dos crentes ressurrectos, da maldição sobre a natureza, e dos efeitos da morte física, Hoje os homens podem rejeitar a CRISTO por não conseguirem enxergar o significado da salvação, e tropeçam naquilo que ainda lhes parece ofensivo, como por exemplo, a natureza caída dos cristãos, a maldição sobre a natureza, e a mortalidade do corpo. Assim, eles não poderão se desculpar, por causa destas objeções. Para provar sua justiça e amor, DEUS não irá colocar ninguém no final e eterno inferno até que Ele tenha mostrado a todos que o homem é tão pecador que não crerá - nem mesmo no Milênio - exceto pela sua soberana graça.
Veja Dia do Senhor; Escatologia; Reino de DEUS; Profecia, Cumprimento da.
Bibliografia. Loraine Boettner, The Millenium, Filadélfia. Presbyterian and Reformed, 1958. Charles L. Feinberg, Premil- lennialism or Amillennialism? 2‘ ed., Wheaton. Van Kampen, 1954. Floyd E. Hamilton, The Basis of Milennial Faith, Grand Rapids. Eerdmans, 1942. Alva J. McClain, The Greatness of the Kingdom, Chicago. Moody, 1959. J. Dwight Pentecost, Things to Come, Findlay. Dunham, 1958. Charles C. Ryrie, The .Basis of the Premillennial Faith, Nova York. Loizeaux, 1953. John F. Walvoord, The MiUennial Kingdom, Findlay. Dunham, 1959.
J. D. P. SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 11 - CPAD PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Na lição 4 vimos que a glória do Senhor se foi do Templo. Nesta lição, veremos que, após a restauração completa da nação de Israel, o novo Templo, o Templo do Milênio, será estabelecido a partir de uma nova dispensação. A glória do Senhor estará neste novo Templo. O profeta Ezequiel revela que a glória do Senhor entrou no Templo (Ez 43.4).
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: Mostrar a revelação de Ezequiel após a restauração; II) Identificar o Templo do Milênio; III) Relacionar o Templo do Milênio com a santidade e a glória.
B) Motivação: O retorno da glória de DEUS ao Templo é um dos momentos mais áureos do livro de Ezequiel. No livro, a chegada da glória de DEUS ao novo Templo muda por completo a relação de DEUS com o seu povo.
C) Sugestão de Método: Neste espaço, tomamos contato com as sete leis do ensino: 1) a lei do professor; 2) a lei do aluno; 3) a lei da comunicação; 4) a lei da lição; 5) a lei do processo do ensino; 6) a lei da aprendizagem; 7) a lei da recapitulação e da aplicação. Sugerimos que você reveja cada lei e procure perceber o todo do processo de ensino-aprendizagem. Note que as sete leis do ensino começam com o professor, passa pelo aluno e seus processos de aprendizagem e termina com a aplicação de tudo o que aprendeu. Essas leis nos mostram que a educação tem rumo e ordem.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Faça uma revisão com a classe, procurando mostrar que DEUS deseja fazer nova a nossa relação com Ele.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "A Descrição do Templo" aprofunda a perspectiva literal do Templo na visão de Ezequiel; 2) O texto "A volta da glória de DEUS" amplia o assunto do retorno da glória do novo Templo. SINÓPSE I - A glória do Senhor entra pelo caminho da porta cuja face está para o oriente.
SINÓPSE II - No novo Templo não haverá a Arca da Aliança, seus sacrifícios serão um memorial, pois é uma nova dispensação.
SINÓPSE III - A glória e a santidade estarão para sempre no novo Templo.
Auxílio Teológico TOP2
A Descrição do Templo
“As medidas precisas do Templo – com o projeto de seus pátios, colunas, galerias, cômodos, câmaras, portas, ornamentos e vasos, além das instruções pormenorizadas quanto ao serviço sacerdotal – demonstram que o texto trata de um Templo real. O trecho de Ezequiel 43.10,11 foi escrito para aqueles judeus que viverão ao tempo da restauração final (ao tempo do cumprimento da profecia), para que eles construam o Templo conforme as instruções ali contidas. O mesmo tipo de informação sobre as dimensões arquitetônicas do Templo também é dado a respeito do altar (43.13-27). Tais dimensões devem ser observadas ‘no dia em que o farão [o altar] (v.18). A coerência e a lógica literária exigem que, se o altar do Templo deve ser construído, o mesmo vale para o próprio templo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1223).
Auxílio Teológico TOP3
A volta da glória de DEUS
“Nos capítulos 8–11, Ezequiel descreve a partida da “glória” de DEUS, essa expressão visível de Sua presença no templo construído por Salomão. A saída, naquela época, simbolizava que DEUS abandonara temporariamente sua proteção à cidade e ao povo judeu. Agora, entretanto, Ezequiel observa a volta da mesma “glória” a Jerusalém, e sua acomodação no Templo reconstruído. Finalmente, DEUS restaura inteiramente seu relacionamento com o povo judeu e as suas promessas da aliança dadas a Abraão são cumpridas em sua integridade” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, p.508).
VOCABULÁRIO
Epílogo: O resumo da ação; desfecho, fecho, final.
Reminiscência: Imagem lembrada do passado; o que se conserva na memória.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual a intenção do ESPÍRITO SANTO em relação ao retorno da glória de DEUS? É fazer o destinatário original desses oráculos lembrar que, quando a glória de DEUS se afastou da Casa de DEUS, foi em direção do oriente (10.19; 11.23) e que o seu retorno será pelo mesmo caminho.
2. Quais peças e utensílios ausentes do templo de Ezequiel que podemos enumerar? Não aparecem nele peças e utensílios próprios do tabernáculo e do templo de Salomão. Podemos enumerar alguns como a arca da aliança (2 Cr 5.6-8) o altar de ouro do incenso, o candelabro ou castiçal, a mesa dos pães da proposição (2 Cr 4.19, 20).
3. O que profetizou Jeremias sobre a Arca da Aliança (Jr 3.16)? Ela não será visitada, nem ela virá ao coração e ninguém se lembrará dela.
4. O que significa retorno da glória de DEUS? O retorno da glória de Javé significa a volta da presença de DEUS no meio do seu povo.
5. Qual é a lei do novo Templo? “Esta é a lei da casa. Sobre o cume do monte, todo o seu contorno em redor será santíssimo; eis que esta é a lei da casa” (Ez 43.12).
LEITURAS PARA APROFUNDAR - Apocalipse Versículo por Versículo; Agentes do Apocalipse LIÇÃO 10 DA REVISTA DA CPAD NA ÍNTEGRA INTRODUÇÃO
Depois das visões e dos diversos discursos contra o Templo e contra a cidade de Jerusalém em Ezequiel, os oráculos divinos substituem ameaças e castigos por bênçãos futuras. Estudamos, na lição passada, a restauração espiritual de Israel, que o profeta anunciou para um futuro distante. Veremos, a partir de agora, o epílogo da revelação de Ezequiel. É longo e ocupa os capítulos 40-48, mas o registro da volta da glória de DEUS aparece depois da descrição do Templo, sendo parte das promessas divinas de restauração.
I - SOBRE O QUE VEM DEPOIS DA RESTAURAÇÃO
Essa parte da revelação de Ezequiel segue o mesmo padrão da sua experiência no início de sua vocação que ocupa todo o capítulo 1. A linguagem é a mesma da visão do capítulo 8, quando o profeta foi levado em espírito para Jerusalém e para o Templo.
1. A porta oriental do Templo (v.1). Os capítulos 40 a 42 descrevem o complexo do Templo com suas áreas, espaços e dimensões, mas só no capítulo 43.1-12 que a glória de DEUS aparece. Na descrição do Templo, Ezequiel é levado “à porta que olhava para o caminho do oriente” (Ez 40.6). Quando se refere ao retorno da glória de DEUS, o profeta volta a falar dessa mesma porta (v.1). A intenção do ESPÍRITO SANTO é fazer o destinatário original desses oráculos lembrar que quando a glória de DEUS se afastou da Casa de DEUS foi em direção ao oriente (Ez 10.19; 11.23) e que o seu retorno será pelo mesmo caminho.
2. Três observações importantes (v.2). Observe que a glória de DEUS “vinha do caminho do oriente”. Quando Ezequiel recebeu a incumbência de anunciar a destruição do Templo e a queda da cidade de Jerusalém, ele viu o afastamento da glória de Javé para o Oriente como sinal de sua retirada do meio do povo. O profeta já tinha visto isso na revelação inaugural (Ez 1.24); “a terra resplandeceu por causa da sua glória”, isso faz lembrar da visão do profeta Isaías (Is 6.3). A “voz como de muitas águas” (v.2) é uma expressão metafórica para indicar o grande poder de DEUS (Ap 1.15; 14.2; 19.6). Esse Ser da visão do profeta, “como semelhança de um homem” (Ez 1.26), é o Messias pré-encarnado; “vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14) quando veio ao mundo na plenitude dos tempos (Gl 4.4).
3. As reminiscências (v.3). A comunicação profética e a estrutura dos discursos continuam na mesma forma da atividade profética de antes, ou seja, o profeta é levado em espírito. Ezequiel compara essa visão com a de sua primeira experiência como profeta (Ez 1.1; 8.3). Estudamos, na lição 4, que a glória de Javé se retirou do Templo de Jerusalém como sinal da retirada de sua presença do meio do seu povo. Depois de 14 anos da destruição da Cidade Santa, Ezequiel foi levado de volta, em visão, para Jerusalém, “No ano vigésimo quinto do nosso cativeiro, no princípio do ano, no décimo dia do mês” (Ez 40.1), estamos falando de 28 de abril de 573 ou 572 a.C. Essa revelação é escatológica, não é para o contexto histórico em que vivia o profeta.
II – O TEMPLO DO MILÊNIO
Há um contraste entre o que o profeta viu quando foi levado em visão ao Templo de Jerusalém e o que ele vê nessa última visão. Ezequiel não foi o único profeta a mencionar a referida Casa (Is 2.2-5; Jl 3.18), mas é o único a descrever o complexo do Templo com abundância de detalhes.
1. Um templo diferente. Que templo é esse? Não aparecem nele peças e utensílios próprios do Tabernáculo e do Templo de Salomão. Podemos enumerar alguns como a Arca da Aliança (2 Cr 5.6-8), o altar de ouro do incenso, o candelabro ou castiçal, a mesa dos pães da proposição (2 Cr 4.19,20). Comparado com o que se conhece da Casa de DEUS em Jerusalém e do Tabernáculo, pode-se dizer que é um templo atípico, ou seja, diferente. Visto que o Tabernáculo e o Templo com toda a sua estrutura de funcionamento, rituais, peças e sacerdotes apontavam para CRISTO e tudo isso se cumpriu nEle (Hb 9.11,12). Por essa razão, não haverá necessidade desses rituais no Milênio.
2. Uma dispensação diferente. O último bloco do livro de Ezequiel, capítulos 40-48, foca o Novo Templo (40.1-43.12); a nova forma de adoração a DEUS (43.13-46.24); e a partilha da terra santa entre as tribos de Israel (47.1-48.35). Tudo isso aponta para o Milênio, o reinado de CRISTO de mil anos (Ap 20.1-5), anunciado pelos profetas (Ez 37.22, 23; Is 2.2-4; 11.6-8). Há muitas interpretações sobre o templo de Ezequiel, é extremamente difícil separar o literal do simbólico. Sabemos que esse é o Templo do Milênio, mas, como JESUS já foi sacrificado por nós, seria necessário sacrifício de animais (Jo 1.29; 1 Co 5.7; Hb 7.24-28)? O incenso representa as nossas orações (Sl 141.2; Ap 8.3). O castiçal tipificava CRISTO como a luz do mundo (Jo 8.12). A era messiânica será marcada pela presença real e literal de CRISTO (Ap 20.1-5).
3. Um ritual diferente. Sem a Arca da Aliança: “naqueles dias, diz o SENHOR, nunca mais se dirá: A arca do concerto do Senhor! Nem lhes virá ao coração, nem dela se lembrarão, nem a visitarão; isso não se fará mais” (Jr 3.16). Ela não aparece no templo de Ezequiel e nem mesmo no templo de Zorobabel. Ela aparece pela última vez na Bíblia no reinado de Josias (2 Cr 35.3). Depois disso, a Arca desapareceu completamente da história. A Arca da Aliança era o símbolo da presença de DEUS (Êx 25.22; Lv 16.2) e foi confeccionada pelos israelitas por ordem de DEUS durante a peregrinação no deserto (Êx 25.10-16; 37.1-9).
4. Como explicar os sacrifícios no Milênio? O ponto mais crucial da visão de Ezequiel é a descrição dos sacrifícios (Ez 43.18-27) no sistema levítico, visto que o Senhor JESUS já cumpriu toda a lei, tornando sem efeito a eficácia do modelo mosaico (Hb 9.10-15; 10.1-4,8). O apóstolo Paulo usa uma metafórica linguagem do sistema de sacrifícios do Antigo Testamento para o culto e o serviço cristãos (Rm 12.1,2; 1 Co 9.13,14; Fp 4.18). Mas existem diversas explicações para os sacrifícios no Milênio em Ezequiel. Uma delas, e a principal, considera o sacrifício como literal, como memória do sacrifício de CRISTO; assim como a ceia do Senhor será celebrada “no Reino de meu Pai” (Mt 26.29); ou: “no Reino de DEUS” (Mc 14.25).
III - SANTIDADE E GLÓRIA
1. A glória de DEUS volta ao Templo (v.5). O ESPÍRITO SANTO levou Ezequiel para o átrio interior do Templo, como havia feito anteriormente (Ez 8.1-3). Vimos isso na lição 4. Mas, nessa ocasião, a situação do Templo e dos seus adoradores era de completa apostasia com práticas abomináveis. Dessa vez, o profeta viu “que a glória do Senhor encheu o templo” (v.5). Como aconteceu com Moisés na dedicação do Tabernáculo a DEUS (Êx 40.34,35); e com o rei Salomão na inauguração do Templo, consagrando-o a DEUS (2 Cr 7.1,2). O retorno da glória de Javé significa a volta da presença de DEUS no meio do seu povo.
2. A identidade do guia celestial (vv.6,7). Na sua visão, Ezequiel viu no interior do Templo um personagem, diz o profeta: “um homem se pôs junto a mim” (v.6). Pelas características, tudo indica se tratar do “Anjo do Senhor”; que é o próprio Javé, pois Ele fala em primeira pessoa: “este é o lugar do meu trono e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome santo” (v.7); como na revelação a Moisés no Sinai, a manifestação do “anjo do SENHOR”.
3. Santidade para sempre (vv.8,9). Assim como a idolatria foi erradicada definitivamente do meio do povo de Israel durante o exílio na Babilônia, do mesmo modo todas as abominações e prostituição desaparecerão do meio do povo. Será o lugar do trono de DEUS e da planta dos seus pés (v.7). A santidade de Javé é um dos seus atributos mais solenizados nas Escrituras (1 Sm 2.2), e no milênio nunca mais entrará coisa impura na cidade santa (Is 52.1). Isso porque “esta é a lei da casa. Sobre o cume do monte, todo o seu contorno em redor será santíssimo; eis que esta é a lei da casa” (Ez 43.12).
CONCLUSÃO
O chamado de Ezequiel para o ministério dos profetas aconteceu pela visão da glória de DEUS. É assim que o livro começa, cuja visão ocupa todo o capítulo primeiro. Outra vez ele foi levado em visão para Jerusalém, quando testemunhou as abominações no interior do Templo, razão pela qual a Casa de DEUS foi destruída. O retorno da glória de DEUS acontece depois da restauração espiritual de Israel no novo Templo, que DEUS mostrou a Ezequiel em visão.