Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em Constante Mudança Comentários: Pr. Esequias Soares
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm NÃO DEIXE DE LER O ESTUDO SOBRE INFIDELIDADE CONJUGAL - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-fcs21-2tr13-ainfidelidadeconjugal.htm NÃO DEIXE DE LER O ESTUDO SOBRE VENCER TENTAÇÕES EM - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-dvc-vencendotentacoes.htm



Terça - Pv 6.32,33 O adultério destrói a reputação e deixa cicatrizes indeléveis
Quarta - Jr 29.20-23 O adultério é uma prática insana com consequências funestas
Quinta - Ml 2.14 DEUS exige fidelidade entre marido e mulher
Sexta - Mt 19.4-6 O plano divino desde o princípio era monogâmico
Sábado - Mc 10.11,12 No NT, adultério é qualquer relação sexual extraconjugal LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.14; Deuteronômio 22.22-30 Êxodo 20.14 Não adulterarás.
Deuteronômio 22.22 Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel. 23 Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela, 24 então, trareis ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti. 25 E, se algum homem, no campo, achar uma moça desposada, e o homem a forçar, e se deitar com ela, então, morrerá só o homem que se deitou com ela; 26 porém à moça não farás nada; a moça não tem culpa de morte; porque, como o homem que se levanta contra o seu próximo e lhe tira a vida, assim é este negócio. 27 Pois a achou no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse. 28 Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados, 29 então, o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinquenta siclos de prata; e, porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias. 30 Nenhum homem tomará a mulher de seu pai, nem descobrirá a ourela de seu pai.
OBJETIVO GERALApresentar o sétimo mandamento, ressaltando o intento de DEUS em favor da família. OBJETIVOS ESPECÍFICOSAbaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico.
Tratar a abrangência e o objetivo do sétimo mandamento.
Mostrar o real significado da infidelidade.
Relacionar alguns pecados sexuais segundo a lei divina.
Analisar o ensino de JESUS acerca do sétimo mandamento. PONTO CENTRAL - O adultério e a impureza sexual maculam a família. Resumo da Lição 9 - Não Adulterarás I. O SÉTIMO MANDAMENTO
1. Abrangência.
2. Objetivo.
3. Contexto.
II. INFIDELIDADE
1. Adultério.
2. Sexo antes do casamento.
3. Fornicação.
III. OUTROS PECADOS SEXUAIS
1. Estupro.
2. Incesto.
3. Bestialidade.
IV. O ENSINO DE JESUS
1. O sétimo mandamento nos Evangelhos.
2. O problema dos escribas e fariseus.
3. A concupiscência. SÍNTESE DO TÓPICO I - O sétimo mandamento tem como objetivo proteger a família, estabelecendo uma sociedade moral e espiritualmente sadia.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A infidelidade conjugal quebra a aliança assumida pelo casal diante de DEUS e dos homens.
SÍNTESE DO TÓPICO III - DEUS abomina o estupro, o incesto e a bestialidade.
SÍNTESE DO TÓPICO IV - O Senhor JESUS reiterou o princípio do sétimo mandamento.
PARA REFLETIR - Sobre o sétimo mandamento:
O adultério destrói a família. Por quê?
Sim. Ele destrói a família porque quebra a aliança assumida pelo casal diante de Deus e da sociedade. A infidelidade destrói a harmonia no lar e desestabiliza a família.
O adultério refere-se apenas ao envolvimento sexual de pessoas casadas?
Não. Refere-se também ao relacionamento sexual entre uma pessoa solteira e uma casada.
Por que o adultério é destrutivo para a família?
Porque é uma loucura que compromete a honra e a reputação do casal.
Por que o casamento é uma instituição divina?
Porque foi planejado e criado pelo Senhor.
Qual o limite entre o "simples olhar" e o "olhar malicioso"?
O olhar malicioso é o que cobiça com o desejo de possuir o outro. VOCABULÁRIO Endogamia - Estado de endógamo, isto é, aquele que só se casa com membros da sua classe ou tribo. SUGESTÃO DE LEITURA A Família Cristã e os Ataques do Inimigo Manter a família com princípios e valores cristãos é um desafio na pós-modernidade. Para obter sucesso, não só é preciso conhecer o que a Bíblia diz, mas também colocar seus ensinamentos em prática. Desse modo, as contaminações do mundo sobre a família podem ser identificadas e refutadas. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Um estudo sistematizado sobre os livros de Provérbios de Salomão e Eclesiastes. Esta obra tem um capítulo que trata a respeito da infidelidade conjugal. Deus tem um plano para o matrimônio cristão e sua Palavra é poderosa para orientar os casais. Integridade Moral e Espiritual Sem dúvida, o livro de Daniel revela fatos e acontecimentos os quais se evidenciam na atualidade. Na verdade, nenhum outro livro profético se ajusta tão perfeitamente às evidências atuais como o livro de Daniel. Nele, vemos a integridade espiritual e moral de um servo de Deus. Comentários de diversos livros com algumas alterações e adições do Ev. Luiz Henrique NÃO ADULTERARÁS Quando um membro comete o pecado de adultério contra o cônjuge geralmente é redigido no Livro da Ata da Assembleia Geral da igreja local, assim: "pecou contra o sétimo mandamento". Adultério e sétimo mandamento tornaram-se sinônimos na maioria das igrejas. Com adultério, nos referimos ao relacionamento sexual de uma pessoa casada com outra casada ou solteira. Mas o sétimo mandamento tem uma particularidade no Antigo Testamento. Quando DEUS o proferiu ao povo, a mulher tinha um papel bem diferente o da atual sociedade ocidental. Era comum, em Israel, o homem adulterar com outra mulher, embora esta nunca fora a vontade de DEUS para a humanidade. Pela dureza do coração humano, as mulheres eram preteridas por quaisquer desculpas: "Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na mão, e a despedirá da sua casa" (Dt 24.1). A expressão "achar coisa feia" foi responsável por muitas interpretações entre os sábios de Israel. O resultado: por mais absurdo dos motivos os judeus repudiavam as suas mulheres. Na sociedade dos tempos antigos, as mulheres repudiadas tinham apenas dois destinos para sobreviverem: tornavam-se prostitutas ou mendicantes. No Novo Testamento, JESUS retomou o ideal de DEUS para a humanidade e denunciou a covardia dos homens de Israel, principalmente a dos religiosos, dizendo: "Ouviste o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar para uma mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela" (Mt 5.27,27). Note que a expressão "achar coisa feia", de Deuteronômio 24.1, perdeu todo o sentido agora. O nosso Senhor estava falando aos homens nestes termos: vocês não têm o direito de repudiar as suas mulheres para ficar com outras mais novas. Assim JESUS asseverou: "Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não separe o homem" (Mt 19.4-6). O adultério viola por completo o princípio de DEUS para com os seres humanos. Os destinatários das palavras de JESUS eram os homens da sua época. Por quê? Ora, eles determinavam a vida das mulheres. Mas hoje, também, o mandamento fala como nunca e cada vez às mulheres mais independentes: Não adulterarás! Revista ensinador. Editora CPAD Ano 16 - N° 61. pag. 40. COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO O sétimo mandamento continua atual porque o mundo está às avessas, dizendo "não" a tudo aquilo que DEUS diz "sim” na sua Palavra, e "sim" a tudo o que a Bíblia diz "não". O resultado é o caos na família e na sociedade. Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 99. A atitude de JESUS em relação à mulher surpreendida em situação de adultério, como foi registrado em João 8.1-11, tem sido questionada com o argumento de que essa passagem está ausente do antigo e melhor manuscrito e, onde ela realmente aparece, suas interpretações são extremamente variadas. Entretanto, "está fora de qualquer dúvida que ela faz parte da tradição autêntica da igreja" (A. J. MacLeod, "John", NBC). O Senhor JESUS CRISTO não foi conivente com o pecado da mulher, nem a condenou à morte por apedrejamento como seus acusadores haviam sugerido. "A verdade, que estava nele, repreendeu a mentira dos escribas e fariseus. A pureza que estava nele condenou a lascívia que estava nela" Mission and Message of JESUS, p. 795) e Ele disse à mulher que partisse e que não voltasse a pecar. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 35. Assim como os filhos devem honrar seus pais (Êxo. 20.12), e como os pais devem honrar seus filhos (Efé. 6.4), assim também os cônjuges devem honrar-se mutuamente. Isso faz parte de uma estrutura social que prospera, pelo que faz parte da segunda tábua dos Dez Mandamentos. Desse modo fica salvaguardada a solidariedade da família. A poligamia sempre fez parte da sociedade hebreia, pelo que ter mais de uma esposa, ou ter uma esposa e várias concubinas não era algo proibido pelo sétimo mandamento. Antes, o que era condenado era a sedução da esposa de outro homem, ou (em casos mais raros) a sedução, por parte de uma mulher, do marido de outra mulher. O trecho de Mateus 5.27 ss. elabora aquilo que constituí o adultério, mostrando- nos que está envolvido mais do que atos sexuais ilícitos. Existe aquele adultério da mente, de que nenhum homem ou mulher escapa. Ver também Heb. 13.4 e Lev. 20.10. O que está implícito no adultério ou no sétimo mandamento? O Grande Catecismo de Westminster, respondendo à pergunta 139, elabora: “o adultério, a formicação, o estupro, o incesto, a sodomia, as paixões desnaturais, a imaginação impura, a impureza nos propósitos e nos afetos, a linguagem Imoral, os olhares sensuais, o comportamento imodesto, as vestes imodestas, os casamentos ilegítimos, a tolerância de bordéis ou de qualquer tipo de prostituição, o indevido adiamento no casamento, o divórcio, a separação ou deserção do cônjuge, a preguiça, a glutonaria, o alcoolismo, as gravuras, as danças, as peças teatrais e qualquer outra coisa que excita ou promova pensamentos impuros”. Ό sétimo mandamento trata a família como uma unidade social. Seu real interesse é a sacralidade do matrimônio. Somente por implicação envolve a gama inteira da moralidade sexual” (J. Edgar Park, in loc.). CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 393. Adultério (vv. 27-30; Êx 20:14). (Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - W arren W . W iersbe) Para o povo judeu daquela época, o noivado eqüivalia ao casamento - exceto pelo fato de que o homem e a mulher não coabitavam. Os noivos eram chamados de "marido e esposa", e, ao fim do período de noivado, o casamento era consumado. Se uma mulher que estava noiva ficava grávida, isso era considerado adultério (ver Dt 22:1321).
Porém, José não pediu nenhuma punição nem o divórcio quando descobriu que Maria estava grávida, pois o Senhor havia lhe revelado a verdade. Todas essas coisas cumpriram Isaías 7:14. os fariseus tinham uma lista de ações exteriores consideradas pecado, mas JESUS explicou que o pecado provém das atitudes do coração. A ira sem motivo é homicídio no coração; a lascívia é adultério no coração. A pessoa que afirma "viver segundo o sermão do monte" talvez não perceba que é mais difícil seguir esses preceitos do que os Dez Mandamentos! JESUS assevera a pureza da lei de DEUS e, em seguida, explica que a intenção dessa lei é revelar a santidade do sexo e a pecaminosidade do coração humano. DEUS criou o sexo e protege essa criação. Tem autoridade para determinar como deve ser usado e para punir os que se rebelam contra suas leis. DEUS não estabeleceu regras para o sexo porque deseja nos controlar, mas sim porque deseja nos abençoar. DEUS sempre diz "não" para poder dizer "sim". A impureza sexual nasce dos desejos do coração. Mais uma vez, JESUS não está dizendo que desejos lascivos são a mesma coisa que práticas lascivas e, portanto, que a pessoa pode aproveitar e cometer adultério de fato, uma vez que já o fez em pensamento. O desejo e a prática não são idênticos, mas, em termos espirituais, são equivalentes. O "olhar" que JESUS menciona não é apenas casual e de relance; antes, é um olhar fixo e demorado com propósitos lascivos. É possível um homem olhar de relance para uma mulher, constatar que ela é linda, mas não ter pensamentos lascivos depois disso. O homem que JESUS descreve olha para a mulher com o propósito de alimentar seus apetites sexuais interiores, como um substituto para o ato sexual em si. Não é uma situação acidental, mas um ato planejado. Como vencer essas tentações? Pela purificação dos desejos do coração (o apetite conduz à ação) e pela disciplina das ações do corpo. Claro que JESUS não está falando literalmente de realizar uma cirurgia, pois isso não resolveria o problema do coração. Em se tratando dos pecados sexuais, os olhos e as mãos são geralmente os dois grandes "culpados"; portanto, são eles que devem ser disciplinados. JESUS diz: "trate o pecado de maneira imediata e decisiva! Não pense num tratamento gradual. A remoção deve ser radical!" A cirurgia espiritual é mais importante do que a cirurgia física, pois os pecados do corpo podem levar ao julgamento eterno.
Convém refletir sobre passagens como Colossenses 3:5 e Romanos 6:13; 12:1, 2; 13:14. (Comentário Bíblico Expositivo - Novo Testamento - Volume I - W arren W . W iersbe) I. O SÉTIMO MANDAMENTO 1. ABRANGÊNCIA. Pedofilia, Masturbação, Sexo antes do casamento, Sexo anal, Sexo com animais, lesbianismo, Homosexualidade, O adultério é a relação sexual de um homem casado com uma mulher que não é sua esposa e vice-versa. Para muitos, tal prática pode parecer normal, mas a Palavra de DEUS declara: "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). Isso vai muito além da cópula extraconjugal. É a proibição de toda a forma de prostituição; é DEUS dizendo "não" a todas as concupiscências desnaturais, imaginações e pensamentos impuros e lascivos (Mt 5.27, 28). O quinto mandamento resguarda a vida familiar de ruptura interna. Mas aqui o sétimo mandamento requer um relacionamento de amor e fidelidade entre marido e mulher. É isso o que DEUS espera de todos os casais. Na verdade, são ideais provenientes da criação (Gn 2.24). Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 100. No A. Testamento. Contato sexual de uma mulher casada ou comprometida com alguém que não seja seu marido ou noivo. Ou de um homem casado com uma mulher que não fosse sua esposa. Todavia, o concubinato era extremamente comum no Antigo Testamento, pelo que um homem casado podia ter muitas mulheres, contanto que não fossem casadas, e se houvesse contratos apropriados, sob forma escrita, estipulando as condições segundo as quais o relacionamento deveria ocorrer. Outrossim, a poligamia era uma prática comum. A poliandria (vários maridos para uma só mulher), todavia, nunca foi reconhecida na lei e nos costumes dos judeus. Os versículos que proíbem o adultério incluem Ex, 20:14; Lv. 18:20; Mt. 19:3-12; Gl. 5:19-21. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 65-66. Êxo 20.14. Não adulterarás. A Lei permitia poligamia (talvez uma instituição social necessária à proteção de mulheres solteiras), mas jamais permitiu poliandria (caso em que uma mulher tem vários maridos simultaneamente). O fato de um homem ter relações sexuais com a esposa de outro homem era considerado um pecado hediondo tanto contra DEUS como contra o homem, já bem antes da lei, ao tempo dos patriarcas (Gn 39:9). Talvez este mandamento esteja relacionado ao “ furto” e à “ cobiça” proibidos nos dois mandamentos seguintes, já que a esposa pertencia a outrem. R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 154. Êxo 20:14 Não adulterar O sétimo mandamento, não adulterarás, diz respeito à profanação da santidade do casamento pelo adultério (20:14). No AT, esse ato é considerado, primeiramente, um pecado contra o próximo. o homem adúltero peca contra sua esposa e o marido enganado, e a mulher adúltera peca contra seu marido e a esposa enganada. A descrição feita por José do adultério como um pecado “contra DEUS” (Gn 39:9 - mulher de Potifa) mostra que, de longa data, esse ato era considerado uma transgressão da vontade de DEUS. Cometer adultério corresponde a quebrar uma aliança e uma promessa e, portanto, é um sinal de desrespeito por todas as alianças e promessas. Assim, é significativo que o mandamento seja dado no contexto das prescrições da aliança que define o compromisso entre DEUS e seu povo (cf. 20:1-17). O castigo para o adultério é estipulado em outras passagens do Pentateuco (cf. Lv 20:10; Dt 22:22 no contexto do casamento; cf. Dt 22:13-21 quando a mulher não é casada). Em geral, o termo “adultério” se refere a uma relação sexual envolvendo infidelidade conjugal. Tokunboh Adeyemo. COMENTARIO BÍBLICO AFRICANO. Editora Mundo Cristão. pag. 114. 2. OBJETIVO. O objetivo deste mandamento é conservar a sacralidade da família que foi instituída por DEUS por meio do casamento no jardim do Éden (Gn 2.18-24). A santidade desse relacionamento familiar deve ser mantida. Esta lei servia também para Israel manter a pureza sexual e evitar as práticas da cultura egípcia, de onde os israelitas saíram, e da cultura Cananeia, para onde o povo se dirigia. Os preceitos pertinentes estão descritos com abundância de detalhes no sistema mosaico (Lv 18.6-30; 20.10-21). Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 100. O mandamento para se abster de cometer adultério (Ex 20.14) tem, em seu cerne, a proteção do relacionamento marital e da família oriunda deste; todavia, como o relacionamento sexual humano também serve metaforicamente para descrever o relacionamento de Israel com o Senhor, o mandamento tem ramificações que ultrapassam a mera relação interpessoal. Na esfera humana, essa estipulação, como a que ordena o devido respeito aos pais, é crucial por causa do papel da família na implementação do desígnio do Reino de DEUS. O homem ou a mulher que traem seu parceiro — aquele sem o qual não está completo — contribuem para a ruptura do modelo hierárquico do domínio do Reino para o qual foram criados como seres complementares (cf. Gn 2.18). Por essa razão, o adultério não é apenas um ato privado e isolado; ele causa profundo efeito na comunidade imediata e até mesmo universal dos que constituem o Reino de DEUS na terra. Se um homem ou mulher não consegue viver em fidelidade marital, que esperança podem ter para os compromissos do reino em outras esferas, incluindo os compromissos com o grande Rei mesmo? Pelo fato de a aliança de DEUS com Israel, às vezes, ser descrita como um casamento (cf. Is 54.5,6; Jr 3.14,20; 31.32; Ez 16.32; Os 2.16), a infidelidade nesse relacionamento, por parte de Israel, não era nada menos que adultério (cf. Os 4.15; 7.4; Jr 3.8; 5.7; 9.2; 13-27; Ez 6.9; 16.32; 23.37-45). Nesse caso, o outro parceiro são os ídolos e deuses das nações com os quais Israel flertava e para os quais, vez após outra, ela sucumbiu através de sua história. Jeremias registra o triste lamento do Senhor que pergunta: “Você viu o que fez Israel, a infiel? Subiu todo monte elevado e foi para debaixo de toda árvore verdejante para prostituir-se” (Jr 3.6). Contudo, Judá não era melhor e, depois de ver o comportamento adúltero de sua irmã, “também se prostituiu, sem temor algum. E por ter feito pouco caso da imoralidade, Judá contaminou a terra, cometendo adultério com ídolos de pedra e madeira” (v. 8,9). O mandamento para evitar o adultério foi designado não só para manter a família humana e seu papel de manifestar os princípios do Reino intatos; mas também tinha relevância direta para o papel de Israel entre as nações como a semente por intermédio da qual DEUS as abençoa. Uma Israel infiel não poderia realizar sua missão como reino de sacerdotes mais que uma esposa infiel poderia cumprir a sua como o instrumento sem o qual seu marido fica incompleto. Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora Shedd Publicações. pag. 335-336. A fim de preservar a santidade do lar (Êx, 20:14; Dt. 5:18). Também está envolvida a questão da herança da família e a preservação da pureza tribal. Finalmente, o próprio ato era considerado um crime sério, um ato de contaminação (Lev. 18:20). Por esse motivo, era imposta a pena de morte, envolvendo a execução de ambos os culpados (Êx, 20:14; Lv. 20:1 ss ). Injunções similares podem ser achadas no código babilônico de Hamurabi (129), e, opcionalmente, na primitiva lei romana (Dion. Hal. Antiguidades Romanas). A pena de morte mostra que as sociedades antigas encaravam o adultério não meramente como um ato privado errado, mas que ameaçava o arcabouço do lar e da sociedade. O fato de que o homem e a mulher tornam-se uma carne no matrimônio (Gn. 2:24; Ef. 5:31,32) sugere uma comunicação mística de energias vitais físicas e espirituais, e isso deve acontecer somente entre duas pessoas. No adultério, o indivíduo é furtado de sua identidade, e a união mística de seres é perturbada, talvez assemelhando-se ao homicídio, embora certamente com menores conseqüências morais. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 66. O sétimo mandamento diz respeito à nossa própria castidade, bem como à do nosso vizinho: “Não adulterarás”, v. 14. Este mandamento é colocado antes do sexto pelo nosso Salvador (Mc 10.19): “Não adulterarás. Não matarás”. Pois a nossa castidade nos deve ser tão importante quanto a nossa vida, e nós devemos ser tão temerosos daquilo que profana o corpo como daquilo que o destrói. Este mandamento proíbe todos os atos de impureza, como aquelas luxurias carnais que produzem estes atos e guerreiam contra a alma, e todos aqueles costumes que alimentam e entusiasmam estas luxúrias carnais, como, por exemplo, olhar para cobiçar. CRISTO nos diz que tais atitudes são proibidas por este mandamento, Mateus 5.28. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 295-296. 3. CONTEXTO. Nunca vivemos uma época de tantos casos de pecados sexuais dentro da igreja. Os escândalos sexuais de líderes vão se amontoando e escandalizando milhares de neófitos espirituais. O sétimo mandamento proíbe o adultério. Base original da monogamia. O trecho de Mt. 19:4-8 registra as declarações de JESUS em favor da monogamia e contra o divórcio. Ele alicerçou o Seu ensino na narrativa da criação do homem. Podemos supor, pois, que, apesar da permissividade do Antigo Testamento em relação ao concubinato e à poligamia (para os homens somente era normal), a monogamia é o ideal espiritual. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 66. A poligamia, como uma relação legalizada entre o homem e várias esposas e concubinas a ele subordinadas, era permitida na época do AT, mas proibida no NT (por exemplo, 1 Tm 3.2,12). Ela não envolvia o pecado do adultério. Apesar das rigorosas proibições bíblicas, o adultério foi amplamente difundido em diferentes épocas e tornou-se particularmente ofensivo como parte do culto cananeu de adoração aos Baalins, que incluía a prostituição "sagrada". Indicações de uma lassidão moral são encontradas em referências como Jó 24.15; 31.9; Provérbios 2.16-19; 7.5-22; Jeremias 23.10-14. O caso de Davi foi especialmente notório e deu aos inimigos de DEUS ocasião para blasfemar (2 Sm 11.2-5; 12.14). Essa lassidão moral generalizada prevaleceu durante o NT e pode ser claramente observada em Marcos 8.38; Lucas 18.11; 1 Coríntios 6.9; Gálatas 5.19; Hebreus 13.4 e em mais de 50 referências feitas no NT ao conceito de fornicação (porneia, porneuo, porne, pomos). PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 35-36. Êx 20.14. adultério, como definido por nossas leis, é de dois tipos; dupla quando entre duas pessoas casadas; único, quando uma das partes é casado e outra solteiro. Uma parte principal da criminalidade de adultério consiste na sua injustiça. 1. Ele rouba um homem santo, tomando-lhe a afeição de sua esposa. 2. Ele faz dele um falso pai e o obriga a manter em sua própria prole um falso filho um que não é seu. O ato em si, e cada coisa que conduz ao ato, é proibido por este mandamento. O Senhor diz: Mesmo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já cometeu adultério com ela em seu coração. E não só o adultério (o sexo ilegal entre duas pessoas casadas) é proibido aqui, mas também a prostituição e todo tipo de impureza mental e sensual. Todos os impuros filmes, livros, fotos, músicas, pinturas, que tendem a inflamar e corromper a mente, são contra esta lei, bem como uma outra espécie de impureza, por conta de que o leitor é referido. Para saber sobre fornicação foi incluído esta ideia em Mateus, veja Mateus 15:19, onde o nosso Salvador exprime o sentido dos mandamentos dando a eles uma ordem diferente do pentateuco, pois quando ele fala do sétimo usa duas palavras, para expressar o seu significado, e depois vai para o oitavo, assim mostrando evidentemente que a prostituição foi entendida para ser compreendido sob o mandamento, "Tu não cometerás adultério." Quanto à palavra adultério, adulterium, ele provavelmente foi derivado das palavras ad alterius torum, para outro na cama, pois está indo para a cama de outro homem que constitui o ato e o crime. Adultério muitas vezes significa idolatria na adoração de DEUS. ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 839.