10 julho 2009

VIDEOS DA LICAO 02 JESUS, FILHO ETERNO DE DEUS

QUESTIONARIO DA LICAO 02 JESUS, FILHO ETERNO DE DEUS

QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 2 - JESUS, O FILHO ETERNO DE DEUS RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 3º TRIMESTRE DE 2009 TEXTO ÁUREO 1- Complete: "No princípio era o _______________, e o verbo _______________ com DEUS, e o verbo ___________________ DEUS" (Jo 1.1) VERDADE PRÁTICA 2- Complete: A sustentação da __________________ cristã consiste não só no fato de que CRISTO _________________, mas de que Ele é _________________. INTRODUÇÃO 3- Através de quem fomos salvos e nos tornamos participantes da vida eterna? ( ) De João. ( ) De Maria. ( ) De JESUS CRISTO. I. O PROPÓSITO DO AUTOR DA EPÍSTOLA 4- O que pregavam os gnósticos na época em que foi escrita 1 João, em síntese? ( ) Que JESUS era homem e DEUS. ( ) Que JESUS era mais um dos salvadores do ser humano, e que Ele apenas tinha algo divino em seu ser. ( ) Que, pelo fato de JESUS ter nascido neste mundo de corrupção, seria impossível Ele ser DEUS perfeitamente e, portanto, eterno. 5- Quem já havia prevenido a igreja em Colossos contra essa heresia (CI 2.9; 1.19). ( ) O apóstolo João. ( ) O apóstolo Paulo. ( ) O apóstolo Pedro. 6- Quais, então, os propósitos de João, ao escrever essa carta? ( ) Demonstrar que Ele tornou-se humano, em pecado e em abrir mão da sua divindade. ( ) João inicia sua 1ª epístola tratando de sua responsabilidade em solidificar a convicção de seus leitores a respeito da eternidade de JESUS CRISTO. ( ) João é enfático ao afirmar que o eterno Filho de DEUS, nosso Salvador, veio a este mundo através do nascimento físico. ( ) Ele tornou-se humano, mas sem pecado e sem abrir mão da sua divindade. ( ) Ele tornou-se humano, mas sem pecado e sem abrir mão do seu poder. ( ) Ele tornou-se humano, mas sem pecado e sem abrir mão de sua onisciência. ( ) Ele tornou-se humano, mas sem pecado e sem abrir mão do seu atributo de ser eterno. II.A VIDA ETERNA MANIFESTA EM CRISTO 7- Sobre o que João discorre ao longo de sua 1 epístola? ( ) João discorre sobre a efemeridade da vida de JESUS, testificando de sua curta vida terrena. ( ) João discorre sobre a bondade de JESUS, confirmando sua humanidade e vida entre os homens. ( ) João discorre sobre a eternidade de JESUS, reafirmando sua deidade e a vida eterna que Ele concede aos que lhe pertencem. 8- Por que João possui idoneidade suficiente para expressar-se sobre a vida plena e atemporal do Filho de DEUS? ( ) Porque ele era o mais honesto e verdadeiro discípulo de JESUS. ( ) Porque ele era filho de Zebedeu, famoso por sua honestidade. ( ) Porque ele foi testemunha dos ensinos de CRISTO e teve comunhão pessoal com JESUS. 9- Complete: O apóstolo do amor refere-se à vida de CRISTO na eternidade, _________________ da criação dos "mundos" e de todas as coisas que neles existem, incluindo o _________________________ (Jo 1.1-4,14; cf. Hb 11.3). Entretanto, é bom lembrar que, uma vez que todos somos feituras de suas mãos, JESUS _________________ toda e qualquer consideração de tempo que alguém tente fazer a seu respeito. Ele está acima da vida física e espiritual (CI 1.16). 10- A que se referem as palavras de João - "no princípio era o verbo"? ( ) Se referem à humanidade de CRISTO. ( ) No início de seu Evangelho, referem-se a CRISTO, que é a Palavra de DEUS manifesta. ( ) Elas conduzem o leitor ao momento da criação, para que se certifique de que o Verbo divino não é somente distinto do que foi criado, mas o próprio Criador. 11- A que se referem as palavras de João - "O que era desde o princípio" (1.1)"? ( ) Refere-se a JESUS CRISTO que é desde o princípio. ( ) Refere-se a JESUS CRISTO que foi criado por DEUS no princípio. ( ) Refere-se a JESUS CRISTO que começou a existir quando nasceu aqui na Terra. 12- A que se referem as palavras de João - "o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida" (1 Jo 1.1)"? ( ) Essa expressão afirma que JESUS possuía um corpo espiritual. ( ) Essa expressão reafirma que JESUS, o DEUS Filho, veio em carne. ( ) Essa expressão reafirma que JESUS, nesta condição, habitou entre nós; não só revelando o Pai. e o seu amor, mas também oferecendo a sua vida como única condição de salvar a todos quantos crêem em seu nome. 13- A que se referem as palavras de João - "o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado""? ( ) João dá ênfase ao fato de os discípulos terem convivido com JESUS fisicamente - experiência que o apóstolo Paulo não teve (no caminho de Damasco, quando CRISTO lhe falou em meio a um resplendor de luz, Ele já havia retornado ao céu). ( ) Aqui João está afirmando que JESUS tinha um corpo físico tal qual profetizou lsaías e Davi. ( ) Para os apóstolos de JESUS, foi um privilégio; para nós, que não o vimos, mas cremos, é uma bem-aventurança. ( ) Aqui João está se referindo à ressurreição de JESUS. 14- Para que, João e os demais apóstolos, presenciaram tudo o que JESUS realizou, enquanto estiveram com Ele? ( ) Porque foram confundidos pelo Senhor, justamente a fim de que o vissem e ouvissem e depois soubessem, para o engrandecimento da igreja. ( ) Para que depois de sua morte pudessem se lembrar de como era bom estarem com ELE e vivessem unidos entre si, aguardando essa união novamente. ( ) Porque foram convocados pelo Senhor, justamente a fim de que o vissem e ouvissem e depois testificassem, para o engrandecimento do Reino de DEUS. 15- A que se referem as palavras de João - "o que temos contemplado e as nossas mãos tocaram" (1.1)? ( ) Pode estar incluído o momento em que JESUS apareceu-Ihes no cenáculo onde estavam reunidos, e convidou-os a tocá-Io e constatarem que, se Ele fosse apenas um espírito, não teria carne nem ossos. Para consolidar suas convicções, pediu-Ihes o que comer e, recebendo, comeu. ( ) Pode estar incluído o momento em que DEUS falou-Ihes através de um trovão. ( ) Pode estar incluído o momento em que JESUS transfigurou-se. III.CRISTO - A VIDA SE MANIFESTOU 16- Complete: Visto que no Verbo está a _______________________, Ele "se fez _________________________ e habitou entre nós", a fim de oferecer a vida ____________________ ao homem (Jo 1.14; 3.16). 17- Quando João escreve que o Verbo se fez carne, o que está dizendo? ( ) Está dizendo que DEUS planejou e tornou realidade a encarnação do seu Eterno Filho para que, na condição de homem, vivesse entre nós. ( ) Nessa forma, ao sacrificar-se, JESUS oferece a vida eterna aos que o aceitam como seu salvador, os quais, por isso, tornam-se participantes da natureza divina. ( ) Está revelando o corpo glorioso do Senhor. ( ) João anuncia estas verdades chamando a atenção da Igreja para as obrigações concernentes ao que está recebendo, pois, ao tomar conhecimento de doutrinas tão essenciais para a vida cristã, nos tornamos responsáveis diante de DEUS pela aceitação e observância destas. IV. JESUS ETERNO E ATUANTE DESDE O PRINCÍPIO 18- Complete segundo as atuações de JESUS no Antigo Testamento (Teofanias): JESUS _______________________ esteve presente e ativo antes e depois da sua vinda a este mundo como homem. Por Ele, ___________________ as coisas foram ________________________ (Gn 1.26; CI 1.16.1 7; Rm 11.36). 19- O Antigo Testamento relata algumas das aparições de JESUS, em forma humana, antes mesmo da encarnação. Cite algumas: ( ) A Adão no Jardim do Éden. ( ) A Abrão, Ele apareceu acompanhado de dois anjos nos carvalhais de Manre e ainda se alimentou. ( ) No vau de Jaboque mudou o nome de Jacó para Israel. ( ) Apareceu aos pais de Sansão. 20- O Novo Testamento relata algumas das aparições de JESUS, após sua morte redentora. Cite algumas: ( ) A Pedro, a Maria Madalena, aos discípulos, a mais de 500 irmãos, a Paulo algumas outras vezes. ( ) A caminho de Emaús, aparecendo a dois discípulos. ( ) A Paulo, no caminho para Damasco, momento em que foi salvo e incumbido de levar o evangelho ao mundo inteiro. ( ) Sua aparição às mulheres no templo, em Jerusalém. ( ) Quando o próprio João esteve em grande dificuldade na ilha de Patmos (confortou-o e lhe confiou revelações. CONCLUSÃO 21- Quais são as expressões máximas da perfeita humanidade e divindade de JESUS? ( ) Nascimento de JESUS. ( ) Seu ministério. ( ) Sua morte. ( ) A morte de seus discípulos. ( ) Seu sepultamento ( ) Sua ressurreição. ( ) Sua fama. ( ) Sua ascensão. 22- Complete: Sua ___________________________. em toda a história, sua indispensável estada, na forma ___________________________, por um breve período no universo dos homens, e a direção da sua Igreja, são a prova de que Ele está conosco (Mt 28.20). Bem aventurados os que _____________________________ assim RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO NOS VÍDEOS: http://www.apazdosenhor.org.br/prof/videosebdnatv.htm AJUDA DA LIÇÃO CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal. http://universobiblico.com.br/assembleia/estudosbiblicos/videosebdnatv.htm (VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE) BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. Nosso novo endereço:http://www.apazdosenhor.org.br/prof/ Veja vídeos em http://ebdnatv.blogspot.com , http://www.ebdweb.com.br/, em http://www.sovitoria.com.br/ - Ou nos sites seguintes: 4Shared, BauCristao, Dadanet, Dailymotion, GodTube, Google, Magnify, MSN, Multiply, Netlog, Space, Videolog, Weshow, Yahoo, Youtube. Revista CPAD 1º Trimestre de 2008 Hebreus, Introdução e Comentários Título do original em inglês: THE LETTER TO THE HEBREWS,An Introduction and Commentary - Copyright @ Donald Guthrie, 1983. Publicado pela Inter-Varsity Press, England - Tradução: Gordon Chown - Revisão:Júlio Paulo Tavares Zabatiero - Primeira Edição: 1984: 5.000 exemplares - Reimpressão:maio 1987-3.000exemplares - Reimpressão:maio 1991-5.000exemplares - Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os direitos reservados pelas Editoras: SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA e ASSOCIAÇÃO RELIGIOSA EDITORA MUNDO CRISTÃO Rua Antonio Carlos Tacconi, 75 e 79 -Cidade Dutra São Paulo -SP,CEP04810 Conde, Emílio, 1901-1971.

ESTUDOS DA LICAO 02 - JESUS, FILHO ETERNO DE DEUS

LIÇÃO 2 - JESUS, O FILHO ETERNO DE DEUS Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 3º TRIMESTRE DE 2009 1 João - Os Fundamentos Da Fé Cristã Comentários do Pr. Eliezer de Lira e Silva Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antonio Gilberto Complementos, questionários e videos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva TEXTO ÁUREO "No princípio era o verbo, e o verbo estava com DEUS, e o verbo era DEUS" (Jo 1.1) VERDADE PRÁTICA A sustentação da fé cristã consiste não só no fato de que CRISTO vive, mas de que Ele é eterno. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1João 1.1-4; João 1.1-4; Colossenses 1.16,17 1João 1.1-4 1 O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida 2 (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada), 3 o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho JESUS CRISTO. 4 Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. João 1.1-4 1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. 2 Ele estava no princípio com DEUS. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens; Colossenses 1.16,17 16 porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. 17 E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. DEUS não O enviou ao mundo para tornar-se seu Filho. Ele é o Filho Eterno. JESUS REVELADO COMO FILHO DE DEUS PELAS SUAS OBRAS E SUAS PALAVRAS - João mostra o que convenceu o povo da Divindade de CRISTO - Caps. Jo 1 - 12 João Batista inteirou-se da divindade de JESUS, pelo batismo com o ESPÍRITO SANTO. (1:33) Natanael foi convencido pela prova de Sua onisciência. (1:48,49) Seus discípulos se convenceram de Sua divindade quando, com seu primeiro milagre, transformou a água em vinho. (2:11) Pela purificação do templo e operação de muitos milagres (não registrados) muitos judeus o reconheceram como divino. (2:23) JESUS revela-se a Nicodemos, como divino. (3:13-16) Quatro testemunhos notáveis de João Batista. (3:25-36) JESUS revela-se como divino à mulher samaritana. (4:26) Os samaritanos aceitam-no como divino. (4:41,42) O oficial convenceu-se da divindade de JESUS ao verificar que sua Palavra era tão eficaz quanto a sua presença. (4:53) A oposição porque chamou a DEUS de Seu Pai. (5:17,18) Muitos se convenceram de sua divindade pelo milagre dos pães. (6:14) Notar: 6:35; 8:12,58; 10:9-11; 11:25; 14:6; 16:1, JESUS declara ser a revelação completa do grande "Eu Sou" do Velho Testamento. JESUS revela-se ao homem curado, como divino. (9:35-38) A confissão de Marta, (11:27) e o efeito da ressurreição de Lázaro. (11:45) Ultimamente, JESUS é reconhecido, abertamente, como Divino, pelos Judeus, (12:12-19) e pelos gentios. (12:20) Certamente, que maior prova de Sua divindade não poderia ser dada além da Sua ressurreição. JESUS é: 1) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Is 41:4; Ap 1:17) 2) DEUS (Jo 1:1; Rm 9:5; Hb 1:8-9 comparar com Sl 45:6-7; I Jo 5:20) 3) FILHO DE DEUS (Mt 16:16-17) 4) CRIADOR (Jo 1:3) 5) ETERNO (I Tm 1:17) 6) JUIZ DOS VIVOS E DOS MORTOS (II Tm 4:1) Palavra chave: Filho eterno de DEUS - Expressão doutrinária que demonstra o relacionamento eterno de JESUS com DEUS, bem como a sua divindade. O VERBO Jo 1.1- “No princípio era o verbo, e o verbo estava com DEUS, e o verbo era DEUS”. Para compreender porque JESUS CRISTO é chamado de verbo, precisamos saber que uma frase para ser construída é necessário que haja um sujeito, um verbo e um complemento. DEUS é um ser triuno, ou seja, é PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO (Jo 3.13-17). Vamos aprender mais se construirmos uma frase, vejamos então: DEUS salva o homem D E U S S A L V A O H O M E M Sujeito verbo complemento O que ordena o que faz o resultado Idealizador realizador revelador PAI FILHO ESPÍRITO SANTO Conclusão: DEUS PAI planejou a salvação do homem, DEUS FILHO morreu por nós na cruz do calvário, executando o plano de DEUS, DEUS ESPÍRITO SANTO revelou-nos esta salvação, convencendo-nos do pecado, da justiça e do juízo. Outra demonstração para fácil assimilação da trindade de DEUS é tomarmos como exemplo o sol: O sol em si representando o PAI, a ordem para fazer; A luz do sol representando o FILHO, o cumprimento da ordem; O calor do sol representando o ESPÍRITO SANTO, a revelação, o poder como resultado. UNIGÊNITO E PRIMOGÊNITO Unigênito = Único Filho Gerado Primogênito = Primeiro Filho Gerado Entre Outros. Jo 1:14 = "E O Verbo Se Fez Carne, E Habitou Entre Nós, E Vimos A Sua Glória, Como A Glória Do Unigênito Do Pai, Cheio De Graça E De Verdade". Jesus, Quando Entrou Aqui Na Terra, Na Forma Humana (Fl 2.5-8) , Era O Único Filho De Deus Aqui, Portanto O Filho Unigênito. Lc 2:6,7 = "Enquanto Estavam Ali, Chegou O Tempo Em Que Ela Havia De Dar À Luz, E Teve A Seu Filho Primogênito; Envolveu-O Em Faixas E O Deitou Em Uma Manjedoura, Porque Não Havia Lugar Para Eles Na Estalagem." Jesus Teria Que Nascer De Uma Virgem (Lc 1.26-27), Sem O Ato Físico De Um Homem, Para Não Herdar A Semente Maligna De Satanás Que Foi Implantada Em Todos Os Seres Humanos Desde Adão (O Pecado Entrou No Mundo Por Um Homem, Adão - Rm 5.12), Passando De Pai Para Filho Em Todas As Gerações Futuras (Todos Pecaram - Rm 3.23); Jesus Foi Concebido Pelo Espírito Santo No Útero Virgem De Maria ( Lc 1.34,35). É Evidente Que Deus Não Impediria Maria E José De Terem Seus Próprios Filhos E Terem Um Casamento Feliz, Pois Foi Deus Mesmo Quem Instituiu O Casamento E A Geração De Filhos.(Gn 1.27,28); Assim Maria Pode Ter Seus Outros Filhos Como Vemos No Versículo Seguinte: Mt 13:55 = "Não É Este O Filho Do Carpinteiro? E Não Se Chama Sua Mãe Maria, E Seus Irmãos Tiago, José, Simão, E Judas?" Os Irmãos De Jesus, A Princípio Não Creram Nele, Mas Depois Se Tornaram Colunas Do Cristianismo: *Tiago Foi Líder Da Igreja Em Jerusalém No Tempo De Paulo.( At 15.13), Lembrando Que O Outro Tiago Que Era Apóstolo Já Tinha Sido Degolado Por Herodes. *Judas Escreveu Uma Epístola(Carta) Aos Irmãos Na Fé Que Estavam Dispersos Por Toda Parte. (Jd 1.1) *Os Outros Irmãos De Jesus Não Temos Notícias Deles Na Bíblia, Talvez Ajudassem Na Obra Como Vemos Em 1 Co 9.5. Vamos Ver Que Após A Ressurreição De Jesus, Ele Sobe Para O Pai (Jo 20.17) E Acontece Então O Que Está Registrado Em Sl 24.7-10. Jesus É Recebido Como Filho De Deus, Mas Num Corpo De Homem (Glorificado) - É Deus Mesmo, Mas É Também Homem Mesmo; É O Primeiro Filho De Deus Num Corpo Humano. Agora Ele É Enviado De Volta À Terra: Hb 1:6 = "E Outra Vez, Ao Introduzir No Mundo O Primogênito, Diz: E Todos Os Anjos De Deus O Adorem." Veja Que Agora Ele Não É Mais O Unigênito, E Sim O Primogênito. Ele Veio Gerar Para Deus Muitos Filhos. Jo 1.12,13 = Deu-Lhes O Poder De Serem Feitos Filhos De Deus, Gerados Pela Graça De Deus, Por Meio Da Fé No Filho De Deus E Seu Sacrifício Na Cruz Do Calvário. (Rm 5.15; Ef 2.8). Rm 8:16 = "O Espírito Mesmo Testifica Com O Nosso Espírito Que Somos Filhos De Deus". Agora, Somos Filhos De Deus, Irmãos De Jesus Cristo, Nosso Salvador , Ele Vem Nos Buscar Para Estarmos Para Sempre Junto Com O Pai. Aleluia! Glória A Deus! (Hb 2.9-15; Jo 14.1-3) *Para Se Tornar Filho De Deus É Preciso Crer E Confessar Que Jesus Morreu Por Nós, Na Cruz Do Calvário E Que Ressuscitou Ao Terceiro Dia; Aceitando-O Também Como Senhor (Dono De Sua Nova Vida). (Mt 10.32; Rm 10.9; Jo 3.3) . PARTE I - REVELAÇÃO DE DEUS ATRAVÉS DO FILHO (Hebreus1.1-8) 1- Havendo DEUS, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, 2- a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. 3- O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas; 4- feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. 5- Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho? 6 - E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de DEUS o adorem. 7- E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo. 8- Mas, do Filho, diz: Ó DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. I. A SUPERIORIDADE DA FÉ CRISTÃ (1.1-10.18) Os cristãos que tinham vindo de um passado judaico naturalmente comparariam sua fé recém-achada com a riqueza da sua herança tradicional judaica. Esta carta se propõe a demonstrar-lhes a maior riqueza da sua posição cristã. A cada etapa do argumento a nota tônica é que sua nova fé é melhor. Embora a direção deste argumento teria valor especial para ex-judeus que se tomaram cristãos, o tema da superioridade da fé cristã teria relevância também para aqueles que foram convertidos de um passado pagão, tendo em vista o fato de que os crentes gentios bem como os crentes judeus aceitavam a autoridade das Escrituras do Antigo Testamento e precisariam de uma interpretação verídica das mesmas. A. A REVELAÇÃO DE DEUS ATRAVÉS DO FILHO (1.1-4) Nesta breve seção introdutória, a revelação de DEUS através do Seu Filho é vista não somente como superior mas também como definitiva. Levado em conta que semelhante revelação conclusiva requer um meio muito especial, o escritor introduz seus leitores à natureza superior do Filho e também liga o que Ele é com o que Ele tem feito. 1- Havendo DEUS, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, 1. A carta começa com uma declaração de um fato, a saber: que DEUS tem falado. Pelo menos o escritor não vê necessidade alguma de demonstrar este fato. Não comprova que DEUS fala, afirma. Isto significa que a carta não tem relevância para aqueles que não aceitam que DEUS falou ao homem? A resposta deve ser sim. A fé não somente na existência de DEUS, bem como na comunicação de DEUS, são tomadas por certas. É um dos princípios sobre os quais baseia-se a totalidade do argumento da carta. É inútil ler mais se DEUS não faz revelação alguma aos homens.A carta oferece, do outro lado, alguma ajuda em prol de uma melhor compreensão daquilo que DEUS tem feito. Outra suposição que o autor faz é que aquilo que aconteceu no passado tem aplicação ao presente. Semelhante suposição seria rejeitada por muitos pensadores contemporâneos. Há, realmente, no mundo secular uma reação contra o passado como se qualquer apelo às suas lições fosse inadmissível. Sempre há, porém, uma seção da sociedade que vive no futuro e está contra o presente e o passado -um tipo de atividade permanentemente contrária à situação em vigor. Mas os mais sábios reconhecem que alguma continuidade é inescapável. Este princípio é básico para o Novo Testamento, e em nenhum lugar é enfocado tão claramente quanto em Hebreus. Aquilo que prende a atenção do escritor é a variedade de maneiras segundo as quais DEUS tem falado no passado. Não as alista, mas usa a expressão muitas vezes, e de muitas maneiras. Qualquer pessoa com conhecimento do Antigo Testamento imediatamente conseguiria preencher os pormenores os modos diferentes (visões, revelações angelicais, palavras e eventos proféticos) e as ocasiões diferentes (espalhando-se, por todo o panorama da história do Antigo Testamento). As revelações mais iluminadoras vinham através dos profetas. Estes eram homens levantados por DEUS para desafiar seus próprios tempos. Seu emblema de ofício era a convicção inabalável de que falavam da parte de DEUS. Sua capacidade de dizer: “Assim diz o Senhor,” dava às suas palavras uma autoridade sem igual. Eram maltratados (conforme Hb l1.33ss. demonstra) mas, mesmo assim, persistiam na sua mensagem. As suas histórias formam uma leitura heróica, mas aquilo que diziam era incompleto. O escritor de Hebreus sabia que era necessário um método melhor de comunicação, e reconhece que este veio em JESUS CRISTO. Sendo assim, poderíamos querer saber porque o antigo não pode ser esquecido. Afinal das contas, aquilo que JESUS revela é melhor do que os profetas. Apesar disto, a continuidade é mantida. Aquilo que foi falado outrora (palai) preparou o caminho para a comunicação mais importante de todas (i.é., a revelação pelo Filho). Este é o tema real da carta inteira: o passado cedeu lugar a coisas melhores.l É por esta razão que o passado (as idéias religiosas do Antigo Testamento) sempre volta a aparecer no quadro pintado por esta Epístola, para então voltar a desvanecer-se à medida em que distingue nitidamente entre a evolução da idéia de DEUS, que ele rejeita, e a idéia da revelação progressiva que vê demonstrada aqui idéias melhores o cumprem e o expandem. É fácil perceber porque o escritor começa desta maneira. Vê valor no passado (porque DEUS falou através dele), mas também vê suas imperfeições. O que ele diz não pode deixar de lançar luz sobre a abordagem cristã no Antigo Testamento. Isto torna sua carta valiosa para hoje, e não somente para os tempos dele. 2- a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. 2. Nestes últimos dias pode ser entendido no sentido e ao fim destes dias, que aponta muito claramente para uma crise, uma nova revelação decisiva contrastada tanto com a variedade de modos quanto com a necessidade da repetição no passado. Uma revelação dada de uma vez por todas é claramente superior. Talvez o escritor estivesse pensando nos últimos dias como sendo os dias finais do período pré-cristão, de modo semelhante à divisão que os mestres judaicos faziam entre a era presente e a era do Messias. Segundo este ponto de vista, visto que os cristãos acreditavam que JESUS era o Messias, os “últimos dias” eram o fim da velha era. Mas tendo em vista a expressão correspondente “ao se cumprirem os tempos” em 9.26, é mais provável que “estes últimos dias” se refira à era cristã, que envolve uma nova era comparada com a antiga. Quando DEUS falou aos homens pelo Filho, o propósito era marcar o fim de todos os métodos imperfeitos. A cortina finalmente descera sobre a era anterior, e a era final agora tinha raiado. Quando, no texto grego, o escritor diz um Filho ao invés de Seu Filho, fá-lo para demonstrar o meio superior usado. Certamente não está dizendo que DEUS tinha mais de um Filho. Está subentendendo que o melhor dos profetas não pode ser comparado com um Filho como meio de revelação. Naturalmente, a idéia do Filho de DEUS vindo aos homens é uma pedra de tropeço para muitos, mas o escritor não defende sua declaração. Não vê necessidade de fazer assim, a despeito do fato de que seus próprios contemporâneos não estariam mais acostumados à idéia do que nós. Os pagãos às vezes pensavam na prole dos deuses, mas esta é uma idéia muito diferente de JESUS como Filho de DEUS. Nosso escritor deve ter tomado por certo que seus leitores reconheceriam esta fato sem questioná-lo. Mas não diz logo de início que está pensando em JESUS . Isso vem mais tarde, em 2.9. Há, naturalmente, um problema de linguagem aqui. Pode ser questionado, no entanto, quão significativa é a idéia do pai-filho com referência a DEUS, por mais valiosa que sejam os assuntos humanos. Mas na tentativa de colocar a verdade divina em linguagem humana, o melhor que se pode fazer é usar a aproximação humana mais à mão; enquanto isto for mantido em mente, esta linguagem fica cheia de sentido. A essência da revelação cristã é que DEUS é melhor visto no Seu Filho. A analogia humana é imperfeita, naturalmente, porque nenhum pai humano é completamente refletido no seu filho. Mas JESUS CRISTO demonstra perfeitamente tudo que possa ser sabido acerca do Pai. Não admira que nosso escritor está impressionado pela superioridade deste tipo de mensagem comparada com os meios usados no passado! Sabe que se os homens não podem aprender do Filho acerca de DEUS, nenhuma quantidade de vozes ou ações proféticas os convenceria.Antes de identificar o Filho como sendo JESUS CRISTO, o autor dá uma descrição do Filho. É uma descrição profunda, porque nos conta acerca daquilo que Ele é, e não acerca da Sua aparência. O escritor quer que saibamos em primeiro lugar acerca do relacionamento entre o Filho e o mundo da natureza. É compreensível que ele comece aqui, porque o mundo da natureza é nosso meio-ambiente, nosso lar. Para muitos, esta verdade vai até tal ponto que se sentem presos neste meio-ambiente, e não podem conceber dalguém que seja mais poderoso. O conceito que este autor tem do mundo concorda com aquele que é visto em todas as partes do Novo Testamento. É um conceito que começa com DEUS como Criador e passa a ver JESUS CRISTO como estando estreitamente vinculado com Ele no ato da criação. Desta maneira, o universo impessoal imediatamente se torna pessoal. O escritor declara que DEUS constituiu Seu Filho, que é um ato de iniciativa pessoal aqui (o aoristo grego etheken deve ser considerado intemporal). A verdade importante nesta passagem é que tudo remonta a DEUS. Por que é dito que DEUS constituiu o Filho herdeiro de todas as coisas? Significa que veio a ser aquilo que não era antes? Os elementos de tempo tendem a confundir. É melhor pensar na ordem criada conforme ela é, e depois ser lembrado de que ela pertence a JESUS CRISTO. É acerca da realidade presente da nomeação que o autor se ocupa, e não acerca de quando foi feita. Na realidade, fica claro que o escritor quer que entendamos que nunca houve um tempo em que o Filho não era o herdeiro. As duas idéias, a Filiação e a qualidade de Herdeiro, estão estreitamente vinculadas entre si. Nos negócios humanos, o filho mais velho é o herdeiro natural. Na analogia, um pensamento mais profundo é introduzido. O herdeiro também é o criador. Não está herdando aquilo com que não tem conexão. Herda aquilo que Ele mesmo criou. O escritor imediatamente nos mergulhou em pensamentos profundos acerca da origem do mundo. Mesmo assim, seu interesse por eles não é teórico mas, sim, prático, e nos faz lembrar dos ensinos de JESUS acerca de DEUS e da criação. É Sua criação, Ele até mesmo nota quando um pardal cai. É consolador saber que o Filho tem o mesmo interesse pessoal no mundo em nosso redor. O que esta carta passa a dizer acerca de JESUS CRISTO está claramente baseado num alto conceito dEle. A declaração de que DEUS fez o universo por meio do Filho é estonteante. Não se pode negar que DEUS poderia ter feito o universo à parte do Seu Filho, mas o Novo Testamento esmera-se em demonstrar que DEUS não agiu assim. Os cristãos estavam convictos que a mesma Pessoa que vivera entre os homens foi Aquele que criara os homens. Uma carta tal como Hebreus, escrita a partir desta convicção, não poderia deixar de apresentar um quadro mais do que humano de JESUS CRISTO. É digno de nota que este escritor usa a palavra para “eras” (aiõnes) e não a palavra usual para mundos (kosmoi) quando fala acerca dos atos criadores de DEUS. A razão é que a palavra para “eras” é mais compreensiva, e que inclui em si mesma os períodos de tempo através dos quais a ordem criada existe. Quanto mais a ciência descobre acerca do universo, tanto mais maravilhoso é o pensamento de que CRISTO é o agente através de quem foi criado. Os racionalistas podem argumentar que as descobertas científicas tomam insustentável a cosmovisão do Novo Testamento, mas o cristão declara o inverso. Quanto maior for a compreensão do homem das maravilhas do universo, tanto maior a necessidade de uma compreensão adequada da sua origem. A crença num Criador pessoal não é menos crível à medida em que aumenta a penetração do homem no espaço. 3 - O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas; 3. Tendo já mergulhado seus leitores em pensamentos teológicos profundos, o escritor ainda vai mais fundo enquanto comenta sobre CRISTO e DEUS. Qual é o relacionamento entre eles? Como resposta, três coisas nos são ditas; a primeira pode ser resumida como o Filho e a glória de DEUS. Ele é o resplendor da glória de DEUS. Para compreender esta declaração, precisamos recaptar o fundo histórico do pensamento. A idéia é a da radiância que irrompe de uma luz brilhante.4 É um quadro marcante, como o surgimento repentino de uma aurora gloriosa no levantar do sol. Os raios penetram em todos os restinhos da escuridão para espatifá-la.Até mesmo este quadro explica de maneira pobre o sentido em que JESUS CRISTO reflete a glória de Seu Pai, porque os raios de luz, por mais esplêndidos que sejam, são, afinal das contas, impessoais. Talvez alguns dos leitores tenham se lembrado de que no Livro da Sabedoria (7.26), judaico, a mesma palavra foi aplicada à sabedoria, considerada personificada. De qualquer maneira, nosso escritor quer que saibamos que a glória de DEUS podia ser vista em JESUS CRISTO.s Uma idéia semelhante aparece em João 1.14, onde uma testemunha ocular declara ter visto a glória. Isto somente pode querer dizer que a totalidade do ministério de JESUS era evidência da glória de DEUS. João chega mesmo a dizer isto acerca do primeiro milagre que JESUS operou (Jo 2.11). Era claramente uma convicção firme entre os cristãos primitivos de que, dalguma maneira, a glória de DEUS era vista numa vida humana. A ocasião mais óbvia foi quando JESUS foi transfigurado, mas Sua missão inteira, inclusive Sua morte, era gloriosa para aqueles que vieram a crer nEle. Refletir a glória de DEUS desta maneira pressupõe que o Filho compartilha da mesma essência do Pai, e não somente da Sua semelhança. A segunda declaração acerca do Filho é que é a expressão exata do seu Ser. Isto vai consideravelmente além da primeira declaração, embora seja vinculada a ela. Isto ressalta especificamente o fato de que Aquele que reflete a glória de DEUS compartilha da Sua natureza. A palavra usada aqui para “expressão exata” (charakter) é a palavra para um carimbo ou uma gravação. É altamente expressiva, porque um carimbo num selo de cera terá a mesma imagem que a gravura no selo. A ilustração não pode ser forçada longe demais, porque não deve ser suposto que o Filho é formalmente distinto do Pai como o carimbo é diferente da impressão que produz. Há, apesar disto, uma correspondência exata entre os dois. Esta declaração em si mesma contém uma verdade profunda, porque a semelhança exata tem relacionamento com a natureza de DEUS (hypostaseõs). A declaração não é sem importância para o pensador teológico, porque apóia a opinião de que JESUS era da mesma natureza de DEUS. Se for assim, nenhuma diferença pode ser feita entre a natureza do Pai e a natureza do Filho. O escritor rapidamente mergulhou seus leitores na teologia profunda, mas não pára a fim de discuti-Ia. Toma por certo que seus leitores aceitarão sem questionar este conceito de JESUS CRISTO. A terceira declaração diz respeito ao papel presente do Filho na criação. É dito que sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder. Duas perguntas surgem imediatamente. Em que sentido devemos compreender o sustentar, e de que maneira a palavra transmite poder? A palavra para “sustentando” (pherõn) tem o sentido de manter no alto ou sustentar, o que demonstra que JESUS CRISTO é visto no centro da estabilidade constante do universo. Não há lugar aqui para a idéia do deísta acerca de DEUS como relojoeiro que, tendo feito um relógio, deixa-o funcionar sozinho com seu próprio mecanismo. O conceito neotestamentário é que DEUS como Criador e o Filho como agente na criação estão dinamicamente ativos na ordem criada.Mas como o Filho exerce o Seu poder? Deve ser notado que a palavra seu (autou) podia referir-se ao poder do Filho ou ao poder do Pai, mas isto faz pouca diferença à interpretação. A palavra relembra a palavra de ordem de DEUS na criação (e.g. “Haja luz”) e a idéia em João 1.1-3 de que todas as coisas foram feitas pela Palavra (Logos), termo este [traduzido “Verbo”] que se refere ao próprio JESUS CRISTO. Da mesma maneira que a Palavra criou, a Palavra sustenta. A estabilidade assombrosa da ordem criada é testemunha do “poder” por detrás dela. Depois desta série de ditos grandiosos acerca de JESUS CRISTO, o escritor dá um indício do tema predominante da sua carta. A purificação dos pecados é uma busca religiosa que já durou muitas eras. Sempre que há qualquer consciência do pecado, geralmente está presente um forte desejo de ser purificado dele. As várias tentativas humanas de obter semelhante purificação apresentam um amplo espectro de idéias, desde os mais desesperados esforços-próprios até à supressão de todos os esforços e até mesmo de todos os desejos. A maioria dos sistemas começa com o homem e depende da força da vontade dele mesmo. De má fama entre tais sistemas correntes nos tempos de JESUS era o dos fariseus que geralmente faziam das boas obras e do esforço-próprio a medida da devoção religiosa. A idéia de que os pecados poderiam ser purificados sem semelhante esforço lhes era estranha. Certamente, a idéia de que JESUS CRISTO podia purificar os pecados era considerada incrível. JESUS viu-Se confrontado com este conceito quando perdoou o pecado de um homem, e Lhe foi dito que somente DEUS podia perdoar os pecados. Mas nesta carta a idéia vai mais longe do que o perdão, porque a purificação envolve a limpeza, no sentido de tornar puro.É estranho que o escritor desta carta não dê indício algum a esta altura acerca da maneira em que JESUS CRISTO purificou os nossos pecados. Nada há para mostrar como ele lidou com o pecado, ainda que, à medida em que a carta prossegue, este fato fica sendo cada vez mais claro. Parece que a esta altura é suficiente para ele mencionar um ato completado para resumir o que o Filho fez em prol dos homens. A ligação entre a idéia de sustentar o universo com a de purificar os pecados é muito notável. A qualidade remota a inspiradora de temor de sustentar o universo é contrabalançada pela intimidade da purificação dos pecados. Com uma tela tão grande quanto o universo para pintar, é notável achar a mínima menção dos pecados. Mas é este último tema que dominará a carta inteira. Deve ser mantido em mente que o Antigo Testamento demonstra que providências foram feitas para a expiação mediante o sacrifício, e visto que esta carta é endereçada a “Hebreus” pressupõe-se, sem dúvida, que os leitores vinculariam a “purificação” com o Dia da Expiação, quando, então, enfatizava-se que a purificação dos pecados do povo somente poderia ser feita mediante o sacrifício. O escritor demonstra mais tarde que o sangue de touros e de bodes não pode remover pecados (10.4). Por enquanto, contenta-se com o resumo o mais conciso possível. Depois de tratar dos pecados, o Filho sobe ao trono. Mais uma vez, a ação é específica. Aconteceu depois do evento de purificar os pecados, o que sugere que a importância da entronização acha sua chave no ato da purificação.8 Mais uma vez, trata-se de um resumo brevíssimo. A mão direita era tradicionalmente o lugar de honra. A idéia aqui é tirada da prática dos reis orientais de associar com eles mesmos o herdeiro no exercício do governo. Apesar disto, a idéia do Messias estar assentado à direita de DEUS provém do Salmo 110.1. A associação deve ter estado na mente do autor, porque várias vezes cita este Salmo mais tarde na Epístola. Realmente, pode ser dito que este Salmo forma uma parte importante do pano de fundo da carta inteira. Evidentemente, o escritor tinha meditado sobre ele, porque é dele que desenvolve a idéia de uma ordem diferente de sacerdócio. Para o momento, no entanto, tem outras coisas em mente antes de chegar àquele assunto. O ato de sentar-se (assentou-se,ekathisen, aoristo) leva consigo um forte sentido de realização, porque a posição assentada é mais sugestiva de uma tarefa acabada do que uma posição em pé. Na realidade, esta ênfase no CRISTO assentado, que é apoiada por outras evidências neotestamentárias, demonstra conclusivamente que a obra sacrificial está feita. Já não há necessidade alguma de semelhante sacrifício. A posição sentada também pode denotar uma posição de alta honra. Vale a pena notar que a Majestade nas alturas é uma maneira especialmente respeitosa de falar acerca de DEUS. Reflete a reverência judaica para com o nome de DEUS que levou os judeus devotos a evitar o seu uso e a colocar no lugar dele alguma frase de respeito. O escritor usa uma frase quase idêntica em 8.1. A presente declaração é apenas uma indicação da exposição mais completa que está para seguir. O escritor claramente tem um conceito majestoso de DEUS. 4- feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. 4- Este Versículo cumpre dois propósitos: conclui a declaração introdutória e prepara o cenário para a primeira seção principal. Tendo em vista tudo que já foi dito a superioridade do Filho aos anjos não é surpresa alguma. Ma não fica tão claro porque a comparação é feita com anjos a esta altura. Pode ser que o escritor tinha meditado sobre as passagens do Antigo testamento que passa a citar, com interesse especial pelo Salmo 8 (citado no cap. 2) e no Salmo 110, porque os consideravam messiânicos. Do outro lado, é possível que a idéia da superioridade de CRISTO aos anjos Lhe tenha ocorrido primeiro, e que as passagens relevantes tenham, então, surgido na sua mente. Esta última sugestão é provável,tendo em vista o grande interesse que os judeus tinham pelos anjos. É compreensível que, numa época em que os anjos eram tidos em alta estima, o escritor desejasse demonstrar que DEUS agora falara através do Seu Filho de uma maneira muito mais eficaz do que através deles. O homem moderno não tem tanta certeza acerca dos anjos, e a relevância desta passagem requer alguma discussão. Os anjos aparecem várias vezes nas histórias dos Evangelhos,e não se pode negar que os evangelistas consideravam estes seres sobrenaturais como seres reais. Na realidade, JESUS mesmo falou dos anjos da guarda dos filhos. Boa parte da crítica moderna dispensa os anjos ao chamá-los de seres mitológicos, é, algum tipo de personificação das mensagens de DEUS. Se esta opinião fosse certa, haveria pouca relevância na discussão da superioridade do Filho aos anjos, a não ser para demonstrar a ineficácia dos seres mitológicos. Mas se há dimensões espirituais representadas por anjos que não podem ser consideradas no mesmo nível da experiência natural, fica sendo imediatamente relevante definir a posição do Filho nestas esferas espirituais. O homem de fé pode às vezes penetrar nas esferas que estão bloqueadas para muitos por causa da sua descrença. O “anjo” no Novo Testamento é invariavelmente um mensageiro de DEUS e é este aspecto que é importante para o presente argumento do escritor.Concentra-se primeiramente no nome, que outra vez é surpreendente. O ditado moderno: “O nome não importa” certamente não era aplicável então, porque os nomes eram mais do que um meio de distinguir as pessoas; eram o meio de dizer algo acerca daquelas pessoas. O nome descrevia a natureza. Mas qual é o nome que Ele herdou? Visto que JESUS já foi introduzido como o Filho, idéia esta que é o tema das citações do Antigo Testamento que se seguem, fica claro que o nome mais excelente é o de Filho, que subentende o relacionamento mais estreito e mais íntimo. Visto que para o mundo daqueles tempos o nome de “anjo” era tão altamente honrado como símbolo de mensageiro divino,é possível que alguns estivessem chamando JESUS CRISTO pelo nome de “anjo” e fazendo-O não mais alto do que os seres espirituais que, segundo se acreditavam, influenciavam os negócios dos homens. A idéia dEle como Filho é muito mais sublime. Claramente, o cristianismo teria tido um caráter bem diferente se a posição de JESUS não tivesse sido mais alta do que a de um anjo. Os leitores podem ter pertencido a um grupo semelhante àquele em Colossos que realmente estava adorando anjos (CI2.18), ou a um grupo que anteriormente estivera sob a influência de Cunrã, onde os anjos eram altamente respeitados. Era essencial para o evangelho cristão ser libertado deste tipo de abordagem. A excelência do nome dado a JESUS CRISTO é achada também em Filipenses 2.9ss., onde é considerado um sinal de honra sublime. B. A SUPERIORIDADE DO FILHO AOS ANJOS(1.5-2.18) Os leitores judeus certamente devem ter tido alta estima pelos anjos e o escritor considera necessário demonstrar a superioridade de CRISTO a estes mensageiros celestiais reverenciados.O caráter glorificado de CRISTO pressupunha Sua superioridade aos anjos, mas um problema surgiria acerca da Sua humanidade. Nesta seção, o escritor leva seus leitores a reconhecer porque JESUS tinha de tomar-Se um homem verdadeiro a fim de ser eficaz como Sumo Sacerdote em prol dos homens, função esta que nenhum anjo poderia cumprir. (i) CRISTO é superior na Sua natureza (1.5-14) 5- Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho? 5. Agora começa uma lista de citações do Antigo Testamento que se propõem a demonstrar a extensão da superioridade do Filho. O escritor não usa suas citações exatamente da mesma maneira como o contexto original. Por exemplo, toma palavras que originalmente se aplicavam a um rei israelita e aplica-as a JESUS CRISTO. Considera que este modo de proceder é legítimo. Nisto não está sozinho, porque há outros exemplos entre os escritores do Novo Testamento. O Evangelho segundo Mateus contém vários. Mateus 2.5-6 e 22.44 são exemplos em que passagens do Antigo Testamento são citadas de modo messiânico. Alguns dos cumprimentos de Mateus, no entanto, são passagens que os judeus nunca consideraram como messiânicas (e.g. Mateus 2.15 que cita Oséias 11.1), mas que o ESPÍRITO levou os cristãos primitivos a reconhecer como tais. Fica claro que as Escrituras do Antigo Testamento possuíam considerável autoridade para a era do Novo Testamento, e, de fato, a totalidade desta carta aos Hebreus testifica disto. Deve ser notado, ainda, que o escritor introduz as citações neste capítulo com a fórmula simples: “Diz,” que deve referir-se a DEUS.As Escrituras para ele são a voz de DEUS.Para uma apreciação da abordagem cristã ao Antigo Testamento, é necessário ter em mente este conceito flexível do cumprimento da profecia. A idéia de um cumprimento imediato e de um outro cumprimento remoto é comum, e isto explica como uma predição que tinha relevância no passado poderia ter um cumprimento mais completo no futuro. Isto está em harmonia com a natureza de DEUS que vê o tempo de um modo diferente do conceito que o homem tem dele. Para Ele, mil anos é apenas um dia, que não deve ser considerada uma correlação exata, conforme supõem alguns milenistas, mas, sim, como uma indicação de uma diferença essencial de cálculo. A primeira passagem a ser citada é Salmo 2.7, salmo este que reflete uma situação de guerra e que provavelmente pertence à situação histórica descrita em 2 Samuel 7. Nosso escritor, no entanto, não está interessado no evento histórico, mas, sim, na propriedade das palavras para serem aplicadas ao Messias. No Salmo, as palavras: Tu és meu Filho aplicam-se a Davi, mas claramente somente têm uma aplicação imperfeita a ele. Os cristãos primitivos reconheciam as palavras como messiânicas. São citadas no discurso de Paulo em Antioquia da Pisídia (At 13.33). Os judeus no seu auditório teriam apreciado a força desta citação; acrescentava autoridade bíblica às declarações que Paulo estava fazendo. O que impressiona o escritor aos Hebreus é que, ao passo que as palavras de aplicam a JESUS CRISTO, não podem aplicar-se a um anjo. Se DEUS Se dirige ao Messias desta maneira, o Messias deve, portanto, ser superior aos anjos. Mas em que sentido se deve entender as palavras eu hoje te gerei? Na sua aplicação a Davi, podem referir-se ao aniversário da sua coroação. Ou, talvez a palavra “gerei” (gegenneka) deva ser entendida com referência à paternidade de DEUS, sem indicar qualquer ponto específico de tempo. Quando é aplicada a JESUS CRISTO como Messias, a mesma coisa se aplica. Pode referir-se à encarnação ou à ressurreição. De fato, é neste último sentido que é aplicada em Atos 13.33. Do outro lado, não fica claro que em Hebreus qualquer importância é atribuída ao elemento tempo. O escritor claramente está mais interessado em demonstrar a relevância da geração em termos da posição do Filho, ao invés de prendê-la a uma ocasião específica. A segunda citação é uma passagem que era geralmente aceita como sendo uma referência ao Messias.Vem de 2 Samuel 7.14, de um oráculo dado a Davi. Há uma estreita ligação entre esta passagem e a anterior. A idéia contida nela captou a imaginação de muitos escritores do Antigo Testamento, conforme é visto na sua crença num Messias vindouro. O relacionamento entre Pai e Filho mais uma vez é a idéia-chave para nosso escritor, porque marca o Messias como estando separado do relacionamento Criador-criatura que há entre DEUS e os anjos. Historicamente, pode-se dizer que as palavras acharam um cumprimento parcial em Salomão, o filho de Davi, que completou a edificação do primeiro templo. Mas o cumprimento perfeito não veio até o tempo do Filho maior de Davi. Tanto o reino quanto o templo precisavam de uma reinterpretação em termos espirituais, e era um dos temas principais de nosso escritor fazê-lo em referência ao tabernáculo que era o prenúncio do templo. Vale a pena notar que há alguma menção de um relacionamento pai-filho em Salmo 89.26-27, seguida por uma referência ao primogênito, uma combinação de idéias que também é achada nos versículos 5 e 6 deste capítulo. Já que nosso autor está profundamente instruído no Antigo Testamento, é provável que sua familiaridade com o Salmo 89 também tenha influenciado sua seleção dalgumas das outras passagens do Antigo Testamento citadas aqui. 6 - E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de DEUS o adorem. 6. As palavras: E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, que introduzem a citação seguinte, também ecoam a passagem veterotestamentária mencionada supra (i.é, SI 89.27). Ali, a palavra primogênito é usada (”Fá-lo-ei… meu primogênito”) para Davi. Fica claro que na mente do escritor o “Primogênito” (prototokos) do v.6é o Filho dos versículos anteriores. É sugestivo que o mesmo termo é usado a respeito de JESUS CRISTO pelo apóstolo Paulo (Cl 1.15, 18; Rm 8.29), qualificado da seguinte maneira: primogênito de toda a criação, primogênito dentre os mortos, primogênito entre muitos irmãos. A expressão claramente fica revestida de profundo significado quando é aplicada a CRISTO. Aqui o escritor não entra em detalhes sobre a superioridade de CRISTO, conforme faz Paulo. Contenta-se, pelo contrário, em fazer declarações que produzirão uma impressão profunda de superioridade. A referência primária deve ser à encarnação, para chamar a atenção ao fato de que quando JESUS CRISTO nasceu, a função dos anjos era adorar. Na opinião do escritor, a homenagem dos anjos é prova de que consideravam o Filho como superior. Seu significado fica bastante claro, mas um problema surge a respeito da citação.A fórmula diz (legei), que introduz a citação, é familiar nesta Epístola. O sujeito é omitido, mas claramente trata-se de DEUS. As citações das Escrituras não são simplesmente declarações formais do Antigo Testamento, mas, sim, o próprio DEUS falando pessoalmente no texto. Isto dá uma indicação do conceito da inspiração das Escrituras sustentado pelo escritor. Pretende que seja compreendido que a citação que faz vem com autoridade, embora a citação exata: E todos os anjos de DEUS o adorem não apareça na Bíblia hebraico. Em duas passagens da Septuaginta (SI 97.7 e Dt 32.43) há uma estreita aproximação; esta última passagem inclui a conjunção “e” (kai) que está presente no original grego do nosso versículo, mas é omitida na maioria das traduções atuais. Deuteronômio faz parte do cântico de Moisés que olha para o futuro, para o triunfo do Senhor de Israel sobre Seus adversários.12Nosso escritor transfere o triunfo deste cântico para o Messias,a quem ele vê como o “Primogênito.” A mesma passagem do Antigo Testamento é citada por Paulo em Romanos 15.10 onde os gentios são conclamados a regozijar-se.Vale a pena notar que Paulo introduz sua citação de Deuteronômio 32.43 com a mesma fórmula (legei) que é usada em Hebreus, tanto mais significante porque não é usual para o Apóstolo usar a fórmula sem declarar,o sujeito. Outro paralelo interessante entre as duas passagens do Novo Testamento é o uso duplo de novamente (palin) [ARA reveza várias traduções] em citações sucessivas como se a intenção fosse ressaltar a estreita conexão entre elas. A prática de amontoar citações das Escrituras da maneira de Paulo e do escritor aos Hebreus tem seu paralelo na literatura judaica. Nas passagens sendo comparadas, Paulo acha uma palavra de ligação em “os gentios,” ao passo que Hebreus faz a mesma coisa com a idéia de anjos. A declaração de que os anjos são ordenados a adorar o Primogênito sugere que este é seu dever apropriado. 7 - E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo. 7- Tendo estabelecido a superioridade de JESUS CRISTO sobre os anjos, que representam as mais exaltadas entre as criaturas de DEUS, o escritor inculca sua lição com referências adicionais ao Antigo Testamento. A primeira é tirada de Salmo 104.4, mas no sentido achado no texto hebraico, não faz referência a anjos. O escritor claramente reconhece a autoridade do texto grego que interpretou o texto hebraico da mesma maneira que fizeram os escritores rabínicos. As palavras:Aquele que a seus anjos faz ventos, visam demonstrar um forte contraste entre os anjos e o Filho. Ao passo que se diz que o Filho foi gerado, diz.se que os anjos foram feitos. A distinção não é acidental. Os anjos, como criaturas, podem funcionar somente dentro dos limites para os quais foram criados, ou seja: para levar a efeito os desejos do seu Criador. Tanto os anjos (angeloi) quanto os servos (”ministros” -leitourgoi) têm uma função bem diferente da do Filho. A tarefa deles é servir. A tarefa do Filho é de exercer soberania (conforme demonstram os vv. 8 e 9). É sugestivo que a descrição dos anjos é feita em termos do mundo natural. Ventos e fogo são melhor vistos como representantes de agências naturais poderosas, do que como ilustração de coisas que não tem substâncias. Há paralelos vétero-testamentários à idéia de agências sobrenaturais por detrás dos elementos da natureza (e.g. SI 18.10; 35.5). Há alguma sugestão de poder irresistível na linguagem figurada usada, porque tanto o vento quanto o fogo podem ser irresistivelmente destruidores, ou, se devidamente captados, poderosamente construtivos. Mas o pensamento principal do escritor nesta Epístola é o reconhecimento pelos anjos de um poder maior do que eles mesmos, a saber: o próprio poder que os nomeou. Embora estes agentes espirituais sejam mais poderosos do que os homens, não deixam de ser ultrapassadas pelo poder do Filho. Se alguém pensar que por detrás desta idéia há um conceito antiquado do mundo como estando sujeito a influências pessoas invisíveis, ao invés da idéia moderna da causa e efeito, que não deixa lugar para a manipulação sobrenatural, deve ser lembrado que aqui o escritor não está fazendo um comentário científico sobre fenômenos naturais como “vento” e “fogo.” Seu propósito é inteiramente espiritual, uma demonstração da suprema importância do Filho sobre todas as criaturas. Ao mesmo tempo, o que ele diz não está em conflito com um conceito científico do mundo. 8 - Mas, do Filho, diz: Ó DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. 8-9. O contraste entre os anjos e o Filho é ressaltado de modo inconfundível na construção da frase grega (men… de). A citação que expõe a soberania do Filho vem do Salmo 45.6-7. O contexto original do Salmo era bem diferente, e se referia às bodas dalgum rei de Israel. Mesmo assim, era geralmente reconhecido que tinha um significado muito mais extenso, e, de fato, era considerado messiânico.É neste último sentido que é citado aqui. As palavras iniciais: O teu trono, Ó DEUS, é para todo o sempre, causam um problema, porque podem ser entendidas ou como um tratamento direto ao Filho, e neste caso não se pode evitar a implicação de que o Filho está sendo descrito como DEUS; ou, menos provavelmente, as palavras podem ser entendidas no sentido de “O trono do Teu DEUS,” ou “DEUS é Teu trono,” e neste caso a implicação de que o Filho é DEUS é evitada. Se um contexto histórico for levado em mente, seria difícil imaginar um rei terrestre sendo diretamente tratado assim, a não ser num sentido restrito, e, portanto, é melhor considerar que a declaração acha seu único cumprimento verdadeiro em CRISTO. Deve ser notado, no entanto, que a deificação do rei tem paralelos na literatura pagã (cf. também Jo 10.3435). Mesmo assim, visto que no pensamento hebraico o ocupante do trono de Davi era considerado o representante de DEUS, é neste sentido que se poderia dirigir-se ao rei chamando-o de DEUS. As palavras seguintes: Cetro de eqüidade é o cetro do seu reino, focalizam-se no caráter da soberania do Filho. O Antigo Testamento freqüentemente enfatiza a idéia da justiça, não somente a justiça de DEUS, como também a necessidade de justiça da parte do povo. O tema é especialmente relevante para o assunto principal desta Epístola. O Filho não dá Sua aquiescência a um padrão justo com má vontade. Forma o centro dos Seus afetos. Faz parte da Sua natureza -Amaste a justiça. Semelhante abordagem à justiça envolve uma rejeição específica do seu oposto: a iniqüidade (anomia). É típico do estilo poético hebraico declarar uma idéia seguida por uma negação do seu oposto. Os que amam não têm alternativa senão odiar a iniqüidade, mas somente JESUS CRISTO o Filho já cumpriu perfeitamente os dois objetivos.A unção do Filho não deve ser considerada em conexão com os ritos da coroação, mas, sim, como simbolizando a alegria de ocasiões festivas, quando, então, era seguida a prática de ungir. Este fato explica uma forte sensação de alegria. A mesma idéia ocorre no Salmo 23.5, onde a unção é um sinal de favor. As palavras como a nenhum dos teus companheiros no Salmo original provavelmente se referem a outros reis e ressaltam a superioridade do rei a quem se dirige a palavra (cf. SI 89.27). Pode, no entanto, ser menos formal e referir-se aos companheiros na festa. Todos os sacerdotes da linhagem de Arão eram ungidos. Na leitura feita nesta lição fala acerca da superioridade de JESUS sobre os anjos. Os crentes hebreus, baseados nos relatos e ensinamentos do Antigo Testamento, tinham os seres angelicais em alta estima e respeito, uma vez que os mesmos ocupavam proeminente lugar na economia divina. Eles sabiam que caso suas mensagens fossem desprezadas, conseqüências terríveis haveriam de vir. Era urgente e necessário para aqueles crentes entenderem que JESUS está acima dos anjos em todos os aspectos, pois sua mensagem e missão têm finalidade infinitamente mais sublime: a salvação de todos os homens em todas as épocas e lugares. Somente ao Senhor JESUS toda honra, glória e majestade. Na Antiga Aliança, os anjos eram muito considerados. Na epístola aos Hebreus, o escritor ressalta, de modo enfático, a superioridade de CRISTO em relação aos seres angelicais e, ao mesmo tempo, afirma que Ele, ao se encarnar, fez-se “um pouco menor que os anjos” (Hb 2.9). Nesta lição, estudaremos alguns aspectos importantes dessa superioridade, entendendo esse paradoxo numa análise exegética simples. MAIS EXCELENTE EM SUA NATUREZA E NO SEU NOME 1. Os anjos na Bíblia. Os anjos tiveram papel muito importante entre o povo de DEUS no Antigo Testamento. Ver Gn 19.1,15; 28.12; Êx 3.2; 23.20; Sl 103.20. No Novo, não foi diferente. Um anjo apareceu a José, revelando o nascimento sobrenatural de JESUS (Mt 1.20); um anjo removeu a pedra do sepulcro de JESUS, após sua ressurreição (Mt 28.2). Hoje, há uma verdadeira idolatria em torno desses seres celestiais. A Bíblia adverte: ”Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos” (Cl 2.18). Outras referências demonstram claramente a ação dos anjos, não só em favor de Israel, mas de todos os servos de DEUS, em todo o mundo (cf. Sl 34.7). 2. A natureza dos anjos (vv.7,14). O texto bíblico nos revela alguns aspectos relativos à natureza dos anjos. No v.7, lemos que DEUS “de seus anjos faz ventos, e de seus ministros labaredas de fogo”. É uma citação de Salmos 104.4. Eles são ministros usados por DEUS segundo a sua vontade, submissos a cada convocação sua, portanto, ficam muito aquém da natureza e das funções do Filho de DEUS. Por maiores que sejam os anjos, em comparação com CRISTO são apenas bafos de ventos e fagulhas de fogo. Eles são criaturas. JESUS é Criador, inclusive dos anjos (ver Jo 1.3). No v. 14, os anjos são chamados “espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação”. A SUPERIORIDADE DE JESUS EM RELAÇÃO AOS ANJOS 1. Declarado Filho de DEUS, gerado pelo Pai. No v.5, o escritor indaga: “a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?” Estas perguntas trazem em seu bojo a afirmativa de que CRISTO é superior aos anjos, por ter sido gerado pelo Pai. Ver também Rm 1.4. O escritor sacro reporta-se a Salmos 7.2, que diz: “Recitarei o decreto: O SENHOR me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei”. Essa questão é realmente difícil de entender. Sendo DEUS, em que sentido JESUS poderia ser gerado? A resposta está no grandioso milagre e mistério da sua encarnação, incompreensível à mente humana, que só entende um pouco das coisas terrenas. 2. O Filho pela ressurreição. O escritor Lucas, no Livro de Atos, declara: “E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, DEUS a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a JESUS, como também está escrito no Salmo segundo: Meu filho és tu; hoje te gerei” (At 13.32,33). Sem ter deixado jamais de ser DEUS, JESUS foi apresentado ao mundo publicamente, como Filho de DEUS, na ressurreição. Veja o que Paulo diz: “Declarado Filho de DEUS em poder, segundo o ESPÍRITO de santificação, pela ressurreição dos mortos - JESUS CRISTO, nosso Senhor” (Rm 1.4). De fato, se JESUS tivesse feito milagres, mas não houvesse ressuscitado, ninguém poderia crer que fosse o divino Filho de DEUS (Ver Mt 3.17; 17.5; Rm 1.4). Seria como Buda, Maomé, Chrisna, etc. 3. O Filho deve ser adorado pelos anjos (v.6). “E quando outra vez introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de DEUS o adorem”; “…por isso lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei mais elevado do que os reis da terra” (Sl 89.26,27). 4. JESUS está à direita de DEUS (v.13). Esta é a posição de honra, dada somente a CRISTO, e a ninguém mais: “E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés?”. Estevão, quando estava sendo martirizado, contemplou JESUS à direita de DEUS (cf. At 7.55). 5. JESUS é Rei, Messias e Criador. No v.8, lemos: “Mas do Filho diz: ó DEUS, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de eqüidade é o cetro do teu reino”. Aqui o Filho é chamado DEUS, como de fato Ele o é, além de ser também Rei, cujo cetro (símbolo da autoridade real) é de retidão. Os anjos não têm poder de reino ou soberania. Nos vv.9-12, vemos que JESUS é apresentado como o Ungido, o Messias, e, ao mesmo tempo, como aquEle de quem a terra e “os céus são obra” de suas mãos. O v.13 prossegue exaltando a superioridade de CRISTO como o vencedor, pondo seus inimigos debaixo de seus pés. A GRANDE SALVAÇÃO EM JESUS 1. Advertência contra o desvio (v.1-3). Depois de apresentar o quadro da superioridade de CRISTO em relação aos anjos, o escritor aos Hebreus é levado a advertir os destinatários da carta (e a nós, também), quanto “às coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas” (v.1). E explica que, se “a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição”, indaga solenemente: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação…?” (v.3). Esta salvação, trazida por JESUS CRISTO, não foi efetivada por meras palavras, e sim, autenticada por DEUS, por meio de “sinais e milagres, e várias maravilhas e dons do ESPÍRITO SANTO…” (v.4). Quem se desvia da sua fé em CRISTO, corre o risco de perder-se para sempre (v.3). 2. JESUS, homem, um pouco menor que os anjos (2.7-9). Esse é um aparente paradoxo encontrado na carta aos Hebreus, relacionado à encarnação de CRISTO. “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele JESUS que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de DEUS, provasse a morte por todos”. A dedução é simples. JESUS, feito homem, despojou-se voluntariamente de parte de seus atributos, e sujeitou-se a morrer, na cruz, para que “provasse a morte por todos”. Nessa condição, em sua natureza humana, tornou-se “um pouco menor que os anjos”. Se não fosse assim, a sua natureza divina não o permitiria morrer, pois DEUS não morre. O QUE SIGNIFICA: FILHO DE DEUS, FILHOS DE DEUS? - No Antigo Oriente era comum alguém se chamar de filho de um deus. Assim o testificam muitos nomes próprios, como por exemplo: Ben-Hadad (filho do deus Ha­dad); Bar-Rekub (filho de Re­kub); Abiel (1 Sm 9.1) - (DEUS é meu pai); Abibaal (Baal é meu pai); Abiyya (Yahweh é meu pai - 1 Sm 8.2; 2 Cr 13.20). Entre os semitas, a filiação divina tinha o sentido de adoção. O rei era considerado como filho de algum deus. No Egito, a filiação era compreendida até no sentido físico, sendo gerado por Re, o deus supremo (ou Rah). Entre os sumerianos, babilônicos e árabes, o rei era como um filho adotivo de um ou de muitos deuses; no Egito, Babilônia, Arábia, o rei era venerado como deus mesmo. No tempo do N.T. os imperadores romanos herdaram esse culto divino aos reis; primeiro nas províncias orientais e logo em todo o império. Eram adorados como filhos de um deus e como salvadores divinos. No A.T., o rei costumava ser chamado de “meu filho”, por Yahweh (2 Sm 7.14; 1 Cr 22.10; SI 2.7; 89.27) significando que fora escolhido por DEUS (1 Cr 28.6). Era considerado como um representante divino na terra (2 Cr 9.8). No entanto, entre os israelitas, o rei nunca era adorado como um deus. A expressão filho de DEUS também se aplicava aos anjos (Jó 1.6); ao povo escolhido (Êx 4.22; Jr 31.9); aos israelitas fiéis (Dt 14.1; Os 1.10). Nos sinóticos, JESUS nunca se chama a si mesmo de Filho de DEUS. Em João isso acontece seis vezes. Em Mateus 11.27; 24.36; 28.19; e 14 vezes em João, JESUS se denomina de “O Filho”. O uso freqüente do título pelos autores do N.T. (11 vezes em Mateus, sete vezes em Marcos, nove vezes em Lucas, duas vezes em Atos, 17 vezes nas cartas de João, 18 vezes nas cartas de Paulo) permite afirmar que o termo exprime a fé dos primitivos cristãos. A comunidade primitiva expressava sua fé na divindade de JESUS através da expressão “Filho de DEUS”. Em Romanos 1.3,4, Paulo usou uma expressão já comum entre os cristãos, como uma profissão de fé. Aliás Paulo usa muito a expressão “Filho de DEUS” (Rm 5.10; Rm 8.14; Rm 8.29; 8.32; GI 4.6; CI 1.14s). O autor de Aos Hebreus afirma que JESUS é o Filho, “o resplendor da glória de DEUS e a imagem de sua substância “, estando acima dos anjos; para quem são todas as coisas e levará muitos filhos à glória (Hb 1.2, 5-14; 2.6-9; 3.1-6; 2.10). As expressões mais claras de JESUS CRISTO, designando-se Filho de DEUS estão no Evangelho de João. Chama-se a si mesmo Filho de DEUS, Unigênito de DEUS, o Filho, tudo expressando a sua filiação divina. Declara-se um com o Pai; está no Pai, e o Pai está nele; todas as coisas foram postas nas mãos do Filho, pelo Pai. Mesmo assim, toda a onipotência que o Filho possui lhe foi conferida pelo Pai; o Filho nada faz por iniciativa própria senão somente a vontade do Pai (Jo 3.16-18; 5.19-26; 6.40; 10.30,36; 11.14; 8.38; 17.11,21­23; 13.3; 14.10,11). Na comunidade cristã primitiva, o conceito da divindade de JESUS estava intimamente relacionado com a sua messianidade, isto é, pela crença que tinham em JESUS como o Messias (At 9.20-22; 1 Jo 2.22­23). Para algumas pessoas o tema filhos de DEUS é dos mais difíceis de entender. Será essa uma matéria não-pacífica? É verdade, esses nomes tão doces de pronunciar ainda suscitam dúvidas quanto à sua interpretação. Todos julgam que Adão é filho de DEUS e que todos nós, igualmente, somos filhos de DEUS, muito embora a maioria seja composta de filhos rebeldes, desobedientes e sem afeto. Na genealogia do Evangelho de Lucas, o evangelista inicia a lista e registra que JESUS, como se supunha, era filho de José, e José de Eli, e termina o registro com esta explicação: “Cainã [filho] de Enos, e Enos de Sete. E Sete de Adão, e Adão de DEUS” (Lc 3.38). A primeira grande dificuldade na interpretação do termo filhos de DEUS está registrada no livro de Gênesis: “Viram os filhos de DEUS que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” (6.2). Como se vê, está escrito que os filhos de DEUS tomaram as filhas dos homens. A confusão que se estabeleceu na interpretação da frase embaraçou tanta gente que até hoje muitos estão presos sem o saberem. Alguns comentaristas interpretam a frase filhos de DEUS como sendo anjos, e muitos há que com isso concordam, sem se darem ao trabalho de melhor estudar o assunto à luz da interpretação da Palavra de DEUS e das declarações do próprio JESUS CRISTO. A maioria dos comentaristas discorda da interpretação da minoria, argumentando que os filhos de DEUS ali mencionados são os descendentes de Sete e dos piedosos patriarcas, enquanto que as filhas dos homens é a designação que se dá às mulheres da raça de Caim, que se tornara maldito por seu ato maligno cometido contra Abel, seu irmão. O argumento mais forte dessa interpretação encontra­se nas palavras de CRISTO, nesta declaração pública feita diante dos saduceus: “E. respondendo JESUS, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento; mas os que foram havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dos mortos nem hão de se casar nem ser dados em casamento” (Lc 20.34,35) e Mc 12.25 JESUS diz: “Porquanto, ao ressuscitarem dos mortos, nem se casam, nem se dão em casamento; pelo contrário, são como os anjos nos céus”. Como se vê, nas palavras claras de JESUS, o Filho de DEUS, quem se casa e se dá em casamento são os filhos deste mundo. Ora, é difícil, senão impossível, provar que os filhos de DEUS na passagem de Gn 6.2 citada, sejam anjos. Chamamos a atenção dos leitores para estas declarações enfáticas do Novo Testamento, concernentes àqueles que aceitam a JESUS CRISTO como seu Salvador: “Mas, a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS; aos que crêem no seu nome” (Jo 1.12). “Porque todos os que são guiados pelo ESPÍRITO de DEUS esses são filhos de DEUS” (Rm 8.14). Pelo ESPÍRITO SANTO, os crentes são, no Filho, criaturas de DEUS, participantes da natureza divina (Jo 1.12; Rm 8.19,23; Gl 3.26; 4.5­7.; Ef 1.5; Fp 2.15; Hb 2.10; 12.5-8; 2 Pe 1.4; 1 Jo 3.1-10; 5.2; Ap 21.7). Finalizando, anotem o que vamos dizer acerca do Filho de DEUS. Filho por direito e não por adoção como nós eleitos pela graça. Natanael, apesar de todas as reservas que fazia, concernentes ao nome Filho de DEUS, apesar de evitar tal declaração, contudo, no encontro que teve com JESUS, quando o Mestre lhe declarou que o vira debaixo da figueira, ele respondeu convicto e entusiasmado: “Rabi, tu és o Filho de DEUS, tu és o rei de Israel” (Jo 1.49). Cerca de 40 vezes, o título Filho de DEUS, no sentido único, absoluto e verdadeiro, é aplicado a JESUS CRISTO. Onde o título, aplicado ao Mestre, no entanto, adquire sentido mais profundo, é neste diálogo travado entre JESUS e o sumo sacerdote, durante o interrogatório no Sinédrio: “O sumo sacerdote tornou a lhe perguntar. e disse-lhe: És tu o CRISTO, o filho do DEUS bendito? E JESUS disse-lhe: Eu o sou” (Mc 14.61,62) . Nós, os crentes, somos filhos de DEUS resgatados do pecado, filhos por adoção, comprados por preço de sangue. JESUS CRISTO, porém, é o Filho de DEUS, o Unigênito de DEUS. Filho de DEUS é uma das oito dezenas de títulos que as Escrituras dão a JESUS CRISTO. Descomplicando tudo: Sabemos que JESUS sempre existiu, Ele é DEUS. O que significa Filho? Significa que a uma das três pessoas da trindade precisa fazer o papel que faz um filho, ou seja, obedecer às ordens do Pai, executar os planos que Seu Pai tem para com Ele e para com todas as criaturas que ambos criaram junto com o ESPÍRITO SANTO (terceira pessoa da trindade), concordar em tudo com o Pai, Glorificar e exaltar sempre o nome do Pai, ter íntima comunhão com o Pai, servir de exemplo para com todos os outros filhos que o Pai gerar (não que Este seja gerado, mas servir de exemplo para os outros que serão gerados, em um corpo humano e através de JESUS em um corpo humano) , etc… O que significa “Hoje te gerei”? O que significa Primogênito? O que significa Unigênito? Significa que JESUS como homem foi gerado no ventre virgem de Maria, para viver na Terra como homem (mesmo sempre sendo DEUS), em tudo se tornando semelhante aos homens, mas nunca deixando de ser DEUS (como um soldado sem a farda). Significa também que quando JESUS adentrou o céu depois de ressuscitado, ali estava um filho de DEUS, num corpo humano ressurreto, sendo o primeiro corpo humano transformado a entrar no céu, daí a palavra Primogênito, primeiro filho gerado para a glória, daí viriam outros milhares formando a Igreja dos primogênitos (”Eis-me aqui e aos filhos que tu me deste”). Antes de se tornar homem JESUS era o UNIGÊNITO do Pai, único filho, sem possibilidade de haver outro como Ele. Quando estava aqui na Terra, como homem, era o primogênito (primeiro filho de DEUS gerado na Terra) entre os filhos de DEUS num corpo humano e era o unigênito de DEUS (era o único filho de DEUS na Terra, pois só Ele tinha o ESPÍRITO SANTO). Depois de haver feito nossa salvação na cruz JESUS gerou para DEUS muitos filhos (em corpos humanos e não como ELE JESUS DEUS, mas como homem). todo aquele que confessa a JESUS CRISTO como Salvador e Senhor agora pode se tornar filho de DEUS, não mais JESUS é Unigênito na Terra, agora é PRIMOGÊNITO, pois é o primeiro como homem a ser filho de DEUS, DEUS tem agora milhões de filhos. Glória a DEUS. Resumo de JESUS como homem: JESUS, como homem, foi gerado aqui na Terra em um corpo humano. No céu quando chegou após a ressurreição é também agora gerado como o primeiro filho de DEUS em um corpo humano glorificado, SENDO QUE ESPIRITUALMENTE SEMPRE EXISTIU NUM CORPO CELESTE E ESPIRITUAL. JESUS, como homem, foi Filho Unigênito (único filho de DEUS AQUI NA TERRA) antes de morrer e ressuscitar e antes de alguém o aceitar como Salvador e Senhor. JESUS, como homem, foi Primogênito (primeiro filho de DEUS AQUI NA TERRA) GERANDO FILHOS a partir do momento que o aceitaram como Salvador e Senhor, começando por Maria Madalena, e depois seus discípulos até chegar a nós. Resumo de JESUS como DEUS. Não é gerado, pois é DEUS e não tem princípio e nem fim de dias, é pai da eternidade. É Unigênito, pois é único filho e DEUS, não existe outro filho de DEUS como JESUS e nunca existirá. É primogênito, tem a primazia sobre tudo, pois é criador e sustentador de todas as coisas visíveis e invisíveis. É primeiro em tudo, tudo começa por ELE, pois sem ELE nada do que foi feito se fez (É O VERBO, OU SEJA A AÇÃO DE DEUS PARA SE FAZER QUALQUER COISA). CONCLUSÃO A superioridade de CRISTO em relação aos anjos excede em muito a idéia distorcida, e difundida entre os incrédulos, de que os seres angelicais têm papel místico, ao ponto de serem venerados ou mesmo adorados pelos adeptos das falsas doutrinas. O autor da carta aos Hebreus, iniciando seu escrito, fala acerca de três tipos de emissários que DEUS enviou ao mundo para transmitir a sua revelação: os profetas, os anjos e o Filho.Comparando-se os profetas e os anjos, deve se deixar claro que os primeiros foram muito usados por DEUS, falando com autoridade e convicção. Entretanto, seus oráculos, mesmo sendo da parte de DEUS, nem sempre eram bem recebidos. A rebeldia dos ouvintes fez com que diversos profetas fossem assassinados, desprezados e passassem por adversidades. No caso dos anjos, não há relatos de terem sido desprezados ou apedrejados, pois eram tidos em grande temor por serem figuras sobrenaturais. (Note que as diversas aparições dos seres celestes causavam muito medo, motivo este que levava os anjos a começarem seus diálogos com a expressão “Não temas”.) Comunicações que exigiam decisão de uma pessoa eram transmitidas por anjos (veja os exemplos de Abraão, Gideão e Ló). Se o povo ouvia os anjos com certo grau de temor, mais temor deveriam ter diante do Filho de DEUS, por ser este maior do que os anjos. Ele criou todas as coisas, inclusive os anjos. Se o povo reverenciava os mensageiros celestes, estes, por sua vez, reverenciavam o Filho. O mundo vindouro não foi deixado sob os cuidados dos anjos, mas de JESUS. Eles são “espíritos ministradores”, que labutam em prol dos que “hão de herdar a salvação”, enquanto o Filho é o próprio executor da salvação. Até na forma de tratamento, a designação “anjos” é inferior ao “Filho”, pois são eles servos, criaturas, e JESUS é Senhor e Criador. Partindo desses argumentos, o escritor anuncia a superioridade de JESUS tanto sobre os profetas como sobre os anjos. O autor conclui que, se as palavras ditas pelos anjos foram firmes e, no caso de transgredidas, receberam punição, maior responsabilidade haverá para os que rejeitarem as palavras do Filho de DEUS, sem o qual não há salvação. PARTE II - A ETERNIDADE DE JESUS E OS TJ (POR EXEMPLO) A Bíblia Sagrada nos ensina que DEUS Pai é eterno, Ele nunca nasceu, sempre existiu . Por isso, de eternidade a eternidade Ele é DEUS (Salmo 9:2). JESUS CRISTO o Filho do Pai é eterno como o Pai, e assim como DEUS sempre existiu, JESUS sempre existiu com o Pai. Em outras palavras, JESUS nunca nasceu, ele é eternamente gerado do Pai, isto 'e, sempre existiu juntamente com o Pai. As testemunhas de Jeová não crêem nesta verdade. Segundo eles, CRISTO não existe desde a eternidade mas, que começou a existir por um ato criativo de DEUS antes do tempo. Para eles, JESUS foi criado, e por isso, não é eterno como DEUS Pai, mas a sua primeira criatura. Vejamos porém, que tal ensino é falso, e a luz da Palavra de DEUS veremos a eternidade do Filho de DEUS. No entanto, vejamos logo de início os argumentos usado pelas Testemunhas de Jeová e a luz da Bíblia os refutaremos. Vejamos o primeiro argumento usado por eles: "O próprio Jeová me "produziu" como princípio de seu caminho, mais antiga das suas realizações há muito" (Provérbios 8:22, tradução do Novo Mundo Bíblia usada pelas testemunhas de Jeová). Dizem eles em Provérbios que CRISTO está sendo ilustrado pela sabedoria, foi "produzido", isto é, "criado" como a mais antiga criação de DEUS, logo ele é uma criatura tendo portanto começo. Tal argumento se dá por um erro de tradução, o versículo acima citado é do Novo Mundo, a Bíblia "Jeovista", e tal tradução costuma cometer erros desse tipo, para tentarem provar a toda forma que JESUS não é igual a DEUS . Vejamos então, provas de que o Provérbio 8:22 foi traduzido de maneira errada pela tradução do Novo Mundo. No hebraico a língua em que foi escrito o Antigo Testamento, neste versículo é usado a palavra "qanah" que quer dizer "possuir", e nunca "criar"(produzir). No hebraico a palavra usada é "Bara". Ora "Bara" é muito diferente de "qanah". Conclui-se que traduzir "Bara" ao invés de "qanah" foi um erro de tradução. A tradução correta é a que diz assim: O Senhor me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas"(Provérbio 8:22 Edição Revista e Atualizada, João Ferreira de Almeida). Na verdade o que este versículo que dizer é o seguinte: CRISTO no plano da criação estava junto com o Pai arquitetando tudo (Provérbio 8:27, 30). Isso explica o que diz o início do Provérbio 8:22 o Senhor me possuía...". ë porque o DEUS Pai possuía o DEUS Filho ao seu lado, para juntos criarem o universo. Portanto, CRISTO é a origem de tudo e não a primeira origem. Vejamos mais um argumento usado por eles contra a eternidade de JESUS CRISTO. "O qual é a imagem do DEUS invisível, o 'Primogênito' de toda a criação (Colossenses 1:15). As testemunhas de Jeová concluem : se CRISTO é chamado de "primogênito" que quer dizer primeiro, então ele é uma criação, a primeira feita por DEUS. No grego a palavra "prototokos". Ë verdade que esta palavra às vezes significa "primeiro". Mas não é só esse seu significado, pois significa também: principal, ou ainda preeminente (primazia). Dependendo do contexto saberemos em que sentido foi usada. Vejamos na Bíblia que primogênito não significa somente primeiro, como afirmam os testemunhas de Jeová "e ninguém, devasso, ou profano com o Esaú, que por uma refeição vendeu o direito de 'progenitura'." (Hebreus 12:16). Ora, se a palavra primogênito significasse somente "primeiro", esse versículo não teria sentido, pois como pode alguém comprar ou vender o "direito" de ter nascido primeiro ? E impossível .Está claro que neste caso "primogênito" foi usado noutro sentido, no caso no sentido de "principal". Ou seja, Esaú vendeu o direito de ser o filho principal de ser abençoado como tal. Sendo assim, quando a Bíblia chama CRISTO de primogênito, ela não está chamando-o de uma criatura, pois em Colossenses 1 :15, primogênito está no sentido de "preeminente" e não de "primeiro". CRISTO é preeminente porque tem a primazia sobre todas as coisas, ele é primogênito de toda criação porque Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades, tudo foi criado por Ele e para Ele...para que em tudo tenha "preeminência" (Colossenses 1:15,16). Só quem está cego não consegue ver esta verdade tão reluzente. "Estas coisas diz o amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio de toda a criação de DEUS". (Apocalipse 1:14). As testemunhas de Jeová dizem ser CRISTO uma criatura porque nos versículo citado ele é chamado de "o princípio da criação de DEUS". A palavra princípio no grego é "arche" que significa : "fonte" ou "origem". De modo que a expressão "princípio da criação "usado para JESUS revela ser Ele a fonte da criação, ou seja, Nele originou-se o universo. Em apocalipse 21:6,7, DEUS Pai é chamado de o "princípio e o fim". Se princípio significasse que alguém foi criado, então os testemunhas de Jeová teriam que admitir que DEUS teve começo. Pois a mesma palavra grega ("arche") usada para CRISTO foi usada para o Pai. Portanto, JESUS é a origem da criação, porque nele originou-se todas as coisas, ou melhor "sem ele nada do que foi feito se fez" (João 1:3). Vejamos na Bíblia a eternidade do filho de DEUS. A Bíblia diz que JESUS é o filho de unigênito de DEUS (João 3:16). Unigênito no grego quer é "monogenes" que significa "único gerado". CRISTO é o único gerado diretamente de DEUS . Os anjos são filhos de DEUS, mas não por geração e sim por criação. Por isso a Bíblia diz: "A qual dos anjos disse: 'Tu és meu filho hoje te gerei? (Hebreus 1:5). JESUS é o único que foi eterno, o que dele é gerado também é eterno. Por isso, CRISTO nunca nasceu, ele sempre existiu com o Pai. Respondeu-lhes JESUS : Em verdade em verdade vos digo que antes que Abraão existisse eu sou (João 8:58). Eu sou no grego é "egó elmi", este verbo está desprovido de tempo, não dá idéia de tempo. Com isso JESUS estava dizendo que era eterno, que sempre existiu. Se identificando assim com Jeová de êxodo 3 :14. Embora neste versículo a tradução do Novo Mundo traga "eu tenho sido" ao invés de "eu sou". No original tem "eu sou". Os judeu naquela ocasião entenderam que ele estava dizendo que sempre existiu, tanto é que pegaram em pedras para apedrejarem a CRISTO (João 8:59). Somente o Testemunhas de Jeová não conseguem entender que CRISTO é eterno. Elas mostram com isso que são mais cegos que os judeu. Vejamos mais provas da eternidade de JESUS CRISTO: "Há muito lançaste os alicerces da própria terra e os céus são obras das tuas mãos". Eles é que perecerão , mas tu mesmo continuarás de pé, e todos ele se gastarão como a roupa. Tu os substituirá assim como a vestimenta e eles terminarão à sua vez, mas tu és o mesmo, os teus anos não terão fim"(Salmo 102:25-27 Novo Mundo). O salmo em questão refere-se ao Pai (Salmo 102:1) qualquer Russelita concorda com isso. Nos versos em questão a Bíblia está falando da eternidade de DEUS Pai, e o exalta por ele ser eterno. Entretanto, no Novo Testamento, estas palavras dirigidas ao Pai, foram atribuídas a JESUS, o que prova que CRISTO é eterno como o Pai é. Na carta aos Hebreus 1:8, a Bíblia fala acerca de JESUS, e nos versículos 10 ao 12, atribui a CRISTO as mesmas palavras que o salmo 102:25-28 atribui a Jeová. O que prova que JESUS é eterno. Duas coisas conclui-se : · Se CRISTO não é eterno, e sim uma criatura, a Bíblia mentiu ao atribuir a CRISTO uma coisa que ele não é. E isto é impossível pois a Bíblia não mente, o que ela diz é a verdade. · Se CRISTO fosse uma criatura, jamais DEUS iria permitir que seus atributos fossem dados a uma criatura. Se ele permitiu, é porque seu filho é igual a ele e merece ser reconhecido como DEUS. Portanto, vamos honrar a CRISTO do mesmo jeito que honramos a nosso Pai (João 5:23). As testemunhas de Jeová ao dizerem que CRISTO é uma criatura, estão com isto desonrando a CRISTO. No entanto, eles afirmam que dizem isso para honrar somente ao Pai. Estão completamente enganados pois ninguém pode honrar ao Pai sem primeiro honrar ao Filho, pois como diz a Bíblia: "O Pai é glorificado no Filho (João 14:13). Em Isaías 9:6, a Bíblia diz: "...e o seu nome será : maravilhoso conselheiro, DEUS forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz. Aqui a Bíblia mostra várias qualidades de CRISTO, e uma delas é que ele é o Pai da Eternidade. Agora eu pergunto : Como pode JESUS ser o Pai da eternidade e uma criatura ao mesmo tempo? Para essa pergunta, nem a sociedade torre de vigia tem a resposta. Vejamos mais passagens da Santa Escritura que prova a eternidade do glorioso JESUS. "E tu Belém, Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti, é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Miquéias 5:2). A eternidade não tem começo e nem fim. Que está dentro da eternidade é eterno, sem começo e sem fim. "JESUS é o mesmo ontem, hoje e eternamente" (Hebreu 13 :8), aqui mostra a imutabilidade de CRISTO bem como sua eternidade. O verso diz que JESUS é o mesmo ontem. Então eu pergunto aos Russelitas : se CRISTO é uma criatura, então como pode ser ele o esmo ontem, se houve um período histórico que ele não existia? Ficar calado é a melhor resposta, ler também Hebreu 7:1-3). Portanto, foi provado pelas Santa Escrituras que CRISTO sempre existiu, que ele é eterno, não tendo princípio e nem fim. A minha oração a DEUS é que aqueles que estão cegos pela Torre de Vigia, possam ser iluminados pela luz do ESPÍRITO SANTO, e que possam conhecer através de uma experiência pessoal aquele que diz : "Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o Princípio e o Fim . Bem aventurado aqueles que lavam suas vestes com o sangue do cordeiro, para que tenham direito a árvore da vida e possam entra na cidade pelas portas (Apocalipse 22 : 13,14). Irmão Henrique Ventura - Artigo do Jornal Trombeta de Sião - Ano I n.º 7 - Fortaleza – CE - Editor – Pr. Glauco Magalhães ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Os nomes e títulos concedidos pelas Escrituras ao Senhor JESUS revelam sua natureza, ministério e oficio. Os títulos de CRISTO são tão importantes para compreendermos a sua natureza e ministério que Oscar Cullmann (1902-1999), teólogo franco-alemão, utilizou-os como método de pesquisa ao desenvolver o tema da Cristologia em o Novo Testamento. Os títulos e ofícios de JESUS revelam-lhe o messianato (Profeta, CRISTO), a divindade (Filho de DEUS, Eu Sou), a humanidade (Filho de José), e sua ascendência real (Filho de Davi). Muitos desses títulos aparecem combinados, como por exemplo, Filho do Homem. Este pode designar tanto a humanidade de JESUS quanto a sua divindade (Jo 6.62). Portanto, ao apresentar os nomes de CRISTO, não se esqueça de explicá-los de acordo com o contexto histórico, e de aplicá-los ao cotidiano dos alunos. Reproduza a tabela abaixo conforme os recursos disponíveis. Filho de DEUS, Expressa a divindade eterna com o Pai. “Filho de DEUS” indica tanto a origem divina de JESUS quanto à sua deidade. “O Filho Unigênito”não reflete a idéia de nascimento, mas de natureza, caráter e tipo. Primogênito não significa “o primeiro criado”, mas “primeiro em categoria”. JESUS CRISTO é o verdadeiro Filho de DEUS e, por meio dEle,o cristão pode clamar: “Aba, Pai” (Rm 8.15). Subsídio Teológico “Implicações Teológicas de João 5.1 7 [.u] As autoridades judaicas do primeiro século entraram em disputas teológicas concernentes à guarda do sábado por DEUS. Um lado disse que Ele guardava; o outro negou, argumentando que se DEUS cessasse todas as suas obras no sábado, as suas ações de providência parariam, e o Universo entraria em colapso [u.] No entanto, em João 5.17 JESUS está reivindicando o direito de trabalhar no sábado, porque DEUS é o seu Pai, e, implicitamente, Ele é o Filho que segue os passos de seu Pai nesse aspecto. O ponto é que embora alguém possa ser chamado de um filho de DEUS por ser um pacificador (Mt 5.9), os mortais comuns não podem ser corretamente chamados de filhos de DEUS em todos os aspectos, uma vez que eles não imitam ao Todo-Poderoso em todos os aspectos. Eu não criei um Universo recentemente; certamente não sou um filho de DEUS em termos de criacionismo. Os judeus reconheceram que a brecha que se aplicava a DEUS, trabalhando no sábado, estava ligada à transcendência do Todo-Poderoso e servia somente para Ele.A atitude do Senhor JESUS ao justificar o seu próprio trabalho no sábado, apelando para o fato de DEUS ser o seu Pai, era, para aqueles judeus, uma extraordinária reivindicação.” (CARSON,DA A difícil doutrina do amor de DEUS. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.) APLICAÇÃO PESSOAL Aceitar ao nosso Senhor JESUS CRISTO como Senhor e Salvador pessoal é um cálice de regozijo eterno! JESUS , o verdadeiro Filho de DEUS, concede ao crente o direito de se tornar filho de DEUS (Jo 1.12). E,se tu és filho, também és herdeiro de DEUS e co-herdeiro de CRISTO (Rm 8. 17). Então, porque temes os males noturnos? Não sabeis que o vosso Pai é Luz na escuridão? (Jo 1.9,10). Porque te assombras no vale da morte? Esqueceste que a Lázaro Ele ressuscitou depois de sepultado? (Jo 11.2 5). Filho do Pai celeste porque paras? Ele ordena que prossigas até que recebas a tua coroa (Ap 3.11). Tu és filho especial de DEUS! A lápide fria e mortal não é a tua sina, mas o trono: “Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono” (Ap 3.21). RESUMO DA REVISTA DA CPAD LIÇÃO 2 - JESUS, O FILHO ETERNO DE DEUS O conhecimento da divindade e da eternidade de JESUS CRISTO reforça a convicção do futuro da igreja, pois é através de JESUS que fomos salvos e nos tornamos participantes da vida eterna. I- O PROPÓSITO DO AUTOR DA EPÍSTOLA João é enfático ao afirmar que o eterno Filho de DEUS, nosso Salvador, veio a este\mundo através do\nascimento (1 Jo 5.6;4.1,2). Ele tornou-se humano, mas sem pecado e sem abrir mão da sua divindade (Mt 28.19), do seu poder (Mt 9.6), de sua onisciência (Mt 9.4) e do seu atributo de ser eterno (Rm 9.5). II- A VIDA ETERNA MANIFESTA EM CRISTO 1. O que vimos com os nossos olhos (1.1). 2. O que ouvimos (1.3). 3. O que temos contemplado e as nossas mãos tocaram (1.1). III- CRISTO, A VIDA SE MANIFESTOU Quando João escreve que o Verbo se fez carne, está dizendo que DEUS planejou e tornou realidade a encarnação do seu Eterno Filho para que, na condição de homem, vivesse entre nós (Is 7.14; Mt 1.23). IV- JESUS ETERNO E ATUANTE DESDE O PRINCÍPIO 1. No Antigo Testamento. 2. No Novo Testamento, após sua morte redentora. SINOPSE DO TÓPICO (1) JESUS tornou·se humano, mas sem pecado e sem abrir mão da sua divindade, do seu poder, de sua onisciência e do seu atributo de ser eterno. SINOPSE DO TÓPICO (2) Por ser eterno e estar acima da vida física e espiritual, JESUS transcende toda e qualquer consideração de tempo que alguém tente fazer a seu respeito. SINOPSE DO TÓPICO (3) Ao recebermos a vida eterna, tornamo-nos não somente participantes da natureza divina, mas também responsáveis pela observância das doutrinas essenciais da vida cristã. SINOPSE DO TÓPICO (4) As aparições de JESUS antes de sua encarnação, o fato de Ele ter participado da criação de todas as coisas, bem como a variedade de registros a respeito de sua ressurreição pelos escritores do NT, indicam que Ele vive eternamente. Subsídio Teológico "JESUS teve, no seu nascimento, duas naturezas distintas Pela concepção sobrenatural de Maria, JESUS herdou do seu Pai, pela operação do ESPÍRITO SANTO (cf. Lc 1.35), a natureza divina com todas as suas características. De Maria, Ele recebeu a natureza humana. As suas naturezas divina e humana se uniram na constituição de sua pessoa de modo perfeito. As duas naturezas não se misturam, isto é, JESUS não ficou com a sua divindade 'humanizada' ou com a sua natureza humana 'divinizada'. Em Caná, quando JESUS transformou a água em vinho, a água deixou de ser água e passou a ser integralmente vinho (cf. Jo 2.8-10). Quando, porém, JESUS se fez homem, continuou sendo DEUS verdadeiro, mesmo estando sob a forma de homem verdadeiro. As duas naturezas operavam assim simultânea e separadamente na sua pessoa. Jamais houve conflito entre as duas naturezas, porque JESUS, como homem, seja nas suas determinações ou autoconsciência, sempre conforme a direção do ESPÍRITO SANTO, sujeitava-se à vontade de DEUS, de acordo com a sua natureza divina (cf.Jo 4.34; 5.30; 6.38; 5140.8; Mt 26.39). Assim JESUS possuía duas naturezas em uma só personalidade, as quais operavam de modo harmonioso e perfeito, em uma união indissolúvel e eterna". (BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.66,67). Aplicação Pessoal o fato de JESUS ter se tornado humano, deixado a sua glória junto ao Pai, descido à terra e aqui vivido como um comum mortal é a maior prova de amor que possa existir. Lamentavelmente, essa mensagem tem desaparecido de muitos púlpitos. O evangelho pragmático tem tomado conta dos livros, hinos, mensagens e muitos outros meios, os quais deveriam ser usados para a glória e a honra do Senhor. O sacrifício redentor foi reduzido e rebaixado à categoria de balcão de empregos, sistema de saúde, consultório psicológico e tem sido confundido até mesmo com uma espécie de "jogo de azar", ao qual as pessoas recorrem para enriquecer com facilidade e sem nenhum esforço. Nós, que temos consciência da importância e do valor que esse gesto de amor possui, devemos agradecer ao Eterno DEUS e proclamá-Io aos que estão à nossa volta. Enquanto o Evangelho é loucura para os gregos, cujos deuses "evoluíam" da condição humana para a divina, o nosso CRISTO deixou a sua glória e fez o caminho inverso: continuou sendo DEUS, mas também se tornou homem, experimentando a morte. Tudo para nos salvar! Se esta mensagem divina é loucura para os que perecem, para nós, é o poder de DEUS, pois seu teor, conteúdo e aceitação, salvou-nos a vida da perdição eterna.

02 julho 2009

VIDEOS DA LICAO 01 PRIMEIRA CARTA DE JOAO

ESTUDOS DA LICAO 01 PRIMEIRA CARTA DE JOAO

LIÇÃO 1 - A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 3º TRIMESTRE DE 2009 1 João - Os Fundamentos Da Fé Cristã Comentários do Pr. Eliezer de Lira e Silva Consultor Doutrinário e Teológico: Pr. Antonio Gilberto Complementos, questionários e videos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO "Toda escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça" (2 Tm 3.16). http://www.apazdosenhor.org.br/prof/licao1-1cj-ta-vp.jpg VERDADE PRÁTICA Esta carta, divinamente inspirada, é aplicável a todo leitor que deseja ter sua vida no centro da vontade de DEUS. LEITURA DIÁRIA Segunda Lc 5.10-11 Terça Gl 2.9 Quarta 1Jo 4.9,10 Quinta Jo 1.12,13; 1Jo 5.1 Sexta 1Jo 4.7 Sábado 1Jo 2.24 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1Jo 1.1-4 1 O que era desde o princípio, ao que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida 2 (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada), 3 o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho JESUS CRISTO. 4 Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.1.2 VIDA ETERNA. João define a vida eterna, em função de CRISTO. Ela só pode ser obtida mediante a fé em JESUS CRISTO e a comunhão com Ele (vv. 2,6,7; 2.22-25; 5.20).1.3 COMUNHÃO CONOSCO. "Comunhão" (gr. koinonia) literalmente significa "ter em comum", e envolve compartilhar e participar. Os cristãos têm tal comunhão porque têm a fé cristã em comum (Tt 1.3; Jd 3), a graça de DEUS em CRISTO em comum (Fp 1.7; 1 Co 1.9), a presença neles do ESPÍRITO em comum (Jo 20.22; Rm 8.9,11), os dons do ESPÍRITO em comum (Rm 15.27) e um inimigo em comum (2.15-18; 1 Pe 5.8). Não pode haver nenhuma comunhão verdadeira com aqueles que rejeitam os ensinos da fé do NT (2 Jo 7-11; ver Gl 1.9).Destaque: A Palavra da vida foi manifesta na carne. O principal objetivo de João era provar que JESUS, que se manifestou em carne. era e é DEUS mesmo e que Nele temos a vida eterna. Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de DEUS.PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO (BEP - CPAD)EsboçoIntrodução (1.1-4) I. Comunhão com DEUS (1.5—2.28)A. Os Princípios da Comunhão com DEUS (1.5—2.2)1. “Nenhuma Treva” há em DEUS (1.5)2. Nenhuma Comunhão nas Trevas (1.6)3. Comunhão na Luz (1.7)4. Comunhão na Purificação do Pecado (1.8—2.2)B. A Manifestação da Comunhão com DEUS (2.3-28)1. Na Obediência (2.3-5)2. Na Semelhança com CRISTO (2.6)3. No Amor (2.7-11)4. Na Separação do Mundo (2.12-17)5. Na Fidelidade à Verdade (2.18-28)II. Os Filhos de DEUS (2.29—3.24)A. Características dos Filhos de DEUS (2.29—3.18)B. A Confiança dos Filhos de DEUS (3.19-24) III. O ESPÍRITO da Verdade (4.1-6)A. O ESPÍRITO do Erro e sua Identificação (4.1,3,5)B. O ESPÍRITO da Verdade e o nosso Conhecimento dEle (4.2,4,6)IV. O Amor de DEUS (4.7—5.3)A. A Origem Divina do Amor (4.7-10)B. O Amor de DEUS — Como Devemos Correspondê-lo (4.11-13,19-21)C. Permanecendo no Amor de DEUS (4.14-16)D. A Perfeição do Amor (4.17,18)E. Obediência do Amor (5.1-3)V. Promessas de DEUS (5.4-20)A. A Vitória Sobre o Mundo (5.4,5)B. A Integridade do Evangelho (5.6-10)C. A Vida Eterna no Filho de DEUS (5.11-13)D. As Respostas à Oração (5.14-17)E. Três Grandes Certezas (5.18-20)Conclusão (5.21) Autor: JoãoTema: Verdade e Justiça Data:\85-95 d.C. Considerações Preliminares Cinco livros do NT levam o nome de João: um Evangelho, três epístolas e o Apocalipse. Embora João não se identifique pelo nome nesta epístola, testemunhas do século II (e.g., Papias, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria) afirmam que ela foi escrita pelo apóstolo João, um dos doze primeiros discípulos de JESUS. Fortes semelhanças no estilo, no vocabulário e nos temas, entre 1 João e o Evangelho segundo João, sancionam o testemunho fidedigno dos cristãos primitivos, afirmando que os dois livros foram escritos pelo apóstolo João (ver introdução ao Evangelho segundo João).Não há indicação dos destinatários desta carta, como também não há saudações, nem menção de pessoas, lugares ou eventos. A explicação mais provável dessa forma rara epistolar é que João escreveu de onde residia, em Éfeso, a certo número de igrejas da província da Ásia, que estavam sob sua responsabilidade apostólica (cf. Ap 1.11).Visto que as congregações tinham um problema comum e necessidades semelhantes, João escreveu esta epístola como carta circular, enviando-a por um emissário pessoal, juntamente com suas saudações pessoais. O assunto principal desta epístola é o problema dos falsos ensinos a respeito da salvação em CRISTO e seu processo no crente. Certas pessoas, que anteriormente conviveram com os leitores da epístola, deixaram as congregações (2.19), mas os resultados dos seus falsos ensinos continuavam a distorcer o evangelho, quanto a “saber” que tinham a vida eterna. Doutrinariamente, a sua heresia negava que JESUS é o CRISTO (2.22; cf. 5.1) ou que JESUS veio em carne (4.2,3). Na área moral, ensinavam que não era necessário à fé salvífica (cf. 1.6; 5.4,5), a obediência aos mandamentos de JESUS (2.3-4; 5.3) e uma vida santa, separada do pecado (3.7-12) e do mundo (2.15-17).PropósitoO propósito de João ao escrever esta epístola foi duplo: (1) expor e rebater os erros doutrinários e éticos dos falsos mestres e (2) exortar seus filhos na fé a manter uma vida de santa comunhão com DEUS, na verdade e na justiça, cheios de alegria (1.4) e de certeza da vida eterna (5.13), mediante a fé obediente em JESUS, o Filho de DEUS (4.15; 5.3-5,12), e pela habitação interior do ESPÍRITO SANTO (2.20; 4.4,13). Alguns crêem que a epístola também foi escrita como uma seqüência do Evangelho segundo João.Visão PanorâmicaA fé e a conduta estão fortemente entrelaçados nesta carta. Os falsos mestres, aos quais João chama aqui de “anticristos” (2.18-22), apartaram-se do ensino apostólico sobre CRISTO e a vida de retidão. De modo semelhante a 2 Pe e Jd, 1 Jo refuta e condena com veemência os falsos mestres (e.g., 2.18,19,22,23,26; 4.1,3,5) com suas crenças e conduta destruidoras.Do ponto de vista positivo, 1 Jo expõe as características da verdadeira comunhão com DEUS (e.g., 1.3—2.2) e revela cinco evidências específicas pelas quais o crente poderá “saber”, com confiança e certeza, que tem a vida eterna: (1) a evidência da verdade apostólica a respeito de CRISTO (1.1-3; 2.21-23; 4.2,3,15; 5.1,5,10,20); (2) a evidência de uma fé obediente que guarda os mandamentos de CRISTO (2.3-11; 5.3,4); (3) a evidência de um viver santo, i.e., afastar-se do pecado, para comunhão com DEUS (1.6-9; 2.3-6,15-17,29; 3.1-10; 5.2,3); (4) a evidência do amor a DEUS e aos irmãos na fé (2.9-11; 3.10,11,14,16-18; 4.7-12,18-21); e (5) a evidência do testemunho do ESPÍRITO SANTO no crente (2.20,27; 4.13). João afirma, por fim, que a pessoa pode saber com certeza que tem a vida eterna (5.13) quando estas cinco evidências são manifestas na sua vida.Características EspeciaisCinco características principais há nesta epístola. (1) Ela define a vida cristã empregando termos contrastantes e evitando todo e qualquer meio-termo entre luz e trevas, entre verdade e mentira, entre justiça e pecado, entre amor e ódio, entre amar a DEUS e amar ao mundo, entre filhos de DEUS e filhos do diabo, etc. (2) É importante ressaltar que este é o único escrito do NT que fala de JESUS como nosso “Advogado (gr. parakletos) para com o Pai”, quando o crente fiel peca (2.1,2; cf. Jo 14.16,17,26; 15.26; 16.7,8). (3) A mensagem de 1 Jo fundamenta-se quase que inteiramente no ensino apostólico, e não na revelação anterior do AT; não há claramente na carta referências às Escrituras do AT. (4) Visto tratar da cristologia, e ao mesmo tempo refutar determinada heresia, a carta focaliza a encarnação e o sangue (i.e., a cruz) de JESUS, sem mencionar especificamente a sua ressurreição. (5) Seu estilo é simples e reiterativo, à medida que João apresenta certos termos principais, como “luz”, “verdade”, “crer”, “permanecer”, “conhecer”, “amor”, “justiça”, “testemunho”, “nascido de DEUS” e “vida eterna”. JOÃO, O APÓSTOLO O apóstolo João era conhecido como "o discípulo amado de JESUS". Foi o autor do quarto Evangelho no Novo Testamento. Também escreveu três epístolas (cartas a outros cristãos) e o livro do Apocalipse. O apóstolo João gozava de alta reputação entre os cristãos e sua influência tem sido sentida através dos séculos. Embora muitos cristãos o respeitem, não sabemos muito de sua vida. Quando a Bíblia fala de João, ele está sempre acompanhado de Pedro ou Tiago. E mesmo quando a Bíblia menciona João e Pedro, é quase sempre Pedro que está falando. Por isso é difícil termos um quadro completo de como foi a vida de João. Entretanto, juntando-se diferentes histórias do Novo Testamento, podemos ter uma idéia melhor sobre a vida do "discípulo que JESUS amava". JOÃO NOS EVANGELHOS SINÓTICOS Os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) nos dão a maioria das informações biográficas que temos sobre João. O nome do pai de João era Zebedeu e João tinha um irmão chamado Tiago (Mateus 4:21). O Evangelho de Mateus nos conta que Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e José, e "a mãe dos filhos de Zebedeu" estavam presentes na morte de CRISTO (27:56). O Evangelho de Marcos também cita três mulheres: Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, e Salomé (Marcos 15:40). Quando comparamos estas duas passagens na Bíblia, podemos deduzir que Salomé pode ter sido o nome da mãe de João. Além disso, o Evangelho de João nos relata que Salomé era irmã da mãe de JESUS (João 19:25). Assim João seria primo de JESUS. Não podemos ter certeza disso, porque certamente havia muitas outras mulheres aos pés da cruz durante a crucificação (Mateus 27:55). Muitas pessoas aceitam que JESUS e João eram primos, mas não há certeza absoluta sobre isso. João fazia parte do grupo de discípulos que JESUS convocou às margens do Mar da Galiléia (Mateus 4:21-22 e Marcos 1:19-20). Foi um dos primeiros discípulos chamados. É possível que fosse o companheiro anônimo de André quando aquele apóstolo seguiu a JESUS (João 1:35-37). OS DISCÍPULOS MAIS PRÓXIMOS DE JESUS JESUS escolheu três discípulos - Pedro, Tiago e João - para estarem especialmente perto dele durante o seu ministério na terra. Por causa de sua posição especial, estiveram com JESUS durante as grandes ocasiões. João, Tiago e Pedro estavam presentes com JESUS na Transfiguração (Mateus 17:1-2, Marcos 9:2 e Lucas 9:28-29). JESUS também levou justamente esses três para a casa de Jairo quando ressuscitou a filha daquele homem (Marcos 5:37, Lucas 8:51). Antes de JESUS ser preso, estava orando com Pedro, Tiago e João no Jardim do Getsêmani (Mateus 26:37, Marcos 14:33). Embora JESUS tivesse ficado zangado com eles por estarem dormindo em vez de orarem, não devemos esquecer o fato de que em seu tempo de grande aflição, quando se preparava para morrer na cruz, JESUS quis que esses três discípulos estivessem perto dele. Há outras ocasiões em que João é mencionado nos Evangelhos. Lucas nos conta que João, que era pescador, ficou muito surpreso quando milagrosamente JESUS fez com que os discípulos apanhassem uma enorme quantidade de peixe (Lucas 5:9-10). Quando o ministério de JESUS estava quase encerrado, a Bíblia nos relata como João, Pedro, Tiago e André perguntaram a JESUS quando chegaria o fim do mundo e qual seria o sinal para esse acontecimento (Marcos 13:3-4). Também durante a última noite em que estiveram juntos, JESUS mandou que Pedro e João preparassem a ceia da Páscoa (Lucas 22:8). De um ponto de vista estritamente literário, a Primeira Epístola de João (1Jo) poderia ser classificada como um sermão ou um discurso teológico. A razão é que não se encontra na carta qualquer menção de autor, destinatário, introdução, saudações e despedida. No entanto, desde os primeiros tempos do Cristianismo se tem reconhecido que este documento é, se não uma missiva pessoal propriamente dita, uma espécie de carta pastoral dirigida ao conjunto dos membros de algumas igrejas residentes em lugares próximos uns dos outros: pequenas congregações da Ásia Menor, necessitadas de instrução e conselhos que as ajudassem a viver em plenitude o testemunho da sua fé em JESUS CRISTO que “veio em carne” (4.2-3). http://www.apazdosenhor.org.br/prof/licao1-1cj-esboco.jpg PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO (ILUMINA BÍBLIA) DATA E LUGAR DE REDAÇÃO Sendo assim, a falta desses dados pessoais que são característicos do gênero epistolar (ver a Introdução às Epístolas), o presente escrito tem sido atribuído, desde o princípio, assim como também 2 e 3João (ver as respectivas introduções), ao apóstolo João. Tradicionalmente, se admite que foi escrita em Éfeso, por volta dos anos 90. Mesmo que se entenda como sermão ou como carta, o certo é que 1João está muito próximo do Evangelho Segundo João, tanto por razões de redação como pela ternura com que também ela chega ao leitor, por essa entonação cálida tão claramente perceptível em expressões como “filhinhos” ou “filhinhos meus” (2.1,12,14,18,28; cf. Jo 13.33; 21.5) e nas freqüentes notas como “vos escrevo” (2.7-26; 5.13). PROPÓSITO O estilo literário de 1João é repetitivo. Os diversos temas, logo após uma exposição inicial (1.5—2.29), reaparecem pela segunda (3.1—4.6) e ainda pela terceira vez (4.7—5.12), mesmo separadamente ou entrelaçados. Essa insistência nos elementos temáticos vem lançar luz sobre algo que pertence aos próprios motivos básicos do escrito, que não são outros senão a inquietude do autor ante a presença de certos elementos estranhos que, em diferentes lugares, estavam perturbando a fé e a comunhão dos crentes. O autor não diz quais eram as doutrinas e nem quem eram os causadores da sua preocupação, mas, provavelmente, tratasse de alguns ensinamentos que, sob o nome genérico de “gnosticismo”, começavam desde então a infiltrar-se nos círculos cristãos da Ásia Menor. Assim como no quarto Evangelho, também 1João manifesta o propósito perseguido pelo seu autor. A epístola inteira é um testemunho “com respeito ao Verbo da vida” (1.1; cf. Jo 1.1), uma confissão de fé escrita “para que a nossa alegria seja completa” (1.4), “a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de DEUS” (5.13. Cf. Jo 20.31). CONTEÚDO E ESTRUTURA Expressões como estas dão característica à carta, que afirma a divindade de JESUS CRISTO (1.2-7; 2.22-23; 4.2,8,14; etc.), expressa a filiação divina do crente (3.1-2,9-10; etc.), reprova a conduta dos “anticristos” (2.18-19,22; 4.3) e revela que a justiça de DEUS se cumpre no fato essencial do seu amor, demostrado ao entregar o seu Filho em “propiciação pelos nossos pecados” (2.1-2; 3.5; 4.8-10,16-17). Contra os “anticristos”, esses falsos profetas que negam a divindade de JESUS e a sua missão redentora, João exorta os cristãos a que permaneçam no relacionamento de amor e vida, que é a comunhão com DEUS, concretizada na realidade imediata do amor fraternal (2.9-11; 3.9-12,14-18,23; 4.7-8,11-12,16-21). O vocabulário e as locuções desta epístola evocam ao leitor a linguagem do quarto Evangelho: ser chamados de filhos de DEUS (3.1-2,10), ser nascidos de DEUS (3.9), permanecer em DEUS (2.24,27-28; 3.24; 4.7,16; etc.), ter o Pai (ou ter o Filho) é possuir a vida eterna (2.23; 5.12-13). A carta e o Evangelho também se aproximam no uso de determinados conceitos e imagens, apresentados muitas vezes em forma de antítese: luz-trevas (1.5-7; 2.8-11, cf. Jo 1.5; 8.12; etc.), verdade-mentira (1.6,8; 2.21, cf. Jo 8.44), vida-morte (3.14; 5.12, cf. Jo 5.24-25), filhos de DEUS-filhos do diabo (3.10, cf. Jo 8.44). Igualmente é característico da epístola e do Evangelho o uso da palavra “Verbo” para referir-se ao Filho de DEUS feito homem (1.1, cf. Jo 1.1-5,14). Com essas e outras figuras literárias, o autor explica em que consiste o conhecimento que o cristão tem de DEUS: DEUS é amor, e amar é conhecer a DEUS (4.7-12,16,21) com um conhecimento que tem sido revelado em “JESUS CRISTO. Este é o verdadeiro DEUS e a vida eterna” (5.20). ESBOÇO: Prólogo: O Verbo da vida (1.1-4) 1. DEUS é Luz: Permaneçamos na luz (1.5—2.29) 2. DEUS é o nosso Pai: Andemos como filhos de DEUS (3.1—4.6) 3. DEUS é amor: Amemo-nos uns aos outros (4.7—5.12) Epílogo (5.13-21) PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO (Bíblia Plenitude) Autor: Apóstolo JoãoData: Cerca de 90 dC Autor e ReceptoresEmbora esta carta seja anônima, seu estilo e vocabulário indicam claramente que foi escrita pelo autor do Evangelho de Jo. Evidências internas também apontam João como o autor, e o antigo testemunho atribui, com unanimidade, a carta a ele.A falta de especial dedicação e saudação indicam que a carta foi circular, provavelmente enviada à igrejas perto e Éfeso, onde João passou seus últimos dias. DataO peso de uma tradição antiga e forte sobre João ter passado seus últimos anos em Éfeso, junto com o fato do tom dos escritos sugerirem que se trata de um produto de um homem maduro que passou por experiência espiritual profunda, apontam uma data próxima ao final do séc. I. Além disso, o caráter da heresia combatida na carta aponta para a mesma época, cerca de 90 dC. Ocasião e ObjetivoJoão declara ter escrito para dar garantia da vida eterna àqueles que Crêem “no nome do Filho de DEUS (5.13). A incerteza de seus leitores sobre sua condição espiritual foi causada por um conflito desordenado com os mestre de uma falsa doutrina. João refere-se ao ensinamento como enganosos (2.26; 3.7) e aos mestres como “falsos profetas” (4.1), mentirosos (2.22) e anticristos (2.18,22; 4.3). Eles um dia tinham estado com a igreja, mas tinham se afastado (2.19) e tinham se “levantado no mundo” (4.1) para propagar sua perigosa heresia.Heresia era um precursor do gnosticismo do séc. II, que ensinava que a matéria era essencialmente ruim e o espírito era essencialmente bom. O ponto de vista dualista fez com que os falsos mestres negassem a encarnação de CRISTO e, portanto, a ressurreição. O verdadeiro DEUS, ensinavam eles, nunca poderia habitar um corpo material de carne e sangue. Portanto, o corpo humano que JESUS supostamente possuiu não era real, mas apenas aparente. João escreveu vigorosamente contra esse erro (2.22-23; 4.3).Eles também ensinavam que, como o corpo humano era um simples invólucro para o espírito interior, e como nada que o copo fizesse poderia afetar o espírito interno, as distinções éticas pararam de ser relevantes. Portanto, eles não tinham pecado, João responde esse erro com indignação (2.4,6,15-17; 3.3,7,9-10; 5.18).“Gnosticismo” é uma palavra derivada do grego gnosis, que significa “conhecimento”. Mais tarde, os gnósticos ensinavam a salvação através de esclarecimento mental, que acontecia somente para iniciados da elite espiritual, e não aos cristãos comuns. Em virtude disso, eles substituíram a fé pelas buscas espirituais e exaltaram a especulação mais do que os dogmas básicos do evangelho. Mais uma vez João reagiu energicamente (2.20,27), declarando que não há revelação particular reservada para alguns poucos intelectuais, e que todo o corpo de crentes possui a doutrina apostólica.O objetivo de João ao escrever, então, era expor a heresia dos falsos mestres e confirmar a fé dos verdadeiros crentes. CaracterísticasExistem grandes semelhanças entre e o Evangelho de Jo e 1Jo. O tom da epístola é amigável e paterna, refletindo a autoridade que a idade e o apostolado trazem. O estilo é informal e pessoal, revelando o relacionamento íntimo do apostolo com DEUS e com o povo de DEUS. ConteúdoEm primeiro lugar, João ressalta os temas do amor, luz, conhecimento e vida em suas advertências contra a heresia. Esses elementos repetem-se por toda a carta, sendo o amor a nota dominante. Possuir amor é evidência clara de que uma pessoa é cristã, e a falta de amor indica que a pessoa está nas trevas (2.9-11; 3.10-23; 4.7-21).João afirma que DEUS é a luz, e a comunhão com ele faz com que as pessoas caminhem em verdadeira comunhão com outros crentes. A comunhão com DEUS e os irmãos permite que as pessoas reconheçam através da unção de DEUS, a falsa doutrina e o espírito do anticristo.A comunhão com DEUS exige que se caminhe na luz e se obedeça aos mandamentos de DEUS (1.6-7; 2.3,5). Aquele que “pratica justiça é justo, assim como ele é justo” (3.7), enquanto “qualquer que não pratica a justiça e não ama a seu irmão não é de DEUS” (3.10). O amor ao Pai e o amor ao mundo são totalmente incompatíveis (2.15-17), e nenhuma pessoa nascida de CRISTO tem o hábito de praticar o pecado (3.9; 5.18). CRISTO é antítese do pecado, e ele se manifestou para tirar os nossos pecados (3.5).O cap. 4 continua com o tema da identificação dos espíritos rivais - falsos profetas que saíram para o mundo (v.1). A fim de testar os espíritos, nos devemos encontrar quem eles reconhecem como salvador e senhor. Todos os espíritos que não reconhecem que JESUS é DEUS em carne não é de DEUS (v.3).A epístola termina com o testemunho de JESUS, o Filho de DEUS. JESUS é aquele que veio. O título técnico do Messias é “aquele que havia de vir” ou “aquele que veio” (Mt 11.3; 1Jo 5.6). João o identifica como aquele que veio pela água e pelo sangue, o DEUS que veio e habitou entre nós, a palavra que tornou-se carne. CRISTO ReveladoJoão enfatiza tanto a divindade quanto a humanidade de JESUS, declarando que DEUS entrou completamente na vida humana através dele. Um teste do Cristianismo é a crença correta sobre a encarnação (4.2,15; 5.1).JESUS é nosso advogado junto ao Pai (2.1). O pecado não combina com a vida de um cristão; mas, se ele pecar, JESUS defende seu caso.JESUS é a propiciação pelos nossos pecados (2.2; 4.10).JESUS também é o nosso Salvador, enviado por DEUS para nos resgatar do pecado (1.7; 3.5; 4.14). Apenas através dele podemos alcançar a vida eterna (5.11,12).João apresenta a segunda vinda de JESUS como um incentivo para que permaneçamos firmes na fé (2.28), e ele oferece a garantia de que nossa completa transformação à semelhança de CRISTO acontecerá no momento de sua volta. O ESPÍRITO SANTO em AçãoJoão descreve um ministério triplo do ESPÍRITO SANTO nesta carta. Em primeiro lugar, o dom do ESPÍRITO que nos assegura que em nosso relacionamento com CRISTO, tanto ele é fiel a nós (3.24) como nós somos fiéis a ele (4.13). Em segundo lugar, o ESPÍRITO SANTO testemunha a realidade da encarnação (4.2;5.6-8). Em terceiro, o ESPÍRITO guia os verdadeiros crentes a uma completa realização da verdade em relação a JESUS, que eles podem se opor com sucesso aos heréticos que negaram esta verdade (2.20; 4.4). Esboço de 1º João I. A encarnação 1.1-10 DEUS tornou-se carne na forma humana 1.1-4DEUS é luz 1.5-10 II. A vida de Justiça 2.1-29 Caminhada na luz 2.1-7Advertindo contra o espírito do anticristo 2.18-29 III. A vida dos filhos de DEUS 3.1-4.6 Justiça 3.1-12Amor 3.13-24Crença 4.1-6 IV. A fonte do amor 4.7-21V. O triunfo da Justiça 5.1-5VI. A garantia da vida eterna 5.6-12VII. Certezas cristãs 5.13-21 PRIMEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO por Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia AUTORIA – João, o apóstolo. Seu nome não é mencionado em suas três epístolas. Não obstante, sua autoria foi confirmada por Policarpo, Papias, Eusébio, Irineu, Clemente de Alexandria e Tertuliano. O nome "João" significa "graça de DEUS". Era judeu, pescador (Mt.4.21), irmão de Tiago, filho de Zebedeu e Salomé (Compare Mt.27.56 e Mc.15.40). Foi chamado de discípulo amado – Jo.13.23; 19.26; 21.20. Foi o discípulo mais íntimo do Mestre. Até no momento da crucificação, João estava presente. Isso mostra sua disposição de correr risco de vida para ficar ao lado de JESUS. Apesar de ter fugido no momento da prisão de CRISTO, João voltou pouco tempo depois. JESUS chamou João e Tiago de boanerges, "filhos do trovão", referindo-se ao seu temperamento indócil, tempestuoso, violento (Mc.3.17; Mc.9.38; Lc.9.54). São várias as citações a respeito de João nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Seu nome é omitido no seu evangelho (João 20.2; 19.26; 13.23; 21.2). Encontram-se referências ao apóstolo também em At.4.13; 5.33,40; 8.14; Gl.2.9; 2 Jo.1; 3 Jo.1; Apc.1.1,4,9. Na segunda e na terceira epístola, ele se apresenta como "o presbítero". Podendo se apresentar como apóstolo, demonstrou humildade ao utilizar título mais simples. Em Apocalipse, apresenta-se como "servo". Após o exercício do seu ministério em Jerusalém, João foi pastor em Éfeso, onde morreu entre os anos 95 e 100. Policrates (ano 190), bispo de Éfeso, escreveu: "João, que se reclinara no seio do Senhor, depois de haver sido uma testemunha e um mestre, dormiu em Éfeso." Palavras chave: Conhecimento (ou saber) , amor e comunhão. Data de escrita da primeira epístola – Final do primeiro século, entre os anos 95 e 100. Local de origem – Éfeso Destinatários – Por não conter saudações, despedidas ou menção de nomes, tem-se considerado que a carta foi destinada à igreja em geral. O apóstolo trata carinhosamente os destinatários como "meus filhinhos" (2.1,18,28; 3.7,18; 4.4; 5.21) e "amados" (3.2,21; 4.1,7,11). Isso parece indicar que, embora não tenha vinculado a epístola a uma comunidade específica, o autor tem em mente pessoas conhecidas, as quais seriam as primeiras a receberem aquela mensagem. CARACTERÍSTICAS A carta apresenta denúncia contra os falsos e incentivo aos verdadeiros cristãos. O autor é incisivo, direto, totalmente convicto. Sua afirmações são muito fortes no sentido de apontar o erro e a verdade. O propósito da carta está bem definido com também vimos no evangelho (João 20.31). A epístola foi escrita: 1 - "Para que a nossa alegria seja completa" - 1.4 2 - "Para que não pequeis" - 2.1. 3 - Para advertir contra os enganadores - 2.26. 4 - "Para que saibais que tendes a vida eterna" - 5.13. Entendemos que o autor estava bastante preocupado com a igreja, em seu estado presente e futuro. Os demais apóstolos já haviam morrido e falsos mestres apareciam por toda parte. Alertando os irmãos, o apóstolo ficaria mais tranqüilo e sua alegria seria completa (1.4). Seu alerta é contra o pecado (2.1) e contra as heresias (2.26). São duas portas para o diabo entrar nas vidas e nas igrejas. Embora as duas coisas estejam intrinsicamente ligadas, as heresias apresentam um elemento muito perigoso. Todo tipo de pecado deve ser evitado, mas se, eventualmente, cometermos algum, confessaremos e seremos perdoados (1.7,9; 2.1). A heresia entretanto, constitui-se num caminho de afastamento de DEUS. A heresia, do tipo mencionado por João, leva à apostasia. Então, tem-se uma situação muito perniciosa em que a pessoa está errada mas pensa que está certa. Trata-se de um estado de pecado sem reconhecimento, sem confissão, sem arrependimento e, consequentemente, sem perdão. Aquele que passa a crer numa doutrina contrária à cruz, como pode ser perdoado? Não é que DEUS se recuse a perdoá-lo, mas a própria pessoa não acredita na única solução divina, que é o sacrifício de CRISTO. A reversão desse quadro é possível, mas muito difícil. O melhor é a prevenção contra as heresias e isso se faz através do conhecimento e apego à Palavra de DEUS. CENÁRIO OBSERVADO POR JOÃO A situação da igreja inspirava cuidados. Notamos isso pelo que se lê nas cartas às sete igreja da Ásia (Apc.2 e 3). As heresias grassavam em muitas comunidades. Em Apocalipse, livro escrito na mesma época, João menciona as expressões "sinagoga de Satanás" (Ap.2.9), "nicolaítas" (Ap2.6,15), "doutrina de Balaão"(Ap.2.14), etc. O gnosticismo, sistema que mistura idéias filosóficas, crenças judaicas e cristãs, era uma das principais fontes de heresias da época. Assim, muitos cristãos se tornaram gnósticos. Criam em JESUS mas negavam a realidade de sua encarnação e morte. O fato de se denominarem cristãos criava uma situação confusa. Quem eram os verdadeiros cristãos? Os que criam de uma forma ou os que criam de outra? João observou a necessidade de identificação, discernimento, definição e posicionamento. Observemos as perguntas-chave que autor apresenta: 1 – "Quem é o mentiroso senão aquele que nega que JESUS é o CRISTO?" (I Jo.2.22). 2 – "Quem é o que vence o mundo senão aquele que crê que JESUS é o Filho de DEUS?" (I Jo.5.5). O autor se mostra bastante interessado em mostrar "QUEM É O QUÊ". São usados pronomes demonstrativos e indefinidos para apresentar especificações bem definidas que permitem identificar os indivíduos em relação a CRISTO. João usa repetidamente a fórmula: "Quem não faz isso não é aquilo". ou "Quem faz tal coisa é outra coisa". Aquele - 2.6,11,17,22,23,26,29; 3.4,6,17; 5.1,5,16,18 (Veja também II João 1.9). Alguém – 2.1,15,27; 4.20; 5.16. Quem – 4.7,8,9,10. O mentiroso e o verdadeiro precisam ser identificados. Essa é a missão de João em sua primeira epístola. O autor ajuda a identificar os personagens do cenário e a situação dos próprios leitores no contexto da verdade e da mentira. O exemplo clássico utilizado é o de Caim e Abel (I Jo.3.11-12), representando dois grupos de pessoas que estavam dentro da igreja. O autor identifica quem está em comunhão com DEUS e quem não está. No quadro a seguir, listamos diversas expressões da epístola através das quais se traça uma linha divisória entre os dois grupos. Vamos chamá-los, alegoricamente, de "grupo de Abel" e "grupo de Caim". "Grupo de Abel" "Grupo de Caim" Vida (1.1,2; 2.16,25; 3.14,15,16; 5.11,12,13,16,20) Morte (3.14; 5.16-17) Verdade – 1.6,8; 2.4,5,8,21,27; 3.18,19; 4.6; 5.7,20. Mentira – 1.6,10; 2.4,21,22,27; 4.20; 5.10 Erro – 4.6 Engano - 1.8; 2.26; 3.7 Verdadeiro (2.8,27; 5.20) Falso ou mentiroso (2.22) ESPÍRITO da verdade (4.6) espírito do erro (4.6) CRISTO (1.3, etc) Anticristo (2.18,22) Amor ao irmão (2.10) Amor ao mundo (2.15) Sofre ódio do mundo (3.13) Ódio ao irmão (2.11; 3.15) Luz - 1.5,7; 2.8,9, 10. Trevas – 1.5,6; 2.8,9,11. É possível passar de um lado para o outro. Esse trânsito pode ser chamado conversão ou, no sentido contrário, apostasia. João disse que "passamos da morte para a vida." (3.14). E o seu cuidado era para que não acontecesse o processo contrário com alguns irmãos que, envolvidos pela heresia, pudessem passar da verdade para a mentira. IDENTIFICANDO A DOUTRINA, O MESTRE E O ESPÍRITO A heresia é uma doutrina errada, mas isso pode não estar tão claro no início. O que chega até nós é simplesmente uma doutrina. Esta deve ser então identificada. Por meio dos parâmetros encontrados na epístola, o autor identifica a doutrina, o mestre e o espírito que está por trás (2.22-23, 4.1-6). As chaves identificadoras são: Relação com CRISTO (2.22-23); Relação com os irmãos. (3.10,17). Relação com o mundo (2.15). Estes são os "instrumentos" que nos farão identificar a verdade e a mentira. Tais indicadores são complementares entre si. Se alguém negar que CRISTO é o Filho de DEUS, estará reprovado. Não está na verdade. Se alguém afirma que CRISTO é o Filho de DEUS mas nega sua encarnação e morte, estará reprovado. Se alguém diz ter uma fé correta a respeito de CRISTO, então o próximo teste é a relação com os irmãos. Se a pessoa odeia os irmãos ou lhes nega auxílio nas necessidades, então estará reprovada. Se a pessoa ama o mundo, anda segundo o mundo, vive de modo agradável ao mundo, pecando habitualmente, então está do lado da mentira. A relações com os irmãos e com o mundo constituem evidências visíveis do tipo de relação que temos com CRISTO, uma vez que esse vínculo é espiritual e invisível. O objetivo dessas colocações não é sairmos julgando as pessoas dentro da igreja. Em primeiro lugar, cada um deve julgar e purificar a si mesmo (I Jo.3.3; 5.10; I Cor.11.28,31; II Cor.13.5; II Jo.1.8). Depois, é preciso que saibamos julgar as profecias e as doutrinas que recebemos (I Cor.14.29; I Tess.5.20-21; I Cor.10.15). Se uma doutrina é contrária a CRISTO, contrária à comunhão dos irmãos ou favorável ao mundanismo, então deverá ser rejeitada. Finalmente, a vida de um mestre deverá ser avaliada para que se decida sobre a sua doutrina. "Pelos seus frutos os conhecereis." (Mt.7.15-16). Muitos irmãos podem apresentar uma série de erros e até mesmo pecados por uma questão de imaturidade, fraqueza, ignorância, etc. Não devem ser alvos de julgamentos mas de orientação. O objetivo de João era alertar contra aqueles que se colocavam como mestres da igreja. ESTAR E PERMANECER - POSIÇÃO E PERSEVERANÇA No cenário da verdade e da mentira precisamos nos localizar. Onde estamos? João usa diversas vezes o verbo "estar". Em algumas delas, ele se preocupa em "localizar" espiritualmente as pessoas. Se guardamos a palavra e amamos os irmãos, isso indica que "estamos" em CRISTO. Quem não ama seu irmão, "está" nas trevas. Finalizando, o autor diz que "estamos" em CRISTO, que é o verdadeiro DEUS. (I Jo.2.5,6,9; 5.20). Podemos ter nossa posição muito bem definida. Entretanto, vamos mantê-la? Um outro verbo muito importante para João é "permanecer". Lembre-se do capítulo 15 do evangelho de João: "Permanecei em mim e eu permanecerei em vós". "Se alguém permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto." "Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora." "Se vós permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós pedireis o que quiserdes e vos será feito." "Permanecei no meu amor...", etc. Na primeira epístola, a ênfase continua nos seguintes textos: 2.10,14,17,19,24,27,28; 3.6,9,14,15,17,24; 4.12,13,15,16. Em todos esses versículos aparece o verbo "permanecer". Isso demonstra a preocupação do autor com a perseverança dos irmãos no caminho da verdade. (Veja também II João 1.2,9). COMBATE AO GNOSTICISMO João se mostrou bastante combativo em relação ao gnosticismo. Esta palavra vem do termo grego "gnosis" que significa "conhecimento". Os gnósticos criam e ensinavam que a salvação da alma dependia do conhecimento de alguns mistérios só revelados aos que participavam de seus rituais de iniciação. O apóstolo usou então a mesma palavra, "conhecimento", para combater as heresias gnósticas. Tanto no evangelho como na primeira epístola, ele mostrou o que realmente importa conhecer: A verdade, que é o próprio CRISTO e o amor, que é o próprio DEUS. O conhecimento sem amor pode causar tragédias. A bomba atômica é um exemplo clássico. O verbo "conhecer" aparece nos seguintes versículos: I Jo. 2.3,13,14,18,20; 3.1,6,16,19,20,24; 4.2,6,7,8,13,16; 5.2.20. (II João 1.1). A carta destaca também a palavra "luz", que também é um símbolo do conhecimento: 1.5,7; 2.8,9, 10. Outro verbo similar é o "saber". Essa palavra tem um sentido muito forte, pois não admite dúvida, insegurança, medo nem ignorância. O comentário da Bíblia Thompson chama a primeira epístola de João de "a carta das certezas". O autor usa o verbo "saber" de uma forma bastante clara e determinada. (I Jo.2.3,5,11,21,29; 3.2,5,14,15; 5.15). Ele diz: "Sabemos que somos de DEUS." Não estamos perdidos nem confusos. SABEMOS quem somos, onde estamos e para onde vamos. O gnosticismo afirmava que o mal residia na matéria. Portanto, negavam que DEUS pudesse se encarnar. Em relação a CRISTO, João escreveu: "nós ouvimos, vimos, contemplamos, nossas mãos tocaram..." (I Jo.1.1-3). Ou seja, o apóstolo estava afirmando insistentemente que o corpo de CRISTO era matéria, pois poderia ser tocado, como de fato o foi. Não se tratava de um espírito, uma aparição, como os gnósticos afirmavam. (I Jo.4.2; 5.6) OUTRAS PALAVRAS, EXPRESSÕES E CONCEITOS EM DESTAQUE VIDA - 1.1,2; 2.16,25; 3.14,15,16; 5.11,12,13,16,20 Vida de DEUS para nós por meio de CRISTO. MUNDO - nosso posicionamento: não amamos o mundo; somos odiados por ele; haveremos de vencê-lo (I Jo.2.2,15,16,17; 3.1,13,17; 4.1,3,4,5,9,14,17; 5.4,5,19). VERDADEIRO - Mandamento – 2.8. Luz – 2.8. Unção – 2.27. JESUS – 5.20. DEUS – 5.20. AMOR ( e verbo amar) 2.5,10,12,15; 3.1,10,14,16 (x Jo.3.16). 3.17,18,23; 4.7,8,9,10,11,12,16,17,18,19,20,21; 5.1,2,3. (Obs. II Jo.1,3,6 III Jo.1,6,7 Apc.2.3,4,19; 3.9,19). São da autoria de João alguns dos mais famosos versículos bíblicos sobre o amor: "DEUS é amor" e "Porque DEUS amou o mundo de tal maneira..." Na primeira epístola, o autor usa o verbo amar em diversas conjugações: ama, ameis, amamos, amemo-nos, amado, amados, amou, amar-nos, amo, amar, ame, amemos. O amor vem de DEUS, através de JESUS. "Ele nos amou primeiro". Daí em diante, o amor deve ter livre curso em direção aos irmãos, mas não em direção ao mundo. O amor deve "circular como sangue" no Corpo de CRISTO, que é a igreja. COMUNHÃO - 1.3,6,7. MANDAMENTO(s) - 2.3,4,7,8; 3.22,23,24; 4.21; 5.2,3. O QUE SE DIZ E O QUE SE É - 1.6,8,10; 2.4,6,9; 4.20; MANDAMENTOS NEGATIVOS NÃO AMEIS o mundo - 2.15. NÃO CREIAIS a todo espírito – 4.1. O amor e a fé só são positivos quando bem direcionados. http://www.apazdosenhor.org.br/prof/licao1-1cj-titcpad.jpg RESUMO DA LIÇÃO 01 - A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO REVISTA CPAD - 3TRIMESTRE DE 2009 I. ENTENDENDO A CARTA DE JOÃO, O APÓSTOLO II. CONHECENDO O AUTOR DA CARTA III. O PROPÓSITO DA CARTA DE JOÃO CONCLUSÃO Permaneça na luz e cultive o seu amor pelos irmãos. OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Enumerar algumas características pessoais do autor da epístola. Defender os fundamentos doutrinários da fé cristã. Descrever as principais heresias defendidas pelo gnosticismo e refutadas por João. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA Caro professor, mesmo sendo relativamente pequena (5 capítulos, 105 versículos), a Primeira Epístola de João apresenta porções doutrinárias que são fundamentais para o perfeito entendimento da fé cristã. Devido à ênfase sobre a encarnação do Filho e sua preexistência eterna, estudiosos afirmam que a teologia Joanina é essencialmente cristológica. Aliás, tal doutrina, tratada também em seu Evangelho, é o ponto central da discussão com os gnósticos. Os temas como justiça, depravação universal, expiação universal, o amor (ágape), também recebem especial atenção do apóstolo. Apresente o esboço abaixo, aprofunde-se nas doutrinas mencionadas. Título: 1 JoãoAutor: JoãoData e Ocasião: 85-95 d.eTema: A Verdade Cristológica e a Conduta Cristã Propósito: Defender a cristologia (a fé em JESUS CRISTO tal como Ele é verdadeiro homem e verdadeiro DEUS) da heresia gnóstica (cristologia deturpada que negava total ou parcialmente as naturezas de CRISTO) e, a moral (a conduta própria do cristão) da anomia dos gnósticos (que afirmava ser impossível às ações humanas prejudicar o relacionamento com o divino). EstruturaI. Prefácio (1.1-4) II. A Vida na Luz (1.5-2.29) III. Viver como filhos de DEUS. defendendo a fé cristã e as naturezas de CRISTO (3.1-5.13) IV. Conclusão: A Confiança do Cristão (5.14-21) SINOPSE DO TÓPICO (1) Apesar de a experiência não ser o ponto fundamental da fé cristã, se ela estiver doutrinariamente fundamentada, torna-se um importante instrumento de edificação. SINOPSE DO TÓPICO (2) A transformação radical experimentada por João e a quantidade de seus textos dedicada ao tema "amor" demonstram que esta é a principal virtude do cristão. SINOPSE DO TÓPICO (3) O mais eficaz dos métodos de prevenção contra os falsos ensinos é uma sólida instrução bíblica em relação à Pessoa de JESUS CRISTO e ao nosso comportamento como cristãos. REFLEXÃO: "Os problemas que João enfrentou em sua época são também os problemas da época em que vivemos, os objetivos que ele estabeleceu para si são os objetivos que os cristãos de hoje também precisam ter se desejam crescer na graça". James Montgomery Boice REFLEXÃO"João ensina que a retidão precisa caracterizar a vida daqueles que alegam ser cristãos." James Montgomery Boice Subsídio Teológico "Teologia dos Escritos Joaninos A teologia Joanina, em essência, é cristológica. A pessoa de JESUS CRISTO está no centro de tudo que o apóstolo escreve. Quer no Evangelho de João, com sua ênfase única na Palavra de vida em meio à controvérsia do cisma da Igreja, quer em Apocalipse, com suas visões do CRISTO exaltado (Ap 1.12-16) e de seu triunfo final, o principal objetivo do apóstolo é explicar a seus leitores quem JESUS é. Inevitavelmente, a tentativa de discutir a teologia dos escritos Joaninos dividindo-os entre as categorias tradicionais da teologia sistemática (por exemplo, antropologia, soteriologia, pneumatologia, escatologia) gera algumas distorções, pois João não organizou seu material de acordo com essas linhas. Ao contrário, ele tinha um \' foco central, JESUS CRISTO. Muito do que João escreveu a respeito de JESUS, em especial, no Evangelho e nas três epístolas, foi temperado por anos de reflexão e experiência cristã, mas CRISTO está sempre no centro. Todavia, isso não quer dizer que João não fala nada sobre antropologia, soteriologia, pneumatologia ou escatologia. Isso só quer dizer que tudo que ele diz sobre esses tópicos e outros está quase sempre relacionado à sua ênfase cristológica." (HARRIS W. H. In ZUCK, R. B. (Ed.) Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.187). APLICAÇÃO PESSOALAs expressões utilizadas por João no trato com as suas ovelhas - "Filhinhos" -, podem oferecer uma falsa impressão sobre esse homem, que foi considerado por Paulo como uma das colunas da Igreja (GI 2.9). É possível que alguém o ache fleumático "por natureza" e, assim, pense que era fácil ser "amoroso". Não obstante, não se pode perder de vista o fato indiscutível de que este mesmo homem, que é carinhosamente tratado pelos cristãos de "apóstolo do amor", já foi chamado pelo próprio Senhor JESUS CRISTO, juntamente com seu irmão Tiago, de "Filhos do Trovão" (Mc 3.17). No episódio narrado pelo evangelista Lucas, em que o Senhor e os seus discípulos estavam de viagem para Jerusalém, o caminho alternativo para encurtar a rota levava-os a passar justamente por Samaria (Lc 9.51-56). Devido à animosidade que havia entre os samaritanos e judeus, os discípulos que precederam o Senhor não foram recebidos. A reação dos "Filhos do Trovão" foi não somente intempestiva e arbitrária, como odiosa e vingativa: "Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?" (Lc 9.54). Esse comportamento não se parece em nada com o João amoroso das epístolas. Na realidade é a mesma pessoa, entretanto, há uma diferença: Aquele era o João carnal, querendo fazer justiça com as próprias mãos, e o das epístolas é o homem que nasceu de novo e foi transformado pelo Senhor JESUS CRISTO. QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1 - A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 2 TRIMESTRE DE 2009 QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1 - A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 3º TRIMESTRE DE 2009 TEXTO ÁUREO 1- Complete: "Toda escritura ___________________ inspirada é proveitosa para _________________, para redargüir, para corrigir, para ________________ em justiça" (2 Tm 3.16). VERDADE PRÁTICA 2- Complete: Esta carta, divinamente _____________________, é aplicável a todo _________________ que deseja ter sua ___________________ no centro da vontade de DEUS. INTRODUÇÃO 3- Em que nos tornamos e passamos a usufruir quando aceitamos a CRISTO como nosso Salvador? Coloque "X" na resposta correta: ( ) Nos tornamos filhos de DEUS e passamos a usufruir a vida abundante aqui na Terra para sempre. ( ) Nos tornamos herdeiros de DEUS e passamos a usufruir a vida eterna aqui na Terra para sempre. ( ) Nos tornamos filhos de DEUS e passamos a usufruir a vida eterna pela graça dEle. 4- O que acontece com todo cristão, ao ler esta primeira carta de João? Coloque "X" na resposta correta: ( ) Se sente amado por DEUS e seguro pela obra da eterna redenção consumada por JESUS CRISTO.( ) Se sente culpado diante de DEUS e ansioso pela obra da eterna redenção consumada por JESUS.( ) Se sente amado por DEUS e seguro pela obra da eterna redenção consumada por JESUS CRISTO.I. ENTENDENDO A CARTA DE JOÃO, O APÓSTOLO 5- O que mais difere essa primeira epístola escrita pelo apóstolo João, das cartas de Paulo? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso: ( ) São escritos identificados e para pessoas restritas. ( ) Não começa nem termina com saudações. ( ) Seu conteúdo é enriquecido pelas experiências espirituais do autor (1 Jo 1.1-4). ( ) É um dos livros da Bíblia mais instrutivos e edificantes para o cristão. 6- Complete, segundo o livro 1 JoãoAutor: _______________Data e Ocasião: _________________ d.CTema: A Verdade _____________________ e a Conduta ____________________ Propósito: Defender a cristologia (a fé em JESUS CRISTO tal como Ele é verdadeiro __________________ verdadeiro DEUS) da heresia ____________________ (cristologia deturpada que negava total ou parcialmente as naturezas de CRISTO) e, a _________________________ (a conduta própria do cristão) da anomia dos gnósticos (que afirmava ser impossível às ações humanas prejudicar o relacionamento com o divino). EstruturaI. Prefácio (1.1-4) II. A Vida na _________________ (1.5-2.29) III. Viver como filhos de DEUS. defendendo a ________________ cristã e as naturezas de CRISTO (3.1-5.13) IV. Conclusão: A ______________________ do Cristão (5.14-21) II- CONHECENDO O AUTOR DA CARTA 7- Quem foi João, o apóstolo? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso: ( ) Filho de Zebedeu. ( ) De família muito pobre e humilde. ( ) O mesmo que escreveu o Evangelho que leva o seu nome (Jo 20.20; 1 Jo 1.1; 5.7; Jo 1.1), as 3 epístolas que levam seu nome e o livro de Apocalipse. ( ) Dentre os discípulos de JESUS, foi o mais íntimo. ( ) Compartilhou dos momentos mais difíceis de JESUS. ( ) Foi o único dos discípulos que permaneceu, até ao fim, ao pé da cruz. ( ) Três dias após o sepultamento do Mestre ele foi ao sepulcro em busca do corpo do seu amigo JESUS, que já não estava lá. ( ) Considerado por Paulo como uma das colunas da igreja. ( ) Passou seus dias em Corinto e de lá escreveu esta carta. ( ) Muito criticado e sem respeito da igreja em seus últimos dias.8- Quais as características singulares do autor João? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso: ( ) O ancião não consegue mais ser reconhecido pela igreja. ( ) João consegue demonstrar em suas cartas que foi transformado pelo amor de DEUS, o Pai Jo 3.16), e de seu Filho, JESUS CRISTO. ( ) O apóstolo reconhece no amor do Eterno pela humanidade a essência da vida cristã e do autêntico cristianismo. ( ) A verdade de DEUS deve ser dita sem rodeios, entretanto, é preciso fazê-lo com amor. ( ) Ele apresenta verdades incontestáveis e doutrinárias, mas sempre dosadas com amor. ( ) Motivado por este atributo de DEUS, João mostra o resultado dos que desobedecem às Santas Escrituras. ( ) Sempre concordou com todos os mestres de seus dias, sem discordar de seus pontos doutrinários. III- O PROPÓSITO DA CARTA DE JOÃO 9- Quais os propósitos da primeira carta de João? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso: ( ) Apresentar o Senhor JESUS CRISTO como a manifestação do amor de DEUS. ( ) Fazer os irmãos saberem, com certeza, que os que crêem no nome do Filho de DEUS, têm a vida eterna. ( ) Levar consolação aos irmãos enganados pelos falsos mestres. ( ) João expôs a hipocrisia dos muitos enganadores que, através de falsas doutrinas, intentavam induzir os crentes ao erro. ( ) João confirmou a fé dos autênticos crentes. 10- Naqueles dias surgiram na grande cidade de Éfeso e região, área sobre a qual o apóstolo exercia seu ministério pastoral, muitos enganadores que, através de falsas doutrinas, intentavam induzir os crentes ao erro, razão pela qual João escreveu as três cartas (1 Jo 2.19,26; 3.2; 2 Jo v. 7). Como João os chamava? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso: ( ) Meninos. ( ) "Anticristos". ( ) Mentirosos. ( ) Filhinhos. ( ) Falsos profetas.11- Quais os erros concernentes a CRISTO, ensinados pelos falsos mestres, no tempo de João? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso: ( ) Afirmavam "ter" o Pai, mas negar o Filho (2.22-24). ( ) Ensinavam que JESUS era apenas um homem, filho natural de José e Maria. ( ) Pregavam que CRISTO morreu e foi sepultado, tendo ressuscitado ao terceiro dia. ( ) Não criam em CRISTO como o DEUS encarnado. 12- Como o apóstolo João nos ensinou a identificar os "falsos espíritos" (1 Jo 4.3)? Coloque "X" na resposta correta: ( ) São aqueles que negam o fato da ressurreição de CRISTO como o DEUS poderoso, cujo sacrifício trouxe maldição ao pecador. ( ) São aqueles que professam o fato da encarnação de CRISTO como o DEUS encarnado, cujo sacrifício resgatou-nos da maldição do pecado. ( ) São aqueles que negam o fato da encarnação de CRISTO como o DEUS encarnado, cujo sacrifício resgatou-nos da maldição do pecado. 13- Como era o auto-engano moral, ensinado pelos falsos mestres, na época de João? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso: ( ) Ensinavam que o corpo é apenas o invólucro do espírito. ( ) Ensinavam que o comportamento do corpo não compromete o aspecto espiritual da pessoa. ( ) Ensinavam que o jejum faz bem ao corpo, a alma e ao espírito. ( ) Ensinavam que nada do que a pessoa faz através do corpo pode prejudicar o espírito. 14- Para o apóstolo João, que previne os cristãos contra este erro, de quem é aquele que comete pecado? Coloque "X" na resposta correta: ( ) É do Diabo, porque o Adversário peca desde o princípio. ( ) É de DEUS, porque o perdoa mesmo assim. ( ) É dono de si mesmo. 15- Para que se manifestou o Filho de DEUS? Coloque "X" na resposta correta: ( ) Para visitar suas criaturas.( ) Para combater o Diabo.( ) Para desfazer as obras do Diabo.16- O que é o corpo para DEUS? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso: ( ) É o invólucro da alma e do espírito. ( ) O corpo é o templo do ESPÍRITO (1 Co 6.19; cf. 1 Jo 3.16). ( ) Seremos julgados por tudo o que fizermos por meio do corpo, bem ou mal (2 Co 5.10). ( ) A Bíblia adverte ainda que, para a vinda do Senhor, devemos manter irrepreensíveis espírito, alma e corpo (l Ts 5.23). 17- Qual o remédio para o pecado? Complete: "Meus filhinhos estas coisas vos escrevo, para que não ____________________: e se alguém pecar, temos um ____________________ para com o Pai, JESUS CRISTO, o ___________________________" (1 Jo 2.1). 18- Como se dá a auto-exaltação espiritual nos dias de hoje? Coloque "V" para Verdadeiro e "F" para Falso: ( ) Esses heréticos a que se refere João se apresentam como os homens mais entendidos nos mistérios de DEUS e tentavam desviar os irmãos das verdades divinas, com falsas revelações extraordinárias e antibíblicas. ( ) São homens que escrevem livros sobre a Bíblia, inspirados por DEUS. ( ) O espírito maligno do engano continua agindo através dos que se auto-intitulam concessionários de novas verdades doutrinárias, como se a Bíblia não contivesse tudo que o homem necessita para obter a sua salvação e viver uma vida plena em CRISTO JESUS. ( ) Nestes seus últimos dias na terra, a Igreja deve estar atenta a esta investida satânica de falsas doutrinas. 19- Como deve andar a Igreja para não cair no engodo das falsas doutrinas ensinadas , hoje, pelos falsos mestres? Coloque "X" na resposta correta: ( ) Deve andar embasada somente na verdade que é a Palavra de DEUS - em homens de fama mundial. ( ) Deve andar embasada somente na verdade que é a Palavra de DEUS - nos livros de líderes consagrados pela mídia. ( ) Deve andar embasada somente na verdade que é a Palavra de DEUS - as Sagradas Escrituras. CONCLUSÃO 20- Complete: A visão panorâmica da presente lição realça a importância desta carta do apóstolo João que, como toda a Bíblia, é sempre atual. Ela vem ao encontro das necessidades da __________________ de todas as épocas, principalmente a do presente momento, que vem sendo atacada pela oferta de coisas ____________________, cujos valores são ilusórios e passageiros se comparados às riquezas espirituais e ______________________ que já temos recebido de DEUS por meio de seu Filho. Cada cristão deve, além de estar em contato permanente com a Palavra de DEUS - condição básica para manter-se fiel até a volta de CRISTO - permanecer na luz e cultivar o seu _____________________________ pelos irmãos. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO NOS VÍDEOS: http://www.apazdosenhor.org.br/prof/videosebdnatv.htm AJUDA CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal. http://universobiblico.com.br/assembleia/estudosbiblicos/videosebdnatv.htm (VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE) BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. Nosso novo endereço:http://www.apazdosenhor.org.br/prof/ Veja vídeos em http://ebdnatv.blogspot.com/ http://www.ebdweb.com.br/, em http://www.sovitoria.com.br/ - Ou nos sites seguintes: 4Shared, BauCristao, Dadanet, Dailymotion, GodTube, Google, Magnify, MSN, Multiply, Netlog, Space, Videolog, Weshow, Yahoo, Youtube. http://br.geocities.com/filhotesdecristo/Estudos/oamoro.htm