Escrita Lição 13, CPAD, Renovação Da Esperança, 2tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO
1. “Paz seja convosco!”
2. O registro das aparições de JESUS
ressurreto
3. Preciosas lições
II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA
ALEGRIA
1. O medo deu lugar à esperança
2. A tristeza deu lugar à alegria
3. Esperança e Alegria
III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO
FORTALECIDA
1. As dúvidas dissipadas
2. Fortalecimento da fé
3. Fortalecimento da esperança
TEXTO ÁUREO
“E, oito dias
depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou JESUS,
estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!”
(Jo 20.26)
VERDADE PRÁTICA
A Ressurreição
de CRISTO representa o ápice da esperança cristã.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo
20.3-8 João testemunhou e acreditou na ressurreição de CRISTO
Terça - Jo 21.24 João deu testemunho do que observou
Quarta - Jo 20.9; Lc
24.46,47 A fé da Igreja baseia-se nas palavras de JESUS
Quinta - Jo
20.11-16 Maria Madalena avistou o CRISTO ressurreto
Sexta - 1 Co
15.3-8 O apóstolo Paulo viu o CRISTO Ressurreto
Sábado - 1 Ts
4.13-17 Paulo renovou a esperança daqueles que dormem em CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João
20.19,20,24-31
19 - Chegada, pois, a tarde daquele dia, o
primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos
judeus, se tinham ajuntado, chegou JESUS, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz
seja convosco!
20 - E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos
e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
24 - Ora, Tomé, um dos doze, chamado
Dídimo, não estava com eles quando veio JESUS.
25 - Disseram-lhe, pois, os outros
discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos
cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a
minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
26 - E, oito dias depois, estavam outra
vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou JESUS, estando as
portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!
27 - Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu
dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas
incrédulo, mas crente.
28 - Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor
meu, e DEUS meu!
29 - Disse-lhe JESUS: Porque me viste,
Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!
30 - JESUS, pois, operou também, em
presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste
livro.
31 - Estes, porém, foram escritos para que
creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida
em seu nome.
Hinos Sugeridos: 42, 187, 400 da Harpa Cristã
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A ressurreição
de JESUS é o momento em que ele retorna à vida no terceiro dia, desafiando a
morte e a sepultura.
- A Esperança da Vida Eterna:
A ressurreição
é vista como a garantia da vida eterna para aqueles que crêem em JESUS e como
um sinal da vitória sobre a morte.
- O Conceito de Ressurreição:
A ressurreição
de JESUS é um tema complexo que envolve questões teológicas sobre a natureza de
DEUS, a natureza da alma e a natureza da vida eterna.
Significado Teológico:
- A Morte como Sacrifício:
A morte de
JESUS é vista como um sacrifício necessário para a redenção da humanidade,
enquanto a ressurreição é vista como a vitória sobre a morte.
- A Promessa da Salvação:
A ressurreição
de JESUS é a garantia de que aqueles que crêem nele receberão vida eterna e
serão resgatados do pecado e da morte.
- A Fé Cristã:
A ressurreição
é uma crença central da fé cristã, que se manifesta em diversas práticas
religiosas e teológicas.
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Myer Pearlman -
CPAD
João, o
evangelho do filho de DEUS
JESUS, o
Ressurreto
Texto: João
20.1-18
Introdução
Aqui temos uma
“reportagem” diretamente do túmulo vazio, feita pelo apóstolo
João,
testemunha ocular naquela primeira manhã de Páscoa. Enquanto lemos o
seu relatório,
os séculos parecem desvanecer-se, e é como se nós também
estivéssemos
presentes no túmulo. A intenção do apóstolo é dar-nos esta viva
impressão
porque seu evangelho foi escrito para inspirar e confirmar a fé em
JESUS como
Filho de DEUS.
I - O Túmulo
Vazio (Jo 20.1-10)
1. Maria no
sepulcro. A ressurreição de JESUS realizou-se
antes da aurora, talvez
bem no meio da
noite. AquEle que havia de dissipar as trevas da morte
ressuscitou
enquanto as trevas ainda cobriam a terra. O ato da ressurreição foi
acompanhado
pela descida de anjos e a remoção da pedra.
“E no primeiro
dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada,
sendo ainda
escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro”. Parece que Maria chegara
com um grupo de
mulheres (note o plural no versículo 2) e, vendo o sepulcro
vazio, foi
correndo avisar a Pedro e João.
“Correu, pois,
e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem JESUS amava, e
disse-lhes:
Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram”.
Maria e as
demais mulheres vieram ao túmulo para embalsamar o corpo de
JESUS, o que,
segundo o costume daqueles tempos, significava espalhar
especiarias
perfumadas no meio das roupas de sepultamento. Esta intenção
demonstrou
tanto a ignorância como a devoção destas mulheres. Os horrores da
crucificação
lhes tinham anuviado a fé, e não estavam realmente esperando a
ressurreição.
Parecia-lhes que a missão de JESUS fracassara. Mesmo assim,
desejavam
prestar-lhe as últimas homenagens. Estas mulheres foram fiéis até o
fim. Tinha sido
fácil seguir a CRISTO nos dias da sua popularidade, mas agora elas
estavam
passando o profundo teste da verdadeira devoção.
Note que Maria
continua chamando JESUS de “Senhor”. Talvez pensasse que o
sepulcro de
José haveria de servir- lhe de abrigo temporário (v. 15; cf. Jo 19.42)
e que alguém
teria removido o corpo de JESUS para outro lugar. Certo é que a
ausência do
corpo não lhe parecia motivo de esperança, e sim de desespero.
Quão frequentemente
nós também interpretamos erroneamente como sendo
escuros e
tristes determinados fatos que realmente brilham com luz celestial,
cegamente
atribuindo a causas desconhecidas as maravilhosas coisas que JESUS
faz!
2. João e Pedro no sepulcro.
Note a corrida entre o Zelo (representado por Pedro)
e o Amor
(representado por João)! Ambos começaram juntos; Amor chegou
primeiro ao
sepulcro, e parou; Zelo entrou no sepulcro e olhou para o que ali
havia. Então
Amor o seguiu. A reverência fez João hesitar na entrada; o amor
prático e
impulsivo levou Pedro a entrar. E assim, sua destemida ação o
encorajou. João
registra no seu evangelho: “E viu no chão os lençóis. E que o
lenço, que
tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas
enrolado num
lugar à parte” e, quando João entrou para olhar mais de perto,
“viu, e creu”.
Por que João creu? Porque as mortalhas deixadas no túmulo
convenceram-no
de que JESUS não fora levado, como supunha Maria, nem
roubado, como
mais tarde diriam falsamente os principais sacerdotes (Mt
28.12,13).
Pessoas que assim faziam não teriam perdido tempo em desembrulhar
os lençóis, que
eram como intermináveis ataduras do tipo que se vê nas múmias.
João, portanto,
chegou à conclusão de que JESUS milagrosamente passara pelas
mortalhas,
deixando-as intactas e vazias, caídas na forma em que tinham sido
cuidadosamente
embrulhadas ao redor do corpo de JESUS, sem a mínima
perturbação ou
desordem. Entendeu, portanto, que JESUS já assumira seu corpo Glorificado, não
sujeito a leis terrestres, e que JESUS ressuscitara para nunca mais
morrer.
Os discípulos
deveriam ter deixado que o Salmo 22 os convencesse de que o
Messias
sofredor seria finalmente exaltado, e que o Cordeiro de DEUS veria sua
descendência e
prolongaria os seus dias. Além disso, por certo, ficou na mente
deles alguma
lembrança das palavras de JESUS prenunciando a sua própria
ressurreição.
Somente depois de os discípulos terem visto de perto o sepulcro
vazio foi que
esses trechos bíblicos e as palavras de JESUS tomaram novo
significado (v.
9).
Embora fosse
Pedro o primeiro a entrar no sepulcro, foi João o primeiro a
realmente crer.
Enquanto Pedro pensava sobre o que significaria aquilo, raiou em
João a fé na
ressurreição, assim como foi ele o primeiro a reconhecer o CRISTO
ressurreto na
praia do mar da Galileia.
II - O Senhor
Ressurreto (Jo 20.11-16)
1. O CRISTO
ausente. Enquanto os dois discípulos
voltavam para casa, Maria
permanecia
junto à entrada do túmulo, demonstrando profunda tristeza e
verdadeiro
amor. Continua enlutada pela sua perda. Talvez sentisse remorsos por
não ter ficado
a noite inteira vigiando a entrada do sepulcro. Estava tão absorta
em seus
pensamentos que a presença de anjos lhe parecia um incidente de
somenos
importância, e a pergunta deles só fez com que ela desse vazão à
tristeza que
lhe magoava o coração.
2. O CRISTO que
se aproxima. “E, tendo dito isto, voltou-se para
trás, e viu JESUS
em pé, mas não
sabia que era JESUS”. Seus olhos marejados de lágrimas só
conseguiram
ver, obscuramente, uma forma humana, que julgou ser o jardineiro.
Como no caso
dos dois discípulos que caminhavam para Emaús, “seus olhos
estavam como
que impedidos de o reconhecer”. O coração sobrecarregado com
mágoa às vezes
perde a consciência da presença de CRISTO e se recusa a ser
consolado, por
não conseguir ver a CRISTO no meio da tristeza.
Note o
oferecimento de Maria para levar embora o corpo de JESUS. Seus braços
fracos não
poderiam sustentar o peso, mas o amor não leva em conta o peso do
fardo!
3. O CRISTO que
se revela. “Disse-lhe JESUS: Maria!”
Pronunciou o nome familiar,
com o mesmo tom
de voz e ênfase já conhecidos a ela (cf. Jo 10.3,14). Ela
respondeu na
língua materna que ambos conheciam e amavam: “Rabboni!” — o
mais alto dos
títulos que os judeus davam a um mestre, significando “Meu
grande Mestre”,
e raríssimas vezes falado em público.
A expressão no
versículo 17 — “Não me detenhas; porque ainda não subi para
meu Pai” — tem
sido entendida de várias maneiras: 1) Maria tinha sabido da
promessa de JESUS
quanto à sua partida e futura volta, e JESUS agora tinha de
explicar que
ainda haveria a ascensão antes da Segunda Vinda. 2) JESUS
explicava que a
antiga amizade não permaneceria na antiga base, e que Ele
estava para
voltar ao trono celestial. Então ela poderia sempre tocá-lo, não com o
toque físico
das mãos, e sim com o toque espiritual da fé viva. 3) Maria,
empregando a
antiga saudação, “Rabboni”, estava mantendo a antiga atitude
para com JESUS,
mas agora o Mestre só poderia aceitar a saudação: “Senhor meu, DEUS meu!” (Jo
20.28). Maria agora só poderia conhecê-lo como Senhor
ressurreto e
glorificado.
III –
Ensinamentos Práticos
1. Nossa
necessidade atrai a graça de CRISTO. Nenhum olho mortal testemunhou o
ato da
ressurreição. Para quem CRISTO deveria aparecer primeiro a fim de fazer
conhecidas as
boas-novas? Deveria ir ao palácio do sumo sacerdote ou ao
pretório de
Pilatos para triunfar sobre os inimigos boquiabertos? Ou deveria
primeiramente
revelar-se a alguns de seus seguidores? Sua primeira aparição foi
revelada a uma
pobre mulher que nada poderia fazer para celebrar publicamente
o triunfo dEle.
Por que ela? Porque era a que mais sentia necessidade dEle, e
esta sensação
de dependência é o ponto magnético que atrai a sua presença até
hoje. Buscar a CRISTO
é sentir como Maria sentia, reconhecer com clareza que Ele
é o bem mais
precioso que existe no Universo, e ter a convicção de que ser como
Ele, pela sua
graça, é a coisa mais importante da vida.
2. Lamentando a
perda de uma bênção. CRISTO apareceu a Maria enquanto ela
estava ali,
chorando a sua ausência. Nisto há uma lição importante. Repetidas
vezes a raça
humana tem permitido que CRISTO desapareça da sua vida, ficando
como se fosse
uma vaga sombra distante. Graças a DEUS, porém, sua presença
pode ser
restaurada como viva e visível influência no mundo, sempre que há
pessoas
conscientes da sua ausência, e que oram com fé até ter a visão de JESUS na sua
glória.
Há nisto uma
lição bem pessoal para cada um de nós. Às vezes descuidamos da
nossa comunhão
com o Senhor, e sentimos falta da sua presença. Quando,
porém, reconhecemos
e lamentamos que sua presença não está sendo para nós a
vibrante
realidade de antes, já estamos no caminho da restauração. Lamentar a
sua ausência é
o primeiro passo para a restauração porque serve como convite a
Ele para que
volte a nós, e este convite sempre será atendido pela sua presença.
“Por que
choras?” A pergunta dá a entender que Maria estava chorando por
causa de uma
perda existente apenas na sua imaginação. Imaginava que seu
Senhor morrera,
e que seu corpo tivesse sido removido, quando, na realidade,
Ele já passara
por uma gloriosíssima ressurreição. Foi assim que Jacó exclamou,
ao ouvir o
relatório trazido pelos seus filhos: “Tendes-me desfilhado; José já não
existe, e
Simeão não está aqui; agora levareis a Benjamim! Todas estas coisas
vieram sobre
mim” (Gn 42.36). Na realidade, porém, todas as coisas estavam
concorrendo
para o bem de Jacó. José, a quem ele considerava morto, estava
com vida,
preparando para ele, num país distante, uma morada feliz para o
restante da sua
vida.
O Senhor não
nos condena por causa das nossas lágrimas vertidas no meio das
tristezas e
decepções, tão comuns nesta vida. Somos humanos, afinal de contas, e
é um alívio
abrir as comportas para dar expressão à nossa mágoa. Há momentos,
no entanto, em
que erroneamente imaginamos o pior, e choramos na hora errada
pelo motivo
errado. É nesse momento, então, que JESUS pergunta: “Por que
choras?” Mesmo
quando temos motivos de sobra para chorar, devemos levar o
assunto
diretamente a JESUS, para evitar que a mágoa danifique a nossa
espiritualidade,
e para não dependermos das falsas e traiçoeiras consolações de
pessoas que não
amam a CRISTO.
JESUS Dissipa
as Dúvidas
Texto: João
20.19-31
Introdução
Ao examinarmos
a narrativa da ressurreição, notamos quão marcantemente as
aparições do
Senhor atendiam às necessidades várias pessoas. Maria, com seu
coração cheio
de lealdade, recebeu consolação; Pedro, o arrependido, foi
perdoado e
restaurado; os dois pensadores no caminho de Emaús receberam a
convicção; e os
dez discípulos amedrontados receberam confiança e forças,
enquanto Tomé
foi transformado de duvidoso em crente firme. Para todas estas
pessoas, a
presença do CRISTO vivo mostrou-se suficiente.
I - Consolados
os Discípulos Amedrontados (Jo 20.19,20)
O dia da
ressurreição tinha sido emocionante, com muitos rumores e crescentes
emoções. Ao fim
da tarde, reuniram-se os discípulos. Trancaram tudo, com
medo dos
judeus, pensando que a qualquer momento soldados romanos
poderiam ser
enviados contra eles, para levá-los presos como cúmplices de JESUS
Nazareno.
Certamente tais homens nunca teriam pregado a ressurreição, a não
ser que
tivessem absoluta certeza de que JESUS realmente ressuscitara.
JESUS, de
súbito, estava no meio deles, falando: “Paz seja convosco”. O Senhor
já tinha um
corpo espiritual, glorificado, e não estava sujeito a limitações
naturais, tais
como portas trancadas. As palavras “paz seja convosco” tinham
mais força do
que quando empregadas no cumprimento tradicional, pois
realmente
aquietaram os corações perturbados. Os discípulos sentiam medo
antes da vinda
de JESUS (cf. Lc 24.37), mas, agora, sua presença anunciava
confiança e
vitória. O aspecto de CRISTO era o mesmo, e, ao mesmo tempo,
diferente, de
tal forma que o imediato reconhecimento da sua pessoa nem
sempre
acompanhava a sua manifestação. Era necessário alguma coisa a mais
para completar
a identificação: “E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado”
(e os pés
também — Lc 24.40). Estava completa a identificação. Era realmente o
Crucificado,
que voltara à vida. “De sorte que os discípulos se alegraram, vendo
o Senhor”. Não
pode haver maior alegria do que esta! No começo, a notícia
parecia boa
demais para ser verdadeira (Lc 24.41), e talvez os discípulos se
sentissem como
os que sonham (cf. Sl 126.1). A alegria da esperança despertada,
no entanto,
transformou-se em alegria da plena convicção.
II - A Comissão
Dada aos Discípulos Jubilosos (Jo 20.21-23)
Uma vez
dissipados os temores e dúvidas dos discípulos, estes estão em
condições de
receber instruções. A primeira “paz” foi para restaurar-lhes a
confiança (v.
19); a segunda “paz” foi para o serviço (v. 21). Os discípulos
foram:
1. Enviados. “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”. Foram
enviados para
cumprir o mesmo propósito, para completar a obra iniciada e
ocupar o mesmo
relacionamento que Ele assumira com o Pai. O livro de Atos
registra como JESUS,
mediante o ESPÍRITO SANTO, continuou a sua obra nas pessoas
dos discípulos.
2. Inspirados. “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o
ESPÍRITO SANTO.”
O sopro divino é um ato criador (Gn 2.7; cf. 1 Co 15.45). Nessa
ocasião,
portanto, os discípulos receberam do Senhor da vida um tipo de
vivificação
espiritual. O “Dom da Páscoa” foi um toque da vida celestial do
CRISTO
ressurreto, e o “Dom de Pentecostes” foi o revestimento de poder da parte
do Senhor
ressurreto. Na primeira instância, receberam a vida espiritual; na
segunda, o
poder espiritual.
3. Autorizados. “Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; e
àqueles a quem
os retiverdes lhes são retidos”. Os apóstolos nunca assumiram a
autoridade de
perdoar, no lugar de DEUS, os pecados específicos de indivíduos. O
próprio Pedro
mandou Simão recorrer a DEUS para pedir perdão (At 2.22). Estas
palavras por
certo referem-se a ofensas contra a disciplina da igreja, e não a
pecados íntimos
e pessoais contra DEUS. Tal conclusão se obtém da seguinte
maneira: João
20.23 e Mateus 18.18 tratam do mesmo assunto, e Mateus 18.17
indica que a
questão em pauta não é a das ofensas pessoais, que podem ser
solucionadas
sem recurso ao ministro (Mt 18.15), e sim à recusa do crente em
submeter-se à
disciplina da igreja. Tal crente tem de ser expulso da igreja. Ao
arrepender-se,
é recebido de volta à igreja; seus pecados são “perdoados” (cf. 1
Co 5.5 e 2 Co
2.10).
Não há base
para a doutrina da “sucessão apostólica” aqui, nada que sugira
terem passado
os apóstolos esta autoridade a bispos que se seguiam a eles, e que
os bispos
pudessem passá-la a sacerdotes. Pelo contrário, entende-se que havia
outras pessoas
presentes quando esta comissão foi dada (cf. Lc 24.35), e que as
palavras supra
examinadas se aplicam à igreja como um todo. O “perdão” dado
na terra só
pode referir-se a transgressões contra a jurisdição e o aspecto
administrativo
da igreja.
III - A
Convicção Dada ao Apóstolo Duvidosos (Jo 20.24-29)
1. O desafio do
duvidoso. “Ora, Tomé, um dos doze, chamado
Dídimo, não
estava com eles
quando veio JESUS.” Tomé, ou Dídimo (que significa “gêmeo”),
era de
temperamento sombrio e pessimista (Jo 11.8,16; 14.5). Deixou- se abalar
com a tragédia
do Calvário, e estava se ressentindo da perda. Por enquanto, sua
fé estava em
maré baixa, e sua esperança, morta. Mesmo assim, não abandonara
a sua lealdade
nem o convívio com os apóstolos.
Ouvindo os
testemunhos dos demais discípulos, disse enfaticamente: “Se eu não
vir o sinal dos
cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos, e
não meter a
minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”. Exigiu a
evidência mais
positiva da visão e do tato. Queria crer, mas a tragédia do
Calvário
abalara a sua fé. Suas palavras indicam o quanto ainda estava a sua
memória fixada
nos terríveis acontecimentos da crucificação. Para ele, as chagas
do Senhor ainda
estão abertas e sangrando. Sente necessidade de evidências
positivas de
feridas tão mortais terem sido saradas pela Vida. Tomé, por mais
que mereça
nossa simpatia, não deixa também de merecer a nossa censura pela
teimosa recusa
em crer na palavra de dez testemunhas oculares de indubitável
reputação e
qualificação.
Que JESUS
considerou sinceras as dúvidas de Tomé se vê na maneira de encará-las:
o Senhor
ressurreto aparece novamente, para oferecer as provas pedidas pelo
discípulo que
estivera ausente na primeira ocasião. Quanto aos zombadores,
JESUS
encarava-os de modo bem diferente (cf. Mt 16.4). JESUS aqui fala a um
discípulo
sincero, cuja fé era fraca, e não a alguém de coração descrente.
2. A resposta
ao duvidoso. Note-se que, em ambas as ocasiões, JESUS
apareceu
no primeiro dia
da semana, como se o dia em que ressurgiu dentre os mortos
tivesse sido
escolhido para ser honrado de modo especial. A expressão original
traduzida como
“dia do Senhor”, em Apocalipse 1.10, foi o nome que os
primeiros
cristãos deram ao domingo.
JESUS, quase
repetindo as palavras empregadas por Tomé para definir os termos
do teste físico
que pedia, oferece-se à inspeção do discípulo. Bastou um único
vislumbre do
amado Mestre para Tomé se prostrar em terra com a ardente
confissão:
“Senhor meu, e DEUS meu!” Sua felicidade era por demais grande
para que
pensasse em fazer testes científicos! Suas dúvidas evaporaram diante da
revelação da
presença de JESUS, como se dissipam as névoas da madrugada ao
raiar o sol.
Note- se que a confissão de fé feita por Tomé é a mais avançada entre as
de todos
os outros
apóstolos durante o seu convívio com JESUS. Pela graça de DEUS,
aquele que
sentira mais dúvidas chega à crença mais completa e firme.
“Disse-lhe JESUS:
Porque me viste, Tomé, creste; Bem- aventurados os que não
viram e
creram.” JESUS não quer com isso louvar a falta de indagações e exame;
isto seria a
credulidade, e não a fé. O evangelho convida a um exame das suas
verdades
fundamentais, porque “isto não se fez em qualquer canto” (At 26.26).
O que JESUS
louva é a disposição de aceitar a fidedignidade da evidência dos
discípulos que
o conheciam, sem exigirmos a evidência dos nossos próprios
sentidos.
As palavras de JESUS
a Tomé realmente se dirigem às pessoas de todas as eras,
que não tiveram
o privilégio de ver a JESUS. Ele quer que entendamos que
nenhum motivo
de inveja temos daqueles que tiveram a oportunidade de vê-lo, e
que somente
creram depois de terem visto.
Ensinamentos
Práticos
1. envio a
vós”. A quem foram ditas estas palavras?
A homens que já tinham visto
o Senhor, que
haviam sentido o toque das suas mãos e experimentado a paz que
excede todo o
entendimento. Aquelas eram as qualificações para serem enviados
em nome de CRISTO,
e também são as nossas, embora em nosso caso o contato
com CRISTO seja
espiritual.
Algumas igrejas
consideram apenas os sacerdotes, pastores ou anciãos como
representantes
oficiais “enviados” por CRISTO, conceito que é estranho ao ensino
do Novo
Testamento no que diz respeito ao serviço cristão. É indispensável um
ministério de
dedicação integral, mas, afinal, uma das suas funções principais é
levar os
crentes à maturidade espiritual, a fim de que possam ser preparados para
o serviço.
“Também eu vos envio a vós”, disse JESUS, e suas palavras referem-se
a todos aqueles
que tiveram uma visão do Senhor, se alegraram com a sua
presença e
receberam a sua bênção nos seus corações.
Para que
propósito somos enviados ao mundo? Para produzir em nossas vidas
uma cópia fiel
da atitude que CRISTO revela para com DEUS e o mundo. Certo
homem piedoso
declarou que era seu desejo supremo viver de tal modo que a
sua própria
vida provasse a veracidade do Evangelho.
A atitude de CRISTO
demonstrada na vida diária do crente é um argumento
irrefutável em
prol do Cristianismo.
2. O CRISTO
vivo e as portas trancadas. Reflitamos
primeiro sobre este fato: foram
os amigos de CRISTO,
e não os seus inimigos, os primeiros a trancarem as portas
para o
Ressurreto. Não somente estavam trancados entre as quatro paredes de
um quarto, como
também nas cadeias do medo, da aflição e da decepção.
Lemos, no
entanto: “Cerradas as portas... chegou JESUS”.
Repetidas vezes
a Igreja, com zelo falso ou em ignorância do plano do Senhor,
tem trancado as
portas para Ele. Mediante avivamentos espirituais, porém, as
portas de
preconceitos têm sido arrombadas. “Cerradas as portas... chegou
JESUS”.
Certo
negociante, que durante anos vivera como agnóstico, disse que sentiu o
toque do Senhor
exatamente como se alguém lhe tomasse a mão enquanto
andava na rua,
para falar intimamente a ele. Daquele momento em diante, sua
vida foi
completamente transformada. “Cerradas as portas... chegou JESUS”.
Muitos entre
nós, cedendo à depressão, excluem o Senhor sem se aperceber; Ele,
porém, chega
para nos elevar do nosso abatimento. E podemos testificar: “Então
JESUS veio a
mim, mesmo estando as portas trancadas”.
3. Poder
espiritual para a obra espiritual.
Quando CRISTO soprou sobre os
discípulos,
estava querendo dizer: “Pessoas espiritualmente mortas não podem
trazer a outros
a vida espiritual. Assim sendo, eu vivifico vocês espiritualmente”.
Todos os que se
dedicam em ganhar almas para CRISTO reconhecem a verdade das
palavras do
Senhor: “Sem mim nada podeis fazer”. Ninguém procurou
honestamente
transformar-se em tudo aquilo que CRISTO quer que ele seja, sem
ter chegado a
gemer, quase desesperado: “Quem é suficiente para estas coisas?”
Embora esta
atitude faça mal ao orgulho próprio, é benéfica à nossa alma. É
como clamar:
“Senhor, o meu cântaro está vazio; por favor, encha-o para mim.”
Sua resposta
vem sem demora: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque
deles é o reino
dos céus... Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque eles
serão fartos” (Mt 5.3,6).
JESUS disse:
“Recebei o ESPÍRITO SANTO”. Como? Segundo as palavras de Isaías:
“Os que esperam
no Senhor renovarão as suas forças”.
4. Proclamando
o perdão aos arrependidos. Um dos
possíveis sentidos do
versículo 23: é
direito e também dever de todo cristão proclamar ao mundo que
CRISTO foi
manifestado para tirar o pecado, que aquele que crê será salvo (“os
pecados lhes
são perdoados”), e que quem não crer será condenado (são
“retidos” os
pecados).
Que pensamento
solene — saber que temos autoridade para dizer ao pior dos
pecadores: “Eis
o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo”!
5. O faltoso. “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles
quando veio JESUS”.
Que hora para faltar à reunião! Decerto Tomé nem
imaginava quão
maravilhoso haveria de ser o culto! Talvez pensasse que os
demais
discípulos falariam sobre o CRISTO morto. Existem hoje, nas igrejas,
pessoas para as
quais CRISTO não é uma realidade viva, e imaginam, portanto, não
haver vida
espiritual na igreja. Faltam, não por indiferença, nem por se sentirem
satisfeitas
espiritualmente, mas por falta de esperança.
Contrariamente
às expectativas de Tomé, no entanto, os discípulos tiveram uma
reunião
maravilhosa, porque JESUS estava ali. Tomé perdeu muita coisa: uma
demonstração da
certeza da vida futura, o gozo de grande enlevo espiritual, a
dádiva da paz,
a vocação ao ministério da pregação e o sopro do ESPÍRITO SANTO.
É triste para a
igreja quando os crentes começam a faltar aos cultos.
6. Crer é ver. A incapacidade de ver pode ser explicada por um dos dois motivos
seguintes: ou
nossa visão é boa e o objeto a ser visto é obscuro; ou é claro o
objeto, e
inferior a nossa visão.
Qual foi o caso
de Tomé? A evidência era suficientemente clara porque tinha o
testemunho
unânime de dez homens que conhecia há anos, e isto não somente
pelas palavras
deles, como também pelos seus rostos transformados de júbilo
espiritual. A
dificuldade, portanto, não estava na evidência, e sim na atitude de
Tomé. JESUS,
portanto, disse: “Não sejas incrédulo, mas crente”.
As pessoas
talvez digam que não podem crer nisto ou naquilo, e talvez estejam
sendo sinceras.
A pergunta mais importante, em tal caso, é: “Você realmente
quer saber se
isto é verdade? E estaria disposto a conformar sua conduta com os
fatos, uma vez
averiguados?”
O olho sadio
verá a luz. O coração sadio perceberá a verdade.
7. Impondo
condições a DEUS. Tomé errou grandemente em querer
estipular
condições em
que CRISTO teria de vir a ele. “Se eu não... de maneira nenhuma
crerei”.
Definiu o caminho pelo qual JESUS teria de vir a ele, e não quis perceber
a presença do
Senhor, a não ser que fosse por aquele caminho. É certo que CRISTO
se adaptou às
fraquezas do melancólico discípulo, mas nem por isso devemos
repetir tal
erro. Não podemos ditar ao Senhor os métodos que deverá empregar
para tratar
conosco. O papel da criatura é confiar no Criador, e não procurar
limitar o
Onipotente.
8. A vista nem sempre é a visão. Leia o versículo 29. Esta época materialista
exige fatos
concretos, mas, mesmo na vida cotidiana, há diferença entre ver e
perceber.
Muitas pessoas passam nas galerias de arte sem perceber nada de
especial nas
obras-primas, não reconhecendo nelas qualquer significado ou
valor.
Milhares de
pessoas viram JESUS enquanto estava aqui na terra, mas nem todas
perceberam ser
Ele o Filho de DEUS. Em contraste, milhares de pessoas hoje, que
nunca viram a JESUS
fisicamente, reconhecem-no pelos olhos da fé, de forma que
Ele lhes é tão
real como um amigo na terra “Não posso crer”, disse um jovem descrente a D. L.
Moody. “Em quem você não pode crer?” perguntou o evangelista. Respondeu bem! O
Cristianismo apresenta, em primeiro lugar, uma Pessoa que merece nossa
confiança, e não tanto uma série de proposições abstratas a serem aceitas.
Quando um amigo telefona dizendo que chegará a tal hora, vamos para a estação
nos encontrar com ele. CRISTO nos avisou que se encontrará conosco no local
chamado Fé, e ali o acharemos.
JESUS Aparece a
Sete Discípulos na Galileia
Texto: João
21.1-24
Introdução
Nós, que
pertencemos ao JESUS ressurreto, podemos ter certeza de que, enquanto
labutamos nos
mares desta vida, Ele está nos olhando da praia além, pronto a dar
as instruções
que nos garantirão o sucesso. Talvez não cheguemos a ver os
resultados até
o raiar da aurora final, quando mãos angelicais recolherão o fruto
ao Celeiro
eterno. Estêvão viu JESUS à mão direita de DEUS, e Ele se revela a
todos que
buscam a sua face. Nosso Senhor, entronizado, dirige de lá a batalha
cuja vitória
final já é garantida; é a partir desta vitória que podemos proclamar o
Evangelho:
“Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e
assentou-se à
direita de DEUS. E eles, tendo partido, pregaram por toda parte”. O
mesmo Senhor
vitorioso que está nas alturas, também está lutando ao lado dos
seus fiéis,
“cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com sinais
que se
seguiram” (Mc 16.19,20). Embora estejamos no meio do mar bravio, e
Ele no Céu, há
entre o Senhor e nós a plenitude da união e da comunhão, e
receberemos da
parte dEle ilimitados suprimentos de forças, graça e bênçãos, se
reconhecermos a
sua presença, confessarmos a nossa insuficiência, obedecermos
a Ele e
esperarmos a sua bênção.
I - A Festa Inesperada (Jo 21.1-14)
1. Uma expedição
infrutífera. Os apóstolos, obedecendo as ordens
do Mestre,
foram para a Galileia,
onde Ele prometera encontrá-los. Durante a espera, Pedro,
sempre
impaciente, falou, com característica impulsividade: “Vou pescar”. Se ele
achava que,
enquanto esperava o Mestre, deveria aproveitar o tempo para cuidar
dos negócios,
fazer um pouco de exercício e tomar o ar fresco do mar, então
conseguiu
bastante exercício e ar fresco, mas nenhum resultado no negócio da
sua
especialidade, a pesca: “Naquela noite nada apanharam”. Achamos que
talvez o Senhor
tivesse algo a ver com aquelas redes vazias; não queria que seus
futuros
missionários se dedicassem demais às antigas ocupações.
2. O alegre
encontro. “Filhos [literalmente, ‘rapazes’],
tendes alguma coisa de
comer?”
perguntou o desconhecido, em pé, na praia. Recebendo resposta
negativa, fez a
seguinte sugestão: “Lançai a rede para a banda direita do barco, e
achareis”. De
fato, fizeram uma pesca de cento e cinquenta e três grandes peixes.
João, com seu
discernimento e sensibilidade espiritual, olhou bem para o
desconhecido na
praia e reconheceu-o, exclamando: “É o Senhor”! Pedro não
parou para
duvidar, debater ou investigar: impulsionado pelo seu amor ao
Mestre, saiu do
barco de um só salto para dentro da água, e logo chegou à praia.
Não se
importava mais com a pesca ou os peixes — queria CRISTO!
Muitas vezes,
em nossas viagens pelo oceano da vida, nosso labor torna-se
infrutífero;
então, quando alguém nos dirige aos frutos, exclamamos com júbilo:
“É o Senhor!”
3. O gracioso
convite. Pedro, chegando à praia, viu que
havia um fogo aceso
(“umas brasas”)
em que JESUS preparava uma refeição, bem diferente do fogo
(“braseiro”) ao
lado do qual Pedro queria se aquecer no pátio do sumo sacerdote.
Aquela ocasião
fora palco de tristeza, tentação e negação de JESUS; agora, havia
glória,
segurança e a restauração da comunhão com CRISTO. Pedro sentia-se muito
mais
confortável aqui, à beira-mar, ao lado do milagre da condescendência
divina. O
eterno Filho de DEUS, Criador do Universo, entende tão bem nossa
fraca situação
humana, prepara uma refeição e diz, sorridente: “Vinde, jantai”. O
Senhor gostava
de cuidar dos seus, segundo suas próprias palavras: “Pois o
próprio Filho
do homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua
vida em resgate
por muitos”. Nosso Senhor, no Céu, continua com a mesma
disposição em
nos atender, conforme Ele mesmo declarou: “Bem-aventurados
aqueles servos,
os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos
digo que se
cingirá, e os fará assentar-se à mesa, e, chegando-se, os servirá” (Lc
12.37).
II - O Culto da
Ordenação (Jo 21.15-17)
A refeição que
Pedro tomou ao lado de CRISTO talvez simbolize aquela profunda e
contínua
comunhão que seria necessária ao seu futuro ministério. Nós também
devemos aceitar
o alimento que CRISTO nos prepara se quisermos ter condições de
alimentar as
suas ovelhas.
Estudaremos a
restauração pública de Pedro no seu ofício, posição que ele
mesmo
considerava sacrificada pela sua tríplice negação de CRISTO. A restauração
em público era
tão necessária como a que recebeu em particular (Lc 24.34), a
fim de os
demais apóstolos reconhecerem-no em sua posição de autoridade
espiritual.
1. O
interrogatório. A Bíblia contém perguntas bem
diretas e profundas, como
por exemplo:
“Onde estás?” “Onde está Abel, teu irmão?” “Que fazes aqui,
Elias?” Aqui
temos o tríplice interrogatório, com JESUS perguntando três vezes:
“Simão, filho
de João, amas-me?” Esta pergunta era:
1.1. Uma
lembrança. JESUS, deixando de lado o nome de
Pedro (que representa a força espiritual que seria ao edificar-se firmemente na
rocha, que é CRISTO), que Ele mesmo lhe dera, voltou a empregar o nome de
“Simão”, como que o lembrando das suas antigas fraquezas, e perguntando se está
disposto a ser Pedro, a rocha — não pelas suas próprias forças, e sim mediante
a firmeza que apenas CRISTO lhe pode dar. As três reiterações da pergunta
seriam a retratação da tríplice negação, e as palavras “amas-me mais do que
estes?” serviriam de lembrança a Pedro, de que não devia jactar-se da sua
própria lealdade: “Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me
escandalizarei” (Mt 26.33). E: “Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém,
eu” (Mc 14.29).
1.2. Um teste
Antes de Pedro ser enviado em nome de JESUS
para cuidar das
ovelhas,
precisava ter certeza de estar em harmonia com o Sumo Pastor. O amor
tem de ser o
vínculo entre CRISTO e seus obreiros. Amor, e não imaginação apenas. Amor, e
não somente um rígido senso do dever. Amor, e não um sentimento romântico.
Paulo descreve assim a essência do Cristianismo: “A fé
que atua pelo
amor” (Gl 5.6). O teste supremo da nossa experiência cristã é
nosso real amor
por CRISTO.
2. O
examinando. JESUS emprega a palavra amar, que
tem, na língua original,
vinculação com
o amor divinal e puro, e Pedro, na sua resposta, emprega a
palavra amar
mais comum, que representa a amizade. Aquela terrível noite no
pátio do sumo
sacerdote, quando Pedro, aconchegando-se aos confortos dos
inimigos de CRISTO,
negou-o quando menos o imaginava, já o havia curado da
confiança em si
mesmo. Na terceira pergunta, JESUS volta à palavra mais comum,
como se para
testar a autoconfiança de Pedro até no tocante à sua simples e leal
amizade. Pedro
ficou triste, mas respondeu apenas: “Senhor, tu sabes tudo; tu
sabes que eu te
amo”. Pedro já não depende da confiança que tem em si mesmo;
fora de CRISTO,
ele nada pode; seu amor se alicerça no amor que Ele lhe deu, e
seu caráter
depende daquele aspecto melhor do seu íntimo que CRISTO conhece,
podendo
ensiná-lo a amar devidamente. Aqui há consolação para nós: quando as
pessoas
criticam nossas atitudes, como se estivessem dizendo que não é assim
que o servo de CRISTO
deve agir, é uma bênção podermos dizer, em oração: “Tu
sabes que eu te
amo”.
3. A obra. Pedro, recuperado quanto às suas forças espirituais, deve
dedicá-las ao
serviço da
Igreja de CRISTO. Antes da negação, CRISTO admoestou-o: “Tu, quando
te converteres,
confirma os teus irmãos” (Lc 22.32); depois da negação, a
admoestação é:
“Apascenta as minhas ovelhas”. Pedro, lembrando-se das
próprias
fraquezas, cheio de gratidão pelo amor de CRISTO, que o perdoou, e
sentindo as
necessidades dos seus companheiros mediante a compreensão de que
suas próprias
falhas lhe ensinaram a encará-las com simpatia, animado pelo
amor de CRISTO,
teria agora de ser um herói, a fim de fortalecer os demais.
Muitos anos
mais tarde, Pedro transmitiu este mesmo recado, esta mesma
incumbência,
aos líderes das muitas igrejas que existiam: “Aos presbíteros, que
estão entre
vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles... Apascentai
o rebanho de DEUS,
que há entre vós... E, quando aparecer o Sumo Pastor,
alcançareis a
incorruptível coroa da glória” (1 Pe 5.1-4).
Há, nas três
incumbências, certa progressão de pensamento:
1) “Apascenta
as minhas ovelhas”. Isto refere-se especialmente a crentes jovens e imaturos,
que devem ser guiados mansamente e alimentados com o genuíno leite espiritual, que
é a Palavra (1 Pe 2.2).
2) “Apascenta
as minhas ovelhas”. Guiar, dirigir, proteger de inimigos os discípulos mais
maduros que saem a enfrentar o mundo, conservando também a disciplina do
rebanho.
3) “Apascenta
as minhas ovelhas”. Às vezes há crentes antigos que têm tantas fraquezas ou
tentações, que exigem mais atenção pastoral que os próprios cordeirinhos.
Ensinamentos
Práticos
1. Trabalhando
durante a noite. Os infrutíferos esforços dos
discípulos durante a
noite inteira
lembram-nos que os obreiros cristãos mais bem-sucedidos têm
muitas experiências
de fracassos e decepções. Mesmo quando estamos lutando
contra a maré,
no meio das ondas e na noite escura, JESUS está nos olhando, e de
um momento para
o outro pode nos revelar sua presença e mostrar-nos que,
enquanto
perseveramos com paciência e esperança, nossa obra feita para o
Senhor não é em
vão.
2. A
consideração de CRISTO. Os Evangelhos
trazem todos os sinais da
veracidade:
nenhuma imaginação piegas, nenhum inventor de lendas teria
pensado em
pintar um quadro do Senhor ressurreto preocupando-se com algo tão
comum e
insignificante como cozinhar peixe para seus seguidores. Não há,
entretanto,
nada de artificial, forçado ou desnaturado em nosso Senhor
glorificado; o
que é do nosso interesse, interessa a Ele. O que é suficientemente
importante para
ocupar a nossa séria reflexão é suficientemente importante para
Ele. O Senhor
tem compaixão das nossas enfermidades, dos nossos sentimentos,
por mais
triviais que pareçam ser. Isto nos incentiva a orar sobre todo e qualquer
assunto — lançando
sobre Ele os nossos fardos!
3. A
necessidade humana — a oportunidade do Senhor. Quando JESUS perguntou:
“Filhos, tendes
alguma coisa de comer?”, já sabia que a resposta teria que ser
negativa; sua
pergunta visava despertar neles o reconhecimento do seu próprio
fracasso.
Muitas vezes, o Senhor tem que desferir um golpe mortal em nosso
orgulho e
autoconfiança, a fim de nos preparar para receber da parte dEle as suas
forças. Quando
nosso eu chega ao fim, Ele pode começar. Nosso limite é a
oportunidade do
Senhor. “Sendo tu pequeno aos teus olhos... o Senhor te ungiu”
(1 Sm 15.17)
4. “Lançai a
rede à destra do barco”. Se, após
sofrer- mos algum fracasso, nos
dispusermos a
escutar a voz do Senhor, Ele nos mostrará o modo certo de servi-lo.
Ele não quer
repreender, denunciar, criticar; deseja, sobretudo, nos orientar.
“E, se algum de
vós tem falta de sabedoria, peça- a DEUS, que a todos dá
liberalmente, e
o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada” (Tg 1.5). Certa
missionária
descobriu que, a despeito do seu muito esforço na organização,
pregação e
ensino, seu ministério era um fracasso. Sentiu- se, então, levada a
deixar de lado
algumas atividades para dedicar algumas horas à oração. Houve,
como resultado,
uma revolução total no seu ministério. Fora levada a lançar a
sua rede no
lado certo! Quando surgem os fracassos, como às vezes acontece,
devemos
levá-los ao Senhor (cf. Mc 9.28,29).
5. Após a
tempestade, a bonança. As incertezas
do mar tempestuoso seguidas
pela segurança
da praia firme; a noite de labuta seguida pelo brilho da aurora; a
ausência de CRISTO
seguida pela sua presença pessoal; a dolorosa fome seguida
pela refeição
que satisfaz — todos estes aspectos fazem com que a narrativa seja
uma bela figura
da nossa chegada ao Céu, após a tempestuosa viagem pela vida.
6. O amor,
motivação suprema da vida cristã. “Simão, filho
de Jonas, amas-me?”
JESUS poderia
ter perguntado: “Simão, já te arrependeste?”; ou: “Simão,
finalmente te
humilhaste?”; ou: “Simão, tens certeza de ter o conceito correto
quanto à minha
pessoa?”; ou: “Simão, prometes que nunca mais me negarás?”;
ou: “Simão,
sempre me obedecerás?” Ao contrário, simplesmente pergunta: “Simão, amas-me?”
No entanto, aquela pergunta tão singela atinge o próprio coração da vida
cristã. CRISTO busca em primeiro lugar o nosso coração, a entrega de nossos
afetos, pois, uma vez que assim acontece, seguir-se-ão naturalmente o
arrependimento, a lealdade, a obediência e o serviço.
Quantos deveres
cristãos são deixados de lado quando se diminui a frequência à
igreja ou
quando as ofertas vão escasseando. Podemos achar uma centena de
desculpas para
explicar o descuido. Muitas vezes, porém, a verdadeira razão
pode ser
definida nas seguintes palavras: “Deixaste o teu primeiro amor” (Ap
2.4). Mesmo
assim, a consciência de nossa falta de amor não deve nos
desencorajar a
buscar o Senhor; temos plena consciência das nossas falhas
passadas;
hesitamos quanto a oferecer ao Senhor os nossos afetos tão
minguados. JESUS
CRISTO, no entanto, aceita nossos minguados recursos de amor,
porque Ele pode
transformá-los em plenitude de abundância.
7. Reconhecendo
o Senhor. Qual foi a demonstração concreta da
verdade de ser
o Senhor a
pessoa que estava na praia? Resposta: “Chegou pois JESUS... e deu-lho”.
JESUS é
sobretudo o grande Doador. Neste mesmo evangelho, Ele diz com respeito ao seu
Pai: “Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu”. Este é um sinal da
divindade de CRISTO, que “a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto”. Dá
aos homens em suas necessidades; quando os sedentos estão desmaiando, Ele faz
brotar as águas, mesmo no meio do deserto ou das duras rochas. Muitos cristãos,
recebendo uma bênção espiritual inesperada ou uma expressão da divina
providência na sua vida, podem exclamar: “É o Senhor”!
Apêndice
O Evangelho de JESUS
CRISTO segundo João é o mais conhecido, o mais amado
livro do mundo.
Essa obra tem induzido mais pessoas a seguirem a CRISTO e
inspirado mais
crentes a servirem ao Senhor que qualquer outra, através dos
séculos. Se se considera
Lucas “a mais bela obra literária do mundo”, João é
ainda mais
elevada, mais sublime. Ao passo que suas histórias cativam as
crianças, suas
lições são insondáveis aos filósofos. João é o Evangelho Eterno, o
Evangelho de DEUS.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 13 - A
Ressurreição de JESUS - 2º trimestre de 2015 -Comentarista da CPAD: Pastor:
José Gonçalves
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - Lucas 24.1-8
1 - E, no
primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as
especiarias que tinham preparado. 2 - E acharam a pedra do sepulcro removida. 3
- E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS. 4 - E aconteceu que,
estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões
com vestes resplandecentes. 5 - E, estando elas muito atemorizadas e abaixando
o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os
mortos? 6 - Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando
ainda na Galileia, 7 - dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas
mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite. 8
- E lembraram-se das suas palavras.
INTERAGINDO COM
O PROFESSOR
A Bíblia declara que a ressurreição de JESUS e o seu posterior aparecimento aos
discípulos foram eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos: "E
apareceu [JESUS] a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de
quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém
alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os
apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um
nascido fora de tempo" (1 Co 15.5-8 - ARA). JESUS ressuscitado é a razão
da fé. A certeza para vivermos o presente e esperança para aguardarmos a nossa
plena redenção. A ressurreição de CRISTO significa que, igualmente a Ele,
ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a
salvação; da injustiça para a justiça eterna. Ele está vivo, assentado à
direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro advogado fiel.
PONTO CENTRAL
JESUS CRISTO
ressuscitou ao terceiro dia. Isso é confirmado por muitas infalíveis provas (At
1.3).
Resumo da Lição
13 - A Ressurreição de JESUS
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
1. No Contexto do Antigo Testamento.
2. No contexto
do Novo Testamento.
II. A NATUREZA
DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Uma
ressurreição literal.
2. Uma
ressurreição corporal.
III. EVIDÊNCIAS
DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Evidências
diretas.
2. Evidências
indiretas.
IV. O PROPÓSITO
DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Salvação e
justificação.
2. A redenção
do corpo.
*O Sepulcro
Vazio
"Na
tradição judaica da época de JESUS, os sepultamentos normalmente tinham dois
estágios. No primeiro, o corpo seria lavado e ungido, a boca amarrada, e o
corpo envolvido em tiras de linho depositado em uma prateleira em uma caverna.
O clima quente fazia com que os corpos se decompusessem com muita rapidez e,
algumas vezes, a caverna poderia ser usada por mais de um corpo, assim
especiarias eram acrescentadas para atenuar o mau cheiro da decomposição."
Leia mais em
Guia Cristão de Leitura da Bíblia.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Professor, neste tópico, é interessante enfatizar que, após o sepultamento de
JESUS, algumas mulheres foram ao túmulo de CRISTO: Maria Madalena, Joana e
Maria, mãe de Tiago (Lc 24.10). Chegando lá, acharam a pedra do túmulo
removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois
homens vestidos com roupas brilhantes: "Não está aqui, mas ressuscitou.
Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o
Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado,
e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lc 24.6,7). Aqui, estamos diante de um
versículo que afirma com clareza que JESUS foi crucificado, mas ressuscitou ao
terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo. Por isso nos reunimos todos
os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos JESUS CRISTO ressuscitado.
Conduza o seu aluno à conclusão de que a ressurreição do nosso Senhor foi um
acontecimento tão extraordinário que os primeiros seguidores de JESUS, todos
judeus que guardavam o sábado, passaram a observar o primeiro dia da semana, o
domingo, como um dia especial. Não se pode desconsiderar o dia em que o nosso
Senhor ressuscitou. Portanto, a doutrina da ressurreição é maravilhosa,
confortante e enche-nos de esperança. Esperança para o presente, esperança para
o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que o nosso Senhor estará
conosco para sempre.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
"Antes de JESUS sair da terra, Ele leva os discípulos fora, a Betânia.
Erguendo as mãos, Ele ora para que DEUS os abençoe. Enquanto está orando, parte
e é levado ao céu pelo Pai celestial. Sua ascensão significa que Ele entrou na
glória (Lc 24.26), foi exaltado e entronizado à mão direita do Pai.
A partida de CRISTO, e sua ascensão, completa sua obra na terra. Seus
seguidores não o verão na terra como viram no passado. Ele levou para o céu a
humanidade que assumiu quando entrou na terra. Apesar de sua partida, os
discípulos estão cheios 'com grande júbilo' e o adoram. Eles vieram a entender
muito mais que antes. Em vez de esta separação final ser um tempo de tristeza,
é ocasião de alegria, gratidão e louvor. Agora eles reconhecem que Ele é o
Messias, o Filho divino de DEUS, e o adoram como Senhor e Rei.
Os discípulos esperam ser cheios com o ESPÍRITO. Eles obedecem à ordem do
Senhor, e voltam a Jerusalém" (ARRINGTON, French L. Lucas. In
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal
Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.479).
PARA REFLETIR -
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
-Cite os casos de ressurreição registrados no ministério de Elias e Eliseu.
Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta; em 2 Reis
4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso está
em 2 Reis 13.21, em que um morto torna à vida quando toca os ossos do profeta
Eliseu.
-Por que a doutrina da ressurreição dos mortos ainda não era plenamente
revelada no Antigo Testamento?
Somente com o advento da Nova Aliança a doutrina da ressurreição foi
demonstrada em sua plenitude (2 Tm 1.10).
-JESUS ressuscitou com o mesmo corpo com o qual foi sepultado?
Sim, apesar de transformado, CRISTO ressuscitou com o mesmo corpo físico que
fora sepultado.
-Como os apologistas classificam as evidências da ressurreição de JESUS?
Os apologistas classificam essas evidências em diretas e indiretas.
-Quais os propósitos da ressurreição de JESUS?
Salvar, justificar e redimir o homem e o seu corpo mortal e corruptível.
CONSULTE
Revista
Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 42.
Você encontrará
mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos
assuntos
SUGESTÃO DE
LEITURA CPAD
Dicionário de
Educação Cristã, Dicionário Teológico e Ressurreição
Comentários de
vários autores com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique
Jo 20.8 – Então
entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e
creu.
Lembramos aqui,
ao leitor que tudo que João escreveu foi para provar aos incrédulos de sua
época que JESUS CRISTO ressuscitou e que era o filho de DEUS (Jo 20.30,31)
Sendo João mais
jovem correu mais depressa que Pedro, mas sendo mais reverente parou na
entrada, mas quando Pedro chegou, com sua irreverência natural entrou correndo
e ficou olhando e estudando o que havia acontecido; João agora entra e se
lembra de que JESUS foi embalsamado (Jo 19.38-42) com muita mirra e aloés (cem
arréteis = aproximadamente 80 Kg daquele composto) e o envolveram com lençóis
como era costume judaico (enrolavam o corpo nos lençóis como múmia) e
amarraram, com um lenço o seu queixo à sua cabeça para não ficar aberta a sua
boca.
Vendo João que
os lençóis estavam arrumados como se um corpo estivera ali dentro e o lenço à
parte, separado, no lugar onde estivera antes a cabeça de JESUS, boquiaberto
João creu maravilhado de que seu senhor ressuscitara com um corpo glorioso,
espiritual e celeste (1 Co 15.44). Só é salvo quem crer nisso, na
ressurreição de JESUS (1 Co 15.14, Rm 10.9-13).
O amigo leitor
já pensou em ter um corpo assim? Nós teremos um corpo semelhante ao de JESUS
quando da sua volta para nos levar para as moradas eternas (1Co 15.48; Rm
8.29,30; 1Jo 3.2).
Pr. Luiz
Henrique
A ressurreição
do Filho do Homem
Se o registro
da crucificação de JESUS CRISTO fosse o fim da história dos Evangelhos! Foi justamente
isso que pensavam os apóstolos na manhã da ressurreição. Não reconhecendo que
seus pecados foram cravados na cruz, achavam que sua esperança foi cravada lá,
v.21. O Evangelho, sem a ressurreição, não é evangelho. A ressurreição de JESUS
CRISTO é uma das grandes pedras fundamentais do cristianismo.
O TÚMULO VAZIO,
24.1-12.
24.1 “E, no
primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as
especiarias que tinham preparado”. 2 “E acharam a pedra do sepulcro removida”.
3 “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS”. 4 “E aconteceu que,
estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões
com vestes resplandecentes”. 5 “E, estando elas muito atemorizadas e abaixando
o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os
mortos”? 6 “Não está aqui, mas ressuscitou”. Lembrai-vos como vos falou,
estando ainda na Galileia, 7 “dizendo: Convém que o Filho do Homem seja
entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia,
ressuscite”. 8 “E lembraram-se das suas palavras”. 9 “E, voltando do sepulcro,
anunciaram todas essas coisas aos onze e a todos os demais”. 10 “E eram Maria
Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam as
que diziam estas coisas aos apóstolos”. 11 “E as suas palavras lhes pareciam
como desvario, e não as creram”. 12 “Pedro, porém, levantando-se, correu ao
sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando
consigo aquele caso”.
A ressurreição
de CRISTO é o nascer do Sol da justiça que dissipa as trevas espessas do
Calvário.
Muito de
madrugada, foram elas ao sepulcro (v.l): O grande amor destas mulheres que
tinham vindo com Ele da Galileia (cap. 23.55), não reconhecia perigo nem
qualquer horror em visitar, no escuro de madrugada, o sepulcro evitado pelos
outros discípulos, cap. 23.49.
Levando as
especiarias (v.l): Não para tirar, talvez, o lençol como José de Arimatéia o
deixara, mas para ungir a cabeça, os pés e as mãos feridas, e espalhar aromas
sobre o corpo e em redor dele, como temos o costume de espalhar flores sobre os
corpos e túmulos de nossos queridos.
Entrando não
acharam o corpo... (v.3): Justamente como vem o dia em que os túmulos de nossos
queridos ficarão vazios. Por que buscais o vivente entre os mortos? (v.5): Por
que buscais CRISTO entre os heróis mortos do mundo? Por que buscais CRISTO
entre as imagens, crucifixos e tradições dos homens? Por que buscais na letra
morta da lei aquilo que se acha somente no ESPÍRITO SANTO? Por que buscais em
vós mesmos, mortos, aquilo que se encontra apenas no CRISTO vivo?
Estando ainda
na Galileia (v. 6): Falavam às mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia,
cap. 23.55.
LUCAS - ESPADA
CORTANTE 2 - Orlando Boyer - CPAD
A RESSURREIÇÃO
(24:1-53)
Nenhum dos
quatro Evangelhos descreve a ressurreição, que, de qualquer maneira, nenhum ser
humano viu. Todos, porém, ressaltam sua importância crítica, embora de maneiras
grandemente diferentes. Algumas coisas existem em comum em todos os relatos,
tais como o túmulo vazio, a relutância dos discípulos de crerem que JESUS
ressuscitara. O fato de que os primeiros aparecimentos foram a mulheres, e o
número limitado de aparecimentos. Até mesmo quando estão falando do mesmo
aparecimento, cada Evangelista o conta da sua própria maneira individual (e.g.
Lc 24:36ss.; Jo 20:19ss.). Coisas desta natureza tomam difícil a disposição dos
aparecimentos numa sequência coerente, e alguns críticos sustentam que as
discrepâncias nos vários relatos tornam impossível semelhante disposição. Que
esta ideia é incorreta é demonstrado pelo fato de que Arndt, por exemplo,
elaborou uma harmonia possível (assim como fizeram outras pessoas). Podemos ou
não nos sentir capazes de aceitar a solução de Arndt, mas não se pode negar que
ele elaborou uma sequência que abrange todos os aparecimentos mencionados nos
relatos. O tesouro de Lucas e a história maravilhosa da caminhada para Emaús.
Suas outras histórias da ressurreição também possuem o cunho próprio dele, e
são diferentes daquilo que lemos alhures. É digno de nota que se concentra em
Jerusalém e nada diz acerca dos aparecimentos do Senhor ressurreto na Galileia.
O aparecimento às mulheres (24:1-11)
1. O sábado
era, naturalmente, o sétimo dia, de modo que o primeiro dia da semana foi nosso
domingo. O sábado teria terminado ao pôr do sol no sábado, mas pouca coisa
poderia ser feita durante as horas de escuridão. Destarte, as mulheres já
estavam aflitas bem cedo no domingo, e foram caminhando para o túmulo no começo
da aurora. Que levaram consigo os aromas demonstram que tinham em mente a
completação do sepultamento de JESUS.
2,3. Marcos nos
conta que enquanto caminhavam, discutiam o problema de remover a pedra pesada
da entrada do túmulo. Lucas simplesmente diz que quando chegaram, acharam-na já
removida do sepulcro. Quando, mais tarde, o discípulo amado chegou ao túmulo,
sentia dificuldade quanto ao entrar nele (Jo 20:5), mas as mulheres não tinham
nenhuma hesitação desta natureza. Quando entraram, no entanto, não acharam o
corpo.
4. Não sem
motivo, as mulheres estavam totalmente perplexas. Os dois homens que agora
ficaram ali com vestes resplandecentes (cf. At 1:10) evidentemente devem ser
entendidos como sendo anjos. Mateus fala de um anjo que removeu a pedra e
também falou as mulheres. Marcos se refere a um jovem com manto branco, a quem
viram depois de entrarem no túmulo. João menciona dois anjos vestidos de branco
que falaram a Maria Madalena. Fica claro que todas estas referências dizem
respeito a anjos. O fato de que as vezes ouvimos falar de um, e as vezes de
dois, não precisa preocupar-nos. Conforme indicam muitos comentaristas, um
porta-voz destaca-se mais do que seus companheiros e pode ser mencionado sem
referências aos outros. Nem sequer devemos ser grandemente preocupados porque
os anjos possam estar sentados (em João) ou em pé (aqui), nem que suas palavras
não são idênticas em todos os vários relatos. E critica exagerada que não
permite os anjos a mudarem de posição, e não há razão alguma para sustentar que
falaram uma só vez. Além disto, João fala deles em conexão com um incidente
diferente. Há problemas, sem dúvida, mas a coisa principal que estas diferenças
pequenas nos contam é que os relatos são independentes entre si. É possível,
também, que no caso de anjos seja requerida a percepção espiritual, e que nem
todos tenham visto a mesma coisa.
5-7. A reação
das mulheres era de medo. Baixar o rosto para o chão era uma marca de respeito
diante de seres tão grandiosos. Os anjos perguntaram primeiro: Por que buscais
entre os mortos ao que vive? Esta pergunta surpreendente chega imediatamente à
raiz do assunto. Não se deve pensar que JESUS está morto: logo, não deve
ser procurado entre os mortos. As palavras: Ele não está aqui, mas ressuscitou,
são rejeitadas por muitos críticos, visto que não se acham em um dos MSS gregos
importantes, e faltam nalgumas poucas outras autoridades. É argumentado que é
provável que fossem importadas de Mc 16:6. Contra isto, porém, são atestadas
por uma maioria esmagadora de MSS, inclusive o antiquíssimo P75. Além disto,
parecem ser subentendidas pelo v. 23. Devem ser aceitas. E mesmo se não fossem,
o que as palavras declaram deve ser subentendido. Os anjos passam a lembrar às
mulheres que isto estava de acordo com a predição feita por JESUS enquanto Ele
ainda estava na Galileia. Naquela ocasião dissera que seria crucificado e
ressuscitaria no terceiro dia (cf. 9:22; este ensino continuou depois da
Galileia, 17:25; 18:32-33). Mateus e Marcos omitiram esta declaração, mas nos
informam, como não faz Lucas, que JESUS iria para a Galileia diante dos
discípulos, e que eles O veriam ali. Talvez Lucas omitisse esta parte porque
não tinha o propósito de incluir qualquer relato dos aparecimentos de JESUS na
Galileia.
8, 9.
Lembraram-se, e é evidente que isto lhes trouxe certa medida de convicção. Já
tinham ouvido aquelas palavras antes, mas JESUS frequentemente tinha falado
metaforicamente, e provavelmente tinham entendido as palavras estranhas acerca
da ressurreição de alguma maneira semelhante. Agora perceberam que JESUS
pretendia que Suas palavras fossem tomadas literalmente. As mulheres foram
levar suas notícias aos onze e também as contaram a todos os mais que com eles
estavam, i.e, os demais seguidores de JESUS que havia naquele local.
10. Lucas passa
a alistar os nomes dalgumas das mulheres. Maria Madalena, a primeira a ver o
Senhor ressurreto (cf. Mc 16:9), e mencionada em cada um dos quatro Evangelhos
na narrativa da ressurreição. Mas a parte da sua conexão com a crucificação e a
ressurreição, ouvimos falar dela somente em 8:2. Joana é mencionada somente
aqui e em 8:2. Maria mãe de Tiago (Mc 16:1) e aparentemente “a outra Maria” de
Mt 28:1. Estas, e as demais mulheres (que incluem Salomé, mencionada em Mc
16:1) contaram aos apóstolos o que viram e ouviram.
11. Os homens
altivos, no entanto, não ficaram impressionados. Consideraram a história como
delírio. Lucas sublinha este conceito ao acrescentar "e não acreditaram
nelas". Os apóstolos não eram homens balançados a beira da crença, que
precisassem de uma sombra de uma desculpa antes de lançar-se numa proclamação
da ressurreição. Estavam totalmente céticos. Até mesmo quando mulheres que O
conheciam bem contavam-lhes as experiências delas, recusaram-se a crer. É claro
que uma evidência irrefutável seria necessária para convencer estes céticos.
Lucas -
Introdução e Comentário - Leon L. Morris - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA
NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP - www.vidanova.com.br
A Ressurreição
- Texto: Lucas 24.1-12
Introdução
Se a carreira
de CRISTO tivesse terminado na cruz, morreriam com Ele as promessas, as
profecias e a esperança de salvação para a humanidade. Mas CRISTO vive, e
também a sua causa. E foi o túmulo vazio e o CRISTO ressurreto que
primeiramente convenceram os discípulos desta verdade. A feliz descoberta foi
feita por um grupo de mulheres que seguiam a JESUS.
I. O Amoroso
Serviço (Lc 24.1)
1. Quem o fez.
Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras mulheres que
estavam com elas (cf. Mt 28.1; Mc 16.1; Lc 8.2,3; 23.55,56; Jo 20.1).
Provavelmente dois grupos de mulheres visitaram o túmulo. Isto explica as
diferenças entre as narrativas. Não era intenção dos quatro evangelistas fazer
um relatório minucioso das circunstâncias que envolveram aquela Páscoa;
preocuparam-se simplesmente em narrar de forma breve o fato da ressurreição de
JESUS, comprovado pelos discípulos e outras testemunhas. Cada escritor o
apresenta de um ponto de vista, mencionando apenas os detalhes necessários ao
seu propósito. Este fato explica as diferenças de detalhes, tais como o número
de mulheres, a posição dos anjos e o número deles.
2. Quando foi
feito. “No primeiro dia da semana, muito de madrugada”. Segundo Mateus, “No fim
do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana”; segundo João: “No
primeiro dia da semana... de madrugada, sendo ainda escuro”. Conclusão: as
mulheres visitaram o túmulo bem cedo, na manhã do domingo, antes do nascer do
sol e pouco tempo após a ressurreição.
3. Por que
feito. “Foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”. O
embalsamamento era o costume judaico de colocar especiarias aromáticas nas
ataduras em que envolviam o corpo. O propósito da visita ao túmulo indica que
não esperavam um CRISTO ressurreto. O escuro pano de fundo do desespero fez
brilhar ainda mais o amor destas mulheres. A morte, acreditavam, destruíra as
reivindicações de CRISTO, mas não o amor que sentiam por Ele. A nação estava
contra Ele, mas elas desejavam prestar-lhe uma última homenagem. É possível,
também, segundo o costume da época, que tenham ido lamentar por Ele.
No entanto, seu
trabalho era desnecessário, porque Nicodemos já embalsamara o corpo (Jo
19.39,40). Além disso, o Senhor ressuscitara. É certo, porém, que JESUS nunca
rejeita um ato de amor. Do serviço malfeito ou errado, jamais diz: “Para que
este desperdício?”
Há momentos em
que a vista é maior que a fé. As mulheres tinham ouvido que JESUS ressuscitaria
no terceiro dia, e mesmo assim vieram embalsamar o corpo. Como explicar isto?
Viram JESUS morrer, e isto era maior que a sua fé.
Quantas vezes
as coisas materiais sacodem as verdades invisíveis em que acreditamos! Na
verdade, as coisas reais da vida são invisíveis. DEUS, que é invisível, é mais
real que o universo visível. O lar, composto de influências invisíveis, é mais
real que a casa. “As [coisas] que se veem são temporais, e as que se não veem
são eternas” (2 Co 4.18). Vida espiritual não é crer no que vemos, mas ver o
que cremos.
“E ele
desapareceu-lhes” (Lc 24.31). Ele está ausente da nossa vista, mas não da nossa
fé. “Ao qual, não havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo,
vos alegrais” (1 Pe 1.8). Virá o dia em que a fé se transformará em vista, e o
veremos conforme Ele é.
II. Uma
Descoberta Assombrosa (Lc 24.2,3)
“E acharam a
pedra revolvida do sepulcro”. As mulheres disseram umas às outras: “Quem nos
revolverá a pedra da porta do sepulcro?” (Mc 16.3). Tinham visto a grande rocha
colocada à entrada do túmulo em forma de caverna, e sabiam que removê-la era
trabalho para vários homens. No entanto, a exemplo dos aparentes obstáculos
entre o pecador e CRISTO, a pedra já fora removida. Um anjo a deslocara (Mt
28.2), não para que CRISTO saísse, porque seu corpo glorificado podia passar
por qualquer barreira, mas para deixar entrada aos primeiros arautos da
ressurreição. “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor. E aconteceu que,
estando elas perplexas a esse respeito...” Sua primeira impressão foi de que os
inimigos do Senhor haviam furtado o corpo para impedir o embalsamento. Maria
Madalena, num impulso, correu à cidade, e comunicou seus temores a Pedro e
João: “Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram” (Jo 20.2).
III. Os
Visitantes Celestiais (Lc 24.4)
Enquanto Maria
Madalena caminhava para a cidade, suas companheiras entraram timidamente no
túmulo, e “eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos
resplandecentes”. Os críticos afirmam que os escritores dos evangelhos não
concordam na descrição dos anjos, quanto ao número, posição etc. Mas é possível
que grande número de anjos estivessem presentes, tornando-se um ou dois
visíveis segundo a necessidade. O fato de serem chamados “varões”, demonstra
que os mensageiros celestiais, quando em missão na terra, apresentam-se na
forma humana. Quase sempre apresentam um rosto humano, falando a língua dos
homens (cf. Gn 18,1,2,13 e 19.2,5). Neste caso, foram as vestes resplandecentes
que convenceram as mulheres de que se tratava de seres celestiais.
IV. A Mensagem
Angelical (Lc 24.5-8)
1. Uma
pergunta. “Por que buscais o vivente entre os mortos?” Os anjos queriam dizer:
“Vocês estão surpresas de Ele não estar aqui, mas surpresa seria se estivesse.
Lembrem-se de que Ele, como Filho de DEUS, prometeu voltar ao Pai. Não é
razoável procurá-lo no lugar dos mortos”.
Muitas pessoas
cometem o mesmo erro, hoje. A quem procura o CRISTO verdadeiro numa igreja que
lhe nega a divindade e a ressurreição, podemos perguntar: “Por que buscais
entre os mortos ao que vive?” Também a mesma pergunta pode ser feita àqueles
que o buscam em tradições ultrapassadas e liturgias mortas.
A história a
seguir foi tirada de uma revista de Escola Dominical.
“Em nossa casa
havia um quadro que mostrava CRISTO dizendo suas palavras de despedida aos
discípulos, a promessa suprema: ‘Eis que estou convosco sempre’. Certo dia, um
vendedor judeu passou, estando eu sozinho em casa. O judeu ficou fascinado pelo
quadro. Contemplou-o longamente e depois, virando-se para mim, perguntou: ‘É
este o seu Messias, o seu DEUS?’ Disse-lhe que era CRISTO, o Salvador, e
expliquei o significado do quadro. ‘E o que Ele diz?’ perguntou. Li a promessa
escrita na parte de baixo: “E eis que estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos”. O judeu pensou um pouco, e, voltando-se para mim,
disse: ‘Que Messias maravilhoso vocês, cristãos, têm. Ele está sempre com
vocês’. Olhou mais uma vez o quadro, tomou a maleta e deixou a sala, enquanto
repetia, suavemente: ‘Que Messias maravilhoso: sempre está convosco!’ CRISTO
não somente morreu por nós, mas vive por nós”.
2. Uma
declaração. Seguem-se palavras que são o único epitáfio apropriado a um crente:
“Não está aqui, mas ressuscitou”. Estas palavras podem perfeitamente coroar o
túmulo de cada cristão: “Sua verdadeira personalidade não está aqui, mas
ressuscitou para estar com CRISTO”.
Podemos dizer
que são mortos os cristãos, mas realmente vivem - são mortos vivos. Após um
breve período chamado “morte” passam à condição permanente: a vida. Estar
ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Co 5.8. cf. Lc 23.43; Fp
1.23). A morte não é um estado, para o cristão, apenas uma ponte do humano para
o celestial, do imperfeito para o perfeito, da canseira para o descanso.
Contrário a certos ensinamentos, a expressão “adormecer”, não significa perda
de consciência até ao dia da ressurreição. A morte do cristão é chamada “sono”
por duas razões. Primeiro, porque o alivia dos fardos da vida; segundo, porque
assim como o sono é o desligamento com o mundo externo, a morte rompe as
conexões com a existência terrena. Isto, porém, não implica em estar a pessoa
inconsciente. O espírito continua ativo. Ao olharmos para o túmulo de um
cristão, podemos dizer: “Não está aqui, graças a DEUS. Está junto do Mestre”.
3. Uma
lembrança. “Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo:
Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja
crucificado e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das suas palavras”.
Quando o Senhor anunciou sua morte vindoura e ressurreição, os discípulos
guardaram a profecia, perguntando entre si o que seria a ressurreição dentre os
mortos. Por serem espiritualmente imaturos, não a supunham literal. O anjo
relembra a promessa que, corretamente interpretada, teria iluminado o sepulcro
vazio e solucionado o mistério. Quantas dores desnecessárias suportamos porque,
nos momentos de provações e perplexidades, esquecemos as promessas de DEUS.
“Ressuscitou,
como havia dito” (Mt 28.6). Estas palavras são uma suave repreensão às
mulheres, por terem esquecido as palavras do Senhor. Cultive sua memória
espiritual. As vitórias espirituais, se esquecidas, amanhã parecer-lhe-ão
escuras. Lembre-se das antigas batalhas e vitórias, e de como a luz da presença
de DEUS transformou tudo em bênção.
A adversidade
muitas vezes afasta de nossa memória as promessas que deveriam sustentar-nos:
“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu DEUS te guiou” (Dt
8.2).
V. O Estranho
Ceticismo (Lc 24.9-11)
As mulheres,
“voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos demais
[cf. vv. 13-22], E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as
creram”. Os apóstolos e os outros discípulos aguardavam a ressurreição, mas na
realidade, era a última coisa que esperavam. A prisão e a crucificação do
Mestre paralisara por um tempo a sua fé, de modo que não podiam crer no
testemunho das mulheres. Descrença indesculpável, porque as mulheres viram o
túmulo vazio, ouviram a mensagem dos anjos, e viram, tocaram e ouviram o
próprio JESUS (Mt 28.9). Mas até esta descrença se toma em fundamento para a
nossa fé, porque os apóstolos não teriam crido e pregado a ressurreição sem
evidência convincente. Esta evidência, receberam-na quando o viram com seus
próprios olhos, e o tocaram, e ouviram a sua voz (Lc 24.36-43).
VI. A
Investigação (Lc 24.12)
Dois dos
apóstolos, o amoroso João e o enérgico Pedro, resolveram investigar, e correram
para o túmulo, encontrando as roupas do sepultamento (cf. Jo 20.1-10). João
chegou primeiro e viu os lençóis de linho. “Pedro, porém, levantando-se, correu
ao sepulcro, e, abaixando-se, viu só os lenços ali postos; e retirou-se
admirando consigo aquele caso”. O lençóis eram o sinal de que o corpo não havia
sido arrebatado por inimigos, que não o teriam desembrulhado. Aliás, a
aparência era a de que o corpo passara através deles, sem os desenrolar. João
viu e creu (Jo 20.8), mas Pedro ficou perplexo. Teria sido perturbada a sua
consciência por ter negado a CRISTO? De qualquer forma, o Senhor apareceu a Ele
em particular para dar-lhe segurança.
Concluindo,
assim como foi impossível conservar CRISTO na sepultura, também a verdade
divina não pode ficar perpetuamente suprimida. Algumas semanas após a
ressurreição, os líderes judaicos, ante um milagre operado em nome de JESUS,
determinaram: “Mas, para que não se divulgue mais entre o povo, ameacemo-los
para que não falem mais neste nome a homem algum” (At 4.16,17). Mas não tinham
como aprisionar o Evangelho de CRISTO.
Dizia um
pastor, preso na Alemanha por sua posição corajosa em prol do Evangelho: “Não
importa quantos obstáculos estão no caminho; não importa quantas rochas são
roladas contra a Palavra de DEUS. A Palavra é como fogo, e como martelo que
esmiúça as rochas”.
VII. A
Evidência da Ressurreição
Agora não é
mais suposição e nem pelo que o anjo disse, mas é uma realidade palpável: JESUS
mesmo se apresenta vivo. primeiro à Maria Madalena e depois aos discípulos.
E Maria estava
chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para
o sepulcro. E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo
de JESUS, um à cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por que
choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu JESUS em pé, mas não sabia que
era JESUS. Disse-lhe JESUS: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando
que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste,
e eu o levarei. Disse-lhe JESUS: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni,
que quer dizer: Mestre. Disse-lhe JESUS: Não me detenhas, porque ainda não subi
para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e
vosso Pai, meu DEUS e vosso DEUS. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos
que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto. (João 20:11-18). Maria Madalena
se torna a primeira evangelista do JESUS ressurreto. Começam aí uma série de
aparições de JESUS em seu corpo ressurreto (Comentários extras do Pr.
Henrique).
A ressurreição
de CRISTO é o grande milagre do Cristianismo. Uma vez estabelecida a realidade
deste acontecimento, a discussão dos demais milagres torna-se desnecessária.
Sobre o milagre da ressurreição está firmada a nossa fé. Porque o Cristianismo
é histórico, e baseia seus ensinamentos em acontecimentos ocorridos há quase 20
séculos, na Palestina. São estes eventos o nascimento e ministério de JESUS
CRISTO, culminando na sua morte, sepultamento e ressurreição. De tudo isto, é a
ressurreição a pedra de esquina, porque, se CRISTO não ressuscitou, não era o
que alegava ser. Sua morte não seria morte expiadora
- os cristãos
estariam sendo enganados há séculos; os pregadores, proclamando erros; e os
fiéis, acalentando falsas esperanças. Mas, graças a DEUS, podemos proclamar
esta doutrina: “Mas de fato CRISTO ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as
primícias dos que dormem!”
1. Como sabemos
que Ele ressuscitou? “Vocês, cristãos, vivem na fragrância de um túmulo vazio”,
disse um cético francês. É fato que os que vieram embalsamar o corpo de JESUS,
naquela notável manhã de Páscoa, encontraram vazio o túmulo. Este fato não pode
ser explicado à parte da ressurreição de JESUS. Quão facilmente os judeus
poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores, apresentando o
cadáver do Senhor! Não o fizeram, porém - porque não podiam! Quando se lhes
exigia uma explicação, alegavam terem os discípulos furtado o corpo, como se um
pequeno bando de homens desanimados pudesse arrancar de guardas treinados o
corpo do Mestre, cuja morte parecia ter-lhes tirado todas as esperanças.
Que faremos do
testemunho dos que viram JESUS após a ressurreição, muitos dos quais falaram
com Ele, tocaram- no, comeram com Ele? Centenas deles ainda viviam no tempo de
Paulo, segundo ele mesmo testifica. Outros, dão seu inspirado testemunho no
Novo Testamento.
Como rejeitar o
testemunho de homens que pregavam a mensagem com o sacrifício da própria vida?
Como explicar a conversão de Paulo, antes perseguidor do Cristianismo,
transformado num dos maiores missionários?
Há apenas uma
resposta a estas perguntas: CRISTO ressurgiu! O túmulo vazio desafia o mundo: À
filosofia, diz: “Explique este evento!”
À História,
diz: “Reproduza este evento!”
Ao tempo, diz:
“Apague este evento!”
À Fé, diz:
“Receba este evento!”
Alguns
naturalistas oferecem outras explicações: “Foi uma visão que os discípulos
tiveram”. Não é possível que centenas tivessem a mesma visão. Outros dizem: “
JESUS não morreu de fato; foi tirado inconsciente da cruz”. Mas um farrapo de
homem não poderia ter persuadido os discípulos de que era o Senhor da vida! São
explicações tão fracas que trazem consigo a sua própria refutação. Outra vez
afirmamos: CRISTO ressuscitou! De Wette, grande estudioso racionalista, depois
de um exame científico, afirmou: “A ressurreição de JESUS CRISTO não pode ser
mais questionada que a certeza histórica do assassinato de Júlio César”. Que
firme fundamento à fé de alguém - o fato histórico de um Salvador ressuscitado!
2. O que
significa a nós? Significa que JESUS é tudo quanto declarava ser: Filho de
DEUS, Salvador e Senhor. O mundo respondeu às suas reivindicações com a cruz; a
resposta de DEUS foi a ressurreição. Como Senhor ressuscitado, pede que
dediquemos nossas vidas a Ele.
Significa que a
morte expiadora de CRISTO foi uma realidade, e que os homens podem achar perdão
para os seus pecados e assim ter paz com DEUS. A ressurreição completa a morte
expiadora de CRISTO. Não foi uma morte comum
- porque Ele
ressuscitou!
Significa que
temos um Sumo Sacerdote no Céu que simpatiza conosco, que já viveu a nossa
vida, conheceu nossas tristezas e enfermidades e pode dar-nos o poder de viver
a vida nEle.
Significa que
podemos ser batizados no ESPÍRITO SANTO e receber poder para testificar deste
CRISTO ressurreto.
Significa uma
vida no porvir. A objeção comum é: “Ninguém voltou para contar acerca do outro
mundo”. Mas alguém já voltou de lá, sim - JESUS CRISTO. À pergunta: “Se um
homem morrer, viverá outra vez?” responde a ciência: “Não sei”; a filosofia:
“Deveria haver”. O Cristianismo, porém, afirma: “Porque Ele vive, viveremos
nós; porque Ele ressuscitou dos mortos, ressuscitaremos também”.
Significa
certeza de juízo para os pecadores. Como disse o inspirado apóstolo: “[DEUS]
tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do
varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos”
(At 17.31).
A inexorável
justiça de Roma deu origem ao provérbio: “Quem quiser fugir de César, fuja para
César”. Aos não-convertidos, advertimos: o juízo é certo, e a única maneira de
escapar de CRISTO, o Juiz, é fugir para CRISTO, o Salvador.
Lucas - O
Evangelho do Homem Perfeito - Myer Pearlman - CPAD
Introdução ao
Capítulo 24
As mulheres que
vêm cedo ao sepulcro no primeiro dia da semana, trazendo suas especiarias,
encontrar a pedra removida e o túmulo vazio, Lucas 24:1-3. Eles veem uma visão
de anjos, que anunciam a ressurreição de CRISTO, Lucas 24: 4-8. As mulheres
retornar e dizer isso para os onze, Lucas 24:9, Lucas 24:10. Eles não
acreditam, mas Pedro vai e examina o túmulo, Lucas 24:11, Lucas 24:12. CRISTO,
desconhecido, aparece a dois dos discípulos que iam para Emaús, e conversa com
eles, vv. 13-29. Enquanto eles estão comendo juntos, ele se dá a conhecer, e
imediatamente desaparece, Lucas 24:30, Lucas 24:31. Eles voltam para Jerusalém,
e anunciar a sua ressurreição para o resto dos discípulos, Lucas 24:32-35. O
próprio JESUS lhes aparece, e dá-lhes a prova mais completa da realidade de sua
ressurreição, Lucas 24: 36-43. Ele prega a eles, e dá-lhes a promessa do
ESPÍRITO SANTO, Lucas 24: 44-49. Ele os leva a Betânia, e sobe ao céu, à vista
deles, Lucas 24:50, Lucas 24:51. Eles adoram, e retornam a Jerusalém, Lucas
24:52, Lucas 24:53.
Versículo 1
Levando as
especiarias - Para embalsamar o corpo de nosso Senhor: mas Nicodemos e José de
Arimatéia tinham feito isso antes que o corpo fosse colocado no sepulcro. Veja
João 19:39, João 19:40. Mas houve um segundo embalsamamento encontrado
necessário: o primeiro deve ter sido apressadamente e imperfeitamente
realizado; as especiarias agora trazidos pelas mulheres tinham a intenção de
concluir a operação anterior.
Versículo 2
Eles
encontraram a pedra removida - Um anjo de DEUS tinha feito isso antes de
chegarem ao túmulo, Mateus 28:2: Neste caso, não podemos deixar de observar
que, quando as pessoas têm uma forte confiança em DEUS, os obstáculos não irão
impedi-los do compromisso que eles têm em amara a DEUS, mesmo porque as
dificuldades desaparecerão diante deles.
Versículo 3
E não acharam o
corpo do Senhor - Lucas 23:43; e o evangelista menciona o corpo
particularmente, para mostrar que Ele estava sujeito à morte.
Versículo 5
Por que buscais
o vivente entre os mortos? - Esta foi uma expressão que parece ser aplicada aos
que estavam absurdamente se esquecendo das promessas do Senhor.
Versículo 8
Lembraram-se de
suas palavras - Mesmo a simples recordação das palavras de CRISTO torna-se
muitas vezes uma fonte de conforto e apoio para aqueles que estão angustiados
ou tentados: as suas palavras são as palavras de vida eterna.
Versículo 10
E Joanna - Ela
era a esposa de Cuza, procurador de Herodes. Veja Lucas 8: 3.
Versículo 12
E levantou-se
Pedro - João foi com ele, e chegou ao túmulo antes dele. Veja João 20:2, João
20:3.
Os panos de
linho por si mesmos - ou, apenas as fitas de linho. Este foi o linho fino que
José de Arimatéia comprou, e envolveu o corpo de JESUS como está registrado em
Marcos 15:46. Esta circunstância pode, à primeira vista parecer pequena, mas,
no entanto, é uma grande prova da ressurreição de nosso Senhor. Se o corpo
tivesse sido roubado, tudo o que foi envolvido nele teria sido levado com ele.
O atraso que haveria com a retirada dos lençóis e do unguento do corpo de JESUS
poderia levar os discípulos a serem descobertos roubando seu corpo, se isso
tivesse acontecido. Nem que tivesse ocorrido esse fato os discípulos não teriam
motivos para retirar os lençóis de JESUS. .Esta circunstância é ainda mais
relacionada particularmente por João, em João 20: 5-7. Pedro vê as ataduras de
linho, e o lenço que antes estava sobre a sua cabeça, mas não estava com os
lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Todas estas circunstâncias provam que
o corpo que antes estava dentro dos lençóis passou por eles, sem os desenrolar.
Comentário de
Adam Clarke - Evangelho de Lucas
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA CPAD -
LIÇÃO 11 - A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Lições Bíblicas
Aluno - Jovens e Adultos - 2º TRIMESTRE DE 2009
Comentários do
Pr. Antônio Gilberto
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - 1 Coríntios 15.1-10.
1 Também vos
notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também
recebestes e no qual também permaneceis; 2 pelo qual também sois salvos, se o
retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão. 3
Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por
nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado, e que ressuscitou
ao terceiro dia, segundo as Escrituras, 5 e que foi visto por Cefas e depois
pelos doze. 6 Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos
quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. 7 Depois, foi
visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos 8 e, por derradeiro de todos,
me apareceu também a mim, como a um abortivo. 9 Porque eu sou o menor dos
apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a
igreja de DEUS. 10 Mas, pela graça de DEUS, sou o que sou; e a sua graça para
comigo não foi vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não
eu, mas a graça de DEUS, que está comigo.
INTERAÇÃO
Nesta lição
estudaremos a doutrina da Ressurreição de CRISTO. Todavia, o texto de 1
Coríntios 15, não trata somente da ressurreição de JESUS, mas também da
natureza e características da ressurreição dos justos. No primeiro caso, Paulo
apresenta (vv. 3-8) quatro eventos que compõem a essência do evangelho e da
mensagem cristã: A morte, o sepultamento, a ressurreição, e as provas
irrefutáveis da ressurreição de JESUS, segundo as Escrituras (vv.3,4).
Portanto, nesses dias de confiança na razão e de incredulidade na religião, reafirmar
a crença e as evidências históricas e doutrinárias na ressurreição de JESUS é
indispensável.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Ressuscitar
significa despertar, levantar dentre os mortos. Converse com seus alunos sobre
a imprescindibilidade dessa doutrina. Enfatize que CRISTO foi feito "as
primícias dos que dormem", e os que morrerem nEle, em sua vinda
ressuscitarão à semelhança de sua ressurreição.
Pergunte aos
alunos: Como será o corpo da ressurreição? Diga-lhes que será:
a) Visível (Lc
24.39); b) Incorruptível (1 Co 15.42,54); c) Palpável (Jo 20.27); d) Corpo
celestial (2 Co 5.1-4); e) Vivificado (Rm 8.11).
Palavra-Chave: Ressurreição:
Tornar à vida.
Definição no
dicionário Priberam (http://www.priberam.pt/default.aspx):
Ressurreição:
do Lat. resurrectione s. fato de ressurgir; reaparecimento; renovação; por
ext. cura imprevista.
Ressurreição e Ascensão Porque primeiramente vos entreguei o que também
recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado
ao terceiro dia, segundo as Escrituras; (1 Coríntios 15:3-4) |
|||
Data: |
Acontecimento: |
Local: |
Textos: |
33 d.C. - Madrugada do 1º dia Domingo |
As mulheres visitam o sepulcro |
Jerusalém |
Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-11 |
Sua aparição a Pedro |
Jerusalém |
Lc 24:34 1Co 15:5 |
|
Pedro e João Vêem o sepulcro vazio |
Jerusalém |
Lc 24.12; Jo 20.1-10 |
|
JESUS aparece a Maria Madalena |
Jerusalém |
Mc 16,9-11; Jo 20.11-18 |
|
JESUS aparece a outras mulheres |
Jerusalém |
Mt 28.9-19 |
|
O relato dos guardas sobre a ressurreição |
Jerusalém |
Mt 28.11-15 |
|
Domingo |
JESUS aparece a 2 discípulos |
Emaús |
Mc
16.12-13; Lc 24.13.35 |
JESUS aparece aos 10 discípulos, sem Tomé |
Jerusalém |
Lc 24.36-43; Jo 20.19-25; 1Co 15:5 |
|
1 Semana depois |
JESUS aparece aos discípulos, com Tomé |
Jerusalém |
Mc 16:14-18; Jo 20.26-31 |
Durante os 40 dias até a ascensão |
JESUS aparece a sete discípulos na Galileia |
Mar Galileia |
Mt 28:16-20; Jo 21.1-15 |
A grande comissão |
|
Mt 28.16-20; Mc 16.14-18; Lc 24.44-49 |
|
Sua aparição aos quinhentos |
Galileia |
1Co 15:6 |
|
Sua aparição a Tiago |
1Co 15:7 |
|
|
A Ascensão |
Monte das Oliveiras |
Mc 16.19-20; Lc 24.50-53; At 1:4-9 |
|
I- TODOS VÃO RESSUSCITAR
Jo 11.25-
Disse-lhe JESUS: “Eu Sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que
esteja morto, viverá”.
Em Daniel 12.2
e João 5.28,29; vemos que uns ressuscitarão para a vida eterna e outros para
vergonha e desprezo eterno, mostrando-nos claramente que:
1- Todos
vão Ressuscitar, declaração essa contrária à doutrina que muitos pregam dizendo
que quando morremos se acabou tudo;
2- Haverá
dois tipos de ressurreição, uns para a vida eterna e outros para a vergonha e
desprezo eterno (vão ver os salvos gozando da companhia de DEUS e não vão poder
desfrutar);
3- O
destino de cada um é de acordo com o que creram e fizeram, enquanto estavam
vivos e aqui na terra;
4- Haverá
duas ressurreições, separadas por mil anos (Ap 20.5,6; 1 Ts 4.16).
Quantos túmulos
que têm a inscrição “Repouso Eterno ou Jazigo Perpétuo”, por causa da
ignorância do homem, mas quando se ouvir a voz de CRISTO todos
ressuscitarão.
A conta tem que
ser paga, ninguém dá calote em DEUS, cada um prestará contas com DEUS, os
salvos, no tribunal de CRISTO sem condenação, só para receber galardão; mas o
incrédulo estará diante do trono branco juízo final, para ser lançado no lago
de fogo e enxofre, junto com seu companheiro Satanás. Ap 19.20; 20.10-15;
II- A
RESSURREIÇÃO DE JESUS:
QUAL A
IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS PARA A FÉ CRISTÃ? (Bíblia Ilúmina)
Mateus 28:1-10
VERSÍCULO CHAVE: Mas o anjo disse às mulheres: Não temais vós; pois eu sei que
buscais a JESUS, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu, como ele
disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; (Mateus 28:5-6)
A RESSURREIÇÃO
DE JESUS É O ALICERCE DA FÉ CRISTÃ. A ressurreição é a chave para a fé cristã.
Porque?
(1) Como ele
havia prometido, ele ressurgiu dos mortos. Nós podemos estar confiantes,
portanto, que ele cumprirá tudo que ele prometeu.
(2) A
ressurreição do corpo nos mostra que o CRISTO vivo é soberano no reino eterno
de DEUS, não um falso profeta ou impostor.
(3) Nós podemos
ter certeza de nossa ressurreição porque ele foi ressuscitado. A morte não é o
fim, existe a vida após a morte.
(4) O poder que
trouxe JESUS de volta a vida está disponível para nós trazermos o nosso ser
espiritual morto de volta a vida.
(5) A
Ressurreição é à base do testemunho da igreja para o mundo. JESUS é mais que um
líder humano, ele é o Filho de DEUS.
LEITURA
BÍBLICA: 1 Coríntios 15:1-11 VERSÍCULO CHAVE: Porque primeiramente vos
entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as
Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as
Escrituras; (1 Coríntios 15:3-4)
A RESSURREIÇÃO
É O PONTO DECISIVO DA FÉ CRISTÃ:
Sempre haverá
pessoas dizendo que JESUS não ressurgiu dos mortos. Paulo nos garante que
muitas pessoas viram JESUS depois de sua ressurreição: Pedro, o discípulo (os
Doze), Mais de quinhentos crentes (a maioria ainda estavam vivos quando Paulo
escreveu isto), Thiago (irmão de JESUS), todos os apóstolos e finalmente Paulo
em si. A Ressurreição é um fato histórico. Não seja desencorajado por pessoas
que negam a Ressurreição. Seja cheio de esperança, pois um dia todos virão a
prova viva quando JESUS voltar.
III- NOSSA
RESSURREIÇÃO
O QUE QUE A
BÍBLIA NOS ENSINA SOBRE A NOSSA RESSURREIÇÃO?
LEITURA
BÍBLICA: 1 Coríntios 15:12-28 VERSÍCULO CHAVE: Ora, se se prega que CRISTO foi
ressuscitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há
ressurreição de mortos?
A NOSSA
RESSURREIÇÃO INCLUI O NOSSO CORPO E A NOSSA ALMA.
A maioria dos
gregos não acreditavam que o corpo de uma pessoa poderia ser ressuscitado
depois da morte. Eles viam a vida após a morte como algo só para a alma. De
acordo com filósofos gregos, a alma era a pessoa de verdade presa a um corpo
físico, e na morte a alma era liberta. Não havia imortalidade para o corpo, mas
a alma entrava num estado eterno. O cristianismo, no entanto, afirma que o
corpo e a alma serão unidos depois da ressurreição. A igreja de Corinto estava
no coração da cultura grega, desta maneira, muitos crentes tinham dificuldade
em acreditar na ressurreição do corpo.
NOSSA
RESSURREIÇÃO É CERTA POR CAUSA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO.
A ressurreição
de CRISTO é o centro da fé cristã. Porque CRISTO ressuscitou, como ele havia
prometido, nós sabemos que o que ele disse é a verdade – ele é DEUS. Porque ele
ressuscitou, nós temos certeza de que nossos pecados são perdoados. Porque ele
ressuscitou, ele vive e nos representa perante DEUS. Porque ele ressuscitou e
venceu a morte, sabemos que nós também ressuscitaremos.
A NOSSA
RESSURREIÇÃO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA PARA A VIDA ETERNA.
Nos dias de
Paulo, o cristianismo levava a pessoa à execução, exclusão da família e, em
muitos casos, a pobreza. Havia pouca vantagem em ser cristão naquela sociedade.
O mais importante, no entanto, é que se CRISTO não tivesse ressuscitado, os
cristãos não poderiam ser perdoados pelos seus pecados e não teriam nenhuma
esperança de vida eterna.
IV- CRER NA RESSURREIÇÃO
DE JESUS É BÁSICO PARA SALVAÇÃO.
É tão
importante crer na ressurreição de JESUS que Paulo afirma que aquele que não
crê nisso a sua fé é vã e sem sentido.
1Co 15.17 E, se
CRISTO não foi ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam
perdidos nos seus pecados. 18 Se CRISTO não ressuscitou, os que morreram crendo
nele estão perdidos. 19 Se a nossa esperança em CRISTO só vale para esta vida,
nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo. 20 Mas a verdade é que CRISTO
foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão
ressuscitados.
Na verdade
Paulo nos assegura que para sermos salvos precisamos não só crer na morte
expiatória de JESUS, mas também na sua ressurreição dentre os mortos, sendo
esta uma exigência de DEUS para nossa justificação, uma condição para sermos
salvos.
A saber: Se com
a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. (Romanos 10:9)
O CRISTO glorificado
A visão de Estêvão At 7:55,56
A visão de Paulo At 26:13-15
A visão de João Ap 1:12-16
"Lembra-te
de que JESUS. CRISTO, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos,
segundo o meu evangelho." (2 Tm 2.8).
A ressurreição
do Senhor será sempre um dos mais importantes fatos de todos os tempos. Ela
significa a aurora espiritual da nossa fé.
O Corpo
Glorioso
Jo 20.8 – Então
entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e
creu.
Lembramos aqui,
ao leitor que tudo que João escreveu foi para provar aos incrédulos de sua
época que JESUS CRISTO ressuscitou e que era o filho de DEUS (Jo 20.30,31)
Sendo João mais
jovem correu mais depressa que Pedro, mas sendo mais reverente parou na
entrada, mas quando Pedro chegou, com sua irreverência natural entrou correndo
e ficou olhando e estudando o que havia acontecido; João agora entra e se
lembra de que JESUS foi embalsamado (Jo 19.38-42) com muita mirra e aloés (cem
arréteis = aproximadamente 80 Kg daquele composto) e o envolveram com lençóis
como era costume judaico (enrolavam o corpo nos lençóis como múmia) e
amarraram, com um lenço o seu queixo à sua cabeça para não ficar aberta a sua
boca.
Vendo João que
os lençóis estavam arrumados como se um corpo estivera ali dentro e o lenço à
parte, separado, no lugar onde estiver a cabeça de JESUS, boquiaberto João creu
maravilhado de que seu senhor ressuscitara com um corpo glorioso, espiritual e
celeste (1 Co 15.44). Só é salvo quem crer nisso, na ressurreição de JESUS,
tenha certeza. (1 Co 15.14).
O amigo leitor
já pensou em ter um corpo assim? Nós teremos um corpo semelhante ao de JESUS
quando da sua volta para nos levar para as moradas eternas (1Co 15.48; Rm
8.29,30; 1Jo 3.2).
Certamente as
doutrinas da divindade e da ressurreição do Senhor JESUS são as mais odiadas e
hostilizadas por Satanás. O Evangelho que proclamamos não finda no Monte
Calvário. Ele passa pelo túmulo vazio, desponta no cenáculo e segue a
trajetória celestial. Se CRISTO não houvesse ressuscitado seria vã a nossa fé e
nulo o nosso testemunho.
V- O FATO DA
RESSURREIÇÃO
"Se CRISTO
não houvesse ressuscitado, de Sua morte não teria havido qualquer fruto".
Os dois fatos se completam. A ressurreição de CRISTO é o fato que consuma os
fundamentos da fé cristã. Os "deuses" mortos a nada levam. O CRISTO
ressuscitado nos conduz à presença do Pai.
1. Predito por
Davi.
Como um profeta
habilmente inspirado por DEUS, o rei Davi predisse a ressurreição de JESUS (SI
16.10).
2. Predito por
Isaias.
O profeta
messiânico no capítulo 53 de seu livro, por muitos considerados" o
Evangelho do Antigo Testamento", aborda a ressurreição do Senhor, nos
versos 10 a 12.
3. Predito pelo
próprio CRISTO.
Lemos tais
predições em vários lugares, tais como: Mt 12.38-40; 17.22,23; 20.18,19; 26.32;
Lc 9.22; Jo 2.18-22,etc. Pelas Escrituras, JESUS demonstrou que já estava
escrito, desde séculos passados, que o CRISTO (o Messias, o Ungido de DEUS)
padeceria, para depois ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia.
VI- AS PROVAS
DA RESSURREIÇÃO
1. As provas
são Inequívocas, porque estão fundamentadas na Infalível Palavra de DEUS.
a. O túmulo
vazio.
É considerado o
grande troféu do Cristianismo. Um testemunho absolutamente incontestável é que
exalta o extraordinário poder de DEUS. Emesto Renan, o ateísta francês do
século passado, escarnecendo dos crentes declarou: "Os cristãos vivem na
fragrância de um túmulo vazio". Ele cria que estava zombando dos cristãos,
mas na realidade, estava proclamando uma das mais profundas verdades do
cristianismo: o túmulo vazio de JESUS, prova irrefutável de que Ele venceu a
morte, coisa que ninguém jamais fez, nem fará.
b. O silêncio
dos fariseus e dos romanos.
Jamais qualquer
pessoa destes dois grupos ousou negar a ressurreição de JESUS, tão evidente que
ela se tomou. Eles odiavam essa mensagem mas não puderam refutá-la.
c. A mudança do
dia de adoração dos discípulos.
A ressurreição
causou um impacto tão grande na mente e no coração dos discípulos que eles
fixaram em suas mentes um novo dia para suas reuniões. Deixaram o tradicional e
legal sétimo dia e passaram a usar o primeiro dia da semana (Mc 16.2), isto é,
o domingo.
2. As aparições
pessoais de JESUS
a. A Maria
Madalena (Mc 16.9-11; Jo 20.18).
b. A algumas
mulheres (Mt 28.9,10)
c. A Pedro, no
domingo da ressurreição (Lc 24.34; 1 Co 15.5).
d. Aos dois
discípulos, no caminho de Emaús (Mc 16.12; Lc 24.13-35).
e. Aos
discípulos (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.19,20).
f. Aos onze
discípulos com Tomé (Jo 20.26).
g. Aos sete
discípulos, no Mar da Galileia (Jo 21.1).
h. A quinhentos
irmãos (1 Co 15.6).
i. A Tiago (1Co
15.7).
j. A Paulo
(como um abortivo).
Há outras
aparições, mas cremos que estas são suficientes.
VII- OS
RESULTADOS DA RESSURREIÇÃO
A ressurreição
do Senhor JESUS não é um fato isolado e inconsequente. São muitos os resultados
que dele emanaram. Estudemos alguns:
1. JESUS está
vivo.
Se CRISTO não
houvesse ressuscitado, seria um defunto. Se Ele fosse um defunto, a igreja não
seria a Esposa do Cordeiro (Ap 21.9), e sim sua viúva Mas Ele de fato
ressuscitou e está vivo para sempre. E porque vive, intercede pelos seus (Hb
7.25) e também pelos transgressores (ls 53.12).
2. Ele está
presente.
O CRISTO
ressuscitado é um CRISTO onipresente (Mt 28.20b). Por toda parte podemos sentir
a manifestação dessa presença gloriosa e amiga. Ele está inspirando os
pregadores que proclamam sua Palavra, as ações dos que proclamam.
Entemecidamente está salvando os que nEle crêem, de todo o coração.
3. Ele está
conduzindo a Igreja.
O CRISTO
ressuscitado é Senhor, Rei e Cabeça da igreja. Como Senhor, todos lhe servimos
de coração. Como Rei, dita as normas de ação de seu governo; como Cabeça nos
mantém junto a Si, inseparavelmente ligados, pois somos o seu corpo: o
complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas (Cl 1.18; Ef 1.23). Ele
é quem dá ministros à igreja (Ef 4.11,12). Ele dá dons aos homens (Ef 4.8). A
Igreja O glorifica. exalta, louva e adora.
4. Ele está
unindo a igreja.
Se CRISTO não
estivesse realmente vivo não poderia executar o milagre de reunir em um só
corpo homens e mulheres de todas as raças tribos e nações (Ap 5.9). Veja o que
Ele mesmo diz em Ap 1.17, 18.
5. Ele está
batizando a Igreja.
Isso prova que
CRISTO ressuscitou e está vivo, Ele continua batizando os salvos com o ESPÍRITO
SANTO.
6. JEUS
continua fazendo milagres e maravilhas.
Alguém duvida
disso? Basta assistir um pouquinho de Tv ou ir a algum culto em legítima Igreja
de CRISTO.
7. Ele voltará
brevemente.
Se CRISTO não
estivesse vivo, não teríamos razão de esperá-lo a segunda vez. Mas Ele está
vivo! Ele voltará! A cada dia, e em todos os lugares, os sinais estão
acontecendo. O CRISTO ressuscitado está às portas. O Rei está voltando.
VIII- OS
PROPÓSITOS DA RESSURREIÇÃO
A
compreensão natural do homem pecador não está apta a discernir os elevados
propósitos de tão extraordinário acontecimento. Temos que ter a mente de CRISTO
para avaliar as razões, profundas e misteriosas, de Sua ressurreição.
1. Demonstrar
sua divindade.
A não
ressurreição de JESUS tê-lo-ia deixado no túmulo, no mesmo nível dos demais
homens. Ele teria sido apenas um mortal a mais. Através de Sua ressurreição o
Pai declarou solenemente sua divindade (Rm 1.4). Pela ressurreição, CRISTO
demonstrou ser impossível à morte detê-lo (At 2.24). Por causa de uma
deliberada e amorosa vontade de salvar os homens, o Pai permitiu a JESUS ficar
por três dias na região de sombra da morte, mas a sua divindade não lhe
permitiu ficar entre os mortos, pois Ele é o Senhor da vida.
2. Aniquilar o
medo.
"Não vos
atemorizeis" , disse o anjo às mulheres (Mc 16.6). O medo, como estado,
paralisa a pessoa, tira o ânimo e conduz à morte.
Foi o medo a primeira consequência do pecado: "Tive medo e me escondi
" (Gn 3.10). JESUS muitas vezes bradou com autoridade: "Não
temas" (Mt 10.26; 14.27;28.10; Mc 5.36; Lc 5.10; 8:50; 12.7; 12.32).
3. Garantir a
nossa justificação.
Ao entregar-se
à morte, na Cruz do Calvário, JESUS lançou a base do edifício de nossa
justificação, que somente se tornou concluído com sua ressurreição (Rm 4.25).
4. Tornar-se as
primícias dos que dormem.
Os atuais
habitantes do Céu sabem que algum dia, a igreja do Senhor subirá, para lá
também habitar. Eles olham para o CRISTO ressuscitado, sentado à destra do Pai
e, sabendo que Ele aqui embaixo provou a morte e sobre ela triunfou mediante a
ressurreição, sabem também que na sua ressurreição consiste na garantia da
nossa. Ele subiu primeiro. Nós subiremos depois.
5. Dinamizar a
pregação.
A crença na
ressurreição de JESUS, produziu uma nova transformação na vida dos discípulos.
Antes eram homens fracos, medrosos e desprezados (Lc 24.37,38). Veja por
exemplo o intrépido Pedro, que negou o seu mestre por três vezes. Cf. Lc
22.34,54-60.
Após a
ressurreição surgem como propagadores alegres, militantes e agressivos. Será
que uma crença equivocada em supostas aparições, produziria uma convicção
contagiante como a dos discípulos?
6. Quantos
deram suas vidas, defendendo essa ressurreição? Será que morreriam em vão?
Um grande
exemplo está marcado na memória do mundo, o Coliseu, em Roma, palco do derramamento
do sangue de milhares de cristãos que testificaram assim a morte e ressurreição
de JESUS.
IX- A
RESSURREIÇÃO DO CORPO (BEP-CPAD)
1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo
virão?”
A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao
ato de DEUS, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua
alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a
ressurreição.
(1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é
necessária.
(a) O corpo é
parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem
o corpo. Por conseguinte, a redenção que CRISTO oferece abrange a pessoa total,
inclusive o corpo (Rm 8.18-25).
(b) O corpo é o
templo do ESPÍRITO SANTO (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do
ESPÍRITO.
(c) Para
desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem
(a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).
(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At
2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do
NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.11;
1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.
(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de CRISTO (ver
Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).
(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo
ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1Jo 3.2).
Mais especificamente, o corpo ressurreto será:
(a) um corpo
que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será
reconhecível (Lc 16.19-31);
(b) um corpo
transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra
(15.42-44,47,48; Ap 21.1);
(c) um corpo
imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42);
(d) um corpo
glorificado, como o de CRISTO (15.43; Fp 3.20,21);
(e) um corpo
poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43);
(f) um corpo
espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da
natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44);
(g) um corpo
capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).
(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade
(15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:
(a) para que os
crentes venham a ser tudo quanto DEUS pretendeu para o ser humano, quando o
criou (cf. 2.9);
(b) para que os
crentes venham a conhecer a DEUS de modo completo, conforme Ele quer que eles o
conheçam (Jo 17.3);
(c) a fim de
que DEUS expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef
2.7; 1Jo 4.8-16).
(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de CRISTO, para buscar os seus,
experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em CRISTO antes do dia da
ressurreição deles (15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos
ressurretos nesse momento da volta de CRISTO. Nunca mais experimentarão a morte
física.
(7) JESUS fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma
ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).
Faça a seus
alunos a seguinte pergunta: Como será o corpo da ressurreição?
Diante do
estudo logo acima (A RESSURREIÇÃO DO CORPO), coloque as respostas no quadro e
explique-as com todo cuidado.
Exercício:
Como será o
corpo da ressurreição?
Respostas
corretas são:
a) Visível (Lc
24.39);
b)
Incorruptível (1 Co 15.42,54);
c) Palpável (Jo
20.27);
d) Vivificado
(Rm 8.11).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico - "A ressurreição"
A ressurreição
de JESUS como um evento real e histórico tem sido a pedra de esquina do
cristianismo através dos séculos. O fato de que isso é crido por inúmeras
pessoas por uma sucessão ininterrupta de gerações, tem dado pouca oportunidade
para o surgimento de repentinos "mitos de JESUS" ou lendas. Além
disso, sempre podemos comparar a crença moderna com milhares de escritos
antigos do Novo Testamento, e com escritos não-cristãos, para verificar a
coerência de vários relatos e garantir a exatidão histórica na doutrina e nas
crenças. Diferente de outras religiões, o cristianismo é baseado em fatos
históricos. Ele não é uma filosofia ilusória. Se a ressurreição de JESUS nunca
tivesse acontecido, não haveria absolutamente nenhuma base para a igreja
cristã. Ela não existiria. Como vimos, há uma história contínua da igreja sem
interrupção. Podemos voltar ao passado recorrendo aos documentos mais antigos
da igreja (primeiros manuscritos do Novo Testamento) e encontrar o dogma
essencial da igreja, que permanece o mesmo. Os muitos mártires da fé cristã
morreram todos por essencialmente uma coisa - defender o fato histórico de que
JESUS CRISTO ressuscitou dos mortos. Os inimigos da igreja esperavam que a
execução dos líderes da igreja fizesse a expansão do cristianismo cessar. Em
vez disso, aumentou a determinação dos cristãos e fornece evidências pungentes
da historicidade da ressurreição de JESUS às gerações posteriores."
(MUNCASTER, R. O. Examine as evidências. RJ: CPAD, 2007, pp. 409-10.)
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
HORTON, Stanley
M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996.
MENZIES, W. W.;
HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas. RJ: CPAD, 1995.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão, CPAD.
APLICAÇÃO
PESSOAL
A Bíblia
declara que seremos como JESUS quando o virmos por ocasião de sua vinda (1 Jo
3.2). Nossos corpos serão gloriosos e dotados de esplendor e beleza; serão
corpos poderosos e apropriados às regiões celestiais. Essa mudança será
repentina e sobrenatural. Isto acontecerá ao soar da última trombeta. Então,
encontrar-nos-emos com o Senhor nos ares; e, com Ele estaremos para sempre (1
Ts 4.17).
Não são poucos
os que, amedrontados com as guerras e a poluição ambiental, dizem que já não
nos resta qualquer esperança. Mas DEUS não permitirá que as circunstâncias lhe
prejudiquem os planos, nem que lhe frustrem os decretos. O certo é que JESUS
voltará, e porá fim à corrupção, à miséria e às artimanhas. Ele instaurará o
seu reino glorioso.
Se Judas havia
morrido, e Matias, seu substituto, ainda não havia sido empossado, como JESUS
poderia ter aparecido aos doze apóstolos?
Texto-base:
“E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze” (1Co 15.5).
Analisando os eventos da aparição de JESUS após sua ressurreição, encontramos a
informação, do apóstolo Paulo, de que JESUS apareceu aos doze apóstolos logo ao
deixar a tumba. A dúvida gerada é: se Judas havia morrido e Matias ocupou seu
lugar tempos depois, JESUS não deveria ter aparecido somente para onze
discípulos? Por que Paulo citou doze ao escrever aos crentes de Corinto? Isso
não afeta e denigre a inspiração da Bíblia e a crença na ressurreição de JESUS?
Primeiramente, “é um erro comum, não raramente feito pelos cristãos, mas também
pelos não cristãos, pensar que a ressurreição de CRISTO é crida pela Igreja
cristã com base na inspiração da Bíblia, colocando-se, assim, em primeiro
lugar, a crença na inspiração e, depois, como resultado dela, a crença na
ressurreição [...] A crença na ressurreição de CRISTO existia durante quase uma
geração antes de serem escritos os primeiros documentos do Novo Testamento
[...] Por ser esta a ordem histórica, é também a ordem lógica”. Ou seja, a
ressurreição é verdadeira por si só, pelas testemunhas oculares, pelas inúmeras
provas históricas e, para os cristãos da Igreja primitiva, isso não dependia do
fato de a Bíblia ser inspirada ou não. As Escrituras trataram apenas de
documentar esse evento.
Em segundo lugar, os opositores da Bíblia e da ressurreição de JESUS vão dizer
que são poucos e contraditórios os argumentos cristãos que defendem esse
acontecimento sobrenatural. Mas isso não condiz com a verdade. Devido à
prolixidade do assunto, não serão debatidas, neste espaço, as provas da
ressurreição, mas somente a aparição de JESUS “aos doze”.
Os cristãos não têm apenas parcos argumentos da ressurreição de CRISTO, como
dizem os opositores. Não são apenas dois ou três argumentos a favor, mas
inúmeros. Ao longo do tempo, todas as dúvidas postas pelos críticos foram
respondidas com muito requinte pelos teólogos e apologistas. Basta pesquisar em
bons livros de teologia e apologética, por exemplo, que as defesas elaboradas
são muitas e totalmente convincentes. A verdade é uma só, como sempre ocorre:
as críticas são fundamentadas em pressupostos “viciados”. Se o crítico partir
para uma análise partidária de qualquer disciplina cristã, de forma
tendenciosa, prevendo um final que lhe interessa, tentando tão-somente
“desmascarar” os pontos imprescindíveis da fé, sua análise não será
verdadeiramente séria e, no fundo, inclinará aos seus interesses
particulares.
Em terceiro lugar, a negação da ressurreição de CRISTO coaduna melhor com os
ideais filosóficos e materialistas dos céticos. O próprio JESUS alertou sobre o
fato de que muitas pessoas preferem viver à margem da verdade ética, moral,
religiosa, porque seus hábitos não são condizentes com os princípios
estabelecidos por Ele e pelo evangelho (Jô 3.19-24). Todavia, isso não
significa que todos os intelectuais não-cristãos são céticos quanto à
ressurreição ou que não há possibilidade de admiti-la sob hipótese
alguma.
Em quarto lugar, não há contradições nos relatos bíblicos das aparições de
JESUS aos seus apóstolos e seguidores. A sequência das aparições é a que
segue:
Aparição de
JESUS ressurreto |
Referências
bíblicas |
1) A Maria
Madalena |
Marcos 16.9 |
2) Às
mulheres que retornavam da tumba |
Mateus
28.8-10 |
3) A Pedro,
em Jerusalém |
Lucas 24.34 |
4) Aos dois
discípulos que iam para Emaús |
Marcos 16.12
e Lucas 24.13-32 |
5) Aos dez
discípulos |
João 20.19-25 |
6) Aos onze
discípulos |
João 20.26-29 |
7) Aos sete
discípulos junto ao Mar da Galileia |
João 21 |
8) A mais de
500 pessoas |
1Coríntios
15.6 |
9) A Tiago |
1Coríntios
15.7 |
10) Aos onze
discípulos em um monte da Galileia |
Mateus 28.16 |
11) No Monte
das Oliveiras, em Betânia |
Lucas
24.50-53 |
12) Ao
apóstolo Paulo no caminho para Damasco |
Atos 9.3-6 e
1Coríntios 15.8 |
O apóstolo Paulo menciona poucas pessoas e situa Pedro em primeiro lugar. Isso,
no entanto, tem uma explicação: “Paulo não deu uma lista completa, mas somente
a que tinha importância para o seu propósito. Desde que apenas o testemunho de
homens era considerado legal ou oficial no primeiro século, é compreensível que
o apóstolo não tenha listado mulheres na defesa que ele fez da
ressurreição”.
Em último lugar, tanto Paulo (1Co 15.5) quanto Marcos (Mc 16.14; Jo 20.19-25)
redigiram números cheios naturalmente, pois utilizavam o termo no sentido
coletivo, tendo em mente o colegiado apostólico e não um número definido de
pessoas. “A expressão, ‘os doze’, entretanto, era usada como termo genérico
para se referir aos apóstolos originais de CRISTO, designando seu ofício
apostólico e não seu número exato”.
Afinal, o
testemunho de JESUS é verdadeiro ou não?
Textos-base:
“Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro” (Jo 5.31).
“Respondeu JESUS, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu
testemunho é verdadeiro” (Jo 8.14).
Diante desses dois textos que aparentam contrariedade, devemos perguntar:
• O testemunho de JESUS só pode ser validado por outro homem?
• O testemunho a respeito de si próprio é válido?
• Por que precisava de outros testemunhos?
Para responder à primeira e à terceira pergunta, temos de ser sinceros e
aceitar que realmente alguém só deveria ser acreditado se pudesse provar, por
testemunhas, suas reivindicações. Se alguém testemunhasse de si mesmo às
autoridades rabínicas, diante de um tribunal, seu testemunho não seria
considerado válido. Ora, esse não é o procedimento normal, até mesmo na
sociedade contemporânea, alguém apelar para a justiça dos homens quando seu
caso é julgado diante de um juiz? Isto é, de alguma forma, JESUS necessitava de
algum tipo de testemunho a seu respeito para que provasse sua messianidade, por
exemplo. JESUS não precisava testemunhar de si próprio que Ele era o Messias
tão esperado pelos judeus, mas, para que os judeus acreditassem nele, outras
pessoas deveriam dar testemunho a seu respeito. Para isso, JESUS contava com
testemunhas externas. E teve essa prova em diversas ocasiões. Em resumo: seus
milagres foram vistos por inúmeras pessoas. João Batista deu testemunho a seu
respeito (Jo 1.7,15,19). E o próprio DEUS deu testemunho de JESUS em dois
episódios: no batismo e no momento da transfiguração (Mt 3.16,17; 17.5).
É relevante atentar para a história do povo hebreu. A vinda de um Messias,
salvador e libertador, era um pensamento normal na cultura judaica. O povo
judeu, por diversas vezes, esteve sob jugos estrangeiros: egípcios,
babilônicos, persas, gregos, sírios, romanos, entre outros. Na época dos
juízes, ainda que as pressões sobreviessem dos povos semitas, alguns “parentes”
dos judeus, DEUS levantava juízes que, na verdade, eram libertadores do domínio
inimigo. Não foram poucos os anos passados em terras distantes, estranhas e em
situações adversas. Por isso, o assunto sobre a vinda de um Messias enchia de
esperança o povo judeu. Chegando o tempo proposto por DEUS o Messias veio,
porém, os judeus estavam equivocados quanto às suas atribuições.
Em João 1.41, o discípulo André disse a seu irmão Simão Pedro: “Achamos o
Messias (que, traduzido, é o CRISTO)”. Filipe disse a Natanael: “Havemos achado
aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: JESUS de Nazaré, filho de
José” (Jo 1.45). Ao dialogar com JESUS, a mulher samaritana disse: “Eu sei que
o Messias (que se chama o CRISTO) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo” (Jo
4.25). Ao que JESUS, prontamente, respondeu: “Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo
4.26). Daí em diante, a mulher passa a testemunhar de JESUS. “Deixou, pois, a
mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um
homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o CRISTO?
Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. E muitos dos samaritanos daquela
cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo
quanto tenho feito” (Jo 4.29,30,39).
Esses exemplos provam que as pessoas têm necessidade de testemunhar sobre
JESUS. Ou seja, Ele não precisava falar de si próprio que era o Messias
prometido no Antigo Testamento. Os testemunhos a respeito de JESUS procederam
de pessoas simples, sinceras, e eram testemunhos verdadeiros (se bem que não de
todos). A questão do “testemunho de JESUS não ser verdadeiro” deve ser
entendida no sentido de que “palavras sem a necessária confirmação de santidade
e poder não convencem. Os judeus, baseados nos seus preconceitos, atribuíram
maldade a JESUS. E JESUS, por sua vez, defendendo suas reivindicações
messiânicas, apela para a regra bíblica que exigia duas testemunhas (Nm 35.30;
Dt 17.6)”.
Em suma, a resposta à segunda pergunta (O testemunho a respeito de si próprio é
válido?) é afirmativa: SIM! JESUS não era somente o Messias prometido, mas
também DEUS encarnado. Sendo assim, apenas o testemunho humano não é pleno.
Ora, JESUS falava com propriedade do que já havia experimentado na eternidade.
Ao orar ao DEUS Pai, disse: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo,
com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5).
Para Nicodemos, asseverou: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do
céu, o Filho do homem, que está no céu” (Jo 3.13).
O texto de João 8 sugere que a discussão tinha a ver com o perdão de JESUS outorgado
à mulher pecadora. Quando JESUS diz “quem me segue não andará em trevas, mas
terá a luz da vida”, obviamente está se referindo a algo muito maior do que ter
o messianismo endossado pelos judeus. Fala de algo espiritual, místico,
metafísico e, neste sentido, Ele não precisa do endosso de um ser humano. Tanto
é assim que os fariseus disseram a JESUS: “Tu testificas de ti mesmo; o teu
testemunho não é verdadeiro”. Ao que JESUS rebateu: “Ainda que eu testifico de
mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde
vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou” (Jo 8.13,14).
Pelo fato de JESUS ser o Emanuel (DEUS conosco), não necessita de provas
humanas. JESUS, como todo bom judeu, conhecia bem as normas e os regimentos
prescritos aos judeus e, logicamente, como em outros casos muito mais
complexos, não os violaria. Contudo, no caso em questão, CRISTO não falava como
um simples judeu, mas, sim, como o Soberano do Universo, por isso não precisava
de testemunhos. Até porque, os inquiridores de JESUS não estavam aptos a
testemunharem a respeito dele, e muito menos a aceitarem seu próprio
testemunho.
Norman Geisler arremata: “O testemunho de JESUS não era verdadeiro:
oficialmente, legalmente e para os judeus, mas era verdadeiro “factualmente,
pessoalmente e em si mesmo”. JESUS tinha os testemunhos completos: das pessoas
alcançadas por Ele, de, até mesmo, alguns de seus inimigos e dele próprio.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico
"A
ressurreição de CRISTO
Era o tema
central da pregação da Igreja Primitiva. Devemos tê-la também como o centro de
nossa mensagem, porquanto ela é a garantia de nossa própria ressurreição. A
ressurreição de CRISTO é a base de nossa fé e esperança. Uma das grandes
afirmações do Novo Testamento encontra-se nestas palavras de JESUS: '... porque
eu vivo, e vós vivereis' (Jo 14.19). Paulo classifica a ressurreição de
mistério; algo que não havia sido revelado nos tempos do Antigo Testamento, mas
que agora é-nos descoberto: 'Eis aqui vos digo um mistério' (1 Co 15.51-54).
Tal como o corpo de JESUS, o corpo ressurreto, do qual Ele é a vida animadora,
não será nem este corpo mortal que hoje possuímos, nem o espírito desencarnado,
mas um corpo espiritual. Um corpo real e espiritual".
APLICAÇÃO
PESSOAL
Receberemos do
Senhor um corpo glorioso. A lei da gravidade não é mais forte do que nosso novo
tabernáculo. Subiremos às nuvens para nos encontrar com o Senhor. Tudo o mais
ficará preso à temporalidade e a gravidade deste mundo. Mas os salvos, juntos
do Senhor, descansarão de sua militância; de nossas agruras terrenas não nos
lembraremos mais (2 Co 5.1,2). Tudo será passado, e a única coisa importante
será a eternidade que passaremos com o Senhor. Nossos corpos mortais serão
revestidos de imortalidade. Nossos corpos naturais revestir-se-ão de
espiritualidade. Não sentiremos mais cansaços físicos, pois nossos novos corpos
não se enfadam. Não sofreremos mais as longas primaveras da vida, pois seremos
revestidos de glória, jamais envelheceremos. O "mortal", diz Paulo,
será "absorvido pela vida" (2 Co 5.1-4). Maranata!
A RESSURREIÇÃO
DE JESUS
É com muita
alegria que estamos estudando este precioso assunto.
Certamente as
doutrinas da divindade e da ressurreição do Senhor JESUS são as mais odiadas e
hostilizadas por Satanás. O Evangelho que proclamamos não finda no Monte
Calvário. Ele passa pelo túmulo vazio, desponta no cenáculo e segue a
trajetória celestial. Se CRISTO não houvesse ressuscitado seria vã a nossa fé e
nulo o nosso testemunho.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
A RESSURREIÇÃO
DE JESUS
O milagre da
Páscoa é o âmago da fé e da mensagem cristã. A ressurreição e a cruz são os
temas principais do livro de Atos e das Epístolas. Em seu discurso no dia de
Pentecostes (At
2.24), Pedro fala daquele “ao qual DEUS ressuscitou, soltas as
ânsias da morte”. Esta frase ou alguma expressão equivalente ocorre por
diversas vezes em Atos (At
3.15; 4.10; 5.30; 10.40; 13.23,30,37; 26.8)
e da mesma maneira nas Epístolas de Paulo (Rm
8.11; 10.9; 1
Co 6.14; 15.15; 2
Co 1.9; 4.14; Gl
1.1; Ef
1.20; 1
Ts 1.10; cf. 1
Pe 1.21). A morte expiatória de CRISTO e a sepultura vazia são
mencionadas juntas por nosso Senhor no que pode ser chamado de um complexo de
redenção. O Senhor associou as duas em seu ensino (Mt
16.21; 20.18,19; Mc
8.31; 9.31; 10.33,34; Lc
18.32,33; Jo
10.17,18),
e o apóstolo Pedro faz o mesmo (1
Pe 1.2-4; 3.18ss.).
A TEOLOGIA DA
RESSURREIÇÃO DE CRISTO
A ressurreição
é a prova miraculosa de que o Senhor JESUS CRISTO fez a expiação pelo pecado (At
2.24,38; 13.37,38; Rm
1.4), e venceu a morte (2
Tm 1.10; Ap
1.18). Através dela, ele foi declarado como sendo o Senhor e CRISTO
(At
2.32-36) e o Filho de DEUS com poder (Rm
1.4; Fp
2.6-11; cf. At
13.33). Como o primogênito dentre os mortos, ele foi declarado o
Cabeça da Igreja e o Soberano do universo (Cl
1.16-18; Ef
1.19-23; cf. Hb
1.3). Ele mesmo é a ressurreição, aquele que concede a vida eterna (Jo
11.25). Quando ressuscitou dos mortos e subiu às alturas, Ele enviou
o ESPÍRITO SANTO (At
2.33,38;
cf. Jo
15.26; 16.7).
E o Senhor
ressurrecto que, como nosso Sumo Sacerdote, apresentou o seu sangue sacrificial
a DEUS, o Pai (Hb
10.19-22; cf. 8.3; 10.10-14),
agora intercede por nós (Rm
8.34; 1
Jo 2.1), e é habilitado e ordenado para tirar os selos dos juízos no
fim dos tempos (Ap
5.1-7) e ser o juiz final do homem (Jo
5.21,22; At
10.42; 17.31).
Soteriologia da
ressurreição. Para que o pecado do homem seja expiado, deve haver uma vida
perfeita de justiça, vivida em completa obediência à santa lei de DEUS, para
ser oferecida “sem mácula”; CRISTO realizou esta importante obra através de sua
vida (Rm
5.19; 10.4; Hb
4.15; 5.8,9).
Também deve haver uma expiação satisfatória para os pecados do homem e a lei
infringida que exige a pena de morte (Rm
6.23), e isto Ele proveu submetendo-se à morte como o nosso
substituto. DEUS mostrou sua absoluta satisfação com a obediência ativa e
passiva de CRISTO, ressuscitando o seu Pilho dos mortos, e assim atestando que
sua obra que visava alcançar a nossa justificação foi aprovada e aceita (Rm
4.25).
Escatologia da
ressurreição. A ressurreição revela a vitória completa e final sobre a morte e
o pecado, e sobre os seus efeitos no homem e na criação. Pelo fato de CRISTO
ter ressuscitado, os crentes também ressuscitarão em corpos transformados (1
Co 15). Por meio deste mesmo fato, a natureza também será libertada
da maldição. Esta é a explicação da ressurreição do crente ou a manifestação
dos filhos de DEUS através da “redenção do nosso corpo”, e a remoção da
“servidão da corrupção’’ na segunda vinda de CRISTO serem mencionados como
ocorrendo simultaneamente em Romanos 8.1823־ (cf. Is
11.6- 12; 65.25; Zc
14.5).
Negações da
Ressurreição
Têm sido
sugeridas várias teorias que negam a ressurreição corpórea de CRISTO.
Teoria da
fraude. Seus discípulos roubaram o seu corpo da sepultura e o esconderam em
algum lugar. Esta opinião falha em explicar como os supostos covardes
tornaram-se homens corajosos da noite para o dia, e também ignoram o fato da
presença da guarda romana. Esta teoria presume que a mentira dos soldados deva
ser aceita ao invés do testemunho dos crentes em CRISTO. Uma variação desta
opinião é que os inimigos de CRISTO roubaram o corpo e o esconderam. Por que,
então, eles não usaram isto mais tarde para refutar as alegações dos discípulos
de que o Senhor havia ressuscitado?
Teoria da
alucinação. Os discípulos apenas pensaram ter visto JESUS. Esta teoria falha em
levar em conta o fato de que eles sentiram suas mãos e seus pés, falaram com
ele, e comeram com ele e ele com eles (Lc
24.42,43).
Uma variação disto é a teoria da razão histórica de Richard Niebuhr, de que os
discípulos tinham uma lembrança histórica tão vivida de CRISTO, que pensavam e
falavam dEle como se Ele estivesse vivo. Esta opinião falha pelas mesmas razões
que as da teoria da alucinação. Além disso, como na teoria anterior, ela deve
negar a sepultura vazia.
Teoria da visão
objetiva. DEUS concedeu aos seguidores de JESUS visões reais para lhes dar a
certeza de que o ESPÍRITO de JESUS havia sobrevivido. Esta opinião, da mesma
forma, não consegue levar em conta a sepultura vazia, nem o seu corpo tangível
em suas aparições. Teoria do corpo espiritual transformado. A fim de tentar
explicar como os lençóis foram deixados intactos e como o CRISTO ressurrecto
passou através de uma porta fechada, alguns têm afirmado com base em uma
interpretação errônea de 1 Coríntios 15.44 que JESUS ressuscitou com um corpo
completamente ״espiritual”, completamente
imaterial; porém Ele comeu na presença de seus discípulos.
Teoria do
desmaio. CRISTO estava apenas desmaiado e seus discípulos o raptaram da
sepultura e o reanimaram. Esta opinião envolve os discípulos em uma fraude.
Enganadores não arriscariam a vida mais tarde por causas justas como fizeram os
discípulos. Esta teoria falha em fazer justiça ao exame e pronunciamento dos
soldados romanos de que JESUS estava morto. Isto é ainda mais aviltante para os
fundadores da Igreja primitiva.
Teoria da
sepultura errada. Kirsopp Lake sugere que as mulheres foram para a sepultura
errada e encontraram um estranho, de quem elas fugiram. Esta é uma tentativa um
tanto desesperada de explicar o fenômeno que Lake considera a priori
impossível, isto é, o milagre de uma ressurreição. Esta teoria falha em
explicar tanto a experiência dos soldados tomando conta da sepultura na qual
JESUS estava sepultado, como o fato da sepultura da qual as mulheres fugiram
estar vazia.
PROVAS DA
RESSURREIÇÃO
A validade da
ressurreição de CRISTO baseia- se na certeza da morte e sepultamento de JESUS e
no selamento da sepultura, a pedra removida e a sepultura vazia, a condição
ordenada dos lençóis, e no registro de dez diferentes aparições físicas do
JESUS ressurrecto. As aparições são atestadas em seis relatos - em todos os
quatro Evangelhos, em Atos e 1
Coríntios 15:
1. A
Maria Madalena (Jo
20.11-18).
2. Às
outras mulheres (Mt
28.9,10).
3. A
Pedro, em particular (1
Co 15,5; Lc
24.34).
4. A
Cleopas e seu companheiro na estrada para Emaús (Lc
24.13-35).
5. A
dez dos apóstolos em uma sala trancada (Jo
20.19-25; Lc
24.36-43).
6. A
Tomé e aos outros uma semana depois (Jo
20.26-29).
7. A
mais de 500 discípulos em uma ocasião (1
Co 15.6). E provável que este fato tenha ocorrido na Galileia, como
cumprimento de Mateus
28.7,8 e Marcos
16.7. Esta pode ter sido a mesma ocasião em que o Senhor JESUS
encarregou os seus seguidores da grande tarefa de evangelização (Mt
28.16-20).
8. A
Tiago, o irmão do Senhor (1
Co 15.7).
9. A
sete discípulos perto do Mar da Galileia (Jo
21.1-23).
10. Aos
apóstolos e talvez a outros em Jerusalém no momento de sua ascensão (Lc
24.50-52; At
1.4-9).
Outras
aparições como estas são mencionadas em Atos
1.3.
A ressurreição
de CRISTO é historicamente atestada por: (1) o fato da súbita mudança na vida
dos apóstolos - os
11 se comportaram de forma covarde na ocasião da crucificação,
mas se comportaram como homens prontos a dar suas próprias vidas 50 dias depois
no Pentecostes; (2) a descida do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes, em
cumprimento à promessa do Senhor JESUS (Jo
14.16; 15.26; 16.7;
cf. 7.37-39; At
2.32,33);
(3) a mudança do dia de adoração do sábado judaico para o primeiro dia da
semana, como um testemunho do dia em que CRISTO ressuscitou; (4) o súbito e
espantoso crescimento da Igreja cristã; (5) a existência do NT, cuja mensagem
depende da autenticidade da ressurreição.
A ressurreição
corpórea de JESUS CRISTO é o acontecimento mais bem atestado na história
antiga. E como Merril) C. Tenney resume: “A ressurreição é relevante para a
necessidade humana de propósito e segurança... O evento está fixado na
história; a dinâmica é potente para toda a eternidade” (The Reality ofthe
Ressurrectton, p. 19). R. A. K. Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD
A RESSURREIÇÃO
DO CORPO
A ressurreição
do corpo é uma ideia distintamente bíblica. Os gregos, e a filosofia grega em
geral, tinham pouco respeito pelo corpo, considerando-o um estorvo, e ensinavam
apenas a imortalidade da alma. A Bíblia vê o homem criado tanto com o corpo
como com a alma, e, portanto, incompleto durante o estado intermediário até que
receba o seu corpo ressurrecto. O NT acrescenta à mera ideia de uma
ressurreição do corpo a revelação de que os cristãos terão um corpo glorificado
como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp
3.21; 1
Jo 3.2).
Ressurreição no
AT. A doutrina de uma ressurreição corpórea é claramente ensinada no AT,
particularmente em Jó (Jó
14.13-15; 19.23-27),
nos Salmos (Sl
16.9-11; 49.14ss.),
Isaías (Is
26.19) e Daniel (Dn
12.2). A existência consciente da alma entre a morte e a
ressurreição também é claramente afirmada. O fato de ser falado mais da
condição dos ímpios do que dos justos no estado intermediário não diminui o
fato dos mortos permanecerem conscientes, mesmo estando os seus corpos na
sepultura (Is
14.9-20; Ez
32.17-32).
O texto em Jó (Jó
14.14,15a)
traz uma pergunta: “Morrendo o homem, porventura, tornará a viver? Todos os
dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e
eu te respondería...” No cap. 19, ele toca neste assunto novamente. Jó sabe que
seu Redentor vive e que se levantará sobre a terra nos dias futuros, e ele tem
a certeza de que, mesmo que os vermes destruam o seu corpo na sepultura, “em”
sua carne e com seus próprios olhos verá a DEUS naquele grande dia (Jó
19.25-27). Alguns preferem a tradução “de minha carne” ao invés de
“em minha carne”, baseando-se no termo heb. mibbesari (min, “de”; basar,
“carne”; veja BDB. min, “o lugar do qual”, p. 579a). Tanto a LXX como Jerônimo
apoiam a opinião de que Jó está se referindo à sua futura ressurreição.
O Salmo
16.9-11 traz a promessa: “Pois não deixarás a minha alma no
inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção". Aquilo que Pedro
mostra em seu sermão no Pentecostes se aplica ao Davi Maior, CRISTO (A t
2.25-31). Esta é a menção mais importante da ressurreição nos
Salmos, embora ela seja citada ao menos no Salmo
49.14ss. Em Daniel
12.2, há uma profecia muito importante sobre a ressurreição. Uma
tradução literal do heb. seria: “Muitos dos que dormem no pó da terra
ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo
eterno”, e é justificada pelas palavras heb. rabbim miyyshere (veja JFB, que
baseia tal tradução nos dados de Tregelles). A tradução “uns... e outros"
é uma tradução melhor ao heb. ,elleh...relleh do que a expressão “alguns...
alguns” da versão KJV em inglês. Esta passagem é muito importante, uma vez que,
traduzida literalmente, ensina duas ressurreições; uma dos justos e uma
segunda, dos ímpios, como encontramos em Apocalipse 20.4-6 (cf. Jo
5.28,29).
O profeta
Zacarias prediz O cerco final de Jerusalém juntamente com o arrependimento de
Israel na segunda vinda do Senhor, e escreve: “Virá o Senhor, meu DEUS, e todos
os santos contigo”, mostrando que os crentes que morreram estão com o Senhor e
voltarão para reinar com Ele na terra (Zc
14.5; cf. Ap
5.10). Alguns têm criticado o AT por sua falta de informação sobre a
imortalidade da alma, e têm sugerido que mesmo o que é mencionado apareceu
apenas bem tarde. Todas estas críticas são injustificadas. O NT também não
entra em detalhes quanto ao estado da alma imediatamente após a morte, isto é,
o estado intermediário. Tanto no AT como no NT, DEUS concentrou sua revelação
na ressurreição e nas bênçãos do reino.
Ê difícil
provar que a ideia da imortalidade aparece apenas mais tarde no AT. Muitos
consideram Jó um livro muito antigo, e este livro é muito claro tanto sobre a
imortalidade como sobre a ressurreição do corpo. Seja como for, os patriarcas
criam em uma vida futura. Enoque nem sequer morreu, mas foi estar diretamente
com DEUS (Gn
5.24; Hb
11.5). Abraão “esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o
artífice e construtor é DEUS” (Hb
11.10). Todos os santos do AT aguardavam ansiosamente pelo reino (Hb
11.13-16; cf. Lc
13.28,29)
desde os dias da aliança com Abraão, não só para os seus descendentes distantes
mas também para si mesmos.
Ressurreição no
NT. No NT, o termo gr. anastasis refere-se à ressurreição do corpo morto à
vida. Somente em Lucas
2.34 a palavra é traduzida de outra forma, e mesmo ali o termo
ressurreição pode ser a tradução correta. Isto não tem de ser um ajuntamento de
parte por parte ou a restituição do antigo corpo de carne, uma vez que o corpo
da ressurreição é um corpo com qualidades completamente diferentes do antigo
corpo, mas significa a constituição de um corpo como aquele que foi recebido
pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp
3.21), e apropriado para o estado eterno da alma.
O NT claramente
ensina uma ordem ou série na ressurreição. Paulo revela em 1
Coríntios 15.20-24 que deve ser “cada um por sua ordem. CRISTO,
as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda. Depois, virá o fim”.
Isto concorda com o que o próprio Senhor JESUS CRISTO havia dito em João
5.28ss.: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos
os que estão nos sepulcros ouvirão sua voz. E os que fizeram o bem sairão para
a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da
condenação”. Daniel, como já visto, indica duas ressurreições, e Apocalipse
20.4-6 fala de uma primeira ressurreição dos santos como
distinta de uma segunda, a dos “outros mortos” ou a do “restante” dos mortos,
os perdidos, e diz que a segunda está separada da primeira por mil anos. Em 1
Tessalonicenses 4.16,17 são apenas os mortos em CRISTO que são ressuscitados em
sua vinda, e estes são imediatamente levados, arrebatados, ao céu (cf. a
advertência de CRISTO para estarmos prontos para o arrebatamento em Mateus
24.40-44; Marcos
13.28,29; Lucas
21.29-31).
O CORPO DA
RESSURREIÇÃO.
É revelado que
o crente será como o seu Senhor (Fp
3.21; 1
Jo 3.2), tendo um corpo tangível “como o seu corpo glorioso”. A
identidade será retida entre o corpo mortal e o novo corpo da ressurreição,
embora este não necessite de uma reconstituição dos mesmos átomos. Mesmo nesta
vida, as matérias do corpo mudam constantemente. Elas são inteiramente
substituídas de um modo progressivo dentro de um período de alguns anos.
O Senhor JESUS
CRISTO ressuscitou no corpo tio qual havia sofrido, deixando um túmulo vazio.
Seu novo corpo tinha “carne e ossos”, mas embora Ele tenha sido absolutamente
reconhecido, suas qualidades estavam gloriosamente mudadas. O novo corpo do
crente não deverá ter “carne e sangue”, pois esta é a natureza de seu corpo
mortal. Ele será como os anjos que não se casam nem se dão em casamento (Mt
22.29,30).
Este novo corpo é descrito em 1
Coríntios 15.35-50.
Implicações
espirituais e morais. O homem é uma criatura composta por uma parte material (o
corpo) e uma parte espiritual (a alma e o espírito). Ele faz parte de uma raça.
Por ser assim, ele pode conhecer a supremacia do primeiro Adão na qual ele caiu
e se perdeu, e pode participar dos benefícios da supremacia do último Adão,
JESUS CRISTO, e ser salvo. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim
também todos serão vivificados em CRISTO” (1
Co 15,22). CRISTO não redimiu somente a alma, mas também o corpo,
como ficou provado na ressurreição de seu próprio corpo.
O corpo do
crente é o Templo do ESPÍRITO SANTO e deve ser mantido puro (1
Co 6.19,20).
Ele será finalmente transformado de uma forma miraculosa para se adaptar às
necessidades eternas dos filhos de DEUS. Por causa da importante função do
corpo, não se deve desprezá-lo nem o destruir através de uma vida devassa.
R. A. K.
Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 13, CPAD NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA
Escrita Lição 13, CPAD, Renovação Da
Esperança, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO
1. “Paz seja convosco!”
2. O registro das aparições de JESUS
ressurreto
3. Preciosas lições
II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA
ALEGRIA
1. O medo deu lugar à esperança
2. A tristeza deu lugar à alegria
3. Esperança e Alegria
III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO
FORTALECIDA
1. As dúvidas dissipadas
2. Fortalecimento da fé
3. Fortalecimento da esperança
TEXTO ÁUREO
“E, oito dias
depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou JESUS,
estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja
convosco!” (Jo 20.26)
VERDADE PRÁTICA
A Ressurreição
de CRISTO representa o ápice da esperança cristã.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo
20.3-8 João testemunhou e acreditou na ressurreição de CRISTO
Terça - Jo 21.24 João deu testemunho do que observou
Quarta - Jo 20.9; Lc
24.46,47 A fé da Igreja baseia-se nas palavras de JESUS
Quinta - Jo
20.11-16 Maria Madalena avistou o CRISTO ressurreto
Sexta - 1 Co
15.3-8 O apóstolo Paulo viu o CRISTO Ressurreto
Sábado - 1 Ts
4.13-17 Paulo renovou a esperança daqueles que dormem em CRISTO
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João
20.19,20,24-31
19 - Chegada, pois, a tarde daquele dia, o
primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos
judeus, se tinham ajuntado, chegou JESUS, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz
seja convosco!
20 - E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos
e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.
24 - Ora, Tomé, um dos doze, chamado
Dídimo, não estava com eles quando veio JESUS.
25 - Disseram-lhe, pois, os outros
discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos
cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a
minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.
26 - E, oito dias depois, estavam outra
vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou JESUS, estando as
portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!
27 - Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu
dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas
incrédulo, mas crente.
28 - Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor
meu, e DEUS meu!
29 - Disse-lhe JESUS: Porque me viste,
Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!
30 - JESUS, pois, operou também, em
presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste
livro.
31 - Estes, porém, foram escritos para que
creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida
em seu nome.
Hinos Sugeridos: 42, 187, 400 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A aparição de JESUS perante os discípulos
transformou um instante de medo e incerteza em uma renovação da fé e
felicidade. Com base nessa afirmação, o primeiro tópico aborda a primeira
aparição de JESUS após a ressurreição, evidenciando sua presença viva e
triunfante. O segundo destaca o impacto dessa revelação, que trouxe esperança e
um profundo sentido de alegria. Por fim, o terceiro tópico explora a forma como
JESUS fortaleceu a fé dos discípulos, especialmente a de Tomé, demonstrando que
a fé nEle está alicerçada em provas concretas.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Analisar a
importância da Ressurreição de JESUS como prova de sua vitória sobre a morte;
II) Reconhecer como a presença de JESUS transforma tristeza e medo em esperança
e alegria; III) Fortalecer a convicção de que a fé em JESUS é fundamentada em
sua Ressurreição e em suas promessas eternas.
B) Motivação: Assim como os discípulos
enfrentaram dúvidas, medos e incertezas, também enfrentamos desafios
semelhantes em nossa jornada de fé. A aparição de JESUS após a ressurreição
renovou a esperança, trouxe alegria e fortaleceu a convicção dos discípulos,
mesmo em momentos de fraqueza. Essa mesma presença viva de CRISTO pode
transformar nossas vidas hoje, trazendo esperança renovada e fé inabalável.
C) Sugestão de Método: Comece a aula lendo
em voz alta a Leitura Bíblica em Classe, enfatizando expressões que refletem
"medo", "alegria", "dúvida" e "fé".
Aborde cada tema da lição de maneira sequencial, utilizando recursos visuais
como um quadro ou slides para demonstrar como a aparição de JESUS revitalizou a
esperança dos discípulos. Durante a apresentação, faça perguntas direcionadas
aos alunos, como: "Que lições podemos retirar sobre a paz que JESUS
oferece?" ou "Qual é o significado da resposta de Tomé para a fé
cristã?". Para encerrar a aula, desafie os alunos a reconhecer áreas nas
suas vidas onde precisam renovar a esperança e confiar plenamente em CRISTO.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Conforme a Leitura Bíblica
em Classe desta lição, podemos contemplar de que maneira a presença de CRISTO
pode revitalizar a nossa esperança nos dias de hoje, tal como aconteceu com os
discípulos.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena
conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de
apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.42, você encontrará um
subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico,
você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O
texto "Paz seja Convosco", localizado após o segundo tópico,
contextualiza João 20.20; 2) No final do terceiro tópico, o texto "Senhor
meu, e DEUS meu!" traz uma reflexão significativa a respeito da bela
afirmação de Tomé.
PALAVRA-CHAVE - ESPERANÇA
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Chegamos à última lição deste trimestre. A
palavra que a define é esperança. A ressurreição do nosso Senhor simboliza o
ponto culminante da esperança cristã. Por meio dela, conseguimos reforçar a
nossa fé em CRISTO, promover a alegria em vez da tristeza, afastar o medo e
acolher a mensagem destemida do Evangelho. Nesta lição, somos convidados a
renovar a nossa esperança.
I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO
1. “Paz seja convosco!”
Na segunda vez que JESUS se revelou aos
seus seguidores, tanto homens quanto mulheres, o ambiente era diferente. O
sepulcro continuava vazio e os discípulos, ainda receosos, permaneciam
escondidos dos olhares dos transeuntes do lado de fora da casa onde estavam
reunidos, com portas e janelas fechadas (Jo 20.19). Era uma habitação em algum
ponto da cidade de Jerusalém. Já não era mais de madrugada no primeiro dia da
semana (20.1), mas sim a tarde daquele mesmo dia em que Maria Madalena
comunicou aos discípulos que tinha visto e falado com JESUS ressuscitado
(20.19). No entanto, eles mostravam ceticismo quanto à afirmação de Maria
Madalena sobre ter encontrado JESUS vivo. Na verdade, os discípulos estavam
ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos. De fato, tinham
fugido para as suas casas quando JESUS foi preso, restando apenas Pedro e João
posicionados à distância (Jo 19.27; 20.10). Dias depois, após terem recebido o ESPÍRITO
SANTO como Consolador (20.22,23; cf.20.26), aqueles discípulos continuavam
escondidos com as portas trancadas no mesmo local. Quando JESUS voltou a
aparecer entre eles, repetiu por três vezes: “Paz seja convosco!”.
2. O registro das aparições de JESUS
ressurreto
Entre a sua ressurreição e a ascensão ao
Pai, que ocorreram num período de 40 dias, JESUS apareceu aos seus discípulos
em pelo menos dez ocasiões. As suas aparições começaram com (1) Maria Madalena,
junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram
da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt
28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1 Co 15.5); (4) e ainda os
discípulos que estavam no caminho de Emaús ao anoitecer (Mc 16.12; Lc
24.13-32). JESUS também se revelou aos (5) discípulos reunidos numa casa em
Jerusalém, quando Tomé não estava presente (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.9-25),
e (6) posteriormente na presença de Tomé (Jo 20.26-31; 1 Co 15.5). A seguir,
(7) apareceu a sete discípulos junto ao Mar da Galileia (Jo 21); (8) depois,
fez aparições aos apóstolos e a mais de quinhentos seguidores (Mt 28.16-20; Mc
16.15-18; 1 Co 15.6); (9) dirigiu-se ainda a Tiago, seu meio irmão (1 Co 15.7);
(10) por fim, manifestou-se pela última vez durante a sua ascensão no Monte das
Oliveiras (Mc 16.19,20; Lc 24.50-53; At 1.6-12). Todas estas aparições
confirmam o fato da ressurreição de CRISTO.
3. Preciosas lições
A primeira lição a reter é que a
ressurreição de CRISTO representa o ponto culminante da fé cristã. Paulo
dirigiu-se aos coríntios, afirmando: “E, se CRISTO não ressuscitou, logo é vã a
nossa pregação, e também é vã a nossa fé” (1 Co 15.14). A segunda lição revela
que a ressurreição é um fato inquestionável que fortalece a certeza e a alegria
de saber que Ele está vivo. A terceira lição diz respeito à renovação da
esperança e à promessa da ressurreição dos mortos em CRISTO (1 Ts 4.14-16). Um
dia seremos como o nosso Senhor.
SINÓPSE I - A aparição de JESUS CRISTO aos discípulos
representa o ponto culminante da nossa fé e fortalece a nossa convicção de que
Ele está vivo.
II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA
ALEGRIA
1. O medo deu lugar à esperança
Com a crucificação, morte e sepultamento
de JESUS, o medo, a frustração e, por conseguinte, a desesperança, surgiram no
coração dos seus discípulos. A cena dos dois discípulos no caminho de Emaús
ilustra perfeitamente esse estado emocional dos seguidores de JESUS (Lc
24.13-35). No entanto, quando JESUS se revela a eles, os seus rostos
transformam-se imediatamente. Assim, a esperança substitui o medo e a
frustração. O CRISTO que venceu a morte renova a nossa esperança e afasta a
desesperança.
“A ressurreição é um fato inquestionável
que fortalece a certeza e a alegria de saber que Ele está vivo. [...]
Um
dia seremos como o nosso Senhor.”
2. A tristeza deu lugar à alegria
Quando se apresentou aos discípulos e lhes
trouxe a paz, “os discípulos se alegraram ao ver o Senhor” (Jo 20.20). A
magnífica notícia da ressurreição do Senhor e a sua subsequente aparição
eliminaram a tristeza dos discípulos e encheram os seus corações de alegria.
Estar na presença de JESUS CRISTO ressuscitado é promover uma vida repleta de
alegria, onde, mesmo nas situações mais difíceis, conseguimos manter a nossa
capacidade de nos alegrar no ESPÍRITO de DEUS.
3. Esperança e Alegria
A esperança e a alegria são algumas das
virtudes cristãs mais relevantes que encontramos no Novo Testamento. O apóstolo
Paulo refere-se à virtude da esperança junto da fé e do amor (1 Co 13.13). Na
Carta aos Gálatas, o apóstolo menciona a alegria como um dos componentes do
Fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22). Assim, tanto a esperança quanto a alegria estavam
presentes na manifestação de JESUS aos seus discípulos. Portanto, se cremos no CRISTO
que venceu a morte, estas duas virtudes devem ser evidentes nas nossas vidas
com Ele.
SINÓPSE II - A aparição de JESUS transformou o medo em
esperança e a tristeza em plena alegria, renovando os corações dos discípulos.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - PAZ SEJA
CONVOSCO!
“As palavras de JESUS, ao entrar, foram:
Paz seja convosco!, uma saudação hebraica normal. Mas neste contexto (21,26), e
à luz da promessa de 14.27, parece ser um lembrete da ‘sua paz como um presente
de despedida para os seus discípulos’. Também é um lembrete, como diz Strachan,
de que ‘esta paz não está em conflito com as dificuldades da vida, mas é a paz
alcançada através da luta contra um mundo hostil, e da vitória contra este’.
Como testemunhos da intensidade da batalha
e da certeza da vitória, Ele lhes mostrou as mãos e o lado (20). Tendo ouvido a
saudação de JESUS, e visto as evidências da sua ressurreição, os discípulos se
alegraram (‘se encheram de alegria’, Weymouth)” (Comentário Bíblico Beacon.
Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.164).
III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO
FORTALECIDA
1. As dúvidas dissipadas
O episódio da incerteza de Tomé revela a
dúvida que surgiu no coração do seguidor de JESUS. Durante algum tempo, Tomé
revelou-se cético em relação à ressurreição do Senhor (Jo 20.25). No entanto,
quando teve a oportunidade de encontrar JESUS e tocá-lo, todas as suas dúvidas
foram prontamente dissipadas. O CRISTO ressuscitado eliminou qualquer
possibilidade de dúvida nos seus discípulos, reforçando, assim, a fé deles.
2. Fortalecimento da fé
Anteriormente cético, Tomé agora profere
uma linda declaração de fé: “Senhor meu, e DEUS meu!” (Jo 20.28). Ao longo da
história da Igreja, encontramos indivíduos que, antes agnósticos ou céticos,
hoje afirmam com firmeza a sua crença em JESUS CRISTO como o DEUS revelado nas
Escrituras. Ter um encontro com o Ressurreto torna impossível continuar a
duvidar como uma forma de rebeldia provocada pela idolatria humana (Rm
1.21-23).
3. Fortalecimento da esperança
Além de proporcionar alegria e convicção,
o CRISTO ressuscitado expande a nossa esperança em relação ao futuro. Segundo
as Escrituras, a promessa de que um dia os mortos ressuscitarão e receberemos
um corpo glorificado baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor JESUS.
Esta era uma doutrina essencial para o apóstolo Paulo (At 24.15; 1 Co
15.12-14). Assim, Paulo ensinava e defendia esta verdade ao longo do seu
ministério (1 Ts 4.14). Portanto, a ressurreição e a glorificação de CRISTO
servem como antecipação da ressurreição dos salvos que partiram e da
glorificação dos nossos corpos.
SINÓPSE III - A aparição de JESUS dissipou as dúvidas,
fortaleceu a fé e renovou a esperança dos discípulos.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - SENHOR MEU, E
DEUS MEU!
“Tomé deve ter ficado chocado por ver que
o seu Senhor ressuscitado tinha estado presente (14.23,28), embora não pudesse
ser visto nem por eles, nem pelos demais, naquela ocasião específica (cf.
2.25). Não há nenhuma indicação de que Tomé tenha aplicado os testes que havia
exigido. Ao contrário, a fé foi ativada, e Tomé exclamou: Senhor meu, e DEUS
meu! (28). “A ideia central com que se iniciou o Evangelho (1.1) ocorre
novamente no seu final: para o cristão fiel, CRISTO é o próprio DEUS”. Westcott
afirma que ‘as palavras, sem dúvida, são dirigidas a CRISTO e são uma confissão
de sua pessoa... as palavras que se seguiram mostraram que o Senhor aceitou a
declaração da sua divindade, como uma verdadeira expressão de fé’” (Comentário
Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.165).
“Segundo as Escrituras, a promessa de que
um dia os mortos ressuscitarão e receberemos um corpo glorificado baseia-se na
ressurreição e glorificação do Senhor JESUS.”
CONCLUSÃO
Durante este trimestre, exploramos
ensinamentos valiosos que nos ajudam a entender melhor a divindade de JESUS. O
nosso Senhor é eterno; é diferente do Pai, mas igual a Ele; é DEUS em sua
essência; o Criador de tudo; e, por conseguinte, a fonte de toda salvação e
vida espiritual. Este foi um dos propósitos que o evangelista redigiu seu
Evangelho: para que possais crer que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS e, ao
crerdes, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como os discípulos se sentiam por
ocasião da morte de JESUS?
Os discípulos estavam ainda tomados pelo
medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos.
2. Mencione pelo menos três momentos em
que JESUS se manifestou aos seus discípulos.
As aparições de JESUS começaram com (1)
Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as
mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo
estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1 Co 15.5).
3. Quais são as duas virtudes mencionadas
pela lição sobre a aparição de JESUS?
Esperança e alegria.
4. Qual é a bela afirmação de fé que Tomé
proferiu?
“Senhor meu, e DEUS meu!” (Jo 20.28).
5. Em que eventos da vida do Senhor JESUS
fundamenta a promessa de que um dia os mortos voltarão à vida e receberemos um
corpo glorificado?
Baseia-se na ressurreição e glorificação
do Senhor JESUS.
VOCABULÁRIO
Transeuntes: Quem está de passagem, não permanecendo
por muito tempo num só lugar.