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30 abril 2025
29 abril 2025
Escrita Lição 7, CPAD, Eu Sou A Ressurreição E A Vida, 2Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Escrita Lição 7, CPAD, Eu Sou A Ressurreição E A Vida, 2Tr25,
Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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Vídeo https://youtu.be/ZHSH7DByF0U?si=XHgushPzAHvu_ngG
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/04/escrita-licao-7-cpad-eu-sou.html
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PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-7-cpad-eu-sou-a-ressurreicao-e-a-vida-2tr25-pptx/278668988
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O PROPÓSITO DE JESUS
1. Recebimento da notícia sobre Lázaro
2. O desapontamento de Maria e Marta
3. O tempo divino
II – O ENCONTRO DE MARTA COM JESUS
1. O encontro
2. Quando Lázaro ressuscitará
3. Promessa de vida
III – A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO
DO CORPO
1. A Ressurreição do Corpo
2. Da morte para a vida
3. Uma viva esperança
TEXTO ÁUREO
“Disse-lhe JESUS: Eu sou a ressurreição e
a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;” (Jo 11.25)
VERDADE PRÁTICA
O Senhor JESUS CRISTO é a ressurreição e a
vida, e por essa razão, temos a garantia de que um dia teremos um corpo
glorioso como o dEle.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 7.11-15 A ressurreição do filho da viúva de Naim
Terça - Mc 5.22,23,35-42 A ressurreição da filha de Jairo, um
chefe da Sinagoga
Quarta - Jo 11.40-45 A ressurreição de Lázaro, irmão de Marta e Maria
Quinta - Jo 11.24 Uma evidência bíblica da Ressurreição do
Corpo
Sexta - 1 Co 15.42; 1 Ts 4.13-17 Os que morreram em CRISTO receberão um
corpo glorioso
Sábado - 2 Ts 1.8,9; Ap 20.11-15 Os ímpios receberão um corpo inglório para
a condenação eterna
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 11.14,
15, 17-21, 23-27
14 - Então, JESUS disse-lhes claramente: Lázaro
está morto,
15 - e folgo, por amor de vós, de que eu
lá não estivesse, para que acrediteis.
17 - Chegando, pois, JESUS, achou que já
havia quatro dias que estava na sepultura.
18 - (Ora, Betânia distava de Jerusalém
quase quinze estádios.)
19 - E muitos dos judeus tinham ido
consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.
20 - Ouvindo, pois, Marta que JESUS vinha,
saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.
21 - Disse, pois, Marta a JESUS: Senhor,
se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
23 - Disse-lhe JESUS: Teu irmão há de
ressuscitar.
24 - Disse-lhe Marta: Eu sei que há de
ressuscitar na ressurreição do último Dia.
25 - Disse-lhe JESUS: Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
26 - e todo aquele que vive e crê em mim
nunca morrerá. Crês tu isso?
27 - Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que
tu és o CRISTO, o Filho de DEUS, que havia de vir ao mundo.
HINOS SUGERIDOS: 156, 196, 469
da Harpa Cristã
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
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14 - Então, JESUS disse-lhes claramente: Lázaro está morto,
15 - e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis.
17 - Chegando, pois, JESUS, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.
18 - (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.)
19 - E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.
20 - Ouvindo, pois, Marta que JESUS vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.
21 - Disse, pois, Marta a JESUS: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
23 - Disse-lhe JESUS: Teu irmão há de ressuscitar.
24 - Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia.
25 - Disse-lhe JESUS: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
26 - e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?
27 - Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o CRISTO, o Filho de DEUS, que havia de vir ao mundo.
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
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Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD
11.4 ENFERMIDADE... PARA GLÓRIA DE DEUS. A enfermidade entre o povo de DEUS nunca
resultará na morte como estado final. A morte, por fim, será destruída pela
ressurreição para a vida (vv. 25,26). A verdade conclusiva é que aqueles que
crêem em CRISTO nunca morrerão (v. 26)
11.5 JESUS AMAVA A MARTA, E A SUA IRMÃ, E
A LÁZARO. Aqui temos uma família que tinha uma dedicação genuína e forte a JESUS
(v.2), que desfrutava de íntima comunhão com Ele (Lc 10.38-42), e que era especialmente amada por Ele
(vv. 3-5). Apesar disso, Lázaro experimentou tristeza, aflição, enfermidade e
morte. Hoje, essas aflições podem atingir os crentes fiéis a DEUS; os seus
escolhidos. As igrejas terão as Marias que perseveram em amorosa devoção ao
Senhor; as Martas fiéis nas boas obras e os Lázaros que sofrem e morrem.
Famílias desse tipo talvez exclamem: "Até quando te esquecerás de mim,
Senhor?" (Sl 13.1; cf. Mt 27.46; Ap 6.10). JESUS declara que a demora dEle não é
falta de amor, misericórdia, ou de compaixão e sim para a glória de DEUS (v. 4)
e do seu reino e para o sumo bem eterno dos que sofrem (vv. 15.23-26, 40-44)
11.6 FICOU AINDA DOIS DIAS. JESUS adiou sua ida para ir ver a família
que amava (v. 6), a fim de fortalecer a fé, tanto deles, como dos discípulos, e
para fazer-lhes um bem maior. Inicialmente, os atos de JESUS aparentemente
indicam que Ele não estava interessado, nem compadecido pelo sofrimento deles.
Não era nada disto, pois João destaca repetidas vezes que JESUS amava a família
e compartilhava da sua tristeza (vv. 3,5,35). JESUS tinha um cronograma e um
propósito diferentes daquilo que eles queriam. O cronograma e a vontade de DEUS,
quanto às nossas provações ou aflições, talvez sejam diferentes do nosso
desejo. DEUS nos atende de conformidade com a sua sabedoria e amor.
11.25,26 EU SOU A RESSURREIÇÃO. Para quem crê em JESUS, a morte física não
é um fim trágico. É, pelo contrário, a admissão à vida eterna e abundante, e, à
comunhão com DEUS. "Viverá" refere-se à ressurreição; "nunca
morrerá" (v. 26) significa que o crente terá um corpo novo, imortal e
incorruptível (1 Co 15.42-54), que não poderá morrer, nem
deteriorar-se (cf. Rm 8.10; 2 Co 4.16)
11.33 MOVEU-SE MUITO EM ESPÍRITO. Este trecho revela o coração e os
sentimentos de JESUS ao presenciar a dor e o sofrimento causados por todo tipo
de males no mundo.
(1) O termo traduzido "comoveu-se
profundamente" (gr. embrimaomai) geralmente denota ira. Isto significa que
JESUS foi tomado de profunda tristeza e ira por causa de todo sofrimento
causado pela morte, por Satanás e pelo pecado. Sua alma encheu-se, não de fria
despreocupação, mas de ira contra o mal na sua luta em prol da salvação do
homem (ver João 11.35; 2.14-16; Mt 23.13; Mt 21.12,13; Mc 11.15,17; Lc 19.45,46). (2) No caso do crente, da mesma forma,
um dos sinais mais evidentes da obra de DEUS na sua vida é que ele começa a ver
como o pecado tem causado tanta desgraça, mágoa e sofrimento no mundo (cf. Gn 3.16-19; Rm 5.12). Ao mesmo tempo, o crente passará a
sentir no coração a compaixão pelos sofredores e a repulsa pelo pecado. O
crente fiel não poderá, de modo algum, ter prazer no pecado (ver Rm 1.32; 2 Ts 2.12; Hb 1.9).
11.35 JESUS CHOROU. Neste pequeno versículo da Bíblia, está
revelado o profundo pesar de DEUS pelas tristezas do seu povo. O verbo
"chorou" (gr. dakruo), indica que, a princípio, JESUS derramou
lágrimas e a seguir pranteou em silêncio. Que esse fato seja um consolo para
todos aqueles que sofrem. CRISTO sente por você o mesmo pesar que Ele sentiu
pelos parentes de Lázaro. Ele ama você de igual modo. E note-se que este
versículo faz parte do livro da Bíblia que mais ressalta a divindade de JESUS.
Aqui vemos JESUS, o DEUS feito homem, i.e., o próprio DEUS, chorando. DEUS
realmente tem amor profundo, emotivo e compassivo por você e pelos outros (Lc 19.41).
11.44 O DEFUNTO SAIU. O milagre da ressurreição de Lázaro foi um
sinal indicador de que JESUS é a ressurreição e a vida. Foi uma demonstração
daquilo que DEUS fará com todos os crentes que morreram, pois eles, também,
ressuscitarão dentre os mortos (14.3; 1 Ts 4.13-18). Esse milagre foi, ainda, o
acontecimento culminante que levou os líderes judaicos a decidir que JESUS
deveria morrer (João 11.45-53).
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Lição 09 - JOÃO 11 – A
Ressurreição de Lázaro | 2° Trimestre de 2024 | EBD – REVISTA PECC (Programa de
Educação Cristã Continuada)
https://www.educacaocristacontinuada.com.br/
REVISTA JOÃO O EVANGELHO DO
FILHO DE DEUS
SUPLEMENTO
EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora
o suplemento do professor todo o conteúdo de cada lição é igual para alunos e
mestres, inclusive o número da página
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Em
João 11 há 57 versos, respectivamente. Sugerimos começar a aula lendo, com os
alunos, João 11.21-48 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e
leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.
Querido
professor, utilize esta lição para mostrar aos alunos que JESUS amava Maria,
Marta e Lázaro, mas que isso não ausentou a morte da casa deles. Estamos
falando de uma família enlutada que era plenamente amada por JESUS para
esclarecer que aqueles que são amados por JESUS também podem ser afligidos (Jo
11.5). Isso ensina que não devemos relacionar o amor de DEUS por nós com as
circunstâncias que estamos vivendo, pois, esse amor está muito mais voltado
àquilo que ele já fez, que foi nos amar quando ainda éramos pecadores, em
estado de morte, do que com aquilo que está fazendo ou irá fazer por nós e em
nós. Mas também, destaque que JESUS chegou à enlutada Betânia e ordenou que
houvesse vida.
OBJETIVOS
Entender que
os amigos de JESUS também podem ser afligidos.
Acreditar que
estar aos pés de JESUS é o melhor lugar.
Crer para
ver a glória de DEUS.
PARA
COMEÇAR A AULA
Sonde
na classe se há alguém que já se sentiu decepcionado por ter a expectativa
frustrada em crer que JESUS faria alguma coisa que Ele não fez. Após as
experiências compartilhadas, volte a atenção ao texto em apreço, mencionando a
postura de Marta e Maria ao receberem, em meio ao luto, o JESUS que havia dito
que a doença não era para morte. Pois elas, ainda naquela situação, não
perderam a convicção que se JESUS estivesse ali o milagre teria ocorrido. Isso
ensina-nos que não devemos deixar de crer que JESUS tem uma palavra de vida
para qualquer ocasião (Jo 11.21,32).
LEITURA
ADICIONAL
A
demora de JESUS põe nos lábios de Marta um profundo lamento (11.21). Muitas
vezes, JESUS parece demorar. DEUS prometeu um filho a Abraão e Sara,
e só cumpriu a promessa 25 anos depois. JESUS só foi ao encontro dos discípulos
quando eles enfrentaram uma terrível tempestade no mar da Galileia, apenas na
quarta vigília da noite. Jairo foi pedir socorro a JESUS, mas, quando chegou a
sua casa, sua filha já estava morta. A fé de Marta passou por três provas: a
ausência de JESUS (11.3), a demora de JESUS (11.21) e a morte de Lázaro
(11.39). Uma pergunta que se impõe neste contexto é: Como conciliar o nosso
tempo (cronos) com o tempo (kairós) de JESUS? A distância entre Betânia e o
lugar onde JESUS estava era de mais de 32 quilômetros. Levava um dia de viagem.
O mensageiro gastou um dia para chegar até JESUS. Logo que o mensageiro saiu de
Betânia, Lázaro morreu. Quando deu a notícia a JESUS, Lázaro já estava morto e
sepultado. JESUS demora mais dois dias. E gasta outro dia para chegar. Daí,
quando chegou, Lázaro já estava sepultado havia quatro dias. JESUS se alegrou
por não estar em Betânia antes da morte de Lázaro (11.15). Ele deu graças ao
Pai por isso (11.41b). JESUS sempre agiu de acordo com a agenda do Pai
(2.4;7.6,8,30; 8.20; 12.23; 13.1; 17.1). Ele sabe a hora certa de agir. Ele age
segundo o cronograma do céu, e não segundo a nossa agenda. Ele age no tempo do
Pai, e não segundo a nossa pressa. Quando ele parece demorar, está fazendo algo
maior e melhor para nós. Marta e Maria pensaram que JESUS tinha chegado
atrasado, mas ele chegou na hora certa, no tempo oportuno de DEUS (11.21,32). JESUS
não chega atrasado. Ele não falha. Não é colhido de surpresa. Ele conhece o fim
desde o princípio, o amanhã desde o ontem. Ele enxerga o futuro desde o
passado. JESUS sabia que Lázaro estava doente e depois que Lázaro já estava
morto. Ele tardou a ir porque sabia o que ia fazer. Contudo, por que JESUS
demorou mais dois dias? Havia uma crença entre os rabinos que um morto poderia
ressuscitar até o terceiro dia por intermédio de um agente divino. A partir do
quarto dia, porém, somente DEUS, pessoalmente, poderia ressuscitá-lo. Ao
ressuscitar Lázaro no quarto dia depois do sepultamento, os judeus precisariam
se dobrar diante da realidade irrefutável da divindade de JESUS.
COMENTÁRIO
EXTRA
João
11:40 está situado no contexto do milagre da ressurreição de Lázaro. JESUS
havia sido informado da doença de Lázaro, mas deliberadamente permaneceu onde
estava por dois dias antes de ir para Betânia. Quando chegou, Lázaro já estava
morto e sepultado há quatro dias. O diálogo de JESUS com Marta ocorre neste
contexto de luto e esperança. Ele assegura a Marta que ela verá a glória de DEUS
se ela crer.
Análise
das Palavras na Raiz Grega:
"Respondeu-lhe"
(εἶπεν αὐτῇ - eipen autēi):
"Eipen"
é uma forma do verbo "lego", que significa "dizer" ou
"falar". "Autēi" é o pronome dativo feminino, referindo-se
a Marta. A resposta de JESUS é um lembrete e uma reafirmação do que Ele já
havia dito.
"Não
te disse eu" (Οὐκ εἶπόν σοι - ouk eipon soi):
"Ouk"
é uma negação enfática em grego. "Eipon" é uma forma de
"lego" no aoristo, indicando uma ação passada. "Soi" é o
pronome dativo singular, referindo-se a Marta. JESUS lembra a Marta de Sua declaração
anterior.
"Se
creres" (ἐὰν πιστεύσῃς - ean pisteusēs):
"Ean"
é uma conjunção condicional significando "se". "Pisteusēs"
é uma forma do verbo "pisteuō", que significa "crer" ou
"ter fé". A fé é o pré-requisito para ver a glória de DEUS.
"Verás"
(ὄψῃ - opsēi):
"Opsēi"
é uma forma do verbo "horaō", que significa "ver" ou
"perceber". Implica uma percepção não apenas física, mas espiritual.
"Glória"
(δόξαν - doxan):
"Doxan"
é uma forma do substantivo "doxa", que significa "glória",
"esplendor" ou "honra". Refere-se à manifestação visível do
poder e majestade de DEUS.
"De
DEUS" (τοῦ Θεοῦ - tou Theou):
"Tou
Theou" é o genitivo singular de "Theos", significando "de DEUS".
Enfatiza que a glória a ser vista pertence a DEUS e é uma revelação de Seu
caráter e poder.
Referências
Bíblicas Relacionadas:
João
11:25-26: “Disse-lhe JESUS: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim,
ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, nunca
morrerá. Crês isto?”
Aqui,
JESUS desafia Marta a crer na Sua identidade e no poder que Ele tem sobre a
morte, preparando-a para o milagre.
João
2:11: “JESUS principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou
a sua glória; e os seus discípulos creram nele.”
Este
versículo liga a manifestação da glória de JESUS com os sinais que Ele realiza,
levando as pessoas à fé.
João
14:12: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará
as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu
Pai.”
A
crença em JESUS permite que os crentes vejam e participem de obras poderosas,
refletindo a glória de DEUS.
Romanos
4:20-21: “E não duvidou da promessa de DEUS por incredulidade, mas foi
fortificado na fé, dando glória a DEUS, e estando certíssimo de que o que ele
tinha prometido também era poderoso para o fazer.”
A
fé de Abraão é um exemplo de como a crença nas promessas de DEUS resulta na
manifestação da Sua glória.
Comentário
Final:
João
11:40 destaca a relação crucial entre fé e a revelação da glória de DEUS. JESUS
reafirma a Marta que a manifestação do poder de DEUS é acessível através da fé.
A glória de DEUS, que será vista na ressurreição de Lázaro, é uma antecipação
da glória futura que será plenamente revelada em CRISTO. Esta glória não é
apenas um espetáculo visual, mas uma profunda revelação do caráter, poder e
presença de DEUS. Os crentes são chamados a uma fé que transcende as
circunstâncias visíveis, confiando nas promessas de DEUS mesmo em face da morte
e do desespero. A fé verdadeira não apenas espera pelo milagre, mas vê a mão de
DEUS agindo em todas as situações, revelando Sua glória e fortalecendo os
crentes em sua caminhada espiritual.
Vamos
explorar João 11:21-48, um texto denso que narra o milagre da ressurreição de
Lázaro e suas implicações.
Versículos
21-22:
"21
Disse Marta a JESUS: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria
morrido. 22 Mas também sei que tudo quanto pedires a DEUS, DEUS to
concederá."
Marta
expressa sua confiança na capacidade de JESUS de curar seu irmão Lázaro, mesmo
após sua morte. Aqui, vemos a raiz da fé de Marta na autoridade e poder de JESUS,
mesmo em meio à tragédia. A palavra grega para "pedires" é
"aiteó", denotando uma petição sincera e confiante a DEUS.
Versículos
23-27:
"23
Disse-lhe JESUS: Teu irmão ressuscitará. 24 Disse-lhe Marta: Eu sei que ele
ressuscitará na ressurreição, no último dia. 25 Disse-lhe JESUS: Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; 26 E
todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? 27 Disse-lhe
ela: Sim, Senhor, creio que tu és o CRISTO, o Filho de DEUS, que havia de vir
ao mundo."
JESUS
proclama sua identidade divina como a fonte e a personificação da ressurreição
e da vida. Ele não apenas promete a ressurreição futura, mas também a presente
realidade da vida eterna para aqueles que creem nele. A palavra grega para
"ressurreição" é "anastasis", que se refere ao ato de se
levantar da morte. Marta reconhece a divindade de JESUS como o Messias
esperado.
Versículos
28-32:
"28
E, dito isto, foi chamar a Maria, sua irmã, dizendo-lhe em segredo: O Mestre
está aqui, e chama-te. 29 Ela, ouvindo isto, levantou-se rapidamente, e foi ter
com ele. 30 JESUS ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde
Marta o encontrara. 31 Os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam,
vendo que Maria se levantava apressadamente e saía, seguiram-na, dizendo: Vai
ao sepulcro, para chorar ali. 32 Quando Maria chegou onde JESUS estava, e o
viu, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu
irmão não teria morrido."
Maria
expressa a mesma convicção de sua irmã Marta, mostrando sua confiança na
capacidade de cura de JESUS. Sua reação demonstra uma mistura de dor pela perda
de seu irmão e fé na possibilidade de intervenção divina.
Versículos
33-37:
"33
JESUS, pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela
vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se. 34 E disse: Onde o
pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem e vê. 35 JESUS chorou. 36 Disseram, pois,
os judeus: Vede como o amava. 37 E alguns deles disseram: Não podia ele, que
abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?"
A
comoção de JESUS diante do sofrimento de Maria e dos outros enlutados é
evidente, e Ele compartilha de sua dor, demonstrando a humanidade de CRISTO.
Sua reação também leva alguns a ponderar sobre a possibilidade de que ele
poderia ter evitado a morte de Lázaro, mostrando a expectativa e a fé que as
pessoas tinham em seu poder miraculoso.
Versículos
38-44:
"38
JESUS, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era
uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela. 39 Disse JESUS: Tirai a pedra.
Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro
dias. 40 Disse-lhe JESUS: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de DEUS?
41 Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E JESUS, levantando os olhos
para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. 42 Eu bem sei que
sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor,
para que creiam que tu me enviaste. 43 E, tendo dito isso, clamou com grande voz:
Lázaro, sai para fora. 44 E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com
faixas, e o seu rosto estava envolto num lenço. Disse-lhes JESUS: Desligai-o, e
deixai-o ir."
Aqui,
testemunhamos o clímax do milagre da ressurreição de Lázaro. JESUS, movido pela
fé de Marta e Maria, realiza um milagre que confirma sua identidade divina e
seu poder sobre a morte. Ele ordena que a pedra seja removida, mesmo após
quatro dias de morte, demonstrando a sua autoridade sobre a morte física. JESUS
expressa gratidão ao Pai, não porque Ele precisava ser ouvido, mas para que a
multidão ao redor pudesse testemunhar o poder de DEUS em ação. Ele chama Lázaro
para sair do túmulo, e este emerge, ainda envolto em faixas mortuárias,
testemunhando o poder de JESUS sobre a morte e seu papel como o ressuscitador
da vida.
Versículos
45-48:
"45
Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria e que tinham visto o
que JESUS fizera, creram nele. 46 Mas alguns deles foram ter com os fariseus e
disseram-lhes o que JESUS tinha feito. 47 Então os principais dos sacerdotes e
os fariseus reuniram o sinédrio e disseram: Que faremos nós? Porque este homem
faz muitos sinais. 48 Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e virão os
romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação."
O
milagre da ressurreição de Lázaro divide as multidões. Muitos judeus que
testemunharam o milagre acreditaram em JESUS, reconhecendo sua autoridade
divina. No entanto, outros, principalmente os líderes religiosos, ficaram
alarmados com a popularidade crescente de JESUS e seu potencial para
desestabilizar a ordem estabelecida. Eles consideram o que fazer com JESUS,
preocupados com as possíveis repercussões políticas de seu ministério e temendo
a perda de seu próprio poder e influência.
Contexto:
O
milagre da ressurreição de Lázaro é um dos mais poderosos e comoventes relatos
encontrados nos Evangelhos. Ele não apenas demonstra o poder de JESUS sobre a
morte física, mas também aponta para o seu papel como o ressuscitador da vida
espiritual, oferecendo esperança e vida eterna aos crentes. Além disso, este
milagre desencadeia eventos que levam à crucificação de JESUS, tornando-se um
ponto crucial na narrativa do Evangelho de João.
Comentário:
Este
relato nos convida a refletir sobre a natureza do poder e autoridade de JESUS.
Ele é não apenas um mestre ou curandeiro, mas o próprio Filho de DEUS, com
poder sobre a morte e a vida. A ressurreição de Lázaro antecipa a própria
ressurreição de JESUS, fortalecendo a fé dos crentes e desafiando aqueles que
se opõem a Ele. É um lembrete poderoso de que, em CRISTO, há esperança mesmo
nas circunstâncias mais sombrias e aparentemente sem esperança.
Este
episódio também destaca a reação das pessoas diante do poder divino manifestado
por JESUS. Enquanto alguns creram nele e o seguiram, outros ficaram alarmados e
buscaram maneiras de neutralizar sua influência, revelando a dureza de coração
e a resistência à verdade espiritual que podem existir mesmo entre aqueles que
testemunham milagres.
O
contexto político e religioso tenso também é evidenciado aqui, mostrando como
os líderes judaicos estavam preocupados com a popularidade crescente de JESUS e
como isso poderia ameaçar seu próprio poder e posição diante do povo e das
autoridades romanas.
Em
suma, João 11.21-48 nos oferece uma visão profunda do poder divino de JESUS
sobre a morte e a vida, bem como da variedade de reações humanas diante desse
poder. É um lembrete do papel transformador de JESUS na vida daqueles que creem
Nele e da importância de reconhecer e responder à sua autoridade divina.
ESBOÇO
INTRODUÇÃO
I-
A AMIZADE COM JESUS Jo 11.1-19
1-
Amigo doente e morto Jo 11.3
2-
A manifestação da glória de DEUS Jo 11.4
3-
Uma demora surpreendente Jo 11.6
II-
ATITUDES DE MARTA E MARIA Jo 11.20-37
1-
A atitude de Marta Jo 11.20-21
2-
A atitude de Maria Jo 11.32
3-
A atitude de JESUS Jo 11.34
III-
A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO Jo 11.38-48
1-
Tirai a pedra Jo 11.38,39
2-
Se creres verás a glória Jo 11.40-42
3-
Um milagre extraordinário Jo 11.43-48
APLICAÇÃO
PESSOAL
INTRODUÇÃO
Este
é o sétimo, o último e o maior dos milagres públicos operados por JESUS e
registrados neste Evangelho. Foi realizado na última semana antes de JESUS ser
preso e morto na cruz.
O
relato do milagre da ressurreição de Lázaro, como registrado no Evangelho de
João, é realmente um ponto culminante na narrativa do ministério de JESUS antes
de sua crucificação. Este milagre é único por várias razões significativas.
O
milagre da ressurreição de Lázaro, descrito em João 11, é um dos eventos mais
notáveis registrados nos Evangelhos. JESUS, ao ressuscitar Lázaro, não apenas
demonstrou Seu poder sobre a morte física, mas também apontou para Sua própria
ressurreição vindoura e para a esperança da vida eterna em CRISTO.
A
base bíblica para este milagre pode ser encontrada em várias passagens-chave:
João
11:1-44 - Este é o relato direto do milagre da ressurreição de Lázaro, onde JESUS
é movido pela compaixão diante do sofrimento das irmãs de Lázaro, Marta e
Maria, e realiza o milagre de trazê-lo de volta à vida após quatro dias de
morte.
João
11:25-26 - Aqui, JESUS proclama a si mesmo como a ressurreição e a vida,
declarando que aqueles que creem Nele, mesmo que morram, viverão. Esta
afirmação reforça Sua divindade e Seu papel como o doador da vida eterna.
João
11:40-42 - Antes de ressuscitar Lázaro, JESUS dirige-se a DEUS em oração,
agradecendo ao Pai por sempre ouvi-lo e por realizar o milagre não apenas para
o benefício daqueles presentes, mas também para que outros cressem Nele.
Além
disso, podemos fazer conexões com outros textos bíblicos que destacam a
ressurreição como um tema central da fé cristã e a autoridade de JESUS sobre a
vida e a morte:
1
Coríntios 15:20-22 - Paulo ensina que assim como em Adão todos morreram, em CRISTO
todos serão vivificados. A ressurreição de Lázaro antecipa a ressurreição final
e universal que virá através de JESUS CRISTO.
João
14:6 - JESUS afirma ser o caminho, a verdade e a vida. Sua capacidade de
ressuscitar Lázaro confirma Sua autoridade como o único mediador entre DEUS e
os homens, e o único caminho para a vida eterna.
Romanos
8:11 - Paulo escreve que o mesmo ESPÍRITO que ressuscitou JESUS dentre os
mortos habita em nós, garantindo que também nós ressuscitaremos com corpos
glorificados no último dia.
Primeiramente,
é o maior dos milagres públicos registrados em João, não apenas em termos de
sua magnitude física, mas também em seu impacto espiritual e teológico.
Ressuscitar alguém que estava morto há quatro dias desafia qualquer explicação
humana e evidencia o poder divino de JESUS sobre a morte.
Em
segundo lugar, este milagre é um exemplo extraordinário da compaixão e amor de JESUS
por seus seguidores. Ele responde ao apelo angustiado de Marta e Maria, e é
profundamente tocado pela dor e pelo sofrimento deles pela perda de seu irmão.
Sua reação emocional e sua disposição em enfrentar a morte e o luto demonstram
não apenas sua humanidade, mas também sua divindade, mostrando que ele é o
Messias prometido que traz consolo e esperança àqueles que sofrem.
Do
ponto de vista teológico, a ressurreição de Lázaro prefigura a própria
ressurreição de JESUS, apontando para a vitória final sobre a morte que ele
alcançaria através de sua própria morte e ressurreição. Este milagre é um sinal
poderoso da autoridade de JESUS como o Filho de DEUS e o Salvador do mundo,
confirmando sua identidade messiânica e sua capacidade de conceder vida eterna
àqueles que creem Nele.
Por
fim, este milagre desencadeia uma série de eventos que levam à crucificação de JESUS,
colocando-o em rota de colisão direta com as autoridades religiosas e políticas
de seu tempo. Sua ressurreição de Lázaro serve como o clímax dramático antes de
sua própria ressurreição, preparando o caminho para os eventos finais de seu
ministério terreno.
Em
resumo, o milagre da ressurreição de Lázaro é um testemunho vívido do poder,
compaixão e autoridade divina de JESUS, e um ponto crucial na narrativa do
Evangelho de João, preparando o cenário para a consumação do plano redentor de DEUS
através da morte e ressurreição de JESUS CRISTO.
Em
suma, o milagre da ressurreição de Lázaro não apenas ilustra o poder de JESUS
sobre a morte, mas também aponta para Sua própria morte e ressurreição como o
cumprimento das Escrituras e a fonte da esperança da vida eterna para todos
aqueles que creem Nele.
I-
A AMIZADE COM JESUS (Jo 11.1-19)
No
meio do deserto de hostilidades enfrentado por JESUS em Jerusalém, havia um
oásis em Betânia: a amizade de Marta, Maria e Lázaro.
1-
Amigo doente e morto (Jo 11.3).
Mandaram-lhe,
pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.
Lázaro,
irmão de Marta e Maria, estava gravemente enfermo. Marta e Maria enviam um
mensageiro a JESUS pedindo ajuda. Apenas lhe informam que aquele a quem JESUS
ama está enfermo. Nada mais era necessário acrescentar. A distância entre
Betânia e o lugar onde JESUS estava era de mais de 32 quilômetros. Levava um
dia de viagem. O mensageiro gastou um dia para chegar até JESUS. Logo que o
mensageiro saiu de Betânia, Lázaro morreu. Quando deu a notícia a JESUS,
Lázaro já estava morto e sepultado. JESUS demora mais dois dias. E gasta outro
dia para chegar. Daí, quando chegou, Lázaro já estava sepultado havia
quatro dias.
O
amor de JESUS por Lázaro não manteve longe de sua vida a doença e as
dificuldades. Algumas lições podem ser aprendidas com esse episódio:
a)
As crises são inevitáveis. Lázaro, mesmo sendo amigo de JESUS, ficou doente.
b)
As crises podem aumentar. Lázaro piorou e chegou a morrer. Há momentos em que
somos bombardeados por problemas que escapam ao nosso controle
c)
As crises produzem angústia. Quando a enfermidade chega na nossa casa, ficamos
profundamente angustiados. Nessas horas, nossa dor aumenta, pois nossa
expectativa era receber um milagre, e este não chega.
2-
A manifestação da glória de DEUS (Jo 11.4-5).
E
JESUS, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória
de DEUS, para que o Filho de DEUS seja glorificado por ela
A
resposta de JESUS em João11.4 parece enigmática: Ao receber a
notícia, disse JESUS: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de
DEUS, a fim de que o Filho de DEUS seja por ela glorificado. O que ele está
dizendo é que a essa enfermidade não se seguiria um triunfo ininterrupto da
morte; antes, ela seria um motivo para a manifestação da glória de DEUS, na
vitória da ressurreição e da vida. O amor de JESUS por Lázaro e suas irmãs não
impediu que eles passassem pelo vale da morte, mas lhe trouxe vitória sobre a
morte.
3-
Uma demora surpreendente (Jo 11.6).
Ouvindo,
pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.
Como
conciliar a nossa necessidade com a demora de JESUS? (11.6,39). Em vez de mudai
sua agenda para socorrer Lázaro, JESUS ficou ainda mais dois dias onde estava.
Em vez de ir pessoalmente, mandou apenas um recado. Marta precisou lidar não
apenas com a doença do irmão, mas também com a demora de JESUS. Como conciliar
o amor de JESUS com o nosso sofrimento?
a)
Marta e Maria fizeram a coisa certa na hora da aflição. Buscaram ajuda em JESUS;
b)
Elas buscaram ajuda na base certa. Basearam-se no amor de JESUS por Lázaro, e
não no amor de Lázaro por JESUS. Hoje dizemos: “JESUS, aquele a quem amas está
com câncer. JESUS, aquele a quem amas está se divorciando? JESUS, aquele a quem
amas está desempregado”.
JESUS
poderia ter impedido que Lázaro ficasse doente e também poderia tê-lo curado a
distância. Ele já havia curado o filho do oficial do rei a distância (4.46-54).
Por que não curou seu amigo a quem amava? A atitude de JESUS parece contradizer
o Seu amor. Alguns judeus não puderam conciliar o amor de CRISTO com o
sofrimento da família de Betânia (11.37). Eles pensaram que amor e
sofrimento não podiam andar juntos. O fato de sermos amados por JESUS não nos
dá imunidades especiais
Este
trecho de João 11 nos leva a refletir sobre a amizade profunda entre JESUS,
Marta, Maria e Lázaro, e as lições valiosas que podemos extrair das
circunstâncias difíceis que enfrentaram.
Amigo
doente e morto (João 11:3):
A
notícia da doença de Lázaro é enviada a JESUS, destacando sua amizade especial
com a família de Betânia. Mesmo sendo amado por JESUS, Lázaro adoece gravemente
e morre. Isso nos lembra que a amizade com JESUS não nos isenta de dificuldades
e sofrimentos nesta vida.
A
manifestação da glória de DEUS (João 11:4-5):
JESUS
declara que a enfermidade de Lázaro não é para a morte, mas para a glória de DEUS.
Aqui, vemos a promessa de que mesmo nas situações mais sombrias, DEUS pode ser
glorificado e Seu poder revelado. Essa passagem aponta para a ressurreição de
Lázaro como um sinal do poder e da glória de DEUS.
Uma
demora surpreendente (João 11:6):
JESUS,
ao ouvir sobre a enfermidade de Lázaro, permanece dois dias no lugar onde
estava antes de partir para Betânia. Sua demora aparentemente contradiz Seu
amor por Lázaro e Sua família. No entanto, essa demora revela a confiança de JESUS
no plano soberano de DEUS e Sua capacidade de trazer glória mesmo em meio à
tragédia.
Neste
contexto, somos desafiados a confiar na soberania de DEUS mesmo quando as
circunstâncias parecem desanimadoras. A amizade com JESUS não nos isenta de
aflições, mas nos garante Sua presença constante e Seu poder para nos sustentar
e nos guiar através delas. Assim como Marta e Maria, podemos buscar ajuda em JESUS,
confiando em Seu amor e Sua sabedoria para trazer glória a DEUS em todas as
situações.
II- ATITUDES DE MARTA, MARIA E
JESUS (Jo 11.20-37)
O ensino essencial de todo
esse episódio está contido na promessa de JESUS: “Eu sou a ressurreição e a
vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim
não morrerá, eternamente. Crês isto?” (11.25,26).
1- A atitude de Marta (Jo
11.20-21).
Disse, pois, Marta a JESUS:
Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.(11.21)
Marta vai ao encontro de JESUS
com uma declaração: Senhor, se estivesses aqui, não teria morrido meu irmão.
Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a DEUS, DEUS te concederá.
(11.21,22). Quando Marta se encontra com JESUS, foi seu coração que falou
através de seus lábios. Marta lamenta a demora, mas crê que JESUS, em resposta
à oração a DEUS, pode reverter a situação. Vale destacar que Marta ainda não
tem plena consciência de que JESUS é o próprio DEUS. Marta crê no JESUS que
poderia ter evitado a morte (11.21), ou seja, intervindo no passado. Marta crê
no JESUS que ressuscitará os mortos no último dia (11.23,24), ou seja, agindo
no futuro. Mas Marta não crê que JESUS possa fazer um milagre agora, no
presente. Marta vacila entre a fé (11.22) e a lógica (11.24). Somos assim
também. Não temos dúvida de que JESUS realizou prodígios no passado. Não temos
dúvida de que ele fará coisas extraordinárias no futuro, no fim do mundo. Mas
nossa dificuldade é crer que Ele opera ainda hoje com o mesmo poder. O grande
erro do “Ah, se fosse diferente” de Marta foi omitir o poder presente do CRISTO
vivo. Marta vivia no passado ou no futuro. Mas é no presente que o tempo toca a
eternidade.
2- A atitude de Maria (Jo
11.32).
Tendo, pois, Maria chegado
aonde JESUS estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se
tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
Marta se retira e comunica a
Maria: O mestre chegou e te chama (11.28). Apressadamente, ela também sai ao
encontro de JESUS, fazendo a mesma declaração de sua irmã: Senhor, se estiveras
aqui, meu irmão não teria morrido (11.32). Maria se prostra aos pés de JESUS e
chora. Maria aparece apenas três vezes no Evangelho. Nas três vezes, ela está
aos pés do Senhor. Na primeira vez, estava aos pés do Senhor para aprender (Lc
10.39). Dessa feita, está aos pés do Senhor para chorar (11.32,33). Finalmente,
ela está aos pés do Senhor para agradecer (12.3).
3- A atitude de JESUS (Jo
11.34).
E disse: Onde o pusestes?
Disseram-lhe: Senhor, vem e vê.
JESUS perguntou aos judeus
onde haviam sepultado Lázaro. Eles conclamaram JESUS a vir e ver. JESUS chorou
(11.35), demonstrando Sua plena humanidade e Sua imensa simpatia. De fato, JESUS
amava a Lázaro. Outros, porém, objetaram, dizendo que Ele poderia ter evitado a
morte de Lázaro (11.37). JESUS se identifica com a nossa dor (11.35). Aquele
que cura as nossas chagas é ferido conosco. Os gregos pensavam que DEUS era um
ser solitário, sem paixão e sem compaixão. O choro de JESUS foi uma espécie de
quebra de paradigma na crença dos gregos acerca de DEUS. JESUS se importa com
você e com sua dor. Ele não é o DEUS morto, pregado numa cruz, Ele é o DEUS
Emanuel. Sofre por você, se importa com você e se identifica com você em sua
dor. JESUS sabe o que é a dor da solidão, pois nas horas mais difíceis ele
estava só. Foi deixado só no Getsêmani e na cruz. JESUS sabe o que é a dor da
perseguição, pois foi caçado por Herodes, vigiado pelos fariseus, odiado pelos
escribas e entregue pelos sacerdotes. JESUS sabe o que é a dor da humilhação,
pois foi preso, espancado, cuspido, deixado nu, pregado na cruz como um
criminoso.
Marta
expressa sua fé em JESUS, reconhecendo que, se Ele estivesse presente, a morte
de Lázaro poderia ter sido evitada. Sua declaração reflete uma mistura de
confiança e dúvida, pois embora ela acredite no poder de JESUS para intervir,
sua compreensão é limitada pela noção de que JESUS só poderia agir no passado
ou no futuro, não no presente. Isso nos lembra como muitas vezes também lutamos
para confiar no poder presente de CRISTO em nossas vidas.
A
atitude de Maria (João 11:32):
Assim
como Marta, Maria expressa sua fé e lamenta a ausência de JESUS durante a
doença e morte de Lázaro. Sua reação de se prostrar aos pés de JESUS e chorar
demonstra sua profunda conexão emocional com Ele e sua dor pela perda de seu
irmão. A imagem de Maria aos pés de JESUS nos lembra sua busca por aprendizado,
adoração e gratidão em diferentes momentos de sua interação com o Senhor.
A
atitude de JESUS (João 11:34):
Ao
chegar ao local onde Lázaro foi sepultado, JESUS questiona onde ele foi
colocado e, ao testemunhar a dor dos enlutados, Ele compartilha em seu
sofrimento, chorando junto com eles. Este momento revela a humanidade
compassiva de JESUS, que se identifica com a dor e o luto de Seus amigos. Sua
resposta também desafia a visão dos judeus sobre DEUS, mostrando que Ele não é
distante ou impassível, mas sim um DEUS que se importa profundamente com Seu
povo e compartilha de suas emoções mais profundas.
Essas
atitudes de Marta, Maria e JESUS destacam a complexidade e a profundidade das
relações humanas e divinas, e nos lembram da importância de confiar no poder e
na compaixão de CRISTO, mesmo diante das circunstâncias mais desafiadoras.
III-
A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO (Jo 11.38-48)
JESUS
não apenas sente os nossos dramas, mas também tem poder para resolvê-los.
1-
Tirai a pedra (Jo 11.38,39).
Disse
JESUS: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal,
porque é já de quatro dias.
O
mesmo JESUS que levantou Lázaro da morte poderia ter rolado a pedra do seu
túmulo. Mas rolar a pedra era uma obra que os homens poderiam lazer, e está JESUS
ordenou que fosse feita. JESUS não exclui a participação humana em sua
intervenção milagrosa (1.39,40,44). A ordem é cIara: “Tirai a pedra”. Só JESUS
tem o poder para ressuscitar um morto. Isso Ele faz. Mas tirar a pedra e
desatar o homem que está enfaixado, isso as pessoas podem fazer, e Ele
ordena
que façam. JESUS chama a Lázaro da sepultura. Lázaro, mesmo morto, pôde ouvir a
voz de JESUS. No dia final, na segunda vinda de CRISTO, os mortos também
ouvirão a Sua voz e sairão do túmulo (5.28,29).
2-
Se creres verás a glória (Jo 11.40-42). Eu bem sei que sempre me ouves,
mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que
tu me enviaste.
JESUS
corrige Marta e, ao mesmo tempo, a encoraja a crer. A fé vê o que os olhos
humanos não conseguem enxergar. JESUS disse: “Não te disse eu que, se creres,
verás a glória de DEUS?”. JESUS quer não apenas que encontremos a solução, mas
que nos tornemos a solução. Em vez de duvidar, questionar e lamentar, Marta
deveria crer. JESUS dá graças ao Pai porque Sua oração já tinha sido ouvida. O
milagre consolidará a fé dos discípulos e despertará a cartada final da
incredulidade. Ao mesmo tempo que tiraram a pedra e olharam para dentro do
túmulo, JESUS olhou para cima e orou (11.41). Ao enfrentar o mau cheiro de um
túmulo aberto, JESUS orou.
3-
Um milagre extraordinário (Jo 11.43-48). E, tendo dito isto, clamou com
grande voz: Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés
ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes JESUS:
Desligai-o, e deixai-o ir.
A
voz de JESUS é poderosa. Até um morto a escuta e obedece. Lázaro ouve, atende e
sai da caverna da morte. Ele sai todo enfaixado, coberto de mortalha. JESUS
ordena que o desatem e o deixem ir. JESUS tinha dois propósitos bem claros com
esse extraordinário milagre:
a)
Manifestação da glória de DEUS (11.4). Tudo o que JESUS ensinou e fez mirava a
glória de DEUS. A glória do Pai era o seu maior projeto de vida. Ele veio
revelar o Pai. Veio para mostrar como é o coração de DEUS. Ele nunca fugiu
desse ideal. A morte de Lázaro foi uma oportunidade para que o Pai fosse
glorificado.
b)
Despertamento da fé (11.15,42,45). Os milagres de CRISTO sempre tiveram um
propósito pedagógico de revelar verdades espirituais. Quando multiplicou os
pães, queria ensinar que ele é o pão da vida. Quando curou o cego de nascença,
queria ensinar que ele é a luz do mundo. Quando ressuscitou Lázaro, queria
ensinar que ele é a ressurreição e a vida. Como resultado, muitos judeus que
viram JESUS operar este milagre creram Nele, ao mesmo tempo que passou a haver
uma orquestração nos bastidores para levá-lo à morte. Os membros do Sinédrio
pensaram que eles é que estavam no controle da situação, orquestrando a prisão
de JESUS. Mas isso fazia parte do plano de DEUS. Estava na agenda do Pai (Jo
11.47-57).
Ao
ordenar que a pedra fosse removida do túmulo de Lázaro, JESUS demonstra seu
poder sobre a morte e também a necessidade da participação humana em Sua obra
milagrosa. Embora apenas Ele tenha o poder de ressuscitar os mortos, Ele
envolve as pessoas no processo, mostrando que a fé e a obediência são
essenciais para testemunhar Seu poder transformador. A remoção da pedra também
simboliza a necessidade de remover as barreiras que nos separam da intervenção
de CRISTO em nossas vidas.
Se
creres verás a glória (João 11:40-42):
A
resposta de JESUS a Marta enfatiza a importância da fé na manifestação do poder
de DEUS. Ele encoraja Marta a crer e promete que aqueles que têm fé verão a
glória de DEUS. Essas palavras ressoam em nossos próprios desafios e provações,
lembrando-nos de que, mesmo quando as circunstâncias parecem sombrias, a fé nos
capacita a enxergar além do visível e confiar no poder e na providência de DEUS.
A oração de JESUS também nos ensina a buscar a vontade do Pai em todas as
circunstâncias, confiando na Sua soberania e sabedoria.
Um
milagre extraordinário (João 11:43-48):
O
milagre da ressurreição de Lázaro não apenas demonstra o poder divino de JESUS
sobre a morte, mas também cumpre seus propósitos de manifestar a glória de DEUS
e despertar a fé naqueles que testemunham o milagre. A voz poderosa de JESUS
chamando Lázaro da sepultura mostra Seu domínio sobre a morte e Sua autoridade
como o próprio DEUS encarnado. O desligamento de Lázaro das faixas e mortalhas
representa a liberdade que CRISTO traz àqueles que Ele ressuscita
espiritualmente, libertando-os do poder do pecado e da morte. No entanto, esse
milagre também desencadeia a reação dos líderes religiosos, que, cegos pela
incredulidade e inveja, buscam conspirar contra JESUS, ignorando a clara
evidência de Sua divindade.
Essa
narrativa não apenas nos lembra da realidade da ressurreição física, mas também
aponta para a ressurreição espiritual que CRISTO oferece a todos os que creem
Nele. Além disso, mostra como a fé em CRISTO pode ser desafiada pela
incredulidade e oposição, mas também como o testemunho de Seu poder
transformador pode levar à conversão e à fé genuína.
APLICAÇÃO PESSOAL
JESUS sabe o que é a dor da
morte, pois suportou a morte para arrancar o aguilhão da morte e nos trazer a
ressurreição. Ele sabe. Continue crendo.
RESPONDA
Marque V (verdadeiro) e F
(falso) nas afirmações abaixo:
(F) O fato de Lázaro, irmão de
Maria e Marta, ficar doente revela que a amizade de JESUS por ele não era tão
profunda assim.
(V) A declaração de Marta
quando vai ao encontro de JESUS revela uma ponta de decepção e, ao mesmo tempo,
uma grande demonstração de fé
(V) Aprendemos que um dos
propósitos de JESUS ao ressuscitar Lázaro era manifestar a glória de DEUS
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
A ressurreição do corpo
A ressurreição do corpo é uma ideia distintamente bíblica. Os
gregos, e a filosofia grega em geral, tinham pouco respeito pelo corpo,
considerando-o um estorvo, e ensinavam apenas a imortalidade da alma. A Bíblia
vê o homem criado tanto com o corpo como com a alma, e, portanto, incompleto
durante o estado intermediário até que receba o seu corpo ressurrecto. O NT
acrescenta à mera ideia de uma ressurreição do corpo a revelação de que os
cristãos terão um corpo glorificado como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS
CRISTO (Fp 3.21; 1 Jo 3.2).
Ressurreição no AT. A doutrina de uma ressurreição corpórea é
claramente ensinada no AT, particularmente em Jó (Jó 14.13-15; 19.23-27), nos Salmos (Sl 16.9-11; 49.14ss.), Isaías (Is 26.19) e Daniel (Dn 12.2). A existência consciente da alma
entre a morte e a ressurreição também é claramente afirmada. O fato de ser
falado mais da condição dos ímpios do que dos justos no estado intermediário
não diminui o fato dos mortos permanecerem conscientes, mesmo estando os seus
corpos na sepultura (Is 14.9-20; Ez 32.17-32).
O texto em Jó (Jó 14.14,15a) traz uma pergunta: “Morrendo o
homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até
que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia...” No cap. 19,
ele toca neste assunto novamente. Jó sabe que seu Redentor vive e que se
levantará sobre a terra nos dias futuros, e ele tem a certeza de que, mesmo que
os vermes destruam o seu corpo na sepultura, “em” sua carne e com seus próprios
olhos verá a DEUS naquele grande dia (Jó 19.25-27). Alguns
preferem a tradução “de minha carne” ao invés de “em minha carne”, baseando-se
no termo heb. mibbesari (min, “de”; basar, “carne”; veja BDB. min, “o lugar do
qual”, p. 579a). Tanto a LXX como Jerônimo apoiam a opinião de que Jó está se
referindo à sua futura ressurreição.
O Salmo 16.9-11
traz a promessa: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que
o teu SANTO veja corrupção". Aquilo que Pedro mostra em seu sermão no
Pentecostes se aplica ao Davi Maior, CRISTO (At 2.25-31). Esta é a
menção mais importante da ressurreição nos Salmos, embora ela seja citada ao
menos no Salmo 49.14ss. Em Daniel 12.2, há uma
profecia muito importante sobre a ressurreição. Uma tradução literal do heb.
seria: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida
eterna e outros para vergonha e desprezo eterno”, e é justificada pelas
palavras heb. rabbim miyyshere (veja JFB, que baseia tal tradução nos dados de
Tregelles). A tradução “uns... e outros" é uma tradução melhor ao heb.
,elleh...relleh do que a expressão “alguns... alguns” da versão KJV em inglês.
Esta passagem é muito importante, uma vez que, traduzida literalmente, ensina
duas ressurreições; uma dos justos e uma segunda, dos ímpios, como encontramos
em Apocalipse 20.4-6
(cf. Jo 5.28,29).
O profeta Zacarias prediz O cerco final de Jerusalém juntamente com
o arrependimento de Israel na segunda vinda do Senhor, e escreve: “Virá o
Senhor, meu DEUS, e todos os santos contigo”, mostrando que os crentes que
morreram estão com o Senhor e voltarão para reinar com Ele na terra (Zc 14.5; cf. Ap 5.10). Alguns têm criticado o AT por sua
falta de informação sobre a imortalidade da alma, e têm sugerido que mesmo o
que é mencionado apareceu apenas bem tarde. Todas estas críticas são
injustificadas. O NT também não entra em detalhes quanto ao estado da alma
imediatamente após a morte, isto é, o estado intermediário. Tanto no AT como no
NT, DEUS concentrou sua revelação na ressurreição e nas bênçãos do reino.
Ê difícil provar que a ideia da imortalidade aparece apenas mais
tarde no AT. Muitos consideram Jó um livro muito antigo, e este livro é muito
claro tanto sobre a imortalidade como sobre a ressurreição do corpo. Seja como
for, os patriarcas criam em uma vida futura. Enoque nem sequer morreu, mas foi
estar diretamente com DEUS (Gn 5.24; Hb 11.5). Abraão “esperava a cidade que tem
fundamentos, da qual o artífice e construtor é DEUS” (Hb 11.10). Todos os
santos do AT aguardavam ansiosamente pelo reino (Hb 11.13-16; cf. Lc 13.28,29) desde os dias da aliança com
Abraão, não só para os seus descendentes distantes mas também para si mesmos.
Ressurreição no NT. No NT, o termo gr. anastasis refere-se à
ressurreição do corpo morto à vida. Somente em Lucas 2.34 a palavra é
traduzida de outra forma, e mesmo ali o termo ressurreição pode ser a tradução
correta. Isto não tem de ser um ajuntamento de parte por parte ou a restituição
do antigo corpo de carne, uma vez que o corpo da ressurreição é um corpo com
qualidades completamente diferentes do antigo corpo, mas significa a
constituição de um corpo como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO
(Fp 3.21), e apropriado para o estado eterno
da alma.
O NT claramente ensina uma ordem ou série na ressurreição. Paulo
revela em 1 Coríntios 15.20-24 que
deve ser “cada um por sua ordem. CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO,
na sua vinda. Depois, virá o fim”. Isto concorda com o que o próprio Senhor JESUS
CRISTO havia dito em João 5.28ss.: “Não vos
maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros
ouvirão sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e
os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”. Daniel, como já
visto, indica duas ressurreições, e Apocalipse 20.4-6
fala de uma primeira ressurreição dos santos como distinta de uma segunda, a
dos “outros mortos” ou a do “restante” dos mortos, os perdidos, e diz que a
segunda está separada da primeira por mil anos. Em 1 Tessalonicenses 4.16,17
são apenas os mortos em CRISTO que são ressuscitados em sua vinda, e estes são
imediatamente levados, arrebatados, ao céu (cf. a advertência de CRISTO para
estarmos prontos para o arrebatamento em Mateus 24.40-44; Marcos 13.28,29; Lucas 21.29-31).
O corpo da ressurreição. É revelado que o crente será como o seu
Senhor (Fp 3.21; 1 Jo 3.2), tendo um
corpo tangível “como o seu corpo glorioso”. A identidade será retida entre o
corpo mortal e o novo corpo da ressurreição, embora este não necessite de uma
reconstituição dos mesmos átomos. Mesmo nesta vida, as matérias do corpo mudam
constantemente. Elas são inteiramente substituídas de um modo progressivo
dentro de um período de alguns anos.
O Senhor JESUS CRISTO ressuscitou no corpo tio qual havia sofrido,
deixando um túmulo vazio. Seu novo corpo tinha “carne e ossos”, mas embora Ele
tenha sido absolutamente reconhecido, suas qualidades estavam gloriosamente
mudadas. O novo corpo do crente não deverá ter “carne e sangue”, pois esta é a
natureza de seu corpo mortal. Ele será como os anjos que não se casam nem se
dão em casamento (Mt 22.29,30). Este novo corpo é descrito em 1 Coríntios 15.35-50.
Implicações espirituais e morais. O homem é uma criatura composta
por uma parte material (o corpo) e uma parte espiritual (a alma e o espírito).
Ele faz parte de uma raça. Por ser assim, ele pode conhecer a supremacia do
primeiro Adão na qual ele caiu e se perdeu, e pode participar dos benefícios da
supremacia do último Adão, JESUS CRISTO, e ser salvo. “Porque, assim como todos
morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO” (1 Co 15,22). CRISTO não
redimiu somente a alma, mas também o corpo, como ficou provado na ressurreição
de seu próprio corpo.
O corpo do crente é o Templo do ESPÍRITO SANTO e deve ser mantido
puro (1 Co 6.19,20). Ele será finalmente transformado
de uma forma miraculosa para se adaptar às necessidades eternas dos filhos de DEUS.
Por causa da importante função do corpo, não se deve desprezá-lo nem o destruir
através de uma vida devassa.
Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD
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A sensação causada pela ressurreição de Lázaro (cap. 11) reúne os
sacerdotes e fariseus num concilio com o propósito de determinar a morte de JESUS
(11:47). Caifás deseja libertar-se de JESUS por razões políticas. Argumenta
que, se for permitido a JESUS continuar o Seu ministério, a Sua popularidade
causará um tumulto popular que despertará as suspeitas dos romanos e resultará
na perda do poder e ofício dos regentes e em calamidade para a nação. Assim
sendo, ele argumenta: é melhor que um só homem sofra, em lugar de uma nação
inteira (vers. 49, 50). Isto é o que ele quer dizer por suas palavras, no
versículo 50, mas DEUS lhe conferiu o significado de profecia da morte
expiatória do Messias (vers. 51, 52).
Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD
Introdução
A série de milagres de CRISTO, realizados antes da crucificação e
registrados no
Evangelho de João, chega ao seu ponto alto com o sétimo milagre - o
da
ressurreição de Lázaro. Coroa os demais milagres de modo triste, e
de modo
alegre.
É o milagre culminante, no sentido triste. Os dez capítulos
anteriores indicam de
que maneira JESUS se revelou aos judeus, de todos os modos
diferentes que
pudessem inspirar a verdadeira fé, e narram como cada nova
revelação só servia
para enchê-los de amargura e dureza, até que a hostilidade deles
chegasse a um
ponto desesperador. JESUS se manifestou como Doador da vida, mas
não queriam
chegar a Ele a fim de receberem esta vida; JESUS declarou-lhes ser
o Pão da Vida,
mas não tinham apetite por comida espiritual; JESUS proclamou ser a
Luz do
mundo, mas eles preferiram andar nas trevas; JESUS disse que era o
Bom Pastor;
eles, porém, não queriam ouvir a sua voz nem ser guiados por Ele.
Agora,
finalmente, comprova ser Ressurreição e a Vida, e planejam
condená-lo à morte.
Crime dos crimes: mataram o Autor da vida! (At 3.15).
A ressurreição de Lázaro é o milagre culminante, no sentido alegre:
é o sinal
externamente visível de que o CRISTO de DEUS já venceu a morte e a
sepultura.
Depois da operação deste milagre, bem podemos exclamar: “Onde está,
ó morte,
o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1 Co 15.55).
I - JESUS e o Sofrimento (Jo 11.1-16)
1. O recado. “Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas”. Foi
este o
recado que Marta e Maria enviaram para seu Mestre e amigo, enquanto
Ele
estava na região além do Jordão.
2. O atraso. “Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois
dias no lugar
onde estava”. Parece estranho este deliberado atraso, em vez da
pressa para
chegar ao lado do leito de dores daquele a quem amava. Imagine os
sentimentos
das irmãs enquanto as longas horas foram se passando sem que JESUS
aparecesse,
enquanto a vida do irmão estava regredindo. Talvez tenham ficado
sujeitas à
tentação de levantar a dúvida: “Será que ele realmente se importa?”
O Senhor,
porém, tinha um propósito específico nesta demora: o poder e a
glória de DEUS
estavam para ser revelados mediante a ressurreição de um homem que
morrera
havia quatro dias. Foi atraso apenas segundo as aparências humanas;
segundo o
horário planejado por DEUS, JESUS chegou na hora combinada.
3. O apelo.
Quando, depois de dois dias, o Senhor anunciou seu propósito de ir para
a Judéia, os discípulos fizeram-lhe um apelo no sentido de que evitasse colocar
em risco a sua vida. A resposta de JESUS dá a entender o seguinte: “O tempo
determinado para o exercício do meu ministério não se esgotou; portanto, estarei
seguro na Judéia, e vocês também; esgotado este prazo, então correrei perigo de
morte” (v. 9,10).
4. A notificação. JESUS proclamou seu propósito de ressuscitar
Lázaro da morte.
que acrediteis”. O leitor também está alegre porque JESUS não
estava ali quando
Lázaro morreu? Por quê?
II - JESUS e os Que Sofrem (Jo 11.17-28)
JESUS, chegando ali, encontrou a seguinte situação: Lázaro já
estava na sepultura,
e Maria e Marta estavam enlutadas na casa de amigas. Quando chegou
a elas a
notícia de que JESUS se aproximava, “ouvindo, pois, Marta que JESUS
vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa” (v. 20).
1. A delicada censura.
“Disse, pois, Marta a JESUS: Senhor, se tu estiveras aqui, meu
irmão não teria morrido” (v. 21). Provavelmente, havia no íntimo de Marta uma
luta entre a confiança e a dúvida. A resposta de JESUS, ao receber a notícia da
enfermidade de Lázaro, fora: “Esta enfermidade não é para morte, mas para a glória
de DEUS; para que o Filho de DEUS seja glorificado por ela” (v. 4). Agora, porém,
o irmão dela estava morto. Como harmonizar a promessa de JESUS com as condições
reais?
Marta viu sua fé submetida a três provas. A primeira: a ausência de
JESUS. Todos
poderiam ter faltado, mas a presença dEle ao lado do irmão era
indispensável. A
segunda: a demora de JESUS. Esperava-se que ele comparecesse
juntamente com
o mensageiro que fora procurá-lo; Ele, porém, adiou a viagem. A
terceira: a
perda do ente querido. O irmão estava morto, mas poderia estar com
vida se
JESUS estivesse presente. A noite era escura, sem nenhuma luz a não
ser a da
futura ressurreição, que parecia tão perdida na distância. Ela não
tinha percebido
quão perto estava a Ressurreição!
2. A gloriosa promessa.
“Disse-lhe JESUS: Teu irmão há de ressuscitar” (v. 23).
JESUS se referia ao milagre que estava para operar; Marta, no
entanto, não
compreendeu, e replicou: “Eu sei que há de ressuscitar na
ressurreição do último
dia”. Então declarou JESUS: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem
crê em mim,
ainda que morra, viverá”. Marta acreditava que JESUS poderia ter
sido a
Ressurreição (v. 21), e que, no fim do mundo, seria a Ressurreição.
O Senhor
JESUS CRISTO, em virtude da sua natureza divina, diz: Eu sou. Não é
tarde demais
para ressuscitar Lázaro, nem é cedo demais para a ressurreição;
hoje mesmo, Eu
sou a ressurreição deste irmão (cf. Hb 13.8). Note que “a
ressurreição e a vida”
representam causa e efeito: JESUS é a ressurreição porque é a vida.
É a vida que
produz a ressurreição.
JESUS é a ressurreição; segue-se, portanto, que “quem crê em mim,
ainda que
esteja morto, viverá”. Os que morrem no Senhor continuam a viver, a
despeito
da desintegração do corpo, e passarão a ter um corpo espiritual (Fp
1.23; 2 Co
5.1-6; 1 Ts 4.13,14). JESUS é a vida; segue-se, portanto, que “todo
aquele que
vive, e crê em mim, nunca morrerá”. Os crentes em CRISTO nunca
morrem no
sentido comum do conceito da morte; para eles, a morte não é o fim;
é o passar
de um estado de vida para um estado mais sublime. Não há nenhum
instante de
interrupção da sua vida de fé e de comunhão com DEUS; o crente
adormece no
que diz respeito a esta vida e, neste mesmo instante, já está
despertado na vida
eterna, além do túmulo.
3. O testemunho da fé.
“Crês tu isto?” pergunta JESUS. Marta crê que JESUS é o Senhor da
vida e da morte? A sua fé nas verdades divinas da ressurreição e da vida eterna
após a morte está centralizada na pessoa de CRISTO? Marta respondeu: “Sim,
Senhor, creio que tu és o CRISTO, o Filho de DEUS, que havia de vir ao mundo”.
Note que Marta estava aprendendo a crer - não tanto em fatos, mas sim na pessoa
de JESUS CRISTO. Quem tem o próprio CRISTO, possui todas as coisas que Ele
oferece; quem tem o próprio Doador, recebe todas as dádivas. Marta se sentia
satisfeita e plena de certeza ao ouvir as graciosas palavras do Mestre, e o
testemunho que deu de sua fé completou-lhe a paz e alegria: “E, dito isto,
partiu” (v. 28). Tão logo chegou em casa, chamou sua irmã, Maria. Sentia fogo
celestial na alma, e sua taça de alegria transbordava. Por isso sentiu forte desejo
de compartilhar com alguém a sua felicidade. A genuína fé em CRISTO é comunicativa
(cf. Jo 1.36-42; 4.28-30). “Partiu, e chamou em segredo (havia
outras pessoas na casa) a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está
cá, e te
chama”. Aquele recado é o que a igreja de CRISTO transmite a todos
os que estão
vivendo no meio do pecado, da tristeza ou das trevas espirituais:
“O Mestre está
cá, e te chama” (cf. Mc 10.49).
III - JESUS e a Morte (Jo 11.38-44)
1. A emoção.
Enquanto JESUS contemplava a profunda tristeza de Maria e dos amigos
enlutados, duas emoções lhe perturbavam o espírito. A primeira, uma mistura de
tristeza e simpatia: “JESUS chorou” (v. 35). A segunda era uma mistura de
indignação e perturbação: JESUS “moveu-se muito em espírito, e perturbou-se” (v.
33,38). Aqui, a palavra “moveu-se” contém o significado de “indignar-se”, segundo
o grego bíblico original. Sua indignação se dirigia contra a origem da morte,
da doença e do sofrimento - contra o próprio pecado. Contemplava os horrores da
morte como salário do pecado, as angústias do mundo, das quais tinha diante de
si uma pequena amostra. Pensava em todos os enlutados do mundo. Sim, estava
para enxugar as lágrimas das pessoas ali presentes. Estava para lhes oferecer
alegria em lugar de tristeza, mas isto não alterava a situação de modo
permanente: Lázaro ressurgiria, mas voltaria a provar a amargura da morte. As
lágrimas voltariam a correr - e quantos choram sem ter o Salvador por perto
para enxugá-las, ainda que só uma vez? JESUS sentiu assim grande indignação
contra o causador de todos estes males e quis imediatamente entrar na luta
contra o diabo e seus poderes nefastos revelados na desgraça humana.
Começa a saquear os despojos do maligno, como prova de que chegou o
mais
forte (Mt 12.29).
As lágrimas de JESUS revelam sua compaixão pelas nossas aflições, e
sua
comoção revela indignação contra o pecado, que causa todas as
desgraças.
2. A ordem.
“JESUS, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao
sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela.
Disse JESUS: Tirai
a pedra” (v. 38,39). JESUS muito facilmente poderia ter mandado
Lázaro passar
direto pela porta de pedra, mas não fará aquilo que podemos fazer
por nós
mesmos; é nosso privilégio cooperar com CRISTO em sua obra; é nosso
exercício
para nosso crescimento espiritual; é nossa oportunidade de ter mais
íntima
comunhão com Ele.
3. A ressalva.
“Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é
já de quatro dias” (v. 39). Conhecendo a rápida decomposição dos cadáveres em países
quentes, Marta estremece ao pensar como estaria o corpo do seu irmão; não podia
crer que JESUS já tinha tomado sobre si o zelo pelo cadáver no túmulo, protegendo-
o da corrupção.
JESUS põe fim a tal descrença com a suave censura: “Não te hei dito
que, se
creres, verás a glória de DEUS?” (v. 4,25,26). Logo passou a
demonstrar que tinha
poderes para destruir o poder da morte, tirando-lhe o aguilhão,
proclamando que
a morte é um inimigo derrotado. Note-se que a admoestação de JESUS
era: “Se
creres, verás”, o exato oposto do ditado popular: “É preciso ver
para crer.”
4. por me haveres ouvido.
Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da
multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste” (v.41,42). Esta
não era uma petição, e sim ação de graças pela petição respondida.
JESUS, na sua inabalável certeza, já agradece o milagre, como se
este já tivesse
sido operado (cf. 1 Jo 5.14). A oração proferida em público deu aos
presentes a
oportunidade de averiguar se JESUS seria um impostor a ser
rejeitado ou o
Messias a ser aceito e adorado (cf. v. 45; 1 Rs 18.36,37).
5. O milagre.
“E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora”.
Era a voz da Divindade chamando coisas que não são, como se já existissem (cf. Jo
5.28,29; 1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.16). A voz do Senhor, reverberando pelo túmulo,
profetiza que um dia a voz do Criador há de ser ouvida ecoando no meio de todo
o reinado da morte.
“E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o
seu rosto
envolto num lenço. Disse-lhe JESUS: Desligai-o, e deixai-o ir” (v.
44). Lázaro
conseguiu sair do seu túmulo, mas não das mortalhas - tipificando
certos novos
convertidos que foram alvos da poderosa atuação do ESPÍRITO de DEUS,
sem,
porém, ter entrado na plenitude do gozo da liberdade cristã. O
Senhor, após
despertar tais pessoas da morte espiritual, envia-as ao pastor da
igreja, com a
ordem: “Desata-os”. Quais são os laços que os prendem, quais as
ataduras? A
ignorância, que devemos esclarecer; a tristeza, que devemos
consolar; as
dúvidas, que devemos dissipar; os maus hábitos, que devem ser
desarraigados.
Se todos os crentes que têm coisas amarrando a sua vida fossem
libertos das suas
mortalhas, o mundo inteiro se despertaria de súbito para prestar
atenção. Você é
um crente amarrado? Aquele que nos libertou da morte pode também
libertar do
pecado e da frieza espiritual.
IV – Ensinamentos Práticos
1. CRISTO vale mais do que o credo.
Quando JESUS declarou: “Teu irmão há de ressuscitar”, Marta
recitou, de modo muito triste, um artigo do credo judaico: “Eu sei que há de
ressuscitar na ressurreição do último dia”. O único alívio que sentia era uma
esperança para o futuro distante, baseada numa doutrina. JESUS, no entanto, fez
com que ela desviasse sua atenção do artigo do credo para fixá-la nEle: “Eu sou
a ressurreição e a vida”, o que nos faz entender que o Cristianismo consiste
mais em confiar numa Pessoa divina do que assentir a proposições teológicas.
Não há proveito em procurar assenhorear-se da teologia sem primeiro aceitar CRISTO
como Senhor. Podemos crer numa doutrina sem entregar nossa vida a ela em plena
confiança; podemos entendê-la sem que ela nos transforme o coração; como Marta,
podemos crer na ressurreição sem ter verdadeira fé naquEle que é a Ressurreição
e a Vida.
2. Viveremos, porque Ele vive.
“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja
morto, viverá”. Com tais palavras, JESUS assegurou a Marta e Maria que seu
irmão não tinha realmente perecido, que estava seguro. O mesmo JESUS que tivera
doce comunhão com Lázaro durante a vida, e que tem poder sobre a morte, não
toleraria que a morte destruísse o doce e espiritual convívio cristão.
Existem muitos argumentos formais que comprovam a doutrina da
imortalidade;
o que, porém, nos dá mais certeza do que a fria lógica é sabermos
que estamos
em profunda comunhão com DEUS e com CRISTO. Imaginemos o servo de CRISTO
que andou com Ele durante muitos anos de fervorosa comunhão
espiritual,
chegando finalmente ao seu leito de morte. Como seria possível que CRISTO
de
repente declarasse rompidos os laços de amor? Muito pelo contrário:
os que
estão “em CRISTO” (1 Ts 4.14-17) não podem ser separados dEle, nem
pela vida,
nem pela morte (Rm 8.38). É impossível a ideia de que quem
desfrutou da
presença de CRISTO neste mundo tão alheio às coisas espirituais
possa ser
separado dEle na gloriosa eternidade, que o amor de DEUS que nos
sustenta no
tempo possa ser cancelado na eternidade.
Se alguém pertence a CRISTO, tudo quanto é dEle será operante
também na sua
vida: se CRISTO é a Ressurreição e a Vida, esta realidade será
transmitida ao
crente. Estamos vinculados a JESUS CRISTO mediante o ESPÍRITO, a
vida eterna já
raiou em nossa alma, e estamos caminhando para a vida eterna, no
Céu.
3. As lágrimas de JESUS.
“JESUS chorou”. Consideraremos:
3.1. A causa das lágrimas de JESUS. Tais lágrimas fazem parte da
humanidade de
JESUS. Apesar de ser Filho de DEUS, Ele sofreu todas as aflições
dos homens,
embora sem a prática do pecado. “E o Verbo se fez carne”. Sua
humanidade não
era fictícia; participou realmente da nossa natureza. As lágrimas
brotaram de real
compaixão, foram a resposta do coração de JESUS ao apelo da
tristeza. Suas
lágrimas também foram causadas pela tristeza - tristeza pelos danos
causados
pelo pecado e pela morte. Na criação, viu que tudo quanto fizera
era muito bom;
como, portanto, o bom se transformou em maldade? “Um inimigo fez
isso” (Mt
13.28).
3.2. A natureza das lágrimas de CRISTO. JESUS chorou com calma, e
não com
amarga e desesperada angústia. Podemos chorar nossos entes
queridos, sem,
porém, dar vazão ao desespero que é característica dos pagãos. JESUS
chorou de
modo reservado: deu clara vazão à simpatia, sem participar de
lamentações
ostensivas. JESUS chorou sem sentir que seria algo vergonhoso.
Podia ter
escondido as lágrimas e a tristeza, mas não é da sua doutrina
reprimir a
personalidade humana, estrangulando os sentimentos de amor e
compaixão. O
estoicismo, que esconde a ternura, pertence ao orgulho carnal; e a
insensibilidade
ao sofrimento não faz parte do heroísmo.
3.3. As lições tiradas das lágrimas de JESUS.
São uma amostra da eterna natureza
de CRISTO, da sua compaixão, graça e misericórdia, que continua
derramando
sobre nós (Hb 4.15,16). São nosso exemplo. As lágrimas de JESUS nos
ensinam a
demostrar simpatia aos corações tristes, oferecendo o nosso
consolo; nosso amor
é nada comparado ao do Filho de DEUS, mas não deixa de ajudar
maravilhosamente.
4. Crer é ver. “Não te hei dito que, se creres, verás a glória de DEUS?”
A vida
microscópica existe invisível ao olho humano, e o mesmo se dá com
incontáveis
estrelas. Usando o microscópio e o telescópio, podemos contemplar
esses
aspectos do Universo, e ninguém ousaria negar sua existência por
não ter ao
alcance tais instrumentos. As eternas coisas de DEUS, no entanto,
precisam ser
examinadas através da lente da visão espiritual chamada fé. Como,
pois, os
homens do mundo, que alegam só aceitar o testemunho dos “fatos
averiguáveis”,
ousam negar a existência das coisas espirituais, quando nunca
experimentaram
os instrumentos da fé? Querendo entender mais de DEUS, devemos
rogar a Ele:
“Senhor, aumenta-nos a fé!”
Myer Pearlman - Casa Publicadora das Assembleias
de DEUS
João – O Evangelho do Filho de DEUS
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JOÃO 11:38-54
A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
O SINÉDRIO PLANEJA MATAR JESUS
Após JESUS encontrar Marta e Maria perto de Betânia, eles vão ao
túmulo de Lázaro, uma caverna com uma pedra que cobre a entrada. JESUS ordena:
“Retirem a pedra.” Marta está preocupada, pois não entende o que JESUS vai
fazer. Ela diz: “Senhor, ele já deve estar cheirando mal, porque já faz quatro
dias.” Mas JESUS diz: “Eu não lhe disse que, se você acreditasse, veria a
glória de DEUS?” — João 11:39, 40.
Então a pedra é removida. JESUS olha para o céu e ora: “PAI, eu te
agradeço porque me ouviste. Na verdade, eu sei que sempre me ouves, mas falei
por causa da multidão que está ao meu redor, para que acreditem que tu me
enviaste.” A oração que JESUS faz em voz alta mostra aos observadores que ele
vai fazer algo por meio do poder de DEUS. Então JESUS diz bem alto: “Lázaro,
venha para fora!” E Lázaro sai com as mãos e os pés ainda enrolados com as
faixas de sepultamento e o rosto coberto com um pano e um lenço amarrando seu
queixo à sua cabeça como era o costume. JESUS diz: “Tirem as faixas dele e
deixem-no ir.” — João 11:41-44.
Muitos judeus que vieram consolar Marta e Maria veem esse milagre e
depositam fé em JESUS. Mas outros vão embora e contam aos fariseus o que JESUS
fez. Os fariseus e os principais sacerdotes reúnem a suprema corte judaica, o
Sinédrio. Esse grupo inclui o sumo sacerdote, Caifás. Alguns deles reclamam: “O
que faremos, visto que esse homem realiza muitos sinais? Se o deixarmos
continuar assim, todos depositarão fé nele, e os romanos virão e tirarão tanto
o nosso lugar como a nossa nação.” (João 11:47, 48) Eles ouviram o testemunho
de pessoas que estavam presentes quando JESUS ‘realizou muitos sinais’, mas não
estão contentes com o que DEUS está fazendo por meio dele. Estão mais
preocupados com sua posição e autoridade.
A ressurreição de Lázaro é uma derrota para os saduceus que não
acreditam na ressurreição. Caifás, um saduceu, diz: “Vocês não sabem nada, nem
refletiram que é para o seu bem que um só homem morra a favor do povo, em vez
de toda a nação ser destruída.” — João 11:49, 50; Atos 5:17; 23:8.
Visto que Caifás é o sumo sacerdote, é DEUS que o faz dizer isso,
ele ‘não diz isso por si mesmo’. Caifás quer dizer que JESUS deve ser morto
para evitar que continue enfraquecendo a autoridade e a influência dos líderes
religiosos judeus. Assim, a profecia de Caifás indica que JESUS providenciaria
um resgate por meio de sua morte, não apenas para os judeus, mas para todos “os
filhos de DEUS que estavam espalhados”. — João 11:51, 52.
Caifás consegue influenciar o Sinédrio a fazer planos para matar JESUS.
O ESPÍRITO SANTO revela esses planos a JESUS. De qualquer forma, JESUS sai da
região de Jerusalém e assim evita ser morto antes do tempo designado por DEUS.
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NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA
Escrita Lição 7, CPAD, Eu Sou A Ressurreição E A Vida, 2Tr25,
Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz
Henrique de Almeida Silva
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – O PROPÓSITO DE JESUS
1. Recebimento da notícia sobre Lázaro
2. O desapontamento de Maria e Marta
3. O tempo divino
II – O ENCONTRO DE MARTA COM JESUS
1. O encontro
2. Quando Lázaro ressuscitará?
3. Promessa de vida
III – A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO
DO CORPO
1. A Ressurreição do Corpo
2. Da morte para a vida
3. Uma viva esperança
TEXTO ÁUREO
“Disse-lhe JESUS: Eu sou a ressurreição e
a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;” (Jo 11.25)
VERDADE PRÁTICA
O Senhor JESUS CRISTO é a ressurreição e a
vida, e por essa razão, temos a garantia de que um dia teremos um corpo
glorioso como o dEle.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 7.11-15 A ressurreição do filho da viúva de Naim
Terça - Mc 5.22,23,35-42 A ressurreição da filha de Jairo, um
chefe da Sinagoga
Quarta - Jo 11.40-45 A ressurreição de Lázaro, irmão de Marta e Maria
Quinta - Jo 11.24 Uma evidência bíblica da Ressurreição do
Corpo
Sexta - 1 Co 15.42; 1 Ts 4.13-17 Os que morreram em CRISTO receberão um
corpo glorioso
Sábado - 2 Ts 1.8,9; Ap 20.11-15 Os ímpios receberão um corpo inglório para
a condenação eterna
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 11.14,
15, 17-21, 23-27
14 - Então, JESUS disse-lhes claramente: Lázaro
está morto,
15 - e folgo, por amor de vós, de que eu
lá não estivesse, para que acrediteis.
17 - Chegando, pois, JESUS, achou que já
havia quatro dias que estava na sepultura.
18 - (Ora, Betânia distava de Jerusalém
quase quinze estádios.)
19 - E muitos dos judeus tinham ido
consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.
20 - Ouvindo, pois, Marta que JESUS vinha,
saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.
21 - Disse, pois, Marta a JESUS: Senhor,
se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
23 - Disse-lhe JESUS: Teu irmão há de
ressuscitar.
24 - Disse-lhe Marta: Eu sei que há de
ressuscitar na ressurreição do último Dia.
25 - Disse-lhe JESUS: Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
26 - e todo aquele que vive e crê em mim
nunca morrerá. Crês tu isso?
27 - Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que
tu és o CRISTO, o Filho de DEUS, que havia de vir ao mundo.
HINOS SUGERIDOS: 156, 196, 469
da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Na lição desta semana, podemos situar o
episódio de João 11, sublinhando o milagre da ressurreição de
Lázaro como uma prova do poder de JESUS sobre a morte e a validação da sua
identidade divina como a "Ressurreição e a Vida". Para uma melhor
compreensão deste tema, a lição foi organizada em três tópicos principais: o
objetivo de JESUS, que vai além das circunstâncias imediatas para manifestar a
glória de DEUS; o encontro transformador de Marta com JESUS, que reforça a sua
fé; e a doutrina bíblica da Ressurreição do Corpo, que nos indica a esperança
futura na superação da morte.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Identificar o
propósito de JESUS no milagre da ressurreição de Lázaro, evidenciando a glória
de DEUS; II) Analisar de que forma o diálogo entre JESUS e Marta reforçou e
solidificou a fé da irmã de Maria; III) Apresentar a doutrina bíblica da
Ressurreição do Corpo, evidenciando a sua importância para a esperança cristã
na vida eterna.
B) Motivação: A declaração de JESUS - 'Eu
sou a ressurreição e a vida' - transmite uma mensagem significativa do
Evangelho para aqueles que enfrentam períodos de perda e de sofrimento. A
ressurreição de Lázaro, registrada em João 11, não se limita a um milagre ocorrido no
passado, mas representa uma verdade viva que proporciona esperança tanto no
presente como no futuro. JESUS detém poder sobre a morte e oferece vida eterna,
convidando-nos, assim, a fortalecer a nossa fé nEle.
C) Sugestão de Método: Comece a aula com
uma atividade interativa, solicitando aos alunos que, em breves palavras,
expliquem o que a "vida eterna" representa para eles. Utilize essas
respostas como base para introduzir o tema desta lição. Com base na Leitura
Bíblica em Classe, elabore uma reflexão que destaque o domínio de JESUS sobre a
morte e a sua promessa de vida eterna. É possível relacionar esta afirmação com
questões abertas, como: "Perante as perdas, de que forma a mensagem de JESUS
pode trazer-me alívio?" Conclua esse início de aula com um quadro ou
resumo dos pontos principais da lição, enfatizando a doutrina da ressurreição
como uma esperança cristã.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A mensagem de JESUS,
conforme apresentada nesta lição, tem o poder de mudar a nossa perspectiva em
relação à vida e à morte. Ter JESUS como a Ressurreição e a Vida não só
proporciona uma esperança para o futuro, mas também transforma o nosso presente
de forma notável.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 101, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico,
você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O
texto "JESUS Amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro", localizado
após o primeiro tópico, amplia a reflexão bíblia a respeito do suposto atraso
de JESUS em atender à família de Betânia; 2) No final do terceiro tópico, o
texto "Eu Sou a Ressurreição" mostra uma reflexão significativa a
respeito da doutrina bíblica da Ressurreição do Corpo do cristão.
PALAVRA-CHAVE - VIDA
COMENTÁRIO – INTRODUÇÃO
O encontro de JESUS com Marta, ao chegar a
Betânia, revela aspectos especiais que poderão edificar a nossa vida espiritual
por meio do estudo da Palavra de DEUS. Nesta lição, iremos refletir sobre o
propósito de JESUS ao realizar o milagre da ressurreição de Lázaro. Iremos
também nos aprofundar no diálogo entre JESUS e Marta sobre a ressurreição do
seu irmão e, além disso, a partir do milagre de Lázaro, vamos examinar a
doutrina fundamental da Ressurreição do Corpo, tal como é ensinada por JESUS e
todo o Novo Testamento.
I – O PROPÓSITO DE JESUS
1. Recebimento da notícia sobre Lázaro
Nos Evangelhos, JESUS realizou diversos
milagres de ressurreição, incluindo o do filho da viúva de Naim (Lc 7.11-15) e
o da filha de Jairo (Mc 5.22,23,35-42). O milagre da ressurreição de Lázaro é o
que estamos abordando. Este é o último dos sete sinais (milagres) encontrados
no Evangelho de João e representa a manifestação final de JESUS como Filho de DEUS
antes da sua crucificação. O capítulo 11 liga-se ao contexto do capítulo 10, em
que JESUS se afasta de Jerusalém após uma tentativa de prisão e se dirige para
além do Jordão (Jo 10.40-42). Ao ser informado sobre a doença de Lázaro, JESUS
estava já a leste do Jordão (Jo 10.40) e levaria alguns dias até chegar a
Betânia, onde encontrou Lázaro morto há quatro dias (Jo 11.17).
2. O desapontamento de Maria e Marta
O versículo 3 expressa a esperança de
Maria e Marta em relação à chegada de JESUS para ajudá-las. Devido ao carinho e
à amizade que nosso Senhor tinha pela família de Betânia, pois Ele os amava,
elas desejavam ardentemente que JESUS chegasse rapidamente (Jo 11.5). No
entanto, a visita dEle no tempo de Maria e Marta não se concretizou. É
fundamental destacar que a vontade soberana de DEUS não está sujeita às
circunstâncias humanas, por mais difíceis que estas sejam. Contudo, JESUS nunca
chega atrasado nem adiantado no cumprimento da vontade do Pai. Ele chegou a
Betânia no momento certo, ainda que após o sepultamento de Lázaro.
3. O tempo divino
Maria e Marta acreditavam que, se JESUS
estivesse em Betânia, Ele poderia realizar um milagre na vida de Lázaro. Elas
tinham plena consciência de que nosso Senhor é o Filho de DEUS. No entanto, o
plano do Pai não coincidia com o delas. Apesar da desilusão e da tristeza,
Maria e Marta iriam vivenciar uma experiência extraordinária de espera, que
envolveria a perda do ente querido, a ausência temporária de JESUS e a chegada
aparentemente tardia do Senhor (Jo 11.14,17-22). Contudo, JESUS CRISTO estava
prestes a realizar um magnífico milagre, que glorificaria a DEUS e traria
consolo à amada família de Betânia.
SINÓPSE I - O propósito de JESUS no
milagre da ressurreição de Lázaro era revelar a glória de DEUS e fortalecer fé
dos discípulos.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“JESUS AMAVA A MARTA, E A SUA IRMÃ, E A
LÁZARO.
Eis uma família que tinha uma devoção
genuína e forte a JESUS (v. 2) e gozava um estreito relacionamento
pessoal com Ele (Lc 10.38-42). CRISTO os considerava amigos muito
especiais e amados (vv. 3-5). Ainda assim, eles experimentaram
doenças, tristezas e morte. Hoje, esses problemas podem e vão acontecer aos
fiéis seguidores de DEUS. Mas Ele está ciente da dor deles e estará sempre
pronto para ajudá-los nas circunstâncias difíceis da vida (veja o artigo O
SOFRIMENTO DOS JUSTOS, p. 853). As igrejas sempre terão as pessoas
exteriormente fervorosas em sua devoção ao Senhor (como Maria), e fiéis em boas
obras e serviços (como Marta), mas também terão aqueles que estão sofrendo e
morrendo (como Lázaro). Famílias como esta e outras na igreja, podem muitas
vezes se perguntar por que DEUS não toma uma determinada ação; eles podem até
sentir que Ele se esqueceu deles (veja Sl 13.1; cf. Mt 27.46; Ap 6.10). Mas se JESUS parece atrasar sua cura ou
alívio, isto não acontece por falta de amor, misericórdia ou compaixão. Em vez
disso, Ele está esperando apenas o momento certo que trará a maior honra a DEUS
(v. 4) e o maior bem eterno para todos os envolvidos (vv. 15,23-26,40-44)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1874).
III – A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO
DO CORPO
1. O Encontro
O versículo 20 descreve o momento em que
Marta se encontra com JESUS. Assim que soube que o Senhor estava na cidade, a
irmã de Maria dirigiu-se ao encontro dele. Ao vê-lo, expressou a sua convicção
de que, se o Mestre estivesse presente quando Lázaro ainda estava doente, o seu
irmão não teria falecido (Jo 11.21). JESUS afirmou que Lázaro iria
“ressuscitar” (v.23). Embora Marta acreditasse que JESUS poderia realizar um
milagre extraordinário (v.22), ela não percebeu que o Senhor falava sobre a
ressurreição de Lázaro naquele momento específico (Jo 11.24). Na realidade,
viver entre a promessa do Senhor JESUS e as circunstâncias da vida é um grande
desafio para a fé. No entanto, aquEle que é a ressurreição e a vida estava ali
diante dela (vv.25,26).
“[...] JESUS CRISTO estava prestes a
realizar um magnífico milagre, que glorificaria a DEUS e traria consolo à amada
família de Betânia.”
2. Quando Lázaro ressuscitará?
O diálogo entre Marta e JESUS revela que
ela cria na doutrina da ressurreição dos mortos, tal como era ensinada no
Judaísmo: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia” (Jo
11.24). Contudo, JESUS não se referia primeiramente ao milagre da Ressurreição
do Último Dia, como ela pensava, mas sim à realidade daquele instante presente.
Para ilustrar essa verdade, Ele declara: “Eu sou a ressurreição e a vida”
(v.25). Enquanto Marta apresentava uma doutrina defendida pelos fariseus,
embora correta e verdadeira, nosso Senhor revelou a doutrina da Ressurreição
associada à sua própria Pessoa ao trazer Lázaro de volta à vida de maneira
concreta (vv.43,44).
3. Promessa de vida
Na resposta de JESUS à Marta, quando Ele
afirma ser a “ressurreição e a vida” (Jo 11.25), encontramos pelo menos duas
lições valiosas. Primeiro, a soberania do Filho sobre a morte e a vida; ao se
identificar como a “ressurreição”, Ele coloca-se
como fonte de toda vida, tanto no plano material quanto espiritual. Segundo,
existe uma gloriosa promessa de vida para “quem crê em mim” (v.26). Assim
sendo, aqueles que creem em CRISTO recebem uma abundância de vida em todos os
sentidos — tanto material quanto espiritual — pois uma vida entregue a CRISTO é
uma vida plena.
SINÓPSE II = O diálogo entre JESUS e Marta
fortaleceu sua fé e revelou verdades profundas sobre quem Ele é.
III – A DOUTRINA BÍBLICA DA RESSURREIÇÃO
DO CORPO
1. A Ressurreição do Corpo
O milagre da ressurreição física de
Lázaro, realizado por JESUS, não foi o único (Jo 11.23,24). Como já observamos,
outros milagres semelhantes estão registrados nos Evangelhos. No entanto, ao
contrário do que aconteceu com Lázaro, que voltou a morrer, em João 5 o nosso
Senhor menciona a Ressurreição do Corpo para os últimos dias, quando os salvos
não experimentarão mais a morte (Jo 5.28,29). A doutrina da Ressurreição do
Corpo é um elemento essencial do Cristianismo Bíblico. O apóstolo Paulo
refere-se à mesma ressurreição que abrange todos os mortos, justos e injustos,
diferenciando os tempos (1 Co 15). Assim sendo, os justos ressuscitarão quando
a trombeta tocar durante o Arrebatamento da Igreja; os mortos voltarão à vida e
seus corpos serão gloriosamente transformados junto com os justos (1 Co 15.42;
1 Ts 4.13-17); por outro lado, os injustos ressuscitarão no Juízo Final e
receberão um corpo inglório destinado à condenação eterna (2 Ts 1.9; Ap
20.11-15).
2. Da morte para a vida
Na conversa entre JESUS e Marta também se
evidenciava a perspectiva da doutrina da Ressurreição do Corpo (Jo 11.26). A
expressão “nunca morrerá”, mencionada no versículo 26, indica que embora o
salvo em CRISTO experimente a morte física, nunca enfrentará a morte
espiritual. O nosso Senhor fala de algo que vai além da compreensão humana e
distingue entre vida natural e vida eterna. Assim sendo, conforme diz “ainda
que esteja morto viverá” (v.25), para o crente a morte não representa um fim
sem esperança. Pelo contrário, sob uma ótica bíblica e segundo os ensinamentos
de JESUS, a morte é uma transição para a vida eterna, onde a Ressurreição do
Corpo marca o início de uma nova realidade e natureza espiritual.
3. Uma viva esperança
O relato sobre a ressurreição de Lázaro
demonstra como JESUS CRISTO abordou o tema da morte de entes queridos. Ele
sentiu compaixão, chorou e manifestou preocupação porque sabia das dores
causadas pela morte (Jo 11.35-39). Contudo, ao declarar sobre Lázaro: “Lázaro,
vem para fora” (v.43), nosso Senhor revela aquilo que o DEUS Todo-Poderoso
realizará na vida de todos aqueles que morreram em CRISTO (Jo 14.3). Ao
ressuscitar Lázaro, Ele evidencia concretamente que também ressuscitará dentre
os mortos aqueles que foram salvos; esta é a nossa viva esperança!
SINÓPSE III - A doutrina bíblica da
Ressurreição do Corpo mostra relevância para a esperança da vida eterna na vida
do cristão
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“EU SOU A RESSURREIÇÃO
Para as pessoas que têm confiado suas
vidas a JESUS, a morte física não é um fim trágico. Ao contrário, é a porta de
entrada para a vida eterna com DEUS. A palavra “viverá”, no v. 25, se refere à ressurreição que está
disponível para todos os seguidores de CRISTO. As palavras “nunca morrerá”, no v. 26, significam que apesar de um seguidor de CRISTO
morrer fisicamente, ele nunca experimentará a morte espiritual (a “segunda
morte” Ap 2.11), que envolve o eterno castigo e separação de DEUS. Em vez disso, os
seguidores de CRISTO serão ressuscitados com novos corpos, que serão imortais e
incorruptíveis (1Co 15.42,54), que não poderão morrer nem se
deteriorar (cf. Rm 8.10; 2Co 4.16; veja o artigo A RESSURREIÇÃO DO CORPO,
p. 2114).” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição
Global. Rio de
Janeiro: CPAD, 2022, p.1874).
CONCLUSÃO
Esta lição explorou o diálogo entre JESUS
e Marta, onde se manifestaram as dúvidas da irmã de Maria juntamente com as
questões referentes à doutrina da Ressurreição do Corpo. O milagre realizado na
ressurreição de Lázaro ilustra uma verdade muito mais ampla e profunda: haverá
um tempo em que aqueles que morreram em CRISTO ressuscitarão e terão seus
corpos gloriosamente transformados. Esta doutrina pode ser ilustrada por meio
do episódio da ressurreição de Lázaro.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que é que João 11.3 revela?
João 11.3 expressa a esperança de Maria e
Marta em relação à chegada de JESUS para ajudá-las.
2. Qual é a primeira lição encontrada na
resposta de JESUS a Marta?
Primeiro, é a soberania do Filho sobre a
morte e a vida; ao se identificar como a “ressurreição”.
3. Qual é a segunda lição contida na
resposta de JESUS a Marta?
Segundo, existe uma gloriosa promessa de
vida para “quem crê em mim” (v.26). Assim sendo, aqueles que creem em CRISTO
recebem uma abundância de vida em todos os sentidos.
4. O que indica a expressão “nunca
morrerá”?
A expressão “nunca morrerá”, mencionada no
versículo 26, indica que embora o salvo em CRISTO experimente a morte física,
nunca enfrentará a morte espiritual.
5. Qual é a nossa esperança viva?
Ao ressuscitar Lázaro, Ele evidencia
concretamente que também ressuscitará dentre os mortos aqueles que foram
salvos; esta é a nossa viva esperança!