Escrita Lição 6, Betel, Edificando a Casa de DEUS, unidos pelo
cuidado, 2Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
EBD, Revista Editora Betel | 2° Trimestre De
2025 | TEMA: MORDOMIA CRISTÃ – A Gratidão e Fidelidade
na Administração dos Recursos que DEUS nos Confiou | Escola Bíblica
Dominical
Vídeo https://youtu.be/_QAMismS1IQ?si=iXn01BI8DD7_Rql2
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/04/escrita-licao-6-betel-edificando-casa.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/04/slides-licao-6-betel-edificando-casa-de.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-6-betel-edificando-a-casa-de-DEUS-2tr25-pptx/278538940
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- AGEU. O PROFETA DO DESPERTAMENTO
1.1. A mensagem de Ageu
1.2. Saindo da apatia espiritual
1.3. A bênção retida
2- A BÊNÇÃO DA OBEDIÊNCIA
2.1. A importância da liderança
2.2. Priorizando as coisas de DEUS
2.3. DEUS reprova a desobediência
3- O CUIDADO COM O TEMPLO
3.1. As bênçãos do esforço
3.2. As bênçãos da obediência
3.3. As bênçãos da santificação
TEXTO ÁUREO
“Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me
agradarei, e eu serei glorificado, diz o Senhor”. Ageu 1.8.
VERDADE APLICADA
Movido pela Palavra e ação do ESPÍRITO, cada membro do Corpo de CRISTO
deve estar comprometido com a edificação da Igreja.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer a necessidade de engajar-se no cuidado do Templo.
Ressaltar que devemos priorizar as coisas de DEUS.
Saber que o cuidado com a Casa de DEUS deve ser constante
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Ageu 1.2, 4-7, 9
2 Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não
veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada.
4 É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de
ficar deserta?
5 Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos
vossos caminhos.
6 Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não
vos sa38 ciais; vesti-vos, mas ninguém se aquece, e o que recebe salário,
recebe salário num saco furado.
7 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos vossos
caminhos.
9 Olhastes para muito, mas eis que alcançastes pouco; e esse pouco, quando o
trouxestes para casa, eu lhe assoprei. Por que causa? – disse o Senhor dos
Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, e cada um de vós corre à
sua própria casa.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Ed 4.23,24 A obra do Templo é suspensa.
TERÇA | Ed 5.1,2 Recomeçando a edificação do Templo.
QUARTA | Ed 6.15, 16 Não menospreze o seu próximo.
QUINTA | Jr 14.10, 11 DEUS não gosta de desculpas.
SEXTA | 2 Cr 36.23 O rei da Pérsia autoriza a construção do Templo.
SÁBADO | Ag 2.9 A promessa da glória da segunda Casa.
HINOS SUGERIDOS: 212, 459, 304
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que não sejamos descuidados com a Casa de DEUS.
PONTO DE PARTIDA: Ageu exortou o povo a reconstruir o Templo.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
REVISTAS ANTIGAS E LIVROS
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Escrita Lição 11, Betel, Ageu, Um chamado para despertar da
inércia, 3Tr23, Pr. Henrique, EBD NA TV
EBD Revista Editora Betel | 3° Trimestre De 2023
TEMA, PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o
arrependimento, justiça e fidelidade a DEUS. Anunciando a esperança da salvação
através do Messias. Escola Bíblica Dominical
https://youtu.be/UPClh6RZ3vE?si=NT6ZYPzQzqaBhg-w Vídeo
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2023/08/escrita-licao-11-betel-ageu-um-chamado.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2023/08/slides-licao-11-betel-ageu-um-chamado.html
TEXTO ÁUREO
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos
vossos caminhos.” Ageu 1.7
VERDADE APLICADA
O discípulo de CRISTO precisa estar sempre revendo suas
prioridades, se estão de acordo com a Palavra de DEUS
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário do profeta Ageu.
Destacar a necessidade do arrependimento.
Extrair lições do livro de Ageu para os nossos dias
TEXTOS DE REFERÊNCIA - AGEU 1
1 No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do
mês, veio a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel,
filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo
sacerdote, dizendo:
2 Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o
tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada.
3 Veio, pois, a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo:
4 É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de
ficar deserta?
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA Ag 1 Exortação para reedificar o templo.
TERÇA Ag 2.1-9 A glória do segundo templo.
QUARTA Ag 2.8 “Minha é a prata, e meu é o ouro”
QUINTA Ag 2.10-19 Repreensão e promessa de bênção.
SEXTA Ag 2.22 A destruição dos inimigos.
SÁBADO Ag 2.23 A elevação de Zorobabel.
HINOS SUGERIDOS: 93, 108,115
MOTIVO DE ORAÇÃO - Ore para que o Reino de DEUS seja
prioridade em sua vida.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O CENÁRIO DO PROFETA AGEU
1.1 Conhecendo um pouco mais o profeta
1.2 A mensagem do profeta
1.3 Convocação à reconstrução do Templo
2- A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO
2.1 O povo obedece a ordem de DEUS
2.2 O novo Templo
2.3 DEUS promete abençoar o povo
3- AGEU PARA HOJE
3.1 Prioridades erradas
3.2 A importância do encorajamento mútuo
3.3 Promessas valiosas de DEUS
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO 11 – AGEU, O COMPROMISSO DO POVO DA ALIANÇA - CPAD
4º Trimestre de 2012 - Data: 16 de Dezembro de 2012
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ageu 1.1-9.
1 – No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do
mês, veio a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel,
filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo
sacerdote, dizendo:
2 – Assim fala o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não
veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada.
3 – Veio, pois, a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta
Ageu, dizendo:
4 – É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e
esta casa há de ficar deserta?
5 – Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso
coração aos vossos caminhos.
6 – Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais;
bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe
salário recebe salário num saquitel furado.
7 – Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos
vossos caminhos.
8 – Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me
agradarei e eu serei glorificado, diz o SENHOR.
9 – Olhastes para muito, mas eis que alcançastes pouco; e esse
pouco, quando o trouxestes para casa, eu lhe assoprei. Por quê? — disse o
SENHOR dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, e cada um de
vós corre à sua própria casa.
INTERAÇÃO
O Templo era o símbolo visível da aliança de DEUS com o seu povo.
Nesse contexto é que aparece Ageu, o primeiro profeta a exercer o ministério no
período pós-exílio. Sua mensagem central não poderia ser outra: “Israel,
reconstrua o Templo para o Senhor!”. Os juDEUS estavam indiferentes em relação
à obra de DEUS, porém através do ministério de Ageu e Zacarias, o Templo foi
reconstruído, e conforme a palavra do Senhor, “a glória da segunda Casa será
maior que a da primeira”. Como servos do Altíssimo precisamos estar atentos,
pois como os israelitas, também podemos negligenciar a obra de DEUS e o cuidado
com a Casa do Senhor. Que sejamos servos compromissados com o Reino,
trabalhando para o seu crescimento aqui na Terra. Coloque suas prioridades em
ordem correta, segundo as Escrituras Sagradas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Reproduza o esboço abaixo conforme as suas possibilidades.
Utilize-o para introduzir a lição. Explique que o livro do profeta Ageu pode
ser divido em duas partes principais: a primeira, “a reconstrução do Templo”; a
segunda, “o esplendor futuro do Templo”. Conclua dizendo que devemos encarar a
nossa responsabilidade na obra de DEUS não como um fardo pesado, mas como um
grande privilégio.
ESBOÇO DO LIVRO DE AGEU
Parte I — Reconstrução do Templo (1.1-15)
(1.1) …………………………… Introdução.
(1.2-11) ……………………… Primeiro oráculo: exortação para a reconstrução
do Templo.
(1.12-15) ……………………. Segundo oráculo: resposta e compromisso.
Parte II — Esplendor Futuro do Templo (2.1-23)
(2.1-9)………………………..Terceiro oráculo: compromisso e promessas.
(2.10-23)…………………….Quarto oráculo: decisões e bênçãos futuras.
Palavra Chave - Templo: Espaço ou edifício destinado a culto
religioso.
COMENTÁRIO
introdução
De Joel até Ageu passaram-se mais de 300 anos. A hegemonia política
e militar, nessa fase da história mundial, estava com os persas, pois os
assírios e babilônios não existiam mais como impérios. Quanto ao pecado de
Judá, este não era a idolatria, pois o cativeiro erradicara de vez essa
prática. O problema agora, igualmente grave, era a indiferença, a mornidão e o
comodismo espiritual dos juDEUS em relação à obra de DEUS.
I. O LIVRO DE AGEU
1. Contexto histórico. No livro de Esdras, encontra-se o relato das
primeiras décadas do período pós-exílio. Por isso, é fundamental ler os seis
primeiros capítulos do referido livro, para compreendermos o profeta Ageu. O
rei Ciro, da Pérsia, baixou o decreto que pôs fim ao cativeiro de Judá em 539
a.C. Pouco tempo depois, a primeira leva dos hebreus partiu da Babilônia de
volta para Judá.
a) Cambises. Ciro reinou até 530 a.C, ano em que faleceu. Cambises,
identificado na Bíblia como Artaxerxes (Ed 4.7-23), reinou em seu lugar até 522
a.C. Este, por dar ouvidos a uma denúncia dos vizinhos invejosos e hostis a
Judá, decidiu embargar a construção da Casa de DEUS em Jerusalém (Ed 4.23).
b) Dario Histaspes. Após a morte de Cambises, Dario Histaspes
assumiu o trono da Pérsia (reinando até 486 a.C), e autorizou a continuação da
obra do Templo. Ele é citado nas Escrituras Sagradas simplesmente como “Dario”
(Ed 6.1,12,13).
2. Vida pessoal. Não há, além do profeta, outro Ageu no Antigo
Testamento. O seu nome aparece nove vezes na profecia e duas no livro de Esdras
(Ed 5.1; 6.14). Ageu foi o primeiro profeta a atuar no pós-exílio. Seu chamado
ocorreu cerca de dois meses antes de Zacarias receber o primeiro oráculo: “no
ano segundo do rei Dario” em 520 a.C (1.1; Zc 1.1). O fato de Ageu
apresentar-se como “profeta” (vv.1,3,12; 2.1,10) demonstra que os
contemporâneos reconheciam-lhe o ofício sagrado. Além dele, apenas Habacuque e Zacarias
mencionam o ofício profético em suas apresentações (Hc 1.1; Zc 1.1).
3. Zorobabel. A profecia de Ageu foi dirigida “a Zorobabel, filho
de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote”
(v.1). Sob a sua liderança e a do sacerdote Josué, ou Jesua, filho de
Jozadaque, os remanescentes juDEUS retornaram da Babilônia para Jerusalém (Ed
2.2; Ne 7.6,7; 12.1). A promessa divina dirigida a Zorobabel é messiânica
(2.21-23), sendo que a própria linhagem messiânica passa por ele (Mt 1.12; Lc
3.27). Dessa forma, JESUS é o “Filho de Davi”, mas também de Zorobabel.
4. Estrutura e mensagem. O livro consiste de quatro curtos
oráculos. O primeiro foi entregue “no sexto mês, no primeiro dia do mês” (v.1)
[mês hebraico de elul, 29 de agosto]; o segundo, “no sétimo mês, ao vigésimo
primeiro do mês” (2.1) [mês de tisrei, 17 de outubro]; o terceiro e o quarto
oráculos vieram no mesmo dia, o “vigésimo quarto dia do mês nono” (2.10,20)
[mês de quisleu, 18 de dezembro]. A revelação foi dada diretamente por DEUS
(vv.1,3). Apenas Ageu apresenta com tamanha precisão as datas do recebimento
dos oráculos. O tema do livro é reconstrução do Templo. Dos a 38 versículos
divididos em dois capítulos, dez falam da Casa de DEUS, em Jerusalém
(vv.2,4,8,9,14; 2.3,7,9,15,18). Em o Novo Testamento, Ageu é citado uma única
vez (2.6; Hb 12.26,27).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O tema do livro de Ageu é a reconstrução do Templo. Dos trinta e
oito versículos, dez falam da Casa de DEUS em Jerusalém.
II. RESPONSABILIDADE E OBRIGAÇÕES
1. A desculpa do povo. Ageu inicia a mensagem com a fórmula
profética que aponta para a autoridade divina (v.2). O povo, em débito que
estava com o Eterno (v.2b), em vez de reivindicar o decreto de Ciro para
continuar a construção do Templo, usou a desculpa de que não era tempo de
construir. Por isso, o Senhor evita chamar Judá de “meu povo”, referindo-se a
eles como “este povo”. Em outras palavras, DEUS não gostou da desculpa da nação
(Jr 14.10,11).
2. Inversão de prioridades (vv.3,4). O oráculo volta a dizer que a
Palavra de DEUS veio a Ageu (v.3). Ênfase que demonstra ser o discurso do
profeta uma mensagem advinda diretamente do Senhor que, inclusive, trouxera
Judá de volta a Jerusalém para construir a sua Casa. Mas o povo preocupou-se
mais em morar nas casas forradas, enquanto que o Templo, cujo embargo havia
ocorrido há 15 anos, continuava em total abandono (v.4). Era uma opção
insensata. Os juDEUS negligenciaram uma responsabilidade que, através do rei
Ciro, o Altíssimo lhes atribuíra (Ed 1.8-11; 5.14-16). O desprezo pela Casa do
Altíssimo representa o gesto de ingratidão do povo judeu (veja o reverso em
Davi: 2 Sm 7.2).
3. Um convite à reflexão. No versículo cinco, vemos um apelo à
consciência e ao bom senso, pois é o próprio DEUS quem fala. Tal exemplo mostra
que devemos parar e refletir, avaliando a situação à nossa volta, percebendo,
inclusive, o agir do Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A responsabilidade e as obrigações devem ser precedidas por uma
reflexão cujo bom senso e a consciência permite-nos conhecer o agir do Senhor
em nossa volta.
III. A EXORTAÇÃO DIVINA
1. Crise econômica. O profeta fala sobre o trabalhar, o comer, o
beber e o vestir como necessidades básicas, pois garantem a dignidade do ser
humano. Mas temos aqui um quadro deplorável da economia do país. A abundante
semeadura produzia muito pouco. A quantidade de víveres não era suficiente para
saciar a fome de todos. A bebida era escassa, a roupa de baixa qualidade e o
salário não tinha a bênção de DEUS (v.6). Tudo isso “por causa da minha casa,
que está deserta, e cada um de vós corre à sua própria casa” (v.9). Era o
castigo pela desobediência (Dt 28.38-40). Era o resultado da ingratidão do
povo. Por isso, o profeta convida a todos a refletir (v.7).
2. A solução. Nem tudo estava perdido! DEUS enviou Ageu para
apresentar uma saída ao povo. O Profeta deveria levar adiante o compromisso
assumido com DEUS: subir ao monte, cortar madeira e construir a Casa de DEUS.
Fazendo isso, o Senhor se agradaria de Israel e o nome do Eterno seria
glorificado (v.8). Não era comum o povo e as autoridades acatarem a mensagem
dos profetas naqueles tempos. Oseias e Jeremias são exemplos clássicos disso,
mas aqui foi diferente. O ESPÍRITO SANTO atuou de maneira tão maravilhosa, que
ocorreu um verdadeiro avivamento e a construção do Templo prosseguiu sob a
liderança de Zorobabel e do sumo sacerdote Josué (v.14).
3. O Segundo Templo. Enquanto isso, na Pérsia, o novo rei Dario
Histaspes pôs fim ao embargo. Ele colheu ofertas para a construção e deu ordens
para não faltar nada durante o andamento da obra. Ele ainda pediu oração ao
povo de DEUS em seu favor (Ed 6.7-10). Finalmente, o Templo foi inaugurado em
516 a.C, “no sexto ano de Dario” (Ed 6.15). Esse é o segundo e o último Templo
de Jerusalém na história dos juDEUS. E assim, a presença de DEUS no Templo fez
da glória da segunda Casa maior que a da primeira (2.9).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A presença de DEUS no Templo fez a glória da segunda Casa maior que
a da primeira.
CONCLUSÃO
A lição de Ageu tem muito a ensinar-nos. Não devemos encarar a
nossa responsabilidade e compromisso como fardos pesados, mas recebê-los como
algo sublime. É honra e privilégio fazer parte do projeto e do plano divinos,
mesmo em situação adversa (At 5.41). Assim, somos encorajados por JESUS a atuar
na seara do Mestre a fim de que a nossa luz brilhe diante dos homens e DEUS
seja glorificado (Mt 5.16).
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO 11, AGEU, O COMPROMISSO DO POVO DA ALIANÇA - CPAD
LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2012 - CPAD - Para jovens e
adultos
Tema: Os Doze Profetas Menores - Advertências e Consolações
para a Santificação da Igreja de CRISTO.
Comentários da revista da CPAD: Pr. Esequias Soares
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Ageu 1.1-9
1 No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do
mês, veio a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel,
filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo
sacerdote, dizendo: 2 Assim fala o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Este povo
diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser
edificada. 3 Veio, pois, a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu,
dizendo: 4 É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta
casa há de ficar deserta? 5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos:
Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos. 6 Semeais muito e recolheis pouco;
comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas
ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado. 7
Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.
8 Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu
serei glorificado, diz o SENHOR. 9 Olhastes para muito, mas eis que alcançastes
pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu lhe assoprei. Por quê?
disse o SENHOR dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, e cada
um de vós corre à sua própria casa.
Comentário rápido - Pr Henrique
Nove profetas menores já profetizaram até aqui sobre o cativeiro de
Israel e os juízos de DEUS sobre Israel, tanto do norte como sobre Judá devido
a sua idolatria.
Agora o império babilônico cai. O império vigente agora é o Persa.
O profeta Ageu é o primeiro dos profetas menores a profetizar após
o cativeiro babilônico. Ageu - seu nome significa festa, alegria de voltar a
Jerusalém e celebrar festas ao Senhor. Profetizou na época do profeta Zacarias.
Após 70 anos de cativeiro como Jeremias havia profetizado o rei
Ciro II ou Ciro” o grande”, rei da Pérsia, 2 Cr 36.22 permitiu e incentivou o
povo de Israel a viajarem para Jerusalém para que a casa do Senhor fosse
reconstruída. Nessa época Daniel faleceu. Nem todos desejaram voltar, mas
aqueles que se prontificaram voltaram sob o comando de Zorobabel que tinha a
primazia sobre eles por ser descendente direto dos reis e junto com o sumo
sacerdote Josué.
Quem estava bem financeiramente ficou em babilônia e região. Todos
já haviam sido curados da idolatria aos DEUSes da terra de Canaã.
O rei Cambises ordenou que fosse paralisada a obra do templo por
ouvir a denúncias de inimigos dos juDEUS que moravam na região, principalmente
os samaritanos.
O rei Dario Histaspes autorizou a continuação da obra do Templo (Ed
6.1,12,13). Até pediu a oração do povo em seu favor.
O pecado do povo agora não era a idolatria, mas o amor ao dinheiro.
Desanimaram de construir o templo e passaram a se dedicar a embelezar suas
próprias casas.
Qual era a situação desse povo? A bebida era escassa, a roupa de
baixa qualidade e o salário não tinha a bênção de DEUS (v.6). Por que? Era o
castigo de DEUS pela desobediência e quebra da aliança que DEUS tinha com eles
(Dt 28.38-40).
O profeta Ageu foi o mensageiro de DEUS para levar uma mensagem de
reflexão sobre a situação em que estavam vivendo e de fé e de ânimo ao povo. Ao
contrário do povo de antes que não ouvia seus profetas, aqui, o povo ouve Ageu
e trabalha na construção do templo acontecendo assim um verdadeiro avivamento e
a construção do Templo prosseguiu sob a liderança de Zorobabel e do sumo
sacerdote Josué (v.14).
Assim o Templo foi inaugurado em 516 a.C. "no sexto ano de
Dario" (Ed 6.15) em quatro anos duração. Esse é o segundo e o último
Templo de Jerusalém na história dos juDEUS conhecido como o templo de
Zorobabel.
Ageu profetizou durante quase 4 meses e entregou 4 mensagens. Ano
em que profetizou - 521 a.C.
Mensagens entregues por Ageu:
Primeira Mensagem: Concluir a Construção do Templo (1.1-15)
Segunda Mensagem: A Promessa de Maior Glória (2.1-9)
Terceira Mensagem: A Chamada à Santidade com Bênçãos (2.10-19)
Quarta Mensagem: Uma Promessa Profética (2.20-23)
Propósitos do livro:
(1) exortar Zorobabel (o governador) e Josué (o sumo sacerdote) a
mobilizarem o povo para a reedificação do templo; e
(2) motivar o povo a reordenar suas vidas e prioridades para que a
obra da Casa de DEUS fosse recomeçada com as bênçãos divinas.
A glória desse segundo templo seria maior do que a glória que apareceu no
templo de Salomão. JESUS (DEUS mesmo) estaria ali no futuro. No templo
restaurado por Herodes, mas esse mesmo templo, conhecido como templo de
Zorobabel.
Quem é santo e toca em alguém não vai tornar puro aquele em que ele
toca (santidade é conseguida por esforço e decisão individual), mas aquele que
é impuro torna impuro aquele em que ele toca (concordar ou participar dos
pecados alheios, manter a comunhão com os pecadores nos torna impuros).
Aplicação
Será que estamos deixando de contribuir com a obra de DEUS para nos
dedicarmos a nossas casas?
Será que gastamos mais em Coca-Cola do que em ofertas para
missionários?
Será que nossos líderes gastam mais em mansões, carros de luxo,
ternos de grifes famosas, templos suntuosos do que em missões e evangelização
mundial?
Será que estamos mantendo nossa fidelidade nos dízimos e ofertas
para a obra do Senhor?
Será que estamos nos santificando ou estamos nos misturando ao
mundo e até somos confundidos com seu cidadãos?
Comentários da BEP - CPAD
1.1 VEIO A PALAVRA DO SENHOR, PELO... PROFETA AGEU. Ciro, rei da
Pérsia, havia permitido que 50.000 juDEUS exilados voltassem a Jerusalém sob a
liderança do governador Zorobabel e do sumo sacerdote Josué (ver Ed 1.2-4;
2.64, 65; 3.2; 5.1). Durante o segundo ano de seu retorno (536-535 a.C), foram
lançados os alicerces do templo (ver Ed 3.8-10). A oposição dos samaritanos,
porém, fez cessar a obra (ver Ed 4.1-5,24). Consequentemente, os juDEUS
tornaram-se espiritualmente apáticos. Passar-se-iam dezesseis anos até que
retomassem à construção da Casa do Senhor. DEUS, então, envia-lhes os profetas
Ageu e Zacarias para encorajá-los a recomeçar a obra (ver a introdução do livro
de Ageu).
1.4 CASAS ESTUCADAS. Os juDEUS que haviam voltado do cativeiro, estavam tão
ocupados com os próprios interesses, que passaram a negligenciar a construção
da Casa de DEUS. Suas casas achavam-se revestidas de madeira de cedro, ao passo
que o templo permanecia em ruínas. Ageu, então, mostra-lhes que a obra de DEUS
tem de ter toda a primazia. Da mesma forma, o reino de DEUS e os interesses da
causa do Mestre devem ser a suprema prioridade em nossa vida (Mt 6.33). Note
como o Senhor JESUS era zeloso pela casa e obra de DEUS (Jo 2.17; 4.34; 6.38;
9.4). O que estabelecemos como prioridade, indica o amor que devotamos ao nosso
Senhor.
1.6-11 SEMEAIS MUITO E RECOLHEIS POUCO. O povo de DEUS perdera a sua bênção,
pois estava vivendo apenas em função das próprias vantagens. Eles revelavam um
mínimo interesse pelos alvos e propósitos divinos. De igual modo, poderemos
esperar um declínio das bênçãos e da ajuda de DEUS em nossa vida, se não
estivermos vitalmente interessados pela sua obra, tanto no lar quanto entre as
nações.
1.12 OUVIU... A VOZ DO SENHOR. Os líderes e o povo reagiram
positivamente à mensagem de Ageu, obedeceram e temeram ao Senhor. Levando a
sério a palavra de DEUS, recomeçaram de imediato os trabalhos de construção da
Casa de DEUS.
1.13 EU SOU CONVOSCO. DEUS responde à obediência de seu povo, prometendo-lhe
que estaria ao seu lado. Fortaleceu-lhes a resolução, e ajudou-os a levar a
efeito a obra (cf. Zc 4.6). Estar "contigo" é a mais grandiosa
promessa que o Senhor pode fazer-nos (ver Gn 26.24; 28.15; 39.2,3,21,23; Êx
3.12; Mt 28.20).
2.3 ESTA CASA NA SUA PRIMEIRA GLÓRIA. Depois de concluída a obra do
templo pós-exílico, algumas pessoas viram-se desanimadas e desiludidas por
considerarem o novo templo como "nada" em comparação à magnificência
do templo construído por Salomão. Sendo assim, DEUS encoraja o povo com três
promessas:
(1) o próprio DEUS estará com eles para garantir o cumprimento de
todas as suas promessas segundo o concerto (v. 4);
(2) o ESPÍRITO de DEUS permanecerá entre o povo (v. 5); e
(3) a glória do último templo seria maior que a do primeiro por
causa da demonstração do poder de DEUS que nele haverá (v. 9; cf. o ministério
de JESUS e dos apóstolos, conforme registrado nos Evangelhos e em Atos,
dar-se-ia na época do segundo templo). Não é a beleza das estruturas
eclesiásticas que, em última análise, dá frutos ao reino de DEUS. O que mais
importa é a presença dos dons, ministérios e poder do ESPÍRITO SANTO em nosso
meio. Perguntemo-nos a nós mesmos: O ESPÍRITO SANTO manifesta-se em grande
medida em nossas reuniões, ou há pouca, ou nenhuma evidência, de sua presença e
poder entre nós
2.6-9 FAREI TREMER OS CÉUS, E A TERRA. Estes versículos referem-se ao juízo
divino contra o mundo antes e durante a volta de JESUS CRISTO (cf. Hb
12.26,27): "Os céus e a terra tremerão" (Jl 3.16; cf. Mt 24.29,30). A
glória de DEUS, então, encherá o templo como nunca dantes aconteceu. Ele
habitará entre o seu povo, em paz, como o Salvador glorioso.
2.10-14 PERGUNTA, AGORA, AOS SACERDOTES. DEUS mostra ao povo que,
embora a santidade não possa ser transmitida mediante o contato, as influências
corruptíveis do pecado não deixam de ser contagiosas. Noutras palavras: morar
na terra santa não torna ninguém santo, ao passo que o pecado profana tudo quanto
o povo faz, inclusive os atos de adoração.
2.15-19 APLICAI O VOSSO CORAÇÃO A ISSO, DESDE ESTE DIA EM DIANTE. DEUS
ordena ao povo que considere por que não fora ainda abençoado. A causa era a
desobediência (ver 1.9-11).
Agora, porém, dispunham-se a edificar o templo. Por sua vez, DEUS faz com que
tudo quanto eles empreendam tenha êxito. Tal princípio é expresso também no NT.
O favor de DEUS, seu amor e comunhão, vêm-nos somente à medida que continuamos
a buscá-lo, e a observar-lhe os mandamentos (ver Jo 14.21-23).
2.21 FAREI TREMER OS CÉUS E A TERRA. O profeta encoraja Zorobabel, governador
do povo de DEUS, garantindo-lhe que, um dia, o Senhor destruirá o poder dos
reinos e nações em toda a terra. Este dia dar-se-á quando JESUS CRISTO estiver
reinando sobre todos os habitantes do mundo (ver Ap 19.11-21).
2.23 ZOROBABEL... COMO UM ANEL DE SELAR. Quando chegasse o momento de abalar os
céus e a terra, Ele faria de Zorobabel um anel de selar. Constituía-se este na
marca oficial da autoridade suprema; era uma garantia do favor de DEUS para com
o seu povo. É possível que Ageu estivesse profetizando acerca de JESUS CRISTO
que, como descendente de Zorobabel (ver Mt 1.12-13), será, "naquele
dia", o governante supremo, cujo reino há de ser absoluto e universal.
Esboço da BEP - CPAD
I. A Primeira Mensagem: Concluir a Construção do Templo (1.1-15)
A. Data: 1º de Elul (29 de agosto) de 520 a.C. (1.1)
B. O Profeta Repreende o Povo por Não Ter Concluído a Construção do
Templo (1.2-11)
C. A Reação do Povo (1.12-15)
II. A Segunda Mensagem: A Promessa de Maior Glória (2.1-9)
A. Data: 21 de Tisri (17 de outubro) de 520 a.C. (2.1)
B. O Último Templo Comparado ao Anterior (2.2-4)
C. A Glória do Último Templo Será Maior (2.5-9)
III.A Terceira Mensagem: A Chamada à Santidade com Bênçãos (2.10-19)
A. Data: 24 de Quisleu (18 de dezembro) de 520 a.C. (2.10)
B. O Efeito Corruptor do Pecado (2.11-14)
C. A Bênção da Obediência (2.15-19)
IV. A Quarta Mensagem: Uma Promessa Profética (2.20-23)
A. Data: 24 de Quisleu (18 de dezembro) de 520 a.C. (2.20)
B. A Ruína Futura das Nações (2.21,22)
C. O Significado Profético de Zorobabel (2.23)
Autor: Ageu
Tema: Reedificação do Templo
Data: 520 a.C.
Considerações Preliminares
Ageu é o primeiro de três livros pós-exílicos no AT (os outros dois são
Zacarias e Malaquias). É mencionado nominalmente duas vezes em Esdras (5.1;
6.14), e nove neste livro. É chamado “o profeta” (1.1; 2.1,10; Ed 6.14) e
“embaixador do Senhor” (1.13). Pode ter sido um daqueles poucos exilados que,
ao voltarem para repovoar Jerusalém, ainda se lembravam do templo de Salomão
antes que fosse destruído pelos exércitos de Nabucodonosor em 586 a.C. (2.3).
Sendo assim, Ageu devia ter entre setenta e oitenta anos de idade ao
profetizar. O livro tem uma data exata para sua composição: o segundo ano do
rei Dario da Pérsia (520 a.C.; 1.1).
O contexto histórico do livro é importante para compreendermos sua mensagem. Em
538 a.C., Ciro, rei da Pérsia, promulgara um decreto, permitindo aos juDEUS
exilados voltarem à pátria para reconstruir Jerusalém e o templo, cumprindo,
assim, as profecias de Isaías e Jeremias (Is 45.1-3; Jr 25.11,12; 29.10-14), e
a intercessão de Daniel (Dn 9). O primeiro grupo de juDEUS a voltar para
Jerusalém, havia deitado os alicerces do novo templo em 536 a.C., em meio a
muita emoção e expectativa (Ed 3.8-10). No entanto, os samaritanos e outros
vizinhos opuseram-se fisicamente ao empreendimento, desanimando os
trabalhadores de tal maneira, que a obra acabou por ser interrompida em 534
a.C.. A letargia espiritual generalizou-se, induzindo o povo a voltar à
reconstrução de suas próprias casas. Em 520 a.C., Ageu, acompanhado por um
profeta mais jovem — Zacarias (ver a introdução de Zacarias), conclama
Zorobabel e o povo a retomar a construção da casa de DEUS. Quatro anos mais
tarde, o templo foi completado e dedicado ao Senhor (cf. Ed 4—6).
Propósito
Durante um período de quatro meses, em 520 a.C., Ageu entregou quatro
concisas mensagens registradas neste livro (ver o esboço).
As mensagens tinham duplo propósito:
(1) exortar Zorobabel (o governador) e Josué (o sumo sacerdote) a
mobilizarem o povo para a reedificação do templo; e
(2) motivar o povo a reordenar suas vidas e prioridades para que a
obra da Casa de DEUS fosse recomeçada com as bênçãos divinas.
Visão Panorâmica
O livro contém quatro mensagens, cada uma delas introduzida pela frase: “a
palavra do Senhor” (1.1; 2.1; 2.10; 2.20). (1) Primeiro, Ageu repreende os
repatriados por estarem tão interessados em suas próprias casas, revestidas de
cedro por dentro, enquanto a Casa de DEUS permanecia em desolação (1.4). O
profeta exorta-os por duas vezes a considerar seus caminhos (1.5,7),
revelando-lhes ter o Senhor DEUS retirado a bênção sobre eles em consequência
de seus maus caminhos (1.6,9-11). Zorobabel e Josué, juntamente com o restante
do povo, reagindo à palavra do profeta, demonstram reverência a DEUS, e
recomeçam a obra (1.12-15).
(2) Poucas semanas depois, a reação dos repatriados, que haviam visto a glória
do primeiro templo e que consideravam como nada o segundo, começava a desanimar
o povo (2.3). Ageu, então, exorta os líderes a se mostrarem corajosos, porque
(a) seus esforços faziam parte de um quadro profético mais amplo (2.4-7), e (b)
“a glória desta última casa será maior do que a da primeira” (2.9). (3) A
terceira mensagem de Ageu, que conclama o povo a viver uma vida de santa
obediência (2.10-19), (4) e sua quarta mensagem (2.20-23), foram entregues no
mesmo dia. A última mensagem prediz que Zorobabel representaria a continuação
da linhagem e da promessa messiânica (2.23).
Características Especiais
Quatro aspectos básicos caracterizam o livro de Ageu. (1) Foi a primeira
palavra profética nítida ouvida por Judá depois do exílio babilônico. (2) É o
segundo menor livro do AT (apenas trinta e oito versículos); Obadias é o menor.
(3) A frase “assim diz o Senhor” (e suas variações) ocorre vinte e nove vezes,
ressaltando a urgência de sua mensagem aos repatriados. (4) Contém uma das
profecias mais arrojadas do AT a respeito da visitação futura de DEUS (2.6-9).
O Livro de Ageu ante o NT
Vários versículos do capítulo 2 falam da vinda do Messias (vv. 6-9, 21-23).
O abalo futuro dos céus, da terra, das nações e dos reinos é referido pelo
autor de Hebreus (Hb 12.26-28). Além disso, Ageu profetiza que Zorobabel será
como o “anel de selar”, ou selo oficial. Em ambas as genealogias de JESUS
CRISTO, no NT (Mt 1.12,13; Lc 3.27), Zorobabel é o ponto que liga as
ramificações da linhagem messiânica: de Salomão (filho de Davi) até Zorobabel,
e daí até Maria; e de Natã (filho de Davi) até Zorobabel, e daí até José.
RESUMO DA LIÇÃO 11, AGEU, O COMPROMISSO DO POVO DA ALIANÇA
I. O LIVRO DE AGEU
1. Contexto histórico.
a) Cambises. b) Dario Histaspes.
2. Vida pessoal.
3. Zorobabel.
4. Estrutura e mensagem.
II. RESPONSABILIDADE E OBRIGAÇÕES
1. A desculpa do povo.
2. Inversão de prioridades (vv.3,4).
3. Um convite à reflexão.
III. A EXORTAÇÃO DIVINA
1. Crise econômica. .
2. A solução.
3. O Segundo Templo.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O tema do livro de Ageu é a reconstrução do
Templo. Dos trinta e oito versículos, dez falam da Casa de DEUS em Jerusalém.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) A responsabilidade e as obrigações devem ser
precedidas por uma reflexão cujo bom senso e a consciência permite-nos conhecer
o agir do Senhor em nossa volta.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A presença de DEUS no Templo fez a glória da
segunda Casa maior que a da primeira.
LIVRO DE AGEU - PRINCÍPIOS PARA O SUCESSO E PROSPERIDADE - REVISTA
BETEL - 2º TRIMESTRE DE 2008
TEXTO ÁUREO
Mas buscai primeiro o reino de DEUS, e a sua justiça, e todas essas
coisas vos serão acrescentadas". (Mt 6.33)
VERDADE APLICADA
DEUS é o principal interessado na prosperidade dos salvos, pois
eles são membros do corpo de CRISTO.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que DEUS cuida de todas as necessidades daqueles que
confiam nEle, e se entregam, sem reservas, ao cumprimento dos Seus desígnios;
Ensinar que aplicar recursos materiais na obra do Senhor nao é
generosidade. É fidelidade ao projeto de DEUS; .
Lembrar que depois de entregarmos ao Senhor o que lhe é devido
ainda teremos o suficiente para satisfazer os desejos do nosso coração.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ag 1.4 - É para vós tempo de habitar em vossas casas estucadas, e
esta casa há de ficar deserta?
Ag 1.5 - Ora, pois, assim diz o diz o Senhor dos exércitos: Aplicai
o vosso coração aos vossos caminhos.
Ag 1.6 - Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos
fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestidos, mas ninguém se aquece; e o que
recebe salário recebe num saquitel furado.
Ag1.7 - Subi o monte e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me
agradarei e eu serei glorificado, diz o Senhor.
Ag 1.9 - Olhastes para muito, mas alcançastes pouco; e esse pouco,
quando o trouxestes para casa, eu lhes assoprei. Por que? - Disse o Senhor dos
Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, e cada um corre à sua
própria casa.
INTRODUÇÃO
DEUS comissionou Ageu para revelar aos juDEUS que as dificuldades
financeiras deles eram reflexos diretos do abandono do propósito pelo qual o
Senhor os trouxera do cativeiro. Sua profecia é fundamental para a Igreja do
Senhor JESUS, pois a observância dos princípios nela apresentados, guarda-nos de
cair no engano de Satanás, principal interessado em desviar e empobrecer os
filhos de DEUS e impedir a difusão do evangelho e o estabelecimento do reino
dos céus.
1- O CONTEXTO HISTÓRICO DE AGEU
Este tópico deve ser cuidadosamente estudado e comparado com o
livro de Esdras que é onde se encontra maior quantidade de informação sobre o
contexto e ambiente histórico dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias. Este
último profetizou cerca de setenta anos depois dos primeiros, mas de um modo
geral as condições eram as mesmas.
a) Quem foi Ageu? - Não temos a resposta, porém temos a mensagem,
que o profeta cuidadosamente registrou e através dela DEUS fala ao seu povo até
hoje.
Pelo livro de Esdras tomamos conhecimento que Ageu e Zacarias
estavam entre os cativos que voltaram da Babilônia quando o rei Ciro, movido
por DEUS autorizou o regresso dos juDEUS a Jerusalém em 536 a.C (Ed 5.1).
b) Cerca de cinquenta mil pessoas fizeram a viagem de volta ao lar
(Ed 2.64,65) - Abastecidos com ouro, prata, objetos preciosos, gado e muitas
outras coisas que foram voluntariamente doadas, além dos utensílios do templo
que Nabucodonosor tinha levado para Babilônia (Ed 1.6-11).
Animados, assim que se organizaram, começaram a obra (Ed 3.8). Mas
esta por ordem de Artaxerxes, foi interrompida (Ed 4.6) e a retomada só se deu
15 anos após (Ed 4.24), mediante o estímulo de Ageu e Zacarias, chamados de
"profetas da restauração".
c) As profecias registradas no livro de Ageu e no Livro de Zacarias
tiveram lugar no ano 520 a.C - E este era o segundo ano de Dário I (Ag 1.1; Zc
1.1), porém o ministério do segundo estendeu-se um pouco mais (Zc 7.1). As de
Malaquias em 435 a. C. Pelas exortações do capítulo um de Ageu e pelas
promessas do capítulo dois ficamos sabendo que já há algum tempo secas, pragas
e inflação vinham angustiando e empobrecendo os juDEUS.
2- AGEU CONCLAMA A DAR PRIORIDADE A DEUS .
Mesmo trabalhando árdua e constantemente as necessidades básicas ao
quotidiano (Ag 1.6a), fracassos nos negócios, e dificuldades financeiras se
tornaram rotineiras na vida dos juDEUS do pós-exílio, a ponto de não
desfrutarem, sequer, do produto de seus labores (Ag 1.6); e muitos outros,
escravizados pelo consumismo.
Por mais que aumentassem a renda, nunca tinham o suficiente para
satisfazer as necessidades que surgiam a cada dia (Ag 1.6).
De acordo com O profeta Ageu, eles precisavam:
a) Precisavam rever o projeto de DEUS - Os juDEUS perderam de vista
o projeto principal de Jeová para eles - reconstruir o templo (Ed 1.3).
Foi-lhes concedido tudo o que precisavam para iniciar a obra (Ed 1.6-11), o
restante DEUS lhes daria à medida que os trabalhos avançassem. Cada membro do
corpo de CRISTO foi chamado e capacitado para o Seu grande e maravilhoso
propósito: "Eu vos escolhi e vos nomeei para que vades e deis muito fruto
... " (Jo 15.16; lPe 2.5,9; Ef 3.10).
b) Precisavam eliminar as desculpas que não se justificavam mais -
Dário I já havia liberado as obras do templo. Mas, os juDEUS alegavam que ainda
não era chegado o tem o de edificar a casa de DEUS. Satanás procura manter-nos
bem ocupados para não percebermos as oportunidades novas que o Senhor cria.
Mas, o Senhor JESUS exorta-nos: "Lembra-te de onde caíste, e arrepende-te,
e pratica as primeiras obras" (Ap 2.5).
C) Precisavam por as contas em dia - Os juDEUS receberam abundância
de recursos para investirem na reconstrução da casa do Senhor (Ed 1.6), mas
quando a obra foi interrompida eles usaram o restante na edificação de suas
próprias casas (Ag 1.4). Por conta disso, eles tinham colheitas fracas, fome e
sede fortes; agasalhos leves, invernos rigorosos; salários baixos, preços
altíssimos (Ag 1.6); almejavam muito e alcançavam pouco. Suas contas foram
reprovadas por DEUS (Ag 1.9-11).
3- AGEU CONCLAMA A RESGATÀR O PLANO DE DEUS
Não era suficiente que os juDEUS reconhecessem que tinham falhado
em observar as prioridades de DEUS. Para mudar a situação era necessário tomar
atitudes firmes e corajosas que possibilitassem a retomada do plano de DEUS, e
assumir a responsabilidade de reconstruir e zelar pela manutenção da casa do
Senhor, confiando que Ele supriria abundantemente
todas as suas necessidades. Motivados e estimulados pelo profeta:
a) O povo agiu imediatamente" E o povo ouviu a voz do Senhor,
seu DEUS, e as palavras do profeta Ageu". "Então o príncipe
Zorobabel, e o sumo sacerdote Josué, e o resto do povo, vieram e trabalharam na
casa do Senhor DEUS dos Exércitos, ao vigésimo quarto dia do sexto mês"
(1.12,15).
E em vinte e quatro dias fizeram a planta do edifício e começaram a
obra (2 .1,3). Ações iniciadas antes que se dissipem a força, o entusiasmo e os
recursos recebidos do Senhor, são indispensáveis ao sucesso de empreendimentos.
b) O povo afastou a ideia de que o passado era melhor do que o
presente - Esta comparação poderia desanimá-los ao constatar a escassez dos
recursos à disposição naquele momento e levá-los a desistir do projeto de DEUS
(Ag 2.3; Ed 3.12). Tenha o passado como referencial libertador, não como
prisão. Lembre-se, DEUS não mudou. Ele está agora mesmo renovando
e restaurando tudo em sua vida.
c) O povo esforçou-se e trabalharam - Ageu exortou-os para que
empenhassem todo esforço na empreitada e DEUS moveria céus e terra (Ag 2.6-8)
para levar a Jerusalém toda prata e todo ouro necessários à obra do templo, e
assegurou-lhes: "A glória desta última casa será maior do que a
primeira" (Ag 2.9). Faça o mesmo. Recomece com os dons, recursos e vigor
que você tem, mesmo que te pareçam escassos. Esforça-te no Senhor teu DEUS, que
nada te há de faltar na execução do plano incomparável que Ele confiou a você.
4- AS PREOCAUÇÕES PAR MANTER A PROSPERIDADE
O profeta Ageu sabia que a prosperidade só perdura se forem tomadas
providências necessárias à sua manutenção. Por isso, somente considerou seu
ministério entre os libertos concluído, depois de dar-lhes instruções a este
respeito. Para prolongar a prosperidade eles precisavam destas coisas:
a) Precisavam fechar a porta para o mal - o santo se torna impuro
pelo contato com o imundo? Sim (Ag 2.12,13). Isto indica que um único deslize
moral destrói um ministério, uma carreira política, uma empresa, uma família.
Porém, no meio do caos que a falta produz nenhuma atitude correta é vista ou
levada em conta a favor do faltoso (Ez 33.12,13).
Portanto, feche bem a tua porta. Mantenha o mal do lado de fora.
b) Precisavam estabelecer a prioridade de DEUS como
referencial - Ageu propôs que os juDEUS tomassem como referencial o dia
que eles voltaram ao projeto de DEUS e começaram a reconstruir o templo. Tendo
isto em mente, sempre que surgissem dificuldades, eles poderiam voltar lá e
perguntar: Qual era a nossa situação antes deste dia (2 .15-17) e como ela veio
a ser depois dele (2.18 ,19)? O que 'DEUS nos mandou fazer a respeito e como
Ele, reagiu a nossa obediência? Por este referencial eles seriam advertidos
contra possíveis desvios de propósito e estimulados a permanecerem fiéis às
prioridades de DEUS.
C) Precisavam confiar no Senhor - Depois que as prioridades foram
restabelecidas, as medidas necessárias para retomar o projeto de DEUS foram
adotadas e as portas fechadas para o mal. Eles confiaram e esperaram
pacientemente pelo Senhor. DEUS garantiu-lhes que no tempo oportuno derribará
tronos, destruirá poderes e forças de oposição aos Seus propósitos e ao Seu
povo e dará autoridade e poder aos Seus escolhidos (Ag 2.21 -23).
CONCLUSÃO
A prioridade de DEUS para a Igreja é que, através dela, o mundo
ouça o Evangelho e milhões sejam salvos pela fé em JESUS. Se vivermos em
sintonia com este propósito, não precisaremos temer a pobreza, nem sermos
consumidos pela avidez das riquezas. Portanto, "busquemos primeiro o reino
de DEUS, e a Sua justiça, e todas essas coisas nos serão acrescentadas"
(Mt 6.33).
Subsídios
Ageu, Zacarias e Malaquias, introdução e comentário - Série cultura
bíblica - Joyce G. Baldwin (http://www.vidanova.com.br/produtos.asp?codigo=442)
INTRODUÇÃO
No ano 520 a. C. Jerusalém estava em crise. Não era uma crise
percebida por todos, como p. ex. uma ameaça de invasão leva o povo todo à ação,
mas o estado perigoso de paralisia moral que aceita como normais condições que
exigem mudanças drásticas. A não ser que um homem de visão e determinação
pudesse intervir no tempo, não haveria esperança de recuperação.
Os juDEUS que retomavam de Babilônia tinham esperado que todo o
deserto se tomasse um jardim florido (Is 35:1). Em vez disto eles encontraram
um deserto que invadia seus campos e pomares à medida que um ano de seca
sucedia ao outro. A consequente carestia e pobreza baixara o moral dos que de
outra forma estariam ansiosos por reconstruir. Três séculos antes Amós tinha
falado de condições climáticas adversas e colheitas frustradas (Am 4:6s),
ensinando que tinham sido os sinais divinos de advertência, que Israel em sua
autoconfiança não, reconheceu. As circunstâncias eram outras, mas mesmo assim
Ageu viu nas secas seguidas um repreensão divina. Diferente de Amós, -ele
estava confrontado com um povo que sabia das suas necessidades e estava
preparado para admitir seu fracasso. Eles aceitaram o diagnóstico de Ageu como
vindo de DEUS, reorganizaram sua vida de acordo, e se puseram a trabalhar.
I. O PROFETA
Parece que Ageu não precisava ser nem apresentado nem identificado
(1:1), porque também em Ed 5:1 e 6:14 ele é simplesmente "o profeta",
e a julgar pela repetição aramaica de Ed 5: 1 - "os profetas, Ageu, o
profeta - ele geralmente era chamado assim (cf "Habacuque, o
profeta", Hc 1:1). A ausência de ascendência pode significar que seu pai
já caíra no esquecimento, que havia poucos profetas e que, por isto "o
profeta" era suficientemente específico, e que ele era bem conhecido na
pequena comunidade judaica. Seu nome é, como' muitos outros no Antigo
Testamento, derivado da palavra hag, "festa": Hagi (Gn 46: 16, Nm
26:15), Hagite (11 Sm 3:4), Hagias (I Cr 6:30). Provavelmente ele nasceu num
dia de festa, e por isto foi chamado de "minha festa" (em latim
festus, em grego hilary). Também é possível que Ageu tenha sido um apelido.
Não devemos nos surpreender se um livro tão curto revela pouca
coisa sobre a vida do profeta. Era ele um jovem que voltou com seus pais em 538
a.C. ?
Se ele na ocasião ainda era criança, a ausência de seu nome na
lista de Esdras 2 poderia ser explicada. Será que ele esteve mesmo em
Babilônia? De acordo com a tradição judaica ele viveu a maior parte de sua vida
em Babilônia. 12 Em parte com base nesta tradição e em parte baseado em Ageu
2:3 surgiu a opinião de que ele era um homem muito idoso quando profetizou,
alguém que tinha visto o templo antes de' sua destruição, e foi incumbido da
tarefa mais importante da sua vida pouco antes de morrer. A autoridade com que
ele pregou e esta única preocupação com o templo tendem a confirmar isto.
De acordo com uma tradição cristã antiga Ageu era um sacerdote, que
foi sepultado com honras perto dos túmulos dos sacerdotes. 13 O fato de nas
versões antigas certos salmos serem atribuídos a Ageu pode prestar apoio à sua
linhagem sacerdotal. A LXX, por exemplo, sobrescreve os salmos 138 e 146-149
com os nomes de Ageu e Zacarias, talvez indicando que eles eram respons4veis
pela coletânea da qual foi feita a tradução grega. A tradição hebraica, por
outro lado, não concorda que Ageu tenha sido sacerdote, e o Rabi Eli Cashdan,
do nosso tempo, escreve: "É evidente que ele não era da tribo sacerdotal,
já que ele chamou a atenção dos sacerdotes de seu tempo para a impureza levítica"
(ii. 11). 14. Esta evidência, no entanto, dificilmente prova o argumento. A
única coisa que podemos afirmar com certeza é que ele tinha uma paixão pela
causa de DEUS que o consumia, como os grandes profetas antes dele. Assim como
Elias confrontou seus contemporâneos 'com uma decisão fundamental no Monte
Carmelo, Ageu reconheceu que para sua geração tudo dependia da reconstrução do
templo. Isto foi "de fato um tipo de encarnação de tudo que DEUS
representava, exigia e podia fazer por seu povo naquela época que estava por
surgir". 15.
12 Rabi Eli Cashdan,
lhe Twe/ve Prophets (Soncino Press, 1948), pg 254.
13 H. G. Mitchell, ICC. Pg. 26, citando Dorotheus e Hesychius para
provar sua afirmação. .
14 Op. cit., pg. 252.
15 J. B. Taylor,
Ezekie/ (TOTC. 1969), pg. 253.
Das informações precisas contidas no texto descobrimos que Ageu
pregou os sermões registrados em seu livro no espaço de quinze semanas durante
o segundo ano de Dario 1(521-486 a. C.). Tem sido possível, com a ajuda da
evidência de mais de cem textos babilônicos, e de tabelas da lua nova
calculados com informações astronômicas, sincronizar os antigos calendários, o
lunar com o calendário Juliano. Os resultados coincidem quase completamente,
com margem de erro de um dia. 16 A tabela abaixo apresenta as datas que
aparecem em Ageu e Zacarias, e seus equivalentes. A coluna quatro dá a data no
calendário Juliano em que houve lua nova em cada ano mencionado.
|
Ano de |
mês |
Data da |
|
data equivalente, |
Referência |
Dario |
|
lua nova |
dia |
a.C. |
Ag 1:1 |
segundo |
sexto |
29 ago |
1.0 |
29 ago 520 |
Ag 1: 15 |
.. |
.. |
.. |
24.° |
21 set 520 |
Ag 2:1 |
.. |
sétimo |
27 set |
21.° |
17 out 520 |
Zc 1:1 |
.. |
oitavo |
27 out |
|
|
Ag 2: 10,20 |
.. |
nono |
25 Nov |
24.° |
18 dez 520 |
Zc 1:7 |
.. |
11.° |
23 jan |
24.° |
15 fev 519 |
Zc 7:1 |
quarto |
nono |
4 dez |
4.° |
7 dez 518 |
Não há nenhuma possibilidade de saber o que aconteceu a Ageu |
|||||
depois de 18 de dezembro de 520. Assim que a reconstrução do
templo |
|||||
foi iniciada com seriedade sua missão estava cumprida, e ele se
retirou |
|||||
do cenário, tendo em Zacarias um sucessor para continuar sua
obra. |
II. SEU LIVRO
Neste curto livro foram registradas somente as partes essenciais
das quatro mensagens do profeta. Se prestarmos atenção, poderemos notar a
distinção que há entre as palavras do profeta e a moldura em que elas foram
colocadas. As introduções datadas (1:1, 2:1, 10,20), a narrativa (I: 12) e as
introduções abreviadas (2: 13, 14) fazem referência a Ageu na terceira pessoa,
dando a impressão que alguém; que não era o profeta, foi responsável pela
coletânea das mensagens. Há muita probabilidade de que o livro foi"
editado logo depois de 520 a.C. Que Ageu estava tão vivo na memória das pessoas
que não precisava ser apresentado já foi mencionado.
16 Material importante, junto com tabelas que incluem as datas em
que os meses iniciavam, pode ser encontrado em R. A. Parker e W. H.
Dubberstein, Babyloniao Chron%gy 626 a.C. - 75 'd.e. (Brown University Press,
1956).
O." Eissfeld ficou impressionado com "os detalhes muito
exatos e claramente confiáveis do relato", que na sua opinião devem
remontar as anotações do próprio profeta, para destacar a impressão de total
objetividade do seu relato, escolhendo por isso a terceira pessoa e não a
primeira". 17 P. R. Ackroyd tem um ponto de vista totalmente diferente.
Ele acha que o editor foi responsável pela datação e arranjo dos
escritos, possivelmente um século, talvez até dois depois do tempo de
Ageu. "No caso de Ageu podemos presumir que durante algum tempo os
oráculos foram transmitidos oralmente, depois em forma escrita, até .assumirem
a forma atual. Não podemos determinar a duração deste período, mas em vista das
semelhanças já mencionadas, entre as datas de Ageu e as de Crônica podemos
estimá-la 'em não menor que um século", talvez tão extenso como dois
séculos ,18
Recentemente W. . M. Beucke argumentou que Ageu e Zacarias 1-8
foram editados "numbiente ronístico".19 Ele argumenta que o mesmo
interesse destacado 0-1 pio, seu ritual e a comunidade da linhagem davídica
dominam tanto estes profetas como os livros de Crônicas. Isto é verdade, mas se
Beucken está querendo dizer que os editores selecionaram os temas que eles
individualmente preferiam registrar; isto diminuiria a confiança nos livros na
forma que chegaram até nós. Nós cremos que é mais provável e lógico que Ageu
foi editado cedo, possivelmente antes de 500 a.C., e que ele, junto com
Zacarias, moldou o pensamento dos que editaram os livros das Crônicas.
Ageu, como seus predecessores, talvez tenha colocado seus oráculos
em forma poética para torná-los o mais vívidos e memoráveis possível. A
incerteza surge porque a poesia hebraica não tinha rimas, e passaria por prosa,
como muitos poemas atuais, se não fosse escrita em versos; por isto nem sempre
é possível identificar a poesia hebraica com certeza. Vemos um claro
paralelismo (idéias iguais ou opostas colocadas em cláusulas paralelas) no
versículo 6, e notamos um ritmo distinto
até mesmo na tradução de 1:9-11.20 Quer tenha usado poesia ou
prosa, Ageu era direto e franco. Ele desafiou seu ouvintes com as características
de Elias. Ninguém podia deixar de compreender sua mensagem, pois ele repetiu
diversas vezes seus imperativos favoritos: "Considerai" (l :5, 17 O.
Eissfeldt, The Old Testament An Introduction. Trans. P. R. Ackroyd (Dlackwell, 1965), pg. 428.
18 P. R. Ackroyd,
"Studies in the Dook of Haggai", JJS. 11,4, 1951, pp. 163-176.
19 W. A. M. Deuçken, Haggai-Sacharja 1-8 (Assen, 197), resenhado
por R. J.
Coggins em JTS. 20, 1969, pp. 264-266.
20 Dois autores que acham que Ageu pronunciou suas mensagens
em forma poética; são A. Bentzen, Introdução ao Antigo Testamento (ASTE-SP),
pg. 156; e H. G. Mitchell, ICC. pp 38 e
39.
.
" 2: 15, 18), "sê forte", trabalhai" (2:4).
Citou com frequência palavras de profetas anteriores (p. ex. 1:6, cf Os 4:10,
Mq'6:15; e 1:11, cf Os 2:9, I'/e). Sabia até citar uma metáfora adequada (I
:6e).
Uma característica do estilo de Ageu é seu uso livre da
"fórmula do mensageiro". Ele não se contenta em iniciar seus sermões
com" Assim di.. o Senhor dos Exércitos", mas muitas vezes conclui com
isto (2:7, IJ, 23), ou inclui a frase em outra sequência (2:4, 14,23). Ele sabe
que é boca, voz de seu DEUS, e se controla para não fazer aparecer sua própria
personalidade. Como "enviado do Senhor" (I: 13) ele tem de tornar a
mensagem clara e fazer com que ela seja compreendida, e nenhum profeta provocou
uma reação tão imediata como ele. A estrutura do livro reflete isto. Primeiro
ele acusa (I: I-lI), depois vem a reação (1: 12-14), Seguida da garantia de
sucesso no fim (2: 1-9). A estrutura se repete: acusação (2:10-17), reação
(2:18, 19), garantia do triunfo de DEUS (2:20-23). A proporção do livro
dedicada ao "discurso de julgamento" é da mesma extensão da dedicada
ao "anúncio da salvação". 21
Apesar de o livro ser tão curto surgiram divergências quanto à
5cquência do texto. A NEB afirma, em nota de rodapé a 1:13, que a Sequência
original deve ter sido 1:14,15,13; 2:15-19,10-14,1-9,20-23. A
ideia de que 2:150:19 deveriam seguir o capítulo I surgiu com J. W.
Tothstein,22 e foi aceita principalmente na Europa Continental, se bem
que também na Grã-Bretanha.23 A data de v. 18 é omitida como glosa
ou
adaptada fazendo do "nono" o "sexto" (mês). A
intenção é isolar os versículos 10-14 e possibilitar a identificação de
"este povo" (v. 14) com os samaritanos. A transferência de 2: 1-9
para depois de 2:20 põe no fim as duas profecias que contém elementos
escatológicos. Esta deslocação altera o livro radicalmente, e não recebe apoio
de qualquer texto ou versão conhecidos.
A publicação do rolo dos Doze, das cavernas de Murabba 'at, trouxe
a público o manuscrito hebraico de Ageu mais antigo que conhecemos.24 Ele
contém aproximadamente dois terços do livro (1:122: 10 e 2: 12-23), e dá muito
apoio ao TM, diferindo dele somente em dois lugares de menos importância. Como
a ordem dos versículos é a mesma da maioria das nossas Bíblias, toda a
evidência reunida as ratifica como confirmada.
III. MENSAGEM
Ageu era um homem de uma só mensagem. Ele representava o DEUS que
ele gostava de chamar de Senhor dos Exércitos, a fonte de todo poder, o senhor
das potências militares, na terra e no céu (veja notas adicionais sobre
"Senhor dos Exércitos", pg. 34). A consequência foi que sua palavra
tinha autoridade; o clima obedecia às suas I ordens (I: I), .todo o universo
estava ao alcance da sua mão e um dia seria sacudido por ela (2:6,21).
Este mesmo DEUS era coerente em sua atitude para com as pessoas.
Apesar de elas o desprezarem, ele nunca desistia delas. Quando elas deixaram de
fazer sua vontade, ele lhes dificultou a vida, para que voltassem para ele
(1:5). Quando elas se dedicavam ao seu serviço, ele se agradava disto e era
glorificado (1:8). Ele mudou as atitudes das pessoas (1:14), e morou entre elas
na pessoa de Seu ESPÍRITO (2:5). Ele transformaria o trabalho delas por ele, e
faria com que as nações trouxessem presentes de ouro e prata, que pertenciam a
ele por direito (2:8).
Ageu não fez nenhuma lista de pecados graves. Parece que os juDEUS
que voltaram para Jerusalém nesta época obedeciam à lei, ainda impressionados
com lembranças do exílio. Faltava certa insatisfação com o estado das coisas, e
consequentes atitudes concretas. A resignação mata a fé. O esqueleto do templo
em ruínas era como um cadáver que se decompunha em Jerusalém e contaminava tudo
(2:10-14). Como esta ofensa podia ser retirada? Com um esforço conjunto de
reconstrução, o que seria prova e garantia de uma mudança de atitude da
resignação para a fé. Assim que as prioridades estivessem na ordem certa a
presença do Senhor entre o povo se tornaria evidente pela prosperidade que
acompanharia tanto a construção como a agricultura (2:9,19).
Esta certeza da salvação do Senhor no presente e no futuro permeia
a mensagem de Ageu e põe nele a marca do verdadeiro profeta. Ele é capaz de ver
as paredes nuas do templo em seu estado momentâneo revestidas da prata e do
ouro presenteados pelas nações (2:7-9). Zorobabel, responsável pela
reconstrução, é o governante davídico que estava por vir, ou pelo menos seu
representante na cena do momento (2:21-23). O reino universal de DEUS, no qual
as nações em guerra encontrarão paz, capitulando diante dele (2:22, cf7-9), é a
meta final da história, mas Ageu o vê 'surgindo em sua própria época à medida
que problemas pessoais e comunitários são submetidos ao controle de DEUS. Não
que tudo vá terminar bem no fim, mas que o DEUS imutável está anteriormente,
concretizando seu propósito já agora: "O meu ESPÍRITO habita no meio
d., vós; não temais" (2:5). Desta forma a obediência atual
alinha o povo de DEUS com seu propósito derradeiro, e seu ESPÍRITO o enche da
certeza de que está experimentando em pequena medida "escatologia
realizada".
ANÁLISE
I. AGOSTO DE 520: AGORA OU NUNCA (1:1-15)
a. Desafio (1:1-11)
b. Reação (1:12-15)
II. OUTUBRO de 520: ANIMEM-SE E TRABALHEM (2:1-9)
III. DEZEMBRO DE 520: PROMESSA E PREDIÇÃO (2: 10-23)
a. De agora em diante, bênçãos (2: 10-19)
b. Zorobabel, escolhido e precioso (2:20-23)
I. AGOSTO DE 520: AGORA OU NUNCA (1:1-15)
a. Desafio (1":1-11)
Ageu desafia seus compatriotas a relembrar suas experiências desde
que tinham voltado para Jerusalém, e a atentar para sua condição de pobreza. A
desilusão tinha se alastrado depois que a sensação inicial de aventura tinha se
esvaído.
1. Este versículo introdutório substitui o cabeçalho costumeiro
(c/Na 1:1, Hc 1:1, etc). A data com que o livro começa deve ter tido grande
importância naquele momento, porque naquele dia a voz autêntica da profecia se
fez ouvir pela primeira vez na era pós-exílica. O primeiro dia do mês era o dia
da lua nova no calendário lunar, e temos evidências de que era costume observar
a lua nova como feriado ou, mais literalmente como dia santo (SI 81:3, Is
1:13,14,66:23, Os 2:11, Am 8:5). Seria por isto uma oportunidade de alcançar a
comunidade agrícola, porque haveria festividades em Jerusalém. O sexto mês
neste período deve ter sido equivalente a Agosto/Setembro,1 a época do ano em
que eram colhidas uvas, figos e romãs.
Veja as informações do quadro da pg. 23. Os juDEUS adotaram o
sistema babilônico de datação durante o exílio, e desde então o ano novo cala
na primavera. Temos evidências de que em tempos pré-exílicos o ano terminava no
outono, depois da colheita (~ 23:16, 34:22); o assim-chamado Calendário de
Gezer (D07T pp 201-203) também fala de um ano novo no outono, apesar de iniciar
com a colheita e não depois dela. A expressão "primeiras chuvas" (em
outubro/novembro) e "últimas-chuvas" (março/abril) deixa claro que o
ano novo era comemorado no outono. Êx 12:2, por outro lado, falando da
instituição da Páscoa, diz que o ano novo deveria cair na primavera. e possível
que textos que falam do ano novo na primavera foram editados durante o exílio.
11 Rs 22-23 pressupõe que o ano inicia no outono porque a descoberta do livro
da lei, as reformas e a Páscoa ocorreram no décimo oitavo ano de Josias (R. de
Vaux, Ancient Israel. Darton, Longman and Todd, 1961, pp' 190-192). Outra
possibilidade é que antes do exílio o ano civil e o ano agrário começavam no
outono, e o cerimonial na primavera (cf NDB, "calendário").
Em Ezequiel e Ageu são usados números para identificar os meses li
nlo nomes, como em Zacarias, Ester e. Neemias, que usam nomes babilônicos.
Durante o exílio os nomes pré-exílicos caíram em desuso, e II princípio o povo
relutou em adotar os nomes babilônicos, que eram associados com cultos pagãos.
Sem dúvida até o quinto século a.C. a conexão pagã tinha sido esquecida. Ou
Zacarias era mais novo que Ageu e menos conservador, ou seu livro foi editado
mais tarde. A omissão dos nomes tende a apoiar a afirmação de .que o livro de
Ageu foi editado primeiro (veja introdução, pg. 24).
A palavra do Senhor veio por intermédio de Ageu (lit. "pela
mão de"). Isto é uma expressão hebraica comum, que significa simplesmente
que o profeta era o meio de transmissão. Mesmo assim ela é rara nos livros
proféticos, pois só aparece ainda em Malaquias 1: 1. A expressão comum é
"a palavra do Senhor veio a..:" (' el), e no rolo de Murabba 'at
consta 'el em 2: 1. A expressão "pela mão de" aparece muito para
Moisés no Pentateuco, e para Moisés e outros nos livros históricos (Lv 8:36,
10:11, Nm 4:37,45, Js 14:2, I Rs 16:7, etc). Por esta razão é
improvável que se possa lançar dúvidas sobre o grau de inspiração
do profeta Ageu. Pode ser que a frase menos comum foi usada nesta sentença para
evitar a repetição da palavra "a".
A primeira palavra era dirigida aos dois líderes, Zorobabel e
Josué,
mas do versículo 4 em diante fica claro que todos estão incluídos.
Zorobabel, neto do rei Jeoaquim, que fora levado cativo para Babilônia em 597
a.C. (11 Rs 24:15), parece que era considerado herdeiro do trono de Davi. De
acordo com a genealogia de I Cr 3:19 Zorobabel era filho do terceiro filho de
Jeoaquim, Pedafas; o mais velho, Sealtiel, parece não ter tido filhos. O mais
provável é que Sealtiel adotou seu sobrinho mais velho, que a partir de então
seria chamado pelo seu nome; outra possibilidade é que ele era filho da viúva
de Sealtiel através do levirato. 2 Zorobabel, um nome babilônico, significa
"Semente de Babilônia", ou, de acordo com S. Mowinckel, "Tiro de
Babilônia".3
Governador de Judd. O alcance do poder de Zorobabel tem sido
questionado, porque havia um governador em Samaria, o centro da província. Até
a época de Neemias o relacionamento entre os dois centros de governo ainda não
estava esclarecido, e não sabemos se houve uma sequência de governadores em
Jerusalém entre Zorobabel e Neemias. Se o território sujeito a Zorobabel não
estava claramente delimitado é fácil encontrar nisto uma causa de conflitos em
potencial entre Jerusalém e Samaria. Pebâ, governador. é uma palavra emprestada
do acadiano, um lembrete de que Zorobabel fora nomeado por um rei. persa.
2 Opinião de W. Rudolph, Chronikbücher (BAT. 1955).
3 S. Mowinckel, Be
'lhat Cometh. Trans. G..W. Andenon(BlackweD, 1956), pg 119.
Josué (Jesua em Ed-Ne; lesous. ou seja, JESUS, na LXX) era filho de
Jeozãoaque (Jozadaque em Ed-Ne), que foi levado cativo em 587 (I Cr 6:15). Seu
famoso nome significa "Yahu (forma abreviada de Javé) é salvação", e
ele, como descendente de Zadoque, veio como sumo sacerdote. responsável pelas
atividades religiosas da comunidade em Jerusalém. Fora estas referências a ele
na visão de Zacarias a única outra informação que temos dele é que alguns de
seus descendentes casaram com mulheres estrangeiras no tempo de Esdras (Ed 10:
18).
Não há motivo para duvidar da inferência de Ed 3: 1-13 de que
Zorobabel e Josué vieram a Jerusalém com a primeira caravana que chegou ainda
no reinado de Ciro. As listas de Ed 2 e Ne 7 podem ser a soma de diversas
listas de nomes, representando várias levas de repatriados, mas mesmo neste
caso o fato de os dois nomes encabeçarem a lista sugere que Zorobabel e Josué
foram os primeiros dois que lideraram o retorno. É verdade que no relato
legendário de 1 Esdras Zorobabel está em Babilônia durante o reinado de Dario
(I Esdras 3-4), mas de' acordo com 5:65-73 ele estava ali também durante o
reinado de Ciro. E o relato de Esdras é confiável, enquanto o de 1 Esdras não
é.
2. Ageu falou em nome do Senhor dos Exércitos (YHWH Tzevaot em
hebraico), título que enfatiza o poder imbatível que dá peso às ordens de DEUS.
(Veja a Nota Adicional n~ pg. 34): Este povo em vez de "meu povo" já
é uma repreensão. Será que DEUS os tinha deserdado? Ele usa as próprias
palavras deles: Não veio ainda o tempo.... muito realistas, por sinal. Havia
muito por fazer, e eles eram muito poucos. Os homens capazes era requisitados
para todos os tipos de serviço, e como poderiam eles recomeçar a vida agrícola
e ao mesmo tempo reedificar o templo? Podemos imaginar alguns questionando se
era justificável gastar tanto com a reconstrução do templo, e se era de fato DEUS
quem o ordenava, ou somente Ciro, o rei persa (Ed I :2,3; mas cf Is 44:28, 45:
13). Até houve quem dissesse que o templo seria restituído de forma milagrosa,
porque Ezequiel "vira" o templo que lhe foi descrito (Ez 40-43), sem
mencionar sua reconstrução. "Reconstruir era trair a esperança
escatológica. "4
Este versículo apresenta algumas dificuldades, quanto ao hebraico.
Nossas versões tentam obter uma tradução mais suave, alterando o infinitivo do
verbo vir (bo'), para o pretérito veio (ba'). A LXX suprime uma vez a palavra
"tempo" et, mas a repetição no hebraico pode estar reproduzindo
exclamações do povo.
4 R. G. Hamerton-Kelly,
"The Temple and the Origins of Jewish apocalyptic". VT,
XX, I, 1970, pg. 12.
3. Para o leitor que espera agora ouvir um comentário sobre a
atitude do povo, a repetição da fórmula do mensageiro, neste versículo, um
anticlímax. Se, porém, o porta-voz do povo esteve enfrentando o profeta,
podemos compreender o porquê desta introdução enfática. O que segue é a grande
chamada à atenção que marcou aquele dia. O diálogo entre o Senhor e seu povo
chegara ao clímax.
4. O profeta coloca em dúvida as prioridades do povo. No hebraico
o pronome vós - está repetido, para dar mais ênfase: "Acaso é tempo de
vocês, sim, vocês, morarem em casas com telhados?" A proposta seria que é
irracional exigir de alguém que viva em uma casa .cm telhado, mas a intenção da
pergunta é clara. Que valor eles estavam dando a DEUS se deixavam seu templo
em ruínas?
A palavra hebraica sãpan significa tanto "apainelar"
(RAB) como "colocar forro" (RIB), e é raiz da palavra
"telhado". É mais provável que Ageu esteja se referindo à conclusão
das casas do povo, e não tanto no luxo de painéis de madeira, mas talvez a
residência do governador estava sendo reconstruída com um pouco da elegância do
palácio de Salomão. Se este foi o caso, Ageu estava pensando diretamente em
Zorobabel e Josué. O conflito entre despesas com luxo em casa e sustento
condigno do trabalho do Senhor persiste até hoje entre nós.
5-7. Considerai é uma expressão característica de Ageu (duas vezes
nestes versículos, e duas vezes em 2:15,18). A expressão "pensem em",
do Reino do Norte, inclui tanto um tom de repreensão como de advertência, no
original. Refletir sobre os acontecimentos à luz da palavra de DEUS é
indispensável para o povo de DEUS, se quiser saber o significado da sua
orientação providencial nas coisas do dia a dia. Assim Moisés reflete sobre os
acontecimentos do êxodo em Dt 1-11, tirando conclusões salutares de fracassos
e desilusões passadas. Ageu não se surpreende com a insatisfação que o povo
sentia apesar de trabalhar tanto, e que o seu dinheiro se esvaía como farinha
pela peneira. DEUS estava falando com o povo através de coisas circunstanciais
como preços altos e inflação.
Neste período já havia uma certa circulação de moedas cunhadas (Ed
2:69), mas não é provável que o trabalho de um operário fosse pago com moedas
já tão cedo. Os sacos de dinheiro provavelmente continham pedaços e rodelas de
cobre ou prata, de valor aproximado. Mas como a fundição era conhecida, e os
pedaços de metal frequentemente eram lixados, era necessário pesar o valor de
cada transação (cf Zc 11: 12, onde os siclos de prata ainda tinham de ser
pesados).
8. A esta introdução segue a parte central da mensagem, com sua
ordem de trazer madeira das montanhas para a construção. Não há referência
específica a arrependimento, porém pela obediência o povo estará voltando as
costas para a apatia e a indiferença, provando seu arrependimento pela ação. A
longo prazo o que importa são as ações (Mt 21:28-32). Não se fala de trazer
pedras, talvez porque as havia por perto, e madeira não. As montanhas de Judá
tinham uma vegetação abundante nos tempos do Antigo Testamento, e de Ne 8:15
nós sabemos que havia oliveiras, palmeiras e outras árvores. Era costume
colocar camadas de madeira nos muros de pedra, para diminuir os prejuízos dos
terremotos (if5:8); esta madeira, principalmente as toras maiores, que se
estendiam de um a outro lado do templo para sustentar o teto, provavelmente
tinha de ser importada (Ed 3:7). Salomão tinha introduzido o trabalho forçado
para obrigar a população a talhar pedras e transportá-Ias (I Rs 5:13-18). Ageu
queria que se apresentassem voluntários.
Dela me agradarei. Trabalho feito com a intenção de agradar a DEUS
também lhe dá glória. Serei glorificado está mudando o sentido exato do
hebraico, literalmente "farei com que eu seja glorificado", e a
relação às vezes feitas com Ez 10: 18 e 43:4 com base nesta tradução não se
justifica.
9. Revertendo as queixas econômicas do povo Ageu insiste em que há
uma ligação direta entre a pobreza e o abandono do templo (cf Os 2:8, onde
ouro, prata e também colheitas são presente direto de DEUS).
10. Eles não podiam alegar ignorância, ao deixarem de ver a mão de DEUS
no malogro das suas colheitas. Espera-se deles que eles conheçam e apliquem Am
4:6-10 (cf Ag 2:17), Os 4:10 e Mq 6:15. O céu e a terra obedecem seu Criador,
mas seu povo não (cfls 1:2,3 Jr 18:14-17).
O orvalho era importante, para evitar que o cereal maduro murchasse
no calor.
n. Com o expediente simples de reter chuva ou orvalho, DEUS pode
acabar com o orgulho e a autossuficiência humanas. Um jogo de palavras opõe
seca (yabsha) com a "ruína" do templo (cherben, 1:4,9).
b. Reação (1:12-15)
Apesar de tudo o impacto da pregação de Ageu foi tal que todos,
unanimemente, decidiram retomar o trabalho no templo, mas de forma alguma isto
lhe foi creditado. O Senhor o fizera.
12. Liderado por Zorobabel e Josué, todo o resto do povo obedeceu.
O "remanescente" foi um tema característico da profecia de Isaías.
Na visão do templo ele advertiu da destruição, à qual somente um
pequeno grupo sobreviveria (Is 6:11-13), e o nome de seu filho, Sear-Jasube
(Is 7:3, "Um resto volverá"), se tornou representativo da sua
pregação (Is 7:3, 10:21. 11: lI). Ageu e também Zacarias reconheceram no
pequeno grupo de juDEUS repatriados o cumprimento da profecia de lsaías, mas
exigia-se mais deles do que simples presença física na terra em que eles
deveriam cumprir as esperanças de Isaías. O verbo "retornar" (8012)
significa também "arrepender-se" (cf Zc I :3), e é digno de nota que
Ageu aplica para o povo a palavra "resto" no momento em que ele
atende à voz do Senhor seu DEUS. Ninguém está pondo em dúvida a autoridade de
Ageu (cf I Rs 22:24, Mq 2:6). O povo temeu diante do Senhor. Este temor
contrasta com a indiferença despreocupada que os profetas pré-exílicos
enfrentaram. Apatia diante das palavras de DEUS é evidência de ateísmo na
prática. Eles "temeram" no sentido de terem sido despertos pela voz
de DEUS.
13. Assim que o povo deixou clara sua intenção de executar as
instruções de Ageu, recebeu o incentivo do Senhor: Eu sou convosco. DEUS
endossa e confirma nossas decisões boas. Ageu pode ter se referido aos
42:18:43-7, passagem em que o profeta repensa o passado de Israel e depois fala
com palavras ardentes: "Não temas, pois, porque sou contigo" (v. 5).
Se for este o caso, a referência a Ageu como enviado do Senhor pode ter sido
inspirada pela mesma frase em Is 42: 19. Esta é a única passagem em que Ageu é
chamado assim, porém nem por isto se trata de uma interpolação posterior.
Explica-se a fraseologia pela associação de idéias. Israel, durante tanto tempo
surdo e mudo, finalmente estava reagindo. A tradução de H. L. Ellison, 5 Então
Ageu falou: o Anjo do Senhor está aqui com uma mensagem para o povo, dizendo:
Eu sou convosco, diz o Senhor", é possível, e seria a maneira natural de
entender o texto se o livro fosse Zacarias. Ageu em lugar algum fala como se
existisse um mensageiro sobrenatural.
14. Por trás da reação disposta dos dois líderes e do povo estava a
atuação silenciosa do Senhor, criando uma atitude aberta a Seu ESPÍRITO (cf Zc
4:6). Chegara a hora da mudança, e o trabalho na casa do Senhor dos Exércitos
recomeçou. A preposição "em" (bC) implica em que existiam ainda
paredes em pé.
15. De acordo com a data citada aqui houve um espaço de vinte e
três dias entre o começo da pregação e o reinício do trabalho. Por este motivo
houve quem sugerisse que o dia do mês foi erroneamente inserido de 2: 10. Na
opinião de J. W. Rothstein, 2: 15-19 deveria seguir neste ponto, transferindo
para o sexto mês a cerimônia que marcou o novo projeto de reconstrução6. É
possível, no entanto, dar um bom sentido ao texto sem mudar sua sequência. O
sexto mês era mês de 5 H. L. Ellison, Men Spake from God (Patemoster Press,
1952), pp. 120 e 121. 6 Veja Introdução pg. 25 e o comentário sobre 2:14.
colheita, com tarefas urgentes nos pomares e nas plantações. Em vinte e três
dias este trabalho poderia ser concluído, e depois todo homem capaz poderia
acorrer ao templo.
Nota adicional sobre "o Senhor dos Exércitos"
Este título para DEUS ocorre perto de 300 vezes no Antigo Testamento,
predominantemente nos livros proféticos (247 vezes), e com proporção maior em
Ageu (14 vezes), Zacarias (53 vezes) e Malaquias (24 vezes). Por esta razão é
importante, em um estudo dos profetas pós-exílicos, examinar o significado
deste popular e tradicional nome de DEUS.
A palavra hebraica צבא (tsaba) ("exércitos") tem um
significado eminentemente militar (hostes de soldados, em primeiro lugar), e em
alguns contextos o Senhor é o DEUS dos exércitos de Israel (I Sm 17:45, SI
24:7-10). YHWH Tzevaot" (YHWH dos Exércitos). Mas há muitas passagens que
falam da ajuda do Senhor na guerra sem que este título apareça (Dt 1:30, 7:18,
19, etc.), e uma interpretação meramente nacionalista não faz justiça à
teologia nem de passagens históricas antigas. Nem sempre os exércitos de Israel
foram vitoriosos, e até mesmo a arca da aliança do Senhor dos Exércitos foi
capturada (I Sm 4:4-11), depois do que ela é chamada de "arca de DEUS"
(v. 13s). Certamente os profetas não estavam dispostos a ensinar que os
exércitos de Israel poderiam esperar favores divinos quando em batalha, e não
parece que eles tenham usado o título com isto em mente.
O nome "Senhor dos Exércitos" não ocorre de Gênesis a
Juízes: a primeira vez é I Sm I :3, que relata como Elcana veio para
"adorar e sacrificar ao Senhor dos Exércitos em Silo". Aparece
novamente na oração de Ana (I: 11) e na descrição da arca (4:4). Não foi
possível ainda explicar por que o termo foi cunhado em Silo no século onze,
mas. é evidente que a ligação original era mais com culto que com batalhas, e
neste caso os "exércitos" ou hostes seriam seres angelicais. O tradutor
dos Salmos, na LXX, e o do rolo grego de Zacarias em Qumran entenderam o nome
neste sentido, traduzindo-o kurios tõn dunameõn. "Senhor dos poderes
celestiais", apesar de a LXX preferir em Ageu e Zacarias o termo mais
comum kurios pantokratõr, "Senhor Todo-poderoso". Estas hostes
angelicais foram simbolizadas pelos querubins de ouro que encimavam a arca,
entre os quais o Senhor dos Exércitos estava entronizado (I Sm 4:4). Quando
Davi transferiu a arca para Jerusalém ele abençoou o povo em nome do Senhor dos
Exércitos (11 Sm 6:18; cfv. 2), e em sua oração pela construção do templo ele
pediu que fosse dito: "O Senhor dos Exércitos é DEUS sobre Israel"
(11 Sm 7:26; cf v. 27). A partir do tempo de Davi houve uma relação especial
entre este título e a cidade de Jerusalém, "a cidade do Senhor dos
Exércitos" (SI 48:8). Isaías, que viu no templo "o Rei, o Senhor dos
Exércitos" (Is 6: 1-6), usou este nome com frequência durante seu ministério
em Jerusalém.
Há, desta forma, evidências de que este é o título peculiar da
divindade em relação ao templo e ao culto, e sua ocorrência na antífona do
Salmo 24, proclamando que o rei da glória está entrando em leu santo lugar,
daria apoio a este ponto de vista. Por outro lado profetas que não estavam
relacionados com Jerusalém também usaram C) título. Elias, no Monte Carmelo,
tinha sido "zeloso pelo Senhor, DEUS dos Exércitos (I Rs 19: 10,14);
Eliseu pregou ao Reino do Norte em nome do Senhor dos Exércitos (11 Rs 3: 14),
e Amós confrontou Israel com a palavra "do Senhor, o Senhor dos
Exércitos", que "toca a terra, e ela derrete" (Am 9:5), e estava
prestes a julgá-los e condená-Ios ao exílio (Am 3:13, 4:12,13, 5:27, 6:14).
Outra possibilidade é que as "hostes" em questão fossem
as estrelas. Is 40:26 (cf Gn 2:1) pode dar apoio a esta ideia, e em 45: 12,13 o
Criador é claramente identificado com o Senhor dos Exércitos. Durante e depois
do exílio, quando a arca não existia mais e o templo estava em ruinas, é bem
possível que tenha predominado uma referência cósmica. B. N. Wambacq7 afirma
que podemos acompanhar o desenvolvimento da ideia de uma associação militar
inicial até o conceito cósmico dos profetas.
G. von Rad apresenta uma boa argumentação contra esta ideia de
evolução, dizendo que temos de deixar de lado a tentativa de explicar
racionalmente um nome de DEUS tão antigo, 8 e deixa implícito que o nome deve
ter tido conotações diferentes para cada período e autor. Do argumento de O.
Eissfeldt9 tiramos conclusões bem diferentes. Ele diz que o plural
"exércitos" é um plural abstrato intensivo, do que temos outros
exemplos no hebraico. A tradução, então seria "Senhor de poder" ou
"Senhor poderoso". Este ponto de vista, que está começando a se
impor, poda os diversos significados possíveis da palavra "exércitos"
e a generaliza de uma maneira que a faz perder as referências vívidas do
original, com a tradução. Aquele em nome do qual os profetas falavam era Senhor
sobre todos os poderes, visíveis e invisíveis, no universo e no céu.
7 L'Épithete Divine
lahvé Seba'ôt (Bruges. 1947).
8 G. von Rad. Teologia
do Antigo Testamento (ASTE. SP) 1973, I. p. 335.
9 O. Eissfeldt, "Jahwe Zebaoth", Miscellanea Academica
Berolinensia, li, 2 (1950).
II. OUTUBRO DE 510: ANIMEM-SE E TRABALHEM (2:1-9)
Mais ou menos um mês depois do reinício das obras, Ageu recebeu
nova mensagem do Senhor. Podemos imaginar que nestas semanas a principal tarefa
fora limpar o local da construção dos entulhos, verificar quais pedras poderiam
ser reaproveitadas, checar a firmeza das paredes que ainda estavam de pé
(sabemos que é surpreendente quantas paredes ainda ficam de pé mesmo depois de
um bombardeio), e organizar os grupos de trabalhadores de acordo com suas
tarefas. Atacar desta forma uma ruína de sessenta anos, sem auxílio mecânico,
afetaria o ânimo de qualquer um; por isto o entusiasmo tinha de ser realimentado.
Havia, no entanto, ainda outro fator.
O trabalho pode ter sido interrompido no sétimo mês pelas festas,
que não permitiam nenhuma atividade. Além dos dias de descanso sabático o
primeiro dia do mês era a festa das trombetas, e o décimo o Dia da Expiação (Lv
23:23-32). No décimo quinto dia começava a Festa dos Tabernáculos, quando toda
a população morava durante uma semana em cabanas feitas de galhos, em memória à
marcha do êxodo. Esta, portanto, era uma ocasião de regozijo durante a
colheita, com a qual eles experimentavam a cada ano a fidelidade de DEUS às
suas promessas (Lv 23:33-36, 39-44; Dt 16.13-15). Seria compreensível que os
que estavam entusiasmados e queriam trabalhar estavam impacientes durante os
dias santificados.
1,2. Ageu pronunciou seu segundo sermão no último dia da Festa dos
Tabernáculos, como que para animar estas pessoas. O vigésimo-segundo dia do
mês era um dia de descanso solene (Lv 23:39). O profeta recebeu instruções para
falar a Zorobabel e Josué, cujos títulos oficiais novamente foram mencionados,
porém desta vez o resto do povo está incluído (cf comentário sobre 1:12).
3. Os reverenciados anciãos que se lembravam do templo anterior
devem ter falado muitas vezes saudosamente do seu esplendor. Alguns devem ter
participado da tentativa frustrada de reconstrução em 538 a.C. (Ed 3:8-13).
Aquela desilusão os fizera pessimistas quanto ao presente e futuro. O novo
templo jamais seria como o antigo; eles não tinham recursos para pagar
profissionais do exterior, como Salomão tinha feito, e eles não podiam nem
pensar em cobrir de ouro o interior (I Rs 6:21-22). Apesar do seu esforço, não
se via ainda muito progresso. Comparação desfavorável do presente com o passado
estava Ihes tirando todo estímulo.
4, 5. Sê forte (RAB;
esforça-te, RIB), foi a ordem que o outro Josué tinha ouvido muitas vezes (Dt
31:7, Js 1:6, 7, 9, 18), bem como Israel (Dt 31:6, Js 10:25), quando entrou na
terra. Uma destas passagens pode bem ter sido o. texto da meditação no último
dia desta semana em que os acontecimentos do êxodo eram relembrados (v. 5). Na
ordem tríplice do v. 4 temos um eco da oratória de Ageu. Todo o povo da terra
significa aqui e em Zc 7:5 o povo comum, diferenciado dos líderes. Contraste
isto com o significado da frase em Ed 4:4, onde ela se refere aos adversários
de Judá e Benjamin (v. I).
Há um paralelo interessante entre a exortação de Ageu e as palavras
de JESUS em Mc 6:50: "Tende bom ânimo! sou eu. Não temais!" A
presença pessoal do Senhor confere coragem, determinação, e a certeza de que
ele não permitirá que seu objetivo fracasse. Se o exílio aparentemente tinha
anulado a aliança, agora o povo era certificado de que DEUS ainda estava entre
eles em ESPÍRITO, como estivera durante lodo o êxodo (Êx 29:45). O meu ESPÍRITO
habita no meio de vós. "Habitou" também está certo; o particípio
hebraico, que denota ação contínua, engloba tanto o passado como o presente. DEUS
estivera presente mesmo no desastre aparente, e fazia sua presença ser notada
no momento em que ele!!> se arrependiam.
Alguns comentadores têm pensado que o v. 5a é uma adição. Algumas
traduções, de fato, o omitem, seguindo a LXX. O texto hebraico quer dizer
"o assunto sobre o qual o qual eu fiz um acordo com vocês, quando saíram
do Egito", mas não é esta a expressão costumeira, e além disto a frase
interrompe o sentido, separando as afirmações paralelas "Eu sou
convosco" e "O meu ESPÍRITO habita no meio de vós". Uma
referência marginal de um escriba a Êx 29:45,46 pode ter sido incorporada ao
texto.
. 6, 7. O Senhor passa a tornar mais explícito o seu plano. Ainda
uma vez, dentro em pouco não reproduz bem o sentido. O profeta está dizendo:
"Esperam só mais um pouquinho". Não demorará mais muito até que o
Senhor abale toda a criação. O verbo está no hifil particípio, o que quer dizer
que o Senhor causará uma série de abalos. Terremotos já tinham sido antes um
símbolo da intervenção sobrenatural de DEUS, principalmente aquele do oitavo
século, pelo qual a profecia de Amós é datada (Am 1:1), e que ele usou para
ilustrar sua mensagem (Am 8:8, 9:15). Isaías (I!i 2:23-21, 13:13,29:6), Joel
(JI3:16) e Ezequiel(Ez 38:20) também o fizeram. Terremotos vêm sem aviso
prévio, e não há como escapar ao terror que eles causam. Ageu antevê todo o
universo em uma série de convulsões, que levarão inclusive as nações a' se
separarem das suas riquezas com prazer. Estas serão trazidas para o templo,
para fazer com que ele seja cada vez mais belo, até que seu esplendor seja completo.
Culto sem pompa em épocas de dificuldade econômica também tem seu lugar no
propósito final de DEUS (c/Is 60:5-22). DEUS nunca tem falta de recursos.
As coisas preciosas de todas as nações. As traduções mais recentes
abandonaram o singular da Vulgata ("a preciosidade"), com sua conotação
messiânica, porque no texto hebraico o verbo está no plural e exige um sujeito
plural. Vemos que os gentios desempenham um papel no plano de DEUS,
trazendo-lhe seus tesouros como um tributo.
8. No tempo de Salomão havia tanto ouro que a prata valia pouco (I
Rs 10:21). No sexto século os persas tinham herdado a riqueza do mundo, mas um
dia também eles teriam de entregá-la, e o derradeiro dono seria aquele que a
fizera, o Senhor dos Exércitos. Já que tudo era seu, ele poderia transferir os
tesouros para quem e quando quisesse.
Nesta época houve uma demonstração disto. Adversários que queriam
fazer parar a construção tiveram de pagar todas as despesas do templo com o
tributo real recolhido em seu próprio distrito tributário (Ed 6:8-12).
Provavelmente esta decisão foi posta em prática logo depois de Ageu pregar que
todas as riquezas eram de DEUS, e que ele supriria as suas necessidades.
Herodes, o Grande, e seus sucessores, muito mais tarde, haveriam de gastar
fortunas com o templo. Partes da sua estrutura ainda existem, e podem ser
identificadas pelas enormes pedras talhadas que foram usadas. 10 Seus pináculos
reluziam de ouro para dar as boas-vindas àquele "que era maior que o
templo".
. 9. A glória desta última casa será maior que a da primeira: isto
se tornou realidade literalmente, sob os Herodes (Mc 13: I), mas principal
mente porque o Senhor do templo veio (Mt 12:6) e super-excedeu-o (Jo 2:13-22).
E neste lugar (mãqôn) eu darei paz ('itIlôm). Uma vez que o nome Jerusalém
significa "cidade da paz", o profeta está fazendo um trocadilho,
ligando ao mesmo tempo a palavra, por assonância, com mãqôn, lugar, que às
vezes tem um sentido cúltico (p. ex. Dt 12:5,14, 14:23, 'etc.; Ne 1:9: Jr 17:12;
Ez 43:7). Sâlôm (até hoje usado como saudação - "paz seja contigo")
resume todas as bênçãos da era messiânica, quando a reconciliação com DEUS e
seu governo
justo assegurarão uma paz justa e duradoura. O templo era a fonte
da qual todas as bênçãos haveriam de fluir (Ez 47: I), fazendo de Jerusalém o
centro do bem-estar mundial, a "cidade da paz". Já que nos últimos
dias a salvação estaria tão relacionada com o templo, sua
reconstrução não podia ser adiada.
III. DEZEMBRO DE 520: PROMESSA E PREDIÇÃO (2:10-23)
a. De agora em diante; bênçãos (2:10-19)
Antes de desenvolver com mais detalhes sua visão do futuro, Ageu
recapitula seu sermão anterior (l :2-11). Ele olha para trás (2: 10-18) para
dar ênfase na mudança completa que poderá ser vista no próprio dia em 10 André
Parrot. The Tempel oI Jerusalem.
Trad. B. Hooke (SCM Press, 1957), pp. 76-96.
que ele está falando. Para ser exato ele acrescenta a data. Cada
ouvinte do profeta terá uma temporada tão bem sucedida em sua plantação que
.era óbvio que DEUS está abençoando.
Alguns comentadores dividem esta passagem em duas seções e colocam
os vv 15-19 depois de 1:15 (cf Introdução pg. 25). A vantagem pretendida é que
a promessa de bênção seguiria imediatamente após o Início das obras, enquanto
que como o texto está a promessa é dada por ocasião da plantação. A desvantagem
é que neste caso os vv 10-14 ficam sem qualquer explicação ou aplicação. Dizer
que eles se referem aos samaritanos é uma suposição sem base. (Veja o comentário
sobre o v. 14). Além disto esta variação da sequência do texto é totalmente
arbitrária.
10. A nova data (18 de dezembro, no nosso calendário) delimita um
período de dois meses desde o sermão anterior de Ageu (2:1). As primeiras
chuvas caíram em meados de outubro nos arredores de Jerusalém, e assim que o
solo estivesse suficientemente fofo ele era arado e semeado. 11 Até meados de
dezembro este trabalho estaria no fim, e todos passavam a esperar por um bom
ano, sem secas e doenças. Exatamente isto DEUS estava planejando dar, por eles
o terem colocado em primeiro lugar (v. 19).
Zacarias tinha iniciado seu ministério em Jerusalém algumas semanas
antes (Zc 1:1).
11. Ageu, sem dúvida pregando no templo, convoca os sacerdotes para
uma discussão aberta (Torá) sobre um assunto de culto (cf Zc 7:3, MI 2:7). Este
uso da palavra Torá para uma instrução breve dos sacerdotes provavelmente faz
mais jus ao seu sentido original, que se desenvolveu até englobar toda a Lei
de DEUS, a Torá, o grupo de preceitos divinos para a vida humana. Mais tarde a
Torá acabou sendo identificada com o que chamamos de Pentateuco. Por isto
nossas versões trazem pergunta agora aos sacerdotes. a respeito da lei. 12
12. A pergunta de Ageu não visa tanto uma resposta, mas mais
provocar interesse. Carne santificada se tomava "santa" quando era
destinada para algum sacrifício. O animal usado no sacrifício pelo pecado era
coisa "santíssima" (Lv 6:25). No fim do voto de um nazireu parte do
cordeiro da oferta, junto com porções da oferta de cereal, era movida num gesto
de apresentação ao Senhor, "santo para o sacerdote" (N m 6:20).
Estas porções santas provavelmente os sacerdotes carregavam com frequência nas
dobras das suas roupas. De acordo com Temos evidências de que primeiro se
semeava, depois se arava, em J. Jeremias, The Parables 01 JESUS. Trad. S. H.
Hooke (SCM Press, edição revisada, 1963), pg.
12 Sobre o significado da palavra Tôrâ veja R. de Vaux, Ancient
Israel. Trad J. McHugh (Darton, Longman and Todd, 1961), pp. 353-7.
.
.
Conseguiriam solucionar adequadamente (cf LXX no versículo
anterior, induzindo esta expressão). Durante anos os cereais tinham produzido
somente 50% do normal, as uvas ainda menos. O lagar (a palavra só aparece ainda
em Is 63:3) inclui o lugar onde as uvas eram pisadas c' o recipiente que
recolhia o suco.
17. Eu vos feri. O Senhor da colheita tinha poder para reter e
assim advertir quanto ao seu desagrado (Dt 28:22, Am 4:9). Ageu aqui está se
referindo a Amós, e por isto é justificável que o verbo final defectivo
(literalmente "e não vocês a mim") seja complementado de Amós 4:9).
18. Depois de olhar para trás, Ageu olha para a frente, desde este
dia em diante. Ele faz uma declaração solene, datada com a precisão de um
documento legal, afirmando que a semente recém-lançada dará muito fruto. Desde
o dia em que se fundou. ., Mais uma vez Ageu t:onsidera a construção do templo
de crucial importância. Sobre o ~ignificado desta observação, veja a nota a
seguir.
19. A semente não estava mais no celeiro, mas no solo; ninguém, no
entanto, se atreveria a prever no meio do inverno a qualidade da colheita do
ano seguinte. A coragem de Ageu mostra como ele tinha certeza de que sua
mensagem era autêntica.
Nota adicional sobre "o dia em que se fundou o templo do
Senhor" (2:18)
Frequentemente é dito que não temos evidência em Ageu de um outro
lançamento de pedra fundamental, e que o único acontecimento deste tipo está
registrado em Ed 3: 10-13. Por isso argumenta-se que o v.
18 se refere a outro evento, de 520 a.C. Já que o livro de Ageu é
considerado uma fonte histórica confiável, e a obra do cronista é tardia ~
evidencia interesses especiais (Esdras-Neemias geralmente é considerado obra
do cronista que escreveu I e 11 Crônicas), houve quem dissesse que o silêncio
de Ageu prova que não houve lançamento de alicerces em 538 a.C.
A palavra hebraica usada tanto em Ag 2:8 como em Ed 3:6 para"
e se fundou" é o verbo lehanich yesodot, que em muitos contexto significa
"lançar fundamentos". Observe que o hebraico não tem substantivo para
a nossa palavra "alicerces". Duas sentenças em que o cronista usa
este verbo nos podem ser elucidativas: "Quanto. .. à restauração da casa
do Senhor" (11 Cr 24:27), e, falando da coleta de dízimos, "no
terceiro mês começaram a fazer os primeiro montões" (11 Cr 31:27). Estas
citações mostram que a palavra "alicerces" não é fundamental; ela nem
aparece na tradução. Em uma sentença o verbo yãsag é traduzido lançar
fundamentos.
Lv 6:27 a própria roupa será santa, mas esta santa não passada para
nada que a roupa tocasse.
13. A contaminação ritual, pelo contrário, era transmitida pelo
contato, como uma doença contagiosa (Lv 1:28, 22:4-7).
14. Assim é este povo. A aplicação é dupla.
I) Israel tinha sido destinado para o Senhor, e por isto era santo
(Êx 19:6), mas 2) a nação tinha se tomado impura, e tudo que tocasse, inclusive
suas ofertas, se tomaria impuro. A ruína do templo, testemunha dos pecados por
I omissão, estava como um cadáver bem no meio deles. Como eliminar a impureza,
se os próprios sacrifícios eram impuros? A lei Levítica previa rituais para
certas emergências, mas estas tratavam somente de impureza externa, que seria
eliminada pelo tempo e as abluções cerimoniais. I Não havia remédio conhecido
para Israel. A única esperança era ser aceito pelo Senhor, e a bênção prometida
(v. 19) deixa implícito que esta aceitação estava garantida. Acolhendo a
repreensão do profeta e transformando boas intenções em ações Israel praticou
sua fé e experimentou graça salvadora, A mudança do texto, permitindo que
"este povo" se refira aos samaritanos, está delineada na introdução,
p 25, onde dissemos que nenhum texto conhecido foge à sequência tradicional. A
sugestão foi feita porque os samaritanos tinham causado a primeira paralisação
das obras (Ed 4:1-5), razão pela qual Ageu poderia ter se referido à oposição
feita por eles. Se sua intenção, de fato, foi esta, por que ele não foi mais
claro? Por que não os mencionou nominalmente e fundamentou seu argumento com um
de seus imperativos favoritos? Além disto a expressão "este povo" foi
usada por Jeremias para criticar os habitantes de Judá.(Jr 6:19,21, 14:10,11),
e pelo próprio Ageu (1:2) para criticar seus compatriotas. Não há indícios de
que ele tenha usado esta expressão com outro sentido neste versículo. "Se
a disputa com os samaritanos subjaz Ag 2: 10-14, isto é mais implícito que
explícito. O peso da prova está com aqueles que o presumem."
15. Desde aquele dia. A expressão hebraica pode tanto se referir ao
futuro como ao passado.14 Ela está como uma placa em uma encruzilhada,
apontando tanto para a estrada já percorrida como para a que ainda está pela
frente. Em primeiro lugar Ageu constatou que as coisas tinham ido de mal a pior
desde que a obra no templo tinha sido adiada (Ed 4:24). A LXX acrescenta aqui
"como vocês estavam?"
16. Antes daquele tempo (RAB),
Quando (RIB) são tentativas de traduzir uma expressão difícil, que os
tradutores primitivos também não conseguiriam solucionar adequadamente (cf LXX
no versículo anterior, traduzindo esta expressão). Durante anos os cereais
tinham produzido Somente 50% do normal, as uvas ainda menos. O lagar (a palavra
só "parece ainda em Is 63:3) inclui o lugar onde as uvas eram pisadas no
recipiente que recolhia o suco.
13 Herbert H. May, .
"This People" and "This Nation" in Haggai', VT, XVIII
(Abril
de 1968), pg. 192.
14 BDB, pg. 751; veja também
Addenda et Corrigenda, pg. 1125.
17. Eu vos feri. O Senhor da colheita tinha poder para reter e
assim advertir quanto ao seu desagrado (Dt 28:22, Am 4:9). Ageu aqui está se
referindo a Amós, e por isto é justificável que o verbo final defectivo
(literalmente "e não vocês a mim") seja complementado de Amós 4:9).
18. Depois de olhar para trás, Ageu olha para a frente, desde este
dia em diante. Ele faz uma declaração solene, datada com a precisão de um
documento legal, afirmando que a semente recém-lançada dará muito fruto. Desde
o dia em que se fundou. .. Mais uma vez Ageu considera a construção do templo
de crucial importância. Sobre o significado desta observação, veja a nota a
seguir.
19. A semente não estava mais no celeiro. mas no solo; ninguém, no
entanto, se atreveria a prever no meio do inverno a qualidade da colheita do
ano seguinte. A coragem de Ageu mostra como ele tinha certeza de que sua
mensagem era autêntica.
Nota adicional sobre "o dia em que se fundou o templo do
Senhor" (2:18).
Frequentemente é dito que não temos evidência em Ageu de um outro
lançamento de pedra fundamental, e que o único acontecimento deste tipo está
registrado em Ed 3: 10-13. Por isso argumenta-se que o v.
18 se refere a outro evento, de 520 a.C. Já que o livro de Ageu é
considerado uma fonte histórica confiável, e a obra do cronista é tardia e
evidencia interesses especiais (Esdras-Neemias geralmente é considerado obra do
cronista que escreveu I e 11 Crônicas), houve quem dissesse que o silêncio de
Ageu prova que não houve lançamento de alicerces em 538 a.C.
A palavra hebraica usada tanto em Ag 2:8 como em Ed 3:6 para'
"e se fundou" é o verbo yãsag, que em muitos contexto significa
"lançar fundamentos". Observe que o hebraico não tem substantivo para
a nossa palavra "alicerces". Duas sentenças em que o cronista usa
este verbo nos podem ser elucidativas: "Quanto. .. à restauração da casa
do Senhor" (11 Cr 24:27), e, falando da coleta de dízimos, "no
terceiro mês começaram a fazer os primeiro montões" (11 Cr 31:27). Estas
citações mostram que a palavra "alicerces" não é fundamental; ela nem
aparece na tradução. Em uma sentença o verbo yãsag é traduzido
"restaurar", na outra "fazer".
Da mesma forma seria correto em Ed 3: 10,11, e menos enganoso,
traduzir "Quando os edificadores começaram a restauração" (v. 10), e
"porque a reconstrução da casa do Senhor tinha iniciado" (v. 11).
Compreendido desta maneira o texto não apresenta contradição entre
o relato de Esdras e o de Ageu. O trabalho foi iniciado em 538, foi
'interrompido, e recomeçado em 520 por causa da profecia de Ageu.
Esta interpretação explica por que a reconstrução foi concluída em
quatro anos e meio,'5 enquanto Salomão, com todos os seus recursos humanos e
materiais, levara sete anos e meio (I Rs 6:37,38) para terminar o templo
original. Longe de ter sido nivelado ao solo, muitas estruturas sobreviveram
intactas ao fogo (11 Rs 25:9). O que mais se precisava era madeira (Ag 1:8),
para substituir a que tinha se queimado.
Não se trata de lançar fundamentos.
b. Zorobabel, escolhido e precioso (2:20-32)
As últimas palavras registradas de Ageu são dirigidas a um indivíduo,
Zorobabel, o príncipe davídico. Em linguagem escatológica tradicional, ele
apresenta uma nova fase na história do mundo, em que tronos ruirão diante de
exércitos vizinhos, e Zorobabel será o homem escolhido por DEUS para o
momento.
.
É natural que pensemos que Ageu (e Zacarias) esperavam que esta
nova era viria ainda em seus dias, como resultado dos levantes do início do
reinado de Dario. À medida que o tempo passou, e Zorobabel não foi honrado como
eles esperavam, as esperanças messiânicas foram transferidas para seus
descendentes. Como compreendeu o autor da carta aos Hebreus, neste adiamento da
promessa havia um princípio importante, amplamente ilustrado no Antigo
Testamento (Hb 11: 13).
Zorobabel poderia ter sido incluído na lista dos que, pela fé,
ansiavam por seu cumprimento.
20. Esta palavra veio a Ageu,
e não "através" dele, o que contradiz o argumento de que o
"através" menos comum não é tão importante.
(Cf comentário sobre I: I). Não há razão para duvidar que o profeta
poderia receber duas mensagens separadas no mesmo dia (c/ 2: 10).
21. Este abalo de céus e terra não seria só um sinal para que as
nações trouxessem suas riquezas (2:7-9), mas também uma indicação de que os
últimos dias tinham chegado.
22. O profeta usa palavras tradicionais para a intervenção milagrosa
de DEUS. Como no êxodo, cavalos, carros e cavaleiros serão destruídos (~x
15:1-5); reinos serão derrubados, como o foram Sodoma
15 Foi iniciada no sexto mês do segundo ano de Dario (Ag 1:1.24), e
concluída no décimo-segundo mês (Adar) do sexto ano de Dario (Ed 6: 15).
e Gomorra (Dt 29:23, Is 13:19, Jr 20:16, Am 4:11); homens cairão
11m pela espada do outro (Jz 7:22, Ez 38:21, Zc 14:13). O fato de Judá ser
pequeno e indefeso não faz diferença quando DEUS diz Eu destruirei. Ele agirá,
Judá não precisará lutar.
23. O vocabulário continua tendo um significado especial. Tomar-te-ei
(lãqai); o verbo é usado aqui no sentido de escolha especial (tx 6:7, Js 24:3,
11 Sm 7:8). Zorobabel não é só governador (v. 21) mas também meu servo, um
título usado para Davi (Ex 34:23,37:24) e que é muito destacado em Is 40-55.
Além disto "servo" e escolhido estão em justaposição em Is 41:8,
42:1, 44:1. A tribo de Judá, o Monte Sião e Davi foram "escolhidos"
de maneira semelhante (SI 78:68-70) para concretizar o plano de DEUS. O avô de
Zorobabel, Joaquim (Conias), aparentemente fora rejeitado: "Ainda que
Jeconias... fosse o anel do selo da minha mão direita, eu dali o
arrancaria" (Jr 22:24). Agora a sentença é anulada. O anel do selo, em que
estava gravada a marca real, era usado para validar todos os documentos
oficiais (c/Et 8: 10). Ele era tão precioso que geralmente o rei Q usava, para
evitar que ele fosse
roubado. Esta figura vívida confirma a renovada eleição da linhagem
de Davi, representada por Zorobabel nos dias de Ageu. Ele também seria
preservado para cumprir o plano de DEUS.
Gerações posteriores tinham Zorobabel em alto conceito. Seu nome é
incluído, ao lado de Josué, entre os homens famosos chamados de pais de Israel
(Eclesiástico 49: 11), e até hoje ele consta do hino do Hanucá que conta as
libertações que DEUS operou: "Eu quase morri, quando o fim trazido por
Babilônia se aproximou; através de Zorobabel eu fui salvo depois de setenta
anos."16
Ageu continua conclamando o povo de DEUS para o serviço. Entrega
que não é total não é entrega. Pensar que qualquer coisa contribui para um
serviço sério é errar o alvo completamente. Ele quer abençoar, mas não pode
fazê-lo enquanto seu povo está apático e egocêntrico. E nesta situação eles só
passarão por dificuldades, apesar de ele estar disposto a cobri-Ios de coisas
boas. O remédio que Ageu receita para hoje, como o fez em seu tempo, é uma
igreja mobilizada para a ação; ele lhe diria: "Sê forte, trabalha, não
temas". O propósito de DEUS para o futuro será concretizado e será mais
glorioso no cumprimento do que na promessa, na mesma proporção que JESUS CRISTO
foi mais glorioso que o templo.
16 Daily Authorised
Prayer Book of lhe Uniled Hebrew Congregalíons of lhe British Empire. Nova
tradução por Rev. S. Singer (London, 1891), pg. 275.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico
"Ageu [...]
Ageu censurou os juDEUS por sua indiferença, e os repreendeu por
construírem as suas próprias casas enquanto a casa de DEUS era negligenciada.
Ele assegurou aos habitantes de Jerusalém que as adversidades que vinham
sofrendo eram castigos por sua apatia. Zorobabel foi estimulado a dar a
supervisão apropriada à obra que tinham em mãos, e quando parecia que as
revoltas na Babilônia podiam ainda ser bem-sucedidas, ele parece ter sido
considerado como o homem divinamente ungido, que deveria conduzir Judá à
independência.
[...] O livro de Esdras passa em silêncio pelo período de cinquenta
e sete anos que se seguiram à conclusão do segundo Templo. No império persa, a
morte de Dario I, em 486 a.C., foi seguida pela ascensão de seu filho Xerxes
(486 - 465 a.C.).
[...] Durante este período, a comunidade judaica lutou, com
coragem, para sobrepujar a pobreza com que a terra fora assaltada, e
esforçou-se duramente para arrancar alguma prosperidade do solo inóspito. Em
outro tempo, porém, a orgulhosa capital ainda carregava os sinais de sua
humilhação, e embora o Templo estivesse concluído, a cidade ainda permanecia
sem muros" (HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto
Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.285-86).
VOCABULÁRIO
Hegemonia: Supremacia, superioridade.
Embargo: Impedimento, obstáculo.
Sobrepujar: Exceder, ultrapassar.
Inóspito: Lugar em que não se pode viver
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social,
Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino
de sacerdotes que DEUS colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2007.
SAIBA MAIS PELA Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 52, p.41.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 5, Zorobabel Recomeça a Construção do Templo - CPAD
Revista Adulto, CPAD, 3° trimestre 2020
Tema: Os Princípios Divinos em Tempo de Crise - A reconstrução de Jerusalém e o
avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
Comentarista: Pr. Eurico Bergstén
Slides
https://ebdnatv.blogspot.com/2020/07/slides-licao-5-zorobabel-recomeca.html
Vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=7YUiLVWdoBs
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Esdras 5.1,2; Ageu 1.1,12; Zacarias
4.6-10
Esdras 5
1- E Ageu, profeta, e Zacarias, filho de Ido, profeta, profetizaram aos juDEUS
que estavam em Judá e em Jerusalém; em nome do DEUS de Israel lhes
profetizaram. 2- Então, se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua,
filho de Jozadaque, e começaram a edificar a Casa de DEUS, que está em
Jerusalém; e com eles os profetas de DEUS, que os ajudavam.
Ageu 1
1- No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a
palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de
Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote,
dizendo:
12- Então, ouviu Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de
Jozadaque, sumo sacerdote, e todo o resto do povo a voz do SENHOR, seu DEUS, e
as palavras do profeta Ageu, como o SENHOR, seu DEUS, o tinha enviado; e temeu
o povo diante do SENHOR.
Zacarias 4
6- E respondeu e me falou, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel,
dizendo: Não por força, nem por violência, mas pelo meu ESPÍRITO, diz o SENHOR
dos Exércitos. 7- Quem és tu, ó monte grande? Diante de Zorobabel, serás uma
campina; porque ele trará a primeira pedra com aclamações: Graça, graça a ela.
8- E a palavra do SENHOR veio de novo a mim, dizendo: 9- As mãos de Zorobabel
têm fundado esta casa, também as suas mãos a acabarão, para que saibais que o
SENHOR dos Exércitos me enviou a vós. 10- Porque quem despreza o dia das coisas
pequenas? Pois esse se alegrará, vendo o prumo na mão de Zorobabel; são os sete
olhos do SENHOR, que discorrem por toda a terra que discorrem por toda a terra.
OBJETIVO GERAL - Compreender como se deu a reconstrução do Templo
sobre a liderança de Zorobabel.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mostrar como DEUS levantou os profetas Ageu e Zacarias para incentivar o povo a
reconstruir o Templo;
Saber que o ministério profético é uma prova da manifestação de DEUS;
Explicar o ministério profético a luz da Bíblia.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Vimos que o povo de DEUS havia dado início à obra de reconstrução do Templo.
Eles fizeram um culto de adoração ao Senhor quando as últimas pedras do
alicerce foram fincadas. Mas, logo os samaritanos e outros povos da redondeza
se levantaram para impedi-los de reconstruírem o Templo e estabelecerem
Jerusalém. Eles se sentiram ameaçados, por isso armaram traiçoeiramente
emboscadas contra o povo de DEUS, atrapalhando assim a obra. Segundo o
Comentário Bíblico Beacon eles "alugaram conselheiros e aparentemente
deram uma impressão enganosa sobre os juDEUS ao rei da Pérsia."
Parecia que o Templo jamais iria ser reconstruído novamente. O povo estava sem
fé, sem coragem e sem esperança. Ficava evidente que somente DEUS poderia
ajudá-los. Então, o Senhor usou os profetas Ageu e Zacarias para incentivar e
exortar o seu povo a concluírem a sua Casa e depois de uns 18 anos,
aproximadamente, a reconstrução do Templo foi concluída.
PONTO CENTRAL - Os profetas que DEUS levanta são necessários para a
sua obra.
Resumo da Lição 5, Zorobabel Recomeça a Construção do Templo
I - DEUS SUSCITA OS PROFETAS AGEU E ZACARIAS.
1 . DEUS levantou dois profetas.
2. O resultado da mensagem dos profetas.
3. O impulso espiritual dado pelos profetas continuou dominando os
construtores até à conclusão da construção.
II – O MINISTÉRIO PROFÉTICO, UMA PROVA DA MANIFESTAÇÃO DE DEUS
1. Manifestações sobrenaturais no Antigo Testamento.
2. Manifestações sobrenaturais no Novo Testamento.
III – O MINISTÉRIO DE PROFETA À LUZ DA BÍBLIA
1. O profeta na dispensação do Antigo Testamento. Mediador entre DEUS e o povo.
2. O profeta na dispensação do Novo Testamento.
Resumo do Pr Henrique da Lição 5, Zorobabel Recomeça a Construção
do Templo
I - DEUS SUSCITA OS PROFETAS AGEU E ZACARIAS.
DEUS, vendo o desânimo do povo e de seus líderes, Zorobabel e Jesua
(Josué), escolhidos por Ele mesmo, envia dois profetas, Ageu e Zacarias, para
reanimá-los.
1 . DEUS levantou dois profetas.
ESDRAS 5.1 OS PROFETAS... PROFETIZARAM AOS JUDEUS. O reinício e
conclusão da construção do templo só foi possível graças aos ministérios
proféticos de Ageu e Zacarias (ver Ag 1.9-11). Suas profecias incluíam: (1)
ordens diretas de DEUS (Ag 1.8); (2) advertência e repreensão (Ag 1.9-11); (3)
exortação (Ag 2.4); e (4) alento mediante a promessa de bênçãos futuras (ver Ag
2.6-9; Zc 8.3). A palavra de DEUS através de Jeremias pusera em marcha o início
da reconstrução do templo (1.1); da mesma forma, agora, a palavra do Senhor
através de Ageu e Zacarias impulsionava a conclusão da obra (6.14). BEP –
CPAD
Resumo rápido do templo em Jerusalém
O tabernáculo (antes de existir o templo)
(1) O tabernáculo foi o primeiro local de adoração
construído por ordem de DEUS (Êxodo 25:9). Foi construído na época de Moisés e
era um local (móvel) de adoração a DEUS e de realização de diversas cerimônias
ordenadas pela lei, principalmente as cerimônias de sacrifícios. Esse
tabernáculo foi usado no deserto nos 40 anos em que o povo peregrinou e também
por um bom tempo quando o povo se instalou na terra prometida. Ele foi usado
até a época do rei Salomão.
O templo de Salomão
(2) Davi desejou construir um local fixo de adoração a DEUS,
mas DEUS disse a ele que seu filho Salomão é quem construiria esse local de
adoração, pois Davi havia sido um homem de guerra: “Porém DEUS me disse:
Não edificarás casa ao meu nome, porque és homem de guerra e derramaste muito
sangue” (1 Crônicas 28:3). Mesmo com essa palavra do Senhor, Davi preparou
toda a ajuda necessária para essa construção para que seu filho a erguesse no
futuro. Após a morte de Davi, Salomão se dedica a essa construção que leva
vários anos ( 2 Crônicas 3). Temos aqui então o famoso templo de Salomão,
que a partir daqui passa a ser o local central de adoração dos Israelitas.
O templo de Zorobabel
(3) O templo de Salomão fica centenas de anos de pé servindo
ao povo, no entanto, o povo de Israel se desvia totalmente do Senhor. Depois de
muitos avisos por meio dos profetas, o Senhor permite que Nabucodonosor,
rei da Babilônia, invada Jerusalém, destrua seus muros e queime totalmente o
templo de Salomão, ficando o povo agora sem independência, totalmente nas mãos
da Babilônia (2 Reis 25). Depois de ficarem 70 anos como cativos (2 Crônicas
36:21), DEUS levantou um novo Império, o império persa, que na figura do rei
Ciro, mandou que muitos juDEUS voltassem até Jerusalém para a reconstrução do
templo. Temos, então, aqui, sob a liderança de Zorobabel, a construção de um
novo templo, muito mais humilde que aquele que Salomão havia construído. Esse
templo ficou conhecido como templo de Zorobabel (Esdras 6:13-15) e foi
terminado por volta do ano de 515 a.C.
O templo de Herodes
(4) Herodes, o grande, querendo agradar os juDEUS de sua época
e demonstrar o seu poder, resolveu remodelar o templo de Zorobabel,
transformando-o numa construção faraônica. Esse trabalho de remodelamento
começou por volta do ano 20 a.C. Algumas partes ficaram prontas rapidamente (em
torno de 10 anos, ou seja, em 10 a.C mais ou menos). Podemos ver isso nas
várias menções desse templo na época de JESUS, pois esse era o templo
mencionado nos evangelhos. Mas ele só foi finalizado em sua totalidade no ano
de 64 d.C. Esse ficou conhecido como templo de Herodes. Mas foi também
totalmente destruído no ano de 70 d.C pelo general Tito.
Zorobabel e Josué, representantes político e religioso de Israel,
respectivamente, embora soubessem da ordem maior de Ciro para a reconstrução do
templo (irrevogável) e do poder de DEUS (insuperável) para derrotar os inimigos
de seu povo, mesmo assim, aceitaram passivamente as afrontas de seus inimigos e
pararam a obra de DEUS. Se amedrontaram e desanimaram diante das ameaças e
violência de seus inimigos.
Hoje, a liderança da igreja, de forma semelhante, mesmo sabendo do apoio
constitucional à igreja e do poder de DEUS sobre todas as doenças e
enfermidades, se dobraram diante das ameaças e violência dos inimigos da igreja
e da obra de DEUS. Se acovardaram e desanimaram.
Quem foi Zorobabel?
Zorobabel foi o governador de Judá que reconstruiu o templo de Jerusalém,
quando os israelitas voltaram do exílio. A construção enfrentou várias
dificuldades mas Zorobabel não desistiu. DEUS enviou alguns profetas para
encorajar Zorobabel.
O início da construção
Quando Nabucodonosor, o rei da Babilônia, conquistou Jerusalém, ele destruiu o
templo e levou o povo para o exílio. 70 anos mais tarde, o rei Ciro
decretou que os israelitas poderiam voltar a sua terra e reconstruir o
templo (Esdras 1:2-4). Os israelitas levaram consigo vários materiais para
a construção e Ciro devolveu vários utensílios do templo que Nabucodonosor
tinha levado como despojo.
Zorobabel foi um dos exilados que voltou. Ele era descendente direto do rei
Davi e se tornou governador de Judá. Junto com o sacerdote Jesua e outros
líderes do povo, Zorobabel organizou a reconstrução do templo. Eles
reconstruíram o altar e voltaram a oferecer sacrifícios a DEUS e a celebrar as
festas que DEUS tinha ordenado na Lei de Moisés (Esdras 3:2-3).
Com o dinheiro angariado, Zorobabel pagou os trabalhadores e os materiais para
a construção. Os sacerdotes e levitas organizaram o trabalho (Esdras 3:8).
Quando os alicerces do templo foram lançados, houve uma grande festa de louvor
e gratidão a DEUS em Jerusalém.
A oposição ao trabalho
Nem todos ficaram felizes com a reconstrução do templo. Os estrangeiros
que moravam em Israel tentaram impedir o trabalho, causando várias dificuldades
(Esdras 4:4-5). Eles escreveram cartas aos próximos reis da Pérsia, acusando os
israelitas de rebelião.
Quando o rei Artaxerxes leu as acusações, ele fez uma pesquisa e descobriu que
Jerusalém tinha um historial de rebelião e mandou parar a construção. Os
israelitas também perderam interesse na construção do templo, porque queriam
construir suas próprias casas e tratar de seus negócios. Durante alguns
anos, Zorobabel foi impedido de completar a obra no templo (Esdras
4:23-24).
O fim da construção
DEUS enviou os profetas Zacarias e Ageu, no tempo do rei Dario, para encorajar
Zorobabel. Ageu repreendeu os israelitas por terem esquecido da obra do templo
e os animou a voltar ao trabalho (Ageu 1:2-4). Zacarias encorajou Zorobabel,
profetizando que ele veria o templo reconstruído (Zacarias 4:9-10).
Por causa dos profetas, Zorobabel decidiu continuar o trabalho no
templo (Ageu 1:14-15). Os governantes da região ficaram preocupados e
enviaram uma carta ao rei Dario. O rei investigou e encontrou o decreto do rei
Ciro, que ordenava a reconstrução do templo. Por isso, ele permitiu que os
israelitas continuassem e até ajudou a pagar as despesas!
Com todo esse encorajamento, Zorobabel conseguiu completar a construção do
templo. A dedicação do templo foi mais uma grande festa e todos os israelitas
ficaram felizes (Esdras 6:15-16). Zorobabel foi um exemplo de perseverança,
coragem e dedicação a DEUS. Ele obedeceu a DEUS e DEUS o honrou.
(https://www.respostas.com.br/quem-foi-zorobabel/)
2. O resultado da mensagem dos profetas.
5.2 OS PROFETAS DE DEUS, QUE OS AJUDAVAM. A piedosa liderança de
Zorobabel e Jesua, levou a efeito a reconstrução do templo. Porém, Esdras nota
dois outros fatores que contribuíram para a vitoriosa restauração da Casa de DEUS.
(1) O ministério dos profetas Ageu e Zacarias, em muito contribuiu
para a conclusão das obras, apesar dos muitos obstáculos e reveses. A obra de DEUS
sempre requer a participação dos seus profetas, na realização do seu propósito
concernente a qualquer geração. (2) Outro elemento-chave na bem-sucedida
restauração da Casa de DEUS, foi a dedicação dos anciãos e do povo (vv. 5,8;
cf. 7.23). Eles não se tornaram apáticos, nem aceitaram o desafio com
indiferença, antes, empreenderam a tarefa com grande diligência, e DEUS
abençoou a obra das suas mãos. O reino de DEUS sempre progride através das
palavras e ações dos dirigentes e do povo que, ao trabalharem juntos,
dedicam-se plenamente ao propósito de DEUS para esse mesmo povo. BEP -
CPAD
3. O impulso espiritual dado pelos profetas continuou dominando os
construtores até à conclusão da construção.
5.3 QUEM VOS DEU ORDEM PARA EDIFICARDES ESTA CASA? Os fiéis
obedeceram à palavra do Senhor, através dos seus profetas (v. 1). Dedicaram-se
a trabalhar para a glória de DEUS (v. 2), e DEUS estava com eles de modo
especial (v. 5). Todavia, o inimigo surgiu e se opôs à obra (v. 3). Sempre que
houver progresso espiritual, podemos prever que virão oposição e provação da
parte de Satanás e dos inimigos de CRISTO. O povo de DEUS deve enfrentar tal
oposição com oração contínua a DEUS, confiança nEle e avançando até à conclusão
da obra (ver Ef 6.11 nota).
5.5 OS OLHOS DE DEUS ESTAVAM SOBRE OS ANCIÃOS. Aqueles que dedicam a sua vida à
causa e obra de DEUS, são objetos especiais do seu cuidado vigilante. Se você
está empenhado em exaltar o reino do Senhor e a sua justiça, Ele sempre estará
com o seu olhar sobre você (Jó 36.7; cf. Mt 6.33). Nesse caso, a você pertence
a promessa: "Os olhos do SENHOR estão sobre os justos" (Sl
34.15). BEP - CPAD
AJUDAS DIVERSAS
DARIO I -
(https://cronologiadabiblia.wordpress.com/2011/05/21/dario-i-o-grande/)
529 AC – (Anno Mundi 3367) – Dario torna-se rei da Pérsia
Dario I foi um dos generais de Cambises e assumiu o poder depois de sua morte,
tendo governado a Pérsia por 36 anos. Ocupou-se de ampliar as fronteiras persas
e empreendeu uma grande reforma administrativa por todo o império, que foi
dividido em províncias, cujos sátrapas tinham poder absoluto, prestando conta
de seus atos apenas ao rei.
Dario fez várias tentativas de anexar a Grécia ao seu império, mas
fracassou em todas, sendo finalmente derrotado na famosa batalha de Maratona.
Durante seu tempo, Ageu e Zacarias foram os profetas que incentivaram Israel a
prosseguir na reconstrução do Templo de Jerusalém (Ed 5:1).
Flávio Josefo (História dos Hebreus, Vol. 3, Cap. IV, § 449, Pág.
313) nos diz que desde antes de Dario se tornar rei da Pérsia já era amigo de
Zorobabel, e que havia feito um voto ao amigo de que se ele se tornasse rei um
dia retomaria as obras de reconstrução do Templo de Jerusalém que estavam
paradas há tempos.
Dario se tornou rei e nomeou Zorobabel um dos três gestores de sua
casa. Lembremos que 14 anos antes de Dario assumir o reino da Pérsia Zorobabel
havia ido com a primeira leva daqueles libertados no 1º ano de Ciro. A
informação de Josefo indicaria, portanto, que Zorobabel numa certa altura
haveria retornado a Pérsia.
Diz Josefo que em seu primeiro ano de governo Dario deu um grande
banquete para seus convidados e neste dia propôs a seus três administradores
uma questão trivial, e entre todas as respostas ouvidas, foi a de Zorobabel a
que mais lhe agradou e fê-lo desta forma merecedor de um presente do rei.
Zorobabel lhe teria pedido então que relembrasse da promessa de
reconstruir o Templo de Jerusalém. É uma ilustração interessante, mas em
desacordo com o relato bíblico, que nos informa que Dario autorizou a
continuação das obras depois de uma consulta do governador das terras de além
do Eufrates.
Além disto Ed 5:2 nos dá conta de Zorobabel já trabalhando na
reconstrução do Templo junto com os profetas Ageu e Zacarias antes da
autorização oficial de Dario.
Mesmo assim, não deixa de ser um relato interessante, pois mostra
até que ponto a cultura popular tende a influenciar a história, pois este conto
muito se parece com as estórias que o povo conta para valorizar um mito.
529 AC – (Anno Mundi 3367) – as obras do Templo são retomadas
Incentivados pela morte de Cambises, os profetas Ageu e Zacarias, no primeiro
ano de Dario, exortaram o povo para que as obras de reconstrução do Templo
fossem continuadas, mesmo sem autorização oficial para fazê-lo. (Ed 5:1-5)
529 AC – (Anno Mundi 3367) – Dario é questionado sobre as obras
Conforme todo capítulo 5 de Esdras, ao ver as obras do Templo serem retomadas,
Tatenai, governador da província, enviou uma carta a Dario questionando se os
juDEUS estavam ou não autorizados a continuar com seu trabalho, uma vez que
estes argumentavam haver uma ordem do rei Ciro a este respeito. Porém, enquanto
houve o trâmite deste documento, as obras continuaram mesmo sem autorização
oficial.
528 AC – (Anno Mundi 3368) – Dario autoriza a continuidade das
obras
Ao receber a carta do governador, Dario deu ordem para que se verificasse nas
crônicas reais se Ciro havia de fato autorizado a reconstrução do Templo de
Jerusalém (Ed 6:1).
Uma vez constatada a existência de tal ordem, Dario ordenou que as
obras prosseguissem de acordo com a vontade de Ciro (Ed 6:6-12).
Os reis sábios costumam respeitar as decisões de seus antecessores
para que suas próprias decisões sejam respeitadas pelos que virão depois dele.
528 AC – (Anno Mundi 3368) – Zorobabel governador da Judéia
De acordo com Ag 1:1, no segundo ano de Dario Zorobabel já era governador da
Judéia em lugar de Sesbazar.
524 AC – (Anno Mundi 3372) – termina a reconstrução do Templo
De acordo com Ed 6:15: “acabou-se esta casa no terceiro dia do mês de Adar, no
sexto ano do reinado do rei Dario.”
A conclusão das obras se deu 18 anos depois de iniciada no primeiro ano de
Ciro, 437 anos depois de Salomão haver inaugurado o Templo em 961 AC.
493 AC – (Anno Mundi 3403) – morte de Dario, o Grande
De acordo com a história secular, Dario reinou 36 anos, de onde concluímos, de
acordo com as datas bíblicas, que sua morte se deu em 493 AC
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Esdras 5:3-17 - A Reação dos Inimigos - Comentários Bíblicos -
Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT
Temos aqui:
I
O conhecimento que os seus vizinhos logo tomaram da retomada dessa boa obra.
Parece que tinham um olho invejoso sobre eles e, assim que o ESPÍRITO de DEUS
encorajou os amigos do Templo a dar continuidade à obra, o espírito perverso
incitou seus inimigos a se opor a ela. Enquanto o povo edificava e colocava um
fino acabamento nas suas próprias casas, seus inimigos não os incomodavam (Ag
1.4), embora a ordem do rei tivesse sido de parar a edificação da cidade (Ed
4.21); mas quando voltaram ao trabalho do Templo, logo soou o alarme e todos os
líderes vizinhos estavam empenhados em impedi-los (vv. 3,4). Os adversários são
mencionados aqui: Tatenai e Setar-Bozenai. Os governadores mencionados
anteriormente (Ed 4), provavelmente foram substituídos no início desse reinado,
como de costume. É a política dos príncipes de mudar com frequência os
delegados, pro cônsules e magistrados das províncias. Esses, embora inimigos
reais da construção do Templo, eram homens de índole melhor do que os
anteriores, e buscaram retratar a verdade. Se a fé não é de todos (2 Ts 3.2), é
bom que alguns a tenham. Os inimigos da Igreja não são todos igualmente iníquos
e imoderados. O historiador começa a relatar o que se passou entre os
edificadores e esses inquisidores (vv. 3,4), mas interrompe o seu relato, e faz
alusão à cópia da carta que enviaram ao rei, onde a mesma aparece de forma mais
completa e detalhada, e que ele começou a resumir (v. 4), embora, depois de
pensar bem, tenha inserido todo o conteúdo.
II
O cuidado que a Providência divina teve em relação a essa obra (v. 5): os olhos
de DEUS estavam sobre os anciãos dos juDEUS, que estavam ativos na obra, assim
que seus inimigos não podiam fazê-los parar, como teriam feito, até que a
questão fosse levada a Dario. Eles desejavam que somente parassem até que
tivessem instruções do rei a esse respeito. Eles não os impediram porque os
olhos de DEUS estavam sobre eles. 1. Isso aturdiu, confundiu e debilitou seus
inimigos e protegeu os construtores dos seus desígnios perversos. Enquanto
estamos empenhados na obra de DEUS estamos debaixo de sua proteção especial;
seus olhos estão sobre nós para o bem, sete olhos sobre uma única pedra em seu
Templo (veja Zc 3.9; 4.10). 2. Isso os estimulou. Os anciãos dos juDEUS viram
que os olhos de DEUS estavam sobre eles, para observar o que faziam e
reconhecer que estavam fazendo uma boa obra. Assim, tiveram coragem suficiente
para enfrentar seus inimigos e dar continuidade vigorosamente à obra, não
obstante toda a oposição que enfrentavam. Nossos olhos sobre DEUS, observando
seus olhos sobre nós, nos manterão em nosso serviço e nos encorajarão quando as
dificuldades forem desanimadoras.
III
O relato que enviaram ao rei acerca dessa questão, em que podemos observar:
1. O relato completo que os anciãos dos juDEUS deram aos samaritanos acerca de
sua conduta. Encontrando-os ocupados e bem-sucedidos, com todas as mãos
ocupadas no trabalho da construção dessa edificação, e vendo que progrediam
rapidamente, fizeram as seguintes perguntas: “Com que autoridade estão fazendo
essas coisas, e quem deu essa autoridade a vocês? Quem os colocou no trabalho?
Existe alguém que confirme esse trabalho?”. A isso, os anciãos responderam que
tinham garantia suficiente para fazer o que faziam; porque: (1) “Somos servos
do DEUS dos céus e da terra. O DEUS que adoramos não é um DEUS local e,
portanto, não podemos ser acusados de partidarismo, ou estabelecer uma seita,
ao edificar este Templo para a sua honra: mas pagamos nossa homenagem ao DEUS
de quem depende toda criação e, portanto, precisa ser protegido e servido por
todos e não impedido por ninguém”. É a sabedoria e o dever dos reis encorajar
os servos do DEUS dos céus. (2) “Temos uma prescrição para esta casa; ela foi
edificada para a honra de nosso DEUS por Salomão, muitos anos antes. Não é uma
invenção recente; estamos levantando os fundamentos de muitas gerações” (Is
58.12, ARA). (3) “Foi para castigar-nos pelos nossos pecados que ficamos sem a
posse desta casa por um período; não porque os DEUSes das nações prevaleceram
contra o nosso DEUS, mas porque O provocamos (v. 12); por esse motivo ele nos
entregou, e o nosso Templo, nas mãos do rei da Babilônia, mas nunca pretendeu,
com isso, colocar um ponto final em nossa religião. Apenas fomos suspensos por
um tempo, não despojados para sempre”. (4) “Temos o decreto real de Ciro que
nos justifica e apoia naquilo que estamos fazendo. Ele não somente permitiu e
consentiu, mas ordenou-nos a edificar esta casa (v. 13), e a edificá-la neste
lugar (v. 15), o mesmo lugar onde foi edificada anteriormente”. Ele deu essa
ordem, não somente pela compaixão aos juDEUS, mas em respeito ao seu DEUS,
dizendo: Ele é o DEUS. Ele também entregou os utensílios do Templo a alguém em
quem confiava para que fossem devolvidos ao seu antigo lugar e uso (v. 14). E
eles tinham esses utensílios para confirmar o que estavam alegando. (5) “A
edificação começou de acordo com essa ordem, tão logo retornamos, assim que não
deixamos de cumprir o benefício da ordem por decurso de prazo; ainda estamos
construindo e não terminamos a obra, porque enfrentamos oposição”. Observe que
eles não mencionam a falsidade e maldade dos governadores anteriores, nem
reclamam deles, embora tivessem motivos suficientes para fazê-lo; isso nos
ensina que não devemos retribuir amargura com amargura, nem a censura mais
justa pela mais injusta, mas estar satisfeitos caso obtenhamos um tratamento
justo no futuro, sem uma alusão hostil a insultos anteriores (v. 16). Este é o
relato que deram do seu procedimento; não perguntaram sob que autoridade os
estavam investigando, nem os reprovaram pela sua idolatria, e superstições, e
religião confusa. Estejamos dispostos a dar com humildade e temor a razão da
esperança que há em nós (1 Pe 3.15), a entender da maneira correta, e então a
declarar prontamente o que fazemos a serviço de DEUS e o motivo pelo qual o
fazemos.
2. Quão imparcialmente os samaritanos apresentaram essa situação ao rei. (1)
Eles chamaram o Templo em Jerusalém de a casa do grande DEUS (v. 8); porque
embora os samaritanos, pelo que parece, tivessem muitos DEUSes e senhores, eles
reconheceram que o DEUS de Israel era o grande DEUS, que está acima de todos os
DEUSes. “É a casa do grande DEUS e, portanto, não ousamos nos opor à edificação
dela, sem ordens de sua parte”. (2) Eles relataram claramente o que estava
sendo feito, não afirmando, como fizeram os seus predecessores, de que estavam
fortificando a cidade como se estivessem planejando uma guerra, mas somente que
estavam edificando o Templo, com o objetivo de adoração (v. 8). (3) Eles
sugeriram que o rei consultasse os registros, para ver se Ciro, de fato, tinha
feito esse decreto, e então tinha dado orientações como lhe parecia bem (v. 17).
Temos motivos para pensar que se a causa dos juDEUS tivesse sido apresentada a
Artaxerxes de modo tão justo, no capítulo anterior, como o foi a Dario, ele não
teria ordenado a paralisação da obra. O povo de DEUS não podia ser perseguido
se não fosse desvirtuado, não podia ser seduzido se não fosse vestido com pele
de urso. Que a causa de DEUS seja declarada de maneira justa, e ouvida de
maneira justa, e ela se manterá firme.
CAPÍTULO 5 - (520 a C) - EXPOSITOR BÍBLIA THE WORD
A RECONSTRUÇÃO COMEÇOU NOVAMENTE T HEN os profetas, Ageu, o profeta, e
de Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos juDEUS que estavam em Judá e
Jerusalém, em nome do DEUS de Israel lhes profetizaram (os dois livros de Ageu
e Zacarias deve ser lida em conexão com o presente capítulo) .
2 Então se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesuá, filho de
Jozadaque, e começaram a edificar a casa de DEUS, que está em Jerusalém; e com
eles estavam os profetas de DEUS ajudando-os (os Profetas agora entrar em cena,
com a Palavra do Senhor de que o trabalho deve ser retomado, e rapidamente, as
pessoas haviam se tornado tão ocupado em construir suas
próprias casas e se preparando, que pouca atenção foi dada agora para o Templo,
sem verdadeiros profetas, a Igreja vai definhar) .
OS INIMIGOS DOS JUDEUS PROCURAM IMPEDIR A CONSTRUÇÃO DE NOVO
3 Ao mesmo tempo vieram ter com eles Tatenai, o governador dalém do rio, e
Setar-boznai e seus companheiros, e assim lhes perguntaram: Quem te ordenou
para edificar esta casa, e completar este muro? (Como o trabalho prossegue,
Satanás será novamente traseira de sua cabeça feia, mas sem sucesso.)
4 Então disse-lhes que desta maneira, que são os nomes dos homens que constroem
este edifício? (O texto deve ler: "Então, disse que ...?")
5 Os olhos do seu DEUS estavam sobre os anciãos dos juDEUS, que não podiam
levá-los a impediram, até que o negócio se comunicasse a Dario, e então
chegasse resposta por carta sobre este assunto (neste momento, as pessoas
idosas que presidiu sobre os trabalhadores empregados na restauração eram um
assunto especial de vigilante cuidado de DEUS, para que os que de bom grado
teria impedido eles não podia) .
UMA CARTA PARA O REI DARIO BUSCANDO PARAR O TRABALHO NO TEMPLO
6 A cópia da carta que Tatenai, o governador dalém do rio, e Setar-boznai e
seus companheiros, os governadores, que estavam deste lado do Rio, enviaram ao
rei Dario (Tatenai era um só governador-geral do vasto regiões ao oeste do rio
Eufrates, ele visitou pessoalmente Jerusalém, ao invés de ouvir os relatos de
adversários de Israel) :
7 enviaram-lhe um relatório, no qual estava escrito; Ao rei Dario toda a paz.
8 Saiba o rei, que nós fomos à província de Judá, à casa do grande DEUS, a qual
se edifica com grandes pedras, e a madeira está sendo posta nas paredes, e esta
obra vai rápido, e prosperou em suas mãos.
9 Então perguntamos àqueles anciãos, falando-lhes assim: Quem vos deu ordem
para edificar esta casa, e completar este muro?
10 Pedimos os seus nomes também, para certificar que você, para que pudéssemos
escrever os nomes dos homens que estavam o chefe deles.
11 E, assim, eles voltaram a responder, dizendo: Nós somos servos do DEUS do
Céu e da Terra, e construir a casa que foi construída há tantos anos atrás, que
um grande rei de Israel edificou e acabou.
12 Mas depois que nossos pais provocaram o DEUS do céu para a ira, Ele os
entregou na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, o caldeu, o qual destruiu
esta casa, e transportou o povo para Babilônia.
13 Porém, no primeiro ano de Ciro, rei de Babilônia, o rei Ciro baixou decreto
para que esta casa de DEUS.
14 E os vasos também de ouro e de prata da casa de DEUS, que Nabucodonosor
tirou do templo que estava em Jerusalém, e os trouxe para o templo de
Babilônia, Estes tirou Ciro, o rei tirar do templo de Babilônia, e eles foram
entregues a um homem cujo nome era Sesbazar, a quem ele tinha constituído
governador;
15 E disse-lhe: Toma estes utensílios, vai, e leva-os para o templo que está em
Jerusalém, e deixar a casa de DEUS ser construído em seu lugar.
16 Então veio o dito Sesbazar, e lançou os fundamentos da casa de DEUS, que
está em Jerusalém, e desde aquela época até agora tem sido na construção, e
ainda não está terminado.
17 Agora, pois, se parece bem ao rei, que haja consultas efetuadas em casa dos
tesouros do rei, que está em Babilônia, se é assim, que um decreto foi feito do
rei Ciro para reedificar esta casa de DEUS em Jerusalém, e que o rei enviou o
seu prazer para nós quanto a este assunto (é bem possível que este
"decreto de Ciro" ainda pode existir nas ruínas da Babilônia e um dia
vai ser descoberto) .
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Esdras - LIVRO - Dicionário Bíblico Wycliffe
O livro que leva o nome de Esdras estava originalmente combinado
com o de Neemias, em um único volume. Isto era verdade nos manuscritos
hebraicos, até que houve a separação em um manuscrito datado de 1448 d.C. No
entanto, os livros eram conhecidos por Orígenes e Jerônimo como obras separadas
em algumas versões de manuscritos gregos.
Esboço
I. O primeiro retorno, 1.1-2.70
A. A permissão para retornar, 1.1-11
B. O registro dos que retomaram, 2.1- 70
II. A reconstrução do templo, 3.1-6.22
A. Construção do altar e das fundações do templo, 3.1-13
B. Empecilhos ao trabalho, 4.1-5,24
C. Oposição posterior, 4.6-23
D. Conclusão do templo, 5.1-6.22
III. A atividade de Esdras, 7.1-10.44
A. A missão de Esdras, 7.1-28
B. A chegada de Esdras, 8,1-36
C. O problema dos casamentos mistos, 9.1-10.44
Fontes
A natureza combinada do livro é também evidente, especialmente no Texto
Massorético. A alternância dos pronomes pessoais de primeira e terceira
pessoas, e o uso alternado do hebraico e do aramaico são facilmente
reconhecíveis. O livro fez as seguintes combinações:
1. Memórias de Esdras (7.27-9.15). Estas foram escritas em primeira pessoa.
Podem ter sido um resumo do relato que Esdras teve que fazer à corte persa.
2. Documentos em aramaico (4.7-16; 4.18- 22; 5.7-17; 6.3-12; 7.12-26). Estes
incluem cartas e documentos oficiais e semioficiais.
3. Documentos hebraicos (1.2-4; 2.1-70; 8.1- 14; 10.18-44). Estes vêm, sem
dúvida, e principalmente, dos arquivos de estado.
Autoria
De acordo com o Talmude (Baba Bathra 15a) e outras evidências da tradição
hebraica, Esdras escreveu tanto o livro que leva seu nome quanto o livro de
Neemias. No entanto, é prática mente universal mente aceito hoje em dia que
Crônicas, Esdras e Neemias formavam originalmente um único livro. Como os
versículos finais do segundo livro de Crônicas também aparecem no início do
livro de Esdras, provavelmente a ordem tenha sido invertida. A expressão “o
cronista” é normal mente atribuída ao autor de toda a obra. Embora muitos
estudiosos reconheçam Esdras como “o cronista”, outros datam o trabalho de
compilação desses livros como tendo ocorrido no final do século IV a.C. (aprox.
330 a.C.). No entanto, as grandes semelhanças linguísticas com papiros em
aramaico do século V, da comunidade judaica em Elefantina, no Egito, requerem
uma data dentro da época de Esdras. Veja Papiros de Elefantina. K. M. Y.
SUBSÍDIOS DA LIÇÃO 5 - 3º TRIMESTRE DE 2020 - REVISTA CPAD
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“O reinício e conclusão da construção do Templo só foi possível graças aos
ministérios proféticos de Ageu e Zacarias. Suas profecias incluíram: (1) Ordens
diretas de DEUS (Ag 1.8); (2) Advertências e repreensão (Ag 1.9-11); (3)
Exortação (Ag 2.4); e (4) Alento mediante a promessa de bênçãos futuras. A
Palavra de DEUS através de Jeremias pusera em marcha o início da reconstrução
do templo; da mesma foram, agora, a Palavra do Senhor através de Ageu e
Zacarias impulsionava a conclusão da obra (Ed 6.14)” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.716)”.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O ministério profético é uma prova da
manifestação de DEUS.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Profecia
No Antigo Testamento, um oráculo profético ou mensagem a ser transmitida ao
povo era entendida como um ‘peso’ (em hebraico massa) sobre a alma do profeta
até que ele pudesse pronunciá-lo (Pv 30.1 e 31.1, cf. Is 13.1; Hc 1.1: Zc 9.1).
Também foi usada a palavra n’bu’a, relacionada com nabi, ‘profeta’ (2 Cr 9.29;
15.8; Ed 6.14; Ne 6.7). O termo no Novo Testamento é a palavra grega
propheteia, que pode se referir-se a um atividade profética ou a ‘profetizar’
(Ap 11.6), ao dom de profecia ou a profetizar (Rm 12.6; 1 Co 12.10), e a
declarações proféticas (Mt 13.14; 1 Ts 5.20).
Os profetas foram os primeiros de todos os prenunciadores e porta-voz de DEUS.
Moisés, o maior de todos os profetas deveria receber a palavra diretamente de DEUS
e transmiti-la a Arão, que era seu porta-voz. Como Moisés deveria ser o ‘DEUS’
do Faraó, o ministério de Arão demonstra perfeitamente o ministério do
porta-voz. Todos aqueles que agem na função de proclamar a Palavra de DEUS são
seus porta-vozes. É nesse sentido que o crente no Novo Testamento pode
profetizar, quando está diretamente habilitado pelo ESPÍRITO SANTO” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.1599).
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“1. Proclamação direta. O profeta proclamava, em linguagem direta e simples, a
mensagem que DEUS lhe havia dado. Ela era comunicada ‘boca a boca’, como no
caso de Moisés, ou através de uma visão ou sonho. Mas a mensagem sempre lhe era
concedida através de uma inspiração divina direta, para que os profetas
continuassem a escrever ‘Assim diz o Senhor’.
2. Linguagem figurada. Como regra geral, as profecias do Antigo Testamento são
claras e diretas, embora algumas certamente sejam propositadamente figuradas.
As principais. As principais razões seriam: (a) Para transmitir de modo mais
efetivo e expressivo algum fato ou verdade (cf. Is 66.12,13; Am 9.13), e (b)
para revelar o conhecimento de eventos futuros, de tal forma que não pudesse
ser imaginado pelo descrente, por um lado, e, por outro, para que só pudesse
ser entendido pelo crente depois de um estudo cuidadoso. DEUS não lança pérolas
aos porcos.
Entretanto, geralmente as figuras de retóricas são prontamente entendidas
quando examinadas sob o contexto da cultura do Antigo Testamento” (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.1600-01).
PARA REFLETIR - A respeito de “Zorobabel Recomeça a Construção do
Templo”, responda:
Por quanto tempo esteve paralisada a construção do Templo? Quinze anos.
Que profetas o Senhor levantou para animar os juDEUS na reconstrução do Templo?
Ageu e Zacarias.
Como atuava o profeta do Antigo Testamento? No Antigo Testamento, o profeta
além de transmitir a mensagem de DEUS para o povo, era consultado pelo povo
acerca de assuntos espirituais e até mesmo acerca de assuntos materiais.
Como atuava o profeta do Novo Testamento? Exercia o ministério da Palavra, para
o qual o ministro recebeu de DEUS uma preparação especial do ESPÍRITO
profético.
Por que, hoje, não necessitamos mais consultar os profetas? Porque possuímos a
Palavra de DEUS, que é a nossa única regra de fé e conduta.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
I – O LIVRO DE AGEU
– Na sequência do estudo dos profetas menores, estudaremos hoje o
livro de Ageu, o décimo livro do cânon.
– Ageu é o primeiro profeta literário que DEUS levanta após o
retorno do cativeiro da Babilônia. Seu ministério marca, portanto, a
continuidade do compromisso de DEUS para com o Seu povo, além de reativar a
promessa messiânica, visto que tal profeta é usado por DEUS para reafirmar a
Zorobabel, o governador de Judá que era descendente da casa de Davi, a promessa
do Messias.
– Ageu foi o primeiro profeta que DEUS levantou depois do cativeiro
da Babilônia. Seu ministério (pelo menos o registrado nas Escrituras) é um dos
mais curtos registrados nas Escrituras, pois, segundo o próprio texto de seu
livro, teve início no ano segundo do rei Dario, no sexto mês, tendo terminado
no vigésimo quarto dia do sétimo mês, ou seja, apenas dois meses. Se,
entretanto, o ministério foi curto em tempo, foi extremamente eficaz no seu
propósito, pois o objetivo foi alcançado, qual seja, o de fazer o povo tornar a
dar prioridade às coisas relativas ao Senhor. Este é mais um exemplo bíblico de
que o que importa não é o tempo ou a duração de um ministério, mas, sobretudo,
a presença do Senhor nele.
– Ageu, em hebraico é “Haggai” (חגי ), que quer dizer “festivo” ou
“festividade”, o que talvez estivesse relacionado com a data do nascimento do
profeta ter se dado em alguma festa ou solenidade do calendário judaico. Mais
uma vez vemos um grande paralelo entre o nome do profeta e o seu ministério,
pois Ageu foi levantado para DEUS para que o povo voltasse a ter, novamente, as
suas festividades, que haviam se interrompido com o cativeiro da Babilônia e
que tinham o templo como um indispensável ponto de referência (cfr.
Ex.34:18,22,23).
– Ageu foi levantado por DEUS num período de grande perigo
espiritual para o povo judeu. Após o alegre e esperançoso retorno para a
Palestina (cfr. Sl.126:1-3), a nação escolhida de DEUS enfrentava uma dura
realidade: a destruição efetuada antes do cativeiro havia sido completa, tudo
estava por fazer e, como se não bastasse a penúria e a dificuldade naturais de
um tal empreendimento, os povos vizinhos apresentaram-se hostis e adversários,
conseguindo até uma ordem do rei persa para que cessasse a obra (cfr. Ed.4).
– Num clima desta ordem e natureza, a reação dos juDEUS foi
imediata e previsível: cada um passou a pensar em sua própria
sobrevivência, cada um passou a pensar na sua vida, deixando os planos de
reconstrução nacional, que começavam com a reconstrução do templo, para um
momento posterior, para um instante em que houvesse circunstâncias mais
favoráveis. Afinal de contas, as acusações dos inimigos envolviam a de que os
que haviam retornado do cativeiro estariam intentando rebelar-se contra o rei
da Pérsia e nada melhor do que cada um garantir a sua existência de forma
privada e individual para afugentar tal suspeita levantada pelos inimigos.
– O povo, então, decidiu cumprir a ordem do rei persa e abandonou o
plano de reconstrução do templo, que mal havia se iniciado (Ed.3:8-16). Esta
decisão, embora fosse a mais lógica e plausível possível, do ponto-de-vista
humano, não era, em absoluto, o que DEUS esperava de Seu povo e, em razão
disto, DEUS começou a fazer o povo lembrar de que mais importava obedecer ao
Senhor do que aos homens (At.5:29), como, aliás, determinava o grande
mandamento da lei (Mt.22:37,38) e, para tanto, passou a agir como já havia
anunciado por boca de Moisés (Dt.28:15-58), trazendo quebras de safra e
dificuldades na própria sobrevivência do povo, que era o que estava sendo
buscado em detrimento das coisas de DEUS (cfr. Ag.1:5,6).
– Como o povo, mesmo diante destas dificuldades, não se dispunha a
dar o devido lugar a DEUS em suas vidas, o Senhor, então, resolve levantar Ageu
como profeta, para chamar-lhes à consciência, a começar das duas autoridades
máximas do país naquele tempo: o governador civil Zorobabel e o sumo sacerdote
Josué (Ag.1:1).
– Vê-se, pois, que a mensagem de Ageu era altamente impopular,
mas de profundo realismo: enquanto o povo não se dispusesse a enfrentar as
dificuldades, inclusive o embargo real da reconstrução do templo, enquanto não
cumprisse com o propósito divino de reedificação do templo e da própria nação,
não haveria como obter o benefício da sua própria sobrevivência. O povo aceitou
a mensagem de Ageu, que, inclusive, passou a ser ajudado por outro profeta
levantado por DEUS na mesma época, a saber, Zacarias, e o templo foi
reedificado.
– Além de conclamar o povo à reconstrução, Ageu trouxe mensagens
concernentes ao futuro próximo e remoto dos juDEUS. Afirmou que o segundo
templo teria maior glória do que o primeiro, o que se confirmaria porque foi
neste segundo templo que foi apresentado e ministrou o Messias, JESUS CRISTO;
que o povo deveria abandonar o indiferentismo e se aplicar às coisas de DEUS e
uma promessa de vitória a Zorobabel no seu empreendimento, o que se verificou,
porquanto a reconstrução do templo acabou sendo ratificada e autorizada pelo
governo persa.
– Pouco se sabe sobre a vida de Ageu, pois a Bíblia é omissa a este
respeito. Sabe-se, apenas, que era alguém que havia voltado do cativeiro
juntamente com aquela leva guiada por Zorobabel, no reinado de Ciro, o Grande,
também chamado Ciro II, que foi rei da Pérsia entre 559 e 530 a.C., o primeiro
rei do Império Persa, responsável pela conquista de Babilônia.
– Se há poucas referências quanto ao autor, o livro de Ageu é
o mais pormenorizado das Escrituras em termos de datas, visto que as suas
quatro mensagens são precisamente datadas no texto sagrado, tendo sido
proferidas no ano segundo de Dario, que é, sem dúvida, o rei Dario I, que foi
rei da Pérsia de 522 a 485 a.C.
– Sendo assim, o profeta Ageu profetizou no ano de 521 a.C. Edward
Reese e Frank Klassen, coorganizadores da “Bíblia em ordem cronológica”, datam
as quatro mensagens do profeta em 1º de setembro de 521 a.C., 24 de setembro de
521 a.C., 21 de outubro de 521 a.C. e 24 de dezembro de 521 a.C.
OBS: Não devemos confundir este rei Dario com o Dario
mencionado no livro de Daniel, que era, na verdade, um corregente de Ciro.
– O livro de Ageu, que tem dois capítulos, pode ser dividido em
quatro partes, a saber:
a) 1ª parte – primeira mensagem do profeta – Ag.1
b) 2ª parte – segunda mensagem do profeta – Ag.2:1-9
c) 3ª parte – terceira mensagem do profeta – Ag.2:10-19
d) 4ª parte – quarta mensagem do profeta – Ag.2:20-23
– Em Ageu, vemos o cuidado de DEUS em preservar a identidade
religiosa e espiritual de Seu povo e a continuação da construção do cenário que
serviria para a suprema manifestação do amor de DEUS na pessoa de JESUS CRISTO,
a glória do segundo templo, o Desejado de todas as nações (Ag.2:7).
OBS: ” O livro de Ageu ante o Novo Testamento – Vários
versículos do capítulo 2 falam da vinda do Messias (vv.6-9, 21-23). O abalo
futuro dos céus, da terra, das nações e dos reinos é referido pelo autor de
Hebreus (Hb.12.26-28). Além disso, Ageu profetiza que Zorobabel será como ‘o
anel de selar’, ou selo oficial. Em ambas as genealogias de JESUS CRISTO, no NT
(Mt.1.12,13; Lc.3.27), Zorobabel é o ponto que liga as ramificações da linhagem
messiânica: de Salomão (filho de Davi) até Zorobabel, e daí até Maria; e de
Natã (filho de Davi) até Zorobabel, e daí até José.” (BÍBLIA DE ESTUDO
PENTECOSTAL, p.1347).
” CRISTO Revelado – Duas referências a CRISTO no Livro de
Ageu são destacadas. A primeira é 2.6-9, que começa explicando que o que DEUS
irá fazer no novo templo um dia ganhará uma atenção internacional. Após um
transtorno entre os povos da Terra, as nações serão levadas ao templo para
descobrir o que elas estavam procurando: Aquele que todas as nações desejaram
será mostrado em esplendor no templo. A presença dele irá fazer com que a
memória do glorioso templo de Salomão decaia, para que somente a glória de CRISTO
permaneça. Junto com a glória da presença de CRISTO virá grande paz, uma vez
que o próprio resplendente Príncipe da Paz estará lá. A segunda referência à
vinda do Messias é 2.23. O livro finaliza com uma menção de Zorobabel, que liga
esse livro, perto do final do AT, ao primeiro livro do NT: Zorobabel é uma das
pessoas listadas nas genealogias de JESUS. Duas coisas fazem Zorobabel
significativo e o ligam a CRISTO: 1. Zorobabel é um sinal de um homem escolhido
por DEUS, de cuja natureza dedicada DEUS fez fluir vida, liderança e
ministério. O que Zorobabel fez em partes JESUS fez por completo como o Servo
do Senhor. 2. Zorobabel está, também, na linhagem do Messias. As listas dos
ancestrais de JESUS em Mateus e Lucas incluem o nome de Zorobabel, o filho de Salatiel,
cuja própria importância pessoal foi excedida por seu papel como um dos que
apontaram à frente para a vinda do Salvador ao mundo.”(BÍBLIA DE ESTUDO
PLENITUDE, p.914).
– Segundo Finnis Jennings Dake (1902-1987), o livro de Ageu tem 2
capítulos, 38 versículos, 8 perguntas, 9 ordenanças, 3 promessas, 14 predições,
9 versículos de profecia, 6 versículos de profecias cumpridas, 3 versículos de
profecias não cumpridas e 5 mensagens distintas de DEUS (1:1,12; 2:1,10.20),
mensagens que poderia ser divididas em não menos que 23 partes distintas, pois,
nelas, o profeta faz 23 afirmações de que DEUS falou por seu intermédio
(1:1-3,5,7,12,13; 2:1,4,6-11,14,17,20,23).
– Segundo alguns estudiosos da Bíblia, o livro de Ageu, o 37º livro
da Bíblia, está relacionado com a décima quinta letra do alfabeto hebraico,
samek (ס), cujo significado é
“suporte”, “sustentação”, “apoio”, “ajuda”, “socorro”. Ageu mostra o socorro de
DEUS para que o povo mantivesse o seu compromisso com Ele, levantando um
profeta para que o templo fosse reconstruído e reafirmando a promessa
messiânica.
II – A PRIMEIRA MENSAGEM DO PROFETA AGEU
– Conforme já vimos no item anterior, um bom entendimento do livro
do profeta Ageu exige a leitura dos seis primeiros capítulos do livro de
Esdras, que nos falam dos primeiros anos depois do término do cativeiro da
Babilônia.
– Ciro II, também conhecido como Ciro, o Grande, rei da Pérsia,
autorizou o retorno dos cativos de Judá para a sua terra, cumprindo-se, desta
maneira, a profecia de Jeremias, que disse que o cativeiro duraria setenta
anos. Nesta autorização de retorno, o rei também autorizou a reconstrução do
templo de Jerusalém (Ed.1:1-3).
– Neste retorno, o povo foi liderado por Zorobabel, cujo nome persa
era Sesbazar (Ed.1:8), descendente da casa de Davi, o herdeiro presuntivo da
coroa de Judá, ou seja, aquele que deveria ser o rei caso houvesse a
restauração do reino, o que não ocorreu, tanto que Zorobabel retornou tão
somente como governador.
– Quando os juDEUS reiniciaram as obras do templo, os samaritanos
quiseram participar da sua construção, mas os juDEUS com isso não concordaram
(Ed.4:1-3). Em represália, então, os samaritanos começaram a fazer um “lobby”
junto da corte do rei da Pérsia, desde os dias de Ciro, a fim de impedir que a
construção do templo pudesse ser feita (Ed.4:5-7).
– Com a morte de Ciro, os samaritanos fizeram uma acusação
contra os juDEUS, no reinado de Cambises II, filho de Ciro II, que o sucedeu e
que reinou de 529 a 522 a.C. e é chamado, no texto bíblico, de “Assuero”
(Ed.3:6) e de “Artaxerxes” (Ed.3:7), acusação que resultou na ordem de
embargo da obra (Ed.3:17-24).
OBS: Que se trata do rei Cambises, temos a confirmação de
Flávio Josefo em suas Antiguidades Judaicas, “in verbis”: “ Cambises
(Artaxerxes), seu filho, sucedeu-o e logo que subiu ao trono, os sírios, os
fenícios, os amonitas, os moabitas, os samaritanos escreveram-lhe(…). Esta
carta deixou Cambises (Artaxerxes) muito irritado; ele era naturalmente mau e
assim respondeu: (…). Assim o trabalho ficou interrompido durante nove anos, e
até o segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia…” (Antiguidades Judaicas,
XI, 1, 437 e 2,438 in: História dos hebreus, v.1, p.234).
– Diante da ordem real, os juDEUS, então, desistiram de reconstruir
o templo e passaram a cuidar dos seus afazeres, descuidado completamente das
coisas de DEUS. É neste estado de coisas que o Senhor levanta o profeta Ageu,
depois de ter lançado sobre os juDEUS uma terrível crise econômica com o
propósito de despertá-los.
– O que notamos, de início, é que a mensagem dos profetas
pós-exílicos mudam de foco. Se, antes do cativeiro da Babilônia, o grande
problema do povo era a idolatria, após o cativeiro, vemos que a grande tônica
das mensagens dos profetas será a indiferença, o comodismo. O cativeiro da
Babilônia serviu para livrar o povo da idolatria, foi um amargo remédio, mas
que conquistou a cura para o povo de Israel deste mal que o acometia desde o
episódio do bezerro de ouro, quarenta dias após a aliança firmada com DEUS no
monte Sinai.
– No entanto, diante das dificuldades sentidas na reconstrução do
Templo, os juDEUS logo se acomodaram, esqueceram-se das promessas de DEUS, da
sua razão de ser como “propriedade peculiar de DEUS dentre os povos”, do papel
que deveriam assumir de “reino sacerdotal e povo santo” (Ex.19:5,6). Chegaram à
conclusão de que “não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve
ser edificada” (Ag.1:2).
– Esqueceram-se até que o rei Ciro os havia autorizado a voltar
para Jerusalém e para Judá com a incumbência de edificar novamente o templo.
Diante das falsas acusações dos samaritanos e da ordem contrária recebida de
Cambises II, simplesmente desistiram de edificar o templo, passando cada um a
buscar a própria sobrevivência na terra que fora habitada pelos seus pais, como
se esta fosse a principal razão para que o Senhor os tivesse levado de volta
para lá.
– Esta dimensão horizontal da vida, que leva em conta apenas as
coisas desta vida, tem sido o horizonte exclusivo de muitos que cristãos se
dizem ser em nossos dias. Pensam em DEUS apenas para as coisas desta terra, não
percebem a razão de ser de pertencerem ao povo de DEUS, não têm consciência de
que estão neste mundo para “pensar nas coisas de cima” (Cl.3:1,2).
– Tal conduta é de completa indiferença para com DEUS e faz destas
pessoas as mais miseráveis entre todos os homens (I Co.15:19), que, em assim
agindo, comprometem grandemente a sua própria salvação, já que não têm a mínima
noção do que ela significa. Envolvem-se com uma religiosidade que para nada
aproveita e que os levará a ser envolvido pela corrupção deste mundo, corrupção
que destrói grandemente (Mq.2:10).
– Precisamente porque tal conduta não correspondia ao que DEUS
esperava de Seu povo que o Senhor começou a agir, passando a trazer quebras nas
colheitas, fazendo com que o povo começasse a sofrer uma grave crise econômica,
exatamente como dissera que faria toda vez que o povo deixasse de servi-LO
(Dt.28:20,38-40).
– Mas, como não tinha sido suficiente a operação sobre a natureza,
a fim de evitar a corrupção do povo, o Senhor, então, levantou Ageu, o primeiro
profeta pós-exílico, cuja primeira mensagem foi exatamente esta: tudo o que está
a acontecer em termos de prejuízos e de comprometimento da própria
sobrevivência material do povo era em decorrência da indiferença espiritual e
do comodismo que fizeram com que o povo desistisse de reconstruir o templo de
Jerusalém (Ag.1:3-6,9-11).
– Ageu mostra claramente que os juDEUS, como povo de DEUS,
deveriam dar prioridade às coisas do Senhor. Seu principal objetivo
deveria ter sido o de reconstruir o templo, até porque tinham ordem do rei da
Pérsia para fazê-lo. Entretanto, cada um tinha preferido “cuidar da sua vida”,
deixando as coisas de DEUS para um momento posterior.
– Esta mesma mensagem de Ageu é repetida pelo Senhor JESUS no
sermão do monte. O Senhor diz que devemos buscar primeiro o reino de DEUS e a
sua justiça e todas as coisas desta vida nos serão acrescentadas, tais como a
comida, a bebida e a vestimenta, coisas necessárias, mas que devem ser
secundárias em nossa escala de valores (Mt.6:31-34).
– Todavia, nos dias em que vivemos, cada vez mais percebemos que
muitos que cristãos se dizem ser estão agindo exatamente como os juDEUS nos
dias de Ageu. Preocupam-se, primeiramente, com a sua própria subsistência e a
de sua família, para, só depois, pensar no reino de DEUS. Dão ao Senhor apenas
o que sobra, o que resta. Fazem as coisas DEUS “quando dá tempo”, “quando não
outra coisa a fazer”, num descompromisso que salta aos olhos. Lamentavelmente,
temos observado isto muitíssimo em diversas igrejas locais.
– Entretanto, a mensagem do profeta Ageu mostrava claramente que
uma tal atitude não agrada a DEUS nem é digna de quem se diz pertencer ao Seu
povo. Havia muito esforço de cada um dos juDEUS em satisfazer as suas
necessidades básicas, que continuavam, porém, insatisfeitas, porque o Senhor
queria que eles entendessem que a maior necessidade que tinham era a de buscar
as coisas relativas ao seu relacionamento com DEUS.
– Tudo isso se dava porque os juDEUS não aplicavam os seus corações
nos seus caminhos (Ag.1:7). Não tinham amor pelo Senhor, não O buscavam de
coração, consideravam o relacionamento com DEUS como algo meramente formal, o
que os tinha levado a uma atitude de indiferença para com o Senhor. Não há como
nos relacionarmos com DEUS se não tivermos amor. A base de nosso relacionamento
com DEUS é o amor (I Jo.4:19) e devemos cuidar para que este amor não
esfrie(Mt.24:12) nem tampouco seja abandonado (Ap.2:4), pois isto nos levará,
certamente, à perdição (Ap.2:5).
– Amor não é um simples sentimento, mas, sim, um comportamento,
como o Senhor JESUS nos deixa bem claro ao dizer que quando O amamos, fazemos o
que Ele manda (Jo.15:14), guardamos a Sua Palavra (Jo.14:23). Por isso, o
profeta Ageu diz que era hora de os juDEUS subirem o monte, trazerem madeira e
edificarem a casa e isto seria agradável ao Senhor, que, com tal atitude, seria
glorificado (Ag.1:8).
– Não há como glorificarmos a DEUS se não demonstrarmos o nosso
amor para com Ele através de obras, de atitudes concretas e reais. Era
necessário que o povo se esforçasse para realizar esta obra. Observemos que a
situação vivida pelos juDEUS, em termos econômicos, era difícil, em virtude até
da mão de DEUS estar contra eles, mas, mesmo diante daquela circunstância,
deveriam eles se sacrificar para subir o monte, trazer madeira e recomeçar a
obra paralisada.
– Temos aqui uma determinação divina que exigia determinação por
parte do povo. Em meio a todas as dificuldades existentes,
econômico-financeiras, políticas e sociais, era necessário se dispor a efetuar
a obra, a subir o monte e trazer madeira, bem como edificar a casa, tudo isto
com o único propósito de agradar a DEUS e de glorificá-lO.
– DEUS é o mesmo e está a exigir de nós a mesma dedicação, o mesmo
esforço, independentemente das circunstâncias que existam. DEUS quer que
façamos boas obras para que, por elas, o Seu nome seja glorificado (Mt.5:16),
pois a razão de ser da nossa existência é para que O glorifiquemos, este é o
objetivo, o propósito da nossa vida.
– Muitos, na atualidade, estão a se envolver com tantas coisas
precisamente porque se esqueceram de que o fim de nossa existência é a
glorificação do nome do Senhor. Estão, por isso, a buscar outros objetivos,
outros propósitos que são completamente estranhos ao que quer o Senhor. Assim
como toda criação, que declara a glória de DEUS (Sl.19:1), também devemos, como
coroa da criação terrena, também moldar as nossas vidas de forma a que façamos
com que o nome do Senhor seja glorificado.
– O ESPÍRITO SANTO, que é DEUS, tem a missão de glorificar o nome
de JESUS entre os homens (Jo.16:14), tendo JESUS vivido nesta Terra para
glorificar o Pai (Jo.17:4), Pai que também glorificaria o Filho ressuscitando-O
dos mortos e O assentando à Sua direita (Jo.17:5). Como, então, podemos dizer
que estamos em comunhão com DEUS se não estamos dispostos a glorificar o Seu
nome? Pensemos nisto!
– Muitas frustrações, decepções e desânimos que existem entre
muitos que cristãos se dizem ser, nos dias hodiernos, decorre desta falta de
foco com relação ao propósito de nossas existências. Existimos e estamos neste
mundo para glorificar o nome do Senhor. Muitas vezes, aquilo que almejamos,
desejamos, queremos e não alcançamos nos deixa entristecidos, decepcionados,
com baixa autoestima, como, sem dúvida, estavam os juDEUS nos dias de Ageu. Mas
tudo isto é decorrência do fato de que enxergamos apenas aquilo que queremos,
como se fazia nos dias do profeta, sem que miremos aquilo que DEUS quer que
façamos, sem que observemos que o que DEUS quer é que, através de nossas vidas,
o Seu nome seja glorificado. Havendo isto, devemos agradecer a DEUS e estarmos
certos de que estamos cumprindo nossa missão sobre a face da Terra.
– A mensagem de Ageu encontrou guarida nos corações de
Zorobabel, o governador de Judá e do sumo sacerdote Josué, bem como de todo o
povo, gerando temor, ou seja, reverência, respeito, consideração e obediência
(Ag.1:12).
– Como é bom quando nos dispomos a ouvir a Palavra do Senhor, a
atender ao que o Senhor deseja e quer. Quando ouvirmos a Palavra de DEUS, não
podemos, de modo algum, rejeitar o que nos é falado, não podemos endurecer a
nossa cerviz (Sl.95:7,8), sob pena de termos o mesmo fim do povo que se rebelou
em Meribá e em Massá, desgostando ao Senhor e, por isso mesmo, perdendo a
promessa de DEUS (Sl.95:8-11).
– Quando o Senhor viu a disposição vinda do interior do coração do
povo, que temeu diante da mensagem proferida, imediatamente mandou que Ageu
complementasse a sua mensagem, a fim de provar que se trata de DEUS que conhece
os corações (I Sm.16:7), a fim de lhes dizer que o Senhor estava com eles
(Ag.1:13).
– Quando nos dispomos a atender ao mandado de DEUS, quando estamos
dispostos a cumprir a Sua vontade, Ele promete estar conosco, para que possamos
superar todas as circunstâncias adversas. DEUS simplesmente não manda, mas vai
conosco para que façamos aquilo que Ele quer. JESUS nos repete esta promessa ao
dizer que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos
(Mt.28:20). Tenhamos, pois, a confiança expressada pela poetisa sacra Frida
Vingren: “Se CRISTO comigo vai, eu irei, e não temerei, com gozo irei, comigo
vai. É grato servir a JESUS, levar a cruz, se CRISTO comigo vai, eu irei”
(estrofe do hino 515 da Harpa Cristã).
– Assim, diante desta garantia divina de que o Senhor estaria com
eles, o povo, o príncipe Zorobabel e o sumo sacerdote Josué retomaram a
reconstrução do templo, no vigésimo quarto dia do sexto mês, no segundo ano do
rei Dario I, ou seja, vinte e quatro dias depois do pronunciamento do profeta,
ou seja, segundo Edward Reese e Frank Klassen, no dia 24 de setembro de 521
a.C.
III – A SEGUNDA MENSAGEM DO PROFETA AGEU
– O povo reiniciara a reconstrução do templo de Jerusalém, mas o
Senhor não Se calou mesmo diante desta atitude de temor a Ele. No sétimo mês,
ao vigésimo primeiro do mês, ou seja, 26 dias depois do reinício da
reconstrução do Templo, o Senhor traz uma nova mensagem ao profeta Ageu.
– Esta mensagem do profeta tinha uma razão de ser. Em meio ao
reinício das obras, também retornou um sentimento de dubiedade que havia
caracterizado o “lançamento da pedra fundamental” do Templo ainda nos dias
de Ciro.
– As Escrituras registram que quando foram lançados os alicerces do
templo, no segundo ano do retorno do cativeiro, ou seja, segundo Edward Reese,
em maio de 535 a.C., ou seja, 14 anos e 4 meses antes do reinício da
reconstrução, houve uma dupla reação no meio do povo: os anciãos, que haviam
visto o templo de Salomão, começaram a chorar, pois verificaram que a nova
construção era muito mais modesta que aquele antigo templo, ao passo que os
mais jovens jubilavam de alegria, porque o novo templo começava a ser
reconstruído, não se tendo discernimento deste dúbio sentimento (Ed.3:11-13).
– Com o reinício da reconstrução, esta dubiedade se fazia
novamente sentir. Conquanto os mais velhos certamente tivessem diminuído de
número, o fato é que começou a haver esta contradição de sentimentos no meio do
povo, contrariedade que não poderia subsistir, pois, para que o nome do Senhor
seja glorificado e que se tenha a bênção de DEUS, é absolutamente necessário
que os irmãos vivam em união (Sl.133).
– Mais uma vez, o Senhor ostra ter pleno conhecimento dos corações
dos juDEUS e, com o intuito de dissipar todo sentimento contrário e que pudesse
levar ao desânimo, traz uma mensagem de ânimo para o povo, dizendo que, embora
os que tivessem visto a primeira casa achassem que esta segunda era como nada
comparada àquela, era para que todos se esforçassem na sua edificação,
pois a glória da segunda casa seria maior do que a
primeira (Ag.2:3-9).
– O Senhor prometia estar com os juDEUS na reconstrução, como
também que cumpriria os compromissos assumidos no monte Sinai, razão pela qual
não precisavam temer, mas o Senhor faria tremer, ainda uma vez, dali um pouco,
os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca, faria tremer todas as nações, e
viria o Desejado de todas as nações e a casa seria cheia de glória.
– Vemos aqui, mais uma vez, na mensagem de Ageu, o entendimento de
que devemos tão somente fazer a vontade de DEUS, sem olhar para as
circunstâncias nem para as aparências. Os mais velhos notavam que a construção
era muito mais modesta que o primeiro templo que havia sido construído por
Salomão e, no seu saudosismo, eram tentados a achar que todo o trabalho
desenvolvido era em vão, pois a glória da primeira casa não seria restaurada.
– No entanto, o Senhor levantou o profeta para mostrar que o que
importava era fazer a obra determinada por DEUS. O que importava era atender ao
propósito do Senhor, até porque, ao contrário do que indicavam as aparências,
aquele templo teria maior glória do que o primeiro, pois seria nele que JESUS
haveria de entrar e desenvolver o Seu ministério.
– A mensagem do profeta, dirigida primeiramente aos mais velhos que
estavam sendo levados pela aparência da nova construção, ensina-nos, também,
que o saudosismo não é uma atitude que agrade a DEUS e que contribua para a Sua
obra.
– Salomão é claro ao nos dizer: “Nunca digas: Por que foram os dias
passados melhores do que estes? Porque nunca com sabedoria isso perguntarias”
(Ec.7:10). Quando assim afirma o sábio, temos que o saudosismo, ou seja,
“tendência, gosto fundado na valorização demasiada do passado”, é uma atitude
despida de sabedoria e, portanto, que não se encontra amparada em DEUS.
– Não devemos viver presos ao passado, pois devemos sempre nos
lembrar que DEUS vive num eterno presente e que, portanto, devemos confiar na
Sua presença agora e que Ele é o mesmo, de sorte que tudo o que fez no passado,
também pode fazer agora e no futuro. Ademais, não se pode glorificar a DEUS com
a memória, mas sim com um comportamento atual e persistente.
– Nos dias em que vivemos, em que se multiplica o pecado e onde
existe uma grande apostasia, somos tentados a nos tornar saudosistas, lembrando
dos tempos passados, quando havia menos escândalos, menos pecado, menos
apostasia. No entanto, esta atitude não pode ser tomada por quem crê em DEUS
autenticamente. Devemos nos lembrar dos dias passados, mas esta lembrança deve
nos servir tão somente para confiarmos em DEUS no presente e no futuro, para
sabermos que DEUS não muda e que, portanto, em vez de chorarmos e lamentarmos,
passarmos a viver aqui e agora de modo a que glorifiquemos a DEUS.
– Não era para os juDEUS ficarem a chorar a glória perdida do
primeiro templo, mas para continuarem e concluírem a edificar o segundo templo,
crendo que nele a glória de DEUS seria maior do que a primeira, como, aliás, de
fato, foi. Enquanto ficamos parados, voltados ao passado, não podemos, de forma
alguma, cumprir a vontade de DEUS em nossas vidas. Lembremos disto!
– Quando olhamos para o passado, observamos que DEUS cumpre o Seu
compromisso com o Seu povo, mas, se ficarmos apenas olhando para o passado, não
poderemos jamais cumprir o nosso compromisso com DEUS e era exatamente isto que
o Senhor queria que os juDEUS dos dias de Ageu fizessem e, por isso, mandou
esta segunda mensagem ao povo.
– Além do propósito de debelar a dubiedade de sentimentos no
meio do povo, esta segunda mensagem de Ageu tinha, ainda, o propósito de
notificar a Zorobabel, a Josué e ao povo que não deveriam ter medo, pois era o
Senhor quem faria tremer as nações e toda a face da Terra. DEUS assim falava
porque sabia que os samaritanos, diante do reinício das obras, estavam se
dirigindo até o rei da Pérsia, com o intuito de fazer paralisar novamente as
obras.
– Com efeito, posteriormente à mensagem de Ageu, os samaritanos
foram ate Jerusalém para questionar o reinício da reconstrução (Ed.5:3), mas,
animados pela palavra do profeta, Zorobabel e Josué, desta feita, não
titubearam, disseram que estavam a cumprira ordem do rei Ciro II (Ed.5:11), o
que motivou os samaritanos a apelar para o rei Dario I (Ed.5:6-17), o qual
acabou por determinar não só que os samaritanos não interferissem na
reconstrução, como também que cooperassem com materiais para ela (Ed.6:1-13).
– A mensagem do profeta Ageu, também, menciona a “vinda do Desejado
de todas as nações”, passagem nas Escrituras que é muito discutida, porquanto
outros textos traduzem a expressão como “farei tremer todas as nações, as quais
trarão para cá os seus tesouros” (NVI) ou “abalarei todas as nações, então
afluirão as riquezas de todas as nações” (Bíblia de Jerusalém), ou, ainda,
“virão para cá as coisas preciosas de todas as nações” (Bíblia Hebraica), que
parece ser mesmo a melhor tradução para este texto.
– Assim, neste ponto, o profeta Ageu não estaria mencionando o
Messias, como se vê na Versão Almeida Revista e Corrigida, que repete aqui a
tradução feita pela Vulgata Latina, mas, sim, o fato de que DEUS é o dono do
ouro e da prata e que, portanto, a falta das riquezas neste segundo templo em
comparação com o templo de Salomão não seria qualquer problema para que a
glória de DEUS fosse maior neste segundo templo do que no primeiro, até porque
viriam riquezas de todas as nações para aquele templo, o que, realmente,
ocorreu não só na conclusão desta reconstrução, como se vê no relato de Esdras,
por ordem de Dario I, mas, também, na grande reforma iniciada por Herodes, o
Grande neste templo (Jo.2:20), que tornou o templo, uma vez, um fator de
orgulho por parte dos juDEUS (Mt.24:1), como que “preparando” o templo para o
Senhor JESUS.
IV – A TERCEIRA MENSAGEM DO PROFETA AGEU
– Pouco mais de dois meses depois, o Senhor trouxe nova mensagem ao
povo por intermédio do profeta Ageu, no vigésimo quarto dia do mês nono, o que,
para Edward Reese, se deu no dia 24 de dezembro de 521 a.C.
– Esta nova mensagem revela, uma vez mais, como o Senhor conhecia
os corações dos juDEUS e que desejava que houvesse uma real conversão, um real
empenho de todos na Sua obra. Se não mais havia vozes dissonantes com relação
ao propósito divino, se os saudosistas já não mais desanimavam o povo, nem por
isso o Senhor estava contente com o que via, apesar de a obra estar
prosseguindo.
– DEUS não queria que houvesse apenas uma religiosidade formal, um
relacionamento apenas externo para com DEUS. Era importante a reconstrução do
templo, era indispensável que o povo edificasse a casa do Senhor, mas, muito
mais importante do que isto, era que o povo fosse comprometido com DEUS, que
tivesse um comportamento tal que não repetisse a superficialidade das gerações
anteriores ao cativeiro.
– Por isso, o Senhor levanta Ageu com o propósito de mostrar
ao povo que era necessário, além da reconstrução física do templo, a assunção
de um compromisso de santidade, de um compromisso de guardar a lei e de se
manter separado do pecado.
– Para tanto, mandou o Senhor que o profeta perguntasse aos
sacerdotes se se alguém levasse carne santa na aba do seu vestido e tocasse
algo, este algo seria considerado santo. Os sacerdotes, então, lhe responderam
que não, o toque de algo santo com alguma coisa não tornava esta coisa
santificada (Ag.2:111,12).
– Diante da resposta dada pelos sacerdotes, o Senhor mandou que
Ageu fizesse outra pergunta aos sacerdotes, no sentido de que se alguém que se
tivesse tornado impuro tocasse algo santo, se este algo se tornava impuro. E os
sacerdotes responderam que sim, que o toque de algo impuro com alguma coisa ou
alguém tornava aquele algo ou alguém impuro (Ag.2:13).
– Diante destas respostas dos sacerdotes, o profeta, então,
entregou a mensagem de DEUS ao povo, qual seja, a de que o povo era considerado
impuro diante do Senhor, uma vez que haviam se misturado com o pecado, a ponto,
inclusive, de terem se tornado indiferentes às coisas de DEUS. Deste modo, não
poderiam edificar a casa do Senhor naquela situação, enquanto não se
santificassem, enquanto não se purificassem. Só, assim, então, o Senhor
cessaria de lhes lançar as maldições previstas na lei e eles recuperariam a sua
prosperidade material (Ag.2:14-19).
– Nesta mensagem do profeta, vemos, com absoluta clareza, que não
se pode fazer a obra de DEUS a contento se não se estiver em comunhão com Ele,
se não estivermos em santidade, pois somente assim as nossas ações externas
serão agradáveis ao Senhor.
– O povo, talvez, estivesse, diante do árduo trabalho de quase três
meses, perplexo diante de que não havia ocorrido quaisquer mudanças com relação
às circunstâncias adversas que o próprio DEUS havia dito que era em decorrência
da indiferenças em relação à reconstrução do templo.
– Talvez muitos estivessem a dizer que, apesar do reinício da
reconstrução, não tinha havido chuva sobre a terra, nenhuma melhora havia se
verificado com relação às dificuldades vividas pelo povo que, além do mais,
estava a efetuar grandes despesas com a obra da reconstrução.
– O Senhor, então, manda o profeta dizer que as maldições eram
decorrência da vida pecaminosa que eles viviam, não apenas pela inércia de se
reiniciar a reconstrução da casa do Senhor. A falta de empenho na reconstrução
era tão somente uma consequência, um efeito da vida distante de DEUS, da
ausência de santidade, não a causa. Assim, somente haveria retirada das
maldições quando o povo se reconciliasse com DEUS, quando abandonasse o pecado,
quando se purificasse e se santificasse.
– É importante aqui verificarmos, também, que esta correspondência
entre a prosperidade material e a prosperidade espiritual não pode ser aplicada
aos nossos dias, pois estava umbilicalmente relacionada com a aliança firmada
com DEUS no monte Sinai, com a lei de Moisés, algo que não mais vigora na
atualidade.
– Deste modo, não podemos, de forma alguma, usar esta passagem de
Ageu como uma “prova” de que, quando alguém está em comunhão com DEUS, terá
“prosperidade material” ou de que a vida pecaminosa gera prejuízos
econômico-financeiros, como gostam de propalar os falsos pregadores da
“teologia da prosperidade”.
– É preciso entendermos que Ageu é um profeta levantado por DEUS
após o cativeiro da Babilônia para fazer ver para o povo judeu que os
compromissos assumidos por DEUS no monte Sinai estavam em pleno vigor e
deveriam ser cumpridos por Judá. Ademais, o próprio profeta disse que a glória
da segunda casa seria maior que a da primeira, a indicar, portanto, que o que
hoje vivemos, que é a graça trazida pelo Senhor JESUS, a razão de ser da glória
maior, é superior à lei e que, portanto, não mais estamos debaixo dos
parâmetros mencionados pelo profeta Ageu.
– A mensagem do profeta mostra ainda que o Senhor, na Sua
presciência, sabia que o povo iria mudar as suas atitudes, “aplicar o seu
coração à santidade” e que, portanto, a partir daquele dia, o Senhor passaria a
abençoar o povo.
– Em nossos dias, devemos ter a mesma atitude que foi tomada pelo
povo, ou seja, de “seguir a santificação”. Não para que tenhamos prosperidade
material, porque, em nossa dispensação, nem sempre ela virá.
– A santificação nos traz algo ainda mais excelente, algo muito
superior, que é a garantia de que veremos o Senhor (Hb.12:14), ou seja, que
desfrutaremos da Sua glória, quando do arrebatamento da Igreja (I Ts.4:17), o
objetivo e o anelo de todo aquele que serve a CRISTO JESUS (I Jo.3:1,2), o
motivo pelo qual buscamos sempre nos manter em santidade (I Jo.3:3). Temos esta
esperança?
– Não há como sermos agradáveis a DEUS, não há como servirmos
verdadeiramente ao Senhor se não estivermos em santidade, se não buscarmos a
santificação, condição “sine qua non” para que possamos pertencer ao povo de DEUS.
Por isso, deve ser este um tema incessante e sempre presente em nossas
reuniões, em nossas meditações, em nossa vida espiritual.
– A terceira mensagem do profeta Ageu é atualíssima, pois mostra
que não pode haver povo comprometido, compromissado com o Senhor que não busque
a santificação, que não zele pela santidade, que não se mantenha empenhado em
viver separado do pecado. Quando vemos que tal assunto tem desaparecido de
nossos púlpitos, que tal zelo e preocupação têm sido rotulados por muitos de
“fanatismo”, “fundamentalismo”, “atraso”, vemos como tem se disseminado entre
nós a apostasia e o engano…
V – A QUARTA MENSAGEM DO PROFETA AGEU
– Neste mesmo dia vinte e quatro do mês nono, que, segundo Edward
Reese, era o dia 24 de dezembro de 521 a.C., DEUS trouxe ao profeta Ageu uma
segunda mensagem, que seria a sua quarta e última mensagem, mensagem esta,
desta feita, dirigida tão somente ao príncipe Zorobabel.
– Zorobabel era o príncipe de Judá, o governador dos juDEUS, mas
que era herdeiro presuntivo do trono de Judá, ou seja, era o legítimo
descendente de Davi, aquele que poderia ocupar o trono, mas que, ante as
circunstâncias políticas, era apenas um governador, que não tinha nem poderia
ter qualquer pretensão de reinar sobre os juDEUS, que se encontravam sob
domínio persa.
– Era absolutamente natural que, diante das promessas trazidas por
Ageu ao povo, da retomada da consciência de que os juDEUS eram o povo de DEUS e
deveriam estreitar seu relacionamento com o Senhor, que o príncipe indagasse o
Senhor a respeito da promessa messiânica, da promessa dada a Davi de que nunca
faltaria varão para reinar sobre Judá (II Sm.7:12-16), promessa esta que,
quando da inauguração do primeiro templo, foram lembradas por Salomão (I
Rs.8:25; II Cr.6:16).
– Conhecendo, então, o íntimo do coração do governador, o Senhor,
firme no Seu propósito de fazer ver ao povo judeu que os compromissos assumidos
no monte Sinai se mantinham em vigor, assim como as revelações subsequentes
feitas por intermédio dos profetas, renova a promessa da segunda mensagem, qual
seja, a de que faria tremer os céus e a terra, que derrubaria o trono dos
reinos e destruiria a força dos reinos das nações (Ag.2:21,22), ou seja,
promete a Zorobabel que o reino seria dado, sim, à casa de Davi, que o sistema
mundial gentílico que dominava sobre os juDEUS se dissiparia e que a promessa
messiânica se concretizaria.
– O Senhor afirma a Zorobabel que o havia escolhido, que ele
era o legítimo descendente de Davi, que a linhagem davídica não se
perderia e que ele seria feito como “anel de selar”, ou seja, como “sinal
de um compromisso assumido e irrevogável”. Zorobabel, embora não fosse rei,
mantinha a linhagem real, linhagem de onde viria o Messias, o Salvador, Aquele
que reinaria não só sobre Israel, mas sobre todas as nações (Ag.2:23).
– Efetivamente, esta profecia de Ageu se cumpriu na medida em que
vemos que Zorobabel pertence à genealogia de JESUS CRISTO (Mt.1:12), a
demonstrar que o Senhor realmente escolheu Zorobabel e confirmou nele a
promessa messiânica após o retorno do cativeiro da Babilônia.
– Vemos, portanto, que DEUS, de Sua parte, sempre cumpre os
compromissos assumidos, mas, em contrapartida, exige que Seu povo seja um povo
comprometido, compromissado com Ele. É esta a profunda mensagem que Ageu nos
deixa para os nossos dias. Temos tido este compromisso com DEUS?
https://adautomatos.com.br/home/?p=16756
LIÇÃO 11 – AGEU, O COMPROMISSO DO POVO DA ALIANÇA
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA BETEL 3TR23 NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 11, Betel, Ageu, Um chamado para despertar da
inércia, 3Tr23, Pr. Henrique, EBD NA TV
Para me ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva
EBD Revista Editora Betel | 3° Trimestre De 2023
TEMA, PROFETAS MENORES DO ANTIGO TESTAMENTO – Proclamando o
arrependimento, justiça e fidelidade a DEUS. Anunciando a esperança da salvação
através do Messias. Escola Bíblica Dominical
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário do profeta Ageu.
Destacar a necessidade do arrependimento.
Extrair lições do livro de Ageu para os nossos dias
TEXTOS DE REFERÊNCIA - AGEU 1
1 No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do
mês, veio a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel,
filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo
sacerdote, dizendo:
2 Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o
tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada.
3 Veio, pois, a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo:
4 É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de
ficar deserta?
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O CENÁRIO DO PROFETA AGEU
1.1 Conhecendo um pouco mais o profeta
1.2 A mensagem do profeta
1.3 Convocação à reconstrução do Templo
2- A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO
2.1 O povo obedece a ordem de DEUS
2.2 O novo Templo
2.3 DEUS promete abençoar o povo
3- AGEU PARA HOJE
3.1 Prioridades erradas
3.2 A importância do encorajamento mútuo
3.3 Promessas valiosas de DEUS
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos como DEUS, por meio do profeta,
repreende, desafia e anima o Seu povo. As palavras proféticas mostram uma
estreita relação entre a obediência e a bênção de DEUS.
PONTO DE PARTIDA - DEUS se agrada da obediência do Seu povo
1- O CENÁRIO DO PROFETA AGEU
O nome Ageu significa “festivo” ou “Minha festa de gratidão”. Ageu
foi a primeira voz profética a ser ouvida depois do exílio babilônico. Ele foi
contemporâneo de Zacarias e, também, de um famoso pensador chinês,
chamado Confúcio, que revolucionou o modo de pensar no extremo Oriente, na
mesma época em que Ageu e Zacarias motivavam o povo judeu a reconstruir o
Templo de DEUS [Ed 5.1-2; 6.14], obra que já estava em andamento há 15 anos.
1.1 Conhecendo um pouco mais o profeta
Nada se sabe sobre o profeta Ageu ou seus antecedentes.
Provavelmente ele nasceu na Babilônia e foi um dos que retornou do cativeiro
junto com Zorobabel, segundo o decreto de Ciro. Ele profetizou durante o
período da reconstrução do templo, de acordo com o registro
de Esdras e foi o primeiro chamado a profetizar depois que os juDEUS
retornaram para Jerusalém após o exílio da Babilônia. Ageu começou a profetizar
dezesseis anos depois da volta do primeiro grupo.
J- G. Baldwin (Ageu, Zacarias e Malaquias – introdução e
comentário, Vida Nova e Mundo Cristão, 1982, p. 21-22): “Parece que Ageu não
precisava ser nem apresentado nem identificado [Ag 1.1], porque também em
Esdras 5.1 e 6.14 ele é simplesmente “o profeta”, e a julgar pela repetição
aramaica de Esdras 5.1 – “os profetas, Ageu, o profeta…” – ele geralmente era
chamado assim. A ausência de ascendência pode significar que seu pai já caíra
no esquecimento, que havia poucos profetas e que por isto “o profeta” era
suficientemente específico, e que ele era bem conhecido na pequena comunidade
judaica. (…)”. Tanto Baldwin como o Manual Bíblico (CPAD) apresentam a hipótese
de Ageu ser um homem já muito idoso quando profetizou, podendo, inclusive, ter
visto o templo antes da destruição – opinião baseada em Ageu 2.3.
1.2 A mensagem do profeta
A profecia de Ageu é uma exortação a começar sem demora a
reconstrução do Templo, pois não poderia continuar em ruínas por muito tempo,
mas deveria ser restaurado para a glória de DEUS [Ag 1.8]. A ordem vinha da
parte de DEUS: “Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me
agradarei, e eu serei glorificado, diz o Senhor.” [Ag 1.8]. Essa ordem não
podia ser ignorada sem que trouxesse sérios resultados para todos: a seca, a
perda das colheitas e a pobreza, que seriam os indicativos da ira divina [Ag
1.9-11], Por outro lado, DEUS abençoaria e traria uma rápida e perene salvação
ao seu povo, se, mediante o esforço coletivo, o Templo fosse reconstruído [Ag
1.8; 2.6-9, 20-23].
J- G. Baldwin (Ageu, Zacarias e Malaquias – introdução e
comentário, Vida Nova e Mundo Cristão, 1982, p. 26) escreveu sobre a mensagem
de Ageu: “Ageu era um homem de uma só mensagem. Ele representava o DEUS que ele
gostava de chamar de Senhor dos Exércitos, a fonte de todo poder, o Senhor das
potências militares, na terra e no céu. A consequência foi que sua palavra
tinha autoridade; o clima obedecia às suas ordens [Ag 1.11], todo universo
estava ao alcance da sua mão, e um dia seria sacudido por ela [Ag 2.6,21]. (…)
Assim que as prioridades estivessem na ordem certa a presença do Senhor entre o
povo se tornaria evidente pela prosperidade que acompanharia tanto a construção
como a agricultura [Ag 2.9, 19]. Esta certeza da salvação do Senhor no presente
e no futuro permeia a mensagem de Ageu e põe nele a marca do verdadeiro
profeta.”
1.3 Convocação à reconstrução do Templo
A reconstrução do Templo teve o seu início assim que os primeiros
deportados para a Babilônia começaram a chegar em Jerusalém. Depois
de preparados os alicerces do Templo em 536 a.C., a forte oposição à obra
retardou em muito a sua edificação, o que veio a acontecer dezesseis anos
depois. Nesse intervalo de tempo, o novo rei, Dario, subiu ao trono da Pérsia e
tinha boa vontade para com os juDEUS. Sob a pregação de Ageu e Zacarias, a obra
foi reiniciada dentro de vinte e quatro dias e a obra do Templo acabada em
quatro anos.
Comentário Beacon: “Os juDEUS esperaram o momento certo para
reconstruir o Templo; diziam que ainda não era o momento. Erigiram o altar e
fizeram um ritual simples. Sob as circunstâncias vigentes, acharam que isso
bastava. Pelo visto, deixaram de terminar a reconstrução do Templo em virtude
de uma interpretação meticulosa da menção de Jeremias aos 70 anos [Jr 25.11];
julgavam que o período ainda não se completara.”
EU ENSINEI QUE;
DEUS sempre cumpre Suas promessas, ainda que pareça que está
demorando, mas Ele espera que o cristão cumpra a sua parte, priorizando a Sua
obra.
2- A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO
Ageu pontuou em sua mensagem que o povo deveria construir a Casa de
DEUS e, embora eles estivessem desanimados, o Senhor os encorajou através do
profeta dizendo que se agradaria do Templo e nele seria glorificado [Ag 2.9],
pois o Senhor busca mais a fidelidade do Seu povo do que o sucesso conquistado
[Ag 2.4-5; IC o 4.2; 15.58].
2.1 O povo obedece a ordem de DEUS
O recomeço da obra foi por volta de três semanas após a ordem de DEUS.
Aquele povo que havia voltado do cativeiro na Babilônia era um povo diferente
daquele que havia morado ali antes da destruição de Jerusalém. As muitas
experiências amargas em terra estrangeira fizeram com que desejassem o regresso
à terra natal. No entanto, estavam preocupados em garantir primeiro o sustento,
deixando a construção da Casa do Senhor para depois, mas DEUS os repreende
através das palavras de Ageu [Ag 1.5]. A aceitação da palavra do profeta e a
obediência foi unânime começando por sua liderança [Ag 1.12].
Comentário Moody; “Após outra convocação para um sério exame
de sua condição, apresenta-se o remédio. O povo devia subir às terras altas e
às áreas cobertas de matas para buscar madeira para o Templo. (…) DEUS prometeu
desde o início que a obediência resultaria em sua aprovação. Resumidamente Ageu
declara: “Obedecei a DEUS e tereis as suas bênçãos e a sua aprovação”. Serei
glorificado. Aqui está a prova de que DEUS se preocupava (…) com os aspectos
espirituais da reconstrução. Salomão tinha orado [1R s 8.30] que DEUS fosse
magnificado através da adoração do Seu povo Quando essa atividade da vida
espiritual foi negligenciada, resultou em esterilidade.”
2.2 O novo Templo
Depois que o povo foi exortado a considerar os seus caminhos e a
construir o Templo de DEUS, o Senhor assegurou que se agradaria dele e nele
seria glorificado [Ag 2.9]. No período de vinte e sete dias o alicerce, que
tinha sido o início da primeira restauração, foi desobstruído e o povo
trabalhou bastante para que começassem a aparecer os primeiros contornos e a
configuração geral do edifício. No entanto, a simplicidade deste segundo
Templo, comparada à majestosa obra de Salomão, trouxe tristeza aos idosos
que tinham presenciado a grandeza do primeiro Templo [Ed 3.12], É preciso ter
em mente que o Templo significava a presença de DEUS entre o povo de Israel. E,
mesmo o segundo Templo não possuindo a riqueza como o que Salomão construiu, a
glória do segundo seria maior do que a do primeiro, pois essa é uma referência
espiritual – algo incorruptível.
Bíblia de Estudo Plenitude – SBB, 2013, p. 1000, comenta sobre
Ageu 2.7,9, enfatizando que a parte final do versículo 7 – “e encherei esta
casa de glória” – “refere-se, em parte, à dedicação do templo atual de
Zorobabel, mas também profetiza a habitação de DEUS em templos humanos através
de CRISTO JESUS [1Co 6.19-20]”. E, quanto ao versículo 9, informa que “na
tradição judaica, “última casa” equivale a “segunda casa”, sendo o templo de
Salomão a primeira. Este é o templo que estaria erguido no tempo de JESUS,
embora ampliado e embelezado por Herodes.”
2.3 DEUS promete abençoar o povo
A história do povo era de escassez, mas seu futuro seria de
bênçãos. O povo atentou para as palavras de DEUS, por meio do profeta e
recomeçaram a obra do Templo, obedecendo a ordem de DEUS. Por isso, o Senhor os
convidou a observarem com cuidado o que aconteceria nos meses seguintes, porque
Sua Palavra se cumpriria, dando-lhes bênçãos que tanto desejavam e precisavam
em seus campos, com o sinal de renovo e graça [Ag 2.18-19].
R. N. Champlin: “O povo de Judá é, uma vez mais, convidado a
exercer a consideração divina, contemplando as coisas de um ponto de vista
espiritual. Eles precisavam “pensar cuidadosamente nas coisas” [Ag 1.5, 7;
2.15]. No passado, os juDEUS haviam fracassado, e tinham sofrido por isso. Mas
agora, se concentrasse sua mente e seu coração na questão, poderiam efetuar uma
mudança através do arrependimento. Se começassem a edificar o templo com vigor,
então todos os aspectos de sua vida se aprimorarem.”
EU ENSINEI QUE:
O relacionamento com DEUS deve ser a prioridade de todo cristão,
pois ele é o combustível que mantém acessa a chama da esperança em tempos
difíceis.
3- AGEU PARA HOJE
Ageu encontrou um povo desanimado para a reconstrução de uma obra
que já havia começado a ser feita há alguns anos após a volta do exílio
babilônico. Mas o povo se intimidou com a oposição dos inimigos, principalmente
dos samaritanos. A obra do Templo precisava ser concluída, mas, além de
desanimados, intimidados e sem recursos, o povo estava com suas prioridades
focadas em suas vidas particulares. Estavam preocupados em reerguer suas casas,
enquanto a casa do Senhor estava abandonada. A palavra de Ageu foi um
encorajamento para pôr fim àquele estado de letargia espiritual.
3.1 Prioridades erradas
O cenário era de abandono da casa do Senhor, enquanto os mais ricos
construíam suas casas. Um claro caso de prioridades erradas. Como já dito
anteriormente, o Templo era o centro religioso da vida do povo; ele significava
a presença de DEUS entre o povo de Israel. Sem o Templo a vida religiosa do
povo estava subordinada a um lugar de menor importância. Nunca é demais
ressaltar que o fato de falar sobre prioridades não exime a responsabilidade e
o esforço pessoal de cada um na construção de sua estabilidade financeira. Não
se deve confundir a prioridade do Reino com a negligência humana.
Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical, 2°
Trimestre de 2008, p. 55): “Precisavam estabelecer a prioridade de DEUS como
referencial – Ageu propôs que os juDEUS tomassem como referencial o dia que
eles voltaram ao projeto de DEUS e começaram a reconstruir o templo. Tendo isto
em mente, sempre que surgissem dificuldades, eles poderiam voltar lá e
perguntar: Qual era a nossa situação antes deste dia [Ag 2.15- 17] e como ela
veio a ser depois dele [Ag 2.18-19] ? O que DEUS nos mandou fazer a respeito e
como Ele reagiu a nossa obediência? Por este referencial eles seriam advertidos
contra possíveis desvios de propósito e estimulados a permanecerem fiéis às
prioridades de DEUS.”
3.2 A importância do encorajamento mútuo
Quando Ageu se depara com o desânimo do povo, ele exerce um papel
muito importante de encorajamento: “Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o
Senhor, e esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e
esforçai-vos, todo o povo da terra, diz o Senhor, e trabalhai; porque eu sou
convosco, diz o Senhor dos Exércitos.” [Ag 2.4]. O povo estava apático por
causa da singeleza do segundo Templo, além de problemas. No entanto, as
palavras proféticas são de que a glória do segundo templo, ainda que mais singelo
em sua construção, seria maior do que a do primeiro templo, construído por
Salomão.
J.G. Baldwin (Ageu, Zacarias e Malaquias – introdução e
comentário, Vida Nova e Mundo Cristão, 1982, p. 36-37): “Sê forte (esforça-te),
foi a ordem que o outro Josué tinha ouvido muitas vezes [Dt 31.7; Js
1.6-7,9,18], bem como Israel [Dt31.6; Js 10.25], quando entrou na terra (…) Há
um paralelo interessante entre a exortação de Ageu e as palavras de JESUS em
Marcos 6.50: “Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!” A presença pessoal do
Senhor confere coragem, determinação, e a certeza de que ele não permitirá que
seu objetivo fracasse. Se o exílio aparentemente tinha anulado a aliança, agora
o povo era certificado de que DEUS ainda estava entre eles em ESPÍRITO, como
estivera durante todo o êxodo [Êx 29.45].”
3.3 Promessas valiosas de DEUS
DEUS fez uma promessa a Zorobabel, dizendo que o faria como um
anel de selar [Ag 2.21-23], O anel de selo continha o nome do rei e era isso
que validava os documentos daquela época. O anel de selar, portanto,
representava a autoridade do rei. Zorobabel, governador de Judá e descendente
de Davi, seria o anel de selar de DEUS – seu representante oficial na terra.
Essa profecia ultrapassa Zorobabel, remetendo para o Messias que haveria de
vir.
R. N. Champlin: “A mensagem com que o livro de Ageu termina é
uma mensagem de encorajamento para o governador, Zorobabel. Yahweh haverá de
abalar as coisas, tanto no céu quanto na terra. (…) Para que a nação de Israel
gozasse de paz e chegasse a ocupar um lugar legítimo de liderança, teria de
haver um tremendo abalo. Reinos teriam de cair, para que Israel fosse capaz de
soerguer-se (…). Ora nenhum grande abalo ocorreu nos dias de Zorobabel, pelo
que a maioria dos intérpretes vê aqui uma promessa messiânica, relacionada à
era do reino de DEUS.”
EU ENSINEI QUE:
DEUS tem reservas de bênçãos maravilhosas, mas nem sempre são
bênçãos como se idealiza. Por isso, é importante crer no amor e na providência
de DEUS, que sabe do que Seus servos precisam.
CONCLUSÃO
O profeta Ageu usa a histórica para celebrar a glória suprema do
templo messiânico definitivo que ainda estava por vir e incentiva as pessoas
com a promessa de paz, prosperidade, governo divino e bênçãos ainda maiores
durante o milênio. Dado a nossa limitação, nem sempre conseguimos enxergar a
grandeza dessas bênçãos porque ficamos focados apenas nas bênçãos materiais.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
LIÇÃO 6, BETEL, 2TR25, NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA
Escrita Lição 6, Betel, Edificando a Casa de DEUS, unidos pelo
cuidado, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida
Silva
EBD, Revista Editora Betel | 2° Trimestre De
2025 | TEMA: MORDOMIA CRISTÃ – A Gratidão e Fidelidade
na Administração dos Recursos que DEUS nos Confiou | Escola
Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- AGEU. O PROFETA DO DESPERTAMENTO
1.1. A mensagem de Ageu
1.2. Saindo da apatia espiritual
1.3. A bênção retida
2- A BÊNÇÃO DA OBEDIÊNCIA
2.1. A importância da liderança
2.2. Priorizando as coisas de DEUS
2.3. DEUS reprova a desobediência
3- O CUIDADO COM O TEMPLO
3.1. As bênçãos do esforço
3.2. As bênçãos da obediência
3.3. As bênçãos da santificação
TEXTO ÁUREO
“Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me
agradarei, e eu serei glorificado, diz o Senhor”. Ageu 1.8.
VERDADE APLICADA
Movido pela Palavra e ação do ESPÍRITO, cada membro do Corpo de CRISTO
deve estar comprometido com a edificação da Igreja.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Reconhecer a necessidade de engajar-se no cuidado do Templo.
Ressaltar que devemos priorizar as coisas de DEUS.
Saber que o cuidado com a Casa de DEUS deve ser constante
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Ageu 1.2, 4-7, 9
2 Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não
veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser edificada.
4 É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de
ficar deserta?
5 Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos
vossos caminhos.
6 Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não
vos saciais; vesti-vos, mas ninguém se aquece, e o que recebe salário, recebe
salário num saco furado.
7 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai os vossos corações aos vossos
caminhos.
9 Olhastes para muito, mas eis que alcançastes pouco; e esse pouco, quando o
trouxestes para casa, eu lhe assoprei. Por que causa? – disse o Senhor dos
Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, e cada um de vós corre à
sua própria casa.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Ed 4.23,24 A obra do Templo é suspensa.
TERÇA | Ed 5.1,2 Recomeçando a edificação do Templo.
QUARTA | Ed 6.15, 16 Não menospreze o seu próximo.
QUINTA | Jr 14.10, 11 DEUS não gosta de desculpas.
SEXTA | 2 Cr 36.23 O rei da Pérsia autoriza a construção do Templo.
SÁBADO | Ag 2.9 A promessa da glória da segunda Casa.
HINOS SUGERIDOS: 212, 459, 304
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que não sejamos descuidados com a Casa de DEUS.
PONTO DE PARTIDA: Ageu exortou o povo a reconstruir o Templo.
INTRODUÇÃO
Ageu foi usado
por DEUS para exortar os israelitas quanto à reconstrução do Templo. O
povo estava acomodado, sem cuidado com a Casa do Senhor, mas a mensagem do
profeta provocou um retomo à comunhão com DEUS.
1- AGEU. O
PROFETA DO DESPERTAMENTO
Ageu foi
contemporâneo de Zacarias, sendo o primeiro profeta a falar ao povo pós-exílio.
Ele levou a Palavra de DEUS ao governador Zorobabel e a Josué, o sumo
sacerdote, pois era preciso concluir a obra de reconstrução do Templo
em Jerusalém (Ag 1.1,2).
1.1. A mensagem
de Ageu
Cerca de 539
a.C., o rei Ciro emitiu um decreto autorizando os juDEUS a retornarem à terra
de Judá. Depois da morte de Ciro, em 530 a.C., Artaxerxes se tornou o
rei da Pérsia, reinando até 522 a.C. (Ed 4.7-23). Influenciado pelos
samaritanos, Artaxerxes decidiu interromper a reconstrução do Templo em
Jerusalém (Ed 4.23). Porém, após sua morte, Dario assumiu o trono da Pérsia,
reinando até 486 a.C., e foi favorável ao retomo da reconstrução da Casa de DEUS.
Ageu levou mensagens proféticas à nação, uma vez que recebeu do Senhor a missão
de despertar o povo para a necessidade de reconstruir o Templo, destruído por
Nabucodonosor em 586 a.C.
Alexandre
Coelho e Silas Daniel: “Somente após o falecimento de Cambises, quando Dario
Histaspes assume o Reino da Pérsia. o povo judeu recebe autorização de novo
para reconstruir o templo. Só que, em vez de os juDEUS, voltarem-se para o
projeto de reconstrução, relaxaram totalmente, Eles inverteram suas prioridades
e começaram a se preocupar mais em adornar as próprias casas e fazer os seus
negócios pessoais. Simplesmente abandonaram o compromisso que haviam assumido,
logo quando voltaram do exílio, de reconstruir o templo do Senhor”.
1.2. Saindo da
apatia espiritual
Ageu foi
encarregado pelo Senhor de falar ao povo de Israel sobre a reconstrução do
Templo (Ag 1.8). A mensagem do profeta foi uma exortação para os israelitas
renovarem a comunhão com DEUS, sendo tão incisiva que o povo teve temor do
Senhor (Ag 1.12). O Livro de Ageu nos leva a pensar sobre a importância de não
nos descuidarmos quanto ao investimento de tempo e de recursos nos serviços de
adoração ao Senhor.
Comentário
Bíblico Matthew Henry: “Não disseram que construíram um templo; eles o fariam,
mas não naquele momento. (…) Desta maneira, o grande trabalho para o qual fomos
mandados ao mundo para realizar fica por fazer. Existe em nós a tendência de
pensar mal dos desalentos que surgem em nosso dever, como se fossem uma
exoneração de nosso dever, quando são somente para provar a nossa coragem e
fé”.
1.3. A bênção
retida
Ageu foi
instrumento de DEUS para animar o povo a reconstruir o Templo (Ed 6.14). Assim
como o profeta Zacarias, ele levou aos israelitas que estavam em Judá e em
Jerusalém as mensagens que recebia do DEUS de Israel (Ed 5.1). O governador
Zorobabel e o sumo sacerdote Josué também estavam apáticos em relação à
reconstrução do Templo em Jerusalém. Ageu, então, os exortou a reconstruir o
Templo juntamente com o povo, que só assim seria abençoado. A mensagem profética
revelou a razão de o povo não estar desfrutando das bênçãos: eles estavam
adiando a tarefa de prosseguir com a reconstrução do Templo (Ag 1.4, 14).
Pr.
Antônio Paulo Antunes (Revista Betel Dominical. 3° Trimestre de 2023. Lição
11): ”A profecia de Ageu é uma exortação a começar sem demora a reconstrução do
Templo; pois não poderia continuar em ruínas por muito tempo, mas deveria ser
restaurado para a glória de DEUS (Ag 1.8). A ordem vinha da parte de DEUS. Essa
ordem não podia ser ignorada sem que trouxesse sérios resultados para todos: a
seca, a perda das colheitas e a pobreza, que seriam indicativos da ira divina
(Ag 1.9-11). Por outro lado, DEUS abençoaria e traria uma rápida e perene
salvação ao seu povo se, mediante o esforço coletivo, o Templo fosse
reconstruído (Ag 1.8; 2.6-9, 20-23 )”
EU ENSINEI QUE:
Ageu levou aos
israelitas que estavam em Judá e em Jerusalém as mensagens recebia do DEUS de
Israel.
2- A BÊNÇÃO DA
OBEDIÊNCIA
O Livro de Ageu
registra mensagens proféticas, anunciadas entre agosto e dezembro. Embora tenha
sido um curto período, o impacto na vida do povo foi relevante, como registrou
Esdras (Ed 6.14). Porém, não é possível saber se Ageu testemunhou a conclusão
da reconstrução do Templo.
2.1. A
importância da liderança
No
livro Os cinco Pilares da Liderança (2014, p.11), Bispo Abner
Ferreira ressalta: “Nada acontece sem liderança. Não importa a condição que
exista, em qualquer situação, nada muda sem liderança”. Isso nos remete ao
posicionamento de Ageu ao perceber a indiferença dos juDEUS por ocasião do
regresso do exílio (Ag 1.9). Como embaixador do Senhor (Ag 1.13), o profeta
Ageu exortou o povo a reerguer o Templo. Isso aconteceu durante o segundo ano
do reinado de Dario (Ag 1.12-15).
O
Senhor DEUS levanta pessoas, a quem capacita e anima na condução e no cuidado
com o Seu povo. Foi assim quando os juDEUS receberam a autorização para retomar
à terra de Judá. O tato sagrado menciona que eles •vieram com . Zorobabel” (Ed
2.2). Ao chegarem em Jerusalém, Zorobabel é novamente mencionado, juntamente
com outros homens, liderando o povo na edificação do altar (Ed 3.2). Tempos
depois, vemos Zorobabel reagindo positivamente às mensagens proféticas de Ageu
e de Zacarias para conduzir a edificação da Casa de DEUS (Ed 5.2). Zorobabel é
um líder que está atento à Palavra de DEUS e sensível ao agir de DEUS; ele teme
a DEUS, se levanta e é animado pelo Senhor (Ag 1.12-14; 2.4). Mesmo sendo
tempos difíceis e desafiadores, DEUS levanta, capacita e anima Zorobabel.
2.2.
Priorizando as coisas de DEUS
É interessante
que a primeira mensagem de Ageu registrada no livro que recebe o seu nome
mencione a maneira como o povo de DEUS estava administrando o tempo. Eles
achavam que ainda não era tempo de reconstruir o Templo (Ag 1.2). A resposta de
DEUS a esse pensamento se inicia também fazendo menção ao tempo (Ag 1.4).
Assim, vemos que o Senhor dos Exércitos estava convocando os israelitas a rever
suas prioridades, não segundo limitadas percepções, mas à luz da Palavra. Era
preciso acertar as prioridades para desfrutar das bênçãos da provisão de DEUS.
Ainda hoje, dependemos da Palavra de DEUS e da direção do ESPÍRITO SANTO quanto
à mordomia do tempo, avaliando se nossos planos e atitudes estão em
conformidade com a vontade de DEUS.
Comentário
Bíblico Beacon: “Os juDEUS esperaram o momento certo para reconstruir o Templo;
diziam que ainda não era o momento. [ … ] julgavam que o período ainda não se
completara. Outra razão sugerida para a interrupção das obras era que o Senhor
não os abençoará com boas colheitas. Este fato, segundo eles, indicava que DEUS
estava irado com eles; portanto, não veio ainda o tempo. DEUS conforme este
ponto de vista, não tinha criado as condições favoráveis para a reconstrução”.
2.3. DEUS
reprova a desobediência
O rei Dario
havia autorizado as obras de reconstrução do Templo; entretanto, o povo alegava
que ainda não era tempo de realizar aquela obra (Ag 1.2). Diante disso, DEUS
levanta Ageu e conclama Seu povo a pensar bem quanto ao que estava acontecendo
(Ag 1.5). O povo está sendo chamado a uma mudança de atitude (Ag 1.8). A
mensagem de Ageu revela a desobediência dos filhos de Israel: Como não estava
se agradando disso, o Senhor revelou tanto as atitudes erradas de Seu povo
quanto as que eles deveriam adotar (Ag 1.8-9).
J.G.
Baldwin comenta Ageu 1.5-7 (Ageu, Zacarias e Malaquias: introdução e
comentário. Primeira Edição. Mundo Cristão, 1982, p. 31): “Refletir sobre os
acontecimentos à luz da palavra de DEUS é indispensável para o povo de DEUS, se
quiser saber o significado da sua orientação providencial nas coisas do dia a
dia. Assim Moisés reflete sobre os acontecimentos do êxodo em Dt 1.1-11,
tirando conclusões salutares de fracassos e desilusões passadas. Ageu não se
surpreende com a insatisfação que o povo sentia, apesar de trabalhar tanto seu
dinheiro se esvaía como farinha pela peneira. DEUS estava falando com o povo
através de coisas circunstanciais, como preços altos e inflação
EU ENSINEI QUE:
Como embaixador
do Senhor, o· profeta: Ageu exortou o povo a reerguer o Templo.
3- O CUIDADO
COM O TEMPLO
O contexto do
profeta Ageu nos mostra que o desinteresse, o esforço e a falta de prioridade
do povo de DEUS em relação à reconstrução do Templo estavam associados à vida
de adoração, ao testemunho perante as outras nações acerca do DEUS de Israel, à
expectativa de cumprimento das promessas do Senhor para Israel e ao
comprometimento deles com o Senhor e Sua Palavra.
3.1. As bênçãos
do esforço
As profecias de
Ageu ressaltam que a reconstrução do novo Templo era importante para os juDEUS.
Eles precisavam se animar para executar a obra, pois a glória daquela casa
seria maior do que a da primeira (Ag 1.8; 2.9). Segundo a profecia de Ageu, era
necessário que o povo se voltasse de coração para o Todo-Poderoso, que encheria
o Templo de glória. As nações trariam suas riquezas para o esplendor do Templo
em Jerusalém, porque toda prata e todo ouro do mundo pertencem ao Senhor (Ag
2.7,8).
Warren
Wiersbe: “Quando os alicerces do templo foram lançados, dezesseis anos antes,
alguns dos homens mais velhos olharam para trás com tristeza ao se lembrar da
glória e da beleza do templo de Salomão (Ed 3.8-13). É possível que Ageu
fizesse parte da geração mais velha e que tivesse visto o templo antes de ser
destruído, mas certamente não chorou como os outros de sua idade. Alegrou-se,
porque a obra havia começado, e era seu desejo vê-la completa”.
3.2. As bênçãos
da obediência
Ageu expôs
o juízo de DEUS sobre Israel devido à desobediência do povo (Ag 1.6). O profeta
os advertiu acerca da solução para as adversidades que estavam enfrentando:
eles deveriam subir ao monte e trazer madeiras para a edificação do Templo (Ag
1.8). Caso obedecessem, o Senhor se agradaria pela reconstrução do Templo, onde
seria adorado. As palavras de Ageu caíram em solo fértil, pois os líderes e o
povo que havia voltado do exílio aceitaram a exortação que o Senhor lhes fez
por intermédio do profeta Ageu (Ag 1.12).
Warren
Wiersbe: “Quando DEUS nos fala por sua Palavra, a única resposta aceitável é a
nossa obediência. Não pesamos as opções, não analisamos as alternativas nem
negociamos os termos. Simplesmente fazemos o que DEUS nos ordena e deixamos o
resto ao encargo dele. ‘Fé não é crer apesar das evidências: disse o pregador
inglês Geoffrey Studder-Kennedy; ‘é obedecer apesar das consequências ‘. ( … )
A obediência dos líderes e do povo era resultado da operação de DEUS no coração
deles, da mesma forma como havia tocado o coração do rei Ciro e dos exilados
que haviam retornado para Jerusalém com Zorobabel (Ed 1.5)”.
3.3. As bênçãos
da santificação
Ageu entregou
ao povo uma terceira mensagem, que remetia aos ensinamentos da Lei Mosaica (Ag
2.10-19). Para que eles entendessem a situação em que estavam, o profeta usou
como exemplo as coisas santificadas, que não são capazes de santificar o que é
impuro. Já as coisas impuras contaminam o que é puro. Ou seja, a santidade não
contamina, mas o pecado sim. O povo daquele lugar e seus sacrifícios eram
impuros para DEUS, por isso os israelitas precisavam viver em santidade (Ag
2.11-14).
Warren
Wiersbe: “DEUS não podia abençoar o povo da maneira como desejava, pois estavam
contaminados, de modo que era importante que se mantivessem puros diante do
Senhor. Os conceitos de “limpos” e “imundos” eram extremamente importantes para
os juDEUS que viviam sob a antiga aliança; sendo, inclusive, o tema principal
do livro de Levítico”.
EU ENSINEI QUE:
Era necessário
que o povo se voltasse para o Todo-Poderoso, que encheria o Templo de glória.
CONCLUSÃO
O profeta Ageu
exortou os israelitas de maneira objetiva e clara. Era necessário priorizar a
reconstrução do Templo para desfrutarem as bênçãos de DEUS. Entretanto, além de
se esforçar na obra de reconstrução, o povo deveria viver em obediência e
santificação.