18 dezembro 2013

Lição 12- Lança o teu pão sobre as águas


Lição 12 - Lança o Teu Pão Sobre as Águas


LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Sabedoria de DEUS para uma vida vitoriosa - A atualidade de Provérbios e Eclesiastes.


Comentário: Pr. José Gonçalves


Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
 
 

TEXTO ÁUREO
“Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás' (Ec 1 1.1).
 

 
VERDADE PRÁTICA
Lança o teu pão sobre as águas é fazer o bem e ter esperança quanto a um futuro desconhecido.
 

 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ec 11.1 Vivendo com atitude
Terça - Ec 11.4 Evitando a passividade
Quarta - Ec 11.3 Vivendo com dinamismo
Quinta - Ec 1 1.6 Tendo a fé e a esperança
Sexta - Ec 1 1.9 Fazendo escolhas
Sábado - Ec 11.9,10 Assumindo as consequências
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Eclesiastes 11.1-10
1 - Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás.
2 - Reparte com sete e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra.
3 - Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e, caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará.
4 - Quem observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará,
5 - Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da que está grávida, assim também não sabes as obras de DEUS, que faz todas as coisas.
6 - Pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará; Se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas.
7 - Verdadeiramente suave é a luz, e agradável é aos olhos ver o sol.
8 - Mas, se o homem viver muitos anos e em todos eles se alegrar, também se deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo quanto sucede é vaidade.
9 - Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e alegre-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas essas coisas te trará DEUS a juízo.
10 - Afasta, pois, a ira do teu coração e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a juventude são vaidade.
 
“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás.” Eclesiastes: 11.1
Esse texto que tem lançado muita dúvida sobre sua interpretação, com certeza nos tem algo a passar da parte de DEUS.
A chave para o entendimento dessa passagem está na palavra “pão”. A palavra hebraica traduzida aqui por pão, tem também outros sentidos, um deles é “grão”, usado em panificação, dessa forma o texto parece se referir a um antigo costume egípcio que os judeus conheciam bem, que era lançar a semente (grão) sobre as águas do rio Nilo, quando ele transbordava anualmente, dessa forma a semente ficava soterrada no local da cheia, quando as águas do Nilo recuavam àquelas sementes brotavam e davam a colheita devida.
Esse texto parece estar sem contexto, mas não está, só esse versículo já passa a ideia de tomar uma atitude para o futuro ou seja, se preparar com pequenas atitudes hoje para colher depois. Dentro do contexto o versículo 2 nos diz que não sabemos o que vai acontecer amanhã, e veja o que diz o versículo 4:
“Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará.”
Isso nos diz que quem não se prepara, não se move, só fica olhando e não toma nenhuma atitude,nunca realizará nada em sua vida.
 
INTERAÇÃO
A lei da semeadura é revelada pelo apóstolo Paulo em Gálatas 6.7. O que esta lei diz? "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Paulo está mostrando que um nascido de novo e seguidor de CRISTO JESUS, por obra iluminadora do ESPÍRITO SANTO, não pode deliberadamente semear na carne ao mesmo tempo em que anda no ESPÍRITO: “Quem semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no ESPÍRITO ceifará a vida eterna” (v.8). O contexto de Gálatas seis remete-nos a ideia de os crentes levarem a carga um dos outros para fazer o bem. Isto é semear para a vida eterna. O contrário é semear corrupção.
 
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber como viver uma vida com propósito.
Decidir viver uma vida dinâmica com fé e esperança.
Viver a vida com responsabilidade diante de DEUS e dos homens.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para lhe auxiliar na conclusão do terceiro tópico da lição, reproduza o esquema da página seguinte conforme as suas possibilidades. O professor deverá, ao longo da semana, estudar sistematicamente os capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios. O Comentário Pentecostal Novo Testamento, editado pela CPAD, muito lhe ajudará. Com o auxílio do esquema explique aos alunos que os capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios contém instruções sobre ofertas dirigidas aos crentes pobres de Jerusalém. As palavras do apóstolo Paulo nesses capítulos estabelecem o ensino mais completo do Novo Testamento sobre a contribuição financeira cristã para ajudar os necessitados.
 

 
PALAVRAS-CHAVE Lançar: Jogar, estender, projetar, atirar, etc.
 
Resumo da Lição 12 - Lança o Teu Pão Sobre as Águas
I - VIVENDO COM PROPÓSITO
1. Tomando uma atitude.
2. Evitando a passividade.
lI - VIVENDO COM DINAMISMO
1. A imobilidade da árvore caída (vivendo do passado).
2. O movimento do vento e das nuvens (vivendo o presente).
III - VIVENDO COM FÉ E ESPERANÇA
1. Plantando a semente.
2. Germinando a semente.
IV - VIVENDO COM RESPONSABILIDADE
1. Fazendo escolhas responsáveis.
2. Assumindo as conseqüências.
 
SINOPSE DO TÓPICO (1) Viver com propósito implica em tomar atitude evitando a passividade.
SINOPSE DO TÓPICO (2) O texto de Eclesiastes 1.3-5 remonta a ideia de movimento e imprevisibilidade da vida.
SINOPSE DO TÓPICO (3) Devemos plantar sementes para vida, germinando a Palavra de DEUS e cuidando do próximo necessitado.
SINOPSE DO TÓPICO (4) Viver com responsabilidade é fazer escolhas responsáveis na vida assumindo as suas conseqüências.
 
Revista Ensinador Cristão CPAD, n°56, p.42.
Lança o teu Pão sobre as Águas
"Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás" (Ec 11.1). Salomão inicia o capítulo 11 de Eclesiastes com uma metáfora. Muitos questionam o que seria lançar o pão sobre as águas. O sábio se utiliza de uma figura de linguagem para nos fazer um convite à generosidade. Salomão se afastou de DEUS e certamente deve ter experimentado o egoísmo. Porém, ele conseguiu perceber que o egoísmo torna a vida sem sentido, vazia, que não compensa, por isso, DEUS nos ensina, em sua Palavra, a termos uma vida generosa. A sociedade está marcada pelo egoísmo, onde não damos mais espaço para a generosidade. Todavia, nós crentes não podemos nos conformar com a maneira de pensar deste mundo: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de DEUS" (Rm 12.2).
Quem não abre a mão e não lança sementes não terá o que colher. A generosidade torna-nos mais ricos, pois é um fruto do ESPÍRITO (GI 5.22). As nações estão enfrentando uma grande crise financeira, em especial a comunidade européia. Esta crise tem repercutido em vários países, pois vivemos em uma economia globalizada. As taxas de juros e a inflação estão subindo. Sabemos que precisamos economizar, mas DEUS tem um compromisso com a sua Palavra. Ele é fiel e promete recompensar aqueles que são generosos (Dt 15.10,11; Pv 11.25). Como Igreja do Senhor, não podemos nos esquecer dos necessitados e carentes, pois JESUS jamais se esqueceu deles (Lc 4.18,19).
Para "lançar o pão sobre as águas", é preciso ter fé. A fé "é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem" (Hb 11.1). Só aquele que crê que DEUS supre as nossas carências pode tomar esta atitude. Não tenha medo de lançar sementes, pois DEUS "é poderoso para fazer [...] além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera" (Ef 3.20). Ao invés de olharmos somente para as nossas carências e necessidades, venhamos a olhar para aqueles que estão necessitados da nossa ajuda.
Embora tenhamos fé, não podemos prever o nosso amanhã. Viver é contar com os imprevistos; por isso, acredito que "lançar o pão sobre as águas" é, diante do inesperado, procurar agir de maneira sábia, fazendo o que é bom para ajudar o próximo.
 
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nos capítulos anteriores, o livro de Eclesiastes mostrou a realidade nua e crua da vida. O livro mostra que debaixo do sol a vida se apresenta de forma totalmente imprevisível, cheia de altos e baixos, e muitas vezes fora de uma explicação lógico-racional. É assim que se observa na análise perplexa que Salomão faz das injustiças sofridas pelo justo e prosperidade que acompanha o perverso.
E aí, o que fazer diante de tudo isso? Ficar inerte ou se lançar no horizonte e enfrentar a vida como ela é? Salomão escolhe essa segunda opção e conclama seus ouvintes a fazer o mesmo. Mais reflexivo e agora mais consciente da realidade da vida, sabendo que ela pode se tornar um grande vazio, ele põe DEUS no centro de suas reflexões. Irá mostrar que DEUS é o ator principal nesse grande cenário da fé e que sem Ele a vida é totalmente sem propósito e vazia.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 138.
Seja ousado apesar das incertezas ( 11.1-8)
Como sempre, o autor não aprova a atitude passiva em relação à vida. Ele admite que há muitas incertezas na vida, mas isso não é razão para se negar a agir de forma positiva.
Não importa o que o homem decida fazer, ele precisa enfrentar sua tarefa com ousadia, apesar dos riscos, acreditando que isso vai produzir os resultados desejados no devido tempo. No entanto, ele deve distribuir seus recursos, e não concentrá-los em um lugar. Se então for pego de surpresa por algum infortúnio, não vai perder tudo (11.1,2).
A própria natureza mostra ao homem que há muitas coisas sobre as quais ele não tem controle e que não conhece. Se ele esperar até ter certeza completa para agir, nunca vai agir (v. 3-5). Sua atitude precisa ser positiva. Ele precisa ser diligente e otimista (v. 6). Assim como o agricultor deve passar o dia trabalhando apesar das incertezas do tempo, o homem precisa aproveitar ao máximo a oportunidade de desfrutar da vida enquanto está acesa a luz do dia da vida, pois a longa noite da morte está se aproximando (v. 7,8).
DONALD C. FLEMING. Comentário Bíblico NVI. Editora Vida. Eclesiastes. pag. 970.
Viva pela fé (11:1-6)
Nesta vida, as circunstâncias nunca serão as ideais, mas devemos seguir em frente, e obedecer a DEUS, e confiar nele para obtermos os resultados. Se você espera pelo vento certo ou pelo dia apropriado, pode perder sua oportunidade. Você pode parecer um tolo, como alguém que lança o pão sobre as águas em movimento, mas DEUS providenciará para que ele retorne para você.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico. A.T. Editora Central Gospel. pag. 532.
I - VIVENDO COM PROPÓSITO
1. Tomando uma atitude.
“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás” (Ec 11.1). No início desse texto Salomão exorta seus leitores sobre a necessidade de se tomar uma atitude na vida e os convida a lançar o pão sobre as águas. A palavra hebraica traduzida como lançar é shalah e mantém o sentido na língua original de: enviar, mandar embora, deixar ir. O sábio está dizendo: vá, não fique aí parado! Viva a vida com propósito! Viva a vida com uma atitude.
O treinador de líderes John Maxwell comenta:
“A pessoa comum em geral espera por alguém que a motive. Ela percebe que as circunstâncias são responsáveis pelo modo como pensa. Entretanto o que vem primeiro — a atitude ou as circunstâncias?
É de fato uma questão como a do “ovo e da galinha”. Na verdade, não importa o que vem primeiro. Não importa o que aconteceu a você ontem, hoje é você que escolhe sua atitude.
O psicólogo Victor Frankl acreditava que “a última de nossas liberdades humanas é escolher nossa atitude não importa a circunstância”. Ele conhecia a veracidade dessa afirmação. Frankl sobreviveu à prisão em um campo de extermínio nazista e durante o cativeiro não permitiu que sua atitude decaísse. Se ele pôde manter uma atitude benéfica, você também pode”.
John Maxwell destaca três razões por que devemos assumir uma atitude diante da vida:
1. Nossa atitude determina nossas ações.
2. Nossos seguidores são um espelho de nossa atitude.
3. Manter uma boa atitude é mais fácil do que readquiri-la.
Por outro lado, um outro sentido dessa palavra usada no hebraico bíblico é do envio missionário. Podemos ver isso por meio dos vários exemplos que a palavra enviar (hb. Shalah) possui. Por exemplo, a Escritura mostra que é DEUS quem envia os homens como seus embaixadores ou representantes seus numa missão oficial (Is 6.8; Jr 1,7; Ez 2.34; Jz 6.8). Dessa forma, tanto Moisés como Gideão foram representantes de DEUS nas missões que lhes foram entregues (Êx 4.28; Dt 34.11; Jz 6.14). De igual modo o Messias seria enviado na mais sublime das missões -— salvar o pecador (Is 61.1).
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 138-139.
Ec 11.1 Lança o teu pão sobre as águas. Generosidade e Investimento. A interpretação espiritual deste versículo é contribuir para bons empreendimentos, tanto com dinheiro como com esforço pessoal; é ser generoso para com os que padecem necessidades; é pagar salários decentes àqueles que se esfalfam no trabalho do Senhor. E então em harmonia com a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura, a pessoa generosa receberá de volta ampla recompensa, novamente sob a forma de dinheiro ou outras coisas valiosas, especialmente recompensas, no céu, no pós-vida. Essa é uma interpretação cristã e espiritual que não deve ser esquecida, mas o sentido original quase certamente era econômico, falando de um sábio investimento. As ideias principais são as seguintes:
1. O comércio marítimo, envolvendo longas viagens que podem significar grandes lucros para o comerciante disposto a arriscar-se na aventura.
2. O plantio de arroz no terreno alagado, quando a inundação do rio Nilo baixava, pois essa providência era um bom procedimento agrícola e rendia colheitas abundantes para o plantador.
3. Uma antiga máxima dos hebreus, acerca da generosidade, especialmente no caso dos pobres. As sementes da gentileza teriam finalmente recompensa abundante.
4. Um conselho bastante pessimista, no sentido de dar contribuições a causas de caridade e a pessoas carentes, sem muita esperança de receber de volta o que foi dado. “Lança o teu pão na superfície das águas, embora não seja provável encontrá-lo de novo”. Contudo, coisas estranhas realmente sucedem, pelo que avança e sê generoso.
5. Um conselho para investir largamente, em diversas coisas, em um jogo cujo nome é dinheiro, e esperar os resultados. O vs. 2, pois, apresentaria a sabedoria dos investimentos múltiplos, por causa da segurança.
6. O Targum afiança que este versículo fala em dar aos pobres marinheiros, com o que a Vulgata Latina concorda. Mas tal interpretação é muito estreita. A quinta possibilidade, vista à luz do vs. 2, parece ser a correta, embora certa variedade de aplicações seja instrutiva.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2736-2737.
Como o próprio dever nos é recomendado, v. 1.
Lança o teu pão sobre as águas, teu pão de milho sobre os lugares baixos (assim alguns o entendem), aludindo ao pai de família, que, andando, leva a preciosa semente, reservando o pão de milho de sua família para a semeadura, sabendo que sem isso ele não pode fazer a colheita no próximo ano; desta maneira, o homem caridoso tira do seu pão de milho para a semente de milho, priva a si mesmo para suprir aos pobres, para que ele possa semear sobre todas as águas (Is 32.20), porque assim como ele semeia ele também deve ceifar, Gálatas 6.7. Nós lemos sobre a ceifa do rio, Isaías 23.3. Aguas, nas Escrituras, são usadas em referência às multidões (Ap 16.5), e há multidões de pobres (nós não temos falta de objetos de caridade); águas também são usadas em referência aos enlutados: os pobres são homens de tristezas. Tu deves dar o pão, o sustento necessário para a vida, não somente dar palavras, mas também coisas boas, Isaías 58.7. Deve ser o teu pão, aquilo que é honestamente adquirido; não é caridade, mas injúria, dar aquilo que não é nosso; primeiro, aja com justiça, e então, ame com piedade. “De teu pão, que tu designaste para ti mesmo, que os pobres tenham uma parte contigo, como eles tinham com Jó, Jó 31.17. Dá livremente aos pobres, como o que é lançado sobre as águas. Envia isso a uma viagem, envia-o como uma aventura, como os mercadores que comerciam pelo mar. Confia-o sobre as águas; isso não afundará.”
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag. 947.
Ec 11.1 — Lança o teu pão sobre as águas. Os versículos 1-6 ressaltam o risco e a incerteza das empreitadas comerciais e agrícolas. Portanto, enquanto os provérbios anteriores, do capítulo 10, lidavam com a realeza e os líderes, os dos versículos 1-6 tratam das pessoas comuns. Homens e mulheres devem avançar cautelosamente para conseguir algum ganho, mesmo que sempre haja certo grau de insegurança.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1004.
Ec 11.1. Lança o teu pão sobre as águas. Não há explicação certa sobre este provérbio. Tradicionalmente, tem sido apresentado como uma exortação à liberalidade ou caridade, que deve ser lançada (lit., enviada) diante dos outros sem qualquer imediata realização de ganho, mas que um dia retomará para recompensar o doador (cons. Lc. 16:9). Mas talvez o versículo deva ser traduzido assim: "Lança o teu pão sobre as águas (por estranho que pareça), porque depois de muitos dias o acharás". Traduzido assim, refere-se à incerteza desta vida, na qual até mesmo Urna atitude aparentemente pouco sábia pode produzir a sua recompensa.
Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular Eclesiastes. pag. 21.
EMBAIXADOR (mensageiro; intérprete; agir como embaixador). Representante oficial de um rei ou de um governo (2Cr 32.31; 35.21; Is 30.4). Os embaixadores são mencionados desde a época de Moisés até os Macabeus (1 Mac 9.70; 11.9; 14.21; 15.17). O desrespeito para com eles era considerado como um grave insulto ao rei e ao povo que representavam, o que às vezes levava à guerra (2Sm 10.4ss.). No NT o termo é empregado somente no sentido figurado. Paulo falou de si mesmo como “embaixador em cadeias” (Ef 6.20), e de todos os ministros do evangelho como “embaixadores em nome de CRISTO” (2Co 5.20).
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 2. pag. 382.
Is 6.8 — Ocasionalmente, os profetas eram convidados a participar da corte celestial (1 Rs 22.19- 22; Jr 23.18,22). Aqui o Senhor emprega o pronome nós para se referir a si próprio e aos Seus anjos (Gn3.22; 11.7). Envia-me a mim. Nas religiões do antigo Oriente Médio, só os seres divinos eram enviados como mensageiros dos deuses, mas o DEUS da Escritura encarrega o ser humano dessa tarefa. Só em certas ocasiões Ele usa anjos para revelar Seus propósitos à humanidade. O voluntariado de Isaías provém de um coração agradecido. Ele deseja servir ao DEUS que lhe perdoou (v. 7).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1033.
Agora que não havia nada entre ele e o seu DEUS, Isaías ouviu as palavras: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Alguns tomam “nós” como o plural de majestade. Mas provavelmente, isto é uma reflexão da Trindade. Com os seus pecados perdoados, um fogo apaixonado tomou posse do coração de Isaías. Ele respondeu imediatamente, se oferecendo de boa vontade sem levar em conta a natureza ou dificuldade da missão.
HORTON. Staleym. M. Serie Comentário Bíblico Isaias. pag. 105.
2. Evitando a passividade.
Se por um lado devemos assumir uma atitude diante da vida, por outro lado forçosamente não devemos ser passivos diante da mesma. Salomão destaca que quem somente observa o vento nunca semeará (Ec 11.4). Somente observar, contemplar e admirar não é suficiente. Se em um primeiro plano as palavras do sábio significam que deve haver empreendedorismo quer através de uma missão comercial, quer através de uma missão espiritual, em um segundo plano elas demonstram a necessidade da generosidade com o próximo. “Lançar pão”, portanto, significa ser condescendente com as necessidades dos pobres e menos favorecidos. E fazer alguma coisa e não somente contemplar o infortúnio do outro. É trazer o pão de longe para alimentar os famintos (Pv 31.14). Significa ser generoso! Em o Novo Testamento encontramos a preocupação da igreja para com os menos favorecidos (G12.10).
Steven K. Scott (2008, p.88,89) destaca que:
Os psicólogos dizem que as duas maiores motivações da vida são o desejo de ganhar e o medo de perder. Salomão (Pv 11.24,25) nos garante que a generosidade age diretamente sobre os dois. Se você pudesse ter uma varinha de condão que garantisse suas necessidades materiais para toda a vida e uma prosperidade cada vez maior, quanto ela valeria? Salomão coloca essa varinha nas suas mãos: tudo o que você precisa fazer é se tornar uma pessoa generosa. O que Salomão quer dizer quando fala de generosidade? Ele diz que generoso é aquele que dá uma parte do que tem para suprir as necessidades do próximo, e que o faz sem esperar receber nada em troca. Embora ele fale do aspecto financeiro e material, a generosidade não se limita a isso. Ser generoso significa estar voltado para as necessidades dos outros, sejam elas quais forem.
O Novo Testamento também destaca essa verdade. Vemos isso com toda força na carta de Paulo ao filipenses. No meu livro A Prosperidade à Luz da Bíblia destaquei esse fato: “E peço isto: que a vossa caridade abunde mais e mais em ciência e em todo o conhecimento” (Fp 1.9). A palavra caridade’ nesse texto é a tradução da palavra grega ágape, cujo significado básico é amor. Todavia o termo grego pode ser traduzido também como benevolência e boa vontade. Ao traduzir ágape por caridade nessa passagem bíblica, a tradução ARC põe em destaque o caráter generoso dos filipenses. Caridade aqui tem como sinônimo generosidade e não significa de forma alguma que alguém é salvo pelas obras (Ef 2.8). Os filipenses haviam se sensibilizado com a situação de carência do apóstolo e por isso resolveram ajudá-lo (Fp 4.15). O modelo de prosperidade pregado por Paulo soa muito diferente daquele que é adotado hoje. Prosperidade no atual contexto significa ‘independência’. É por isso que vemos os constantes apelos como ‘venha conquistar sua independência financeira’. Paulo era próspero e feliz, mas dependeu da ajuda de seus irmãos e demonstrou satisfação por isso”.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 139-141.
Ec 11.2 Reparte com sete, e ainda com oito. Quando tiveres de investir, diversifica. Emprega o teu dinheiro em sete ou oito (um grande número de empreendimentos) lugares. Visto que não sabes que mal te atingirá neste mundo imprevisível, é melhor que não apliques todo o teu dinheiro em uma única atividade. Põe dinheiro em um banco; compra propriedades, ouro, uma fazenda e animais domésticos; compra uma casa de praia que possas alugar a turistas durante os meses de verão; compra algumas joias e pedras preciosas; investe em ações de uma companhia sólida.
Cf. a expressão “com sete, e ainda com oito” com Pro. 6.16; 30.7,15,16,18,19, 21-31, que fazem parte dos chamados Provérbios numéricos. Ver especificamente as notas em Pro. 30.7. Cf. também, Jó 5.19 e Amós 1.3-2.6. Esse número significa um número grande, indefinido, isto é, muitos.
Tempos Ruins Podem Chegar. DEUS controla todas as coisas com as Suas mãos. Ele é a Causa Única, mas a experiência ensina que aquilo que Ele determinou pode ser destrutivo e não apenas beneficente. Portanto, investe o melhor que puderes, em face das incertezas do futuro (do ponto de vista humano). Tudo é vaidade, afinal. O dinheiro não significa muito, mas poderás usufruir conforto.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2737.
“Reparte com sete e ainda até com oito, isto é, sê livre e liberal nas obras de caridade.” (1) “Dá muito se tu tens muito a dar, não uma miséria, mas uma porção, não um pedaço ou dois, mas uma refeição; dá uma grande esmola, e não uma insignificante; dá boa medida (Lc 6.38); sê generoso ao dar, como foram aqueles quando, nos dias de festival, enviaram porções aos que não tinham nada preparado (Ne 8.10), porções valiosas.” (2) “Dá a muitos, a sete e ainda até a oito; se tu te encontrares com sete objetos de caridade, dá a eles todos, e então, se tu te encontrares com oito, dá a eles, e com mais oito, dá a todos eles também. Não te escuses, pelo bem que tu fizeste, do bem que tu tens a fazer posteriormente, mas permanece firme e melhora. Em épocas difíceis, quando o número de pobres aumentar, que a tua caridade aumente proporcionalmente a isso.” DEUS é rico em misericórdia para com todos, para conosco, ainda que indignos; Ele dá liberalmente, e não censura pelos dons antigos, e nós devemos ser misericordiosos como é o nosso Pai Celestial.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag. 947-948.
O versículo 2 é melhor entendido como uma exortação adicional a respeito do compartilhamento generoso. Reparte com sete e ainda com oito é um jeito prático de dizer: compartilhe com muitos. Mesmo que você não saiba que mal sobrevirá à terra, viver generosamente é muito melhor do que uma vida de egoísmo.
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 462.
Ec 11.2 — Com sete e ainda até com oito. Esta é uma exortação para sermos generosos com o maior número de pessoas possível, aumentando essa estimativa a cada dia.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1004.
Ec 11.2. Reparte com sete. Eis novamente uma ênfase sobre os resultados obtidos na vida mesmo quando se age com sabedoria. Traduza-se: "reparte com sete, e ainda com oito (isto é, seja sábio nos seus investimentos); porque não sabes que mal sobrevirá à terra".
Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular Eclesiastes. pag. 21.
Reparte com sete e ainda com oito... (v.2). É o mesmo que lançar o pão sobre as águas, pois estes sete ou oito são apenas uma fração da multidão de famintos e sofredores a quem temos o dever de assistir. Não está nos planos deste escritor converter-se em vergasta de ninguém, e as suas palavras são apenas um eco de suas muitas mensagens e sermões ao povo cristão do Brasil, de que os aspectos teóricos da religião vivem longe das realidades da vida. JESUS não nos enganou, quando cuidou tão devotadamente dos sofredores, parece que até mais do que dos incrédulos, que eram muitos nos seus dias. Infelizmente, este modelo não pegou nas atividades dos evangélicos brasileiros. Reparte com sete e ainda com oito, reparte com a humanidade ao teu alcance é a norma. Felizmente que este escritor pode falar e escrever, mesmo que seja como correr atrás do vento. Ainda quando seminarista, no Recife, meteu-se-lhe na cabeça inventar um meio que tirasse os pregadores da miséria em que viviam na doença e na velhice. Então velo à Junta de Beneficência. Como pastor, à época desse manuscrito, a sua igreja gastava mais de um milhão por mês em beneficência, não Incluindo o que dá às instituições convencionais. Enfatiza, pois, a beneficência. O nosso louvor à Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira, pois desde os seus primórdios aprendeu a praticar um evangelho INTEGRAL: Evangelização, Educação e Beneficência.
Antônio Neves de Mesquita. Provérbios. Editora JUERP.
Pv 31.14 É como o navio mercante. He. A mulher virtuosa contava com mercados perto de sua casa, para comprar seu suprimento alimentar. Mas ela também tinha conhecimento sobre bens importados e trazia para casa algumas dessas mercadorias. Sabia onde conseguir esses bens para deleite de seus familiares. A segunda linha, que é sinônima, diz-nos que ela se sacrificava a fim de garantir boas refeições e ia buscar longe os alimentos consumidos pela família. Essa parte do versículo revela-nos que a família referida não pertencia às classes pobres, mas no mínimo à classe média alta. Note o leitor que a mulher virtuosa tinha escravas (servas), vs. 15. Isso está em consonância com a mentalidade dos hebreus, de que a bondade resulta na prosperidade. O autor esforça-se para evitar que pensemos como os pobres pensam. A mulher virtuosa traz coisas interessantes e incomuns para preparar diferentes tipos de refeições. Ela não prepara somente feijão e arroz. Talvez buscasse de mercados longínquos, supridos pelos navios que cruzavam o mar Mediterrâneo. Se vivesse perto do mar, então ela descia a portos para trocar mercadorias diretamente. Naturalmente, também havia mercadorias que chegavam de terras mais interiores, trazidas por caravanas de camelos, como as que vinham do Egito, bem como de países do norte e do nordeste, a Síria e a Babilônia. A mulher virtuosa provavelmente vendia suas mercadorias (os artigos fabricados por ela) nesses mercados, a fim de obter dinheiro, e também comerciava alguns itens diretamente.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2693.
Pv 31.14 Tudo o que ela faz tem um bom resultado, pela sua prudente administração; ela não se esforça a noite toda sem ganhar nada, não, ela mesma prova que a sua mercadoria é boa (v. 18); ela sabe que em todo o seu trabalho há lucro, e isto a encoraja a perseverar nele. Ela percebe que pode fazer, ela mesma, coisas melhores e mais baratas, do que ela pode comprá-las; ela descobre, por observação, qual ramo de suas atividades traz os melhores resultados, e a isto se dedica com afinco. (1) Ela traz provisões de todas as coisas necessárias e apropriadas para a sua família (v. 14). Nenhum navio mercante, nem mesmo os barcos de Salomão, jamais tiveram um retorno tão vantajoso como as suas atividades. Eles trazem artigos do exterior, com os bens que exportam? Ela também faz isto, com o fruto de seu trabalho. Aquilo que o seu próprio solo não produz ela pode obter, se tiver oportunidade, trocando seus próprios bens por isto; e assim ela traz seu pão de longe. Não que ela valorize mais as coisas que vêm de longe, mas, ainda que venham de muito longe, se precisar tê-las, saberá como obtê-las.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag. 888.
Gal 2.10 Os cristãos da Judeia na época passavam por grandes necessidades e dificuldades. Os apóstolos, por compaixão e preocupação com eles, apresentaram essa situação a Paulo, para que usasse sua influência nas igrejas gentílicas a fim de obter ajuda aos cristãos judeus.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 551.
Gal 2.10 A comunhão novamente selada é completada por um entendimento aditivo. Somente que nos lembrássemos (assistencialmente) dos pobres. Sem qualquer explicação adicional Paulo podia falar dos ―pobres‖. Os gálatas, assim como também os romanos que viviam mais longe (Rm 15.26), sabiam que com essa palavra se fazia referência aos cristãos da igreja originária. Provavelmente era a autodesignação deles à luz de Is 61.1,2, que era pronunciada com respeito por todas as igrejas. A pobreza social é sublimada espiritualmente. Os necessitados sabem que estão especialmente próximos da salvação, pois ―aos pobres‖ são prometidos evangelho e bem-aventuranças (Mt 5.3; Lc 6.20; 7.22).
A forma gramatical no tempo presente indica uma instituição permanente. Contudo seria um descaminho pensar por causa disso num direito de tributação por parte dos de Jerusalém, reconhecido por Paulo. O NT não tem conhecimento algum de que toda igreja cristã que surgisse em qualquer lugar teria o dever de realizar ofertas em favor da igreja original. Além disso essa leitura contradiria a tendência do relato, segundo o qual se estava fundamentando justamente uma comunhão de iguais. De acordo com o fluxo das ideias, os de Jerusalém apenas acrescentaram um pedido cordial por auxílio, não impuseram uma condição. Com prazer Paulo prometeu essa ajuda. De acordo com Rm 15.26,27, 1Co 16.3; 2Co 8.3,8,24; 9.5 essas coletas possuem a característica da gratidão, da graça, da voluntariedade, da demonstração de amor e da dádiva por bênção. Elas constituem a livre doação do hóspede, a qual os gentios, que têm o privilégio de se sentirem em casa em Israel, trazem consigo. Inversamente: Aceitando o presente, a igreja original aceita a Paulo e sua obra.
Finalizando, Paulo assevera o seu próprio zelo por essa causa. O que também me esforcei por fazer. Nesse caso não pode falar por Barnabé, pois entrementes se haviam separado. Porém no que envolve a sua própria pessoa ele pode dizer que também esse acordo adicional continuou sendo um propósito do coração. De acordo com 1Co 16.1-4 os gálatas podiam confirmá-lo. Ainda mais: Ao participarem na oferta, eles próprios passaram para essa comunhão. Eles não deveriam permitir que os judaístas entremetessem uma cunha.
Adolf Pohl. Comentário Esperança Cartas aos Filipenses. Editora Evangélica Esperança.
lI - VIVENDO COM DINAMISMO
1 A imobilidade da árvore caída (vivendo do passado).
“Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra; caindo a árvore para o sul ou para o norte, no lugar em que cair, aí ficará” (Ec 11.3). Sentido toda a força dessa metáfora, o escritor Derek Kidner destaca que a metáfora nuvem revela também que os fenômenos meteorológicos têm suas próprias leis e tempos, e não os nossos. Observa ainda que na metáfora da árvore caída aprendemos que a mesma não consultou a conveniência de ninguém para que pudesse tombar.
A árvore caiu e onde tombou ficou! Está totalmente imóvel e não há mais nada a fazer! A vida também é imprevisível e cheia de contingências. Ela não é feita somente de momentos bons, pelo contrário, há aqueles que são extremamente desagradáveis. E aí, o que fazer? Ficar preso a uma experiência passada sobre a qual nada mais se pode fazer ou enfrentar a vida desse ponto para frente? Ficar preso ao passado é assemelhar-se à árvore que tombou e sobre a qual nada mais pode ser feito.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 142.
Ec 11.3 Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiro sobre a terra. Os processos naturais da natureza, dirigidos pela Vontade Divina, continuam cumprindo seu dever. Esses processos nunca cessam; eles continuam repetindo suas tarefas determinadas. As nuvens são formadas mediante evaporação do mar; elas cobrem a superfície inteira do globo terrestre, depositando suas águas; os rios assim formados precipitam-se para os mares; a evaporação é contínua; a formação das nuvens é contínua; a chuva é contínua; a natureza obedece aos decretos divinos.
E, então, se uma árvore cair (o que também acontece por decreto divino), isso poderá parecer uma orientação arbitrária, na direção sul ou norte, mas até a direção da queda de uma árvore está determinada. Quando a árvore bater no chão, jazerá exatamente onde caiu, o que serve de outra indicação da determinação divina. É ridículo dizer que podem chegar homens para movimentar aquela árvore, isso só estragaria a analogia. O ponto do versículo é que todas as coisas foram ordenadas de antemão, e não há mero acaso. Mas já que não sabemos como as coisas ficarão, se boas ou más, ou quando acontecerão, continuemos a fazer a parte que nos cabe: trabalhar com diligência e esperar pelo melhor. Não tenhamos medo dos ventos, é preciso semear e colher tudo quanto pudermos.
Carma? Alguns estudiosos supõem que a árvore que cai e fica onde caiu seja uma declaração misteriosa acerca de como um homem inevitavelmente colhe aquilo que tiver semeado. Sua vida é como a queda de uma árvore: o que ele tiver feito levará a árvore a permanecer exatamente onde cair. A fortuna de um homem consiste em continuamente encontrar-se consigo mesmo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2737.
O versículo 3a talvez sugira a generosidade de DEUS como uma nova motivação para a vida altruísta (cf. Mt 5.44-45). Caindo a árvore [...] aí ficará (3b) sugere claramente o elemento do destino inescapável. Mas o contexto do capítulo inteiro sugere que aqui Qoheleth esteja falando dos resultados inevitáveis das escolhas humanas. O tipo de vida que você leva determina o tipo de pessoa que você será. O julgamento final de DEUS e a realidade da vida na fase adulta e da velhice levam a pessoa a tomar as decisões corretas já desde a juventude (cf. capítulo 9 e 12.1).
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 462.
Ec 11.3 — Não obstante o lado que caia a árvore, alguém dará utilidade à sua madeira; portanto, pare de se preocupar por ela não ter caído para o lado que você desejava (ou mesmo de conjecturar se cairá ou não para tal lado).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1004.
Estando as nuvens cheias, derramam aguaceiros sobre a terra... (v. 3). Para quem este aguaceiro? Para todos, bons e maus, como nos ensina JESUS em Mateus 5:45. DEUS se apresenta sempre como DEUS da humanidade. Até na terra deserta chove para que as bestas da terra tenham capim para comer. A natureza é pródiga para com todos e tudo. Nós, porém, nos trancamos em nosso egoísmo e em nossa gula, e qualquer bem que poderíamos fazer não fazemos. As lutas das igrejas com as suas finanças, o que são senão a avareza, a ganância dos seus membros, que só pensam em si, sem se lembrarem dos pobres e sofredores? Tudo jaz à base da falta de simpatia pelo próximo.
Antônio Neves de Mesquita. Provérbios. Editora JUERP.
2. O movimento do vento e das nuvens (vivendo o presente).
Vimos que no livro de Provérbios que Salomão se valia com muita frequência de uma linguagem metafórica para melhor compartilhar suas ideias. Percebemos isso quando ele usou o exemplo do trabalho das formigas para contrastar com a vida do preguiçoso (Pv 6.6). No livro de Eclesiastes, também encontramos esse recurso estilístico nas palavras do sábio: “Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará” (Ec 11.4).
Muitos intérpretes da Bíblia observam que a ideia aqui é a de movimento e imprevisibilidade. O vento está se movimentando o tempo todo e as nuvens são imprevisíveis em seu movimento. E uma metáfora da vida que está em constante movimento e que não pode deixar de ser vivida por causa da sua imprevisibilidade! E o tempo presente no qual se vive e que exige uma tomada de decisão diante dos desafios que ele impõe. Ficar olhando para a vida e se queixar sem tomar uma atitude frente aos seus desafios assemelha-se àquele que apenas olha o vento e as nuvens. Ver a vida passar e passa batido pela vida!
Ed Rene Kivitz observou com muita propriedade:
Apesar de tudo, ele nos aconselha a arriscar, mesmo em um mundo incontrolável e cheio de incertezas. Seu primeiro conselho é “investir”. “Quem não arrisca não petisca”, diz o nosso ditado. Na versão de Eclesiastes, “atire o seu pão sobre as águas, e depois de muitos dias você tornará a encontrá-lo (1 l.l).
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 141-142.
Ec 11.4 Quem somente observa o vento, nunca semeará. Talvez, para alguns, a natureza não esteja cooperando como deveria, pois atrapalha a agricultura; assim, eles deixam de trabalhar quando deveriam. Não se deve esperar, da natureza,
atos de perfeição. O trabalho contínuo e a espera pela cooperação da natureza são o melhor a fazer. O homem temeroso, que continua observando as nuvens e o vento, perderá sua oportunidade. Este versículo encoraja os homens a entrar em ação, a despeito das aparentes incoerências da natureza. Se você fizer o que puder, então talvez DEUS abençoe seus esforços; por outra parte, Ele pode não querer abençoá-los. Mas, independentemente do que aconteça, DEUS continua no controle das coisas; Ele decreta todas as regras, garante todas as colheitas, bem como todas as falhas de safra. Mas você não sabe o que ele garantiu para você, portanto continue trabalhando e esperando pelo melhor. Outro tanto se aplica a todos os empreendimentos da vida humana, e não somente às atividades agrícolas. “É inútil tentar resguardar-se de todas as falhas possíveis. Exigir certa medida de sucesso, antes de agir, seria a mesma coisa que nunca agir" (Ellicott, in loc.).
Ec 11.5 Assim como tu não sabes qual o caminho do vento. Encontramos, neste versículo, duas ilustrações das misteriosas operações de DEUS na natureza. Considere o leitor estes pontos:
1. O autor continuou a falar sobre o vento, e talvez devamos compreender aqui o vento literal. Nesse caso, a primeira parte do vs. 5 simplesmente continua a falar sobre os ventos mencionados no versículo anterior.
2. Alguns estudiosos pensam que se trata de menção ao sopro da vida que anima o corpo do embrião que se forma no ventre da mãe. Em outras palavras, temos aqui uma repetição do ato criativo de DEUS, em Gên. 2.7, quando Ele insuflou no homem o sopro da vida.
3. Ademais, alguns eruditos supõem que se trate de menção ao espírito humano, unido ao embrião, conforme este cresce. Isso se refere ao criacionismo como a explicação da formação do ser humano total. Mas essa ideia é forçada, no versículo, pelo pensamento cristão; ela poderia dar apoio à noção do traducionismo, ou seja, o mistério da concepção inclui a parte espiritual, que não é, então, atribuída a um ato direto de DEUS. Em outras palavras, DEUS criou o homem para reproduzir-se segundo a sua espécie, o corpo e a alma, e isso faz parte natural da procriação. Mas também é forçar, neste versículo, outra doutrina posterior.
Foram os filósofos estoicos que promoveram essa ideia, que veio a tornar-se uma das explicações do cristianismo, quanto ao complexo humano do corpo e da alma. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia os artigos chamados Criacionismo e Traducionismo. Provavelmente, a primeira destas três posições expressa a interpretação correta.
Além disso, devemos pensar em outro mistério, sobre o qual praticamente nada sabemos, ou seja, como o embrião se desenvolve no ventre materno. Atualmente, sabemos mais do que sabiam os povos antigos, mas nosso conhecimento ainda não encontrou solução para todos os mistérios da concepção. Isso não significa, contudo, que eles não ocorram, ou que os homens não devam procriar, porque isso os faria penetrar em mistérios profundos. Outro tanto se dá com todas as ações e empreendimentos humanos. Os mistérios circundam todas as coisas, mas continuamos agindo e esperando pelo melhor.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2737.
Aqui Qoheleth resume um tema já visto em 10.8-9. A boa vida requer decisão e ação. Existem incertezas e perigos, mas aquele que espera pela sabedoria completa e a segurança perfeita nunca irá sofrer riscos. Quem observa o vento, isto é, espera até que não haja nenhum vento para atrapalhar até mesmo o espalhar de suas sementes, nunca semeará (4). Também, o que olha para as nuvens — para ter certeza de que suas sementes, quando cortadas, não se molhem — nunca segará [colherá], No versículo 5, somos lembrados de que sempre existem fatores que são do exclusivo conhecimento de DEUS em qualquer decisão que tomemos. O significado do caminho do vento deve ser fornecido pelo contexto, visto que a palavra pode significar “espírito” ou “vento”. Muitos tradutores modernos a definem como “vento” e a relacionam ao versículo 4. Moffatt o transforma em poesia:
Assim como você não sabe para onde sopra o vento, nem como um bebê cresce no ventre, assim você não pode saber como DEUS trabalha,
DEUS que está em tudo.
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 463.
Ec 11.4 — Nunca semeará. A pessoa cautelosa ao extremo a ponto de esperar o momento ideal para tomar uma atitude está condenada ao fracasso.
11.5 — Certos atos do Senhor são inexplicáveis. Em Eclesiastes, o conceito de DEUS como Criador, que faz todas as coisas, não se restringe ao versículo 1 do capítulo 12. A incapacidade de o ser humano conhecer a obra de DEUS independente de conhecê-lo é um dos temas desse livro (Ec 3.11; 8.17; 9.12).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1004.
Ec 11.4 - Esperar as condições perfeitas indica falta de iniciativa. Esta compreensão prática também é aplicável a nossa vida espiritual. Se esperarmos a ocasião e o local perfeitos para a ler a Bíblia. nunca começaremos; para pertencer a uma igreja perfeita, nunca congregaremos; para ter o ministério perfeito, nunca serviremos. Devemos dar nossos passos em direção ao crescimento espiritual. Não devemos aguardar condições que provavelmente jamais existirão!
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 885.
Fé nas coisas que se veem não é fé. Fé no Invisível é o que Hebreus 11 nos ensina. O homem que pratica a fé não come sozinho o seu pão ao lado do faminto. Os evangélicos têm sido responsáveis por muitos sofrimentos, que poderiam sanar. Por ignorância, má orientação ou egoísmo, não têm aproveitado as suas oportunidades de fazer o bem. Está na memória deste escritor uma luta acesa, em um estado da Federação, sobre se os batistas deveriam ou não manter um orfanato. A duras penas, alguns têm conseguido romper as barreiras opostas à prática da beneficência e alcançado algum resultado, posto que mui pouco. Muitos dos mestres batistas jamais leram este verso, esse imperativo de lançar o pão nas águas. Por causa desta Infeliz miopia, os batistas não têm um hospital no Brasil, não têm uma creche de sustentação geral, não têm nada. O povo apodrece Junto de nós, e não temos meios de ajudá-lo. Agradecemos à Providência o fato de já termos umas duas ou três Casas da Amizade, onde se pratica algum bem aos menos favorecidos da sorte. Como Batistas precisamos estar lembrados que um dia também seremos chamados à prestação de contas sobre as Implicações sociais da fé cristã.
Os que observam o vento nunca semeiam, e o que olha para as nuvens nunca sega (v. 4). Que é isto? Falta de confiança e também raiz da sonegação da caridade. Joga tua semente na terra e confia naquele que manda no vento e nas nuvens, e terás boa colheita. A natureza é pródiga, liberal e a todos dá sem discriminações. Façamos da nossa religião algo para valer aqui na terra e não apenas no céu; e o que vale na terra são as criaturas, boas ou más, com as quais estamos ligados para o tempo e para a eternidade. Quando JESUS mandou fazer amigos com as riquezas da injustiça (Luc. 16: 9), ordenou fôssemos previdentes; e a previdência inclui o cuidado para com todas as obrigações da vida, inclusive porque Ele condenou o desleixo da vida, e este desleixo ou falta de cuidado inclui os deveres para com o próximo.
Antônio Neves de Mesquita. Provérbios. Editora JUERP.
VENTO
Temos a considerar uma palavra hebraica e três palavras gregas, quanto a este verbete, isto é:
1. Ruach, "vento". Esse vocábulo hebraico aparece por um total de 370 vezes, com o seu sentido principal de "espírito", além de outros. Com o sentido de "vento", aparece por 91 vezes, desde Gên. 8:1 até Zac. 5:9.
2. Ãnemos, "vento". Essa palavra grega ocorre por 30 vezes no Novo Testamento: Mal. 7:25,27; 8:26,27~ 11:7; 14:24,30,32; 24:31; Mar. 4:37; 4:39,41; 6:48,51; 13:27; Luc. 7:24; 8:23,25; João 6:18; Atos 27:4,7,14, 15; Efé. 4:14; Tia. 3:4; Jud. 12 e Apo. 6:13; 7:1.
3. Pneuma, "espírito", "vento". Com o sentido de vento, figura apenas por uma vez, em João 3:8, nas famosas palavras de JESUS a Nicodemos, pois, certamente, o trecho emprega um jogo de palavras: "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do ESPÍRITO".
4. Pnoé, "vento". Palavra grega usada somente por duas vezes, em todo o Novo Testamento: Atos 2:2 e 17:25. O termo hebraico ruach é cognato do ugarítico rh, que algumas autoridades pensam ser oriunda da raiz r w h, embora isso seja duvidoso, pois o cognato fenício é apenas rh. O sentido dessa raiz é difícil de determinar, embora muitos estudiosos aceitem "sopro" ou "brisa". É uma palavra usada para indicar qualquer agitação ou movi menta do ar, seja pela força de alguma tempestade, como em Osé. 13: 15, seja pela respiração do homem, como em Jó 9: 18. A distribuição dialética de vocábulos para indicar sopro, nos idiomas semíticos, exibe um padrão bastante confuso, com muitas expressões idiomáticas. No tocante ao volume do Antigo Testamento, é interessante observar que essa palavra hebraica, ruach, faz-se totalmente ausente, ao passo que é muito frequente, em outros livros daquela coletânea. Em um sentido derivado, esse termo hebraico também indica "vaidade", em um sentido metafórico, algo tão sem substância quanto o ar, conforme se vê em Jer. 5: 13.
A mais difícil ocorrência do termo hebraico ruach encontra-se em Gênesis 1:2. Tradicionalmente, essa passagem tem sido vinculada ao trecho de Gênesis 8: 1, mas, sem qualquer razão verdadeira. Em nossa versão portuguesa, essas passagens dizem, respectivamente: " 0 ESPÍRITO de DEUS pairava por sobre as águas"; e: " DEUS fez soprar um vento sobre a terra, e baixaram as águas". É claro que as duas passagens não estão falando sobre uma mesma coisa. Antes, a ligação de Gênesis 1:2 é com Já 33:4, onde lemos: "O ESPÍRITO de DEUS me fez; e o sopro do Todo-poderoso me dá vida". Gênesis 1:2 e Já 33:4 indicam atividades divinas, pelo SANTO ESPÍRITO.
No Novo Testamento, o termo principal é ánemos, termo grego que corresponde à palavra portuguesa vento.
Essa é a palavra que a Septuaginta usa para traduzir o termo hebraico ruach, em cerca de 50 ocorrências, quase exclusivamente quando descreve fenômenos naturais. Pneuma, outra palavra grega, entretanto, também foi empregada como tradução de ruach, em 264 citações. Explica-se isso facilmente, dizendo que ruach encerra os dois sentidos, que o grego desdobra em pneuma e em ánemos. Pneuma aponta muito mais para o "espírito", ao passo que ánemos indica muito mais o "vento".
Usos Simbólicos. E fácil compreender como o vento é usado ilustrativamente para muitas ideias de cunho espiritual, visto que, embora invisível diretamente para o olho humano, seus efeitos são perfeitamente perceptíveis. Podemos perceber 13 desses usos ilustrativos do vento.
As operações do ESPÍRITO de DEUS (Eze. 37:9; Joã03:8; Atos 2:2).
A vida humana (Jó 7:7).
Os discursos dos desesperados (Jó 6:26).
Os terrores que perseguem a alma humana (Jó 30: 15).
As imagens de escultura (lsa. 41 :29).
A iniquidade, que conduz à destruição (1sa. 64:6).
As falsas doutrinas (Efé. 4: 14).
Os ímpios, sob a forma de palha tangida pelo vento (Jó 21:18; Sal. 1:4).
Os que se jactam de dons falsos, sob a forma de vento sem chuva (Pro. 25: 14).
Os juízos de DEUS (sob a forma de vento destruidor) (Isa, 27:8; 29:6; 41:16).
A maldição do pecado (sob a forma de ventos semeados) (Osé. 8:7).
As vãs esperanças (sob a forma de vento como alimento) (Osé. 12:1).
As expectações que não se cumprem (Isa. 26:18).
Ver também o artigo Clima. E também outros vinculados a este, como Tempestade, Tufão, Pé-de- Vento, Redemoinho, etc.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 590-591.
VENTOS Os hebreus reconheciam quatro movimentos de arhorizontais que chamavam de vento. Os ventos sul e sudeste cruzando o deserto arábio eram quentes e secos (Jó 37.17; Lc 12.55). O vento norte era mais fresco sendo favorável para a vegetação (Ct 4.16). Os ventos oeste, sudoeste e noroeste traziam as chuvas e acompanhavam uma tempestade (1 Rs 18.43-45; SI 147.18; Ez 13.13). O vendo leste era quente, com rajadas e carregado de areia. Ele era prejudicial à vegetação (Gn 41.6; Is 11.15; Ez 19.12; Jn 4.8). O vento era reconhecido como uma criação de DEUS (SI 135.7; Am 4.13), e era usado como um instrumento para executar seu prazer (Êx 14.21; SI 78.26; 148.8; 2 Rs 2.11) e seu juízo (SI 48.7; Jn 1.4). Os homens também usavam o vento em seu proveito. Era importante para o lavrador ao joeirar os grãos (SI 1.4; 35.5; Is 17.13) e para o marinheiro ao navegar nos mares antigos (At 27.40; 28.13; Tg 3.4).
Pelo fato das palavras para "vento" nos idiomas originais (heb. ruah, gr. pneuma) também significarem "espírito" e "fôlego", os termos são às vezes intercambiáveis, como em Ezequiel 37.5-9,14. O Senhor JESUS CRISTO ilustrou a operação do ESPÍRITO SANTO na regeneração por meio da natureza invisível do vento (Jo 3.8). Uma das manifestações da descida do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes foi descrita como "um som, como de um vento veemente e impetuoso" (At 2.2). Veja Relâmpago; Chuva; ESPÍRITO SANTO; Tufão, Redemoinho. G. E. W.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1989.

13 dezembro 2013

Lição 11 - A ilusória prosperidade dos ímpios pte2

IV- VIVENDO POR UM IDEAL
1. A morte dos ideais.
As palavras de Salomão em Eclesiastes 9.14,15 mostram uma cultura para a qual já não existem mais ideais: “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, sitiou-a e levantou contra ela grandes baluartes. Encontrou-se nela um homem pobre, porém sábio, que a livrou pela sua sabedoria; contudo, ninguém se lembrou mais daquele pobre” (Ec 9.14,15).
O pobre agiu com sabedoria e idealismo, mas foi esquecido!
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 134-135.
A Parábola da Pequena Cidade (9.14-15)
Ec 9.14 Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens. A história tem muitas instâncias em que forças armadas inferiores derrotaram forças superiores, através de planos astutos.
Ec 9.15 Encontrou-se nela um homem pobre, porém sábio. O filósofo não se dá ao trabalho de contar-nos qual o estratagema esperto que o homem sábio, mas não humilde e insignificante, usou, e que salvou a cidade, porquanto ele falava sobre um acontecimento histórico. Ele estava meramente ilustrando as fraquezas que circundam a questão da sabedoria. Para nós, basta constatar que a sabedoria se mostrou eficaz, embora não tivesse sido devidamente apreciada. O povo mostrou-se egoísta e negligente. Uma vez que a segurança deles foi garantida pela sabedoria do homem humilde, prontamente o esqueceram. O pobre homem não obteve fama alguma pelo que fizera, nem recompensa; seu exercício de sabedoria fora inteiramente vão, quanto a ele mesmo. Por conseguinte, temos aqui outra ilustração do princípio de que “tudo é vaidade”. O valor da sabedoria pode ser anulado pelas circunstâncias e pelas fraquezas humanas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2733.
"Melhor é a sabedoria do que a força."
ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.
Salomão aqui dá um exemplo, que provavelmente foi um caso de fato, em algum país vizinho, de um homem pobre que, com a sua sabedoria, fez um grande serviço em uma época de perigo e angústia pública (v. 14). A vitória e o sucesso atenderam o forte? Não, foi encontrado nessa pequena cidade, entre os poucos homens que havia nela, um sábio pobre - um homem sábio, e mesmo assim pobre, sem preferência em qualquer lugar de lucro ou poder na cidade; lugares de confiança, e a iminência deles, não foram dados aos homens de acordo com os seus méritos, do contrário um homem sábio como este não teria sido um homem pobre. Agora: 1. Sendo sábio, ele serviu à cidade, mesmo sendo pobre. Em meio à sua agonia, eles o procuraram (Jz 11.7) e imploraram por seus conselhos e auxílio; e ele livrou aquela cidade pela sua sabedoria, com as instruções prudentes dadas aos que estavam cercados, direcionando-os a alguns estratagemas que não tinham sido considerados para a sua própria segurança, ou por um tratado prudente com os sitiadores, como a mulher em Abel, 2 Samuel 20.16. Ele não os repreendeu pelo desdém com que o tratavam, deixando-o fora do seu conselho, nem dizendo que ele era pobre e não tinha nada a perder e que, portanto, não se preocupava com o que viria a ser da cidade; mas ele fez o seu melhor por eles, e foi abençoado com sucesso. Note que os interesses particulares e os ressentimentos pessoais devem sempre ser sacrificados pelo bem público e esquecidos quando o interesse é o bem-estar comum. 2. Sendo pobre, ele era desprezado pela cidade, mesmo sendo sábio e tendo sido um instrumento para salvar a todos da ruína: Ninguém se lembrava daquele pobre homem; os seus bons serviços não eram notados, nenhuma recompensa foi dada a ele, nenhuma marca de honra foi colocada sobre ele, mas ele viveu em tanta pobreza e obscuridade quanto antes. A riqueza não era para esse homem prudente, nem o favor, para esse homem inteligente. Muitos que receberam méritos de seu príncipe e de seu país foram mal pagos; que mundo ingrato esse em que vivemos. E bom que os homens úteis tenham um DEUS para confiar, o qual será o seu recompensador generoso; pois, entre os homens, grandes serviços são com freqüência invejados e recompensados com o mal por bem.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag. 942.
2. Vivendo por um ideal.
Mesmo mostrando que as boas ações de alguém não tenham o merecido reconhecimento de outrem, ainda assim Salomão acredita que devemos viver por uma causa. “Então, disse eu: melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre é desprezada, e as suas palavras não são ouvidas. As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritos de quem governa entre tolos. Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitas coisas boas” (Ec 9.16-18, ARA).
O expositor bíblico Michael A. Eaton destaca que: “A inversão contida no versículo 16 é verdadeira, no sentido em que os governantes são capazes de se fazer ouvir, enquanto a sabedoria corre o risco de perder-se em meio ao clamor. O contraste tríplice {palavras...gritos, sábios...quem governa...em silêncio...entre tolos) enfatiza a tese. Quem governa não se refere exclusivamente ao rei, mas a qualquer que pertença às classes governantes (cf. 2 Cr 23.20; Pv 22.7). Equilibrando-se sábios com quem governa, o autor indica que a autoridade não está, necessariamente, do mesmo lado da sabedoria. Gritos parece referir-se, aqui, aos berros de autoconfiança de um “governador distrital” local. Ao seu lado há um bando de bajuladores vociferantes que exercem péssima influência. Há mais esperança de sabedoria nas palavras ouvidas em silêncio (ligado à confiança em Is 30.15, e à alegria, em 4.6). Dessa forma, a sabedoria nem sempre prevalecerá; a gritaria, a verbosidade e o poder poderão triunfar contra ela. A sabedoria não dispõe de garantias embutidas”.
Acreditar em valores morais e espirituais e procurar viver à altura deles em meio a uma sociedade relativista e vazia de idealismo não tem garantia nenhuma de algum reconhecimento. Todavia ainda assim vale a pena viver por um ideal. Mais do que qualquer outro, o cristão sabe que nesta vida há causas pelas quais vale a pena lutar (Ef 3.14; At 20.24; 2 Tm 4.7).
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 135-136.
Ec 9.16 Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força. É verdade que a sabedoria é melhor do que a força física, mas isso não significa que os homens passarão a apreciar a sabedoria, que pode ser desprezada e não aplicada por homens insensíveis e ímpios. O autor, pois, falava sobre a inutilidade da sabedoria, segundo certo ponto de vista. Ele deixou de lado o fato óbvio de que aquele pouco de sabedoria beneficiou a cidade inteira, que obteve retumbante sucesso. Mas ele acaba mostrando que, para o humilde homem sábio, a sabedoria não teve valor. Esse era o fato que ele estava ilustrando. Ele não estava aplicando outros “fatos” possíveis ao caso; ele falava de sua própria experiência pessoal. Para ele, o pobre homem sábio, tinha ficado demonstrado que a sabedoria é apenas outro elemento da vaidade generalizada (Eclesiastes 2.12-17); pessoalmente, ele não tinha conseguido tirar grande proveito da sabedoria (Eclesiastes 8.15-16), e não pensava que outros sábios tivessem tirado melhor proveito que ele. Aben Ezra (in loc.) supõe que o fato de outros indivíduos não apreciarem a sabedoria do pobre homem não significa que ele próprio também a desprezasse; mas isso já é o oposto do que o triste filósofo procurava transmitir. Ele não apreciou sua própria sabedoria, se é que tinha alguma. Por que haveria de querer que outros homens a apreciassem?
Ec 9.17 As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio. Os versículos de Eclesiastes 9.17-10.1 dizem que o valor da sabedoria pode ser anulado pela insensatez, o que significa que, freqüentemente, a loucura é mais forte que a sabedoria. Isso exibe, uma vez mais, a inerente fraqueza daquilo a que chamamos de sabedoria, e diminui seu valor aparente. Ou, então, podemos considerar Eclesiastes 9.17-18 e 10.1 como máximas distintas e auto-contidas sobre a alegada sabedoria.
O vs. 17 informa-nos que a sabedoria, embora insignificante e desprezada pelos homens, é melhor (mesmo quando ouvida no silêncio) que os gritos dos homens profanos, incluindo governantes que se associam aos tolos. Presumivelmente, esse rei está dando a seus súditos instruções e ordens e, mediante gritos, enfatiza o que quer dizer. Henry Ward Beecher, famoso pregador do passado, confessou que, quando tinha pouca coisa a dizer, encobria o fato com um sermão crivado de altas exclamações. O insensato dirige discursos bombásticos a seus seguidores; o pregador que prega aos gritos tenta impressionar seus ouvintes com o volume do som de suas exortações, em vez da grandiosidade de pensamento, como se isso demonstrasse sabedoria. De fato, um pensamento grandioso será como um relâmpago, mesmo que dito tranquilamente.
Ec 9.18 Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra. Esta máxima nos reconduz à parábola da pequena cidade (vss. 14-15). A sabedoria é mais poderosa que os armamentos de um grande rei. Foi a sabedoria que deu a vitória à pequena cidade. Mas os pecadores, ou mesmo um único pecador, podem anular as propriedades beneficentes da sabedoria. Um bom caso ilustrativo deste versículo é o de Acã e sua ganância, que prejudicou a comunidade inteira de Israel e anulou a sua força (ver Jos. 7.1,11-12).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2733.
Desse exemplo, ele traça algumas conclusões úteis, considera-as e recebe instruções. 1. Disso, ele observa a grande utilidade e excelência da sabedoria, e que bênção os homens podem fazer ao seu países: Melhor é a sabedoria do que a força, v. 16. Se DEUS é por nós, quem será contra nós ou permanecerá contra nós? 2. Disso, ele observa a força de comando e o poder da sabedoria, ainda que trabalhe sob desvantagens externas (v. 17): As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas; o que eles falam, sendo falado de forma calma e com moderação (ainda que, não sendo ricos e sem autoridade, eles não ousem falar em voz alta nem com grande segurança), será ouvido com atenção e considerado, receberá respeito, e não somente isso, mas ganhará razão, e influenciará os homens mais do que o clamor imperioso daquele que domina sobre os tolos, que, como tolos, o escolhem para ser seu governante, por seu barulho e gritaria, e, como tolos, pensam que por esses métodos ele deve vencer a batalha com qualquer um.
3. Disso, ele observa que os homens sábios e bons, não obstante a isso, devem freqüentemente se contentar com a satisfação de terem praticado o bem, ou, ao menos, de terem tentado isso e se oferecido para isso, quando eles não podem fazer o bem que eles fariam, nem recebem o elogio que deveriam receber. A sabedoria capacita um homem a servir aos seus vizinhos, e ele oferece o seu serviço; mas, ai dele! Se ele é pobre, a sua sabedoria é menosprezada e as suas palavras não são ouvidas, v. 16. (1) Quanto a si mesmo, uma condição pecadora é uma condição devastadora. Quantos dos bons presentes que tanto a natureza quanto a providência dão um só pecador destrói e desperdiça - bom-senso, boas porções, bom aprendizado, uma boa disposição, boas propriedades, boa comida, boa bebida e abundância das boas criaturas de DEUS, todas sendo usadas a serviço do pecado, e então destruídas e perdidas, e com a finalidade de sua dádiva frustrada e pervertida! Aquele que destrói sua própria alma, destrói muitos bens. (2) Quanto aos outros, que grande prejuízo um ímpio pode causar a uma cidade ou país! Um pecador, que faz o seu trabalho para corromper os outros, pode destruir e frustrar as intenções de muitas leis boas e muitas pregações boas, e levar muitos para os seus caminhos perniciosos; um pecador pode ser a ruína de uma cidade, assim como Acã prejudicou todo o acampamento de Israel. Veja quem são os amigos e inimigos de um reino, se um santo pratica muito bem e um pecador destrói muito bem.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Jó a Cantares de Salomão. Editora CPAD. pag. 942-943.
O escritor conclui que, apesar do esquecimento dos concidadãos daquele pobre, a sua sabedoria valeu mais do que a força. "As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados as sentenças coligidas" (E cl. 12: 11). Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói multas coisas boas (v. 18). Noutros textos, o sagrado escritor compara a sabedoria à loucura (2:15 e 16), ou pelo menos de pouco proveito; todavia, perseverou em sua busca, porque afinal ela traz muitas vantagens. Será o caso de perguntar ao sábio escritor: Que entende por SABEDORIA? Há uma antítese entre sabedoria e estultícia; é um dos grandes jogos deste livro. Todavia nota-se que a sabedoria pregada pelo escritor de Eclesiastes, Salomão ou outro, não é uma sabedoria apenas em termos de convenções terrenas, mas sabedoria na condução da vida como um todo, que por Isso abrange estes nossos dias e os vindouros. Uma sabedoria só para o tempo parece não ser o ensino do Pregador, que considera a outra vida como o prolongamento desta, mesmo que em alguns passos possa dar a entender que, depois de "fechada a porta", nada mais há a fazer. Isto quanto a esta vida; se, porém, ele admite o governo divino, e nisso é muito clara, então a sabedoria que ele preconiza abrange tanto o dia de HOJE como o de AMANHÃ. Fecha-se, é certo, a porta para esta vida, mas abre-se outra, para a eternidade.
Antônio Neves de Mesquita. Eclesiastes. Editora JUERP.
At 20.24 — Em nada tenho minha vida por preciosa. Paulo não se apegava a mais nada nesta vida. Ele só queria ter descanso no Reino de DEUS e ser honrado por CRISTO, não importando o que isso lhe custasse.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 343.
At 20.24 “Aliás, eu na verdade não atribuo valor algum à minha vida. Minha meta é levar a bom termo a minha carreira e o serviço que o Senhor JESUS me confiou” [TEB]. Muitas vezes Paulo caracterizou a existência do cristão com a metáfora da “corrida para o alvo” (1Co 9.24-27; Fp 3.13s; 2Tm 4.7). Estava profundamente preocupado em “consumar” a corrida até o alvo. Além disso, o “serviço” não era para ele um dever penoso, mas a expressão da admirável graça que seu Senhor lhe “confiou” (1Tm 1.12s; 2Co 4.1).
Werner de Boor. Comentário Esperança Atos. Editora Evangélica Esperança.
II Tm 4.7 — Paulo foi extremamente e fiel vigilante em seu serviço a DEUS. Observe que Paulo não faz esse tipo de comentário antes de chegar ao final de sua corrida e estar pronto para morrer. Não salienta seu serviço nem exalta-se nele. Mostra apenas que perseverou, lutou e serviu a DEUS até 0 fim (1 Co 9.24-27).
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 615.
II Tm 4.7 Combati o bom combate. Aquilo para o que Timóteo foi convocado (1Tm 6.12) foi cumprido pessoalmente pelo apóstolo e suportado até o vitorioso fim. Ele “proclamou o evangelho de DEUS mediante grande luta”. Agora acabou a luta, esgotou-se a luta da vida, o bom combate chegou a bom fim. Ele lutou contra poderes sombrios da maldade, contra Satanás, contra vícios judaicos, cristãos e gentílicos, hipocrisia, violência, conflitos e imoralidades em Corinto, fanáticos e desleixados em Tessalônica, gnósticos helenistas judeus em Éfeso e Colossos, e não por último – no poder do ESPÍRITO SANTO – o velho ser humano dentro de si mesmo, tribulações externas e temores internos. Acima de tudo e em tudo, porém, lutou em prol do evangelho, a grande luta de sua vida, seu bom combate.
Completei a corrida. A imagem do atleta competidor que alcançou a meta e por quem espera a coroa da vitória. Agora não cabe mencionar os incontáveis obstáculos que ele certamente conhece e poderia enumerar, mas o final da corrida, a perseverança até o alvo. Nada pôde deter sua trajetória, por nada ele foi interrompido significativamente. Agora tampouco poderes mundanos destruirão sua vida de forma autocrática, ele é “prisioneiro do Senhor”. O que ele anunciou aos anciãos de Éfeso na despedida se cumpriu agora: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor JESUS me confiou, de testemunhar o evangelho da graça de DEUS.” Tu, Timóteo, cumpre cabalmente teu ministério, assim como eu agora concluí minha tarefa. Uma vida cumpriu seu propósito quando a tarefa foi reconhecida e concretizada e quando DEUS é glorificado assim.
Guardei a fé. Será que se deve traduzir aqui com a frase que se tornou linguajar corrente “Guardei a fidelidade”? Sem dúvida tem-se em vista “a fidelidade até a morte”; é intencional a ligação com 2Tm 2.11-13; também a fidelidade do administrador, do qual se demanda prestação de contas no juízo; a aprovação do colaborador e sua paciência até o fim no trabalho penoso, quando os frutos estão maduros. Tudo está englobado, mas antes de tudo e em tudo vale uma só coisa: “Aqui se trata da perseverança dos santos, os que guardam fielmente os mandamentos de DEUS e a fé em JESUS.” “Guardei a fé”, isso é o alfa e o ômega, origem e alvo daquele que por ocasião do primeiro aprisionamento confessou: CRISTO é minha vida e morrer para mim é lucro. Poder crer até o fim, ser sustentado na fé em JESUS, receber constantemente essa fé renovada e aprofundada: essa é a graça máxima, dádiva imerecida, exaltação da fidelidade de DEUS.
O soldado, o corredor, o administrador (agricultor) – todas as três metáforas que Paulo lançou a Timóteo para encorajá-lo, todas direcionadas para o fim dos tempos, cumpriram-se em Paulo. Essas declarações não são marcadas pelo enaltecimento próprio, mas pela gratidão e adoração àquele que o tornou forte na luta, que o conduziu à perfeição, que o presenteou com a fé e o preservou.
Hans Bürki. Comentário Esperança II Timóteo. Editora Evangélica Esperança.
Elaborado por: Pb Alessandro Silva.- http://assembleiadedeusoczescoladominical.blogspot.com.br/


Questionário da Lição 11 - A ilusória prosperidade dos ímpios
Responda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2013 - Provérbios e Eclesiastes
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
“Tudo sucede __________________________________ a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao _______________________________; ao que jura como ao que _________________________________ o juramento” (Ec 9.2).
 
VERDADE PRATICA
2- Complete:
Embora _________________________________ do sol o fim para justos e injustos pareça o ___________________________, as Escrituras deixam claro que, na ______________________________, os seus destinos são diferentes.
 
I. OS PARADOXOS DA VIDA
3- Os justos sofrem injustiça?
(    ) Não. DEUS sempre os livra de toda injustiça.
(    ) Diferentemente dos perversos que parecem estar sempre seguros e cada vez mais prósperos, o sofrimento foi uma das mais duras realidades experimentadas por Asafe.
(    ) Salomão lutou contra esse pessimismo ao contemplar o paradoxo da vida na hora da morte. Os perversos tinham uma cerimônia fúnebre digna de honra, mas "os que fizeram bem e saíam do lugar santo foram esquecidos na cidade".
(    ) O pastor norte-americano, A. W. Tozer, costumava dizer que o mundo está mais para o campo de batalha que para o palco de diversão. Em outras palavras, os justos sofrem na arena da vida.
(    ) O crente fiel deve estar consciente de que os revezes não significam que ele esteja sob julgamento divino ou que a sua fé seja fraca, mas que se encontra em constante aperfeiçoamento espiritual.
 
4- Os maus prosperam?
(    ) Não. Os maus vão de mal a pior e sempre serão pobres.
(    ) Enquanto os justos padeciam, Davi e Salomão constataram a prosperidade dos ímpios.
(    ) A espiritualidade de uma pessoa não pode ser medida pelo que ela possui, e sim pelo o que ela é. Ser próspero não significa "ter", mas "ser".
(    ) A régua da eternidade nos medirá tomando como critério a fidelidade a DEUS, e não a prosperidade dos homens.
(    ) A prosperidade bíblica vem como resultado de um relacionamento sadio com DEUS e independe de alguém ter posses ou não.
(    ) Os ímpios têm posses, mas a verdadeira prosperidade só é possível encontrar em CRISTO.
 
II.  A REALIDADE DO PRESENTE E A INCERTEZA DO FUTURO
5- Qual a realidade da morte?
(    ) Uma chave importantíssima para entendermos a mensagem de Eclesiastes encontra-se na expressão: "Esta é a tua porção nesta vida debaixo do sol".
(    ) A morte é apenas uma passagem para a vida eterna, reservada a todos no porvir com DEUS.
(    ) É debaixo do sol que expressamos a nossa existência e constatamos a nossa finitude!
(    ) É no dia a dia da vida que percebemos a verdade implacável da morte, tanto para quem serve a CRISTO quanto para quem não o serve!
(    ) A sentença já foi decretada e é a mesma para todos.
(    ) Com a realidade da morte o futuro parece incerto.
 
6- Para os crentes, qual a realidade da morte?
(    ) O apóstolo Paulo diz que se a nossa esperança se limitar apenas a esta vida somos os mais infelizes dos homens.
(    ) Devemos temer a morte, pois não temos certeza ainda de nosso destino final.
(    ) Em CRISTO, temos a vida eterna.
 
7- Complete segundo a vida eterna?
Salomão escreveu Eclesiastes sob uma análise puramente ______________________________. Quem está do lado de lá da _______________________________ não participa do lado de cá da existência. Neste aspecto, "os ___________________________________ não sabem coisa nenhuma" (Ec 9.5). Isto não se dá porque eles estão ________________________________, mas porque pertencem a outra dimensão (Ap 6.9; 2 Co 5.8), onde nem mesmo o _____________________________ é necessário (Ap 22.5). Em vez de negar a ________________________________ da alma humana, o Eclesiastes apenas descreve a nossa trajetória nesta vida. É o Novo Testamento que lançará mais luz sobre a imortalidade de nossa alma na __________________________________ (Lc 16.19-31; 2 Co 5.8; Fl 1.23; Ap 6.9).
 
III. A IMPREVISIBILIDADE DA VIDA
8- Como são as circunstâncias da vida, segundo sua imprevisibilidade?
(    ) Nenhum outro texto descreve tão bem a imprevisibilidade da vida como o de Eclesiastes 9.11,12.
(    ) DEUS sempre livra seus filhos do mal, em quaisquer circunstâncias.
(    ) Catástrofes naturais e vicissitudes sociais ocorrem em países habitados quer por pecadores, quer por crentes piedosos, pois ambos habitam em um mundo decaído.
(    ) Em todas as circunstâncias, o Senhor se faz presente.
 
9- Muitos se deprimem quando a calamidade chega. A calamidade assusta, amargura-nos, faz com que nos isolemos. Cientes de que teremos dissabores na vida, o que podemos fazer a respeito?
(    ) O rei Salomão sabia que a vida "debaixo do sol" não era fácil nem justa.
(    ) Ficar firmes na esperança de livramento, sem nos preocupar em enfrentar as calamidades.
(    ) O rei não negou esse fato e muito menos fugiu da sua realidade.
(    ) Contrariamente, o Pregador incentivou-nos a viver, em meio à imprevisibilidade da vida, aquilo que nos foi dado como porção.
(    ) Em CRISTO, somos chamados a viver a verdadeira vida, conscientes de sua finitude terrena, mas esperançosos quanto a sua eternidade celeste.
 
IV. VIVENDO POR UM IDEAL
10- O que narra Ec 9.14,15 sobre os ideais?
(    ) Eclesiastes 9.14,15 narra a história de um povo que se esqueceu de um sábio idealista por ele ser pobre.
(    ) Tal fato denota uma cultura onde os ideais não mais existem.
(    ) O ideal é um plano que não deu certo, mas que nos atraiu para DEUS.
(    ) Como é atual a leitura do Eclesiastes! A cultura contemporânea também perdeu os seus ideais.
(    ) Lembremo-nos de que uma das marcas de nossos dias é a relativização do absoluto, e cada pessoa vai buscar uma verdade para si mesma.
(    ) Isso tende a tornar as pessoas mais individualistas e narcisistas, preocupadas apenas consigo mesmas e tremendamente desinteressadas pelo próximo.
 
11- Devemos viver por um ideal baseado em DEUS?
(    ) Mesmo sabendo que as boas ações nem sempre serão reconhecidas, Salomão acredita que devemos ter um ideal elevado e firmado em DEUS.
(    ) Vivendo em uma sociedade relativista e vazia de idealismo, não há garantia de qualquer reconhecimento pelo fato de crermos e vivermos os valores morais e espirituais prescritos pela Bíblia.
(    ) Não vale a pena viver por um ideal.
(    ) Vale a pena viver por um ideal.
(    ) O cristão maduro sabe das causas pelas quais devemos lutar.
 
CONCLUSÃO
12- O que nos mostra a vida "debaixo do sol"?
(    ) Mostra-se como ela realmente é.
(    ) Mostra-se como ela realmente deveria ser.
(    ) Às vezes parece sem sentido e, em muitas outras, cheia de paradoxos.
(    ) A vida precisa ser vivida. Salomão não apenas observou essa dura realidade, mas também a experimentou.
 
13- O que fazermos para não cairmos num pessimismo impiedoso e, tampouco, num indiferentismo frio?
(    ) Devemos viver a vida a partir da perspectiva do presente, cada dia com seu mal.
(    ) Devemos viver a vida a partir da perspectiva da eternidade.
(    ) Devemos tomar a consciência de que, na vida terrena, há ideais dignos pelos quais devemos lutar.
(    ) Assim, evitaremos as armadilhas do pessimismo.
(    ) Vivamos, pois, a nossa vida de maneira a glorificar o Pai Celeste.
 
 
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm