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17 março 2011
LIÇÃO 10- O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
LIÇÃO 10- O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos
ATOS DOS APÓSTOLOS - Até aos confins da terra
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
"E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios" (At 10.45).
VERDADE PRÁTICA
DEUS não faz acepção de pessoas, de nações ou de raças. É da vontade do Senhor que o Evangelho de JESUS CRISTO seu Filho, seja anunciado a todos os povos.
LEITURA DIÁRIA
At 13.1-3- Saulo e Barnabé são enviados aos gentios
At 10.34,35- DEUS não faz acepção de pessoas
At 11.15 O dom do ESPÍRITO sobre os gentios
At 15- O concílio de Jerusalém e os gentios
At 15.19,20,28,29 Recomendações aos crentes gentios
Gl 2.7,8- O evangelho da incircuncisão
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- Atos 10.44-48; 11.15-18
Atos 10.44- E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra. 45 - E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. 46- Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS. 47- Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados estes que também receberam, como nós, o ESPÍRITO SANTO? 48- E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então, rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias.
Atos 11.15- E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o ESPÍRITO SANTO, como também sobre nós ao princípio.16 - E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO. 17- Portanto, se DEUS Ihes deu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor JESUS CRISTO, quem era, então, eu, para que pudesse resistir a DEUS? 18 - E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a DEUS, dizendo: Na verdade, até aos gentios deu DEUS o arrependimento para a vida.
O Evangelho em Cesaréia:
Cesaréia: sede do governo romano na Palestina; centurião era comandante de 100 soldados; corte era um regimento de 600 a 1000 soldados; (50 km de Jope, aproximadamente);
Visão do gentio: Buscar Pedro para anunciar o evangelho;
Visão de Pedro: Animais puros (patas divididas e ruminar);
Conversão: Cornélio envergonha a muitos cristãos, porque, antes de se converter era melhor do que alguns crentes; o centurião romano ajoelhou-se diante de um simples judeu;
Crise na Igreja de Jerusalém: Pedro presta conta ao colégio de apóstolos; ele não ficou surpreso nem ofendido;
Bíblia de Estudos Pentecostal - CPAD
10.4 ORAÇÕES... PARA MEMÓRIA DIANTE DE DEUS. DEUS considera nossas orações um sacrifício que sobe até Ele, lembrando-lhe da nossa perseverança, ao invocá-lo com fé e devoção (ver Sl 141.2; Hb 13.15,16).
10.9 SUBIU PEDRO AO TERRAÇO PARA ORAR. O ESPÍRITO SANTO, o autor das Escrituras, revela através delas que os cristãos do NT eram dedicados a muita oração. Estavam convictos de que o reino de DEUS não poderia manifestar-se em todo o seu poder mediante uns poucos minutos de oração por dia (1.14; 2.42; 3.1; 6.4; Ef 6.18; Cl 4.2)(1) O judeu piedoso orava duas ou três vezes por dia (cf. Sl 55.17; Dn 6.10). Era prática dos seguidores de CRISTO, especialmente dos apóstolos (6.4), orar com a mesma devoção. Pedro e João subiram ao templo para a hora da oração (3.1), e Lucas e Paulo fizeram o mesmo (16.16). Pedro orava regularmente ao meio-dia, ou seja, à hora sexta (10.9); DEUS recompensou Cornélio pela sua fidelidade na observância das suas horas de oração (10.30ss.).
(2) As Escrituras exortam os crentes a continuarem perseverantes na oração (Rm 12.12), a orarem sempre (Lc 18.1), a orarem sem cessar (1 Ts 5.17), a orarem em todos os lugares (1 Tm 2.8), a orarem em todo o tempo com toda a oração (Ef 6.18), a perseverarem na oração (Cl 4.2), e a orarem com eficácia (Tg 5.16). Estas exortações indicam que não poderá haver nenhum poder celestial em nossa batalha contra o pecado, Satanás e o mundo, nem vitória em nossa tentativa de ganhar os perdidos, sem muita oração diariamente.
(3) Não seria do agrado de DEUS, tendo em vista a exortação do Senhor, que seus discípulos vigiem e orem pelo menos uma hora (Mt 26.38-41); e à luz da urgência dos tempos do fim, nos quais vivemos, se todo crente dedicasse pelo menos uma hora por dia à oração e ao estudo da Palavra de DEUS, visando ao crescimento do seu reino na terra e tudo quanto isso significa para nós (Mt 6.10,33)?
(4) Uma hora de oração pode incluir o seguinte: (a) louvor, (b) cantar ao Senhor, (c) ações de graças, (d) esperar em DEUS, (e) ler a Palavra, (f) ficar atento ao ESPÍRITO SANTO, (g) orar com as próprias palavras das Escrituras, (h) confissão das faltas, (i) intercessão pelos outros, (j) petição pelas nossas próprias necessidades, e (l) oração em línguas.
10.19 DISSE-LHE O ESPÍRITO. O ESPÍRITO SANTO deseja a salvação de todas as pessoas (Mt 28.19; 2 Pe 3.9). Pelo fato de os apóstolos terem recebido o ESPÍRITO, eles, também, desejavam a salvação de todas as pessoas. Intelectualmente, no entanto, não compreendiam que a salvação já não se restringia a Israel, mas que agora abrangia todas as nações (vv. 34,35). Foi o ESPÍRITO SANTO que alargou a visão da igreja. Em Atos, Ele é a força da obra missionária e o que dirige a igreja para novas áreas de testemunho (8.29,39; 10.19; 11.11,12; 13.2,4; 16.6; 19.21). O derramamento do ESPÍRITO e a compulsão à missão sempre andam de mãos dadas (cf. 1.8). Mesmo hoje, muitos crentes anelam a salvação do seu povo, sem, porém, compreenderem plenamente o propósito do ESPÍRITO SANTO para as missões mundiais (ver Mt 28.19; Lc 24.47).
10.34 DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS. DEUS não tem nenhuma nação ou raça predileta, nem favorece qualquer indivíduo por causa da sua nacionalidade, linhagem ou posição na vida (cf. Tg 2.1). DEUS favorece e aceita aqueles, dentre todas as nações, que abandonam o pecado, crêem em CRISTO, temem a DEUS e vivem retamente (v. 35; cf. Rm 2.6-11). Todos aqueles que perseveram neste modo de vida, permanecerão no amor e no favor de DEUS (Jo 15.10).
10.38 CURANDO A TODOS OS OPRIMIDOS DO DIABO. PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS é concedido a todos os crentes.
10.44 CAIU O ESPÍRITO SANTO SOBRE TODOS. A família gentia de Cornélio ouve e recebe a Palavra com fé salvadora (vv. 34-48; 11.14).
(1) DEUS imediatamente derrama sobre ela o ESPÍRITO SANTO (v. 44) como seu testemunho de que creram e receberam a vida regeneradora de CRISTO (cf. 11.17; 15.8,9). (2) A vinda do ESPÍRITO SANTO sobre a família de Cornélio teve o mesmo propósito que o dom do ESPÍRITO SANTO para os discípulos no dia de Pentecoste (cf. 1.8; 2.4). Esse derramamento do ESPÍRITO não é a obra de DEUS na regeneração do pecador, mas sua vinda sobre eles para revesti-los de poder. Note as palavras de Pedro posteriormente, ressaltando a semelhança entre essa experiência e a do dia de Pentecoste (11.15,17).
(3) Evidentemente, é possível uma pessoa ser batizada no ESPÍRITO imediatamente depois de receber a salvação (ver v. 46; cf. 11.17).
10.45 O DOM DO ESPÍRITO SANTO. (é para todos os crentes - 1 Co 12, aqui, dom de línguas ou simplesmente o batismo com o ESPÍRITO SANTO).
10.46 OS OUVIAM FALAR EM LÍNGUAS. Pedro e os que o acompanhavam consideravam o falar em línguas, mediante o ESPÍRITO, como o sinal convincente do batismo no ESPÍRITO SANTO. Isto é, assim como DEUS confirmou o acontecimento do dia de Pentecoste com o sinal das línguas (2.4), Ele faz os gentios no lar de Cornélio falarem em línguas como sinal convincente para Pedro e os demais crentes judeus.
11.15 CAIU SOBRE ELES O ESPÍRITO SANTO, COMO TAMBÉM SOBRE NÓS AO PRINCÍPIO.
O derramamento do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste (2.4) foi um padrão para o recebimento do ESPÍRITO, a partir de então. O batismo no ESPÍRITO seria determinado pela transformação visível ocorrida no indivíduo pela infusão da alegria por expressões vocais sobrenaturalmente inspiradas e pela ousadia no testemunho (2.4; 4.31; 8.15-19;
10.45-47; 19.6). Por isso, quando Pedro salientou diante dos apóstolos e irmãos em Jerusalém que os familiares de Cornélio tinham falado em línguas, ao ser derramado sobre eles o ESPÍRITO SANTO (cf. 10.45-46), ficaram convictos de que DEUS estava concedendo aos gentios a salvação em CRISTO (v. 18). Não se pode hoje dizer que alguém recebeu o batismo no ESPÍRITO se as manifestações físicas, tais como o falar em línguas, estão ausentes. Em nenhuma parte de Atos, o batismo no ESPÍRITO SANTO aparece como uma experiência percebida somente pela fé (ver 8.12,16).
11.17 A NÓS, QUANDO CREMOS.
Esta expressão é, no grego, um particípio aoristo, que normalmente descreve uma ação que ocorre antes daquela do verbo principal. Por isso, uma tradução mais exata seria: DEUS lhes deu o mesmo dom que a nós também, depois que cremos . Esta interpretação concorda com os fatos históricos, i.e., que os discípulos tinham crido em JESUS e tinham sido regenerados pelo ESPÍRITO, antes do dia de Pentecoste.
11.18 OUVINDO ESTAS COISAS.
O discurso de Pedro silenciou todas as objeções (vv. 4-18). DEUS tinha batizado os gentios no ESPÍRITO SANTO (10.45), e este ato foi acompanhado da evidência convincente do falar noutras línguas pelo ESPÍRITO (10.46). Era esse o único sinal necessário a ser aceito sem mais dúvidas.
PERSPECTIVA. Rm 9.6 “Não que a palavra de DEUS haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas”.
(1) Um exame da condição de Israel não se refere à vida ou morte eterna de indivíduos após a morte. Pelo contrário, Paulo trata do modo como DEUS lida com nações e povos do ponto de vista histórico, i.e., do seu direito de usar povos e nações conforme Ele quer. Por exemplo, sua escolha de Jacó em lugar de seu irmão Esaú (9.11) teve como propósito fundar e usar as nações de Israel e de Edom, oriundas dos dois. Nada tinha que ver com seu destino eterno, i.e., quanto a sua salvação ou condenação como indivíduos. Uma coisa é certa: DEUS tem o direito de chamar as pessoas e nações que Ele quiser, e determinar-lhes responsabilidades a cumprir.
(2) Paulo expressa sua constante solicitude e intensa tristeza pela nação judaica (9.1-3). O próprio fato que Paulo ora para que seus compatriotas sejam salvos, revela que ele não admitia o ensino teológico da predestinação, afirmando que todas as pessoas já nascem predestinadas, ou para o céu, ou para o inferno. Pelo contrário, o sincero desejo e oração de Paulo reflete a vontade de DEUS para o povo judaico (cf. 10.21; ver Lc 19.41, sobre JESUS chorando por causa de Israel ter rejeitado o caminho divino da salvação). No NT não se encontra o ensino de que determinadas pessoas foram predestinadas ao inferno antes de nascer.
(3) O mais relevante neste assunto é o tema da fé. O estado espiritual de perdido, da maioria dos israelitas, não fora determinado por um decreto arbitrário de DEUS, mas, resultado da sua própria recusa de se submeterem ao plano divino da salvação mediante a fé em CRISTO (9.33; 10.3; 11.20). Inúmeros gentios, porém, aceitaram o caminho de DEUS, que é o da fé, e alcançaram a justiça mediante a fé. Obedeceram a DEUS pela fé e se tornaram “filhos do DEUS vivo” (9.25,26). Esse fato ressalta a importância da obediência mediante a fé (1.5; 16.26) no tocante à chamada e eleição da parte de DEUS.
(4) A oportunidade de salvação está perante a nação de Israel, se ela largar sua incredulidade (11.23). Semelhantemente, os crentes gentios que agora são parte da igreja de DEUS são advertidos de que também correm o mesmo risco de serem cortados da salvação (11.13-22). Eles devem sempre perseverar na fé com temor. A advertência aos crentes gentios em 11.20-23, pelo fato da falha de Israel, é tão válida hoje quanto o foi no dia em que Paulo a escreveu.
(5) As Escrituras estão repletas de promessas de uma futura restauração de Israel ao aceitarem o Messias. Tal restauração terá lugar ao findar-se a Grande Tribulação, na iminência da volta pessoal de CRISTO (ver Is 11.10-12; 24.17-23; 49.22,23; Jr 31.31-34; Ez 37.12-14; Rm 11.26; Ap 12.6).
Revista CPAD - 3º Trimestre de 1996 - Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - Lição 9 - O EVANGELHO CHEGA AOS GENTIOS - CPAD
"E em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24.47).
O assassinato de Estêvão e a intensa perseguição contra a Igreja em Jerusalém foram o tiro que saiu pela culatra, pois isso resultou em expansão do Evangelho.
ÉPOCA DO EVENTO: 34 d.C. (Filipe); 41 d.C. (Cornélio)
LOCAL: Samaria, Gaza e Cesaréia Marítima
ATOS 8.4,5,26,27; 10.1,2,44-48
Aos 8.4- Mas os que andavam dispersos iam por toda parte, anunciando a palavra. 5 - E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a CRISTO.
26 - E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 -E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração.
Atos 10.1- E havia em Cesaréia um varão por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana. 2 - Piedoso e temente a DEUS, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a DEUS.
Atos 10.44 - E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o ESPÍRITO SANTO sobre todos os que ouviam a palavra. 45 - E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os gentios. 46 - Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a DEUS. 47 - Respondeu, então, Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados estes que também receberam, como nós, o ESPÍRITO SANTO? 48 - E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então, rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias.
Conselhos didáticos:
1- Diga aos alunos que o propósito da salvação dos gentios já estava no coração de DEUS, mesmo antes da fundação do mundo. Por isso, os cristãos, que habitavam em Jerusalém, foram dispersos, por causa da perseguição, após a morte de Estêvão. Eles anunciavam o Evangelho por onde passavam e muitas pessoas aceitaram a JESUS como Salvador.
2- lnforme-lhes que o processo da salvação humana começou a partir da chamada de Abraão. Naquele momento, DEUS não pensava apenas no resgate da condenação eterna dos hebreus, descendentes do nosso pai na fé, mas em toda a humanidade. Por isso, separou o povo judeu, para, por seu intermédio, enviar o seu filho JESUS.
3- Esclareça-Ihes, então, que JESUS é o Salvador do mundo e não apenas dos judeus, como eles próprios pensavam, quando os cristãos de Jerusalém (eram todos judeus) chamaram o apóstolo Pedro, para explicar o motivo de ter entrado na casa de Cornélio, um general romano, e pregado o Evangelho, ocasião em que muitos gentios se converteram a CRISTO.
ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR
A espiritualidade é outra necessidade premente do professor da Escola Dominical. Como ele poderá ensinar a Palavra de DEUS, se não for espiritual? Por isso, precisa freqüentar às consagrações aos domingos, para reabastecer-se do poder do alto e, cheio do ESPÍRITO SANTO, ministrar bem o ensino bíblico.
COMENTÁRIO
A pregação do Evangelho é uma necessidade imperiosa e não uma alternativa. Isso por si só, justifica a necessidade de se levar essa mensagem a todos os povos. A lição de hoje mostra como o mensagem da salvação chegou aos samaritanos, africanos e aos demais gentios, na casa de Cornélio.
I. SAMARIA
1. Origem dos samaritanos. Quando Salmaneser, imperador da Assíria, sitiou Samaria, a capital de Israel, em 722 a.C., levou cativas as dez tribos do Norte (2 Rs 17.3).
Os assírios faziam permutas, deportando seus subjugados para terras estrangeiras. Levaram as dez tribos do Norte para outras regiões e trouxeram estrangeiros para povoarem a terra de Israel. Eles adotaram essa política como estratégia para desarticular os povos vencidos e, assim, neutralizar o sentimento nacionalista e eliminar a hipótese da insurreição contra a metrópole (2 Rs 17.24-31).
Os poucos filhos de Israel que ficaram na terra se misturaram com esses estrangeiros, de modo que seus filhos se tomaram mestiços (mistura de israelita e gentio). Eram os samaritanos. Essa mistura era também religiosa, pois rejeitaram as Escrituras Sagradas, aceitando apenas o Pentateuco.
As duas tribos do Sul, que também foram levadas cativas para a Babilônia, por Nabucodonosor, ao retomarem a Judá (Ed 4.1-4), não consideraram os samaritanos como seus irmãos. Por isso, recusaram sua ajuda na reconstrução do Templo, em Jerusalém. O relacionamento deles, que já não era bom, ficou pior, e tornaram-se inimigos ferrenhos.
2. "Os judeus não se comunicam com os samaritanos" (Jo 4.9). Judeus e samaritanos sempre foram extremamente hostis, pois estes últimos tinham uma forma de culto muito diferente da dos primeiros. A Bíblia Samaritana, até hoje, consiste apenas do Pentateuco.
II. FILIPE EM SAMARIA
1. Perseguição e expansão da Igreja. Com o assassinato de Estêvão, a Igreja em Jerusalém experimentou uma perseguição nunca vista (At 8.1-3). Isso foi o ponto de partida, para que o Evangelho saísse de dentro das portas de Jerusalém e alcançasse as nações dos gentios.
2. Evangelização dos samaritanos. Filipe, como Estêvão, sobressaiu-se na pregação do Evangelho. Ele era impulsionado pelo ESPÍRITO SANTO, pois, do contrário, não ousaria enfrentar as hostilidades dos samaritanos. O texto diz que o povo prestava atenção ao que ele dizia.
Agora encontramos samaritanos e gentios no contexto da evangelização: "Samaria e até os confins da terra" (At 1.8). Filipe, em Atos 8, começa o grande projeto missionário, levando avante a ordem imperativa do Mestre (Mt 28.19,20, Mc 16.16,17). Começou com os samaritanos, povo mestiço (mistura de israelita e gentio), e depois foi enviado pelo ESPÍRITO SANTO para o região de Gaza, pois o eunuco, ministro da rainha Candace, estava sedento da Palavra de DEUS.
3. Pedro e João. A chegada de Filipe a Samaria mostra que na Igreja de JESUS não há preconceito. É verdade que Filipe, pelo que se infere do nome, era judeu helenista, e como tal não era tão extremista como os da Palestina, chamados hebreus.
Isso somente não justifica a sua ida a Samaria, pois Pedro e João eram hebreus, nascidos na Palestina.
No entanto, foram até lá, para apoiarem o trabalho de Filipe. A chegada desses apóstolos àquela localidade fortaleceu o trabalho evangelístico e também os samaritanos foram batizados no ESPÍRITO SANTO (8.1417).
III- FILIPE E O EUNUCO
O encontro de Filipe com o eunuco da rainha Candace, da Etiópia, era também o prenúncio da evangelização mundial. .
1. Eunuco na Bíblia. Os eunucos eram homens de confiança, nas cortes orientais, como Potifar, no Egito (Gn 39.1); Daniel e seus companheiros, na Babilônia (Dn 1.3,4); Neemias, na Pérsia (Ne 1.11).
O vocábulo "eunuco" teve sua origem na Assíria e significa primariamente "oficial da corte", mas no hebraico apresenta um sentido secundário de "castrado" (Is 56.3), o qual estava excluído da assembléia do Senhor (Dt 23.1). . .
2. Lendo o profeta Isaías. O verbo ler, em hebraico, qará, é o mesmo para "clamar, gritar".
Os antigos tinham e hábito de ler em voz alta. Isso significa que o eunuco assim procedia e, de longe, Filipe podia ouvir a sua leitura. Ele lia o texto de Isaías 53.7,8, mas não sabia que o texto referia-se ao Messias.
À pergunta do evangelista se ele entendia o que lia, o eunuco foi sincero, respondendo que não. Mas estava interessado em saber, e pediu-lhe explicação. Filipe falou-lhe de JESUS. Ele se converteu, foi batizado nas águas, e agora levaria a mensagem do Evangelho para a sua terra.
3. A rainha da Etiópia. O eunuco era um oficial da corte, na Etiópia (At 8.27), ministro das finanças da rainha "Candace", que não era o nome dela, mas um título, como "Faraó", no Egito; "César", em Roma, etc.
4. Etiópia. Etiópia é um país africano, localizado entre Assuam, no sul do Egito, até as proximidades de Cartum, capital do Sudão. Até hoje, a igreja naquela nação acredita que esse encontro de Filipe com o eunuco foi o cumprimento do Salmo 68.31.
IV. PEDRO NA CASA DE CORNÉLIO
1. Gentios. Os gentios, goiym, em hebraico, são todos os povos, exceto os judeus.
Até a vinda de JESUS, a humanidade estava dividida em gentios: egípcios, assírios, caldeus, gregos, romanos e bárbaros; e judeus: os descendentes de Israel. JESUS derrubou esta parede de separação (Ef 2.13-18), formando um novo povo, a Igreja.
Hoje, a humanidade está dividida em três grupos: judeu, gentio e Igreja (I Co 10.32).
A salvação dos gentios estava no plano estabelecido por DEUS. Portanto, não foi uma improvisação de última hora feita por JESUS e seus apóstolos. A mensagem de Gênesis 12.3: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra" era a promessa de DEUS para salvar os povos (Gl 3.8). Isso está ainda mais claro no livro de Isaías: "As ilhas aguardarão a sua doutrina" (42.4). Ou: "E, no seu nome, os gentios esperarão", conforme a Septuaginta, citada em Mateus 12.21. Isso também é visto em Oséias 1.10; 2.23, citado por Paulo em Romanos 9.25,26.
2. Simão, o curtidor. Lucas mostra que Pedro ficou hospedado muitos dias na casa de seu xará "Simão, o curtidor" (At 9.43). Esta profissão era considerada impura pelos judeus, e até dava a permissão à mulher de pedir o divórcio ao marido, uma vez que ela não tinha esse direito na legislação judaica, exceto em casos extremos como esse. Isso mostra que Pedro já tinha uma visão muito além sobre essa questão.
3. A purificação. DEUS se revelou a Cornélio, mandando-o que chamasse a Pedro. Apesar dessa visão preliminar, este apóstolo ainda precisava ouvir mais do Senhor, pois a barreira transcultural era muito forte, para ser quebrada momentaneamente.
Por isso, a visão do lençol com toda a sorte de animais mostrava a Pedro que a mensagem do Evangelho devia ser levada aos gentios. Os judeus são escrupulosos ao extremo no kashrut (leis dietéticas judaicas observadas até hoje com relação aos alimentos considerados puros e impuros).
4. Pedro na casa de Cornélio. Pedro partiu com eles para Cesaréia, pois Cornélio já estava com seus familiares e amigos à sua espera, ávido pela Palavra de DEUS. O apóstolo anunciou a JESUS e todos os presentes receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO, enquanto a mensagem era pregada. O mesmo que aconteceu no dia de Pentecoste e em Samaria, agora estava se sucedendo na casa de um gentio, confirmando, dessa forma, a manifestação divina, bem como a sua aprovação da visita do ex-pescador a casa do centurião.
Esta passagem mostra como DEUS trata o ser humano, independemente de sua raça, posição social e nacionalidade. O Senhor busca os fiéis. O objetivo desse relato é mostrar que sempre esteve no plano divino salvar todos os homens (I Tm 2.4).
5. O batismo no ESPÍRITO SANTO. Se não fosse a descida do ESPÍRITO SANTO, na casa de Cornélio, certamente Pedro estaria em dificuldades, para se justificar diante de seus companheiros, os demais apóstolos, sua visita a um gentio, sendo seu hóspede e sentando à mesa com ele, o que não era permitido aos judeus.
Pedro contou toda a história de como o Senhor conduziu todo esse trabalho, mas parece que os apóstolos não estavam convencidos. Quando ele falou que todos os presentes na casa de Cornélio receberam o ESPÍRITO SANTO, como eles no dia de Pentecoste, não tiveram mais dúvidas de que o Evangelho era também para os gentios (At 11.15-18).
CONCLUSÃO
JESUS disse que "o campo é o mundo" (Mt 13.38); "Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). O apóstolo Paulo declara que a raça humana está condenada (Rm 3.23). Diante disso, concluímos que a evangelização não é urna alternativa, mas urna questão de vida ou morte.
O campo não é a minha cidade e nem a sua, nem o meu Estado e muito menos o seu, e nem o nosso Brasil, mas o mundo!.
ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. DEUS não faz acepção de pessoas. Por isso, ama todo o ser humano, sem se importar com a sua procedência racial: amarela, branca ou escura. O importante é que cada um reconheça a sua condição de pecador, aceite a JESUS como Salvador. e reserve, por este intermédio, a sua salvação eterna.
2. Cornélio foi o primeiro gentio a se converter a CRISTO. Enquanto Pedro, que visitou a casa deste general, por ordem divina, pregava-lhe o Evangelho, o ESPÍRITO SANTO foi derramado profusamente sobre todos os que se encontravam naquela residência. Então o apóstolo entendeu que a salvação era para todos e não só para os judeus
3. Desde aquele momento em que Cornélio, seus familiares, criados e amigos se converteram a CRISTO, o Evangelho é pregado maciçamente a todos os povos. E o resultado está patente aos nossos olhos. Milhões de gentios têm aceitado a JESUS como Salvador de suas almas, como prova de que a salvação era para eles também.
Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
Atos 10.44. A referência de Pedro , no v. 43. a todo quanto nEle crê não precisa referir-se a mais do que "Todo quanto em Israel nEle crê", mas, tendo em vista os vv. 34-35, o significado deve provavelmente ser mais lato. De qualquer forma, antes de ele ter oportunidade para dizer qualquer coisa a mais, o ESPÍRITO SANTO sobreveio àqueles que ouviram a mensagem. Visto que, noutros trechos, o dom do ESPÍRITO veio a pessoas que se arrependem e crêem (cf. 11 :17-18), a implicação é dupla: em primeiro lugar, que os gentios presentes corresponderam à mensagem mediante a fé; e, em segundo lugar, que DEUS os aceitou e selou a sua fé com o dom do ESPÍRITO. Uma vez que os gentios receberam uma oportunidade para ouvir a mensagem, corresponderam, e DEUS os recebeu. Este versículo marca o fim do particularismo religioso.
4546a. Agora, os companheiros de Pedro desempenham seu papel na história. Não se sabe se Pedro ficou surpreso com aquilo que aconteceu, mas certamente os companheiros ficaram. Uma coisa foi pregar aos gentios; outra bem diferente foi ver o sermão interrompido por sinais claros da sua conversão e do seu recebimento do dom de DEUS. Não poderia haver erro a respeito daquilo que acontecera. Assim como os primeiros crentes judeus receberam o ESPÍRITO e louvaram a DEUS em outras línguas no dia do Pentecoste, assim também agora estes gentios receberam dádiva idêntica da parte de DEUS. Não se pode dizer com certeza se o dom de línguas era o acompanhamento inevitável da vinda do ESPÍRITO; o fato de que se menciona tão infreqüente mente e de que Paulo pensa nele como dom especial não outorgado a todos os membros da igreja indicam que não era um sinal invariável da conversão. O recebimento da dádiva nesta ocasião ressaltava a conversão dos gentios de modo contrário a qualquer dúvida. (É verdade que há a possibilidade de simular o dom de línguas; mas não é tão fácil falsificar o genuíno louvor a DEUS. O contexto inteiro contraria qualquer possibilidade de engano). Os gentios, libertados da sua inferioridade religiosa, não sentiriam um calor estranho no seu coração, a ponto de expressarem as suas emoções de modo fora do comum?
46b48. Se DEUS já dera as boas-vindas aos gentios, só faltava a igreja fazer o mesmo. O batismo viera a ser o sinal externo de recebimento entre o povo de DEUS. Era o sinal da purificação do pecado, e, assim, do perdão (2:38), mas, ao mesmo tempo, era visto como acompanhamento externo e sinal de ser interiormente batizado no ESPÍRITO SANTO; este último não substituía o batismo na água. Visto que os gentios já tinham sido batizados no ESPÍRITO SANTO, seguia-se que eram elegíveis para serem batizados na água. Assim, Pedro postulou sua pergunta aos cristãos judeus que o acompanharam, como representantes da igreja. É possível que o emprego do verbo recusar (também empregado em 8:36 com referência ao eunuco etíope) reflita uma frase estereotipada empregada no batismo. Não se levantou objeção alguma, e, assim, Pedro mandou que os convertidos fossem batizados. Embora Bruce (Atos, pág. 228) pense que há referência a uma ordem aos convertidos ("Sejais batizados"'; cf. 2:38; 22:16), é talvez mais provável que a ordem fosse dirigi da aos demais cristãos presentes no sentido de realizarem o rito. Podemos comparar como Paulo, também, usualmente não realizava batismos pessoalmente, embora fosse o fundador-evangelista da igreja em Corinto (I Co I :14-17); não era necessário que o batismo fosse levado a efeito por um apóstolo. Além disto, pode-se notar que a narrativa não dá a entender que Cornélio ou seus amigos fossem circuncidados; na realidade, positivamente exclui tal coisa (cf. 11 :3). Finalmente, a nova comunhão na igreja entre os judeus e os gentios foi firmada através da permanência de Pedro com Cornélio durante alguns dias. Ao mesmo tempo, esse intervalo permitiu que notícias do ocorrido chegassem a Jerusalém antes de o próprio Pedro voltar para lá.
11 :1. A história da conversão de Cornélio seria incompleta do ponto de vista de Lucas sem o acréscimo da quarta cena, na qual se descrevem os efeitos do incidente sobre a igreja. Lucas se ocupa com os apóstolos como líderes da igreja, e com os irmãos como seus membros comuns (1:15), e fala da" igreja na Judéia (8:1; 9:31), que consistia do grupo em Jerusalém juntamente com os cristãos espalhados nas circunvizinhanças. A reação destes cristãos judaicos à resposta que os gentios deram ao evangelho seria da máxima importância para o futuro.
2-3. Foi, portanto, o "partido da circuncisão" que questionou Pedro acerca daquilo que acontecera, tão logo voltou a Jerusalém. Literalmente, a frase grega é os que eram da circuncisão, Lê, "os judeus de nascença" (NEB). Não há sugestão de que havia um "partido" distinto na igreja nesta etapa, especialmente antes de a questão da circuncisão ter surgido ao ponto de levar as pessoas a tomar partido quanto a ela. Mesmo assim, séculos de praxe judaica os levaram a criticar aquilo que, segundo os relatos, Pedro fizera, especialmente no tocante ao seu comer junto com os gentios. Embora os gentios houvessem sido convertidos, ainda existia o problema. Se os cristãos judaicos se sentiam obrigados pelas leis judaicas acerca do alimento, não poderia haver contato com cristãos gentios (nem contato com gentios não-cristãos) a não ser que os gentios fossem circuncidados e passassem eles mesmos a observar as leis judaicas acerca dos alimentos. Que este problema não era fruto da imaginação de Lucas vê-se pelo modo de o problema ainda estar vivo na ocasião do incidente relatado em Gálatas 2:11-14 (quando até mesmo Pedro voltou-se contra a sua praxe anterior). Por detrás do forte sentimento dos cristãos judaicos talvez tenha havido o medo de que, se cessassem de seguir a praxe do judaísmo, seriam atacados pelos seus compatriotas judeus, assim como aconteceu com Estêvão e seus companheiros. A situação, portanto, é perfeitamente plausível, e não há razão para compartilhar do ceticismo de Dibelius (págs. 109-121) que contesta que o problema de comer juntamente com os gentios desempenhasse qualquer papel na história original.
4-17. A reação de Pedro diante da pergunta foi contar a história inteira por ordem (para esta frase final, cf. Lc 1 :3), crendo que, depois de ela ser devidamente ouvida (ao invés dos relatórios fragmentários e possivelmente confusos que já haviam sido recebidos) forçosamente os interlocutores perceberiam que DEUS levara Pedro a esta ação. Assim, a narrativa é repetida, com poucas diferenças significantes da narrativa anterior, a não ser que é abreviada, e contada na primeira pessoa do ponto de vista de Pedro.
O relato naturalmente começa com a experiência do próprio Pedro, mais do que com aquela de Cornélio, e descreve como entrou em êxtase enquanto orava, e viu a visão do lençol que foi sendo baixado do céu, cheio de vários seres viventes (o relato aqui inclui "feras", Lê, animais selvagens, juntamente com os demais mencionados anteriormente). A narrativa da conversação entre a voz celestial e Pedro é repetida sem variação significante. Imediatamente após o sonho, três homens chegaram para convidar Pedro a ir para Cesaréia, e Pedro ouviu uma mensagem do ESPÍRITO que o mandou acompanhá-Ios sem hesitar, ou "sem fazer distinção (ver 10:17-20), i.é, sem tratá-Ios diferentemente dos judeus. Juntamente com seus seis amigos,. portanto, foi para a casa daquele homem; o homem, naturalmente, é Cornélio, e seu nome não é mencionado, pois tanto os ouvintes de Pedro (que já sabiam algo acerca da história) quanto os leitores de Lucas saberiam a quem se referia. Devemos, portanto, discordar da declaração de Hilenchen (pág. 355) de que a narrativa não faria sentido aos ouvintes de Pedro. Da mesma forma, não há motivos para ver quaisquer "auto-contradições de vulto" entre os dois relatos. Haenchen vê semelhante contradição no fato de que, no v. 11, os seis cristãos judaicos de Jope já estão na casa de Simão, o curtidor na chegada dos mensageiros de Cornélio; o detalhe é, de qualquer forma, absurdamente trivial, mas nada no capítulo 10 comprova que os homens não estavam na casa naquela ocasião. No v. 13 Cornélio relata brevemente como vira o anjo, modo de narração que, mais uma vez, visa os leitores de Lucas, e não precisa significar que Pedro falou de modo ininteligível aos seus ouvintes. É somente aqui, porém, que ficamos sabendo que a mensagem angelical prometeu a Cornélio que ouviria uma mensagem que explica como ele poderia ser salvo, juntamente com os da sua casa (v. 1;4). Este pormenor explica as declarações de Cornélio em 10:22, 33. O anjo emprega a linguagem dos pregadores cristãos primitivos quando fala em ser salvo, mas esta fraseologia já era conhecida no Antigo Testamento, e não causaria dificuldade alguma a judeus ou prosélitos. Outra dificuldade tem sido vista na declaração de Pedro de que o ESPÍRITO SANTO caiu sobre os ouvintes quando comecei a falar, ao passo que no capítulo 10 já tinha pregado por algum tempo antes de qualquer coisa acontecer. Esta dificuldade, também, é só na aparência. A razão de ser da declaração de Pedro é que não tinha terminado o que queria dizer, e a força do verbo "começar" não pode ser levada muito longe no grego hebraizado.
O comentário de Pedro ressalta que a experiência dos convertidos gentios fora a mesma que a daqueles que receberam originalmente o ESPÍRITO no principio, i.é, no dia de Pentecoste. É significativo que ele compara a experiência dos gentios com aquela do grupo no cenáculo, e não com aquela dos primeiros convertidos do judaísmo: nada há que possa sugerir uma posição de "cidadão de segunda classe" para os gentios. Além disto, Pedro vê na experiência dos gentios um cumprimento do dito de JESUS em 1:5, quando relembrou Seus discípulos de que, embora João batizara com água, eles seriam batizados com o ESPÍRITO SANTO. Duas coisas se deduziram desta lembrança. A primeira foi que quando os gentios receberam o ESPÍRITO, foram batizados no ESPÍRITO (quanto ao significado deste termo, ver 1 :5), sendo que a experiência é idêntica àquela do Pentecoste, que foi o primeiro cumprimento da profecia de JESUS. Em segundo lugar, se os gentios já foram batiza dos no ESPÍRITO, então, muito mais, eram elegíveis para serem batiza dos com água. Esta dedução talvez não pareça imediatamente óbvia, sendo que a declaração no v. 16 (cf. 1 :5) parece fazer um contraste entre o batismo com água e o batismo no ESPÍRITO; mas é provável que a expressão queira dizer: "João batizava (meramente) com água, mas vós sereis batizados (não somente com água mas também) com o ESPÍRITO SANTO".122 A igreja, que batizava com água, era, portanto, compelida a batizar os gentios que creram; doutra forma, serviria como empecilho para a vontade de DEUS ser cumprida. Emerge, incidentalmente, desta declaração que Pedro toma por certo que o ESPÍRITO é dado aqueles que crêem no Senhor JESUS CRISTO; o batismo com água é dado como resposta à confissão da fé e, embora o derramamento do ESPÍRITO fosse a evidência de que estava presente a fé, é provável que o batismo dos gentios incluísse a sua confissão de fé.
18. O argumento de Pedro comprovou-se convincente. Não somente foi silenciada a crítica que se iniciara, como também os ouvintes expressavam louvor a DEUS por que concedera aos gentios, e não somente aos judeus, a oportunidade de se arrependerem dos seus pecados e, assim, de obterem a vida eterna (5 :20; 13:46, 48). Esta oportunidade foi forneci da na pregação do evangelho.
O argumento de Pedro implicitamente asseverava que os gentios eram membros de pleno direito da igreja e, portanto, que a circuncisão e a guarda da lei eram desnecessárias para a salvação. Incluía, outrossim, a implicação mais lata de que a distinção judaica entre comidas e pessoas puras e impuras era obsoleta. Esta idéia, porém, seria como um abalo do mundo para os judeus, e não seria aceita sem muita perscrutação do coração e controvérsia. Lucas não aborda imediatamente este tema, e não sabemos até que ponto foram imediatamente percebidas as plenas implicações da ação de Pedro. Conforme demonstrará a seção seguinte de Atos, a iniciativa na missão aos gentios passou para a Antioquia, e não fica claro até que ponto a igreja em Jerusalém estava disposta a seguir nos passos de Pedro. Não devemos entender v. 18 no sentido de subentender que a igreja em Jerusalém imediatamente entrou zelosamente numa missão aos gentios; na realidade, parece nunca ter feito assim e, como resultado, perdeu sua importância no decorrer do tempo.
Espada Cortante 2 - Orlando S. Boyer - CPAD - Rio de Janeiro - RJ
O ESPÍRITO SANTO na conversão - a casa de Cornélio
O apóstolo Pedro, ao pregar o Evangelho à casa de Cornélio, fez um grande e revolucionário passo na obra de DEUS. Havia gentios na Igreja antes disso, mas entraram pela porta do judaísmo. Isso é, eram gentios convertidos ao judaísmo antes de aceitarem a CRISTO. DEUS, para conservar Seu povo santo, mandou que Seus filhos se guardassem separados das nações. Mas nunca desejava que Israel se mostrasse orgulhoso, odiando os povos de outras nações. Quando o Senhor chamou a Abraão, o primeiro hebreu, chamou-o para que fosse uma bênção a todas as nações, Gn 12.1-3. Isso se vê claramente, tanto na história de Rute, como na de Jonas. E CRISTO ordenara que Seus discípulos pregassem o Evangelho a "todas as nações" (Mt 28.19), "a toda a criatura" (Mc 16.15), "até aos confins da terra" (Atos 1.8). Mas foi um profundo "mistério", uma grande surpresa, mesmo aos próprios apóstolos, "que os gentios são co-herdeiros, e do mesmo corpo, e participantes da promessa em CRISTO pelo Evangelho", Ef 3.3,6.
Cesaréia (v.l): Era a capital romana da Palestina, onde residia o governador com o grosso das tropas italianas.
Centurião (v. 1 ): Comandante de cem homens, na milícia romana. Cornélio em caráter, era muito parecido a um outro centurião, mencionado em Lc 7.4,5. Observem-se as cinco virtudes gloriosas da vida de Cornélio:
1) Piedoso (v.2): "Cheio de religião" (Versão Figueiredo), porém somente um prosélito do judaísmo, no qual não achou o que sua alma anelava. Ou, é provável, que Cornélio estava a ponto de se submeter às formalidades necessárias para ser aceito como prosélito ao judaísmo. Assim procurava de DEUS direção e sabedoria para alcançar verdadeira certeza e paz na alma.
2) Temente a DEUS com toda a sua casa (v.2): Cornélio tinha a coragem de servir a DEUS em um ambiente muito difícil. Era sincero e fervoroso até o ponto de todos os membros de sua família, e mesmo seus servos e amigos, seguiram no mesmo caminho. (Vede vv.7 e 24).
3) Fazia muitas esmolas (v.2): Não era tão religioso que se esquecia do próximo, nem como muitos que se enganam, confiando em boas obras para salvar-se. Não fazia esmolas movido por uma superstição de que assim seria feliz, mas porque temia a DEUS.
4) De contínuo orava a DEUS (v.2): O que pedia em oração? (Vede Atos 11.14).
Deve ser que desejava a certeza de salvação. Queria o que a sinagoga não podia dar.
Há grande número de exemplos nas Escrituras dos três juntos: (a) grande peso ou anelo de espírito, (b) oração e (c) visão.(Vede um exemplo desses três juntos em Dn 9.1-22).
5) Tem bom testemunho de toda a nação dos judeus (v.22): Apesar da inimizade entre os judeus e os romanos, estes dominando e oprimindo aquele, Cornélio tinha o favor dos judeus. Ele não era apenas um grande homem, era também, um bom homem. Os dois característicos raramente vão juntos. Mas os dois juntos aumentam mutuamente a glória um do outro; a bondade dá uma glória à grandeza, a grandezas aumenta a esfera do serviço da bondade.
É surpreendente notar o caráter do eunuco, de Saulo de Tarso e de Cornélio. Apesar de serem piedosos e fervorosos na sua religião, careciam da salvação que se encontra somente em CRISTO. A igreja nunca deve aceitar, como membros, os que não renasceram, apesar de viverem irrepreensivelmente, "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de DEUS",João 3.3. (Compare Atos 11.14 e 10.36-43) .
Viu claramente em visão (v.3): A visão de Cornélio não era um sonho (compare 1 Reis 3.5-15), nem um êxtase (v.10), mas o que viu com os próprios olhos, quando bem acordado. Reconheceu pelo aspecto do visitante que não era um ser humano, mas um mensageiro enviado do céu.
DEUS revela as coisas mais gloriosas aos que perseveram em oração. Aos humildes que buscam o Senhor de coração, Ele abre os tesouros da Sua graça.
As tuas orações e as tuas esmolas... (v.4): Os que oram sinceramente, dão esmolas. "Dai antes esmolas do que tiverdes e eis que tudo vos será limpo", Lc 11.41. (Vede 1s 58.6,7).
Têm subido para memória, diante de DEUS (v.4): Cornélio orava e dava esmolas, não como os fariseus, para ser visto dos homens, e o anjo lhe informou que essas orações e esmolas tinham subido para memória, diante de DEUS. (Compare Ap 5.8; 8.3,4).
Manda chamar a Simão... Pedro (v.5): O anjo diante de Cornélio não lhe informou o que devia fazer. Foi necessário mandar chamar um homem, pois a obra de anunciar o Evangelho foi dada, não aos anjos, mas aos redimidos.
Havia outros pregadores perto (cap. 8.40), mas Cornélio devia mandar buscar a Pedro porque foi a esse que DEUS entregara as chaves e designara que fosse ele que abrisse a porta aos gentios, como o fizera aos judeus no Pentecostes. (Compare Mt 16.19 e Atos 2.14).
CORNÉLIO MANDA CHAMAR PEDRO, 10.7,8.
10.7 "E, retirando-se o anjo que lhe falava, chamou dois dos seus criados e a um piedoso soldado dos que estavam ao seu serviço.
8 "E, havendo-lhes contado tudo, os enviou a Jope.
Grande foi a prova; este centurião devia mandar chamar um judeu desconhecido, talvez sem instrução, mas por certo um homem sem distinção nem recursos, porque se achava hospedado em casa de um curtidor! Cornélio, porém, não vacilou; apesar de já ir muito tarde o dia (v.3), enviou imediatamente os três mensageiros, sem fazer questão. É imprescindível agir sem vacilar em tudo que pertença a nossa alma.
Subiu Pedro (l() terraço para orar (v.9): Pedro não apenas proclamava a Palavra, instando, houvesse ou deixasse de haver oportunidade, esforçava-se, também, em oração. Subiu ao eirado, onde, talvez, escondido atrás do parapeito da casa, podia orar a sós. Foi "enquanto lhe preparavam" algo para comer, v.10. Os que conhecem a delícia de ficar na presença de DEUS em oração, nunca se sentem aborrecidos por falta de um passatempo terrestre. Pedro orava "à hora sexta" (v.9), isto é, ao meio dia, indicando que seguia o exemplo de Davi, que clamava a DEUS "de tarde, e de manhã e ao meio dia", SI 55.17. Se é demais passar o tempo sem comer ao meio dia, quanto mais sem renovar a nossa alma ao meio dia. Enquanto se preparava o almoço, Pedro orava. Queria saber, talvez, onde devia ir anunciar CRISTO.
Cornélio e Pedro estavam separados um do outro em posição social, ofício, em nacionalidade e por distância. Ambos, porém, oravam e o resultado das suas orações foi um avivamento espiritual que demoliu todas as barreiras entre os judeus e os gentios. Por meio de orações penitentes e sinceras desaparecem as divisões que perturbam a humanidade. Quanto mais perto de DEUS, tanto mais perto chegamos uns dos outros.
Sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos (v. 10) : Compare o êxtase de Pedro, nesta ocasião, ao arrebatamento de Paulo (2 Co 12.2,3), ao profundo sono, no horror de grandes trevas, que caiu sobre Abraão (Gn 15.12), ao êxtase de Paulo quando orava no templo (Atos 22.17), e à experiência de João quando se achava no ESPÍRITO, Ap 4.2.
Um vaso, como se fosse um grande lençol (v. 11 ): Era símbolo do mundo.
De quatro pontas (v. lI): DEUS quer ajuntar o Seu povo dos quatro cantos da terra. Todos animais (v.12): Todos os povos do mundo, os cultos e os incultos, os bons e os maus...
Não faças tu comum ao que DEUS purificou (v.15): Aquele que fez a lei podia anulá-Ia, quando e como quisesse. O que Pedro aprendeu da visão: 1) Que chegara a época para os gentios entrarem na Igreja, vv.17-20. 2) Que começara uma nova dispensação na qual DEUS não reconhece diferença entre os judeus e gentios, v.28. 3) Que era o vontade de DEUS que os crentes judaicos entrassem nas casas dos gentios para ter comunhão com eles e comer, v.27; capo 11.2,3,4. Que a lei do Velho Testamento, acerca dos alimentos, foi abolida, mesmo como todas as outras leis que levantassem barreira entre os judeus e gentios. Ef 2.13-16; Atos 15.1,10,11,20,28,29.
Quando deixamos de julgar qualquer homem impuro ou imundo (v.28), então reconhecemos que CRISTO morreu por todos os homens, e assim fica completamente transformada a nossa concepção dos povos mais desprezados (por exemplo, os selvagens) e a nossa relação para com eles.
Por três vezes (v.16): Como o sonho de Faraó foi duplicado, assim a visão do grande lençol cheio de toda espécie de animais foi triplicada a Pedro, "porque esta coisa é determinada de DEUS", Gn 41.32.
PEDRO RECEBE OS MENSAGEIROS DE CORNÉLIO, 10.17-22.
Pensando Pedro naquela visão (v.18): Os que anelam saber a vontade de DEUS têm de meditar no que Ele diz. Se quisermos compreender as Escrituras, devemos meditar nelas de dia e de noite.
Levanta-te... (v.20): Os que anelam saber a vontade de DEUS não devem continuar para sempre com os olhos fitos nas Escrituras, nem para sempre orando. DEUS nos diz, como disse à beira do mar Vermelho: "Por que clamas a mim? dize aos filhos de Israel que marchem", Êx 14.15.
Foram com ele alguns irmãos de Jope (v.23): O grupo que viajou de Jope à casa de Cornélio, em Cesaréia, consistia de dez homens: os três enviados de Jope (v.7), os seis que Pedro levou consigo (cap. 11.12), e o próprio apóstolo Pedro. Vê-se nisso o cuidado, a admiração e a perplexidade de Pedro no maravilhoso passo de levar a Mensagem aos gentios.
Tendo já convidado os seus parentes (v.24): Convém-nos seguir o exemplo de Cornélio. Pedro ao chegar a Cesaréia, encontrou um bom auditório de almas sedentas e famintas para ouvirem a Mensagem de Salvação pela primeira vez.
Não é lícito a um varão judeu a juntar-se ou chegar-se a um estrangeiro (v.28): Lembremo-nos sempre de que isso não foi a lei de DEUS mas o decreto dos que dominavam o povo de DEUS. Estes não proibiam que conversassem com os gentios, nem de negociar com eles nas praças, mas somente que não comessem com eles, nem entrassem nas casas deles.
Este vibrante sermão é resumido para nós em pouco mais de duzentas palavras. O tema, como no primeiro discurso de Pedro (cap. 2.14-41) é a salvação pe. O sermão inclui o batismo de João, a obra de JESUS de Nazaré, libertando os oprimidos do diabo, a Sua morte na cruz, Sua ressurreição com incontestáveis provas, Sua vinda novamente como juiz dos vivos e dos mortos, Sua oferta de salvação a todos os que crêem. Ao discurso não falta coisa alguma; tudo está completo e ardendo com o amor de CRISTO.
DEUS ungiu a JESUS de Nazaré com o ESPÍRITO SANTO (v.38): Compare Mt 3.16. 1) Ungiu refere-se ao costume divino, do Velho Testamento, de ungir líderes chamados por DEUS, com óleo, como símbolo de autoridade necessária para o seu ministério. O óleo é símbolo de fertilidade, utilidade, vida perenal e de formosura. Igualmente o crente ungido com o ESPÍRITO tem tudo isso. 2) DEUS ungiu a JESUS... com virtude (v.38): Não somente falava do poder, também o manifestava. De vez em quando um pregador dá lugar para o ESPÍRITO SANTO fazer o que os outros só falam de deixá-Lo fazer, e há logo um verdadeiro avivamento. 3) Foi ungido para servir: Andou fazendo bem (v.38): Era o servo de Jeová, Is 42.1; 52.13; 53.11; compare Lc 22.27. Quando pediram ao general Booth, do Exército da Salvação, uma saudação para o mundo inteiro, respondeu com uma só palavra: "Outros", isto é, o próximo. 4) Foi ungido para destruir as obras de Satanás: Curando a todos... (v.38): Nota-se o
contraste entre CRISTO e Satanás: O diabo anda em redor... como leão rugindo, buscando a quem possa devorar, 1 Pe 5.8. JESUS durante os três anos e meio do Seu ministério andou por toda a parte desfazendo as obras de Satanás, Lc 13.16; Hb 2.14,15; l João 3.8; Lc 4.18.
Dizendo Pedro ainda estas palavras (v.44): O ESPÍRITO SANTO desceu sobre todos antes de o pregador conseguir fazer o apelo. Todo o que nEle crê, recebe remissão de pecados; os ouvintes sentiam grande fome e creram com todo o coração, alma e força, Rm 10.17. O resultado foi que o coração foi purificado pela fé (Atos 15.8,9) e foram batizados no ESPÍRITO SANTO.
Porque os ouviam.falar línguas, e magnificar a DEUS (v.46): A lei exigia só "duas ou três testemunhas" (2 Co 13.1), mas Pedro, para entrar em casa de gentio para pregar, levou consigo seis! (Vede capo 11.12). Note-se bem o que foi que tirou toda a dúvida destes judeus endurecidos: "Porque ouviam falar outras línguas e magnificar a DEUS." A palavra "porque" nesta passagem mostra que na Igreja Primitiva, o falar em línguas era prova do batismo no ESPÍRITO.
Pode alguém porventura recusar.. (v.48): Vê-se nisto a importância do batismo nas águas. Até pessoas já batizadas no ESPÍRITO SANTO deviam obedecer à ordenança do batismo nas águas.
INTERAÇÃO
DEUS seja louvado pela sua iniciativa em prover, quer da perspectiva passada, presente ou futura, graciosamente a salvação. DEUS tem de ser louvado, porque nEle surge uma nova comunidade que essencialmente derruba a antiga barreira racial existente entre judeus e gentios. Esse acontecimento ocorre no contexto cuja vontade soberana de DEUS é exercida. Busquemos em DEUS, no exemplo de seu Filho JESUS CRISTO e na força do ESPÍRITO SANTO, uma vida autenticamente cristã onde não haja barreira para os relacionamentos com os irmãos em CRISTO, que são "a Igreja de DEUS". Uma excelente e abençoada aula!
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer a origem dos gentios no Antigo Testamento.
Aplicar a missão e a salvação entre os gentios nos Evangelhos e nos Atos dos apóstolos.
Conscientizar-se que judeus e gentios formam a Igreja mediante a cruz..
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos que você utilize o quadro abaixo ao introduzir o terceiro tópico. Procure abordar a divisão da humanidade entre judeus e gentios antes do evento vicário de JESUS. Destaque que após o acontecimento do sacrifício de CRISTO JESUS, a barreira entre judeus e gentios, foi demolida. Conclua explicando que a constituição natural da Igreja prevê a reunião de judeus e gentios. Boa aula!
OS JUDEUS E OS GENTIOS ANTES E DEPOIS DA CRUZ DE CRISTO
ANTES DEPOIS
A Humanidade, para os judeus, dividia-se em duas raças: os judeus, e todo o resto da humanidade, os gentios;
Os gentios estavam separados de todos os privilégios concedidos aos judeus por DEUS (Ef. 2.11-13);
A antiga religião judaica representava uma grande barreira aos gentios. A Humanidade passa ser dividida em três povos: Judeus, Gentios e Igreja (Judeus e Gentios - 1 Co 10.32);
Em CRISTO,judeus e gentios estão "perto", não há parede;
A antiga religião judaica não representa mais barreira aos gentios.
RESUMO DA LIÇÃO 10- O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
INTRODUÇÃO
DEUS não faz acepção de pessoas (At 10.34).
I. OS GENTIOS NO ANTIGO TESTAMENTO
A DEUS não restou outra alternativa senão destruir a primeira civilização através de um dilúvio universal (Gn 6 - 9).
1. Um novo começo com Noé.
2. A exclusividade dos descendentes de Abraão (Gn 15.5.6).
II. OS GENTIOS EM O NOVO TESTAMENTO
1. Nos Evangelhos.
2. Nos Atos dos Apóstolos.
3. Missão e Salvação entre os Gentios.
III- JUDEUS E GENTIOS UNIDOS POR DEUS MEDIANTE A CRUZ
1. A Igreja de DEUS.
2. Expansão da igreja entre os gentios.
CONCLUSÃO
A evangelização dos povos é o maior desafio da igreja moderna. A responsabilidade é nossa.
SINOPSE DO TÓPICO (1) A partir da eleição de Abraão, e sua descendência, as demais nações passaram a chamar-se gôyim-gentios.
SINOPSE DO TÓPICO (2) O Novo Testamento, através dos Evangelhos e dos Atos dos Apostellos, realça o amor de DEUS, não somente por Israel, mas por todos os povos
SINOPSE DO TÓPICO (3) Mediante a cruz, judeus e gentios foram feitos um, dando assim origem à Igreja.
VOCABULÁRIO
Cataclismo: Grande Inundação; dilúvio.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD, no 45, p. 41.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliográfico "Israel e a Igreja
Nos capítulos iniciais de Atos dos Apóstolos, a recepção judaica à mensagem do evangelho foi poderosa e inquietou os líderes judaicos. Mas, depois, iniciou-se a reação e a perseguição judaicas para que a Igreja se dispersasse. Em alguns locais, a mensagem foi tirada da sinagoga e oferecida diretamente aos gentios que responderam de forma favorável (At 13.46; 18.6; 28.28). Esse padrão híbrido de recepção judaica, perseguição e busca dos gentios foi comum, em especial, no ministério de Paulo. Os após tolos iniciaram na sinagoga, pois criam que a mensagem de CRISTO era também para os de Israel. As igrejas locais desenvolveram-se por necessidade de sobreviver em face da rejeição. Essas realidades fizeram com que Lucas, em Atos dos Apóstolos, falasse de forma reiterada sobre os mensageiros da Igreja 'se voltarem para os gentios' e 'advertirem Israel'. Esses temas, com freqüência, aparecem lado a lado e dominam o último terço do livro de Atos dos Apóstolos. Eles mostram que a Igreja não era Israel e que essa distinção tornou-se uma realidade do ponto de vista histórico" (ZUCK, Roy B. et aI. Teologia do Novo Testamento. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp.160-61).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
"A inclusão dos Gentios na Única e Nova Humanidade em CRISTO (Ef 2.13-18)
Paulo continua a descrever como a obra da redenção torna as pessoas um só povo em CRISTO. O verso 1 3 começa com duas frases importantes: r 'Mas, agora' que aparece em contraste com 'antes' (v. I I) e 'naquele tempo' (v.12); e 'em CRISTO JESUS', que aparece em contraste com 'sem CRISTO' (v. 1 2). Essas duas expressões enfatizam como a situação dos gentios seria drasticamente modificada, de estarem 'Ionge para chegarem 'perto'. Essa nova aproximação de DEUS é tanto 'em CRISTO JESUS' como 'pelo sangue de CRISTO'. Essa última se refere ao evento histórico da morte de JESUS na cruz; e a primeira está relacionada à conversão dos Infiéis e sua presente união com CRISTO. Os cinco versos seguintes explicam o que foi alcançado pela morte redentora de CRISTO na cruz.
Os versos 14-18 revelam o âmago da mensagem de reconciliação de Paulo, e como DEUS deu início ao seu eterno plano de reconciliação cósmica (embora não universal) (1.1 O). A palavra principal nessa passagem é paz, e ela aparece quatro vezes (w.14, 15, e duas vezes no verso 17).
O verso 14 começa com uma declaração enfática: 'Porque ele [CRISTO] é a nossa paz'. CRISTO, e somente CRISTO, nos deu a solução para esse problema que infesta a raça humana, isto é, a separação de DEUS e de outras pessoas. Ele é a Reconciliação do povo com DEUS e a Reconciliação das pessoas, umas com as outras. Assim, o evangelho torna.se uma mensagem de reconciliação (2 Co 5.17-21). Por causa de seu sangue redentor (2.14), nesse ponto de Efésios Paulo anuncia, em dois sentidos, o próprio CRISTO JESUS como sendo a 'nossa paz':
1) Como pecadores, Ele nos reconcilia com DEUS pela cruz (v. 16) e
2) Reconcilia grupos mutuamente hostis entre si (tais como judeus e gentios) e de ambos os povos faz um' (v. 14b; também w.15, 16, 17 e 18).
A reconciliação é o tema central desta passagem. Nada, a não ser o evangelho, poderá nos oferecer, genuinamente, a paz com DEUS (Rm 5.1), 'e nada, a não ser o evangelho, poderá remover as barreiras que dividem a humanidade em grupos hostis em sua própria época' (Bruce, 1961, 54). A paz entre judeus e gentios exigia a destruição da 'parede de separação que estava no meio' (v. 14c). Nenhuma distinção por cor, conflito étnico, separação por classes ou divisão política era mais absoluta que a barreira entre judeus e gentios no primeiro século d.C. Bruce acrescenta: 'O maior triunfo do evangelho na era apostólica foi que ele venceu essa antiga e longa desavença e permitiu que judeus e gentios se tornassem verdadeiramente um único povo em CRISTO'" (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.1219-20).
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 10- O EVANGELHO PROPAGA-SE ENTRE OS GENTIOS
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 1º TRIMESTRE DE 2011
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E os fiéis que eram da _______________________, todos quantos tinham vindo com ______________________, maravilharam-se de que o dom do ESPÍRITO SANTO se derramasse também sobre os __________________________" (At 10.45).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
DEUS não faz ________________________ de pessoas, de nações ou de raças. É da vontade do Senhor que o _______________________ de JESUS CRISTO seu Filho, seja ______________________________ a todos os povos.
INTRODUÇÃO
3- Qual a mensagem proclamada pelos apóstolos de Nosso Senhor aos gentios?
( ) Ele ama a todos indistintamente e deseja a salvação de toda a humanidade, através de JESUS CRISTO.
( ) Criador de tudo quanto existe, a todos preserva pela sua bondade e justiça.
( ) DEUS não faz acepção de pessoas.
( ) A principal mensagem pregada pelos apóstolos, aos gentios, era a guarda da lei e dos dias santos.
( ) No Filho, todos somos amados pelo Pai, sem quaisquer distinções.
I. OS GENTIOS NO ANTIGO TESTAMENTO
4- Por que DEUS destruiu a primeira civilização através de um dilúvio universal (Gn 6 - 9)?
( ) Toda a humanidade descende de um único casal a quem DEUS formara segundo a sua imagem e semelhança.
( ) Embora criado santo, justo e bom para a glória do Senhor, o homem desobedeceu-lhe as ordens e veio a conhecer experimentalmente o pecado.
( ) DEUS queria perdoar todos os homens, então salvou-os pelas águas do dilúvio.
( ) Com a sua apostasia, fez com que a maldade tomasse conta do mundo.
5- Através de quem vieram a formarem-se as nações com as suas respectivas geografias (Gn 10 - 11)?
( ) Apenas Noé e a sua família salvaram-se daquele cataclismo.
( ) Por intermédio dos filhos do piedoso e santo patriarca: Jafé, Crow e Sem.
( ) Por intermédio dos filhos do piedoso e santo patriarca: Jafé, Cam e Sem.
6- Infelizmente, a humanidade porfiou em desobedecer a DEUS (Gn 11 .1-9). Qual a providência de DEUS para essa nova situação?
( ) Em meio a essa desolação espiritual e moral, DEUS santifica um descendente de Sem, Abraão, para que dele uma nova nação fosse formada.
( ) Em Abraão, fomos todos abençoados.
( ) DEUS chama também os descendentes de Jafé para com eles estabelecer uma aliança perpétua de salvação.
7- Qual a exclusividade dos descendentes de Abraão (Gn 15.5.6)?
( ) Ao chamar Abraão, o Senhor dá início à história de Israel.
( ) A aliança é somente deles e para eles, portanto eles são detentores de todas as melhores promessas.
( ) Seu propósito à nação judaica era torná-la uma propriedade peculiar, um reino sacerdotal e um povo santo.
( ) Ele constituiu nação judaica para que esta lhe fosse uma possessão distinta e particular, a fim de que, por seu intermédio, alcançasse os gentios.
( ) A partir de então, todas as demais etnias passaram a ser conhecidas como gõyim-gentios.
II. OS GENTIOS EM O NOVO TESTAMENTO
8- O Novo Testamento faz questão de realçar o amor de DEUS não somente por Israel, mas por todos os povos. Qual o texto mais famoso e decorado por todos, que comprova isso? Qual deveria ser a responsabilidade de Israel na salvação dos demais povos?
( ) 1 Tm 2.5 deixa isso bem claro.
( ) João 3.16 deixa isso bem claro.
( ) Não resta dúvida: a salvação vem dos judeus, mas não se restringe aos judeus, mas através dos judeus deve alcançar a todos os não-judeus.
9- Nos evangelhos há várias referências aos gentios (Mt 6.7,32; Mc 10.33; Lc 12.30; 18.32). Como são essas referências? Complete:
Descritos às vezes com certa reserva (Mt 20.19; Mc 10.33), são eles vistos como a grande ___________________ a ser alcançada pelos apóstolos que, no cumprimento da Grande Comissão, deixariam Jerusalém e a Judéia para evangelizar e ensinar todas as ____________________ (Mt 28.18-20). Aliás, Isaías já destacava a missão do CRISTO entre os gentios (Is 42.1-4). Durante o seu ministério terreno, o Senhor JESUS ______________________ alguns destes como a mulher ________________________ (Mt 15.21-28) e o __________________________ (Lc 7.1-10).
10- Onde é relatada a salvação dos gentios, nos Atos dos Apóstolos? Complete:
Embora Atos 1.8 estabeleça a obrigatoriedade da missão entre os gentios, somente no capítulo 9, e versículo 15, após a conversão de ________________________, é que se declara aberta e enfaticamente a evangelização das nações (ver At 13.44-47). A resistência inicial dos apóstolos em discipulá-Ios (At 10.9-16) é vencida quando ________________________, sua família e demais assistentes, recebem o batismo com o ESPÍRITO SANTO (At 1 0.44-48). O fato trouxe perplexidade no colégio _______________________ (At 11.1-3,18), mas após a apologia de _________________________ (At 11.4-1 7 ver 15.7-11), a Igreja glorificou a DEUS pelo fato de os gentios serem também objeto do amor de DEUS (At 10.45).
11- A Missão e Salvação entre os Gentios foi iniciada por quem e por quem foi continuada? Complete:
Se ___________________________, com o evangelho da circuncisão, é proeminente nos capítulos de 1 a 12 de Atos, nos capítulos de 13 a 28, destaca-se ________________________ com o evangelho da incircuncisão (GI 1.7). O primeiro diz respeito aos judeus, o segundo,gentios (At 13.44-47). Trata-se, porém, de um só evangelho - o evangelho de Nosso Senhor JESUS CRISTO. ________________________ estava consciente de que fora chamado por DEUS para anunciar o evangelho aos gentios (At 9.15), sem os entraves da lei (At 15.19,28,29; Rm 4.9-16). Em suas viagens missionárias, não foram poucos os gentios que se converteram ao Senhor (At 11 .1 ,1 8) e de bom grado ouviram a exposição da graça divina (At 13.42).
III- JUDEUS E GENTIOS UNIDOS POR DEUS MEDIANTE A CRUZ
12- Ao defender a difusão do Evangelho entre as nações, afirmou Pedro: "[...] DEUS visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome" (At 15.14). Quem é esse povo?
( ) Esse povo é formado por judeus convertidos ao judaísmo e ao cristianismo posteriormente.
( ) Esse povo é a Igreja formada por judeus e gentios em CRISTO.
( ) De ambos, fez Ele um só povo, derribando a parede de separação que estava no meio, e, pela cruz, reconciliou ambos com DEUS em um corpo.
( ) Dessa maneira, o ESPÍRITO SANTO revela a Paulo que os gentios não são mais estrangeiros (gôyim) e nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos, da família de DEUS, co-herdeiros e participantes da promessa em CRISTO pelo evangelho.
13- Como foi a expansão da igreja entre os gentios?
Através de suas _______________________ missionárias, ___________________________ propagou o evangelho entre os povos e culturas conhecidos naqueles dias (Rm 15.19,20). Em várias regiões, estabeleceu ele _______________________ constituídas notadamente por _________________________ (Rm 16.4).
CONCLUSÃO
14- Complete:
A evangelização dos povos é o maior desafio da __________________________ moderna. A responsabilidade é nossa. O Senhor confiou-nos a Grande __________________________ para que, sem remissões, alcancemos os confins da terra. Ele deseja que todos os ___________________________ sejam salvos.
15- Você sabia que muitos povos ainda não ouviram falar de JESUS? Como responderá você a esse grande desafio? Se o Senhor o chama à Obra Missionária, como você deve responder prontamente?
( ) Estou contribuindo financeiramente.
( ) Estou orando pelos missionários.
( ) "Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim".
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AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
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Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
Espada Cortante 2 - Orlando S. Boyer - CPAD - Rio de Janeiro - RJ
Revista CPAD - 3º Trimestre de 1996 - Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - Lição 9 - O EVANGELHO CHEGA AOS GENTIOS - CPAD
http://www.ebdonline.com.br/cursos/atos4.htm
25 fevereiro 2011
LIÇÃO 9, A CONVERSÃO DE PAULO
LIÇÃO 9 - A CONVERSÃO DE PAULO
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2011 - CPAD - Jovens e Adultos
ATOS DOS APÓSTOLOS - Até aos confins da terra
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
TEXTO ÁUREO
"Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome" (At 9.1 5,16).
VERDADE PRÁTICA
Na urgência da evangelização mundial, o Senhor JESUS continua a convocar e a capacitar vasos escolhidos para a sua seara.
LEITURA DIÁRIA
At 22.3- Paulo, o judeu de Tarso
At 26.4-5- Paulo, o fariseu de Jerusalém
At 8.3- Paulo, o perseguidor dos cristãos
At 9.1-18- A conversão de Paulo
At 9.20-22- Paulo, o ardoroso pregador
At 13.2- A vocação de Paulo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 9.1-9
1- E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote 2- e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. 3- E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. 4- E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 5- E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou JESUS, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. 6- E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer. 7- E os varões, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. 8- E Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco. 9- E esteve três dias sem ver, e não comeu, nem bebeu.
9.3-19 A CONVERSÃO DE PAULO (BEP). Os versículos 3-9 registram a conversão de Paulo fora da cidade de Damasco (cf. 22.3-16; 26.9-18). Que sua conversão ocorreu nessa ocasião, e não posteriormente na casa de Judas (v. 11), fica claro à luz do seguinte:
(1) Ele obedece às ordens de CRISTO (v. 6; 22.10; 26.15-19), compromete-se a ser um ministro e testemunha do evangelho (26.16) e um missionário aos gentios (26.17-19) e entrega-se à oração (v. 11).
(2) Paulo é chamado Irmão Saulo por Ananias (v. 17). Ananias percebe que Paulo é um crente que experimentou o novo nascimento (ver Jo 3.3-6), que se dedicou a CRISTO, para fazer a sua vontade e que apenas necessita ser batizado, receber a restauração da sua vista e ser cheio do ESPÍRITO SANTO (vv. 17,18; ver 9.17).
INTERAÇÃO
As autoridades religiosas de Jerusalém outorgaram a Saulo cartas que lhe garantiam o direito de prender os cristãos. Todavia, no caminho de Damasco, Saulo teve um encontro memorável com JESUS. Este encontro mudou radicalmente sua vida. Diante do Rei dos reis, Saulo, o perseguidor de cristãos, se prostra. Um dia, todos terão que se curvar diante de JESUS. As convicções religiosas de Saulo também são lançadas ao chão naquele momento. Embora cego, Saulo sai daquele encontro transformado e "enxergando" a realidade! Esse novo homem ficou três dias sem comer ou beber nada, certamente pensando em tudo que lhe aconteceu (os judeus tinham o costume de jejuar para saber a vontade de Deus). Mais tarde Paulo aprendeu o que é padecer pelo Senhor. Por intermédio desse "vaso escolhido" a igreja tornou-se basicamente gentia.
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer a respeito da formação cultural de Paulo.
Explicar como se deu o encontro de Saulo com JESUS.
Compreender os propósitos da vocação de Paulo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza a tabela da página abaixo no quadro-de-giz. Utilize-o para introduzir o primeiro tópico da lição. Enfatize o fato de que Paulo era um homem extremamente religioso, conhecedor da Lei, porém, sedento espiritualmente. A religiosidade não implica em relacionamento com DEUS. Todavia, Paulo teve um encontro com CRISTO, confessou seus pecados, entregou-se inteiramente a JESUS e passou a ter uma nova vida, que implica em um relacionamento íntimo e pessoal com JESUS, o Filho de DEUS.
COMENTÁRIOS
Revista CPAD - 3º Trimestre de 1996 - Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - Lição 10 - Saulo, um vaso escolhido- CPAD
"Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel" (At 9.15).
A conversão de Saulo foi o maior acontecimento da história da Igreja, depois do Pentecoste.
I. Esclareça aos alunos que a perseguição atua enquanto DEUS permite, sempre com o sublime propósito de atrair os cristãos à santidade. No momento em que o Todo-poderoso acha conveniente suspendê-Ia, ela cessa e vem o tempo de refrigério para a Igreja. Na atualidade, nós, brasileiros, gozamos da total liberdade de se pregar o Evangelho.
2. Diga-lhes que Saulo, antes de ser transformado pelo poder de DEUS, por causa de seu zelo religioso, pois pertencia ao farisaísmo, a principal seita dentro do Judaísmo, tomou-se um dos principais perseguidores dos cristãos. Mas, naquele encontro que teve com o Filho de DEUS, converteu-se ao Evangelho e tomou-se o grande apóstolo dos gentios.
3. lnforme-lhes que o apóstolo Paulo já havia sido escolhido por DEUS desde o ventre de sua mãe. No entanto, JESUS esperou o tempo certo, depois que ele perseguiu tanto os cristãos, para mostrar-Ihe o seu poder e o quanto era necessário padecer pelo seu nome. Transformado, tomou-se missionário entre os gentios.
ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR
A experiência é tudo no exercício do magistério cristão. Por isso, o professor da Escola Dominical precisa conviver diariamente com a leitura de livros tanto evangélicos como seculares, para que possa adquirir "bagagem" suficiente e tomar-se um exímio educador. Também o professor deve praticar o evangelismo e a ministração de curas, milagres e batismos no ESPÍRITO SANTO.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Cerca de um ano após a morte de Estêvão, acontece a conversão de Saulo de Tarso. Chama-nos a atenção o grande poder de JESUS e a sua imensa graça. O nosso general precisava de um capitão em seu exército, e foi buscá-lo nas fileiras do Inimigo, transformando-o pelo poder sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, lapidando-o e preparando-o para ser o apóstolo dos gentios. .
I. QUEM ERA SAULO DE TARSO?
1. Antes de sua conversão. Tudo que sabemos dele encontramos em Atos, nas suas epístolas e em 2 Pedro 3.15. No entanto, possuímos mais dados sobre a vida de Paulo do que acerca de qualquer um dos outros apóstolos. Seu nome hebraico é Shaul, o mesmo nome do primeiro rei de Israel, que significa "pedido". Seu nome romano é Paulus, que significa "pequeno". Nasceu em Tarso, grande centro cultural da Cilícia, mas foi criado em Jerusalém, aos pés de Gamaliel (At 22.3; 26.4) e herdou de seu pai a cidadania romana (At 16.37; 21.39; 22.25). Talvez fosse membro do Sinédrio, ou pelo menos da polícia do Sinédrio.
2. Sua aparência física. Muito se tem discutido sobre a sua aparência física, mas a Bíblia nada fala a respeito. O que se costuma dizer em nosso meio é proveniente da tradição que, seguindo a obra apócrifa - Atos de Paulo, escrita na segunda metade do segundo século, diz: "E viu Paulo se aproximando, um homem pequeno de estatura, com cabelos ralos na cabeça, torto de pernas, o corpo em bom estado, com sobrancelhas ligadas, e nariz um tanto convexo, cheio de graça, pois algumas vezes ele se assemelha a um homem e algumas vezes tem o rosto de um anjo". Saulo, no tempo de sua conversão, contava talvez, trinta anos de idade.
2 Coríntios 10:10 Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra, desprezível.
3. O inimigo implacável do Cristianismo (v. 1). Como membro do Sinédrio, tinha direito a voto (At 26.10). Por isso, votou a favor da morte de Estêvão. Antes de sua conversão, é mencionado três vezes (At 7.58; 8.1,3) como inimigo implacável da Igreja. A sua perseguição era tão feroz que procurava os discípulos até em suas casas, arrastando impiedosamente até as mulheres, encerrando-os no cárcere. Diz o versículo 1: "E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor". Isso o revela como um animal devastador, feroz e indomável. Ele mesmo declarou: E, havendo recebido autorização dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e quando os matavam eu dava o meu voto contra eles. ... (At 26.10).
II A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO
1. "Cartas para Damasco" (v.2). Roma havia concedido aos judeus o direito de extradição dos criminosos fugitivos de Jerusalém. Até onde podemos ver em Atos, ser cristão naqueles dias era não só um crime religioso, mas também civil. Saulo considerava os seguidores de CRISTO subversivos. Por isso, conseguiu cartas dos "principais dos sacerdotes" (26.10) e do "sumo sacerdote" (22.5), as quais o investiu de autoridade para prender os discípulos do Senhor JESUS.
2. Na Estrada de Damasco (v. 3). Damasco, a 240 km de Jerusalém, levava cerca de uma semana de viagem. Paulo ia com uma comitiva, na tentativa de esmagar o Cristianismo, que, até então, já havia ultrapassado os limites da Judéia, Samaria e Galiléia.
Perto de Damasco, ele foi subitamente envolvido por uma luz que o derrubou por terra, e a voz de JESUS o chamou nominalmente. Ele reconheceu, imediatamente, que se tratava de algo divino, pois disse: "Quem és Senhor?" (v. 5).
3. Suposta contradição. A aparente discrepância entre Atos 9.7: "ouvindo a voz, mas não vendo ninguém" e Atos 22.9: "mas não ouviram a voz daquele que falava comigo" é meramente uma questão de tradução. O verbo grego usado para "ouvir", empregado nestas duas passagens, é akouo e significa também "entender, prestar atenção". "Procuravam ouvir o que Paulo ouvia, mas não conseguiram entender" (No meu entender - Ev. Henrique) - seria a melhor interpretação,
4. Experiência com o CRISTO vivo. Esta mudança súbita. de Saulo de Tarso tem deixado os judeus estarrecidos, até a atualidade. Muitos ficam sem entender como um homem, o qual agia ferozmente contra os cristãos, de repente passa a ser um deles, defendendo e anunciando com fervor o Cristianismo. Isso é a graça de DEUS. JESUS disse: "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO" (Jo 3.8).
III. O APOSTOLADO DE PAULO
1. A visão de Ananias (vv. 10, 11). Vencido e alvejado pela graça de DEUS, Saulo foi conduzido cego para Damasco, para a rua chamada Direita, que existe ainda hoje nesta cidade. DEUS, em sua infinita sabedoria, não permitiu que a prova dessa conversão ficasse limitada apenas aos companheiros de Paulo. Por isso, revelou esse acontecimento a Ananias.
2. Temor de Ananias (13,14). Era uma reação perfeitamente normal a qualquer ser humano. Tendo conhecimento da devastação que Saulo fizera em Jerusalém, após o martírio de Estêvão, e sabedor que ele estava investido da autoridade, concedida pelo Sinédrio, para açoitar e aprisionar os discípulos, era mesmo para ficar temeroso. Ananias, porém, ainda não sabia que a graça de DEUS havia alvejado o indomável perseguidor, e o tal seria uma vaso escolhido para os propósitos divinos.
3. Requisito para o apostolado (v. 15). À luz de Atos 1.21,22, era necessário que Paulo tivesse uma chamada específica para o apostolado, a fim de que pudesse ser testemunha da ressurreição de CRISTO.
Essa exigência foi satisfeita na conversão de Saulo de Tarso, em sua experiência com o nosso Redentor. Quatro vezes Paulo declara ter visto a JESUS. Isso toma legítimo o seu apostolado (1 Co 9.1; 15.8; 2 Co 4.6; GI1.15,16).
4. Questões da crítica textual (vv.5 e 6). O texto: "duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça?" não aparece nas versões Atualizada e Revisada de Almeida, na Brasileira e na Nova Versão Internacional, por não se encontrar nos manuscritos gregos. Está na versão Corrigida, via Vulgata Latina.
Erasmo de Roterdã usou, quando preparava a primeira edição de seu Novo Testamento (em grego), lançado em 1516, pois, substituiu o grego pelo latim em certas passagens (ele não dispunha de todo o texto grego).
Esse texto de Erasmo serviu de base para a versão espanhola de Reina, a inglesa do rei Tiago, e a portuguesa de João Ferreira de Almeida. A parte do versículo 6 aparece em Atos 22.10.
Isso em nada desabona a inspiração e autenticidade da Bíblia. Os próprios críticos reconhecem essa autoridade. São variações oriundas de falhas de copistas durante catorze séculos copiando manualmente essas passagens. São coisas que não comprometem a mensagem do Evangelho, como diz a Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia: "O acúmulo inteiro de variantes não conseguiu modificar a mensagem, nem mesmo nas minúcias".
IV. O QUE PAULO REPRESENTA PARA O CRISTIANISMO?
1. O apostolado entre os gentios. A visão de Paulo, no ministério entre os gentios, compartilhada com Barnabé, o tornava "progressista" para a sua época, no mundo judaico, e da, mesma forma, as suas doutrinas para os padrões sociais do mundo greco-romano. Ele se tornara o principal representante da nova religião revelada. O seu conceito da divindade contrariava frontalmente as religiões politeístas de seus dias. A nova compreensão sobre o Messias mudou radicalmente sua vida e contrariava, não o Antigo Testamento, mas o que o Judaísmo pensava a respeito do Libertador.
Paulo considerava os judeus e gentios na mesma situação. Em Romanos, capítulo primeiro, ele descreve a depravação dos gentios. No segundo, a incredulidade e desobediência dos judeus. No terceiro, põe os dois povos no mesmo bojo: "Todos pecaram" (Rm 3.23). Diante disso, levou avante a ordem de JESUS: "Por que hei de enviar-te aos gentios de longe" (At 22.21).
2. As missões. Como resultado das quatro viagens missionárias de Paulo, surgiram as igrejas da Ásia e Europa. A ele deve-se a expansão do Cristianismo. Suas estratégias missionárias são ainda hoje o modelo para nós. Nenhum homem fez pelo Evangelho o que ele realizou, exceto o próprio Salvador JESUS CRISTO.
3. As epístolas. São o maior tesouro que Paulo deixou para a Igreja. São frutos de suas experiências e trabalhos, na direção do ESPÍRITO SANTO. Seus escritos ocupam um terço do Novo Testamento. Sem as suas cartas, o Cristianismo poderia ser uma mera seita do Judaísmo.
CONCLUSÃO
O ministério de Paulo entre os gentios, suas viagens missionárias e as epístolas escritas, o tomam o maior herói do Cristianismo. Seus exemplos devem ser seguidos pelos obreiros (1 Co 11.1) e seus ensinos obedecidos por todos os cristãos. Suas idéias continuam vivas e atuais, porque foram inspiradas pelo ESPÍRITO SANTO para a Igreja em todas as épocas.
ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. Os perseguidores dos cristãos sempre agiram movidos pela ignorância, pois julgavam que prestavam um excelente serviço a DEUS ou ao regime político de seu país. No entanto, muitos deles, quando perceberam o erro que cometeram, converteram-se a CRISTO e tomaram-se uma bênção ao Evangelho.
2. Se Saulo tivesse a certeza, antes de iniciar a perseguição aos cristãos, que JESUS havia ressuscitado, jamais teria se levantado contra o povo de DEUS. Portanto, agiu por ignorância e pelo seu sentimento religioso. Por isso, JESUS o perdoou e transformou-o no grande apóstolo dos gentios.
3. Nenhum cristão, até o momento, submeteu-se ao sofrimento experimentado pelo apóstolo Paulo, após se converter ao Evangelho. Por isso, jamais murmuremos, quando vier a perseguição, pois, com certeza, o motivo de sua manifestação é o de gerar a paciência, virtude tão necessária aos filhos de DEUS.
Espada Cortante 2 - Orlando S. Boyer - CPAD - Rio de Janeiro - RJ
A conversão de Saulo de Tarso, o vulto que se tomou como o universalmente conhecido apóstolo Paulo, é um dos eventos da mais alta importância na história da Igreja, e assim, do mundo. Julga-se, com razão, importante sua conversão pelo fato desse evento ser narrado três vezes em Atos dos apóstolos: A primeira vez, como escrito por Lucas para nós, Cap. 9. A segunda vez, como contada pelo apóstolo Paulo ao grande concurso de judeus na cidade de Jerusalém, Cap. 22. A terceira vez, como narrada pelo apóstolo perante as autoridades romanas, Cap. 26.
A VISÃO NA ESTRADA, CAMINHO DE DAMASCO, 9.1-9.
Narram-se em Atos dos apóstolos quatro das visões de Paulo:
1) Uma de sua conversão, 9.3.
2) Outra de sua obra, 16.9.
3) Outra do seu fortalecimento, 18.9.
4) Outra de sua preservação, 27.23,24.
A experiência de Paulo é uma refutação terminante da idéia popular e insidiosa de que a religião nada importa, mas a vida, tudo. Vivemos conforme a nossa crença: nossa vida é moldada pelo que cremos. Saulo, o zeloso judeu, era um dos mais violentos perseguidores. Paulo, o fiel cristão, era um dos mais afetuosos perseguidos.
Saulo (v.1): Paulo, o apóstolo, era cidadão romano, nascido em Tarso (Atos 22.3), célebre cidade grega, da Cilícia. Essa metrópole, situada em um rio navegável, o Cidno, e nos desfiladeiros que davam entrada a Cilícia e a Síria, ocupavam lugar importante no mundo comercial. No tempo do apóstolo, a cidade de Tarso era famosa, também, como uma sede de cultura grega, quase igual a Atenas e a de Alexandria. Saulo cursou primeiramente em Tarso, adquirindo seu conhecimento dos costumes e da língua dos gregos que lhe servia tão praticamente em sua obra de apóstolo. De Tarso foi enviado a Jerusalém para estudar aos pés de Gamaliel (Atos 22.3), fariseu eminente. Sendo fariseu, toda a sua vida foi moldada pelas crenças peculiares a essa seita. (Lede GI 1.14; Atos 26.4,5; Fp 3.6). Conforme o costume dos judeus, que todos os filhos fossem instruídos em uma profissão para ganhar o pão quotidiano e para evitar a ociosidade, o moço foi preparado, também, na arte de fazer tendas. Que essa instrução lhe servia muito bem, vê-se em Atos 18.3; 20.34; 1 Ts 2.9. Saulo era de pura descendência judaica, um "hebreu dos hebreus" (Fp 3.5), isso é, seus pais eram judeus natos. Era, também, da "tribo de Benjamim" (Fp 3.5), a tribo que aderiu a Judá, quando as dez tribos se afastaram de DEUS e se separaram das restantes. Nunca houve, talvez, quem confiasse tanto na sua justiça própria, como Saulo de Tarso, Fp 3.4-9. Contudo era o principal dos pecadores (1 Tm 1.15), o mais violento inimigo de JESUS CRISTO, que assolava e devastava a Sua Igreja, Atos 8.3; 9.1,2; 22.4; 26.9-11. Saulo, no tempo de sua conversão, contava talvez, trinta anos de idade.* Era membro do Sinédrio, o supremo tribunal de Jerusalém.
E Saulo, respirando ainda... (v. 1) : É uma continuação da narração do capítulo 8.3. A fúria de Saulo não era um impulso do momento, mas uma paixão permanente. Note-se o contraste: Enquanto Filipe andava por toda a parte libertando a todos os oprimidos do diabo (cap. 8), Saulo andava por toda a parte destruindo o povo de DEUS. Aquele ardia do amor de CRISTO, este estava cheio do ódio do inferno.
Observe-se, também, o contraste entre Saulo e o eunuco. Este regressando no seu carro para sua pátria, lia as Sagradas Escrituras e meditava humildemente nelas. Aquele, viajando a uma cidade estrangeira, planejava a maneira de melhor exterminar os discípulos de JESUS que encontrasse lá. Contudo o Cordeiro de DEUS é tanto Salvador dos mais perigosos perseguidores como dos mais humildes e anelantes penitentes.
Saulo, respirando ainda ameaças e mortes (v. 1) : Saulo na sua ira contra os discípulos de CRISTO respirava ameaças e mortes como os reputados dragões das fábulas respiram fogo. Saulo de Tarso servia como um exemplo para todos os perseguidores do povo de DEUS, desde então, através dos séculos. Não se julgue que tais homens, na vida diária, são impiedosos, cruéis e sem escrúpulos. É fato bem conhecido que as autoridades da inquisição da Espanha, na qual centenas de milhares de filhos de DEUS foram queimados vivos, eram realmente homens bondosos. Contudo seu ódio ao que consideravam heresia ardia até poderem olhar com tranqüilidade os suplícios daqueles que consideravam inimigos de DEUS. O zelo religioso é força quase ilimitada e quando não governada pela ciência, toma-se uma força grandemente destrutiva. As guerras mais bárbaras são as de conquista religiosas (basta ver o que fazem os adeptos da "guerra santa" do islamismo).
Mas qual é a atitude de DEUS para com o pecador? Vê-se a resposta na vida de JESUS CRISTO na terra. Ele odeia o pecado, mas é longânimo para com o pecador. (Vede 2 Pe 3.9).
Notemos quanto Paulo fez em boa consciência, mas nas maiores trevas: Cap. 23.1; 22.4; 26.9-11; 1 Co 15.9; Gl1.13; 1 Tm 1.12,13. Compare João 16.2,6. Verdadeiramente mesmo os melhores homens estão nas profundezas das trevas enquanto permanecem afastados da Luz do Mundo, CRISTO JESUS.
Pediu-lhes cartas (v.2): Saulo, com cartas do Sinédrio no bolso e acompanhado pela polícia do Templo, viajava a Damasco, distante mais de duzentos e quarenta quilômetros de Jerusalém, onde esperava aniquilar totalmente a obra de CRISTO. Achou fácil uma vitória completa, sabendo que o governador dessa cidade estrangeira era amigo do sumo sacerdote, 2 Co 11.32. Que aconteceu às cartas que Saulo levava? Era responsável pelo cumprimento das ordens escritas pelo Sinédrio. Podemos perguntar, também: Que aconteceu a algumas promessas feitas a Satanás antes de nossa conversão?
Damasco (v.2): Das grandes cidades atuais, Damasco é a mais antiga. Menciona-se em Gn 14.15.
As vítimas que Saulo esperava destruir em Damasco eram, talvez, discípulos que fugiram da perseguição em Jerusalém, Cap. 8.1.
Se encontrasse alguns daquela seita (v.2): Ou, alguns que fossem do Caminho (Versão Almeida e Revisada). Intitulava-se a nova fé, "O caminho", termo belo e significativo. A mesma palavra grega, traduzida "seita" neste versículo, é traduzida "caminho" em João 14.6; Atos 19.9,23; 22.4; 24.22 e 2 Pe 2.2.
Quer homens quer mulheres (v.2): Apesar de Saulo crer que os homens são, por natureza, superiores às mulheres, reconhecia que, entre os discípulos de CRISTO, devia temer tanto as mulheres como os homens. Na Igreja Primitiva as mulheres eram destacadas em oração, em serviço, em caridade, no ministério do ESPÍRITO SANTO, em instruir o próximo (Atos 18.26) e em martírio. Saulo depois da sua conversão chegou a avaliar as mulheres que perseguira na incredulidade e louvou aquelas que eram suas companheiras de trabalho, Fp 4.3.
Chegando perto de Damasco (v.3): Não sabemos se viajaram a pé, ou a cavalo, ou a camelo, ou a jumento. Mas foi ao meio dia (Atos 22.6), talvez no quinto dia da viagem, que avistaram a cidade de Damasco. Descobre-se o ardor do fanatismo de Saulo e seu grupo em perseguir os discípulos de CRISTO não somente pela distância que viajaram mas pelo fato de viajarem durante as horas de mais calor, quando outros viajantes descansavam.
Subitamente o cercou um resplendor de luz do céu (v.3): Como um raio de relâmpago, mas mais intenso que excedia o esplendor do sol, ao meio dia, Atos 26.13. Saulo de Tarso foi surpreendido por uma "luz do céu"; a luz do grande holofote de DEUS atingiu esse ladrão religioso. Os maus temem a luz mais que qualquer outra coisa, João 3.20. Desde aquele momento, Saulo considerava-se a si mesmo o "prisioneiro de JESUS CRISTO", Filemom 1. A luz de DEUS, que opera no coração dos pecadores, como a Palavra de DEUS, é viva e eficaz, mais aguda que espada de dois gumes, Hb 4.12. As armas de nossa milícia não são carnais, mas são poderosíssimas, 2 Co 10.4.
Ouviu uma voz (v.4): Em língua hebraica, ou mais propriamente em aramaico misturado ao hebraico, a língua que JESUS falava na terra, Atos 26.14.
Julga-se que foi nesta ocasião que Saulo viu a JESUS. Que não somente ouviu a voz mas viu também a gloriosa Pessoa que lhe falava, está expressamente declarado por Ananias (v.17; 22.14), por Barnabé (cap. 9.27) e por ele mesmo (cap. 26.16; 1 Co 9.1; 15.8). Não foi um êxtase, viu realmente a JESUS e, humilhado por demasiado brilho da glória, lançou-se por terra. JESUS lhe apareceu na Sua glória divina e Saulo jamais se esqueceu dessa cena. Foi uma experiência que transformou por completo toda a sua vida. A conversão de Saulo, quando contemplou Aquele que perseguira, é tipo da ocasião quando os israelitas contemplarão Aquele que traspassaram. (Ap 1.7; Rm 11.26).
Saulo, Saulo... (v.4):
1) Jesus conhecia a Saulo antes de Saulo conhecer a JESUS. O Senhor nos conhece individualmente, antes de conhecermos ao Senhor.
2) O Senhor conhecia a Saulo por nome. Conhecia por nome, também, a Zaqueu (Lc 19.5), a Cornélio (Atos 10.3) e conhece a todos nós por nome e se interessa por nós constantemente.
3) Na Sua graça falou com profunda compaixão e ternura: "Saulo, Saulo..." (Compare: "Abraão, Abraão", Gn 22.11; "Jacó,Jacó", Gn 46.2; "Moisés, Moisés", Êx 3.4; "Marta, Marta", Lc 10.41). Se não percebemos a ternura com que nos fala é porque o nosso coração está fechado contra Ele.
Por que me persegues? (v.4): DEUS levou-o a ver que ninguém fere a um filho de DEUS, sem ferir a DEUS. A Igreja é o corpo de CRISTO, os membros da Igreja são membros de Seu corpo, 1 Co 12.27. Um membro não pode sofrer, sem a Cabeça do corpo sofrer também, Hb 4.15. O grande Saulo de Tarso, instruído e cheio de si mesmo, chegou a saber que não perseguia um grupo de humildes discípulos de JESUS, mas sim, perseguia o DEUS altíssimo. Podemos fazer o bem e o mal a um crente, sem fazê-Io a JESUS?
Quem és Senhor? (v.5): Saulo conhecia bem as Escrituras e naturalmente reconhecia que foi alguém do céu que lhe falava. Naturalmente se lembrava dos casos narrados em 1Sm 6.1-3; Ez 1.27,28; Dn 10.5-8; etc. Mas não sabia quem o visitara, se Gabriel, se Miguel, se o anjo do Senhor, ou se DEUS mesmo. Assim perguntou quem era.
Eu sou JESUS a quem tu persegues (v.5): Só podemos julgar que Saulo ficou grandemente estupefato. A voz do céu não respondeu que foi o Filho de DEUS que falava, nem o Messias, mas JESUS. Não existia nome que Saulo odiava mais. JESUS de Nazaré tinha sido glorificado! (Compare João 1.45,46,49,51).
Dura coisa é para ti recalcitrar contra os aguilhões (v.5; Cap. 26.14): Concluímos que na prolongada viagem, Saulo meditava sobre o que tinha visto e que a sua consciência começava a lhe acusar. Achava-se na posição do boi que, na sua obstinação, recua contra o aguilhão na mão de quem o tange; quanto mais recua contra o ferrão na mão do seu dono, tanto mais as picadas o ferem. Quanto mais Saulo lutava contra suas inevitáveis convicções, tanto mais sentia as aguilhoadas na sua consciência. Enumeramos algumas das dolorosas picadas de consciência que Saulo de Tarso teria sofrido:
1) Estêvão, denunciado por falar blasfêmias contra a Lei de DEUS, não se comportava como blasfemo. Ao contrário. DEUS fez o rosto de Estêvão brilhar com a mesma glória que adornou o rosto daquele que escreveu a Lei, Moisés. (Atos 6.11,15; Ex 34.29).
2) Se Estêvão fosse realmente um herege, que no seu apedrejamento saísse deste mundo para o inferno, como podia ele olhar para dentro dos céus e ver a glória de DEUS, Cap. 7.55.
3) Se Estêvão fosse, de fato, um inimigo das autoridades, como podia ajoelhar-se na ocasião da sua morte e orar por elas? (Cap. 7.60).
4) Não foi a vida diária, de cada um destes, que Saulo considerava hereges, um testemunho vivo e incontestável do fato de seu Mestre ser divino? (Vede 1 Pe 2.12).
5) Estêvão, autuado como transgressor da Lei, morreu com a paz dos que guardam a Lei, 7.59. Apesar do grande zelo de Saulo e de sua vida exterior irrepreensível, não tinha o gozo de espírito que vira no rosto do mártir.
Senhor, que queres que faça? (v. 6): A transformação era instantânea e profunda. Saulo, determinado a destruir a obra de DEUS o mais depressa possível, entrega-se inteiramente para fazer fervorosamente toda a vontade do mesmo JESUS, perguntando: Que desejas, Senhor, que eu faça? Era uma nova criatura. As coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo, 2 Co 5.17. Saulo de Tarso ficou vencido pela "luz do evangelho da glória de CRISTO", 2 Co 4.6. (Compare Ap 1.16,17; Lc 22.61,62).
Paulo é o exemplo que DEUS coloca perante nossos olhos. O que a graça de DEUS fez para "o principal dos pecadores", essa graça nos pode fazer. Nossa exortação é que façamos o que recebemos, ouvimos e vimos desse apóstolo, Fp 4.9.
Notem-se os três itens:
1) Paulo viu a JESUS.
2) Queria saber a vontade de JESUS.
3) Gastou a vida fazendo a vontade de JESUS. A velha missão foi rejeitada (9.1); então tinha uma nova, 26.16-18. .
Ouvindo a voz, mas rum vendo ninguém (v. 7): Viram o clarão, mas não a Pessoa. Ouviram a voz, mas não as palavras.
E Saulo levantou-se da terra... (v.8): Saulo, ao levantar-se do chão e abrir os olhos, descobriu que estava cego - não via mais, "por causa do esplendor daquela luz", Atos 22.11. Esperava entrar em Damasco com aparato de membros do famoso Sinédrio. Ao contrário, foi conduzido pelas ruas da cidade, cego, abatido, desalentado, tremendo. Não ardia mais na fúria contra a Igreja, mas anelava aprender aos pés do mais humilde entre os discípulos de JESUS.
E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu (v.9): Saulo foi levado a casa de certo homem chamado Judas, que morava na rua Direita em Damasco, v.11. Lá passou três dias mergulhado em um mundo sem luz. Ecoavam as palavras, nos seus ouvidos e na sua alma, do meigo JESUS: "Por que me persegues?" Sem dúvida via novamente a grande fila de discípulos que perseguia e matara. Cada um olhava ternamente para ele enquanto soava constantemente a voz de JESUS de Nazaré: "Por que me persegues?"
Sem ver (v.9): Os olhos de Saulo foram fechados, para que abrissem os olhos da sua alma. Quantos filhos de DEUS testificaram que a cegueira dos olhos do corpo é uma das maiores bênçãos. Humilhados por esse suplício, olharam para JESUS e lhes foram abertos os olhos espirituais (comp. Ef 1.18) para contemplarem o que é infinitamente mais glorioso do que tudo aqui na terra.
Não comeu, nem bebeu (v.9): A experiência de Saulo de Tarso foi tal que o abalou até não desejar comer durante três dias. Mas não apenas o abalou, levou-o, também, a ter fome espiritual. Podia dizer como JESUS: "Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis",João 4.32. Há ocasiões em que as coisas celestiais estão tão apetecíveis que não queremos qualquer coisa terrestre.
E esteve três dias sem ver (v. 9): Jonas esteve três dias no ventre da baleia; e se levantou para um novo ministério. CRISTO esteve três dias no seio da terra; e ressuscitou para uma nova vida. Igualmente, Saulo esteve três dias sem ver, sem comer e nem beber; e saiu para uma nova obra.
Não nos descuidemos do ensejo, se obrigados a desistir de qualquer atividade, para examinar-nos a nós mesmos e nos renovar espiritualmente.
Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
A conversão e a chamada de Paulo (9:1-19a).
Filipe desaparece abruptamente da história e, de modo igualmente abrupto, reaparece o jovem chamado Saulo, em feroz perseguição aos cristãos. No caminho de Damasco, viu uma luz ofuscante, e ouviu a voz de JESUS que o ordenou a cessar de persegui-lo e a dispor-se a fazer coisa nova. Entrementes, um discípulo em Damasco estava sendo preparado para ir encontrar-se com ele e transmitir a ele a cura da sua cegueira e o batismo como cristão. A Ananias foi revelado que Saulo seria uma testemunha de JESUS diante de gentios e judeus, e que sofreria por amor a JESUS.
A substância da história é narrada duas vezes mais, no discurso de Paulo, diante da multidão em Jerusalém em 22:3-16, e no seu testemunho diante de Agripa e Festo em 26:4-18.99. Estas duas narrativas são feitas na primeira pessoa, e mostram certa quantidade de variações, por aquilo que omitem e acrescentam em comparação com a presente versão da história. Embora críticos do passado tenham debatido se Lucas tinha até três versões separadas da história, a tendência atual (associada com a suposição de que Lucas não dava transcrições literais dos vários discursos de Paulo, é alegar que Lucas possuía uma só versão da história, e que a apresentou de três modos diferentes. Se for correto este ponto de vista, seguir-se-á que não temos o problema de harmonizar duas ou mais versões da história, que talvez tenham diferenças significantes entre si; pelo contrário, as diferenças são meramente literárias - o próprio Lucas não via nelas problema algum.
O fato de Paulo ter sido convertido e ter recebido a chamada para ser um missionário está fora de dúvida. Ele mesmo se refere ao fato em 1 Coríntios 15:8-9; Gálatas 1:12-17; Filipenses 3:3-7; e 1 Timóteo 1:12-16. Estas passagens descrevem como Paulo tinha sido um perseguidor da igreja que, tendo uma visão de JESUS, veio a ser chamado para o apostolado (cf. 1 Co 9:1) e convocado para pregar aos gentios. A partir de Gálatas 1:16-17, pode-se deduzir que, imediatamente depois da sua chamada, foi para Damasco e, depois de uma visita a Arábia, voltou para Damasco. A narrativa em Atos dá mais detalhes deste evento, e deve ficar claro que as versões dele, dadas por Lucas e Paulo, estão de acordo essencial quanto aos aspectos básicos. Os problemas que surgem dizem respeito ao modo de a história ser contada em Atos. Qualquer narrativa daquilo que aconteceu deve ter vindo, em última análise, de Paulo e Ananias. A história em Atos pode ser compreendida como narrativa baseada nas palavras de Paulo, embora ele mesmo não cite tantos detalhes nas suas Epístolas? Não vemos qualquer dificuldade real em responder afirmativamente a esta pergunta. A história, no entanto, mostra certo número de aspectos em comum com as lendas judaicas:
(1) de Heliodoro, cuja tentativa de furtar dinheiro da tesouraria do templo foi impedida pela visão de um cavaleiro celestial que o fez cair por terra (2 Macabeus cap. 3), bem como da conversão de Asenate, a esposa egípcia de José (no romance José e Asenate). É provável que o máximo que se pode deduzir destas semelhanças é que o modo de a história ser contada tenha sido influenciado pelas formas das lendas judaicas, mas a historicidade básica da narrativa permanece inalterada. Deve-se observar, no entanto, que as diferenças entre as três narrativas em Atos, especialmente no modo em que JESUS dá a Paulo a comissão divina, na estrada no Cap. 26, mas somente numa etapa posterior, por Ananias em Damasco, nos caps. 9 e 22, demonstram que, em cada ocasião, Lucas não procura nos dar uma narrativa dos detalhes precisos daquilo que aconteceu mas, sim, a natureza e significância gerais do evento.
1-2. A história começa lembrando-nos a atividade perseguidora movida por Paulo que foi descrita em 8:3. A implicação é que não estava satisfeito com os resultados da campanha em Jerusalém, ainda estava ansioso por fazer mais. Andava dizendo o que faria aos cristãos se não cessassem as suas atividades: a saber, que os mandaria assassinar. É problemático se tinha a autoridade para executá-Ios legalmente (ver 22:4; 26:10), e talvez a referência diga respeito àquilo que gostaria de fazer aos cristãos. Visto que muitos deles tinham fugido de Jerusalém, resolveu persegui-Ios e trazê-Ios de volta como prisioneiros para Jerusalém. Para tanto, procurou autoridade da parte do sumo sacerdote (seria Caifás, 18-37 d.C., neste caso) para ir às comunidades judaicas em Damasco. Damasco era uma cidade "importante, cerca de 242 km de Jerusalém, com uma população judaica de consideráveis proporções. Estava dentro da jurisdição da província romana da Síria, e formava parte de Decápolis, uma liga de cidades auto-governadas. Em 2 Coríntios 11:32, Paulo fala de um etnarca de Aretas, rei dos árabes nabateus, que guardava a cidade para impedir que Paulo dela escapasse. Não fica claro se este oficial era preposto do rei, residindo em Damasco para cuidar dos interesses dos árabes ali, ou se Damasco naqueles tempos estava sob o controle da Nabatéia.
De qualquer maneira, as comunidades judaicas devem ter tido certos direitos de manter a lei e a ordem entre si mesmas. O problema que surge é se o sumo sacerdote tinha autoridade para intervir nos assuntos delas. Haenchen (pág. 320 n. 2) argumenta com razão que estudiosos anteriores tinham tirado deduções indevidas de passagens tais como 1 Macabeus 15:15-21, que trata de uma situação diferente e muito anterior; quando, porém, argumenta que Lucas fazia parte do número daqueles que interpretavam erroneamente a 1 Macabeus, não precisamos concordar com ele. Provavelmente Hanson, pág. 112, esteja mais perto da verdade quando sugere que Paulo tinha "autorização do Sinédrio para ferir e até mesmo seqüestrar os cristãos de destaque, se conseguisse fazê-Ia impunemente.
A descrição dos cristãos como sendo "os que eram do Caminho" é uma peculiaridade de Atos. Pressupõe o emprego do termo "o Caminho" para significar, na realidade, o "Cristianismo" (19:9, 23; 22:4; 24:14,22). Por detrás deste termo, há, outrossim, a idéia do "caminho do Senhor - de DEUS" (18:25-26), como o "caminho da salvação" (16:17). DEUS indicou o caminho ou modo de vida que os homens devem seguir se desejam ser salvos (cf.. Mc 12:14); a declaração dos cristãos de que o caminho deles era aquele indicado por DEUS levou ao uso absoluto do termo, como aqui. É interessante que a palavra se empregava de modo muito semelhante na seita de Cumram (1QS 9:17-18; 10:21; 11:13), bem como por outros grupos religiosos.
Paulo estava bem adiantado no caminho para Damasco quando foi parado de repente.
Cerca do meio-dia (22:6), sem qualquer aviso prévio, viu-se cercado por uma luz que brilhava intensamente, e ouviu uma voz que lhe falava. Estes são dois aspectos que se pode esperar numa revelação divina. A luz brilhante deve ser entendida como expressão da glória divina, e, visto que se sustenta geralmente que nenhum homem pode ver a DEUS, não é surpreendente que o efeito da luz fosse a cegueira. De modo semelhante, quando Pedro estava na prisão, seu visitante angelical veio acompanhado por uma luz brilhante (12:7; cf. Mt 17 :5). A voz também é característica da revelação divina (e.g.:h 3:1-6; Is 6:8; Lc 3:22; 9:35), mas aqui é especificamente a voz de JESUS. Pode-se dizer, portanto, que Paulo teve um encontro com o JESUS ressurreto, no qual ouviu Sua voz. Noutros trechos, Paulo diz que DEUS lhe revelou Seu Filho (Gl 1:16), mas também vai além, e fala em ver a JESUS (1 Co 9:1; cf. 15:8). Tendo em vista 9:27; 22:14-15 e 26:16, não pode haver dúvida alguma de que a presente passagem deva ser interpretada deste modo. Lucas, no entanto, não nos informa em que forma JESUS foi visto por Paulo, e pode ser relevante o fato que Paulo precisou perguntar pela identidade de quem falava. A narrativa diz respeito a uma revelação de JESUS vindo do céu, mais do que uma aparência de JESUS antes da Sua ascensão, e, portanto, não devemos imaginar que JESUS surgisse numa forma que (por exemplo) pudesse ser confundida com a de um viajante comum (Lc 24:15). Toda a ênfase na presente narrativa recai sobre aquilo que foi falado a Paulo. "Porque me persegues?" é uma pergunta que diz respeito ao propósito imediato de Paulo e indica que, embora este pensasse que estava meramente atacando um grupo de homens por seu modo herético de adorar a DEUS, estava na realidade atacando um grupo que tinha um porta-voz e representante celestial; atacar aos cristãos era atacar esta figura celestial.
5-6. A reação de Paulo foi de surpresa: "Quem és tu, Senhor?" não indica, necessariamente, o reconhecimento da identidade de quem fala; "Senhor" seria o trato de reverência que normalmente seria usado para responder a qualquer ser celeste (10:4). A resposta que Paulo recebeu mostrou que era JESUS quem falava, e a quem perseguiu. Logo, o efeito da visão foi indicar a Saulo, que ao perseguir os cristãos, estava perseguindo a JESUS (Lc 10:16), mas, acima de tudo, ao perseguir a JESUS, estava perseguindo Aquele que tinha posição divina, vindicado e sustentado por DEUS. O zelo de Paulo em prol da causa de DEUS tornou-se em ataque contra DEUS, que ressuscitara JESUS dentre os mortos. Semelhante modo de vida não poderia continuar; devia levantar-se e ir à cidade, onde receberia novas instruções acerca da sua tarefa futura. É um mandamento soberano, e supõe-se que Paulo obedeceria se realmente se preocupasse em servir a DEUS.
A conversação é relatada em termos algo diferentes nas narrativas paralelas, mas não há discrepância básica no contexto geral daquilo que é dito em cada cena no seu todo; o que Ananias disse a Paulo, mais tarde, nesta narrativa, é o equivalente daquilo que lhe foi dito na estrada de Damasco em 26:16-27.
7. A revelação foi dada somente a Paulo, e seus companheiros não participaram dela; mesmo assim, eram testemunhas de que acontecera algo de incomum (Conzelman, pág. 58). Pararam emudecidos, quando ouviram o som de uma voz, mas não viram a ninguém. Conforme 26:14, viram a luz e caíram por terra, e, segundo 22:9, viram a luz, mas não ouviram a voz. Bruce, (Livro, pág. 197) sugere que nesta passagem, a voz significa a voz de Paulo, e que seus companheiros ficaram surpresos ao ouvi-Io conversar com um interlocutor invisível; mas isto não parece muito provável pois o comentário segue imediatamente após a declaração de JESUS, e se assemelha, na linguagem, a 22:9.
8.9. Para Paulo, fechar os olhos ao ser ferido pela luz brilhante, seria uma ação reflexa instintiva. Ao abri-los depois, ainda continuou sem ver; isto, por si só, não seria desnatural, mas o modo de a cura mais tarde ser dada sugere que era provavelmente sobrenatural. Na sua fraqueza, Paulo precisou ser guiado pelos seus companheiros, e assim chegou a Damasco. Ali, jejuou durante três dias, sem dúvida ainda vencido pelo choque, e provavelmente como penitência à medida em que percebia ainda mais a enormidade das suas ações.
RESUMO DA LIÇÃO 9 - A CONVERSÃO DE PAULO
INTRODUÇÃO
Paulo é considerado, depois de JESUS, o personagem mais importante da história da Igreja Cristã (At 24.5).
I. SAULO DE TARSO
1. A formação cultural de Paulo.
2. Paulo, cidadão romano.
II. CONVERSÃO DE PAULO
1. O Encontro com JESUS.
2. Ananias visita a Paulo.
3. Saulo, de perseguidor a perseguido.
III- PROPÓSITOS DA VOCAÇÃO DE PAULO
1. Conhecer a vontade de DEUS.
2. Tornar-se ministro e testemunha de JESUS.
3. Sofrer a favor de CRISTO e do evangelho.
CONCLUSÃO
Você foi chamado para anunciar a mensagem da cruz? Obedeça, já. É o tempo de segar.
REFLEXÃO
"Lutamos contra o nosso próprio bem, quando lutamos contra DEUS." Myer Pearlman
SINOPSE DO TÓPICO (1) A formação cultural e religiosa de Paulo foi importante para a realização da obra de evangelização dos gentios e judeus.
SINOPSE DO TÓPICO (2) Paulo teve um encontro com JESUS quando se dirigia para Damasco, na Síria, a fim de prender os cristãos.
SINOPSE DO TÓPICO (3) Os propósitos da vocação de Paulo era que ele conhecesse a vontade divina. se tornasse uma testemunha e sofresse a favor de CRISTO e do evangelho.
SUBSÍDIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico - A conversão de Saulo
"Saulo (posteriormente chamado de Paulo, o equivalente grego do nome 'Saulo'), que é mencionado pela primeira vez como tendo participado do apedrejamento de Estêvão era tão zeloso das suas crenças religiosas que iniciou uma campanha de perseguição contra todos os que acreditavam em CRISTO, todos que eram do 'Caminho' (versão RA) (veja o testemunho de Paulo em Filipenses 3.6). A expressão 'o Caminho' se referia ao 'caminho do Senhor' ou '0 caminho da salvação'. Por que os judeus em Jerusalém queriam perseguir os cristãos a uma distância tão grande como Damasco? Há várias possibilidades:
(1 ) para prender os cristãos que tinham fugido;
(2) para evitar a chegada do cristianismo a outras cidades importantes; e
(3) para impedir que os cristãos causassem qualquer problema com Roma. [...] Damasco [era] uma cidade comercial importante, estava situada cerca de 280 quilômetros a nordeste de Jerusalém, na província romana da Síria. [...] Saulo pode ter pensado que ao eliminar o cristianismo em Damasco, ele poderia impedir a sua disseminação a outras regiões. Já próximo do seu destino, quase ao meio-dia, quando o sol estava a pino [...], Saulo repentinamente se encontrou cercado por um resplendor de luz. Embora o texto não afirme abertamente que Saulo viu a CRISTO, este fato fica implícito, uma vez que ver o Senhor ressuscitado era um requisito para o apostolado do Novo Testamento (1 Co 9.1 ; 15.8)" (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol.l..ed. RJ: CPAD, 2009, pp.662-63).
VOCABULÁRIO
Linguagem: Sistema organizado de comunicação por sinais entre indivíduos.
SAIBA MAIS na Revista Ensinador Cristão CPAD. nº 45, p. 40.
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 9 - A CONVERSÃO DE PAULO
RESPONDA CONFORME A REVISTA DA CPAD DO 1º TRIMESTRE DE 2011
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas corretas e com "F" as falsas.
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um ___________________ escolhido para levar o meu nome diante dos _____________________, e dos reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve ___________________________ pelo meu nome" (At 9.1 5,16).
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
Na ________________________ da evangelização mundial, o Senhor JESUS continua a ___________________________ e a __________________________ vasos escolhidos para a sua seara.
3- Quem é considerado, depois de JESUS, o personagem mais importante da história da Igreja Cristã (At 24.5)? Por que?
( ) Paulo.
( ) Pedro.
( ) Ele escreveu quase a metade dos livros do Novo Testamento.
( ) Foi responsável direto pela evangelização dos gentios.
( ) Dezessete dos vinte e oito capítulos de Atos dos Apóstolos são dedicados à conversão e ao ministério do apóstolo dos gentios.
( ) Sabemos mais a respeito de Pedro do que dos demais apóstolos.
( ) Sabemos mais a respeito de Paulo do que dos demais apóstolos.
I. SAULO DE TARSO
4- Quem era Paulo?
( ) Na comunidade helênica, Paulo era conhecido por um nome em hebreu: Paulus.
( ) Na comunidade judaica, Paulo era conhecido por um nome em hebreu: Saulo.
( ) Ele provinha de uma família belemita que, apesar de viver na Diáspora, era mui fiel à tradição.
( ) Ele provinha de uma família benjamita que, apesar de viver na Diáspora, era mui fiel à tradição.
( ) Tendo em vista sua formação cultural e religiosa, mostrou-se mais do que hábil para atuar como o apóstolo dos gentios.
5- Qual era a formação cultural de Paulo?
( ) Instruído aos pés de Caifás, o sumo-sacerdote.
( ) Instruído aos pés de Gamaliel.
( ) Saulo pertencia ao partido religioso mais conceituado do Judaísmo - os fariseus
( ) Ele conhecia profunda e intimamente o Antigo Testamento.
( ) Ele conhecia profunda e intimamente as tradições de seu povo.
( ) Ele conhecia profunda e intimamente a língua hebraica (At 22.1,2).
( ) Era tão bem versado no meio religioso de Israel que, dos principais sacerdotes, recebera autorização para perseguir os discípulos de CRISTO (At 26.10).
( ) As evidências indicam que Paulo cursou a universidade de Jerusalém.
( ) As evidências indicam que Paulo cursou a universidade de Tarso.
( ) Haja vista o seu domínio do idioma grego e dos autores clássicos, dos quais cita pelo menos dois: Aratos e Epimênides (At 17.28; Tt 1.12).
( ) Cidadão romano, falava também mui provavelmente o latim.
6- Por que Paulo se apresentava como cidadão romano?
( ) Paulo era natural de Antioquia, na Síria.
( ) Paulo era natural de Tarso, na Cilícia.
( ) Paulo tornara-se, por nascimento, cidadão de Roma, pois a cidade era província romana.
7- Naquele tempo, a nacionalidade romana era adquirida de três maneiras: quais são (At 22.28; 23.27; 24.7,22)?
( ) Por favor imerecido.
( ) Por direito de nascença.
( ) Por concessão imperial.
( ) Por aquisição pecuniária.
8- Embora conhecesse muito bem os seus direitos como romano (At 22.25-29; 25.10-12,21,27), qual a cidadania que Paulo preferia?
( ) A cidadania judaica, mais importante do que os privilégios concedidos pelos romanos.
( ) A cidadania celeste, mais importante do que os privilégios concedidos pelos homens.
( ) Esta é a razão pela qual renunciou a todas as regalias terrenas para assumir a cruz de CRISTO.
II. A CONVERSÃO DE PAULO
9- Como foi a conversão de Paulo, que está narrada em três capítulos de Atos dos Apóstolos (9.3-18; 22.6-21 e 26.12-18)?
( ) Encontro com JESUS, Pedro visita a Paulo e Saulo, de perseguidor, passa a ser perseguido.
( ) Encontro com JESUS, Ananias visita a Paulo e Saulo, de perseguidor, passa a ser perseguido.
( ) Encontro com JESUS, Cornélio visita a Paulo e Saulo, de perseguidor, passa a ser perseguido.
10- Como foi o encontro de Paulo com JESUS? Complete:
Saulo solicita autorização aos principais sacerdotes, a fim de _________________________ os discípulos de CRISTO que se achavam em ________________________ (At 9.1-2; 22.5;26.10-11). Já próximo da cidade, ele e seus companheiros são envolvidos subitamente por uma luz do céu, muito mais forte que o _______________________ (At 9.3; 22.6; 26.13). E todos caem por terra (At 9.4;22.7;26.14). Em língua ________________________, JESUS deu-se-lhe a conhecer (At 26.14,1 5). Os que o acompanhavam não viram a ninguém. Aturdidos, ouviram, sim, a voz, mas não entenderam a mensagem (At 9.7; 22.9; cf. Jo 12.28-30). Paulo, então, é ____________________________ por JESUS CRISTO (At 9.5; 22.7; 26.14,15) e por este é comissionado a levar o evangelho tanto aos filhos de Israel como aos gentios (At 26.16-18). Em seguida, o Senhor orienta-o a seguir viagem até ________________________, onde receberia novas instruções (At 9.6; 22.10). Erguendo-se, Saulo nada ________________________. Conduzido por seus auxiliares até _____________________, na cidade permanece durante três dias sem nada ver, sem nada comer e sem nada beber (At 9.8,9; 22.11).
11- Como foi a visita de Ananias a Paulo? Complete:
O Senhor em ___________________ aparece a Ananias, homem piedoso e justo que morava em ___________________________, e ordena-lhe que vá à casa de _____________________, que ficava na rua Direita, e pergunte "por um homem de _______________________ chamado Saulo". Naquele instante, este orava e via numa ___________________________ a Ananias que, entrando em seus aposentos, impunha-lhe as mãos para que voltasse a enxergar (At 9.10-12; 22.12). Ananias, então, retruca. Sabe ele qual o propósito de Paulo na cidade (At 9.1 3-14). O Senhor, porém, afiança-lhe que o perseguidor será doravante um _________________________ escolhido para tornar o evangelho conhecido em todo o mundo (At 9.15-16; 26.16-18). Imediatamente Ananias vai ao encontro de Saulo e, impondo-lhe as mãos, confirma a _________________________ que ele recebera do Senhor, recobra-lhe a visão e batiza-o (At 9.17-18; 22.13-16).
12- Como era a situação de Paulo agora? Saulo, de perseguidor a perseguido. Complete:
Já refeito, Saulo busca congregar-se com os irmãos em ______________________ (At 9.19). Apesar dos temores iniciais, os discípulos acabam por estender-lhe a ________________________ de comunhão. Em ato contínuo, põe-se ele a testemunhar de CRISTO a todos nas __________________________ da cidade (At 9.20). Os judeus perturbam-se com a sua _____________________________ (At 9.21-22). E intentam tirar-lhe a _______________________ (At 9.23).Tal plano chega ao conhecimento de Saulo (At 9.23-24). Para o livrarem da cilada, os irmãos descem-no de noite num __________________________ pelo muro (At 9.25). E ele segue em direção a Jerusalém (At 9.26; 22.17).
III. PROPÓSITOS DA VOCAÇÃO DE PAULO
13- Quais os propósitos da vocação de Paulo (chamada)?
( ) Conhecer a vontade de DEUS, tornar-se cristão judaizante e sofrer a favor de CRISTO e do evangelho.
( ) Conhecer a vontade de DEUS, tornar-se pastor e auxiliar de JESUS e viver do evangelho.
( ) Conhecer a vontade de DEUS, tornar-se ministro e testemunha de JESUS e sofrer a favor de CRISTO e do evangelho.
14- Paulo teria que conhecer a vontade de DEUS concernente a que?
( ) Concernente aos gentios, a Igreja e o mundo.
( ) Concernente aos gregos, a Igreja e o mundo.
( ) Concernente a Israel, a Igreja e o mundo.
15- Mais tarde, em sua Epístola aos Efésios, Paulo revela a sua compreensão concernente à Igreja de DEUS, Qual é?
( ) Que a Igreja seria formada por uma nação, a saber, de judeus convertidos ao evangelho.
( ) Que a Igreja seria formada por uma nação, a saber, de gentios convertidos ao evangelho.
( ) Que a Igreja seria formada não por uma nação, mas constituída igualmente por judeus e gentios.
16- Paulo tornar-se ministro e testemunha de JESUS. Complete:
Consciente de sua ____________________________, põe-se Paulo a testemunhar de CRISTO não somente diante dos gentios, mas também perante _____________________. Faz ele _____________________________ do evangelho ante os reis e filósofos. É um verdadeiro __________________________ de DEUS (At 9.15; 22.15,21; 26.1618).
17- Como Paulo passa a sofrer a favor de CRISTO e do evangelho? Complete:
Em virtude de sua ________________________________, muito sofre por amor a CRISTO (GI 6.1 7). O que dantes perseguira a Igreja de CRISTO, vê-se de repente ____________________ por causa deste mesmo nome. No capitulo 11 de sua Segunda Epístola aos __________________________, discorre ele acerca das muitas perseguições por ele sofridas, quer por parte de seus ___________________________, quer por parte dos gentios. Mesmo perseguido, o evangelho foi poderosamente anunciado através de suas ______________________ e sofrimentos.
CONCLUSÃO
18- Complete:
A ____________________________ e vocação de Paulo ensinam-nos que DEUS chama e capacita a quem ele quer para ______________________ específicos. Ele transforma o mais terrível dos homens num "vaso escolhido", a fim de que proclame o seu ________________________ até aos confins da terra.
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
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veja também - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao10-ldc-osdonsespirituais.htm
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/atos.htm
Atos - Introdução e Comentário - I. Howard Marshall - Série Cultura Bíblica - edições 1985,1988, 1991, 1999 e 2001 - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - SP
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Revista CPAD - 3º Trimestre de 1996 - Atos - O padrão para a Igreja da Última Hora - Pr. Ezequias Soares - Lição 8 - Estêvão - O primeiro Mártir - CPAD
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