Pr. Henrique EBD NA TV 99 99152-0454

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Escrita Lição 1, CPAD, A Igreja que Nasceu no Pentecostes, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 1, CPAD, A Igreja que Nasceu no Pentecostes, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

 


 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO    

1. De natureza divina   

2. Um evento paralelo ao Sinai  

3. Centrada em CRISTO e nos tempos finais  

II – O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO

1. Promover a verdadeira adoração  

2. Poder para testemunhar  

III – CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO

1. Uma experiência específica  

2. Uma experiência definida e contínua  

3. As línguas e o amor  

 

TEXTO ÁUREO

“E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.” (At 2.4)

 

VERDADE PRÁTICA

A Igreja nasce no Pentecostes capacitada pelo ESPÍRITO para cumprir sua missão.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 2.1-3 A manifestação divina e os sinais do Pentecostes

Terça - At 2.4 O derramamento do ESPÍRITO

Quarta - At 2.11; 10.46 Louvor e adoração

Quinta - At 2.20 A esperança futura

Sexta - At 1.5 Uma experiência específica e definida

Sábado - Ef 5.18 Uma experiência contínua

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1-14

1-  Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2- e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

3- E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4- E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

5- E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.

6- E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.

7-  E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?

8- Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?

9- Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia,

10- e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos),

11- e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de DEUS.

12- E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?

13- E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.

14- Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

 

HINOS SUGERIDOS: 24, 155, 387 da Harpa Cristã

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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Qual o propósito das línguas?

- Para edificação própria

- Para falar com DEUS sem ninguém entender

– Eu oro muito melhor quando oro em línguas

- Para falar de mistérios

- Para refrigério

- Para descanso

- Para edificação da Igreja

- Para consolar

- Para exortar

- Para Entregar um  mensagem diretamente de DEUS a alguém

- Como sinal para o incrédulo

- Para busca de dons

- Para dar bem as graças etc...

 

Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.1 Co 14.2

O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo 1 Co 14.4

Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem 1 Co 14.14

De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis 1 Co 14.22

Porque realmente tu dás bem as graças 1 Co 14.17

 

Paulo falava mais em línguas que o outros porque sabia da importância disso na vida do crente.

Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos. 1 Co 14.18

 

A Bíblia através de Paulo ensina que num verdadeiro culto línguas são faladas e são interpretadas.

1 Co 14.26 Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação

 

A Bíblia através de Paulo diz que não se pode proibir falar em línguas

1Co 14.39 não proibais falar línguas.

 

A Bíblia diz através de Isaías 28.9 A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender doutrina? Ao desmamado do leite, e ao arrancado dos seios?

10 Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.

11 Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo.

12 Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir.

13 Assim, pois, a palavra do Senhor lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.

1 Co 14.21 Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.

 

Edificação própria é dada através da língua do batismo

A Bíblia diz através de Paulo - O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo 1 Co 14.4

A Bíblia diz através de Judas, irmão de JESUS, Judas 1.20 Mas  vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito SANTO (orar em línguas)

A Bíblia diz através de Paulo - Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, Efésios 6:18

 

Informação importante

 

1- No Pentecostes os discípulos foram batizados no ESPÍRITO SANTO, falaram em línguas do batismo, onde só DEUS entende (1 Coríntios 14:2).

 

2- Quando houve ajuntamento de gente de várias nações, receberam o dom de variedade de Línguas, onde consta em uma das linguagens possíveis, falar em uma língua que o ESPÍRITO SANTO dá a interpretação instantânea ao ouvinte estrangeiro para que ouça na sua língua de origem.

 

Conclusão

Falavam em línguas do batismo, passaram a falar em língua d dom de variedade de línguas e foram assim entendidos pelos que ouviam em suas próprias línguas.

 

 

Pr Henrique – EBD NA TV – +55 99 99152-0454 - Brasil https://ebdnatv.blogspot.com/

 

EM INGLÊS

What is the purpose of tongues?

- For self-edification

- To speak to GOD without anyone understanding

- I pray much better when I pray in tongues

- To speak of mysteries

- For refreshment

- For rest

- For edification of the Church

- To comfort

- To exhort

- To deliver a message directly from GOD to someone

- As a sign for the unbeliever

- To seek gifts

- To give thanks well etc...

 

For he who speaks in an unknown tongue does not speak to men, but to God; for no one understands him, and in the spirit he speaks mysteries. 1 Cor 14.2

He who speaks in an unknown tongue edifies himself 1 Cor 14.4

For if I pray in an unknown tongue, my spirit prays well 1 Cor 14.14

So then tongues are for a sign, not to those who believe, but to unbelievers 1 Cor 14.22

For indeed you give thanks well 1 Cor 14.17

 

Paul spoke in tongues more than others because he knew the importance of this in the life of the believer.

I thank my God, I speak more tongues than you all. 1 Cor 14.18

 

The Bible through Paul teaches that in true worship tongues are spoken and interpreted.

1 Cor 14.26 What will you do then, brethren? When you come together, each one has a psalm, a teaching, a revelation, a tongue, an interpretation. Let all things be done for edification

 

The Bible through Paul says that speaking in tongues cannot be prohibited

 

1Co 14.39 do not forbid speaking in tongues.

 

The Bible says through Isaiah 28.9 Whom then shall be taught knowledge? And to whom shall be given understanding of doctrine? To him that is weaned from milk, and to him that is weaned from the breasts?

 

10 For precept shall be upon precept, and precept upon precept, line upon line, line upon line, here a little, and there a little.

 

11 So with stammering lips, and with another tongue, shall he speak unto this people.

 

12 To whom he said, This is the rest, give rest to the weary; and this is the refreshing: but they would not hear.

 

13 So therefore the word of the Lord shall be unto them precept upon precept, precept upon precept, line upon line, line upon line, here a little, and there a little: so that they may go and fall backward, and be broken and snared and taken.

1 Cor 14.21 It is written in the law: With men of other tongues and with other lips I will speak to this people, and yet they will not listen to me, says the Lord.

 

Self-edification is given through the language of baptism

The Bible says through Paul - He who speaks in an unknown tongue edifies himself 1 Co 14.4

The Bible says through Jude, brother of JESUS, Jude 1.20 But you, beloved, building up yourselves on your most holy faith, praying in the HOLY Spirit (praying in tongues)

The Bible says through Paul - Praying always with all prayer and supplication in the Spirit, and being watchful thereunto with all perseverance and supplication for all the saints, Ephesians 6:18

 

Important information

 

1- At Pentecost, the disciples were baptized in the HOLY SPIRIT and spoke in the tongues of baptism, which only GOD understands (1 Corinthians 14:2).

 

2- When there was a gathering of people from various nations, they received the gift of variety of tongues, which includes speaking in one of the possible languages, in which the HOLY SPIRIT gives instant interpretation to the foreign listener so that they can hear in their native language.

 

Conclusion

They spoke in the tongues of baptism, and began to speak in the language of the gift of variety of tongues, and were thus understood by those who heard in their own languages.

 

Pr Henrique – EBD NA TV – +55 99 99152-0454 - Brazil https://ebdnatv.blogspot.com/

 

 

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LIÇÃO ANTIGA COMO BASE DO ESTUDO - LIÇÃO 3 – O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2011 – CPAD – Jovens e Adultos
ATOS DOS APÓSTOLOS – Até aos confins da terra
Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

Também como ajuda para o estudo - Lição 1, Betel, A Descida do ESPÍRITO SANTO – O Início de Uma Transformação na vida do crente, 1Tr25, Pr Henrique, EBD NA TV

https://youtu.be/jm9AIZpGbgM?si=TO6JjbjDFda_uk2E Vídeo

Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2024/12/escrita-licao-1-betel-descida-do.html

Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2024/12/slides-licao-1-betel-descida-do.html

PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-1-betel-a-descida-do-espirito-santo-pptx/274458958

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Atos 2.1-6;12
1 – Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2 – e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3 – E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de. fogo, as quais pousaram sobrei cada um deles. 4 – E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem. 5 – E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. 6 – E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
12 – E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?

 

COMENTÁRIOS CPAD – BEP

2.1 PENTECOSTE. Pentecoste era a segunda grande festa sagrada do ano judaico. A primeira grande festa era a Páscoa. Cinquenta dias após esta, vinha a festa de Pentecoste, nome este derivado do gr. penteekostos (=qüinquagésimo). Era também chamada Festas das Colheitas, porque nela as primícias da sega de grãos eram
oferecidas a DEUS (cf. Lv 23.17). Da mesma forma, o dia de Pentecoste simboliza, para a igreja, o início da colheita de almas para DEUS neste mundo.
2.2,3 UM VENTO… IMPETUOSO, E… LÍNGUAS REPARTIDAS, COMO QUE DE FOGO. As manifestações externas de um som como de um vento poderoso e das línguas de fogo (vv. 2,3) demonstram que DEUS estava ali presente e ativo, de modo poderoso (cf. Êx 3.1-6; 1 Rs 18.38,39). O fogo talvez simbolize a consagração e a separação dos crentes para DEUS, visando a obra de glorificar a CRISTO (Jo 16.13,14) e de testemunhar dEle (1.8). Estas duas manifestações antecederam o batismo no ESPÍRITO SANTO, e não foram repetidas noutros relatos similares do livro de Atos.
2.4 CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO. Qual é o significado da plenitude do ESPÍRITO SANTO recebida no dia de Pentecoste?
(1) Significou o início do cumprimento da promessa de DEUS em Jl 2.28,29, de derramar seu ESPÍRITO sobre todo o seu povo nos tempos do fim (cf. 1.4,5; Mt 3.11; Lc 24.49; Jo 1.33; ver Jl 2.28,29).
(2) Posto que os últimos dias desta era já começaram (v. 17; cf. Hb 1.2; 1 Pe 1.20), todos agora se vêem ante a decisão de se arrependerem e de crerem em CRISTO (3.19; Mt 3.2; Lc 13.3; ver At 2.17).
(3) Os discípulos foram do alto… revestidos de poder (Lc 24.49; cf. At 1.8), que os capacitou a testemunhar de CRISTO, a produzir nos perdidos grande convicção no tocante ao pecado, à justiça, e ao julgamento divino, e a desviá-los do pecado para a salvação em CRISTO (cf. 1.8; 4.13,33; 6.8; Rm 15.19; ver Jo 16.8).
(4) O ESPÍRITO SANTO já revelou sua natureza como aquele que anseia e pugna pela salvação de pessoas de todas as nações e aqueles que receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO ficaram cheios do mesmo anseio pela salvação da raça humana (vv. 38-40; 4.12,33; Rm 9.1-3; 10.1). O Pentecoste é o início das missões mundiais (1.8; 2.6-11,39).
(5) Os discípulos se tornaram ministros do ESPÍRITO. Não somente pregavam JESUS crucificado e ressuscitado, levando outras pessoas ao arrependimento e à fé em CRISTO, como também influenciavam essas pessoas a receber o dom do ESPÍRITO SANTO (vv. 38,39) que eles mesmos tinham recebido no Pentecoste (v. 4). Levar outros ao batismo no ESPÍRITO SANTO é a chave da obra apostólica no NT (ver 8.17; 9.17,18; 10.44-46; 19.6).
(6) Mediante este batismo no ESPÍRITO, os seguidores de CRISTO tornaram-se continuadores do seu ministério terreno. Continuaram a fazer e a ensinar, no poder do ESPÍRITO SANTO, as mesmas coisas que JESUS começou, não só a fazer, mas a ensinar (1.1; Jo 14.12).

2.39 A VÓS, A VOSSOS FILHOS E A TODOS. A promessa do batismo no ESPÍRITO SANTO não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste (v.4), mas também para todos os que cressem em CRISTO durante toda esta era: a vós os ouvintes de Pedro; a vossos filhos à geração seguinte; à todos os que estão longe à terceira geração e às subseqüentes.
(1) O batismo no ESPÍRITO SANTO com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (cf. v. 38; 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem com o fim da era apostólica.
(2) É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no ESPÍRITO que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49).

2.4 COMEÇARAM A FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS. Para um exame do significado do falar em línguas ocorrido no dia de Pentecoste e noutras ocasiões, na igreja do NT ver o estudo O FALAR EM LÍNGUAS aqui abaixo:
No dia do Pentecostes houve a manifestação de um dom do ESPÍRITO SANTO chamado “Dom de Línguas”: Os discípulos (cerca de 120) falavam na língua de origem dos visitantes de Jerusalém.
Havia naquele dia uma multidão em Jerusalém atraídos pelos festejos, DEUS soube escolher o dia para espalhar o evangelho para todas as nações em volta de Jerusalém (Veja mapa acima).
O barulho de 120 pessoas falando em línguas é tremendo e escandaliza ate os crentes de hoje, imagine naquele dia a curiosidade e o susto dos visitantes de Jerusalém!
Era plano de DEUS para evangelizar os povos gentílicos e judeus.

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO (BEP – CPAD)
At 1.5 “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO, não muito depois destes dias.”

Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 1.4 ). A respeito do batismo no ESPÍRITO SANTO, a Palavra de DEUS ensina o seguinte:
(1) O batismo no ESPÍRITO é para todos que professam sua fé em CRISTO; que nasceram de novo, e, assim, receberam o ESPÍRITO SANTO para neles habitar.
(2) Um dos alvos principais de CRISTO na sua missão terrena foi batizar seu povo no ESPÍRITO (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Ele ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem batizados no ESPÍRITO SANTO e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4,5,8).
(3) O batismo no ESPÍRITO SANTO é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do ESPÍRITO é distinta e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo ESPÍRITO, assim também o batismo no ESPÍRITO complementa a obra regeneradora e santificadora do ESPÍRITO. No mesmo dia em que JESUS ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse: “Recebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22), indicando que a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser “revestidos de poder” pelo ESPÍRITO SANTO (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma experiência subsequente à regeneração (ver 11.17; 19.6).
(4) Ser batizado no ESPÍRITO significa experimentar a plenitude do ESPÍRITO, (cf. 1.5; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecoste. Quanto aos que foram cheios do ESPÍRITO SANTO antes do dia de Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão “batizados no ESPÍRITO SANTO”. Este evento só ocorreria depois da ascensão de CRISTO (1.2-5; Lc 24.49-51, Jo 16.7-14).
(5) O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4; 10.45,46; 19.6)
(6) O batismo no ESPÍRITO SANTO outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de CRISTO e ter eficácia no seu testemunho e pregação (cf. 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, na qual a presença, a glória e a operação de JESUS estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).
(7) Outros resultados do genuíno batismo no ESPÍRITO SANTO são: (a) mensagens proféticas e louvores (2.4, 17; 10.46; 1Co 14.2,15); (b) maior sensibilidade contra o pecado que entristece o ESPÍRITO SANTO, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8; At 1.8); (c) uma vida que glorifica a JESUS CRISTO (Jo 16.13,14; At 4.33); (d) visões da parte do ESPÍRITO (2.17); (e) manifestação dos vários dons do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10); (f) maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26); (g) maior amor à Palavra de DEUS e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42) e (h) uma convicção cada vez maior de DEUS como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.6).
(8) A Palavra de DEUS cita várias condições prévias para o batismo no ESPÍRITO SANTO.
(a) Devemos aceitar pela fé a JESUS CRISTO como Senhor e Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto importa em submeter a DEUS a nossa vontade (“àqueles que lhe obedecem”, 5.32). Devemos abandonar tudo o que ofende a DEUS, para então podermos ser “vaso para honra, santificado e idôneo para o uso do Senhor” (2Tm 2.21).
(b) É preciso querer o batismo. O crente deve ter grande fome e sede pelo batismo no ESPÍRITO SANTO (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3; Mt 5.6; 6.33).
(c) Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17).
(d) Devemos esperar convictos que DEUS nos batizará no ESPÍRITO SANTO (Mc 11.24; At 1.4,5).
(9) O batismo no ESPÍRITO SANTO permanece na vida do crente mediante a oração (4.31), o testemunho (4.31, 33), a adoração no ESPÍRITO (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18 ).
Por mais poderosa que seja a experiência inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO sobre o crente, se ela não for expressa numa vida de oração, de testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.
(10) O batismo no ESPÍRITO SANTO ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de DEUS, para, assim, testemunhar com poder e retidão. A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do ESPÍRITO SANTO (ver 4.31 ; cf. 2.4; 4.8, 31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no ESPÍRITO, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o ESPÍRITO, que deve ser renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).

 

O FALAR EM LÍNGUAS (BEP – CPAD)
At 2.4 “E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.”
O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de DEUS para evidenciar o batismo no ESPÍRITO SANTO (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do ESPÍRITO continua o mesmo para os dias de hoje.

O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS.
(1) As línguas como manifestação do ESPÍRITO. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo ESPÍRITO, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo ESPÍRITO.
(2) Línguas como sinal externo inicial do batismo no ESPÍRITO SANTO. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o ESPÍRITO SANTO se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, DEUS vinculou o falar noutras línguas ao batismo no ESPÍRITO SANTO (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no ESPÍRITO SANTO (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.
(3) As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo ESPÍRITO SANTO (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais:
(a) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo ESPÍRITO, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6,13-17).
(b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a DEUS nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4).
Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar (14.2,14,15,28), dar graças (14.16,17) ou cantar (14.15; ver 1Co 14).

 

O QUE QUER ISSO DIZER?
O Que Foi Dito Pelo Profeta Joel (At 2.16-18)
At 2.16 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: 17 E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS, que do meu ESPÍRITO derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;18 e também do meu ESPÍRITO derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão;

1- E nos últimos dias acontecerá, diz DEUS,
NOS ÚLTIMOS DIAS.(1) No AT os últimos dias eram tidos como o tempo em que o Senhor agiria poderosamente, julgando o mal e concedendo salvação ao seu povo (cf. Is 2.2-21; 3.18 4.6; 10.20-23; Os 1.2; Jl 1.3; Am 8.9-11; 9.9-12). (2) O NT revela que os últimos dias começaram com a primeira vinda de CRISTO e o derramamento inicial do ESPÍRITO sobre o povo de DEUS, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor (Mc 1.15; Lc 4.18-21; Hb 1.1,2). Este período específico é caracterizado como a era do juízo contra o mal, da autoridade sobre os demônios, da salvação da raça humana e da presença aqui do reino de DEUS. (a) Estes últimos dias serão assinalados pelo poder do ESPÍRITO SANTO (Mt 12.28). (b) Os últimos dias abrangem a investida do poder de DEUS, através de CRISTO, contra o domínio de Satanás e do pecado. Mesmo assim, a guerra apenas começou; não chegou ao fim, pois o mal e a atividade satânica ainda estão fortemente presentes (Ef 6.10-18). Por isso, somente a segunda vinda de JESUS aniquilará a atividade do poder maligno e encerrará os últimos dias (cf. 1 Pe 1.3-5; Ap 19). (c) Os últimos dias serão um período de testemunho profético, conclamando todos a se arrependerem, crerem em CRISTO e experimentarem o derramamento do ESPÍRITO SANTO (1.8; 2.4,38-40; Jl 2.28-32). Devemos proclamar a obra salvífica de CRISTO, no poder do ESPÍRITO, mesmo enquanto antevemos o dia final da ira (Rm 2.5), i.e.: o grande e glorioso Dia do Senhor (2.20b). Devemos viver todos os dias em vigilância, esperando o dia da redenção e a volta de CRISTO para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1 Ts 4.15-17). (d) Os últimos dias introduzem o reino de DEUS com sua demonstração de pleno poder (ver Lc 11.20). Devemos ter a plenitude desse poder no conflito contra as forças espirituais do mal (2 Co 10.3-5; Ef 6.11,12) e no sofrimento por causa da justiça (Mt 5.10-12; 1 Pe 1.6,7)

2- que do meu ESPÍRITO derramarei
O derramamento do ESPÍRITO SANTO e os sinais sobrenaturais que o acompanham, não podem ser limitados unicamente ao dia de Pentecoste. O poder e a bênção do ESPÍRITO SANTO são para todo cristão receber e experimentar, no decurso de toda a era da igreja, que é a totalidade do período de tempo entre a primeira e segunda vinda de CRISTO (Ap 19.20; ver At 2.39

3- sobre toda a carne
MEUS SERVOS E MINHAS SERVAS. Segundo a profecia de Joel, citada por Pedro, o batismo no ESPÍRITO SANTO é para aqueles que já pertencem ao reino de DEUS, i.e., servos de DEUS, ou crentes; tanto homens como mulheres salvos, regenerados, pertencentes a DEUS.

Plataforma Para A Manifestação Dos Dons E Outras Maravilhas Do ESPÍRITO SANTO.
O crente precisa receber o batismo com o ESPÍRITO SANTO para que receba o restante do “pacote” espiritual, os dons do ESPÍRITO SANTO.

O Revestimento Do ESPÍRITO SANTO É O Segredo Da Nossa Vitória
Sereis revestidos de poder = Poder é o que está faltando a muitos que estão pregando vãs filosofias ao invés de entrar para as fileiras dos marcham para vencer e e serem vencedores com CRISTO, cheios do ESPÍRITO SANTO

É A Provisão De DEUS Para Os Últimos Dias

1- Estão cheios de mosto
2.13 MOSTO. Mosto (gr. gleukos) normalmente se refere ao suco de uva não fermentado. Aqueles que zombavam dos discípulos talvez hajam empregado este termo, ao invés da palavra mais comum no NT para vinho (oinos), porque sabiam que os discípulos de JESUS usavam somente este tipo de vinho doce, não fermentado. Neste caso, sua zombaria teria sido sarcástica.

2- São homens sem letras
Assim queriam dizer que só os ignorantes e iletrados seguiam esta nova religião. Não sabiam que as coisas de DEUS se discernem espiritualmente e não pela mente e sabedoria humanas.

3- O batismo com o ESPÍRITO SANTO vem de fonte impura
JESUS foi acusado de ter demônio, e pior do que isto, de ter o príncipe dos demônios; como seguidores de JESUS também passamos por estas acusações daqueles que não sabem que nós é que expulsamos os demônios daqueles que são dominados por eles, em nome de JESUS.

4- Ficamos ao lado de Pedro na defesa desta grandiosa bênção
Pedro pregou um longo discurso dizendo que não estavam embriagados sendo aquela a hora de 09:00h da manhã (terceira hora do dia), também disse que aquilo que estava acontecendo era a promessa de DEUS predita pelo profeta Joel, por Isaías e pelo próprio JESUS.

Que Quer Isto Dizer?
Isto quer dizer que DEUS inaugurou sua Igreja na terra, Igreja de fogo e de poder, ela será vitoriosa nas lutas e batalhas que lhe forem impostas pelo inimigo pois seu general é cristo, sendo o ESPÍRITO SANTO seu poder para vencer e ser vencedor sempre.

 

SINAIS DOS CRENTES (CPAD – BEP)
Mc 16.17,18: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão”.
As Escrituras ensinam claramente que CRISTO quer que seus seguidores operem milagres ao anunciarem o evangelho do reino de DEUS (ver Mt 10.1; Mc 3.14,15; Lc 9.2; 10.17; Jo 14.12).
(1) Estes sinais (gr. semeion), realizados pelos discípulos verdadeiros, confirmam que a mensagem do evangelho é genuína, que o reino de DEUS chegou à terra com poder e que o Senhor JESUS vivo e ressurreto está presente entre os seus, operando através deles (ver Jo 10.25; At 10.38).
(2) Cada um destes sinais (exceto a ingestão de veneno) ocorreu na igreja primitiva:
(a) falar novas línguas (ver At 2.4; 10.46; 19.6; 1Co 12.30; 14);
(b) expulsar demônios (At 5.15,16; 16.18; 19.11,12);
(c) escapar da morte por picada de serpente (At 28.3-5); e
(d) curar os enfermos (At 3.1-7; 8.7; 9.33,34; 14.8-10; 28.7,8).
(3) Essas manifestações espirituais devem continuar na igreja até a volta de JESUS. Conforme vemos nas Escrituras, esses sinais não foram limitados ao período que se seguiu à ascensão de JESUS (ver 1Co 1.7; Gl 3.5).
(4) Os discípulos de CRISTO não somente deviam pregar o evangelho do reino e levar a salvação àqueles que crêem (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47), mas também concretizar o reino de DEUS, como fez JESUS (At 10.38) ao expulsar demônios e curar doenças e enfermidades.
(5) JESUS deixa claro, em Mc 16.15-20, que esses sinais não são dons especiais para apenas alguns crentes, mas que seriam concedidos a todos os crentes que, em obediência a CRISTO, dão testemunho do evangelho e reivindicam as suas promessas.
(6) A ausência desses “sinais” na igreja, hoje, não significa que CRISTO falhou no cumprimento de suas promessas. A falta, conforme JESUS declara, está na vida dos seus seguidores (ver Mt 17.17).
(7) CRISTO prometeu que sua autoridade, poder e presença nos acompanharão à medida que lutarmos contra o reino de Satanás (Mt 28.18-20; Lc 24.47-49). Devemos libertar o povo do cativeiro do pecado pela pregação do evangelho, mediante uma vida de retidão (Mt 6.33; Rm 6.13; 14.17) e pela operação de sinais e milagres através do poder do ESPÍRITO SANTO (ver Mt 10.1; Mc 16.16-20; At 4.31-33).

 

PALAVRA CHAVE – BATISMO – Significa (do grego baptisma) mergulho, submersão.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, atualmente diversos estudiosos, com pressupostos cessasionistas, negam o Batismo com o ESPÍRITO SANTO com a evidência inicial de falar em outras línguas ou dizem que isso foi só para época dos apóstolos, bem como negam a atualidade dos dons espirituais. Porém as supostas provas apresentadas por eles não se sustentam ante a hermenêutica bíblica. Explique aos alunos que o batismo com o ESPÍRITO SANTO, como bênção distinta da conversão e a atualidade dos dons espirituais são bíblicos, possíveis e necessários de serem desfrutados nos dias hodiernos. Boa aula!

 

RESUMO DA LIÇÃO 3 – O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES
INTRODUÇÃO
Quão sólidas são as bases bíblicas e teológicas do batismo com o ESPÍRITO SANTO.
I. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. O batismo com o ESPÍRITO SANTO.
2. A evidência inicial e física do batismo com o ESPÍRITO SANTO.
II. FUNDAMENTOS DO BATISMO NO O ESPÍRITO SANTO
1. Moisés.
2. Isaías.
3. Joel.
4. João Batista.
5. JESUS.
III. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA DA IGREJA
A história da Igreja Cristã mostra que do Pentecostes em Jerusalém aos dias de hoje, houve continuidade na dispensação dessa tão inefável promessa.
O que diremos de Finney?
IV. OS OBJETIVOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
1. Poder e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor JESUS CRISTO.
2. Reverência diante das coisas de DEUS.
3. A experimentação da plenitude espiritual.
CONCLUSÃO
A promessa diz respeito a todos os que crêem e aceitam o Filho de DEUS como o seu único e suficiente Salvador.

 

RESUMO RÁPIDO (Pr. Luiz Henrique)

I. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
1. O batismo com o ESPÍRITO SANTO. É o revestimento de poder para evangelizar destemidamente e ousadamente crendo na unção e no poder do ESPÍRITO SANTO.
2. A evidência inicial e física do batismo com o ESPÍRITO SANTO. Línguas são sinais evidentes do batismo e dons são sinais do batismo com fogo.
Sonho, revelação, falar línguas aprendidas com alguém ou numa escola – nada disso é batismo com o ESPÍRITO SANTO. – Só é batizado(a) no ESPÍRITO SANTO aquele(a) que fala em línguas novas ou desconhecidas quando é batizado(a).


II. FUNDAMENTOS DO BATISMO NO O ESPÍRITO SANTO
1. Moisés. Quando a bíblia diz que Eldade e Medade profetizavam no arraial equivale a dizer que falavam em línguas desconhecidas, enquanto os outros escolhidos por Moisés falavam lá na tenda onde estavam Moisés, Josué e os escolhidos por DEUS para ajudar Moisés em sua grande tarefa de instruir o povo na lei.
2. Isaías. Aqui o profeta cita as muitas águas sobre os sedentos. A principal motivação para o batismo é estar sedento pelo ESPÍRITO SANTO (desejoso de receber).
Isaias falou também acerca do batismo do ESPÍRITO SANTO assim: “Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o SENHOR a este povo, ao qual disse: Este é o descanso… e este é o refrigério…” (Isaias 28:11-12, cf com 1 Coríntios 14:2).
Daniel – 5:24-28 As palavras são apresentadas como “Mene”, que significa “numerado”; “Tequel”, que significa “pesado”; e “Ufarsim” ou “Peres” (5:28), que significa “divisão.” (“Peres” é a forma singular de “Ufarsim”). A mensagem que Daniel interpretou revelava a queda do reino babilônio era uma interpretação de línguas (Dom do ESPÍRITO SANTO atual).
3. Joel. A profecia mais clara e evidente do derramamento do ESPÍRITO SANTO profetizado para ocorrer em duas etapas: Para o período da Igreja e no milênio.
4. João Batista. Ele mesmo dizia claramente: “Vos batizará com o ESPÍRITO SANTO”.
5. JESUS. A ordem de JESUS era que ficassem em Jerusalém até que do alto recebessem a promessa do PAI – O batismo com o ESPÍRITO SANTO, o poder para testemunhar com sinais e prodígios. Só depois deveriam evangelizar.


III. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA DA IGREJA
A história da Igreja Cristã mostra que do Pentecostes em Jerusalém aos dias de hoje, houve continuidade na dispensação dessa tão inefável promessa.
O que diremos de Lutero? Wesley? Finney?
O que podem dizer os que não receberam ainda o batismo? Poderiam dizer que esses homens e mulheres santos de DEUS estão mentindo ou sendo usados por Satanás? Seria absurdo afirmar isso a respeito de homens como Lutero, Wesley, Finney, Gunnar Vingren, Daniel Berger, etc…
É evidente essa maravilha hoje no meio do povo de DEUS, basta entrar em qualquer igreja evangélica que crê no batismo com o ESPÍRITO SANTO.


IV. OS OBJETIVOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
1. Poder e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor JESUS CRISTO. O padrão bíblico para a pregação do evangelho é primeiro milagres, depois pregação do evangelho, depois batismo nas águas e depois batismo com ou no ESPÍRITO SANTO (podendo ocorrer antes mesmo do batismo nas águas, como aconteceu com Cornélio e seus parentes e amigos) e depois recebimento de dons do ESPÍRITO SANTO.
2. Reverência diante das coisas de DEUS. À medida que vamos conhecendo mais a respeito do poder do ESPÍRITO SANTO, mais reverentes vamos ficando e mais desejosos de recebermos mais DELE em nosso ministério.
3. A experimentação da plenitude espiritual. Não há alegria maior do que experimentar das maiores riquezas que existem – as coisas espirituais, as manifestações poderosas do ESPÍRITO SANTO.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I – Subsídio Bibliográfico
“Falar em Línguas (Glossolalia)
‘Glossolalia’ é um termo técnico frequentemente utilizado para o falar em línguas sobrenaturais, ou seja, que não são faladas em nenhum país; é uma forma combinada das palavras gregas lalia (‘discurso’, ‘fala’) e glossa (‘língua’, ‘linguagem’). O fenômeno de falar em línguas, ao contrário do vento e do fogo, é integral para os discípulos que são cheios do ESPÍRITO. ‘E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia a verbalização inspirada’ (At 2.4 – [tradução do autor]). O registro diz que os discípulos ‘começaram [archoma] a falar noutras línguas’ (At 2.4). Não existe indicação de que os discípulos tenham iniciado, ou de que eles mesmos ‘começaram’ o falar em línguas. […] O significado de ‘eles começaram a falar em línguas’ é simplesmente ‘eles falaram em línguas’. […] Os discípulos em Pentecostes falaram em línguas ‘conforme o ESPÍRITO ia dando-lhes verbalização inspirada’ [tradução do autor], não sob o próprio ímpeto deles. A expressão ‘conforme’ (kathos) pode ser traduzida como ‘na medida em que’ (Ver Mc 16.1 7; At 2.4; 10.46; 19.6; 1 Co 12.10,28,30; 13.8; 14.2,46,13,14,18, 19,22,23,26)” (PALMA, Anthony D. O Batismo no ESPÍRITO SANTO e Com Fogo. Os Fundamentos Bíblicos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp. 61-63).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II – Subsídio Devocional
O Testemunho Pessoal de Donald Gee
“[.u] numa noite de quarta-feira, em março de 1913, toquei órgão no culto de meio de semana na igreja Congregacional (que terminava às 21h pontualmente), e depois corri para desfrutar do restante da reunião de Highbury New Park. Depois do término da reunião (aproximadamente às 22h e 30min), o irmão que vinha dirigindo o culto, um respeitável pastor irlandês, colocou-me à prova numa espécie de catecismo.
– Tem certeza da salvação?
-Sim.
– Já é batizado? – Sim.
– Já é batizado com o ESPÍRITO SANTO? – Não.
– E por que não?
Expliquei-lhe minha aversão a ‘esperas’ que pareciam uma eternidade. Ele incentivou-me dizendo que isso não era necessário. E, abrindo sua Bíblia, leu para mim Lucas 11.13, e depois Marcos 11.24. Então perguntou-me se eu acreditava nesses versículos. Garanti-lhe que sim e, no momento em que lhe demonstrei minha fé, era como se DEUS jorrasse do Céu para o interior do meu coração uma certeza absoluta de que essas promessas estavam sendo realmente cumpridas em mim. [u.] Desde aquele instante, minha alegria e satisfação foram intensas, […]. Experimentei uma nova plenitude acima das palavras, e descobri que me tornava cada vez mais difícil adequar à minha voz todo o louvor existente em minha alma. Essa situação continuou durante duas semanas aproximadamente […]. Um louvor crescente afluía agora em minha alma, também nas reuniões, até que comecei a falar em outras línguas publicamente. Cantava muito em línguas também quando a pequena congregação era levada pelo ESPÍRITO SANTO a esse fim durante nossos momentos de oração e adoração. Toda minha experiência cristã foi revolucionada. Eu não procurava mais aqui e ali por uma satisfação espiritual – eu a havia encontrado. Todo meu prazer estava na oração, no estudo da Bíblia e nos irmãos em CRISTO. Isso aconteceu apenas seis semanas antes do meu casamento, e um velho pastor batista, que veio para tentar questionar-me sobre minha recente bênção, teve de admitir que nunca havia conhecido um rapaz tão próximo de um acontecimento feliz, e ainda assim tão interessado nas coisas espirituais. Minha esposa, felizmente, sentia tudo da mesma forma que eu; e nós nos alegrávamos juntos” (GEE, Donald. Como Receber o Batismo no ESPÍRITO SANTO. Vivendo e testemunhando com poder. 1.ed. CPAD, 2001, pp.13-15).

 

 

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A Vinda do ESPÍRITO SANTO. 2:1-41. Comentário Bíblico Moody

Há um sentido real no qual a Igreja tem o seu dia de nascimento no dia de Pentecostes, quando o ESPÍRITO SANTO foi dado aos homens de maneira nova para unir os crentes em JESUS através de um novo relacionamento.

1. Pentecoste, significando o qüinquagésimo, é a palavra grega para a Festa das (sete) Semanas descrita em Lv. 23:15-22, que celebrava a conclusão da colheita.

2. Todos os 120 discípulos estavam reunidos em um só grupo e no mesmo lugar – provavelmente o cenáculo (1:13). De comum acordo é o que diz um texto inferior.

Veio do céu um som, como de um vento impetuoso. Não foi um vento; tinha o som de um vento. Pneuma pode ser tanto vento como espírito; e o vento é um símbolo do poder do ESPÍRITO e também de sua invisibilidade (Jo. 3:8). O que eles viram não foram realmente línguas de fogo mas como de fogo.

3. O sinal visível foi algo que só podia ser comparado às chamas do fogo que se dividiam em línguas separadas as quais repousaram sobre cada um dos discípulos. Muitos compreenderam que era o cumprimento da promessa feita por João do batismo com fogo (Lc. 3:16). Entretanto, não havia fogo presente no Pentecostes, mas algo como fogo; e o contexto do Evangelho sugere que o batismo de fogo é o juízo daqueles que rejeitam o Messias – o queimar da palha com fogo inextinguível.

4. Quando o ESPÍRITO SANTO foi dado aos homens, os discípulos foram batizados (1:5) e ao mesmo tempo cheios do ESPÍRITO SANTO. O batismo do ESPÍRITO foi descrito em I Co. 12:13. É obra do ESPÍRITO SANTO reunir pessoas de diversas raças e antecedentes sociais variados em um só corpo – o corpo de JESUS Cristo, que é a sua Igreja. No sentido restrito da palavra, Pentecostes foi o dia do nascimento da Igreja. Este batismo com o ESPÍRITO nunca se repetiu. Foi mais tarde estendido aos crentes na Samaria (Atos 8), aos gentios (caps. 10 e 11), e aos discípulos de João Batista (19:1-6). O enchimento com o ESPÍRITO foi muitas vezes repetido, mas não o batismo com o ESPÍRITO.

5. Os discípulos foram, ao que parece, levados do cenáculo para um lugar aberto na cidade, possivelmente a área do templo, onde havia uma multidão reunida. Os homens piedosos eram judeus da Diáspora, que foram esparsos pelo mundo mediterrâneo mas que retornaram à Cidade Santa.

6. As outras línguas (v. 4). Não linguagem de êxtase religioso. Por meio de um milagre a língua dos apóstolos foi traduzida pelo ESPÍRITO SANTO em diversas línguas sem que houvesse um tradutor humano. Este fenômeno não é o mesmo que a glossolália ou dom de línguas de 1Co 12 e 14, que eram ininteligíveis até que fossem interpretadas. Possivelmente o ESPÍRITO SANTO agia como intérprete no Pentecoste, de modo que diversos grupos que falaram em línguas diferentes ouvissem a sua própria língua sem a mediação de intérprete humano.

7. Foi uma coisa espantosa que esses homens cujo sotaque mostravam que eram judeus galileus parecessem falar muitas línguas estrangeiras, e não sabiam mesmo..

9-11. Esses países formavam um circuito à volta de todo o Mar Mediterrâneo. Muitos desses povos podiam falar o grego popular do mundo helênico, mas falavam também suas línguas nativas (cons. 14:11). Romanos que aqui residem. Judeus e gentios convertidos (prosélitos) vindos de Roma, que estavam temporariamente residindo em Jerusalém.

12, 13. Todos os ouvintes estavam perplexos (cheios de dúvida) sem entender o que estava acontecendo. A acusação de bebedeira sugere que além das línguas estrangeiras, havia também o elemento estático nesse primeiro dom de línguas, havia alguns que caíram pelo chão, gritaram, sorriram (como é comum em batismos com o ESPÍRITO SANTO – cada um reagirá como sua personalidade lhe aprouver – se dezenas de pessoas levarem uma mesma carga de choque, terão, com certeza, dezenas de reações diferentes).

14. Uma grande multidão reuniu-se por causa dessa agitação (v. 6), provavelmente no pátio externo da área do templo. Pedro ofereceu uma explicação do que tinha acontecido diante dos seus olhos e então partiu para uma proclamação do Evangelho, que essencialmente se constituiu no anunciamento do Messiado de JESUS e a promessa de que todos que se arrependessem e cressem também receberiam o batismo como ESPÍRITO SANTO já prometido no AT pelo profeta Joel e agora confirmado por JESUS.

15. Primeiro Pedro acabou com a ideia de que os discípulos estivessem bêbados, fazendo ver que eram apenas nove horas da manhã e portanto cedo demais para que alguém estivesse bêbado.

16. Não era nenhum espírito mas o ESPÍRITO SANTO que se apossara deles. Pedro citou Joel 2:28-31, que prediz o derramamento do ESPÍRITO SANTO sobre Israel na era messiânica. É importante que se observe que uma profecia que, em Joel, foi dirigida à nação de Israel, cumpria-se agora na Igreja Cristã. No propósito redentor de DEUS, entretanto, Israel também se inclui no cumprimento desta profecia (Rm. 11:26).

17. Nos últimos dias não se encontra na profecia de Joel mas foi acrescentado por Pedro sob divina inspiração. No V.T. esta frase indica a era messiânica no reino de DEUS (Is. 2:2; Os. 3:5). A dispensação do Evangelho é, portanto, um estágio na realização das bênçãos da dispensação messiânica. No V.T., o ESPÍRITO SANTO era concedido principalmente a pessoas que ocupavam posições oficiais na teocracia de Israel – reis, sacerdotes e profetas. A nova missão do ESPÍRITO SANTO era repousar sobre toda a carne, isto é, sobre todo o povo de DEUS e não somente sobre os líderes oficiais. A promessa de que esse novo derramamento do ESPÍRITO resultaria em uma nova manifestação de profecia, visões e sonhos, cumpriu-se na experiência dos apóstolos e profetas da dispensação do N.T. Criam os judeus que o ESPÍRITO SANTO, que inspirava os profetas do V.T. e suas mensagens, silenciara durante o Período Intertestamentário. Pedro assegurou que o ESPÍRITO SANTO tornara-se ativo novamente em uma nova manifestação do propósito redentor de DEUS. Isto se vê nas últimas palavras de Atos 2:18, onde Pedro acrescentou à profecia de Joel a declaração, e profetizarão. Esta nova manifestação de profecia agora era dada diretamente por JESUS, o Messias, através do ESPÍRITO SANTO.

19, 20. A última metade desta profecia de Joel não se cumpriu nos dias de Pedro como se cumpriu o derramamento do ESPÍRITO. O dia do Senhor. O dia da vinda do Senhor em glória para estabelecer o seu reino no mundo com poder e glória. Esta consumação final seguir-se-á a um julgamento que sobrevirá à ordem terrestre e da catástrofe cósmica emergirá uma nova e redimida ordem da natureza e do mundo (Rm. 8:21). Os últimos dias são, assim, destacados do Dia do Senhor, QUE ACONTECERÁ SÓ NO FINAL DA GRANDE TRIBULAÇÃO.

21. Esse derramamento do ESPÍRITO SANTO ocasionará um grande dia de salvação, e qualquer um que invocar o nome do Senhor será salvo.

Senhor em Joel refere-se a DEUS, mas Pedro e a igreja primitiva aplicou-o a JESUS exaltado.

22, 23. Pedro recapitulou a vida e morte de JESUS para mostrar que não foi mero acidente mas que aconteceu dentro do plano redentor de DEUS. Apesar do fato de DEUS ter autenticado o Cristo por meio de milagres, prodígios e sinais... entre vós os judeus, eles o entregaram às mãos de iníquos, os romanos, que ignoravam a lei de DEUS, para que fosse crucificado e morto. Apesar de que nem romanos nem judeus foram absolvidos da culpa, a morte de JESUS aconteceu de acordo com um determinado desígnio e presciência de DEUS.

24. Embora juízes humanos condenassem JESUS à morte, uma corte mais alta ressuscitou-o dos mortos, uma vez que era impossível que o Messias permanecesse sob o poder da morte.

25-28. Logo a seguir Pedro provou que a morte do Cristo fazia parte do plano redentor de DEUS, mostrando que fora previsto nas Escrituras do V.T. Citou o Sl. 16:8-11, uma passagem que no seu próprio contexto refere-se a Davi e a sua esperança de salvação da morte. Mesmo na morte, Davi esperava ver a face do Senhor. Por isso Ele podia se submeter à experiência da morte na esperança de que DEUS não abandonaria a sua alma na morte (Sheol), a habitação dos mortos depois da morte, nem permitiria que Ele visse corrupção da sepultura. Uma vez que DEUS é o DEUS dos vivos, apesar do V.T. não revelar plenamente a vida após a morte, Davi estava confiante que DEUS lhe mostraria os caminhos da vida e lhe proporcionaria a plenitude da alegria da presença divina mesmo depois da morte, também sendo uma profecia messiânica, pois Davi teve corrupção de seu corpo após a morte, mas JESUS ressuscito num corpo incorruptível e glorioso.

29. O apóstolo tornou claro que esses versículos não podiam se referir a Davi, uma vez que Davi morreu de fato e experimentou a corrupção. Na verdade, o seu túmulo podia ser visto ao sul da cidade de Jerusalém. O salmista, portanto devia estar se referindo a um descendente de Davi mais importante, ao Messias.

30, 31. Deduz-se que o salmista falou profeticamente de um dos seus descendentes, o Cristo que se assentaria no trono de Davi. Nessas palavras de Davi, Pedro encontrou a profecia da ressurreição de Cristo.

32. A ressurreição do Messias, prevista pelo salmista, podia ser agora comprovada pela experiência dos apóstolos.

33. JESUS não fora apenas ressuscitado dos mortos; Ele também foi exaltado, pois, à destra de DEUS e dessa posição exaltada derramou sobre o Seu povo o dom do ESPÍRITO SANTO profetizado por Joel.

34, 35. Novamente Pedro citou os Salmos (110:1) para mostrar que a exaltação de Cristo também estava nas Escrituras proféticas. O Senhor DEUS dissera ao Messias, o Senhor de Davi, que Ele se assentaria à direita de DEUS até que todos os seus inimigos estivessem subjugados. Desses versículos podemos concluir que Cristo continua entronizado nos céus e no sentido literal está exercendo o seu reinado messiânico (Ap. 3:21).

36. O coração do Evangelho é este: que JESUS, ressuscitado dos mortos e exaltado à direita de DEUS, foi feito Senhor e Cristo (Messias). Seu messiado significa senhorio; Ele reina à direita de DEUS como Senhor e Rei. O cumprimento do ofício messiânico realizou-se de maneira nova e inesperada. O Senhorio de Cristo foi a doutrina cardinal da cristandade primitiva. JESUS entrou no exercício de Seu Senhorio em virtude de Sua exaltação (Fl. 2:9-11) e a salvação se encontra confessando que JESUS é o Senhor (Rm. 10:9).

37. Os ouvintes de Pedro ficaram convencidos e convictos. Compungiu-se-lhes o coração compreendendo que tinham condenado à morte o Messias de DEUS, e consequentemente perguntaram o que deviam fazer para se livrarem dessa horrível culpa.

38. Pedro replicou que a misericórdia podia perdoar até mesmo esse pecado. Era preciso que houvesse uma reação dupla: arrepender-se e ser batizado em nome de JESUS Cristo. Arrepender-se significa dar meia-volta e abandonar seus caminhos pecaminosos, confessando a fé em JESUS como seu Messias. O batismo seria a evidência pública desse espírito de arrependimento. O resultado seria a remissão dos pecados e a recepção do dom do ESPÍRITO SANTO. A recepção do ESPÍRITO SANTO não depende do batismo, mas segue-se ao batismo, que é o sinal exterior e visível de um espírito penitente. Na igreja primitiva os convertidos eram batizados sem delongas. Assim o batismo e a recepção do ESPÍRITO eram praticamente simultâneos.

39. Essa nova era de bênçãos messiânicas, explicou Pedro, concederia o ESPÍRITO SANTO não apenas aos líderes tais como profetas, sacerdotes e reis, mas sobre todos os que se arrependessem, sobre seus descendentes e até sobre os de fora da família de Israel, a todos quantos DEUS chamasse para a salvação.

O dom do ESPÍRITO SANTO. O dom do próprio ESPÍRITO, não algum dom que o ESPÍRITO concede.

40, 41. O apóstolo, logo após, exortou seus ouvintes a salvarem-se desta geração perversa, que condenara JESUS à morte, aceitando o seu apelo de arrependimento e o seu testemunho de que JESUS era o Messias deles. O resultado foi que cerca de três mil pessoas aceitaram sua palavra e foram batizadas professando sua fé e foram acrescentadas à comunidade do pequeno círculo de crentes. Não há nenhuma indicação de que os apóstolos tenham imposto as mãos sobre esses novos convertidos para que eles recebessem o ESPÍRITO SANTO.

 

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Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - Teologia Sistemática - Myer Pearman

 

Revestimento de poder.

Nesta seção consideraremos os seguintes fatos concernentes à dotação de poder: seu caráter geral, seu caráter especial, sua evidência inicial, seu aspecto continuo, e a maneira de sua recepção.

(a) Sua natureza geral. As seções anteriores trataram da obra regeneradora e santificadora do ESPÍRITO SANTO; nesta seção trataremos de outro modo de operação: sua obra vitalizante. Esta última fase da obra do ESPÍRITO é apresentada na promessa de Cristo: "Mas recebereis a virtude do ESPÍRITO, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas" (Atos 1:8).

1) A característica principal dessa promessa é poder para servir e não a regeneração para a vida eterna. Sempre que lemos acerca do ESPÍRITO vindo sobre, repousando sobre, ou enchendo as pessoas, a referência nunca é à obra salvadora do ESPÍRITO, mas sempre ao poder para servir.

2) As palavras foram dirigidas a homens que já estavam em relação íntima com Cristo. Foram enviados a pregar, armados de poder espiritual para esse propósito (Mat. 10:1); a eles foi dito: "os vossos nomes estão escritos nos céus" (Luc. 10:20); sua condição moral foi descrita nas palavras: "Vos já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado" (João 15:3); sua relação com Cristo foi ilustrada com a figura: "Eu sou a videira, vós as varas" (João 15:5); eles conheciam a presença do ESPÍRITO com eles (João 14:17); sentiram o sopro do Cristo ressuscitado e ouviram-no dizer: "recebei o ESPÍRITO SANTO" (João 20:22). Os fatos acima mencionados demonstram a possibilidade de a pessoa estar em contato com Cristo e ser seu discípulo, e, contudo, carecer do revestimento especial mencionado em Atos 1:8. Pode-se objetar que tudo isso se refere aos discípulos antes do Pentecoste; mas em Atos 8:12-16 temos o caso de pessoas batizadas em Cristo que receberam o dom do ESPÍRITO alguns dias depois.

3) Acompanhando o cumprimento dessa promessa (Atos 1:8) houve manifestações sobrenaturais (Atos 2:1-4), das quais, a mais importante e comum foi o milagre de falar em LÍNGUAS. Que essa expressão oral, sobrenatural, acompanhou o recebimento do poder espiritual é declarado em dois outros casos (Atos 10:44-46; 19:1-6) e infere-se de mais outro caso. (Atos 8:14-19.)

4) Esse revestimento é descrito como um batismo (Atos 1:5). Quando Paulo declara que somente há um batismo (Efés. 4:5), ele se refere ao batismo no corpo de CRISTO.

5) Esse revestimento é a comunicação de poder que é descrita como ser cheio do ESPÍRITO SANTO. Aqueles que foram batizados com o ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste foram cheios do ESPÍRITO SANTO.

 

(b) Suas características especiais.  Os fatos acima expostos nos levam à conclusão de que o crente pode experimentar um revestimento de poder, experiência suplementar e subsequente à conversão cuja manifestação inicial se evidencia pelo milagre de falar em língua por ele nunca aprendida.

O Novo Testamento ensina que a pessoa não pode ser cristã sem ter o ESPÍRITO, isto é, ser habitação do ESPÍRITO. "Se alguém não tem o ESPÍRITO de Cristo, esse tal não é dele" (Rom. 8:9). Que o ESPÍRITO de Cristo significa o ESPÍRITO SANTO, indica-se pelo contexto e se prova por 1 Ped. 1:11 onde a frase "espírito de Cristo" pode referir-se unicamente ao ESPÍRITO SANTO. Outras referências são citadas para sustentar a mesma verdade. (Rom. 5:5; 8: 14, 16; 1Cor. 6:19; Gal. 4:6; 1João 3:24; 4:13.) Também se afirma que muitos obreiros cristãos têm experimentado unções do ESPÍRITO, por meio das quais foram capacitados a ganhar almas para Cristo e fazer outras obras cristãs e, no entanto, esses não falaram em outras línguas. Não se pode negar que existe um verdadeiro sentido no qual todas as pessoas verdadeiramente regeneradas têm o ESPÍRITO.

Mas como é natural, surge a pergunta: "Que há de diferente e suplementar na experiência chamada batismo no ESPÍRITO SANTO? Respondemos da seguinte maneira: Há um ESPÍRITO SANTO, mas muitas operações desse ESPÍRITO; assim como há uma eletricidade, mas muitas operações dessa eletricidade, a qual aciona fábricas, ilumina as nossas casas, faz funcionar as geladeiras, e efetua muitos outros trabalhos, da mesma maneira, o mesmo ESPÍRITO regenera, santifica, dá vigor, ilumina e reveste de dons especiais. O ESPÍRITO regenera a natureza humana na ocasião da conversão; depois, sendo o ESPÍRITO de santidade que habita no interior, ele produz o "fruto do ESPÍRITO", as características distintivas do caráter cristão. Em certas ocasiões, os crentes fazem uma consagração especial e recebem vitória sobre o pecado, e há conseqüente aumento do gozo e paz, experiência que, às vezes, tem sido chamada "santificação", ou uma "segunda obra da graça". Mas além dessas operações do ESPÍRITO SANTO, há outra, cujo propósito especial é dar energia à natureza humana para um serviço para DEUS, resultando em uma expressão externa dum caráter sobrenatural. Duma maneira geral, S. Paulo se refere a essa expressão exterior como "a manifestação do ESPÍRITO" (1Cor. 12:7), talvez em contraste com as operações mais quietas e secretas do ESPÍRITO. No Novo Testamento essa experiência é assinalada por expressões como: "descer sobre", "ser derramado" e "ser cheio com", expressões essas que dão a ideia de algo repentino e sobrenatural. Todas essas expressões são usadas em conexão com a experiência conhecida como o batismo no ESPÍRITO SANTO. (Atos 1:5.) A operação do ESPÍRITO SANTO descrita por essas expressões é tão distinta de suas manifestações quietas e usuais, que os eruditos criaram uma palavra para descrevê-la. Essa palavra é "carismático", duma palavra grega frequentemente usada para designar um revestimento especial de poder espiritual. A. B. Bruce, erudito presbiteriano, escreve: A obra do ESPÍRITO era entendida como transcendente, milagrosa e carismática. O poder do ESPÍRITO SANTO em um poder que vinha de fora, produzindo efeitos extraordinários que chamaram a atenção até do observador profano, como Simão o mago. Ao mesmo tempo que reconhece que os cristãos primitivos creram também nas operações santificadoras do ESPÍRITO (ele cita Atos 16:14), e sua inspiração de fé, esperança e amor em seus corações, o mesmo escritor conclui: O dom do ESPÍRITO SANTO veio a significar... o dom de falar em estado de êxtase, e de profetizar com entusiasmo, e curar os doentes pela oração. O ponto que desejamos acentuar é o seguinte: o batismo com o ESPÍRITO SANTO, que é um batismo de poder, é de caráter "carismático", a julgar pelas descrições dos resultados desse revestimento. Assim, ao mesmo tempo que admitimos livremente que cristãos são nascidos do ESPÍRITO, e que obreiros têm sido ungidos com o ESPÍRITO, afirmamos que nem todos os cristãos têm experimentado a operação "carismática" do ESPÍRITO, acompanhada por expressão oral, o falar repentino e sobrenatural.

 

(c) Sem evidência inicial. Como sabemos que a pessoa recebeu revestimento "carismático" do ESPÍRITO SANTO? Em outras palavras: Qual é a evidência de que a pessoa recebeu o batismo no ESPÍRITO SANTO? A questão não se resolve pelos quatro Evangelhos, porque estes contêm profecias da vinda do ESPÍRITO, e uma profecia toma-se clara somente pelo seu cumprimento; nem tampouco se resolve pelas Epístolas, porque em sua maioria são instruções pastorais às igrejas estabelecidas nas quais o poder do ESPÍRITO com suas manifestações exteriores era considerado como a experiência normal de todo cristão. É, portanto, evidente que o assunto deve decidir-se pelo livro de Atos dos Apóstolos que registra muitos casos de pessoas que receberam o batismo no ESPÍRITO e descreve os resultados que se seguiram. Admitimos que em todos os casos mencionados no livro de Atos, os resultados do revestimento não são registrados; mas onde os resultados que se seguiram são descritos, sempre houve uma expressão imediata, sobrenatural, e exterior, convincente, não somente para quem recebeu, mas também para o povo ouvinte, de que um poder divino dominava essa pessoa; e em todos os casos houve um falar estático numa língua que essa pessoa nunca havia aprendido. Será essa declaração meramente a interpretação particular dum grupo religioso ou é reconhecida por outros grupos? O Dr. Rees, teólogo inglês, de idéias liberais, escreve: A glossolalia (o falar em línguas) era o dom mais conspícuo e popular dos primeiros anos da igreja. Parece que foi o acompanhamento regular e a evidência da descida do ESPÍRITO SANTO sobre os crentes. O Dr. G. B. Stevens, da Universidade de Yale, em seu livro "Teologia do Novo Testamento", escreve: O ESPÍRITO era considerado como dom especial que nem sempre acompanhava o batismo e a fé. Os samaritanos não foram considerados como tendo o Escrito SANTO quando creram na Palavra de DEUS. Eles haviam crido e foram batizados, mais foi somente quando Pedro e João impuseram as mãos sobre eles que o dom do ESPÍRITO foi derramado. Evidentemente, aqui se vê algum revestimento ou experiência especial. Comentando Atos 19:1-7, ele escreve: não somente não receberam o ESPÍRITO SANTO quando creram, nem mesmo depois que foram batizados em nome de Cristo, nas unicamente quando Paulo impôs as mãos sobre eles é que veio o ESPÍRITO SANTO e falaram em línguas e profetizaram. Aqui é obvio que o dom do ESPÍRITO é considerado como sinônimo do carisma estático (revestimento espiritual) de falar em línguas e profetizar. O Dr. A. B. MacDonald, ministro escocês, presbiteriano, escreve: A crença da igreja acerca do ESPÍRITO surgiu dum fato que experimentou. Bem cedo em sua carreira os discípulos notaram um novo poder que operava dentro deles. No princípio, sua manifestação mais extraordinária foi "falar em línguas", o poder de expressão oral extática numa língua não inteligível. Tanto esses que eram tomados por esse poder, como também os que viam e ouviam suas manifestações foram convencidos de que um poder do mundo superior atingira suas vidas, dotando-os de capacidades de expressão e de outros dons, os quais pareciam ser algo diferentes, e não apenas uma intensificação da capacidade que já possuíam. Pessoas que até então não pareciam ser nada além do comum, repentinamente se tornaram capazes de orar e de se expressar veementemente, em atitudes sublimes nas quais era manifesto que conversavam com o Invisível. Ele declara que o falar em línguas "parece ter sido o que mais atraia, e a manifestação mais proeminente do ESPÍRITO, no princípio". Há alguma passagem no Novo Testamento em que se faz distinção entre aqueles que receberam o revestimento de poder e aqueles que não o receberam? A. B. MacDonald, o escritor acima citado, responde afirmativamente. Ele assinala que a palavra "indoutos" em 1Cor. 14:16,23 (que ele traduz: "cristão particular") denota pessoas que se diferenciam dos incrédulos pelo fato de tomarem parte no culto e o compreendem até ao ponto de dizerem "Amém"; também são considerados diferentes dos demais crentes pelo fato de não serem capazes de tomar parte ativa nas manifestações do ESPÍRITO. Parece que uma área especial do local das reuniões era reservada para os "indoutos" (1Cor. 14:16). Weymouth traduz a palavra "indouto" pela expressão "alguns que carecem do dom". O dicionário grego de Thayer interpreta-a assim: "Um que carece do dom de línguas; um cristão que não é profeta." MacDonald descreve-o como "um que espera, ou que é mantido esperando pelo momento decisivo quando o ESPÍRITO desça sobre ele". Não obstante sua denominação ou escola de pensamento teológico, eruditos capazes admitem que a recepção do ESPÍRITO na igreja primitiva não era uma cerimônia nem uma teoria doutrinária, mas uma verdadeira experiência. O Cônego Streeter diz que Paulo pergunta aos gálatas se fora pela lei ou pela pregação da fé que haviam recebido o dom do ESPÍRITO, "como se a recepção do ESPÍRITO fora algo bem definido e perceptível".

 

(d) Seu aspecto continuo. A experiência descrita pela expressão "cheio do ESPÍRITO" está ligada à ideia de poder para servir. Devemos distinguir três fases dessa experiência.

1) A plenitude inicial quando a pessoa recebe o batismo no ESPÍRITO SANTO.

2) Uma condição habitual indicada pelas palavras "cheios do ESPÍRITO SANTO" (Atos 6:3; 7:55,11:24), palavras que descrevem a vida diária da pessoa espiritual, cujo caráter revela "o fruto do ESPÍRITO". A exortação "enchei-vos do ESPÍRITO" refere-se a essa condição habitual.

3) Unções para ocasiões especiais. Paulo estava cheio do ESPÍRITO, depois da sua conversão, mas em Atos 13:9 vemos que DEUS lhe deu uma unção especial para resistir ao poder maligno dum mago. Pedro foi cheio do ESPÍRITO no dia de Pentecoste, mas DEUS lhe concedeu uma unção especial quando esteve diante do concilio judaico (Atos 4:8). Os discípulos haviam recebido a plenitude ou o batismo do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecoste, mas, em resposta à oração, DEUS lhes deu uma unção especial para fortalecê-los contra a oposição dos lideres judaicos (Atos 4:31). Como disse o pastor F. B. Meyer, de saudosa memória: Tu podes ser um homem cheio do ESPÍRITO SANTO quando estás no seio de tua família, mas antes de subires ao púlpito, deves ter a certeza de que estás especialmente equipado com uma nova unção do ESPÍRITO SANTO.

 

(e) A maneira de sua recepção. Como poderá a pessoa receber esse batismo de poder?

1) Uma atitude correta é essencial. Os primeiros crentes que receberam o ESPÍRITO SANTO "perseveraram unânimes em oração e súplicas" (Atos 1:14). O ideal seria a pessoa receber o derramamento de poder imediatamente após a conversão, mas normalmente há várias circunstâncias duma e de outra natureza que tornam necessário algum tempo de espera diante do Senhor.

2) A recepção do dom do ESPÍRITO SANTO subsequente à conversão está ligada às orações dos obreiros cristãos. O escritor do livro dos Atos descreve da seguinte maneira as experiências dos convertidos samaritanos, que já haviam crido e haviam sido batizados: "Os quais (Pedro e João), tendo descido, oraram por eles para que recebessem o ESPÍRITO SANTO... Então lhes impuseram as mãos, e receberam o ESPÍRITO SANTO" (Atos 8: 15, 17). Weinel, teólogo alemão, fez um estudo minucioso das manifestações espirituais da época apostólica. Ele diz que "o que podem ser chamadas 'reuniões inspiradoras' realizavam-se constantemente até ao segundo século, por muito estranho que isso pareça às pessoas desconhecedoras do assunto". O ESPÍRITO SANTO, declara ele, veio aos novos conversos pela imposição das mãos e oração e o próprio ESPÍRITO operava sinais e maravilhas. "Reuniões inspiradoras" parece tratar-se de cultos especiais para aqueles que desejavam receber o poder do ESPÍRITO SANTO.

3) O recebimento do poder espiritual está relacionado com as orações em comum da igreja. Depois que os cristãos da igreja em Jerusalém haviam orado a fim de receberem coragem para pregar a Palavra, "moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO" (Atos 4:31). A expressão "moveu-se o lugar", significa algo espetacular e sobrenatural que convenceu os discípulos de que o poder que desceu no dia de Pentecoste estava ainda presente na igreja.

4) Um derramamento espontâneo, em alguns casos, pode fazer a oração e o esforço desnecessários, como foi o caso das pessoas que estavam na casa de Cornélio, cujos corações já haviam sido "purificados pela fé" (Atos 10:44; 15:9).

5) Visto que o batismo de poder é descrito como um dom (Atos 10:45), o crente pode requerer diante do trono da graça o cumprimento da promessa de JESUS: "Se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o ESPÍRITO SANTO àqueles que lhe pedirem?" (Luc. 11:13). Certa escola de pensamento teológico ensina que não se deve pedir o ESPÍRITO, pela seguinte razão: No dia de Pentecoste o ESPÍRITO SANTO veio habitar permanentemente na igreja; desde então, todo aquele que é agregado à igreja pelo Senhor, é batizado em Cristo. Por esse mesmo fato participa do ESPÍRITO (1Cor. 12:13.). É verdade que o ESPÍRITO habita na igreja, mas isso não deve impedir que o crente o peça e o busque. Como ressaltou o Dr. A. J. Gordon, que embora o ESPÍRITO fosse dado duma vez para sempre no dia de Pentecoste, isso não significa que todo crente haja recebido o batismo. O dom de DEUS requer apropriação. DEUS deu (João 3:16), nós devemos receber. (João 1:12.) Como pecadores aceitamos a Cristo; como crentes aceitamos o ESPÍRITO SANTO. Como há uma fé para com Cristo para a salvação, assim há uma fé para com o ESPÍRITO para alcançar poder e consagração. O Pentecoste é uma vez para sempre; o batismo dos crentes é sempre para todos. A limitação de certas e grandes bênçãos do ESPÍRITO SANTO ao reino ideal chamado "Era Apostólica", não bastante ser conveniente como meio de escapar às supostas dificuldades, pode tomar-se o meio de roubar aos crentes alguns dos seus direitos mais preciosos.

6) Oração individual. Saulo de Tarso jejuou e orou três dias antes de ser cheio do ESPÍRITO SANTO (Atos 9: 9-17).

7) Obediência. O ESPÍRITO SANTO é a pessoa que "DEUS deu àqueles que lhe obedecem" (Atos 5:32).

 

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A atuação do ESPÍRITO SANTO a partir do Pentecostes

Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD

A Palavra de DEUS alerta, em Romanos 1.23-26, quanto a mudanças in­devidas e seus resultados funestos para a igreja. Daniel menciona “mudanças” como uma das características do tempo do Anticristo. Essas mudanças são muitas e injustificáveis, como a teologia da libertação, o culto da prosperidade, além de um elevado número de fatos e eventos registrados na Bíblia transformados em doutrina pelos falsos mestres.

Em 2 Coríntios 4.2, lemos sobre o perigo da falsificação da Palavra de DEUS e o que devemos fazer para não sermos enganados: “antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de DEUS; e assim recomendamos à consciência de todo homem, na presença de DEUS, pela manifestação da verdade”.

Há um padrão bíblico para a igreja (2Tm 1.13; Hb 8.5). E os que a edificam devem atentar para o que está escrito em I Coríntios 3.10: “Segundo a graça de DEUS que foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele”, pois a obra de cada um se manifestará (v. 13). Cuidado, os edificadores da igreja; os que fazem discípulos para o Senhor (Mt 28.19).

Existem quatorze palavras-chaves — ou frases —, em Atos 2, que marca­ram o primeiro Pentecostes, indicando fatos que devem acompanhar a verda­deira ação do ESPÍRITO SANTO através dos tempos: “Pentecostes” (v.I); “todos” (vv. 1,4,17,21,39,43,44); “reunidos” (v.I); “céu” (v.2); “som” (v.2); “vento” (v.2); “casa” (v.2); “línguas” (v.3); “fogo” (v.3); “cheios” (v.4); “nações” (v.5); “zombaria” (v. 13); “Pedro” (v. 14); e “Palavra de DEUS” (w. 16-36).

Meditemos, pois, nessas palavras, tendo em mente o contexto do primeiro derramamento pentecostal, e comparemos isso com o que ora ocorre em nosso meio.

O significado de Pentecostes. Em Levítico 23, DEUS estabeleceu sete festas sagradas para Israel observar, as quais prefiguravam, de antemão, todo o curso da história da igreja. Essas festas sagradas falam também do caráter alegre que caracterizaria a igreja, pois festa pressupõe alegria. E JESUS sempre foi um homem alegre, apesar de viver à sombra da horrenda cruz!

Das sete festas sagradas de Israel, a quarta era a de Pentecostes (Lv 23.15,16), também chamada de Festa das Semanas (Dt 16.10) e Festa das Colheitas (Ex 23.16). A Festa de Pentecostes ocorria no terceiro mês, Sivã, e durava um dia — dia 6 de Sivã, mês que corresponde mais ou menos ao nosso junho.

A Festa de Pentecostes era precedida de três outras festas conjuntas: Páscoa: 14 de Abibe (um dia); Pães Asmos: de 15 a 22 de Abibe (sete dias); Primícias: 16 de Abibe (um dia). As três levavam oito dias e eram celebradas no mês de Abibe, o primeiro do calendário sagrado de Israel. O primeiro mês do calen­dário civil era Tisri, que corresponde mais ou menos ao nosso outubro.

Três outras festas seguiam o Pentecostes: Trombetas: em Io de Tisri (um dia); Tisri era o início do ano civil de Israel; Expiação: em 10 de Tisri (um dia), “o grande dia da Expiação”; e Tabernáculos: de 15 a 21 de Tisri (sete dias). Essas três últimas festas eram todas celebradas num mesmo mês (Tisri).

Pentecostes era a festa central das sete que o Senhor determinou para Israel observar, conforme Levítico 23. Ou seja, eram realizadas três festas antes de Pentecostes, e três, depois (3 + 1+3). Isso fala da importância do batismo com o ESPÍRITO SANTO para a igreja, e do equilíbrio espiritual que resulta dele.

Ninguém sabe, ao certo, o dia do Natal de CRISTO, nem o da sua morte, porém todos sabem o dia da sua ressurreição (primeiro dia da semana), bem como o dia de Pentecostes (qüinquagésimo dia após as Primícias). Depois das Primícias, contavam- se sete semanas, vindo a seguir o dia de Pentecostes (7x7 semanas + I dia = 50 dias). Há, pois, uma profecia típica na Festa de Pentecostes, que falava da ressurreição de CRISTO (Lv 23.15; I Co 15.20). Isso mostra também que sem Páscoa — isto é, o Cordeiro de DEUS morto e ressurreto — não teríamos Pentecostes!

Mas faz-se necessário explicar a profecia típica da Festa de Pentecostes. Na festa das Primícias era movido perante o Senhor um molho (um feixe) de espigas de trigo (Lv 23.10,11). Na Festa de Pentecostes eram movidos perante o Senhor dois pães de trigo (Lv 23.15-17). Isso falava da igreja, que seria composta de judeus e gentios — formando um só corpo, o Corpo de CRISTO (Ef 2.14; Jo

11.             52). Quanto ao feixe de espigas, isso fala de união, mas os pães vão além: representam unidade (Ef 4.3). Numa espiga, como é fácil verificar, os grãos estão presos a ela, mas distintos uns dos outros.

Comparemos o trigo de Josué 5.10-12 com o de João 12.24. Num feixe de espigas, os grãos estão simplesmente presos à espiga, mas distintos uns dos outros. Num pão é diferente: o trigo é o mesmo, enquanto os grãos passaram por um multiforme processo, formando agora um todo — um corpo único. O derramamento pentecostal fez isso na formação da igreja, conforme lemos em Atos 2, e quer continuar fazendo o mesmo hoje.

Todos reunidos. As palavras “todo” e “todos” aparecem diversas vezes em Atos, especialmente no capítulo 2 (vv.I,4,I7,2I,39,43,44). Como o vocá­bulo “todos” é inclusivo, todos os salvos são candidatos ao batismo com o ESPÍRITO SANTO. Observe, contudo, que a salvação não é o batismo com o ESPÍRITO SANTO; este deve seguir-se à salvação. Os discípulos do Senhor, juntamente com as mulheres — Maria e outras (Ato 1.13,14) — já eram salvos antes do dia de Pentecostes.

A Palavra de DEUS elimina qualquer dúvida nesse sentido. Em Atos 2.38,39, fica claro que o batismo com o ESPÍRITO SANTO é destinado a pessoas salvas, membros do corpo de CRISTO. Retrocedendo um pouco na leitura, vemos a ên­fase: “sobre meus servos e minhas servas” (v. 18). E Paulo perguntou aos varões de Éfeso: “Recebestes vós já o ESPÍRITO SANTO quanto crestes?” (Ato 19.2), numa demonstração de que o revestimento de poder é subsequente à experiência do novo nascimento. Por isso, JESUS salientou que o mundo não pode receber o ESPÍRITO de DEUS (Jo 14.17).

Em Atos 2.1, está escrito: “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar”. Isso indica não somente união, mas unida­de no ESPÍRITO SANTO (cf. v.4). Acabaram-se as discordâncias, as contendas, as divergências pessoais em torno das coisas de DEUS, e todos estavam ali, juntos, reunidos. Mentalizemos, pois, João, Pedro, Tomé, unidos...

Um som vindo do céu. No dia do prometido derramamento de poder celestial, a Palavra de DEUS diz que veio do céu um som como de um vento (At 2.2). O que está ocorrendo atualmente em sua vida, em sua igreja, em seu movimento religioso? Isso tudo vem mesmo do céu? Ou vem simplesmente dos homens? Leia Jeremias 17.9. Ou vem do astuto Enganador? Ê importante que reflitamos sobre a origem daquilo que sentimos. O verdadeiro revestimento de poder do ESPÍRITO vem do Alto (Lc 24.49; Ato 11. 15), mas a Palavra de DEUS nos alerta quanto a “outro espírito” (2 Co 11.4).

Observemos que o ESPÍRITO SANTO veio primeiramente como um som. Um som para despertar os dormentes; para acordar do sono espiritual. Um som para alertar de perigo; para avisar. Um som para convocar para o trabalho; para reunir (I Co 14.8). Um som para a igreja louvar a DEUS, com “música de DEUS” (I Cr 16.42; Cl 3.16).

O som que veio do céu era como de um vento. Isto é, não houve vento natural de fato, e sim algo semelhante a seus efeitos sonoros, circundantes e propulsores. O que isso representa?

1)     0        vento fala de força impulsora, como nas velas dos barcos, nos moinhos, etc.

2)     O vento separa a palha do grão (SI 1.4; Mt 3.12); o leve do pesado.

3)     O vento move e movimenta água, árvores.

4)     O vento fertiliza, levando o pólen, a vida (Cl 4.16; Jo 3.5,8).

5)     O vento limpa árvores, campos, etc.

6)     O vento não tem cor: favoritismo, individualismo, discriminação.

7)     O vento não pertence a um clima único; é universal.

8)     O vento move-se continuamente (cf. Ec 1.6; Gn 1.2).

9)     O vento não tem cheiro, mas espalha perfume; aqui é importante refletir sobre o papel do Altar do Incenso, no Tabernáculo. Ver também 2 Coríntios 2.14,15.

10)  O vento, quando se move, é infalivelmente sentido, notado.

11)  O vento refresca e suaviza no calor.

12)  O vento — o ar — alimenta e vivifica (pulmões, a vida orgânica). Em Ezequiel 37.8-10, naquela visão que DEUS deu ao profeta sobre um vale

de ossos secos, vemos nos corpos: ossos, nervos, carne, pele, mas não vida, até que o ESPÍRITO assoprou sobre eles. Aleluia! Há muitos crentes por aí que têm de sobra “ossos, nervos, carne e pele”, porém falta-lhes a vida abundante do ESPÍRITO.

13)  O vento é misterioso (Jo 3.8).

Cabe aqui um aviso: devemos ter cuidado com as falsificações, isto é, os ventos nocivos, que não provém do ESPÍRITO de DEUS (Mt 7.25; Ef 4.14).

A casa ficou cheia. O som como de um vento veemente e impetuoso encheu toda a casa (Ato 2.2). Aquele primeiro derramamento do ESPÍRITO ocorreu numa residência, numa casa de família. Isso leva-nos a refletir sobre o importante papel da família cristã cheia do ESPÍRITO SANTO, para a igreja.

A família, como primeira instituição divina na terra, foi o meio pelo qual DEUS iniciou o ciclo da história humana. Foi por meio dela, ainda, que Ele fundou a nação que traria o Messias ao mundo. E, por fim, o Senhor serviu-se de uma família para que dela nascesse o Messias.

E devido a grande importância que a família tem para todos e para tudo na face da terra que o Inimigo — com todas as suas hostes — luta para destruí-la, inclusive dentro da igreja. Mas observemos como DEUS cuida da família:

1)      Em Atos 2.17, vemos que todos os membros da família estão incluídos na promessa pentecostal: “vossos filhos e vossas filhas, vossos jovens e vossos velhos”.

2)      Antes de julgar o mundo com um dilúvio, DEUS proveu salvação para Noé e toda a sua família (Gn 6.18).

3)      Em Êxodo 12.3,4, vemos que o Senhor instruiu cada família a tomar um cordeiro para si. Na noite em que Ele julgou os egípcios, os israelitas foram milagrosamente salvos pelo sangue do cordeiro.

4)      Na expressão “serás salvo tu e tua casa” (Ato 16.31) vemos a promessa de DEUS para os chefes de família.

Línguas como que de fogo. O texto de Atos 2.3 mostra que línguas como que de fogo foram repartidas. O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir do céu (“veio do céu um som”); para se ver do céu (“foram vistas por eles línguas”); e para repartir, também vindo do céu (“línguas repartidas”).

Línguas estranhas seguem-se ao derramamento do ESPÍRITO; não o precede — “Foram cheios do ESPÍRITO SANTO, e começaram a falar noutras línguas” (At 2.4). Línguas, no derramamento pentecostal, indicam o evangelho falado, pregado, cantado, comunicado. Porém, são línguas “como que de fogo”, e não língua de flores.

Vários dons do ESPÍRITO SANTO são exercidos através da língua, da fala. DEUS usou as línguas estranhas como sinal externo do batismo com o ESPÍRITO SANTO,

para demonstrar sua inteira posse e controle da nossa língua, ao batizar-nos (Tg

3.8)            . Mediante a comparação dos textos de Atos 2.4, 10.44-46 e 11. 15, vemos, pela lei da primeira referência, que as línguas estranhas são a evidência física inicial do batismo com o ESPÍRITO SANTO.

As línguas estranhas são apresentadas, também, como um dos dons do ESPÍRITO SANTO (I Co 12.10,30). Quando comparamos as passagens de Atos 2.17 e 19.6, vemos que os dons espirituais podem ser concedidos por DEUS no momento do batismo com o ESPÍRITO. Como foi o seu batismo? Como você foi ensinado sobre essas coisas da Bíblia?

Essas línguas são “como que de fogo”, isto é, fogo sobrenatural, celestial, e não fogo estranho. Vejamos a aplicação espiritual desse “fogo do céu”:

1)      O fogo alastra-se, comunica-se.

2)      O fogo purifica. Contra a impureza espiritual, a principal força é o ESPÍRITO SANTO.

3)      O fogo ilumina. E o saber; o conhecimento das coisas de DEUS.

4)      O fogo aquece. A igreja é o corpo de CRISTO. Todo corpo vivo é quente.

5)      O fogo, para queimar bem, depende muito da madeira; se é boa ou ruim.

6)      O fogo tanto estira o ferro duro, como a roupa macia.

7)      Foi o fogo do céu que fez do Templo de Salomão a Casa de DEUS (2 Cr 7.1; I Co 3.16).

“Quem nasce sob o fogo não esmorece sob o sol”.

Cheios do Espirito SANTO. A caixa dágua, quanto mais cheia e mais alta, mas pressão e peso tem! Observe que, no dia de Pentecostes, não somente os crentes foram cheios, mas também o ambiente: a casa (Ato 2.2). Os símbolos e figuras manifestos ali falam de poder, como fogo e vento. Cheios do ESPÍRITO, usufruí­mos o poder, a energia e a força, mesmo não sabendo definir plenamente essas gloriosas manifestações do ESPÍRITO (cf. Jo 3.8).

As nações. No dia de Pentecostes, vemos que as nações estavam presentes (At

2.5)            . JESUS já havia feito a declaração sobre isso, em Atos 1.8. E aqui devemos refletir sobre evangelização e missões (Mac 16.15), obras que devemos fazer im­pulsionados pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Não há como negar aqui a realidade de que o verdadeiro movimento pentecostal terá de ser um movimento missionário, nacional e mundial!

O verdadeiro movimento pentecostal, missionário, ora pelas missões; contribui para as missões; promove as missões! E um movimento que vai ao campo mis­sionário. A igreja que não evangeliza, muito breve deixará de ser evangélica. Por isso, devemos encarar com amor e responsabilidade, sob a orientação do ESPÍRITO, a obra da evangelização à nossa volta, levando sempre em conta o fenômeno da transculturação relacionado com Missões.

A pregação da Palavra de DEUS. Diante da manifestação do ESPÍRITO de DEUS no dia de Pentecostes, muitos zombaram, dizendo: “Estão cheios de mosto” (Ato 2.13). Esses zombadores não eram pessoas ímpias, e sim religiosas.

Hoje não acontece a mesma coisa? Há muitos zombadores e críticos religiosos. A Palavra de DEUS afirma que, no último tempo haveria escarnecedores (Jd 18). E, quando não aparece um Judas Iscariotes do lado de dentro da igreja, surge um Pilatos do lado de fora, ainda se defendendo (Mt 27.24). Não obstante, devemos continuar a fazer, como JESUS, a obra que DEUS nos confiou, pois sempre haverá críticos e zombadores.

Pedro, então, cheio do ESPÍRITO SANTO, pôs-se em pé e, além de dar uma res­posta aos zombeteiros, pregou a Palavra de DEUS (At 2.14,15). Reflitamos sobre este homem de DEUS. Quem era Pedro antes do Pentecostes? Depois daquele dia em que o poder do ESPÍRITO desceu sobre ele, nunca mais foi o mesmo! Daí para a frente ele jamais mudou (I Pe1.1-5; 2,4).

A teologia modernista, liberalista e especulativa está permeando o mundo. Que, à semelhança de Pedro, coloquemo-nos em pé e, pelo poder do ESPÍRITO, respondamos às suas críticas infundadas, pregando o evangelho. Qual foi, então, a resposta de Pedro? Ele disse: “isto é o que foi dito pelo profeta Joel”. Observemos que a primeira pregação da igreja foi pura exposição da Palavra de DEUS (Ato 2.16-36).

Nossos ministério e congregação experimentam um abundante e poderoso ministério da Palavra? E a pregação e o ensino pentecostal devem ter “endereço” certo: o coração do ouvinte — “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração” (Ato 2.37).

Há atualmente um esvaziamento da Palavra de DEUS no púlpito de inúmeras igrejas. O tempo que deveria ser da Palavra do Senhor é ocupado por música e canto profissionais — não o genuíno louvor — e atividades sociais, restando alguns minutos para a pregação da Palavra de DEUS. Daí o elevado número de “retardados espirituais” nessas igrejas. Como está a sua igreja, em particular?

E preciso vigilância com os chamados hinos especiais duplos e triplos de canto­res, conjuntos e corais. Vemos, em Exodo 30.34-38 e 2 Crônicas 29.27, como são necessários equilíbrio e dosagem na adoração a DEUS. Considere, aqui, o texto de I Coríntios 14.40 à luz da expressão “porão em ordem”, relacionada com o holocausto ao Senhor (Lv 1.7,8,12).

Como manter o poder do Espirito. Há algumas coisas que ocorreram no primeiro Pentecostes que trazem à tona as condições da nossa parte para usufruirmos o verdadeiro poder pentecostal em nossos dias:

1)      Obediência à vontade do Senhor (Lc 24.49; Ato 1.12-14). A desobedi­ência é um entrave à operação divina em nossa vida (Ato 5.32).

2)      União e unidade entre os crentes (Ato 1. 14; 2.1; Ef 4.3). Imaginemos João, Pedro, Tomé e outros, em conjunto com as mulheres, com as suas diferenças, todos reunidos...

3)      Oração perseverante e unânime (Ato 1. 14).

Mas, além de valorizarmos tais condições, que possibilitam o usufruto do poder do ESPÍRITO, não podemos ignorar a importância de o conservarmos. Na Lei havia apagador de fogo (Êx 25.38), mas na Graça, não (Mt 12.20; I Ts 5.19)! Nesta última referência, a mensagem para nós é clara: “Não apagueis o ESPÍRITO” (ARA), como temos enfatizado ao longo desta obra.

A conservação do poder do ESPÍRITO SANTO vem pela constante renovação espiritual do crente. Em Tito 3.5 está escrito que a regeneração é seguida da renovação (cf. Ato 4.8,31; 6.5; 7.55; 11.24; 13.9,52; Rm 12.2; 2 Co 4.16; Ef 4.23; 5.18; Cl 3.10). A vida espiritual renovada também recebe destaque no livro de Salmos92.10; 103.5; 104.30; 119.25,37,40,50,88,93,97,154,156,159). Se não atentarmos para a necessidade da contínua renovação espiritual, corremos o risco de “terminar na carne” (Gl 3.3).

Ministrações do ESPÍRITO ao crente

Em razão de suas operações dinâmicas (Gn 1.2), o ESPÍRITO SANTO é mais mencionado no Antigo Testamento como “ESPÍRITO”. Já no Novo Testamento, Ele é mais citado como “ESPÍRITO SANTO”, o que destaca seu principal ministério na igreja: santificar o crente. Essa distinção de oficio do ESPÍRITO SANTO no Antigo e Novo Testamento é claramente percebida em 2 Coríntios 3.7,8. O versículo 8 assevera: “Como não será de maior glória o ministério do ESPÍRITO?”

O novo nascimento pelo Espirito (Jo 3,3-8). O novo nascimento abrange a re­generação e a conversão, que são dois lados de uma só realidade. Enquanto a regeneração enfatiza o nosso interior, a conversão, o nosso exterior. Quem diz ser nascido de novo deve demonstrar isso no seu dia-a-dia. A expressão “de novo” (v.3), de acordo com o texto original, significa “nascer do Alto, de cima, das alturas”. Isto quer dizer que se trata de um nascimento espiritual realizado pelo

ESPÍRITO SANTO. O homem natural, portanto, desconhece esse novo nascimento

(vv.4-12; Jo I6.7-II;Tt 3.5).

A habitação do Espirito no crente (Jo 14.16,17; Rm 8.9). No Antigo Testamento, o ESPÍRITO agia entre o povo de DEUS (Ag 2.5; Is 63.1 Ib), mas com o advento de CRISTO e por sua mediação, o ESPÍRITO habita no crente (Jo 20.21,22). Este privilégio é também reafirmado em I Coríntios 3.16; 6.19; 2 Coríntios 6.16; e Gaiatas 4.6.

O testemunho do Espirito de que somos filhos de DEUS (Rm 8.15,16). Esse testemunho é uma plena convicção produzida no crente pelo ESPÍRITO SANTO de que DEUS é o nosso Pai celeste (v. 15) e de que somos filhos de DEUS: “O mesmo ESPÍRITO testifica... que somos filhos de DEUS” (v.I6). É, pois, um testemunho objetivo e subjetivo, da parte do ESPÍRITO SANTO, concernente a nossa salvação em CRISTO.

É a vida de fé (Rm 1. 17), “pelo ESPÍRITO” (Gl 5.5).

Tal fé, segundo Atos 11.24, procede do ESPÍRITO, a fim de que o crente per­maneça fiel por meio da manifestação do fruto do ESPÍRITO (GI 5.22b). Uma coisa decorre da outra. Os heróis de Hebreus 11 venceram “pela fé”, porque o ESPÍRITO a supria (2 Co 4.13; Hb 10.38).

A santificação posicionai do crente. A santificação sob este aspecto é perfeita e completa “em CRISTO”, mediante a fé. Ela ocorre por ocasião do novo nascimen­to (I Co 1.2; Hb 10.10; Cl 2.10; I Jo 4.17; Fp I.I), sendo simultânea com a justificação “em CRISTO” (I Co 6.11; G1 2.17a).

O batismo “do” ou “pelo” Espirito SANTO (I Co 12.13; Gl 3.27; Rm 6.3). Este batismo “do” ou “pelo” ESPÍRITO é algo tão real, apesar de ser espiritual, que a Bíblia o denomina como “batismo”. Em todo batismo, é evidente, há três pontos inerentes: um batizador; um batizando; e um meio em que o candidato é imerso.

O batismo “com” ou “no” Espirito SANTO (Ato 1.4, 5, 8; 2.1-4; 10.44-46; 11.16; 19.2-6). A evidência física desse glorioso batismo são as línguas sobrenaturais faladas pelo crente conforme o ESPÍRITO concede. É uma ministração de poder do Alto pelo ESPÍRITO, provida pelo Pai, mediante o Senhor JESUS (Jo 14.26; Ato 2.32,33). Como esse assunto merece um tópico à parte, o analisaremos abaixo.

No batismo pelo ESPÍRITO SANTO, o batizador é o ESPÍRITO de DEUS (I Co 12.13); o batizando é o novo convertido; e o elemento em que o recém-convertido é imerso, a Igreja, como corpo místico de CRISTO (I Co 12.27; Ef 1.22, 23). Portanto, o ESPÍRITO SANTO realiza esse batismo espiritual no momento da nossa conversão, inserindo o crente na Igreja (Mt 16.18). Logo, todos os salvos são batizados “pelo” ESPÍRITO SANTO para pertencerem ao corpo de CRISTO — a Igreja, mas nem todos são batizados “com” ou “no” ESPÍRITO.

A santificação progressiva do crente (I Pe 1.15,16; 2 Co 7.1; 3.17,18). Essa verdade é declarada no texto original de Hebreus 10.10,14. No versículo 10,

a ênfase recai sobre o estado ou a posição do crente — santo: “Temos sido santificados”. O versículo 14, no entanto, não só reafirma o estado anterior, “santo”, como declara o processo contínuo de santificação em nosso viver aqui e agora proveniente de tal posição: “sendo santificados”.

A oração no Espirito (Rm 8.26, 27; Ef 6.18; Jd 20; Zc 12.10; I Co 14.14,

15)             . Esta ministração do ESPÍRITO no crente, capacita-o a orar, inclusive a inter­ceder por outros. Logo, só podemos orar de modo eficaz se formos assistidos e vivificados pelo ESPÍRITO SANTO. A “oração no ESPÍRITO” de que trata Judas, no versículo 20, refere-se a essa capacidade concedida pelo ESPÍRITO.

O ESPÍRITO SANTO como selo e penhor (2 Co 1.22; Ef 1.13, 14; 4.30; 2 Co 5.5). Devemos observar que, nos tempos bíblicos, o selo era usado para designar a posse de uma pessoa sobre algum objeto ou coisa por ela selada. Por conseguinte, indicava propriedade particular, segurança e garantia. Este selo, portanto, não é o batismo com o ESPÍRITO SANTO, mas a habitação do ESPÍRITO no crente, como prova de que o mesmo é propriedade particular de DEUS.

Juntamente com o selo é mencionado o “penhor da nossa herança” (Ef 1.14). De modo semelhante ao selo, o penhor era o primeiro pagamento efetuado na aquisição de uma propriedade. Mediante esse “depósito”, a pessoa assegurava o objeto como sua propriedade exclusiva. Assim, o Senhor deu-nos o ESPÍRITO SANTO, como garantia de que somos sua propriedade exclusiva e intransferível. O Senhor JESUS “investiu” em nós imensuráveis riquezas do ESPÍRITO como penhor ou garantia de que muito em breve Ele virá para levar para Si sua propriedade peculiar, a Igreja de DEUS (Tt 2.14).

A unção do ESPÍRITO para o serviço. JESUS, nosso exemplo, foi ungido com o ESPÍRITO SANTO para servir (Ato 10.38; Lc 4.18,19). Assim também a igreja recebeu a unção coletiva do ESPÍRITO (2 Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente ungidos para ministérios específicos, segundo os propósitos de DEUS. Vejamos a unção do ESPÍRITO sobre o crente, conforme I João 2.20,27.

1)      “Tendes a unção do SANTO”. Esta unção santifica e separa o crente para o serviço de DEUS.

2)      “E sabeis tudo”. Também proporciona conhecimento das coisas de DEUS em geral.

3)      “Fica em vós” (v.27). Ê permanente no crente.

4)      “Unção que vos ensina todas as coisas” (v.27). E didática, pois possibilita ensino contínuo das coisas de DEUS.

5)      “É verdadeira” (v.27). Não falha, pois procede da verdade, que é DEUS.

6)      “E não é mentira” (v.27). É sem dolo; sem falsidade. É possível que houvesse entre certos líderes daqueles dias uma falsa unção, que imitava a verdadeira.

Na conclusão de 2 Coríntios 3, prorrompe jubiloso o sacro escritor, a res­peito da glória do ministério do ESPÍRITO: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do Senhor” (v. 18).

Todas essas maravilhosas ministrações e dádivas do ESPÍRITO SANTO, dispen­sadas aos filhos de DEUS (2 Co 3.8), são necessárias para fazermos a obra do Senhor no poder do ESPÍRITO, a fim de que muitas almas sejam salvas.

O BATISMO COM O ESPÍRITO

Para compreender melhor a obra do ESPÍRITO, o leitor deve meditar pro­fundamente nas seguintes referências: João 7.37-39; Lc 24.49,52; Ato 1.12-14;

2.1-            4. O comentário que se segue é um desdobramento desses textos, dentro dos limites do espaço de que dispomos.

Dos cerca de quinhentos irmãos que viram JESUS ressurrecto e ouviram o seu chamado para o cenáculo em Jerusalém (Lc 24.49), apenas uns 120 deles atenderam (cf. I Co 15.6). O que acontecera aos demais que lá não foram? Nem todos buscam com fé, sede e perseverança conhecer a obra do ESPÍRITO SANTO.

A promessa no Antigo Testamento. Há várias promessas de DEUS, no Antigo Tes­tamento, do derramamento do seu ESPÍRITO sobre o seu povo, mas a principal é a que foi proferida pelo profeta Joel, uns oitocentos anos antes do advento de CRISTO (Jl 2.28-32).

A promessa no Novo Testamento. João Batista, o arauto de JESUS, foi homem cheio do ESPÍRITO SANTO. Em todos os quatro Evangelhos ele confirma a promessa divina do batismo (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.32,33; Ato 11.16).

Em Marcos 16.17, JESUS declarou: “falarão novas línguas”. Os críticos ale­gam que os versículos 9 a 20 do Evangelho Segundo Marcos não constam de certos manuscritos bíblicos antigos do Novo Testamento e que, portanto, esses versículos não são autênticos. Pouco importa o que os críticos digam. DEUS não precisa de veredicto do homem na sua Palavra e nos seus assuntos. E o que dizer dos milhões que em todo o mundo falam em novas línguas sobrenaturais pelo ESPÍRITO hoje?

Em Lucas 24.49, JESUS denominou a promessa como “a promessa de meu Pai”. O batismo com o ESPÍRITO SANTO foi o último assunto de JESUS aos seus, antes da sua ascensão (vv.50,5I). Isso mostra que esse revestimento de poder do Alto é de inestimável relevância para o povo salvo.

A declaração de JESUS, em João 7.38,39, deve ser estudada juntamente com Atos 2.32,33. O apóstolo Pedro, após ser batizado com o ESPÍRITO SANTO e pregar no dia de Pentecostes, encerrou o seu sermão citando a promessa do batismo, agora cumprida no cenáculo em Jerusalém (At 2.1-4).

O cumprimento ia promessa. No Antigo Testamento, o privilégio especial do povo de DEUS — Israel — foi receber, preservar e comunicar a revelação divina, as Santas Escrituras (Rm 3.1,2; 9.4; 2 Co 3.7). Já o privilégio especial do povo de DEUS no Novo Testamento, a Igreja, é receber o ESPÍRITO SANTO: na conversão (Jo 3.5; 14.16,17; 16.7; 2 Co 3.8,9; Rm 8.9); no batismo com o ESPÍRITO SANTO; e, subsequentemente, através da vida cristã (Ato 4.8,31; 9.17; 13.9,52; Ef 5.18).

O ESPÍRITO SANTO já foi derramado, segundo a palavra profética de Joel 2.28-32, mas não ainda na sua plenitude. Todos os sinais sobrenaturais mencionados na referida profecia, bem como no texto paralelo de Atos 2.16­21, ainda não se cumpriram em plenitude. Também em Joel 2.28, diz DEUS: “derramarei o meu ESPÍRITO”, enquanto em Atos 2.17, o mesmo DEUS diz: “derramarei do meu ESPÍRITO”. Pequenas palavras com grande significado e alcance nos desígnios divinos.

Concepções errôneas. Muitos crentes não tem recebido o batismo com o ESPÍRITO SANTO por não entenderem claramente a doutrina do batismo com o ESPÍRITO SANTO. Algumas das concepções erradas são:

1)      Pensam que o batismo é o mesmo que salvação. Mas o batismo com o (ou “no”) ESPÍRITO SANTO não é a salvação. A salvação é uma milagrosa transformação que se efetua na alma e na vida da pessoa que, pela fé, recebe JESUS CRISTO como seu Salvador. Sua origem está na graça de DEUS (Rm 3.24; Tt 2.11). Seu fundamento é o sangue de JESUS CRISTO (Rm 3.25; I Jo 2.2). Seu meio de recepção ou apropriação é a nossa fé em CRISTO (Ato 16.31; Ef 2.8).

Os discípulos de JESUS que foram batizados com o ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes já eram salvos, como já mostramos. Na conversão, recebemos vida de DEUS; no batismo com o ESPÍRITO recebemos poder de DEUS.

2)      Acreditam que o batismo é a habitação do ESPÍRITO no crente. Porém, o batismo não é a habitação interior do ESPÍRITO em nós. Na habitação, Ele está dentro; no batismo, Ele enche em plenitude. É uma experiência indizível; indescritível; por isso, cada filho de DEUS deve usufruir esta experiência!

3)      Confundem o batismo com a santificação. No entanto, o batismo com o ESPÍRITO SANTO não é a santificação do crente. A santificação posicionai é, a um só tempo, instantânea e completa, no momento do milagre da nossa regeneração. E a nossa santificação objetiva, “em CRISTO” (Hb 10.10). Também não é a santificação subjetiva e progressiva na nossa vida cristã diária neste mundo (Hb 10.14). Aqui diz a Palavra literalmente: “os que estão sendo santificados”, como na Versão ARA.

O que é o batismo com o ESPÍRITO. É um revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme o ESPÍRITO SANTO concede, pela instrumentalidade do Senhor JESUS, para o ingresso do crente numa vida de mais profunda adoração e eficiente serviço para DEUS (Lc 24.49; Ato 1.8; 10.46. I Co 14.15,26).

Já o batismo “do” ESPÍRITO, como vemos em I Coríntios 12.13, Gálatas 3.27 e Efésios 4.5, trata-se de um batismo figurado, apesar de ser real. Todos aqueles que experimentam o novo nascimento, que é também efetuado pelo ESPÍRITO SANTO (Jo

3.5)            , são por Ele imersos, batizados, feitos participantes do corpo místico de CRISTO, que é a sua Igreja, no sentido universal (Hb 12.23; I Co 12.12).

Nesse sentido, todos os salvos são batizados pelo ESPÍRITO SANTO. Já quanto ao batismo com o ESPÍRITO, conquanto seja para todos os salvos, nem todos são batizados. A Escritura Sagrada, ao tratar de Israel como o povo escolhido de DEUS da antiga dispensação, declara: “E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar” (I Co 10.2). “Batizados em Moisés” tem o sentido de “para unirem-se a Moisés”; “para pertencerem a Moisés”.

O grandioso milagre da travessia de Israel pelo meio do mar, com a presença da nuvem divina protetora no alto, separou aquele povo sob Moisés como um corpo. O mar era ali algo material, mas a nuvem divina era sobrenatural. Em I Coríntios 10.2, na expressão “batizados em Moisés”, a partícula original é eis, que significa: “para ingressarem, unirem-se, pertencerem a”.

Certas denominações, por desconhecerem ou rejeitarem o batismo com o ESPÍRITO SANTO conforme Atos 1.5;2.4, confundem-no com esse batismo de que estamos tratando. A evidência física inicial do precioso batismo com o ESPÍRITO são as línguas estranhas sobrenaturais conforme o ESPÍRITO conceder (Ato 2.4; Mac 16.17).

Embora o batismo seja um dom, uma dádiva de DEUS para seus filhos (Ato 2.38,29), ele precede os dons espirituais mencionados nas epístolas, principalmente em I Coríntios 12.1 -11.

JESUS empregou o termo “batismo” ao referir-se ao ato do batismo com o ESPÍRITO SANTO (Ato 1.5; 11.16). João Batista, o precursor de JESUS, homem cheio do ESPÍRITO, também se referiu ao batismo com o ESPÍRITO mediante o termo “batismo” (Mt 3.11; Mc 1.8).

Três condições para receber o batismo no ESPÍRITO. Em todo batismo há três condições para que esse ato se realize: um candidato a ser batizado; um batizador do can­didato; e um elemento ou meio em que o candidato vai ser imerso. No batismo de que estamos tratando — o batismo com o ESPÍRITO SANTO —, o candidato é o crente; o batizador é o Senhor JESUS; e o elemento ou meio em que o candidato é imerso é o ESPÍRITO SANTO.

O batismo com o ESPÍRITO SANTO, a um só tempo, é:

1)      Uma ditosa promessa da parte de DEUS — “a promessa do Pai” (Ato 1.4).

2)      Uma dádiva celestial inestimável — “o dom do ESPÍRITO SANTO” (Ato 2.38).

3)      Uma imersão do crente no espiritual e sobrenatural de DEUS — “sereis batizados com o ESPÍRITO SANTO” (Ato 1.5). A partícula original desta referência também permite a tradução “batizados no ESPÍRITO SANTO”.

4)      Um revestimento de poder do Alto (Lc 24.49). É como alguém, estando já vestido espiritualmente, ser revestido de poder do céu. O termo “revestido”, no original, conduz essa ideia.

As línguas estranhas. Por meio das línguas estranhas, o crente edifica-se a si mesmo, espiritualmente (I Co 14.4). Línguas da parte do ESPÍRITO é o único dos dons, do qual está escrito que edifica o seu portador. Os demais dons edificam a igreja. Daí o apóstolo Paulo tanto falar em línguas em suas devoções pessoais diante de DEUS (I Co 14.18). Leia também o versículo 39.

As línguas são apresentadas na Bíblia como um meio de o crente falar a DEUS. Isto é, falar “a” DEUS na dimensão do ESPÍRITO SANTO, “em linha direta” (I Co 14.2). Também em línguas, pelo ESPÍRITO, “falar das maravilhas de DEUS” (Ato 2.11). Elas também são um meio de o crente, em seu espírito, orar a DEUS, e também interceder, na dimensão do ESPÍRITO SANTO (I Co 14.14,15; Rm 8.26; Ef 6.18; Jd 20).

Por meio das línguas, o crente louva e adora a DEUS, inclusive cantando, dando graças a DEUS (I Co 14.15-17; Ef 5.19), falando de suas grandezas e magnificando a DEUS (Ato 2.11; 10.46).

De acordo com I Coríntios 14.21,22, as línguas são também um “sinal” para os descrentes: “sinal para os infiéis”. Leia também Isaías 28.11.

As línguas são, ainda, apresentadas nas Escrituras como dom do ESPÍRITO SANTO: dom de “variedade de línguas” e dom de “interpretação das línguas” (I Co 12.10,28,30; 14.5,13,26-28).

Como receber o batismo com o ESPÍRITO. A luz da Palavra de DEUS, o batismo com o ESPÍRITO SANTO é para pessoas de qualquer nação ou “toda carne” (At 2.17); de ambos os sexos ou “filhos e filhas” (Ato 2.17); de qualquer idade ou “vossos mancebos e vossos velhos” (Ato 2.17); de qualquer camada social ou “os meus servos e as minhas servas” (Ato 2.18).

Enfim, o batismo no ESPÍRITO é para os judeus, o povo escolhido por DEUS (At

1.13,14)   ; os samaritanos, o povo misto e menosprezado (At 8.17); os romanos, o povo tido como autossuficiente (Ato 10.44-46); os gregos, povos gentílicos (At 19.6); e para os anônimos e desconhecidos — dos quase 120 irmãos batizados com o ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes, somente doze deles são mencionados por nome (Ato I.13-15). Os demais não são nomeados.

O batismo é para quem já tem o ESPÍRITO SANTO. “Habita convosco” (Jo 14.17); “Re­cebei o ESPÍRITO SANTO” (Jo 20.22). E também a “tantos quantos DEUS nosso Senhor chamar” (Ato 2.39).

Sendo o candidato já salvo. O batismo com o ESPÍRITO SANTO é para quem já é salvo. Os discípulos, ao serem batizados no dia de Pentecostes, já tinham os seus nomes escritos no céu (Lc 10.20); já eram limpos diante de DEUS (Jo 15.3); já tinham em si vida espiritual, assim como o galho da videira está unido ao seu tronco (Jo 15.4,5,16); já tinham sido por CRISTO enviados para o seu trabalho, dotados de poder divino (Mt 10.1; Lc 9.1,2; 10.19).

E preciso crer com convicção na promessa divina do batismo. O batismo é chamado “a promessa do Pai” (Lc 24.49; Ato 1.4; 2.16,32,33). E somente pela fé em CRISTO que recebemos o batismo (G13.14). Não é por mérito, haja vista ser um dom, uma dádiva de DEUS para seus filhos.

Buscando o batismo com sede, em oração (Ato 1.4,14; Jo 7.37-39; Lc 11.13). Adoran­do a DEUS com perseverança. Louvando sempre a DEUS. Bendizendo ao Senhor. Alegrando-se em DEUS. Assim fizeram os candidatos antes do derramamento do ESPÍRITO, no dia de Pentecostes (Lc 24.52,53). Vivendo em obediência à vontade do Senhor (At 5.32). Para você que busca o batismo, há alguma área da sua vida não submissa totalmente a CRISTO;

Cuidando o crente da sua espiritualidade. Em João 15.2, JESUS disse: “Limpa toda aquela que dá fruto”. É o crente separando-se do mundo quanto à sua iniquidade e pecados — “o mundo não pode receber”, disse JESUS, referindo-se ao ESPÍRITO SANTO (Jo 14.17).

Perseverando em unidade fraternal. Isso também eles fizeram antes de receberem o poder do ESPÍRITO (Ato I.I4).

Os resultados do batismo com o ESPÍRITO. Os resultados e efeitos desse glorioso batismo em nossa vida são muitos. Citaremos apenas alguns, haja vista as limitações de espaço desta obra.

1)      Edificação espiritual pessoal, mediante o cultivo das línguas estranhas (I Co 14.4,15

14.4,15)   . Edificar, como está na Bíblia, não é exatamente o mesmo que construir. Paulo foi tão grandemente edificado na sua vida cristã em geral e como obreiro, pelo muito que o ESPÍRITO operou nele mediante as línguas (I Co 14.18). Línguas não faladas em público, mas consigo e com DEUS.

2)      Maior dinamismo espiritual, mais disposição e maior coragem na vida cristã para testemunhar de CRISTO e proclamar o evangelho; para efetuar o trabalho do Senhor. Compare, nesse sentido, os discípulos de JESUS, antes e depois do batismo com o ESPÍRITO SANTO, como foi o caso de Pedro — compare Marcos 14.66-72 com Atos 4.6-20.

3)      Um maior desejo e resolução para orar e para interceder (Ato 2.42; 3.1; 4.24-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26).

4)      Uma maior glorificação do nome do Senhor “em espírito e em verdade” (Jo 4.24), nos atos e na vida do crente (Jo 16.13,14).

5)      Uma maior consciência de que DEUS é o nosso Pai celeste, e que nós somos seus filhos (Rm 8.15,16; Gl 4.6).

6)      O batismo é também um meio para a outorga por DEUS, dos dons espi­rituais — “falavam línguas e profetizavam” (Ato 19.6).

O derramamento do ESPÍRITO sobre o crente é chamado de batismo (Ato 1.5; Mt 3.11). Em todo batismo, como já vimos, tem de haver três condições: o candidato a ser batizado, o batizador e o elemento em que o candidato vai ser imerso. No batismo “com o” ou “no” ESPÍRITO SANTO, o candidato é o crente; o batizador, o Se­nhor JESUS; e o elemento ou o meio em que o crente é imerso, o ESPÍRITO SANTO.

Há diferença entre ser cheio do ESPÍRITO SANTO e ser batizado com o ESPÍRITO SANTO. Uma garrafa pode estar cheia de água, e não “batizada” em água. Ela estará cheia de água e “batizada” quando estiver cheia de água e imersa em água (cf.Dt 34.9; Mq 3.8; Lc 1.67).

Quanto à passagem de João 20.22, é preciso esclarecer que ali JESUS não se referiu ao batismo pentecostal. Faz-se, pois, necessária uma abordagem aqui, de três diferentes sopros divinos vistos nas Escrituras. O primeiro vivificou e animou o homem material, Adão (Gn 2.7). O segundo vivificou e animou o homem espiritual, o crente (Jo 20.22). O terceiro sopro da parte de DEUS, o batismo pentecostal, capacita o crente para o serviço do Senhor (Ato 2.2).

O primeiro homem — o homem natural, adâmico — teve uma vocação terrena (I Co 15.47); o novo homem, criado em CRISTO ressurrecto, tem uma vocação especial, celestial, santificante (Hb 3.1; Ef 4.24). Portanto, como homens espirituais, necessitamos desse sobre-excelente e indispensável poder derramado sobre a igreja, e a promessa desse derramamento do ESPÍRITO é extensiva a todos nós.

Se você ainda não é batizado com o ESPÍRITO SANTO, busque incessantemente essa gloriosa dádiva celestial. Mas, se você já o é, atente para o que diz a Palavra de DEUS, em I Coríntios 14.1: “Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”.

Os dons do ESPÍRITO SANTO

O grande pregador e pastor inglês C.H. Spurgeon, em um dos seus escritos relata a história de uma velhinha que morava numa instituição para idosos po­bres que ele certo dia visitou. Nos pertences dessa senhora foi encontrado um documento bancário antigo, que lhe fora entregue como lembrança por alguém muito rico. Com permissão da velhinha, o pastor Spurgeon levou o documento a um banco e ficou sabendo que se tratava de uma elevada quantia em depósito, suficiente para aquela senhora viver muito bem pelo resto da vida.

Partindo desse fato, Spurgeon concluiu que muitos crentes vivem em estado de grande pobreza espiritual por ignorarem as infinitas riquezas espirituais que estão a seu dispor, em CRISTO, se as buscarem, conforme lemos em Efésios 3.8. Neste contexto, está a riqueza dos dons espirituais. Daí São Paulo escrever aos coríntios: “Acerca dos dons espirituais, não quero irmãos que sejais ignorantes” (I Co 12.1).

A igreja da atualidade precisa mais e mais conhecer, buscar, receber e exercitar a provisão divina imensurável que há nos dons espirituais, para o seu contínuo avanço, edificação, consolidação e vitória contra as hostes infernais, e, ao mesmo tempo, glorificar muito mais a CRISTO.

Princípios doutrinários. Pelo menos dois princípios devem ficar bem patentes aqui, concernentes aos dons espirituais:

1)      Uma pessoa que recebeu do Senhor dons do ESPÍRITO não significa que ela alcançou um estado de perfeição e que é merecedora das bênçãos de DEUS. As manifestações e operações do ESPÍRITO SANTO por meio de um crente jamais devem ser motivo de orgulho, seja ele quem for.

2)      Assim como o crente não é salvo pelas obras, mas tão-somente pela graça divina (Ef 2.8; Tt 3.5), assim também os dons do ESPÍRITO SANTO nos são concedidos pela graça de DEUS para que ninguém se engrandeça — “segundo a graça” (Rm 12.6).

Na igreja de Corinto, certos crentes imaturos receberam dons espirituais e se descuidaram de crescer na fé e na doutrina. Problemas surgiram daí, afetando toda aquela igreja.

Definição dos dons. Em seu sentido geral, o termo “dom” tem mais de um emprego. Há os dons naturais, também vindos de DEUS na criação, na natureza: a água, a luz, o ar, o fogo, a vida, a saúde, a flora, a fauna, os ali­mentos, etc. Há também os dons por DEUS concedidos na esfera humana: os talentos, os dotes, as aptidões, as prendas, as virtudes, as qualidades, as vocações inatas, etc.

O dom espiritual é uma dotação ou concessão especial e sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO, de capacidade divina sobre o crente, para serviço especial na execução dos propósitos divinos para e através da Igreja. “São como que facul­dades da Pessoa divina operando no ser humano” (Horton). Dons espirituais como aqui estudados não são simplesmente dons humanos aprimorados e abençoados por DEUS.

Foi a poderosa e abundante operação dos dons do ESPÍRITO que promoveu a expansão da igreja primitiva como se vê no livro de Atos dos Apóstolos e nas Epístolas. Foi dotada de dons espirituais que a igreja de então continuou crescendo sem parar e triunfando, apesar das limitações da época, da oposição e das perseguições. A obra missionária também avançou celeremente como fogo em campo aberto.

As principais passagens sobre os dons espirituais são sete: I Coríntios 11,28-31; 13; 14

12.1-         11,28-31; 13; 14; Romanos 12.6-8; Efésios 4.7-16; Hebreus 2.4; e Pedro 4.10,11. Além destas referências, há muitos outros textos isolados através da Bíblia sobre o assunto.

Termos designadores dos dons. Abordaremos a partir de agora os cinco principais termos bíblicos designadores dos dons. Estes termos descrevem a natureza dos dons.

1)      Pneumatika (I Co 12.11). Os críticos e opositores dos dons alegam que, no original, aqui, não consta a palavra “dom”. Não consta neste versículo, mas consta a seguir, em I Coríntios 12 e nos capítulos seguintes. O referido termo refere-se às manifestações sobrenaturais da parte do ESPÍRITO SANTO através dos dons (cf. I Co 12.7; 14.1).

2)      Charismata (I Co 12.4; Rm 12.6). Falam da graça subsequente de DEUS em todos os tempos e aspectos da salvação.

3)      Díakonaí (I Co 12.5). Isso fala de serviço, trabalho e ministério prático. São ministrações sobrenaturais do ESPÍRITO através dos membros da igreja como um corpo (I Co 12.12-27).

4)      Energemata (I Co 12.6). Isto é, os dons são operações diretas do poder de DEUS para a realização de seus propósitos e para abençoar o povo (cf. w.9,I0).

5)      Phanerosis{ I Co 12.7). Os dons são sobrenaturais da parte de DEUS; mas, conforme o sentido do termo original, aqui, eles operam igualmente na esfera do natural, do tangível, do sensível, do visível.

Dons de manifestação do ESPÍRITO

Vamos agora classificar ou agrupar os dons com o objetivo de entender melhor o assunto. A primeira classificação é a dos dons de manifestação do ESPÍRITO em número de nove, conforme I Coríntios 12.8-10. Esses dons são formas de capacitação sobrenatural de pessoas, para a “edificação do corpo de CRISTO” como um todo, e também para a bem-aventurança de seus membros, individualmente (vv.3-5,12,17,26).

Os capítulos 12 a 14 de I Coríntios têm a ver com esses maravilhosos dons. Eles são de atuação eventual, inesperada e imprevista (quanto ao portador do dom), tudo dependendo da soberania de DEUS na sua operação. Esses dons ma­nifestam o saber de DEUS, o poder de DEUS e a mensagem de DEUS.

Dons que manifestam o saber de DEUS (I Co 12.8-10). Esses dons manifestam a multiforme sabedoria de DEUS:

1)      A palavra da sabedoria (v.8). É um dom de manifestação da sabedoria sobrenatural, pelo ESPÍRITO SANTO. E um dom altamente necessário no governo da igreja, pastoreio, administração, liderança, direção de qualquer encargo na igreja e nas suas instituições.

2)      A palavra da ciência (v.8). “Ciência” equivale, aqui, a “conhecimento”. Ê um dom de manifestação de conhecimento sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO; de fatos, de causas, de ensinamentos, de ensinadores etc.

3)      O dom de discernir os espíritos (v. 10). No original, os dois termos que designam este dom estão no plural. E um dom de conhecimento e de re­velação sobrenaturais pelo ESPÍRITO SANTO. É um dom de proteção divina para não sermos enganados e prejudicados por Satanás e seus demônios, e também pelos homens. Uma das principais atividades de Satanás é enganar (Ap 12.9; 20.8,10; I Tm 4.1). Os homens também enganam (Ef 4.14; I Jo 2.26; 2 Jo.7). Lideres em geral — inclusive de música —, pastores, evangelistas, mestres, precisam muito deste dom para não serem enganados.

Dons que manifestam o poder de DEUS (I Co 12.9,10). Esses dons manifestam a poder dinâmico de DEUS:

1)      A fé (v. 9). E um dom de manifestação de poder sobrenatural pelo Es­pirito SANTO. Superação e eliminação de obstáculos, sejam quais forem, e de impedimentos; liberação do poder de DEUS; intercessão. Não se trata aqui da fé no seu sentido salvífico (Ef 2.8); ou fé como fruto do ESPÍRITO (G1 5.22); ou fé significando o corpo de doutrinas bíblicas (GI 1.23); ou fé como o aspecto puramente espiritual da vida cristã (2 Co 13.5). Trata-se da fé chamada “fé especial”, “fé miraculosa”. Este dom opera também em conjunto com vários outros dons.

2)      Os dons de curar. Ou “dons de curas”, literalmente (v.9). Isto é, este dom é multiforme na sua constituição e na sua operação. Ê uma sublime mensagem para os enfermos, não importando a sua doença. São dons de manifestação de poder sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO para a cura das doenças e enfermidades do corpo, da alma e do espírito, para crentes e descrentes.

Esses “dons de curas” operam de várias maneiras: através da Palavra; através de outro dom; uma palavra de ordem; um olhar; mãos, etc. Os dons de curas

abrangem o ser humano em sua totalidade; já o dom da fé, além do ser humano, abrange tudo mais, conforme os planos e propósitos de DEUS.

3)      A operação de maravilhas (v. 10). No original, os dois termos que designam este dom estão no plural: “operações de maravilhas”. São operações de milagres extraordinários, surpreendentes, pasmosos; prodígios espantosos pelo poder de DEUS, para despertar e converter incrédulos, céticos, oponentes, crentes duvidosos. Leia João 6; Atos 8.6,13; 19.II; e Josué 10.12-14.

Dons que manifestam a mensagem de DEUS (I Co 12.10). Esses dons manifestam a mensagem da parte de DEUS, poderosa, vivificante, criativa, edificante e conso- ladora (È em torno desses três últimos dons que ocorre mais falta de disciplina e de ordem nas igrejas, como também ocorreu em Corinto.).

1)      A profecia (v. 10). E um dom de manifestação sobrenatural de mensagem verbal pelo ESPÍRITO, para “edificação, exortação e consolação” do povo de DEUS (I Co 14.3). E um dom necessário a todos os que ministram a Palavra; que trabalham com a Palavra (cf. Lc 1,2b; I Tm 5.7). O grau da profecia na igreja hoje não é o mesmo da “profecia da Escritura” (2 Pe 1.20), que é infalível — a profecia da Bíblia.

A profecia na igreja deve ser, pois, julgada. De fato, a Bíblia declara: “Em parte profetizamos” (I Co 13.9). A profecia da igreja está sujeita a falhas por parte do profeta; daí a recomendação bíblica de I Coríntios 14.29: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”.

Por que a profecia é denominada o principal dom, conforme I Coríntios 13.2 e 14.1,5,39? Porque a profecia edifica a igreja como um corpo, e não ape­nas como indivíduos. Também porque a profecia é um meio de expressão de muitos dons (I Tm 4.14a). A maior parte do tempo do culto deve ser para a ministração da Palavra de DEUS, e não para a profecia, conquanto seja esta tão importante (I Co 14.29).

2)      A variedade de línguas (v. 10). E um dom de expressão plural, como indica o seu título. E um milagre linguístico sobrenatural. Nem todos os crentes batizados com o ESPÍRITO SANTO recebem este dom (I Co 12.30). Já as línguas como evidência física inicial do batismo, todos ao serem batizados no ESPÍRITO SANTO as falam.

As mensagens em línguas mediante este dom devem ser interpretadas para que a igreja receba edificação (I Co 14.5,27). O crente portador deste dom, ao falar em línguas perante a congregação, não havendo intérprete por DEUS suscitado, deve este crente falar somente “consigo e com DEUS” (I Co 14.4,28

14.4,28)   , isto é, falar em silêncio.

3)      A interpretação das línguas (v. 10). E um dom de manifestação de mensagem verbal, sobrenatural, pelo ESPÍRITO SANTO. Não se trata de “tradução de línguas”, mas de “interpretação de línguas”. Tradução tem a ver com palavras em si; inter­pretação tem a ver com mensagem. As línguas estranhas como dom espiritual, quando interpretadas, assemelham-se ao dom de profecia, mas não são a mesma coisa. O dom de interpretação é um dom em si mesmo, e não uma duplicação do dom de profecia (cf. I Co 12.10,30; 14.5,13,26-28).

4)       

Dons de ministérios práticos

São administrações de serviços práticos, individuais e em grupo (Rm

12.6-         8; I Co 12.28-30). Nestas passagens, eles aparecem juntamente com os demais dons espirituais, e sob o mesmo título original charismata — “dons da graça”. São dons de ministração residentes no portador, pela natureza de sua finalidade junto às pessoas ou grupos: assistência, serviço, socorro, auxílio, amparo, provisão. São dons residentes nos seus portadores, pela natureza e objetivos de sua ação.

Estes dons têm sido pouco estudados na igreja. Daí os equívocos e dúvidas existentes. São da mesma natureza espiritual e sobrenatural dos demais dons da graça de DEUS. A Bíblia os coloca em conjunto com os demais dons (I Co 12.28

12.28)      . Ela usa para esses dons o mesmo termo original empregado para os dons de I Coríntios 12.4-10: charismata (Rm 12.6-8).

Ministério (Rm 12.7). Ministração, servir, prestar serviço material e espiritual, sem primeiramente esperar recompensa, reconhecimento, retribuição, remune­ração, com motivação e capacitação mediante este dom. E servir capacitado sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO.

Ensinar (Rm 12.7). Ensinar no sentido didático, como deixa claro o original. E o dom espiritual de ensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer; ensinar a entender; treinar outros. Educar no sentido técnico desta palavra. Não confundir com o ministério do ensino, que tem a ver com ministros do evangelho, segundo Efésios 4. II e Atos

13.1           (“profetas e mestres”).

Exortar (Rm 12.8). Exortar, aqui, é como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar, consolar, unir pessoas desunidas, que não se falam; admoestar.

Repartir (Rm 12.8). O sentido no original é dar generosamente, doar, ofere­cer, distribuir aos necessitados em primeiramente esperar recompensa ou reco­nhecimento, movido pelo ESPÍRITO SANTO. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência, humanitarismo, filantropia, altruísmo.

Presidir (Rm 12.8). E conduzir, dirigir, organizar, liderar, governar, orientar com segurança, conhecimento, sabedoria e discernimento espiritual. Isso em se tratando de igreja, congregação, instituição, etc. Para alguém presidir desta ma­neira, só mesmo tendo de DEUS este dom! A tendência natural de quem lidera e preside é ser duro, dominar somente pela autoridade, ser insensível.

Exercitar misericórdia (Rm 12.8). Este dom refere-se a assistência aos sofredores, necessitados, carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.

Socorros (I Co 12.28). Literalmente “achegar-se para socorrer”. É o caso de enfermos, exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc. È um dom de ação plural.

Governos (I Co 12.28). E um dom plural no seu exercício. Ê dirigir, guiar e conduzir com segurança e destreza. O termo original sugere pilotar uma embar­cação com segurança, destreza e responsabilidade.

 

Dons na área do ministério

Esses dons são enumerados em Efésios 4.11 e I Coríntios 12.28, 29, a saber: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.

Alvos e resultados dos dons espirituais. De acordo com I Coríntios 12.7, “a mani­festação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”. Vejamos quais são os alvos e resultados dos dons espirituais:

1)      A glorificação do Senhor JESUS em escala muito além da natural e humana (Jo 16.14).

2)      A confirmação da Palavra de DEUS anunciada, pregada e ensinada (Mac 16.17-20; Hb 2.3,4).

3)      O crescimento constante e real, em quantidade e qualidade, da obra de DEUS na igreja, na evangelização e nas missões (Ato 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19\

4)      A “edificação” espiritual da igreja de DEUS como um corpo e como membros individualmente (I Co 12.12-27). JESUS afirmou: “Eu edificarei a minha igreja” (Mac 16.18), mas na ocasião Ele não disse como ia edificar. Mas em Atos e nas Epístolas vemos que é em parte através desses dons divinos de que estamos a tratar.

5)      O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12). Isso jamais é possível por parte do homem, ou das coisas desta vida, mas é possível para DEUS (cf Lc 18.27).

O exercício dos dons do ESPÍRITO. Toda energia e poder sem controle é desas­troso. Estudando I Coríntios 14.26,32,33 e 40, vemos que DEUS nos con­cede dons, mas não é responsável pelo mau uso deles, por desobediência do portador à doutrina bíblica, ou por ignorância desta. A eletricidade quando domada nas subestações, torna-se apropriada ao consumo doméstico, mas nas linhas de alta tensão é letal e destruidora. Também não adianta ter um bom freio no carro sem o seu potente motor, como muitos fazem nas igrejas mornas, frias e secas. Elas têm freio e direção no “carro”, porém falta-lhes o ativo e poderoso motor.

O uso dos dons na igreja deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de DEUS, corretamente entendida, interpretada e aplicada. A Palavra e o ESPÍRITO interpenetram-se e combinam-se em sua operação conjunta na igreja. A Palavra é a espada do ESPÍRITO, e o ESPÍRITO interpreta e emprega a Palavra.

Na igreja, a predominância da doutrina do Senhor corrige erros, evita con­fusão e repara estragos. Ela, quando ensinada e aplicada, neutraliza o fanatismo, que é zelo religioso sem entendimento — são exageros, práticas antibíblicas, emocionalismo, gritaria e outros desmandos. Por sua vez, quando o ESPÍRITO predomina, neutraliza o formalismo, que é excesso de regras, regulamentos, legalismo, rotina religiosa, formalidades secas e enjoativas, mornidão, fórmulas, ritos e coisas assim.

Quem recebe dons de DEUS, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a Palavra ensina sobre o exercício deles. Em Corinto havia abuso dos dons, enquanto em Tessalônica havia carência deles, por tanto refreio. E de pasmar em nossas igrejas a carência da doutrina bíblica sobre essas manifestações do ESPÍRITO — os dons espirituais. O resultado disso aí está em muitos lugares: fanatismo, práticas antibíblicas, meninices, confusão, escândalo e desonra para o evangelho que pregamos.

No exercício dos dons e de outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, ninguém que aja desordenadamente e cause confusão, dentro da congregação e fora dela, venha a dizer que está agindo assim por direção do ESPÍRITO SANTO. Ele não é o autor de tais coisas!

Responsabilidade quanto aos dons. É preciso haver responsabilidade quanto aos dons, a fim de que não haja mau uso deles.

1)      Conhecer os dons. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (I Co 12.1).

2)      Buscar os dons. “Procurai com zelo os melhores dons” (I Co 12.31).

3)      Zelar pelos dons. “Procurai com zelo os dos espirituais” (I Co 14.1).

4)      Ser abundante nos dons. “Procurai progredir neles, para a edificação da igreja” (I Co 14.12, ARA).

5)      Ter autodisciplina nos dons. “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (I Co 14.32).

6)      Ter decência e ordem no exercício dos dons. “Mas faça-se tudo decen­temente e com ordem” (I Co 14.40).

Portanto, poder, sinais, curas, libertação e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento pleno de renovação espiritual e pentecostal. No entanto, tudo

deve ser livre de escândalos, engano, falsificação, e segundo a decência e ordem que a Palavra de DEUS preceitua (I Co 14.26-40).

 

O MAU USO DOS DONS ESPIRITUAIS

O       uso dos dons na igreja deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de DEUS. A Palavra e o ESPÍRITO interpenetram-se, combinam-se em sua operação conjunta na igreja. A Palavra é a espada do ESPÍRITO (Ef 6.17), e o ESPÍRITO in­terpreta e usa a Palavra. A predominância da doutrina do Senhor corrige erros, evita confusões e repara estragos.

Quando aplicada e observada, a doutrina do Senhor neutraliza o fanatismo, que é zelo sem entendimento, exagero, práticas antibíblicas, emocionalismo, etc. Por sua vez, a predominância do ESPÍRITO SANTO neutraliza os extremos do for­malismo, que é excesso de regras, regulamentos, legalismo, rotina, formalidade, mornidão, fórmulas, ritos, etc.

Os dons espirituais não devem operar sem o fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22; I Co 13; Jo 15.1-8). Quem recebe os dons, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que diz a Palavra sobre o exercício deles. Havia abuso dos dons em Corinto, e carência deles em Tessalônica (I Co 14; I Ts 5.19,20).

A igreja de Corinto. Os cultos da igreja de Corinto eram notadamente pen- tecostais (I Co 12; 13; 14). Segundo o apóstolo Paulo, nenhum dom faltava àquela igreja (I Co 1.7). Todas as manifestações espirituais do ESPÍRITO SANTO tinham lugar ali (I Co 12.4); as diversidades de ministérios do Senhor JESUS (I Co 12.5); e as diversas operações do próprio DEUS (I Co 12.6).

No entanto, a igreja estava envolvida em diversas dissensões e litígios (I Co

I.                 IO; 6.I-II; 11.18), pecados morais graves (I Co 5), além de desordem no culto de adoração a DEUS (I Co 11.17-19). Outrossim, os crentes eram imaturos e carnais (I Co 3.1-4). A desordem era tal que o próprio culto tornou-se um entrave para o progresso espiritual dos crentes.

1)      Dissensão ou partidarismo (I Co 11.18; 1.10-13; 3.4-6). “Ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões”. O termo “dissensões” empregado em I Coríntios II.17 e 1.10 descreve a destruição da unidade cristã por meio da carnalidade. Em vez de gratidão a DEUS, para promover a comunhão uns para com os outros e “guardar a unidade do ESPÍRITO pelo vínculo da paz” (Ef 4.3), os crentes reuniam-se para o culto com “espírito faccioso”.

2)      Carnalidade (I Co 3.1-3). “Não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais” (v.I). Havia membros da igreja de Corinto guiados e cheios do ESPÍRITO SANTO (I Co 1.4-9; Rm 8.14), mas muitos eram carnais (v.I). Carnal, como já vimos, é o crente, ele ou ela, cuja vida não é regida pelo ESPÍRITO (Rm 8.5-8); que tem muita dificuldade de entender os assuntos espirituais (I Co 2.14) e vive em contendas, difamações. A mente e a língua do carnal é malfazeja até durante o sono (cf. Rm 8.5; G1 5.19-21; Pv 4.16). Esse tipo de crente é uma perturbação no culto de adoração a DEUS.

3)      Intemperança (I Co 11.21). Na liturgia da igreja primitiva era comum a Ceia do Senhor ser precedida por uma festividade chamada de agápe ou festa de amor (2 Pe 2.13; Jd v.I2). No entanto, alguns crentes coríntios em vez de fortalecerem o amor e a unidade cristã antes da Ceia do Senhor, embriagavam-se. Os ricos se fartavam de tudo, enquanto os pobres padeciam fome (v.2I). Isso alguns faziam “para sua própria condenação” ou castigo (v.29). Esses cristãos cometiam o erro de transformar uma festa espiritual, o culto, em uma festa profana. Veja as consequências disso nos versículos 30,31.

Muitos crentes, em Corinto, eram ignorantes quanto ao uso correto dos dons espirituais (I Co 12.1; 14.26-33). A manifestação dos dons espirituais é “dada a cada um para o que for útil” (I Co 12.7). Os propósitos de DEUS neles é edificação, consolação, exortação, crescimento espiritual e aperfeiçoamento do corpo de CRISTO (I Co 14.3, 26; Ef 4.11-14; Rm 12.4-8).

Mas, para que assim seja, é necessário que haja sabedoria, ordem e decência quanto ao uso dos dons (I Co 12.1; 14.40). O crente não é proibido de falar em línguas, nem o profeta de profetizar no culto (I Co 14.39), contanto que seja conforme a doutrina bíblica (I Co 14.12, 19,26, 39). A expressão-chave do ensino contido em

I                  Coríntios 14.26-40 é: “Faça-se tudo para edificação” (v.26). “Edificação” quer dizer “construir como um processo”, ou seja, crescimento sólido, gradual, uniforme e constante na vida do crente.

Os cristãos de Corinto ignoravam o propósito evangelístico e edificador do culto na vida espiritual do crente (I Co 14.23-25), pois exibiam vaidosamente seus dotes espirituais, provocando balburdia e dissensões (I Co 14.27-30). A Bíblia recomenda que todos, pelo ESPÍRITO SANTO, falem em línguas e profeti­zem (I Co 14.5), mas que também exerçam os dons espirituais com sabedoria, ordem e decência (I Co 14.26-33,37-40), a fim de que o nome do Senhor seja glorificado (I Co 14.25), o incrédulo seja convertido (I Co 14.22-25) e a igreja edificada(I Co 14.26).

Visões e revelações. É de pasmar o descaso em nossas igrejas, da carência do en­sino da Palavra sobre essas manifestações do ESPÍRITO — os dons espirituais. O resultado aí está em muitos lugares: fanatismo, práticas antibíblicas, meninices, confusão, escândalo e desonra para o evangelho, ou desprezo e indiferença dos crentes pelos dons. Um exemplo disso é o caso de “visões” e “revelações”.

Revelações em si não são um dom. Há pessoas por aí afora dizendo-se portadoras do “dom de revelação”. Não há especificamente tal dom. Sonhos, visões e revelações sobrenaturais, sim, podem ser expressões do dom da ciência (I Co 12.8). DEUS criou não somente coisas visíveis, mas também as invisíveis (Cl 1. 16). Por sua vez, coisas invisíveis podem se tornar visíveis. DEUS, que criou e sustenta todas as coisas, também as controla como quer.

Igrejas inteiras, famílias e crentes à parte têm padecido muito por causa de falsas visões, revelações e sonhos da parte de visionários, às vezes fanáticos, outras vezes mentecaptos, e ainda por cima trapaceiros. E necessário que, sem sufocar o genuíno entusiasmo e fervor espiritual, ou provocar frieza na fé, os dirigentes de trabalho, através da doutrina bíblica, regulem e controlem essa intensa “onda” de visões e revelações falsas, que tanto perturbam e prejudicam os crentes na fé.

Todo poder sem controle é desastroso. DEUS nos concede poderosos dons, mas não é responsável pelo mau uso deles, por desobediência do portador à doutrina bí­blica, ou ignorância desta. O fogo em casa é indispensável, quando sob controle no fogão, mas como incêndio... é um sinistro!

A eletricidade, nas linhas de alta tensão é letal; nas subestações é domada, tornando-se apropriada ao consumo doméstico, Um carro é utilíssimo quando dotado de bons freios. Por outro lado, de nada adianta bons freios se o carro não tiver um potente motor... O que acontece em igrejas mornas e secas? Têm freios e direção, mas lhes falta o ativo e poderoso “motor” do ESPÍRITO.

No autêntico exercício dos dons espirituais o ESPÍRITO santo é soberano. O fato registrado em Atos 19.11,12 não significa doutrina sobre o assunto nem modelo para ser copiado.

Expulsão de demônio à moda de exorcismo. O costume hoje em dia praticado por determinadas pessoas, de chamar endemoninhados à frente, praticar expulsão de demônios à moda de exorcismo, manipulando as pessoas, expulsando demônios “à prestação”, como se eles estivessem saindo da vítima aos poucos, é prática reprovável e antibíblica.

Os demônios são expulsos, sim, por direção e poder do ESPÍRITO SANTO, mas de maneira bíblica, original, sem deixar dúvidas, confusão, nem escândalos. JESUS nos mandou chamar pecadores e expulsar demônios... Em muitos lugares, está ocorrendo o inverso: estão chamando demônios e expulsando os pecadores. Sim, pois estes saem confusos, iludidos, escandalizados, sem saber ao certo se estiveram num culto santificado a DEUS, ou numa sessão espírita!

Em muitos lugares, os pecadores saem piores do que chegaram. E isso operação dos dons espirituais? Nunca! Poder manifesto de DEUS não significa escândalo, pro­miscuidade, desordem, grosseirismo e puro emocionalismo, que, uma vez passado, só resta frustração, engano, medo e revolta interior. Isso — que pode ser atuação dos chamados “espíritos familiares” (Is 8.19) — é mais uma operação diabólica para confundir os neófitos e perturbar a boa marcha do trabalho do Senhor.

Falsos obreiros. Tenhamos cuidado! Está dito na Palavra de DEUS que não somente houve entre os fiéis falsos profetas, mas que haverá também, nos dias atuais (2 Pe 2.1

2.1)            . DEUS não é de confusão. A ausência de continuado e metódico ensino bíblico sobre a Pessoa do ESPÍRITO SANTO e suas genuínas operações resulta nisso.

O inimigo aproveita a ignorância dos crentes; ele aproveita enquanto os traba­lhadores dormem, para semear a má semente. Não se confunda gritos, trejeitos, gestos desconexos, pulos, linguagem impressionante, barulho emotivo e algaravia pública com o real poder do ESPÍRITO SANTO. Espiritualidade e poder de DEUS não implicam desordem e escândalo para gregos, judeus e Igreja de DEUS.

Há uma série de pretensos obreiros desautorizados — acolhidos por certos grupos religiosos —, promovendo por si próprios movimentos ditos carismáticos, mas sem qualquer base bíblica, sem conhecimento da doutrina, sem experiência cristã e ministerial, sem cultura bíblica e secular, sem ordem, de ministério irre­gular, escrupulosos, irreverentes, gananciosos, explorando o povo e as igrejas, iludindo a fé dos incautos e aproveitando-se da credulidade das massas, até que os escândalos provoquem uma reação negativa e acabe tudo em nada!

Os tais obreiros — ostentando a coleção inteira de sinais de um falso pro­feta —, em lugar de procurarem expulsar demônios, e praticar curandeirismo, eles é que deviam ser expulsos! Dizendo-se autorizados por DEUS, arrogam-se autoritários, não aceitando qualquer conselho bíblico, chegando a ponto de quererem provar seus erros mediante a Palavra de DEUS!

Poder, sinais e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento, pleno de renovação espiritual e pentecostal, mas livre de escândalos, enganos, falsificação e mis­tificação; dentro da decência e da ordem que a Palavra de DEUS preceitua.

O certo é que esses pseudo-obreiros estão causando sérios estragos dentro e fora da igreja, especialmente na área da expulsão de demônios, cura divina, revelações, visões, profecia e línguas estranhas. Não duvidamos de que muitas dessas pessoas tenham recebido uma chamada divina para um ministério de poder, mas estragaram-na porque começaram a laborar fora do plano divino revelado nas Escrituras. Como em 2 Reis 6.5, perderam o ferro do machado; só têm o cabo agora.

Se eles deram fruto a princípio, não permaneceram assim. A vitória e a aprova­ção divina iniciais não significam continuidade da operação divina nem frutos permanentes, caso a pessoa saia do plano bíblico: “para que deis fruto, e o vosso fruto permaneça”. Assim disse JESUS (Jo 15.16).

Quem reconhece ter recebido um ministério de pregação acompanhado de sinais e maravilhas, pelo poder de DEUS, exerça-o, mas segundo a doutrina bíblica, apegado sempre à Palavra. Não é nunca possível um tal ministério fru­tificar mais e mais e permanecer assim, sem o instrumento humano conservar-se na humildade, na simplicidade e na pureza doutrinária da Palavra de DEUS. Um obreiro pode receber o mais rico ministério de libertação e conservar-se profundamente bíblico, dentro dos ditames de ética ministerial e da Palavra de DEUS.

O espirito do profeta e o ESPÍRITO do Senhor. Precisamos fazer a nossa parte, a fim de que o ESPÍRITO realize a dEle. E isso está relacionado com a liturgia, conjunto dos elementos que compõem o culto cristão (Ato 2.42-47; I Co 14.26-40; Cl 3.16). Embora seja possível liturgia sem culto, não há culto sem liturgia (Is 1.11-17; 29.13; Mt 15. 7-9; I Co 11.17-22).

A parte litúrgica compreende diversas partes do culto: oração (Ato 12.12; 16.16); cânticos (I Co 14.26; Cl 3.16); leitura e exposição da Palavra de DEUS (Rm 10.17; Hb 13.7); ofertas (I Co 16.1,2); manifestações e operações do ESPÍRITO SANTO (I Co 14.26-32); e bênção apostólica (2 Co 13.13; Nm 6.23-27).

Tomando como base o livro de Atos dos Apóstolos e as Epístolas (Ato 2.1-4; Ef 5.19; Cl 3.16), vejamos como era o culto, nos tempos do Novo Testamento. A promessa da efusão do ESPÍRITO (Jl 2.28) cumpriu-se no dia de Pentecostes (Ato 2.16-18), quando os que estavam reunidos foram “cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem” (Ato 2.1-4). Essa experiência pentecostal repetiu-se em outras oca­siões: em Samaria (Ato 8.14-20); na vida de Paulo (Ato 9.17); na casa de Cornélio (Ato 10.44-48); e em Éfeso (Ato 19.1-7).

Manifestações espirituais como essas foram acompanhadas de: falar em outras línguas (Ato 2.4; 19.6); poder (Ato 8.18,19); exultação a DEUS (Ato 10.46); ousadia, poder e graça na pregação (Ato 4.31,33); e mensagens proféticas (Ato 19.6). O culto dos crentes primitivos que, nos primeiros dias da igreja em Jerusalém, não se distinguia muito da liturgia judaica (Ato 3.1), passou a ser dinâmico, espontâneo e com manifestações periódicas dos dons concedidos pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 12.6-8; I Co 12.4-11,28-31).

Se alguém reconhece que tem recebido dons espirituais para um ministério de poder, o primeiro passo não é sair fazendo demonstrações pueris, escandalosas e antibíblicas. Não. O primeiro passo é conhecer o que a Bíblia ensina sobre um determinado ministério.

Sabemos que a capacidade espiritual do obreiro vem de DEUS, mas do seu preparo ele deverá cuidar, segundo está escrito: “Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15). E mediante a Palavra de DEUS que ele se torna hábil para toda boa obra (2 Tm 3.17).

Ninguém que cometa escândalos e pratique as coisas negativas mencio­nadas neste tópico venha a dizer que agiu assim movido pelo ESPÍRITO SANTO, porque Ele não é autor de desmandos, sejam quais forem. Que surgiriam tais coisas em nossos dias, sabemo-lo pela Bíblia (2 Pe 2.1,2), porém que elas e seus promotores permaneçam entre nós como sendo nossos, e dos nossos, não

(I Jo 2.19)!

 

A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO

A recomendação da Bíblia aos crentes pentecostais é: “Não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas enchei-vos do ESPÍRITO” (Ef 5.18).

“Enchei-vos do ESPÍRITO”. O verbo traduzido por “enchei-vos” traz no original quatro lições importantes:

1)      E um imperativo — pois se trata de uma ordem.

2)      Está no plural — por isso, aplica-se a todos os crentes.

3)      Está na voz passiva — o que significa que a ação de estarmos cheios do ESPÍRITO é atribuição dEle.

4)      Está no tempo presente contínuo — isto é, designa uma ação constante, contínua, perene. Portanto, pode ser traduzido como “Deixai-vos encher continuamente do ESPÍRITO”.

Enchendo-nos continuamente do ESPÍRITO para cultuar a DEUS. Os crentes de Éfeso só poderiam continuar enchendo-se do ESPÍRITO, se já estivessem cheios dEle anteriormente. Na verdade, eles já haviam sido batizados com o ESPÍRITO, conforme Atos 19.1-7. Quando o crente é cheio e se mantém renovado pelo ESPÍRITO SANTO, o culto cristão é caracterizado por: “salmos, e hinos, e cânticos espirituais” (Ef 5.19).

O fruto do ESPÍRITO. Em I Coríntios 2.14—3.3, vemos que DEUS divide toda a humanidade em três grupos de pessoas. Apenas três, e isso no sentido espi­ritual: (I) o homem natural, literalmente controlado pela sua alma (2.14); (2) o homem espiritual, literalmente controlado pelo ESPÍRITO SANTO (2.15); e (3) o homem carnal, controlado, literalmente, pela sua natureza carnal (3.3). Nin­guém escapa dessa classificação divina. Todos nós somos um desses “homens”. Identifique-se!

O homem natural não é salvo. È irregenerado. E chamado de “natural” porque vive segundo a natureza adâmica, decaída. O homem espiritual é aquele que o

ESPÍRITO SANTO governa e rege seu espírito, sua alma e seu corpo. Nele, o seu “eu”, pela fé em CRISTO, está mortificado, crucificado (Rm 6.11; GI 2.19,20).

Já o homem carnal, na conceituação bíblica, é o crente espiritualmente ima­turo e que assim continua através da vida — “meninos em CRISTO” (I Co 3.1). A vida do crente carnal é mista, dividida, fracassada. Esse crente vive em conflito interior entre a sua natureza humana e a divina, sendo a sua alma o campo de batalha (cf. Gl 5.13-26). (Gl 5.22,

O homem espiritual é o crente cheio do ESPÍRITO SANTO, isto é, aquele em cuja vida o fruto do ESPÍRITO tem amadurecido 23; Ef 5.9; Jo 15.1-8,

16)             . A evidência de que alguém continua cheio do ESPÍRITO é a manifestação do fruto do ESPÍRITO de DEUS em sua vida (Mt 3.8; 7.20).

Se um cristão afirma ser nascido de novo, mas seu modo de viver dentro e fora da igreja desmente o que afirma, isso é uma contradição, um escândalo e uma pedra de tropeço para os descrentes e os cristãos mais fracos. E pela sua habitação e presença permanente no crente, regendo-o em tudo, que o ESPÍRITO produz o seu fruto, como descrito em Gálatas 5.22.

 

Pecados contra o ESPÍRITO SANTO

Os pecados contra o ESPÍRITO SANTO afetam terrivelmente a santidade. Ele é o ESPÍRITO SANTO; o ESPÍRITO que nos santifica. Ele é muito sensível; é tanto que é simbolizado pela pomba. O único pecado imperdoável só pode ser cometido contra Ele; não contra o DEUS Pai, nem contra o DEUS Filho. Isso deve nos servir de alerta quanto ao pecado!

Há seis principais pecados contra o ESPÍRITO SANTO; que consistem em palavras, atitudes e atos. Entre os pecados por palavras, acham-se as afrontas verbais e as blasfêmias. As atitudes e os atos constam da resistência ao ESPÍRITO, e da recusa contínua de se cumprir a vontade de DEUS.

Resistir ao ESPÍRITO SANTO. A resistência ao ESPÍRITO é o pecado inicial que se comete contra o Consolador (Ato 7.51). E dizer “não” continuamente ao convite da salvação; recusar ouvir e ler a Palavra de DEUS; recusar os impulsos interiores do ESPÍRITO SANTO dentro de nós (orar, testemunhar, apartar-se do mal).

Resistir ao ESPÍRITO é também rebelar-se contra a autoridade divina (Is 63.10). Não só a direta, que é infrequente na Bíblia: mas a autoridade divina indireta, isto é, delegada por DEUS. Esta é a forma predileta de DEUS governar entre os homens, através da família (autoridade social); do governo (autoridade civil); e da igreja (autoridade religiosa).

Esse pecado, cometido por incrédulos e crentes, consiste ainda em adiar a decisão de obedecer ao Senhor. É, em resumo, resistir à voz de DEUS, de todas as formas. E, uma vez cometida essa ofensa, as demais parecerão de somenos importância, visto que o coração do ofensor, afetado terrivelmente pela iniquidade, considerará o pecado algo comum e corriqueiro.

O pecado de resistir ao ESPÍRITO pode ser compreendido pelo modo como Estêvão concluiu seu sermão diante dos anciãos de Israel: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao ESPÍRITO SANTO” (Ato 7.51). O pecado daqueles homens não era um ato isolado, mas contínuo: resistir “sempre” ao ESPÍRITO SANTO.

Quem resiste ao ESPÍRITO SANTO recusa, de forma consciente, a vontade divi­na expressa pela terceira Pessoa da Trindade, mediante a Palavra de DEUS e por meio de seu trabalho em nossos corações. A palavra “resistir”, empregada por Estêvão, no original, vai além de uma mera resistência. Significa lutar contra; lutar com afoiteza.

O povo de Israel até hoje sofre as consequências de sua resistência contínua ao ESPÍRITO de DEUS (I Ts 2.15,16). Os ouvintes de Estêvão “lutavam” contra o ESPÍRITO, empregando naquela peleja todas as suas forças (cf. Zc 7.12; Gn 6.3; Is 30.1; Ne 9.30; Ez 8.3,6). O povo de DEUS fez isso por rebeldia contumaz, e o ESPÍRITO do Senhor voltou-se contra eles. Que relato terrível e condenatório (Is 63.10)! O leitor tem resistido ao ESPÍRITO SANTO?

Insultar ao ESPÍRITO SANTO. Insultar ou agravar o ESPÍRITO SANTO é um pecado que consiste em insultar, agravar, ultrajar a terceira Pessoa da Trindade. È rejeitar con­tinuamente a JESUS — isso pode ser uma pessoa, uma família, uma comunidade, uma nação. É um pecado cometido por incrédulos e crentes.

Acostumados com o culto levítico, e sob perseguição por causa do evangelho de CRISTO, os cristãos de origem judaica começaram a deixar a igreja e a retornar ao judaísmo centrado no Templo em Jerusalém. Em Hebreus 10.29, eles são incisivamente exortados a não fazê-lo: “De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de DEUS, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao ESPÍRITO da graça?”

Aqueles irmãos cometeram três horrendos pecados: o de pisar o Filho de DEUS; o de ter por comum o sangue da aliança; e o de agravar o ESPÍRITO SANTO. Agravar, como aqui é empregado, é afrontar, ultrajar, debochar, zombar, injuriar, insultar com desdém.

Quem ultraja ao ESPÍRITO rejeita a Palavra de DEUS com menosprezo e zom­baria, continuamente. Além disso, tem o sangue redentor de JESUS como coisa sem valor, sem importância; rejeita com desdém e escárnio as ofertas da graça

de DEUS. Essa recusa ultrajante se deve ao fato de o crente 'ou descrente) não valorizar (negligenciar) os dons graciosos de DEUS: o dom da salvação; o dom do ESPÍRITO; os dons espirituais.

Tentar o ESPÍRITO SANTO. E pecar conscientemente até quando o ESPÍRITO SANTO suportar. E um pecado cometido também por incrédulos e crentes. Implica mentir ao ESPÍRITO (ora, Ele é a verdade: I Jo 5.6); enganar os servos de DEUS como congregação, como corpo; e ser hipócrita. O hipócrita devia saber que o ESPÍRITO SANTO sonda e conhece os corações.

Ananias e Safira cometeram esse pecado; mentiram ao ESPÍRITO; enganaram os servos de DEUS; e quiseram mostrar-se melhores do que os outros, sem o serem, conforme lemos em Atos 5.1-10.

... Ananias, com Safira, sua mulher; vendeu uma propriedade e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos. Disse\ então, Pedro: Ananias; por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a DEUS (...) Então, Pedro lhe disse [a Safira]: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o ESPÍRITO do Senhor?

(...) E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido.

A mentira ao ESPÍRITO SANTO está categoricamente exemplificada na passagem em que Pedro, pelo ESPÍRITO SANTO, denuncia a mentira de Ananias e Safira: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao ESPÍRITO SANTO e retivesses parte do preço da herdade?” (Ato 5.3). Qual é o sentido da palavra “mentira” aqui? O termo original corresponde a contar uma falsidade como se fosse verdade. Ananias e Safira certamente ensaiaram essa mentira, como pode ser visto no versículo 9.

Quais são as implicações de se mentir ao ESPÍRITO SANTO? Quem mente ao ESPÍRITO SANTO, menospreza a sua deidade; Ele é DEUS (vv.3,4). Como a terceira pessoa da Santíssima Trindade, Ele é onisciente, onipresente e onipotente. Isso significa que o ESPÍRITO SANTO tudo sabe e tudo conhece. Logo, mentir e tentar o ESPÍRITO do Senhor (v.9), é testar a tolerância de DEUS, isto é, pecar até enquanto DEUS suportar, (cf. Nm 14.22,23; Dt 6.16; Mt 4.7).

Entristecer o ESPÍRITO SANTO. Na Epístola aos Efésios, exorta-nos Paulo: “E não en­tristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós” (Ef 4.30,31).

O que é entristecer o ESPÍRITO SANTO? O vocábulo original tem a ver com agravo, dor, aflição, angústia.

Entristecer ao ESPÍRITO, um pecado cometido por incrédulos e crentes, consiste em fazer tudo aquilo que não agrada ao ESPÍRITO de DEUS, como ser ingrato para com DEUS; ser negligente na vida espiritual; ser esquecido das bênçãos divinas recebidas e das coisas de DEUS em geral; ser rebelde, desobediente de modo contínuo para com DEUS (cf. Is 63.10); ser mundano, o que implica infidelidade espiritual (Tg 4.5); e ser carnal (Gl 5.16).

O que pode entristecer o ESPÍRITO SANTO? Mathew Henry responde: “Toda conversação maligna e corrupta, que estimule os desejos pecaminosos e a luxúria, contrista o ESPÍRITO SANTO”. O ESPÍRITO SANTO também é entristecido quando, desprezando a vontade divina, preferimos seguir nossos desejos e ambições; quando o cristão não reverencia a sua presença manifesta e ignora a sua voz; e quando o crente não busca a sua vontade e direção.

E importante considerar aqui os “nãos” divinos constantes de Efésios 4.26-30:

Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o ESPÍRITO SANTO de DEUS, no qual estais selados para o dia da redenção.

Muitos falsos ensinadores têm afirmado que não existem proibições para os crentes; os tais afirmam que é proibido proibir. Mas, como vemos na referência acima, a Palavra de DEUS apresenta muitos “nãos”, como:

1)    “Não pequeis”.

2)    “Não se ponha o sol sobre a vossa ira”.

3)    “Não deis lugar ao diabo”.

        4) “Não furte mais”.

5)      “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”.

6)      “Não entristeçais o ESPÍRITO SANTO”.

O Decálogo também consiste de tremendos “nãos” divinos! Será que sabemos ensinar mais do que DEUS, que usa “nãos”?

Apagar o ESPÍRITO SANTO. Escrevendo aos crentes de Tessalônica, Paulo exortou- os: “Não extingais o ESPÍRITO” (I Ts 5.19). Como o ESPÍRITO SANTO é com­parado ao fogo, apagar ou extinguir o ESPÍRITO é abafar, reprimir, sufocar o calor e a luz provenientes dEle. E, pois, reprimir a voz do ESPÍRITO dentro de nós; opor-se à operação dEle em nosso meio; não se renovar espiritualmente; impedir a sua operação pelo mundanismo, materialismo e humanismo (Mac 4.19; Lc 8.14).

Extinguir o ESPÍRITO SANTO — um pecado cometido apenas por cren­tes — é ser fanático religioso; desviar-se para “a direita” (observe que, em Isaías 30.21, o primeiro tipo de desvio para o qual DEUS chama atenção é para “a direita”); enfim, é não dar ouvido a Ele, até que a sua voz não seja mais ouvida:

Porém entendeste a tua benignidade sobre eles por muitos anos e protestaste contra eles pelo teu ESPÍRITO, pelo ministério dos teus profetas; porém eles não deram ouvidos; pelo que os entregaste na mão dos povos das terras :f\e 9.30).

Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra

(Jo 8.43).

O termo traduzido por “extinguir”, referente ao ESPÍRITO SANTO, tem o sentido colateral de apagar aos poucos uma chama, um fogo que está a arder. Portanto, extinguir o ESPÍRITO é agir de modo a impedir, suprimir ou limitar a manifestação do ESPÍRITO do Senhor. Quando perdemos o primeiro amor, extinguimos ou apagamos de nossas vidas o ESPÍRITO de CRISTO (Ap 2.4).

Qual é o perigo de se extinguir o ESPÍRITO SANTO? A extinção das operações do ESPÍRITO SANTO na vida da igreja quando não é letal, a adoece e debilita, sem que ninguém o perceba. Mais tarde, resta somente a lembrança do passado quando o fogo do céu ardia. Sempre que for detectada a falta de operações do ESPÍRITO SANTO em nosso meio, devemos clamar a DEUS sem cessar por um avivamento espiritual. A extinção do ESPÍRITO SANTO leva a igreja à mornidão espiritual (Ap

3.14-22).

O fogo é o grande agente purificador natural, assim como o ESPÍRITO SANTO é o grande agente purificador divino. Sendo assim, arrume bem a lenha (ponha ordem na vida; coloque a “lenha” em ordem); limpe o local do fogo (tire de sua vida “cinza”, “areia”, “água”, “coisas estranhas”, como as doutrinas falsas); areje o fogo (sem ar fresco, bom, o fogo se apaga); alimente o fogo (com lenha boa [Pv 26.20], combustível bom, o que é caro; o fogo é sempre bom; a lenha às vezes é ruim); e mantenha o equilíbrio do fogo — isso requer “acendedores” e “apagadores” de “ouro puro” (Ex 25.38; 37.23).

Blasfêmia contra o ESPÍRITO SANTO. Este pecado é cometido por incrédulos (Mt 12.31,32; Mac 8.28-30; Lv 24.11-14). Implica atribuir continuamente os atos divinos a Satanás (cf. Mt 12.24). E a blasfêmia contínua, deliberada, consciente e abusiva contra o ESPÍRITO SANTO. Trata-se de um “eterno pecado” (Mc 3.29

              cf. rodapé ARC).

O pecado em apreço não pode ser cometido por ignorância (I Tm 1.3); não é cometido mediante uma fraqueza isolada, impensada; torna-se imperdoável, não porque DEUS não queira ou não possa perdoar, mas porque o pecador, através desse pecado, afasta para longe de si a única Pessoa, o ESPÍRITO SANTO, que podia convencê-la do tal pecado.

Encontrava-se o Senhor JESUS numa sinagoga em Cafarnaum, a sua cidade, quando lhe trouxeram um endemoninhado cego e mudo. JESUS por sua compaixão libertou totalmente o homem possesso. Os fariseus alegaram que Ele operara tal milagre pelo poder do chefe dos demônios. Era o cúmulo do pecado deles contra o ESPÍRITO SANTO (Mt 12.24).

JESUS lhes disse: “Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o ESPÍRITO não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o ESPÍRITO SANTO, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro” (Mt 12.31,32; Mac 3.28-30; Lc 12.10).

Os adversários de JESUS blasfemavam contra Ele e o ESPÍRITO SANTO, decla­rando consciente, proposital e seguidamente que JESUS operava milagres pelo poder de Satanás, o chefe dos demônios (Mt 9.32-34; 12.22-24; Mac 3.22; Lc 11.14,15

11.14,15)                    . Com essa blasfêmia, eles estavam rejeitando de modo deliberado o ESPÍRITO SANTO que operava em JESUS, o Messias (Mt 12.28; Lc 4.14-19; Jo 3.34; Ato 10.38).

A blasfêmia deliberada e consciente contra o ESPÍRITO SANTO é imperdoável. O ser humano pode chegar a tal cegueira espiritual a ponto de blasfemar contra o ESPÍRITO. Ver Mt 23.16, 17, 19, 24, 26. A blasfêmia contra o ESPÍRITO de DEUS é a consequência de pecado similares que a precedem, como:

1)      Rebelar-se e resistir ao ESPÍRITO (Is 63.10; Ato 7.51).

2)      Abafar e apagar o fogo interior do ESPÍRITO (I Ts 5.19; Gn 6.3; Dt 29.18­21; I Ts 4.4).

3)      0        endurecimento total do coração — cauterização da consciência e cegueira total. Chegando o ser humano a este ponto, torna-se réprobo quanto à fé (2 Tm 3.8) e passa a chamar o mal de bem e o bem de mal (Is 5.20).

 

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Lição 1, CPAD, A Igreja que Nasceu no Pentecostes NA ÍNTEGRA

 

 

Escrita Lição 1, CPAD, A Igreja que Nasceu no Pentecostes, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO    

1. De natureza divina   

2. Um evento paralelo ao Sinai  

3. Centrada em CRISTO e nos tempos finais  

II – O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO

1. Promover a verdadeira adoração  

2. Poder para testemunhar  

III – CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO

1. Uma experiência específica  

2. Uma experiência definida e contínua  

3. As línguas e o amor  

 

TEXTO ÁUREO

“E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.” (At 2.4)

 

VERDADE PRÁTICA

A Igreja nasce no Pentecostes capacitada pelo ESPÍRITO para cumprir sua missão.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - At 2.1-3 A manifestação divina e os sinais do Pentecostes

Terça - At 2.4 O derramamento do ESPÍRITO

Quarta - At 2.11; 10.46 Louvor e adoração

Quinta - At 2.20 A esperança futura

Sexta - At 1.5 Uma experiência específica e definida

Sábado - Ef 5.18 Uma experiência contínua

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 2.1-14

1-  Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2- e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

3- E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

4- E todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem.

5- E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.

6- E, correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.

7-  E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando?

8- Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?

9- Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia,

10- e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos),

11- e cretenses, e árabes, todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de DEUS.

12- E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?

13- E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.

14- Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.

 

HINOS SUGERIDOS: 24, 155, 387 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Neste trimestre, estudaremos a Igreja de Jerusalém conforme apresentada em Atos dos Apóstolos. Dentre muitos tópicos, veremos como essa igreja se formou, viveu e expandiu o Evangelho para fora da Judeia. Nesta primeira lição, estudaremos como a Igreja nasceu - de Jerusalém para o mundo - como uma igreja pentecostal. Para tratar desses assuntos, contaremos com o pastor José Gonçalves, líder da Assembleia de DEUS em Água Branca (PI), mestre em Teologia, graduado em Filosofia, escritor de diversas obras editadas pela CPAD e membro da Comissão de Apologética da CGADB.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a natureza do Pentecostalismo Bíblico; II) Enfatizar o propósito do Pentecostalismo Bíblico; III) Elencar as características do Pentecostalismo Bíblico.

B) Motivação: O teólogo pentecostal Myer Pearlman traz uma imagem muito significativa a respeito do nascimento da Igreja em sua obra Comentário de Atos - Estudo do Livro de Atos e o Crescimento da Igreja Primitiva. Ele nos diz que JESUS planejou a Igreja durante seu ministério terreno, mas deixou ao seu sucessor, o ESPÍRITO SANTO, a missão de erguê-la e, consequentemente, colocá-la na história. Ainda segundo Pearlman, "foi no dia de Pentecostes que esse templo espiritual foi construído e cheio da glória do Senhor". Portanto, a Igreja do Senhor aparece na história como a Igreja de Jerusalém.

C) Sugestão de Método: Para iniciar esta lição, sugerimos que você faça a seguinte introdução: Antes de falarmos sobre a Igreja de Jerusalém, devemos nos deter no acontecimento poderoso do cenáculo: o dia de Pentecostes. Esse evento marca o ponto culminante do extraordinário plano de DEUS para a edificação de sua Igreja. Assim como JESUS adentrou no mundo com a fragilidade de uma criança por meio da encarnação, a Igreja também entra na história como uma igreja local em Jerusalém e, mais tarde, se expandirá até os confins da Terra. Após essa introdução, proponha uma reflexão com a classe sobre a natureza do Pentecostes Bíblico, seu propósito e suas características, antecipando os tópicos que serão abordados ao longo da lição. Depois de ouvir os alunos, prossiga com a exposição do ensino.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Após fazer toda a exposição dos tópicos da Lição, aplique as verdades estudadas, mostrando que o Pentecoste é o ESPÍRITO SANTO habitando a Igreja de CRISTO de maneira visível e, consequentemente, nos crentes da igreja local.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "o Dia de Pentecostes", localizado após o primeiro tópico, traz o episódio do Dia de Pentecostes como um acontecimento do ESPÍRITO SANTO; 2) No final do terceiro tópico, o texto "Falar em Línguas" aprofunda o papel das línguas no Derramamento do ESPÍRITO.

 

 

PALAVRA-CHAVE - Pentecostes

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

A Igreja nasceu no dia de Pentecostes. Esse evento marcou o início de uma nova era: a era da Igreja. O Pentecostes era uma das festas mais importantes dos judeus e acontecia cinquenta dias depois da Páscoa. Foi nesse dia especial que DEUS derramou o ESPÍRITO SANTO sobre todos os discípulos, batizando-os.  O derramamento do ESPÍRITO no Pentecostes marca o início da Igreja como uma comunidade de profetas, como foi profetizado por Joel (Jl 2.28). No livro de Atos, Lucas ensina que esse acontecimento tinha um significado especial para o fim dos tempos, pois já havia sido anunciado pelos profetas do Antigo Testamento. Além disso, o Pentecostes foi uma prova clara de que JESUS havia ressuscitado. O propósito desse derramamento do ESPÍRITO SANTO foi dar poder à Igreja para testemunhar de CRISTO ao mundo e levá-la à verdadeira adoração. Isso é o que veremos nesta lição.

 

I – A NATUREZA DO PENTECOSTES BÍBLICO    

1. De natureza divina   

Lucas relata que, por ocasião do derramamento do ESPÍRITO no dia de Pentecostes, foi ouvido do céu “um som, como de um vento veemente e impetuoso” que “encheu toda a casa em que estavam assentados” (At 2.2) e que “foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo” (At 2.3). Os estudiosos da Bíblia explicam que esses sinais são manifestações da presença de DEUS, chamadas de “teofanias”. Isso significa que DEUS se revelou de maneira visível e audível, assim como fez no Monte Sinai, quando entregou a Lei a Moisés. Naquela ocasião, houve trovões, relâmpagos e um som forte, e o povo ouviu a voz de DEUS e viu um grande fogo (Êx 19.16). Moisés depois lembrou ao povo desse momento, dizendo: “desde os céus te fez ouvir a sua voz, para te ensinar, e sobre a terra te mostrou o seu grande fogo, e ouviste as suas palavras do meio do fogo” (Dt 4.36).

 

2. Um evento paralelo ao Sinai  

Assim como no Sinai, onde a presença de DEUS se tornou real, como uma das experiências mais marcantes na história do antigo povo de DEUS, de uma forma muito mais gloriosa e profunda, o Pentecostes marcou o Encontro do ESPÍRITO de DEUS com a Igreja. Pentecostes, portanto, é a experiência do ESPÍRITO SANTO. Lá no Sinai, a letra da Lei foi escrita em tábuas de pedras (Dt 9.10,11); aqui, no Pentecostes, a Palavra de DEUS foi escrita nos corações (Jr 31.33; 2 Co 3.3)!

 

3. Centrada em CRISTO e nos tempos finais  

Na sua pregação no dia de Pentecostes, Pedro deixou claro que esse evento estava totalmente ligado a JESUS. Ele mostrou que o derramamento do ESPÍRITO SANTO estava diretamente relacionado à morte, ressurreição e ascensão de CRISTO (At 2.23,24, 32,33). Isso significa que, embora o Pentecostes seja uma manifestação do ESPÍRITO SANTO, ele também é cristocêntrico, ou seja, tem CRISTO como seu centro. Sem a cruz de CRISTO, o Pentecostes perderia seu verdadeiro significado, pois não há Pentecostes sem a cruz. Além disso, Pedro explicou que o Pentecostes foi o cumprimento da profecia de Joel (Jl 2.28), que anunciava que DEUS derramaria o seu ESPÍRITO sobre toda a humanidade. Quando Pedro usou a expressão “nos últimos dias” (At 2.17), ele mostrou que esse evento tinha um significado escatológico, ou seja, estava ligado ao plano de DEUS para os tempos finais.

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO - “UM VENTO VEEMENTE E IMPETUOSO

[...] LÍNGUAS [...] DE FOGO. Em algumas ocasiões no passado, o fogo havia acompanhado a presença de DEUS (cf. Êx 3.1-6; 13.21; 1Rs 18.38-39), de modo que esse sinal pode ter assegurado particularmente os crentes judeus de que o que estava acontecendo realmente vinha de DEUS. O ‘fogo’ também pode ter simbolizado a maneira como o povo de DEUS foi consagrado (isto é, separado, purificado) para a obra e o propósito de trazer honra a CRISTO (Jo 16.13-14) e para o testemunho a respeito dEle (veja 1.8; 13.31).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global, edita pela CPAD, p.1924.

 

 

SINÓPSE I - O Pentecoste Bíblico é um evento de natureza divina, centrado em CRISTO e nos “tempos finais”.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - “O DIA DE PENTECOSTES (2.1-41).

A festividade judaica do Dia de Pentecostes assume novo significado em Atos 2, pois é o dia no qual o ESPÍRITO prometido desce em poder e torna possível o avanço do evangelho até aos confins da terra. O batismo dos apóstolos com o ESPÍRITO SANTO no Dia de Pentecostes serve de fundação da missão da Igreja aos gentios. Essa experiência corresponde à unção de JESUS com o ESPÍRITO no rio Jordão (Lc 3.21,22). Existem semelhanças entre estes dois eventos. O ESPÍRITO desceu sobre JESUS depois que Ele orou (Lc 3.22); no Dia de Pentecostes, os discípulos também são cheios com o ESPÍRITO depois que oram (At 1.14). Manifestações físicas acompanham ambos os eventos. No rio Jordão, o ESPÍRITO SANTO desceu em forma corpórea de pomba, e no Dia de Pentecostes a presença do ESPÍRITO está evidente na divisão de línguas de fogo e no fato de os discípulos falarem em outras línguas. A experiência de JESUS enfatizava uma unção messiânica para seu ministério público pelo qual Ele pregou o Evangelho, curou os doentes e expulsou demônios; os apóstolos agora recebem o mesmo poder do ESPÍRITO. Derramamentos subsequentes do ESPÍRITO em Atos são semelhantes à experiência dos discípulos em Jerusalém” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento – Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.631).

 

"O Pentecostes tem uma dimensão escatológica, pois aconteceu ‘antes de

 chegar o grande e glorioso Dia do Senhor’.”

 

II – O PROPÓSITO DO PENTECOSTES BÍBLICO

1. Promover a verdadeira adoração  

As manifestações externas, como o som ou vento e o fogo ocorridas no Pentecostes, prendem nossa atenção. Contudo, não podemos perder de vista o que o Pentecostes produz internamente na vida do crente. Um dos propósitos marcantes do Pentecostes em Jerusalém foi promover a verdadeira adoração: “temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de DEUS” (At 2.11). Logo, o Pentecostes que não adora não é bíblico. De fato, quando os gentios experimentaram o Pentecostes, eles também “magnificavam” a DEUS (At 10.46). Da mesma forma, o apóstolo Paulo diz que um crente pentecostal, cheio do ESPÍRITO, dá “bem as graças” (1 Co 14.17). O fogo pentecostal promove o verdadeiro louvor.

 

2. Poder para testemunhar  

O Pentecostes tem uma dimensão escatológica, pois aconteceu “antes de chegar o grande e glorioso Dia do Senhor” (At 2.20). No entanto, essa realidade dos últimos tempos não significa que a Igreja deve ter uma visão escapista, ou seja, desejar fugir do mundo a qualquer custo. O Pentecostes não foi dado para que os crentes se isolassem, mas para que fossem capacitados a testemunhar e viver no mundo até a volta de CRISTO. A Igreja deve aguardar com esperança, mas também cumprir sua missão até o fim. Para cumprir essa missão ela necessita de poder para testemunhar (Lc 24.49; At 1.8). De fato, é isso o que acontece depois do Pentecostes (At 4.33).

 

SINÓPSE II - O propósito do Pentecostes Bíblico é promover a verdadeira adoração e capacitar os crentes para testemunhar.

 

III – CARACTERÍSTICAS DO PENTECOSTES BÍBLICO

1. Uma experiência específica  

Em Atos dos Apóstolos, o derramamento do ESPÍRITO no dia de Pentecostes é mostrado como o “batismo no ESPÍRITO SANTO” dos crentes (At 1.5,8). Naquele dia o Senhor JESUS batizou quase 120 pessoas no ESPÍRITO SANTO (At 1.15; 2.4). Essas pessoas já eram regeneradas, isto é, salvas. JESUS já havia dito que elas já estavam limpas pela Palavra (Jo 15.3); e que seus nomes estavam arrolados nos céus (Lc 10.20). Eram, portanto, crentes. Contudo, JESUS as mandou esperar pela experiência pentecostal, isto é, o batismo no ESPÍRITO SANTO (At 1.5). O Pentecostes bíblico é, por conseguinte, distinto da salvação. Na verdade, a obra salvífica de CRISTO na Cruz proveu a bênção pentecostal (At 2.33). 

O Pentecostes bíblico é, portanto, distinto da salvação. Na verdade, a obra salvífica de CRISTO na Cruz proveu a bênção pentecostal.”

 

2. Uma experiência definida e contínua  

Como resultado do enchimento do ESPÍRITO SANTO, os crentes “começaram a falar em outras línguas, conforme o ESPÍRITO SANTO lhes concedia que falassem” (At 2.4). A Escritura é clara em mostrar que a evidência inicial do batismo pentecostal foi os crentes falarem em outras línguas. Não há dúvidas de que outros resultados ou evidências do batismo no ESPÍRITO SANTO se seguem. Contudo, foi o falar em línguas, não o sentir uma grande alegria ou mesmo um amor afetuoso demonstrado por eles, que deixou os crentes judeus convencidos de que os gentios haviam recebido o batismo no ESPÍRITO SANTO (At 10.44-46).

 

3. As línguas e o amor  

A evidência física e inicial ou sinal do batismo no ESPÍRITO SANTO foi o falar em outras línguas. Não foi uma grande alegria ou um amor afetuoso que evidenciaram o batismo no ESPÍRITO SANTO. Paulo, por exemplo, disse que “o amor de DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado” (Rm 5.5). O apóstolo escreveu para uma igreja Pentecostal e o amor aparece aqui não como uma evidência de enchimento, mas de crescimento e maturidade em CRISTO.

 

SINÓPSE III - O Pentecostes Bíblico é caracterizado por uma experiência definida e contínua, na qual as línguas são a evidência do enchimento do ESPÍRITO.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - FALAR  EM LÍNGUAS

“Falar em línguas é o sinal inicial do batismo com o ESPÍRITO. Serve como manifestação externa do ESPÍRITO e acompanha o batismo ou imersão no ESPÍRITO. Para Pedro, o sinal milagroso demonstra a plenitude do ESPÍRITO. Ele aceita línguas como a evidência de que os cento e vinte foram cheios com o ESPÍRITO. Como sinal inicial, as línguas transformam uma profunda experiência espiritual num acontecimento reconhecível, audível e visível. Os crentes recebem a certeza de que  foram batizados com o ESPÍRITO. O próprio JESUS não falou em línguas, nem mesmo no rio Jordão. Sua unção especial foi normativa para seu ministério, mas o derramamento do ESPÍRITO em Atos 2 é normativo para os crentes. A distinção entre JESUS e os crentes é que Ele inicia a nova era como Senhor” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento – Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.632).

 

CONCLUSÃO

Como vimos, o Pentecostes marcou o início da era da Igreja. JESUS, agora glorificado, batizou os crentes no ESPÍRITO SANTO (At 2.4), e o ESPÍRITO SANTO os inseriu no Corpo de CRISTO, que é a Igreja (1 Co 12.13), cujo nascedouro foi no Pentecostes. Esse evento é essencial porque mostrou que DEUS deseja uma Igreja capacitada para cumprir sua missão que é pregar o Evangelho ao mundo, tanto por palavras quanto por ações. No entanto, essa missão só pode ser realizada com êxito pelo poder do ESPÍRITO SANTO.

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Quais fenômenos registrados em Atos 2.2,3 são considerados teofânicos?

“Um som, como de um vento veemente e impetuoso” e “línguas repartidas, como que de fogo”.

2. Segundo o apóstolo Pedro, qual profecia do Antigo Testamento se cumpriu no Pentecostes, e como isso demonstra o aspecto escatológico desse evento?

Pedro explicou que o Pentecostes foi o cumprimento da profecia de Joel (Jl 2.28), que anunciava que DEUS derramaria o seu ESPÍRITO sobre toda a humanidade.

3. Cite um dos propósitos marcantes do Pentecostes em Jerusalém, conforme Atos 2.11.

Um dos propósitos marcantes do Pentecoste em Jerusalém foi promover a verdadeira adoração: “temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de DEUS” (At 2.11).

4. Segundo Atos 1.8, para que a Igreja necessita do poder do ESPÍRITO SANTO?

Para cumprir essa missão ela necessita de poder para testemunhar (Lc 24.49; At 1.8).

5. Por que o Pentecostes bíblico é distinto da salvação, segundo Atos 1.5 e Atos 2.33?

Porque, na verdade, a obra salvífica de CRISTO na Cruz proveu a bênção pentecostal (At 2.33).

 

VOCABULÁRIO

Afetuoso: Amoroso, carinhoso, afeiçoado, querido, amável, gentil, bondoso.

Teofania: Manifestação visível de DEUS ou uma aparição de sua presença de forma tangível, como no fogo ou na nuvem no Monte Sinai (Êxodo 19) ou no Pentecostes (Atos 2).