Pr. Henrique EBD NA TV 99 99152-0454

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Escrita Lição 11, CPAD, A Salvação Não É Obra Humana, 1Tr25, Com Extra Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 11, CPAD, A Salvação Não É Obra Humana, 1Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

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Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/02/escrita-licao-11-cpad-salvacao-nao-e.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/02/slides-licao-11-cpad-salvacao-nao-e.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-11-cpad-a-salvacao-nao-e-obra-humana-1tr25-pptx/276138142


ESBOÇO DA LIÇÃO 11, CPAD

I – A SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS

1. A descrição do estado espiritual humano (vv. 1-3)  

2. Mortos em ofensas e pecados (vv. 1, 5) 

3. A exegese dos versículos 8-10    

II - SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE 

1. Os reencarnacionistas     

2. Os galacionistas   

3. Os gnósticos   

III – AS SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS DE HOJE

1. O Islamismo    

2. As Testemunhas de Jeová   

3. O Mormonismo   

 

TEXTO ÁUREO

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO.”  (Tt 3.5)

 

VERDADE PRÁTICA

A salvação é um ato da graça soberana de DEUS pelo mérito de JESUS CRISTO e não vem das obras humanas.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 49.7-9Não há recurso humano que possa salvar o ser humano

Terça - Sl 146.3 Somente em DEUS há salvação

Quarta - Jo 3.16 JESUS CRISTO é o único Salvador do mundo

Quinta - Rm 5.1 A fé em JESUS é suficiente para a salvação

Sexta - Gl 2.16 Ninguém é salvo pelas obras da lei

Sábado - Jo 1.17 A graça e a verdade vieram por JESUS CRISTO

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 2.1-10

1 - E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,

2 - em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;

3 - entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

4 - Mas DEUS, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,

5 - estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com CRISTO (pela graça sois salvos),

6 - e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em CRISTO JESUS;

7 - para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em CRISTO JESUS.

8 - Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS.

9 - Não vem das obras, para que ninguém se glorie.

10 - Porque somos feitura sua, criados em CRISTO JESUS para as boas obras, as quais DEUS preparou para que andássemos nelas.

 

http://www.cpad.com.br/harpa-crista-grande-90-anos-luxocor-preta-/p

 

Hinos Sugeridos: 156, 227, 535 da Harpa Cristã8

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA ALIÇÃO 11, CPAD, 1TR25

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Soteriologia — a Doutrina da Salvação - Antonio Gilberto

Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD

 

Em Tito 3.5, está escrito: “segundo a sua misericórdia nos salvou”. O verbo está no pretérito: “nos salvou”. Isso nos leva a refletir sobre a certeza dessa gloriosa salvação em CRISTO JESUS. Somos salvos mesmo? Temos visto casos de crentes antigos que descobrem, para a surpresa de muitos, que ainda não eram salvos segundo o evangelho!

Por que as igrejas de Éfeso e Corinto eram tão diferentes? Aos coríntios disse Paulo, inspirado pelo ESPÍRITO SANTO: “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de DEUS; digo-o para vergonha vossa” (I Co 15.34). Apenas fazer parte de uma congregação formada por salvos não significa ser salvo!

A salvação não é coletiva, e sim individual. Vemos que, no passado, entre o povo de DEUS viveu um povo denominado o “vulgo” (Nm 11.4; Êx 12.38). Esse “vulgo” não era convertido e tornou-se em Israel uma perturbação, uma fonte de fraquezas, de desobediência, de rebeldia e de pecado. Em Lucas 15.8 JESUS contou uma parábola acerca de uma moeda perdida dentro de casa. E no livro de Ezequiel menciona-se uma ovelha “perdida” dentro do rebanho (34.4b). O leitor tem plena convicção da parte de DEUS de que está salvo mesmo} Por CRISTO, segundo “o evangelho da vossa salvação”? (Ef 1.3; Rm 1.16,17

16,17; Tt 3.5).

Em Lucas 9.23, JESUS disse: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”. Observe a parte final do versículo: “e siga-me”. O que significa isso? É perseverar em seguir ao Senhor JESUS; é persistir em seguir os passos dEle. Enfim, implica ser um dos seus discípulos. Na aludida referência, JESUS não falou primeiramente de “vir a mim”, mas “vir após mim”.

O que é ser um discípulo dEle segundo o evangelho? Consideremos o texto de Lucas 14.26,27,33:

Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher; e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.

E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo. Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.

Como vemos no texto acima, o Senhor JESUS aplica um tríplice teste pelo qual se confirma um verdadeiro discípulo. Por três vezes, o Mestre disse: “não pode ser meu discípulo”. Somos — eu e o leitor — de fato discípulos de JESUS, ou apenas pensamos que o somos?

 

O QUE É SALVAÇÃO

O que é a salvação em CRISTO? A palavra “salvação” é de profundo significado e de infinito alcance. Muitos têm uma concepção muito pobre da inefável salvação consumada por JESUS, o que às vezes reflete numa vida espiritual descuidada e negligente, em que falta aquele amor ardente e total por JESUS e a busca constante de sua comunhão.

Salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida — no caráter — de toda a pessoa que, pela fé, recebe JESUS CRISTO como seu único Salvador pessoal (Ef 2.8,9; 2 Co 5.17; Jo 1.12; 3.5). Observe as afir­mações bíblicas “é nova criatura” (conversão) e “tudo se fez novo” (nova vida, novo e íntegro caráter).

Não se trata apenas de livramento da condenação do inferno; a salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da parte de DEUS para com o ser humano e o mundo (isto é, a criação), através de JESUS CRISTO, nesta vida e na outra (Rm 13.11 I; Hb 7.25; 2 Co 3.18; Ef 3.19).

Pessoalmente — isto é, em relação à pessoa —, a salvação que CRISTO realiza abrange: a regeneração espiritual do crente, aqui e agora (Tt 3.5; 2 Co 3.18); a redenção do corpo do crente, no futuro (Rm 8.23; I Co 15.44); e a glorificação integral do crente, também no futuro (Cl 3.4; Ef 5.27).

Como receber a salvação. Há três passos necessários para um pecador receber a gloriosa salvação em CRISTO. Primeiro, reconhecer mediante o evangelho que é pecador (Rm 3.23). Segundo confiar em JESUS como o seu Salvador (Ato 16.31). Terceiro, confessar que o Senhor JESUS é o seu Salvador pessoal, “Visto que... com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.10).

A obediência honesta do pecador movido por DEUS a esses três passos resultará na sua salvação, operando o ESPÍRITO SANTO e a Palavra. Isso não falha; não se trata de uma mera teoria; é a verdade de DEUS sobre a salvação do pecador, revelada aos homens segundo a infalível Palavra de DEUS e o testemunho da infinitude de salvos em CRISTO por toda parte.

Pleno conceito e convicção de salvação. Vemos em Hebreus 2.3 uma cristalina verdade sobre a salvação: “... uma tão grande salvação”. O que denota esta expressão? Ela diz respeito às riquezas imensuráveis da salvação; às bênçãos subsequentes a ela; à eternidade infinita dela; ao seu alcance imensurável; e à sua sublimidade.

Se todos os crentes tivessem uma plena visão da salvação; se pudessem ver plenamente ao longe a tão grande salvação que receberam, com certeza teriam atitudes diferentes no seu dia a dia. Teríamos tanto regozijo, tanta motivação, tanto entusiasmo, tanta convicção, tanto anseio e enlevo pelo céu, que não haveria na Terra um só salvo descontente, descuidado, negligente e embaraçado com as coisas desta vida e deste mundo!

Ademais, teríamos uma tão profunda compreensão do que é o céu — e, por isso, teríamos tanto desejo de ir para lá—, que o Diabo não teria na igreja um só fã, um só admirador de suas coisas, um só aliado. Mas, há crentes que admiram e gostam das coisas do Maligno e se aliam a ele. Por mais que não admitam, pelo fato de não atentarem para a “tão grande salvação”, tornam-se vulneráveis às investidas do Tentador.

Visão atrofiada da salvação. Inúmeros crentes, por terem uma visão atrofiada da salvação em CRISTO, levam uma vida comprometida com o mundo, descuidada, negligente, sem amor, sem dedicação, sem ideal, sem uma busca constante da face do Senhor.

Quais devem ser os passos normais de uma vida salva:

Regeneração espiritual;

Plenitude do ESPÍRITO SANTO;

Maturidade espiritual;

Dedicação ao Senhor no seu trabalho.

Necessidade e importância do estudo da Soteriologia. A experiência da salvação deve ser seguida de um maior conhecimento da salvação (I Tm 2.4b). Isso constitui o alicerce da vida cristã. A Palavra de DEUS, em Hebreus 5.12-14, enfatiza a importância de buscarmos esse maior conhecimento da salvação:

Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de DEUS; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.

Bênçãos gloriosas decorrem da salvação, e fazem parte dela. E primeiramente porque somos salvos que experimentamos o batismo com o ESPÍRITO SANTO, os dons espirituais, o amadurecimento na fé, a chamada para o ministério evangélico etc.

Muitos crentes — e até obreiros! —, em vez de sempre priorizaram o estudo da Escatologia (uma doutrina importante, é verdade, inclusive parte integrante deste tratado teológico), deveriam primeiro estudar Soteriologia, isto é, as dou­trinas da nossa gloriosa salvação em CRISTO.

Há várias passagens das Santas Escrituras que mostram o quanto é impor­tante na vida cristã e na obra do Senhor em geral, inclusive na evangelização, o conhecimento genuinamente bíblico da salvação. Em Efésios 6.17 mencionam-se de início o capacete da salvação e a espada do ESPÍRITO.

Quando o apóstolo discorreu sobre a armadura do cristão, e mencionou o capacete — o qual cobria totalmente a cabeça, protegendo-a — enfatizou a plenitude do conhecimento e da experiência da salvação. Assim como o capace­te protegia (e protege) a cabeça, o conhecimento bíblico da salvação em nossa mente é qual capacete espiritual, como forma de proteção da nossa salvação, das investidas mentais de Satanás, dos seus emissários, dos falsos mestres, da mídia corrompida, da literatura nociva etc.

Em Lucas 1.77 está escrito: “para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados”. Observe que, aqui, a ênfase recaí primeiramente no “conhecimento da salvação”, e não no “sentimento da salvação”. É, pois, uma necessidade conhecer e prosseguir em conhecer a salvação.

A Epístola de João trata desse assunto — a sua mensagem aos salvos é: “sa­bemos”, “conhecemos”. Em Salmos 46.10 e 100.3, está escrito: “Sabei”, e não “Senti”. E Jó, em meio a muitas lutas, bradou: “Eu sei que o meu Redentor vive” (Jó 19.25). Quando compararmos Hebreus 8.10 com 10.16, vemos que essas passagens mostram que a lei divina deve estar primeiro na mente do crente e depois no seu coração:

Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por DEUS, e eles me serão por povo. Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos...

Em Apocalipse 12.3, o Diabo é simbolizado no dragão com sete cabeças — o que indica plenitude de astúcia, engano, cilada, maquinações. Isso denota que o príncipe das trevas sempre investirá contra a nossa mente, como mencionamos acima, procurando incutir nela dúvidas quanto à gloriosa salvação.

Ao tentar JESUS no deserto, o Diabo procurou lançar dúvidas na sua mente: “Se tu és o Filho de DEUS” (Mt 4.3,6). Por que o Inimigo não logrou êxito? Porque o Filho de DEUS tinha as leis de DEUS na mente e no coração, o que ficou evidente em suas três citações das Escrituras, todas antecedidas da expressão “Está escrito” (vv.4,7,I0).

O valor da sã doutrina. Neste estudo sobre a Soteriologia devemos ter em mente que estamos tomando como base a sã doutrina (Tt 2.1). É da palavra “sã” (gr. hygiaino) que vem o tão empregado termo “higiene”, o qual denota higidez, saúde. A doutrina (ou a soma das doutrinas) quanto à salvação deve ser, portanto, isenta de falsificação e contaminação.

Nesses últimos dias, seitas e doutrinas falsas vêm contaminando as doutrinas bíblicas da salvação em CRISTO. Falsos mestres, falsificadores da Palavra de DEUS, têm ingressado nas igrejas, inclusive doutores (2Tm 4.3; 3.1-5; 2 Pe 2.1), torcendo as Escrituras. E, quanto à Soteriologia, isso ocorre principalmente quanto à eleição do povo de DEUS, a predestinação e o livre-arbítrio, como veremos mais adiante.

Em que consiste a salvação. É importante, antes de avançarmos, respondermos a algumas perguntas. Em que consiste a salvação para o caro leitor? No seu passado na fé? Ou seja, apenas livramento da condenação do pecado? No seu presente na fé? Quer dizer, apenas livramento do poder do pecado? Ou no seu futuro na fé? Isto é, apenas livramento da presença do pecado?

Na verdade, a salvação consiste na resposta afirmativa a todas as três perguntas mencionadas. A nossa “grande salvação” em CRISTO nos livra: da condenação, que outrora era uma realidade; do poder do pecado, pois hoje ele não tem domínio sobre nós, se é que não “andamos segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1b); e da presença do pecado, haja vista a nossa glorificação futura.

O que não é salvação. É importante, ainda nessa introdução à Soteriologia, apresentar algumas definições do que não é a salvação em CRISTO:

Apenas ter uma religião com o nome de cristã. O que dizer dos seguidores do mormonismo, cujo nome da igreja é JESUS CRISTO dos Santos dos Últimos Dias. São eles salvos por seguirem a uma religião “cristã”?

Apenas frequentar ou tornar-se membro de uma igreja local. Uma coisa é pertencer a uma igreja, e outra é pertencer à Igreja.

Apenas ter e ler a Bíblia. Isso os católicos romanos fazem!

Apenas professar um credo religioso. Ser salvo é muito mais que adotar, seguir, abraçar dogmas.

Apenas praticar a “regra áurea” de Mateus 7.12. Boas obras não salvam ninguém (Ef 2.8,9).

Apenas aspergir um infante com “água benta”. Afinal, dependendo da idade da criança, sequer tem a capacidade de crer para a salvação (Mc 16.16a;

Rm 10.9).

Apenas batizar um adulto ou uma criança. Batismo não salva, mas destina- se a quem já é salvo (Mc 16.16b).

Apenas “confirmar” um adepto da sua confissão religiosa.

Apenas participar da Ceia do Senhor, ou da Eucaristia.

Apenas ter um irrepreensível código de conduta, bom testemunho, porte.

Apenas praticar sempre boas obras.

O que é salvação. É tudo o que JESUS realizou e ensinou para levar uma raça pecadora à comunhão com um DEUS santo. Trata-se da redenção do ser humano do poder do pecado (I Pe 1.18,19). Ê, ainda, a libertação do cativeiro espiritual (Rm 8.2). É a saída do pecador dentre o poder das trevas do pecado (Cl 1.13). E, finalmente, é o retorno do exílio espiritual do pecador para DEUS (Ef 2.13). Isso é salvação em resumo.

Como se vê, o homem não pode efetuar a sua salvação, nem ao menos ajudar nisso (Ef 2.8,9; Tt 2.11; Jn 2.9b). Daí ter dito o salmista: “A salvação vem do Senhor; sobre o teu povo seja a tua bênção” (SI 3.8). A salvação é pela graça de DEUS, e não por nosso esforço próprio, conquanto os salvos sejam chamados para a prática das boas obras (Ef 2.10).

A salvação é chamada de novo nascimento (Jo 3.5) e de ressurreição (Cl 3.1), Não obstante o pecador venha a desejar a “tão grande salvação”, é JESUS CRISTO quem o ressuscita dentre os mortos no pecado e o faz nascer de novo.

Afinal, um bebê nada pode fazer para nascer, assim como um morto nada pode fazer para ressuscitar — toda ajuda tem de vir de fora.

Introdução à Soteriologia

Soteriologia é em suma o conjunto de doutrinas da salvação. Há pelo menos umas vinte doutrinas relacionadas com a nossa gloriosa salvação em CRISTO. Discorremos de modo resumido sobre as doutrinas da salvação, a saber:

A doutrina do pecado (Rm 3.23; 5.12,20), pois o pecado é a causa da perdição da humanidade.

A doutrina da graça de DEUS (Tt 2.11; 3.4), haja vista ser a graça a sal­vação quanto ao seu alcance.

A doutrina da expiação pelo sangue (Lv I7.I I), uma vez que a expiação implica a salvação quanto ao pecado.

A doutrina da redenção (Ef 1.7), que trata da salvação quanto a libertação e resgate do pecador.

A doutrina da propiciação (Êx 32.30), que enfatiza a salvação como um ato benevolente de DEUS.

A doutrina da fé salvífica (Ef 2.8), que trata do meio requerido por DEUS, da parte do pecador para a sua salvação.

A doutrina do arrependimento (Mc 1.14,15), que está intimamente ligada à doutrina da fé salvífica.

A doutrina da confissão dos pecados (Rm 10.9,10).

A doutrina do perdão dos pecados (Cl 3.13).

A doutrina da regeneração espiritual (I Pe 1.3;Tt 3.5), que trata do que ocorre no íntimo do pecador ao receber de DEUS a salvação.

A doutrina da imputação da justiça de DEUS ao crente (Gn 15.6; Rm 4.2-11; 5.13; 2 Co 5.19; Fm v.I8;Tg 2.23).

A doutrina da adoção de filhos (Gl 4.5,6).

A doutrina da santificação do crente (I Co 6.11; 2 Co 7.1), isto é, a santificação posicionai, “em CRISTO”, e também a progressiva, no tempo presente.

A doutrina da presciência de DEUS (I Pe 1.2).

A doutrina da eleição divina (I Pe 1.2).

A doutrina da predestinação dos salvos (Rm 8.29).

A doutrina da chamada para a salvação (Rm 8.30).

A doutrina da justificação somente pela fé em CRISTO (Rm 8.30), haja vista ser a justificação a nossa salvação ante a presença de DEUS.

A doutrina do julgamento do crente (2 Co 5.10; Rm 14.10). É uma doutrina relacionada à Escatologia.

As doutrinas da glorificação dos salvos (Rm 8.30) e da salvação, nas eras divinas futuras (Ef 2.7; I Tm 1.17; Jo 1.29).

 

A SALVAÇÃO NO SENTIDO FACTUAL OBJETIVO

A salvação é um fato em si, isto é, no sentido objetivo. Ela tem um lado objetivo (o lado divino), e um, subjetivo (o humano). O primeiro refere-se a DEUS como o Doador da salvação; e o segundo refere-se ao homem como o recebedor.

No sentido objetivo, a salvação tem três aspectos, todos simultâneos: a justificação, que nos declara justos (esse aspecto tem a ver com a nossa posição diante de DEUS: “em CRISTO”); a regeneração, que nos declara filhos (tem a ver com a nossa condição espiritual, interior); a santificação, que nos declara santos, mediante a nossa fé no sangue derramado de JESUS.

A salvação no seu sentido objetivo, diante de DEUS, não tem tempos, mas aspectos ou lados. Ao mesmo tempo em que uma pessoa é pela fé em CRISTO justificada, é também regenerada e santificada.

Justificação. É a mudança de posição externa e legal do pecador diante de DEUS: de condenado para justificado. Pela justificação passamos a pertencer aos justos. Justificação é o tempo passado da nossa salvação, mas sempre presente em nossa vida espiritual (I Co 6.11; Rm 8.30,33b; 5.1; 3.24; Gl 2.16).

Regeneração. É a mudança de condição do pecador: de servo do pecado para filho de DEUS. A regeneração é tão séria diante de DEUS, que a Bíblia chama-a de “batismo em JESUS” (I Co 12.13; Gl 3.27; Rm 6.3). Trata-se de um ato interior, dentro do indivíduo, abrangendo também todo o seu ser. É um termo ligado a família, filhos: “gerar”; é o novo nascimento (Jo 3.5). Mediante a regeneração somos chamados “filhos de DEUS” (cf. Gn 2.7; Jo 20.22; 15.5).

Santificação. É a mudança de caráter (mudança subjetiva); e a mudança de serviço (mudança objetiva), “em CRISTO” (posicionai), como lemos em João 15.4 ;17.26.

 

A SALVAÇÃO NO SENTIDO EXPERIMENTAL SUBJETIVO

Na experiência humana, a salvação é subjetiva. A salvação experimental tem três tempos (não aspectos): passado, presente e futuro.

No passado. Justificação; é o que DEUS fez por nós. É a salvação da pena do pecado. Ela é referida na Bíblia como ocorrida no passado da vida cristã.

... haveis sido justificados em nome do Senhor JESUS e pelo ESPÍRITO do nosso DEUS (I Co 6. Z l).

E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou... Quem intentará acusação contra os escolhidos de DEUS. É DEUS quem os justifica (Rm 8.30,33).

Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO (Rm 5.1).

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em CRISTO JESUS (Rm 3.23,24).

Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em JESUS CRISTO, temos também crido em JESUS CRISTO, para sermos justificados pela fé de CRISTO e não pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada (Gl 2.16).

No presente. Santificação em conduta, diante do mundo. Ê a salvação do poder do pecado. É aquilo que DEUS faz em nós agora. Uma frutinha pode ser perfeita, e não ser madura.

Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de DEUS (2 Co 7.1).

E o mesmo DEUS de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO (l Es 5.23).

Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou (l Jo 2.6).

.. . operai a vossa salvação com temor e tremor (Fp 2.12).

No futuro. Glorificação; é o que DEUS fará conosco na glória celestial (I Pe 1.5). Será a salvação da presença do pecado. Trata-se da nossa inteira “conformação” com JESUS CRISTO.

Amados, agora somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar; seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos (1 Jo 3.2).

... nós mesmos, que temos as primícias do ESPÍRITO, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber; a redenção do nosso corpo (Rm 8.23).

E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé (Rm 13.11).

E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo,

assim também CRISTO•, oferecendo-se uma vez; para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez; sem pecado•, aos que o esperam para a salvação (Hb 9.27,28).

Evidências da salvação experimental. São os testemunhos do ESPÍRITO em nosso interior (Rm 8.16); da Palavra de DEUS (Ato 16.31); da nossa consciência (I Jo 3.19); da transformação da nossa vida (2 Co 5.17); dos frutos produzidos (Mt 5.8; 7.16-20); da aversão ao pecado (I Jo 3.9); do cumprimento da doutrina (2 Jo v.9); do amor (e comunhão) fraternal (Jo 13.35); e da vitória sobre o mundo (I Jo 4.5).

 

A DOUTRINA DO PECADO

Embora haja nesta obra — no capítulo anterior — um estudo específico sobre a doutrina do pecado, realçaremos aqui alguns aspectos dessa doutrina, com o objetivo de estabelecer um elo entre Hamartiologia e Soteriologia, haja vista ser incoerente estudar esta sem aquela.

O estudo do pecado deve preceder ao da graça salvadora de DEUS (cf. I Jo

8; 2.2). A Epístola aos Romanos enfatiza que uma das principais finalidades da Lei é expor a hediondez do pecado (7.8,13b), porque é depois de tomarmos conhecimento disso que passamos a valorizar a graça de DEUS em toda a sua extensão: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça” (5.20).

Introdução à doutrina do pecado. O veredicto divino é claro: “Todos pecaram” (Rm 3.23). A Palavra de DEUS diz: “Não há um justo, nem um sequer” (Rm

; “... não há homem que não peque” (I Rs 8.46).

Todos os seres humanos foram nivelados à condição de pecadores, segun­do a reta justiça do Senhor: “A Escritura encerrou tudo debaixo do pecado” (GI 3.22). E ainda: “DEUS encerrou a todos debaixo da desobediência” (Rm 11.32

32).   Mas, antes de atingir a todos os homens, mediante a desobediência de Adão, o pecado teve origem no mundo espiritual, na corte angelical (Is 14.12-17; Ez 28.15).

No ser humano, o pecado, sediado na alma, domina a sua vontade e tem como instrumento orgânico o corpo humano. O homem não é pecador primei­ramente porque peca, mas peca porque é pecador. Ou seja, cada indivíduo é um pecador por natureza. Por isso, em Israel, quando uma mulher dava à luz, tinha de apresentar a DEUS uma oferta pelo pecado (Lv 12.6; Lc 2.24).

Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram (Rm 5.12).

Definição do pecado. Pecado é a causa da perdição do homem. Uma das palavras que significa “pecado” (gr. hamartia) denota tudo aquilo que não se conforma com a lei divina; não se alinha com ela (Rm 5.20; I Jo 3.4a; 5.17b).

As Escrituras citam 372 formas de pecado, e há centenas de outras não men­cionadas na Bíblia. Na relação das obras da carne, lemos, no fim dela: “e coisas semelhantes a estas, acerca das quais eu vos declaro (...) que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de DEUS” (Gl 5.21).

Nas diversas admoestações bíblicas preventivas quanto ao pecado, existem várias outras modalidades implícitas de pecado, caso essas advertências forem descumpridas. Ê importante, aqui, termos em mente a definição de alguns dos termos originais para pecado, haja vista cada qual descrever um tenebroso aspecto da sua malignidade.

A palavra “transgressão” (hb. pesha' e gr. bamartema) denota quebra das leis divinas; significa transpor a fronteira da lei, do bem, da ordem, da decência: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará...” (Pv 28.13).

Outro termo para pecado é “iniquidade”, isto é, fora do prumo; fora de nível; do lado de fora; erro; afastar-se do certo; errar o alvo — hb. hatta’t (Ez 18.20). O termo iniqüidade refere-se principalmente ao pecado do crente. No Novo Testamento, a palavra correspondente é hamartano (Rm 3.23). Neste versículo, “pecaram” é literalmente “erraram o alvo”. E este erro pode ser moral (2 Pe 2.18) ou na doutrina (I Jo 4.6b). Doutrina e moral devem andar juntas!

Já o vocábulo “pecado”, conforme se registra em Romanos 5.12 ("por um homem entrou o pecado [errar o alvo] no mundo”), diz respeito ao desvio do alvo por DEUS traçado, previsto, determinado, que é a glorificação dEle. O pecado, pois, é um alvo que o ser humano acerta ao desviar-se do propósito verdadeiro, que é a glória de DEUS (Rm 3.23).

O homem foi criado por DEUS para viver na esfera divina, porém, ao pecar, sua natureza foi mudada, e a sua inclinação natural é somente para pecar, mesmo que não pareça assim. Pecar, por conseguinte, é o ser humano desviar-se de sua finalidade moral, que é exaltar a DEUS, e somente a Ele.

Outros quatro termos, quanto aos principais significados de “pecado”, na Bíblia, são: “desobediência”, rebeldia, má vontade para com DEUS e a sua lei; “incredulidade”, falta de confiança em DEUS e de dependência dEle; “ilegalidade”, subversão, oposição à lei e à ordem divinas; e “erro”, afastamento das normas divinas estabelecidas.

A lei divina da reprodução segundo a sua espécie. Em Gênesis, vemos essa lei em evidência nos vegetais (1.11,12), nos animais (1.24,25) e no ser humano, após

o        pecado (5.3). O homem fora criado segundo a imagem de DEUS (1.26), e não segundo a sua própria espécie!

Portanto, já nascemos espiritualmente contaminados (Rm 5.12), como disse o salmista: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sm 51.5). O homem tem dentro de si uma natureza pecaminosa. Por isso, todos nós precisamos ser participantes da natureza divina, mediante a conversão (2 Pe 1.4).

Porque aqueles [nossos pais segundo a carne], na verdade, por um pouco tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este [DEUS Pai], para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade (Hb 12.10).

O “homem natural “e o pecado. A Palavra de DEUS usa a expressão “homem natural” (I Co 2.14), numa referência clara ao estado do homem ainda não alcançado pela graça de DEUS. Ele está sob o pecado, espiritualmente morto, sob conde­nação e perdido.

Não há um justo. Como vimos, o veredicto de DEUS é claro: “Não há um justo; nem um sequer”. É importante que o estudioso do assunto leia todo o capítulo de Romanos 9, principalmente os versículos 9-26, que tratam espe­cificamente dessa verdade, de que não há um justo sequer. Todos os homens já nascem pecadores.

Para que o homem fosse justo — por conta própria — diante de DEUS, seria preciso que nunca praticasse o mal e jamais quebrasse a lei divina. Além disso, seria preciso que sempre fizesse o bem, como está escrito em Eclesiastes 7.20: “Que faça

bem, e nunca peque”. Há pessoas que relativamente não pecam tanto, porém não estão sempre praticando o bem.

A principal definição divina para o pecado. É a que está contida em passagens como

João 3.4 e 5.17. O termo hamartema denota errar o alvo, desviar-se do cami­nho, perder-se (I Jo 3.4a; 5.17b). Já a palavra anomia, contida em 3.4b, implica transgressão, desordem, rebeldia, subversão. Outro termo que aparece nessas passagens é adikia (5.17a), cuja significação é injustiça.

Em Salmos 41.4, o pecado é definido como uma doença espiritual que faz enfermar a alma: “... sara a minha alma, porque pequei contra ti”. Em I Pedro 2.24, na expressão “fostes sarados”, o sentido é o mesmo, à luz do contexto. Essa denotação também pode ser encontrada em outros textos:

E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade (Is 33.24).

Porque serieis ainda castigados, se vos rebelaríeis? E toda a cabeça está enferma, e todo o coração, fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo (Is 1.5,6).

Porque males sem número me têm rodeado; as minhas iniquidades me prenderam, de modo que não posso olhar para cima; são mais numerosos do que os cabelos da minha cabeça, pelo que desfalece o meu coração (Sl 40.12).

E JESUS lhe disse: Vê; a tua fé te salvou (Lc 18.42).

A tradução literal da passagem acima é: “Vê; a tua fé te curou”. O termo grego aqui é sozo, “curar”, “salvar”, “livrar” (cf. Lc 7.50; Mt 9.22).

A origem do pecado. A Palavra de DEUS apresenta, em Ezequiel28.I5,I6, a origem do pecado: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de DEUS e te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas”. Esta descrição, ainda que de modo conotativo, relaciona-se a Satanás e sua rebelião contra DEUS.

O pecado é universal. Em Romanos 3.23, vemos outro aspecto do pecado, a sua universalidade: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS”. Aqui e em outras passagens correlatas fica evidente que toda a humanidade, sem exceção, foi atingida pelo pecado.

A realidade do pecado. Ainda que muitos procurem ignorar a existência do pecado, temos de considerar os esmagadores testemunhos da realidade do pe­cado> na Bíblia (Hb 12.1; Sl 51.5), na História, na consciência, no dia-a-dia. Perguntemos a Adão após a sua queda, a Davi, a JESUS. Todos confirmarão que o pecado é uma realidade.

Evidências da realidade do pecado. Elas são tão contundentes que é um absurdo negá-lo; é idiotice; é insanidade. Algumas dessas evidências são: cada hospital; cada casa funerária; cada cemitério; cada fechadura de porta; cada caixa forte de banco; cada alarme contra ladrão; cada policial, guarda, soldado; cada tribunal; cada prisão; cada dor, doença, deficiência, morte, tristeza, pranto, guerra.

O pecado e sua raiz. A Palavra de DEUS menciona a raiz da incredulidade como a geratriz do pecado (Jo 16.9; Hb 3.12) e também a do egoísmo, isto é, do culto ao “eu”, da personalidade (Ez 28.7; Is 14.13,14; Rm 1.25). O egoísmo é uma forma de rebeldia à vontade e à lei de DEUS; existe também o egotismo, endeusamento do homem por ele mesmo.

O pecado como ato. Olhemos, agora, à luz da Palavra de DEUS, para o interior do pecado, a fim de conhecermos detalhadamente os seus aspectos. É importante, aqui, distinguirmos entre ato e estado pecaminosos. A Bíblia apresenta o pecado como um ato nosso, perpetrado por natureza e escolha deliberada:

Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.

Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg 1.14,15).

Segundo a Bíblia, o pecador não sabe escolher o bem; ele sempre opta pelo mal. O filho pródigo não soube escolher o bem; preferiu o pior (Lc 15.11-18). O pecado como um ato praticado é, pois, um efeito, e não uma causa; a causa é o pecado congênito em nossa natureza decaída.

O crente carnal também não sabe escolher o bem. Ló, por si mesmo, optou pelo pior, para ele e sua família (Gn 13.11,12). Esaú, de igual modo, vendeu a sua primogenitura por um simples prato de lentilhas (Gn 25.29-34). E Marta não soube escolher o melhor, como sua irmã, que representa um crente consagrado (Lc 10.41,42).

O pecado como estado. Em Romanos 6.6, está escrito: “... o nosso velho homem foi com ele [CRISTO] crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado” — a expressão “corpo do pecado” é uma referência ao corpo como instrumento do pecado; não é a Bíblia querendo dizer que o pecado possui corpo tangível.

O pecado como um estado indica que todos os homens estão propensos a pecar. É caracterizado pelo princípio da rebelião contra DEUS; trata-se de um poder maléfico; é um princípio gerador do mal. Ou seja, é primeiramente uma causa, e consequentemente um efeito.

Como causa, o pecado é parte integrante da nossa natureza herdada de Adão. Em resumo, o homem não é culpado apenas pelos pecados cometidos; ele tem dentro de si uma natureza pecaminosa que em si já é pecado.

A natureza do pecado. Há o pecado praticado, isto é, cometido, que aparece na Bíblia no plural (I Jo 1.9). Para este tipo de pecado há perdão de DEUS, como vemos no “sacrifício pela culpa” (Lv 5.14-19). Mas há também o pecado con­gênito, mencionado no singular (I Jo 1.7; SI 51.5; Rm 7.18,23). No caso deste tipo de pecado, só há purificação no sangue de JESUS. Vemos isso tipificado no “sacrifício pelo pecado” (Lv 4.1-12).

O pecado e sua prática. Quanto à prática, há o pecado de comissão, que é fazer ou praticar a coisa errada (Tg I.I5); e o de omissão, que significa deixar de fazer a coisa certa, justa. Assim, pecado não é somente praticar o mal; deixar de fazer o que é certo é também pecado.

Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado (Tg 4.11).

E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito (l Sm 12.23).

Mas, ainda quanto ao pecado por omissão, a Palavra de DEUS menciona vários exemplos, como o caso do servo inútil, condenado porque não fez nada, apesar de ter recebido bens de seu senhor para cuidar (Mt 25.24-30). Outro exemplo de omissão vemos na parábola das dez virgens. As loucas não se prepararam (Mt 25.3). Temos outro exemplo no julgamento das nações: as omissas para com Israel serão punidas (Mt 25.42-45).

Em Números 32.23a, está escrito: “e, se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor”. Deixar de cumprir a lei de DEUS é tanto pecado quanto transgredi-la (cf. Jz 5.23). A Palavra de DEUS diz que os ímpios serão lançados no inferno por omissão: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de DEUS” (Sm 9.17).

Outrossim, todo pecado, seja ele qual for, é praticado primeiramente contra DEUS. Davi, além de pecar contra Bate-Seba, Urias e si mesmo, pecou primeira­mente contra DEUS, o Legislador: “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal...” (Sm 51.4). O pródigo pecou contra si mesmo e contra a sua família, mas primeiramente contra o seu pai, que na parábola aponta para DEUS (Lc 15.21).

A origem do pecado dentro do homem. Na Palavra de DEUS mencionam-se o pecado da carne (2 Co 7.1) e o do espírito (2 Co 7.1; Sm 66.18). Muitos acham que pecado mesmo é o do assassino, do bandido, do ladrão, do viciado, do imoral, do fornicário, do adúltero, da prostituta; pensam que é o engano, o calote, o furto, o mundanismo e outros pecados predominantemente da carne.

Entretanto, os pecados do espírito são às vezes piores que os pecados da carne acima mencionados. Davi cometeu pecados da carne terríveis, a ponto de dizer, ao ser repreendido pelo Senhor: “Pequei contra o Senhor” (2 Sm 12.13; Sm 51). Mas o pecado do espírito que ele cometeu foi pior, levando-o a confessar: “Gravemente pequei” (I Cr 21.8). “Toda iniquidade é pecado” (I Jo 5.17).

Os fariseus do tempo em que JESUS andou na Terra acusavam pessoas que co­metiam pecados da carne, como a mulher adúltera que JESUS perdoou, dizendo-lhe: “vai-te e não peques mais” (Jo 8.I-I I). Contudo, os mesmos fariseus cometiam grandes pecados do espírito (Mt 23).

Vejamos alguns exemplos de pecados do espírito: orgulho, soberba, vangloria, arrogância, inveja, ganância, cobiça, ira, amargura, mau humor, ciúme doentio, hipocrisia, leviandade, irreverência com o que é sagrado, mentira, egoísmo, roubar a DEUS, quebra do Dia do Senhor, mau testemunho, desonestidade, negligência na oração e quanto à Bíblia, relaxamento com a obra de DEUS etc.

As consequências do pecado. Na Bíblia são mencionados o pecado para morte e o que não é para morte: “Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e DEUS dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore” (I Jo 5.16).

O pecado para morte — dependendo de sua gradação — traz como consequências: sofrimentos, morte espiritual, morte física e até perdição eterna. São pecados que levam o seu praticante à morte física prematura: desobediência deliberada (I Rs 13.26); incesto (I Co 5.5); murmuração (I Co 10.5); profanação (I Co 11.29-32); desvio (Jr 16.5,6); tentar a DEUS (Nm 14.29,32,35; 18.22; 27.12-14); falsidade (Ato 5.10); rebeldia — não momentânea, mas como estado (Ef 6.3) —, etc.

Entretanto, há pecado que não é para morte. Todo pecado é transgressão diante de DEUS, mas nem todo pecado é igual aos olhos de DEUS. O pecado tem gradação, como se vê nas seguintes expressões bíblicas: “grande pecado” (Êx 32.30,31; I Sm 2.17; Sl 25.11; Am 5.12); “maior pecado” (Jo 19.11); “muito grande pecado” (I Sm 2.17; 2 Sm 24.10 com I Cr 21.8,17); “mui­tos pecados” (Lc 7.47); “multidão de pecados” e “multiplicar pecados” (Ez 16.51; Os 13.2; Tg 5.20).

Qualquer pecado, mesmo perdoado, não nos exime dos seus maus efeitos, das suas consequências; do seu castigo aqui (Sl 99.8; Nm 14.19-23). O perdão de DEUS nos exime da condenação como filhos de DEUS, porém o castigo aqui tem a ver com o nosso aprendizado espiritual aqui] há crentes que só aprendem “apanhando”. E mais: o tempo não apaga, não desfaz o pecado:

Então, falou o copeiro-mor a Faraó, dizendo: Dos meus pecados me lembro hoje (Gn 41.9).

... quando for outra vez, o meu DEUS me humilhe para convosco, e eu chore por muitos daqueles que dantes pecaram e não se arrependeram da imundícia, e prostituição, e desonestidade que cometeram 2 Co 2.21.

O pecado e seu perdão. Quanto ao perdão, a Bíblia menciona o pecado perdoável e o imperdoável em Mateus 12.31,32:

Portanto, eu vos digo: todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o ESPÍRITO não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem> ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o ESPÍRITO SANTO, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.

O pecado imperdoável não diz respeito a um ato isolado. Trata-se de um pecado contínuo, não cometido por ignorância (cf. I Tm 1. 13). A má interpretação disso tem causado aflição em muitas pessoas, que pensam ter cometido o tal pecado.

No Capítulo 4 desta obra, há uma explicação sobre o pecado imperdoá­vel do ponto de vista da Pneumatologia. Quanto à Soteriologia, tal pecado leva quem o pratica à condenação porque o tal peca contra a única Pessoa da Trindade cuja obra no que concerne à nossa salvação não está concluída. A obra do Pai foi consumada; a do Filho está concluída, mas a do ESPÍRITO continua (cf. Jo 16.8).

A consumação do pecado. No que concerne à sua consumação, há o pecado vo­luntário, consciente, deliberado (Mt 25.25; Lc 19.20-23; Js 7.21); e o involuntário, inconsciente, não deliberado (SM 19.12; 90.8; Jr 17.9; Lv 4.I3-2I; 5.15,17; Nm 15.22-31). Este, ainda que cometido de modo involuntário, por imprudência ou inconsciência, terá a sua devida condenação.

Aqui no mundo, se alguém, por ignorância, violar as leis da Física, sofrerá as consequências disso. Por exemplo, se alguém saltar de um prédio de dez andares, mesmo não tendo consciência de que a força da gravidade fará com que o seu corpo se estatele no chão, a sua ignorância não impedirá a sua morte.

Quanto ao corpo humano, de acordo com I Coríntios 6.18 — que diz: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” —, há dois tipos de pecado: contra o corpo, que destrói primeiro o próprio pecador que o comete; e fora do corpo, que arruína primeiro os outros, além de quem o comete.

O pecado relacionado ao crente. O pecado conhecido e tolerado na vida do crente gera consequências terríveis, como: perda das bênçãos de DEUS, disciplina divina e da igreja, interrupção da comunhão com DEUS, cessação de operação divina por meio do crente e perda de galardão no futuro.

O julgamento do pecado. DEUS nem sempre julga logo o pecado. Se Ele julgasse de imediato, nem este escritor estaria mais aqui. A Palavra do Senhor diz: “Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades” (SI 103.10).

DEUS dá tempo para que o pecador se corrija, se arrependa, mude. Em certas pessoas, o pecado é logo manifesto e julgado; noutras, isso ocorre depois: “Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em alguns manifestam-se depois” (I Tm 5.24). Por quê?

O justo Juiz sabe de tudo isso. E, como nos ensina a Palavra de DEUS, nada julguemos antes de tempo, até que o Senhor traga à luz as coisas ocultas e ma­nifeste os desígnios dos corações, em sua gloriosa vinda (I Co 4.5).

... nada há encoberto que não haja de revelar-se; nem oculto que não haja de saber-

se (Mt 10.26).

... eis que pecastes contra o SEKHOR; porém sentireis o vosso pecado, quando vos achar Nm 32.23).

Como triunfar sobre o pecado. Os passos para vencer o pecado, triunfando sobre ele, são os seguintes:

Amar a Palavra de DEUS, a ponto de escondê-la no coração; isso faz com que o crente vença o pecado (Sm 119.11).

Crer no poder do sangue de JESUS, isto é, no sacrifício expiatório que Ele realizou, a fim de que o pecado não tenha domínio sobre nós (I Jo 1.9).

Confiar no poder do ESPÍRITO SANTO, o qual habita em nós e, se Ele exercer pleno predomínio em nosso viver, faz-nos triunfar sobre o pecado (Rm 8.2).

O ministério sacerdotal de CRISTO. Ele venceu todas as coisas, e, se esti­vermos nEle, também venceremos o pecado (Hb 4.15,16).

A nossa fé depositada em JESUS CRISTO também nos faz triunfar sobre o pecado (Fp 3.9).

Finalmente, a nossa total submissão e entrega a CRISTO (Rm 6.14). E submis­são implica ser obediente à sua vontade e também agradar-lhe por amor.

Conclusão. A nossa recomendação final, ao concluir este tópico sobre a dou­trina do pecado é, como diz o escritor sacro: “Evita o pecado!” A Palavra de DEUS admoesta: “Meus filhinhos (...) não pequeis” (1 Jo 2.1). Lembre-se de que “Obedecer é melhor do que sacrificar” (I Sm 15.22). E “sacrificar”, aqui, também pode significar “remediar”.

Evitemos, pois, os pecados vindos de dentro; e, de fora: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro” (I Tm 5.22).

 

A DOUTRINA DA GRAÇA DE DEUS

Na matéria Soteriologia, a ênfase recai sobre a graça de DEUS para salvar o pecador. E, por essa razão, não discorrermos sobre a grafa comum, extensiva a todos os homens: “Abres a mão e satisfazes os desejos de todos os viventes”. Aqui não se trata de graça salvadora; diz respeito ao favor de DEUS dispensado bondosamente aos seres humanos, no sentido de prover os meios de subsistência a todos, sem distinção (Sl 104.10-30).

Graça relacionada com a salvação. É a atitude (ou provisão) graciosa do Senhor para com o indigno transgressor da sua lei (cf. Rm 3.9-26). Ela resulta da parte de DEUS para com o pecador em: misericórdia (I Tm 1.2; 2Tm 1.2; Tt 1.4; 2 Jo3; Jd v.2I); benevolência (Lc 2.14b); paz (resultado da misericórdia de DEUS no coração do homem); gozo (que é mais interior), bem como alegria, beleza e adorno espirituais — que são mais externos (cf. Rm 12.6).

No original, graça é charis, donde vêm “charme”, “carismático” (no sentido exato), “caridade”, “agradável”, “atraente”, “agradecer”, “gratidão”.

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um (Cl 4.6).

... segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado (Ef 1.5,6).

O nosso assunto diz respeito à graça de DEUS para salvar. A provisão divina para com o indigno transgressor da lei existia desde o Antigo Testamento (Êx 33.13; Jr 3.12; 31.2). A passagem de Atos 15.10,11 não deixa dúvidas quanto a isso:

Agora, pois, por que tentais a DEUS, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor JESUS CRISTO, como eles também.

No Novo Testamento, a graça de DEUS para salvar o pecador é mencionada de maneira mais direta (Ef 2.7,8; I Tm 1.13,16; Rm 5.20; Jo 1.16,17).

Porque a graça de DEUS se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens (Tt 2.11).

Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de DEUS, nosso Salvador) para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO (Tt 3.4,5).

De acordo com Efésios 2.5,6, o pecador está morto, e nessa condição não pode ajudar em nada. Como efetuaria ele a sua própria ressurreição? Assim como não pudemos ajudar em nada quando do nosso primeiro nascimento, muito menos em nosso segundo (novo) nascimento. Tudo é pela graça, para que o homem não tenha de que se gloriar.

Tudo é pela graça de DEUS. Na vida do crente, ela gera crescimento na fé (2 Pe 3.18). É por meio dela que triunfamos contra o mal (Rm 6.14; Hb 13.9; Ato 4.33; 2 Co 12.9

e trabalhamos para o Senhor (Hb 12.28; I Co 3.10; 15.10; 2 Co 6.1). Por ela, falamos (Sm 45.2; Cl 4.6); cantamos (Cl 3.16); e tratamos (Rt 2.10).

É pela graça também que somos capacitados a dar a DEUS e ao próximo (2 Co 8.1,6,7). Essa liberalidade pela graça, para dar a DEUS, leva-nos a fazer isso em quatro sentidos:

Dar-nos a nós mesmos inteiramente ao Senhor.

Dar-lhe o nosso tempo; a nossa vida.

Dar-lhe os nossos talentos.

Dar-lhe o nosso dinheiro.

A Palavra de DEUS menciona, no Antigo Testamento, a liberalidade do crente para com o Senhor: “E ali trareis os vossos holocaustos, e vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas” (Dt

. Vemos aqui sete tipos de ofertas, todas implicando finanças.

Nós devemos tanto a DEUS, que, no viver para com Ele, e no trabalho dEle, mesmo fazendo o nosso melhor e o máximo que pudermos, não vamos além do dever (Lc 17.1). Ou seja, nunca ingressaremos no mérito! Nesse caso, a graça de DEUS é mais abundante na vida daqueles que são humildes (Tg 4.6). A humildade é, pois, o fio condutor da graça (I Pe 5.5).

A graça de DEUS em resumo. Diante do exposto, a graça de DEUS é o dom da salvação em CRISTO, como dádiva de DEUS ao pecador, indigno e merecedor do justo juízo de DEUS (Tt 2.11).

Ela é o poder sustentador de DEUS, que nos mantém firmes e perseverantes na fé, depois de salvos (2 Co 12.9), como lemos em 2 Timóteo 2.1: “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em CRISTO JESUS”.

A graça do Senhor é a dádiva das bênçãos diárias que recebemos dEle, sem merecê-las (Jo 1. 16). E, ainda, a dádiva da capacitação divina no crente, para este realizar a obra de DEUS (I Co 15.10; Hb 12.28). Atentemos, pois, para a recomendação da Palavra de DEUS, em I Coríntios 3.10: “Segundo a graça de DEUS que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele”.

 

A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO PELO SANGUE

Em Isaías 53.10, está escrito acerca da obra expiatória de CRISTO:

Todavia; ao Senhor agradou o moê-lo; fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado} verá a sua posteridade; prolongará os dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.

A doutrina em apreço é chamada de kilasmologia. Expiação, para nós do Novo Testamento, é a morte de JESUS em nosso lugar para poder nos remir do pecado; salvar-nos do pecado — expiar é tirar o pecado: “Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Expiação tem a ver com o pecado (Lv 4; 16; 23).

Quatro palavras para a salvação. Há quatro grandes palavras doutrinárias em­pregadas na Bíblia para nos revelar a extensão do valor da morte de JESUS, isto é, do seu sangue remidor, para tirar os nossos pecados. Tão vasto e infinito é o alcance da obra efetuada por JESUS que um só vocábulo das Escrituras não pode resumi-la.

A palavra “expiação” aplica-se em relação ao pecado em se tratando da salvação quanto ao seu alcance, que é infinito (Sm 103.12; Is 53.10). Já “redenção” diz res­peito à salvação em relação ao pecador e seu pecado. Outro termo, “propiciação”, aplica-se à salvação quanto à transgressão; isto é, a salvação considerando o ser humano como o transgressor. E a quarta palavra é “imputação”, que se relaciona com a salvação quanto ao seu “creditamento”. Ou seja, a justiça de DEUS “lançada em nossa conta”, pela fé no próprio DEUS (cf. Fp 4.17; Mt 6.12; Fm v.I8; Rm 4.3).

Portanto, a salvação é tão grande e tão rica que uma só palavra não abarca o seu significado! Glória a DEUS!

Tecnicamente, a palavra “expiar” — hb. kapar— significa “encobrir”, “co­brir”, “ocultar”, “tirar da vista”. A primeira menção dessa palavra nas Escrituras está em Gênesis 6.14 (hb. kapar, “betumarás”, ARC; “calafetarás”, ARA) e ilustra muito bem o seu emprego através da própria Bíblia, como a Palavra de DEUS.

Biblicamente, expiar é pagar, quitar, tirar os pecados de alguém, perdoar, mediante um sacrifício reparador exigido, mas também propiciador. Expiar, pois, é tirar o pecado mediante a morte de alguém como substituto do culpado e condenado. No nosso caso, foi JESUS que morreu por nós, pecadores perdidos (Is 53.10; Jo 1.29; Ap 13.8; 2 Co 5.21). Sem expiação pelo sangue não há perdão do pecado (Lv 4.35).

A expiação aplaca o Legislador, por satisfazer a sua Lei, violada que foi, pela culpa do pecado como ato praticado (Lv 5), bem como manchada e ultrajada pelo pecado como estado, na natureza do pecador (Lv 4). Neste capítulo, vemos quatro categorias universais de pecadores e a expiação de seus pecados mediante o sangue expiador.

Mas a expiação vai além. Ela também torna o Legislador benevolente para com o transgressor perdoado. Essa decorrência da expiação é chamada de propiciação.

A necessidade da expiação. A expiação pelo sangue foi necessária para dar satisfação à Lei divina — caso contrário, essa Lei seria vã — e seu Legislador escarnecido.

A pecaminosidade da natureza e dos atos do homem também tornou necessária a expiação divina.

JESUS, para expiar nossos pecados, bastava morrer por nós na cruz; mas, para nos justificar diante de DEUS e sua Lei violada, era preciso que Ele ressuscitasse (Rm 4.25;

. Desse modo, a nossa ressurreição espiritual (isto é, a nossa regeneração) depen­dia da ressurreição dEle (I Pe 1.3; Cl 3.1). Glória a DEUS porque JESUS ressuscitou!

Há diferença entre a expiação, a redenção e a propiciação, todas realizadas por JESUS CRISTO. A expiação é do pecado do pecador; a redenção é da pessoa do pecador; e a propiciação tem a ver com DEUS em relação ao pecador já perdoado (cf Lc 18.13; I Jo 2.2). A salvação de criancinhas inocentes — apesar de pecadores por natureza — decorre da expiação efetuada por CRISTO, e não primeiramente da redenção.

A obra expiatória de CRISTO. No Antigo Testamento, a expiação dos pecados na na­ção “durava” um ano apenas! O que ocorria anualmente no solene Dia da Expiação, mencionado em Levítico 16, era que a sentença de morte que pairava sobre todos, por causa do condenável e criminoso pecado, praticado pelo povo diariamente, era prorrogado por mais doze meses. Ora, isso apenas aumentava a dívida espiritual desse povo para com DEUS, cada ano que passava (Hb 9.25; 10.1-3).

CRISTO na cruz, pelo seu sangue expiou os nossos pecados uma vez para sempre — “... porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7.27); “Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26) —, mas a salvação só se realiza na vida de cada pecador quando este aceita o Redentor, JESUS CRISTO.

 

A DOUTRINA DA REDENÇÃO

Como já vimos, redenção tem a ver com a pessoa do pecador. Ela é realizada por JESUS CRISTO: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1.7). Pois “... por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb 9.12).

Definição de redenção. Nos dias bíblicos, redenção é a libertação de um escravo, mediante um resgate — gr. lytron (este termo aparece em Mateus 20.28) —, além de retirar esse escravo do mercado de escravos, para não mais ficar exposto à venda. Redenção sempre requer o preço a ser pago para garantir a liberdade do escravo.

Há sete principais palavras originais no Novo Testamento para redenção:

Agorazo, “compraste” (Ap 5.9). Comprar na praça. O pecador estava na praça do mercado de escravos, vendido ao pecado e servindo a Satanás: “Assim,

meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de CRISTO, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para DEUS” (Rm 7.4).

Exagorazo, “resgatou” (Gl 3.13). Comprar o escravo na praça e retirá-lo de lá, para que não fosse mais exposto à venda: “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor” Cl 1.13.

Lytroo, “resgatados” (I Pe 1.18,19). Pagar o preço exigido pelo resgate de um escravo e libertá-lo.

Lytrosis, “redenção” (Hb 9.12). Libertar mediante o pagamento de resgate. É um termo mais vigoroso do que lytroo, Apolytrosis, “redenção” (Ef 1.7). É empregado em Lucas 21.28 para significar soltura, libertação, livramento, desprendimento do povo de DEUS, ao sair deste mundo opressor e escravizador, para ficar eternamente com o Senhor. Este termo é uma forma mais vigorosa que lytrosis.

Antilyron (I Tm 2.6). A troca de uma pessoa por outra; ou seja, a redenção de vida por vida, no caso de um cativo, escravo ou prisioneiro.

Lytron (Êx 21.30; Mt 20.28; Mac 10.45). O resgate pago pela redenção de um cativo, escravo ou prisioneiro de guerra.

A redenção do pecador. A nossa redenção espiritual foi planejada e decidida por DEUS antes da fundação do mundo (I Pe 1.18,19; Ap 13.8). Essa redenção, em CRISTO, é formosa e claramente ilustrada em Levítico 25 — principalmente nos versículos 25, 48 e 49 — e Rute 2.20; 3.9-13; 4.1-9. Nessas passagens, o termo go’el significa “parente remidor”, o qual tinha de ser consanguíneo do escravo. Vemos claramente no papel desse parente remidor um tipo de nosso Redentor, o Senhor JESUS (Tt 2.14).

O tríplice resultado da redenção. A nossa redenção efetuada por JESUS resulta na conver­são da alma, pois esta foi perdida pelo homem, na sua Queda (Gn 2.17; Ez 18.20).

Outro resultado da redenção é a nossa ressurreição, isto é, a redenção do corpo. O homem perdeu o seu corpo ao perder o direito a comer da árvore da vida, no Éden, devido à Queda: “Então, disse o Senhor DEUS: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente” (Gn 3.22).

A redenção resulta também em domínio da terra. O ser humano perdeu a terra ao pecar (Gn 1.28). Em João 1.29, vemos que JESUS é o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (cf. Ap 5.1-5,9). Na Segunda Vinda de CRISTO, co­meçará a redenção da terra, que fora amaldiçoada depois da Queda: “maldita é a terra” (Gn 3.17).

 

A DOUTRINA DA PROPICIAÇÃO

Em Êxodo 32.30, está escrito: “E aconteceu que, no dia seguinte, Moi­sés disse ao povo: Vós pecastes grande pecado; agora, porém, subirei ao Senhor; porventura, farei propiciação por vosso pecado”. Propiciar é aplacar; tornar benevolente o ofendido, mediante uma oferta judicial e expiatória, e que seja aceita.

Definição. A propiciação resulta da expiação. A palavra portuguesa “propiciação” deriva do latim propitío, “unir”, “reconciliar”, “pacificar”. O conceito pagão de propi­ciação é aplacar um deus irado, vingativo (cf. I Rs 18.26,29). Mas, à luz da Palavra de DEUS, implica satisfazer a Lei divina violada e, desse modo, remover aquilo que impedia DEUS de fazer extravasar e fluir o seu amor, sua benevolência e suas bênçãos sobre o pecador, salvando-o.

Propiciar a DEUS não foi só satisfazê-lo, reparando a sua Lei e a sua vontade ultrajadas, mas torná-lo benevolente e abençoador do ofensor. Aqui na Terra quando o próximo é ofendido e reparado, ele não quer ser benevolente nem abençoador do ofensor.

JESUS é a nossa propiciação (Rm 3.25; I Jo 4.10). Como nosso Sumo Sacerdote, Ele é tanto a nossa propiciação, como o nosso propiciatório. “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo 2.2).

A reconciliação do homem com DEUS é resultado da propiciação pelo san­gue de JESUS — gr. katallage, “reconciliação” (Rm 5.11). Assim como a expiação leva à propiciação, esta leva à reconciliação. CRISTO, ao consumar a expiação dos nossos pecados, consumou também a nossa reconciliação com DEUS e com o nosso próximo (Ef 2.16,17).

Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela morte de seu Eilho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO, pelo qual agora alcançamos a reconciliação (Rm 5.10,1 1).

Em 2 Coríntios 5.18,19, está escrito: “E tudo isso provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO e nos deu o ministério da reconci­liação, isto é, DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação”. Vemos, aqui, que Ele nos deu o ministério da reconciliação (v. 18) e pôs em nós a palavra da reconciliação (v. 19).

A reconciliação que vem da expiação efetuada por CRISTO abrange tudo o que foi criado, na terra e nos céus (Cl 1.20; Hb 9.12). CRISTO, pelo seu sangue, promoveu a paz, já que nós não podíamos. Em hebraico, um dos termos para salvação é shalom, “paz”, “saúde”, “integridade”, “completude”.

Ilustração de propiciação. Em Lucas 18.13 (ARA) está escrito do humilde e indigno publicano, da parábola proferida por JESUS: “O DEUS, sê propício [gr. hílaskomaí] a mim, [o] pecador”. Literalmente, o publicano da parábola mencionada em Lucas 18.9-14 estava dizendo: “DEUS, olha para mim, o pior pecador, assim como tu olhas para o sangue propiciador aspergido sobre o propiciatório, na arca da aliança”. DEUS teve prazer em responder à sua oração! (v. 14).

 

A DOUTRINA DA FÉ SALVÍFICA

Fé não é crer sem provas — ela é baseada na maior de todas as provas: a Palavra de DEUS. A fé é um fato, mas também um ato (Tg 2.17,26; Mt 17.20); manifesta-se por ações, por obras — “como um grão de mostarda”. Há dois aspectos da fé: ativo e passivo. A fé ativa diz respeito a nosso viver, nosso agir, nosso trabalhar para DEUS. Já a passiva se relaciona com a fidelidade do crente ao Senhor e sua firme perseverança.

Como a fé salvífica se manifesta. A fé salvífica tem a ver com o pecador em relação a DEUS (Ef 2.8,9; Ato 16.31), pois “... sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de DEUS creia que ele existe e que é galar- doador dos que o buscam” (Hb 11.6).

A pergunta que o jovem rico devia ter feito, em Mateus 19.16, seria: “Em quem devo crer para ser salvo?”, e não “Que devo fazer para me salvar?” Salvação não é o que eu devo fazer, mas em quem devo crer para me salvar (Ato 16.31).

Em Romanos 10.9,10 está escrito: “Se, com a tua boca, confessares ao Senhor JESUS e, em teu coração, creres que DEUS o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”. De acordo com a passagem acima, o pecador confessa a CRISTO e crê nEle como Senhor e Salvador — rende-se a Ele (Jo 9.38; Rm 4.3).

A fé natural. É a fé “da cabeça”, natural, que não resulta em salvação. A Palavra de DEUS diz que até os demônios crêem que há um só DEUS e estremecem diante de tal fato (Tg 2.19). A fé que Tomé teve, inicialmente, foi meramente “da cabeça”. Daí JESUS lhe ter dito: “Porque me viste, Tomé, creste” (Jo 20.29a). Isso também aconteceu com Marta:

Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. Disse-lhe JESUS: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de DEUS? (Jo 11.24,40).

Uma pessoa pode, por conseguinte, crer só com a mente, e não com o coração. A fé natural — também chamada de “pensamento positivo” — é de grande utilidade nas relações humanas, mas inoperante e sem valor para a salvação.

A defesa da fé. Textos como 2 Timóteo 4.7 e Filipenses I.16 mostram que o crente deve defender a sua fé nesse mundo de tanta confusão e antagonismo quanto à fé. O apóstolo Paulo disse: “Combati o bom combate (...) guardei a fé”. Isso significa que devemos viver pela fé cada dia, sem esmorecer, defendendo o evangelho de nosso Senhor JESUS CRISTO. A fé deve ser conservada, pois é essencial à vida cristã (Rm 1.17; Gl 2.20; 2 Pe 1.5; Hb 11.6).

Outras expressões da fé. A significação do termo “fé” varia, no Novo Testamen­to. Em Gálatas 5.22, ela é uma das virtudes do fruto do ESPÍRITO, expressando fidelidade. Há ainda outras expressões da fé: um dom do ESPÍRITO (I Co 12.9), o evangelho completo (2Tm 4.7), a confiança absoluta em DEUS, como proteção ou “escudo” (Ef 6.17), além de uma fé que santifica (Fp 3.9).

 

A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO

A fé se relaciona com DEUS; o arrependimento, com o pecado. O arrepen­dimento, pois, é uma doutrina básica quanto à salvação (Mt 3.2; 4.17; Lc 13.3; Mc 6.12). Foi por isso que JESUS ordenou que “em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc 24.47).

O verdadeiro arrependimento é o que produz convicção do pecado; contrição do pecado; confissão do pecado; abandono do pecado; e conver­são do pecado. Se essas cinco reações por parte do homem não ocorrerem, não se trata de arrependimento verdadeiro, completo, mas apenas tristeza e remorso: “Porque a tristeza segundo DEUS opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2 Co 7.10).

Para que o homem não se glorie, o verdadeiro arrependimento é obra de DEUS (Ato 5.31; 11.18; 2 Tm 2.25; Rm 2.4). Até o abrir do coração do pecador para o evangelho vem de DEUS: “E certa mulher, chamada Lídia (...) nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia” (Ato 16.14). Isso ocorre pela exposição da Palavra de

DEUS, que conduz a pessoa ao arrependimento, sendo ela crente ou não (Ato 2.37,38,41; Jn 3).

Uma das características sempre presente nos verdadeiros avivamentos, bem como entre um povo que se mantém avivado espiritualmente, é o arrependimento profundo.

O arrependimento deve sempre acompanhar o crente durante toda a sua vida. Isso demonstra sua humildade e fá-lo zeloso de DEUS e de suas coisas. Davi, por exemplo, era um crente que sabia se arrepender e chorar diante de DEUS; e por isso venceu. O Filho Pródigo iniciou o caminho de subida, de volta ao pai, a partir do momento em que começou a se arrepender (Lc 15. 11-24).

 

A DOUTRINA DA CONFISSÃO

No original, o verbo homologeo (gr.) e o substantivo homologia são os termos para confissão. Confessar é dizer de coração o que DEUS diz sobre nós na sua Palavra (Rm 10.9,10; Lv 5.5; Sm 38.18; I Jo 1.9). No sentido bíblico, confissão não se refere primeiramente a confessar pecados. Significa concordar com o que DEUS diz sobre nós — e dEle — na sua Palavra, bem como reconhecer os nossos pecados e faltas como sendo nossos e admitir os nossos erros, falhas, pecados e declará-los (Ato 19.18).

Vemos em Hebreus 3.1 que JESUS CRISTO é o Sacerdote da nossa confissão, isto é, a quem confessamos quanto à nossa salvação e tudo o mais pertinente à fé. Em I João 1.9, está escrito: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”.

Elementos da confissão. De acordo com o I João 1.9, a confissão deve ser con­trita e definida: “nossos pecados”. Observe que são “pecados” (plural). Outro elemento é a renúncia ao pecado (Pv 28.13). E, quanto for o caso, a confissão deve ser com restituição.

Confissão secreta. É a confissão feita somente a DEUS. Confissão de pecados cometidos pelo crente e conhecidos somente por ele e DEUS. Tais pecados devem ser confessados secretamente ao Senhor, dependendo isso da base bíblica desse crente e da confiança plena e firme no que DEUS declara na sua Palavra.

Confissão pessoal. É a confissão feita a pessoas contra quem pecamos. Nesse caso, antes de irmos a DEUS contritamente, temos de tratar com o ofendido ou o cúmplice, pois a comunhão espiritual é tanto vertical (comunhão com DEUS) como horizontal— comunhão com o próximo (I Jo I.7a).

Confissão pública. É a confissão feita à igreja, à congregação. São pecados co­nhecidos, cometidos contra a coletividade cristã.

 

A DOUTRINA DO PERDÃO DE PECADOS

É importante distinguir perdão divino (I Jo 1.9) de perdão humano (Cl

. Do lado divino, perdão é a cessação da ira moral e santa de DEUS contra o pecado, e o seu cancelamento ou anulação. Visto do lado humano, o perdão é o alívio ou remissão da culpa do pecado, que oprime a consciência culpada.

Perdão é a remissão da punição do pecado, o qual leva à perdição eterna (Nm 23.21; Rm 8.33,34). Para nós, seres humanos, que, pela Queda, herdamos uma natureza pecaminosa e pecadora, parece fácil o perdão, e parece fácil DEUS nos perdoar; isso por sermos todos uma raça de pecadores. Porém, com um DEUS santíssimo em quem não há pecado, o caso é diferente!

Ora, até o homem acha difícil perdoar quando é injustiçado.          Quanto       mais

DEUS! DEUS nos perdoa porque Ele é amor; mas saibamos que          o        seu    perdão        é

baseado na mais perfeita justiça (I Jo 1.9).

Perdão judicial. É para o descrente. A condição exigida por DEUS para esse per­dão é a conversão do pecador: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (At 3.19). O meio exigido, portanto, é a fé em DEUS.

Perdão doméstico. É para o filho de DEUS; da casa de DEUS. A condição exigida é a confissão dos pecados com arrependimento e o abandono desses pecados.

Se confessarmos os nossos pecados} ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça 1 Jo l.9

O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13).

O meio exigido é também a fé em DEUS, e segundo a Palavra. Se a condição exigida por DEUS para perdoar o crente faltoso fosse uma nova conversão, seria necessário nos convertermos constantemente...

As consequências de o crente não querer perdoar. O crente se recusar a perdoar, não querer perdoar de forma alguma, é uma atitude que afeta comunhão com DEUS, individual e coletivamente. Afeta, ainda, a nossa comunhão com os irmãos — com a igreja —, bem como o nosso caráter cristão e a nossa saúde em geral (cf. Mt 18.34,35).

JESUS, no seu ensino, no “Pai Nosso”, o único assunto que Ele repetiu três vezes foi o perdão; isto é, perdoarmos aos outros (Mt 6.12,14,15). O momento ideal para o crente perdoar o seu ofensor é durante a oração (Mt 11.25). Até nisso a oração é uma bênção! Crente que ora pouco, também perdoa pouco (ou nunca).

Além do perdão entre os irmãos, deve haver reparação, quando for o caso (cf. Ef 5.28; Ato 16.33; Lv 4—6).

Falou mais o Senhor a Moisés; dizendo: Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher fizer algum de todos os pecados humanos transgredindo contra o Senhor; tal alma culpada ê. E confessará o pecado que fez; então, restituirá pela sua culpa segundo a soma total, e lhe acrescentará o seu quinto•, e o dará àquele contra quem se fez culpado (Nm 5.5-1).

 

A DOUTRINA DA REGENERAÇÃO ESPIRITUAL

O termo regeneração tem a ver com a nossa inclusão na família de DEUS (I Pe 1.3,23; Tt 3.5). Em Gênesis 1.27, temos a criação natural do homem; em Efésios 2.10, temos a sua criação espiritual.

Regeneração é o ato interior da conversão, efetuada na alma pelo ESPÍRITO SANTO. Conversão é mais o lado exterior e visível da regeneração. Uma pessoa verdadeiramente regenerada pelo ESPÍRITO SANTO é também convertida (cf. Lc 22.32).

Sendo regenerado pelo ESPÍRITO SANTO, o crente é declarado filho de DEUS (Jo

. O que ocasiona a regeneração espiritual não é primeiramente a justifica­ção pela fé, mas a comunicação da vida de CRISTO — da “vida eterna” ao pecador arrependido. Justificação tem a ver com o pecado do pecador; regeneração tem a ver com a natureza do pecador. Justificação é imputada por DEUS; regeneração é comunicada por DEUS.

Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada, e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em DEUS, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de DEUS (Tg 2.22,23).

 

A DOUTRINA DA IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE DEUS

Imputação é o lançamento ou creditamento da justiça de CRISTO a nosso favor, mediante a nossa fé em CRISTO (Rm 4.3ss; Gl 2.16ss; 3.6-8; Gn 15.6;Tg 2.23). “O Senhor Justiça Nossa” (Jr 23.6). “Mas vós sois dele em JESUS CRISTO, o qual para nós foi feito por DEUS (...) justiça” (I Co 1.30).

O princípio da doutrina da imputação da justiça de DEUS é visto em passa­gens como Gênesis 3.21; 6.14 (hb.); e 15.6. Em Filemom v. 18 e Filipenses 4.17 vemos a imputação ilustrada na prática natural:

E, se te fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso na minha conta.

Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.

Assim como a justiça divina é imputada ao que nEle crê, ao ímpio impenitente são imputados os seus pecados contra DEUS (Sm 32.2). E também, da mesma for­ma, à nossa conta podem ser imputados males que cometemos contra o próximo (2Tm 4.16; Ato 7.60; I Ts 4.6; Mt 6.12 — “as nossas dívidas”).

Somos feitos justos diante de DEUS, não primeiramente pela influência da moral cristã sobre nós, mas primacialmente pela imputação da justiça (retidão) de DEUS sobre nós, pela fé em JESUS CRISTO. Aleluia ao DEUS Trino!

Respondida está, por DEUS, a pergunta de Jó, de antanho: “Como seria justo o homem perante DEUS, e como seria puro aquele que nasce da mulher?” (Jó 25.4).

 

A DOUTRINA DA ADOÇÃO DE FILHOS

A adoção de filhos é mencionada em textos como Romanos 8.15; Efésios 1.5; e João 1.12.

Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor; mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.

[DEUS Pai ... nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.

Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que crêem no seu nome.

A expressão “adoção de filhos” é uma única palavra no original: huiothesis — de huios, “filho”, e thesis, “posição”. A ideia da adoção de filhos também se encontra no Antigo Testamento (Êx 2.10 com Hb 11.24; Êx 4.22 com Os 11.1 e Mt 2.15).

Em Efésios 1.4,5 está escrito que fomos predestinados por DEUS para adoção de filhos, antes da fundação do mundo; portanto, antes da existência do homem. Isso exclui qualquer mérito humano e somente revela a graça infinita de DEUS.

Na antiga Grécia. A adoção de filhos, na antiga Grécia, nada tinha a ver com a filiação da criança, e sim com a sua posição em relação à família (gr. huiothesis). Por meio do ato da adoção, o “filho”, ao atingir a idade necessária, passava à posição de herdeiro da família. Daí a expressão bíblica “adoção de filhos” (Gl 4.4,5).

O ato da “adoção de filhos” passou dos gregos para os romanos, e assim chegou aos tempos do Novo Testamento e da igreja. Biblicamente, então, DEUS “adota” a quem já é seu filho.

No presente. Há bênçãos desfrutadas já nesta vida, decorrentes da adoção, como: o nosso nome de família: “chamados filhos de DEUS” (I Jo 3.1; Ef 3.14,15); o testemunho do ESPÍRITO SANTO em nosso interior, de que somos filhos de DEUS (Rm 8.16); o recebimento do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.15; Lc 11.11-13); a disciplina da parte de DEUS que nos é ministrada, como seus filhos: “Se estais sem disciplina (...) sois então bastardos, e não filhos” (Hb 12.8; cf. vv.6-11); a nossa herança celestial, declarada e garantida por DEUS (Rm 8.17); e a redenção do nosso corpo.

Por meio da adoção, os nossos nomes foram registrados no livro da vida do Cordeiro (Lc 10.20; Fp 4.3; Ap 17.8; 3.5; 13.8; 20.12,15; 21.27).

No futuro. Em Romanos 8.23, vemos que os nossos privilégios quanto à adoção de filhos de DEUS têm ainda um lado futuro: “... gememos em nós mesmos, espe­rando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. Isso se dará à vinda de JESUS para levar a sua Igreja.

Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de DEUS.

Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele. Amados, agora somos filhos de DEUS, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro (l Jo 3.1-3).

 

A DOUTRINA DA SANTIFICAÇÃO DO CRENTE

A justificação efetuada por DEUS para nos salvar põe-nos em correto rela­cionamento com Ele. Já a santificação comprova a realidade da justificação em nossa vida, manifestando seus frutos em nós; em nossa vida.

SANTO é aquele crente que vive separado do pecado, do mal, do mundo (mundanismo), e dedicado a DEUS e ao seu serviço. Observe as palavras de Paulo em Atos 27.23: “Porque, esta mesma noite, o anjo de DEUS, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo”.

O cristão tem duas naturezas: uma humana, herdada de Adão, pela geração natural; e outra, divina, através da geração espiritual (I Pe 1.23). Daí a santificação do crente ter dois aspectos: um diante de DEUS, e outro, diante de si mesmo e do mundo (I Jo 3.3; 2 Co 7.1; Hb 12.14; Mt 5.16). Essas duas naturezas do crente são vistas em Gálatas 5.17 e Romanos 6—8.

Em Levítico 20.8 — “Eu sou o Senhor que vos santifica” — vemos a santifi­cação do crente diante de DEUS, mas, no versículo 7, menciona-se a santificação crente diante de si mesmo e do mundo: “Santificai-vos e sede santos” (cf. I Pe LI5).

Santificação de objetos, eventos, datas, pessoas, animais. Esse aspecto da santificação é muito comum em relação ao Tabernáculo e seus objetos, e seus oficiantes, os quais pertenciam somente a DEUS, como vemos nos livros de Êxodo e Deuteronômio. Esse aspecto da santificação implica um só sentido, que é a posse de DEUS, e a dedicação e separação desses elementos para o serviço de DEUS.

Alguns exemplos desses elementos santos:

Eventos e datas (Êx 20.8; Dt 5.12; Lv 25.10; 23.2).

O Templo (I Rs 9.3).

O altar dos holocaustos (Êx 29.37).

As vestes sacerdotais (Êx 28.2; 29.29; 40.13).

Pessoas (Êx 13.12; 28.41; 29.1,44; I Sm 16.5; I Cr 15.14; 2 Cr 29.5).

Animais (Nm 18.17; Êx 13.2b).

Nesse sentido, os templos atuais da igreja são santificados a DEUS, bem como os objetos dedicados ao serviço dEle.

Santificação de pessoas. Há dois principais sentidos de santificação do crente em relação a DEUS. O primeiro diz respeito à separação do mal para pertencer a DEUS

“Ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo” (Lv 20.26). É o sentido negativo da santificação, pois se ocupa do “não farás isso; não farás aquilo”, etc; é separar-se para DEUS.

O       segundo sentido de santificação do crente é o positivo. O crente, já separado do mal, dedica-se a DEUS para o seu serviço, ocupa-se em fazer algo para Ele: “De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra” (2Tm 2.21). Paulo, ao falar de DEUS, disse: “de quem eu sou e a quem eu sirvo” (Ato 27.23).

A santificação é dúplice. Ser santo não é somente evitar o pecado, mas tam­bém servir ao Senhor, com a vida; com os talentos; com os dons; com os bens; com a casa; com o tempo; com as finanças; com os serviços, inclusive mão de obra. Por isso, muitos crentes não conseguem viver uma vida santa; eles não vivem pecando continuadamente, mas não querem nada com as coisas do Senhor, nem com a sua obra, nem com a igreja para zelar por ela e promovê-la.

Os tempos da santificação. A santificação de pessoas quanto à vida cristã abrange três tempos:

Santificação passada e instantânea (I Co 6.II;Hb 10.10,14; Fp 1.1; I Co 1.2; Jo 15.4). É aspectual e posicionai, isto é, o crente estando “em CRISTO” (Cl 1.20; Fp I.I). O crente posicionalmente “em CRISTO” não pode ser mais santo do que o é no momento da sua conversão, pois a santidade de CRISTO é a sua santidade (c£ I Jo 4.17). Na Igreja Romana, alguns são “canonizados” (feitos santos) depois de mortos, mas no Remo de DEUS é diferente: os salvos são santos aqui, enquanto estão vivos!

Santificação presente e progressiva (2 Co 7.1). É temporal, vivencial. Ê a santifi­cação experimental, ou seja, na experiência humana, no dia-a-dia do crente (I Ts 5.23; Hb 13.12 — “para santificar o seu povo”). A santificação posicionai e a experimental (progressiva) são vistas juntas nestas passagens: Hebreus 12.10 com 12.14; Filipenses 3.15 com 3.12; João 15.4 com 15.5;

Coríntios 1.2; Filipenses I.I; e Levítico 20.7 com 20.8.

Santificação futura e completa (Ef 5.27; I Ts 3.13). É plena; trata-se da santi­ficação final do crente (I Jo 3.2). Ela ocorrerá à Segunda Vinda de JESUS, para levar os seus (I Jo 3.2; Ef 5.26,27). Seremos então mudados: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (I Co 15.52).

Os meios divinos de santificação:

DEUS, o Pai (I Ts 5.23). DEUS, o Filho (Hb 10.10; 13.12; Mt 1.21). DEUS,

ESPÍRITO SANTO (I Pe 1.2), cujo título principal — ESPÍRITO SANTO — já indica a sua missão principal: santificar.

A correção divina. É um meio de santificação (Hb 12.10,11).

A Palavra de DEUS. Lida, crida, estudada, ouvida, amada, meditada, pregada, ensinada, obedecida, vivida, memorizada (SI 119.II; Jo 15.3; 17.17; SI 119.9; Ef 5.26).

A paz de DEUS em nós. Seu cultivo, sua busca, sua promoção (Hb 12.14;

1Ts 5.23a). Nestas duas passagens, a paz está ligada à santificação do crente.

A fé em DEUS. Esta, baseada na sua Palavra, é um meio divino de santi­ficação (Rm 4; Hb 11.33; 2Ts 2.13b; Ato 26.18; 15.9).

Alerta divino. A Palavra de DEUS tem um alerta para a igreja quanto à san­tificação: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). E ainda: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” (Ec 9.8). Tenhamos cuidado com a falsa santidade, enganosa, sectarista, farisaica e exclusivista (2 Tm 3.5); sigamos a verdadeira santidade (Ef 4.24).

 

A DOUTRINA DA PRESCIÊNCIA DE DEUS

A presciência de DEUS é o seu pré-conhecimento de todas as coisas (I Pe 1.2; Rm 8.29). Ela é parte do seu atributo de onisciência. Ele pré-conhece todas as coisas sobre o homem, mas não as evita, por ser o homem livre e responsável por seus atos. No caso do pecado de Adão, o Senhor sabia disso na sua presciência; porém, não o evitou, por ter Adão livre-arbítrio.

No caso de Judas Iscariotes, vemos que ele, que foi escolhido por JESUS como um dos doze (Jo 6.70; Lc 6.13), “tirava” — e não apenas “tirou” — da bolsa o que ali se lançava, o que indica um ato voluntário, preconcebido e continuado (Jo). E mais: a Palavra de DEUS diz que Judas “se desviou”, o que denota ato voluntário, consciente e gradual (At 1.25). É importante enfatizar que ele não nasceu marcado para trair JESUS; apenas enquadrou-se nas condições da profecia sobre aquele que seria o traidor.

O rei Saul — que fora enviado por DEUS (I Sm 9.15-17); ungido por Ele (I Sm 10.1); mudado (I Sm 10.9); possuído pelo ESPÍRITO (I Sm 10.10); que profetizara pelo ESPÍRITO (I Sm 10.10-13); edificara um altar ao Senhor (I Sm 14.35) — também desviou-se, ao edificar “uma coluna para si” (I Sm 15.12) e envolver-se, em seguida, em práticas espíritas. Por fim, morreu como suicida; distanciado de DEUS.

Demas foi um obreiro que trabalhou com o apóstolo Paulo, porém se des­viou, como lemos em 2 Timóteo 4.10: “Porque Demas me desamparou, amando o presente século...” Outros que também “naufragaram na fé”, desviando-se do caminho da verdade, foram Himeneu e Alexandre (I Tm 1.19,26). Basta ler a Sucinta biografia desses obreiros para chegar à conclusão de que eles es­colheram o seu próprio caminho, haja vista a presciência de DEUS não forçar a livre-vontade do homem.

O Todo-Poderoso, como onisciente, conquanto conheça de antemão os que o rejeitarão, não interfere, por ter Ele criado o homem dotado de livre- arbítrio. DEUS não viola esse princípio. Sim, o Senhor não criou o homem como um autômato, um robô, mas como ser moral, responsável por seus atos, com a faculdade de decisão e livre-escolha — se bem que essas faculdades estão grandemente prejudicadas pelo efeito deletério do pecado, principalmente os de incredulidade e rebeldia.

 

A DOUTRINA DA ELEIÇÃO DIVINA

“Eleição” e “escolha” são apenas um termo, no original: eeloge. A eleição “olha” para o aspecto passado da nossa salvação (I Pe 1.2; Ef 1.4). Eleição divina é, pois, a nossa escolha para a salvação, feita por DEUS. Nós, pecadores por natureza, não sabemos escolher, mas o Senhor nos escolhe (Jo 15.16).

É claro que a eleição, em si, não implica salvação:

Mas devemos sempre dar graças a DEUS, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter DEUS elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do ESPÍRITO e fiel  da verdade (2 Ts 2.13).

eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas (l Pe 1.2).

Na Bíblia mencionam-se a eleição divina coletiva, como a de Israel (Is 45.4;

e a da Igreja (Ef 1.4); e a individual, como a de Abraão (Ne 7.9) e a de cada crente (Rm 8.29). A vocação e a eleição do crente, do seu lado humano. Em 2 Pedro LIO lemos: “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis”.

A escolha divina ocorre da maneira como é descrita em I Ts 1.4-10. Ela se dá pelo recebimento do evangelho, pela fé, e permanência em CRISTO, mediante a santificação daqueles que se convertem dos ídolos ao DEUS vivo e verdadeiro, a fim de servi-lo “e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, JESUS, que nos livra da ira futura” (v. 10).

DEUS não elege uns para a salvação, e outros, para a perdição. O homem é capaz de fazer a livre-escolha. E a graça de DEUS não é irresistível, como muitos ensinam, valendo-se do falacioso chavão “Uma vez salvo, salvo para sempre”.

 

A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO

A predestinação “olha” para o aspecto futuro de nossa salvação (Rm 9.29; Ef 1.5,11). Segundo as Escrituras, ela é o nosso pré-destino. A salva­ção não é um decreto divino, pois isso seria um fatalismo cego e impróprio atribuído a DEUS.

O decreto de DEUS. A expressão em apreço, conforme mencionada em Romanos 8.28 (gr. prothesis) aparece em outras passagens como “decreto”, “propósito” (Rm 9.11; Ef 1.11; 3.11; 2 Tm 1.9). Trata-se do eterno propósito de DEUS, segundo o desígnio de sua própria vontade, pelo qual Ele preordenou, para a sua glória, tudo o que acontece. Esta definição é geral e não abrange especificamente a salvação da humanidade, como a que se segue.

DEUS decretar é uma coisa; a execução por Ele desse decreto, outra, como lemos em 2 Timóteo 1.9: “[DEUS,] que nos salvou e chamou com

uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu pró­prio propósito e graça que nos foi dada em CRISTO JESUS, antes dos tempos dos séculos”.

Alguns fatores implícitos na execução do decreto de DEUS são:

O tempo determinado por DEUS, isto é, o “quando” do Senhor.

A condicionalidade ou a incondicionalidade do seu decreto (2Tm 1.9).

O decreto da criação do mundo, que teve lugar na eternidade passada,

só foi executado por DEUS “no princípio” (Gn 1.1). Apesar de o decreto do advento de JESUS vir da eternidade (Ap 13.8; I Pe 1.20), o seu cumprimento só ocorreu em Belém. O Remo, preparado desde a fundação do mundo, só será desfrutado no futuro (Mt 25.34).

Da mesma forma, o decreto da nossa eleição para a salvação é eterno, mas só começou a se cumprir quando CRISTO veio (2Tm 1.9; Rm 8.28; 9.11,23,24; 16.25; Ef 1.9; 3.11).

... [DEUS, o Pai] nos elegeu nele [CRISTO] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade (Ef 1.4,1l).

E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se e glorificaram a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna (At 13.48).

Predestinação divina e livre-escolha humana. Na Bíblia temos tanto a predestinação divina como a livre-escolha humana, em relação à salvação; mas não uma predes­tinação em que uns são destinados à vida eterna, e outros, à perdição eterna. Mas a Palavra de DEUS não apresenta uma livre-escolha humana como se a salvação dependesse de obras, esforços e méritos humanos.

Os extremos nesse assunto (e noutros) é que são maléficos, propalando en­sinos que a Bíblia não contém. A ênfase inconsequente à soberania de DEUS no tocante à salvação leva a pessoa a crer que a sua conduta e procedimento nada têm com a sua salvação. Por outro lado, a ênfase inconsequente à livre-vontade (livre-arbítrio) do homem conduz ao engano de uma salvação dependente de obras, conduta e obediência humanas.

Ora, somos salvos, não por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer para DEUS, mas pelo que JESUS já fez por nós, uma vez para sempre. Há muitos por aí tendo a salvação dependente de suas obras, obediência, conduta, santidade etc. Não é de admirar que os tais caiam e não se levantem, e que quando pequem duvidem da sua salvação.

Na realidade, parece incoerente e irreconciliável que algo predestinado por DEUS admita livre-escolha ou livre-vontade. Mas, só porque não entendemos algo, ou entendemo-lo apenas em parte, deixa ele de existir? A conversão, por exemplo, tem muito de misterioso:

Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do ESPÍRITO. Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso? JESUS respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?

Jo 3.1-10).

Há muitas coisas com as quais convivemos em nosso dia a dia, e que não as entendemos bem, ou quase nada, e, contudo, não queremos passar sem elas: o sono (semi-hibernação), os sonhos (o mundo onírico), o metabolismo basal, a teoria eletrônica, a eletricidade, o vento, a água suspensa no espaço (infinitas toneladas!), etc.

Há quem afirme que uma pessoa verdadeiramente salva não poderá jamais perder-se. Mas, quanto a isso, precisamos ver o que realmente a Bíblia diz, não esquecendo os são princípios da exegese bíblica, e o que essas pessoas deduzem do que a Bíblia diz.

Calvinismo e Arminianismo. Muitos têm seguido cegamente a João Calvino

- teólogo francês, radicado na Suíça, falecido em 1564 —, o qual pregava a predestinação como uma eleição arbitrária de indivíduos; como graça irresistível e impossibilidade de perda da salvação.

Outros têm seguido as idéias de Jacobus Arminius, teólogo holandês falecido em 1609, o qual pregava doutrinas conflitantes quanto à salvação e a sua segu­rança. Um perigo fatal a que pode levar o arminianismo é o crente depender de suas obras, de sua conduta, de seu porte, de sua obediência pessoal, para a sua salvação (Hb 9.12). Nesse extremo campeia a falsa santidade, sendo o homem enganado pelo seu próprio coração (Jr 17.9).

No caso da predestinação e da livre-escolha, no tocante à salvação, a ten­dência humana é rejeitar uma ou outra. Os arminianistas extremistas rejeitam a predestinação, e os calvinistas extremistas rejeitam o livre-arbítrio.

Entretanto, um exame atento e livre de preconceito da Palavra de DEUS mostra que, através da obra redentora de JESUS, DEUS destinou de antemão (predestinou) todos os homens à salvação: “quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap 22.17; Is 45.22; 55.1; Mt 11.28,29; 2 Co 6.2; I Tm 2.4). De acordo com João 12.32, todos podem ser atraídos a CRISTO. Mas nem todos querem seguir a CRISTO.

A predestinação segundo os predestinalistas. Estes dizem que o homem, decaído como está, no seu estado de depravação total, é incapaz de fazer livre-escolha concernente a sua salvação, pois está incapacitado espiritualmente para isso. Então DEUS elege o homem para a salvação. Segundo essa teoria, DEUS elege uns para a salvação, comunicando-lhes também a fé. Os demais, não-escolhidos, estão perdidos. Isso equivale a dizer que CRISTO morreu apenas pelos “escolhidos”.

Do raciocínio acima decorre outro: que a graça de DEUS é irresistível, isto é, a graça de DEUS não pode ser recusada por aqueles a quem DEUS escolhe salvar. Segundo o predestinalismo, a salvação é um decreto divino, e a conversão é simplesmente o início da execução desse decreto. O termo “decreto” é extraído de textos como Romanos 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados por seu decreto”.

Afirmam também os predestinalistas que a vida eterna em CRISTO é um dom de DEUS, e que uma vez recebida não pode ser jamais perdida em consequência de qualquer ato ou determinação da vontade humana. E que se, de fato, o crente nasceu de novo, está eternamente salvo. Caso venha a desviar-se, comprometerá, sim, o seu galardão, mas jamais perderá a sua salvação, nem cairá em apostasia. Ê como alguém que, estando a bordo de um navio, escorrega e cai, porém, con­tinua a bordo.

Finalmente, dizem que o crente salvo “está escondido com CRISTO em DEUS” (Cl 3.3), e que o Inimigo jamais o achará, nem jamais o arrebatará dessa posição. Em abono dessa predestinação fatalista, os predestinalistas citam textos como João 6.37; 10.28,29; Romanos 8.28-30; Efésios 1.4,5; 2 Ts 2.13; Eclesiastes 3.14; Filipenses 1.6; I Pedro 1.2; e Apocalipse 17.8 — mas sem interpretá-los à luz de seus respectivos contextos imediato e remoto.

Ora, proceder como acima exposto é adaptar a Bíblia ao raciocínio humano; ou seja, ao modo humano de pensar, como se a Palavra de DEUS dependesse de argumentos humanos.

A Bíblia é contrária ao predestinalismo. A Palavra de DEUS não afirma que CRISTO morreu apenas pelos eleitos. CRISTO morreu por todos, e não somente pelos eleitos (I Tm 2.4,6; I Jo 2.2; 2 Pe 3.9; Ato 2.21; 10.43;Tt 2.11; Hb 2.9; Jo 3.15,16; 2 Co 5.14; Ap 22.17). Ora, aqui não se trata somente de “eleitos”, mas de “todos” que quiserem ser salvos. O falso ensino de que CRISTO teria morrido apenas pelos eleitos pode conduzir a um desinteresse pela evangelização, haja vista DEUS já ter separados os perdidos que vão para o inferno.

Qualquer pessoa que crê em JESUS torna-se um dos escolhidos de DEUS, pois somos eleitos em CRISTO (Ef 1.4). Em Mateus 22.1-14, vemos que todos os convidados foram “chamados”; porém “escolhidos” foram os que aceitaram o convite do rei. No versículo 14, a expressão “muitos são chamados, mas poucos escolhidos” revela, portanto, que das multidões que ouvem o evangelho apenas uma pequena parte crê em CRISTO e o segue.

DEUS elegeu para si um povo chamado Igreja, e não indivíduos, isoladamente. Somos predestinados porque somos parte da Igreja de DEUS; não somos parte da Igreja porque fomos antes, individualmente, predestinados. Se, na Igreja, como Corpo de CRISTO, alguém individualmente se desvia, e não volta, a eleição da Igreja não se altera.

De igual modo foi a eleição de Israel. O Senhor elegeu aquele povo para si; não indivíduos de per si. É tanto que milhares de israelitas se desviaram, porém a eleição de Israel, como povo, prosseguiu.

A livre-escolha do homem é uma realidade inconteste. A Bíblia acentua a cada passo a responsabilidade do homem no tocante à sua salvação. DEUS oferece a salvação e, mediante o seu ESPÍRITO, convence o pecador do seu pecado, da justiça e do juízo O homem aceita a salvação ou rejeita-a (Is 1.19,20; Js 24.15; Dt 30.19; Jo 1.11,12; 3.15,16,19; Ap 22.17; Lc 13.34; Ato 7.51; I Rs 18.21; I Tm 4.1; 2 Cr 15.2; Mac 16.16; Hb 2.3; 3.12; 12.25).

Não existe graça irresistível. O homem através dos tempos tem resistido a DEUS, por sua incredulidade e rebeldia (At 7.51; I Ts 5.19; Pv 1.23-30; Mt 23.37; 2 Pe 2.21; Hb 6.6,7; Tg 5.19). Ora, a ação do ESPÍRITO SANTO no pecador, para que se salve, é persuasiva, e não compulsória: “Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a DEUS; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos” (2 Co 5.11).

Um cristão salvo pode vir a se perder; pode, sim, desviar-se, cair em peca­do e perecer, caso não se arrependa ante a insistência do ESPÍRITO SANTO (Ez 18.24,26; 33.18; Hb 3.12-14; 5.9; I Tm 4.1; 5.15; 12.25; 2 Pe 3.17; 2.20-22; Rm 11.21,22; ITs 5.15; Dt 30.19; I Cr 28.9; 2 Cr 15.2; I Co 10.12; Jo 15.6). Essa verdade fica ainda mais evidente quando consideramos o “se” condicional quanto à salvação (Hb 2.3; 3.6,14; Cl 1.22,23), bem como a condição: “ao que vencer”, que aparece sete vezes em Apocalipse 2 e 3.

As palavras de JESUS em João 6.37 — “Todo o que o Pai me dá, esse virá a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” — significam que DEUS destinou à salvação, não somente este ou aquele indivíduo, mas sim todo aquele que nEle crê (Jo 3.16). Ou seja, tal passagem refere-se ao fato de DEUS aceitar o pecador quando este vem a Ele.

Outro texto empregado pelos predestinalistas é João 10.27,28: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos”. Note

que o versículo 27 mostra as condições da ovelha, para que ela nunca venha a perecer, nem sair das mãos de JESUS e do Pai (cf. Jo 6.67).

Se não há perigo de queda definitiva para o crente, por que a Bíblia adverte com tanta ênfase para que ninguém caia (I Co 10.12; Hb 3.12; Jo 15.6; I Tm 4.1 [“apostatarão”]; 2Ts 2.3 [“apostasia”]; Pv 16.18; 28.14; Ap 2.4,5)?

Porque; se viverdes segundo a carne, morrereis... (Rm 8.13).

Portanto, irmãos, procurai Jazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis (2 Pe 1.10).

Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado (l Co 9.27).

... porquanto vos desviastes do Senhor, o Senhor não será convosco (Nm 14.43).

O verdadeiro significado da predestinação. Em I Timóteo 2.4, está escrito: “DEUS quer que todos os homens se salvem”. Nisto está incluído o mundo inteiro que queira. De fato, todos os que verdadeiramente crêem, se salvam; somos testemunhas disso. O Senhor predestinou à salvação todo aquele que aceitar a JESUS. A própria aceitação já é um dom de DEUS, para que ninguém se glorie julgando que assim contribuiu para a sua salvação.

A predestinação fatalista da alma, como ensinada pelos calvinistas, bem como a dependente de obras humanas, propalada pelos arminianistas, não têm apoio na Palavra de DEUS. O termo original de onde provém a nossa palavra “predestinação” (gr. proorizo) significa “destinar de antemão”, “predeterminar”, “preestabelecer”, “prefixar”, “preeleger” etc.

Esse vocábulo aparece seis vezes no Novo Testamento, variavelmente tradu­zido, dependendo da versão utilizada. Na versão Revista e Corrigida (ARC), a palavra aparece nas seguintes passagens:

Atos 4.28 — “anteriormente determinado”.

 Romanos 8.29 — “predestinou”.

 Romanos 8.30 — “predestinou”.

I Coríntios 2.7 — “ordenou antes”.

Efésios 1.5—“predestinou”.

Efésios 1.11 — “predestinados”.

A predestinação que a Bíblia realmente ensina não é a de uns para a vida eter­na e a de outros para a perdição eterna. A predestinação é para os que quiserem ser salvos, conforme lemos em 2 Tessalonicenses 2.13 e 2 Timóteo 2.10: “DEUS nos escolheu desde o princípio para a salvação”; “Escolhidos para que também alcancem a salvação”.

Eleição é o ato divino pelo qual DEUS escolhe ou elege um povo para si, para salvá-lo (2Ts 2.13). Predestinação é o ato de DEUS determinar o futuro desse povo. No Novo Testamento, esse povo é a Igreja, o Corpo de CRISTO, o povo salvo (Ef 1.22,23).

Na predestinação de DEUS para a Igreja está a sua conformação à imagem do Filho de DEUS (Rm 8.29), a sua chamada para a salvação (Rm 8.30), a sua justificação (Rm 8.30) e a sua glorificação (Rm 8.30). Essa conformação depende de chamada, justificação e glorificação do crente. E depende, ainda, da santidade de DEUS (Ef 1.4) e da adoção de filhos (Ef 1.5).

Outrossim, a eleição divina não consiste somente na soberania de DEUS, mas também na sua graça (Rm 11.5).

A real segurança da salvação. O crente está seguro quanto à sua salvação enquanto permanecer em CRISTO (Jo 15.1-6). Não há segurança fora de JESUS e do seu aprisco. Não há segurança espiritual para ninguém, estando em pecado (cf. Rm 8.13; Hb 3.6; 5.9). JESUS guarda o crente do pecado; e não no pecado.

Somos mantidos em CRISTO pelo seu poder, mediante a nossa fé nEle (I Pe 1.5; Jd v.20; 2 Co I.24b). A salvação é eterna para os que obedecem ao Senhor (Hb 5.9; I Co 15.1,2). Estamos em pé pela fé em CRISTO, e não pela predestinação: “tu estás em pé pela fé” (Rm 11.20); “se é que permaneceis firmes e fundados na fé” (Cl 1.22,23); “DEUS é salvador de todos, mas prin­cipalmente dos fiéis [lit. “dos que crêem”]” (I Tm 4.10).

Há vários outros textos que também mostram a segurança do crente somente enquanto este está em CRISTO:

Pois que tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome (Sl 91.14).

Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei (Sl 16.8).

Porque nos tornamos participantes de CRISTO, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim (Hb 3.14).

...eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia (2 Tm 1.12).

[Senhor JESUS CRISTO, j o qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor JESUS CRISTO (l Co 1.8).

O crente deve obedecer a DEUS; não para que a sua obediência o salve ou o mantenha salvo, mas como uma expressão da sua salvação, do seu amor e da sua gratidão para com aquEle que o salvou. Não nos tornamos salvos por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, mas pela fé em JESUS CRISTO (At 16.31). A conservação da salvação também vem pela fé em CRISTO, pois está escrito: “O justo viverá da fé” (Rm I.17).

Conclusão. A doutrina da predestinação como ensinada pelo calvinismo só leva em conta a soberania de DEUS, e não a sua graça (Rm 11.5; Tt 2.11) e a sua justiça (SI 145.17; Rm 3.21; 1.17; 10.3). Em Ezequiel 18.23 ;33.11 vemos que DEUS quer que o ímpio se converta, e não apenas os eleitos e predestinados. DEUS jamais predestinaria alguém ao inferno sem lhe dar oportunidade de salvação. Isso aviltaria a natureza dEle.

Se todos já estão predestinados quanto ao seu destino eterno, então não há lugar para escolha, decisão ou livre-arbítrio por parte do homem. Entretanto, te­mos essa escolha mencionada e exposta em vários textos bíblicos, como vimos.

Que DEUS nos conceda cada dia uma visão espiritual cada vez mais ampla e profunda, a fim de compreendermos a sublimidade da gloriosa salvação que JESUS CRISTO consumou; da qual, pela graça de DEUS, já somos participantes. Glória, pois, a Ele!

A doutrina da predestinação situando o crente na presciência de DEUS não está na Bíblia para motivar choques de idéias, especulações ou coisas semelhantes; mas para, de modo carinhoso, DEUS encorajar o crente. Através dela, o Senhor está mostrando que antes que o mundo existisse, e o homem nascesse, Ele antecedeu- se e antecipou-se a tudo, prevendo problemas e dificuldades em nosso caminho e nos mostrando que é poderoso para nos levar a salvo para o seu Remo celestial (2Tm 4.18, ARA).

Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de JESUS CRISTO (Fp 1.6).

Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória (..) seja glória e majestade; domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém! ( Jd vv.24,25).

 

A DOUTRINA DA CHAMADA DIVINA PARA A SALVAÇÃO

Essa chamada não se refere apenas à salvação, mas também ao plano de DEUS para a vida do crente, como lemos em Efésios 4.1-15, especialmente nos versículos11 a 15:

E ele [CRISTO] mesmo deu uns apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de CRISTO, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa de CRISTO, para que não sejamos mais meninos inconstantes... Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO.

Em Efésios I.18 vemos também nessa chamada a esperança divina para a qual DEUS nos chamou: “tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”. Na nossa chamada para a salvação temos o cumprimento da nossa eleição: “Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derra­deiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt 20.16). Leia também Mateus 22.14.

 

A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO

Justificação é o ato judicial de DEUS, pelo qual Ele declara justo diante dEle o pecador que põe sua fé para a salvação em JESUS, ficando assim isento de culpa e condenação (Rm 8.30). A justificação é um ato e também um processo, como a santificação experimental na vida do crente; ela é primeiramente um ato de DEUS.

O que é justificar? É DEUS declarar justo diante dEle o transgressor que crê em JESUS como o seu Salvador pessoal (Rm 4.3-5; 8.33). Justificar, como DEUS justifica, é mais que perdoar. Em teologia sistemática, a justificação precede a santificação, mas na Bíblia a santificação precede a justificação (I Co 6.11), que também é um processo — “justificação de vida” (Rm 5.18).

Diferenças entre justificar e perdoar. O perdão remove a condenação do pecado; a justificação nos declara justos diante de DEUS; isto é, como se nunca tivéssemos pecado! Quão maravilhosa é a graça de DEUS! Aleluia!

Somente DEUS pode perdoar e também justificar a um só tempo. O homem jamais pode fazer isso; ele pode relativamente perdoar, mas não justificar — declarar justo um transgressor da lei. Como é possível um DEUS perfeitamente justo perdoar e também justificar o ímpio, transgressor, sobrecarregado de delitos e pecados?

Mediante o seu amor, DEUS substituiu o culpado pelo inocente. O imaculado Cordeiro de DEUS, no Calvário, pelo amor divino, nos substituiu, levando sobre si os nossos pecados.

Verdades fundamentais da justificação pela fé, As verdades fundamentais da justificação pela fé em DEUS são: (I) a sua origem, que é a graça de DEUS (Rm 3.24;Tt 3.7); a sua base, o sangue de JESUS (Rm 5.9); o seu meio, a fé (Rm 5.1; 3.25); o seu testemunho perante os homens são as obras (Tg 2.24); e a sua causa instrumental é a ressurreição de JESUS CRISTO (Rm 4.25).

 

A DOUTRINA DO JULGAMENTO DO CRENTE

A doutrina do julgamento do crente é geralmente estudada, em teologia sis­temática, sob a escatologia. Trata-se do Tribunal de CRISTO, isto é, o julgamento da igreja após o seu arrebatamento (2 Co 5.10; Rm 14.10; I Jo 4.17). É o dia da prestação de conta da nossa vida; da nossa mordomia cristã, da nossa diaconia ante o citado Tribunal.

Segundo a Palavra de DEUS, o julgamento do crente é tríplice. No passado, o crente foi julgado em CRISTO, no Calvário, como pecador (2 Co 5.21). No presente, ele é julgado como filho de DEUS, durante a sua vida (I Co 11.31). No futuro, será julgado como servo de DEUS, quanto à sua fidelidade no serviço prestado a DEUS (2 Co 5.10).

Não será um julgamento de pecados do crente (Rm 8.1; Jo 5.24), mas das obras do crente (Ap 22.12; 14.13). Todos os crentes serão julgados, e não ape­nas alguns. Este autor e o leitor — eu e tu — também:     todos havemos de

comparecer ante o tribunal de CRISTO” (Rm 14.10). “... para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Co 5.10).

Os critérios do julgamento. Os critérios de julgamento do crente no Tribunal de CRISTO envolvem: a “lei da liberdade cristã” (Tg 2.12), haja vista sermos livres para fazermos ou não a vontade de DEUS (vamos responder por essa liberdade diante do Senhor naquele dia); a qualidade do trabalho que fazemos para DEUS (Mt 20.1-16); vemos neste ensino de JESUS que muitos crentes trabalharão a vida toda (“o dia todo”, v. 12), mas receberão a recompensa de quem trabalhou apenas “uma hora”. Não será primeiramente a quantidade de trabalho que será julgada, e sim primeiramente a qualidade desse trabalho.

Outros critérios de julgamento serão: o “material” empregado no trabalho feito para DEUS (I Co 3.8,12-15); a conduta do crente por meio do seu corpo (2 Co 5.10

; o modo como tratamos nossos irmãos na fé (Rm 14.10; Tg 5.9; Ef 6.8; Cl 3.25); e os motivos secretos do nosso coração que nos levaram aos respectivos atos (I Co 4.5; Rm 2.16).

Um aviso a todos os que ensinam na casa de DEUS: o seu julgamento será maior, mais rigoroso e mais exigente:

Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres; sabendo que receberemos mais duro juízo (Tg 3.1).

Qualquer; pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus (Mt 5.19).

 

A DOUTRINA DA GLORIFICAÇÃO FUTURA DOS SALVOS

Em Romanos 8.30 DEUS tem tanta certeza da realização da nossa glorificação, que declara o fato no tempo passado! Isso também ocorre com outros grandes mi­lagres da salvação, como a cura divina, também declarados pelos profetas no tempo passado do verbo: “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5).

Uma forma de glória divina era, possivelmente, o vestuário original de Adão e Eva antes de pecarem (Gn 2.25; Rm 3.23; Sm 104.1,2; I Pe 1.7). Maior ainda será a glória da Igreja (Mt 13.43; Cl 3.4; Rm 8.18; I Co 15.43; Fp 3.21). A salvação começa com a redenção da alma; prossegue com a redenção do corpo; e culmina com a glorificação do crente integral. Daí o autor de Hebreus ter chamado essa gloriosa obra de DEUS de “uma tão grande salvação” (Hb 2.3).

Ainda quanto à nossa glorificação integral, a Palavra de DEUS menciona a salvação nas eras divinas e futuras. João Batista, inspirado pelo ESPÍRITO, disse que JESUS é o Cordeiro que tira o pecado do mundo — kosmos. Isso só acontecerá plenamente no futuro.

Em Efésios 2.7, vemos isso, onde a palavra para “eras” é aiõnios, termo que se traduz por “séculos” em I Timóteo 1.17:

[DEUS nos vivificou juntamente com CRISTO e nos fez assentar nos lugares celestiais] para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas de sua graça, pela sua benignidade para conosco em CRISTO JESUS.

Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único DEUS seja honra e glória para todo o sempre. Amém!

 

Cite a referência do Evangelho Segundo São Lucas que trata do tríplice teste do discipulado cristão.

Dê a definição de salvação e cite, e comente, as três refe­rências bíblicas mencionadas neste capítulo.

O que abrange a salvação pessoal; isto é, em que consiste ela?

Cite os passos que o pecador deve dar para receber a sal­vação em JESUS.

Umas das principais finalidades da Lei divina é expor o quê?

Quanto aos aspectos do pecado, cite os dois principais.

Em que consiste o pecado de omissão?

O que é a graça de DEUS, segundo a Bíblia?

Cite as quatro grandes palavras bíblicas que revelam a extensão e grandiosidade da expiação.

Além de satisfazer e aplacar o Supremo Legislador (DEUS), que mais efetua a expiação?

Mencione o tríplice resultado da redenção efetuada por JESUS em nosso lugar.

Cite o conceito bíblico de propiciação.

Dê referências bíblicas sobre JESUS como a nossa propi­ciação.

O que produz o verdadeiro arrependimento?

Que é a “adoção de filhos”, conforme Romanos 8.15?

O que é um santo, segundo a definição dada neste capí­tulo?

Cite os meios divinos de santificação do crente; e mencione também as respectivas referências.

A predestinação do crente, segundo as Escrituras, tem a ver com o quê?

Cite três dos critérios de julgamento do crente perante o Tribunal de CRISTO.

A salvação começa com a redenção da alma; prossegue com a redenção do corpo; e culmina com o quê?

 

 

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SOTERIOLOGIA

 

No contexto das Escrituras, “Salvação” é um termo inclusivo e de grande abrangência. O termo inclui tanto o perdão do pecado passado, assim como a libertação do poder do pecado presente, e a preservação contra as invasões do pecado futuro (Jo 11.24,25). Há a salvação do espírito na regeneração, da alma na santificação e do corpo na glorificação. Neste sentido a salvação é tanto uma perspectiva futura como um usufruto presente (Tt 2.11,12).

 

A PROVISÃO DA SALVAÇÃO

A Bíblia diz que CRISTO é tanto o “autor” como o “consumador” da nossa fé (Hb 12.2). A designação de “autor” refere-se à provisão da salvação mediante JESUS CRISTO; e “consumador” refere-se à aplicação dessa mesma salvação também mediante CRISTO. Através da sua vida imaculada e da sua morte expiatória, CRISTO providenciou a salvação, e na medida em que ela é aplicada individualmente a cada pessoa que aceita, é CRISTO quem está completando a sua obra, prosseguindo até o momento da glorificação final dos salvos.

 

 

O Alcance da Salvação

Com muita frequência se ouve a pergunta: “Por quem CRISTO morreu?” se alguém responde: - “Pelo mundo inteiro”, alguma outra pessoa poderá objetar: - “Então porque nem todas as pessoas são salvas?” agora, se alguém afirmar que CRISTO morreu apenas pelos “eleitos”, facilmente outra pessoa considerará injusta a ação de DEUS, visto que somente uns poucos “escolhidos” serão salvos. A Bíblia responde a esta questão, dizendo que:

 

A Salvação é Para o Mundo Inteiro 

Através do sacrifício perfeito de CRISTO, todos os habitantes da terra foram representados, e os seus pecados foram potencialmente perdoados. CRISTO “é a propiciação pelos os nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 Jo 2.2; 2 Co 5.14; Hb 2.9).

 

Alguns Abandonarão a Salvação

A Bíblia dá a entender que muitos daqueles pelos quais CRISTO morreu, aceitarão a sua provisão salvadora, mas depois a abandonarão, perdendo com isto o direito à vida eterna. Sobre esses, escreveram Paulo e Pedro: “Perece o irmão fraco, pelo qual CRISTO morreu” (1 Co 8.14). “Negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pd 2.1).

 

A Presciência de DEUS

“presciência” é o aspecto da onisciência relacionado com o fato de DEUS conhecer todos os eventos e possibilidades futuros. No que diz respeito à salvação, a presciência de DEUS não afeta as decisões do homem, nem o seu livre arbítrio. As ações de um homem não são permitidas ou impedidas simplesmente porque são previstas ou conhecidas de antemão, por DEUS. No Novo Testamento, o termo “presciência” aparece, inclusive com conceitos paralelos, nos seguintes textos: Romanos 3.25; Atos 26.5; Romanos 8.29; 11.2; 1 Pd 1.20; 2 Pd 3.17; Atos 2.23 e 1 Pd 1.2. Estas passagens destacam três importantes fatos relacionados com o conceito de “presciência”. Primeiramente significa de fato “saber alguma coisa de antemão”. Alguns estudiosos da Bíblia negam que esta palavra envolva conhecimento, e então alegam que significa “amor de antemão”, porque conhecer pode ser usado como uma expressão correspondente, para amar. Entretanto quando a mesma palavra grega é usada em casos não-teológicos, esses mesmos estudiosos nunca interpretam o termo por “amor de antemão. Por exemplo, em Atos 26.5, o termo se refere a homens que conheciam a reputação de Paulo muito antes da sua chegada a Roma; e em 2 Pedro 3.17 a palavra é usada para designar um conhecimento prévio acerca dos falsos mestres.

 

A Predestinação

A doutrina da predestinação é uma das mais consoladoras doutrinas da Bíblia. Sua essência repousa no fato de que DEUS tem um plano geral e original para o mundo, e que seus propósitos jamais serão frustrados. Negativamente analisada, certamente que a predestinação não é uma manipulação da parte de DEUS das escolhas do homem. Isto o rebaixaria à posição de um fantoche, sem poder de escolha nem vontade. A predestinação nunca predetermina as escolhas dos homens, mas, sim, preordena as escolhas de DEUS no que concerne ao seu relacionamento com as inclinações, necessidades e escolhas dos homens. Sabendo de todas as possibilidades futuras, bem como os corações dos homens, DEUS fez um plano dos seus atos: atos estes que resultarão em maior glória para DEUS, na salvação do maior número de pecadores, e que contribuirão com o desenvolvimento da mais perfeita obediência de seus servos (Rm 8.28,29). A fim de entender a predestinação, é necessário distinguir entre predestinação e fatalismo. Fatalismo é uma crença herética que atribui as ações e escolhas do homem ao “determinismo” de DEUS. Ou melhor, DEUS decide o que o homem será e fará. Mediante o planejamento predeterminado por DEUS (a predestinação), a salvação é oferecida a todas as pessoas (At 4.27,28) e é possível a todos quantos buscam a DEUS (At 17.26,27). Por causa desta provisão, nenhuma pessoa poderá, em qualquer tempo, acusar DEUS de não lhe ter dado oportunidade para crer e se salvar (Rm 1.20). DEUS não apenas planeja uma maneira de todos os povos conhecerem a salvação, como também tem um plano para ajudar os crentes a progredirem na sua vida espiritual. “Também os predestinou para serem conforme a imagem de seu Filho” (Rm 8.29). Este plano, no entanto, depende da disposição do crente de corresponder em obediência a DEUS (Jr 15.19). DEUS “nos predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de JESUS CRISTO” (Ef 1.5). Fomos “predestinados... a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em CRISTO” (Ef 1.11,12).

 

O Livre Arbítrio  

Todos os tratos de DEUS com o homem, inclusive a eleição e a predestinação, estão baseados nas decisões que o homem toma, uma vez que é um agente livre para aceitar ou rejeitar o dom de DEUS. Mais que isto, todos os homens têm igual oportunidade de buscar a DEUS, ouvir o evangelho, se arrependerem de seus pecados e serem salvos.

 

O LADO HUMANO DA SALVAÇÃO

A salvação é obra de DEUS em favor do homem, e não do homem em favor de DEUS. Como já vimos, o homem é completamente incapaz de agradar a DEUS por si só, pois leva sobre si a sentença de “morte espiritual”. Por este motivo DEUS mesmo tomou a iniciativa de prover a salvação independentemente dos méritos e possibilidades do homem. Há, porém, uma coisa que DEUS não faz no que diz respeito à salvação do homem: DEUS não o obriga a aceitá-la. Antes de experimentar a conversão, o homem precisa desejá-la, dando lugar à operação divina.

 

O Que é Conversão

O termo “conversão”, literalmente, significa “virar-se para a direção oposta”. De acordo com a Bíblia, é o ato pelo qual o pecador se volta do pecado para JESUS CRISTO, tanto para obter perdão dos pecados como para liberta-se deles. Isso inclui livramento da pena do pecado. Embora nitidamente ligada ao arrependimento, a conversão difere dele, uma vez que o arrependimento enfatiza o aspecto negativo do abandono ou saída do pecado, enquanto a conversão enfatiza o aspecto positivo da volta para CRISTO (1 Ts 1.9). O arrependimento nos retira de todos os amores ou inclinações pecaminosas, enquanto a conversão nos faz voltar para o Esposo. O arrependimento produz tristeza pelo pecado, já a conversão produz alegria por causa do perdão e livramento da pena do pecado. O arrependimento nos leva à cruz; a conversão nos leva ao túmulo vazio do Salvador ressuscitado. A conversão fala do abandono da vida de pecador para abraçar a vida real e verdadeira oferecida por DEUS através de JESUS CRISTO (At 14.15; 26.18; Ez 18.30). A verdadeira conversão envolve dois atos da parte do pecador: Dar as costas ao “eu” e ao pecado e crer em DEUS, voltando-se para Ele e abraçando a vida eterna (At 26.30; Mt 7.14; 1 Ts 1.8,9). Se a pessoa não se chega a DEUS, buscando-o, a conversão é incompleta. O simples fato de rejeitar o pecado, resultado somente numa reforma humana provisória e não em transformação divina e plena.

 

O Que é Arrependimento        

O arrependimento envolve uma completa mudança de pensamento sobre o pecado e a percepção da necessidade de um Salvador. O arrependimento faz o homem ficar tão contristado por causa do pecado, que ele aceita com alegria tudo o que DEUS requer para uma vida de retidão. A fé é o correlativo consequente do arrependimento. Os dois juntos – arrependimento e fé – constituem a conversão. A isso pode adicionar-se a obra divina do perdão. “Arrependimento para com DEUS e a fé em nosso Senhor JESUS CRISTO” (At 20.21) necessariamente caminham juntos. O arrependimento para salvação é encorajado pelo conhecimento de que DEUS é propício ao pecador, não em fazer vista grossa ao seu pecado, mas em mandar o seu Filho para morrer em lugar do pecador. A fé em CRISTO é encorajada pela compreensão do propósito e significado da sua morte. É então a pregação do evangelho que fala do sacrifício de JESUS na cruz que induz o pecador ao arrependimento e a fé (a fé vem pelo ouvir o evangelho). O arrependimento não é a mesma coisa que remorso. O remorso é um beco sem saída; o arrependimento é estrada transitável. O remorso olha só para os nossos pecados; o arrependimento olha para além dos nossos pecados – para o calvário. O remorso nos devolve para nós mesmos; o arrependimento nos faz voltar para DEUS. O remorso nos faz odiar a nós mesmos, muito embora possamos ao mesmo tempo amar nossos pecados; o arrependimento nos leva a odiar nossos pecados e amar nosso Senhor num único ato. O remorso é a tristeza do mundo que “produz morte”; o arrependimento é “a tristeza segundo DEUS” e conduz à salvação (2 Co 7.10). Os passos que levam o homem ao arrependimento, uma vez DEUS operando, são: reconhecimento do pecado, tristeza pelo pecado e abandono do pecado.

Judas teve remorso – Pedro teve arrependimento.

 

O Que é Fé

Arrependimento é dizer “Não”, ao pecado, enquanto a fé na salvação, é dizer “Sim”, a DEUS e seu plano salvífico em JESUS CRISTO. Este é o lado afirmativo da conversão. Enquanto o arrependimento dá ênfase aos nossos pecados, a fé fixa os nossos olhos em CRISTO. A fé é um relacionamento vivo com CRISTO, baseado no amor, confiança e consagração da vida e da vontade a Ele. A fé não é um mero assentimento intelectual, mas um relacionamento pessoal com DEUS (Gl 2.19,20). A fé não é uma emoção que passa de uma pessoa para outra, mas uma convicção interior da pessoa (2 Tm 1.12). A fé não se dirige a um credo ou crença doutrinária, mas a uma pessoa, JESUS CRISTO (Cl 2.5). Fé não é um ato isolado na vida, mas uma maneira de se viver (Rm 1.17). A fé não é uma simples confissão, mas uma dedicação ou entrega, evidenciada pelas “obras da fé”, na vida da pessoa (Tg 2.18). A palavra “fé” aparece cerca de 240 vezes no Novo Testamento, nem sempre se referindo à fé para a salvação. A fé salvadora é mais do que um assentimento mental ou reação; é um relacionamento vivo entre duas pessoas: DEUS e o homem.

 

A REGENERAÇÃO  

A regeneração é a obra sobrenatural por graça e instantânea de DEUS que outorga nova vida ao pecador que aceita a CRISTO como seu salvador pessoal. Através desse milagre, o pecador é ressuscitador da morte (do pecado) para a vida (na justiça de CRISTO). Esta nova vida é a natureza divina que passa a habitar no crente, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO (Tt 3.5; Jo 1.12,13). Sem esta miraculosa transformação espiritual, o pecador arrependido permaneceria morto na sua natureza pecaminosa (Ef 2.1) e incapaz de conhecer a DEUS num relacionamento pessoal (Rm 8.7).

 

OUVIR O EVANGELHO – CRER – RECEBER A SALVAÇÃO

 

Efésios 1.13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa;

Romanos 10:17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS.

1 Coríntios 1:21 Pois, visto que na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria, aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação.

 

a) Ouvir a Palavra de DEUS (isso gera a fé para sermos salvos)

A primeira coisa que o pecador deve fazer, habilitando-se para o novo nascimento, é ouvir a Palavra de DEUS. O Evangelho não é uma mensagem morta, mas, sim, uma semente viva. Quanto a isto testificam Pedro e Tiago: "Pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de DEUS, a qual vive e é permanente" (1 Pd 1.23) "Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas” (Tg 1.18).

 

b) Crer na Palavra de DEUS

A mensagem do amor de DEUS pode produzir um grande anseio no coração; mas somente quando o homem responde positivamente a esta mensagem, pela fé, é que terá lugar a transformação divina do coração. "E o testemunho é este, que DEUS nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de DEUS não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de DEUS" (1 Jo 5.11-13; Jo 1.12,13).

 

porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.

Efésios 2:8

De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.

Romanos 10:17

 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;

Efésios 1:13

 

 

A SANTIFICAÇÃO

Santificação é a obra da graça pela qual o crente é separado do ego e da pecaminosidade interior, e, pela concessão do ESPÍRITO SANTO, separado para a santidade de DEUS. Marca uma crise subsequente à conversão quando o pecador é levado a ver sua necessidade e se apropria da provisão que DEUS fez por ele (Os Oitos Pilares da Salvação – Editora Betânia – Pág. 89).

 

a) Santificação do Passado

b) Santificação no Presente

c) A Santificação no Futuro.

 

O Propósito da Santificação

A santificação tem como finalidade primordial acudir a necessidade mais profunda da criatura humana, identificando com CRISTO. Essa necessidade está retratada com matizes mui vivos no capítulo 7 da carta de Paulo aos Romanos, de acordo com este escrito de Paulo, existe um inimigo interior chamado "a lei do pecado"; e que há necessidade da obra regeneradora do ESPÍRITO no sentido de que o pecador “tenha prazer na lei de DEUS". Também é preciso que o ESPÍRITO revele ao pecador que "em mim... não habita bem algum". A santificação é a provisão feita por DEUS. Mas, como podemos experimentar a apropriação disso? Pela identificação com CRISTO em sua morte. Devemos consentir em morrer com CRISTO em sua morte. Precisamos subir à cruz com Ele, e de toda a nossa vontade renunciar ao ego que há causado todos os nossos distúrbios. A crucificação é o único meio de libertação. "Estou crucificado com CRISTO” (Gl 2.19). Que tem tudo isso a ver com a santificação? Simplesmente isto: O ESPÍRITO SANTO não santificará a vida egoísta, ou a natureza pecaminosa. Essa precisa identificar-se com CRISTO na cruz antes que o ESPÍRITO SANTO possa realizar sua obra de santificação e enchê-Ia. Pode acontecer que nossa compreensão de tudo isso seja um tanto vaga no tempo em que nos entregamos ao enchimento do ESPÍRITO, mas Ele nos conduzirá fielmente para frente, e, seja qual for a luz que Ele nos fornecer no futuro, é contrabalançada pelo fato de que toda controvérsia foi resolvida quando nos entregamos a Ele" (Os Oitos Pilares da Salvação – Editora Betânia – Pág.94).

 

Meios da Santificação

Na obra da santificação há o lado humano e o lado divino. Do lado divino a obra é completa e resultante duma série de fatores, dignos da consideração do crente.

 

a) Somos Santificados Pela Palavra

JESUS orou ao Pai acerca dos seus discípulos, dizendo: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade" (Jo 17.17-19). A Palavra de DEUS tem o mérito de purificar e lavar as manchas do pecado que maculam a alma e prejudicam as relações entre DEUS e o homem. Para tanto, torna-se, imprescindível que o crente a ame, leia-a e permita que ela faça parte da sua vida cotidiana.

 

b) Somos Santificados Pelo Sangue de JESUS

Sobre o sangue carmesim do nosso Salvador repousa toda a nossa pureza e vitória. "Por isso foi que também JESUS, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta" (Hb 13.12).Sempre que o ESPÍRITO SANTO lida conosco, seja por causa dos nossos atos pecaminosos ou por causa da nossa natureza tendente ao pecado, Ele nos faz voltar ao calvário e nos conscientiza de que o sangue derramado na cruz não foi em vão, mas é eficaz para romper com o círculo do pecado em nossa vida.

 

c) Somos Santificados Pela Trindade

A Bíblia atribui a santificação cristã tanto ao Pai, como ao Filho e ao ESPÍRITO SANTO:

-"E o mesmo DEUS da paz vos santifique em tudo” (1 Ts 5.23).

-"Pois, tanto o que santifica [o contexto refere-se a JESUS], como os que são santificados, todos vêm de um só” (Hb 2.11).

-"DEUS vos escolheu desde o princípio, para a salvação pela santificação do ESPÍRITO pela fé na verdade” (2 Ts 2.13).

-"Eleitos... em santificação do ESPÍRITO" (1 Pd 1.2). 

Uma vez que o DEUS Trino e Uno opera em favor da nossa santificação, devemos cooperar com Ele.

 

O Lado Humano da Santificação  

O lado humano da santificação envolve dois atos da parte do crente, são eles: separação e dedicação.       

 

a) Separação do Pecado     

"Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra" (2 Tm 2.21).

A presença do pecado na nossa vida é incompatível com o interesse de DEUS em nos usar no cumprimento da sua vontade.          

 

b) Dedicação ao Serviço de DEUS

Só após serem purificados de- pecados é que os crentes poderão assimilar em suas vidas o ideal do ESPÍRITO SANTO como diz o apóstolo Paulo: "Rogo-vos pois, irmãos pela compaixão de DEUS, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso  culto racional" (Rm 12.1). DEUS não arrasta ninguém pelo caminho do discipulado, da dedicação e serviços verdadeiros. É um ato espontâneo e completo da parte do cristão.

 

É POSSÍVEL PERDER A SALVAÇÃO?

No V Século da nossa era, Agostinho pontificou que o crente, em circunstância alguma, poderá perder a salvação, foi seguido por Calvino (1509 a 1564 - calvinistas e reformados). Segundo ele, o crente uma vez salvo, permaneceria salvo por toda a eternidade, independentemente das suas ações ou atitudes. Esta declaração deu início a um debate doutrinário e teológico que permanece até os nossos dias.

 

1. O Argumento das Escrituras

Um dos maiores argumentos bíblicos, segundo o qual o crente pode perder a salvação, é a frequente menção do condicional "se", com respeito à salvação. As porções bíblicas dadas a seguir demonstram que a salvação como uma experiência humana, depende da situação do crente, e é manifesta em expressões bíblicas tais como: "Permanecer em CRISTO", "Continuar na fé", "andar na luz", "não retroceder", etc. Segue-se uma lista de trechos das Escrituras onde estas frases aparecem.

-"Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora" (Jo 15.6).

-"Se é que permaneceis na fé" (Cl 1.23).

- "Se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei” (1 Co 15.2).

-"Se negligenciardes tão grande salvação" (Hb 2.3). 

-"Se de fato guardarmos firmes até ao fim a confiança" (Hb 3.14).

-"Se retroceder” (Hb 10.38).

-"Se, porém, andarmos na luz” (1 Jo 1.7).

 

2. Advertências Diretas

A Bíblia contém muitas advertências acerca do perigo de cair da graça divina. Paulo advertiu os santos que achavam que fazendo o que quisessem mesmo assim estariam salvos: "Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia” (1 Co 10.12). O escritor da epístola aos Hebreus advertiu que é possível deixar o coração encher-se de descrença, ao ponto de perder a salvação: "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do DEUS vivo" (Hb 3.12). A epístola de Judas leva-nos a meditar nos santos do Antigo Testamento, nos dias de Moisés, quando diz: "Quero, pois, lembrar-vos que o Senhor, tendo libertado um povo tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram" (Jd v.5). Há uma exortação severa de João, que não deixa dúvida alguma quanto à possibilidade de alguém perder a sua salvação: "O vencedor, de nenhum modo sofrerá o dano da segunda morte” (Ap 2.11). “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa" (Ap 3.11).

 

3. Exemplos a Considerar

A Bíblia não apenas ensina sobre a possibilidade de se perder a salvação, como também registra casos de várias pessoas que viraram as costas para DEUS, perdendo por completo a comunhão com Ele. No Antigo Testamento, lemos acerca de Saul que "DEUS lhe mudou o coração" e que "o ESPÍRITO de DEUS se apossou de Saul" (1 Sm 10.9,10). Mais tarde, porém, tomou-se possuído dum espírito maligno, e acabou a sua vida cometendo suicídio. Está dito de Salomão, que na sua juventude "amava ao Senhor, andando nos preceitos de Davi, seu pai" (1 Rs 3.3). Mais tarde, porém, ele rejeitou a DEUS e começou a adorar os falsos deuses (1 Rs 11.1-8). Felizmente, em tempo, retornou a DEUS, não porque fosse predestinado à salvação, mas porque deu lugar ao arrependimento no seu coração. No Novo Testamento, o exemplo mais destacado dum desviado e apóstata, é o de Judas Iscariotes. Judas no princípio era um verdadeiro crente, pois jamais CRISTO confiaria a um pecador o ministério de evangelizar curar enfermos e expulsar demônios (Mt 10.7,8). Porém, já por ocasião da última Ceia Judas havia abandonado a fé. CRISTO sabia que Judas ja não fazia parte do grupo dos salvos. O próprio Judas confirmou isto, quando traiu a CRISTO e cometeu suicídio. Himeneu e Alexandre, dois dos cooperadores de Paulo após manterem a fé e boa consciência, naufragaram na fé, pelo que Paulo os entregou a Satanás (1 Tm 1.19,20). Demas, outro associado ministerial de Paulo é declarado um ajudante fiel. Estava presente quando Paulo escrevia suas epístolas aos Colossenses e a Filemom (Cl 4.14; Fl v.24). Paulo mesmo o chamou de "cooperador" seu. É, pois, difícil compreender que Demas não fosse um crente verdadeiramente salvo. Apesar disto, mais tarde abandonou a fé, literalmente perdeu a salvação, por causa do seu "amor' ao presente século" (2 Tm 4.10). Apesar de tudo, o crente não tem porque ter medo. Pois aquele que não dormita e nem dorme, "aquele que te guarda" (Sl 121.3), diz: "Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

 

As Grandes Doutrinas da Bíblia - Raimundo de Oliveira - CPAD

 

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A ORIGEM DA SALVACAO (Cuidado com o Monergismo, pois não é biblicamente Fundamentado)

 

O pecado é uma pré-condição para a salvação; e a salvação não é necessária se

nao houver pecadores que necessitem dela. Quanto a origem da salvação, existe um

consenso universal entre os teólogos ortodoxos: DEUS é o autor da salvação, pois apesar de o pecado humano ter a sua origem nos homens, a salvação vem do céu, e tem a sua origem em DEUS.

 

A Salvação é Proporcionada a todos

A Bíblia é clara e enfática: o desejo de DEUS e que todos sejam salvos e, por isso, ele

disponibilizou a salvação para toda a humanidade.

14 “Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê nao pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. (Rm 5.18)

“Porque o amor de CRISTO nos constrange, julgando nos assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram” (2 Co 5.14). “DEUS estava em CRISTO reconciliando consigo o mundo, nao lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2 Co 5.19).

DEUS “quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4).

“Pois esperamos no DEUS vivo, que é o Salvador de todos os homens, principalmente

dos fiéis” (1 Tm 4.10). “Porque a graça de DEUS se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11).

“Aquele JESUS que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de DEUS, provasse a morte por todos” (Hb 2.9).

“E ele é a propiciação pelos nossos pecados e nao somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2).

Desde toda a eternidade, portanto, DEUS desejou proporcionar a salvação a toda

a humanidade. Dessa forma, CRISTO é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8; cf. Ef 1.4).

 

A Salvação é Aplicada aos que Creem

Entretanto, apesar da salvação ter sido proporcionada a todos, ela somente se aplica

aqueles que creem. Algumas pessoas fazem a seguinte pergunta: “A quem se destinou a expiação?” Os calvinistas firmes respondem responderiam com um “por que”, se a expiração foi direcionada a todos, todos não são salvos. E como a intenção de um DEUS soberano poderia ser frustrada? (vide capítulo 12).

Se, como argumenta um calvinista firme, a expiração foi direcionada somente a

algumas pessoas (os eleitos), concluímos que ela é, portanto, limitada. Isto nos leva ao aparente dilema de que

(1) ou a expiração foi direcionada a todos ou (2) ela foi direcionada somente a um grupo (o dos eleitos).

15 Se a intenção foi que ela abarcasse a todos, então todos serão salvos (já que as intenções soberanas de DEUS nao podem ser frustradas), e se ela nao abarcasse todos, ela, logicamente, foi direcionada somente a algumas pessoas (os eleitos). Portanto, aparentemente, ficamos com duas opções: ou o “Universalismo” é verdadeiro ou o é a “expiração limitada” (vide Sproul, CG, 205).

É claro que, tanto os calvinistas moderados, quanto os arminianos tradicionais

negam o “Universalismo.”

16 Assim, em resposta ao suposto problema, basta apontarmos que este argumento contém um falso dilema. Existe uma terceira alternativa: a expiração teve a intenção de proporcionar (oferecer) a salvação para todos, bem como aplicar a salvação

a todos os que crerem.

Em suma, o problema é uma falsa dicotomia, a qual assume, erroneamente, que

(1) houve somente uma intenção na expiração, ou (2) que o propósito único da expiração foi aplicar a salvação aos eleitos. Na verdade, como DEUS também queria que todos viessem a crer, Ele também teve intenção de que CRISTO morresse para proporcionar a salvação a todas as pessoas. A alternativa — da expiração limitada — leva a negação de que DEUS verdadeiramente queria que todas as pessoas fossem salvas — uma concepção que contraria a sua onibenevolencia, tal qual esta é revelada nas páginas das Sagradas Escrituras.

A salvação, portanto, foi proporcionada a todos, mas se aplica somente aqueles que

creem. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso nao vem de vós; e dom de DEUS” (Ef2.8).

 “A justiça de DEUS pela fé em JESUS CRISTO para todos e sobre todos os que creem” (Rm 3.22).

Como também já estudamos, nós somos “justificados gratuitamente pela sua

graça, pela redenção que há em CRISTO JESUS, ao qual DEUS propôs para propiciação pela fé no seu sangue” (Rm 3.24,25).

 

Monergismo

Os calvinistas firmes sustentam que o momento da conversão (regeneração)

resulta totalmente da operação de DEUS, e nao conta com qualquer tipo de cooperação por parte dos seres humanos (negam haver livre arbítrio). Os calvinistas demonstram ser gnósticos, insistem em ter maior conhecimento que todos os cristãos do mundo, se orgulham disto e desprezam as outras denominações.

 

Calvinistas e sua Graça Irresistível

Para o calvinista firme, os seres humanos são completamente passivos no que diz respeito ao início da sua salvação, mas agem em cooperação ativa com a graça

de DEUS, daquele ponto em diante. Este ponto de vista foi defendido, por exemplo,

por Agostinho (no período posterior da sua vida), por Martinho Lutero, João Calvino,

Jonathan Edwards e Francis Turretin. O Sínodo de Dort, seguindo a tradição do

“Agostinho posterior,” chegou até mesmo a fazer uso da ilustração da “ressurreição dos mortos” para se referir a obra de DEUS na vida dos nao-regenerados.

O ponto de vista dos Calvinistas Firmes que preconiza um Monergismo inicial está baseado na concepção de que DEUS exerce sua graça irresistível contrariamente à vontade da pessoa. O que se constituiria em uma violação da liberdade de decisão dos seres humanos, a qual procede do próprio DEUS. Ha vários motivos para se rejeitar o Monergismo.

 

Monergismo não é biblicamente Fundamentado

Monergismo não é Apoiado pelos Pais Eclesiásticos

O Monergismo é contrário ao "Princípio Protestante"

O Monergismo é contrário a Onibenevolência de DEUS

O Monergismo é contrário ao Livre-arbítrio Concedido por DEUS

 

Sabemos que alguns resistem a graça de DEUS.

JESUS lamentou: Jerusalem, Jerusalem, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu nao quiseste! (Mt 23.37; cf. 2 Pe 3.9)

E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. João 3:19

Estevão se referiu ao orgulho do povo de DEUS nas seguintes palavras: “Vós sempre

resistis ao ESPÍRITO SANTO” (At 7.51).

Algumas pessoas rejeitaram de tal forma a obra do ESPÍRITO SANTO que haviam  blasfemado contra Ele” e, portanto, jamais receberiam o perdão e, por isso, entrariam em “condenação eterna” (cf. Mc 3.28,29).

Teologia Sistemática - Pecado – Salvação - A IGREJA - AS ÚLTIMAS COISAS - Norman Geisler - CPAD

 

Portanto, adotamos o Sinergismo - doutrina protestante segundo a qual o homem, apesar do pecado original, conserva o livre-arbítrio na busca de sua salvação e na obtenção da graça divina.

 

OUVIR O EVANGELHO – CRER – RECEBER A SALVAÇÃO

 

Efésios 1.13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa;

Romanos 10:17 De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de DEUS.

1 Coríntios 1:21 Pois, visto que na sabedoria de DEUS o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria, aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação.

 

Os calvinistas demonstram ser gnósticos, insistem em ter maior conhecimento que todos os cristãos do mundo, se orgulham disto e desprezam as outras denominações.

 

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 O perdão no Islamismo

 

Desde a queda do homem no Jardim do Éden, o ser humano tem lutado com um sentimento de culpa, que o leva a buscar o perdão para conseguir ter uma consciência tranquila. De que forma os muçulmanos procuram perdão?

A Teologia do Pecado no Islamismo
No islamismo, o pecado é um ato para o qual a punição precisa ter o mesmo peso e a mesma natureza. O islamismo ensina que ninguém nasce com uma natureza pecadora. Eis porque eles não vêem a necessidade da morte de Jesus na cruz. No Alcorão, eles inclusive mudaram o nome de Jesus para “Isa” para eliminar o significado hebraico da palavra que quer dizer Salvador.

O islamismo divide o pecado em duas grandes categorias: os pecados maiores e os pecados menores. Sura (um capítulo do Alcorão) 42:37 diz: “Os que evitam grandes ofensas e obscenidades” e Sura 53:32: “Os que evitam grandes ofensas e obscenidades, mas são inclinados a fraquezas, a misericórdia do seu Senhor é grande”. Os teólogos muçulmanos diferem quanto ao número desses “pecados maiores”. Tradicionalmente, o número é sete. São eles:

Comparar qualquer um com Alá (prestar culto a qualquer outra pessoa ou coisa além de Alá ou dizer que alguém é igual a Alá)

Magia – Assassinato – Roubo - Abusar de órfãos (Maomé foi órfão) - Fugir da batalha

Acusar falsamente uma mulher de adultério –

Cada pecado tem a sua própria punição. Alguns pecados, como o adultério, tem vários tipos de punição. É diferente também quando a pessoa que comete o pecado é masculino ou feminino. De acordo com o Islã, as mulheres merecem uma punição mais severa. Porém, em outro Sura, o Alcorão equipara a punição do homem e da mulher.

 

Recebendo o Perdão no Islamismo
Alguns dos pecados menores são expiados através do ritual da lavagem, no qual os muçulmanos são obrigados por Maomé a lavar certas partes do corpo antes de orar a Alá. Se não se lavarem antes, Alá não aceitará as suas orações. Como cristãos, podemos nos regozijar porque o sangue do Cordeiro, Jesus Cristo, nos lavou de uma vez para sempre! (1Pe 3.18; 1Jo 1.9)

Os teólogos muçulmanos também discordam quanto ao número de diferentes maneiras que um muçulmano pode receber o perdão para os pecados menores e os pecados maiores. As mais comuns são baseadas nos versos do Alcorão e do Hadith (ditos e ensinos de Maomé e dos Califas – seguidores de Maomé). São as seguintes:

Fazer o bem: Os nossos queridos muçulmanos acreditam que Deus vai julgá-los usando uma balança para comparar o peso das boas obras com o das más obras. Na tentativa de aumentar o peso das boas obras, os muçulmanos acreditam que existem algumas obras cujo peso Deus multiplica por dez. A oração da sexta-feira na mesquita é um exemplo. Cada passo que a pessoa dá ao se aproximar da mesquita, ele acrescenta mais pontos na contagem das boas obras. Alguns versos do Alcorão dizem: “Os que impedem o mal com bem – deles será a Última Morada, jardins do Éden nos quais entrarão; e os que foram bons para os seus pais e esposas e para as suas sementes” (Sura 13:22,23). “Pois as coisas boas removem as más” (Sura 11:114).

Jejum: as pessoas também podem expiar os pecados através do jejum. No Sura 33:35 está escrito: “Os homens e as mulheres que jejuam, para eles Deus tem preparado o perdão e uma paga poderosa”.

Crianças que morrem antes de seus pais terem garantida a entrada no paraíso (termo islâmico para céu): O Hadith diz que a criança falecida fica parada na porta do céu, cheia de ira, dizendo: “Eu não vou entrar no paraíso sem meus pais”, depois do que está escrito “Deixe seus pais entrarem com ela” (citado por Nisaai e Ibn Hayan, depois de Abi Huraira).

A aprovação de uma esposa pelo seu marido assegura a entrada dela no paraíso: O Hadith diz que Maomé declarou: “Toda a mulher que morre e que teve a aprovação do marido, pode entrar no paraíso” (citado por Tarmazi).

Recitar o Alcorão: No Hadith, segundo Masoud (um dos amigos de Maomé, também conhecido como al Sahaba), Maomé disse: “Aquele que lê o Alcorão e o memoriza, Deus o conduz ao paraíso e lhe garante, pela sua intercessão, a salvação de dez parentes que merecem o fogo.

Confissão de dois credos: Os dois credos são os de que não há outro Deus senão Alá e Maomé é o profeta de Alá. Está relacionado ao que Abi Thur (um dos al Sahaba) disse: “Eu vim sobre o profeta de Deus [Maomé] que dormia com uma túnica branca. Ele acordou dizendo: ‘Todo o que afirmar que não há Deus senão Alá, tem garantida a sua entrada no Paraíso’. Eu perguntei: ‘Mesmo se ele cometer adultério e roubar?’ Ele respondeu: ‘Mesmo se cometer adultério e roubar.’ Perguntei de novo: ‘Mesmo se ele cometer adultério e roubar?’ Ele respondeu mais uma vez: ‘Mesmo se ele cometer adultério e roubar!’”

A obediência da esposa ao seu marido ganha o perdão para o seu pai: Ibn Malik (um al Sahaba e um dos reitores do Alcorão) contou a história de um homem que saiu para uma jornada e disse à sua esposa que não saísse do seu quarto no andar de cima. O pai dela morava no andar de baixo e ficou doente. A mulher mandou uma pessoa pedir a permissão do profeta para visitar o pai no andar de baixo da casa. Ele respondeu: “Obedeça ao seu marido”. O pai morreu e foi sepultado sem a presença dela. Mais tarde, o profeta a informou que Deus havia perdoado o seu pai como resultado da obediência dela ao seu marido.

Oração: No Hadith, encontramos, segundo Abou Baker (O melhor amigo de Maomé e pai de uma de suas esposas), que Maomé disse: “Não há homem que, se pecar e que, depois de lavar-se, sobe para orar [uma oração formal impressa] Deus não possa perdoar.”

A Peregrinação (o Hajj): Uma pessoa pode receber o perdão quando vai em peregrinação a Meca, na Arábia Saudita (terra natal de Maomé). O Sura Al-Baqara (capítulo 2 do Alcorão) 158 diz: “todo o que faz a Peregrinação à Casa, ou à Visitação não deve ser culpado.”

Apesar destas “obras” serem um meio através dos quais os muçulmanos crêem que recebem o perdão, eles ainda reconhecem que precisam de expiação e a buscam, de acordo com os ministérios “Last Harvest Inc. (Última Colheita Inc.)” e “Middle East for Christ (O Oriente Médio para Cristo)”.

Numa pesquisa com um grupo de muçulmanos em 1992, estes ministérios descobriram que o perdão de pecados é a mais importante e urgente necessidade dos muçulmanos.

Podemos nos regozijar, como cristãos, pois o perdão não é baseado nas boas obras ou nas opiniões ou julgamentos de outros, mas na graça de Deus e na redenção através do sangue de Jesus Cristo (Efésios 2:8,9; Gálatas 2.21).

https://www.cacp.app.br/o-perdao-no-islamismo/  (17:00h, 28-02-2025)

Pr. João Flávio Martinez


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40 Razões Porque As Testemunhas De Jeová Não São Cristãs

 

Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo CRISTO; porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2.8-9).
As Testemunhas de Jeová são conhecidas por seu zelo na propagação de suas doutrinas. Entretanto, esse trabalho árduo e sincero só seria levado em conta se apoiado na obra e na pessoa de nosso Senhor JESUS CRISTO (Romanos 10.2-4; 1Coríntios 3.11). Vamos confrontar a maioria dos ensinos das Testemunhas com o que a Bíblia ensina, para verificar que a maioria das doutrinas bíblicas são negadas pelos jeovistas:
I – A Natureza de DEUS (Rm. 11.33-36)
Há somente um DEUS – Dt. 6.4;
O Pai nunca criou outro DEUS – Is. 43.10-11;
JESUS CRISTO é DEUS – Jo. 1.1; 20.28;
JESUS CRISTO foi, é e será adorado – Mt. 8.2; 28.9,17; Hb. 1.6; Ap. 5.11-12;
Todos precisam honrar o Filho como honram o Pai – Jo. 5.23;
JESUS é o EU SOU de Êx. 3.14, comparado com Jo. 8.58;
JESUS é o PRIMEIRO e o ÚLTIMO – Is. 44.6 comparado com Ap. 22.13;
O Filho de DEUS é eterno – Mq. 5.2;
O Filho de DEUS é imutável – Hb. 13.8 comparado com Ml. 3.6;
O ESPÍRITO SANTO é uma personalidade divina – Mt. 12.31-32; Jo. 14.16,26; At. 5.3-4; 1Co. 12.11; Ef. 4.30.
A unidade composta de DEUS é ensinada na Bíblia – Gn. 1.26-27; 3.22; 11.6-7; Mt. 28.19) um nome e três Pessoas: Desde que as Testemunhas de Jeová negam a revelação de DEUS como estabelecida nas Escrituras, elas não são cristãs.
II – A Natureza do Homem e Seu Destino (SI. 73.24)
O homem é composto de espírito, alma e corpo (1Rs. 17.21-22; Lc. 8.5; At. 7.59; 2Co. 4.16; 1Ts. 5.23;
A morte física trás separação entre o corpo, a alma e o espírito – Ec. 12.7; Mt. 10.28; Tg. 2.26;
O ESPÍRITO SANTO tem personalidade, podendo ver, ouvir, falar e sentir – Lc. 16.22-23; Rm. 8.16; 1Co. 2.11;
O espírito e a alma de um cristão, por ocasião da morte, vão estar com CRISTO – 2Co. 5.8; Fl. 1.21-23 e vão descansar do trabalho e das fadigas desta vida – Hb. 12.22-23; Ap. 6.9-11; 14.13;
Ressurreição, na Bíblia, é do corpo e terá lugar para todos os cristãos, quando da volta de CRISTO – Rm. 8.11,23; 1Co. 15.44,51-53; Fl. 3.20-21; 1Ts. 4.16-17. Os que estiverem vivos serão trans formados e terão corpos revestidos de imortalidade. Os mortos ressuscitarão com corpos incorruptíveis, semelhantes ao corpo de CRISTO ressuscitado – Lc. 24.39-43; Rm. 8.11; 1Jo. 3.2-3);
Os espíritos dos justos são aperfeiçoados – Hb. 12.23;
A Bíblia nunca menciona aniquilação no estado intermediário – 2Pe. 2.4,9; nem do corpo, espírito e alma na ressurreição depois do juízo final (Mt. 25.41,46; Ap. 20.15). De Judas foi dito que foi “destruído” (TNM) ou “perdido” (ARA) em Jo. 17.12, enquanto que fisicamente ele vivia.
O homem pode matar o corpo, porém não a alma – Mt. 10.28. DEUS pode destruir (perder, do grego apollumi) ambos o corpo e a alm;
Para os perdidos a Bíblia ensina punição eterna (kolasin): Mt. 25.46; Hb. 10.28-29.
Assim, a Bíblia ensina que o homem pode estar morto em pecado (Ef. 2.1) e então pode morrer em pecados (Jo. 8.21) e pode perder sua alma (Mt. 16.26). Em contraste, o pecador arrependido que recebe a CRISTO como Salvador e Senhor, dele fala a Bíblia como tendo a vida eterna (1Jo. 5.11-13), como tendo passado da morte para a vida (Jo. 5.24; 10.27-28). Desde que as Testemunhas de Jeová não podem aceitar a revelação da natureza do homem e seu destino, como revelado na Bíblia, elas não podem designar-se como cristãos.
III – O Verdadeiro Evangelho (1Co. 1.18)
Existe apenas um Evangelho (Gl. 1.8) definido como tal para nós em 1Co. 15.1-6;
Através do sangue de CRISTO somos declarados para sempre cidadãos do reino – Cl. 1.13-14;
O reino é espiritual e celestial – Jo. 18.36; Rm 14.17;
A entrada no reino requer o novo nascimento (Jo. 3.3-5) através do ESPÍRITO SANTO e da Palavra – Rm 8.14; 1Pe. 1.23;
O reino não é limitado a 144.000 pessoas – Jo. 1.12; 1Jo. 5.1;
As “outras ovelhas” de Jo. 10.16 são os cristãos gentios (Ef. 2.12-19), que herdarão o reino (Mt. 25.34) e são descritos como no céu – Jo. 14.1-3; Fl. 3.20-21; Ap. 7.15.
Os membros da nova nação são todos sacerdotes – 1Pe. 2.9; Ap. 1.
Todos os profetas estarão no reino dos céus – Mt. 8.11; Lc. 13.28; Ap. 18.20;
Os cristãos formam a nova Jerusalém e não estarão debaixo deste governo – Hb 12.22; Ap. 22.14-15;
Os cristãos herdarão o “novo céu e a nova terra”. Eles verão a DEUS e estarão com ele para sempre – Mt. 5.1-12; Lc. 23.43; Jo. 14; Ap. 22.3-4.
Desde que as Testemunhas negam a revelação cristã acerca do verdadeiro Evangelho, como declarado nas Escrituras, eles não podem, portanto, chamar-se cristãos.
IV – Outros Erros das Testemunhas de Jeová (Ef. 4.11,13-15)
A negação da ressurreição corporal de JESUS – Jo. 2.19-22;
A declaração de que CRISTO já voltou em 1914 – Mt. 24.23-27;
A declaração de que a ressurreição, chamada a primeira, já ocorreu em 1918 – 2Tm. 2.17-18; Ap. 20.5-6;
Oferecimento de uma segunda oportunidade de salvação para a maioria da humanidade durante o milênio – Hb. 9.27;
A repetição de profecias para o Armagedom em 1914 – 1925 – 1941 e 1975 que não se cumpriram – Dt. 18.20-22; Mt. 7.15-16;
A salvação pelas boas obras – Is. 64.6; Ef. 2.8-9;
A negação de que CRISTO é Senhor (Kurios) e a recusa em confessá-lo como tal – Fl. 2.11 comparado com 1Co. 10.21; 11.27;
A recusa em receber transfusão de sangue – 1Jo. 3.16;
O ensino que JESUS morreu numa estaca – Jo. 20.25;
O ensino de que “os tempos dos gentios” terminou em 1914, com a contagem da queda de Jerusalém em 607 A.C. – Lc 21-24.
Em vista do que está exposto, como podem as Testemunhas de Jeová ser intituladas cristãs? O JESUS dos jeovistas não é o JESUS da Bíblia (2Co. 11.4). A verdadeira Igreja é um organismo vivo e composto de todos os crentes (Gl. 3.27-28; Ef. 4.4-5). Somente se voltarmos a CRISTO com arrependimento (Lc. 13.3), reconhecendo-o como Senhor (At. 16.30-31), podemos ser livres das organizações dos homens. É verdade que as Testemunhas de Jeová, como os fariseus, a quem primeiro foram endereçadas essas palavras por JESUS (Jo. 5.39-40), precisam pesquisar a Bíblia e nela encontrar a salvação (Jo. 1.12; Jo. 5.24). Têm as Testemunhas pesquisado as Escrituras e têm ido a CRISTO? Exercem fé no seu nome? Todos os que assim fazem, nascem de DEUS (Jo. 1.13). Não existe exceção.
https://www.cacp.app.br/40-razoes-porque-as-testemunhas-de-jeova-nao-sao-cristas/

 

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Mórmons contradizem seu próprio livro

 

Apóstolo Paulo foi contun­dente ao advertir os irmãos na Galácia: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”, Gl 1.8. Apesar desse aviso solene, o Livro de Mórmon traz a se­guinte afirmação: “O Livro de Mórmon Outro Testamento de JESUS CRISTO”, evi­denciando que tal escrito fora dado por um anjo de DEUS, o anjo Moroni.

O cristianismo autêntico não ad­mite nenhum outro escrito de nenhum líder espiritual que venha tentar usur­par o lugar ímpar das Escrituras. O fun­damento principal da Igreja Mórmon é o ensinamento do Livro de Mórmon. Tal igreja tem assegurado que o dito livro veio restaurar as verdades funda­mentais do cristianismo.

Mas será que os mórmons creem realmente no que o próprio livro de­les diz? Veja algumas crenças, entre tantas, encontradas no Livro de Mórmon e por eles rejeitadas.

Só existe um único DEUS vivo e verdadeiro

“E Zeezrom disse-lhe: Dizes que existe um DEUS vivo e verdadeiro? E Amuleque respondeu: Sim, existe um DEUS vivo e verdadeiro. Disse então Zeezrom: Existe mais de um DEUS? E ele respondeu: Não. Então perguntou-lhe Zeezrom novamente: Como sabes estas coisas? E ele disse: Um anjo mas deu a conhecer”, Alma 11.26-31. Leia também 2 Néfi 31-21. Compare com Deuteronômio 6.4 e 1 Coríntios 8.6.

Hoje em dia a doutrina mórmon, contrariamente, ensi­na que existem mais de um deus. Por exemplo, em Dou­trinas e Convênios lemos que “Abraão, Isaque e Jacó entra­ram para a sua exaltação, de acordo, com as promessas, e se assentaram em tronos, e não são an­jos, mas sim deuses” (132.37). Isto é total­mente oposto ao que foi dito em Alma. Ainda no livro de Abraão 4.27 é dito o seguinte: “E assim os deuses des­ceram para formar o homem em sua pró­pria imagem, na imagem dos deuses eles o formaram, macho e fêmea eles os formaram”.

Contra quem os mórmons estão pregando? Não é só contra a Bíblia, mas também contra os seus próprios escritos!

Acreditam também que DEUS te­nha corpo físico. “As revelações mo­dernas nos ensinam que o Pai e o Fi­lho têm corpos tangíveis de carne e ossos, e que o ESPÍRITO SANTO é um personagem de espírito, sem carne nem ossos.”1 Citam versículos bíblicos como Êxodo 33-11 para apoiar esta doutri­na: “Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu ami­go”, esquecendo-se do versículo 20 que diz: “Não me poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá”. É por isso que a Bíblia diz em João 1.18 que “DEUS nunca foi visto por alguém”.

A mesma Bíblia fala de DEUS como tendo boca, braços, olhos, ouvi­dos, face e mãos. Diz também que Ele tem asas (SI 91-4), sete olhos (Zc 4.10), narinas donde saem fumaças (SI 18.8) etc. Se os mórmons desprezam as ex­pressões teofânicas de DEUS, a manei­ra como Ele usou para se comunicar com os seus servos, e acreditam que Ele tenha de fato braços, dedos, face etc., deveriam crer também que Ele tenha asas, sete olhos etc. Eles preci­sam entender que essas referências são simbólicas, não literais.

DEUS é imutável

“Porque não lemos que DEUS é o mesmo ontem, hoje e para sempre e que nele não há variação nem sombra de mudança? E se imaginastes um deus que varia e no qual há sombra de mu­dança, então imaginastes um deus que não é um DEUS de milagres”, Mórmon 9 9-H 2. Atualmente os mórmons di­zem que DEUS não é o mesmo ontem, hoje e sempre, mas que está em pro­gresso. James Talmage no seu Articles of Faith diz: “Assim como o homem é, DEUS uma vez já foi; e como DEUS é, o homem pode ser” 3.

O segundo presidente do mormonismo, Brigham Young, no Journal of Discourses, disse que “Adão…é nosso Pai e nosso DEUS, e o único DEUS com quem devemos lidar” 4. Como pode-se notar, o principal livro da Igreja Mórmon é rejeitado, não apenas pela Igreja Cristã, mas pelas próprias cren­ças contraditórias.

Joseph Smith, rejeitou o seu pró­prio ensinamento de que DEUS é “imu­tável de eternidade a eternidade”, Moroni 8.18. Ele disse: “Nós temos ima­ginado e suposto que DEUS era DEUS desde toda a eternidade. Eu irei refu­tar esta ideia… Ele uma vez já foi ho­mem como nós” 5. Mas a quem os mórmons acham que Smith estava re­futando? Não é o Livro de Mórmon a restauração do Evangelho? Se os mór­mons atuais rejeitam a restauração do seu próprio profeta e fundador, não é de admirar que eles rejeitem a Bíblia ou uma literatura cristã, e haja tanta fragilidade em suas principais doutri­nas.

O castigo eterno

O Livro de Mórmon deixa claro que há apenas dois caminhos para a humanidade: vida eterna ou tormento eterno. As pessoas que rejeitarem JESUS terão como recompensa o tormento eterno donde não sairão (2 Néfi 28.22, Mosíah 3.24-27, 3 Néfi 27.17 e Alma 34.32-35).

Apesar disso, há várias opiniões sobre o inferno no seio do mormonismo. Algumas autoridades ensinam que o inferno não é eterno, outros ensi­nam um inferno limitado, outros um inferno sem fim, e finalmente aqueles que não creem de jeito nenhum no inferno. Por outro lado, eles acham que, desde que se realizem batismo pelos mortos, qualquer pes­soa pode usufruir de algum nível de glória, ou seja, o Livro de Mórmon es­taria errado quando diz: “das quais não há libertação”.

Quando a Bíblia fala do castigo eterno, é bem clara ao mencionar a sua duração. Observe Mateus 25.41, Hebreus 9-27 e Apocalipse 20.10.

FALSO PROFETA

A Bíblia fornece uma maneira sim­ples de se testar um profeta: “E se dis­seres no teu coração: Como conhece­remos a palavra que o Senhor não fa­lou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é pa­lavra que o Senhor não falou; com so­berba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele”, Dt 18.20-22.

Apresentamos algumas evidênci­as de que Joseph Smith é um falso pro­feta, fazendo do seu livro fruto desta falsidade.

Doutrina e Convênios 84.1-5 fala a respeito da Nova Jerusalém e seu Templo. Em setembro de 1832, a cidade e o Templo deveriam ser erigidos no Estado de Missouri naque­la geração.

Orson Pratt declarou a sua certe­za no cumprimento desta profecia: “Os santos dos Últimos Dias esperam ter o cumprimento desta profecia durante a geração em existência em 1832 assim como esperam que o sol nasça e se ponha amanhã. Por quê? Porque DEUS não pode mentir. Ele cumprirá todas as suas promessas” 6. Mas a cidade não foi construída; o Templo não foi erigido naquela geração. A profecia era falsa.

2 Nefi 3-14 diz que o Senhor confundiria os inimigos de Joseph Smith quando estes tentassem destrui-lo. Mas Smith foi morto a tiros, na pri­são de Carthage, em Illinois, no dia 27 de junho de 1844.

Doutrina e Convênios56-60 profetiza que a casa em Nauvoo deve­ria pertencer à família Smith “de gera­ção em geração para todo o sempre”, mas Joseph Smith foi morto em 1844, os mórmons foram levados de Nauvoo e a casa já não pertence àquela família.

Embora os mórmons apresentem algumas desculpas para defender a sua igreja, não há como negar que o livro que eles afirmam ser uma revelação direta de DEUS, não passa de uma far­sa onde nem eles mesmos concordam com tudo o que Joseph Smith escre­veu. Assim, não é só a Bíblia que con­dena o Livro de Mórmon, eles mes­mos o condenam por rejeitá-lo!

Costumam argumentar que a re­velação que DEUS dá a um profeta pode ser substituída por revelações futuras. Se assim for, eles estão em constante apostasia, pois o que se cria no passado é rejeitado hoje e o que se ensina hoje, será rejeitado amanhã!

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[1]Guia Para Estudo das Escrituras, sob o tópico “trindade”.

2 Ver também. Morôni 7.22, 8.18. Na Bíblia, ver Salmo 90.2, Malaquias 3.6 e Tiago 1.17.

3 pág. 430.

4 Journal of Discourses, vol. 1, pág. 50.

5 Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, pág. 336

6 Journal of Discourses, vol. 9, publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool, 1854, edição reimpressa Salt Lake City, 1966, pág. 71.

FRANCISCO EURICO, FONTE: REVISTA “RESPOSTA FIEL” ANO 2 – N° 6

  

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LIÇÃO 11, CPAD NA ÍNTEGRA, 1Tr2025

 

Escrita Lição 11, CPAD, A Salvação Não É Obra Humana, 1Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

 

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 11, CPAD

I – A SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS

1. A descrição do estado espiritual humano (vv. 1-3)  

2. Mortos em ofensas e pecados (vv. 1, 5) 

3. A exegese dos versículos 8-10    

II - SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE 

1. Os reencarnacionistas     

2. Os galacionistas   

3. Os gnósticos   

III – AS SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS DE HOJE

1. O Islamismo    

2. As Testemunhas de Jeová   

3. O Mormonismo   

 

TEXTO ÁUREO

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do ESPÍRITO SANTO.” (Tt 3.5)

 

VERDADE PRÁTICA

A salvação é um ato da graça soberana de DEUS pelo mérito de JESUS CRISTO e não vem das obras humanas.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 49.7-9Não há recurso humano que possa salvar o ser humano

Terça - Sl 146.3 Somente em DEUS há salvação

Quarta - Jo 3.16 JESUS CRISTO é o único Salvador do mundo

Quinta - Rm 5.1 A fé em JESUS é suficiente para a salvação

Sexta - Gl 2.16 Ninguém é salvo pelas obras da lei

Sábado - Jo 1.17 A graça e a verdade vieram por JESUS CRISTO

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Efésios 2.1-10

1 - E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,

2 - em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;

3 - entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

4 - Mas DEUS, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,

5 - estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com CRISTO (pela graça sois salvos),

6 - e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em CRISTO JESUS;

7 - para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua benignidade para conosco em CRISTO JESUS.

8 - Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS.

9 - Não vem das obras, para que ninguém se glorie.

10 - Porque somos feitura sua, criados em CRISTO JESUS para as boas obras, as quais DEUS preparou para que andássemos nelas.

 

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Hinos Sugeridos: 156, 227, 535 da Harpa Cristã8

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A lição desta semana traz o ensino bíblico a respeito da salvação. Nela, reafirmamos a afirmação bíblica da salvação pela graça mediante a fé em CRISTO. Isso significa que a salvação se revela por meio da graça de DEUS manifestada em CRISTO JESUS, nosso Senhor. Ao mesmo tempo, também analisaremos algumas visões a respeito da salvação que contradizem o ensino bíblico. Veremos o quanto essas visões soteriológicas distorcidas são prejudiciais à vida cristã e que, por isso, podem trazer muitos prejuízos espirituais.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Ensinar a respeito da doutrina da salvação sob a graça de DEUS; II) Elencar ensinos inadequados sobre a salvação na antiguidade; III) Correlacioná-los aos ensinos inadequados sobre a salvação na atualidade.

B) Motivação: Há ensinos a respeito da salvação que defendem uma ideia de redenção como um processo evolutivo da vida em que a ênfase recai no esforço próprio. Vemos isso nas religiões reencarnacionistas. Há também os legalistas, que atribuem a salvação à observação rigorosa da lei, também mediante ao esforço próprio, como nos judaizantes. O fato é que a Bíblia nos mostra que a salvação é pura graça de DEUS comunicada a nós por intermédio do ESPÍRITO SANTO, que nos convence do pecado, da justiça e do juízo.   

C) Sugestão de Método: Para introduzir o último tópico da presente lição, sugerimos que você crie uma tabela com a presença das três visões sobre salvação conforme descritas na lição: Islamismo, Testemunhas de Jeová e Mormonismo. Apresente essa tabela no projetor ou diretamente na lousa. À medida que você for apresentando as visões inadequadas da salvação, apresente o contraponto bíblico conforme explicado no primeiro tópico. Afirme a relevância do ensino bíblico preservar a iniciativa amorosa de DEUS em salvar o ser humano (Jo 3.16).

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Somente pela graça de DEUS é possível nos aproximar dEle, amá-lo e viver segundo a sua vontade. Para esse processo se tornar real em nossas vidas, temos o auxílio do ESPÍRITO SANTO para nos conduzir de acordo com os propósitos de DEUS.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Como a Morte de JESUS Pode Trazer o Perdão?”, logo após o primeiro tópico, aprofunda a obra salvífica de CRISTO mediante a graça de DEUS; 2) O texto “Alá É Idêntico ao DEUS Pai de Nosso Senhor JESUS CRISTO?”, ao final do terceiro tópico, aprofunda a distinção entre Islamismo e Cristianismo.

 

Palavra-Chave – SALVAÇÃO

 

COMENTÁRIO -INTRODUÇÃO 

O apóstolo Paulo mostra nessa Leitura Bíblica em Classe o contraste entre o estado espiritual da miséria humana e a restauração à comunhão com DEUS. Além disso, deixa claro a impossibilidade de qualquer pessoa angariar a salvação por meio de seu próprio esforço, e até mesmo, de desejar a salvação ou sentir a necessidade de DEUS, senão por intervenção divina direta, por meio do ESPÍRITO SANTO.

 

I – A SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS

1. A descrição do estado espiritual humano (vv. 1-3)  

O relato da condição pecaminosa da natureza humana confirma a extensão da corrupção do gênero humano, estudado na lição anterior. O apóstolo emprega algumas expressões para reforçar a dura realidade do pecado: “mortos em ofensas e pecados” (v. 1); andar “segundo o curso deste mundo” (v. 2); “segundo o príncipe das potestades do ar” (v. 2.b); “do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência” (v. 2c); “andávamos nos desejos da nossa carne” (v. 3); “éramos por natureza filhos da ira” (v. 3b). É uma triste fotografia da raça humana.

 

“Por ‘morte espiritual’, a Bíblia quer dizer que a humanidade caída está separada de DEUS (Is 59.2) e não significa aniquilação espiritual total.”

 

2. Mortos em ofensas e pecados (vv. 1, 5) 

As expressões “E vos vivificou” (v. 1) e “nos vivificou juntamente com CRISTO” (v. 5) revelam a ação do ESPÍRITO SANTO em favor dos pecadores, que a salvação só é possível mediante a graça de DEUS, e sem ela ninguém pode ser salvo (vv. 4, 5). Mas há algo que precisa ser esclarecido, as expressões “mortos em ofensas e pecados” (v. 1) e “mortos em nossas ofensas” (v. 5) não devem ser entendidas literalmente por se tratar de uma metáfora, uma das figuras de linguagem para descrever o estado da queda espiritual. Por “morte espiritual”, a Bíblia quer dizer que a humanidade caída está separada de DEUS (Is 59.2) e não significa aniquilação espiritual total.

 

3. A exegese dos versículos 8-10    

Essa passagem bíblica elimina qualquer interpretação ou tentativa da salvação com ajuda humana ou de qualquer esforço adicional para completar a obra de CRISTO. O termo “graça” significa literalmente “favor imerecido”, o favor divino do qual não somos merecedores. A salvação é pela graça de DEUS mediante a fé em JESUS e não vem das obras, pois não se trata de uma recompensa. Uma boa exegese esclarece que a expressão “isto é dom de DEUS” se refere à salvação pela graça e não à fé. Como afirma o respeitado erudito da língua grega, A. T. Robertson: “a graça é a parte de DEUS e a fé é a nossa”. De modo, como dizia Norman Geisler, “a fé é o meio e a salvação é o fim. O meio vem antes do fim”.

 

SINÓPSE I - O ensino bíblico sobre a salvação descreve o real estado do ser humano caído em pecado e ofensas. Por isso, só a graça de DEUS pode salvá-lo.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“COMO A MORTE DE JESUS PODE TRAZER O PERDÃO?

As Escrituras ensinam que toda a humanidade está manchada e corrompida pelo pecado, tanto por causa do pecado de nosso antepassado, Adão (Rm 5.12- 21), como porque nós mesmos somos todos pecadores (Ef 2.1-3). DEUS, como o justo Juiz, não pode ignorar o pecado, e não o fará, uma vez que o pecado viola a sua natureza e traz destruição para o mundo perfeito que Ele criou. [...] O Novo Testamento nos fala que a morte de JESUS propiciou o perdão, pelo menos de três maneiras. Em primeiro lugar, a morte de JESUS foi um sacrifício pelos nossos pecados. CRISTO cumpre o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento, sendo, ao mesmo tempo, sumo sacerdote e sacrifício (Hb 5–10). [...]

Em segundo lugar, o Novo Testamento fala sobre a morte de CRISTO como uma ‘propiciação’ pelos nossos pecados (Rm 3.21-26). Esta palavra, hilasmos, tem o significado de ‘uma oferta que satisfaz a ira de DEUS pelo pecado’, todavia, notavelmente, o próprio DEUS fornece esta oferta. Quando JESUS morreu na cruz, clamou: ‘DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?’ (Mt 27.46).

[...] Em terceiro lugar, e relacionado aos dois aspectos já mencionados, a Bíblia fala sobre a morte de CRISTO como uma substituição. JESUS não veio para ser servido, mas para servir e “dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45). JESUS “se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau” (Gl 1.4)” (Bíblia de Estudo Apologética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1878).

 

II - SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE 

1. Os reencarnacionistas     

Com o termo “soteriologia” nos referimos aos diversos ensinos religiosos inadequados sobre a salvação. O primeiro deles é a doutrina da reencarnação, tão antiga quanto a humanidade, originária do Hinduísmo, mas presente também no Budismo, no Jainismo e no Sikhismo. É defendida, pelos Hare Krishnas, kardecistas e muitos outros. Os adeptos da doutrina da reencarnação têm em comum a busca da perfeição por meio de um progresso evolutivo até que esses ciclos da roda de renascimento parem de girar. Em resumo: a salvação pelo seu próprio esforço e sem JESUS. Trata-se de uma crença antibíblica (Sl 78.39; Hb 9.27; Jo 9.1-3).

 

“Sabemos da existência do mal, proveniente de Satanás, mas não admitimos que o Diabo tenha poder suficiente para medir força com DEUS [...].”

 

2. Os galacionistas   

É o nome dado aos legalistas judaizantes opositores do apóstolo Paulo na província da Galácia (Gl 1.7). Esses judeus convertidos ao Cristianismo queriam que os gentios observassem a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1). A verdade bíblica é que “pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Gl 2.16).

 

3. Os gnósticos   

No campo soteriológico, eles apregoavam uma visão dualista do universo, o maniqueísmo. O que é isso? Fundado por Mâni (216–276), na Pérsia, atual Irã, seu ensino era que o “universo é composto do reino das trevas e do reino da luz e os dois lutam pelo domínio da natureza e do próprio ser humano”. Desse modo, o ser humano, para ser salvo, precisa se libertar da prisão do mundo e de seus poderes planetários, e essa libertação só é possível por meio de um conhecimento místico, gnōsis, uma espécie de iluminação espiritual limitada aos “espirituais”. Os demais são pessoas materiais e não podem receber esse conhecimento. De fato, sabemos da existência do mal, proveniente de Satanás, mas não admitimos que o Diabo tenha poder suficiente para medir força com DEUS e o seu Filho, JESUS CRISTO (Jó 1.12; 2.6, Mc 5.7-13). A salvação é para todas as pessoas (At 17.30; Tt 2.11).

 

SINÓPSE II - As soteriologias inadequadas na Antiguidade passam pelas reencarnacionistas, galacionistas e gnósticas.

 

III – AS SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS DE HOJE

1. O Islamismo    

Segundo essa religião, se as boas ações superarem as más, tal pessoa irá para o paraíso (Alcorão 13.22.23). Eles ensinam ainda que Allah não ama os pecadores, mas somente os piedosos: “Allah não ama os agressores... Allah não ama a nenhum ingrato pecador” (Alcorão 2.190, 276). Esta é uma das 24 vezes que o Alcorão afirma que Allah não ama os pecadores. Na concepção dos islâmicos, não há necessidade de expiação, logo, não existe salvação como no sistema cristão. A salvação no contexto deles é por mérito, pelas obras. Mas, à luz da Bíblia, o pecador recebe a vida eterna a partir do momento que passa a crer, no coração, que DEUS ressuscitou JESUS dentre os mortos e confessa publicamente o nome de JESUS (Rm 10.9,10).

 

2. As Testemunhas de Jeová   

A salvação não está em CRISTO, mas na organização religiosa delas, diferente do que ensina a Bíblia (Jo 14.6). Existem dois grupos de salvos, um que tem direito ao céu, restrito a 144.000, a “classe dos ungidos”; outro grupo, a “classe da grande multidão” e a que vai herdar a terra, segundo a teologia do movimento. Seus teólogos ensinam que as Testemunhas de Jeová, que pertencem à “classe da grande multidão”, não são filhos de DEUS, não pertencem a CRISTO, não têm o ESPÍRITO SANTO, JESUS não é o Mediador delas nem têm esperança de salvação. A Bíblia nos ensina que não existe cristão sem o ESPÍRITO SANTO (Rm 8.9) e que “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS: aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).

 

3. O Mormonismo   

Os mórmons creem numa salvação geral, em que os não mórmons são castigados e depois liberados para a salvação, e numa perspectiva individual, em que a salvação é obtida pela fé em JESUS e pela obediência às leis e às ordenanças. Eles consideram ordenanças, segundo os artigos 3 e 4 das Regras de Fé, fé em JESUS, arrependimento, batismo por imersão e imposição de mãos, mas há outros requisitos. Um deles é aceitar Joseph Smith Jr. como porta-voz de DEUS. Tal ensino, no entanto, diverge das Escrituras, pois elas nos ensinam que o Senhor JESUS não precisa de co-salvador. A Bíblia ensina que Ele é o único Salvador (Jo 14.6; At 4.12). A salvação não é por mérito humano, ninguém pode ser salvo pelas boas obras, mas somente pela graça, mediante a fé (Tt 3.5; Ef 2.8,9). Existe apenas uma salvação, e ela está à disposição de todos os seres humanos (Tt 2.11; Jd 3).

 

SINÓPSE III - O Islamismo, as Testemunhas de Jeová e o Mormonismo apresentam uma doutrina da salvação inadequada em nossos dias.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“ALÁ É IDÊNTICO AO DEUS PAI DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO?

Esta é uma pergunta difícil, especialmente na língua inglesa. Linguisticamente, quem quer que use o termo ‘DEUS’ está basicamente dizendo a mesma coisa: estará se referindo ao Criador não criado do universo. Assim, muçulmanos, judeus, cristãos, hindus e todos os demais estão se referindo ao Senhor do universo quando usam a palavra ‘DEUS’.

Com relação ao Islamismo, as similaridades entre Alá e Jeová são maiores, por dois motivos: (1) O islamismo é adepto do monoteísmo, que significa “um só DEUS”, exatamente como o Cristianismo e o Judaísmo, e (2) Maomé usou muitas das pessoas citadas na Bíblia, quando criou o Corão, como Noé (Surah 6.84), Jacó (Surah 2.132) e JESUS (Surah 3.45-47). As similaridades, todavia, terminam aqui. Pense no Islamismo como uma forma de “mormonismo medieval”. Como o mormonismo, o Islamismo está baseado na premissa equivocada de que a descrição que a Bíblia apresenta de DEUS e de JESUS CRISTO é incorreta. Como o mormonismo, o Islamismo ensina que tanto o Cristianismo como o Judaísmo são falsas religiões, e que o Islamismo, por meio do Corão, é a única fé verdadeira.

[...] Em resumo, podemos afirmar o seguinte: o Islamismo rejeita a paternidade de DEUS, a divindade do Filho e a pessoa do ESPÍRITO SANTO. Não podemos modificar a natureza do DEUS da Bíblia sem modificar o “deus” que estamos apresentando. Não é o mesmo DEUS” (Bíblia de Estudo Apologética Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.1866).

 

CONCLUSÃO 

Entendemos que somente pela graça é possível chegar-se a DEUS, e isso é um ato soberano de sua graça e bondade. É a misericórdia divina que leva as pessoas ao arrependimento (Rm 2.4). Graça não é mérito, e nem o ato de o pecador receber a dádiva divina se constitui mérito pessoal. Mas DEUS disponibilizou a sua graça para todos os seres humanos e não para uns poucos escolhidos. A Bíblia ensina que a salvação é para todos.

 

REVISANDO O CONTEÚDO 

1. O que a Bíblia quer dizer quando fala de “morte espiritual”?

Por “morte espiritual”, a Bíblia quer dizer que a humanidade caída está separada de DEUS (Is 59.2) e não significa aniquilação espiritual total.

2. O que esclarece uma boa exegese sobre a expressão, “isto é dom de DEUS”?

Uma boa exegese esclarece que a expressão “isto é dom de DEUS” se refere à salvação pela graça e não à fé.

3. Quais os três principais movimentos dos primeiros séculos cuja soteriologia é inadequada?

As reencarnacionistas, galacionistas e os gnósticos.

4. Quais as três soteriologias inadequadas de hoje?

O Islamismo, as Testemunhas de Jeová e o Mormonismo.

5. O que ensinam os teólogos das Testemunhas de Jeová sobre a “classe da grande multidão”?

Seus teólogos ensinam que as Testemunhas de Jeová, que pertencem à “classe da grande multidão”, não são filhos de DEUS, não pertencem a CRISTO, não têm o ESPÍRITO SANTO, JESUS não é o Mediador delas nem têm esperança de salvação.

  

LEITURAS PARA APROFUNDAR

Teologia Sistemática (Eurico Bergstén); Teologia Sistemática Pentecostal