Pr. Henrique EBD NA TV 99 99152-0454

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18 junho 2025

Escrita Lição 13, CPAD, Renovação Da Esperança, 2tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 13, CPAD, Renovação Da Esperança, 2tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

 


ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO

1. “Paz seja convosco!”   

2. O registro das aparições de JESUS ressurreto   

3. Preciosas lições   

II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA

1. O medo deu lugar à esperança   

2. A tristeza deu lugar à alegria   

3. Esperança e Alegria   

III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA

1. As dúvidas dissipadas   

2. Fortalecimento da fé   

3. Fortalecimento da esperança   

 

TEXTO ÁUREO

“E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou JESUS, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!” (Jo 20.26)

 

VERDADE PRÁTICA

A Ressurreição de CRISTO representa o ápice da esperança cristã.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 20.3-8 João testemunhou e acreditou na ressurreição de CRISTO

Terça - Jo 21.24 João deu testemunho do que observou

Quarta - Jo 20.9; Lc 24.46,47 A fé da Igreja baseia-se nas palavras de JESUS

Quinta - Jo 20.11-16 Maria Madalena avistou o CRISTO ressurreto

Sexta - 1 Co 15.3-8 O apóstolo Paulo viu o CRISTO Ressurreto 

Sábado - 1 Ts 4.13-17 Paulo renovou a esperança daqueles que dormem em CRISTO

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 20.19,20,24-31

19 - Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou JESUS, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!

20 - E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.

24 - Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio JESUS.

25 - Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

26 - E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou JESUS, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!

27 - Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.

28 - Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e DEUS meu!

29 - Disse-lhe JESUS: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!

30 - JESUS, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro.

31 - Estes, porém, foram escritos para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

 

Hinos Sugeridos:  42, 187, 400 da Harpa Cristã

 

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A ressurreição de JESUS é o momento em que ele retorna à vida no terceiro dia, desafiando a morte e a sepultura. 

  • A Esperança da Vida Eterna:

A ressurreição é vista como a garantia da vida eterna para aqueles que crêem em JESUS e como um sinal da vitória sobre a morte. 

  • O Conceito de Ressurreição:

A ressurreição de JESUS é um tema complexo que envolve questões teológicas sobre a natureza de DEUS, a natureza da alma e a natureza da vida eterna. 
Significado Teológico:

  • A Morte como Sacrifício:

A morte de JESUS é vista como um sacrifício necessário para a redenção da humanidade, enquanto a ressurreição é vista como a vitória sobre a morte. 

  • A Promessa da Salvação:

A ressurreição de JESUS é a garantia de que aqueles que crêem nele receberão vida eterna e serão resgatados do pecado e da morte. 

  • A Fé Cristã:

A ressurreição é uma crença central da fé cristã, que se manifesta em diversas práticas religiosas e teológicas. 

 

 

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Myer Pearlman - CPAD

João, o evangelho do filho de DEUS

 

JESUS, o Ressurreto

Texto: João 20.1-18

Introdução

Aqui temos uma “reportagem” diretamente do túmulo vazio, feita pelo apóstolo

João, testemunha ocular naquela primeira manhã de Páscoa. Enquanto lemos o

seu relatório, os séculos parecem desvanecer-se, e é como se nós também

estivéssemos presentes no túmulo. A intenção do apóstolo é dar-nos esta viva

impressão porque seu evangelho foi escrito para inspirar e confirmar a fé em

JESUS como Filho de DEUS.

 

I - O Túmulo Vazio (Jo 20.1-10)

1. Maria no sepulcro. A ressurreição de JESUS realizou-se antes da aurora, talvez

bem no meio da noite. AquEle que havia de dissipar as trevas da morte

ressuscitou enquanto as trevas ainda cobriam a terra. O ato da ressurreição foi

acompanhado pela descida de anjos e a remoção da pedra.

“E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada,

sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro”. Parece que Maria chegara

com um grupo de mulheres (note o plural no versículo 2) e, vendo o sepulcro

vazio, foi correndo avisar a Pedro e João.

“Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem JESUS amava, e

disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram”.

Maria e as demais mulheres vieram ao túmulo para embalsamar o corpo de

JESUS, o que, segundo o costume daqueles tempos, significava espalhar

especiarias perfumadas no meio das roupas de sepultamento. Esta intenção

demonstrou tanto a ignorância como a devoção destas mulheres. Os horrores da

crucificação lhes tinham anuviado a fé, e não estavam realmente esperando a

ressurreição. Parecia-lhes que a missão de JESUS fracassara. Mesmo assim,

desejavam prestar-lhe as últimas homenagens. Estas mulheres foram fiéis até o

fim. Tinha sido fácil seguir a CRISTO nos dias da sua popularidade, mas agora elas

estavam passando o profundo teste da verdadeira devoção.

Note que Maria continua chamando JESUS de “Senhor”. Talvez pensasse que o

sepulcro de José haveria de servir- lhe de abrigo temporário (v. 15; cf. Jo 19.42)

e que alguém teria removido o corpo de JESUS para outro lugar. Certo é que a

ausência do corpo não lhe parecia motivo de esperança, e sim de desespero.

Quão frequentemente nós também interpretamos erroneamente como sendo

escuros e tristes determinados fatos que realmente brilham com luz celestial,

cegamente atribuindo a causas desconhecidas as maravilhosas coisas que JESUS

faz!

2. João e Pedro no sepulcro. Note a corrida entre o Zelo (representado por Pedro)

e o Amor (representado por João)! Ambos começaram juntos; Amor chegou

primeiro ao sepulcro, e parou; Zelo entrou no sepulcro e olhou para o que ali

havia. Então Amor o seguiu. A reverência fez João hesitar na entrada; o amor

prático e impulsivo levou Pedro a entrar. E assim, sua destemida ação o

encorajou. João registra no seu evangelho: “E viu no chão os lençóis. E que o

lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas

enrolado num lugar à parte” e, quando João entrou para olhar mais de perto,

“viu, e creu”. Por que João creu? Porque as mortalhas deixadas no túmulo

convenceram-no de que JESUS não fora levado, como supunha Maria, nem

roubado, como mais tarde diriam falsamente os principais sacerdotes (Mt

28.12,13). Pessoas que assim faziam não teriam perdido tempo em desembrulhar

os lençóis, que eram como intermináveis ataduras do tipo que se vê nas múmias.

João, portanto, chegou à conclusão de que JESUS milagrosamente passara pelas

mortalhas, deixando-as intactas e vazias, caídas na forma em que tinham sido

cuidadosamente embrulhadas ao redor do corpo de JESUS, sem a mínima

perturbação ou desordem. Entendeu, portanto, que JESUS já assumira seu corpo Glorificado, não sujeito a leis terrestres, e que JESUS ressuscitara para nunca mais

morrer.

Os discípulos deveriam ter deixado que o Salmo 22 os convencesse de que o

Messias sofredor seria finalmente exaltado, e que o Cordeiro de DEUS veria sua

descendência e prolongaria os seus dias. Além disso, por certo, ficou na mente

deles alguma lembrança das palavras de JESUS prenunciando a sua própria

ressurreição. Somente depois de os discípulos terem visto de perto o sepulcro

vazio foi que esses trechos bíblicos e as palavras de JESUS tomaram novo

significado (v. 9).

Embora fosse Pedro o primeiro a entrar no sepulcro, foi João o primeiro a

realmente crer. Enquanto Pedro pensava sobre o que significaria aquilo, raiou em

João a fé na ressurreição, assim como foi ele o primeiro a reconhecer o CRISTO

ressurreto na praia do mar da Galileia.

 

II - O Senhor Ressurreto (Jo 20.11-16)

1. O CRISTO ausente. Enquanto os dois discípulos voltavam para casa, Maria

permanecia junto à entrada do túmulo, demonstrando profunda tristeza e

verdadeiro amor. Continua enlutada pela sua perda. Talvez sentisse remorsos por

não ter ficado a noite inteira vigiando a entrada do sepulcro. Estava tão absorta

em seus pensamentos que a presença de anjos lhe parecia um incidente de

somenos importância, e a pergunta deles só fez com que ela desse vazão à

tristeza que lhe magoava o coração.

2. O CRISTO que se aproxima. “E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu JESUS

em pé, mas não sabia que era JESUS”. Seus olhos marejados de lágrimas só

conseguiram ver, obscuramente, uma forma humana, que julgou ser o jardineiro.

Como no caso dos dois discípulos que caminhavam para Emaús, “seus olhos

estavam como que impedidos de o reconhecer”. O coração sobrecarregado com

mágoa às vezes perde a consciência da presença de CRISTO e se recusa a ser

consolado, por não conseguir ver a CRISTO no meio da tristeza.

Note o oferecimento de Maria para levar embora o corpo de JESUS. Seus braços

fracos não poderiam sustentar o peso, mas o amor não leva em conta o peso do

fardo!

3. O CRISTO que se revela. “Disse-lhe JESUS: Maria!” Pronunciou o nome familiar,

com o mesmo tom de voz e ênfase já conhecidos a ela (cf. Jo 10.3,14). Ela

respondeu na língua materna que ambos conheciam e amavam: “Rabboni!” — o

mais alto dos títulos que os judeus davam a um mestre, significando “Meu

grande Mestre”, e raríssimas vezes falado em público.

A expressão no versículo 17 — “Não me detenhas; porque ainda não subi para

meu Pai” — tem sido entendida de várias maneiras: 1) Maria tinha sabido da

promessa de JESUS quanto à sua partida e futura volta, e JESUS agora tinha de

explicar que ainda haveria a ascensão antes da Segunda Vinda. 2) JESUS

explicava que a antiga amizade não permaneceria na antiga base, e que Ele

estava para voltar ao trono celestial. Então ela poderia sempre tocá-lo, não com o

toque físico das mãos, e sim com o toque espiritual da fé viva. 3) Maria,

empregando a antiga saudação, “Rabboni”, estava mantendo a antiga atitude

para com JESUS, mas agora o Mestre só poderia aceitar a saudação: “Senhor meu, DEUS meu!” (Jo 20.28). Maria agora só poderia conhecê-lo como Senhor

ressurreto e glorificado.

 

III – Ensinamentos Práticos

1. Nossa necessidade atrai a graça de CRISTO. Nenhum olho mortal testemunhou o

ato da ressurreição. Para quem CRISTO deveria aparecer primeiro a fim de fazer

conhecidas as boas-novas? Deveria ir ao palácio do sumo sacerdote ou ao

pretório de Pilatos para triunfar sobre os inimigos boquiabertos? Ou deveria

primeiramente revelar-se a alguns de seus seguidores? Sua primeira aparição foi

revelada a uma pobre mulher que nada poderia fazer para celebrar publicamente

o triunfo dEle. Por que ela? Porque era a que mais sentia necessidade dEle, e

esta sensação de dependência é o ponto magnético que atrai a sua presença até

hoje. Buscar a CRISTO é sentir como Maria sentia, reconhecer com clareza que Ele

é o bem mais precioso que existe no Universo, e ter a convicção de que ser como

Ele, pela sua graça, é a coisa mais importante da vida.

2. Lamentando a perda de uma bênção. CRISTO apareceu a Maria enquanto ela

estava ali, chorando a sua ausência. Nisto há uma lição importante. Repetidas

vezes a raça humana tem permitido que CRISTO desapareça da sua vida, ficando

como se fosse uma vaga sombra distante. Graças a DEUS, porém, sua presença

pode ser restaurada como viva e visível influência no mundo, sempre que há

pessoas conscientes da sua ausência, e que oram com fé até ter a visão de JESUS na sua glória.

Há nisto uma lição bem pessoal para cada um de nós. Às vezes descuidamos da

nossa comunhão com o Senhor, e sentimos falta da sua presença. Quando,

porém, reconhecemos e lamentamos que sua presença não está sendo para nós a

vibrante realidade de antes, já estamos no caminho da restauração. Lamentar a

sua ausência é o primeiro passo para a restauração porque serve como convite a

Ele para que volte a nós, e este convite sempre será atendido pela sua presença.

“Por que choras?” A pergunta dá a entender que Maria estava chorando por

causa de uma perda existente apenas na sua imaginação. Imaginava que seu

Senhor morrera, e que seu corpo tivesse sido removido, quando, na realidade,

Ele já passara por uma gloriosíssima ressurreição. Foi assim que Jacó exclamou,

ao ouvir o relatório trazido pelos seus filhos: “Tendes-me desfilhado; José já não

existe, e Simeão não está aqui; agora levareis a Benjamim! Todas estas coisas

vieram sobre mim” (Gn 42.36). Na realidade, porém, todas as coisas estavam

concorrendo para o bem de Jacó. José, a quem ele considerava morto, estava

com vida, preparando para ele, num país distante, uma morada feliz para o

restante da sua vida.

O Senhor não nos condena por causa das nossas lágrimas vertidas no meio das

tristezas e decepções, tão comuns nesta vida. Somos humanos, afinal de contas, e

é um alívio abrir as comportas para dar expressão à nossa mágoa. Há momentos,

no entanto, em que erroneamente imaginamos o pior, e choramos na hora errada

pelo motivo errado. É nesse momento, então, que JESUS pergunta: “Por que

choras?” Mesmo quando temos motivos de sobra para chorar, devemos levar o

assunto diretamente a JESUS, para evitar que a mágoa danifique a nossa

espiritualidade, e para não dependermos das falsas e traiçoeiras consolações de

pessoas que não amam a CRISTO.

 

JESUS Dissipa as Dúvidas

Texto: João 20.19-31

Introdução

Ao examinarmos a narrativa da ressurreição, notamos quão marcantemente as

aparições do Senhor atendiam às necessidades várias pessoas. Maria, com seu

coração cheio de lealdade, recebeu consolação; Pedro, o arrependido, foi

perdoado e restaurado; os dois pensadores no caminho de Emaús receberam a

convicção; e os dez discípulos amedrontados receberam confiança e forças,

enquanto Tomé foi transformado de duvidoso em crente firme. Para todas estas

pessoas, a presença do CRISTO vivo mostrou-se suficiente.

 

I - Consolados os Discípulos Amedrontados (Jo 20.19,20)

O dia da ressurreição tinha sido emocionante, com muitos rumores e crescentes

emoções. Ao fim da tarde, reuniram-se os discípulos. Trancaram tudo, com

medo dos judeus, pensando que a qualquer momento soldados romanos

poderiam ser enviados contra eles, para levá-los presos como cúmplices de JESUS

Nazareno. Certamente tais homens nunca teriam pregado a ressurreição, a não

ser que tivessem absoluta certeza de que JESUS realmente ressuscitara.

JESUS, de súbito, estava no meio deles, falando: “Paz seja convosco”. O Senhor

já tinha um corpo espiritual, glorificado, e não estava sujeito a limitações

naturais, tais como portas trancadas. As palavras “paz seja convosco” tinham

mais força do que quando empregadas no cumprimento tradicional, pois

realmente aquietaram os corações perturbados. Os discípulos sentiam medo

antes da vinda de JESUS (cf. Lc 24.37), mas, agora, sua presença anunciava

confiança e vitória. O aspecto de CRISTO era o mesmo, e, ao mesmo tempo,

diferente, de tal forma que o imediato reconhecimento da sua pessoa nem

sempre acompanhava a sua manifestação. Era necessário alguma coisa a mais

para completar a identificação: “E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado”

(e os pés também — Lc 24.40). Estava completa a identificação. Era realmente o

Crucificado, que voltara à vida. “De sorte que os discípulos se alegraram, vendo

o Senhor”. Não pode haver maior alegria do que esta! No começo, a notícia

parecia boa demais para ser verdadeira (Lc 24.41), e talvez os discípulos se

sentissem como os que sonham (cf. Sl 126.1). A alegria da esperança despertada,

no entanto, transformou-se em alegria da plena convicção.

 

II - A Comissão Dada aos Discípulos Jubilosos (Jo 20.21-23)

Uma vez dissipados os temores e dúvidas dos discípulos, estes estão em

condições de receber instruções. A primeira “paz” foi para restaurar-lhes a

confiança (v. 19); a segunda “paz” foi para o serviço (v. 21). Os discípulos

foram:

1. Enviados. “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”. Foram

enviados para cumprir o mesmo propósito, para completar a obra iniciada e

ocupar o mesmo relacionamento que Ele assumira com o Pai. O livro de Atos

registra como JESUS, mediante o ESPÍRITO SANTO, continuou a sua obra nas pessoas

dos discípulos.

2. Inspirados. “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o

ESPÍRITO SANTO.” O sopro divino é um ato criador (Gn 2.7; cf. 1 Co 15.45). Nessa

ocasião, portanto, os discípulos receberam do Senhor da vida um tipo de

vivificação espiritual. O “Dom da Páscoa” foi um toque da vida celestial do

CRISTO ressurreto, e o “Dom de Pentecostes” foi o revestimento de poder da parte

do Senhor ressurreto. Na primeira instância, receberam a vida espiritual; na

segunda, o poder espiritual.

3. Autorizados. “Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; e

àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos”. Os apóstolos nunca assumiram a

autoridade de perdoar, no lugar de DEUS, os pecados específicos de indivíduos. O

próprio Pedro mandou Simão recorrer a DEUS para pedir perdão (At 2.22). Estas

palavras por certo referem-se a ofensas contra a disciplina da igreja, e não a

pecados íntimos e pessoais contra DEUS. Tal conclusão se obtém da seguinte

maneira: João 20.23 e Mateus 18.18 tratam do mesmo assunto, e Mateus 18.17

indica que a questão em pauta não é a das ofensas pessoais, que podem ser

solucionadas sem recurso ao ministro (Mt 18.15), e sim à recusa do crente em

submeter-se à disciplina da igreja. Tal crente tem de ser expulso da igreja. Ao

arrepender-se, é recebido de volta à igreja; seus pecados são “perdoados” (cf. 1

Co 5.5 e 2 Co 2.10).

Não há base para a doutrina da “sucessão apostólica” aqui, nada que sugira

terem passado os apóstolos esta autoridade a bispos que se seguiam a eles, e que

os bispos pudessem passá-la a sacerdotes. Pelo contrário, entende-se que havia

outras pessoas presentes quando esta comissão foi dada (cf. Lc 24.35), e que as

palavras supra examinadas se aplicam à igreja como um todo. O “perdão” dado

na terra só pode referir-se a transgressões contra a jurisdição e o aspecto

administrativo da igreja.

 

III - A Convicção Dada ao Apóstolo Duvidosos (Jo 20.24-29)

1. O desafio do duvidoso. “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não

estava com eles quando veio JESUS.” Tomé, ou Dídimo (que significa “gêmeo”),

era de temperamento sombrio e pessimista (Jo 11.8,16; 14.5). Deixou- se abalar

com a tragédia do Calvário, e estava se ressentindo da perda. Por enquanto, sua

fé estava em maré baixa, e sua esperança, morta. Mesmo assim, não abandonara

a sua lealdade nem o convívio com os apóstolos.

Ouvindo os testemunhos dos demais discípulos, disse enfaticamente: “Se eu não

vir o sinal dos cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos, e

não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”. Exigiu a

evidência mais positiva da visão e do tato. Queria crer, mas a tragédia do

Calvário abalara a sua fé. Suas palavras indicam o quanto ainda estava a sua

memória fixada nos terríveis acontecimentos da crucificação. Para ele, as chagas

do Senhor ainda estão abertas e sangrando. Sente necessidade de evidências

positivas de feridas tão mortais terem sido saradas pela Vida. Tomé, por mais

que mereça nossa simpatia, não deixa também de merecer a nossa censura pela

teimosa recusa em crer na palavra de dez testemunhas oculares de indubitável

reputação e qualificação.

Que JESUS considerou sinceras as dúvidas de Tomé se vê na maneira de encará-las:

o Senhor ressurreto aparece novamente, para oferecer as provas pedidas pelo

discípulo que estivera ausente na primeira ocasião. Quanto aos zombadores,

JESUS encarava-os de modo bem diferente (cf. Mt 16.4). JESUS aqui fala a um

discípulo sincero, cuja fé era fraca, e não a alguém de coração descrente.

2. A resposta ao duvidoso. Note-se que, em ambas as ocasiões, JESUS apareceu

no primeiro dia da semana, como se o dia em que ressurgiu dentre os mortos

tivesse sido escolhido para ser honrado de modo especial. A expressão original

traduzida como “dia do Senhor”, em Apocalipse 1.10, foi o nome que os

primeiros cristãos deram ao domingo.

JESUS, quase repetindo as palavras empregadas por Tomé para definir os termos

do teste físico que pedia, oferece-se à inspeção do discípulo. Bastou um único

vislumbre do amado Mestre para Tomé se prostrar em terra com a ardente

confissão: “Senhor meu, e DEUS meu!” Sua felicidade era por demais grande

para que pensasse em fazer testes científicos! Suas dúvidas evaporaram diante da

revelação da presença de JESUS, como se dissipam as névoas da madrugada ao

raiar o sol.

Note- se que a confissão de fé feita por Tomé é a mais avançada entre as de todos

os outros apóstolos durante o seu convívio com JESUS. Pela graça de DEUS,

aquele que sentira mais dúvidas chega à crença mais completa e firme.

“Disse-lhe JESUS: Porque me viste, Tomé, creste; Bem- aventurados os que não

viram e creram.” JESUS não quer com isso louvar a falta de indagações e exame;

isto seria a credulidade, e não a fé. O evangelho convida a um exame das suas

verdades fundamentais, porque “isto não se fez em qualquer canto” (At 26.26).

O que JESUS louva é a disposição de aceitar a fidedignidade da evidência dos

discípulos que o conheciam, sem exigirmos a evidência dos nossos próprios

sentidos.

As palavras de JESUS a Tomé realmente se dirigem às pessoas de todas as eras,

que não tiveram o privilégio de ver a JESUS. Ele quer que entendamos que

nenhum motivo de inveja temos daqueles que tiveram a oportunidade de vê-lo, e

que somente creram depois de terem visto.

 

Ensinamentos Práticos

1. envio a vós”. A quem foram ditas estas palavras? A homens que já tinham visto

o Senhor, que haviam sentido o toque das suas mãos e experimentado a paz que

excede todo o entendimento. Aquelas eram as qualificações para serem enviados

em nome de CRISTO, e também são as nossas, embora em nosso caso o contato

com CRISTO seja espiritual.

Algumas igrejas consideram apenas os sacerdotes, pastores ou anciãos como

representantes oficiais “enviados” por CRISTO, conceito que é estranho ao ensino

do Novo Testamento no que diz respeito ao serviço cristão. É indispensável um

ministério de dedicação integral, mas, afinal, uma das suas funções principais é

levar os crentes à maturidade espiritual, a fim de que possam ser preparados para

o serviço. “Também eu vos envio a vós”, disse JESUS, e suas palavras referem-se

a todos aqueles que tiveram uma visão do Senhor, se alegraram com a sua

presença e receberam a sua bênção nos seus corações.

Para que propósito somos enviados ao mundo? Para produzir em nossas vidas

uma cópia fiel da atitude que CRISTO revela para com DEUS e o mundo. Certo

homem piedoso declarou que era seu desejo supremo viver de tal modo que a

sua própria vida provasse a veracidade do Evangelho.

A atitude de CRISTO demonstrada na vida diária do crente é um argumento

irrefutável em prol do Cristianismo.

2. O CRISTO vivo e as portas trancadas. Reflitamos primeiro sobre este fato: foram

os amigos de CRISTO, e não os seus inimigos, os primeiros a trancarem as portas

para o Ressurreto. Não somente estavam trancados entre as quatro paredes de

um quarto, como também nas cadeias do medo, da aflição e da decepção.

Lemos, no entanto: “Cerradas as portas... chegou JESUS”.

Repetidas vezes a Igreja, com zelo falso ou em ignorância do plano do Senhor,

tem trancado as portas para Ele. Mediante avivamentos espirituais, porém, as

portas de preconceitos têm sido arrombadas. “Cerradas as portas... chegou

JESUS”.

Certo negociante, que durante anos vivera como agnóstico, disse que sentiu o

toque do Senhor exatamente como se alguém lhe tomasse a mão enquanto

andava na rua, para falar intimamente a ele. Daquele momento em diante, sua

vida foi completamente transformada. “Cerradas as portas... chegou JESUS”.

Muitos entre nós, cedendo à depressão, excluem o Senhor sem se aperceber; Ele,

porém, chega para nos elevar do nosso abatimento. E podemos testificar: “Então

JESUS veio a mim, mesmo estando as portas trancadas”.

3. Poder espiritual para a obra espiritual. Quando CRISTO soprou sobre os

discípulos, estava querendo dizer: “Pessoas espiritualmente mortas não podem

trazer a outros a vida espiritual. Assim sendo, eu vivifico vocês espiritualmente”.

Todos os que se dedicam em ganhar almas para CRISTO reconhecem a verdade das

palavras do Senhor: “Sem mim nada podeis fazer”. Ninguém procurou

honestamente transformar-se em tudo aquilo que CRISTO quer que ele seja, sem

ter chegado a gemer, quase desesperado: “Quem é suficiente para estas coisas?”

Embora esta atitude faça mal ao orgulho próprio, é benéfica à nossa alma. É

como clamar: “Senhor, o meu cântaro está vazio; por favor, encha-o para mim.”

Sua resposta vem sem demora: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque

deles é o reino dos céus... Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,

porque eles serão fartos” (Mt 5.3,6).

JESUS disse: “Recebei o ESPÍRITO SANTO”. Como? Segundo as palavras de Isaías:

“Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças”.

4. Proclamando o perdão aos arrependidos. Um dos possíveis sentidos do

versículo 23: é direito e também dever de todo cristão proclamar ao mundo que

CRISTO foi manifestado para tirar o pecado, que aquele que crê será salvo (“os

pecados lhes são perdoados”), e que quem não crer será condenado (são

“retidos” os pecados).

Que pensamento solene — saber que temos autoridade para dizer ao pior dos

pecadores: “Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo”!

5. O faltoso. “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles

quando veio JESUS”. Que hora para faltar à reunião! Decerto Tomé nem

imaginava quão maravilhoso haveria de ser o culto! Talvez pensasse que os

demais discípulos falariam sobre o CRISTO morto. Existem hoje, nas igrejas,

pessoas para as quais CRISTO não é uma realidade viva, e imaginam, portanto, não

haver vida espiritual na igreja. Faltam, não por indiferença, nem por se sentirem

satisfeitas espiritualmente, mas por falta de esperança.

Contrariamente às expectativas de Tomé, no entanto, os discípulos tiveram uma

reunião maravilhosa, porque JESUS estava ali. Tomé perdeu muita coisa: uma

demonstração da certeza da vida futura, o gozo de grande enlevo espiritual, a

dádiva da paz, a vocação ao ministério da pregação e o sopro do ESPÍRITO SANTO.

É triste para a igreja quando os crentes começam a faltar aos cultos.

6. Crer é ver. A incapacidade de ver pode ser explicada por um dos dois motivos

seguintes: ou nossa visão é boa e o objeto a ser visto é obscuro; ou é claro o

objeto, e inferior a nossa visão.

Qual foi o caso de Tomé? A evidência era suficientemente clara porque tinha o

testemunho unânime de dez homens que conhecia há anos, e isto não somente

pelas palavras deles, como também pelos seus rostos transformados de júbilo

espiritual. A dificuldade, portanto, não estava na evidência, e sim na atitude de

Tomé. JESUS, portanto, disse: “Não sejas incrédulo, mas crente”.

As pessoas talvez digam que não podem crer nisto ou naquilo, e talvez estejam

sendo sinceras. A pergunta mais importante, em tal caso, é: “Você realmente

quer saber se isto é verdade? E estaria disposto a conformar sua conduta com os

fatos, uma vez averiguados?”

O olho sadio verá a luz. O coração sadio perceberá a verdade.

7. Impondo condições a DEUS. Tomé errou grandemente em querer estipular

condições em que CRISTO teria de vir a ele. “Se eu não... de maneira nenhuma

crerei”. Definiu o caminho pelo qual JESUS teria de vir a ele, e não quis perceber

a presença do Senhor, a não ser que fosse por aquele caminho. É certo que CRISTO

se adaptou às fraquezas do melancólico discípulo, mas nem por isso devemos

repetir tal erro. Não podemos ditar ao Senhor os métodos que deverá empregar

para tratar conosco. O papel da criatura é confiar no Criador, e não procurar

limitar o Onipotente.

8. A vista nem sempre é a visão. Leia o versículo 29. Esta época materialista

exige fatos concretos, mas, mesmo na vida cotidiana, há diferença entre ver e

perceber. Muitas pessoas passam nas galerias de arte sem perceber nada de

especial nas obras-primas, não reconhecendo nelas qualquer significado ou

valor.

Milhares de pessoas viram JESUS enquanto estava aqui na terra, mas nem todas

perceberam ser Ele o Filho de DEUS. Em contraste, milhares de pessoas hoje, que

nunca viram a JESUS fisicamente, reconhecem-no pelos olhos da fé, de forma que

Ele lhes é tão real como um amigo na terra “Não posso crer”, disse um jovem descrente a D. L. Moody. “Em quem você não pode crer?” perguntou o evangelista. Respondeu bem! O Cristianismo apresenta, em primeiro lugar, uma Pessoa que merece nossa confiança, e não tanto uma série de proposições abstratas a serem aceitas. Quando um amigo telefona dizendo que chegará a tal hora, vamos para a estação nos encontrar com ele. CRISTO nos avisou que se encontrará conosco no local chamado Fé, e ali o acharemos.

 

JESUS Aparece a Sete Discípulos na Galileia

Texto: João 21.1-24

Introdução

Nós, que pertencemos ao JESUS ressurreto, podemos ter certeza de que, enquanto

labutamos nos mares desta vida, Ele está nos olhando da praia além, pronto a dar

as instruções que nos garantirão o sucesso. Talvez não cheguemos a ver os

resultados até o raiar da aurora final, quando mãos angelicais recolherão o fruto

ao Celeiro eterno. Estêvão viu JESUS à mão direita de DEUS, e Ele se revela a

todos que buscam a sua face. Nosso Senhor, entronizado, dirige de lá a batalha

cuja vitória final já é garantida; é a partir desta vitória que podemos proclamar o

Evangelho: “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e

assentou-se à direita de DEUS. E eles, tendo partido, pregaram por toda parte”. O

mesmo Senhor vitorioso que está nas alturas, também está lutando ao lado dos

seus fiéis, “cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com sinais

que se seguiram” (Mc 16.19,20). Embora estejamos no meio do mar bravio, e

Ele no Céu, há entre o Senhor e nós a plenitude da união e da comunhão, e

receberemos da parte dEle ilimitados suprimentos de forças, graça e bênçãos, se

reconhecermos a sua presença, confessarmos a nossa insuficiência, obedecermos

a Ele e esperarmos a sua bênção.

 

I - A Festa Inesperada (Jo 21.1-14)

1. Uma expedição infrutífera. Os apóstolos, obedecendo as ordens do Mestre,

foram para a Galileia, onde Ele prometera encontrá-los. Durante a espera, Pedro,

sempre impaciente, falou, com característica impulsividade: “Vou pescar”. Se ele

achava que, enquanto esperava o Mestre, deveria aproveitar o tempo para cuidar

dos negócios, fazer um pouco de exercício e tomar o ar fresco do mar, então

conseguiu bastante exercício e ar fresco, mas nenhum resultado no negócio da

sua especialidade, a pesca: “Naquela noite nada apanharam”. Achamos que

talvez o Senhor tivesse algo a ver com aquelas redes vazias; não queria que seus

futuros missionários se dedicassem demais às antigas ocupações.

2. O alegre encontro. “Filhos [literalmente, ‘rapazes’], tendes alguma coisa de

comer?” perguntou o desconhecido, em pé, na praia. Recebendo resposta

negativa, fez a seguinte sugestão: “Lançai a rede para a banda direita do barco, e

achareis”. De fato, fizeram uma pesca de cento e cinquenta e três grandes peixes.

João, com seu discernimento e sensibilidade espiritual, olhou bem para o

desconhecido na praia e reconheceu-o, exclamando: “É o Senhor”! Pedro não

parou para duvidar, debater ou investigar: impulsionado pelo seu amor ao

Mestre, saiu do barco de um só salto para dentro da água, e logo chegou à praia.

Não se importava mais com a pesca ou os peixes — queria CRISTO!

Muitas vezes, em nossas viagens pelo oceano da vida, nosso labor torna-se

infrutífero; então, quando alguém nos dirige aos frutos, exclamamos com júbilo:

“É o Senhor!”

3. O gracioso convite. Pedro, chegando à praia, viu que havia um fogo aceso

(“umas brasas”) em que JESUS preparava uma refeição, bem diferente do fogo

(“braseiro”) ao lado do qual Pedro queria se aquecer no pátio do sumo sacerdote.

Aquela ocasião fora palco de tristeza, tentação e negação de JESUS; agora, havia

glória, segurança e a restauração da comunhão com CRISTO. Pedro sentia-se muito

mais confortável aqui, à beira-mar, ao lado do milagre da condescendência

divina. O eterno Filho de DEUS, Criador do Universo, entende tão bem nossa

fraca situação humana, prepara uma refeição e diz, sorridente: “Vinde, jantai”. O

Senhor gostava de cuidar dos seus, segundo suas próprias palavras: “Pois o

próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua

vida em resgate por muitos”. Nosso Senhor, no Céu, continua com a mesma

disposição em nos atender, conforme Ele mesmo declarou: “Bem-aventurados

aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos

digo que se cingirá, e os fará assentar-se à mesa, e, chegando-se, os servirá” (Lc

12.37).

 

II - O Culto da Ordenação (Jo 21.15-17)

A refeição que Pedro tomou ao lado de CRISTO talvez simbolize aquela profunda e

contínua comunhão que seria necessária ao seu futuro ministério. Nós também

devemos aceitar o alimento que CRISTO nos prepara se quisermos ter condições de

alimentar as suas ovelhas.

Estudaremos a restauração pública de Pedro no seu ofício, posição que ele

mesmo considerava sacrificada pela sua tríplice negação de CRISTO. A restauração

em público era tão necessária como a que recebeu em particular (Lc 24.34), a

fim de os demais apóstolos reconhecerem-no em sua posição de autoridade

espiritual.

1. O interrogatório. A Bíblia contém perguntas bem diretas e profundas, como

por exemplo: “Onde estás?” “Onde está Abel, teu irmão?” “Que fazes aqui,

Elias?” Aqui temos o tríplice interrogatório, com JESUS perguntando três vezes:

“Simão, filho de João, amas-me?” Esta pergunta era:

1.1. Uma lembrança. JESUS, deixando de lado o nome de Pedro (que representa a força espiritual que seria ao edificar-se firmemente na rocha, que é CRISTO), que Ele mesmo lhe dera, voltou a empregar o nome de “Simão”, como que o lembrando das suas antigas fraquezas, e perguntando se está disposto a ser Pedro, a rocha — não pelas suas próprias forças, e sim mediante a firmeza que apenas CRISTO lhe pode dar. As três reiterações da pergunta seriam a retratação da tríplice negação, e as palavras “amas-me mais do que estes?” serviriam de lembrança a Pedro, de que não devia jactar-se da sua própria lealdade: “Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei” (Mt 26.33). E: “Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu” (Mc 14.29).

1.2. Um teste Antes de Pedro ser enviado em nome de JESUS para cuidar das

ovelhas, precisava ter certeza de estar em harmonia com o Sumo Pastor. O amor

tem de ser o vínculo entre CRISTO e seus obreiros. Amor, e não imaginação apenas. Amor, e não somente um rígido senso do dever. Amor, e não um sentimento romântico. Paulo descreve assim a essência do Cristianismo: “A fé

que atua pelo amor” (Gl 5.6). O teste supremo da nossa experiência cristã é

nosso real amor por CRISTO.

2. O examinando. JESUS emprega a palavra amar, que tem, na língua original,

vinculação com o amor divinal e puro, e Pedro, na sua resposta, emprega a

palavra amar mais comum, que representa a amizade. Aquela terrível noite no

pátio do sumo sacerdote, quando Pedro, aconchegando-se aos confortos dos

inimigos de CRISTO, negou-o quando menos o imaginava, já o havia curado da

confiança em si mesmo. Na terceira pergunta, JESUS volta à palavra mais comum,

como se para testar a autoconfiança de Pedro até no tocante à sua simples e leal

amizade. Pedro ficou triste, mas respondeu apenas: “Senhor, tu sabes tudo; tu

sabes que eu te amo”. Pedro já não depende da confiança que tem em si mesmo;

fora de CRISTO, ele nada pode; seu amor se alicerça no amor que Ele lhe deu, e

seu caráter depende daquele aspecto melhor do seu íntimo que CRISTO conhece,

podendo ensiná-lo a amar devidamente. Aqui há consolação para nós: quando as

pessoas criticam nossas atitudes, como se estivessem dizendo que não é assim

que o servo de CRISTO deve agir, é uma bênção podermos dizer, em oração: “Tu

sabes que eu te amo”.

3. A obra. Pedro, recuperado quanto às suas forças espirituais, deve dedicá-las ao

serviço da Igreja de CRISTO. Antes da negação, CRISTO admoestou-o: “Tu, quando

te converteres, confirma os teus irmãos” (Lc 22.32); depois da negação, a

admoestação é: “Apascenta as minhas ovelhas”. Pedro, lembrando-se das

próprias fraquezas, cheio de gratidão pelo amor de CRISTO, que o perdoou, e

sentindo as necessidades dos seus companheiros mediante a compreensão de que

suas próprias falhas lhe ensinaram a encará-las com simpatia, animado pelo

amor de CRISTO, teria agora de ser um herói, a fim de fortalecer os demais.

Muitos anos mais tarde, Pedro transmitiu este mesmo recado, esta mesma

incumbência, aos líderes das muitas igrejas que existiam: “Aos presbíteros, que

estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles... Apascentai

o rebanho de DEUS, que há entre vós... E, quando aparecer o Sumo Pastor,

alcançareis a incorruptível coroa da glória” (1 Pe 5.1-4).

Há, nas três incumbências, certa progressão de pensamento:

1) “Apascenta as minhas ovelhas”. Isto refere-se especialmente a crentes jovens e imaturos, que devem ser guiados mansamente e alimentados com o genuíno leite espiritual, que é a Palavra (1 Pe 2.2).

2) “Apascenta as minhas ovelhas”. Guiar, dirigir, proteger de inimigos os discípulos mais maduros que saem a enfrentar o mundo, conservando também a disciplina do rebanho.

3) “Apascenta as minhas ovelhas”. Às vezes há crentes antigos que têm tantas fraquezas ou tentações, que exigem mais atenção pastoral que os próprios cordeirinhos.

 

Ensinamentos Práticos

1. Trabalhando durante a noite. Os infrutíferos esforços dos discípulos durante a

noite inteira lembram-nos que os obreiros cristãos mais bem-sucedidos têm

muitas experiências de fracassos e decepções. Mesmo quando estamos lutando

contra a maré, no meio das ondas e na noite escura, JESUS está nos olhando, e de

um momento para o outro pode nos revelar sua presença e mostrar-nos que,

enquanto perseveramos com paciência e esperança, nossa obra feita para o

Senhor não é em vão.

2. A consideração de CRISTO. Os Evangelhos trazem todos os sinais da

veracidade: nenhuma imaginação piegas, nenhum inventor de lendas teria

pensado em pintar um quadro do Senhor ressurreto preocupando-se com algo tão

comum e insignificante como cozinhar peixe para seus seguidores. Não há,

entretanto, nada de artificial, forçado ou desnaturado em nosso Senhor

glorificado; o que é do nosso interesse, interessa a Ele. O que é suficientemente

importante para ocupar a nossa séria reflexão é suficientemente importante para

Ele. O Senhor tem compaixão das nossas enfermidades, dos nossos sentimentos,

por mais triviais que pareçam ser. Isto nos incentiva a orar sobre todo e qualquer

assunto — lançando sobre Ele os nossos fardos!

3. A necessidade humana — a oportunidade do Senhor. Quando JESUS perguntou:

“Filhos, tendes alguma coisa de comer?”, já sabia que a resposta teria que ser

negativa; sua pergunta visava despertar neles o reconhecimento do seu próprio

fracasso. Muitas vezes, o Senhor tem que desferir um golpe mortal em nosso

orgulho e autoconfiança, a fim de nos preparar para receber da parte dEle as suas

forças. Quando nosso eu chega ao fim, Ele pode começar. Nosso limite é a

oportunidade do Senhor. “Sendo tu pequeno aos teus olhos... o Senhor te ungiu”

(1 Sm 15.17)

4. “Lançai a rede à destra do barco”. Se, após sofrer- mos algum fracasso, nos

dispusermos a escutar a voz do Senhor, Ele nos mostrará o modo certo de servi-lo.

Ele não quer repreender, denunciar, criticar; deseja, sobretudo, nos orientar.

“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça- a DEUS, que a todos dá

liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada” (Tg 1.5). Certa

missionária descobriu que, a despeito do seu muito esforço na organização,

pregação e ensino, seu ministério era um fracasso. Sentiu- se, então, levada a

deixar de lado algumas atividades para dedicar algumas horas à oração. Houve,

como resultado, uma revolução total no seu ministério. Fora levada a lançar a

sua rede no lado certo! Quando surgem os fracassos, como às vezes acontece,

devemos levá-los ao Senhor (cf. Mc 9.28,29).

5. Após a tempestade, a bonança. As incertezas do mar tempestuoso seguidas

pela segurança da praia firme; a noite de labuta seguida pelo brilho da aurora; a

ausência de CRISTO seguida pela sua presença pessoal; a dolorosa fome seguida

pela refeição que satisfaz — todos estes aspectos fazem com que a narrativa seja

uma bela figura da nossa chegada ao Céu, após a tempestuosa viagem pela vida.

6. O amor, motivação suprema da vida cristã. “Simão, filho de Jonas, amas-me?”

JESUS poderia ter perguntado: “Simão, já te arrependeste?”; ou: “Simão,

finalmente te humilhaste?”; ou: “Simão, tens certeza de ter o conceito correto

quanto à minha pessoa?”; ou: “Simão, prometes que nunca mais me negarás?”;

ou: “Simão, sempre me obedecerás?” Ao contrário, simplesmente pergunta: “Simão, amas-me?” No entanto, aquela pergunta tão singela atinge o próprio coração da vida cristã. CRISTO busca em primeiro lugar o nosso coração, a entrega de nossos afetos, pois, uma vez que assim acontece, seguir-se-ão naturalmente o arrependimento, a lealdade, a obediência e o serviço.

Quantos deveres cristãos são deixados de lado quando se diminui a frequência à

igreja ou quando as ofertas vão escasseando. Podemos achar uma centena de

desculpas para explicar o descuido. Muitas vezes, porém, a verdadeira razão

pode ser definida nas seguintes palavras: “Deixaste o teu primeiro amor” (Ap

2.4). Mesmo assim, a consciência de nossa falta de amor não deve nos

desencorajar a buscar o Senhor; temos plena consciência das nossas falhas

passadas; hesitamos quanto a oferecer ao Senhor os nossos afetos tão

minguados. JESUS CRISTO, no entanto, aceita nossos minguados recursos de amor,

porque Ele pode transformá-los em plenitude de abundância.

7. Reconhecendo o Senhor. Qual foi a demonstração concreta da verdade de ser

o Senhor a pessoa que estava na praia? Resposta: “Chegou pois JESUS... e deu-lho”.

JESUS é sobretudo o grande Doador. Neste mesmo evangelho, Ele diz com respeito ao seu Pai: “Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu”. Este é um sinal da divindade de CRISTO, que “a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto”. Dá aos homens em suas necessidades; quando os sedentos estão desmaiando, Ele faz brotar as águas, mesmo no meio do deserto ou das duras rochas. Muitos cristãos, recebendo uma bênção espiritual inesperada ou uma expressão da divina providência na sua vida, podem exclamar: “É o Senhor”!

 

Apêndice

O Evangelho de JESUS CRISTO segundo João é o mais conhecido, o mais amado

livro do mundo. Essa obra tem induzido mais pessoas a seguirem a CRISTO e

inspirado mais crentes a servirem ao Senhor que qualquer outra, através dos

séculos. Se se considera Lucas “a mais bela obra literária do mundo”, João é

ainda mais elevada, mais sublime. Ao passo que suas histórias cativam as

crianças, suas lições são insondáveis aos filósofos. João é o Evangelho Eterno, o

Evangelho de DEUS.

 

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Lição 13 - A Ressurreição de JESUS - 2º trimestre de 2015 -Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves

 

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 24.1-8

1 - E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. 2 - E acharam a pedra do sepulcro removida. 3 - E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS. 4 - E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes. 5 - E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? 6 - Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, 7 - dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite. 8 - E lembraram-se das suas palavras.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A Bíblia declara que a ressurreição de JESUS e o seu posterior aparecimento aos discípulos foram eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos: "E apareceu [JESUS] a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo" (1 Co 15.5-8 - ARA). JESUS ressuscitado é a razão da fé. A certeza para vivermos o presente e esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de CRISTO significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida eterna; que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça eterna. Ele está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um verdadeiro advogado fiel.

 

PONTO CENTRAL

JESUS CRISTO ressuscitou ao terceiro dia. Isso é confirmado por muitas infalíveis provas (At 1.3).

 

Resumo da Lição 13 - A Ressurreição de JESUS
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
1. No Contexto do Antigo Testamento.

2. No contexto do Novo Testamento.

II. A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Uma ressurreição literal.

2. Uma ressurreição corporal.

III. EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Evidências diretas.

2. Evidências indiretas.

IV. O PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS

1. Salvação e justificação.

2. A redenção do corpo.

 

 

*O Sepulcro Vazio

"Na tradição judaica da época de JESUS, os sepultamentos normalmente tinham dois estágios. No primeiro, o corpo seria lavado e ungido, a boca amarrada, e o corpo envolvido em tiras de linho depositado em uma prateleira em uma caverna. O clima quente fazia com que os corpos se decompusessem com muita rapidez e, algumas vezes, a caverna poderia ser usada por mais de um corpo, assim especiarias eram acrescentadas para atenuar o mau cheiro da decomposição."

Leia mais em Guia Cristão de Leitura da Bíblia.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, neste tópico, é interessante enfatizar que, após o sepultamento de JESUS, algumas mulheres foram ao túmulo de CRISTO: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago (Lc 24.10). Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: "Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite" (Lc 24.6,7). Aqui, estamos diante de um versículo que afirma com clareza que JESUS foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos JESUS CRISTO ressuscitado.
Conduza o seu aluno à conclusão de que a ressurreição do nosso Senhor foi um acontecimento tão extraordinário que os primeiros seguidores de JESUS, todos judeus que guardavam o sábado, passaram a observar o primeiro dia da semana, o domingo, como um dia especial. Não se pode desconsiderar o dia em que o nosso Senhor ressuscitou. Portanto, a doutrina da ressurreição é maravilhosa, confortante e enche-nos de esperança. Esperança para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente certeza de que o nosso Senhor estará conosco para sempre.


SUBSÍDIO DIDÁTICO
"Antes de JESUS sair da terra, Ele leva os discípulos fora, a Betânia. Erguendo as mãos, Ele ora para que DEUS os abençoe. Enquanto está orando, parte e é levado ao céu pelo Pai celestial. Sua ascensão significa que Ele entrou na glória (Lc 24.26), foi exaltado e entronizado à mão direita do Pai.
A partida de CRISTO, e sua ascensão, completa sua obra na terra. Seus seguidores não o verão na terra como viram no passado. Ele levou para o céu a humanidade que assumiu quando entrou na terra. Apesar de sua partida, os discípulos estão cheios 'com grande júbilo' e o adoram. Eles vieram a entender muito mais que antes. Em vez de esta separação final ser um tempo de tristeza, é ocasião de alegria, gratidão e louvor. Agora eles reconhecem que Ele é o Messias, o Filho divino de DEUS, e o adoram como Senhor e Rei.
Os discípulos esperam ser cheios com o ESPÍRITO. Eles obedecem à ordem do Senhor, e voltam a Jerusalém" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.479).
 

PARA REFLETIR - Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
-Cite os casos de ressurreição registrados no ministério de Elias e Eliseu.
Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta; em 2 Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso está em 2 Reis 13.21, em que um morto torna à vida quando toca os ossos do profeta Eliseu.
-Por que a doutrina da ressurreição dos mortos ainda não era plenamente revelada no Antigo Testamento?
Somente com o advento da Nova Aliança a doutrina da ressurreição foi demonstrada em sua plenitude (2 Tm 1.10).
-JESUS ressuscitou com o mesmo corpo com o qual foi sepultado?
Sim, apesar de transformado, CRISTO ressuscitou com o mesmo corpo físico que fora sepultado.
-Como os apologistas classificam as evidências da ressurreição de JESUS?
Os apologistas classificam essas evidências em diretas e indiretas.
-Quais os propósitos da ressurreição de JESUS?
Salvar, justificar e redimir o homem e o seu corpo mortal e corruptível.
 

CONSULTE

Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 42.

Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos

SUGESTÃO DE LEITURA CPAD

Dicionário de Educação Cristã, Dicionário Teológico e Ressurreição

 

Comentários de vários autores com algumas modificações do Pr. Luiz Henrique

Jo 20.8 – Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Lembramos aqui, ao leitor que tudo que João escreveu foi para provar aos incrédulos de sua época que JESUS CRISTO ressuscitou e que era o filho de DEUS (Jo 20.30,31)

 

Sendo João mais jovem correu mais depressa que Pedro, mas sendo mais reverente parou na entrada, mas quando Pedro chegou, com sua irreverência natural entrou correndo e ficou olhando e estudando o que havia acontecido; João agora entra e se lembra de que JESUS foi embalsamado (Jo 19.38-42) com muita mirra e aloés (cem arréteis = aproximadamente 80 Kg daquele composto) e o envolveram com lençóis como era costume judaico (enrolavam o corpo nos lençóis como múmia) e amarraram, com um lenço o seu queixo à sua cabeça para não ficar aberta a sua boca.

Vendo João que os lençóis estavam arrumados como se um corpo estivera ali dentro e o lenço à parte, separado, no lugar onde estivera antes a cabeça de JESUS, boquiaberto João creu maravilhado de que seu senhor ressuscitara com um corpo glorioso, espiritual e celeste (1 Co 15.44). Só é salvo quem crer nisso, na ressurreição de JESUS (1 Co 15.14, Rm 10.9-13).

O amigo leitor já pensou em ter um corpo assim? Nós teremos um corpo semelhante ao de JESUS quando da sua volta para nos levar para as moradas eternas (1Co 15.48; Rm 8.29,30; 1Jo 3.2).

Pr. Luiz Henrique

 

A ressurreição do Filho do Homem

Se o registro da crucificação de JESUS CRISTO fosse o fim da história dos Evangelhos! Foi justamente isso que pensavam os apóstolos na manhã da ressurreição. Não reconhecendo que seus pecados foram cravados na cruz, achavam que sua esperança foi cravada lá, v.21. O Evangelho, sem a ressurreição, não é evangelho. A ressurreição de JESUS CRISTO é uma das grandes pedras fundamentais do cristianismo.

 

O TÚMULO VAZIO, 24.1-12.

24.1 “E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”. 2 “E acharam a pedra do sepulcro removida”. 3 “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor JESUS”. 4 “E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes”. 5 “E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos”? 6 “Não está aqui, mas ressuscitou”. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, 7 “dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite”. 8 “E lembraram-se das suas palavras”. 9 “E, voltando do sepulcro, anunciaram todas essas coisas aos onze e a todos os demais”. 10 “E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam as que diziam estas coisas aos apóstolos”. 11 “E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”. 12 “Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro e, abaixando-se, viu só os lençóis ali postos; e retirou-se, admirando consigo aquele caso”.

A ressurreição de CRISTO é o nascer do Sol da justiça que dissipa as trevas espessas do Calvário.

Muito de madrugada, foram elas ao sepulcro (v.l): O grande amor destas mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia (cap. 23.55), não reconhecia perigo nem qualquer horror em visitar, no escuro de madrugada, o sepulcro evitado pelos outros discípulos, cap. 23.49.

Levando as especiarias (v.l): Não para tirar, talvez, o lençol como José de Arimatéia o deixara, mas para ungir a cabeça, os pés e as mãos feridas, e espalhar aromas sobre o corpo e em redor dele, como temos o costume de espalhar flores sobre os corpos e túmulos de nossos queridos.

Entrando não acharam o corpo... (v.3): Justamente como vem o dia em que os túmulos de nossos queridos ficarão vazios. Por que buscais o vivente entre os mortos? (v.5): Por que buscais CRISTO entre os heróis mortos do mundo? Por que buscais CRISTO entre as imagens, crucifixos e tradições dos homens? Por que buscais na letra morta da lei aquilo que se acha somente no ESPÍRITO SANTO? Por que buscais em vós mesmos, mortos, aquilo que se encontra apenas no CRISTO vivo?

Estando ainda na Galileia (v. 6): Falavam às mulheres que tinham vindo com Ele da Galileia, cap. 23.55.

LUCAS - ESPADA CORTANTE 2 - Orlando Boyer - CPAD

 

A RESSURREIÇÃO (24:1-53)

Nenhum dos quatro Evangelhos descreve a ressurreição, que, de qualquer maneira, nenhum ser humano viu. Todos, porém, ressaltam sua importância crítica, embora de maneiras grandemente diferentes. Algumas coisas existem em comum em todos os relatos, tais como o túmulo vazio, a relutância dos discípulos de crerem que JESUS ressuscitara. O fato de que os primeiros aparecimentos foram a mulheres, e o número limitado de aparecimentos. Até mesmo quando estão falando do mesmo aparecimento, cada Evangelista o conta da sua própria maneira individual (e.g. Lc 24:36ss.; Jo 20:19ss.). Coisas desta natureza tomam difícil a disposição dos aparecimentos numa sequência coerente, e alguns críticos sustentam que as discrepâncias nos vários relatos tornam impossível semelhante disposição. Que esta ideia é incorreta é demonstrado pelo fato de que Arndt, por exemplo, elaborou uma harmonia possível (assim como fizeram outras pessoas). Podemos ou não nos sentir capazes de aceitar a solução de Arndt, mas não se pode negar que ele elaborou uma sequência que abrange todos os aparecimentos mencionados nos relatos. O tesouro de Lucas e a história maravilhosa da caminhada para Emaús. Suas outras histórias da ressurreição também possuem o cunho próprio dele, e são diferentes daquilo que lemos alhures. É digno de nota que se concentra em Jerusalém e nada diz acerca dos aparecimentos do Senhor ressurreto na Galileia. O aparecimento às mulheres (24:1-11)

1. O sábado era, naturalmente, o sétimo dia, de modo que o primeiro dia da semana foi nosso domingo. O sábado teria terminado ao pôr do sol no sábado, mas pouca coisa poderia ser feita durante as horas de escuridão. Destarte, as mulheres já estavam aflitas bem cedo no domingo, e foram caminhando para o túmulo no começo da aurora. Que levaram consigo os aromas demonstram que tinham em mente a completação do sepultamento de JESUS.

2,3. Marcos nos conta que enquanto caminhavam, discutiam o problema de remover a pedra pesada da entrada do túmulo. Lucas simplesmente diz que quando chegaram, acharam-na já removida do sepulcro. Quando, mais tarde, o discípulo amado chegou ao túmulo, sentia dificuldade quanto ao entrar nele (Jo 20:5), mas as mulheres não tinham nenhuma hesitação desta natureza. Quando entraram, no entanto, não acharam o corpo.

4. Não sem motivo, as mulheres estavam totalmente perplexas. Os dois homens que agora ficaram ali com vestes resplandecentes (cf. At 1:10) evidentemente devem ser entendidos como sendo anjos. Mateus fala de um anjo que removeu a pedra e também falou as mulheres. Marcos se refere a um jovem com manto branco, a quem viram depois de entrarem no túmulo. João menciona dois anjos vestidos de branco que falaram a Maria Madalena. Fica claro que todas estas referências dizem respeito a anjos. O fato de que as vezes ouvimos falar de um, e as vezes de dois, não precisa preocupar-nos. Conforme indicam muitos comentaristas, um porta-voz destaca-se mais do que seus companheiros e pode ser mencionado sem referências aos outros. Nem sequer devemos ser grandemente preocupados porque os anjos possam estar sentados (em João) ou em pé (aqui), nem que suas palavras não são idênticas em todos os vários relatos. E critica exagerada que não permite os anjos a mudarem de posição, e não há razão alguma para sustentar que falaram uma só vez. Além disto, João fala deles em conexão com um incidente diferente. Há problemas, sem dúvida, mas a coisa principal que estas diferenças pequenas nos contam é que os relatos são independentes entre si. É possível, também, que no caso de anjos seja requerida a percepção espiritual, e que nem todos tenham visto a mesma coisa.

5-7. A reação das mulheres era de medo. Baixar o rosto para o chão era uma marca de respeito diante de seres tão grandiosos. Os anjos perguntaram primeiro: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Esta pergunta surpreendente chega imediatamente à raiz do assunto. Não se deve pensar que JESUS está morto: logo, não deve ser procurado entre os mortos. As palavras: Ele não está aqui, mas ressuscitou, são rejeitadas por muitos críticos, visto que não se acham em um dos MSS gregos importantes, e faltam nalgumas poucas outras autoridades. É argumentado que é provável que fossem importadas de Mc 16:6. Contra isto, porém, são atestadas por uma maioria esmagadora de MSS, inclusive o antiquíssimo P75. Além disto, parecem ser subentendidas pelo v. 23. Devem ser aceitas. E mesmo se não fossem, o que as palavras declaram deve ser subentendido. Os anjos passam a lembrar às mulheres que isto estava de acordo com a predição feita por JESUS enquanto Ele ainda estava na Galileia. Naquela ocasião dissera que seria crucificado e ressuscitaria no terceiro dia (cf. 9:22; este ensino continuou depois da Galileia, 17:25; 18:32-33). Mateus e Marcos omitiram esta declaração, mas nos informam, como não faz Lucas, que JESUS iria para a Galileia diante dos discípulos, e que eles O veriam ali. Talvez Lucas omitisse esta parte porque não tinha o propósito de incluir qualquer relato dos aparecimentos de JESUS na Galileia.

8, 9. Lembraram-se, e é evidente que isto lhes trouxe certa medida de convicção. Já tinham ouvido aquelas palavras antes, mas JESUS frequentemente tinha falado metaforicamente, e provavelmente tinham entendido as palavras estranhas acerca da ressurreição de alguma maneira semelhante. Agora perceberam que JESUS pretendia que Suas palavras fossem tomadas literalmente. As mulheres foram levar suas notícias aos onze e também as contaram a todos os mais que com eles estavam, i.e, os demais seguidores de JESUS que havia naquele local.

10. Lucas passa a alistar os nomes dalgumas das mulheres. Maria Madalena, a primeira a ver o Senhor ressurreto (cf. Mc 16:9), e mencionada em cada um dos quatro Evangelhos na narrativa da ressurreição. Mas a parte da sua conexão com a crucificação e a ressurreição, ouvimos falar dela somente em 8:2. Joana é mencionada somente aqui e em 8:2. Maria mãe de Tiago (Mc 16:1) e aparentemente “a outra Maria” de Mt 28:1. Estas, e as demais mulheres (que incluem Salomé, mencionada em Mc 16:1) contaram aos apóstolos o que viram e ouviram.

11. Os homens altivos, no entanto, não ficaram impressionados. Consideraram a história como delírio. Lucas sublinha este conceito ao acrescentar "e não acreditaram nelas". Os apóstolos não eram homens balançados a beira da crença, que precisassem de uma sombra de uma desculpa antes de lançar-se numa proclamação da ressurreição. Estavam totalmente céticos. Até mesmo quando mulheres que O conheciam bem contavam-lhes as experiências delas, recusaram-se a crer. É claro que uma evidência irrefutável seria necessária para convencer estes céticos.

Lucas - Introdução e Comentário - Leon L. Morris - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP - www.vidanova.com.br

 

A Ressurreição - Texto: Lucas 24.1-12

Introdução

Se a carreira de CRISTO tivesse terminado na cruz, morreriam com Ele as promessas, as profecias e a esperança de salvação para a humanidade. Mas CRISTO vive, e também a sua causa. E foi o túmulo vazio e o CRISTO ressurreto que primeiramente convenceram os discípulos desta verdade. A feliz descoberta foi feita por um grupo de mulheres que seguiam a JESUS.

I. O Amoroso Serviço (Lc 24.1)

1. Quem o fez. Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras mulheres que estavam com elas (cf. Mt 28.1; Mc 16.1; Lc 8.2,3; 23.55,56; Jo 20.1). Provavelmente dois grupos de mulheres visitaram o túmulo. Isto explica as diferenças entre as narrativas. Não era intenção dos quatro evangelistas fazer um relatório minucioso das circunstâncias que envolveram aquela Páscoa; preocuparam-se simplesmente em narrar de forma breve o fato da ressurreição de JESUS, comprovado pelos discípulos e outras testemunhas. Cada escritor o apresenta de um ponto de vista, mencionando apenas os detalhes necessários ao seu propósito. Este fato explica as diferenças de detalhes, tais como o número de mulheres, a posição dos anjos e o número deles.

2. Quando foi feito. “No primeiro dia da semana, muito de madrugada”. Segundo Mateus, “No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana”; segundo João: “No primeiro dia da semana... de madrugada, sendo ainda escuro”. Conclusão: as mulheres visitaram o túmulo bem cedo, na manhã do domingo, antes do nascer do sol e pouco tempo após a ressurreição.

3. Por que feito. “Foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado”. O embalsamamento era o costume judaico de colocar especiarias aromáticas nas ataduras em que envolviam o corpo. O propósito da visita ao túmulo indica que não esperavam um CRISTO ressurreto. O escuro pano de fundo do desespero fez brilhar ainda mais o amor destas mulheres. A morte, acreditavam, destruíra as reivindicações de CRISTO, mas não o amor que sentiam por Ele. A nação estava contra Ele, mas elas desejavam prestar-lhe uma última homenagem. É possível, também, segundo o costume da época, que tenham ido lamentar por Ele.

No entanto, seu trabalho era desnecessário, porque Nicodemos já embalsamara o corpo (Jo 19.39,40). Além disso, o Senhor ressuscitara. É certo, porém, que JESUS nunca rejeita um ato de amor. Do serviço malfeito ou errado, jamais diz: “Para que este desperdício?”

Há momentos em que a vista é maior que a fé. As mulheres tinham ouvido que JESUS ressuscitaria no terceiro dia, e mesmo assim vieram embalsamar o corpo. Como explicar isto? Viram JESUS morrer, e isto era maior que a sua fé.

Quantas vezes as coisas materiais sacodem as verdades invisíveis em que acreditamos! Na verdade, as coisas reais da vida são invisíveis. DEUS, que é invisível, é mais real que o universo visível. O lar, composto de influências invisíveis, é mais real que a casa. “As [coisas] que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2 Co 4.18). Vida espiritual não é crer no que vemos, mas ver o que cremos.

“E ele desapareceu-lhes” (Lc 24.31). Ele está ausente da nossa vista, mas não da nossa fé. “Ao qual, não havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais” (1 Pe 1.8). Virá o dia em que a fé se transformará em vista, e o veremos conforme Ele é.

II. Uma Descoberta Assombrosa (Lc 24.2,3)

“E acharam a pedra revolvida do sepulcro”. As mulheres disseram umas às outras: “Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?” (Mc 16.3). Tinham visto a grande rocha colocada à entrada do túmulo em forma de caverna, e sabiam que removê-la era trabalho para vários homens. No entanto, a exemplo dos aparentes obstáculos entre o pecador e CRISTO, a pedra já fora removida. Um anjo a deslocara (Mt 28.2), não para que CRISTO saísse, porque seu corpo glorificado podia passar por qualquer barreira, mas para deixar entrada aos primeiros arautos da ressurreição. “E, entrando, não acharam o corpo do Senhor. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito...” Sua primeira impressão foi de que os inimigos do Senhor haviam furtado o corpo para impedir o embalsamento. Maria Madalena, num impulso, correu à cidade, e comunicou seus temores a Pedro e João: “Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram” (Jo 20.2).

III. Os Visitantes Celestiais (Lc 24.4)

Enquanto Maria Madalena caminhava para a cidade, suas companheiras entraram timidamente no túmulo, e “eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes”. Os críticos afirmam que os escritores dos evangelhos não concordam na descrição dos anjos, quanto ao número, posição etc. Mas é possível que grande número de anjos estivessem presentes, tornando-se um ou dois visíveis segundo a necessidade. O fato de serem chamados “varões”, demonstra que os mensageiros celestiais, quando em missão na terra, apresentam-se na forma humana. Quase sempre apresentam um rosto humano, falando a língua dos homens (cf. Gn 18,1,2,13 e 19.2,5). Neste caso, foram as vestes resplandecentes que convenceram as mulheres de que se tratava de seres celestiais.

IV. A Mensagem Angelical (Lc 24.5-8)

1. Uma pergunta. “Por que buscais o vivente entre os mortos?” Os anjos queriam dizer: “Vocês estão surpresas de Ele não estar aqui, mas surpresa seria se estivesse. Lembrem-se de que Ele, como Filho de DEUS, prometeu voltar ao Pai. Não é razoável procurá-lo no lugar dos mortos”.

Muitas pessoas cometem o mesmo erro, hoje. A quem procura o CRISTO verdadeiro numa igreja que lhe nega a divindade e a ressurreição, podemos perguntar: “Por que buscais entre os mortos ao que vive?” Também a mesma pergunta pode ser feita àqueles que o buscam em tradições ultrapassadas e liturgias mortas.

A história a seguir foi tirada de uma revista de Escola Dominical.

“Em nossa casa havia um quadro que mostrava CRISTO dizendo suas palavras de despedida aos discípulos, a promessa suprema: ‘Eis que estou convosco sempre’. Certo dia, um vendedor judeu passou, estando eu sozinho em casa. O judeu ficou fascinado pelo quadro. Contemplou-o longamente e depois, virando-se para mim, perguntou: ‘É este o seu Messias, o seu DEUS?’ Disse-lhe que era CRISTO, o Salvador, e expliquei o significado do quadro. ‘E o que Ele diz?’ perguntou. Li a promessa escrita na parte de baixo: “E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. O judeu pensou um pouco, e, voltando-se para mim, disse: ‘Que Messias maravilhoso vocês, cristãos, têm. Ele está sempre com vocês’. Olhou mais uma vez o quadro, tomou a maleta e deixou a sala, enquanto repetia, suavemente: ‘Que Messias maravilhoso: sempre está convosco!’ CRISTO não somente morreu por nós, mas vive por nós”.

2. Uma declaração. Seguem-se palavras que são o único epitáfio apropriado a um crente: “Não está aqui, mas ressuscitou”. Estas palavras podem perfeitamente coroar o túmulo de cada cristão: “Sua verdadeira personalidade não está aqui, mas ressuscitou para estar com CRISTO”.

Podemos dizer que são mortos os cristãos, mas realmente vivem - são mortos vivos. Após um breve período chamado “morte” passam à condição permanente: a vida. Estar ausente do corpo é estar presente com o Senhor (2 Co 5.8. cf. Lc 23.43; Fp 1.23). A morte não é um estado, para o cristão, apenas uma ponte do humano para o celestial, do imperfeito para o perfeito, da canseira para o descanso. Contrário a certos ensinamentos, a expressão “adormecer”, não significa perda de consciência até ao dia da ressurreição. A morte do cristão é chamada “sono” por duas razões. Primeiro, porque o alivia dos fardos da vida; segundo, porque assim como o sono é o desligamento com o mundo externo, a morte rompe as conexões com a existência terrena. Isto, porém, não implica em estar a pessoa inconsciente. O espírito continua ativo. Ao olharmos para o túmulo de um cristão, podemos dizer: “Não está aqui, graças a DEUS. Está junto do Mestre”.

3. Uma lembrança. “Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das suas palavras”. Quando o Senhor anunciou sua morte vindoura e ressurreição, os discípulos guardaram a profecia, perguntando entre si o que seria a ressurreição dentre os mortos. Por serem espiritualmente imaturos, não a supunham literal. O anjo relembra a promessa que, corretamente interpretada, teria iluminado o sepulcro vazio e solucionado o mistério. Quantas dores desnecessárias suportamos porque, nos momentos de provações e perplexidades, esquecemos as promessas de DEUS.

“Ressuscitou, como havia dito” (Mt 28.6). Estas palavras são uma suave repreensão às mulheres, por terem esquecido as palavras do Senhor. Cultive sua memória espiritual. As vitórias espirituais, se esquecidas, amanhã parecer-lhe-ão escuras. Lembre-se das antigas batalhas e vitórias, e de como a luz da presença de DEUS transformou tudo em bênção.

A adversidade muitas vezes afasta de nossa memória as promessas que deveriam sustentar-nos: “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu DEUS te guiou” (Dt 8.2).

V. O Estranho Ceticismo (Lc 24.9-11)

As mulheres, “voltando do sepulcro, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos demais [cf. vv. 13-22], E as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”. Os apóstolos e os outros discípulos aguardavam a ressurreição, mas na realidade, era a última coisa que esperavam. A prisão e a crucificação do Mestre paralisara por um tempo a sua fé, de modo que não podiam crer no testemunho das mulheres. Descrença indesculpável, porque as mulheres viram o túmulo vazio, ouviram a mensagem dos anjos, e viram, tocaram e ouviram o próprio JESUS (Mt 28.9). Mas até esta descrença se toma em fundamento para a nossa fé, porque os apóstolos não teriam crido e pregado a ressurreição sem evidência convincente. Esta evidência, receberam-na quando o viram com seus próprios olhos, e o tocaram, e ouviram a sua voz (Lc 24.36-43).

VI. A Investigação (Lc 24.12)

Dois dos apóstolos, o amoroso João e o enérgico Pedro, resolveram investigar, e correram para o túmulo, encontrando as roupas do sepultamento (cf. Jo 20.1-10). João chegou primeiro e viu os lençóis de linho. “Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro, e, abaixando-se, viu só os lenços ali postos; e retirou-se admirando consigo aquele caso”. O lençóis eram o sinal de que o corpo não havia sido arrebatado por inimigos, que não o teriam desembrulhado. Aliás, a aparência era a de que o corpo passara através deles, sem os desenrolar. João viu e creu (Jo 20.8), mas Pedro ficou perplexo. Teria sido perturbada a sua consciência por ter negado a CRISTO? De qualquer forma, o Senhor apareceu a Ele em particular para dar-lhe segurança.

Concluindo, assim como foi impossível conservar CRISTO na sepultura, também a verdade divina não pode ficar perpetuamente suprimida. Algumas semanas após a ressurreição, os líderes judaicos, ante um milagre operado em nome de JESUS, determinaram: “Mas, para que não se divulgue mais entre o povo, ameacemo-los para que não falem mais neste nome a homem algum” (At 4.16,17). Mas não tinham como aprisionar o Evangelho de CRISTO.

Dizia um pastor, preso na Alemanha por sua posição corajosa em prol do Evangelho: “Não importa quantos obstáculos estão no caminho; não importa quantas rochas são roladas contra a Palavra de DEUS. A Palavra é como fogo, e como martelo que esmiúça as rochas”.

VII. A Evidência da Ressurreição

Agora não é mais suposição e nem pelo que o anjo disse, mas é uma realidade palpável: JESUS mesmo se apresenta vivo. primeiro à Maria Madalena e depois aos discípulos.

E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de JESUS, um à cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu JESUS em pé, mas não sabia que era JESUS. Disse-lhe JESUS: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe JESUS: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni, que quer dizer: Mestre. Disse-lhe JESUS: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu DEUS e vosso DEUS. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto. (João 20:11-18). Maria Madalena se torna a primeira evangelista do JESUS ressurreto. Começam aí uma série de aparições de JESUS em seu corpo ressurreto (Comentários extras do Pr. Henrique).

A ressurreição de CRISTO é o grande milagre do Cristianismo. Uma vez estabelecida a realidade deste acontecimento, a discussão dos demais milagres torna-se desnecessária. Sobre o milagre da ressurreição está firmada a nossa fé. Porque o Cristianismo é histórico, e baseia seus ensinamentos em acontecimentos ocorridos há quase 20 séculos, na Palestina. São estes eventos o nascimento e ministério de JESUS CRISTO, culminando na sua morte, sepultamento e ressurreição. De tudo isto, é a ressurreição a pedra de esquina, porque, se CRISTO não ressuscitou, não era o que alegava ser. Sua morte não seria morte expiadora

- os cristãos estariam sendo enganados há séculos; os pregadores, proclamando erros; e os fiéis, acalentando falsas esperanças. Mas, graças a DEUS, podemos proclamar esta doutrina: “Mas de fato CRISTO ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem!”

1. Como sabemos que Ele ressuscitou? “Vocês, cristãos, vivem na fragrância de um túmulo vazio”, disse um cético francês. É fato que os que vieram embalsamar o corpo de JESUS, naquela notável manhã de Páscoa, encontraram vazio o túmulo. Este fato não pode ser explicado à parte da ressurreição de JESUS. Quão facilmente os judeus poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores, apresentando o cadáver do Senhor! Não o fizeram, porém - porque não podiam! Quando se lhes exigia uma explicação, alegavam terem os discípulos furtado o corpo, como se um pequeno bando de homens desanimados pudesse arrancar de guardas treinados o corpo do Mestre, cuja morte parecia ter-lhes tirado todas as esperanças.

Que faremos do testemunho dos que viram JESUS após a ressurreição, muitos dos quais falaram com Ele, tocaram- no, comeram com Ele? Centenas deles ainda viviam no tempo de Paulo, segundo ele mesmo testifica. Outros, dão seu inspirado testemunho no Novo Testamento.

Como rejeitar o testemunho de homens que pregavam a mensagem com o sacrifício da própria vida? Como explicar a conversão de Paulo, antes perseguidor do Cristianismo, transformado num dos maiores missionários?

Há apenas uma resposta a estas perguntas: CRISTO ressurgiu! O túmulo vazio desafia o mundo: À filosofia, diz: “Explique este evento!”

À História, diz: “Reproduza este evento!”

Ao tempo, diz: “Apague este evento!”

À Fé, diz: “Receba este evento!”

Alguns naturalistas oferecem outras explicações: “Foi uma visão que os discípulos tiveram”. Não é possível que centenas tivessem a mesma visão. Outros dizem: “ JESUS não morreu de fato; foi tirado inconsciente da cruz”. Mas um farrapo de homem não poderia ter persuadido os discípulos de que era o Senhor da vida! São explicações tão fracas que trazem consigo a sua própria refutação. Outra vez afirmamos: CRISTO ressuscitou! De Wette, grande estudioso racionalista, depois de um exame científico, afirmou: “A ressurreição de JESUS CRISTO não pode ser mais questionada que a certeza histórica do assassinato de Júlio César”. Que firme fundamento à fé de alguém - o fato histórico de um Salvador ressuscitado!

2. O que significa a nós? Significa que JESUS é tudo quanto declarava ser: Filho de DEUS, Salvador e Senhor. O mundo respondeu às suas reivindicações com a cruz; a resposta de DEUS foi a ressurreição. Como Senhor ressuscitado, pede que dediquemos nossas vidas a Ele.

Significa que a morte expiadora de CRISTO foi uma realidade, e que os homens podem achar perdão para os seus pecados e assim ter paz com DEUS. A ressurreição completa a morte expiadora de CRISTO. Não foi uma morte comum

- porque Ele ressuscitou!

Significa que temos um Sumo Sacerdote no Céu que simpatiza conosco, que já viveu a nossa vida, conheceu nossas tristezas e enfermidades e pode dar-nos o poder de viver a vida nEle.

Significa que podemos ser batizados no ESPÍRITO SANTO e receber poder para testificar deste CRISTO ressurreto.

Significa uma vida no porvir. A objeção comum é: “Ninguém voltou para contar acerca do outro mundo”. Mas alguém já voltou de lá, sim - JESUS CRISTO. À pergunta: “Se um homem morrer, viverá outra vez?” responde a ciência: “Não sei”; a filosofia: “Deveria haver”. O Cristianismo, porém, afirma: “Porque Ele vive, viveremos nós; porque Ele ressuscitou dos mortos, ressuscitaremos também”.

Significa certeza de juízo para os pecadores. Como disse o inspirado apóstolo: “[DEUS] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17.31).

A inexorável justiça de Roma deu origem ao provérbio: “Quem quiser fugir de César, fuja para César”. Aos não-convertidos, advertimos: o juízo é certo, e a única maneira de escapar de CRISTO, o Juiz, é fugir para CRISTO, o Salvador.

Lucas - O Evangelho do Homem Perfeito - Myer Pearlman - CPAD

 

Introdução ao Capítulo 24

As mulheres que vêm cedo ao sepulcro no primeiro dia da semana, trazendo suas especiarias, encontrar a pedra removida e o túmulo vazio, Lucas 24:1-3. Eles veem uma visão de anjos, que anunciam a ressurreição de CRISTO, Lucas 24: 4-8. As mulheres retornar e dizer isso para os onze, Lucas 24:9, Lucas 24:10. Eles não acreditam, mas Pedro vai e examina o túmulo, Lucas 24:11, Lucas 24:12. CRISTO, desconhecido, aparece a dois dos discípulos que iam para Emaús, e conversa com eles, vv. 13-29. Enquanto eles estão comendo juntos, ele se dá a conhecer, e imediatamente desaparece, Lucas 24:30, Lucas 24:31. Eles voltam para Jerusalém, e anunciar a sua ressurreição para o resto dos discípulos, Lucas 24:32-35. O próprio JESUS lhes aparece, e dá-lhes a prova mais completa da realidade de sua ressurreição, Lucas 24: 36-43. Ele prega a eles, e dá-lhes a promessa do ESPÍRITO SANTO, Lucas 24: 44-49. Ele os leva a Betânia, e sobe ao céu, à vista deles, Lucas 24:50, Lucas 24:51. Eles adoram, e retornam a Jerusalém, Lucas 24:52, Lucas 24:53.

 

Versículo 1

Levando as especiarias - Para embalsamar o corpo de nosso Senhor: mas Nicodemos e José de Arimatéia tinham feito isso antes que o corpo fosse colocado no sepulcro. Veja João 19:39, João 19:40. Mas houve um segundo embalsamamento encontrado necessário: o primeiro deve ter sido apressadamente e imperfeitamente realizado; as especiarias agora trazidos pelas mulheres tinham a intenção de concluir a operação anterior.

Versículo 2

Eles encontraram a pedra removida - Um anjo de DEUS tinha feito isso antes de chegarem ao túmulo, Mateus 28:2: Neste caso, não podemos deixar de observar que, quando as pessoas têm uma forte confiança em DEUS, os obstáculos não irão impedi-los do compromisso que eles têm em amara a DEUS, mesmo porque as dificuldades desaparecerão diante deles.

Versículo 3

E não acharam o corpo do Senhor - Lucas 23:43; e o evangelista menciona o corpo particularmente, para mostrar que Ele estava sujeito à morte.

Versículo 5

Por que buscais o vivente entre os mortos? - Esta foi uma expressão que parece ser aplicada aos que estavam absurdamente se esquecendo das promessas do Senhor.

Versículo 8

Lembraram-se de suas palavras - Mesmo a simples recordação das palavras de CRISTO torna-se muitas vezes uma fonte de conforto e apoio para aqueles que estão angustiados ou tentados: as suas palavras são as palavras de vida eterna.

Versículo 10

E Joanna - Ela era a esposa de Cuza, procurador de Herodes. Veja Lucas 8: 3.

Versículo 12

E levantou-se Pedro - João foi com ele, e chegou ao túmulo antes dele. Veja João 20:2, João 20:3.

Os panos de linho por si mesmos - ou, apenas as fitas de linho. Este foi o linho fino que José de Arimatéia comprou, e envolveu o corpo de JESUS como está registrado em Marcos 15:46. Esta circunstância pode, à primeira vista parecer pequena, mas, no entanto, é uma grande prova da ressurreição de nosso Senhor. Se o corpo tivesse sido roubado, tudo o que foi envolvido nele teria sido levado com ele. O atraso que haveria com a retirada dos lençóis e do unguento do corpo de JESUS poderia levar os discípulos a serem descobertos roubando seu corpo, se isso tivesse acontecido. Nem que tivesse ocorrido esse fato os discípulos não teriam motivos para retirar os lençóis de JESUS. .Esta circunstância é ainda mais relacionada particularmente por João, em João 20: 5-7. Pedro vê as ataduras de linho, e o lenço que antes estava sobre a sua cabeça, mas não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Todas estas circunstâncias provam que o corpo que antes estava dentro dos lençóis passou por eles, sem os desenrolar.

Comentário de Adam Clarke - Evangelho de Lucas

 

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REVISTA CPAD - LIÇÃO 11 - A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 2º TRIMESTRE DE 2009

Comentários do Pr. Antônio Gilberto

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 Coríntios 15.1-10.

1 Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis; 2 pelo qual também sois salvos, se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão. 3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, 5 e que foi visto por Cefas e depois pelos doze. 6 Depois, foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. 7 Depois, foi visto por Tiago, depois, por todos os apóstolos 8 e, por derradeiro de todos, me apareceu também a mim, como a um abortivo. 9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de DEUS. 10 Mas, pela graça de DEUS, sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de DEUS, que está comigo.
 

INTERAÇÃO

Nesta lição estudaremos a doutrina da Ressurreição de CRISTO. Todavia, o texto de 1 Coríntios 15, não trata somente da ressurreição de JESUS, mas também da natureza e características da ressurreição dos justos. No primeiro caso, Paulo apresenta (vv. 3-8) quatro eventos que compõem a essência do evangelho e da mensagem cristã: A morte, o sepultamento, a ressurreição, e as provas irrefutáveis da ressurreição de JESUS, segundo as Escrituras (vv.3,4). Portanto, nesses dias de confiança na razão e de incredulidade na religião, reafirmar a crença e as evidências históricas e doutrinárias na ressurreição de JESUS é indispensável.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Ressuscitar significa despertar, levantar dentre os mortos. Converse com seus alunos sobre a imprescindibilidade dessa doutrina. Enfatize que CRISTO foi feito "as primícias dos que dormem", e os que morrerem nEle, em sua vinda ressuscitarão à semelhança de sua ressurreição.

Pergunte aos alunos: Como será o corpo da ressurreição? Diga-lhes que será:

a) Visível (Lc 24.39); b) Incorruptível (1 Co 15.42,54); c) Palpável (Jo 20.27); d) Corpo celestial (2 Co 5.1-4); e) Vivificado (Rm 8.11).

 

Palavra-Chave: Ressurreição: Tornar à vida.

 

Definição no dicionário Priberam (http://www.priberam.pt/default.aspx):

Ressurreição: do Lat. resurrectione s. fato de ressurgir; reaparecimento; renovação; por ext. cura imprevista.

 

 

Ressurreição e Ascensão

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as

Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; (1 Coríntios 15:3-4)

Data:

Acontecimento:

Local:

Textos:

33 d.C. - Madrugada

do 1º dia Domingo

As mulheres visitam o sepulcro

Jerusalém

Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-11

Sua aparição a Pedro

Jerusalém

Lc 24:34 1Co 15:5

Pedro e João Vêem o sepulcro vazio

Jerusalém

Lc 24.12; Jo 20.1-10

JESUS aparece a Maria Madalena

Jerusalém

Mc 16,9-11; Jo 20.11-18

JESUS aparece a outras mulheres

Jerusalém

Mt 28.9-19

O relato dos guardas sobre a ressurreição

Jerusalém

Mt 28.11-15

Domingo

JESUS aparece a 2 discípulos

Emaús

Mc 16.12-13; Lc 24.13.35

JESUS aparece aos 10 discípulos, sem Tomé

Jerusalém

Lc 24.36-43; Jo 20.19-25; 1Co 15:5

1 Semana depois

JESUS aparece aos discípulos, com Tomé

Jerusalém

Mc 16:14-18; Jo 20.26-31

Durante os 40 dias

até a ascensão

JESUS aparece a sete discípulos na Galileia

Mar Galileia

Mt 28:16-20; Jo 21.1-15

A grande comissão

 

Mt 28.16-20; Mc 16.14-18; Lc 24.44-49

Sua aparição aos quinhentos

Galileia

1Co 15:6

Sua aparição a Tiago

1Co 15:7

 

A Ascensão

Monte das Oliveiras

Mc 16.19-20; Lc 24.50-53; At 1:4-9

 

 

I- TODOS VÃO RESSUSCITAR

Jo 11.25- Disse-lhe JESUS: “Eu Sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.

Em Daniel 12.2 e João 5.28,29; vemos que uns ressuscitarão para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno, mostrando-nos claramente que:

1- Todos vão Ressuscitar, declaração essa contrária à doutrina que muitos pregam dizendo que quando morremos se acabou tudo;

2- Haverá dois tipos de ressurreição, uns para a vida eterna e outros para a vergonha e desprezo eterno (vão ver os salvos gozando da companhia de DEUS e não vão poder desfrutar);

3- O destino de cada um é de acordo com o que creram e fizeram, enquanto estavam vivos e aqui na terra;

4- Haverá duas ressurreições, separadas por mil anos (Ap 20.5,6; 1 Ts 4.16).

 

Quantos túmulos que têm a inscrição “Repouso Eterno ou Jazigo Perpétuo”, por causa da ignorância do homem, mas quando se ouvir a voz de CRISTO todos ressuscitarão. 

A conta tem que ser paga, ninguém dá calote em DEUS, cada um prestará contas com DEUS, os salvos, no tribunal de CRISTO sem condenação, só para receber galardão; mas o incrédulo estará diante do trono branco juízo final, para ser lançado no lago de fogo e enxofre, junto com seu companheiro Satanás. Ap 19.20; 20.10-15; 

 

II- A RESSURREIÇÃO DE JESUS:

QUAL A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS PARA A FÉ CRISTÃ? (Bíblia Ilúmina)

Mateus 28:1-10 VERSÍCULO CHAVE: Mas o anjo disse às mulheres: Não temais vós; pois eu sei que buscais a JESUS, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; (Mateus 28:5-6)

 

A RESSURREIÇÃO DE JESUS É O ALICERCE DA FÉ CRISTÃ. A ressurreição é a chave para a fé cristã. Porque?

(1) Como ele havia prometido, ele ressurgiu dos mortos. Nós podemos estar confiantes, portanto, que ele cumprirá tudo que ele prometeu.

(2) A ressurreição do corpo nos mostra que o CRISTO vivo é soberano no reino eterno de DEUS, não um falso profeta ou impostor.

(3) Nós podemos ter certeza de nossa ressurreição porque ele foi ressuscitado. A morte não é o fim, existe a vida após a morte.

(4) O poder que trouxe JESUS de volta a vida está disponível para nós trazermos o nosso ser espiritual morto de volta a vida.

(5) A Ressurreição é à base do testemunho da igreja para o mundo. JESUS é mais que um líder humano, ele é o Filho de DEUS.

 

LEITURA BÍBLICA: 1 Coríntios 15:1-11 VERSÍCULO CHAVE: Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que CRISTO morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; (1 Coríntios 15:3-4)

 

A RESSURREIÇÃO É O PONTO DECISIVO DA FÉ CRISTÃ:

Sempre haverá pessoas dizendo que JESUS não ressurgiu dos mortos. Paulo nos garante que muitas pessoas viram JESUS depois de sua ressurreição: Pedro, o discípulo (os Doze), Mais de quinhentos crentes (a maioria ainda estavam vivos quando Paulo escreveu isto), Thiago (irmão de JESUS), todos os apóstolos e finalmente Paulo em si. A Ressurreição é um fato histórico. Não seja desencorajado por pessoas que negam a Ressurreição. Seja cheio de esperança, pois um dia todos virão a prova viva quando JESUS voltar.

 

III- NOSSA RESSURREIÇÃO

O QUE QUE A BÍBLIA NOS ENSINA SOBRE A NOSSA RESSURREIÇÃO?

 

LEITURA BÍBLICA: 1 Coríntios 15:12-28 VERSÍCULO CHAVE: Ora, se se prega que CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos, como dizem alguns entre vós que não há ressurreição de mortos?

A NOSSA RESSURREIÇÃO INCLUI O NOSSO CORPO E A NOSSA ALMA.

A maioria dos gregos não acreditavam que o corpo de uma pessoa poderia ser ressuscitado depois da morte. Eles viam a vida após a morte como algo só para a alma. De acordo com filósofos gregos, a alma era a pessoa de verdade presa a um corpo físico, e na morte a alma era liberta. Não havia imortalidade para o corpo, mas a alma entrava num estado eterno. O cristianismo, no entanto, afirma que o corpo e a alma serão unidos depois da ressurreição. A igreja de Corinto estava no coração da cultura grega, desta maneira, muitos crentes tinham dificuldade em acreditar na ressurreição do corpo.

 

NOSSA RESSURREIÇÃO É CERTA POR CAUSA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO.

A ressurreição de CRISTO é o centro da fé cristã. Porque CRISTO ressuscitou, como ele havia prometido, nós sabemos que o que ele disse é a verdade – ele é DEUS. Porque ele ressuscitou, nós temos certeza de que nossos pecados são perdoados. Porque ele ressuscitou, ele vive e nos representa perante DEUS. Porque ele ressuscitou e venceu a morte, sabemos que nós também ressuscitaremos.

 

A NOSSA RESSURREIÇÃO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA PARA A VIDA ETERNA.

Nos dias de Paulo, o cristianismo levava a pessoa à execução, exclusão da família e, em muitos casos, a pobreza. Havia pouca vantagem em ser cristão naquela sociedade. O mais importante, no entanto, é que se CRISTO não tivesse ressuscitado, os cristãos não poderiam ser perdoados pelos seus pecados e não teriam nenhuma esperança de vida eterna.

 

IV- CRER NA RESSURREIÇÃO DE JESUS É BÁSICO PARA SALVAÇÃO.

É tão importante crer na ressurreição de JESUS que Paulo afirma que aquele que não crê nisso a sua fé é vã e sem sentido.

1Co 15.17 E, se CRISTO não foi ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos nos seus pecados. 18 Se CRISTO não ressuscitou, os que morreram crendo nele estão perdidos. 19 Se a nossa esperança em CRISTO só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo. 20 Mas a verdade é que CRISTO foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão ressuscitados.

 

Na verdade Paulo nos assegura que para sermos salvos precisamos não só crer na morte expiatória de JESUS, mas também na sua ressurreição dentre os mortos, sendo esta uma exigência de DEUS para nossa justificação, uma condição para sermos salvos.

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. (Romanos 10:9)

 

O CRISTO glorificado 
A visão de Estêvão At 7:55,56 
A visão de Paulo At 26:13-15 
A visão de João Ap 1:12-16

 

"Lembra-te de que JESUS. CRISTO, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho." (2 Tm 2.8).

A ressurreição do Senhor será sempre um dos mais importantes fatos de todos os tempos. Ela significa a aurora espiritual da nossa fé.

 

O Corpo Glorioso

Jo 20.8 – Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

Lembramos aqui, ao leitor que tudo que João escreveu foi para provar aos incrédulos de sua época que JESUS CRISTO ressuscitou e que era o filho de DEUS (Jo 20.30,31)

Sendo João mais jovem correu mais depressa que Pedro, mas sendo mais reverente parou na entrada, mas quando Pedro chegou, com sua irreverência natural entrou correndo e ficou olhando e estudando o que havia acontecido; João agora entra e se lembra de que JESUS foi embalsamado (Jo 19.38-42) com muita mirra e aloés (cem arréteis = aproximadamente 80 Kg daquele composto) e o envolveram com lençóis como era costume judaico (enrolavam o corpo nos lençóis como múmia) e amarraram, com um lenço o seu queixo à sua cabeça para não ficar aberta a sua boca.

Vendo João que os lençóis estavam arrumados como se um corpo estivera ali dentro e o lenço à parte, separado, no lugar onde estiver a cabeça de JESUS, boquiaberto João creu maravilhado de que seu senhor ressuscitara com um corpo glorioso, espiritual e celeste (1 Co 15.44). Só é salvo quem crer nisso, na ressurreição de JESUS, tenha certeza. (1 Co 15.14).

 

O amigo leitor já pensou em ter um corpo assim? Nós teremos um corpo semelhante ao de JESUS quando da sua volta para nos levar para as moradas eternas (1Co 15.48; Rm 8.29,30; 1Jo 3.2).

 

Certamente as doutrinas da divindade e da ressurreição do Senhor JESUS são as mais odiadas e hostilizadas por Satanás. O Evangelho que proclamamos não finda no Monte Calvário. Ele passa pelo túmulo vazio, desponta no cenáculo e segue a trajetória celestial. Se CRISTO não houvesse ressuscitado seria vã a nossa fé e nulo o nosso testemunho.

 

V- O FATO DA RESSURREIÇÃO

"Se CRISTO não houvesse ressuscitado, de Sua morte não teria havido qualquer fruto". Os dois fatos se completam. A ressurreição de CRISTO é o fato que consuma os fundamentos da fé cristã. Os "deuses" mortos a nada levam. O CRISTO ressuscitado nos conduz à presença do Pai.

1. Predito por Davi.

Como um profeta habilmente inspirado por DEUS, o rei Davi predisse a ressurreição de JESUS (SI 16.10).

2. Predito por Isaias.

O profeta messiânico no capítulo 53 de seu livro, por muitos considerados" o Evangelho do Antigo Testamento", aborda a ressurreição do Senhor, nos versos 10 a 12.

3. Predito pelo próprio CRISTO.

Lemos tais predições em vários lugares, tais como: Mt 12.38-40; 17.22,23; 20.18,19; 26.32; Lc 9.22; Jo 2.18-22,etc. Pelas Escrituras, JESUS demonstrou que já estava escrito, desde séculos passados, que o CRISTO (o Messias, o Ungido de DEUS) padeceria, para depois ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia.

 

VI- AS PROVAS DA RESSURREIÇÃO

1. As provas são Inequívocas, porque estão fundamentadas na Infalível Palavra de DEUS.

a. O túmulo vazio.

É considerado o grande troféu do Cristianismo. Um testemunho absolutamente incontestável é que exalta o extraordinário poder de DEUS. Emesto Renan, o ateísta francês do século passado, escarnecendo dos crentes declarou: "Os cristãos vivem na fragrância de um túmulo vazio". Ele cria que estava zombando dos cristãos, mas na realidade, estava proclamando uma das mais profundas verdades do cristianismo: o túmulo vazio de JESUS, prova irrefutável de que Ele venceu a morte, coisa que ninguém jamais fez, nem fará.

b. O silêncio dos fariseus e dos romanos.

Jamais qualquer pessoa destes dois grupos ousou negar a ressurreição de JESUS, tão evidente que ela se tomou. Eles odiavam essa mensagem mas não puderam refutá-la.

c. A mudança do dia de adoração dos discípulos.

A ressurreição causou um impacto tão grande na mente e no coração dos discípulos que eles fixaram em suas mentes um novo dia para suas reuniões. Deixaram o tradicional e legal sétimo dia e passaram a usar o primeiro dia da semana (Mc 16.2), isto é, o domingo.

 

2. As aparições pessoais de JESUS

a. A Maria Madalena (Mc 16.9-11; Jo 20.18).

b. A algumas mulheres (Mt 28.9,10)

c. A Pedro, no domingo da ressurreição (Lc 24.34; 1 Co 15.5).

d. Aos dois discípulos, no caminho de Emaús (Mc 16.12; Lc 24.13-35).

e. Aos discípulos (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.19,20).

f. Aos onze discípulos com Tomé (Jo 20.26).

g. Aos sete discípulos, no Mar da Galileia (Jo 21.1).

h. A quinhentos irmãos (1 Co 15.6).

i. A Tiago (1Co 15.7).

j. A Paulo (como um abortivo).

 

Há outras aparições, mas cremos que estas são suficientes.

 

VII- OS RESULTADOS DA RESSURREIÇÃO

A ressurreição do Senhor JESUS não é um fato isolado e inconsequente. São muitos os resultados que dele emanaram. Estudemos alguns:

1. JESUS está vivo.

Se CRISTO não houvesse ressuscitado, seria um defunto. Se Ele fosse um defunto, a igreja não seria a Esposa do Cordeiro (Ap 21.9), e sim sua viúva Mas Ele de fato ressuscitou e está vivo para sempre. E porque vive, intercede pelos seus (Hb 7.25) e também pelos transgressores (ls 53.12).

2. Ele está presente.

O CRISTO ressuscitado é um CRISTO onipresente (Mt 28.20b). Por toda parte podemos sentir a manifestação dessa presença gloriosa e amiga. Ele está inspirando os pregadores que proclamam sua Palavra, as ações dos que proclamam. Entemecidamente está salvando os que nEle crêem, de todo o coração.

3. Ele está conduzindo a Igreja.

O CRISTO ressuscitado é Senhor, Rei e Cabeça da igreja. Como Senhor, todos lhe servimos de coração. Como Rei, dita as normas de ação de seu governo; como Cabeça nos mantém junto a Si, inseparavelmente ligados, pois somos o seu corpo: o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas (Cl 1.18; Ef 1.23). Ele é quem dá ministros à igreja (Ef 4.11,12). Ele dá dons aos homens (Ef 4.8). A Igreja O glorifica. exalta, louva e adora.

4. Ele está unindo a igreja.

Se CRISTO não estivesse realmente vivo não poderia executar o milagre de reunir em um só corpo homens e mulheres de todas as raças tribos e nações (Ap 5.9). Veja o que Ele mesmo diz em Ap 1.17, 18.

5. Ele está batizando a Igreja.

Isso prova que CRISTO ressuscitou e está vivo, Ele continua batizando os salvos com o ESPÍRITO SANTO.

6. JEUS continua fazendo milagres e maravilhas.

Alguém duvida disso? Basta assistir um pouquinho de Tv ou ir a algum culto em legítima Igreja de CRISTO.

7. Ele voltará brevemente.

Se CRISTO não estivesse vivo, não teríamos razão de esperá-lo a segunda vez. Mas Ele está vivo! Ele voltará! A cada dia, e em todos os lugares, os sinais estão acontecendo. O CRISTO ressuscitado está às portas. O Rei está voltando.

 

VIII- OS PROPÓSITOS DA RESSURREIÇÃO

 A compreensão natural do homem pecador não está apta a discernir os elevados propósitos de tão extraordinário acontecimento. Temos que ter a mente de CRISTO para avaliar as razões, profundas e misteriosas, de Sua ressurreição.

1. Demonstrar sua divindade.

A não ressurreição de JESUS tê-lo-ia deixado no túmulo, no mesmo nível dos demais homens. Ele teria sido apenas um mortal a mais. Através de Sua ressurreição o Pai declarou solenemente sua divindade (Rm 1.4). Pela ressurreição, CRISTO demonstrou ser impossível à morte detê-lo (At 2.24). Por causa de uma deliberada e amorosa vontade de salvar os homens, o Pai permitiu a JESUS ficar por três dias na região de sombra da morte, mas a sua divindade não lhe permitiu ficar entre os mortos, pois Ele é o Senhor da vida.

2. Aniquilar o medo.

"Não vos atemorizeis" , disse o anjo às mulheres (Mc 16.6). O medo, como estado, paralisa a pessoa, tira o ânimo e conduz à morte.
Foi o medo a primeira consequência do pecado: "Tive medo e me escondi " (Gn 3.10). JESUS muitas vezes bradou com autoridade: "Não temas" (Mt 10.26; 14.27;28.10; Mc 5.36; Lc 5.10; 8:50; 12.7; 12.32).

3. Garantir a nossa justificação.

Ao entregar-se à morte, na Cruz do Calvário, JESUS lançou a base do edifício de nossa justificação, que somente se tornou concluído com sua ressurreição (Rm 4.25).

4. Tornar-se as primícias dos que dormem.

Os atuais habitantes do Céu sabem que algum dia, a igreja do Senhor subirá, para lá também habitar. Eles olham para o CRISTO ressuscitado, sentado à destra do Pai e, sabendo que Ele aqui embaixo provou a morte e sobre ela triunfou mediante a ressurreição, sabem também que na sua ressurreição consiste na garantia da nossa. Ele subiu primeiro. Nós subiremos depois.

5. Dinamizar a pregação.

A crença na ressurreição de JESUS, produziu uma nova transformação na vida dos discípulos. Antes eram homens fracos, medrosos e desprezados (Lc 24.37,38). Veja por exemplo o intrépido Pedro, que negou o seu mestre por três vezes. Cf. Lc 22.34,54-60.

Após a ressurreição surgem como propagadores alegres, militantes e agressivos. Será que uma crença equivocada em supostas aparições, produziria uma convicção contagiante como a dos discípulos?

6. Quantos deram suas vidas, defendendo essa ressurreição? Será que morreriam em vão?

Um grande exemplo está marcado na memória do mundo, o Coliseu, em Roma, palco do derramamento do sangue de milhares de cristãos que testificaram assim a morte e ressurreição de JESUS.

 

 IX- A RESSURREIÇÃO DO CORPO (BEP-CPAD)
1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?”
A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de DEUS, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.
(1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária.

(a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que CRISTO oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25).

(b) O corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do ESPÍRITO.

(c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).
(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do 
NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.11; 1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.
(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de CRISTO (ver Mt 28.6; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).
(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será:

(a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31);

(b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1);

(c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42);

(d) um corpo glorificado, como o de CRISTO (15.43; Fp 3.20,21);

(e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43);

(f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44);

(g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).
(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:

(a) para que os crentes venham a ser tudo quanto DEUS pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9);

(b) para que os crentes venham a conhecer a DEUS de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3);

(c) a fim de que DEUS expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1Jo 4.8-16).
(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de CRISTO, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em CRISTO antes do dia da ressurreição deles (15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de CRISTO. Nunca mais experimentarão a morte física.
(7) JESUS fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).

 

Faça a seus alunos a seguinte pergunta: Como será o corpo da ressurreição?

Diante do estudo logo acima (A RESSURREIÇÃO DO CORPO), coloque as respostas no quadro e explique-as com todo cuidado.

   

Exercício:

Como será o corpo da ressurreição?

Respostas corretas são:

a) Visível (Lc 24.39); 

b) Incorruptível (1 Co 15.42,54);

c) Palpável (Jo 20.27);

d) Vivificado (Rm 8.11).

    

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico - "A ressurreição"

A ressurreição de JESUS como um evento real e histórico tem sido a pedra de esquina do cristianismo através dos séculos. O fato de que isso é crido por inúmeras pessoas por uma sucessão ininterrupta de gerações, tem dado pouca oportunidade para o surgimento de repentinos "mitos de JESUS" ou lendas. Além disso, sempre podemos comparar a crença moderna com milhares de escritos antigos do Novo Testamento, e com escritos não-cristãos, para verificar a coerência de vários relatos e garantir a exatidão histórica na doutrina e nas crenças. Diferente de outras religiões, o cristianismo é baseado em fatos históricos. Ele não é uma filosofia ilusória. Se a ressurreição de JESUS nunca tivesse acontecido, não haveria absolutamente nenhuma base para a igreja cristã. Ela não existiria. Como vimos, há uma história contínua da igreja sem interrupção. Podemos voltar ao passado recorrendo aos documentos mais antigos da igreja (primeiros manuscritos do Novo Testamento) e encontrar o dogma essencial da igreja, que permanece o mesmo. Os muitos mártires da fé cristã morreram todos por essencialmente uma coisa - defender o fato histórico de que JESUS CRISTO ressuscitou dos mortos. Os inimigos da igreja esperavam que a execução dos líderes da igreja fizesse a expansão do cristianismo cessar. Em vez disso, aumentou a determinação dos cristãos e fornece evidências pungentes da historicidade da ressurreição de JESUS às gerações posteriores." (MUNCASTER, R. O. Examine as evidências. RJ: CPAD, 2007, pp. 409-10.)

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996.

MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas. RJ: CPAD, 1995.

SAIBA MAIS Revista Ensinador Cristão, CPAD.

 

APLICAÇÃO PESSOAL

A Bíblia declara que seremos como JESUS quando o virmos por ocasião de sua vinda (1 Jo 3.2). Nossos corpos serão gloriosos e dotados de esplendor e beleza; serão corpos poderosos e apropriados às regiões celestiais. Essa mudança será repentina e sobrenatural. Isto acontecerá ao soar da última trombeta. Então, encontrar-nos-emos com o Senhor nos ares; e, com Ele estaremos para sempre (1 Ts 4.17).

Não são poucos os que, amedrontados com as guerras e a poluição ambiental, dizem que já não nos resta qualquer esperança. Mas DEUS não permitirá que as circunstâncias lhe prejudiquem os planos, nem que lhe frustrem os decretos. O certo é que JESUS voltará, e porá fim à corrupção, à miséria e às artimanhas. Ele instaurará o seu reino glorioso.

 

Se Judas havia morrido, e Matias, seu substituto, ainda não havia sido empossado, como JESUS poderia ter aparecido aos doze apóstolos?

Texto-base: 
“E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze” (1Co 15.5).

Analisando os eventos da aparição de JESUS após sua ressurreição, encontramos a informação, do apóstolo Paulo, de que JESUS apareceu aos doze apóstolos logo ao deixar a tumba. A dúvida gerada é: se Judas havia morrido e Matias ocupou seu lugar tempos depois, JESUS não deveria ter aparecido somente para onze discípulos? Por que Paulo citou doze ao escrever aos crentes de Corinto? Isso não afeta e denigre a inspiração da Bíblia e a crença na ressurreição de JESUS?

Primeiramente, “é um erro comum, não raramente feito pelos cristãos, mas também pelos não cristãos, pensar que a ressurreição de CRISTO é crida pela Igreja cristã com base na inspiração da Bíblia, colocando-se, assim, em primeiro lugar, a crença na inspiração e, depois, como resultado dela, a crença na ressurreição [...] A crença na ressurreição de CRISTO existia durante quase uma geração antes de serem escritos os primeiros documentos do Novo Testamento [...] Por ser esta a ordem histórica, é também a ordem lógica”. Ou seja, a ressurreição é verdadeira por si só, pelas testemunhas oculares, pelas inúmeras provas históricas e, para os cristãos da Igreja primitiva, isso não dependia do fato de a Bíblia ser inspirada ou não. As Escrituras trataram apenas de documentar esse evento. 

Em segundo lugar, os opositores da Bíblia e da ressurreição de JESUS vão dizer que são poucos e contraditórios os argumentos cristãos que defendem esse acontecimento sobrenatural. Mas isso não condiz com a verdade. Devido à prolixidade do assunto, não serão debatidas, neste espaço, as provas da ressurreição, mas somente a aparição de JESUS “aos doze”.

Os cristãos não têm apenas parcos argumentos da ressurreição de CRISTO, como dizem os opositores. Não são apenas dois ou três argumentos a favor, mas inúmeros. Ao longo do tempo, todas as dúvidas postas pelos críticos foram respondidas com muito requinte pelos teólogos e apologistas. Basta pesquisar em bons livros de teologia e apologética, por exemplo, que as defesas elaboradas são muitas e totalmente convincentes. A verdade é uma só, como sempre ocorre: as críticas são fundamentadas em pressupostos “viciados”. Se o crítico partir para uma análise partidária de qualquer disciplina cristã, de forma tendenciosa, prevendo um final que lhe interessa, tentando tão-somente “desmascarar” os pontos imprescindíveis da fé, sua análise não será verdadeiramente séria e, no fundo, inclinará aos seus interesses particulares. 

Em terceiro lugar, a negação da ressurreição de CRISTO coaduna melhor com os ideais filosóficos e materialistas dos céticos. O próprio JESUS alertou sobre o fato de que muitas pessoas preferem viver à margem da verdade ética, moral, religiosa, porque seus hábitos não são condizentes com os princípios estabelecidos por Ele e pelo evangelho (Jô 3.19-24). Todavia, isso não significa que todos os intelectuais não-cristãos são céticos quanto à ressurreição ou que não há possibilidade de admiti-la sob hipótese alguma. 

Em quarto lugar, não há contradições nos relatos bíblicos das aparições de JESUS aos seus apóstolos e seguidores. A sequência das aparições é a que segue: 
 

Aparição de JESUS ressurreto

Referências bíblicas

1) A Maria Madalena

Marcos 16.9

2) Às mulheres que retornavam da tumba

Mateus 28.8-10

3) A Pedro, em Jerusalém

Lucas 24.34

4) Aos dois discípulos que iam para Emaús

Marcos 16.12 e Lucas 24.13-32

5) Aos dez discípulos

João 20.19-25

6) Aos onze discípulos

João 20.26-29

7) Aos sete discípulos junto ao Mar da Galileia

João 21

8) A mais de 500 pessoas

1Coríntios 15.6

9) A Tiago

1Coríntios 15.7

10) Aos onze discípulos em um monte da Galileia

Mateus 28.16

11) No Monte das Oliveiras, em Betânia

Lucas 24.50-53

12) Ao apóstolo Paulo no caminho para Damasco

Atos 9.3-6 e 1Coríntios 15.8


O apóstolo Paulo menciona poucas pessoas e situa Pedro em primeiro lugar. Isso, no entanto, tem uma explicação: “Paulo não deu uma lista completa, mas somente a que tinha importância para o seu propósito. Desde que apenas o testemunho de homens era considerado legal ou oficial no primeiro século, é compreensível que o apóstolo não tenha listado mulheres na defesa que ele fez da ressurreição”. 

Em último lugar, tanto Paulo (1Co 15.5) quanto Marcos (Mc 16.14; Jo 20.19-25) redigiram números cheios naturalmente, pois utilizavam o termo no sentido coletivo, tendo em mente o colegiado apostólico e não um número definido de pessoas. “A expressão, ‘os doze’, entretanto, era usada como termo genérico para se referir aos apóstolos originais de CRISTO, designando seu ofício apostólico e não seu número exato”. 
 

Afinal, o testemunho de JESUS é verdadeiro ou não?
Textos-base: 
“Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro” (Jo 5.31).
“Respondeu JESUS, e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro” (Jo 8.14).
Diante desses dois textos que aparentam contrariedade, devemos perguntar: 
• O testemunho de JESUS só pode ser validado por outro homem? 
• O testemunho a respeito de si próprio é válido? 
• Por que precisava de outros testemunhos?

Para responder à primeira e à terceira pergunta, temos de ser sinceros e aceitar que realmente alguém só deveria ser acreditado se pudesse provar, por testemunhas, suas reivindicações. Se alguém testemunhasse de si mesmo às autoridades rabínicas, diante de um tribunal, seu testemunho não seria considerado válido. Ora, esse não é o procedimento normal, até mesmo na sociedade contemporânea, alguém apelar para a justiça dos homens quando seu caso é julgado diante de um juiz? Isto é, de alguma forma, JESUS necessitava de algum tipo de testemunho a seu respeito para que provasse sua messianidade, por exemplo. JESUS não precisava testemunhar de si próprio que Ele era o Messias tão esperado pelos judeus, mas, para que os judeus acreditassem nele, outras pessoas deveriam dar testemunho a seu respeito. Para isso, JESUS contava com testemunhas externas. E teve essa prova em diversas ocasiões. Em resumo: seus milagres foram vistos por inúmeras pessoas. João Batista deu testemunho a seu respeito (Jo 1.7,15,19). E o próprio DEUS deu testemunho de JESUS em dois episódios: no batismo e no momento da transfiguração (Mt 3.16,17; 17.5). 

É relevante atentar para a história do povo hebreu. A vinda de um Messias, salvador e libertador, era um pensamento normal na cultura judaica. O povo judeu, por diversas vezes, esteve sob jugos estrangeiros: egípcios, babilônicos, persas, gregos, sírios, romanos, entre outros. Na época dos juízes, ainda que as pressões sobreviessem dos povos semitas, alguns “parentes” dos judeus, DEUS levantava juízes que, na verdade, eram libertadores do domínio inimigo. Não foram poucos os anos passados em terras distantes, estranhas e em situações adversas. Por isso, o assunto sobre a vinda de um Messias enchia de esperança o povo judeu. Chegando o tempo proposto por DEUS o Messias veio, porém, os judeus estavam equivocados quanto às suas atribuições. 

Em João 1.41, o discípulo André disse a seu irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias (que, traduzido, é o CRISTO)”. Filipe disse a Natanael: “Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: JESUS de Nazaré, filho de José” (Jo 1.45). Ao dialogar com JESUS, a mulher samaritana disse: “Eu sei que o Messias (que se chama o CRISTO) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo” (Jo 4.25). Ao que JESUS, prontamente, respondeu: “Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo 4.26). Daí em diante, a mulher passa a testemunhar de JESUS. “Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o CRISTO? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele. E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito” (Jo 4.29,30,39). 

Esses exemplos provam que as pessoas têm necessidade de testemunhar sobre JESUS. Ou seja, Ele não precisava falar de si próprio que era o Messias prometido no Antigo Testamento. Os testemunhos a respeito de JESUS procederam de pessoas simples, sinceras, e eram testemunhos verdadeiros (se bem que não de todos). A questão do “testemunho de JESUS não ser verdadeiro” deve ser entendida no sentido de que “palavras sem a necessária confirmação de santidade e poder não convencem. Os judeus, baseados nos seus preconceitos, atribuíram maldade a JESUS. E JESUS, por sua vez, defendendo suas reivindicações messiânicas, apela para a regra bíblica que exigia duas testemunhas (Nm 35.30; Dt 17.6)”. 

Em suma, a resposta à segunda pergunta (O testemunho a respeito de si próprio é válido?) é afirmativa: SIM! JESUS não era somente o Messias prometido, mas também DEUS encarnado. Sendo assim, apenas o testemunho humano não é pleno. Ora, JESUS falava com propriedade do que já havia experimentado na eternidade. Ao orar ao DEUS Pai, disse: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5). Para Nicodemos, asseverou: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” (Jo 3.13). 

O texto de João 8 sugere que a discussão tinha a ver com o perdão de JESUS outorgado à mulher pecadora. Quando JESUS diz “quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”, obviamente está se referindo a algo muito maior do que ter o messianismo endossado pelos judeus. Fala de algo espiritual, místico, metafísico e, neste sentido, Ele não precisa do endosso de um ser humano. Tanto é assim que os fariseus disseram a JESUS: “Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro”. Ao que JESUS rebateu: “Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou” (Jo 8.13,14).

Pelo fato de JESUS ser o Emanuel (DEUS conosco), não necessita de provas humanas. JESUS, como todo bom judeu, conhecia bem as normas e os regimentos prescritos aos judeus e, logicamente, como em outros casos muito mais complexos, não os violaria. Contudo, no caso em questão, CRISTO não falava como um simples judeu, mas, sim, como o Soberano do Universo, por isso não precisava de testemunhos. Até porque, os inquiridores de JESUS não estavam aptos a testemunharem a respeito dele, e muito menos a aceitarem seu próprio testemunho.

Norman Geisler arremata: “O testemunho de JESUS não era verdadeiro: oficialmente, legalmente e para os judeus, mas era verdadeiro “factualmente, pessoalmente e em si mesmo”. JESUS tinha os testemunhos completos: das pessoas alcançadas por Ele, de, até mesmo, alguns de seus inimigos e dele próprio.
 

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Teológico

"A ressurreição de CRISTO

Era o tema central da pregação da Igreja Primitiva. Devemos tê-la também como o centro de nossa mensagem, porquanto ela é a garantia de nossa própria ressurreição. A ressurreição de CRISTO é a base de nossa fé e esperança. Uma das grandes afirmações do Novo Testamento encontra-se nestas palavras de JESUS: '... porque eu vivo, e vós vivereis' (Jo 14.19). Paulo classifica a ressurreição de mistério; algo que não havia sido revelado nos tempos do Antigo Testamento, mas que agora é-nos descoberto: 'Eis aqui vos digo um mistério' (1 Co 15.51-54). Tal como o corpo de JESUS, o corpo ressurreto, do qual Ele é a vida animadora, não será nem este corpo mortal que hoje possuímos, nem o espírito desencarnado, mas um corpo espiritual. Um corpo real e espiritual".

 

 

APLICAÇÃO PESSOAL

Receberemos do Senhor um corpo glorioso. A lei da gravidade não é mais forte do que nosso novo tabernáculo. Subiremos às nuvens para nos encontrar com o Senhor. Tudo o mais ficará preso à temporalidade e a gravidade deste mundo. Mas os salvos, juntos do Senhor, descansarão de sua militância; de nossas agruras terrenas não nos lembraremos mais (2 Co 5.1,2). Tudo será passado, e a única coisa importante será a eternidade que passaremos com o Senhor. Nossos corpos mortais serão revestidos de imortalidade. Nossos corpos naturais revestir-se-ão de espiritualidade. Não sentiremos mais cansaços físicos, pois nossos novos corpos não se enfadam. Não sofreremos mais as longas primaveras da vida, pois seremos revestidos de glória, jamais envelheceremos. O "mortal", diz Paulo, será "absorvido pela vida" (2 Co 5.1-4). Maranata!

 

A RESSURREIÇÃO DE JESUS

É com muita alegria que estamos estudando este precioso assunto.

Certamente as doutrinas da divindade e da ressurreição do Senhor JESUS são as mais odiadas e hostilizadas por Satanás. O Evangelho que proclamamos não finda no Monte Calvário. Ele passa pelo túmulo vazio, desponta no cenáculo e segue a trajetória celestial. Se CRISTO não houvesse ressuscitado seria vã a nossa fé e nulo o nosso testemunho. 

 

 

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A RESSURREIÇÃO DE JESUS

O milagre da Páscoa é o âmago da fé e da mensagem cristã. A ressurreição e a cruz são os temas principais do livro de Atos e das Epístolas. Em seu discurso no dia de Pentecostes (At 2.24), Pedro fala daquele “ao qual DEUS ressuscitou, soltas as ânsias da morte”. Esta frase ou alguma expressão equivalente ocorre por diversas vezes em Atos (At 3.154.105.3010.4013.23,30,3726.8) e da mesma maneira nas Epístolas de Paulo (Rm 8.1110.91 Co 6.1415.152 Co 1.94.14Gl 1.1Ef 1.201 Ts 1.10; cf. 1 Pe 1.21). A morte expiatória de CRISTO e a sepultura vazia são mencionadas juntas por nosso Senhor no que pode ser chamado de um complexo de redenção. O Senhor associou as duas em seu ensino (Mt 16.2120.18,19Mc 8.319.3110.33,34Lc 18.32,33Jo 10.17,18), e o apóstolo Pedro faz o mesmo (1 Pe 1.2-43.18ss.).

 

A TEOLOGIA DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A ressurreição é a prova miraculosa de que o Senhor JESUS CRISTO fez a expiação pelo pecado (At 2.24,3813.37,38Rm 1.4), e venceu a morte (2 Tm 1.10Ap 1.18). Através dela, ele foi declarado como sendo o Senhor e CRISTO (At 2.32-36) e o Filho de DEUS com poder (Rm 1.4Fp 2.6-11; cf. At 13.33). Como o primogênito dentre os mortos, ele foi declarado o Cabeça da Igreja e o Soberano do universo (Cl 1.16-18Ef 1.19-23; cf. Hb 1.3). Ele mesmo é a ressurreição, aquele que concede a vida eterna (Jo 11.25). Quando ressuscitou dos mortos e subiu às alturas, Ele enviou o ESPÍRITO SANTO (At 2.33,38; cf. Jo 15.2616.7).

E o Senhor ressurrecto que, como nosso Sumo Sacerdote, apresentou o seu sangue sacrificial a DEUS, o Pai (Hb 10.19-22; cf. 8.310.10-14), agora intercede por nós (Rm 8.341 Jo 2.1), e é habilitado e ordenado para tirar os selos dos juízos no fim dos tempos (Ap 5.1-7) e ser o juiz final do homem (Jo 5.21,22At 10.4217.31).

Soteriologia da ressurreição. Para que o pecado do homem seja expiado, deve haver uma vida perfeita de justiça, vivida em completa obediência à santa lei de DEUS, para ser oferecida “sem mácula”; CRISTO realizou esta importante obra através de sua vida (Rm 5.1910.4Hb 4.155.8,9). Também deve haver uma expiação satisfatória para os pecados do homem e a lei infringida que exige a pena de morte (Rm 6.23), e isto Ele proveu submetendo-se à morte como o nosso substituto. DEUS mostrou sua absoluta satisfação com a obediência ativa e passiva de CRISTO, ressuscitando o seu Pilho dos mortos, e assim atestando que sua obra que visava alcançar a nossa justificação foi aprovada e aceita (Rm 4.25).

Escatologia da ressurreição. A ressurreição revela a vitória completa e final sobre a morte e o pecado, e sobre os seus efeitos no homem e na criação. Pelo fato de CRISTO ter ressuscitado, os crentes também ressuscitarão em corpos transformados (1 Co 15). Por meio deste mesmo fato, a natureza também será libertada da maldição. Esta é a explicação da ressurreição do crente ou a manifestação dos filhos de DEUS através da “redenção do nosso corpo”, e a remoção da “servidão da corrupção’’ na segunda vinda de CRISTO serem mencionados como ocorrendo simultaneamente em Romanos 8.1823־ (cf. Is 11.6- 1265.25Zc 14.5).

 

Negações da Ressurreição

Têm sido sugeridas várias teorias que negam a ressurreição corpórea de CRISTO.

Teoria da fraude. Seus discípulos roubaram o seu corpo da sepultura e o esconderam em algum lugar. Esta opinião falha em explicar como os supostos covardes tornaram-se homens corajosos da noite para o dia, e também ignoram o fato da presença da guarda romana. Esta teoria presume que a mentira dos soldados deva ser aceita ao invés do testemunho dos crentes em CRISTO. Uma variação desta opinião é que os inimigos de CRISTO roubaram o corpo e o esconderam. Por que, então, eles não usaram isto mais tarde para refutar as alegações dos discípulos de que o Senhor havia ressuscitado?

Teoria da alucinação. Os discípulos apenas pensaram ter visto JESUS. Esta teoria falha em levar em conta o fato de que eles sentiram suas mãos e seus pés, falaram com ele, e comeram com ele e ele com eles (Lc 24.42,43). Uma variação disto é a teoria da razão histórica de Richard Niebuhr, de que os discípulos tinham uma lembrança histórica tão vivida de CRISTO, que pensavam e falavam dEle como se Ele estivesse vivo. Esta opinião falha pelas mesmas razões que as da teoria da alucinação. Além disso, como na teoria anterior, ela deve negar a sepultura vazia.

Teoria da visão objetiva. DEUS concedeu aos seguidores de JESUS visões reais para lhes dar a certeza de que o ESPÍRITO de JESUS havia sobrevivido. Esta opinião, da mesma forma, não consegue levar em conta a sepultura vazia, nem o seu corpo tangível em suas aparições. Teoria do corpo espiritual transformado. A fim de tentar explicar como os lençóis foram deixados intactos e como o CRISTO ressurrecto passou através de uma porta fechada, alguns têm afirmado com base em uma interpretação errônea de 1 Coríntios 15.44 que JESUS ressuscitou com um corpo completamente ״espiritual”, completamente imaterial; porém Ele comeu na presença de seus discípulos.

Teoria do desmaio. CRISTO estava apenas desmaiado e seus discípulos o raptaram da sepultura e o reanimaram. Esta opinião envolve os discípulos em uma fraude. Enganadores não arriscariam a vida mais tarde por causas justas como fizeram os discípulos. Esta teoria falha em fazer justiça ao exame e pronunciamento dos soldados romanos de que JESUS estava morto. Isto é ainda mais aviltante para os fundadores da Igreja primitiva.

Teoria da sepultura errada. Kirsopp Lake sugere que as mulheres foram para a sepultura errada e encontraram um estranho, de quem elas fugiram. Esta é uma tentativa um tanto desesperada de explicar o fenômeno que Lake considera a priori impossível, isto é, o milagre de uma ressurreição. Esta teoria falha em explicar tanto a experiência dos soldados tomando conta da sepultura na qual JESUS estava sepultado, como o fato da sepultura da qual as mulheres fugiram estar vazia.

 

PROVAS DA RESSURREIÇÃO

A validade da ressurreição de CRISTO baseia- se na certeza da morte e sepultamento de JESUS e no selamento da sepultura, a pedra removida e a sepultura vazia, a condição ordenada dos lençóis, e no registro de dez diferentes aparições físicas do JESUS ressurrecto. As aparições são atestadas em seis relatos - em todos os quatro Evangelhos, em Atos e 1 Coríntios 15:

1.       A Maria Madalena (Jo 20.11-18).

2.       Às outras mulheres (Mt 28.9,10).

3.       A Pedro, em particular (1 Co 15,5Lc 24.34).

4.       A Cleopas e seu companheiro na estrada para Emaús (Lc 24.13-35).

5.       A dez dos apóstolos em uma sala trancada (Jo 20.19-25Lc 24.36-43).

6.       A Tomé e aos outros uma semana depois (Jo 20.26-29).

7.       A mais de 500 discípulos em uma ocasião (1 Co 15.6). E provável que este fato tenha ocorrido na Galileia, como cumprimento de Mateus 28.7,8 e Marcos 16.7. Esta pode ter sido a mesma ocasião em que o Senhor JESUS encarregou os seus seguidores da grande tarefa de evangelização (Mt 28.16-20).

8.       A Tiago, o irmão do Senhor (1 Co 15.7).

9.       A sete discípulos perto do Mar da Galileia (Jo 21.1-23).

10.     Aos apóstolos e talvez a outros em Jerusalém no momento de sua ascensão (Lc 24.50-52At 1.4-9).

Outras aparições como estas são mencionadas em Atos 1.3.

A ressurreição de CRISTO é historicamente atestada por: (1) o fato da súbita mudança na vida dos apóstolos - os 11 se comportaram de forma covarde na ocasião da crucificação, mas se comportaram como homens prontos a dar suas próprias vidas 50 dias depois no Pentecostes; (2) a descida do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes, em cumprimento à promessa do Senhor JESUS (Jo 14.1615.2616.7; cf. 7.37-39At 2.32,33); (3) a mudança do dia de adoração do sábado judaico para o primeiro dia da semana, como um testemunho do dia em que CRISTO ressuscitou; (4) o súbito e espantoso crescimento da Igreja cristã; (5) a existência do NT, cuja mensagem depende da autenticidade da ressurreição.

A ressurreição corpórea de JESUS CRISTO é o acontecimento mais bem atestado na história antiga. E como Merril) C. Tenney resume: “A ressurreição é relevante para a necessidade humana de propósito e segurança... O evento está fixado na história; a dinâmica é potente para toda a eternidade” (The Reality ofthe Ressurrectton, p. 19). R. A. K. Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD

 

A RESSURREIÇÃO DO CORPO

A ressurreição do corpo é uma ideia distintamente bíblica. Os gregos, e a filosofia grega em geral, tinham pouco respeito pelo corpo, considerando-o um estorvo, e ensinavam apenas a imortalidade da alma. A Bíblia vê o homem criado tanto com o corpo como com a alma, e, portanto, incompleto durante o estado intermediário até que receba o seu corpo ressurrecto. O NT acrescenta à mera ideia de uma ressurreição do corpo a revelação de que os cristãos terão um corpo glorificado como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.211 Jo 3.2).

Ressurreição no AT. A doutrina de uma ressurreição corpórea é claramente ensinada no AT, particularmente em Jó (Jó 14.13-1519.23-27), nos Salmos (Sl 16.9-1149.14ss.), Isaías (Is 26.19) e Daniel (Dn 12.2). A existência consciente da alma entre a morte e a ressurreição também é claramente afirmada. O fato de ser falado mais da condição dos ímpios do que dos justos no estado intermediário não diminui o fato dos mortos permanecerem conscientes, mesmo estando os seus corpos na sepultura (Is 14.9-20Ez 32.17-32).

O texto em Jó (Jó 14.14,15a) traz uma pergunta: “Morrendo o homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te respondería...” No cap. 19, ele toca neste assunto novamente. Jó sabe que seu Redentor vive e que se levantará sobre a terra nos dias futuros, e ele tem a certeza de que, mesmo que os vermes destruam o seu corpo na sepultura, “em” sua carne e com seus próprios olhos verá a DEUS naquele grande dia (Jó 19.25-27). Alguns preferem a tradução “de minha carne” ao invés de “em minha carne”, baseando-se no termo heb. mibbesari (min, “de”; basar, “carne”; veja BDB. min, “o lugar do qual”, p. 579a). Tanto a LXX como Jerônimo apoiam a opinião de que Jó está se referindo à sua futura ressurreição.

Salmo 16.9-11 traz a promessa: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu SANTO veja corrupção". Aquilo que Pedro mostra em seu sermão no Pentecostes se aplica ao Davi Maior, CRISTO (A  t 2.25-31). Esta é a menção mais importante da ressurreição nos Salmos, embora ela seja citada ao menos no Salmo 49.14ss. Em Daniel 12.2, há uma profecia muito importante sobre a ressurreição. Uma tradução literal do heb. seria: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno”, e é justificada pelas palavras heb. rabbim miyyshere (veja JFB, que baseia tal tradução nos dados de Tregelles). A tradução “uns... e outros" é uma tradução melhor ao heb. ,elleh...relleh do que a expressão “alguns... alguns” da versão KJV em inglês. Esta passagem é muito importante, uma vez que, traduzida literalmente, ensina duas ressurreições; uma dos justos e uma segunda, dos ímpios, como encontramos em Apocalipse 20.4-6 (cf. Jo 5.28,29).

O profeta Zacarias prediz O cerco final de Jerusalém juntamente com o arrependimento de Israel na segunda vinda do Senhor, e escreve: “Virá o Senhor, meu DEUS, e todos os santos contigo”, mostrando que os crentes que morreram estão com o Senhor e voltarão para reinar com Ele na terra (Zc 14.5; cf. Ap 5.10). Alguns têm criticado o AT por sua falta de informação sobre a imortalidade da alma, e têm sugerido que mesmo o que é mencionado apareceu apenas bem tarde. Todas estas críticas são injustificadas. O NT também não entra em detalhes quanto ao estado da alma imediatamente após a morte, isto é, o estado intermediário. Tanto no AT como no NT, DEUS concentrou sua revelação na ressurreição e nas bênçãos do reino.

Ê difícil provar que a ideia da imortalidade aparece apenas mais tarde no AT. Muitos consideram Jó um livro muito antigo, e este livro é muito claro tanto sobre a imortalidade como sobre a ressurreição do corpo. Seja como for, os patriarcas criam em uma vida futura. Enoque nem sequer morreu, mas foi estar diretamente com DEUS (Gn 5.24Hb 11.5). Abraão “esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é DEUS” (Hb 11.10). Todos os santos do AT aguardavam ansiosamente pelo reino (Hb 11.13-16; cf. Lc 13.28,29) desde os dias da aliança com Abraão, não só para os seus descendentes distantes mas também para si mesmos.

Ressurreição no NT. No NT, o termo gr. anastasis refere-se à ressurreição do corpo morto à vida. Somente em Lucas 2.34 a palavra é traduzida de outra forma, e mesmo ali o termo ressurreição pode ser a tradução correta. Isto não tem de ser um ajuntamento de parte por parte ou a restituição do antigo corpo de carne, uma vez que o corpo da ressurreição é um corpo com qualidades completamente diferentes do antigo corpo, mas significa a constituição de um corpo como aquele que foi recebido pelo Senhor JESUS CRISTO (Fp 3.21), e apropriado para o estado eterno da alma.

O NT claramente ensina uma ordem ou série na ressurreição. Paulo revela em 1 Coríntios 15.20-24 que deve ser “cada um por sua ordem. CRISTO, as primícias; depois, os que são de CRISTO, na sua vinda. Depois, virá o fim”. Isto concorda com o que o próprio Senhor JESUS CRISTO havia dito em João 5.28ss.: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”. Daniel, como já visto, indica duas ressurreições, e Apocalipse 20.4-6 fala de uma primeira ressurreição dos santos como distinta de uma segunda, a dos “outros mortos” ou a do “restante” dos mortos, os perdidos, e diz que a segunda está separada da primeira por mil anos. Em 1 Tessalonicenses 4.16,17 são apenas os mortos em CRISTO que são ressuscitados em sua vinda, e estes são imediatamente levados, arrebatados, ao céu (cf. a advertência de CRISTO para estarmos prontos para o arrebatamento em Mateus 24.40-44Marcos 13.28,29Lucas 21.29-31).

O CORPO DA RESSURREIÇÃO.

É revelado que o crente será como o seu Senhor (Fp 3.211 Jo 3.2), tendo um corpo tangível “como o seu corpo glorioso”. A identidade será retida entre o corpo mortal e o novo corpo da ressurreição, embora este não necessite de uma reconstituição dos mesmos átomos. Mesmo nesta vida, as matérias do corpo mudam constantemente. Elas são inteiramente substituídas de um modo progressivo dentro de um período de alguns anos.

O Senhor JESUS CRISTO ressuscitou no corpo tio qual havia sofrido, deixando um túmulo vazio. Seu novo corpo tinha “carne e ossos”, mas embora Ele tenha sido absolutamente reconhecido, suas qualidades estavam gloriosamente mudadas. O novo corpo do crente não deverá ter “carne e sangue”, pois esta é a natureza de seu corpo mortal. Ele será como os anjos que não se casam nem se dão em casamento (Mt 22.29,30). Este novo corpo é descrito em 1 Coríntios 15.35-50.

Implicações espirituais e morais. O homem é uma criatura composta por uma parte material (o corpo) e uma parte espiritual (a alma e o espírito). Ele faz parte de uma raça. Por ser assim, ele pode conhecer a supremacia do primeiro Adão na qual ele caiu e se perdeu, e pode participar dos benefícios da supremacia do último Adão, JESUS CRISTO, e ser salvo. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO” (1 Co 15,22). CRISTO não redimiu somente a alma, mas também o corpo, como ficou provado na ressurreição de seu próprio corpo.

O corpo do crente é o Templo do ESPÍRITO SANTO e deve ser mantido puro (1 Co 6.19,20). Ele será finalmente transformado de uma forma miraculosa para se adaptar às necessidades eternas dos filhos de DEUS. Por causa da importante função do corpo, não se deve desprezá-lo nem o destruir através de uma vida devassa.

R. A. K. Dicionário Bíblico Wycliffe – CPAD

 

 

 

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Lição 13, CPAD NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA

 

Escrita Lição 13, CPAD, Renovação Da Esperança, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO

1. “Paz seja convosco!”  

2. O registro das aparições de JESUS ressurreto  

3. Preciosas lições  

II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA

1. O medo deu lugar à esperança  

2. A tristeza deu lugar à alegria  

3. Esperança e Alegria  

III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA

1. As dúvidas dissipadas  

2. Fortalecimento da fé  

3. Fortalecimento da esperança  

 

 

TEXTO ÁUREO

“E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou JESUS, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!” (Jo 20.26)

 

VERDADE PRÁTICA

A Ressurreição de CRISTO representa o ápice da esperança cristã.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 20.3-8 João testemunhou e acreditou na ressurreição de CRISTO

Terça - Jo 21.24 João deu testemunho do que observou

Quarta - Jo 20.9; Lc 24.46,47 A fé da Igreja baseia-se nas palavras de JESUS

Quinta - Jo 20.11-16 Maria Madalena avistou o CRISTO ressurreto

Sexta - 1 Co 15.3-8 O apóstolo Paulo viu o CRISTO Ressurreto 

Sábado - 1 Ts 4.13-17 Paulo renovou a esperança daqueles que dormem em CRISTO

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - João 20.19,20,24-31

19 - Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou JESUS, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco!

20 - E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor.

24 - Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio JESUS.

25 - Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

26 - E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e, com eles, Tomé. Chegou JESUS, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco!

27 - Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.

28 - Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e DEUS meu!

29 - Disse-lhe JESUS: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!

30 - JESUS, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro.

31 - Estes, porém, foram escritos para que creiais que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

 

Hinos Sugeridos:  42, 187, 400 da Harpa Cristã

 

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A aparição de JESUS perante os discípulos transformou um instante de medo e incerteza em uma renovação da fé e felicidade. Com base nessa afirmação, o primeiro tópico aborda a primeira aparição de JESUS após a ressurreição, evidenciando sua presença viva e triunfante. O segundo destaca o impacto dessa revelação, que trouxe esperança e um profundo sentido de alegria. Por fim, o terceiro tópico explora a forma como JESUS fortaleceu a fé dos discípulos, especialmente a de Tomé, demonstrando que a fé nEle está alicerçada em provas concretas.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Analisar a importância da Ressurreição de JESUS como prova de sua vitória sobre a morte; II) Reconhecer como a presença de JESUS transforma tristeza e medo em esperança e alegria; III) Fortalecer a convicção de que a fé em JESUS é fundamentada em sua Ressurreição e em suas promessas eternas.

B) Motivação: Assim como os discípulos enfrentaram dúvidas, medos e incertezas, também enfrentamos desafios semelhantes em nossa jornada de fé. A aparição de JESUS após a ressurreição renovou a esperança, trouxe alegria e fortaleceu a convicção dos discípulos, mesmo em momentos de fraqueza. Essa mesma presença viva de CRISTO pode transformar nossas vidas hoje, trazendo esperança renovada e fé inabalável.

C) Sugestão de Método: Comece a aula lendo em voz alta a Leitura Bíblica em Classe, enfatizando expressões que refletem "medo", "alegria", "dúvida" e "fé". Aborde cada tema da lição de maneira sequencial, utilizando recursos visuais como um quadro ou slides para demonstrar como a aparição de JESUS revitalizou a esperança dos discípulos. Durante a apresentação, faça perguntas direcionadas aos alunos, como: "Que lições podemos retirar sobre a paz que JESUS oferece?" ou "Qual é o significado da resposta de Tomé para a fé cristã?". Para encerrar a aula, desafie os alunos a reconhecer áreas nas suas vidas onde precisam renovar a esperança e confiar plenamente em CRISTO.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Conforme a Leitura Bíblica em Classe desta lição, podemos contemplar de que maneira a presença de CRISTO pode revitalizar a nossa esperança nos dias de hoje, tal como aconteceu com os discípulos.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Paz seja Convosco", localizado após o segundo tópico, contextualiza João 20.20; 2) No final do terceiro tópico, o texto "Senhor meu, e DEUS meu!" traz uma reflexão significativa a respeito da bela afirmação de Tomé.

 

PALAVRA-CHAVE - ESPERANÇA

 

COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO

Chegamos à última lição deste trimestre. A palavra que a define é esperança. A ressurreição do nosso Senhor simboliza o ponto culminante da esperança cristã. Por meio dela, conseguimos reforçar a nossa fé em CRISTO, promover a alegria em vez da tristeza, afastar o medo e acolher a mensagem destemida do Evangelho. Nesta lição, somos convidados a renovar a nossa esperança.

 

I – A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO

1. “Paz seja convosco!”  

Na segunda vez que JESUS se revelou aos seus seguidores, tanto homens quanto mulheres, o ambiente era diferente. O sepulcro continuava vazio e os discípulos, ainda receosos, permaneciam escondidos dos olhares dos transeuntes do lado de fora da casa onde estavam reunidos, com portas e janelas fechadas (Jo 20.19). Era uma habitação em algum ponto da cidade de Jerusalém. Já não era mais de madrugada no primeiro dia da semana (20.1), mas sim a tarde daquele mesmo dia em que Maria Madalena comunicou aos discípulos que tinha visto e falado com JESUS ressuscitado (20.19). No entanto, eles mostravam ceticismo quanto à afirmação de Maria Madalena sobre ter encontrado JESUS vivo. Na verdade, os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos. De fato, tinham fugido para as suas casas quando JESUS foi preso, restando apenas Pedro e João posicionados à distância (Jo 19.27; 20.10). Dias depois, após terem recebido o ESPÍRITO SANTO como Consolador (20.22,23; cf.20.26), aqueles discípulos continuavam escondidos com as portas trancadas no mesmo local. Quando JESUS voltou a aparecer entre eles, repetiu por três vezes: “Paz seja convosco!”.

 

2. O registro das aparições de JESUS ressurreto  

Entre a sua ressurreição e a ascensão ao Pai, que ocorreram num período de 40 dias, JESUS apareceu aos seus discípulos em pelo menos dez ocasiões. As suas aparições começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1 Co 15.5); (4) e ainda os discípulos que estavam no caminho de Emaús ao anoitecer (Mc 16.12; Lc 24.13-32). JESUS também se revelou aos (5) discípulos reunidos numa casa em Jerusalém, quando Tomé não estava presente (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.9-25), e (6) posteriormente na presença de Tomé (Jo 20.26-31; 1 Co 15.5). A seguir, (7) apareceu a sete discípulos junto ao Mar da Galileia (Jo 21); (8) depois, fez aparições aos apóstolos e a mais de quinhentos seguidores (Mt 28.16-20; Mc 16.15-18; 1 Co 15.6); (9) dirigiu-se ainda a Tiago, seu meio irmão (1 Co 15.7); (10) por fim, manifestou-se pela última vez durante a sua ascensão no Monte das Oliveiras (Mc 16.19,20; Lc 24.50-53; At 1.6-12). Todas estas aparições confirmam o fato da ressurreição de CRISTO.

 

3. Preciosas lições  

A primeira lição a reter é que a ressurreição de CRISTO representa o ponto culminante da fé cristã. Paulo dirigiu-se aos coríntios, afirmando: “E, se CRISTO não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé” (1 Co 15.14). A segunda lição revela que a ressurreição é um fato inquestionável que fortalece a certeza e a alegria de saber que Ele está vivo. A terceira lição diz respeito à renovação da esperança e à promessa da ressurreição dos mortos em CRISTO (1 Ts 4.14-16). Um dia seremos como o nosso Senhor.

 

SINÓPSE I - A aparição de JESUS CRISTO aos discípulos representa o ponto culminante da nossa fé e fortalece a nossa convicção de que Ele está vivo.

 

II – APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA

1. O medo deu lugar à esperança  

Com a crucificação, morte e sepultamento de JESUS, o medo, a frustração e, por conseguinte, a desesperança, surgiram no coração dos seus discípulos. A cena dos dois discípulos no caminho de Emaús ilustra perfeitamente esse estado emocional dos seguidores de JESUS (Lc 24.13-35). No entanto, quando JESUS se revela a eles, os seus rostos transformam-se imediatamente. Assim, a esperança substitui o medo e a frustração. O CRISTO que venceu a morte renova a nossa esperança e afasta a desesperança.

 

“A ressurreição é um fato inquestionável que fortalece a certeza e a alegria de saber que Ele está vivo. [...]

 Um dia seremos como o nosso Senhor.”

 

2. A tristeza deu lugar à alegria  

Quando se apresentou aos discípulos e lhes trouxe a paz, “os discípulos se alegraram ao ver o Senhor” (Jo 20.20). A magnífica notícia da ressurreição do Senhor e a sua subsequente aparição eliminaram a tristeza dos discípulos e encheram os seus corações de alegria. Estar na presença de JESUS CRISTO ressuscitado é promover uma vida repleta de alegria, onde, mesmo nas situações mais difíceis, conseguimos manter a nossa capacidade de nos alegrar no ESPÍRITO de DEUS.

 

3. Esperança e Alegria  

A esperança e a alegria são algumas das virtudes cristãs mais relevantes que encontramos no Novo Testamento. O apóstolo Paulo refere-se à virtude da esperança junto da fé e do amor (1 Co 13.13). Na Carta aos Gálatas, o apóstolo menciona a alegria como um dos componentes do Fruto do ESPÍRITO (Gl 5.22). Assim, tanto a esperança quanto a alegria estavam presentes na manifestação de JESUS aos seus discípulos. Portanto, se cremos no CRISTO que venceu a morte, estas duas virtudes devem ser evidentes nas nossas vidas com Ele.

 

SINÓPSE II - A aparição de JESUS transformou o medo em esperança e a tristeza em plena alegria, renovando os corações dos discípulos.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - PAZ SEJA CONVOSCO!

“As palavras de JESUS, ao entrar, foram: Paz seja convosco!, uma saudação hebraica normal. Mas neste contexto (21,26), e à luz da promessa de 14.27, parece ser um lembrete da ‘sua paz como um presente de despedida para os seus discípulos’. Também é um lembrete, como diz Strachan, de que ‘esta paz não está em conflito com as dificuldades da vida, mas é a paz alcançada através da luta contra um mundo hostil, e da vitória contra este’.

Como testemunhos da intensidade da batalha e da certeza da vitória, Ele lhes mostrou as mãos e o lado (20). Tendo ouvido a saudação de JESUS, e visto as evidências da sua ressurreição, os discípulos se alegraram (‘se encheram de alegria’, Weymouth)” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.164).  

 

III – APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA

1. As dúvidas dissipadas  

O episódio da incerteza de Tomé revela a dúvida que surgiu no coração do seguidor de JESUS. Durante algum tempo, Tomé revelou-se cético em relação à ressurreição do Senhor (Jo 20.25). No entanto, quando teve a oportunidade de encontrar JESUS e tocá-lo, todas as suas dúvidas foram prontamente dissipadas. O CRISTO ressuscitado eliminou qualquer possibilidade de dúvida nos seus discípulos, reforçando, assim, a fé deles.

 

2. Fortalecimento da fé  

Anteriormente cético, Tomé agora profere uma linda declaração de fé: “Senhor meu, e DEUS meu!” (Jo 20.28). Ao longo da história da Igreja, encontramos indivíduos que, antes agnósticos ou céticos, hoje afirmam com firmeza a sua crença em JESUS CRISTO como o DEUS revelado nas Escrituras. Ter um encontro com o Ressurreto torna impossível continuar a duvidar como uma forma de rebeldia provocada pela idolatria humana (Rm 1.21-23).

 

3. Fortalecimento da esperança  

Além de proporcionar alegria e convicção, o CRISTO ressuscitado expande a nossa esperança em relação ao futuro. Segundo as Escrituras, a promessa de que um dia os mortos ressuscitarão e receberemos um corpo glorificado baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor JESUS. Esta era uma doutrina essencial para o apóstolo Paulo (At 24.15; 1 Co 15.12-14). Assim, Paulo ensinava e defendia esta verdade ao longo do seu ministério (1 Ts 4.14). Portanto, a ressurreição e a glorificação de CRISTO servem como antecipação da ressurreição dos salvos que partiram e da glorificação dos nossos corpos.

 

SINÓPSE III - A aparição de JESUS dissipou as dúvidas, fortaleceu a fé e renovou a esperança dos discípulos.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO - SENHOR MEU, E DEUS MEU!

“Tomé deve ter ficado chocado por ver que o seu Senhor ressuscitado tinha estado presente (14.23,28), embora não pudesse ser visto nem por eles, nem pelos demais, naquela ocasião específica (cf. 2.25). Não há nenhuma indicação de que Tomé tenha aplicado os testes que havia exigido. Ao contrário, a fé foi ativada, e Tomé exclamou: Senhor meu, e DEUS meu! (28). “A ideia central com que se iniciou o Evangelho (1.1) ocorre novamente no seu final: para o cristão fiel, CRISTO é o próprio DEUS”. Westcott afirma que ‘as palavras, sem dúvida, são dirigidas a CRISTO e são uma confissão de sua pessoa... as palavras que se seguiram mostraram que o Senhor aceitou a declaração da sua divindade, como uma verdadeira expressão de fé’” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.165).

 

“Segundo as Escrituras, a promessa de que um dia os mortos ressuscitarão e receberemos um corpo glorificado baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor JESUS.”

 

CONCLUSÃO 

Durante este trimestre, exploramos ensinamentos valiosos que nos ajudam a entender melhor a divindade de JESUS. O nosso Senhor é eterno; é diferente do Pai, mas igual a Ele; é DEUS em sua essência; o Criador de tudo; e, por conseguinte, a fonte de toda salvação e vida espiritual. Este foi um dos propósitos que o evangelista redigiu seu Evangelho: para que possais crer que JESUS é o CRISTO, o Filho de DEUS e, ao crerdes, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31).

 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como os discípulos se sentiam por ocasião da morte de JESUS?

Os discípulos estavam ainda tomados pelo medo dos judeus e sentiam-se desprotegidos.

2. Mencione pelo menos três momentos em que JESUS se manifestou aos seus discípulos.

As aparições de JESUS começaram com (1) Maria Madalena, junto ao túmulo vazio (Jo 20.11-18); (2) seguiram-se as mulheres que retornaram da sepultura para anunciar aos discípulos que o túmulo estava vazio (Mt 28.8-10); (3) depois foi a vez de Pedro (Lc 24.34; 1 Co 15.5).

3. Quais são as duas virtudes mencionadas pela lição sobre a aparição de JESUS?

Esperança e alegria.

4. Qual é a bela afirmação de fé que Tomé proferiu?

“Senhor meu, e DEUS meu!” (Jo 20.28).

5. Em que eventos da vida do Senhor JESUS fundamenta a promessa de que um dia os mortos voltarão à vida e receberemos um corpo glorificado?

Baseia-se na ressurreição e glorificação do Senhor JESUS.

 

VOCABULÁRIO

Transeuntes: Quem está de passagem, não permanecendo por muito tempo num só lugar.