Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/09/escrita-licao-12-central-gospel-uma.html
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A IDENTIDADE DOS DESTINATÁRIOS DA EPÍSTOLA
1.1. O ancião
1.2. A senhora eleita
1.3. Os filhos da senhora eleita
1.3.1. O mandamento essencial à senhora eleita e seus filhos
2. O RELACIONAMENTO CRISTÃO E A NECESSIDADE DE DISCERNIMENTO
2.1. Os enganadores
2.2. A preservação da recompensa
2.2.1. A falha no dever cristão
2.3. A precaução contra influências perigosas
3. O CONTRASTE ENTRE O CARÁTER DOS LÍDERES
3.1. Gaio, um exemplo de saúde espiritual
3.1.1. O testemunho de fidelidade e hospitalidade
3.2. Diótrefes, a arrogância que corrompe a liderança
3.3. Demétrio, um testemunho digno de confiança
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 2 João 1,4,5,7,9,10
1- O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade.
4- Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos recebido o mandamento do Pai.
5- E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros.
7- Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que JESUS CRISTO veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
9- Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de CRISTO não tem a DEUS; quem persevera na doutrina de CRISTO, esse tem tanto o Pai como o Filho.
10- Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.
3 João 1,5,9,12
1- O presbítero ao amado Gaio, a quem, na verdade, eu amo.
5- Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e
para com os estranhos.
9- Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe.
12- Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.
TEXTO ÁUREO
Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado; antes, recebamos o inteiro galardão. 2 João 8
SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2a feira - 1 João 4.1; 2 João 7 Prove os espíritos, pois muitos são enganadores
3a feira - 1 João 2.18,26; 4.1 Cuidado com os falsos mestres nos últimos tempos
4a feira - 2 João 8; 1 Coríntios 3.13,14 Seja fiel para não perder sua recompensa eterna
5a feira - 2 João 10; Romanos 16.17 Evite os que professam doutrinas falsas
6a feira - 3 João 4; Romanos 14.22 A alegria está em ver os filhos andando na verdade
Sábado - 3 João 9; Provérbios 16.18 O orgulho precede a queda; evite buscar destaque
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- reconhecer que aqueles que se dedicam à obra do Senhor receberão grande recompensa;
- compreender que a saúde espiritual deve ser sólida a ponto de influenciar positivamente a saúde física;
- entender que, na obra do Senhor, a primazia pertence sempre a DEUS, e não ao homem.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, ao conduzir esta lição, adote uma postura reflexiva, incentivando os alunos a compreenderem a importância da dedicação à obra do Senhor, da saúde espiritual e da humildade no serviço cristão. Enfatize o valor das pequenas porções das Escrituras e sua relevância atemporal. O diálogo deve ser conduzido de forma interativa, estimulando a participação com perguntas que promovam a aplicação prática dos princípios estudados. Ao abordar os exemplos de Gaio, Diótrefes e Demétrio, é essencial destacar o impacto do testemunho pessoal na comunidade cristã. Boa aula!
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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO – REVISTAS ANTIGS E LIVROS
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SENHORA - Κυρια Kuria
1) senhora cristã a quem a segunda epístola de João é endereçada (Igreja?)
ELEITOS - εκλεκτος eklektos
1) selecionado, escolhido
1a) escolhido por DEUS,
1a1) para obter salvação em CRISTO
1a1a) cristãos são chamados de “escolhidos ou eleitos” de DEUS
1a2) o Messias é chamado “eleito”, designado por DEUS para o mais exaltado ofício concebível
1a3) escolha, seleção, i.e. o melhor do seu tipo ou classe, excelência preeminente: aplicado a certos indivíduos cristãos
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COMENTÁRIOS BEP - CPAD
v.1 À SENHORA ELEITA. Alguns entendem que estas palavras significam que esta carta de João foi dirigida a uma senhora crente chamada kyria (que em grego significa "senhora") e à sua família. É mais provável, no entanto, que a expressão "senhora eleita e o seus filhos" seja uma maneira figurada de dizer "à igreja e aos seus membros" (cf. 1 Pe 5.13).
v.1 AMO NA VERDADE. João ama o próximo e tem solicitude por eles, segundo a revelação do NT a respeito de CRISTO. É possível demonstrar amor ao próximo sem, porém, dedicar-se à verdade da Palavra de DEUS. Tais pessoas colocam o amor, a aceitação do próximo, a amizade e a união acima da verdade e dos mandamentos de DEUS (vv. 5,6). Por outro lado, também é possível uma pessoa da igreja difundir a verdade bíblica e defender as suas doutrinas, sem, porém, demonstrar amor e solicitude ao próximo. O que DEUS requer é que tenhamos amor, tanto à sua verdade quanto ao próximo. Devemos falar a verdade em amor (Ef 4.15; cf. 1 Co 13.6).
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A IDENTIDADE DOS DESTINATÁRIOS DA EPÍSTOLA - para servir de apoio aos estudos
Na segunda epístola de João, "a senhora eleita" e "um irmão" são figuras que se referem, mais provavelmente, a uma igreja local e aos seus membros, em vez de indivíduos. A carta usa uma linguagem simbólica, onde a "senhora" representa a comunidade de crentes e seus "filhos" são os membros. O "irmão" que envia saudações é um mensageiro ou colaborador na obra, que, junto com a comunidade local, saúda outros crentes.
Quem é a "Senhora Eleita"?
· Uma comunidade simbólica:
Embora possa ter sido uma mulher real, é mais provável que seja um símbolo da Igreja local.
· "Eleita" por DEUS:
A palavra "eleita" significa que foi escolhida por DEUS para a salvação e para a fé em CRISTO.
Quem é o "Irmão"?
· Não é um parente biológico:
Não se trata de um parente de sangue, mas sim de um colega na fé, alguém que pertence à mesma comunidade cristã.
· Um colaborador da verdade:
O irmão envia saudações para outros crentes e é uma pessoa que contribui para a propagação da verdade e do amor cristão.
A Mensagem da Epístola:
· Alerta contra falsas doutrinas:
A carta de João é um alerta contra os "enganadores" e "sedutores" que estão a espalhar falsas doutrinas sobre JESUS CRISTO.
· Exortação a amar e acolher:
João encoraja a comunidade a viver no amor e a não dar as boas-vindas a falsos mestres, pois isso os tornaria cúmplices de suas más obras.
Em resumo, "a senhora eleita" e "um irmão" não são apenas indivíduos, mas sim representações de fé, amor e comunidade, que são um foco central da Segunda Epístola de João.
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O capítulo único da segunda carta de João enfatiza a importância da verdade e do amor na vida cristã, alertando sobre os falsos mestres e a necessidade de permanecer na doutrina. João nos encoraja a viver em amor, refletindo o caráter de CRISTO, e a manter a vigilância contra ensinos enganosos, ao mesmo tempo em que celebra a alegria da comunhão na comunidade de fé, motivando-nos a glorificar a DEUS e compartilhar o Evangelho.
O capítulo único da segunda carta de João oferece ensinamentos valiosos sobre a importância da verdade e do amor na vida cristã. Neste estudo, exploraremos os princípios que 2 João 1 nos apresenta, incluindo a advertência contra os falsos mestres, a necessidade de permanecer na doutrina de CRISTO e a alegria que encontramos na comunhão cristã. Prepare-se para uma análise que ilumina a vida cristã e nos encoraja a viver em conformidade com os princípios de DEUS.
A Importância da Verdade e do Amor
A importância da verdade e do amor é um tema central em 2 João 1, onde o apóstolo João enfatiza que esses dois elementos são fundamentais para a vida cristã. Em 2 João 1:1, ele inicia sua carta afirmando: ‘O presbítero à senhora escolhida e aos seus filhos, a quem amo na verdade; e não somente eu, mas também todos os que conhecem a verdade’. Aqui, João estabelece uma conexão íntima entre amor e verdade, indicando que o amor verdadeiro é sempre fundamentado na verdade de DEUS.
A verdade é essencial porque é a base da nossa fé e do nosso relacionamento com DEUS. Em João 14:6, JESUS se apresenta como ‘o caminho, a verdade e a vida’, ressaltando que a verdade é uma parte intrínseca da Sua identidade. Conhecer a verdade é vital para a vida cristã, pois nos liberta e nos guia. Em João 8:32, JESUS diz: ‘E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’. Essa liberdade é uma das maiores bênçãos que recebemos ao seguirmos a CRISTO.
Além disso, o amor é uma expressão prática da verdade. Em 1 João 3:18, João nos instrui: ‘Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade’. Isso significa que o amor deve se manifestar em ações concretas e não apenas em palavras. O amor verdadeiro é ativo e se preocupa com o bem-estar dos outros, refletindo o caráter de DEUS em nossas vidas.
João também nos lembra que a verdade e o amor devem andar juntos.
Em 2 João 1:3, ele menciona: ‘A graça, a misericórdia e a paz da parte de DEUS Pai e da parte de JESUS CRISTO, Filho do Pai, serão com todos os que amam a verdade’. Essa conexão entre amor e verdade é fundamental para a comunhão entre os crentes. Quando vivemos em amor e em verdade, promovemos um ambiente de aceitação, encorajamento e crescimento espiritual.
Em resumo, a importância da verdade e do amor, conforme descrita em 2 João 1, é vital para a vida cristã. A verdade é a base da nossa fé, enquanto o amor é a expressão prática dessa verdade. Ao cultivar ambos em nossas vidas, não apenas fortalecemos nosso relacionamento com DEUS, mas também promovemos a unidade e a edificação da comunidade cristã, refletindo o caráter de CRISTO em todas as nossas ações.
A Advertência Contra os Falsos Mestres
A advertência contra os falsos mestres é um tema crucial em 2 João 1, onde o apóstolo João nos exorta a estar vigilantes em relação aos ensinamentos que recebemos.
Em 2 João 1:7, ele afirma: ‘Pois muitos enganadores têm saído pelo mundo afora, os quais não confessam que JESUS CRISTO veio em carne; este é o enganador e o anticristo’. Essa declaração destaca a seriedade da ameaça que os falsos mestres representam para a comunidade cristã, especialmente aqueles que distorcem a verdade sobre a pessoa e a obra de CRISTO.
João nos alerta que esses falsos mestres podem se apresentar como líderes espirituais, mas suas doutrinas não estão alinhadas com a verdade do Evangelho. A negação da encarnação de CRISTO é um dos principais sinais de um falso mestre. A verdadeira fé cristã reconhece que JESUS é tanto plenamente DEUS quanto plenamente homem, e qualquer ensinamento que contradiga essa verdade deve ser rejeitado.
Além disso, a advertência de João enfatiza a importância de permanecer firme na doutrina que recebemos. Em 2 João 1:9, ele escreve: ‘Qualquer que vai além e não permanece na doutrina de CRISTO, não tem DEUS; quem permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho’. Essa passagem nos ensina que a fidelidade à doutrina é essencial para manter um relacionamento verdadeiro com DEUS. Desviar-se da verdade é perigoso e pode levar à perda da comunhão com o Senhor.
A vigilância é, portanto, uma responsabilidade de todos os crentes. Em Atos 20:28-30, Paulo adverte os líderes da igreja a estarem atentos aos lobos devoradores que podem entrar no rebanho. A necessidade de discernimento é vital; devemos examinar tudo à luz das Escrituras e estar preparados para identificar qualquer ensinamento que não esteja de acordo com a verdade de DEUS.
Em resumo, a advertência contra os falsos mestres em 2 João 1 é um chamado à vigilância e ao discernimento. Devemos estar atentos aos ensinamentos que ouvimos e garantir que estejam alinhados com a verdade da Palavra de DEUS. Ao permanecermos firmes na doutrina e rejeitarmos os falsos mestres, protegemos nossa fé e garantimos que estamos seguindo o caminho que glorifica a DEUS.
A Necessidade de Permanecer na Doutrina
A necessidade de permanecer na doutrina é um tema essencial abordado em 2 João 1, onde o apóstolo João enfatiza a importância de manter-se firme nos ensinamentos que recebemos de CRISTO.
Em 2 João 1:9, ele escreve: ‘Qualquer que vai além e não permanece na doutrina de CRISTO, não tem DEUS; quem permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho’. Essa passagem destaca que a fidelidade à doutrina é crucial para manter um relacionamento verdadeiro com DEUS.
Permanecer na doutrina significa que devemos nos apegar aos ensinamentos fundamentais do Evangelho e não nos deixar levar por novas ideias ou heresias que possam surgir.
Em Atos 2:42, vemos que os primeiros cristãos se dedicavam ao ensino dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e às orações. Essa dedicação à doutrina é um exemplo a ser seguido, pois nos ajuda a fortalecer nossa fé e a crescer espiritualmente.
A doutrina de CRISTO nos proporciona uma base sólida para a nossa vida cristã.
Em Efésios 4:14-15, Paulo nos exorta a não sermos mais meninos, agitados de um lado para o outro por todo vento de doutrina, mas a crescermos na verdade. A estabilidade na doutrina nos protege contra os enganos e as influências negativas que podem nos desviar do caminho da verdade.
Além disso, permanecer na doutrina é uma forma de testemunho para o mundo. Em Filipenses 1:27, Paulo nos instrui a ‘andar de modo digno do evangelho de CRISTO’. Quando vivemos de acordo com a doutrina, refletimos o caráter de CRISTO e mostramos ao mundo a diferença que Ele faz em nossas vidas. Isso pode abrir portas para compartilhar o Evangelho e impactar a vida de outras pessoas.
Em resumo, a necessidade de permanecer na doutrina, conforme descrita em 2 João 1, é um chamado à fidelidade e à vigilância. Devemos nos apegar aos ensinamentos que recebemos de CRISTO e garantir que nossas vidas estejam alinhadas com a verdade da Palavra de DEUS. Ao fazermos isso, fortalecemos nossa fé, protegemos nossa comunhão com DEUS e nos tornamos testemunhas eficazes do amor de CRISTO no mundo.
A Alegria da Comunhão Cristã
A alegria da comunhão cristã é um tema significativo em 2 João 1, onde o apóstolo João enfatiza a importância das relações entre os crentes e a alegria que resulta da unidade em CRISTO. Em 2 João 1:12, ele escreve: ‘Tendo muitas coisas que vos escrever, não quis fazê-lo com papel e tinta; mas espero ir ter convosco e falar-lhe boca a boca, para que a nossa alegria seja cumprida.’ Essa passagem revela o desejo de João de estar em comunhão pessoal com os crentes, destacando que a verdadeira alegria surge da interação e do relacionamento entre os filhos de DEUS.
A comunhão cristã é baseada no amor e na verdade. Em 2 João 1:3, lemos: ‘A graça, a misericórdia e a paz da parte de DEUS Pai e da parte de JESUS CRISTO, Filho do Pai, serão com todos os que amam a verdade.’ Essa conexão entre amor e verdade é fundamental para a alegria da comunhão. Quando estamos unidos na verdade do Evangelho e amamos uns aos outros, experimentamos uma alegria profunda e duradoura que vai além das circunstâncias externas.
Além disso, a comunhão cristã nos fortalece na fé. Em Hebreus 10:24-25, somos instruídos a ‘considerar uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando de congregar-nos, como é costume de alguns.’ A presença e o apoio da comunidade de fé são essenciais para nosso crescimento espiritual e para enfrentar os desafios da vida. A alegria de estar juntos em adoração e serviço fortalece nossos laços e nos encoraja a continuar firmes na fé.
A alegria da comunhão também se manifesta na partilha de experiências e testemunhos.
Quando celebramos as vitórias e apoiamos uns aos outros nas dificuldades, experimentamos a verdadeira essência da comunhão. Em Atos 2:46-47, vemos que os primeiros cristãos ‘perseveravam unânimes todos os dias no templo, e, partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração.’ Essa alegria compartilhada fortalece a comunidade e reflete o amor de CRISTO em ação.
Em resumo, a alegria da comunhão cristã, conforme descrita em 2 João 1, é um aspecto vital da vida na fé. A comunhão baseada no amor e na verdade nos proporciona alegria, força e encorajamento. Ao cultivarmos relacionamentos saudáveis dentro da comunidade de fé, não apenas experimentamos a alegria de estar juntos, mas também refletimos o caráter de CRISTO e Sua luz no mundo.
Em conclusão, o capítulo único da segunda carta de João nos ensina sobre a importância da verdade e do amor na vida cristã, a advertência contra os falsos mestres, a necessidade de permanecer na doutrina e a alegria da comunhão cristã.
João nos exorta a viver em amor, refletindo o caráter de CRISTO em nossas interações, e a permanecer firmes na verdade do Evangelho.
A advertência contra os falsos ensinos nos chama à vigilância e ao discernimento, enquanto a alegria da comunhão nos encoraja a cultivar relacionamentos saudáveis e edificantes dentro da comunidade de fé.
Ao internalizarmos esses princípios, somos motivados a viver de maneira que glorifique a DEUS e a compartilhar a esperança do Evangelho com o mundo ao nosso redor.
FAQ sobre 2 João 1 – Estudo e Explicação Completa
Qual é a principal mensagem sobre a natureza de DEUS em 2 João 1?
A principal mensagem é que a verdade e o amor são fundamentais na vida cristã e devem ser praticados entre os crentes.
Por que a advertência contra os falsos mestres é importante?
A advertência é importante porque os falsos mestres podem distorcer a verdade do Evangelho e levar os crentes a se desviarem da fé.
O que significa permanecer na doutrina?
Permanecer na doutrina significa manter-se firme nos ensinamentos de CRISTO e não se deixar levar por ideias ou ensinos que não estão alinhados com a verdade bíblica.
Qual é a importância da comunhão cristã?
A comunhão cristã é importante porque fortalece a unidade entre os crentes, promove o amor fraternal e traz alegria ao corpo de CRISTO.
Como podemos aplicar os ensinamentos de 2 João 1 em nossas vidas?
Podemos aplicar esses ensinamentos vivendo em amor, permanecendo na verdade, evitando falsos ensinos e cultivando a comunhão com outros crentes.
Qual é a relação entre amor e verdade em 2 João 1?
A relação é que o amor deve ser fundamentado na verdade; amar uns aos outros de maneira verdadeira é essencial para a vida cristã.
Pr. Alexandre - https://www.estanabiblia.com.br/estudo-biblico/2-joao-1-estudo-e-explicacao-completa/
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Escrita Lição 1, Betel, João, o Discípulo Amado de CRISTO, 3Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV - para servir de apoio aos estudos
Vídeo https://youtu.be/fHl6BkKxVAg?si=X72BvPy1_GHFzwEg
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/escrita-licao-1-betel-joao-o-discipulo.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/07/slides-licao-1-betel-joao-o-discipulo.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-1-betel-joao-o-discipulo-amado-de-cristo-pptx/281181979
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O JOVEM JOÃO, FILHO DE ZEBEDEU
1.1. Dois jovens impetuosos
1.2. Filhos do trovão
1.3. O perigo de se achar superior
2- O DISCÍPULO AMADO
2.1. João e o Mestre
2.2. João foi impactado pelo Amor do Mestre
2.3. João ouvia o Mestre
3- JOÃO, O APÓSTOLO DO AMOR
3.1. João cuidou de Maria
3.2. João escreve sobre o amor
3.3. O amor evidenciado em cartas
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Mt 4.21-22; Jo 19.26-27, 21.7
MATEUS 4
21 E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os.
22 Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.
JOÃO 19
26 Ora, JESUS, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
27 Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.
JOÃO 21
7 Então aquele discípulo a quem JESUS amava disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.
O livro de João, tanto o Evangelho como a primeira epístola, contém diversas passagens que falam sobre o amor. Em João 13:34-35, JESUS apresenta o "novo mandamento" de amar uns aos outros, como Ele amou. Em João 15:12-13, Ele enfatiza que não há maior amor do que dar a vida pelos amigos e que devemos amar uns aos outros como Ele nos amou. Já em 1 João 4:7-21, o apóstolo João destaca que DEUS é amor e que, portanto, quem ama é nascido de DEUS e O conhece.
Evangelho de João:
· João 13:34-35: "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros."
· João 15:12-13: "O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos."
· João 15:17: "O que vos mando é que vos ameis uns aos outros."
Primeira Epístola de João:
· 1 João 4:7-12:
"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de DEUS; e todo aquele que ama é nascido de DEUS e conhece a DEUS. Aquele que não ama não conhece a DEUS, porque DEUS é amor. Nisto se manifestou o amor de DEUS para conosco: que DEUS enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor: não que nós tenhamos amado a DEUS, mas que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se DEUS assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a DEUS; se nos amarmos uns aos outros, DEUS está em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado."
· 1 João 4:16-21:
"E nós conhecemos, e cremos no amor que DEUS nos tem. DEUS é amor; e quem permanece em amor, permanece em DEUS, e DEUS nele. Nisto é aperfeiçoado em nós o amor, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo. No amor não há medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem teme não está aperfeiçoado no amor. Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. Se alguém diz: Eu amo a DEUS, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a DEUS, a quem não viu? E dele temos este mandamento: Que aquele que ama a DEUS, ame também a seu irmão."
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Lição da Central Gospel, Pr Geziel Gomes, para servir de apoio aos estudos
Lição 4, CG, João, o Discípulo do Amor e a Revelação do Filho de DEUS, 2Tr25,
Escrita https://ebdnatv.blogspot.com/2025/04/escrita-slides-licao-4-cg-joao-o.html
Slides https://ebdnatv.blogspot.com/2025/04/slides-licao-4-cg-joao-o-discipulo-do.html
PowerPoint https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-4-cg-joao-o-discipulo-do-amor-e-a-revelacao-do-filho-pptx/278557467
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O DISCIPULO DA INTIMIDADE DE CRISTO
1.1. Identidade e legado de proximidade
1.2. Origens e caráter marcantes
1.3. Herança familiar e valores de fé
1.4. Chamado e vocação transformadora
1.5. Últimos dias e testemunho permanente
2. O APÓSTOLO DO AMOR TRANSFORMADOR
2.1. O discípulo que compreendeu o amor
2.2. Chamado e entrega irrestrita
2.3. Parceria apostólica e liderança na Igreja primitiva
2.4. Testemunho da Ressurreição e serviço duradouro em Éfeso
3. O ESCRITOR INSPIRADO
3.1. O evangelho: testemunho da divindade de CRISTO
3.2. As epístolas: reflexões sobre luz, amor e verdade
3.3. O Apocalipse: esperança e vitória do Cordeiro
4. LIÇÕES DA VIDA DE JOÃO PARA A JORNADA DE FÉ
4.1. Seguindo o caminho do amor: a chave para a verdadeira comunhão
4.2. Perseverança na verdade: o compromisso com a fé autêntica
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 João 2.7-14
7- Irmãos, não vos escrevo mandamento novo, mas o mandamento antigo, que desde o princípio tivestes. Este mandamento antigo é a palavra que desde o princípio ouvistes.
8- Outra vez vos escrevo um mandamento novo, que é verdadeiro nele em vós; porque vão passando as trevas, e já a verdadeira luz alumia. 9- Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em
trevas.
10- Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. 11- Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas,
e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos. 12- Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos são perdoados os
pecados.
13- Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos,
porque conhecestes o Pai.
14- Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de DEUS está em vós, e já vencestes o maligno.
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Geziel Gomes – Ícones da Aliança - CENTRAL GOSPEL - para servir de apoio aos estudos
Lição 4, João, o Discípulo do Amor e a Revelação do Filho de DEUS, 2Tr25, Com. Extras Pr. Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. O DISCIPULO DA INTIMIDADE DE CRISTO
1.1. Identidade e legado de proximidade
1.2. Origens e caráter marcantes
1.3. Herança familiar e valores de fé
1.4. Chamado e vocação transformadora
1.5. Últimos dias e testemunho permanente
2. O APÓSTOLO DO AMOR TRANSFORMADOR
2.1. O discípulo que compreendeu o amor
2.2. Chamado e entrega irrestrita
2.3. Parceria apostólica e liderança na Igreja primitiva
2.4. Testemunho da Ressurreição e serviço duradouro em Éfeso
3. O ESCRITOR INSPIRADO
3.1. O evangelho: testemunho da divindade de CRISTO
3.2. As epístolas: reflexões sobre luz, amor e verdade
3.3. O Apocalipse: esperança e vitória do Cordeiro
4. LIÇÕES DA VIDA DE JOÃO PARA A JORNADA DE FÉ
4.1. Seguindo o caminho do amor: a chave para a verdadeira comunhão
4.2. Perseverança na verdade: o compromisso com a fé autêntica
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 1 João 2.7-14
7- Irmãos, não vos escrevo mandamento novo, mas o mandamento antigo, que desde o princípio tivestes. Este mandamento antigo é a palavra que desde o princípio ouvistes.
8- Outra vez vos escrevo um mandamento novo, que é verdadeiro nele em vós; porque vão passando as trevas, e já a verdadeira luz alumia. 9- Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em
trevas.
10- Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. 11- Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas,
e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos. 12- Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos são perdoados os
pecados.
13- Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos,
porque conhecestes o Pai.
14- Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de DEUS está em vós, e já vencestes o maligno.
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
João, um dos personagens mais queridos do Novo Testamento, é o autor do desafiador Livro de Apocalipse. Como testemunha ocular de muitos milagres de JESUS e presente em momentos cruciais de Seu ministério, inclusive na crucificação, João se destaca por sua fidelidade. Sua vida e testemunho fortalecem nossa fé no Todo-poderoso, aquele que é, e que era e que há de vir (Ap 1.8).
1. O DISCIPULO DA INTIMIDADE DE CRISTO
João ocupa um lugar especial nos evangelhos, sendo alguém que experimentou uma proximidade singular com o Filho de DEUS. Este filho de Zebedeu se destaca não apenas por sua presença constante nos momentos mais íntimos e reveladores da vida de CRISTO, mas também por sua diligência, ao qual JESUS deu um propósito transformador. Além disso, João herdou o caráter devoto e firme de sua família, que também respondeu ao chamado de seguir o Messias.
SUBSÍDIO 1
A expressão "o discípulo a quem JESUS amava" é exclusiva do Evangelho de João. Essa autodefinição reflete a compreensão ímpar que o apóstolo tinha do amor de CRISTO (1 Jo 4.19; Jo 3.16).
1.1. Identidade e legado de proximidade
João, filho de Zebedeu e irmão de Tiago (Mt 4.21; Mc 1.19; 3.17; Lc 5.10), é reconhecido nos evangelhos como o discípulo a quem JESUS amava (Jo 13.23; 19.26; 20.2; 21.7). Ele faz referência a si mesmo de forma indireta, mas sua proximidade com CRISTO torna-se evidente em momentos-chave, como a Última Ceia (Lc 22.15-20) e os eventos após a Ressurreição (Jo 21.7).
1.2. Origens e caráter marcantes
O nome João, de origem semita, significa "DEUS é gracioso". JESUS deu a ele e a seu irmão Tiago o apelido de Boanerges, ou filhos do trovão (Mc 3.17), uma referência ao seu caráter zeloso e veemente (Mc 9.38; Lc 9.54). Como Pedro, João demonstrava impulsividade, mas essa energia era canalizada para o serviço no ministério.
1.3. Herança familiar e valores de fé
A família de João vivia próxima ao mar da Galileia, e seu pai, Zebedeu, era pescador (Mt 4.20-22). A Tradição costuma apontar Salomé como a possível mãe do apóstolo aquela que, juntamente com outras mulheres, visitou o sepulcro de JESUS para ungir Seu corpo (Mc 16.1, conf. Mt 27.56), revelando uma família que compartilhava do zelo pelo ministério do Messias (Mc 15.40; Mt 20.20).
1.4. Chamado e vocação transformadora
Antes de seguir JESUS, João era pescador, uma profissão comum e próspera na região da Galileia (Mc 1.19,20). O Messias escolheu trabalhadores simples para serem pescadores de homens (Lc 5.1-10), demonstrando simbolicamente que, assim como lançavam redes ao mar, eles trariam pessoas à vida eterna.
1.5. Últimos dias e testemunho permanente
Segundo a Tradição, João foi enviado para o exílio na ilha de Patmos por ordem de Domiciano, após sobreviver a uma tentativa de execução. Com a morte do imperador, ele regressou a Éfeso, onde permaneceu até o fim de sua vida, dedicando-se ao ministério durante o governo de Trajano (Ap 1.9).
Alguns historiadores asseguram que João fundou várias igrejas na Ásia e morreu 68 anos após a assunção de JESUS, com mais de 90 anos de idade. De acordo com a maioria dos estudiosos, ele foi o mais longevo dos apóstolos e, provavelmente, teria sido o único dos Doze a não sofrer martírio.
SUBSÍDIO 2
"O discípulo amado foi, talvez, o único apóstolo que não padeceu a morte nas mãos de um carrasco. No entanto, ele foi preso em Éfeso e conduzido a Roma por ordem de Domiciano, sendo lançado em uma caldeira de azeite fervente. Tendo sobrevivido, foi desterrado para a ilha de Patmos, como ele mesmo conta no princípio do Livro de Apocalipse (Ap 1.9)." (FILLION, Central Gospel, 2004, p. 837).
2. O APÓSTOLO DO AMOR TRANSFORMADOR
João é um exemplo vívido de como o amor de JESUS pode transformar vidas. O discípulo que JESUS amava experimentou uma profunda mudança, deixando de ser um filho do trovão (Mc 3.17) para se tornar o apóstolo do amor em seus escritos, especialmente nas epístolas (1 Jo 4.7-12; 2 Jo 5,6; 3 Jo 5,6).
2.1. O discípulo que compreendeu o amor
Durante a Última Ceia, JESUS surpreendeu os discípulos ao assumir o papel de servo, lavando os pés de cada um, inclusive os de João (Jo 13.1-20). Esse gesto de humildade e abnegação revelou um amor sacrificial, em que o próprio Senhor se colocou a serviço dos Seus. Profundamente tocado por esse ato, o apóstolo compreendeu a importância de colocar o próximo em primeiro lugar. reclinou-se sobre o peito de JESUS, buscando saber quem o Mais tarde, em um momento de intensa proximidade, João trairia (Jo 13.23-25). Sem raiva ou amargura, o Mestre respondeu com serenidade, revelando que, mesmo diante da traição, o amor de DEUS permanece incondicional. Essas experiências fortaleceram sua compreensão de um amor que se sacrifica, prioriza o próximo e ensina a servir com humildade, refletindo a própria essência de DEUS (Jo 15.12; 1 Jo 4.19).
2.2. Chamado e entrega irrestrita
Desde seu chamado, João demonstrou entrega irrestrita (Mc 1.17,18). Ele integrou o círculo íntimo de JESUS, ao lado de Pedro e Tiago, presenciando momentos cruciais, como a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.37), a Transfiguração (Mt 17.1,2) e a angústia no Getsêmani (Mc 14.32-34). Seu exemplo de lealdade, coragem e amor ficou marcado ao acompanhar o Salvador no Calvário e cuidar de Maria (Jo 19.26,27).
2.3. Parceria apostólica e liderança na Igreja primitiva
Após o Pentecostes, João tornou-se parceiro de Pedro em várias ações evangelísticas. Juntos, curaram o coxo na Porta Formosa (At 3.1-7); foram presos (At 4.1-13) e evangelizaram em Samaria (At 8.14-25).
Paulo refere-se a João como uma coluna da igreja de Jerusalém (Gl 2.9), destacando seu papel de liderança antes de transferir-se para Éfeso. Sua atuação fortaleceu, decisivamente, a fé de muitas comunidades cristãs (1 Jo 1.1-4; 2 Jo 1-6).
2.4. Testemunho da Ressurreição e serviço duradouro em Éfeso
João correu ao túmulo vazio no dia da Ressurreição (Jo 20.2-4) e reconheceu JESUS após a pesca miraculosa, declarando: É o Senhor (Jo 21.7).
Segundo a Tradição, ele ministrou em Éfeso até o final da vida e escreveu suas epístolas aos cristãos da Ásia Menor, fortalecendo a fé das igrejas entre 80-100 d.C.
3. O ESCRITOR INSPIRADO
Para compreender a vida e o ministério de João, é essencial analisar seus escritos, que dão testemunho de seu relacionamento com CRISTO (1 Jo 4.19). Apesar das discussões acadêmicas acerca da autoria dos cinco livros atribuídos ao discípulo amado (o evangelho, três epístolas e o Apocalipse), fontes históricas e a tradição dos pais da Igreja confirmam seu papel autoral na literatura joanina.
3.1. O evangelho: testemunho da divindade de CRISTO
O Evangelho de João se destaca por sua singularidade, tendo como propósito revelar a divindade de JESUS.
O livro:
- apresenta-o como o Verbo eterno, que se fez carne (Jo 1.1,14), conceito central para fundamentar a Encarnação;
- inclui explicações detalhadas dos milagres realizados pelo Nazareno - descritos como sinais que atestam Seu poder sobre a Criação (Jo 2.1-11; 11.38-44);
- registra as declarações "Eu sou" (Jo 6.35; 8.12; 10.9,11; 11.25; 14.6; 15.1), reafirmando a identidade divina de CRISTO e estabelecendo uma conexão direta com o nome revelado a Moisés (Jo 8.58; conf. Êx 3.14);
- oferece testemunhos, como os de João Batista (Jo 1.32-34) e Tomé (Jo 20.28), que confirmam sua crença na divindade de JESUS e Seu papel messiânico.
3.2. As epístolas: reflexões sobre luz, amor e verdade
As epístolas de João exploram temas teológicos essenciais e incentivam uma prática cristã autêntica, promovendo uma união harmoniosa entre fé e ação.
- a primeira epístola, mais extensa e de tom exortativo, exalta a luz e o amor como expressões da presença de DEUS (1 Jo 1.5; 4.7,8);
- a segunda epístola, endereçada a uma senhora eleita e seus filhos - podendo indicar uma igreja e seus membros -, alerta sobre o perigo das falsas doutrinas e enfatiza a importância do amor e da fidelidade aos ensinos de CRISTO (2 Jo 6-10);
- a terceira epístola, dirigida a Gaio, ressalta a importância da verdade e menciona questões de liderança e convivência cristã, citando Diótrefes, que se opunha ao apóstolo, e Demétrio, exemplo de bom testemunho (3 Jo 8-12).
3.3. O Apocalipse: esperança e vitória do Cordeiro
O Apocalipse, cujo título significa "revelação", apresenta uma visão profética de promessa e triunfo. Embora de estilo distinto dos demais livros do Novo Testamento, a teologia do Apocalipse confirma a soberania de DEUS sobre a História e a certeza da destruição do mal.
A mensagem central é a vitória final de CRISTO, o Cordeiro que reinará eternamente, reforçando a segurança da Igreja em Seu retorno glorioso (Ap 19.7; 21.9; 11.15). João, ao descrever essas visões, incentiva a fé dos santos na promessa de redenção e no juízo final que libertará o povo de DEUS.
4. LIÇÕES DA VIDA DE JOÃO PARA A JORNADA DE FÉ
4.1. Seguindo o caminho do amor: a chave para a verdadeira comunhão
João, conhecido como o apóstolo do amor, nos ensina que o relacionamento com DEUS e com os irmãos deve ser construído em afeição genuína, expressando o cuidado que CRISTO demonstrou pela humanidade. Em suas epístolas, ele reforça que DEUS é a própria essência do amor (1 Jo 4.8), e que nossa comunhão com Ele se completa quando o cuidado com o próximo se torna uma prática constante e comprometida. Esse vínculo não é abstrato, mas uma força transformadora que nos desafia a buscar reconciliação, a perdoar e a cuidar uns dos outros. A jornada de fé, segundo João, implica viver essa verdade em cada aspecto da vida, como parte de um chamado contínuo a refletir o caráter divino.
4.2. Perseverança na verdade: o compromisso com a fé autêntica
Outra lição crucial dos escritos de João para a vida cristã é a importância da integridade e da perseverança. Em tempos de incerteza e falsos ensinamentos, o apóstolo exorta os crentes a permanecerem firmes na doutrina recebida, enfatizando que o ensinamento de CRISTO é imutável e indispensável na jornada rumo ao lar celestial (2 Jo 9). João mostra que seguir JESUS exige um compromisso inabalável com esses princípios, rejeitando-se qualquer desvio que possa afastar o crente de uma fé autêntica. A caminhada espiritual, portanto, é marcada pela constância e pela lealdade ao evangelho, o que requer discernimento, força e dedicação.
CONCLUSÃO
O chamado de João para se tornar um pescador de homens e sua longa trajetória até a velhice em Éfeso ilustram o impacto profundo e duradouro de seu discipulado em CRISTO. De jovem impetuoso e enérgico, ele transformou-se em um dos mais firmes defensores da fé, deixando um legado que ecoa até hoje como símbolo de intimidade, serviço e devoção inabaláveis.
Como João, somos desafiados por CRISTO a deixar nossas redes e andar no caminho do discipulado efetivo e frutífero. Além disso, precisamos aprender com o Mestre os Seus ensinamentos. No entanto, mais que aprendê-los, precisamos praticá-los e reparti-los, para a glória de DEUS e edificação de Seu povo.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quantos livros foram escritos pelo apóstolo João?
R.: Cinco: o quarto evangelho, três epístolas e Apocalipse.
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NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA - Lição 1, Betel, João, o Discípulo Amado de CRISTO, 3Tr25, para servir de apoio aos estudos
Escrita Lição 1, Betel, João, o Discípulo Amado de CRISTO, 3Tr25, Com. Extras do Pr Henrique, EBD NA TV
EBD Editora Betel | 3° Trimestre De 2025 | Tema: JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS: A verdade que Transforma Milagres, Ensinamentos e a Promessa da Vida eterna no Evangelho de João | Escola Bíblica Dominical |
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- O JOVEM JOÃO, FILHO DE ZEBEDEU
1.1. Dois jovens impetuosos
1.2. Filhos do trovão
1.3. O perigo de se achar superior
2- O DISCÍPULO AMADO
2.1. João e o Mestre
2.2. João foi impactado pelo Amor do Mestre
2.3. João ouvia o Mestre
3- JOÃO, O APÓSTOLO DO AMOR
3.1. João cuidou de Maria
3.2. João escreve sobre o amor
3.3. O amor evidenciado em cartas
TEXTO ÁUREO
“Ora, um de seus discípulos, aquele a quem JESUS amava, estava reclinado no peito de JESUS”, João 13.23.
VERDADE APLICADA
Pela revelação das Escrituras e pelo poder do ESPÍRITO SANTO, vivamos no presente século como referência de amor a DEUS e ao próximo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Saber que seguir a JESUS gera transformação de caráter.
Ressaltar a fidelidade de João como discípulo de JESUS.
Reconhecer que a caminhada com JESUS gera maturidade em amor.
Ressaltar a fidelidade de João como discípulo de JESUS.
Reconhecer que a caminhada com JESUS gera maturidade em amor.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Mt 4.21-22; Jo 19.26-27, 21.7
MATEUS 4
21 E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os.
22 Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.
JOÃO 19
26 Ora, JESUS, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
27 Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.
JOÃO 21
7 Então aquele discípulo a quem JESUS amava disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Jo 13.23 João reclinou no peito de JESUS.
TERÇA – Rm 2.11 DEUS não faz acepção de pessoas.
QUARTA – At 3.1 João, um homem de oração.
QUINTA – At 4.3,4 João, um discípulo ousado.
SEXTA – Mt 11.29 Um homem que aprendeu com JESUS.
SÁBADO – 1Jo 3.18 Não amemos de palavra, mas em verdade.
TERÇA – Rm 2.11 DEUS não faz acepção de pessoas.
QUARTA – At 3.1 João, um homem de oração.
QUINTA – At 4.3,4 João, um discípulo ousado.
SEXTA – Mt 11.29 Um homem que aprendeu com JESUS.
SÁBADO – 1Jo 3.18 Não amemos de palavra, mas em verdade.
HINOS SUGERIDOS: 26, 197, 214
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para os crentes em JESUS sejam abundantes no amor ao próximo.
PONTO DE PARTIDA: A relevância de viver o verdadeiro amor.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a caminhada do jovem João, filho de Zebedeu, discípulo e, mais tarde, Apóstolo de JESUS. Descrito como o discípulo amado, João viveu até idade avançada, depois de receber de DEUS a revelação do Livro de Apocalipse. Ele também ficou conhecido como o apóstolo do Amor.
1- O JOVEM JOÃO, FILHO DE ZEBEDEU
João, filho de Zebedeu e irmão de Tiago (Mt 4.21), foi um dos doze apóstolos de JESUS. João e Tiago eram pescadores e estavam reparando suas redes de pesca quando foram chamados por JESUS. Os dois irmãos imediatamente deixaram tudo, inclusive seu pai, e passaram a seguir o Mestre (Mt 4.22).
1.1. Dois jovens impetuosos
João esteve presente em eventos marcantes da vida terrena de JESUS. Em alguns momentos, ele chegou a revelar um caráter impetuoso, como quando a estadia de JESUS numa aldeia de samaritanos foi recusada (Lc 9.53). João e Tiago logo disseram ao Mestre: “Senhor, queres que digamos que desça o fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?”, Lc 9.54. O Mestre, no entanto, os advertiu que não veio para destruir as almas, mas para salvá-las do inferno (Lc 9.56).
F.F. Bruce (2012, p.1148). “Os samaritanos eram um espinho especial na carne dos judeus. Eles eram descendentes das tribos mistas com que Sargão II da Assíria havia repovoado Samaria depois da queda do reino de Israel em 722 a.C. (2Rs 17.24-34); е, como tais, não eram de fato judeus de raça. Mas eles adotaram as formas judaicas de adoração e liam a Torá dos judeus, e, quando após o retorno do exílio, os judeus rejeitaram a ajuda dos samaritanos na reconstrução das ruínas, a animosidade se intensificou consideravelmente. (…) Nesse incidente, a rudeza samaritana suscitou a ira dos filhos do trovão, que queriam permissão para retribuir com juros”.
1.2. Filhos do trovão
Ao selecionar Seus doze discípulos, o Mestre chamou João e Tiago de “Filhos do trovão” (Mc 3.17). Os filhos de Zebedeu foram assim chamados devido à sua personalidade impulsiva e forte. Contudo, ao longo de sua caminhada com JESUS, vamos observar que João aprendeu o significado do amor de DEUS, tendo seu caráter transformado (Jo 3.16; 15.13).
Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 1997, Lição 7: “Todos nós temos características próprias, que nos são peculiares, e por elas somos facilmente identificados pelas pessoas. João, o apóstolo, tinha características de um espírito sensível e amável, mas também era capaz de explosão de cólera. Era irritável e impulsivo, mas JESUS o convidou para ser seu discípulo, a fim de transformá-lo num verdadeiro discípulo, isto porque DEUS não faz acepção de pessoas (Rm 2.11). Às vezes pensamos que JESUS salva somente as pessoas de temperamento manso. Nos enganamos, pois para se conquistar o Reino de DEUS é preciso empregar força (Mt 11.12). JESUS sabe trabalhar e moldar qualquer tipo de temperamento (Jr 18.6)”.
1.3. O perigo de se achar superior
João era um homem intenso em sua fé. Certa vez, quando JESUS e Seus discípulos peregrinavam pela Galileia, João disse ao Mestre que um homem estava expulsando demônios pelo poder do Seu nome (Mc 9.38), mas eles o proibiram de fazer isso porque não era um dos Seus doze discípulos (Mc 9.38). Convém notar que a postura adotada por João estava equivocada. Trata-se de um alerta também para nossos dias sobre a tendência de diminuir ou desprezar o ministério cristão exercido por outros. Essa atitude não granjeou simpatia de JESUS, que o adverte dizendo para que não o proibais. JESUS diz que quem não é contra Ele é por Ele (Mc 9.39,40).
Comentário Bíblico Matthew Henry (2003, p. 805). “Muitos tem sido como os discípulos, dispostos a calar aqueles homens que têm conseguido pregar o arrependimento em nome do Senhor JESUS CRISTO aos pecadores, somente porque não seguem juntamente com eles. O Senhor culpa os apóstolos, lembrando-lhes que aqueles que operam milagres em seu nome não podem causar danos à sua causa. Se pecadores são levados ao arrependimento, a crerem no Salvador, e a levarem uma vida sóbria, justa e santa, então vemos que o Senhor é quem está trabalhando por intermédio de tal pregador”.
EU ENSINEI QUE: João e Tiago eram pescadores e estavam reparando suas redes quando foram chamados por JESUS.
2- O DISCÍPULO AMADO
O amor de JESUS contagiou João de tal maneira que ele passou de “Filho do Trovão” a “Apóstolo do Amor”; sendo, inclusive, citado como o discípulo “a quem JESUS amava” (Jo 13.23; 19.26, 20.2; 21.7,20).
2.1. João e o Mestre
João solidificou sua amizade com JESUS, destacando-se por sua proximidade com o Mestre, bem como Pedro e Tiago. Podemos ver isso em três momentos específicos, quando apenas Pedro, Tiago e João estavam com JESUS: na ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.37), na transfiguração de JESUS (Mc 9.2) e no Getsêmani, quando JESUS foi traído (Mc 14.33).
É oportuno pontuar que a Bíblia não apresenta a razão para o Senhor JESUS escolher somente Pedro, Tiago e João para acompanhá-lo em algumas ocasiões relevantes em Seu ministério. Outro ponto interessante a ressaltar é que, mesmo em relação a esses três discípulos que formavam o grupo mais íntimo de JESUS, as Escrituras não omitem as ocasiões que indicam que os mesmos ainda estavam em processo de aperfeiçoamento e formação como os demais: os dois pensaram em orar para que fogo descesse do céu para destruir os samaritanos; achavam que tinham autoridade para proibir que outros usassem o Nome de JESUS; a mãe de Tiago e João pediu a JESUS que, no futuro, seus filhos tivessem um lugar de destaque no Reino; os três dormiram no Getsêmani; Pedro negou conhecer JESUS; os três também fugiram quando o Mestre foi preso.
2.2. João foi impactado pelo Amor do Mestre
João era ainda bem jovem quando passou a seguir JESUS, de quem se tornou muito amado: “Ora, um de seus discípulos, aquele a quem JESUS amava, estava reclinado no seio de JESUS”, Jo 13.23. Certamente, esse Amor impactou o jovem discípulo ao longo de toda a sua jornada na terra, de tal maneira que o amor se tornou a tônica de sua mensagem e vida: “Aquele que não ama não conhece a DEUS, porque DEUS é amor”, 1 Jo 4.8. E o Apóstolo Paulo falou sobre desenvolver essa semelhança com o Senhor: “Sede, pois, imitadores de DEUS, como filhos amados; e andai em amor, como também CRISTO vos amou (…)”, Ef 5.1,2.
D.A. Carson (O Comentário de João, Shedd Publicações. 1ª Edição. Abril de 2007, p. 473), comenta sobre a expressão “a quem JESUS amava” encontrada em João 13.23: “não implica nenhuma arrogância (como se dissesse ‘eu sou mais amado que os outros’), e sim demonstra um profundo um profundo sentimento de gratidão pela graça (‘Que coisa incrível que eu seja amado pela Palavra materializada!’); também o silêncio quanto à identidade do discípulo amado pode ser uma forma simples de se recusar a dar a impressão de estar no mesmo nível de JESUS. Ao mesmo tempo, o autor serve, assim, como um modelo para seus leitores: tornar-se cristão significa um relacionamento transformador com JESUS CRISTO, de tal forma que ele receba a glória”.
2.3. João ouvia o Mestre
João seguiu, amou e imitou seu Mestre, de quem se tornou amigo próximo (Jo 13.23; 19.26, 20.2; 21.7,20). No momento da Ceia, ele acabou sendo o porta voz dos demais quando JESUS revelou que um deles o trairia (Jo 13.21). João estava reclinado no peito de JESUS, e Pedro sinalizou para que ele perguntasse ao Mestre quem seria o traidor: “E, inclinando-se ele sobre o peito de JESUS, disse-lhe: “Senhor, quem é?” (Jo 13.25).
“João ouvir o Mestre” nos remete ao prefácio da primeira Epístola de João 1.1-4. O apóstolo inicia com “o que ouvimos”, depois diz “o que vimos e ouvimos”. Podemos dizer, pelo testemunho das Escrituras, que João ouviu com atenção, interesse, fé, disposição para obedecer e acolhimento ao conteúdo da mensagem de JESUS. Após tantos anos, o ESPÍRITO SANTO continua a lembrá-lo do que ouviu do próprio Senhor. E, agora, ele testifica, anuncia e escreve. Que cada um que estude esta Lição também seja um discípulo com estas características de João, tanto para alcançar outros que precisam conhecer a mensagem do Senhor quanto para a edificação da Igreja.
EU ENSINEI QUE:
O amor de JESUS contagiou João de tal maneira que ele passou de “Filho do Trovão” a “Apóstolo do Amor”.
3- JOÃO, O APÓSTOLO DO AMOR
Além dos versículos que registram “o discípulo a quem JESUS amava”, temos no Evangelho de João o texto que podemos identificar como o “texto áureo da Bíblia” (ou um dos): João 3.16. Nas duas primeiras epístolas atribuídas a João, é frequente a menção ao amor de DEUS e de uns para com os outros. Neste tópico, veremos que o apóstolo expressou o amor em seus escritos e no cuidado com Maria.
3.1. João cuidou de Maria
João, que antes presenciou os milagres de JESUS, agora estava ao pé da cruz, imóvel, juntamente com Maria. Ali, JESUS viu o sofrimento de Sua mãe e do discípulo a quem amava perto dela. JESUS, então, diz à Maria: “Mulher, eis aí o teu filho”, Jo 19.26. E diz ao discípulo amado: “Eis aí tua mãe, Jo 19.27. A partir daquele momento, João recebeu Maria em sua casa (Jo 19.27). Segundo o Pr. Mauricio Ferreira (1997, p.19): “João passou a cuidar da mãe do Salvador, pois já estava devidamente preparado para tal missão, era agora o Apóstolo do Amor”.
F.F. Bruce (2012, p.1201): “O amor de JESUS era tal que ele ainda fez provisão para sua mãe no último momento. JESUS confiou aos cuidados do ‘discípulo amado’ até o tempo em que os seus irmãos assumissem a responsabilidade para com ela como verdadeiros seguidores dEle. E podemos acrescentar que os irmãos logo aceitaram essa responsabilidade, pois mais tarde vemos Maria na sua companhia, enquanto João parece ter se agrupado de maneira bem distinta deles (At 1.14)”.
3.2. João escreve sobre o amor
Não há dúvidas de que JESUS ensinou lições valiosas sobre o amor aos Seus discípulos: “(…) e aprendei de mim (…)”, Mt 11.29. No entanto, João se destacou grandemente no aprendizado desse amor maravilhoso, e demonstrou isso enaltecendo a virtude do amor em seus escritos. João ficou conhecido como o discípulo do amor, que é essencial aos seguidores de CRISTO. João aprendeu junto à Fonte. Ele experimentou o amor de JESUS e amou a JESUS e Seus ensinamentos.
Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 1997: “O apóstolo João se destacou dentre os demais como o Apóstolo do Amor. Ele começou sua vida cristã como discípulo de João Batista; mas, quando encontrou a JESUS, teve seu comportamento curado. Mas, acima de tudo, João descobriu o amor, manifestou-o durante o ministério de CRISTO e, mais tarde, o transmitiu às igrejas da Ásia.
3.3. O amor evidenciado em cartas
Em suas cartas, João expressou o amor de DEUS, referindo-se aos seus leitores como “amados” ou “filhinhos” (1Jo 2.1,12,28; 3.2,7,18,21; 4.1,4,7; 5.21). Essa maneira amorosa de escrever e viver fez João ficar conhecido como o “Apóstolo do Amor”. Porém, não qualquer amor, mas o amor de DEUS, porque “DEUS é amor”, 1Jo 4.8,16.
Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 1997: “Todo o ensino de João versou sobre o amor, o caminho mais excelente (1Co 12.31). Ele destacou o amor como o caminho para se conhecer a DEUS (1 Jo 4.8), e demonstrá-lo aos irmãos: ‘Amados, se DEUS assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros (1 Jo 4.11). João diz que a razão de nosso amor a DEUS é porque ele nos amou primeiro (1Jo 4.19). O ensino do apóstolo do amor permanece como um farol iluminando nossos corações”.
EU ENSINEI QUE: João foi contagiado por um tipo de amor que o seguiu até o fim de seus dias: o amor de DEUS.
CONCLUSÃO
O discípulo João teve sua vida transformada a partir do momento que ouviu e atendeu ao chamado do Senhor JESUS para ser Seu discípulo (Mt 4.21,22). E, conforme caminhava com JESUS, ele foi aprendendo, sendo corrigido e aperfeiçoado. Mais tarde, João se tornou um dos instrumentos do ESPÍRITO SANTO na evangelização e na edificação da Igreja. Que o mesmo ESPÍRITO continue operando hoje em cada membro do Corpo de CRISTO e nos fazendo agentes evangelizadores e educadores para a glória de DEUS.
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2 João - Dicionário Bíblico Wycliffe, para servir de apoio aos estudos
O autor intitula-se apenas como "o ancião" (ou presbítero). Isso era suficiente, pois o destinatário, identificado como "senhora eleita", era evidentemente um amigo próximo. O ancião estava acompanhando fielmente o desenvolvimento espiritual de seus filhos e esperava vir visitá-los muito em breve. Outros acreditam que o termo "senhora" esteja se referindo a uma igreja local ou a uma comunidade cristã, talvez em Pérgamo, cujos membros são chamados de "seus filhos". Se alguma razão especial existisse para escrever essa pequena carta, ela provavelmente poderia ser encontrada no conselho para não receberem mestres visitantes que não estivessem à altura da confissão da Igreja em relação à encarnação do Senhor (vv. 7-11). O ancião não pôde deixar de ressaltar também a necessidade de um contínuo amor para com os santos (w. 5,6). Várias características dessa carta sugerem que João, o apóstolo, foi seu autor. Exemplo: a ênfase na verdade e no amor e, especialmente, na insistência sobre a encarnação. Outros itens, no mesmo sentido, são a menção ao Anticristo (v. 7; cf. 1 Jo 2.18,22; 4.3) e à palavra "perseverar" (ou permanecer; v. 9). Seria um grande equívoco alegar que o termo "ancião" excluísse a sua condição de apóstolo (cf. 1 Pe 5.1). A igreja primitiva, em geral, aceitou que esse livro havia sido escrito por João. É provável que o destinatário vivesse muito próximo a Éfeso (v.12), e a carta deve ter sido escrita no final do primeiro século.
Esboço
I. Elogio pela Fidelidade à Verdade, 1-3
II. O Mandamento de Andar em Amor, 4-6
III. Importância de Permanecer na Doutrina de CRISTO, 7-9
IV. Recusa à Comunhão com os Falsos Mestres, 10-11 V. Conclusão, 12-13
SENHORA ELEITA
Tradução da frase eklekte kyria em 2 João 1. Seu significado, longo e intrigante para os comentaristas, provavelmente deva ser encontrado em uma dessas duas possíveis explicações: (1) uma referência a uma pessoa chamada "Kyria Eleita" ou "senhora Eleita" ou, então, (2) referência a uma congregação cristã local utilizando, como simbologia, uma mulher. Embora a primeira explicação seja possível, pois o nome pessoal Kyria era conhecido no mundo antigo, o contraste com 3 João a torna menos provável. Nesse livro, João dirigiu-se ao amigo de uma maneira natural e normal. Por outro lado, a linguagem que se refere ao destinatário em 2 João é indefinida, e alguns a julgam ambígua. É mais provável, então, que João estivesse dirigindo-se a uma congregação cristã como "a Senhora escolhida por DEUS". A ideia da eleição da Igreja é muito comum no NT (veja, por exemplo, Rm 8.33; Ef 1.4; Cl 3.12; 1 Pe 1.1,2). Além disso, encontramos saudações como a seguinte, à "Igreja que está em Babilónia, eleita convosco" (1 Pe 5.13). Além disso, também era comum pensar na comunidade do povo de DEUS representado por uma mulher grávida ou com os seus filhos (Baruque 4.8-5.5; Gl 4.25; Ap 12). Novamente, o uso alternado da segunda pessoa do singular (2 Jo 1-5) e da segunda pessoa do plural (w. 6-12), e outra vez do singular (v.13) parece favorecer o uso simbólico da frase ao referir-se à Igreja. O verso 13 poderia ser considerado como estando na mesma direção, ao sugerir igrejas irmãs saudando umas às outras. As palavras de João em 2 João 5,6 são muito semelhantes às de sua primeira epístola (1 Jo 2.3-10) e, de fato, foram ditas primeiramente por nosso Senhor aos seus seguidores em João 13.34,35. Tais palavras foram dirigidas à Igreja em geral, e parece menos provável que tenham sido escritas para um único indivíduo ou família.
Bibliografia. W. Foerster, TWNT (ExpT, Bromiley), III, 1095. B. F. Westcott, The Epistles of St. John, Grand Rapids. Eerd-mans, 1950, pp. 223-224. W. M. D.
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Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT, com algumas alterações do Pr. Henrqiue, para servir de apoio aos estudos
Saudação - 2 João 1:1-4
As epístolas antigas começavam, como neste caso, com uma saudação e melhores votos: o cristianismo consagra, tanto quanto possível, velhas formas, e transforma saudações em verdadeiras expressões de vida e amor. Temos aqui, como geralmente ocorre:
I
A pessoa que faz a saudação, não identificada pelo nome, mas por um título escolhido: “O ancião...”. A expressão, estilo, e amor mostram que o escritor era o mesmo da epístola anterior; ele é agora o ancião, de maneira enfática e notável, possivelmente o apóstolo mais idoso vivo, o ancião principal na igreja de DEUS. Um ancião na antiga casa de Israel era reverenciado, mais ainda o devia ser o ancião do Israel de DEUS e do evangelho. Um discípulo idoso já é merecedor de honra; sendo apóstolo e líder dos discípulos ele é digno de maior honra. Ele estava agora velho e experiente no serviço sagrado, tinha visto e experimentado bastante do céu e estava muito mais próximo dele do que no início da sua caminhada na fé.
II
A pessoa saudada – uma nobre matrona cristã e seus filhos: “...à senhora eleita e a seus filhos”. Provavelmente uma fidalga, uma pessoa de qualidade notável por meio do nascimento, instrução e posição. É uma bênção que o evangelho também alcance esse tipo de pessoas. É muito importante que senhoras e nobres sejam familiarizados com o Senhor JESUS CRISTO e seus ensinamentos. Eles devem mais a Ele do que outros lhe devem; embora geralmente muitos... nobres não sejam chamados (veja 1 Co 1.26). Podemos observar aqui um padrão para pessoas de qualidade do mesmo sexo. A senhora eleita; não somente uma escolhida, mas alguém escolhida por DEUS. É algo gracioso e bonito ver senhoras, por meio de um caminhar santo, demonstrarem que são escolhidas de DEUS. “...e a seus filhos”; provavelmente essa senhora era viúva; ela e seus filhos então formam a parte principal da família. Assim, essa epístola pode ser entendida como uma epístola parcimoniosa. Pode-se dirigir às famílias por escrito; dessa forma, elas podem ser encorajadas e orientadas no seu amor e deveres domésticos. Vemos que os filhos também podem ser mencionados nas cartas cristãs, e eles também devem saber disso. Isso pode ser proveitoso para encorajá-los e para advertência deles. Aqueles que os amam e apreciam estarão aptos a informar-se a respeito deles. Essa senhora e seus filhos são notificados do respeito prestado a eles: 1. Pelo próprio apóstolo: “...aos quais amo na verdade...”, ou em verdade, isto é, a quem amo sinceramente e de todo coração. Aquele que era o discípulo amado tinha aprendido a arte ou exercício do amor; e ele especialmente amava as pessoas que amavam o Senhor que o amava. 2. Por todos os seus conhecidos, ou seja, todos os cristãos que a conheciam: “...e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade”. Virtude e bondade, em uma esfera elevada, brilham muito. A verdade requer reconhecimento, e esses que percebem as evidências da religião pura deveriam confessá-las e atestá-las. É um bom sinal e um dever amar e valorizar a prática da fé nos outros. O motivo desse amor e respeito devidos a essa senhora e seus filhos era sua consideração em relação à verdade: “...por amor da verdade (por amor à verdadeira fé cristã) que está em nós e para sempre estará conosco”. O amor cristão é baseado na manifestação da fé vital. Semelhança deveria produzir afeição. Aqueles que amam a verdade e a piedade neles próprios, deveriam amá-las nos outros também, ou deveriam amar os outros por causa dessas virtudes. O apóstolo e os outros cristãos amavam essa senhora, não tanto por causa da sua honra mas pela sua santidade; não tanto por causa da sua generosidade mas pela seriedade da sua prática cristã. Não deveríamos ser religiosos aos trancos e barrancos, de acordo com a lua; mas a fé cristã deveria habitar em nós, em nossa mente e coração, em nossa fé e amor. Entende-se que onde a fé cristã de fato vigora, ela permanecerá para sempre. Podemos acreditar que o espírito do cristianismo não será completamente extinto: que para sempre estará conosco.
III
A saudação, que é, de fato, uma bênção apostólica: “A graça, a misericórdia, a paz, da parte de DEUS Pai e da do Senhor JESUS CRISTO, o Filho do Pai, sejam convosco na verdade e caridade” (v. 3). O amor sagrado derrama bênçãos sobre essa honrável família cristã. Aqueles que têm receberão ainda mais. Observe:
1. De quem essas bênçãos são desejadas: (1) “...da parte de DEUS Pai...”, o DEUS de toda graça. Ele é a fonte das bênçãos, e de todas as bênçãos que devem nos levar para lá. (2) “...da do Senhor JESUS CRISTO”. Ele também é o autor e comunicador dessas bênçãos celestiais e Ele é distinto pelo seu caráter enfático – o Filho do Pai; um Filho como ninguém mais pode ser. Esse Filho é “...o resplendor da glória do Pai, e a expressa imagem da sua pessoa” (veja Hb 1.3), e, com o Pai, também é a vida eterna (1 Jo 1.2).
2. O que o apóstolo pede dessas pessoas divinas. (1) Graça – favor divino e boa vontade, a fonte de todas as coisas boas. As bênçãos espirituais somente podem ser conferidas a mortais pecadores por meio da graça. (2) Misericórdia – perdão e absolvição gratuita. Aqueles que já são ricos em graça necessitam de perdão contínuo. (3) Paz – tranquilidade de espírito e serenidade de consciência, em uma reconciliação garantida com DEUS junto com toda prosperidade exterior segura e santificada. Essas virtudes são desejadas “...na verdade e caridade”, ou pelo afeto sincero e ardente na pessoa que saúda (na fé e no amor ele as pede de DEUS Pai e do Senhor JESUS CRISTO), ou como fruto de uma verdade e caridade contínua na pessoa saudada. Essas bênçãos conservarão continuamente a verdadeira fé e amor na senhora eleita e nos seus filhos.
IV
A felicitação pela perspectiva do comportamento exemplar de outros filhos dessa esplêndida senhora. Que mãe feliz, pelo fato de ter sido abençoada com tantos filhos piedosos! “Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos recebido o mandamento do Pai” (v. 4). Possivelmente os filhos da senhora viajaram para fora do país, com o objetivo de conhecer e familiarizar-se com o mundo, ou por causa dos seus próprios negócios ou assuntos da família. E, nas suas viagens, podem ter passado por Éfeso, onde o apóstolo supostamente estava morando naquele tempo, e podem ter conversado animadamente com ele. Veja como é importante ser instruído cedo na fé cristã! Embora a religião não deva ser fundada ou apoiada na educação, a educação pode ser, e com frequência é, abençoada e é o caminho para fortificar os jovens contra a contaminação mundana. Por isso, é importante que jovens viajantes levem consigo sua fé cristã. Eles não devem deixá-la em casa ou aprender os costumes prejudiciais dos países para onde vão. Também precisamos observar que, às vezes, a eleição acontece em uma linha imediata; temos aqui uma senhora eleita e seus filhos. Os filhos podem ser amados por causa dos seus pais, mas ambos por causa da livre graça. Pela alegria do apóstolo podemos observar que é prazeroso ver os filhos trilhando nos bons passos dos pais; e os que vêem isso podem felicitar os pais deles por causa disso, tanto para estimular sua gratidão a DEUS quanto para ampliar seu conforto em uma bênção tão grande. Essa senhora realmente era bem-aventurada, pelo fato de ter criado tantos filhos para o céu e para DEUS. Ela deve ter sentido uma profunda alegria ao ouvir um relato tão positivo de um juiz tão nobre. Certamente deve trazer satisfação e alegria para ministros e discípulos já idosos e experientes, ver uma nova geração crescer cheia de esperança, que pode servir a DEUS e encorajar a fé cristã no mundo após a morte deles. Também encontramos aqui a regra do caminhar seguro: “...o mandamento do Pai”. Nosso caminhar será seguro, nossa conversa será adequada, se estiverem de acordo com a Palavra de DEUS.
O Amor Cristão - 2 João 1:5-6
Entramos agora mais diretamente no intento e na essência da epístola. Vemos:
I
O pedido do apóstolo: “E agora, senhora, rogo-te”. Levando em conta o que ele solicita, a forma de tratá-la é marcante. Ele não pede uma bênção ou um favor para si próprio, mas a observância habitual ou costumeira do mandamento divino. Aqui ele poderia ter mandado ou cobrado; mas em certas situações medidas mais duras são piores e desnecessárias e medidas moderadas terão um efeito melhor; e o espírito do apóstolo é, entre todos os outros, o mais gentil e afetuoso. Quer seja pela consideração à senhora eleita, ou pela brandura apostólica, ou as duas, ele se digna a rogar: “E agora, senhora, rogo-te”. Ele poderia falar da mesma forma que outro apóstolo o fez, dirigindo-se a um certo senhor a quem escreve: “Pelo que, ainda que tenha em CRISTO grande confiança (de acordo com o poder que CRISTO me confiou) para te mandar o que te convém, todavia, peço-te, antes, por caridade, sendo eu tal como sou, o velho” (veja Fm 8,9). O amor prevalecerá quando a autoridade não for respeitada. Muitas vezes observamos que quanto mais a autoridade é ressaltada mais ela é desprezada. O apóstolo ama e roga para assim conduzir seus amigos ao cumprimento do dever.
II
O que foi pedido à senhora eleita e a seus filhos – o sagrado amor cristão: “...que nos amemos uns aos outros” (v. 5). Aqueles que são notáveis em qualquer virtude cristã, encontram espaço para crescer nela. “Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por DEUS que vos ameis uns aos outros. [...] Exortamos-vos, porém, a que ainda nisto continueis a progredir cada vez mais” (1 Ts 4.9,10).
1. Esse amor é recomendado: (1) Da obrigação em relação a ele – o mandamento. A ordem divina deveria controlar nossa mente e nosso coração. (2) Da antiguidade da obrigação: “...não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos” (v. 5). Esse mandamento do amor cristão mútuo pode ser considerado novo em relação à sua nova ratificação e sanção pelo Senhor JESUS CRISTO. Mas, em relação à importância dele (amor santo mútuo), ele é tão antigo quanto a religião natural, judaica ou cristã. Esse mandamento deve ser observado em todo lugar no mundo cristão, que os discípulos amem uns aos outros.
2. Então esse amor é ilustrado em relação à sua natureza frutífera: “E a caridade é esta: que andemos segundo os seus mandamentos” (v. 6). Esse é o teste do nosso amor a DEUS e nossa obediência a Ele. Amamos a nós mesmos, e às nossas almas, quando andamos em obediência aos mandamentos divinos. “Em os guardar há grande recompensa” (veja Sl 19.11). O amor mútuo busca encorajar uns aos outros a andar em santidade. E a evidência do nosso amor cristão sincero e mútuo é vivermos de acordo com os mandamentos de DEUS. É possível haver amor mútuo que não seja cristão; mas nós conhecemos o amor cristão pelo fato da nossa obediência a todos os outros mandamentos além do amor mútuo. A obediência ilimitada é a prova da bondade e sinceridade das virtudes cristãs; e aqueles que tem como alvo a obediência cristã, certamente observarão o amor cristão. Um dever fundamental no evangelho é o seguinte: “Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes: que andeis nele” (v. 6), isto é, que andeis nesse amor. A percepção do declínio desse amor, bem como de mais uma apostasia, pode ter obrigado o apóstolo a enfatizar esse dever, e esse mandamento primordial, com mais frequência e de maneira mais séria.
Os Enganadores São Reprovados - 2 João 1:7-9
Nessa parte principal da epístola, encontramos:
I
As más notícias comunicadas à senhora – os sedutores estavam indo pelo mundo afora: “Porque já muitos enganadores entraram no mundo”. Essa informação é introduzida por uma partícula que anuncia um motivo para a informação. “Vocês precisam manter seu amor, porque há destruidores desse amor no mundo. Esses que corrompem a fé destroem o amor; a fé comum é o motivo do amor comum”; ou: “Vocês precisam garantir o seu andar de acordo com os mandamentos de DEUS; isso os guardará. Sua estabilidade provavelmente será provada, porque já muitos enganadores entraram no mundo”. Notícias tristes podem ser comunicadas aos nossos amigos cristãos; não que devêssemos ter prazer em torná-los tristes, mas para preveni-los ou acautelá-los contra suas provações. Veja aqui: 1. A descrição dos enganadores e seu engano – “...não confessam que JESUS CRISTO veio em carne” (v. 7). Eles apresentavam algum erro ou confusão a respeito da pessoa do Senhor JESUS. Eles não confessavam que JESUS e CRISTO são a mesma pessoa ou que JESUS de Nazaré era o CRISTO, o Ungido de DEUS, o Messias há muito prometido para a redenção de Israel, ou que o Messias prometido e Redentor veio em carne, entrou no mundo e na nossa natureza. Eles diziam que o Messias ainda precisava vir. Estranho que depois de tantas evidências alguém ainda se atrevesse a negar que o Senhor JESUS é o Filho de DEUS e Salvador do mundo! 2. O agravamento do caso – “...tal é o enganador e o anticristo” (v. 7). Ele iludia almas e tentava minar a glória e o reino do Senhor JESUS CRISTO. Ele era um impostor, um enganador obstinado, depois de toda luz que foi apresentada e toda evidência que CRISTO deu de si mesmo, e o testemunho que DEUS deu referente ao seu Filho. Esse enganador era um opositor obstinado da pessoa, da honra e do interesse do Senhor JESUS CRISTO, e ele terá de prestar contas quando o Senhor JESUS CRISTO voltar. Não vamos nos surpreender com os atuais enganadores e opositores do nome e dignidade do Senhor JESUS CRISTO, porque tais já existiam antigamente, mesmo nos tempos do apóstolo.
II
O conselho dado à senhora eleita. Agora eram necessários cuidados e cautela: “Olhai por vós mesmos” (v. 8). Quanto mais enganadores e enganos proliferam, tanto mais vigilantes os discípulos devem ficar. As ilusões e os enganos podem ser tais que mesmo os eleitos correm perigo. Eles precisam tomar cuidado com duas coisas: 1. “...para que não percam o que têm ganhado” (v. 8), ou o que fizeram ou o que ganharam. É uma pena quando algum esforço religioso é feito em vão. Alguns até começam bem, mas, no fim, todos os seus esforços são inúteis. O jovem rico esperançoso, que tinha guardado todos os mandamentos da segunda tábua dos Dez Mandamentos, perdeu tudo pelo fato de não amar menos ao mundo do que a CRISTO. Precisamos cuidar para não perder aquilo que ganhamos. Muitos não só ganharam uma reputação justa na fé cristã, mas muita compreensão a respeito dela, muita convicção da maldade do pecado, da futilidade do mundo, da excelência da doutrina cristã, e do poder da Palavra de DEUS. Eles chegaram a “...provar as virtudes do século futuro” (veja Hb 6.5), e os dons do ESPÍRITO SANTO; e, mesmo assim, no final perderam tudo. “Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais (ou não continueis obedecendo) à verdade?” (veja Gl 5.7). Seria triste se todas as conquistas justas e brilhantes na escola de CRISTO se perdessem no final. 2. Para que não percam a recompensa, alguma parte dela, da honra, ou louvor ou glória que, em certa época, lhes pertencia por direito. Para que “...recebamos (ou recebam, como ocorre em algumas cópias) o inteiro galardão”. “Assegura toda recompensa que será dada a cada um na igreja de DEUS; se há graus ou estágios de glória, não percas nada dessa graça (dessa luz, ou amor, ou paz) que deveste preparar você para uma ascensão maior na glória. Guarda o que tens (na fé, esperança e uma boa consciência), para que ninguém tome a tua coroa, para que você não percas nenhuma pedra preciosa dela” (Ap 3.11). A forma de obter a recompensa completa é permanecer fiel a CRISTO e constante na fé cristã até o fim.
III
O motivo do conselho do apóstolo, e dos cuidados e cautela deles, é duplo: 1. O perigo e o infortúnio de afastar-se da luz e da revelação do evangelho. Esse, na realidade, é um afastamento do próprio DEUS: “Todo aquele que prevarica (que prevarica numa proporção tão sombria) e não persevera na doutrina de CRISTO não tem a DEUS” (v. 9). É a doutrina de CRISTO que nos leva a DEUS. É por meio dela que DEUS atrai almas para a salvação e para si mesmo. Aqueles que se revoltam dessa forma, se revoltam contra DEUS. 2. A vantagem e felicidade da firme adesão à verdade cristã. Ela nos une a CRISTO (o objeto ou tema dessa verdade), e, por meio dele também ao Pai; porque Eles são um. “...quem persevera na doutrina de CRISTO, esse tem tanto o Pai como o Filho”. Pela doutrina de CRISTO somos instruídos no conhecimento do Pai e do Filho. Por meio dela somos santificados para o Pai e para o Filho. Por isso somos enriquecidos com amor santo ao Pai e ao Filho e dessa forma somos preparados para o gozo infindável do Pai e do Filho. “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3). Essa pureza nos prepara para o céu. Da mesma forma que o grande DEUS colocou seu selo na doutrina de CRISTO, assim Ele também coloca um valor nela. Devemos conservar essa doutrina santa na fé e no amor, enquanto esperamos alcançar a comunhão abençoada com o Pai e o Filho.
Advertência contra os Sedutores - 2 João 1:10-11
Aqui:
I
Com a devida advertência dada em relação aos sedutores, o apóstolo nos orienta como devemos tratar esse tipo de pessoas. Eles não devem ser acolhidos com os ministros de CRISTO. O Senhor JESUS CRISTO diferenciará os tais dos seus verdadeiros discípulos. A orientação é negativa. 1. “Não os apoiem: Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina (referente a CRISTO como o Filho de DEUS, o Messias e Ungido de DEUS para nossa redenção e salvação), não o recebais em casa”. Possivelmente, essa senhora era parecida com Gaio, de quem lemos na epístola seguinte, um chefe de família e anfitrião hospitaleiro de ministros viajantes e cristãos. Esses enganadores poderiam possivelmente esperar a mesma recepção dos demais ministros (uma vez que os cegos são com frequência bastante ousados), mas o apóstolo não permite que isso aconteça: “Não os receba em sua família”. Sem dúvida esses podem ser socorridos nas suas necessidades urgentes, mas não encorajados ao serviço prejudicial. Negadores da fé são destruidores de almas. Presumia-se que mesmo senhoras deveriam ter uma boa compreensão das obrigações da doutrina cristã. 2. “Não abençoes seus empreendimentos: ‘...nem tampouco o saudeis’. Não oreis pelo serviço deles nem os saudeis”. A obra nociva não deveria ser ordenada nem recomendada à bênção divina. DEUS não será o patrocinador de falsidade, sedução e pecado. Devemos saudar a ministração evangélica; mas a propagação do erro doutrinário, se não pudermos evitá-lo, jamais devemos aprová-lo.
II
O motivo dessa orientação, no sentido de proibir o apoio e o amparo do enganador: “Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras”. Favor e afeição partilham do pecado. Corremos o risco de ser participantes das iniquidades dos outros. O cristão precisa ser muito criterioso e cauteloso. Há muitas formas de partilhar da culpa da transgressão de outras pessoas. Isso pode ser feito por meio de um silêncio culposo, indolência, indiferença, contribuição particular, auxílio e apoio público, aprovação no íntimo e defesa e proteção aberta. Que o Senhor perdoe a nossa culpa nos pecados de outra pessoa!
Conclusão e Saudação
2 João 1:12-13
O apóstolo conclui esta carta: 1. Com o encaminhamento para o futuro de muitas coisas que deveriam ser tratadas em uma reunião pessoal: “Tendo muito que escrever-vos, não quis fazê-lo com papel e tinta; mas espero ir ter convosco e falar de boca a boca, para que o nosso gozo seja cumprido” (v. 12). O autor acredita que algumas coisas podem ser melhor tratadas numa conversa do que por escrito. O uso de papel e tinta pode ser algo compassivo e prazeroso; mas uma conversa pessoal pode ser mais ainda. O apóstolo ainda não era idoso demais para viajar, nem, consequentemente, para a obra missionária que envolvia viagens. A comunhão entre os santos deveria ser mantida de todas as formas possíveis; e a comunhão deveria visar a alegria mútua. Ministros excelentes podem ter sua alegria fomentada pelos seus amigos cristãos. “Para que juntamente convosco eu seja consolado pela fé mútua, tanto vossa como minha” (Rm 1.12). 2. Com a apresentação do serviço e saudação de algumas pessoas próximas à senhora: “Saúdam-te os filhos de tua irmã, a eleita”. A graça era abundante para com essa família. Aqui estão duas irmãs eleitas, e, provavelmente, seus filhos eleitos. Como eles devem ter valorizado essa graça do céu! O apóstolo concorda em inserir a saudação mais respeitosa à sua tia. O dever de parentes menores deve ser apreciado. Sem dúvida, o apóstolo era de fácil acesso e admitira toda comunicação amistosa e piedosa e estava disposto a aumentar a alegria dessa boa senhora por meio dos seus sobrinhos bem como de seus filhos. Que possa haver muitas dessas senhoras graciosas se alegrando com seus filhos graciosos e outros parentes! Amém.
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2 João (Leia a Epístola) - Através Da Bíblia Livro Por Livro - Myer Pearlman - CPAD, com algumas alterações do Pr. Henrqiue, para servir de apoio aos estudos
Tema. A primeira epístola de João é uma carta à família cristã em geral, prevenindo-a contra a falsa doutrina e exortando-a à piedade prática. A segunda epístola é uma carta a um membro particular dessa família, escrita com o propósito de instruí-lo quanto à atitude correta para com os falsos mestres. Não devia dar-lhes hospitalidade. Tal mandamento pode parecer duro; mas é justificado pelo fato destas doutrinas atacarem os próprios fundamentos do cristianismo, e em muitos casos, ameaçarem a pureza da conduta. Ao receber tais mestres em sua casa, a crente, a que João escrevia, identificar-se-ia com os seus erros. João não ensinava o mal tratamento aos cristãos, que doutrinariamente diferem de nós ou que se encontram nos laços do erro. João escrevia em época em que os antinômios e gnósticos, errados, procuravam minar a fé e a pureza. Sob tais condições era imperativo que os cristãos denunciassem as suas doutrinas erradas, tanto por palavras, como pela atitude. O tema pode resumir-se da seguinte maneira: é dever obedecer à verdade e evitar comunhão com os seus inimigos.
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Segunda e terceira cartas de João - Comentário - NVI (F. F. Bruce) - com algumas alterações do Pr. Henrqiue, para servir de apoio aos estudos
A primeira carta tem sido considerada uma encíclica enviada a um grupo de igrejas bem semelhantes, talvez até idênticas, às “sete igrejas” do Apocalipse (Ap 1.11). A segunda e a terceira cartas, no entanto, são verdadeiras cartas dirigidas a pessoas ou grupos específicos. Já observamos a opinião anterior de que as cartas foram todas escritas em Éfeso; o destino da segunda e da terceira seria algum lugar (aliás, qualquer lugar de acordo com as indicações) dentro da província da Ásia, à qual os esforços do velho apóstolo provavelmente foram confinados nos seus últimos anos.
A segunda e a terceira cartas são obviamente um par com algumas correspondências: (1) o autor se denomina “o presbítero”, um uso restrito inteiramente a essas duas cartas; (2) as cartas, quase da mesma extensão, concluem com a promessa de uma visita, prefaciadas por uma observação acerca da aversão à dependência do mero escrever de cartas.
E possível que, como muitos argumentam, as duas cartas sejam simplesmente exemplos da correspondência pastoral do apóstolo, sem nenhuma outra conexão entre si; cf. a opinião de Plummer de que esses últimos escritos de João foram endereçados respectivamente a uma “senhora cristã e a um senhor cristão com relação à sua conduta pessoal” (CGT, p. 58). Mas o fato de que elas foram preservadas juntas (ou até o fato de terem sido preservadas) sugere que estão mais estreitamente ligadas e que são de interesse mais geral do que indica a opinião de Plummer. Temos também o interessante fato de que perto do final do século II Ireneu só conhecia duas cartas de João. E difícil imaginar como obras aparentemente insignificantes como essas cartas possam ter sobrevivido e assumido reconhecimento universal, a não ser que estivessem presentes no coleção joanina desde o início — e isso significa juntas. Um par correspondente de cartas provavelmente poderia ser contado como uma só (assim harmonizando com a conta total de Ireneu de duas cartas), da mesma forma que em alguns saltérios, o salmo 1 e o salmo 2, que são composições separadas e contrastantes, são contados como o “primeiro salmo” (At 13.33 em manuscritos “ocidentais”). Se essa linha de argumentação for correta, podemos esperar encontrar um propósito comum nas cartas. Este comentário sugere uma reconstrução da situação em que as cartas foram escritas: o leitor certamente vai reconhecer o elemento de conjectura.
A reconstrução seria assim: Em uma das igrejas da Ásia, um presbítero (Diótrefes) tinha se encantado com o ensino gnóstico. [Observe, no entanto, o comentário prudente de Guthrie: “As tendências gnósticas podem bem ter fomentado tal exibição de orgulho como é vista no seu amor por proeminência, mas os gnósticos não eram os únicos dados à arrogância, e não é necessário apelar a opiniões heréticas para explicar uma falha que tantas vezes acompanha a ortodoxia”.] Ele com certeza tinha de lidar com fortes resistências conservadoras por parte daqueles que defendiam o evangelho original, encabeçados pelo próprio apóstolo João em Éfeso. Mas nosso Diótrefes era um homem hábil, com personalidade forte, e foi bem-sucedido não somente em dominar os seus colegas presbíteros a ponto de se tornar bispo monárquico com o poder de excomungar seus oponentes, mas até em lançar fora a autoridade do velho apóstolo.
João deseja apelar à igreja no seu perigo, mas a única forma constitucional de lidar com a situação era o próprio Diótrefes. Será que Diótrefes leria a carta do apóstolo à igreja? Ao menos, a tentativa poderia ser feita e talvez suscitar uma reação leal. Mas aqueles eram tempos perigosos, e não seria uma coisa desconhecida, tanto naqueles dias quanto nos nossos, que um cristão desafeto entregasse uma carta incriminadora às autoridades civis, para buscar a instauração de um processo contra o autor por provocar um distúrbio. João escreveria, mas ele evitaria citar nomes e endereços; a igreja seria uma “senhora eleita”, e ele mesmo seria o “presbítero” — que para um leitor não informado poderia significar simplesmente, num sentido afetuoso, “o velho”. E com certeza João guardou uma cópia da carta.
Aconteceu como esperado, e retornou o relato de que Diótrefes havia suprimido a carta (ou ao menos tinha negado a sua autoridade); mas tinha sido bom fazer a tentativa. Agora João escreveu a um crente de confiança (Gaio) nessa mesma igreja, censurando Diótrefes em termos que não deixavam dúvida em relação à sua inadequabilidade como líder de igreja. Na mesma época, Gaio e Demétrio são munidos de um atestado de confiança irrestrita. O apóstolo espera poder visitar a igreja, mas entrementes a igreja tem uma oportunidade de colocar em ordem a sua própria casa. Que ela aceite o sinal e lance fora o domínio desse autocrata não espiritual a favor da liderança conjunta desses dois homens provados e aprovados. Se isso falhar, o apóstolo será obrigado, durante sua visita, a usar meios menos satisfatórios de tratar dessas coisas por meio da autoridade pessoal (cf. ICo 4.18-21), repreendendo Diótrefes e reorganizando a igreja. A seguir, um resumo das duas cartas desse ponto de vista, estando entre aspas o que pode ser lido “nas entrelinhas”.
Resumo: 2João v. 1-3. João para a igreja em A. v. 4. Estou feliz de ouvir acerca do bom estado da doutrina e do comportamento de alguns dos seus membros, “mas estou preocupado com o restante”.
v. 5. Com essa situação em mente, aqui está a minha mensagem para vocês: Lembrem-se do mandamento do Senhor JESUS, que amemos uns aos outros. “Na comunhão do amor, o presente perigo do cisma vai ser evitado”.
v. 6. A comunhão será preservada somente se mantivermos o evangelho original como nossa regra de vida.
v. 7. Eu escrevo dessa maneira por causa do perigo da comunhão com mestres hereges: eles negam as verdades fundamentais do evangelho.
v. 8,9. Guardem-se desse perigo entre vocês mesmos; guardem-se de qualquer um que abandona o evangelho original para aceitar esse ensino “avançado”, que definitivamente é anticristão.
v. 10,11. Cuidem também para que essa heresia não venha a vocês de fora; rejeitem a comunhão da igreja e qualquer aprovação em tais casos.
v. 12. Há mais que pode ser dito do que eu quero registrar por escrito; espero visitá-los algum tempo desses.
v. 13. Saudações da igreja daqui.
Resumo: 3João
v. 1-8. A Gaio, “da igreja de A.”. Estou feliz de registrar a minha aprovação incondicional a você como líder cristão, particularmente no seu cuidado dos pregadores itinerantes.
v. 9-11. Eu escrevi uma breve nota à igreja em A. “da qual anexo uma cópia”, mas Diótrefes se opôs a isso. Ele é um homem mau, esse Diótrefes, especialmente na forma em que obstrui a obra dos pregadores itinerantes, os quais você ajuda tanto; e ele não é exemplo a ser seguido. Se eu for, vou levá-lo a ser disciplinado diante da igreja, “embora fosse melhor para a igreja tratar ela mesma dele agora”.
v. 12. Eu teria a maior confiança em você e em Demétrio “para juntos sucederem Diótrefes na liderança da igreja, se os fiéis acharem que isso é apropriado”.
v. 13-15. Entrementes, essa carta vai ser suficiente “para tornar conhecido a você e à igreja o que eu gostaria que fosse feito. Que eu encontre isso feito quando” for visitar vocês em breve.
2Joao
v. 1,2. O presbítero-. A simples e solitária dignidade do último apóstolo de CRISTO que ainda vivia. O epíteto é apropriado para o propósito das cartas, ao tratarem da liderança na igreja (cf. IPe 5.1). À senhora eleita-. Melhor seria “a uma senhora eleita”; há muitas delas. No tratamento comum, o significado seria eminente (Rm 16.13), mas o leitor cristão iria entender que o significado era que a senhora era “escolhida por DEUS” (Ef 1.4,5). Acerca de outro exemplo da personificação de uma igreja como “eleita” (também aparentemente por motivos de segurança), v. IPe 5.13. (Acerca da outra opinião sobre a carta como sendo “à eleita Kyria”, Kyria = “senhora”, o equivalente grego de Marta.) Os filhos são os membros da igreja (acerca do uso de uma imagem associada para denotar membros constituintes, v. “noiva” e “convidados” em Ap 19.7,9). a quem-. Está no plural, denotando a senhora e seus filhos (cf. vocês nos v. 6,8,10,12. Nos v. 4,5,13 há indicação do singular denotando a senhora somente). verdade-. O termo é usado em três sentidos distintos em uma frase. Paráfrase: a quem amo (1) sinceramente, e não apenas eu os amo, mas também todos os que conhecem (2) o evangelho, por causa da verdade de (3) CRISTO que permanece por meio do ESPÍRITO. Todos os que conhecem a verdade amam a igreja local (essa afirmação dificilmente poderia ser feita acerca de uma senhora). Todo esse trecho dirigido à igreja é de uma beleza insuperável.
v. 6. E este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos-. Mais uma vez (como em ljo 5.18), a NVI escolhe um dos possíveis significados para uma frase ambígua. O leitor, no entanto, pode desejar considerar uma alternativa. Paráfrase: “O amor é o mandamento, como vocês ouviram desde o início, a ser adotado por vocês como regra de vida”.
v. 7. os quais não confessam que JESUS CRISTO veio em corpo-, Cf. ljo 4.2. Mas, com relação à última referência com o particípio perfeito (v. comentário ad loc.), poderíamos pensar que os novos mestres estavam simplesmente negando a historicidade da encarnação. Mas o uso contrastante aqui do particípio presente (que, como em português, com frequência tem significado futuro: e.g., “o que há de vir”, em Ap 1.8) pode sugerir que os hereges estavam dando o passo lógico seguinte ao negarem o retorno pessoal do Senhor JESUS no final dos tempos. Ambas as crenças permanecem ou caem juntas.
v. 8. o fruto do nosso trabalho-. Outra leitura, “o fruto do trabalho de vocês”, é ao menos possível. Paráfrase: “Por falha da sua parte, vocês vão jogar fora os resultados do nosso trabalho entre vocês; mas, por meio da perseverança, vão fazer a colheita completa” (2Co 12.14,15).
v. 9. Todo aquele [...] vai além: Os mestres “avançados” do v. 7 e provavelmente Diótrefes de 3Jo 9, em contraste com aqueles que permanecem no evangelho original, ensino de CRISTO: A confissão de que JESUS CRISTO veio em corpo (v. 7).
v. 10. não o recebam em casa: Na nossa interpretação da “senhora eleita”, significa não receber “na comunhão da igreja”. Os comentaristas têm ficado desconcertados pela proibição da cortesia da hospitalidade para com os hereges. E.g., Plummer: “O maior cuidado é necessário antes de nos arriscarmos a agir com base na orientação dada aqui à senhora eleita” (CGT, p. 183). G. H. Dodd simplesmente se nega a levar em conta a determinação. Se, no entanto, entendermos que a comunhão na igreja é a questão em debate, a dificuldade desaparece; a saudação (saúdem) significa aprovação ou recomendação. De todo modo, ICo 5.11 não é um paralelo verdadeiro, pois as pessoas que estão em vista aí não são pessoas com crenças erradas (que podem se beneficiar do encontro com pessoas com as crenças corretas), mas homens imorais cujo comportamento está em oposição flagrante ao que eles mesmos reconhecem como sendo correto.
v. 11. obras-. Melhor do que “atos” (VA), pois inclui a doutrina, onde de fato estava o perigo.
v. 13. A irmã eleita é a igreja de onde João escreveu, supostamente Éfeso. Esse versículo proíbe a interpretação da carta defendida por comentaristas antigos, em que a senhora eleita é a Igreja universal.
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3 João – COMENTÁRIOS BEP – CPAD - com algumas alterações do Pr. Henrqiue, para servir de apoio aos estudos
V. 2 QUE TE VÁ BEM. Em geral é da vontade de DEUS que o crente
tenha saúde e que tenha uma vida abençoada. Ele quer que tudo vã bem
conosco, i.e., que nosso trabalho, planos, propósitos, ministério, família,
etc. estejam de acordo com a sua vontade e direção. Portanto, as
bênçãos de DEUS, mediante a redenção em CRISTO, visam a suprir nossas
necessidades físicas e espirituais.
No tocante à prosperidade, tanto física
como espiritual, as Escrituras nos ensinam o seguinte:
(1) A expressão "que te vá bem em
todas as coisas”, (gr. euodoo) literalmente significa “fazer uma boa viagem (caminhando
como cristão para o céu)".
À luz desse significado, a oração
prioritária de João é no sentido de que os crentes andem no caminho da
salvação. que permaneçam na vontade e na verdade de DEUS e desfrutem da
sua bênção (cf. vv. 3,4).
(2) A vontade de DEUS é
que ganhemos o necessário para termos abrigo, alimento e roupa para toda
nossa família, e que tenhamos o suficiente para ajudar os outros, e para
promover a causa de CRISTO (2 Co 9.8; Fp 4,15-19). Sabemos que DEUS pode nos dar o
suficiente para as nossas necessidades (2 Co 9.8-12), e que Ele promete nos suprir
conforme as suas gloriosas riquezas (Fp 4.19).
(3) Embora oremos para DEUS
suprir todas as nossas necessidades materiais, devemos reconhecer que
haverá ocasiões em que DEUS permite que seus filhos passem por
necessidades, (a) Passamos tempos de aflições ou de necessidades para
sermos despertados a confiar mais nEle e desenvolver nossa fé, nossa
perseverança espiritual e nosso ministério (Rm 8.35-39; 2 Co 4.7-12; 6.4-10; 12.7-10; 1 Pe 1.6,7). (b) Podemos experimentar problemas
difíceis, quando por causa do nosso testemunho e do trabalho de CRISTO, o
mundo nos oprime e persegue (Lc 6.20-23; Hb 10.32-34; 1 Pe 2.19-21; Ap 2.9.10). (c) Podemos experimentar
pobreza, devido às circunstâncias nacionais ou naturais, tais como guerra,
fome, seca, ou más condições econômicas ou sociais (At 11.28-30; 2 Co 8.2,12-14).
(4) A presença, ajuda e
bênção de DEUS na nossa vida física estão relacionadas à prosperidade da
nossa vida espiritual. Devemos buscar a vontade de DEUS (Ml
6.10; 26.39; Hb 10.7-9), obedecer e manter íntima comunhão com o
ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14), permanecer separados do mundo (Rm 12.1,2; 2 Co 6.16-18). Amar a Palavra de DEUS (Tg 1.21; 1 Pe 2.2), buscar a sua ajuda em oração (Mt 6.11; Hb 4.16), trabalhar com afinco (2 Ts 3.6-12; I Pe 5.7) e viver segundo o princípio de buscar
primeiro o reino de DEUS e a sua justiça (Mt 6.33; ver Mt 6.11; Lc 11.3; Cl 4.12).
(5) Mesmo estando bem a nossa alma, não
estamos automaticamente isentos de dificuldades noutras áreas da vida.
Devemos encarar as adversidades, aflições e necessidades com oração e confiança
em DEUS.
v. 5 PROCEDES FIELMENTE. João
elogia Gaio por um aspecto específico do seu andar na verdade (v v.
3,4), que é a sua fidelidade na ajuda aos missionários viajantes (vv.
5-8). Ele lhes fornecia roupa, alimento, dinheiro e qualquer outra ajuda
que necessitassem (cf, Tt 3.13). Sua dedicação à causa missionária
de CRISTO era tão destacada que os missionários tinham especificamente
mencionado o fato a João (v. 6). A atuação de Gaio para com esses
pregadores do evangelho provinha do seu amor a eles. ao evangelho e aos
que estavam sem CRISTO,
v. 7 PORQUE PELO SEU NOME SAÍRAM. Os
versículos 5-8 se referem aos mensageiros itinerantes do evangelho de CRISTO.
E um dever e privilégio do povo de DEUS contribuir para suprir as
necessidades da obra missionária,
(1) Acolher, enviar e
sustentar missionários deve ser feito de uma maneira digna de DEUS (v. 6; 1 Co 9.14; Fp4.10-18). Não devem ser tratados como mendigos,
mas como ao Senhor (Mt 10.40) e como seus servos a levarem
o evangelho ao mundo inteiro (v. 7; ver Mt 28.19).
(2) O envio de
missionários na igreja primitiva consistia em tomar as providências para a sua
viagem e em fornecer-lhes alimento e dinheiro suficiente para
pagar suas despesas e viver de modo adequado (ver Gl 6.6-10; Fp 4.16; Tt 3.13). Ao sustentarem os missionários, aqueles
fiéis tornavam-se “cooperadores” na propagação da verdade (v. 8).
v. 7 NADA TOMANDO DOS GENTIOS, Os
missionários que deixam seu lar e vão a outras terras, a fim de proclamar o
nome do Senhor JESUS CRISTO devem recusar ajuda dos descrentes, aos quais
estão procurando ganhar para CRISTO. Aceitar ajuda de descrentes pode
servir de empecilho ao evangelho e motivar acusações ao missionário de
estar pregando para obter vantagens financeiras (cf. 1 Co 9.12). Por isso. o
missionário deve receber sustento de crentes individuais e da igreja (Lc 10.7; 1 Co 9.14; 1 Tm 5.18). Ao contribuir para o trabalho
missionário da nossa igreja, devemos lembrar-nos das palavras de CRISTO:
“Quem recebe um profeta na qualidade de profeta receberá galardão de
profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão
de justo” (ver Mt 10.41).
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Com. Bíblico -
Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT, para servir de apoio aos estudos - (Com algumas alterações do
Pr. Henrique)
Saudação e Oração - 3 João 1:1-2
Vemos aqui:
I
O
autor sagrado que escreve e envia a carta, não identificado aqui pelo seu nome,
mas por um título mais geral: “O presbítero...”, pela idade e pela posição;
ambos merecem honra e respeito. Alguns têm questionado se esse era João, o
apóstolo, ou não. Mas o estilo e espírito parecem indicar que foi ele mesmo que
escreveu essa epístola. Esses que são amados de CRISTO amarão os irmãos por sua
causa. Gaio não deveria ter dúvida em relação ao autor da carta. O apóstolo
poderia ter adotado muitos outros atributos distintos. Ele quase se nivela com
os pastores mais comuns da igreja, ao se nomear presbítero. o presbítero. “Aos
presbíteros que estão entre vós admoesto eu, que sou também presbítero (Ancião,
Bispo, Pastor – João estava dirigindo a igreja de Éfeso e região) com eles” (1 Pe 5.1).
II
A
pessoa saudada e honrada pela carta. A carta anterior foi dirigida a uma
senhora eleita; dessa vez a escolha recai sobre um cavalheiro (um Irmão). Esses são dignos de consideração e valor. Ele é identificado:
1. Pelo seu nome: Gaio. Lemos a respeito
de várias pessoas com esse nome, particularmente de um que o apóstolo Paulo
batizou em Corinto, que possivelmente também tenha sido o anfitrião do apóstolo
ali (Rm 15.23). Se esse não é o mesmo Gaio, é seu irmão
em nome, posição e disposição.
2. Pelas expressões carinhosas do apóstolo
a ele: “...ao amado Gaio, a quem, na verdade, eu amo”. O amor expressado
costuma incitar mais amor. Aqui parece ser a sinceridade do amor do apóstolo ou
a filosofia desse amor. A sinceridade desse amor: “...a quem, na verdade, eu
amo”, a quem eu verdadeira e cordialmente amo. A filosofia desse amor: “...a
quem, na verdade, eu amo”, por causa da verdade, permanecendo e andando na
verdade de JESUS. Amar nossos amigos por causa da verdade é o verdadeiro amor,
amor cristão, do evangelho.
III
A
saudação, contendo uma oração, introduzida por meio de uma interpelação
afetuosa: “Amado”, amado em CRISTO. O ministro que espera receber amor precisa,
ele próprio, demonstrá-lo. Vemos aqui:
1. A boa opinião do apóstolo a respeito do
seu amigo: “...assim como bem vai a tua alma”. Na verdade existe a chamada
prosperidade da alma – a maior bênção desse lado do céu. Isso requer
regeneração e uma reserva interior de vida espiritual; essa reserva está
crescendo, e, enquanto tesouros espirituais estão avançando, a alma está, de
uma maneira sólida, rumando para o reino da glória.
2. Seu nobre desejo pelo seu amigo é que
seu corpo “...vá bem em todas as coisas e que tenha saúde”; o mesmo vale para a
sua alma. Graça e saúde são dois parceiros importantes. A graça melhorará a
saúde e a saúde usará a graça. Muitas vezes uma alma abastada está alojada em
um corpo doentio; a graça precisa ser exercitada em submissão a esse tipo de
dispensação. Mas podemos desejar e orar para que as pessoas que têm almas
prósperas também tenham corpos saudáveis; a graça deles brilhará em uma esfera
mais ampla de atividades.
O Caráter de Gaio - 3 João 1:3-8
Nesses versículos, temos:
I
O
bom relato que o apóstolo tinha recebido em relação ao seu amigo: “...os irmãos
vieram e testificaram da tua verdade” (v. 3), “...que em presença da igreja
testificaram de teu amor” (v. 6). Vemos aqui:
1. O testemunho ou a coisa testificada em
relação a Gaio: a verdade que estava nele, a realidade da sua fé, a sinceridade
da sua religião e sua devoção a DEUS; e isso é evidenciado pelo seu amor, que
inclui seu amor aos irmãos, a bondade com os pobres, hospitalidade para com os
estranhos cristãos e a prontidão em acomodá-los para o serviço do evangelho. A
fé deve operar por meio do amor; ela fornece um brilho às expressões do amor e
por meio delas induz outros a aprovar sua integridade.
2. As testemunhas: irmãos que vieram da
parte de Gaio e testificaram a seu favor. Um bom relato é devido da parte
daqueles que receberam benefícios. Embora a boa fama seja apenas uma pequena
recompensa por serviços preciosos, no entanto ela é mais vantajosa “...do que o
melhor ungüento” (veja Ec 7.1), e não será recusada pelos sinceros e
espirituais.
3. O público ouvinte ou a instituição
diante de quem o relato e o testemunho foram apresentados: “...em presença da
igreja”. Esta parece ser a igreja onde o apóstolo agora se encontrava
dirigindo, possivelmente, Éfeso. Não sabemos ao certo qual igreja era; também
não temos certeza em qual ocasião eles testificaram a respeito da fé e amor
desse homem diante da igreja. Possivelmente, da plenitude do coração falou a
boca. Eles não podiam deixar de falar daquilo que viram e sentiram.
Possivelmente, eles pediram a oração da igreja pela vida e utilidade de um
benfeitor como ele, para que pudesse ir “...bem em todas as coisas e que tenhas
saúde”.
II
O
relato que o próprio apóstolo apresenta dele, mostrando novamente por um nome
afetuoso: “Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e
para com os estranhos” (v. 5).
1. Ele era hospitaleiro, bom para os
irmãos, até para os estranhos. Bastava que pertencessem a CRISTO para que
fossem recomendados à casa de Gaio. Ele era bom para os irmãos da mesma igreja
que a dele, e para aqueles que vinham de longe. Todos que pertenciam à família
da fé eram bem-vindos.
2. Parece que ele tinha um espírito
liberal. Ele sabia como tolerar diferenças insignificantes entre cristãos
sérios e ser comunicativo com todos que traziam a imagem e faziam a obra de CRISTO.
3. Ele era consciente naquilo que fazia:
“...procedes fielmente (realizas uma obra fiel) em tudo o que fazes. Tu o fazes
como servo fiel e esperas a recompensa da herança do Senhor JESUS CRISTO”.
Essas pessoas fiéis conseguem ouvir elogios sem inchar de orgulho. O elogio das
coisas boas em nós é designado não para o nosso orgulho, mas para o nosso
encorajamento, para continuarmos firmes, e deveria ser refinado adequadamente.
III
A
alegria do apóstolo no bom relato e o bom motivo para tal: “...muito me alegrei
quando os irmãos vieram...” (v. 3). “Não tenho maior gozo do que este: o de
ouvir que os meus filhos andam na verdade”, ou seja, nas prescrições da fé
cristã. A melhor evidência de termos a verdade é andarmos na verdade. Homens
íntegros se regozijarão na prosperidade da alma de outras pessoas; e eles têm
prazer em ouvir a respeito da graça e bondade dos outros. “E glorificavam a DEUS
a respeito de mim” (veja Gl 1.24). O verdadeiro amor não é invejoso, mas
folga no bom nome das outras pessoas. Da forma que os pais se alegram, os
ministros íntegros também se alegram, em ver seus filhos atestarem sua
sinceridade na fé e embelezar a profissão deles.
IV
A
orientação que o apóstolo dá ao seu amigo em relação ao tratamento futuro dos
irmãos que estavam com ele: “...que [...], se conduzires como é digno para com DEUS,
bem farás” (v. 6). Pelo que tudo indica era costume naqueles dias cuidar de
ministros e cristãos viajantes, pelo menos em algumas partes da estrada (1 Co 15.6). É uma bondade para com um estranho ser
guiado no seu caminho e um prazer para os viajantes encontrar-se com pessoas
carinhosas: essa é uma obra que deve ser feita “...como é digno para com DEUS”,
de um modo respeitável para com DEUS, ou adequado à deferência e relação que
mantemos para com DEUS. Os cristãos não deveriam levar em consideração apenas o
que devem fazer, mas o que podem fazer de maneira mais honrosa e louvável:
“...o nobre projeta coisas nobres...” e generosas (veja Is 32.8). Os cristãos também deveriam fazer as
ações comuns da vida e de benevolência de maneira digna, servindo a DEUS e
almejando a sua glória.
V
Os
motivos dessa conduta discreta:
1. “...porque pelo seu Nome saíram, nada
tomando dos gentios”. Parece que esses eram irmãos ministeriais, que saíam para
pregar o evangelho e propagar o cristianismo. É possível que tenham sido
enviados pelo apóstolo João: eles saíram para converter os gentios. O serviço
deles era excelente: eles saíram em nome de DEUS e para a sua glória. Esse é o
objetivo mais elevado de um ministro e deveria ser sua principal causa e
motivo: reunir e edificar um povo para o seu nome. Eles também saíam para levar
um evangelho livre, isto é, anunciá-lo sem cobrar nada onde quer que fossem:
“...nada tomando dos gentios”. Eles eram dignos de duplicada honra. Existem
aqueles que não foram chamados para pregar diretamente o evangelho, mas que
podem contribuir financeiramente para o avanço do mesmo. O evangelho deveria
ser propagado sem cobrar-se nada daqueles a quem primeiro é pregado. Não
podemos esperar que as pessoas que não conhecem o evangelho o valorizem.
Igrejas e cristãos com visão devem cooperar para apoiar a propagação da fé
cristã nos países pagãos. Outros deveriam cooperar de acordo com as suas
aptidões. Esses que comunicam livremente o evangelho de CRISTO deveriam ser
assistidos por aqueles que participam com suas ofertas.
2. “...aos tais devemos receber, para que
sejamos cooperadores da verdade” (v. 8), da verdadeira fé. A instituição de CRISTO
é a verdadeira religião. Ela foi autenticada por DEUS. Aqueles que são fiéis a
ela desejarão sinceramente, e orarão e contribuirão para, sua propagação no
mundo. A verdade pode ser favorecida e assistida de muitas maneiras. Aqueles
que não podem proclamar diretamente o evangelho podem receber, acompanhar, ajudar
e apoiar os que o fazem.
O apóstolo Paulo não foi sustentado pela
Igreja local somente em Tessalônica (alguns não queriam trabalhar e eram
sustentados pela Igreja, então teve que viver às suas próprias custas) e
Corinto (Pelo que vemos eram avarento, embora ricos, então teve que viver às
suas próprias custas, fazendo tendas com Priscila e Áquila).
Outras igrejas despojei, recebendo delas
salário, para vos servir 2 Coríntios 11:8
O Caráter de Diótrefes - 3 João 1:9-11
I
Encontramos aqui um exemplo e um caráter muito
diferente de um bom ministro na igreja. Ele era menos generoso, tolerante e
comunicativo do que os cristãos individuais. Os ministros podem, às vezes, ser
ultrapassados em brilho ou excelência. Observamos o seguinte nesse ministro:
1. Seu nome – um nome gentílico: Diótrefes
trabalhava com um espírito não-cristão.
2. Seu temperamento e espírito – cheio de
orgulho e ambição: “...que procura ter entre eles o primado”. Esse fermento
apareceu cedo. É inconveniente e prejudicial quando ministros de CRISTO gostam
de exercer a primazia, almejar cargos superiores e de notoriedade na igreja de DEUS.
3. Seu desprezo da autoridade, cartas e
amigos do apóstolo.
(1) Da sua autoridade: “...as obras que
ele faz” contrárias à nossa ordem, “...proferindo contra nós palavras
maliciosas” (v. 9). Estranho que o desprezo e o desdém fossem tão fortes! Mas,
a ambição produzirá malícia contra aqueles que se opõem a ela. A malícia e a
malevolência no coração estarão prontas a manifestar-se pelos lábios.
Precisamos vigiar o coração e a boca.
(2) Da sua carta: “Tenho escrito à igreja
(v. 9), a saber, pela recomendação de tais e tais irmãos. Mas Diótrefes não nos
recebe, não permite que nossa carta e testemunho sejam anunciados ali”. Parece
que essa era a igreja onde Gaio era membro. Uma igreja evangélica parece ser
uma sociedade para a qual uma carta pode ser escrita e transmitida. Tais
igrejas podem esperar receber cartas de apresentação de estranhos que desejam
ser admitidos no meio delas. O apóstolo parece escrever por meio desses irmãos e
em parceria com eles. Autoridade apostólica ou uma epístola significam muito
pouco para um espírito ambicioso e que aspira grandes coisas.
(3) Dos seus amigos, os irmãos que ele
recomendou: “...não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os
lança fora da igreja” (v. 10). Pode haver algumas diferenças ou costumes
diferentes entre os cristãos judeus e gentios. Os pastores devem considerar
seriamente quais diferenças são toleráveis. O pastor não tem liberdade
absoluta, nem é o senhor sobre a herança de DEUS. É ruim não fazer algo bom;
mas é pior impedir aqueles que desejavam fazê-lo. O poder e a disciplina da
igreja frequentemente sofrem abusos. Muitos são lançados fora da igreja em que
deveriam ser recebidos com satisfação. Mas ai daqueles que lançam fora ou
excluem os irmãos que o Senhor JESUS CRISTO receberá na sua própria comunhão e
Reino!
4. A ameaça do apóstolo a esse dominador
orgulhoso: “Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz (v. 10)
e, lembrarei de repreendê-las”. Isso parece sugerir autoridade apostólica. Mas,
o apóstolo não parece preparar uma corte episcopal, à qual Diótrefes deveria
ser convocado; mas ele viria para tomar conhecimento da situação na igreja.
Atos de domínio e tirania eclesiástica devem ser censurados e reprovados.
Precisa ficar claro a quem pertence esse poder!
II
Aqui está um conselho em relação a esse
caráter diferente, uma dissuasão de copiar esse tipo de comportamento, e, na
verdade, de qualquer tipo de mal: “Amado, não sigas o mal, mas o bem” (v. 11).
Não imite essa maldade perniciosa e não-cristã; mas siga o bem, em sabedoria,
pureza, paz e amor. Precação e conselho não são desnecessários àqueles que já
são bons. Essas precauções e conselhos serão mais bem aceitos por aqueles que
são temperados pelo amor. Amado, não sigas o mal. O apóstolo acrescenta uma
razão para essa precaução e conselho.
1. Em relação ao conselho: Sigas o bem;
porque “...quem faz bem (quem natural e genuinamente faz o bem, regozijando-se
nisso) é de DEUS”, é nascido de DEUS. A prática da bondade é a evidência da
nossa feliz relação filial com DEUS.
2. Em relação à precaução: Não sigas o
mal, porque “...quem faz mal (com uma mente tendenciosa) não tem visto a DEUS”,
não está devidamente sensível à sua natureza e vontade santa. Obreiros nocivos
futilmente simulam ou se gabam de conhecer a DEUS.
O Caráter de Demétrio. Conclusão e
Saudação - 3 João 1:12-14
Aqui temos:
I
O
caráter de outra pessoa, um certo Demétrio, não muito conhecido nas Escrituras.
Mas por meio desse texto seu nome permanecerá vivo. O nome no evangelho, a
reputação nas igrejas, é melhor do que de filhos e filhas. Seu caráter era sua
aprovação. Sua aprovação era:
1. Geral: “Todos dão testemunho de
Demétrio”. Poucos têm o testemunho de todos; e, às vezes, isso até pode não ser
bom. Mas a integridade e a bondade geral são o caminho para o aplauso de todos.
2. Merecida e bem fundada: “...até a mesma
verdade” (v. 12). Alguns têm um bom testemunho, mas não da própria verdade.
Felizes são aqueles cujo espírito e conduta os aprovam diante de DEUS e dos
homens.
3. Confirmada pelo testemunho do apóstolo
e seus amigos: “...e também nós testemunhamos; e isso com um apelo ao próprio
conhecimento de Gaio: e vós (tu e teus amigos) bem sabeis que o nosso
testemunho é verdadeiro”. Provavelmente, esse Demétrio era conhecido na igreja
onde o apóstolo agora dirigia, e pela igreja em que Gaio estava. É bom ser bem
conhecido, ou ser conhecido por fazer o bem. Devemos estar prontos para dar
testemunho daqueles que são bons: essa é uma obrigação para com a virtude e a
bondade. É bom para aqueles que são elogiados ou aprovados quando os que os
elogiam ou aprovam podem apelar à consciência daqueles que os conhecem melhor.
II
A
conclusão da epístola, onde podemos observar:
1. O encaminhamento de algumas coisas para
um encontro pessoal: “Tinha muito que escrever, mas não quero escrever-te com
tinta e pena. Espero, porém, ver-te brevemente” (vv. 13,14). Muitas coisas
podem ser mais apropriadas para tratar em um encontro pessoal imediato do que
por carta. Um breve encontro pessoal pode poupar tempo e aborrecimento de
muitas cartas; e bons cristãos podem sentir-se animados em ver uns aos outros.
2. A bênção: “Paz seja contigo”; toda
felicidade esteja contigo. Aqueles que são bons e felizes desejam o mesmo para
os outros.
3. A saudação pública enviada a Gaio: “Os
amigos te saúdam”. Um amigo na propagação do evangelho merece uma lembrança
comum. E essas pessoas piedosas mostram sua afeição pelo evangelho bem como por
Gaio.
4. A saudação especial do apóstolo aos
cristãos da igreja de Gaio e adjacências: “Saúda os amigos pelos seus nomes”.
Acredito que não havia muitos que eram saudados de uma maneira tão pessoal. Mas
devemos aprender a ser humildes e amorosos. O mais humilde na igreja de CRISTO
deveria ser saudado. E aqueles que esperam morar juntos no céu deveriam saudar
uns aos outros na terra. E o apóstolo que se reclinou no seio de CRISTO
colocava os amigos de CRISTO em seu coração.
LIÇÃO 12, CENTRAL GOSPEL, UMA SENHORA E UM IRMÃO, 3Tr25, NA ÍNTEGRA COMO NA REVISTA
Escrita Lição 12, Central Gospel, Uma Senhora e um Irmão, 3Tr25, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A IDENTIDADE DOS DESTINATÁRIOS DA EPÍSTOLA
1.1. O ancião
1.2. A senhora eleita
1.3. Os filhos da senhora eleita
1.3.1. O mandamento essencial à senhora eleita e seus filhos
2. O RELACIONAMENTO CRISTÃO E A NECESSIDADE DE DISCERNIMENTO
2.1. Os enganadores
2.2. A preservação da recompensa
2.2.1. A falha no dever cristão
2.3. A precaução contra influências perigosas
3. O CONTRASTE ENTRE O CARÁTER DOS LÍDERES
3.1. Gaio, um exemplo de saúde espiritual
3.1.1. O testemunho de fidelidade e hospitalidade
3.2. Diótrefes, a arrogância que corrompe a liderança
3.3. Demétrio, um testemunho digno de confiança
TEXTO BÍBLICO BÁSICO - 2 João 1,4,5,7,9,10
1- O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade.
4- Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos recebido o mandamento do Pai.
5- E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros.
7- Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que JESUS CRISTO veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
9- Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de CRISTO não tem a DEUS; quem persevera na doutrina de CRISTO, esse tem tanto o Pai como o Filho.
10- Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.
3 João 1,5,9,12
1- O presbítero ao amado Gaio, a quem, na verdade, eu amo.
5- Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e
para com os estranhos.
9- Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe.
12- Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.
TEXTO ÁUREO
Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado; antes, recebamos o inteiro galardão. 2 João 8
SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2a feira - 1 João 4.1; 2 João 7 Prove os espíritos, pois muitos são enganadores
3a feira - 1 João 2.18,26; 4.1 Cuidado com os falsos mestres nos últimos tempos
4a feira - 2 João 8; 1 Coríntios 3.13,14 Seja fiel para não perder sua recompensa eterna
5a feira - 2 João 10; Romanos 16.17 Evite os que professam doutrinas falsas
6a feira - 3 João 4; Romanos 14.22 A alegria está em ver os filhos andando na verdade
Sábado - 3 João 9; Provérbios 16.18 O orgulho precede a queda; evite buscar destaque
OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- compreender que a saúde espiritual deve ser sólida a ponto de influenciar positivamente a saúde física;
- entender que, na obra do Senhor, a primazia pertence sempre a DEUS, e não ao homem.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, ao conduzir esta lição, adote uma postura reflexiva, incentivando os alunos a compreenderem a importância da dedicação à obra do Senhor, da saúde espiritual e da humildade no serviço cristão. Enfatize o valor das pequenas porções das Escrituras e sua relevância atemporal. O diálogo deve ser conduzido de forma interativa, estimulando a participação com perguntas que promovam a aplicação prática dos princípios estudados. Ao abordar os exemplos de Gaio, Diótrefes e Demétrio, é essencial destacar o impacto do testemunho pessoal na comunidade cristã. Boa aula!
COMENTÁRIO - Palavra introdutória
As duas últimas epístolas de João são os menores escritos do Novo Testamento, com treze e quinze versículos, respectivamente. Apesar da brevidade, elas transmitem ensinamentos de profunda relevância, cuja influência se mantém ao longo dos séculos. Assim como a primeira carta, ambas foram escritas para alertar sobre os falsos mestres que negavam a encarnação de CRISTO (2 Jo 7; 1 Jo 4.3).
A concisão desses escritos não compromete sua importância nem reflete uma limitação do pensamento joanino. Pelo contrário, o próprio autor esclarece a razão da brevidade: Tendo muito que escrever-vos, não quis fazê-lo com papel e tinta; mas espero ir ter convosco e falar de boca a boca, para que o nosso gozo seja cumprido (2 Jo 12). Esse registro evidencia o anseio do apóstolo por um contato direto com seus destinatários, privilegiando o diálogo pessoal em vez da comunicação escrita.
1. A IDENTIDADE DOS DESTINATÁRIOS DA EPÍSTOLA
Em sua segunda carta, João orienta os crentes a não acolherem nem mesmo saudarem os falsos mestres, evitando assim qualquer tipo de associação que pudesse comprometer a fé verdadeira.
1.1. O ancião
O autor da epístola se apresenta unicamente como "o ancião", termo que pode ser traduzido como "presbítero" ou "bispo". Embora não mencione explicitamente seu nome, a tradição cristã, apoiada pelos pais da Igreja, atribui sua autoria ao apóstolo João, irmão de Tiago. Esse reconhecimento se baseia na semelhança de estilo e conteúdo com os escritos joaninos, incluindo o Evangelho, as demais epístolas e o Apocalipse. A designação "presbítero" sugere sua posição de liderança entre as igrejas da Ásia Menor, na qual exerceu um papel de supervisão pastoral e doutrinária.
1.2. A senhora eleita
A identidade da senhora eleita tem sido objeto de diferentes interpretações. Alguns estudiosos sugerem que se trata de uma mulher específica, membro da igreja, e que Eleita poderia ser seu sobrenome. Outros vão além, associando-a a Maria, mãe de JESUS. No entanto, tais hipóteses permanecem no campo da especulação. A maioria dos intérpretes entende que a expressão designa a própria Igreja, recorrendo a uma linguagem figurada para reforçar essa ideia.
1.3. Os filhos da senhora eleita
A expressão "e a seus filhos" (v. 1) refere-se aos membros da igreja, interpretação confirmada pelo contexto da carta.
João destaca que alguns de teus filhos andam na verdade (2 Jo 4), em harmonia com a afirmação inicial: (...) também todos os que têm conhecido a verdade (2 Jo 1). O apóstolo expressa seu amor por esses crentes fiéis, enfatizando não um sentimento meramente humano, mas um vínculo fundamentado na fé autêntica.
A recorrência desse conceito ao longo da epístola não é casual, mas um contraste intencional com os hereges, que propagavam o erro ao negar a encarnação de CRISTO (2 Jo 7). Para o apóstolo, essa convicção não é transitória, mas eterna, pois está em nós e para sempre estará conosco (2 Jo 2).
Subsídio 1
O uso de metáforas e símbolos é uma característica marcante nos escritos joaninos, especialmente no Apocalipse, em que a retórica e a riqueza simbólica exigem uma leitura atenta para a correta interpretação dos significados.
Subsídio 2
Apesar da alegria ao reconhecer que parte da comunidade permanece fiel, João faz uma distinção significativa ao afirmar que apenas alguns (2 Jo 4) andam na verdade. Esse detalhe sugere a coexistência, dentro da Igreja, de fiéis nascidos de DEUS e de outros que se desviaram, seguindo falsos mestres.
1.3.1. O mandamento essencial à senhora eleita e seus filhos
A autoria desta epístola é coerente com a da primeira carta de João, evidenciada pela ênfase recorrente no amor. O apóstolo reforça que não apresenta um novo preceito, mas reafirma um mandamento essencial desde o princípio: (...) Que nos amemos uns aos outros (2 Jo 5).
A tradição cristã preserva relatos que descrevem João, já em idade avançada, repetindo constantemente a exortação: Filhinhos, amai-vos uns aos outros. Ao ser questionado sobre a repetição, teria respondido: Porque isto, já basta. Essa insistência reflete a centralidade dessa ordenança na doutrina cristã, demonstrando que ela transcende um mero sentimento, sendo um princípio inegociável da fé.
2. O RELACIONAMENTO CRISTÃO E A NECESSIDADE DE DISCERNIMENTO
Embora João enfatize repetidamente o amor em suas epístolas, sua exortação contra os falsos mestres é igualmente insistente. A presença desses indivíduos no seio da Igreja representa uma séria ameaça à fé, exigindo vigilância e discernimento por parte dos crentes (2 Jo 7-10).
2.1. Os enganadores
Embora fosse o CRISTO (gr. Christos), o Messias (hb. Mashiah "Ungido") esperado por Israel (Jo 1.41), muitos judeus não o reconheceram como tal (Jo 1.11). João emprega termos contundentes para descrever aqueles que negam a messianidade de JESUS, chamando-os de enganadores e anticristos (1 Jo 2.18,26; 4.1).
Além da rejeição judaica, os gnósticos também negavam Sua verdadeira identidade, considerando-o apenas uma ema- nação espiritual. Entre eles, os cerintianos ensinavam que CRISTO habitou JESUS apenas do batismo até a crucificação. Essas distorções da verdade ameaçavam a fé, levando João a alertar que negar JESUS como o Ungido de DEUS é rejeitar tanto Sua pessoa quanto o próprio evangelho (2 Jo 7).
2.2. A preservação da recompensa
João exorta os crentes à vigilância para que não percam aquilo que conquistaram, mas recebam plenamente sua recompensa: Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado; antes, recebamos o inteiro galardão (2 Jo 8).
No contexto da epístola, a comunidade havia superado desafios impostos por falsos mestres que, em grande parte, se afastaram. Contudo, a perseverança individual continuava essencial para preservar os frutos espirituais adquiridos.
2.2.1. A falha no dever cristão
João distingue dois grupos dentro da Igreja: os que perseveram na fé e os que negligenciam seus deveres espirituais. A fidelidade ao evangelho garante um relaciona- mento autêntico com o Senhor, enquanto a negligência compromete essa comunhão.
O apóstolo é enfático ao afirmar que todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de CRISTO não tem a DEUS (2 Jo 9a; grifo do autor). A prevaricação, nesse contexto, refere-se à conduta daqueles que tratam com descaso os ensinamentos de JESUS.
O verdadeiro ensino cristão não pode ser fragmentado conforme preferências individuais, pois seus preceitos formam um conjunto coeso que deve ser integralmente segui- do. João destaca a bênção reservada aos que permanecem fiéis: (...) esse tem tanto o Pai como o Filho (2 Jo 9b).
2.3. A precaução contra influências perigosas
Embora João seja conhecido como o apóstolo do amor, ele adverte que certos indivíduos devem ser evitados, recomendando que não sejam recebidos em casa nem mes- mo saudados (2 Jo 10,11). Essa orientação não decorre de falta de afeto, mas da necessidade de proteger a integridade da Igreja. O apóstolo deixa claro que o mandamento do amor não exclui a prudência. Outras passagens bíblicas reforçam essa instrução, exortando os crentes a se afasta- rem daqueles que promovem divisões e distorcem a verdade (Rm 16.17; 2 Ts 3.6; 2 Tm 3.5; Tt 3.10).
3. O CONTRASTE ENTRE O CARÁTER DOS LÍDERES
3.1. Gaio, um exemplo de saúde espiritual
A terceira epístola de João é endereçada a Gaio, um ir- mão por quem o apóstolo demonstra profundo afeto: (...) Ao amado Gaio, a quem, na verdade, eu amo. Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma (3 Jo 1,2). Embora pouco se saiba sobre sua posição na igreja da Ásia Menor, este nome aparece em outras passagens do Novo Testamento (At 19.29; 20.4; Rm 16.23; 1 Co 1.14).
Na cultura judaica, saudações costumavam incluir votos de saúde. No entanto, João estabelece um vínculo entre a condição espiritual e o bem-estar físico de Gaio. Sua vida de fé inspirava confiança, servindo como modelo para os crentes, especialmente em tempos de instabilidade e afastamento da verdade.
3.1.1. O testemunho de fidelidade e hospitalidade
João expressa grande alegria ao reconhecer a fidelidade de Gaio, elogiando sua conduta exemplar: Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos (3 Jo 5). Sua hospitalidade, característica essencial da vida cristã, é amplamente recomendada nas Escrituras (Êx 12.48; Rm 12.13; Hb 13.2).
Os estrangeiros mencionados na epístola eram, provavelmente, irmãos em viagem ou pregadores itinerantes necessitados de apoio. Além de hospedá-los, Gaio também os apoiava em suas necessidades, provavelmente com recursos financeiros, para que pudessem prosseguir na missão: Porque pelo seu Nome saíram, nada tomando dos gentios (3 Jo 7; grifo do autor). João reforça a importância desse auxílio ao declarar: (...) aos tais devemos receber (...) (3 Jo 8).
3.2. Diótrefes, a arrogância que corrompe a liderança
Ao contrário de Gaio, elogiado por sua hospitalidade e amor ao próximo, Diótrefes é repreendido por demonstrar arrogância e desejo de primazia. João destaca que ele se recusou a reconhecer a autoridade apostólica (3 Jo 9).
Embora não se saiba qual função exercia na igreja, sua conduta revela um espírito dominador, incompatível com a liderança cristã. Além de buscar protagonismo, ele rejeitava a autoridade de João, que caminhou com o Messias e recebeu dele a missão de proclamar as boas novas.
Na Igreja primitiva, a posição ocupada pelos apóstolos era a mais elevada; desconsiderá-la representava uma afronta à ordem estabelecida. A atitude de Diótrefes, nesse contexto, exemplifica um perigo recorrente, especialmente em tempos em que a busca por status e reconhecimento se sobrepõe à verdadeira entrega ao Reino.
João promete confrontá-lo, reprovando suas ações e palavras hostis (3 Jo 10). Além de rejeitar a autoridade apostólica, ele difamava os irmãos, isolava seu grupo e expulsava aqueles que buscavam comunhão. Sua conduta presunçosa e facciosa contradizia os princípios do evangelho (cf. Tg 4.11; Pv 18.1).
3.3. Demétrio, um testemunho digno de confiança
Diferente de Diótrefes, cuja conduta era reprovável, Demétrio é elogiado por João como um exemplo de integridade. Seu testemunho era amplamente reconhecido, tanto pela igreja quanto pelo próprio apóstolo: Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos (...) (3 Jo 12).
A menção à verdade ressalta a autenticidade de sua fé e conduta irrepreensível. Seu bom testemunho não era apenas fruto da percepção humana, mas estava alinhado com os princípios divinos.
CONCLUSÃO
As duas últimas epístolas de João, apesar de breves, transmitem ensinamentos de profundo valor espiritual. Elas ilustram o contraste entre aqueles que vivem de acordo com a verdade e os que se desviam por orgulho e rebeldia. O exemplo de Gaio e Demétrio revela a importância da fidelidade e da hospitalidade, enquanto a atitude de Diótrefes adverte contra a arrogância e a rejeição da autoridade legítima. Essas cartas reforçam que um testemunho cristão autêntico não se baseia apenas em palavras, mas na coerência entre fé e prática (3 Jo 11).
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. A quem João se refere ao mencionar a senhora eleita em sua
epístola?
R.: A maioria dos estudiosos entende que a expressão "senhora eleita" representa a Igreja.
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Bem Vindo (a), DEUS lhe abençoe.
Paz do senhor JESUS CRISTO.
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