Pr. Henrique EBD NA TV 99 99152-0454

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Escrita Lição 1, Central Gospel, A importância do estudo da tipologia bíblica, 1Tr2025, Comentários Extras do Pr. Henrique, EBD NA TV

Escrita Lição 1, Central Gospel, A importância do estudo da tipologia bíblica, 1Tr2025, Comentários Extras do Pr. Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 


 Lição 1, Central Gospel, A importância do estudo da tipologia bíblica

https://pt.slideshare.net/slideshow/slides-licao-1-cg-a-importancia-do-estudo-da-tipologia-biblica-pptx/274947726

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 1 CENTRAL GOSPEL 1Tr25

1. A IMPORTÂNCIA DOS TIPOS BÍBLICOS NA ESCRITURA

1.1. A autenticidade dos tipos bíblicos

1.2. Os tipos como prefigurações proféticas

2. OS TIPOS BÍBLICOS NA CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO

2.1. Sombra dos bens futuros

3. OS TIPOS BÍBLICOS NOS ESCRITOS NEOTESTAMENTÁRIOS

3.1. Tipos do Antigo Testamento no Evangelho de Lucas

3.2. Tipos do Antigo Testamento no Evangelho de João

3.2.1. As fases do ministério de Jesus e o Tabernáculo

3.3. Tipos do Antigo Testamento no Livro de Atos dos Apóstolos

3.4. Tipos do Antigo Testamento na primeira Carta de Paulo aos Coríntios

3.5. Tipos do Antigo Testamento na Epístola aos Hebreus

3.6. Tipos do Antigo Testamento no Livro de Apocalipse

4. A IMPORTÂNCIA DOS TIPOS PARA A IGREJA

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

1 Coríntios 10.1-6,11

1- Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar,

2- e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,

3- e todos comeram de um mesmo manjar espiritual,

4- e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.

5- Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostra dos no deserto,

6. E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.

11- Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.

 

TEXTO ÁUREO

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça. 2 Timóteo 3.16

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Hebreus 10.1-4 Os sacrifícios antigos eram transitórios

3ª feira - Lucas 24.1-32 Não convinha que o Cristo padecesse essas coisas?
4ª feira - Hebreus 10.19-23 O novo e vivo caminho que Ele nos consagrou
5ª feira - 2Pedro 3.17-18 Crescei na graça e conhecimento
6ª feira - Gálatas 4.21-31 Sara e Agar, uma alegoria dos dois concertos
Sábado - Salmo 106 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel

 

OBJETIVOS -  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

• entender que a Tipologia Bíblica é o estudo dos tipos de pessoas, fatos ou objetos que haveriam de ser revelados no futuro;
• saber o significado dos tipos veterotestamentários;
• compreender que todos os tipos do Antigo Testamento estão, de alguma maneira, voltados para Jesus.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

  Prezado professor, ao receber esta revista, revise atentamente os tópicos de cada lição. Ao longo do estudo deste trimestre, será possível perceber que todos os comentários tratam dos tipos registrados no Antigo Testamento que se cumpriram na pessoa de Jesus Cristo no Novo Testamento.

  Estude cada lição com dedicação e transmita aos seus alunos este maravilhoso ensino, que certamente expandirá significativamente o conhecimento bíblico de cada um.  Excelente aula!

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 1 CENTRAL GOSPEL 2025

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O ESTUDO DOS TIPOS - Manual de Tipologia - Ada Habekshon - EDITORA VIDA

O objetivo desses estudos não é tanto a tentativa de explicar os tipos individuais, a respeito dos quais foram escritos tantos volumes, quanto despertar interesse pelo estudo como um todo e enfatizar a importância de comparar um tipo com outro. Além de esse método parecer ser o modo mais seguro de chegar ao significado dos tipos separadamente, também é valioso por oferecer evidências da presença de um só Espírito que inspira a totalidade.

Não foi possível fazer mais que sugerir alguns dos vários métodos segundo os quais os tipos possam ser agrupados entre si, e oferecer amostras da grande variedade que existe entre eles.

Esses estudos são leves esboços, muito imperfeitos, de uma vista geral. Em muitos casos, preencher pormenores em demasia teria envolvido a perda de vista dos contornos principais dos quadros; mas se alguns se sentirem induzidos a explorar por conta própria, descobrirão as belezas ilimitadas que os envolvem por todos os lados.

Seria impossível reconhecer todos os canais através dos quais foram recebidas tantas coisas preciosas no tocante aos tipos. Lemos um livro ou escutamos uma preleção, e algum pensamento nos chamou a atenção; tomamos nota dele e se torna nosso. Outros pensamentos são acrescentados a respeito do mesmo assunto, e não demoramos para nos esquecer por meio de quem vieram. Se são dados por Deus, a identificação de suas origens não importa muito; isso porque, no estudo da Bíblia, qualquer coisa que seja realmente original, qualquer coisa que é simplesmente nossa, não vale a pena passar para outra pessoa. Mas se, no decurso do nosso estudo, Deus abrir nossos olhos para contemplarmos coisas maravilhosas, é para nós contarmos aos outros o que vimos. Quando olharem por conta própria, e virem as mesmas coisas, logo se esquecerão de quem as indicou. Pode ser totalmente desconhecido o homem que achou ouro, ou seu nome pode ser logo esquecido; mas o ouro passa de mão em mão e outros são enriquecidos.

Aquele que é prefigurado nos tipos não é um mero homem, mas é Iavé - Deus — o grande Eu Sou; e o cenário principal que é prenunciado é o evento mais solene que aconteceu na terra. Ao considerarmos os tipos, portanto, e ao fazermos nosso fraco esforço para falar deles, a terra em que pisamos é terra santa.

Seja perdoada qualquer coisa que porventura contraria os pensamentos de Deus e isso por amor ao grande sumo sacerdote que carrega sobre si a iniquidade nas nossas coisas santas; e que ele use o que provém de si mesmo para estimular muitas pessoas a estudar de modo mais profundo e reverente sua Palavra, a fim de que o seu nome seja glorificado.

 

Introdução

A consideração dos tipos no Antigo Testamento (AT) é um dos assuntos mais interessantes e construtivos para o estu­do da Bíblia e, ao mesmo tempo, é totalmente necessário para entendermos corretamente a Palavra de Deus.

O AT é frequentemente tratado como se não passasse de uma coletânea de contos históricos, que apresenta a história do povo judeu, e que ilustra os modos e costumes orientais; útil como fonte de histórias de escola dominical para crianças, mas de bem pouca importância prática quanto ao ensino espiritual.

A Bíblia pode ser comparada com aqueles volumes, lindamente ilustrados, que são tão frequentemente publicados, e que possuem várias gravuras de pinturas selecionadas no começo do livro, seguidos por capítulos de letras impressas que descrevem os quadros, que contam a história deles, ou que narram alguma coisa a respeito do pintor. Seria difícil conceber que alguém tentasse compreender semelhantes descrições sem se referir aos quadros propriamente ditos; mas é frequentemente assim que a Bíblia é tratada.

Deus nos ofereceu uma série de quadros nos primeiros livros da Bíblia. O Novo Testamento (NT) se refere a eles e os explica; entretanto, muitas pessoas se contentam em ler o NT sem qualquer referência aos tipos no AT.

“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil [...] para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” mas, apesar disso, existem tantas pessoas que se contentam em saber pouco ou nada a respeito de partes da Bíblia que claramente nos foram dadas por Deus visando algum propósito.

Temos o privilégio de viver em tempos de muitas atividades cristãs, mas embora exista tanta energia e zelo, é possível ocupar-se com “boas obras” sem estar “totalmente equipado” — e assim, as próprias obras sofrem. Maria fez uma “boa obra” quando quebrou seu vaso de alabastro cheio de unguento, sendo que com este ungiu ao Senhor; mas isto era resultado da “boa parte” que escolhera quando “se sentava aos pés de Jesus e escutava a sua palavra”. Foi provavelmente ali que ficou sabendo do propósito de Jesus no to­cante à ressurreição, e percebeu que se não o ungisse para o sepul­tamento “de antemão”, não teria outra oportunidade. Jesus ainda quer que seus filhos adotem aquela postura e, em humilde depen­dência dele, descubram o que ele quer lhes ensinar. Ele não pretende que leiamos o AT conforme leríamos a história da Grécia ou de Roma antigas. Pelo contrário, mediante o estudo cuidadoso, orien­tado pelo próprio Jesus, devemos descobrir seus motivos para levar os eventos a acontecer, ou permitir que acontecessem, e para nos transmitir o registro desses eventos.

O desenvolvimento e sucesso dos empreendimentos cristãos é uma das características luminosas dos dias em que vivemos; mas não podemos fechar nossos olhos diante do lado escuro do quadro. Existem outras coisas que também estão crescendo e entre elas há o avanço marcante da disseminação da doutrina heterodoxa. Muitos estão abrindo mão das simples verdades da Palavra de Deus. A inspiração das Escrituras é atacada por todos os lados. Ao mesmo tempo, estão sendo pregadas outras coisas, que são contrárias à Palavra. Assim não aconteceria tão frequentemente se os diferentes tipos do AT fossem estudados com mais cuidado e ensinados mais geralmente.

A tipologia do AT é o próprio abecedário da linguagem em que a doutrina do NT é escrita. E, posto que muitos dos nossos grandes teólogos estão reconhecidamente ignorantes quanto à tipologia, não precisaremos nos sentir surpreendidos se nem sempre são os expositores mais seguros das doutrinas.

Além disso, é grande a perda pessoal para quem não estuda por conta própria essa parte da Bíblia. Mesmo assim, é frequente ficarmos conhecendo pessoas que são crentes durante anos e que nunca dedicaram atenção aos tipos.

Muitas razões são apresentadas por essa negligência. Alguns acham que os tipos são difíceis; outros dizem que esse estudo é fantasioso; outros, que não é interessante; e assim, por um motivo ou outro, deixam desapercebido o rico tesouro que, de outra forma, poderiam obter. Nem todas as coisas preciosas afloram à superfície. Precisamos escavar a fim de achá-las. Assim como escavar o pri­meiro poço, a obra pode ser laboriosa no início, e exigir diligência; mas quando alcançamos um rico filão de minério, somos bem re­compensados ao descobrirmos que alcançamos uma mina de ri­quezas inexauríveis.

E muito importante entendermos qual é o significado de um tipo. Em 1Coríntios 10 lemos no tocante às várias experiências dos filhos de Israel no deserto que “Estas coisas aconteceram a eles como exemplos [lit. de modo típico]” e Paulo explica que o registro desses eventos nos é oferecido na Bíblia visando ao propósito especial, que é ensinar-nos certas lições. Essa passagem bíblica parece abranger tudo quanto aconteceu ao povo remido por Deus, na viagem do lugar da escravidão até à terra prometida. A partir daí, podemos também chegar à conclusão de que as demais porções da história também nos foram dadas com propósito semelhante. Mas esses incidentes, além de nos ensinar lições espirituais, realmente aconteceram. Alguns que estão abandonando a sua fé na inspiração da Bíblia gostariam de nos levar a acreditar que, embora haja significado espiritual nessas histórias antigas, não passam de tradições e fábulas. Não seriam registros de eventos reais, mas meramente alegorias, que não devem ser entendidas literalmente, como O peregrino de Bunyan. A nós, basta que o próprio Senhor e os escritores do NT os consideravam registros verídicos de eventos que realmente aconteceram.

Certas personagens são claramente referidas no NT como tipos. Aquelas eram pessoas vivas e reais, e não mitológicas que nunca viveram; e fica claro que o registro da história delas foi dado para nos ensinar a respeito daqueles cuja vinda prenunciavam. A história de José é exemplo notável desse fato; e quando vemos na sua vida um retrato dos “sofrimentos de Cristo e da glória que se seguiria”, e do livramento que Cristo levou a efeito, entendemos por que uma porção tão grande do livro de Gênesis é dedicada à história de José. Este é provavelmente o tipo mais completo do nosso Senhor que possamos descobrir; e, de modo diferente de tantos heróis do AT, parece quase não existir nenhuma mancha em sua vida que maculasse o quadro.

Mas, além de incidentes típicos e personagens típicos, existe outra classe muito importante de tipos, isto é, todas as coisas que foram expressamente ordenadas por Deus em conexão com os sacrifícios no Tabernáculo e no Templo, os quais, em todos os seus pormenores foram claramente dados como tipos, sendo que “O Espírito Santo assim significava” — algumas lições a respeito do Senhor e da sua obra. Alguns gostariam de nos levar a acreditar que a religião hebraica, conforme é descrita nos livros de Moisés, foi meramente tomada de empréstimo das religiões pagãs em derredor; mas o estudo cuidadoso dos tipos não deixa lugar para duvidarmos que a totalidade da economia levítica foi divinamente instituída para prenunciar a obra e pessoa do próprio Senhor Jesus Cristo.

Não poderemos declarar com certeza que algo é um tipo a não ser que tenhamos alguma justificativa para assim fazer. Se não pudermos indicar nenhum texto do NT com nossa autoridade, ou se não existir nenhuma expressão ou analogia que indique o antítipo, será mais seguro e mais correto chamá-lo ilustração.

Enquanto visitávamos Northfield, alguns entre nós estavam admirando o belo modelo do Templo de Salomão, projetado pelo sr. Newberry, que está na biblioteca do Seminário do sr. Moody; e uma senhora que escutara a nossa conversa disse não acreditar em nenhum dos tipos em si — achava tudo isso fantasioso. Pro­curamos explicar-lhe que um tipo legítimo era algo que Deus projetou para nos ensinar uma lição; e se esse fato for comprovado genuíno no NT, não haverá nenhum receio de sermos fantasiosos. Perguntamos a ela se não existia nenhum tipo em que ela pudesse acreditar.

      Não — disse ela. — Nenhum.

      Você não acredita que quando João Batista disse “Vejam o Cordeiro de Deus”, ele queria dizer que todos os cordeiros que tinham sido oferecidos em sacrifício antes de então eram tipos do Senhor Jesus?

      Sim — disse ela — consigo enxergar isso.

      Você não acha que quando Pedro fala dos crentes em termos de pedras vivas edificadas sobre uma casa espiritual, e de sacerdócio real, podemos entender que as pedras do templo e o sacerdócio levítico são tipos dos crentes?

      Sim, posso enxergar isso.

      Então, já que Hebreus nos diz que o Senhor Jesus Cristo consagrou para nós um caminho novo e vivo, “através do véu, isto é, da sua carne”, não podemos dizer, sem receio, que o véu era um tipo da encarnação, e que o véu rasgado representava sua morte?

Sim, isso ela conseguia ver. E assim, depois de ter sido obrigada a reconhecer cinco ou seis tipos muito evidentes, recomendamos que ela os estudasse com eficiência, e dissemos que tínhamos certeza de que ela desejaria estudar mais sobre eles. Não demorou para ela se interessar muito por esse estudo.

Nesses dias de muitas conferências, por que nunca ouvimos falar de uma delas para o estudo dos tipos? Existem cultos para a pregação do evangelho; existem conferências sobre as verdades fundamentais; sobre a inspiração da Palavra; sobre a segunda vinda do nosso Senhor e outros assuntos proféticos; sobre a união e privilégios da igreja, e convenções para “o aprofundamento da vida espiritual”. Todos esses assuntos estão incluídos no estudo dos tipos. Onde poderemos achar mais belos temas do evangelho que nas cenas do AT, tais como o levantamento da serpente de bronze, o sacrifício do cordeiro pascal, e muitos outros? As verdades fundamentais são explicadas e ilustradas com clareza; isso porque doutrinas tais como a expiação, a substituição, o valor do sangue, são ensinadas com maior clareza nos tipos que em qualquer parte das Escrituras — excetuando-se nos relatos do próprio Calvário, que os tipos prenunciavam. Nossa crença na inspiração da Bíblia não pode deixar de ser fortalecida por esse estudo. Acharemos retratos proféticos notáveis no AT; pois é impossível enxergar a plena beleza de muitas das instituições levíticas à parte da verdade reveladora.

No tocante aos assuntos relacionados com os privilégios e a unidade da igreja, estes também estão prenunciados repetidas vezes pelos tipos. Às vezes é declarado que a igreja não é o assunto das profecias no AT; mas mesmo se for assim, a igreja não precisa ser excluída dos tipos. Já no segundo capítulo da Bíblia, vemos a igreja sendo prenunciada, pois ali temos o relato da formação de Eva, e da sua união com Adão, a qual, segundo Paulo nos diz em Efésios 5, é um tipo do nosso relacionamento com Cristo. Citando Gênesis 2.24: “Os dois se tornarão uma só carne”, acrescenta: “Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja”.

A maioria esmagadora das convenções realizadas visam ao “aprofundamento da vida espiritual”; e nos tipos, o assunto da santidade parece ser enfatizado mais do que todos os demais.

Nos livros de Moisés, aprendemos com maior clareza que em qualquer outro lugar a termos um conceito correto da santidade de Deus e da nossa necessidade. Testemunhas oculares dos sofrimentos de Cristo nos têm oferecido, nos evangelhos, daquele grande antítipo, a cruz do Calvário; mas é possível que não possamos enxergar todos os seus variados aspectos sem a ajuda dos tipos. Os pormenores que nos apresentam nas instruções no tocante às ofertas e às instituições do Tabernáculo, nos ensinam muitas lições e enfatizam muitas verdades que, de outra forma, deixaríamos despercebidas. Como poderíamos deixar de aprender cada vez mais a respeito de como Deus abomina o pecado, e da nossa necessidade constante da purificação, ao vermos as provisões maravilhosas que ele tem feito para todos os tipos de contaminação?

Assim, vemos prefigurada nos tipos “toda a vontade de Deus”. Sem as revelações mais plenas da verdade nas epístolas, não poderiam ser totalmente compreendidos; mas com esses ensinos percebemos significados que, por certo, estavam encobertos dos que viviam nos tempos do AT.

Alguns têm dito que os tipos são um só pedacinho da Bíblia, e é provável que esta seja uma opinião geral; mas é correta? Os tipos não percorrem a Bíblia inteira, não envolvem no seu estudo uma familiaridade crescente com a totalidade da Palavra de Deus? Nos livros de Moisés e nos livros históricos temos personagens, eventos, e instituições típicas; nos livros poéticos, temos declarações típicas de personagens típicas; nos Profetas, voltamos a ter personagens e eventos típicos, e o cumprimento dos tipos é predito; ao passo que na totalidade do NT, são constantemente referidos e explicados, e o grande antítipo é apresentado (JESUS CRISTO)

 

Razões para estudar os tipos

Existem muitas razões pelas quais, em nosso estudo da Palavra de Deus, não devemos negligenciar os tipos que o­cupam uma posição de tanto destaque.

O próprio Deus lhes atribui muito valor. Foi seu Espírito quem os projetou; Hebreus nos ensina, pois, que na construção do Tabernáculo todos os pormenores foram por ele planejados. Ao falar do véu que dividia o Lugar Santo do Santo dos Santos, o escritor diz: “Com isto, o Espírito Santo estava mostrando que ainda não havia sido manifestado o caminho para o Santo dos Santos, enquanto ainda permanecia o primeiro Tabernáculo”.

Havia significado naquele véu; não era mera cortina divisória entre as duas partes do Tabernáculo, mas tinha o propósito de transmitir uma lição grandiosa. Outros pormenores do Tabernáculo e de todos os tipos devem ser de igual significância; e embora nem todos sejam explicados com igual clareza, nós podemos, com a ajuda do autor, procurar descobrir o que ele quer dizer. Sem semelhante Mestre, a dificuldade do estudo poderia realmente nos desanimar; mas temos a promessa do Senhor: “... lhes ensinará todas as coisas”, “Ele os guiará a toda a verdade”, “Receberá do que é meu e o tomará conhecido a vocês”. Quando lemos nos evangelhos a respeito do véu sendo rasgado, podemos nos lembrar do trecho de Hebreus a respeito do véu, e escrever na margem da nossa Bíblia: “o Espírito Santo assim mostra que o caminho para o Santo dos Santos” agora foi manifestado. A mão invisível rasgou o véu “de cima para baixo”; e não de baixo para cima, pois nesse caso poderia ter parecido que o homem tivesse algo que ver com o assunto. O próprio Deus completava o tipo, e acrescentava ao quadro os retoques finais.

A imensa importância que Deus atribui aos tipos é demonstrada por ele não se ter esquecido, num momento tão importante, de marcar a significância daquele evento ao que tantos tipos apontavam, de rasgar o véu e declarar que o caminho fechado foi aberto mediante a morte do seu Filho. “A partida de Jesus, que estava para se cumprir em Jerusalém” tinha sido o assunto quando Moisés e Elias conversavam com o Senhor Jesus Cristo no monte da Transfiguração, e a partir de então, todo o céu deve ter se ocupado daquilo que acontecia no Calvário; mas nem por isso os tipos foram esquecidos por Deus.

Todos os pormenores são tão exatos, que cada um deve ser cumprido pelo grande antítipo no seu advento. Não somente são retratos de eventos que já se passaram em tempos distantes, que podemos comparar com aquilo que aconteceu depois, como também eram planos com os quais os eventos subsequentes devem se corresponder. E por isso que lemos, no relato da crucificação em João: “Mas quando chegaram a Jesus, percebendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas... Estas coisas aconteceram para que se cumprisse a Escritura: ‘Nenhum dos seus ossos será quebrado’”. E essa Escritura está na ordenança da Páscoa, “nem quebrem nenhum dos ossos”.

Nosso Senhor tinha os tipos em alta estima. Repetidas vezes se referia a eles e demonstrava como apontavam para ele mesmo. Que estudo bíblico maravilhoso ter dado àqueles dois discípulos no caminho de Emaús, quando “começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras”; e pelas mesmas Escrituras respondeu à sua própria pergunta: “Não devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória.׳”’. Os sofrimentos e a glória foram preditos nos tipos, tanto quanto nas profecias diretas; e não era de se admirar que o coração ardia dentro deles naquela caminhada memorável, e mais tarde, ao anoitecer, quando “lhes abriu o entendimento para que pudessem compreender as Escrituras”. Os eventos que tinham acabado de acontecer, estavam todos prefigurados nas Escrituras; mas não tinham compreendido os antigos textos familiares até Jesus lhes mostrar como era “necessário que se cumprisse tudo o que a respeito [de Jesus] estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos salmos”. Aqueles que negligenciam o estudo dos tipos deixam de perceber o quanto de Cristo se acha na Lei de Moisés.

Em Apocalipse, é como o antítipo de todos os sacrifícios que Jesus é visto principalmente. É referido como o Cordeiro nada menos do que 28 vezes. Mesmo no capítulo 5, onde o apóstolo está esperando que o Leão de Judá se apresente na sua força, este aparece como um Cordeiro; e o discípulo amado o vê de novo como o viu pela primeira vez naquele dia inesquecível quando João Batista o indicou como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Os tipos falam a respeito de Jesus. Se quisermos “crescer na graça, e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”, não podemos fazer nada melhor do que estudar o que eles nos contam a respeito da sua pessoa e da sua obra. Disse aos judeus, enquanto estava na terra: “Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito”. Com a exceção de algumas passagens tais como Deuteronômio 18.15-19, onde fica claramente predito o advento do Messias, era nos tipos que Moisés escrevia a respeito de Cristo. Todos eles falavam a seu respeito: o Tabernáculo, as ofertas, as festas, contavam a respeito de aspectos diferentes da sua obra em nosso favor; e assim como “no seu templo todos clamam ‘Glória’”! assim também em cada um desses tipos anteriores.

Os escritores do NT lhes dão destaque. São referidos como “a Escritura,” e sabemos que “a Escritura não pode ser desfeita”. Os tipos e sombras do AT precisam ser cumpridos no NT. Lemos, por exemplo, em 1Coríntios 15.4, que Cristo “ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. Porventura a ressurreição de Cristo não é profetizada nos tipos de modo mais claro do que em qualquer outro lugar/ No mover do feixe dos primeiros frutos “no dia seguinte ao sábado”, imediatamente após a Páscoa (Lv 23), o próprio dia é predito; e sabemos, por outro versículo em 1Coríntios 15 que se trata de uma referência à sua ressurreição, pois Paulo fala de “Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem”.

Várias passagens no NT não podem ser entendidas de outra forma. Hebreus consiste quase inteiramente em referências ao AT: Cristo, como a substância, revela ser melhor do que as sombras — melhor do que Moisés, do que Josué, do que Abraão, do que Arão, do que o primeiro Tabernáculo, do que os sacrifícios levíticos, do que a totalidade da nuvem de testemunhas na galeria dos quadros da fé; e, finalmente, seu sangue revela ser melhor do que o sangue de Abel.

As vezes nos esquecemos de que os escritores do NT eram estudiosos do AT; de que era a Bíblia deles, e de que naturalmente se referiam repetidas vezes aos tipos e sombras, na expectativa de que seus leitores também tivessem familiaridade com os mesmos. Se deixamos de perceber essas alusões, perdemos boa parte da beleza dessas passagens, e não conseguimos entendê-las corretamente. Quando, por exemplo, em Atos 3, Pedro, ao falar da segunda vinda do Senhor, diz: “É necessário que ele permaneça no céu até que chegue o tempo em que Deus restaurará todas as coisas”, deixa­remos totalmente de perceber o significado de ver o tipo ao qual ele evidentemente se refere. Lemos em Levítico 25 que, quando a trombeta é soada: “cada um de vocês voltará para a propriedade da sua própria família e para o seu próprio clã”. E: “No ano do Jubileu as terras serão devolvidas àquele de quem ele as comprou” (Lv 27.24). É isso que acontecerá em Israel quando lhes aparecer o Messias. O país voltará a pertencer ao povo de Deus, e o Filho de Davi voltará à sua família e à sua terra. Essa expressão em Atos é um exemplo de como a interpretação primária de uma passagem pode passar desapercebida por falta de enxergar o tipo veterotes­tamentário ao qual a alusão está sendo feita; é frequentemente usada, pois, como alicerce sobre o qual são edificadas as mais diver­sas teorias que não se acham na Bíblia.

No evangelho segundo João existem referências constantes aos tipos. No primeiro capítulo, nossa atenção é focalizada no Cordeiro de Deus, e nossos pensamentos voltam imediatamente a todos os cordeiros que tinham sido sacrificados desde os tempos antigos, desde o cordeiro de Abel em Gênesis 3 até ao último a ser oferecido no templo. No versículo final existe referência evidente à escada de Jacó. No versículo 14, Cristo é mostrado como antítipo do Tabernáculo, pois nos conta como “A Palavra se fez carne e viveu [tabernaculou] entre nós”; ao passo que no capítulo 2, Cristo diz: “Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias” (v. 19). No capítulo 3, vemos Cristo como a serpente de bronze; na capítulo 4, ele se compara com o poço de Jacó; no capítulo 6, ele nos diz que era o maná verdadeiro; no capítulo 7 relembramos a rocha ferida,

pois Cristo mesmo era a rocha de dentro da qual fluiriam os rios de água viva. Nos capítulos 8 e 9, Jesus é a luz do mundo; no capítulo 10, o antítipo de todos os pastores no AT; no capítulo 12, é o grão de trigo que produziu o feixe das primícias; no capítulo 13, temos a bacia; e no capítulo 15, a videira verdadeira por contraste com a videira que ele trouxe do Egito. Portanto, em quase todos os capítulos, um tipo veterotestamentário é trazido à nossa atenção.

Se compararmos o evangelho segundo João a meramente um tipo, o Tabernáculo, houve quem indicou que parece se dividir em três pátios. Nos doze primeiros capítulos temos o ministério de nosso Senhor na terra, no pátio externo ao qual todo o povo era admitido; e temos suas últimas palavras dirigidas aos de fora nos versículos finais do capítulo 12. Assim como no Tabernáculo a primeira coisa a ser vista era o altar com o cordeiro, assim também temos no primeiro capítulo o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. No capítulo 13, Cristo está preparando seus discípulos para o serviço no Lugar Santo mediante o emprego da bacia. Nos capítulos 14, 15, e 16, vemos Cristo com eles no Tabernáculo; e ele lhes ensina muitas coisas a respeito do Espírito Santo, tipificado pelo azeite para o candelabro; e a respeito da oração em seu nome, tipificado pelo incenso no altar de ouro; ao passo que no capítulo 17 temos o sumo sacerdote sozinho no Santo dos Santos.

Já vimos que parece que os tipos abrangem a gama total dos ensinamentos do NT. Não somente os tipos são desdobrados no NT, como também o próprio NT está envolvido neles.

Esse estudo oferece um antídoto seguro para o veneno da chamada “alta crítica”. Se reconhecermos a intenção divina em todos os pormenores dos tipos, embora talvez não compreendamos todos os seus ensinamentos, e se crermos que existe uma lição em cada incidente registrado, os ataques da crítica moderna não nos lesarão. Mesmo que não tenhamos a inteligência suficiente para compreender o que os críticos estão falando, nem para responder às suas críticas — se nossos olhos tiverem sido abertos para enxergar a beleza dos tipos, as dúvidas sugeridas por semelhantes autores não nos perturbarão, e teremos uma ocupação mais proveitosa do que ler as obras deles. Com tantas críticas destrutivas andando soltas, não podemos fazer melhor do que conclamar a todos — até mesmo aos cristãos mais novos — a adotarem o estudo típico da Palavra de

Deus; porque, embora Deus tenha encoberto essas coisas dos sábios e prudentes, ele as revela a criancinhas.

A alta crítica e o estudo dos tipos não podem andar de mãos dadas; isso porque ninguém que aprendeu os ensinos espirituais dos retratos no AT creria, ou procuraria comprovar, que a Bíblia não é aquilo que ela declara ser.

 

 

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UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO

Antíoco IV Epifânio foi um déspota selêucida cruel, vingativo e opressor. Para a aula do capítulo 11 do livro de Daniel, precisamos conhecer um pouco mais sobre as ações desse rei que procurou "helenizar" a Palestina entre 168-164 a. C.

 

A história nos conta que a partir das rixas locais em Jerusalém —Jasão, por exemplo, tentou se reconduzir ao cargo de Sumo-Sacerdote matando partidários de Menelau — Antíoco Epifânio invadiu a Cidade Santa massacrando muitos judeus, saqueando o Templo e reempossando Menelau a função de Sumo-Sacerdote. Note que o Sumo-Sacerdócio há muito havia deixado de ser uma instituição nomeada por DEUS. Era uma instituição marcada pela conquista do poder pelo poder. Essa cultura permaneceria assim com o advento do Senhor JESUS. Através dessa cultura de poder o nosso Senhor foi assassinado em plena Palestina.

Anos mais tarde Antíoco Epifânio voltou a atacar a Palestina. Dentre as suas intenções para com aquela região estava não somente o ataque, mas a mudança da mentalidade cultural dos judeus, da sua religião e da sua identidade como povo. Veja as seguintes ações de Epifânio:

1. Forçou a aculturação dos judeus na cultura helênica.

2. Ordenou uma perseguição amarga e sangrenta aos que resistiram à cultura e à religião helenísticas na Palestina.

3. Em 167 a. C., erigiu um ídolo consagrado a Zeus e sacrificou porcos sobre o altar no Templo de Jerusalém.

4. Proclamou-se divino. Seu sobrenome, "Epifânio", significa "deus manifestado".

A figura de Antíoco Epifânio representa o ápice do cumprimento da profecia bíblica. Foi um ser cruel e histórico. Entrou no lugar santo o blasfemou. Voltou-se contra o DEUS de Israel profanando o altar do Templo. Antíoco Epifânio é uma prova de como uma profecia bíblica cumpri-se na história. Mostra como DEUS é atemporal e encontra-se para além da história. De acordo com os estudiosos da linha dispensasionalista, até o versículo trinta e cinco do capítulo onze de Daniel vemos a exata descrição de Antíoco Epifânio.

Pelo caráter traiçoeiro, cruel, astuto e enganador de Antíoco Epifânio é que muitos estudiosos colocam como um tipo do Anticristo de acordo com o Novo Testamento. Estudar a história de um povo para compreendermos o todo de uma profecia é uma tarefa importantíssima.

Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 42.

 

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REVISTA NA ÍNTEGRA

 

Escrita Lição 1, Central Gospel, A importância do estudo da tipologia bíblica, 1Tr2025, Comentários Extras do Pr. Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 1 CENTRAL GOSPEL 1Tr25

1. A IMPORTÂNCIA DOS TIPOS BÍBLICOS NA ESCRITURA

1.1. A autenticidade dos tipos bíblicos

1.2. Os tipos como prefigurações proféticas

2. OS TIPOS BÍBLICOS NA CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO

2.1. Sombra dos bens futuros

3. OS TIPOS BÍBLICOS NOS ESCRITOS NEOTESTAMENTÁRIOS

3.1. Tipos do Antigo Testamento no Evangelho de Lucas

3.2. Tipos do Antigo Testamento no Evangelho de João

3.2.1. As fases do ministério de Jesus e o Tabernáculo

3.3. Tipos do Antigo Testamento no Livro de Atos dos Apóstolos

3.4. Tipos do Antigo Testamento na primeira Carta de Paulo aos Coríntios

3.5. Tipos do Antigo Testamento na Epístola aos Hebreus

3.6. Tipos do Antigo Testamento no Livro de Apocalipse

4. A IMPORTÂNCIA DOS TIPOS PARA A IGREJA

 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

1 Coríntios 10.1-6,11

1- Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar,

2- e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,

3- e todos comeram de um mesmo manjar espiritual,

4- e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.

5- Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostra dos no deserto,

6. E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.

11- Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.

 

TEXTO ÁUREO

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça. 2 Timóteo 3.16

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Hebreus 10.1-4 Os sacrifícios antigos eram transitórios

3ª feira - Lucas 24.1-32 Não convinha que o Cristo padecesse essas coisas?
4ª feira - Hebreus 10.19-23 O novo e vivo caminho que Ele nos consagrou
5ª feira - 2Pedro 3.17-18 Crescei na graça e conhecimento
6ª feira - Gálatas 4.21-31 Sara e Agar, uma alegoria dos dois concertos
Sábado - Salmo 106 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel

 

OBJETIVOS -   Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

• entender que a Tipologia Bíblica é o estudo dos tipos de pessoas, fatos ou objetos que haveriam de ser revelados no futuro;
• saber o significado dos tipos veterotestamentários;
• compreender que todos os tipos do Antigo Testamento estão, de alguma maneira, voltados para Jesus.

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

  Prezado professor, ao receber esta revista, revise atentamente os tópicos de cada lição. Ao longo do estudo deste trimestre, será possível perceber que todos os comentários tratam dos tipos registrados no Antigo Testamento que se cumpriram na pessoa de Jesus Cristo no Novo Testamento.

  Estude cada lição com dedicação e transmita aos seus alunos este maravilhoso ensino, que certamente expandirá significativamente o conhecimento bíblico de cada um.  Excelente aula!

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

Neste trimestre, abordaremos de forma resumida as principais figuras do Antigo Testamento, abrangendo objetos, pessoas, eventos e rituais, conhecidos teologicamente como tipos ou sombras. Esses elementos, inicialmente não tão claros, são como quadros ilustrando profecias, doutrinas e ensinamentos, posteriormente esclarecidos pelo Novo Testamento.

  Uma figura ou sombra do Antigo Testamento é considerada um tipo quando é confirmada no Novo Testamento por seu antítipo, demonstrando a realização ou cumprimento do que foi prefigurado.

  No contexto teológico, um antítipo é a realização ou cumprimento de algo prefigurado anteriormente. Por exemplo, a crucificação de Jesus é considerada o antítipo do sofrimento prefigurado por diversas figuras no Antigo Testamento.

 

1. A IMPORTÂNCIA DOS TIPOS BÍBLICOS NA ESCRITURA

  Aqueles que abandonaram a crença na inspiração plena da Escritura - tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, conforme mencionado em 2 Timóteo 3.16 - argumentam que as histórias bíblicas antigas, embora espiritualmente significativas, seriam meras tradições ou fábulas. Deste modo, compreender o significado de um tipo é fundamental para o fortalecimento da fé cristã.

  Paulo, no texto bíblico básico desta lição (1 Co 10.1-6.11), descreve diversas experiências vivenciadas pelos filhos de israel no deserto. Nesta porção da Escritura, o apóstolo esclarece que essas coisas nos foram feitas em figura (v. 6) e que Isso nos sobreveio deste modo para nosso aviso (v.11). Tais figuras do Antigo Testamento, conhecidas como tipos, foram criadas para ensinar lições especificas,

  Outras porções da história do povo de Deus também foram preservadas com propósitos semelhantes. Apesar de ensinarem lições espirituais, os eventos registrados realmente aconteceram.

 

1.1. A autenticidade dos tipos bíblicos

  Além de eventos e objetos, certas personalidades bíblicas são mencionadas no Novo Testamento como tipos. Esses indivíduos foram seres humanos reais, não personagens míticos, e suas histórias inspiradas apontam para a obra e caráter do Filho de Deus.

  A história de José (Gn 37-50) é um exemplo notável de tipologia bíblica, pois ilustra aspectos da vida e obra de Jesus. José enfrentou adversidades - tais como ser vendido como escravo e preso injustamente,- mas foi exaltado como segundo no comando no Egito, salvando vidas durante a fome. Isso prefigura as aflições e a glória de Cristo (1 Pe 5.1b). Esse patriarca também foi um libertador para sua família, semelhante ao modo como Jesus oferece libertação espiritual a todos que atendem ao Seu chamado (Jo 8.36). Entre as figuras bíblicas, José é provavelmente o tipo mais completo do Senhor Jesus.

 

1.2. Os tipos como prefigurações proféticas

  Os tipos bíblicos não são meras figuras de eventos passados, mas sim planos divinamente estabelecidos que apontam para acontecimentos futuros correspondentes. Eles demonstram a precisão e a intenção dos intentos do Altíssimo, com as ocorrências posteriores cumprindo essas prefigurações.

  O relato de João sobre a crucificação, por exemplo, comprova esta realidade: Mas, vindo a Jesus e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Porque isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado (Jo 19.33,36; conf. SI 34.20).

 

2. OS TIPOS BÍBLICOS NA CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO

2.1. Sombra dos bens futuros

  Na Epístola aos Hebreus, percebe-se que cada detalhe da construção do Tabernáculo foi cuidadosamente planejado por Deus, que entregou seu modelo a Moisés (Hb 8.5).

  O véu do Tabernáculo, por exemplo, não era apenas uma cortina que separava dois ambientes, mas tinha um significado profundo. O escritor de Hebreus explica que o véu que separava o Lugar Santo do Santo dos Santos era uma analogia para o fato de que o caminho para o santuário celestial não seria completamente revelado enquanto o primeiro Tabernáculo, ou seja, o sistema de culto do Antigo Testamento, ainda estivesse em vigor (Hb 9.8,9). 

  Hebreus 9.8 é considerada uma alegoria para o tempo presente, revelando que os rituais do antigo Tabernáculo eram sombras dos bens futuros (Hb 10.1), apontando para a obra redentora de Cristo, que abriu o caminho para o verdadeiro santuário celestial por meio de Seu sacrifício (Mt 27.51).

  Além do véu, outros detalhes do Tabernáculo são igualmente significativos. Embora nem todos sejam claramente explicados, o Autor das Escrituras está pronto a nos ensinar todas as coisas (Jo 14.26), guiar-nos em toda a verdade (Jo 16.13) e anunciar o que recebeu do Pai (Jo 16.15). 

 

3. OS TIPOS BÍBLICOS NOS ESCRITOS NEOTESTAMENTÁRIOS

  Os escritores veterotestamentários destacaram a Importância dos tipos ao referirem-se ao texto sagrado, sabendo que a Escritura não pode ser quebrada. Os tipos e sombras do Antigo Testamento encontram seu cumprimento no Novo (Lc 24.27), como se observa nos exemplos a seguir:

 

3.1. Tipos do Antigo Testamento no Evangelho de Lucas

  No decurso de Seu ministério terreno, Jesus mencionou os tipos, destacando como estes apontavam para Ele próprio. Que maravilhoso panorama da Escritura os dois discípulos que o seguiam pelo caminho de Emaús receberam, quando, respondendo à Sua própria pergunta, o Messias disse: Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória? (Lc 24.26).

  Os sofrimentos e a glória de Jesus foram preditos tanto nos tipos contidos no Antigo Testamento quanto nas profecias diretas. Não é de se admirar que os corações daqueles discípulos ardiam durante aquela memorável caminhada, e, depois, naquela mesma tarde, abriram-se-lhes os olhos, e o conheceram (Lc 24.31).

 

3.2. Tipos do Antigo Testamento no Evangelho de João

  Já no primeiro capítulo do Evangelho de João, nossa atenção é direcionada para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29), fazendo-nos lembrar de todos os outros cordeiros sacrificados anteriormente, desde o de Abel (Gn 4) até o último oferecido no Templo.

  Observe no quadro a seguir outras referências tipológicas a Cristo:

 

 

REFERÊNCIA

Tipologia de CRISTO

JOÃO 1.14   

Ele É O Antítipo Do Tabernáculo

JOÃO 1.51 

Ele Faz Referência A Escada De Jacó

JOÃO 2.19 

Ele Compara-Se Ao Templo

JOÃO 3.14,15 

Ele É Comparado A Serpente De Bronze

JOÃO 4.6.13.14 

Ele Compara-Se A Fonte De Jacó

JOÃO 6.32-35 

Ele Afirma Ser O Verdadeiro Maná

JOÃO 7.37,38 

Ele É A Rocha Ferida, Da Qual Fluem Rios De Água Viva

JOÃO 8.12 69.39 

Ele É A Luz Do Mundo

JOÃO 10.11 

Ele É O Antítipo De Todos Os Pastores Do Antigo Testamento

JOÃO 12.24 

Ele É O Grão De Trigo Que Gera O Feixe Das Primícias

JOÃO 13.5 

Ele Faz Referência A Pia De Cobre (Conf. Êx 38.81)

JOÃO 15.1-5 

Ele É A Videira Verdadeira

 

  Assim, em quase todos os capítulos de João, há um tipo do Antigo Testamento sendo colocado diante de nós.

 

3.2.1. As fases do ministério de Jesus e o Tabernáculo

  Ao analisar o Evangelho de João à luz do Tabernáculo, pode-se distinguir três fases distintas do ministério de Cristo, correspondendo a três locais diferentes: o pátio externo (átrio), o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Observe:

CAPÍTULOS 1-12  /  Nos Doze Primeiros Capítulos Do Evangelho De João, Observa-Se O Ministério Terreno De Cristo No Pátio Externo - Para O Qual Todo O Povo É Admitido. Em João 12.44-50, Lê-se Suas Últimas Palavras, Direcionadas Aos Que Estão De Fora.

CAPÍTULOS 13-16  / 

No Capítulo 13, Cristo Prepara Seus Discípulos Para O Serviço. Antes De Adentrar No Lugar Santo, Os Sacerdotes Tinham De Lavar Mãos E Pés Na Pia De Cobre.

Nos Capítulos 14-16 Ele Os Ensina Sobre O Espírito Santo, Tipificado Pelo Óleo Do Castiçal E Sobre A Oração Em Seu Nome, Tipificada Pelo Incenso Do Altar De Ouro.

CAPÍTULO 17  /  NO CAPÍTULO 17, O SUMO PASTOR ESTÁ SOZINHO - NO LUGAR SANTÍSSIMO.

 

3.3. Tipos do Antigo Testamento no Livro de Atos dos Apóstolos

  Os escritores do Novo Testamento frequentemente referenciavam o Antigo Testamento para dar profundidade e contexto aos seus ensinamentos. Ignorar essas alusões implica perder a beleza e o significado completo de muitas passagens bíblicas.

  Atos 3.21 é um exemplo desta afirmação. Neste verso, o escritor sagrado faz referência ao conceito de restauração, presente no Ano do Jubileu (Lv 25.9,10,13; 27.24), prefigurando a futura restauração de Israel pelo Messias. Assim como no Ano do Jubileu, no qual a terra e as posses eram restauradas aos seus donos originais, a vinda do Messias trará a plena restauração de Israel, conforme prometido nas Escrituras (Jr 30.3).

 

3.4. Tipos do Antigo Testamento na primeira Carta de Paulo aos Coríntios

  A primeira Carta de Paulo aos Coríntios é repleta de referências tipológicas que apontam para Cristo como o cumprimento das promessas e prefigurações do Antigo Testamento.

  Paulo utiliza tipos para demonstrar como os eventos e cerimônias antigas encontram seu pleno significado em Jesus. Observe:

• em 1 Coríntios 15.4, o apóstolo diz que Cristo ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, indicando que a ressurreição de Jesus foi prefigurada nos tipos;
• em 1 Coríntios 15.20, lê-se: Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Esta é uma referência à Festa das Primícias (Ex 23.29), na qual um feixe dos primeiros frutos da colheita era movido perante o Senhor e oferecido no dia imediato ao sábado (Lv 23.9-12 ARA), imediatamente após a Páscoa;
• em 1 Coríntios 15.23, Paulo reforça essa tipologia ao declarar: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.

 

3.5. Tipos do Antigo Testamento na Epístola aos Hebreus

  A Epístola aos Hebreus é quase inteiramente composta de referências ao Antigo Testamento. Substancialmente, Cristo é comprovado ser melhor do que todas as sombras (Hb 8.5,6) - melhor do que o antigo concerto (Hb 7.22); superior aos sacerdotes (Hb 5; 7.24); superior a Moisés (Hb 3.3); melhor do que os sacrifícios levíticos (Hb 9.12); maior do que Arão (Hb 7.11); superior ao primeiro Tabernáculo (Hb 9.11); mais sublime do que a grande nuvem de testemunhas da galeria dos heróis da fé (Hb 12.2); e, por fim, o Seu sangue derramado fala melhor do que o sangue de Abel (Hb 12.24).

 

3.6. Tipos do Antigo Testamento no Livro de Apocalipse

  O Livro de Apocalipse apresenta Jesus como o antítipo - o cumprimento - de todos os sacrifícios do Antigo Testamento. Em pelo menos 28 ocasiões, Ele é referido como o Cordeiro.

  No capítulo 5, João espera ver o Leão da Tribo de Judá (v. 5), mas Jesus se revela como o Cordeiro (v. 6), Aquele que o apóstolo havia identificado desde o início como O redentor da humanidade: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).

 

4. A IMPORTÂNCIA DOS TIPOS PARA A IGREJA

  Os assuntos referentes aos privilégios e à unidade do Corpo de Cristo também são prenunciados no Antigo Testamento. Embora a Igreja não seja o foco principal das profecias veterotestamentárias, ela não está excluída dos tipos ali encontrados. Observe:

• Logo no segundo capítulo do Livro de Gênesis, a Igreja é prenunciada no relato da formação de Eva e de sua união com Adão. Este evento é posteriormente interpretado pelo apóstolo Paulo como um tipo da nossa relação com o Salvador (Ef 5.25-32). Paulo esclarece que a união do primeiro casal é um reflexo da união entre Cristo e a Igreja, destacando a profundidade e o significado dessa relação.
• Além disso, o Pentateuco oferece uma visão detalhada e clara da santidade de Deus e das nossas necessidades, enquanto cristãos, de perdão e santificação. Os relatos dos sacrifícios e as instituições do Tabernáculo trazem à luz muitos detalhes que nos ensinam lições valiosas e acentuam verdades espirituais profundas.

 

CONCLUSÃO

  Os tipos não são apenas uma pequena porção do texto sagrado; se examinarmos bem, eles estão espalhados por toda a Escritura. No Pentateuco e nos Livros Históricos, encontramos personalidades, eventos e instituições tipológicas; nos Livros Poéticos, pronunciamentos tipológicos; nas profecias, outras personalidades e outros eventos tipológicos. No Novo Testamento, por todas as partes eles são mencionados e explicados, e o grande antítipo, Jesus Cristo, é apresentado.

  A crítica intelectual e o estudo dos tipos jamais poderão caminhar juntos, pois ninguém que tenha aprendido os ensinos espirituais das figuras do Antigo Testamento acreditaria, ou tentaria provar, que a Bíblia não foi aquilo que os tipos reivindicam que são: a genuína e imutável Palavra de Deus.

  Se reconhecermos a intenção divina em cada detalhe, embora possamos não entender todo o seu ensino, e se acreditarmos que existem lições em cada incidente registrado, os ataques da crítica moderna não nos afetarão.

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Qual o significado da palavra antítipo no contexto teológico?

R.: No contexto teológico, um antítipo é a realização ou cumprimento de algo prefigurado anteriormente no Antigo Testamento.