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Escrita Lição 5, Betel, Lembra-Te Do Dia De Sábado, 4Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV
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ESBOÇO DA LIÇÃO 5
1-
INTERPRETANDO O DIA DE SÁBADO
1.1. O
princípio do sábado
1.2 . O sábado
na visão dos mestres da lei
1.3. O
sábado na visão de JESUS CRISTO
2- ENTENDENDO O
DESCANSO DADO POR DEUS
2.1. DEUS
concluiu a obra da criação
2.2. Precisamos
descansar
2.3. Descanso e
adoração
3- ALGUMAS
LIÇÕES E ESCLARECIMENTOS
3.1. Lembra-te
do que DEUS preparou para os fiéis
3.2. Por que
domingo e não sábado?
3.3. Princípios preciosos para o nosso viver
TEXTO ÁUREO
"E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o
homem por causa do
sábado." Marcos 2.27
VERDADE APLICADA
Priorizemos, com confiança e alegria, momentos para adorar ao
Senhor, buscá-Lo
de coração e cultivar a comunhão com Ele.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar a interpretação bíblica do sábado
Expor o verdadeiro descanso oferecido por DEUS
Ensinar algumas lições acerca do sábado
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Êxodo
20.8-11
8 Lembra-te do dia do sábado, para o
santificar.
9 Seis dias trabalharás, e farás toda
a tua obra.
10 Mas o sétimo dia é o sábado do
Senhor teu DEUS; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha,
nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que
está dentro das tuas portas.
11 Porque em seis dias fez o Senhor os
céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto
abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.
HINOS SUGERIDOS - 93,409, 432
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que desfrutemos do verdadeiro descanso proporcionado por DEUS.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 5
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
COMENTÁRIOS DIVERSOS DE DIVERSOS COMENTARISTAS
Alguns pensam que devem guardar o sábado, pois senão quebrarão o
mandamento de Deus. Para esses, quero trazer o texto que Tiago diz em sua
carta: “Pois quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas um ponto,
torna-se culpado de quebrá-la inteiramente.” Tiago 2:10
Não adianta querer obedecer a Lei de Deus para conseguir algo em troca, se
pecamos em uma Lei, somos culpados de quebrar todas. Não é por obras da Lei que
seremos salvos. Somos salvos e por isso obedecemos a ela. Outros já pensam que
devem guardar o domingo, afinal, a ressurreição de Cristo foi neste dia. Já
outros vão pensar que precisam guardar um dia para Deus. Não importa qual visão
você acredita. Importante é lembrar do seu real significado que é a importância
do descanso, seja sábado, domingo ou qualquer outro dia. Também não devemos
julgar nosso irmão por guardar um dia diferente do nosso, devemos nos lembrar
do texto de Paulo em Colossenses: “Portanto, não permitam que ninguém os julgue
pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou
à celebração das luas novas ou dos dias de sábado. Essas coisas são sombras do
que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo.” Colossenses
2:16-17
Como diz Paulo em outro texto, em Cristo Jesus somos novas criaturas, as coisas
velhas já passaram. Não devemos ficar discutindo se é o certo ou errado guardar
o sábado, devemos lembrar das coisas que são essenciais no cristianismo e nelas
andarmos em unidade, num único modo de pensar. Já nas coisas não essenciais,
podemos ter uma liberdade de pensamento, desde que não fira os princípios da
Palavra de Deus e não seja uma pedra de tropeço para os nosso irmãos. https://fielapalavra.com/4-mandamento-lembra-te-do-dia-de-sabado/
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SÁBADO - שבת shabbath Hebraico
(LÊ-SE: CHABÁT)
1) sábado
dia de expiação - ano sabático - semana - produto (no ano sabático)
σαββατον sabbaton Grego (Lê-se Savaót)
1) sétimo dia de cada semana. Era uma
festa sagrada, na qual os Israelitas deviam abster-se de todo trabalho
instituição do sábado, a lei para santificar todo o sétimo dia da semana
sábado, dia de sábado - sete dias, uma semana
CURIOSIDADE
CAMINHO DE
UM SÁBADO - Essa
expressão é usada em Atos 1.12 para expressar o local em que aconteceu a ascensão
do Monte das Oliveiras. Este local estava situado à distância de um sábado de
Jerusalém, isto é, a distância que um judeu podia viajar em um sábado sem
infringir a lei. Essa distância de 2000 côvados ou 1000 metros foi calculada
com base em Josué 3.4, onde foi dito que a arca viajou 2000 côvados à
frente do acampamento israelita. Como os judeus tinham permissão de ir ao
Tabernáculo no sábado, essa distância foi fixada como a distância da viajem de
um sábado.
Atualmente, na Capela
da Ascensão no Monte das Oliveiras, pode-se ver a marca de uma pegada no topo
da montanha que algumas pessoas piedosas acreditam ser a pegada de JESUS feita
no momento em que Ele ascendeu ao céu. Na verdade, trata-se provavelmente de
uma marca para indicar a distância da viajem de um sábado desde Jerusalém, mas
também pode ser o local da ascensão. H. F. V.
20.8
LEMBRA-TE DO DIA DO SÁBADO. (COMENTÁRIO BEP – CPAD)
O dia do Senhor no AT
era o sétimo dia da semana. Santificar aquele dia importava em separá-lo como
um dia diferente dos demais, cessando o labor para descansar, servir a Deus e
concentrar-se nas coisas respeitantes à eternidade, à vida espiritual e à glória
de Deus (vv. 9-11; Gn 2.2,3). (1) A observância do dia do Senhor por Israel era
um sinal de que ele pertencia a Deus (31.13). (2) Lembrava-lhes o seu
livramento da escravidão do Egito (Dt 5.15; ver Mt 12.1).
O QUARTO
MANDAMENTO
Contra a profanação do sábado,
e ociosidade nos outros dias da semana.
Versículo 8 . Lembre-se do dia de sábado,
para o santificar.
Veja o que já foi dito sobre este preceito, Gênesis 2:2, e em outros lugares. Veja Clarke em Gênesis 2:2. Como esta era a instituição mais antiga, Deus
chama-os a lembrar que, como se ele tivesse dito: Não se
esqueça que quando eu tinha terminado a minha criação Eu institui o
sábado, e lembra por que eu fiz isso, e para que fins.
A palavra שבת
shabbath significa descanso ou cessação de trabalho; e
a santificação do sétimo dia é ordenada, como tendo
algo representativo nele, e assim, de fato, tem, pois tipifica
o descanso que resta para o povo de Deus, e nesta luz evidentemente parece
ter sido entendido pelo apóstolo, Heb.
Este mandamento não
tem sido particularmente mencionado no Novo Testamento como uma ligação a
preceito moral para todos, pois alguns têm presunçosamente inferido que não
há nenhuma sábado sob a dispensação cristã. A verdade é que
o sábado é considerado como um tipo: todos os tipos estão em pleno vigor
até que a coisa significada por eles ocorra. A coisa significada pelo sábado é
o descanso de nossos pecados em CRISTO QUE OCORREU QUANDO NOS CONVERTEMOS (Mt
11.28,29) e ocorrerá definitivamante na glória que permanece para
o povo de Deus, portanto, a obrigação moral do sábado deve continuar até a
eternidade.
Mateus 11.28 Vinde
a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29 Tomai
sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas.
O nosso verdadeiro cansaço está na alma pelo fardo do pecado
carregado. JESUS levou nossa carga.
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 6 - Santificarás o Sábado
Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos
Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em
Constante Mudança
Comentários: Pr. Esequias Soares
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
Resumo da Lição 6 - Santificarás o Sábado
I. O SÁBADO DA CRIAÇÃO
1. O shabat.
2. DEUS concluiu a criação no dia sétimo.
3. A bênção de DEUS sobre o sétimo dia.
II. O SÁBADO INSTITUCIONAL
1. Desde a criação.
2. Não era mandamento.
3. Os patriarcas não guardaram o sábado.
III. O SÁBADO LEGAL
1. Significado.
2. O sábado do Decálogo.
3. Propósito.
IV. UM PRECEITO CERIMONIAL
1. O sacerdote no Templo.
2. A circuncisão no sábado.
V. O SENHOR DO SÁBADO
1. O sábado e a tradição dos anciãos.
2. JESUS é o Senhor do sábado (Mc 2.28).
3. Dia do culto cristão.
TEXTO ÁUREO
"E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o
homem, por causa do sábado." (Mc 2.27)
VERDADE PRÁTICA
O quarto mandamento envolve os aspectos espiritual e social, diz respeito
ao relacionamento do homem com DEUS e ao mesmo tempo com o próximo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.2 DEUS descansou no sétimo dia da criação
Terça - Êx 16.29,30 O sábado é um presente de DEUS para o povo de Israel
Quarta - Êx 23.12 O sábado foi dado a Israel para descanso
Quinta - Rm 14.5,6 A fé cristã é isenta de toda forma de legalismo
Sexta - Cl 2.16,17 A lei, juntamente com o sábado legal, foi encravada na cruz
Sábado - Hb 4.8 O sábado institucional se cumpre na vida da Igreja
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.8-11; 31.12-17
Êxodo 20.8-11
8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 Seis dias
trabalharás e farás toda a tua obra, 10 mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR,
teu DEUS; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem
o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está
dentro das tuas portas. 11 Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra,
o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o
SENHOR o dia do sábado e o santificou.
Êxodo 31.12-17
12 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: 13 Tu, pois, fala aos
filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é
um sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o
SENHOR, que vos santifica. 14 Portanto, guardareis o sábado, porque santo é
para vós; aquele que o profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele
fizer alguma obra, aquela alma será extirpada do meio do seu povo. 15 Seis dias
se fará obra, porém o sétimo dia é o sábado do descanso, santo ao SENHOR;
qualquer que no dia do sábado fizer obra, certamente morrerá. 16 Guardarão,
pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por
concerto perpétuo. 17 Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para
sempre; porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao sétimo dia,
descansou, e restaurou-se.
OBJETIVO GERAL
Compreender o significado do sábado para os cristãos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ao lado, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve
atingir em cada tópico.
- Analisar o conceito do sábado.
- Considerar a forma da instituição do sábado.
- Explicar os aspectos legais e cerimoniais do sábado.
- Destacar o preceito cerimonial.
- Apresentar JESUS como o Senhor do Sábado.
SÍNTESE DO TÓPICO I - A base institucional e legal do sábado foi a
celebração de DEUS no sétimo dia, após a criação. O Criador abençoou e
santificou esse dia.
SÍNTESE DO TÓPICO II - O sábado institucional se refere à
necessidade de um período de descanso para a Criação e para o homem.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O sábado legal é um dia de descanso, introduzido na
cultura do povo judeu por meio da Lei.
SÍNTESE DO TÓPICO IV - Segundo JESUS CRISTO, a guarda do sábado é um preceito
cerimonial.
SÍNTESE DO TÓPICO V - Em o Novo Testamento, JESUS é o Senhor do sábado e
somente Ele tem autoridade sobre esta instituição.
Comentários de vários autores com algumas observações do Pr. Luiz
Henrique
Obs. do Pr. Luiz Henrique: O
Sábado é o descanso material dos cansados do trabalho físico (corporal). JESUS
é o descanso espiritual dos cansados da alma (sobrecarregados de pecados,
carregadores de fardos pesados). Assim o sábado é apenas uma figura do
verdadeiro sábado que é CRISTO. Encontrando JESUS CRISTO, o verdadeiro descanso
será encontrado, trazendo paz, alívio, descanso, salvação para a alma abatida,
sobrecarregada e cansada do pecado.
Mateus 11.28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos,
e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou
manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. 30
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.
Assim como os sacrifícios de animais apontavam para o sacrifício de
JESUS, também o sábado, como realidade futura de descanso, foi abolido após
JESUS ter vindo e nos salvado. Agora, todos aqueles que encontram JESUS
encontram o descanso de DEUS. o Sábado se cumpre em CRISTO.
Não Existe Base Bíblica Para Se Guardar Um Dia Para Justificação. É
Opcional A Guarda De Um Dia Para Se Dedicar A DEUS E Para Se Descansar Do
Trabalho Semanal. Existem Muitos Crentes Que Oram Todos Os Dias, Trabalham
Todos Os Dias, Servem A DEUS Todos Os Dias. Nem Por Isso Deixam De Estar Salvos
E Em Comunhão Com DEUS.
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos
os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Romanos
14:5
O ESPÍRITO SANTO mora conosco e em nós. JESUS está presente todo o
tempo conosco e o PAI está sempre nos ouvindo e nos abençoando. O verdadeiro
crente é aquele que tem consciência da união com DEUS 24 horas por dia, 365
dias por ano. TODOS OS DIAS SÃO IGUAIS. ORAI SEM CESSAR.
DIFERENÇA ENTRE SÁBADO INSTITUCIONAL E SÁBADO LEGAL |
|
SÁBADO INSTITUCIONAL - SHABÅT - שַׁבָּת |
SÁBADO LEGAL - SHABÅTON - שַׁבָּתוֹן |
Sábado da criação. "Ora, havendo DEUS completado no dia
sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que
fizera" (Gn 2.2). |
Sábado da lei, do decálogo. |
Para descanso e adoração em ESPÍRITO e em verdade - um dia a cada
sete - qual dia? opcional. |
Obrigação, lei, lembrança do Egito, exigência de tempo para
adoração, ...Se não guardado punido com a morte. |
Descanso cumprido em JESUS que é nosso descanso. "Tomai
sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para as vossas almas" (Mt 11.29). |
Cumprido em JESUS, mas não revelado ainda, por causa da dureza
dos corações dos judeus. |
Antes da lei. Abraão e patriarcas, se guardavam, não tem
registro. |
Guardado por judeus. Sinal entre DEUS e os judeus. |
Não justifica ninguém diante de DEUS. Não tem valor como meio
para se chegar à salvação. "Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS" (Ef 2.8). |
Guardado pelos judeus como obrigação, sem amor, por imposição,
tentam se justificar pela sua guarda para adquirirem salvação, como os
adventistas. |
Este dia não findou ainda, DEUS ainda trabalha nele, cuidando,
mantendo. JESUS disse: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu também"
(Jo 5.17). DEUS cessou de criar aquelas primeiras coisas. DEUS não se cansa. |
Sétimo dia após seis de trabalho. Semana de dias. |
Não é obrigatoriamente guardado pelos evangélicos e nem por
outras denominações ditas cristãs, exceto as mencionadas à direita. "Porque,
se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso de outro
dia" (Hb 4.8). "Portanto resta ainda um repouso sabático para
o povo de DEUS" (Hb 4.9). Resta Eternidade com DEUS, em CRISTO. |
Observado tanto por judeus quanto por Adventistas do sétimo
dia, Adventistas da Promessa, Adventistas da Reforma, Batistas do
sétimo dia, Israelitas da Nova Aliança, Igreja de DEUS, Ministério Ensinando
de Sião etc... |
Cessação do trabalho de criação. |
Sétimo dia da semana, dia de dedicação obrigatório. |
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os
dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. -- Romanos
14:5 - Formulada por Pr. Luiz Henrique de A. Silva – EBD NA TV - 99
99152-0454 |
SANTIFICARÁS O SÁBADO (com alguns acréscimos do Pr. Henrique)
Primeiro devemos saber que a Lei foi dada aos Judeus e para os
judeus.
A palavra "sábado" é um termo hebraico e significa
"sétimo". O mandamento do descanso foi instituído por DEUS, em
primeiro lugar, para que o ser humano pudesse descansar. Lembre de que o
contexto do advento da lei era a libertação da escravidão de Israel no Egito.
Como escravos, os hebreus não tinham descanso, eram explorados
diuturnamente a fim de produzir mais e mais para o império de Faraó. Este via era
para uso dos judeus como números ou objetos necessários para enriquecerem ainda
mais o Palácio. O Faraó não via os hebreus como pessoas que precisavam
descansar e recarregar as energias porque eram pessoas, gente que precisava de
dignidade. Apesar de Faraó não ver os israelitas como seres humanos, o DEUS de
Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de Jacó contemplou todo esse processo de
escravidão humana. E ouviu o clamor do seu povo!
Por razões culturais, religiosas e teológicas as três principais
religiões monoteístas do mundo guardam um dia da semana como o significado de
descanso e reverência a uma só divindade: os judeus, o Sábado; os árabes, a
Sexta-Feira; os cristãos, o Domingo (se desejarem). Mais que discutir o dia do
descanso, o importante é observarmos o sentido do Sábado, o seu descanso e a
sua reverência para o Criador dos Céus e da Terra.
Ora, para nós, que confessamos JESUS como Salvador, o domingo é o
dia do Senhor. Observamos (não temos necessidade de guardar) o domingo porque
foi o dia em que JESUS de Nazaré ressuscitou dos mortos, a Igreja Primitiva se
reunia para comer o pão e confraternizar-se com alegria e singeleza de coração.
Não é verdade que foi Constantino quem inventou o Domingo, o imperador romano
apenas o legitimou e oficializou uma prática de mais de três séculos guardada
pela comunidade cristã primitiva.
Salva as exceções, o dia de descanso oficial no mundo ocidental é o
domingo. Numa perspectiva bíblica e evangélica, neste dia deveríamos
dedicar-nos a meditação espiritual, adoração ao Senhor com os irmãos, o
convívio com a família e a visita aos enfermos. Um dia para se viver em
comunidade! Não mero ativismo religioso onde pessoas se cansam mais do que no
trabalho secular.
A lição desta semana não pode se deter apenas em assuntos
periféricos, tais como "os adventistas estão certos ou errados" ou em
"sermos ou não legalistas". JESUS NÃO GUARDOU O SÁBADO COMOOS JUDEUS
E OUTROS RELIGIOSOS O GUARDAM E NEM DEU ORDEM PARA TAL.
Revista ensinador. Editora CPAD. pag. 39.
SÁBADO
1. Sabbaton ou sabbata. Sendo o último termo, a forma plural,
transliterado da palavra aramaica, que foi confundida com o plural; por
conseguinte, o singular Sabbaton foi formado dela. A raiz significa “cessar.
desistir” (em hebraico, shabatlv. cf. em árabe. sabata, “interceptar,
interromper”): o duplo b em força intensiva implica uma cessação completa ou um
fazer cessar, provavelmente o primeiro. A ideia não é de relaxamento ou
repouso, mas cessação de atividade.
A observação do sétimo dia da semana, ordenada para Israel, era um
sinal entre DEUS e o Seu povo na terra, baseado no fato de que depois dos seis
dias de operações criativas. Ele descansou (Ex 31.16,17, com Ex 20.8-11). Os
regulamentos do Antigo Testamento foram desenvolvidos e sistematizados a uma
extensão tal que se tomaram um fardo para o povo (que de qualquer forma, se
alegrava no descanso proporcionado) e um provérbio de extravagância absurda.
Dois tratados da Mishna (o Shabbath e o Erubin) eram inteiramente ocupados com
regulamentos para a observância do sábado; o mesmo se dá com as discussões na
Gemara a respeito de opiniões rabínicas. O efeito sobre a opinião corrente
explica o antagonismo despertado pelas curas do Senhor JESUS feitas no “sábado”
(por exemplo. Mt 12.9-13; Jo 5.5-16), e explica o fato de os doentes serem
levados para serem curados num "sábado” depois do por do sol (por exemplo,
Mc 1.32). De acordo com ideias rabínicas, o ato de os discípulos arrancarem
espigas (Mt 12.1; Mc 2.23) e esfregarem-nas (Lc 6.1), quebra o “sábado” em dois
pontos: arrancar era colher, e esfregar era malhar. A atitude do Senhor em
relação ao “sábado” era a guisa de desembaraça-lo destes inquietantes
acréscimos tradicionais, os quais se tomaram um fim em si mesmo, em vez de ser
um meio para um fim (Mc 2.27).
Nas Epistolas, as únicas menções diretas estão em Cl 2.16
(“sábados”, que deveria estar corretamente no singular: veja o primeiro
parágrafo, acima), onde faz parte de uma lista entre coisas que eram “sombras
das coisas futuras” (ou seja, da era introduzida no Dia de Pentecostes), e em
Hb 4 .4 -11, onde o sabhatismos perpetuo é designado para os crentes
(DESCANSO).
Referencias dedutíveis encontram-se em Rm 14.5 e Gl 4 .9 -11.
Durante os primeiros três séculos da era cristã, o primeiro dia da semana nunca
foi confundido com o “sábado”: a confusão das instituições judaicas e cristãs
foi devida ao declínio do ensino apostólico.
Notas:
(1 > Em Mt 12.1,2.11; 24.20; Mc 6.2; Lc 6.1: 14.3: Jo 9.14, era
usado corretamente o singular, “sábado”; em Mt 12.5, o plural (veja acima).
Quanto ao uso ou omissão do artigo, a omissão nem sempre exige a tradução “um
sábado”; esta ausente, por exemplo, em Jo 9.14.
Em At 16.13, e literalmente, “no dia de sábados” (plural).
Quanto a Mt 28 .1, (TARDE).
Prosabbaton (Trpoaa00ciToi') significa “o dia antes do sábado”
(fonado de pro. “antes de”, e o n° I ), e ocorre em Mc 15.42 (“a véspera do
sábado”); alguns manuscritos tem prin. “antes de”, com o termo sabbaton
separadamente.
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Êx 20.8 LEMBRA-TE DO DIA DO SÁBADO. O dia do Senhor no AT era o
sétimo dia da semana. Santificar aquele dia importava em separá-lo como um dia
diferente dos demais, cessando o labor para descansar, servir a DEUS e
concentrar-se nas coisas respeitantes à eternidade, à vida espiritual e à
glória de DEUS (vv. 9-11; Gn 2.2,3).
(1) A observância do dia do Senhor por Israel era um sinal de que
ele pertencia a DEUS (31.13).
(2) Lembrava-lhes o seu livramento da escravidão do Egito (Dt 5.15;
ver Mt 12.1)
BEP - CPAD
Ne 13.17 PROFANANDO O DIA DE SÁBADO. O povo de DEUS permitiu aqui
que seus interesses comerciais e a busca de coisas materiais destruíssem sua
obediência ao mandamento de DEUS, no
tocante ao dia de descanso. Os crentes do NT devem sempre tomar cuidado contra
a tentação de deixar que a busca de riquezas e sucesso suplante seu desejo de
honrar e adorar a DEUS, como
Ele estabeleceu. Devemos buscar "primeiro o Reino de DEUS, e a sua
justiça" (Mt 6.33; ver 12.1).
BEP - CPAD
Am 8.5 O SÁBADO. Os comerciantes eram tão materialistas que ficavam
ansiosos pelo término do sábado a fim de voltarem rapidamente aos seus
negócios. Perguntemos a nós mesmos: "Estou tão
dedicado aos lucros que já não tenho nenhuma solicitude pela Palavra de DEUS
nem pela promoção do seu reino?" Segundo o próprio JESUS, não podemos
servir a DEUS e ao dinheiro ao mesmo
tempo (ver Mt 6.24).
BEP - CPAD
12.1 SÁBADO. O sábado semanal (gr. sabbaton, que significa repouso
, cessação ) era o sétimo dia da semana, separado pela lei de Moisés como dia
de descanso do trabalho normal, para repouso pessoal e adoração ao Senhor (Êx
20.10; Dt 5.14; ver Êx 20.8). Para o cristão, o sábado judaico já não é
obrigatório. As exigências cerimoniais da lei foram canceladas na morte de
CRISTO (Cl 2.14, 16; Rm 14.5,6; Gl 4.9-11). Além disso, o sábado como dia fixo
semanal de descanso foi parte do pacto entre DEUS e Isaque, somente (Êx
31.13,17; Ez 20.12,20). Domingo foi o dia em que JESUS ressurgiu dentre os
mortos, sendo chamado no NT de o dia do Senhor . O propósito espiritual de um
dia de descanso em sete é benéfico ao cristão. No AT esse dia era visto como
uma cessação do labor e ao mesmo tempo um dia
dedicado a DEUS; um período para se conhecer melhor a DEUS e adorá-lo; uma
oportunidade para dedicar-se em casa e em público às coisas de DEUS (Nm 28.9;
Lv 24.8). JESUS nunca ab-rogou o
princípio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso
dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado (vv. 1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6).
JESUS indica que o dia de
descanso semanal foi dado por DEUS para o bem-estar espiritual e físico do
homem (Mc 2.27).
BEP - CPAD
O Sábado que foi posto de lado já antes do
nascimento da Igreja, isto é, antes da descida do ESPÍRITO SANTO. "O
sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado".
(Mar. 2:27). DEUS fez o sábado para descanso do homem, para que nesse dia, o
homem, especialmente lhe rendesse culto, e os israelitas fizeram do sábado um
verdadeiro ídolo, a ponto de, no tempo dos Macabeus, Aristóbulo ser vencido,
por ter Pompeu, general romano, ganhado grandes vantagens, preparando suas
máquinas de guerra contra os muros de Jerusalém em dia de sábado, sem que os
judeus o atacassem, pela veneração em que tinham o sábado. Notemos que JESUS ao
citar os mandamentos, nunca citou o quarto e que, apesar de se encontrarem
todos os demais mandamentos inúmeras vezes no Novo Testamento, o quarto é ali
completamente omitido. (Gal. 4:10,11; Col. 2:16).
Notemos ainda que é completo absurdo a guarda universal do sábado,
em vista da rotação da terra. Se pretendêssemos que os crentes do mundo inteiro
guardassem o sábado, haveríamos de verificar que enquanto o sábado estivesse
sendo guardado aqui no Brasil por nós, os crentes que estivessem no Japão,
nosso antípoda, só começariam a guardá-lo doze horas após e, em comparação
conosco, guardariam uma parte do sábado e outra do domingo!
SÁBADO
I. Os Termos
II. Caracterização Geral
III. Teorias da Origem
IV. Observações Bíblicas
V. Opiniões sobre a Obrigatoriedade
I. Os Termos
A palavra hebraica sabbat significa descanso ou cessação',
provavelmente está relacionada à forma verbal sbt, que significa “trazer a un
fim". Aiguns estudiosos supoem que a idéa do sábado surgiu na Babilônia e
que o termo hebraico sabbat se relaciona à palavra acadiana (babilónica)
sahpattu, que fala do dia de lua cheia. Esta teoria perdeu aceitação em anos
recentes A palavra grega na Sectuaginta é a forma transliterada do hebraico
sabbaton, que pode significar especificamente o sábado ou pode referir-se a uma
semana inteira.
II. Caracterização Geral
O sétimo dia da semana era chamado de sábado e apenas esse dia
tinha um nome. Os outros eram designados por números. Não há registro de que o
sábado era observado na época patriarcal, embora o início “teolóico” esteja
relacionado à criação divina de todas as coisas e ao descanso de DEUS de seu
trabalho (Gên. 2.2). O início histórico na Bíblia é associado ao Pacto Mosaico.
Observar o sábado tornou-se o próprio sinal do Pacto Mosaico. Na teologia
hebraica, esse dia sagrado comemorava a criação original e a redenção de Israel
do Egito (Gên. 2.2; Êxo. 20.8,11; Deu. 5.15). No início era um dia de descanso,
mas gradativamente assumiu outro significado relativo à devoção e piedade. O
acúmulo de regras relacionadas ao sábado era sufocante na época de JESUS. O
descanso oferecia a oportunidade de engajamento em louvor, estudo e,
especialmente, na leitura das Escrituras. A sinagoga transformou o sábado em
seu dia sagrado mais importante. Ele se inicia na sexta-feira às 18:00 h e
perdura até o sábado, às 18:00 h. Em tempos modernos, a comemoração de modo
geral inicia-se mais tarde, para permitir às pessoas que trabalham uma chance
para chegar à casa de reuniões. As Escrituras são lidas, são pregados sermões e
oferecidas orações. Embora haja teorias diversas quanto às origens (ver a seção
III, a seguir), parece que essa era uma instituição exclusiva aos hebreus antes
de a idéia propagar-se a outros povos.
III. Teorias da Origem
Afirmações Não-bíblicas
1. Teoria planetária. Não há dúvida de que o desenvolvimento do
sábado teve relação com a semana, mas foi apenas no inicio da era cristã que os
nomes dos planetas passaram a ser associados com dias específicos. Chamar os
sete dias com os nomes dos sete planetas chegou tarde demais para ter alguma
relação com o sábado hebreu. Não há evidência de que tal dia tivesse alguma
coisa que ver com a veneração de um planeta, algo que seria contrário à
teologia hebraica. Nem há evidências de um “emprétimo hebraico” que tivesse
sofrido adaptaçõs para ajustar-se à sua cultura.
2. Teoria pambabilônica. Os tabletes cuneiformes babilónicos usam a
palavra shabatum para designar o 15º dia do mês, à hora da lua cheia, e tal dia
era considerado um dia de pacificação ou apaziguamento do seu deus
(presumivelmente o deus-chefe). Outros dias do mês, especificamente o 7º, o
14º, o 21º e o 28º (as fases da lua) eram considerados dias do mal ou do azar.
Nesses dias até mesmo o rei tinha sua vida limitada: ele não podia andar de
carruagem, comer carne assada em fogo, mudar de roupa ou discutir os negócios
do Estado. Sacrifícios eram oferecidos aos deuses para afastar acidentes e
reversões de fortuna. O épico babilónico Ertuna elish descreve esses e outros
particulares, e lembramos, aqui e ali, o relato bíblico da criação, mas as
diferenças são tão grandes que eliminam o possível apoio à teoria do
“empréstimo direto”.
3. Teoria da festa lunar. O sábado hebraico era originalmente um
antigo festival lunar? Alguns estudiosos acham que sim. A própria Bíblia
ocasionalmente associa o sábado à lua nova (II Reis 4.23; Isa. 1.13; Amós 8.5).
Um exame cuidadoso de Lev. 23.11.15 parece indicar que a palavra “sábado” pode
referir-se ao dia de Lua cheia. No paganismo, as fases da lua (lua nova, lua
cheia, meia-lua, lua minguante) eram comemoradas com sacrifícios e orações,
principalmente para afastar o mal. Os judeus tinham certos sábados fixos, que
caiam no dia de lua cheia, a saber a Páscoa, o banquete dos Tabernáculos e o
banquete de Purim. O sábado comum de todas as semanas, contudo, não era
vinculado à lua e às fases da lua. Alguns insistem que observações das fases
lunares, em um momento posterior, provocaram uma observação semanal que perdeu
as conexões lunares originais, mas não há nenhuma evidência que sustente tal
opinião.
Afirmações Bíblicas
1. O próprio DEUS deu origem ao sábado, o dia de descanso, para
comemorar seu descanso da atividade de criação (Gên. 2.2). Os conservadores
consideram a afirmação de Gênesis como o fim de todos os argumentos sobre a
origem do sábado. Os liberais e os críticos, contudo, acreditam que essa é uma
afirmação anacrônica que de fato repousava em eventos posteriores ocorridos na
época de Moisés. Nesse caso, a doutrina de que o próprio DEUS deu origem ao
sábado, imediatamente após a criação, é “idealista” e “teolóica”, não uma
doutrina históica. Os críicos destacam que o sábado não era observado na época
patriarcal.
2. O sábado iniciou como um sinal do Pacto Mosaico (Êxo. 19).
3. O sinal foi então transformado no quarto dos Dez Mandamentos (o
Decálogo). “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êxo. 20.8).
IV. Observações Bíblicas
Importantes observações bíblicas sobre o sábado são as que seguem.
O originador deste dia como o dia de descanso foi Elohim, o Poderoso DEUS
criador de todas as coisas (Gên. 2.2). A observação do sábado pelos homens,
imitando a DEUS, transformou-se em um sinal do Pacto Mosaico e no quarto dos
dez mandamentos (Êxo. cap. 19; 20.11). Embora originalmente fosse apenas um dia
de descanso, o sábado tornou-se dia sagrado (Êxo. 16.23). Ele passou a ser
associado a festas solenes, especialmente aquelas em dia de lua cheia (Amós
8.5; Osé. 2.13; Isa. 1.13). O dia era comemorado, provavelmente, como um dia de
louvor, adoração e oração (Lev 23.1-3). Aqueles que se recusavam a observar o
dia arriscavam possível apedrejamento até a morte (Núm. 15.32-36). Muitas vezes
a celebração do sábado tornou-se uma formalidade sem que estivesse associada a
isso qualquer fé religiosa sentida no coração. Tal degeneração foi denunciada
pelos profetas (Isa. 1.12,13). Houve abusos do dia e de suas exigências, abusos
que foram combatidos pelos profetas (Jer. 17.21, 22; Eze. 22.8). A assembléia
sagrada do sábado exigia que as ofertas diárias fossem dobradas (Núm. 28.9
ss.). A manutenção do dia tornou-se um sinal da lealdade de Israel a Yahweh (o
DEUS Eterno), como vemos em Isa. 56.2; 58.13; Eze. 20.12,21. O dia deveria ser
de deleito e felicidade, não um dia de obrigações infelizes (Núm. 10.10; Isa.
58.13; Osé. 2.11).
No período entre o Antigo e o Novo Testamento, ocorreu uma
radicalização na celebração do sábado. Na época dos macabeus, muitos preferiam
morrer a deixar de celebrar o sábado. Soldados recusavam-se a defender a si
mesmos e ao próprio povo naquele dia (I Macabeus 2.32-38; II Macabeus 6.11). A
tradição judaica posterior permitia que o dia deixasse de ser observado sob
circunstâncias de vida ou morte. Perigos que ameaçassem à vida poderiam ser
encarados de maneiras que violassem a manutenção da tradição sabática (Yoma
8.6). Mas nem todas as facções do judaísmo seguiram as diretrizes de
liberalização. Materiais encontrados no Qumran mostram que os fazendeiros não
podiam realizar no sábado atos que preservassem a vida de animais durante
parturições complicadas. Se a mãe ou sua cria morresse, o acontecimento era
considerado um ato de DEUS.
JESUS, que vinha de uma região liberal da Galiléia, entrou em
conflito direto com as autoridades judaicas por causa de sua aparente falha em
cumprir as regras do sábado. De fato, isto aconteceu seis vezes, de acordo com
os registros das Escrituras. Ver as referências a seguir: Mat. 12.1-4; 12.5;
12.8; João 5.1-18; 9.1-41; 9.40,41. A regra básica de JESUS era a de que o
homem não havia sido feito para o sábado, mas, sim, o sábado havia sido feito
para o homem (Mar. 2.27).
O ensinamento de Paulo era que, para o cristão, não há dias
especiais. Por outro lado, um cristão tem a liberdade de tornar um dia sagrado
se fizer isso “para o Senhor” (a fim de promover a espiritualidade), Rom.
14.1-6.
Depois do livro de Atos, a palavra sábado aparece apenas duas vezes
no Novo Testamento (Col. 2.16; Heb. 4.4). Nesses versíulos, o sábado não é
apresentado nem promovido como um dia que devesse ser celebrado, mas como um
dia como todos os outros que CRISTO dá àqueles que nEle acreditam.
V. Opiniões sobre a Obrigatoriedade
Batistas do setimo dia e adventistas do sétimo dia continuam a
celebrar o sábado no sétimo dia da semana. Outros cristãos o transformaram no
domingo, o primeiro dia da semana, ou seja, um “sábado cristão (se guardado por
alguém)”. Como em todas as polêmicas, devemos lembrar-nos de praticar o amor
cristã, que é o maior princípio moral e espiritual de todos. À parte de
qualquer obrigação de manter a celebração do sábado que alguém possa emprestar
do Antigo Testamento, Paulo informa-nos que é legitimo uma pessoa celebrar dias
especiais, se isso for de sua escolha. Por outro lado, a liberdade funciona de
outra forma: uma pessoa pode optar por considerar todos os dias iguais (Rom.
14.5,6; Col. 2.16; Gál. 4.10).
Em Defesa da Observação do Sábado
1. DEUS santificou o dia (Gên. 2.2).
2. O dia tornou-se um sinal do Pacto Mosaico e o quarto mandamento
(Êxo. 19; 20.11).
3. JESUS e a igreja inicial praticavam a celebração, como
demonstram várias referências das Escrituras em Atos. Ver Atos 2.46; 5.42;
9.20; 13.14; 14.1; 17.1,2,10; 18.4
4. A mudança do dia sagrado para o domingo fez parle da apostasia
inicial da igreja, particularmente da Igreja Católica Romana.
5. A celebração do dia não é legalista, pois foi estabelecida antes
da lei, por ato do próprio DEUS, que foi o primeiro a observar o sábado.
A Crítica à Celebração do Sábado
1. Gên. 2.2 não estabelece uma regra para os cristãos, ou tal regra
certamente teria sido reiterada no Novo Testamento de alguma forma óbvia e
definitiva. Os liberais e os críticos apontam essa referência como uma inserção
na história da criação, um fragmento anacrônico que foi emprestado da história
de Moisés e inserido no relato da origem das coisas.
2. O simples fato de que o sábado era o sinal do Pacto Mosaico
mostra que ele não pertence ao Novo Pacto. A celebração do sábado é uma forma
de legalização que Paulo refutou, pois os crentes não estão sob a lei (Rom.
6.14; Gál. 3.10-23).
3. Naturalmente, a igreja inicial, especialmente na Palestina,
celebrava o sábado, pois essa prática descendia das raizes judaicas. Houve um
período de transição da antiga à nova ordem das coisas. À medida que a igreja
se espalhava aos paises gentios, a celebração do sábado perdeu força e
praticamente desapareceu. Apo. 1.10 mostra que, mesmo na época dos apóstolos, o
domingo, dia do Senhor, substituía o sábado antigo. Ver sob Dia do Senhor,
4. Se uma mudança do sábado para o domingo como um dia especial
(seja ou não este considerado o “sábado cristão (se guardado por alguém)”) foi
um ato de apostasia, isso ocorreu muito antes da formação da Igreja Catóica
Romana. O Didache (150 d. C.), uma espécie de manual de ética e doutrina do
cristianismo inicial, fala sobre o domingo como o dia no qual os cristãos se
reuniam para o louvor e a oração. O mesmo é real sobre os escritos de Hipólito
(160 d. C.) e Clemente de Alexandria (200 d. C.).
5. Embora pareça correto falar sobre a celebração do sábado como
anterior à Lei, não sendo ela, portanto, uma prática legal, os versículos de
Rom. 14.5,6; Col. 2.16 e Gál. 4.10 parecem colocá-la em tal classe. A
celebração do sábado era de extrema importância para os hebreus, um verdadeiro
sine qua non da condição de ser hebreu/judeu; de fato, era o sinal do Pacto
Mosaico, e isso diz tudo. Algo tão importante assim dificilmente deixaria de
ser reforçado vigorosamente caso se esperasse que os cristãos devessem
celebrá-lo.
Quaisquer discussões desse tipo devem ser deixadas no Altar do
Amor, e não representar um teste de espiritualidade ou retidão. Muitos cristãos
judeus hoje continuam a observar uma variedade de festas e feriados judeus. Se
fizerem isso “para o Senhor”, com vistas a ampliar sua espiritualidade, não
devem ser criticados por aqueles que consideram todos os dias iguais. Por outro
lado, aqueles que não seguem tais celebraçõs (incluindo aqui o sábado) não
devem ser criticados. Certamente não merecem a designação de “hereges” ou
apóstatas. A verdadeira espiritualidade não reside em manter nem em ignorar o
sábado.
Russell Norman Champlin, Ph. D. - O Antigo testamento
Interpretado Versículo Por versículo - EDITORA HAGNOS - Rua Belarmino Cardoso
de Andrade, 108 Cidade Dutra - São Paulo - SP - CEP 04809-270 - 2001.
COMENTÁRIOS DE VÁRIOS AUTORES COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO Pr. Henrique
INTRODUÇÃO
O quarto mandamento é uma ponte que liga os mandamentos teológicos
com os mandamentos éticos. Os três primeiros preceitos do Decálogo dizem
respeito à responsabilidade do homem com o Criador; os demais falam sobre o
compromisso do homem com o seu próximo. A guarda do sábado fica entre esse dois
grupos, pois a lei é clara em mostrar seu caráter social e humanitário e também
sua função religiosa.
As controvérsias em torno deste mandamento se referem à sua
interpretação. O que acontece é que existe o sábado institucional e o sábado
legal, e quem não consegue separar estas duas instituições terminam
radicalizando indo aos extremos. Esse é o principal problema dos sabatistas da
atualidade, como os adventistas do sétimo dia. Todos os mandamentos do Decálogo
dependem de definições e de como aplicá-los na vida diária, e essas instruções
são dadas no próprio sistema mosaico. Mas as definições nem sempre são
conclusivas. Por exemplo, o que a Bíblia define como trabalho? O mandamento de
santificar o sábado é mais bem compreendido quando se analisa o propósito pelo
qual ele foi dado.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 61-62.
"Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias
trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu
DEUS. Não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem
o teu escravo, nem a tua escrava, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está
dentro das tuas portas. Pois em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e
tudo o que neles há, mas ao sétimo dia descansou. Por isso abençoou o Senhor o
dia de sábado, e o santificou".
Esse é o único mandamento que não se encontra repetido na nova
aliança. Esquadrinhando todo o Novo Testamento, não encontramos nenhum ensino
de JESUS ou dos apóstolos para santificarmos o dia sétimo mais do que qualquer
outro.
Todos os que ensinam que o sábado, o sétimo dia, deve ser
santificado por todos os cristãos, não guardam este dia da maneira como foi
ordenado. Os tais devem saber que a lei, ao mandar guardar ao sábado, também
diz como ele deve ser observado. Para guardar o sábado os israelitas recebem as
seguintes instruções:
1) não fazer nenhuma obra nesse dia, Êxodo 20.10;
2) trabalhar nos outros seis dias, v. 9;
3) não podiam apanhar lenha no dia de sábado; um homem achado
fazendo isso foi apedrejado até morrer, Números 15.32,36;
4) não acender fogo em casa, Êxodo 35.3;
5) sacrificar duas ovelhas em oferta de manjares todos os sábados,
Números 28.9,10.
Se os sabatistas querem insistir na guarda do sétimo dia, então
terão de guardá-lo conforme estes preceitos.
A lei exigia que toda comida fosse preparada na véspera do sábado,
e este dia era conhecido no tempo de JESUS como "o dia da
preparação", assim mencionado nos Evangelhos. Os judeus que guardam a
letra da lei, nem sequer acendem luz elétrica no sábado, porque seria acender
lume. E se nós estamos vivendo sob a lei, devemos obedecer aos mandamentos em
todos os preceitos.
Mas graças a DEUS que não vivemos sob a lei, mas sob a graça da
nova aliança, e por isso não estamos obrigados a guardar um dia mais do que
outro. Em Romanos 14.5,6 o apóstolo escreve: "Um faz diferença entre dia e
dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro
em seu próprio ânimo. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. O que
come para o Senhor come, porque dá graças a DEUS; e o que não come para o
Senhor não come e dá graças a DEUS".
A doutrina dos que guardam o sábado corresponde com esta? Não,
porque dizem que o sábado tem de ser guardado sobre todos os outros dias. Negam
assim o privilégio de cada um decidir por si mesmo a esse respeito, privilégio
que é parte da gloriosa liberdade dos filhos de DEUS.
Muito se ensina no Novo Testamento acerca do primeiro dia, o do
Senhor, mas à luz de Romanos 14.4-6, entendemos que a questão de guardar um dia
mais do que a outro não era obrigação, mas opção na primitiva igreja. O dia do
Senhor, ou o primeiro dia, era guardado tendo por motivo o amor, e não a lei.
Se alguém arguir que JESUS guardava o sábado de Moisés, replico:
tinha de fazer assim, visto que veio sob a lei e guardou todos os mandamentos
de seu Pai para os judeus; porém, ao estabelecer a nova aliança, não nos deixou
nenhum mandamento a respeito do sábado, exceto o que já mencionamos em Romanos
14 e em Hebreus 10.25, onde diz: "Não deixando a nossa congregação, como é
costume de alguns; antes, admoestemo-nos uns aos outros; e tanto mais quanto
vedes que se vai aproximando aquele Dia". Somos ensinados acerca das
reuniões, mas o dia para realizá-las fica à nossa escolha.
Abraão de Almeida. O Sábado, a Lei e a Graça. Editora CPAD.
I. O SÁBADO DA CRIAÇÃO
1. O SHABAT.
O substantivo hebraico shabbat, "sábado", ou sábbaton, em
grego, "sábado, semana", indica no calendário de Israel o sétimo dia
da semana marcado pelo descanso do trabalho para cerimônias religiosas
especiais, além de significar um período de sete dias, uma semana (BAUER, 2000,
p. 909). O termo shabbãtôn significa "sabatismo, guarda ou observância do
sábado", pois a desinência -ôn é característica de substantivo abstrato.
Ele aparece no relato da criação: "E, havendo DEUS acabado no dia sétimo a
sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que
tinha feito.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 62.
Os Termos
A palavra hebraica sabbat significa descanso ou cessação;
provavelmente está relacionada à forma verbal sbt, que significa “trazer a um
fim”. A palavra grega na Septuaginta é a forma transliterada do hebraico
sabbaton, que pode significar especificamente o sábado ou pode referir-se a uma
semana inteira.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 2.
SÁBADO. (cessação, descanso', LXX, sábado, semana). O dia da semana
de descanso e adoração dos hebreus, que era observado no sétimo dia da semana,
começando ao por do sol na sexta-feira e terminando ao por do sol no sábado.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura
Cristã. Vol. 6. pag. 266.
Gn 2.2 E havendo DEUS terminado no dia sétimo a sua obra...
descansou.
Gên. 2.1-3 Os estudiosos conservadores aceitam o texto conforme ele
está escrito, pensando em uma genuína instituição divina do sábado, após a obra
da criação. A versão siríaca diz aqui “no sexto” dia, mas não há razão para
supormos que “sétimo” não seja o texto correto, sendo esse o texto padrão
hebraico, como também o texto mais difícil. Os escribas, com freqüência,
alteravam os textos difíceis para torná-los mais fáceis ou aceitáveis, mas
dificilmente faziam o contrário. Talvez o autor sacro pensasse que a
instituição do sábado foi o real encerramento das obras da criação.
“A narrativa da criação, vista através dos olhos da nova nação de
Israel, nos dias de Moisés, reveste-se de grande significação teológica. Dentre
o caos e as trevas do mundo pagão, DEUS tirou o Seu povo, ensinando-lhes a
verdade, garantindo-lhes a vitória sobre todo poder dos céus e da terra,
comissionando-os para serem Seus representantes e prometendo-lhes descanso
teocrático. E isso, igualmente, haveria de encorajar crentes de todos os
séculos” (Allen P. Ross, in loc.).
A instituição do sábado sugere a legislação mosaica que haveria de
seguir-se, bem como todos os privilégios de Israel como nação que haveria de
ensinar a todas as demais nações.
Descansou. Não a fim de sugerir que o Ser Supremo pode ficar
cansado, pois temos aqui uma declaração antropomórfica que diz respeito à
cessação de atividades. Simbolicamente falando, o sábado foi uma obra de
redenção, porquanto retrata o descanso após o pecado e a aceitação, como filho,
na casa do Pai, Mas nesse sétimo dia não houve mais atividade criativa.
Gn 2.3 E abençoou DEUS o dia sétimo, e o santificou. Os eruditos
conservadores, crendo na autoria mosaica do Gênesis, supõem que ele soube da
instituição divina do sábado mediante inspiração, e que isso serviu de
apropriado clímax da criação original.
O sábado era a grande instituição da fé do povo hebreu. A
legislação mosaica lhes dera suas instituições, ritos e crenças, mas nada era
mais importante do que o sábado. Os críticos pensam que a exaltada natureza do
sábado tenha sido uma das conseqüências do exílio babilônico, mas sem dúvida
temos aí uma apreciação exagerada. O sábado, desde os tempos mais remotos,
serviu sempre como sinal mais decisivo para quem era hebreu ou judeu. Como é
claro, havia outros sinais, incluindo a circuncisão (Gên, 17.10), e,
naturalmente, as grandes provisões da própria lei mosaica.
As Razões da Separação. O autor sagrado apresenta várias delas no
tocante à história da criação: a luz foi separada das trevas (1.14); as águas
das águas (1.6); as águas de cima do firmamento das águas de baixo (1.9); as
espécies foram separadas umas das outras, e não mediante evolução (1.11,20). O
sábado separou um tempo de outro, o tempo devotado ao trabalho, do tempo
devotado ao descanso e ao serviço e adoração a DEUS. Em tempos posteriores, o
santuário divino serviu de meio de separar o sagrado do profano, o divino do
humano.
DEUS Santificou o Sábado. Nesta oportunidade não ficou esclarecido
como o sábado seria expresso e obedecido. Mas as instituições posteriores dos
hebreus nos dão informações. A adoração a DEUS era frisada no dia de sábado,
quando então havia culto ao Senhor. Tal como o sábado é separado para ser
observado pelo homem, assim também o homem é separado para DEUS.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 21.
2. DEUS CONCLUIU A CRIAÇÃO NO DIA SÉTIMO.
E abençoou DEUS o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou
de toda a sua obra, que DEUS criara e fizera" (Gn 2.2, 3).
DEUS celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o
santificou. Gênesis é o livro das origens de todas as coisas, dos céus e da
terra, do homem e do pecado, do sacrifício e da promessa de redenção, do
casamento, da família, das nações, das línguas, da nação de Israel, do sábado e
da semana. O sábado e a semana tiveram a sua origem em DEUS. A divisão
hebdomadária (Referente a semana, semanária) do tempo aparece desde os dias
pré-diluvianos e no período patriarcal (Gn 7.4, 10; 8.10, 12; 29.27, 28). Mas a
semana na Mesopotâmia seguia as fases da lua, por isso nem sempre o sábado
coincidia com o sétimo dia. A semana dos egípcios era de dez dias.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 62-63.
O quarto mandamento (Êx 20.8-11), embora claramente um elemento
integral dos quatro primeiros — aqueles pertencentes à pessoa, à natureza e à
adoração do Senhor — é uma transição para os seis restantes no fato de que tem
que ver com o tratamento dos seres humanos, especialmente no relacionamento
deles com o dia de descanso. Este é antecipado pela narrativa da criação, que
declara: “No sétimo dia DEUS já havia concluído a obra que realizara, e nesse
dia descansou. Abençoou DEUS o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou
de toda a obra que realizara na criação” (Gn 2.2,3). Para DEUS, o descanso não
representava (e não representa) que ele se recuperaria da exaustão do labor,
mas simplesmente que pararia o que estivera fazendo (hebraico, sbt). Ele, ao abençoar
o dia, celebrou a obra de criação terminada, acrescentando a ela, por assim
dizer, seu amém de aprovação.
Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora
Shedd Publicações. pag. 332-333.
O Dia do SANTO Descanso (2.1-3)
Os primeiros três versículos deste capítulo pertencem
apropriadamente ao conteúdo do capítulo 1, visto que trata do sétimo dia na
série da criação. Durante seis dias, DEUS esteve criando e formando a matéria
inorgânica, as plantas, os animais e o homem. De certo modo, tudo isso ocupa e
está relacionado com o espaço. O homem recebeu a ordem específica de sujeitar o
que se encontrava no âmbito espacial. DEUS inspecionou tudo e considerou muito
bom; Ele concluiu tudo que quis criar. Certos rabinos antigos ficaram
aborrecidos porque pensaram ter visto aqui uma indicação de que DEUS trabalhara
no sábado. O rabino Rashi declarou que o que faltava para o mundo era descanso,
e assim o último ato de DEUS foi a criação do Sábado, no qual há quietude e
repouso.
George Herbert
Livingston, B.D., Ph.D. Comentário Bíblico Beacon. Gênesis.
Vol.1. pag. 34-35.
3. A BÊNÇÃO DE DEUS SOBRE SÉTIMO DIA.
DEUS abençoou e santificou o sétimo dia como um repouso contínuo, a
dispensação da inocência, interrompido por causa do pecado. Agostinho de Hipona
lembra que não houve tarde no dia sétimo, pois DEUS o santificou para que ele
permanecesse para sempre: "Ora o sétimo dia não tem crepúsculo. Não possui
ocaso porque Vós o santificastes para permanecer eternamente" [Confissões,
Livro XIII.36). Adão e Eva viveram esse repouso durante a inocência até a
Queda: "Foi o princípio e o tipo de repouso ao que a criação, depois que
caiu da comunhão com DEUS pelo pecado do homem, recebeu a promessa de que uma
vez mais seria restaurada pela redenção, em sua consumação final" (KEIL
& DELITZSCH, tomo 1, 2008, p. 41). O sábado da criação aponta para o
descanso de DEUS para o mundo inteiro no fim dos tempos: "Portanto, resta
ainda um repouso para o povo de DEUS" (Hb 4.9).
O sábado legal não foi instituído aqui. Isso só aconteceu com a
promulgação da lei. O sétimo dia é o fundamento da guarda do sábado dada aos
israelitas, visto que este dia foi santificado desde o princípio do mundo. O
sábado institucional é para toda a humanidade e por isso DEUS o santificou
antes de estabelecê-lo como mandamento para Israel. "A santificação do
sábado institui uma ordem para a humanidade segundo a qual o tempo é dividido
em tempo e tempo sagrado... Por santificar o sétimo dia, DEUS instituiu uma
polaridade entre o dia a dia e o solene, entre dias de trabalho e dias de
descanso, a qual deveria ser determinante para a existência humana"
(WESTERMANN, 1994, p. 171). O sábado institucional não é necessariamente o
sétimo dia da semana, mas um a cada seis dias.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 65-66.
Gn 2 .3 - O fato de DEUS ter abençoado o sétimo dia significa que
Ele o separou para uso santo. Este ato é encontrado nos Dez Mandamentos (Èx
20.1 -17), no qual DEUS ordenou a observância do sábado. Quanto ao ensino do
sábado no NT, ler as seguintes passagens: Mateus 12.8; Colossenses 2.16.
Consideremos, ainda, que o sábado, no AT, prefigurava o repouso que todos
encontramos em CRISTO JESUS (Hb 4.1-11).
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. pag. 7.
Gn 2.3 afirma que DEUS "santificou" ou colocou à parte o
dia de sábado porque ele descansou nesse dia. Mais tarde, na lei mosaica, o
sábado foi colocado à parte como dia de culto (veja Êx 20.8). Hebreus 4.4
distingue entre o descanso físico e o descanso redentor para o qual o primeiro
apontava. Está claro em Cl 2.16 que o sábado" de Moisés não possui lugar
simbólico ou ritual na nova aliança. A igreja começou a realizar cultos no
primeiro dia da semana para celebrar a ressurreição de CRISTO (At 20.7).
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil.
pag. 19.
II. O SÁBADO INSTITUCIONAL
1. DESDE A CRIAÇÃO.
Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. DEUS
completou a sua obra da criação no sétimo dia. Duas vezes o texto sagrado
declara que DEUS "descansou" ou seja, cessou, esse é o significado do
verbo hebraico usado aqui, shãbat, cessar, desistir, descansar" (Gn 8.22;
Jó 32.1; Ez 16.41). Descansar é sinônimo de cessar de criar. Esse repouso
indica a obra concluída e não ociosidade, pois DEUS não pára nem se cansa (Is
40.28; Jo 5.17). Ele continua sustentando todas as coisas pela palavra do seu
poder (Hb 1.3). O Senhor JESUS também assentou-se à destra de DEUS depois de
concluir a obra da redenção (Hb 8.1; 10.12). A expressão "acabado no
sétimo dia” parece indicar que houve mais alguma atividade de DEUS na criação
nesse dia. É o que pensam muitos expositores da atualidade. DEUS terminou a sua
obra no dia sexto: segundo a Septuaginta, en tê hêméra tê hektê, "no dia
sexto", e também no Pentateuco Samaritano, bayyôm hashishi, "no dia
sexto". A Peshita segue também essa linha, mas tudo indica que se trata de
alguma emenda deliberada. Segundo Umberto Cassuto, um estudo cuidadoso desse
versículo mostra que "sétimo dia" é a forma correta (1998, p. 61).
O substantivo hebraico shabbat, "o dia de sábado", não
aparece aqui; sua primeira ocorrência acontece no relato do maná (Êx 16.23).
Mas este termo vem da raiz do verbo "descansar", shãbat. Foram
descobertos tabletes em que revelam o shabatu, como os dias 7o, 14°, 21° e 28°,
que segundo o registro dessas inscrições ocupavam espaço destacado no
calendário mesopotâmio. Neles havia restrições a diversos tipos de trabalho, já
que o dia era dedicado aos deuses (TENNEY, vol. 5, 2008, p. 267). O sábado dos
israelitas era o dia de descanso reservado a cada seis dias de trabalho para
todo o povo; entretanto, o shabatu era computado com base nas quatro fases da
lua.
Há muitas discussões sobre a relação do shabatum com o sábado dos
israelitas, e Umberto Cassuto explica o que está por trás de tudo isso. Os
críticos liberais insistem em afirmar que os israelitas copiaram o sábado dos
mesopotâmios e com isso querem associar o sábado de Israel com as quatro fases
da lua. Cassuto questiona a existência da proibição de trabalho nos dias 7º,
14º, 21º e 28º do mês do luna na Babilônia e na Assíria. Segundo esse autor, o
pensamento da Torá é justamente o oposto ao sistema babilônico e desvincula
completamente o sábado da adoração aos astros: "O dia de sábado de Israel
não será como o sábado das nações pagãs; não será o dia da lua cheia, ou outro
dia conectado com as fases da lua, nem ligado, em conseqüência, com a adoração
da lua, mas será o sétimo dia" (1998, p. 68). É um sábado completamente
desassociado de sinais nos céus, das hostes celestiais e de qualquer conceito
astrológico, "mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu DEUS" (Êx
20.10). Assim, o propósito da omissão do termo hebraico shabbat,
"sábado", no relato da criação é evitar sua identificação com o
shabatu dos mesopotâmios.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 63-65.
O contexto desta passagem e de outras similares neste capítulo
refere-se a Gênesis 2.1-3, que diz: “Assim, os céus e a terra, e todo o seu
exército foram acabados. E, havendo DEUS acabado no dia sétimo a sua obra, que
tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E
abençoou DEUS o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua
obra, que DEUS criara e fizera”. “A criação, tanto de céus e terra e do mundo
espiritual, é atual também no primeiro capítulo da Bíblia. DEUS criou: ‘céus e
terra’. O céu e a terra com todo o seu exército é mencionado em Gênesis 2.1 —
Exército, aqui, é tsebaam, de tsaba, que significa ‘avançar como soldado’
(Gesenius, erudito hebreu do século XIX), ou ‘andar juntos para serviço’
(Furst); o termo é usado, portanto, acerca dos anjos (I Rs 22.19; 2 Cr 18.18;
SI 148.2; Lc 2.13). Refere-se também aos corpos celestes e aos poderes do céu
(Is 34.4; Dn 8.10; Mt 24.29). Na criação original mencionada nos capítulos 1 e
2 de Gênesis, está incluído o ‘céu e a terra’, o espiritual com seus anjos. São
eles as personalidades criadas no mundo espiritual (Nm 9.6), os seres e as
coisas e a raça humana no mundo material (Mc 10.6)”. DEUS, portanto, deixando o
exemplo às suas criaturas, instituiu um dia para o descanso e “... ao sétimo
dia, descansou, e restaurou-se” (Ex 31.17).
Severino Pedro Da Silva. Epistola aos Hebreus coisas novas e
grandes que DEUS preparou para você. Editora CPAD. pag. 68-69.
Heb 4.8-10 O verdadeiro descanso de DEUS não veio por meio de Josué
ou Moisés, mas por meio de JESUS CRISTO, que é maior cio que ambos. Josué levou
a nação de Israel à terra do seu descanso prometido (veja Js 21.43-45). No
entanto, esse foi simplesmente o descanso terreno que era apenas a sombra do
que eslava envolvido no descanso celestial. O fato de que, segundo o Sl 95,
DEUS ainda estava oferecendo o seu descanso no tempo de Davi (muito tempo
depois de Israel ter se estabelecido na Terra Prometida) significava que o
descanso oferecido era espiritual — superior ao que Josué havia obtido. O
descanso terreno de Israel foi repleto de ataques de inimigos e consistiu no
ciclo diário de trabalho. O descanso celestial é caracterizado pela plenitude
ria promessa celestial (Ef 1.3) e pela ausência de qualquer trabalho para
obtê-lo.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil.
pag. 1694.
2. NÃO ERA MANDAMENTO.
O sétimo dia da criação não era mandamento, mas revela a
necessidade natural do descanso de toda natureza, homem, animal, máquina,
agricultura. O repouso noturno de cada dia não é suficiente para isso. DEUS
abençoou e santificou esse dia não somente para comemorar a obra da criação,
mas para que nesse dia todos cessem o trabalho tendo em vista o descanso físico
e mental e também o culto de adoração a DEUS. É importante que todos os seres
humanos possam refletir que o universo foi criado por um DEUS pessoal,
Todo-poderoso, sábio e transcendente, que planejou todas as coisas que foram
criadas. Parece que esse dia foi logo esquecido pelo gênero humano, mas há
resquício dele em muitos povos da antiguidade.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 63-65.
Afirmações Bíblicas
1. O próprio DEUS deu origem ao sábado, o dia de descanso, para
comemorar seu descanso da atividade de criação (Gên. 2.2). Os conservadores
consideram a afirmação de Gênesis como o fim de todos os argumentos sobre a
origem do sábado. Os liberais e os críticos, contudo, acreditam que essa é uma
afirmação anacrônica que de fato repousava em eventos posteriores ocorridos na
época de Moisés. Nesse caso, a doutrina de que o próprio DEUS deu origem ao
sábado, imediatamente após a criação, é “idealista” e “teológica”, não uma
doutrina histórica. Os críticos destacam que o sábado não era observado na
época patriarcal.
2. O sábado iniciou como um sinal do Pacto Mosaico.
3. O sinal foi então transformado no quarto dos Dez Mandamentos (o
Decálogo). “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êxo. 20.8).
Observações Bíblicas
Importantes observações bíblicas sobre o sábado são as que seguem.
O originador deste dia como o dia de descanso foi Elohim, o Poderoso DEUS
universal e criador de todas as coisas (Gên. 2.2). A observação do sábado pelos
homens, imitando a DEUS, transformou-se no sinal, no Pacto Mosaico e no quarto
dos dez mandamentos (Êxo. cap. 19; 20.11). Embora originalmente fosse apenas um
dia de descanso, o sábado tomou-se dia sagrado (Êxo. 16.23). Ele passou a ser
associado a festas solenes, especialmente aquelas em dia de lua cheia (Amós
8.5; Osé. 2.13; Isa. 1.13). O dia era comemorado, provavelmente, como um dia de
louvor, adoração e oração (Lev. 23.1-3).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 6. pag. 2-3.
O quarto mandamento em si não tem a pretensão de ser a primeira
promulgação do sábado. Suas palavras introdutórias, “Lembra-te do dia de
sábado” (Ex 20.8), sugere que o sábado já era conhecido, mas foi esquecido ou
era negligenciado. O motivo dado no mandamento para a santificação do
sábado foi o exemplo de DEUS ao terminar sua criação (20.9-11). O
mandamento apontava para o passado, para a instituição original do sábado.
O quarto mandamento fez do sábado uma instituição distintamente
hebraica. Fez parte integral da aliança que DEUS fez no Sinai com Israel. A
aliança consistiu dos “dez mandamentos” proclamados pelo próprio Senhor no
monte (Dt 4.13; 5.2-21). O quarto mandamento tem uma posição central nesta
aliança, servindo como uma ponte de ligação entre aqueles mandamentos que têm a
ver com obrigações para com DEUS e para com o homem.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura
Cristã. Vol. 6. pag. 269.
3. OS PATRIARCAS NÃO GUARDARAM O SÁBADO.
O livro de Gênesis não menciona os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó
observando o sábado. Segundo Justino, o Mártir, Abraão e seus descendentes até
o Sinai agradaram a DEUS sem o sábado (Diálogo com Trifão 19.5). Irineu de Lião
diz que Abraão, "sem circuncisão e sem observância do sábado, acreditou em
DEUS e lhe foi imputado a justiça e foi chamado amigo de DEUS" (Contra as
Heresias, Livro IV, 16.2). O sábado institucional não era mandamento nem havia
imposição sobre a sua observância; talvez, seja essa a razão de aos poucos ter
caído no esquecimento. A linguagem do quarto mandamento "Lembra-te do dia
de sábado" (Êx 20.8) reforça a ideia de que não se trata de uma
instituição nova, mas existente desde a criação.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 68.
A palavra grega por detrás desse vocábulo é uma combinação de
pater, «pai», e archés, «cabeça», «chefe». Os patriarcas bíblicos são aqueles
que são considerados os fundadores da raça humana, Adão e Noé (este último
através de seus três filhos, Sem, Cão e Jafé; ver Gên. 10); ou então aqueles
que foram cabeças ou fundadores das doze tribos de Israel. O vocábulo também é
aplicado a Abraão, no Novo Testamento, em Heb. 7:4, por ser ele o fundador
(progenitor) da nação hebreia, sendo também o pai dos homens espirituais,
tanto judeus quanto gentios, que sigam com seriedade a vereda espiritual. Os
filhos de Jacó são chamados «patriarcas» em Atos 7:8,9 e Davi é denominado
desse modo, em Atos 2:29. O período patriarcal é aquele período de tempo da
formação da nação hebreia, antes da época de Moisés.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 5. Editora Hagnos. pag. 112.
III. O SÁBADO LEGAL
1. SIGNIFICADO.
O sábado legal é exclusividade dos israelitas e nenhum povo da
terra recebeu tal responsabilidade, nem mesmo a Igreja (Êx 31.13-17). A
adoração no tabemáculo acontecia semanalmente e isso justifica a instrução da
lei do sábado na presente seção que aborda a ordem do culto e demais serviços
no tabemáculo. O tema do sábado havia sido tratado por ocasião do maná (Êx
16.23-30) e no quarto mandamento (Êx 20.8-11); no entanto, Javé retoma o
assunto aqui para que o presente preceito seja observado de maneira apropriada.
A observância do sábado legal é perpétua, sob pena de morte para
quem violar (vv. 14-6) e isso por se tratar de um sinal entre Javé e Israel (Êx
31.13, 17). Não é mandamento para todos os povos nem para a Igreja. É o segundo
sinal para os israelitas, que já tinham a circuncisão como primeiro sinal desse
concerto (Gn 17.10-14). Ao longo dos séculos, os judeus trataram esses dois
preceitos com a mesma atenção. O Decálogo registrado em Deuteronômio apresenta
o sábado como memorial da saída dos israelitas do Egito: "Porque te
lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu DEUS, te tirou
dali com mão forte e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu DEUS, te ordenou
que guardasses o dia de sábado" (Dt 5.15). O sábado legal é mandamento exclusivo
para o povo de Israel.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 68-69.
Êxo 31.12,13 Todos os sábados ou descansos faziam parte da
legislação sabática, com propósitos comuns. Esses sábados, como uma unidade,
tornaram-se o sinal do pacto mosaico ( Êxo. 19.1).
O sábado, antecipado pela tradição sacerdotal (Êxo. 16.22-30), é
aqui formalmente instituído no Sinai”. Mas já vimos isso confirmado de maneira
formal em Êxo. 20.8,9.
Ό sábado era um sinal (vss. 13,17) do pacto que fez de Israel uma
teocracia. Era um teste da consagração da nação a DEUS; se não fosse mantido
santo, a consequência seria a morte... Esse mandamento, declarado no decálogo
(Êxo. 20.8), estava baseado no fato de que DEUS descansou, terminada a Sua obra
de criação, em seis dias (Êxo. 31.17)... O sábado assinalava Israel como o povo
de DEUS. A observância do sábado mostrava que os israelitas foram separados
(isto é, santificados) para DEUS” (John D. Hannah, in loc.).
Nas vossas gerações. Os hebreus não antecipavam o fim de seus
ritos, leis e cerimônias. Por isso, no tocante ao tabernáculo, por todo o tempo
achamos a insistência de que tudo fosse observado de maneira perpétua.
O sinal da circuncisão era menos distintivo, pois muitas nações
praticavam-na. Mas o sábado semanal foi uma criação distintivamente judaica,
pelo que servia muito bem de sinal.
Êxo 31.17 É sinal para sempre. Conforme foi dito e anotado no vs.
13. Aqui a alusão é a como Yahweh deu um sinal, por ocasião da criação. Elohim
trabalhou durante seis dias, e, então, descansou ao sétimo. A lei do sábado
remonta àquela ocasião, como um precedente bíblico (ver Gên. 2.2,3), e agora
tomava-se o sinal do pacto mosaico. Foi assim que o sinal original tomou-se um
novo sinal. A teocracia foi estabelecida com base nesse sinal. Ele separou para
Si mesmo um povo santo.
Uma relação especial entre DEUS e o Seu povo era inerente e
potencial desde a criação. E agora essa potencialidade era aplicada ao pacto
mosaico. A lei da criação serviu de raiz do que agora acontecia. Havia a raiz e
o tronco da árvore, e ambas as coisas demandavam a lei do sábado. Nisso era
pre- visto o bendito descanso final, a bem-aventurança do céu. Ver Heb.
4.1,3-5,8-11. O verdadeiro descanso espiritual, em CRISTO, é espiritual em sua
realização, que se dá na salvação da alma.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.
DEUS dissera a Moisés que o sábado era um sinal (17; cf. 13) entre
mim e os filhos de Israel. O primeiro sinal dado a Israel foi a circuncisão;
agora, DEUS adiciona o sinal do sábado como marca distintiva do seu povo. Este
sinal do sábado distinguia Israel das outras nações mais que a circuncisão,
porque “nenhuma outra nação jamais o adotou.
Persistiu nos tempos romanos a marca e insígnia do judeu”.
Tornou-se um “vínculo sacramental” entre Israel e DEUS. Nas vossas gerações
(13; cf. 16) significa “por todos os séculos” (Moffatt; cf. NTLH).
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Êxodo. Editora CPAD.
pag. 224.
Êxo 31.13. Certamente guardareis os meus sábados, pois é sinal.
Aqui o descanso semanal é revestido de significado especial por ser um sinal
(como os pães asmos, 13:9) entre DEUS e Israel, uma lembrança de seu
relacionamento especial com DEUS. Para Israel, a circuncisão era o grande
“sinal da aliança” feita com seu ancestral Abraão (Gn 17:11). Tal como a
circuncisão, o sábado parece ter sido observado até certo ponto em outras
nações semitas (pelo menos como um “ dia azarado” para negócios e por isso
evitado): apenas em Israel, entretanto, segundo se sabe, ele possui este
significado religioso especial. Talvez a ordem com respeito ao sábado apareça
aqui para lembrar que, mesmo na construção do Tabernáculo, o sábado deveria ser
observado (segundo Hyatt).
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora
Vida Nova. pag. 204.
Gn 17.11 “Mediante esse símbolo, DEUS impressionou-os com a
impureza da natureza e com a dependência a DEUS para a produção de toda forma
de vida. Eles deveriam reconhecer e lembrar que: a) toda impureza nativa deve
ser rejeitada, sobretudo no casamento; b) a natureza humana é incapaz de gerar
a semente prometida. Os israelitas que se recusassem a deixar-se cortar
fisicamente desse modo, seriam cortados (separados) dentre o povo (vs. 14), por
motivo de desobediência ao mandamento de DEUS” (Allen P. Ross, in loc.). E
assim, essa operação tornou-se emblema de separação pessoal e de distinção
entre aqueles que pertenciam e aqueles que não pertenciam ao pacto. O termo é
usado em sentido metafórico em Deuteronômio 30.6, onde lemos sobre corações
circuncisos. Paulo usou essa metáfora (Rom. 2.28,29; cf. Rom. 4.11). A
incredulidade é como ter o coração incircunciso (Jer. 9.26; Eze. 44.7-9).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 128.
E será um sinal. leoth, por um sinal das coisas espirituais, pois a
circuncisão feita na carne foi projetada para significar a purificação do
coração de toda a injustiça, como DEUS mostrou particularmente na própria lei.
Veja Deuteronômio 10:16, ver também;Romanos 2:25-29; 2:11.
ADAM CLARKE. Comentário Bíblico de Adam Clarke.
2. O SÁBADO DO DECÁLOGO.
O versículo 8 introduz o mandamento positivo que impõe a obrigação
de santificar o sábado, e o versículo 9 fala sobre a obrigação de trabalhar
seis dias. Isso se repete no sistema mosaico (Êx23.12; 31.13-17; 34.21; Lv
23.3), mas aqui aparece também a formulação negativa. Quando Moisés no seu
discurso em Deuteronômio repete o Decálogo substitui o verbo hebraico usado
para "lembrar" zãchor,n "recordar, lembrar", por outro,
"guardar", shãmôr, "guardar, cuidar, vigiar", quando diz:
"Guarda o dia de sábado" (Dt 5.12). Os dois verbos estão no
infinitivo absoluto, que tem função de um forte imperativo, bastante comum em
leis e mais próximo de um futuro cominatório, ameaçador. O propósito do uso
deste verbo "lembrar" aqui em Êxodo é manter o sábado como dia santo.
Isso mostra que o povo já conhecia esse dia, mas parece que a sua observância
não era levada a sério antes da revelação do Sinai. As palavras "como te
ordenou o SENHOR, teu DEUS" (Dt 5.12b) não aparecem em Êxodo e são uma
referência ao Sinai, quando a lei foi promulgada, visto que Moisés está
relatando um fato acontecido no passado.
Fica evidente que houve um sábado antes da promulgação da lei.
Muitos acreditam que o verbo "lembrar" se refere ao relato do maná no
deserto (Êx 16.22-30). Isto fica claro pelo fato de que "a maneira
incidental em que a matéria é introduzida e a repreensão do Senhor pela
desobediência do povo sugerem que o sábado já era previamente conhecido"
(TENNEY, vol. 5, 2008, p. 267). No entanto, segundo o rabino Benno Jacob,
"lembrar" aqui não tem conotação de "não esquecer", como
aconteceu com o evento do maná, mas de um "memorial do passado para
estabelecer um relacionamento especial para o futuro" (1992, p. 563).
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 67.
Êxo 20.8. Lembra-te do dia de sábado. Compare 16:23,26.
Se quisermos descobrir uma forma negativa para este mandamento, por
amor à coerência, ela se encontra no versículo 10, “ não farás nenhum trabalho”
. Deuteronômio 5:12 é bem semelhante ao versículo 8, embora empregue “ guardar”
em lugar de “ lembrar” . Por outro lado, a razão apresentada em Deuteronômio
para a observância do sábado é completamente diferente (versículo 11).
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora
Vida Nova. pag. 151.
Lembrando o sábado, a fim de mantê-lo santo. O sábado era um dia de
descanso e de observâncias espirituais. Se Paulo admitia que podemos observar
dias especiais, ele jamais obrigou outros cristãos a fazerem o mesmo. A Igreja,
ou suas várias denominações, têm o direito de observar o domingo como se fosse
um sábado ou descanso, embora não haja muito para recomendar essa
circunstância, sobretudo se isso for feito em uma atitude legalista. É
elogiável que a Igreja tenha dedicado um dia da semana (o domingo) para
adoração e culto religiosos especiais, comemorando a ressurreição de CRISTO.
Mas isso não transforma o domingo em um “sábado cristão (se guardado por
alguém)”.
A primeira espiritualização do versículo à nossa frente consistiu
em afirmar enfaticamente a necessidade que temos de observâncias religiosas
comunais, em um esforço grupal como uma igreja ou uma denominação, visando a
honrar a DEUS com o nosso tempo, de maneira sistemática e planejada. É bom
observarmos pelo menos um dia por semana para essa finalidade e para descansar
do trabalho secular.
O sábado foi instituído antes da lei mosaica. Ver Gên. 2.3.
Os reformadores do século XVI, ao ab-rogarem teologicamente o
sábado, substituíram-no pelo domingo; mas fizeram deste um sábado para todos os
propósitos práticos. A medida pode ter sido prática, mas não exibiu uma boa
teologia. O sábado é uma contribuição distinta da religião dos hebreus. Era o
sinal do pacto mosaico. Mas, sob a graça, na qual estamos, não há qualquer
necessidade desse sinal, pelo que não há nenhum preceito ou exemplo de guarda
do sábado por parte da Igreja cristã.
A desobediência a esse quarto mandamento traria juízo contra os
israelitas desobedientes, a saber, a punição capital.
Para o santificar. Em outras palavras, como um descanso santificado
(Êxo. 16.23), em que os israelitas deveriam aproveitar a oportunidade para
dedicarem-se ao culto e ao serviço religiosos. A provisão principal era o
descanso, e podemos presumir que eles aproveitavam o ensejo para finalidades
religiosas. Posteriormente, na sinagoga, sem dúvida assim acontecia. Ver também
Êxo. 20.11; 23.12 e Deu. 5.14,15.
Tipo. O descanso do sábado era tipo do futuro descanso do crente,
em JESUS CRISTO, ou seja, a salvação eterna. Ver Heb. 4.1,3-5,8-11.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 391-392.
O quarto mandamento do Decálogo. O quarto mandamento em si não tem
a pretensão de ser a primeira promulgação do sábado. Suas palavras
introdutórias, “Lembra-te do dia de sábado” (Ex 20.8), sugere que o sábado já
era conhecido, mas foi esquecido ou era negligenciado. O motivo dado no
mandamento para a santificação do sábado foi o exemplo de DEUS
ao terminar sua criação (20.9-11). O mandamento apontou de volta para a
instituição original do sábado.
O quarto mandamento fez do sábado uma instituição distintamente
hebraica. Fez parte integral da aliança que DEUS fez no Sinai com Israel. A
aliança consistiu dos “dez mandamentos” proclamados pelo próprio Senhor no
monte (Dt 4.13; 5.2-21). O quarto mandamento tem uma posição central nesta
aliança, servindo como uma ponte de ligação entre aqueles mandamentos que têm a
ver com obrigações para com DEUS e para com o homem.
Os Dez Mandamentos são prefixados por uma declaração de que DEUS
havia tirado Israel da terra do Egito (Ex 20.2; Dt 5.6). Estas palavras podem
ser aplicadas em seu sentido literal apenas aos filhos de Israel. O estilo dos
mandamentos em si também indica que eles eram especificamente dados aos
israelitas. O quinto mandamento contém uma promessa de longevidade na terra que
o Senhor estava prestes a dar a Israel (Êx 20.12; Dt 4.16). Semelhantemente, a
versão deuteronômica do quarto mandamento apresenta a libertação de Israel da
servidão no Egito como a principal razão para a observância do sábado (Dt
5.15). Guardar o sábado é declarado, em outro lugar, como um sinal da
obediência de Israel a DEUS (Êx 31.13; cp. Ne 9.14). Serve para distinguir
Israel das outras nações. Não pode haver dúvida de que em seu contexto e
aplicação originais a ordenança sabática era uma lei intencionada apenas para o
povo de Israel.
Ao mesmo tempo, é evidente que o quarto mandamento contém
princípios que são aplicáveis a todos os povos. Ele reconhece a obrigação moral
do homem de adorar seu Criador, para o que tempos e lugares determinados para a
adoração são necessários, assim como a cessação das ocupações comuns da vida.
Reconhece também a necessidade básica do homem de um dia semanal de descanso. A
história do homem tem demonstrado sua necessidade de recuperação de suas
energias físicas e mentais uma vez a cada sete dias, assim como também sua
necessidade de ter um dia da semana separado para a devoção e instrução
espirituais. O mandamento sabático fez provisões para estas necessidades dos
antigos israelitas.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura
Cristã. Vol. 6. pag. 269.
3. PROPÓSITO.
A instituição do sábado legal no Decálogo tinha o propósito duplo,
social e espiritual, de cessar os trabalhos a cada seis dias de labor para dar
descanso aos seres humanos e aos animais e dedicar um dia inteiro para adoração
a DEUS:
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias
trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu
DEUS; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o
teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está
dentro das tuas portas.
Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo
que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o SENHOR o dia do
sábado e o santificou (Êx 20.8-11).
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 66.
Sua referência e propósito. Depois do relato da criação, o sábado é
a próxima referência que aparece em relação à dádiva do maná (Êx 16.23-30), e
depois no Sinai quando se tornou parte do Decálogo (Êx 20.8-11). DEUS ordenou a
guarda do sábado como sinal de sua aliança e do seu relacionamento com Israel
(Êx 31.12-17; Ez 20.12,20). Dessa forma, ele representava o selo da aliança
Mosaica (cf. Is 56.4,6), e correspondia à circuncisão como o selo da aliança
com Abrão (cf. Gn 17.11).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 1710.
Dt 5.15 Porque te lembrarás. Este versículo não tem paralelo no
livro de Êxodo. É aqui adicionada outra razão para a observância do sábado. A
observância do sábado era uma espécie de repetição do espírito da observâncía
da Páscoa, da mesma maneira que a Ceia do Senhor nos faz relembrar de Sua morte
e ressurreição. No Egito, Israel só tinha trabalho forçado a fazer. Mas DEUS
lhes deu descanso quando os livrou daquele pais. Assim também, a salvação em
CRISTO nos outorga descanso espiritual.
O trecho de Êxodo. 20.11 elabora de forma diferente a ilustração
sobre a guarda do sábado, a saber, o fato de que, por ocasião da criação, DEUS
trabalhou por seis dias e então descansou da criação, no sétimo dia. Este
texto, porém, não inclui essa elaboração.
Naturalmente, o mandamento sobre o sábado não é repetido no Novo
Testamento; mas os trechos de Romanos 14.5,6 e Colossenses 2.16,17 quase
certamente mostram que o crente não está sob a obrigação de observar o sábado.
Esse era o sinal do Pacto Mosaico, o qual foi anulado pelo Novo Pacto, sob o
qual vivemos.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 779.
A razão apresentada no versículo 15 para a observância do sábado é
diferente daquela apresentada em Êxodo 20: 11. Aqui o propósito é a recordação
da libertação do Egito. Se Israel recordasse seus próprios dias de servidão,
seria estimulado a tratar com misericórdia qualquer homem, mulher ou animal
envolvido em serviço diário (cf. 15: 15; 16: 12; 24: 18, 22). Em Êxodo a razão
oferecida é que o sábado fora um dia santo desde a criação (Êx 20: 11; cf. Gn
2: 2, 3). Havia assim duas boas razões para a guarda do sábado. Este mandamento
tem apresentado muitos problemas para os cristãos. As declarações de JESUS (Mc
2: 27, 28) de que o sábado fora feito por causa do homem e não o homem por
causa do sábado, e que Ele, o Filho do Homem, era Senhor do sábado, removeram
para sempre a lei das restrições doentias impostas pelos rabis. O primeiro dia
da semana nos oferece oportunidade de comemorar a ressurreição de CRISTO, que
nos possibilitou a libertação da servidão ao pecado (cf. versículo 12), e a
renovação da vida por meio de uma nova criação (cf. Êx 20:10,11). (Observação
minha - Pr. Luiz Henrique - Sendo que a observância do Domingo nunca pode ser
vista ou praticada com o fim de justificação perante DEUS como osábado
judaico).
I. A. Thompson. Deuteronômio Introdução e Comentário.
Editora Vida Nova. pag. 42.
IV. UM PRECEITO CERIMONIAL
1. O SACERDOTE NO TEMPLO.
MATEUS 12.5-7
Vamos examinar Mt 12.5-7 onde JESUS declara: “Ou não tendes
lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam
sem culpa? Mas, se vós soubésseis o que significa: “Misericórdia quero, e não
sacrifício, não condenaríeis os inocentes. Porque o Filho do homem até do
sábado é Senhor.”
Aí está a palavra clara, inequívoca do Senhor JESUS quanto à
natureza do sábado como preceito cerimonial ou ritual, não tendo natureza moral
como reivindicam os sabatistas.
INVERTENDO AS PERGUNTAS
Invertemos as perguntas que nos fazem os sabatistas quando lêem mandamento por
mandamento do decálogo, com a pergunta repetida se cada um deles pode ou não
ser violado.
Podemos então indagar ao sabatista:
“Podiam os sacerdotes no templo ter outros deuses diante de DEUS
(Ex 20.3) e ficar sem culpa? A resposta óbvia dos adventistas é:“não!”.
“Podiam os sacerdotes no templo fazer imagem de escultura…“ e se
encurvar a elas “? (Ex 20.4,5) e ficar sem culpa? A resposta deles
é: não!
“Podiam os sacerdotes no templo tomar o nome do SENHOR em vão e ficar sem
culpa? A resposta dos sabatistas é: não.
“Podiam os sacerdotes no templo desonrar pai e mãe e ficar sem
culpa? A resposta dos sabatistas é: não.
“Podiam os sacerdotes no templo matar no templo e ficar sem culpa?
A resposta dos sabatistas é: não.
“Podiam os sacerdotes no templo adulterar e ficar sem culpa? A
resposta dos sabatistas é: não.
“Podiam os sacerdotes no templo furtar e ficar sem culpa? A
resposta dos sabatistas é: não.
“Podiam os sacerdotes no templo dizer falso testemunho e ficar sem
culpa? A resposta dos sabatistas é: não.
“Podiam os sacerdotes no templo cobiçar a mulher do próximo e ficar
sem culpa? A resposta dos sabatistas é: não.
E VIOLAR O SÁBADO?
SIM. OS SACERDOTES PODIAM VIOLAR O SÁBADO NO TEMPLO E FICAR SEM
CULPA. Com isto não concordam, naturalmente, os adventistas que se
curvam à autoridade de sua profetisa Ellen Gould White. Ela escreveu:“Santificar
o sábado ao Senhor importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, vol.
III, p. 22 – 2a edição, 1956).
http://www.cacp.org.br/podemos-violar-o-sabado/
Os sacerdotes no templo realizavam uma grande quantidade de
trabalhos servis no sábado judaico; matando, esfolando e queimando os animais
sacrificados, o que, em uma situação normal, seria profanar o sábado judaico;
ainda assim, isto nunca foi reconhecido como transgressão ao quarto mandamento,
porque o serviço do templo o exigia e justificava. Isso dá a entender que no
sábado judaico são lícitos os trabalhos que são necessários, não apenas para o
sustento da vida, mas para a adoração; como tocar um sino para convocar a
congregação, ir até ao templo e coisas semelhantes. O descanso do sábado deve
promover, e não impedir, a adoração no sábado.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS
A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 148.
Mt 12.5 Ou não lestes na lei. Novamente JESUS usa as próprias
Escrituras judaicas para apresentar outro argumento. No primeiro argumento ele
se utilizou do exemplo de Davi, homem que era considerado piedoso e isento de
culpa por haver comido dos pães reservados exclusivamente aos sacerdotes. Neste
segundo argumento, JESUS mostra que os próprios sacerdotes, em suas tarefas no
templo, trabalhavam em dia de sábado. A preparação dos sacrifícios era
trabalhosa. Era mister abater o animal, esfolá-lo em pedaços, além de muitos
outros serviços relativos ao expediente no templo. Ver Êxo. 29:38 e Núm. 28:9.
Também se permitia aos sacerdotes prepararem o pão em dia de sábado. Os
sacerdotes eram isentos das leis cerimoniais do sábado, porque o serviço deles
era realizado no templo, e eles eram os homens nomeados justamente para tais
serviços. JESUS mostra que o trabalho manual, no sábado, não é pecado por si
mesmo, porquanto há pessoas livres dessa lei. De fato, nos dias do V .T., as
bênçãos recebidas na adoração levada a efeito no templo só se tornavam
possíveis devido ao trabalho manual de alguns homens; e em parte esse trabalho
era necessário para o bem-estar espiritual do povo. Precisamos lembrar que,
provavelmente, os sacerdotes circuncidavam a muitos infantes em dia de sábado,
porquanto a lei requeria que a circuncisão tivesse lugar no oitavo dia de vida
da criança. Sem dúvida muitas crianças completavam seu oitavo dia de vida no
sábado. Isso serve de outra prova de que o trabalho manual em dia de sábado,
por si mesmo, não é condenável e que há considerações mais importantes do que
observar um dia de descanso em um dia determinado da semana.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 383.
Êxo 12.5,6 JESUS respondeu à acusação dos fariseus com uma segunda
resposta, usando um exemplo dos sacerdotes que serviam no Templo. Novamente
JESUS repetiu a pergunta - “Não tendes lido na lei de Moisés?” - para mostrar a
estes fanáticos fariseus que embora eles soubessem de memória a lei, na verdade
não a tinham compreendido. Os Dez Mandamentos proíbem o trabalho aos sábados
(Êx 20.8-11). Isto era o que estava “escrito” na lei. Mas como o objetivo no
sábado é descansar e adorar a DEUS, os sacerdotes tinham que realizar
sacrifícios e conduzir cultos de adoração - em resumo, eles tinham que
trabalhar. O seu “trabalho de sábado” era servir e adorar a DEUS, o que DEUS
permitia. Desta forma, mesmo que eles teoricamente não observassem o sábado,
DEUS os considerava inocentes. Da mesma maneira como as obrigações dos
sacerdotes no Templo superam os regulamentos do sábado a respeito do trabalho,
também o ministério de JESUS transcende o Templo. Os fariseus estavam tão
preocupados a respeito dos rituais da religião que se esqueceram do propósito
do Templo — trazer as pessoas a DEUS. Como JESUS CRISTO é maior do que o
Templo, Ele pode trazer as pessoas a DEUS de uma forma muito melhor. O nosso
amor e a nossa adoração a DEUS são muito mais importantes do que os instrumentos
de adoração criados pelos homens.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol. 1. pag. 80.
2. A CIRCUNCISÃO NO SÁBADO.
João – 7.21-24 Ora, se um homem recebe a circuncisão no sábado,
para que a lei de Moisés não seja violada, como vos indignais contra mim,
porque no sábado tornei um homem inteiramente são?
Frequentemente JESUS enfrentava polêmica com os judeus por causa do
sábado. Os judeus eram ferrenhos guardadores do sábado e sempre estavam
discutindo com JESUS sobre o assunto.O que é admirável no texto é JESUS afirmar
que a guarda do sábado fica subordinada à circuncisão. Uma criança que devesse
ser circuncidada no oitavo dia do seu nascimento (Gn 17.10; Lv 12.3; Jo.
7:21-24) para que a Lei não ficasse invalidada, colocava a guarda do dia em
posição inferior à circuncisão. Se a circuncisão é de valor secundário,
inexpressivo, e nenhum cristão hoje a pratica, como terá a guarda do sábado
como preceito? Os adventistas e sua profetiza ensinavam que a guarda do sábado
implicava em salvação. O ensino de JESUS sobre o sábado é diferente, Ele é
Senhor do Sábado.
Jo 7:22,23 O que JESUS procurava provar?
1. Eles mesmos já haviam dado resposta para o problema do sábado.
Permitiam certos atos, obras ou ações misericordiosos. Por exemplo, a
circuncisão, ainda que o oitavo dia de vida de uma criança caísse num sábado.
Ver Shabbath 18:3, Yoma 85b.
2. O pacto abraâmico tinha por fito levar uma nação toda à
salvação, e seu sinal era a circuncisão. (Ver Luc. 1:73 sobre esse pacto). O
pacto abraâmico servia de meio de comunicação da misericórdia divina. Ora, se
um ato misericordioso era permitido, por que não outros? Os atos de
misericórdia não precisam esperar pelo domingo ou qualquer outro dia.
3. A circuncisão afetava apenas um membro do corpo. As curas
miraculosas de CRISTO visavam ao homem inteiro, e não um único membro. Assim,
JESUS indicou que seus milagres eram muito mais poderosos, em seus efeitos, que
a circuncisão. Por que, pois, haveria oposição a seus milagres em dia de
sábado, quando atos misericordiosos menores não sofriam oposição?
4. Se a circuncisão, que fazia um homem tornar-se judeu, tinha um
bom efeito (embora aplicada a apenas um membro do corpo), quanto mais
beneficiaria a um sei humano o poder miraculoso de CRISTO!
Três modalidades de lei estão subentendidas neste texto:
1. A eterna lei ética de DEUS, um reflexo das perfeições de sua
natureza moral. (Incluindo atos de misericórdia, como extensão de seu amor para
com os homens).
2. A lei patriarcal, que era antecedente à lei de Moisés.
3. A lei de Moisés, que devia ser respeitada e observada, mas que,
em alguns casos pelo menos (como na questão da circuncisão), podia ser
ultrapassada pela tradição patriarcal e, certamente, pela lei eterna.
Naturalmente nestes versículos temos um reflexo da primitiva
polêmica cristã contra os judeus de tendências legalistas, pois, quando este
evangelho foi escrito, a questão da observância do dia de sábado era motivo de
conflito entre os cristãos e os israelitas, e também entre os cristãos mais
ortodoxos e os cristãos legalistas, circunstâncias essas que provocaram a
escrita da epístola do apóstolo Paulo aos Gálatas. (O trecho de Gál. 3:17,
igualmente, subordina a lei à promessa ou provisões patriarcais. Quanto à
questão do sábado e quais pontos de vista os crentes precisam ter a respeito,
ver Rom. 14:5,6. O trecho de Mat. 12:1-8 apresenta outros argumentos de JESUS
concernentes à controvérsia acerca do sábado, que era um dos temas mais
disputados com os judeus, e uma das razões que eventualmente provocaram a sua
morte).
A extensão em que essa controvérsia serviu de meio para a sua
morte, fica subentendida no vs. 23, que diz »...vos indignais contra mim ...»
Encontramos aqui a única ocorrência da palavra, em todo o N.T., que no grego
significa «fel». O verbo estar bilioso, com o sentido de ira amarga e profunda.
Um sumário dos elementos da interpretação desses versículos é o
seguinte:
1. Fica exigido o bom senso na interpretação da lei sabática.
2. O sábado foi instituído por causa do homem e não o homem por
causa do sábado, princípio esse que, por si mesmo, elimina as interpretações
apressadas que alguns atribuíam ao sábado.
3. O relaxamento das exigências sobre a lei sabática tinha
precedente tanto nos patriarcas como nos escritos do A.T. (em Moisés), e até
mesmo nas interpretações rabínicas (na Torah).
4. A interpretação dada por JESUS ultrapassava qualquer compreensão
judaica sobre a lei, fundamentada como estava na lei eterna, que tem precedente
acima da lei de Moisés e que permite qualquer ato de misericórdia, ainda que
não seja urgente, a ser realizado em dia de sábado.
5. As suas curas curavam inteiramente o corpo e levavam as almas
dos homens de volta ao Senhor JESUS, coisas essas que a circuncisão física não
podia realizar.
6. Por conseguinte, os atos de misericórdia podem e devem ser
efetuados até mesmo em dia de sábado; embora sejam certa forma de trabalho, são
desejáveis, e certamente não envolvem mal moral algum; pelo contrário,
revestem-se de bem definido benefício espiritual.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 383.
Jo 7.21-24 Por JESUS estar em Jerusalém, Ele muito provavelmente
estava se referindo ao milagre descrito em 5.1-15 - a cura do homem paralítico.
JESUS mencionou que havia curado no sábado, o ponto de controvérsia em torno do
milagre. JESUS lembrou outra vez as pessoas de que as prioridades espirituais
delas estavam erradas. Ele notou que, de acordo com a lei de Moisés, a
circuncisão deveria ser realizada oito dias depois do nascimento de uma criança
(Gênesis 17.9-14; Levítico 12.3). Este rito demonstrava a identidade dos judeus
como parte do povo da aliança de DEUS. Se o oitavo dia depois do nascimento
caísse em um sábado, eles ainda assim realizavam a circuncisão (embora isto
fosse considerado trabalho). Referindo-se a Abraão realizando a circuncisão,
JESUS estava indicando uma autoridade e princípio anterior a Moisés. Curando
uma pessoa por completo, JESUS demonstrou que o seu poder criador era igual ao
de DEUS, e superior ao de Moisés.
A questão era que, embora os líderes religiosos permitissem certas
exceções às leis do sábado, eles não permitiam nenhuma a JESUS, que
simplesmente mostrava compaixão por aqueles que necessitavam de cura. Ele
demonstrou a partir das próprias práticas deles que eles iriam invalidar uma
lei quando duas leis cerimoniais entrassem em conflito.
Mas os líderes judeus estavam tão absorvidos por suas ordenanças
sobre guardar o sábado, que não eram capazes de enxergar a verdadeira intenção
das ações de JESUS. A adesão deles às suas próprias tradições superficiais e
obstinadas faria com que eles perdessem de vista o Messias, que as suas
Escrituras retratavam.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal.
Editora CPAD. Vol. 1. pag. 531.
UM ARGUMENTO SÁBIO João 7:19-24
De maneira que o argumento de JESUS expressa o seguinte:
"Vocês dizem que observam com exatidão a Lei que receberam de
Moisés. Dizem que observam a Lei que expressa que não se pode fazer nenhum
trabalho no dia de sábado, e com o título de trabalho vocês incluíram todo tipo
de atenção médica que não seja necessária para salvar uma vida. E entretanto,
vocês mesmos permitiram que se leve a cabo a circuncisão no dia de sábado.
Agora, a circuncisão são duas coisas. É uma atenção médica a uma parte do corpo
de um homem, e o corpo tem duzentas e quarenta e oito partes. (Esse era o
cálculo que faziam os judeus.) Mais ainda, a circuncisão é um tipo de
mutilação; implica tirar algo do corpo. Como podem me culpar com razão por
curar todo o corpo de um homem; e como podem me culpar por tornar o corpo de um
homem em algo são e completo quando vocês mesmos o mutilam no dia de
sábado?"
Trata-se de um argumento extremamente elaborado e inteligente. Se
for legal fazer uma operação que mutila o corpo no dia de sábado, não pode ser
ilegal levar a cabo uma operação que cura o corpo? De maneira que JESUS termina
dizendo que busquem olhar além da superfície das coisas, que busquem julgar com
justiça; e se o fazem já não poderão acusá-lo de quebrantar a lei.
Pode ser que uma passagem deste tipo nos pareça algo remoto, mas o
certo é que quando lemos uma passagem assim vemos em ação a mente aguda, clara,
profunda e lógica de JESUS, e o vemos enfrentar os homens mais sábios e
inteligentes de sua época com suas próprias armas e em seus próprios termos; e
podemos ver como os vence.
BARCLAY. William. Comentário Bíblico. JOÃO. pag. 263-264.
V. O SENHOR DO SÁBADO
1. O SÁBADO E A TRADIÇÃO DOS ANCIÃOS.
A observância do sábado nos dias do ministério terreno de JESUS
havia se tornado externa e formal. As autoridades religiosas de Israel haviam
criado muitas restrições e estabeleceram regras meticulosas. A Mishnah, antiga
literatura religiosa dos judeus, nos tratados Shabbat e Erub, registra minúcias
de como o sábado deve ser observado. A tradição dos anciãos criou 39 proibições
concernentes ao sábado. Por essa razão, o Senhor JESUS entrou diversas vezes em
conflito com os escribas e fariseus. Uma delas aconteceu quando ele defende os
seus discípulos por colherem espigas no sábado (Mt 12.1-5).
1 Naquele tempo, passou JESUS pelas searas, em um sábado; e os seus
discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas e a comer. 2 E os fariseus,
vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito
fazer num sábado. 3 Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi,
quando teve fome, ele e os que com ele estavam? 4 Como entrou na Casa de DEUS e
comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele
estavam, mas só aos sacerdotes? (Mt 12.1-4).
A passagem paralela aparece em Marcos 2.23-26 e Lucas 6.1-4. Em
todas elas, o Senhor JESUS mencionou um trecho do Antigo Testamento em que Davi
comeu o pão da proposição na casa do sacerdote Abiatar, quando estava sob a
perseguição de Saul (1 Sm 21.6). Assim, ele colocou a guarda do sábado na mesma
categoria do preceito cerimonial. A lei proibia que estranhos comessem do pão
sagrado da proposição, o qual era restrito aos sacerdotes (Êx 29.33; Lv 22.10).
JESUS foi além e disse que os sacerdotes no templo podiam violar o sábado e
ficar sem culpa (Mt 12.5). Um mandamento moral é obrigatório por sua própria
natureza. Não existe concessão para preceitos morais; aqui, a vida está acima
do sábado.
Em outra ocasião, o Senhor JESUS torna a considerar o sábado um
preceito cerimonial com base na própria lei de Moisés. Ele nem precisou
reivindicar a sua autoridade de Filho de DEUS e Messias, ao lembrar às
autoridades religiosas que a circuncisão de uma criança pode ser feita num dia
de sábado. A lei prescreve que o menino deve ser circuncidado no oitavo dia de
seu nascimento (Lv 12.3). JESUS disse que a circuncisão pode ser feita mesmo
quando o oitavo dia coincide com sábado (Jo 7.22, 23).
JESUS declarou: "O sábado foi feito por causa do homem, e não
o homem, por causa do sábado" (Mc 2.27). Muitos comparam essas palavras a
uma frase do Talmude creditada ao rabi Simeon ben Menasya, cerca de 180 d.C.:
"O sábado foi dado a vocês, não vocês entregues a ele". A
interpretação judaica diz respeito à permissão da quebra do sábado em casos
especiais, como a vida em perigo. Mas o que JESUS disse significa que os seres
humanos não foram criados para observar o sábado, mas que o sábado foi criado
para o benefício humano. Ele não disse que o sábado foi feito por causa dos
judeus ou de Israel, mas por causa de todos os seres humanos. O sábado legal,
do Decálogo, foi dado a Israel como sinal entre Javé e os israelitas (Êx 31.13,
17; Dt 5.15; Ez 20.12). Aqui, o Senhor JESUS se refere ao sábado institucional
que DEUS estabeleceu para o bem-estar e gozo de todos os seres humanos, e isto
está acima de observância meticulosa do sábado.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 69-71.
No período entre o Antigo e o Novo Testamento, ocorreu uma
radicalização na celebração do sábado. Na época dos macabeus, muitos preferiam
morrer a deixar de celebrar o sábado. Soldados recusavam-se a defender a si
mesmos e ao próprio povo naquele dia (I Macabeus 2.32-38; II Macabeus 6.11). A
tradição judaica posterior permitia que o dia deixasse de ser observado sob
circunstâncias de vida ou morte. Perigos que ameaçassem à vida poderiam ser
encarados de maneiras que violassem a manutenção da tradição sabática (Yoma
8.6). Mas nem todas as facções do judaísmo seguiram as diretrizes de
liberalização. Materiais encontrados no Qumran mostram que os fazendeiros não
podiam realizar no sábado atos que preservassem a vida de animais durante
parturições complicadas. Se a mãe ou sua cria morresse, o acontecimento era
considerado um ato de DEUS.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 3.
No início do período do NT o verdadeiro significado do sábado havia
sido obscurecido pelas numerosas restrições postas sobre sua observância. A
observância do sábado se tomou basicamente extemo e formal. Os homens se
tomaram mais preocupados com a observância meticulosa de um dia do que com as
necessidades pungentes dos seres humanos. Era inevitável que JESUS entrasse em
conflito com os líderes judeus por causa do sábado. Era costume de JESUS
visitar a sinagoga aos sábados (Lc 4.16; cp. Mc 1.21; 3.1; Lc 13.10). Em seus
ensinamentos ele confirmou a autoridade e validade da lei do AT (Mt 5.17-20;
15.1 -6; 19.16-19; 22.3 5-40; Lc 16.17). Sua ênfase, todavia, não
era em uma observância extema da lei, antes num cumprimento espontâneo da
vontade de DEUS que está por baixo da lei (Mt 5.21-48; 19.3-9). JESUS procurou
esclarecer o verdadeiro sentido do sábado mostrando o propósito original da sua
instituição: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por
causa do sábado” (Mc 2.27).
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura
Cristã. Vol. 6. pag. 271.
2. JESUS É O SENHOR DO SÁBADO (MC 2.28).
A frase "Assim, o Filho do Homem até do sábado é senhor"
(Mc 2.28) e as passagens paralelas (Mt 12.8; Lc 6.5) são disputadas pelos
expositores do Novo Testamento. Há duas linhas principais de interpretação:
a) a autoridade sobre o sábado foi conferida aos seres humanos, e
b) trata-se do próprio Senhor JESUS. A primeira nos parece menos
aceitável porque DEUS nunca delegou autoridade sem limites aos humanos e,
também, porque a expressão grega ho huios tou anthrõpos, "o Filho do
Homem", no singular, é título messiânico e não relativo a humanos. Está
claro que JESUS se referia a si mesmo. Esta é a melhor interpretação.
Ele revelou seu poder e sua autoridade sobre as enfermidades, sobre
a natureza, sobre todos os poderes das trevas, sobre a morte e o inferno;
assim, nada mais natural ser mesmo o Senhor do sábado. O sábado veio de Javé e
somente ele tem autoridade sobre a instituição. Então, não há outro no universo
investido de tamanha autoridade, senão o Filho de DEUS.
Mais uma vez, o Senhor JESUS CRISTO apresenta o profeta Oseias como
autoridade para fundamentar seu ensino (Mt 12.7; Os 6,6). Ele acrescentou ainda
que é "lícito fazer bem nos sábados" (Mt 12.12). Isso o próprio JESUS
o fez (Mc 3.1-5; Lc 13.10- 13; 14.1-6; Jo 5.8-18; 9.6, 7, 16), e nós também
devemos fazer o bem, não importa qual seja o dia da semana. Como o sábado do
relato da criação, não é regra legal opressiva; é chamado de sábado
institucional.
Assim, como nada há no Novo Testamento que indique a sua
observância, isso por si só mostra que o quarto mandamento não é um preceito
moral. Esta interpretação é corroborada pelo fato de nem JESUS nem os apóstolos
ensinarem a guarda do sábado. O sábado não foi mencionado quando JESUS citou os
mandamentos para o moço rico (Mt 19.17-19). Toda a lei se resume no amor a DEUS
e ao próximo (Mt 7.12; 22.40; Mc 12.31; Rm 13.10).
O apóstolo Paulo omitiu o quarto mandamento (Rm 13.9). Ele
considerava retrocesso espiritual guardar dias, meses e anos (G1 4.10, 11). Os
primeiros cristãos eram judeus de origem e era natural para eles observar os
serviços da sinagoga; ainda hoje, muitos judeus que são convertidos à fé cristã
preferem não abrir mão de sua identidade judaica, principalmente aqueles que
residem em Israel. É mais uma questão cultural. Paulo via o sábado e os
preceitos dietéticos, o kashrut, como mera opção pessoal. E, mesmo não havendo
prova de que o apóstolo distinguisse preceitos morais e cerimoniais, aqui ele
coloca o sábado e o kashrut na mesma categoria (Rm 14.1-6). Segundo Paulo, o
antigo concerto foi abolido (2 Co 3.7-14) , incluindo o sábado (Os 2.11). De
fato, isso já era anunciado desde o Antigo Testamento (Jr 31.31-34).
Paulo disse que JESUS riscou na cruz "a cédula que era contra
nós nas suas ordenanças" (Cl 2.14). O substantivo grego para
"cédula" é cheirgraphon, um hapax legomenon, literalmente,
"escrito à mão”. É um documento escrito à mão usado aqui metaforicamente.
O termo aparece na literatura grega extrabíblica com vários significados:
"lei mosaica, obrigação escrita, contrato (ROBINSON, 2012, p. 984);
"registro de uma conta financeira, conta, registro de dívida" (LOUW &
NIDA, 2013, pp. 352, 353). É um certificado de dívida, uma nota promissória. A
ordenança, ou dogma, significa "decreto, ordenança, edito", um termo
usado também em referencia à lei de Moisés (Ef 2.15). É esse o sentido aqui,
pois JESUS disse que a lei nos acusa (Jo 5.45). O pensamento paulino revela o
aspecto condenatório da lei mosaica (Dt 27.26; 1 Co 15.56; Gl 3.10) e também o
padrão divino para a vida humana (Rm 7.13, 14). A acusação da lei contra nós
foi cancelada na cruz do Calvário, e aí o apóstolo inclui o sábado. O apóstolo
emprega os dois termos "cédula" e "ordenança"
metaforicamente para dizer que fomos perdoados e estamos livres de legalismo:
"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos
dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas
futuras, mas o corpo é de CRISTO" (Cl 2.16, 17).
O sábado cerimonial é um termo para designar os festivais de Israel
que englobam as festas anuais, mensais e semanais (1 Cr 23.31; 2 Cr 2.4; 8.13;
31.3; Ez 45.17). O sábado cerimonial já está incluído na expressão "dias
de festa". Assim, a "lua nova", refere-se à festa mensal e a
expressão "dos sábados" diz respeito aos sábados semanais. O novo
concerto nos isenta de todas essas coisas. Paulo parece empregar uma linguagem
platônica no tocante ao mundo real e ao mundo das ideias no v. 17. A sombra é
temporária e identifica com imperfeição o objeto que a projetou, sendo portanto
inferior a ele. O apóstolo afirma nesta metáfora que a lei é uma projeção, uma
sombra da realidade, que é o corpo de CRISTO.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 71-74.
Em seis ocasiões diferentes JESUS entrou em conflito com judeus por
causa da discriminação deles do sábado. Ele defendeu seus discípulos por
colherem espigas no sábado aludindo ao tempo quando Davi e seus homens comeram
os pães da proposição (Mt 12.1-4; Mc 2.23-26; Lc 6.1-4). Ao fazer isto, JESUS
colocou o mandamento do sábado na mesma categoria da lei cerimonial que proibia
o comer deste pão sagrado por outros além dos sacerdotes, e ensinou que as
necessidades humanas tinham precedência sobre os requerimentos legais do
sábado. Ele também lembrou seus críticos de que os sacerdotes no Templo
profanavam o sábado e eram inocentes (Mt 12.5). Ele, sem dúvida, se referiu à
prática prescrita na lei sobre circuncidar no sábado, se isto for o oitavo dia
após o nascimento (Lv 12.3; Jo 7.22,23). Conseqüentemente, a lei cerimonial que
requer a circuncisão da criança oito dias após o nascimento assumiu precedência
sobre a lei do sábado. Foi nesta mesma ocasião que JESUS disse que o sábado foi
feito para o homem e não o homem para o sábado (Mc 2.27), indicando que ele
considerava o sábado como uma providência para a necessidade e bem estar do
homem, e não como um requerimento legal opressivo. Foi também nesta ocasião que
JESUS afirmou seu senhorio sobre o sábado (Mt 12.8; Mc 2.28; Lc 6.5).
JESUS expressou ira para com aqueles judeus na sinagoga em Cafamaum
que demonstraram mais interesse pela observância meticulosa do sábado do que
pelo ser humano que era privado do uso de uma mão, e o curou diante de todos
eles (Mc 3.1-5). Numa outra ocasião, quando o chefe da sinagoga ficou indignado
porque JESUS curou uma mulher que tinha um espírito de enfermidade durante
dezoito anos, ele defendeu sua ação apelando para a prática comum de soltar os
animais domésticos a fim de os levar para beberem água no sábado (Lc 13.10-17).
Novamente, quando JESUS, sob os olhares críticos dos fariseus, curou um homem
hidrópico no sábado, ele se defendeu perguntando aos seus críticos se deixariam
de resgatar um boi ou jumento que havia caído num poço naquele dia (14.1-6).
As outras duas ocasiões quando as ações de JESUS no sábado
provocaram conflito com os líderes judeus são registradas em João. Uma foi a
cura do homem impotente no tanque de Betesda (Jo 5.1-18); a outra foi a cura do
homem que nasceu cego (9.1-41). Na primeira destas ocasiões JESUS defendeu seu
direito de curar no sábado com base em que seu Pai não parava suas atividades
beneficentes naquele dia (5.17) e na segunda ocasião ele condenou a cegueira
espiritual dos fariseus (9.40,41).
Em todos estes exemplos JESUS mostrou que ele colocava a
necessidade humana acima da simples observância externa do sábado. JESUS nunca
fez ou disse qualquer coisa a fim de tirar do homem os privilégios
proporcionados por um dia de descanso como este. Por outro lado, não se pode
dizer que JESUS tinha a intenção de perpetrar o sábado hebraico ou estendeu sua
aplicação a todos os homens. No que diz respeito ao registro dos evangelhos,
ele nunca fez menção ao quarto mandamento. Ao enfatizar o princípio que está
por traz da lei, o espírito e propósito da lei, ao invés dos seus regulamentos
formais e externos, ele preparou o caminho para a abolição de todas as leis e
ordenanças externas do AT.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura
Cristã. Vol. 6. pag. 271-272.
3. DIA DO CULTO CRISTÃO.
O SÁBADO CRISTÃO
O sábado legal do Decálogo foi estabelecido para Israel se lembrar
da escravidão no Egito (Dt 5.15). Há certa analogia com o sábado cristão (se
guardado por alguém), o domingo (se guardado por alguém), que, sem precisar de
imposição legal, passou a ser o dia de adoração cristã coletiva em memória à
ressurreição de CRISTO que ocorreu num domingo (Mc 16.1-6; Lc24.1-6).
É o sábado institucional. Isso está claro em três passagens do Novo
Testamento: "No primeiro dia da semana, ajuntando os discípulos para o
partir do pão" (At 20.7). Era um domingo, "talvez 24 de abril de 57
d.C.", segundo F. F. Bruce (apud STOTT, 1994, p. 360). O "partir do
pão" é um termo usado para a Ceia do Senhor (At 2.42; 1 Co 10.16;
11.20-26). Segundo o autor citado, essa passagem "é a evidência inequívoca
mais primitiva que temos da prática cristã de reunir-se para a adoração nesse
dia". Isso se confirma mais adiante no Novo Testamento: "No primeiro
dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a
sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu chegar" (1 Co
16.2). Temos aqui outra prova de que o primeiro dia da semana era o dia de
culto regular. O apóstolo recomendou que nessas reuniões se levantasse uma
coleta para socorrer os irmãos pobres de Jerusalém.
O apóstolo João foi arrebatado no dia do Senhor: Eu fui arrebatado
em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de
trombeta" (Ap 1.10). A expressão dia do Senhor" não é escatológica,
pois a construção grega aqui, en tê kyriakê hêmera, se refere ao domingo.
Versões católicas como Figueiredo, Matos Soares e a Bíblia do Peregrino
empregam "num dia de domingo" para traduzir a referida frase. Esta
tradução é aceitável porque está de acordo com o contexto bíblico e histórico.
A palavra kyriakê significa "domingo" ainda hoje na
Grécia. O termo "domingo", literalmente quer dizer, "dia do
senhor , do latim, dominus, "senhor", e dies, "dia". Inácio
de Antioquia usa a mesma frase grega do apóstolo João em Apocalipse, para
indicar o primeiro dia da semana: "Aqueles que viviam na antiga ordem de
coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do
Senhor em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte"
(Magnésios 9-1, Coleção Patrística 1, Padres Apostólicos). Inácio foi o
terceiro bispo de Antioquia e conheceu os apóstolos Paulo e João. Preso em 110
no reinado de Trajano, foi levado a Roma e atirado às feras. Trata-se de alguém
da segunda geração dos apóstolos.
Outra razão que confirma essa interpretação é o fato de a
Septuaginta usar uma forma diferente para o "dia do Senhor escatológico,
hêmera tou kyriou ou hêmera kyriou. E o mesmo acontece nas cinco vezes que a
frase aparece no Novo Testamento grego (At 2.20; 1 Co 5.5; 2 Co 1.14; 1 Ts 5.2;
2 Pe 3.10).
Os primeiros pais da Igreja mostram que nos três primeiros séculos
da história da Igreja o domingo continuava sendo o dia de reunião dos cristãos.
Além de Inácio de Antioquia, isso pode ser ainda visto na Epístola de Barnabé
(que não era o Barnabé citado do Novo Testamento). Trata-se de um documento da
primeira metade do século 2, que declara: "Eis por que celebramos como
festa alegre o oitavo dia, no qual JESUS ressuscitou dos mortos e, depois de se
manifestar, subiu aos céus" (Epístola de Barnabé, 15.9).
Herdamos dos dias apostólicos essa prática que foi perpetuada pelo
tempo. Os preceitos cerimoniais não desobrigam os seres humanos de cultuarem a
DEUS, mas estes não precisam de rituais e nem lhes é exigido irem a Jerusalém.
Da mesma forma, o sábado não precisa ser o sétimo dia da semana. Os adventistas
do sétimo dia estão equivocados quando afirmam que o imperador Constantino
substituiu o sábado pelo domingo, e sua doutrina não tem sustentação bíblica. É
um erro teológico e histórico.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 74-76.
O Dia do Senhor. Para os cristãos, o domingo é o dia do Senhor, e
não o sábado. Historicamente, os intérpretes têm dito que o domingo é o
“descanso”, chamando-o de sábado cristão (se guardado por alguém). Mas apesar
de ser verdade que nossos cultos religiosos ocorram no primeiro dia da semana,
o que retém um certo elemento próprio do dia de sábado, isso não faz o Dia do
Senhor tornar-se um sábado cristão (se guardado por alguém). Que DEUS nos salve
do legalismo! Isso não significa que o crente deveria ignorar as implicações de
quão próprio é que um dos dias da semana seja especialmente consagrado a
exercícios espirituais. Paulo, todavia, deixou claro que, para o crente, todos
os dias são iguais (Rom. 14.5 ss.). No mesmo contexto, porém, ele também deixou
claro que o crente pode estabelecer uma distinção, se tal distinção puder
fomentar a sua piedade e a eficácia de sua adoração. Historicamente, a Igreja
tem estabelecido essa distinção. O domingo deveria ser um dia isento de todo
legalismo, tão-somente retendo um devido espírito de adoração. Não deveria ser
profanado. A Igreja assim tem observado, para bem do homem. A Escola Bíblica
Dominical é uma grande instituição, embora não faça parte dos ensinos do Novo
Testamento. O domingo tem-se tornado um dia dedicado à adoração, ao estudo da
Bíblia e à evangelização de uma Igreja reunida com esses propósitos. É no
domingo que a Igreja comemora a ressurreição de JESUS. Ele saiu do túmulo
revestido de uma vida nova, O domingo, pois, é uma oportunidade para
participarmos dessa vida nova e a expressarmos. O domingo não é imposto,
conforme o sábado era imposto. Contudo, é benéfico, e exige nosso respeito. A
liberdade, se for abusada, será sempre tão ruim e errada quanto uma obrigação
imposta.
A natureza monótona e destrutiva de um labor contínuo. DEUS pode
conferir-nos a graça e talvez até permitir e encorajar que labutemos todos os
dias, se tal trabalho for benéfico para nós mesmos e para o próximo. Todavia,
descansar um dia por semana é uma boa medida de saúde. Talvez se assim
fizermos, poderemos realizar em seis dias o que realizamos em sete. A saúde
inclui o ritmo intercalado de trabalho e descanso. Não nos deveríamos preocupar
se, em dia de domingo, estivermos fazendo aquilo que os antigos sabatistas
proibiam para o sábado. Se tivermos tal preocupação, estaremos mostrando nossa
insensatez. Não obstante, estaremos pecando se nos esquecermos do espírito do
sábado, que nos convida a estacar, descansar, adorar e servir.
O Mandamento contra o ócio. Foi ordenado ao homem que trabalhasse
por seis dias, e não apenas que descansasse no sétimo. “Aquele que se mostra
ocioso por seis dias é igualmente culpado, aos olhos de DEUS, do que se vier a
trabalhar no sétimo dia” (Adam Clark, in loc.)
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 21-22.
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/2015/01/6-licao-1-trimestre-2015-santificaras-o.html
ELABORADO: Pb Alessandro Silva
(http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com
algumas modificações do Pr. Luiz Henrique.
Questionário da
Lição 6 - Santificarás o Sábado
Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos
Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em
Constante Mudança
Comentários: Pr. Esequias Soares
RESPONDA CONFORME A LIÇÃO DA CPAD ABAIXO DO QUESTIONÁRIO
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas Verdadeiras
e com "F" as Falsas
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"E disse-lhes: O __________________ foi feito por causa
do ___________________, e não o homem, por causa do
__________________." (Mc 2.27)
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O _______________________ mandamento envolve os
aspectos _______________________ e social, diz respeito ao
________________________ do homem com _ __________________ e ao mesmo tempo com
o próximo.
I. O SÁBADO DA CRIAÇÃO
3- O que é shabat e sabbaton?
( ) DEUS celebrou o sétimo dia após a criação e
abençoou este dia e o santificou.
( ) Aqui está a base do sábado judaico e do
sábado legal.
( ) Aqui está a base do sábado institucional e do
sábado legal.
( ) O sábado legal não foi instituído aqui; isso
só aconteceu com a promulgação da lei.
( ) O substantivo shabbat, "sábado",
não aparece aqui, na criação.
( ) Surge pela primeira vez no evento do maná.
( ) A Septuaginta emprega a palavra sabbaton,
"sábado, semana", a mesma usada no Novo Testamento grego.
4- O que significa “DEUS concluiu a criação no dia sétimo”?.
( ) Significa que DEUS parou para descansar
eternamente.
( ) DEUS completou a sua obra da criação no
sétimo dia.
( ) DEUS "descansou" ou seja, cessou, é
o significado do verbo hebraico usado aqui, shabat, "cessar, desistir,
descansar".
( ) Esse descanso é sinônimo de cessar de criar,
e indica a obra concluída.
( ) Não se trata de ociosidade, pois DEUS não
pára e nem se cansa.
5- Qual a bênção de DEUS sobre o sétimo dia?
( ) Ele abençoou e santificou o sétimo dia como
um repouso contínuo, na dispensação da inocência, e nem o pecado pode
interromper isso.
( ) Ele abençoou e santificou o sétimo dia como
um repouso contínuo, na dispensação da inocência, mas isso foi interrompido por
causa do pecado.
( ) Agostinho de Hipona lembra que não houve
tarde no dia sétimo, e afirma que DEUS o santificou para que esse dia
permanecesse para sempre (Confissões, Livro XIII, 36).
( ) O sábado da criação aponta para o descanso de
DEUS ao mundo inteiro no fim dos tempos: "Portanto, resta ainda um repouso
para o povo de DEUS".
II. O SÁBADO INSTITUCIONAL
6- Como é o sábado institucional desde a criação?
( ) O sábado institucional, portanto, se refere
ao sétimo dia da semana; tendo que ser guardado legalmente.
( ) É o sábado para descanso de todos os povos.
( ) É uma questão moral que DEUS estabeleceu para
a raça humana ao comemorar a criação.
( ) Tornou modelo e uma forma natural para toda a
raça humana.
( ) É a ordem natural das coisas: os campos
precisam de repouso, as máquinas necessitam parar para manutenção e assim por
diante.
( ) O sábado institucional, portanto, não se
refere ao sétimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um período de
descanso.
7- O Sábado institucional não era mandamento?
( ) O sétimo dia da criação não era mandamento,
mas revela a necessidade natural do descanso de toda a natureza.
( ) O sétimo dia da criação era mandamento para
todos os povos, com a obrigação legal de ser guardado e obedecido.
( ) O repouso noturno de cada dia não é
suficiente para isso.
( ) DEUS abençoou e santificou esse dia não
somente para comemorar a obra da criação mas para que, nesse dia, todos cessem
o trabalho e assim descansem física e mentalmente para oferecer o seu culto de
adoração a DEUS.
8- Os patriarcas não guardaram o sábado?
( ) No pentateuco encontramos os patriarcas
Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado.
( ) O livro de Gênesis não menciona os patriarcas
Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado.
( ) Segundo Justino, o Mártir, Abraão e seus
descentes até o Sinai agradaram a DEUS sem o sábado (Diálogo com Trifão 19.5).
( ) Irineu de Lião diz que Abraão, "sem
circuncisão e sem observância do sábado, “acreditou em DEUS e lhe foi imputado
a justiça e foi chamado amigo de DEUS" (Contra as Heresias, Livro IV,
16.2).
III. O SÁBADO LEGAL
9- Qual o significado do sábado legal?
( ) É o sétimo dia da semana no calendário
judaico, marcado para repouso e adoração.
( ) É o sétimo ano, o ano do jubileu no
calendário judaico, marcado para repouso e adoração.
( ) Foi introduzido no mundo pela lei; é o sábado
legal dado aos israelitas no Sinai.
( ) Nenhum outro povo na história recebeu a ordem
para guardar esse dia; é exclusividade de Israel.
( ) O sábado e a circuncisão são os dois sinais
distintivos do povo judeu ao longo dos séculos.
10- Como é o sábado do Decálogo?
( ) Se refere ao sábado da criação, comemorado e
guardado na lei.
( ) A expressão "Lembra-te do dia do sábado,
para o santificar", remete a uma reminiscência histórica e, sem dúvida
alguma, Israel já conhecia o sábado nessa ocasião.
( ) Mas parece não ser referência ao sábado da
criação.
( ) Ele aparece na promulgação da lei, contudo,
essa reminiscência não reaparece em Deuteronômio.
( ) Trata-se, com certeza, do sábado que o povo
não levou a sério no deserto.
11- Qual o propósito da instituição do sábado legal no Decálogo?
( ) Tinha um propósito duplo: social e
espiritual.
( ) Tinha um propósito triplo: social, espiritual
e material.
( ) Cessar os trabalhos a cada seis dias de labor
era dar descanso aos seres humanos e aos animais e dedicar um dia para adoração
a DEUS.
( ) É um memorial da libertação do Egito.
( ) Duas vezes é dito que o sábado é um sinal
distintivo entre DEUS e a nação de Israel.
IV. UM PRECEITO CERIMONIAL
12- O que disse JESUS sobre a violação do sábado?
( ) Disse que "nem os sacerdotes no templo
violam o sábado para ficarem sem culpa".
( ) O Senhor JESUS CRISTO disse mais de uma vez
que a guarda do sábado é um preceito cerimonial.
( ) Ele colocou o quarto mandamento na mesma
categoria dos pães da proposição.
( ) Veja ainda a que JESUS se referia quando
falou a respeito desse ritual mencionado em Êxodo 29.33, Levítico 22.10 e 1
Samuel 21.6.
( ) Disse igualmente que "os sacerdotes no
templo violam o sábado e ficam sem culpa", ao passo que não existe
concessão para preceitos morais.
13- Complete segundo a circuncisão no sábado:
Se o __________________ dia da circuncisão do menino coincidir com
um ____________________, ela tem que ser feita no sábado, nem antes e nem
depois. Assim, JESUS mais uma vez declara o ____________________ mandamento
como preceito ___________________ e coloca a circuncisão acima do sábado. Um
mandamento __________________ é obrigatório por sua própria natureza.
V. O SENHOR DO SÁBADO
14- Como é o sábado e a tradição dos anciãos?
( ) Os quatro evangelhos registram os conflitos
entre JESUS e os fariseus sobre a interpretação do sábado.
( ) A tradição dos anciãos criou 39 proibições
concernentes ao sábado, mas o Senhor JESUS disse que é "lícito fazer bem
no sábado".
( ) A tradição dos anciãos criou 59 proibições
concernentes ao sábado, mas o Senhor JESUS disse que é "lícito fazer bem
no sábado".
( ) Isso Ele fez e, por isso, nós devemos fazer o
bem, não importa qual seja o dia da semana.
15- JESUS é o Senhor do sábado (Mc 2.28)?
( ) A expressão "o Filho do Homem", no
singular, é título dado ao homem.
( ) O sábado veio de DEUS e somente Ele tem
autoridade sobre essa instituição.
( ) Não há outro no universo investido de
tamanha autoridade, senão o Filho de DEUS.
( ) A expressão "o Filho do Homem", no
singular, é título messiânico, não é usual ou comum às outras pessoas.
( ) Está claro que JESUS se referia a Ele mesmo.
( ) JESUS disse que os seres humanos não foram
criados para observar o sábado, mas que o sábado foi criado para o benefício
deles.
16- Qual era o dia do culto cristão na igreja primitiva?
( ) Os cultos cristãos aconteciam no sábado,
junto com os judeus, nas sinagogas
( ) O primeiro culto cristão aconteceu no domingo
e da mesma forma o segundo.
( ) Nesse dia o Senhor JESUS ressuscitou dentre
os mortos.
( ) O dia do Senhor foi instituído como o dia de
culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos
apostólicos. É o "sábado" cristão!
( ) O sábado legal e todo o sistema mosaico foram
encravados na cruz, foram revogados e anulados.
( ) O Senhor JESUS cumpriu a lei, agora vivemos
sob a graça.
CONCLUSÃO
17- Complete:
A palavra profética anunciava o fim do _ _____________________
legal. Isso se cumpriu com a chegada do novo _ ___________________. Exigir a
guarda do _ ___________________ como condição para a ___________________
não é cristianismo e caracteriza-se como doutrina de uma seita.
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO NA LIÇÃO ABAIXO
Lições Bíblicas CPAD Adultos - 1º Trimestre de 2015
Título: A Lei de DEUS — Valores imutáveis para uma sociedade
em constante mudança - Comentarista: Esequias Soares
Lição 6: Santificarás o Sábado
TEXTO ÁUREO
“E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o
homem, por causa do sábado” (Mc 2.27).
VERDADE PRÁTICA
O quarto mandamento envolve os aspectos espiritual e social, diz
respeito ao relacionamento do homem com DEUS e ao mesmo tempo com o próximo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.8-11; 31.12-17.
Êxodo 20
8 - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
9 - Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra,
10 - mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu DEUS; não
farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo,
nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das
tuas portas.
11 - Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar
e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o SENHOR o
dia do sábado e o santificou.
Êxodo 31
12 - Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
13 - Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente
guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas
gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica.
14 - Portanto, guardareis o sábado, porque santo é para vós;
aquele que o profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma
obra, aquela alma será extirpada do meio do seu povo.
15 - Seis dias se fará obra, porém o sétimo dia é o sábado do
descanso, santo ao SENHOR; qualquer que no dia do sábado fizer obra, certamente
morrerá.
16 - Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando
o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo.
17 - Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para
sempre; porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao sétimo dia,
descansou, e restaurou-se.
OBJETIVO GERAL
Compreender o significado do sábado para os cristãos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
As controvérsias deste mandamento giram em torno da sua
interpretação. Temos aqui a relação trabalho-repouso e ao mesmo tempo o
relacionamento de DEUS com Israel. A necessidade de um dia de repouso após seis
jornadas de trabalho é universal, mas o sábado é um presente de DEUS para
Israel. O mandamento de santificar o sábado é mais bem compreendido quando se
conhece o propósito pelo qual ele foi dado.
PONTO CENTRAL
Encarar o sábado não como a letra da Lei, mas um princípio dado por
DEUS ao ser humano para desfrutar do descanso semanal.
I. O SÁBADO DA CRIAÇÃO
1. O shabat. DEUS celebrou o sétimo dia após a criação e
abençoou este dia e o santificou (Gn 2.2,3). Aqui está a base do sábado
institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso
só aconteceu com a promulgação da lei. O substantivo shabbat, “sábado”,
não aparece aqui, na criação. Surge pela primeira vez no evento do maná (Êx
16.22,23). A Septuaginta emprega a palavra sabbaton, “sábado, semana”, a
mesma usada no Novo Testamento grego.
2. DEUS concluiu a criação no dia sétimo. DEUS completou a sua
obra da criação no sétimo dia. DEUS “descansou” ou seja, cessou, é o
significado do verbo hebraico usado aqui, shabat, “cessar, desistir,
descansar” (Gn 8.22; Jó 32.1; Ez 16.41). Esse descanso é sinônimo de cessar de
criar, e indica a obra concluída. Não se trata de ociosidade, pois DEUS não
para e nem se cansa (Is 40.28; Jo 5.17).
3. A bênção de DEUS sobre o sétimo dia. Ele abençoou e
santificou o sétimo dia como um repouso contínuo, na dispensação da inocência,
mas isso foi interrompido por causa do pecado. Agostinho de Hipona lembra que
não houve tarde no dia sétimo, e afirma que DEUS o santificou para que esse dia
permanecesse para sempre (Confissões, Livro XIII, 36). O sábado da criação
aponta para o descanso de DEUS ao mundo inteiro no fim dos tempos: “Portanto,
resta ainda um repouso para o povo de DEUS” (Hb 4.9).
II. O SÁBADO INSTITUCIONAL
1. Desde a criação. É o sábado para descanso de todos os
povos. É uma questão moral que DEUS estabeleceu para a raça humana ao comemorar
a criação. Tornou modelo e uma forma natural para toda a raça humana. É a ordem
natural das coisas: os campos precisam de repouso, as máquinas necessitam parar
para manutenção e assim por diante (Lv 25.4). O sábado institucional, portanto,
não se refere ao sétimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um período de
descanso (Hb 4.8).
2. Não era mandamento. O sétimo dia da criação não era
mandamento, mas revela a necessidade natural do descanso de toda a natureza. O
repouso noturno de cada dia não é suficiente para isso. DEUS abençoou e
santificou esse dia não somente para comemorar a obra da criação mas para que,
nesse dia, todos cessem o trabalho e assim descansem física e mentalmente para
oferecer o seu culto de adoração a DEUS.
3. Os patriarcas não guardaram o sábado. O livro de Gênesis
não menciona os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado. Segundo
Justino, o Mártir, Abraão e seus descendentes até o Sinai agradaram a DEUS sem
o sábado (Diálogo com Trifão 19.5). Irineu de Lião diz que Abraão, “sem
circuncisão e sem observância do sábado, ‘acreditou em DEUS e lhe foi imputado
a justiça e foi chamado.
III. O SÁBADO LEGAL
1. Significado. É o sétimo dia da semana no calendário
judaico, marcado para repouso e adoração. Foi introduzido no mundo pela lei; é
o sábado legal dado aos israelitas no Sinai. Nenhum outro povo na história
recebeu a ordem para guardar esse dia; é exclusividade de Israel (Êx 31.13,17).
O sábado e a circuncisão são os dois sinais distintivos do povo judeu ao longo
dos séculos (Gn 17.11).
2. O sábado do Decálogo. A expressão “Lembra-te do dia do
sábado, para o santificar” (Êx 20.8), remete a uma reminiscência histórica e,
sem dúvida alguma, Israel já conhecia o sábado nessa ocasião. Mas parece não
ser referência ao sábado da criação. Ele aparece na promulgação da lei (Êx
20.11), contudo, essa reminiscência não reaparece em Deuteronômio (Dt 5.12-15).
Trata-se, com certeza, do sábado que o povo não levou a sério no deserto (Êx
16.22-29).
3. Propósito. A instituição do sábado legal no Decálogo tinha
um propósito duplo: social e espiritual. Cessar os trabalhos a cada seis dias
de labor era dar descanso aos seres humanos e aos animais e dedicar um dia para
adoração a DEUS. É um memorial da libertação do Egito (Dt 5.15). Duas vezes é
dito que o sábado é um sinal distintivo entre DEUS e a nação de Israel (Êx
31.13,17).
IV. UM PRECEITO CERIMONIAL
1. O sacerdote no Templo. O Senhor JESUS CRISTO disse mais de
uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto
mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4). Veja ainda a
que JESUS se referia quando falou a respeito desse ritual mencionado em Êxodo
29.33, Levítico 22.10 e 1 Samuel 21.6. Disse igualmente que “os sacerdotes no
templo violam o sábado e ficam sem culpa” (Mt 12.5), ao passo que não existe
concessão para preceitos morais.
2. A circuncisão no sábado. Se o oitavo dia da circuncisão do
menino coincidir com um sábado, ela tem que ser feita no sábado, nem antes e
nem depois. Assim, JESUS mais uma vez declara o quarto mandamento como preceito
cerimonial e coloca a circuncisão acima do sábado (Jo 7.22,23 cf. Lv 12.3). Um
mandamento moral é obrigatório por sua própria natureza.
V. O SENHOR DO SÁBADO
1. O sábado e a tradição dos anciãos. Os quatro evangelhos
registram os conflitos entre JESUS e os fariseus sobre a interpretação do
sábado. A tradição dos anciãos criou 39 proibições concernentes ao sábado, mas
o Senhor JESUS disse que é “lícito fazer bem no sábado” (Mt 12.12). Isso Ele
fez (Mc 3.1-5; Lc 13.10-13; 14.1-6; Jo 5.8-18; 9.6,7,16) e, por isso, nós
devemos fazer o bem, não importa qual seja o dia da semana.
2. JESUS é o Senhor do sábado (Mc 2.28). O sábado veio de DEUS
e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição. Então, não há outro no
universo investido de tamanha autoridade, senão o Filho de DEUS. A expressão “o
Filho do Homem”, no singular, é título messiânico, não é usual ou comum às
outras pessoas. Está claro que JESUS se referia a Ele mesmo. JESUS disse que os
seres humanos não foram criados para observar o sábado, mas que o sábado foi
criado para o benefício deles (Mc 2.27).
3. Dia do culto cristão. O primeiro culto cristão aconteceu no
domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20.19,26). Nesse dia o Senhor JESUS
ressuscitou dentre os mortos (Mc 16.16). O dia do Senhor foi instituído como o
dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os
tempos apostólicos (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). É o “sábado” cristão! O sábado
legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram
revogados e anulados (2Co 3.7-11; Hb 8.13). O Senhor JESUS cumpriu a lei (Mt
5.17,18), agora vivemos sob a graça (Jo 1.17; Rm 6.14).
CONCLUSÃO
A palavra profética anunciava o fim do sábado legal (Jr
31.31-33; Os 2.11). Isso se cumpriu com a chegada do novo concerto (Hb 8.8-12).
Exigir a guarda do sábado como condição para a salvação não é cristianismo e
caracteriza-se como doutrina de uma seita.
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP:
Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico
Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João
Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida,
Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson
EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb
Alessandro Silva
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ESBOÇO DA LIÇÃO 5
1-
INTERPRETANDO O DIA DE SÁBADO
1.1. O
princípio do sábado
1.2 . O sábado
na visão dos mestres da lei
1.3. O
sábado na visão de JESUS CRISTO
2- ENTENDENDO O
DESCANSO DADO POR DEUS
2.1. DEUS
concluiu a obra da criação
2.2. Precisamos
descansar
2.3. Descanso e
adoração
3- ALGUMAS
LIÇÕES E ESCLARECIMENTOS
3.1. Lembra-te
do que DEUS preparou para os fiéis
3.2. Por que
domingo e não sábado?
3.3. Princípios
preciosos para o nosso viver
TEXTO ÁUREO
"E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o
homem por causa do sábado." Marcos 2.27
VERDADE APLICADA
Priorizemos, com confiança e alegria, momentos para adorar ao
Senhor, buscá-Lo de coração e cultivar a comunhão com Ele.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar a interpretação bíblica do sábado
Expor o verdadeiro descanso oferecido por DEUS
Ensinar algumas lições acerca do sábado
TEXTOS DE REFERÊNCIA - Êxodo
20.8-11
8 Lembra-te do dia do sábado, para o
santificar.
9 Seis dias trabalharás, e farás toda
a tua obra.
10 Mas o sétimo dia é o sábado do
Senhor teu DEUS; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha,
nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que
está dentro das tuas portas.
11 Porque em seis dias fez o Senhor os
céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto
abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.
HINOS SUGERIDOS - 93,409, 432
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que desfrutemos do verdadeiro descanso proporcionado por DEUS.
INTRODUÇÃO
Há muitos
comentários sobre o quarto mandamento que têm sido causa de discordância e
confusão na mente de muitos, por não considerarem toda a Palavra de DEUS para
um entendimento apropriado. Assim, veremos na presente lição o que a Bíblia
revela desde o princípio da criação, passando pela entrega dos Dez Mandamentos,
o entendimento dos mestres da Lei e o ensino de JESUS CRISTO, os escritos
apostólicos e finalizando com algumas lições que podemos extrair a partir do
presente estudo.
1-
INTERPRETANDO O DIA DE SÁBADO
Num mundo
capitalista onde o tempo é escasso para tudo, inclusive a familia, o quarto
mandamento nos instrui a resgatar a ideia priorizarmos um tempo para descanso,
lazer, adoração, como expressão de nossa plena confiança no Senhor e gratidão
por Seu constante cuidado.
1.1. O
princípio do sábado
No grego a
palavra “sábado" é "sabbaton”: sua raiz é o verbo "cessar: O
duplo "B" no "sabbaton" é uma forma intensificada, por isso
é uma cessação completa. Foi assim que DEUS definiu o dia de sábado em Gênesis
2.2-3. Ele cessou completamente a obra da criação. Desde, então, o sábado veio
a se referir a esse dia em que as pessoas cessam de trabalhar. É o que nos
,ensina o Antigo Testamento. No sábado não se trabalha, se descansa. Era para
ser um dia de alegria, foi feito para o homem, um dia de descanso, recuperação,
restauração, adoração. Originalmente, o sábado era um dia de descanso e esse
propósito foi mantido na lei mosaica [Êx 16.23-29; 31.14-16; 35.2-3; Dt
5.12-15; Ne 13.15- 22; Jr 17.21-27). A observância do sábado era o
"sinal" da aliança entre Israel e o Senhor [Êx 31.13).
Kevin
DeYoung (Os Dez Mandamentos, Vida Nova, 2020, p. 72 - 73): "Como muito da
teologia, uma compreensão adequada do Sabbath começa em Gênesis. Lemos em
Gênesis 2.3 que "DEUS abençoou o sétimo dia e o santificou': O princípio
do Sabbath, portanto, não foi inventado por Moisés após o Êxodo. ( ... ) Êxodo
20.8 nos chama a lembrar o dia de Sabbath, sugerindo que o Sabbath não estava
sendo chamado à existência no monte Sinai. “Lembra-te" é mais do que uma
palavra mental na Bíblia. Significa recordar e colocar em prática. Lembrar-se
do dia de Sabbath era reconhecer o princípio do Sabbath na criação e
reconhecê-lo
em si mesmo.”
1.2. O sábado
na visão dos mestres da lei
Os mestres da
lei transformaram o dia de sábado no pior dos pesadelos. Criaram regras
infinitas e impossíveis. A ideia era que, quanto mais privações se tivesse no
sábado, mais santa a pessoa se tornava. Eles guardaram suas regras ferozmente,
exigindo que cada pessoa em toda a nação as observasse e, desse modo,
transformaram o sábado em um fardo impossível de carregar, o que, sem dúvida,
nada tinha a ver com o propósito original [Mt 15.6; Mc 7. 9).
Por
um lado, estava claro que eles não entendiam o propósito de DEUS para o sábado
e, por outro, não tinham medo de enterrar a verdadeira Palavra de DEUS sob uma
série de tradições ridículas de sua própria criação. E depois de fazer isso,
eles se estabeleceram como juízes espirituais da nação, julgando os homens de
acordo com suas próprias tradições humanas [Me 7.13]. Na realidade, embora
aparentassem ser homens tementes a DEUS, usavam seus próprios critérios
religiosos acima das Escrituras.
1.3. O
sábado na visão de JESUS CRISTO
JESUS realizou
algumas coisas no sábado. Isso confrontou o sistema religioso de Sua época,
levando JESUS a ser advertido pelos fariseus [Lc 6.2]. Ele foi acusado de
desafiar abertamente a autoridade religiosa dos fariseus. JESUS lhes conta o
que aconteceu com Davi num dia de sábado e lhes chama a atenção anunciando que
é o Senhor do sábado (1Sm 21.1-6; Mc 2.25-28]. A lei dizia que "o sétimo
dia é o sábado do Senhor, teu DEUS" [Êx 20.10] e agora JESUS diz que Ele é
o Senhor do sábado, ocupando claramente a posição que só pode pertencer a DEUS.
Em outras palavras, JESUS havia dito: "Sou o soberano deste dia. Eu
projetei este dia. Eu sou o Criador,, [Jo 1.3; Cl 1.16]. Foi Ele quem descansou
no sábado e o abençoou. Ele é soberano sobre o sábado e é Ele quem interpreta
toda a vontade de DEUS para este dia.
Dewey
M. Mulholland (Marcos - Introdução e comentário, Vida Nova, 1999, p. 64) comenta sobre Marcos 2.27-28: "'JESUS
estabelece a premissa básica sobre o real propósito do sábado, um princípio já
ilustrado na experiência de Davi: "O sábado foi feito para o homem; e não
o homem para o sábado. O sábado foi destinado a suprir as necessidades da
humanidade em relação a DEUS: é um dia de renovação em santidade [Êx 31.12-17].
O sábado também enfatizava os relacionamentos humanos e a justiça social [Dt
5.12-15]. (._.) O Evangelho liberta aqueles que têm sido manipulados pelo
legalismo religioso.
EU ENSINEI QUE:
O quarto
mandamento nos instrui a resgatar a ideia priorizarmos um tempo para descanso,
lazer, adoração, como expressão de nossa plena confiança no Senhor e gratidão
por Seu constante cuidado.
2- ENTENDENDO O
DESCANSO DADO POR DEUS
O propósito de DEUS
ao estabelecer o dia de sábado era trazer bênção ao homem, concedendo-lhe um
merecido descanso de seu trabalho. Nosso maior problema hoje é separar um tempo
para isso e entender que tudo o que DEUS faz é para o nosso bem-estar.
2.1. DEUS
concluiu a obra da criação
O termo “descanso”
usado em Gênesis 2.3, não fala de cansaço, porque DEUS nunca se cansa. Ele
poderia ter criado mais mil universos e não sentir nenhum cansaço [Jo 5.17].
Como um artista que, depois de terminar seu trabalho, se assenta para
contemplá-lo, não porque esteja cansado, mas porque quer apreciar a obra
realizada, assim fez DEUS. Observe que repetidas vezes vemos essa mesma frase: “E
DEUS viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom" [Gn 1.31]. Desde
a criação, o sábado se tornou modelo e uma forma natural para toda a raça humana.
É a ordem natural das coisas: os campos precisam de repouso, as máquinas
necessitam parar para manutenção e assim por diante [Lv 25.4].
O
sétimo dia da criação revela a necessidade natural do descanso de toda a
natureza. O repouso noturno de cada dia não é suficiente para isso. DEUS
abençoou e santificou esse dia não somente para comemorar a obra da criação, mas para que, nesse dia, todos cessem o
trabalho e assim descansem física e mentalmente para oferecer o seu culto de
adoração a DEUS [Ec 3.13].
2.2. Precisamos
descansar
A busca pela
sobrevivência ou por uma realização profissional tem afastado vorazmente o ser
humano de sua casa e de DEUS. São tantos afazeres que um dia de quarenta horas
ainda pediria mais tempo. Tudo isso nos leva a pensar que não precisamos apenas
de um dia de descanso, mas também da capacidade de descansar. Mas como fazê-lo se
estamos sempre acompanhados da sensação de que tudo o que fazemos é incompleto
e imperfeito? Isso para nós seria impossível, a menos que descansássemos nas
obras que CRISTO já realizou por nós [Jo 19.30]. Ele sofreu por nossos pecados
para nos dar perdão e paz. Ele tomou sobre si nossos pecados e falhas; todas aquelas
coisas que fizemos errado ou deixamos incompletas. O que não conseguimos, Ele
conseguiu por nós, de tal forma que aqueles que confiam nEle podem vir a
desfrutar do verdadeiro descanso de DEUS.
O
trabalho não deve se tornar um fim em si mesmo, uma ocasião para se escravizar
ou escravizar os outros; o trabalho visto sob a ótica da criação de DEUS não
pode nos roubar o tempo da adoração. O quarto mandamento
nos
diz para não esquecer a grande obra de DEUS na criação e na redenção. Esquecer
isso é esquecer de adorá-Lo por nos criar e nos salvar [Gn 2.1-3].
2.3. Descanso e
adoração
DEUS ordenou um
dia de descanso para que todos desfrutem. Mas qual a maneira certa de agradar a
DEUS? DEUS nos deu seis dias para cuidar de tudo aquilo que é concernente às
nossas vidas e reservou para Ele um dia em especial [Êx 20.9-10]. Esse
mandamento foi dado aos israelitas para lembrá-los que seu relacionamento com DEUS
era especial. Nenhuma outra nação poderia dizer que o Senhor era seu DEUS,
nenhuma outra guardava o sábado. Somente os israelitas guardavam o sábado como
um dia de adoração ao único DEUS, que era também seu Salvador e Senhor. É preciso
atenção para não sermos sufocados no corre-corre da vida, nos esquecendo de que
somos plenamente dependentes de DEUS, amados e cuidados por Ele.
Comentário
Histórico-Cultural da Bíblia - Antigo Testamento, Vida Nova, 2018, p. 120:
"Não se conhece nenhum conceito equivalente à guarda do sábado nas
culturas do antigo Oriente Próximo. Seu caráter peculiar se deve ao fato de não
estar associado a nenhum padrão ou ciclo da natureza. Portanto, a lei
estabelecia reservar um dia para cessar os trabalhos, ou seja as atividades
normais de cada um. Um tempo de descanso, alegria, apreciar e admirar as obras
de DEUS, em adoração e louvor. Um apropriado antídoto contra o ativismo
desenfreado, sufocante e ganancioso.
EU ENSINEI QUE:
O propósito de DEUS
ao estabelecer o dia de sábado era trazer bênção ao homem, concedendo-lhe um
merecido descanso de seu trabalho.
3- ALGUMAS
LIÇÕES E ESCLARECIMENTOS
Considerando o
posto nos tópicos anteriores, veremos alguns esclarecimentos necessários sobre
o presente assunto e algumas lições preciosas para o viver do discípulo de CRISTO
firmado na perfeita obra redentora de JESUS CRISTO e na revelação da Palavra de
DEUS.
3.1. Lembra-te
do que DEUS preparou para os fiéis
Vemos em
Gênesis 2.2-3 o registro da conclusão da obra divina da criação. Duas
expressões são usadas pelo escritor inspirado pelo ESPÍRITO SANTO: “acabado"
e "descansou” - Ou seja, DEUS concluiu, cessou. Expressões que apontam
para realização cumprida. Não se trata de DEUS estar inativo. Pois Ele sustenta
e interage com Sua criação. Derek Kidner (Gênesis - introdução e comentário, Mundo
Cristão e Vida Nova, 1979, p.50) comenta: "Podemos compará-lo com o
simbolismo desta descrição: JESUS "assentou-se" depois de consumar a
redenção [Hb 8.1; 10.12], para dispensar benefícios aos Seus”. "Lembra-te"
da bênção do repouso, descanso. Separe ("santificar”) um tempo para
desfrutar do que o Bom DEUS criou, descansar confiando em DEUS como nosso
provedor, mantenedor, protetor. Em uma rotina tão intensa, priorize momentos de
adoração. Buscar o reino de DEUS e a Sua justiça [Mt 6.33).
O
trabalho jamais deveria roubar o tempo que deve ser dado à família, ao Lazer e
a nós mesmos para uma renovação de forças e ideias. Vivemos em um mundo
capitalista que pouco a pouco vai nos tornando ansiosos e ocupados cada vez
mais com os afazeres. Quando o trabalho toma o tempo de DEUS, da familia e da
alma, está na hora de agirmos. Devemos resgatar a ideia de guardarmos um tempo para
o descanso da mente e do corpo, da consagração a DEUS e do lazer [SI 37.5;
119.10].
3.2. Por que
domingo e não sábado?
O que significa
o quarto mandamento para o cristão? O que mudou? O sábado do Antigo Testamento
era uma sombra de coisas futuras, apontava para o repouso completo e final que só
podemos encontrar em JESUS CRISTO [CI 2.16-17]. JESUS deu um novo significado ao
trabalho e ao descanso. JESUS veio ao mundo para concluir a obra do Pai e, com
base nesse trabalho, pode dar descanso às nossas almas [Mt 11.29; Jo 4.34]. Os
israelitas olhavam para trás rememorando a criação e a redenção [Dt 5.12-15].
Mas nós olhamos para JESUS que realizou um êxodo ainda mais poderoso. JESUS é
cumprimento do sábado, como também de todos os outros mandamentos.
Tradicionalmente, os cristãos realizavam seus principais cultos corporativos de
adoração aos domingos, o primeiro dia da semana, em celebração da ressurreição de
CRISTO, que ocorreu em um domingo [Mt 28.1; Mc 16.2; Lc 24.1; Jo 20.1].
3.3. Princípios
preciosos para o nosso viver
A grande lição
que aprendemos aqui é que o Senhor deseja que dediquemos a Ele um tempo especial
de adoração. E quem deverá sair ganhando com isso? Claro que somos nós. DEUS
deseja se relacionar conosco, nos ouvir e, também, falar aos nossos corações
[Tg 4.8]. Para que isso aconteça precisamos parar, DEUS não nos chama para
estabelecer esse tempo por força. Esse mandamento nos ensina a ter ética de
lazer, assim como uma ética de trabalho [Ec 3.1]. Aponta, também, para
descansarmos na obra consumada por Nosso Senhor JESUS CRISTO (Hb 4.3].
Descansar confiando, sem receios, pois o Senhor provê e cuida. Somos
dependentes dEle.
Vemos
que os cristãos não são obrigados a seguir regras rígidas quanto à observância
de algum dia da semana para adoração (Rm 14.5-6]. O congregar é importante e
enfatizado [Hb 10.25]. É notório que não há um texto no Novo Testamento que
ordene aos discípulos de CRISTO a guarda do sétimo dia. Descansemos, pois,
confiantes na obra consumada por CRISTO na cruz. Permaneçamos "firmes na
liberdade com que CRISTO nos libertou" [Gl 5 .1]. Andando em ESPÍRITO, à
luz da Palavra de DEUS, desfrutando com ações de graças o que o Bom DEUS
preparou para os féis, sabendo que Poderoso é o Senhor para continuar nos
guardando para a herança "guardada nos céus” para nós [1Tm 4.3~4; Cl 2.16-17;
1Pe 1.4].
EU ENSINEI QUE:
Em uma rotina
tão intensa, devemos priorizar momentos de adoração.
CONCLUSÃO
A vida poderia
ser muito mais saudável e feliz para todos nós se, em vez de nos ocuparmos
tanto com as coisas da vida, corrêssemos para os braços de DEUS, no afã de
adorá-Lo e conhecê-Lo melhor a cada dia.