Escrita Lição 4, BETEL, Não tomarás o nome do Senhor teu DEUS em vão. A Santidade e a Honra ao Único e Verdadeiro DEUS, 4Tr24, Com. Extras Pr Henrique, EBD NA TV
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EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De 2024, Tema, OS DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada, Escola Bíblica Dominical
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ESBOÇO DA LIÇÃO
1- CONHECENDO O TERCEIRO MANDAMENTO
1.1. A importância do mandamento
1.2. O nome sagrado de DEUS
1.3. O tetragrama
2- A AUTORIDADE DE UM NOME
2.1. O significado de um nome
2.2. Um nome sem igual
2.3. Revelação de DEUS em Seus nomes
3- RELACIONANDO-SE COM INTEGRIDADE
3.1. Freando a profanação
3.2. Honrando o nome de DEUS
3.3. Crucificando o velho homem
Mostrar a relação entre o nome de DEUS e Sua pessoa
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Explicar que devemos honrar esse poderoso nome.
33- Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás
teus juramentos ao Senhor.
34- Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o
trono de DEUS;
35- Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque
é a cidade do grande Rei;
36- Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou
preto.
37- Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disto é
de procedência maligna.
TERÇA | 1 Sm 25.17-25 Aprenda a não errar com o erro dos outros.
QUARTA | Is 46.9-10 Não há outro DEUS.
QUINTA | Ef 2.19 Somos concidadãos dos Santos.
SEXTA | 1 TS 5.22 Devemos nos abster de toda aparência do mal.
SÁBADO | Tg 5.12 Que a nossa palavra seja sim, sim e não, não.
HINOS SUGERIDOS: 154, 327, 526
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Pr. Luiz Henrique de Almeida
Silva
"Nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso DEUS.
Eu sou o SENHOR." (Lv 19.12)
O terceiro mandamento proíbe o juramento indiscriminado e leviano, pois o voto
é um tipo de compromisso que deve ser reservado para uma solenidade excepcional
e incomum.
Segunda - Dt 6.13 O cuidado do juramento em nome de DEUS
Terça - Gn 14.18-20 O DEUS de Melquisedeque era o mesmo DEUS de Abraão
Quarta - 1 Pe 1.15, 16 DEUS é santo e exige santidade de seu povo
Quinta - Mt 6.9 É dever do cristão santificar o nome divino
Sexta - Ec 5.2-5 O cuidado antes de fazer um voto a DEUS
Sábado - Tg 5.12 A linguagem do cristão deve ser sim, sim e não, não
Interpretar corretamente o mandamento "Não tomarás o nome do Senhor em
vão".
Ao lado, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir
em cada tópico.
Mostrar como eram usados os nomes no Antigo Testamento.
Apontar o problema da pronúncia do nome de DEUS.
Elencar as modalidades dos juramentos no Antigo Testamento.
Apresentar a perspectiva de JESUS sobre o juramento
1. O nome.
2. Nomes genéricos.
3. Nomes específicos.
II. O NOME QUE SE TORNOU INEFÁVEL
1. A pronúncia do nome divino.
2. Jeová ou Javé?
3. O significado.
III. TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO
1. O terceiro mandamento (Êx 20.7; Dt 5.11).
2. Juramento e perjúrio.
3. Modalidades de juramentos.
IV. O SENHOR JESUS PROIBIU O JURAMENTO?
1. Objetivo do terceiro mandamento.
2. A proibição absoluta.
3. A proibição relativa.
A linguagem do cristão deve ser sim, sim ou não, não. Não há necessidade de
jurar, pois o testemunho, como crente em JESUS, fala por si mesmo. Se alguém
precisa jurar para que se acredite em suas palavras, tal pessoa precisa fazer
uma revisão de sua vida espiritual. Por essa razão, devemos viver o que
pregamos e pregar o que vivemos.
SÍNTESE DO TÓPICO I - No Antigo Testamento, o nome de uma pessoa tinha a função
de mostrar o caráter ou a índole de um indivíduo.
SÍNTESE DO TÓPICO II - A pronúncia do tetragrama, YHWH, o que seria o nome
exato de DEUS, perdeu-se no tempo.
SÍNTESE DO TÓPICO III - O terceiro mandamento corresponde a usar o nome de DEUS
de forma superficial, em conversas triviais, fúteis e insignificantes
SÍNTESE DO TÓPICO IV A linguagem do cristão deve ser usada na perspectiva de
JESUS: sim, sim ou não, não.
TEXTO ÁUREO
“Não tomarás o nome do Senhor, teu DEUS, em vão; porque o Senhor
não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” Êxodo 20.7
VERDADE APLICADA
Nosso viver em todas as áreas deve estar de acordo com nossa
identidade de discípulos de CRISTO, para que DEUS seja glorificado.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar a importância do terceiro mandamento
TEXTOS DE REFERÊNCIA - MATEUS 5
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o nome de DEUS seja honrado em nossas vidas.
PONTO DE PARTIDA: O nome de DEUS é santo
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO 4
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Lição 5 - Não Tomarás o Nome Do Senhor Em Vão
Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2015 - CPAD - Para adultos
Tema: OS DEZ MANDAMENTOS - Valores Imutáveis Para Uma Sociedade Em
Constante Mudança
Comentários: Pr. Esequias Soares
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 20.7; Mateus 5.33-37; 23.16-19
Êxodo 20.7 Não tomarás o nome do SENHOR, teu DEUS, em vão; porque o
SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
Mateus 5.33 Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não
perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor. 34 Eu, porém, vos digo
que, de maneira nenhuma, jureis nem pelo céu, porque é o trono de DEUS, 35 nem
pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a
cidade do grande Rei, 36 nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar
um cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não,
porque o que passa disso é de procedência maligna.
Mateus 23.16 Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer
que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é
devedor. 17 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o templo, que
santifica o ouro? 18 E aquele que jurar pelo altar, isso nada é; mas aquele que
jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. 19 Insensatos e
cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar, que santifica a oferta?
Resumo da Lição 5 - Não Tomarás o Nome Do Senhor Em Vão
I
NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR EM VÃO
Será que este mandamento se refere a apenas dominarmos a nossa
língua para não misturarmos o nome de DEUS em expressões banais, tais como:
"Meu DEUS do Céu", "DEUS é brasileiro", "Ai meu
DEUS" ou "Por DEUS"? Ou ainda "Se DEUS quiser",
"Que DEUS te ajude e a mim não desampare"? Será mesmo que o terceiro
mandamento se refere exclusivamente a esses ditados populares que sequer
existiam na época em que ele foi proferido por DEUS?
Quando estudamos a natureza da religião egípcia dirigida por Faraó,
percebemos que o rei fazia tudo em nome do seu deus. Muitos eram os deuses do
Egito: deuses Rá, Osíris, Amon, Serápis e muitos outros. Faraó se declarava o
dono da terra, das suas colheitas e, em nome do seu deus, ele se via o dono do
povo egipciano.
As guerras e os roubos das nações eram feitos em nome desses
deuses. O culto aos deuses egípcios encobria as maldades, perversidades,
riquezas palacianas, mentiras e a escravidão da realeza. Tudo era legitimado
pelo culto prestado a tais divindades. Uma prática normal que, mais tarde,
influenciou as nações da região de Canaã. O problema de legitimar todas as
práticas de Faraó em nome de um deus é que o rei não estava interessado em
saber qual era a real vontade desta suposta divindade, mas apenas usar o seu
nome para legitimar todo o seu projeto de poder real. Com o DEUS de Israel, o
seu nome não poderia ser tomado em vão.
O povo de Israel não poderia usar o nome de DEUS para reproduzir o
mesmo modelo enganador de Faraó. O Criador não estava interessado que o Seu
nome fosse usado para legitimar interesses de autoridades reais, mas que, de
fato, colocassem em prática a sua suprema vontade. Ele não estava disposto a
servir aos interesses do povo, mas o povo deveria viver os Seus interesses.
DEUS revelou o Seu nome a Moisés: "EU SOU O QUE SOU. Disse
mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós [...] o DEUS de
vossos pais, o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaac e o DEUS de Jacó me enviou até
vós. Este é o meu nome eternamente" (Êx 3.14,15). Ele é o EMANUEL, o DEUS
conosco. Mais tarde os líderes usaram o nome de DEUS em vão, sistematicamente,
colocando sobre o povo uma carga que nem eles aguentavam (Mt 23.4). Proposições
que em nada tinham a ver com a vontade de DEUS, a sua justiça, misericórdia e
amor (Mt 23.23-24). Eles banalizaram o nome de DEUS! Mas JESUS é o santo nome,
o DEUS Conosco, a plena revelação da divindade. O nome que revela amor, justiça
e misericórdia.
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 61, p.39.
Observação do Pr. Luiz Henrique:
Não nos esqueçamos de que o hebraico não possui vogais, ou seja,
não possui elementos diacríticos, ou complementares para que se pronuncie
qualquer palavra, porém foram colocados esses elementos diacríticos muito
depois de CRISTO, pelos massoretas, para preservar a linguagem e para que
outros povos pudessem ler corretamente o que se escrevia em hebraico.
Exemplo para compreendermos: A palavra você possui essas 4 letras V
- O - Ç - Ê
Na linguagem da internet usamos simplesmente VC e todos
compreendem. Assim as letras O e E são dispensáveis para quem usa a internet,
são diacríticas. Porém para quem não usa a internet isso é incompreensível,
essas pessoas não compreenderiam VC como você escritos em um jornal ou revista.
Dedução lógica: O que é diacrítico para uns, é indispensável para outros.
Para que os que que leem hebraico pudessem compreender os fonemas
da língua hebraica e para que a língua original fosse preservada, foram
acrescentados os diacríticos pelos massoretas. Para quem sabe o hebraico esses
diacríticos são desnecessários, são dispensáveis.
O nome de DEUS segundo as letras do Tetragrama seria,
aproximadamente, em português: IUD-REI-VAV-REI. Saibamos que nunca é certo
afirmar que essa é a tradução correta já que os judeus há mais de 2500 anos não
o pronunciam.
Curiosidades (http://pt.wikipedia.org/wiki/Nomes_de_DEUS_no_juda%C3%ADsmo):
O nome Ehyeh (hebraico: אֶהְיֶה) vem da frase אהיה אשר אהיה
"ehyeh-asher-ehyeh" (Êxodo 3:14), geralmente traduzida como Eu
sou o que sou.
HaShem (no hebraico: השם) significa O Nome, e é utilizado
durante as ocasiões normais da vida cotidiana, enquanto Adonai é utilizado no
contexto religioso. Este termo não é bíblico, aparecendo a primeira vez nos
Rishonim (autoridades rabínicas medievais).
Comentários de vários autores com algumas observações do Pr. Luiz
Henrique
INTRODUÇÃO
As informações sobre cada um dos dez mandamentos do Decálogo são
fornecidas ao longo do Pentateuco e em muitos casos em toda a Bíblia, e aqui
não é diferente. O texto não expressa de maneira explícita, mas deixa claro que
diz respeito a tudo o que se refere ao nome de DEUS. Há expositor que exagera
ao dizer que não é possível saber o que este mandamento quer dizer com as
palavras: "Não tomarás o nome do SENHOR, teu DEUS, em vão; porque o SENHOR
não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êx 20.7; Dt 5.11). O
contexto bíblico esclarece o que DEUS está nos ensinando e mostra a abrangência
do referido mandamento. Fala sobre o uso de modo trivial do nome divino,
proibindo o perjúrio e toda a forma de profanação e blasfêmia do nome de Javé.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 49.
Gestos e Atos Acompanhantes (dos Juramentos)
As palavras, por mais solenes que sejam, não eram consideradas
suficientes, por aqueles que faziam juramentos. Certo ritual desenvolveu-se em
tomo dos juramentos, conforme se vê nos cinco pontos abaixo:
1. A mão era estendida (Eze. 17:18).
2. A mão era erguida para o céu, como que apelando para DEUS como
testemunha (Deut. 32:40).
Nesse caso, quem jurava erguia sua mão direita (Dan, 12:7; Apo.
10:5,6). O próprio DEUS aparece fazendo esse gesto (Isa. 62:8), o que é um puro
antropomorfismo.
3. Aquele que recebia o juramento punha a mão sob os órgãos
genitais de quem jurava. Como eufemismo, é usada a palavra «coxa» (Gên. 24:2;
47:29). Alguns intérpretes pensam que isso já representa um exagero!
4. Aquele que proferia o juramento podia reforçá-lo dando um
presente àquele a quem era feita a promessa (Gen. 21:25-32).
5. Sacrifícios de animais podiam ser oferecidos, para solenizar
ainda mais os juramentos (Gên. 15:9,10).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag.674.
I. O NOME DIVINO.
1. O NOME.
Os nomes de DEUS (YHWH)
O hebraico não tem vogais e estas foram acrescentadas ao longo dos
anos, exatamente para se permitir a pronúncia. Em virtude disto, as variações
que surgiram fazem com que se tenham diferentes formas para o nome. Com relação
ao nome de DEUS, então, como os judeus não o pronunciam, não houve, por parte
deles, qualquer interesse em fazê-lo. De qualquer modo, a forma mais antiga e
considerada mais próxima da realidade é Javé, embora, repitamos, a forma
impronunciável seja a única aceita pelos judeus. A forma Jeová, entretanto, é
bem mais recente e foi utilizada como um estratagema para se permitir a
pronúncia do nome impronunciável de DEUS, utilizando-se das vogais do nome
"Adonai", que quer dizer Senhor. Portanto, Jeová não é, em absoluto,
o nome originariamente dado ao tetragrama, residindo aí, até, um dos grandes
equívocos dos seguidores de Charles Russell.
‘El Shaddai: DEUS todo poderoso e protetor." QUE NOS TOMA EM
SEUS BRAÇOS E NOS PROTEGE" (FIGURA DE UMA GALINHA CHOCANDO SEUS PINTINHOS,
MÃE QUE AMAMENTA E NUTRE SEU FILHO)
CONHECENDO A DEUS
OSÉIAS 4. 6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta
o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento, também eu te
rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste
da lei do teu DEUS, também eu me esquecerei de teus filhos. 6.6 Pois
misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de DEUS, mais
do que os holocaustos.
ROMANOS 1. 28 E assim como eles rejeitaram
o conhecimento de DEUS, DEUS, por sua vez, os entregou a um
sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm;
Para se conhecer uma pessoa precisamos andar com essa pessoa, falar com a
mesma, ouvi-la e analisá-la; mas para conhecermos a DEUS, precisamos de fé,
pois DEUS é ESPÍRITO, sendo discernido e compreendido somente espiritualmente,
pela fé.
Os nomes de DEUS revelam algumas de suas qualidades, pois nunca poderíamos
compreender tudo a respeito d`ELE:
Os nomes de DEUS em relacionamento com o ser humano:
‘El Shaddai: “DEUS todo poderoso”
‘El Elyon: “DEUS Altíssimo”
‘El Ròi: “O DEUS que vê”
‘El Olam: “O DEUS eterno”
‘El Elohe Yisráel: “DEUS, o DEUS de Israel”
Yawehw-Ropheka: “O Senhor teu médico”
Yaweh- Nissi: “O Senhor minha bandeira”
Yaweh- Shalon: “O Senhor é minha paz”
Yaweh Rafá: "O senhor que Sara (ou cura)"
Yaweh- Ròi: “O Senhor é o meu pastor”
Yaweh- Tsidkenu: “O Senhor justiça nossa”
Yaweh- Shammah: “O Senhor está ali”
Yaweh- Sabaoth: “O Senhor dos exércitos”
Qedosh Yisráel: “O santo de Israel”
Tsur: “Rocha”
Abba: “Pai” ou “O Pai”
Melek: “Rei”
Gòel: “Redentor”
Rishoh Wa-Acharon: “O 1º e o último”
Elohe ‘Emeth: “O Verdadeiro”
EL = DEUS
Títulos dados ao Criador (http://pt.wikipedia.org/wiki/Nomes_de_DEUS_no_juda%C3%ADsmo)
Avinu Malkeinu- Pai Nosso, Rei Nosso
Boreh - O Criador
Elohei Avraham, Elohei Yitzchak ve Elohei Ya`aqov — "DEUS
de Abraão, DEUS de Isaque e DEUS de Jacó"
El ha-Gibbor — "DEUS Forte".
Emet — "Verdade".
E'in Sof — "Infinito", nome cabalístico de DEUS.
Ro'eh Yisrael — "Pastor de Israel".
Ha-Kaddosh, Baruch Hu — "O SANTO, Bendito Ele".
Kaddosh Yisrael — "SANTO de Israel".
Melech ha-Melachim — "O Rei dos Reis".
Magen Avraham — "Escudo de Abraão".
Os atributos de DEUS revelam alguns aspectos d`ELE que não são
vistos em nenhum outro ser:
Soberania: DEUS É Supremo, Chefe, Dono.
Eternidade: Sem Princípio E Sem Fim. Sempre Existiu E Sempre
Existirá.
Onisciência: Sabe De Tudo, Todas As Coisas; Sabe Quantos Fios De
Cabelo Tem Em Nossa Cabeça, Sabe O Que Precisamos Antes De Pedirmos.
Onipresença: Está Em Toda Parte Ao Mesmo Tempo, Ninguém Se Esconde
De DEUS; Sabe O Nosso Deitar E Levantar.
Onipotência: Pode Tudo, É Autossuficiente, Cria O Que Quer E
Destrói O Que Quer; Ele Mesmo Faz A Ferida E Ele Mesmo A Sara.
Imutável: O Mundo Vai Ser Destruído, Mas A Palavra De DEUS
Permanece Para Sempre; DEUS Sempre Foi Esse Mesmo DEUS, Ele Nunca Mudará; O Que
DEUS Pensava Há 5.000 Anos, Ele Pensa Hoje Do Mesmo Jeito E Vai Continuar
Pensando Pela Eternidade, Por Isso A Bíblia É Sempre Atual.
No relacionamento de DEUS conosco também conhecemos mais
d`ELE:
Retidão: DEUS Nunca Erra.
Justiça: DEUS Jamais É Desonesto.
Amor: DEUS Ama Com Amor Desinteressado, Puro.
Amor Agape = Amor De DEUS. Veja 1 Coríntios 13
Verdade: DEUS Não É Homem Para Que Minta. Tudo Que DEUS Fala É
Verdade.
Os Judeus Não Pronunciam O Impronunciável Nome De DEUS, Pois Por
Mais Que Coloquemos Adjetivos Ao Nome De DEUS, Nunca Conseguiremos Chegar À
Totalidade De Bondade, Amor, Misericórdia, Poder Etc..., De DEUS.
Só O Vocábulo "El" Já Quer Dizer
"O Todo Poderoso".
7 nomes de DEUS - ou melhor - Contatos de DEUS com o homem que O
denominou assim (betel@beteldomincal.com.br)
DEUS se revela através de sete nomes redentores, demonstrando assim
Sua natureza Sétupla (sete é o número perfeito e completo nas Sagradas
Escrituras) que transmite à nossa vida Suas bênçãos sétuplas quando nós O
recebemos.
Os Sete nomes redentores de Jeová são:
Yaweh-TSIDKENU – “O Senhor é a nossa Justiça”
(Jr. 23:6) - este nome de Yaweh aparece em uma profecia
referente a futura restauração e conversão de Israel, então Israel O clamará
como Yaweh-TsidKenu o Senhor Nossa Justiça.
Yaweh-SHALOM – “O Senhor nossa paz” ou “O Senhor
envia paz” (Jz 6:23 e 24). Quase todo o Ministério de Yaweh encontra
expressão e ilustração neste capítulo. Yaweh odeia e
julga o pecado.
Yaweh-RAAH – “DEUS é nosso Guia” ou Pastor (Sl.
23:1) - O Senhor é meu pastor e nada me faltará.
Yaweh-RAFÁ – “DEUS é nosso médico ou aquele que
cura” (Êxodo 15:26). O Contexto mostra que se refere à cura física, mas está
implícita a cura mais profunda da enfermidade da alma.
Yaweh-JIRÉ – “DEUS é nosso provedor” ou
fonte (Gn. 22:14) - O Senhor proverá, isto é, proverá para si o holocausto ou o
sacrifício, Abraão viu o dia do Senhor.
Yaweh-SHAMÁ – “DEUS está sempre presente” (Ez.
48:35) - O Senhor está sempre presente, este nome significa a presença
permanente do Senhor Jeová no meio do Seu povo.
Yaweh-NISSI – “DEUS é nossa vitória” (Êx. 17:15)
- O Senhor é a nossa bandeira; o nome é interpretado pelo contexto. De maneira
um pouco familiar, depois da derrota dos amalequitas, Moisés ergueu um altar e
o denominou de Yhweh Nissi o senhor é a minha bandeira. Esses, entretanto não
são nomes de DEUS; mas, apenas, comemoram certos acontecimentos .
Uma lista dos vários nomes de DEUS a partir das Escrituras.
DEUS (el, elah,elohim, eloah)
Jeová (Yahweh)
DEUS (tsur — ‘rocha’)
(Is 44.8)
DEUS (theos) (NT)
Senhor (kurios) (NT) (acionai) (AT) Divindade (theotes) (Cl 2.9)
(theios) (At 17.29)
(theiotes) (Rm 1.20)
Altíssimo (elion) (SI 18.13, etc.)
(Impsistos) (Mt 21.9, etc.)
SANTO (de Israel) (qadosh) (SI 71.22, etc.) Poderoso {el) (SI 50.1)
(gibbor) (Dt 10.17, etc.)
DEUS dos deuses (Dt 10.17)
Senhor dos senhores (Dt 10.17)
Doador de luz (Maor) (Gn 1.16)
Pai (ab) (AT: SI 89.26, etc.)
(pater) (NT: Jo 5.17, etc.)
Juiz (shafat) (Gn 18.25, etc.)
Redentor (gaal) (Jó 19.25)
Salvador (yasha) (AT: Is 43.3)
(soler) (NT: Lc 1.47)
Libertador (palat) (SI 18.2, etc.)
Escudo (magen) (SI 3.3, etc.)
(também Broquel, SI 18.30)
Força (eyaluth) (SI 22.19)
Todo-poderoso (shaddai) (Gn 17.1, etc.) DEUS que vê (el roi) (Gn
16.13)
Justo (tsaddiq) (SI 7.9, etc.)
Senhor dos exércitos
(elohim tsebhaoth) (Jr
11.20)
MERRILL C.
TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag.
125.
Respeito pelo Nome Divino. Acima de todos os outros povos, os
hebreus respeitavam e temiam a DEUS. Por essa razão, não usavam o nome de DEUS
frivolamente. Eles pronunciavam os nomes de DEUS com alterações que lhes
permitiam não terem de verbalizar os sons exatos desses nomes. Os escribas
registravam os nomes de DEUS lavando frequentemente as mãos. Um dos mandamentos
mosaicos, o terceiro, proibia o uso frívolo do nome divino (Êxo. 20.7). Sabemos
que as culturas antigas acreditavam no poder espiritual dos nomes. Saber qual o
nome de uma divindade, ou de um demônio, supostamente dava à pessoa certo poder
sobre essa divindade ou demônio, em momentos de necessidade. No caso dos
demônios, o conhecimento dos nomes deles poderia ser um meio de expeli-los.
Esses fatos demonstram o respeito que algumas pessoas tinham pelos nomes, e
talvez esse fosse um dos motivos pelo extremo respeito que os judeus tinham
pelo nome divino. No judaísmo posterior, encontramos o uso espiritual de nomes;
mas não temos evidências a esse respeito quanto à primitiva cultura judaica,
embora isso deva ter existido em algum grau e de alguma maneira.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4131.
É característico do sistema hebraico-cristão o uso dos nomes para a
deidade como instrumentos para a revelação divina. Os vários nomes, simples e
compostos, empregados tanto no AT quanto no NT, não são meras construções ou
designações humanas. Antes, são instrumentos reveladores, aparecendo como
pontos centrais na carreira do povo israelita, e refletindo a autorrevelação de
DEUS.
A simpatia de Israel por nomes refletia a atitude geral para com a
nomenclatura que era comum aos povos antigos. Com eles o nome de uma pessoa não
era apenas uma designação de uma relação familiar — não uma simples posse — mas
algo distintivamente pessoal. Embora não haja nenhuma evidência de que no uso
israelita dos nomes estes eram considerados (como em algumas culturas) por
conter poderes espirituais, todavia os nomes eram vistos com muito respeito.
Isto era verdadeiro acerca dos nomes pessoais; e a mesma seriedade é aparente
no emprego das designações para a divindade entre os povos do AT.
Na cultura semita, os nomes eram frequentemente usados para
designar uma característica da pessoa nomeada. O sentimento parece ter sido o
de nominar sua personalidade. Um exemplo deste tipo de uso é encontrado no caso
do nome de Jacó, que significa “suplantador”, cujo sujeito era de fato uma
pessoa astuta e egocêntrica.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura
Cristã. Vol. 1. pag.123.
2. NOMES GENÉRICOS.
O nome Elohim apresenta os primeiros vislumbres da Trindade. A
declaração de Gênesis 1.1; traz o verbo no singular, "criou", e o
sujeito no plural Elohim, "DEUS", o que revela a unidade de DEUS na
Trindade. Construção similar aparece em várias partes do Antigo
Testamento: "E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança" (Gn 1.26); "Então disse o SENHOR DEUS:
Eis que o homem é como um de nós" (Gn 3.22); "Eia, desçamos
e confundamos ali a sua língua" (Gn 11.7). A Trindade é vista em
Elohim à luz do contexto bíblico. O Novo Testamento explicitou o que antes
estava implícito no Antigo Testamento. Quando Elohim refere-se às divindades
falsas traz no plural o verbo, o pronome ou o adjetivo, representando a
multiplicidade. Quando, porém, aplicado ao DEUS de Israel, o verbo e o seus
complementos vêm geralmente no singular.
Os rabinos reconheceram a pluralidade neste nome, mas, como o
judaísmo é uma religião que defende o monoteísmo absoluto, e não admite JESUS
CRISTO como o Messias de Israel, fica difícil para eles entenderem essa
pluralidade. Para explicá-la, argumentam ser um plural de majestade, mas isso é
uma determinação rabínica posterior. A definição de plural de majestade ou de
excelência, como disse, foi dada pelo rabinato posterior. Disse Shlomo ibn
Yitschaki, conhecido pela sigla RASHI, grande rabino e erudito judeu (nascido
em 1040): "O plural de majestade não significa haver mais de uma pessoa na
divindade". Essa declaração serviu para o judaísmo prosseguir sua marcha
mantendo o monoteísmo absoluto sem JESUS e sem o ESPÍRITO SANTO.
No relato da criação e em muitas outras passagens do Antigo
Testamento, Elohim é nome próprio usado como forma alternativa de Javé. Segundo
Umberto Cassuto, esse nome é usado para se referir à ideia obscura e mais
abstrata da deidade, de um DEUS universal e Criador do mundo, indicando a
transcendência da natureza de DEUS; ao passo que Javé aparece quando as
características estão claras e concretas e sugere um DEUS pessoal que se
relaciona diretamente com o povo.
No capítulo um de Gênesis, DEUS aparece como o Criador do universo
físico e como o Senhor do mundo, exercendo domínio sobre todas as coisas. Tudo
quanto existe veio à existência por causa exclusiva de Seu fiat (poder
criador), sem qualquer contato direto entre Ele e a natureza. Portanto,
aplicando-se aquelas regras, aqui cabe o uso do nome Elohim (CASSUTO, 1961, p.
32).
Elohim é um dos nomes próprios de DEUS, mas aparece como apelativo
no Antigo Testamento quando se refere a divindades falsas, por exemplo os
deuses do Egito (Êx 12.2) e de outras nações (Dt 13.7,8; Jz 6.10). A palavra é
usada com relação às imagens dos cultos pagãos (Êx 20.23). As Escrituras fazem
uso irregular de Elohim em referência a seres sobrenaturais (1 Sm 28.13) e
juízes (SI 82.6). Aparece também, cerca de 20 vezes, com relação às divindades
pagãs individuais.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 51-53.
1. El, um termo para indicar DEUS (deus), ou seja, a deidade
verdadeira ou falsa, ou mesmo um ídolo que os homens chamem de «deus» (Gên.
35:2), como o DEUS de Betel (Gên. 31:13). El era o nome do deus supremo da
religião Cananéia, cujo filho era Baal. O plural de El é Elohim, palavra que
também pode significar deuses, ou que pode ser usada como um aumentativo para
referir-se a um elevado poder, o DEUS supremo. O sentido básico de El, é
«força».
2. Elyon, El Elyon, o DEUS Altíssimo, título usado em conexão com a
adoração de Melquisedeque (ver Núm. 24:16). Em Salmos 7:17 a palavra aparece
composta com Yahweh. Em Daniel 7:22,25 há um plural aramaico dessa palavra.
3. Elohim, embora seja plural, podendo ser traduzida por «deuses»,
essa palavra pode indicar o Ser supremo, sendo usado o plural para enobrecer a
palavra, e não para que pensemos no verdadeiro plural. A própria palavra é um
plural de El e retém, por isso mesmo, o sentido básico de «força», «poder». A
presença desse nome, na narrativa da criação (no plural), tem dado origem à
interpretação trinitariana da palavra, ali; mas isso é uma cristianização da
passagem, e não uma verdadeira interpretação. Gênesis 1-1 faz com que esse seja
o primeiro nome de DEUS na Bíblia.
4. Eloah, uma forma singular de Elohim, e com o mesmo sentido de
El. Essa forma variante encontra-se principalmente na linguagem poética, pelo
que aparece, com mais frequência, no livro de Jó.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4131.
O nome El é uma das mais antigas designações para deidade no
mundo antigo. Ele forma o componente básico do termo geral para DEUS na
Babilônia e na Arábia, assim como com o povo israelita. É evidente que os
conceitos que algumas vezes estavam vinculados ao termo El, no mundo da
antiguidade, eram indignos do DEUS da Bíblia, mas isto não diminui a
importância da ocorrência do termo no tronco racial do Oriente Médio. É um
termo muito antigo, e muitos consideram razoável deduzir que o termo foi
conservado como revelação primitiva, um Uroffenbarung (revelação original).
O termo El parece sugerir poder e autoridade. Nesta conexão, John
P. Lange diz: Poder, grandeza, imensidão, altura, de acordo com o que eles
representam pelas concepções do dia, levados até a extensão mais completa
permitida pelo conhecimento do dia; este é o ideal de El e Elohim, como visto
na congruência etimológica dos epítetos ligados àqueles de Gênesis. (Commentary
on the Holy Scriptures, I, 109n.)
Assim, o significado original de El pode ter sido: (a) ser forte;
(b) ter aumentado as esfera de controle; ou (c) possuir força de ligação.
Walther Eichrodt sugere que: é válido observar que qualquer um destes
significados que adotamos enfatiza a distância entre DEUS e o homem. Nisto eles
estão em conformidade básica com a característica básica do conceito semita de
DEUS, a saber, aquilo que é de primeira importância não é o sentimento de
parentesco com a deidade, mas o temor e tremor em face a sua majestade
irresistível. Um outro ponto que é necessário observar é que eles não
identificam a Divindade como algum objeto natural, mas o descreve como o poder
que fica por trás da Natureza, ou a vontade dominante manifesta nela (Theology
of the OT, p. 179).
O nome El, quando aplicado a DEUS, é geral e inclusivo, e inclui o
significado primário de poder ou capacidade (Gn 17.1; 28.3; 35.11; Js 3.10; 2Sm
22.31,32; Ne 1.5; 9.32; Is 9.6; Ez 10.5). Muitos se sentem justificados ao
concluir que o seu emprego e a vasta ocorrência testemunha em favor um
monoteísmo primitivo, do qual o politeísmo representou um desvio. Certa atenção
será dada posteriormente ao uso frequente da forma plural, Elohim. no AT.
Agora, é necessário dizer que o nome El carrega não apenas a conotação de
poder, mas também a ideia da transcendência da Deidade.
Se o nome El era um termo geral para a divindade no pensamento dos
antigos povos das Terras Bíblicas e do Oriente Médio da antiguidade, o nome
Yahweh (transliterado Jeová) era um nome especificamente israelita para DEUS. O
significado básico do termo parece ser: “Aquele que é” ou “Aquele que está
verdadeiramente presente.”
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura
Cristã. Vol. 2. pag. 124.
O termo genérico. DEUS (Elohim). O livro de Genesis
imediatamente atribui a criação do universo e do homem a Elohim, (um nome
genérico para divindade, cujo equivalente é theos em grego, DEUS em latim, e
DEUS também em português). O substantivo plural ('eloah, 'elohim) no uso pagão
significava a pluralidade de deuses, ao passo que o Antigo Testamento exclui o
politeísmo de uma forma bastante específica: (a) Na prosa, a forma plural
elohim era normalmente usada para divindade (monoteísta ou politeísta), e a rara
forma singular eloah era especialmente reservada para a poesia (cf. Jó, onde
eloah aparece mais frequentemente do que em todo o resto do Antigo Testamento),
(b) Exceto quando usada em relação a deuses pagãos (por exemplo, em Gn 31.30;
Êx 12.12), a forma plural elohim é uniformemente usada no Antigo Testamento,
mas, com um adjetivo no singular, para excluir a má interpretação politeísta. A
intenção, ou o conteúdo é, portanto, mais importante do que a etimologia ou a
derivação para determinar o significado. (c) A narrativa da criação no livro de
Genesis atribui a criação do universo e, especialmente do homem, a Elohim, cuja
atividade criadora o diferencia dos mitos pagãos de divindades múltiplas que
competem entre si. (d) Embora algumas vezes a doutrina da Trindade tenha sido
atribuída à forma plural Elohim, é mais provável que o termo seja uma expressão
hebraica que sugere pluralidade de majestade, ou plenitude de poder, em vista
da criação de DEUS e da sua soberania sobre o homem e o mundo. Quando, no Antigo
Testamento, elohim traz a ideia da pluralidade de pessoas, a referência é ao
politeísmo pagão, e não às distinções pessoais dentro de uma única divindade.
Sem outras indicações no Antigo Testamento, e sem os ensinos explícitos do Novo
Testamento, o Trinitarismo dificilmente poderia ser subentendido a partir do
termo elohim. (e) Como resultado das suas associações com o Antigo Testamento,
elohim não continua sendo simplesmente um termo genérico para divindade, mas se
torna também um nome próprio.
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 540.
3. NOMES ESPECÍFICOS.
O Antigo Testamento emprega outros nomes para identificar o DEUS
Javé de Israel. São eles: ‘elyôn, "Altíssimo"; shadday, "Todo-poderoso"
e ’ãdhonãy, "Senhor".
O nome composto ’êl ‘elyôn significa "DEUS Altíssimo".
Elion designa DEUS como o Alto e Excelente, o DEUS Glorioso. É um
dos nomes genéricos porque ele também é aplicado a governantes, mas nunca
vem acompanhado de artigo quando se refere ao DEUS de Israel. Abraão adorava a
El Shadai, "DEUS Todo-Poderoso" (Gn 17.1); e Melquisedeque, rei e
sacerdote de Salém, era adorador de El Elion (Gn 14.19-20). Quando Abraão se
encontrou com Melquisedeque, descobriu que seu DEUS era o mesmo de
Melquisedeque, apenas conhecido por um nome diferente (Êx 6.3). Em Gênesis
14.19-20, esse nome vem acompanhado de "El", mas, às vezes, aparece
sozinho (Is 14.14).
O DEUS de Israel é também identificado como ’êl shadday, "DEUS
Todo-Poderoso". Shadai é o "nome de uma deidade" (KO- EHLER
BAUMGARTNER, vol. II, 2001, p. 1420). Segundo Holaday, é o nome de deidade
identificado com Javé (2010, p. 514); e, de acordo com Gesenius, "mais
poderoso, Todo-poderoso, um epíteto de Jeová, às vezes com El" (1982, p.
806). Aparece 48 vezes no texto hebraico das Escrituras, sete delas antecedido
de El.
Esse era um nome apropriado para o período patriarcal, durante o
qual os patriarcas viviam numa terra estranha e estavam rodeados pelas nações
hostis. Eles precisavam saber que o seu DEUS era o Todo-poderoso (Gn 17.1). O
termo aparece com frequência na era patriarcal; só no livro de Jó ocorre 31
vezes. Êxodo 6.3 nos mostra que DEUS era conhecido pelos patriarcas por esse
nome. DEUS se revelou primeiro aos patriarcas do Gênesis com nome El Shadai e,
após o Sinai, os hebreus identificaram o seu libertador Javé com o El Shadai
dos seus antepassados.
As duas formas do nome hebraico ’ãdhonay ou ’ãdhônay , "o
Senhor, Adonai", aparecem no Antigo Testamento com "o" breve e
com "o" longo (Is 6.1; Jz 13.8). O termo ocorre quase 450 vezes no
Antigo Testamento, 310 vezes em conexão com o tetragrama e 134 vezes
sozinho. É um nome próprio e significa literalmente "meu senhor" e,
segundo Gesenius, é "somente usado para DEUS" (1982, p. 12); forma
"reservada como uma designação para Javé" (JENNI & WESTERMANN,
vol. 1, 2001, p. 24). Adonai, "Senhor", é um nome divino e expressa a
soberania de DEUS no Universo. A desinência -ay indica plural, como acontece
com o nome Elohim; o judaísmo considera Adonai como pluralis excellentiae. É
diferente de ’ãdhôn, "senhor, dono", referindo-se geralmente a
homens, ou com o sufixo ’ãdhõní, "meu senhor", forma pela qual Sara
se dirigia a Abraão e Ana se dirigia a Eli (Gn 18.12; 1 Sm 1.15, 26).
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 53-55.
Nomes próprios. El Elyon, El Shaddai, Yahweh. A reviravolta notável
na teologia bíblica é a de que o DEUS vivo é progressivamente conhecido por
meio dos acontecimentos históricos reais, nos quais Ele revela tanto a si mesmo
quanto os seus objetivos. Com isso, os termos genéricos para divindade ganham
um conteúdo mais específico, tornam-se nomes próprios e, sucessivamente, abrem
caminho para designações posteriores que refletem mais plenamente a
natureza de DEUS, que é progressivamente revelada. A palavra El, termo mais
comum para divindade, nas línguas semitas (mas que não é a palavra usual no
Antigo Testamento), vem frequentemente associada a um substantivo ou a um
adjetivo (cf. 'el 'elyon, "DEUS Altíssimo", ou 'el shaddai,
"DEUS Todo-Poderoso"). Como consequência, tornou-se um nome próprio
de DEUS.
El Shaddai tornou-se o nome patriarcal característico para
Divindade, como consequência do concerto divino com Abraão. Enquanto Elohim
representa DEUS especialmente na função do Criador, Formador e Preservador do
homem e do mundo, El Shaddai se concentra nos limites divinos dos processos
naturais para os propósitos da sua graça. O nascimento de Isaque, o filho
prometido, na ausência de qualquer possibilidade natural, mostra DEUS como
materializando de forma onipotente o seu objetivo de graça em uma criação finita
e pecadora, decaída. Na LXX e no Novo Testamento, El Shaddai é traduzido como
pantokrator, "O Todo-Poderoso", "O Onipotente" (cf. 2 Co
6.18; Ap 1.8; 4.8).
Com a evolução da história religiosa hebraica, os primeiros nomes
de DEUS passaram para um plano secundário em vista da autorrevelação de DEUS
que ocorria. Mesmo assim, o nome El Shaddai não substitui completamente Elohim,
uma vez que os hebreus conservam todas as designações de Divindade, algumas
vezes intercambiando-as, conforme as circunstâncias possam sugerir um ou outro.
O uso literário de nomes divinos, portanto, não fornece uma indicação
inequívoca do desenvolvimento literário e da autoria dos escritos sagrados. O
nome por excelência para o DEUS de Israel é Jeová (Yahweh), encontrado 6.823
vezes no Antigo Testamento. Por meio da libertação de Israel da escravidão no
Egito, de sua adoção como uma nação, e de sua condução até a Terra Prometida, o
DEUS Redentor é especialmente conhecido por esse nome. O DEUS auto revelado se
revela de maneira redentora de uma forma especial (EU SOU O QUE SOU, Êx 3.14).
Veja Eu Sou. O DEUS vivo, que havia anteriormente se manifestado aos patriarcas
como El Shaddai (Êx 6.2ss.), não era totalmente desconhecido deles como Jeová,
sendo esse nome encontrado frequentemente em Genesis e pronunciado pelo próprio
Senhor DEUS, e mesmo na bênção de Jacó (que nenhum redator teria alterado!). A
partir de Abraão, o nome de Jeová aparece periodicamente nos registros
sagrados. Mas com o resgate de Israel e com o estabelecimento da teocracia,
Jeová torna-se o nome inconfundível no Antigo Testamento para o DEUS vivo, que
não apenas adapta a natureza pecadora à graça, mas também molda um novo tipo de
graça em meio a este curso natural das coisas. Consequentemente, o nome Jeová
(uma reconstrução artificial em português para a palavra hebraica YHWH,
originalmente pronunciada Yahweh ou Yahveh) enfatiza, em particular, a
atividade redentora de DEUS. Devido às superstições, os hebreus chegaram a
evitar pronunciar a palavra de quatro letras YHWH, substituindo-a por Adonai.
Nos séculos mais recentes, Jeová tem servido como o equivalente a Yahweh na
literatura, nos hinos e nas traduções da Bíblia em português. A Bíblia de
Jerusalém adotou o nome Yahweh. Sobrepondo uma estrutura de desenvolvimento
naturalista sobre a Bíblia, a crítica elevada diz que os múltiplos nomes de
DEUS, particularmente Elohim e Yahweh, refletem fontes literárias divergentes.
Esta suposição foi, durante muito tempo, um alicerce da hipótese JEDP, agora
desacreditada, que reduz o Pentateuco (q.v) a fontes originais conflitantes. A
tentativa de explicar o nome composto Yahweh-Elohim por meio da combinação de
documentos provou ser insustentável, e a hipótese JEDP é cada vez mais
reconhecida como um grupo de fontes artificialmente projetadas (em um contexto
preciso, sobre o qual os próprios críticos não entraram em acordo).
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 540-541.
II. O NOME QUE SE TORNOU INEFÁVEL
1. A PRONÚNCIA DO NOME DIVINO.
O tetragrama YHWH (Yahweh) era considerado sagrado demais para ser
pronunciado. As vogais de Adonai (meu Senhor) foram combinadas com as
consoantes YHWH, e o resultado foi a forma Jeová. Não se trata, realmente, de
um nome de DEUS, mas de uma corruptela do nome, a fim de que pudesse ser
proferido, sem nenhum temor pelos judeus. Mas nunca aparece, com essa forma, no
original hebraico da Bíblia. Tal forma só começou a aparecer no século XII D.C.
Antes disso, —cada vez que aparecia YHWH, os judeus pronunciavam «Adonai».
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4131.
Os esforços para se determinar o significado do tetragrama (YHWH)
mediante a investigação histórica têm sido dificultados pela escassez de dados
relacionados com as várias formas do nome ya nas fontes históricas fora do AT.
Por esta razão, a investigação geralmente tem seguido linhas filosóficas. G. R.
Driver sugeriu que a forma ya era originalmente um grito de exclamação
"emitido em momentos de empolgação ou êxtase, um precedente de ya(h)wá(h),
ya(h)wá(h)y ou coisa semelhante". Sugeriu, ainda mais, que o nome Javé
surgiu da consonância de uma extensão deya com o "tempo imperfeito de um
verbo defectivo". Deste modo, ele viu a origem do nome numa etimologia
popular e asseverou que a sua forma original foi esquecida (ZAW46.24).
Mowinckel propôs a teoria de que o tetragrama deve ser entendido
como palavra composta do elemento de exclamação e o pronome da terceira pessoa,
hü’, com o significado de "Ó Ele!"
Outra abordagem do problema é ver no tetragrama uma forma de
paronomásia. Este conceito leva em conta a representação geral do nome ya nas
culturas extrabíblicas do segundo milênio a. C. O nome Javé é entendido,
portanto, como uma forma quadrilateral, e o relacionamento entre o nome hãyâ
("ser"), em Ex 3.14-15, não deve ser de etimologia mas, sim, de
paronomásia.
O ponto de vista mais comum é de que 0 nome é uma forma de um verbo
trilateral, hwy. É geralmente considerado um imperfeito da raiz Qal, na
terceira pessoa, ou um verbo também na terceira pessoa do imperfeito de uma
raiz causativa. Outra sugestão é de que se trata de um particípio causativo com
um y pré-formante que deve ser traduzido "Sustentador, Mantenedor,
Estabelecedor".
Com relação ao ponto de vista de que o tetragrama é urna forma
alongada de um grito de exclamação, pode ser indicado que os nomes próprios
semíticos tendem a abreviar-se; normalmente não são prolongados.
A teoria de que o nome é paronomástico é atraente, mas quando se
apela às ocorrências das formas de ya ou yw ñas culturas antigas, surgem vários
problemas. E difícil explicar como a forma original poderia se ter prolongado
até chegar à estrutura familiar quadrilateral. A sugestão de Mowinckel é
atraente, porém especulativa. Além disso, é difícil compreender como o nome
Javé poderia ter conotações de unicidade tão forte no AT se é urna forma de um
nome divino representada em várias culturas no segundo milênio a. C.
A derivação do tetragrama de uma raiz verbal também está
comprometida com certas dificuldades. A raiz hwy, sobre a qual o tetragrama
seria baseado segundo este ponto de vista, não é atestada nas línguas semíticas
ocidentais antes dos tempos de Moisés. e a forma do nome não está de acordo com
as regras que regem a formação de ver- bos lamed he’, conforme nós os
conhecemos.
Fica evidente que o problema é difícil. É melhor concluir que o uso
da etimologia para determinar o conteúdo teológico do nome Javé é tênue. Para
se compreender o significado teológico do nome divino, é necessário que se
determine o contexto teológico de que o nome era revestido na religião
hebraica.
Jah, Yah. Esta forma mais curta de Javé ocorre duas vezes em Êxodo
(15.2 e 17.15). A primeira destas passagens é refletida em Is 12.2 e SI 118.14.
Ocorre também numerosas vezes na fórmula haPIõyâ ("louvai a yah").
Seu emprego nas passagens poéticas antigas e mais recentes e sua função de
fórmula nos Salmos Halel sugerem que esta forma de Javé é um dispositivo do
estilo poético.
A forma composta de yah com Javé, em Is 12.2 [yah YHWH), indica uma
função separada para a forma yah e, ao mesmo tempo, sua identificação com Javé.
Walter A. Elwell. Enciclopédia Histórico-Teológica Da Igreja
Cristã. Vol 1. Editora Vida Nova. pag. 445-446.
2. JEOVÁ OU JAVÉ?
Observação do Pr. Luiz Henrique - O melhor seria não usar nenhum
desses dois nomes, pois todos dois estão incorretos.
Javé, o nome pessoal do DEUS de Israel, é escrito pelas quatro
consoantes YHWH — o tetragrama. A escrita hebraica foi usada durante todo o
período do Antigo Testamento sem as vogais. Elas nada mais são do que sinais
gráficos diacríticos, criados pelos rabinos entre os séculos 5 e 9, e que são
colocados sobre, sob e no meio de cada consoante. Até hoje, esses sinais ajudam
muito na leitura de qualquer texto hebraico; todavia, quem já conhece a língua
não precisa mais deles.
Êxodo 3.14 revela que DEUS é o que tem existência própria, ou seja,
existe por si mesmo. É o imutável, o que causa todas as coisas, é
autoexistente, aquele que é, que era e o que há de vir, o eterno. Até hoje, os
judeus religiosos preferem chamar DEUS de "O ETERNO", como se
encontra na edição de 1988 da Bíblia na Linguagem de Hoje e na edição da Sêfer
da Bíblia Hebraica em lugar do tetragrama. Aqui, DEUS explicou a Moisés o
significado do nome Iavé.
Desde o patriarca Abraão até ao período do reino dividido, era
costume invocar a Javé mediante o uso do seu nome (Gn 12.8; 13.4; 21.33; 1
Rs 18.24). Era necessário conhecer o nome para que se pudesse estabelecer um
relacionamento de comunhão. O que Jacó perguntou ao anjo com quem lutava? O seu
nome (Gn 32.29). Manoá, o pai de Sansão, fez a mesma pergunta com o propósito
de estabelecer um relacionamento espiritual (Jz 13.11- 17). Com Moisés, não foi
diferente:
Então, disse Moisés a DEUS: Eis que quando vier aos filhos de
Israel e lhes disser: O DEUS de vossos pais me enviou a vós; e eles me
disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse DEUS a Moisés: EU SOU O
QUE SOU.
Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a
vós. E DEUS disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o
DEUS de vossos pais, o DEUS de Abraão, o DEUS de Isaque e o DEUS de Jacó, me
enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em
geração (Êx 3.13-15).
Javé estabeleceu um memorial ao seu nome, anunciado aqui, mas
concretizado por ocasião da promulgação da lei, quando foi oficializado o
concerto do Sinai (Êx 20.24). Aqui está a base do tetragrama YHWH. No texto
hebraico, encontramos a frase ’ehyeh asher 'ehyeh; "EU SOU O QUE
SOU". A substituição do “y” de ‘ehyeh pelo w do tetragrama vem de hãwãh,
forma arcaica e sinônimo de hãyâh, "ser, estar, existir, tornar-se,
acontecer", cuja primeira pessoa do imperfeito é ‘ehweh, e cuja terceira
pessoa é YHWEH.
Na poesia hebraica, usa-se com frequência a forma
reduzida Yah. "Já é o seu nome; exultai diante dele" (Sl 68.4,
TB). Isso pode explicar a presença da letra "a" no nome Yahweh.
"Parece provável que a pronúncia original tenha sido YaHWeH, tanto por
causa da forma verbal correspondente, o imperfeito de hãwãh, arcaicamente
escrito Yahweh, como de representações mais recentes desse nome em grego pelas
palavras iaoue e iabe" (HAR- RIS; ARCHER, JR.; WALTKE, 1998, p. 346).
A partir de 300 a.C. o nome Adonai passou gradualmente a ser mais
usado que o tetragrama até que o nome Javé se tornou completamente
impronunciável pelos judeus. Para evitar a vulgarização do nome e para que a
forma não fosse tomada em vão, eles pronunciavam por reverência ’ãdhonãy cada
vez que encontravam o tetragrama no texto sagrado, na leitura da sinagoga. Na
Idade Média, os rabinos inseriram no tetragrama as vogais de adhonay (HARRIS;
ARCHER, JR.; WALTKE, 1998, p. 347).
As vogais de 'HS ( adõnãy) são (,=«);( = o) e (., = ã). Elas foram
inseridas no tetragrama sagrado, resultando na seguinte forma: nin\ O resultado
disso é a pronúncia "YeHoWaH". Mas os judeus ainda hoje pronunciam
"Adonai" para lembrar na leitura bíblica na sinagoga que esse nome é
inefável. Esse enxerto no tetragrama resultou no nome híbrido YEHOWAH, que a
partir de 1520 os reformadores difundiram como "Jeová". A forma
híbrida "Jeová" não é bíblica, mas foi assim que o nome passou para a
cultura ocidental; aos poucos, contudo, esse nome vem sendo substituído pela
forma Iavé ou Javé.
Os nomes Adonai e Javé são tão sagrados para os judeus que eles
evitam pronunciá-los na rua ou no cotidiano. O segundo nem mesmo nas
sinagogas é pronunciado, e no dia a dia eles chamam DEUS de há-shêm, "o
Nome" (Lv 24.11, TB; 2 Sm 6.2).
Nos manuscritos da Septuaginta, encontramos kyrios, "dono,
senhor, o Senhor" (BALZ & SCHNEIDER, 2001, vol. I, p. 2437), no lugar
de ’ãdõnã(y) e yhvh. Alguns fragmentos gregos de origem judaica apresentam o
tetragrama, mas outros usam kyrios. Isso não é novidade. Jerônimo (347-420)
"conhece a prática de, em manuscritos gregos, inserir o nome de DEUS
(Yahweh) com caracteres hebraicos" (WÜRTHWEIN, 2013, p. 262). A
Septuaginta, como tradução, foi submetida a revisões e recensões e, por isso,
até hoje ninguém sabe qual foi exatamente o texto original ou o que foi
alterado no transcorrer dos séculos. Uns afirmam que o nome kyrios é original:
"Assim, no contexto de uma revisão arcaizante e hebraizante, o tetragrama
parece ter sido inserido na tradução antiga no lugar de Kyrios" (op. cit.,
p. 262). Mas, para outros, é de origem cristã ou teria vindo dos judeus. O
certo é que ambos foram usados desde a origem da tradução.
Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para
uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 55-58.
Uma variação non-sense do nome Yahweh. Outra variação é Javé. Ver o
artigo geral sobre DEUS, Nomes Bíblicos de, onde estão incluídas muitas
informações sobre esse nome particular.
Yahweh era o nome pessoal do DEUS de Israel. Que a forma Yahweh é a
forma correta, pode-se provar mediante transcrições para o grego. Quando, pela
primeira vez, foram inseridos sinais representando fonemas vogais, na Bíblia
hebraica, já no século VII d.C., as letras vogais da palavra hebraica ADONAY,
«Senhor», foram escritas intercaladas com as consoantes YHWH, produzindo assim
o nome artificial Jeová. Esse não era, realmente, um nome divino; mas muitos,
temendo pronunciar Yahweh, como apelativo por demais sagrado, passaram a usar
Jeová como um substituto aceitável. Portanto, Jeová é um híbrido sem base
bíblica nenhuma, que começou a ser usado de modo geral, como um dos nomes de
DEUS, no século XIV d.C. Isso ocorreu porque os eruditos cristãos da época não
reconheceram a natureza híbrida da forma Jeová.
Esse nome hebraico de DEUS também aparece com as formas abreviadas
de Yah (Êxo. 15:2, etc; em português, «Já») e Yahu ou Yeho. Estas duas últimas
formas aparecem em inscrições hebraicas e assírias, e nos papiros escritos em
aramaico. Mas o nome abreviado original parece ter sido Yaw, que tem sido
identificado com um dos nomes divinos pagãos encontrados nos documentos de Eras
Shamra (vide), provenientes do norte da Fenícia, do século XV a.C. Alguns especialistas
supõem que o nome Yahweh não foi cunhado por Moisés, e nem por qualquer dos
demais autores bíblicos; antes, seria um nome pré-mosaico, como um antigo nome
de DEUS que Moisés usou, tal como a moderna palavra portuguesa «DEUS» é apenas
o aportuguesamento do termo latino DEUS, que como é óbvio, antecede ao uso
português por muitos e muitos séculos. Os trechos de Êxo. 3:13-15 e 6:4 parecem
indicar que esse nome começou a ser usado no Antigo Testamento como se tivesse
havido uma revelação especial do nome. Gên. 4:26, por sua vez, parece dar a
entender uma origem não hebreia, ou seja, quando esse nome começou a ser usado
pelos hebreus, teria sido tomado por empréstimo de alguma fonte extrabíblica.
Seja como for, a raiz do nome, sem dúvida, é antiquíssima, sendo provável que
aparecesse entre os nomes de divindades mesopotâmicas. Alguns supõem que Moisés
chegou a adorar Yahweh, mediante seu casamento com a filha de um queneu, em
Midiã (Êxo. 3:1 ss; 18:12-24). A isso se chama de teoria quenita, o que, como é
óbvio, é uma teoria rejeitada por muitos intérpretes conservadores, pois não
querem aceitar a ideia de que os nomes de DEUS, na Bíblia, possam ter tido
origem pagã. Seja como for, a forma mais longa, YHWH, é confirmada desde o
século IX a.C., como na pedra Moabita. De acordo com uma etimologia popular,
essa palavra estaria ligada ao verbo hebraico ser (ver Êxo. 3:14), pelo que se
referiria ao ser eterno de DEUS, que é a fonte originária de todos os seres,
não dependendo de qualquer outro ser para a sua vida e continuação em
existência. Em termos teológicos isso aponta para a vida independente e
necessária. DEUS não deriva de outrem a sua forma de vida, e a sua forma de
vida não pode deixar de existir. Todas as demais formas de vida dependem de sua
vida, e todas as outras formas de vida, se excluirmos o fator da graça divina,
são vidas não-necessárias. Em outras palavras, as demais vidas podem deixar de
existir. A verdadeira imortalidade, para a alma humana, ocorre mediante a
transformação segundo a imagem do Filho, que compartilha da forma de vida do
Pai, que é independente e necessária, conforme já dissemos. Um grande mistério!
Ver Rom. 8:29; Col. 2:10;
II Cor. 3:18 e o artigo intitulado Transformação Segundo a Imagem
de CRISTO.
O General Abraham Ramiro Bentes, historiador brasileiro, de origem
judaica, de cultura judaica bem reconhecida, autor de vários livros, diz o
seguinte acerca do nome Yahweh: «...tendo o tempo inacabado, no semítico, o
valor do futuro e do presente, assim traduzimos (o mesmo): «Eu Serei Sempre
Quem Era». Os velhos comentários tinham uma compreensão neste sentido». (Das
Ruínas de Jerusalém à Verdejante Amazônia, Edições Bloch, pág. 3). De
conformidade com esse abalizado parecer, o nome Yahweh, pois, apontaria para a
eternidade e a imutabilidade da pessoa de DEUS.
Objeções dos Eruditos Conservadores. Alguns eruditos, relutando em
admitir qualquer origem pagã para os nomes divinos na Bíblia, supõem que o
trecho de Êxo. 6:3, que diz: «...mas pelo meu nome, O Senhor (no hebraico,
Yahweh), não lhes fui conhecido», não subentende que os hebreus não conhecessem
e nem usassem esse nome, até que foi adotado para ser usado, nos dias de Moisés
e, sim, que os judeus, então, começaram a ter um conhecimento experimental
desse nome , em suas vidas espirituais. Esse conhecimento experimental lhes foi
dado mediante o livramento da servidão ao Egito. Antes disso, como pastores na
Palestina, Abraão, Isaque e Jacó conheciam DEUS com o nome de El Shaddai, «o
Todo Poderoso». Naturalmente, sabemos que El (com várias combinações) era um antigo
nome mesopotâmico para DEUS, que certamente já era usado antes do tempo de
Abraão. Assim, no caso desse nome, também temos um uso pré-hebreu. Seja como
for, o argumento, na realidade, não faz sentido. O que importa é a nossa
experiência com o Ser Divino, e não as palavras e suas origens, que usamos como
nomes de DEUS.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4521.
Uma nova ênfase e significado foram dados através de Moisés (Êx
3.15,16; 6.3,6; cp. Gn 12.8) além do que foi compreendido por Abraão quando ele
construiu seu altar entre Betel e Ai (Gn 12.8). Yahweh foi revelado como um
nome intensamente pessoal. Foi indicado, ortograficamente, pelo tetragrama YHWH
e as transliterações correntes fornecem vogais variadas.
Se for corretamente compreendido que o nome era conhecido antes do
nascimento de Enos (Gn 4.26) e que Abraão tinha conhecimento disto, segue-se
então que a revelação a Moisés, em Êxodo, representava um uso mais profundo e
personalizado do nome. É possível que revelações mais antigas do nome tenham
sido em grande parte obscurecidas ou até mesmo perdidas.
O uso mosaico do termo (incluindo o novo significado adicionado a
ele) estabeleceu o modelo para o pensamento hebraico subsequente. Com Moisés, o
nome parece ter ganho uma circulação geral e uma aceitação específica; mas mais
importante ainda é que ele se tomou intimamente associado à vida de Israel como
um povo. Isto é, ele tomou-se o símbolo de uma autorrevelação especial e
crucial de DEUS a um povo especial — uma revelação que uniu os atos poderosos
envolvidos no Êxodo com a consciência de Israel de si mesmo como uma nação. Por
sua vez, esses atos prepararam o caminho para o envolvimento íntimo de Israel
com Yahweh no Sinai.
Assim, o nome Yahweh estava inseparavelmente ligado à consciência
de Israel e estava inevitavelmente envolvido no relacionamento único da aliança
de Israel com a Deidade. Vital para isso foi o fato de que Yahweh havia tomado
a iniciativa, e havia entrado visível e inconfundivelmente nos afazeres da
nação de Israel.
É significativo que o uso deste nome para DEUS era único com os
israelitas. Os outros povos semitas parecem não tê-lo conhecido ou ao menos não
o usavam em referência à Deidade, exceto quando o contato com o povo hebreu que
o trazia à sua atenção. Era a propriedade especial do povo da aliança.
Também é importante observar que o nome veio a ter tanta
importância que os escribas evitavam pronunciá-lo. O uso escriba envolvia
circunlóquios e também o uso de nomes alternativos. Isto testemunha não apenas
da importância do nome como base para o sentimento de nacionalidade, mas também
do respeito que as pessoas sentiam pela fonte sobrenatural de sua história.
Esta é uma outra maneira de dizer que o nome Yahweh era, na
consciência israelita, colocado sobre tudo que era meramente naturalista. Isto
não implica necessariamente que os hebreus viram um significado metafísico
(como, por exemplo, a fórmula de Aristóteles de “essência igual a existência”)
no nome “EU SOU O QUE SOU” de Êxodo 3.13, mas antes, que eles entenderam Yahweh
como sendo existente e ativo aqui e agora. Em relação a isto, Eichrodt sugere
que o nome Yahweh vai muito além dos nomes divinos atualmente usados em sua
ênfase sobre a proximidade concreta e realidade irruptiva de DEUS, e contrasta
vivamente, por esta razão, com as afirmações generalizadas (nomes antigos)
sobre o governo e orientação, no engrandecimento e na eternidade do divino.
(Op. Cit.,p. 191)
Parece claro que a revelação e a compreensão do nome Yahweh pelo
povo israelita estabeleceu um marco na consciência espiritual e na experiência
religiosa nacional. Com o Êxodo, a Deidade assumiu, na mentalidade de Israel,
um papel específico de redenção. Seus “atos poderosos” eram atos
especificamente salvadores, e entendidos assim. Na libertação no Mar Vermelho,
Yahweh dirigiu as forças naturais para servirem aos objetivos da graça, e fez
seu poder manifestar-se sobre a nação em tempos de emergência e crise
histórica.
É compreensível, à luz disso, que os acontecimentos do Êxodo
formaram a essência do kerigma hebraico: “Eu sou o Senhor teu DEUS que te tirou
da terra do Egito da casa da servidão” (Êx 20.2). Aqui está enfatizada a
qualidade especializada da autorrevelação de DEUS ao povo hebreu. Sem contar
que objeções têm sido levantadas à especificidade que é sugerida aqui.
Pensadores como Douglas Clyde Macintosh sustentam que para DEUS ter se revelado
a si mesmo especial e exclusivamente ao povo hebreu teria sido um pensamento
indigno dele, e extremamente imoral. É neste ponto que uma nítida antítese
entre o ato meramente humano e o discernimento bíblico aparecem.
O discernimento do AT é que DEUS tomou a iniciativa de restaurar o
vínculo do conhecimento que existia entre DEUS e o homem caído, um vínculo que
foi quebrado na queda. E foi através da sua revelação a Israel sob o nome de
Yahweh ou Jeová que a história da salvação se desdobrou e tomou-se visível. O
desvendamento da natureza de DEUS pela entrega deste nome a Israel foi de um
significado supremo para todo o sistema bíblico.
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura
Cristã. Vol. 2. pag. 124-125.
3. O SIGNIFICADO.
EU SOU. O nome que DEUS deu a si mesmo quando encarregou
Moisés de libertar os israelitas do Egito (Êx 3.14). DEUS é o único Ser
independente, inteiramente auto subsistente no Universo. Tudo o que existe
depende dele (Gn 1.1; cf. Cl 1.17; Hb 1.3,10). Ele não precisa de ninguém ou de
nada, visto que Ele possui em si mesmo todos os relacionamentos possíveis - o
Eu-ele ou o sujeito-objeto, o Eu-vocês ou o encontro pessoal, e o nós-você ou o
relacionamento social. Tudo o que existe foi criado por Ele para sua própria
glória. CRISTO declarou ser Ele mesmo o grande "EU SOU". Em João 8
Ele afirma que diz a verdade, e apoia isto declarando que está dizendo o que
ouviu (v. 26), viu (v. 38), e foi ensinado pelo Pai (v. 28), e pode corroborar
com Ele em qualquer momento (v. 29). Ele conclui seu argumento usando a
expressão "Eu Sou" (v. 58). Quando Ele disse: "Antes que Abraão
existisse, Eu Sou", os judeus perceberam que isto era uma reivindicação de
divindade, particularmente porque Ele estava retornando ao "Eu Sou"
do v. 24. "Se não crerdes que eu sou [a palavra 'Ele' não consta no texto
grego], morrereis nos vossos pecados". Foi por isso que eles pegaram em
pedras para o matar. Eles perceberam que Ele estava identificando-se com o
"EU SOU O QUE SOU" de Êxodo 3.14. Theodor Zahn encontrou expressões
similares de "Eu Sou" em João 4.26; 9.9; 18.5; Mateus 14.27; Marcos
13.6; 14.62; Lucas 22.70; 24.39. Greijdanus objetou que nestas outras passagens
um atributo é dado ou sugerido. No entanto, ao menos em Mateus 14.27, quando CRISTO
veio até os discípulos andando sobre as águas agitadas pela tempestade, Ele se
anunciou dizendo: "Sou eu" (Gr. ego eimi). E novamente em Marcos 13.6
Ele usa o termo sem qualquer atributo, dizendo, "Muitos virão em meu nome,
dizendo. Eu sou o CRISTO [o texto gr. omite a palavra CRISTO]; e enganarão a
muitos". Por outro lado, Lucas 22.70 tem um atributo sugerido e, embora em
Lucas 24.39, CRISTO diga novamente "Sou Eu", Ele deixa claro que está
simplesmente se identificando aos discípulos ao acrescentar a palavra autos,
que significa "o mesmo", "Eu mesmo".
PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora
CPAD. pag. 708-709.
Êxo 3.14 Eu sou o que sou. O Targum de Jonathan interpreta aqui:
“Eu sou Aquele que é e que será”. O que é indiscutível é que esse nome está
alicerçado sobre o verbo ser (no hebraico, hayah). Mas o texto hebraico
comporta mais de uma interpretação. Alguns dizem: “Eu sou porque sou”, dando a
entender a vida independente ou necessária de DEUS, em contraste com a vida de
todos os seres criados, que é derivada e dependente. Ou então DEUS é exatamente
o que Ele é, o Poder Supremo, Imutável. Naturalmente, o tetragrama dos hebreus,
YHWH (Yahweh), vem da mesma raiz. Assim, o nome deste versículo seria uma
espécie de manipulação dessa raiz. Esse nome indicaria o Ser eterno e pessoal
de DEUS, além de Sua atuação e presença no mundo. Talvez a manipulação daquela
raiz tivesse tido o propósito de ficar ambígua, visto que o nome Yahweh, por si
mesmo, inspira admiração e espanto. Cf. Apo. 1.4,8; 4.8; 11.17.
Atributos ou condições de DEUS, implícitos nesse nome: auto
existência; eternidade; imutabilidade; constância; fidelidade. No templo de
Apoio, em Delfos, foi encontrada uma inscrição que dizia: eimi (no grego, “eu
sou”). O trecho de João 8.58 alude ao presente texto, e isso refere-se à
eternidade do Logo e à Sua união com DEUS Pai. “Eu sou... e além de mim não há
DEUS” (Isa. 44.6). Temos aí uma declaração contrária ao politeísmo, o que
provavelmente também está entendido no Eu Sou do presente texto. Seja como for,
o Novo Nome de DEUS indicava uma nova revelação. O projeto de DEUS estava por
trás dessa nova revelação.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 315.
DEUS prontamente lhe dá instruções completas a esse respeito. DEUS
agora seria conhecido por dois nomes:
Um nome que denota o que Ele é em si mesmo (v. 14): Eu sou o que
sou. Isto explica o seu nome Jeová, e significa:
(1) Que DEUS é autoexistente; Ele tem a sua existência em si mesmo,
e não depende de ninguém. O maior e melhor homem do mundo deve dizer: “Pela
graça de DEUS, sou o que sou”. Mas DEUS diz de uma forma absoluta - pois Ele é
mais do que qualquer criatura, homem ou anjo, e só Ele pode dizer - “Eu sou o
que sou”. Sendo autoexistente, só Ele pode ser autossuficiente, e, portanto,
todo-suficiente, a fonte inesgotável de vida e alegria.
(2) Que DEUS é eterno e imutável, e sempre o mesmo, ontem, hoje, e
eternamente; Ele pode ser aquilo que quiser ser. Ele é, Ele era, e Ele há de
vir. Veja Apocalipse 1.8.
(3) Que não podemos, investigando, descobri-lo. Este é um nome que
censura todas as indagações ousadas e curiosas a respeito de DEUS, e na verdade
diz: Não pergunte o meu nome, visto que é segredo, Juízes 13.18; Provérbios
30.4. Perguntamos o que DEUS é? E suficiente para nós sabermos que Ele é o que
é, o que Ele sempre foi, e sempre será. Quão pouco é o que temos ouvido dele!
Jó 26.14.
(4) Que Ele é fiel e verdadeiro em todas as suas promessas,
imutável em sua palavra assim como em sua natureza, e não um homem que mente.
Que Israel saiba disso: EU SOU me enviou a vós.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento
Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 235.
III. TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO
1. O TERCEIRO MANDAMENTO.
Abusos contra o nome de DEUS. Vários desses abusos eram e continuam
sendo possíveis:
1. O trivial. Até mesmo crentes exclamam, descuidadamente: “Ó meu
DEUS!” E até mesmo crentes piedosos falam de modo frívolo acerca do Senhor,
como se Ele fosse apenas um bichinho de estimação. Combato essa forma ridícula
de teísmo de acordo com a qual qualquer pensamento ou ato trivial é lançado na
conta do Senhor. Trata-se de uma forma de auto exaltação. Pois se o grande DEUS
está conosco em questões tão pequenas, então quão importantes nós somos. Em
contraste com isso, os israelitas piedosos nem ao menos pronunciavam o nome
divino Yahweh, mas corrompiam-no de alguma forma, para não se tornarem culpados
de estarem tomando o nome de DEUS em vão.
2. Nas artes mágicas e nos juramentos. Como nas conjurações e nos
ritos pagãos. Ver Gên. 32.27,29. O nome de Yahweh não podia ser usado em tais
atividades.
3. O nome de Yahweh não podia ser misturado com os nomes de
divindades pagãs, como se fizesse parte de algum panteão gentílico.
4. A proibição do uso do nome divino incluía a ideia de empregar o
nome de DEUS para invocar os mortos. O nome de Yahweh não podia ser misturado à
bruxaria.
5. O nome de Yahweh não podia ser usado nos juramentos falsos, como
se a veracidade de uma pessoa pudesse ser apoiada pelo grande DEUS (Lev.
19.12).
6. Embora o texto sagrado não o diga especificamente, temos aqui um
mandamento contra toda espécie de profanação por meio de palavras, incluindo ou
não os nomes divinos. O texto por certo subentende o uso devido da língua, em
questões tanto sagradas quanto seculares.
“Maldições e juramentos devem-se ao desejo de impressionar os
outros. A maneira mais fácil de chocar outra pessoa e chamar sua atenção é o
uso de alguma coisa sagrada ou nome santo. Mas o efeito desgasta-se quase
imediatamente, e a blasfêmia passa a ser apenas um hábito inconveniente,
expressando impotência e fraqueza de caráter” (J. Coert Rylaarsdam, in loc.).
Ameaças. Nenhuma punição é imposta aqui aos faltosos, mas fica
entendido que o homem que usasse indevidamente o nome de Yahweh não escaparia
do devido castigo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 391.
O terceiro mandamento (Êx 20.7), embora não transgrida o segundo em
seu conceito e intento, revela a importante ideia ideológica do Antigo
Testamento de que DEUS pode se manifestar e se manifesta ou apresenta-se por
meios que preservam sua temível e altiva transcendência ao mesmo tempo em que
possibilita que a humanidade o encontre de formas relevantes. Nesse caso, o nome
do Senhor quase se torna o alter ego dele, outra forma de falar dele e de sua
proximidade.
O texto literal do mandamento é: “Não tomarás em vão o nome do
Senhor”. Ou seja, o nome do Senhor, bem como ele mesmo, não pode ser usado para
garantir ganho pessoal nem vantagem para si mesmo. Isso degrada o nome do
Senhor a ponto de se tornar um xibolete ou um: “Abre-te Sésamo”, que transforma
quem o pronuncia em mestre sobre a coisa, subvertendo, assim, o papel de
soberano e de servo que suporta o relacionamento da aliança.
Já observamos que, no Oriente Próximo da Antiguidade e no Antigo
Testamento, os nomes indicavam as circunstâncias de nascimento do indivíduo,
algum traço de caráter que se manifestara depois ou alguma mudança radical na
circunstância de vida que justificava a mudança de nome. Por isso, o nome do
indivíduo era precioso e cheio de sentido, e não devia ser revogado nem
alterado sem reflexão. O que era verdade no plano humano era infinitamente mais
na esfera divina. Os vários nomes e epítetos de DEUS revelavam sua natureza e
indicavam o que ele fizera ou faria no futuro. Eles eram poderosos, e seus
nomes, quando invocados com temor e reverência por quem o conhecia, podiam
fornecer conforto, alegria, libertação, redenção e qualquer outra coisa que
fosse necessária para satisfazer a necessidade do homem. Contudo, entender o
nome de DEUS como um mero mecanismo, um meio ex opere operato (por força do
ato) e o usar estupidamente para promover um programa pessoal representava
violar a aliança e revelar culpa diante do Senhor.
O texto, por sua vez, tem o cuidado de não dizer que o nome do
Senhor nunca poderia ser usado de forma alguma por qualquer razão. Já em
Gênesis 4, “começou-se a invocar o nome do Senhor” (v. 26). No sentido real, já
havia a consciência de que o nome era um substituto para a pessoa mesma do
Senhor. Mais tarde, Abraão chamou-o pelo nome (Gn 12.8; 13.4; 21.33), como
também o fizeram Isaque (26.25) e Jacó (31.53). Em um interessante encontro
noturno entre Jacó e um estranho anônimo, o último pediu a Jacó que revelasse
seu nome, e quando este o fez, o estranho nomeou-o de Israel porque, conforme
disse, “você lutou com DEUS e com homens e venceu” (Gn 32.28). A seguir, Jacó
perguntou o nome do estranho, mas este se recusou a revelá-lo e, em vez de
fazer isso, pronunciou uma bênção sobre Jacó. Mas Jacó entendeu, por meio do
poder do estranho e sua autoridade para abençoar, que ele não era outro se não
uma manifestação de DEUS (cf. Os 12.3,4). Por isso, Jacó chamou o lugar de
Peniel (“face de DEUS”), dizendo: “Vi a DEUS face a face e, todavia, minha vida
foi poupada” (Gn 32.30). Na verdade, é claro que ele não viu a DEUS, mas chegou
a reconhecer seu antagonista como uma manifestação de DEUS, apesar da
relutância deste em revelar seu nome.
Antes de anunciar o terceiro mandamento, examinemos o envolvimento
de Moisés com o Senhor na sarça ardente e, depois, no Egito, pois esse fato
fornece o dado mais útil para a reflexão teológica sobre os nomes de DEUS.
Vendo a sarça arder, mas não ser consumida pelo fogo e, depois, ouvindo a ordem
de que devia guiar seu povo para fora do Egito, Moisés sentiu um impulso
esmagador de saber o nome daquele que podia executar tal fenômeno e despertar
tal autoridade. O povo quereria conhecer esse nome, disse Moisés, e o que diria
a eles? O epíteto DEUS não era suficiente, pois era muito carregado do ponto de
vista ontológico e, ao mesmo tempo, muito genérico para transmitir o que ele
estava para fazer. Apenas um nome com conteúdo teológico preciso forneceria
discernimento e segurança para o povo em seu momento e circunstância
específicos. Esse nome era Iavé (Senhor), o mesmo nome do Criador da humanidade
(Gn 2) e o mesmo nome pelo qual clamavam os patriarcas. Eles o conheciam, em
especial, pelo nome de El-Shaddai (Ex 6.3), mas Iavé, de acordo com o
testemunho bíblico, também era familiar a eles (cf. Gn 9.26; 14.22; 15.2,8;
16.2; 21.33; 22.14; 24.12; etc.).22 Contudo, eles nunca precisaram dele para o
que ele estava para fazer por Israel, a saber, para a redenção e a libertação.
Assim, era importante que Moisés soubesse e usasse o nome apropriado para a
situação histórica.
Eugene H. Merrill. Teologia do Antigo Testamento. Editora
Shedd Publicações. pag. 330-331.
Tomar o nome do SENHOR, teu DEUS, em vão é “recorrer ao irrealismo,
ou seja servir-se do nome de DEUS para apelar ao que não é expressão do caráter
divino”. Tal uso profano do nome de DEUS ocorre no perjúrio, na prática da
magia e na invocação dos mortos. A proibição é contra o falso juramento e
também inclui juramentos levianos e a blasfêmia tão comum em nossos dias. “Este
mandamento não obsta o uso do nome de DEUS em juramentos verdadeiros e
solenes.”
DEUS odeia a desonestidade, e é pecado sério alguém usar o nome
divino para encobrir um coração mau, ou para se fazer melhor do que se é. A
pessoa que procura disfarçar uma vida pecaminosa, ao mesmo tempo em que
professa o nome de CRISTO, quebra este terceiro mandamento. Tais indivíduos são
culpados diante de DEUS (7) e só recebem misericórdia depois de se
arrependerem. Os justos veneram o nome de DEUS por ser santo e sagrado.
Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Êxodo. Editora
CPAD. pag. 190.
2. JURAMENTO E PERJÚRIO.
I. Definição e Sentidos
Um juramento é uma solene confirmação em apoio a alguma declaração,
ou então, uma promessa, reforçada por um apelo a DEUS, a alguma coisa sagrada,
a alguma elevada autoridade, a alguma testemunha, que garanta a sinceridade e a
intenção de quem jurou que cumprirá a sua declaração. Nos tribunais, tal
confirmação da veracidade de uma declaração torna a pessoa passível de punição
por perjúrio, se ficar provado que uma declaração importante sua é
falsa. Um juramento também pode ser uma imprecação que, presumivelmente,
tenha o poder de prejudicar àquele contra quem a imprecação é proferida.
Utiliza-se um juramento para afirmar a veracidade de uma declaração qualquer,
quando não há evidências presentes com esse propósito. A credibilidade de uma
assertiva é fomentada por um juramento (ver Êxo. 22:10,11, Núm. 5:16 ssj). Um
juramento submete aquele que jura ao escrutínio de DEUS. Presume-se que ninguém
juraria e mentiria, ao mesmo tempo. A Bíblia ensina-nos que DEUS sempre tem
consciência de nossos atos e de nossas palavras, e um juramento torna-nos
responsáveis diante de DEUS, ainda com mais força.
Não jurarás falso (Lev. 19:12 e Êxo. 20:7) «...não tardarás em
cumpri-lo...» (Deu. 23:22; ver Núm. 30:1-16). O costume de jurar era mais
antigo que a lei. Foi adotado pela lei civil como algo necessário (Êxo. 22:11).
O que JESUS condena não é a simples ideia da lei, e, sim, como nos casos do
sexto e do sétimo mandamentos, os abusos ao princípio. Os judeus classificavam
os juramentos, e alguns eram reputados mais importantes, de acordo com o objeto
sobre o qual o juramento era feito. Juravam pelo céu, pela terra, por cidades
como Jerusalém, por partes do corpo humano, como a cabeça, pela sinagoga, pelo
templo, e muitas vezes pelo nome de DEUS (ou por respeito ao nome de DEUS),
modificando o som, às vezes fazendo o nome de DEUS significar outra coisa, pelo
modo de sua pronúncia. As vezes usavam os nomes dos deuses dos gentios em seus
juramentos. Até hoje, em questão de profanação e juramentos, não há povo como
os orientais. As formas de juramento e profanação são infinitas. Os judeus
consideravam que só o juramento feito em nome de DEUS era importante e exigia
cumprimento. Maimônides disse: «Se quis jurat per coelum, per terra, per solem,
non est juramentum». (Se alguém jura pelo céu, pela terra, pelo sol, não é
juramento). Filo também mostra a atitude dos judeus quando afirma que os
juramentos pela terra, pelo céu, e outros tantos juramentos, não eram
obrigatórios. O desenvolvimento do costume de juramentos debilitou a moral da
honestidade e da sinceridade entre o povo. A multiplicação de juramentos criou
um espírito superficial, inclinado à mentira. Foi principalmente isso que JESUS
censurou.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4598-4599.
A manter uma consideração muito reverente ao santo nome de DEUS (v.
12), e não o conclamar como testemunha, seja: 1. De uma mentira: “[Não]
jurareis falso pelo meu nome”. Já é ruim dizer uma mentira, porém jurar é muito
pior. Ou: 2. De uma brincadeira, e impertinências: “Pois profanaríeis o nome do
vosso DEUS” - usando-o com qualquer outro propósito diferente daquele para o
qual deve ser religiosamente usado.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento
Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 410.
Na verdade, jurar pelo Seu nome (e não pelo de qualquer outro deus)
era um sinal de que tal pessoa era um adorador de YHWH (Jr 4:2), e por isso era
algo digno de louvor.
Uma razão mais profunda para tal proibição pode ser vista no fato
de que DEUS era a única realidade viva para a mentalidade israelita. É por isso
que Seu nome era sempre envolvido nos votos e juramentos, normalmente na
fórmula “ tão certo como vive o Senhor” (2 Sm 2:27).
Usar tal frase e depois deixar de cumprir o voto era questionar a
realidade da própria existência de DEUS.
R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora
Vida Nova. pag. 151.
3. MODALIDADES DE JURAMENTOS.
«De modo algum jureis». Provavelmente Tia. 5:12 foi diretamente
copiado desse texto. Quatro são as interpretações dessa expressão. 1. Não
jurar, se o juramento não estiver de acordo com a reverência devida a DEUS. 2.
Não jurar de maneira superficial, como os judeus. 3. Não jurar de maneira
superficial, como os judeus, ficando excluídos, entretanto, os juramentos
civis, neste ensino. 4. Trata-se de uma proibição absoluta para qualquer tipo
de juramento, sob qualquer circunstância.
COMO IDEAL mais elevado, provavelmente Seria melhor não jurar,
especialmente na comunidade cristã. O homem honesto, aprovado por DEUS e que
vive no espírito da lei, jamais teria necessidade de jurar, bastando o simples
sim ou não. JESUS interpreta o espírito da lei, o ideal da humanidade.
Lembrando-nos disso, pode-se afirmar que a simples interpretação das palavras
de JESUS, seria exatamente esta: «De modo algum jureis, nem pelo céu...» etc.
Contudo, infelizmente a sociedade não-regenerada não pode atingir tal ideal
perfeito, porque há grande número de indivíduos indignos de confiança, e não
seriam suficientes as simples palavras «sim» ou «não» para inspirar ,e garantir
confiança nos tribunais de justiça. Assim, posto que a sociedade humana é
imperfeita, tornam-se necessários os juramentos. JESUS não insistiria, por
exemplo, para que o indivíduo que se irasse contra outrem fosse morto (vs. 22)
e nem que o homem que cobiçasse outra mulher que não a sua arrancasse (literalmente) o
seu olho direito. Assim sendo, JESUS também não proibiria juramentos exigidos
pela lei, que fazem parte do costume legal em muitos lugares. CRISTO proíbe o
espírito imprudente e orgulhoso com que faziam grandiosas mas falsas
declarações em nome de DEUS, em nome do lugar onde DEUS habita (os céus), ou em
nome de algum lugar associado ao seu nome, como o templo de Jerusalém. DEUS não
é obrigado a apoiar esses juramentos imprudentes, e o homem santo não pode
esperar que DEUS o faça. O emprego do nome de DEUS, nessas condições, não passa
de uma forma de profanação. Como ideal perfeito, a proibição absoluta contra
qualquer forma de juramento deve ser a interpretação correta; mas esse ideal
não impediria o fato de ser esse o costume dos tribunais, que trata com homens
malfeitos e desonestos. Provavelmente CRISTO expunha o ideal para o indivíduo,
não incluindo os costumes próprios dos tribunais, isto é, não estava
legislando.
Alguns comentaristas mostram que o próprio JESUS respondeu sob
juramento (ver Mat. 26:63,64). E os apóstolos usaram juramentos nas Escrituras
(Gál. 1:20; II Cor. 1:23; Rom. 1:9; Fl. 1:8; I Cor. 15:31). O Anjo do Senhor
também jurou (Apo. 10:6). Essas referências mostram que a lei dos juramentos
não é norma absoluta para todas as circunstâncias.
«Nem pelo céu». Não podemos jurar pelo céu, porque está associado
ao nome e à pessoa de DEUS. O juramento pelo céu; portanto, é uma maneira de
jurar pelo nome de DEUS. Tal juramento foi e ainda pode ser uma forma de
profanação. DEUS não está obrigado a cumprir os desejos só porque usam o seu
nome, especialmente quando profanam o seu nome.
«Nem pela terra». Porque a terra também está diretamente ligada a
DEUS, por ser o «estrado de seus pés». (Ver Is. 66:1).
>>Pela cidade de Jerusalém>> Jerusalém é a cidade
do grande Rei, isto é, DEUS. (Ver Sal. 48:2). Jurar por Jerusalém, pois, é uma
maneira indireta de jurar pelo nome de DEUS. JESUS diria que o cumprimento de
todos esses juramentos seria obrigatório porque estão vinculados ao nome de
DEUS; mas também diria que, especificamente, o homem não tem o direito de usar
o nome de DEUS para garantir a validade de qualquer juramento. Outrossim, o
homem honesto não tem necessidade de confirmar o juramento com qualquer outro
nome além do seu.
•Nem jures pela tua cabeça». Esse juramento provavelmente não era
reputado como vinculado a DEUS; por isso era usado como meio de jurar sem
cometer profanação. Mesmo assim alguns opinam que tal juramento inclui
profanação do nome de DEUS, por ser o homem uma criatura feita por DEUS à sua
própria imagem. Essa é uma verdade, mas o restante do versículo mostra que não
foi por essa razão que JESUS destacou esse juramento como exemplo. CRISTO
ilustra que o juramento feito pela própria cabeça constitui uma forma de
profanação, apesar de não usar o nome de DEUS, pois em realidade ninguém exerce
controle sobre a própria vida e não pode mudar, pela sua vontade, nem mesmo a
cor de seus cabelos. Se o homem não pode nem ao menos mudar a cor de seus
cabelos, como seria possível a ele confirmar ou garantir qualquer juramento
feito por sua cabeça? Portanto, isso é uma tolice. Não podemos tratar de coisas
sérias, como os juramentos, de maneira superficial (e a despeito do fato que
alguém pode pensar não se tratar de questão séria). Além disso, a simples
palavra do homem honesto deve ser suficiente. A cor de seus cabelos está fora
do controle do homem, e por isso não pode servir de base para juramento algum.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 314.
Juramentos (5.33-37). A lei mosaica dizia: Não perjurarás (33; Lv
19.12; Nm 30.2; Dt 23.21), isto é, “jurar falsamente” - no Novo Testamento,
este verbo só é encontrado aqui. Mas JESUS disse: De maneira nenhuma jureis
(34). Ele proibiu especificamente jurar pelo céu, pela terra, por Jerusalém, ou
pela nossa própria cabeça (34- 36). Os judeus defendiam que jurar pelo nome de
DEUS vinculava aquele que fazia o juramento, mas jurar pelo céu não trazia
nenhum vínculo. Assim, os itens acima eram substituídos como uma forma de
subterfúgio, para não se dizer a verdade. Bengel cita o ditado rabínico: “Como
o céu e a terra passarão, assim também o juramento passará, pois os
conclamou como testemunhas”. JESUS defendeu que DEUS está sempre presente
quando os homens falam; por esta razão, todos devem falar honestamente.
O mandamento de CRISTO foi: Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim;
não, não (37)
- ou, como Beck apresenta: “Simplesmente diga: ‘Sim, sim; não, não’
’’.Apropria prática de jurar é um triste reflexo do caráter humano. JESUS exige
honestidade o tempo todo, esteja um homem sob juramento ou não. Não há um
padrão duplo para o cristão.
Ralph Earle. Comentário Bíblico Beacon. Mateus. Editora CPAD.
Vol. 6. pag. 60-61.
Mt 23.16-19 JESUS destacou a hipocrisia dos líderes com relação ao
poder e à obrigatoriedade gerada pelos juramentos feitos a DEUS, tanto para a
consagração ao serviço, como para as contribuições ligadas às posses. Os
líderes deveriam ter sido guias para os cegos, mas em lugar disto eles mesmos
eram cegos. São dados dois exemplos dos limites ridículos até onde o sistema
excessivamente legalista tinham ido: jurar pelo Templo ou pelo ouro, e jurar
pelo altar ou pela oferta. Em um caso o juramento não poderia ser quebrado, no
outro sim.
JESUS exemplificou as minuciosas (e ridículas) diferenças.
Mt 23.20-22 JESUS tinha explicado que os seus seguidores não
precisavam fazer nenhum juramento, pois fazer isto implicaria que não se
poderia confiar na sua palavra (5.33-37). Os líderes, tentando criar diferenças
nos juramentos, tinham perdido de vista o fato de que todos os juramentos são
feitos diante de DEUS e deveriam ser igualmente obrigatórios. Em outras
palavras, nenhum juramento deveria ser feito com uma brecha.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD.
Vol. 1. pag. 137.
IV. O SENHOR JESUS PROIBIU O JURAMENTO?
1. OBJETIVO DO TERCEIRO MANDAMENTO.
O Ideal. Como ideal mais elevado, provavelmente seria melhor não
jurar, especialmente na comunidade cristã. O homem honesto, aprovado por DEUS e
que vive no espírito da lei, jamais teria necessidade de jurar, bastando o
simples sim ou não. JESUS interpreta o espírito da lei, o ideal da humanidade.
Lembrando-nos disso, podemos afirmar que a simples interpretação das palavras
de JESUS seria exatamente esta: «De modo algum jureis, nem pelo céu...» etc.
Contudo, infelizmente a sociedade não-regenerada não pode atingir tal ideal
perfeito, porque há grande número de indivíduos indignos de confiança, e
não seriam suficientes as simples palavras «sim» ou «não» para inspirar e
garantir confiança nos tribunais de justiça. Assim, posto que a sociedade
humana é imperfeita, tornam-se necessários os juramentos. JESUS não insistiria,
por exemplo, para que o indivíduo que se irasse contra outrem fosse morto (vs.
22) e nem que o homem que cobiçasse outra mulher que não a sua arrancasse
(literalmente) o seu olho direito. Assim sendo, JESUS também não proibiria
juramentos exigidos pela lei, que fazem parte do costume legal em muitos
lugares. CRISTO proíbe o espírito imprudente e orgulhoso com que faziam
grandiosas mas falsas declarações em nome de DEUS, em nome do lugar onde DEUS
habita (os céus), ou em nome de algum lugar associado ao seu nome, como o
templo de Jerusalém. DEUS não é obrigado a apoiar esses juramentos imprudentes,
e o homem santo não pode esperar que DEUS o faça. O emprego do nome de DEUS,
nessas condições, não passa de uma forma de profanação. Como ideal perfeito, a
proibição absoluta contra qualquer forma de juramento deve ser a interpretação
correta; mas esse ideal não impediria o fato de ser esse o costume dos
tribunais, que trata com homens imperfeitos e desonestos. Provavelmente CRISTO
expunha o ideal para o indivíduo, não incluindo os costumes próprios dos
tribunais, isto é, não estava legislando.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 4599-4600.
Sim, sim... não, não». A repetição da palavra é a confirmação ou
não da verdade. A garantia da honestidade do indivíduo deve ser a confiança na
sua simples palavra. Provavelmente JESUS insistiria que tal honestidade deve
ser inspirada pela consciência da presença de DEUS e a relação do homem para
com o Senhor. O homem cônscio da presença de DEUS e que sente responsabilidade
para com DEUS, não mente. Tal honestidade não requer a confirmação de qualquer
juramento. É o juramento feito—pelo homem desonesto—que não tem valor. A
desonestidade de nossa natureza se expressa não apenas na tendência em nos
desviarmos da verdade pura, mas também na esperança de que nossos semelhantes
façam a mesma coisa. A prática dos juramentos apenas agrava essa situação,
porque o próprio juramento é usado para enganar, confirmando de maneira
séria uma desonestidade.
«Vem do maligno:». Alguns interpretam *do diabo», que é o ser
maligno (Eut., Zig., Cris., Teof., Beza, Zwinglio, Fritzche, Meyer e outros).
Ninguém negaria que, segundo as idéias básicas do N.T., todo mal tem origem na
pessoa do diabo, direta ou indiretamente; mas a referência aqui é à
perversidade dos homens que empregam o juramento com o fito de enganar e
cumprir propósitos desonestos, profanando o nome de DEUS nesse processo.
Dificilmente tais homens usam de juramentos sem algum tipo de maldade. O próprio
juramento tende a provocar a maldade. Não jures. Aquele que jura, mente. Aquele
que mente, rouba. Que mais não faria o homem?
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado
versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 1. pag. 316.
De acordo com JESUS, na vida diária não há necessidade nenhuma de
juramento para asseverar e confirmar a verdade. Somente a sinceridade total,
sem um juramento de garantia, assegura a verdadeira fraternidade. É que os
escribas também recorriam, a toda hora, aos juramentos, inclusive para assuntos
da vida cotidiana (p. ex., juro que almocei).
JESUS afirma: Vocês sequer devem jurar, i.é, vocês não devem fazer
uso de todos esses juramentos de corroboração e juramentos compromissivos e não
compromissivos. Vocês se enganam se pensam que, com essas artimanhas, podem
escapar da maldição divina.
Fritz Rienecker. Comentário Esperança Evangelho de
Mateus. Editora Evangélica Esperança.
2. A PROIBIÇÃO ABSOLUTA.
Esta passagem conclui com o mandamento de que quando alguém deve
dizer sim, tem que dizer sim, e nada mais; e quando deve dizer não, tem que
dizer não, e somente não.
O ideal é que ninguém precise de juramentos para garantir a verdade
ou dar prova de sua vontade de cumprir uma promessa. O caráter da pessoa
deveria fazer com que os juramentos fossem totalmente desnecessários. Sua
garantia e suas testemunhas deveriam ser sua própria integridade. Sócrates, o
grande orador e mestre grego, disse: "Deveríamos viver de tal maneira que
nossas ações inspirassem mais confiança em nós que qualquer juramento."
Clemente de Alexandria sustentava que os cristãos deveriam viver de tal modo e
ser de tal caráter que ninguém jamais sonhasse sequer em pedir-lhes um
juramento. A sociedade ideal seria aquela em que a palavra de qualquer
indivíduo não necessitasse de juramento algum para garantir sua verdade, e as
promessas não precisassem de juramentos para garantir seu cumprimento.
Proíbem estas palavras de JESUS que os cristãos jurem em situações
tais como quando vai dar testemunho em um processo legal, ou no juramento à
bandeira? Tem havido dois grupos que se negaram categoricamente a toda forma de
juramento. Os primeiros foram os essênios, uma antiga seita judia. Josefo
escreve a respeito deles: "São eminentes por sua fidelidade e são
ministros de paz. Algo que digam é tão firme como um juramento. Evitam todo
juramento, e o têm em mais baixa estima ainda que o perjúrio. Porque afirmam
que quem não pode ser de confiança se não jurarem, já estão condenados."
E também estão, ainda em nossos dias, os quackers. Os quackers se
negam rotundamente, qualquer que seja a situação em que se encontrem, a
pronunciar juramentos. George Fox, um dos fundadores desta seita, o máximo que
chegava era aceitar o uso da palavra "verdadeiramente". Escreveu:
"Nunca enganei a ninguém durante toda aquela época (a que passou ocupado
em negócios). Em todas as minhas transações importantes usava a palavra
‘verdadeiramente’." E muitos diziam: "Quando George Fox diz
‘verdadeiramente’ não há maneira de que mude." Na antiguidade os essênios
não tinham pronunciado nenhum juramento, e até nossos dias, os tais estão na
mesma postura.
Têm estes razão ao assumir esta atitude? Houve ocasiões nas quais o
apóstolo Paulo jurou, como quando afirma: "Eu, porém, por minha vida, tomo
a DEUS por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto"
(2 Cor. 1:23). "Ora, acerca do que vos escrevo", diz na epístola aos
Gálatas, "eis que diante de DEUS testifico que não minto" (Gál.
1:20). Nestes casos Paulo se está colocando sob juramento. O próprio JESUS não
protestou quando o sumo sacerdote o pôs sob juramento: "Conjuro-te pelo
DEUS vivo" – ponho-te sob juramento em nome de DEUS – "que nos digas
se és o CRISTO, o Filho de DEUS" (Mateus 26:63).
Qual é então a situação?
Voltemos para a última parte do versículo 37. As versões correntes
dizem: "O que disto passar vem do maligno." O que significam estas
palavras? Somente podem significar duas coisas.
(a) Se for necessário pedir a alguém que jure, a necessidade surge
do mal que se aninha no coração do homem. Se não houvesse mal no homem os
juramentos seriam desnecessários. Em outras palavras, o fato de que seja
necessário às vezes tomar juramento é uma demonstração da persistência do mal
na natureza humana.
(b) O fato de que às vezes seja necessário pôr as pessoas sob
juramento obedece a que o mundo em que vivemos é mau. Em um mundo perfeito, no
Reino de DEUS, jamais seria necessário prestar juramento de nenhuma espécie.
Faz-se necessário somente a causa do mal que há no mundo.
O que JESUS afirma é: o homem verdadeiramente bom não precisará
jurar para que outros confiem nele; a veracidade de suas palavras e a firmeza
de suas intenções não necessitam de tal garantia. Mas o fato de que ainda seja
necessário às vezes tomar juramento das pessoas se deve ao fato de que os
homens não são bons e este mundo tampouco o é.
Interpretado deste modo, a afirmação de JESUS nos obriga de duas
maneiras. Obriga-nos a viver de tal maneira que, vendo nossa transparente
bondade, ninguém creia necessário exigir que juremos para poder confiar em
nossa palavra; e nos põe na obrigação de fazer tudo o que esteja ao nosso
alcance para que o mundo seja um lugar tal que não haja capacidade nele para a
falsidade e a infidelidade, ao ponto de que possa abolir-se toda forma de
juramento.
BARCLAY. William. Comentário Bíblico. FILIPENSES. pag.
173-175.
Mt 5.33-37. Quarta ilustração: juramentos. O alicerce do V.T, é Lv.
19:12 e Dt. 23:21 (confira com Êx. 20:7). Jurarás falso. Jurar em falso. O
abuso que os judeus faziam dos juramentos, levou JESUS a dizer, de modo nenhum
jureis. É difícil achar uma brecha nesta diretiva (veja também Tiago 5:12).
Assim, o crente não deveria jurar para autenticar suas declarações. Até mesmo o
Estado deveria geralmente permitir uma afirmação em lugar do juramento exigido.
Pelo céu. Os judeus usavam a sua engenhosidade para classificar os diversos
juramentos, e geralmente perdoavam aqueles que não mencionassem DEUS
especificamente. JESUS mostrou que tal raciocínio enganosamente sutil era
falso, pois DEUS continua implicado quando os homens invocam os céus, a terra,
ou Jerusalém; e até quando se jura pela própria cabeça está implicado Aquele
que tem poder sobre a mesma. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim. Uma solene
afirmação ou negação é o suficiente para o crente. O que passa disto.
Acrescentando juramentos às nossas declarações, ou admitimos que não se pode
confiar em nossas palavras costumeiras, ou nos rebaixamos ao nível de um mundo
mentiroso, que vem do maligno. Confira com Jo. 8:44.
Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora
Batista Regular. Mateus. pag. 25-26.
De maneira nenhuma jureis (34). É a proibição contra qualquer
juramento. A lei mosaica introduziu o juramento, sob condições bem definidas,
como proteção contra a desonestidade do coração humano. Mas o Senhor veio
transformar o coração do homem, de sorte que o juramento não é mais necessário.
Ele pode restaurar o quinhão primitivo e, assim, proíbe por completo o
juramento e cumpre plenamente o propósito da lei.
DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Mateus. pag. 25.
3. A PROIBIÇÃO RELATIVA.
Mt 5.34. De maneira nenhuma, jureis é a tradução correta (ordem
indireta e infinitivo aoristo). Claro que JESUS não proíbe juramentos em
tribunais, porque ele mesmo respondeu a Caifás sob juramento (Mt 26.63,64).
Paulo fez apelos solenes a DEUS (1 Co 15.31; 1 Ts 5.27). JESUS proíbe todas as
formas de profanação. Os judeus eram mestres na arte de perder-se em minúcias
sobre juramentos permissíveis ou formas de profanação, exatamente como fazem os
cristãos de hoje sob o pretexto de uma grande variedade de “palavras de baixo
calão”.
A. T. ROBERTSON. Comentário Mateus & Marcos. À Luz do
Novo Testamento Grego. Editora CPAD. pag. 74.
A determinação de CRISTO sobre este assunto é:
1. Que não devemos jurar, de maneira nenhuma, exceto quando
estivermos devidamente obrigados a isto, e quando a justiça ou a caridade para
com o nosso irmão, ou o respeito pela comunidade tornarem necessário o
juramento para o fim da contenda (Hb 6.16). O magistrado civil deve ser,
normalmente, o juiz desta necessidade.
Nós podemos ser jurados, mas não devemos jurar; podemos ser
intimados, e desta maneira estar obrigados ao juramento, mas não devemos nos
atirar a ele em busca de alguma vantagem terrena.
2. Que não devemos jurar superficial e irreverentemente, nas
conversas comuns. E um pecado muito grande fazer um apelo absurdo à gloriosa
Majestade do céu, que, sendo sagrada, sempre deve ser muito séria. E uma grande
profanação do santo nome de DEUS, e uma das coisas sagradas que os filhos de
Israel santificam ao Senhor. Este é um pecado que não tem disfarce; não há
desculpa para ele, e, portanto, é um sinal de um coração desprovido da graça do
Senhor, onde reina a inimizade contra DEUS: “Os teus inimigos tomam o teu nome.
em vão” .
3. Que devemos, de uma maneira especial, evitar juramentos ao fazer
alguma promessa, dos quais CRISTO particularmente fala aqui, pois estes
juramentos devem ser cumpridos. A influência de um juramento afirmativo cessa
imediatamente quando descobrimos fielmente a verdade e toda a verdade; mas um
juramento de promessa compromete por tanto tempo, e pode ser rompido de tantas
maneiras, pela surpresa e pela força de uma tentação, que não deve ser usado,
exceto em algum caso de grande necessidade. O uso frequente de juramentos se
reflete sobre os cristãos, que deveriam ter uma fidelidade reconhecida a ponto
das suas palavras sóbrias serem tão sagradas quanto os seus juramentos solenes.
4. Que não devemos jurar por nenhuma outra criatura.
Parece que havia alguns que, como cortesia (pensavam eles) ao nome
de DEUS, não fariam uso dele nos juramentos, mas juravam pelo céu, ou pela
terra etc. Isto CRISTO proíbe aqui (v. 34), e mostra que não há nada por que
possamos jurar, mas que isto está de uma maneira ou de outra relacionada com
DEUS, que é a origem de todos os seres, e, portanto, é igualmente perigoso
jurar por eles, quanto jurar pelo próprio DEUS. E a veracidade da criatura que
é posta em jogo: isto não pode ser um instrumento de testemunho, mas tem
relação com DEUS que é a Verdade principal.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento
MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 56-57.
De maneira nenhuma jureis (v. 34). A própria existência de um
voto introduz um padrão de duplicidade. Fica implícito que a palavra da pessoa
poderia nada valer, a menos que se fizesse acompanhar de algum tipo de garantia
verbal.
Segundo a tradição judaica, os juramentos sob o nome de DEUS eram
válidos, tinham força, mas os que excluíssem o nome de DEUS nada valiam.
JESUS agora nos ensina que os dois preceitos são enganosos, visto
que necessariamente DEUS se envolve em cada transação — o céu é o seu trono, a
terra é o estrado de seus pés, a cidade de Jerusalém é a cidade do grande Rei,
e nós não conseguimos controlar nem mesmo a cor de nossos cabelos. (Barclay,
vol. 1, pp. 159-60). Os que os seguidores de JESUS devem fazer é simplesmente
dizer sim ou não, e honrar a palavra empenhada. Schweizer escreve: “Quando a
palavra humana se deteriora de tal modo que sob certas circunstâncias sim pode
significar não, e não sim, a comunidade está destruída” (p. 128). Estar sob o
governo de DEUS (isto é, em seu reino) é ser digno de confiança absoluta e
honesto de modo transparente. Afastar-se desse princípio é cair sob a influência
do maligno.
Por toda a história da igreja tem havido crentes que acham que é
errado fazer juramentos, sejam eles de que natureza forem. Entretanto, JESUS
permitiu ao sumo-sacerdote que o colocasse sob juramento (Mateus 26:62-64), e
Paulo invocou a DEUS, para que lhe servisse de testemunha (2 Coríntios 1:23;
cp. Gaiatas 1:20). O assunto sob consideração em Mateus não é tanto a questão
de se fazer um juramento, mas a necessidade de se falar a verdade em todas as
ocasiões. E inevitável que JESUS penetre a fundo na legislação, para chegar aos
princípios essenciais que ela pretende ensinar. Codificar o ensino de CRISTO é
o mesmo que O destruir. As “regras” do Senhor vão muito mais longe do que toda
nossa habilidade para regulamentar o exterior de modo satisfatório. Os princípios
de JESUS nada exigem senão a entrega interior, total, aos propósitos e à
natureza de DEUS.
Peter H. Davids. Comentário Bíblico Contemporâneo.
Mateus. Editora Vida. pag. 58-59.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva
(http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/) com
algumas modificações do Pr. Luiz Henrique.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
1) acordo, aliança, compromisso
1a) entre homens
1a1) tratado, aliança, associação (homem a homem)
1a2) constituição, ordenança (do monarca para os súditos)
1a3) acordo, compromisso (de homem para homem)
1a4) aliança (referindo-se à amizade)
1a5) aliança (referindo-se ao casamento)
1b) entre DEUS e o homem
1b1) aliança (referindo-se à amizade)
1b2) aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
2) (expressões)
2a) fazer uma aliança
2b) manter a aliança
2c) violação da aliança
Apocalipse 3:5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Lc 2.39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de Nazaré.
1 Pd 1.18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, 19 mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de CRISTO,(1 Pd 1.18)
Rm 8.16 "O ESPÍRITO mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS;"
6. TERMOS DA NOVA ALIANÇA:
1 Co 11:26 Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha.
Embora esta palavra não apareça nas versões KJV e ASV em inglês, aparece quatro vezes na versão RSV. O seu significado básico deriva do substantivo hebraico berit, que significa “associação”, “confederação”, ‘liga”; e dos verbos hatan, que significa “afinidade”, “unir em casamento”; e nuah, que significa “estar despreocupado”, “estar aliado”; e do substantivo qesher, que normalmente tem o sentido negativo de “conspiração”, “traição”.
A primeira aliança descrita nas Escrituras foi entre Abraão e os amorreus Manre, Escol e Aner. Eles uniram suas forças por tempo suficiente para libertar Ló daqueles que o mantiveram cativo (Gn 14.13-24). Abrão fez uma aliança ainda mais duradoura com Abimeleque em Berseba (Gn 21.22-32), como também Isaque fez posteriormente (Gn 26.26-31). Não houve nenhuma proibição ou estigma contra essas primeiras alianças; porém mais tarde a lei mosaica repetidamente proibia alianças com estrangeiros, em particular com os cananeus. A proibição contra alianças com os cananeus se baseava principalmente em questões religiosas. A nação recém-formada era ainda muito fraca para resistir às tentações da adoração ao sexo praticada por Canaã, então DEUS, por meio de Moisés, procurou isolar Israel. Os altares, templos e imagens pagãos foram destruídos para que os jovens não fossem enganados pelos adoradores de Baal (Êx 23.32,33; 34.12,13). Para proteger os israelitas ainda mais contra essa corrupção, o casamento com estrangeiros foi proibido, para que não houvesse corrupção do israelita pelo adorador pagão através do casamento (Dt 7.2-4). Depois da conquista, quando Israel desobedeceu, a razão do julgamento de DEUS sobre eles tinha raízes na violação da proibição por parte de Israel (Jz 2.2).
Além da aliança com os homens de Gibeão, com artimanhas concluídas com Josué, não houve ligações oficiais com outras nações até os tempos de Salomão. Davi tinha relações amistosas, baseadas em alianças pessoais, com os reis de Moabe, Amom, Gate e Hamate; mas parece que Salomão foi o primeiro a estabelecer uma aliança internacional com uma nação estrangeira. Isto foi feito com Hirão de Tiro, em relação à construção do Templo e às operações da frota no Mar Vermelho e no Oceano Índico (1 Rs 5.1-18; 9.26-28), A completa implicação desta aliança não veio à tona até o casamento de Acabe com Jezabel, filha de um rei de Tiro. A adoração a Baal imediatamente tomou conta da vida religiosa de Israel, mas foi vigorosamente combatida por Elias, Eliseu e Jeú, Judá sentiu alguns maus resultados desse casamento quando a filha de Jezabel, Atalia, tornou-se rainha de Judá,
Nas disputas triangulares entre Israel, Judá e Síria foram feitas diversas alianças. Em uma ocasião, Asa de Judá obteve a ajuda de Ben-Hadade da Síria contra Baasa de Israel (1 Rs 15.18,19; 2 Cr 16.3). Mais tarde, Acabe de Israel ganhou o auxílio de Josafá de Judá contra a Síria (1 Rs 22; 2 Cr 18.1). Depois da morte de Acabe, Acazias de Israel procurou unir-se a Josafá no estabelecimento de uma frota mercante, mas DEUS não se agradou com isso e a frota foi destruída (2 Cr 20.35-37). No tempo de Isaías, Rezim da Síria e Peca de Israel se uniram contra Judá, mas Acaz de Judá conseguiu comprar a ajuda da Assíria, que rapidamente destruiu a Síria, reduziu Israel à condição de sua partidária, e finalmente fez de Acaz um fantoche nas suas mãos (2 Rs 16.5-8). A última aliança trágica foi entre Zedequias e o Egito, que trouxe a Babilônia contra Judá e destruiu Jerusalém completamente (Jr 37.1-8; Ez 17.15-17).
Em hebraico, uma “aliança״ é determinada pelo termo berit, e berit karat significa “fazer (lit., ‘cortar’ ou ‘lapidar’) uma aliança”. Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto “pacto”como “último desejo e testamento”), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16).
Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes; partes, condições, resultados, garantias.
As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de DEUS através de JESUS CRISTO para redimir os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças.
Profecia - As alianças abraâmica, palestina, davídica e as novas alianças abrem todo o panorama relacionado à primeira e à segunda vinda de CRISTO, e o seu reinado milenar na terra. A maior parte das grandes alianças revela fatos relacionados ao sofrimento, sacrifício, governo, e reinado do Messias. A maneira como estas duas correntes de profecia deve ser interpretada determina finalmente a sua escatologia, se ela deve ser amilenial, pós-milenial, ou premilenial, A questão a ser encarada é se o método a ser aplicado a ambas correntes de profecia será o mesmo, Disto deve depender a decisão sobre a questão do milênio, e a interpretação de grande parte daquilo que está contido em cada passagem bíblica sobre escatologia.
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP:
Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico
Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João
Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida,
Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson
EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ -
Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/ - Pb
Alessandro Silva
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
REVISTA BETEL 4TR24, NA ÍNTEGRA
Escrita Lição 4, BETEL, Não tomarás o nome do Senhor teu DEUS em
vão. A Santidade e a Honra ao Único e Verdadeiro DEUS, 4Tr24, Com. Extras Pr
Henrique, EBD NA TV
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EBD, Revista Editora Betel, 4° Trimestre De
2024, Tema, OS DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e
Valores Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma Vida
Abençoada, Escola Bíblica Dominical
ESBOÇO DA LIÇÃO
1- CONHECENDO O TERCEIRO MANDAMENTO
1.1. A importância do mandamento
1.2. O nome sagrado de DEUS
1.3. O tetragrama
2- A AUTORIDADE DE UM NOME
2.1. O significado de um nome
2.2. Um nome sem igual
2.3. Revelação de DEUS em Seus nomes
3- RELACIONANDO-SE COM INTEGRIDADE
3.1. Freando a profanação
3.2. Honrando o nome de DEUS
3.3. Crucificando o velho homem
TEXTO ÁUREO
“Não tomarás o nome do Senhor, teu DEUS, em vão; porque o Senhor
não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” Êxodo 20.7
VERDADE APLICADA
Nosso viver em todas as áreas deve estar de acordo com nossa
identidade de discípulos de CRISTO, para que DEUS seja glorificado.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar a importância do terceiro mandamento
Mostrar a relação entre o nome de DEUS e Sua pessoa
Explicar que devemos honrar esse poderoso nome.
TEXTOS DE REFERÊNCIA - MATEUS 5
33- Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás
teus juramentos ao Senhor.
34- Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o
trono de DEUS;
35- Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque
é a cidade do grande Rei;
36- Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou
preto.
37- Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disto é
de procedência maligna.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Lv 19.12 Não devemos profanar o nome de DEUS.
TERÇA | 1 Sm 25.17-25 Aprenda a não errar com o erro dos outros.
QUARTA | Is 46.9-10 Não há outro DEUS.
QUINTA | Ef 2.19 Somos concidadãos dos Santos.
SEXTA | 1 TS 5.22 Devemos nos abster de toda aparência do mal.
SÁBADO | Tg 5.12 Que a nossa palavra seja sim, sim e não, não.
HINOS SUGERIDOS: 154, 327, 526
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o nome de DEUS seja honrado em nossas vidas.
PONTO DE PARTIDA: O nome de DEUS é santo
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
estudaremos o terceiro dos Dez Mandamentos, que trata acerca da
responsabilidade e reverência para com o nome de DEUS, de acordo com as
Sagradas Escrituras.
1- CONHECENDO O
TERCEIRO MANDAMENTO
O terceiro
mandamento trata da reverência para com o santo nome de DEUS. Fala acerca da
responsabilidade de não usar Seu nome em vão, ou de maneira leviana, porque DEUS
não terá por inocente quem assim o fizer.
1.1. A
importância do mandamento
DEUS não nos
deu mandamentos apenas como ordenanças. A finalidade desses mandamentos é
sempre nos conduzir a uma vida melhor, mais pura, e nos afastar dos pecados que
o mundo oferece. Eles mostram tanto o que devemos fazer, quanto o que devemos
evitar para ir mais adiante [1Ts 5.22]. O primeiro mandamento nos mostra qual
deve ser a atitude do nosso coração para com DEUS, o segundo revela que devemos
adorar a DEUS conforme o Seu querer. O terceiro mandamento ensina sobre a
relevância do respeito e da reverência por parte de todo aquele que faz uso do
Nome do Senhor. O terceiro mandamento não é apenas um mandamento sobre como
devemos falar, mas, sim, um mandamento sobre como devemos andar. O terceiro
mandamento defende a honra do nome de DEUS. Não tomar o nome de DEUS em vão
requer mais de nós do que nossas palavras [Ex 20.7].
No
Antigo Testamento, o nome representava muito mais que a distinção entre uma
pessoa e outra, o nome era a representação do que uma pessoa expressava, era o
caráter e a índole do indivíduo. O nome de DEUS é santo e o terceiro mandamento
lembra aos judeus e a todos nós que DEUS é por demais grandioso para que Seu
nome seja pronunciado em vão. Por tradição, os judeus não usam jamais Seu nome,
mas falam em Adonai (o Senhor) ou Hashem (O Nome).
1.2. O nome
sagrado de DEUS
No encontro
com Moisés diante de uma sarça ardente, DEUS aparece a Moisés como
verdadeiramente é, e como deseja ser conhecido de todos nós. Moisés tinha um
problema, sabia que havia muitos deuses no Egito, mas como distinguir o DEUS
verdadeiro dos demais? Moisés, então, Lhe afirma que, quando chegasse
diante dos filhos de Israel e dissesse que o DEUS de seus pais o havia enviado,
eles iriam perguntar Seu nome, então disse a DEUS: Que lhes direi? [Ex 3.13]. E
o Senhor lhe disse: “EU SOU O QUE SOU” [Êx 3.14]. R. Alan Cole (Êxodo
Introdução e comentário, Vida Nova, 1980, p. 67), comenta: “Possivelmente
“Eu serei o que serei”. Esta frase sugestiva é uma referência clara ao nome
YHWH. “Yahweh”, provavelmente, é considerado uma abreviação da frase toda, como
se todas as palavras fossem colocadas juntas formando uma só.” É conhecido como
o “tetragrama”. Encontramos em outro texto bíblico a identificação do
tetragrama como o “nome glorioso e terrível” [Dt 28.58].”. Esse nome O
apresenta como a origem de tudo o que tem origem. Como a fonte da vida, aquele
que é por Si mesmo, a causa primordial [At 17.28].
O
Tetragrama “YHWH” descrito aqui em Êxodo 3.14 aparece em três tempos verbais:
passado, presente e futuro (“foi, serei e sou”). Quando o medo do futuro
assola, devemos olhar para o passado e ver que Ele foi conosco; no presente não
devemos temer porque Ele está conosco, e no futuro não devemos nos preocupar
porque Ele estará conosco. DEUS não se limita apenas a existir, Ele existe e
age a todo tempo em nosso favor [Is 46.9-10].
1.3. O
tetragrama
O tetragrama
consiste em quatro letras hebraicas: yodh, he, waw e he. Algumas versões da
Bíblia traduzem o tetragrama como “Yahweh” ou “Jeová”. O nome Jeová é o
resultado de palavras, alfabetos e línguas diferentes. Devido ao medo de
acidentalmente tomar o nome de DEUS em vão [Lv 24.16], os judeus basicamente
pararam de dizer isso em voz alta. Em vez disso, ao ler as Escrituras em voz
alta, os judeus substituíram o tetragrama “YHWH” pela palavra Adonai
(“Senhor”). Mesmo na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento), os
tradutores substituíram por Kurios (“Senhor”) o Nome Divino. Eventualmente, as
vogais de Adonai (“Senhor”) ou Elohim (“DEUS”) encontraram seu caminho entre as
consoantes de YHWH, formando assim YaHWeH. Mas até hoje não se sabe a
pronúncia correta do tetragrama.
Jeová
é, na verdade, uma variante muito posterior (provavelmente do século 16). A
palavra Jeová vem de uma versão de três sílabas de YHWH, YeHoWeH. O Y foi
substituído por um J (embora o hebraico nem tenha som de J) e o W por um V,
mais a vogal extra no meio, resultando em JeHoVaH. Essas vogais são as formas
abreviadas do tempo imperfeito, a forma participial e o tempo perfeito do verbo
hebraico “ser”. Assim, o significado de Jeová pode ser entendido como “Aquele
que será, é e foi” [Êx 3.14].
EU ENSINEI QUE:
O terceiro
mandamento trata da reverência para com o nome de DEUS.
2- A AUTORIDADE
DE UM NOME
Nosso Senhor JESUS,
em oração pelos Seus discípulos, disse que tinha revelado o Nome de DEUS Pai
àqueles que lhes foram dados [Jo 17.6]. Revelar o nome de DEUS é tornar
conhecido o Seu caráter. O profeta Isaías já tinha anunciado centenas de anos
antes que o povo do Senhor iria conhecer o Seu nome [Is 52.6]. Assim, o nome de
DEUS aponta para, entre outros aspectos, o Seu caráter, Seus atributos,
Sua autoridade, Sua honra e glória.
2.1. O
significado de um nome
O nome na
cultura bíblica é muito mais do que uma palavra com a qual chamamos uma pessoa.
Quando se falava do nome de alguém, estava incluído ali tudo o que aquela
pessoa era como pessoa, pois toda a sua reputação estava encerrada ali naquele
nome. Temos como bom exemplo o nome de Nabal, o marido de Abigail.
Mas por que se chamava por esse nome? Porque ele era um homem mau e
irredutível. Ninguém conseguia conversar com ele [1Sm 25.17]. Curiosamente o
nome Nabal no hebraico é uma palavra para “louco”. Os intérpretes
dizem que o significado do nome Nabal transmite o sentido de um vazio que
expressa a loucura da impiedade interior [1Sm 25.25]. É possível entender pela
Escritura que Nabal era uma verdadeira personificação da loucura.
Nabal,
esposo de Abigail, é apresentado pela Escritura como um homem impiedoso e
inconsequente. Não existe nenhum outro registro ou informação biográfica sobre
sua pessoa, a não ser esse. Nabal é descrito pelo significado de seu nome [1Sm
25.25]. Vemos que Nabal não agiu da forma que agiu por pura tolice, mas porque
ele era insensível e cruel. Ele não tinha qualquer consideração pelas questões
éticas ou religiosas.
2.2. Um nome
sem igual
Uma das
primeiras responsabilidades de um pai é a de escolher um nome para dar aos
filhos. Não é uma tarefa fácil, às vezes são colocados nomes para a escolha
numa lista, algum ente querido ou de sucesso da família pode ser homenageado,
ou escolher um nome significativo que represente algo para o bebê (Pv 22.1]. A
grande verdade é que nomes “são dados”, nunca escolhidos. Os seres humanos não
dão nomes a si mesmos porque dar um nome é uma questão de autoridade. A
primeira maneira dos pais exercerem autoridade é dando nome a uma criança. O
interessante é que no caso de DEUS ninguém lhe deu um nome, Seu nome foi
escolhido e revelado por Ele mesmo [Êx 3.14]. Este é o sinal de sua autoridade.
Seu nome existe antes de todos os demais existirem [Êx 15.3; Is 46.9-10]. Não
podemos dizer a DEUS quem Ele é. Ele nos diz.
Sabemos
que o nome de DEUS é muito mais do que um nome, é Sua própria identidade. Um
nome pode dar forma e limite às coisas, mas quando se trata de DEUS e de Seu
nome as coisas podem ser muito complexas porque Seu nome não é simplesmente uma
forma de nos dirigirmos a Ele, Seu nome é Sua própria reputação. Assim, devemos
usar Seu nome numa perspectiva santa. Esse cuidado deve se aplicar à Sua
Palavra, à oração, nossa forma de comunicação com Ele.
2.3. Revelação
de DEUS em Seus nomes
DEUS adverte em
Sua Palavra que não terá por inocente aquele que tomar o Seu nome em vão.
Portanto, devemos concentrar nossa atenção no significado do nome de DEUS nas
Escrituras. O nome do Senhor é santo, assim como Ele é santo. O nome do Senhor
é uma representação de Sua glória, Sua majestade e Sua suprema divindade [Hc
3.3]. Assim como no passado, toda a reputação de uma pessoa estava concentrada
em seu nome, com DEUS acontece do mesmo modo. O nome de DEUS é uma revelação de
Si mesmo como Criador e Redentor, de modo que exaltar Seu nome é exaltar ao
próprio DEUS, bem como menosprezá-lo e tomá-lo como algo sem valor implica em
menosprezo da própria pessoa de DEUS. Portanto, o fato de termos sidos adotados
por DEUS e poder chamá-Lo de Pai, não nos isenta do cuidado, respeito e da
reverência devidos ao SANTO Nome de DEUS.
Na
cultura dos tempos bíblicos, um nome era muito mais do que uma palavra para
designar, para chamar ou identificar uma pessoa. O terceiro mandamento nos
adverte a que nos aproximemos de DEUS e das coisas que a Ele pertencem com toda
a reverência possível [Ex 20.7]. Entendemos que o foco desse mandamento é a
honra, a reputação, a majestade, a glória de DEUS e o temor reverente que tudo
isso deve produzir em nós.
EU ENSINEI QUE:
O nome de DEUS
aponta para, entre outros aspectos, o Seu caráter, Seus atributos, Sua
autoridade, Sua honra e glória.
3-
RELACIONANDO-SE COM INTEGRIDADE
O primeiro
pedido na oração que JESUS ensinou aos Seus discípulos é: “Santificado seja o
teu nome” [Mt 6.9]. Portanto, o terceiro mandamento aponta para o dever do povo
DEUS de não desprezar o Nome do Senhor, seja por pensamentos, conduta ou pela
fala, mas “tratado como santo”, dando-Lhe a devida honra em nosso viver diário.
3.1. Freando a
profanação
Por causa da
grandeza do nome de DEUS, qualquer uso do Seu nome que traga desonra a Ele ou
ao Seu caráter é tomar o Seu nome em vão. Salmo 111.9 diz que Seu
nome é “santo e tremendo”, e a oração do Senhor revela que a reverência a DEUS
deve ser a nossa prioridade máxima [Mt 6.9]. O terceiro mandamento tem como
objetivo colocar um freio na mentira, restringir os juramentos e dessa maneira
evitar a profanação do nome divino [Lv 19.12; Tg 5.12]. Tomar o nome de DEUS em
vão é usá-lo em conversas triviais, fúteis e insignificantes. A palavra
hebraica para “vão” deriva de uma raiz que significa “estar vazio”, no sentido
de não ter valor ou substância. Invocar o nome de DEUS de forma superficial ou
de pouca importância, equivale a tomar o nome de DEUS em vão.
Kevin
DeYoung (Os Dez Mandamentos, Vida Nova, 2020, p. 67): “A pior coisa que pode
não ser autêntica a nosso respeito somos nós mesmos. Esse pode ser o caso de
alguns de nós. Vamos à igreja, cantamos músicas. Dizemos as coisas certas. Mas
isso não é a realidade de nossas vidas. Escute, se somos chamados pelo santo
nome de DEUS, não devemos manchar esse nome vivendo como se nossa conduta não
dissesse respeito a Ele nem a Sua glória.”
3.2. Honrando o
nome de DEUS
Qual seria o
valor do nome de DEUS para nós? Quando não vivemos à altura do nosso
compromisso cristão, nós representamos mal a DEUS. Arrastamos na lama o nome da
família [Ef 2.19]. O apóstolo Paulo falou de algumas pessoas que faziam isso
nos seus dias, declarando: “o nome de DEUS é blasfemado entre os gentios por
causa de vós” [Rm 2.24]. Também representamos mal a DEUS quando usamos o
sagrado nome de maneira leviana e frívola ou o empregamos em expressões
vulgares e obscenas [Ef 5.4]. Quando fazemos isso, dizemos a todos que o nome
de DEUS não é santo, que não tem valor nem importância para nós. Seria ainda
mais grave usar o nome de DEUS para afirmar algo que é falso, ou deixar de
cumprir uma promessa que fizemos em Seu nome [Dt 5.20].
Kevin
DeYoung (Os Dez Mandamentos, Vida Nova, 2020, p. 67): “Se você quiser um
simples resumo do terceiro mandamento uma exortação do Novo Testamento
traduzindo em linguagem positiva tudo o que ele exige de nós aqui está: “Tudo o
que vocês fizerem, em palavras ou ações, façam em nome do Senhor JESUS, dando
graças ao DEUS Pai por meio dele” [Cl 3.17]. Obedecemos ao terceiro mandamento
vivendo como cristãos, falando e fazendo tudo de acordo com o nome da família.
Pois, quando fazemos tudo o que fazemos – e fazemos em CRISTO, por CRISTO e
para CRISTO, mostramos que esse é o nome que valorizamos, o nome que amamos e o
nome que está acima de todos os nomes.”
3.3.
Crucificando o velho homem
Para aquele que
é compromissado com o Senhor, mandamento algum é pesado ou impossível de se
cumprir, porque a nova vida em CRISTO nos remete a certeza de que Ele sempre
nos fortalecerá, sempre virá em nosso auxílio. A mudança que ocorre quando
entregamos a vida a CRISTO é tão grande que não é exagero falar dela como uma
“morte” ou mesmo uma “crucificação”. É a execução da pessoa pecadora que
costumávamos ser [Rm 6.6-11]. Quando somos transformados pela renovação do
nosso entendimento [Rm 12.2], desaparecem os velhos padrões de pensamento
desordenados e destrutivos. Novos gostos e novos valores assumem o comando.
Nossos motivos e alvos são tão diferentes que se pode realmente afirmar que a
pessoa que éramos morreu e uma nova nasceu.
Comentário
Bíblico Moody – Volume 1 (Imprensa Batista Regular, 1984, p. 90): “O terceiro
mandamento proíbe o uso do nome de DEUS “a serviço da incredulidade e mentira”.
Consubstanciar nossa falsidade apelando para DEUS provoca juízo certo. Aqui
também se pode descobrir o poder moral para a injunção feita aos cristãos, “que
andeis como é digno da vocação com que fostes chamados” [Ef 4.1], isto é, não
tomar o nome de CRISTO em vão.”
EU ENSINEI QUE:
O terceiro
mandamento aponta para o dever do povo DEUS de não desprezar o nome do Senhor.
CONCLUSÃO
Considerando
que aguardamos confiantes desfrutar da “glória que em nós há de ser revelada”
[Rm 8.18], dependemos em todo tempo da Palavra de DEUS e da ação do ESPÍRITO SANTO,
bem como do contínuo cultivo de uma vida de oração e vigilância, para que nosso
viver seja de acordo com a vontade de DEUS e, assim, seja “tudo para a glória
de DEUS” [1Co 10.31].