Pr. Henrique EBD NA TV 99 99152-0454

Pr. Henrique EBD NA TV 99 99152-0454

Escrita Lição 01, Central Gospel, Os Sinais do Fim dos Tempos, 2Tr2024, Pr. Henrique, EBD NA TV

Lição 01, Central Gospel, Os Sinais do Fim dos Tempos, 2Tr2024, Pr. Henrique, EBD NA TV

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Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique

 

Título Das Lições do trimestre

Lição 01, Central Gospel, Os Sinais Do Fim Dos Tempos

Lição 02, Central Gospel, A Volta Do Senhor JESUS 

Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento

Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De CRISTO

Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação

Lição 06, Central Gospel, O Anticristo

Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos

Lição 08, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo

Lição 09, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro

Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom

Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO

Lição 12, Central Gospel, O Milênio

Lição 13, Central Gospel, O Juízo Final

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 01

1. ENTENDENDO A MENSAGEM DOS SINAIS

1.1. Catástrofes e desastres naturais

1.2. Avisos proféticos da Natureza

2. SINAIS NO MUNDO SOCIAL, POLÍTICO E MILITAR

2.1. Guerras e rumores de guerras

2.2. Terrorismo mundial

2.3. Sinais no mundo financeiro

2.4. Fome e pestes em vários lugares

3. SINAIS NO MUNDO RELIGIOSO

3.1. Incredulidade — O desaparecimento da fé

3.2. O sinal das trevas — O esfriamento do amor

3.3. Imoralidade — Devassidão generalizada

3.4. Apostasia — Amálgama da verdade com a mentira

3.5. O sinal da semente — A pregação do evangelho

4. O SINAL DA FIGUEIRA

4.1. Israel é importante espiritualmente




TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Apocalipse 15.1

1 - E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos que tinham as sete

últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de DEUS.

Apocalipse 16.2-4,8,10,12,17

2 - E foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga

má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam

a sua imagem.

3 - E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue

como de um morto, e morreu no mar toda alma vivente.

4 - E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e

se tornaram em sangue.

8 - E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que

abrasasse os homens com fogo.

10 - E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu

reino se fez tenebroso; e os homens mordiam a língua de dor.

12 - E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua

água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.

17 - E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo

do céu, do trono, dizendo: Está feito!

 

 

 

TEXTO ÁUREO

Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Mateus 24.33

 

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2a feira – Mateus 24.1-14 O princípio das dores

3a feira – 1 Tessalonicenses 4.16,17 Os que ficarmos vivos, seremos arrebatados

4a feira – Lucas 21.7-36 Vigiai, pois, em todo o tempo

5a feira – Daniel 12 Os tempos do fim

6a feira – Romanos 8.35-39 Ninguém nos poderá separar do amor de CRISTO

Sábado – Mateus 24.15-28 Sinais do fim

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

- assimilar a sequência de sinais que caracterizam o fim dos tempos;

- compreender que o Altíssimo graciosamente nos orienta sobre o fim a partir desses sinais;

- conscientizar-se da importância de estar preparado para ser arrebatado com CRISTO.

 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Prezado professor, a escatologia é a disciplina da teologia que estuda a doutrina das últimas coisas. Os acontecimentos tratados neste ramo da teologia estão relacionados com as características do mundo em que o Senhor JESUS voltará para arrebatar o Seu povo e livrá-los, assim, dos sofrimentos indescritíveis da Grande Tribulação.

Tendo em vista os sinais estudados nesta lição, o salvo em CRISTO deve estar em atitude de vigilância e temor, pois eles são o anúncio mais eloquente de que o fim da história humana está próximo e de que os salvos em CRISTO estão prestes a ingressar nos tempos da eternidade. Boa aula!

 

 

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SUBSÍDIOS EXTRAS PARA A LIÇÃO

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 Defendemos a interpretação futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica sagrada, segundo a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.

Nos livros escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e também entendemos que há linguagem simbólica nos livros escatológicos. Mas, em relação aos fins dos tempos, face à volta de JESUS, cremos que esta se dará antes da Grande Tribulação.

 

 

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COMENTÁRIOS BEP - CPAD

Ap 15.1 SETE ÚLTIMAS PRAGAS. Estas pragas são os julgamentos divinos finais sobre a terra, durante a tribulação. São os julgamentos contidos nas "sete salvas de ouro" (v. 7) descritos no capítulo 16. Essas salvas, ou taças, podem ser o desdobrar do julgamento da sétima trombeta (ver Ap 11.15a). 

Ap 16.3 SE TORNOU EM SANGUE. O mar fica tão contaminado que toda criatura vivente dentro dele morre, e sua cor poluída parece sangue (Êx 7.20-25). O mesmo ocorre também às fontes e aos rios (v. 4). 

16.10 O TRONO DA BESTA. A quinta taça começa a lançar em confusão o domínio mundial do anticristo. Esse julgamento específico é centralizado no seu quartel-geral e nos seus seguidores.

16.11 NÃO SE ARREPENDERAM. No meio do terrível julgamento divino, homens e mulheres optarão por viver no pecado e por persistir na sua rebelião contra a justiça. O arrependimento é o único ato que pode interromper os julgamentos divinos (cf. Ap 2.21; 9.21; 16.9), mas se recusam a fazê-lo.

16.12 OS REIS DO ORIENTE. Trata-se das nações do Oriente que, impulsionadas por forças satânicas, participarão de um grande conflito, a saber, a guerra do Armagedom (ver v. 16; Ap 19.17-21). O sexto anjo prepara o caminho para a guerra final da presente era, secando o rio Eufrates para deixar os exércitos do Oriente aproximarem-se de Israel (Is 11.15). 

 

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Apocalipse Versículo Por Versículo – Pr Severino Pedro da Silva - CPAD

 

Ap 15.1 SETE ÚLTIMAS PRAGAS

I. “...nelas é consumada a ira de DEUS”. O presente capítulo mostra-nos outra série de calamidades a sobrevir a terra. essas calamidades são similares em caráter e propósito às pragas das sete trombetas (8.7 a 11.19), e, sobretudo, a estas últimas: há um período de antecipação, porém, em cada uma dessas séries, a ordem cronológica é estabelecida. Na primeira, tivemos a aclamação do Cordeiro como digno de romper os selos do livro selado (5.1-14). Na segunda, quando da abertura do selo (8.1-6), houve preparação para o toque das sete trombetas (8.6). E mesmo as taças sendo a consumação dos juízos executados pelas trombetas, contudo, há, aqui também um pequeno intervalo.

1. O leitor deve observar a frase “...grande e admirável” nesta secção. Separadas, as palavras “grande e admirável” aparecem muitas vezes. Mas, em todo o Novo Testamento, uma ao lado da outra, só neste capítulo, nos versículos primeiro e terceiro. O comentarista H. R. Charles declara: “Este capítulo consiste de duas visões. A primeira (vs. 2-4) trata do cântico triunfal, entoado pelos mártires, estando ao redor do mar de vidro, nos céus. A segunda visão se relaciona aos sete anjos que desceram do templo celestial (vs. 5-8), aos quais foram dadas as sete taças, repletas da ira de DEUS”

 

Ap 16 12-17

1ª Taça

I. “...uma chaga má e maligna”. Os juízos das trombetas limitam-se, mais ou menos, aos limites do mundo romano, mas os juízos das taças hão de cobrir a terra e devem constituir a guerra total de DEUS sobre o mundo. Na consumação deste juízo encontramos paralelo na passagem de Jó 2.7, onde lemos: “Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó duma chaga maligna...”. J. Filo refere-se a úlceras (elkos) dolorosas como castigo apropriado que se deveria esperar contra os aderentes do “culto do imperador”. Nos últimos dias maus, os adoradores da Besta, terão de sofrer os horrores descritos neste versículo. Os medicamentos terrenos não poderão impedir ou curar essa “chaga má e maligna”. Os magos de Faraó (Janes e Jambres) não podiam permanecerem quietos diante de Moisés “...por causa da sarna; porque havia sarna em os magos, e em todos os egípcios” (Êx 9.11b); ali, aquelas eram de caráter temporários; porém, sendo de caráter escatológico; são incuráveis (Dt 28.27, 35). A sexta praga do Egito que tem o seu paralelo nesta primeira aqui, foi dirigida contra os magos egípcios; neste ponto, porém, a praga se volta contra aqueles que adorarem a Besta. “Assim como se submeteram à marca da Besta, assim também terão de submeter-se à marca do DEUS vingador”.

 

2ª Taça

I “...e morreu no mar toda a alma vivente”. Esta segunda praga tem seu paralelo, na primeira praga que caiu no Egito, quando o Rio Nilo tornou-se em sangue, matando os peixes (Êx 7.14 e ss). Mas aqui o próprio “mar” é afetado em grau supremo. Quando dos juízos das trombetas, somente uma “terça parte” se transformou em sangue, e somente uma “terça parte” da vida marinha pereceu (8.9). Mas, no presente texto, os efeitos serão mais vastos. O mar tornou-se em sangue como de um morto, imundo e coagulado, impossibilitando a vida no mesmo. “O sangue é uma vívida e terrível da morte, o salário do pecado. Essa foi a primeira praga do Egito, o Nilo transformou-se em sangue... mas agora será o mar... cardumes de criaturas que tinham vida no mar morreram, e como testemunha apodrecida da iniquidade dos súditos da Besta, o homem do pecado...”. Alguns estudiosos da Apocalipse, opinam que toda essa descrição é simbólica, referindo-se ao envenenamento do sangue da vida das nações, como se a questão fosse de ordem “moral” ou “espiritual”, e não literal. Mas devemos ter mente o que disse JESUS a João: “...estas coisas hão de acontecer” (1.1, 19; 22.6).

 

3ª Taça

(VER A INTRODUÇÃO DESTE FLAGELO EM APOCALIPSE 8.10, QUE DIZ: “E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela... sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas”).

I. “...nos rios e nas fontes das águas”. Essa praga tem também seu paralelo na primeira praga que caiu sobre o Egito, que atingiu não somente o rio Nilo, mas também as fontes, os poços e os ribeiros, transformando-os em sangue. Nos dias sombrios do governo do Anticristo homens terão manchado a terra com o sangue dos mártires. DEUS agora lhes dará sangue a beber – uma justa retribuição, como é declarada em Gl 6.7. Esta é a lei da compensação divina para os súditos da Besta. deus como Justo Juiz, em sua perfeita justiça e retidão, derramará a sua grande ira, no tempo da terceira taça, dando sangue a beber aos que derramaram sangue dos santos. Será uma das mais horrendas pragas desta série de “sete” quando os homens e os animais terão somente sangue coagulado para beber.

 

Ap 16.8

4ª Taça

(VER A INTRODUÇÃO DESTE FLAGELO EM APOCALIPSE 8.12, QUE DIZ: “E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol...”).

I. “...abrasasse os homens com fogo”. A quarta taça tem mais ou menos seu paralelo na sexta praga do Egito. A da saraiva misturada com fogo (Êx 9.24 e ss). Na introdução, porém, tem seu paralelo na nona praga egípcia (Êx 10.21-23). Na passagem em foco vemos os homens sendo abrasados com “fogo”, embora a palavra “fogo”, no grego, culto ela indique a extrema intensidade do calor solar. A literatura paralela do Apocalipse predissera que DEUS fará o sol ficar parado na mesma altura por três dias, criando um calor excessivo que castigará aos povos ímpios e rebeldes. É lamentável dos homens desprezarem a “sombra do Altíssimo” e se submeterem, mesmo que contragosto, ao fogo do juízo de DEUS. A profecia bíblica não foi escrito para satisfazer a curiosidade humana, antes do que “cumprimento”, e, sim, para “instruir” aqueles que viverem na época do seu cumprimento. Oremos pelos homens! DEUS pode humilhar os que andam na soberba (Dn 4.37).

 

Ap 16.10

5ª Taça

(VER A INTRODUÇÃO DESTE FLAGELO EM APOCALIPSE 9.1-2, QUE DIZ: “E O QUINTO anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra... e abriu o poço do abismo, e subiu fumo do poço, como o fumo de uma grande fornalha, e com o fumo do poço escureceu-se o sol e o ar”).

I. “...se fez tenebroso”. A presente passagem ainda tem seu paralelo na nona praga do Egito. Ali o reino de Faraó também se fez “tenebroso” durante três dias (Êx 10.22). Aqui o “trono da Besta” afetado pelo juízo da quinta taça é o mesmo que ela herdou do dragão logo no início de seu reino (13.2). A missão deste anjo celestial, é derramar a sua taça sobre o “grande trono” não só da apostasia religiosa do mundo, mas, consequentemente, sobre todo o ‘falso” poder. As trevas que envolveram o trono da Besta, são “trevas sobrenaturais”. É verdade que através da história tem havido trevas estranhas e aterrorizante, em que o sol, por assim dizer, não dava luz. Diz um astrônomo que “Isso se deve à (“poeira cósmica”) ao atravessar as elevadas camadas da atmosfera terrestre, em quantidade apreciável”. Mas na quinta taça este fenômeno, será produzido por uma intervenção sobrenatural; sem dúvida alguma: O poder de DEUS. W. Ramsay declara que a expressão “mordiam as línguas de dor” é a única na Bíblia e indica uma agonia mais intensa e excruciante.

 

Ap 16.12

6ª Taça

(VER A INTRODUÇÃO DESTE FLAGELO EM APOCALIPSE 9.13, QUE DIZ: “E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de DEUS. A qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates”).

I. “...O grande rio Eufrates”. O rio Eufrates era um dos rios do Paraíso (Gn 2.14). Seu nome em hebraico é “perath”, derivado do acadiano “purattu’, que representa o sumeriano “buranun”, e a forma neotestamentária, “Euphartes”. Os hebreus o chamavam de “o grande rio” (9.14). O Eufrates forma-se pela junção de dois tributários: o Murado-Su, que começa no lago Van, e o Kara-Su ou Frata, que nasce a 74 quilômetros a nordeste de Erzerum.

1. “O curso total do rio Eufrates desde sua nítida nascente até sua desembocadura no Golfo pérsico é de 3.093 quilômetros e 600 metros. Sua profundidades varia entre 3 e 10 metros e sua largura é de 200 a 400 metros aproximadamente”. Seu leito se encravava na Ásia Continental, e na antiguidade era conhecido como a linha divisória entre o mundo oriental e Ocidental. O juízo desta taça secará suas águas momentaneamente, pois doutra forma, seriam necessários três anos consecutivos sem chuver. Ilustrando a passagem em foco, temos DEUS abrindo o mar Vermelho (Êx 14.21, 2), de igual modo o Jordão 40 anos depois (Js capítulo 3). Também está profetizado a secura do rio Nilo (Is 11.15). O grande rio Eufrates passará por um momento semelhante na história. Suas águas secarão preparando assim “o caminho dos reis do oriente” que vêem em demanda da terra de Israel.

2. Reis do Oriente. H. Lindsey diz: “Cremos que a China é o princípio da formação dessa grande profecia chamada “reis do leste” pelo Apóstolo João”. Como o emblema nacional do Japão é “o sol nascente”, pode ser que essa nação partilhe no avanço das asiáticas. Isso se depreende na forma plural (“reis do Oriente”) vista no presente texto. Recentemente um documentário de TV sobre a China Vermelha, denominado “A Voz do Dragão”, citava potência dispor de um “exército popular” de 200.000.000 de homens.

 

Ap 16.17

7ª Taça

(VER A INTRODUÇÃO DESTE FLAGELO EM APOCALIPSE 11.15, QUE DIZ: “E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grande vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu CRISTO, e ele reinará para todo o sempre”).

I. “...Está feito”. A sétima taça é a consumação do “terceiro ai” (a sétima trombeta), Ambas as coisas nos levam ao fim desta era, e ambas envolvem a “ira final”. A presente expressão lembra-nos das últimas palavras do Senhor JESUS na cruz, quando disse: “Está consumado” (Jo 19.30). Elas marcam o término de uma grande obra e o início de outra; ambas são consolidadas na terceira expressão: “Está cumprido” (Ap 21.6). Está feito, no presente texto, é para declarar que “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu CRISTO”. É o fim da presente era e o estabelecimento do governo de CRISTO com poder e grande glória. A grande vos que disse: “Está feito”. É a voz de DEUS e sua declaração final. DEUS é que diz a última palavra. Convém notar que no segundo dia da criação quando DEUS criou “os ares”, não pronunciou a palavra: (“bom”); isso se reveste de significação especial (Gn 1.6-8). Satanás é o príncipe “...das potestades do ar” (Ef 2.2), e portanto sua influência perniciosa será derribada de qualquer posição nesta sétima taça. 

 

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O significado de acautelar

É pôr de sobreaviso, prevenir, precaver. Esta foi a palavra que JESUS usou quando os discípulos perguntaram como seria a vinda dele e que sinal teriam. JESUS orientou-os a terem cautela para que não fossem enganados, dando-lhes uma relação dos sinais prévios à Sua vinda. Isto nos dá a entender que precisamos conhecer os sinais para ficarmos de sobreaviso, e para isto precisamos estudar a Bíblia. Conforme diz em Provérbios 22.3 “O avisado vê o mau e esconde-se...”. Para levar o aluno a esse entendimento introduza o tema perguntando o significado de acautelar e o que fazer para não sermos enganados. Na Bíblia de Estudo Pentecostal, no texto de rodapé referente a Mt 24.11, lemos que nos últimos dias “crentes professos aceitarão ‘novas revelações’, mesmo que elas conflitem com a Palavra revelada de DEUS. Isto motivará oposição à verdade bíblica dentro da Igreja. Homens pregando o evangelho misto ocuparão posições estratégicas de liderança nas denominações e nas escolas teológicas. Os tais enganarão e desviarão a muitos dentro da Igreja”.

 

PREDIÇÕES DE SINAIS CONCRETOS (Mt 24.7)

          Não há evidência doutrinária para se afirmar que determinados acontecimentos da atualidade sejam sinais precisos da volta de JESUS. Entretanto, o modo como o Senhor indicou-os nos abre um campo de compreensão mais amplo. Entendemos que esses sinais indicam “o começo do fim” ou “o princípio de dores” (Mt 24.8).

 

1. A simultaneidade dos sinais. 

Há uma certa simultaneidade dos acontecimentos que envolvem “conflitos bélicos entre nações, fomes, pestes e terremotos”.

2. “Nação contra nação, e reino contra reino”. 

Tivemos duas grandes guerras mundiais. A primeira aconteceu de 1914 a 1918, e a segunda de 1939 a 1945. A destruição provocada por essas guerras mundiais é incalculável. Vemos hoje (01/04/2024) Rússia em busca de uma terceira grande Guerra Mundial que pode ser a Guerra de Gogue e Magogue. Israel em conflito com Hamas e Hezbollah que pode ser a revolta final árabe contra Israel sendo armada.

3. “Haverá fomes, pestes e terremotos” (Lc 21.11). 

Sinais como “fomes, pestes e terremotos” são fatos marcantes em nossos dias. A contaminação ambiental provocada pelo desregramento ecológico, tem envenenado os três mais importantes espaços vitais da humanidade, que são: o ar, as águas e a terra. A proliferação das doenças aumenta cada vez mais o índice de mortalidade. Misteriosas pestes desafiam a ciência assolando a humanidade. No Brasil (01/04/2024) temos Covid-19, Dengue e Chikungunya. A fome traz para o panorama mundial um espectro de terror.

 

Os terremotos mais potentes:

1. Chile, 22 de maio de 1960 (magnitude 9,5)

2. Chile, 13 de agosto de 1868 (magnitude 9)

3. Chile, 27 de fevereiro de 2010 (magnitude 8,8)

4. Equador, 31 de janeiro de 1906 (magnitude 8,8)

5. Chile, 8 de julho de 1730 (magnitude 8,7)

 

E os terremotos com mais vítimas:

1. Haiti, 12 de janeiro de 2010 (316 mil mortos)

2. Peru, 31 de maio de 1970 (mais de 66 mil mortos)

3. Chile, 25 de janeiro de 1939 (mais de 24 mil mortos)

4. Guatemala, 4 de fevereiro de 1976 (23 mil mortos)

5. Nicarágua, 23 de dezembro de 1972 (mais de 10 mil mortos)

 

 

PREDIÇÕES DE SINAIS ATUAIS (Mt 24.8-13)

 

1. O princípio de dores (v.8). 

O texto refere-se metaforicamente às dores de parto de uma mulher que está para dar à luz uma criança. São as primeiras dores decorrentes das contrações que anunciam a hora do parto. Na verdade, JESUS estava declarando que os sinais envolvendo fomes, pestes e terremotos seriam apenas sinais precursores da vinda da era messiânica, sonhada e desejada pelos judeus (1Ts 5.3).

 

2. A angústia na terra (v.8; Lc 21.25). 

Essa angústia está embutida no “princípio de dores” sentida pela humanidade e, especialmente, pela Igreja de CRISTO. E, de fato, a perplexidade das criaturas diante dos sinais que se evidenciam na Terra (Lc 21.25,26); uma neurose coletiva mundial que provoca o desespero (Rm 8.20,22); é o pressentimento da chegada do fim dessa agonia (Dn 12.4). Nesses tempos de globalização da economia mundial, percebe-se a preocupação, quando apenas uma economia se descontrola e traz um desassossego total (2Ts 2.7; Ap 13.16,17).

 

3. A ameaça de uma Igreja mista (vv.10-13). 

Nestes versículos JESUS previu certos problemas que afetariam sua Igreja. Essa Igreja mista aparece na malfadada tese do Ecumenismo. Indiscutivelmente é uma falsa unidade porque dilui princípios fundamentais de formação da Igreja segundo o padrão neotestamentário. Muitos cristãos haveriam de trair a Igreja e desertá-la por causa das perseguições. A ação de “trair-se uns aos outros” refere-se àqueles que, para salvar a própria pele, entregariam seus irmãos às autoridades.

4. A multiplicação da iniquidade (v.12). 

A palavra iniquidade na língua original tem a ideia de coisas ilegais ou de liberdade sem lei que a controle. Quando JESUS declarou que a iniquidade se multiplicaria estava antevendo a realidade de nossos dias. A tendência para a ilegalidade e sua prática tem sido comum entre os cristãos. O aumento da iniquidade, isto é, da violação dos princípios divinos, afetaria esse sentimento de relação com CRISTO. O zelo e o desejo pela Casa de DEUS perdem a sua força quando o coração é iníquo.

 

CONCLUSÃO

Os sinais da vinda de JESUS devem ser assunto de interesse para todos os crentes despertados e ao mesmo tempo um grande alerta para os crentes descuidados e adormecidos espiritualmente. E, assim, possam entender que, apesar dos teólogos divergirem quanto a distinguir os primeiros 14 versículos de Mateus 24 como sendo dentro da era da graça ou da Igreja, o segredo para escapar, principalmente do período dos tempos dos gentios (que antecede a Grande Tribulação — Mt 24.14), é “perseverar até o fim” (Mt 24.13).

Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos - 3º Trimestre de 1998 

Título: Escatologia — O estudo das últimas coisas

Comentarista: Elienai Cabral - Lição 5: Sinais da vinda de CRISTO - Data: 2 de Agosto de 1998

 

 

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Lições Bíblicas CPAD Adultos - 1º Trimestre de 2016

Título: O final de todas as coisas — Esperança e glória para os salvos

Comentarista: Elinaldo Renovato

Lição 1: Escatologia, o estudo das Últimas Coisas

Data: 3 de Janeiro de 2016 

 

 

TEXTO ÁUREO

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3.1).

 

VERDADE PRÁTICA

O estudo da Escatologia bíblica traz ao coração dos salvos a esperança de um dia estarem para sempre com o Senhor JESUS CRISTO.

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Mt 24.3

A preocupação dos discípulos de JESUS a respeito da sua segunda vinda

Terça — Lc 12.40

O Filho do Homem virá a qualquer momento

Quarta — At 1.7

Não se pode especular quanto à segunda vinda do Filho de DEUS

Quinta — 2Pe 3.8

O tempo de DEUS não é o nosso tempo

Sexta — Mt 24.36

Só DEUS sabe o tempo da vinda de JESUS e o fim do mundo

Sábado — Mt 24.23-25

Antes da vinda de JESUS surgirão falsos cristos e falsos profetas

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Mateus 24.4,5,11-13; 1 Tessalonicenses 1.10.

Mateus 24

4 — E JESUS, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,

5 — porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o CRISTO; e enganarão a muitos.

11 — E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.

12 — E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.

13 — Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

1 Tessalonicenses 1

10 — e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, JESUS, que nos livra da ira futura.

 

HINOS SUGERIDOS

 442, 500 e 513 da Harpa Cristã.

 

OBJETIVO GERAL

 Explicar o real significado da Escatologia Bíblica.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 

I. Definir a Escatologia;

II. Mostrar a preocupação do homem com os fins dos tempos;

III. Explicar algumas das diferentes interpretações escatológicas.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

 

Prezado professor, neste primeiro trimestre do ano estudaremos a respeito das últimas coisas, pois em breve JESUS virá! Muitos já não creem na Segunda Vinda de CRISTO, por isso, desprezam as profecias bíblicas. Todavia, JESUS virá como um ladrão, na hora que ninguém espera. Este glorioso dia não nos pegará de surpresa, pois somos do Senhor e aguardamos a sua vinda a qualquer momento.

O comentarista do trimestre é o pastor Elinaldo Renovato de Lima — autor de diversos livros, líder da Assembleia de DEUS em Parnamirim, RN.

Que o estudo de cada lição possa trazer esperança ao seu coração, pois breve Ele virá e estaremos para todo o sempre em sua presença.

 

INTRODUÇÃO

Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar a respeito do tempo do fim. Nesta primeira lição, examinaremos a Escatologia bíblica. Para os salvos em JESUS CRISTO este é um tema que traz esperança, pois não há nada melhor do que ter a certeza de que o Salvador voltará e que viveremos junto com Ele por toda a eternidade. No entanto, para os descrentes, a segunda vinda de JESUS não oferece motivos para regozijo. As previsões bíblicas para o futuro dos ímpios são aterradoras: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de DEUS” (Sl 9.17). Porém, ainda é tempo para o arrependimento e a conversão. Por isso, a Igreja do Senhor tem a responsabilidade de anunciar JESUS, cumprindo a Grande Comissão (Mt 28.19,20).

 

 

PONTO CENTRAL

O estudo da Escatologia Bíblica traz esperança para os salvos em JESUS CRISTO.

 

 

I. O ESTUDO DA ESCATOLOGIA

1. Definição. 

A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos , “último”, e logos , “estudo”, “mensagem”, “palavra”. O termo grego cognato é , que significa “últimas coisas”. Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”. Portanto, escatologia é o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias ou a “doutrina das últimas coisas”. A escatologia estuda os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.

2. A escatologia e a volta de JESUS. 

O estudo da escatologia bíblica mostra que o crente tem de estar sempre alerta, vigilante, pois a volta de JESUS pode acontecer a qualquer momento: “Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais” (Lc 12.40). Muitos desprezam e desdenham das verdades bíblicas, mas DEUS vela pela sua Palavra e em breve JESUS voltará e julgará a todos aqueles que amam a prática do pecado.

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A Escatologia Bíblica tem como objetivo estudar os assuntos relacionados às últimas coisas.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Embora lide com eventos futuros, a escatologia tem suas raízes tanto na vida, morte e ressurreição históricas de CRISTO como em seu futuro retorno. Como afirma Berkouwer: ‘Não é o desconhecimento do futuro, mas sim seu conhecimento que é fundamental na reflexão escatológica’. A verdadeira questão é ‘se as expectativas bíblicas são certas ou incertas, duvidosas ou inevitáveis’.

Eis uma verdade com a qual quase todos os teólogos evangélicos concordam: JESUS voltará. Os cristãos fundamentam sua esperança nesta promessa, que foi claramente firmada por CRISTO (Mt 24.27-31). Nas parábolas dos dois servos (Mt 24.45-51), das dez virgens (Mt 25.1-13) e dos talentos (Mt 25.14-30), JESUS assegurou que voltaria. Ele virá sobre as nuvens (Mt 26.64; Ap 1.7), à vista de todos (Mt 24.30), chegará ao mesmo lugar do qual partiu (Zc 14.4; At 1.11) e em um momento que apenas o Pai conhece (Mc 13.32).

Embora os estudiosos normalmente concordem que JESUS voltará, existem diferentes opiniões sobre os detalhes das circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de CRISTO. Estas diferentes opiniões estão relacionadas à sequência dos eventos do fim, à Grande Tribulação, ao Milênio e ao futuro de Israel” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.168).

 

 

O QUE É ESCATOLOGIA

O termo escatologia (gr. eschatos, “último”; logos, “raciocínio”), significando “a teologia das últimas coisas,” tem sido usado desde o século XIX para designar a divisão da teologia sistemática que lida com tudo o que era profeticamente futuro na época em que foi escrito, isto é, profecias que já se cumpriram, como também profecias que ainda não se cumpriram. Importantes assuntos de profecia incluem predições com relação a JESUS CRISTO, tanto em sua primeira vinda como na segunda (EM DUAS ETAPAS), Israel, os gentios, Satanás, cristianismo, os santos de todas as eras, a futura Grande Tribulação, o estado intermediário, a ressurreição dos mortos, o reino milenial, o juízo final e o estado eterno. Estes temas podem ser classificados como a revelação divina do programa quádruplo de DEUS para: (1) Israel, (2) os gentios, (3) a igreja e (4) Satanás e seus anjos caídos.

 

Princípios de Interpretação. O conceito de previsão bíblica dos eventos futuros depende dos princípios interpretativos básicos adotados. Do ponto de vista da ortodoxia histórica, um sistema detalhado da escatologia é impossível sem assumir a autoridade e a exatidão das Escrituras. O liberalismo radical tem negado a possibilidade da previsão do futuro e tem tratado tais trechos das Escrituras como sendo tanto aparentemente proféticos como ilegítimos, expressando meramente a esperança humana, ou, na melhor hipótese, o propósito divino já cumprido. O liberalismo moderado, representado por A. Schweitzer, reconhece que o NT ensinou o final imediato dos séculos, mas sustenta que a profecia não é literalmente cumprida e que ela é apenas um veículo para ensinar um conceito geral da futura salvação divina e o juízo final. Um outro desvio da ortodoxia histórica é a opinião de C. H. Dodd que popularizou a “escatologia realizada”, o ensino de que a escatologia é principalmente o propósito divino como foi cumprido na vida de CRISTO ao invés de uma predição detalhada dos eventos. Karl Bartn, o representativo estudioso neo-ortodoxo, considerou a profecia como uma antecipação da consumação, mas foi incapaz de dar claras particularidades. Estas variedades de interpretação dependem da premissa de que as Escrituras são registros falíveis do passado e incapazes de fazer predições exatas do futuro.

 

Dentro da ortodoxia que aceita a infalibilidade da profecia, existem duas principais escolas de pensamento, que são distinguidas pela extensão em que interpretam a profecia de forma literal. A opinião mais antiga interpreta a profecia com o mesmo grau de literalidade que as demais passagens das Escrituras. Uma opinião posterior usa uma forma dupla de interpretação. Embora seguindo a interpretação literal e gramatical das Escrituras como um todo, ela interpreta a profecia de uma maneira não literal. A aplicação destes dois princípios levou a uma tripla divisão da escatologia ortodoxa. A forma mais antiga e mais literal, de escatologia é a interpretação quiliástica ou pré-milenial, que defende que CRISTO reinará na terra por mil anos após sua segunda vinda. O tipo não literal de interpretação da profecia tomado popular por Agostinho levou a uma forma amilenial de escatologia, que primeiro tornou-se proeminente com Orígenes no século ÍII. Esta opinião interpreta o reino de DEUS como um reinado de CRISTO nos corações dos crentes entre o primeiro e o segundo advento, e consequentemente nega um reinado milenial terreno seguindo o segundo advento.

O pós-milenialismo é um derivativo posterior do amilenialismo, frequentemente creditado a Daniel Whitby (1638-1726), um inglês unitariano. Esta teoria, agora defendida apenas por alguns, interpreta o reinado milenial de CRISTO mais literalmente do que o amilenialismo e o considera como os últimos mil anos do período entre a primeira e a segunda vinda de CRISTO. Embora frequentemente confundida com o amilenialismo, ela pode ser distinguida como sendo mais otimista, e até certo ponto mais literal, em sua interpretação. A opinião obtém seu nome do ensino de que CRISTO voltará no final do Milênio terreno ou utopia para julgar toda a humanidade. A questão interpretativa mais importante em escatologia, fora a crença na autoridade das Escrituras, é o uso do princípio da interpretação literal. A doutrina mais determinante é se haverá um reinado literal de CRISTO na terra depois do segundo advento.

Profecias que dizem respeito a JESUS CRISTO. Â profecia messiânica é o assunto mais importante do AT, e seu cumprimento é o tema mais proeminente do NT, CRISTO deveria nascer como cumprimento da promessa de um Salvador (Gn 3.15), da linhagem de Abraão (Gn 12.1-3), Judá (Gn 49.10) e Davi (2 Sm 7.12,13); Ele deveria nascer em Belém (Mq 5.2Lc 2.4-7) de uma virgem (Is 7.14Mt 1.23). CRISTO deveria ser um Profeta (Dt 18.15), o Divino Filho de DEUS (Is 9.6,7), um Sacerdote (Sl 110.4) e Rei (Zc 9.9). Ele deveria sofrer uma morte vergonhosa na cruz pelos pecados de todo o mundo (Sl 22Is 53), para ressuscitar dos mortos (Sl 16.10) e ser glorificado (Dn 7.14). Em seu nascimento, vida, morte e ressurreição, que são eventos históricos, muitas profecias foram cumpridas, e foi deixada a seus discípulos a promessa de que Ele voltaria para estabelecer seu reino na terra (Mt 24.3,27-3125.31-46At 1.6,7,10,11Ap 1.719.11-16).

Profecias que dizem respeito a Israel. Primeiramente anunciado a Abrão (Gn 12.1-3), o programa de DEUS para Israel, os descendentes de Jacó, predizia sua continuidade como uma nação para sempre (Gn 17.7Jr 30.1131.35-37), e sua última e permanente posse da terra prometida (Gn 12,713.14,1517.8). Israel foi avisada de várias dispersões da terra, e lhe foi prometido um reagrupamento final (Gn 15.13,14Dt 28.63-6730.1-3Jr 23.2-8Ez 39.25-28Am 9.14,15). O amplo esquema de seu programa profético é dado em Daniel 9.24-27. Os pré-milenialistas esperam um cumprimento literal destas profecias; os amilenialistas encontram um cumprimento não-literal na igreja hoje.

Profecias que dizem respeito aos gentios. O AT está repleto de profecias com relação aos gentios, começando com as predições que dizem respeito a Noé e à sua posteridade (Gn. 9.25-27). Muitas profecias posteriores dizem respeito às nações que circundam Israel. De maior importância, porém, é a revelação dada através de Daniel (Dn 2, 7811) com relação a quatro impérios; Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma, cobrindo o período chamado por CRISTO de “os tempos dos gentios” (Lc 21.24), isto é, o período durante o qual Jerusalém estará sob o domínio gentio começando em 605 a.C. e terminando na segunda vinda de CRISTO. Muitos pré-milenialistas acreditam que a parte final do quarto império refira-se a um tempo ainda futuro, que ocorrerá pouco antes do segundo advento.

 

Profecias que dizem respeito à igreja. O programa divino para a era presente, anunciado por CRISTO (Mt 16.18), é a convocação de um corpo de santos composto tanto por judeus como por gentios (Ef 2.11-163.6) para formar a igreja (q.v.), Há várias figuras relacionadas a CRISTO, tais como a vinha e os ramos (Jo 15), o corpo (Ef 1.22,23} e a noiva (2 Co 11.2Ef 5.23-32), a igreja estará completa em seu arrebatamento para o céu (Jo 14.31 Co 15.51,521 Ts 4.13-17). Os pré- tribulacionistas consideram que o arrebatamento deverá ocorrer aproximadamente sete anos antes da segunda vinda de CRISTO, em Glória, no final da Grande Tribulação (Dn 9.27); os pós-tribulacionistas consideram-no como uma fase da segunda vinda. Os membros da igreja que estiverem vivos nesta ocasião serão trasladados, isto é, receberão corpos celestiais no arrebatamento, e nesta ocasião os mortos em CRISTO também serão ressuscitados. Galardões serão dados à igreja após o arrebatamento (1 Co 3.11-152 Co 5,10,11), e a igreja estará com o Senhor para sempre (1 Ts 4.17). Os amilenialistas consideram o arrebatamento e a ressurreição como ocorrendo no segundo advento e como incluindo todos os homens, para ser seguido do estado eterno, no qual os salvos serão abençoados e os não salvos serão punidos.

O estado intermediário. Os teólogos ortodoxos defendem que após a morte todos os homens vão para um estado intermediário, de tormento para os não salvos e de alegria para os salvos, aguardando a ressurreição e o juízo futuros (Lc 16.19-3123.39-432 Co 5.8Fp 1.23Ap 6.9-117.9-17). Veja Morto, O; Morte.

O reino milenial. De acordo com a opinião pré-milenial, CRISTO reinará em pessoa na terra por 1.000 anos depois do seu segundo advento. Satanás será amarrado e tornado inoperante (Ap 20.1-3). O período será uma era de ouro no qual a justiça e a paz abundarão, a guerra será banida, e a prosperidade nos âmbitos espiritual, econômico e político será mundial (Sl 72Is 2.2-411.2-1265.17- 66.24Jr 23.2-831.1-14,31-3433.14-18Am 9.11-15). No final do Milênio, Satanás será novamente solto, e ganhará um grande número de seguidores que serão destruídos por um juízo de fogo dos céus (Ap 20.7-10). Os amilenialistas consideram estas profecias como tendo sido cumpridas na era presente. Veja Reino de DEUS; Milênio.

O juízo final. De acordo com as Escrituras, todos os homens serão julgados (2 Tm 4.1Hb 9.27). Os amilenialistas consideram este como um único evento relacionado ao segundo advento. Os pré-milenialistas consideram o juízo final como uma série de eventos, começando com o julgamento dos justos antes do Milênio, e terminando com o julgamento dos ímpios e de Satanás no final do Milênio (1 Co 3.11-162 Co 5.10; Ad 20.4-6,915־). O destino final dos ímpios é o lago de fogo. Veja Geena; Inferno.

O estado eterno. Descrito em Apocalipse 21- 22, o local do estado eterno é um novo céu e uma nova terra na qual está situada a Nova Jerusalém. A cidade celestial é retratada como uni lugar de grande beleza, amplamente construída com pedras preciosas, o lugar da habitação de DEUS como também dos santos de todas as eras. Veja Vida Eterna; Estado Eterno e Morte; Céu.

Tomada como um todo, a escatologia é o clímax da revelação divina, a grande culminação de todo o programa de DEUS para os séculos, e a razão principal da criação do mundo material. Nela os propósitos eternos de DEUS para a humanidade serão cumpridos com grandes bênçãos para todos os santos. J. F. W. Dicionário Bíblico Wycliffe - CPAD

 

II. A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS TEMPOS

1. Os discípulos de JESUS. 

Certa vez, os discípulos de JESUS fizeram a seguinte indagação ao Mestre: “[...] Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). Tanto os discípulos quanto os cristãos do primeiro século desejavam saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que chama a atenção de crentes e não crentes. Já no primeiro século algumas pessoas não acreditavam mais na segunda vinda de JESUS, pois Pedro fala sobre os “escarnecedores” que dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”. Infelizmente, hoje muitos também continuam achando que a Palavra de DEUS não se cumprirá e que o fim não virá (2Pe 3.3,4).

 

2. As previsões falsas sobre o futuro. 

O homem sempre se preocupou com o fim dos tempos, por isso, o grande número de falsos profetas e falsas previsões quanto ao futuro da humanidade. São inúmeras seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda vinda de JESUS e o fim de todas as coisas, pois todos erram.

 

3. Falsos profetas. 

Certo pastor marcou o arrebatamento da Igreja para o ano de 1993 e o início da Grande Tribulação, considerando que o ano 2000 seria o fim do sexto milênio. Outro “profeta”, baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências bíblicas e utilizando a contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo seria revelado em 13 de novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém! Marcou o “fim do mundo” para março de 1987. Mais um falso profeta foi desmoralizado.

  

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

Os discípulos de JESUS sempre se preocuparam com os fins dos tempos.

 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Marcos 13.32 assinala que apenas o Pai conhece o momento do retorno de CRISTO. Mateus 24.42 alerta: ‘Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”. Paulo escreve: ‘porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite’ (1Ts 5.2). Estas passagens indicam que JESUS pode retornar a qualquer momento advertindo-nos para estarmos prontos.

Já outras passagens trazem sinais que precederão a volta de CRISTO. O próprio JESUS mencionou sinais que marcariam o fim dos tempos como lemos em Mateus 24.1-14” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.169).

 

 

III. INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS

Existem diferentes interpretações escatológicas a respeito do fim. Não podemos estudar todas em uma única lição, porém estudaremos algumas:

1. Futurista. 

Essa interpretação considera que a maior parte das profecias ainda vai se cumprir, começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes. Sem dúvida, é a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos. Essa corrente, porém, subdivide-se em:

a) Pré-tribulacionista. Esta corrente afirma que o Senhor JESUS arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3; 1Ts 4-5). Segundo Tim Lahaye, aqueles que “interpretam a Bíblia literalmente encontram razões fortes para crer que o arrebatamento será pré-tribulacional”. O ensino a respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o povo de DEUS não precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que JESUS voltará para buscar a sua Igreja.

É importante ressaltar que a corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de Apocalipse (Ap 4.1-2). Para os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da Tribulação. Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é preparar a Igreja para estar com CRISTO, mas, preparar Israel para a restauração do plano de DEUS.

b) Pré-milenista. Essa corrente conclui que a Vinda de CRISTO ocorrerá antes do milênio, quando CRISTO virá reinar sobre a Terra.

Grande parte dos cristãos do primeiro século, eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor de Andrade “tal posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que, influenciado pela filosofia grega, passou a ensinar que o Milênio nada mais era que uma referência alegórica à ação do Evangelho na vida das nações”.

c) Midi-tribulacionistas. Os midi-tribulacionistas entendem que a Igreja será arrebatada no meio da Tribulação.

d) Pós-tribulacionistas. Os pós-tribulacionistas pregam que a Igreja vai passar pela Grande Tribulação. No entanto, esse ensino não tem base sólida na Palavra de DEUS. JESUS disse à igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que iria guardá-la “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação. Paulo ensina que devemos “[...] esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, JESUS, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).

 

2. Histórica. 

Considera que o Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte. Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.

 

3. Preterista. 

Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C. Entretanto, as profecias bíblicas sobre os fins dos tempos indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), a Grande Tribulação ou “a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a Vinda de CRISTO em glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap 20.2-5).

4. Simbolista. É também chamada de interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é “espiritualizado”, simbólico; nada é histórico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal. Nessa linha de pensamento, há o ensino amilenista, segundo o qual não haverá um período literal de mil anos para o reinado de CRISTO. Ensinam que a Igreja está vivendo um milênio simbólico, mas as referências que indicam que o milênio será literal são muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14). Há os pós-milenistas que pregam que JESUS só voltará depois do milênio. Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá na vinda de CRISTO (1Ts 4.13-17). A volta de JESUS é tão literal quanto o foi a sua Ascensão (cf. At 1.9,11).

 

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

 Existem várias interpretações escatológicas a respeito do fim.

 

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

 “Os termos pré-milenismo, amilenialismo e pós-milenialismo existem porque Apocalipse 20 fala sobre um reinado milenial de CRISTO, que terá lugar logo após o seu retorno (retratado em Apocalipse 19). Uma teologia sólida deve ser desenvolvida a partir da própria Bíblia e as Escrituras ensinam apenas um ponto de vista. O amilenialismo e o pós-milenialismo não são encontrados em nenhuma parte, mas o pré-milenialismo é percebido ao longo de toda a Bíblia. A força do pré-milenialismo está no texto das Escrituras.

O pré-milenialismo é a opinião escatológica de que JESUS CRISTO voltará literalmente para estabelecer o seu reino na terra por mil anos. Isso ocorrerá após o período da Tribulação e antes do estabelecimento de um novo céu e uma nova terra (Ap 20).

Ryrie observa: ‘Todas as formas de pré-milenialismo entendem que o Milênio segue à segunda vinda de CRISTO. A sua duração será de mil anos; a sua localização será na terra; o seu governo será teocrático com a presença pessoal de CRISTO reinando como Rei’.

Dentro do pré-milenialismo, em geral, existe uma variedade de pontos de vista acerca do arrebatamento da Igreja, os quais incluem o pré-milenialismo pré-tribulacional, e pós-tribulacional. Em outras palavras, os pré-milenialistas estão divididos quanto as suas opiniões de quando o arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e ao Milênio” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.348).

 

 

CONCLUSÃO

 Defendemos a interpretação futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica sagrada, segundo a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.

Nos livros escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e também entendemos que há linguagem simbólica nos livros escatológicos. Mas, em relação aos fins dos tempos, face à volta de JESUS, cremos que esta se dará antes da Grande Tribulação.

 

PARA REFLETIR

 A respeito da Escatologia Bíblica, responda:

 Defina “escatologia”.

A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e logos, “estudo”, “mensagem”, “palavra”. O termo grego cognato é éschata, que significa “últimas coisas”. Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”.

 Quais os temas estudados pela escatologia?

Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.

 Quando se dará a volta de CRISTO?

A qualquer momento CRISTO poderá voltar.

 Cite três interpretações escatológicas a respeito do fim.

Pré-tribulacionista, Pré-milenista, Midi-tribulacionistas.

 O que a corrente Preterista entende a respeito do Apocalipse?

Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C..

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 Escatologia, o estudo das Últimas Coisas

 Esperança: o fundamento da Escatologia Bíblica.

“O único motivo por que a promessa da nossa ressurreição, do nosso corpo glorificado, do nosso reinar com CRISTO, e do nosso futuro eterno é chamada ‘esperança’ é porque ainda não os alcançamos (Rm 8.24,25)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. CPAD, p.610). De fato, não alcançamos a plena redenção do nosso corpo; a nova realidade de uma transformação radical nos termos que o apóstolo Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (4.16,17). Ao anunciar esta promessa, o apóstolo conclui: “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (v.18).

A sentença acima, pronunciada pelo apóstolo dos gentios, demonstra que a “esperança” é o grande tema da verdadeira Escatologia Bíblica. E que, por isso, devemos reforçar tal esperança consolando uns aos outros com a memória dessa promessa. A razão de aguardarmos algo que ainda não ocorreu é porque “anelamos e esperamos a realidade última da manifestação do Reino de DEUS no mundo”. Por isso, essa esperança se inicia e permanece em nós por intermédio de JESUS CRISTO (Ef 2.12). Éramos um povo sem esperança, já condenado como filhos da ira, com uma natureza essencialmente alienada de DEUS e do seu plano de salvação. Mas, “estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com CRISTO (pela graça sois salvos)” (Ef 2.5). Aqui, está a razão da nossa esperança! Se o Pai, por intermédio de JESUS, o seu Filho, nos vivificou em CRISTO, significa que Ele completará essa boa obra iniciada em nós. Por isso, a “esperança” é o fundamento primeiro da Escatologia Bíblica.

Enfatize a esperança cristã

Ao iniciar a primeira lição deste trimestre, antes de abordar o conceito da Escatologia, a preocupação com os fins dos tempos e as linhas de interpretações do livro de Apocalipse, dê ênfase ao tema da "esperança". A doutrina das últimas coisas não pode ser ensinada com o objetivo de trazer medo às pessoas. À luz da Palavra de DEUS, sempre que os autores bíblicos trataram do assunto, eles tinham como alvo de consolar, confortar e animar o povo de DEUS.

 

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APOCALIPSE – RESUMO GERAL - BEP - CPAD

Autor: João

Tema: A Consumação do Conflito dos Séculos

Data: Cerca de 90-96 d.C.

 

Considerações Preliminares

O Apocalipse é o último livro do NT e singular entre os demais. Ele é, ao mesmo tempo, uma revelação do futuro (Ap 1.1,19), uma profecia (Ap 1.322.7,10,18,19) e um conjunto de sete cartas (1.4,11; 2.1—3.22). (“Apocalipse” deriva da palavra grega apokalupsis, traduzida por “revelação” em 1.1). O livro é uma revelação divina quanto à natureza do seu conteúdo, uma profecia quanto à sua mensagem e uma epístola quanto aos seus destinatários. Cinco fatos importantes no tocante ao contexto deste livro são revelados no capítulo 1. (1) É a “revelação de JESUS CRISTO” (1.1). (2) Essa revelação foi comunicada ao autor, de modo sobrenatural, por CRISTO glorificado, por anjos e visões que ele teve (1.1,10-18). (3) A comunicação foi concedida ao servo de DEUS, João (1.1,4,9; cf. 22.8). (4) João teve as visões e recebeu a mensagem apocalíptica quando exilado na ilha de Patmos (80 quilômetros a sudoeste de Éfeso), por causa da Palavra de DEUS e do testemunho do próprio

João (1.9). (5) Os destinatários iniciais foram sete igrejas da província da Ásia (1.4,11).

As evidências históricas e internas do livro indicam o apóstolo João como o seu autor. Irineu verifica que Policarpo (Irineu conheceu a Policarpo, e este conheceu o apóstolo João) referiu-se a João, escrevendo o Apocalipse perto do fim do reinado de Domiciano, imperador romano (81-96 d.C.).O livro retrata as circunstâncias históricas do reinado de Domiciano, o qual exigiu que todos os seus súditos lhe chamassem de “Senhor e DEUS”. Sem dúvida, o decreto do imperador originou um confronto entre os que se dispunham a adorá-lo e os crentes fiéis que confessavam que somente JESUS era “Senhor e DEUS”. Destarte, o livro foi escrito num período em que os crentes enfrentavam intensa perseguição por causa de seu testemunho. A tribulação aparece através do contexto do livro de Apocalipse (Ap 1.192.10,137.14-1711.712.11,1717.618.2419.220.4).

 

Propósito

O propósito deste livro é tríplice.

(1) As cartas às sete igrejas de Apocalipse revelam que ocorriam graves desvios do padrão bíblico da verdade e retidão segundo o NT em muitas igrejas da Ásia. João escreve, da parte de CRISTO, para repreender a transigência e pecado dessas igrejas, e chamá-las ao arrependimento e ao seu primeiro amor.

(2) Tendo em vista a perseguição resultante do endeusamento do imperador, o livro de Apocalipse foi enviado às igrejas para fortalecer-lhes a fé, firmeza e fidelidade a JESUS CRISTO, e encorajar os membros a serem vencedores e permanecerem fiéis até à morte.

(3) Finalmente, foi escrito para dar aos crentes de todas as eras a perspectiva divina do férreo conflito entre eles e as forças conjuntas de Satanás, nesta revelação do desfecho da história. O Apocalipse revela principalmente os eventos dos últimos sete anos antes da segunda vinda de CRISTO, quando, então, DEUS intervirá neste mundo e vindicará seus santos, derramando sua ira sobre o reino de Satanás. A isto seguir-se-á a segunda vinda de CRISTO.

 

Visão Panorâmica

A mensagem profética deste livro flui através de figuras e simbolismos dramáticos, retratando a consumação de toda a mensagem bíblica da redenção. Coloca em destaque o papel de CRISTO como o Cordeiro digno, que foi morto (cap. 5) e virá com ira para julgar o mundo e expurgá-lo da iniquidade (6–19). As outras figuras simbólicas salientes deste livro são: o dragão (Satanás), a besta que sai do mar (o Anticristo), a besta que sai da terra (o Falso Profeta) e a Grande Babilônia (o centro do engano e poderio satânicos).Depois do prólogo (1.1-8), há três seções principais no livro. Na primeira seção (1.9—3.22), João tem uma grandiosa visão de CRISTO glorificado, no meio de castiçais (igrejas), o qual comissiona João a escrever às sete igrejas da Ásia Menor (1.11,19). Cada carta (2.1—3.22) contém uma descrição simbólica do Senhor exaltado, visto na visão inicial, uma descrição do estado da igreja, elogio ou repreensão, ou ambos, advertência a cinco igrejas, exortação para ouvir e arrepender-se e uma promessa a todos os vencedores. A ênfase no número sete nessa seção indica que as cartas representam uma mensagem plena e coletiva do Senhor glorificado, à igreja em qualquer lugar e em todos os tempos.

A segunda seção principal do livro (4.1—11.19) contém visões de coisas do céu e da terra, concernentes ao Cordeiro e ao seu papel no desfecho da história. Começa com uma visão da majestosa corte celestial, onde DEUS está sentado, entronizado em santidade e na luz inacessível (cap. 4). O capítulo 5 focaliza um rolo selado, sobre a consumação escatológica, à destra de DEUS, e a seguir, na do Cordeiro, sendo que somente este é digno de romper os selos e revelar-lhe o conteúdo. A abertura dos seis primeiros selos (cap. 6) dá continuação à visão iniciada nos capítulos 4–5, só que agora o cenário se transfere para a terra. Os cinco primeiros selos revelam os juízos divinos dos últimos dias, conducente ao desfecho do fim. O sexto selo anuncia a ira vindoura de DEUS. O primeiro evento parentético do livro ocorre no capítulo 7, e trata dos 144.000 selados no limiar da grande tribulação (7.1-8) e da recompensa dos santos no céu, depois desta (7.9-17). Os capítulos 8–9 descrevem a abertura do sétimo selo, revelando outra série de julgamentos, i.e., as sete trombetas. O segundo evento parentético ocorre entre a sexta e a última trombetas. Esse evento inclui o próprio João, um livro pequeno (10.1-11) e duas poderosas testemunhas proféticas, na grande cidade (11.1-14). Finalmente, a sétima trombeta (11.15-19) propicia uma visão antecipada da consumação (v. 15) e, como prelúdio, às cenas finais do mistério de DEUS, agora a revelar-se (12–22).A terceira seção principal (12.1—22.5) apresenta um quadro detalhado do grande conflito dos tempos do fim, entre DEUS e Satanás. Os capítulos 12 e 13 revelam que os santos na terra enfrentarão uma conspiração terrível da tríade do mal, a saber: (1) o dragão (cap. 12), (2) a besta que sai do mar (13.1-10) e (3) a besta que sai da terra (13.11-18). Os capítulos 14 e 15 são visões para reafirmar aos santos a tribulação, a certeza de que a justiça prevalecerá, pois DEUS está prestes a derramar a sua ira final sobre o povo do Anticristo. A revelação detalhada da ira de DEUS é vista na série dos sete juízos das salvas ou taças (cap. 16), no julgamento da grande prostituta (cap. 17) e na queda da Grande Babilônia (cap. 18). À essa altura, grande regozijo irrompe no céu, ao ser anunciada a ceia das bodas do Cordeiro e sua noiva (19.1-10).

Contudo, o final ainda está para acontecer. João vê o céu aberto e CRISTO saindo, montado num cavalo branco, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, para derrotar a besta e seus aliados (19.11-21). A derrota final de Satanás é precedida da sua prisão por mil anos (20.1-6). Durante esse período, CRISTO reina com os seus santos (20.4). A seguir, Satanás é solto por um breve período (20.7-9) e, logo após, lançado no “lago de fogo” por toda a eternidade (20.10). A profecia apocalíptica termina com a cena do julgamento do grande trono branco (20.11-15), a justa condenação dos ímpios (20.14-15; 21.8) e os novos céus e nova terra como a destinação dos santos (21.1—22.5). O livro termina com advertências para que o homem atenda à sua mensagem e obtenha a vida eterna (22.6,7,10-17).

 

Características Especiais

Oito características principais acham-se no Apocalipse.

(1) Ele é o único livro do NT de profecia apocalíptica.

(2) Como livro apocalíptico, sua mensagem é expressa através de símbolos de realidades, a respeito de tempos e eventos futuros; ao mesmo tempo, essa mensagem encerra certo enigma ou mistério.

(3) Há números com abundância no Apocalipse, inclusive 2, 3, 3 1/2, 4, 5, 6, 7, 10, 12, 24, 42, 144, 666, 1000, 1260, 7000, 12.000, 144.000, 100.000.000 e 200.000.000. O livro destaca em especial o número sete, que ocorre 54 vezes, simbolizando plenitude total ou plena realização.

(4) As visões se destacam no livro, e o cenário frequentemente muda da terra para o céu e daí para a terra.

(5) Os anjos estão nitidamente associados às visões, decretos e ordens celestiais.

(6) É um livro que revela ser demoníaca a atitude de qualquer governante terreno reivindicar divindade para si, e JESUS CRISTO como o Senhor exaltado e o Soberano dos reis da terra (1.5; 19.16).

(7) O livro reflete o conteúdo das profecias do AT, sem citá-las formalmente.

 

Interpretação

Apocalipse é o livro de interpretação mais difícil do NT. Os leitores originais provavelmente entenderam a sua mensagem sem muita dificuldade, porém, nos séculos subsequentes surgiram quatro escolas principais de interpretação deste livro. (1) A escola de interpretação preterista considera que o livro e as suas profecias cumpriram-se no contexto histórico original do império romano, a não ser os capítulos 19–22, que aguardam cumprimento. (2) A interpretação historicista entende que o Apocalipse é uma previsão profética do quadro total da história da igreja, partindo de João até o fim da presente era. (3) A interpretação idealista considera o simbolismo do livro como a expressão de certos princípios espirituais, sem limitação de tempo, concernente ao bem e ao mal, através da história, sem prender-se a eventos históricos. (4) A interpretação futurista considera os capítulos 4–22 como profecias de eventos da história, que ocorrerão somente no fim desta era.

 

1.1 REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO.

Este livro é uma revelação da parte de JESUS CRISTO e a respeito dEle. O livro é extremamente importante porque: (1) revela a avaliação que CRISTO faz da igreja, 60 ou 65 anos depois da sua ressurreição e ascensão ao céu; e (2) desvenda eventos futuros no tocante à tribulação, ao triunfo de DEUS sobre o mal, à volta de CRISTO para reinar sobre a terra e às bem-aventuranças do reino eterno de DEUS.

1.3 BEM-AVENTURADO AQUELE QUE LÊ.

Esta é a primeira das sete "bem-aventuranças" ou bênçãos que se acham no Apocalipse, e que são concedidas àqueles que lêem, ouvem e obedecem às coisas nele escritas.

As outras seis bênçãos acham-se em Ap 14.1316.1519.920.622.7,14 (cf. Lc 11.28). O fato de ser ordenado aos crentes guardar os mandamentos do livro de Apocalipse indica tratar-se de um livro prático, de instruções morais, e não simplesmente profecias do futuro. Isso quer dizer que devemos ler este livro, não somente para compreender o plano futuro de DEUS para o mundo e seu povo, mas também para aprender e aplicar os seus grandes princípios espirituais. Acima de tudo, tal leitura deve nos levar cada vez mais perto de JESUS CRISTO, com fé, esperança e amor.

1.4 ÀS SETE IGREJAS.

O Apocalipse é dirigido às sete igrejas da Ásia (nome antigo de uma região que agora faz parte da Turquia ocidental). Cada uma dessas igrejas consistia de várias congregações. Essas igrejas foram provavelmente selecionadas por representarem a totalidade das igrejas daqueles dias, pois o número "sete" representa um número perfeito. Aquilo que lhes foi dito, aplica-se à igreja inteira. Noutras palavras, as "sete igrejas" representam todas as igrejas no decurso desta era da igreja. Os "sete espíritos" devem representar a perfeição e o ministério do ESPÍRITO SANTO à igreja (cf. Ap 4.55.6Is 11.2,3).

1.7 EIS QUE VEM.

O propósito do livro do Apocalipse é descrever o triunfo do reino de DEUS, quando CRISTO voltar para estabelecer o seu reino na terra; os eventos dos tempos do fim, vinculados à vinda de CRISTO, são também descritos (cf. Dn 7.13Mt 24.29,30). Apresenta uma escatologia de vitória para os fiéis e ensina que a história terminará no julgamento do sistema instaurado neste mundo por Satanás (Ap 17,18) e no reino eterno de CRISTO e seu povo (Ap 20.421.1-22.5).

1.8 ALFA E ÔMEGA.

Alfa é a primeira letra do alfabeto grego, e ômega, a última. DEUS é eterno, e desde a criação até a consumação, é Senhor sobre tudo. A Ele pertencem a vitória final sobre o mal e o domínio sobre todas as coisas (cf. Ap 22.13).

1.9 ILHA CHAMADA PATMOS. Patmos é uma pequena ilha do mar Egeu, a uns 80 km ao sudoeste de Éfeso. João esteve prisioneiro ali porque proclamava fielmente o evangelho e foi leal a CRISTO e à sua Palavra.

1.10 EM ESPÍRITO. Esta expressão refere-se a um grau específico de percepção espiritual e uma idêntica sensibilidade à comunicação com o ESPÍRITO, pela qual pode-se receber visões celestiais (cf. At 10.10).

1.12 SETE CASTIÇAIS DE OURO. Trata-se de pedestais que servem de suportes a lamparinas alimentadas a óleo, e não suportes de velas (ver Zc 4); representam as sete igrejas mencionadas no versículo 11 (cf. v. 20).

1.13 FILHO DO HOMEM. Esta expressão refere-se ao CRISTO exaltado, e é também empregada pelo profeta Daniel (Dn 7.1310.5,16). Nessa visão CRISTO é descrito como rei, sacerdote e juiz das suas igrejas (vv. 13-16).

1.16 SETE ESTRELAS. As sete estrelas representam os anjos designados, um para cada igreja, para ajudá-la na sua batalha espiritual (ver v. 20; cf. Mt 18.10), ou os pastores dessas igrejas. A "espada de dois fios" representa a Palavra de DEUS, que, tanto corta o pecado, tirando-o das igrejas e trazendo a graça de DEUS, como corta uma igreja, deixando-a fora do reino de DEUS, como juízo (Ap 3.14-22).

1.19 COISAS QUE TENS VISTO... AS QUE SÃO... HÃO DE ACONTECER. Aqui temos um esboço do livro de Apocalipse: (1) as coisas que João viu (cap. 1); (2) as coisas que são (Ap  2 ;3); (3) as coisas que acontecerão no futuro (i.e., eventos antes e depois da vinda de CRISTO à terra, Ap  4.1-22.21).

1.20 AS SETE IGREJAS. Ver o estudo A MENSAGEM DE CRISTO ÀS SETE IGREJAS

2.2 QUE DIZEM SER APÓSTOLOS. Um dos principais cuidados de JESUS, ao dirigir sua mensagem final às sete igrejas, foi preveni-las da apostasia por tolerar falsos mestres, profetas ou apóstolos, que distorciam a Palavra de DEUS ou enfraqueciam seu poder e autoridade nas igrejas. (1) CRISTO ordena que as igrejas testem todos os que alegam autoridade espiritual. (2) Note que CRISTO censurou as igrejas de Pérgamo (vv. 14-16) e Tiatira (v. 20) por acolherem, ao invés de resistirem, os que eram desleais à verdade e padrões da Palavra de DEUS (ver o estudo OS PASTORES E SEUS DEVERES)

2.4 DEIXASTE A TUA PRIMEIRA CARIDADE. Isto se refere ao primeiro e profundo amor e dedicação que os efésios tinham por CRISTO e sua Palavra (Jo 14.15,212115.10). (1) Esta advertência nos ensina que conhecer a doutrina correta, obedecer a alguns dos mandamentos e ir aos cultos na igreja não bastam (Mt 5.17). A igreja deve ter, acima de tudo, amor sincero a JESUS CRISTO e sua Palavra como um todo (2 Co 11.3; cf. Dt 10.12). (2) O amor sincero a CRISTO resulta em devoção sincera a Ele, em pureza de vida e em amor à verdade (2 Co 11.3; ver Mt 22.37,39Jo 21.15).

2.5 TIRAREI... O TEU CASTIÇAL. CRISTO rejeitará toda congregação ou igreja que não se arrepender de sua falta de amor e obediência ao Senhor JESUS CRISTO, e a removerá do seu reino.

2.6 ABORRECES AS OBRAS DOS NICOLAÍTAS, AS QUAIS EU TAMBÉM ABORREÇO. Os nicolaítas (cf. v. 15) eram certamente adeptos do ensino de Balaão (cf. v.15), i.e., que a imoralidade sexual não afeta nossa salvação em CRISTO. O NT declara o contrário; tais pessoas não herdarão o reino de DEUS (1 Co 6.9,10). DEUS abomina o ensino herético que diz podermos ser salvos e, ao mesmo tempo, viver na devassidão. Repelir aquilo que DEUS abomina é característica principal de quem é leal a CRISTO (Sl 139.21Pv 8.13; ver Jo 3.19).

2.7 AO QUE VENCER. O vencedor (gr. nikon) é aquele que, mediante a graça de DEUS recebida através da fé em CRISTO, experimentou o novo nascimento e permanece constante na vitória sobre o pecado, o mundo e Satanás. (1) Cercado de muita oposição e apostasia, o vencedor se recusa a conformar-se com o mundo e a impiedade dentro da igreja (v. 24). Ele ouve e atende aquilo que o ESPÍRITO diz às igrejas (v. 7), permanece fiel a CRISTO até ao fim (v. 26) e aceita somente o padrão de DEUS para a vida cristã, revelado na sua santa Palavra (3.8). (2) Nas igrejas de DEUS, o vencedor, e somente o vencedor, comerá da árvore da vida (v. 7), não sofrerá o dano da segunda morte (v. 11), receberá o maná escondido e um novo nome no céu (v. 17), terá autoridade sobre as nações (v. 26), seu nome não será removido do livro da vida, será honrado por CRISTO diante do Pai e dos anjos (3.5), permanecerá com DEUS no seu templo, terá sobre si o nome de DEUS, de CRISTO e da Nova Jerusalém (3.12) e será para sempre filho de DEUS (Ap 21.7). (3) O segredo da sua vitória é a morte expiadora de CRISTO, seu próprio testemunho fiel acerca de JESUS e a perseverança no amor a CRISTO até à morte (Ap 12.11; cf. 1 Jo 5.4). Note que, ou vencemos o pecado, o mundo, e Satanás, ou somos por eles vencidos, acabando por sermos lançados no lago de fogo (v. 11; Ap 3.520.1521.8). Não há grupo neutro.

2.9 POBREZA. Pobreza (gr. ptocheia) significa "que não possui nada". A pobreza dos cristãos em Esmirna era geral; economicamente, não tinham recursos, mas JESUS diz que eram ricos espiritualmente. Note o contraste com a igreja de Laodiceia, que tinha grandes riquezas materiais, mas espiritualmente era desgraçada, miserável e pobre (Ap 3.17; cf. Mt 6.202 Co 6.10Tg 2.5).

2.11 SEGUNDA MORTE. Trata-se do castigo eterno, o lago de fogo (cf. 20.6,14; 21.8), do qual somente o vencedor fiel escapará (ver v. 7).

2.13 TRONO DE SATANÁS. Isso pode significar um lugar onde a influência de Satanás e o mal estavam sobremaneira multiplicados, pois Pérgamo era um centro de adoração ao imperador romano.

2.14 A DOUTRINA DE BALAÃO. Balaão foi um falso profeta que vendeu seus serviços a um rei pagão, e que o aconselhou a seduzir Israel a comprometer sua fé por meio da idolatria e imoralidade (Nm 22.5,725.1,2; 31.16; 2 Pe 2.15). A doutrina de Balaão refere-se, portanto, a mestres e pregadores corruptos que, em Pérgamo, levavam suas congregações à transigência fatal com a imoralidade, o mundanismo e as falsas ideologias; tudo por amor à promoção pessoal ou vantagem financeira. Segundo parece, a igreja em Pérgamo tinha mestres que ensinavam ser a fé salvífica em CRISTO compatível com a prática da imoralidade.

2.16 CONTRA ELES BATALHAREI. JESUS se oporá a qualquer pessoa que, na sua igreja, favorecer uma atitude tolerante para com o pecado (v. 15; ver v. 6; 1 Co 5.2Gl 5.21); Ele promete que batalhará contra os crentes mundanos, caso não se arrependam.

2.17 OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ. Devemos prestar atenção às advertências do ESPÍRITO SANTO. Ele continua a falar às sete igrejas da Ásia, nos ordena a vencer o pecado no mundo e nos proíbe tolerar a imoralidade em nosso meio. Se não formos vitoriosos nessa área crítica, seremos privados da presença de DEUS e do poder do ESPÍRITO SANTO, tornando-os inimigos do reino de DEUS. Se, por outro lado, vencermos, receberemos o maná escondido da vida espiritual e uma "pedra branca", que significa o triunfo da nossa fé sobre tudo quanto procura destruir nossa devoção a CRISTO.

2.20 TOLERARES... JEZABEL, MULHER QUE SE DIZ PROFETISA. Um pecado prevalecente na igreja de Tiatira era a tendência de tolerar o pecado, a iniquidade o ensino antibíblico entre seus líderes (vv. 14,20). João cita uma pessoa específica: Jezabel, nome este derivado da Jezabel do AT e que representa a idolatria e a perseguição aos santos (Rs 16.2119.1-321.1-15; ver 21.25). Alguns em Tiatira provavelmente aceitaram os falsos mestres, pelo fato de falarem em nome de DEUS e terem grande popularidade e influência. CRISTO condena o pecado da transigência com o erro. Devemos rejeitar qualquer preletor que coloca suas próprias palavras acima da revelação bíblica (ver 1 Co 14.29) e declara que DEUS aceita, na igreja, a quem comete atos imorais, participando dos prazeres pecaminosos do mundo. Alguns, na igreja, costumam tolerar tais falsos ensinos, por indiferença, medo de confronto, amizade pessoal ou pelo desejo de paz, harmonia, autopromoção ou dinheiro. DEUS excluirá tal igreja, juntamente com os seus líderes (vv. 20-23; ver também Lc 17.3,4).

2.24 AOS RESTANTES. Houve em Tiatira os que ficaram firmes na palavra de CRISTO e seus padrões de justiça. DEUS os conhece e promete que reinarão com Ele sobre as nações (v. 26). "As profundezas de Satanás" (i.e., "os segredos profundos") talvez se refiram ao falso ensino de que, para experimentar plenamente a graça e a salvação divinas, devemos penetrar nas profundezas do pecado e conhecer todos os tipos de males.

3.1 ESTÁS MORTO. A igreja de Sardes estava espiritualmente morta, e somente uns poucos membros permaneciam fiéis ao evangelho. Exteriormente, parecia viva e ativa, tinha uma reputação de sucesso e espiritualidade. É possível que tivesse uma forma impressionante de adoração, mas não o verdadeiro poder e retidão no ESPÍRITO SANTO. JESUS, no entanto, via os seus corações.

3.4 TENS EM SARDES ALGUMAS PESSOAS. No decurso da história da igreja, sempre houve alguns (i.e., um remanescente) que "não contaminaram suas vestes" e que procuraram manter a simplicidade e pureza de devoção a CRISTO, que os apóstolos e muitos outros conheciam nos dias do NT (2 Co 11.3).

3.5 RISCAREI O SEU NOME. Fica claro que qualquer pessoa que experimenta o novo nascimento, mas que posteriormente deixa de perseverar na fé e de viver vitoriosamente, terá seu nome tirado do livro da vida (ver Ap 2.7). Ter o nome apagado do livro da vida é perder a própria vida eterna (Ap 2.7,10,11) e ser finalmente lançado no lago de fogo (Ap 20.15).

É isso que o ESPÍRITO diz às igrejas (v. 6; Ap 13.817.820.1221.17; cf. Êx 32.32).

3.7 FILADÉLFIA. Filadélfia era uma igreja fiel, que guardava a palavra de CRISTO e não o negava. Os membros tinham suportado a oposição do mundo, resistido à conformação às tendências malignas das demais igrejas e perseverado na lealdade a CRISTO e na verdade do evangelho do NT (vv. 7-10). Por causa da perseverança deles na fidelidade, DEUS promete livrá-los da hora da provação).

3.10 A HORA DA TENTAÇÃO. A promessa de CRISTO, no sentido de livrar os fiéis de Filadélfia da hora da tentação, é idêntica à promessa bíblica aos tessalonicenses, de que seriam preservados da "ira futura" (1 Ts 1.10). Esta promessa é válida para todos os fiéis de DEUS, em todas as eras (vv. 13,22). Essa hora inclui o tempo divinamente determinado para provação, ira e tribulação que sobrevirá a "todo o mundo" nos últimos anos desta era, imediatamente antes do estabelecimento do reino de CRISTO na terra (Ap 5.10; 6.19; 20.4). A respeito desse tempo, a Bíblia revela as seguintes verdades: (1) Esse tempo de tribulação envolve a ira de DEUS sobre os ímpios (Ap 6.18; Dt 4.26-31Is 13.6-1317.4-11Jr 30.4-11Ez 20.33-38Dn 9.2712.1Zc 14.1-4Mt 24.9-311 Ts 5.2; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). (2) Esse período de provação também inclui a ira de Satanás contra os fiéis, i.e., contra os que aceitarem a CRISTO durante esse período terrível. Para eles, haverá fome, sede, exposição às intempéries (7.16) e muito sofrimento e lágrimas (Ap 7.9-17Dn 12.10Mt 24.15-21). Experimentarão de modo indireto as catástrofes naturais da guerra, da fome e da morte.

Serão perseguidos, torturados e muitos sofrerão o martírio (Ap 6.1113.714.13). Sofrerão as assolações de Satanás e das forças demoníacas (9.3-5; 12.12), violência de homens ímpios e perseguição da parte do Anticristo (Ap 6.912.1713.15-17). Perderão suas casas e terão de fugir, aterrorizados (Mt 24.15-20). Será um período terrivelmente calamitoso para quem tiver família e filhos (Mt 24.19); será tão terrível, que os santos que morrerem são tidos por bem-aventurados, porque descansam da sua lida e ficam livres da perseguição (14.13). (3) Quanto aos vencedores anteriores àquele tempo (ver Ap 2.7Lc 21.36), DEUS os preservará da tribulação, através do arrebatamento, quando os fiéis encontrarão o Senhor nos ares, antes de DEUS derramar a sua ira (ver Jo 14.3; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Esse livramento é uma recompensa àqueles que perseverarem em guardar a Palavra de DEUS, mantendo a fé verdadeira. (4) Os crentes de nossos dias, que esperam escapar dessas coisas que estão para vir sobre o mundo, só o conseguirão mediante a fidelidade a CRISTO e sua Palavra e a vigilância constante na oração (ver Lc 21.36), para não serem enganados (ver Mt 24.5).

3.11 VENHO SEM DEMORA. A estreita conexão entre este versículo e o 10 indica (1) que a vinda de CRISTO, para arrebatar da terra a sua igreja, será o meio de livramento dos fiéis (cf. 1 Ts 1.104.14-18), e (2) que o livramento da hora da provação e da tribulação está reservado somente aos que permanecerem em CRISTO e na sua Palavra (v. 8).

3.15,16 FRIO NEM QUENTE... MORNO. Esta é a descrição da condição espiritual da igreja de Laodicéia. (1) A igreja morna é aquela que transige com o mundo e, em comportamento, se assemelha à sociedade ímpia ao seu redor; professa o cristianismo, mas, na realidade, é espiritualmente "desgraçada e miserável" (vv. 17,18). (2) CRISTO faz a esta igreja uma séria advertência no tocante ao seu julgamento contra a mornidão espiritual (vv. 15-17). (3) CRISTO faz também um convite sincero para que se arrependa e seja restaurada a uma posição de fé, justiça, revelação e comunhão (vv. 18,19). (4) Nesta era de igreja morna, firmes são as promessas de CRISTO às igrejas vencedoras. Ele virá a elas com bênçãos e no poder do ESPÍRITO SANTO (vv. 20-22), e abrirá uma porta para que possam glorificar o seu nome e proclamar o evangelho eterno (v. 8).

3.20 SE ALGUÉM OUVIR A MINHA VOZ. A igreja de Laodiceia, em sua próspera auto-suficiência e seu mundanismo (vv. 15-18), tinha rejeitado o Senhor JESUS CRISTO. O convite de CRISTO, como estando fora da porta da igreja, é um apelo seu por comunhão com qualquer pessoa que se arrepender da mornidão espiritual (v. 21).

3.22 O ESPÍRITO... ÀS IGREJAS. Devemos sempre ter em mente a distinção entre as igrejas locais e o ESPÍRITO SANTO. As igrejas estão subordinadas ao ESPÍRITO de DEUS e à sua Palavra inspirada (2 Tm 3.15,161 Pe 1.24,252 Pe 1.20,21). Essa distinção entre o ESPÍRITO e as igrejas locais pode ser expressa através das seguintes verdades bíblicas: (1) O ESPÍRITO não é propriedade das igrejas, nem de qualquer instituição humana. Ele é o ESPÍRITO de DEUS e de CRISTO, e não o ESPÍRITO das igrejas (v. 1). O ESPÍRITO é livre para operar onde quiser, de conformidade com os padrões justos de DEUS (Jo 1.334.247.3914.17). (2) O ESPÍRITO SANTO representa o senhorio atual de CRISTO sobre as igrejas. O ESPÍRITO e a sua Palavra são a autoridade final. As igrejas devem constantemente julgar suas normas de fé e conduta pelo ESPÍRITO. Uma igreja não deve depositar fé noutra igreja; nem obedecer ou seguir outra igreja. O ESPÍRITO e a Palavra inspirada são maiores do que as igrejas históricas. (3) O ESPÍRITO SANTO permanecerá em qualquer igreja, somente à medida que esta permanecer fiel a CRISTO e à sua Palavra e observar o que o ESPÍRITO disser às igrejas (Ap 2.5,16,22,233.3,15,16).

4.1 AS COISAS QUE DEPOIS DESTAS. Muitos expositores bíblicos crêem que, à essa altura do livro, CRISTO já retirou do mundo os fiéis e vencedores. Sendo assim, o arrebatamento da igreja fiel (ver Jo 14.3; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA) precede o período da tribulação (Ap 6.1-18.24). Crê-se assim pelas seguintes razões: (1) A partir de Ap  4.1, não ocorre mais a palavra "igreja" ou "igrejas", até Ap 22.16 - Ap 4.1.-22.16-. (2) A noiva de CRISTO (i.e., a igreja) só aparece no capítulo 19, já com CRISTO no céu, antes de Ele voltar à terra para julgar os ímpios e reinar no milênio (ver Ap 20.4). (3) A promessa dada à igreja de Filadélfia, de preservá-la da hora da tribulação em escala mundial, pertence a todos os crentes que permanecerem leais a CRISTO antes da grande tribulação (ver Ap 3.10)

4.4 VINTE E QUATRO ANCIÃOS. Quem são esses anciãos? Alguns crêem que representam a totalidade da igreja no céu (ver Jo 14.32 Tm 4.81 Pe 5.4). Outros entendem que podem ser anjos governantes; note, porém, que os anjos ficam em derredor desses anciãos (Ap 7.11; cf. Ap 5.11). Ainda outros acreditam que representam Israel e a igreja, juntos em adoração a DEUS e ao Cordeiro, i.e., a associação de 12 (Israel) mais 12 (a igreja) soma 24 (o povo de DEUS das duas eras).

4.5 OS SETE ESPÍRITOS DE DEUS. Os sete Espíritos de DEUS representam a presença plena do ESPÍRITO SANTO diante do trono de DEUS. É possível que a frase derive da sétupla expressão do ESPÍRITO, em Is 11.2. O ESPÍRITO SANTO é comparado a um fogo ardente, no seu juízo contra o pecado, segundo a pureza divina (cf. Is 4.4Jo 16.8).

4.6 QUATRO SERES VIVENTES. Estes quatro seres viventes provavelmente representam a totalidade da criação vivente (v. 7). Todas as criaturas viventes de DEUS o glorificarão e o adorarão e serão libertas da maldição do pecado (vv. 8-11).

4.8 SANTO, SANTO, SANTO. A totalidade da criação exalta e louva a santidade de DEUS (ver o estudo O LOUVOR A DEUS). Ser santo significa ser separado do pecado, da injustiça e de todo o mal; e dedicado à retidão, à bondade, à justiça e à pureza. Esse é um atributo eterno de DEUS; sua santidade nunca mudará (cf. Is 6.1-3 ver o estudo OS ATRIBUTOS DE DEUS)

5.1 UM LIVRO. Este "livro" ou rolo é da máxima importância, porque contém a revelação do que DEUS determinou para o futuro do mundo e da humanidade. Descreve como o mundo será julgado, bem como o triunfo final de DEUS e seu povo sobre todo o mal. Quando cada selo é aberto, uma parte do conteúdo do livro é revelada numa visão (Ap  6; cf. Ez 2.9,10).

5.4 EU CHORAVA MUITO. João chora, porque sabe que se não for achada uma pessoa digna para abrir o livro, o propósito de DEUS, de juízo e de bênção para o mundo, permanecerá sem cumprimento.

5.5 O LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ. CRISTO é retratado como leão, indicando que Ele reinará sobre toda a terra. Ele provém da tribo de Judá e da família de Davi. Esses títulos de JESUS, como o Messias vitorioso (Gn 49.9,10) e o Rei eterno estão de conformidade com as promessas feitas a Davi (Is 11.1,102 Sm 7.12-16).

5.6 CORDEIRO, COMO HAVENDO SIDO MORTO. CRISTO, aparecendo como um Cordeiro que leva as marcas de ter sido morto, mostra que Ele ofereceu-se a si mesmo no Calvário para expiar os pecados da raça humana. Significa que a dignidade, poder, autoridade e vitória de CRISTO provêm da sua morte sacrificial na cruz (vv. 9-14). "Cordeiro" é o símbolo principal no Apocalipse para representar CRISTO (e.g., vv. 6,7; Ap 12.1115.317.1421.2222.1,3). CRISTO julgará os que rejeitaram o seu sacrifício como o Cordeiro de DEUS (Ap 6.16,17). As "sete pontas" representam o poder e a força de um soberano (1 Rs 22.11Dn 7.24); quanto aos "sete Espíritos", ver 4.5.

5.8 AS ORAÇÕES DOS SANTOS. Refere-se à intercessão dos santos em favor da vinda do reino, quando, então, reinarão sobre a terra (vv. 9,10). A oração deles é: "Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu" (Mt 6.10; ver 6.6; 2 Pe 3.12; cf. Sl 141.2).

6.1 HAVENDO O CORDEIRO ABERTO UM DOS SELOS. O próprio JESUS CRISTO (i.e., o Cordeiro) rompe todos os selos que desvendam os julgamentos devastadores de DEUS contra o mundo (vv. 1,3,5,7,9,12). Isso indica que os julgamentos são divinos na sua origem, pois foram entregues às mãos de CRISTO (5.1,7; cf. Jo 5.22). Por todo o livro de Apocalipse, os julgamentos sob a forma de pragas são chamados "a ira de DEUS" (vv.16,17; Ap  11.1814.10,1915.1,716.1,1919.15).

6.1 ABERTO UM DOS SELOS. Alguns intérpretes entendem que o rompimento do primeiro selo é o início da tribulação de sete anos, i.e., o tempo futuro de sofrimento e juízos sem precedentes que antecedem a segunda vinda de CRISTO à terra (ver Dn 9.27; cf. Jr 30.7Dn 12.1Ap 6.177.14; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). Outros crêem que os selos descrevem os últimos três anos e meio da tribulação, frequentemente chamada "a grande tribulação". Ainda outros consideram que são o começo do julgamento divino, perto do fim da presente era. Os julgamentos divinos ocorrem em séries sucessivas. A primeira série é a dos sete selos (cap. 6); a segunda é a das sete trombetas (Ap 8911.15-19); e a terceira, as "sete taças da ira de DEUS" (Ap  16; ver Ap 8.1)

6.2 UM CAVALO BRANCO. Quatro cavaleiros se apresentam quando os quatro primeiros selos são abertos (cf. Zc 1.8-176.1-8); representam o julgamento divino contra o sistema mundial corrupto e maligno e contra os ímpios. Muitos intérpretes bíblicos crêem que o cavaleiro do cavalo branco é o anticristo (1 Jo 2.18), o futuro dominador mundial, que deve iniciar suas atividades no início dos últimos sete anos (ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). DEUS permite que ele engane todos que se opõem a CRISTO. Sua conquista inicial realiza-se sem guerra aberta, pois a paz só é tirada da terra a partir dos tempos do segundo cavaleiro (v. 4; cf. 1 Ts 5.3Dn 9.26,27). Por outro lado, todos os demais cavaleiros são personificações, de modo que aquele que estava assentado no cavalo branco pode simbolizar a conquista ou um espírito poderoso da parte de Satanás, a ser solto nos tempos do fim6.4 OUTRO CAVALO, VERMELHO. O cavalo vermelho e seu cavaleiro representam a guerra e a morte violentas, que DEUS permitirá quando trouxer sua ira contra o mundo (cf. Zc 1.86.2). A tribulação será um período de violência, morte e guerra.

6.5,6 UM CAVALO PRETO. O cavalo preto com seu cavaleiro simboliza uma grande fome (cf. Jr 4.26-28Lm 4.8,95.10). Haverá escassez de produtos básicos de sobrevivência, e a carestia será grande; a fome se alastrará por todo o mundo. O "azeite e o vinho" referem-se à oliveira e à videira, que não sofrem tanto na seca quanto os cereais. Embora tenha havido fome durante a época da igreja (Mt 24.7), esse trecho alude a uma fome específica durante a tribulação.

6.8 UM CAVALO AMARELO. O cavalo amarelo, ou pálido, e seu cavaleiro que se chama Morte, simbolizam uma escalada terrível da guerra, da fome, da morte, das pragas, das enfermidades e das feras perigosas. Esse julgamento será tão terrível que uma quarta parte da raça humana será morta.

6.9 MORTOS POR AMOR DA PALAVRA DE DEUS. Quando é aberto o quinto selo, João vê o que está acontecendo no céu. Os "mortos por amor da palavra de DEUS" são os que foram martirizados por sua fé em CRISTO e pela verdade da sua Palavra. (1) A eles foi dito que tivessem paciência, porque muitos outros ainda morreriam pela sua fé em CRISTO (cf. Ap 7.13,1413.1518.2420.4). (2) O período da tribulação será um tempo terrível de perseguição para quem crer no evangelho e permanecer fiel a DEUS e sua Palavra (ver Ap 3.10Ap 7.9Ap 14.6). Talvez os mártires do passado estejam incluídos entre os que estão "debaixo do altar".

6.10 NÃO JULGAS E VINGAS O NOSSO SANGUE. Os que estão no céu oram para que os ímpios que rejeitaram a DEUS e mataram os seus seguidores recebam a justiça divina. Há momentos em que DEUS leva o seu povo a orar para que a justiça prevaleça, o mal seja destruído e CRISTO seja exaltado acima de todos aqueles que se opõem a Ele. Esta oração não pede vingança pessoal, pois provém do zelo por DEUS e pela retidão e da preocupação com os sofrimentos do seu povo.

6.12 UM GRANDE TREMOR DE TERRA. Os juízos catastróficos de DEUS, descritos aqui, abrangem tremores físicos no mundo, comoções cósmicas, densas trevas e terror para os habitantes da terra (vv. 15-17; cf. Is 34.4Jl 2.30,31Ag 2.6Mt 24.29). Isso ainda não é o fim da tribulação. Vem a seguir o sétimo selo (Ap  8).

6.16 CAÍ SOBRE NÓS. Todos os que não forem arrebatados da terra para encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.17) experimentarão pavor e desespero ao procurarem fugir para esconder-se.

6.16 IRA DO CORDEIRO. A ira do Cordeiro descrita nos capítulos 6-19 deve alertar todos os leitores quanto à medida do ódio de DEUS contra o pecado, a imoralidade e a iniquidade impenitente. É o mesmo que a ira de DEUS (cf. Ap 15.7; ver Rm 1.18Hb 1.9). Os fiéis da igreja de CRISTO não estão destinados à ira de DEUS (1 Ts 5.9), pois JESUS prometeu que virá para livrá-los da ira vindoura (ver 3.10; 1 Ts 1.10; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

7.1 VI QUATRO ANJOS. O capítulo 7 é um interlúdio entre o sexto e o sétimo selos, mostrando os que permanecerão fiéis a CRISTO durante a grande tribulação. Esses fiéis de DEUS (6.17) são tanto judeus (vv. 3-8) como não-judeus (vv. 9,10,13-15). Eles aceitam o evangelho eterno proclamado pelos anjos (Ap 14.6).

7.2 O SELO DO DEUS VIVO. O selo era um instrumento ou anel que imprimia num objeto a marca identificadora do dono. O selo de DEUS numa pessoa identifica-a como pertencente a DEUS e sob seu cuidado (cf. Ef 1.13).

7.4 CENTO E QUARENTA E QUATRO MIL. Os 144.000 são descritos como servos de DEUS (v. 3), provenientes das tribos dos filhos de Israel (vv. 4-8). DEUS assinalará ou marcará as suas testas para indicar a sua consagração a DEUS e que pertencem a Ele (cf. Ap 9.4Ez 9.1-62 Tm 2.19). (1) Talvez sejam os primeiros convertidos de uma grande colheita de almas ganhas para DEUS, dentre todas as nações e tribos e povos e línguas, durante a tribulação (v. 9). (2) Alguns intérpretes da Bíblia entendem que esses novos crentes dentre os filhos de Israel serão comissionados e capacitados pelo ESPÍRITO SANTO para pregar o evangelho durante os negros dias da tribulação. (3) Serem selados por DEUS não significa que estejam protegidos da morte física nem do martírio resultante da perseguição por Satanás (v. 14). Estão, no entanto, protegidos do juízo divino direto e da aflição demoníaca (Ap 9.4).

7.9 UMA MULTIDÃO. João descreve uma cena no céu: uma grande multidão de pessoas, provenientes de todas as nações, que foram salvas mediante a fé em CRISTO. Estarão com DEUS (v. 15), livres de dor e tristeza (vv. 16,17; ver 6.9). Essa multidão, salva pelo "sangue do Cordeiro", devem ser os santos da tribulação, pois João declara que "vieram de grande tribulação" (v. 14). Aqueles que, então, aceitarem a CRISTO serão objetos de perseguição por parte de Satanás e dos iníquos (cf. Ap 12.9-17).

7.14 GRANDE TRIBULAÇÃO. A grande tribulação é um tempo de julgamento divino sobre um mundo ímpio que rejeitou a CRISTO, mas também um tempo de ira e perseguição satânicas contra os que recebem a CRISTO e a sua Palavra (Ap 12.12). Durante esse período, muitos santos sofrerão terrivelmente como objetos da ira de Satanás e dos ímpios (vv. 9-14; Ap 6.9-1120.4; cf. 14.13; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). O conflito entre a retidão e o mal é tão grande que somente pode ser chamado "grande tribulação". Esta expressão em grego diz literalmente: "a tribulação, a grande". Na língua grega, a repetição do artigo definido reforça a -declaração

7.17 LIMPARÁ... TODA LÁGRIMA. Esta promessa pode referir-se à remoção de qualquer lembrança que nos possa causar sofrimento, pesar ou remorso. No céu não haverá qualquer privação, sofrimento ou tristeza (v. 16).

8.1 O SÉTIMO SELO. A abertura do sétimo selo dá início aos juízos das sete trombetas. Os juízos das trombetas são juízos parciais (Ap 8-9; 11.15-19), ao passo que os juízos das sete taças (Ap  16) são mais severos. O juízo da sétima trombeta anunciará as sete taças de juízo (Ap 11.1516.1-21). O silêncio no céu deve-se ao horror diante dos julgamentos vindouros contra o pecado.

8.3 AS ORAÇÕES DE TODOS OS SANTOS. As repetidas menções às orações dos santos (Ap 5.88.3,4) indicam que as orações de intercessão dos crentes são da máxima importância para a destruição do mal e para o estabelecimento da justiça na terra (ver Ap 5.8). (1) João menciona as orações de todos os santos. Sendo assim, as orações dos santos da tribulação, na terra, são reforçadas pela intercessão de todos os santos no céu (cf. Ap 6.9-11). Os santos no céu estão muito interessados nos eventos na terra. (2) Note que DEUS, em certo sentido, entesoura as nossas orações. Embora o Senhor nem sempre responda imediatamente a todas elas, Ele não as deixa de lado, mas as reserva para o momento certo de serem atendidas.

8.7 SARAIVA E FOGO... SANGUE. Começam os quatro primeiros julgamentos das trombetas. (1) Uma terça parte da vegetação da terra é destruída por fogo e saraiva; uma terça parte do mar e dos rios é poluída; os céus, o sol, a lua e as estrelas são escurecidos durante uma terça parte do dia e da noite (vv. 7-13). (2) Os julgamentos afetam os seres humanos também, pois muitos são mortos (v. 11). O julgamento é limitado a uma terça parte do mundo, porque o propósito do julgamento é advertir as pessoas e trazê-las ao arrependimento (Ap 9.20,21).

8.8 UM GRANDE MONTE ARDENDO EM FOGO. Isto pode ser um grande meteorito ardente, que cai no mar, mata uma terça parte da vida marítima e destrói muitos navios.

8.11 ABSINTO. "Absinto" é uma planta amarga, que representa o julgamento divino e a tristeza humana (ver Dt 29.18Pv 5.4Jr 9.15Am 5.7).

8.13 UM ANJO VOAR. Aqui os mais depurados textos gregos contêm "águia", em vez de "anjo". O tríplice "ai" de lamentação da águia é para advertir que os três próximos julgamentos serão muito mais intensos e devastadores do que os precedentes. O quinto e o sexto julgamentos envolverão forças demoníacas terríveis (Ap  9).

9.1 UMA ESTRELA... POÇO DO ABISMO. A estrela que cai do céu é provavelmente um anjo que executa o julgamento divino; é citado como "ele", no versículo 2 (no original). O poço do abismo é o lugar de aprisionamento dos demônios (cf. 11.7; 17.8; 20.1,3; Lc 8.312 Pe 2.4Jd 6). A besta, que é o anticristo, sai do abismo (11.7) onde Satanás ficará preso por mil anos (Ap 20.3).

9.3 VIERAM GAFANHOTOS. Estes gafanhotos representam um vultoso número de demônios e também intensa atividade demoníaca na terra, perto do fim da história (ver Mt 25.41, sobre os anjos caídos). Têm o poder de escorpiões para causar dores e grandes sofrimentos (v. 10). Seu ataque é dirigido contra os ímpios na terra durante um período de cinco meses (vv. 5,10), mas não lhes será permitido atormentar os crentes (v. 4).

9.6 BUSCARÃO A MORTE E NÃO A ACHARÃO. A dor provocada pelos gafanhotos demoníacos é tão severa, que as pessoas desejarão morrer, mas não lhes será possível (vv. 5,6). Este julgamento revela (1) que a iniquidade e a impenitência, com toda certeza, receberão a retribuição divina (ver Rm 1.18), e (2) que quando as pessoas se opõem a DEUS e sua verdade, preferindo o mal, tornam-se vítimas de Satanás. Forças malignas tomarão posse da sua natureza, alma e vida (ver 1 Tm 4.1; ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS)

9.7 O ASPECTO DOS GAFANHOTOS. A aparência e o ruído dos demônios serão aterradores (vv. 7-9). Suas "couraças" (v. 9), talvez signifiquem que armas humanas não poderão destrui-los.

9.11 TINHAM SOBRE SI REI. O anjo que comanda os gafanhotos é chamado "Abadom", que significa "destruição" (cf. Jó 26.6Pv 15.11), ou "Apoliom", que significa "destruidor".

9.14 SOLTA OS QUATRO ANJOS. O sexto anjo solta quatro anjos, que devem ser anjos maus ou demônios, posto que os anjos santos não vivem presos. Os quatro anjos são soltos para matar uma terça parte da população do mundo (v. 15). São soltos junto ao rio Eufrates porque, na história do AT, a área do Eufrates simbolizava uma invasão militar através da qual DEUS exerce julgamento (cf. Is 8.5-810.5-7).

9.16 DUZENTOS MILHÕES. Os intérpretes bíblicos diferem grandemente entre si quanto ao significado dos duzentos milhões de cavaleiros. (1) Alguns dizem que representam espíritos demoníacos vindos do abismo, sob a liderança dos quatro anjos (v. 14; ver 9.3). (2) Outros entendem que são tropas de cavalaria, representando muitos exércitos reunidos para batalha.

9.18 FOGO... FUMAÇA.. ENXOFRE. O que João viu, relembra o julgamento de DEUS contra Sodoma e Gomorra (Gn 19.24,28; cf. Jd 7). Essas palavras são a advertência de DEUS no sentido de que aqueles que andam nos caminhos pecaminosos de Sodoma, com toda certeza experimentarão o julgamento de Sodoma (Gn 19.14).

9.20 NÃO SE ARREPENDERAM. Nem mesmo o julgamento divino leva as pessoas ao arrependimento. Isso demonstra as profundezas da depravação humana, com seu apego aos prazeres pecaminosos (cf. Jr 17.9). Os pecados mais graves dos últimos dias e do período da tribulação são (vv. 20,21): (1) a adoração aos demônios e a prática do espiritismo, ocultismo e magia (Dt 32.171 Co 10.20); (2) o homicídio e a violência; (3) a feitiçaria (gr. pharmakeia), que inclui drogas, ocultismo em geral e bruxaria (Ap 18.2321.822.15Gl 5.20); (4) imoralidade sexual e a pornografia; e (5) roubo e iniquidade (cf. Rm 1.24,28-31).

9.21 DAS SUAS FEITIÇARIAS. A feitiçaria aumentará muito nos últimos dias, antes do período da tribulação e durante ele (Ap 18.2321.822.151 Tm 4.1). A feitiçaria está vinculada ao ocultismo. Isso inclui a pretensa comunicação com os mortos, poderes sobrenaturais, paranormais e demoníacos, com o propósito de manipular ou influenciar coisas ou pessoas. O uso de drogas costuma fazer parte da feitiçaria.

10.1 OUTRO ANJO FORTE. O capítulo 10 descreve a visão do anjo com um livrinho. É um interlúdio entre a sexta trombeta (tocada em Ap 9.13) e a sétima (tocada em Ap 11.15).

10.2 UM LIVRINHO. O anjo, ao colocar seu pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra, dá a entender que esse livrinho contém uma mensagem que afeta o destino do mundo inteiro.

10.3 SETE TROVÕES. Isto tem a ver com certos aspectos da ira e julgamento futuros, de DEUS (cf. Ap 8.511.1916.18). A João não foi permitido revelar a mensagem dos sete trovões (v. 4). Isso indica que no período da tribulação ocorrerão julgamentos não revelados nos selos, nas trombetas e nas taças. Portanto, ninguém sabe de antemão tudo quanto ocorrerá naquele tempo. Não devemos, pois, ser dogmáticos quanto à sequência dos eventos do livro do Apocalipse.

10.7 O SEGREDO DE DEUS. No período do toque da sétima trombeta (11.15), cumprir-se-ão todas as profecias que DEUS revelou aos seus profetas referentes aos dias finais. Trata-se do cumprimento do propósito de DEUS quanto à volta de CRISTO à terra e o estabelecimento do seu reino (Ap 11.15).

10.9 TOMA-O E COME-O. O "livrinho", cujo sabor é doce como mel, mas que se torna amargo no estômago, fala do misto de bênçãos e maldições no Apocalipse. A Palavra de DEUS é doce para seus servos ouvi-la e observá-la (Sl 19.9,10), mas ao mesmo tempo ela anuncia o julgamento contra o pecado e a iniquidade, que virá sobre os incrédulos (cf. Lc 19.41-44Jr 15.1620.8,9Ez 3.1-3Am 5.10).

11.1 MEDE O TEMPLO DE DEUS. Ap  11 continua o interlúdio (que começou no cap. 10) acerca de Israel e do templo, e dá uma ideia da vida espiritual de então daquele povo. Os eventos aqui registrados ocorrem na cidade onde o Senhor foi crucificado, i.e., Jerusalém (v. 8). Israel continua na incredulidade durante essa parte da tribulação. O "templo de DEUS" pode referir-se à existência de um templo em Jerusalém nesse período, o qual será profanado pelo anticristo (ver Ap 13.14,15Dn 9.2712.112 Ts 2.4; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). A medição do templo significa que DEUS medirá a condição espiritual do povo judaico (cf. Ez 40Zc 2)

11.2 PISARÃO. Durante a tribulação, Israel e a "Cidade Santa" serão oprimidos pelos gentios e sofrerão grandemente durante 42 meses (ver Lc 21.24). Israel será severamente julgado por causa da sua rejeição a CRISTO e da sua imoralidade semelhante a "Sodoma" (vv. 8,13). Os 42 meses provavelmente se refiram ao período final, de três anos e meio, da tribulação (cf. Dn 7.259.27Ap 12.7).

11.3 MINHAS DUAS TESTEMUNHAS. DEUS enviará duas testemunhas para pregar o evangelho e profetizar a respeito do futuro; terão grande poder sobrenatural (vv. 5,6) e exercerão o seu ministério no poder do ESPÍRITO. Serão grande ameaça ao Anticristo e a todo o mundo ímpio durante um período de 1260 dias, e neutralizarão os sinais e maravilhas dos profetas da Besta (Ap 13.13,14). As duas testemunhas têm poder como Moisés e Elias (ver Ml 4.5).

11.4 OLIVEIRAS... CASTIÇAIS. Através desta linguagem, João está dizendo que as duas testemunhas receberão o poder do ESPÍRITO SANTO para revelarem a luz, a verdade de DEUS (ver Zc 4.2-14).

11.7 A BESTA... AS MATARÁ. As duas testemunhas são mortas porque apresentam a verdade do evangelho e bradam fielmente contra os pecados do povo. Jerusalém é, neste tempo, chamada "Sodoma" por causa da sua imoralidade, e "Egito" devido ao seu mundanismo (v. 8).

A besta é o anticristo (cf. Ap 13.114.9,1115.216.217.3,1319.2020.10) ou o "homem do pecado" (2 Ts 2.3-10). Note-se que as duas testemunhas não podiam ser mortas até completarem a sua obra. Assim é o caso de todos os servos de DEUS que permanecem fiéis a Ele.

11.11 CAIU GRANDE TEMOR. Por causa da ressurreição das duas testemunhas (vv. 11,12) e do julgamento divino (v. 13), um remanescente em Israel aceitará a mensagem das duas testemunhas e dará glória a DEUS (v. 13).

11.15 TOCOU O SÉTIMO ANJO. O soar da sétima trombeta anuncia que o mundo tornou-se o reino de CRISTO, e que Ele reinará para sempre (ver Ap 20.4Ez 21. 26,27Dn 2.444.36.26Zc 14.9). Noutras palavras, a sétima trombeta abrange eventos que se estendem até a volta de CRISTO e que incluem, portanto, os julgamentos das sete taças (a partir do Ap 16). O soar da sétima trombeta é seguido de um trecho parentético, revelando alguns eventos relacionados com o período da tribulação (12.1-15.4).

11.16 VINTE E QUATRO ANCIÃOS. Os vinte e quatro anciãos profetizam o que acontecerá na vinda de CRISTO. As nações ficarão enfurecidas, os mortos serão julgados (v. 18) e DEUS destruirá os que destruíam a terra, i.e., os iníquos (Ap 19.20,21).

12.1 E VIU-SE UM GRANDE SINAL. O capítulo 12 apresenta quatro grandes conflitos entre DEUS e Satanás: (1) entre Satanás e CRISTO e sua obra redentora (vv. 1-5). (2) Entre Satanás e os fiéis em Israel (vv. 6, 13-16). (3) Entre Satanás e o céu (vv. 7-9). (4) Entre Satanás e os crentes (vv. 10,11,17).

12.1 UMA MULHER. Esta mulher simboliza os fiéis de Israel, através dos quais o Messias (i.e., o menino JESUS, vv. 2,4,5) veio ao mundo (cf. Rm 9.5). Isso é indicado não somente pelo nascimento do menino, mas também pela referência ao sol e à lua (ver Gn 37.9-11) e às doze estrelas, que naturalmente se referem às doze tribos de Israel.

12.3 UM GRANDE DRAGÃO VERMELHO. Este dragão é Satanás (ver v. 9). As sete cabeças, chifres e diademas representam sua grande astúcia e poder.

12.4 A TERÇA PARTE DAS ESTRELAS. Isto pode referir-se à queda original de Satanás do céu e aos anjos que com ele caíram (2 Pe 2.4Jd 6), ou ao grande poder que ele tem no universo. Neste versículo, Satanás procura destruir o menino JESUS.

12.5 UM FILHO, UM VARÃO. O filho varão é JESUS CRISTO, e seu arrebatamento refere-se à sua ascensão ao céu após a sua ressurreição (Lc 24.51At 1.9-11).

12.6 A MULHER FUGIU. Aqui, a mulher simboliza os fiéis de Israel na última parte da tribulação (cf. os 1260 dias, metade exata do período da tribulação). (1) Durante a tribulação, esses fiéis de Israel, judeus tementes a DEUS, opor-se-ão à religião do Anticristo. Examinando com sinceridade as Escrituras, eles aceitam a verdade de que JESUS CRISTO é o Messias (Dt 4.30,31Zc 13.8,9). São socorridos por DEUS durante os últimos três anos e meio da tribulação, e Satanás não poderá vencê-los (ver vv. 13-16). (2) Quem de Israel aceitar a religião do Anticristo e rejeitar a verdade bíblica do Messias, será julgado e destruído nos dias da grande tribulação (ver Is 10.21-23Ez 11.17-2120.34-38Zc 13.8,9).

12.7-9 BATALHA NO CÉU. A tribulação significa não somente grandes conflitos espirituais na terra, mas também nos céus. (1) Satanás é derrotado, precipitado na terra (cf. Lc 10.18) e não lhe é mais permitido acesso ao céu. (2) O céu se regozija (vv. 10-12), porque Satanás já não é uma força espiritual nos lugares celestiais (ver Ef 6.12). Ao mesmo tempo, isso causa "ais" em relação aos que vivem na terra (vv. 12,13). É possível que essa expulsão de Satanás dê início à grande tribulação.

12.10 O ACUSADOR DE NOSSOS IRMÃOS. Satanás acusa os crentes diante de DEUS. Sua acusação é que os crentes servem a DEUS por interesse pessoal (cf. Jó 1.6-11Zc 3.1).

12.11 ELES O VENCERAM. Os crentes fiéis vencem Satanás ao serem libertos do seu poder pelo sangue do Cordeiro, falando resolutamente de CRISTO e demonstrando disposição de servir a CRISTO, custe o que custar.

12.12 DIABO... TEM GRANDE IRA. Satanás sabe que está perdido, que sua derrota final se aproxima, e que tem poder somente na terra. O "pouco tempo" refere-se ao período da tribulação. Sua grande ira resulta em sofrimentos por toda parte para os santos (v. 11).

12.13 PERSEGUIU A MULHER. Satanás procura destruir a mulher (ver v. 6). Aqueles em Israel, que aceitarem a CRISTO, serão vigiados e perseguidos por Satanás e pelos seguidores do anticristo (cf. Mt 24.15-21). DEUS dará proteção sobrenatural aos santos de Israel durante esse período (vv. 14-16).

12.17 O DRAGÃO... FOI FAZER GUERRA. Satanás, confinado à terra, sabe que lhe resta pouco tempo para perseguir a mulher (ver v. 6) e ao restante da sua semente. A "mulher" pode referir-se aos fiéis de Israel na Judéia, e o "resto da sua semente", aos judeus crentes noutras partes do mundo.

13.1 VI SUBIR DO MAR UMA BESTA. O capítulo 13 descreve o conflito entre o anticristo e DEUS e também o seu povo durante a tribulação. A besta que sobe do mar é o último grande governo mundial da história, e consiste em dez reinos sob o controle do anticristo (ver 17.12; Dn 2.40-45; Ap 7.24,25; Ap 11.36-45). O mar representa muitas nações (cf. Ap 17.15). Satanás concede seu poder a esse governo e o usa contra DEUS e contra seu povo (v. 2). Ver Ap 17.8-11, para a explicação dada pelo anjo a respeito da besta.

13.2 BESTA... SEMELHANTE AO LEOPARDO. A besta do versículo 2 é a mesma besta do versículo 1, que representa não somente o reino gentílico mundial dos tempos do fim, mas também o rei daquele reino. Esta besta é uma pessoa cruel como uma fera, que conseguirá o domínio político e religioso do mundo daqueles tempos (ver Ap 17.13Dn 7.4-68.259.27). É chamado o "homem do pecado", em 2 Ts 2.3,4 e o "anticristo", em 1 Jo 2.18 ("anti" quer dizer "em lugar de"; assim sendo, o anticristo afirmará ser o CRISTO verdadeiro, o Messias verdadeiro, Mt 24.24,252 Ts 2.3,4). Ele fará uma aliança com a nação de Israel (Dn 9.27; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO)

13.3 FERIDA DE MORTE. Aparecerá ao mundo que o anticristo foi mortalmente ferido e depois revivificado pelo poder miraculoso de Satanás (vv. 2,14; cf. 2 Ts 2.9; ver Ap 17.8).

Conclui-se que DEUS permitirá a Satanás, nesta ocasião, imitar o poder de CRISTO, podendo ser este seu principal meio de enganar a raça humana (cf. 2 Ts 2.9,10).

13.7 FAZER GUERRA AOS SANTOS. Durante a tribulação, o povo terá de escolher entre a nova, popular e fácil religião, ou crer em CRISTO e permanecer fiel. (1) Quem permanecer fiel a DEUS e à sua Palavra será perseguido e talvez morto (ver Ap 6.9Ap 7.9). (2) Satanás vencê-los-á, não no sentido de destruir a sua fé, mas causando a morte de muitos (6.9-11). Durante "quarenta e dois meses" o anticristo perseguirá os santos (v. 5).

13.8 ADORARAM-NA TODOS. O anticristo se apresentará como se fosse DEUS com poder sobrenatural demoníaco (2 Ts 2.4,9). Isso levará o povo a adorá-lo. A religião do anticristo ensina a divinização da humanidade como está divulgando a Nova Era (Gn 3.5). Ao invés da verdade de que em CRISTO DEUS se tornou homem (Jo 1.14), o Anticristo propaga a mentira de que, nele mesmo a humanidade é parte de DEUS (2 Ts 2.4). Atualmente, a Nova Era já enfatiza claramente a doutrina do Anticristo, sem dúvida preparando as massas para a aceitação posterior e final dessa doutrina.

13.8 CORDEIRO QUE FOI MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO. A morte redentora de CRISTO, pela salvação da humanidade, foi determinada por DEUS desde o início da criação do mundo (ver 17.8; Gn 3.151 Pe 1.18-20).

13.11 OUTRA BESTA. Esta outra besta ajudará a primeira (ver v. 2) a preparar o mundo para adorar o anticristo (v. 12) e a enganar a humanidade mediante a operação de grandes milagres (vv. 13,14; cf. Dt 13.1-32 Ts 2.9-12). Esta outra besta trata-se do "falso profeta" (19.20; 20.10). Uma imagem do anticristo será colocada no templo de DEUS (Dn 9.27Mt 24.15). Seus "dois chifres semelhantes aos de um cordeiro" simbolizam seu esforço para enganar o povo, fingindo ser amoroso, manso e solícito. Na realidade, porém, seu caráter nada tem de cordeiro, mas de dragão (cf. Mt 7.15).

13.12 ADOREM A PRIMEIRA BESTA. A segunda besta liderará uma falsa igreja ecumênica que adorará o anticristo. Isso será efetuado, em grande parte, mediante grandes sinais e maravilhas (vv. 13,14). Sua atuação, em certos aspectos, será uma imitação do ministério sobrenatural do ESPÍRITO SANTO (cf. 2 Ts 2.9,10).

13.15 MORTOS TODOS OS QUE NÃO ADORASSEM A IMAGEM DA BESTA. Será baixado um decreto ordenando a morte de todos que se recusarem a adorar o governante mundial e sua imagem. Noutras palavras, muitos que resistirem ao anticristo e permanecerem fiéis a JESUS, selarão sua fé com suas vidas (ver Ap 6.9Ap 14.12,1317.9-17).

13.16 UM SINAL. O Anticristo procurará obter o total controle econômico do mundo. Todo mundo será obrigado a adorá-lo e a receber um sinal na mão ou na testa, a fim de poder comprar ou vender (vv. 16,17), identificando, assim, os adeptos dessa religião mundial do anticristo. Quem recusar aceitar o sinal será procurado para ser morto (v. 15).

13.18 SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS. No Apocalipse, o Anticristo tem um nome: "a besta", mas ele também tem um número: 666. Muitos comentaristas estão de acordo que, nas Escrituras, "seis" é o número do homem e "três" é o número de DEUS. Sendo assim, três vezes seis deve referir-se a um homem que se apresenta como se fosse DEUS. Assim como os imperadores romanos e muitos outros, antes e depois deles, o anticristo julga-se um deus (ver v. 8; 2 Ts 2.4).

14.1 CENTO E QUARENTA E QUATRO MIL. Ap  14 Ap  15 introduzem os julgamentos de Ap  16 ; 18 e revelam a recompensa reservada aos que perseveram na fé em JESUS (v. 12; 15.2-4). O capítulo 14 começa descrevendo uma cena de 144.000 crentes proeminentes que aparecem no céu perto do Cordeiro. Certamente representam os mais consagrados e fiéis do povo de DEUS de todos os tempos que desfrutam de graça e posição especiais no céu. A cifra 144.000 não significa que o número deles é restrito a esse total. Qualquer crente pode passar a pertencer a esse grupo mediante a fé, o amor e o serviço devotado a DEUS.

14.4 NÃO ESTÃO CONTAMINADOS COM MULHERES. Esta expressão tem sentido espiritual. Os 144.000 permaneceram puros, recusando-se a se conformar com o sistema mundial ímpio (ver o estudo O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO), ou a pertencer à igreja apóstata dos últimos dias (ver Ap 17.1). Note o caráter dos que estarão perto de CRISTO no céu. (1) Estão separados do mundo e da igreja apóstata (v. 4; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE). (2) Seguem a CRISTO (cf. Mc 8.34Jo 14.21). (3) Dedicam-se a DEUS e a CRISTO (v. 4). (4) Não falam mentira (v. 5; cf. 21.27-22.15). (5) São moralmente inculpáveis (ver o estudo A SANTIFICAÇÃO)

14.6 O EVANGELHO ETERNO. Durante a segunda metade da tribulação, o evangelho de CRISTO será proclamado por um anjo (ou anjos) ao mundo inteiro, advertindo-o com clareza e poder. É um alerta à humanidade para temer a DEUS, dar-lhe glória e adorá-lo, e não ao anticristo (vv. 7,9).

14.8 CAIU BABILÔNIA. Babilônia, aqui, representa o sistema político, religioso e comercial do mundo inteiro nos tempos do fim (ver 17.1). Temos aqui a predição da sua queda (ver caps.17,18, para mais detalhes).

14.9 SE ALGUÉM ADORAR A BESTA. Aqueles que adoram a besta e recebem o seu sinal (ver Ap 13.16), selarão seu próprio destino, sofrerão julgamentos divinos e serão atormentados para todo o sempre (vv. 9-11; 9.4, 13.21; 16.2; ver Mt 10.28). A advertência é dirigida aos incrédulos (v. 6) e aos santos que serão tentados a negar a sua fé ante o grande perigo do martírio (vv. 12,13).

14.12 GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS. O destino dos seguidores da besta é terrível (vv. 9-11). Por isso, os santos devem continuar a "guardar os mandamentos de DEUS e a fé em JESUS". Por causa da sua lealdade a CRISTO provavelmente serão mortos.

14.13 BEM-AVENTURADOS OS MORTOS QUE... MORREM NO SENHOR. Os que morrem pela fé em CRISTO durante a tribulação são especialmente abençoados. São libertos da perseguição, dos suplícios e do tormento, e estarão com CRISTO.

14.14-16 SEMELHANTE AO FILHO DO HOMEM. Esse alguém como "filho do homem" é uma figura de CRISTO, como estando pronto para lançar a foice do julgamento, num mundo já maduro na iniquidade (vv. 14-20). Os versículos 14-16 são uma antevisão dos eventos de Ap 16.12-16 e Ap 19.11-20.

14.19 GRANDE LAGAR. Nos tempos bíblicos, as uvas eram colocadas numa grande gamela e pisadas a pés para a extração do vinho (i.e., o suco de uva). No AT pisar as uvas é uma figura da execução da ira divina contra os ímpios (Is 63.3; cf. Ap 19.15). Na ocasião da volta de CRISTO, depois da tribulação, os incrédulos serão reunidos e julgados no vale de Josafá (Sl 110.6Jl 3.2,12-14; ver Mt 25.32), e depois executados (ver Mt 13.40Lc 17.37; cf. Sl 97.3-5Pv 2.22Is 63.1-666.15-17Jr 25.30-33Ap 19.15).

14.20 SAIU SANGUE. Uma grande matança ocorre nos últimos dias da tribulação. Trata-se da batalha de Armagedom (Zc 14.1-4; ver Ap 16.16; 19.17-19). Aqui temos uma antevisão dela.

15.1 SETE ÚLTIMAS PRAGAS. Estas pragas são os julgamentos divinos finais sobre a terra, durante a tribulação. São os julgamentos contidos nas "sete salvas de ouro" (v. 7) descritos no capítulo 16. Essas salvas, ou taças, podem ser o desdobrar do julgamento da sétima trombeta (ver Ap 11.15).

15.2 VITORIOSOS DA BESTA. Em pé numa superfície de cristal (cf. Ap 4.6), vemos aqui os que não abandonaram sua fé em CRISTO ao serem perseguidos, ameaçados ou mortos pelo anticristo (cf. Ap 13.7-11).

15.5 TABERNÁCULO DO TESTEMUNHO. João viu no céu um templo semelhante ao Tabernáculo do AT que continha os Dez Mandamentos (Êx 32.1540.34-35Nm 17.7). Isso significa que os julgamentos da tribulação são o resultado da repulsa de DEUS ao pecado e da rejeição, pelos homens, da Palavra divina.

15.7,8 CHEIAS DA IRA DE DEUS. Este será o último dos julgamentos divinos contra um mundo ímpio, antes do reino de CRISTO. O fato de que ninguém poderá entrar no templo de DEUS enquanto não terminarem as pragas, significa que ninguém poderá interceder para interromper os juízos (v. 8). DEUS decretou o justo juízo do pecado, que será completo e sem misericórdia.

15.1 SETE ÚLTIMAS PRAGAS. Estas pragas são os julgamentos divinos finais sobre a terra, durante a tribulação. São os julgamentos contidos nas "sete salvas de ouro" (v. 7) descritos no capítulo 16. Essas salvas, ou taças, podem ser o desdobrar do julgamento da sétima trombeta (ver Ap 11.15).

15.2 VITORIOSOS DA BESTA. Em pé numa superfície de cristal (cf. Ap 4.6), vemos aqui os que não abandonaram sua fé em CRISTO ao serem perseguidos, ameaçados ou mortos pelo anticristo (cf. Ap 13.7-11).

15.5 TABERNÁCULO DO TESTEMUNHO. João viu no céu um templo semelhante ao Tabernáculo do AT que continha os Dez Mandamentos (Êx 32.1540.34-35Nm 17.7). Isso significa que os julgamentos da tribulação são o resultado da repulsa de DEUS ao pecado e da rejeição, pelos homens, da Palavra divina.

15.7,8 CHEIAS DA IRA DE DEUS. Este será o último dos julgamentos divinos contra um mundo ímpio, antes do reino de CRISTO. O fato de que ninguém poderá entrar no templo de DEUS enquanto não terminarem as pragas, significa que ninguém poderá interceder para interromper os juízos (v. 8). DEUS decretou o justo juízo do pecado, que será completo e sem misericórdia.

16.1 IRA DE DEUS. Começa agora o derramamento das sete taças da ira de DEUS antes da volta pessoal de CRISTO à terra. Uma grande guerra mundial ocorrerá perto do fim desses julgamentos (v. 14; ver v. 16; Dn 11.36-45). Esses julgamentos serão mais intensos e mais severos do que os anteriores.

16.3 SE TORNOU EM SANGUE. O mar fica tão contaminado que toda criatura vivente dentro dele morre, e sua cor poluída parece sangue (Êx 7.20-25). O mesmo ocorre também às fontes e aos rios (v. 4).

16.7 JUSTOS SÃO OS TEUS JUÍZOS. Aqueles que questionam a justiça de DEUS nos seus juízos, não compreendem o mal hediondo do pecado, nem a intensa ira de DEUS contra ele. Um DEUS santo e justo por natureza opõe-se ao mal, e o castiga (ver Jo 3.19Hb 1.9Sl 119.137).

16.9 GRANDES CALORES. Uma grande onda de calor se espalhará por toda a terra, de modo tão insuportável, que as pessoas blasfemarão contra DEUS (cf. Ml 4.1). Seus corações de tão endurecidos, recusam-se a arrepender-se (ver v. 11). Compare isso com a condição sublime dos que estão no céu, dos quais está escrito: "nem sol nem calma alguma cairá sobre eles" (Ap 7.16).

16.10 O TRONO DA BESTA. A quinta taça começa a lançar em confusão o domínio mundial do anticristo. Esse julgamento específico é centralizado no seu quartel-geral e nos seus seguidores.

16.11 NÃO SE ARREPENDERAM. No meio do terrível julgamento divino, homens e mulheres optarão por viver no pecado e por persistir na sua rebelião contra a justiça. O arrependimento é o único ato que pode interromper os julgamentos divinos (cf. Ap 2.219.2116.9), mas se recusam a fazê-lo.

16.12 OS REIS DO ORIENTE. Trata-se das nações do Oriente que, impulsionadas por forças satânicas, participarão de um grande conflito, a saber, a guerra do Armagedom (ver v. 16; Ap 19.17-21). O sexto anjo prepara o caminho para a guerra final da presente era, secando o rio Eufrates para deixar os exércitos do Oriente aproximarem-se de Israel (Is 11.15).

16.13 RÃS. Estes espíritos imundos são demônios que operam milagres e, assim, enganam as nações para apoiarem o mal, o pecado e o anticristo. O "dragão" é o mesmo Satanás (12.9), e a "besta" equivale ao Anticristo (Ap  13).

16.14 DEMÔNIOS, QUE FAZEM PRODÍGIOS. Durante a tribulação, os governantes das nações ficarão endemoninhados. Enganados por Satanás através de seus milagres, urdirão um plano louco que lançará o mundo inteiro num grande holocausto (ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO e O PERÍODO DO ANTICRISTO)

16.16 ARMAGEDOM. Armagedom (gr. harmagedon), localizado no centro-norte da Palestina, significa "vale do Megido" será o ponto central da batalha, naquele grande dia do DEUS Todo-poderoso (v. 14). Essa guerra será travada perto do fim da tribulação, e acabará quando CRISTO voltar para destruir os ímpios (ver Ap 14.19), para libertar o seu povo e para inaugurar seu reino messiânico. Note os seguintes fatos no tocante a esse evento. (1) Os profetas do AT profetizaram o evento (Dt 32.43Jr 25.31Jl 3.2,9-17Sf 3.8Zc 14.2-5). (2) Satanás e os seus demônios reunirão muitas nações sob a direção do anticristo a fim de guerrearem contra DEUS, contra seus exércitos, contra seu povo e para destruir Jerusalém (vv. 13,14,16; Ap 17.1419.14,19 ; ver também Ez 38,39 ; Zc 14.2). Embora o ponto central esteja na terra de Israel, o evento do Armagedom envolverá a totalidade do mundo (Jr 25.29-38). (3) CRISTO voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o anticristo e os seus exércitos (19.19-21; Zc 14.1-5), e todos aqueles que desobedecem ao evangelho (Sl 110.5Is 66.15,162 Ts 1.7-10). DEUS também enviará destruição e terremotos sobre o mundo inteiro nesse período (vv. 18,19; Jr 25.29-33).

16.19 GRANDE BABILÔNIA.

17.1 UM DOS SETE ANJOS... FALOU COMIGO, DIZENDO-ME. Os capítulos 17,18 retratam a queda da grande Babilônia (Ap 16.19). (1) A Babilônia (v. 5) simboliza a totalidade do sistema mundial dominado por Satanás, que promove a iniquidade na política, na religião e no comércio (ver Jr 50.1; Ap 51.1-64). (2) Babilônia será totalmente destruída durante os últimos três anos e meio desta era. A Babilônia religiosa (i.e., a prostituta) será destruída pelo anticristo (vv. 16,17), ao passo que a Babilônia política será destruída por CRISTO na sua vinda (Ap 19.11-21).

17.1 GRANDE PROSTITUTA. Trata-se da Babilônia religiosa, e abrange todas as religiões falsas, inclusive o cristianismo apóstata. Na Bíblia, os termos prostituição e adultério, quando empregados figuradamente, normalmente denotam apostasia religiosa e infidelidade a DEUS (Is 1.21Jr 3.9Ez 16.14-18Tg 4.4), e significam um povo que professa servir a DEUS enquanto, na realidade, adora e serve a outros deuses. Note o nítido contraste entre a grande prostituta e a esposa do Cordeiro (Ap 19.7,8). A prostituta é súdita de Satanás; a esposa é súdita de CRISTO. Satanás veste a prostituta (v. 4); DEUS veste a esposa do Cordeiro (19.8). A morte eterna é a porção da prostituta; a glória eterna é o destino da esposa. Concernente a esta falsa religião: (1) A prostituta rejeitará o evangelho de CRISTO e dos apóstolos, o poder da piedade (2 Tm 3.54.3Mt 24.24). (2) Ela se alinhará com os poderes e a filosofia de "Babilônia", i.e., o estilo de vida do mundo com sua imoralidade (v. 2; Ap 3.16). Os poderes político e religioso se unirão para apoderar-se do controle espiritual das nações (v. 18). (3) Seus líderes perseguirão os verdadeiros seguidores de CRISTO (v. 6). Ela será uma miscelânia de religiões e credos, sem preocupação com a doutrina bíblica. Seu principal interesse estará na conquista das massas e na adoção dos seus sistemas, valores e objetivos religiosos. Ela se tornará "morada de demônios, e abrigo de todo espírito imundo" (Ap 18.2; cf. Is 47.12,13). (4) A todos os verdadeiros crentes se lhes ordena que saiam de "Babilônia", para que não sejam condenados com ela. (5) DEUS fará com que o anticristo a destrua (ver v. 16).

17.2 OS QUE HABITAM NA TERRA. O verdadeiro parentesco da grande prostituta não é com CRISTO, mas com o mundo. (1) Os hipócritas e os falsos profetas obtêm sucesso como resultado da sua doutrina, porque ela induz a sociedade mundana a unir-se a ela. Os falsos sistemas religiosos permitem que seus membros professem que são de DEUS e ao mesmo tempo pratiquem adultério. (2) Transigência com o poder político e tolerância com a injustiça são suas características. Como prostituta, essa igreja apóstata negocia sua influência com o mundo sem vacilar (18.3).

17.3 UMA BESTA DE COR ESCARLATE. Esta besta é o futuro governo mundial, a Babilônia política, que apoia a falsa organização religiosa mundial (para comentários sobre "as sete cabeças", ver v. 10a; sobre os "dez chifres", ver v. 12).

17.4 UM CÁLICE DE OURO. Este cálice cheio de "abominações", mas externamente atraente, revela a condição espiritual da igreja apóstata dos últimos dias (cf. Mt 23.27,28). Essa igreja do cálice de ouro oferecerá ao povo, tanto as coisas de DEUS, como a satisfação carnal, i.e., um cristianismo pervertido, que ensina aos seus adeptos a prática da imoralidade e ao mesmo tempo lhes diz que são aceitos por DEUS.

17.5 BABILÔNIA. O nome "Babilônia" provém de "Babel", que simboliza a religião falsa, a feitiçaria, a astrologia e a rebelião contra DEUS (Gn 10.8-1011.4Is 47.13).

17.6 SANGUE DOS SANTOS. Naqueles dias, a religião falsa, aliada ao sistema político mundial, perseguirá a todos que verdadeiramente se dedicarem a CRISTO e à fé bíblica.

17.8 A BESTA QUE... JÁ NÃO É, E HÁ DE SUBIR DO ABISMO. Alguns interpretam este versículo presumindo ser o Anticristo uma pessoa que já viveu em algum tempo da história, mas que agora está morta, e que no futuro subirá do abismo, permanecendo na terra por um certo período e, por fim, será destruída (cf. vv. 8-11; Ap 19.20). Outros relacionam o versículo com a declaração de João, em Ap 13.3.

17.8 ESCRITOS NO LIVRO DA VIDA, DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO. Estas palavras não poderão ser usadas para comprovar a eleição predeterminada do indivíduo para a salvação, ou perdição; pois, de acordo com a Bíblia, o nome de alguém pode ser apagado do livro da vida por infidelidade e abandono da fé (Ap 3.5; ver 13.8; cf. Sl 69.28).

17.10 SETE REIS. Alguns acreditam que os sete reis representam sete reinos do mundo (os cinco reinos passados são, admite-se, Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia). Aqui está dito que o Império Romano é o seguinte (i.e., aquele que "existe"). Este reino corresponde aos pés de ferro e de barro da imagem vista em Dn 2.41-43. São os estados nacionalistas que surgiram após a queda do Império Romano até ao tempo presente. O reino posterior, o oitavo (v. 11), será o do Anticristo.

17.11 A BESTA... É... O OITAVO. A besta, o anticristo (cap. 13), será o derradeiro império mundial. É um "dos sete", mas também é o "oitavo". Isso pode significar que pertence ao mesmo sistema mundano ímpio, ao qual pertenciam os sete primeiros, mas que não faz parte daquele grupo (ver v. 8). O anticristo será destruído no final da tribulação.

17.12 OS DEZ CHIFRES... SÃO DEZ REIS. Estes reis são dez nações que exercerão grandes poderes políticos e apoiarão o futuro governante mundial (v. 13). Constituem uma confederação mundial de nações que se oporão a CRISTO e à verdadeira fé bíblica (cf. Dn 7.23-25).

17.14 COMBATERÃO CONTRA O CORDEIRO. CRISTO destruirá o anticristo e aos que a ele se aliam na batalha final de Armagedom (ver Ap 16.14,16).

17.15 ÁGUAS. A prostituta assentando-se em muitas águas indica que haverá um só sistema religioso, ecumênico, universal e apóstata, na primeira parte da tribulação. Essa falsa religião será substituída pela religião do anticristo, ao assumir seu grande poder político (Mt 24.152 Ts 2.3,4).

17.16 ABORRECERÃO A PROSTITUTA. A certa altura do reinado do anticristo, a prostituta (ver v. 1) será odiada por ele e seus adeptos, os quais a destruirão totalmente, e às suas instituições. Este é o julgamento divino contra o sistema religioso mundial que rejeitou a verdade de DEUS em CRISTO. Isso pode ocorrer na metade da tribulação de sete anos, quando a besta declara ser um deus, exigindo que todos lhe adorem (Ap 13.8,15; ver Dn 9.2711.36-38; ver os estudos A GRANDE TRIBULAÇÃO e O PERÍODO DO ANTICRISTO)

18.2 CAIU A GRANDE BABILÔNIA. No capítulo 18, a grande Babilônia é vista principalmente quanto ao seu aspecto comercial e político. (1) Alguns julgam que Babilônia, aqui, representa uma cidade ou nação literal, reunindo os aspectos ímpios da cidade descrita neste capítulo. (2) Outros pensam que ela represente a totalidade do sistema mundial ímpio, sob o domínio do anticristo. Aqui, o sistema comercial de Babilônia é destruído (cap. 18); no capítulo 19, o sistema político é julgado por DEUS no fim da tribulação (cf. Ap 19.17-21Is 13.1-11).

18.4 SAI DELA, POVO MEU. Esta é a chamada profética de DEUS à última geração de fiéis para que saiam da grande Babilônia (v. 2), pois quem do povo de DEUS permanecer no seu sistema ímpio, será inevitavelmente "participante dos seus pecados" e, por isso, incorrerá "nas suas pragas". A chamada para separação do mundo e das instituições religiosas falsas tem sido um aspecto essencial da salvação em toda a história da redenção (cf. Is 52.11Jr 51.451 Co 11.32; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE)

18.7 SE GLORIFICOU E EM DELÍCIAS ESTEVE. O sofrimento e a miséria que sobrevirão à Babilônia comercial serão proporcionais à vanglória e à vida opulenta que levou. Seus empresários ricos, poderosos e inescrupulosos que rejeitaram a DEUS e acumularam riqueza em detrimento dos outros, serão agora despojados de sua riqueza num só dia (v. 8; cf. Tg 5.1-6).

18.9 OS REIS DA TERRA... SOBRE ELA PRANTEARÃO. Chorarão e prantearão aqueles cujo interesse principal era o dinheiro, o luxo e a satisfação do prazer que era o deus de suas vidas. Já não podem tirar proveito de suas mercadorias, pois acabaram as suas riquezas (cf. Tg 5.1-9). Aqui, DEUS manifesta com clareza sua repulsa a negócios e governos que se firmam na avareza e no poder opressivo. DEUS está contra os que buscam riquezas, conforto e prazer, desprezando os modestos valores de JESUS CRISTO. Aqueles que vivem no luxo e nos prazeres, ignorando a DEUS, serão abatidos pela sua ira.

18.20 ALEGRA-TE SOBRE ELA. Todos os fiéis no céu e na terra se regozijam diante do justo juízo de DEUS contra o grande sistema satânico do mal com todas as suas manifestações malignas, prazeres pecaminosos, luxo egoísta, governo humanista e comércio ímpio. A celebração exuberante dos santos no céu, descrita em Ap 19.1-10, é proporcional à sua aflição no presente pelo sucesso do mal neste mundo. A marca do verdadeiro filho de DEUS é sua aflição diante da conduta imoral das pessoas ao seu redor. Ele será afligido continuamente aqui pelos atos iníquos que vê, e dos que ouve falar (2 Pe 2.7,8).

18.21 BABILÔNIA... NÃO SERÁ JAMAIS ACHADA. Um anjo anuncia a queda final de Babilônia política. O anticristo e seu sistema mundial ímpio será totalmente destruído na "batalha naquele grande Dia do DEUS Todo-poderoso", quando CRISTO voltar à terra (Ap 16.14; ver Ap 14.816.14,16Ap 19.11-21; cf. a queda de Babilônia, em Dn 5).

19.1 DEPOIS DESTAS COISAS. O capítulo 19 trata do fim da tribulação e da gloriosa segunda vinda de CRISTO à terra para julgar as nações, abater os ímpios e reinar com o seu povo.

19.1 ALELUIA. Esta é a primeira das quatro ocasiões em que a palavra "aleluia" ocorre no NT (ver 1,3,4,6). Ela deriva-se de duas palavras hebraicas: halal, que significa "louvor", e Jah, uma forma abreviada do nome "Javé" ou "SENHOR", significando, então "louvai ao Senhor". Aqui, os salvos no céu louvam ao Senhor, porque DEUS julgou o mundo e vingou aqueles que o mundo fez sofrer, e porque JESUS CRISTO está voltando à terra para reinar (vv. 6,11; Ap 20.4). Esse é o hino "aleluia" do céu.

19.7 A SUA ESPOSA SE APRONTOU. Na cronologia do capítulo 19, vemos a "noiva" (i.e., a igreja, 2 Co 11.2) já no céu, antes da vinda de CRISTO à terra. Os intérpretes vêem aí uma indicação de que a igreja já foi arrebatada antes da vinda de CRISTO, conforme vemos em Ap 19.11-21 (ver o estudo O ARREBATAMENTO). Duas razões para isso. (1) A noiva (cf. 21.2) está totalmente preparada no céu, para "as bodas do Cordeiro", logo, a igreja já deve ter sido arrebatada, achando-se no céu. (2) A noiva, já no céu, está vestida com "as justiças dos santos", i.e., seus atos de retidão (v. 8). Para os atos de retidão dos santos serem completos, eles precisam estar no céu e libertos de toda a impureza.

19.10 O TESTEMUNHO DE JESUS É O ESPÍRITO DE PROFECIA. Em última análise, todas as profecias bíblicas se relacionam com JESUS e com sua obra redentora e exaltam-no.

19.11 VI O CÉU ABERTO. Este versículo narra o começo da segunda vinda de CRISTO à terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgar as nações e aniquilar o mal (cf. Jo 5.30). É esse o evento que os fiéis de todas as gerações aguardam.

19.14 EXÉRCITOS QUE HÁ NO CÉU. Estes exércitos celestiais que voltam com CRISTO incluem todos os santos que já estão no céu (cf. Ap 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse fato.

19.15 FERIR... AS NAÇÕES. Quando CRISTO voltar à terra, castigará as nações ímpias e rebeladas contra Ele. Reger "com vara de ferro" significa destrui-las (cf. Sl 2.9). Pisar o lagar indica quão terrível é seu julgamento (cf. Is 64.1,2Zc 14.3,4Mt 24.29,30; cf. Ap 14.19).

19.15 DO FUROR E DA IRA DO DEUS TODO-PODEROSO. Esta é uma séria advertência da aversão de DEUS pelo pecado. A ideia humanista de que CRISTO faz vista grossa ao pecado e à imoralidade por causa do seu amor não tem lugar na revelação que Ele faz de si mesmo neste livro.

19.17 À CEIA DO GRANDE DEUS. Esta sinistra ceia tem a ver com a batalha de Armagedom (ver 16.16). (1) Nessa ocasião, a destruição dos inimigos de DEUS na terra será tão grande, que será preciso um excessivo número de aves para limpar o campo da batalha. É chamada a "ceia do grande DEUS", porque DEUS a ordenará para as aves de rapina. (2) Trata-se da cena de julgamento da terrível crueldade e impiedade deste mundo. Outras profecias que, com toda a probabilidade, referem-se a esse evento vindouro, são: Ap 14.14-2016.13-1617.14Jr 51.27-36Ez 39.17-20Jl 3.9-15Sf 3.8Zc 14.2-5.

19.19 PARA FAZEREM GUERRA. DEUS permitirá que agentes demoníacos reúnam as tropas das nações, na região de Armagedom, como parte dos preparativos para esta cena (ver 16.16; Jr 25.32,33Jl 3.2Sf 3.8Zc 14.2,3). (1) Este conflito durará pouco. O anticristo será destruído e também todos os ímpios (vv. 19-21). (2) O julgamento divino não somente abrange os exércitos ali reunidos, mas também o mundo inteiro (Jr 25.29-33).

19.20 FALSO PROFETA... FIZERA OS SINAIS. João volta a descrever o falso profeta e a sua religião mediante uma só característica destacada: enganava a muitos, operando sinais, maravilhas e milagres (cf. 13.13-15; cf. 2 Ts 2.9,10). A conclusão é óbvia: nos últimos dias, aqueles que forem fiéis a CRISTO e aos seus mandamentos (cf. Ap 14.12) não devem avaliar a verdade tão somente por haver sucesso ou milagres. O próprio Senhor adverte solenemente: "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mt 24.24; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO)

19.21 OS DEMAIS FORAM MORTOS. DEUS destrói os ímpios em toda a terra (ver Jr 25.29-33). Logo, nenhuma pessoa não-salva entrará no reino milenial de DEUS (Ap 20.4). Durante a tribulação, o evangelho foi devidamente anunciado dos céus por anjos a todos os que habitavam na terra. Aqueles que rejeitaram a verdade, receberam "a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados todos os que não creram a verdade" (2 Ts 2.11,12). Note que os injustos "não hão de herdar o Reino de DEUS" (1 Co 6.9-11; cf. Gl 5.21). Eles serão separados dos justos, depois que CRISTO voltar em glória e serão destinados ao castigo eterno (Mt 25.31-46).

20.2 PRENDEU O DRAGÃO... E AMARROU-O POR MIL ANOS. Depois da volta de CRISTO e dos eventos do capítulo 19, Satanás será preso e amarrado por mil anos para que não mais engane as nações. Isso implica numa cessação total da sua influência durante mil anos. Depois dos mil anos, ele será solto por pouco tempo para enganar aqueles que se rebelarem contra o domínio de DEUS (vv. 3,7-9). A obra mais comum de Satanás é enganar (ver Gn 3.13Mt 24.242 Ts 2.9,10).

20.3 PARA QUE MAIS NÃO ENGANE AS NAÇÕES. As nações que existirão durante o reino de CRISTO na terra são formadas pelos crentes que estavam vivos no fim da tribulação (ver 19.21; 20.4). Embora a palavra "nações" seja, às vezes, especificamente usada para os ímpios, João também a usa para representar os salvos (Ap 21.2422.2).

20.4 TRONOS; E ASSENTARAM-SE SOBRE ELES. Aqueles que se assentam nos tronos são provavelmente os vencedores oriundos de todos os tempos (cf. Ap 2.7) e possivelmente incluem os santos do AT (ver Ez 37.11-14Ef 2.14-223.6Hb 11.39,40). Aqueles que "viveram" (i.e., voltaram à vida) depois da volta de CRISTO são, conforme é declarado, os que foram fiéis a Ele e que morreram durante a tribulação (Ap 6.912.17). João não menciona a ressurreição dos santos da igreja que morreram, porque ela já ocorreu quando CRISTO retirou sua igreja da terra e a levou ao céu (ver Jo 14.31 Co 15.51; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

20.4 REINARAM COM CRISTO DURANTE MIL ANOS. Este reino de CRISTO por mil anos é, às vezes, chamado "o milênio", termo de origem latina que significa "mil anos". As características deste reino são as seguintes: (1) Foi predito no AT (Is 9.665.19-25Dn 7.13,14Mq 4.1-8Zc 14.1-9; cf. Ap 2.25-28). (2) Satanás estará preso (ver vv. 2,3). (3) Do reino milenial de CRISTO participarão os salvos da igreja (Ap 2.26,273.215.1020.4), e, possivelmente, os santos ressurretos do AT (ver Ez 37.11-14Ef 2.14-22Hb 11.39,40), e os santos mártires da tribulação. (4) O povo do milênio a ser governado por CRISTO consistirá dos que permanecerem fiéis a Ele durante a tribulação e até à sua vinda; e dos que nascerem durante o milênio (Ap 14.1218.4Is 65.20-23; ver Mt 25.1). (5) Nenhum inconverso entrará nesse reino (ver Ap 19.21). (6) Aqueles que reinarem com CRISTO terão autoridade sobre todas as nações, e servirão e governarão Israel e as demais nações (v. 6; Ap 3.215.1020.6Mt 19.28; ver Sf 3.9-20). (7) Haverá paz, segurança, prosperidade e justiça em toda a terra (Is 2.2-4Mq 4.4Zc 9.10; ver Zc 2.5; 9.8). (8) A natureza será restaurada à sua condição original, de ordem, perfeição e beleza (Sl 96.11-1398.7-9Is 14.7,835.1,2,6,751.355.12,1365.25Ez 34.25Rm 8.18-23; ver Is 65.17-25Ez 36.8-15Zc 14.8). (9) Todos que optarem pela senda da impiedade, da rebelião e da desobediência serão castigados (vv. 7-10). (10) No fim dos mil anos, o reino será entregue ao Pai, por JESUS (1 Co 15.24); então começará o reino final, eterno e perfeito de DEUS e do Cordeiro (Ap 21.1-22.5).

20.6 PRIMEIRA RESSURREIÇÃO. Esta expressão inclui a ressurreição de CRISTO e de todo o povo de DEUS. A ressurreição dos ímpios ocorrerá no fim do milênio (vv.12,13; Is 26.19-21Dn 12.2,13Jo 11.25,265.28,291 Co 15.20,52; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

20.7 SATANÁS SERÁ SOLTO. No fim do reino de CRISTO, Satanás será solto. (1) O próprio Satanás, enganando-se ao ponto de supor que ainda poderá derrotar a DEUS, sairá a enganar aqueles que quiserem rebelar-se contra o reino de CRISTO, e ajuntará uma multidão de semelhantes rebeldes. (2) "Gogue e Magogue" (v. 8; expressão oriunda de Ez 38 ;39), representa as nações do mundo rebeladas contra DEUS e a sua justiça.

20.8 ENGANAR AS NAÇÕES. Esta é a última rebelião contra DEUS. Muitos dos que nascem durante o milênio, optam manifestamente pela rejeição do senhorio visível de CRISTO, e escolhem Satanás e a sua mentira. O julgamento divino é a sua destruição e ruína total (v. 9).

20.10 O DIABO... LANÇADO NO LAGO DE FOGO. O poder de Satanás acabará então, pois DEUS o lançará no lago de fogo para todo o sempre (ver Is 14.9-17). Ali, ele não reinará, sendo sempre atormentado, dia e noite, eternamente.

20.11 FUGIU A TERRA E O CÉU. Pode ser uma referência à destruição do universo e à criação de novo céu e nova terra (Ap 21.1; cf. Is 51.62 Pe 3.7,10-12).

20.11-13 GRANDE TRONO BRANCO. O julgamento aqui descrito é chamado o "Julgamento do Grande Trono Branco", abrangendo os perdidos de todas as épocas. Alguns entendem que os que foram salvos durante o reino milenar de CRISTO na terra, serão incluídos nesse julgamento.

20.14 LAGO DE FOGO. A Bíblia descreve um quadro terrível do destino dos perdidos. (1) Fala de "tribulação e angústia" (Rm 2.9), "pranto e ranger de dentes" (Mt 22.1325.30), "eterna perdição" (2 Ts 1.9) e "fornalha de fogo" (Mt 13.42,50). Fala das "cadeias da escuridão" (2 Pe 2.4), do "tormento eterno" (Mt 25.46), de um "inferno" e de um "fogo que nunca se apaga" (Mc 9.43), de um "ardente lago de fogo e de enxofre" (Ap 19.20) e onde "a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia nem de noite" (Ap 14.11). Realmente, "horrenda coisa é cair nas mãos de DEUS vivo" (Hb 10.31); "bom seria para esse homem se não houvera nascido" (Mt 26.24; ver também Mt 10.28). (2) Os crentes do NT tinham nítida consciência do destino de quem vive no pecado. Por essa razão eles pregavam com lágrimas (ver Mc 9.24At 20.19) e defendiam a Palavra infalível de DEUS e o evangelho da salvação contra todas as distorções e as falsas doutrinas (ver Fp 1.172 Tm 1.14; ver o estudo OS PASTORES E SEUS DEVERES). (3) O sinistro fato do castigo eterno para os ímpios é a maior razão para levar o evangelho a todo o mundo, e fazer o máximo possível para persuadir as pessoas a arrependerem-se e a aceitarem a CRISTO antes que seja tarde demais (ver Jo 3.16)

20.15 LIVRO DA VIDA. Ver 3.5.

21.1 UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA. O alvo e expectativa finais da fé do NT é um novo mundo, transformado e redimido, onde CRISTO permanece com seu povo e a justiça reina em santa perfeição (cf. Sl 102.25,26Is 65.1766.22Rm 8.19-22Hb 1.1212.272 Pe 3.13). Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a destruição da terra, das estrelas e galáxias. O céu e a terra serão abalados (Ag 2.6Hb 12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6); as estrelas se derreterão (Is 34.4) e os elementos serão dissolvidos (2 Pe 3.7,10,12). A terra renovada se tornará a habitação dos homens e de DEUS (vv. 2,3,10; 22.3-5). Todos os redimidos terão corpos semelhantes ao corpo ressurreto de CRISTO, i.e., corpo real, visível e tangível, porém incorruptível, poderoso e imortal (Rm 8.231 Co 15.51-56).

21.2 A NOVA JERUSALÉM. A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá à terra como a cidade de DEUS, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual DEUS é o arquiteto e construtor (Fp 3.20Hb 11.10,13,16; ver o estudo A CIDADE DE JERUSALÉM). A nova terra será a sede do governo divino, e Ele habitará para sempre com o seu povo (cf. Lv 26.11,12Jr 31.33Ez 37.27Zc 8.8)

21.4 LIMPARÁ... TODA LÁGRIMA. Os efeitos do pecado, tais como a tristeza, a dor, a mágoa e a morte (7.16,17; Gn 3Rm 5.12Is 35.1065.19), já se foram para sempre, porque as coisas más do primeiro céu e da primeira terra foram-se completamente. Os crentes apenas se lembrarão das coisas santas que valem a pena ter na memória; decerto não se lembrarão do que lhes causaria tristeza (Is 65.17).

21.7 QUEM VENCER. O próprio DEUS declara quem herdará as bênçãos do novo céu e da nova terra: aqueles que perseverarem fielmente como vencedores em CRISTO (ver 2.7).

Quem viveu no pecado e na iniquidade será lançado no lago de fogo.

21.8 QUANTO AOS TÍMIDOS, E AOS INCRÉDULOS. DEUS menciona oito classes de pessoas que terão sua parte no lago que arde com fogo e enxofre. (1) Os "tímidos" são os que temem a desaprovação e as ameaças do povo a ponto de darem menos valor à lealdade a CRISTO e à verdade da sua Palavra. Sua segurança e status pessoais em relação aos outros valem mais para eles do que a fidelidade a CRISTO. Entre os tais, estão os crentes acomodados que desistem da luta espiritual e se deixam vencer (cf. Mc 8.351 Ts 2.42 Tm 2.12,13). (2) Entre os "incrédulos" estão incluídos os que já foram crentes em CRISTO, mas que foram vencidos por vários pecados como os já citados. Ser crente em CRISTO e viver praticando tais iniquidades é uma abominação para DEUS. (3) Há igrejas, hoje, anunciando que é possível alguém ser a um só tempo verdadeiro filho de DEUS e também imoral, mentiroso, adúltero, homossexual e homicida. Tais pessoas contradizem as claras palavras de DEUS, aqui registradas (cf. 1 Co 6.9,10Gl 5.19-21Ef 5.5-7).

21.9 A ESPOSA, A MULHER DO CORDEIRO. Esta metáfora, aplicada à cidade santa, significa que o povo de DEUS habitará nela. João usa linguagem simbólica para descrever a cidade santa, cuja glória ultrapassa os limites da compreensão do entendimento humano (ver Ap 21.9-22.5).

21.12-14 DOZE PORTAS. O muro da cidade sugere a segurança que os salvos desfrutam ali, e também que a cidade está reservada a um povo separado. Muro fala também de separação. As doze portas representam Israel (v. 12), e os doze alicerces representam a igreja (v. 14). Isto destaca o fato de que seus habitantes são os santos de DEUS do AT e do NT.

21.16 A CIDADE ESTAVA SITUADA EM QUADRADO. O tamanho da cidade indica que ela terá espaço suficiente para os salvos glorificados de todas as eras. "Doze mil estádios" equivalem a aproximadamente 2.260 km. A cidade é descrita como um cubo. No AT, o SANTO dos Santos, no Tabernáculo, onde DEUS se encontrava com o seu povo, formava um cubo perfeito. Portanto, a cidade inteira ficará cheia da glória e da santidade de DEUS.

21.22 O SEU TEMPLO É... DEUS... E O CORDEIRO. A presença e a comunhão íntima com DEUS permearão toda a cidade santa, e não apenas um templo.

21.24-26 AS NAÇÕES ANDARÃO À SUA LUZ. Estes versículos indicam que a nova Jerusalém não abrange a totalidade da nova terra, pois a cidade tem portas, pelas quais os justos poderão entrar e sair. A nova Jerusalém pode ser a capital da nova terra.

21.25 ALI NÃO HAVERÁ NOITE. Este "ali" refere-se apenas à cidade santa, pois não está dito que não haverá noite na nova terra. Alguns acreditam que haverá noite, além da cidade, porque DEUS prometeu que o dia e a noite nunca cessarão (Gn 8.22Sl 104.5148.3-6Is 66.22,23Jr 33.20,21,25).

22.1 O RIO PURO DA ÁGUA DA VIDA. Pode se tratar de um rio literal, simbolizando o ESPÍRITO SANTO e a vida, bênção e poder espiritual que Ele provê (cf. Ap 7.1721.622.17Is 44.3Jo 7.37-39)

22.2 A ÁRVORE DA VIDA. Esta árvore simboliza a vida eterna concedida a todos que habitam a nova cidade (Gn 2.93.22). As folhas salutares da árvore indicam a ausência, ali, de tudo que causa sofrimento físico ou espiritual (cf. Ez 47.12). Note que mesmo em nosso novo corpo, dependeremos do Senhor para a vida, força e saúde.

22.4 VERÃO O SEU ROSTO. Este é o alvo final da história da redenção: DEUS habitando no meio do seu povo fiel, numa terra purificada de todo o mal. Nessa nova terra, os santos verão a JESUS e com Ele habitarão; o Cordeiro de DEUS, que pelo seu amor os redimiu mediante a sua morte na cruz. É a grande felicidade dos salvos: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a DEUS" (Mt 5.8; cf. Êx 33.20,23Is 33.17Jo 14.91 Jo 3.2).

22.7 PRESTO VENHO. Ver 1 Co 15.51,sobre a perspectiva do tempo no NT, em relação à volta de CRISTO (ver também Rm 13.12).

22.10 NÃO SELES AS PALAVRAS. A mensagem profética do livro deve ser proclamada a todos os crentes e a todas as igrejas (cf. Dn 12.4).

22.11 FAÇA INJUSTIÇA AINDA. Isso pode significar que todos que rejeitarem a profecia contida no Apocalipse continuarão nos seus pecados. Os crentes, portanto, devem perseverar praticando a justiça e vivendo em santidade até a volta de CRISTO.

22.12 SEGUNDO A SUA OBRA. Ver 1 Co 3.15; ver o estudo O JULGAMENTO DOS CRENTES.

22.15 QUALQUER QUE AMA E COMETE A MENTIRA. Note como os dois últimos capítulos da Bíblia destacam o caso da mentira. Os praticantes da mentira são mencionados três vezes: (1) todos os mentirosos, "a sua parte será no lago que arde com fogo" (21.8); (2) os que cometem mentira não entrarão na cidade eterna de DEUS (Ap 21.27); e (3) os que amam e cometem mentira estarão fora do reino eterno de DEUS. A mentira é o pecado final condenado na Bíblia, possivelmente porque foi uma mentira que levou à queda da raça humana (Gn 3.1-5; cf. Jo 8.44). Estas palavras solenes devem servir de advertência a todos que, inclusive na igreja, acham que DEUS tolera a mentira e o engano.

22.17 O ESPÍRITO E A ESPOSA DIZEM: VEM. A última menção do ESPÍRITO SANTO na Bíblia mostra-o levando a esposa (i.e., a igreja) a convidar todos os que quiserem a salvação a virem a CRISTO. A igreja está capacitada pelo poder do ESPÍRITO SANTO a levar a efeito a evangelização do mundo (At 1.5-82.4).

22.19 DEUS TIRARÁ A SUA PARTE. João termina o livro de Apocalipse com uma advertência sobre a possibilidade de perdermos nossa parte na árvore da vida e na cidade santa. Evitemos uma atitude descuidada para com este livro, ou qualquer parte das Sagradas Escrituras. Outra atitude a evitar é a de optarmos por crer somente em determinadas partes da revelação de DEUS e rejeitarmos outras partes não gostamos (v. 19), ou o caso de ensinar nossas próprias idéias como se estas fossem a própria Palavra de DEUS (v. 18). Como ocorreu no princípio da raça humana na terra, deixar de cumprir plenamente a Palavra de DEUS é questão de vida e morte (ver Gn 3.3,4).

22.20 VEM, SENHOR JESUS. A Bíblia termina com a promessa de que JESUS breve voltará, à qual João responde: "Vem, Senhor JESUS". Este anseio é também o de todos os cristãos verdadeiros. (1) Esta súplica é também uma confissão de que, enquanto Ele não vier, nossa redenção está incompleta, o mal e o pecado não estão exterminados, e este mundo não está renovado. (2) Temos toda razão para crer que rapidamente aproxima-se o dia em que aquele que é chamado "a Palavra de DEUS" (19.13) e "a resplandecente Estrela da Manhã" (v. 16) descerá do céu para levar da terra os seus fiéis para a casa do Pai (Jo 14.1-31 Ts 4.16-18), depois Ele voltará em glória e triunfo para reinar para sempre como "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (19.16). Essa é a nossa imutável esperança e jubilosa expectativa (2 Pe 1.19).

 

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ESTUDOS AFINS - O JULGAMENTO DO CRENTE

2Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de CRISTO, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.”

A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar contas “ante o tribunal de CRISTO”, de todos os seus atos praticados por meio do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a esse julgamento do crente, segue-se o estudo de alguns de seus pontos.

(1)  Todos os crentes serão julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,121Co 3.12-152Co 5.10; ver Ec 12.14 .).

(2)  Esse julgamento ocorrerá quando CRISTO vier buscar a sua igreja (ver Jo 14.3 .; cf. 1Ts 4.14-17).

(3) O juiz desse julgamento é CRISTO (Jo 5.22, cf. “todo o juízo”; 2Tm 4.8, cf. “Juiz”).

(4)  A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e solene, mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1Co 3.15; cf. 2 Jo 8); de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1Jo 2.28), e de queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15). Esse julgamento, não é para sua salvação, ou condenação. É um julgamento de obras.

(5)  Tudo será conhecido. A palavra “comparecer” (gr. phaneroo, 5.10) significa “tornar conhecido aberta ou publicamente”. DEUS examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade, (a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm 2.16), (b) nosso caráter (Rm 2.5-11), (c) nossas palavras (Mt 12.36,37), (d) nossas boas obras (Ef 6.8), (e) nossas atitudes (Mt 5.22), (f) nossos motivos (1Co 4.5), (g) nossa falta de amor (Cl 3.234.1) e (h) nosso trabalho e ministério (1Co 3.13).

(6)  Em suma, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a DEUS (Mt 25.21-231Co 4.2-5) e das suas práticas e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12.48Jo 5.24Rm 8.1).

(7)  As más ações do crente, quando ele se arrepende, são perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levadas em conta quanto à sua recompensa: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer” (Cl 3.25; cf. Ec 12.141Co 3.152Co 5.10). As boas ações e o amor do crente são lembrados por DEUS e por Ele recompensados (Hb 6.10): “cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer” (Ef 6.8).

(8)  Os resultados específicos do julgamento do crente serão vários, como obtenção ou a perda de alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt 25.21), tarefas e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.1919.30), recompensa (1Co 3.12-14Fp 3.142Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; cf. 1Pe 1.7).

(9)  A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.121Pe 1.17), e levá-lo a ser sóbrio, a vigiar e a orar (1Pe 4.57), a viver em santa conduta e piedade (2Pe 3.11) e a demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2Tm 1.16-18).

 

 

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A MENSAGEM DE CRISTO ÀS SETE IGREJAS

Ap 1.19,20 “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer: O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.”

 

A mensagem de CRISTO a sete igrejas locais existentes no oeste da Ásia Menor (ver 14 .) é também para instrução, advertência e edificação dos crentes e igrejas da presente era (cf. 2.7,11,17,19; 3.6,13,22). O valor dessas mensagens para as igrejas de hoje vê-se nos pontos a seguir:

(1)  é uma revelação do que JESUS ama e anela ver nas igrejas locais, mas também aquilo que Ele repele e condena; (2) uma declaração clara da parte de CRISTO, no tocante (a) às consequências da desobediência e descuido espiritual, e (b) a recompensa da vigilância espiritual e fidelidade a CRISTO;

(1)  um padrão pelo qual toda igreja ou indivíduo pode julgar sua verdadeira condição espiritual diante de DEUS; e (4) um exemplo dos métodos de Satanás para atacar a igreja ou o cristão individualmente (ver também Jz 3.7 .). Este estudo aborda cada um desses aspectos sob a forma de perguntas e respostas.

(1)  O que é que CRISTO aprova? CRISTO aprova a igreja que não tolera o ímpio no seu meio, como parte dela (2.3); que averigua a vida, doutrina e declarações dos líderes cristãos (2.2); que persevera na fé, no amor, no testemunho, no serviço e no sofrimento da causa de CRISTO (2.3, 10, 13, 19, 26); que abomina aquilo que DEUS abomina (2.6); que vence o pecado, Satanás e o mundo (2.7, 11, 17, 26; 3.5, 12, 21); que não aceita conformar-se com a imoralidade do mundo nem com o mundanismo na igreja (2.24; 3.4); e que guarda a Palavra de DEUS (3.8, 10).

(2)  Como CRISTO recompensa as igrejas que perseveram e permanecem leais a Ele e à sua Palavra? Ele recompensa tais igrejas (a) livrando-as do período da tribulação que virá sobre o mundo inteiro (3.10), (b) concedendo-lhes seu amor, presença e estreita comunhão (3.4, 21), e (c) abençoando-as com a vida eterna (2.10b).

(3)  O que é que CRISTO reprova? CRISTO reprova a igreja que diminui sua profunda devoção pessoal a DEUS (2.4); que se desvia da fé bíblica; que tolera dirigentes, mestres ou leigos imorais (2.14,15, 20); que se torna espiritualmente morta (3.1) ou morna (3.15,16); e que substitui a verdadeira espiritualidade, i.e., a pureza, a retidão e a sabedoria espiritual (3.18) por sucesso e recursos materiais (3.17).

(4)  Como CRISTO castiga as igrejas (cf. 3.19) que entram em declínio espiritual e que toleram a imoralidade no seu meio? Ele as castiga mediante (a) a não renovação do seu lugar no reino de DEUS (2.5; 3.16), (b) a perda da presença de DEUS, do poder genuíno do ESPÍRITO SANTO, da verdadeira mensagem bíblica de salvação e da proteção dos seus membros contra a destruição por Satanás (2.5,16; 3.15-19; ver Mt 13, . a respeito do bem e do mal dentro do reino dos céus durante esta era) e (c) seus líderes postos sob juízo divino (2.20-23).

(5)   O que a mensagem de CRISTO revela concernente à tendência natural das igrejas à estagnação espiritual, declínio e apostasia? (a) As sete cartas sugerem que a tendência das igrejas é acomodar-se no erro, aceitar falsos ensinos e adaptar-se aos princípios anticristãos prevalecentes no mundo (ver Gl 5.17 .). (b) Além disso, observa-se que frequentemente homens e mulheres apóstatas, vis e infiéis estragam as igrejas (2.2,14,15,20). Por essa razão, o progresso espiritual de uma igreja nunca deve ser evocado como prova de que ela está dentro da vontade de DEUS, nem para se afirmar que anda na verdade e na doutrina do Senhor. O evangelho, i.e., a mensagem original de CRISTO e dos apóstolos, é a autoridade suprema para avaliar o certo ou o errado nesse campo.

(6)   Como podem as igrejas evitar a decadência espiritual e o consequente julgamento por CRISTO? Estas cartas revelam várias maneiras. (a) Primeira e mais importante: todas as igrejas devem estar dispostas a “ouvir o que o ESPÍRITO diz às igrejas” (2.7). A Palavra de JESUS CRISTO sempre deve ser o guia da igreja (1.1-3, 11), pois esta Palavra, conforme revelada aos apóstolos do NT mediante o ESPÍRITO SANTO, é o padrão segundo o qual as igrejas devem verificar suas crenças e atividades e renovar a sua vida espiritual (2.7, 11, 17, 29; 36,13, 22). (b) As igrejas devem continuamente examinar seu estado espiritual diante de DEUS e, se for o caso, corrigir seu erro de tolerância ao mundanismo e imoralidade entre os crentes (2.4, 14, 15, 20; 3.1,2,14-18). (c) A frieza espiritual poderá ser extinguida em qualquer igreja ou grupo de crentes, quando houver arrependimento sincero do pecado e um retorno decidido ao primeiro amor, à verdade, pureza e poder da revelação bíblica de JESUS CRISTO (2.5-7,16,17; 3.1-3,15-22).

 

 

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OS PASTORES E SEUS DEVERES

At 20.28 “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue.”

Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme 14.23, a congregação local, cheia do ESPÍRITO, buscando a direção de DEUS em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo ESPÍRITO SANTO em 1Tm 3.1-7Tt 1.5-9 (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR). Na realidade é o ESPÍRITO que constitui o dirigente de igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

PROPAGANDO A FÉ. (1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de DEUS. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de DEUS, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. 20.28; 1Co 6.201Pe 1.18,19Ap 5.9). (2) Em 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de DEUS, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (20.27). Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (20.26; ver .). Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o desígnio de DEUS. Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que estes desejam ouvir (2Tm 4.3).

GUARDANDO A FÉ. Além de alimentar o rebanho de DEUS, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de DEUS (ver o estudo FALSOS MESTRES). Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver 20.29 .; cf. Mt 10.16). Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de CRISTO e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de Paulo (20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opor-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.

(1)  A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de DEUS e pela comunhão do ESPÍRITO SANTO, são fiéis ao Senhor JESUS CRISTO e à Palavra de DEUS (ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS). Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de DEUS que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de DEUS e ao testemunho apostólico (20.30).

(2)  Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor JESUS os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de DEUS para a igreja (20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (20.28), não estará “limpo do sangue de todos” (20.26, ver .; cf. Ez 34.1-10). DEUS o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra (ver também 2Tm 1.14 .; Ap 2.2 .).

(3)  É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja (2Tm 1.13,14).

(4)  A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de DEUS, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina (20.28-31; ver Gl 1.6 .; 1Tm 4.12Tm 3.8). A bem da igreja de DEUS, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2Jo 9-11; ver Gl 1.9 .).

(5)  A igreja que perde o zelo ardente do ESPÍRITO SANTO pela sua pureza (20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de DEUS, logo deixará de existir como igreja neotestamentária (ver 12.5 .; ver o estudo A IGREJA).

 

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A GRANDE TRIBULAÇÃO

Mt 24.21. “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá

jamais.”

Começando com 24.15, JESUS trata de sinais especiais que ocorrerão durante a grande tribulação (as expressões “grande aflição”, de 24.21, e “grande tribulação”, de Ap 7.14, são idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais conducentes à, e indicadores da volta de CRISTO à terra, depois da tribulação (24.30,31; cf. Ap 19.11-20.4).

O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (24.15), um fato específico e visível, que adverte os fiéis vivos durante a grande tribulação de que a vinda de CRISTO à terra está prestes a ocorrer. Esse sinal-evento, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo (ver Dn 9.27 .; 1Jo 2.18; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). O Anticristo, também chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no templo de DEUS, declarando ser ele mesmo DEUS (2Ts 2.3,4Ap 13.14,15). Seguem-se fatos salientes a respeito desse evento crítico.

(1)  A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com a volta de CRISTO à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (24.21,29,30; ver Dn 9.27Ap 19.11-21).

(2)  Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois, virdes”,

24.15)    , poderão saber com bastante aproximação quando terminará a tribulação, época em que CRISTO voltará à terra (ver 24.33 .). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (ver Dn 9.25-27Ap 11.1,212.613.5-7).

Por causa da grande expectativa da volta de CRISTO (24.33), os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a informes afirmando que CRISTO já voltou. Tais informes serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7).

Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).

(1)  JESUS admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de DEUS (ver 7.22 .; Gl 1.9 .; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO).

(2)  Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito que atua nos mestres, líderes e pregadores (ver 1Jo 4.1 .). DEUS permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu amor por Ele e sua lealdade às Sagradas Escrituras (Dt

13.3). Serão dias difíceis, pois JESUS declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos” (i.e., os crentes dedicados) discernirem entre a verdade e o erro (ver 1Tm 4.16 .; Tg 1.21 .; ver o estudo ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO).

(3)   Quem entre o povo de DEUS não amar a verdade será enganado. Não terá mais oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do Anticristo (ver 2Ts 2.11 .).

Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de terrível sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:

(1)   Será de âmbito mundial (ver Ap 3.10 .). (2) Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade (Dn 12.1Mt 24.21). (3) Será um tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7). (4) O período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; cf. Dn 9.27Ap 13.12; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). (5) Os fiéis da igreja de CRISTO recebem a promessa de livramento e “escape” dos tempos da tribulação (ver Lc 21.36 .; 1Ts 5.8-10Ap 3.10 .). (6) Durante o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em JESUS CRISTO e serão salvos (Dt 4.30,31Os 5.15Ap 7.9-1714.6,7). (7) Será um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos permanecerem fiéis a DEUS (Ap 12.1713.15). (8) Será um tempo de ira de DEUS e de juízo seu contra os ímpios (1Ts 5.1-11; Ap 6.16,17). (9) A declaração de JESUS de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a totalidade da raça humana seria destruída. (10) A grande tribulação terminará quando vier JESUS CRISTO em glória, com sua noiva (Ap

19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e destruição dos ímpios (Ez 20.34-38Mt 24.29-31Lc 19.11-27Ap 19.11-21). (11) Não devemos confundir essa fase da vinda de JESUS, no fim da grande tribulação, com a sua descida imprevista do céu, em 24.42-44 (ver . sobre estes versículos, que tratam da vinda de JESUS, na sua fase do arrebatamento dos crentes), a qual ocorrerá num momento diferente do da sua volta final, no fim da tribulação. (12) O trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete anos de duração é encontrado em Ap 6-18.

 

 

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O ARREBATAMENTO DA IGREJA

1Ts 4.16,17 “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS; e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. ”

O termo “arrebatamento” deriva da palavra raptus em latim, que significa “arrebatado rapidamente e com força”. O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por “arrebatado” em 4.17. Esse evento, descrito aqui e em 1Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os salvos em CRISTO.

(1)  Instantes antes do arrebatamento, ao descer CRISTO do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em CRISTO” (4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de CRISTO voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6 .).

(2)  Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em CRISTO, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).

(3)  Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se com CRISTO nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.

(4)  Estarão literalmente unidos com CRISTO (4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (ver Jo 14.2,3 .), e reunidos aos queridos que tinham morrido (4.13-18).

(5)  Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4Fp 3.21), de toda perseguição e opressão (ver Ap 3.10 .), de todo domínio do pecado e da morte (1Co 15.51-56); o arrebatamento os livra da “ira futura” (ver 1.10 .; 5.9), ou seja: da grande tribulação.

(6)  A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar do mundo, a fim de estarmos “sempre com o Senhor” (4.17), é a bem-aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13). É fonte principal de consolo para os crentes que sofrem (4.17,18; 5.10).

(7)  Paulo emprega o pronome “nós” em 4.17 por saber que a volta do Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos tessalonicenses essa mesma esperança. A Bíblia insiste que anelemos e esperemos contínua e confiadamente a volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.111Co 15.51,52Ap 22.12,20).

(8)  Quem está na igreja mas não abandona o pecado e o mal, sendo assim infiel a CRISTO, será deixado aqui, no arrebatamento (ver Mt 25.1 .; Lc 12.45 .). Os tais ficarão neste mundo e

farão parte da igreja apóstata (ver Ap 17.1 .; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO), sujeitos à ira de DEUS.

(9)  Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios (5.2-10; ver 5.2 .). Seguir-se-á a segunda fase da vinda de CRISTO, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e reinar sobre a terra (ver Mt 24.42,44 .).

 

 

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O PERÍODO DO ANTICRISTO

2Ts 2.3,4 “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama DEUS ou se adora; de sorte que se assentará, como DEUS, no templo de DEUS, querendo parecer DEUS.”

Segundo a Bíblia, está para vir o Anticristo (cf. 1Jo 2.18); aquele que trama o derradeiro ataque furioso de Satanás contra CRISTO e os santos, pouco antes do tempo em que nosso Senhor JESUS CRISTO estabelecerá o seu reino na terra. As expressões que a Bíblia usa para o Anticristo são “o homem de pecado” e “o filho da perdição” (2.3). Outras expressões usadas na Bíblia são “a besta que sobe do mar” (Ap 13.1-10), a “besta de cor escarlate” (Ap 17.3) e “a besta” (Ap 17.81619.19,2020.10).

 

SINAIS DA VINDA DO ANTICRISTO.

Diferente do arrebatamento da igreja (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA), a vinda do Anticristo não ocorrerá sem sinais precursores. Pelo menos três eventos deverão ocorrer antes dele surgir na terra: (1) o “mistério da injustiça” que já opera no mundo, deverá intensificar-se (2.7); (2) virá a “apostasia” (2.3); (3) “um que, agora, resiste”, deve ser afastado (2.7).

(1)  O “mistério da injustiça”, i.e., a atividade secreta dos poderes do mal, ora evidente no mundo inteiro (ver 27 .), aumentará até alcançar seu ponto máximo na total zombaria e desprezo a qualquer padrão ou preceito bíblicos. Por causa do predomínio da iniquidade, o amor de muitos esfriará (Mt 24.10-12Lc 18.8). Mesmo assim, um remanescente fiel permanecerá leal à fé apostólica conforme revelada no NT (Mt 24.1325.10Lc 18.7; ver Ap 2.7 .). Por meio desses fiéis, a igreja permanecerá batalhando e manejando a espada do ESPÍRITO até ser arrebatada (ver Ef 6.11 .).

(2)  Ocorrerá a “apostasia” (gr. apostasia), que literalmente significa “desvio’’, “afastamento’’, “abandono’’ (2.3). Nos últimos dias, um grande número de pessoas da igreja apartar-se-á da verdade bíblica.

(a)  Tanto o apóstolo Paulo quanto CRISTO revelam um quadro difícil da condição de grande parte da igreja — moral, espiritual e doutrinariamente — à medida que a era presente chega ao seu fim (cf.

Mt 24.510-13241Tm 4.12Tm 4.3,4). Paulo, principalmente, ressalta que nos últimos dias elementos ímpios ingressarão nas igrejas em geral.

(b)  Essa “apostasia” dentro da igreja terá duas dimensões. (i) A apostasia teológica, que é o desvio de parte ou totalidade dos ensinos de CRISTO e dos apóstolos, ou a rejeição deles (1Tm 4.12 Tm 4.3). Os falsos dirigentes apresentarão uma salvação fácil e uma graça divina sem valor, desprezando

as exigências de CRISTO quanto ao arrependimento, à separação da imoralidade, e à lealdade a DEUS e seus padrões (2Pe 2.1-3,12-19). Os falsos evangelhos, voltados a interesses humanos, necessidades e alvos egoístas, gozarão de popularidade .). (ii) A apostasia moral, que é o abandono da comunhão salvífica com CRISTO e o envolvimento com o pecado e a imoralidade. Esses apóstatas poderão até anunciar a sã doutrina bíblica, e mesmo assim nada terem com os padrões morais de DEUS (Is 29.13Mt 23.25-28; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL). Muitas igrejas permitirão quase tudo para terem muitos membros, dinheiro, sucesso e prestígio (ver 1Tm 4.1 .). O evangelho da cruz, com o desafio de sofrer por CRISTO (Fp 1.29), de renunciar todo pecado (Rm 8.13 , de sacrificar-se pelo reino de DEUS e de renunciar a si mesmo será algo raro (Mt 24.12; 2Tm 3.1-5; 43).

(c)  Tanto a história da igreja, como a apostasia predita para os últimos dias, advertem a todo crente a não pressupor que o progresso do reino de DEUS é infalível na sua continuidade, no decurso de todas as épocas e até o fim. Em determinado momento da história da igreja, a rebelião contra DEUS e sua Palavra assumirá proporções espantosas. No dia do Senhor, cairá a ira de DEUS contra os que rejeitarem a sua verdade (1Ts 5.2-9).

(d) O triunfo final do reino de DEUS e sua justiça no mundo, portanto, depende não do aumento gradual da igreja professa, mas da intervenção final de DEUS, quando Ele se manifestará ao mundo com justo juízo (Ap 19—22; ver 2Ts 2.7,81Tm 4.1 .; 2Pe 3.10-13; Jd).

(3) Um evento determinante deverá ocorrer antes do aparecimento do “homem do pecado” e do Dia do Senhor começar (2.2,3), que é a saída de alguém (2.7) ou de algo, que “detém”, resiste, ou refreia o “mistério da injustiça” e o “homem do pecado” (2.3-7). Quando o restringidor do “homem do pecado’’ for retirado, então poderá começar o Dia do Senhor (2.6,7).

(a)   O que agora o detém é, sem dúvida, uma referência ao ESPÍRITO SANTO, pois somente Ele tem poder de deter a iniquidade, o homem do pecado e Satanás (2.6). Esse que agora o detém ou resiste (2.7), leva no grego o artigo definido masculino e ao mesmo tempo o artigo definido neutro, em 2.6 (“o que o detém”). De modo semelhante, a palavra “ESPÍRITO” na língua grega pode levar pronome masculino ou neutro (ver Gn 6.3Jo 16.8 .; Rm 8.13; ver Gl 5.17, sobre a obra do ESPÍRITO SANTO a restringir o pecado).

(b)  No começo dos sete anos de tribulação, o ESPÍRITO SANTO será “afastado” (v. 7). Isso não significa ser Ele tirado do mundo, mas que cessará sua influência restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo. Todas as restrições contra o pecado serão removidas, e começará a rebelião inspirada por Satanás. O ESPÍRITO SANTO, todavia, agirá na terra durante a tribulação, convencendo pessoas dos seus pecados, convertendo-as a CRISTO e dando-lhes poder (Ap 7.91411.1-1114.6,7).

(c)   Retirando-se o ESPÍRITO SANTO, cessará a inibição à aparição do “homem do pecado”, no cenário terreno (2.3,4). DEUS então liberará uma influência poderosa enganadora sobre todos os que se recusam a amar a verdade de DEUS (ver 2.11 .); os tais aceitarão as imposturas do homem do pecado, e a sociedade humana descerá a uma depravação jamais vista.

(d)  A ação do ESPÍRITO SANTO restringindo o pecado é levada a efeito em grande parte através da igreja, que é o templo do ESPÍRITO SANTO (1Co 3.166.19). Por isso, muitos expositores da Bíblia acreditam que a saída do ESPÍRITO SANTO é uma clara indicação de que o arrebatamento dos santos ocorrerá nessa ocasião (1Ts 4.17). Noutras palavras, a volta de CRISTO, para levar a igreja e livrá-la

da ira vindoura (1Ts 1.10), ocorrerá antes do início do Dia do Senhor e da manifestação do “homem do pecado” (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA).

(e)   Entende-se, nos meios eruditos da Bíblia, que o restringente em 2.6 (no gênero neutro) refere-se ao ESPÍRITO SANTO e seu ministério de conter a iniquidade, ao passo que em 2.7, “um que, agora” (no gênero masculino) refere-se aos crentes reunidos a CRISTO e tirados daqui, i.e., arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, a fim de estarem sempre com Ele (1Ts 4.17).

 

AS ATIVIDADES DO ANTICRISTO.

Ao começar o Dia do Senhor, “o iníquo” aparecerá neste mundo. Trata-se, no meios eruditos da Bíblia, de um governante mundial que fará aliança com Israel por sete anos, antes do fim da presente era (ver Dn 9.27).

(1)  A verdadeira identificação do Anticristo será conhecida três anos e meio mais tarde, quando ele romper sua aliança com Israel, tornar-se governante mundial, declarar ser DEUS, profanar o templo de Jerusalém (ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO), proibir a adoração a DEUS (ver 2.4, 8,9) e assolar a terra de Israel (ver Dn 9.27 .; 11.36-45 .).

(2)  O Anticristo declarará ser DEUS, e perseguirá severamente quem permanecer leal a CRISTO (Ap 11.  6,7; 13.7, 15-18; ver Dn 7.824,25 .). Exigirá adoração, certamente sediada num grande templo que será usado como centro de seus pronunciamentos (cf. Dn 7.8258.411.3136). O homem aspira tornar-se divino desde a criação (ver 2.8 .; Ap 13.8,12 .; ver também o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO).

(3)  O “homem do pecado’’ fará mediante poder satânico, grandes sinais, maravilhas e milagres a fim de propagar o engano (2.9). “Prodígios de mentira” significa que seus milagres são sobrenaturais, parecendo autênticos, para enganar as pessoas e levá-los a crer na mentira. (a) Tais demonstrações possivelmente serão vistas no mundo inteiro, pela televisão. Milhões de pessoas ficarão impressionadas, enganadas por esse líder altamente convincente, por não darem a devida importância à Palavra de DEUS nem ter amor às suas verdades (2.9-12). (b) Tanto as palavras de Paulo (2.9), quanto as de JESUS (Mt 24.24) devem despertar os crentes para o fato de que nem todo milagre provém de DEUS. Aparentes “manifestações do ESPÍRITO” (1Co 12.7-10) ou fenômenos supostamente vindos da parte de DEUS devem ser provados à base da obediência a CRISTO e às Escrituras, por parte da pessoa atuante.

 

A DERROTA DO ANTICRISTO.

No fim da tribulação, Satanás congregará muitas nações no Armagedom, sob o comando do Anticristo, e guerrearão contra DEUS e o seu povo numa batalha que envolverá o mundo inteiro (ver Dn 11.45 .; Ap 16.16 .). Quando isso ocorrer, CRISTO voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o Anticristo, seus exércitos e todos os que não obedecem ao evangelho (ver Ap 19.15-21 .). A seguir, CRISTO prenderá Satanás e estabelecerá seu reino na terra (20.1-6).

 

 

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ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO

Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”

ELEIÇÃO. A escolha por DEUS daqueles que crêem em CRISTO é uma doutrina importante (ver Rm 8.29-339.6-2611.5728Cl 3.121Ts 1.42Ts 2.13Tt 1.1). A eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por DEUS, em CRISTO, de um povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2Ts 2.13). Essa eleição é uma expressão do amor de DEUS, que recebe como seus todos os que recebem seu Filho JESUS (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as seguintes verdades:

(1)  A eleição é cristocêntrica, i.e., a eleição de pessoas ocorre somente em união com JESUS CRISTO. DEUS nos elegeu em CRISTO para a salvação (1.4; ver v. 1, .). O próprio CRISTO é o primeiro de todos os eleitos de DEUS. A respeito de JESUS, DEUS declara: “Eis aqui o meu servo, que escolhi” (Mt 12.18; cf. Is 42.1,61Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a CRISTO pela fé.

(2)  A eleição é feita em CRISTO, pelo seu sangue; “em quem [CRISTO]... pelo seu sangue” (1.7). O propósito de DEUS, já antes da criação (1.4), era ter um povo para si mediante a morte redentora de CRISTO na cruz. Sendo assim, a eleição é fundamentada na morte sacrificial de CRISTO, no Calvário, para nos salvar dos nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).

(3)  A eleição em CRISTO é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um povo (1.4,5, 7, 9; 1Pe 1.1; 2.9). Os eleitos são chamados “o seu [CRISTO] corpo” (1.23; 4.12), “minha igreja” (Mt 16.18), o “povo adquirido” por DEUS (1Pe 2.9) e a “noiva” de CRISTO (Ap 21.9). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser humano como indivíduo, somente à medida que este se identifica e se une ao corpo de CRISTO, a igreja verdadeira (1.22,23; ver Robert Shank, Elect in the Son (Eleitos no Filho). É uma eleição como a de Israel no AT (ver Dt 29.18-21 .; 2Rs 21.14 .; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS).

(4)  A eleição para a salvação e a santidade do corpo de CRISTO são inalteráveis. Mas individualmente a certeza dessa eleição depende da condição da fé pessoal e viva em JESUS CRISTO, e da perseverança na união com Ele. O apóstolo Paulo demonstra esse fato da seguinte maneira: (a) O propósito eterno de DEUS para a igreja é que sejamos “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4). Isso se refere tanto ao perdão dos pecados (1.7) como à santificação e santidade. O povo eleito de DEUS está sendo conduzido pelo ESPÍRITO SANTO em direção à santificação e à santidade (ver Rm 8.14Gl 5.16-25). O apóstolo enfatiza repetidas vezes o propósito supremo de DEUS (ver 2.10; 3.14-19; 4.1-3, 13,14; 5.18). (b) O cumprimento desse propósito para a igreja como corpo não falhará: CRISTO a apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível” (5.27). (c) O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja é condicional. CRISTO nos apresentará “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4), somente se continuarmos na fé. A Bíblia mostra isso claramente: CRISTO irá “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do evangelho” (Cl 1.22,23).

(5)  A eleição para a salvação em CRISTO é oferecida a todos (Jo 3.16,171Tm 2.4-6Tt 2.11; Hb

2.9)    , e torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu prévio arrependimento e fé, ao aceitar o dom da salvação em CRISTO (2.8; 3.17; cf. At 20.21; Rm 1.164.16). Mediante a fé, o ESPÍRITO SANTO admite o crente ao corpo eleito de CRISTO (a igreja) (1 Co 12.13), e assim ele torna-se um dos eleitos. Daí, tanto DEUS quanto o homem têm responsabilidade na eleição (ver Rm 8.29 .; 2Pe 1.1-11).

 

A PREDESTINAÇÃO.

A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir de antemão” e se aplica aos propósitos de DEUS inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por DEUS, “em CRISTO”, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de DEUS (todos os crentes genuínos em CRISTO).

(1)  DEUS predestina seus eleitos a serem: (a) chamados (Rm 8.30); justificados (Rm 3.248.30); (c) glorificados (Rm 8.30); (d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29); (e) santos e inculpáveis (1.4); (f) adotados como filhos (1.5); (g) redimidos (1.7); (h) participantes de uma herança (1.14); (i) para o louvor da sua glória (1.12; 1Pe 2.9); (j) participantes do ESPÍRITO SANTO (1.13; Gl 3.14); e (l) criados em CRISTO JESUS para boas obras (2.10).

(2)  A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de CRISTO (i.e., a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos neste corpo mediante a fé viva em JESUS CRISTO (15, 7, 13; cf. At 2.38-41; 16.31).

 

RESUMO. No tocante à eleição e predestinação, podemos aplicar a analogia de um grande navio viajando para o céu. DEUS escolhe o navio (a igreja) para ser sua própria nau. CRISTO é o Capitão e Piloto desse navio. Todos os que desejam estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO. Enquanto permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos. Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou para quem nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante JESUS CRISTO.

 

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PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL

Hb 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros DEUS os

julgará”.

O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2Co 11.2Tt 2.51Pe 3.2).

A palavra “puro” (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de DEUS. Isso abrange o controle do corpo “em santificação e honra” (1Ts 4.4) e não em “concupiscência” (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:

(1)  A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. Somente nesta condição ela é aceita e abençoada por DEUS (ver Gn 2.24 .; Ct 2.7 .; 4.12 .). Mediante o casamento, marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de DEUS. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por DEUS e por Ele honrados.

(2)  O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de DEUS por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14 .) e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados nas Escrituras (ver Pv 5.3 .) e colocam o culpado fora do reino de DEUS (Rm 1.24-321Co 6.9,10Gl 5.19-21).

(3)  A imoralidade e a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos solteiros, tendo eles mútuo “compromisso”, é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de DEUS e o padrão bíblico da pureza. DEUS proíbe, explicitamente, “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-3020.111719-21; ver 18.6 .).

(4)  O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar intimidade pré-marital em nome de CRISTO, simplesmente com base num “compromisso” real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos de DEUS. É igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do ESPÍRITO, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de DEUS, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: “temperança” (Gl 5.22-24).

(5)   Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse mal. (a) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou extramaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de DEUS para seu povo (Lv 18.6-3020.11,121719-211Co 6.181Ts 4.3). (b) A lascívia (gr. aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relaxamento pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1Tm 2.9 ., sobre a modéstia). Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosas ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19Ef 4.191Pe 2.2,18). (c) Enganar, i.e., aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que DEUS pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente satisfeitos, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1Ts 4.6Ef 4.19). (d) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.221Pe 4.32Pe 2.18; ver Mt 5.28 .).

 

 

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A SANTIFICAÇÃO

1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de DEUS Pai, em santificação do ESPÍRITO, para a obediência e aspersão do sangue de JESUS CRISTO: graça e paz vos sejam multiplicadas”.

Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de termos ampla comunhão com DEUS e servi-lo com alegria (ver também o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).

(1)  Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor, teu DEUS, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13), “aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida”

(1Tm 1.5), “sinceros e sem escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19), “guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais termos descrevem a operação do ESPÍRITO SANTO mediante a salvação em CRISTO, pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza segundo a imagem de CRISTO, produz em nós o fruto do ESPÍRITO e nos capacita a viver uma vida santa e vitoriosa de dedicação a DEUS (Jo 17.15-19,23Rm 6.513161912.1Gl 5.1622,23; ver 2Co 5.17 .).

(2)  Esses termos não subentendem uma perfeição absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de DEUS, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo (Fp 2.14,15Cl 1.221Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão, pela graça que DEUS lhe deu, morreu com CRISTO e foi liberto do poder e domínio do pecado (Rm

6.18)    ; por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a necessária vitória no seu Salvador, JESUS CRISTO. Mediante o ESPÍRITO SANTO, temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.

(3)  A santificação no AT foi a vontade manifesta de DEUS para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada, separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6 .; Lv 11.44 .; 19.2 .; 2Cr 29.5 .). De igual modo a santificação é um requisito para todo crente em CRISTO. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

(4)  Os filhos de DEUS são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com CRISTO na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10Rm 6.1-111 Co 130), pelo sangue de CRISTO (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do ESPÍRITO SANTO no seu coração (Jr 31.31-34Rm 8.131Co 6.111Pe 1.22Ts 2.13).

(5)  A santificação é uma obra de DEUS, com a cooperação do seu povo (Fp 2.12,132Co 7.1). Para

cumprir a vontade de DEUS quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do ESPÍRITO SANTO, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12Gl 5.16-25) e ao se guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,198.13Ef 4.315.18Tg 4.8).

(6)  A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com CRISTO (ver Jo 15.4 .), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl

4.2)    , obedeça à Palavra de DEUS (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de DEUS (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniquidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de DEUS (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do ESPÍRITO SANTO (Rm 8.14;

Ef 5.18).

22.37-  Segundo o NT, a santificação não é descrita como um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver para DEUS (Rm 6.182Co 5.17Ef 2.4,6Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos progressivamente transformados pelo ESPÍRITO à semelhança de CRISTO (2Co 3.18) crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a DEUS e ao próximo (Mt 22. 37-391Jo 4.10-1217-21).

(7)  A santificação pode significar uma outra experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode receber de DEUS uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de que DEUS o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se apresenta a DEUS como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do ESPÍRITO SANTO graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a DEUS (Rm 12.1,26.19-22).

 

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A APOSTASIA PESSOAL

Hb 3.12 "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do DEUS vivo”.

A apostasia (gr. apostasia) aparece duas vezes no NT como substantivo (At 21.21; 2Ts 2.3) e, aqui em Hb 3.12, como verbo (gr. aphistemi, traduzido “apartar”). O termo grego é definido como decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes se estava ligado.

(1)  Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com CRISTO, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé nEle (ver o estudo FÉ E GRAÇA). Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo ESPÍRITO SANTO (cf. Lc 8.13Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível. A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si: (a) a apostasia teológica, i.e., a rejeição de todos os ensinos originais de CRISTO e dos apóstolos ou dalguns deles (1Tm 4.12Tm 4.3); e (b) a apostasia moral, i.e., aquele que era crente deixa de permanecer em CRISTO e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade (Is 29.13Mt 23.25-28; Rm 6.15-23; 8.6-13).

(2)  A Bíblia adverte fortemente quanto à possibilidade da apostasia, visando tanto nos alertar do perigo fatal de abandonar nossa união com CRISTO, como para nos motivar a perseverar na fé e na obediência. O propósito divino desses trechos bíblicos de advertência não deve ser enfraquecido pela ideia que afirma: “as advertências sobre a apostasia são reais, mas a sua possibilidade, não”. Antes, devemos entender que essas advertências são como uma realidade possível durante o nosso viver aqui, e devemos considerá-las um alerta, se quisermos alcançar a salvação final. Alguns dos muitos trechos do NT que contêm advertências são: Mt 24.4,5,11-13Jo 15.1-6; At 11.21-23; 14.21,22;1Co 15.1,2Cl 1.21-231Tm 4.1,166.10-122Tm 4.2-5Hb 2.1-33.6-8,12-146.4-6Tg 5.19,202Pe 1.8-111Jo 2.23-25.

2.1- Exemplos da apostasia propriamente dita acham-se em Êx 32; 2Rs 17.7-23; Sl 106Is 1.2-4Jr 9; At 1.25; Gl 5.41Tm 1.18-202Pe 2.1,15,20-22Jd 4,11-13; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO, para comentários sobre a apostasia que, segundo a Bíblia, ocorrerá dentro da igreja professa nos últimos dias desta era.

(3)  Os passos que levam à apostasia são:

(a)   O crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de DEUS (Mc 1.15Lc 8.13Jo 5.44,478.46).

(b)  Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial de DEUS, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de DEUS através de CRISTO (4.16; 7.19,25; 11.6).

(c)   Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria vida (1Co 6.9,10Ef 5.5Hb 3.13). Já não ama a retidão nem odeia a iniquidade (ver I.9.).

(d)  Por causa da dureza do seu coração (3.8,13) e da sua rejeição dos caminhos de DEUS (v. 10), não faz caso da repetida voz e repreensão do ESPÍRITO SANTO (Ef 4.30; 1Ts 5.19-22; Hb 3.7-11).

(e)   O ESPÍRITO SANTO se entristece (Ef 4.30; cf. Hb 3.7,8); seu fogo se extingue (1Ts 5.19) e seu templo é profanado ( 1Co 3.16). Finalmente, Ele afasta-se daquele que antes era crente (Jz 16.20Sl 51.11Rm 8.131Co 3.16,17Hb 3.14).

(4)  Se a apostasia continua sem refreio, o indivíduo pode, finalmente, chegar ao ponto em que não seja possível um recomeço. (a) Isto é, a pessoa que no passado teve uma experiência de salvação com CRISTO, mas que deliberada e continuamente endurece seu coração para não atender à voz do ESPÍRITO SANTO (3.7-19), continua a pecar intencionalmente (10.26) e se recusa a arrepender-se e voltar para DEUS, pode chegar a um ponto sem retorno em que não há mais possibilidade de arrependimento e de salvação (6.4-6; Dt 29.18-21 .; 1 Sm 2.25 .; Pv 29.1 .). Há um limite para a paciência de DEUS (ver 1 Sm 3.11-14Mt 12.31,322 Ts 2.9-11Hb 10.26-29,311 Jo 5.16).

(b)  Esse ponto de onde não há retorno, não se pode definir de antemão. Logo, a única salvaguarda contra o perigo de apostasia extrema está na admoestação do ESPÍRITO: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações ( 3.7,8,15; 4.7).

(5)  É próprio salientar que, embora a apostasia seja um perigo para todos os que vão se desviando da fé (2.1-3) e que se apartam de DEUS (6.6), ela não se consuma sem o constante e deliberado pecar contra a voz do ESPÍRITO SANTO (ver Mt 12.31, . sobre o pecado contra o ESPÍRITO SANTO).

(6)  Aqueles que, por terem um coração incrédulo, se afastam de DEUS (3.12), podem pensar que ainda são verdadeiros crentes, mas sua indiferença para com as exigências de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO e para com as advertências das Escrituras indicam o contrário. Uma vez que alguém pode enganar-se a si mesmo, Paulo exorta todos aqueles que afirmam ser salvos: "Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos" (ver 2 Co 13.5 .).

(7)  Quem, sinceramente, preocupa-se com sua condição espiritual e sente no seu coração o desejo de voltar-se arrependido para DEUS, tem nisso uma clara evidência de que não cometeu a apostasia imperdoável. As Escrituras afirmam com clareza que DEUS não quer que ninguém pereça (2 Pe 3.9; cf. Is 1.18,1955.6,7) e declaram que DEUS receberá todos que já desfrutaram da graça salvadora, se arrependidos, voltarem a Ele (cf. Gl 5.4 com 4.19; 1 Co 5.1-5 com 2 Co 2.5-11Lc 15.11-24; Rm

II. 20-23; Tg 5.19,20Ap 3.14-20; note o exemplo de Pedro, Mt 16.1626.74,75Jo 21.15-22).

 

 

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OS ATRIBUTOS DE DEUS

Sl 139.7,8 “Para onde me irei do teu ESPÍRITO ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também”.

A Bíblia não procura comprovar que DEUS existe. Em vez disso, ela declara a sua existência e apresenta numerosos atributos seus. Muitos desses atributos são exclusivos dEle, como DEUS; outros existem em parte no ser humano, pelo fato de ter sido criado à imagem de DEUS.

ATRIBUTOS EXCLUSIVOS DE DEUS.

(1)  DEUS é onipresente — i.e., Ele está presente em todos os lugares a um só tempo. O salmista afirma que, não importa para onde formos, DEUS está ali (Sl 139.7-12; cf. Jr 23.23,24; At 17.27,28); DEUS observa tudo quanto fazemos.

(2)  DEUS é onisciente — i.e., Ele sabe todas as coisas (Sl 139.1-6147.5). Ele conhece, não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios pensamentos (1Sm 16.71 Rs 8.39; Sl 44.21Jr 17.9,10). Quando a Bíblia fala da presciência de DEUS (Is 42.9; At 2.23; 1Pe 1.2), significa que Ele conhece com precisão a condição de todas as coisas e de todos os acontecimentos exequíveis, reais, possíveis, futuros, passados ou predestinados (1Sm 23.10-13Jr 38.17-20). A presciência de DEUS não subentende determinismo filosófico. DEUS é plenamente soberano para tomar decisões e alterar seus propósitos no tempo e na história, segundo sua própria vontade e sabedoria. Noutras palavras, DEUS não é limitado à sua própria presciência (ver Nm 14.11-20; 2Rs 20.1-7; ver o estudo ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO).

(3)  DEUS é onipotente — i.e., Ele é o Todo-poderoso e detém a autoridade total sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas (Sl 147.13-18Jr 32.17Mt 19.26Lc 1.37). Isso não quer dizer, jamais, que DEUS empregue todo o seu poder e autoridade em todos os momentos. Por exemplo, DEUS tem poder para exterminar totalmente o pecado, mas optou por não fazer assim até o final da história humana (ver 1Jo 5.19 .). Em muitos casos, DEUS limita o seu poder, quando o emprega através do seu povo (2Co 12.7-10); em casos assim, o seu poder depende do nosso grau de entrega e de submissão a Ele (ver Ef 3.20 .; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA).

(4)  DEUS é transcendente — Ele é diferente e independente da sua criação (ver Êx 24.9-18Is 6.1-340.12-2655.8,9). Seu ser e sua existência são infinitamente maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada (1Rs 8.27; Is 66.1,2; At 17.24,25). Ele subsiste de modo absolutamente perfeito e puro, muito além daquilo que Ele criou. Ele mesmo é incriado e existe à parte da criação (ver 1Tm 6.16 .). A transcendência de DEUS não significa, porém, que Ele não possa estar entre o seu povo como seu DEUS (Lv 26.11,12Ez 37.2743.72Co 6.16).

(5)  DEUS é eterno — i.e., Ele é de eternidade à eternidade (Sl 90.1,2102.12Is 57.12). Nunca houve nem haverá um tempo, nem no passado nem no futuro, em que DEUS não existisse ou que não existirá; Ele não está limitado pelo tempo humano (cf. Sl 90.42Pe 3.8), e é, portanto, melhor descrito como “EU SOU” (cf. Êx 3.14Jo 8.58).

(6) DEUS é imutável — i.e., Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19Sl 102.26-28Is 41.4Ml 3.6Hb 1.11,12Tg 1.17). Isso não significa, porém, que DEUS nunca altere seus propósitos temporários ante o proceder humano. Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero dos pecadores (cf. Jn 3.6-10). Além disso, Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia fala de DEUS mudando uma decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (e.g., Nm 14.1-20; 2Rs 20.2-6; Is 38.2-6Lc 18.1-8; ver o estudo ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO e A ORAÇÃO EFICAZ).

(7) DEUS é perfeito e santo — i.e., Ele é absolutamente isento de pecado e perfeitamente justo (Lv 11. 44,45; Sl 85.13145.17Mt 5.48). Adão e Eva foram criados sem pecado (cf. Gn 1.31), mas com a possibilidade de pecarem. DEUS, no entanto, não pode pecar (Nm 23.192Tm 2.13Tt 1.2; Hb 6.18)    . Sua santidade inclui, também, sua dedicação à realização dos seus propósitos e planos.

(8) DEUS é trino e uno — i.e., Ele é um só DEUS (Dt 6.4Is 45.211Co 8.5,6Ef 4.61Tm 2.5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO (e.g., Mt 28.192Co 13.141Pe 1.2). Cada pessoa é plenamente divina, igual às duas outras; mas não são três deuses, e sim um só DEUS (ver Mt 3.17 .; Mc 1.11 .).

ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS. Muitas características do DEUS único e verdadeiro, especialmente seus atributos morais, têm certa similitude com as qualidades humanas; sendo, porém, evidente que todos os seus atributos existem em grau infinitamente superior aos humanos. Por exemplo, embora DEUS e o ser humano possuam a capacidade de amar, nenhum ser humano é capaz de amar com o mesmo grau de intensidade como DEUS ama. Além disso, devemos ressaltar que a capacidade humana de ter essas características vem do fato de sermos criados à imagem de DEUS (Gn 1.26,27); noutras palavras, temos a sua semelhança, mas Ele não tem a nossa; i.e., Ele não é como nós.

(1)  DEUS é bom (Sl 25.8106.1; Mc 10.18). Tudo quanto DEUS criou originalmente era bom, era uma extensão da sua própria natureza (Gn 1.4,10,12,18,21,25,31). Ele continua sendo bom para sua criação, ao sustentá-la, para o bem de todas as suas criaturas (Sl 104.10-28145.9; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA); Ele cuida até dos ímpios (Mt 5.45; At 14.17). DEUS é bom, principalmente para os seus, que o invocam em verdade (Sl 145.18-20).

(2)  DEUS é amor (1Jo 4.8). Seu amor é altruísta, pois abraça o mundo inteiro, composto de humanidade pecadora (Jo 3.16Rm 5.8). A manifestação principal desse seu amor foi a de enviar seu único Filho, JESUS, para morrer em lugar dos pecadores (1Jo 4.9,10). Além disso, DEUS tem amor paternal especial àqueles que estão reconciliados com Ele por meio de JESUS (ver Jo 16.27 .).

(3)  DEUS é misericordioso e clemente (Êx 34.6Dt 4.31; 2Cr 30.9; 'Sl 103.8145.8Jl 2.13); Ele não extermina o ser humano conforme merecemos devido aos nossos pecados (Sl 103.10), mas nos outorga o seu perdão como dom gratuito a ser recebido pela fé em JESUS CRISTO (ver o estudo FÉ E GRAÇA).

(4)   DEUS é compassivo (2Rs 13.23; Sl 86.15111.4). Ser compassivo significa sentir tristeza pelo sofrimento doutra pessoa, com desejo de ajudar. DEUS, por sua compaixão pela humanidade, proveu-lhe perdão e salvação (cf. Sl 78.38). Semelhantemente, JESUS, o Filho de DEUS, demonstrou compaixão pelas multidões ao pregar o evangelho aos pobres, proclamar libertação aos cativos, dar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4.18; cf. Mt 9.3614.1415.3220.34; Mc 1.41; ver Mc 6.34 .).

(5)   DEUS é paciente e lento em irar-se (Êx 34.6Nm 14.18Rm 2.41Tm 1.16). DEUS expressou esta característica pela primeira vez no jardim do Éden após o pecado de Adão e Eva, quando deixou de destruir a raça humana conforme era seu direito (cf. Gn 2.16,17). DEUS também foi paciente nos dias de Noé, enquanto a arca estava sendo construída (1Pe 3.20). E DEUS continua demonstrando paciência com a raça humana pecadora; Ele não julga na devida ocasião, pois destruiria os pecadores, mas na sua paciência concede a todos a oportunidade de se arrependerem e serem salvos (2Pe 3.9).

(6)   DEUS é a verdade (Dt 32.4Sl 31.5Is 65.16Jo 3.33). JESUS chamou-se a si mesmo “a verdade” (Jo 14.6), e o ESPÍRITO é chamado o “ESPÍRITO da verdade” (Jo 14.17; cf. 1Jo 5.6). Porque DEUS é absolutamente fidedigno e verdadeiro em tudo quanto diz e faz, a sua Palavra também é chamada a verdade (2Sm 7.28Sl 119.43Is 45.19Jo 17.17). Em harmonia com este fato, a Bíblia deixa claro que DEUS não tolera a mentira nem falsidade alguma (Nm 23.19Tt 1.2Hb 6.18).

(7)   DEUS é fiel (Êx 34.6Dt 7.9Is 49.7Lm 3.23Hb 10.23). DEUS fará aquilo que Ele tem revelado na sua Palavra; Ele cumprirá tanto as suas promessas, quanto as suas advertências (Nm 14.32-352_ Sm 7.28; Jó 34.12; At 13.23,32,33; ver 2Tm 2.13 .). A fidelidade de DEUS é de consolo inexprimível para o crente, e grande medo de condenação para todos aqueles que não se arrependerem nem crerem no Senhor JESUS (Hb 6.4-810.26-31).

(8)   Finalmente, DEUS é justo (Dt 32.41Jo 1.9). Ser justo significa que DEUS mantém a ordem moral do universo, é reto e sem pecado na sua maneira de tratar a humanidade (Ne 9.33Dn 9.14). A decisão de DEUS de castigar com a morte os pecadores (Rm 5.12; ver o estudo A MORTE), procede da sua justiça (Rm 6.23; cf. Gn 2.16,17); sua ira contra o pecado decorre do seu amor à justiça (Rm 3.5,6; ver Jz 10.7 .). Ele revela a sua ira contra todas as formas da iniquidade (Rm

1.18)    , principalmente a idolatria (1Rs 14.9,15,22), a incredulidade (Sl 78.21,22Jn 3.36) e o tratamento injusto com o próximo (Is 10.1-4Am 2.6,7). JESUS CRISTO, que é chamado o “Justo” (At 7.52; 22.14; cf. At 3.14), também ama a justiça e abomina o mal (ver Mc 3.5Rm 1.18 .; Hb 1.9 .). Note que a justiça de DEUS não se opõe ao seu amor. Pelo contrário, foi para satisfazer a sua justiça que Ele enviou JESUS a este mundo, como sua dádiva de amor (Jo 3.161Jo 4.9,10) e como seu sacrifício pelo pecado em lugar do ser humano (Is 53.5,6Rm 4.251Pe 3.18), a fim de nos reconciliar consigo mesmo (ver 2Co 5.18-21, .). A revelação final que DEUS fez de si mesmo está em JESUS CRISTO (cf. Jo 1.18Hb 1.1-4); noutras palavras, se quisermos entender completamente a pessoa de DEUS, devemos olhar para CRISTO, porque nEle habita toda a plenitude da divindade (Cl 2.9).

 

 

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O JULGAMENTO DO CRENTE

2Co 5.10 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de CRISTO, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.”

A Bíblia ensina que os crentes terão, um dia, de prestar contas “ante o tribunal de CRISTO”, de todos os seus atos praticados por meio do corpo, sejam bons ou maus. No tocante a esse julgamento do crente, segue-se o estudo de alguns de seus pontos.

(1)  Todos os crentes serão julgados; não haverá exceção (Rm 14.10,121Co 3.12-152Co 5.10; ver Ec 12.14 .).

(2)  Esse julgamento ocorrerá quando CRISTO vier buscar a sua igreja (ver Jo 14.3 .; cf. 1Ts 4.14-17).

(3) O juiz desse julgamento é CRISTO (Jo 5.22, cf. “todo o juízo”; 2Tm 4.8, cf. “Juiz”).

(4)  A Bíblia fala do julgamento do crente como algo sério e solene, mormente porque inclui para este a possibilidade de dano ou perda (1Co 3.15; cf. 2 Jo 8); de ficar envergonhado diante dEle “na sua vinda” (1Jo 2.28), e de queimar-se o trabalho de toda sua vida 1Co 3.13-15). Esse julgamento, não é para sua salvação, ou condenação. É um julgamento de obras.

(5)  Tudo será conhecido. A palavra “comparecer” (gr. phaneroo, 5.10) significa “tornar conhecido aberta ou publicamente”. DEUS examinará e revelará abertamente, na sua exata realidade, (a) nossos atos secretos (Mc 4.22; Rm 2.16), (b) nosso caráter (Rm 2.5-11), (c) nossas palavras (Mt 12.36,37), (d) nossas boas obras (Ef 6.8), (e) nossas atitudes (Mt 5.22), (f) nossos motivos (1Co 4.5), (g) nossa falta de amor (Cl 3.234.1) e (h) nosso trabalho e ministério (1Co 3.13).

(6)  Em suma, o crente terá que prestar contas da sua fidelidade ou infidelidade a DEUS (Mt 25.21-231Co 4.2-5) e das suas práticas e ações, tendo em vista a graça, a oportunidade e o conhecimento que recebeu (Lc 12.48Jo 5.24Rm 8.1).

(7)  As más ações do crente, quando ele se arrepende, são perdoadas no que diz respeito ao castigo eterno (Rm 8.1), mas são levadas em conta quanto à sua recompensa: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer” (Cl 3.25; cf. Ec 12.141Co 3.152Co 5.10). As boas ações e o amor do crente são lembrados por DEUS e por Ele recompensados (Hb 6.10): “cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer” (Ef 6.8).

(8)  Os resultados específicos do julgamento do crente serão vários, como obtenção ou a perda de alegria (1Jo 2.28), aprovação divina (Mt 25.21), tarefas e autoridade (Mt 25.14-30), posição (Mt 5.1919.30), recompensa (1Co 3.12-14Fp 3.142Tm 4.8) e honra (Rm 2.10; cf. 1Pe 1.7).

(9)  A perspectiva de um iminente julgamento do crente deve aperfeiçoar neste o temor do Senhor (5.11; Fp 2.121Pe 1.17), e levá-lo a ser sóbrio, a vigiar e a orar (1Pe 4.57), a viver em santa conduta e piedade (2Pe 3.11) e a demonstrar misericórdia e bondade a todos (Mt 5.7; cf. 2Tm 1.16-18).

 

 

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A RESSURREIÇÃO DO CORPO

1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com

que corpo virão?”

A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de DEUS, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.

(1)  A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária. (a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que CRISTO oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25). (b) O corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do ESPÍRITO. (c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).

(2)  Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27Is 26.19Dn 12.2Os 13.14), como as Escrituras do NT (Lc 14.13,1420.35,36; Jo_ 5.21,28,29; 639,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.111Ts 4.14-16Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.

(3)  Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de CRISTO (ver Mt 28.6 .; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).

(4)  Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1Co 15.20,42-44,49Fp 3.20,211Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será: (a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 31);

(b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1); (c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42);

(d)  um corpo glorificado, como o de CRISTO (15.43; Fp 3.20,21); (e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43); (f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31Jo 20.191Co 15.44); (g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.1522.16-18,3024.43; At 10.41).

(5)  Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso: (a) para que os crentes venham a ser tudo quanto DEUS pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9); (b) para que os crentes venham a conhecer a DEUS de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3); (c) a fim de que DEUS expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16Ef 2.71Jo 4.8-16).

(6)  Os fiéis que estiverem vivos na volta de CRISTO, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em CRISTO antes do dia da ressurreição deles (15.51-54).

Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de CRISTO. Nunca mais experimentarão a morte física (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA).

(7)  JESUS fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).

 

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FÉ E GRAÇA

Rm 5.21 “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por JESUS CRISTO,

nosso Senhor.”

A salvação é um dom da graça de DEUS, mas somente podemos recebê-la em resposta à fé, do lado humano. Para entender corretamente o processo da salvação, precisamos entender essas duas palavras: Fé e Graça

FÉ SALVÍFICA. A fé em JESUS CRISTO é a única condição prévia que DEUS requer do homem para a salvação. A fé não é somente uma confissão a respeito de CRISTO, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a CRISTO como Senhor e Salvador (cf. Mt 4.19; 16.24; Lc 9.23-25Jo 10.42712.26Ap 14.4).

(1)  O conceito de fé no NT abrange quatro elementos principais: (a) Fé significa crer e confiar firmemente no CRISTO crucificado e ressurreto como nosso Senhor e Salvador pessoal (ver Rm 1.17 .). Importa em crer de todo coração (At 8.37; Rm 6.17Ef 6.6Hb 10.22), ou seja: entregar a nossa vontade e a totalidade do nosso ser a JESUS CRISTO tal como Ele é revelado no NT.

(b)  Fé inclui arrependimento, i.e., desviar-se do pecado com verdadeira tristeza (At 17.30; 2Co 7.10) e voltar-se para DEUS através de CRISTO. Fé salvífica é sempre fé mais arrependimento (At 2.37,38; ver Mt 3.2, . sobre o arrependimento).

(c)   A fé inclui obediência a JESUS CRISTO e à sua Palavra, como maneira de viver inspirada por nossa fé, por nossa gratidão a DEUS e pela obra regeneradora do ESPÍRITO SANTO em nós (Jo 3.3-614.1521-24Hb 5.8,9). É a “obediência que provém da fé” (Rm 1.5). Logo, fé e obediência são inseparáveis (cf. Rm 16.26). A fé salvífica sem uma busca dedicada da santificação é ilegítima e impossível.

(d)  A fé inclui sincera dedicação pessoal e fidelidade a JESUS CRISTO, que se expressam na confiança, amor, gratidão e lealdade para com Ele. A fé, no seu sentido mais elevado, não se diferencia muito do amor. É uma atividade pessoal de sacrifício e de abnegação para com CRISTO (cf. Mt 22.37Jo 21.15-17; At 8.37; Rm 6.17Gl 2.20Ef 6.61Pe 1.8).

(2)  A fé em JESUS como nosso Senhor e Salvador é tanto um ato de um único momento, como uma atitude contínua para a vida inteira, que precisa crescer e se fortalecer (ver Jo 1.12 .). Porque temos fé numa Pessoa real e única que morreu por nós (Rm 4.258.321Ts 5.9,10), nossa fé deve crescer (Rm 4.202Ts 1.31Pe 1.3-9). A confiança e a obediência transformam-se em fidelidade e devoção (Rm 14.82Co 5.15); nossa fidelidade e devoção transformam-se numa intensa dedicação pessoal e amorosa ao Senhor JESUS CRISTO (Fp 1.213.8-10; ver Jo 15.4 .; Gl 2.20 .). GRAÇA. No AT DEUS revelou-se como o DEUS da graça e misericórdia, demonstrando amor para com o seu povo, não porque este merecesse, mas por causa da fidelidade de DEUS à sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó (ver Êx 6.9). Os escritores bíblicos dão prosseguimento ao tema da graça como sendo a presença e o amor de DEUS em CRISTO JESUS, transmitidos aos crentes pelo ESPÍRITO SANTO, e que lhes outorga misericórdia, perdão, querer e poder para fazer a vontade de DEUS (Jo 3.161Co 15.10Fp 2.13;

1Tm 1.15,16). Toda atividade da vida cristã, desde o seu início até o fim, depende desta graça divina.

(1)  DEUS concede uma medida da sua graça como dádiva aos incrédulos (1Co 1.415.10), a fim de poderem crer no Senhor JESUS CRISTO (Ef 2.8,9Tt 2.113.4).

(2)  DEUS concede graça ao crente para que seja “liberto do pecado” (Rm 6.2022), para que nele opere “tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13; cf. Tt 2.11,12; ver Mt 7.21, . sobre a obediência como um dom da graça de DEUS), para orar (Zc 12.10), para crescer em CRISTO (2Pe 3.18) e para testemunhar de CRISTO (At 4.33; 11.23).

(3)  Devemos diligentemente desejar e buscar a graça de DEUS (Hb 4.16). Alguns dos meios pelos quais o crente recebe a graça de DEUS são: estudar as Escrituras Sagradas e obedecer aos seus preceitos (Jo 15.1-1120.312Tm 3.15), ouvir a proclamação do evangelho (Lc 24.47; At 1.8; Rm 1.16; 1Co 1.17,18), orar (Hb 4.16; Jd v. 20), jejuar (cf. Mt 4.26.16), adorar a CRISTO (Cl 3.16); estar continuamente cheio do ESPÍRITO SANTO (cf. Ef 5.18) e participar da Ceia do Senhor (cf. At 2.42; ver Ef 2.9, . sobre como opera a graça).

(4)  A graça de DEUS pode ser resistida (Hb 12.15), recebida em vão (2Co 6.1), apagada (1Ts 5.19), anulada (Gl 2.21) e abandonada pelo crente (Gl 5.4).

 

 

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A ESPERANÇA DO CRENTE SEGUNDO A BÍBLIA

Sl 33.18,19 “Eis que os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar a sua alma da morte e para os conservar vivos na fome”

A ESPERANÇA BÍBLICA DO CRENTE. A esperança, pela sua própria natureza, diz respeito ao futuro (cf. Rm 8.24,25). Porém, ela abrange muito mais do que uma simples vontade ou anseio por algo futuro. Esta esperança consiste numa certeza na alma, i.e., uma firme confiança sobre as coisas futuras, porque tais coisas decorrem da revelação e das promessas de DEUS. Noutras palavras, a esperança bíblica do crente está intimamente vinculada a uma fé firme (Rm 15.13Hb 11.1) e a uma sólida confiança em DEUS (Sl 33.21,22). O salmista expressa claramente este fato mediante um paralelo entre “confiança” e “esperança”: “Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não há salvação. Bem-aventurado aquele que tem o DEUS de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no SENHOR, seu DEUS” (Sl 146.3,5; cf. Jr 17.7). Por conseguinte, a esperança firme do crente é uma esperança que “não traz confusão” (Rm 5.5; cf. Sl 22.4,5Is 49.23); a esperança, portanto, é uma âncora para o crente através da vida (Hb 6.19,20).

A BASE DA ESPERANÇA DO CRENTE. O alicerce da esperança segura do crente procede da natureza de DEUS, de JESUS CRISTO e da Palavra de DEUS. (1) As Escrituras revelam como DEUS sempre foi fiel, no passado, ao seu povo. O Salmo 22, por exemplo, revela a luta de Davi numa situação pessoal crítica, que ameaça a sua vida. Todavia, ao meditar nos feitos de DEUS no passado ele confia que DEUS o livrará: “Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste” (22.4). O poder maravilhoso que o DEUS Criador já manifestou em favor do seu povo está exemplificado no êxodo, na conquista de Canaã, nos milagres de JESUS e dos apóstolos, e em casos semelhantes, os quais edificam a nossa confiança no Senhor como nosso Ajudador (cf. 105; 124.8; Hb 13.6; ver Êx_ 6.7 .). Por outro lado, aqueles que não conhecem a DEUS não têm em que se firmar para terem esperança (Ef 2.121Ts 4.13). (2) A plenitude da revelação do novo concerto em JESUS CRISTO acresce mais uma razão para a esperança inabalável em DEUS. Para o crente, o Filho de DEUS veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8), que é o “deus deste século” (2Co 4.4; cf. Gl 1.4Hb 2.14; ver 1Jo 5.19). JESUS, ao expulsar demônios durante o seu ministério terreno, demonstrou seu poder sobre Satanás (ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS). Além disso, pela sua morte e ressurreição, Ele esmagou o poder de Satanás (cf. Jo 12.31) e demonstrou o poder do reino de DEUS (ver o estudo O REINO DE DEUS). Não é de se estranhar, portanto, o que Pedro exclama a respeito da nossa esperança: “Bendito seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos” (1Pe 1.3). JESUS é, pois, chamado nossa esperança (Cl 1.271Tm 1.1); devemos depositar nEle a nossa esperança, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO (Rm 15.12,13; cf. 1Pe 1.13; ver Êx 17.11 .). (3) A Palavra de DEUS é a terceira base da esperança. DEUS revelou sua Palavra através dos profetas e apóstolos no passado; Ele os inspirou pelo ESPÍRITO SANTO para escreverem isentos de erros (2Tm 3.162Pe 1.19-21; ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS).

Pelo fato de que sua eterna Palavra permanece firme nos céus (Sl 119.89), podemos depositar nossa esperança nessa Palavra(Sl19.497481114147130.5; cf. At 26.6; Rm 15.4). De fato, tudo quanto sabemos a respeito de DEUS e de JESUS CRISTO vem da revelação infalível das Sagradas Escrituras.

A SUMA ESPERANÇA DO CRENTE. A suprema esperança e confiança do crente não deve estar em seres humanos (Sl 33.16,17147.10,11), nem em bens materiais, nem em dinheiro (Sl 20.7Mt 6.19-21Lc 12.13-211Tm 6.17; ver Nm 18.20 .; ver o estudo RIQUEZA E POBREZA), antes deve estar em DEUS, no seu Filho JESUS e na sua Palavra. E em que consiste esta esperança? (1) Temos esperança na graça de DEUS e no livramento que Ele nos oferece, nas tribulações desta vida presente (Sl 33.18,1942.1-571.1-5,13-14Jr 17.17,18). (2) Temos esperança de que chegará o dia em que nossas tribulações cessarão aqui na terra, quando esta não estará mais sujeita à corrupção, e terá lugar a redenção (ressurreição) do nosso corpo (Rm 8.18-25; cf. Sl 16.9,102Pe 3.12; ver At  24.15 .; ver o estudo A RESSURREIÇÃO DO CORPO). (3) Temos esperança da consumação da nossa salvação (1Ts 5.8; ver o estudo TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO). (4) Temos a esperança de uma casa eterna nos novos céus (2Co 5.1-52Pe 3.13; ver Jo 14.2 .), naquela cidade cujo arquiteto e edificador é DEUS (Hb 11.10). (5) Temos a bendita esperança da vinda gloriosa do nosso grande DEUS e Salvador, JESUS CRISTO (Tt 2.13), quando, então, os crentes serão arrebatados da terra, para o encontro com Ele nos ares (1Ts 4.13-18; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA), e, quando, então, nós o veremos como Ele é e nos tornaremos semelhantes a Ele (Fp 3.20,211Jo 3.2,3). (6) Temos a esperança de receber a coroa da justiça (2Tm 4.8), de glória (1Pe 5.4) e da vida (Ap 2.10). Finalmente, temos a esperança da vida eterna (Tt 1.23.7); da vida garantida a todos que confiam no Senhor JESUS CRISTO e o obedecem (Jo 3.16,366.471Jo 5.11-13).

Com promessas tão grandes reservadas àqueles que esperam em DEUS e no seu Filho JESUS, Pedro nos conclama: “estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15).

 

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PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS

Mc 3.27 “Ninguém pode roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não manietar o valente; e, então, roubará a sua casa”.

Um dos destaques principais do Evangelho segundo Marcos é o propósito firme de JESUS: derrotar Satanás e suas hostes demoníacas. Em 3.27, isto é descrito como “manietar o valente” (i.e., Satanás) e, “roubará a sua casa” (i.e., libertar os escravos de Satanás). O poder de JESUS sobre Satanás fica claramente demonstrado na expulsão de demônios (gr. daimonion) ou espíritos malignos.

OS DEMÔNIOS. (1) O NT menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ou influência maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita; menciona também o conflito de JESUS com os demônios. O Evangelho segundo Marcos, e.g., descreve muitos desses casos: 1.23-27, 32, 34, 39; 3.10-12, 15; 5.1-20; 6.7, 13; 7.25-30; 9.17-29; 16.17.

(1)  Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de DEUS e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (ver Mt 4.10 .).

(2)  Os demônios são a força motriz que está por trás da idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios (ver 1Co 10.20 .; ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES).

(3)  O NT mostra que o mundo está alienado de DEUS e controlado por Satanás (ver Jo 12.31 .; 2Co 4.4Ef 6.10-12; ver o estudo O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (ver Ef 6.12 .).

(4)  Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem (ver Mc 5.15Lc 4.418.27,28; At 16.18) e falam através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniquidade, à imoralidade e à destruição.

(5)  Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,3312.2217.14-18; Mc 9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as doenças e enfermidades procedam de espíritos maus (Mt 4.24Lc 5.12,13).

(6)  Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (i.e., feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à possessão demoníaca (cf. At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20Ap 9.20,21).

(7)  Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos últimos dias desta era, na difusão do ocultismo, imoralidade, violência e crueldade; atacarão a Palavra de DEUS e a sã doutrina (Mt 24.242Co 11.14,151Tm 4.1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e seus seguidores (2Ts 2.9Ap 13.2-816.13,14).

JESUS E OS DEMÔNIOS. (1) Nos seus milagres, JESUS frequentemente ataca o poder de Satanás e o demonismo (e.g., Mc 1.25,26, 34, 39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; cf. Lc 13.11,12,16). Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar Satanás e libertar seus escravos (Mt 12.29; Mc 1.27; Lc 4.18).

(2)  JESUS derrotou Satanás, em parte pela expulsão de demônios e, de modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.3116.17Cl 2.15Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e restaurou o poder do reino de DEUS (ver o estudo O REINO DE DEUS).

(3)  O inferno (gr. Gehenna), o lugar de tormento, está preparado para o diabo e seus demônios (Mt 8.2925.41). Exemplos do termo Gehenna no grego: Mc 9.43,45,47; Mt 10.2818.9.

O CRENTE E OS DEMÔNIOS. (1) As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem habita o ESPÍRITO SANTO, pode ficar endemoninhado; i.e.: o ESPÍRITO e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver 2Co 6.15,16). Os demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do ESPÍRITO SANTO (Mt 16.232Co 11.3,14).

(2)  JESUS prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando-os sem trégua pelo poder do ESPÍRITO SANTO (ver Lc 4.14-19). Desta maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas.

(3)  Segundo a parábola em Mc 3.27, o conflito espiritual contra Satanás envolve três aspectos: (a) declarar guerra contra Satanás segundo o propósito de DEUS (ver Lc 4.14-19); (b) ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele tem uma fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da Palavra, e destruir suas armas de engano e tentação demoníacos (cf. Lc 11.20-22); (c) apoderar-se de bens ou posses, i.e., libertando os cativos do inimigo e entregando-os a DEUS para que recebam perdão e santificação mediante a fé em CRISTO (Lc 11.22; At 26.18).

(4)  Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta contra o mal: (a) Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e o sangue, mas contra forças espirituais do mal (Ef 6.12).

(b)  Viver diante de DEUS uma vida fervorosamente dedicada à sua verdade e justiça (Rm 12.1,2; Ef 6.14). (c) Crer que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu domínio (At 26.18; Ef 6.161Ts 5.8) e reconhecer que o crente tem armas espirituais poderosas dadas por DEUS para a destruição das fortalezas de Satanás (2Co 10.3-5). (d) Proclamar o evangelho do reino, na plenitude do ESPÍRITO SANTO (Mt 4.23Lc 1.15-17; At 1.8; 2.4; 8.12; Rm 1.16Ef 6.15). (e) Confrontar Satanás e o seu poder de modo direto, pela fé no nome de JESUS (At 16.16-18), ao usar a Palavra de DEUS (Ef 6.17), ao orar no ESPÍRITO (At 6.4; Ef 6.18), ao jejuar (ver Mt 6.16 .; Mc 9.29) e ao expulsar demônios (ver Mt 10.1 .; 12.28; 17.17-21; Mc 16.17; Lc 10.17; At 5.16; 87; 16.18; 19.12; ver o estudo SINAIS DOS CRENTES). (f) Orar, principalmente, para que o ESPÍRITO SANTO convença os perdidos, no tocante ao pecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16.7-11). (g) Orar, com desejo sincero, pelas manifestações do ESPÍRITO, mediante os dons de curar, de línguas, de milagres e de maravilhas (At 4.29-33; 10.38; 1Co 12.7-11).

 

 

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A CHAMADA DE ABRAÃO

Gn 12.1-3 “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

A chamada de Abrão (posteriormente chamado Abraão, 17.5), conforme a narrativa de Gênesis 12, dá início a um novo capítulo na revelação do AT sobre o propósito divino de redimir e salvar a raça humana. A intenção de DEUS era que houvesse um homem que o conhecesse e o servisse e guardasse os seus caminhos (ver 18.19 .). Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a vontade de DEUS. Dessa nação viria JESUS CRISTO, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher (ver 3.15 .; Gl 3.8,16,18). Vários princípios importantes podem ser deduzidos da chamada de Abraão. (1) A chamada de Abraão levou-o a separar-se da sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (12.1), para tornar-se estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11.13). Em Abraão, DEUS estava estabelecendo o princípio importante de que os seus deviam separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na vida deles (ver os estudos A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE e O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO.). (2) DEUS prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma bênção que alcançaria todas as nações da terra (12.2,3). O NT ensina claramente que a última parte dessa promessa cumpre-se hoje na proclamação missionária do evangelho de CRISTO (At 3.25; Gl 3.8). (3) Além disso, a chamada de Abraão envolvia, não somente uma pátria terrestre, bem como uma celestial. Sua visão alcançava um lar definitivo não mais na terra, e sim no céu; uma cidade cujo artífice e construtor é o próprio DEUS. A partir de então, Abraão desejava e buscava uma pátria celestial onde habitaria eternamente com DEUS em justiça, alegria e paz (Hb 11.9,10,14;16Ap 21.1-422.1-5). Até então, ele seria estrangeiro e peregrino na terra (Hb 11.9,13). (4) A chamada de Abraão continha não somente promessas, como também compromissos. DEUS requeria de Abraão tanto a obediência quanto a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que lhe fora prometido. A obediência e a dedicação demandavam: (a) confiança na palavra de DEUS, mesmo quando o cumprimento das promessas parecia humanamente impossível (15.1-6; 18.10-14), (b) obediência à ordem de DEUS para deixar a sua terra (12.4; Hb 11.8), e (c) um esforço sincero para viver uma vida de retidão (17.1,2). (5) A promessa de DEUS a Abraão e a sua bênção sobre ele, estendem-se, não somente aos seus descendentes físicos (i.e., os judeus crentes), como também a todos aqueles que com fé genuína (12.3) aceitarem e seguirem a JESUS CRISTO, a verdadeira “posteridade” de Abraão (Gl 3.14,16). Todos os que são da fé como Abraão, são “filhos de Abraão” (Gl 3.7) e são abençoados juntamente com ele (Gl 3.9). Tornam-se posteridade de Abraão, herdeiros segundo a promessa (Gl 3.29), o que inclui o receber pela fé “a promessa do ESPÍRITO” em CRISTO JESUS (ver Gl 3.14 .). (6) Por Abraão possuir uma fé em DEUS, expressa pela obediência, dele se diz que é o principal exemplo da verdadeira fé salvífica (15.6; Rm 4.1-5,16-24Gl 3.6-9Hb 11.8-19Tg 2.21-23; ver 15.6 .). Biblicamente, qualquer profissão de fé em JESUS CRISTO como Salvador que não requer obediência a Ele como Senhor não é a classe de fé que Abraão possuía e, portanto, não é a verdadeira fé salvífica (ver Jo 3.36 .; e o estudo FÉ E GRAÇA).

 

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O LOUVOR A DEUS

Sl 9.1,2 “Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo. ”

A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR. A Bíblia constantemente exorta o povo de DEUS a louvar ao Senhor.

(1)  O AT emprega três palavras básicas para conclamar os israelitas a louvarem a DEUS: a palavra barak (também traduzida “bendizer”); a palavra balal (da qual deriva a palavra “aleluia”, que literalmente significa “louvai ao Senhor”); e a palavrayadah (às vezes traduzida por “dar graças”).

(2)  O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de graças a DEUS (Êx 15.2). Moisés instruiu os israelitas a louvarem a DEUS pela sua bondade em conceder-lhes a terra prometida (Dt 8.10). O cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo expressamente para louvar ao Senhor (Jz 5.9). A disposição de Davi em louvar a DEUS está gravada, tanto na história da sua vida (2Sm 22.4,47,501Cr 6.4 ,9, 25, 35, 36; 29.20), como nos salmos que escreveu (9.1,2; 18.3; 22.23; 52.9; 108.1, 3; 145). Os demais salmistas também convocam o povo de DEUS a, enquanto viver, sempre louvá-lo (33.1,2; 47.6,7; 75.9; 96.1-4; 100; 150). Finalmente, os profetas do AT ordenam que o povo de DEUS o louve (Is 42.10,12Jr 20.13Sl 12.125.1Jr 33.9Jl 2.26Hc 3.3).

4.9- O chamado para louvar a DEUS também ecoa por todo o NT. O próprio JESUS louvou a seu Pai celestial (Mt 11.25Lc 10.21). Paulo espera que todas as nações louvem a DEUS (Rm 15.9-11Ef1.3;6;12 e Tiago nos conclama a louvar ao Senhor (Tg 3.95.13). E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão de santos e anjos, louvando a DEUS continuamente (Ap 4.9 115.8-147.9-1211.16-18).

15.11)  Louvar a DEUS é uma das atribuições principais dos anjos (103.20; 148.2) e é privilégio do povo de DEUS, tanto crianças (Mt 21.16; ver Sl 8.2), como adultos (30.4; 135.1,2, 19-21). Além disso, DEUS também conclama todas as nações a louvá-lo (67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12Rm 15.11. Isto quer dizer que tudo quanto tem fôlego está convocado a entoar bem alto os louvores de DEUS (150.6). E, se tanto não bastasse, DEUS também conclama a natureza inanimada a louvá-lo — como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (148.3,4; cf. Sl 19.1,2); os raios, o granizo, a neve e o vento (148.8); as montanhas, colinas, rios e mares (98.7,8; 148.9; Is 44.23); todos os tipos de árvores (148.9; Is 55.12) e todos os tipos de seres vivos (69.34; 148.10).

MÉTODOS DE LOUVOR. Há várias maneiras de se louvar a DEUS.

(1)  O louvor é algo fundamental na adoração coletiva prestada pelo povo de DEUS (100.4; ver o estudo A ADORAÇÃO A DEUS).

14.14-  Tanto na adoração coletiva como noutros casos, uma maneira de louvar a DEUS é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (96.1-4; 147.1; Ef 5.19,20Cl 3.16,17). O cântico de louvor pode ser com a mente (i.e., em idiomas humanos conhecidos) ou com o espírito (i.e., em línguas; 1Co 14. 16, ver 14.15 .).

150.4)  O louvor mediante instrumentos musicais. Neste particular o AT menciona instrumentos variados, de sopro, como chifre de carneiro e trombetas (1Cr 15.28Sl 150.3), flauta (1Sm 10.5Sl 150. 4; instrumentos de cordas, como harpa e lira (1Cr 13.8Sl 149.3150.3), e instrumentos de percussão, como tamborins e címbalos (Êx 15.20Sl 150.4,5).

2.12) Podemos, também, louvar a DEUS, ao falar ao nosso próximo das maravilhas de DEUS para conosco, pessoalmente. Davi, por exemplo, depois da experiência do perdão divino, estava ansioso para relatar aos outros, o que o Senhor fizera por ele (51.12,13, 15). Outros escritores bíblicos nos exortam a declarar a glória e louvor de DEUS, na congregação do seu povo (22.22-25; 111.1; Hb2.12 e entre as nações (18.49; 96.3,4; Is 42.10-12). Pedro conclama o povo de DEUS “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Noutras palavras, a obra missionária é um meio de louvar a DEUS.

(2)  Finalmente, o crente que vive a sua vida para a glória de DEUS está a louvar ao Senhor. JESUS nos relembra que quando o crente faz brilhar a sua luz, o povo vê as suas boas obras e glorifica e louva a DEUS (Mt 5.16Jo 15.8). De modo semelhante, Paulo também mostra que uma vida cheia de frutos da justiça louva a DEUS (Fp 1.11).

MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS. Por que o povo louva ao Senhor?

(1)  Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso DEUS, aquele que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquele a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3).

(2)  A nossa experiência dos atos poderosos de DEUS, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-752.1420); deste modo, louvamos a DEUS pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6).

(3)  Também devemos louvar a DEUS por todos os seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13Lc 13.13; At 3.7-9).

(4)  Finalmente, o cuidado providente de DEUS para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome (68.19; 103; 147; Is 63.7).

 

 

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ADORAÇÃO A DEUS

Ne 8.5,6 “E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou o SENHOR, o grande DEUS; e todo o povo respondeu: Amém! Amém!, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra. ”

A adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande DEUS do céu e da terra. Sendo assim, a adoração concentra-se em DEUS, e não no ser humano. No culto cristão, nós nos acercamos de DEUS em gratidão por aquilo que Ele tem feito por nós em CRISTO e através do ESPÍRITO SANTO. A adoração requer o exercício da fé e o reconhecimento de que Ele é nosso DEUS e Senhor.

 

BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO VERDADEIRO DEUS. O ser humano adora a DEUS desde o início da história. Adão e Eva tinham comunhão regular com DEUS no jardim do Éden (cf. Gn 3.8). Caim e Abel trouxeram a DEUS oferendas (hb. minhah, termo também traduzido por “tributo” ou dádiva”) de vegetais e de animais (Gn 4.3,4). Os descendentes de Sete invocavam “o nome do SENHOR” (Gn 4.26). Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer holocaustos depois do dilúvio (Gn 8.20). Abraão assinalou a paisagem da terra prometida com altares para oferecer holocaustos ao Senhor (Gn 12.7,813.41822.9) e falou intimamente com Ele (Gn 18.23-3322.11-18).

Somente depois do êxodo, quando o Tabernáculo foi construído, é que a adoração pública tornou-se formal. A partir de então, sacrifícios regulares passaram a ser oferecidos diariamente, e especialmente no sábado, e DEUS estabeleceu várias festas sagradas anuais como ocasiões de culto público dos israelitas (Êx 23.14-17; Lv 1—7; Dt 1216). O culto a DEUS foi posteriormente centralizado no templo de Jerusalém (cf. os planos de Davi, segundo relata 1Cr 22—26). Quando o templo foi destruído, em 586 a.C., os judeus construíram sinagogas como locais de ensino da lei e adoração a DEUS enquanto no exílio, e aonde quer que viessem a morar. As sinagogas continuaram em uso para o culto, mesmo depois de construído o segundo templo por Zorobabel (Ed 3—6).

Nos tempos do NT havia sinagogas na Palestina e em todas as partes do mundo romano (e.g. Lc 4.16Jo 6.59; At 6.9; 13.14; 14.1; 17.1, 10; 184; IM; 22.19).

A adoração na igreja primitiva era prestada tanto no templo de Jerusalém quanto em casas particulares (At 2.46,47). Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam culto a DEUS nas sinagogas, enquanto isso lhes foi permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las, passaram a cultuar a DEUS noutros lugares, geralmente em casas particulares (cf. At 18.7; Rm 16.5Cl 4.15; Fm v. 2), mas, às vezes, em salões públicos (At 19.9,10).

 

MANIFESTAÇÕES DA ADORAÇÃO CRISTÃ.

(1)  Dois princípios-chaves norteiam a adoração cristã. (a) A verdadeira adoração é a que é prestada em espírito e verdade (ver Jo 4.23 .), i.e., a adoração deve ser oferecida à altura da revelação que DEUS fez de si mesmo no Filho (ver Jo 14.6). Por sua vez, ela envolve o espírito humano, e não apenas a mente, e também como as manifestações do ESPÍRITO SANTO (1Co 12.7-12). (b) A prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a igreja (ver At 7.44 .). Os crentes atuais devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja, todos os elementos constantes da prática da adoração vista no NT (cf. o princípio hermenêutico estudado na introdução a Atos).

(2)  O fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial (ver Nm 2829). Uma vez que o sacrifício de CRISTO na cruz cumpriu esse sistema, já não há mais qualquer necessidade de derramamento de sangue como parte do culto cristão (ver Hb 9.1—10.18). Através da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do NT comemorava continuamente o sacrifício de CRISTO, efetuado de uma vez por todas (1Co 11.23-26). Além disso, a exortação que tem a igreja é oferecer “sempre, por ele, a DEUS sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15), e a oferecer nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS” (Rm 12.1).

(3)  Louvar a DEUS é essencial à adoração cristã. O louvor era um elemento-chave na adoração de Israel a DEUS (e.g., Sl 100.4106.1111.1113.1117), bem como na adoração cristã primitiva (At 2.46,47; 16.25; Rm 15.10,11Hb 2.12; ver o estudo O LOUVOR A DEUS).

(4)  Uma maneira autêntica de louvar a DEUS é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor (e.g., 1Cr 16.23Sl 95.196.1,298.1,5,6100.1,2). Na ocasião do nascimento de JESUS, a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc 2.13,14), e a igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15Ef 5.19Cl 3.16Tg 5.13). Os cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e. num idioma humano conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co 14.15 .). Em nenhuma circunstância os cânticos eram executados como passatempo.

(5)  Outro elemento importante na adoração é buscar a face de DEUS em oração. Os santos do AT comunicavam-se constantemente com DEUS através da oração (e.g. Gn 20.17Nm 11.21Sm 8.62_ Sm 7.27; Dn 9.3-19; cf. Tg 5.17,18). Os apóstolos oravam constantemente depois de JESUS subir ao céu (At 1.14), e a oração tornou-se parte regular da adoração cristã coletiva (At 2.42; 20.36; 1Ts 5.17; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ). Essas orações eram, às vezes, por eles mesmos (At 4.24-30); outras vezes eram orações intercessórios por outras pessoas (e.g. At 12.5; Rm 15.30-32Ef 6.18). Em todo tempo a oração do crente deve ser acompanhada de ações de graças a DEUS (Ef 5.20Fp 4.6Cl 3.15,17; 1Ts 5.17,18). Como o cântico, o orar podia ser feito em idioma humano conhecido, ou em línguas (1Co 14.13-15).

(6)  A confissão de pecados era sabidamente parte importante da adoração no AT. DEUS estabelecera o Dia da Expiação para os israelitas como uma ocasião para a confissão nacional de pecados (Lv 16; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO). Salomão, na sua oração de dedicação do templo, reconheceu a importância da confissão (1Rs 8.30-36). Quando Esdras e Neemias verificaram até que ponto o povo de DEUS se afastara da sua lei, dirigiram toda a nação de Judá numa contrita oração pública de confissão (cap. 9). Assim, também, na oração do Pai nosso, JESUS ensina os crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt 6.12). Tiago ensina os crentes a confessar seus pecados uns aos outros (Tg 5.16); através da confissão sincera, recebemos a certeza do gracioso perdão divino (1Jo 1.9).

(7)    A adoração deve também incluir a leitura em conjunto das Escrituras e a sua fiel exposição. Nos tempos do AT, DEUS ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias (8.1-12). A leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do culto da sinagoga no sábado (ver Lc 4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de DEUS (1Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27) juntamente com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.132Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).

(8)    Sempre quando o povo de DEUS se reunia na Casa do Senhor, todos deviam trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8Ml 3.10). Semelhantemente, Paulo escreveu aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja de Jerusalém: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2). A verdadeira adoração a DEUS deve, portanto ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao Senhor os nossos dízimos e ofertas.

(9)    Algo singular no culto da igreja do NT era a atuação do ESPÍRITO SANTO e das suas manifestações. Entre essas manifestações do ESPÍRITO na congregação do Senhor havia a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, manifestações especiais de fé, dons de curas, poderes miraculosos, profecia, discernimento de espíritos, falar em línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O caráter carismático do culto cristão primitivo vem, também, descrito nas cartas de Paulo: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação” (1Co 14.26). Na primeira epístola aos coríntios, Paulo expõe princípios normativos da adoração deles (ver 1Co 14.1-33 .). O princípio dominante para o exercício de qualquer dom do ESPÍRITO SANTO durante o culto é o fortalecimento e a edificação da congregação inteira (1Co 12.714.26; ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE).

(10) O outro elemento excepcional na adoração segundo o NT era a prática das ordenanças — o batismo e a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor (ou o “partir do pão”, ver At 2.42) parece que era observada diariamente entre os crentes logo depois do Pentecostes (At 2.46,47), e, posteriormente, pelo menos uma vez por semana (At 20.7,11).

O batismo conforme a ordem de CRISTO (Mt 28.19,20) ocorria sempre que havia conversões e novas pessoas ingressavam na igreja (At 2.41; 8.12; 9.18; 10.48; 16.30-33; 19.1-5).

 

AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS VERDADEIROS ADORADORES. 

Quando os crentes verdadeiramente adoram a DEUS, muitas bênçãos lhes estão reservadas por Ele. Por exemplo, Ele promete (1) que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará e Ceará com eles (Ap 3.20); (2) que envolverá o seu povo com a sua glória (cf. Êx 40.352Cr 7.11Pe 4.14); (3) que abençoará o seu povo com chuvas de bênçãos (Ez 34.26), especialmente com a paz (Sl 29.11; ver o estudo A PAZ DE DEUS); (4) que concederá fartura de alegria (Sl 122.1,2Lc 15.7,10Jo 15.11); (5) que responderá às orações dos que oram com fé sincera (Mc 11.24; Tg 5.15; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ); (6) que encherá de novo o seu povo com o ESPÍRITO SANTO e com ousadia (At 4.31); (7) que enviará manifestações do ESPÍRITO SANTO entre o seu povo (1Co 12.7-13); (8) que guiará o seu povo em toda a verdade através do ESPÍRITO SANTO (Jo 15.2616.13); (9) que santificará o seu povo pela sua Palavra e pelo seu ESPÍRITO (Jo 17.17-19); (10) que consolará, animará e fortalecerá seu povo (Is 40.11Co 14.26;2Co 1.3,41Ts 5.11); (11) que convencerá o povo do pecado, da justiça e do juízo por meio do ESPÍRITO SANTO (ver Jo 16.8 .); e (12) que salvará os pecadores presentes no culto de adoração, sob a convicção do ESPÍRITO SANTO (1Co 14.22-25).

 

EMPECILHOS À VERDADEIRA ADORAÇÃO. 

O simples fato de pessoas se dizendo crentes realizarem um culto, não é nenhuma garantia de que haja aí verdadeira adoração, nem que DEUS aceite seu louvor e ouça suas orações.

(1)  Se a adoração a DEUS é mera formalidade, somente externa, e se o coração do povo de DEUS está longe dEle, tal adoração não será aceita por Ele. CRISTO repreendeu severamente os fariseus por sua hipocrisia; eles observavam a lei de DEUS por legalismo, enquanto seus corações estavam longe dEle (Mt 15.7-923.23-28Mc 7.5-7). Note a censura semelhante que Ele dirigiu à igreja de Éfeso, que adorava o Senhor mas já não o amava plenamente (Ap 2.1-5).

(2)  Outro impedimento à verdadeira adoração é um modo de vida comprometido com o mundanismo, pecado e imoralidade. DEUS recusou os sacrifícios do rei Saul porque este desobedeceu ao seu mandamento (1Sm 15.1-23). Isaías repreendeu severamente o povo de DEUS como “nação pecadora... povo carregado da iniquidade da semente de malignos” (Is 1.4); ao mesmo tempo, porém esse mesmo povo oferecia sacrifícios a DEUS e comemorava seus dias santos. Por isso, o Senhor declarou através de Isaías: “As vossas festas da lua nova, e as vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Is 1.14,15). Semelhantemente, na igreja do NT, JESUS conclamou os adoradores em Sardes a se despertarem, porque “não achei as tuas obras perfeitas diante de DEUS” (Ap 3.2). Da mesma maneira, Tiago indica que DEUS não atenderá as orações egoístas daqueles que não se separam do mundo (Tg 4.1-5; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ).

O povo de DEUS só pode ter certeza que DEUS estará presente à sua adoração e a aceitará, quando esse povo tiver mãos limpas e coração puro (Sl 24.3,4Tg 4.8).

 

 

 

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A ORAÇÃO EFICAZ

 

1Rs 18.42b-45 “Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu moço:

Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse:

Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe:

Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel”.

A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como invocar a DEUS (Sl 17.6). Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26), clamar ao Senhor (Sl 3.4), levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1), buscar ao Senhor (Is 55.6), aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16) e chegar perto de DEUS (Hb 10.22).

 

MOTIVOS PARA A ORAÇÃO.

A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de DEUS orar.

 

(1)  Antes de tudo, DEUS ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas (1Cr 16.11Sl 105.4), dos profetas (Is 55.6Am 5.4,6), dos apóstolos (Ef 6.17,18Cl 4.2; 1Ts 5.17) e do próprio Senhor JESUS (Mt 26.41Lc 18.1Jo 16.24). DEUS aspira a comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele.

 

(2)  A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de DEUS, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. JESUS, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o ESPÍRITO SANTO se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de JESUS, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o ESPÍRITO SANTO ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-3). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o ESPÍRITO SANTO lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do ESPÍRITO SANTO e anunciavam com ousadia a palavra de DEUS” (At 4.31). O apóstolo Paulo frequentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-322Co 1.11Ef 6.1820Fp 1.19Cl 4.3,4; ver o estudo A INTERCESSÃO). Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).

 

(3)  DEUS, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, DEUS se limita às orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de DEUS se não houver oração intercessória dos crentes (ver Êx 33.11 .). Por exemplo: DEUS quer enviar obreiros para evangelizar. CRISTO ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de DEUS sem as orações do seu povo: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38). Noutras palavras, o poder de DEUS para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.

 

REQUISITOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.

(1)  Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. JESUS declarou abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24). Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé”

(Hb 10.22), e Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando (Tg 1.6; cf. 5.15).

(2)  Além disso, a oração deve ser feita em nome de JESUS. O próprio JESUS expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14). Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (ver Jo 14.13 .).

(3)  A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de DEUS. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14; ver o estudo A VONTADE DE DEUS).Uma das petições da oração modelo de JESUS, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10Lc 11.2; note a oração do próprio JESUS no Getsêmani, Mt 26.42). Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de DEUS, porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas promessas de DEUS constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza de que o DEUS de Israel atenderia a sua oração por meio do fogo e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor (18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o Senhor DEUS de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).

(4)  Não somente devemos orar segundo a vontade de DEUS, mas também devemos estar dentro da vontade de DEUS, para que Ele nos ouça e atenda. DEUS nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça (ver Mt 6.33 .). O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3.22 .). Obedecer aos mandamentos de DEUS, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em CRISTO, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a DEUS — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18Sl 34.13,14). O AT acentua este mesmo ensino. DEUS tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o

Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33.17 .). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5 .). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de DEUS arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc 18.14)    . Note que a oração do sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado (ver Êx 26.33 .; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO).

(5)   Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1 .). A instrução de JESUS: “Pedi... buscai... batei”, ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8 .). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2 .; 1Ts 5.17 .). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a DEUS, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11 .). Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (18.41-45). Numa ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para DEUS devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida (17J7-23).

 

PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

(1)   Quais são os princípios da oração eficaz? (a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a DEUS com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11; ver o estudo O LOUVOR A DEUS. (b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a DEUS (Sl 100.4; Mt

11.  25,26; Fp 4.6). (c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16Sl 51Lc 18.131Jo 1.9). (d) DEUS também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3Sl 27.7-12Mt 7.7-11; Fp 4.6). (e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19;

Sl 122.6-9Lc 22.31,3223.34; ver o estudo A INTERCESSÃO).

(2)   Como devemos orar? JESUS acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm 1.13)  ou em voz alta (Ne 9.4Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou podemos orar através do ESPÍRITO (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o ESPÍRITO levará a DEUS esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2Ef 5.19,20Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21Ne 1.4Dn 9.3,4Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16 .).

(3)   Qual a posição apropriada, do corpo, na oração? A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl 63.6)  , curvadas até o chão (Êx 34.8Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2Is 1.151Tm 2.8).

 

EXEMPLOS DE ORAÇÃO EFICAZ.

A Bíblia está cheia de exemplos de orações que foram poderosas e eficazes.

(1)  Moisés fez numerosas orações intercessoras às quais DEUS atendeu, mesmo depois de Ele dizer a Moisés que ia proceder de outra maneira.

(2)  Sansão, arrependido, orou pedindo uma última oportunidade de cumprir sua missão máxima de derrotar os filisteus; DEUS atendeu essa oração ao lhe dar forças suficientes para derrubar as colunas do prédio onde os inimigos estavam exaltando o poder dos seus deuses (Jz 16.21-30).

(3)  DEUS respondeu às orações de Elias em pelo menos quatro grandes ocasiões; em todas elas redundaram em glória ao DEUS de Israel (17-18; Tg 5.17,18).

(4)  O rei Ezequias adoeceu e Isaías lhe declarou que morreria (2Rs 20.1; Is 38.1). Ezequias, reconhecendo que sua vida e obra estavam incompletas, virou o rosto para a parede e orou intensamente a DEUS para que prolongasse sua vida. DEUS mandou Isaías retornar a Ezequias para garantir a cura e mais quinze anos de vida (2Rs 20.2-6; Is 38.2-6).

(5)  Não há dúvida de que Daniel orou ao Senhor na cova dos leões, pedindo para não ser devorado por eles, e DEUS atendeu o seu pedido (Dn 6.10,16-22).

Os cristãos primitivos oraram incessantemente a DEUS pela libertação de Pedro da prisão, e DEUS enviou um anjo para libertá-lo (At 12.3-11; cf. 12.5). Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia

 

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A INTERCESSÃO

Dn 9.3 "E eu dirigi o meu rosto ao Senhor DEUS, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza.”

Pode-se definir a intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante a qual o crente suplica a DEUS em favor de outra pessoa ou pessoas que extremamente necessitem da intervenção divina. A oração de Daniel no cap. 9 é uma oração intercessória, pois ele ora contritamente em favor da restauração de Jerusalém e de todo o povo de Israel. A Bíblia nos fala da intercessão de CRISTO e do ESPÍRITO SANTO, e de numerosos santos, homens e mulheres do antigo e do novo concerto.

 

A INTERCESSÃO DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO.

(1)  JESUS, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34).

(2)  Um aspecto permanente do ministério atual de CRISTO é o de interceder pelos crentes diante do trono de DEUS (Rm 8.34Hb 7.259.24; ver 7.25 .); João refere-se a JESUS como “um Advogado para com o Pai” (ver 1Jo 2.1 .). A intercessão de CRISTO é essencial à nossa salvação (cf. Is 53.12)    . Sem a sua graça, misericórdia e ajuda, que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de DEUS e voltaríamos à escravidão do pecado.

(3)  O ESPÍRITO SANTO também está empenhado na intercessão. Paulo declara: “não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26 .). O ESPÍRITO SANTO, através do espírito do crente, intercede “segundo DEUS” (Rm 8.27). Portanto, CRISTO intercede pelo crente, no céu, e o ESPÍRITO intercede dentro do crente, na terra.

 

A INTERCESSÃO DO CRENTE.

A Bíblia refere-se constantemente às orações intercessórias do crente e registra numerosos exemplos de orações notáveis e poderosas.

(1)  No AT, os líderes do povo de DEUS, tais como os reis (1Cr 21.17; 2Cr 6.14-42), profetas (1Rs 18.41-45; Dn 9) e sacerdotes (Ed 9.5-15Jl 1.132.17,18), deviam ser exemplos na oração intercessória em prol da nação. Exemplos marcantes de intercessão no AT, são as orações de Abraão em favor de Ismael (Gn 17.18) e de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-32), as orações de Davi em favor de seus filhos (2Sm 12.16; 1Cr 29.19), e as de Jó em favor de seus filhos (Jó 1.5). Na vida de Moisés, temos o exemplo supremo no AT, quanto ao poder da oração intercessória. Em várias ocasiões ele orou intensamente para DEUS alterar a sua vontade, mesmo depois de o Senhor declarar-lhe aquilo que Ele já resolvera executar. Por exemplo, quando os israelitas se rebelaram e se recusaram a entrar em Canaã, DEUS falou a Moisés que iria destruí-los e fazer de Moisés uma nação maior (Nm 14.1-12). Moisés, então, levou o assunto ao Senhor em oração e implorou em favor dos israelitas (Nm 14.13-19); no fim da sua oração, DEUS lhe disse: “Conforme à tua palavra, lhe perdoei” (Nm 14.20; ver também Êx 32.11-14Nm 11.212.1321.727.5; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ). Outros poderosos intercessores do AT são Elias (1Rs 18.21-26; Tg 5.16-18), Daniel (9.2-23) e Neemias (Ne 1.3-11).

(2)  O NT apresenta mais exemplos, ainda, de orações intercessórias. Os evangelhos registram como os pais e outras pessoas intercediam com JESUS em favor dos seus entes queridos. Os pais rogavam a JESUS para que curasse seus filhos doentes (Mc 5.22-43; Jo 4.47-53); um grupo de mães pediu que JESUS abençoasse seus filhos (Mc 10.13). Certo homem de posição implorou, pedindo a cura de seu servo (Mt 8.6-13), e a mãe de Tiago e João intercedeu diante de JESUS em favor deles (Mt 20.20,21).

(3)  A igreja do NT intercedia constantemente pelos fiéis. Por exemplo, a igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5, 12). A igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At 13.3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja orem pelos enfermos (Tg 5.14) e que todos os cristãos orem “uns pelos outros” (Tg 5.16; cf. Hb 13.18,19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em favor de todos (1Tm 2.1-3).

(4)  O apóstolo Paulo, quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas, discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e indivíduos (e.g., Rm 1.9,102Co 13.7Fp 1.4-11Cl 1.3,9-121Ts 1.2,32Ts 1.11,122Tm 1.3; Fm .4-6). Vez por outra fala das suas orações intercessórias (e.g., Ef 1.16-183.14-191Ts 3.11-13). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm 15.30-322Co 1.11Ef 6.18-20Fp 1.19Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2).

 

A INTERCESSÃO DO ESPÍRITO SANTO

E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Romanos 8:26.

JESUS INTERCEDE NO CÉU E O ESPÍRITO SANTO INTERCEDE NA TERRA. O PAI OUVE NO CÉU, RECEBE E ATENDE.

 

PROPÓSITOS DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA.

Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de DEUS intercediam para que DEUS sustasse o seu juízo (Gn 18.23-32Nm 14.13-19Jl 2.17), que restaurasse o seu povo (Ne 1Dn 9), que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31), e que abençoasse o seu povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45; Sl 122.6-8). Os intercessores também oravam para que o poder do ESPÍRITO SANTO viesse sobre os crentes (At 17; Ef 3.14-17), para que alguém fosse curado (1Rs 17.20-23; At 28.8; Tg 5.14-16), pelo perdão dos pecados (Ed 9.5-15Dn 9; At 7.60), para DEUS dar capacidade às pessoas investidas de autoridade para governarem bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2), pelo crescimento na vida cristã (Fp 1.9-11; Cl 1.10,11), por pastores para que sejam capazes (2Tm 1.3-7), pela obra missionária (Mt 9.38Ef 6.19,20), pela salvação do próximo (Rm 10.1) e para que os povos louvem a DEUS (Sl 67.3-5). Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita vontade de DEUS para o seu povo (ver o estudo A VONTADE DE DEUS) pode ser um motivo apropriado para a oração intercessória.

 

 

 

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OS PASTORES E SEUS DEVERES

At 20.28 “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o ESPÍRITO SANTO vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue.”

Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme 14.23, a congregação local, cheia do ESPÍRITO, buscando a direção de DEUS em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo ESPÍRITO SANTO em 1Tm 3.1-7Tt 1.5-9 (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR). Na realidade é o ESPÍRITO que constitui o dirigente de igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

 

PROPAGANDO A FÉ.

(1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de DEUS. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de DEUS, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. 20.28; 1Co 6.201Pe 1.18,19Ap 5.9). (2) Em 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de DEUS, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (20.27). Daí, ele poder exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (20.26; ver .). Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o desígnio de DEUS. Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2) e nunca ministrar para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que estes desejam ouvir (2Tm 4.3).

 

GUARDANDO A FÉ.

 Além de alimentar o rebanho de DEUS, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas. Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de DEUS (ver o estudo FALSOS MESTRES). Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver 20.29 .; cf. Mt 10.16). Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de CRISTO e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de Paulo (20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opor-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.

(1)  A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de DEUS e pela comunhão do ESPÍRITO SANTO, são fiéis ao Senhor JESUS CRISTO e à Palavra de DEUS.

Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de DEUS que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de DEUS e ao testemunho apostólico (20.30).

(2)  Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor JESUS os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de DEUS para a igreja (20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (20.28), não estará “limpo do sangue de todos” (20.26, ver .; cf. Ez 34.1-10). DEUS o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra (ver também 2Tm 1.14Ap 2.2).

(3)  É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja (2Tm 1.13,14).

(4)  A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de DEUS, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina (20.28-31; ver Gl 1.6 .; 1Tm 4.12Tm 3.8). A bem da igreja de DEUS, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2Jo 9-11; ver Gl 1.9 .).

(5)  A igreja que perde o zelo ardente do ESPÍRITO SANTO pela sua pureza (20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de DEUS, logo deixará de existir como igreja neotestamentária (ver 12.5).

 

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 A MENSAGEM DE CRISTO ÀS SETE IGREJAS

Ap 1.19,20 “Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer: O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.”

 

A mensagem de CRISTO a sete igrejas locais existentes no oeste da Ásia Menor (ver 14 .) é também para instrução, advertência e edificação dos crentes e igrejas da presente era (cf. 2.7,11,17,19; 3.6,13,22). O valor dessas mensagens para as igrejas de hoje vê-se nos pontos a seguir:

é uma revelação do que JESUS ama e anela ver nas igrejas locais, mas também aquilo que Ele repele e condena; (2) uma declaração clara da parte de CRISTO, no tocante (a) às consequências da desobediência e descuido espiritual, e (b) a recompensa da vigilância espiritual e fidelidade a CRISTO;

um padrão pelo qual toda igreja ou indivíduo pode julgar sua verdadeira condição espiritual diante de DEUS; e (4) um exemplo dos métodos de Satanás para atacar a igreja ou o cristão individualmente (ver também Jz 3.7). Este estudo aborda cada um desses aspectos sob a forma de perguntas e respostas.

O que é que CRISTO aprova? CRISTO aprova a igreja que não tolera o ímpio no seu meio, como parte dela (2.3); que averigua a vida, doutrina e declarações dos líderes cristãos (2.2); que persevera na fé, no amor, no testemunho, no serviço e no sofrimento da causa de CRISTO (2.3, 10, 13, 19, 26); que abomina aquilo que DEUS abomina (2.6); que vence o pecado, Satanás e o mundo (2.7, 11, 17, 26; 3.5, 12, 21); que não aceita conformar-se com a imoralidade do mundo nem com o mundanismo na igreja (2.24; 3.4); e que guarda a Palavra de DEUS (3.8, 10).

Como CRISTO recompensa as igrejas que perseveram e permanecem leais a Ele e à sua Palavra? Ele recompensa tais igrejas (a) livrando-as do período da tribulação que virá sobre o mundo inteiro (3.10), (b) concedendo-lhes seu amor, presença e estreita comunhão (3.4, 21), e (c) abençoando-as com a vida eterna (2.10b).

O que é que CRISTO reprova? CRISTO reprova a igreja que diminui sua profunda devoção pessoal a DEUS (2.4); que se desvia da fé bíblica; que tolera dirigentes, mestres ou leigos imorais (2.14,15, 20); que se torna espiritualmente morta (3.1) ou morna (3.15,16); e que substitui a verdadeira espiritualidade, i.e., a pureza, a retidão e a sabedoria espiritual (3.18) por sucesso e recursos materiais (3.17).

Como CRISTO castiga as igrejas (cf. 3.19) que entram em declínio espiritual e que toleram a imoralidade no seu meio? Ele as castiga mediante (a) a não renovação do seu lugar no reino de DEUS (2.5; 3.16), (b) a perda da presença de DEUS, do poder genuíno do ESPÍRITO SANTO, da verdadeira mensagem bíblica de salvação e da proteção dos seus membros contra a destruição por Satanás (2.5,16; 3.15-19; ver Mt 13, a respeito do bem e do mal dentro do reino dos céus durante esta era) e (c) seus líderes postos sob juízo divino (2.20-23).

O que a mensagem de CRISTO revela concernente à tendência natural das igrejas à estagnação espiritual, declínio e apostasia? (a) As sete cartas sugerem que a tendência das igrejas é acomodar-se no erro, aceitar falsos ensinos e adaptar-se aos princípios anticristãos prevalecentes no mundo (ver Gl 5.17 .). (b) Além disso, observa-se que frequentemente homens e mulheres apóstatas, vis e infiéis estragam as igrejas (2.2,14,15,20). Por essa razão, o progresso espiritual de uma igreja nunca deve ser evocado como prova de que ela está dentro da vontade de DEUS, nem para se afirmar que anda na verdade e na doutrina do Senhor. O evangelho, i.e., a mensagem original de CRISTO e dos apóstolos, é a autoridade suprema para avaliar o certo ou o errado nesse campo.

Como podem as igrejas evitar a decadência espiritual e o consequente julgamento por CRISTO? Estas cartas revelam várias maneiras. (a) Primeira e mais importante: todas as igrejas devem estar dispostas a “ouvir o que o ESPÍRITO diz às igrejas” (2.7). A Palavra de JESUS CRISTO sempre deve ser o guia da igreja (1.1-3, 11), pois esta Palavra, conforme revelada aos apóstolos do NT mediante o ESPÍRITO SANTO, é o padrão segundo o qual as igrejas devem verificar suas crenças e atividades e renovar a sua vida espiritual (2.7, 11, 17, 29; 36,13, 22). (b) As igrejas devem continuamente examinar seu estado espiritual diante de DEUS e, se for o caso, corrigir seu erro de tolerância ao mundanismo e imoralidade entre os crentes (2.4, 14, 15, 20; 3.1,2,14-18). (c) A frieza espiritual poderá ser extinguida em qualquer igreja ou grupo de crentes, quando houver arrependimento sincero do pecado e um retorno decidido ao primeiro amor, à verdade, pureza e poder da revelação bíblica de JESUS CRISTO (2.5-7,16,17; 3.1-3,15-22).

 

A IGREJA

Mt 16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

A palavra grega ekklesia (igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação (gr. ekkaleo). No NT, o termo designa principalmente o conjunto do povo de DEUS em CRISTO, que se reúne como cidadãos do reino de DEUS (Ef 2.19), com o propósito de adorar a DEUS. A palavra “igreja” pode referir-se a uma igreja local (Mt 18.17; At 15.4) ou à igreja no sentido universal (16.18; At 20.28; Ef 2.21, 22).

A igreja é apresentada como o povo de DEUS (1Co 1.2; 10.32; 1Pe 2.4-10), o agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de CRISTO (1Pe 1.18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com DEUS (1Pe 2.5; ver Hb 11.6 .).

A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de DEUS. A separação do mundo é parte inerente da natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por DEUS e Pai (2Co

18; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).

A igreja é o templo de DEUS e do ESPÍRITO SANTO (ver 1Co 3.16 .; 2Co 6.147.1; Ef 2.11-22; 1Pe 2.4-10). Este fato, no tocante à igreja, requer dela separação da iniquidade e da imoralidade.

A igreja é o corpo de CRISTO (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com CRISTO. A cabeça do corpo é CRISTO (Cl 1.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23).

A igreja é a noiva de CRISTO (2Co 11.2; Ef 5.23-27; Ap 19.7-9). Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja a CRISTO, quanto o amor de CRISTO à sua igreja e sua comunhão com ela.

A igreja é uma comunhão (gr. koinonia) espiritual (2Co 13.14; Fp 2.1). Isto inclui a habitação nela do ESPÍRITO SANTO (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22), a unidade do ESPÍRITO (Ef 4.4) e o batismo com o ESPÍRITO (At 1.5; 2.4; 8.14-17; 10.44; 19.1-7). Esta comunhão deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e cuidado entre os irmãos (Jo 13.34,35).

A igreja é um ministério (gr. diakonia) espiritual. Ela ministra por meio de dons (gr. charismata) outorgados pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 12.6; 1Co 1.7; 12.4-11, 20-31; Ef 4.11).

A igreja é um exército engajado num conflito espiritual, batalhando com a espada e o poder do ESPÍRITO (Ef 6.17). Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado (ver o estudo O REINO DE DEUS). O ESPÍRITO que está na igreja e a enche, é qual guerreiro manejando a Palavra viva de DEUS, libertando as pessoas do domínio de Satanás e anulando todos os poderes das trevas (At 26.18; Hb 4.12; Ap 1.16; 2.16; 19.15, 21).

A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (ver Fp 1.17 .; Jd 3 .).

A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Esta esperança tem por centro a volta de CRISTO para buscar o seu povo (ver Jo 14.3 .; 1Tm 6.14; 2Tm 4.8; Tt 2.13; Hb 9.28; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA).

A igreja é tanto invisível como visível. (a) A igreja invisível é o conjunto dos crentes verdadeiros, unidos por sua fé viva em CRISTO (ver o estudo FÉ E GRAÇA). (b) A igreja visível consiste de congregações locais, compostas de crentes vencedores e fiéis (Ap 2.11, 17, 26; ver 2.7 .), bem como de crentes professos, porém falsos (Ap 2.2); “caídos” (Ap 2.5); espiritualmente “mortos” (Ap 3.1); e “mornos” (Ap 3.16; ver Mt 13.24; At 12.5, . sobre as características essenciais de uma igreja do NT).

 

 

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Lição 01, Central Gospel, Os Sinais do Fim dos Tempos na íntegra

 

Lição 01, Central Gospel, Os Sinais do Fim dos Tempos, 2Tr2024, Pr. Henrique, EBD NA TV

Para nos ajudar PIX 33195781620 (CPF) Luiz Henrique de Almeida Silva

 

Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique

 

Título Das Lições do trimestre

Lição 01, Central Gospel, Os Sinais Do Fim Dos Tempos

Lição 02, Central Gospel, A Volta Do Senhor JESUS 

Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento

Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De CRISTO

Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação

Lição 06, Central Gospel, O Anticristo

Lição 07, Central Gospel, As Duas Testemunhas Do Final Dos Tempos

Lição 08, Central Gospel, Os 144 Mil Que Não Se Curvarão Ao Anticristo

Lição 09, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro

Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom

Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO

Lição 12, Central Gospel, O Milênio

Lição 13, Central Gospel, O Juízo Final

 

 

ESBOÇO DA LIÇÃO 01

1. ENTENDENDO A MENSAGEM DOS SINAIS

1.1. Catástrofes e desastres naturais

1.2. Avisos proféticos da Natureza

2. SINAIS NO MUNDO SOCIAL, POLÍTICO E MILITAR

2.1. Guerras e rumores de guerras

2.2. Terrorismo mundial

2.3. Sinais no mundo financeiro

2.4. Fome e pestes em vários lugares

3. SINAIS NO MUNDO RELIGIOSO

3.1. Incredulidade — O desaparecimento da fé

3.2. O sinal das trevas — O esfriamento do amor

3.3. Imoralidade — Devassidão generalizada

3.4. Apostasia — Amálgama da verdade com a mentira

3.5. O sinal da semente — A pregação do evangelho

4. O SINAL DA FIGUEIRA

4.1. Israel é importante espiritualmente




TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Apocalipse 15.1

1 - E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos que tinham as sete

últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de DEUS.

Apocalipse 16.2-4,8,10,12,17

2 - E foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga

má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam

a sua imagem.

3 - E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue

como de um morto, e morreu no mar toda alma vivente.

4 - E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e

se tornaram em sangue.

8 - E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que

abrasasse os homens com fogo.

10 - E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu

reino se fez tenebroso; e os homens mordiam a língua de dor.

12 - E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua

água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente.

17 - E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo

do céu, do trono, dizendo: Está feito!

 

 

TEXTO ÁUREO

Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Mateus 24.33

 

 

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2a feira – Mateus 24.1-14 O princípio das dores

3a feira – 1 Tessalonicenses 4.16,17 Os que ficarmos vivos, seremos arrebatados

4a feira – Lucas 21.7-36 Vigiai, pois, em todo o tempo

5a feira – Daniel 12 Os tempos do fim

6a feira – Romanos 8.35-39 Ninguém nos poderá separar do amor de CRISTO

Sábado – Mateus 24.15-28 Sinais do fim

 

OBJETIVOS - Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:

- assimilar a sequência de sinais que caracterizam o fim dos tempos;

- compreender que o Altíssimo graciosamente nos orienta sobre o fim a partir desses sinais;

- conscientizar-se da importância de estar preparado para ser arrebatado com CRISTO.

 

 

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Prezado professor, a escatologia é a disciplina da teologia que estuda a doutrina das últimas coisas. Os acontecimentos tratados neste ramo da teologia estão relacionados com as características do mundo em que o Senhor JESUS voltará para arrebatar o Seu povo e livrá-los, assim, dos sofrimentos indescritíveis da Grande Tribulação.

Tendo em vista os sinais estudados nesta lição, o salvo em CRISTO deve estar em atitude de vigilância e temor, pois eles são o anúncio mais eloquente de que o fim da história humana está próximo e de que os salvos em CRISTO estão prestes a ingressar nos tempos da eternidade. Boa aula!

 

 

 

 

COMENTÁRIO - Palavra introdutória

Nesta lição saberemos, à luz da Bíblia, quais são os sinais deixados pelo Senhor JESUS sobre os eventos proféticos que terão lugar na História no fim dos tempos. Que sinais são esses e quando ocorrerão? Vamos aprender sobre a volta de CRISTO ao mundo e o que o futuro nos reserva (Lc 21.7).

 

 

1. ENTENDENDO A MENSAGEM DOS SINAIS

Diversas revelações, verdades, mensagens de edificação, crescimento e maturidade; além de muitos princípios, fundamentos, dons e frutos tornam-se conhecidos por meio de sinais. No texto bíblico, percebe-se que, várias vezes, DEUS falou por meio desta insígnia (Gn 9.12-16). Estude sobre o tema nas seguintes passagens: Josué 2.18; Juízes 6.38; 1 Reis 13.3; 2 Reis 20.9; 2 Crônicas 32.24; Isaías 55.13; Mateus 3.16.

Sim, a Bíblia é um livro de sinais; tanto que os fariseus e saduceus pediram ao Senhor JESUS que lhes mostrasse um sinal no céu, ao que Ele respondeu: Vocês sabem interpretar o aspecto do céu, mas não sabem interpretar os sinais dos tempos?

 

 

1.1. Catástrofes e desastres naturais

O Senhor JESUS explicou claramente que, nos últimos tempos, haveria grandes alterações climáticas. Elas são cada vez mais frequentes. O superaquecimento global é uma realidade que vem provocando a destruição da lavoura e graves problemas à saúde. Em alguns lugares, o calor intenso vem matando seres humanos e animais. No outro extremo, o inverno tem sido rigoroso com temperaturas abaixo de zero. A temperatura da Terra vem sofrendo mudanças constantes, deixando as pessoas assustadas (Ap 8.12).

 

 

1.2. Avisos proféticos da Natureza

Em muitos lugares, tem havido tormentas, temporais e chuvas excessivas, não permitindo o cultivo regular de flores, frutas, grãos e alimentos necessários ao sustento do ser humano (Lc 21.26). A noite está chegando (Jo 9.3). Um dos sinais proféticos do tempo do fim está diretamente relacionado à água (Ap 16.3-5,12). A elevação dos níveis de água nos rios, mares e oceanos é altamente preocupante. Ademais, de acordo com estudos recentes, “a escassez de água potável já atinge dois bilhões de pessoas no mundo. Nesse ritmo, dentro de 25 anos serão quatro bilhões”.

 

 

1.3. O agir de DEUS e os terremotos (Apocalipse 11.13).

Terremotos, abalos sísmicos e tremores são outros sinais do fim dos tempos apontados pelo Filho de DEUS. Ao incluí-los na lista de sinais apocalípticos, JESUS indicou que estes têm algo a nos dizer.

No texto bíblico, verifica-se a ocorrência de terremotos em pelo menos 33 situações. Confira algumas delas em Êxodo 19.18; Amós 1.2; Zacarias 14.4; Mateus 27.51; Mateus 28.2 e Atos 16.26.

 

 

2. SINAIS NO MUNDO SOCIAL, POLÍTICO E MILITAR

Devido às dificuldades e aos desafios de ordem econômica, política e social, estabeleceu-se no mundo a globalização, processo de integração abarcado pela maioria das nações comprometidas entre si. A palavra profética sinaliza a condição dos povos nesta ocasião.

 

 

2.1. Guerras e rumores de guerras

Este sinal vem sendo cumprido, literalmente, com a comprovação da História. Além das duas guerras mundiais que sacudiram o planeta, milhares de conflitos armados, ataques terroristas e revoluções têm acontecido desde o tempo em que o Senhor JESUS previu esta realidade.

 

 

2.2. Terrorismo mundial

A ameaça terrorista tem aumentado em todo o mundo. Os ataques suicidas (a causa que se defende, nesse contexto, tem mais valor do que a própria vida) têm acontecido

com maior frequência. Educadores afirmam que a violência é a cultura desta geração.

A palavra profética declara que, no tempo do fim, a violência chegará a níveis alarmantes. Demônios poderosos e inteligentes estão infiltrados em grupos terroristas, estimulando o uso de qualquer tipo de brutalidade, com o único propósito de afastar o ser humano da verdade que está na pessoa bendita do Senhor JESUS (Jo 14.6).

 

 

SUBSÍDIO 2.2

Nos campos de extermínio (no alemão, Vernichtungslager), quando foi implementada a Solução Final da Questão Judia (Endlösung der Judenfrage), em Auschwitz, Bikernau, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibór e Treblinka, mais de seis milhões de judeus morreram incinerados, na operação que é conhecida mundialmente como Holocausto (Mt 27.25).

 

 

2.3. Sinais no mundo financeiro

O mundo se movimenta com a circulação de capital; afinal, o dinheiro tem um poder praticamente ilimitado na aquisição daquilo que a homem deseja e precisa. Com tal capacidade, este elemento torna-se obrigatório na vida de todas as pessoas.

No texto bíblico de Mateus 6.24, o Senhor JESUS menciona o nome de Mamom, o deus das riquezas (Ec 5.10). A mensagem implícita do Salvador, nesta passagem, resume-se na seguinte realidade: o dinheiro não é para ser servido, mas, sim, para ser usado. Se esta relação não for controlada, ele — o dinheiro — passa a escravizar o ser humano. Quando alguém ama o dinheiro, torna-se escravo dele (1 Tm 6.10).

 

 

SUBSÍDIO 2.3

A Bíblia apresenta profeticamente o panorama da fome que tomará conta do mundo nos dias que antecipam o fim. Estude as seguintes passagens bíblicas: Rute 1.1,2; Samuel 21.1; 1 Reis 18.2; Lamentações 1.11,19; Ezequiel 7.14,15; Atos 7.11.

 

 

2.4. Fome e pestes em vários lugares

Junto à fome, outro sinal assinalado nas profecias é o surgimento de pestes, doenças desconhecidas, epidemias, pestilências e pragas destinadas a debilitar e destruir o corpo humano. Dentre os males deste tempo, destacam-se: dengue; febre hemorrágica; gripe aviária (procedente das aves); gripe suína (procedente dos porcos); malária; covid-19 etc. (Is 21.3).

 

 

3. SINAIS NO MUNDO RELIGIOSO

De todos os sinais que antecedem o retorno do Senhor JESUS a este mundo, os mais importantes são aqueles ligados à vida espiritual e religiosa de todos os homens e mulheres. A mensagem principal de cada sinal é a volta triunfal do Senhor JESUS a este mundo para buscar a Sua Igreja. Mateus, Marcos, Lucas e João — todos eles — registraram os sinais preditos pelo Senhor JESUS.

 

 

3.1. Incredulidade — O desaparecimento da fé

Na crise espiritual em que vive a humanidade, as pessoas têm se afastado de DEUS cada vez mais porque estão naufragando na fé (1 Tm 1.19). Nos dias finais, homens e mulheres abandonarão a Palavra do Senhor e a trocarão por filosofias humanas e até por ensinamentos gerados no inferno, ministrados por demônios (1 Tm 4.1). Este sinal vem se cumprindo hoje diante dos nossos olhos. Muitos não creem mais em DEUS. Não acreditam na obra perfeita da salvação efetuada pelo Senhor JESUS. Não aceitam a Escritura como instrumento capaz de preparar o ser humano para a vida eterna (Tt 1.1-3). Se o homem não tem fé, é impossível agradar a DEUS (Hb 11.6).

 

 

3.2. O sinal das trevas — O esfriamento do amor

Os dias que antecedem a volta de CRISTO ao mundo para buscar a Igreja e arrebatar os salvos vivos, nesta ocasião, serão caracterizados pelo esfriamento do amor. Isto significa que o relacionamento espiritual do homem com o Eterno será profundamente abalado, porque DEUS é amor (1 Jo 4.8). O ser humano não viverá a excelência, a grandeza e o deleite dessa virtude suprema (Sl 37.4). O amor esfria quando nos afastamos da graça divina (Hb 12.15); perde a intensidade quando não obedecemos aos mandamentos (Jo 14.23); adoece quando não perdoamos (Mt 18.21,22); perde o seu calor quando não cuidamos das almas (Sl 142.4); esfria quando não confessamos os pecados cometidos (Sl 32.3) e quando recuamos na fé (Hb 10.38). Nunca podemos esquecer-nos dos dois principais mandamentos: amar a DEUS sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mc 12.28,30,33).

 

 

3.3. Imoralidade — Devassidão generalizada

Os fundamentos de temor, honestidade, retidão, justiça, amor, honra, obediência, sinceridade e pureza, em relação a DEUS e ao próximo, estão desaparecendo na vida do ser humano. Os princípios de ética, moralidade, respeito mútuo e generosidade têm sido substituídos pelo egoísmo, depravação, abusos, rebeldia e anarquia generalizada. Os padrões bíblicos relacionados à prática sexual, ao casamento e à família estão seriamente ameaçados com o que se apregoa na grande mídia atualmente. A despeito de tudo quando estamos assistindo e vivendo diariamente, pode-se afirmar com certa propriedade: o pior ainda não chegou.

 

 

3.4. Apostasia — Amálgama da verdade com a mentira

O surgimento de falsos cristos, falsos messias e falsos profetas é um dos mais importantes sinais do fim dos tempos. Apostasia significa “desviar-se da fé, que conduz o ser humano ao DEUS verdadeiro” (1 Tm 6.21) e implica o abandono

premeditado do único Criador, negando o direito de posse legal que Ele tem sobre o homem (Dt 32.15,18). Apostatar da fé denota renúncia do objetivo de servir ao Senhor, para ser escravo do pecado (Os 8.11), e rejeição deliberada da pessoa bendita do Senhor JESUS, o único que pode salvar e livrar o ser humano da ira e juízos vindouros e da perdição eterna (Ap 3.20; Jo 5.24).

 

 

3.5. O sinal da semente — A pregação do evangelho

O grande mandamento ordenado aos discípulos é a proclamação do evangelho em todos os lugares, para todas as pessoas (Mc 16.15). Antes que venha o fim, o evangelho do Reino terá sido pregado em todo o mundo como testemunho a todas

as nações (Mt 24.14). No tempo do fim a semente será plantada dia e noite, em

tempo e fora de tempo. Haverá uma semeadura universal, que alcançará todo ser humano habitante no planeta, onde estiver (Ec 11.6; 2 Tm 4.2).

 

 

4. O SINAL DA FIGUEIRA

O próprio JESUS fez referência a este sinal, altamente importante no panorama profético. O misterioso sinal da figueira está relacionado diretamente ao povo de Israel (Mc 11.13; Mt 24.32,33).

 

 

4.1. Israel é importante espiritualmente

A figueira, o povo de Israel, é o grande sinal de DEUS para todos os povos, raças, tribos e nações. Israel está diretamente ligado ao futuro de todos os homens e mulheres. Devemos estar atentos a cada passo, atitude e movimento desse povo.

 

 

4.2. Israel é importante estrategicamente

DEUS escolheu as terras de Canaã e as deu aos filhos de Abraão. Esta pequena nação, com um território pequeno, localizado no Oriente Médio, tem causado enorme impacto em todas as nações. Os sinais da figueira estão brotando. Israel é o relógio profético de DEUS (Mt 24.32).

 

 

CONCLUSÃO

Tudo quanto João e os outros apóstolos e discípulos ouviram do Senhor cumpriu-se literalmente. DEUS revelou a João as coisas que brevemente aconteceriam (Ap 1.1). O apóstolo recebeu a incumbência de escrever suas visões em um livro para enviá-lo às sete igrejas que estavam em Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia (Ap 1.11). O conteúdo de tal livro, no entanto, não se destinou apenas às igrejas da Ásia, mas a todas as igrejas ao longo dos tempos. Vigiemos, pois.

 

 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. De acordo com o que foi exposto nesta lição, responda:

Quais sinais do retorno de CRISTO, ligados à vida espiritual

e religiosa, serão evidentes na humanidade?

R.: Incredulidade; o sinal das trevas; imoralidade; apostasia e

o sinal da semente.