Lição 3, Central Gospel, Cristo, Nosso Salvador Perfeito
Subsídio
extra
Lições
CPAD Jovens e Adultos » Sumário Geral » Adultos
2018 » 1º Trimestre
LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD – ADULTOS - 1º Trimestre de 2018
Título: A
supremacia da Cristo — Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus
Comentarista: José
Gonçalves
Lição
2: Uma Salvação grandiosa
Data: 14
de Janeiro de 2018
TEXTO
ÁUREO
“Como
escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual,
começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a
ouviram” (Hb 2.3).
VERDADE
PRÁTICA
A
salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente. O cristão é exortado a ser
vigilante e não negligente em relação a essa dádiva recebida.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
— Jo 10.9 Jesus deu testemunho de uma tão grande salvação
Terça
— Hb 2.3 A Igreja Primitiva deu testemunho da salvação
Quarta
— Hb 2.7,9 A salvação do homem tornou necessária a humanização do Redentor
Quinta
— Hb 2.14 A eficácia da salvação é demonstrada na vitória sobre o Diabo
Sexta
— Hb 2.15 A eficácia da salvação é demonstrada no triunfo sobre a morte
Sábado
— Hb 2.18 A eficácia da salvação é demonstrada na vitória sobre as tentações
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE - Hebreus 2.1-18.
1
— Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já
temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.
2
— Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda
transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
3
— como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a
qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos
que a ouviram;
4
— testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias
maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
5
— Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos;
6
— mas, em certo lugar, testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que
dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites?
7
— Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o
coroaste e o constituíste sobre as obras de tuas mãos.
8
— Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe
sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas, agora,
ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas;
9
— vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito
um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela
graça de Deus, provasse a morte por todos.
10
— Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas e mediante
quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse, pelas aflições,
o Príncipe da salvação deles.
11
— Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de
um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
12
— dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no
meio da congregação.
13
— E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a
mim e aos filhos que Deus me deu.
14
— E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele
participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o
império da morte, isto é, o diabo,
15
— e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida
sujeitos à servidão.
16
— Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de
Abraão.
17
— Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os
pecados do povo.
18
— Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos
que são tentados.
HINOS
SUGERIDOS - 35, 156 e 542 da Harpa Cristã.
OBJETIVO
GERAL
Explicar
que a salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente, por isso, ele deve
ser vigilante e não negligenciar a graça recebida.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I.
Mostrar a grandiosidade da salvação divina;
II.
Discutir a necessidade da salvação;
III.
Saber que a salvação pela fé em Cristo é eficaz.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Prezado(a)
professor(a), estudaremos a exortação do escritor de Hebreus a respeito da
grandiosidade da salvação. Salvação essa que recebemos mediante a fé em Jesus
Cristo. Ela é resultado da graça divina, mas Cristo pagou um alto preço. Por
isso, no capítulo dois, o autor aos Hebreus faz uma séria advertência a
respeito dos que negligenciam tão grande salvação. Para redimir a humanidade
pecadora, Cristo assumiu a forma humana a fim de se identificar conosco e nos
outorgar a salvação. Ele morreu por nós, mas ao terceiro dia ressuscitou
coroado de glória e honra. Cristo também nos elevou a uma condição superior, a
de filhos(as) de Deus. Jesus é superior aos anjos e a todas as coisas, e a
salvação que Ele oferece é o maior bem que o ser humano pode obter, por isso
não devemos negligenciar tal graça.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O
autor dá início à seção de Hebreus 2.1-18 com uma forte exortação. Era
necessário, por parte dos crentes maior firmeza em relação às coisas
espirituais. O que o autor observava entre eles era certa letargia e
negligência diante de um fato de tão grande importância como é a salvação.
Nesse aspecto a resposta devia ser dada por meio do retorno às verdades
anteriormente ouvidas e que haviam sido esquecidas. Isso era de suma
importância porque evitava que algum deles viesse a se desviar. De fato, o
vocábulo grego usado pelo autor — pararreo —, traduzido como
“desviar”, significa originalmente “perder o rumo”. O termo era usado também em
relação a um barco que acidentalmente era desancorado e lançado à deriva em
alto mar. No pensamento do autor só havia uma maneira de manter-se no rumo
certo: ancorando o barco no porto seguro, Jesus.
PONTO
CENTRAL
Precisamos
ser vigilantes e não negligenciarmos a salvação divina.
I.
UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA
1.
Testemunhada pelo Senhor. O autor faz um contraste entre as alianças do
Sinai e do Calvário. Enquanto a Antiga Aliança foi intermediada por anjos
(v.2), a Nova Aliança tinha Jesus, o Filho de Deus, como seu mediador. O autor,
então, faz uma analogia entre as duas Alianças para que o contraste entre ambas
fique bem definido. Foi Jesus, o Filho de Deus, e não os anjos, que anunciou
essa tão grande salvação. Por serem mediadores da Lei, os anjos despertavam
grande estima e respeito dos judeus por eles. Se uma Aliança firmada na Lei,
mediada por anjos, imperfeita e transitória, requeria obediência por parte dos
crentes, muito mais a Nova Aliança que é perfeita e eterna. Se quem não
observava os princípios do Antigo Pacto, quebrando os seus preceitos, era
punido de forma dura, que castigo merecia quem ultrajava a Nova Aliança, que em
tudo era superior?
2.
Proclamada pelos que a ouviram. Essa salvação grandiosa foi primeiramente
anunciada pelo Senhor e, posteriormente, por “aqueles que a ouviram” (Hb 2.3).
Fica evidente nesse texto que o autor não foi uma testemunha ocular dos feitos
de Jesus, mas recebera a Palavra por meio dos que a “ouviram”. Mesmo não tendo
recebido a Palavra de Deus diretamente do Senhor, o autor não tem dúvida que a
mensagem apostólica era essencialmente a mesma Palavra de Deus. Esse fato
deveria fazer com que os crentes fossem mais diligentes na observância dos
preceitos neotestamentários. De fato, a palavra bebaioô , aqui
traduzida como “confirmar”, tem o sentido de algo que transmite segurança e
confiança. Em outras palavras, o que o Senhor anunciou e que, posteriormente,
foi proclamado por testemunhas oculares, deve servir de fundamento da nossa fé.
3.
Confirmada pelo Espírito Santo. A mensagem, que primeiramente fora
anunciada pelo Senhor e testemunhada pelos que a ouviram, foi instrumentalizada
pelo Espírito Santo. Nesse aspecto, as traduções — “distribuições feitas pelo
Espírito Santo” ou “distribuições do Espírito Santo” (Hb 2.4) — expressam bem o
que o autor quis dizer. O Espírito Santo é o agente por trás de cada milagre e
sinal operados na história do povo de Deus, tanto do passado quanto do
presente. O autor quer chamar a atenção de seu público leitor mais uma vez para
a importância da mensagem recebida, ou seja, ela fora também testemunhada de
uma forma concreta e palpável pelo Espírito Santo por intermédio da
distribuição de seus muitos dons.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
Pela
fé em Jesus Cristo recebemos uma salvação grandiosa.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
Hebreus
2.1-4
“Esta
é a primeira de sete passagens em Hebreus onde o autor combina uma urgente
exortação com uma solene advertência a fim de mover seus leitores a uma
confiança renovada, a uma esperança e fé perseverante em Cristo. Estas sete
advertências não são divagações, no entanto se relacionam diretamente com o
principal propósito do autor. A íntima conexão entre este parágrafo e a
interpretação em 1.5-14 demonstra que a exposição bíblica do autor não era
propriamente um fim, mas originou-se de sua preocupação por seus leitores e sua
perigosa situação.
O
rico vocabulário e os dons do autor como orador são novamente evidentes. A
construção grega de 2.1-4 consiste em duas sentenças: uma declaração direta
(2.1), seguida por uma longa sentença explicativa (2.2-4), que inclui uma
pergunta retórica (‘como escaparemos nós?’) com uma condição (‘se atentarmos
para [ou negligenciarmos] uma tão grande salvação’, 2.3a).
A
expressão ‘Portanto’ (2.1) liga este parágrafo ao esplendor e à incomparável
supremacia do Filho no capítulo 1. Pelo fato de o Filho ser superior aos
profetas e aos anjos, se o que Deus ‘nos falou pelo Filho’ (1.2) for
negligenciado, seremos muito mais culpáveis: ‘Portanto, convém-nos atentar, com
mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum,
nos desviemos delas’” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger
(Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ:
CPAD, 2004, p.1549).
CONHEÇA
MAIS
Salvação
“1. Sõteria (σωτηρία)
denota ‘libertação, preservação, salvação’. O termo ‘salvação’ é usado no Novo
Testamento para se referir a: (a) o livramento material e temporal de perigo e
apreensão: (1) nacional (Lc 1.69,71; At 7.25, ‘liberdade’); (2) pessoal, como
do mar (At 27.34, ‘saúde’); da prisão (Fp 1.19); do dilúvio (Hb 11.7); (b) o
livramento espiritual e eterno concedido imediatamente por Deus aos que aceitam
as condições estabelecidas por Ele referentes ao arrependimento e fé no Senhor
Jesus, somente em quem será obtido (At 4.12), e sob confissão dEle como Senhor
(Rm 10.10); para este propósito o Evangelho é o instrumento de salvação (Rm
1.16; Ef 1.13 [...])”. Para conhecer mais leia Dicionário Vine, CPAD,
p.967.
II.
UMA SALVAÇÃO NECESSÁRIA
1.
Por intermédio da humanização do Redentor. Na seção vv.5-9, o autor toma o
Salmo 8 como pano de fundo de seu argumento (Sl 8.4-6). Nesse aspecto, ele
segue a Septuaginta que usa o termo “anjo”, em vez do texto
massorético, que traz a palavra “Deus”. Na mentalidade judaica, da qual o autor
participa, o homem foi feito como coroa da criação e a ele foi confiado todo o
domínio. Todavia, devido à queda, esse domínio fora perdido. Na mente do autor
dessa Escritura, portanto, o Salmo 8 não pode se aplicar a Adão, nem tampouco a
raça pós-queda, mas a Jesus, o Messias, que por meio da cruz, veio restaurar a
humanidade caída.
2.
Por meio do sofrimento do Redentor. Para um judeu do primeiro século era
escandalosa a ideia de um Messias sofredor. Como então assegurar que Jesus era
superior aos anjos se Ele morrera em uma cruz? O autor de Hebreus usa o
versículo cinco do Salmo 8 para explicar esse aparente paradoxo. Sim, argumenta
ele, Jesus de fato foi feito um “pouco” menor do que os anjos por causa da sua
humanização. Os intérpretes entendem que as palavras “pouco” e “pouco tempo”
(Hb 2.7,9) podem denotar posição ou tempo. Em outras palavras, Jesus se tornou
“menor” que os anjos enquanto vivia os limites da condição humana e
experimentou o sofrimento advindo desse estado de humilhação. Todavia, foi por
meio deste mesmo sofrimento de Cristo que os homens tornaram-se livres.
3.
Por intermédio da glorificação do Redentor. Na mente do autor, Cristo não
sofreu para ser glorificado, mas Ele foi glorificado porque sofreu. Foi por
intermédio do sofrimento que Ele foi “coroado de glória e de honra, [...] para
que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hb 2.9). Para os crentes
que viam no sofrimento algo incompatível com o viver cristão, e que, devido a
isso estavam desanimados, essas palavras serviam de ânimo e consolo.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Depois
da Queda a salvação tornou-se necessária, por isso, por meio da cruz, Jesus
veio restaurar a humanidade.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Jesus,
superior aos anjos em sua missão redentora (Hb 2.5-18)
Esta
seção dá continuidade ao pensamento iniciado em 1.5-14 a respeito da
superioridade do Filho em relação aos anjos, porém sob uma perspectiva
diferente. No capítulo 1 a ênfase estava na divindade da natureza do Filho;
aqui o enfoque está em sua humanidade e no sofrimento como componentes
necessários de sua missão redentora. Os anjos, por um lado, são servos; sua
missão para o homem como ‘espíritos ministradores’ é ‘servir a favor daqueles
que hão de herdar a salvação’ (1.14). O Filho, por outro lado, é o Salvador;
sua missão para o homem como ‘o Príncipe da salvação deles’ (2.10) é ‘salvar
perfeitamente os que por ele se chegam a Deus’ (7.25). Entretanto, como
Salvador, a missão redentora do Filho envolvia tanto a humilhação como a
glória.
Como
o homem perfeito, Jesus se tornou o verdadeiro representante da raça humana e o
cumprimento absoluto do Salmos 8. Somente Ele poderia cumprir ‘o propósito
declarado do Criador quando trouxe a raça humana à existência’. Mas, assim
fazendo, Ele teve de se identificar plenamente com a condição humana, incluindo
o sofrimento humano (cf. Hb 4.15,16; 5.6), a fim de ‘abrir o caminho da
salvação para a humanidade e agir eficazmente como o Sumo Sacerdote de seu povo
na presença de Deus’. Isto significa que Ele não é apenas aquEle em quem se
cumpre a soberania destinada à humanidade, mas também aquEle que, por causa do
pecado humano, deve concretizar esta soberania por meio do sofrimento e da
morte. Portanto, o Filho, que já foi apresentado como superior aos anjos, teve
de ser feito ‘um pouco menor do que os anjos’ (2.7a) antes de poder ser ‘coroado
de glória e de honra’ (2.7b) como Senhor sobre todas as coisas” (ARRINGTON,
French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento. 2 Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.1551,52).
III.
UMA SALVAÇÃO EFICAZ
1.
Vitória sobre o Diabo. Na conclusão de seu argumento o autor mostra os
métodos e os resultados dessa grandiosa salvação. Para que a salvação se
efetivasse o Salvador precisava sofrer e morrer pelos homens. Somente por meio
da morte na cruz, o Diabo, arqui-inimigo dos homens, seria derrotado (Hb 2.14).
O autor usa o verbo grego catargeo para se referir à derrota de
Satanás. Esse verbo tem o sentido de “destronar” ou “tornar inoperante”. Por
intermédio da cruz, Cristo destronou e desarmou Satanás das armas que este
possuía. Foi na cruz que Ele despojou os principados e as potestades e nos
garantiu a vitória (Cl 2.15).
2.
Vitória sobre a morte. Com a entrada do pecado no mundo a morte passou a
ser um inimigo temido. Essa arma poderosa era usada por Satanás para manter os
homens debaixo do jugo do medo (Hb 2.15). Todavia, ao morrer na cruz por todos
os homens, Jesus venceu a morte. Os homens continuam a morrer, mas os que o
recebem como Salvador tem a vida eterna, pois a morte não tem mais domínio
sobre eles.
3.
Vitória sobre a tentação. Pela primeira vez na epístola o autor usa a
denominação “sumo sacerdote” em relação a Jesus (Hb 2.17). O tema do sacerdócio
de Cristo será explorado pelo autor com maior profundidade em passagens
posteriores (Hb 3.1; 4.14-16; 5.1-10; 6.20; 7.14-19,26-28; 8.1-6; 9.11-28;
10.1-39). Todavia, aqui o seu uso é justificado no contexto da identificação de
Jesus com seus “irmãos”, os salvos. Esse sumo sacerdote é misericordioso e
fiel. Por ter assumido a natureza humana, e se identificado com os homens nos
seus limites, Ele sabe o que é ser tentado e por essa razão está pronto a
ajudá-los.
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
O
sacrifício de Cristo foi único, eficaz e nos garante a vitória sobre o Diabo, a
morte e a tentação.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“[...]
Pela graça de Deus, Jesus provou a morte por todos os homens (Hb 2.9). Três
verdades importantes estão sucintamente incorporadas aqui:
1.
A morte de Jesus na cruz, para realizar a salvação, foi um ato da graça de
Deus.
2.
Sua morte foi em favor de ( byper ) cada pecador; um claro ensino de
Hebreus é que sua morte foi uma expiação substitutiva pelo nosso pecado (cf.
5.1; 7.27).
Sua
morte não foi uma ‘expiação limitada’ — isto é, para algumas pessoas seletas,
como alguns reivindicam — mas Ele provou temporariamente a morte por todos os
homens. Sua morte é de proveito para todo aquele que por fé se submete a Ele
como Senhor e Cristo.
Para
os judeus daqueles dias, a ideia de um Messias em sofrimento era detestável e a
reivindicação cristã de que isto convinha, deveria ser vista contra este
panorama. Qualquer que seja a razão para a cruz, não há dúvida alguma de que
tais fatos revelam a natureza de Deus. É neste sentido que ‘convinha’ que as
coisas ocorressem como de fato ocorreram” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD,
Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª
Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1553).
CONCLUSÃO
Por
meio da sua humanização e humilhação Jesus se tornou o legítimo Sumo Sacerdote
representante da humanidade. Os anjos de fato são seres especiais a serviço de Deus,
entretanto, Jesus não veio socorrê-los, mas buscar a descendência de Abraão, os
crentes. Por intermédio de seu sofrimento e morte, Ele pode dar vida aos que
estão mortos.
PARA
REFLETIR
A
respeito de Uma Salvação Grandiosa, responda:
Segundo
o autor aos Hebreus, qual a única maneira de manter-se no rumo certo?
No
pensamento do autor só havia uma maneira de manter-se no rumo certo: ancorando
o barco no porto seguro, Jesus.
Enquanto
a Antiga Aliança foi intermediada por anjos, a Nova Aliança foi mediada por
quem?
Enquanto
a Antiga Aliança foi intermediada por anjos, a Nova Aliança tinha Jesus, o
Filho de Deus, como seu mediador.
Como
os homens tornaram-se livres?
Por
meio do sofrimento de Cristo.
O
que foi preciso ser feito para que a salvação se efetivasse?
Para
que a salvação se efetivasse o Salvador precisava sofrer e morrer pelos homens.
Por
que Jesus Cristo, o verdadeiro Sumo Sacerdote, sabe o que é ser tentado e, por
isso, está pronto a nos ajudar nas fraquezas?
Por
ter assumido a natureza humana, e se identificado com os homens nos seus
limites, Ele sabe o que é ser tentado e por essa razão está pronto a ajudá-los.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃ
Uma
Salvação Grandiosa
Caro
professor, prezada professora, com base no esboço acima, leve em consideração o
objetivos geral e específicos da lição. Você deve explicar que a salvação não é
algo dado ao crente compulsoriamente, por isso, ele deve ser vigilante e não
negligenciar essa graça recebida (Objetivo Geral).
Seu
aluno deve chegar a esse objetivo, por meio do recurso selecionado por você, a
fim de fazê-lo (1) perceber a grandiosidade da salvação divina, (2) discutir a
necessidade da salvação e (3) mostrá-los que a salvação pela fé em Cristo é
eficaz.
Um
ponto importante sobre o Tópico I
É
importante ressaltar que Hebreus 2.1-4 é uma advertência em relação às coisas
que a igreja havia ouvido “PARA QUE, EM TEMPO ALGUM, NOS DESVIEMOS DELAS”
(v.1). Por isso é preciso — preste atenção as nestas expressões! - “atentar com
diligência”, “como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande
salvação” (v.3). Esses quatro primeiros versículos do escritor aos Hebreus
afirmam pelos menos duas verdades: [1] É possível o crente salvo e remido
negligenciar, descuidar e faltar com interesse a respeito da verdade do ensino
do Evangelho, o que seria desastroso demais; [2] todo cristão é tentado a
tornar-se e a permanecer indiferente para com a Palavra de Deus. É notória a
preocupação do escritor aos Hebreus acerca da possibilidade, de aos poucos, e
paulatinamente, o crente salvo se distanciar do Filho de Deus, mergulhando na
mais terrível apostasia. Essa preocupação, o autor de Hebreus desdobrará melhor
nos próximos capítulos. Por isso, é importante você ressaltar esse ponto nesse
primeiro tópico.
Sugestão
Pedagógica
Ao
final da aula, retome o ponto central da presente lição, conforme consta na sua
revista de professor: “Precisamos ser vigilantes e não negligenciar a salvação
divina”. Leia com a classe e, em seguida, ore com os alunos, rogando ao Pai por
vigilância e perseverança em Cristo.
Lição
da Revista Completa
Lição
3, Central Gospel, Cristo, Nosso Salvador Perfeito
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO - Hebreus 2.7-15
7
Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste e
o constituíste sobre as obras de tuas mãos.
8
Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou
todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas, agora, ainda não
vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas;
9
vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco
menor do que 10os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de
Deus, provasse a morte por todos.
11 Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas e mediante quem
tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse, pelas aflições, o
Príncipe da salvação deles.
12
Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um;
por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo:
Anunciarei
o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação.
13
E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim e aos
filhos que Deus me deu.
14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele
participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o
império da morte, isto é, o diabo,
15
e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à
servidão.
TEXTO
ÁUREO
Porque,
naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são
tentados.
Hebreus
2.18
SUBSÍDlOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª
feira -João 17.24-26 O Filho possui a mesma glória do Pai
3ª
feira - João 5.16-18 Jesus é igual a Deus feira - Filipenses 2.1-8
4ª
feira - Filipenses 2.1-8 Cristo renunciou à Sua autoridade celestial
5ª
feira - Efésios 2.8; Tito 2.11 Somos salvos pela graça
6ª
feira - Romanos 5.1-7 Somos justificados por meio de Cristo
Sábado
- Hebreus 2.1-3 Atentando com diligência para a salvação
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
Segundo
as Escrituras, há uma só personalidade em Cristo, mas duas naturezas: a humana
e a divina, denominada união hipostática. Ambas eram de tal modo unidas e
relacionadas que formavam uma única personalidade, uma unidade pessoal. O
capítulo 2 da carta aos Hebreus destaca a humanidade de Jesus; além disso,
enfatiza a necessidade de redenção da humanidade.
RESUMO
GERAL DA LIÇÃO 3
1-
O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO
1-1-
A razão da encarnação.
1-2-
Como Deus pôde ter-se tornado homem?
1-3-
Cristo assumiu o senhorio messiânico.
1-4-
Cristo venceu a morte.
2-
A GRANDE SALVAÇÃO EM JESUS
2-1-
Jesus é o autor da salvação.
2-2-
Somos herdeiros da salvação
2-3-
Advertência contra o desvio da fé
1-1-
A razão da encarnação.
O
próprio Deus tornou-se homem para dar ao gênero humano uma ideia concreta,
definida e palpável do que seja a pessoa que devemos ter em mente quando
refletimos sobre o Ser Supremo. Deus é Jesus, o Homem. Seu aparecimento na
terra é o acontecimento central de toda a história. O Antigo Testamento fornece
o cenário para esse aparecimento. O Novo Testamento descreve-o. Cristo encarnou
(fez-se homem) para cumprir Sua missão salvífica (Hb 2.10-18); mantendo, porém,
Sua natureza divina, sendo um com o Pai (Jo 10,30) e superior aos anjos. O
escritor de Hebreus demonstrou que o Filho eterno adentrou a Criação,
tornando-se homem e, por meio disso, tornou-se, temporariamente, menor do que
os anjos (Sl 8; Fp 2.8,9).
1-2-
Como Deus pôde ter-se tornado homem?
O
fato de um Deus infinito e eterno ter encarnado e vivido entre os homens,
limitando Seu poder e glória, ultrapassa a compreensão humana. Este é, sem
dúvida, um mistério da fé. Jesus não assumiu a natureza angélica para salvar
anjos caídos (2 Pe 2.4; Ap 12.7-9); antes, assumiu uma posição inferior à dos
anjos para fazer-se Homem. Enquanto esteve aqui na terra, Cristo tornou-se
semelhante aos irmãos (Hb 2.17), sem pecar (Hb 4.15). Antes de vir ao mundo, o
Filho desfrutava de completa igualdade com o Pai (Jo 17.24). Mesmo em forma
humana, Sua natureza essencial permaneceu inalterada: Ele ainda era Deus (Jo
5.18).
A
superioridade de Cristo não foi cancelada pelo fato de Ele ter vindo ao mundo
como homem (Hb 2.5-13), tampouco pelo fato de Ele ter sofrido como tal (v. 14-18).
Na verdade, Jesus abriu mão, voluntariamente, da Sua autoridade celestial,
para, com isso, retirar o pecado do mundo (Fp 2.7,8). Cristo desfez-se do
esplendor da Sua posição para identificar-se com a humanidade pecadora.
SUBSÍDIO
1
"Nunca
alguém tão grande fez-se tão pequeno, para tornar grandes os pequenos."
(Augusto Cury).
1-3-
Cristo assumiu o senhorio messiânico.
Como
resultado da encarnação, Cristo veio a tomar posse de algo que antes não estava
necessariamente disponível. Era dele, de Jesus, o direito de Primogeni-tura,
mas foi a partir de Sua encarnação, morte e ressurreição que surgiu o senhorio
messiânico. Em essência, Cristo sempre foi o Filho de Deus, mas isto não fazia
dele o messias; era necessário que Ele se tornasse o Filho do Homem.
1-4-
Cristo venceu a morte.
Foi
por meio da morte de Jesus que se abriu para nós o novo e vivo caminho de
reconciliação com o Pai. Foi por meio da Sua morte que recebemos a vida. Jesus
veio para morrer, não como um mártir, mas como um redentor. Seu sacrifício foi
vicário, substitutivo, expiatório e purificador. A cruz conduziu Jesus à coroa,
e o sacrifício pavimentou o Seu caminho para a glória (Fp 2.9-11). A humilhação
desembocou na Sua glorificação. Ao ressuscitar e ascender aos céus, Jesus
quebrou a espinha dorsal da morte: Ele matou a morte com Sua morte e triunfou
sobre ela em Sua ressurreição. Tendo arrancado o aguilhão da morte, o Filho de Deus
deu-nos a vitória sobre ela também (1 Co 15.54,55).
2-
A GRANDE SALVAÇÃO EM JESUS
2-1-
Jesus é o autor da salvação.
Salvação
não significa apenas livramento do inferno. O termo abarca todos os atos e
processos Transformadores da parte de Deus, por meio de Jesus, o redentor,
nesta vida e na que está por vir. Cristo é a base suficiente para a salvação.
2-2-
Somos herdeiros da salvação
A
referência à tão grande salvação (Hb 2.3) figura no Novo Testamento, apontando
para aqueles que fizeram de Cristo seu salvador; por isso, eles são herdeiros
da salvação (Hb 1.14). Cristo, como mediador, é o grande ministro de Deus na
obra de redenção. O Espírito Santo é o grande ministro de Deus e de Cristo na
aplicação desta redenção.
2-3-
Advertência contra o desvio da fé
Depois
de apresentar o quadro da superioridade de Cristo em relação aos anjos, o
escritor aos Hebreus é levado, pelo Espírito Santo, a advertir os destinatários
da carta, quanto às coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos
desviemos delas (Hb 2.1). Mais adiante, em Hebreus 6.19, o escritor utiliza a
ilustração de uma âncora para mostrar o quanto podemos confiar nas promessas de
Deus. A principal causa dos problemas espirituais tem relação com o descuido:
negligencia-se a Palavra de Deus, a oração e a comunhão (Hb 10.25). São os
cristãos que se movem, não a âncora.
CONCLUSÃO
Cristo
não é apenas o último Adão, mas também o perfeito autor da salvação (Hb 2.10
ARA).Olhando de volta para a Lei do Antigo Testamento, o escritor de Hebreus argumenta:
se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e
desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não
atentarmos para uma tão grande salvação (Hb 2.2,3)? Não nos esqueçamos, pois,
desta realidade: precisamos manter fixos os nossos olhos no autor da nossa
salvação. Porque Jesus é maior do que os profetas e os anjos, existe uma maior
responsabilidade para aqueles que ouvem a mensagem e aceitam-na; e um maior
juízo para aqueles que não o fazem.
ATIVIDADE
PARA FIXAÇÃO
1.
No contexto do Antigo Testamento, qual o sentido da palavra salvação?