Pr. Henrique EBD NA TV 99 99152-0454

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Lição 2 - O Propósito da Tentação, 3parte

    Lição 2 - O Propósito da Tentação, 3parte
III – PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3-4, 12.)
1. Para provar a nossa fé (v.3)
Tg 1.12 A Bíblia Sagrada aprofunda o significado de bem-aventurado para incluir uma alegria profunda que vem do recebimento da graça de DEUS. Da mesma maneira que os atletas perseveram no seu treinamento para melhorar a sua capacidade e a sua resistência para a competição, os cristãos também perseveram no treinamento espiritual ao suportarem, com perseverança, a provação (versão RA), que irá trazer maturidade e integridade.
As provações de hoje se parecerão com um treinamento quando nós enfrentarmos os desafios de amanhã. A maneira de entrar no círculo vencedor de DEUS é amá-lo e permanecer fiel a Ele, mesmo sob pressão. Existe uma linha de chegada. Há bons resultados pelo caminho - o progresso espiritual tem marcadores de quilometragem.
Mas as provações desta vida estão limitadas a esta vida. Algum dia, as provações terminarão. O primeiro capítulo da carta de Tiago nos ensina que o objetivo de longo prazo de DEUS para nós é a maturidade e a integridade, mas o seu objetivo eterno para nós é a coroa da vida, uma expressão rica em esperança. O crente que suporta com perseverança, confiando em DEUS, terá uma vida que, embora não seja cheia de glória nem de honra, ainda é verdadeiramente abundante, alegre, e vitoriosa. Suportar as provas da vida dá aos crentes um sabor de eternidade, mesmo no presente. Esperar por esta maravilhosa recompensa e por aquele que a apresentará a nós pode ser uma fonte de resistência e coragem em tempos de provações (veja também 1 Co 9.24-27; 2 Tm 4.7,8). Os cristãos podem se considerar verdadeiramente bem-aventurados, não importando quais sejam as suas circunstâncias exteriores, porque a eles foi prometida a coroa da vida.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 665-666.
Quando somos provados precisam os estar de olho na recompensa (1.12). Quando DEUS nos prova é para o nosso bem, por isso somos bem-aventurados. Quando somos provados, desenvolvemos a paciência triunfadora. Quando somos provados somos aprovados por DEUS. Quando somos provados somos galardoados por DEUS. Quando somos provados temos a oportunidade de demonstrar nosso amor por DEUS. A Bíblia diz que nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória (2Co 4.17). Como Lutero expressou no hino Castelo Forte, ainda que percamos família, bens, prazeres. DEUS continua sendo nosso castelo forte.
Herbert Lockyer narra uma história que lança luz sobre essa questão.
A história é contada por uma mulher piedosa que, tendo enterrado um de seus filhos, recolheu-se a sua melancolia. Contudo, quando leu o Salmo 18.45: ‘Vive o Senhor’, foi consolada. Então, outro filho morreu. Ainda assim, ela permaneceu calma e confiante, enquanto dizia: ‘o consolo pode morrer, mas DEUS está vivo’. Porém, o mais pesado golpe de todos ocorreu quando o seu amado esposo morreu, e ela quase foi subjugada pelo sofrimento. Mas sua filha que sobrevivera, observando como antes sua mãe falava para confortar-se a si mesma, perguntou-lhe, desconsolada: ‘DEUS morreu, mamãe? DEUS morreu?’. Isso alcançou o dolorido coração daquela mulher, e a sua antiga confiança no DEUS vivo retornou. O fato de sermos provados nos capacita, não apenas para recebermos recompensa futura, mas também nos equipa para sermos usados por DEUS agora. Li algo maravilhoso que nos ajuda a entender esse princípio: O processo utilizado no passado para o cultivo das árvores que se tornariam os mastros principais dos navios militares e mercantes era assim: os grandes construtores de navios selecionavam as árvores localizadas no topo das altas colinas para, provavelmente, virem a ser o mastro de um navio. Então, eles cortavam todas as árvores que as circundavam e que protegeriam da força do vento as árvores escolhidas. Com o passar dos anos, e com os fortes açoites dos ventos contra aquelas árvores, elas cresciam e se tornavam mais fortes ainda, até que, finalmente, estavam suficientemente firmes para serem o mastro de um navio.
LOPES. Hernandes Dias. TIAGO Transformando provas em triunfo. Editora Hagnos. pag. 23-24.
 
Tg 1.12 “Bem-aventurado”: a palavra constitui praticamente uma continuação das bem-aventuranças de JESUS (Mt 5.3-11). Não se trata de verdades gerais. Não são verdadeiras “em si”, mas apenas verdadeiras em e por meio de JESUS CRISTO, por meio do Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO. Em sua graça DEUS concede o maravilhoso prêmio à nossa porçãozinha de aprovação, que na verdade vive a cada instante da fidelidade dele.
a) Quem é “ditoso”? “A pessoa que carrega (ou “suporta”) com perseverança a provação”. Trata-se de um verbo derivado do grego “paciência”, “permanecer por baixo”, hypomoné (cf. o comentário a Tg 1.3). Portanto, é importante não tentar escapar das múltiplas provas de DEUS, mas perseverar nelas por amor e para louvor dele: seja sob o peso que significa sermos atribulados por causa da obediência de fé – condições precárias, tarefas difíceis, pessoas que nos causam problemas, preces aparentemente não atendidas – seja (conforme a composição da palavra) debaixo da tribulação de nos encontrarmos, em um aspecto qualquer, ou até mesmo em vários aspectos, humanamente no lado obscuro da vida.
b) “Bem-aventurado” em que sentido? Desde já, porque o beneplácito de DEUS repousa sobre nós quando, pelo amor de nosso Pai, suportamos aquilo que nos foi ordenado como filhos de DEUS. Mas DEUS por sua graça nos presenteará principalmente no alvo com o grande prêmio de vitória: “Porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida.” O termo grego stéphanos significa os louros da vitória na competição esportiva. Como ficaremos pasmos quando DEUS responder de forma tão maravilhosa à nossa corrida cristã, na qual de fato nos guiamos pela palavra: “Deste-me trabalho com os teus pecados e me cansaste com as tuas iniqüidades” (Is 43.24). “Lá soará, DEUS coroará: só ele salvação trará” (Philipp Friedrich Hiller [1699-1769]). – “A vida” é a definição de conteúdo daquilo que a coroa representa. Por isso pode ser traduzida: “Receberá a coroa, a saber, a vida.” Ou seja, a única coisa chamada vida, nosso Senhor JESUS CRISTO, o grande DEUS, sua comunhão eterna. “Estaremos com o Senhor eternamente” (1Ts 4.17). Quem tem JESUS tem tudo. “Contigo está a fonte da vida, e em tua luz vemos a luz” (Sl 36.9). “O Senhor é meu bem e minha porção” (Sl 16.5; cf. também 1Jo 1.2).
“Que DEUS prometeu”: cf. Jo 3.16,36; 10.28; Rm 6.23; Cl 3.4; 1Ts 4.17b. DEUS fez promessas. Penhorou sua palavra. Ele há de resgatá-la, inclusive quando parece estar atrasado (Hc 2.3; 2Pe 3.9). “A palavra do Senhor é verdadeira; e o que ele promete ele certamente cumprirá” (Sl 33.4).
“Aos que o amam”: em JESUS vemos o que significa amar a DEUS. Por amor ao Pai ele trilhou qualquer caminho, também o mais enigmático: ao sinal dele tornou-se ser humano, “a fim de procurar e salvar o que está perdido” (cf. Fp 2.6ss; Lc 19.10). Segundo o desígnio do Pai, concordou com que os famosos se afastassem dele e somente os sem-nome o seguissem. “Eu te louvo, ó Pai… sim, Pai; porque assim foi agradável perante ti” (Mt 11.25s). Ele também ofertou dor e lágrimas do caminho indizivelmente difícil e enigmático até a cruz como sacrifício ao Pai (Hb 5.7). Amar a DEUS: entre nós isso também inclui precisamente que por meio do ESPÍRITO de JESUS suportemos, segundo sua orientação e por amor ao Pai, caminhos incompreensíveis e sinas aparentemente absurdas: “Sim, Pai, de todo coração, o fardo teu carregarei” (Paul Gerhardt).
Fritz Grünzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
 
Provação, dificuldades, problemas, sofrimento, tribulação, depressão, seja qual for o nome que damos às adversidades e às tragédias da vida, a verdade absoluta é que não é fácil enfrentá-las. O ser humano pode ser forte, inteligente, brilhante ou, até mesmo, o maior gênio da matemática, e ainda assim não estar imune aos dramas da vida. Como aconteceu com John Forbes Nash Jr. Que ainda jovem fez uma descoberta revolucionária no campo da matemática que anos depois lhe renderia o prêmio Nobel de Economia. Mas mesmo para uma mente brilhante como a de Nash não foi suficiente para que ele ficasse imune à esquizofrenia que quase destruiu sua vida, carreira e casamento.
A adversidade náo escolhe a classe social, baixa ou alta; a escolaridade, analfabeto ou doutor; a beleza, bonito ou feio; a religião, cristão ou pagão nem o grau de espiritualidade, infiel ou comprometido.
Ela é uma fatalidade, parte de um mundo caído. E parte de um mundo que vive no mal, que herdou as consequências da rebelião do primeiro casal que teve o privilégio de ver DEUS face a face.
Mas independentemente desse drama que vivemos, nós, como servos do Senhor, podemos experimentar e viver de forma diferente mesmo diante dos problemas e das provações que o mundo nos prepara.
E no versículo 12, Tiago, novamente, vai de forma contundente contra tudo aquilo que o mundo nos apresenta como resposta fácil quando afirma que existe maior alegria no fato de perseverarmos na provação, porque depois de aprovados receberemos o grande prêmio, a coroa da vida, que DEUS garantiu entregar àqueles que o consideram acima de tudo nessa vida. Tiago começa dizendo “feliz” ou “bem-aventurado” é a pessoa que persevera na provação. O grande dilema e mesmo ironia dessa bem-aventurança é que ela pressupõe a felicidade quando nós nos encontramos em um estado deplorável. É fácil abraçar aquilo que o salmista diz: “Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios” (SI 1.1). É certo que ninguém em sã consciência iria para a porta de um botequim para se aconselhar com bêbados sobre sua vontade de abrir um negócio. Qual a felicidade que alguém encontraria seguindo conselhos dessas pessoas? Por isso, é muito fácil perceber que feliz é aquele que tem sua satisfação na lei do Senhor (SI 1.2). Por outro lado, é muito mais difícil aceitar que exista felicidade em se perseverar na provação. Todos nós já tivemos nossos dias difíceis. E quantos se animam com os famosos: “Não chora”; “Deixa disso, não vale nem a pena se estressar”; “Ah, isso vai passar”; “Levanta a cabeça, esquece isso, tudo vai ficar bem”; “Nada como um dia após o outro”; “Você tem que ser forte”. Se tivéssemos essa força, não seria exatamente isso que estaríamos fazendo?
Mas independentemente de ser tão difícil abraçar o que Tiago diz, ainda assim, é verdade que feliz é aquele que persevera. Por mais doloroso que seja aceitar, há felicidade mesmo quando nos encontrarmos em um estado miserável. O próprio mundo nos dirá que somos coitados por estarmos nesse estado. Ou muitos de nós olham para as pessoas em dificuldade como coitadas e miseráveis. A razão disso é que definimos a miséria das pessoas pelo que elas passam. Só que DEUS define nossa miséria não pelo que passamos, mas pelo que deixamos de alcançar. Por essa razão, Tiago nos ensina que feliz é a pessoa que persevera na provação. A felicidade aqui está ligada a perseverança. Como Tiago já havia mencionado nos versículos 3 e 4: “pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. [...] E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros Não temos outra saída, pois, como cristãos, precisamos praticar a perseverança a fim de alcançar um caráter perseverante. Da mesma forma que um atleta persevera ou passa por estresse físico para alcançar um grau maior de resistência, assim também acontece conosco, os cristãos. Precisamos resistir aos testes ou às tribulações da vida a fim de obter a perseverança espiritual que trará perfeição. Diante dos problemas, temos que zelar pela nossa atitude diante de DEUS. Não devemos permitir que entremos na murmuração que leva ao desespero. Mas como o autor de Hebreus escreveu devemos “suportar as dificuldades como disciplina. DEUS nos trata como a seus filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai?” (Hb 12.7). Tribulação para o não cristão é punição, mas para o cristão é teste, uma verdadeira prova de amor do Pai. Como escreveu Thomas M.: “Uma pessoa pode não ser sempre feliz quando tudo acontece segundo os seus próprios desejos, mas ela pode resistir e perseverar o mal com vitória e paciência”. E a perseverança é alcançada na provação, ou seja, durante a tempestade. DEUS quer de nós dependência, confiança nele, ou seja, quer que nos apoiemos nele. O cristão chora. O cristão sente dor. O cristão se humilha diante de DEUS. Ele clama ao pai por socorro. Ele persevera na provação. Como JESUS disse: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39). Quando JESUS disse isso ele estava sendo poético e politicamente correto com suas palavras? E claro que não. JESUS estava prestes a enfrentar a morte e ele sabia muito bem disso. Seu próprio sentimento demonstra isso. No versículo anterior, ele dissera que sua alma estava profundamente triste, “tristeza mortal” (Mt 26.38). E o evangelista Lucas nos informa que sua angustia era tamanha que ele orava intensamente, e seu suor era como “gotas de sangue que caíam no chão” (Lc 22.44). Não podemos ser cínicos. Não podemos negar que o sofrimento existe e que ele dói. Ele machuca. As dificuldades física, emocional e econômicas desta vida são reais. A vida é repleta de problemas. Não temos como fugir dessa realidade. Somos pessoas vulneráveis a tudo. Basta um vírus, e ficamos de cama. Basta uma mudança de tempo, e pegamos uma gripe. Basta uma noite mal dormida, um pouco de estresse, falta de comida e uma queda na pressão sanguínea que perdemos os sentidos, como acontece com aqueles que sofrem de síncope do vaso vagai.
Mas será que DEUS está pedindo que tenhamos fé a ponto de ignorar ou fazer de conta que não estamos sofrendo ou que não sofremos de forma alguma porque somos supercrentes? De forma alguma! Não é vergonha nem pecado um cristão ficar doente ou sofrer, sentir-se frágil. Isso é ser humano. Como Paulo afirmou: “por amor de CRISTO, vos foi concedido não somente crer nele, mas também sofrer por ele” (Cl 1.29, A21). Contudo, o Senhor espera que não vivamos presos, limitados nem acorrentados pelas tragédias da vida de tal forma que nos impossibilite de ver além do nosso próprio problema. Pois assim deixamos de enxergar tudo aquilo que de mais precioso ele tem nos dado e nos preparado para receber. Como disse o profeta Habacuque: “mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimentos na lavoura, nem ovelhas no curral, nem bois nos estábulos, ainda assim, eu exultarei no Senhor e me alegrarei no DEUS da minha salvação” (3.17,18).
As aflições externas só serão o mal maior, se DEUS não for nosso bem maior. Por isso, rejeitar nossa situação não é o caminho, mas o caminho é perseverar na nossa provação.
Provação e tentação traduzem a mesma palavra grega (peirasmos). Esta deve ser a razão que Tiago trata dos dois sentidos nesse parágrafo. Primeiro, ele trata da felicidade do homem que persevera na provação (certamente, a melhor opção no v. 12). Todo tipo de sofrimento atinge o homem em conseqüência da queda de Adão e a maldição que foi pronunciada contra o mundo por DEUS. O apóstolo Paulo escreveu: “Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada. A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de DEUS sejam revelados. Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de DEUS” (Rm 8.18-21).
A felicidade dos que perseveram nas provações e são aprovados (,dokimos, v. 2) culmina no galardão de receber a coroa da vida (v. 12). Essa coroa (stephanos, grinalda, uma coroa de folhas) correspondia nos jogos olímpicos à medalha de ouro nos dias atuais. A aprovação do Senhor resulta na honra concedida a um vencedor. Todo cristão que não desiste, mas persevera, será reconhecido como vencedor, recebendo a coroa da vida, prometida por DEUS para aqueles que o amam.
Paulo afirma que ele corre para ganhar o prêmio que ele também chama de coroa (stephanon). Enquanto os que correm no estádio correm para uma coroa ou grinalda que perece, Paulo esmurra seu corpo para ganhar a corrida de DEUS. A grinalda que o Senhor lhe dará não perece (ICo 9.25), mas durará para sempre. A permanente e duradoura confirma que a vida eterna nunca acabará. Novamente, em 2Timóteo, Paulo, pouco antes de sua decapitação em Roma, expressa sua confiança em ser galardoado com uma coroa (stephanos) de justiça (4.8). Todos os justificados (declarados justos pela graça) receberão a coroa que os identifica como perfeitos, sem mácula ou mancha de pecado.
A coroa é o emblema de sucesso espiritual concedido pelo Rei do universo àqueles que mantêm sua fé. Talvez tenha sido desse versículo que C. S. Lewis tenha tirado a ideia de coroar os jovens vencedores Pedro, Edmundo, Susana e Lucia, no final de sua primeira aventura, contra a Rainha má de Nárnia, pois eles passaram no teste da fé e perseveram até o fim.
E coroa da vida aqui pode ser entendida como a coroa que é a vida que DEUS nos premiou. Essa vida é sem dúvida a vida eterna, o desfrutar da presença de DEUS na eternidade. Em Apocalipse 2.9 e versículos seguintes, JESUS diz para os cristãos que estão sofrendo que aqueles que perseverarem que o prêmio será a vitória sobre a morte. “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Ultimo, que morreu e tornou a viver. Conheço as suas aflições e a sua pobreza, mas você é rico! Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus, mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás. Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida. Aquele que tem ouvidos ouça o que o ESPÍRITO diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte’.
JESUS conhece nossa aflição. Ele sabe onde está localizada nossa dor. Ele conhece exatamente o que estamos passando. E ele pede de nós coragem? Ele diz para nós “deixarmos disso”, ou “sairmos dessa”? Não. Ele pede de nós fidelidade. Ser fiel, mesmo em caso de ter que enfrentar a morte. Esse versículo de Tiago é um dos mais apocalípticos de todo o livro. Pois ele está olhando para o presente: as nossas dificuldades e provações hoje, mas nos chamando para uma disposição futura. É impressionante como, em grande parte da Bíblia, a questão do sofrimento está relacionada com o presente e o futuro.
O presente sempre sendo o momento que experimentamos nosso sofrimento, e o futuro sendo sempre nossa âncora na qual devemos nos apoiar. Parece que, de alguma forma, o Senhor quer nos ensinar que o sofrimento nessa vida, no presente, é inevitável. Em parte, é inevitável por estarmos em um mundo caído, corrompido e contaminado pelo pecado. E focalizar no sofrimento, na dor, no problema, na tribulação só agrava o fato como se fosse uma forma que o mundo encontrou para nos distanciar de DEUS. Mas o encorajamento do Senhor está em nos ensinar e nos impulsionar a olhar para além do sofrimento na expectativa e na esperança daquilo que ele está reservando para nós para toda a eternidade.
Por pior que sejam os nossos sofrimentos, e eles são legítimos e verdadeiros, Paulo diz que eles ainda assim se quer podem ser comparados com a glória que em nós será revelada (Rm 8.18). Ou ainda que eles, embora nada mais sejam do que leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles (2Co 4.17). Por essa razão, precisamos fixar os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno (v. 18).
De alguma forma sobrenatural encontraremos força mudando nosso foco do problema para a glória aguardada da herança que receberemos no momento prometido. Além disso, é necessário reconhecer a própria limitação do período de sofrimento atual que é passageiro, mesmo que para muitos de nós algumas horas de angústia pareçam representar uma vida inteira de sofrimento. E se falhamos em ter uma visão correta e certa de nosso futuro, falharemos em uma abordagem correta e equilibrada do nosso presente. Viveremos no tormento da dor sem esperança. Ficaremos desanimados e desmotivados com a própria vida, e muito mais ainda com a vida cristã. Estaremos nos culpando por não agirmos como deveríamos, e a tendência de correr para mais longe de DEUS, por conta da própria sensação e sentimento de falência espiritual, por saber como devemos agir e acabar agindo de outra forma.
Como é lastimável pensar que existem muitas pessoas enganando e sendo enganadas com essa ideia diabólica de que o crente 11.10 sofre, o crente não fica doente. Quando o que a Bíblia mais afirma é que o sofrimento é real. Que os problemas machucam, doem. Que essa vida não é fácil não. E essa mentira nos tenta a encobrir uma realidade que é impossível de ser coberta. E tão impossível encobrir e mascarar o sofrimento como cobrir o mar ou impedir que o sol apareça. Podemos e tentamos fazer de tudo — correr para médicos, tomar remédios, fazer tratamentos, praticar esportes, alimentar-se bem, mas a verdade é que a vida neste mundo pressupõe dor, angústia e tribulação.
Seria utopia achar que o sofrimento é injusto tanto quanto que DEUS é injusto por permitir que o mundo seja assim. Por outro lado, o lado melhor da moeda, é que DEUS não nos criou para a terra, mas para o céu. E pode um crente viver no presente sem a visão do céu? O presente que recebemos no meio de tudo é um chamado para focalizarmos nossa pátria verdadeira (Fp 3.20).
Por isso, a constância e a perseverança têm grande valor para DEUS. O apóstolo Paulo disse que DEUS retribuirá a cada um conforme o seu procedimento’. Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade (Rm 2.6,7). Na competição dos jogos, a perspectiva de ganhar o prêmio serve de estímulo para os atletas. Também, para todos os que perseveram na corrida cristã, apesar das aflições e oposição, DEUS oferecerá a coroa da vida.
Russell P. Shedd,. Edmilson F. Bizerra. Uma Exposição De Tiago A Sabedoria De DEUS. Editora Shedd Publicações.
 
Tg 1.3 Embora a nossa tendência seja pensar nas provas como uma maneira de testar o que não sabemos ou não temos, passar por uma prova deveria ser uma oportunidade positiva para provar aquilo que aprendemos. Esta prova à nossa fé é um teste que tem um objetivo positivo. Neste caso, os problemas não determinam se os crentes têm fé ou não. Os problemas fortalecem os crentes, acrescentando paciência à fé que já se encontra presente. A paciência é a fé ampliada; ela envolve a confiança em DEUS por um período muito longo de tempo. Tiago náo está questionando a fé dos seus leitores — ele supõe que eles confiam em CRISTO. Ele não está convencendo as pessoas a terem fé; ele está encorajando os crentes a permanecerem fiéis até o fim. Tiago sabe que a fé deles é verdadeira, mas esta fé precisa amadurecer.
Não podemos conhecer verdadeiramente a nossa própria profundidade até que vejamos como reagimos sob pressão. Diamantes preciosos começam sendo carbono, sujeitos a uma pressão intensa durante algum tempo. Sem pressão, o carbono continua sendo carbono.
A prova da sua fé é a pressão contínua que a vida exerce sobre você. A paciência, como uma pedra preciosa, é o resultado desejado deste teste. A paciência não é uma submissão passiva às circunstâncias; é uma resposta forte e ativa aos eventos difíceis da vida, mantendo-lhe em pé à medida que você enfrenta as tempestades.
Não é simplesmente a atitude de suportar as provações, mas sim a capacidade de convertê-las em glória e superá-las.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 663.
 
Aprova da nossa fé (v. 3) fortalece nossa paciência. JESUS disse: “E na vossa paciência que ganhareis a vossa alma” (Lc 21.19, ASV). Tiago não nos dá este conselho com base na sua autoridade pessoal. Sabendo que significa: “Descubram por conta própria”. O tempo do verbo sugere uma ação progressiva e contínua — descobrindo continuamente. O apóstolo diz, na verdade: “Procurem ser alegres e perseverantes e vejam se não é a melhor maneira de lidar com as suas provações”.
E por que deveríamos continuar provando? Tasker responde: “Para que os cristãos sejam perfeitos e completos, avançando até alcançar a vida equilibrada de santidade perfeita e íntegra”.3 Essa é a vontade de DEUS para o cristão. A exortação aponta para uma santidade representando o alvo mais elevado da maturidade cristã. Mas essa maturidade não deve estar dissociada do cumprimento do mandamento do nosso Senhor e da sua provisão para alcançar esse elevado nível de santidade. A palavra perfeitos é a mesma que JESUS usou quando instruiu seus seguidores: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.48).
A. F. Harper. Comentário Bíblico Beacon. Tiago. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 155.
 
Tg 1.3 a) Aprendemos a paciência. “Pois tendes o conhecimento de que o teste de autenticidade de vossa fé produz paciência.” O termo grego para “paciência”, hypomoné, significa também “perseverança”, “constância”, literalmente “permanecer por baixo”, debaixo das condições difíceis, das tarefas onerosas, dos sofrimentos físicos e psíquicos etc., permanecer debaixo de DEUS e de sua vontade, no lugar em que ele nos colocou. Nossa natureza humana perde a paciência diante das adversidades. Mas em que sentido, afinal, as tribulações produzirão paciência nos cristãos?
Paulo escreve: “Estais radicados nele”, em CRISTO (Cl 2.7). As tribulações são capazes de nos prestar o serviço de nos ensinar a enraizar-nos cada vez mais profundamente em DEUS, a agarrar-nos cada vez mais firmemente a ele. É como as árvores fazem na natureza: as de raízes rasas são derrubadas, uma depois da outra, pela tempestade. As faias solitárias sobre os montes agarram-se cada vez mais firmemente às rochas nas ventanias. Consequentemente, nossa constância se fortalece cada vez mais nos testes de autenticidade. – Igualmente colhemos experiências com nosso Senhor, como p. ex.: “Ele tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir, ele empobrece e enriquece; abaixa e também exalta” (1Sm 2.6s). Em novas provações saberemos por experiência própria: não há motivos para resignar. Sabemos o que podemos esperar de DEUS nas provações, qual é o método de nosso DEUS: ele socorre na aflição e, na hora certa, também ajuda a sair dela. Em certas circunstâncias, outros, ainda iniciantes na fé, poderão aprender algo com a tranquilidade, serenidade e certeza daqueles que há muito vivem com seu Senhor e em muitas provações já colheram numerosas experiências com ele. “… que têm sido exercitados” (Hb 12.11). Ademais é importante que preservemos as experiências de tribulações anteriores para a atualidade e o futuro, para nós e outros (Sl 77.12) e as façamos frutificar em determinadas ocasiões.
Fritz Grünzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.
 
2. Produzir a paciência (v.3,4)
Similar à sua lista de fraquezas de 4.8-10, esta lista inclui aflições, necessidades e angústias que a maioria dos pregadores não apresentaria perante seus ouvintes.
Por pregar a CRISTO, Paulo tinha sido açoitado. Em 11.23-25, Paulo lembra que tinha sido açoitado cinco vezes pelos judeus.
Ele também tinha sido espancado com varas pelas autoridades civis em três ocasiões diferentes. Lucas registrou, no livro de Atos, que Paulo e Silas sofreram esta punição em Filipos (veja At 16.23,24).
Paulo tinha sido aprisionado em Filipos (At 16.23). Em praticamente todas as cidades, Paulo tinha enfrentando tumultos, normalmente provocados pelos judeus rancorosos. Em Antioquia da Pisídia, os judeus incitaram os homens e mulheres influentes da cidade para expulsá-lo daquela cidade (At 13.49-52). Em Icônio, os cidadãos tramaram apedrejar Paulo até a morte (At 14.5,6). Em Listra, uma multidão irritada o apedrejou, e, milagrosamente, ele sobreviveu e seguiu até a cidade seguinte para pregar o Evangelho (At 14.19). Em Filipos, uma multidão cercou Paulo e Silas e os aprisionou (At 16.19-24).
Em Tessalônica, uma multidão que procurava Paulo cercou a casa de Jason (At 17.5). Em Éfeso, uma multidão de ourives enraivecidos atacou os companheiros de viagem de Paulo (At 19.23-41). Mesmo durante o ministério de Paulo entre os coríntios, os judeus de Corinto o prenderam e o levaram diante do governador (veja At 18.12-17). Em toda parte onde Paulo pregava o Evangelho, ele encontrava-se com multidões inflamadas. Ele esperava oposição, mas também esperava que JESUS o guiasse nestas situações difíceis (veja 1.3-7).
Depois de listar algumas das aflições involuntárias que tinha enfrentado, Paulo mencionou as aflições que ele havia suportado voluntariamente pela causa do Evangelho. Paulo não apenas enfrentou obedientemente todos os tipos de oposição a CRISTO, como também fez sacrifícios pessoais para poder continuar a anunciar as boas novas. Paulo tinha trabalhado até a exaustão para não se tornar um peso para as pessoas a quem estava pregando, em especial para os coríntios (veja 11.9). Em Tessalônica, ele trabalhou noite e dia; talvez isto lhe tenha causado algumas daquelas noites sem dormir, em vigília (1 Ts 2.9; 3.8). Talvez algumas destas vigílias voluntárias não tivessem sido passadas em trabalho físico, mas em orações por todas as igrejas. Além disto, Paulo tinha jejuado muitas vezes. Ele pode ter feito isto para não ser um peso financeiro para as pessoas a quem estava pregando (veja 11.7-10).
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 216-217.
 
Mas como os seus caluniadores coríntios aparentemente sentiram que a honra da indicação feita por DEUS significava sucesso e proeminência, Paulo teve que ressaltar que até mesmo os seus sofrimentos eram demonstrações da autenticidade do seu apostolado (4-5).201 Em tudo - possivelmente em todas as ocasiões - Paulo e seus companheiros de trabalho se tornavam recomendáveis (dignos de elogio, cf. 3.1; 4.2; 5.12) como ministros (servos; cf. 6.4; Mt 20.26; Mc 10.43) de DEUS. Redpath sugere que todas as condições mencionadas em 4-10 “fornecem uma plataforma para a exibição da graça de DEUS” na vida dos seus servos.202
Paulo recomenda o seu ministério, primeiramente, na muita paciência (“grande persistência”, RSV). Esta qualidade, muita ressaltada por JESUS (Mt 10.22; 14.13; Lc 8,15; 21.19) e certamente significativa para Paulo (1.6; 11.23-30; Rm 5.3; 1 Ts 1.3), coloca-se no topo de três grupos de provações. O primeiro grupo, no versículo 4, apresenta os sofrimentos de Paulo em termos gerais. Eles podem se referir àquelas dificuldades que são independentes do agente humano, e incluem aflições (cf. 1.3-10; 2.4; 4.8,17; At 14.22; 20.23), todas as experiências de pressão física, mental ou espiritual que talvez possam ser evitadas; necessidades (“privações”, NEB), que não possam ser evitadas; e angústias (“dilemas”, NEB, 4.8), das quais não é possível escapar.
Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. I Coríntios. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 438.
 
«...na muita paciência...» Esta última palavra, no original grego, é «upomone». Trata-se não simplesmente da capacidade de esperar com tranquilidade e sem queixumes, pela concretização de algo que se espera, conforme a definição ordinária da palavra moderna «paciência». Antes, dentro do uso neotestamentário há a ideia de «constância», «fortaleza», «permanência», «perseverança», em face das dificuldades, das perseguições e de um trabalho árduo e prolongado. Por isso mesmo, um elevado lugar é atribuído a essa virtude, nas páginas do N.T., bem como em outras literaturas cristãs. Notemos a «constância de CRISTO», em seus sofrimentos (Pol. 8:2); a fortaleza «similar à de CRISTO» (ver II Tes. 3:5); a «constância» na prática do que é direito (ver Rom. 2:7); a «perseverança dos santos» (em, Apo. 3:10). O Senhor JESUS dava a essa virtude uma importância muito grande, conforme se vê em Luc. 8:16; 21:19; Marc. 13:13; Mat. 10:22 e 24:13. Esta epístola torna a mencioná-la, no trecho de II Cor. 12:12. E nas passagens de I Tim. 6:11; II Tim. 3:10 e Tito 2:2, essa virtude aparece logo depois do «amor», nas listas das virtudes cristãs. Crisóstomo teceu louvores a essa virtude como segue: «É ela a raiz de toda a bondade, a mãe da piedade, o fruto que nunca murcha, uma fortaleza jamais conquistada, um porto que desconhece tempestades». (Hom. 117). O mesmo autor diz em sua Ep. ad Olymp. 7: «(ela é) a rainha das virtudes, o alicerce das ações corretas, a paz na guerra, a calma na tormenta, a segurança nas maquinações, que nenhuma violência humana e nenhum poder do mal poderá prejudicar». Clemente de Roma, ao referir-se às várias virtudes que recomendavam aos apóstolos, deu o primeiro lugar a essa virtude. (Ver Cl. 12:12).
Aquieta-te, minha alma: o Senhor está a teu lado; Suporta com paciência a cruz da tristeza ou da dor; Deixa ao teu DEUS ordenar e providenciar; Em toda a modificação ele permanecerá fiel; Aquieta-te, minha alma; teu melhor e celeste Amigo Por caminhos espinhosos te conduz a um fim feliz. (Katharina von Schlegel).
«Todos os homens aprovam a paciência, embora poucos estejam dispostos a praticá-la». (Tomás à Kempis, 1380-1471, em sua famosa obra Imitação de CRISTO).
«É na vossa perseverança que ganhareis as vossas almas» (Luc. 21:19).
«Tendes ouvido da paciência de Jó...» (Tia. 5:11).
«...aflições...» No grego temos o termo «thlipsis», uma palavra geral que indica várias formas de aflição, produzidas por circunstâncias externas adversas, pelas tribulações, pelas perseguições, pelas angústias mentais e espirituais. A ideia à raiz dessa palavra é «pressão». O verbo grego «thlibo» significa «premir», «espremer», «restringir», «estreitar», e, por conseguinte, «oprimir, «afligir». Esse vocábulo é usado por nada menos de quarenta e cinco vezes nas páginas do N.T., com tais sentidos como «tribulação» (como em Mat. 13:21 e 24:21,29), «aflição» (como em Marc. 4:17 e 13:19); «angústia» (como em I Cor. 7:28); e «perseguição» (como em Atos 11:19).
«...privações...» é tradução do vocábulo grego «anagke», que quer dizer «necessidade», «calamidade». Essa palavra, no original grego, também podia transmitir a idéia da «falta» de algo necessário, ou seja, a redução a uma pobreza extrema. Sabemos que Paulo sofreu assim, porquanto aprendeu como ter abundância e sofrer penúria. (Ver Fil. 4:12). Essa palavra grega, entretanto, pode significar simplesmente «calamidades», «experiências adversas», o que também se verificou na vida do apóstolo dos gentios. Esse vocábulo é empregado por dezoito vezes no N.T., e ambas essas ideias aparecem inerentes nas ocorrências do mesmo. «...angústias...», no grego, é «stenochoria», que literalmente traduzido seria «estreiteza», demonstrando um estado de «confinamento», de «restrição», dando a ideia de angústias, apertos de muitas formas.
É interessante que alguns estudiosos veem certa intensificação crescente das dificuldades mencionadas por Paulo —«Aflições» (II Cor. 1:4,8; 2:4 e 4:7), que podem ser evitadas; «necessidades» (II Cor. 12:10), que não podem ser evitadas; e «apertos» (II Cor. 12:10), do que não há como escapar». (Plummer, in loc.).
«A ideia aqui prevalente é a de pressão e confinamento: cada estágio mais estreito do que o anterior, de tal modo que nenhum espaço é deixado para movimento ou escape». (Stanley, in loc.).
Paulo expressa as suas grandes tribulações mediante o emprego de diversos trios, três ao todo, expressando nove formas de angústia (nos versículos quarto e quinto deste capítulo). Comenta Faucett(ín loc.), acerca disso: «O primeiro trio expressa as aflições em geral; o segundo trio, aquelas que se originam nas violências dos homens; e o terceiro trio, expressa aquelas que ele provocou contra si mesmo, direta ou indiretamente. Tudo isso comprovava o seu direito de exortá-los com autoridade, bem como sua capacidade de servir-lhes de exemplo.
O recital que se segue (nos versículos quarto a décimo deste capítulo) é uma extravasam do coração de Paulo, com o objetivo único de revelar o seu amor, através daquilo que ele teve de tolerar. Tudo começa com a menção de seus sofrimentos físicos, uma lista impressionante, repetida com maiores detalhes em II Cor. 11:23-28. Paulo se regozijava nesses sofrimentos, mas não mediante alguma ufania no martírio, conforme com freqüência os sofrimentos dos santos se transformam em uma espécie de indulgência masoquista. Para Paulo, essas coisas eram as ‘marcas do Senhor JESUS’ (ver Gál. 6:17). Os sinais de seu companheirismo com seu Senhor, o resultado e aprova de sua fidelidade a seu Senhor e à sua mensagem...Em seguida nos é oferecida uma descrição sobre as qualidades que acompanhavam a mensagem do apóstolo. Nisso se encontram os frutos e manifestações do ESPÍRITO SANTO. Essas são as graças que Paulo procurava cultivar, e que ele reputava como essenciais naquele que quisesse recomendar o seu ministério aos outros». (James Reid, ín loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 353-354.
 
II Ts 1.4 Aparentemente, não era costumeiro de Paulo falar, nas igrejas de DEUS, sobre um grupo de crentes a fim de se gloriar de determinadas características. No caso dos tessalonicenses, entretanto, Paulo os elogiou, assim como outros já tinham feito (I Ts 1.7-10).
A palavra hupomone, traduzida como paciência, é a mesma palavra usada em I Tessalonicenses 1.3. Ela retrata não uma aceitação passiva face às dificuldades, mas sim uma resistência ativa contra elas, demonstrada pela fé.
Os crentes tessalonicenses permaneciam fiéis a DEUS mesmo em meio a todas as perseguições e aflições que estavam suportando. Paulo tinha sido perseguido durante a sua primeira visita a Tessalônica (At 17.5-9). Sem dúvida, aqueles que tinham respondido positivamente à sua mensagem e tinham se tornado cristãos continuavam a enfrentar perseguições.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 462.
 
Em linguagem exuberante, Paulo relembra a origem emocionante da igreja tessalonicense. Eles são chamados de amados irmãos... de DEUS (4). A frase de DEUS deve ser colocada depois de irmãos, e não depois de é referindo-se à eleição (cf. AEC, BAB, BJ, NVI, RA). A fraternidade cristã é a fraternidade dos filhos de DEUS que nasceram de novo e estão mutuamente unidos pelo amor e pela vida comum que têm em CRISTO. E muito real e forte. Tais pessoas foram e são amadas continuamente por DEUS (cf. Rm 8.31-39). “Amados por DEUS” (BV) era termo reservado no Antigo Testamento para Israel e pessoas especiais. Em CRISTO, todos os homens tomam parte do privilégio.
Acerca dos tessalonicenses cristãos, Paulo confirma: sabendo... a vossa eleição (4). E comum este conceito bíblico ser erroneamente interpretado ou torcido. Eleição significa escolha, e nas Escrituras os eleitos são aqueles a quem DEUS escolheu para serem seus filhos e herdeiros da vida eterna. A construção grega (4) denota que o ato de eleição de DEUS brota
do seu amor imutável. Há acordo sobre este ponto entre todos os que aceitam as Escrituras como regra. A divisão surge na questão do método e base da eleição. Para um grupo, é a deliberação secreta e eterna de DEUS, sua escolha soberana de certos indivíduos, ao mesmo tempo em que ele ignora os demais. Mas o único ponto de vista consistente com o teor geral
das Escrituras, como também com todas as passagens em questão, é o que ensina que a eleição é a escolha de DEUS para a vida, pela graça, de todos os que salvadoramente creem em JESUS CRISTO. O chamado é universal, de forma que ainda que o princípio no qual a escolha é feita seja decretado eternamente, a eleição não é arbitrária, mas condicional à aceitação da oferta de misericórdia em CRISTO. A escolha é condicional, e, portanto, os eleitos são aqueles que permanecem na fé e perseveram na obediência7 (cf. 2.13-15; 2 Pe 1.10).
Paulo não hesita em insistir no conhecimento da eleição para a salvação pessoal. Tal garantia é promessa das Escrituras. A força da palavra porque, que inicia o versículo 5, denota que a eleição dos tessalonicenses foi deduzida dos fatos indisputáveis de sua experiência. Eles têm “fé”, “amor” e “esperança” (3) em JESUS CRISTO? E estas virtudes se mostram em “obra” (3), por exemplo, afastar-se dos ídolos; em “trabalho” (3), por exemplo, servir ao DEUS vivo e verdadeiro; e em “paciência” (3), por exemplo, esperar dos céus a seu Filho (cf. 9,10)? O auto-exame minucioso não deve suscitar dúvidas ansiosas, mas combater a falsa confiança na bênção de um dia que é apenas lembrança.
Paulo nos lembra o que James Denney denomina de “os sinais da eleição”.
Árnold E. Airhart. Comentário Bíblico Beacon. I e II Tessalonicenses.  Editora CPAD. Vol. 9. pag. 361-362.
 
A terceira razão para o louvor prestado por Paulo aos crentes tessalonicenses é que eles tinham suportado bem as perseguições, não abandonando o poder da fé e nem a constância do testemunho cristão. Os trechos de I Tes. 1:6; 2:14 e 3:2-5 mostram-nos que aqueles crentes estavam sob o assédio da perseguição, quando Paulo lhes escreveu sua primeira epístola; e essa situação teve prosseguimento durante os meses passados entre o recebimento da primeira e da segunda epístolas. Aqueles crentes, tendiam para o desencorajamento por esse motivo; mas o apóstolo dos gentios demonstra como não tinham razão alguma para o desânimo, já que o progresso espiritual deles, que era fator verdadeiramente importante, nada sofrera, sendo tão extraordinário que ele podia elogiá-los perante outras comunidades cristãs, de outras localidades, utilizando-se deles como um exemplo de como os crentes devem confiar em CRISTO e mostrar-se perseverantes sob a opressão.
«Estamos sempre prontos para ver nisso todas as coisas, exceto aquilo que vem de DEUS, os erros feitos pelo o b reiro, os pre co n e eito s de novos discípulos, no sentido que a luz ainda não clareou, e também as falhas de caráter que o ESPÍRITO SANTO não conseguiu vencer; e quando fixamos nossa atenção sobre essas coisas, é apenas natural que nos mostremos inclinados à censura. O homem natural gosta muito de encontrar defeitos; pois isso lhe dá, com pouquíssimo trabalho, o senso consolador de ser superior. Mas é um olho maligno aquele que só pode ver faltas, deleitando-se nelas. Antes de comentarmos as deficiências ou equívocos, que só se tornam visíveis em face do pano de fundo da nova vida, agradeçamos a DEUS pela vida nova, por mais humilde e imperfeita que seja essa forma. Não é necessário que o caráter do crente seja agora o que ainda será. Porém, somos forçados, pela força do dever, pela verdade e por tudo quanto é correto e justo, a dizer:
‘Graças sejam dadas a DEUS por aquilo que ele começou a fazer mediante a sua graça’. Existem pessoas que nunca deveriam ver trabalhos feitos pela metade; e talvez essas mesmas pessoas devessem ser proibidas de criticar as missões, tanto as de âmbito pátrio como as que atuam no estrangeiro. A graça de DEUS não é responsável pelas falhas dos pregadores ou dos convertidos; mas ela é antes a fonte originária de suas virtudes; é a fonte de sua nova vida; é também a esperança do futuro deles; e a menos que acolhamos suas operações com ações de graças constantes, não estaremos em uma atitude mediante a qual a graça divina possa operar em nós».
(Denny, in loc.).
«...nos gloriamos de vós...» Os crentes tessalonicenses não tinham reais motivos para estarem desencorajados; pois o que devia ser realizado, estava sendo realizado. Paulo se «gloriava» neles perante outras igrejas. É usado por ele o vocábulo grego «egkauchomai», que significa «ufanar-se», e que em um mau sentido significa «mostrar-se arrogante». Não era coisa de somenos que o grande apóstolo dos gentios pensasse que o progresso espiritual daqueles crentes era de tal natureza que merecesse jactar-se ele do mesmo de maneira sincera. Isso Paulo disse a fim de encorajá-los em meio às tribulações e descoroçoamentos. Em Corinto (bem como em outras localidades da província da Acaia), Paulo apresentava o caso dos crentes tessalonicenses como um exemplo de como os crentes devem progredir na sua vida espiritual (ver II Cor. 1:1). Outro sim, o trecho de I Tes. 1:8 deixa entendido um contato e uma atividade muito maiores do que aquela concentrada em qualquer província romana isolada. Poucos meses, pelo menos, se tinham passado; e isso teria dado a Paulo tempo de visita diversos territórios, onde poderia ter iniciado novas obras. Não sabemos dizer, entretanto, quanto tempo se passara desde que ele escrevera sua primeira epístola aos Tessalonicenses; mas pelo menos alguns meses teriam sido necessários para que houvesse aqueles novos acontecimentos.
«...igrejas de DEUS...» (Quanto a notas expositivas completas sobre a «igreja», em sua chamada, em sua natureza, em sua missão e em seu destino, ver Efé. 3:10. Ver as notas expositivas sobre a «igreja de DEUS», em I Tes. 3:5,15). Essa expressão também se acha nas passagens de I Cor. 1:2; 10:32; 11:22; 15:9; II Cor. 1:1; Gál. 1:13. No plural temos «igrejas de DEUS»
As igrejas de DEUS são dele (é usado o genitivo possessivo, no o rig in a l grego), pertencem ao Senhor; e também em DEUS elas encontram seu propósito e destino, sua presente existência e sua manutenção partem dele; e é ele quem exerce autoridade religiosa sobre elas, porquanto CRISTO é o Filho unigénito de DEUS e é também o Cabeça da igreja (ver Efé. 1:23).
«Os crentes tessalonicenses não precisavam temer que estavam ocultos em algum posto distante. Nem os homens e nem DEUS deixavam de dar atenção à coragem deles... Seus fundadores e amigos, mesmo à distância, observavam com ufania quão resoluta era a fé deles; ao passo que no processo seguro da providência divina aquela fé tinha um destino todo próprio, porquanto estava vinculada aos desígnios eternos do Senhor».
(Moffatt, in loc.).
É possível que os crentes tessalonicenses tivessem imaginado que o tom de louvor, da parte do apóstolo Paulo, em sua primeira epístola, fosse um tanto exagerado. Mas agora Paulo mostra que em nada ele se, mostrara exagerado. Os seus elogios eram plenamente merecidos por eles, de formas espiritualmente recomendáveis. A vereda pela qual eles tinham começado a andar, a despeito das dificuldades crescentes, agora era exposta novamente como o caminho pelo qual deveriam palmilhar.
« ...constância de f é ...» No grego, a primeira dessas palavras é «upomone», que poderia ser traduzida por «paciência» ou «resistência». Mui raramente, porém, tal termo tem o sentido de «paciência», se emprestarmos a esse vocábulo o sentido de passividade sem queixumes. Por exemplo, Jó, apesar de ser homem de grande paciência, não ficou passivo, e não deixou de queixar-se, conforme os registros bíblicos deixam bem claro. Contudo, em meio à sua tremenda provação, ele se mostrou «resistente», sem jamais ter abandonado a sua confiança no Senhor.
Aqueles crentes de Tessalônica, que sofriam sob a perseguição, mereciam ser elogiados. Podiam eles ficar no aguardo de uma glória que me estava sendo Separada através de sua resistência fiel debaixo da tribulação, visto que eram sais a CRISTO. Por outro lado, seus perseguidores não podiam enganar a si mesmos sob o pensamento que o tratamento desumano que conferiam a outros, ainda que feito em nome a e DEUS, pudesse ser esquecido pelo Senhor ou pudesse deixar de ser devidamente castigado. As leis morais do universo exigem que o homem colha segundo aquilo que tiver semeado; e isso se aplica tanto no caso do incrédulo como no caso do próprio crente.
As ações de um homem e sua conduta na vida tomarão evidente que tipo de colheita ele poderá esperar. O juízo é certo; e não nos deveríamos equivocar a esse respeito, porquanto assim o requerem as leis morais. Doutro modo, se alguém pudesse fazer o mal, sem nunca ser punido, DEUS seria motivo de zombarias e o mundo não passaria de caos. Por outro lado, o bem que os homens praticam não pode deixar de ser notado pela mente divina. Mas naturalmente, embora isso não seja destacado no presente texto, o juízo será disciplinador, e não meramente retributivo, o que fica perfeitamente claro em passagens como I Ped. 3:18-20 e 4:6, onde também aparecem as notas expositivas centrais sobre o julgamento divino. Assim, pois, o juízo divino será exato, tendo por desígnio recompensar e punir, em medida exata, de conformidade com a gravidade de cada crime; mas essa própria vingança serve, «resistência persistente», a despeito das circunstâncias difíceis. Isso pode ser confrontado com o trecho de Rom. 5:3-5 (conforme a tradução inglesa de Williams, mas aqui vertida para o português), e que diz: «...o sofrimento produz ‘resistência’ (a mesma palavra do presente versículo); a resistência, o caráter comprovado; o caráter comprovado, a esperança; e a esperança jamais nos desaponta; pois através do ESPÍRITO SANTO, que nos foi dado, o amor de DEUS tem invadido os nossos corações». Vemos, no presente contexto, que a «resistência» do crente, aqui focalizada, é uma qualidade espiritual, um produto de um andar inspirado e dirigido pelo ESPÍRITO SANTO; e todas as qualidades e graças cristãs são produzidas da mesma maneira.
«A paciência humana, por conseguinte, além da resistência, possui igualmente a qualidade da expectação, em que o crente aguarda que algo aconteça, que ‘alguém venha em seu socorro’. A mensagem da paciência de DEUS, nos profetas e através deles, contribui para a reativação da paciência.
Nas páginas do N.T...... a ‘paciência de DEUS’ (ver Rom. 15:5), continua revestida do mesmo sentido tão lato». (R. Gregor Sjnith).
Cumpre-nos observar, no presente versículo, que essa «resistência» se alicerça sobre a fé. A fé consiste da outorga da alma a CRISTO, em que o crente entrega a sua pessoa aos cuidados do Senhor, a fim de ser transformado segundo a sua imagem. Tal consagração a CRISTO dá a um crente a disposição e o poder de suportar dificuldades que se originam em face de sua expressão de lealdade a CRISTO.
«...perseguições...» No grego temos o vocábulo «diogmos», que significa «perseguição» ou «teste severo». Também tem o sentido de «caça»; pois se deriva do verbo «dioko», que quer dizer «perseguir», «caçar», «expulsar».
Em sentido nominal, esse termo também significa «tormento», «molestamento». Esse vocábulo dá-nos a entender a figura simbólica de um animal caçado, de uma presa perseguida, de um tormento incansável e sem misericórdia.
« ...tribulações...» No grego é «thlipsis», que significa «pressão», «opressão», e, metaforicamente, «aflição», «perseguição». Excelente tradução, nesse caso, é «opressão», que preserva à ideia de pressão inerente que há nessa palavra. A forma verbal, «thlibo», significa «pressionar», «comprimir», «estreitar».
«Portanto, quanto mais profundidade alguém alcança na fé, tanto mais será dotado de paciência para suportar a tudo com fortaleza de espírito, por um lado; e, por outro lado, a impaciência e a covardia ante a adversidade deixa transparecer a incredulidade, da parte de quem assim age, e mais especialmente ainda quando as perseguições devem ser sofridas por amor ao evangelho. Neste último caso a influência da fé aparece em primeiro plano».
(Calvino, in loc.).
ao mesmo tempo, de medida instrutora, corrigindo e produzindo alguma espécie de restauração, ainda que os punidos sob hipótese alguma venham a obter a glória reservada aos eleitos. (Ver o trecho de Rom. 11:32, que mostra Sue até mesmo os secretos decretos de DEUS, contra os ímpios, têm a finalidade e aplicar sua misericórdia para com todos, através da aplicação da disciplina).
O primeiro capítulo da epistola aos Efésios deixa perfeitamente claro que o poder restaurativo de CRISTO, que é universal e cósmico, é tão grande que é simplesmente impossível que qualquer coisa, em qualquer lugar, possa escapar de sua órbita, ainda que esse poder seja aplicado em graus variados, e sempre porque os homens ou os seres angelicais se prostrem ante sua posição de Cabeça e Senhor, posição essa que, finalmente, será firmada e reconhecida universalmente. (Ver a passagem de Fil. 2:10, 11 e as notas expositivas ali existentes, que deixam isso bem claro). Todos se prostrarão perante «JESUS» (onde se destaca sua qualidade de «Salvador»), e todos se prostrarão perante «o Senhor». Ver o mistério da vontade de DEUS, Efé. 1:10.
A passagem à nossa frente fala sobre o fervor ardente do judaísmo posterior, utilizando-se da linguagem dos profetas, que proferiam palavras duras e altissonantes contra os inimigos e perseguidores da nação de Israel. Nessas palavras há uma verdade que não pode ser ignorada. No entanto, não honramos a DEUS por fazer dele o grande Destruidor de todos os séculos, que queima pessoas como se fossem leitões assados, em uma imensa fornalha. Há certas passagens que lançam uma preciosa luz sobre a natureza dos julgamentos de DEUS, definindo mais exatamente o que eles significam.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5. pag. 229-230.
 
3. Chegar à perfeição.
Ef 4.13 A palavra “até” indica que o processo descrito em 4.12 deve continuar até que um certo objetivo seja alcançado – quando todos os crentes chegarem (conseguirem, alcançarem) à unidade da fé. Isto quer dizer a unidade na crença no próprio CRISTO, e essa crença relaciona-se intrinsecamente com o nosso conhecimento pessoal dele. O objetivo inclui a realização de um esforço unido para viver e proclamar essa fé.
Unidade em nosso conhecimento refere-se ao mais completo e total conhecimento experimental. Cada crente deve ter um relacionamento íntimo e pessoal com JESUS CRISTO. Paulo o chamou aqui de Filho de DEUS, mostrando que o seu conhecimento inclui um entendimento apropriado do novo relacionamento com o Pai que foi concedido pelo Filho (Rm 8.10-17).
Este corpo unificado dos crentes é dito maduro e completamente adulto, à medida da estatura completa de CRISTO. O foco, neste versículo, está em nós - cada crente como parte do corpo completo. Esta metáfora quer dizer que a igreja, como o corpo de CRISTO, deve se adequar à Cabeça em desenvolvimento e maturidade. Isto não se refere à perfeição (impossível nesta vida), mas ao crescimento - como crianças tornando-se adultas, o que leva ao próximo conselho referente a esse crescimento.
Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol 2. pag. 337.
 
O versículo 13 rememora o anterior e oferece explicação adicional da “edificação” da igreja. Uma vez mais, Paulo usa três frases, cada uma iniciada com a preposição grega eis:
1) à unidade da fé; 2) a varão perfeito; 3) à medida da estatura completa de CRISTO.
Estas não são idéias paralelas. A primeira fala do meio da maturidade, a segunda fala da realidade da maturidade e a terceira fala da medida da maturidade. Uma tradução melhor do versículo seria esta: “Assim, todos finalmente atingiremos a unidade inerente em nossa fé e em nosso conhecimento do Filho de DEUS, e chegaremos à maturidade, medida por nada menos que a estatura completa de CRISTO” (NEB).
A unidade da fé e do conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do amadurecimento (cf. RA). A unidade é um dom do ESPÍRITO (cf. 3), mas requer-se fé e conhecimento para recebê-la. Neste texto, a fé é a resposta que damos ao Filho de DEUS e a nossa confiança nele — DEUS manifestado na carne que morreu no Calvário em nosso benefício. Aqui, conhecimento (epignosis) é semelhante à fé no ponto em que significa “compreensão, familiaridade, discernimento”. Não devemos equipará-lo a conhecimento intelectual, mas a relações pessoais. A unidade se origina dessa intimidade com o Filho proporcionada pela graça. Paulo não está falando da experiência inicial com CRISTO. O apóstolo se preocupa com o crescimento e aumento em entendimento e compreensão dos propósitos e vontade de DEUS conforme estão revelados em associação com CRISTO. Os membros da igreja podem e devem ter tal crescimento em maior medida enquanto o servem.
A varão perfeito refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no qual o poder de DEUS se manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal estado será atingido em seu significado máximo futuramente, quando possuirmos a graça de CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16).
A medida da estatura completa de CRISTO é o padrão de medida que determina a maturidade cristã. Hodge escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando alcança a perfeição de CRISTO”. A chave para interpretar o versículo é a expressão estatura completa de CRISTO. Qual é esta estatura? Salmond diz que é “a soma das qualidades que fazem o que ele é”. Quando a igreja está à altura da maturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em direção a essa maturidade, ela fica mais próxima de sua meta em CRISTO. Precisamos também destacar que não há crescimento na igreja separadamente de nosso crescimento individual como crente. É cada um de nós individualmente que tem de se dirigir com empenho à estatura completa de CRISTO.
Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Efésios. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 161-162.
 
A Natureza Da Perfeição
1. Em sua manifestação terrena, a perfeição aparece como maturidade espiritual, como elevado grau de santidade, de parceria com poder espiritual e utilidade nas mãos de DEUS, no que diz respeito tanto a nós, quanto à igreja. Recebemos poder a fim de servirmos e cumprirmos nossas respectivas missões.
2. Porém, nas dimensões celestiais, começaremos dotados da mesma natureza que CRISTO (ver I João 3:2), e assim seremos participantes de sua plenitude e atributos (ver Col. 2:10).
3. Por semelhante modo, pertencem-nos a natureza e os atributos do Pai (ver Efé. 3:19).
4. Na qualidade de seres tão exaltados, ainda assim a nossa perfeição será apenas «relativa», pois só DEUS é perfeito. Mas iremos passando de um estágio de glória para outro, perenemente aumentando a nossa perfeição, sempre nos aproximando, mas nunca atingindo plenamente, as perfeições divinas. Portanto, a glorificação será um processo interminável. A impecabilidade será apenas seu início. Também iremos avançando no campo das virtudes positivas de DEUS, em seus atributos, e na participação de sua forma de vida.
Qual será o tempo da maturidade? Paulo não frisa aqui nenhum ponto no tempo, presente ou futuro, para atingirmos esse alvo da perfeição. Mas a, eternidade futura será o terreno da busca contínua e bem-sucedida. De fato, sendo DEUS infinito, e visto que estamos crescendo segundo a sua plenitude, passaremos a eternidade nessa inquirição, crescendo sempre na direção da perfeição. Esse é o próprio significado da vida, pois a vida vem de DEUS, é de DEUS, está em DEUS e volta-se para DEUS.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva, com algumas modificações (subtrações e adições) do Ev. Luiz Henrique.
 
Questionário da Lição 2 - O Propósito da Tentação
Responda conforme a revista da CPAD do 3º Trimestre de 2014 - Para jovens e adultos
Tema: FÉ E OBRAS - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas.
 
TEXTO ÁUREO
1- Complete:
"Meus irmãos, tende grande ___________________________ quando___________________________ em várias ___________________________, sabendo que a prova da vossa ___________________________ produz a paciência" (Tg 1.2,3).
 
VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O ___________________________ sobre a ___________________________ fortalece-nos espiritualmente e nos torna mais ___________________________ de DEUS.
 
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
3- Definitivamente, o homem moderno não está preparado para sofrer. O que Tiago nos ensina a esse respeito?
(    ) Os membros de muitas igrejas evangélicas, através da Teologia Sistemática, têm se iludido com a filosofia enganosa do "não sofrimento".
(    ) Os membros de muitas igrejas evangélicas, através da Teologia da Prosperidade, têm se iludido com a filosofia enganosa do "não sofrimento".
(    ) O resultado é que quando o iludido sofre o infortúnio, perde a fé em "DEUS".
(    ) Mas, que se entenda bem, num "deus" que nada tem com as Escrituras!
(    ) A lição dessa semana tem o objetivo de resgatar esse ensinamento evangélico.
(    ) Aprenderemos acerca da tentação, do sofrimento e da provação, não como consequência de uma vida de pecado ou de falta de fé, mas como o caminho delineado por DEUS para o nosso aperfeiçoamento.
(    ) Ninguém melhor do que JESUS CRISTO, com seu exemplo de vida, para nos ensinar tal lição.
(    ) O convite do Mestre é um chamado ao sofrimento por amor do seu nome.
 
I. O FORTALECIMENTO PRODUZIDO PELAS TENTAÇÕES (Tg 1.2,12)
4- O que é tentação?
(    ) O termo empregado na Bíblia tanto no hebraico, peirasmos, quanto no grego, massah, para tentação, significa "exercício de fé", "provação" ou "fiel nas perseguições".
(    ) O termo empregado na Bíblia tanto no hebraico, massah, quanto no grego, peirasmos, para tentação, significa "prova", "provação" ou "teste".
(    ) A expressão pode estar relacionada também ao conflito moral, isto é, a uma incitação ao pecado.
(    ) De fato, como mostram as Escrituras, a tentação é uma provação, uma espécie de teste.
(    ) O pecado, por sua vez, já se trata de um ato imoral consumado.
(    ) Por isso, a tentação não é, em si mesma, pecado, pois ninguém peca quando passa pelo processo "probatório".
(    ) A própria vida terrena do Senhor JESUS demonstra, com clareza, a distinção entre tentação e pecado.
(    ) A Epístola aos Hebreus afirma que JESUS, o nosso Senhor, em tudo foi tentado.
(    ) Ele foi provado e testado em todas as coisas.
(    ) Todavia, o Mestre não pecou.
(    ) Portanto, confiantes de que JESUS CRISTO é o nosso Sumo Sacerdote perfeito, devemos nos aproximar, com fé, do trono da graça sabendo que Ele conhece as nossas tentações e pode nos dar a força necessária para resistirmos.
 
5- Como é o Fortalecimento após a tentação (v.2)?
(    ) Do mesmo modo que o ouro precisa do fogo para ser refinado ou purificado, o cristão passa pelas tentações para ser purificado dos seus pecados.
(    ) Do mesmo modo que o ouro precisa do fogo para ser refinado ou purificado, o cristão passa pelas tentações para se aperfeiçoar no Reino de DEUS.
(    ) Quando tentado, o crente é posto à prova para mostrar-se aprovado tal como CRISTO, que foi conduzido ao deserto para ser tentado por Satanás e embora debilitado e provado espiritualmente, saiu do deserto vitorioso e fortalecido, tendo em seguida iniciado seu ministério terreno de pregação a respeito do Reino de DEUS.
 
6- À luz do exemplo de CRISTO, o que compreendemos bem quanto ao que Tiago quer dizer quando exorta-nos a termos "grande gozo quando [cairmos] em várias tentações"?
(    ) Tal conselho aponta para a certeza de que ao passar pela tentação, além de amoroso e bondoso, o crente se sentirá ainda mais fortalecido pela graça de DEUS.
(    ) Tal conselho aponta a fé de que ao passar pela tentação, além de feliz e longânimo, o crente se sentirá ainda mais fortalecido pela graça de DEUS.
(    ) Tal conselho aponta para a certeza de que ao passar pela tentação, além de paciente e maduro, o crente se sentirá ainda mais fortalecido pela graça de DEUS.
 
7- Por que nos sentirmos felizes pela tentação (v.12)?
(    ) Atentemos para esta expressão: "Bem-aventurado o varão que sofre a provação, ele será testado".
(    ) Quando o cristão é submetido às tentações há uma tendência de ele entregar-se à tristeza e à angústia.
(    ) Atentemos para esta expressão: "Bem-aventurado o varão que sofre a tentação".
(    ) Em outras palavras, como é feliz, realizado ou atingiu a felicidade aquele crente que é provado, não em uma, mas em várias tentações (v.2). Ser participantes dos sofrimentos de CRISTO e ao mesmo tempo felizes parece paradoxal.
(    ) A Bíblia, porém, orienta-nos a que nos alegremos em DEUS porque a tribulação produz a paciência, e esta, a experiência que, finalmente, culmina na esperança.
(    ) Isto mesmo! Vivemos sob a esperança de receber diretamente de JESUS a coroa da vida.
(    ) Uma recompensa preparada de antemão pelo nosso Senhor para os que o amam.
(    ) Você ama ao Senhor? É discípulo dEle? Então, não tema passar pela tentação.
(    ) Há uma promessa: Você "receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam". Alegre-se e regozije-se em ser participante das aflições de CRISTO, pois é justamente nessa condição - de felicidade verdadeira -, que Ele nos deixará por toda a eternidade quando da revelação da sua glória!
 
II. A ORIGEM DAS TENTAÇÕES (Tg 1.13-15)
8- Por que Tiago diz que a tentação é humana?
(    ) A Epístola de Tiago aplica o termo "concupiscência", utilizado no versículo 15, à ideia de que alguns pecam por desejar o pecado.
(    ) Embora a tentação objetive provar o crente, as Escrituras afirmam que ela não vem da parte de DEUS, mas da fragilidade humana.
(    ) O ser humano é atraído por aquilo que deseja.
(    ) A história de Adão e Eva nos mostra o primeiro casal sendo tentado por aquilo que lhe atraía.
(    ) Mesmo sabendo que não poderiam tocar na árvore no centro do Jardim do Éden, depois de atraídos pelo desejo, Adão e Eva entregaram-se ao pecado.
(    ) A Epístola de Tiago aplica o termo "gerar", utilizado no versículo 15, à ideia de que ninguém peca sem desejar o pecado.
(    ) Assim, antes de ser efetivamente consumada, a transgressão passa por um processo de gestação interior no ser humano.
(    ) Portanto, a origem da tentação está nos desejos humanos e jamais no Altíssimo, "porque DEUS [...] a ninguém tenta".
 
9- Complete segundo a atração pela própria concupiscência:
O texto bíblico é claro ao dizer que "cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria ___________________________" (v.14). A tentação exterioriza o vício, os desejos, a malignidade da natureza __humana__, isto é, a concupiscência. Ser tentado é sentir-se ___________________________ pela própria malícia ou os sentimentos mais reclusos de nossa natureza má. Você tem ouvido o ___________________________ das suas malícias? Elas te ___________________________? Ouça a Epístola de Tiago! Não dê vazão às pulsões interiores, antes procure ___________________________ JESUS afastando-se do pecado. Assim, não darás luz ao pecado e ___________________________.
 
10- DEUS nos fortalece na tentação?
(    ) "Não veio sobre vós tentação, senão demoniaca; mas fiel é DEUS, que vos não deixará sozinhos, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar".
(    ) Embora a tentação seja fruto da fragilidade humana, quando ouvimos o ESPÍRITO SANTO, DEUS nos dá o escape em tempo oportuno.
(    ) "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é DEUS, que vos não deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar".
(    ) O SANTO ESPÍRITO nos fará lembrar a Palavra de DEUS para não pecarmos contra o nosso Senhor Altíssimo.
(    ) Para que isso seja uma realidade em nossa vida, precisamos cultivar a Palavra de DEUS em nossos corações.
 
III. - O PROPÓSITO DAS TENTAÇÕES (Tg 1.3,4,12)
11- Quais os propósitos da tentação, segundo Tiago?
(    ) Para testar a nossa fé, para produzir a longanimidade e para chegarmos à glória.
(    ) Para provar a nossa fé, para produzir a paciência e para chegarmos à perfeição.
(    ) Para confirmar a nossa fé, para produzir a bondade e para chegarmos à salvação.
 
12- O que DEUS faz para provar a nossa fé (v.3)?
(    ) Na época de Tiago, os cristãos estavam animados por possuírem um suntuoso templo para congregarem.
(    ) Na época de Tiago, os cristãos estavam desanimados por passarem duras provas de perseguição.
(    ) No versículo três, o meio-irmão do Senhor utiliza então o termo "sabendo", o qual se deriva do verbo grego ginosko e significa saber, reconhecer ou compreender, para encorajá-los a compreenderem o propósito das lutas enfrentadas na lida cristã: DEUS prova a nossa fé.
(    ) À semelhança do aluno que estuda e pesquisa para submeter-se a uma prova e, em seguida, ser aprovado e diplomado, os filhos de DEUS são testados para amadurecer a fé uma vez dada aos santos.
(    ) O capítulo 11 da epístola aos Hebreus lista inúmeras pessoas que tiveram sua fé provada, porém, terminaram vitoriosas e aprovadas. Por isso o referido texto bíblico é conhecido como a "galeria dos heróis da fé".
 
13- O que DEUS faz para produzir a paciência (vv.3,4) em nós?
(    ) No grego, "paciência" deriva de hupomone e denota a capacidade de perseverar, ser constante, ser firme, suportar as circunstâncias difíceis.
(    ) No grego, "paciência" deriva de ρεύμα e denota a capacidade de perseverar, ser constante, ser firme, suportar as circunstâncias difíceis.
(    ) A palavra aparece em o Novo Testamento ao lado de "tribulações" , aflições e perseguições.
(    ) Também está ligada à esperança, à alegria e, frequentemente, à vida eterna.
(    ) O termo ilustra a capacidade de uma pessoa permanecer firme em meio à alguma pressão, pois quem é portador da paciência bíblica não desiste facilmente, mesmo sob as circunstâncias das provas extremas.
(    ) Tiago encoraja-nos então a alegrarmo-nos diante do enfrentamento das várias tentações (v.1), pois a paciência é resultado da prova da nossa fé.
 
14- O que DEUS faz para que cheguemos à perfeição?
(    ) A expressão "obra perfeita" traz a ideia de algo final e atual, de perfeição e maturidade espiritual.
(    ) A habilidade de perseverar ou desenvolver a paciência não acontece da noite para o dia. Envolve tempo, experiência e maturidade.
(    ) O meio-irmão do Senhor destaca na epístola a paciência para que o leitor seja estimulado a chegar à perfeição e, consequentemente, à completude da vida cristã, que se dará na eternidade.
(    ) A expressão "obra perfeita" traz a ideia de algo gradual, em desenvolvimento constante, com vistas à maturidade espiritual.
(    ) O motivo pelo qual o cristão é provado não é outro senão para que persevere na vida cristã e atinja o modelo de perfeição segundo CRISTO JESUS.
 
CONCLUSÃO
Complete:
Sabemos que todo cristão passa por ___________________________ e ___________________________ ao longo da vida. Talvez você esteja vivendo tal situação. Lembre-se de que o nosso Senhor JESUS passou por inúmeras ___________________________ e ___________________________, mas venceu todas, tornando-se o maior exemplo de vida para os seus seguidores. Cada ___________________________ vencida pelo crente, significa um avanço rumo ao amadurecimento espiritual. Um dia ele atingirá a estatura de varão perfeito à medida da estatura de ___________________________ (Ef 4.13). Este é o nosso objetivo na jornada cristã! DEUS nos ____________________________! Estejamos firmes no Senhor JESUS, pois Ele já ___________________________ por nós e por isso somos mais que vencedores.
 
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O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. Douglas
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Uwe Holmer. Comentário Esperança Cartas aos II Pedro. Editora Evangélica Esperança.
 
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
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